Efeito antimicrobiano do Pelargonium sidoides, associado ou não com luz, sobre culturas de Candida albicans
Malheiros SS, Reina BD, Anjos DIM, Andrade PF, Dovigo LN
Prótese e Periodontia - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo avaliou a concentração fungicida mínima (CFM) da solução de P. sidoides (PS - Umckan®) e seu possível efeito fotodinâmico (PDI) sobre células planctônicas de C. albicans (cepa ATCC 90028). A variável dependente foi "unidades formadoras de colônia por mililitro" (UFC/mL) e as independentes foram as concentrações do PS (412,5; 206,25; 103,1; 51,56; 25,78; 12,89; 6,45 e 3,22mg/mL) e a aplicação de luz (sim/não). A fonte de luz foi um equipamento com lâmpadas LED (≈460nm; 50J/cm2). Para CFM, avaliou-se a ação apenas do PS, na qual os microrganismos permaneceram em contato com as concentrações de PS por 24h. Após os tratamentos, as amostras (n=9) foram plaqueadas em meio de cultura Ágar Dextrose Sabouraud, incubadas por 48h e o número de UFC/mL foi estimado. Os dados foram analisados com estatística descritiva, teste de Kruskal-Wallis e ANOVA a dois fatores não-paramétrica (α=0,05). Observou-se efeito antifúngico significativo (p<0,001) nas concentrações de 412,5 e 206,25mg/mL, sendo esta última, a CFM. Para a PDI, observou-se que a luz potencializou o efeito antimicrobiano, reduzindo, em média, 3 log10 a mais. Em relação ao controle, a PDI com as concentrações de 412 (p<0,0001), 206 (p<0,0001) e 103mg/mL (p=0,023) promoveu reduções de UFC/mL estatisticamente significativas. Concluiu-se que a menor concentração de P. sidoides capaz de impedir crescimento fúngico foi 206,25mg/mL e que, associado à luz, PS foi eficaz na redução da viabilidade de C. albicans e é uma terapia promissora para inativação de desse fungo, visando testes futuros em biofilmes. (Apoio: CNPq N° 04/2019)