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PI0360 - Painel Iniciante
Área: 7 - Imaginologia

Apresentação: 10/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Extensões e Anormalidades dos Seios Maxilares em Pacientes Assintomáticos Detectadas na Tomografia Computadorizada por Feixe Cônico
Costa KCS, Novaes GA, Andrade BRS, Ferreira SO, Silva MA, Habibe RCH, Melo ARF, Caetano RM
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DA ESCOLA DE ODONTOLOGIA DE VOLTA REDONDA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Os seios maxilares variam em relação à forma e tamanho e frequentemente são sítios de distúrbios de origem odontogênica, assim como, anormalidades sinusais podem provocar alterações odontológicas. Portanto, esse estudo teve como objetivo avaliar a prevalência das extensões e das anormalidades dos seios maxilares em pacientes assintomáticos e avaliar a possibilidade da relação entre a presença de extensões e anormalidades, pela tomografia computadorizada por feixe cônico. A amostra foi composta por 200 tomografias, 116 do gênero feminino e 84 masculino. A prevalência de extensão anterior foi de 15% dos exames, 10,5% para a tuberosidade, 77,5% para o rebordo alveolar. O Teste de Qui-Quadrado não revelou diferença estatisticamente significante com relação ao gênero e idade. Anormalidades foram detectadas em 76,5% dos exames. O espessamento da mucosa foi a anormalidade mais prevalente, detectada em 50,7% dos exames, seguido da opacificação parcial (21,7%), pólipos (15,9%), pseudocistos (8,7%), opacificação total (1,4%), presença de corpo estranho (1,0%) e hipoplasia (0,5%). O teste de Qui-quadrado demonstrou que a prevalência de anormalidades foi significativamente maior no gênero masculino (85,7%) que no feminino (69,8%). Não apresentou associação com a faixa etária.

Concluiu-se que as prevalências das extensões, anterior, para a tuberosidade, para o rebordo alveolar e as anormalidades do seio maxilar, foram respectivamente de 15%, 10,5%, 77,5% e 76,5% dos exames. Não houve relação entre presença de extensões e anormalidades.

PI0361 - Painel Iniciante
Área: 7 - Imaginologia

Apresentação: 10/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Avaliação das medidas de biossegurança adotadas em Clínicas de Radiologia do Brasil durante a pandemia da COVID-19: o que mudou?
Moreira GS, Ribeiro IC, Rodrigues LG, Alves TKC, Carmelo JC, Silva AIV, Alvarez-Leite ME, Manzi FR
Odontologia PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Em dezembro de 2019 a descoberta de um novo vírus na China, o SARS-CoV-2 trouxe novos desafios para as clínicas de radiologia odontológica. O objetivo desse trabalho foi avaliar quais medidas de biossegurança foram adotadas por essas clínicas durante e após a pandemia da COVID-19, no Brasil. A metodologia consistiu na aplicação de questionário no período novembro de 2020 e setembro de 2021, este avaliou três temas principais: os protocolos com o ambiente clínico, com os pacientes e com os profissionais. Os resultados descritivos foram tabelados por meio do programa Microsoft Office. Participaram dessa pesquisa 175 clínicas de radiologia odontológica localizadas nas cinco regiões do Brasil e podendo estar em capitais ou cidades do interior. Nas capitais, estão localizadas 29,1% das clínicas participantes, e a região Sudeste correspondeu a 56% da amostra. Os resultados apontam que houve alteração no fluxo de atendimento em 78,3% das clínicas, o distanciamento entre pacientes foi adotado por 98,3% delas, o protetor facial foi aderido por 61,1% das clínicas, e a máscara PFF2/N95 foi utilizada por cerca de metade da amostra. A desinfecção de superfícies do ambiente clínico foi realizada prioritariamente com álcool 70%, a desinfecção do avental antes do uso de cada paciente foi realizada por 76% da amostra, e 92% das clínicas realizou monitoramento em saúde.

Foi possível observar que um número expressivo de clínicas adotou estratégias mínimas para diminuição da propagação do vírus, contudo a qualidade e a frequência dessas medidas podem ser discutidas.

(Apoio: CNPq)
PI0362 - Painel Iniciante
Área: 7 - Patologia Oral

Apresentação: 10/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Distribuição espacial e interconectividade das trabéculas ósseas em Lesões Fibro-Ósseas Benignas: análise por esqueletonização
Claudio TP, Zanotto DO, Schulz RE, Loures AO, Miguel AFP, Rivero ERC, Rabelo GD
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo foi avaliar a distribuição espacial das trabéculas ósseas das lesões fibro-ósseas benignas (LFOBs) pela técnica de esqueletonização e comparar a abordagem manual e automatizada dessas metodologias. Foram selecionados 25 casos de LFOBs do Biobanco da UFSC, as lâminas foram coradas com Tricrômico de Mallory e digitalizadas pelo ScanScope AT. Nos cortes histológicos, 195 regiões de interesse (ROIs) foram selecionadas. A esqueletonização foi performada pelo método manual (segmentação interativa) e automatizado (criação de um código computacional na linguagem ImageJ Macro language (IJM), própria do software). O código computacional foi baseado na distinção da cor predominante das trabéculas: azul ou vermelha. Os parâmetros analisados foram: número de trabéculas (Tb, n); número de ramos (R, n); comprimento de ramo (CR, µm); número de junções (J, n); pontos triplos (3p, n); pontos quádruplos (4p, n). Foi possível identificar o número de trabéculas e a interconectividade entre elas, resultando em valores numéricos de junções e pontos triplos. O método automatizado apresentou maior valor de Tb (20.7 vs 2.1), menor de R e J (p<0.05, Mann-Whitney) em relação ao método manual.

Conclui-se que o método de esqueletonização foi viável para avaliação da distribuição espacial e interconectividade das trabéculas. A abordagem manual foi mais fidedigna, no entanto, demanda muito tempo de segmentação. Dessa forma, a abordagem automatizada deve ser refinada pelo aperfeiçoamento do código, permitindo veracidade na identificação das trabéculas

PI0363 - Painel Iniciante
Área: 7 - Patologia Oral

Apresentação: 10/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Prevalência de lesões em assoalho de boca
Thiesen L, Rivero ERC, Silva CAB
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo desse estudo foi realizar um levantamento epidemiológico das lesões localizadas em assoalho de boca, diagnosticadas por um Laboratório de Patologia Bucal. Os dados foram coletados a partir das fichas de biópsia e laudos histopatológicos de todas as lesões recebidas entre os anos de 2006 a 2022. Dentre todos os casos diagnosticados nesse período, 3,16% (n=143) corresponderam a lesões em assoalho de boca. Houve uma maior prevalência no sexo masculino (62,24%) quando comparado ao feminino (37,76%), e a faixa etária mais afetada foi entre 50 e 69 anos, correspondendo a 50,74% dos casos. Em relação ao tipo de lesões diagnosticadas, as neoplasias malignas foram as mais frequentes (32,86%), seguidas pelas lesões potencialmente malignas (18,18%) e lesões de glândulas salivares não neoplásicas (17,48%). O carcinoma epidermóide foi a condição mais prevalente (27,27%), seguido pela displasia epitelial (17,48%), mucocele e rânula (10,48%) e hiperplasia fibrosa inflamatória (7,69%).

Assim, conclui-se que, apesar do assoalho bucal apresentar uma menor prevalência de lesões quando comparado a outros sítios bucais, uma porcentagem significativa de lesões malignas e potencialmente malignas acometem essa região, sendo um dos locais de predileção do carcinoma epidermóide bucal. Dessa forma, é de fundamental importância um exame clínico adequado dessa região para um diagnóstico precoce dessas lesões e melhor prognóstico do paciente.

PI0364 - Painel Iniciante
Área: 7 - Patologia Oral

Apresentação: 10/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Cisplatina promove desdiferenciação de células tumorais em células-tronco tumorais em linhagens de carcinoma oral
Oliveira LD, Milan TM, Bighetti-Trevisan RL, Eskenazi APE, Almeida LO, Castro-Raucci LMS
Biologia Básica e Oral UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

As células-tronco tumorais são fundamentais para a progressão tumoral do carcinoma oral, possuindo capacidade de auto-renovação e crescimento ilimitado. Duas hipóteses explicam a origem das células-tronco tumorais: a transformação maligna de células-tronco normais em tumorais; a desdiferenciação de células tumorais em células-tronco. Este trabalho investigou se a administração de cisplatina induz a desdiferenciação celular nas linhagens de carcinoma oral CAL-27 e SCC-9. Células-tronco tumorais (CSC+) e células diferenciadas (CSC-) foram isoladas por citometria de fluxo e analisadas por imunomarcação para OCT4 e SOX2, formação de esferas e crescimento tumoral in vivo. Observou-se que as CSC+ expressam mais OCT4 e SOX2 do que as CSC-.

Após a administração de cisplatina, foi observado por formação de esferas e citometria de fluxo, que as CSC- adquiriram potencial tronco. As CSC- tratadas com cisplatina apresentaram elevado crescimento tumoral. Tumores derivados de CSC- tratadas com cisplatina apresentaram altos níveis de OCT4 e SOX2 comparadas às CSC- sem tratamento, e níveis semelhantes às CSC+. Sugere-se que a cisplatina promove o acúmulo de células-tronco tumorais pela desdiferenciação de células não-tronco da massa tumoral, através do aumento das proteínas de pluripotência OCT4 e SOX2.

(Apoio: FAPESP  N° 2017/11780-8  |  FAPESP  N° 2021/13268-8)
PI0365 - Painel Iniciante
Área: 7 - Patologia Oral

Apresentação: 10/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Amelogênese imperfeita, osteopetrose e acidose tubular renal distal: relato de síndrome rara causada por variante no gene AC2
Leite LDR, Resende KKM, Rosa LS, Mazzeu JF, Scher MCSD, Yamaguti PM, Acevedo AC
Odontologia UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A Osteopetrose com Acidose Tubular Renal Distal (OP/ATRd, OMIM #259730) é uma doença renal hereditária com displasia esquelética causada pela deficiência da enzima anidrase carbônica II (AC2). Há poucos relatos sobre as manifestações bucais dessa síndrome. O objetivo desse estudo foi realizar a caracterização clínica e o diagnóstico molecular de uma paciente com OP/ATRd e defeitos de desenvolvimento do esmalte (DDEs). Paciente de 25 anos, sexo feminino, sem relato de consanguinidade parental, único membro afetado na família, com fraturas ósseas recorrentes e acidose metabólica, foi diagnosticada com OP/ATRd aos 8 anos e encaminhada para exame odontológico. A paciente apresentou má oclusão, distúrbios da erupção e hipoplasias de esmalte generalizadas. Foi detectado por sequenciamento Sanger a variante AC2: c.753delG, p.Asn252Thrfs*14 em homozigose na paciente e em heterozigose na mãe. Não foi feito exame molecular no pai.

Estudos em modelo animal já demonstraram a expressão da AC2 em ameloblastos. Casos de amelogênese imperfeita (AI) sindrômica já foram relatados em outras doenças renais hereditárias (DRHs) autossômicas recessivas causadas por alteração em proteínas expressas nos ameloblastos e rins. Esses achados confirmam a etiologia molecular dos DDEs e o diagnóstico de AI hipoplásica sindrômica na paciente. O presente estudo foi o primeiro a associar AI e OP/ATRd em um paciente, ampliando o espectro de DRHs associadas a AI e reforçando a importância de encaminhar pacientes com DRHs para exame odontológico e pacientes com AI para avaliação nefrológica.

(Apoio: CNPq  |  Programa CAPES/COFECUB  |  Decanato de Pesquisa e Inovação/Universidade de Brasília)
PI0366 - Painel Iniciante
Área: 7 - Patologia Oral

Apresentação: 10/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Alterações histológicas em tecido de língua, traqueia e pulmão decorrente da exposição ao vapor do cigarro eletrônico em camundongos swiss
Porto NA, Colombo BM, Pilati SFM
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O cigarro eletrônico se tornou popular entre os jovens, apesar da comercialização proibida no Brasil. Nesse contexto, objetivamos identificar os efeitos do vapor proveniente do uso do cigarro eletrônico nos tecidos de língua, traqueia e pulmão em camundongos Swiss. Para a realização do experimento, utilizamos 20 camundongos, divididos em 2 grupos de 10 animais em cada, sendo um grupo controle e um grupo teste em 90 dias de exposição. Os animais expostos foram submetidos ao estudo de corpo-todo através de confinamento em uma caixa vedada e ligada ao aparelho de cigarro eletrônico por um dispositivo que faz a sucção e joga o vapor dentro dessa caixa. A dose de vapor aplicada aos animais foi de 2 segundos enquanto os outros 58 segundos foram de ar puro durante 30 minutos/dia. Para o estudo utilizou-se a associação dos aspectos histopatológicos nos tecidos já descritos. Os resultados demonstraram em tecido de língua, presença de eosinófilos, número aumentado de mitose, inversão da polaridade das células da camada basal e projeções epiteliais em forma de gota. Nos tecidos de traqueia foi observada redução da área ciliada e presença de agregado linfoide. E no pulmão observou-se diminuição exacerbada do espaço da luz dos alvéolos exibindo intenso infiltrado inflamatório crônico com presença de células mononucleadas e de defesa abundantes.

A partir da análise dos resultados concluímos que o aumento do tempo de exposição, resultaria em um maior acúmulo de mutações nas células, e consequentemente, o desenvolvimento de um grau superior de displasia ou câncer nos locais examinados.

PI0367 - Painel Iniciante
Área: 7 - Patologia Oral

Apresentação: 10/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis

Prevenção da displasia epitelial oral e neoplasia utilizando extrato de guabiroba: um estudo com ratos wistar
Chaves AJL, Mendes SDC, Noldin-Junior LN, Amorim PC, Arcari SG, Pilati SFM
Odontologia UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo avaliou a capacidade antioxidante da espécie nativa brasileira Campomenesia Xanthocarpa (guabiroba) em prevenir a carcinogênese induzida, com objetivo assim de reduzir o potencial de fomação e desenvolvimento de neoplasias. Para isso, utilizou-se um extrato concentrado em gel do fruto, através de 12 ratos wistar distribuidos em dois grupos de 6 animais: controle (GC) com aplicação apenas do inciador carcinogênico (9,10-dimetil-1,2-benzantraceno - DMBA), e grupo experimental (GE) com aplicação de DMBA e extrato de polpa de Guabiroba a 12% na forma de gel. A aplicação de ambos os produtos foi diaria por 60 dias. Após o período os animais foram eutanasiados para coleta de amostras de tecido. Foi verificado o diagnóstico histopatológico e a presença de inflamação. O GC apresentou 66,7% de displasia moderada e intensa e o GE 33,3%. Houve 100% de presença de infiltrado inflamtório no GC e apenas 33.3% em GE. Identificou-se alterações histológicas no epitélio escamoso estratificado do GC.

Esta pesquisa aponta resultados favoráveis devido ao menor percentual de desenvolvimento de atividade inflamatória em roedores do GE. Além disso, quando o extrato de guabiroba não foi aplicado, o risco de desenvolver lesão era duas vezes maior, evidencializando assim uma ação protetora, e a importância de tal pesquisa. A inflamação epitelial esta associada à displasia, que é um estágio de transição entre mucosa não neoplasica e carcinoma espinocelular oral, sendo necessaria a descoberta de novas formas de preveni-la.