2499
Resumo encontrados. Mostrando de 2031 a
2040
PR0515 - Painel Iniciante
Área:
1 - Cirurgia bucomaxilofacial
Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 13h30 - 15h15 - Sala: 7
Efeito da ozonioterapia no reparo ósseo alveolar pós exodontia em ratos tratados com ácido zoledrônico
Paulino LMM, Pereira-Silva M, Hadad H, de Jesus LK, Oliveira MEFS, Macedo SB, Okamoto R, Souza FA
Diagnóstico e Cirurgia UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo desse estudo foi avaliar de forma qualitativa e quantitativa os efeitos da ozônioterapia durante o processo de reparo alveolar após exodontia em ratos tratados com ácido zoledrônico. Foram utilizados 48 ratos albinus wistar machos com 3 meses de idade e peso aproximado de 350-450g, divididos em 3 grupos sendo eles; Grupo soro fisiológico (SAL) tratado apenas com soro fisiológico, Grupo Zoledronato (ZOL) induzido com ácido zoledrônico e Grupo Prevenção e Tratamento (GOPT), induzido com ácido zoledrônico e tratado com ozônio. Os grupos receberam indução com ácido zoledrônico com a administração de 4 aplicações de 0,035 mg/kg dissolvido em 0,1ml de veículo, com intervalos de 15 dias entre as aplicações, sendo em seguida submetido a exodontia do primeiro molar inferior direito. O grupo GOPT foi tratado com 0,7mg/Kg de ozônio gás, por via intraperitoneal de 2 em 2 dias antes e após exodontia. Em 14 e 28 dias obteve-se os espécimes para análise histológica, histométrica e imunohistoquímica. Na histométria, em 28 dias o grupo GOPT apresentou uma maior neoformação quando comparado ao grupo ZOL, sendo estatisticamente significante (p<0,05). Qualitativamente observou-se discreto tecido epitelial, e presença de vasos no grupo GOPT, enquanto que no grupo ZOL observamos lacunas vazias, sugerindo um tecido necrótico. Em 14 dias o grupo GOPT apresentou uma intensa imunomarcação de osteocalcina (OC).
Concluiu-se que a ozônioterapia aplicada previamente e após o trauma cirúrgico permite um melhor reparo ósseo alveolar.
PR0521 - Painel Iniciante
Área:
1 - Cirurgia bucomaxilofacial
Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 15h30 - 17h30 - Sala: 7
Avaliação de uma nova membrana nacional de pericárdio bovino na regeneração óssea guiada
Viotto AHA, Izumi NS, Delamura IF, Baggio AMP, Bizelli VF, Torres Augusto R, Pereira-Filho VA, Bassi APF
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A Regeneração Óssea Guiada (ROG) é considerada o método ideal para reconstrução alveolar, sendo a membrana um dos principais materiais utilizados neste processo. Este estudo teve o objetivo de avaliar e comparar, por meio de análise histológica, histomorfométrica, imuno-histoquímica e de micro-tomografia computadorizada o processo de regeneração óssea guiada utilizando membranas de colágeno. Para isso, 96 Rattus norvegicus albinus, Holtzman, foram divididos em 4 grupos: Coágulo sanguíneo (controle); Membrana de colágeno de pericárdio porcino (Jason® - JS - Straumann); Membrana de colágeno de pericárdio bovino (Surgitime Collagen® - CL - Bionnovation); e Membrana de colágeno porcino (BioGide® - BG - Geistlich), sendo este último o controle positivo. Os dados quantitativos obtidos foram submetidos a ANOVA two-way e pós-teste de Tukey, e p < 0,05 foi considerado significativo. Os resultados histológicos apresentaram superioridade da BG (p<0,001), em relação as demais, a partir dos períodos de 30 e 60 dias; JS e CL, não tiveram diferença estatística entre elas (p <0,05). A avaliação microtomográfica demonstrou melhor resultado no volume ósseo total, além da formação de um tecido ósseo mais denso, menos poroso e com menor espaçamento ósseo trabecular, quando o defeito foi recoberto pela Bio-Gide® em relação aos demais grupos (p ≤ 0,001), os quais não tiveram diferença entre eles.
Pode-se concluir que todas as membranas utilizadas no experimento são capazes de promover o reparo ósseo do defeito crítico, entretanto, com diferentes comportamentos biológicos.
(Apoio: FAPESP N° 01619-0)
PR0522 - Painel Iniciante
Área:
7 - Estomatologia
Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 15h30 - 17h30 - Sala: 7
Espectroscopia de impedância elétrica salivar de pacientes com doença do refluxo gatroesofágico (DGRE): estudo piloto
Rodrigues MA, Oliveira DSMS, Guimarães NJ, Santos KIF, Santos ITC, Nascimento WWG, Ortega RM
odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A acidez provocada pela doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é responsável pelos sinais e sintomas da doença, além da sensibilidade dentinária e erosão dentária. A gravidade da erosão dentária causada pela DRGE está relacionada à duração da DRGE, ao pH ácido salivar e qualidade e quantidade de saliva. Medicamentos para o tratamento da DRGE alteram o pH salivar e consequentemente a corrente elétrica. Pacientes com DRGE foram divididos em dois grupos: Grupo DRGE com medicamentos (7 pacientes) e Grupo DRGE sem medicamentos (7 pacientes), além do Grupo Controle (7 pacientes) composto por pacientes sem doenças sistêmicas e sem uso de medicamentos. Após sialometria, as amostras foram analisadas em phmêtro, condutivímetro e em um analisador de impedância elétrica. O Grupo DRGE com medicamentos apresentou média de pH de 7,55 e média de condutividade elétrica de 4,05 mS/cm. Grupo DRGE sem medicamentos apresentou média de pH de 7,56 e média de condutividade elétrica de 3,15 mS/cm. Grupo controle apresentou média de pH de 7,66 e média de condutividade elétrica de 2,86 mS/cm. Houve diferença estatística significativa entre o Grupo DRGE com medicamentos e o Grupo Controle e entre os grupos DRGE com e sem medicamentos (p<0,05, test t de Student). Além disso, os espectros de impedância elétrica medidos nos três grupos apresentaram perfis específicos e correlacionados com os resultados de condutividade elétrica obtidos.
Pacientes com DRGE necessitam de medidas preventivas relacionadas a carga elétrica salivar para controlar o desenvolvimento da erosão dentária.
PR0526 - Painel Iniciante
Área:
7 - Estomatologia
Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 15h30 - 17h30 - Sala: 7
Perfil dos usuários do cigarro eletrônico no meio universitário: estudo piloto
Avelar ALBM, Verazane JC, Pontes AEF, Aquino SN, Verner FS, de Oliveira Reis L, Lacerda MFLS, Ortega RM
odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Surgiu na China em 2003 e se popularizou no EUA entre 2006 e 2009, um dispositivo de liberação de nicotina conhecido como cigarro eletrônico. Atualmente apresenta, entre seus principais usuários os adolescentes e adultos jovens. O objetivo desse estudo foi realizar um levantamento sobre o uso cigarro eletrônico entre os estudantes da Universidade Federal de Juiz de Fora - Campus Governador Valadares. Os dados foram obtidos por questionário eletrônico. Durante os primeiros seis meses em que o questionário esteve disponível, 18 usuários participaram da pesquisa. Nove eram do sexo masculino e nove do sexo feminino. A média de idade foi de 25,4 anos. Sete participantes relataram o uso do cigarro eletrônico apenas, quatro participantes relataram o uso do cigarro eletrônico e cigarro de fumo, dois participantes relataram o uso do cigarro de fumo apenas, um participante relatou o uso de cigarro de fumo e filtro e quatro participantes relataram serem ex-fumantes de cigarro eletrônico, filtro ou fumo. Os usuários do cigarro eletrônico relataram fazer uso uma a três vezes por semana e o tempo médio de uso foi de 12 meses. Oito participantes relataram queixa em relação a alteração da cor dos dentes, três sensibilidade dentinária e três sangramento gengival.
Na amostra, foram identificados fumantes e ex-fumantes. Os participantes relataram alterações na saúde bucal vinculadas ao uso dos cigarros. Considerando que os cigarros eletrônicos são dispositivos relativamente novos, mais estudos são necessários para determinar o perfil dos usuários, assim como, os efeitos na saúde bucal.
PR0530 - Painel Iniciante
Área:
1 - Cirurgia bucomaxilofacial
Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 13h30 - 15h15 - Sala: 8
Avaliação histológica e imunoistoquímica da ozonioterapia como tratamento da osteonecrose dos maxilares induzida por medicamentos
Pietro-Bão JV, Pereira-Silva M, Hadad H, de Jesus LK, Oliveira MEFS, Macedo SB, Okamoto R, Souza FA
Diagnóstico e Cirurgia UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da ozonioterapia no tratamento de osteonecrose dos maxilares induzida por medicamentos. Para isso, foram utilizados 48 ratos wistar distribuídos aleatoriamente nos grupos ZOL, grupo que recebeu indução com zoledronato; GOT, grupo que recebeu zoledronato e tratamento com ozônio e o SAL, grupo que recebeu soro fisiológico ao invés da indução. Os grupos receberam 4 aplicações de 0,035mg/kg de ZOL via caudal quinzenalmente, até a etapa de exodontia dos primeiros molares inferiores direitos, e mantida com mais duas aplicações até a eutanásia. No pós-operatório o grupo GOT recebeu a ozonioterapia, sendo aplicado 0,7mg/Kg de ozônio intraperitonealmente, a cada 2 dias e permanecendo por 4 semanas. Os espécimes foram processados para análise histológica quantitativa e qualitativa, e imunoistoquímica em 14 e 28 dias. Na histologia observou-se uma maior área óssea neoformada no grupo GOT (3,060±0,368mm2), sendo estatisticamente significativo em 28 dias quando comparado ao grupo ZOL (p<0,05). Qualitativamente o grupo GOT e SAL apresentaram um fechamento do epitélio em 28 dias. No grupo ZOL foi observamos uma maior porcentagem de osso necrótico, e uma maior imunomarcação de fosfatase ácida tartarato resistente (TRAP).
Sendo assim, os resultados demonstraram que houve a indução da osteonecrose, assim como a ozonioterapia pode modular o reparo alveolar nos animais induzidos com ácido zoledrônico, com a terapia administrada após o trauma cirúrgico.
PR0532 - Painel Iniciante
Área:
7 - Patologia Oral
Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 13h30 - 15h15 - Sala: 8
Análise de Tópicos de Pesquisa em Câncer Oral e em Doença Periodontal no Brasil e na América do Sul: Análise Métrica
Falck JVF, Albuquerque NLS, Agostini M, Silva-Boghossian CM
Periodontia UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Avaliar o panorama da pesquisa em câncer oral (CO) e em doença periodontal (DP) no Brasil (BR) e na América do Sul (AS) através da ferramenta Scival®️. As informações foram coletadas do Scival®️ (Elsevier), que apresenta quatro seções para análise: geral, avaliação comparativa, colaborações e tendências. A análise abrangeu BR e AS com relação aos dois tópicos de interesse do estudo: CO ("Mouth Neoplasms; Head and Neck Neoplasms; Dentists T.12252") e DP ("Periodontitis; Periodontal Diseases; Oral Health T.31906"). Coletou-se, em abril de 2023, o número de citações, % de participação nos principais periódicos, palavras-chave e a classificação mundial nos tópicos de interesse, no período de 2017>2022. O número de citações do BR é igual ao da AS toda para ambos os tópicos CO (285) e DP (270). Para participação nos periódicos mais relevantes. BR e AS se igualam em 23,8% em DP. BR tem uma participação levemente maior do que AS para o tópico CO, 7,7% e 7,1%, respectivamente. A principal palavra-chave para CO é "mouth neoplasm" e para DP é "periodontitis". Para os dois tópicos verificados, o BR é o único país da AS a figurar entre os primeiros no mundo.
A pesquisa brasileira nas duas temáticas avaliadas, câncer oral e doença periodontal, é a de maior impacto na América do Sul e está entre as primeiras no cenário mundial.
PR0540 - Painel Iniciante
Área:
7 - Imaginologia
Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 15h30 - 17h30 - Sala: 8
Detecção e análise de lesões periapicais em exames de imagem periapicais
Arraes IGM, Lima SS, Freitas LVB, Macêdo MES, Costa DVP, Souto LN, Carvalho PL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo desse trabalho foi avaliar a incidência de lesões periapicais em usuários da clínica de Propedêutica Odontológica da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Pará, por meio da análise de exames radiográficos periapicais, com o intuito de verificar a situação dentária, gênero sexual e tipo de lesão com maior prevalência nessa população. Foi realizado um estudo do tipo observacional e retrospectivo de radiografias periapicais de pacientes atendidos pela clínica de Propedêutica Odontológica I, da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Pará, totalizando 347 exames radiográficos periapicais como objetos de estudo. A seleção das radiografias utilizadas foi a partir da consulta aos prontuários dos pacientes atendidos, entre 2019 e 2022. Analisou-se o total de prontuários de pacientes com lesões periapicais, e classificou-se em radiolúcida ou radiopaca, assim como o sexo e situação dos dentes envolvidos. As lesões radiolúcidas foram as mais incidentes, assim como o sexo feminino foi o com maior frequência, os dentes envolvidos estavam cariados, restaurados ou com tratamento de canal.
Concluiu-se que as lesões radiolúcidas foram mais frequentemente encontradas em exames periapicais, mostrando predileção para o sexo feminino e os dentes envolvidos cariados.
PR0544 - Painel Iniciante
Área:
7 - Estomatologia
Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 15h30 - 17h30 - Sala: 8
Cisto odontogênico calcificante: relato de caso
Silva JS, Corrêa JD
Odontologia PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O cisto odontogênico calcificante é uma lesão rara, de crescimento lento e que possui características tanto de um cisto quanto de uma neoplasia, e por isso, em 2005, a Organização Mundial da Saúde (OMS) o classificou como tumor odontogênico calcificante. O mesmo pode estar relacionado a outros tumores de origem odontogênica, como o ameloblastoma, odontoma e tumores odontogênicos adenomatoides. Os cistos odontogênicos calcificantes acometem indivíduos na segunda e terceira décadas de vida, é predominantemente uma lesão intra-óssea, ocorrendo com igual frequência na maxila e na mandíbula, tendo predileção pelo segmento anterior, região dos incisivos e canino. Assim, o presente trabalho tem como objetivo relatar um caso clínico uma paciente de 60 anos, sexo feminino, com diagnóstico de cisto odontogênico calcificante em maxila. Buscando descrever a configuração clínica e histopatológica do cisto odontogênico calcificante, bem como apresentar o tratamento cirúrgico e acompanhamento clínico e radiográfico pós-operatório.
Considerando que o cisto odontogênico calcificante é raro e indolor, que causa destruição óssea medular e expansão óssea cortical, demonstra a necessidade de um diagnóstico precoce, garantindo ao cirurgião-dentista a eficiência em relação ao tratamento de escolha, evitando, assim, grandes consequências ao processo de recuperação do paciente.
PR0553 - Painel Iniciante
Área:
7 - Patologia Oral
Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 13h30 - 15h15 - Sala: 9
Análise clinicopatológica de cistos dermoides e epidermoides orais
Martins SS, Rodrigues ABR, Cunha JLS, Souza SF, Cavalcante RB, Andrade BAB, Alves PM, Nonaka CFW
Odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Os cistos dermoides (CD) e epidermoides (CE) são cistos de desenvolvimento incomuns na cavidade oral. Este estudo avaliou as características demográficas e clinicopatológicas de pacientes diagnosticados com CDs e CEs orais. Trata-se de um estudo transversal descritivo retrospectivo. A amostra foi composta por 32 CDs (31,4%) e 70 CEs (68,6%). A maioria dos CDs ocorreu no assoalho bucal (n=14; 45,2%), em mulheres (n=17; 53,1%), com idade média de 34,6±21,6 anos. Morfologicamente, todos os CDs foram revestidos parcial ou totalmente por epitélio escamoso estratificado (100%). Na cápsula fibrosa observou-se células inflamatórias crônicas, melanina, reação de células gigantes multinucleadas e imagens negativas de cristais de colesterol. A maioria dos CEs afetou mucosa labial (n=20; 31,7%) de homens (n=39; 56,5%), com idade média de 48,0±19,8 anos. Microscopicamente, a maioria dos CEs (n = 68; 97,1%) foram revestidos completamente por epitélio escamoso estratificado. Dois cistos (2,9%) apresentaram áreas de metaplasia respiratória. Células inflamatórias crônicas, pigmentação melânica, reação de células gigantes multinucleadas e cristais de colesterol também foram observados na cápsula fibrosa. O tratamento de todos os casos foi a excisão cirúrgica conservadora.
Os CDs e CEs são lesões incomuns na cavidade oral e frequentemente confundidos na prática clínica devido à aparência semelhante com diversas lesões orais, portanto, devem ser considerados no diagnóstico diferencial de lesões localizadas no assoalho da boca e mucosa labial.
PR0554 - Painel Iniciante
Área:
7 - Estomatologia
Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 13h30 - 15h15 - Sala: 9
Estudo preliminar: perfil dos pacientes de 0 a 18 anos com síndromes raras atendidos no serviço de odontologia do Hospital das Clínicas da UFMG
Souza RMS, Fonseca GGFG, Pascoal TP, Tavares TS, Sena ACVP, Lanza CRM, Travassos DV, Silva TA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Doenças raras são aquelas que afetam 1,3 a cada 2.000 indivíduos. O serviço de odontologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais atendeu no período de 2009 a 2021 diversos pacientes portadores destas doenças. O objetivo deste trabalho foi realizar a análise descritiva dos dados referentes às demandas de tratamento dos pacientes com síndromes raras de 0 a 18 anos. As informações foram obtidas por meio da avaliação de prontuários médicos e odontológicos. A amostra incluiu 55 pacientes, portadores de 40 síndromes raras, sendo 34 do sexo feminino e 21 do sexo masculino, a média de idade foi de 8,01 anos, 36 faziam uso de medicação. Sete indivíduos foram atendidos durante algum período de internação e 9 necessitaram de avaliação odontológica pré-transplante, sendo 8 para medula óssea e 1 renal. Treze pacientes queixaram-se de dor em cavidade oral em algum momento durante acompanhamento. Registrou-se 138 dentes cariados, 15 remanescentes radiculares, 11 dentes permanentes ausentes, 19 lesões de mucosa e 13 casos de higiene oral insatisfatória. Os tratamentos incluíram exodontia (n=36), restaurações (n=99), higienizações orais (n=105), tratamento periodontal (n=21), sessões de fotobioestimulação (n=17) e orientações de higiene oral (n=42). O tempo de acompanhamento médio foi de 519,87 dias e 3 pacientes evoluíram a óbito.
Os pacientes com síndromes raras apresentam elevada demanda por tratamento odontológico. Os dados podem ser úteis na elaboração de estratégias de diagnóstico e tratamento odontológico para este grupo de pacientes.