RESUMOS APRESENTADOS
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PN-R0373 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 19
Efeito de gibi educativo como ferramenta de autoinstrução para o uso de dentifrícios fluoretados em escolares: leitura passiva e ativa
Sergio da Silva Lima, Luciane Zanin, Arlete Maria Gomes Oliveira, Flávia Martão Flório
Odontologia FACULDADE DE ODONTOLOGIA SÃO LEOPOLDO MANDIC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O fluoreto vem sendo utilizado como um agente eficaz e seguro na prevenção e controle da cárie dentária; no entanto, a ingestão de pequenas doses diárias na primeira infância pode resultar em fluorose dentária. Foi objetivo deste estudo avaliar o efeito da utilização passiva ou ativa de um gibi validado no conhecimento de educadores sobre o uso seguro de dentifrício fluoretado por crianças. O estudo foi do tipo experimental. A amostra foi composta por professores do ensino infantil de quatro escolas municipais que preencheram um questionário de avaliação do conhecimento basal sobre o tema. Posteriormente, as escolas foram aleatoriamente divididas em 2 grupos sendo: G1 - educadores receberam o gibi educativo e foram convidados a lerem o material; G2 - participantes receberam o gibi, realizaram a leitura e participaram de uma discussão em grupo na escola. Após uma semana, ambos os grupos preencheram novamente o questionário de avaliação do conhecimento. As análises foram realizadas utilizando o teste não paramétrico de Mann-Whitney para comparações entre grupos e o teste não paramétrico de Wilcoxon pareado para comparações entre diferentes tempos, com um nível de significância de 5%. Os resultados demonstraram que, de forma geral, a leitura do gibi resultou em um aprimoramento do conhecimento dos participantes. No entanto, o grupo G2 apresentou uma maior frequência de aumento de respostas corretas em relação à possibilidade de uso de dentifrício fluoretado por crianças.
A leitura do gibi foi eficaz na transmissão de conhecimentos, mas quando complementada pela discussão em grupo pode ser ainda mais efetiva na melhora do conhecimento sobre o uso seguro de dentifrício fluoretado por crianças.
PN-R0375 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 19
Gestação de alto risco e saúde bucal
Gleice Tibauje Vicente Ramirez, André Luís Venâncio Sampaio, Tânia Adas Saliba, Suzely Adas Saliba Moimaz, Ana Claudia Okamoto
Odontologia Preventiva e Restauradora UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A gestação requer mudanças fisiológicas essenciais para apoiar e proteger o feto em desenvolvimento e também para preparar a mãe para o parto. Essas alterações fisiológicas durante a gravidez podem causar mudanças adaptativas na composição da microbiota materna, inclusive no microbioma bucal. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a ocorrência de Prevotella intermedia em biofilme supra e subgengival e sua associação com a saúde bucal de gestantes de alto risco. Trata-se de um estudo transversal em que a coleta de dados foi realizada durante a consulta da gestante no Ambulatório Médico de Especialidades (AME) para o pré-natal de risco, totalizando uma amostra de 75 gestantes de alto risco. Durante a consulta de pré-natal no AME, realizou-se uma consulta odontológica inicial, onde foi realizado uma entrevista, exame clínico bucal e coleta das amostras. Após a coleta as amostras foram armazenadas em recipiente apropriado com gelo e transportadas para o laboratório de Microbiologia e Imunologia para a extração do DNA bacteriano. A amostra é caracterizada em sua maioria por mulheres brancas, 68%; casadas, 40%; e com média de 23 semanas gestacionais (2º trimestre de gestação). Foi encontrada a presença de P. intermedia em 8% das amostras subgengival e 28% das amostras de biofilme supragengival e esta última esteve associada à presença de cálculo periodontal (p = 0,019). Dentre as 75 gestantes, 66,67% apresentaram gengivite, 48% cálculo e 16% bolsa periodontal acima de 4 mm.
Conclui-se que a bactéria P. intermedia esteve presente na microbiota bucal de gestantes de alto risco e foi associada à presença de cálculo periodontal.
(Apoio: CAPES N° 001)
PN-R0377 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 19
Influência do perfil sociodemográfico e clínico na escolha do local de tratamento odontológico de pessoas deficientes
Rayenne Augusta Mota Ferreira, Patrícia Luciana Serra Nunes, Monique Maria Melo Mouchrek, Cyrene Piazera Silva Costa
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do estudo foi avaliar a influência do contexto sociodemográfico e clínico na escolha do local de tratamento odontológico de pessoas com deficiência. Foi um estudo caso-controle utilizando prontuários odontológicos de pessoas deficientes atendidas em um hospital público no Nordeste do Brasil divididos em dois grupos, atendimento no ambulatório (n=153) ou anestesia geral (n=153). As variáveis foram idade, sexo, logradouro, nível de atenção de saúde do encaminhamento, diagnóstico clínico, presença de dentes permanentes e decíduos com cárie ou destruição coronária e analisadas por meio dos testes T, qui-quadrado ou exato de Fisher e regressão logística binária (SPSS 12.0; α=0,05). A média de idade e a distribuição das demais variáveis foram estatisticamente diferentes entre os grupos (p<0,05). Foi observado que mulheres (OR=1,945; IC95%=1,232-3,070), que residiam na capital (OR=1,938; IC95%=1,182- 3,179), advindas da atenção primária (OR=4,407; IC95%=1,544-12,580), com deficiência intelectual (OR=7; IC95%=1,357-36,103) e destruição coronária em dentes permanentes (OR=2,422; IC95%=1,228-4,776) apresentavam mais chances de serem submetidas a anestesia geral.
A indicação do local de atendimento odontológico da pessoa com deficiência pode ser influenciada pelo seu contexto sociodemográfico e clínico.
PN-R0379 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 19
Associação entre Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o impacto na Saúde Bucal
Maria Teresa Borges Araújo, Beatriz Soares Ribeiro Vilaça, Fernando Yamamoto Chiba, Tânia Adas Saliba, Suzely Adas Saliba Moimaz, Cléa Adas Saliba Garbin
Saúde Coletiva em Odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Avaliar fatores associados à qualidade de vida relacionada à saúde bucal dos pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Trata-se de um estudo observacional, transversal, quantitativo, realizado em 2023, com 64 pacientes. Os dados foram coletados por meio do instrumento de pequisa Early Childhood Oral Health Impact Scale (ECOHIS). As análises estatísticas foram realizadas com o uso do software Bioestat versão 5.3. Houve predominância de pacientes do sexo masculino (84%), com idades compreendidas entre 5 e 8 anos (39%) e pertencentes à etnia branca (55%). Do total, 43,75% apresentavam nível de gravidade leve e 48% dos casos tiveram diagnóstico precoce. Dos 46 pacientes, com diagnóstico confirmado, 61% eram de nível de gravidade 1 e apenas 39% dos casos de gravidade 2 tiveram acesso ao cirurgião-dentista no último ano. Pacientes do sexo masculino (94%) relataram consumo mais frequente de açúcares e carboidratos.
Há associação significativa entre TEA e saúde bucal, com predominância de pacientes do sexo masculino, idade entre 5 e 8 anos e diagnóstico precoce. A falta de acesso à assistência odontológica, especialmente entre casos leves e o consumo mais frequente de açúcares por pacientes masculinos sugerem necessidade de intervenções específicas para promoção de hábitos saudáveis nessa população.
(Apoio: CAPES N° 001)
PN-R0381 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 19
Associação entre sobrepeso e obesidade na prevalência de cárie dentária em crianças e adolescentes: uma metanálise
Leonardo Trench, Ana Carolina da Silva Pinto, Gabriela de Figueiredo Meira, Fabricio Batistin Zanatta, Thiago Machado Ardenghi, Saul Martins Paiva, Camila Silveira Sfreddo, Silvia Helena de Carvalho Sales Peres
ORTODONTIA E SAÚDE COLETIVA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo avaliou sistematicamente estudos que analisaram a associação entre sobrepeso e obesidade na prevalência da cárie dentária em crianças e adolescentes. Buscas eletrônicas foram realizadas nas bases PubMed, Embase, Web of Science, LILACS e Scopus, para artigos publicados até setembro de 2022. Dois revisores independentes realizaram buscas e avaliação dos estudos. Os critérios de inclusão foram estudos observacionais que avaliaram a associação entre sobrepeso e obesidade na prevalência de cárie em crianças e adolescentes. A qualidade das publicações foi avaliada pela Escala de Newcastle-Ottawa. Dados foram extraídos para metanálise. Um modelo de efeitos aleatórios foi usado para estimar razão de Prevalência (RP) e seu respectivo intervalo de confiança. A estratégia de busca encontrou 193 publicações. Destes, 30 artigos atenderam aos critérios de elegibilidade e foram incluídos na revisão sistemática, e 6 incluídos na metanálise geral representando uma amostra total de 129.866 crianças e adolescentes. Não houve diferença na prevalência da cárie dentária entre baixo peso/peso normal e sobrepeso/obeso (RP=1,18; IC95%0,74-1,86). Na metanálise de diferentes subgrupos, nos estudos longitudinais crianças e adolescentes com sobrepeso/obesidade apresentaram maior prevalência de cárie dentária (RP 1,94; IC95% 1,14-3,27). Dentre os países analisados, aqueles com menor condição socioeconômica, crianças e adolescentes com sobrepeso/obesidade apresentaram maior prevalência de cárie (RP 2,22; IC95% 1,82-2,73).
Conclui-se que nos países de baixa renda e nos estudos longitudinais, crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade apresentam mais lesões de cárie.
(Apoio: CAPES N° 001 | CNPq N° 302002/2022-7 | 22/05123-2 N° FAPESP)
PN-R0383 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 19
Intercâmbio Brasil-Angola: Impacto da pós-graduação como indutora de transformações sociais
Marcial António Simão Songa, Laurinda Luísa Isaías Caconda, Nemre Adas Saliba, Tânia Adas Saliba, Suzely Adas Saliba Moimaz
Pós - Graduação UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo neste trabalho foi analisar o impacto do intercâmbio internacional de um Programa de Pós-graduação de Saúde Coletiva do Brasil com um país da África. Trata-se de um estudo descritivo de relato de experiência. Foram analisados dados sobre os projetos e atividades implementadas em instituição de ensino superior e em órgãos governamentais prestadores de serviço de saúde em Angola, na África, após a formação de pós-graduandos no Brasil. Foram formados dois doutores, no Programa de Saúde Coletiva em Odontologia da UNESP, do Brasil, sendo que um deles, após obtenção do título, assumiu a coordenação do curso de medicina dentária no Instituto Superior Politécnico de Benguela. Importa destacar a restruturação curricular, enquadramento de atividades práticas nos centros e postos de saúde da cidade, a realização do primeiro estudo epidemiológico de saúde bucal de crianças, adultos, idosos e gestantes. A extensão universitária foi potenciada, a partir da vivência ocorrida no Brasil. Nos centros de cuidados pré-natal da cidade, houve a implementação de seminários dirigidos aos técnicos, e a partir deste, iniciou-se o pré-natal odontológico nas unidades de saúde. Noutro município, sugeriu-se um estudo sobre o perfil de saúde bucal em gestantes dos centros materno infantil, cujo tema resultou em uma dissertação em saúde publica. O impacto promovido em Angola pelo programa de pós-graduação de Saúde Coletiva em Odontologia do Brasil foi notório. As ações que estão sendo desenvolvidas têm reforçado a importância dos intercâmbios internacionais.
Foram beneficiados os discentes e docentes do curso de Medicina Dentaria da IES, que participam do processo, o governo local e consequentemente os habitantes daquela circunscrição.
(Apoio: CAPES N° 001)
PN-R0384 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 19
Prevalência de sangramento gengival e qualidade de vida relacionada à saúde de adolescentes vulneráreis do ensino público de Bauru
Marcelo Salmazo Castro, Gabriela de Figueiredo Meira, Eliel Soares Orenha, Ana Virginia Santana Sampaio Castilho, Rharessa Gabrielly Ferreira Mendes, Leonardo Trench, Silvia Helena de Carvalho Sales Peres
Odontopediatria,Ortodontia e Saúde Colet UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do sangramento gengival na qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) de escolares do ensino médio de escolas públicas de Bauru. A coleta dos dados foi realizada nos meses de março e abril de 2024, por meio do Google Forms preenchidos pelos participantes. O Senso de Coerência (SOC) foi avaliado pela escala SOC-13, a raça e o gênero foram autodeclarados, o Índice de massa corporal (IMC) foi mensurado pelo peso e altura, dicotomizados pelo escore Z, a condição econômica pela renda familiar, sangramento gengival foi avaliado pelo número de dentes acometidos. A QVRS foi a variável de desfecho e foi avaliada pelo questionário Kiddo-KINDL. Foram realizados os testes Mann-Whitney, Correlações de Spearman e Regressão de Poisson não ajustada e ajustada. A maioria dos participantes (109) (65,5%) estavam com baixo peso/peso normal. A média de sangramento entre os adolescentes foi de 8,98 (DP±8,65), a média da QVRS foi de 57,8 DP (±13,8), houve correlação entre sangramento gengival e a QRVS (rs=-0,131; p=0,09), os meninos apresentaram melhor média de QVRS 60,6 (DP± 13,8; p<0,01). Não houve associação significativa entre a cor da pele e a QVRS (p= 0,33). A maior renda foi relacionada a melhor QVRS (rs= 0,195; p<0,01). Na análise ajustada, os meninos com menor média de dentes com sangramento gengival apresentaram melhor QVRS.
Conclui-se que as condições bucais influenciam na QVRS de adolescentes vulneráveis e as meninas apresentaram pior QVRS.
(Apoio: CAPES N° 001 | FAPESP N° 022/05123-2)
PN-R0387 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 19
Complicações dentárias decorrentes da intubação orotraqueal por anestesistas na Paraíba: um estudo sobre ocorrências e impactos
Karolyne de Melo Soares, Lucas Pereira Andrade, José Maria Chagas Viana Filho
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo da pesquisa foi investigar a prevalência de traumas dentários durante a intubação orotraqueal por médicos especialistas em anestesiologia na Paraíba. Realizou-se, portanto, um estudo transversal quantitativo, com anestesistas em atividade e inscritos no Conselho Regional de Medicina da Paraíba. Os participantes responderam a um questionário virtual, composto por 24 questões objetivas, divididas em domínios demográficos, de conhecimentos científicos e experiências prévias, cujas respostas foram analisadas de forma descritiva e inferencial. A amostra foi composta por 50 médicos, com idade média de 40 anos (±6,44), sendo a maioria do sexo masculino (n=42; 84,0%), com formação em anestesiologia na Paraíba (n=22; 44,0%) e tempo de atuação compreendido entre 5 e 10 anos (n=24; 48,0%). Um total de 62,0% (n=31) dos profissionais provocaram algum trauma dentários durante a intubação, sendo este evento associado ao tempo de 5 a 10 anos de atuação profissional (p<0,001), ao local de formação (Paraíba, p=0,001) e, contraditoriamente, àqueles que declararam ter conhecimento suficiente sobre a boca e dentes (p=0,023). A maioria dos anestesistas que experienciaram trauma na intubação e disseram ter chamado o cirurgião-dentista na sala de cirurgia, não souberam responder se havia o cirurgião-dentista em seus hospitais de trabalho (55,6%; n=15) ou afirmaram que não há este profissional no ambiente hospitalar (44,4%; n=12).
Traumas dentários durante a intubação por anestesistas na Paraíba são prevalentes. A maioria dos anestesistas paraibanos desconhecem ou afirmam não ter cirurgiões-dentistas em seus locais de trabalho.
PN-R0393 - Painel Aspirante
Área: 5 - Materiais Dentários
Apresentação: 04/09 - Horário: 13h30 - 17h30 - Sala: 1
Avaliação físico-mecânicas dos adesivos universais livres de BPA
Viviane Guadagnin, Alberto Youssef Filho, Klissia Romero Felizardo, Danielle Ferreira Sobral de Souza, Sandrine Bittencourt Berger, Ricardo Danil Guiraldo, Murilo Baena Lopes
Odontologia restauradora UNIVERSIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESTADO E DA REGIÃO DO PANTANAL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O uso de materiais restauradores com Bis-GMA pode levar à exposição ao BPA (bisfenol-A), que tem potencial cancerígeno. Diante disto, o objetivo foi analisar propriedades físico-mecânicas de adesivos livres de BPA. Foram utilizados Scotchbond Universal Plus (SP) e Ambar Universal APS (AB), ambos livres de BPA, e Single Bond Universal (SU) como controle. Para cada teste foram confeccionados 30 corpos de prova, divididos em 3 grupos (n=10). Os testes foram: tensão de contração, grau de conversão, radiopacidade e resistência de união. Os adesivos foram inseridos em matriz circular de resina fotoelástica, polimerizados por 20s e analisadas no polaroscópio. No teste de grau de conversão das amostras foram analisadas em FTIR, polimerizadas e não polimerizadas. Para microcisalhamento, os adesivos foram aplicados na superfície de dentina bovina e a resina Filtek Z-350 inserida em um tygon em posição, polimerizado e testado em uma máquina de ensaio. No teste de radiopacidade as amostras foram aferidas utilizando uma escala de alumínio. Os dados foram submetidos à ANOVA e teste de Tukey (5%). Na fotoelasticidade (MPa), o adesivo SU (40,00±18,41) apresentou tensões de contração menor que os demais (SP 85,20±14,67, AB 84,80±13,64). No microcisalhamento (MPa), o adesivo AB (7,40±4,96) apresentou menor resistência à fratura comparado com SU (12,89±7,58) e SP (11,86±2,38). Na radiopacidade (mmAl), o adesivo AB (1,00±0,00) e SU (1,00±0,00) apresentaram menor radiopacidade comparado com SP (5,60±1,50). Na análise de FTIR (%), não houve diferenças estatísticas entre os adesivos (SU 56,06±13,90, SP 68,85±4,32, AB 56,02±17,04).
O Scothbond Universal Plus apresentou propriedades similares ao grupo controle, porém com melhor radiopacidade.
PN-R0395 - Painel Aspirante
Área: 5 - Materiais Dentários
Apresentação: 04/09 - Horário: 13h30 - 17h30 - Sala: 1
Propriedades físico-químicas de um monômero a base de flavonóide: Estudo in vitro de um compósito modificado
Bruna Tavares Carneiro, Luciana Pereira Silva Viana, Isabela Gomes Medeiros, Thayná Caroline França de Pinho Carvalho, Cleiton Moreira da Silva, Allyson Nogueira Moreira, Carolina Bosso André
Departamento de Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo preliminar teve como objetivo sintetizar um monômero experimental a base de flavonoide e adicioná-lo em uma resina composta. Após síntese, purificação e caracterização, o flavonoide-metacrílico (FM) foi adicionado em três concentrações (0,5, 1 e 1,5 %) em uma resina experimental a base de Bis-GMA/TEGDMA (50/50), canforquinona e 70% de partícula de carga. As resinas com FM foram comparadas a um controle de mesma composição, porém sem adição de FM. As resinas experimentais foram avaliadas em relação às suas propriedades físico-químicas: sorção e solubilidade (discos de 1mm x 5mm), resistência flexural e módulo de elasticidade (barras de 25mm x 2mm x 2mm), grau de conversão e análise de cor (discos de 2mm x 5mm; parâmetro L8, a*, b* e C*); (n=3). Os dados apresentaram normalidade na distribuição e foram submetidos ao teste de ANOVA um fator seguido de Tukey. Não houveram diferenças significativas quanto aos valores de sorção/solubilidade, resistência flexural e grau de conversão para os grupos testados (p> 0,05). Quanto ao módulo de elasticidade, os valores diminuíram com adição do FM a 1% e 1,5%. No que concerne a análise de cor, o parâmetro L* (luminosidade) apresentou uma redução no quando o FM foi adicionado em 1%. Em relação aos parâmetros a*, b* e C*, os valores aumentaram proporcionalmente a concentração do FM, sendo que os grupos com adição de FM a 1% e 1,5% não exibiram diferença significativa entre si.
Os resultados sugerem que a maioria das propriedades físico-químicas não foram afetadas com adição do FM, com exceção do módulo de elasticidade e dos parâmetros de cor, que sugerem um amarelamento da resina composta nos grupos experimentais.
(Apoio: Fapemig N° APQ-01185-21 | CNPq N° 422588/2021-0 | CAPES N° 001)