Lesões Periapicais em Dentes Decíduos e Permanentes: Análise da Correlação entre o Tamanho Radiográfico e a Marcação para β-Defensina 3
Jorge OS, Bertasso AS, Segato RAB, Politi MPL, Queiroz AM, Silva LAB, León JE, Nelson-Filho P
Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Cole - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi comparar o tamanho radiográfico de lesões periapicais de dentes decíduos e permanentes de humanos com a intensidade de marcação para β-Defensina 3 (hBD3), um peptídeo antimicrobiano endógeno regulador do sistema imunológico. Cistos radiculares de origem endodôntica (14 espécimes de dentes decíduos e 14 de permanentes) foram submetidos a processamento histotécnico e análise imunohistoquímica (complexo avidina-biotina-peroxidase). A quantificação de hBD3 foi realizada em microcópio Axio Imager. M1 (400x) e as imagens radiográficas foram mensuradas em cm2, no programa Image J 1.28u. Foi avaliada a correlação entre área das lesões, intensidade e porcentagem de imunomarcação para hBD3, por meio dos testes de correlação de Pearson e teste t não pareado (nível de significância de 5%). Foi detectada hBD3 em epitélio e cápsula dos cistos periapicais, tanto de dentes decíduos quanto de permanentes, sem diferença significante entre eles (p=0,42). Na análise radiográfica, as áreas das lesões periapicais dos dentes permanentes foram maiores que as dos dentes decíduos (p<0,05). Na análise da correlação entre o tamanho da lesão radiográfica e a porcentagem de hBD3, o valor de r foi -0,04 para os dentes decíduos (ausência de correlação) e -0,4 para os permanentes (correlação negativa fraca). Concluiu-se que os cistos periapicais de dentes decíduos e permanentes expressam hBD3 de forma similar, porém não foi possível evidenciar correlação estatisticamente significante entre o tamanho da lesão radiográfica e a porcentagem de hBD3 (p>0,05). (Apoio: FAPESP N° 2019/06444-4)PI0014 - Painel Iniciante
Área:
3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia
A hesperitina regula a resposta inflamatória e promove a osteogênese
Mancim-Imbriani MJ, Maquera-Huacho PM, González-Maldonado LA, Rossa-Junior C, Spolidorio DMP
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do presente estudo foi avaliar, in vitro, a capacidade da hesperitina (HT) na modulação e produção de citocinas inflamatórias e o seu efeito na osteogênese. Macrófagos RAW 264.7 foram estimulados com LPS de Escherichia coli (estímulo específico de TLR4) e Porphyromonas gingivalis (estímulo de TLR2/4) na presença de concentrações não citotóxicas de HT previamente determinadas pelo ensaio de metiltetrazólio (MTT) e citometria de fluxo. Os mediadores inflamatórios foram avaliados pelo ensaio multiplex para a produção de citocinas IL-6, IL-10, fator de necrose tumoral (TNF-α), e a expressão gênica foi quantificada por RT-PCR. Osteoblastos MC3T3-E1 foram cultivados com diferentes concentrações de HT e a citotoxicidade avaliada (ensaio de MTT). A formação de nódulos mineralizados foi confirmada por coloração de vermelho de alizarina, e a expressão de genes reguladores do metabolismo ósseo Runx2, Alpl e Col1a1 analisados (RT-PCR). A expressão de citocinas pró-inflamatórias induzidas por TLR2 e TLR2/4 mostrou efeito inhibitório na presença da HT. Os mesmos efeitos foram observados nos resultados de expressão gênica (p<0,05). HT teve efeito pró-osteogênico, demostrado pelo aumento significativo da deposição de nódulos mineralizados e pela expressão dos genes avaliados (p<0,05). A HT inibe fortemente a expressão de mediadores inflamatórios em macrófagos estimulados por LPSs e, ao mesmo tempo apresenta potencial pró-osteogênico em cultura celular. (Apoio: FAPs - Fapesp N° 2019/26508-7 | CNPq N° 149700/2019-9 | FAPs - Fapesp N° 2018/16540-8)PI0015 - Painel Iniciante
Área:
3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia
Efeitos inibitórios da solução do ionômero de vidro pré-reagido (S-PRG) sobre Enterococcus faecalis e Enterococcus faecium
Gonçalves NMF, Santos ELS, Ribeiro FC, Namba AM, Garcia MT, Souza CM, Figueiredo-Godoi, LMA, Junqueira JC
Materiais Dentários e Prótese - INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA / ICT-UNESP-SJC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A solução pré-reagida do ionômero de vidro (S-PRG) é produzida pela reação entre o vidro de aluminossilicato fluorobórico e solução de ácido poliacrílico, sendo usada em vários materiais odontológicos, incluindo resinas e cimentos. O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da solução de S-PRG (SHOFU Inc.) sobre Enterococcus faecalis e Enterococcus faecium. Foram testadas as atividades antibacteriana e antibiofilme de S-PRG em cepas padrão (E. faecalis ATCC 4083 e E. faecium ATTCC 6569) e clínicas (E. faecalis 3 e E. faecium 4.2). A atividade antibacteriana foi determinada em crescimento planctônico pela densidade óptica do crescimento bacteriano em contato com diferentes concentrações do S-PRG (5-50%). A avaliação dos biofilmes foi realizada pela quantificação da biomassa total pelo teste de absorbância do cristal violeta após o tratamento dos biofilmes com a concentração de 50% do S-PRG. Os dados foram estatisticamente analisados pelo teste t de Student (p<0,05). Em culturas planctônicas, o tratamento com S-PRG na concentração de 50% levou à redução significativa do crescimento bacteriano, com inibição de 58, 76, 62 e 64% do crescimento celular, respectivamente, de E. faecalis ATCC, E. faecalis 3, E. faecium ATCC e E. faecium 4.2. Além disso, S-PRG apresentou atividade antibiofilme para todas as cepas testadas, principalmente para as cepas padrão de E. faecalis e E. faecium que apresentaram 45 e 61% de redução na biomassa total, respectivamente. Em conclusão, S- PRG reduziu o crescimento planctônico e biofilme das cepas de E. faecalis e E. faecium.PI0017 - Painel Iniciante
Área:
3 - Cariologia / Tecido Mineralizado
Associação do copolímero do polimetacrilato a soluções fluoretadas na prevenção do desgaste erosivo do esmalte
Silva LFO, Augusto MG, Torres CRG, Scaramucci T, Aoki IV, Lotto G, Borges AB
Odontologia Restauradora - INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA / ICT-UNESP-SJC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O uso tópico de agentes polímeros formadores de filme representa uma estratégia promissora para controle do desgaste dental erosivo. Este trabalho se propôs a investigar se a adição de um copolímero do polimetacrilato (PMA) poderia potencializar o efeito de soluções contendo fluoreto de sódio (NaF) associado ou não ao cloreto de estanho (NaF + Sn) frente à proteção contra o desgaste erosivo do esmalte, na presença da película adquirida. Espécimes de esmalte bovino polido foram randomizados nos grupos de acordo com as formulações experimentais (n=15/grupo): C (água deionizada- controle); F (225 ppm F-); FS (225 ppm F-+ 800 ppm Sn2+); PMA (polimetacrilato 2%); PMA+F; PMA+FS. O desafio erosivo/abrasivo consistiu na exposição à saliva humana para formação da película (2h), seguida por imersão intercalada em ácido cítrico 0,3% (pH 2,6 - 5min) e saliva (1h), 4x/dia. Entre os desafios erosivos, os espécimes foram expostos à abrasão em máquina de escovação (200g/15s), seguido pela exposição às soluções de tratamento simulando enxaguatórios bucais (2 min). Após 5 dias de ciclagem, a perda de esmalte foi medida por perfilometria de contato. Os dados foram analisados com os testes ANOVA e Tukey (5%). Os dados de perda superficial (µm) foram: C (7,66±0,92)a; F (6,15±0,38)b; FS (4,80±0,67)c; PMA (3,87±0,92)d; PMA+FS (2,83±0,97)e; PMA+F (2,70±0,56)e. O copolímero do polimecrilato testado foi capaz de melhorar o potencial protetor de soluções fluoretadas (F e FS) contra desafios erosivos e abrasivos, sendo um agente promissor no controle do desgaste erosivo do esmalte. (Apoio: FAPs - FAPESP N° 2018/25723-9)PI0020 - Painel Iniciante
Área:
3 - Cariologia / Tecido Mineralizado
Influência da dor dentária na qualidade de vida e fatores associados em um grupo de crianças com dentição permanente
Oliveira LMF, Sausmikat DA, Costa LO, Ramos TMC, Barbosa SS, Reis RM, Oliveira V, Salas M M S
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência de dor dentária, os fatores associados e influencia na qualidade de vida de um grupo de escolares de 8-10 anos. Trata-se de um estudo transversal com uma amostra de conveniência realizado em uma escola municipal em Governador Valadares/MG. Setenta e cinco crianças cujos pais assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido fizeram parte da amostra. Seis acadêmicos de odontologia previamente treinados realizaram exames clínicos. A percepção de dor dentária foi referente aos últimos 6 meses. O questionário, previamente testado, incluiu questões sociodemográficas e comportamentais. A análise foi descritiva e analítica através do uso do teste Qui-quadrado , Fisher ou tendência linear. A maioria das crianças foram do sexo feminino (52,6%), apresentavam renda familiar de 1 e 3 salários mínimos (56,5%) e mães com 10-12 anos de estudo (58,7%). Na amostra a prevalência de dor nos últimos 6 meses foi de 30,7%. A maior prevalência de dor dentária esteve associada ao relato de dor dentária no ultimo mês (p<0.001), ao maior incomodo dentário (p<0.005), tempo maior para comer, dificuldade para morder, falar, dormir, faltar a aula e não prestar atenção à aula (p<0.001). A dor dentária esteve associado ao domínio categorizado de limitações funcionais (p<0.025) e sintomas orais (p<0.01). A experiência de dor dentária nos últimos 6 meses das crianças estudo foi alta e influenciou a qualidade de vida nos domínios de limitações funcionais e sintomas orais, estando associada ao relato de dor dentária nas 4 últimas semanas.