RESUMOS APRESENTADOS
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PNf0985 - Painel Aspirante
Área: 8 - Periodontia
Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Doença periodontal durante a gestação de camundongo pode promover alterações epigenéticas na prole em tecidos periodontais e intestinais
Felipe Vinicius Silvestrini Fabris, Pedro Henrique Felix Silva, Ademir Melo Leite Filho, Amanda Ferreira Gonzalez, Cristhiam de Jesús Hernández Martínez, Flávia Aparecida Chaves Furlaneto, Sergio Luiz de Souza Salvador, Michel Reis Messora
CTBMF e Periodonia UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo avaliou se a doença periodontal (DP) durante a gestação de camundongos modifica o perfil epigenético na maxila e intestino da prole quando desafiada com Porphyromonas gingivalis (Pg) na idade adulta. Camundongos prenhes foram divididas aleatoriamente em dois grupos: CM (controle materno) e DPM (doença periodontal materno). Os animais do grupo DPM receberam gavagens com Pg para indução da DP durante 37 dias. A prole originária desses animais foi dividida em 2 grupos: CM-P (prole com DP originada do grupo CM) e DPM-P (prole com DP originada do grupo DPM). A indução de DP nos grupos CM-P e DPM-P foi iniciada 42 dias após o nascimento dos animais por meio de gavagens com Pg durante 21 dias. Os animais foram submetidos à eutanásia 63 dias após o nascimento. Foram realizadas análises microtomográficas (maxila) e imunofluorescência (maxila e intestino) para expressão de DNA metiltransferase 3b (DNMT3b) e acetilação de histonas 3 e 4 (AcH3 e AcH4). Todos os dados foram submetidos à análise estatística (p<0,05). O grupo DPM-P apresentou maior perda de osso alveolar quando comparado ao grupo CM-P (p<0,05). O grupo DPM-P apresentou maior imunomarcação para DNMT3 e H3Ac na maxila e intestino em relação ao grupo CM-P (p<0,05). Na imunomarcação para H4Ac, o grupo DPM-P apresentou os menores valores desse marcador em maxila comparado ao grupo CM-P.
A doença periodontal durante a gestação de camundongos modifica o perfil epigenético dos tecidos periodontais e intestinais da prole quando desafiada com Porphyromonas gingivalis na idade adulta.
(Apoio: FAPESP N° 20/04434-9 | FAPESP N° 19/12269-0)
PNf0986 - Painel Aspirante
Área: 8 - Periodontia
Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Inequidades na produção científica entre docentes de programas de pós-graduação em odontologia na região sul do Brasil
Fernando Lopes Kloeckner, Jaíne Cocco Uliana, Karla Zanini Kantorski
Estomatologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Avaliar inequidades na produção científica em docentes de programas de pós-graduação (PPG) em odontologia na região sul do Brasil. PPGs da região sul, área Odontologia, identificados na plataforma Sucupira com conceito ≥4 foram elegíveis. Dados dos docentes permanentes foram coletados no Scopus e Scival. Comparações foram realizadas com Mann-Whitney. Regressão logística foi usada para verificar variáveis associadas com índice H (IH), [baixo(1-6), médio-baixo(7-11), médio(12-20) e alto(≥21)]. IH alto foi referência. 281 docentes de 15 PPGs foram avaliados. 61 docentes tiveram alto IH (68,8% homens e 75,4% vinculados a instituições publicas). Mulheres apresentaram menor IH, número de artigos e tempo de experiência, e menos citações do que homens (p<0.05). Nenhuma diferença foi verificada entre os sexos quanto ao FWCI. Tempo de experiência, número de artigos como último-autor e % de colaboração internacional foram fatores de proteção para IH baixo, médio-baixo e médio em relação ao IH alto. Mulheres apresentaram maior chance do que homens de terem IH baixo e médio. Docentes de programas conceito 4 tiveram maior chance do que aqueles em programas 5/6 de terem IH baixo, médio-baixo. Nenhuma diferença foi verificada entre públicas e privadas.
As inequidades na produção científica são influenciadas por sexo, experiência do pesquisador, internacionalização, artigos em última-autoria e conceito do programa que está inserido. Estratégias para mitigar disparidades são essenciais na promoção de ambiente científico equitativo.
(Apoio: CAPES)
PNf0988 - Painel Aspirante
Área: 8 - Periodontia
Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Sinalização CCKR, ligações à proteína G e regulação hormonal podem influenciar o potencial de diferenciação osteo/cementogênica de hPDLSC
Nathalia Reiche Moreira, Bruno Cazotti Pereira, Francisco Naldo Gomes Filho, Marcio Zaffalon Casati, Enilson Antonio Sallum, Renato Corrêa Viana Casarin, Karina Gonzales Silvério Ruiz, Catharina Marques Sacramento
Periodontia FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A regeneração periodontal é complexa devido à diversidade celular do periodonto. As células mesenquimais do ligamento periodontal (hPDLSCs) são responsáveis pela regeneração de tecidos duros como osso e cemento. Embora algumas hPDLSCs demonstram alto potencial para deposição de matriz mineralizada (HOP), a maioria apresenta baixo potencial (LOP). Neste estudo, utilizou-se RNA-seq, bancos de dados genômicos (PANTHER, org.Hs.eg e GO) e ferramentas de bioinformática (rbioapi e ClusterProfiler), para explorar vias de sinalização celular, processos biológicos e funções moleculares que orientam HOP na produção de matriz mineralizada, além de investigar limitações das LOP e estratégias para melhorar sua capacidade osteo/cementogênica. Os resultados revelaram diferenças significativas entre HOP e LOP. HOP exibiram expressão gênica multifuncional, destacando-se processos e sinalizações relacionados à osteo/cementogênese, diferenciação celular, modulação imunológica, resposta ao estresse e regulação hormonal. Em contraste, LOP concentraram-se na biossíntese de hormônios esteróides e manutenção de ácidos nucleicos. Durante a osteo/cementogênese, a sinalização CCKR e as ligações à proteína G ganharam importância em HOP. Ambos compartilharam processos relacionados ao sistema gastrointestinal e reprodutivo.
Os resultados do presente estudo sugerem que a diferenciação osteo/cementogênica de HOP pode ser regulada pela sinalização CCKR, ligações à proteína G e regulação hormonal específica. As células LOP parecem comprometidas com mecanismos neurais. Esses achados ampliam a compreensão do potencial das hPDLSCs para futuras pesquisas e terapias de regeneração periodontal.
(Apoio: CAPES N° 88887.851551/2023-00)
PNf0989 - Painel Aspirante
Área: 8 - Periodontia
Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Caracterização clínica da periimplantite experimental em minipigs e avaliação da terapia fotodinâmica associada ou não ao uso de L-PRF
João Pedro Oliveira de Batista, Umberto Demoner Ramos
PPGCO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo desse estudo foi caracterizar o perfil microbiológico, inflamatório e clínico da peri-implantite induzida em Minipigs e avaliar o efeito da terapia fotodinâmica antimicrobiana (TFDa) associada ao uso de L-PRF, na contaminação e re-osseointegração de defeitos peri-implantares. Oito Minipigs tiveram seus terceiros, quartos pré-molares e primeiro molar mandibulares extraídos. Após a espera de 2 meses foi realizada a instalação de 8 implantes, seguida da instalação de cicatrizadores, dois meses após. Duas semanas após a instalação dos cicatrizadores, foram instaladas ligaduras ao redor dos implantes para indução da doença peri-implantar. Antes da instalação das ligaduras, foi realizada a coleta de fluido crevicular, seguido da coleta de biofilme submucoso, sendo assim determinado os parâmetros de saúde peri-implantar (t0-inicial). Os resultados não demonstraram diferenças estatisticamente significante entre os grupos de tratamento. Em geral, não foi possível detectar ganhos ósseos significantes nas amostras na comparação dos dados lineares, tanto com o uso da microtomografia quanto com a avaliação histomorfométrica.
A indução da doença, no entanto, foi exitosa com evidências de shift de uma microbiota preponderante compatível com o estágio inicial com evolução para doença peri-implantar e para uma microbiota patogênica ao final da indução.
(Apoio: CAPES)
PNf0990 - Painel Aspirante
Área: 8 - Periodontia
Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Dieta de diabéticos com periodontite apresenta qualidade nutricional inferior a de não diabéticos: Um Estudo Transversal
Ana Carolina Punhagui Hernandes, Débora de Souza Ferreira Sávio, Marcella Costa Ribeiro, Izadora Cianfa Firmino da Silveira, Deborah Giselly Silva Teixeira, Ellen Cristini de Freitas, Michel Reis Messora, Flávia Aparecida Chaves Furlaneto
DCTBMF UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A inter-relação entre dieta (macro e micronutrientes), inflamação, respostas imunes inata e adaptativa, estresse oxidativo e condições médicas é um campo emergente de estudos na Periodontia. Este estudo transversal investigou hábitos alimentares e medidas antropométricas de indivíduos com saúde periodontal (SP), doenças periodontais e de diabéticos (DM) com periodontite (PE). Após exames periodontais e hematológicos, os voluntários foram alocados nos grupos (n=25): SP, Gengivite (G), PE e DM+PE. Foram realizados registros alimentares de 3 dias, obtendo-se a média da ingestão de macronutrientes e micronutrientes (software DietBox). Medidas antropométricas de peso, altura, circunferência (C.) abdominal (CAb), C. de cintura (CC), C. de quadril (CQ) e Índice de Massa Corporal (IMC) foram realizadas. Os dados foram analisados estatisticamente (One Way ANOVA, Tukey, p<0,05). Os grupos SP, G e PE apresentaram ingestão de macronutrientes (proteínas, carboidratos e lipídios), açúcares e calorias totais maior comparado ao grupo DM+PE. O grupo DM+PE apresentou menor ingestão de sais minerais (ferro, magnésio, fósforo, potássio, sódio, cálcio, selênio e zinco), vitaminas (D, B1, B2, B3, B6) e fibras comparado aos demais grupos. O consumo de vitaminas E e B9, bem como menor CC associaram-se a melhores condições periodontais e sistêmicas. O IMC foi maior no grupo PE em relação ao grupo SP, e também no grupo DM+PE em relação a todos os outros grupos.
Dentro das limitações deste estudo, conclui-se que diabéticos com PE apresentam dieta com qualidade nutricional inferior a pacientes sem DM, independentemente da condição periodontal. Ainda, a presença de PE, com ou sem DM, relaciona-se a parâmetros antropométricos menos compatíveis com saúde.
PNf0991 - Painel Aspirante
Área: 8 - Periodontia
Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Xenoenxerto associado a osso autógeno ou à Fibrina Rica em Plaquetas e Leucócitos para aumento ósseo horizontal: estudo clínico controlado
Mariangela Pegorin, Ricardo Junior Denardi, Pedro Henrique Felix Silva, Carlos Fernando de Almeida Barros Mourão, Flávia Aparecida Chaves Furlaneto, Sérgio Luís Scombatti de Souza, Gabriel Guerra David Reis, Michel Reis Messora
Periodontia UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo clínico controlado e aleatorizado avaliou os efeitos de enxertos ósseos xenógenos particulados (XENO) associados ao enxerto ósseo autógeno (OA) ou à Fibrina Rica em Plaquetas e Leucócitos (L-PRF) para aumento ósseo horizontal (AOH) de rebordo alveolar. 28 pacientes apresentando regiões edêntulas e com necessidade de AOH prévio à instalação de implantes dentários foram incluídos e divididos, aleatoriamente, em dois grupos: Grupo A - regeneração óssea guiada (ROG) com OA particulado associado a XENO; Grupo B - ROG com XENO associado à L-PRF. Em ambos os grupos, a região enxertada foi protegida com membrana de colágeno estabilizada com tachinhas de titânio. Após 8 meses de cicatrização, implantes foram instalados. Logo antes da instalação de implantes dentários (aos 8 meses após procedimentos de ROG), biópsias ósseas foram coletadas para avaliação microtomográfica. Análise de frequência de ressonância (ISQ) foi realizada no momento da instalação dos implantes e após 6 meses de cicatrização. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística (p<0,05). Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos A e B na análise dos padrões de ISQ. Na análise microtomográfica, o grupo B apresentou maior volume de osso neoformado, maior número de trabéculas ósseas, maior espessura de trabéculas ósseas e maior densidade de conectividade, bem como menor porosidade óssea e menor espaçamento entre as trabéculas ósseas quando comparado ao grupo A (p <0,05).
Pode-se concluir que o uso de XENO+L-PRF pode ser uma alternativa viável ao uso de XENO+OA em procedimento de AOH de rebordo alveolar para reabilitação com implantes dentários.
PNf0992 - Painel Aspirante
Área: 8 - Periodontia
Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Levantamento de seio maxilar com xenoenxerto e concentrado sanguíneo obtido por centrifugação horizontal: estudo clínico controlado
Renata Persoli de Aguiar, Gabriel Guerra David Reis, Ricardo Junior Denardi, Sérgio Luís Scombatti de Souza, Pedro Henrique Felix Silva, Flávia Aparecida Chaves Furlaneto, Carlos Fernando de Almeida Barros Mourão, Michel Reis Messora
Periodontia UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Esse estudo clínico controlado aleatorizado avaliou os efeitos de enxerto xenógeno bovino (XENO) associado ou não à Fibrina Rica em Plaquetas obtida a partir de centrifugação horizontal (H-PRF) no levantamento de seios maxilares (LSM) atróficos em período reduzido de cicatrização. 13 indivíduos com necessidade bilateral de LSM foram incluídos neste estudo. Em cada indivíduo, um seio maxilar foi tratado com apenas XENO (Grupo C - Controle) e outro com XENO+H-PRF (Grupo T - Teste). Tomografias computadorizadas foram realizadas antes da cirurgia (T0), no pós-operatório imediato (T1) e aos 4 meses (T2) para análise volumétrica das áreas enxertadas. Logo antes da instalação de implantes dentários (aos 4 meses após procedimentos de LSM), biópsias ósseas foram coletadas para avaliação microtomográfica e histométrica. Análise de frequência de ressonância (ISQ) foi realizada no momento da instalação dos implantes e após 6 meses de cicatrização. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística (p <0,05). Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos C e T na análise de volume tomográfico e dos padrões de ISQ. A análise histométrica das biópsias ósseas demonstrou maiores valores de área total de tecido ósseo no grupo T quando comparado ao grupo C (p <0,05). Na análise microtomográfica, o grupo T apresentou maior volume de osso neoformado, maior número de trabéculas ósseas e maior densidade de conectividade quando comparado ao grupo C.
Pode-se concluir que o uso de XENO associado à H-PRF potencializa a quantidade e qualidade de osso neoformado em procedimentos de LSM em período reduzido de cicatrização.
(Apoio: CAPES N° 00.889.034/0001-08)
PNf0993 - Painel Aspirante
Área: 8 - Periodontia
Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Efeitos de concentrados sanguíneos obtidos por diferentes protocolos e associados a enxerto xenógeno bovino na neoformação óssea em ratos
Wanderson Thalles de Souza Braga, Ulli da Costa Cunha Martins, Débora de Souza Ferreira Sávio, Ricardo Junior Denardi, Gabriel Guerra David Reis, Carlos Fernando de Almeida Barros Mourão, Natacha Malu Miranda da Costa, Michel Reis Messora
Periodontia UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo avaliou a neoformação óssea em defeitos de tamanho crítico criados (DTC) em calvária de ratos e tratados com enxerto xenógeno bovino (XENO) associado ou não à Fibrina Rica em Plaquetas (PRF) obtida a partir de três protocolos distintos. 40 ratos foram divididos em 5 grupos: C, XEN, XEN+L-PRF, XEN+A-PRF e XEN+BIO-PRF. Os animais dos grupos XEN+L-PRF, XEN+A-PRF e XEN+BIO-PRF foram submetidos à punção cardíaca para coleta de 3,5 mL de sangue e preparo de L-PRF (centrifugação do sangue a 700G durante 12 minutos), A-PRF, (centrifugação do sangue a 216G durante 14 minutos) e Bio-PRF (centrifugação do sangue a 700G durante 8 minutos em uma centrífuga de ângulo variável). DTC de 5 mm de diâmetro foi criado na calvária dos animais. Os defeitos dos grupos C, XEN, XEN+L-PRF, XEN+A-PRF e XEN+BIO-PRF foram preenchidos com coágulo sanguíneo, XENO, XENO+L-PRF, XENO+A-PRF e XENO+Bio-PRF, respectivamente. Os animais foram submetidos à eutanásia aos 60 dias. Foram coletadas calvárias para avaliação microtomográfica e análise histométrica do percentual de fibras colágenas maduras (FCM) (picrosirius red). Os dados foram submetidos à análise estatística (Anova, Tukey, p<0,05). Não houve diferenças significativas entre os grupos XEN, XEN+L-PRF, XEN+A-PRF e XEN+BIO-PRF na avaliação do volume ósseo, volume de partículas remanescentes, número de trabéculas ósseas e densidade de conectividade. Apenas os grupos XEN+A-PRF e XEN+BIO-PRF apresentaram maior percentual de FCM que o grupo XEN (p<0,05).
Conclui-se que o uso de L-PRF, A-PRF e Bio-PRF não aumenta a quantidade de neoformação óssea em DTC tratados com XENO aos 60 dias pós-operatórios. A qualidade do colágeno formado é influenciada pelo protocolo de produção dos concentrados sanguíneos.
PNf0994 - Painel Aspirante
Área: 8 - Periodontia
Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Potencial do Titânio na modulação da virulência bacteriana: estudo em modelo de biofilme multi-espécies
Gabriela Martin Bonilha, Hélvis Enri de Sousa Paz, Camila Schmidt Stolf, Manuela Maria Viana Miguel, Mabelle de Freitas Monteiro, Luciana Macchion Shaddox, Renato Corrêa Viana Casarin
Prótese e periodontia FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A peri-implantite é uma doença inflamatória induzida por biofilme que afeta os tecidos moles e ósseos que sustentam os implantes, podendo levar a perda do implante. Estudos mostraram que a liberação de partículas de titânio (Ti) no ambiente peri-implantar modula os processos etiopatogênicos da doença. O objetivo deste trabalho visa avaliar se partículas de titânio modificam a virulência do biofilme, avaliando a expressão gênica de fatores associados a peri-implantite. Primeiro, um modelo de biofilme multiespécies in vitro foi desenvolvido a partir de amostras clínicas de pacientes afetados. O biofilme subgengival coletado foi cultivado sobre discos de hidroxiapatita após incubação com saliva e separados em 2 grupos: Controle (n=5) meio de cultivo BHI+sangue de carneiro; e Titânio (n=5) mesmo meio de cultivo, acrescido de 10mg/ml de partículas de Ti. O cultivo foi realizado por 7 dias, com trocas do meio a cada 48 horas. O biofilme formado foi removido, o RNA extraído, e avaliado (pela análise de qPCR) quanto à expressão de genes relacionados a peri-implantite: K0575, K16554, K00027, K02739, K13626 e K01467. A comparação entre os grupos mostrou que a presença do titânio induziu a um aumento de 7 vezes na expressão do gene relacionado à produção de flagelo pelas bactérias (p<0.05). Não houve alteração significativa nos outros genes avaliados (p<0.05).
Pode-se concluir que a presença de partículas de titânio induz a um aumento da virulência do biofilme, pelo aumento na expressão do flagelo bacteriano.
(Apoio: FAPESP N° 2020/04684-5)
PNf0995 - Painel Aspirante
Área: 8 - Periodontia
Apresentação: 07/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais: uma perspectiva intergeracional sobre o desenvolvimento de periodontite
Leandro Machado Oliveira, Fabricio Batistin Zanatta, Thayná Regina Pelissari, Belinda Farias Nicolau
Estomatologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A aderência a estilos de vida saudáveis é transmissível de pais para filhos, especialmente na infância - conhecida como período crítico. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do estilo de vida parental durante a infância dos filhos e ocorrência de periodontite ao final da adolescência, e explorar o quanto o estilo de vida na transição da infância para a adolescência explica o efeito primário. Este estudo de coorte prospectivo acompanhou uma amostra inicial de 630 crianças de 8 a 10 anos da província de Quebec, Canadá. Após 2 (T2) e 7 (T3) anos do baseline (T1), duas reavaliações foram realizadas. Fumo, consumo de álcool, atividade física e dieta foram considerados descritores de estilo de vida. Modelos de decomposição em quatro vias foram empregados para estimar o efeito controlado direto do estilo de vida parental no T1, o efeito indireto puro do estilo de vida da criança no T2 e potenciais interações sobre a ocorrência de periodontite no T3. 320 adolescentes foram avaliados no T3 e 7.8% apresentavam pelo menos um sítio com perda de inserção interproximal. Adolescentes expostos no T1 tiveram um risco de periodontite 21% maior que aqueles não expostos. O estilo de vida parental no T1 e do adolescente durante a infância (T2) foram responsáveis por 70% e 20% deste efeito.
Estes achados sugerem que o estilo de vida parental durante a infância desempenha um papel importante na ocorrência de periodontite ao final da adolescência. Parte deste efeito é explicado pelo estilo de vida na transição da infância para adolescência.
(Apoio: CAPES N° 88887.891047/2023-00 | CNPq N° 160262/2020-8)