RESUMOS APRESENTADOS

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 2744 Resumo encontrados. Mostrando de 2211 a 2220


PN-R0324 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 16

Influência de Determinantes Sociais de Saúde sobre a ocorrência de trauma dentário entre adolescentes de um município do Sudeste Brasileiro
Ana Clara Valadares da Silveira, Gustavo Lottermann Lorenz, Debora Guedes da Mota, Thiago Peixoto da Motta, Fabiana Vargas-ferreira
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Trauma dentário é considerado um problema de Saúde Pública e afeta negativamente a qualidade de vida relacionada à saúde bucal de indivíduos e suas famílias. O objetivo deste estudo foi analisar o desfecho trauma dentário em adolescentes (12 e 15 até 19 anos) de Minas Gerais, de acordo com características individuais. Este foi um estudo transversal com dados de 2419 participantes do levantamento epidemiológico de Saúde Bucal de Minas Gerais. Os instrumentos de pesquisa foram exame clínico bucal e aplicação de questionário com variáveis socioeconômicas. A variável dependente foi presença ou ausência de trauma dentário a partir do índice de O'Brien (OMS). As exposições foram: sexo, idade, cor da pele, escolaridade materna, renda, aglomeração familiar, bens e serviços e prevalência de má oclusão. Os dados clínicos foram coletados por cirurgiões-dentistas treinados (kappa > 0,65) com critérios da OMS. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética. Utilizou-se o programa SPSS versão 21.0 para realizar as análises descritivas (n e %) e multivariada (Regressão Logística - OR, IC95%). A prevalência de trauma dentário foi de 18,8% (455/1964). Adolescentes de 12 anos apresentaram 1,97 vezes mais chance de ter trauma dentário do que os de 19 anos (OR 1,97; IC95% 1,12-3,48). Indivíduos de cor branca apresentaram 33% maior ocorrência do desfecho (OR 1,33; IC95% 1,07-1,67). Adolescentes cujas mães têm baixa escolaridade mostraram 1,44 vezes mais chance de ter trauma dentário (OR 1,44; IC95% 1,01-2,05). Renda baixa e presença de má oclusão também estiveram associadas ao desfecho.

Há influência de determinantes sociais de saúde sobre a presença de trauma dentário e é importante se trabalhar com estes aspectos a fim de minimizar sua ocorrência e consequências.

(Apoio: CAPES  |  CNPq  |  PBEXT Ações Afirmativas)
PN-R0327 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 16

Prevalência de sangramento gengival e fatores associados de gestantes atendidas na Atenção Primária em Governador Valadares
Yan Rocha Neves, Ariely Barbosa Freitas, Alice Cristina Maximiano Goulart de Lima E. Silva, Alison Araújo de Freitas Lima, Laura Tannus Mendes Coelho, Nathália Mairink Siqueira, Christiane Carvalho Murta Botelho, Mabel Miluska Suca Salas
Departamento de Odontologia da UFJF/GV UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Determinar a prevalência de sangramento gengival e fatores associados de gestantes atendidas no setor público. Trata-se de um estudo transversal, aprovado previamente pelo comitê de ética(n°6.185.182) no qual participaram 57 gestantes acompanhadas no pré-natal nas ESF. Os dados foram obtidos através de entrevistas usando um questionário confeccionando com base na literatura e pré-testado. Os exames clínicos bucais foram usando o índice de sangramento gengival após a treinamento e calibração. A análise estatística foi descritiva e inferencial (Qui-quadrado, Fisher, tendência linear e Regresão de poisson. A prevalência de sangramento gengival foi 51,8% sendo que maioria foi em 1 ou 2 dentes (98,1%). A maioria das mulheres apresentava entre 19 e 24 anos(40,0%), com ensino médio completo(45,6%) e renda familiar entre 1-3 salarios mínimos (59,6%), não eram primíparas (57,9%), estavam no 2° trimestre gestacional(48,2%) e iniciaram o pré natal no 1°trimeste (80,0%)e não apresentam comorbidades(61,8%). O sangramento gengival esteve associado a última visita ao dentista (p<0.022). Na análise multivariada, a prevalência de sangramento gengival aumentou com a idade (RP 2,20 IC95%(1,15:4,18)) e esteve associada ao fumo passado (RP 4,07 IC95%(1,16:10,01)), ao baixo peso ao nascer em gestações anteriores (RP 2,98 IC95%(1,37:5,22)); a última visita ao dentista (RP 2,68 IC95%(1,37:5,22)) e tratamento dentário negado devido a gestação (RP 0,10 IC95% 0,03:0,27).

A prevalência de sangramento gengival foi alta e esteve associada a fatores sociodemográficos, comportamentais e gestacionais. O sangramento gengival esteve associado ao relato de baixo peso ao nescer em gestações anteriores.

PN-R0333 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 17

Qual a interferência da pandemia de Covid-19 nos indicadores assistenciais de saúde bucal na atenção primária?
Yasmily Vitória Bezerra de Lima, Ludmilla Dos Santos Souza, Moan Jéfter Fernandes Costa, Pedro Henrique Sette-de-Souza, Renata de Oliveira Cartaxo
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A pandemia de COVID-19 exigiu medidas de proteção emergenciais, incluindo a suspensão inicial de atendimentos odontológicos. No entanto, a retomada dos serviços foi desigual devido a falta de protocolo nacional. Analisou-se indicadores assistenciais de saúde bucal realizados nos serviços de atenção primária do estado de Pernambuco, considerando a série temporal de 2019 a 2023. Trata-se de uma pesquisa epidemiológica transversal de abordagem descritiva e analítica, utilizando dados secundários extraídos do Sistema de Informação em Saúde para Atenção Básica. Utilizou-se medidas e indicadores de saúde bucal da atenção primária: cobertura de equipe de saúde bucal, cobertura da primeira consulta odontológica programática, proporção de exodontia entre procedimentos clínicos individuais, média de procedimentos odontológicos básicos por habitante, ação coletiva e aplicação tópica de flúor. Constatou-se uma redução de 51,57% no número de procedimentos individuais entre os anos de 2019 e 2020 com destaque para a Região de saúde de Recife, que apresentou uma diminuição de 65,3%, além de uma redução de 45,2% nas primeiras consultas odontológicas programáticas. Embora o número de exodontias em 2020 tenha caído em comparação aos outros anos, a proporção em relação ao total de atendimentos individuais foi maior. Em ações coletivas, a diminuição foi de cerca de 86% entre 2019 e 2020 em todo o estado. Observou-se um aumento de 4% na cobertura de saúde bucal entre 2019 e 2021, devido ao impacto do aumento de mortes no período.

A pandemia impactou negativamente no acesso, prevenção e atenção à saúde bucal no estado estudado. Houve interferência no perfil desses atendimentos odontológicos que se mostraram mais mutiladores no ano de 2020.

(Apoio: CNPq)
PN-R0336 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 17

O estudante de odontologia como protagonista da aprendizagem na vivência clínica
Marcella Alves Dos Anjos, Maria de Lara Araujo Rodrigues, Bruna Navarro Camargo da Silva, Eduarda Betiati Menegazzo, Giovanna Sousa Oliveira Chagas, Jaqueline Vilela Bulgareli, Álex Moreira Herval
Saúde Coletiva UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do estudo foi explorar os desafios enfrentados por graduandos de odontologia na clínica de adolescentes da Universidade Federal de Uberlândia (MG), por meio da aplicação da metodologia ativa de ensino aprendizagem. A clínica oferece atendimento odontológico básico a adolescentes de 10 a 19 anos. Trata-se de um estudo exploratório descritivo, envolvendo 33 estudantes do último semestre do curso, alocados em 3 grupos. A coleta de dados foi obtida por um questionário semiestruturado, Google Forms, com duração de 90 minutos, seguindo os critérios da etapa "seleção dos problemas", estabelecidos pelo método Altadir de Planejamento Popular (MAPP). Os estudantes selecionaram três desafios vivenciados na prática clínica, classificando-os quanto aos critérios de importância (alta, médio e baixo); capacidade de enfrentamento (dentro, parcial e fora); o nível de urgência (nota de 0 a 10) e interesse em resolvê-lo (sim ou não). Realizou-se análise descritiva quantificando a frequência relativa e absoluta dos desafios em relação aos critérios citados. A organização do processo de trabalho (pacientes faltosos, dispensação dos materiais pela equipe auxiliar e horário da clínica compatível com o horário escolar), seguido por dificuldades relacionadas à produtividade (fichas longas a serem preenchidas e recorrentes falhas no sistema) e infraestrutura da clínica (falta de manutenção nos equipamentos e exposição de sol no box), foram os desafios identificados pelos estudantes.

O estudo proporcionou aos participantes o desenvolvimento da capacidade de análise crítica, possibilitando-lhes reconhecer seu papel ativo no processo de ensino aprendizagem.

(Apoio: CAPES  N° 001)
PN-R0344 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 17

O acompanhamento em um período de 10 anos (2010-2020) da Síndrome de Down no Brasil
João Pedro Guedes Caetano, Roberta Magalhaes Miranda, Joanna Lara Saraiva de Paula, Thiago Rezende dos Santos, Rafaela da Silveira Pinto, Kamila Rodrigues Junqueira Carvalho, Soraia Macari
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Esse estudo objetiva fornecer uma visão geral sobre a Síndrome de Down (SD), a sua prevalência e correlacionar os aspectos referentes à criança e à mãe no período de 2010 a 2020 no Brasil. Para isso, foi realizada a coleta dos registros de recém nascidos vivos com SD e sem SD no Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) no período de 2010 a 2020 dos 27 estados brasileiros. Sobre as crianças, as variáveis coletadas foram o percentual de baixo peso ao nascer, sexo masculino, cor branca e nascimento pré-termo para os nascidos vivos com e sem SD. Sobre as mães de filhos com ou sem SD, coletou-se o percentual de mulheres que viviam sem o pai da criança, com escolaridade até a 8ª série, idade igual ou superior à 35 anos, cor branca, com cuidados pré-natais insuficientes e que tiveram seus filhos por parto vaginal. Foi realizado regressão logística, modelos estruturais e teste de Moran (P<0,05). Observou-se que a prevalência da SD no Brasil foi de aproximadamente 30,4 crianças a cada 100 mil nascidos vivos de 2010 a 2020, sem diferenças significativas entre as regiões brasileiras. As variáveis relativas à criança que se mostraram com diferenças relevantes entre os grupos com e sem SD foram o baixo peso ao nascer, crianças brancas e com nascimento pré-termo. Já em relação ao sexo, apesar da diferença significativa entre os grupos, a maior prevalência encontrada foi no grupo sem SD. Em relação às mães, notou-se uma maior prevalência de nascidos com SD em mães brancas, com 35 anos ou mais e uma menor prevalência em mães sem cônjuges, com poucos cuidados pré-natais e com parto vaginal.

Logo, conclui-se que esse estudo epidemiológico atua como um potente auxiliador na monitorização para o sistema de saúde público brasileiro dos indivíduos com SD e de suas mães.

PN-R0345 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 17

Conhecimento parental sobre terapia pulpar em dente decíduo associado ao alfabetismo em saúde bucal
Wallery Lavínia de Farias Dantas, Ramon Targino Firmino, Waleska Ohana de Souza Melo, Germana de Queiroz Tavares Borges Mesquita, Rafael Douglas da Silva Pereira, Raquel Justino da Silva, Monalisa da Nóbrega Cesarino Gomes, Ana Flávia Granville-garcia

Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A terapia pulpar em dente decíduo é um tipo de tratamento odontológico com objetivo de preservar o dente até sua esfoliação fisiológica. A realização desse tratamento odontológico em crianças pode ser influenciada pelo conhecimento parental sobre a saúde bucal, bem como o alfabetismo em saúde bucal. Esse estudo teve como objetivo avaliar a associação entre o conhecimento parental sobre terapia pulpar em dentes decíduos e o alfabetismo em saúde bucal. Foi realizado o estudo transversal com 148 pais/responsáveis de crianças com dente decíduo. Os pais/responsáveis responderam à pergunta "Na dentição decídua (dente de leite) realiza tratamento de canal?" para avaliar o conhecimento parental sobre terapia pulpar, além de um questionário sociodemográfico. O alfabetismo em saúde bucal foi avaliado com a versão traduzida e validada do Rapid Estimate of Adult Literacy in Dentistry (BREALD-30). A regressão de Poisson foi empregada para determinar as associações entre variáveis independentes e dependentes. A frequência de pais/responsáveis que apresentaram conhecimento sobre a possibilidade de realização de terapia pulpar em dente decíduo foi de 28,4%. O sexo masculino (RP= 1.11; IC95%: 1.01-1.21), renda média familiar mensal (RP= 1.09; IC95%: 1.01-1.19) e alfabetismo em saúde bucal (RP= 0.99; IC95%: 0.98-0.99) estiveram associados com o conhecimento parental sobre terapia pulpar.

Pais/responsáveis com maior alfabetismo em saúde bucal apresentam um melhor conhecimento sobre terapia pulpar em dente decíduo. Além disso, ser do sexo masculino e apresentar menor renda familiar são preditores de um menor conhecimento parental sobre essa possibilidade de tratamento.

PN-R0347 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 17

Levantamento Etnobotânico de Plantas Medicinais em Saúde Bucal em um município no Nordeste do Estado do Pará
Sabrina Ellen Costa Kato, Maycon Douglas Oliveira de Araújo, João Gabriel Soares de Oliveira, Marina Lima Wanderley, Aluísio Ferreira Celestino Júnior
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O Brasil possui grande potencial para o desenvolvimento da fitoterapia, inclusive na odontologia, pois se trata do país com a maior diversidade vegetal do mundo. Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratória de abordagem quantitativa, com a finalidade de analisar o uso e a prescrição de medicamentos fitoterápicos e plantas medicinais, no âmbito da saúde bucal do Sistema Único de Saúde (SUS) no município de Bragança-PA. Foram selecionados 32 cirurgiões-dentistas que atuam no SUS e 30 pacientes da área rural, foi aplicado um questionário para coleta de dados, onde 62 pessoas (90,16%) responderam que utilizam as plantas medicinais para prevenir ou tratar algum problema, sendo que, 30% dos pacientes utilizam as plantas para prevenir ou tratar algum problema de saúde bucal, as plantas mais utilizadas foram: casca do coco (Cocos nucifera L.) (33,3%), árvore do cajú (Anarcadium occidentale) (22,2%) e o pião branco (Jatropha curcas) (22,2%). Já para a prescrição, apenas 3 (9,38%) dentistas prescreveram as plantas medicinais, sendo elas: Arnica (Solidago chilensis Meyen) (33,3%), camomila (Matricaria recutita) (33,3%) e pião roxo (Jatropha gossypiifolia L.) (33,3%).

Assim, o trabalho aponta que há um déficit de informações sobre a utilização e prescrição das plantas medicinais em saúde bucal, afirmando a importância de outros estudos sobre o assunto abordado.

PN-R0348 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 17

Contexto socioeconômico impacto autopercepção e acesso aos serviços de Saúde Bucal em escolares de Garanhuns/PE
Lurian Sthefani Carvalho Martins, José Victor Correia de Melo, José Alan de Gois Tenório, Adriano Referino da Silva Sobrinho, Nathalia Larissa Bezerra Lima, Ana Laura Vilela de Carvalho, Moan Jéfter Fernandes Costa, Pedro Henrique Sette-de-Souza
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Buscou-se avaliar como o contexto socioeconômico impacta na autopercepção e no acesso ao serviço de saúde bucal de 178 escolares de 12 anos na cidade de Garanhuns/PE. Os participantes foram divididos em três grupos: Quilombolas (comunidade do Castainho), Rurais (Distrito de São Pedro) e Urbanos (Centro de Garanhuns). Utilizou-se o Teste de Monte Carlo para Qui-Quadrado devido às baixas frequências de algumas respostas. Os resultados revelaram diferenças significativas na raça/cor (p<0.001), com predominância de indivíduos negros nos grupos Quilombola e Urbano, e na última consulta odontológica, onde o atendimento público foi mais frequente entre os grupos Rural e Quilombola (p<0.001). Por outro lado, o grupo Quilombola apresentou menos incômodo nos dentes ao comer em comparação aos outros dois grupos (p=0.005). Além disso, houve diferenças na autopercepção da necessidade de tratamento dentário (p=0.018), com maior reconhecimento desta necessidade no grupo Urbano comparado aos outros grupos. Outras variáveis, como incômodo ao comer e ao dormir, não mostraram diferenças significativas.

Conclui-se que o local de moradia/estudo influencia significativamente a autopercepção e o acesso ao serviço de saúde bucal entre os escolares. Tais achados destacam a importância de políticas de saúde pública que considerem as especificidades regionais na oferta de serviços odontológicos.

PN-R0352 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 18

Consulta odontológica e a cobertura de saúde bucal no SUS: Uma análise descritiva com dados de uma pesquisa nacional de base escolar
Carolyne Silveira da Motta, Maria Beatriz Junqueira de Camargo, Hellen Monique da Motta, Letícia Regina Morello Sartori, Nathalia Ribeiro Jorge da Silva, Sarah Arangurem Karam
Centro de Ciências da Saúde UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PELOTAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Objetivou-se descrever a prevalência de ida ao dentista segundo variáveis sociodemográficas entre os adolescentes de 13 a 15 anos participantes da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE); além de estratificar a ida ao dentista por estado e relacionar a cobertura odontológica estadual da atenção primária. Este é um estudo descritivo utilizando dados da PeNSE 2019. A variável dependente foi ida ao dentista no último ano. As variáveis estratificadoras foram estado, sexo, cor da pele/raça, escolaridade materna e dor dentária. A cobertura de saúde bucal, utilizou dados do Sistema de Informações da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SISAPS). Realizou-se a análise com teste Qui-quadrado e correlação de Pearson, com comando svy. Foi considerado o nível de confiança de 5% (p<0,05) e Intervalo de Confiança de 95%(IC95%). A prevalência de adolescentes que frequentaram o dentista nos últimos 12 meses foi de 66,7%. A ida ao dentista foi mais frequente no sexo feminino (68,4% [IC95% 67,27-69,49]), entre os escolares com dor de dente (69,4% [IC95% 67,61-71,10]) e com mães que completaram o Ensino Superior (77,9% [IC95%76,56-79,18]). Em relação a cor da pele, os adolescentes autodeclarados pretos apresentaram uma diferença de 10 pontos percentuais na ida ao dentista em comparação aos brancos (61,9% v.s. 71,8%, respectivamente). Os estados com cobertura odontológica elevada, como os da região Norte e Nordeste apresentaram menor reporte de uso dos serviços, enquanto estados com menor cobertura apresentaram maior proporção de ida dos estudantes ao dentista.

Encontrou-se uma desigualdade na ida ao dentista segundo condições socioeconômicas, além dos estados com maior cobertura apresentarem menores prevalências de consulta odontológica.

PN-R0353 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 18

Fatores associados às perdas dentárias em uma comunidade quilombola do Nordeste brasileiro
Anny Gabrielly da Silva, Adriano Referino da Silva Sobrinho, Andressa Carvalho Machado, Breno Cesar Bastos de Souza, Basilio Rodrigues Vieira, Moan Jéfter Fernandes Costa, Mayara Abreu Pinheiro, Pedro Henrique Sette-de-Souza
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi identificar os fatores associados às perdas dentárias em uma comunidade quilombola do Nordeste brasileiro. Realizou-se uma pesquisa transversal na comunidade quilombola Castainho, Garahuns-PE. Os dados foram coletados por meio de questionários e exames bucais validados conduzidos por uma equipe de 5 pesquisadores calibrados. Regressões
 logísticas
 uni e multivariadas
ajustadas
foram
realizadas
para
testar
a
associação entre a perda dentária com fatores sociodemográficos e condições bucais (p = 0,05). De 191 indivíduos, 80,6% eram edêntulos, dos quais 66,5% apresentavam edentulismo parcial e 14,1% total. Em média, cada quilombola perdeu 9 dentes ao longo da vida. Cerca de 50,3% dos edêntulos parciais não utilizavam próteses e 9 edêntulos totais não tinham suas arcadas reabilitadas. As chances de edentulismo foram significativamente maiores entre indivíduos pardos (OR = 5,1; IC95% = 1,7-15,5; p = 0.021), com acesso regular ao dentista (OR = 4,8; IC95% = 1,7-13,3; p = 0.002), percebendo impactos negativos em suas atividades diárias (OR = 21,6; IC95% = 7,6-61,2; p < 0.001) e com doença periodontal (OR = 5,6; IC95% = 2,4-12,9; p < 0.001). Os fatores protetores incluíram ser do sexo feminino (OR = 0,3; IC95% = 0,1-0,8; p = 0.0021), receber benefícios governamentais (OR = 0,3; IC95% = 0,1-0,9; p = 0.043) e experimentar dor dentária (OR = 0,2; IC95% = 0,0-0,5; p < 0.001) ou facial (OR = 0,1; IC95% = 0,0-0,4; p < 0.001) nos últimos 6 meses.

Conclui-se que acesso regular ao dentista, pele parda, percepção de impactos negativos nas atividades e doença periodontal foram fatores de risco a perda dentária, enquanto que ser do sexo feminino, receber benefícios governamentais e experimentar dor orofacial foram protetores.