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 2507 Resumo encontrados. Mostrando de 301 a 310


PN0182 - Painel Aspirante
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 03/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Comportamento de ortodontistas em relação ao controle da dor ortodôntica
Neves NM, Spada PCP, Brancher JA, Bruzamolin CD, Machado FRC, Gaião MAGS, Moro A, Topolski F
UNIVERSIDADE POSITIVO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A dor é um dos fatores que mais desencoraja os pacientes a iniciarem o tratamento ortodôntico e está entre as principais causas para a sua interrupção. A literatura é vasta em relação a métodos de controle da dor ortodôntica, porém não foram encontrados estudos avaliando como esses métodos são utilizados na prática clínica. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar o comportamento dos ortodontistas em relação ao controle da dor ortodôntica. Foram enviados questionários a ortodontistas inscritos no Conselho Regional de Odontologia - Secção PR, por meio de formulário do Google Forms (Google LLC, Menlo Park, Califórnia, EUA). O cálculo amostral resultou numa amostra de 303 ortodontistas. A seleção foi realizada pelo método da amostragem aleatória sistemática. Os dados foram tratados com análises estatísticas descritivas. Foram recebidas 54 respostas. A maioria dos ortodontistas avaliados (57,4%) nunca ou raramente utiliza algum método para controle da dor ortodôntica. A utilização de medicamentos sempre, quase sempre ou frequentemente foi relatada por 35,2% dos ortodontistas. A utilização de laser sempre, quase sempre ou frequentemente foi relatada por 7,5% dos ortodontistas. A utilização de outros métodos sempre, quase sempre ou frequentemente foi relatada por 1,9% dos ortodontistas. Dentre os medicamentos, o paracetamol foi citado com maior frequência (92,3%), seguido do ibuprofeno (34,6%) e da dipirona (11,5%).

A maioria dos ortodontistas avaliados nunca ou raramente utiliza algum método para controle da dor ortodôntica.

PN0183 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 03/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Avaliação das propriedades físicas de um selante de fóssulas e fissuras com adição de Arginina
Theodoro AL, Sinhoreti MAC, Guarda MB, Bicudo MFM, Pascon FM
Ciências da Saúde e Odontologia Infantil FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito da adição de diferentes concentrações do aminoácido - Arginina-L a um selante resinoso nas propriedades físicas de módulo de elasticidade e resistência à flexão. Arginina-L nas concentrações de 5 e 7% (em peso) foi adicionada mecanicamente ao selante resinoso comercial (FluroShield ® ). Os espécimes com dimensões de 7x2x1mm foram preparados e distribuídos nos grupos (n=10): selante resinoso, selante resinoso + 5% de arginina e selante resinoso + 7% de arginina. Os materiais foram inseridos em matrizes de silicone e fotoativados de acordo com as recomendações do fabricante por 40 s. Os testes de módulo de elasticidade e resistência à flexão foram conduzidos em máquina de ensaio universal Instron, com carga de 500N e velocidade de 1mm/min até a fratura. Os dados foram submetidos aos testes de homoscedasticidade e normalidade (Levene e Shapiro Wilk, respectivamente), e devido a distribuição normal dos dados utilizou-se os testes ANOVA e Tukey (α=5%). Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos em estudo tanto para a resistência à flexão, quanto para o módulo de elasticidade (p>0,05).

A adição de diferentes concentrações de Arginina-L ao selante de fóssulas e fissuras comercial não influenciou negativamente as propriedades físicas do material selador, o que pode ser considerado promissor para incorporação desse agente em selantes de fóssulas e fissuras resinosos.

PN0185 - Painel Aspirante
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 03/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Comparação do alinhamento dentário inicial em adultos maduros com alinhadores Invisalign® trocados a cada 7 ou 14 dias: ECR
Fialho T, Ohira ETB, Borba DBM, Pinzan-Vercelino CRM, Valarelli FP, Freitas KMS, Cotrin P
Ortodontia UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivo: O objetivo deste estudo foi comparar a correção do apinhamento anterior após o uso sequencial dos 5 primeiros alinhadores entre dois protocolos de troca de alinhadores (7 e 14 dias) em pacientes adultos maduros. Material e Métodos: trinta e seis pacientes com idade superior a 35 anos que receberam tratamento ortodôntico com Invisalign® foram alocados aleatoriamente em dois protocolos de sequência de troca de alinhadores diferentes: Grupo 1: troca a cada 7 dias (n=18); e Grupo 2: troca a cada 14 dias (n=18). Todos os pacientes foram escaneados intraoralmente com iTero Element 5D® (Align Technologies, San José, CA, EUA) em dois períodos: no início do tratamento (T1) e após o uso dos 5 primeiros alinhadores (T2). O Índice de Irregularidade de Little e as larguras dos arcos foram avaliados com o software OrthoCAD. As comparações intra e intergrupos foram realizadas aplicando-se respectivamente os testes t dependente e independente. Os resultados foram considerados significativos para p<0,05. Resultados: Trinta e cinco pacientes completaram o tratamento no período avaliado. O índice de irregularidade superior e inferior apresentaram-se significativamente menores em T2 em ambos os grupos. Não houve diferença significante nas distâncias intercaninos, inter pré-molares e inter molares. O G2 (14 dias) demonstrou uma maior diminuição no índice de irregularidade inferior quando comparado ao G1 (7 dias).

Ambos os protocolos de troca foram eficazes para a correção do apinhamento anterior na fase inicial do tratamento alinhadores em pacientes adultos maduros.

PN0186 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 03/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Adaptação transcultural do eHealth Literacy Scale para utilização em adolescentes do Brasil
Barbosa MCF, Baldiotti ALP, Dias MLLS, Granville-Garcia AF, Paiva SM, Ferreira FM
Saúde da Criança e do Adolescente UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Com o crescente aumento de adolescentes que buscam informações de saúde na internet, faz-se necessário conhecer o letramento digital em saúde (LDS) nesta população. Este estudo objetivou adaptar transculturalmente o instrumento eHealth Literacy Scale (eHEALS) para mensuração do LDS em adolescentes brasileiros. O eHEALS é uma escala de 8 itens que mensura a autopercepção relacionada ao letramento digital em saúde, por meio de uma escala likert de 5 pontos. A pontuação total pode variar de 8 a 40 pontos. Trata-se de um estudo metodológico de adaptação transcultural realizado durante o primeiro semestre de 2022. As seguintes etapas foram executadas utilizando uma abordagem universalista: avaliação e adequação da equivalência cultural por um comitê de especialistas; retrotradução; síntese das retrotraduções; pré-teste com adolescentes brasileiros matriculados em escolas municipais de Belo Horizonte, Minas Gerais. Participaram do estudo 42 adolescentes com média de idade de 16,0 ± 2,0 (13-19) anos. Todos os itens com dificuldade de compreensão foram adaptados ao contexto dos adolescentes brasileiros. No pré-teste, os adolescentes participantes obtiveram pontuação média de 25,83 ± 5,3 (16 - 36) pontos e o coeficiente alfa de Cronbach para os 8 itens foi de 0,810.

Conclui-se que a versão brasileira do eHealth Literacy Scale para adolescentes (eHEALS-BrA) demonstrou evidências de boa adaptação transcultural para adolescentes brasileiros.

(Apoio: CAPES)
PN0187 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 03/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Capacitação e retenção de conhecimento dos profissionais da rede educacional pública de Itaguaí-RJ acerca do traumatismo dentário
Sousa JTN, Alves LA, Kimura JS, Guaré RO, Novaes TF, Diniz MB
Pós Graduação / Mestrado UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Os objetivos foram (1) desenvolver um programa de capacitação online sobre traumatismo dentário (TD) aplicado aos profissionais da rede educacional pública do município de Itaguaí-RJ e (2) avaliar a retenção do conhecimento desses profissionais após seis meses da capacitação. Foram convidados a participar todos os profissionais envolvidos na Educação Infantil e no Ensino Fundamental I e II de escolas pactuadas. Os participantes foram divididos em dois grupos de acordo com o tipo de capacitação: (G1) TD em dentes decíduos (n=15) e (G2) TD em dentes permanentes (n=12). O estudo foi composto por três etapas: (1) capacitação online dos profissionais; (2) aplicação de questionário online sobre TD; e (3) elaboração de e-book sobre TD. O questionário foi aplicado em três fases: (T0) baseline, (T1) imediatamente após a capacitação e (T2) após 6 meses. As respostas foram classificadas como corretas ou incorretas de acordo com as diretrizes da IADT (International Association of Dental Traumatology). Os testes ANOVA ou Friedman de medidas repetidas foram empregados para comparações das pontuações nas três fases. Para G1 e G2, as pontuações médias foram respectivamente 4,0±1,0 e 4,6±1,6 (T0), 5,9±1,1 e 6,0±1,3 (T1) e 5,5±1,6 e 5,9±1,1 (T2). Nos dois grupos, houve aumento significativo na pontuação média dos participantes em T1 comparado a T0 (p<0,05), que se manteve constante em T2 (p>0,05).

Conclui-se que os profissionais apresentavam pouco conhecimento sobre TD no baseline. Após a capacitação, houve melhora significativa, com retenção do conhecimento em TD após 6 meses.

PN0188 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 03/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

O que é mais estressante para o cirurgião-dentista e cuidadores: atendimento infantil sob estabilização protetora ou sob sedação moderada?
Amorim-Júnior LA, Moterane MM, Alves TCS, Trevisan LM, Costa LRRS, Corrêa-Faria P
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Pouco se sabe sobre o estresse sentido pelo cirurgião-dentista e pelos cuidadores das crianças durante o atendimento de crianças usando técnicas avançadas de manejo do comportamento. O objetivo desta análise secundária de ensaio clínico não randomizado é avaliar o estresse autorrelatado por cirurgiões-dentistas e cuidadores de crianças com problemas de manejo de comportamento no atendimento odontológico tratadas sob sedação moderada (SM) e estabilização protetora (EP). Após o atendimento odontológico de crianças de 2 a 5 anos, com cárie e com história de comportamento não colaborador, sob SM ou EP, os cirurgiões-dentistas e os cuidadores registraram, em uma escala visual analógica (0: nada estressado,100: maior estresse possível), o quanto se sentiam estressados. Os dados foram analisados descritivamente. Trinta crianças (mediana de 40 meses; mínimo 27, máximo 61 meses; 56,7% meninos) foram tratados sob SM (n=21; 70%) ou EP (n=9; 30%). Mais de 90% delas foram acompanhadas pelas mães. Participaram 10 cirurgiões-dentistas e 30 cuidadores. A mediana de estresse autorrelatada pelos cuidadores (23,5; 0-100) e cirurgiões-dentistas (26,0; 0-100) foi baixa. Os cuidadores sentiram-se mais estressados quando a criança foi tratada sob SM (mediana 33; 0-100) do que sob EP (8; 0-100). Por sua vez, os cirurgiões-dentistas sentiram-se mais estressados no atendimento de crianças sob EP (62; 1-100) do que sob SM (6; 0-100).

A partir dos resultados preliminares, concluiu-se que o atendimento sob EP e SM foi pouco estressante para os cuidadores e cirurgiões-dentistas.

PN0190 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 03/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Anquiloglossia e duração de aleitamento materno no primeiro ano de vida: estudo de coorte multicêntrico no Brasil
Heck ABS, Feldens CA, Vítolo MR, Rodrigues PH, Amorim LM, Mantelli AR, Coan GF, Kramer PF
Odontologia PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A identificação e quantificação de fatores de risco da interrupção do aleitamento materno é relevante para o desenho de estratégias de promoção de saúde na primeira infância. O presente estudo multicêntrico investigou a associação entre anquiloglossia e duração de aleitamento materno no primeiro ano de vida em três capitais do Brasil. Uma coorte de crianças ao nascimento, captada em Hospitais de Manaus, Salvador e Porto Alegre, foi acompanhada prospectivamente até os 12 meses. A amostra final foi composta de 294 crianças. Os desfechos envolveram a duração de aleitamento materno exclusivo e total. Anquiloglossia foi coletada aos 12 meses de idade da criança através do Protocolo Bristol. A análise de dados envolveu Regressão de Poisson com variância robusta, com cálculo dos Riscos Relativos (RR) brutos e ajustados e Intervalos de Confiança 95%. A prevalência de anquiloglossia definida e suspeita foi de 1% e 4,8%, respectivamente, totalizando 5,8% (IC 95% 3,1-8,5). Ao comparar crianças com anquiloglossia definida/suspeita e sem anquiloglossia, observou-se que não houve diferença na prevalência de aleitamento materno exclusivo e total com 1, 4 e 6 meses. Análise multivariável mostrou que a probabilidade de a criança atingir 6 meses de aleitamento materno não diferiu entre crianças com anquiloglossia definida/suspeita e crianças sem anquiloglossia (RR=0,98; IC 95% 0,79-1,23; p=0,907).

Em conclusão, a anquiloglossia não esteve associada com o tempo de aleitamento materno exclusivo e total.

PN0191 - Painel Aspirante
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 03/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Resultados de diferentes tratamentos compensatórios da má oclusão de classe II com deficiência mandibular
Almeida JVFP, Carneiro DPA, Menezes CC, Vedovello SAS, Valdrighi H
Ortodontia CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO HERMÍNIO OMETTO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Comparar os efeitos dentoesqueléticos e tegumentares produzidos pelos aparelhos Twin Force Bite Corrector (TFBC) e Aparelho de Protração Mandivular (APM) na compensação da má oclusão de Classe II por deficiência mandibular. Estudo clínico prospectivo realizado com 60 pacientes adultos com má oclusão de Classe II esquelética por deficiência mandibular, tratados com TFBC (n=33) e APM (n=27) associado a aparatologia fixa. Os traçados cefalométricos foram obtidos para cada paciente a partir de telerradiografias em norma lateral antes (t1) e após o tratamento (t2). Dados com distribuição paramétrica e não paramétrica foram analisados pelo teste t pareado e teste de Wilcoxon, respectivamente (P<0.05). Houve diminuição da convexidade óssea facial; retroposicionamento maxilar; melhora na relação maxilomandibular; rotação do plano oclusal no sentido horário; retração dos incisivos superiores; protrusão, vestibularização e intrusão relativa do incisivo inferior; overbite reduzido, overjet reduzido (P<0.05).

Concluiu-se que os protratores mandibulares foram eficazes no tratamento compensatório da má oclusão de Classe II esquelética em adultos, apresentando resultados clínicos semelhantes.

PN0193 - Painel Aspirante
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 03/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Estar fora das redes sociais é estar fora do mercado? preferência de pacientes ao procurar serviços odontológicos
Sgarbi D, Bark MJ, Berretta LM, Hartmann GC, Gasparello GG, Castilhos JS, Ignácio SA, Tanaka OM
Odontologia PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

As plataformas de mídia social continuam a crescer em popularidade em todo o mundo, no Brasil, o número de usuários deve atingir mais de 188 milhões até 2027, contra 165 milhões em 2022. A população em geral quanto os profissionais de saúde, incluindo ortodontistas, estão usando cada vez mais essas plataformas. Portanto, este estudo tem como objetivo avaliar quais plataformas de mídia social os leigos usam quando procuram serviços odontológicos. O estudo utilizou a plataforma Qualtrics e consistiu em duas partes. A primeira parte do estudo coletou dados epidemiológicos dos participantes, enquanto a segunda parte consiste em uma série de perguntas. O questionário padrão era composto por três perguntas: 1) Como você procura serviços odontológicos? 2) Você usa as redes sociais para ler notícias e se manter atualizado? 3) Quais plataformas de mídia social você usa? Dos 266 participantes, 234 (87,97%) relataram buscar indicações de amigos e familiares, enquanto 168 (63,16%) buscaram informações nas redes sociais. Quase todos os participantes 261 (98,12%) relataram usar as mídias sociais para ler notícias e se manter atualizados. As plataformas de mídia social usadas com mais frequência entre os participantes foram Instagram 262 (98,50%), WhatsApp 259 (97,37%) e Facebook 201 (75,56%).

Embora as recomendações de amigos e familiares continuem sendo a forma preferida de procurar tratamento odontológico, conclui-se que a mídia social foi a segunda opção mais popular, o que indica sua crescente influência no processo de tomada de decisão.

PN0194 - Painel Aspirante
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 03/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Aleitamento materno protege contra overjet acentuado na adolescência por reduzir o uso de chupeta: estudo de coorte ao nascimento
Petracco LB, Peres KGA, Nascimento GG, Li H, Vítolo MR, Feldens CA
Odontologia UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Overjet acentuado (OA) impacta negativamente a qualidade de vida relacionada à saúde bucal e o tratamento é complexo e de alto custo, indicando a necessidade de estratégias preventivas. O objetivo do estudo foi investigar o impacto do aleitamento materno e do uso de chupeta na ocorrência de OA na adolescência. Uma coorte prospectiva foi conduzida do nascimento aos 12 anos de idade (n = 214) em São Leopoldo, sul do Brasil. Aleitamento materno e uso de chupeta foram registrados mês a mês no primeiro ano de vida e o overjet foi avaliado aos 12 anos de idade. Foi realizada análise de mediação causal baseada no desfecho contrafactual por meio de modelos de regressão paramétrica para quantificar os efeitos direto do aleitamento materno e o mediado pelo uso de chupeta sobre OA após ajuste para fatores de confusão. A prevalência de OA foi de 40% (IC 95% 34-46%), sendo significativamente maior dentre aqueles sem aleitamento materno (46,9% x 32,0%) e os que usavam chupeta (47,0% x 31,2%) aos 12 meses. Observou-se um efeito protetor total do aleitamento materno sobre OA (OR 0,51; IC 95% 0,27;0,96), dos quais 67,4% foram mediados pelo uso de chupeta (OR 0,64; IC 95% 0,47;0,90). O aleitamento materno reduziu diretamente a chance de OA em 20%, mas sem significância estatística (OR 0,80; IC 95% 0,40; 1,64).

Concluiu-se que aleitamento materno protege contra overjet na adolescência por reduzir o uso de chupeta, demonstrando mais um benefício a longo prazo de aleitamento materno no primeiro ano de vida, reforçando a necessidade de apoio a esta prática por todos os profissionais de saúde.