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PR0686 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 13h30 - 15h15 - Sala: 15

Significados produzidos por gestores de saúde bucal diante da pandemia de COVID-19: análises qualitativas iniciais
Souza LA, Leonel LME, Bulgareli JV, Herval AM
Programa de Pós Graduação em Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O estudo buscou compreender os significados produzidos por gestores da saúde bucal diante do cenário de adequação dos serviços de saúde promovidos pela pandemia da COVID-19. Realizou-se um estudo qualitativo com gestores de saúde bucal de municípios mineiros que possuem Centros de Especialidades Odontológicas. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas e analisados utilizando a Teoria Fundamentada de Dados. As sete entrevistas realizadas permitiram a confecção da categoria central: "Você tinha que passar segurança, mesmo você sentindo muito medo" e mais cinco categorias interacionadas: 1) Instrumentos, ações e estratégias na organização dos atendimentos odontológicos; 2) "A população parece que entendeu mais que os profissionais"; 3) Diferentes posturas frente o retorno aos atendimentos odontológico; 4) "A Odontologia tem que evoluir igual os outros, tem que andar lado a lado e não atrás"; 5) "A gente teve que se transformar, se reestruturar, se reorganizar".

Foi possível compreender que o cenário imposto pela pandemia produziu significados sobre a necessidade de aquisições de novas habilidades no campo da gestão de pessoas e mediação de conflitos, do planejamento e sua maleabilidade, além de conhecimentos sobre licitações e orçamento público. Os gestores também se sentiram aptos para integração com as equipes técnicas, diálogo com responsáveis pela gestão e com os poderes públicos.

PR0687 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 13h30 - 15h15 - Sala: 15

ESTRATÉGIAS EDUCACIONAIS ACERCA DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E SUA INFLUÊNCIA NA FORMAÇÃO DE GRADUANDOS EM ODONTOLOGIA
Carvalho EM, Silva FL, Tavares SJO, Silveira FM, Assaf AV
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE- PÓLO NOVA FRIBURGO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo objetivou avaliar o efeito de uma intervenção educativa teóricoprática na formação profissional de estudantes de Odontologia. Uma avaliação antes e após uma estratégia educacional teórico-prática voltada à atenção em saúde bucal de PcD foi realizada com estudantes do quarto ano da graduação em Odontologia do Instituto de Saúde de Nova Friburgo da Universidade Federal Fluminense (ISNF/UFF), questionários semiestruturados foram utilizados para avaliar os seguintes constructos: técnico, organizacional e de gestão no ambiente de trabalho e ético/social. Os dados coletados foram analisados no programa Jamovi versão 2.3.2 com nível de significância de 5% (p<0,05), por meio do teste exato de Fisher e teste Qui-quadrado, para verificação de possíveis associações dentre as variáveis analisadas, já a análise qualitativa foi realizada por meio do Discurso do Sujeito Coletivo. Houve diferenças estatísticas significativas na competência técnica para atendimento de baixa complexidade à PcD, os alunos também se sentiram mais aptos em gerir e organizar o ambiente de trabalho adequadamente. Uma diminuição na insegurança e no sentimento de pena, medo ou preconceito em relação as PcD foi observada. Os alunos também se sentiram mais aptos em realizar atendimentos humanizados às PcD.

A intervenção educativa teórico-prática acerca de PcD se mostrou positiva para os alunos de graduação em Odontologia, tanto nos constructos de dimensão técnica, dimensão organizacional e de gestão no ambiente de trabalho e dimensão ética/social.

PR0688 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 13h30 - 15h15 - Sala: 15

Disparidades na morbidade atendida por dor de dente pelas equipes de Saúde Bucal na Atenção Primária à Saúde no Brasil
Diniz FC, Silva ET, Ribeiro BA, Silva LA, Pinheiro EL, Chalub LLFH, Senna MIB, Ferreira RC
Faculdade de Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se comparar as taxas de atendimentos odontológicos por dor de dente realizados pelas Equipes de Saúde Bucal na Atenção Primária à Saúde (APS), entre as regiões brasileiras, no ano de 2022. Foram estimadas as taxas anuais de atendimento odontológico por dor de dente (por 1000 usuários), para o país e cada região brasileira. As taxas foram calculadas pelo número total de atendimentos odontológicos na APS, em que o campo de vigilância deste agravo foi registrado na Ficha de Atendimento Odontológico Individual do e-SUS-APS, dividido pela população cadastrada. Comparação entre as regiões foi realizada pela razão entre as taxas, tomando como referência a região com a menor taxa. Os dados foram extraídos do Sistema de Informação em Saúde para Atenção Básica. A taxa de atendimento odontológico por dor de dente foi 11,3/1000 usuários. A menor taxa foi observada na região Sul (8,4/1000 usuários). As taxas foram 1,7, 1,6 e 1,5 vezes maiores nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, respectivamente. A taxa da região Sudeste foi 1,1 vezes maior do que a observada na região Sul.

Eventos agudos ainda se configuram como uma demanda frequente nos serviços de saúde podendo indicar que as graves condições de saúde bucal ainda persistem, com disparidades regionais no território nacional.

PR0690 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 13h30 - 15h15 - Sala: 15

Discriminação no meio acadêmico e qualidade de vida de estudantes: Um estudo transversal em três faculdades de odontologia brasileiras
Sartori LRM, Karam SA, Chisini LA, Oliveira LJC, Saboia VPA, Corrêa MB
Programa de Pós-Graduação em Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se avaliar se a discriminação ocorrida no meio acadêmico estava associada à qualidade de vida de estudantes de odontologia da Universidade Federal de Pelotas, Universidade Católica de Pelotas e Universidade Federal do Ceará - campus Fortaleza. Este estudo transversal foi conduzido de agosto a outubro de 2019 através de questionários autoadministrados (Parecer CEP FO-UFPel #3.481.598/2019). A qualidade de vida autorreportada foi mensurada através do item geral do WHOQOL-BREF e a discriminação em situações acadêmicas foi mensurada através de sete itens adaptados da Escala de Discriminação Explícita. No software RStudio 1.0.7 (RStudio Team, MA, USA) foram conduzidas análises descritivas, bivariadas e de regressão logística (α=5%). Um total de 732 estudantes participaram (taxa de resposta=70,2%). Grande parte reportou cor de pele branca (67,9%), sexo feminino (66,9%) e renda familiar elevada, e 18,1% reportou qualidade de vida neutra ou negativa. Notou-se que reportar pelo menos uma experiência discriminatória, em comparação à estudantes que não reportaram experiências, foi associado a uma maior chance de reportar pior qualidade de vida (ORaj:2,54 [IC95%:1,47-4,34]) e, que a cada experiência adicional relatada houve um aumento de 25% [IC95%:1,10-1,42] na chance de relatar pior qualidade de vida.

Conclui-se que vivenciar discriminação no ambiente acadêmico foi associado a pior qualidade de vida entre estudantes de odontologia, o que fomenta a necessidade de medidas institucionais de acolhimento, conscientização e combate à discriminação.

PR0691 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 13h30 - 15h15 - Sala: 15

Pré-natal odontológico sob a perspectiva dos gestores municipais em saúde bucal no Brasil: estudo em nível nacional
Pessoa MN, Santos MO, Raimundo ACS, Probst LF, Pardi V, Tagliaferro EPS
Pós Graduação UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo transversal analisou a prática do pré-natal odontológico (PNO) na Atenção Primária à Saúde (APS), sob a perspectiva de gestores municipais em saúde bucal brasileiros. Um questionário online com perguntas sobre o município, o perfil sociodemográfico e de formação acadêmica do gestor, características gerais relacionadas à atenção à saúde bucal no município e à atenção à saúde bucal da gestante foi utilizado. O Índice de Desenvolvimento Humano dos municípios também foi coletado e incluído nas análises. Foram realizadas análises descritivas dos dados e aplicados modelos de regressão logística simples e múltiplo, com cálculo dos odds ratio (p<0,05), tendo como desfecho a "prática do PNO na APS". Participaram do estudo 753 gestores (Região Sudeste=39,0%, Região Sul=24,4%, Região Nordeste=22,3%, Região Norte=7,6%, Região Centro-Oeste=6,6%). A maioria (69,9%) era do gênero feminino e a idade média foi de 40,1 anos. O PNO foi considerado uma prática consolidada na APS do município para 68,8% dos gestores. Maior chance de apresentar prática consolidada do PNO foi observada nos municípios que encaminham as gestantes para avaliação odontológica logo que iniciam o pré-natal (OR=11,58; IC95%: 1,47-91,08) e onde a participação dos dentistas nas atividades de educação em saúde é uma prática consolidada (OR=9,42; IC95%: 3,47-25,56).

Conclui-se que o PNO é considerado uma prática consolidada pela maioria dos gestores e associado ao encaminhamento precoce das gestantes para avaliação odontológica e à participação dos dentistas em atividades de educação em saúde.

PR0692 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 13h30 - 15h15 - Sala: 15

Condição bucal e qualidade de vida de indivíduos transgêneros: um estudo transversal
Oliveira HAG, Feitosa DS, Perez DEC, Pontual MLA, Santos PMF, Ramos-Perez FMM, Pontual AA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do estudo foi avaliar a condição bucal e qualidade de vida de indivíduos transgenêros (trans). O presente estudo, quantitativo, epidemiológico do tipo transversal, descritivo e exploratório, foi realizado na Clínica do Curso de Odontologia da UFPE. A amostra foi constituída por indivíduos trans com idade a partir de 18 anos e excluídos aqueles que fizeram uso de antibióticos até 30 dias antes do exame bucal. Os dados foram coletados através de questionário para obtenção de dados sociodemográficos, hábitos de vida e a qualidade de vida através do OHIP-14. Foi realizado também o exame bucal para análise da condição bucal e dentária. Foram avaliados 29 indivíduos. A média de idade foi de 32,52 ± 6,54 anos, sendo 79,31% mulheres trans e 20,69% por homens trans, 37,93% possuíam ensino médio completo e 75,86% tinham renda salarial de até um salário mínimo. O uso de hormônio foi observado em 86,66%, sendo a terapia com estrogênio a mais prevalente (46,15%). Foi observado fluxo salivar ideal em 20,68% e com redução em 55,18%. A média de dentes encontrada foi de 27,48 ± 4,22, sendo a média do CPOD total de 13,20 ± 7,84. A gengivite foi vista em 85,19% dos indivíduos, ao passo que a presença de periodontite foi observada em 18,52%. A dimensão de desconforto psicológico seguida da dimensão de dor física, foram as dimensões que mais afetaram a qualidade de vida dos indivíduos.

É possível concluir que cárie, obturações, dentes perdidos, doenças periodontais e redução do fluxo salivar são condições frequentes da população trans avaliada e promovem impacto na qualidade de vida.

PR0695 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 13h30 - 15h15 - Sala: 15

Relacionamento entre pais e filhos: o impacto da pandemia por COVID-19
Steinbach M, Kammer PV, Silva CA, Santos KS, Lima VAS, Massignan C, Bolan M
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este é um estudo transversal que buscou avaliar como a pandemia impactou a relação entre pais e filhos. Através do WhatsApp e redes sociais, 466 pais de crianças com idade entre 3 e 10 anos responderam um questionário com: frequência com que permitiam o uso de dispositivos eletrônicos, frequência com que ajudavam nas tarefas escolares e frequência com que as crianças testemunhavam discussões entre eles e outros adultos. As variáveis independentes foram idade, sexo e sistema educacional da criança; idade, sexo e educação dos pais; renda familiar; número de pessoas que contribuem para a renda e que vivem no domicílio, se o respondente era responsável pelas atividades domésticas e se essas afetaram sua rotina. Para verificar os fatores associados às mudanças na relação entre pais e filhos, foram realizados modelos de regressão multinomial, de acordo com os diferentes resultados. Foi realizada uma análise não ajustada das variáveis independentes, aquelas com valor de p <0,20 foram incluídas no modelo ajustado. Foram obtidas as razões de chances (RC) e intervalos de confiança de 95%. Após o início da pandemia, os pais começaram a ajudar mais seus filhos com as tarefas escolares (343 - 73,6%) e permitiram que seus filhos usassem dispositivos eletrônicos para entretenimento com maior frequência (358 -76,8%). A maioria dos pais relatou que as crianças continuaram a testemunhar o mesmo número de discussões durante a pandemia (256 - 54,9%).

O presente estudo apontou para mudanças significativas na relação entre pais e filhos devido ao isolamento exigido pela pandemia COVID-19.

PR0694 - Painel Efetivo
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 13h30 - 15h15 - Sala: 15

Estudo comparativo de protocolos para avaliação de risco de cárie dentária
Chiba FY, Saliba TA, Gonçalves CS, Chiba EK, Moimaz SAS
Odontologia Preventiva e Restauradora UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se avaliar e comparar o risco de cárie dentária em jovens em situação de vulnerabilidade social, de acordo com diferentes métodos de classificação. Trata-se de um estudo observacional, transversal, quantitativo, realizado com 62 jovens de 15 anos, matriculados em uma instituição que oferece cursos educacionais e profissionalizantes, em 2023. Os dados foram coletados por meio de exames clínicos bucais, entrevistas com os jovens e questionários encaminhados aos seus responsáveis. A avaliação do risco de cárie dentária foi realizada de acordo com os protocolos da Área Técnica de Saúde Bucal da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (ATSB) e da American Dental Association (ADA). O CPOD médio foi de 3,39+/-3,04, composto por 41,43% de dentes cariados, 1,90% de dentes perdidos e 56,67% de dentes obturados. A classificação dos jovens, de acordo com o protocolo da ATSB foi: 53,23% risco alto; 32,26% risco moderado; e 14,52% risco baixo, destacando o fator biofilme em 27,42%, e lesão de cárie em 41,93% dos casos. A classificação dos jovens, de acordo com o protocolo da ADA foi: 64,52% risco alto; 30,65% risco moderado; e 4,84% risco baixo, destacando o consumo frequente de alimentos e bebidas açucarados entre as refeições em 46,77%, e presença de ao menos 3 lesões de cárie ou restaurações nos últimos 36 meses em 27,42% dos casos.

Conclui-se que, em ambos os protocolos, o risco de cárie da maioria dos jovens foi classificado como alto. As diferenças foram provenientes de fatores clínicos, histórico odontológico e aspectos comportamentais abordados em cada protocolo.

PR0689 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação Remota: 02/09 - Horário: 13h30 - 15h15 - Sala: 15

Acesso aos serviços de saúde oral e impacto na qualidade de vida de pessoas trans - um estudo preliminar
Pacheco LCR, Faria GA, Ramos IAS, Souza EC, Silva JS, Oliveira PAD, Corrêa JD
Odontologia PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi avaliar o acesso aos serviços de saúde por pessoas transgênero, considerando o seu impacto na qualidade de vida. Foi criado um questionário para coletar dados sobre dificuldade de acesso e preconceito, e aplicação de questionário sobre qualidade de vida e saúde bucal: Oral Health and Quality of Life. A maior parte dos participantes (81%) relatou utilizar os serviços de saúde bucal públicos. 63% dos entrevistados já abandonaram tratamento odontológico e desses a maioria foi por motivos financeiros (50%). Quase metade dos participantes (45,5%) não se sentiu acolhido ao utilizar os serviços de saúde bucal com 50% relatando situações de desrespeito ao nome social e 68% outras situações de transfobia. Assim, 68% já evitou atendimento em saúde bucal por conta de situações vividas de preconceito. Apenas 18% classificam sua saúde bucal como boa e mais de 50% afirmam que sua saúde bucal afeta negativamente atividades diárias como trabalho e divertimento enquanto 72% tiveram sua alimentação prejudicada em algum momento.

Os resultados mostram que existe uma barreira de preconceito no acesso aos serviços de saúde bucal para as pessoas transgênero e que isso se reflete na qualidade de vida relacionada a saúde oral. É urgente a adequação das políticas de saúde e formação de profissionais de saúde bucal capacitados para atenderem de forma humanizada e livre de preconceitos. Espera se que os resultados possam ser base para o aprimoramento nos atendimentos odontológicos promovendo equidade e integralidade de assistência para essa população tão discriminada.