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RESUMOS APROVADOS

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 2370 Resumo encontrados. Mostrando de 31 a 40


AO0031 - Apresentação Oral
Área: 3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia

Digluconato de clorexidina inibe competência para transformação genética em Streptococcus mutans
Pagotto LL, Petersen FC, Junges R, Silva GS, Ricomini-Filho AP
Biociências - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Competência é um estado em que bactérias conseguem captar e incorporar DNA exógeno em seu genoma no processo de transformação genética. Em Streptococcus mutans, competência e bacteriocinas são ativadas pelos peptídeos CSP ou XIP, os quais podem ter produção afetada por concentrações sub-inibitórias de antimicrobianos. Nesse estudo, testamos a hipótese de que o antimicrobiano bucal digluconato de clorexidina (CHX) em baixas concentrações poderia interferir na competência e transformação em S. mutans. Cepas mutantes de S. mutans UA159 com repórter de luciferase nos genes cipB, comS e sigX, com e sem deleção dos genes comS (XIP) e comC (CSP) foram utilizadas. Pré-culturas foram distribuídas em placas de 96 poços, seguido da adição de D-luciferina para a detecção de bioluminescência (Lum), além de CSP ou XIP e 0, 0,25, 0,5 ou 1,0 µg/mL de CHX. As placas foram incubadas a 37 ºC por 12 h em um leitor de multidetecção, sendo o crescimento (OD600) e Lum mensurados a cada 30 min. Os dados de Lum foram normalizados pelos valores de OD e a área sob a curva (AUC) calculada. Transformação bacteriana foi avaliada usando o amplicon de resistência à canamicina (Kan-aRJ02) adicionado após 150, 270 ou 390 min de crescimento. Dados foram analisados por One-way ANOVA e Teste de Tukey (α=5%). CHX inibiu a expressão de cipB, comS e sigX em todas as concentrações testadas, reduzindo a eficiência de transformação genética em todos os tempos analisados.
Os resultados sugerem que CHX quando utilizado em concentrações sub-inibitórias diminui a capacidade de S. mutans de captar e incorporar DNA exógeno.
(Apoio: INTPART/Research Council of Norway  N° 274867)
AO0032 - Apresentação Oral
Área: 3 - Cariologia / Tecido Mineralizado

Liberação in vitro do fluoreto de diferentes formulações de dentifrícios como indicador de biodisponibilidade durante a escovação
Queiroz MX, Ricomini-Filho AP, Cury JA
Biociências - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Fluoreto deve ser liberado da formulação de dentifrício durante escovação. Desenvolveu-se um teste in vitro de liberação do fluoreto de dentifrícios e foi conduzido um estudo piloto in vivo para validá-lo como indicador da biodisponibilidade de fluoreto durante escovação. Realizou-se um estudo piloto in vivo cruzado em três fases. Os voluntários (n=3) escovaram seus dentes com dentifrício MFP/CaCO3 (1450 ppm F) e NaF/SiO2 (1100 ou 1450 ppm F). O slurry dentifrício-saliva foi coletado para determinação de fluoreto. O teste in vitro (n=6) avaliou quanto de fluoreto é liberado quando uma amostra de dentifrício imersa em água foi mecanicamente agitada. Fluoreto total (FT) e fluoreto solúvel total (FST) foi determinado nas amostras com eletrodo íon-específico. Todas as amostras foram tratadas com HCl, neutralizadas e tamponadas com TISAB II (com NaOH). As concentrações de FT e FST nos dentifrícios foram determinadas para calcular a porcentagem da quantidade de fluoreto liberado em relação ao submetido nos testes. Os dados foram analisados por Anova de um fator seguido por Teste de Tukey (α=5%), e por Correlação de Pearson entre %F liberado in vivo vs. in vitro. A %FT (média±dp, p<0,05) liberado in vivo variou de 58,1±2,0 a 80,1±2,4; e in vitro de 54,7±3,1 a 71,8±2,0; a %FST liberado in vivo de 51,3±2,0 a 86,8±2,2, e in vitro de 57,0±8,9 a 74,9 ± 2,0. Correlação alta e significante foi encontrada para %FT (r=0,84; p=0,0044) e %FST (r=0,91; p=0,0005).
Os dados sugerem que o modelo in vitro desenvolvido pode indicar a biodisponibilidade de fluoreto de dentifrícios durante escovação.
(Apoio: CNPq  N° 133173/2018-6  |  CAPES  N° 001)
AO0033 - Apresentação Oral
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Tratamento da candidose bucal com agentes antifúngicos naturais secretados por Streptococcus mutans
Alves MS, Santos JD, Fugisaki LRO, Medina RP, Barros PP, Ribeiro FC, Silva DHS, Junqueira JC
Biociências e Diagnóstico Bucal - INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA / ICT-UNESP-SJC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Na busca por novos agentes antifúngicos para o tratamento da candidose bucal, produtos secretados por micro-organismos competidores do próprio microbioma oral tem sido investigados. Assim, o objetivo desse estudo foi extrair e fracionar o filtrado da cultura de S. mutans, testando seus efeitos sobre a formação de biofilmes, filamentação e patogenicidade de C. albicans. O filtrado da cultura de S. mutans foi extraído por partição líquido-líquido e fracionado em coluna de sílica derivatizada em C-18, obtendo-se duas frações (SM-F1 e SM-F2). Essas frações foram submetidas à ensaios in vitro de biofilmes e filamentação, bem como à estudos in vivo em modelos de Galleria mellonella e camundongos. Ambas as frações foram capazes de inibir a formação de biofilmes e hifas de C. albicans, porém diferença estatisticamente significante foi observada apenas para SM-F2 em relação ao controle não tratado. A atividade inibitória significativa da fração SM-F2 foi confirmada por sua capacidade em inibir a expressão dos genes EFG1, CPH1, UME6 and HWP1 de C. albicans. Em G. mellonella, apenas a fração SM-F2 conseguiu proteger as larvas da infecção por C. albicans, aumentando sua sobrevivência. Nos camundongos tratados com SM-F1 e SM-F2, observou-se uma redução na colonização oral por C. albicans. No entanto, apenas o tratamento com SM-F2 levou à reduções significativas das lesões de candidose no dorso da língua e da invasão de hifas nos tecidos epiteliais.
Portanto, a fração SM-F2 pode ser uma abordagem promissora na descoberta de novos antifúngicos para candidose bucal.
(Apoio: FAPESP  N° 2016/05226-5  |  FAPESP  N° 2016/03395-4  |  CNPq  N° (306330/2018-0))
AO0034 - Apresentação Oral
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Influência clínica de Ca(OH)2 e N acetil cisteína nos níveis de Resolvinas E1 e D2 em periodontite apical
Corazza BJM, Martinho FC, Orozco EIF, Toia CC, Khoury RD, Minhoto GB, Prado RF, Valera MC
Odontologia Restauradora - INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA / ICT-UNESP-SJC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A periodontite apical (PA) é uma doença inflamatória do tecido periradicular causada por uma infecção do canal. As resolvinas (Rv) são mediadores lipídicos pró-resolvedores secretados por células do sistema imune e por macrófagos que participam da resolução da inflamação e depuração de lesões inflamatórias. Este estudo clínico randomizado investigou a presença de Resolvinas E1 (RvE1) e D2 (RvD2) em dentes com infecção endodôntica primária e PA e avaliou a influência de diferentes medicações intracanal (MIC) nos níveis de RvE1 e RvD2 na PA. Trinta e seis dentes uniradiculares com infecção endodôntica primária e PA foram selecionados e randomicamente, divididos em 3 grupos de acordo com a MIC: Hidróxido de Cálcio [Ca(OH)2 ]+ Solução Salina (n=12); Ca(OH)2 + 2% Clorexidina gel [Ca(OH)2 + 2% CHX-gel] (n=12); e N-acetil cisteína (NAC) (n=12). As amostras foram coletadas do fluido periapical em dois momentos diferentes - antes (s1) e após 14-dias de MIC (s2). As Resolvinas foram quantificadas utilizando o Ensaio de Imunoabsorção Enzimática (ELISA). Verificou-se que RvE1 e RvD2 foram detectadas em 100% das amostras (36/36) em s1 e s2. As medicações com Ca(OH)2 não tiveram efeito nos níveis de RvE1 e RvD2 ( p>0.05); entretanto, NAC aumentou significativamente os níveis de RvE1 e RvD2 após 14-dias de tratamento (p<0.05).
Resolvinas E1 (RvE1) e D2 (RvD2) mostraram envolvimento na PA e, as medicações com Ca(OH)2 não apresentam efeito sobre os níveis das resolvinas mas, NAC aumentou os níveis de RvE1 e RvD2 após 14-dias de medicação intracanal.
(Apoio: FAPESP  N° 2016/26012-3  |  FAPESP  N° 2018/01703-9)
AO0035 - Apresentação Oral
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Eficácia dos extratos de diferentes espécies de Cryptocarya (Lauraceae) sobre biofilme de Candida albicans
Tasso CO, Zoccolotti JO, Appoloni JM, Jorge JH
Materiais Dentários e Próteses - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi avaliar a efetividade de extratos de diferentes espécies de Cryptocarya na inativação do biofilme de Candida albicans em amostras de resina acrílica. Extratos vegetais de Cryptocarya moschata e Cryptocarya mandioccana foram preparados com solvente hidroalcoólico. Amostras de resina acrílica para base de prótese foram confeccionadas, e biofilme maduro de C. albicans (90028) foi formado sobre suas superfícies (n=3). Cada poço da placa, contendo uma amostra, foi preenchido com 1 mL das seguintes soluções: GC: soluções de extratos nas concentrações de 0,045 g/mL e 0,030 g/mL; CP: solução de nistatina a 100,000 IU/mL (controle positivo) e CN: solução de PBS (controle negativo) por 60 minutos. Foi realizado o plaqueamento e a contagem das unidades formadoras de colônias (UFC/mL). As análises foram realizadas em triplicata em 3 ocasiões (n=9) e os dados foram analisados usando os testes de Kruskal-Wallis e Dunn (post hoc). O nível de significância em 5%. O número de UFC/mL do fungo C. albicans foi avaliado nas concentrações equivalente à 10 vezes o valor da CIM (0,030 g/mL) e na concentração de 15 vezes da CIM (0,045 g/mL). Esta concentração de 0,045 g/mL inibiu o crescimento sendo a CFMb (concentração fungicida mínima para biofilme). Na concentração de 10x a CIM, houve redução de 1 log do número de UFC/mL em relação ao grupo controle negativo.
As soluções de extratos de Cryptocarya sp (moschata e mandioccana), na concentração de 15 vezes da CIM (0,045 g/mL), podem ser uma alternativa no controle do biofilme de C. albicans em amostras de resina acrílica.
(Apoio: FAPs - Fapesp  N° 2018/16818-6)
AO0036 - Apresentação Oral
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Atividade probiótica e posbiótica de Lactobacillus paracasei 28.4 em Candida albicans e Candida auris: Estudo in vitro e in vivo
Rossoni RD, Barros PP, Fenley JC, Mendonça IC, Silva DHS, Fuchs EB, Mylonakis E, Junqueira JC
Biociências e Diagnóstico Bucal - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Posbióticos são produtos de bactérias probióticas que possuem atividade biológica no hospedeiro. O objetivo deste estudo foi verificar a ação antifúngica de Lactobacillus paracasei 28.4, utilizando células vivas ou seu extrato bruto (EB), sobre C. albicans e C. auris. Primeiro, a interação célula-célula foi avaliada pela co-cultura de ambos microrganismos. Após, o sobrenadante de L. paracasei foi extraído e purificado para obtenção do EB. Os efeitos antifúngicos foram avaliados por determinação da concentração inibitória mínima (CIM), cinética de morte microbiana, atividade antibiofilme e em células persistentes. Galleria mellonella e camundongos imunossuprimdos foram utilizados para avaliar os efeitos do EB na infecção por Candida. Células vivas de L. paracasei inibiram C. albicans e C. auris ( até 3,6 log de redução). A CIM para EB variou de 10 a 15 mg/mL. O uso do EB reduziu completamente as células de Candida na cinética de morte e reduziu significativamente os biofilmes e as células persistentes de C. albicans e C. auris. No estudo in vivo, a injeção de EB em G. mellonella infectadas com C. albicans e C. auris prolongou significantemente a sobrevivência das larvas (até 43% na sobrevida). O uso do EB nos camundongos reduziu (2,5 log) a contagem de Candida na cavidade bucal dos animais e melhorou o aspecto das lesões .
Conclui-se que as células de L. paracasei e seu EB possuem atividade antifúngica contra células planctônicas, biofilmes e células persistentes de C. albicans e C. auris. A suplementação com EB protegeu G. mellonella e os camundongos infectados por Candida.
(Apoio: FAPs - Fapesp  N° 2017/19219-3  |  FAPs - Fapesp  N° 2018/21239-5)
AO0037 - Apresentação Oral
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Mecanismos de ação da Terapia Sonofotodinâmica mediada pela Curcumina contra biofilmes de Staphylococcus aureus
Alves F, Inada NM, Pratavieira S, Bagnato VS, Kurachi C
Física e Ciência dos Materiais - INSTITUTO DE FÍSICA DE SÃO CARLOS - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP)
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A cavidade oral é colonizada pela bactéria Staphylococcus aureus, responsável por causar diversas infecções. As Terapias Fotodinâmica antimicrobiana (aPDT) e Sonodinâmica (SDT) têm sido investigadas como métodos para inativar micro-organismos, e se baseiam na aplicação do fotossensibilizador que é ativado por luz (aPDT) ou ultrassom (SDT). Estudos têm demonstrado que a associação destes tratamentos, a Terapia Sonofotodinâmica (SPDT) é mais eficaz na inativação de biofilmes de S. aureus do que os tratamentos isolados. Assim, este trabalho investigou os mecanismos de ação envolvidos nestas terapias quando mediadas pela Curcumina (Cur 80 µM). Para isso, biofilmes de S. aureus (108) de 48 h foram submetidos à aPDT (Cur + luz 450 nm), SDT (Cur + US 1 MHz) ou SPDT (Cur + aplicação de luz e US). Amostras adicionais receberam apenas luz, US ou Cur, ou nenhum tipo de tratamento (controle). A estrutura dos biofilmes foi analisada em microscopia confocal a laser. A produção de oxigênio singleto e radicais hidroxila foram detectadas por fluorescência pelas sondas SOSG e APF, respectivamente. Os dados foram analisados por ANOVA e teste de Tukey (α = 5%). As imagens do confocal revelaram que a SPDT reduziu expressivamente o número de células do biofilme e causou maior desestruturação do mesmo, do que a aPDT e SDT. Os testes fluorimétricos mostraram que a aPDT produz oxigênio singleto, a SDT gera radicais hidroxila e a SPDT é capaz de produzir ambos os radicais.
Conclui-se que a ação da SPDT envolve desestruturação do biofilme e produção de oxigênio singleto e radicais hidroxila.
(Apoio: FAPs - FAPESP  N° 2013/07276-1)
AO0038 - Apresentação Oral
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Ester fenetil do ácido cafeico (CAPE) controla o crescimento, biofilme e candidíase experimental por Candida auris
Barros PP, Rossoni RD, Lopes LAC, Garcia MT, Souza CM, Fuchs EB, Mylonakis E, Junqueira JC
Escola Multicampi de Ciencias Médicas - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Candida auris tem emergido como uma nova espécie de Candida multiresistente de difícil tratamento. O objetivo desse estudo foi investigar a ação do ester fenetil do ácido cafeico (CAPE) no crescimento, biofilme e infecção de Galleria mellonella por C. auris. Inicialmente, 10 cepas da coleção do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) foram submetidas ao teste de concentração mínima inibitória (CIM) para fluconazol e CAPE e ao método time-kill. Posteriormente, biofilmes maduros tratados com diferentes concentrações de CAPE foram avaliados pela biomassa total (Cristal violeta) e atividade metabólica (XTT). Em G. mellonella, foram realizados ensaios de sobrevivência, contagem de hemócitos e expressão gênica de peptídeos antimicrobianos e NF-kβ. Os dados foram analisados por teste t, ANOVA e Kaplan-Meier (p<0,05). O CIM para fluconazol variou de 8 a >64, de 8 a 16 µg/mL para CAPE e o ensaio time-kill confirmou resultados obtidos na CIM. Biofilmes tratados com 40 µg/mL de CAPE apresentaram redução de 60% (p=0,0004) em relação ao controle não tratado. No modelo animal, o pré-tratamento com CAPE aumentou a taxa de sobrevivência em 46% (p<0,0001) e a contagem de hemócitos em 53% em relação ao grupo sem tratamento. Com a administração do CAPE, a expressão dos genes cecropina, gloverina, galiomicina e galerimicina foi aumentada em 4,0, 3,7, 1,2 e 2,0, respectivamente, entretanto, o gene NF-kβ foi reduzido em -2,0.
CAPE apresentou atividade antifúngica e imunomodulatória, sendo capaz de inibir o crescimento e biofilme de C. auris e prevenir a candidíase em G. mellonella.
(Apoio: FAPs - FAPESP  N° 2017/02652-6   |  FAPs - FAPESP (BEPE)  N° 2019/05664-0)
AO0039 - Apresentação Oral
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Avaliação de atividade antimicrobiana e antibiofilme de uma hidroxichalconas 4' sobre Streptococcus mutans
Lobo CIV, Klein MI
Materiais Odontológicos - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Streptococcus mutans é o principal produtor da matriz extracelular dos biofilmes cariogênicos. Glicosiltransferases (Gtfs) de S. mutans sintetizam exopolissacarídeos da matriz extracelular importantes para a construção e virulência dos biofilmes. As chalconas são precursores de flavonóides e podem inibir a atividade de Gtfs. Portanto, o estudo avaliou a atividade antimicrobiana e antibiofilme de uma hidroxichalcona 4' sobre S. mutans. Para a atividade antimicrobiana foram avaliadas a concentração inibitória e a bacteriostática mínima (CIM e CBM) do agente, utilizado o meio de cultura triptona e extrato de levedura (TYE) com 1% glicose e foram testadas as concentrações 1250, 1000, 500, 250, 125, 62,5, 31,25 e 15,625 μg/mL. Na atividade antibiofilme foi utilizado o meio TYE com 1% sacarose e as concentrações testadas foram selecionadas após dados da atividade antimicrobiana (1250, 1000, 500, 250, 125, 62,5 μg/mL). As análises foram realizadas em placas de 96 poços incubadas por 24 h, processadas e posteriormente quantificadas via unidades formadores de colônias (UFC/mL). Os dados foram transformados em log (α=0,05; Kruskal-Wallis). O agente apresentou CIM de 62,5 μg/μL e CBM de 250 μg/μL. Para a atividade antibiofilme houve redução significativa de UFC/mL (log) em todas as concentrações testadas, entretanto, as concentrações 250, 125 e 62,5 quase zeraram a população de S. mutans vs. o veículo (> 6 logs; p≤0,05).
Portanto, a hidroxichalcona 4' possui atividade antimicrobiana e antibiofilme e pode ser utilizada para a prevenir a formação de biofilme de S. mutans.
(Apoio: CNPq  N° 409668/2018-4  |  CAPES  |  CNPq)
AO0040 - Apresentação Oral
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia

Tolerância de biofilme de Candida albicans a aplicações sucessivas de Terapia Fotodinâmica Antimicrobiana
Dias LM, Klein MI, Jordão CC, Bellini A, Sousa TV, Carmello JC, Pavarina AC
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial de aplicações sucessivas de Terapia Fotodinâmica Antimicrobiana (aPDT) mediada por Photodithazine (PDZ) (25 mg/mL) associada a luz LED (18 j/cm2 - 600nm) no desenvolvimento de susceptibilidade, resistência, tolerância ou persistência em Candida albicans. Culturas planctônicas e biofilmes maduros (48h) de C. albicans (ATCC 90028) foram cultivados e ajustados na concentração de 7 log10. Foram realizadas 10 aplicações sucessivas dos tratamentos: aPDT (P+L+), somente FS (P+L-), somente luz LED (P-L+) e controle do experimento (P-L-). O plaqueamento das amostras de cada aplicação (Apl) foi realizada em placas com SDA (Ágar-sabourand-dextrose) suplementadas ou não com antifúngico Fluconazol (FLU) (sub-mic: 8 ug/mL). Unidades formadoras de colônia por mililitro foram determinadas (UFC/mL) (n=12). O teste de tolerância ao estresse oxidativo foi aplicado utilizando a sonda DCFH (n=12). A análise de expressão dos genes SOD1, CAP1 e ERG11 foi realizada por meio do teste de RT-qPCR (n=10). O nível de significância adotado foi de 5%. A partir da Apl 3 e 7 não foi observado presença de colônias viáveis em modelo planctônico e biofilme, respectivamente (~7 log10). A produção de espécies reativas de oxigênio após aplicações de aPDT foi maior em biofilmes (230%) comparado a culturas planctônicas. A aPDT aumentou a expressão do gene SOD1 e diminuiu a expressão de CAP1 e ERG11 em biofilmes. O FLU potencializou a ação da aPDT.
Biofilme de C. albicans possui maior tolerância a sucessivas aplicações de aPDT do que culturas planctônicas
(Apoio: FAPs - FAPESP  N° 2018/14874-6  |  FAPs - FAPESP  N° 2014/50857-8)