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PI0144 - Painel Iniciante
Área:
3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Conhecimento e conduta de estudantes de graduação em Odontologia a respeito da endocardite infecciosa
Silveira GB, Bordin GM, Kublitski PMO, Rezende CEE, Brancher JA, Caldarelli PG, Gabardo MCL
Escola de Ciências e Saúde UNIVERSIDADE POSITIVO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Buscou-se avaliar o conhecimento e a conduta de estudantes do último ano de graduação em Odontologia, acerca da endocardite infecciosa (EI) em uma Universidade privada de Curitiba, PR, Brasil. Realizou-se a coleta de dados de abril a junho de 2022, por meio de questionários autoaplicáveis compostos por identificação e seis questões objetivas a saber: identificação de condições de risco para desenvolvimento da EI, procedimentos odontológicos considerados de risco e condutas clínicas para a prevenção do agravo. Os dados foram analisados de forma descritiva em SPSS, versão 23.0. Responderam à pesquisa 42 estudantes. O reconhecimento da definição de EI foi alto, com 90,5% de acerto. A EI prévia foi a condição com mais indicações de antibioticoprofilaxia (90,5%), sendo a extração dentária o procedimento mais referenciado (92,8%). Quanto aos protocolos medicamentosos, a amoxicilina foi a droga mais citada, apesar da grande variação nas respostas, fato que revela que o conhecimento a respeito da prescrição para crianças, alérgicos e para quem não pode fazer medicação via oral, é insatisfatório. Observou-se que em relação às condições em que a profilaxia deve ser feita, e, ao protocolo a ser seguido, o conhecimento é insatisfatório.
Ressalta-se que uma ênfase mais intensa quanto à temática durante a graduação pode aumentar a segurança dos futuros cirurgiões-dentistas, mediante os casos de pacientes de alto risco para EI.
PI0145 - Painel Iniciante
Área:
3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Avaliação da condição de saúde bucal dos pacientes internados na UTI do Hospital Cruz Vermelha, Filial do Estado do Paraná
Wyatt GP, Spada PCP, Lima LB, Spada GR, Brancher JA, Gabardo MCL, Dirschnabel AJ
UNIVERSIDADE POSITIVO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A melhora da higiene bucal e o acompanhamento odontológico em pacientes hospitalizados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) reduzem a progressão de doenças respiratórias entre pacientes de alto risco, evitando complicações sistêmicas. Sendo assim, este estudo avaliou a condição bucal e sistêmica dos pacientes internados na UTI do Hospital Cruz Vermelha, em Curitiba, e após a coleta dos dados, foi realizada a higiene bucal dos pacientes, de acordo com o protocolo desenvolvido pelos pesquisadores. Após a aprovação do CEP, e assinatura dos TCLEs, a amostra foi composta por 30 pacientes, sendo 11 mulheres e 19 homens. Observou-se que 1/3 dos pacientes eram edêntulos, 22 utilizavam prótese, 1/3 apresentava mais de 3 dentes restaurados, 8 possuíam lesões de cárie ativa e 4, raiz residual. Em relação a presença de doença periodontal, 1/3 dos pacientes apresentava periodontite, sendo que 6 pacientes possuíam mobilidade dental alterada, e 17 apresentavam gengivite. Sobre o índice de higiene oral, 5 pacientes foram considerados D1, 14 D2 e 6 D3. Em relação às condições sistêmicas, 4 pacientes possuíam doença autoimune, 22 eram hipertensos, 1/3 apresentava doença cardiovascular e 7 eram diabéticos. Sobre os hábitos, 8 eram tabagistas e 5 etilistas. No momento do atendimento, 6 pacientes estavam intubados e 2 apresentavam pneumonia nasocomial.
Pode-se observar que a maioria dos pacientes atendidos apresentava doenças bucais ativas, e que após os atendimentos realizados houve melhora na qualidade de saúde bucal dos pacientes e redução do risco de infecção.
PI0146 - Painel Iniciante
Área:
4 - Ortodontia
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Efetividade de Antissépticos Bucais na Prevenção da Colonização Bacteriana em Pacientes com Braquetes Ortodônticos
Laureano ACS, Santos AFK, Ribeiro GLU, Ritter DE, Philippi AG
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo objetivou avaliar a efetividade do uso de antissépticos bucais na prevenção da colonização bacteriana nas borrachas dos braquetes de pacientes em tratamento ortodôntico. Foram selecionados 2 enxaguantes bucais para serem testados, Colgate Plax® e Oral B®. Ambos tiveram seus resultados comparados ao grupo controle, que fez uso de solução placebo, contendo água conservante, corante e aroma de menta. As borrachas dos braquetes foram coletadas em 3 tempos: T0 (antes do início do tratamento), T1 (após 15 dias de uso) e T2 (após 30 dias de uso). Os antissépticos foram usados conforme as instruções dos fabricantes: Colgate Plax® usado por 30 segundos, com 20 ml, enquanto o Oral B® foi usado por 1 minuto, com 10ml. O grupo controle realizou bochechos por 30 segundos, com 20ml. As borrachas foram colocadas em frascos com solução estéril e posteriormente agitadas. O conteúdo dos frascos foi submetido a diluições sucessivas, que foram divididas em partes, para serem colocadas em placas de Petri e mantidas em incubadora bacteriológica a 37ºC por 24 horas. As colônias presentes foram enumeradas por observação macroscópica. Ambos os colutórios bucais mostraram inibição considerável da colonização bacteriana quando comparados ao grupo controle, tendo o Colgate Plax® exibido os melhores índices de resposta, sendo este em torno de 71% (T1) e 80% (T2), seguido da Oral B® com 63% (T1) e 67% (T2).
Os antissépticos bucais são efetivos na inibição da colonização bacteriana nas borrachas presentes nos braquetes ortodônticos. O Colgate Plax® mostrou maior efetividade que o Oral B®.
PI0147 - Painel Iniciante
Área:
4 - Ortodontia
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Percepção de alunos e cirurgiões-dentistas sobre a utilização de um aplicativo sobre ortodontia interceptativa (Ortho Easy)
Cupello MM, Souza MR, Carvalho FAR, Casagrande CPM, Almeida RCC
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O avanço da tecnologia tem permitido que se desenvolvam ferramentas com acesso rápido a informação, como o uso de aplicativos móveis. Porém, muitas vezes a origem da informação não é confiável, levando o aluno a absorver falsas informações. Assim, o presente estudo objetivou desenvolver um aplicativo que auxilie sobre o conteúdo de ortodontia interceptativa e avaliar a percepção dos participantes com relação à sua utilização. A amostra (n=52) incluiu alunos de Odontologia (28), de pós-graduação/especialista em Ortodontia (12) e cirurgiões-dentistas (12). Os dados foram coletados por meio de um questionário e as respostas foram fornecidas usando uma escala Likert de cinco pontos. Verificou-se que 64,3% dos alunos de Odontologia, 41,7% dos alunos da pós-graduação/especialistas em Ortodontia e 41,7% dos cirurgiões-dentistas consideraram que o Ortho Easy sempre seria considerado uma ferramenta auxiliar na compreensão da ortodontia preventiva e interceptativa. Ademais, 60,7% dos alunos de Odontologia e 50% dos cirurgiões-dentistas consideraram que o Ortho Easy contribuiria sempre e frequentemente na prática clínica, respectivamente. No entanto, 41,7% dos alunos de pós-graduação/especialistas em Ortodontia acreditavam que o Ortho Easy poderia cumprir este objetivo apenas algumas vezes.
Portanto, conclui-se que o Ortho Easy pode ser considerado uma ferramenta promissora no auxílio ao conhecimento sobre o conteúdo de ortodontia preventiva e interceptativa, sobretudo para os graduandos em Odontologia.
PI0148 - Painel Iniciante
Área:
4 - Odontopediatria
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Letramento Digital em Saúde de adolescentes brasileiros de acordo com o sexo
Dias MLLS, Barbosa MCF, Baldiotti ALP, Paiva SM, Granville-Garcia AF, Ferreira FM
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo objetivou mensurar o nível de letramento digital em saúde (LDS) de adolescentes e investigar se existe diferenças entre os sexos. Trata-se de um estudo transvesal realizado com adolescentes entre 13 e 19 anos, matriculados em escolas públicas de Belo Horizonte. Aplicou-se um questionário sociodemográfico, de autovaliação da saúde e das habilidades para utilizar a internet. O LDS foi mensurado utilizando-se a versão adaptada transculturalmente para adolescentes do Brasil do Digital Health Literacy Instrument (DHLI-BrA). O DHLI é composto por 21 itens de autorrelato que avaliam sete habilidades, além de sete itens adicionais que mensuram o desempenho prático. Os dados foram analisados pelo teste de Mann-Whitney utilizando-se o programa SPSS Statistics versão 20.0 (P<0,05). Participaram deste estudo 260 adolescentes com média de idade de 15,6 anos, sendo 142 meninas e 118 meninos. Os meninos se autoavaliaram com melhores habilidades para a utilização da internet (p=0.002) e apresentaram escore total do DHLI-BrA significantemente mais alto do que as meninas (p<0,001), além de melhor desempenho nas habilidades autorreladas de navegação, busca por informação, confiabilidade, relevancia e inclusão de conteúdo autogerado (P<0,05). Para as habilidades operacionais e proteção da privacidade não houve diferença entre os sexos, assim como para o score total da parte prática do instrumento (P>0,05).
Concluí-se que os meninos se autoavaliam com melhor LDS, contudo quando as habilidades de LDS foram avaliadas na prática não houve diferença entre os sexos.
PI0149 - Painel Iniciante
Área:
4 - Odontopediatria
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Avaliação da satisfação infantil com diferentes técnicas endodônticas em odontopediatria
Mulinari J, Rocha AO, Santos PS, Moccelini BS, Rigo DCA, Goebel MC, Santana CM, Cardoso M
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Objetivou-se determinar a satisfação de crianças tratadas por diferentes técnicas endodônticas e investigar sua associação com variáveis clínicas e demográficas. Trata-se de um estudo transversal realizado com crianças de 5 a 10 anos. A amostra foi composta por 56 crianças. Dessas crianças, 28 foram submetidas a endodontia não instrumentada e 28 a endodontia instrumentada de molares decíduos. A satisfação infantil, após o procedimento, foi medida através da Escala Visual Analógica (EVA). Idade, sexo, tempo do procedimento, ansiedade infantil e dor autorrelatada, foram outras variáveis coletadas. As variáveis foram dicotomizadas previamente a análise dos dados. Foi realizada análise descritiva e regressão logística binária para avaliar associação da satisfação infantil com as demais variáveis (p <0,05). A média da idade infantil foi de 7,02 (±1,183) anos. A análise descritiva mostrou alta satisfação das crianças para endodontia não instrumentada (82,14%) e instrumentada (71,42%). O tempo médio para realização da endodontia não instrumentada foi 45 (±9,4) minutos e para instrumentada 73 (±14,8) minutos. A regressão logística binária indicou associação entre a ansiedade das crianças e a satisfação com os procedimentos (p <0,05).
Conclui-se que a maioria das crianças apresentam-se satisfeitas com as diferentes técnicas endodônticas, porém a ansiedade infantil pode estar associada diretamente na satisfação.
PI0150 - Painel Iniciante
Área:
4 - Ortodontia
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Avaliação longitudinal de 4 anos do impacto da qualidade de vida relacionada à saúde bucal na transição da dentadura mista para a permanente
Cruz TCL, Carneiro DPA, Meneghim MC, Vedovello SAS
Progama de Pós graduação em odontologia CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO HERMÍNIO OMETTO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Avaliar o impacto da qualidade de vida relacionada á saúde bucal (OHRQoL) na transição da dentadura mista para a permanente. Estudo observacional longitudinal realizado com 352 crianças acompanhadas da fase da dentadura mista para a permanente, num período de quatro anos. A OHRQoL foi determinada pelo CPQ, 8 a 10 e 11 a 14 anos, respectivamente, usando o escore total e os domínios. Foram avaliadas variáveis clínicas (má oclusão e cárie dental) e autoestima dos voluntários. Realizou-se as análises de regressão de Poisson e os modelos de regressão foram ajustados para se estimar os riscos relativos com os respectivos intervalos de 95% de confiança. As variáveis com p<0,20 nas análises individuais foram incluídas nos modelos de regressão múltipla de Poisson, considerado o nível de significância de 5%. Observou-se que a autoestima baixa apresenta um risco de 11%, 12%, 21% e 20% maior de causar impacto negativo na OHRQoL e nos domínios de limitação funcional, bem estar emocional, bem estar social, respectivamente (p<0,05).
Concluiu-se que a autoestima é um fator de risco para a pior na OHRQoL, em especial na limitação funcional, bem estar emocional e bem estar social na dentadura mista.
PI0151 - Painel Iniciante
Área:
4 - Ortodontia
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Associação entre o risco para os distúrbios respiratórios do sono e a má oclusão em crianças em situação de vulnerabilidade social
Nascimento LM, Oliveira AJA, Menezes CC, Vedovello SAS
Programa de Pós-graduação em odontologia CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO HERMÍNIO OMETTO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do estudo foi associar a má oclusão, presença de hábitos bucais deletérios e provável bruxismo do sono e em vigília com o risco para o desenvolvimento de distúrbios respiratórios do sono. Estudo observacional transversal realizado com 214 crianças de 5 anos de idade na fase da dentadura decídua e em situação de vulnerabilidade social. O risco para os distúrbios respiratórios do sono foi determinado pelo Pediatric Sleep Questionnaire (PSQ). Foram avaliadas as relações oclusais anteroposterior, transversal, trespasse horizontal e trespasse vertical. O provável bruxismo do sono e em vigília, bem como a presença de hábitos prolongados de sucção (dedo e chupeta) foram avaliados por meio de questionários enviados aos pais. Modelos de regressão logística foram ajustados e estimados os odds ratios brutos com os intervalos de 95% de confiança. As variáveis com p<0,20 nas análises individuais foram estudadas em um modelo de regressão logística múltiplo, permanecendo no modelo final apenas as variáveis que tiveram p≤0,05 no modelo múltiplo. Os resultados mostraram que há maior chance de risco para distúrbios respiratórios do sono em crianças com mordida aberta anterior (OR=3,36; IC95%: 1,27-8,93).
Concluiu-se que crianças em situação de vulnerabilidade social e que apresentam mordida aberta anterior tem mais chance de apresentar problemas respiratórios do sono.
PI0152 - Painel Iniciante
Área:
4 - Odontopediatria
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Interesse Global de Pesquisa sobre Resina Infiltrante em Odontologia: uma Análise Bibliométrica
Vasques A, Rocha AO, Anjos LM, Bolan M, Santana CM, Cardoso M
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Objetivou-se analisar as principais características dos artigos científicos relacionados a Resina Infiltrante (RI). A busca foi realizada em março de 2023 na Web of Science. Foram incluídos artigos relacionados a RI e excluídos editoriais. Dois pesquisadores selecionaram os artigos e extraíram: número de citações; ano e periódico de publicação; desenho e temática de estudo; autoria e instituições; país e continente. O Vosviewer foi usado para demonstrar interação. O Google Trends investigou a popularidade global da pesquisa sobre RI. A busca resultou em 654 artigos dos quais 285 foram incluídos. O artigo mais citado somou 167 citações e o período de publicação foi entre 1995 e 2023. Os periódicos mais prevalentes foram o Journal of Dentistry (n=35) e Operative Dentistry (n=18). Estudos laboratoriais (n=128) foi o desenho de estudo mais frequente. A temática mais publicada foi aplicação de RI em defeito de esmalte (n=69), seguida por aplicação de RI em cárie (n=52). Meyer-lueckel H foi o autor com o maior número de artigos (n=33), seguido por Paris S (n=28). A Universidade Humboldt de Berlim e Universidade de medicina de Berlin destacaram-se dentre as instituições (n=26). Os países com mais artigos foram Alemanha (n=57) e Brasil (n=44). O continente Europeu predominou (n=121). O VOSviewer demonstou interação entre autores. Segundo o Google Trends os Estados Unidos foi o país que mais pesquisou RI.
Com base nessa revisão, um maior interesse de pesquisa sobre RI foi observado na Europa abordando seu uso em lesões de mancha branca por meio de estudos laboratoriais.
PI0153 - Painel Iniciante
Área:
3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Resposta terapêutica ao canabidiol é sexo-dependente para a sintomatologia dolorosa na Doença de Parkinson
Milan BA, Jacob G, Escobar D.M, Vivanco-Estela AN, Del Bel EA, Nascimento GC
Departamento de Biologia Oral e Básica UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A doença de Parkinson (DP) é uma condição neurodegenerativa debilitante, sendo que apresenta sintomas motores e sintomas não motores. Na DP a dor é um sintoma debilitante frequente e muito negligenciada. O canabidiol (CBD) é um constituinte não psicomimético da planta Cannabis sativa, que possui propriedades antinflamatória e antinociceptiva, e explorar o potencial terapêutico desse fármaco pode ser promissor no tratamento da dor, em especial a orofacial, em pacientes com DP. Foram utilizado ratos Wistar Hanouver machos e fêmeas, definindo-se a fase do ciclo estral das fêmeas antes dos testes. Após isso, foram realizados testes nociceptivos (Von Frey e Formalina) nos animais, seguida da lesão com 6-OHDA para indução do parkinsonismo experimental. Após a cirurgia foi realizado teste de apomorfina para confirmar a extensão da lesão de Parkinson e testes nociceptivos pós cirúrgicos. Posteriormente os ratos foram submetidos a tratamento com CBD e novamente a testes nociceptivos, após tratamento, e logo em seguida eutanasiados. Resultados: houve aumento significativo das respostas de alodinia mecânica e hiperalgesia inflamatória orofacial nos ratos lesionados com 6-OHDA quando comparados com os animais controles; o tratamento com CBD diminuiu a alodinia e a hiperalgia dos animais.
(I) CBD quando aplicado localmente no músculo masseter apresenta potencial analgésico para a hipersensibilidade orofacial em modelo experimental da doença de Parkinson; (II) O padrão de respostas nociceptivas na região orofacial mudam de acordo com o sexo e as fases do ciclo estral.