Associação entre periodontite e hipertensão arterial: estudo observacional transversal
Cláudio MM, Rosa RAC, Rodrigues JVS, Cirelli T, Belizário LCG, Nuernberg MAA, Garcia VG, Theodoro LH
Diagnóstico e Cirurgia - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A hipertensão arterial (HA) e a periodontite, são doenças crônicas que alteram os níveis de inflamação sistêmica. Este estudo observacional transversal com amostras de conveniência teve como objetivo avaliar o grau de severidade da periodontite em indivíduos diagnosticados com HA e a possível inter-relação entre a HA e a periodontite. Noventa pacientes foram divididos em: Grupo Hipertenso (GH; n=45) e Grupo Não Hipertenso (GNH; n=45), ambos diagnosticados com periodontite. Foram avaliados parâmetros periodontais de profundidade de sondagem (PS), sangramento à sondagem (SS), nível gengival (NG) e nível de inserção clínica (NIC). Foram verificadas pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD), média (PAM) e diferencial (Pdif). As variáveis demográficas entre os grupos GH e GNH foram comparadas pelo teste t de Student e teste do Qui-quadrado. Análise de regressão logística múltipla indicou que pacientes hipertensos apresentam menores número de dentes (OR= 0,91, IC95% 0,84-0,98, p=0,02). A análise de regressão linear múltipla indicou uma associação significativa entre NIC 4-5mm e NIC>6mm com valores mais altos de HA (β= 0,04, IC95% 0,001-0,008, p=0,049; β=-0,007, IC95% -0,014 - -0,0001, p=0,049, respectivamente). A pressão arterial apresentou maiores alterações relacionadas com a PAS. A PAM e Pdif também se mostraram alteradas quando da ocorrência de HA. Conclui-se que a hipertensão arterial sistêmica e a periodontite apresentam uma inter-relação, havendo uma associação entre a hipertensão arterial e maior severidade da periodontite.PN0687 - Painel Aspirante
Área:
8 - Periodontia
Avaliação tomográfica de dimensões ósseas em primeiros molares permanentes após a expansão rápida da maxila
Scarsi LSS, Gialain IO, Oltramari PVP, Bistaffa AGI, Conti ACCF, Almeida-Pedrin RR, Borba AM, Fernandes TMF
Pós Graduação Stricto Sensu Doutorado - UNIVERSIDADE DE CUIABÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este trabalho avaliou a condição periodontal na região de primeiros molares superiores, após a expansão rápida da maxila.Os primeiros molares superiores de 24 pacientes jovens (14 meninas e 10 meninos) foram avaliados após a expansão rápida em TCFC. Os critérios de inclusão foram: pacientes com mordida cruzada posterior unilateral ou bilateral, com os primeiros molares permanentes em oclusão, ausência de agenesias, perdas de dentes permanentes e dentes supranumerários. Os pacientes foram orientados a seguir um protocolo de ativação até a obtenção da expansão de aproximadamente 8mm.Foram realizadas duas TCFC, sendo a primeira antes do início do tratamento (T0) e a segunda após 6 meses (T1).As seguintes mensurações tomográficas foram realizadas no software Dolphin: espessura do osso alveolar vestibular e palatino e a altura da cúspide mésio vestibular até a crista óssea em T0 e T1. Os grupos também foram subdivididos com relação a idade e sexo e para a comparação intragrupos foi utilizado teste t pareado (nível de significância de 5%). A espessura óssea vestibular dos primeiros molares superiores diminuiu na altura da furca e a espessura óssea palatina aumentou significantemente nos primeiros molares, com exceção dos pacientes maiores de 10 anos. A distância das cúspides MV até a crista óssea, aumentou em todas as medidas. A ERM promoveu a remodelação óssea alveolar em primeiros molares permanentes superiores com perda óssea em espessura e altura na vestibular e ganho ósseo em espessura na palatina, sugerindo a realização de estudos observando as implicações clínicas. (Apoio: CAPES N° 1)PN0688 - Painel Aspirante
Área:
8 - Periodontia
Influência da obesidade e periodontite materna sobre a perda óssea alveolar da prole feminina de ratos
Rosa ACR, Garcia GR, Paula TNP, Capelario C, Nassar CA, Amorim EMP, Balbo SL, Amorim JPA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O ambiente intrauterino pode modular o controle fisiológico e a homeostase, resultando em aumento da suscetibilidade a doenças crônicas ao longo da vida. O objetivo deste estudo foi avaliar os tecidos periodontais da prole feminina de mães obesas submetidas à periodontite experimental. Foram utilizadas vinte fêmeas Wistar, destas, 10 foram induzidas à obesidade hipotalâmica com glutamato monossódico (MSG), o restante foi controle (CTL), aos 70 dias metade de cada grupo foi induzido à periodontite (4 grupos/n=5). Após a indução da doença periodontal, foram realizados os cruzamentos das ratas e a metade da prole obtida (F1) foi submetida a periodontite experimental e então dividida em oito grupos (n=6). O grupo MSG-SL-F1-SL apresentou maior peso e índice de Lee em comparação ao grupo CTL-SL-F1-SL. O grupo MSG-CL-F1-CL apresentou maior processo inflamatório no periodonto de proteção em relação ao grupo CTL-CL-F1-CL. O grupo MSG-CL-F1-CL apresentou menor perda óssea alveolar quando comparado aos grupos MSG-SL-F1-CL e CTL-CL-F1-CL. Os grupos MSG-CL-F1-CL, MSG-CL-F1-SL e MSG-SL-F1-CL apresentaram aumento de osteócitos e osteoblastos quando comparados com grupos CTL-CL-F1-CL, CTL-CL-F1-SL e CTL-SL-F1-CL. As proles MSG apresentaram menor reabsorção radicular comparadas aos CTLs. Concluímos que a obesidade e a periodontite materna causa maior adiposidade, aumento do epitélio gengival e do tecido conjuntivo, redução da perda óssea alveolar e da reabsorção radicular externa e aumento da quantidade de células ósseas alveolares na prole feminina. (Apoio: CAPES N° 001)PN0689 - Painel Aspirante
Área:
8 - Periodontia
Efeitos de agregados plaquetários preparados de acordo com protocolos diferentes na cicatrização de defeitos ósseos em calvária de ratos
Moitrel LPS, Sávio DSF, Ávila FC, Costa NMM, Denardi RJ, Reis GGD, Silva PHF, Messora MR
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi avaliar a cicatrização óssea em defeitos de tamanho crítico (DTC) criados em calvária de ratos tratados com dois protocolos diferentes para produção de agregados plaquetários. Foram utilizados 21 ratos, alocados em 3 grupos (n=7): Controle (C), L-PRF (Fibrina Rica em Plaquetas e Leucócitos) e A-PRF (Fibrina Rica em Plaquetas Avançada). Os animais dos grupos L-PRF e A-PRF foram submetidos à punção cardíaca para coleta de 3,5 mL de sangue. Para preparo da L-PRF, o sangue coletado foi centrifugado a 2700 rpm durante 12 min. Para o preparo da A-PRF, o sangue foi centrifugado a 1500 rpm durante 14 min. Um DTC de 5 mm de diâmetro foi criado na calvária de cada animal. Os defeitos dos grupos C, L-PRF e A-PRF foram preenchidos com coágulo sanguíneo, L-PRF e A-PRF, respectivamente. Todos os animais foram submetidos à eutanásia após 35 dias. Foram coletadas calvárias para análise microtomográfica. Todos os dados foram submetidos à análise estatística (p<0,05). Os defeitos ósseos dos grupos L-PRF e A-PRF apresentaram maior volume ósseo, menor porosidade óssea, menor espaçamento de trabéculas ósseas, bem como maior número e espessura de trabéculas quando comparados ao grupo C (p<0,05). Para todos os parâmetros analisados, não foram observadas diferenças significativas entre os grupos L-PRF e A-PRF. Conclui-se que L-PRF e A-PRF podem potencializar a cicatrização óssea de defeitos de tamanho críticos em calvária de ratos. O protocolo de produção dos agregados plaquetários não foi determinante para os resultados obtidos.PN0690 - Painel Aspirante
Área:
8 - Periodontia
Efeito bactericida da aplicação de gel oral Blue®m no segundo estágio cirúrgico dos implantes dentários
Tanaka AH, Soares AB, Segundo ASG
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo desse trabalho foi avaliar o crescimento bacteriano após a aplicação do gel oral blue®m e Digluconato de Clorexidina 2% no interior dos implantes. Foram selecionados 10 pacientes que necessitavam ao menos 2 implantes instalados. Após o tempo da osseointegração foram realizadas as reaberturas dos implantes, onde removeu-se o tapa implante e realizou-se a primeira coleta microbiológica, utilizando um swab estéril no interior dos implantes através do esfregaço e colocamos imediatamente no tubo de ensaio contendo solução de caldo de thioglicolato, armazenado e encaminhado para a realização da contagem de unidade formadoras de colônias. Em seguida aplicou-se no interior do implante o gel oral blue®m no grupo experimental e no grupo controle aplicou- se gel de digluconato de clorexidina 2% e fechou-se ambos com os cicatrizadores. Após 14 dias, realizamos a segunda coleta microbiológica conforme a primeira coleta. A análise de covariância, e testes t pareados demonstrou que não houve diferença estatisticamente significativa entre os produtos no número de unidades formadoras de colônia, realizadas previamente e 14 dias após a aplicação. Como conclusão foi observado que não houve diferença nesse estudo entre o gel oral blue®m e o gel de digluconato de clorexidina 2%. Como conclusão foi observado nesse estudo que não houve diferença entre o gel oral blue®m e o gel de digluconato de clorexidina 2% no número de unidades formadoras de colôniasPN0691 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Satisfação de usuários atendidos na especialidade de Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais: Dados do PMAQ-CEO
Rosa SV, Perotta M, Flores LCP, Silva ROC, Ignácio SA, Werneck RI, Rocha JS, Moysés SJ
Odontologia - PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Objetivou-se analisar os dados do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade dos Centros de Especialidades Odontológicas (PMAQ-CEO), em seus dois ciclos (2014 e 2018), descrevendo o perfil e satisfação dos usuários atendidos na especialidade odontológica de Pacientes com Necessidades Especiais (PNE). Trata-se de um estudo quantitativo retrospectivo, com bases de dados de domínio público. Foram aplicados testes de qui-quadrado, T de Student e regressão linear múltipla. Os usuários da especialidade PNE entrevistados eram, em sua maioria, do sexo feminino 74,1% (2014) e 68,8% (2018), com média de idade de 41,7 (2014) e 44,9 (2018) anos. Na análise multivariada, em relação à satisfação com o acolhimento do CEO, houve diferenças entre as regiões nas quais os usuários residem no Brasil; para cada 100 usuários da região Sul, que deram notas positivas de 9 a 10, houve 88 no Sudeste, 93 no Nordeste e 78 no Centro-Oeste. Houve diferenças significativas quando os usuários consideraram o serviço no CEO em geral; para cada 100 que o consideraram regular ou ruim, 170 consideraram bom e 198 muito bom. Ocorreu um aumento no número de CEO que atendem usuários com Transtorno do Espectro Autista (TEA), portanto, para cada 100 centros que disseram não ter atendido esses pacientes no primeiro ciclo, 196 disseram que o fizeram no segundo ciclo. Na percepção do usuário, o CEO mostrou um atendimento humanizado e acolhedor, mas há espaço para melhorias no processo de trabalho, com foco nas regiões com menores escores de satisfação, bem como na formação prévia da equipe de saúde bucal. (Apoio: CAPES N° Finance code 001)PN0692 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Análise Nacional das Teleconsultorias Odontológicas do Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes
Paixão LC, Ferreira EF, Ribeiro Sobrinho AP, Martins RC
Faculdade de Odontologia Ufmg - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo transversal avaliou as teleconsultorias assíncronas de Odontologia do Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes em 2019. Dados foram extraídos do Sistema de Monitoramento e Avaliação dos Resultados do Programa Telessaúde. Realizou-se uma análise descritiva, por meio de frequência (SPSS v.22.0), coletando as variáveis: núcleo e macrorregião da teleconsultoria (caracterizadas socioeconomicamente), sexo e especialidade do solicitante, satisfação dos profissionais, encaminhamento, data e horário da pergunta e resposta, e tempo até a resposta. 3387 teleconsultorias foram realizadas no Brasil. A maior demanda correspondeu ao Núcleo de Telessaúde Estadual de Goiás (27,4%) e à macrorregião Sudeste (45,3%). A maioria dos dentistas era do sexo feminino (60,3%), da especialidade de Cirurgião-Dentista da Estratégia de Saúde da Família (57,4%). Observou-se 70,8% de satisfação e 70,2% de encaminhamentos evitados pelas teleconsultorias, entre os dentistas que responderam estas questões. A maioria das teleconsultorias foi solicitada durante o horário de trabalho (85,4%) e devolvida em até 72 horas (63,9%). As diferentes demandas das macrorregiões são consistentes com as diferenças regionais existentes. Os profissionais incorporaram as teleconsultorias à sua rotina de trabalho e receberam devolutivas dentro do tempo limite. É necessária a estimulação pelo governo sobre o uso e feedback das ferramentas do Telessaúde para melhor entendimento de seu impacto como suporte à Atenção Primária à Saúde. (Apoio: PRPq/UFMG | CAPES | CNPq)PN0693 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Percepção de docentes sobre a aplicação das resoluções das DCN em cursos de graduação em Odontologia
Menezes CC, Leao ATT, Barros MCM
Clínica Odontológica - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Esse estudo avaliou a percepção dos docentes do curso de Graduação em Odontologia do Rio de Janeiro sobre a aplicação das resoluções das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) nos cursos. Um questionário semi-estruturado envolvendo 4 dimensões, Perfil do egresso, Orientação do cuidado em saúde, Integração ensino serviço e Abordagem pedagógica, foi aplicado de forma online, após aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa. As dimensões foram avaliadas utilizando uma escala que variava de "muito pouco" a "muito bom". Seis instituições (IES) participaram, sendo as IES 1, 2 e 6 públicas e 3, 4 e 5 privadas. Uma amostra de 103 docentes participou da pesquisa, totalizando taxa de resposta de 25,7%. A média de idade foi de 50 (±10,1) anos, sendo a maioria mulheres (59,2%). O número de participantes na IES 1 foi 21 (20,4%), IES 2, 19 (18,4%), IES 3, 13 (12,6%), IES 4, 13 (12,6%), IES 5, 24 (23,3%) e IES 6, 13 (12,6%). As 4 dimensões foram bem avaliadas pelos docentes, variando entre "moderado" e "muito bom" com exceção de subdimensões como "Gestão de serviço" que foi considerada como "pouco" pela IES 1 e 6; "Enfoque epidemiológico" e "Equipe de saúde" que foram consideradas como "pouco" e "moderado" pela IES 1; "Vivências no SUS" que teve uma divergência de opiniões nas IES 3 e 4, variando entre "pouco", "moderado" e "muito bom", e "Flexibilização curricular" variou entre "pouco" pela IES 1 e "pouco" e "muito bom" na IES 6. Observou-se que os docentes avaliaram positivamente as aplicações das resoluções das DCN nos seus respectivos cursos, com variações pontuais nas subdimensões. (Apoio: CAPES N° 001)PN0694 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Gestão do cuidado em saúde bucal no enfrentamento da pandemia da COVID-19
Pereira MC, Godoi H, Costa CB, Nunes P, Cardoso D, Mello ALSF
Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Objetivou-se analisar as ações de saúde bucal, no contexto municipal, para o enfrentamento da pandemia da COVID-19. Estudo qualitativo realizado em dois momentos sequenciais. Desenvolveu-se modelo teórico-empírico sobre o significado da gestão do cuidado em saúde bucal, seguindo o método da Teoria Fundamentada nos Dados. Participaram 14 cirurgiões-dentistas e 5 gestores, por meio de entrevista aberta. Posteriormente, realizou-se uma pesquisa participante-colaborativa e o modelo foi aplicado para análise dos documentos oficiais produzidos para o enfrentamento local da pandemia, em quatro municípios catarinenses. Foram identificadas ações em todas as dimensões do modelo. Houve redução da oferta de atendimentos eletivos; busca por padrões assistenciais biosseguros; disseminação de orientações padronizadas e embasadas; adaptação dos serviços especializados e ações coletivas; e realocação dos profissionais da saúde bucal em outros setores. A gestão do cuidado em saúde bucal pode servir de referencial para redesenhar as ações e serviços de saúde bucal no nível local em tempos de pandemia da COVID-19, em perspectiva ampliada. O estudo identificou ações para o enfrentamento da pandemia de COVID-19 em todas as dimensões do modelo: seguimento aos princípios do SUS, papel da gestão em saúde bucal, acesso, integralidade, interdisciplinaridade, integração ensino-serviço, participação popular, monitoramento de indicadores e ações próprias da clínica odontológica. Estas ações ratificaram, amplificaram ou comprometeram a gestão do cuidado em saúde bucal. (Apoio: CAPES N° 88882.437763/2019-01)PN0696 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Índices de oclusopatias e sua relevância para saúde pública
Gonçalves CS, Moimaz SAS, Saliba TA, Garbin AJI, Garbin CAS, Chiba FY
Saúde Coletiva Em Odontologia - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
As oclusopatias são um problema de saúde pública de alta prevalência, com possibilidade de prevenção e tratamento, que podem provocar alterações funcionais, estéticas, fonoaudiológicas, psicológicas e sociais, afetando a qualidade de vida dos indivíduos acometidos. O propósito deste estudo foi realizar uma revisão de literatura sobre os índices de oclusopatias e analisar suas aplicações em saúde pública. A revisão incluiu trabalhos nacionais e internacionais publicados nas bases de dados Pubmed, SciELO, Web of Science, Scopus, Bireme e Embase. A busca nas bases de dados considerou o período de 1899 a 2019 e utilizou os seguintes termos: saúde pública, métodos epidemiológicos, índices, levantamentos epidemiológicos, odontologia preventiva, maloclusão, oclusopatia e ortodontia. Esta pesquisa incluiu publicações sobre o desenvolvimento e uso de índices de oclusopatias em estudos clínicos e epidemiológicos, sem restrições de metodologia e linguagem. Foram identificados 52 índices e suas variações, porém a maioria era destinado a avaliações individuais, com difícil aplicação em saúde pública em decorrência da metodologia empregada, como necessidade de especialistas, exames complementares, equipamentos específicos, acompanhamento longitudinal e avaliações exclusivamente objetivas ou subjetivas. Alguns índices apresentaram aspectos positivos, envolvendo a avaliação de características físicas, funcionais, psicológicas e sociais, entretanto, ainda é um desafio encontrar um índice unânime para aplicação em saúde pública.