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 51 Resumo encontrados. Mostrando de 1 a 10


RCR118 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 5 - Dentística

Apresentação: 10/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Abordagem Minimamente Invasiva para tratamento de Fluorose Moderada - Relato de caso clínico
Serrão BQ, Beaini TL, Silva JS, Simamoto-Júnior PC
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Paciente, sexo feminino, 34 anos, apresentou queixa na cor dos dentes. Ao exame clínico, constatou-se manchas brancas generalizadas, caracterizando Fluorose Moderada. O tratamento consistiu no Clareamento Combinado e Microabrasão (MA). Para o Clareamento de Consultório (CC) e caseiro supervisionado (CCS), utilizou-se peróxido de hidrogênio 38% e peróxido de carbamida 10%, respectivamente. A MA foi realizada com a pasta OpalustreT 6,6% (Ultradent, São Paulo, Brasil). Após registro da cor, realizou-se a moldagem das arcadas dentárias e confecção das moldeiras individuais para o CCS, que durou 60 dias. Realizou-se 3 sessões de CC. Após duas semanas do CC, iniciou-se a MA. Sob isolamento absoluto foi realizada profilaxia com pedra pomes; aplicou-se a pasta sobre as manchas, friccionando com a taça de polimento 10 segundos por dente, lavou-se com jato de ar/água, totalizando duas aplicações por dente. Seguiu-se com polimento com discos de feltro e pasta para polimento, visando a remoção da opacidade do tecido adamantino. Para reduzir o risco de sensibilidade pós-operatória, aplicou-se o dessensibilizante por 10 minutos. O intuito deste caso clínico foi apontar a eficácia da associação do clareamento e microabrasão no tratamento da fluorose moderada, evidenciando-se como uma ótima alternativa para o manejo de manchas brancas.

Assim, as técnicas foram efetivas e o resultado foi satisfatório no caso proposto.

(Apoio: CAPES)
RCR119 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 7 - Patologia Oral

Apresentação: 10/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde oral em pacientes com câncer oral e orofaríngeo: comparação sistemática de instrumentos
Alves N, Deana NF, Ulloa C, Zaror C
Facultad de Odontología UNIVERSIDAD DE LA FRONTERA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo foi realizar uma avaliação sistemática e padronizada das evidências atuais sobre o processo de desenvolvimento, propriedades métricas e questões de administração de instrumentos de qualidade de vida relacionados à saúde oral (QVRSO) disponíveis para pacientes com câncer oral e orofaríngeo (COO). Foi realizada uma busca sistemática até abril/2021 nas bases MEDLINE, EMBASE e LILACS. Dois pesquisadores avaliaram de forma independente cada instrumento utilizando a ferramenta EMPRO (Evaluating Measures of Patient-Reported Outcomes). Sete atributos específicos e um atributo geral foram analisados. As pontuações EMPRO foram calculadas (intervalo de 0 a 100, do pior ao melhor): modelo de medição, confiabilidade, validez, capacidade de resposta, interpretabilidade e carga. Identificamos 6 instrumentos avaliados em 28 estudos, sendo 1 instrumento específico para COO, 3 específicos para câncer de cabeça e pescoço e 2 para câncer em geral. Os instrumentos EORTC-QOL-30 e FACT-HN foram os que apresentaram maior pontuação global, com 67.6 e 57.8, respectivamente. Todos os instrumentos específicos para COO e câncer de cabeça e pescoço apresentaram pontuação global abaixo de 50, principalmente devido a baixa pontuação relacionada à validez e confiabilidade.

Nossos resultados mostram a necessidade de instrumentos específicos para COO com melhor desempenho, que possam detectar adequadamente todos os aspectos da QVRSO destes pacientes. No entanto, vale ressaltar que alguns instrumentos apresentaram melhor pontuação dependendo da dimensão analisada.

(Apoio: Dirección de Investigación- Universidad de La Frontera  N° DI20-0054)
RCR120 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 7 - Patologia Oral

Apresentação: 10/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Carcinoma mucoepidermóide associado a adenoma pleomórfico em glândula parótida: relato de caso
Silveira AL, Jannotti TS, Lima BS, Gusmão PS, Chavez Netto HDM
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este relato de caso, a paciente de 49 anos procurou atendimento odontológico com queixa de edema no lado esquerdo do rosto há aproximadamente dois anos. Na anamnese, afirma ser trabalhadora rural, negou hábitos nocivos, tabagismo, etilismo e doenças sistêmicas. Ao exame clínico, além de observar alteração da função do nervo facial, especificamente movimentos involuntários de fechar os olhos, notou-se uma lesão cística circunscrita, móvel à palpação, endurecida e indolor na região da face esquerda. Por estar próximo à região do nervo facial, optou-se em realizar uma punção aspirativa por agulha fina e enviar o material para análise. No entanto, o material não foi suficiente provocando um resultado inconclusivo. Foi solicitada uma tomografia computadorizada onde observou-se massa radiopaca e circunscrita de aproximadamente 5 cm de diâmetro localizada lateralmente à parótida esquerda. Realizado procedimento cirúrgico, sob anestesia geral, para exérese com uma incisão para lifting facial e descolamento subepitelial para visualização do nódulo, preservando o ducto parotídeo e as funções do nervo facial. O material foi enviado para análise histopatológica. Inicialmente, o resultado retornou com diagnóstico de adenoma pleomórfico, no entanto, em uma parte da lesão o patologista sugeriu um estudo imuno-histoquímico para análise crítica classificatória. Realizado o novo estudo, o resultado final foi de carcinoma mucoepidermoide.

A paciente foi informada do resultado obtido no exame de biópsia e foi encaminhada para um oncologista para avaliação e tratamento.

RCR121 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 7 - Patologia Oral

Apresentação: 10/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Laserterapia na prevenção e tratamento adjuvante de osteonecrose dos maxilares
Toma LS, Lopes BN, Esteves NG, Nagatani LCM, Jesus GS, Miyada NDT, Moreira MSNA
Odontologia UNIVERSIDADE BRAZ CUBAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A osteonecrose dos maxilares relacionada à medicação é caracterizada por reparo ósseo tardio, com ou sem exposição, persistindo por pelo menos 8 semanas, em pacientes que estão usando atualmente ou foram expostos a drogas antireabsortivas ou antiangiogênicas. Procedimentos cirúrgicos mais conservadores até mais invasivos, com ou sem tratamento adjuvante são relatados na literatura especializada. Estudos recomendam o uso de antissépticos orais e antibióticos nos estágios iniciais e desbridamento cauteloso das lesões, remoção de osso necrótico e enxertia. Algumas terapias como hiperbáricas a oxigenação bem como a laserterapia surgiram como adjuvantes ao tratamento. Este estudo teve como objetivo analisar a partir de revisão da literatura a eficácia do uso da laserterapia no tratamento de osteonecrose mandibular. Foi realizada uma revisão dos artigos publicados na base de dados PubMed de 2010 a 2022. Os estudos apontam que a combinação dos tratamentos concomitante a utilização de laserterapia de baixa frequência resultam em melhora na reparação tecidual.

Conclui-se que a laserterapia é considerada um tratamento eficaz para tratamentos das lesões diante dos benefícios que apresentam na reparação tecidual e ausência de efeitos colaterais resultando em maior qualidade de vida e saúde bucal.

RCR122 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 7 - Patologia Oral

Apresentação: 10/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Angiolipoma não infiltrativo em região anterior de maxila: Relato de Caso com revisão bibliométrica
Santos RIC, Margalho ATJ, Silva MHV, Guerra LFM, Wanzeler AMV, Gomes JT, Tuji FM
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste trabalho é relatar um caso raro de angiolipoma em cavidade oral, assim como realizar uma revisão bibliométrica mapeando artigos originais utilizando os descritores "angiolipoma", "diagnóstico em angiolipoma", "incidência em angiolipoma"," tratamento de angiolipoma 'e "prognóstico em angiolipoma" das bases de dados pubMed e web of Science entre os anos de 2017 à 2021. Paciente MDO, gênero feminino, 55 anos, apresentou uma lesão com uma tumefação em região anterior de maxila (infra nasal), indolor, amolecida à palpação e coloração avermelhada extraoral, sem evidencia de lesões ósseas através das radiografias. Realizou-se biópsia excisional e submersa no formol tamponado 10%, com flutuação da amostra. O laudo histopatológico confirmou o diagnóstico de angiolipoma. No levantamento bibliométrico, observou que as áreas mais relatadas de angiolipoma em cabeça e pescoço são mucosa jugal(n=2), mandíbula(n=2), lábio inferior(n=2) e assoalho bucal(n=2). A incidência do angiolipoma em cavidade oral variou de 5% a 17%. O tratamento mais utilizado para intervenção é a excisão cirúrgica e apresenta bom prognóstico (Web of Science- 8 artigos; Pubmed-13 artigos).

O angiolipoma é um tumor incomum em região anterior de maxila, não agressivo, mas possui relevância clínica pois pode comprometer regiões adjacentes e a estética. É possível afirmar que ainda existem poucos relatos de angiolipoma oral, com a necessidade de realização de mais estudos sobre esta rara variante de lipoma.

RCR123 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 7 - Patologia Oral

Apresentação: 10/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Carcinoma de células escamosas em lábio inferior: relato de caso
Gusmão PS, Lima BS, Jannotti TS, Silveira AL, Netto HDMC
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A paciente de 81 anos, leucoderma, obesa mórbida, hipertensa, asmática e sem hábitos nocivos procurou atendimento com queixa de dor aguda, queimação em região de lábio inferior há aproximadamente um ano. Ao exame clínico, observou-se lesão hiperplásica eritematosa, com 2 cm de extensão, bordas bem definidas, , margem vermelha do lábio e túnica mucosa do lábio. Foi realizado procedimento de biópsia incisional da lesão com análise histopatológica para estabelecimento diagnóstico. O resultado foi carcinoma de células escamosas ulcerado bem diferenciado. A paciente foi submetida ao procedimento cirúrgico com incisão em "v" com uma margem de segurança de 5 mm da lesão seccionando o epitélio, conjuntivo, músculo orbicular da boca, músculo depressor do lábio inferior e mucosa interna da boca. O material coletado foi enviado para exame histopatológico para fins de verificação das margens. O resultado mostrou que a margem da região direita não estava adequada. Como no ato cirúrgico já havia sido realizado uma ampliação da margem naquela região de aproximadamente 4 mm, não foi indicado novo procedimento para ampliar a margem cirúrgica. A paciente foi encaminhada ao oncologista, que após exames de possíveis metástases, não se evidenciou lesões em outras partes.

A paciente se encontra em período pós-operatório (7 meses), sem queixas álgicas ou sinais clínicos de recidiva. Foi indicado um acompanhamento trimestral da paciente.

RCR124 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 7 - Patologia Oral

Apresentação: 10/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Acurácia da imuno-histoquímica comparada aos testes moleculares no diagnóstico da mutação BRAF V600E em ameloblastomas
Cunha JS, Martins-De-barros AV, Anjos RS, Silva CCG, Ribeiro LN, Silva EDO, Araújo FAC, Carvalho MV
CLINICAS ODONTOLOGICAS UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi sintetizar a evidência disponível acerca da sensibilidade e especificidade da imuno-histoquímica comparada aos testes moleculares na detecção da mutação BRAF V600E em ameloblastomas. Trata-se de uma revisão sistemática com metanálise realizada de acordo com o PRISMA é registrada no Prospero (CRD42021259117). A busca foi realizada nas bases de dados, PubMed, Web of Science, Scopus e Cochrane Library. O risco de viés dos estudos selecionados foi avaliado por meio da ferramenta QUADAS-2. A metanálise foi baseada no modelo da curva SROC hierárquica e medidas sintetizadas para sensibilidade e especificidade foram calculadas. Foram encontrados 226 registros,mas apenas 05 artigos atenderam aos critérios de inclusão, totalizando 277 casos de ameloblastoma incluídos na análise quantitativa. As medidas sintetizadas para sensibilidade e especificidade foram 0,95 [IC 95% 0,89, 1,00] e 1,00 [IC 95% 0,95, 1,00], respectivamente. A razão de chances de diagnóstico foi de 4,05 e a AUC para a curva SROC foi calculada como 0,979.

A imuno-histoquímica com anticorpo monoclonal primário específico para BRAF V600E (VE1) apresentou alta sensibilidade e especificidade quando comparados com testes moleculares na detecção da mutação em ameloblastomas.

RCR125 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 7 - Patologia Oral

Apresentação: 10/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Síndrome esmalte renal: relato de novas variantes no gene FAM20A
Resende KKM, Leite LDR, Rosa LS, Oliveira LC, Mazzeu JF, Yamaguti PM, Acevedo AC
Ciências da Saúde UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A Amelogênese imperfeita (AI) é uma condição genética rara caracterizada por alterações quantitativas e/ou qualitativas do esmalte dentário, e pode ser não sindrômica ou sindrômica. Dentre as síndromes já relatadas, destaca-se a Síndrome Esmalte Renal (ERS, OMIM#204690), associada a variantes no gene FAM20A, que codifica uma pseudoquinase que parece estar envolvida no processo de mineralização em diferentes tecidos e no esmalte dentário. O objetivo deste estudo foi realizar o diagnóstico clínico e molecular de um paciente com AI com fenótipo oral patognomônico de ERS. Paciente do sexo masculino,17 anos de idade, foi encaminhado à Unidade de Saúde Bucal do Hospital Universitário de Brasília com queixa de ausência de dentes. O paciente era o único afetado na família, sem consanguinidade parental. Ao exame clínico e radiográfico foi observada AI hipoplásica, calcificação intrapulpar, erupção ectópica, atraso na cronologia de erupção e hiperplasia gengival. Não havia queixa ou sintomatologia em outros sistemas. Foi realizada extração de DNA pelo método salting out e sequenciamento de exoma. O exame identificou variantes em heterozigose composta no gene FAM20A (FAM20A: c.406C>T e FAM20A: c.343_362del). Constatou-se no exame laboratorial, alteração no nível de creatinina. Ao exame nefrológico, não foi observada nefrocalcinose ou nefrolitíase.

A integração dos dados permite ampliar o conhecimento sobre a doença, sobre a correlação fenótipo-genótipo, e permite estabelecer medidas mais específicas de promoção de saúde e terapêutica para os pacientes.

(Apoio: CAPES  N° 88887.500086/2020-00  |  Decanato de Pesquisa e Inovação (Universidade de Brasília))
RCR126 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 7 - Patologia Oral

Apresentação: 10/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Métodos físicos de tratamento para hipossalivação causada por doenças ou condições sistêmicas: uma revisão de escopo
Melo JLMA, Coelho CPES, Nunes FPES, Guimarães MCM, Damé-Teixeira N, Grisi DC
Odontologia UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Doenças sistêmicas resultam em graus distintos de comprometimento das glândulas salivares e alteram o fluxo salivar por mecanismos variados. Esta revisão de escopo objetivou mapear os estudos sobre os métodos físicos de manejo da hipossalivação, comparando a resposta de indivíduos com diferentes condições sistêmicas e os métodos físicos existentes quanto à estimulação salivar. A busca sistemática foi realizada em 6 bases de dados e na literatura cinzenta. Estudos clínicos, randomizados ou não, que utilizaram métodos físicos para tratamento de hipossalivação causada por condições sistêmicas foram incluídos. Dentre os critérios de exclusão, estavam estudos com indivíduos irradiados de cabeça e pescoço ou sem análise do fluxo salivar. Dos 12 artigos incluídos, 5 utilizaram laser de baixa potência (LLLT), 5 utilizaram estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) e 2 utilizaram acupuntura. Dentre os estudos de LLLT, 3 foram em pacientes com síndrome de Sjögren (SS) e apenas um resultou em aumento significativo do fluxo salivar com média de 4.82(±2.2)mm/min. Outros 2 estudos foram feitos em pacientes com hipossalivação causada por medicamentos, ambos com resultados satisfatórios. O TENS foi testado para hipossalivação por diferentes causas e todos os resultados foram positivos. A acupuntura foi testada em pacientes em uso de medicamentos e com SS e os resultados foram promissores.

Conclui-se que há evidências, mesmo que limitadas, acerca dos potenciais efeitos de métodos físicos na melhora da hipossalivação, sobretudo causada pelo uso de medicamentos.

RCR127 - Painel Relatos de Casos e Revisões
Área: 7 - Patologia Oral

Apresentação: 10/09 - Horário: 13h00 às 17h30 - Sala: Área dos Painéis

Caracterização genética de pacientes com osteogênese imperfeita e agenesia dentaria
Cardozo-Amaya YJ, Rosa LS, Yamaguti PM, Mazzeu JF, Acevedo AC
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A Osteogênese Imperfeita (OI) é um conjunto de displasias esqueléticas clínica e geneticamente heterogêneas. Estudos tem demonstrado que a prevalência da agenesia dentaria em pacientes com OI é aumentado em relação com a população geral, porém a etiologia nesses pacientes não claramente estabelecida. O objetivo do estudo foi identificar a etiologia genética em 14 pacientes com OI, com e sem agenesia dentária acompanhados na Unidade de Saúde Bucal e tratados com pamidronato dissódico no Serviço de Endocrinologia Pediátrica do Hospital Universitário de Brasília (HUB). Foi realizada extração de DNA pelo método salting out, sequenciamento de exoma e análise dos dados na plataforma Varstation® de Varsomics. Foram identificadas 6 variantes patogênicas em heterozigose nos genes COL1A1 e COL1A2 em 7 pacientes. Em 5 pacientes foram identificadas 4 variantes patogênicas em homozigose, 2 no gene CRTAP, 1 no gene P3H1 e 1 no gene SERPINF1. Em 2 pacientes não foram identificadas variantes patogênicas nos genes associados à OI. Dos 8 pacientes com OI e agenesia dentária, não foi identificada nenhuma variante patogênica em genes associados à agenesia dentária ou ao desenvolvimento dentário.

Os resultados sugerem que a agenesia dentária resulta dos defeitos no colágeno Tipo I. Porém, estudos com coortes maiores são necessários para melhor compreender a etiologia da agenesia dentária nesses pacientes. O efeito adverso do tratamento com pamidronato dissódico no desenvolvimento dentário de pacientes com OI não pode ser excluído.

(Apoio: CAPES  N° 88887.482245/2020-00)