Pacientes pediátricos com deficiências atendidos na FO/UFRJ e sua condição de saúde bucal: estudo retrospectivo de 25 anos
Kort-Kamp LM, Marques VO, Miyahira KM, Pilla OHL, Soares-Silva L, Nogueira NBP, Castro GFBA
Odontopediatria e Ortodontia - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Para traçar o perfil dos pacientes pediátricos com deficiências atendidos na FO/UFRJ entre 1994-2019 analisou-se 653 prontuários. A amostra final foi de 569 prontuários e os pacientes divididos em dois grupos: 346 (60,8%) alterações neurológicas (G1) e 223 (39,2%) alterações sistêmicas (G2). A maioria era do sexo masculino (G1: 62,1% e G2 51,6%) (p=0,01) e a média de idade foi de 7,6±3,6 anos. Retardo mental (19,6%), Transtorno do Espectro Autista (18,5%) e Paralisia Cerebral (16,5%) foram os mais prevalentes em G1 e Cardiopatia (37,2%), Anemia Falciforme (10,7%) e Leucemia (4,5%) em G2. A presença de cárie no 1º exame (G1: 61% e G2: 67%) foi similar entre os grupos, assim como o índice de ceo-d (G1: 4,1±7,8; G2: 4,1±4,2) e CPO-D (G1: 1,0±2,4; G2: 1,3±2,9). Restaurações (G1: 62,1% e G2: 64,1%) e exodontias (G1: 41,9% e G2: 37,2%) foram os procedimentos mais realizados e o comportamento bom foi mais frequente no G2 (94,2%) (G1, 73,7%) (p=0,00). Quanto ao manejo, os pacientes de G1 utilizaram significativamente mais a contenção física (p=0,00), sedação (p=0,008) e anestesia geral (p=0,000). A maioria dos pacientes recebeu alta (G1 77,7% e G2 68,6%) mas o abandono ao tratamento foi maior no G2 (33,2%) (p=0,02) assim como a taxa de não retorno para revisão (66,7%) (p=0,00). Os pacientes possuem alta frequência de cárie e necessidades odontológicas em ambos os grupos, no entanto os pacientes neurológicos necessitam mais de técnicas específicas de manejo como contenção, sedação e anestesia geral, enquanto os sistêmicos tendem a abandonar mais o serviço de atendimento odontológico. (Apoio: CAPES N° 001)PN0782 - Painel Aspirante
Área:
4 - Ortodontia
Avaliação tomográfica da posição do incisivo central superior e simulação digital de prescrições de brackets
Faggioni MS, Curi JP, Chilvarquer I, Beaini TL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A ortodontia consiste em movimentação de dentes por meio de aplicação de forças, tendo como limites o tecido ósseo. Prescrições de brackets oferecem opções de torques e angulações, mas há dúvidas se todos pacientes podem receber tais preajustes. Essa pesquisa objetiva avaliar a espessura óssea vestíbulo-palatina, próxima ao incisivo central superior do lado direito (ICSD) e simular, digitalmente, o torque exercido pelas prescrições ortodônticas de Straight-Wire, Roth e MBT, em tomografias computadorizadas de feixe cônico (TCFC). No programa Horus®, dois observadores avaliaram 20 exames de TCFC, com voxel 0.4mm e FOV 20X17cm. Foram registrados os ângulos: 1.SN, 1.NA, a espessura alveolar antero-posterior e entre o ápice do ICSD e as corticais vestibular e palatina, classificando-as no terço vestibular, médio e palatino. No programa ITKsnap® foram segmentados os dentes do arco dental superior e corticais. No programa Blender®, os modelos 3D foram reposicionados em relação a brackets com referências de +7º, +12º e +17º de torque, observando a posição final das raízes em relação às corticais. Observou-se que a média da espessura alveolar foi de 9,3mm, que a maioria dos ápices se encontravam no terço vestibular, que a distância média do ICSD para a cortical vestibular é 2,3mm e para a palatina 6,5mm. Em todas as simulações as raízes tocaram a cortical em pelo menos uma das prescrições. Há diferentes resultados da posição final de raízes com indicação de diferentes prescrições para cada indivíduo, justificando o uso de exames volumétricos como a TCFC.