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PN0187 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 03/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Capacitação e retenção de conhecimento dos profissionais da rede educacional pública de Itaguaí-RJ acerca do traumatismo dentário
Sousa JTN, Alves LA, Kimura JS, Guaré RO, Novaes TF, Diniz MB
Pós Graduação / Mestrado UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Os objetivos foram (1) desenvolver um programa de capacitação online sobre traumatismo dentário (TD) aplicado aos profissionais da rede educacional pública do município de Itaguaí-RJ e (2) avaliar a retenção do conhecimento desses profissionais após seis meses da capacitação. Foram convidados a participar todos os profissionais envolvidos na Educação Infantil e no Ensino Fundamental I e II de escolas pactuadas. Os participantes foram divididos em dois grupos de acordo com o tipo de capacitação: (G1) TD em dentes decíduos (n=15) e (G2) TD em dentes permanentes (n=12). O estudo foi composto por três etapas: (1) capacitação online dos profissionais; (2) aplicação de questionário online sobre TD; e (3) elaboração de e-book sobre TD. O questionário foi aplicado em três fases: (T0) baseline, (T1) imediatamente após a capacitação e (T2) após 6 meses. As respostas foram classificadas como corretas ou incorretas de acordo com as diretrizes da IADT (International Association of Dental Traumatology). Os testes ANOVA ou Friedman de medidas repetidas foram empregados para comparações das pontuações nas três fases. Para G1 e G2, as pontuações médias foram respectivamente 4,0±1,0 e 4,6±1,6 (T0), 5,9±1,1 e 6,0±1,3 (T1) e 5,5±1,6 e 5,9±1,1 (T2). Nos dois grupos, houve aumento significativo na pontuação média dos participantes em T1 comparado a T0 (p<0,05), que se manteve constante em T2 (p>0,05).

Conclui-se que os profissionais apresentavam pouco conhecimento sobre TD no baseline. Após a capacitação, houve melhora significativa, com retenção do conhecimento em TD após 6 meses.

PN0188 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 03/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

O que é mais estressante para o cirurgião-dentista e cuidadores: atendimento infantil sob estabilização protetora ou sob sedação moderada?
Amorim-Júnior LA, Moterane MM, Alves TCS, Trevisan LM, Costa LRRS, Corrêa-Faria P
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Pouco se sabe sobre o estresse sentido pelo cirurgião-dentista e pelos cuidadores das crianças durante o atendimento de crianças usando técnicas avançadas de manejo do comportamento. O objetivo desta análise secundária de ensaio clínico não randomizado é avaliar o estresse autorrelatado por cirurgiões-dentistas e cuidadores de crianças com problemas de manejo de comportamento no atendimento odontológico tratadas sob sedação moderada (SM) e estabilização protetora (EP). Após o atendimento odontológico de crianças de 2 a 5 anos, com cárie e com história de comportamento não colaborador, sob SM ou EP, os cirurgiões-dentistas e os cuidadores registraram, em uma escala visual analógica (0: nada estressado,100: maior estresse possível), o quanto se sentiam estressados. Os dados foram analisados descritivamente. Trinta crianças (mediana de 40 meses; mínimo 27, máximo 61 meses; 56,7% meninos) foram tratados sob SM (n=21; 70%) ou EP (n=9; 30%). Mais de 90% delas foram acompanhadas pelas mães. Participaram 10 cirurgiões-dentistas e 30 cuidadores. A mediana de estresse autorrelatada pelos cuidadores (23,5; 0-100) e cirurgiões-dentistas (26,0; 0-100) foi baixa. Os cuidadores sentiram-se mais estressados quando a criança foi tratada sob SM (mediana 33; 0-100) do que sob EP (8; 0-100). Por sua vez, os cirurgiões-dentistas sentiram-se mais estressados no atendimento de crianças sob EP (62; 1-100) do que sob SM (6; 0-100).

A partir dos resultados preliminares, concluiu-se que o atendimento sob EP e SM foi pouco estressante para os cuidadores e cirurgiões-dentistas.

PN0190 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 03/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Anquiloglossia e duração de aleitamento materno no primeiro ano de vida: estudo de coorte multicêntrico no Brasil
Heck ABS, Feldens CA, Vítolo MR, Rodrigues PH, Amorim LM, Mantelli AR, Coan GF, Kramer PF
Odontologia PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A identificação e quantificação de fatores de risco da interrupção do aleitamento materno é relevante para o desenho de estratégias de promoção de saúde na primeira infância. O presente estudo multicêntrico investigou a associação entre anquiloglossia e duração de aleitamento materno no primeiro ano de vida em três capitais do Brasil. Uma coorte de crianças ao nascimento, captada em Hospitais de Manaus, Salvador e Porto Alegre, foi acompanhada prospectivamente até os 12 meses. A amostra final foi composta de 294 crianças. Os desfechos envolveram a duração de aleitamento materno exclusivo e total. Anquiloglossia foi coletada aos 12 meses de idade da criança através do Protocolo Bristol. A análise de dados envolveu Regressão de Poisson com variância robusta, com cálculo dos Riscos Relativos (RR) brutos e ajustados e Intervalos de Confiança 95%. A prevalência de anquiloglossia definida e suspeita foi de 1% e 4,8%, respectivamente, totalizando 5,8% (IC 95% 3,1-8,5). Ao comparar crianças com anquiloglossia definida/suspeita e sem anquiloglossia, observou-se que não houve diferença na prevalência de aleitamento materno exclusivo e total com 1, 4 e 6 meses. Análise multivariável mostrou que a probabilidade de a criança atingir 6 meses de aleitamento materno não diferiu entre crianças com anquiloglossia definida/suspeita e crianças sem anquiloglossia (RR=0,98; IC 95% 0,79-1,23; p=0,907).

Em conclusão, a anquiloglossia não esteve associada com o tempo de aleitamento materno exclusivo e total.

PN0191 - Painel Aspirante
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 03/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Resultados de diferentes tratamentos compensatórios da má oclusão de classe II com deficiência mandibular
Almeida JVFP, Carneiro DPA, Menezes CC, Vedovello SAS, Valdrighi H
Ortodontia CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO HERMÍNIO OMETTO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Comparar os efeitos dentoesqueléticos e tegumentares produzidos pelos aparelhos Twin Force Bite Corrector (TFBC) e Aparelho de Protração Mandivular (APM) na compensação da má oclusão de Classe II por deficiência mandibular. Estudo clínico prospectivo realizado com 60 pacientes adultos com má oclusão de Classe II esquelética por deficiência mandibular, tratados com TFBC (n=33) e APM (n=27) associado a aparatologia fixa. Os traçados cefalométricos foram obtidos para cada paciente a partir de telerradiografias em norma lateral antes (t1) e após o tratamento (t2). Dados com distribuição paramétrica e não paramétrica foram analisados pelo teste t pareado e teste de Wilcoxon, respectivamente (P<0.05). Houve diminuição da convexidade óssea facial; retroposicionamento maxilar; melhora na relação maxilomandibular; rotação do plano oclusal no sentido horário; retração dos incisivos superiores; protrusão, vestibularização e intrusão relativa do incisivo inferior; overbite reduzido, overjet reduzido (P<0.05).

Concluiu-se que os protratores mandibulares foram eficazes no tratamento compensatório da má oclusão de Classe II esquelética em adultos, apresentando resultados clínicos semelhantes.

PN0193 - Painel Aspirante
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 03/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Estar fora das redes sociais é estar fora do mercado? preferência de pacientes ao procurar serviços odontológicos
Sgarbi D, Bark MJ, Berretta LM, Hartmann GC, Gasparello GG, Castilhos JS, Ignácio SA, Tanaka OM
Odontologia PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

As plataformas de mídia social continuam a crescer em popularidade em todo o mundo, no Brasil, o número de usuários deve atingir mais de 188 milhões até 2027, contra 165 milhões em 2022. A população em geral quanto os profissionais de saúde, incluindo ortodontistas, estão usando cada vez mais essas plataformas. Portanto, este estudo tem como objetivo avaliar quais plataformas de mídia social os leigos usam quando procuram serviços odontológicos. O estudo utilizou a plataforma Qualtrics e consistiu em duas partes. A primeira parte do estudo coletou dados epidemiológicos dos participantes, enquanto a segunda parte consiste em uma série de perguntas. O questionário padrão era composto por três perguntas: 1) Como você procura serviços odontológicos? 2) Você usa as redes sociais para ler notícias e se manter atualizado? 3) Quais plataformas de mídia social você usa? Dos 266 participantes, 234 (87,97%) relataram buscar indicações de amigos e familiares, enquanto 168 (63,16%) buscaram informações nas redes sociais. Quase todos os participantes 261 (98,12%) relataram usar as mídias sociais para ler notícias e se manter atualizados. As plataformas de mídia social usadas com mais frequência entre os participantes foram Instagram 262 (98,50%), WhatsApp 259 (97,37%) e Facebook 201 (75,56%).

Embora as recomendações de amigos e familiares continuem sendo a forma preferida de procurar tratamento odontológico, conclui-se que a mídia social foi a segunda opção mais popular, o que indica sua crescente influência no processo de tomada de decisão.

PN0194 - Painel Aspirante
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 03/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Aleitamento materno protege contra overjet acentuado na adolescência por reduzir o uso de chupeta: estudo de coorte ao nascimento
Petracco LB, Peres KGA, Nascimento GG, Li H, Vítolo MR, Feldens CA
Odontologia UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Overjet acentuado (OA) impacta negativamente a qualidade de vida relacionada à saúde bucal e o tratamento é complexo e de alto custo, indicando a necessidade de estratégias preventivas. O objetivo do estudo foi investigar o impacto do aleitamento materno e do uso de chupeta na ocorrência de OA na adolescência. Uma coorte prospectiva foi conduzida do nascimento aos 12 anos de idade (n = 214) em São Leopoldo, sul do Brasil. Aleitamento materno e uso de chupeta foram registrados mês a mês no primeiro ano de vida e o overjet foi avaliado aos 12 anos de idade. Foi realizada análise de mediação causal baseada no desfecho contrafactual por meio de modelos de regressão paramétrica para quantificar os efeitos direto do aleitamento materno e o mediado pelo uso de chupeta sobre OA após ajuste para fatores de confusão. A prevalência de OA foi de 40% (IC 95% 34-46%), sendo significativamente maior dentre aqueles sem aleitamento materno (46,9% x 32,0%) e os que usavam chupeta (47,0% x 31,2%) aos 12 meses. Observou-se um efeito protetor total do aleitamento materno sobre OA (OR 0,51; IC 95% 0,27;0,96), dos quais 67,4% foram mediados pelo uso de chupeta (OR 0,64; IC 95% 0,47;0,90). O aleitamento materno reduziu diretamente a chance de OA em 20%, mas sem significância estatística (OR 0,80; IC 95% 0,40; 1,64).

Concluiu-se que aleitamento materno protege contra overjet na adolescência por reduzir o uso de chupeta, demonstrando mais um benefício a longo prazo de aleitamento materno no primeiro ano de vida, reforçando a necessidade de apoio a esta prática por todos os profissionais de saúde.

PN0196 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 03/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Odontologia para pacientes com necessidades especiais: estruturação curricular nos cursos de odontologia do Estado do Rio Grande do Sul
Siqueira LS, Ferreira SH, Coelho EMRB, Rodrigues PH, Hernández PAG, Oliveira AF, Feldens CA, Kramer PF
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O ensino de Odontologia deve incluir o acolhimento com resolutividade terapêutica de pessoas com necessidades especiais (PNE). Este estudo descritivo tem como objetivo apresentar o panorama do ensino de "Odontologia para Pessoas com Necessidades Especiais (OPNE)" nos currículos dos Cursos de Odontologia do Rio Grande do Sul (RS), Brasil. A pesquisa foi realizada por meio de uma busca nos sites do Ministério de Educação e Cultura e dos Cursos de Odontologia de cada Instituição de Ensino Superior (IES). Cada curso foi avaliado quanto à presença do ensino de OPNE; nomenclatura, estruturação curricular (eletiva/optativa/projeto de extensão) metodologia oferecida (teórica e/ou prática); carga horária; e semestre. Foram descritas as frequências simples e relativas, assim como medidas de tendência central das diferentes variáveis. Verificou-se que o RS tem 23 IES com curso de graduação em Odontologia, sendo que 11 possuem ensino de OPNE. Dentre estas, quatro apresentam a OPNE como curricular; cinco como eletiva/optativa e duas como projeto de extensão. Quanto à metodologia, nove Cursos de Odontologia apresentam o ensino na forma teórico/prático e dois somente teórico, com uma carga horária que variou entre 30 e 80 horas, com média de 54 horas, não havendo padronização na nomenclatura e semestre oferecido.

Em conclusão, há necessidade de expandir o ensino de OPNE e estabelecer protocolos para a estruturação de uma base comum de capacitação acadêmica que favoreça uma atenção odontológica com maior inclusão de pessoas com deficiência.

PN0197 - Painel Aspirante
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 03/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Resistência de mini-implantes à fratura na região de buccal shelf: um estudo com ossos artificiais
Barros VPN, Campos CBA, Pereira ALP
Programa de Pós-graduação em Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Investigar se a composição do material influencia na resistência à fratura de mini-implantes (MI) utilizados para inserção na região de buccal shelf (SH). Foram utilizados 130 MI divididos em 2 grupos sendo comparados quanto a duas diferentes ligas metálicas (Ti6Al4V e Aço Inoxidável). Destes, 20 MI de cada grupo foram submetidos ao teste de fratura e 15 MI de cada grupo foram inseridos em ossos artificiais de 3 mm, 4 mm e 5 mm de espessura cortical na profundidade de 7 mm para mensuração do torque de inserção e torque de remoção. Nove mini-implantes de cada grupo foram submetidos a análise em Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV) antes e após as inserções nos ossos artificiais para avaliação da morfologia e possíveis alterações após inserção. O grupo aço apresentou torques de inserção significativamente maiores que o grupo TiA independente da espessura cortical. Torques na cortical de 4mm foram significativamente maiores no grupo aço. Torques de inserção foram progressivamente maiores com o aumento da espessura cortical. Torques de fratura foram estatisticamente superiores no grupo aço em relação ao grupo TiA. O coeficiente de regressão demonstrou que ambos os materiais foram estatisticamente superiores ao valor de torque de fratura limite indicado pelo fabricante. A análise em MEV não encontrou alterações na superfície dos MI antes e após as inserções nos ossos artificiais.

O MI de liga de aço mostrou-se superior ao MI de liga de titânio em relação ao torque de inserção e à resistência à fratura. Ambos os materiais podem ser utilizados para instalação em buccal shelf.

PN0198 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 03/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

A inserção da odontopediatria na estrutura curricular dos cursos de Odontologia do Estado do Rio Grande do Sul
Santos GFK, Ferreira SH, Feldens EG, Maciel SS, Teixeira RFM, Almeida MC, Feldens CA, Kramer PF
odontopediatria UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do estudo foi investigar a inserção do ensino da Odontopediatria na matriz curricular dos Cursos de Odontologia do Rio Grande do Sul (RS). Neste estudo exploratório descritivo foi solicitado ao Conselho Regional de Odontologia do Rio Grande do Sul (CRO-RS) a lista dos Cursos de Odontologia para consulta dos sítios eletrônicos. Foram identificados os Cursos de Odontologia em março de 2023, sua categorização (público ou privado), duração, carga horária, estruturação do ensino de Odontopediatria (curricular, eletiva/optativa ou extensão universitária), carga horária; semestre e nomenclatura. Os dados foram descritos por meio de frequências simples e relativas. Os resultados indicaram a presença de 23 Cursos de Odontologia no RS: três públicos e 20 privados. A carga horária total variou de 4.000 a 4.695 horas e 80% dos cursos possuem duração de 10 semestres. Foram identificadas 61 disciplinas envolvidas com o ensino de Odontopediatria, sem padronização na nomenclatura e com uma grande diferença de carga horária de Odontopediatria, variando de 140 a 420 horas. Destas, 90% são ofertadas entre o 7°e 9° semestres e a maioria é desenvolvida em dois semestres. Atividade teóricas e práticas são descritas em todas as disciplinas e apenas duas são eletivas, ambas focadas no atendimento de bebês.

Concluiu-se que há uma grande discrepância na carga horária do ensino da Odontopediatria, indicando a necessidade de definição de conteúdos e treinamento mínimo que permita a capacitação de alunos para o atendimento de crianças.

PN0199 - Painel Aspirante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 03/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis

Práticas de higiene bucal no primeiro ano de vida: estudo de coorte multicêntrico no Brasil
Oliveira AF, Moller L, Mantelli AR, Coelho EMRB, Kramer PF, Vítolo MR, Scharlau JMM, Feldens CA
CIENCIAS DA SAÚDE UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Escovar os dentes com dentifrício fluoretado desde a erupção do primeiro dente representa uma prática importante na prevenção e controle da doença cárie. O objetivo do presente estudo foi estimar a prevalência de práticas de higiene bucal e investigar fatores associados em crianças de 12 meses em três capitais do Brasil. Uma coorte de crianças ao nascimento, captada em Hospitais de três capitais do Brasil - Manaus, Salvador e Porto Alegre - foi acompanhada prospectivamente até os 12 meses (n=281). Os instrumentos de pesquisa foram entrevista com as mães ao nascimento e aos 12 meses de idade e exame odontológico aos 12 meses. Análise estatística compreendeu regressão de Poisson com variância robusta. A prevalência de práticas de higiene bucal aos 12 meses foi de 54,4% (153/281), sendo mais frequente em crianças de mães com maior escolaridade materna e maior número de dentes erupcionados. Análise multivariável mostrou que o risco da criança não ter os dentes escovados foi 80% maior quando a escolaridade materna era de até 8 anos (RR 1,80 IC95% 1,05-3,09), 38% maior em famílias não nucleares (RR 1,38 IC95% 1,03-1,85) e 37% menor em crianças com pelo menos 8 dentes erupcionados (RR 0,63 IC95% 0,45-0,89). Variáveis demográficas, práticas alimentares e frequência à creche não estiveram associados ao desfecho.

Concluiu-se que a prevalência de higiene bucal é baixa aos 12 meses de idade, com quase metade das crianças não tendo seus dentes escovados. Maior escolaridade materna e família nuclear são fatores de proteção para práticas de higiene.