Citotoxicidade e efeito indutor de mineralização de flavonoides sobre células osteoblásticas
Rabelo RL, Caiaffa KS, Braga GPA, Souza ME, Rios RA, Pereira JA, Santos VR, Duque C
Odontologia Infantil e Social - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Infecções endodônticas podem gerar lesões periapicais pelo desequilíbrio entre formação e reabsorção óssea e substâncias naturais poderiam ser interessantes para estimular a neoformação óssea. O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos do flavonoides EGCG, taxifolina, miricetina, quercetina, crisina, canferol e pinocembrina sobre a viabilidade de células osteoblásticas (SAOS-2) e a expressão de marcadores de mineralização. SAOS-2 foram tratadas com os flavonoides em diferentes concentrações (100, 50, 25, 12,5µM) por 24 e 48h e a viabilidade celular avaliada pelo método de MTT. Também foram tratadas por 48h com trocas a cada 2 dias de meio de cultura até completarem 8 dias para avaliar a atividade de fosfatase alcalina (ALP) pelo método da timolftaleína e por 14 dias para analisar a formação de nódulos de mineralização, pela coloração de alizarina. Os resultados foram analisados por ANOVA/Tukey (p<0.05) e mostraram que a quercetina 100µM reduziu a viabilidade celular em 24h, a miricetina 50µM e crisina 100 e 50µM foram citotóxicas em 48h. Os demais flavonoides não foram citotóxicos. A taxifolina 50 e 100µM e EGCG 100µM foram os que mais estimularam a atividade de ALP. A formação de nódulos de mineralização aumentou com o tratamento de taxifolina 50µM, miricetina 50 e 25µM e pinocembrina 25µM. Conclui-se que a taxifolina foi o composto mais efetivo, demonstrando um ótimo efeito bioestimulador e indutor de mineralização em células SAOS-2, podendo ser uma substância biotiva capaz de estimular osteoblastos a realizarem neoformação óssea e reparo da região periapical. (Apoio: FAPs - Fapesp N° 2019/02129-7 | FAPs - Fapesp N° 2017/10940-1)