Avaliação in vitro da integridade das mucosas nasal e sublingual suínas como barreiras biológicas para ensaios de permeação
Augusto GGX, Araújo JSM, Leite MFMB
Ciências Fisiologicas - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo avaliou in vitro a integridade das mucosas nasal-MN e sublingual-MS suína após o preparo e armazenamento, visando o uso em estudos de permeação para desenvolvimento de formulações tópicas odontológicas. A avaliação da integridade foi realizada pela medida da resistividade elétrica-RES, a partir de uma corrente capaz de atravessar o tecido - lei de Ohm e microscopia convencional-MC . A avaliação RES foi realizada com receptor de corrente no compartimento receptor das células de difusão vertical Franz com tampão PBS nas condições: tecido fresco-TF, refrigerados-RE a 4°C por 12, 24 e 48h e congelados-CO a -20°C por 1 e 2sem (n=12). As mucosas nessas condições foram coradas com HE e analisadas por MC. Resultados RES foram submetidos à Mann-Whitney e Wilcoxon (α=5%). RES mediana-desvio interquartílico KΩ/cm2 MN: TF 1,8-1,6; RE 12, 24 e 48h: 1,7-1,6; 1,2-1,1; 1,6-1,5, e CO 1 e 2sem: 1,6-1,4; 1,6-1,3 , respectivamente. Houve diminuição da RE em 24 e 48 h e 2 sem em relação a TF (p<0,05). MS: TF 1,4-1,1 RE 12, 24 e 48h: 1,5-1,4; 1,3-1,2; 1,1-1,0 CO 1sem: 1,3-1,2, respectivamente. Houve redução da RE em 48h e 1sem em relação a TF (p<0,05). MC demonstrou desorganização das camadas epiteliais, descamação, espaçamento celular e separação do epitélio de forma progressiva aos tempos de armazenamento. Baseado na avaliação da RES, é possível armazenar MS sob RE por 12h e CO por 1sem. Já MS apenas RE até 24h. Ambas mucosas apresentaram mudanças histológicas. Ensaios de permeação são necessários para concluir se o armazenamento altera a permeabilidade dessas mucosas. (Apoio: FAPESP N° 2019/05692-4)PI0297 - Painel Iniciante
Área:
3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia
Avaliação in vitro do potencial protetor de diferentes concentrações de um peptídeo derivado da estaterina contra a erosão dentária
Ferrari CR, Taira EA, Carvalho G, Martini T, Pelá VT, Ventura TMO, Dionizio A, Buzalaf MAR
Ciências Biológicas - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do estudo foi analisar o efeito de diferentes concentrações de um peptídeo derivado da estaterina (StatpSpS) sobre a erosão inicial do esmalte. 90 blocos de esmalte bovino (4x4mm) foram divididos em 6 grupos: StatpSpS 0,94x10-5 M, StatpSpS 1,88x10-5 M, StatpSpS 3,76x10-5 M, StatpSpS 7,52x10-5 M, CaneCPI-5 0,1 mg/mL e tampão fosfato. Os blocos foram incubados com as soluções de tratamento por 2 h a 37ºC e então incubados em saliva estimulada de 3 voluntários para formação da película adquirida. Após isto, os espécimes foram incubados em solução de HCl 0,01 M (pH 2) por 10 s a 37ºC sob agitação. Cada espécime foi tratado 1x ao dia durante 3 dias. Antes e após o período experimental a dureza superficial foi avaliada, para cálculo da porcentagem de alteração da dureza superficial (%SHC). Os dados foram analisados por ANOVA e teste de Tukey (p<0,05). As %SHC médias (±DP) foram: 21,5±10,0; 11,5±5,8; 19,2±12,1; 25,7±9,1; 23,1±7,4 e 23,1±9,7, para StatpSpS 0,94x10-5 M, StatpSpS 1,88x10-5 M, StatpSpS 3,76x10-5 M, StatpSpS 7,52x10-5 M, tampão fosfato e CaneCPI-5, respectivamente. Apenas StatpSpS 1,88x10-5 M reduziu significativamente a %SHC em comparação ao tampão fosfato, não sendo encontradas outras diferenças significativas entre os grupos. Os dados indicam que o peptídeo StatpSpS na concentração de 1,88x10-5 M protege o esmalte contra erosão inicial, apresentando bom potencial para inclusão em produtos odontológicos. (Apoio: FAPs - FAPESP N° 2019/24295-6)PI0298 - Painel Iniciante
Área:
3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia
Máscaras de tecido no contexto da doença do corona vírus 2019 (Covid-19): análise por microscopia eletrônica de varredura
Silva LAS, Arreguy IMS, Oliveira AKC, Lundgren RJB, Weber Sobrinho CR, Souza FB
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Diante dos desafios do sistema de reserva de suprimentos médicos para emergências de saúde pública, as máscaras de tecido apontam como uma escolha popular, principalmente nos países em desenvolvimento. Este estudo avaliou a estrutura entre as fibras de máscaras de tecido através da microscopia eletrônica de varredura (MEV), a fim de realizar uma simulação gráfica das gotículas do corona vírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2). Um fragmento (1 cm²) de uma máscara de tecido (algodão), de camada única, foi utilizado para a análise em MEV. Após metalização, a amostra foi levada ao microscópio eletrônico de varredura para registro de imagens com ampliações de 100, 500 e 1000x. A distância entre os fios foi determinada pela espectroscopia por energia dispersiva (EDS). Realizou-se simulação gráfica das gotículas com diferentes tamanhos (0.5μm; 5.7μm;12μm) por meio de um programa de edição de imagens (Adobe Illustrator). A análise das imagens das máscaras de tecido mostrou que as lacunas entre os fios de algodão variavam entre 30.22μm e 149.69μm. A partir da simulação gráfica das partículas com vírus entre as fibras, verificou-se a possibilidade de passagem de mais de 680 milhões de gotículas (5.75μm) através da máscara de tecido investigada. A avaliação em MEV exibiu grandes espaços interfibrilares superiores ao tamanho de gotículas respiratórias de tamanho médio. A simulação gráfica demonstrou que gotículas de SARS-CoV-2 provavelmente são capazes de ultrapassar os poros da máscara de tecido, sugerindo maior exposição ao risco de transmissão viral.PI0302 - Painel Iniciante
Área:
3 - Cariologia / Tecido Mineralizado
Efeito erosivo de diferentes balas cítricas sobre o desgaste do esmalte dentário in vitro
Gonçalves IVB, Vertuan M, Souza BM, Magalhães AC
Bioquímica - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O aumento do consumo de balas cítricas pode contribuir para o desenvolvimento do desgaste dentário erosivo. Este estudo in vitro avaliou o potencial erosivo de balas cítricas sobre o esmalte dentário em relação à quantificação do desgaste. Foram preparadas noventa coroas bovinas que foram distribuídas aleatoriamente em 6 grupos (n = 15): solução de ácido cítrico a 0,1% (pH 2,5, controle positivo); refrigerante Coca-Cola® (pH 2,6, controle comercial); bala Fini® Diet (ácido lático e ácido cítrico, pH 3,3); bala Fini® Beijos (ácido cítrico e ácido lático, pH 3,5); bala Fini® Chiclé Salada de Frutas (ácido maleico, pH 2,6); e bala Fini® Regaliz Tubs (ácido maleico e ácido cítrico, pH 3,1). As balas foram dissolvidas na proporção de 40 g/250 mL de água deionizada. As amostras foram submetidas à ciclagem de pH por 7 dias (4 ciclos de imersão ácida por 90 s por dia intercaladas com exposição à saliva artificial). O desgaste do esmalte foi medido por perfilometria de contato (μm) e os dados foram comparados utilizando testes Kruskal-Wallis/Dunn (mediana, p<0,0001). Todas as balas cítricas apresentaram alto potencial erosivo. A Fini Diet® (2,40 μm) e a Fini® Regaliz Tubs (2,15 μm) apresentaram o maior potencial erosivo, semelhante ao ácido cítrico a 0,1% (2,30 μm), sendo a Fini® Regaliz Tubs mais erosiva que a Coca-Cola® (1,40 μm). Já as balas Fini® Beijos (1,40 μm) e Fini® Chiclé Salada de Frutas (1,30 μm) induziram menor desgaste comparadas ao ácido cítrico. As balas cítricas podem ter um papel importante no desenvolvimento do desgaste dentário erosivo. (Apoio: FAPESP N° 2018/26369-4)