RESUMOS APRESENTADOS
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PNb0273 - Painel Efetivo
Área: 5 - Dentística
Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
O papel de tecnologias distintas no controle e prevenção de erosão em esmalte bovino
Marina Ciccone Giacomini, Isabelle Ferreira de Souza, Andreza Peres Justo, Mylena Proença Costa, Linda Wang
Dentística, Endodontia e Materiais Dentá UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O desgaste dentário erosivo (DDE) inicia-se pela perda estrutural de esmalte. Abordagens clínicas são investigadas para prevenir, controlar e tratar DDE em através do uso de diferentes tecnologias baseadas na capacidade dos materiais de interagir com a superfície dentária. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho de vernizes com diferentes bases e tecnologias para reduzir ou evitar a progressão do DDE em esmalte bovino por meio dos testes de microdureza de superfície (MS) e grau de molhamento (GM). 90 (n=5) blocos de esmalte bovino foram aleatoriamente divididos em 3 grupos de acordo com o substrato: Hígido (H - controle), Erodido por suco de laranja (erosão extrínseca (EE) - 1min/3xdia/5 dias); Erodido por ácido clorídrico 0,06% (erosão intrínseca (EI) - 2min/4xdia/5 dias). Em seguida, os espécimes foram redivididos em 3 grupos de acordo com o material: Duphat (D)- verniz fluoretado de alta concentração, Clinpro (C)- Fosfato tricálcio modificado e PRG Barrier Coat (B)- Partículas S-PRG. As análises de MS (KHN, 25g/10s/5x) e GM foram realizadas em 3 momentos: I: inicial - após o primeiro desafio erosivo; AA: após aplicação dos materiais e F: após o segundo desafio erosivo. Os dados foram submetidos à teste de normalidade e ANOVA de medidas repetidas (p<0,05). Para MS, EE e EI apresentaram valores reduzidos e ao final do tratamento e novo desafio erosivo, não houve diferença entre os materiais. Para o GM, EE apresentou a maior molhabilidade dentre os substratos e B dentre os materiais.
Conclui-se que o uso de materiais com diferentes mecanismos de ação é uma estratégia eficaz para controlar o DDE, os quais podem atuar como barreira mecânica ou mediadores da mineralização, além de promover alteração das características de superfície.
(Apoio: CNPq N° 2022/2023 (2022-944) | CAPES N° 001)
PNb0282 - Painel Efetivo
Área: 7 - Estomatologia
Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Calcificações em tecidos moles da região de cabeça e pescoço em amostra de adultos brasileiros
Francielle Topolski, Prescila Mota de Oliveira kublitski, Lizandra Cristina Hanke Agens Pereira, Giuliana Martina Bordin, Flávia Sens Fagundes Tomazinho, Carlos Eduardo Edwards Rezende, Adriane Sousa de Siqueira, Marilisa Carneiro Leão Gabardo
UNIVERSIDADE POSITIVO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Um desequilíbrio no nível de compostos minerais no organismo pode levar à deposição destes nos tecidos, favorecendo o aparecimento de calcificações. O objetivo deste estudo foi identificar calcificações em tecidos moles na região de cabeça e pescoço em radiografias panorâmicas digitais de adultos brasileiros. Foi realizado um estudo transversal com 384 exames de indivíduos de ambos os sexos, com idade entre 18 e 80 anos, analisados em busca de calcificações na artéria carótida, sialolitos, flebólitos, tonsilolitos, antrolitos, calcificações da cartilagem tritícea, calcificações do ligamento estilóide e linfonodos calcificados. A associação com sexo e idade também foi investigada. Os dados foram analisados no programa SPSS® versão 23.0, com nível de significância de 5%. Em 53 exames (13,8%) foram identificadas calcificações. Calcificação do ligamento estilóide ocorreu em 24 casos (6,2%), seguida de antrolito (n = 10; 2,4%). Sialolitos e tonsilolitos ocorreram em seis casos (1,6%). Linfonodos calcificados e flebólitos não foram identificados. Apesar da falta de associação com sexo e idade (p > 0,05), mulheres, aqueles de raça branca e indivíduos a partir da quarta década de vida foram mais acometidos.
A frequência de calcificações nesta amostra foi elevada, principalmente a calcificação do ligamento estilóide e antrolitos, mas sem associação com sexo ou idade.
(Apoio: CNPq N° 154603/2022-8)
PNb0286 - Painel Efetivo
Área: 7 - Imaginologia
Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Tendências de Preços de tecnologias de radiografia intraoral digital no Mercado Brasileiro
Adriana Dibo da Cruz, João Vítor Melo Silva, Karyn da Silva Rodrigues
Formação Específica UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O estudo comparou os preços de tecnologias de radiografia intraoral digital (placas de fósforo, escâneres e sensores) no mercado odontológico brasileiro. Foram identificados 34 fabricantes na busca ativa em artigos e sites das empresas. Os representantes comerciais desses fabricantes foram contatados em março e abril de 2024 para obtenção de cotações. A maioria dos fabricantes (82%) produz sensores, 15% fabricam sensores e placas de fósforo e/ou escâneres, e 3% fabricam apenas placas de fósforo. Quanto à atuação no mercado, 71% atuam tanto no Brasil quanto no exterior, 24% apenas no exterior e 6% apenas no Brasil, com diferença de disponibilidade de opções no mercado brasileiro não estatisticamente significativa (p > 0,05). A análise de preços revelou menor variação nos sensores (41,6% em relação à média de R$ 11.504,00) e maior variação nas placas de fósforo (55,7% em relação à média de R$ 485,00). Para os escâneres, a amplitude foi de R$ 10.888,00, representando cerca de 44% da média de R$ 24.709,18. A variação nos preços foi significativa (p < 0,05) entre os fabricantes.
Profissionais brasileiros têm acesso a uma ampla variedade de equipamentos, permitindo escolha da tecnologia de radiografia intraoral digital mais adequada às suas necessidades clínicas e financeiras. No mercado, os preços dos sensores são menos voláteis do que os das placas de fósforo, que têm maior variação. A decisão de compra deve considerar não apenas a qualidade técnica, mas também os aspectos financeiros.
PNb0320 - Painel Efetivo
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Compreendendo a experiência do acolhimento sob a ótica dos usuários das unidades de saúde da família em uma cidade de médio porte
Felipe Eduardo Pinotti, Luis Eduardo Genaro, Aylton Valsecki Junior, Silvio Rocha Correa da Silva, Elaine Pereira da Silva Tagliaferro, Flavia Cristina Volpato, Fernanda Lopez Rosell
Odontologia Social UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo teve como propósito avaliar a percepção dos usuários das Unidades de Saúde da Família em relação ao acolhimento da demanda espontânea. O estudo ocorreu no município de Araraquara/SP. Foram conduzidas entrevistas semiestruturadas junto aos usuários (n=168) sobre o acolhimento da demanda espontânea nas Unidades de Saúde da Família. A análise dos dados foi realizada utilizando a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo, que permite uma análise descritiva detalhada das informações obtidas. Os resultados revelaram distintas categorias com base nas respostas obtidas. Em primeiro lugar, foi observada uma variação na frequência das visitas às unidades de saúde, com relatos de esperas prolongadas e dificuldades de acesso. Além disso, foi identificada uma diversidade na percepção do acolhimento, que vai desde experiências positivas até insatisfatórias, o que influencia diretamente a frequência das visitas dos pacientes. Estes expressam a importância de serem tratados com respeito, empatia e receberem cuidados personalizados. No entanto, a escassez de profissionais de saúde compromete a eficácia do acolhimento. Diante disso, sugere-se a necessidade de aumento do quadro de profissionais de saúde, aprimoramento na comunicação, implementação de programas de educação em saúde, uma organização mais eficiente e oferecimento de conforto durante o período de espera.
Em conclusão, fica evidente que o acolhimento desempenha um papel fundamental no atendimento dos pacientes na atenção primária, sendo imprescindível para a adesão do paciente ao tratamento.
PNb0322 - Painel Efetivo
Área: 9 - Odontogeriatria
Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Impacto da condição geral de saúde e tipo de reabilitação oral na função mastigatória de idosos 70+ edêntulos
Luciana de Rezende Pinto, Victória Klumb, Fernanda Isabel Román Ramos, Salma Rose Buchnveitz Salybi, Anna Paula da Rosa Possebon, Fernanda Faot
ODONTOLOGIA RESTAURADORA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo transversal avaliou o impacto da condição geral de saúde e do tipo de reabilitação oral na função mastigatória de idosos edêntulos com mais de 70 anos, usuários de prótese total (PT) dupla e PT maxilar e overdenture mandibular (OM). Quarenta e um idosos, 13 homens e 28 mulheres, idade média de 77,4 (70-86) anos foram categorizados de acordo com o tipo de reabilitação protética (PT=12 e OM=29). A função mastigatória foi mensurada pelo teste de limiar de deglutição e expressa pelos valores de X50 e B. A condição geral de saúde foi avaliada pelo instrumento AGC-10, que indica risco a desfechos negativos em saúde. Desfechos adicionais indicadores de risco de sarcopenia como, índice de massa muscular (IM); força de preensão palmar (FPP), circunferência da panturrilha (CP) e força de mordida (FM) foram avaliados. Todas as variáveis foram categorizadas de forma dicotômica, considerando seus valores de ponto de corte. Os dados foram submetidos a regressão logística multivariada pelo método stepwise com valores ajustados para p≤0.20. Para X50, verificou- se 96% e 90% menor chance de uma trituração insatisfatória, respectivamente, para usuários de OM (OR 0.06, p 0.04 =bruta e OR 0.04, p:0.01= ajustada) e aqueles com FPP (OR 0.09, p: 0.02 =bruta e OR 0.10, p: 0.02= ajustada). Em relação ao índice B, usuários de OM apresentaram 96% menor probabilidade de desempenhar homogeneização insatisfatória (OR 0.05, p: 0.01= bruta e OR 0.04, p 0.00= ajustada), assim como aqueles com maiores valores de CP, que apresentaram 92% menor probabilidade de índice B insatisfatório (OR 0.04, p: 0.00= bruta e OR 0.08, p:0.01= ajustada).
Além do tipo de tratamento reabilitador, preditores da sarcopenia, como FPP e CP podem influenciar o desempenho mastigatório de idosos 70+.
PNb0346 - Painel Efetivo
Área: 10 - Implantodontia básica e biomateriais
Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Avanços no desenvolvimento de hidrogéis antimicrobianos: uma nova terapia para controle de infecções associadas a implantes biomédicos
Caroline Dini, Maria Helena Rossy Borges, Samuel Santana Malheiros, Erica Dorigatti de Avila, Jeroen Van Den Beucken, João Gabriel Silva Souza, Rodolfo Debone Piazza, Valentim Adelino Ricardo Barão
Diagnóstico Oral FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Implantes biomédicos têm sido amplamente utilizados para reparar funções ou estruturas perdidas no corpo humano. No entanto, estes dispositivos são susceptíveis ao desenvolvimento de infecções que podem comprometer a longevidade dos mesmos e levar a falha do tratamento. Atualmente, não há consenso sobre a estratégia ideal para tratar essas condições, principalmente considerando a topografia irregular dos implantes e a estrutura complexa e organizada das comunidades microbianas. Assim, os hidrogéis antimicrobianos são uma estratégia promissora para o tratamento destas infecções devido às suas propriedades físico-químicas ajustáveis, estrutura tridimensional porosa, hidrofilicidade, biocompatibilidade e biodegradação. Porém, a literatura carece de uma análise aprofundada do potencial dos hidrogéis antimicrobianos no controle de infecções associadas a implantes biomédicos. Para tanto, esta revisão avaliou criticamente o potencial de hidrogéis antimicrobianos associados a implantes ortopédicos ou dentários em estudos in vitro, in vivo e clínicos. Diferentes abordagens foram utilizadas para a aplicação dos hidrogéis, de forma direta durante a instalação de implantes ou após o estabelecimento de infecções, além de revestimentos de hidrogel para a liberação controlada de agentes antimicrobianos. Foram encontradas reduções significativas no crescimento de bactérias em estudos in vitro e pré-clínicos, além de uma redução significativa na ocorrência de infecções nos estudos clínicos após a aplicação de hidrogéis antimicrobianos.
De modo geral, os hidrogéis se beneficiam das propriedades ajustáveis dos polímeros e parecem ser uma estratégia promissora para o tratamento local de infecções associadas a implantes.
(Apoio: FAPESP N° 20/05234-3 | CAPES N° 88887.573002/2020-00)
PNc0358 - Painel Efetivo
Área: 4 - Odontopediatria
Apresentação: 06/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Avaliação das propriedades psicométricas do instrumento eHealth Literacy Scale para utilização em adolescentes brasileiros
Mariane Carolina Faria Barbosa, Ana Luiza Peres Baldiotti, Ramon Targino Firmino, Ana Flávia Granville-garcia, Saul Martins Paiva, Fernanda Morais Ferreira
Saúde da Criança e do Adolescente UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Com o aumento do acesso à internet e as informações digitais de saúde, faz-se necessário investigar o letramento digital em saúde (LDS) de adolescentes. Este estudo avaliou as propriedades psicométricas da versão adaptada para adolescentes brasileiros da eHealth Literacy Scale (eHEALS-BrA). A eHEALS-BrA é uma escala de 8 itens que mensura a autopercepção relacionada ao LDS. A amostra foi composta por 260 adolescentes (13 a 19 anos) matriculados em escolas públicas de Belo Horizonte, Brasil. Os adolescentes responderam aos instrumentos eHEALS-BrA, World Health Organization Quality of Life-Bref (WHOQOL-Bref) e um questionário sobre aspectos sociodemográficos e questões relacionadas a saúde e uso da internet. A análise dos dados avaliou a confiabilidade do instrumento (alfa de Cronbach e ômega de McDonald), estabilidade teste-reteste (coeficiente de correlação intraclasse - CCI), análise fatorial exploratória (AFE) e confirmatória (AFC), e as validades preditiva (VP), discriminante (VD) e convergente (VC). O instrumento demonstrou boa confiabilidade interna (α e ω = 0,71) e boa estabilidade (CCI=0.82, 95% CI:0.70-0.89). A AFC confirmou a unidimensionalidade da eHEALS-BrA (χ²=49,884 (DF=20, p=0,0002), CFI= 0,934, TLI= 0,908 e RMSR=0,045). A eHEALS-BrA correlacionou-se com os domínios físico, psicológico e meio ambiente do WHOQOL-Bref (VP) (p=0,001). Escores mais altos foram encontrados em adolescentes do sexo masculino, com melhor autoavaliação da saúde (VD), que consideravam a internet útil para buscar informações de saúde e com melhor autoavaliação das habilidades para usar a internet (VC) (P<0,05).
A eHEALS-BrA demonstrou ser uma medida rápida e confiável para mensurar o LDS em adolescentes brasileiros.
(Apoio: FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais N° APQ-00360-22)
PNc0377 - Painel Efetivo
Área: 4 - Odontopediatria
Apresentação: 06/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Domínio de professores brasileiros acerca do manejo de crianças vítimas de traumatismo dentário: revisão sistemática e meta-análise
Geisa Aiane de Morais Sampaio, Thays Maria de Oliveira Almeida, Maria Helena Nunes Borges, Pedro Henrique Sette-de-Souza, Mayara Abreu Pinheiro, Moan Jéfter Fernandes Costa, Renata de Albuquerque Cavalcanti Almeida
Odontologia UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Considerando que os educadores são os primeiros adultos a socorrer a criança traumatizada em ambiente escolar, o objetivo desta revisão foi avaliar o nível de conhecimento sobre o manejo emergencial de traumatismo dentário de professores de escolas brasileiras. Para a pesquisa foram utilizadas as bases de dados Pubmed, Scopus, Web of Science, Embase, Scielo, Cochrane e LILACS. Foram incluídos estudos que avaliaram o conhecimento de professores brasileiros sobre o manejo emergencial de trauma dentário. Foram extraídos dados de conhecimento adequado sobre os procedimentos em caso de fratura dentária ou de avulsão dentária, o tempo decorrido ideal para busca de tratamento e o melhor meio de armazenamento do dente. A lista de avaliação crítica do JBI para estudos transversais foi utilizada para avaliação do risco de viés. Metanálises de prevalência foram realizadas pelo método estatístico de Restricted Maximum Likelihood (p<0,05). A estratégia de busca recuperou 474 artigos. Após análise, 19 artigos atenderam aos critérios de inclusão e 84% dos estudos foram classificados com baixo risco de viés. Para as questões de procedimento em caso de fratura/avulsão dentária, tempo de busca por tratamento e meio de armazenamento, 49%, 17%, 65% e 44% dos professores responderam corretamente, respectivamente.
A meta-análise de prevalência constatou que menos de 50% dos professores brasileiros possuem conhecimento adequado sobre o manejo em casos de traumatismo dentário em crianças.
PNc0378 - Painel Efetivo
Área: 4 - Odontopediatria
Apresentação: 06/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Autopercepção positiva sobre habilidade de busca por informações de saúde online aumenta a chance de automedicação em adolescentes
Fernanda Morais Ferreira, Júlia Lara Resende, Mariane Carolina Faria Barbosa, Ana Luiza Peres Baldiotti, Maria Luisa Leandro de Souza Dias, Náyra Santos Braga, Saul Martins Paiva, Ana Flávia Granville-garcia
Saúde Bucal da Criança e do Adolescente UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O estudo transversal avaliou a associação entre letramento em saúde (LS), letramento digital em saúde (LDS) e automedicação em adolescentes. Estudantes de 13-19 anos de escolas públicas de Belo Horizonte responderam questionário sobre uso de medicamentos nos últimos 30 dias e automedicação influenciada pela informação online, além de questões socioeconômicas e demográficas. Para avaliar LS e LDS, foram aplicadas versões brasileiras adaptadas para jovens/adolescentes do Rapid Estimate Adult Literacy in Medicine and Dentistry (REALMD-20) e do Digital Health Literacy Instrument (DHLI-BrA). Regressão logística binária foi realizada para avaliar os fatores associados à automedicação. Participaram do estudo 260 adolescentes com idade média de 15,6 anos (±1,8), sendo 55% do sexo feminino. A média da renda familiar foi R$2780,69 (±2148,09) e 79% dos pais possuíam 9+ anos de estudo. Entre os participantes que usaram medicação nos últimos 30 dias, os antialérgicos e analgésicos foram os mais citados (27% e 26%), seguidos de ansiolíticos/antidepressivos (19%). Adolescentes mais velhos realizavam mais automedicação (p=0,008) e não houve associação entre níveis de LS ou de LDS e o relato de automedicação por adolescentes. Entretanto, aqueles que tiveram maiores escores no domínio "capacidade de buscar informações de saúde online" no instrumento DHLI-BrA apresentaram maior chance de realizar automedicação influenciada por informações online (OR1,79; IC95%1,09-2,93) quando ajustado para variáveis socioeconômicas e demográficas.
Os adolescentes que se autoavaliaram possuindo melhores habilidades para buscar informações de saúde online apresentaram maior probabilidade de realizar automedicação com base em informações online.
(Apoio: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) N° Demanda Universal APQ-00360-22 | CNPq N° 406204/2021-7 / 309181/2022-4)
PNc0380 - Painel Efetivo
Área: 4 - Odontopediatria
Apresentação: 06/09 - Horário: 08h00 às 11h30 - Sala: Área dos Painéis
Fatores associados aos conhecimentos e práticas de profissionais de uma maternidade sobre saúde bucal materno infantil: um estudo piloto
Mariana Leonel Martins, Fagner Nunes de Souza, Andréa Fonseca-gonçalves
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Objetivou-se avaliar o conhecimento e as práticas de profissionais atuantes no pré-natal (PPN) sobre saúde bucal materno infantil (SBMI) e identificar fatores associados. Um questionário foi aplicado de forma remota (via internet) para profissionais da Maternidade Escola (ME) da UFRJ, dividido nos seguintes domínios de conhecimento: saúde bucal geral (SB:-2 a +2 pts), saúde bucal da gestante (SBG:-6 a +6 pts), aleitamento (A:-3 a +3 pts), dieta (D:-3 a +3 pts) e higiene bucal (HB:-2 a +2 pts). O conhecimento total (CT:-16 a +16 pts) foi classificado em: incorreto (valor negativo), neutro (0), baixo (1-5), moderado (6-10) e alto (11-16). As práticas de SBMI (PS:-6 a +6 pts) foram classificadas em inadequadas (-6-0) e adequadas (1-6). Dados de idade, sexo, área de atuação, formação adicional, tempo de formado e de trabalho na ME também foram coletados. Análises descritivas, teste t e modelos de regressão linear múltipla foram realizados. De 165 PPN, 59 (35,7%) responderam ao questionário. A média de idade foi 43±11,5 anos, a maioria era do sexo feminino (n=51; 86,4%), da área de enfermagem (n=37; 62,7%) e tinha especialização/residência (n=32; 54,2%). A média de tempo de formado e de trabalho na ME foi 18,0±11 e 11,7±9,3 anos, respectivamente. Observou-se CT=7,3±3,2 e PS=-0,5±2,7. Melhor conhecimento foi sobre A (2,5±0,9) e pior foi visto em HB (-1,1±1,3). Apesar da maioria ter CT moderado (n=36; 61%), as PS foram inadequadas (n=44; 74,6%). Ter idade <43 anos (p=0,034) e formação adicional (p<0,001) resultaram em maior CT (R2=0,320), mas não influenciaram nas PS (R2=0,023; p≥0,076).
Concluiu-se que os PPN apresentaram CT moderado, porém as PS foram inadequadas. Os fatores que influenciaram para um maior CT foi ser mais jovem e ter formação adicional.
(Apoio: FAPs - FAPERJ N° E-26/204.541/2021)