RESUMOS APRESENTADOS

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 2720 Resumo encontrados. Mostrando de 2191 a 2200


PN-R0283 - Painel Iniciante
Área: 4 - Odontopediatria

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 14

Percepção dos pais frente à assistência odontológica em crianças de 0 a 3 anos de idade
Ghustavo Guimarães da Silva, Kamila Vieira Moraes, Ana Paula Martins Gomes, Ana Maria Martins Gomes, Elaine Cristina Vargas Dadalto, Lilian Citty Sarmento
Centro de Ciências da Saúde UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A ausência de assistência odontológica pode impactar na saúde bucal da criança. Este estudo objetivou verificar a percepção dos pais frente à assistência odontológica em bebês. Foi realizado um estudo transversal, quantitativo, e descritivo com coleta de dados por meio de um questionário aplicado aos pais/responsáveis de crianças de 0 a 3 anos de idade, os dados foram coletados em um projeto extensionista na disciplina de Odontopediatria do Curso de Odontologia da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e no ambulatório de Pediatria do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (HUCAM) na cidade de Vitória, Espírito Santo. A amostra contou com 121 questionários aplicados. A pesquisa verificou que 73,55% das crianças nunca foram ao dentista, no entanto, 43,80% dos cuidadores acreditam que o momento ideal para a primeira visita do seu filho ao dentista é no momento do nascimento dos dentes (em média 6 meses de vida). O estudo encontrou uma relação com o nível de escolaridade e a percepção do momento ideal para a primeira visita da criança ao dentista. Pode-se observar que 25,62% das crianças receberam assistência odontológica, sendo 19,83% para prevenção, 51,24% dos pais acreditam que a saúde geral da criança é afetada pela condição da saúde bucal e 99,17% consideram importante receber orientação sobre a saúde bucal na infância.

Concluiu-se que a busca por assistência odontológica em bebês está relacionada à escolaridade dos pais, quanto maior a escolaridade maior será a procura por cuidados odontológicos no primeiro ano de vida. A educação dos pais e a alfabetização em saúde poderá contribuir para a saúde bucal e a primeira visita da criança ao dentista.

(Apoio: CNPq  N° 145586/2023-5)
PN-R0295 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 15

COVID-19 e seu impacto no aspecto psicossocial, qualidade do sono, DTM e bruxismo em professores e graduandos de Odontologia da UPE Arcoverde
Maria Eduarda Cavalcanti de Arruda, Hécio Henrique Araújo de Morais, Fábio Andrey da Costa Araújo, Bruna de Carvalho Farias Vajgel, Renata de Albuquerque Cavalcanti Almeida, Andre Vajgel Fernandes
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A pandemia da Covid-19 acarretou vários impactos negativos no aspecto psicossocial e na qualidade do sono (QS) das pessoas, e esses fatores podem estar frequentemente associados à disfunção temporomandibular (DTM) e ao bruxismo. Este trabalho teve como objetivo analisar as consequências no estado psicossocial, sono, sintomas de DTM e bruxismo, como resultado da pandemia, em professores e alunos da graduação em odontologia da Universidade de Pernambuco - Campus Arcoverde; bem como identificar os níveis de estresse, ansiedade e depressão, existência de sintomas de DTM, qualidade subjetiva do sono e presença de bruxismo da vigília (BV) e do sono (BS), para comparar os fatores avaliados entre os grupos. Os participantes responderam a um questionário eletrônico (Google formulários) composto pelo questionário de triagem da dor por DTM e de sintomas do DC/TMD (critério de diagnóstico para desordens temporomandibulares), índice de qualidade do sono de Pittsburgh (PSQI), escala de depressão, ansiedade e estresse (DASS-21) e o de auto avaliação de BS e do BV. Como resultado, observou-se a presença de sintomas moderados a severos de depressão, ansiedade e estresse em 19,35 % (n=12), 19,36% (n=12) e 43,55 % (n=27), respectivamente. Dos participantes, 79,03% (n=49) apresentaram má QS ou distúrbios do sono, 29,03% (n=18) sintomas de DTM, 67,74% (n=42) possível BS e 32,26% (n=20) possível BV. A depressão foi mais prevalente em graduandos (p=0,005). A preocupação financeira teve relação com a depressão (p=0,018), estresse (p=0,001) e ansiedade (p=0,015).

Percebe-se que a pandemia gerou consequências na saúde dos participantes analisados. Observou-se uma elevada prevalência de possível BS e má QS, e também uma alta preocupação com as finanças.

PN-R0305 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 15

Determinantes do não uso de serviços odontológicos por adolescentes de um município do Sudeste Brasileiro
Gustavo Lottermann Lorenz, Ana Clara Valadares da Silveira, Debora Guedes da Mota, Thiago Peixoto da Motta, Vanessa do Nascimento Pinto Barros, Fernanda Vargas Ferreira, Fabiana Vargas-ferreira
DOSP UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo foi avaliar quais fatores estão associados a nunca ter ido ao dentista (não uso do serviço odontológico) entre adolescentes de 15 até 19 anos de Minas Gerais. Estudo transversal com dados de 1202 participantes do levantamento epidemiológico de Saúde Bucal de Minas Gerais. Os instrumentos foram exame clínico bucal e aplicação de questionário com variáveis socioeconômicas e o desfecho foi mensurado pela pergunta "alguma vez na vida, o sr(a) já foi ao consultório do dentista?". Exposições foram: sexo, idade, cor da pele, renda, escolaridade materna, aglomeração familiar, número de bens e serviços e clínicas (cárie não tratada, trauma dentário, sangramento gengival e cálculo dentário). Estudo aprovado pelo Comitê de Ética. Utilizou-se o programa SPSS versão 21.0 para realizar as análises descritivas (n e %) e multivariada (Regressão Logística - OR, IC95%). A prevalência de não uso de serviço odontológico (11,5%). Adolescentes com menor número de bens e serviços apresentaram 5,16 vezes mais chance de não ter consultado o dentista (OR 5,16; IC95% 3,17-8,42) e àqueles que viviam com maior aglomeração familiar mostraram 79% maior prevalência do desfecho (OR 1,79; IC95% 1,20-2,69). Adolescentes de famílias de baixa renda apresentaram 2,16 vezes maior chance de ter o desfecho (OR 2,16; IC95% 1,29-3,65). Ainda, adolescentes do sexo masculino, com cárie não tratada e com sangramento gengival também apresentaram maior ocorrência do desfecho.

Os achados mostraram que há iniquidades importantes no que se refere a não ir ao dentista. Mais de 11% dos adolescentes não tiveram acesso e/ou utilização do serviço odontológico, assim, é fundamental a melhoria de acesso a este grupo vulnerável.

(Apoio: CAPES  |  CNPq  |  PBEXT Ações Afirmativas)
PN-R0311 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 15

Avaliação do nível de ansiedade e medo associados ao tratamento odontológico prestado em uma clínica-escola
Isabella Garcia Oliveira, Guilherme Henrique Sarto, Paula Miranda Henriques, Lélio Fernando Ferreira Soares, Marcela Filié Haddad, Daniel Augusto de Faria Almeida
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi analisar o nível de ansiedade e medo associados ao tratamento odontológico apresentados por pacientes atendidos em uma clínica-escola. Trata-se de um estudo clínico epidemiológico, aleatório e transversal abordando pacientes adultos em atendimento em uma Faculdade de Odontologia. Foram coletados dados sociodemográficos e aplicados os instrumentos "Escala Modificada de Ansiedade Odontológica" (MDAS) e "Questionário de Medo Odontológico" (DAS). Foram obtidas 102 respostas e os dados sociodemográficos mais frequentes foram: sexo feminino (60%); entre 51 e 60 anos (22,5%); com Ensino Fundamental completo (32,3%). Em relação à experiência negativa pregressa relacionada ao tratamento odontológico, observou-se maior frequência entre mulheres. Além disso, a experiência pregressa também foi avaliada em relação aos casos de ansiedade, sendo que 68,2% dos indivíduos sem ansiedade relataram não ter tido nenhuma experiencia ruim em atendimentos odontológicos anteriores. Observou-se ainda que a experiência ou sofrimento durante atendimento odontológico anterior acarretou em uma chance de 6,4 vezes maior para os indivíduos obterem um escore de alta ansiedade pela MDAS. O sofrimento durante atendimento pregresso também foi associado a comportamentos de ansiedade ao ir a consultas odontológicas ou quando observando o dentista preparar a anestesia. Escores do DAS também foram associados à frequência de cancelamento ou medo durante o agendamento das consultas odontológicas.

Portanto, é possível concluir que experiências negativas vivenciadas em tratamentos odontológicos pregressos têm impacto nos índices de medo e ansiedade desenvolvidos pelos pacientes quando submetidos a novos procedimentos.

(Apoio: FAPEMIG  |  MEC  N° 0330463594)
PN-R0324 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 16

Influência de Determinantes Sociais de Saúde sobre a ocorrência de trauma dentário entre adolescentes de um município do Sudeste Brasileiro
Ana Clara Valadares da Silveira, Gustavo Lottermann Lorenz, Debora Guedes da Mota, Thiago Peixoto da Motta, Fabiana Vargas-ferreira
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Trauma dentário é considerado um problema de Saúde Pública e afeta negativamente a qualidade de vida relacionada à saúde bucal de indivíduos e suas famílias. O objetivo deste estudo foi analisar o desfecho trauma dentário em adolescentes (12 e 15 até 19 anos) de Minas Gerais, de acordo com características individuais. Este foi um estudo transversal com dados de 2419 participantes do levantamento epidemiológico de Saúde Bucal de Minas Gerais. Os instrumentos de pesquisa foram exame clínico bucal e aplicação de questionário com variáveis socioeconômicas. A variável dependente foi presença ou ausência de trauma dentário a partir do índice de O'Brien (OMS). As exposições foram: sexo, idade, cor da pele, escolaridade materna, renda, aglomeração familiar, bens e serviços e prevalência de má oclusão. Os dados clínicos foram coletados por cirurgiões-dentistas treinados (kappa > 0,65) com critérios da OMS. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética. Utilizou-se o programa SPSS versão 21.0 para realizar as análises descritivas (n e %) e multivariada (Regressão Logística - OR, IC95%). A prevalência de trauma dentário foi de 18,8% (455/1964). Adolescentes de 12 anos apresentaram 1,97 vezes mais chance de ter trauma dentário do que os de 19 anos (OR 1,97; IC95% 1,12-3,48). Indivíduos de cor branca apresentaram 33% maior ocorrência do desfecho (OR 1,33; IC95% 1,07-1,67). Adolescentes cujas mães têm baixa escolaridade mostraram 1,44 vezes mais chance de ter trauma dentário (OR 1,44; IC95% 1,01-2,05). Renda baixa e presença de má oclusão também estiveram associadas ao desfecho.

Há influência de determinantes sociais de saúde sobre a presença de trauma dentário e é importante se trabalhar com estes aspectos a fim de minimizar sua ocorrência e consequências.

(Apoio: CAPES  |  CNPq  |  PBEXT Ações Afirmativas)
PN-R0327 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 16

Prevalência de sangramento gengival e fatores associados de gestantes atendidas na Atenção Primária em Governador Valadares
Yan Rocha Neves, Ariely Barbosa Freitas, Alice Cristina Maximiano Goulart de Lima E. Silva, Alison Araújo de Freitas Lima, Laura Tannus Mendes Coelho, Nathália Mairink Siqueira, Christiane Carvalho Murta Botelho, Mabel Miluska Suca Salas
Departamento de Odontologia da UFJF/GV UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Determinar a prevalência de sangramento gengival e fatores associados de gestantes atendidas no setor público. Trata-se de um estudo transversal, aprovado previamente pelo comitê de ética(n°6.185.182) no qual participaram 57 gestantes acompanhadas no pré-natal nas ESF. Os dados foram obtidos através de entrevistas usando um questionário confeccionando com base na literatura e pré-testado. Os exames clínicos bucais foram usando o índice de sangramento gengival após a treinamento e calibração. A análise estatística foi descritiva e inferencial (Qui-quadrado, Fisher, tendência linear e Regresão de poisson. A prevalência de sangramento gengival foi 51,8% sendo que maioria foi em 1 ou 2 dentes (98,1%). A maioria das mulheres apresentava entre 19 e 24 anos(40,0%), com ensino médio completo(45,6%) e renda familiar entre 1-3 salarios mínimos (59,6%), não eram primíparas (57,9%), estavam no 2° trimestre gestacional(48,2%) e iniciaram o pré natal no 1°trimeste (80,0%)e não apresentam comorbidades(61,8%). O sangramento gengival esteve associado a última visita ao dentista (p<0.022). Na análise multivariada, a prevalência de sangramento gengival aumentou com a idade (RP 2,20 IC95%(1,15:4,18)) e esteve associada ao fumo passado (RP 4,07 IC95%(1,16:10,01)), ao baixo peso ao nascer em gestações anteriores (RP 2,98 IC95%(1,37:5,22)); a última visita ao dentista (RP 2,68 IC95%(1,37:5,22)) e tratamento dentário negado devido a gestação (RP 0,10 IC95% 0,03:0,27).

A prevalência de sangramento gengival foi alta e esteve associada a fatores sociodemográficos, comportamentais e gestacionais. O sangramento gengival esteve associado ao relato de baixo peso ao nescer em gestações anteriores.

PN-R0333 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 17

Qual a interferência da pandemia de Covid-19 nos indicadores assistenciais de saúde bucal na atenção primária?
Yasmily Vitória Bezerra de Lima, Ludmilla Dos Santos Souza, Moan Jéfter Fernandes Costa, Pedro Henrique Sette-de-Souza, Renata de Oliveira Cartaxo
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A pandemia de COVID-19 exigiu medidas de proteção emergenciais, incluindo a suspensão inicial de atendimentos odontológicos. No entanto, a retomada dos serviços foi desigual devido a falta de protocolo nacional. Analisou-se indicadores assistenciais de saúde bucal realizados nos serviços de atenção primária do estado de Pernambuco, considerando a série temporal de 2019 a 2023. Trata-se de uma pesquisa epidemiológica transversal de abordagem descritiva e analítica, utilizando dados secundários extraídos do Sistema de Informação em Saúde para Atenção Básica. Utilizou-se medidas e indicadores de saúde bucal da atenção primária: cobertura de equipe de saúde bucal, cobertura da primeira consulta odontológica programática, proporção de exodontia entre procedimentos clínicos individuais, média de procedimentos odontológicos básicos por habitante, ação coletiva e aplicação tópica de flúor. Constatou-se uma redução de 51,57% no número de procedimentos individuais entre os anos de 2019 e 2020 com destaque para a Região de saúde de Recife, que apresentou uma diminuição de 65,3%, além de uma redução de 45,2% nas primeiras consultas odontológicas programáticas. Embora o número de exodontias em 2020 tenha caído em comparação aos outros anos, a proporção em relação ao total de atendimentos individuais foi maior. Em ações coletivas, a diminuição foi de cerca de 86% entre 2019 e 2020 em todo o estado. Observou-se um aumento de 4% na cobertura de saúde bucal entre 2019 e 2021, devido ao impacto do aumento de mortes no período.

A pandemia impactou negativamente no acesso, prevenção e atenção à saúde bucal no estado estudado. Houve interferência no perfil desses atendimentos odontológicos que se mostraram mais mutiladores no ano de 2020.

(Apoio: CNPq)
PN-R0336 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 17

O estudante de odontologia como protagonista da aprendizagem na vivência clínica
Marcella Alves Dos Anjos, Maria de Lara Araujo Rodrigues, Bruna Navarro Camargo da Silva, Eduarda Betiati Menegazzo, Giovanna Sousa Oliveira Chagas, Jaqueline Vilela Bulgareli, Álex Moreira Herval
Saúde Coletiva UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do estudo foi explorar os desafios enfrentados por graduandos de odontologia na clínica de adolescentes da Universidade Federal de Uberlândia (MG), por meio da aplicação da metodologia ativa de ensino aprendizagem. A clínica oferece atendimento odontológico básico a adolescentes de 10 a 19 anos. Trata-se de um estudo exploratório descritivo, envolvendo 33 estudantes do último semestre do curso, alocados em 3 grupos. A coleta de dados foi obtida por um questionário semiestruturado, Google Forms, com duração de 90 minutos, seguindo os critérios da etapa "seleção dos problemas", estabelecidos pelo método Altadir de Planejamento Popular (MAPP). Os estudantes selecionaram três desafios vivenciados na prática clínica, classificando-os quanto aos critérios de importância (alta, médio e baixo); capacidade de enfrentamento (dentro, parcial e fora); o nível de urgência (nota de 0 a 10) e interesse em resolvê-lo (sim ou não). Realizou-se análise descritiva quantificando a frequência relativa e absoluta dos desafios em relação aos critérios citados. A organização do processo de trabalho (pacientes faltosos, dispensação dos materiais pela equipe auxiliar e horário da clínica compatível com o horário escolar), seguido por dificuldades relacionadas à produtividade (fichas longas a serem preenchidas e recorrentes falhas no sistema) e infraestrutura da clínica (falta de manutenção nos equipamentos e exposição de sol no box), foram os desafios identificados pelos estudantes.

O estudo proporcionou aos participantes o desenvolvimento da capacidade de análise crítica, possibilitando-lhes reconhecer seu papel ativo no processo de ensino aprendizagem.

(Apoio: CAPES  N° 001)
PN-R0344 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 17

O acompanhamento em um período de 10 anos (2010-2020) da Síndrome de Down no Brasil
João Pedro Guedes Caetano, Roberta Magalhaes Miranda, Joanna Lara Saraiva de Paula, Thiago Rezende dos Santos, Rafaela da Silveira Pinto, Kamila Rodrigues Junqueira Carvalho, Soraia Macari
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Esse estudo objetiva fornecer uma visão geral sobre a Síndrome de Down (SD), a sua prevalência e correlacionar os aspectos referentes à criança e à mãe no período de 2010 a 2020 no Brasil. Para isso, foi realizada a coleta dos registros de recém nascidos vivos com SD e sem SD no Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) no período de 2010 a 2020 dos 27 estados brasileiros. Sobre as crianças, as variáveis coletadas foram o percentual de baixo peso ao nascer, sexo masculino, cor branca e nascimento pré-termo para os nascidos vivos com e sem SD. Sobre as mães de filhos com ou sem SD, coletou-se o percentual de mulheres que viviam sem o pai da criança, com escolaridade até a 8ª série, idade igual ou superior à 35 anos, cor branca, com cuidados pré-natais insuficientes e que tiveram seus filhos por parto vaginal. Foi realizado regressão logística, modelos estruturais e teste de Moran (P<0,05). Observou-se que a prevalência da SD no Brasil foi de aproximadamente 30,4 crianças a cada 100 mil nascidos vivos de 2010 a 2020, sem diferenças significativas entre as regiões brasileiras. As variáveis relativas à criança que se mostraram com diferenças relevantes entre os grupos com e sem SD foram o baixo peso ao nascer, crianças brancas e com nascimento pré-termo. Já em relação ao sexo, apesar da diferença significativa entre os grupos, a maior prevalência encontrada foi no grupo sem SD. Em relação às mães, notou-se uma maior prevalência de nascidos com SD em mães brancas, com 35 anos ou mais e uma menor prevalência em mães sem cônjuges, com poucos cuidados pré-natais e com parto vaginal.

Logo, conclui-se que esse estudo epidemiológico atua como um potente auxiliador na monitorização para o sistema de saúde público brasileiro dos indivíduos com SD e de suas mães.

PN-R0345 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 17

Conhecimento parental sobre terapia pulpar em dente decíduo associado ao alfabetismo em saúde bucal
Wallery Lavínia de Farias Dantas, Ramon Targino Firmino, Waleska Ohana de Souza Melo, Germana de Queiroz Tavares Borges Mesquita, Rafael Douglas da Silva Pereira, Raquel Justino da Silva, Monalisa da Nóbrega Cesarino Gomes, Ana Flávia Granville-garcia

Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A terapia pulpar em dente decíduo é um tipo de tratamento odontológico com objetivo de preservar o dente até sua esfoliação fisiológica. A realização desse tratamento odontológico em crianças pode ser influenciada pelo conhecimento parental sobre a saúde bucal, bem como o alfabetismo em saúde bucal. Esse estudo teve como objetivo avaliar a associação entre o conhecimento parental sobre terapia pulpar em dentes decíduos e o alfabetismo em saúde bucal. Foi realizado o estudo transversal com 148 pais/responsáveis de crianças com dente decíduo. Os pais/responsáveis responderam à pergunta "Na dentição decídua (dente de leite) realiza tratamento de canal?" para avaliar o conhecimento parental sobre terapia pulpar, além de um questionário sociodemográfico. O alfabetismo em saúde bucal foi avaliado com a versão traduzida e validada do Rapid Estimate of Adult Literacy in Dentistry (BREALD-30). A regressão de Poisson foi empregada para determinar as associações entre variáveis independentes e dependentes. A frequência de pais/responsáveis que apresentaram conhecimento sobre a possibilidade de realização de terapia pulpar em dente decíduo foi de 28,4%. O sexo masculino (RP= 1.11; IC95%: 1.01-1.21), renda média familiar mensal (RP= 1.09; IC95%: 1.01-1.19) e alfabetismo em saúde bucal (RP= 0.99; IC95%: 0.98-0.99) estiveram associados com o conhecimento parental sobre terapia pulpar.

Pais/responsáveis com maior alfabetismo em saúde bucal apresentam um melhor conhecimento sobre terapia pulpar em dente decíduo. Além disso, ser do sexo masculino e apresentar menor renda familiar são preditores de um menor conhecimento parental sobre essa possibilidade de tratamento.