Avaliação psicométrica da aplicabilidade da versão brasileira previamente validada da Children's Fear Survey Schedule‐ Dental Subscale
Amorim CS, Pires PP, Lebre LMS, Jural LA, Maia LC, Pithon MM
Odontopediatria e Ortodontia - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Objetivou-se reavaliar a estrutura da versão brasileira da Children's Fear Survey Schedule‐Dental Subscale (B-CFSS-DS), observando sua aplicabilidade para avaliar a ansiedade odontológica infantil. Previamente ao atendimento odontológico, o instrumento de 15 itens foi aplicado por meio de entrevista a 120 crianças com idades entre 7-12 anos. A análise da dimensionalidade foi obtida por matriz de correlação policórica e análise paralela. Considerando o instrumento com itens ordinais, a análise foi feita a partir de procedimentos de Teoria de Resposta ao Item (TRI), pelo Graded Rating Scale Model (GRSM). A função de informação dos itens foi avaliada por curtose. Os resultados da análise da dimensionalidade apontaram para uma solução unidimensional, com o primeiro fator retido contendo 41,8% de variância verdadeira - em contraste com 17,4% do primeiro autovalor simulado. A partir do ajuste via GRSM, o item 14 mostrou-se precário (χ²=22.35, p=0.022). Dependência local por resíduos correlacionados foi detectada entre os itens Q8 e Q10 (Z=4,26), Q6 e Q7 (Z=4,95), Q2 e Q3 (Z=3,58), assim como Q8 e Q9 (Z=3,54), indicando potencial redundância ou informação altamente dependente para os pares. Considerando a função de informação dos itens, os indicadores menos discriminativos (curva platicúrtica) foram os itens 3, 6, 7, 12 e 13. Os resultados sugerem que a B-CFSS-DS apresentou aplicabilidade limitada, sendo uma medida com necessidade de reformulação, a fim de melhor caracterizar o continuum do constructo para avaliação da ansiedade odontológica infantil. (Apoio: CAPES N° DS 001)PN0899 - Painel Aspirante
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9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Ative as notificações: Conexão SUS um canal do Youtube como instrumento de formação educacional e fortalecimento do Sistema Único de Saúde
Aragão MGB, Farias MR
Clínica Infantil - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Trata-se da análise estatística de alcance, engajamento e audiência do canal Conexão SUS através dos dados do Youtube Studio. Foram analisados o alcance do canal e engajamento do público de 2016 a 2021, avaliando-se o padrão anual de: número de inscritos, visualizações, impressões, compartilhamentos, marcações "gostei", marcações "não gostei e tempo de exibição em horas. Além disso, estudou-se a série temporal de número de visualização por dia e a sazonalidade na audiência através do mapa de calor da média mensal de visualização do canal. Foi avaliado o comportamento dos usuários do canal com base nos conteúdos abordados pelos vídeos, que foram categorizados em: atenção básica à saúde, legislação, gestão e assistência à saúde. O canal conta com 19.625 inscritos, 984.347 visualizações, 36.796 horas assistidas e 4.259.577 impressões. A audiência do canal conta com a participação de 73,3% de mulheres com idade entre 25 e 34 anos e que acessam os conteúdos produzidos através do dispositivo móvel. Há um padrão de alta seguido de queda de visualizações que se repete a cada 180 dias, sendo a alta relacionada aos períodos letivos no primeiro e segundo semestres do ano e a baixa concentrada nos meses de férias ou recesso escolar. Atenção básica é o conteúdo com maior engajamento e alcance do canal, sendo "agente comunitário de saúde" o vídeo mais assistido (mais de 7 mil horas de exibição). O canal Conexão SUS se mostrou uma ferramenta propulsora da comunicação sobre o SUS nas redes sociais, que pode ser utilizada como instrumento de formação educacional fortalecimento do sistema.PN0900 - Painel Aspirante
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9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Avaliação crítica de revisões sistemáticas de intervenção em odontologia publicadas entre 2019-2020 usando a ferramenta AMSTAR 2
Pauletto P, Polmann H, Reus JC, Oliveira JMD, Massignan C, Stefani CM, Flores Mir C, Canto GL
Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo é avaliar criticamente as revisões sistemáticas de intervenção em odontologia usando a ferramenta "A Measurement Tool to Assess Systematic Reviews 2" (AMSTAR 2). Por meio de busca eletrônica na base de dados PubMed, foram identificadas revisões sistemáticas de intervenção em odontologia publicadas no período de um ano (setembro de 2019 a setembro de 2020). A seleção dos estudos foi realizada em duas fases. A primeira fase identificou as revisões sistemáticas de intervenções em odontologia por título e resumo. Na segunda fase, foi realizada a leitura do texto integral, aplicando-se os critérios de elegibilidade. Três revisores calibrados avaliaram metodologicamente todas as revisões sistemáticas identificadas usando a ferramenta AMSTAR 2. Duzentas e vinte e duas revisões sistemáticas foram incluídas. A classificação geral de confiança das revisões sistemáticas incluídas neste estudo foram: criticamente baixa (56,8%), baixa (27,9%), moderada (14,4%) e alta (0,9%), conforme AMSTAR 2. Menos de um por cento das revisões sistemáticas publicadas recentemente em odontologia foram classificadas com alta confiança geral. Esperamos que este estudo alerte os pesquisadores sobre a necessidade de melhorar a qualidade metodológica das revisões sistemáticas em odontologia. (Apoio: CAPES)PN0901 - Painel Aspirante
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9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Fatores contextuais relacionados ao atendimento odontológico de pretos e pardos na Atenção Primária em Saúde no Brasil
Araújo ECF, Silva RO, Falcão TN, Pontes JCX, Lucena EHG, Cavalcanti YW
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Objetivou-se identificar a relação do número de atendimentos odontológicos com a raça/cor dos indivíduos atendidos na Atenção Primária em Saúde (APS) no Brasil. Realizou-se um estudo transversal com base nos dados da plataforma e-Gestor da Atenção Básica (AB) do Ministério da Saúde, de todos os municípios do Brasil, entre 2017 e 2019. A variável dependente foi a proporção de pessoas pretas e pardas atendidas pelas equipes de saúde bucal da APS em relação aos demais. As variáveis independentes foram região do Brasil, porte populacional (>100.000; 50.001 até 100.000; 30.001 até 50.000 e até 30.000), IDHM, índice de Gini e cobertura de saúde bucal na atenção básica (<80% e >80%). Os dados foram analisados por Regressão Multivariada de Tweedie (p<0,05). A proporção de atendimento odontológico de indivíduos pretos foi maior na região Norte (n=144.486; 8,79%) e de indivíduos pardos foi maior na região Nordeste (n= 5.371.397; 68,64%). A regressão demonstrou que municípios com maior IDHM (p<0,001; B=1,188) e menor porte populacional (p<0,001; B=0,813) têm maior proporção de pessoas pretas e pardas atendidas na APS. Uma menor proporção de atendimento odontológico para indivíduos pretos e pardos está relacionada à locais com maior índice de GINI (p<0,001; B= -1,335) e menor cobertura de saúde bucal na AB (p<0,001; B= -0,665). Municípios menores e mais desenvolvidos têm maior proporção de atendimento odontológico de pessoas pretas e pardas. Locais com maior desigualdade e menor cobertura de saúde bucal na AB têm menor proporção de atendimento odontológico desses indivíduos. (Apoio: CAPES)PN0902 - Painel Aspirante
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9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
COVID-19 em ambiente odontológico: avaliação da conscientização e das percepções de brasileiros durante a primeira onda da pandemia no país
Franco NSJ, Souza-Gabriel AE, Gambarini L, Rodrigues WF, Corona SAM
Odontologia Restauradora - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Uma vez que o risco de contágio da COVID-19 em consultórios odontológicos é alto, os objetivos desse estudo foram avaliar a conscientização e as percepções, correlacionadas à aspectos sociodemográficos, de brasileiros em relação à COVID-19 e suas medidas de prevenção de transmissão em ambiente odontológico. Um questionário foi disponibilizado em uma plataforma online por 18 dias (6 a 23 de Agosto de 2020) e acessado por voluntários através de um link que ficou disponível em redes sociais durante o período de coleta de dados. Além disso, o link foi enviado via aplicativo de mensagens para pacientes de clínicas públicas e particulares. Foi realizada a análise descritiva dos dados pelas frequências absolutas e relativas das variáveis. As hipóteses foram testadas pelos testes Qui-quadrado, Exato de Fisher ou Qui-quadrado com correção de Yates. Foram obtidas 2557 respostas. Os voluntários demonstraram conhecimento das medidas que devem ser adotadas para a prevenção da transmissão da COVID-19 em consultórios odontológicos. Homens e idosos se apresentaram mais dispostos a ir ao dentista em situações de risco de estarem infectados. A ausência de sintomas gerou dúvidas sobre a necessidade de cancelar uma consulta odontológica em situações de risco. Fatores sociodemográficos influenciaram no medo de comparecer às consultas odontológicas na pandemia e na percepção do risco de contágio no ambiente odontológico. Os voluntários estavam conscientes quanto à da gravidade da pandemia e quanto às medidas preventivas que deveriam ser adotadas nos consultórios odontológicos. (Apoio: CAPES N° 8888748033120200)PN0903 - Painel Aspirante
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9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Avaliação dos conhecimentos da população sobre os mitos e verdades relacionados ao sono
Ribeiro-Lages MB, Jural LA, Magno MB, Fonseca-Gonçalves A, Pithon MM, Coqueiro RS, Serra-Negra JMC, Maia LC
Odontopediatria - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Foi desenvolvida e validada uma escala que avaliava o conhecimento da população sobre os mitos e verdades relacionados ao sono (EMVS). Os aspectos de aceitabilidade, propriedades discriminantes, consistência interna, confiabilidade e validade de construto foram avaliados. Após a validação, um estudo transversal foi realizado envolvendo 1965 participantes acima de 18 anos. O instrumento foi divulgado usando SurveyMonkey através das redes sociais e WhatsApp, e continha perguntas sociodemográficas e a escala continha 15 perguntas sobre características gerais do sono e sobre fatores que influenciam e são influenciados pelo sono, inclusive na área de odontologia. A pontuação total variou de 0 a 60 pontos, pontuações maiores representam maior conhecimento dos conceitos de sono. Os dados foram analisados descritivamente e com Teste t de Student, e ANOVA one-way (p<0,05). A EMVS apresentou alta aceitabilidade, boas propriedades discriminantes, consistência interna satisfatória, boa confiabilidade e validade de constructo. O escore total variou de 24 a 58 (41,33±5,18), e foi dividido em quintil, onde 23,9% participantes pontuaram abaixo do escore 38. Houve diferença estatística entre os grupos para as variáveis grupo etário, região onde nasceu, cidade onde reside, escolaridade, religião e área de odontologia. Adultos acima de 28 anos, da região sul do país, que moram em capitais ou regiões metropolitanas, com ensino superior e pós-graduação, sem religião e da área de odontologia apresentaram maior conhecimento sobre mitos e verdades sobre o sono. (Apoio: CAPES N° 001)PN0904 - Painel Aspirante
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9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Análise da informação relacionada à Cárie da Primeira Infância no Youtube
Aguirre PEA, Anibal I, Strieder AP, Lotto M, Rizzato VL, Rios D, Cruvinel T
Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Cole - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O presente estudo objetivou analisar a completude da informação de vídeos postados no Youtube sobre cárie da primeira infância (CPI). Os vídeos do Youtube foram pesquisados em português usando uma estratégia de busca específica com termos relacionados à CPI. Critérios estritos de inclusão e exclusão foram aplicados para selecionar os vídeos para a avaliação final. Os vídeos foram analisados usando uma pontuação de 17 para avaliar a quantidade de informação sobre a doença, de acordo com as diretrizes da Declaração do Bangkok da IAPD e da Academia Americana de Odontopediatria (AAPD). Dos 60 vídeos coletados, 43 vídeos atenderam os critérios de inclusão. A pontuação média foi de 4,88. De acordo com o tipo de conteúdo, 90.70% dos vídeos abordaram métodos de prevenção, 74.40% a etiologia da CPI e apenas 10% explicaram sobre as opções de tratamento. A maioria dos vídeos foram realizados por profissionais de saúde (67.40%). O tópico mais abordado foi sobre a escovação (55.80%) e o menos discutido foi amamentação prolongada (2.30%). Em média, a duração dos vídeos foi de 05:05 minutos. Os 43 vídeos foram vistos em média 26436,84 vezes e a taxa de interação dos espectadores foi de 2.45. De maneira geral, os vídeos tiveram pontuação baixa, indicando baixa qualidade das informações apresentadas. Embora a maioria dos vídeos tenham sido realizados por profissionais de saúde, seu conteúdo não era completo ou preciso. Os profissionais devem aconselhar seus pacientes a interpretar cuidadosamente as informações publicadas na Internet. (Apoio: FAPs - FAPESP N° 2018/02563-6)PN0906 - Painel Aspirante
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9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Avaliação das mudanças de práticas odontológicas durante a pandemia de Covid-19
Rossato MDS, Gregorio D, Almeida-Pedrin RR, Maia LP, Poli Frederico RC, Berger SB, Fernandes TMF
UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Dentistas são profissionais de saúde com alto risco de infecção e transmissão da doença coronavírus-19 (COVID-19). O objetivo principal do presente estudo foi avaliar as mudanças na prática clínica feitas por dentistas brasileiros durante a pandemia de COVID-19. Um questionário online foi enviado aos dentistas de todo território nacional usando os Formulários Google no período de 22 de junho a 13 de julho de 2020. Um total 1.178 dentistas responderam a perguntas sobre seus conhecimentos e experiências clínicas relacionadas ao COVID-19. Os dados foram analisados por meio dos testes Qui-quadrado, Exato de Fisher ou Kruskal-Wallis, com nível de significância de 5%. Os dentistas brasileiros reportaram mudanças significativas em suas práticas odontológicas, 98% adotaram medidas de biossegurança adicionais em seus consultórios, aumentando também os custos operacionais para 88,3% deles. Um maior desconforto devido ao uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) adicionais durante a pandemia foi relatado por 58,6%, além disso, 84,2% reduziram suas horas de trabalho. Concluiu-se que o os dentistas diminuíram sua carga de trabalho, usaram EPIs adicionais e utilizaram medidas extras de biossegurança. (Apoio: CAPES | CNPq)PN0908 - Painel Aspirante
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9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
As famílias brasileiras pretendem enviar seus filhos à escola caso retorne o ensino presencial durante a pandemia? Um estudo transversal
Ribeiro CDPV, Silva CA, Santos KS, Lima VAS, Kammer PV, Bezerra ACB, Bolan M, Massignan C
Odontologia - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do estudo transversal foi avaliar os fatores que influenciam na decisão das famílias brasileiras em manter seus filhos em casa caso as escolas voltem ao ensino presencial. Foram enviados questionários via redes sociais WhatsApp, Instagram e Facebook para famílias com crianças de 3-10 anos com perguntas relacionadas à confiança dos pais na capacidade da escola prevenir infecção por Covid-19, ser capaz de promover interação social adequada, atender o calendário acadêmico, dados socioeconômicos e sobre a forma de trabalho durante a pandemia. Análise descritiva e modelo de regressão logística binária (backward) foram aplicadas. Entre os 466 responsáveis maiores de 18 anos de todos os estados brasileiros que responderam, 126 reportaram que seus filhos não retornaram à aula presencial. Entre esses, 44 (35,8%) manteriam os filhos em casa caso retorne o ensino presencial. Após ajustar para renda, escolaridade, trabalho durante a pandemia, responsabilidade sobre as atividades domésticas e confiança na manutenção do calendário acadêmico, os pais que não confiam que a escola será capaz de prevenir infeção por Covid-19 (OR:11.83; 95%CI:12.47-56.49; P<0.01) e aqueles que não confiam que a escola será capaz de promover interação social adequada (OR:4,47; 95%CI:1.20-16.54; P=0.02) tem mais chance de manterem os filhos em casa. Mais de um terço dos pais pretendem manter os filhos em casa no caso de retorno às aulas presenciais. A não confiança de que a escola será capaz de prevenir infeção por Covid-19 e promover interação social adequada estão associadas à decisão. (Apoio: Decanato de Pesquisa e Inovação, Universidade de Brasília N° EDITAL COPEI-DPI/DEX n.01/2020)PN0909 - Painel Aspirante
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9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Associação entre qualidade dos materiais educativos em mídia social e casos de COVID19: Uma análise de série temporal
Silva LT, Marinho AMCL, Braga NS, Assunção CM, Santos TR, Abreu MHNG, Ferreira FM
Odontopediatria - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Uma pandemia causada por um novo vírus provoca incerteza e ansiedade. A pandemia de COVID-19 vem impactando a sociedade como um todo, sobretudo a classe Odontológica, que tem maior exposição ocupacional. Para mitigar o pânico e encorajar ações comportamentais adequadas, a comunicação é crítica. Este estudo objetivou avaliar materiais educativos publicados nos perfis oficiais do Ministério da Saúde e da ANVISA no Instagram e a evolução de novos casos de COVID-19 nos 6 primeiros meses da pandemia no Brasil. A qualidade das postagens educativas foi avaliada pela versão brasileira do Índice de Comunicação Clara (BR-CDC-CCI) e o número de novos casos foi coletado no site https://covid-calc.org/. A associação entre o indicador de evolução da pandemia e a qualidade das postagens educativas deu-se por meio de modelos estatísticos de séries temporais quinzenais. No modelo múltiplo ajustado pela quantidade de publicações disponibilizadas e engajamento do público, observou-se associação inversa entre a qualidade dos materiais educativos e o número de novos casos ao longo do tempo, ou seja, quanto pior a qualidade das postagens maior o número de novos casos (p<0,001). Conclui-se que os órgãos oficiais deveriam dar mais atenção a qualidade da informação disponibilizada nas mídias sociais para ajudar no controle da pandemia de COVID-19. (Apoio: CAPES | CNPq | FAPEMIG)