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 2118 Resumo encontrados. Mostrando de 411 a 420


PN0419 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 08/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Protocolo de Treinamento e Calibração para Análise de Mídias Digitais de Três Plataformas Distintas
Silva EMM, Camargos CR, Félix TR, Vargas-Ferreira F, Mattos FF
Departamento de Odontologia Social e Pre UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

As mídias digitais são indispensáveis para a comunicação e compartilhamento de informações em saúde, proporcionando acesso à informação e ampliação de saberes. Todavia, a qualidade dessas informações precisa ser avaliada por meio de estudos reprodutíveis que assegurem sua confiabilidade. Este estudo apresenta os resultados do processo de treinamento e calibração para avaliação da qualidade de mídias sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) nas plataformas digitais Instagram e Facebook (usando #sus e #sistemaunicodesaude) e YouTube (usando os termos SUS e sistema único de saúde). Foram aplicados como instrumentos de avaliação o Índice de Comunicação com Clareza do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (BR-CDC-CCI), para as postagens do Instagram e Facebook, e a Escala de Qualidade Global (EQG) para os vídeos do Youtube. Após treinamento sobre os instrumentos, duas pesquisadoras independentes analisaram 15 mídias, somadas as três plataformas, em dois momentos, separados por 15 dias de intervalo. Para o Instagram obteve-se Kappa 0,542 (intraexaminadora 1), 1,00 (intraexaminadora 2) e 0,762 interexaminadoras. Para o Youtube obteve-se Kappa 0,545, (intraexaminadora 1), 1,0 (intraexaminadora 2) e 0,545 (interexaminadoras). Para o Facebook obteve-se Kappa 1,0 (intraexaminadoras 1 e 2) e 0,706 (interexaminadoras).

A concordância intra e interexaminadoras variou de perfeita a moderada, quando o treinamento requer mais atenção. Este estudo mostrou que os instrumentos podem ser usados para medir a qualidade de informações nas mídias digitais estudadas.

(Apoio: CAPES  |  FAPEMIG/UFMG)
PN0420 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 08/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Doenças reemergentes: características epidemiológicas e sociodemográficas da sífilis adquirida, gestacional e congênita
Furtado BA, Casale B, Dias ASP, Garbin CAS, Martins RJ
Odontologia Preventiva e Restauradora UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo desta pesquisa foi levantar as características epidemiológicas da doença e os aspectos sociodemográficos dos pacientes diagnosticados com sífilis adquirida, sífilis gestacional e sífilis congênita no município de Araçatuba, São Paulo, no período de 2017 a 2020. Realizou-se a pesquisa no Departamento de IST, AIDS e Hepatites virais. Verificaram-se às variáveis presentes nas notificações compulsórias: dados gerais, notificação individual, dados de residência, conclusão, dados complementares. No período analisado, foram observadas 194 notificações compulsórias, das quais 124 (63,92%) eram de sífilis adquirida, 29 (14,95%) de sífilis congênita e 41 (21,13%) de sífilis em gestantes. No caso da Sífilis Adquirida a maioria dos indivíduos pertencia ao sexo masculino (79,6%). Quanto à faixa etária, cor, nível educacional e área de moradia, nos casos da Sífilis Adquirida e em Gestante a maior parte pertencia à faixa etária entre 20 e 29 anos (32%) e (56,3%), autodeclarados(as) brancos(as) (65,2%) e (41,9%), não tinham ensino médio completo (57,9%) e (66,7%) e moravam na zona urbana (82,9%) e (100%); respectivamente. Em relação à Sífilis Congênita, a prevalência de idade dos bebês era entre 1 e 2 dias de vida, sendo a maioria do sexo feminino (58,3%).

Houve um incremento dos casos notificados de sífilis no município nos últimos anos. As notificações compulsórias apresentaram-se preenchidas de forma incompleta, o que dificulta o desenvolvimento de políticas públicas para implementar estratégias preventivas da doença.

PN0421 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 08/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Estresse ocupacional entre cirurgiões-dentistas do setor privado no primeiro ano da pandemia da COVID-19
Benoski F, Pacheco EC, Avais LS, Ditterich RG, Pecharki GD, Silva-Junior MF, Baldani MH
odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Estudo transversal, que teve por objetivo analisar os fatores associados ao estresse ocupacional no primeiro ano da pandemia da COVID-19 entre cirurgiões-dentistas atuantes em serviços privados no Estado do Paraná. Os dados foram obtidos no segundo semestre de 2020, por formulário on-line enviado por e-mail pelo Conselho Regional de Odontologia e redes sociais. A percepção de estar esclarecido e seguro para trabalhar, e de sentir-se ansioso e preocupado ao atender pacientes, compuseram as variáveis dependentes, como proxy do estresse ocupacional. Segundo o modelo teórico explicativo, as variáveis independentes foram: fatores individuais (sociodemográficos), organizacionais e extraorganizacionais (relacionados ao trabalho). Os dados foram analisados por regressão logística bi e multivariada (p<0,05). Participaram 384 profissionais, em maioria mulheres (74,7%), de até 39 anos (51,0%). Tiveram maiores chances de se sentir inseguros e menos preparados: as mulheres, mais jovens, que não receberam orientações sobre medidas de prevenção e controle da COVID-19 no local de trabalho e que "quase nunca/nunca" realizavam a desparamentação seguindo a sequência recomendada. Profissionais mais jovens, que "quase nunca/nunca" participavam da tomada de decisões no trabalho, e "às vezes" trabalhavam a quatro mãos tiveram maiores chances de se sentir ansiosos e preocupados.

Além de fatores individuais, os organizacionais relacionados ao trabalho foram associados ao estresse ocupacional entre cirurgiões-dentistas do setor privado no primeiro ano da pandemia.

(Apoio: CAPES  N° 001)
PN0422 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 08/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

COVID-19: influência na alteração dos hábitos comportamentais e na saúde oral dos discentes de Odontologia no Brasil
Lopes LIG, Pereira GDS, Poly A
Clínica Odontológica UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A pandemia do Coronavírus 2019 ocasionou respostas psicológicas indesejáveis e prejuízos à saúde da população. O objetivo desse estudo foi avaliar a influência da pandemia na alteração dos hábitos comportamentais e, como conseguinte, na saúde oral dos estudantes de Odontologia de universidades públicas e privadas no Brasil. Um questionário eletrônico contendo 27 questões relacionadas à saúde oral, nível de estresse, hábitos alimentares e de higiene oral, aplicado de forma remota, foi respondido por seiscentos e trinta e oito participantes (n= 638), com média de idade de 22,95 (± 4,10) anos. Diferenças entre as avaliações obtidas antes e durante a pandemia foram avaliadas pelo teste Wilcoxon (α = 0,05). Durante a pandemia, a percepção do nível de estresse aumentou, enquanto a renda familiar diminuiu. Mudanças significativas relativas à frequência e horário da alimentação, ao aumento do consumo de alimentos reconfortantes e à diminuição dos cuidados de higiene oral foram observadas. Exceto para herpes labial, a maioria das condições de saúde e hábitos parafuncionais avaliados foram alterados com significância. Ainda, níveis mais altos de estresse mostraram correlação de Spearman (rS) significativa à renda familiar mais baixa (rS = -0,14), à alta frequência de ingestão de alimentos (rS = 0,15) e ao aumento da frequência do consumo de álcool (rS = 0,08).

Foi possível concluir que as mudanças no nível de estresse, dos hábitos alimentares e comportamentais promoveram alterações relacionados à saúde oral dos estudantes de Odontologia brasileiros durante a pandemia.

PN0423 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 08/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Possível bruxismo do sono e adicção em smartphones em universitários brasileiros durante a pandemia de COVID-19
Moreira-Santos LF, Serra-Negra JMC, Prado IM, Perazzo MF, Abreu LG, Granville-Garcia AF, Paiva SM, Pordeus IA
Saúde Bucal da Criança e do Adolescente UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo transversal avaliou a associação entre possível bruxismo do sono (PBS) e adicção a smartphones em universitários brasileiros durante a pandemia de COVID-19. Participaram do estudo 546 alunos de graduação e pós-graduação, matriculados em universidades públicas e privadas brasileiras, que foram selecionados a partir do método amostral por bola de neve. Os estudantes responderam a um questionário on-line na plataforma Google Forms, que abordava dados sociodemográficos, uso de smartphones e gravidade do PBS (ranger, thrusting e bracing), categorizado em ausente, leve, moderado e grave. Também foi respondida a versão brasileira da Smartphone Addiction Scale - Short Version (SAS-SV). Foi realizada estatística descritiva e análise bivariada por meio dos testes Qui-quadrado de Pearson, Exato de Fisher, Kruskal-Wallis e pós-testes (p=0,05). A média de idade da amostra foi de 24,9 anos (±5,5). Escores mais altos na SAS-SV foram associados ao PBS thrusting leve (p=0,001) e PBS bracing moderado (p=0,011). Estudantes que utilizavam smartphones para acessar redes sociais e para fins acadêmicos e/ou profissionais apresentaram maior probabilidade de relatar PBS bracing leve (p=0,008) e PBS bracing grave (p<0,001), respectivamente.

A adicção a smartphones e uso de smartphones para acessar redes sociais e para fins acadêmicos foram associados a atividades de PBS durante a pandemia de COVID-19.

(Apoio: CNPq  N° 405301/2016-2)
PN0424 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 08/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Impacto orçamentário de melhorias na confecção de prótese totais removíveis no SUS
Silva TVS, Pinheiro MA, Lucena EHG, Ferreira LF, Borges-Grisi MHS, Cavalcanti YW
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A reabilitação com próteses dentárias no Sistema Único de Saúde (SUS) é financiada por repasses que variam de R$ 7.500 a R$ 22.500. Este estudo calculou os custos envolvidos na confecção de próteses totais e avaliou o impacto orçamentário de melhorias obtidas pela substituição de materiais empregados no SUS. Realizou-se uma avaliação econômica parcial, utilizando a técnica de microcusteio. Os custos envolvidos na confecção de próteses dentárias superior e inferior em pacientes edêntulos foram calculados considerando as etapas de moldagem anatômica, moldagem funcional, relacionamento maxilo-mandibular e acrilização. O custo dos materiais foi pesquisado em três lojas virtuais e a média dos valores obtidos foi dividida pelo rendimento de cada material. O custo incremental por paciente (CIP) considerou a diferença de custos entre a tecnologia a ser adotada e a tecnologia tradicional. O impacto orçamentário foi calculado para as faixas de financiamento da prótese dentária no SUS. A técnica tradicional (alginato convencional, pasta zinco-eugenólica e godiva de baixa fusão, articulador de charneira e resina acrílica polimerizada em banho de água quente) resultou em um custo de R$ 38,96. O CIP para moldagem anatômica (R$ 4,08), moldagem funcional (R$ 11,76), relacionamento maxilo-mandibular (R$ 0,18) e acrilização (R$ -1,69) resultou em um incremento de R$ 14,33, o que impacta em 3,82% na faixa de R$ 22.500, e 1,91% na faixa de R$ 7.500.

Melhorias na confecção de próteses dentárias no SUS devem ser implementadas, visto que implicam em pequeno impacto orçamentário.

PN0426 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 08/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Ansiedade e sua associação com os comportamentos noturnos e possível bruxismo do sono em crianças e adolescentes
Soares-Silva L, Magno MB, Tavares-Silva CM, Pires PP, Maia LC
Odontopediatria e Ortodontia UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Avaliar a presença de ansiedade (AN) em crianças e adolescentes (C/A) e sua associação com os comportamentos noturnos (CN) e o possível bruxismo do sono (BS). Analisaram-se prontuários de pacientes de 7 a 11 anos, atendidos nas Disciplinas de Odontopediatria I e II da FO/UFRJ entre jan/2018 a mar/2020. Foram coletados dados sobre AN por meio do questionário para triagem de ansiedade infantil - QTAIC (presença ou ausência da AN e transtornos que a compõem - I. fator de pânico (FP), II. índice de ansiedade geral (AG), III. ansiedade de separação (AS), IV. fobia social (FS), V. fobia escolar (FE). O BS foi avaliado por autorrelato dos responsáveis e para CN avaliaram-se: horas de sono (HS), dorme sozinho, luz acessa, TV ligada, joga vídeo-game, despertares noturnos, sono agitado, pesadelos, apneia, ronca, fala, urina na cama e sonambulismo. As associações entre AN e BS, AN e HS, BS e HS foram avaliadas pelos testes X2 e teste-t (p≤0,05). Dos 85 prontuários avaliados, 41 (48,2%) pacientes do sexo feminino e 44 (51,8%) masculino. AN e BS estiveram presentes em 40 (47,1%) e 28 (32,9%) dos pacientes, respectivamente enquanto os CN mais frequentes foram sono agitado (54; 63,5%), fala (29; 34,1%) e ronca (27; 31,8%). Não houve associação AN e BS, entre FP, AG, AS, FS e FE e o BS e entre AN e HS (p>0,05), porém observou-se associação entre BS e HS (p≤0,01).

A ansiedade e seus transtornos não estão associados ao possível bruxismo do sono e aos comportamentos noturnos, enquanto o possível bruxismo do sono está mais presente nas C/A com menos horas de sono.

PN0427 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 08/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Câncer de boca e orofaringe no Brasil: estudo descritivo dos casos registrados no primeiro ano da pandemia da COVID-19
Montagnoli DRABS, Leite VF, Abreu MHNG, Ferreira de Aguiar MC, Martins RC
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo ecológico avaliou registros de câncer de boca e orofaringe no primeiro ano da pandemia da COVID-19 no Brasil. Dados sobre os tipos de neoplasias orais e orofaríngea, estadiamento, modalidade terapêutica indicada para o tratamento inicial foram extraídos do Painel-Oncologia do DATASUS e estimativas populacionais para 2020 do IBGE. Realizou-se análise descritiva, por meio de frequência (SPSS v.22.0). Um total de 17.317 casos de câncer de boca e orofaringe foram registrados, representando 3,28% de todas as neoplasias do período. Desses, 44,8% ocorreram na região Sudeste, seguido da Sul (22,1%) e Nordeste (22%). A taxa de prevalência por 100 mil habitantes foi maior nas regiões Sul (12,6), Sudeste (8,7) e Centro Oeste (8,0). As neoplasias de orofaringe (26,7%), partes inespecíficas da língua (15%) e da boca (12,8%) foram as mais frequentes. O registro de estadiamento foi realizado em 55% dos casos, sendo o IV o mais prevalente (48,8%). A região Centro-Oeste (55,1%) apresentou a maioria dos registros no estágio mais avançado. O primeiro tratamento foi registrado em 70% dos casos, com maior frequência nas regiões Sudeste (37,6%) e Nordeste (34,5%) e menor nas regiões Centro-Oeste (5%) e Norte (4%). Radioterapia (35,8%) e quimioterapia (33%) foram as terapêuticas mais prescritas, sendo a radioterapia mais frequente nas regiões Nordeste (43,1%) e Sudeste (37,5%) e a quimioterapia nas demais.

Neoplasias de orofaringe e partes inespecíficas da língua e diagnosticadas em estágios mais avançados foram as mais prevalentes, com a observação de diferenças regionais.

(Apoio: CAPES)
PN0428 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 08/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Impacto da pandemia nas tendências de produção de próteses dentárias no SUS em idosos brasileiros
Vieira MF, Marques PSA, Figueiredo DR, Carcereri DL, Cascaes AM
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Descrever as tendências na produção de próteses odontológicas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em idosos acima de 60 anos no Brasil e regiões durante os anos de 2010 a 2019, e o impacto da pandemia de COVID-19 na produção esperada para 2020. Trata-se de um estudo de séries temporais com dados secundários do SUS (DATASUS - TABNET), e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no período de 2010 a 2020. Calcularam-se as taxas padronizadas por idade, para o Brasil e regiões de cada ano analisado. A análise foi conduzida no programa Stata 14.2, através de regressões lineares generalizadas, pelo método de estimação de Prais-Winstein. Houve tendência de crescimento na taxa padronizada de produção das próteses totais e das demais próteses para cada 100 mil habitantes, no Brasil e em todas as regiões do país. O aumento na produção de próteses totais foi maior na região Nordeste (50,3%/ano) e menor na região Norte (19,1%/ano). As tendências na produção das demais próteses foram maiores na região Sudeste (120,7%/ano) e menores na região Norte (24,5%/ano). A produção de próteses para ambos os grupos reduziu no ano 2020. A diferença relativa de queda variou de -36,4% (Norte) até -61,7% (Nordeste) para a produção de próteses totais e, de -17,9% (Norte) até -68,4% (Nordeste) para as demais próteses.

Embora as políticas voltadas para a produção de próteses venham crescendo, ela se mantém aquém da necessidade encontrada e não há equidade na oferta dos serviços para as regiões brasileiras. Ademais, a pandemia impactou negativamente na produção de próteses dentárias pelo SUS em 2020.

PN0429 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 08/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Pandemia do Covid-19: fatores preditores da ansiedade em profissionais da Atenção Primária à Saúde
Custódio LBM, Garbin CAS, Saliba TA, Saliba NA, Moimaz SAS
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Momentos de insegurança, como os vivenciados na pandemia do Covid-19, podem acarretar aumento de condições estressoras, favorecendo o adoecimento. Objetivou-se avaliar os fatores relacionados ao desenvolvimento da ansiedade em profissionais da saúde durante a pandemia. Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, tipo inquérito, realizado com trabalhadores da Atenção Primária em 2021. Foram incluídos 79 profissionais de um município do estado de São Paulo e excluídos aqueles que estavam afastados. Todos receberam um link, via e-mail, para acessar o inquérito, composto por questões sobre perfil sociodemográfico, condições inerentes ao trabalho, saúde do trabalhador e a escala GAD-7 de ansiedade. Para avaliar os fatores preditores da ansiedade, foram empregadas técnicas de machine learning, sendo testados 4 algoritmos (Regressão Logística, Random Forest, K-nearest neighbors e Naive Bayes) para seleção do modelo. Do total, 50,63% dos profissionais apresentaram sintomas de ansiedade e 67,95% relataram algum grau de interferência da pandemia no desenvolvimento de atividades ou relacionamento com outras pessoas. O algoritmo Random Forest atingiu as melhores métricas de avaliação (AUROC=0,95) e apontou como fatores preditores do desenvolvimento da ansiedade: a realização de hora extra, Ensino Superior e área de formação da enfermagem.

Conclui-se que a realização de horas extras, possuir escolaridade em nível superior e ser profissional da enfermagem são fatores positivos no desenvolvimento dos casos de ansiedade.