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PR0703 - Painel Iniciante
Área:
9 - Odontogeriatria
Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 15h30 - 17h30 - Sala: 15
Efeito da pandemia da COVID-19 no quantitativo de tratamentos odontológicos realizados em idosos pelo SUS: um estudo ecológico
Rêgo MCS, Silva-Júnior JL, Catão MHCV, Firmino RT, Granville-Garcia AF
Odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Objetivou-se avaliar como a pandemia da COVID-19 afetou o número de tratamentos odontológicos realizados em idosos pelo SUS no Brasil. Foi realizado um estudo ecológico com dados do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS. Foram coletadas informações sobre os tratamentos odontológicos realizados entre os meses de março de 2017 a fevereiro de 2023 em pacientes com mais de 60 anos. A tendência temporal foi analisada pelo teste de Mann-Kendall e as diferenças mensais pelo estimador Sen's Slope (IC 95%). Foram registrados 1,3 bilhões de tratamentos odontológicos em idosos (0,6% do total). O ano mais afetado foi 2020, com uma queda de 35,9% em relação a 2019. Maiores quedas foram observadas no Nordeste (-54,6%), na área de periodontia (-59,6%), na média complexidade (-53,5%), no grupo com mais de 80 anos (-45,1%) e no sexo feminino (-36,9%). Em 2022, a quantidade de intervenções foi superior a 2019 em todas as regiões, com aumento de 227%. Houve uma tendência crescente no número de tratamentos antes (τ = 0,52; p < 0,001) e durante a pandemia (τ = 0,83; p < 0,001). Antes da pandemia, a média mensal foi de 10.961 (DP = 2.004), com um aumento estimado de 137 (IC95%: 92-188) casos/mês. Durante a pandemia, a média mensal foi de 24.798 (DP = 16.095), com um aumento estimado de 1.388 (IC95%: 1.224-1.571) casos/mês.
A pandemia afetou consideravelmente o número de tratamentos odontológicos em idosos no Brasil. Após uma queda em 2020, houve um aumento expressivo nos anos seguintes, sugerindo uma possível demanda reprimida ou agravo na saúde bucal dos idosos.
PR0704 - Painel Iniciante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 15h30 - 17h30 - Sala: 15
A influência da pandemia da COVID-19 na formação acadêmica e no desempenho de estudantes de pós-graduação
Silva-Júnior JL, Firmino RT, Gomes RDAD, Rodrigues TS, Perazzo MF, Paiva SM, Granville-Garcia AF
Departamento de Odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do estudo foi investigar a influência da pandemia da COVID-19 na formação acadêmica e no desempenho de estudantes de pós-graduação brasileiros. Realizou-se um estudo transversal com 2897 pós-graduandos. A coleta de dados ocorreu por meio de um questionário online abordando aspectos socioeconômicos, psicológicos, uso de ansiolíticos/antidepressivos, satisfação com a saúde e questões sobre o curso. Os dados foram analisados por regressão de Poisson (α=0,05). A maioria (65,4%) dos estudantes relatou que a pandemia impactou a formação acadêmica. Foram associados a esse desfecho ser bolsista (RP = 1,16; IC 95%: 1,09 - 1,23), insatisfação com o curso (RP = 1,26; IC 95%: 1,20 - 1,34), estar em acompanhamento psicológico (RP = 1,11; IC 95%: 1,04 - 1,18), uso de ansiolíticos/antidepressivos (RP = 1,08; IC 95%: 1,01 - 1,15), insatisfação com a saúde geral (RP = 1,25; IC 95%: 1,17 - 1,33) e residir na região nordeste (RP = 1,13; IC 95%: 1,04 - 1,22). Cerca de um terço dos estudantes (32,5%) relataram desempenho acadêmico baixo/muito baixo. Mostraram-se associados a esse desfecho a insatisfação com o curso (RP = 2,29; IC 95%: 2,03 - 2,59), possuir bolsa (RP = 1,14; IC 95%: 1,02 - 1,28), ser mais jovem (RP = 0,99; IC 95%: 0,98 - 1,00), ter depressão (RP = 1,19; IC 95%: 1,04 - 1,36), insatisfação com a saúde (RP = 1,51; IC 95%: 1,33 - 1,73) e ser da região norte (RP = 1,33; IC 95%: 1,06 - 1,66).
A pandemia afetou negativamente a formação e o desempenho dos estudantes de pós-graduação, especialmente aqueles com bolsa de pós-graduação, insatisfeitos com a saúde geral e com o curso de pós-graduação.
PR0711 - Painel Iniciante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 13h30 - 15h15 - Sala: 16
Redução da oferta de procedimentos odontológicos especializados no Brasil: um estudo sobre os efeitos COVID-19
Mariotti C, Dias GC, Sousa LG, Souza LA, Herval AM
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo foi estudar a redução da produtividade dos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) durante a Pandemia da COVID-19. Foi realizado estudo observacional transversal sobre a oferta de procedimentos odontológicos especializados entre os anos de 2019 e 2022, sendo que o ano de 2019 foi considerado como referência de produção habitual. Os dados secundários foram coletados do Departamento de Informática do Ministério da Saúde (DATASUS) referente aos 964 municípios brasileiros com CEO em funcionamento. Os municípios foram agrupados entre aqueles que mantiveram ou superaram os patamares de 2019 e os que tiveram volume inferior ao ano de referência. O percentual de municípios com redução foi de 92,2% para periodontia, 91,6% para endodontia e 90,8% para cirurgia oral. Apesar da melhora, ainda no ano de 2022 a maioria dos municípios não tinha retornado aos patamares de 2019, sendo os percentuais de redução de 66,9% para periodontia, 63,1% para endodontia e 61,2% para cirurgia oral. Foram observadas diferenças estatisticamente significantes nos percentuais de redução entre regiões brasileiras no ano de 2021, sendo a região Sudeste a com maior taxa de redução.
Ainda que a pandemia tenha impactado sobre a produção dos serviços odontológicos especializados, em todas regiões houveram municípios que mantiveram a produtividade em patamares semelhantes ao pré-pandemia. Em todos as especialidades analisadas houve diferenças de percentual de redução, indicando que não houve homogeneidade sobre o funcionamento desses serviços nas diferentes fases da pandemia.
(Apoio: CNPq N° 3/2021)
PR0717 - Painel Iniciante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 15h30 - 17h30 - Sala: 16
Análise da Produção dos Serviços Especializados Odontológico Brasileiros Durante a Pandemia da COVID-9
Braga-Prado OE, Dias GC, Sousa LG, Mariotti C, Souza LA, Herval AM
FOUFU UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo foi analisar a correlação da produção dos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) com indicadores socioeconômicos, estruturais e assistenciais durante o período da Pandemia da COVID-19. Foi realizado estudo observacional ecológico sobre a oferta de procedimentos odontológicos especializados, considerando as características dos municípios CEO, entre os anos de 2019 e 2021. Dados secundários foram coletados do Departamento de Informática do Ministério da Saúde (DATASUS) e do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE). Foram realizadas análises descritivas e correlação de Spearman de 964 municípios brasileiros. Houve uma diminuição importante de 2019 para 2020, com leve recuperação de 2020 para 2021. Nos três anos analisados, os indicadores estruturais tiveram correlação negativa e estatisticamente significante com a produção do CEO. O indicador assistencial e o PIB per capita apresentaram correlação com a produção dos CEO apenas antes da pandemia. A taxa de ocupação e o salário médio mensal apresentaram correlação positiva em todos os anos analisados.
Concluiu-se que produção dos CEO brasileiros está relacionada com a estrutura de saúde e indicadores sociais relacionados ao trabalho dos municípios e esse resultado não teve relação com o estágio da pandemia. Por outro lado, quando se mede o acesso da população aos serviços de saúde, houve uma perda de correlação com a produção dos CEO a partir do ano do ano de início da pandemia.
PR0718 - Painel Iniciante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 15h30 - 17h30 - Sala: 16
Procedimentos odontológicos realizados no estado do Pará: uma análise retrospectiva da demanda na atenção básica de saúde
Pinheiro AN, Oliveira SRF, Policarpo PPS, Cunha RCS, Ribeiro MES, Oliveira RP, Baia JCP
laboratório multidisciplinar odontologia UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Avaliou-se o número de restaurações diretas e exodontia de dentes permanentes, realizadas na atenção básica de saúde (AB) do estado do Pará entre 2018 e 2022. Foram utilizados os dados disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), através da produção ambulatorial (SIA/SUS), onde os valores absolutos de produção mensal foram coletados e tabelados entre os anos de 2018 e 2022. Para análise dos dados, foi realizado o teste de Kruskal-Wallis com post-hoc de Dunn (α=5%). A maior mediana foi observada no ano de 2022 para restaurações diretas (592.63±3.50) e exodontias (677.85±0.80) - já a menor mediana foi observada no ano de 2020, para restaurações diretas (42.47±0.81) e exodontias (188.50±0.86). Para as restaurações diretas, houve uma diminuição significante entre os anos 2019 e 2020 (p≤0.001) e, aumento entre os anos de 2021-2022 (p≤0.001) - não sendo observada diferença significante entre os anos de 2018-2019 e, 2020 -2021 (p≥0.001). Para as exodontias, não foi observada diferença estatística quando comparados os anos de 2018-2019 e entre, 2020-2021 (p≥0.001) - sendo identificado um aumento entre os anos de 2021-2022 (p≤0.001).
O aumento de procedimentos restauradores diretos e de exodontias em dentes permanentes identificada de maneira mais evidente no ano de 2022, sugere uma possível falha na realização de tratamentos preventivos, bem como reflete a dificuldade de acesso dos usuários da AB de saúde no estado do Pará à tratamentos mais conservadores da estrutura dental.
PR0719 - Painel Iniciante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 15h30 - 17h30 - Sala: 16
Satisfação com as instalações dos Centros de Especialidades Odontológicas no Nordeste
Nascimento VAM, Protasio APL, Almeida LFD
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Objetivou-se verificar os fatores associados à satisfação com as instalações dos usuários dos Centros Especialidades Odontológicas (CEO) do Nordeste. Utilizou-se o Módulo III do instrumento de avaliação externa do 2° ciclo do PMAQ-CEO (Programa de Melhoria ao Acesso e Qualidade dos Centros de Especialidades Odontológicas). Analisou-se apenas as respostas dos usuários com dados completos nas 32 variáveis com perdas inferiores a 10% (n= 3.972). Um modelo de regressão logística (α=0,05) foi realizado tendo como variável dependente a satisfação com as instalações dos CEOs. Constatou-se que as chances de os usuários obterem satisfação diminuem quando: os usuários se sentem razoavelmente confortáveis durante o atendimento (OR= 0,27), quando o atendimento é considerado razoável (OR= 0,15), quando o CEO não está em boas condições de uso (OR= 0,23) e não está em boas condições de limpeza (OR= 0,46), quando não há cadeiras o suficiente (OR= 0,45) e quando as placas de identificação não ajudam a encontrar os serviços (OR= 0,43). Os usuários que relataram que não mudariam de CEO têm mais chances de obter satisfação do que aqueles que desejam mudar (OR= 2,39), assim como aqueles que não moram na cidade onde foram atendidos têm mais chances de obter satisfação do que aqueles que residem na cidade do atendimento (OR= 2,02).
É possível concluir que, para obter a satisfação com as instalações dos usuários dos CEOs do Nordeste, pode-se melhorar os serviços em aspectos relacionados às condições de uso do local, a limpeza, a quantidade de cadeiras, ao conforto e as placas de identificação.
PR0721 - Painel Iniciante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 15h30 - 17h30 - Sala: 16
A resposta emocional à publicidade contendo imagens de tratamento: estudo piloto utilizando a escala de Wells
Souza AA, Ulhoa MEL, Carvalho CM, Machado CR, Curi JP, Beaini TL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Normativas como o código de ética odontológica (CEO) e leis como o código de defesa do consumidor visam proteger a população de publicidades antiéticas. Proibidas pela lei 5.081/66 e CEO, a divulgação de imagens de trabalhos odontológicos era desejada pelos profissionais e a resolução do conselho federal odontológico 196/2019 retirou da esfera ética a vedação. Resta entender se o público leigo está preparado para tal exposição. Este estudo piloto objetivou simular publicidades com imagens odontológicas e aferir a resposta emocional desse público por um instrumento utilizado na área do marketing. Uma amostra piloto de 39 pacientes do Hospital Odontológico da Universidade Federal de Uberlândia, utilizou a escala de Wells para aferir a resposta emocional causadas por imagens simuladas de clareamento dental (A), um transcurso endodôntico (B) e imagens computadorizadas de implantes (C). As várias respostas do questionário foram divididas em positivas ou negativas e dos resultados obteve-se análises descritivas e o teste de Qui-quadrado para aferir se havia correlação com o sexo, idade ou escolaridade do indivíduo. Na imagem A 74% foram positivas, enquanto nas B e C apenas 54%. Nota-se que respostas antagônicas como "esse anúncio me causa arrepio" e "esse anúncio me fez sentir bem" obtiveram mesmo resultado (15%). Nenhuma correlação estatística foi estabelecida com os grupos avaliados.
Este estudo inova por utilizar um instrumento de pesquisas de marketing, demonstrando que as respostas às imagens de trabalhos podem causar emoções ambíguas ao mesmo anúncio.
PR0730 - Painel Iniciante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 13h30 - 15h15 - Sala: 17
Panorâmica epidemiológico da distribuição da aids em pacientes infantis no Brasil
Silva DRD, Ribeiro AD, Marques MHVP, Gomes DQC, Costa MMA, Costa EMMB, Pereira JV, Granville-Garcia AF
Odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo desse estudo foi descrever o perfil epidemiológico dos casos notificados de Aids infantil no Brasil nos últimos dez anos. Para isso foi realizado um estudo ecológico, descritivo utilizando a base de dados do DATASUS (2012-2022). Foram coletados dados sociodemográficos, forma de transmissão e ano de maior incidência. Houve a notificação de 4.478 de casos de Aids infantil no período pesquisado e o ano 2012 apresentou o maior número de casos (650). Observou-se uma redução progressiva ao longo dos anos e o ano de 2022 foi o que apresentou menor número (144). O maior número de casos ocorreu na região Sudeste (1.408), seguido da região nordeste (1.309). O sexo feminino (2.300), a faixa de 1 a 4 anos (1.887) e os indivíduos pardos (1.120) foram os mais afetados. Em relação a forma de transmissão a exposição hierárquica (transmissão vertical) foi a mais registrada.
Há a necessidade de políticas públicas com maior ênfase em regiões mais atingidas, esclarecendo sobre a possibilidade de transmissão vertical, em especial, é diagnóstico precoce.
PR0731 - Painel Iniciante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 13h30 - 15h15 - Sala: 17
Mapeamento do perfil dos egressos da faculdade de odontologia da Universidade Federal do Pará
Bezerra AB, Silveira ADS, Emmi DT
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Pará (FO-UFPA) não possui um sistema de acompanhamento de egressos. Assim, o objetivo deste estudo foi mapear os egressos da FO-UFPA, graduados entre 2011 a 2020 para verificar se o perfil do egresso se encaixava no preconizado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN). Obteve-se parecer de aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa nº4.134.128. Utilizou-se um questionário dividido em 4 sessões: perfil sociodemográfico do egresso, perfil de formação, percepções do curso realizado e prática profissional que foi enviado a 864 egressos, por meio das redes sociais. Foram utilizados 2 indicadores quantitativos relacionados a adequação da formação às DCN, que variaram de 0-30 (ruim), 31-45 (razoável), 46-50 (bom), 51-100 (ótima). Obteve-se 281(32,5%) respostas. 52,0% dos egressos são pardos e 64,4% do sexo feminino. 64,8% mencionaram que o curso favoreceu a formação humanística e 52,0% generalista. Já as competências e habilidades foram 62,6% razoavelmente suficientes para a atuação no mercado de trabalho. Trabalhar em serviço particular foi o mais escolhido após a formação (39,5%). O indicador Perfil de Formação Profissional (PFP) mostrou adequação razoável (41,20%) e o indicador Perfil de Prática Profissional (PPP) mostrou adequação ótima (40,21%).
Apesar da maioria dos egressos afirmarem não conhecer as DCN, constatou-se que a FO-UFPA tem formado de acordo com o perfil preconizado pelas DCN.
PR0733 - Painel Iniciante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 13h30 - 15h15 - Sala: 17
Tendência e georreferenciamento das taxas de hospitalizações e de mortalidade por câncer de boca no Estado de Goiás, 2010-2020
Biokino FM, Santos AC, Siqueira NRP, Milani V, Cardoso LL, Zara ALSA, Ribeiro-Rotta RF
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O georreferenciamento das hospitalizações e dos óbitos por câncer de boca (CB) pode auxiliar no estabelecimento de políticas públicas e melhor alocação de recursos. O objetivo do estudo foi investigar a tendência e distribuição espacial das taxas de hospitalizações (TH) e mortalidade (TM) por CB em Goiás. Os dados foram obtidos dos Sistemas de Informações Hospitalares e sobre Mortalidade do Datasus. As malhas digitais e dados da população foram obtidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. As análises de tendência e geoespaciais das TH e TM foram realizadas no período de 2010 a 2020. Essas taxas foram estimadas dividindo-se o número de eventos pela população, vezes 100 mil. A regressão de Prais-Winsten foi aplicada (p≤0,05). Possíveis clusters de ocorrência do CB foram analisados em mapas coropléticos. A TH variou de 0,3 (2010) a 10,3 hospitalizações /100 mil hab. (2012). A análise de tendência para TH foi avaliada em 71 municípios, dos quais 10 tiveram tendência crescente, 2 decrescente e os demais estacionária. Goiás apresentou clusters de TH em 3 regiões diferentes (Central, Norte e Oeste) (p<0,05). A TM variou de 1,8 (2010) a 2,8 óbitos/100 mil hab. (2018). A análise de tendência da TM foi avaliada em 35 municípios, dos quais 3 tiveram tendência crescentes: Bom Jardim de Goiás (p=0,029), Novo Gama (p=0,012) e Aparecida de Goiânia (p=0,025) e os demais estacionária.
Não foram identificados clusters de TM no período estudado. O estado de Goiás vem apresentando uma descentralização gradativa das hospitalizações e tendência crescente da TM por CB.