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 2499 Resumo encontrados. Mostrando de 1431 a 1440


PR0691 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 13h30 - 15h15 - Sala: 15

Pré-natal odontológico sob a perspectiva dos gestores municipais em saúde bucal no Brasil: estudo em nível nacional
Pessoa MN, Santos MO, Raimundo ACS, Probst LF, Pardi V, Tagliaferro EPS
Pós Graduação UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo transversal analisou a prática do pré-natal odontológico (PNO) na Atenção Primária à Saúde (APS), sob a perspectiva de gestores municipais em saúde bucal brasileiros. Um questionário online com perguntas sobre o município, o perfil sociodemográfico e de formação acadêmica do gestor, características gerais relacionadas à atenção à saúde bucal no município e à atenção à saúde bucal da gestante foi utilizado. O Índice de Desenvolvimento Humano dos municípios também foi coletado e incluído nas análises. Foram realizadas análises descritivas dos dados e aplicados modelos de regressão logística simples e múltiplo, com cálculo dos odds ratio (p<0,05), tendo como desfecho a "prática do PNO na APS". Participaram do estudo 753 gestores (Região Sudeste=39,0%, Região Sul=24,4%, Região Nordeste=22,3%, Região Norte=7,6%, Região Centro-Oeste=6,6%). A maioria (69,9%) era do gênero feminino e a idade média foi de 40,1 anos. O PNO foi considerado uma prática consolidada na APS do município para 68,8% dos gestores. Maior chance de apresentar prática consolidada do PNO foi observada nos municípios que encaminham as gestantes para avaliação odontológica logo que iniciam o pré-natal (OR=11,58; IC95%: 1,47-91,08) e onde a participação dos dentistas nas atividades de educação em saúde é uma prática consolidada (OR=9,42; IC95%: 3,47-25,56).

Conclui-se que o PNO é considerado uma prática consolidada pela maioria dos gestores e associado ao encaminhamento precoce das gestantes para avaliação odontológica e à participação dos dentistas em atividades de educação em saúde.

PR0692 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 13h30 - 15h15 - Sala: 15

Condição bucal e qualidade de vida de indivíduos transgêneros: um estudo transversal
Oliveira HAG, Feitosa DS, Perez DEC, Pontual MLA, Santos PMF, Ramos-Perez FMM, Pontual AA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do estudo foi avaliar a condição bucal e qualidade de vida de indivíduos transgenêros (trans). O presente estudo, quantitativo, epidemiológico do tipo transversal, descritivo e exploratório, foi realizado na Clínica do Curso de Odontologia da UFPE. A amostra foi constituída por indivíduos trans com idade a partir de 18 anos e excluídos aqueles que fizeram uso de antibióticos até 30 dias antes do exame bucal. Os dados foram coletados através de questionário para obtenção de dados sociodemográficos, hábitos de vida e a qualidade de vida através do OHIP-14. Foi realizado também o exame bucal para análise da condição bucal e dentária. Foram avaliados 29 indivíduos. A média de idade foi de 32,52 ± 6,54 anos, sendo 79,31% mulheres trans e 20,69% por homens trans, 37,93% possuíam ensino médio completo e 75,86% tinham renda salarial de até um salário mínimo. O uso de hormônio foi observado em 86,66%, sendo a terapia com estrogênio a mais prevalente (46,15%). Foi observado fluxo salivar ideal em 20,68% e com redução em 55,18%. A média de dentes encontrada foi de 27,48 ± 4,22, sendo a média do CPOD total de 13,20 ± 7,84. A gengivite foi vista em 85,19% dos indivíduos, ao passo que a presença de periodontite foi observada em 18,52%. A dimensão de desconforto psicológico seguida da dimensão de dor física, foram as dimensões que mais afetaram a qualidade de vida dos indivíduos.

É possível concluir que cárie, obturações, dentes perdidos, doenças periodontais e redução do fluxo salivar são condições frequentes da população trans avaliada e promovem impacto na qualidade de vida.

PR0695 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 13h30 - 15h15 - Sala: 15

Relacionamento entre pais e filhos: o impacto da pandemia por COVID-19
Steinbach M, Kammer PV, Silva CA, Santos KS, Lima VAS, Massignan C, Bolan M
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este é um estudo transversal que buscou avaliar como a pandemia impactou a relação entre pais e filhos. Através do WhatsApp e redes sociais, 466 pais de crianças com idade entre 3 e 10 anos responderam um questionário com: frequência com que permitiam o uso de dispositivos eletrônicos, frequência com que ajudavam nas tarefas escolares e frequência com que as crianças testemunhavam discussões entre eles e outros adultos. As variáveis independentes foram idade, sexo e sistema educacional da criança; idade, sexo e educação dos pais; renda familiar; número de pessoas que contribuem para a renda e que vivem no domicílio, se o respondente era responsável pelas atividades domésticas e se essas afetaram sua rotina. Para verificar os fatores associados às mudanças na relação entre pais e filhos, foram realizados modelos de regressão multinomial, de acordo com os diferentes resultados. Foi realizada uma análise não ajustada das variáveis independentes, aquelas com valor de p <0,20 foram incluídas no modelo ajustado. Foram obtidas as razões de chances (RC) e intervalos de confiança de 95%. Após o início da pandemia, os pais começaram a ajudar mais seus filhos com as tarefas escolares (343 - 73,6%) e permitiram que seus filhos usassem dispositivos eletrônicos para entretenimento com maior frequência (358 -76,8%). A maioria dos pais relatou que as crianças continuaram a testemunhar o mesmo número de discussões durante a pandemia (256 - 54,9%).

O presente estudo apontou para mudanças significativas na relação entre pais e filhos devido ao isolamento exigido pela pandemia COVID-19.

PR0697 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 15h30 - 17h30 - Sala: 15

Educação Ambiental na Promoção de Saúde Bucal: Conhecimento, consciência e adoção de hábitos sustentáveis por acadêmicos de Odontologia
Chiba EK, Garbin AJI, Garbin CAS, Chiba FY, Moimaz SAS, Saliba TA
Odontologia Preventiva e Restauradora UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se avaliar o conhecimento, atitudes e adoção de hábitos bucais sustentáveis em alunos de Odontologia. Aplicou-se um instrumento em 77 alunos, investigando as variáveis: idade, sexo, conhecimento sobre os materiais de higiene bucal convencionais e sustentáveis, decomposição, descarte e reciclagem, experiência e indicação de uso de produtos sustentáveis. Do total, 75,32% era do sexo feminino, e tinha idade média de 21,58 anos. Quanto aos materiais dos produtos convencionais, 11,69% sabiam do tubo de dentifrício, 11,69% do fio dental e 35,06% das cerdas da escova dental. Dos itens sustentáveis, 57,14% tinham conhecimento da escova dental ecológica, 33,77% do dentifrício, 5,19% do fio dental e 9,09% do enxaguante natural. Cerca de 6% experimentaram os itens sustentáveis e relataram nenhuma diferença em comparação aos convencionais, mas pouco acessíveis. A maioria tem percepção do tempo de decomposição dos itens convencionais; 36,36% separa os materiais para coleta seletiva e 23,38% descarta em lixo reciclável; 85,71% indicaria os produtos sustentáveis; e 97,40% relataram que nunca receberam orientação profissional sobre o uso de itens de higiene bucal sustentáveis. As redes sociais foi o meio mais citado para acesso sobre os produtos sustentáveis.

Conclui-se que o conhecimento, atitudes e hábitos dos alunos sobre o uso de itens de higiene bucal sustentáveis são escassos. A Educação Ambiental em Odontologia é importante para formar potenciais colaboradores para gerar consciência ecológica na população e melhoria do meio ambiente.

(Apoio: CAPES  N° 001)
PR0701 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 15h30 - 17h30 - Sala: 15

Fatores de risco comuns de desfechos de saúde geral e bucal: análise a partir da Pesquisa Nacional de Saúde 2019
Smith CV, Herkrath FJ, Herkrath APCQ
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O estudo testou a hipótese que os comportamentos relacionados à saúde são expressão de determinantes sociais estruturais e constituem fatores de risco comuns para desfechos de saúde geral e bucal. Trata-se de um estudo transversal que utilizou dados secundários da Pesquisa Nacional de Saúde 2019. Características demográficas e socioeconômicas, comportamentos relacionados à saúde (consumo de açúcar, tabagismo, higiene bucal e atividade física), uso de serviços de saúde bucal, condições de saúde geral e bucal compuseram o modelo teórico-operacional, que teve sua sustentação teórica no modelo de determinantes sociais da Organização Mundial da Saúde. As relações diretas e indiretas entre as variáveis foram avaliadas por meio de modelagem de equações estruturais. As análises foram feitas no programa StataSE 17.0. Observou-se que pior condição socioeconômica foi associada, de forma direta e indireta (mediada por uso de serviços e comportamentos), à pior saúde geral e bucal. Comportamentos menos favoráveis foram associados a piores condições de saúde geral e bucal. Indivíduos mais velhos apresentaram piores desfechos de saúde, menor uso de serviços e piores comportamentos. Ser do sexo feminino teve efeito negativo sobre as condições de saúde geral e bucal, entretanto esse efeito foi atenuado pelos efeitos indiretos do maior uso dos serviços e melhores comportamentos.

Os achados evidenciam a complexidade das relações entre os fatores de risco subjacentes aos desfechos de saúde e a necessidade de estratégias que atuem a partir da abordagem de fatores de risco comuns.

PR0705 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 13h30 - 15h15 - Sala: 16

Elaboração e validação de tecnologia educativa a partir da percepção de saúde bucal dos indígenas Parakanã
Silveira CO, Celestino-Júnior AF, Oliveira MR, Wanderley ML, Nascimento TA
Odontologia CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO PARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A elaboração e validação de tecnologia educativa dentro da comunidade indígena Parakanã tem por objetivo contribuir para uma melhor compreensão da sua condição de saúde oral. O estudo teve a participação de 61 indígenas Parakanã com idades acima de 10 anos e foi realizado em duas etapas, onde numa primeira fase foi desenvolvida (I) Pesquisa exploratória que investigou a percepção de saúde bucal por meio de um questionário semiestruturado. Num segundo momento foi realizada (II) pesquisa de desenvolvimento metodológico, envolvendo a elaboração da tecnologia. Este estudo foi aprovado pelo CONEP (50711321.0.0000.5169). Os principais resultados obtidos na pesquisa exploratória foram: 39% responderam que não sabem ler Awaete xe'enga e outros 23% sabem ler muito pouco; Mais de 90% dos entrevistados sabem que precisam escovar os dentes todos os dias; 72% não souberam responder o que é a cárie dentária; 35% responderam que sentem dor ao mastigar um alimento; 61% acham que é bom ter um material de orientação sobre cuidados bucais. Para a elaboração da cartilha foi usada redação direta, objetiva, rica em imagens e de fácil entendimento pelos indígenas para que estes pudessem se identificar com o conteúdo abordado.

A tecnologia educativa no formato de Cartilha foi elaborada e validada por juízes especialistas como: educadores indígenas, antropólogo, cirurgiões-dentistas, educadores em arte; designer gráfico entre outros, bem como por indígenas Parakanã. A Inserção de tecnologias educativas é uma importante ferramenta de promoção e prevenção sem saúde bucal.

PR0706 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 13h30 - 15h15 - Sala: 16

Transtornos mentais menores e estresse em estudantes no ambiente odontológico
Genaro LE, Michigami JT, Valsecki Junior A, Tagliaferro EPS, Silva SRC, Rosell FL
Odontologia Social UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do estudo foi analisar a ocorrência do estresse e de transtornos mentais menores (TMM) nos estudantes do curso de Odontologia. Tratou-se de um estudo descritivo, transversal e exploratório. A coleta de dados foi realizada por meio de 3 questionários auto aplicáveis e validados: Dados sócio demográficos, Dental Environment Stress (DES) (com escala de 0 a 4) e o Self-Reported Questionnaire (SRQ-20) para aferir os TMM. A análise ocorreu por meio do teste qui-quadrado e regressão logística. Participaram do estudo 293 estudantes, marjoritariamente mulheres (74,7%), idade média de 21,5 anos, maioria solteiros (98,6%), reside com outras pessoas (44,7%), necessitou mudar de cidade para realização do curso (72,9%) e não teve reprovações (87%). A média geral dos fatores estressores foi 2,7, localizando-se entre "Levemente Estressante" e "Moderadamente Estressante", destaque na etapa Clínica (2,8) e mulheres (2,9). Principais fatores estressores: "Provas e notas" (pré clínica - 3,7 e clínica - 3,9; p=0,0314), "Medo de reprovar em uma matéria ou perder o ano" (pré clínica - 3,6 e clínica 3,7; p=0,7596), "Completar os requisitos para a graduação" (pré clínica - 3,4 e clínica - 3,6; p=0,1092) e "Falta de tempo para relaxar ou para lazer" (pré clínica - 3,3 e clínica - 3,6; p=0,0037). A prevalência geral de TMM foi de 78,5%, destaque na etapa Clínica (82,2%; p=0,0833) e mulheres (81,6%).

O ambiente dos participantes deste estudo apresenta fatores estressores, com alta prevalência para suspeita de TMM no gênero feminino e em ambas etapas do curso.

PR0707 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 13h30 - 15h15 - Sala: 16

Associação entre qualidade de vida relacionada à saúde bucal e sequelas da COVID-19: estudo transversal
Holanda GA, Muniz FWMG, Silva FH, Nascimento CSF, Pirih FQ, Casarin M
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se verificar a associação entre a qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) e o autorrelato de sequelas da COVID-19. Foram aplicados um questionário estruturado incluindo questões sobre o autorrelato de sequelas de COVID-19, que também incluíam sequelas de origem bucal como perda de paladar e piores condições bucais, e o Oral Health Impact Profile-14 (OHIP-14). Foram definidos como desfecho a soma dos escores do OHIP-14 e a prevalência de impacto na QVRSB (ter respondido pelo menos uma questão como "repetidamente" ou "sempre"). Regressões de Poisson ajustadas foram utilizadas (α<0,05). No total, 125 indivíduos foram incluídos. As médias dos escores do OHIP-14 foram de 7,37±8,19 e 12,13±11,73 naqueles sem e com sequelas da COVID-19, respectivamente. A prevalência de impacto na QVRSB foi de 51,4% e 69,1% nos indivíduos sem e com sequelas de COVID-19, respectivamente. Foram observados escores significativamente maiores do OHIP-14 naqueles com sequelas da COVID-19 em comparação com aqueles sem sequelas (Razão de taxas [RT]: 1,48; intervalo de confiança de 95% [IC95%]: 1,01-2,18). Maiores escores do OHIP-14 foram observados naqueles com autorrelato de sequelas de origem bucal (RT: 2,38; IC95%: 1,57-3,61). Além disso, naquelas que reportaram sequelas de origem bucal, uma razão de prevalência (RP) 2,05 vezes maior foi identificado (IC95%: 1,30-3,23) para a prevalência de impacto na QVRSB.

Concluiu-se que uma pior QVRSB são observadas em indivíduos com sequelas de COVID-19, especialmente naqueles que reportam sequelas de origem bucal.

PR0708 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 13h30 - 15h15 - Sala: 16

Fatores associados ao relato da não orientação sobre a importância da amamentação na Atenção Básica de Saúde - Estudo Transversal
Rigo DCA, Rocha AO, Moccelini BS, Santos PS, Goebel MC, Bolan M, Santana CM, Cardoso M
PPGO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo transversal investigou a prevalência e fatores associados ao relato da não orientação sobre a importância da amamentação, a partir de dados públicos coletados em 2017 pelo Programa Nacional de Melhoria do Acesso e Qualidade na Atenção Básica (PMAQ-AB). Mães de crianças de até 2 anos foram incluídas (n= 8.974). O desfecho foi o relato da orientação da importância da amamentação na consulta do puerpério. As variáveis independentes foram fatores sociodemográficos, socioeconômicos e do sistema de saúde. Foram realizadas análises descritivas, testes bivariados e regressão de Poisson multivariada robusta. A razão de prevalência (RP) e o intervalo de confiança (IC95%) foram estimados para o relato negativo da orientação da importância da amamentação. Houve associação entre a variável de desfecho e consultas do pré-natal, visitas à Unidade Básica de Saúde (UBS), consultas do puerpério e Região, independente das demais variáveis. A prevalência de mães com relato da não orientação sobre a importância da amamentação foi 2,27 maior no grupo daquelas que relataram não ter realizado o pré-natal (RP=2,27; IC95% 1,21-4,23) e 1,43 maior naquelas que não frequentaram a UBS no último ano (RP=1,43; IC95% 1,21-1,69). Ter realizado consulta domiciliar do puerpério com profissional de saúde (RP=0,58; IC95% 0,39-0,85) e ser da Região Nordeste (RP=0,64; IC95% 0,41-0,99) foram fatores de proteção.

Os resultados sugerem que políticas públicas para a adesão ao pré-natal podem auxiliar no aumento da cobertura da orientação sobre a importância da amamentação no Brasil.

(Apoio: CAPES  N° 001  |  PROGRAMA UNIEDU/FUMDES PÓSGRADUAÇÃO)
PR0709 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 13h30 - 15h15 - Sala: 16

Violência contra a mulher antes e durante a pandemia de covid-19: dados de laudos do instituto médico legal de Curitiba/PR, Brasil
Rodrigues AOLJ, Silva RR, Zvir EC, Xavier TA, Moysés SJ, Werneck RI, Rocha JS
Odontologia PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Analisar o perfil epidemiológico de mulheres que sofreram violência corporal antes e durante a pandemia de COVID-19, a partir de laudos realizados no Instituto Médico Legal de Curitiba (IML). Tem delineamento retrospectivo (análise de dados secundários) de casos de lesões causadas por violência corporal contra a mulher entre 2019 e 2021, contidos em laudos do IML. Foram elegíveis os registros de exames de lesão corporal realizados em mulheres. Foram excluídos laudos referentes a outras lesões que não envolviam agressão. As variáveis analisadas foram: idade; etnia; estado civil; sexo e grau de parentesco do agressor. Para verificar a associação entre o desfecho e variáveis independentes, foi realizado o teste Qui-quadrado. Para verificar as diferenças entre proporções, foi usado o teste z com valores ajustados pelo método de Bonferroni. As variáveis com p ≤ 0,05 foram consideradas significantes. Foram incluidos 5033 laudos. Em 2020, foi observada uma maior proporção de exames de lesão corporal em mulheres brancas em comparação com 2019 e 2021 (p<0,001). As mulheres solteiras foram as mais vulneráveis à violência física nos anos de 2020 e 2021 (p<0,001). Em 2020 e 2021, a agressão por homens, companheiros ou ex-companheiros, e por familiares foi mais prevalente do que em 2019 (p<0,001). A Delegacia da Mulher foi o local mais procurado para reportar casos.

Durante a pandemia, mulheres solteiras, agredidas por homens, sendo eles companheiro, ex-companheiro ou familiar procuraram mais o serviço do IML, quando comparado com o período antes da pandemia.