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 2115 Resumo encontrados. Mostrando de 821 a 830


PN0880 - Painel Aspirante
Área: 8 - Periodontia

Apresentação: 09/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Correlação entre espessura gengival e distância supracrestal em imagens tomográficas
Costa MSC, Costa SMS, Alves PHM, Freitas NR, Guerrini LB, Oliveira RF, Santiago-Junior JF, Almeida ALPF
Prótese e Periodontia UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Avaliar a correlação entre a espessura gengival (EG) e a distância supracrestal (DS) em imagens de tomografias Computadorizadas de Feixe Cônico (TCFC). A amostra foi composta por 415 unidades dentárias em 39 TCFCs obtidas com afastamento de lábios e bochechas, de indivíduos de ambos os sexos. Em cada unidade dentária foram realizadas duas mensurações: a EG a partir da junção amelocementária, e a DS da crista óssea alveolar até a margem gengival. Diferentes agrupamentos foram realizados: todos os dentes, agrupamento por arcada dentária e por unidades dentárias. Avaliou-se também a relação da idade e do sexo com EG e DS. A média da EG foi 1,16mm e da DS foi 2,71mm. Não se observou correlação entre EG e DS (p=0.642). Houve diferença estatisticamente significante entre EG e sexo (p=0.003) e as arcadas dentárias (p=0,014), com maiores médias no sexo masculino e em dentes na arcada superior. Percebeu-se que quanto maior a idade, menor a EG (p<0,001; r =-0,220). Quando se analisou a EG levando em consideração as unidades dentárias, percebeu-se que dentes posteriores apresentaram médias maiores (p<0,001). A DS não apresentou diferenças estatísticas quando se analisou sua distribuição quanto ao sexo (p=0,636), idade (p=0,369), arcada dentária (p=0,541) e unidades dentárias (p=0,07).

Baseado nos resultados desse estudo, observou-se que não há correlação entre EG e DS. A EG varia de modo estatisticamente significante quando se realiza o agrupamento por sexo, arcada dentária e unidades dentárias, possuindo também uma correlação negativa com idade.

(Apoio: CAPES  N° 001)
PN0881 - Painel Aspirante
Área: 8 - Periodontia

Apresentação: 09/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Inter-relação entre a espessura da mucosa palatina com a morfologia do palato e espessura gengival: uma análise transversal
Costa SMS, Costa MSC, Freitas NR, Guerrini LB, Santiago-Junior JF, Esper LA, Soares LFFB, Almeida ALPF
Prótese e Periodontia UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Analisar transversalmente a inter-relação entre a espessura da mucosa palatina com a morfologia do palato e espessura gengival. Foram avaliados os seguintes parâmetros em 37 imagens tomográficas: espessura da mucosa palatina dos caninos (Ca), primeiros e segundos pré-molares (P1 e P2) e primeiros e segundos molares (M1 e M2) em 4 pontos distintos, demarcados a partir da margem gengival até a sutura palatina com uma distância de 3, 6, 9 e 12mm representados por R3, R6, R9 e R12 respectivamente; espessura gengival e morfologia do palato. Após análise estatística, a região de M1 apresentou mucosa palatina mais fina (2,95mm ± 1,11) e a região P2 a mais espessa (3,72mm ± 1,20). Houve diferença significativa entre a espessura da mucosa palatina de M1 quando comparada a Ca (p=0.012), P1 (p<.001) e P2 (p<.001). Pode-se observar um aumento da espessura média de Ca até região de P2, diminuindo em M1 e aumentando novamente em M2. Medidas mais distantes da margem gengival (R9 e R12) apresentaram-se mais espessas que as medidas mais próximas (R3 e R6). Foi observado uma correlação positiva (r=.268) entre a espessura da mucosa palatina e idade. No entanto, houve uma ausência de correlação entre a espessura da mucosa palatina e altura da abóbada palatina (p=.205), largura do palato (p=.626) e espessura gengival (p=.131). Os homens apresentaram mucosa palatina (p=0,011) e largura do palato (p=0,002) significativamente maiores que as mulheres.

Com isso, pode-se concluir que não houve correlação entre a espessura da mucosa palatina com a morfologia do palato e espessura gengival.

(Apoio: CAPES)
PN0882 - Painel Aspirante
Área: 8 - Periodontia

Apresentação: 09/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Teste diagnóstico baseado na saliva em pacientes periodontais e diabéticos. resultados preliminares
Moura NMV, Costa KF, Trevisan GL, Freitas DS, Taba-Junior M
Periodontia UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A doença periodontal (DP) é uma doença crônica de origem inflamatória, induzida por biofilme, que apresenta aumento na expressão de proteases. O diagnóstico da DP é baseado em parâmetros clínicos e radiográficos que não mensuram a atividade ou eventos biológicos da doença. A saliva, por apresentar biomarcadores relacionados à DP, contribui para diagnósticos de alterações sistêmicas e inflamações. Portanto, este estudo se propõe a padronizar um kit diagnóstico "chair-side", de baixo custo, para auxiliar no diagnóstico e monitoramento do tratamento periodontal. Foram selecionados 12 indivíduos saudáveis (S), 11 com doença periodontal (DP), 4 com Diabetes Mellitus e saúde periodontal (DM+S) e 9 com Diabetes Mellitus e com DP (DM+DP). No dia 0 e 45 foram realizadas coleta dos parâmetros periodontais e saliva e aplicação do teste salivar. Todos receberam tratamento periodontal básico (TPB) e orientação de escovação no dia 0. Após 45 dias, os índices de placa e sangramento de todos os grupos apresentaram redução (p<0,05). A profundidade média de sondagem não teve diferença (p>0,05). O teste salivar foi capaz de identificar a melhora ou piora clínica e também definir escores de saúde ou doença: S=5,9, DP=-1,9, DM+S=17,5 e DM+DP=-1,4, (p=0,016). SxDP, p=0,036 e DM+SxDM+DP, p=0,003.

O TPB foi eficaz em produzir melhoras clínicas e o kit diagnóstico demonstrou capacidade de estimar as alterações com escores de severidade. O teste salivar tem o potencial de auxiliar na personalização da abordagem terapêutica e validar a melhora dos parâmetros clínicos de forma quantitativa.

(Apoio: CNPq  N° 432141/2018-9  |  CNPq  N° 304606/2021-9)
PN0883 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Carga de Doenças Bucais Crônicas é um fenômeno epidemiológico que agrupa cárie e periodontite no ciclo vital. Estudo populacional (NHANES)
Costa SA, Nascimento GG, Leite FRM, Souza SFC, Ribeiro CCC
Pós graduação em odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Embora com fisiopatologia em tecidos dentais distintos, a cárie e a periodontite têm etiologias ligadas ao biofilme dental, fatores de risco comuns e culminam na perda dentária. Este estudo investigou a correlação entre os indicadores de cárie e periodontite, do adolescente ao idoso. Banco de dados público representativo da população americana (n=14.421) (NHANES III). As correlações entre indicadores: 1) cárie (lesão não tratada; envolvimento pulpar); 2) periodontite [sangramento à sondagem (SS), profundidade de sondagem (PS= 4mm, PS ≥ 5mm, nível de inserção clínica (NIC) = 4mm, NIC ≥ 5mm e lesão de furca), e 3) perda dentária, foram testadas em análise fatorial exploratória. Os construtos latentes foram validados em análise fatorial confirmatória, nas faixas etárias 13-19, 20-29, 30-39, 40-49, 50-59, 60-79 e >70 anos. Indicadores da cárie e da periodontite foram fortemente correlacionados entre si em todas as idades, convergindo para dois construtos, que foram denominados Risco de Progressão e Colapso dos Tecidos. Nos jovens (13-29 anos), as cargas fatoriais (CF) da cárie, PS e SS foram convergentes para Risco de Progressão (CF> 0,5). Nos adultos, indicadores da cárie, dentes perdidos, NIC e lesão de furca foram convergentes para o construto Colapso dos Tecidos (CF> 0,6).

Cárie e periodontite têm elevada e dinâmica correlação no ciclo vital. Risco de Progressão das doenças nos jovens evolui para Colapso dos Tecidos Dentais no idoso. O fenômeno Carga de Doenças Bucais Crônicas alerta para necessidade de integração das duas doenças, com base nos riscos comuns.

(Apoio: CAPES  N° 001)
PN0884 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Avaliação psicométrica da aplicablidade de questionário sobre os efeitos, consumo e utilização de fluoretos por dentistas
Chevitarese AB, Santos K, Jural LA, Leite KLF, Rocha-Gaspar DRC, Perazzo MF, Cury JA, Maia LC
Odontopediatria e Ortodontia UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O presente estudo objetivou avaliar as propriedades psicométricas do questionário referente ao conhecimento sobre fontes de flúor e práticas para uso e consumo de pasta fluoretada. Após a elaboração com base na colaboração de experts na área e avaliação da evidência de validade de conteúdo do instrumento, foi realizada a coleta de dados online (Survey MonkeyTM) no período entre Maio/Abril 2022 para a testagem das propriedades psicométricas. O ajuste do modelo foi testado em 456 dentistas, estudantes e profissionais de saúde bucal (média de idade: 44 anos ±12) por meio da Análise Fatorial Confirmatória (AFC) unidimensional com indicadores categóricos. Medidas externas de validação foram representadas por questões relacionadas a dados sociodemográficos, conhecimento sobre fontes de flúor e práticas para uso e consumo de pasta fluoretada. Foram incluídas 13 perguntas na análise fatorial. Os seguintes resultados foram encontrados: a) o modelo apresentou adequados ajustes na AFC; b) os índices de ajuste apresentados foram CFI = 0,941, TLI = 0,927, RMSEA = 0.075 (0,064 -0,086), SRMR = 0,146, e com cargas fatoriais variando de 0,25 a 0,91; c) representação do construto de acordo com a base teórica sobre fluoretos.

O questionário foi psicometricamente adequado para ser usado no contexto brasileiro e as evidências de sua estrutura interna confirmaram sua base teórica para mensurar os conhecimentos e percepções sobre a utilização de fluoretos pelos dentistas, estudantes e profissionais de saúde bucal.

(Apoio: CAPES  N° 001  |  FAPs - FAPERJ  N° E-26/201.175/2021)
PN0886 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Fatores associados à visita odontológica durante a gestação
Castilho GT, Tagliaferro EPS, Matos M, Dorighello L, Silva SRC, Rosell FL, Valsecki Junior A, Pardi V
Morfologia e Clínica Infantil UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi avaliar fatores que influenciam a visita ao dentista durante a gestação. Os dados foram obtidos em prontuários clínicos da Faculdade de Odontologia de Araraquara (FOAr-Unesp) da clínica de Atendimento à Gestante, no período 2000-2019. Participaram do estudo 703 gestantes, que responderam perguntas sobre sua condição sociodemográfica e variáveis relacionadas a saúde geral e bucal. Os dados foram analisados, tendo como variável dependente a pergunta "já recebeu atendimento odontológico estando grávida?" e como variáveis independentes: etnia, idade, estágio da gravidez, orientação médica, ansiedade, tabagismo, motivo da última visita ao dentista, hábito de morder lábios/bochechas, aftas, boca seca, sangramento gengival, frequência de escovação e uso de fio dental. Após análise exploratória, realizou-se o teste de qui-quadrado considerando-se significância de 5%. Cerca de 65% das participantes relataram não ter passado por atendimento odontológico durante a gestação. Em relação ao estágio da gravidez, no 1o trimestre, 15% tiveram atendimento odontológico, no 2o trimestre 54% e no 3o trimestre 31%. As variáveis associadas ao atendimento durante a gestação foram: uso de fio dental (p=0,042) e sangramento gengival (p=0,011).

Conclui-se que visitas ao dentista durante a gestação, embora de extrema relevância para a saúde da mulher e seus filhos, foram de baixa frequência o que sugere a necessidade de implementação de programas que visem a conscientização e a importância da visita ao dentista durante esse período.

(Apoio: CAPES  N° 88887.667241/2022-00)
PN0887 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Estimativa de idade dental pelo método de Willems em uma população do Sudeste do Brasil
VALENTE RPA, Pontes MA, Panzarella FK, Rosário Junior AF, Paranhos LR
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O conhecimento acerca da idade de um indivíduo é fundamental nas ciências forenses. Quando aplicados ao exame do vivo, métodos de estimativa de idade dental são fundamentados na inspeção intrabucal ou no exame radiográfico. Radiografias panorâmicas, especificamente, viabilizam a visualização de múltiplas estruturas dentomaxilofaciais. A combinação das informações destas estruturas pode resultar em perícias de estimativa de idade mais fidedignas. Este estudo verificou a aplicabilidade do método de Willems (2001) para estimar a idade de indivíduos da região Sudeste do Brasil. Tratou-se de um estudo observacional conduzido sob as recomendações STROBE. A amostra consistiu em 568 radiografias panorâmicas de indivíduos do sexo feminino e masculino, com idades entre 12 e 17.9 anos. O desenvolvimento dental foi classificado de acordo com a técnica de Demirjian (1973), sendo a idade quantificada pelo método de Willems. A idade cronológica foi comparada a idade dental estimada, permitindo o cálculo do erro do método para cada faixa etária em intervalos de um ano. Para ambos os sexos, houve uma superestimativa da idade cronológica na faixa etária de 12-14.9 anos, enquanto a idade foi subestimada na faixa etária dos 16-17.9 anos (p<0.0001). Diferenças estatisticamente significativas entre sexos foram observadas na faixa etária de 15-17.9 anos (p<0.05).

Apesar de já validado em brasileiros, o erro do método de Willems em fases finais do desenvolvimento dental sugere atenção e a necessidade de associação a outros métodos de estimativa de idade para a prática pericial.

(Apoio: CAPES  N° 001  |  CNPq  |  FAPEMIG)
PN0888 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Avaliação do protocolo de biossegurança durante a pandemia em clínica escola odontológica sob a ótica do paciente
Rodrigues AOLJ, Segato APZ, Rosa SV, Carneiro E, Grigolo D, Ignácio SA, Werneck RI, Rocha JS
Odontologia PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo foi avaliar a segurança, ansiedade e acolhimento no atendimento odontológico em uma clínica de ensino, sob a ótica dos pacientes, após a mudança de protocolo de biossegurança em meio à pandemia de Covid-19. É um estudo transversal com uma amostra de 217 pacientes atendidos por acadêmicos da Clínica Odontológica da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba-PR. Foi utilizado um questionário semiestruturado para coleta de dados sociodemográficos, de humanização e segurança nos cuidados para prevenção de infecção de Covid-19 durante o atendimento. Foi realizada uma análise multivariada por meio da regressão de Poisson, valores de p ≤0,05 foram considerados significativos. Mais de 90% dos pacientes relataram que os estudantes foram atenciosos e comunicativos, que se sentiram acolhidos e seguros em relação ao risco de contaminação pela Covid-19 durante o atendimento. Os pacientes que sentiram ansiedade durante o tratamento totalizaram 32,2%. Pacientes brancos (RP 0,305) e pardos (RP 0,027) se sentiram menos ansiosos em relação às outras etnias. Pacientes que não conseguiram manter o distanciamento na sala de espera (RP 3,439) e que não se sentiram seguros durante o atendimento (RP 2,64) tiveram maior prevalência de ansiedade durante o atendimento odontológico.

Houve uma alta prevalência de pacientes que se sentiram seguros com os novos protocolos de biossegurança. A ansiedade do atendimento ficou relacionada com a cor/etnia, conseguir manter o distanciamento na sala de espera e sentimento de segurança durante o atendimento.

PN0889 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Perspectivas da odontologia na promoção do desenvolvimento na primeira infância: estudo qualitativo na atenção primária
Santos IG, Mateus AC, Martins IM, Tavares NO, Costa LRRS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O desenvolvimento na primeira infância (DPI) é relacionado à promoção da saúde bucal, mas pouco se sabe sobre como essa intersecção é percebida pelos profissionais. Buscou-se compreender a percepção de equipes de saúde sobre a relação DPI - saúde bucal. Trata-se de uma pesquisa qualitativa realizada com três equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF) do bairro Estrela D'Alva, Goiânia-GO. Os dados foram coletados por meio de entrevista audiogravada com roteiro semiestruturado. Os áudios foram transcritos e lidos exaustivamente para identificação dos núcleos de sentido, categorias, sub-categorias e indicadores, seguindo a técnica de análise de conteúdo de Bardin. Após análise, emergiram as categorias: Definição sobre o trabalho (tempo, atividades e ações) e definição sobre o DPI (entendimento, ações e capacitações). Um dos achados do estudo incluíram a necessidade de atendimento odontológico, visão de atendimento centralizada na saúde-doença e o papel do Cirurgião-Dentista na detecção e prevenção de doenças voltadas ao DPI. O setor conta com famílias em estado de vulnerabilidade social e com poucos programas e políticas implementadas ao DPI, tornando essencial o trabalho multidisciplinar, com fortalecimento das ações de todos os profissionais da ESF para um olhar da criança em sua integralidade, principalmente, o cirurgião-dentista, o qual perpetua o molde de sua formação baseado no curativismo.

Conclui-se que a inter-relação, troca de experiências e investimentos em capacitações são necessárias para que a equipe atue com os mesmos objetivos.

(Apoio: FAPEG/MS PPSUS  N° 202110267000301)
PN0892 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 09/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Qualidade de vida relacionada à saúde bucal de deficientes visuais institucionalizados
Rolim AKA, Bernardino IM, Figueiredo TRM, Davila S
Odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se avaliar a qualidade de vida relacionada a saúde bucal (QVRSB) de deficientes visuais (DV) institucionalizados. Tratou-se de um estudo censitário e transversal, realizado com 41 indivíduos portadores de deficiência visual, usuários de um Instituto para cegos de um município de médio porte. Estes responderam a um formulário socioeconômico, demográfico e clínico. Foi realizado exames clínicos para avaliação da condição de saúde bucal, além de avaliado o impacto desta na qualidade de vida através do questionário Oral Health Impact Profile (OHIP-14). Foram realizadas estatísticas descritivas e análise de segmentação para o OHIP-14. A maioria dos pacientes era do sexo masculino (63,4%), tinha média de idade de 34,51 anos (DP = 3,44), deficiência visual do tipo adquirida (51,2%) e eram cegos (53,7%). Em relação ao impacto da condição de saúde bucal na qualidade de vida, os domínios mais afetados foram desconforto psicológico, dor física e incapacidade psicológica. A análise de agrupamento revelou a formação de dois clusters de pacientes: 1o cluster (n = 18; 43,9%) - indivíduos com maior impacto; 2o cluster (n = 23; 56,1%) - indivíduos com menor impacto. Não foram identificadas diferenças estatisticamente significativas (p > 0,05) na análise de associação entre impacto da condição bucal na qualidade de vida, características demográficas, socioeconômicas e clínicas.

Os DV deste estudo possuem consideráveis necessidades de saúde bucal e assistência odontológica que impactam na sua QVRSB.

(Apoio: CNPq  N° 142570/2020-6)