AO0069 - Apresentação Oral
Área: 3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia

Comparação termográfica do comportamento dos músculos temporal e masseter entre gêneros em atletas de Crossfit® na avaliação de força molar
Cardoso AHLS, Fioco EM, Fabrin SCV, Gomes GGC, Silva NS, Prandi MVR, Verri ED, Regalo SCH
Biologia Básica e Oral - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A termografia é um método diagnóstico que estabelece aplicações distintas na odontologia e no esporte. As exigências atléticas necessitam de ajustes fisiológicos específicos que podem refletir em alterações térmicas. Esse trabalho objetivou comparar, por meio da termografia, o comportamento dos músculos do sistema estomatognático entre gêneros em atletas de Crossfit® na avaliação de força molar. Para tanto, foram avaliados 14 atletas, experientes na modalidade, divididos em 2 grupos: 7 homens (GH) e 7 mulheres (GM). A avaliação termográfica foi feita após a avaliação da força molar bilateral, a câmera utilizada foi uma Flir modelo C2, no momento da coleta o laboratório estava com uma temperatura média de 25ºC e umidade relativa do ar de 73%. A regiões de interesse foram: músculo temporal direito (TD), temporal esquerdo (TE), masseter direito (MD) e masseter esquerdo (ME). Para coleta das imagens termográficas, se respeitou uma distância de 1,5m e se registrava 3 imagens nas hemifaces. Para análise estatística, empregou-se o teste t. Os resultados mostraram o seguinte comportamento térmico. GH: TD 35,81º ± 1,57; TE 35,35º ± 1,76; MD 35,02º ± 1,95 e do ME 35,61º ± 1,83) e GM: TD 36,80º ± 0,79; TE 36,92º ± 0,49; MD 35,77º ± 0,77 e ME 35,74º ± 0,56), foi observado uma discrepância significativa, apenas no músculo TE, pois o GM apresentou valores maiores de temperatura (1,57º) em relação ao GH, para as demais variáveis não houve diferença significativa.
Foi possível concluir que, apesar da dominância funcional, acontece um equilíbrio térmico bilateral entre os gêneros.

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AO0071 - Apresentação Oral
Área: 3 - Cariologia / Tecido Mineralizado

Ação protetora do TiF₄ na desmineralização da dentina sob modelo de biofilme microcosmo simulando efeito da radioterapia de cabeça-pescoço
Souza BM, Silva MS, Braga AS, Bueno PSK, Santos PSS, Buzalaf MAR, Magalhães AC
Ciências Biológicas - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este trabalho avaliou o efeito do verniz de TiF₄ em relação ao desenvolvimento da cárie radicular simulando paciente submetido à radioterapia de cabeça e pescoço (RCP), em modelo de biofilme microcosmo. Amostras de dentina radicular bovina foram preparadas, irradiadas (70 Gy) e tratadas com um dos agentes: verniz TiF₄ a 4%; verniz NaF a 5,42%; verniz placebo (sem F^-); solução de diamino fluoreto de prata (SDF) a 30%; sem tratamento (controle) por 6h. As amostras foram submetidas à formação do biofilme microcosmo (5 dias, 37^o C, 5% CO₂) a partir do biofilme removido de raízes dentárias de pacientes submetidos à RCP. As variáveis de resposta foram viabilidade do biofilme por fluorescência, contagem de UFC para bactérias cariogênicas, produção de ácido lático e quantificação da perda mineral (microradiografia transversal). Todos os dados foram comparados usando ANOVA/Tukey (p<0,05). TiF₄ e SDF reduziram significativamente a viabilidade do biofilme comparados ao controle, porém somente o SDF diferiu do placebo. O TiF₄ foi o único agente capaz de reduzir a contagem de UFC para microrganismos totais, enquanto o SDF conseguiu reduzir significativamente a UFC para Estreptococos totais e S. mutans, comparados ao placebo e controle. Os biofilmes das amostras tratadas com vernizes fluoretados apresentaram redução na produção de ácido lático em comparação ao controle. O TiF₄ e SDF reduziram significativamente a perda mineral comparados aos demais grupos, os quais não diferiram entre si.
O verniz de TiF₄ apresentou efeito anti-cárie compatível ao SDF neste modelo experimental.
(Apoio: FAPs - FAPESP  N° 2019/07241-0  |  FAPs - Fapesp  N° 2019/21797-0)

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AO0072 - Apresentação Oral
Área: 3 - Cariologia / Tecido Mineralizado

Maioria dos dentifrícios brasileiros comercializados para crianças apresentam fluoreto biodisponível para interferir com a cárie dental
Valdivia-Tapia AC, Costa RCNP, Leite-Filho AM, Miranda LFB, Cury JA
Ciencias Fisiologicas - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Para serem eficazes no controle da cárie, dentifrícios devem conter fluoreto solúvel total (íon F + íon FPO₃^2-) em concentração de 1000 ppm F (mg F/kg) ou acima. O objetivo foi determinar as concentrações de fluoreto total (FT = FST + F insolúvel) e de FST em dentifrícios comercializados no Brasil para crianças. Vinte e quatro marcas foram encontradas no mercado e de acordo com o rótulo: 19 foram formulados com NaF/SiO₂ (16 com 1100, um com 1000, um com 995, e um com 500 ppm F); 3 com Na₂FPO₃/CaCO₃ (900, 1100, e 1179 ppm F) e 2 com Na₂FPO₃/SiO₂ (1000 e 1100 ppm F). De cada marca foram comprados 2-3 tubos e a análise foi feita em duplicata. Cada amostra foi pesada (90 a 110 mg) e homogeneizada em 10 mL de água purificada. A concentração de FT foi determinada na suspensão do dentifrício e FST no sobrenadante, de acordo ao protocolo validado (Cury et al., 2010), porém, HCl não foi usado nas análises dos dentifrícios formulados com NaF/SiO₂. O fluoreto foi determinado usando o EIE através da técnica direta, e os resultados expressos em ppm F (mg F/kg). A concentração de FT encontrado (476-1098 ppm F) foi próxima daquelas declaradas no rótulo (500-1179 ppm F). FST encontrado (481-1110 ppm F) foi próximo do FT encontrado (média de 0.7% de diferença) para dentifrícios formulados com SiO₂, contendo NaF ou Na₂FPO₃. Entretanto, nos dentifrícios formulados com CaCO₃, cerca de 21% do FT estava insolúvel (sem potencial anticárie).
Em conclusão, 83% dos dentifrícios vendidos em Brasil para crianças apresentam concentração de fluoreto solúvel potencialmente biodisponível para ser eficaz no controle de cárie.
(Apoio: CNPq  N° 131732/2019-6; 435955/2018-7  |  CAPES  N° 001; 88882.329875/2019-01; 88882.445799/2019-01; 88887.341996-00  |  FUNCAMP  N° Conv. 4887.1 e 65/91)

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