RESUMOS APRESENTADOS

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 2776 Resumo encontrados. Mostrando de 51 a 60


AO053 - Apresentação Oral
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Jacarandá

Impacto da adenotonsilectomia e da expansão maxilar no IAH e na MinSaO2 em pacientes pediátricos com AOS: um ensaio clínico randomizado
Douglas Teixeira da Silva, Maria Cecilia Monteiro Marques Magalhaes, David Normando, Vinicius Vasconcelos Teodoro, Carlos Flores Mir, ki Beom Kim, Ricardo Maurício Oliveira Novaes, Guilherme de Araujo Almeida
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Para determinar o impacto e a melhor sequência de manejo entre adenotonsilectomia (AT) e expansão rápida da maxila (ERM) no índice de apneia-hipopneia (IAH) e na saturação mínima de oxigênio (MinSaO2) em pacientes pediátricos não obesos com apneia obstrutiva do sono (AOS) apresentando características craniofaciais sagitais e verticais relativamente normais, 32 crianças com idade média de 8,8 anos, com hipertrofia tonsilar grau III/IV e constrição maxilar, participaram de um ensaio clínico cruzado controlado e randomizado. Um grupo foi submetido à AT primeiro e o outro à ERM. Após seis meses, as intervenções foram trocadas nesses grupos, mas apenas para participantes com IAH > 1 após a primeira intervenção. A polissonografia foi realizada antes (T0), seis meses após a primeira (T1) e a segunda (T2) intervenção. A influência do sexo, grau de hipertrofia adenotonsilar, IAH inicial, gravidade da MinSaO2 e sequência de intervenção foram analisadas por regressão linear. As comparações intra e intergrupos para IAH e MinSaO2 foram realizadas por ANOVA e teste de Tukey. A gravidade inicial do IAH e a sequência de intervenção (AT primeiro) explicaram 94,9% da melhoria do IAH. A AT causou melhorias mais significativas no IAH do que a ERM. A severidade inicial da MinSaO2 foi responsável por 83,1% das alterações de melhoria do MinSaO2. A maioria das reduções do IAH e melhorias na MinSaO2 foram devidas à AT do que à ERM. Na maioria dos casos, a ERM teve um efeito marginal no IAH e na MinSaO2 quando ajustada para fatores de confusão.

A gravidade inicial do IAH e a AT como primeira intervenção foram responsáveis pela maior parte da melhoria do IAH. A severidade inicial da MinSaO2 por si foi responsável pela maior parte das alterações no aumento da MinSaO2.

(Apoio: CAPES  N° 001)
AO054 - Apresentação Oral
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Jacarandá

Bioatividade da Bandagem de bioestimulação dentino/pulpar em células-tronco de dentes decíduos humanos esfoliados
Ana Beatriz Vieira da Silveira, Eloá Cristina Passucci Ambrosio, Mariel Tavares de Oliveira Prado Bergamo, Rodrigo Cardoso de Oliveira, Natalino Lourenço Neto, Carlos Ferreira dos Santos, Thais Marchini de Oliveira, Maria Aparecida de Andrade Moreira Machado
Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Cole UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do presente estudo foi avaliar a viabilidade e a expressão gênica de células-tronco de dentes decíduos humanos esfoliados (SHED) para a diferenciação odonto/osteogênica e angiogênica após o contato diferentes materiais bioativos. Amostras de SHED foram obtidas por meio de cultura primária. Os extratos foram preparados na diluição 1:2 e divididos nos seguintes grupos experimentais: Grupo 1 - Bandagem dentino/pulpar (BBio), Grupo 2 - Bio-C Repair, Grupo 3 - MTA HP Repair e Grupo 4 - Biodentine. Foram realizados testes de viabilidade celular (Alamar Blue) e avaliação de expressão gênica (RT-PCR) para os seguintes alvos: COL, FGF-2, VEGF, OCN, OPN, DSPP e DMP-1. Os dados foram analisados pelo teste ANOVA a dois critérios, seguido do teste de Tukey (p<0,05). Os materiais bioativos mantiveram a viabilidade de SHED, sendo que a Bandagem BBio e o Bio-C Repair em 48H e 72H apresentaram resultados equivalentes ao grupo controle (p<0,05). Na análise de expressão gênica, o Biodentine apresentou os melhores resultados de VEGF e FGF-2 (p<0,05). A Bandagem BBio se destacou na expressão de OCN e OPN (p<0,05). Em relação a DSPP e DMP-1 as células mostraram aumento progressivo da expressão ao longo do tempo para todos os grupos estudados.

Com base nos resultados deste estudo, conclui-se que todos os materiais testados apresentaram bioatividade aceitável. Todos os materiais bioativos mostraram um aumento progressivo da expressão de DSPP e DMP-1 em SHED. A Bandagem BBio obteve melhores resultados na expressão gênica de OCN e OPN, apresentando melhor capacidade de diferenciação osteo/odontogênica.

(Apoio: FAPs - FAPESP  N° 2021/08730-4 e 2021/10002-7)
AO055 - Apresentação Oral
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Jacarandá

Impacto do Tratamento Oncológico na Qualidade de Vida Geral e na Relacionada à Saúde Bucal em Crianças e Adolescentes
Anna Vitória Mendes Viana Silva, Alice Machado Carvalho Santos, Isabel Zanforlin Freitas, Bernardo Velloso Pimenta, Bruna Paula Guimaraes Silva, Matheus de França Perazzo, Saul Martins Paiva
PPGO UFMG UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi investigar o impacto do tratamento oncológico na qualidade de vida geral (QV) e na qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) em crianças e adolescentes, utilizando a autopercepção e a percepção materna. Foi realizado um estudo transversal com 103 crianças/adolescentes de um a 18 anos de idade, ambos os sexos, em tratamento oncológico no Ambulatório Borges da Costa do HC da UFMG e na Casa de Apoio AURA. Os dados sociodemográficos e do tratamento oncológico foram coletados por questionários, para detectar as condições de saúde bucal, foi realizado o exame clínico no local da coleta. A QV geral e a QVRSB dos participantes foram avaliadas usando as versões brasileiras do Pediatric Quality of Life Inventory version 4.0 generic core (PedsQL 4.0) e Pediatric Quality of Life Inventory - Oral Health Scale (PedsQL3.0T-OH). Foram realizadas análises descritivas e regressão logística binária não-ajustada e ajustada (α=5%). A maioria dos participantes era do sexo masculino (56%), com 1-7 anos de idade (57%). Grande parte das mães tinham até 34 anos (53%) e 73% destas tinham mais de 8 anos de estudo. No autorrelato da criança/adolescente, identificou-se que aqueles entre 8 -18 anos (OR= 7.12 IC 95%: 1.1.98 -25.51), que estavam acolhidos na casa de apoio (OR= 4.05 IC 95%: 1.19- 3.31) tiveram associação com a QV. Em relação a autopercepção das mães, observou-se associação entre aquelas que estavam na casa de apoio (OR= 9.43 IC 95%: 1.74 - 50.87).

Para o autorrelato das crianças e adolescentes, a faixa etária entre 8 e 18 anos e o fato de estarem acolhidos em uma casa de apoio mostraram impacto negativo na QV. Em relação à autopercepção das mães, aquelas que estavam na casa de apoio também apresentaram impacto negativo na sua própria QV.

(Apoio: CNPq/INCT Saúde Oral e Odontologia  N° 406840/20229-9)
AO056 - Apresentação Oral
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Jacarandá

Ter traços de asma no 2º. ano de vida explicou as dimensões do ronco, sono, comportamento e a má-oclusão aos 12 anos: Coorte Brisa, São Luis
Camila Maiana Pereira Machado Santos, Lorena Lúcia Costa Ladeira, Joelma Ximenes Prado Teixeira Nascimento, Silas Alves-Costa, Magda Lyce Rodrigues Campos, Cláudia Maria Coêlho Alves, Erika Barbara Abreu Fonseca Thomaz, Cecilia Claudia Costa Ribeiro
PPGO UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

As inter-relações entre a função da respiração e a forma da arcada dentária são complexas, com reflexos no ronco, sono e comportamento da criança. Este estudo investigou a associação entre traços de asma no 2º ano de vida e seu efeito no Ronco, Má-oclusão, Sono e Comportamento aos 12 anos. Para tanto, utilizamos dados da Coorte Brisa - São Luís em três seguimentos: pré-natal (2010), 2° ano da criança (2011-2012) e aos 12 anos (2022-2023) (n=591). O modelo teórico considerou as variáveis latentes: Situação Socioeconômica do pré-natal como o determinante distal; Traços de Asma no 2º ano (chiado, emergência, rinite e diagnostico de asma) como a exposição principal; e, como os desfechos de interesse: as três Dimensões do Questionário Pediátrico do Sono - QPS (Ronco, Sono e Comportamento) e a Má-oclusão aos 12 anos, sendo analisado por Modelagem de Equações Estruturais. Ter Traços de Asma no 2° ano explicou todas as três dimensões do QPS: Ronco (SC=0.365; p<0.001), Sono (SC=0.313; p=0.002), e indiretamente o Comportamento, via ronco-sono (SC=183; p=0.003). Ter Traços de Asma também explicou indiretamente, a Má-oclusão, via Ronco (SC=0.081; p=0.020). O Ronco foi associado à Má-oclusão (SC=0.221; p=0.005) e ao Sono (SC=0.553; p<0.001). O Sono explicou fortemente o Comportamento (SC= 0.907; p<0.001).

Alterações na função respiratória típicas de asma nos dois primeiros anos de vida têm reflexos em todas as dimensões Ronco, Sono e Comportamento, bem como na Má-oclusão no início da adolescência.

(Apoio: CAPES)
AO057 - Apresentação Oral
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Jacarandá

Mensagens de texto como método motivacional para a higiene bucal durante o tratamento ortodôntico
Diego Patrik Alves Carneiro, Luiz Felipe Nogueira Santos, Caroline Nogueira de Moraes, Marcelo de Castro Meneghim, Silvia A. S. Vedovello
Pós Graduação em Odontologia CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO HERMÍNIO OMETTO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi avaliar a influência das mensagens de texto no controle da higiene bucal durante o tratamento ortodôntico. Estudo clínico randomizado foi realizado com pacientes de ambos os sexos, com má oclusão de Classe I de Angle e apinhamento antero inferior moderado a severo. Os voluntários foram distribuídos de forma aleatória em dois grupos: grupo 1, pacientes que receberam mensagens de texto motivacionais semanalmente durante os nove meses de estudo, grupo 2, que não receberam mensagens de texto motivacionais. As condições da hgiene bucal foram avaliadas pelos índices de placa e de sangramento gengival (início (T0), três meses (T1), seis meses (T2) e nove meses depois (T3) do início do tratamento). Foram realizadas análises descritivas e exploratórias dos dados seguidas da metodologia de modelo linear generalizado misto para medidas repetidas no tempo, considerando o nível de significância de 5%. Houve uma melhora significativa no índice de sangramento em T2 no grupo 1 em comparação ao grupo 2 (P<0.05). O grupo 2 apresentou aumento significativo do índice de sangramento ao longo das quatro avaliações (P<0.05) e, no grupo 1, observou-se melhora significativa em T1 e T2 e piora em T4 (P<0.05). Em relação ao índice de placa, não houve diferença significativa entre os dois grupos (P>0.05).

Concluiu-se que as mensagens de texto enviadas semanalmente podem apresentar um potencial de mudanças nos hábitos de higiene bucal no que diz respeito ao controle dos índices de sangramento gengival e placa nos meses iniciais do tratamento ortodôntico. Outras estratégias são necessárias para as outras fases do tratamento ortodôntico.

AO058 - Apresentação Oral
Área: 4 - Ortodontia

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Jacarandá

Impacto da testosterona sobre a movimentação dentária ortodôntica: um estudo in vivo
Caio Luiz Bitencourt Reis, Gabriela Leite Pedroso, Kelly Galisteu-Luiz, Gustavo Lopes Puls, Daniela Silva Barroso de Oliveira, Erika Calvano Kuchler, Maria Bernadete Sasso Stuani, Mírian Aiko Nakane Matsumoto
Clínica Infantil UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto da supressão, da reposição e de doses suprafisiológicas de testosterona (TT) durante a movimentação dentária ortodôntica (MOD) simulada em animais. Ratos Wistar machos (n = 96) foram aleatoriamente alocados aos 23 dias de vida para os grupos de supressão de TT induzida por orquiectomia, com (ORX-R) e sem (ORX) reposição, um grupo controle (Sham) e um grupo com doses suprafisiológicas (Sham-ST). Undecanoato de TT foi a substância aplicada nos grupos ORX-R e Sham-ST. A MDO do primeiro molar superior direito foi induzida aos 50 dias de vida com mola helicoidal fechada. Os animais foram eutanasiados após 5 e 10 dias de MDO. A qualidade óssea da região circundante à MDO (lado movimentado) e o lado oposto (controle) foi avaliada por microfotografia computadorizada. Análises de expressão gênica por RT-PCR e imunomarcação em cortes histológicos foram aplicadas para avaliação de neoformação (RUNX2, OPGe BMP2) e reabsorção óssea (TRAP, TUNEL, RANK e RANKL), estresse oxidativo e disfunção endotelial (eNOS e VEGF). Níveis plasmáticos de ACTH e Troponina I foram analisados por kits Miliplex. Os dados foram comparados pelo teste ANOVA com pós teste de Dunnett (alfa = 5%). Os parâmetros de qualidade óssea dos lados movimentado e controle dos grupos ORX e Sham-ST foram estatisticamente diferentes dos grupos Sham e ORX-R (p<0,05). Houve uma sobre-expressão dos marcadores no grupo Sham-ST que afetou os eventos fisiológicos estudados. Os grupos ORX e ORX-R apresentaram resultados distintos a depender do tempo e da MDO. Os níveis de ACTH foram maiores no grupo ORX.

Conclui-se que a supressão e as doses suprafisiológicas de TT impactam a MDO e podem aumentar o risco de efeitos colaterais durante o tratamento ortodôntico.

(Apoio: FAPs - FAPESP  N° 2021/02704-1  |  FAPs - FAPESP  N° 2021/03158-0 )
AO059 - Apresentação Oral
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Jacarandá

Análise Epidemiológica de Procedimentos de Frenotomia/Frenectomia Lingual na Rede Pública de Ribeirão Preto
Angélica Aparecida de Oliveira, Larissa Dias Vilela, Léa Assed Bezerra da Silva, Soraya Fernandes Mestriner, Wilson Mestriner Junior, Katharina Morant Holanda de Oliveira, Ricardo Barbosa Lima, Raquel Assed Bezerra Segato
Departamento de Clínica Infantil UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo analisou os encaminhamentos para frenotomia/frenectomia (F/F) lingual em menores de 7 anos em Ribeirão Preto, entre 2017 e 2022. Foram coletadas variáveis quantitativas e qualitativas, incluindo registro do protocolo Bristol (BTAT) em prontuário, incidência de F/F, tempo percorrido até o procedimento, tempo de Aleitamento Materno Exclusivo (AME) e idade na primeira consulta odontológica (análises descritivas, associações entre variáveis, comparações entre grupos e razão de incidências). O nível de significância foi 5% utilizando o software JAMOVI. Dos 440 encaminhamentos, 80% não registraram o BTAT. A tendência de F/F foi crescente (p= 0,028, S = 11), com 242 procedimentos, a maioria em menores de 12 meses. A incidência estimada foi de 40,6 F/F por 10.000 habitantes, principalmente encaminhados pela Atenção Primária de Saúde (APS). O tempo percorrido entre encaminhamento e agendamento reduziu, especialmente crianças <1 ano e com dificuldades de AME (p<0,001). 42% dos que fizeram F/F receberam AME até 1 mês. A confirmação da necessidade de frenectomia lingual foi associada à avaliação multiprofissional no encaminhamento (p-valor <0,001; V de Cramér = 0,268). A idade média (meses) na primeira consulta odontológica reduziu ao longo dos anos, de 45,5 ± 33 (nascidos 2012-2014) para 3,2 ± 3,5 (nascidos 2021-2022). A maioria das F/F envolveu menores de 1 ano, o baixo registro do BTAT merece investigação.

O acesso odontológico na APS para os bebês do estudo pareceu melhorar. A organização do fluxo de atendimento, avaliações multiprofissionais e movimento de apoio ao AME, podem ter influenciado positivamente a gestão e notificação dos casos e tendência crescente dos procedimentos de F/F.

AO060 - Apresentação Oral
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Jacarandá

Efetividade clínica do cimento de ionômero de vidro e resina bulk fill em restaurações classe II: ensaio clínico randomizado controlado
Isabelle D'Angelis de Carvalho Ferreira, Ana Clara de Sá Pinto, Vanessa Silva de Rezende, Anna Marina Teixeira Rodrigues Neri, Yure Gonçalves Gusmão, Débora Souto-Souza, Maria Leticia Ramos-Jorge
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo desse estudo foi comparar a efetividade clínica do cimento de ionômero de vidro de alta viscosidade encapsulado com a resina composta de alta viscosidade bulk fill em restaurações classe II em molares decíduos após remoção seletiva do tecido cariado. Setenta e sete crianças (154 dentes) foram incluídas em um ensaio clínico randomizado de boca dividida e tiveram seus molares decíduos com cavidades oclusoproximais restaurados com o cimento de ionômero de vidro Equia Forte (GC Corporation) (Grupo 1; n = 77 restaurações) e a resina composta Filtek Bulk Fill (3M ESPE) (Grupo 2; n = 77 restaurações), após remoção seletiva do tecido cariado. A avaliação das restaurações foi realizada de acordo com os critérios para avaliação de restaurações atraumáticas propostos por Frencken e o do Serviço Público de Saúde dos Estados Unidos modificado. A estatística incluiu análise descritiva, Qui-quadrado e Kaplan-Meier. A taxa de sucesso cumulativa das restaurações após 12 meses de acompanhamento foi 81,94% para o grupo 1 e 88,73% para o grupo 2. A curva de sobrevida de Kaplan-Meier não revelou diferença estatística (log-rank p = 0,265) entre os grupos 1 e 2. Os motivos de falha das restaurações foram: recidiva de cárie, fratura na restauração ou no dente e / ou perda da restauração. O maior número de falhas ocorreu nos 6 primeiros meses. Diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos foi encontrada em relação à integridade marginal após 6 meses de acompanhamento.

Após um ano, a resina bulk fill e o ionômero de vidro de alta viscosidade encapsulado foram semelhantes quanto à sobrevida e à taxa de falhas em restaurações classe II realizadas em molares decíduos após remoção seletiva do tecido cariado.

(Apoio: FAPEMIG  |  UFVJM  |  INCT  N° 406840/2022-9)
AO061 - Apresentação Oral
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Jacarandá

Influência de fatores neonatais no defeito de desenvolvimento de esmalte de crianças crianças nascidas a termo e prematuras
Débora Souto-Souza, Heloísa Helena Barroso, Isabelle D'Angelis de Carvalho Ferreira, Izabella Barbosa Fernandes, Bianca Cristina Lopes da Silva, Joana Ramos-jorge, Ednele Fabyene Primo-miranda, Maria Leticia Ramos-Jorge
Odontologia CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIÂNGULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Avaliar se fatores neonatais estão associados com defeitos de desenvolvimento de esmalte (DDE) de crianças nascidas a termo e prematuras. Coorte retrospectiva realizada com crianças na dentadura decídua. O diagnóstico de DDE foi realizado no ano de 2019, classificado com base nos critérios da Federation Dentaire Internationale (DDE) Index, para os quais o pesquisador principal foi treinado e calibrado (kappa > 0,80). Informações sobre as variáveis neonatais (peso ao nascimento, tempo de internação, necessidade de intubação, índice Apgar no 1º e 5º minuto) foram obtidas a partir do prontuário médico do hospital da cidade, bem como informações como idade e sexo (crianças nascidas entre abril de 2013 e julho de 2017). Os dados foram analisados por meio de regressão hierárquica de Poisson, com modelos não ajustado e ajustado, com nível de significância de 5% no programa SPSS. A partir dos registros hospitalares, 100 crianças nascidas a termo e 100 prematuras foram selecionadas como principal exposição, apresentando uma amostra com poder estatístico de 82,3%. Um total de 31% das crianças prematuras apresentavam DDE, enquanto 14% apresentava entre os nascidos à termo. Na análise não ajustada, crianças prematuras tinha um risco 2,21 vezes maior de apresentar DDE em comparação às crianças nascidas a termo (p=0,001). Ao realizar o ajuste pelas variáveis neonatais, sexo e idade da criança, a prematuridade não se manteve associada (p=0,221), mas permaneceu como fator de risco para o DDE o maior índice Apgar avaliado no quinto minuto (Apgar igual ou maior que sete- RR: 2,88; IC: 1,11 a 7,44; p= 0,029).

Apenas o maior índice Apgar avaliado no quinto minuto pode ser considerado um fator de risco para o DDE dessas crianças.

(Apoio: CAPES  N° 001)
AO062 - Apresentação Oral
Área: 10 - Implantodontia básica e biomateriais

Apresentação: 06/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Ipê

Efeito da superfície de titânio nanoestruturada e funcionalizada com matriz extracelular de osteoblastos na diferenciação osteoblástica
Georgia Kors Quiles, Helena Bacha Lopes, Rayana Longo Bighetti-trevisan, Paola Gomes Souza, Letícia Faustino Adolpho , Maria Paula Oliveira Gomes, Adalberto Luiz Rosa, Márcio Mateus Beloti
Biologia Básica e Oral UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Superfícies de implantes de titânio (Ti) podem ser funcionalizadas com componentes proteicos visando aumentar sua osseointegração. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito da superfície de Ti nanoestruturada (Ti-Nano) e funcionalizada com matriz extracelular (ECM) produzida por osteoblastos na diferenciação osteoblástica. Células MC3T3-E1 foram cultivadas sobre Ti-Nano e a funcionalização foi obtida a partir da descelularização da superfície ao final de 3 dias. Em seguida, osteoblastos derivados de calvária de ratos recém- nascidos foram cultivados sobre as superfícies de Ti-Nano funcionalizadas e não funcionalizadas e foram avaliadas: morfologia celular em 4 e 8 horas (n=3), proliferação celular aos 3 e 7 dias (n=5), expressão gênica e proteica aos 7 dias (n=3), atividade de fosfatase alcalina aos 10 dias (n=5) e formação de matriz mineralizada aos 14 dias (n=5). Os dados foram comparados por ANOVA (p≤0,05). A morfologia e a proliferação não foram afetadas pela funcionalização (p>0,05). A expressão dos genes marcadores de ECM, Pecam1 (p=0,01) e Tgfb1 (p=0,03), foi maior enquanto a expressão dos genes marcadores ósseos, Runx2 (p=0,05), Alp (p=0,05), Bglap (p=0,03) e Opn (p=0,01), e das proteínas RUNX2 (p=0,01) e ALP (p=0,01) foram menores nos osteoblastos crescidos na superfície funcionalizada comparada à não funcionalizada. A funcionalização não afetou a atividade de ALP (p=0,180) e a formação de matriz mineralizada (p=0,08).

Os resultados indicam que a funcionalização de superfícies de Ti nanoestruturadas não favorece a diferenciação osteoblástica possivelmente pelo fato de a nanotopografia já exibir alto potencial osteogênico.

(Apoio: CAPES  |  CNPq  N° (305033/2022-0))