H001
Imuno-expressão in vitro de proteínas da matriz
extracelular de fibroblastos de polpas dentárias e gengiva humanas
MARTINEZ,
E. F.*, ARAÚJO, V. C.
Estomatologia
- Universidade de São Paulo. E-mail: efmartinez@ig.com.br
Devido a grande importância da matriz extracelular no
desenvolvimento e formação dos tecidos e na regulação do comportamento celular,
o presente trabalho se propôs a analisar in vitro a expressão de
componentes da matriz extracelular, a saber, tenascina (TN), fibronectina (FN),
colágenos (Col) tipos I e III, e osteonectina (ONEC). Para tal, foram
utilizados linhagens celulares de fibroblastos de germe de polpa dentária
humana (FP2) e de mucosa gengival humana (FMM2), ambos obtidos através da
técnica de “explant”, analisando também as principais características
morfológicas, através da coloração de hematoxilina-eosina e microscopia
eletrônica de transmissão. Os resultados obtidos revelaram diferentes padrões
de expressão das proteínas estudadas. A TN e a ONEC imuno-expressaram-se
somente nas células FP2, sugerindo uma provável importância destas
glicoproteínas na mediação e formação de tecidos mineralizados. A FN e o Col
tipo I estiveram presentes no citoplasma de ambos os tipos celulares. Em
nenhuma das células estudadas houve expressão do Col tipo III. Na microscopia
óptica observou-se diferentes padrões morfológicos, onde as células FP2
exibiram citoplasma amplo com aspecto filamentar e núcleo fusiforme enquanto as
células FMM2 exibiram padrão estrelário, por vezes piramidal, com núcleo
arredondado. Ultra-estruturalmente, ambos fibroblastos exibiram retículo
endoplasmático rugoso e complexo de Golgi bastante desenvolvidos.
Os resultados apresentados comprovam as diferenças funcionais e
reparativas entre os tecidos conjuntivos pulpar e gengival frente a um estímulo
externo.
H002
Expressão de componentes da matriz extracelular
(fibronectina e tenascina) após capeamento pulpar com Ca(OH)2
PIVA,
E.*, DEMARCO, F. F., TARQUINIO, S. B. C.
Odontologia
Restauradora - Universidade Federal de Pelotas. E-mail: ejpiva@uol.com.br
O objetivo desse estudo foi investigar a expressão de duas
glicoproteínas da matriz extracelular, fibronectina (FN) e tenascina (TN) no
reparo de polpas humanas após capeamento direto com hidróxido de cálcio (HC).
Foram selecionados alunos da FOUFPel com indicação de extração de seus
terceiros molares, após assinatura de um termo de consentimento. Cavidades de
classe I com exposição pulpar foram preparadas com brocas “carbide” em alta
velocidade, sob intensa refrigeração. Seguindo a hemostasia, pó de HC foi
aplicado no sítio de exposição e protegido com cimento de HC (Dycal -
Dentsply). Os dentes foram restaurados com cimento de óxido de zinco e eugenol
e extraídos após os intervalos de 1, 7, 14 e 30 dias pós-capeamento, com 3
exemplares para cada intervalo. Após desmineralização e emblocamento em
parafina, os espécimes foram corados em H. E. e submetidos à técnica
imuno-histoquímica da estreptoavidina-biotina, utilizando anticorpos monoclonais
anti-TN e anti-FN. Observou-se padrão de marcação imuno-histoquímica semelhante
entre TN e FN em toda a polpa, sendo mais proeminente ao redor dos vasos
sangüíneos, acompanhando as fibras colágenas e na região da pré-dentina. No
sítio da exposição, com 1 dia, não se observou imuno-reatividade para TN, a
qual foi aumentando, estando aos 30 dias, mais espessada.
Concluiu-se que a FN esteve envolvida em todos os estágios da formação
da dentina reparativa, estimulada pela ação do HC, enquanto que a TN demonstrou
expressão diferenciada na área de exposição, sendo mais evidente nos estágios
mais avançados da formação da barreira dentinária.
H003
Análise térmica de diferentes técnicas de utilização do
laser de Nd:YAG
ARCHILLA,
J. R. F.*, LAGE-MARQUES, J. L., MIRAGE, A.
Faculdade
de Odontologia - Universidade de São Paulo.
E-mail: ricardoarchilla@originet.com.br
O experimento proposto neste estudo objetivou a análise
das variações de temperatura, mediante três técnicas diferentes de aplicação do
laser de Nd:YAG no interior de três raízes de dentes unirradiculares. Os canais
radiculares foram instrumentados, irrigados, radiografados para medição do
remanescente dentinário na região apical e submetidos a irradiação laser,
utilizando-se de técnicas aplicadas por Gutknecht, Matsumoto e uma nova técnica
com movimento oscilatório. Os parâmetros utilizados foram: energia do pulso
250 mJ, freqüência 5 Hz, fluência do pulso 354 J/cm2,
potência média de 1,25 W, largura de pulso 300 µs, diâmetro do núcleo
da fibra 300 µm e intervalo de relaxação térmica 20 s.
Após a avaliação da temperatura e interpretação dos dados obtidos,
concluiu-se que: 1. a técnica oscilatória proporcionou uma melhor distribuição
de calor durante a aplicação do laser, quando analisados os gráficos isoladamente;
2. todas as técnicas utilizadas estão dentro de certo padrão de segurança,
analisando as temperaturas médias e máximas da região apical e do terço médio,
porém, desconsiderando o último dia de aplicação e do terço médio da raiz “C”.
H004
Diagnóstico sérico de reabsorção dentária antes da
visualização radiográfica
HIDALGO,
M. M.*, ITANO, E. N., CONSOLARO, A.
Odontologia
- Universidade Estadual de Maringá. E-mail: mmhidalgo@terra.com.br
Identificar alterações que antecedam as manifestações
radiográficas das reabsorções dentárias representa o grande desafio da
Odontologia atual e foi o objetivo deste trabalho. Através de ELISA utilizando
conjugado peroxidase anti-IgM ou anti-IgG humana, seguida de leitura a
492 nm, encontrou-se aumento estatisticamente significativo de IgG sérica
em pacientes com reabsorção radicular, seja ela inflamatória (n = 12)
ou por substituição (n = 4) em relação aos controles
(n = 12) frente ao extrato de dentina e suas frações obtidas por
HPLC. A IgM estava presente em quantidades semelhantes nos soros de pacientes
com reabsorção inflamatória e controles, porém, em quantidades estatisticamente
menores em pacientes com reabsorção por substituição. Utilizando-se kits
comerciais para detecção de citocinas relacionadas com a reabsorção dentária
(IL-1a; IL-1b; IL-6 e TNFa) em sobrenadantes de cultura, observou-se que as
células mononucleares provenientes de pacientes com reabsorção inflamatória
(n = 9) liberaram igual ou maior concentração que as de controles
(n = 8) quando estimuladas com o extrato de dentina e suas frações,
antagonicamente à menor liberação pelas células dos pacientes com reabsorção
por substituição (n = 3). Assim, a análise dos perfis sérico de
anticorpos e de liberação de citocinas em culturas celular, pode permitir o
diagnóstico de reabsorções dentárias.
A partir destes resultados, vislumbra-se a possibilidade de
diagnosticar precocemente as reabsorções dentárias através de análise
sorológica própria. Com isso, espera-se contribuir em todos os campos da
Odontologia através do estabelecimento de protocolos de detecção precoce das
reabsorções dentárias. (Apoio financeiro: FAPESP - nº 98/11690-6 e
01/13188-0.)
H005
Calcificações pulpares: relação endodontia/periodontia
GONÇALVES, E. A. N.*, ABRAHÃO, I. J., WRIGHT, D. A.
Endodontia
- Universidade Metropolitana de Santos. E-mail: ivete@apcd.org.br
O tratamento endodôntico é indicado em casos de necrose
pulpar, inflamações irreversíveis ou por necessidade protética. Em casos de
inflamações agudas, a sintomatologia espontânea norteia a decisão da remoção
total da polpa. Entretanto, ocasiões existem em que o paciente relata
sintomatologia durante a mastigação e quando da ingestão de substâncias frias.
Essa sintomatologia não regride ainda que façamos uso de protetores pulpares e
via de regra está associada à presença de calcificações na câmara pulpar. A
calcificação de etiologia desconhecida, em nossa opinião, muitas vezes está
relacionada à presença do canal cavo intercanal que comunica a câmara pulpar
com o periodonto e se justifica pela possível contaminação da polpa por
microrganismos presentes no periodonto que provocariam uma reação de defesa
normal da polpa e causaria essas calcificações.
A proposta do presente estudo é demonstrar a presença do canal cavo
intercanal em casos de inflamações crônicas que levaram a calcificações na
câmara pulpar e à necessidade de tratamento endodôntico.
H006
Análise do comportamento térmico do laser de diodo no
esmalte, dentina e cemento dental – estudo in vitro
PELINO,
J. E. P.*, HAYPEK, P., GOUW-SOARES, S. C., BACHMANN, L., ZEZELL, D. M.,
EDUARDO, C. P.
Denstística
Restauradora - Universidade de São Paulo. E-mail: pelinoj@usp.br
Este estudo tem por objetivo caracterizar o comportamento térmico
do laser de diodo em dentes de antílope, livres de cárie, utilizando parâmetros
seguros e eficientes. Foram utilizados dezesseis (n = 16) dentes de
antílope anteriores nos quais foram realizadas abertura e instrumentação
endodôntica até a lima 45. Termopares tipo T (cobre-estanho) foram acoplados no
interior da câmara pulpar, terço médio e ápice radicular, e também na região
externa do cemento próximo a gengiva marginal livre dos dentes, que ficaram
imersos (na face lingual) numa cuba térmica à 37ºC. A irradiação foi feita com
o laser de diodo (808 nm, ± 5 nm – onda contínua, fibra óptica de quartzo
de 400 mm, feixe de luz guia de diodo vermelho de 650 nm e
3 mW de saída máxima, Softlase - Zap Lasers - EUA). Os dentes foram
distribuídos em 8 grupos descritos a seguir: Grupo 1: 1,5 W, sem produto
clareador; Grupo 2: 2,5 W, sem produto clareador; Grupo 3: 1,5 W, com
produto clareador; Grupo 4: 2,5 W, com produto clareador; Grupo 5:
1,5 W no ápice radicular; Grupo 6: 1,5 W no terço médio radicular;
Grupo 7: 1,5 W a 0º na região da gengiva marginal livre; Grupo 8: 1,5 W a 90º
na região da gengiva marginal livre. O produto clareador utilizado foi o
Opalescence Extra (Ultradent, EUA) para testar a segurança no tratamento do
clareamento dental. Os resultados demonstraram que todos os grupos não
apresentaram aumento superior a 5,6ºC.
Os aumentos de temperatura neste estudo não ultrapassaram 5,6ºC com os
parâmetros de laser utilizados. Este estudo possibilita a utilização do laser
de diodo de forma segura.
H007
Avaliação das forças de contração na polimerização de
resinas compostas ativadas com luz halógena e LED
CASTAÑEDA-ESPINOSA,
J. C.*, MONDELLI, R. F. L.
Dentística,
Endodontia e Materiais Dentários - Universidade de São Paulo.
E-mail: jccasta@bol.com.br
As forças geradas durante a polimerização das resinas
podem ser influenciadas pela fonte de luz utilizada. Este trabalho avaliou as
diferenças nas forças geradas durante a contração de polimerização de resinas
ativadas com luz halógena e LED. Foram confeccionadas duas bases de aço em
forma retangular (6 x 2 mm), posicionadas paralelamente, sendo
uma conectada ao braço móvel da máquina de ensaios (Emic - DL 500),
através da célula de carga de 10 kg, e a outra ao braço fixo. As resinas
compostas foram introduzidas entre as bases metálicas, com 1 mm de altura,
volume de 12 mm3 e fator C de 1,5. As bases ficaram fixas
durante o ensaio e as tensões geradas durante a polimerização foram registradas
através de uma curva força/tempo, num total de dez ensaios para cada grupo. As
resinas compostas de micropartícula (A110, 3M), micro-híbrida (Z250, 3M) e
condensável (P60, 3M) foram polimerizadas por 60 s com luz halógena
(Denstsply - 500 mW/cm2) ou LED (Dabi Atlante - 150 mW/cm2).
Aplicou-se a análise de variância e teste de Tukey. Os valores da força de
contração obtidos no período de 120 s foram significantemente maiores do
que aos 60 s para todas as resinas, independente da fonte de luz. A110
apresentou valores significantemente maiores que Z250 e P60 em todos os casos.
Não houve diferenças entre Z250 e P60. Os valores obtidos com luz halógena
foram significantemente maiores em comparação com LED nos períodos avaliados,
com exceção da resina A110 aos 60 s.
As
resinas ativadas com LED apresentaram menores valores de força de contração em
comparação a luz halógena.
H008
Resistência adesiva a tração e resistência aparente à
fratura de resina composta unida à cerâmica
DELLA BONA, A.*, MECHOLSKY, J. J., ANUSAVICE, K. J.
Biomateriais
- Universidade de Passo Fundo. E-mail: adellabona@via-rs.net
Esse estudo objetivou testar a hipótese de que a
resistência adesiva por microtração de cerâmica unida à resina é controlada
pelo tratamento superficial da cerâmica e usar a mecânica de fratura para medir
a resistência aparente de fratura da interface adesiva (KA) entre uma cerâmica
(IPS Empress 2 - E2)* e um compósito. Os seguintes tratamentos de
superfície foram aplicados a 3 blocos cerâmicos: E2HF: ácido hidrofluorídrico
(HF)* por 2 min; E2S: silano (S)**; E2HFS: HF + S. O adesivo (Scotchbond MPP)**
e o compósito (Z250)** foram aplicados sobre as superfícies tratadas e
fotopolimerizados. Vinte corpos-de-prova por grupo permaneceram em água
destilada à 37ºC por 30 dias antes de serem testados à 0,5 mm/min. Os
valores de resistência a tração (s) foram computados. As superfícies fraturadas
foram examinadas para determinar o modo de fratura e o tamanho do defeito
crítico (c). A mecânica de fratura foi utilizada para calcular a KA (KA = Ysc½).
Os valores médio de s (MPa) e desvio padrão (SD) são: E2HF:
44,1 ± 6,7; E2S: 29,1 ± 6,3; E2HFS: 56,1 ± 4,9.
Os valores médio de KA (MPa m½) e SD são: E2HF: 0,7 ± 0,1; E2S:
0,6 ± 0,1; E2HFS: 0,9 ± 0,1. Diferenças significantes
(ANOVA) foram detectadas para s (p < 0,0001) e KA
(p = 0,0004).
A fratura sempre se iniciou a partir do maior defeito localizado
dentro da interface adesiva. As diferenças em s entre os grupos é resultado de
diferenças nos processos de tratamento e tamanho dos defeitos. A diferença em s
entre os grupos E2HF e E2HFS é devido a diferença em KA. (Apoio: NIDCR -
DE06672 e CAPES do Brasil. *Ivoclar AG; **3M Dental Products.)
H009
Avaliação clínica de “inlays” e “onlays” de cerâmica após
um ano
COELHO
SANTOS, M. J.*, NAVARRO, M. F. L., FRANCISCHONE, C. E., LOPES, L. G.
Odontologia
Restauradora - Universidade Federal da Bahia. E-mail: jace@uol.com.br
Este trabalho se propôs a avaliar o comportamento clínico
de dois tipos de cerâmica: cerâmica convencional (Duceram, Degussa) - D e
cerâmica prensada (IPS Empress, Ivoclar-Vivadent) - IPS. Oitenta e seis
restaurações foram realizadas por apenas um operador, sendo 44 IPS e 42 D.
Vinte e sete pré-molares e cinqüenta e nove molares, num total de 33 “onlays” e
53 “inlays”, foram cimentadas em 35 pacientes de ambos os sexos, com idade
média de 35 anos. Todas as restaurações foram fixadas com cimento resinoso dual
(Variolink II, Ivoclar-Vivadent) sob isolamento absoluto e foram avaliadas no
“baseline”, após 6 meses e 1 ano; mediante o critério USPHS. modificado, quanto
à sensibilidade pulpar, reincidência de cárie, fratura, reprodução de cor,
descoloração marginal, integridade marginal e textura superficial.
Adicionalmente radiografias e slides foram feitos. Após 1 ano, 100% das
restaurações foram reavaliadas e consideradas clinicamente excelentes ou
aceitáveis. Dentre os itens analisados apenas os seguintes apresentaram
critério Bravo: descoloração marginal - IPS (20,45%), D (14,29%); integridade
marginal - IPS (13,64%), D (11,9%); reprodução de cor - IPS (6,82%), D (11,9%);
textura superficial - IPS (2,27%), D (14,29%). Os resultados obtidos foram
submetidos ao teste estatístico de Fisher e McNemar.
Não houve diferença estatisticamente significante entre as cerâmicas
testadas após 1 ano. Pôde-se concluir que os dois tipos de cerâmica
demonstraram excelente desempenho clínico no período de um ano. (Apoio
financeiro: Ivoclar-Vivadent e Degussa.)
H010
Avaliação da formação de cárie, in vitro, ao redor
de cavidades restauradas com diferentes materiais
GAMA-TEIXEIRA,
A.*, SIMIONATO, M. R. L., LUZ, M. A. A. C.
Dentística
- Universidade de São Paulo. E-mail: gamatex@uol.com.br
A cárie secundária tem sido considerada a principal razão
para troca de restaurações, o que tem levado ao desenvolvimento de materiais
restauradores que prometem exercer algum efeito anticariogênico. O objetivo
deste estudo foi comparar a formação de cárie ao redor de cavidades restauradas
com os seguintes materiais: cimento de ionômero de vidro (CIV), amálgama e três
resinas compostas (Ariston, Z100, Heliomolar). Os dentes restaurados foram
submetidos à um desafio cariogênico, in vitro, que utilizou um sistema
bacteriano para a formação das lesões de cárie. A seguir, analisando-se as
lesões ao microscópio, foram medidas a extensão, maior profundidade,
profundidade junto à restauração e à 0,5 mm desta e distância da lesão à
restauração (quando formou-se área de inibição de cárie). Após análise em
microscopia de luz polarizada, observou-se que as lesões desenvolvidas foram
subsuperficiais, com características semelhantes às lesões naturais de cárie. O
maior número de lesões distantes da restauração e também com menores dimensões
desenvolveram-se adjacentes ao CIV, provavelmente devido à maior liberação de
flúor por este material. As lesões formadas nos grupos amálgama e Ariston
apresentaram medidas intermediárias, enquanto que as maiores lesões
desenvolveram-se nos grupos Z100 e Heliomolar.
Concluiu-se que o CIV apresentou melhor efeito anticariogênico, já que
desenvolveu as menores lesões e maior número de áreas de inibição de cárie,
seguido do amálgama e Ariston e das resinas compostas Z100 e Heliomolar, que
apresentaram as maiores lesões. (Apoio: FAPESP - 99/12518-5.)
H011
Efeitos do peróxido de carbamida na resistência coesiva do
esmalte humano
CAVALLI,
V.*, CARVALHO, R. M., GIANNINI, M.
Odontologia
Restauradora - Universidade Estadual de Campinas. E-mail: vcavalli@yahoo.com
O objetivo deste estudo foi avaliar a resistência à tração
do esmalte tratado com peróxido de carbamida (PC) a 10%. Um bloco de compósito
TPH Spectrum (Dentsply) foi construído na superfície oclusal de seis molares
humanos hígidos, após a aplicação do adesivo Single Bond (3M), para facilitar o
teste de microtração. A coroa dental foi seccionada serialmente no sentido vestíbulo-lingual
em fatias de aproximadamente 0,7 mm de espessura. Em cada fatia foi
realizada uma constrição lateral até a região central do esmalte e acima da
junção amelo-dentinária, para obtenção de área em esmalte inferior a 1 mm2.
As fatias foram aleatoriamente divididas em 3 grupos (n = 10):
Controle (C - sem tratamento); Opalescence 10% (OP - Ultradent) e
Whiteness 10% (WH - FGM). Os espécimes dos grupos OP e WH receberam
aplicações dos agentes clareadores por 6 horas a 37ºC, durante 14 dias e no restante
do período foram armazenados em saliva artificial. O grupo controle permaneceu
imerso em saliva artificial a 37ºC por 14 dias. Após os tratamentos, as
amostras foram testadas em dispositivo para microtração acoplado à máquina de
ensaio universal (0,5 mm/min - Instron 4411). Os resultados foram
submetidos à ANOVA e Tukey (p < 0,05). Os valores médios obtidos
foram (MPa): C- 45,5 ± 7,1(a); OP- 31,2 ± 5,7(b) e WH-
30,1 ± 10,6(b).
Os resultados demonstram que PC 10% é capaz de reduzir a resistência à
tração do esmalte humano. (Apoio: CAPES e FAPESP - 01/02771-7.)
H012
Efeito de técnicas de inserção, fator C e um
compósito de baixa viscosidade na resistência adesiva à cavidades classe II
REIS, A.
F.*, GIANNINI, M., AMBROSANO, G. M. B., CHAN, D. C. N.
Odontologia
Restauradora - Universidade Estadual de Campinas.
E-mail: reisandre@yahoo.com
O objetivo deste estudo foi testar o efeito de técnicas de
inserção, fator C, e o uso de um compósito de baixa viscosidade na
resistência adesiva à dentina na parede gengival de cavidades classe II. Foram
preparadas cavidades padronizadas em terceiros molares, aleatoriamente
divididos em 10 grupos experimentais. As superfícies foram condicionadas,
hibridizadas com o adesivo Single Bond (3M) e restauradas com o compósito TPH
(Dentsply), de acordo com os grupos: G1 e G2 - incremento horizontal, G3 e G4 -
vestíbulo-lingual, G5 e G6 - oblíqua, G7 e G8 - incremento único, G9 e G10 -
incremento horizontal em superfícies planas sem paredes circundantes
(controle). Os grupos foram testados com (grupos pares) ou sem (ímpares) a
aplicação de um compósito de baixa viscosidade (Tetric Flow - Vivadent). Após
24 h de armazenamento, os dentes foram verticalmente seccionados em fatias
(0,8 mm de espessura), e cada fatia teve sua interface adesiva reduzida a
uma área de aproximadamente 0,8 mm2. Os espécimes foram testados
através do teste de microtração em máquina universal de ensaio (0,5 mm/min). Os
resultados foram analisados pela ANOVA e Student-Newman-Keuls. Não foi
verificada diferença significativa entre os grupos restaurados com ou sem
compósito de baixa viscosidade (p > 0,05). Entre as técnicas de
inserção, os grupos de incremento único apresentaram as menores médias
(p < 0,05), enquanto as técnicas incrementais não diferiram do controle.
Os resultados sugerem que a resistência adesiva à parede gengival de
cavidades classe II é dependente do modo de inserção do compósito. (Apoio:
CAPES.)
H013
Dureza de um cimento resinoso dual: efeito da intensidade
e do tipo de fonte de luz
SANTOS JR., G. C.*, EL-MOWAFY, O., RUBO, J. H.
Prótese -
Universidade de São Paulo. E-mail: gildo.coelho@uol.com.br
O objetivo deste trabalho foi determinar os efeitos da
intensidade de luz de diferentes lâmpadas fotopolimerizadoras de
halogênio-quartzo-tungstênio (QHT) e diodos emissores de luz (LED) na dureza de
um cimento resinoso. Amostras de um cimento resinoso (Rely X, 3M ESPE) foram
preparadas para medir o número de dureza Knoop (NDK). Foram usados dois
aparelhos fotopolimerizadores (Visilux 2, 3M a 550 mW/cm2 e
Optilux 501, SDS/Kerr a 1.360 mW/cm2) e um aparelho de LED (Elipar
Free Light, 3M ESPE a 320 mW/cm2). As amostras foram
fotopolimerizadas por 40 s com cada aparelho, sendo quatro amostras para
cada condição testada. Outras amostras foram polimerizadas por 40 s
através de espaçadores de cerâmica (Cerec Vita Blocks, Vita - cor A3) e de
resina composta (Herculite XRV, Kerr - cor A3) com 3 mm de espessura. Três NDK
foram obtidas de cada espécie após 1 h. A média dos NDK foi calculada e analisada
estatisticamente pela ANOVA. Diferenças significantes foram encontradas entre
os grupos (p < 0,005). A média do NDK sem espaçadores com
40 s foram: 60; 49,05 e 52,28. A média do NDK com espaçadores de 3 mm
de cerâmica foram: 42,01; 41,21 e 34,68 e com os espaçadores de 3 mm de
resina: 38,83; 28,55 e 30,93 para 1.360 mW/cm2, 550 mW/cm2
e LED respectivamente.
A fotopolimerização com 1.360 mW/cm2 resultou
em um significativo aumento do NDK em todas as situações estudadas. Nenhuma
diferença estatística foi encontrada no NDK das amostras fotopolimerizadas
através de 3 mm de resina com 550 mW/cm2 e LED. (Apoio: CAPES, Brasil - BEX1246/01-1;
3M ESPE e SDS Kerr, Canadá.)
H014
Análise fotoelástica das estruturas de suporte das
próteses parciais removíveis apoiadas sobre implantes na região distal
MATHIAS,
A. C.*, LAGANÁ, D. C.
Prótese -
Universidade de São Paulo. E-mail: alenio@osite.com.br
O objetivo deste estudo foi analisar a distribuição
interna de tensões em uma prótese parcial removível apoiada na região distal
sobre implante e com magneto interposto.
Foram confeccionados dois modelos de resina fotoelástica, com
extremidades livres distais onde foram posicionados implantes de diferentes
diâmetros (3,5 mm e 5,5 mm) e mesma altura (8 mm). Sobre os
modelos foram confeccionadas duas PPRs retidas por grampos tipo 7 nos caninos e
por magnetos no interior das bases protéticas, ocluindo contra um arco
antagonista totalmente dentado. Aplicaram-se cargas distribuídas, de 1 kg,
3 kg, 5 kg, 7 kg e 10 kg, sobre a base do modelo superior,
nas regiões de canino, 2º pré-molar e 2º molar no lado esquerdo do arco em 5
situações diferentes: 1. modelo com implante de 3,5 mm de diâmetro com e
sem a fixação dos magnetos analisado no lado de aplicação de carga; 2. modelo
com implante de 3,5 mm de diâmetro com fixação dos magnetos, observado no
lado oposto da aplicação de carga; 3. modelo com implante de 5,5 mm de
diâmetro com e sem fixação dos magnetos com análise no lado da aplicação de
carga.
Conclusões: 1. Nos modelos com os magnetos fixados e implante de
diâmetro largo (5,5 mm) houve maior concentração de tensões ao redor do
implante, reduzindo as tensões sobre o rebordo. No modelo com implante de
3,5 mm de diâmetro houve maior concentração de tensões na mesial do
implante dirigindo-se neste sentido para o rebordo residual. 2. Em nenhuma nas
situações analisadas foi possível a visualização de tensões nas estruturas
adjacentes ao dente-suporte do lado de aplicação de carga.
H015
Espectro óculo-aurículo-vertebral: relação clínico-embriológica
por meio da 3D-TC utilizando a computação gráfica
SANTOS,
D. T.*, CAVALCANTI, M. G. P.
Estomatologia
- Universidade de São Paulo. E-mail: nizeabc@usp.br
O propósito deste trabalho foi correlacionar
características clínico- embriológicas do espectro óculo-aurículo-vertebral
(síndrome de Goldenhar) com reconstruções de imagens em terceira dimensão
(3D-TC) utilizando protocolos específicos. A população estudada consistiu de 10
pacientes com esta síndrome, identificados clinicamente com hemicrossomia
facial. Os pacientes foram examinados por meio da tomografia computadorizada em
espiral e características observadas nas imagens foram divididas em grupos, de
acordo com a região óssea afetada: facial, auricular e temporal, vertebral e
base do crânio. Os dados originais foram transferidos para uma estação de
trabalho independente com um sistema de computação gráfica para gerar imagens
de volume em 3D-TC do crânio e vértebra. Protocolos específicos em 3D para
estruturas ósseas e musculares foram analisados para verificar a correlação
entre estas estruturas. O desenvolvimento assimétrico da face foi uma
característica padrão desta síndrome resultante da hipoplasia do ramo e côndilo
da mandíbula, zigomático, esfenóide, conduto auricular e hipotrofia dos músculos
temporal e masseter. A severidade da síndrome demonstrou estar relacionada ao
grau de hipoplasia e hipotrofia local em 90% (n = 9) dos casos
diagnosticados especificamente por meio dos protocolos ósseo e muscular em
3D-TC.
A compreensão da etiologia e embriologia desta síndrome correlacionada
com as informações obtidas por meio da 3D-TC utilizando a computação gráfica é
essencial para a realização de um diagnóstico e planejamento de tratamento
adequado.
H016
Citologia esfoliativa da mucosa bucal em pacientes
diabéticos tipo II: morfologia e citomorfometria
ALBERTI,
S.*, TAVEIRA, L. A. S., SPADELLA, C. T., FRANCISCHONE, T. R. C. G., CESTARI, T.
M.
Estomatologia
- Universidade de São Paulo. E-mail: sedalberti@yahoo.com.br
Nos últimos anos houve avanços importantes no
estabelecimento dos critérios diagnósticos do diabetes mellitus e,
também, no conhecimento de novas estratégias para o seu tratamento. O atual
trabalho tem como propósito, obter mais um método diagnóstico do diabetes pela
análise microscópica e citomorfométrica da mucosa bucal. Para tanto, foram
obtidos esfregaços de três regiões distintas do epitélio bucal: mucosa jugal
(bochecha), língua e assoalho bucal, de vinte indivíduos, sendo dez controles e
dez diabéticos do tipo II. Os esfregaços foram evidenciados com a solução
corante Papanicolaou EA-36. A área nuclear (AN) e a área citoplasmática (AC)
foram avaliadas em dez células íntegras, predominantes de cada região, pelo
sistema de análise de imagem KS 300® (Carl Zeiss - Alemanha), e a
relação citoplasma/núcleo (C/N) foi calculada. Os resultados mostraram que: a)
as células epiteliais do grupo diabético exibiram figuras de binucleação, e
ocasionais cariorrexes, em todas as camadas; b) a AN foi marcadamente maior
(p < 0,01) no grupo diabético; c) a AC não exibiu diferença
estatisticamente significativa (p > 0,05) entre os dois grupos; e
d) a C/N foi em média, 39,7% menor no grupo de pacientes diabéticos tipo II.
Tais resultados, aliados à observação clínica, sugerem que o diabetes mellitus é capaz de produzir alterações
em células do epitélio bucal, detectáveis pela microscopia e citomorfometria,
podendo ser utilizadas no diagnóstico desta doença.
H017
Inibição de pró-colágeno tipo I e Hsp47 em fibroblastos de
fibromatose gengival hereditária
CRUZ, G.
A.*, MORAES, L. C., COSTA, K., BARROS, G. S., FERREIRA, L. R.
Biopatologia
Bucal - Universidade Estadual Paulista. E-mail: gabyccruz@zipmail.com.br
O Hsp47 é uma proteína residente do retículo endoplasmático,
que tem propriedades de armazenamento de pró-colágeno. Neste estudo
investigamos a interação do Hsp47 de fibroblastos da fibromatose gengival
hereditária (FGH) com polissomos associados a cadeias alfa 1 de pró-colágeno
tipo I, tratado diretamente com oligonucleotídeos anti-sensos para Hsp47,
baseado na hipótese de Hsp47 ter função de chaperone molecular na regulação e
armazenamento do pró-colágeno. Aplicamos fosforotiodeto oligodeoxinucleotídeos
diretamente nos cincos primeiros códons de Hsp47, para iniciar a transdução no
lado específico dessa proteína. Avaliamos também os níveis de Hsp47 e
pró-colágeno tipo I utilizando imunoprecipitação e/ou análises de Western Blot.
As cadeias de pró-colágeno nascentes marcadas foram isoladas da preparação de
polissomos como complexos de peptidil-tRNA, usando íons coletados por
cromotografia. O perfil dos polissomos revelou que a maioria de Hsp47 está
associada com cadeias nascentes de pró-colágeno. Tratamento de fibroblastos da
(FGH) com oligonucleotídeos anti-sensos depois de 48 dias reduziu o nível de
Hsp47 e causou “nocaute” na síntese de polissomos nascentes associados com
cadeias de pró-colágenos.
Este estudo revelou que a diminuição no nível de Hsp47 induzida por
oligonucleotídeos anti-sensos no tratamento de células FGH também reduz o nível
de cadeias alfa 1 de pró-colágeno tipo I. Os resultados deste estudo mostram
evidências que Hsp47 está associado com pró-colágeno no ponto inicial de
translocação do polissomo associado com a cadeia de pró-colágeno nascente.
(Apoio: FAPEMIG; Departamento de Ciências Morfológicas da PUC-MINAS e
Departamento de Biopatologia Bucal da UNESP-SP.)
H018
Quantificação de eosinófilos e imunolocalização do p53 e
p16 no “front” invasivo do carcinoma de células escamosas bucal
DE-PAULA,
A. M. B.*, BARBOSA, A. A., GOMEZ, R. S.
Patologia,
Cirurgia e Semiologia - Universidade Federal de Minas Gerais.
E-mail: ambpatologi@bol.com.br
O carcinoma de células escamosas bucal apresenta aspectos
histopatológicos distintos, em especial a região mais invasiva do tumor maligno
(“front” invasivo) que freqüentemente revela um menor grau de diferenciação e
um maior grau de dissociação celular. A proposta do trabalho foi avaliar uma
possível relação entre variáveis clínicas (tamanho das lesões e metástases
regional) com a gradação do “front” invasivo, imuno-expressão dos genes
supressores de tumor p53 e p16 e o número de eosinófilos na região do “front”
invasivo. Foram selecionadas 38 lesões tratadas apenas cirurgicamente. Cortes
histológicos de 6 µm e corados em H. E. foram utilizados para gradação do
“front” invasivo, segundo critérios de BRYNE et al. (1998). Nestes
critérios considera-se o grau de ceratinização, polimorfismo nuclear, número de
mitoses, padrão de invasão e o infiltrado linfoplasmocitário. Reações de
imuno-histoquímica para as proteínas p53 e p16 foram realizados e a
quantificação de eosinófilos foi feita a partir da contagem de 12 campos
microscópicos, com uma objetiva reticulada, no infiltrado inflamatório na
região do “front”. O teste de qui-quadrado foi empregado para comparar os
resultados. Os resultados não mostraram diferenças estatisticamente
significativas entre as variáveis clínicas e histopatológicas (gradação do
“front” invasivo) entre si e a imunolocalização das proteínas p53 e p16, número
de eosinófilos.
Podemos concluir que a gradação do “front” invasivo, a
imunolocalização da p53 e p16, além do número de eosinófilos não tem relação
com o estadiamento clínico do carcinoma epidermóide bucal.
H019
Relação entre o polimorfismo do gene TP53 e o carcinoma
epidermóide de boca
DRUMMOND,
S. N.*, DE MARCO, L., PORDEUS, I. A., BARBOSA, A. A., GOMEZ, R. S.
Patologia
- Universidade Federal de Minas Gerais. E-mail: sndrummond@bol.com.br
O carcinoma epidermóide de boca tem sua patogênese
relacionada ao tabagismo, etilismo e a distúrbios moleculares genéticos como
mutações no gene TP53. O gene TP53 apresenta um polimorfismo no códon 72
caracterizado pela substituição de um nucleotídeo com conseqüente troca do
aminoácido no produto protéico (arginina por prolina). A associação entre o
polimorfismo no códon 72 do TP53 com a susceptibilidade ao câncer é
controversa. O objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre o polimorfismo
do TP53 e o carcinoma epidermóide bucal numa população brasileira. Foram
estudados 82 indivíduos com carcinoma epidermóide bucal e 82 indivíduos
controles pareados por sexo e faixa etária. O DNA dos indivíduos foi extraído
a partir de células obtidas de raspado de mucosa clinicamente normal e a
detecção dos genótipos no códon 72 do TP53 foi realizada através de
amplificação pela reação em cadeia da polimerase. Os produtos da PCR foram
analisados por eletroforese em gel de poliacrilamida a 6,5% e coloração pela
prata. A análise estatística foi realizada utilizando-se os testes do
qui-quadrado e de Fisher. As freqüências dos genótipos Arg/Arg, Arg/Pro e
Pro/Pro foram 37,8%, 54,8% e 7,4%, respectivamente, nos indivíduos com
carcinoma epidermóide bucal, e 40,2%, 54,9% e 4,9%, respectivamente, no grupo
controle. Não houve diferença estatisticamente significativa na distribuição
dos genótipos entre os dois grupos (p = 0,794).
Não existe, portanto, associação entre o polimorfismo no códon 72 do
gene TP53 e a susceptibilidade ao carcinoma epidermóide de boca na população estudada.
H020
Estudo das integrinas no adenoma pleomórfico e carcinoma
adenóide cístico
LODUCCA, S. V. L.*, MANTESSO, A., WILLIAMS, D. M.,
ARAÚJO, V. C.
Estomatologia
- Universidade de São Paulo. E-mail: sloducca@hotmail.com
Adenoma pleomórfico (AP) e carcinoma adenóide cístico
(CAC) são neoplasias de comportamentos distintos que exibem origem e
componentes celulares em comum e presença marcante de matriz extracelular.
Objetivando compreender as interações entre componentes celulares e estromais
do AP e CAC em relação ao seu comportamento, investigamos a expressão de
integrinas, moléculas de adesão que em concerto com outros fatores, regulam
mecanismos normais e patológicos. A presença das integrinas da família b1 foi
avaliada por meio da imuno-histoquímica em espécimens, e, a expressão dessas
moléculas foi estudada em células derivadas dessas neoplasias, cultivadas sobre
diferentes proteínas da matriz extracelular e estimuladas pelo TGFb1 e NGF,
utilizando-se os ensaios de imunofluorescência e ELISA. No AP a expressão das
integrinas foi intensa em estruturas neoplásicas ductiformes e restrita aos
contatos das células mioepiteliais modificadas. No CAC a expressão de
integrinas foi intensa nas células mais diferenciadas e escassa nas mais
indiferenciadas. Nas linhagens celulares, notou-se que a expressão das
integrinas foi mais intensa nas células derivadas do AP que nas derivadas do
CAC, independente das condições de cultivo. Quando estimuladas pelo NGF,
células de ambas as linhagens adquiriram prolongamentos dendríticos e a
expressão de integrinas foi menos intensa que nos controles ou em células
estimuladas com o TGFb1.
A expressão das integrinas foi mais intensa no AP que no CAC. NGF
exerce influência importante na expressão das integrinas e na morfologia
celular.
H021
Análise clinicopatológica e imuno-histoquímica de
osteossarcomas de cabeça e pescoço
TAKAHAMA
JR., A.*, ALVES, F. A., KOWALSKI, L. P., PINTO, C. A. L., LOPES, M. A.
Diagnóstico
Oral - Universidade Estadual de Campinas. E-mail: ademartjr@yahoo.com.br
O objetivo deste estudo foi avaliar as características
clínicas, histopatológicas e a expressão imuno-histoquímica das proteínas p53,
MDM2, CDK4, PCNA e Ki67, em osteossarcomas de cabeça e pescoço, verificando
possíveis fatores associados ao prognóstico. Foram selecionados 25 casos de
osteossarcoma de cabeça e pescoço atendidos no Departamento de Cirurgia de
Cabeça e Pescoço e Otorrinolaringologia do Hospital do Câncer A. C. Camargo de
São Paulo. A média de idade dos pacientes foi de 29 anos, com discreta
predominância no gênero feminino. Os locais mais acometidos foram a mandíbula
(60%) e a maxila (36%). Histologicamente, 72% dos casos foram do tipo
condroblástico e 28% osteoblástico. De acordo com o grau de malignidade, 52%
dos casos foram classificados como de grau intermediário, 44% como de alto
grau, e apenas 1 caso (4%) como de baixo grau. A positividade
imuno-histoquímica foi observada em 52% dos casos para p53, em 24% para MDM2,
84% para CDK4, 92% para PCNA e 88% para Ki67. A principal forma de tratamento
foi a cirurgia, sendo realizada em 21 pacientes (84%). Cinco pacientes (20%)
apresentaram recorrência local após o tratamento e quatro (16%) desenvolveram
metástase à distância. A análise de correlação de freqüência mostrou associação
estatisticamente significante entre recorrência local, metástase à distância e
situação clínica (p < 0,05).
Os dois fatores associados à situação clínica do paciente foram
recorrência local e metástase à distância, onde todos os pacientes com
recorrência local e 75% dos que desenvolveram metástase evoluíram para óbito.
H022
Efeito da laminina, seus peptídios bioativos, e integrina a3b1 em células de carcinoma
adenóide cístico
FREITAS,
V. M.*, JAEGER, R. G.
Estomatologia
- Universidade de São Paulo. E-mail: vfreitas@usp.br
O carcinoma adenóide cístico é uma neoplasia maligna de
glândulas salivares, que possui os padrões de crescimento cribriforme, tubular
e sólido, apresentando disseminação perivascular ou perineural. Já descobrimos
que a laminina é uma molécula morfo-regulatória dessa neoplasia. Linhagem
celular (CAC2), de carcinoma adenóide cístico, é induzida a diferenciar quando
crescida dentro de laminina. Microscopia de luz e eletrônica evidenciaram
formações sólidas, tubulares e pseudocísticas, semelhantes à neoplasia in
vivo. Como a laminina possui peptídios bioativos na proliferação e
diferenciação, analisamos o efeito de alguns domínios dessa molécula nas
células CAC2. Células crescidas em ambiente de laminina enriquecida pelo
peptídio SIKVAV (Ser-Ile-Lis-Val-Ala-Val) formaram somente espaços
pseudocísticos, diferente do que ocorreu em células crescidas dentro de
laminina somente. Em seguida estudamos que receptores das células CAC2 estariam
envolvidos nos efeitos da laminina em células CAC2. As integrinas alfa3, beta1
e beta4 foram testadas através de experimentos de bloqueio de função por
anticorpos específicos, seguido de ensaios de adesão. Bloqueio de alfa3 e beta1
diminuiu a adesão de células CAC2 à laminina. Em outro experimento, células
CAC2 tiveram alfa3 e beta1 bloqueadas, para posterior cultivo dentro de
laminina e estudo em microscopia de luz. Bloqueio dessas duas integrinas anulou
os efeitos induzidos pela laminina, como formação de pseudocistos.
Concluímos que o receptor alfa3 beta1 é o possível responsável pelo
efeito da laminina nas células CAC2.
H023
Regeneração óssea guiada vertical ao redor de implantes
osteointegrados
ZENDRON,
M. V.*, PASSANEZI, E., GREGHI, S. L. A., NOCITI, F. H., RESENDE, D. B., TODESCAN,
R.
Estomatologia
- Universidade Federal de Santa Catarina. E-mail: mzendron@mbox1.ufsc.br
O objetivo do estudo foi analisar morfometricamente a
regeneração óssea vertical (ROV) ao redor de implantes osteointegrados em cães
obtida por dispositivo de exclusão tecidual preenchido com diferentes
materiais: osso autógeno (G1); coágulo sanguíneo (G2); vidro bioativo - Biogran®
(G3); e osso bovino desproteinizado Bio-Oss® (G4). Quatro implantes
foram parcialmente inseridos na base inferior da mandíbula de seis cães de modo
que três roscas ficassem protrusas ao tecido ósseo. Este modelo experimental
foi escolhido visando reproduzir as condições da mandíbula humana reabsorvida.
Após 3 meses os cães foram sacrificados e as peças processadas por meio de
desgaste. Utilizando morfometria assistida por computador os seguintes
parâmetros foram analisados: 1) regeneração óssea vertical; 2) preenchimento
das roscas extra-ósseas; 3) contato osso/implante nestas roscas. Os resultados
mostraram que no modelo experimental proposto a ROV no G1 foi de 36,82 %;
G2 = 9,86%; G3 = 13,32% e no G4 = 14,08%. A
porcentagem de preenchimento das roscas extra-ósseas foi para o
G1 = 30,08; G2 = 2,80; G3 = 11,77 e G4 = 13,92.
A porcentagem do contato osso/implante nestas roscas foi de G1 = 13,81;
G2 = 0,92; G3 = 7,33; G4 = 7,61.
Em
modelos experimentais que exibam condições críticas para a regeneração óssea, o
uso de osso autógeno (G1) produz regeneração óssea vertical (ROV) significativamente
maior que os demais grupos. O contato entre osso/implante e o preenchimento das
roscas extra-ósseas foram ainda significativamente maiores (G1) quando
comparados aos demais grupos investigados. (Apoio: FAPESP - 99/10448-0.)
H024
Análise comparativa entre torque e freqüência de
ressonância medidas no momento da colocação de implantes na mandíbula
PESSOA,
T.*, NARY, H. F., FRANCISCHONE, C. E., FALCÃO, R.
Implantodontia
- Universidade do Sagrado Coração de Jesus. E-mail: thomazpessoa@bbs2.sul.com.br
Os procedimentos de carga imediata e reabilitações totais
de mandiíbula constitui-se tratamento de rotina com resultados bem previsíveis
(SCHNITMAN et al., 1990; HENRY; ROSENBERG, 1994). Ao que parece a
possibilidade de submeter fixações a carga imediata guarda uma relação com
estabilidade primária obtida desde sua instalação. Os métodos atualmente
disponíveis para avaliação e quantificação deste procedimento serão o de
compararmos quantitativamente a situação óssea através do aparelho OsseoCare®
(Brånemark System, Nobel Biocare, Suíça) e o grau de estabilização da fixação
no momento da instalação do implante através do estudo de freqüência de
ressonância emitida pelo aparelho Ostell®. Neste estudo
correlacionamos estes dois métodos de avaliação em um único tipo de
reabilitação, ou seja, protocolo inferior em mandíbula. Para tanto, foram
selecionados 11 pacientes de 31 a 66 anos em que foram avaliados 5 implantes de
4 milímetros de diâmetro e 15 à 17 milímetros de comprimento no momento de sua instalação
e comparados pelos dois métodos já citados, e analisados estatisticamente.
Análises estatísticas (teste t)
mostraram não haver significante correlação entre o torque feito pelo aparelho
OsseoCare® e o
aparelho de freqüência de ressonância Ostell®.
H025
Efeito da inibição seletiva da cicloxigenase-2 sobre a
periodontite experimental em ratos
HOLZHAUSEN,
M.*, NASSAR, P. O., ROSSA JR., C., MARCANTONIO JR., E., SPOLIDÓRIO, L. C.
Cirurgia
e Diagnóstico - Universidade Estadual Paulista. E-mail: holzhausen@sunrise.com.br
A cicloxigenase-2 é uma enzima presente em tecidos
periodontais inflamados, responsável pela produção in vivo de PGE-2. O
objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de um inibidor seletivo da
cicloxigenase-2 sobre a progressão da perda óssea alveolar em periodontite
experimental em ratos. 180 ratos Wistar foram divididos em 3 grupos
experimentais. Foram colocadas ligaduras ao redor dos primeiros molares
inferiores do lado direito. Os ratos foram aleatoriamente distribuídos em um dos
seguintes grupos de tratamento que consistiu em dose oral de 10 mg/kg de
peso corporal de celecoxib (Ce1), 20 mg/kg de celecoxib (Ce2) ou
10 ml/kg de solução salina (C). Foram determinados os níveis sangüíneos de
celecoxib e a contagem de células brancas sangüíneas. Radiografias digitais
padronizadas foram tomadas aos 3, 5, 10, 18 e 30 dias após o sacrifício, para
medir a perda óssea ocorrida na superfície mesial dos dentes primeiros molares
em cada rato. Observações histológicas foram realizadas em biópsias removidas
aos 5, 18 e 30 dias. Verificou-se que o tratamento com celecoxib resultou em um
atraso no início e, em diminuição da magnitude do processo inflamatório agudo e
de perda óssea alveolar. Além disso, os grupos tratados com celecoxib
apresentaram uma menor perda óssea radiográfica quando comparada ao grupo
controle (p < 0,0001) e houve também uma interação significativa
entre o tratamento com celecoxib e o período de avaliação
(p < 0,03). No entanto, não houve diferenças significativas entre
os grupos experimentais com relação a perda óssea ocorrida no final do
experimento (30 dias).
Pode-se
inferir a partir destes dados que terapia sistêmica com celecoxib pode
modificar a progressão de periodontite experimental em ratos. (Apoio financeiro: FAPESP -
00/04433-9.)
H026
Expressão gênica de proteoglicanos de matriz extracelular
no aumento gengival induzido pela ciclosporina-A em humanos
GNOATTO,
N.*, LOTUFO, R. F. M., PANNUTI, C. M., TOFFOLETTO, O., MARQUEZINI, M. V.
Periodontia
- Universidade de São Paulo, F. Hemocentro São Paulo, EPM.
E-mail: gnoatto@usp.br
O aumento gengival pode ser um dos efeitos colaterais
associados ao uso sistêmico da ciclosporina-A. Os estudos in vitro da
composição da matriz extracelular do tecido gengival têm demonstrado que sua
composição encontra-se alterada nestes casos, destacando-se um acúmulo de
proteoglicanos e colágeno. Investigamos a expressão gênica de proteoglicanos de
matriz extracelular no tecido gengival humano alterado pela ciclosporina-A. A
expressão de RNA mensageiro dos proteoglicanos perlecam, decorim, biglicam e
versicam foi investigada pela técnica da transcrição reversa acoplada à reação
de polimerase em cadeia (RT-PCR). Foram utilizadas amostras gengivais de 30
indivíduos, 15 com aumento gengival induzido por ciclosporina-A (CsA) e 15 com
gengiva normal (controle). Os produtos de PCR foram analisados por eletroforese
em gel de agarose 1% contendo brometo de etídio. Sua análise qualitativa e
semiquantitativa foi realizada por densitometria, normatizada pela expressão da
b-actina (gene de expressão não-regulada por CsA) na mesma amostra. Os
resultados de densidade relativa foram analisados pelo teste t de
Student. Verificamos no grupo CsA um aumento marcante (54%) na expressão de
perlecam, em relação ao grupo controle (p < 0,01), enquanto os
demais proteoglicanos não mostraram diferenças significantes.
O aumento
gengival induzido pela ciclosporina-A revela expressão aumentada de perlecam,
enquanto as expressões de decorim, biglicam e versicam mostram-se inalteradas
em comparação com a gengiva normal. (Auxílio: FAPESP, processo nº 01/00392-9.)
H027
Efeitos de diferentes fatores de crescimento na
proliferação e adesão de células de ligamento periodontal humano
SANTANA, A.
C. P.*, JAEGER, M. M. M., PASSANEZI, E., BARROSO, E. C.
Prótese -
Universidade de São Paulo. E-mail: drisantana@yahoo.com.br
O sucesso da terapia periodontal regenerativa depende de
eventos celulares regulados por fatores de crescimento. Por estas razões, os
efeitos de três fatores de crescimento isolados ou combinados na proliferação
de células de ligamento periodontal em cultura (células FL2) e na sua adesão a
fragmentos radiculares periodontalmente comprometidos foram avaliados. Para
tanto, 103 células foram cultivadas em placas de Petri distribuídas
em 4 grupos adicionados de PDGF-BB (G1), TGF-b1 (G2), IGF-1 (G3) ou sua
combinação (G4) ao meio de cultura e no seu controle (sem fatores de
crescimento). As placas foram contadas em triplicatas aos 1, 3, 5 e 7 dias.
Paralelamente, 30 fragmentos dentários obtidos de 14 pacientes apresentando
nível de inserção > 6 mm foram distribuídos em 10 grupos de
tratamento: raspagem (g1), raspagem e aplicação dos fatores de crescimento
(g2-5), raspagem e condicionamento ácido (g6) e raspagem, condicionamento ácido
e aplicação dos fatores de crescimento (g7-10). Os dados foram estatisticamente
avaliados pelo teste ANOVA. Os resultados demonstraram que o TGF-b1 apresentou
a maior taxa de proliferação celular (p < 0,05), enquanto que a
combinação resultou na maior adesão de células sobre os fragmentos após o
tratamento de raspagem e condicionamento ácido, com diferenças estatisticamente
significantes em relação aos grupos tratados sem condicionamento
(p < 0,05).
Estes resultados sugerem que o TGF-b1
combinado ou não ao PDGF-BB e IGF-1 poderia favorecer a regeneração periodontal
após o condicionamento com ácido cítrico e tetraciclina.
H028
Determinação de anticorpos no soro para microorganismos da
microbiota subgengival de indivíduos com periodontite
TORRES, M. C. M. B.*, ROSALÉN JR., W., MENDES, M. C.
S., COLOMBO, A. P., TELES, R. P.
Periodontia
- Universidade Estácio de Sá. E-mail: cynesia@attglobal.net
O presente estudo avalia o efeito longitudinal do
tratamento periodontal nos níveis de anticorpos sistêmicos específicos para 13
patógenos periodontais em indivíduos brasileiros com periodontite crônica, que
nunca tiveram acesso à terapia periodontal. Um total de 31 indivíduos
participaram do estudo, 17 indivíduos no grupo teste (42,4 ± 4,32
anos) e 14 no grupo controle (34,8 ± 4,8 anos). Os níveis de
anticorpos foram medidos através da técnica de ELISA (Enzyme Linked Immuno
Sorbent Assay). Os indivíduos do grupo teste receberam tratamento periodontal
de raspagem e alisamento radicular, e instruções de higiene oral, e foram
monitorados por 3, 6 e 9 meses. No “baseline”: os níveis de anticorpos em
indivíduos com periodontite crônica estavam significativamente elevados para E.
nodatum e P. gingivalis, em relação ao grupo controle
(p < 0,05). Os níveis de anticorpos para E. nodatum foram
significativamente correlacionados com profundidade de bolsa e nível de
inserção (p < 0,05), e para P. gingivalis foram
significativamente correlacionados com nível de inserção
(p < 0,05). Após a terapia periodontal, os níveis médios de
anticorpos em indivíduos com periodontite crônica, se apresentaram
significativamente diminuídos para C. rectus, E. corrodens, E.
nodatum, P. gingivalis, P. micros e T. denticola,
considerando diferentes intervalos (p < 0,05).
Os níveis de anticorpos diferenciaram indivíduos sadios de indivíduos
com periodontite em pacientes que nunca se submeteram a tratamento periodontal.
O monitoramento longitudinal dos níveis de anticorpos destes pacientes não
apresentou nenhum padrão específico de resposta após o tratamento periodontal.
H029
O efeito da terapia periodontal não-cirúrgica no controle
glicêmico de pacientes diabéticos tipo 2
RODRIGUES,
D. C.*, TABA JR., M., NOVAES JR., A. B., GRISI, M. F. M., SOUZA, S. L. S.
Cirurgia
e Traumatologia Buco-Maxilo-Faciais - Universidade de São Paulo.
E-mail: deboracristinar@yahoo.com
Uma alteração no metabolismo da glicose pode ocorrer como
resultado da terapia antibacteriana direcionada à periodontite, assim o
objetivo desse estudo foi avaliar o efeito da terapia periodontal não-cirúrgica
no controle glicêmico de pacientes diabéticos tipo 2. Trinta e três diabéticos
tipo 2, com diagnóstico de periodontite estabelecida foram aleatoriamente
divididos em 2 grupos. O grupo 1(G1), com 18 pacientes, recebeu a terapia
periodontal não-cirúrgica em estágio único (TPEU) associada à amoxicilina/ácido
clavulânico 875 mg e o grupo 2 (G2), com 15 pacientes, recebeu somente a
TPEU. Na data referência e após o 3º mês, os valores de Hb A1c, glicose em
jejum e os parâmetros clínicos (profundidade de sondagem e nível de inserção
relativo através de sondagem computadorizada e placa de acrílico
individualizada) foram avaliados. Os indivíduos permaneceram em manutenção
quinzenal por 3 meses. Ambos os grupos mostraram melhora clínica. Houve redução
significativa nos valores de Hb A1c, após o 3º mês em ambos os grupos, porém a
diferença entre grupos não foi estatisticamente significativa
(p > 0,05). O G1 apresentou uma redução de Hb A1c de
9,7 ± 2,3% para 9,2 ± 1,8% e G2 de 8,7 ± 1,7%
para 7,6 ± 1,4%. As variações de glicemia em jejum não foram
significativas em ambos os grupos.
Este estudo sugere que a terapia periodontal não-cirúrgica resulta em
um melhor controle glicêmico na DM tipo 2 para ambos os grupos, contudo, a
associação com a amoxicilina/ácido clavulânico não mostrou benefícios
adicionais.
H030
Influência da matriz protéica do esmalte e do fator de
crecimento IGF-I sobre fibroblastos do ligamento periodontal
PALIOTO,
D. B.*, COLETTA, R. D., GRANER, E., JOLY, J. C., LIMA, A. F. M.
Cirurgia
e Traumatologia Buco-Maxilo-Faciais e Periodontia - Universidade de São Paulo.
E-mail: dpalioto@forp.usp.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da matriz
protéica do esmalte (EMD), do fator de crescimento insulina-símile (IGF-I) e da
associação dos dois fatores na proliferação, adesão e migração celular e
síntese de colágeno tipo I de fibroblastos do ligamento periodontal humano
(PDL). A proliferação celular foi analisada por contagem automática de células
e expressão imuno-histoquímica de antígeno nuclear de proliferação celular
(PCNA). A adesão celular foi verificada por ensaio colorimétrico. Os
experimentos de migração foram realizados em câmara de Boyden e o índice de
migração foi avaliado por ensaio colorimétrico. A expressão e produção de
colágeno tipo I foram determinadas por transcriptase reversa – reação em cadeia
da polimerase (RT-PCR) e ELISA, respectivamente. Os resultados indicam que a
taxa de proliferação celular de PDL foi significativamente estimulada por EMD e
IGF-I dependendo da dose e do tempo de sensibilização. A adição de IGF-I a EMD
potencializou o aumentou produzido pelas drogas isoladamente
(p < 0,05). A utilização de EMD, IGF-I e a associação das duas
drogas não resultaram em diferenças significativas nos índices de migração e
adesão celular (p > 0,05). Da mesma forma, a inclusão de EMD,
IGF-I ou ambas as drogas não proporcionou aumento significativo na expressão e
síntese de colágeno tipo I (p > 0,05).
Nossos
resultados demostraram que EMD ou a combinação de EMD + IGF-I tem um efeito
estimulador da proliferação celular mas não atua de forma efetiva na adesão e
migração celular ou na expressão e produção de colágeno tipo I.