Densidade vascular linfática, expressão de podoplanina e budding tumoral em carcinoma de células escamosas de boca
Assis EM, Rodrigues M, Vieira JC, Marangon-Júnior H, Souto GR, Souza PEA, Horta MCR
Odontologia - PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Esse estudo teve como objetivo avaliar, em carcinoma de células escamosas de boca (CCEB), diferenças na densidade vascular linfática (DVL) e na expressão de podoplanina em células neoplásicas entre tumores com alta intensidade de budding tumoral e tumores com baixa intensidade ou ausência de budding tumoral. Nas amostras com alta intensidade de budding tumoral, também foram avaliadas diferenças nestes parâmetros entre a área do budding e a área fora do budding. Foram avaliadas 150 amostras de CCEB dos arquivos do Laboratório de Patologia Bucal da PUC Minas. As amostras foram submetidas à imunoistoquímica para avaliar a intensidade do budding tumoral (por imunomarcação para multicitoqueratina), a DVL e a expressão de podoplanina em células neoplásicas (ambas por imunomarcação para podoplanina). A DVL foi maior em tumores com alta intensidade de budding tumoral quando comparada a tumores com baixa intensidade ou ausência de budding tumoral (p<0,05). Em tumores com alta intensidade de budding tumoral, não houve diferença na DVL entre a área do budding e a área fora do budding (p>0,05). A expressão de podoplanina em células neoplásicas foi maior em tumores com alta intensidade de budding tumoral quando comparada a tumores com baixa intensidade ou ausência de budding tumoral (p<0,05). Em tumores com alta intensidade de budding, a expressão de podoplanina foi maior na área do budding quando comparada à área fora do budding (p<0,05). Estes achados reforçam a hipótese de que o budding tumoral é um fenômeno biológico associado à progressão e ao comportamento biológico do CCEB. (Apoio: CNPq N° 437861/2018-0 | FAPEMIG N° APQ-01055-18 | CAPES N° 001)