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 2118 Resumo encontrados. Mostrando de 581 a 590


PN0608 - Painel Aspirante
Área: 7 - Imaginologia

Apresentação: 09/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Definição da região de interesse na avaliação do reparo ósseo alveolar por microtomografia computadorizada
Borges JS, Costa VC, Irie MS, de Rezende Barbosa GL, Spin Neto R, Soares PBF
Faculdade de Odontologia-FOUFU UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo avaliou a influência do alvéolo de extração (raiz distal ou lingual) e a definição do tipo de região de interesse (ROI), na avaliação do reparo alveolar pós exodontia por microtomografia computadorizada (micro-CT). A amostra compreendeu de imagens de micro-CT de 7 mandíbulas de ratos Wistar, submetidos a extração do primeiro molar inferior direito (M1). As imagens reconstruídas foram analisadas quanto: (1) ao alvéolo de extração: raiz distal e raiz mesiolingual e (2) ao método de definição da ROI: manual (MA) e pré-definida: central circular (CR) e periférica circular (PR). Os valores de fração de volume ósseo (BV/TV) foram analisados por ANOVA two-way com teste post hoc de Tukey (alfa = 5%). Em relação ao alvéolo de extração, a raiz distal apresentou valores de BV/TV significativamente menores do que a raiz mesiolingual para os grupos MA (P = 0,001), CR (P < 0,001) e PR (P < 0,001). Em relação a ROI, ao avaliar a raiz distal, os valores de BV/TV foram significativamente maiores (P < 0,001) para MA em relação a CR e PR, com menor quantidade de tecido ósseo neoformado para CR. No entanto, nenhuma diferença significativa foi observada para MA (P = 0,855), CR (P = 0,769) e PR (P = 0,453) em relação a raiz mesiolingual.

O alvéolo de extração e a definição do tipo de ROI afetaram os resultados morfométricos por micro-CT na avaliação do reparo ósseo alveolar. A utilização do método pré-definido com ROI padronizada na região central do alvéolo de extração da raiz distal permitiu a avaliação do volume ósseo, demonstrando a região mais crítica do processo de neoformação óssea.

(Apoio: CAPES  N° 001  |  CNPq)
PN0609 - Painel Aspirante
Área: 7 - Imaginologia

Apresentação: 09/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Quantificação das alterações identificadas em tomografia de feixe cônico na osteonecrose dos maxilares relacionada a medicações
Grossi LD, Biancardi MR, Soares MQS, Santos PSS, Honório HM, Bullen IRFR
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi verificar diferenças em Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC), de indivíduos tratados com antirreabsortivos e antiangiogênicos, nos quadrantes com OMAM clínica e os sem osteonecrose. As análises foram analisadas pelo estudo de 27 exames de TCFC com pelo menos um quadrante com diagnóstico de OMAM, totalizando um n de 94 quadrantes. O ligamento periodontal foi a característica examinada nas imagens tomográficas. Foi realizada uma análise de regressão logística multivariada, com as variáveis independentes: tipo e tempo de uso do medicamento (em meses), via de administração, uso de corticoides, idade, gênero, quadrante afetado e doença de base. Foi utilizado o software JAMOVI e a associação foi mensurada por meio do odds ratio em um intervalo de confiança de 95%, incluindo-se, no modelo, as associações que mostravam desfecho com p<0,05. Ao final das comparações entre os quadrantes foi possível perceber que o espessamento do ligamento periodontal está relacionado com o tempo de uso do medicamento e com a idade. Sendo que quanto maior o tempo de uso do medicamento aumenta em 98x a chance de haver espessamento do ligamento periodontal. As demais associações entre as variáveis independentes não foram significativas.

Conclui-se que o espessamento do ligamento periodontal têm aumento significativo em pacientes que utilizam os medicamentos associados a osteonecrose.

(Apoio: CAPES  N° 001 )
PN0610 - Painel Aspirante
Área: 7 - Estomatologia

Apresentação: 09/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Indicadores de saúde oral em pacientes com hiperparatireoidismo primário e hipoparatireoidismo: estudo observacional
Borges MMC, Cid AMPL, Ricardo AAS, Vieira AF, Silva PGB, Quidute ARP, D'alva CB, Costa FWG

Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A cavidade oral é potencial sede para manifestação de várias doenças do sistema endócrino. O presente estudo observacional, controlado, objetivou avaliar indicadores de saúde oral em pacientes com hiperparatireoidismo (HPTP) e hipoparatireoidismo (HipoPT) em comparação a indivíduos saudáveis. Foram examinados 50 indivíduos, igualmente distribuídos, comparados a controles na proporção de 1:2. Variáveis de saúde oral associadas a status dentário e parâmetros periodontais foram investigadas. Ambos os grupos apresentaram médias similares para frequência de escovação dentária diária e uso de fio dental, além de uma média aproximada de 17 dentes presentes. A média de escores ICDAS para experiência de cárie foi maior em indivíduos portadores de HPTP, já para atividade de cárie, foi superior nos portadores de HipoPT. O fluxo salivar médio também foi baixo em ambos os grupos. Índices de placa bacteriana, sangramento gengival e as médias de perda de inserção resultaram em valores absolutos maiores no grupo HipoPT. A idade influenciou na perda dentária. No grupo HipoPT, observou-se um menor número médio de dentes presentes (p=0,006), anteriores (p=0,004) e posteriores (p=0,022) e maior média de dentes ausentes (p= 0,006) entre indivíduos com idade acima de 50 anos.

Em síntese, os dados da presente pesquisa apontam que mudanças locais no sistema estomatognático podem ser decorrentes de um comportamento metabólico alterado em portadores de HPTP e HipoPT, o que reforça a importância de estudos sobre saúde oral em pacientes com desordens sistêmicas.

(Apoio: CNPq  N° 315479/2021-3)
PN0611 - Painel Aspirante
Área: 7 - Estomatologia

Apresentação: 09/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

O uso da inteligência artificial auxiliando o diagnóstico do câncer bucal
Tobias MAS, Nogueira BP, Santana MCS, Pires RG, Papa JP, Lemos CA, Santos PSS
Estomatologia, Radiologia e imaginologia UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste projeto é o desenvolvimento de um software ao profissional que faz diagnóstico de câncer bucal com o intuito de melhorar a acurácia ao diagnóstico. Utilizando o software de gerenciamento de pacientes da Universidade de São Paulo da FOB e FOUSP, indivíduos foram identificados ao buscar por lesões com diagnóstico de câncer, lesões com potencial de transformação maligna e de cavidade oral com aspecto de normalidade. Foram então, categorizados os dados de prontuário e imagens fotográficas clínicas, de acordo com o diagnóstico definitivo, confirmado por biópsia através do laudo histopatológico. Após a coleta das imagens foi realizado um pré-processamento e um conjunto de arquiteturas foi treinado (aprendizado da rede neural) para tarefas de segmentação e classificação a partir de um dataset de 1067 imagens fotográficas. As arquiteturas estudadas foram avaliadas usando métricas padrão, Precision=77%, Recall=78.5%, Accuracy=78% e F-measure=77% para a arquitetura ResNet152, que apresentou melhores resultados para ambas as tarefas.

Os resultados de acurácia são aceitáveis, compatíveis com o observado na literatura, abrindo a possibilidade para o desenvolvimento de redes neurais para suporte ao diagnóstico de câncer bucal.

PN0612 - Painel Aspirante
Área: 7 - Imaginologia

Apresentação: 09/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Variações no posicionamento do canal da mandíbula em Classe I, II e III esquelética - estudo tridimensional
Teodoro AB, Arruda KEM, Goulart DR, Olate S, Valladares-Neto J, Cevidanes LHS, Silva MAG
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A posição do canal da mandíbula (CM) pode auxiliar no planejamento cirúrgico e ortodôntico. O objetivo deste estudo foi examinar de modo tridimensional (3D) a localização do CM em Classe I, Classe II e Classe III esqueléticas. A metodologia constituiu-se de segmentação da mandíbula e do CM e marcação sistemática de pontos de referências por meio dos softwares ITK-SNAP e 3D Slicer em 75 imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico. Posteriormente, medidas latero-mediais (L-M), supero-inferiores (S-I) e 3D foram verificadas. Notou-se que a posição do CM variava de acordo com a má-oclusão esquelética, bem como por características morfológicas mandibulares. O CM está posicionado mais próximo da linha oblíqua em Classe III. Na região central, o CM pode estar mais vestibularizado. Além disso, na área do forame mentual, a Classe III esquelética apresenta o CM próximo a cortical lingual. Novos achados deste incluem a correlação com sexo e ângulo goníaco.

Com base neste estudo, estima-se que o planejamento ortodôntico e cirúrgico deve considerar possíveis variações no posicionamento do CM nos diferentes padrões esqueléticos, podendo auxiliar na escolha de mini-implantes, parafusos de ancoragem esquelética, parafusos de fixação ou localização da osteotomia, prevenindo lesões ao nervo alveolar inferior.

PN0613 - Painel Aspirante
Área: 7 - Imaginologia

Apresentação: 09/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Efeito de diferentes parâmetros na aquisição de imagens microtomográficas na análise de reparo ósseo
Reis NTA, Irie MS, Borges JS, Spin Neto R, Soares PBF
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo avaliou o efeito de dois parâmetros de escaneamento (data binning e frame averaging) durante a aquisição de imagens de reparo ósseo. Quatro tíbias de ratos Wistar com defeito ósseo cirúrgico foram escaneadas no microCT com resolução de 10 μm. Para cada escaneamento, os valores de data binning (1, 2 e 4) e frame averaging (1 e 2) foram alterados. Os volumes reconstruidos foram avaliados no software CTan para os parâmetros: BV (volume ósseo), BV/TV (fração de volume ósseo), Tb.Th (espessura trabecular), Tb.N (número trabecular) e Tb.Sp (separação trabecular). ANOVA two-way foi realizada para avaliar o data binning e frame averaging , seguido pelo teste Bonferroni post hoc (p<0,01). O efeito do frame averaging não foi significativo para nenhum dos parâmetros avaliados. O aumento do data binning levou a maior espessura trabecular. Em contraste, menor BV/TV e BV foram encontrados à medida que data binning aumentou. Tb.N e Tb.Sp não foram influenciados por nenhum dos parâmetros avaliados.

O resultado morfométrico da avaliação do reparo ósseo por microCT demonstrou dependência do data binning, mas não para frame averaging. A aquisição de imagens de pequenas estruturas anatômicas como trabéculas de ratos deve ser realizada sem data binning.

(Apoio: CAPES  N° 001)
PN0614 - Painel Aspirante
Área: 7 - Estomatologia

Apresentação: 09/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Análise proteômica revela RACK1 como potencial biomarcador em lesões de leucoplasia verrucosa proliferativa
Barbeiro CO, Ormeño EAA, Palaçon MP, Ferrisse TM, Silva EV, Navarro CM, León JE, Bufalino A
Diagnóstico e Cirurgia UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A leucoplasia oral (LO) e a leucoplasia verrucosa proliferativa (LVP) são desordens potencialmente malignas orais que possuem risco elevado de transformação maligna para carcinoma oral (CO). A LVP apresenta um curso clínico mais agressivo, com taxa de transformação maligna maior que 70%, sendo a prevenção e o diagnóstico precoce essenciais para um melhor prognóstico. O objetivo deste estudo foi analisar comparativamente o perfil proteômico da LO e da LVP por meio da associação da microdissecção a laser e cromatografia líquida acoplada a espectrometria de massas em tandem para identificar potenciais biomarcadores. De 309 proteínas, as proteínas 14-3-3 e RACK1 foram selecionadas com base no valor de expressão diferencial, função biológica, interação dos clusters, fold change maior que 1.2, dados da literatura destes marcadores na carcinogênese e potencial terapêutico. A validação de ambas foi realizada por meio da intensidade de marcação imunohistoquímica intraepitelial de 49 amostras de LO, 114 amostras de LVP e 20 amostras de CO oriundos de pacientes com LVP, avaliada no software Pixel Count V9. Os resultados mostraram diferença estatística significativa para análise multivariada (p=0,011), sendo a diferença estatística para RACK1 (p=0,010) entre os grupos LO e CO (p=0,039) e LVP e CO (p=0,007) após pós-teste de Tukey.

A redução nos níveis proteicos de RACK1 em CO oriundos de pacientes com LVP em relação a LO e LVP pode indicar que alterações nesta via podem estar relacionadas com o processo de transformação maligna da LVP.

(Apoio: CAPES  N° 001  |  CNPq  N° 423945/2016-5  |  FAPESP  N° 2017/01438-0)
PN0616 - Painel Aspirante
Área: 7 - Estomatologia

Apresentação: 09/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

O efeito da rosuvastatina na osteonecrose da mandíbula induzida por bifosfonatos, estudo em modelo animal
Soares NL, Andreis JD, Sepanski C, Oliveira GS, Silva LAB, Oliveira FB, Mecca LEA, Chibinski ACR
Odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O intuito do estudo foi analisar o efeito da Rosuvastatina sobre a osteonecrose da mandíbula em modelo animal. 48 ratos machos Wistar foram divididos em 4 grupos: C (solução salina via gavagem), RS (Rosuvastatina 3,2mg/Kg via gavagem), BF (ácido zoledrônico 0,1mg/Kg via IP) e BFRS (ácido zoledrônico 0,1mg/Kg IP + Rosuvastatina 3,2 mg/Kg/dia via gavagem) após tratamento com Bifosfonatos. Na 6ª semana, foi realizada à exodontia e após 6 semanas, foram realizadas as análises. Histologicamente os grupos C e RS não apresentaram osteonecrose o grupo BF apresentou tecido necrótico em 100% dos casos e o grupo BFRS apresentou em 75%. Radiograficamente, os grupos C e RS apresentaram cicatrização (100%), o grupo BF demonstrou maior quantidade de casos com seqüestros ósseos (80%) comparados ao BFRS (40%). Clínicamente, não houve exposição óssea no grupo C e RS já no BF foi observada a quantidade de casos (80%) em comparação com o grupo BFRS (40%). No laser Doppler e vasos sanguíneos histológicos, o grupo BF apresentou menor fluxometria e vasos sanguíneos, quando comparados com o grupo BFRS e demais grupos, enquanto entre os grupos C e RS, não foi observada diferença estatística. Em relação à severidade da osteocrose, o grupo BF apresentou predominância por maiores escores, porém não se obteve diferença estatística com o grupo BFRS.

A Rosuvastatina não interferiu na osteonecrose induzida por Bifosfonatos. No entanto, quando associada ao BF, apresentou aumento nos vasos e fluxo sanguíneo.

(Apoio: CNPq  N° 1  |  CAPES  N° 2)
PN0617 - Painel Aspirante
Área: 7 - Estomatologia

Apresentação: 09/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Avaliação do tratamento medicamentoso conservador em lesões de células gigantes dos maxilares
Tomazelli KB, Lisboa ML, Meurer MI, Camargo AR, Rabelo GD, Facchin BMC, Francisconi NS, Grando LJ
Patologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo retrospectivo foi avaliar pacientes com diagnóstico de lesão central de células gigantes (LCCG), tratados com terapia medicamentosa conservadora e discutir suas características e desfechos clínicos. Onze casos diagnosticados com LCCG tiveram seus dados clínicos revisados nos prontuários e acervo de imagens de um Núcleo de Odontologia Hospitalar em Santa Catarina. As lesões foram analisadas e classificadas em não agressivas ou agressivas, dependendo do predomínio de características clínicas e radiográficas. Os dados coletados foram analisados estatisticamente para verificação de associação e correlação (teste exato de Fisher e teste de correlação de Spearman, p<0,05). Dos pacientes estudados, 55% eram mulheres, a média de idade foi de 24 anos e o sítio mais afetado foi a mandíbula (55%). As lesões agressivas (45%) estavam localizadas em sua maioria na maxila (60%) e em homens (60%). Não houve associação do sexo com a agressividade (p=0,56). A calcitonina em spray nasal foi utilizada em 82% dos pacientes e foi administrada em associação a injeções intralesionais de corticoide em 64% dos casos, com tempo de uso variando de 6 semanas a 26 meses. Houve regressão da lesão em 73% dos tratamentos e em 64% houve abordagem cirúrgica combinada. Não houve correlação significante entre idade e os tempos de evolução e do tratamento conservador.

Os benefícios da terapia medicamentosa conservadora são extremamente importantes para a redução do tamanho da lesão, especialmente por levar a uma abordagem cirúrgica conservadora, diminuindo as sequelas.

PN0618 - Painel Aspirante
Área: 7 - Estomatologia

Apresentação: 09/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Associação de variantes gênicas e desenvolvimento de mucosite oral em pacientes pediátricos com osteossarcoma
Zieger RA, Botton MR, Curra M, Thieme S, Jardim LC, Gregianin LJ, Siebert M, Martins MD
Patologia Bucal UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A patogênese da mucosite oral (MO) é complexa e uma nova fronteira na previsão de risco envolve compreender o impacto de variantes genéticas (VG). O objetivo do estudo é investigar a associação entre VG e a presença e severidade de MO em pacientes pediátricos com osteossarcoma (OS) submetidos à quimioterapia (QT). Foi realizado um estudo longitudinal observacional retrospectivo. Características demográficas e clínicas foram coletadas. A MO foi graduada diariamente pela escala da Organização Mundial da Saúde. Amostras de sangue foram coletadas e o DNA extraído. As VG foram avaliadas por sequenciamento de nova geração para 60 regiões codificantes de 19 genes. A análise de enriquecimento de vias de ontologia gênica foi realizada usando GeneAnalyticsT e a Enciclopédia de Genes e Genomas de Kyoto (KEGG). Foram avaliados 14 pacientes pediátricos com OS submetidos a 161 ciclos de QT. Os protocolos mais utilizados foram metotrexato em altas doses (HDMTX) (66,7%) e doxorrubicina + cisplatina (30,9%). A MO foi diagnosticada em 126 ciclos (78,2%). Nos ciclos HDMTX, a presença de MO foi associada a ABCA3 (rs13332514) e MTHFR (rs1801133). Em ambos os protocolos de QT, VG da família ABC (especialmente ABCC2 e ABCC4) foram associadas à severidade de MO. A análise de KEGG mostrou que ABCC2 e ABCC4 foram associados a diferentes vias em ambos os protocolos.

O gene MTHFR foi relevante para a presença de MO nos ciclos HDMTX. A família de genes ABC, principalmente ABCC2 e ABCC4, parece estar envolvida com presença e severidade da MO em pacientes com OS recebendo HDMTX, doxorrubicina e cisplatina.

(Apoio: CAPES  N° 001  |  CNPq  N° 302201/2015-7   |  PRONON  N° 25000.056.976/2015-52)