RESUMOS APRESENTADOS
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PN-R0326 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 16
Fatores associados à satisfação com os dentes entre mães de crianças e adolescentes que frequentam a faculdade de Odontologia de Araraquara
Mayra Sanmiguel Souza, Nathalia Bersan, Ludmyla Noronha de Morais, Malu Oliveira Santos, Marília Narducci Pessoa, Caroline Meronha de Lima, Elaine Pereira da Silva Tagliaferro
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo transversal foi investigar a satisfação com os dentes e fatores associados entre mães de crianças e adolescentes que frequentam a Faculdade de Odontologia de Araraquara, FOAr/UNESP. Duzentas e dez mães de crianças e adolescentes atendidos na FOAr preencheram um questionário semiestruturado para coletar informações sobre variáveis sociodemográficas, morbidade bucal, uso de serviços odontológicos, conhecimento sobre saúde bucal, crenças em saúde bucal, importância da saúde bucal e escala de valores pessoais. A análise dos dados foi realizada por meio de regressão logística múltipla (nível de significância de 5%), tendo como variável desfecho "satisfação com os dentes" (OR: Odds Ratio; IC: Intervalo de Confiança). Os resultados mostraram que 42,3% das mães disseram que estão muito insatisfeitas ou insatisfeitas. O escore médio de importância atribuído pelas mães à saúde bucal foi de 4,6, variando de 1 a 5. As mães com menor escolaridade (OR=2,49; IC95%: 1,16-5,37), com necessidade de tratamento dentário (OR=6,57; IC95%: 2,98-15,20) e cujo motivo da última consulta foi devido à dor (OR=3,08; IC95%: 1,23-7,96) ou a procedimentos de extração, tratamento, outros ou não sabe (OR=3,38; IC95%: 1,49-7,83) têm mais chance de estar menos satisfeitas com a condição dos seus dentes (p<0,05).
Conclui-se que a satisfação com os dentes esteve significativamente associada à morbidade bucal referida e à escolaridade.
(Apoio: FAPs - FAPESP N° 2020/10733-9)
PN-R0328 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 16
Reflexão da prática clínica baseada na aprendizagem ativa com acadêmicos de odontologia: um estudo qualitativo
Maria de Lara Araujo Rodrigues, Bruna Navarro Camargo da Silva, Marcella Alves Dos Anjos, Eduarda Betiati Menegazzo, Giovanna Sousa Oliveira Chagas, Álex Moreira Herval, Jaqueline Vilela Bulgareli
Saúde Coletiva e Odontologia Legal UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do estudo foi desenvolver a capacidade crítica, participativa e problematizadora dos estudantes de odontologia em relação à prática clínica. Utilizou-se uma abordagem qualitativa, baseada no método de pesquisa-ação, com a aplicação das metodologias ativas de aprendizagem na clínica de adolescentes da Universidade Federal de Uberlândia (MG), que faz parte da Rede de Atenção à Saúde Bucal do município. Participaram 33 estudantes do último semestre do curso, distribuídos em três grupos. Os dados foram coletados em três oficinas para cada grupo, cada uma com 90 minutos de duração. A pesquisa-ação seguiu o Método do Arco de Maguerez em cinco etapas: vivência da clínica, identificação de desafios, teorização baseada em evidências científicas, elaboração de estratégias e aplicação na prática clínica. O referencial teórico adotado foi baseado na metodologia problematizadora de Paulo Freire. A análise dos dados seguiu a técnica de análise de conteúdo temática. Os principais desafios relatados pelos estudantes foram o processo de trabalho, produtividade e infraestrutura, abordados por estratégias como elaboração de tabelas de procedimentos, estabelecimento de regras para acompanhantes aguardar na sala de espera, ajuste do horário de funcionamento da clínica, aprimoramento do treinamento dos profissionais auxiliares e a manutenção dos equipamentos odontológicos.
As experiências dos alunos foram significativas, contribuindo para seu desenvolvimento profissional fomentando um perfil crítico e humanista.
(Apoio: CAPES N° #001)
PN-R0329 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 16
Escores de qualidade global e engajamento das informações sobre o SUS no Youtube® e fatores associados
Eliane Maria Mascarenhas da Silva, Caroline Rabelo Camargos, Thiago Caldeira Diniz, Isabela Almeida Pordeus, Mauro Henrique Nogueira Guimarães de Abreu, Fabiana Vargas-ferreira, Flávio de Freitas Mattos
Departamento de Odontologia Social e Pre UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O estudo avaliou os escores na Escala de Qualidade Global (GQS) e o engajamento informacional de vídeos sobre o Sistema Único de Saúde disponíveis no YouTube®. Na ferramenta de busca de vídeos do YouTube foram utilizadas as palavras-chave 'sistema único de saúde' e 'SUS'. Foram incluídos no estudo os primeiros 100 vídeos retornados na busca. Neles, aplicou-se a GQS para mensurar o valor educativo, a utilidade e a qualidade da informação disponibilizada. O engajamento dos usuários foi calculado com base no número de curtidas/reações e comentários. Outros dados coletados foram autoria, ano de publicação, tema, público-alvo, duração do vídeo e uso de referências. Dois pesquisadores treinados e calibrados coletaram os dados. Conduziu-se análise multivariada das variáveis, com intervalo de confiança de 95% e significância de p<0,05. Não houve escores de GQS baixos ou geralmente baixos (escores 1 e 2) e a maioria dos vídeos (58%) obteve scores de GQS moderados ou bons (escores 3 e 4). Os vídeos publicados após o início da COVID-19 tiveram chance de engajamento 70% menor do que aqueles publicados nos anos pré-pandemia (RC 0,30; CI 95% 0,12-0,74). Vídeos direcionados a profissionais de saúde tiveram 72% menos probabilidade de atingir pontuações mais altas no GQS do que aqueles sem identificação de público-alvo (RC 0,28; CI 95% 0,10-0,75). O engajamento informacional dos vídeos apresentou menos comentários do que curtidas/reações.
A maioria dos vídeos do YouTube sobre o SUS apresentou escores de qualidade global moderados ou bons, que foram associados ao período de publicação e à escolha do público-alvo.
(Apoio: CAPES | FAPEMIG | INCT)
PN-R0330 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 16
Conhecimento de cirurgiões-dentistas da Marinha do Brasil sobre o manejo de Traumatismo Dentário
Guilherme Basile Soares Cabral, Lucas Alves Jural, Fabiana Dantas Turino, Lucianne Cople Maia, Marcela Baraúna Magno, Patrícia de Andrade Risso
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A ocorrência de traumatismos dentários (TD) na área militar pode ser considerada alta. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento dos cirurgiões-dentistas da Marinha do Brasil (CDMB) sobre o manejo do TD na dentição permanente. Para tanto, este estudo transversal aplicou de modo online um questionário validado com 12 questões de conhecimento sobre TD na dentição permanente. Dados de caracterização da amostra dos CDMBs (sexo, anos de formado, especialidade e número de atendimentos de TD nos últimos 12 meses) também foram coletados. O gabarito para as questões seguiu as recomendações dos guidelines da International Association for Dental Traumatology (IADT) 2020. O conhecimento foi mensurado através da média de respostas corretas para cada questão (0-12 pontos) e categorizado em baixo (0-3 acertos), aceitável (4-6), bom (7-9) e muito bom (10-12). Os dados foram analisados descritivamente e a influência da especialidade e do número de atendimentos de TD nos últimos 12 meses no conhecimento foram avaliadas em análises bivariadas e ajustadas (p<0,05). Do total de 203 CDMBs, a maioria era do sexo feminino (74,1%), tinham entre 11 e 20 anos de formado (44,3%) e alguma especialidade (90,6%). A média de acertos foi de 6,91±2,18. Após o ajuste das variáveis, o conhecimento foi maior entre os especialistas em endodontia, quando comparados às demais especialidades (p<0,001), e entre os que tinham feito pelo menos um atendimento de TD nos últimos 12 meses (p=0,006). O conhecimento dos CDMBs pode ser considerado de aceitável a bom, podendo variar de acordo com a frequência no atendimento recente desta injúria e com a especialidade odontológica.
Palavras-chave: Conhecimento, Odontólogos, Odontologia militar, traumatismo dentário
O conhecimento dos CDMBs pode ser considerado de aceitável a bom, podendo variar de acordo com a frequência no atendimento recente desta injúria e com a especialidade odontológica.
PN-R0331 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 16
Validação da escala Other as Shamer para o português do Brasil para adolescentes (B-OAS)
Rafaella Araújo Amancio de Lima Medeiros, Ramon Targino Firmino, Myrelle Leal Campos Sousa, Matheus de França Perazzo, Edja Maria Melo de Brito Costa, Ana Flávia Granville-garcia
Odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Esse estudo validou a escala Other as Shamer (OAS) para adolescentes brasileiros. A versão adaptada para o Brasil (B-OAS) foi administrada para 325 adolescentes entre 12 a 18 anos do Nordeste do Brasil. As propriedades psicométricas analisadas foram consistência interna, estabilidade temporal (coeficiente de correlação intraclasse - CCI), validade convergente (Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse - DASS-21), validade discriminante (variáveis sociodemográficas), validade preditiva (cárie dentária e aspectos oclusais) e validade fatorial (análise fatorial exploratória - AFE e confirmatória -AFC) (α =5%). Observou-se excelente consistência interna (α = 0,91; ω = 0,91), estabilidade (CCI = 0,96) e uma correlação significativa e positiva entre o escores do B-OAS e DASS-21 (rs =0,66). A Análise Fatorial Exploratória (AFE) sugeriu uma solução unifatorial (41,6% de variância). Não houve associação entre os escores do B-OAS e presença de cárie ou necessidade de tratamento ortodôntico (p=0,55). Os escores foram significativamente maiores em adolescentes do sexo feminino (p=0,003) e naqueles com renda familiar mensal de até um salário mínimo (p=0,025).
O B-OAS apresentou propriedades psicométricas satisfatórias para os adolescentes brasileiros e, apesar de não estar associada aos problemas bucais analisados, pode ser utilizado de forma confiável para outras situações relacionadas à vergonha externa
PN-R0334 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 17
Literacia em saúde: explorando fatores associados e disparidades entre universitários de dois cursos da Universidade Federal do Amazonas
Jefferson Calixto Carvalho, Maria Clara Couteiro Lopes Ferreira, Pedro Henrique Duarte Franca de Castro, Igor Miguel Lago Cecilio, Alessandra Maria Couto Neves, Yan Nogueira Leite de Freitas, Maria Augusta Bessa Rebelo, Janete Maria Rebelo Vieira
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O presente estudo teve como objetivo medir o nível de Literacia em Saúde (LS) de universitários dos cursos de Engenharia Florestal e Odontologia da Universidade Federal do Amazonas, por meio do instrumento Health Literacy Questionnaire traduzido para o português (HLQ-Br). Os dados foram coletados por meio de questionários autoaplicáveis que incluíram características demográficas, socioeconômicas, autopercepção de saúde e comportamento relacionado à saúde. A tabulação e análise foram realizadas por meio do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). A amostra compreendeu 79 universitários do curso de Engenharia Florestal e 118 do curso de Odontologia. A renda familiar média foi acima de 1 salário mínimo para 88,8% da amostra. A autopercepção de saúde foi positiva para 85,7% dos estudantes e 75,6% relataram nunca ter fumado. Na análise bivariada, houve diferenças significativas (p<0,001) em todas as nove escalas do HLQ-Br, com os discentes de Odontologia apresentando escores mais altos. A renda familiar mostrou diferença significativa em oito das nove escalas do HLQ-Br, revelando um gradiente de melhora dos escores para renda familiar acima de 1 salário mínimo. A autopercepção de saúde também evidenciou diferença significativa em oito das nove escalas do HLQ-Br, mostrando que a autopercepção de saúde positiva esteve associada a melhores escores do HLQ-Br. Por fim, nunca ter fumado esteve associado a melhores escores do HLQ-Br, em oito de nove escalas.
Assim, este estudo revelou disparidades significativas na LS entre estudantes de Engenharia Florestal e Odontologia, evidenciando também renda familiar, autopercepção de saúde e histórico de tabagismo como fatores associados.
(Apoio: FAPEAM N° PIB-S/0066/2023)
PN-R0335 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 17
Saúde bucal e qualidade de vida em atletas com deficiência física de membros superiores e inferiores
Marina Favrin , Eduardo Rodrigues Liporaci, Gabriela Frigini Cometti, Lucas Thomazotti Berard, Cintia Baena Elchin, Henrique da Graça Pinto, Neide Pena Coto
Cirurgia,prótese,traumato. maxilofaciais UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Uma pessoa portadora de deficiência é aquela que possui limitação ou incapacidade para o desempenho de alguma atividade, acarretando o comprometimento da função física. A qualidade de vida é um termo muito utilizado atualmente, a definição de saúde bucal é multifacetada e é também um componente fundamental de saúde e do bem-estar físico e mental. Neste trabalho foram analisadas e associadas a saúde bucal e a qualidade de vida de atletas com deficiência física de membros superiores, inferiores e ambas, através do instrumento de avaliação e associadas variáveis demográficas (sexo, faixa de idade, tempo de deficiência, tempo que pratica o esporte e ajuda pra responder o questionário) com as deficiências dos membros. Participaram da pesquisa 44 atletas com deficiência física, de várias modalidades esportivas. Nas análises de associação foi utilizado o teste Exato de Fisher e para as comparações dos escores entre os grupos foram utilizados os testes de Krustal Wallis e Dunn. Todas as análises foram realizadas no programa R, com nível de significância de 5%. Mostra-se que não houve associação significativa entre a autoavaliação da qualidade de vida e o tipo de deficiência (p<0,05). A grande maioria classificou a sua qualidade de vida como boa ou muito boa (93,2%). Em relação ao domínio físico, foi melhor no grupo com deficiência nos membros superiores do que no grupo com deficiência nos membros inferiores (p<0,05). Não houve diferença significativa entre os grupos em relação ao impacto da saúde bucal na qualidade de vida (p<0,05).
Conclui-se que os atletas com deficiência física de membros inferiores possuem pior qualidade de vida. O tipo de deficiência física não difere entre si em relação ao impacto da saúde bucal na qualidade de vida.
PN-R0337 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 17
Estratégias Metodológicas e Desafios na Pesquisa Epidemiológica em Saúde Bucal de Pessoas Trans: Uma Análise do Estudo TransBucal Floripa
Zeno Carlos Tesser Junior, André Inácio da Silva, Juliara Bellina Hoffmann, Ana Carolina Oliveira Peres, Andreia Morales Cascaes
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Considerando a difícil acessibilidade e a constante vulnerabilidade social enfrentada pela população transgênero, é essencial levar em conta suas características específicas ao conduzir pesquisas epidemiológicas. Este estudo tem como objetivo destacar essas características, além de explorar métodos e estratégias para conduzir pesquisas epidemiológicas em saúde bucal com essa população, visando qualificar futuros estudos e proteger os participantes. Para isso, descrevemos as abordagens adotadas em um estudo epidemiológico transversal envolvendo 190 indivíduos transgênero atendidos em um ambulatório dedicado a essa população em Florianópolis, Santa Catarina. Realizamos exames clínicos para avaliar problemas de saúde bucal, enquanto um questionário estruturado, dividido em nove blocos, abordou tópicos como informações pessoais, acesso aos serviços de saúde, terapias de afirmação de gênero, estilo de vida e saúde mental e bucal. Entre os principais achados, destacam-se os desafios do uso correto de pronomes e as estratégias para o respeito ao nome social dos participantes, incluindo aspectos éticos na assinatura do termo de consentimento (TCLE), além de estratégias para evitar a discriminação.
Concluímos a relevância da identificação de possíveis gatilhos emocionais nas perguntas do questionário e estratégias para minimizar seu impacto. Além disso, refletimos sobre a utilização tradicional de categorias binárias de sexo/gênero em pesquisas epidemiológicas e a necessidade de adaptar os instrumentos para incluir pessoas não binárias. Adicionalmente, nosso estudo pode contribuir com orientações éticas para a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) e para os Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs).
(Apoio: CNPq)
PN-R0338 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 17
Avaliação da Confiabilidade do ChatGPT utilizando o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes
Marcos Henrique de Castro E. Souza, Flavio Narciso Carvalho, Maria Eduarda Finoti Alberice, Erika Mageste de Almeida, Saulo Yamim Novelino, Warley Oliveira Silva, Antônio Márcio Resende do Carmo
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O papel crescente da inteligência artificial em várias esferas da sociedade é inegável, e sua integração na odontologia está abrindo novos caminhos para a melhoria da prática clínica, educação e pesquisa. Este estudo se concentra no uso do Chat Generative Pre-trained Transformer (ChatGPT) da OpenAI, um modelo de linguagem avançado, e sua aplicação na odontologia, especialmente em contextos educacionais. Projetado para gerar linguagem natural, oferece potenciais transformações no processo educacional, na prática clínica, pode servir como um assistente virtual, facilitando os profissionais a acessarem rapidamente informações atualizadas. O foco principal deste artigo é a aplicabilidade do ChatGPT como uma ferramenta de educação, o artigo usou o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes para avaliar sua capacidade de responder corretamente às perguntas dos exames. Foram selecionadas 179 perguntas dos componentes específicos dos exames de Odontologia 2010 a 2023 com respostas objetivas. A abordagem consistiu em introduzir as perguntas ao ChatGPT e coletas suas respostas para avaliar os acertos e erros.
Os resultados deste estudo apresentaram um resultado aquém do esperado, na qual o Chat Generative Pre-trained Transformer (ChatGPT) alcançou uma taxa de acerto de apenas 27% nas questões do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) em odontologia dos anos de 2010, 2013, 2016, 2019 e 2023. Essa baixa performance sugere limitações na capacidade do ChatGPT de compreender e responder precisamente a uma ampla variedade de questões relacionadas à odontologia. Este resultado coloca em questão a habilidade da IA em lidar com complexidades linguísticas e entender profundamente o conteúdo específico da área.
PN-R0339 - Painel Aspirante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 17
Panorama da conformação das equipes de saúde bucal em municípios do Vale do Paraíba com a introdução do previne Brasil
Isis Moraes Cançado, Ana Amélia Barbieri, Fernanda Alves Feitosa, Taís de Souza Barbosa, Bruna de Oliveira da Silva, Tânia Adas Saliba, Suzely Adas Saliba Moimaz, Symone Cristina Teixeira
Odontologia Social UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Objetivou-se analisar a conformação das equipes de saúde bucal (ESB) antes e após a introdução do Programa Previne Brasil ao financiamento da Atenção Básica (AB) na XVII Divisão Regional de Saúde do Estado de São Paulo (DRS XVII). Para tanto, utilizou-se dados do Painel de Indicadores da Atenção Primária à Saúde da Secretaria de Atenção Primária à Saúde em dois períodos: de 2017 a 2019 (anterior Previne Brasil) e de 2020 a 2021 (posterior ao Previne Brasil). Dados levantados: ESB vinculadas à AB, ESB vinculadas à Estratégia de Saúde da Família (ESF) e porcentagem da cobertura populacional de cada uma delas. Os municípios da DRS XVII foram segmentados em 7 grupos conforme número populacional e as informações compiladas de forma quadrimestral. Os dados foram submetidos ao teste de Shapiro-Wilk, correlação de Pearson e de Spearman em cada grupo e teste de Kruskal-Wallis. Verificou-se que os grupos com população superior a 60 mil habitantes apresentaram uma baixa cobertura populacional tanto em AB quanto em ESF e os grupos que representavam os municípios com população de 5 a 10 mil, de 10 a 15 mil, de 30 a 60 mil e de 60 a 100 mil habitantes, respectivamente, apresentaram maior número de equipes vinculadas à ESF em todos os períodos. Os grupos que representavam os municípios de até 5 mil habitantes, de 15 a 30 mil e com mais de 100 mil habitantes apresentaram maior média de número de equipes vinculadas à AB ao longo do tempo, porém, em períodos isolados que casam com a introdução do Previne Brasil, a média das ESB vinculadas à ESF foi maior.
O programa Previne Brasil melhorou os incentivos financeiros na atenção primária. Destaca-se a necessidade de iniciativas que estimulem o cadastro na ESF e o aumento do número dessas equipes ampliando a cobertura populacional.