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FC021 - Fórum Científico
Área: 8 - Periodontia

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Seringueira II

O paradoxo dos danos devido ao consumo de álcool e periodontite grave: Uma abordagem contrafactual
Oliveira LM, Pelissari TR, Costa SA, Nascimento GG, Demarco FF, Zanatta FB
Estomatologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Evidências apontam educação e uso de álcool como fatores causais à periodontite. Curiosamente, indivíduos com piores condições socioeconômicas apresentam piores agravos atribuídos ao álcool, mesmo consumindo quantidades iguais ou mesmo menores. Este fenômeno, chamado de paradoxo dos danos devido ao uso de álcool (AHP), permanece pouco explorado na odontologia. O objetivo deste estudo foi investigar a ocorrência do AHP associado a periodontite grave em uma amostra de base populacional. Dados de 4352 adultos foram recuperados do NHANES 11-14. Duas abordagens inferenciais foram propostas: análise de modificação de efeito (vulnerabilidade diferencial) da associação entre uso pesado de álcool e periodontite grave naqueles com menor educação; e decomposição em quatro vias (considerando o álcool como variável mediadora e de interação na relação entre menor educação e periodontite). Esta permite estimar o quanto indivíduos de menor educação são desproporcionalmente expostos ao álcool (exposição diferencial) e o quanto o efeito do álcool afeta desproporcionalmente esses indivíduos (susceptibilidade diferencial). A associação entre álcool e periodontite apresentou maior efeito naqueles com menor educação. Ainda, se fosse possível inverter a proporção de consumidores pesados entre os grupos de maior e menor educação, a probabilidade de periodontite grave aumentaria em 89% naqueles desfavorecidos.

Estes achados sugerem a ocorrência do AHP relacionado à periodontite segundo os mecanismos de vulnerabilidade e susceptibilidade diferenciais.

(Apoio: CNPq  N° 160262/2020-8)
FC022 - Fórum Científico
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Seringueira II

Avaliação das dificuldades alimentares e mastigatórias e sinais e sintomas de bruxismo em crianças com Síndrome de Down
Miyagui SA, Fernandes MS, Castelo PM
Ciencas Farmacêuticas UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A Síndrome de Down (SD) traz particularidades quanto à saúde bucal e crescimento orofacial e afeta a nutrição e mastigação. O objetivo foi avaliar características bucais, nutricionais, mastigatórias, sinais e sintomas de bruxismo em 100 indivíduos com SD de 5-18 anos. De acordo com o histórico médico, 59% não apresentavam doenças crônicas, 14% possuíam disfunções da glândula tireóide e 17% problemas cardiovasculares. Observou-se atrasos de irrupção de dentes permanentes e maior frequência de mesioclusão. O índice de ceo/CPOD médio foi 1,1 na decídua e 2,5 na permanente; aos 14-18 anos a experiência de cárie foi de 82%. As frequências de sangramento à inspeção e bolsas periodontais foram de 26,5% e 10% dos indivíduos em dentição mista, e 77% e 45,5% na permanente, respectivamente. A frequência de biofilme visível e relato de ranger/apertar foi de 97-100% e 70-82%. Quanto à nutrição, crianças com excesso de peso cresceu em função da idade, 39% de 5-7 anos e 54% de 14-18; 30% não receberam amamentação natural e o tempo médio de aleitamento por mamadeira foi 29,7 meses. O consumo de frutas obteve mediana 5 em todas as idades, e o consumo de sucos, refrigerantes e embutidos foi alto e o de doces e biscoitos aumentou com a idade. De acordo com os pais, a maioria foi classificada como não tendo dificuldade alimentar (87%), e 8 foram classificadas com dificuldade moderada a severa. As dificuldades mastigatórias foram mais frequentes na faixa de 8-10 anos na dentição mista.

Concluiu-se que a criança com SD precisa de um apoio educativo integrando família e equipe multidisciplinar.

FC023 - Fórum Científico
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Seringueira II

Bebidas ricas em açúcares de adição e a periodontite entre adultos: uma aboradagem contrafatual (NHANES III, 1988-1994)
Alves-Costa S, Peres MAA, Nascimento GG, Costa SA, Ribeiro CCC, Leite FRM
Programa de Pós-graduação em Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Bebidas ricas em açúcares de adição são as maiores fontes de calorias discricionárias da dieta ocidentalizada e vem sendo associadas à periodontite. Os modelos contrafatuais são úteis para investigar causalidade. Investigamos a associação destas bebidas com a periodontite usando a ponderação pelo inverso da probabilidade da exposição em adultos norte-americanos. Estudo transversal analisou o National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES III, 1988-1994), uma amostragem representativa da população dos EUA, complexa, estratificada, entre adultos de 30 a 50 anos com exames periodontais completos (N=5222). A exposição às bebidas foram analisadas como três variáveis dicotômicas: <5 ou ≥5, <7 ou ≥7 e <14 ou ≥14 vezes/semana. Renda, educação, etnia, gênero, idade, diabetes, fumo e uso de álcool foram os confundidores nos ajustes dos modelos. A periodontite foi classificada segundo o CDC-AAP e dicotomizada em saudável (referência) e periodontite (leve, moderada ou grave). Os efeitos foram obtidos por regressões logísticas (p<0.05) ponderadas pelo inverso da probabilidade da exposição (estimador ATE). Para lidar com a variabilidade, os pesos foram truncados no 99º percentil. O consumo das bebidas ricas em açúcares de adição ≥5, ≥7 e ≥14 vezes/semana aumentaram as chances de periodontite em OR 1,54 (IC951,22; 1,95), OR1,96 (IC951,53; 2,51) e OR1,99 (IC951,40; 2,83), respectivamente.

O consumo das bebidas ricas em açúcares de adição teve efeito sobre a periodontite entre adultos norte-americanos.

(Apoio: CAPES  N° 0810/2020/88881.510244/2020-01)
FC024 - Fórum Científico
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Seringueira II

Diabetes, Hipertensão, Anemia, Depressão, Cárie e Periodontite: Interação Sindêmica na Gestação, Coorte BRISA
Ladeira LLC, Ferreira AM, Thomaz EBAF, Alves CMC, Ribeiro CCC
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Sindemia é o agrupamento de doenças, num contexto de risco social e ambiental. O estudo modelou uma estrutura sindêmica de doenças crônicas na gestação, analisando caminhos da vulnerabilidade social e comportamentos de risco. Estudo observacional com gestantes (n=1447) da Coorte Brisa, no baseline (22-25 semanas IU) e nascimento. A vulnerabilidade social foi o determinante mais distal do modelo, que explicaria exposições comportamentais (bebidas ricas em açúcares, álcool e tabagismo). Os desfechos foram os agrupamentos: anemia, hipertensão, diabetes, depressão, cárie e periodontite, através da Modelagem de Equações Estruturais. Vulnerabilidade social explicou anemia (SC=0.140; p=0.003), depressão (SC=0.138; p=0.006) e cárie (SC=0.104; p=0.021). Açúcares explicaram anemia (SC=0.122; p<0.001), hipertensão (SC=0.120; p=0.004) e depressão (SC=0.096; p=0.008). Tabagismo/álcool foram associados à anemia (SC=0.155; p=0.014), depressão (SC=0.338; p<0.001) e hipertensão (SC=-0.251.; p=0.007). Observou-se agrupamento entre hipertensão com diabetes (SC=0.157; p=0.026) e com depressão (SC=0.219; p<0.001); depressão com diabetes (SC=0.150; p=0.040); diabetes com cárie (SC=0.200; p<0.001) e com periodontite (SC=0.146; p=0.16); anemia com cárie (SC=0.358; p<0.001) e com periodontite (SC=0.430; p<0.001); cárie e periodontite (SC=0.853; p<0.001).

Identificou-se quadro sindêmico, com potencial impacto em desfechos negativos na saúde gestante e concepto, alertando para enfrentamento integrado dos determinantes e fatores de risco comuns.

(Apoio: CAPES  |  CNPq  |  FAPEMA)
FC025 - Fórum Científico
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Seringueira II

Qualidade do cuidado em instituições de longa permanência para idosos: criação e validação de instrumento de autoavaliação
Vieira BLC, Martins AC, Ferreira RC, Vargas AMD
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Trata-se de estudo metodológico, em três fases, com objetivo de, a partir de teorias, elaborar e validar instrumento de autoavaliação da qualidade do cuidado em instituições de longa permanência para idosos (ILPI). A primeira fase foi a de revisão de escopo sobre os modelos teóricos utilizados para definir e avaliar a qualidade do cuidado em ILPI, quais sejam: multidimensional, usado pela maioria dos autores; estrutura, processo e resultados; e os centrados na pessoa e no ambiente de trabalho, em menor número. Esses modelos deveriam ser usados para aprofundar e direcionar a avaliação desse cuidado. A segunda fase consistiu na elaboração e validação de instrumento de autoavaliação da qualidade do cuidado em ILPI, denominado "QUALIFICAILPI", em três etapas, na seguinte ordem: construção, baseada no modelo multidimensional de qualidade e na legislação brasileira; validação pela Técnica Delphi modificada, com 10 experts e consenso mínimo de 75%; e avaliação por 10 gestores, para validação final. Permaneceram 29 dos 35 indicadores de avaliação nestas seis dimensões: ambiente; lar; cuidado; envolvimento familiar e da comunidade; equipe de trabalho; e gestão. A terceira fase do estudo foi a criação de um produto técnico, um guia para explicação e utilização do instrumento.

Pode-se concluir que a qualidade do cuidado em ILPI revelou-se multidimensional, abrangendo vários sujeitos, e passível de alterações conforme o tempo e a cultura. O instrumento destina-se à avaliação e propicia o monitoramento, o acompanhamento, a qualificação da atenção e a comparação entre as ILPI.

(Apoio: CAPES)