RESUMOS APRESENTADOS

2723 Resumo encontrados. Mostrando de 1531 a 1540
PNf1038 - Painel Aspirante
Área: 10 - Implantodontia básica e biomateriais
Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Estudo da Estabilidade do Torque de Pilares de Zircônia Fabricados por Fresagem em CAD/CAM em Implantes Cone Morse
Maria Natally Belchior Fontenele, Renata Cristina Silveira Rodrigues, Adriana Cláudia Lapria Faria, Rodrigo Tiossi
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Na implantodontia, os pilares de Zircônia são preferíveis devido à sua estética e biocompatibilidade. No entanto, esse material pode causar danos ao corpo do implante. Além disso, a perda de torque no parafuso do pilar também é um desafio na reabilitação oral com implantes. Este estudo in vitro teve como objetivo analisar a perda de torque em implantes com conexão cone Morse, utilizando pilares de zircônia com base de titânio para suportar coroas de zircônia após um ensaio termomecânico. Foram examinados 21 conjuntos de implante/pilar/coroa, com torque de 32 Ncm. As amostras foram divididas em três grupos (n=7): grupo controle (G1), grupo submetido a ciclos termomecânicos (G2), e grupo submetido a ciclos termomecânicos com deslizamento (G3). Os ensaios consistiram em 1.000.000 de ciclos, com uma frequência de 2 Hz e carga de 100 N, com ciclos térmicos variando de 5° a -55° Celsius. Após os testes, a perda de torque foi medida. A adaptação dos componentes foi avaliada qualitativamente utilizando microscopia eletrônica de varredura (MEV). Observou-se uma perda de torque em todas as amostras e grupos testados. No entanto, a análise estatística não revelou diferenças significativas entre os grupos após os ciclos termomecânicos (p=0,994). As análises da MEV mostraram adaptação na região de conexão entre o pilar e o implante em todos os grupos. Entretanto, a amostra 5 do G2 e a amostra 1 do G3 revelaram desadaptação na interface entre o parafuso e o TiBase.
Os resultados sugerem que a ciclagem termomecânica pode contribuir para a diminuição do torque devido aos micromovimentos gerados e ao afrouxamento do parafuso. No entanto, não houve diferença significativa nos valores de torque na ausência de ciclagem termomecânica.
(Apoio: CAPES)
PN-R0047 - Painel Efetivo
Área: 2 - Terapia endodôntica
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 3
Impacto da exposição ácida nas propriedades físicas do Clínquer em modelo de dentina: estudo empregando micro-CT e MEV
Karina Ines Medina Carita Tavares, Airton Oliveira Santos-Junior, Jáder Camilo Pinto , Fernanda Ferrari Esteves Torres, Juliane Maria Guerreiro-tanomaru, Mário Tanomaru-filho
Odontologia Restauradora UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Propriedades físicas dos materiais biocerâmicos podem ser afetadas pelo pH ácido na presença de periodontite apical. Este estudo avaliou o efeito da imersão em ácido butírico (AB, pH 4,1) ou solução salina tamponada com fosfato (PBS, pH 7,0) nas propriedades do Clínquer biocerâmico (CL) com tamanho de partícula de 2 a 30 µm ou ˂ 2 µm associado ao óxido de zircônio e manipulado com água destilada (AD) ou líquido com aditivos (LA) em comparação com Bio-C Repair (BCR) e Biodentine (BIO). Tubos de dentina foram preenchidos com material e depois de 24 horas, imersos em AB ou PBS (n=5) por 7 e 28 dias. Alteração volumétrica, porosidade e interface material/dentina foram avaliadas por meio de microtomografia computadorizada (micro-CT), além da análise da superfície do material por microscopia eletrônica de varredura (MEV). Kruskal-Wallis e Dunn, Mann-Whitney, Wilcoxon, teste t não pareado e ANOVA e Tukey foram realizados (α=0,05). Todos os materiais com CL apresentaram alteração volumétrica similar ao BCR e BIO (p>0,05). AB ocasionou maior aumento na porosidade (aproximadamente 8%) do que PBS (aproximadamente 2%), exceto para CL 2 a 30 µm com LA (p<0,05). Imersão em AB por 28 dias aumentou a porosidade e a presença de falhas na interface quando comparado ao período inicial (p<0,05). CL 2 a 30 µm com AD apresentou maior porosidade e falhas na interface (p<0,05). Análise em MEV revelou que todos os materiais apresentaram formação de hidroxiapatita na superfície do material em PBS e perda estrutural em AB.
Conclui-se que pH ácido promove falhas de interface material/dentina, aumenta porosidade e perda volumétrica para os materiais biocerâmicos. Água destilada sem aditivos promove maior porosidade, falhas na interface e perda de volume para o clínquer.
(Apoio: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP N° 2020/11011-7 )
PN-R0116 - Painel Efetivo
Área: 2 - Terapia endodôntica
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 6
Efeito do extrato de romã (Punica granatum) isolado ou combinado com clorexidina contra biofilme oral multiespécie
Julia Adornes Gallas, Laís Lima Pelozo, Ya Shen, Markus Haapasalo, Manoel Damião Sousa-neto, Aline Evangelista Souza-Gabriel
Odontologia Restauradora UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Extratos naturais com ação antimicrobiana podem ser usados em formulações para bochecho ou irrigantes dos canais. Este estudo avaliou o efeito do extrato de Punica granatum (EPG) em biofilme oral multiespécie. Foram preparados extratos liofilizados de casca de romã e a presença da punicalagina foi comprovada por cromatografia líquida de alta eficiência. Biofilme oral de 2 doadores foram cultivados em discos de hidroxiapatita revestidos com colágeno. Após incubação por 1, 2, ou 3 semanas, os biofilmes foram expostos a água (controle), clorexidina 2% (CHX 2%), EPG 10%, EPG 20% ou EPG 30% por 3 minutos. A redução bacteriana foi avaliada pelo método Live/Dead em microscopia confocal de varredura a laser. A EPG 30% foi mais eficaz, então foi combinada com CHX 2%. Novas análises foram realizadas com água, CHX 2%, EPG 30% ou EPG 30% + CHX 2%. Cinco áreas de cada disco foram escaneadas (10 áreas por grupo), reconstruídas em 3D (fluorescência vermelha e verde) e o biovolume foi calculado (μm3). Os dados foram analisados por ANOVA e teste de Tukey (α=0,05). O EPG reduziu os microganismos de forma eficaz em biofilmes com 1, 2, ou 3 semanas (p = 0,111). A proporção de redução bacteriana variou de 37 a 55,3%, dependendo da concentração do EPG. O EPG 30% teve maior eficácia contra o biofilme em comparação com a CHX (p = 0,0009), que reduziu microganismos entre 25,2 a 48,7%. O EPG 10% e 20% apresentaram redução intermediária, sem diferença da CHX (p = 1,002). A água teve a menor redução bacteriana (p < 0,0001) numa faixa de 5 a 6,7%. O EPG 30% isolado ou misturado com CHX 2% apresentou maior eficácia anti-biofilme que a CHX isolada (p < 0,05).
O extrato de Punica granatum a 30% (sozinho ou combinado com CHX) proporcionou redução bacteriana em biofilme oral multiespécime.
(Apoio: CAPES N° 001)
PN-R0140 - Painel Efetivo
Área: 8 - Periodontia
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 7
Previsibilidade nas reconstruções das papilas interdentais: revisão de literatura
Leandro Marques de Resende, Rayla Cristina da Costa Ferreira, Marcio Eduardo Vieira Falabella, Henrique Duque de Miranda C Netto, Bruno Salles Sotto-maior
Departamento de Clinica Odontologica UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Atualmente, os manejos de tecido mole ganharam evidências clínicas importantes nas nas reabilitações odontológicas. As papilas dentais, tecido que preenche a região de ameias entre os elementos dentais desempenham papel fundamental na estética dental, sorriso e na harmonia facial, e sua ausência gera insatisfações, principalmente na região anterior maxilar. Esta revisão de literatura buscou identificar as principais técnicas utilizadas nas reconstruções das papilas interdentais, assim como sua previsibilidade a longo prazo. Dentre essas técnicas, podemos citar o enxerto de tecido conjuntivo, associado ou não a avanços coronários, Plasmas ricos em Fibrina (PRF e i-PRF), técnica do rolo palatino, Técnica de Han e Takei, uso de preenchedores, ácido hialurônico, biomateriais, matrizes de tecido desmineralizado, além de diversos acessos ou incisões associadas ao uso de enxertos de tecido conjuntivo subepitelial, como incisão semilunar, técnica do túnel e Incisão tipo VISTA. Ao total, foram revisados 32 artigos no qual haviam relatos de técnicas mais e menos invasivas objetivando aumentar ou reconstruir na sua totalidade as papilas interdentais. A maioria dos autores afirmam imprevisíveis os resultados mas indicam que, com o avanço das tecnologias de diagnóstico engenharia de tecido, muitas dessas técnicas maximizam seus resultados clínicos dando previsibilidades nos resultados.
No que diz respeito a técnicas de reconstrução de papila dental existem varias formas de tratamento, com diferentes taxas de previsibilidade, sendo que algumas, como enxerto do tecido conjuntivo subepitelial é considerada de maior sucesso e mais previsível a longo prazo. Com o avanço da bioengenharia de materiais melhores resultados são esperados.
PN-R0187 - Painel Efetivo
Área: 4 - Odontopediatria
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 9
Impacto de um programa para prevenir o consumo de açúcar na ocorrência de cárie na primeira infância: ensaio randomizado multicêntrico
Elisa Maria Rosa de Barros Coelho, Karen Glazer de Anselmo Peres, Paulo Floriani Kramer, Priscila Humbert Rodrigues, Aveline Ribeiro Mantelli, Livia Mund de Amorim, Márcia Regina Vítolo, Carlos Alberto Feldens
Odontopediatria PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do estudo foi investigar a efetividade de um programa de orientação a puérperas para prevenção do consumo de açúcar no primeiro ano de vida na ocorrência de Cárie na Primeira Infância (CPI). Ensaio clínico randomizado multicêntrico (ClinicalTrials.gov NCT03841123) foi conduzido em três capitais do Brasil - Manaus, Salvador e Porto Alegre (n=516). Mães alocadas para o Grupo Intervenção (GI) receberam orientação face a face com base nas diretrizes da UNICEF "Dez Passos para Alimentação Saudável: do nascimento aos dois anos de idade" no hospital logo após o nascimento e reforço por 5 ligações telefônicas mensais. O Grupo Controle (GC) recebeu orientação hospitalar padrão. Práticas alimentares foram coletadas com questionários de frequência alimentar e recordatórios 24 horas aos 6 e 12 meses. Exame clínico odontológico foi realizado nos domicílios para diagnóstico de CPI por dentistas calibrados após a criança completar 12 meses. Análise dos dados incluiu Regressão de Poisson com variância robusta com cálculo do Risco Relativo (RR). A prevalência de CPI com um ano de idade (variação: 12 a 16 meses) foi de 17,4% e o número de dentes afetados variou de 0 a 6. O GI apresentou um risco 59% menor de consumir açúcar nos primeiros seis meses de vida (RR 0,41; IC 95% 0,20-0,84) e um número médio significativamente menor de itens doces consumidos aos 12 meses (p=0,025) em comparação com o GC. Entretanto, não houve diferença entre os grupos na ocorrência de CPI (RR 1,33, IC 95% 0,79-2,25, p=0,285) e no número de dentes atingidos por cárie (p=0,273).
Em conclusão, a intervenção foi efetiva na prevenção e redução do consumo de açúcar durante o primeiro ano de vida, mas não houve efetividade na prevenção de CPI ou na redução do número de dentes atingidos por cárie.
(Apoio: CNPq N° 408125/2017)
PN-R0192 - Painel Efetivo
Área: 4 - Odontopediatria
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 10
Mediadores envolvidos na reabsorção dentária após reimplante tardio: um estudo experimental
Fernanda Maria Machado Pereira Cabral de Oliveira, Léa Assed Bezerra da Silva, Daniele Lucca Longo, Raquel Assed Bezerra Segato, Marília Pacífico Lucisano Politi, João Vicente Baroni Barbizam, Nestor Cohenca, Francisco Wanderley Garcia de Paula-silva
doutorado UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O tratamento de reabsorção dentária continua sendo um dos grandes desafios na Odontologia, pois esta patologia leva à destruição lenta e progressiva do elemento dentário. O trauma é uma das causas. Foram investigadas moléculas envolvidas na reabsorção após avulsão do dente permanente e reimplante tardio, para entender os fenômenos que ocorrem e também o prognóstico. Pré-molares de cães foram extraídos e mantidos secos por 20, 60 e 90 minutos (n= 40). Os dentes foram reimplantados, esplintados com 0,4 mm NI-TI (níquel-titânio). Após 120 dias, os animais foram eutanasiados e os tecidos removidos para processamento histológico. As lâminas foram coradas para análise microscópica, submetidos à histoenzimologia da fosfatase ácida resistente ao tartarato (TRAP) e imunomarcado para RANK, RANKL, OPG, fosfatase alcalina e periostina. Dados obtidos foram submetidos à análise estatística por meio dos testes qui quadrado, Fisher, ANOVA one-way seguida pelo teste de Tukey e teste Kruskal Wallis seguido dos testes de Dunn. Foram identificados, áreas de reabsorção inflamatória, TRAP + osteoclastos ao redor dos dentes reimplantados, independente do tempo extra-alveolar. A síntese de RANKL nesta região foi maior em tempos extra-alveolares mais longos (p < 0,05) e foi mais intenso após manter o dente seco por 90 minutos em comparação com outros períodos (p<0,05). Na área de reabsorção por substituição houve menor síntese de periostina e maior produção de fosfatase alcalina (p < 0,05).
O reimplante tardio resultou em reabsorção dentária. A reabsorção inflamatória foi caracterizada pelo recrutamento de osteoclastos e síntese de RANKL e reabsorção por substituição foi caracterizada pela inibição da periostina e síntese de fosfatase alcalina.
PN-R0213 - Painel Efetivo
Área: 3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 11
Papel do inflamassoma NLRP3 na relação bidirecional entre a fibrose hepática e a periodontite apical
Cristiane Cantiga da Silva, Mariana Pagliusi Justo, Flávio Duarte Faria, Laís Ventura Barroti, Pedro Henrique Chaves de Oliveira , Tiago Novaes Pinheiro, Edilson Ervolino, Luciano Tavares Angelo Cintra
Odontologia Preventiva e Restauradora UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo analisou a resposta imunoinflamatória dos tecidos periapicais e hepáticos, em condições de periodontite apical (PA) e fibrose hepática (FH) em camundongos NLRP3 knockout (ko). Quarenta camundongos C57BL/6J wild type (wt) foram divididos em 4 grupos (n=10): Cwt - controle; PAwt - PA; FHwt - FH; PAFHwt - PA+FH. Outros 40 camundongos Nlrp3tm1Hhf/J ko foram divididos da mesma forma: Cko; PAko; FHko; PAFHko. Para indução da FH foi administrado CCl4 (IP), 40% (0,2µl/ g) 2x/semana por 60 dias. Após 30 dias, a PA foi induzida nos 1ºs e 2ºs molares inferiores e superiores direitos. Aos 60 dias os animais foram eutanasiados. Os fígados e as maxilas foram processados para coloração em H&E e PSR e submetidos à imunohistoquímica para NLRP3, IL-1β, IL-18, IL-17 e CD20. Testes estatísticos foram aplicados (p <0.05). Na PA, a inflamação foi mais severa no PAwt comparados com PAko e entre PAwt e PA+FHwt (p <0.05). Os wt apresentaram lesões periapicais maiores comparados aos ko influenciadas pela FH (p <0.05). Houve maior imunomarcação para IL-1β, IL-17, IL-18 e CD20 nos wt com diferenças entre PAwt e PAko (p <0.05); e entre PAwt e PA+FHwt para NLRP3, IL-1β, IL-17 e CD20 (p <0.05). Nos fígados, a inflamação foi mais severa nos wt comparados aos ko e entre FHwt e PA+FHwt (p <0.05). O estágio da FH foi mais acentuado nos wt em relação aos ko (p <0.05) e a imunomarcação foi maior para a IL-1β, IL-17, IL-18 e CD20 nos wt comparados aos ko (p <0.05). Houve diferença entre FHwt e PA+FHwt (p <0.05) para NLRP3 e IL-1.
Conclui-se que o silenciamento do NLRP3 modula a PA e a FH reduzindo o processo inflamatório e os mediadores inflamatórios. Além disso, o NLRP3 e IL-17 estão envolvidos no mecanismo bidirecional das duas doenças.
(Apoio: FAPs - FAPESP N° 2020/04307-7 )
PN-R0217 - Painel Efetivo
Área: 4 - Odontopediatria
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 11
Quantificação de células da resposta imune e inflamatória e expressão de hBD-3 em cistos radiculares de dentes decíduos e permanentes
Amanda Silva Bertasso, Léa Assed Bezerra da Silva, Evânio Vilela Silva, Marília Pacífico Lucisano Politi, Olivia Santana Jorge, Raquel Assed Bezerra Segato, Jorge Esquiche León, Paulo Nelson Filho
Odontopediatria UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo foi quantificar mastócitos, células dendríticas plasmocitoides maduras e imaturas, TREGS maduros e imaturos, linfócitos T citotóxicos, linfócitos B e a expressão de beta-defensina-3 (hBD-3) em cistos radiculares de dentes decíduos e permanentes e avaliar a relação entre o tamanho da lesão radiográfica e a intensidade de hBD-3. 19 cistos radiculares de dentes decíduos e 17 de dentes permanentes foram submetidos à análise imuno-histoquímica de marcadores específicos para quantificação de células da resposta imune e inflamatória e para avaliação da imunomarcação de hBD-3 e sua relação com o tamanho da lesão radiográfica. Os resultados foram analisados por meio de D'Agostino & Pearson, Mann-Whitney, teste t, Kruskal-Wallis e pós-teste de Dunn, com nível de significância de 5%. Todos os tipos celulares avaliados foram detectados em todos os cistos radiculares. Cistos de dentes decíduos apresentaram maior expressão de células dendríticas plasmocitóides (maduras e imaturas), linfócitos B e linfócitos T (p < 0,05), enquanto aqueles em dentes permanentes apresentaram maior expressão de linfócitos T, células dendríticas plasmocitóides imaturas, linfócitos T citotóxicos, e linfócitos B (p < 0,05). O hBD-3 foi expresso em cistos de dentes decíduos com expressão semelhante na cápsula e no epitélio (p > 0,05), enquanto nos dentes permanentes a expressão foi maior na cápsula (p < 0,05). Nos dentes decíduos, a expressão de hBD-3 em lesões pequenas foi maior do que em lesões grandes (p < 0,05).
As células dendríticas plasmocitoides imaturas foram as células predominantes nos dentes decíduos, enquanto os linfócitos T foram mais abundantes nos dentes permanentes. O hBD-3 foi expresso no epitélio/cápsula em dentes decíduos e permanentes.
PN-R0234 - Painel Efetivo
Área: 4 - Ortodontia
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 12
Má oclusão severa e qualidade de vida relacionada à saúde bucal em adolescentes de 12 a 15 anos de idade
Alidianne Fábia Cabral Cavalcanti, Cibele da Cruz Prates Oliveira, Marijara Vieira de Sousa Oliveira, Carlos Antônio Amaro Lira, Niely Enetice de Sousa Catão, Luana de Carvalho Lourenço, Rebecca Durand Garrido Ramalho, Alessandro Leite Cavalcanti
ODONTOLOGIA UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Estimar a prevalência de má oclusão severa e o seu impacto na qualidade de vida relacionada à saúde bucal em escolares de 12 a 15 anos de idade. Foi conduzido um estudo transversal com uma amostra probabilística de 391 estudantes. Um questionário sociodemográfico foi utilizado para reunir informações relativas ao contexto familiar. A presença de má oclusão foi avaliada pelo Dental Aesthetic Index (DAI) e a Qualidade de Vida Relacionada à Saúde Bucal (QVRSB) foi analisada pelo Oral Health Impact Profile (OHIP-14). Inicialmente, realizou-se uma análise descritiva e bivariada dos dados. Na sequência, modelos multivariados de regressão de Poisson foram empregados e o nível de significância adotado foi de 5%. A prevalência de má oclusão severa foi de 37,6%, sendo 8,4% maior na faixa etária de 12 a 13 anos (IC95%=1,48-2,29; p=0,034) e 11,2% (IC95%=1,43-2,06; p=0,020) maior entre os alunos com autopercepção de dentes mal posicionados. A má oclusão severa não se mostrou associada à QVRSB (p=0,686). Apesar da prevalência de má oclusão severa ter sido elevada entre os estudantes, não houve impacto negativo na QVRSB.
Apesar da prevalência de má oclusão severa ter sido elevada entre os estudantes, não houve impacto negativo na QVRSB.
(Apoio: Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (FAPESQ) N° 010/2021)
PN-R0245 - Painel Efetivo
Área: 4 - Odontopediatria
Apresentação: 04/09 - Horário: 08h00 - 12h00 - Sala: 12
Impacto da anquiloglossia na autoeficácia em amamentação em recém-nascidos: estudo de coorte ao nascimento
Livia Mund de Amorim, Carlos Alberto Feldens, Elisa Maria Rosa de Barros Coelho, Gabriela Fernandes Kern Dos Santos, Priscila Humbert Rodrigues, Laura Simões Siqueira, Amanda Baptista da Silva Heck, Paulo Floriani Kramer
Odontologia UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do estudo foi investigar o impacto da anquiloglossia ao nascimento na autoeficácia em amamentação. O presente estudo de coorte prospectiva é aninhado em um estudo maior que captou crianças ao nascimento no Hospital Universitário (HU) de Canoas, Brasil (n=1.181). Após o nascimento, foram coletadas variáveis de base sociodemográficas da família e variáveis antropométricas da criança em entrevistas com as mães e prontuário hospitalar. Cada criança foi examinada no hospital e classificada em relação ao freio lingual (Protocolo Bristol). Para cada criança sequencialmente identificada com anquiloglossia definida ou suspeita (Bristol ≤5, n=33) participaram duas crianças sem anquiloglossia (Bristol=8, n=66), pareadas por sexo e ordem de nascimento (primeiro filho: sim/não), até que o número amostral requerido fosse obtido. Aos 14 dias de vida, um entrevistador coletou o desfecho (autoeficácia em amamentação) usando a Escala de Autoeficácia em Amamentação formato resumido. Análise estatística incluiu regressão de Poisson, com cálculo de Razões de Média (RM) e Intervalos de Confiança (IC) 95%. Os escores de autoeficácia variaram de 29,0 a 70,0 (média 58,3), não havendo diferença entre crianças com anquiloglossia (média 56,0; IC 95% 51,9-60,1; mediana 60,0) e sem anquiloglossia (média 59,6; IC 95% 57,5-61,7; mediana 60,0) (Mann-Whitney p=0,213). Análise multivariável mostrou que os escores de autoeficácia em amamentação foram menores quando a criança era primeiro filho (RM; 0,92; IC: 0,86-0,99) mas não diferiram entre crianças com e sem anquiloglossia (RM 0,95; IC 95% 0,88-1,02).
Concluiu-se que anquiloglossia definida ou supeita não impactou na autoeficácia em amamentação em recém-nascidos.
(Apoio: CAPES N° 88887.479638/2020-00)