RESUMOS APRESENTADOS
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AO074 - Apresentação Oral
Área: 5 - Materiais Dentários
Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Jacarandá
Efeito do meio de imersão e regime de troca sobre a degradação de compósitos experimentais contendo ortofosfato de cálcio
Handially Dos Santos Vilela, Tarsila Vaz Marcolino Alves, Amanda Lopes Campos, Rafael Bergamo Trinca, Roberto Ruggiero Braga
Biomateriais e Biologia Oral UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do estudo foi analisar o efeito do meio de imersão e do regime de troca na degradação de compósitos contendo fosfato dicálcico dihidratado (DCPD). Materiais foram manipulados com 50vol% de matriz, 1 mol BISGMA : 1 mol TEGDMA, e 50vol% de vidro de bário silanizado (D50=0,9µm) e DCPD (D50=6,7µm) nas proporções 50:0 (controle), 35:15 e 15:35. Resistência à fratura (RF) e módulo de elasticidade (ME) foram obtidos em ensaio de flexão biaxial (n=10; 12x1,2 mm) após 24h ou 6 meses de imersão em água deionizada (Ad) ou ácido cítrico (Ac; 1mol.L-1 e pH 5,0) a 37°C, com trocas quinzenais do meio ("com troca", 6m_T) ou sem troca (6m). A microdureza Knoop (KHN; n=5; 25gf/5s) foi determinada em fragmentos dos espécimes. Dados foram analisados por ANOVA de 3 fatores/teste de Tukey (α=5%). O controle e 35:15 apresentaram redução da RF após 6m, independente do meio e do regime de troca. O material 15:35 apresentou redução em relação a 24h apenas em 6m_T (Ad: 32%, Ac: 43%; p<0,001). Para ME, troca quinzenal do meio promoveu maior degradação em ambos os meios, com exceção do controle imerso em Ac, que permaneceu semelhante em 24h, 6m e 6m_T (p<0,001). Maior fração de DCPD e imersão em Ac 6m_T implicou em maior queda de ME (66%). KHN diminuiu após 6m, exceto para o controle em Ad sem troca. O material 15:35 apresentou KHN 76% menor em Ac em relação a Ad em 24h.
Concluiu-se que a maior degradação foi encontrada no material com maior fração de DCPD imerso em Ac por 6m_T.
(Apoio: CNPq N° 127228/2022-5)
AO075 - Apresentação Oral
Área: 5 - Dentística
Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Jacarandá
Combinação de cor de uma resina composta unicromática em restauração de lesões cervicais não cariosa: ensaio clínico randomizado
Nayara Cristina da Luz, Michael Willian Favoreto, Amanda de Oliveira de Miranda, Mylena de Abreu Cardoso, Andrea Dos Santos de Castro, Alessandra Reis, Thalita de Paris Matos, Alessandro D. Loguercio
Odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este ensaio clínico randomizado de equivalência, duplo-cego e boca dividida, com acompanhamento de 18 meses, avaliou a combinação de cor de uma resina composta unicromática comparada a uma resina composta policromática em lesões cervicais não cariosa (LCNC). Foram realizadas 120 restaurações em LCNC, o procedimento adesivo utilizado foi adesivo universal com condicionamento seletivo do esmalte. As restaurações foram inseridas de forma incremental utilizando a resina composta unicromática (Vittra Unique, FGM) ou policromática (Vittra, FGM) conforme a randomização. A avaliação de cor (ΔE00) foi realizada com espectrofotômetro digital no terço cervical e médio do dente antes do procedimento e após o procedimento restaurador, bem como após 6, 12 e 18 meses. O desempenho clínico das restaurações foi avaliado com os critérios da Word Federation Criteria (FDI). O estudo utilizou o teste TOST-P para avaliar a equivalência e teste log-rank para distribuições de sobrevivência de desfechos secundários (alfa = 5%). Após 18 meses todas as restaurações foram avaliadas. A combinação de cor foi equivalente e sem diferença quando os procedimentos restauradores para duas resinas foram comparados (p > 0,05). Entretanto, os valores de ΔE00 no terço cervical antes vs. depois das restaurações foram maiores quando comparados com os valores de ΔE00 observados quando comparados o terço cervical vs. terço médio após as restaurações. Todas as restaurações apresentaram excelentes pontuações nos critérios da FDI, principalmente para os desfechos de combinação de cor e percepção do paciente (p > 0,05).
A resina composta unicromática obteve a mesma combinação de cor quando comparada a resina composta policromática após um período de 18 meses em LCNC.
(Apoio: CAPES N° 001 | CNPq N° 308286/2019-7 | CNPq N° 304817/2021-0)
AO076 - Apresentação Oral
Área: 5 - Materiais Dentários
Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Jacarandá
Efeito do adesivo incorporado com biovidro 45S5 10% na resistência de união de pinos de fibra de vidro
Palena Araujo Pinto, Gustavo Garcia Castro, José Roberto de Oliveira Bauer, Paulo Vitor Campos Ferreira, Edilausson Moreno Carvalho, Etevaldo Matos Maia Filho, Ceci Nunes Carvalho, Rudys Rodolfo De Jesus Tavarez
Departamento de Pos graduação mestrado CENTRO UNIVERSITÁRIO DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo objetivou avaliar um adesivo experimental contendo biovidro 10% 45S5 na cimentação de pinos de fibra de vidro comparado com um sistema adesivo convencional. A hipótese foi que não há diferença no desempenho entre os adesivos. Após o parecer 5.794.989, foi realizado um cálculo do tamanho amostral que incluiu 2 grupos (N=26 dentes primeiros molares superiores). Os grupos foram divididos em: Controle (GC), que utilizou o adesivo convencional Clearfil Bond, e Experimental (GE), que utilizou o adesivo à base de biovidro com 10% 45S5. Os grupos seguiram o mesmo protocolo de preparação dos dentes e cimentação dos pinos, utilizando o mesmo primer e cimento resinoso. Após a cimentação, os dentes foram armazenados (37º C) por 7 dias. As raízes palatinas foram seccionadas em fatias de 1,5 mm e divididas em cervical, medial e apical. Para avaliação da resistência de união (RU) foi realizado o teste Push out. O modo de fratura classificou as amostras em: adesiva 1, entre o pino e cimento; adesiva 2, entre a dentina e cimento; coesiva, dentro do cimento. Teste de nanoinfiltração (NI) foi realizado para avaliar a interface sistema adesivo/pino-dentina. Os resultados mostraram que o GE teve um efeito significativo sobre a RU (p<0,001). Houve diferença significativa entre os grupos para os modos de falhas adesiva e coesiva (p<0,05). A falha adesiva 2 ocorreu somente no GE, enquanto a coesiva foi mais frequente no GC. A NI foi mais presente no GC (28,20%) do que no GE (14,90%).
Conclui-se que o adesivo experimental 10% de biovidro 45S5 mostrou-se estatisticamente superior quando comparado ao convencional. O tipo de falha mais presente no Grupo Experimental foi a Adesiva 2, enquanto no Grupo Controle foi coesiva. A NI foi mais presente no Grupo Controle.
(Apoio: FAPs - FAPEMA N° BM-10089/22)
AO077 - Apresentação Oral
Área: 5 - Dentística
Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Jacarandá
Influência da Idade e da Cárie na Expressão de Proteínas Relacionadas à Degradação Dentinária
Luiza Mota Lima Verde, Simone Gomes de Oliveira, Rodrigo Jardim, Flávio Henrique Baggio Aguiar
dentística FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo avaliou a expressão gênica de metaloproteinases (MMP), catepsinas (CTS) e TIMPs na polpa de dentes cariados e hígidos de jovens e dentes hígidos de pacientes acima de 50 anos. Buscamos compreender as variações na atividade gênica dessas enzimas relacionadas à idade e à cárie dentária. Os dados foram obtidos por meio do sequenciamento de amostras da polpa de terceiros molares humanos. Três grupos foram analisados (H18, C18 e H50). Após a limpeza e avaliação da qualidade dos dados sequenciados, estes foram mapeados para o transcriptoma humano (versão CHR38) e analisados utilizando o programa R. O índice TPM foi empregado para quantificar a expressão das colagenases (MMP1, MMP8, MMP13), gelatinases (MMP2 e MMP9), catepsinas (CTSK, CTSL e CTSB) e TIMPs. A análise revelou menor expressão geral das colagenases. MMP1 foi detectada exclusivamente na polpa de dentes hígidos de 18 anos. A MMP8 estava presente apenas em dentes cariados de 18 anos, e a MMP13 ausente em hígidos de 50 anos. As gelatinases estavam presentes em todas as amostras, com a MMP2 mais expressa em hígidos de 18 anos. As TIMPs foram altamente expressas, exceto TIMP-4. As CTS foram expressas em todas as amostras, com maior expressão da CTSB e menor expressão da CTSL.
Os resultados sugerem que a expressão de MMPs, CTS e TIMPs refletem a complexidade envolvida no processo de degradação dentinária, que pode ser observada pela variação da expressão dessas proteínas, seja na presença ou ausência da cárie e de acordo com a idade do paciente. Sugere ainda que a regulação desse processo envolve uma interação complexa entre as diferentes proteínas objeto desse estudo.
(Apoio: CAPES N° 8887.198672/2018-00 | FAPESP N° 2019/20576-0)
AO078 - Apresentação Oral
Área: 5 - Materiais Dentários
Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Jacarandá
Reticuladores de colágeno + dimetilsulfóxido melhoram as propriedades adesivas em dentina erodida? Avaliação in-vitro de 6 anos
Gabriel David Cochinski, Michel Wendlinger, Cecília Wosniacki, Andres Felipe Millan Cardenas, Fabiana Suelen Figuerêdo de Siqueira, Alessandro D. Loguercio
Odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Avaliar o efeito de agentes reticuladores (AR) associados ao dimetilsulfóxido (DMSO) na resistência de união a microtração (RU), nanoinfiltração (NI) e efeito reticulador de um adesivo universal (AU) em dentina erodida (DE) no tempo imediato e após 6 anos de armazenamento em água. 80 molares foram distribuidos em 10 grupos experimentais de acordo com os seguintes fatores: 1) Estratégia de condicionamento (Autocondicionante ou Condicionamento e lavagem, 2) Tratamento: (Dentina Hígida; DE; DE+DMSO, DE+DMSO com Proantocianidina; DE+DMSO com Riboflavina ). Após os protocolos de tratamento superficiais, um AU (iBond Universal) foi aplicado seguindo as recomendações do fabricante e a restauração realizada com resina composta. Os espécimes foram seccionados e avaliados imediatamente e após 6 anos de armazenamento para RU (0,5mm/min), NI e determinação da taxa de reticulação. Os dados foram analisados através do teste ANOVA de 3 fatores e teste de Tukey (α = 0.05). A aplicação do DMSO, associado ou não a AR, mostrou resultados semelhantes a dentina hígida e melhores ao grupo DE para todas a propriedades adesivas no tempo imediato (p < 0.002). A associação de AR com DMSO resultou em melhores propriedades adesivas quando comparado ao grupo DE+DMSO no tempo imediato. Após 6 anos, o grupo DE apresentou reduções significativas nas propriedades adesivas, independentemente da estratégia adesiva, quando comparado aos grupos onde o DMSO foi aplicado, seja associado ou não a AR ( p < 0,002). Entretanto, após 6 anos não foi observada diferença significativa quando DMSO foi aplicado sozinho ou associado a AR.
O uso de DMSO associado ou não a ARs se mostrou eficaz na melhora e manutenção das propriedades adesivas à DE após 6 anos de armazenamento em água.
(Apoio: CAPES N° 001)
AO079 - Apresentação Oral
Área: 5 - Dentística
Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Jacarandá
Permeabilidade dentinária e caracterização morfológica da dentina erodida exposta a um análogo inspirado na química adesiva dos mexilhões
Waldemir Francisco Vieira Junior, Joyce Figueiredo de Lima Marques, Milagros Falcon Aguilar, Cecilia Pedroso Turssi, Roberta Tarkany Basting, Débora Alves Nunes Leite Lima, Klaus Rischka, Flávio Henrique Baggio Aguiar
Odontologia Restauradora FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo foi caracterizar a morfologia e permeabilidade da dentina erodida exposta à solução com um análogo experimental catecol-inspirado (DOPA-RP). Discos de dentina humana foram submetidos a ciclagem erosiva (ácido cítrico 0,05M - 4× ao dia, tratamentos - 2× ao dia e saliva artificial) por 5 dias, sendo os tratamentos: água destilada (controle); solução de NaF/SnCl2 (800 ppm Sn; 250 ppm F) ou solução experimental contendo DOPA-RP (DOPA-Ahx-(Gly)3-(Glu)5). A permeabilidade dentinária (n=10) foi mensurada através da condutância hidráulica (Lp) inicialmente e após a ciclagem. O diâmetro, perímetro, área dos túbulos e morfologia de superfície foi determinada por microscopia eletrônica de varredura (MEV, n=10). Os resultados foram avaliados por modelos lineares generalizados (MEV, % de redução de Lp) associado a medidas repetidas (Lp), com α=0,05. O grupo controle apresentou aumento significativo de Lp final, em contraste, DOPA-RP apresentou diminuição significativa nos valores de Lp final (p=0,03). Para DOPA-RP, houve diminuição média de 19,78% na condutância hidráulica, sendo diferente do grupo controle que promoveu aumento médio de 83,85% (p=0,01). Para MEV, as áreas, os perímetros e os diâmetros dos túbulos dentinários foram maiores no controle do que nos outros grupos (p=0,01), sem diferenças entre NaF/SnCl2 e DOPA-RP (p>0,05). A solução de DOPA-RP promoveu túbulos totalmente ou parcialmente obliterados, com precipitação recobrindo áreas da dentina peritubular.
Embora a solução com NaF/SnCl2 apresente efeito em diminuir alterações morfológicas na dentina erodida, apenas a solução contendo DOPA-RP foi eficiente em diminuir concomitantemente a permeabilidade e alterações morfológicas da dentina erodida.
AO080 - Apresentação Oral
Área: 5 - Dentística
Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Jacarandá
Avaliação da eficiência do descolamento de laminados cerâmicos com auxílio de laser Er,Cr:YSGG em diferentes parâmetros
Daniela Maria Cerqueira Leite, Bruna Martins Dos Santos, Maria Laura de Camargo Milanese, Gleice Conceição Mendonça Germano, Mateus Cóstola Windlin, Ridham Vrajlal Varsani, Praveen Ravindra Arany, Denise Maria Zezell
Centro de Lasers e Aplicações USP UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Avaliar a eficiência do descolamento de laminados de dissilicato de lítio (DSL) em cimentos resinosos utilizando 2 parâmetros de potência média de emissão do laser de Er,Cr: YSGG. Vinte molares humanos foram seccionados, resultando em 40 blocos de esmalte de 4x4x3 mm e embutidos em resina acrílica termoativada. Após o lixamento e polimento, as amostras foram submetidas ao teste de dureza superficial KNOOP, para padronização de conteúdo mineral, previamente as análises de MEV, OCT e FTIR antes da cimentação dos laminados. As 40 amostras foram divididas em 2 grupos (n=20) de acordo com o cimento utilizado, e, subdivididos em 2 grupos com as duas potências (n=10). O grupo 1 foi cimentado com Variolink Esthetic LC (Ivoclair) e grupo 2 com Relyx Ultimate (3M). As dimensões dos laminados de DSL foram 4x4 e 0,7 mm, cor A1. Parâmetros de irradiação laser Er,Cr:YSGG (Biolase Waterlaser MD): 5 W e 5,5 W, 20 Hz, 60% ar e 40% água, 1 mm distante, durante 15 segundos. Após a irradiação do laser, as amostras foram submetidas ao teste de cisalhamento e avaliadas por MEV e classificadas quanto à falha adesiva pelo Índice de Remanescente Adesivo (ARI). Após o descolamento comparou-se os dados do MEV, OCT e FTIR iniciais e finais.
O descolamento utilizando o laser Er,Cr :YSGG foi eficaz para todos os grupos, provocando ablação no cimento resinoso sem causar danos a estrutura do esmalte. O padrão de falha foi coesivo (<50% cimento na superfície do esmalte), sendo que a análise espectroscópica mostrou resíduos de cimento no esmalte, em todos os grupos. A potência média de 5,5 W foi mais eficiente, sendo estatisticamente significante para o cimento Variolink E. LC em relação ao Relyx U.
(Apoio: CNPq N° 154262/2022-6 | CNPq N° 65763/2014 6 | CNPq N° 406761/2022 1)
AO081 - Apresentação Oral
Área: 5 - Dentística
Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Jacarandá
Potencial anti-erosivo de dentifrícios experimentais contendo partículas de ionômero de vidro pré-reagido (S-PRG)
Douglas Ferreira da Silva, Maria Aparecida Rodrigues de Holanda, Giovanna de Oliveira Rosa, Victor Cavallaro Bottesini, Carlos Rocha Gomes Torres, Alessandra Bühler Borges
Odontologia Restauradora INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA / ICT-UNESP-SJC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de dentifrícios experimentais contendo partículas de ionômero de vidro pré-reagido (S-PRG) na proteção do esmalte contra desafios erosivos/abrasivos. Espécimes polidos de esmalte bovino foram divididos de acordo com a concentração de S-PRG no dentifrício (n=10 cada grupo): 1%; 5%; 10%; 20%; e 30%. Dentifrício fluoretado foi usado como controle positivo (CP- 1450 ppm F-) e 0% de S-PRG como controle negativo. Saliva humana foi utilizada para formação de película adquirida (1h), intercalada com ácido cítrico a 0,3% (5 min - 4x/dia). Os tratamentos com as suspensões de dentifrícios (1:3 com saliva artificial) foram realizados 2x/dia (2 min) sob abrasão em máquina de escovação (15 s - 200 g). No primeiro ciclo não foi realizada a abrasão, para avaliação da erosão inicial por meio da leitura da microdureza Knoop após o primeiro desafio ácido (E1), após os tratamentos (T- Reendurecimento %Re) e após o segundo desafio ácido (E2- Proteção %Prot). Após a finalização da ciclagem (5 dias- erosão/abrasão), foi avaliada a perda de superfície do esmalte por meio de perfilometria. ANOVA a um fator e teste de Tukey foram adotados (α = 0.05). Dentifrícios contendo concentrações igual ou maior que 10% mostraram %Re similar ao grupo CP. Para %Prot, o grupo contendo 30% de S-PRG promoveu maior proteção do esmalte (p<0.05). A análise da perda superficial mostrou que 0%S-PRG = 1%S-PRG > 5%S-PRG > 10%S-PRG = CP > 20%S-PRG = 30%S-PRG.
Conclui-se que dentifrícios contendo concentrações de S-PRG igual ou maior que 10% foram capazes de proteger contra a erosão inicial do esmalte. Concentrações de 20% e 30% foram mais eficazes para o controle do desgaste erosivo que o dentifrício fluoretado.
(Apoio: CAPES N° 001 | Pró-Reitoria de Pesquisa - Unesp)
AO082 - Apresentação Oral
Área: 5 - Dentística
Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Jacarandá
Chatbot com inteligência artificial é capaz de avaliar risco e predizer presença de lesões não cariosas dentais (LNC) apenas com um bate papo?
Osmir Batista de Oliveira Júnior, Fábio Massaharu Nogi, Priscila Moreno Nogueira Peixoto, Rosane Menezes Faria Dutra, Caike Marcel Mendonça de Oliveira, Morgana Regina Mendonça de Oliveira, Tamara Carolina Trevisan
Odontologia Restauradora UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A pandemia de COVID-19 desencadeou um aumento substancial de distúrbios como ansiedade, insônia e bruxismo. Esses fatores, quando associados a hábitos alimentares, perfil de personalidade e alta expectativa social, alteram as condições da cavidade bucal e expõem os dentes a lesões não cariosas (LNC) de diferentes níveis. Este projeto teve como objetivo desenvolver e validar um assistente conversacional com inteligência artificial (chatbot) chamado HubDoctor com a finalidade de avaliar o risco e prever LNC nesses pacientes. Adicionalmente, foi avaliado se leigos, sem qualquer treinamento, conseguem perceber LNC por meio de autoexame bucal. Participaram desse estudo 44 pessoas, maiores de 18 anos, equilibradas por gênero (CAAE: 35568720.1.0000.5416). Foi realizado delineamento cross-over com dois tempos de avaliação. Avaliou-se as métricas de desempenho do algoritmo HubDoctor em comparação às avaliações de dois dentistas especialistas utilizando Kappa e curva ROC. Houve uma correlação significativa entre as avaliações do HubDoctor e dos especialistas (TTk=0,70, concordância = 68% e OJk=0,83; concordância = 80%). No entanto, o questionário utilizado explicou apenas 56% da incidência de LNC nos participantes (R2n = 0,56) e indivíduos sem treinamento não foram capazes de detectar LNC por meio de autoexame (k=0,05; concordância = 61%).
Esses resultados destacam a confiabilidade e a viabilidade do HubDoctor para avaliar o risco de LNC e para fornece suporte às decisões clínicas dos dentistas.. No entanto, é fundamental melhorar a estrutura dos diálogos para aprimorar a capacidade de predição da presença de LNC bem como para otimizar a acurácia do autoexame bucal.
(Apoio: FAPs - PIPE FAPESP - AP N° 2019/26359-1 | FAPs - PIPE FAPESP - BP N° 2021/04881-8 | Unimed Seguros | Unimed Seguros N° 2022/2882)
AO083 - Apresentação Oral
Área: 5 - Materiais Dentários
Apresentação: 07/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Jacarandá
Capacidade de biomineralização dentária induzida do MTA, Biodentine e cimentos reparadores com nanopartículas de biossilicato
Marina Carvalho Prado, Paulo Vitor Campos Ferreira, Silvana Pasetto, Marina Angélica Marciano, Mário Alexandre Coelho Sinhoreti, Saulo Geraldeli, Gabriel Abuná, Adriana de Jesus Soares
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi avaliar a biomineralização dentária induzida dos materiais de referência MTA (Angelus) e Biodentine (Septodont) e de cimentos reparadores experimentais contendo nanopartículas de biossilicato (associados à água destilada ou clorexidina como veículo) e fosfato de cálcio. A liberação de íons cálcio (Ca) foi avaliada por leitura espectrofotométrica com uso do íon Arsenazo III, nos períodos: 30min, 1h, 2h, 3h, 6h, 24h, e 4, 7, 14, 28 e 50 dias. A absorção de Ca por células MDPC-23 foi avaliada com uso de Kit de imagem de cálcio Fluo-4 (Molecular Probes) em microscopia de fluoroscência (BZ-X800; Keyence). A morfologia celular foi avaliada em microscopia confocal (Carl Zeiss) utilizando-se células HGF-1 e MDPC-23. Vinte incisivos inferiores foram criteriosamente selecionados para análises ultraestruturais da interface material-dentina; realizadas em microscopia eletrônica de transmissão (CM12; FEI Company), EDX e difração (de elétrons) de área selecionada (JEM-2100F; JEOL Ltd.) nos períodos de 24h e 50 dias. Os materiais experimentais e Biodentine foram capazes de maior liberação (p<0,05) e absorção intracelular de Ca em relação ao MTA. Nenhuma alteração morfológica foi observada em células-tipo-odontobláticas após uso de MTA e Biodentine, enquanto que nos grupos dos materiais experimentais, o citoesqueleto das células demonstrou filamentos de actina bem organizados com mais prolongamentos quando comparados ao grupo controle. Um cristal de apatita poliédrico ou uma estrutura mais cristalizada foi formado com os materiais experimentais.
Os materiais experimentais com nanopartículas de biossilicato produziram minerais superiores com maior semelhança cristalográfica à hidroxiapatita.
(Apoio: CAPES N° 88887.364871/2019-00 | CNPq N° 141269/2018-9 | CAPES N° 001)