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RESUMOS APROVADOS

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Resultado da busca [Siglas PN1218 a PN1229 ]
 12 Resumo encontrados. Mostrando de 1 a 10


PN1218 - Painel Aspirante
Área: 8 - Periodontia

Isolamento, cultivo in vitro, identificação de bactérias periodontopatogênicas e testes de resistência antimicrobiana
Oliveira LVC, Veloso GC, Peruzzo DC, Rodrigues AEA, Henriques PSG, Segundo ASG, Napimoga MH, Montalli VAM
Microbiologia - FACULDADE DE ODONTOLOGIA SÃO LEOPOLDO MANDIC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A doença periodontal é uma infecção crônica, associada a microrganismos, de alta prevalência, sendo uma das principais causas de perdas dentais. Apesar do aumento no conhecimento da microbiologia periodontal, ainda são limitados os estudos que isolam e identificam microrganismos periodontopatogênicos, por serem fastidiosos e difíceis de serem cultivados. Diante disso, o presente estudo isolou e cultivou in vitro microrganismos periodontopatogênicos de pacientes com doença periodontal. Foram coletadas amostras de bolsas periodontais, com o auxílio de cones de papel estéreis. As amostras foram centrifugadas e plaqueadas em placas de petri com meio de cultura Ágar-Sangue (Biomérieux, França). As culturas bacterianas foram cultivadas em câmara de anaerobiose e em estufa de microaerofilia e identificadas pela morfologia e coloração de Gram. As colônias bacterianas foram inoculadas em novas placas e avaliadas pelo método automatizado Vitek®️2, com o intuito de identificar o gênero, espécie bacteriana e resistência a 37 antimicrobianos. As cepas identificadas mais prevalentes foram Enterobacter cloacae complex, sendo resistente a cinco antimicrobianos (ampicilina, amp/sulbactam, cefuroxima, Cefuroxima axetil e cefoxitina).
Os resultados sugerem que a doença periodontal pode favorecer o desenvolvimento de uma microbiota mais complexa, gram-negativa, sendo alta a porcentagem desses microrganismos resistentes aos antimicrobianos testados.
PN1219 - Painel Aspirante
Área: 8 - Periodontia

Ativação de PAR1 e aumento na formação de nódulos de mineralização em membranas de células-tronco do ligamento periodontal
Balzarini D, Gasparoni LM, Alves T, Sipert CR, Holzhausen M
Estomatologia - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Esse estudo objetiva avaliar o efeito da ativação do PAR1 em membranas de células-tronco do ligamento periodontal (PDLSCs) induzidas à diferenciação osteogênica. PDLSCs foram isoladas a partir de dentes hígidos com indicação de exodontia (n=3). As membranas de PDLSCs foram obtidas através de suplementação do meio de cultivo com ácido ascórbico durante 10 dias. Indução da diferenciação foi realizada usando meio clonogênico (α-MEM + SFB + ácido ascórbico) osteogênico (clonogênico + dexametasona + KH2PO4), suplementados ou não com peptídeo agonista do PAR1 por 2, 7 e 14 dias. A expressão de PAR1 ocorreu por imunofluorescência nos grupos osteogênicos com e sem peptídeo agonista de PAR1. A formação dos nódulos de mineralização foi avaliada por coloração com vermelho de alizarina. A quantificação foi realizada por extração com hidróxido de amônio, seguida de detecção colorimétrica a. A ativação do PAR1 levou a um aumento na formação de nódulos de mineralização em relação ao meio osteogênico sem PAR1 em membranas de PDLSCs aos 14 dias (p <0,05) e a expressão de PAR1 na imunofluorescência foi bem sucedida.
A ativação do PAR1 em osteoblastos induzidos é viável e aumenta a formação de nódulos de mineralização nas membranas de PDLSCs, sugerindo um importante papel na osteogênese e possível abordagem terapêutica futura.
(Apoio: FAPs - FAPESP  N° 2017/23158-0)
PN1220 - Painel Aspirante
Área: 8 - Periodontia

Associação sinérgica do peptídeo de defesa do hospedeiro synoeca-MP com clorexidina como potencial inibidor da osteoclastogênese
Amorim IA, Lima SMF, Dantas EMGL, Silva PAO, Martins DCMM, Franco OL, Rezende TMB
Odontologia - CENTRO UNIVERSITÁRIO EURO AMERICANO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Microrganismos patogênicos oportunistas podem se alojar na cavidade bucal de pacientes imunodeprimidos hospitalizados. A clorexidina (CHX) 0,12% tem sido amplamente utilizada no controle de microrganismos e frequentemente está relacionada a efeitos adversos nesse ambiente. Como alternativa, o peptídeo synoeca-MP (SYN), derivado da peçonha da vespa Synoeca surinama, demonstrou atividade antimicrobiana, antibiofilme e potencial imunomodulatório em concentrações sinérgicas junto com a CHX. Assim, esse estudo analisou a atividade hemolítica, citototóxica e osteoclastogênica in vitro, além da estabilidade na saliva humana dessa associação (CAAE 90666218.2.0000.0029). A associação entre CHX e SYN não apresentou atividade hemolítica em eritrócitos humanos. SYN e CHX demonstraram ausência de citotoxicidade em PBMCs após 14 dias. Além disso, a associação inibiu a osteoclastogênese, reduzindo em 86,65% o número de osteoclastos diferenciados. O tempo de degradação de SYN e CHX variou de acordo com a condição periodontal do paciente em até 4 h. Assim, quanto mais grave a doença periodontal, menor foi o tempo de integridade dos compostos na saliva.
Dessa forma, a atuação sinérgica de CHX e SYN demonstrou resultados promissores, com biocompatibilidade, inibição da reabsorção óssea e estabilidade em saliva humana em baixas concentrações. Diante disso, a proposta da associação SYN e CHX apresenta potencial para uso futuro como possível enxaguatório para pacientes imunodeprimidos hospitalizados.
(Apoio: CAPES  |  FAPs - FAPDF  |  CNPq)
PN1221 - Painel Aspirante
Área: 8 - Periodontia

Diagnóstico periodontal, autorrelato da condição periodontal, qualidade de vida e coping em pacientes com doenças crônicas sistêmicas
Lopez LZ, Taques-Neto L, Pochapski MT, Dalmolin AC, Huller D, Santos FA
Pos Graduação - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

As doenças crônicas sistêmicas e a doença periodontal podem catalogar-se como fatores estressores, afetar a saúde geral e impactar na qualidade de vida. Estratégias de enfrentamento adequadas (Coping) perante fatores estressores e a autopercepção do paciente são essenciais na adesão ao tratamento odontológico. O objetivo deste trabalho foi analisar se a condição periodontal interfere na qualidade de vida geral e se coincide com o diagnóstico periodontal de pacientes com doenças crônicas sistêmicas. Foram triados 252 indivíduos em acompanhamento médico para doenças crônicas sistêmicas de um Hospital Universitário. Foram aplicados três instrumentos (Self-reported Periodontal Measure, SF-36 e Cope Breve) e exame clínico periodontal para a obtenção dos dados. Os resultados mostraram que a condição periodontal não interfere na qualidade de vida. O autorrelato da condição periodontal coincide com o diagnóstico clínico, porém indivíduos com pior condição periodontal, tiveram pior autopercepção da sua saúde bucal. Indivíduos com duas ou mais doenças crônicas sistêmicas têm melhor autopercepção da saúde bucal, porém pior autorrelato da condição periodontal. Indivíduos com melhor Coping tiveram pior autopercepção da saúde bucal.
Concluímos que a condição periodontal não interfere na qualidade de vida geral em indivíduos com doenças crônicas sistêmicas. O autorrelato da condição periodontal coincide com o diagnóstico clínico. Indivíduos com duas o mais doenças crônicas sistêmicas têm boa autopercepção da saúde bucal.
(Apoio: CAPES  N° 1)
PN1222 - Painel Aspirante
Área: 8 - Periodontia

Influência da obesidade nos tecidos periodontais de pacientes com diabetes mellitus tipo 2: estudo clínico randomizado
Nadal L, Nassar PO, Zampiva MMM, Nassar CA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A doença periodontal (DP) é frequentemente associada com Diabetes Mellitus (DM) e pode ser considerada uma das complicações crônicas da doença. A obesidade é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do DM do Tipo 2 (DM2), sendo que o tecido adiposo atua secretando hormônios, citocinas e medidores inflamatórios. O objetivo do estudo foi avaliar a influência da obesidade na reposta dos tecidos periodontais após o tratamento periodontal em pacientes com DM2 portadores de DP. Foram avaliados 36 pacientes, com faixa etária de 25 a 65 anos, sendo 20 pacientes portadores de DM2 e periodontite crônica que não apresentavam obesidade, de acordo com o índice de massa corporal (IMC) e circunferência abdominal (Grupo Não Obeso - GNO), e 16 pacientes portadores de Diabetes Mellitus tipo 2, que apresentavam quadro de obesidade e DP (Grupo Obeso - GO). Esses pacientes foram submetidos ao tratamento periodontal e foram avaliados através de índice de placa, profundidade de sondagem, nível de inserção clínica, sangramento a sondagem e análise do fluido crevicular gengival, além de exames laboratoriais. Sendo os parâmetros periodontais e laboratoriais avaliados nos tempos 0 e 6 meses. Os resultados demonstraram melhoras nos parâmetros clínicos periodontais e laboratoriais nos períodos avaliados, entretanto o GNO apresentou resultados melhores quando comparado ao GO.
A presença da obesidade dificulta a melhora dos parâmetros clínicos periodontais após o tratamento periodontal convencional em pacientes portadores de DM e DP.
(Apoio: CAPES)
PN1223 - Painel Aspirante
Área: 8 - Periodontia

Influência do ranelato de estrôncio na progressão e tratamento da periodontite experimental
Piovezan BR, Ervolino E, Gusman DJR, Araujo NJ, Alves BES, Furquim EMA, Matheus HR, Almeida JM
Diagnóstico e Cirurgia - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O estudo avaliou efeitos do ranelato de estrôncio (RE) na progressão e como coadjuvante sistêmico à raspagem e alisamento radicular (RAR) para o tratamento da periodontite experimental (PE). 80 ratos machos foram divididos em 4 grupos (n=20): PE-SS, indução da PE e administração sistêmica de solução salina fisiológica (SS); EP-RE, indução da PE e administração sistêmica de RE; PE-RAR/SS, indução da PE, RAR e administração sistêmica de SS; PE-RAR/RE, indução da PE, RAR e administração sistêmica de RE. A PE foi induzida por ligadura de fio de algodão ao redor do primeiro molar inferior esquerdo de cada animal. 7 dias após indução da PE, foi realizada RAR nos animais dos grupos PE-RAR/SS e PE/RAR/RE, e iniciou-se o protocolo de administração de SS ou RE via gavagem gástrica em todos os grupos. Animais foram eutanasiados aos 7 e 30 dais após início dos tratamentos sistêmicos. Análises histológica, histométrica de porcentagem de osso na furca (POF) e imunoistoquímica para detecção TRAP, OCN e CD45 foram realizadas. Análise estatística de dados (p≤0,05). PE-RAR/SS apresentou melhor estruturação do tecido conjuntivo e ósseo na furca que PE-RAR/RE. PE-RE apresentou maior POF que PE-SS, no entanto, nenhuma diferença foi encontrada entre PE-RAR/SS e PE-RAR/RE aos 30 dias. PE-RAR/SS e PE-RAR/RE apresentaram maior padrão de imunomarcação para OCN e CD45 que PE-SS e PE-RE aos 30 dias. PE-RAR/SS apresentou maior número de células TRAP-positivas que PE-RAR/RE aos 30 dias.
Conclui-se que o RE reduz a perda óssea alveolar durante a progressão da PE, contudo não apresenta benefícios à RAR.
PN1224 - Painel Aspirante
Área: 8 - Periodontia

Efeito da terapia probiótica (Lactobacillus reuteri) coadjuvante no tratamento da periodontite crônica associada ao Diabetes Mellitus
Pedroso JF, Longo M, Ramos TCS, Lima VCS, Ferreira CL, Jardini MAN
Biopatologia Bucal - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A associação de probióticos ao debridamento mecânico pode ser uma proposta de tratamento das doenças periodontais, em especial para pacientes portadores de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2). Avaliou-se os efeitos da administração do probiótico Lactobacillus reuteri como terapia coadjuvante no tratamento da Periodontite (P) associada ao DM2. Um total de 40 participantes diabéticos e diagnosticados com P foram randomizados em Grupo Teste (n=20): receberam debridamento mecânico associado ao probiótico e Grupo Controle (n=20): tratados com debridamento mecânico associado a um placebo. Foram realizadas avaliações de profundidade de sondagem (PS), recessão gengival (RG), nível clínico de inserção (NCI), índice de placa (IP) e índice de sangramento gengival (IG) no baseline, 30 dias, 3 meses e 6 meses. Os dados foram obtidos em média e desvio padrão. Os resultados mostraram que em ambos os grupos houve uma melhora progressiva nos parâmetros clínicos periodontais ao longo do tempo. A maior redução de PS para o grupo probiótico foi em t=6 meses (2.51±0.16) em comparação à t=0 (3.72±0.44). O mesmo se observa no grupo controle, sendo 3.31±0.31 no baseline e 2.69±0.41 após 6 meses. Observou-se um discreto aumento nas medidas de RG no grupo probiótico aos 3 meses (0.85±0.02) em relação ao baseline (0.64±0.03). No grupo placebo, aos 6 meses foram encontradas as menores taxas de IP e IG, 20% e 24%, respectivamente.
Para terapia periodontal em diabéticos, o debridamento mecânico isoladamente (placebo) apresenta resultados clínicos semelhantes ao uso do L.reuteri como coadjuvante.
(Apoio: Fapesp  N° 2016/24531-3   |  CNPq  N° 465259/2014-6  |  CAPES)
PN1225 - Painel Aspirante
Área: 8 - Periodontia

Progressão da Doença Periodontal experimental em ratos submetidos a exercício físico aeróbico ou resistido
Dallarmi LB, Steffens JP, Mendonça DF, Araújo MGB, Mendonca CCG, Brandão DA, Oliveira RCG, Souza JAC
Faculdade de Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto do exercício físico aeróbico (EA) e resistido (ER) sobre a progressão da doença periodontal (DP) experimental induzida por ligadura. Trinta e dois ratos Wistar foram divididos em 4 grupos (n=8/grupo): Controle (C) (sem intervenção); DP-S (animais sedentários); DP-EA e DP-ER. Os grupos DP-EA e DP-ER nadaram durante 30 minutos/dia, 5 vezes na semana, sem ou com uma carga acoplada à cauda, respectivamente. Na sexta semana de natação, a DP foi induzida nos primeiros molares superiores nos grupos DP-S, DP-EA e DP-ER. Ao final da oitava semana, os animais foram eutanasiados e as hemimandíbulas coradas com azul de metileno e fotografadas para mensuração da perda óssea através de software (ImageJ). Foram analisadas a área da face vestibular e medidas lineares (média das 3 raízes) do primeiro molar superior. Radiograficamente, a distância entre a crista óssea alveolar e a junção cemento-esmalte foi mensurada na região entre o primeiro e segundo molar. Em todas as análises, a perda óssea foi significativamente maior nos grupos DP-S e DP-ER em comparação ao grupo controle (ANOVA; p<0,05). O grupo DP-EA teve perda óssea significativamente menor do que os grupos DP-S e DP-ER apenas na análise fotográfica linear (ANOVA; p<0,05).
Conclui-se que o exercício aeróbico, mas não o exercício resistido, é capaz de atenuar a perda óssea induzida por ligadura.
(Apoio: Capes/Fapeg  N° 001)
PN1226 - Painel Aspirante
Área: 8 - Periodontia

Avaliação da viabilidade bacteriana e rugosidade sobre duas membranas de PTFE-d: estudo in vitro
Maia AO, Joly JC, Peruzzo DC, Napimoga MH, Lemos AB, Martinez EF
Microbiologia - FACULDADE DE ODONTOLOGIA SÃO LEOPOLDO MANDIC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo desse trabalho foi comparar in vitro duas membranas de PTFE-d (CytoplastTM e Lumina PTFETM), quanto à rugosidade de superfície e viabilidade bacteriana. Segmentos de 5 X 5 mm foram utilizados para os ensaios propostos (15/cada). Para avaliação da rugosidade, utilizou-se rugosímetro de contato sendo mensurado o valor da média dos picos e vales (Ra). Para análise da viabilidade bacteriana, cepas padrões de Streptococcus mutans (25175) e Staphylococcus aureus (25923) na densidade de 1X108 UFC/ml foram plaqueadas sobre as membranas e mantidas em estufa bacteriológica (37o C, 2h). Para análise e quantificação de bactérias aderentes vivas e mortas foi utilizada a técnica de fluorescência com kit de viabilidade Live/Dead Baclight. Foram realizadas fotomicrografias em 5 áreas randomizadas e os testes foram realizados em triplicatas. As áreas contendo bactérias vivas (fluorescência verde), mortas (fluorescência vermelha) e total foram mensuradas por meio do programa ImageJ e os resultados submetidos à análise estatística, tendo sido usado nível de significância de 5%. Os resultados dos valores de Ra não evidenciaram diferenças estatísticas no valor entre as membranas (p==0,0696). Adicionalmente, a quantidade total, e de bactérias vivas e mortas, para ambas as cepas, foi semelhante para ambas as membranas (p>0,05).
Conclui-se que ambas as membranas testadas apresentaram rugosidade de superfície, e viabilidade bacterianas semelhantes, tendo indicação para exposição na cavidade oral.
PN1227 - Painel Aspirante
Área: 8 - Periodontia

Uso terapêutico do extrato de própolis no tratamento das doenças periodontais: uma revisão integrativa
Cardoso MB, Spiger V, Magini RS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo objetivou verificar o emprego e os efeitos terapêuticos da própolis no tratamento de doenças periodontais. Conduziu-se uma revisão integrativa, com busca sistematizada nas bases PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde e SciELO, com os termos: "periodontal disease", "periodontitis", "periodontal treatment", o operador booleano "AND", e o termo "propolis", em combinações individualizadas, até abril de 2020. Elencaram-se critérios de inclusão (publicações após 2010, em inglês, português ou espanhol) e exclusão (ausência de relação com o tema ou estudos de revisão narrativa). A busca inicial identificou 298 estudos e, pela exclusão de duplicidades, 104 destes foram avaliados pelos referidos critérios, resultando na amostra final de 28 estudos, dos quais foram 12 ensaios clínicos (100% randomizados; 25% blindados), 9 in vitro, 5 estudos com espécime animal, e 2 revisões sistemáticas sobre produtos naturais. A própolis apresenta biocompatibilidade, ação antibacteriana contra os principais patógenos periodontais, e impacto clínico positivo, com melhoria de índices de placa, sangramento, nível de inserção clínica, profundidade de sondagem, quando adjuvante à raspagem e ao alisamento radicular. Suas apresentações incluem enxaguante, comprimido, creme dentário, gel, solução irrigadora; todavia, não há padronização de formas de uso.
Conclui-se que o emprego da própolis em doenças periodontais é promissor, mas é necessário maior aprofundamento sobre os mecanismos de ação, bem como a definição de protocolos terapêuticos.