Avaliação da saúde bucal e do perfil de ansiedade de pacientes atendidos em serviço público
Florentino MF, Peruzzo DC, Ramacciato JC, Ciotti DL, Bergamaschi CC, Bastos TG, Motta RHL
Odontologia - FACULDADE DE ODONTOLOGIA SÃO LEOPOLDO MANDIC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do presente estudo foi avaliar a saúde bucal e o perfil de ansiedade de pacientes atendidos em serviço público de João Pessoa/PB. Foram avaliados 200 pacientes (100 mulheres e 100 homens) com necessidade de tratamento odontológico. Na avaliação clínica foi realizada uma estratificação dos estágios e graus da doença periodontal. A avaliação da ansiedade foi realizada por meio da aplicação de diferentes formulários (Inventário de Ansiedade (IDATE) Traço-Estado, escala de Corah, Escala Analógica Visual de Ansiedade e a Escala Modificada de Ansiedade Dental). Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística com nível de significância de 5%. Houve correlação muito forte (rS≥0,8) entre todas as escalas utilizadas, indicando que os instrumentos detectaram de forma similar a ansiedade dos pacientes. Foi observada maior idade para os pacientes com alta ansiedade (p<0,0001). O número de dentes perdidos (p<0,0001) e o número de dentes cariados (p<0,05) foram maiores nos pacientes mais ansiosos, sendo que o número de dentes restaurados foi menor nos pacientes menos ansiosos (p<0,01). O índice de sangramento (p<0,0001), índice de placa (p<0,0001) e profundidade de sondagem (p<0,0001) foram maiores para os pacientes mais ansiosos em comparação aos demais pacientes. Foi possível observar no presente estudo uma relação entre ansiedade dental e pior saúde bucal dos pacientes avaliados, sendo que os pacientes mais ansiosos apresentaram piores índices periodontais e maior número de dentes perdidos e cariados.PN0911 - Painel Aspirante
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9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Impacto do tratamento odontológico na qualidade de vida de crianças assistidas em mutirões da "Missão Sorrisos"
Amorim AC, Zanin L, Oliveira A MG, Flório FM
Mestrado - FACULDADE DE ODONTOLOGIA SÃO LEOPOLDO MANDIC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo foi avaliar o impacto na qualidade de vida tratamento odontopediátrico nos mutirões da ONG Missão Sorrisos. Estudo epidemiológico, longitudinal e quantitativo. Amostra não probabilística de 143 pares de crianças e pais. Os participantes foram selecionados em 7 eventos mensais da ONG, organizados em áreas vulneráveis de Goiânia. Antes do atendimento (T0) as crianças e os pais responderam, por entrevistas independentes face-a-face, as respectivas versões brasileiras do Scale of Oral Health Outcomes for 5-year-old children (SOHO-5). O tratamento odontológico em consultório portátil foi realizado em única sessão. Quatro semanas após o evento (T1), os instrumentos foram reaplicados por contato telefônico. As comparações entre os escores do SOHO-5 antes e após o atendimento foram realizadas pelo teste não paramétrico de Wilcoxon pareado. Modelos de regressão logística simples foram estimados entre as variáveis sociodemográficas e os desfechos percepção dos pais e dos filhos sobre a melhora na saúde bucal após o atendimento. Em T0, a dificuldade para comer foi a mais sentida pelos pais e crianças atendidas (51%;50%) e entre aqueles que notaram alguma dificuldade, a imensa maioria relatou melhora em T1. A percepção de melhora na saúde bucal foi maior entre os pais (OR5,96; IC95%: 1,32-26,84) e os filhos pais (OR5,76;IC95%: 1,28-25,95) que não estão ativos profissionalmente. Conclui-se que o atendimento em um único dia em mutirões da "Missão Sorrisos" resultou em melhoras significativas na QV de crianças.PN0912 - Painel Aspirante
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9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Covid-19: Dimensionamento da automedicação preventiva e seus fatores associados
Bottós AM, Garbin AJI, Saliba TA, Garbin CAS
Odontologia Preventiva e Restauradora - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Diante da pandemia da Covid-19, a prática da automedicação, sustentada no medo e no insuficiente conhecimento científico, tem se tornado altamente habitual, configurando um problema de saúde pública. O objetivo deste estudo foi dimensionar a prevalência da prática da automedicação na população adulta hipertensa e diabética, acompanhada pela atenção primária à saúde, diante da mudança de estilo de vida em tempos de pandemia. Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal e quantitativo, realizado na atenção primária em saúde em um município do Estado de São Paulo, com um total de 363 entrevistados. Como instrumento da coleta foi utilizado um questionário estruturado e dimensionado em blocos temáticos, aplicado via telefone. Para estatística foram empregadas a análise bivariada (Qui-quadrado) e frequências relativas e percentuais. Dos 363 participantes, 61,70% afirmaram ter tomado medicamentos sem prescrição, como forma de prevenção ao covid-19, estabelecendo associação ao nível de escolaridade e idade (p= <0.0001). A média de idade observada foi de 62,49 anos e 44,08% possuíam ensino fundamental incompleto. Conclui-se que mais da metade dos pacientes pertencentes ao grupo de risco (hipertensão e diabetes) e assistidos pela atenção primaria à saúde fez uso de medicamentos sem prescrição, demonstrando uma maior vulnerabilidade ao se tratar de idade e nível de conhecimento.PN0913 - Painel Aspirante
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9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Impacto da pandemia da COVID-19 na produção de procedimentos odontológicos especializados nos municípios de grande porte do Paraná
Avais LS, Dias KS, Silva-Junior MF, Baldani MH
Odontologia - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do estudo foi analisar a provisão de serviços odontológicos especializados antes e durante a pandemia da COVID-19 nos municípios de grande porte com Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) do Paraná. O estudo ecológico analisou os procedimentos ambulatoriais descritos na Portaria do Ministério da Saúde n. 1464/2011 dos dez municípios paranaenses com mais de 100 mil habitantes nos meses de 2019 e 2020. As taxas dos procedimentos foram padronizadas pela população dos municípios: x1000/habitantes para cirúrgicos, periodontais e endodônticos, e x10000/habitantes para os de atenção básica. As diferenças entre as taxas anuais e a série histórica nos dois anos foram analisadas com os testes de Wilcoxon e de Spearman (p<0,05). Houve redução significativa na provisão dos procedimentos especializados entre 2019 e 2020, maiores para os procedimentos de atenção básica (rho = -0,70; p<0,001) e endodôntico (rho = -0,63; p=0,001), e menores para os periodontais (rho = -0,62; p = 0,001) e cirúrgicos (rho = -0,58; p = 0,003). Para todos os grupos de procedimentos ocorreu maior redução nas taxas entre os meses de março e abril de 2020. Nos meses seguintes houve recuperação, no entanto, sem retorno aos valores médios das taxas de 2019. As maiores reduções ocorreram nos municípios de Curitiba e São José dos Pinhais, e menores em Cascavel e Ponta Grossa. Durante a pandemia da COVID-19, houve um impacto na produção de procedimentos odontológicos especializados nos municípios paranaenses de grande porte com CEO, principalmente nos procedimentos conservadores.PN0915 - Painel Aspirante
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9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Fatores associados à qualidade de vida relacionada à saúde bucal de adolescentes de Minas Gerais
Silva APMA, Ferreira FV, Carrer JM, Martins RC, Moreno A, Vargas-Ferreira F
Faculdade de Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O presente trabalho avaliou quais fatores estão associados à qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) de adolescentes. O delineamento do estudo foi transversal analítico com base domiciliar realizado em Minas Gerais com 1217 indivíduos. Utilizou-se um questionário semi-estruturado sobre aspectos sociodemográficos (sexo: masculino/feminino; cor da pele auto-referida: branca/não-branca; aglomeração domiciliar: < 4 e ≥ 4 pessoas; renda familiar: quartis) e Oral Impacts on Daily Performance (OIDP), para medir desfecho, que posteriormente, foi categorizado em baixo e alto impacto (pior). Exame avaliou a presença/ausência de cárie dentária, trauma dentário, fluorose, sangramento gengival e má oclusão. Análises descritiva (N e %) e bivariada foram realizadas para avaliar as associações entre as exposições e o desfecho pelos testes de Qui-Quadrado e de Tendência Linear (p<0,05). As prevalências de cárie dentária, trauma dentário, fluorose, sangramento gengival e má oclusão foram respectivamente 55,7%, 25,1%, 31,0%, 26,0% e 35,0%. Houve maior prevalência de pior QVRSB entre os adolescentes do sexo feminino (p=0,033), de cor não branca (p<0,001), de menor renda (p<0,001) e com aglomeração domiciliar ≥ 4 pessoas (p<0,001). Além disso, cárie dentária (p=0,04), fluorose (p=0,013), sangramento gengival (p<0,001) e má oclusão (p<0,001) impactaram negativamente o desfecho. Conclui-se que há fatores socioeconômicos e clínicos que influenciam na QVRSB, indicando a necessidade de estratégias de prevenção e de intervenção para os agravos clínicos.PN0916 - Painel Aspirante
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9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Atenção às urgências odontológicas em unidades de pronto atendimento
Carvalho JH, Lopes TC, Marsicano JA, Straioto FG, Prado RL, Maia LP
Odontologia - UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi analisar o perfil dos usuários e a oferta do atendimento realizado pelo serviço odontológico de urgência (SOU) de Presidente Prudente. Foram analisados 10.015 prontuários de pacientes, de 2018 a 2019, segundo idade, sexo, bairro, região do domicílio, unidade do SOU, turno de atendimento, preenchimento e assinatura da anamnese pelo usuário, assinatura da "autorização para tratamento odontológico", identificação do profissional responsável pelo atendimento e os procedimentos realizados. Os dados foram analisados estatisticamente. A anamnese foi preenchida em apenas 33,77% dos prontuários e a faixa etária de 20 e 59 anos foi a que mais utilizou o serviço odontológico de urgência (80,10%), sem diferença estatística entre os gêneros. O turno não comercial atendeu 1,06 pacientes/hora e, o não comercial, 0,75. Os SOUs foram mais utilizados pelos moradores residentes próximos à localização do serviço ofertado e os procedimentos mais realizados foram: selamento provisório (34,21%), prescrição medicamentosa (28,12%), curativo de demora (16,08%) e abertura coronária (12,62%). Em sua grande maioria, os usuários utilizaram apenas 1 visita no período avaliado (53,58%). Conclui-se que os SOUs são mais utilizados pela faixa etária economicamente ativa em horário não comercial, preenchendo a lacuna deixada pela atenção básica. O percentual de procedimentos que irão demandar novos atendimentos foi alto, mas não foi verificado uso abusivo do serviço, mostrando que o objetivo principal do atendimento de urgência tem sido cumprido. (Apoio: CAPES N° 001)PN0917 - Painel Aspirante
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9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Oferta de serviços especializados de saúde bucal e a mortalidade por câncer de boca
Ribeiro AGA, Thomaz EBAF, Silva NC, Cruz MCFN, Martins RFM, Prado IA
Programa de Pós-graduação Em Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O câncer de boca vem sendo considerado um problema de saúde pública no Brasil. O objetivo do estudo é analisar a distribuição espacial da oferta de serviços especializados de atenção ao câncer de boca (CB) e sua correlação espacial com as taxas de mortalidade por CB. Trata-se de um estudo observacional, transversal e ecológico, de abrangência nacional, que analisou os dados da avaliação externa do 1º ciclo do Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade (PMAQ) dos Centros de Especialidades Odontológicas-CEO e do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM). Foram estimadas taxas de mortalidade brutas a cada 100 mil habitantes, considerando registros de óbito com código internacional de doença (CID-10) CID C00.0 a C10.0. Foi realizada análise espacial e correlação espacial entre oferta de serviços e mortalidade por CB entre os anos de 2014 e 2019, por meio do índice de Moral Local (alpha=5%). Apenas 33% dos CEO ofertam todos os serviços para diagnóstico do CB no Brasil. Identificou-se um padrão na formação de clusters entre a oferta de serviços e a mortalidade por CB, com predominância de clusters do tipo "baixo-baixo", indicando regiões com baixa oferta de serviços rodeadas por regiões com baixa taxa de mortalidade e clusters tipo "alto-baixo", indicando regiões com alta oferta de serviços rodeada por regiões com baixa taxa de mortalidade. A atenção ao CB apresenta fragilidades no Brasil e a oferta de ações especializadas para o diagnóstico e detecção do CB é limitada e pode estar influenciando as taxas de mortalidade pela doença. (Apoio: Ministério da Saúde | FAPEMA)PN0918 - Painel Aspirante
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9 - Odontogeriatria
Condições de saúde bucal e estado cognitivo em idosos: um estudo transversal de base populacional
Pinheiro NCG, Costa LBB, Pessoa PSS, Holanda VCD, Freitas YNL, Monteiro ACC, Lima KC
Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Investigar a ocorrência de associação entre o estado cognitivo e as condições de saúde bucal em idosos, testando essa associação com características socioeconômico-demográficas e do estado de saúde geral. Trata-se de um estudo transversal de base populacional, com 209 indivíduos com 60 anos de idade ou mais de ambos os sexos, no município de Macaíba, RN. Foi utilizado para coleta uma ficha clínica para a obtenção dos dados de saúde bucal e aplicação do mini exame do estado mental modificado (MEEM-mo) para avaliação do estado cognitivo (déficit normal-leve ou moderado-grave). As variáveis relacionadas à saúde bucal foram reduzidas a um único indicador, a partir da técnica da análise fatorial. Somaram-se os escores fatoriais e o resultado foi dicotomizado pela mediana em condição de saúde bucal favorável ou desfavorável. Ao final, buscou-se quais variáveis dentre as sociodemográficas e de saúde geral estavam relacionadas às condições de saúde bucal, por meio do teste do qui-quadrado para um nível de significância de 5%, razão de prevalência e IC 95%. Não ocorreu significância na relação entre o estado cognitivo e condição de saúde bucal em idosos. A condição de saúde bucal desfavorável foi encontrada com maior frequência em idosos com 71 anos ou mais e nos que não moram sozinhos. Assim, o estado cognitivo dos idosos não teve influência sobre a sua condição de saúde bucal, o que se atribui à diferença temporal em que os desfechos ocorrem. Idade e independência do idoso foram determinantes às condições favoráveis de saúde bucal.PN0920 - Painel Aspirante
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9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Estilo de vida e sua associação à saúde bucal autorrelatada em uma subpopulação do sul do Brasil: um estudo transversal
Réquia EC, Franciscatto GJ, Gomes MS
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo transversal teve o objetivo de analisar a relação entre o autorrelato de saúde bucal (ARSB) e o estilo de vida em uma subpopulação do sul do Brasil. Foi aplicado um questionário estruturado a 172 pacientes de uma escola de odontologia, com informações sobre sexo, idade, número de dentes naturais presentes, tabagismo, frequência de consumo de álcool, frequência de escovação dental, histórico de doenças crônicas, peso e altura. A variável de desfecho foi o ARSB pobre, baseada em quatro domínios. Foram realizados modelos bi e multivariados de regressão de Poisson com variação robusta para estimar a associação - razão de prevalência (RP) e intervalos de confiança (IC) - entre as variáveis de exposição e o desfecho, com α=5%. A maioria dos participantes (59,9%) foram mulheres, e a idade média foi de 48,6 ± 14,5 anos. A maioria dos indivíduos (88,9%) apresentaram ARSB pobre. Houve associação entre o hábito de fumar (RP=1,10; IC 95%=1,00-1,22) e a obesidade (RP=1,15; IC 95%=1,04-1,27) com o ARSB pobre, mesmo após o ajuste para covariáveis sociodemográficas e bucais. Os resultados sugerem que variáveis relacionadas ao estilo de vida estão associadas a uma pobre saúde bucal autorrelatada. Tabagismo e obesidade estão associados de modo independente com um ARSB pobre nessa subpopulação do sul do Brasil. (Apoio: CNPq N° 001 | CNPq N° PIBIC Edital 2019)PN0921 - Painel Aspirante
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9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Como revisões sistemáticas em odontologia relatam a certeza da evidência usando a abordagem GRADE: uma pesquisa sistemática
Oliveira JMD, Oliveira LB, Pauletto P, Stefani CM, Massignan C, Martins-Pfeifer CC, Peres MAA, Canto GL
Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi descrever como revisões sistemáticas de intervenção em Odontologia relatam a certeza da evidência usando a abordagem GRADing Recommendations, Assessment, Development, Evaluation (GRADE). Uma estratégia de busca foi desenvolvida com auxílio de uma bibliotecária e aplicada no MEDLINE/PubMed, filtrando o período de setembro de 2019 a setembro de 2020, para identificar revisões sistemáticas de intervenção em Odontologia que usaram a abordagem GRADE para avaliar a certeza da evidência. Após a etapa de seleção, os dados das revisões incluídas foram coletados, descritos narrativamente e resumidos em frequências relativas. Das 449 revisões inicialmente identificadas, apenas 23,6% usaram a abordagem GRADE e foram incluídas. Destas, 98,1% aplicaram a abordagem conforme recomendado pelos desenvolvedores, sendo que 75% descreveram como julgaram o domínio "risco de viés", 62,5% "inconsistência", 16,3% "evidência indireta", 42,3% "imprecisão" e 49% "viés de publicação". Além disso, 46,2% relataram certeza da evidência muito baixa, 33% baixa, 16% moderada e 2,8% alta para o desfecho com pior nível encontrado para cada estudo. Por fim, 59,4% das revisões usaram a certeza da evidência para embasar seus resultados nas conclusões. Na maioria das revisões sistemáticas incluídas (104/106) a abordagem GRADE foi aplicada adequadamente e em cerca de 80% a certeza da evidência do pior desfecho avaliado foi considerada baixa ou muito baixa. A incorporação da abordagem GRADE em revisões sistemáticas de intervenção é mandatória e deve ser rigorosa. (Apoio: CAPES)