GC01
Prevalência de casos de avulsão na FO da UNESA,
correlacionando: elementos, idade, causa, tempo e meio de conservação
Projeto
Trauma - Faculdade de Odontologia da Universidade Estácio de Sá.
BERRUEZO,
C.*, RICHE, G. C., ABAD, E. C.
Endodontia
- Universidade Estácio de Sá. E-mail: chrisberruezo@uol.com.br
Entre os casos de traumatismo dentário, a avulsão ocupa um
lugar de destaque pelo maior índice de ocorrência. No Projeto Trauma da
Faculdade de Odontologia da Universidade Estácio de Sá (UNESA), notou-se a
prevalência deste tipo de traumatismo. O objetivo deste trabalho, foi realizar
uma avaliação entre os elementos mais acometidos, levando-se em consideração a
relação entre os fatores: sexo, idade, fator determinante, tempo extra-alveolar
e os meios de conservação utilizados pelos pacientes atendidos. Para isso,
foram selecionados, 25 casos de avulsão tratados e acompanhados pelo Projeto
Trauma durante 2 anos.
Após análise dos casos, foi possível observar que a avulsão acomete
principalmente a região dos dentes ântero-superiores. De acordo com a
literatura, esta ocorrência se apresenta na faixa de 5 a 16%. Dentre os fatores
predisponentes estão a maior prevalência de Classe II de Angle e presença de
“over jet”, que frequentemente encontram-se nesta região; e por ser a área mais
vulnerável em casos de acidentes nos esportes de contato: futebol, basquete,
hóquei, etc., bem como nos acidentes automobilísticos.
GC02
Análise psicossocial de pacientes com seqüelas
provenientes de traumatismos dentais
CADE - Faculdade
de Odontologia da Universidade de São Paulo.
TABATA, C.*, SETO YU YUEN, M., GABRIEL JR., R. W.
Dentística
e Endodontia - Universidade de São Paulo. E-mail: cttabata@terra.com.br
O trauma dental, segundo ANDREASEN, é uma transmissão
aguda de energia ao dente e às estruturas de suporte, podendo resultar em
fratura, deslocamento do dente, rompimento ou esmagamento dos tecidos de
suporte. Estas lesões geralmente produzem danos funcionais e estéticos, podendo
alterar os fatores psicossociais do paciente. O objetivo deste trabalho foi
avaliar as mudanças de comportamento social dos pacientes vítimas de
traumatismo dental. A metodologia experimental empregada foi a abordagem por
meio de questionário realizado no Centro de Atendimento de Dentística e Endodontia
(CADE - Trauma Dental) da FOUSP. O questionário foi aplicado a 97 pacientes,
sendo 33 meninas e 64 meninos, com idade entre 6 e 20 anos, onde obtiveram-se
os seguintes resultados: 72,72% das meninas expressaram preocupações
estéticas/funcionais, já os meninos 56,25%; 17,52% do total dos entrevistados
não retornaram às atividades escolares/trabalhistas imediatamente; 18,18% das
meninas tiveram alteração de rendimento em suas atividades, já os meninos
10,93%; das meninas, 39,39% tiveram mudanças comportamentais com os amigos e
14,06% para os meninos; 39,39% das meninas e 29,68% dos meninos apresentaram
algum tipo de vício (mão na boca, língua nos dentes, sorrir menos), após o
acidente. Com todo o exposto, apenas 6,06% das meninas e nenhum dos meninos foram
submetidos a qualquer tratamento seja fonoaudiológico ou psicológico.
O cirurgião-dentista deve saber diagnosticar e ficar atento a estas
alterações de comportamento e, assim que identificá-las, encaminhar o paciente
ao profissional especializado.
GC03
Projeto de atendimento aos pacientes com traumatismo
dento-alveolar
Projeto
Trauma Dental - Faculdade de Odontologia da Universidade do Grande Rio.
PROVENÇANO, F.*, FIDEL, R. A. S., FIDEL, S. R.,
ABREU, C. I., DELPHIN, L., VARELLA, C.
Odontologia
- Universidade do Grande Rio. E-mail: carolwinter01@hotmail.com
O projeto de atendimento aos pacientes com traumatismo
dentário da Faculdade de Odontologia da UNIGRANRIO vem desenvolvendo um
trabalho significativo para a sociedade, referente ao reestabelecimento
funcional e estético de sua condição bucal. No período compreendido entre 1999
a 2001, o projeto atendeu 708 casos de maneira eficaz, seguindo a literatura de
ANDREASEN, os quais pode-se destacar: fraturas (36,16%), luxação lateral
(13,98%) e avulsão (20,48%), sendo que destes somente 22,07% apresentaram
ligamento periodontal viável. O sexo masculino foi o mais acometido (62,43%);
em relação aos elementos dentários, 57,34% dos casos mostraram os incisivos
centrais superiores com maior comprometimento e o estágio de desenvolvimento
radicular com rizogênese completa (61,02%). A faixa etária acometida foi bem
diversificada, tendo como destaque o período entre 8 e 12 anos (29,51%).
Diante desses resultados, o projeto avaliou a necessidade não somente
de atender multidisciplinarmente as lesões traumáticas como também de realizar
palestras e distribuir “folders” explicativos sobre as diversas situações do
paciente traumatizado em centros esportivos, de saúde, escolas e hospitais, com
finalidade de informar a população e melhorar o prognóstico dos casos,
transformando o projeto num centro de referência para o atendimento aos
pacientes traumatizados em todo o estado do Rio de Janeiro e, fonte de pesquisa
para elaboração de trabalhos envolvendo dentes acometidos por traumatismo. Os
demais dados colhidos até o momento estão sendo tabulados para posteriores
análise e conclusão.
GC04
Avaliação da viabilidade do ligamento periodontal nas
situações de avulsão dentária
Projeto
Trauma Dental - Faculdade de Odontologia da Universidade do Grande Rio.
ABREU, C.
I.*, FIDEL, R. A. S., FIDEL, S. R., PROVENÇANO, F., CARVALHO, R., VARELLA, C.
Odontologia
- Universidade do Grande Rio. E-mail: carolwinter01@hotmail.com
A avulsão é um dos traumatismos dentários mais freqüentes,
necessitando de tratamento adequado e rápido, principalmente quando envolve
elementos dentários permanentes, que, para permanecerem com sucesso em seus
alvéolos dependem de fatores como meio de conservação e período de tempo
extra-alveolar adequados. Diante disso, foram verificados os meios de
conservação e o intervalo compreendido entre o momento do trauma e o reimplante
de elementos dentários permanentes de pacientes atendidos no Projeto de
Traumatismo Dentário da Faculdade de Odontologia da UNIGRANRIO nos anos de 1998
a 2001, e sua relação com a viabilidade do ligamento periodontal dos mesmos.
Foram avaliados 66 dentes, sendo que a maioria dos casos acometeu os incisivos
centrais superiores (80,30%) e apresentou rizogênese completa (63,64%). Com
relação aos meios de conservação, 27,27% dos casos foram armazenados em meio
adequado, sendo o próprio alvéolo o mais utilizado (12,12%); já em relação ao
período extra-alveolar, 53,03% dos casos foram reimplantados em até 2 horas
após o trauma. Relacionando esses dados com a viabilidade do ligamento
periodontal, 45,45% dos casos apresentaram o mesmo viável.
De acordo com esses resultados, pode-se concluir que esses fatores
possuem grande importância quando contribuem simultaneamente nos casos em que o
elemento dentário permanente avulsionado é reimplantado. Logo, cabe destacar a
necessidade de divulgar informações sobre traumatismos dentários (como
evitá-los e como proceder quando da sua ocorrência) visando uma melhora no
prognóstico dos casos.
GC05
Atividades desenvolvidas pelo Banco de Dentes Permanentes
Humanos da FOUSP-SP durante 1 ano
Banco de
Dentes de Pacientes Humanos (BDPH) - Faculdade de Odontologia da Universidade
de São Paulo.
TIERI,
F.*, BOTTA, S. B., ANA, P. A., BRASIL, S. A., FRANCHIM, G. H., UCHIDA, P., MUTA,
L. M., IMPARATO, J. C. P.
Banco de
Dentes Permanentes Humanos - Faculdade de Odontologia da Universidade de São
Paulo. E-mail: bdh@usp.br
Este estudo visa quantificar as atividades
deste banco de dentes entre 2001 e 2002, a partir da análise de registros.
Foram concluídos 3 trabalhos científicos e publicadas 12 matérias em jornais,
revistas e sites odontológicos. O BDPH participou da 18ª Reunião Anual da
SPBqO, prestando consultoria científica a 44 visitantes; Feira da Saúde do
SESC, orientando a população, e recepção aos calouros da FOUSP,
conscientizando-os. Promoveu o 1º Encontro Nacional de Bancos de Dentes
Humanos, paralelamente ao 20º CIOSP, com a participação de 9 faculdades de
Odontologia. Dirigiu o estudo de anatomia dental do 1º ano da graduação da
FOUSP e emprestou 565 dentes para treinamento pré-clínico de Endodontia. Recebe
por mês 5 consultas de faculdades de Odontologia, pesquisadores e alunos. Seu
estoque atual é de 5.792 dentes, sendo 40,9% provenientes do Banco de Dentes
Decíduos - FOUSP, 34,7% de pesquisadores, 15% de clínicas particulares, 5,5% de
alunos, 3,3% de fundações e 0,3% de hospitais. Destes dentes, 43,8% são
cariados, 28% hígidos, 14,7% restaurados, 0,4% com preparos para prótese, 0,2%
anômalo e 12,6% inutilizáveis.
Diante deste
panorama, conclui-se que ainda é necessária uma maior divulgação do Banco de
Dentes Permanentes, promovendo a conscientização, tanto da população em geral
quanto de professores, pesquisadores e alunos sobre o tratamento ético e
biosseguro do órgão dental, havendo um aumento no número de doações, para que
se possa viabilizar dentes também para pesquisadores.
GC06
Uso de dentes humanos no ensino laboratorial, meios de
aquisição e desinfecção pelos alunos de graduação da FOUSP
Banco de
Dentes de Pacientes Humanos (BDPH) - Faculdade de Odontologia da Universidade
de São Paulo.
BRASIL,
S. A.*, ANA, P. A., BOTTA, S. B., FRANCHIM, G. H., IMPARATO, J. C. P.
Banco de
Dentes Permanentes Humanos - Faculdade de Odontologia da Universidade de São
Paulo. E-mail: bdh@usp.br
Diante das necessidades do estudo pré-clínico e das
dificuldades na obtenção de órgãos humanos e seus riscos biológicos, o estudo
visa avaliar a opinião de alunos de graduação da FOUSP que já iniciaram
atividades clínicas, tendo treinado tanto em dentes humanos quanto em de
resina, assim como verificar a forma de aquisição dos dentes e se houve alguma
desinfecção. De 190 questionários, obteve-se que 95% sabem que o comércio de
dentes é ilegal, 81% julgaram difícil a obtenção de dentes e 45% compraram
dentes; 77% dos alunos não consideram correta a exigência de dentes pelas
disciplinas, mas 66% concordam que o preparo pré-clínico é melhor com a
utilização de dentes humanos e 55% sentiram dificuldades na clínica quando
utilizaram somente dentes de resina em laboratório; 58% preferem treinar em
ambos analisando todos os aspectos que implicam seu uso. Quanto à desinfecção,
86% buscaram desinfetar os dentes antes de utilizá-los, mas apenas 47% destes
acharam que a desinfecção foi efetiva e apenas 22% consideraram alto o risco de
contaminação com o uso de dente humano de origem desconhecida.
Conclui-se
que os alunos sentem-se mais seguros para a prática clínica quando obtêm
treinamento prévio em dentes humanos, embora diante das questões legais, éticas
e de biossegurança prefiram treinar também em dentes de resina. Vê-se a
necessidade das faculdades fornecerem os dentes exigidos aos alunos,
previamente esterilizados e adquiridos de forma ética e legal, por meio de um
banco de dentes. (Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FOUSP -
Protocolo 140/01. Apoio: FUNDECTO.)
GC07
Uso de dentes nas pesquisas das 17ª e 18ª Reuniões Anuais
da SBPqO: análises quantitativa e qualitativa
Banco de
Dentes de Pacientes Humanos (BDPH) - Faculdade de Odontologia da Universidade
de São Paulo.
FRANCHIM,
G. H.*, BRASIL, S. A., ANA, P. A., BOTTA, S. B., TIERI, F., MATSUMOTO, I. T.,
IMPARATO, J. C. P.
Banco de
Dentes Permanentes Humanos - Faculdade de Odontologia da Universidade de São
Paulo. E-mail: bdh@usp.br
O uso de dentes é essencial à realização de pesquisas em
Odontologia, sendo de fundamental importância sua avaliação in vitro
como paralelo de seus resultados in vivo. Isto posto, propôs-se
investigar: a quantidade de dentes naturais utilizados nas pesquisas
apresentadas nas 17ª e 18ª Reuniões Anuais da SBPqO, avaliando a porcentagem
das que se valeram de dentes naturais em seus estudos e a média de dentes por
pesquisa; além da qualidade destes dentes quanto a serem de humanos ou não,
permanentes ou decíduos e hígidos ou não. Verificou-se que dos 2.569 trabalhos,
834 (32,5%) utilizaram dentes naturais, sendo 120 (14,5%) com não-humanos e 714
(85,5%) com humanos; destes, 653 (91,5%) permanentes e 61 (8,5%) decíduos, numa
média de 34 dentes humanos por pesquisa, a qual subiria para 37 fazendo-se uma
relação somente entre dentes permanentes humanos e trabalhos que os utilizaram.
Dos trabalhos que usaram dentes humanos, 135 (19%) não definiram a quantidade e
dos 24.081 dentes mencionados, 4.899 foram relatados como hígidos enquanto que
de 19.182 os estados não foram discriminados.
Desta
forma, conclui-se que há uma enorme incidência de dentes humanos nas pesquisas,
realçando a necessidade de uma padronização quanto a sua obtenção, conseguida
por meio de bancos de dentes (que deveriam ser citados nos resumos) e de uma
racionalização quanto a sua utilização, considerando a possibilidade da
diminuição do número de dentes humanos ou sua substituição parcial ou total por
dentes não-humanos.
GC08
Nível de conhecimento sobre o uso da chupeta
Odontopediatria
- Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
BRENNER,
A.*, FONSECA, R., GOMES, M.
Odontopediatria
- Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
E-mail: alaorjr@rla01.pucpr.br
A necessidade do uso da chupeta encontra na área de Saúde
uma divergência de opiniões e atitudes por parte dos profissionais, sendo estes
os responsáveis em orientar os responsáveis sobre o seu uso. Este trabalho teve
como objetivo avaliar o conceito sobre o uso da chupeta em profissionais da
área de Saúde (odontopediatras, pediatras, fonoaudiólogos, psicólogos e
ortodontistas) no total de duzentos participantes da cidade de Curitiba .Todos
os entrevistados assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Foi
aplicado um questionário constando de 13 perguntas e utilizado o teste
não-paramétrico de Kruskal-Wallis .Os principais resultados obtidos recomendam
na opnião de 43% dos entrevistados que a chupeta seja usada para o recém-nato,
7,5% até o 1º mês, 16,5% preconizam não usar e 17% não opinaram. Com relação à
idade ideal para parar, 28% responderam aos dois anos, 15% aos três, 10% até um
ano de idade. Quando perguntados se o uso da chupeta prejudica a atividade
miofuncional, 74,25% responderam que sim e 13,32% responderam não. É necessária
ao bebê? 14,75% disseram que sim e 81,87% não. Interfere na posição dos dentes?
Sim 92,34% e não 2,87%. As respostas foram ainda divididas e tabuladas por
especialidade.
Concluiu-se que a falta de conhecimento observada sobre uso, efeitos,
tipos e modelos de chupetas não credencia os profissionais entrevistados a
advogar sobre o uso das chupetas devendo haver uma maior interação
interdisciplinar na busca de uma linguagem comum.
GC09
Odonto-hebiatria – uma realidade ao alcance de todos
Odontopediatria
- Universidade Metropolitana de Santos.
BUSSADORI,
S. K.*, BRANCO, N. M. P., MASUDA, M., TUBEL, M. P.
Ortodontia
e Odontopediatria - São Paulo. E-mail: skb@osite.com.br
Este estudo visa desenvolver um projeto social, para
pacientes hebiatras. O grupo de pesquisa surgiu decorrente das necessidades
específicas desses pacientes, é formado por profissionais que atuam em diversas
especialidades da Odontologia. O atendimento fundamenta-se nas técnicas
conservadoras visando saúde, promovendo estética e valorização do sorriso. O tratamento
foi dividido em três níveis: o primeiro educacional segue como protocolo:
palestras, índice de biofilme, orientação de higienização, profilaxia e
aplicação dos agentes quimioterápicos (vernizes de flúor e clorexidina) com
controle periódico. A remoção dos focos infecciosos é realizada com a técnica
atraumática (TRA ou CarisolvTM). O segundo decorre de tratamentos
endodônticos, periodontais e restauradores. O terceiro por meio da confecção
dos protetores bucais e clareamentos dentais. São atendidos 230 adolescentes na
faixa etária de 10-20 anos. Este projeto possui o parecer 00014/02 do Comitê de
Ética da Universidade. Os resultados dos procedimentos realizados foram: 9,4%
aplicações de vernizes de flúor; 5,5% aplicações de vernizes de clorexidina, 36,4%
profilaxias com jato de bicarbonato, 5,4% ART, 5,5% CarisolvTM,
17,8% restaurações de resina fotopolimerizáveis; 7,1% exodontias, 9,3%
tratamentos endodônticos, 0,3% enxertos ósseos; 1,9% clareamentos caseiros,
0,9% clareamentos internos e externos; 0,5% aparelhos ortodônticos.
Pode-se concluir que a Odonto-hebiatria será no futuro uma disciplina
necessária na complexidade do tratamento do adolescente.
GC10
Avaliação da utilização de medicamentos genéricos por
odontopediatras do Rio de Janeiro
Odontopediatria
- Faculdade de Odontologia da Universidade Gama Filho.
LOPES, R.
S.*, NEVES, M. L. A., MARQUES, L. B., COSTA, M. E. P. R., MATOZINHOS, M. D. O.
Odontopediatria
- Universidade Gama Filho. E-mail: drarosasantos@ig.com.br
A regulamentação do medicamento genérico pela Agência
Nacional de Saúde tem por finalidade reduzir o custo com remédios. Além do
baixo valor, o medicamento genérico preserva o mesmo princípio ativo, a mesma
dose e forma farmacêutica do medicamento de referência e, ainda, é ministrado
pela mesma via e com a mesma indicação. A fim de avaliar o uso do genérico por
odontopediatras foi feito um questionário com 60 profissionais da cidade do Rio
de Janeiro. Foi constatado que 56,67% fazem utilização de genéricos, sendo os
antibióticos: amoxicilina (50%) e ampicilina (10%); o antiinflamatório:
diclofenaco de potássio (25%) e os analgésicos: paracetamol (31,67%) e dipirona
sódica (21,67%) os mais indicados. Entre os profissionais 53,33% prescrevem o
medicamento por apresentar baixo custo e 28,33% pela sua eficácia. Dos 43,33%
que não prescrevem genérico 28,33% desconhecem os medicamentos. Apenas 10%
obtiveram informações sobre os mesmos através de palestras e 98,33% tem
interesse na divulgação do medicamento através de revistas ou palestras.
Apesar do baixo custo e eficácia dos medicamentos genéricos, quase a
metade dos profissionais ainda não os prescrevem. É necessário uma maior
divulgação do material nos cursos de graduação e meios de comunicação.
GC11
Núcleo de Odontologia para Bebês e o ensino de graduação:
experiência da Universidade Estadual de Londrina
NOB -
Universidade Estadual de Londrina.
SCARPELLI,
B. B.*, DEZAN, C. C., NAKAMA, L., FROSSARD, W. T. G., PUNHAGUI, M. F., WALTER,
L. R. F.
Medicina
Oral e Odontologia Infantil - Universidade Estadual de Londrina.
E-mail: biascarpelli@hotmail.com
Desde o ano 2000, o Núcleo de Odontologia para
Bebês/UEL oferta, em 102 hs/aula, a disciplina especial de Odontologia
para Bebês, cujos objetivos são: contribuir para a formação de um profissional
capaz de reconhecer as necessidades odontológicas da primeira infância,
inserida no contexto da saúde geral; sensibilizar o acadêmico para prática do
trabalho interdisciplinar e multiprofissional, necessários no atendimento a
bebês; levar o aluno a reconhecer a importância da Odontologia para bebês na
promoção da saúde bucal. Nas atividades práticas, os alunos são inseridos em
dois cenários distintos: o Núcleo de Odontologia para Bebês (Bebê-Clínica/UEL),
onde a atenção é fundamentada na co-participação dos pais, e o Centro Municipal
de Educação Infantil Valéria Veronesi, onde a educação para a saúde é
direcionada aos professores e educadores infantis. Ao final do ano letivo, além
da avaliação dos alunos, é realizada avaliação da disciplina pelos alunos e
professores do centro infantil, sobre questões como, a capacidade da disciplina
de despertar a visão interdisciplinar e multiprofissional necessárias no
atendimento às crianças de pequena idade e o reconhecimento da importância da
educação na promoção da saúde bucal. Para os alunos inscritos na disciplina em
2000, seus aproveitamentos foram: 23% ótimo, 67% bom e 10% regular. A avaliação
dos professores e educadores infantis mostra que 73,33% consideraram o trabalho
dos alunos bom e 26,67% ótimo.
Pode-se concluir
que a disciplina atinge os objetivos propostos, contribuindo para a formação
mais adequada as demandas atuais.
GC12
Experiência clínica do Grupo de Atenção Especial ao
Paciente Odontológico executado por alunos de graduação
GAEPO - Universidade Ibirapuera.
LOTUFO,
M. A.*, LEMOS JR., C. A., GROSSO, S. F. B., SILVEIRA, F. R. X.
Estomatologia
- Universidade de São Paulo. E-mail: pmonica@usp.br
A Odontologia brasileira tradicionalmente foi
caracterizada por seu caráter técnico restaurador. Felizmente nos dias de hoje
uma maior atenção tem sido dada aos aspectos preventivos e curativos gerais,
integrando a Odontologia como parte fundamental da saúde do indivíduo. Com essa
visão a Universidade Ibirapuera criou o Grupo de Atenção Especial ao Paciente
Odontológico (GAEPO) com os objetivos de promover, manter e restabelecer a
saúde bucal de pacientes que necessitem atenção especial, possibilitando ao
aluno de graduação, uma integração multidisciplinar em várias especialidades, e
multicêntrica, com outras áreas e instituições de saúde, e aplicação dos
aspectos cognitivos e técnicos obtidos durante o curso de graduação. Em dezoito
meses foram atendidos 118 pacientes portadores de condições sistêmicas e
loco-regionais que demandaram planejamento específico. Executou-se 1.416
procedimentos odontológicos. O plano de tratamento foi realizado segundo as
prioridades de cada paciente levando-se em consideração o seu estado de saúde
geral e oportunidade terapêutica.
Concluímos que o atendimento de pacientes com necessidades especiais
sob supervisão trouxe benefícios a comunidade e ao processo de aprendizagem do
aluno de graduação, inserindo a Odontologia como parte fundamental na promoção
da saúde.
GC13
Resultados da prática clínica da terapia laser de baixa
intensidade do curso de graduação de Odontologia (CILO-UNIB)
Clínica
Integrada de Laser em Odontologia (CILO-UNIB)
SILVEIRA,
M. C. G.*, NAVARRO, R. S., NEGRÃO, J. A., NOGUEIRA, A. L. F., GONÇALVES, L.,
LAGE-MARQUES, J. L.
Faculdade
de Odontologia - Universidade Ibirapuera. E-mail: macaugarcia@uol.com.br
A Universidade Ibirapuera (UNIB) apresenta na sua grade
curricular as disciplinas Bases para a Prática Clínica do Laser em Odontologia
e Lasers em Odontologia, desenvolvendo no aluno base teórica e preparo para a
prática clínica no Centro Integrado de Lasers em Odontologia - CILO. Dessa
forma fornece mais uma alternativa terapêutica aos pacientes encaminhados a
esta universidade. A proposta experimental tem por objetivo analisar a
importância do Centro no contexto da prática clínica da graduação e os
benefícios prestados a coletividade. Foram feitas aplicações duas vezes por
semana, utilizando-se em média densidade de energia de 4 a 8 J/cm2,
potência de 30 mW a 100 mW, podendo ser de forma pontual ou
varredura. Foram utilizados aparelhos lasers de diodo de arseneto de
gálio-alumínio, que emitem dois comprimentos de onda, vermelho e infravermelho.
O número de sessões variou com o tipo da patologia a ser tratada, que em média
foi de 2 a 16 sessões. Foram atendidos 41 pacientes, sendo que 31% eram do sexo
feminino e 10% do sexo masculino, apresentando as seguintes patologias: 29%
herpes, 29% aftas e úlceras traumáticas, 13% disfunção de ATM, 10%
hipersensibilidade dentinária, 10% mucosite, 6% após cirurgia e 3% parestesia.
Com base em parâmetros tradicionais o sucesso terapêutico ocorreu em 91,3% dos
tratamentos realizados.
Diante
dos fatos foi possível concluir que a prática de uma clínica integrada de laser
em Odontologia proporcionada pelo CILO cria espaço definitivo no conteúdo
programático de Odontologia e significa fator diferencial na oferta de
benefícios à coletividade.
GC14
Resposta inflamatória e imunopatologia do câncer: modelos
de estudo em Patologia Bucal e Patologia Experimental
Centro de
Biologia de Reprodução (CBR) - Universidade Federal de Juiz de Fora.
VIEIRA,
B. J., GUERRA, M. O., PETERS, V. M., MACHADO, R. R. P., SOUZA, A. R., FARIAS,
R. E., AARESTRUP, F. M.*
Laboratório
de Imunopatologia e Patologia Experimental - Universidade Federal de Juiz de
Fora. E-mail: fmastrup@excite.com
No Laboratório de Imunopatologia e Patologia Experimental
do Centro de Biologia da Reprodução (CBR-UFJF) utilizamos várias metodologias
para investigarmos a patogênese de doenças infecciosas, inflamatórias e
neoplásicas tais como AIDS, doença periodontal e câncer bucal. Demonstramos,
através de imuno-histoquímica, que o processo inflamatório na periodontite
apresenta influxo de linfócitos T CD8+. Adicionalmente, utilizando o método
TUNEL, observamos que os pacientes com AIDS e periodontite apresentam maior
incidência de células mononucleares em apoptose no sítio da lesão quando
comparados com pacientes HIV+ e HIV– . Na linha de pesquisa de imunologia do
câncer, demonstramos a produção in situ de granzima B por linfócitos T
CD8+ em carcinoma epidermóide bucal. Recentemente, avaliamos a presença de
mastócitos e eosinófilos em material de biópsia de carcinoma bucal constatando
um importante papel destes tipos celulares na resposta inflamatória
antitumoral. Também foi estudada a correlação entre expressão da proteína Ki 67
e proliferação de células malignas. Em Patologia Experimental, desenvolvemos um
modelo de carcinogênese química em camundongos BALB/c e estudamos o efeito da
talidomida, uma droga antiangiogênica, sobre a evolução tumoral. Finalmente,
padronizamos o método de RT-PCR in situ verificando a expressão de
TNF-alfa em cultura de monócitos do sangue periférico.
Os
resultados demonstram que a avaliação das citocinas e tipos celulares constitui
uma importante abordagem para estudo da patogênese do câncer e de doenças
inflamatórias. (Apoio: CNPq, Finep, Fapemig.)