I001
Diagnóstico de lesões oclusais de cárie através dos exames
visual, fotográfico e radiográfico.
LOBO, M.
M.*, MORAIS, P. M. R., FONTES, C. M.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FO – UFBA. Tel.: (0**11) 328-4314.
E-mail: tecatom@svn.com.br
Este estudo exploratório, de análise descritiva, objetivou
reavaliar o diagnóstico e a indicação terapêutica de lesões oclusais de cárie
em adolescentes do Distrito Sanitário Barra - Rio Vermelho, SSA-BA,
através dos exames visual, fotográfico e radiográfico. Foram incluídos
pacientes entre 11 e 13 anos, apresentando dentes com indicações prévias para o
tratamento restaurador. Um total de 125 molares e pré-molares foi avaliado de
forma consensual, por três examinadores calibrados. Para os exames visual e
fotográfico, foram utilizados escores representativos das alterações de
morfologia, translucidez e coloração das superfícies; no exame radiográfico, o
sistema de escores representou alterações de radiolucidez em esmalte e/ou
dentina (EKSTRAND et al., Caries Res, v. 31,
p. 224-231, 1991). Após a classificação dos dentes, o tratamento
não-invasivo foi indicado quando as alterações visuais associavam-se às
radiográficas. O tratamento restaurador – sempre em conjunto com medidas
não-invasivas – reservou-se aos dentes com evidências clínicas e
radiográficas de comprometimento dentinário. Dentre as superfícies avaliadas,
10 (56%) foram indicadas para o tratamento não-invasivo; 52 (41,6%) para o
tratamento restaurador, e 3 (2,4%) não requereram qualquer tratamento. Tais
resultados demonstraram que as indicações restauradoras prévias foram, em sua
maioria, desnecessárias.
Assim, a qualidade do diagnóstico parece determinar a real necessidade
terapêutica a ser empregada. (Apoio científico e financeiro:
PROGRAD/Pró-Reitoria de Ensino e Pós-Graduação da UFBA.)
I002
Aspectos esqueléticos e dentários de pacientes portadores de
respiração bucal.
FARIA, P. T.
M., RUELLAS, A. C. O., MATSUMOTO, M. A. N.
FORP – USP.
Os fatores hereditários e os ambientais podem ter influência
sobre o crescimento e desenvolvimento craniofacial. Sendo o modo da respiração
um fator intimamente ligado às estruturas craniofaciais, propôs-se fazer este
estudo para avaliar os efeitos da respiração bucal sobre o crescimento e
desenvolvimento craniofacial e dentário em crianças. A amostra consistiu de 35
pacientes com idade entre 7 anos e 10 anos e 10 meses, os quais foram divididos
em dois grupos: 15 respiradores nasais (controle) e 20 respiradores buco-nasais
com predomínio da respiração bucal, após terem sido avaliados por exame
otorrinolaringológico e odontológico. Foram realizadas comparações entre as
medidas cefalométricas esqueléticas e dentárias dos dois grupos, obtidas a
partir de radiografias cefalométricas de perfil dos pacientes.
Observou-se retrusão maxilo-mandibular nos pacientes com respiração
predominante bucal com valores menores para SNA e SNB. Nas medidas verticais,
os ângulos SNGoGn e NSGn apresentaram-se maiores nos respiradores bucais,
conferindo crescimento e desenvolvimento mandibular mais vertical. Na avaliação
dentária não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre
os dois grupos.
I003
Avaliação do selamento cervical em dentes desvitalizados
submetidos a clareamento.
SAADIA, A.*,
FRANCCI, C., SANTOS, M., LOGUERCIO, A. D., BRZOZOWSKI, M.
Materiais
Dentários, Dentística e Endodontia – FOUSP. E-mail: andreasaadia@aol.com,
francci@uol.com.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade de
selamento cervical intra-radicular em dentes desvitalizados submetidos ao
clareamento. 40 dentes anteriores humanos foram submetidos ao tratamento
endodôntico, desobturados na altura da junção amelocementária e aplicados
materiais seladores de acordo com os grupos: (1) adesivo Scotchbond Multi-Uso
(SBMU); (2) SBMU + resina fluida Filtek Flow; (3) ionômero de vidro
convencional DMG; e (4) ionômero de vidro resina-modificado Rely X Luting. As
superfícies externas dos dentes, com exceção das regiões cervicais, foram
impermeabilizadas com esmalte para unhas. A mistura perborato/peridrol (30%)
foi aplicada e aquecida dentro da câmara pulpar por seis vezes, ficando um
curativo da mesma mistura clareadora. Os dentes foram imersos por 18 horas em
uma solução reveladora de cromato de potássio, de cor amarelada. Após, as
soluções foram analisadas em espectrofotômetro por transmitância com iluminante
padrão D65 e observador a 2º. Os resultados mostraram que a transmitância média
pela anotação de cores no método CIE L*a*b em relação a amostra inicial (%) foi:
2,88 ± 0,02% do Grupo 1; 3,33 ± 1,34% no Grupo 2;
2,44 ± 1,38% para Grupo 3 e; 0,61 ± 0,11% para o Grupo 4. A
análise estatística pelo método de Kruskal-Wallis, mostra que não houve
diferença estatística significante entre os grupos
(1-1 >> 0,05).
Todos os tampões se comportaram de forma semelhante havendo passagem do
agente clareador. (Apoio: FAPESP - 99/05124-0.)
I004
Efetividade de agentes dessensibilizantes na
hipersensibilidade dentinária após terapia periodontal.
TENÓRIO, S.
B.*, SANTOS, R. L., GUSMÃO, E. S.
Sociedade
dos Cirurgiões-Dentistas de Pernambuco – Pós-Graduação em
Odontologia – UFPB. Tel.: (0**83) 216-7409.
Foi analisado a efetividade de dois agentes
dessensibilizantes em quarenta e oito dentes de pacientes de ambos os gêneros
que apresentaram hipersensibilidade dentinária após terapia periodontal. Os
dentes foram selecionados e divididos em dois grupos de vinte e quatro de
acordo com a substância aplicada: grupo I (Oxa-gel) e grupo II (Gluma
Desensitizer). Na primeira sessão todos os pacientes receberam instruções de
higiene oral, profilaxia e tiveram a sensibilidade avaliada pelos critérios
propostos por UCHIDA et al. (J
Periodontol, v. 51, n. 10, p. 578-81, 1980). Para as
avaliações utilizou-se os estímulos táctil (explorador), jato de ar e o térmico
(frio). As soluções foram aplicadas e após sete dias os pacientes retornaram
para novas mensurações do grau de sensibilidade e reaplicações dos agentes
dessensibilizantes, durante um período de quatro semanas seguidas, após este
período foi realizada nova avaliação no espaço de 60 dias.
Os resultados do presente estudo comprovaram que ambos os grupos
apresentaram percentuais médios de redução entre a avaliação inicial e final
(dois meses) superior a 81%. Estes dados indicam que as substâncias
dessensibilizantes foram eficazes na redução da hipersensibilidade dentinária
após terapia periodontal.
I005
Prevalência de maus-tratos em crianças e adolescentes na
cidade de Cabedelo (PB).
QUEIROZ, F.
S.*, LINS, B. A. P., CAVALCANTI, A. L., VALENÇA, A. M. G., DUARTE, R. C.
Pós-Graduação
em Odontologia – UFPB. Tel.: (0**83) 216-7409.
O presente trabalho objetivou verificar a prevalência de
maus-tratos em crianças e adolescentes, atendidas no Conselho Tutelar Setor 1
da cidade de Cabedelo (PB), durante o ano de 2000. Foram analisados 168
prontuários de atendimentos envolvendo um total de 217 crianças e adolescentes,
dos quais 50 foram vítimas de maus-tratos, correspondendo a 23% do total. A
agressão física envolveu 58% (n = 29) das crianças e adolescentes, a
negligência correspondeu a 40% (n = 20) dos casos, enquanto houve
apenas 1 ocorrência de abuso sexual (2%). Com relação à agressão física, a
faixa etária mais acometida foi a de 0 a 4 anos (37,9%, n = 11),
seguida pela de 5 a 8 anos (20,7%, n = 6). A negligência foi mais
observada naquelas crianças pertencentes à faixa etária de 0 a 4 anos (50%,
n = 10). Quanto ao caso de abuso sexual, a criança vitimada
encontrava-se na faixa de 9 a 12 anos. Dos 32 casos registrados de maus-tratos,
71,9% (n = 23) das denúncias foram feitas diretamente no Conselho
Tutelar, enquanto 25% (n = 8) das ocorrências foram sob a forma de
denúncia anônima e em 3,1% (n = 1) delas não houve a identificação do
tipo de denúncia.
Diante dos achados obtidos, pode-se concluir que é elevada a prevalência
de maus-tratos em crianças e adolescentes na amostra estudada, particularmente
sob a forma de agressão física e negligência. Tal fato denota a importância do
profissional de Saúde no diagnóstico de maus-tratos e na adoção das medidas legais
inerentes a estas situações.
I006
Prevalência de anomalias dentárias em pacientes de 7 a 17
anos.
LINS, B. A.
P.*, QUEIROZ, F. S., GONDIM, P. G., VALENÇA, A. M. G., CAVALCANTI, A. L.
Pós-Graduação
em Odontologia – UFPB. Tel.: (0**83) 216-7409.
Este estudo teve como objetivo verificar, através de
radiografias panorâmicas, a prevalência de anomalias dentárias (AD) em 543
pacientes (233 meninos e 310 meninas) entre 7 e 17 anos, na cidade de João
Pessoa (PB). Verificou-se a ocorrência de AD de número, forma, estrutura e
erupção, sendo os dados submetidos aos testes do qui-quadrado e exato de
Fisher. A prevalência de AD foi de 25,6%, das quais 77,8% corresponderam a AD
de número (10,7% dentes extranumerários e 67,1% anodontias), 18,6% AD de forma
(14,3% dilacerações e 4,3% dentes conóides) e 3,6% AD de erupção (2,9% erupções
ectópicas e 0,7% anquiloses), não sendo observada diferença entre os sexos
(p >> 0,05). As anodontias mais freqüentes envolveram terceiros
molares (69,4%), segundos pré-molares superiores (11,4%) e inferiores (7,3%) e
incisivos laterais superiores (6,4%). As regiões com maior prevalência de
dentes extranumerários foram a póstero-superior (45,5%) e a ântero-superior
(36,4%). As dilacerações ocorreram mais comumente em segundos molares inferiores
(20%) e primeiros molares superiores (18%) enquanto os dentes conóides
encontrados foram incisivos laterais superiores (100%). A erupção ectópica
acometeu os caninos superiores (100%) sendo a anquilose observada nos segundos
molares decíduos superiores (100%).
Conclui-se ser alta a prevalência de AD, particularmente as anomalias de
número, não sendo a ocorrência destas patologias influenciada pelo gênero.
Verifica-se a importância do exame radiográfico de rotina para o diagnóstico
precoce e adequado tratamento de tais alterações.
I007
Avaliação da efetividade de programas de prevenção em
escolas.
BIRBOJM,
P.*, ARAUJO, M. E.
Departamento
de Odontologia Social – FOUSP. E-mail: abirbojm@sti.com.br
A educação em saúde é uma nova área de expansão tanto de
interesses quanto de atividades por parte de profissionais de Saúde. Esses
programas, quando realizados em escolas, baseiam-se na atual tendência mundial,
a prevenção. Baseado nisso, realizou-se o presente trabalho, com
características ao mesmo tempo de pesquisa e informativas/preventivas para as
crianças. O trabalho foi realizado em uma escola estadual e em uma particular,
para 1a e 2a séries. Para tal, foi elaborado um
questionário contendo 10 questões relativas aos assuntos mais importantes:
hábitos alimentares e de higiene e cárie, entre outros. Foi realizada uma
atividade de prevenção coletiva padronizada em cada uma das salas, para
minimizar as diferenças nos resultados. Antes e depois dessa atividade, foi
solicitado que as crianças respondessem o mesmo questionário, medindo assim o
seu ganho cognitivo nessas atividades. As crianças foram submetidas novamente
ao questionário depois de 6 meses, medindo a absorção a longo prazo. O trabalho
apresentou resultados muito satisfatórios no ganho de conhecimentos entre o
primeiro e o segundo questionários, mas mostrou deficiências de fixação das
informações quando avaliado a longo prazo, um dos objetivos do trabalho,
mostrando que estes precisam ser repetidos para serem efetivos.
O uso do fio dental e escovação foram os assuntos que tiveram melhor
aproveitamento, e o uso racional do açúcar mostrou continuar sendo um assunto
desconhecido e de difícil entendimento para a população alvo, chegando até a
frustrar as expectativas do trabalho.
I008
Estudo quantitativo e qualitativo de fungos em portadores da
Síndrome de Ardência Bucal.
DEL TEDESCO, D. R. C.*, DONAYRE, F. A. G. B.,
SANTOS, M. R., BIRMAN, E. G.
Semiologia –
FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7883. E-mail: ddtedesco@ig.com.br
A Síndrome de Ardência Bucal (SAB) afeta quase que
exclusivamente mulheres acima da meia idade, caracterizando-se pela sensação de
ardência, em áreas da mucosa bucal clinicamente normal. Sua etiologia e
tratamento permanecem pouco esclarecidos. Apesar da abrangência de fatores
relacionados à SAB, procuramos avaliar se a presença de fungos seria um fator
local coadjuvante do sintoma de ardência. Amostras de enxágüe bucal foram
obtidas de 25 pacientes com SAB (23 mulheres e 2 homens) e de um grupo controle
formado por 20 indivíduos (16 mulheres e 4 homens) saudáveis e sem queixa de
ardência. A média de idade em ambos os grupos foi de 63 anos. As amostras
obtidas foram analisadas por cultura, contagem e identificação. No grupo teste,
15 amostras foram positivas para fungos (60%) e dentre estas, 86,6% (13/15)
eram do gênero Candida, sendo as espécies mais frequentes : C.
albicans, Candida sp. e C. tropicalis. No grupo controle, 14
amostras apresentaram crescimento de fungos (63,63%), todos do gênero Candida.
A espécie C. albicans estava presente em 78,5% (11/14) destas amostras.
Contagens superiores a 100 UFC/ml foram observadas em 36% (9/25) de
amostras no grupo teste e 26,31% (6/20) do grupo controle. Frente aos
resultados, o gênero Candida foi o mais freqüente em ambos os grupos e
houve maior diversidade de espécies no grupo teste.
Concluímos que os resultados foram semelhantes em ambos os grupos, sendo
que não foi observada uma correlação com a presença de fungos e a
sintomatologia da SAB.
I009
Avaliação da rugosidade de materiais restauradores
submetidos ao polimento com pastas profiláticas.
ARDENGHI, T.
M.*, ROCHA, R. O., NEVES, L. T., RODRIGUES, C. R. M. D.
Departamento
de Ortodontia e Odontopediatria – FOUSP.
Tel.: (0**11) 3091-7835. E-mail: thma@zaz.com.br
Este trabalho teve como objetivo avaliar in vitro a
rugosidade superficial dos materiais restauradores Compoglass - Vivadent e
TPH - Dentsply, submetidos à ação de pastas abrasivas: pedra-pomes + água;
pasta Nupro - Dentsply e Odahcan - Dentsply. Foram confeccionados 5
corpos-de-prova (Cps) com 2,5 mm de profundidade x 4 mm
diâmetro para cada condição. Os Cps foram armazenados em água por 24 horas,
polidos com lixas d´água com granulação decrescente e submetidos ao polimento
com as pastas em avaliação, aplicadas com taças de borracha, em baixa rotação,
por 15 segundos. A rugosidade superficial foi avaliada antes e após o emprego
das pastas abrasivas, com rugosímetro Mitutoyo Surf Test 211, na escala Ra. Os
dados obtidos, cujas médias estão na tabela, foram submetidos aos testes
estatísticos Wilcoxon e Kruskal-Wallis. Médias (micrômetro) da rugosidade Ra
(inicial/final) dos materiais testados:
|
Pedra-pomes |
Nupro |
Odahcan |
Compoglass |
0,11/0,33 |
0,05/0,22 |
0,05/0,24 |
TPH |
0,07/0,43 |
0,06/0,33 |
0,07/0,22 |
Os materiais apresentaram aumento significativo da rugosidade
superficial após utilização das pastas abrasivas (p << 0,05),
não havendo diferença estatisticamente significante entre os grupos.
I010
Avaliação da microinfiltração de restaurações após
clareamento dental.
SILVA, B.
S.*, SARTORELLI, C. G. R., POLONIATO, M., SANTOS, J. F. F.
Departamento
de Materiais Dentários – FOUSP - São Paulo, Brasil.
Este trabalho tem por objetivo avaliar a microinfiltração de
restaurações de classe II após tratamento clareador. Para isto, foram
selecionados 12 pré-molares dos quais 8 foram submetidos ao tratamento
clareador com Nite White Excel 2® (Discus Dental) por 8 horas
diárias à 37ºC durante 21 dias, ficando o restante do tempo armazenados em água
destilada à 37ºC. Todos os dentes receberam preparos cavitários em mesial e
distal com as seguintes dimensões aproximadas: 4 mm de largura, 1,5 mm de
profundidade e 6 mm de altura. Foram utilizadas as paredes cervical tanto
em esmalte como em dentina. Então, os dentes não clareados e parte dos
clareados foram restaurados imediatamente após o término do clareamento e o
restante após 14 dias, utilizando Bond 1® e Alert®
(Jeneric/Pentron) seguindo as orientações do fabricante. Os dentes restaurados
eram submetidos à 700 ciclos térmicos (5º-55ºC) e em seguida impermeabilizados
e imersos em solução de azul de metileno a 1% por 4 horas. Os dentes foram
seccionados, lixados e então receberam escores de 0 a 5 (0 - sem infiltração e
5 - o máximo de infiltração). Os escores foram avaliados por 3 avaliadores,
submetidos a análise estatística e apresentaram os seguintes resultados: não
houve diferença significativa nos dentes clareados entre a microinfiltração de
esmalte (4,250) e de dentina (4,625) e entre os tempos analisados, imediato
(4,500) e 14 dias (4,375), havendo apenas diferença entre o esmalte clareado
(4,250) e o não clareado (1,500).
Podemos concluir que o tratamento clareador afeta significativamente a
microinfiltração, especialmente em esmalte.
I011
Avaliação clínico-radiográfica de dentes decíduos tratados
com CarisolvTM.
TAMAY, T. K.
*, RODRIGUES, C. R. M. D., MATHIAS, R. S., WANDERLEY, M. T.
Departamento
de Odontopediatria – FOUSP.
O objetivo deste trabalho foi realizar avaliação
clínico-radiográfica, após 6 meses, de dentes decíduos tratados com CarisolvTM.
Participaram deste estudo crianças com idade entre 1 ano e 6 meses a 6 anos da
Clínica de Graduação e Especialização em Odontopediatria da Faculdade de
Odontologia da Universidade de São Paulo. Foram selecionados 14 dentes decíduos
com lesões de cárie, os quais foram radiografados para diagnóstico, tratados
pela técnica de remoção químico-mecânica da cárie com Carisolv™, restaurados e
radiografados para controle. Após 6 meses, através de exames clínico e radiográfico
foram avaliados os seguintes quesitos: condição do material restaurador,
recidiva de cárie, mobilidade dental, sintomatologia dolorosa pós-tratamento,
alteração de cor, alterações pulpares, lesão no periápice e controle dos
estágios rizólise e rizogênese.
Nos controles realizados, a remoção de lesões de cárie com o gel
CarisolvTM, apresentou bons resultados, não sendo observados reações
adversas significantes, neste período, concluindo ser este um material
promissor para o tratamento de dentes decíduos.
I012
Influência da espessura na resistência flexural de uma nova
resina condensável.
KOLBE, M. F.
M.*, CORRÊA, I. C., MIRANDA Jr., W. G.
Departamento
de Materiais Dentários – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7840.
E-mail: ivo@fo.usp.br
Uma nova geração de resinas compostas condensáveis chega ao
mercado com o apelo de melhores propriedades mecânicas, focalizando seu emprego
em dentes posteriores. O objetivo deste estudo foi avaliar a resistência
flexural da resina Solitaire 2 (Kulzer) em função da espessura de material
utilizada. A fotoativação (Optilux 401, 400-510 nm) por 40 s com
intensidade de 500 mW/cm2 foi utilizada para a polimerização de
30 espécimes em forma de barra (ISO 4049), divididos em 3 grupos
(n = 10): Grupo I - Solitare 2 (A3) 1 mm; Grupo II - Solitare
2 (A3) 2 mm; Grupo III - Solitare 2 (A3) 2 mm + Tetric Flow (A3)
1 mm. Após a fotoativação, os espécimes foram armazenados em água
destilada a 37ºC por 24 h. O teste de flexão em 3 pontos seguiu a norma
ISO 4049, em máquina universal de teste Instron 4442, com 0,5 mm/min. Após
a ruptura, os valores foram tratados pela análise de variância e teste de
Tukey, para as médias. Os Grupos I e III apresentaram valores (média ± dp)
semelhantes (p = 0,73), 132 (5,3) MPa e 128 (4,8) MPa,
respectivamente; e significantemente maiores (p << 0,01) do que
os do Grupo II, 70 (2,8) MPa.
A Solitaire 2 deve ser inserida na cavidade em incrementos de 1 mm
para a polimerização adequada. O uso de resina de baixa viscosidade pode ser
indicado como base para este novo material, quando os incrementos forem acima
de 1 mm. A fotopolimerização de incrementos de 2 mm deve ser evitada.
(Apoio: CAPES.)
I013
Diferentes doenças periodontais nos pacientes tratados na
graduação de Periodontia da FOUSP.
CARDINALI,
A. L.*, GEORGETTI, M. A. P., TRAMONTINA, R. G.
Departamento
de Estomatologia – FOUSP.
O presente trabalho teve como objetivo avaliar a prevalência
das diferentes formas de doenças periodontais, nos pacientes que iniciaram
tratamento no ambulatório de graduação da Disciplina de Periodontia da FOUSP,
no período de fevereiro de 1998 a julho de 2000. Utilizando-se da Classificação
das Doenças Periodontais proposta por TODESCAN (1995), foram avaliadas fichas
de 196 pacientes. Através da avaliação minuciosa das fichas padronizadas pela disciplina
(anamnese e exame clínico, periogramas, exame radiográfico, ficha de
diagnóstico e o plano de tratamento), os dados dos pacientes foram tabulados e
analisados. Dos 196 prontuários analisados, 187 apresentaram diagnóstico
definido e 9 apresentaram diagnóstico indefinido. Vinte e cinco pacientes
receberam diagnóstico de gengivite (13,36% da amostra) e 162 pacientes
apresentaram periodontite (86,63%). Do total de pacientes que apresentavam
periodontite, 36 apresentavam periodontite do adulto (22,22% da amostra), 94
apresentavam periodontite do adulto agravada por fatores modificadores
(58,02%), e 29 pacientes com menos de 35 anos apresentaram periodontite do
adulto (17,90%). Somente 3 pacientes possuíam periodontite de incidência
precoce, totalizando 1,85% da amostra.
I014
Estabilidade de cor após tratamento com flúor e imersão em
café.
GUERRA, C.
F.*, BRAIDA, C., RODRIGUES FILHO, L. E., RODRIGUES, C. R. M. D.
Departamento
de Ortodontia e Odontopediatria – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7835.
E-mail: crmdrodr@fo.usp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a estabilidade de cor de
diferentes materiais restauradores (Z100, Durafill, Dyract, Vitremer e Vidrion)
tratados com flúor gel neutro ou acidulado, e em seguida imersos em café.
Quinze corpos-de-prova de cada material foram divididos segundo os grupos:
controle (água deionizada), NaF 2% neutro ou fluorfosfato acidulado 1,23%
(pH = 3,5), onde ficaram imersos por 24 h. Foram lavados e
colocados em café, por mais 24 h e novamente lavados. As leituras de cor
(Espectrofotômetro GV Cintra 10-GBC), foram feitas antes e após os
procedimentos descritos. Os valores do dE (diferença inicial e final) foram
submetidos à análise estatística (Kruskal-Wallis). Todos os materiais
apresentaram alteração de cor, sendo que o Dyract foi o mais estável, para
qualquer dos tratamentos. O flúor acidulado provocou alteração significante na
cor dos materiais Durafill, Vitremer e Vidrion, em relação aos seus controles.
Nos grupos do flúor neutro não houve diferença do dE para qualquer material, em
comparação aos seus controles.
Concluiu-se que o fluorfosfato acidulado favorece a maior alteração de
cor para alguns materiais restauradores estéticos, devendo-se preferir os
produtos de pH neutro.
I015
Hábitos de risco para cárie em bebês fissurados.
CONSULIN, T.
E.*, COSTA, B., GOMIDE, M. R., CARRARA, C., ARANHA, A., DUQUE, C., BRANDÃO, C.
Setor de
Odontopediatria – HRAC – USP. Tel.: (0**14) 235-8141.
E-mail: tconsulin@yahoo.com
O objetivo deste estudo foi investigar os hábitos de risco para
cárie dentária em bebês com fissura completa de lábio e palato, associando-os à
experiência de cárie. O estudo avaliou 80 crianças com 18 a 36 meses de idade,
de ambos os sexos, sem distinção de raça, regularmente matriculadas no
HRAC – USP. Através de um exame clínico, a amostra foi dividida em dois
grupos, de acordo com a experiência de cárie, sendo 22 crianças com cárie
(grupo A) e 58 sem cárie (grupo B) e, através de um questionário aplicado aos
pais foram obtidas informações sobre os hábitos alimentares e de higiene bucal
da criança, e grau de escolaridade dos pais. Em ambos os grupos estudados, a
maioria das crianças que mamavam tinham o hábito de amamentação noturna, sendo
que no grupo A, 66,7% não realizavam a limpeza bucal após a mamada e no grupo
B, 48,3%, com ausência de diferença estatisticamente significante entre os
grupos. Quanto a realização da higiene bucal, 41% dos pais das crianças do
grupo A relataram dificuldades, contra 18,5% do grupo B, sendo esta diferença
estatisticamente significante (p << 0,05). No grupo A o grau de
escolaridade dos pais foi estatisticamente inferior ao grupo B
(p << 0,05).
Com base nestes resultados, mais viável do que o controle dos hábitos
alimentares de risco, é a orientação e demonstração constante dos procedimentos
de higiene bucal para seu estabelecimento precoce, visando a educação dos pais
para prevenção da cárie dentária neste grupo de indivíduos.
I016
Efeitos de agentes desinfetantes sobre moldes de
hidrocolóide irreversível.
ZANET, C.
G.*, IMAI, M. A., TANGO, R. N., PASIN, I. M., KIMPARA, E. T.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOSJC – UNESP.
Devido a necessidade de evitar a infecção cruzada, surge a
preocupação de avaliar as interferências sobre os modelos obtidos após a
desinfecção de seus moldes. A proposta deste estudo foi avaliar, com uma lupa
com aumento de 10 X (Wild Heerbrugg-M7A), as alterações dimensionais dos
moldes, transmitidas aos respectivos modelos. Utilizou-se durante o experimento
uma temperatura ambiente de 20ºC ± 3ºC e água deionizada tanto para
as moldagens com hidrocolóide irreversível (Jeltrate), quanto para confecção
dos modelos de gesso tipo IV (Troquel 4). Foram realizadas trinta moldagens de
um modelo metálico padrão, as quais foram desinfectadas da seguinte maneira:
Grupo 1: imersão em hipoclorito de sódio 1,0% por 10 minutos (10 amostras);
Grupo 2: “spray” de hipoclorito de sódio 1,0% e armazenagem por 10 minutos em
uma cuba umidificadora com umidade relativa de 100% (10 amostras); Grupo 3
(controle): armazenagem dos moldes por 10 minutos em uma cuba umidificadora com
umidade relativa de 100% (10 amostras). Todas as moldagens foram lavadas em
água corrente por 10 segundos e em seguida confeccionou-se os modelos de gesso
(o gesso foi preparado com espatulador à vácuo). A avaliação dos modelos foi
feita após 24 horas. Os valores obtidos foram submetidos ao teste ANOVA a um
critério sob nível de significância de 5%, sendo que obteve-se p-valor de
0,174, indicando diferença estatística insignificante entre os grupos.
Conclui-se desta forma, que não houve alteração dimensional significante
nos modelos, independente do tipo de desinfecção realizada nos moldes de
hidrocolóide irreversível.
I017
Avaliação da ação do Carisolv™ sobre a camada de “smear” em
dentina humana.
RAUSCHER, F.
C.*, GONÇALVES, R. D., RODE, S. M.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOSJC – UNESP.
E-mail: fcrauscher@ig.com.br
Atualmente, o Carisolv™, composto basicamente por
hipoclorito de sódio 0,5% e por três aminoácidos, é o produto que promove o
método químico-mecânico de remoção de cárie. Sua inclusão relativamente recente
no mercado odontológico justifica a necessidade de pesquisas comprovando sua
eficácia e segurança. Dessa forma, no presente trabalho, analisou-se a
alteração causada pelo gel Carisolv™ na camada de “smear” em dentina humana.
Para tanto, foi removido o esmalte de 10 superfícies lisas de pré-molares
hígidos até a exposição da dentina. Nessa última superfície fez-se movimentos
padronizados com instrumento cortante rotatório de aço liso com a finalidade de
produzir a camada de “smear”. A seguir, foram obtidos três grupos, o controle
(grupo III), com duas superfícies isentas de tratamento após a obtenção da
camada de “smear” e dois grupos experimentais, grupos I e II, com quatro
superfícies cada, as quais foram tratadas com o gel do Carisolv™ pelo tempo ou
de 5 ou de 10 minutos, respectivamente. A análise ultra-estrutural, por meio da
microscopia eletrônica de varredura, revelou, nos grupos tratados, uma
aglutinação, em forma de grumos, sugerindo uma reprecipitação e rearranjo da
camada de “smear” recobrindo parcial ou totalmente a abertura dos túbulos
dentinários. Essas observações podem sugerir a possibilidade da limpeza das
superfícies tratadas pelo gel Carisolv™ antes de um procedimento adesivo
estético. (FAPESP - 00/01298-3.)
I018
Microinfiltração marginal em preparos cavitários realizados
com laser Er:YAG.
RAMOS, T.
S.*, PALMA DIBB, R. G., BORSATTO, M. C., ROCHA, R. A. S. S., PÉCORA, J. D.,
CORONA, S. A. M.
Odontologia
Restauradora – FORP – USP. Tel.: (0**16) 602-4075.
E-mail: nelsoncorona@linkway.com.br
O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro a
microinfiltração marginal em cavidades classe V, preparadas com turbina e laser
Er:YAG, restauradas com vários materiais. 60 preparos foram realizados nas
faces V/L de molares humanos e divididos em 6 grupos: I, II e III preparados
com turbina e IV, V e VI com laser Er:YAG, modo “short pulse” (500 mJ,
5 Hz). Os materiais utilizados foram: Alert - I e IV; Fuji II LC -
II e V; SBMP + Dispersalloy - III e VI. Após o polimento, os dentes foram
isolados, termociclados, imersos em Rodamina B a 0,2%, incluídos em resina
acrílica e seccionados. A infiltração foi analisada utilizando-se um
microscópio óptico acoplado a um computador e uma câmera. A imagem obtida foi
digitalizada e um software determinou quantitativamente a microinfiltração em
mm. Os valores médios na oclusal foram: 10,09% (± 21,28), 3,25% (± 10,27),
0%, 41,77% (± 42,48), 23,37% (± 33,79), 12,66% (± 24,06) e na
cervical 16,49% (± 26,67), 4,34% (± 13,71), 0%, 37,71% (± 30,47),
39,56% (± 43,35%) e 72,53% (± 37,79), nos grupos I, II, III, IV, V e
IV respectivamente. A análise estatística foi feita pela ANOVA e teste de
Tukey. Observou-se que a margem dentina/cemento apresentou maior infiltração,
sendo estatisticamente significante. Os preparos com turbina apresentaram menor
grau de infiltração que o laser. O grupo III (turbina + SBMP/Dispersalloy),
promoveu vedamento total das margens, sendo superior aos outros.
Pode-se concluir que o preparo convencional associado ao amálgama
aderido foi a única técnica que eliminou completamente a microinfiltração.
(Apoio: CNPq/PIBIC/USP.)
I019
Análise quantitativa da microinfiltração marginal em
restaurações de amálgama aderido com CIV.
ATOUI, J.
A.*, CORONA, S. A. M., PALMA DIBB, R. G., BORSATTO, M. C., GARCIA, P. P. N. S.,
FARAONI, J.
Odontologia
Restauradora – FORP – USP. E-mail: rgpalma@forp.usp.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar quantitativamente in
vitro a microinfiltração marginal em restaurações de amálgama aderido com
sistemas ionoméricos. Para tanto, 40 cavidades classe V foram preparadas em
pré-molares, divididas aleatoriamente em 4 grupos e restauradas com
Dispersalloy variando o cimento ionomérico: I - controle - Copalite
(Cooley & Cooley); II - Vidrion F (SS White); III - Vitremer C (3M) e IV -
Protec CEM (Vivadent). As restaurações foram realizadas segundo as instruções
dos fabricantes e polidas após 24 horas. Os espécimes foram isolados, termociclados,
imersos em Rodamina B a 0,2% durante 24 horas, incluídos em resina acrílica e
seccionados. A infiltração foi analisada utilizando-se um microscópio óptico
acoplado a um computador e uma câmera. A imagem obtida foi digitalizada e um
software determinou quantitativamente a microinfiltração em mm. As médias
obtidas na margem oclusal foram: grupo I: O- 18,29% (± 38,77), C- 66,07% (± 47,17);
grupo II: O- 0% (± 0), C- 2,52% (± 3,27); grupo III: O- 0% (± 0),
C- 6,53%(± 7,39) e grupo IV: O- 6,46% (± 8,76), C- 82,51%(± 24,26).
Os dados foram submetidos a ANOVA e teste de Tukey. Observou-se diferença
significante entre as margens, sendo que houve melhor selamento em esmalte. O
Protec CEM apresentou maiores valores de infiltração.
Conclui-se que, embora o Vidrion F e o Vitremer C tenham apresentado
resultados superiores, todos os materiais permitiram algum grau de infiltração
e nenhum sistema promoveu o completo selamento da margem de cemento/dentina.
(FAPESP - 00/11670-7.)
I020
Análise morfométrica comparativa entre líquen plano e reação
liquenóide da mucosa bucal.
JESUS, J. M.
R*., LORENA, S. C. M., CALLESTINI, R., OLIVEIRA, D. T., CONSOLARO, A.
Departamento
de Estomatologia, Patologia – FOB – USP. E-mail: d.tostes@fob.usp.br
O líquen plano (LP) e a reação liquenóide (RL) são doenças
mucocutâneas caracterizadas, microscopicamente, pelo comprometimento das
células epiteliais com desorganização da camada basal e espinhosa,
desencadeadas pela ativação de células do sistema imune. Estas lesões são
difíceis de serem distinguidas quando coradas pelos métodos de rotina
diagnóstica. O objetivo deste trabalho consiste em comparar e quantificar,
através da análise morfométrica, os macrófagos, as células de Langerhans, os
linfócitos T e os linfócitos B em 20 espécimes de LP e 20 de RL na mucosa
bucal, previamente marcadas com anticorpos monoclonais pela técnica
estreptavidina-biotina-peroxidase. Algumas das reações liquenóides estudadas
estavam associadas a hiperplasia fibrosa inflamatória na mucosa bucal. Os
resultados demonstraram maior número de células de Langerhans (LC) na reação
liquenóide quando comparada às do líquen plano (p << 0,05) e
não houve diferença estatisticamente significativa (p << 0,05)
no número médio de macrófagos, linfócitos T e linfócitos B entre as duas lesões
estudadas.
Estes resultados sugerem que as duas lesões são microscopicamente
indistinguíveis e a penetração localizada de antígenos na reação liquenóide da
mucosa bucal provavelmente desencadeia uma maior infiltração focal de células
de Langerhans.
I021
Avaliação da rugosidade de superfície de resinas após
acabamento e polimento.
SATO, C.
T.*, FRANCCI, C., LOGUERCIO, A. D., BIANCHI, J.
Departamento
de Materiais Dentários – NAPEM – Universidade de São Paulo.
E-mail: claudio-sato@uol.com.br
O objetivo é avaliar o efeito de dois diferentes sistemas de
polimento (Sof-Lex Pop On, 3M Dental; Super Snap, Shofu) na
superfície de resinas compostas universais (Filtek Z250, 3M Dental; TPH
Spectrum, Dentsply) e de alta viscosidade (Filtek P60, 3M Dental;
Surefil, Dentsply), padronizando-se a força, velocidade e tempo.
Confeccionou-se 20 amostras para cada marca comercial de resina, medindo
10 x 10 x 2 mm, armazenadas em água destilada a 37°C
por 24 horas. As superfícies foram tratadas com lixa 600 e submetidas ao procedimento
de polimento, utilizando-se um dispositivo para padronizar a força
(2,5 N), com 10.000 rpm para lixas de granulação média e
20.000 rpm para lixas de granulação fina, e tempo de 20 segundos de forma
intermitente para cada disco utilizado. As amostras foram analisadas (Mitutoyo
Surf-test 201) e os dados submetidos a ANOVA e Tukey’s post hoc test. As
resinas com diferentes letras apresentam diferença estatisticamente
significante (p << 0,0001), o mesmo para sistemas de polimento
e para os valores sublinhados (p << 0,0001).
O Super Snap apresentou melhor desempenho, principalmente quando usadas
as resinas da 3M. As resinas de alta viscosidade apresentaram uma superfície
mais rugosa.
I022
Alteração dimensional de gesso tomando presa em contato com
gesso.
LODOVICI,
E.*, BALLESTER, R. Y., LOGUERCIO, A.
Departamento
de Materiais Dentários – FOUSP. E-mail: edlodovici@sti.com.br
Na prática clínica, é freqüente a realização de
procedimentos que coloquem em contato gesso recém-espatulado com um já
cristalizado como, por exemplo, para prender modelos no articulador. O objetivo
deste estudo foi comparar as alterações dimensionais de presa de gessos tipo II
e III que tomaram presa (GTP) em contato com paredes feitas com: acrílico ou
gessos tipo II, III, IV ou V. As paredes de gesso foram pré-confeccionadas e
secas em estufa por 24 horas. Todos os gessos foram da marca Polidental®.
As porcentagens de expansão após 90 minutos (média ± desvio-padrão,
na tabela) foram submetidas à análise de variância, que detectou diferenças
significantes (p << 0,001) nos dois fatores e na interação. O
teste de Tukey (1%) revelou diferenças significantes representadas por letras
diferentes na tabela.
GTP |
Composição das paredes |
||||
|
Acrílico |
Gesso tipo II |
Gesso tipo III |
Gesso tipo IV |
Gesso tipo V |
Tipo II |
0,28 ± 0,07 (a) |
0,18 ± 0,05 (b) |
0,17 ± 0,06 (b) |
0,14 ± 0,02 (b) |
0,15 ± 0,02 (b) |
Tipo III |
0,16 ± 0,03 (b) |
0,04 ± 0,04 (b,c) |
0,04 ± 0,04 (b,c) |
0,09 ± 0,01 (b,c) |
0,12 ± 0,02 (b,c) |
Conclui-se que: 1) As paredes de gesso inibiram significantemente a
expansão dos espécimes. 2) O gesso tipo III é a melhor opção para entrar em
contato com o gesso tipo II ou III. 3) Para entrar em contato com gesso tipo IV
ou V, os gessos tipo II e III têm desempenhos similares. (Apoio: FAPESP -
99/05124-0.)
I023
Eficiência clínica de dentifrício comercial contendo
própolis na gengivite experimental.
PIRES, J.
R.*, ROSSA Jr., C.
Departamento
de Diagnóstico e Cirurgia – FOAr – UNESP.
Tel.: (0**16) 201-6369.
E-mail: crossajr@foar.unesp.br
O objetivo deste trabalho foi verificar in vivo a
efetividade clínica de um dentifrício comercializado contendo própolis e ervas
medicinais comparado a um dentifrício fluoretado comum na redução de acúmulo de
placa e prevenção de inflamação gengival. Foi realizado um estudo cruzado,
duplo cego, numa amostra de 20 voluntários, nos quais foi implementado um
modelo de gengivite experimental proximal com supressão do uso de fio dental ou
qualquer método de remoção de placa proximal por 2 períodos de 21 dias, com um
intervalo de “wash-out” de 15 dias. Foram avaliados, por dois examinadores
previamente calibrados, presença de placa visível e sangramento marginal nos
seguintes períodos: 0, 7, 14 e 21 dias. Os resultados foram avaliados por meio
de análise de variância a dois fatores (“dentifrício” e “período”) e mostraram
que o fator “período” influenciou tanto o acúmulo de placa quanto a presença de
inflamação marginal (p << 0,001 para ambos). O fator
“dentifrício” foi significativo para a presença de placa visível proximal
(p = 0,007), com o uso do dentifrício comum associado a menor
percentual de superfícies proximais com placa visível (23,9% ± 12,8 versus 29,7% ± 15,8;
p = 0,01).
Por outro lado, o fator “dentifrício” não influenciou a prevalência de
sangramento marginal (p = 0,34), assim conclui-se que o dentifrício
com própolis e ervas medicinais não representou benefício significativo em
relação à presença de placa supragengival e sangramento marginal. (Apoio
financeiro: FAPESP - 99/12172-1.)
I024
Influência do adesivo e cimento resinoso na resistência de
união porcelana/dentina bovina.
PFEIFER, C.
S. C.*, SHIH, D. Y. Y., BRAGA, R. R., BALLESTER, R. Y.
Departamento
de Materiais Dentários – FOUSP. Tel.: (0**11) 4426-1831.
E-mail: ca.pfeifer@uol.com.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do adesivo
e do cimento resinoso sobre a resistência de união entre porcelana feldspática
e dentina bovina através do teste de cisalhamento por extrusão. Os adesivos
testados foram Prime & Bond NT nas versões dual e fotopolimerizável
(Dentsply) e Scotchbond Multi-Uso Plus nas versões “self-cure” e
fotopolimerizável (3M). Os cimentos testados foram RelyX ARC (3M), Enforce
(Dentsply) e C & B (Bisco). Os corpos-de-prova foram confeccionados
com peças tronco-cônicas de porcelana (cor A3,5) coladas no interior de
perfurações realizadas em discos de 2,5 mm de dentina radicular de
incisivos bovinos. Depois de armazenados em água destilada a 37ºC por 48 horas,
os corpos-de-prova foram submetidos ao teste de cisalhamento por extrusão. Os
resultados foram submetidos à análise de variância e teste de Tukey. As médias
e desvios-padrão (em MPa) estão expressos na tabela abaixo.
|
Prime
& Bond NT |
Prime
& Bond NT |
Scotchbond
Multi-Uso (“light cure”) |
Scotchbond
Multi-Uso |
C & B |
0,9
(0,36)c |
4,3
(1,52)a,b |
3,2
(1,66)b,c |
6,5
(2,11)a |
RelyX ARC |
5,3 (1,59)a,b |
6,1
(1,54)a,b |
6,0 (2,38)a,b |
4,6 (2,92)a,b |
Enforce |
6,3
(1,21)a |
7,0
(2,66)a |
4,8
(1,18)a,b |
6,4 (2,72)a |
Considerando-se
as limitações deste estudo, podemos afirmar que a escolha do adesivo interferiu
de modo significante na resistência da união quando associado ao cimento
quimicamente ativado. (PIBIC – CNPq.)
I025
Efeito da exodontia dos primeiros pré-molares sobre a afai.
ALMEIDA, F.
M.*, SIQUEIRA, V. C. V.
FO – PUC -
Belo Horizonte, MG; FOP – UNICAMP - Piracicaba, SP, Brasil.
A realização de exodontias como parte da terapia ortodôntica
ocorre convencionalmente, mas ainda gera muitas controvérsias, principalmente
em relação ao controle da dimensão vertical. Propusemos avaliar
cefalometricamente as alterações verticais ocorridas em jovens tratadas
ortodonticamente com exodontia dos quatro primeiros pré-molares e comparar com
um grupo semelhante sem exodontias. A amostra constou de telerradiografias
tomadas em norma lateral de 30 jovens do sexo feminino com Classe II, 1a
divisão, dolicofaciais, com idade média de 12,3 anos tratadas ortodonticamente
com aparelho fixo e uso de extrabucal de tração oblíqua, das quais 15 realizaram
exodontias e as outras 15 não. As medidas cefalométricas que apresentaram
diferenças estatisticamente significantes entre os grupos foram: N-Me; N-ENA;
Go-AR; 6-PP; 6-ENAperp; 6-Pogperp.
Concluímos que as exodontias dos primeiros pré-molares associadas a
extrusão dos primeiros molares e ao crescimento não permitiu uma diferença nas
alterações da AFAI entre os grupos, que aumentou de forma semelhante em ambos.
Ocorreu uma mesialização dos molares superiores e inferiores no grupo com
exodontias que também não causou diferença na AFAI. Verificamos que o aumento
da AFAT (N-ME) ocorreu nos dois grupos mas foi significativamente maior no
grupo sem exodontias, devido ao maior aumento da AFAS (N-ENA), indicando que o
crescimento possui um papel preponderante no controle da dimensão vertical
durante o tratamento ortodôntico. Ocorreu crescimento para S-Go e N-Me na mesma
proporção.
I026
Influência da limpeza e esterilização sobre corte de pontas
diamantadas.
SILVA, A.
P.*, MENEZES, M. M., ARAÚJO, R. M.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FOCSJC – UNESP.
Tel.: (0**11) 3975-4274. E-mail: andressapsilva@bol.com.br
O objetivo do trabalho foi verificar, através da técnica da
pesagem, o efeito da limpeza em ultra-som e de procedimentos de esterilização
na capacidade de desgaste de diferentes instrumentos diamantados rotatórios.
Utilizou-se 45 dentes molares humanos hígidos nos quais foram realizados
preparos cavitários de classe V de 2 x 2 x 2 mm
utilizando-se brocas cilíndricas de três fabricantes (nº 1091 - KG Sorensen,
nº 514, 4c-Two Striper e CVD-Inpe) em caneta de alta rotação acoplada a um
aparelho de padronização de cavidades. Após a cada preparo, as brocas receberam
o seguinte tratamento, de acordo com o grupo: G1- limpeza com água, sabão,
escova e colocação em ultra-som com água destilada por 5 min. e secagem
(grupo controle), G2- mesmo que G1 e esterilização em estufa à 170ºC por 1
hora, G3- mesmo que G1 e esterilização em autoclave à 121ºC por 30 min.
Foi feita a pesagem de todas as brocas (3 por grupo, sendo 1 de cada marca) em
uma balança de precisão antes e após a realização dos preparos e tratamento das
mesmas, por 10 ciclos, e avaliação em MEV.
Os autores concluíram que os métodos de limpeza e esterilização
utilizados não influenciaram a efetividade de desgaste das pontas estudadas e
que somente a ponta CVD não sofreu perda superficial de diamante. (Bolsa de
iniciação científica: FAPESP.)
I027
Estreptococos do grupo mutans em crianças com cárie
ativa ou paralisada.
STIPP, R.
N.*, FLÓRIO, F. M., PEREIRA, A. C., GONÇALVES, R. B.
Departamento
de Diagnóstico Oral – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5321.
E-mail: reginald@fop.unicamp.br
Este estudo teve como objetivo quantificar, isolar e
identificar as espécies de estreptococos do grupo mutans presentes na
cavidade bucal de crianças de 7 a 8 anos de idade, com lesões iniciais de cárie
ativas (Grupo 1) ou paralisadas (Grupo 2), localizadas na superfície oclusal de
seus molares permanentes. As crianças foram selecionadas por um examinador
calibrado, através de exame clínico e radiográfico interproximal. Amostras de
três sítios distintos (saliva, superfície oclusal com lesão e superfície lisa
hígida), foram coletadas com “swabs” esterilizados. Após dispersão e diluição
seriada das amostras, 5 µl de cada diluição foram inoculados em duplicata
em meios MSB e MSA. Após incubação em estufa de CO2 (37ºC) e
contagem, foram isoladas de cada sítio, de 15 a 20 colônias com morfologias
típicas para posterior identificação por provas bioquímicas e por amplificação
pela técnica da reação em cadeia da polimerase (PCR). Os resultados mostraram
que os níveis de estreptococos do grupo mutans foram maiores, em todos
os nichos de colheita, nos voluntários do Grupo 1, que também apresentaram uma
maior relação entre o número de estreptococos do grupo mutans (MSB) e o
de estreptococos totais (MSA) quando comparada a do Grupo 2. A técnica de PCR
mostrou-se efetiva e rápida para a identificação destes microrganismos.
Os estreptococos do grupo mutans foram freqüentemente
isolados de pacientes com história passada de cárie, particularmente naqueles
cuja atividade da doença ainda estava presente. (FAPESP - 98/02761-7;
00/08350-0.)
I028
Estudo da resistência à tração de resinas compostas
compactáveis.
CASTILHOS,
N.*, ANAUATE NETTO, C.
Departamento
de Dentística – UNG; UMC; UNIBAN.
Resinas compostas especiais e com alta evolução tecnológica,
denominadas compactáveis, tem sido indicadas como substitutas do amálgama de
prata. Este trabalho teve o propósito de avaliar as possíveis diferenças na
resistência de união à tração em dentina das resinas compostas compactáveis,
comparativamente às resinas compostas convencionais, utilizando-se sistemas
adesivos simplificados. Foram utilizados sete dentes humanos, molares,
divididos em dois grupos: resinas compostas convencionais, como grupo controle
e, resinas compostas compactáveis. No
grupo controle utilizou-se: Optibond Solo Plus/Prodigy; Solid Bond/Charisma;
Single Bond/Z100 e, no experimental: Optibond Solo Plus/Prodigy Condensable;
Bond-1/Alert; Solid Bond/Solitaire; Single Bond/P60. Os dentes
foram cortados em palitos de 1 mm2 e submetidos ao teste de
microtração em uma máquina de ensaio universal. Verificou-se que ao utilizar
resinas compostas compactáveis não ocorreu diferença estatisticamente
significativa, em comparação ao grupo controle, embora tenha ocorrido esta
diferença em relação aos subgrupos adesivo/resina.
Após análise dos resultados, concluiu-se que: ao utilizar resinas
compostas compactáveis não ocorreu diferença estatisticamente significativa na
resistência de união à tração em dentina, quando comparada à utilização de
resinas compostas convencionais.
I029
Bases de prova em R.A.A.Q.: técnica versus tipo e
tempo de armazenagem versus treinamento do operador.
TANGO, R.
N.*, IMAI, M. A., ZANET, C. G., PAES JÚNIOR, T. J. A., KIMPARA, E. T.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOSJC – UNESP. Tel.: (0**12)
321-8166.
A reabilitação de um paciente desdentado total visa devolver
a função e a estética estando o sucesso do tratamento relacionado também à
obtenção de uma boa estabilidade e retenção das próteses. Para uma retenção
satisfatória os cuidados recaem sobre a moldagem e a estabilidade nos registros
maxilo-mandibulares. Atualmente tem-se dado preferência à resina acrílica
ativada quimicamente (R.A.A.Q.) como material de base-de-prova, porém tem-se
observado o desajuste das mesmas na região de palato, principalmente quando há
uma demora durante a realização dos procedimentos, fato freqüente nos ambulatórios
de um curso de graduação. Por esta razão surgiu a curiosidade de se estudar o
desajuste das bases-de-prova experimentais em R.A.A.Q. em função da técnica de
confecção, tipo e tempo de armazenagem e grau de treinamento do operador. Três
operadores com níveis diferentes de treinamento confeccionaram 6 bases com a
técnica da “placa de vidro” e 6 com a técnica adaptada. Metade das bases de
cada técnica foi armazenada em água e o restante ao ar livre no modelo,
realizando-se a mensuração da desadaptação imediatamente, 24 horas, 1 semana e
1 mês após, em cinco pontos com auxílio de um espessímetro para a realização da
leitura da silicona fluida interposta entre as bases-de-prova e os modelos
padrões.
Os dados obtidos foram submetidos ao estudo estatístico de análise de
variância e ao teste de Tukey, ambos ao nível de 5%, tornando lícito concluir
pelos resultados que o fator tempo de armazenagem e local de mensuração
mostraram desajuste estatisticamente significante.
I030
Resina composta em técnicas restauradoras distintas:
microinfiltração em molares decíduos.
RAMOS, C. J.*, MYAKI, S. I., SHINTOME, L. K.,
BALDUCCI, I.
Disciplina
de Odontopediatria. Faculdade de Odontologia de São José dos Campos –
UNESP. Tel.: (0**12) 321-8166.
O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar a
microinfiltração em molares decíduos restaurados com resina composta híbrida
compactável, utilizando-se duas técnicas restauradoras. Foram confeccionados 30
preparos cavitários ocluso-proximais em 15 segundos molares decíduos,
clinicamente hígidos. Todas as amostras foram condicionadas com ácido fosfórico
a 35% por 15 s, receberam aplicação do sistema adesivo Scotchbond
Multi-Uso Plus (3M), e foram divididas aleatoriamente em 3 grupos. G1:
(n = 10) resina composta Z100 (3M) em dois incrementos horizontais.
G2: (n = 10) resina composta híbrida compactável Alert
(Jeneric/Pentron) em dois incrementos horizontais. G3: (n = 10)
aplicação de um primeiro incremento horizontal de resina composta “flow”
Flow-It! Self-Cure (Jeneric/Pentron), e após a polimerização desta, inserção,
compactação e fotopolimerização de um incremento horizontal da resina composta
Alert. Após o polimento, as amostras foram submetidas a ciclagem térmica (500
ciclos - 5ºC e 55ºC - 30 s em cada banho), impermeabilizadas e
imersas em azul de metileno a 0,5% por 4 horas. Os espécimes foram seccionados
longitudinalmente para análise do corante na interface dente- restauração na
margem cervical dos preparos cavitários. Os resultados obtidos demonstraram
altos valores de microinfiltração em todos os grupos. A análise estatística
(teste de Kruskal-Wallis, p = 0,598) indicou não haver diferença
significante entre eles.
Concluiu-se que a técnica restauradora não interferiu na
microinfiltração.
I031
Microinfiltração em selantes oclusais após diferentes
métodos de condicionamento do esmalte.
MARTINS, C.
M. L.*, MYAKI, S. I., LEMOS, S., HAYASHI, P. M., BALDUCCI, I.
Disciplina
de Odontopediatria – FOSJC – UNESP. Tel.: (0**12) 321-8166.
O objetivo deste estudo in vitro foi de avaliar a
microinfiltração em selantes oclusais após diferentes métodos de
condicionamento do esmalte. Foram selecionados trinta dentes molares ou
pré-molares, clinicamente hígidos, que sofreram limpeza coranária com pasta de
pedra-pomes e água. Estes foram divididos aleatoriamente em três grupos: G1
(n = 10): condicionamento com ácido fosfórico a 35% (Dentsply) por 30
segundos; G2 (n = 10): condicionamento com NRC (Non-Rinse
Conditioner - Dentsply) por 20 segundos e aplicação do adesivo Prime &
Bond NT (Dentsply); G3 (n = 10): condicionamento com ácido fosfórico
a 36% (Dentsply) por 30 segundos e aplicação do adesivo Prime & Bond NT. Em
todas as amostras, após os diferentes métodos de condicionamento, foi aplicado
o selante FluroShield (Dentsply), seguindo-se as recomendações do fabricante.
Os espécimes foram termociclados (500 ciclos - 5ºC e 55ºC - 30
segundos em cada banho), impermeabilizados e imersos em azul de metileno a 0,5%
durante 4 horas. A seguir, foram seccionados no sentido vestíbulo-lingual e
avaliados quanto à microinfiltração. Os resultados obtidos demonstraram que as
amostras do G1 apresentaram os menores valores medianos de microinfiltração e
as do G2, os maiores. A análise estatística (teste de Kruskal-Wallis,
p = 0,004) indicou que houve diferença estatisticamente significante
entre os grupos.
Concluiu-se que o selante FluroShield apresentou os menores valores de
microinfiltração e o condicionamento do esmalte com NRC seguida da aplicação do
Prime & Bond NT, os maiores.
I032
Microinfiltração em molares decíduos restaurados com cimento
de ionômero de vidro para ART.
TAIRA, C.
S.*, NICOLÓ, R. D., MYAKI, S. I., BALDUCCI, I.
Disciplina
de Odontopediatria – FOSJC – UNESP - São José dos Campos. Tel.: (0**12)
321-8166.
O objetivo deste estudo in vitro foi de avaliar a
microinfiltração em cavidades proximais de molares decíduos restauradas com
dois tipos de cimento de ionômero de vidro, desenvolvidos especialmente para o
Tratamento Restaurador Atraumático (ART). Foram utilizados 10 molares decíduos,
clinicamente hígidos onde foram confeccionados preparos cavitários
ocluso-proximais nas faces mesiais e distais. No Grupo 1 (n = 10), as
restaurações foram realizadas com Fuji IX (GC Corporation). No Grupo 2
(n = 10), utilizou-se o Ketac-Molar (Espe). Para ambos os materiais,
foram seguidas as recomendações dos fabricantes. Todos os espécimes foram
termociclados (500 ciclos - 5ºC e 55ºC - 30 segundos em cada banho),
impermeabilizados na região radicular e receberam a aplicação de duas camadas
de esmalte de unha, deixando-se uma “janela” de aproximadamente 1 mm na
margem cervical das restaurações. A seguir, foram imersos durante 4 horas em
solução de azul de metileno a 0,5%. Após, foram seccionados no sentido
mésio-distal e avaliados quanto à microinfiltração. Os resultados demonstraram
que ambos os materiais apresentaram alto grau de microinfiltração. Os dados
foram analisados estatisticamente (teste de Mann-Whitney, p = 0,969).
Concluiu-se que não houve diferença significante na infiltração marginal
entre os dois materiais avaliados.
I033
Alterações no perfil tegumentar em jovens com Classe II, 1a
divisão.
BRANT, J. C.
O.*, SIQUEIRA, V. C. V.
FO –
PUC - Minas Gerais; FOP – UNICAMP, Piracicaba, Brasil.
E-mail: jbrantortodontia@aol.com, siqueira@fop.unicamp.br
O estudo da beleza e harmonia do perfil tegumentar tornou-se
objeto de interesse para a Ortodontia, principalmente pelo fato de alguns
profissionais sugerirem que extrações dentárias irão comprometer o resultado
estético do perfil. Esse trabalho objetivou estudar e comparar as alterações no
perfil tegumentar em pacientes com maloclusão Classe II, 1a divisão,
que foram tratados com extrações dos quatro primeiros pré-molares, com um grupo
de pacientes tratados de forma similar, mas sem nenhuma extração. Analisou-se
60 telerradiografias tomadas em norma lateral obtidas no início e final do
tratamento, de 30 pacientes do sexo feminino, leucodermas, dolicofaciais, que
receberam tratamento, sendo que 15 pacientes realizaram extrações dos 4
primeiros pré-molares e 15 pacientes tratadas sem extrações. Registrou-se em
cada série 8 medidas lineares: Sn-P; Sn-Sts; Ls-SIS; Ls-SnPog’; Sts-Sti;
Li-SII, LiSn.Pog’; B’-SnPog’; e 5 medidas angulares: Sn.GoGn; G’.SnPog’;
Col.SnLs; SnA’.Ls e LiB’.Pog’. Os resultados demonstraram uma diminuição
significativa no tempo de tratamento nos casos tratados sem extrações
(p << 0,025), sendo em média 12 meses menores. Ocorreu um
comportamento similar para as medidas Sn-P; Sn-Sts; Ls-SIS, um aumento nas
medidas ColSn.Ls; LiB’.Pog’ e G’Sn.Pog’, assim como uma diminuição nas medidas
de Ls-SnPog’; Sts-Sti e Li-SII em ambos os grupos. Foram observadas diferenças
significativas no grupo tratado com extrações, com aumento de B’-SnPog’ e
diminuição de Li-SnPog’.
As conclusões indicam que a decisão de realizar extrações ou não em um
tratamento ortodôntico baseado em um critério de diagnóstico correto, parece
não comprometer o perfil facial.
I034
Estudo comparativo das alterações no ponto B durante o
tratamento ortodôntico.
MARQUES, J.
S.*, SIQUEIRA, V. C. V.
FO – PUC,
Belo Horizonte, MG; FOP – UNICAMP, Piracicaba, SP, Brasil.
Comumente as alterações observadas em diversas regiões
crânio-dento-faciais durante e após o tratamento ortodôntico provocaram
pesquisas, mas as informações sobre as modificações na região do ponto B ainda
são escassas. Os autores desse trabalho científico propuseram estudar e
comparar as possíveis alterações no ponto B, decorrentes do tratamento
ortodôntico, entre casos tratados com e sem extrações dos quatro primeiros
pré-molares. Avaliaram cefalometricamente 30 jovens do sexo feminino,
dolicofaciais, com maloclusão do tipo Classe II, 1ª divisão aos 12,3 anos de
idade ao início do tratamento, onde 15 submeteram-se às extrações e as outras
15 não. As grandezas B-ND, 1-ND e B-Me foram estudadas e os dados submetidos às
análises de Kruskal-Wallis, teste de Friedman e à correlação de Pearson. Os
resultados mostraram uma tendência à diminuição de medida B-ND após o
tratamento ortodôntico, no grupo com extrações e inalterada no grupo sem
extrações. A medida B-Me em ambos os grupos aumentou na avaliação
pós-tratamento.
Esses resultados demonstraram que as alterações do ponto B decorrentes
de movimentação ortodôntica, para ambos os grupos, foram estatisticamente
significantes na direção vertical e houve apenas uma tendência para a
lingualização nos casos com extrações.
I035
Concise versus Superbond: comparação em ensaio de
cisalhamento.
ROMANO, F. L.*, RUELLAS, A. C. O.
Departamento
de Prótese Restauradora – Ortodontia e Ortopedia Facial – Efoa.
Tel.: (0**35) 3291-3170.
O objetivo deste estudo foi comparar os compósitos
quimicamente ativados Concise e Superbond, quanto à resistência ao cisalhamento
da colagem e quanto ao Índice de Remanescente Resinoso (ARI). O compósito
Concise, mais conhecido comercialmente, se apresenta sob a forma de duas pastas
e têm sido bastante usado e comparado com outros materiais de colagem,
participando como controle em diversos estudos. O compósito Superbond foi
recentemente introduzido no mercado, sendo de pasta única e ainda pouco testado
e estudado. Para avaliação destes compósitos foram utilizados sessenta
corpos-de-prova, divididos em dois grupos, com trinta incisivos inferiores
bovinos em cada grupo. Na face vestibular dos dentes bovinos foi feita profilaxia
com pedra-pomes e água, seguido de condicionamento do esmalte com ácido
fosfórico a 37%, lavagem e secagem com jato de ar sem contaminação. Foram
colados sessenta bráquetes Morelli S204Z, sendo trinta com Concise e trinta com
Superbond, seguindo as instruções do fabricante. Os dois grupos foram
submetidos ao ensaio de cisalhamento de maneira uniforme por uma máquina de
testes Instron. O valor médio de resistência ao cisalhamento encontrado para o
compósito Superbond foi de x = 134,46 kgf/cm², enquanto para o
Concise foi de x = 108,28 kgf/cm².
Comparando os dois compósitos quanto à resistência ao cisalhamento da
colagem e quanto ao Índice de Remanescente Resinoso (ARI), não foram
encontradas diferenças estatísticas entre os grupos estudados.
I036
Resistência à tração após tratamento com jato de óxido de
alumínio.
ROCHA, R. A.
S. S.*, CORONA, S. A. M., BORSATTO, M. C., PALMA DIBB, R. G.,
CHIMELLO, D. T.
Odontologia
Restauradora – FORP – USP. Tel.: (0**16) 602-4075, 633-0999.
E-mail: renatarocha@netsite.com.br
O presente estudo tem por objetivo avaliar in vitro a
resistência à tração de um sistema resinoso à dentina, em função de diferentes
tratamentos superficiais. Foram utilizadas 30 superfícies de dentina humana de
terceiros molares extraídos, planificadas e divididas em três grupos: grupo I,
condicionamento ácido; grupo II, aplicação do jato de óxido de alumínio, com
partículas de 27 mm e grupo III, aplicação do jato de óxido de alumínio,
com partículas de 50 mm. Nos grupos II e III, após aplicação do jato de óxido
de alumínio foi realizado o condicionamento com ácido fosfórico a 37%.
Empregou-se o sistema restaurador Single Bond/Filtek Z250 (3M), para a
confecção dos corpos-de-prova. Para a realização dos testes de tração foi
utilizada a máquina de ensaios universal com célula de carga de 50 kgf a
uma velocidade de 0,5 mm/min. Após o teste de resistência adesiva,
obteve-se médias em MPa, nos grupos: I - 17,53 (± 1,91); II -
15,88 (± 4,69) e III - 14,83 (± 3,09). Os dados foram submetidos
a análise de variâcia e observou-se que não houve diferença estatisticamente
significante entre os diferentes tratamentos de superfície. As fraturas
ocorridas foram, na sua maior parte, mistas (coesiva do material/adesiva).
Concluiu-se que o tratamento superficial realizado com o condicionamento
ácido ou associação do jato de óxido de alumínio com o condicionamento ácido,
independente do tamanho de partículas, apresentou resultados similares de
resistência à tração a dentina.
I037
Microdureza de materiais usados como selantes de fossas e
fissuras.
MONGHINI, E.
M.*, ALVES, A. G., BORSATTO, M. C., CORONA, S. A. M., PALMA DIBB, R. G.
Clínica
Infantil – FORP – USP. Tel.: (0**16) 602-4082, 633-0999.
E-mail: monghini@forp.usp.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro a
microdureza do selante de fossas e fissuras (FluroShield, Dentisply), do
cimento ionomérico (Ketac-Fil, Espe) e da resina “flowable” (Flow-It,
Jeneric/Pentron). Cinco corpos-de-prova de cada material foram confeccionados
usando uma matriz de teflon (1,5 mm de altura e 5 mm de diâmetro).
Para a análise da microdureza foi usado o microdurômetro HMV-2 (Shimadzu) com
peso de 50 g por 30 segundos, sendo que em cada espécime foram realizadas
3 medidas: imediatamente (I), 24 horas (24) e 7 dias (7), após a sua confecção.
Os corpos-de-prova permaneceram em água destilada a 37ºC. Os valores médios de
microdureza foram: Flow-It: 23,32 (I); 25,7 (24); 30,96 (7); FluroShield: 14,48
(I); 19,7 (24); 22,12 (7); Ketac-Fil: 47,22 (I); 53,26 (24); 58,16 (7). Os
dados obtidos foram submetidos a análise de variância e teste de Tukey.
Observou-se para o Ketac-Fil os maiores valores de dureza e estatisticamente
superior aos outros grupos. O período de 7 dias apresentou os melhores resultados
e estatisticamente diferentes.
Conclui-se que o Ketac-Fil apresentou os melhores resultados, tendo o
período de 7 dias os maiores valores, demonstrando um contínuo e gradativo
aumento da reação de presa.
I038
Efeito do Ticp e Ti-6Al-4V sobre células de medula óssea de
ratos.
BELOTI, M.
M., FIDELIS, G. T.*, ROSA, A. L.
Departamento
de Cirurgia – FORP – USP. E-mail: adalrosa@forp.usp.br
Estudos mostram que a composição química afeta as respostas
biológica e biomecânica dos implantes de titânio (Ti). O objetivo desse estudo
foi avaliar o efeito da composição química do titânio sobre a proliferação e
diferenciação de células de medula óssea de ratos. Discos de titânio
comercialmente puro (Ticp) e liga de titânio (Ti-6Al-4V) foram usados. Todos os
discos foram polidos e jateados com partículas de 75 µm de Al2O3.
As células foram cultivadas (2 x 104 células/poço)
sobre discos de Ti a 37ºC e 5% de CO2 em a-MEM suplementado. Para
avaliação da proliferação, as células foram cultivadas por 14 dias,
enzimaticamente liberadas, contadas e os dados expressos como tempo de
duplicação. Ao final de 14 dias, o conteúdo de proteína total foi medido de
acordo com o método de Lowry e a atividade de fosfatase alcalina (ALP),
utilizando um “kit” comercial. Após 21 dias, a formação de matriz mineralizada
foi avaliada, em um analisador de imagens, através da medida da porcentagem da
área total corada por “alizarin red S”. Os dados foram comparados por ANOVA. O
tempo de duplicação foi menor na presença de discos de Ticp, indicando maior
proliferação. A atividade de ALP foi menor na presença de discos de Ti-6Al-4V.
O conteúdo de proteína total e a formação de matriz mineralizada não foram
afetados.
Esses resultados sugerem que a proliferação e a atividade de ALP foram
favorecidas pelo Ticp, enquanto o conteúdo de proteína total e a formação de
matriz mineralizada não foram afetados pela composição química do Ti. (Apoio
finaceiro: FAPESP.)
I039
Diferenciais de cárie por sexo no estado de São Paulo, 1998.
ANTUNES, J. L. F.,
JUNQUEIRA, S. R., PEGORETTI, T.*, BISPO, C. M., FRAZÃO, P., NARVAI, P. C.
Faculdade de
Odontologia, Faculdade de Saúde Pública – USP.
Recentes estudos indicam que as meninas apresentam índices
de cárie mais elevada que os meninos. O objetivo deste trabalho foi dimensionar
os diferenciais de sexo dos índices de cárie e incorporação de atendimento
odontológico em escolares de 11 e 12 anos do estado de São Paulo, descrevendo a
associação desses diferenciais com indicadores sócio-econômicos e de desempenho
dos serviços odontológicos. Foram estudados 18.718 escolares, de acordo com
informações contidas em levantamento epidemiológico realizado em 1998 pela
Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e Faculdade de Saúde Pública da USP.
Foram estudados índices e indicadores sócio-econômicos baseados no censo de
1991. Foram ainda estudados indicadores municipais de efetividade do serviço
público odontológico. Observou-se que as meninas (3,43) apresentaram CPOD mais
altos que os meninos (3,12) da mesma idade. As meninas também apresentaram
maior taxa de incorporação de tratamento restaurador (índice de cuidados de
64,0% para meninas e 61,0% para meninos), sendo menor a necessidade de serviço
curativo nas meninas (1,33) do que nos meninos (1,53). A análise comparativa
constatou que melhores indicadores de desenvolvimento social estiveram
associados a menores diferenças de sexo na incorporação de tratamento dentário
curativo.
O maior aporte de dentistas no serviço público também esteve associado a
menores diferenciais de incorporação e acesso a tratamentos odontológicos,
indicando que o serviço público pode ter contribuído para reduzir as
disparidades sociais.
I040
Avaliação da capacidade retentiva de um grampo com dois
braços de retenção.
HINO, D. M.*, STEGUN, R. C.
Departamento
de Prótese Dentária – FOUSP.
O objetivo do trabalho foi analisar comparativamente as
forças necessárias para a remoção de um grampo circunferencial de Ackers e de
um grampo alternativo com dois braços de retenção, que propiciam retenção e
reciprocidade mútuas. Para tanto, foi feita a seleção de um modelo que melhor
se adequou à proposta do trabalho. Este modelo foi duplicado e preparado. No
primeiro, que recebeu o grampo de Ackers, a calibragem utilizada nos dentes
pilares foi de 0,50 mm de retenção na face vestibular. No segundo, que
recebeu o grampo testado, foi utilizada 0,25 de retenção em ambas as faces
(V-L) dos dentes pilares. Os corpos-de-prova foram confeccionados em liga Co-Cr
e os testes foram realizados no dinamômetro. A média das forças necessárias para
a remoção do grampo com dois braços retentivos (6,436 kg) foi maior do que
a do grampo de Ackers (5,822 kg), com significância de 5%.
Tendo em vista os resultados obtidos pudemos concluir que o grampo
testado apresentou- se mais retentivo do que o grampo de Ackers. (Apoio
financeiro: FUNDECTO.)
I041
Análise da obtenção do CRT através do localizador apical
Triauto-ZX com/sem rotação.
CUSTÓDIO, A.
F.*, DAVIDOWICZ, H., STREFEZZA, F., CARVALHO, C. F.
Departamento
de Endodontia – Universidade Paulista. Tel./fax: (0**11) 3044-6392.
A determinação do comprimento real de trabalho constitui-se
em um passo de suma importância no tratamento endodôntico pois é através dele
que o endodontista irá determinar a sua área de trabalho no interior do conduto
radicular. Posto isto, foi objetivo do presente estudo, comparar a obtenção do
CRT através do localizador apical eletrônico Triauto-ZX (J. Morita Corporation,
Japan) o qual pode ser utilizado somente com a função de localização apical ou
através da função de localização apical associada à instrumentação mecânica do
canal radicular. Para isto foram utilizados 32 elementos dentais
unirradiculares, nos quais conduziu-se as cirurgias de acesso e irrigação do
conduto radicular com hipoclorito de sódio a 1% (5 ml por conduto). A
amostra foi dividida em três grupos: G1 com determinação do CRT através do
localizador apical eletrônico operando sem a função de instrumentação mecânica,
G2 com determinação do CRT através do localizador apical associado à função de
instrumentação mecânica e G3 (grupo controle) com CRT observado pela distância
da referência incisal até o forame apical com uma lima. O estudo estatístico dos
dois métodos frente a análise de variância de Friedman e o teste de Wilcoxon
com nível de significância de 1%, não indicou diferenças estatisticamente
significantes entre os dois métodos e o grupo controle.
O Triauto-ZX utilizado com a função rotação oferece maior segurança ao
profissional devido a reversão do instrumento quando atingido o CRT. A
utilização da função movimento não altera a obtenção do CRT.
I042
Efeito do Er:YAG sobre a resistência de união
adesivo/dentina (humana e bovina).
FARIA, F.
P.*, BORTOLATTO, F., BRAGA, R. R., TANJI, E. Y., BALLESTER, R. Y.
Departamento
de Materiais Dentários – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7840.
E-mail: flapecora@hotmail.com
O objetivo foi avaliar a resistência de união de um adesivo
em dentina humana e bovina submetida à aplicação do laser Er:YAG, associando ou
não o condicionamento ácido. Fragmentos de dentina embutidos em cilindros de
PVC receberam aplicação do laser (KaVo) nos padrões: 60 mJ/4 Hz,
distância focal de 20 mm, diâmetro focal de 0,7 mm, 80 impulsos. Metade
dos corpos-de-prova irradiados teve a superfície condicionada com ácido
fosfórico 37,5%. Como comparação, foram utilizadas superfícies asperizadas com
lixa nº 100. O adesivo utilizado foi o Optibond Solo Plus (Kerr). Foi
construído um tronco de cone em resina composta (Z250, 3M) em uma área de
colagem com 3 mm de diâmetro. Após 48 horas em água destilada a 37ºC, foi
realizado o ensaio de tração. Os resultados (em MPa) foram submetidos à análise
de variância. Não houve diferença entre os resultados obtidos com o uso do
substrato humano e bovino (p = 0,560), respectivamente 11,9 ± 6,19 MPa
e 11,3 ± 5,47 MPa. A média obtida no grupo tratado com o Er:YAG
(10,7 ± 5,58 MPa) foi estatisticamente semelhante à do grupo
cuja superfície foi asperizada com lixa (12,35 ± 5,98 MPa,
p = 0,188). O uso do ácido fosfórico levou a valores estatisticamente
maiores de resistência adesiva (14,0 ± 6,84 MPa e 9,1 ± 3,06 MPa,
p << 0,001).
Os resultados evidenciam que a dentina bovina pode ser usada em testes
de resistência de união envolvendo a irradiação da superfície com Er:YAG. O
condicionamento superficial com o laser nestes parâmetros não contribuiu para o
aumento da resistência de união. (FAPESP - 99/11396-3.)
I043
Influência da técnica de desinfecção na resistência à
compressão de modelos de gesso.
DELFINO, C.
S.*, ANDRADE, L. E. H., ARIOLI FILHO, J. N.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOAr – UNESP.
E-mail: arioli@foar.unesp.br
O controle de infecções é de vital importância na prática
odontológica. Na área de prótese as possibilidades de ocorrer uma contaminação
cruzada são maiores pela necessidade de outros ambientes complementares como
laboratório. Assim é necessário adotarmos um protocolo de prevenção a
contaminação, sem influenciar nas propriedades físicas e funcionais dos
materiais envolvidos. O objetivo deste trabalho foi analisar a influência de
métodos alternativos de desinfecção, na resistência à compressão de modelos de
gesso pedra tipo IV. Os grupos experimentais foram (20 amostras por grupo): G1:
controle; G2: substituição de 10% da água por hipoclorito de sódio 5,25%; G3:
substituição de 10% da água por glutaraldeído alcalino 2%; G4: desinfetadas em
ciclo por microondas (720 W a 10 minutos). Foi avaliada a resistência à
compressão na máquina de ensaios mecânicos MTS 810. As análises de variância e
Tukey (p << 0,001) mostraram que: o G2 diminuiu a resistência à
compressão (36,3 MPa); o G4 aumentou significativamente a resistência a
compressão (86,7 MPa); os grupos G1 (48,1 MPa) e G3 (50,9 MPa), não
apresentaram diferenças estatisticamente significantes.
Assim, a desinfecção por microondas e substituição de 10% de água por
glutaraldeído, podem ser utilizadas como alternativas de desinfecção, sem
comprometer a resistência à compressão dos modelos de gesso.
I044
Atividade antimicrobiana dos cones de guta-percha.
TOMAZ, C. K.
A.*, LIRA, C. C., SANTOS FILHO, L., PADILHA, W. W. N.
Pós-Graduação
em Odontologia – UFPB.
Este estudo objetivou a verificação in vitro da
atividade antimicrobiana, do estado de esterilidade dos cones na embalagem
original do fabricante e da possibilidade de inibição do crescimento
bacteriano, de três marcas de cones de guta-percha endodônticos encontrados no
mercado brasileiro. A metodologia empregada foi a abordagem indutiva com
procedimento estatístico e comparativo. Foram realizados quatro testes. No
teste 1 (T1) verificou-se a condição de esterilidade dos cones em sua embalagem
original; no teste 2 (T2) verificou-se a contaminação dos cones expostos
ao meio ambiente de clínica odontológica; no teste 3 (T3) verificou-se a
capacidade de esterilização dos cones após seu manuseio, em função do tempo e
no teste 4 (T4) verificou-se a capacidade de inibição do crescimento bacteriano
por meio da formação de halo de inibição. Nos testes 2, 3 e 4 foram empregados
bastões de vidro estéreis como controle. Os resultados obtidos foram: T1 -
todas as marcas estavam estéreis na embalagem original; T2 - todas as
marcas contaminaram à exposição; T3 - as três marcas apresentaram sinais
de auto-esterilização parcial com 8 h de tempo de contato e total com
24 h de tempo de contato; T4 - inibição de crescimento para Staphylococcus
aureus pelas três marcas.
Conclui-se que as três marcas apresentaram desempenho semelhante em
termos de atividade antimicrobiana.
I045
Estudo comparativo entre medidas esqueléticas e tegumentares
no diagnóstico ortodôntico.
GROSSI, V.
C. C*., SIQUEIRA, V. C. V., MAZZIEIRO, E. T., NEGREIROS, P. E.
FO – PUC;
FOP – UNICAMP.
O diagnóstico ortodôntico baseou-se principalmente em dados
obtidos por meio de análises cefalométricas de tecidos duros, subestimando
muitas vezes as informações fornecidas pelos tecidos tegumentares, podendo
conduzir a resultados faciais inadequados. Esse trabalho objetivou estudar
medidas esqueléticas angulares e lineares utilizadas para o diagnóstico da
posição sagital das bases ósseas comparando-as com as medidas lineares de
tecido tegumentar, verificando a concordância entre elas. Analisaram-se 30
telerradiografias tomadas em norma lateral na posição natural de cabeça (PNC),
de pacientes do sexo feminino, com a idade média de 21,3 anos. Avaliaram-se as
medidas cefalométricas: SNA; SNB; profundidade maxilar; profundidade facial;
Nperp-A; Nperp-Pog; comparando-as com: SnVert-Ls; SnVert-Li; SnVert-Pog’. Após
a obtenção dos dados, os autores utilizaram o coeficiente estatístico Kappa. Os
resultados demonstraram fraca concordância do diagnóstico entre as medidas
esqueléticas e tegumentares, bem como entre as diferentes medidas esqueléticas
comparadas entre si.
Concluiu-se que não existe concordância entre o diagnóstico sugerido
pelas diferentes análises cefalométricas, sejam baseadas em tecido esquelético,
ou em tecido tegumentar, o que dificulta um planejamento de tratamento preciso
e incontestável tão almejado pelos ortodontistas. O profissional deverá
adquirir maturidade clínica e científica para, diante do diversificado quadro
cefalométrico apresentado, eleger a análise mais adequada para nortear suas
decisões terapêuticas.
I046
Inibição bacteriana in vitro por materiais
restauradores que liberam flúor.
SANTORO,
C.*, MELLO, J. B. D., JORGE, A. O. C., FARIA, I. S.
Departamento
de Odontologia – Universidade de Taubaté. Tel.: (0**12) 225-4100.
O objetivo deste estudo foi avaliar a inibição bacteriana
por materiais que liberam flúor: Vidrion R, Vitremer™, Ariston pHc e Z100
(grupo controle). Para tal finalidade, utilizou-se o teste de difusão em ágar,
determinando o aparecimento do halo de inibição do crescimento bacteriano sobre
Streptococcus mutans (ATCC 1910). Os materiais foram avaliados logo após
a manipulação. O meio de cultura utilizado foi BHI (Brain Heart Infusion). O
preparo e a manipulação dos materiais foram realizados assepticamente,
seguindo-se as recomendações dos fabricantes. Os corpos-de-prova foram
divididos em dois grupos: G1 e G2 (8 espécimens para cada grupo). Decorridos
duas horas de pré-incubação à temperatura ambiente e umidade relativa, o grupo
1 foi incubado a 37ºC por 48 h em aerobiose. O grupo 2 permaneceu nas
placas de Petri sem meio de cultura, com água deionizada, em estufa 37ºC por
48 h para posteriormente ser incubado da mesma forma que o grupo 1.
Passado as 48 h de incubação cada grupo foi avaliado para determinação do
halo de inibição do crescimento bacteriano.
Nenhum dos materiais testados inibiu o crescimento bacteriano in vitro.
I047
A influência das células mioepiteliais no desenvolvimento
tumoral.
ANTUNES, F.
P. G. C.*, PINTO Jr., D. S.
Departamento
de Estomatologia – Faculdade de Odontologia – USP.
Tel./fax: (0**11) 3091-7902. E-mail: fpgcantunes@hotmail.com
As células mioepiteliais são aquelas encontradas junto às
estruturas secretoras terminais e aos ductos intercalares glandulares. Essas
células secretam abundante matriz extracelular, que, estima-se ter influência
sobre o desenvolvimento tumoral. Sendo assim, foram utilizadas linhagens
celulares de adenoma pleomórfico (AP4) e de carcinomas epidermóides de boca,
com a intenção de comprovar a existência de uma suposta ação supressora das proteínas
secretadas pelas células mioepiteliais. A proliferação das células de cada
linhagem de carcinoma foi comparada em diferentes meios de cultura. Assim, as
placas de Petri confluentes foram riscadas com uma medida padronizada
diametralmente, removendo as células dessa região. A partir dessa medida, foi
possível avaliar, comparando-se a taxa proliferativa de uma mesma linhagem de
carcinoma em meio DME e em meio condicionado (oriundo do cultivo das células
mioepiteliais da AP4).
Cada linhagem de carcinoma demonstrou sua taxa proliferativa muito
semelhante em ambos os meios de cultura, sugerindo que o meio condicionado
pelas células AP4 não exerceu efeitos antiproliferativos sobre as células dos
carcinomas. (CNPq – PIBIC.)
I048
Avaliação fotodensitométrica de dois tipos de filmes
radiográficos periapicais.
ABREU-PETTO,
M. N.*, FENYO-PEREIRA, M., GIUSTINO, A. A. M.
Disciplina
de Radiologia, Departamento de Estomatologia – FOUSP.
Tel.: (0**11) 3091-7831. E-mail: abreucia@ig.com.br
Desde o descobrimento dos efeitos biológicos nocivos
advindos da radiação X, tem sido grande a preocupação da indústria em se obter
filmes de maior velocidade, que com menor exposição aos raios X resulte em uma
imagem de boa qualidade. Recentemente surgiu no mercado um novo filme, o
Insight. Para a comparação, que foi feita por meio de medidas
fotodensitométricas em duas etapas, utilizamos o Insight e o Ektaspeed Plus,
ambos de fabricação da Kodak. Na primeira etapa, 13 filmes de cada tipo foram
expostos a diferentes tempos de exposição e um utilizado como controle, após se
procedeu a leitura fotodensitométrica de cada filme. Na segunda etapa, foram
radiografados 7 dentes seccionados a uma espessura de 2 mm, com ambos os
tipos de filme. Nessas imagens a leitura fotodensitométrica teve como objetivo
as radiopacidades de esmalte e dentina. Os testes estatísticos aplicados foram
teste t de Student, análise de variância e índice (i).
Os resultados mostraram que o filme Insight necessita de menos tempo de
exposição para atingir a mesma densidade do filme Ektaspeed Plus. O filme
Insight atingiu valores fotodensitométricos maiores, sendo 20,0% mais sensível
para esmalte e 19,7% mais sensível para dentina em relação ao filme Ektaspeed
Plus.
I049
Avaliação da influência do laser Er:YAG na resistência à
tração de resina composta.
BARROS, R.
X.*, TATEIGI, R., YATSUDA, R. A., EDUARDO, C. P., MATSON, E.
Departamento
de Dentística – Faculdade de Odontologia – USP - SP.
Tel.: (0**11) 3091-7841.
O trabalho teve como objetivo avaliar a influência da
irradiação laser de Er:YAG (comprimento de onda 2.940 nm) sobre
superfícies dentinárias, por meio de medição da resistência à tração de resina
composta. Trinta terceiros molares humanos extraídos íntegros, pertencentes ao
banco de dentes do Departamento, tiveram suas superfícies dentinárias das faces
vestibulares expostas e foram divididos aleatoriamente em quatro grupos. Grupo
1 - superfícies dentinárias irradiadas com laser Er:YAG a 60 mJ de
energia e 2 Hz de freqüência, por 20 segundos, estando a superfície
dentinária umedecida, no modo não-contato e desfocalizado. Grupo 2 -
superfícies dentinárias irradiadas sob mesmo padrão do Grupo 1 a 80 mJ.
Grupo 3 - superfícies dentinárias irradiadas sob mesmo padrão do Grupo 1 a
100 mJ. Grupo 4 - controle com condicionamento ácido porém sem
irradiação. Aplicou-se em ambos os grupos o agente de união Prime & Bond
2.1 NT (Dentsply) e a resina composta fotopolimerizável (TPH - Dentsply),
seguindo as instruções do fabricante, de modo a preparar as amostras para
testes de tração. O teste estatístico de Mann-Whitney demonstrou haver
diferença significante entre os grupos. Os grupos 1 e 2 apresentaram médias
maiores para resistência à tração quando comparados aos grupos 3 e 4.
Os parâmetros de irradiação do laser de Er:YAG empregados neste estudo
puderam determinar uma diferença na resistência à tração da resina composta à
superfície dentinária.
I050
Contração linear de polimerização e direção da luz
ativadora.
FRANCO, L. L.*, LOGUERCIO, A. D., SCHROEDER, M.,
BALLESTER, R. Y.
Departamento
de Materiais Dentários – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7842.
E-mail: aloguercio@hotmail.com
Admite-se atualmente que, para determinar a direção da
contração de polimerização, influem a direção da luz ativadora (LA) incidente e
a espessura de resina composta, assim como a sua união. Avaliou-se a influência
da direção da LA e do número de paredes aderidas na porcentagem de contração
linear de polimerização (%CLP) de uma resina composta (Herculite XRV, cor
A3 - Kerr). Mediu-se a %CLP em espécimes cúbicos de 2 mm de lado,
fazendo incidir a LA na mesma direção em que foi medida a %CLP ou
perpendicularmente a ela (2 ou 3 paredes aderidas, onde a terceira parede foi
colocada orientada na direção de medição da %CLP), com 600 mW/cm2,
durante 40 s (n = 5) usando um extensômetro (Instron). A %CLP
aos 5 min. foi submetida a análise de variância e teste de Tukey (a = 0,05),
que não demonstrou diferença significante para nenhum dos fatores principais
nem para a interação. Os resultados são apresentados na tabela (média ± desvio-padrão).
% CLP |
Axial |
Perpendicular |
2 paredes aderidas |
1,14 ± 0,11 (a) |
1,25 ± 0,05 (a) |
3 paredes aderidas |
1,20 ± 0,11 (a) |
1,30 ± 0,18 (a) |
Letras
iguais indicam similaridade estatística.
Concluiu-se
que: a direção da luz ativadora e o número de paredes aderidas não influenciou
a porcentagem de contração linear de polimerização, na direção em que ela foi
medida. (Apoio: FAPESP - processos 00/005500-0 e 99/05124-0 e CAPES.)
I051
Resistência à tração de diferentes sistemas adesivos em
dentes decíduos.
TORRES, C.
P.*, BORSATTO, M. C., PALMA DIBB, R. G., CORONA, S. A. M.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FORP – USP. Tel.: (0**16) 602-4075.
E-mail: carolptorres@hotmail.com
O objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro a
resistência à tração de três sistemas adesivos em dentes decíduos. Foram
utilizadas 30 superfícies de esmalte e de dentina de caninos decíduos,
planificadas e divididas aleatoriamente em grupos, de acordo com as superfícies
e com os sistemas adesivos utilizados: grupos I, II e III em esmalte, e grupos
IV, V e VI em dentina, sendo que nos grupos I e IV foi utilizado o Excite, nos
grupos II e V o Single Bond e nos grupos III e VI o Prompt L-Pop. Nos grupos I,
II, IV e V as superfícies foram condicionadas com ácido fosfórico à 37%. A
resina composta utilizada foi a Z100. Para realização dos testes de tração foi
utilizado a máquina de ensaios universal, com célula de carga 50 kgf, a
uma velocidade de 0,5 mm/min. Os tipos de fraturas ocorridos foram analisados
por meio de uma lupa estereoscópica com aumento de 40 X. Os valores médios
obtidos em esmalte foram 14,61 (± 4,65); 13,35 (± 1,83); 14,99 (± 2,89)
e em dentina 12,72 (± 4,89); 10,86 (± 4,09) e 8,66 (± 2,23) para
os adesivos Excite, Single Bond e Prompt L-Pop respectivamente.
Concluiu-se que os valores de resistência à tração em esmalte foram
maiores do que em dentina para os diferentes sistemas adesivos. Não houve
diferença entre os três sistemas adesivos em esmalte. Na dentina, o Prompt
L-Pop, apresentou os menores valores de resistência à tração. O sistema adesivo
Excite foi o que proporcionou os maiores valores de resistência à tração, tanto
em dentina quanto em esmalte em caninos decíduos.
I052
Distribuição de fibronectina e de seus receptores durante o
desenvolvimento da glândula submandibular do rato.
MENEGUZZO,
D. T.*, FOSSATI, C. M., SANTOS, M. F.
Departamento
de Histologia e Embriologia – ICB – USP; Departamento de Ciências
Morfológicas – UFRGS.
O objetivo deste estudo foi avaliar, durante o
desenvolvimento da glândula submandibular de ratos (GSM), a distribuição de
fibronectina (FN) e das subunidades alfaV e alfa3 de integrinas. Foram
utilizados ratos Wistar aos 14, 15, 16 e 17 dias de vida intra-uterina (F14,
F15, F16 e F17), recém-nascidos (RN) e adultos machos (AD). As amostras foram
fixadas em Methacarn durante 3 h, processadas e incluídas em Paraplast ou
fixadas em paraformaldeído 4% durante 16 h a 4ºC, incluídas em O.C.T e
congeladas. Cortes de 7 µm foram submetidos à reação imuno-histoquímica
utilizando-se as técnicas de imunofluorescência e avidina-biotina-peroxidase.
Em F14 a FN estava distribuída pelo ectomesênquima, sendo exclusivamente
extracelular, e também concentrada junto à membrana basal. Em F15, F16, F17 e
RN a expressão mostrou-se intensa, sem alteração do padrão de distribuição. No
adulto a FN persistiu no estroma escasso, concentrando-se principalmente em
septos interlobulares. A subunidade alfaV de integrinas foi observada apenas na
GSM do animal RN, no pólo apical de ductos intra- e extralobulares. Já a
subunidade alfa3 foi expressa em F17 e RN, provavelmente mediando contatos
intercelulares.
Os resultados sugerem que embora a FN seja importante para o
desenvolvimento da GSM, sua função não parece ser mediada por integrinas
contendo as subunidades alfaV ou alfa3. A persistência de FN na GSM
diferenciada sugere um papel na manutenção da morfologia glandular. (Apoio
financeiro: FAPESP, CNPq.)
I053
Efeitos de diferentes solventes de um sistema adesivo
dentinário na resistência a microtração e micromorfologia.
FRANCCI, C.,
NISHIMURA, R. L.*, HONDA, E. M., SILVA, A. R., BALLESTER, R. Y.
Departamento
de Materiais Dentários – FOUSP. E-mail: francci@uol.com.br
O objetivo deste estudo foi comparar o desempenho do
Bond-1(Jeneric/Pentron) a base de acetona com sua nova versão a base de etanol,
usando testes de resistência à microtração e microscopia eletrônica de
varredura (MEV). Seis terceiros molares humanos tiveram a dentina do terço
médio exposta e polida com lixa de granulação 600, sendo divididos em dois
grupos: 1) Bond-1 (acetona) e 2) Bond-1 C & B (etanol). Os adesivos
foram aplicados e um corpo de compósito Herculite XRV (Kerr Co.) construído com
6 mm de altura. Após armazenagem em água destilada a 37oC por
24 h, os espécimes foram seccionados de forma a se obter uma amostragem de
palitos (0,9 mm2). Os palitos foram submetidos ao teste de
microtração numa máquina de ensaios Kratos a 0,5 mm/min. Uma secção
mésio-distal de cada espécime e os palitos fraturados foram fixados, desidratados,
incluídos em resina epóxica, polidos, desmineralizados, desproteinizados,
recobertos e observados sob MEV (19 mm DT, 500-5.000X). As médias de
resistência à microtração em Mpa ± DP foram: Grupo 1 -
42,83 ± 9,38; Grupo 2 - 36,56 ± 11,58. O teste t
revelou que o Bond-1 a base de acetona resultou em maior resistência à
microtração que a versão com etanol (p << 0,05). A MEV revelou
uma fina camada híbrida de 4 mm para ambos adesivos, com tendência a menor
espessura para a versão com álcool, além da formação de “tags”. Todas as
fraturas ocorreram na camada híbrida.
Os resultados deste estudo mostraram que ambas as versões de Bond-1
foram efetivas em dentina, no entanto, no Bond-1 a base de acetona resultou
numa maior força adesiva.
I054
Avaliação in vitro da clorexidina gel 2% como
barreira físico-química na prevenção da reinfecção do sistema de canais
radiculares.
GAMBARELI,
F. R.*, FERRAZ, C. C. R., GOMES, B. P. F. A., SATO, E., TEIXEIRA, F. B.
Endodontia –
FOP – UNICAMP.
O gluconato de clorexidina gel (CG) tem sido amplamente
utilizado em Odontologia, já tendo sido estudado como medicação intracanal. O
objetivo do presente estudo foi avaliar, in vitro, o CG a 2% como
barreira físico-química na prevenção da reinfecção do sistema de canais
radiculares por microrganismos da saliva. Foram utilizados 40 pré-molares
inferiores. Após o preparo químico mecânico, dez dentes, que formaram o grupo
1, foram preenchido com CG 2% e tiveram as coroas seladas com Coltosol. Dez
dentes do grupo 2 foram totalmente preenchidos com pasta Ca(OH)2 + propilenoglicol
(Calen) e coroas seladas com Coltosol. Os dentes do grupo controle positivo
(n = 10) foram apenas selados com Coltosol. Dez dentes íntegros
compuseram o grupo controle negativo. As coroas dentais foram expostas a saliva
humana enquanto os ápices radiculares permaneceram em contato com meio de
cultura bacteriano (BHI). A turbidez do BHI foi observada diariamente, o que
denotava a completa reinfecção do sistema de canais radiculares. A reinfecção
dos dentes preenchidos com Ca(OH)2 ocorreu em 9 dias, enquanto que
no grupo com CG o tempo foi de 7,9 dias. O teste de Kruskal-Wallis mostrou não
haver diferença estatisticamente significante entre estes dois grupos
(p >> 0,05). O tempo médio de reinfecção dos dentes do grupo
controle positivo (1,4 dias) foi estatisticamente menor que os dois grupos
testes (p << 0,05).
Tanto o CG 2% quanto a pasta de Ca(OH)2 foram igualmente eficientes
na prevenção da reinfecção do sistema de canais radiculares. (Apoio: FAPESP -
nº 00/08872-7.)
I055
Avaliação da forma de utilização do dentifrício fluoretado
por crianças portadoras de fluorose dentária.
NEVES, S.*,
FERREIRA, E. F., PAIVA, S. M.
Departamento
de Odontologia Social e Preventiva, Departamento de Odontopediatria e
Ortodontia – FO – UFMG.
Educar pais e crianças para a forma correta de utilização do
dentifrício fluoretado tem sido um grande desafio para a odontopediatria atual.
O objetivo deste estudo foi verificar os aspectos relacionados com o uso do
dentifrício por crianças. Para isso, foi selecionado um grupo de crianças de
Belo Horizonte, na faixa etária de 15 anos, que apresentava fluorose dentária.
Uma entrevista foi realizada com as mães das 14 crianças que participaram do
estudo buscando levantar a história pregressa de contato destas crianças com o
dentifrício fluoretado. Como resultado observou-se que 85,7% (12) das crianças
iniciaram a limpeza dos dentes antes dos dois anos de idade. Observou-se também
que 92,9% (13) das crianças já iniciavam a escovação utilizando escova e
dentifrício fluoretado. Foi notado que 85,7% (12) dos pais eram responsáveis
pela escovação das crianças e 92,9% (13) preparavam a escova para seus filhos. Notou-se
que 64,3% (9) dos pais foram responsáveis pela escovação e/ou preparação da
escova das crianças até três anos de idade. Segundo as mães, 78,6% (11) das
crianças tinham o hábito de comer e/ou engolir dentifrício durante a escovação
ou mesmo escondido dos pais.
Os resultados sugerem que o hábito de comer e/ou engolir dentifrício
pode ser um importante fator de risco para o desenvolvimento da fluorose
dentária. (Apoio: PAD/PROGRAD/FO – UFMG.)
I056
Ocorrência de fluorose dentária em Belo Horizonte: avaliação
de cinco anos.
PINHEIRO, N.
R.*, MARTINS, C. C., PAIVA, S. M.
Departamento
de Odontopediatria e Ortodontia – FO – UFMG. E-mail: nirci@yahoo.com.br
O presente estudo tem por objetivo comparar a prevalência
atual de fluorose dentária com os achados de SILVA; PAIVA obtidos em 1993.
Considerando que lesões de fluorose dentária observáveis em dentes anteriores
permanentes foram desenvolvidas por volta dos dois anos de idade, estas
alterações diagnosticadas em 1993 desenvolveram-se numa fase anterior à ampla
distribuição dos dentifrícios fluoretados no Brasil. Foram examinadas 429
escolares, com idade entre seis a 12 anos, de Belo Horizonte - MG
(0,8 ppm F na água). Para a classificação da fluorose utilizou-se o índice
de Dean e o Índice Comunitário de Fluorose (CFI). A pesquisa foi aprovada pelo
Comitê de Ética em Pesquisa da UFMG. A prevalência de fluorose foi de 31,2%,
sendo grau predominante o muito leve (14,0%), seguido do questionável (11,0%),
leve (4,0%) e moderado (2,2%), e CFI de 0,32. Ao se comparar os resultados de
2000 com os achados de 1993, observou-se um aumento da prevalência de fluorose
e do CFI, com uma maior concentração de casos de fluorose muito leve.
Sendo assim, conclui-se que a prevalência de fluorose elevou-se no
decorrer dos anos, o que pode ter sido decorrente da ampla disseminação dos
dentifrícios fluoretados a partir do início da década de 90. (Apoio:
PIBIC/CNPq.)
I057
Dentifrícios fluoretados como fator de risco para a
ocorrência de fluorose dentária.
MARTINS, C.
C.*, PINHEIRO, N. R., PAIVA, S. M.
Departamento
de Odontopediatria e Ortodontia – FO – UFMG. E-mail: carolcm@ig.com.br
O dentifrício fluoretado tem sido indicado como um dos
responsáveis pelo aumento da prevalência de fluorose dentária ocorrido nas
últimas décadas. Objetivando avaliar a forma de utilização dos dentifrícios
fluoretados por crianças, foram respondidos 134 questionários por pais de
escolares de 6 a 12 anos portadoras de fluorose dentária, residentes em Belo
Horizonte - MG. As questões se referiam às crianças quando estas tinham a
idade de 0 a 3 anos, fase de risco de desenvolvimento de fluorose nos dentes
anteriores permanentes. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da UFMG. Observou-se que 75,6% das crianças iniciaram a escovação
antes dos 3 anos, sendo que 68,7% dos pais escovavam os dentes dos filhos. A
maioria das crianças (86,3%) usavam dentifrício durante a escovação e 78,7% dos
pais colocavam o dentifrício na escova. A quantidade de dentifrício usada na
escovação era metade da extensão das cerdas da escova em 58,0% dos casos. A
maioria dos pais (63,4%) relatou que seus filhos engoliam dentifrício durante a
escovação, e 31,3% o faziam também fora deste horário.
De uma forma geral, grande parte das crianças estavam se submetendo a
uma forma inadequada de utilização do dentifrício fluoretado, o que acarreta
risco para o desenvolvimento de fluorose dentária. Assim, é premente a
necessidade de orientação aos pais sobre os cuidados durante a escovação das
crianças. (Apoio: PIBIC/CNPq.)
I058
Abordagem sobre saúde bucal pelo material bibliográfico da
área médica.
ARAÚJO, M.
V. F.*, PAIVA, S. M.
Departamento
de Odontopediatria e Ortodontia – FO – UFMG. E-mail: mvfaraujo@bol.com.br
É importante que médicos pediatras e odontopediatras se unam
para lado a lado fornecerem a seus pacientes informações e condições
necessárias a um trabalho multiprofissional bem-sucedido. Desta forma, o
objetivo desse projeto foi avaliar a literatura médica com relação aos
conteúdos concernentes à saúde bucal, vinculando-a com a necessidade de uma
interação médico pediatra-odontopediatra. Foram pesquisados todos os livros de
Pediatria da Biblioteca da Faculdade de Medicina da UFMG, visando analisar: o
período e o local das publicações, o espaço dedicado ao tema, a formação acadêmica
dos autores e os conteúdos odontológicos abordados pelo material bibliográfico.
Dos materiais que continham citações sobre Odontologia a maioria foi publicada
na década de 1980 (23,3% de 80 a 84 e 30,0% de 85 a 89). Do material pesquisado
83,4% continha, no máximo, 1% de seu conteúdo dedicado à Odontologia. Quanto à
formação dos autores dos capítulos dedicados à saúde bucal, 91,0 % são médicos
e 9,0 % dentistas. A erupção dentária e o desenvolvimento ósseo foram os
conteúdos com maior índice de abordagem.
Assim, pode-se concluir que a literatura médica pediátrica dedica
pequeno espaço aos conteúdos ligados à saúde bucal, evidenciando a necessidade
de uma maior interação entre médicos pediatras e odontopediatras com a
finalidade comum de promover a saúde.
I059
Avaliação do padrão de deslocamento da maxila pelo
procedimento de expansão rápida.
MARUYAMA, N.
E.*, PAIVA, J. B., BATISTA, L. R., RINO NETO, J., MURAMATSU, M.
Departamento
de Ortodontia e Odontopediatria – FOUSP.
O propósito neste estudo foi analisar o padrão de
microdeslocamento apresentado pelo osso da maxila e as áreas de distribuição
das forças sobre as estruturas craniofaciais, após as ativações do expansor
rápido da maxila. Os experimentos foram realizados em crânio humano seco
utilizando laser de He-Ne de 30 mW de potência. O arranjo experimental foi
montado para obter-se, simultaneamente, um holograma frontal e outro lateral, a
fim de se observar o padrão de franjas sobre a superfície das estruturas
craniofaciais por diferentes ângulos. Em alguns hologramas o padrão de franjas
foi assimétrico entre as hemimaxilas direita e esquerda. A análise das franjas
das imagens holográficas possibilitou verificar a tendência de deslocamento
inclinado e paralelo da maxila durante o procedimento de expansão rápida. As
ativações do parafuso expansor geraram forças de deslocamento em várias
estruturas craniofaciais, dentre elas o arco dentário, maxila, ossos nasais,
temporal, assoalho das órbitas, zigomáticos e processos pterigóides do osso
esfenóide. O padrão de franjas indicou movimento de abertura da sutura
intermaxilar por inclinação e translação das hemimaxilas. Houve mudança de
direção e densidade das franjas após transporem as suturas adjacentes à maxila.
A assimetria do padrão de franjas entre as hemimaxilas poderia ser explicada
por uma possível diferença na densidade óssea nestas estruturas.
I060
Comparação entre elementos químicos do esmalte dentário
humano e bovino.
MARKARIAN,
R. A.*, OLIVEIRA, T. R. C. F., MORI, M., ADDED, N., VILELA, M. M.,
RIZZUTTO, M. A.
Departamento
de Prótese – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7888.
E-mail: rmarkari@fo.usp.br
A discussão em torno da ética e da legalidade na utilização
de dentes humanos para fins de pesquisa, tem levado os cientistas a buscarem
possíveis alternativas para o estudo de materiais odontológicos, utilizando
sobretudo dentes bovinos para esse fim. No entanto, apesar de morfológica e
histologicamente similares, não foi ainda comprovada a equivalência entre seus
elementos químicos constituintes. O objetivo deste trabalho foi analisar a
concentração, e comparar os elementos químicos encontrados no esmalte de dentes
humanos e bovinos. A metodologia deste trabalho baseou-se em técnicas
experimentais da física nuclear (PIXE e PIGE de feixe externo), pelas quais foi
possível traçar um perfil químico da amostra, identificando seus elementos
constituintes e suas concentrações relativas em até 0,0001% em relação ao
cálcio. Neste estudo, foi analisado o esmalte das faces vestibulares de 6 dentes
molares humanos permanentes e 6 dentes incisivos bovinos, sendo todos hígidos.
Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística, que demonstrou
contribuições exclusivas e significantes para os elementos químicos encontrados
em cada grupo (Sr, Zr e Sn no grupo bovino, Cu e Pb no humano), além de
detectar elementos comuns aos dois grupos (P, S, Cl, K, Ca, Fe e Zn).
Com base nesses resultados conclui-se que o esmalte dos dentes humanos e
bovinos apresenta grande semelhança entre seus elementos químicos de maior
concentração, porém há diferenças significantes nas concentrações dos elementos
traços encontrados.
I061
Polimerização de actina durante o desenvolvimento da
glândula submandibular de ratos.
RAMALHO, K.
M.*, FOSSATI, A. C. M., SANTOS, M. F.
Departamento
de Histologia e Embriologia – ICB – USP; Departamento de Ciências Morfológicas
– UFRGS. E-mail: karenramalho@hotmail.com
Esse estudo teve como objetivo estudar a distribuição de
actina filamentosa (F), globular (G) e proteínas regulatórias de sua polimerização
durante a organogênese da glândula submandibular (GSM) de ratos. Foram
utilizados ratos Wistar com 14, 15, 16 e 17 dias de vida intra-uterina (F14,
F15, F16 e F17), recém-nascidos (RN) e adultos (AD). O material foi fixado em
paraformaldeído 2% durante 1 h a 4ºC, crioprotegido e congelado O.C.T. Cortes
de 7 µm de espessura foram submetidos à reação imuno-histoquímica pelas
técnicas de imunofluorescência e avidina-biotina-peroxidase para verificação de
actina G, proteínas RhoA e Rac 1. Para estudo da actina F utilizou-se
faloidina conjugada ao TRICT. Durante todo o desenvolvimento a actina G
apareceu distribuída pelo citoplasma das células epiteliais. Em F14-F15 a
actina F apareceu no córtex celular e em feixes que atravessavam as
células, concentrando-se no centro dos túbulos terminais durante a formação da
luz em F16-F17. No RN as células em diferenciação concentraram actina F no
córtex e em complexos juncionais, e esta distribuição se manteve no AD.
Proteínas Rho foram observadas em pequena quantidade durante o desenvolvimento
da GSM, distribuídas pelo citoplasma. Sua expressão aumentou com a
citodiferenciação, principalmente em ductos intra- e extralobulares.
Estes resultados sugerem que proteínas Rho podem regular o citoesqueleto
durante o desenvolvimento da GSM de ratos, principalmente na fase de
citodiferenciação. (Apoio financeiro: FAPESP, CNPq.)
I062
Cobre e estrôncio no esmalte humano, bovino e suíno hígidos.
OLIVEIRA, T.
R. C. F.*, MARKARIAN, R. A., MORI, M., ADDED, N., VILELA, M. M.,
RIZZUTTO, M. A.
Departamento
de Prótese – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7888.
E-mail: thiago@fo.usp.br
A correlação entre a presença de alguns elementos químicos
no esmalte dentário e o processo de carificação tem sido estudada. Sabe-se que
altas concentrações de cobre (Cu) no esmalte humano estão relacionadas com
maiores incidências de cárie, por outro lado, a presença de estrôncio (Sr)
relaciona-se com baixos índices de cárie. A presença e concentração desses
elementos químicos no esmalte de dentes bovinos e suínos não foram analisadas,
embora alguns autores se utilizem desses dentes em seus estudos de cariologia.
Este trabalho tem por objetivo verificar a presença de Cu e Sr em dentes suínos
e bovinos e comparar suas concentrações com humanos. Técnicas experimentais da
física nuclear (PIXE de feixe externo) foram utilizadas como metodologia,
tornando possível a identificação dos elementos químicos em questão (Cu e Sr),
e suas concentrações relativas de até 0,0001%, em relação ao cálcio. Foram
analisados o esmalte das faces vestibulares de 6 dentes molares humanos
permanentes, 6 dentes molares suínos e 6 dentes incisivos bovinos, sendo todos
hígidos. Foram observadas concentrações de Cu estatisticamente semelhantes
(ANOVA) entre os dentes humanos e suínos, não sendo detectado esse elemento nos
dentes bovinos. A concentração de Sr foi estatisticamente semelhante entre os
dentes bovinos e suínos, e este elemento não foi observado em humanos.
Com base nesses resultados conclui-se que há diferenças entre o esmalte
dos dentes das três espécies estudadas, sugerindo que em alguns estudos de
Cariologia poderiam existir conclusões não compatíveis com os estudos em dentes
humanos.
I063
Análise de elementos finitos em teste de resistência
flexural de resina composta.
MATAYOSHI,
M. T.*, MEIRA, J. B. C., BALLESTER, R. Y., MUENCH, A.
Departamento
de Materiais Dentários – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7840.
E-mail: jo@fo.usp.br
O objetivo foi estudar, por análise de elementos finitos: 1)
o critério de falha para resina composta [RC] e 2) a distribuição de tensões em
teste de resistência flexural de 3 pontos. Na simulação, validada pela
concordância com os dados experimentais de CORRÊA (2000), foram usados 15
tamanhos de corpos-de-prova (tabela), e submetidos à tensão nominal de
95 MPa. Foram analisadas as máximas tensões de tração [MT] e de Von Mises
[MV], e os locais onde ocorriam. As MT, ao contrário das MV: 1) apareceram no
local de início da fratura, mantendo sua magnitude quase constante em todos os
casos; 2) distribuíram-se do mesmo modo em todos os tamanhos estudados.
Pode-se concluir que, em testes de resistência flexural: 1) MT serve
para prever a fratura da RC e MV não, e 2) os espécimes menores podem ser
usados para determinar a resistência nominal de RC. (Apoio: FAPESP -
99/09978-4 e 99/09977-8.)
Tamanho* |
MT (MPa) |
MV (MPa) |
Tamanho* |
MT
(MPa) |
MV
(MPa) |
Tamanho* |
MT (MPa) |
MV
(MPa) |
25 x 2 x 5 |
91,0 |
171,0 |
15 x 2 x 5 |
88,1 |
279,0 |
10 x 2 x 5 |
87,7 |
420,0 |
25 x 2 x 4 |
91,8 |
120,0 |
15 x 2 x 4 |
89,0 |
182,0 |
10 x 2 x 4 |
86,9 |
271,0 |
25 x 2 x 3 |
92,4 |
88,9 |
15 x 2 x 3 |
90,0 |
115,0 |
10 x 2 x 3 |
87,3 |
158,0 |
25 x 2 x 2 |
92,5 |
78,5 |
15 x 2 x 2 |
90,5 |
80,7 |
10 x 2 x 2 |
87,8 |
90,9 |
25 x 2 x 1 |
89,5 |
73,0 |
15 x 2 x 1 |
88,3 |
73,0 |
10 x 2 x 1 |
85,3 |
71,6 |
*Tamanho:
comprimento x largura x altura (mm).
I064
Defeitos de desenvolvimento de esmalte em crianças e
adolescentes celíacos.
BARROS, I.
O.*, MEDEIROS, P. S., MESTRINHO, H. D., ACEVEDO, A. C.
Departamento
de Odontopediatria – UnB. Tel.: (0**61) 567-1748.
E-mail: isisbarros@terra.com.br
A doença celíaca (DC) é uma intolerância permanenete ao
glúten, em indivíduos geneticamente suscetíveis, que afeta a mucosa jejunal. O
rastreamento é efetuado por meio de pesquisa sorológica de anticorpos
antiendomísio (EMA), mas o diagnóstico final é feito por meio de biópsia
jejunal. Estudos em crianças e adultos têm demonstrado a presença de defeitos
de esmalte em celíacos. O objetivo deste estudo de caso-controle foi comparar a
presença de defeitos de esmalte em crianças e adolescentes com diagnóstico
positivo e negativo de DC no Hospital Universitário de Brasília. Foram
estudados 23 pacientes celíacos com idades entre 3 e 17 anos (12 M e 11 F) e 69
como controles com diagnóstico negati-vo para DC (EMA –). Ao exame clínico, os
dentes foram limpos com pasta profilática, lavados, secos, observados sob boa
luz artificial e os defeitos de esmalte registrados segundo o Índice DDE. Os
resultados preliminares do estudo mostraram que os pacientes celíacos
apresentaram 87% de defeitos de esmalte, defeitos estes simétricos e cronológicos,
sendo 55% de hipoplasias associadas a opacidades e 15% de opacidades difusas
isoladas. Em contraste, 71,70% dos pacientes controles apresentaram defeitos de
es-malte, principalmente opacidades difusas (31,57%) e apenas 28,94% de
hipoplasias associadas a opacidades simétricas e cronológicas.
Observou-se
alta prevalência de defeitos de esmalte nos dois grupos estudados, diferindo
entretanto o tipo de defeito, sendo hipoplasias nos celíacos e opacidades
difusas nos controles. As opacidades difusas poderiam estar associadas a
fatores ambientais, tais como fluoretos.
I065
Utilização do laser de Er:YAG na reparação de restaurações
de compósitos.
YAMADA Jr.,
A. M.*, DUTRA, R., TANJI, E. Y.
Odontologia
– Universidade Braz Cubas. Tel.: (0**11) 4796-1501. E-mail: jryamada@uol.com.br
Diversas técnicas de reparo de restaurações de resinas
compostas fraturadas têm sido citadas na literatura. O objetivo deste estudo
foi comparar a resistência de união entre resinas compostas após três
diferentes técnicas de tratamento de superfície. Foram confeccionados 45
corpos-de-prova em resina acrílica, preparando-se uma cavidade cilíndrica com
5 mm de diâmetro e 3 mm de profundidade em cada amostra. Retenções
adicionais foram realizadas com broca “carbide” esférica com subseqüente
inserção de resina composta Definite (Degussa Dental). Os corpos-de-prova foram
armazenados por um período de 24 h em água à temperatura ambiente, e
divididos em três grupos de 15 amostras: G1 - preparo com pontas montadas
diamantadas (controle); G2 - jateado com óxido de alumínio
(Microetch - 50 micrômetros e pressão de 80 psi); e G3 - preparo
com laser de Er:YAG com 500 mJ de energia e 10 Hz de taxa de
repetição (OPUS20 – LELO - FOUSP). As amostras foram condicionadas
com ácido fosfórico a 37%, o sistema adesivo Definite Multibond foi utilizado e
botões de resina foram fixados para os testes de tração com o aparelho Instron.
Os resultados demonstraram que G2 não apresentou diferenças estatisticamente
significantes comparado com G1 e G3 (p >> 0,05). Já G3
apresentou diferença estatisticamente significante frente a G1
(p = 0,01).
Os resultados deste estudo permitem concluir que o tratamento da
superfície da resina composta com o laser de Er:YAG poderia ser uma alternativa
para reparo da restauração.
I066
Radiopacidade de restaurações indiretas de cerâmica e
compósitos laboratoriais.
Soares, c. j., haiter neto, f., Martins, l. r. m., giannini, m.,
fonseca, R. b.*
Faculdade de
Odontologia de Uberlândia – UFU; Faculdade de Odontologia de Piracicaba –
UNICAMP. E-mail: carlosjsoares@uol.com.br
Uma propriedade desejável de um material restaurador é a
radiopacidade, permitindo a detecção de adaptação proximal usando técnicas
radiográficas. A proposta deste estudo foi avaliar in vitro, a
radiopacidade de restaurações indiretas confeccionadas em: cerâmica Duceram LFC
(D) e três resinas laboratoriais Solidex (S), Artglass (A), Targis (T).
Sessenta molares inferiores com dimensões similares foram selecionados e
incluídos em cilindros de resina de poliestireno. Preparos MOD foram realizados
em um aparelho padronizador de preparos, em seguida foram moldados e as
restaurações confeccionadas seguindo as orientações dos fabricantes. A
radiopacidade foi avaliada em sistema digital de coleta de imagem através de
placa de fósforo, Digora, na região cervical e na parede pulpar em pontos
eqüidistantes da restauração e da estrutura dental. Então, as restaurações
foram fixadas com cimento radiopaco Rely X (3M) e uma nova série radiográfica
foi realizada para analisar a existência de excessos de cimento resinoso. Os
dados foram analisados estatisticamente pela ANOVA e teste de Tukey (a = 0,05).
A radiopacidade média para os quatro sistemas foram: (D) 7,73b; (S) -5,52c;
(A) 19,17a; (T) 20,83a.
A radiopacidade é altamente influenciada pelo tipo de material
restaurador e a região do dente. A detecção de excessos de cimento é mais
facilmente verificada quando associada a materiais restauradores radiolúcidos
ou de baixa radiopacidade. (Apoio: PIDCT/CAPES.)
I067
Influência do sistema adesivo na microinfiltração de
compômeros em dentes decíduos.
DUTRA, R.*,
YAMADA Jr., A. M., MYAKI, S. I., TANJI, E. Y.
Disciplina
de Odontopediatria – Universidade Braz Cubas.
Tel.: (0**11) 4791-6884.
O objetivo deste estudo in vitro foi de comparar a
microinfiltração em restaurações classe V de um compômero (Dyract AP/Dentsply)
em dentes decíduos, após a utilização de dois diferentes sistemas adesivos:
Prime & Bond 2.1 (Dentsply) e Prompt L-Pop (Espe). Foram selecionados vinte
dentes decíduos anteriores, que após a confecção dos preparos cavitários, foram
divididos em dois grupos. G1 (n = 10): aplicação do Prime & Bond
2.1; G2 (n = 10): aplicação do Prompt L-Pop. Todas as amostras foram
restauradas com o Dyract AP, seguindo-se as recomendações do fabricante. A
seguir, foram termocicladas (500 ciclos - 5º e 55º C - 30 segundos em
cada banho), impermeabilizadas e imersas em azul de metileno à 0,5% por 4
horas. Foram seccionadas e avaliadas quanto à microinfiltração, através de
escores. Os resultados demonstraram que as amostras do G1 apresentaram valores
menores de microinfiltração. A análise estatística (teste de Mann-Whitney,
p = 0,002) indicou que a diferença foi significante.
Concluiu-se que o uso do Prime & Bond 2.1 propiciou um melhor
vedamento da interface dente-restauração.
I068
Resistência adesiva em substrato de esmalte humano, bovino e
suíno.
Kavaguti, A. F.*, Giannini, M., Soares, c. j.
Departamento
de Odontologia Restauradora – Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP;
Faculdade de Odontologia de Uberlândia – UFU. Tel.: (0**19) 430-5340.
E-mail: carlosjsoares@uol.com.br
Devido a dificuldade de obtenção de dentes humanos
extraídos, tem sido proposto a utilização de elementos dentais de outros
mamíferos como suínos e principalmente bovinos. O propósito deste estudo foi
quantificar a resistência à tração de um sistema adesivo de frasco único
(Single Bond/3M) na estrutura de esmalte de diferentes origens: humana (H),
bovina (B) e suína (S). Foram selecionados 5 dentes por grupo, os quais tiveram
a superfície do esmalte abrasionada com lixa SiC (600). Em Seguida foi aplicado
o sistema adesivo seguindo as orientações do fabricante, e então confeccionado
bloco de resina (TPH) de 5 mm altura, incrementalmente. Os dentes foram
seccionados serialmente no sentido mésio-distal e submetidos à constrição na
interface adesiva para obtenção de uma área de união inferior a 1 mm2.
As amostras foram fixadas em dispositivo para microtração, acoplado a máquina
de ensaio universal (Instron - 4411). O teste de tração foi aplicado com
velocidade de 0,5 mm/min. e os valores submetidos à ANOVA e teste de Tukey
(a = 0,05). As médias foram (MPa): H - 26,95 ± 5,15a;
S - 32,26 ± 4,51a e B - 21,89 ± 7,56a.
Os resultados sugerem que não houve diferença na adesão ao esmalte de
origem humana, bovina e suína. (Apoio: SAE-PRG/UNICAMP, PIDCT/CAPES.)
I069
Anomalias crânio-faciais: análise em 3D utilizando a
tomografia computadorizada.
GIL, C.*,
MIYAZAKI, O., CAVALCANTI, M. G. P.
Departamento
de Estomatologia – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7807.
E-mail: fmartino@uol.com.br
O trabalho teve como objetivo a avaliação quantitativa e
comparativa das anomalias crânio-faciais com a utilização de imagens em
terceira dimensão (3D), obtidas a partir da tomografia computadorizada (TC). A
amostra foi constituída de 12 indivíduos com plagiocefalia, 6 deles sem
sinostose e 6 com sinostose unicoronal. Os pacientes foram submetidos à
tomografia computadorizada em espiral e as imagens obtidas transferidas para
uma estação de trabalho para a geração da reconstrução em terceira dimensão
volumétrica. Seis medidas craniométricas convencionais foram obtidas por 2
observadores em 3D-TC utilizando propriedades da computação gráfica. A análise
dos resultados comparando os pacientes sem sinostose e com sinostose demonstrou
que em 3 medidas foram encontradas diferenças estatísticas
(p = 0,0013, p = 0,0014 e p = 0,0002).
Concluímos que a partir das imagens em 3D-TC foi possível avaliar e
diferenciar quantitativamente os pacientes com assimetrias crânio-faciais sem
sinostose e com sinostose coronal, o que contribuirá para um melhor diagnóstico
e, por conseguinte um plano de tratamento mais adequado.
I070
“Overdentures” sobre implantes osseointegrados retidas por
magnetos: análise fotoelástica.
ZANETTI, R.
V.*, LAGANÁ, D. C., ZANETTI, A. L., GONÇALVES, F.
Departamento
de Prótese – Faculdade de Odontologia – UNICID.
Tel.: (0**11) 3842-1473, fax: (0**11) 3842-5583.
E-mail: gabreil@unicid.br
O objetivo desta investigação foi avaliar, com o auxílio do
método fotoelástico, o comportamento das tensões sobre as estruturas de
suporte, resultante das cargas exercidas sobre “overdentures” apoiada sobre
implantes e retida por magnetos. Para a análise, construiu-se um modelo
fotoelástico, com características similares a uma mandíbula humana edêntula,
contendo 4 implantes, 2 nas regiões de caninos e 2 nas regiões dos molares, com
13 a 10 mm de comprimento respectivamente e 3 mm de diâmetro. Sobre
esse modelo foi construída a “overdenture” com sela de resina acrílica
transparente, contendo os magnetos e dentes artificiais, nos quais foram
aplicadas cargas concentradas nos valores de 1, 3, 5 e 7 quilos e
observados os comportamanentos nos lados de trabalho e balanceio visualmente e
por registros fotográficos. Os resultados mostraram que as tensões se
concentram axialmente nos implantes no lado de trabalho e estas não foram
visualizadas no lado de balanceio.
Conclui-se que as próteses retidas por magnetos sobre implantes
apresentam comportamento favorável, quanto à distribuição de tensões,
auxiliando na preservação do tecido ósseo.
I071
Influência do clareamento na resistência de união ao esmalte
dental e no comportamento de dois sistemas adesivos.
DE PAULA, R.
J.*, FRANCCI, C., MOURA, J. A. P., LOGUERCIO, A. D., DUARTE, A. P. G.
Departamento
de Materiais Dentários – FOUSP. E-mail: francci@uol.com.br
Os peróxidos de hidrogênio e carbamida dos clareadores podem
afetar negativamente a resistência de união imediata dos adesivos no esmalte
dental (TITLEY et al., J Dent Res, v. 67, p. 12, 1988)
e os solventes dos adesivos podem influenciar este efeito (BARGHI; GODWIN, J
Esthet Dent, v. 6, p. 4, 1994). Os objetivos deste estudo foram
(1) avaliar a influência do agente clareador sobre a adesão ao esmalte e (2)
comparar o desempenho de dois sistemas adesivos, um a base de acetona, Prime
& Bond NT (PB), e outro a base de etanol/água, Single Bond (SB), através do
teste de microtração. Seis dentes bovinos foram seccionados longitudinalmente
em metade teste (T) e metade controle (C). Apenas as metades teste foram
clareadas, 4 h/dia, com um gel contendo 15% de peróxido de carbamida
(Opalescence F 15%) por 14 dias seguidos. Todos os dentes ficaram armazenados
em água deionizada a 37ºC. Após 24 h do último clareamento, os dentes
foram aleatoriamente divididos em dois grupos (SB e PB) e, então, realizado o
procedimento adesivo e aplicação de resina composta. Os dentes foram
seccionados em 2 direções perpendiculares obtendo-se “palitos” com área de
secção de 0,8 ± 0,2 mm2. Estes foram microtracionados
na velocidade de 0,6 mm/min. Os resultados em MPa foram: Grupo T:
16,17 ± 4,79; Grupo C: 16,39 ± 6,45; Grupo SB: 17,31 ± 5,84
e Grupo PB: 15,20 ± 4,91, não sendo encontradas diferenças
significativas (p >> 0,05) entre os Grupos T e C, e entre os Grupos
SB e PB.
O agente clareador não influenciou na resistência adesiva ao esmalte,
bem como os sistemas adesivos com diferentes solventes. (FAPESP – processo nº
00/10674-9.)
I072
Alterações promovidas pelo laser de Nd:YAG em restaurações
de resina composta.
KATO, I.
T.*, TANJI, E. Y., CAPUANO, A. C. T., EDUARDO, C. P.
Departamento
de Dentística – Faculdade de Odontologia – USP. E-mail: il.kato@ig.com.br
O presente estudo objetivou avaliar as alterações promovidas
pelo laser de Nd:YAG laser na margem e na superfície de restaurações de resina
composta, quando utilizado os parâmetros de tratamento de hipersensibilidade
dentinária. Foram realizadas restaurações classe V de resina composta na face
vestibular de 20 dentes extraídos, sendo que em cada espécime, a metade mesial
da superfície destas restaurações foi irradiada com o laser de Nd:YAG
(ADT – USA – LELO, FOUSP) e a outra metade serviu como controle.
Quatro grupos foram formados: (G1) porção mesial dos dentes restaurados e
irradiados (duas aplicações com intervalo de 20 segundos) com densidade de
energia de 141,54 J/cm2, taxa de repetição de 10 Hz e tempo de
exposição de 10 s; (G2) controle do G1, porção distal dos dentes
restaurados e não irradiados; (G3) porção mesial dos dentes restaurados e
irradiados com densidade de energia de 42,46 J/cm2, taxa de
repetição de 10 Hz e tempo de exposição de 90 s; (G4) controle do G3,
porção distal dos dentes restaurados e não irradiados. Cinco amostras de cada
grupo foram preparadas e analisadas ao microscópio eletrônico de varredura. A
análise das fotomicrografias mostrou que houve formação de irregularidades de
pequena profundidade na superfície da resina composta dos dois grupos testes.
Não houve alterações na interface restauração-superfície dentária.
Com os parâmetros de irradiação utilizados neste estudo concluiu-se que
o laser de neodímio provocou alterações na superfície, porém sem grandes
modificações nas margens. (Apoio financeiro: FAPESP.)
I073
Verificação da simetria do ramo mandibular em pacientes com
disfunções da ATM: um estudo comparativo.
MIYAZAKI, L.
T., RODRIGUES, L.*, LUZ, J. G. C., CORREIA, F. A. S.
Departamento
de CPTBMF – FOUSP - São Paulo - SP. Tel.: (0**11) 3091-7887.
A etiologia das disfunções da articulação temporomandibular
(ATM) é considerada multifatorial. Recentemente alguns estudos têm sugerido a
assimetria do ramo mandibular como um possível fator etiológico das disfunções
da ATM. A proposta deste trabalho foi verificar a simetria do ramo mandibular
em pacientes com disfunções da ATM e compará-la com a observada em indivíduos
assintomáticos. Para tanto, foram utilizadas radiografias panorâmicas de 50
pacientes com disfunções da ATM e de 50 indivíduos assintomáticos. Foram
mensuradas em milímetros as alturas do ramo mandibular e do côndilo e em graus
o ângulo goníaco, de ambos os lados, e os dados obtidos foram submetidos a
análises estatísticas. Na comparação entre os grupos disfunção e assintomático,
para ambos os lados, não houve diferença significante. Comparando os lados
dentro de cada grupo, houve diferença significante para o ângulo goníaco no
grupo controle. Utilizando o índice de assimetria: (D-E)/(D+E) ´ 100%,
na comparação entre os grupos houve diferença significante para a altura do
côndilo. Subdividindo dentro de cada grupo, tendo como valor de referência o
índice de assimetria £ 3, não houve diferença significante entre os
grupos. Na comparação por gênero, dentro de cada grupo, houve diferença
significante para a altura do ramo, em ambos os grupos. Na comparação por faixa
etária, em ambos os grupos não houve diferença significante.
Foi concluído que na maioria das formas de análise não houve assimetria
significante do ramo mandibular em ambos os grupos, indicando não ser um fator
importante nas disfunções da ATM.
I074
Avaliação do esmalte dentário submetido a ação de
componentes dos sucos de laranja.
DeCESERO,
L.*, DE SOUZA, M. A. L., DE SOUZA, F. L., ARTECHE, L. A.
Faculdade de
Odontologia – ULBRA - Canoas. Tel.: (0**51) 233-8778. E-mail: carollo@zaz.com.br
Os sucos de laranja industrializados possuem em sua
composição ácido cítrico e ascórbico. O presente estudo analisa a ação destes
ácidos sobre os tecidos dentários de ratos, assim como qual dos ácidos causa a
maior alteração e qual dente e região deste é preferencialmente afetada. Foram
utilizados 24 ratos machos da raça Wistar, divididos em quatro grupos: grupo
controle, grupo teste A, grupo teste B e grupo teste C com 6 ratos em cada
grupo. O grupo controle foi alimentado com ração e água destilada, o grupo A
consumiu ração e uma solução de ácido cítrico (pH 2,2), o grupo B ração e uma
solução de ácido ascórbico (pH 3,3) e o grupo C ração e uma solução com a
mistura dos dois ácidos. Um animal de cada grupo foi sacrificado aos 30, 60 e 90
dias, foram feitas as análises dos molares superiores e inferiores dos ratos ao
microscópio eletrônico de varredura (MEV). A análise demonstrou a ação erosiva
dos ácidos, sendo mais acentuada no grupo C, atingindo em alguns casos a
dentina. Quanto maior tempo de exposição dos dentes aos ácidos, na maioria das
amostras mais intensa se apresentava a erosão.
O ácido
cítrico e ascórbico são capazes de produzir severas alterações nos tecidos
dentários, como erosão no esmalte e na dentina. A mistura dos ácidos causa
maior erosão. A superfície dentária mais atingida foi a superfície lingual dos
dentes inferiores e a superfície palatina dos superiores. O dente mais erosionado
foi o primeiro molar inferior.
I075
pH e da capacidade tampão de sucos artificiais de limão.
CORSO, A.
C.*1, HUGO, F. N.2, PADILHA, D. M. P.1,2
1Faculdade de
Odontologia – UFRGS; 2Instituto de Geriatria e Gerontologia – PUCRS.
A erosão dental está se tornando um dos grandes problemas
dentais na população devido ao consumo de bebidas ácidas. O objetivo do estudo
foi analisar diferenças no pH de 8 sucos artificiais de limão quando utilizados
diferentes tipos de água, deionizada ou da torneira, e temperaturas, ambiente e
gelada e quando estes são conservados por 12 horas na geladeira, além de medir
a quantidade de hidróxido de sódio necessária para neutralizar as soluções.
Oito sucos foram utilizados no estudo e cada quarto dos conteúdos dos pacotes
foram dissolvidos em 250 ml de água da torneira, em temperatura ambiente e
gelada; e deionizada, em temperatura ambiente e gelada. O pH das soluções foi
medido no momento da dissolução, 6 h e 12 h após. 50 ml de cada
solução foram reservados e adicionou-se hidróxido de sódio até a obtenção de um
pH neutro. O teste t de Student foi usado para análise. Houve diferenças
estatísticas significantes entre as soluções de água à temperatura ambiente e
gelada e entre a quantidade de solução tamponante adicionada às diferentes
soluções para tamponá-las, mas não houve entre água deionizada e da torneira. A
conservação das soluções por 12 horas não modificou o pH.
Concluímos que ocorrem diferenças no pH quando se utiliza água em
temperatura ambiente ou gelada, sendo que o pH mais próximo do neutro foi
observado nas dissoluções dos sucos realizados em água gelada; o uso de água da
torneira ou deionizada, bem como a conservação em geladeira, não modificaram o
pH das soluções; algumas soluções foram neutralizadas com uma menor quantidade
de hidróxido de sódio adicionado a elas.
I076
Perda óssea alveolar em camundongos durante o
envelhecimento.
HILGERT, J.
B.*, HUGO, F. N., PADILHA, D. M. P.
Faculdade de
Odontologia – UFRGS; Instituto de Geriatria e Gerontologia – PUCRS.
O processo do envelhecimento produz alterações nas
estruturas bucais. O objetivo deste estudo foi comparar a quantidade de perda
óssea alveolar dos primeiros e segundos molares maxilares de camundongos de 2,
12 e 18 meses. Foram utilizados neste estudo 30 camundongos Mus musculus albinos,
linhagem cf1, fêmeas e virgens, divididos em três grupos de dez animais cada,
sacrificados aos 2, 12 e 18 meses de idade. As metades direitas dos crânios dos
camundongos foram dissecadas com auxílio de lupa estereoscópica e depois
coradas com azul de toluidina para que se evidenciassem os limites teciduais.
As peças foram fotografadas em uma lupa estereoscópica e as imagens foram
digitalizadas e processadas no software UTHSCSA Image Tool. As medições
realizadas correspondem à área de perda óssea alveolar total (POA TOTAL),
referente a soma das áreas de perda óssea vestibular e palatina medidas ao
primeiro e ao segundo molares. O teste estatístico utilizado foi o teste t
de Student. O nível de significância para a rejeição da hipótese nula foi
p = 0,05. As médias e os desvios-padrão da POA TOTAL, em mm2,
foram: 0,617 ± 0,272 no grupo 1, com perda significativamente
diferente do grupo 3 (p = 0,0001); 0,712 ± 0,106 no grupo
2, com perda significativamente diferente do grupo 3 (p = 0,00008);
0,942 ± 0,106 no grupo 3.
A perda óssea alveolar foi significativamente maior nos animais de 18
meses, em relação aos grupos de 2 e 12 meses.
I077
Efeito de soluções de imersão sobre a dureza de dentes
artificiais.
TERAOKA, M.
T.*, PAVARINA, A. C., MACHADO, A. L., GIAMPAOLO, E. T., VERGANI, C. E.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOAr – UNESP.
Fax: (0**16) 201-6406. E-mail: pavarina@foar.unesp.br
Pesquisas têm sido realizadas para avaliar os materiais e
métodos utilizados para desinfecção das próteses. O objetivo desse estudo foi
avaliar os efeitos de um protocolo de controle de infecção na dureza Vickers de
duas marcas de dentes de resina acrílica. A superfície oclusal de 64 dentes
artificiais (Vipi Dent e Dentron) foram desgastados com discos e polidos com
lixa de carbeto de silício. Testes de dureza foram realizados após o polimento
e depois da armazenagem das amostras em água a 37ºC por 48 h. As amostras
foram divididas em 4 grupos e imersas em soluções químicas (clorexidina a 4%;
hipoclorito de sódio a 1% e perborato de sódio) por 10 min. A desinfecção
foi realizada por 2 vezes para simular condições clínicas e, então, o teste foi
realizado. As amostras do grupo controle ficaram imersas em água pelo período
de tempo da desinfecção. Oito amostras foram feitas para cada grupo. Após a
desinfecção, os corpos-de-prova foram armazenados em água a 37ºC e os testes
foram ainda realizados nos seguintes períodos: 7, 30, 60, 90 e 120 dias. Os
dados foram submetidos à análise de variância seguida pelo teste de Tukey ao
nível de 95%. Os resultados evidenciaram que não foram observadas diferenças
significantes entre os materiais e as soluções de imersão
(p >> 0,05). Entretanto, foi verificada uma redução contínua na
dureza após a imersão em água (p << 0,05).
Podemos concluir que os dentes artificiais estudados apresentaram uma
redução na dureza após a imersão em água independente da solução química
utilizada. (Auxílio: PIBIC, CNPq – UNESP.)
I078
Reimplante dental: remoção do ligamento periodontal e
tratamento com tetraciclina.
BARBOSA, A.
L. P.*, CHAVES NETO, A. H., PANZARINI, S. R., SONODA, C. K.
Departamento
de Cirurgia e Clínica Integrada – Faculdade de Odontologia de
Araçatuba – UNESP.
Para melhorar o reparo em reimplante dental mediato,
analisamos a remoção do ligamento periodontal desvitalizado através de meio
químico ou mecânico associado ao cloridrato de tetraciclina. Para isso
utilizamos 36 ratos divididos em 3 grupos de 12 animais. O incisivo superior
direito foi extraído e mantido em meio seco por 30 min. seguido de
biomecânica do canal. Os dentes do grupo I foram então imersos em solução
salina por 10 min. e depois em solução de cloridrato de tetraciclina a 1%
por 5 min. No grupo II, os dentes foram mantidos em solução de hipoclorito
de sódio a 1%, por 9 min., seguido de solução salina por 1 min. e
depois em solução de cloridrato de tetraciclina a 1% por 5 min. No grupo
III, os dentes tiveram a superfície radicular raspada com lâmina de bisturi e
mantidos em solução salina por 9 min. e depois em solução de cloridrato de
tetraciclina a 1% por 5 min. Os canais foram obturados com hidróxido de
cálcio e reimplantados. Após 60 dias os animais foram sacrificados e as peças
coradas em H. E. para estudo histológico. Os resultados demonstraram
anquilose generalizada em todos os grupos. No grupo I, reabsorções mais
profundas foram observadas. No grupo II, mais cemento íntegro foi encontrado,
enquanto o grupo III apresentou maior extensão de dentina reabsorvida com menor
profundidade do que no grupo II. Isso pode ter sido proporcionado pela
manutenção da integridade da camada de cemento com o uso do meio químico,
associado ao uso da tetraciclina.
I079
Influência do hidróxido de cálcio no reimplante dental.
CHAVES NETO,
A. H.*, BARBOSA, A. L. P., PEDRINI, D., SONODA, C. K.
Departamento
de Cirurgia e Clínica Integrada – Faculdade de Odontologia de
Araçatuba – UNESP. E-mail: sonoda@foa.unesp.br
Em reimplante dental, o tipo de material obturador possui
grande importância no controle da reabsorção inflamatória, sendo o hidróxido de
cálcio o mais recomendado deles. Acredita-se que tal material não deva ser
utilizado como curativo inicial em reimplante mediato, por promover irritação
no ligamento peridontal. Assim, o próposito do trabalho foi analisar a
influência de um veículo oleoso (óleo de oliva) na obtenção da pasta de
hidróxido de cálcio, quando utilizada como curativo de canal em reimplante
mediato. Para isso, foram utilizados 36 ratos divididos em 3 grupos de 12
animais. Após a anestesia o incisivo central superior direito foi extraído e
mantido em meio seco por 30 minutos. Na seqüência os canais foram
instrumentados e permaneceram vazios no grupo l. Foram preenchidos com pasta de
hidróxido de cálcio e veículo aquoso no grupo II e com pasta de hidróxido de
cálcio e veículo oleoso no grupo III. Posteriormente os dentes foram
reimplantados e após períodos de 10 e 60 dias os animais foram sacrificados
para processamento histológico. Os resultados demonstraram predominância de
reabsorção radicular no grupo controle nos períodos de 10 e 60 dias. No período
de 60 dias a incidência de reabsorção radicular ativa, foi maior no grupo II em
comparação ao grupo III. Na região de fundo de alvéolo a neoformação óssea foi
mais intensa no gurpo III seguida pelo grupo II.
Esses resultados nos levaram a crer que o uso de um veículo oleoso na
pasta de hidróxido de cálcio, pode ter prolongado a sua permanência no interior
do canal radicular, favorecendo o processo de reparo.
I080
Microdureza superficial e de fundo de uma resina composta.
SOARES, H.
L. O.*, MARTINS, F., DELBEM, A. C. B., SANTOS, L. R.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – Faculdade de Odontologia de
Araçatuba – UNESP.
O objetivo desta pesquisa foi avaliar a microdureza
superficial e de fundo de uma resina composta em função da profundidade de
polimerização com o tempo de armazenagem do material. Matrizes de poliéster
contendo cavidades padronizadas de 2, 4 e 6 mm de profundidade e 6 mm
de diâmetro foram preenchidas com a resina composta selecionada (Fill
Magic - Vigodent) na cor A3,5 e fotopolimerizadas com o aparelho Elipar
Trilight (Espe) por 40 segundos na intensidade de 800 mW/cm2,
totalizando 18 corpos-de-prova. Os mesmos foram armazenados em tubos de ensaio
com água destilada durante o tempo de armazenagem e foram submetidos ao teste
de dureza Knoop no período de 24 horas, 7 e 21 dias.
De acordo com os dados obtidos estatisticamente (Tukey), conclui-se que
a profundidade de polimerização influencia na dureza da resina composta
(6 mm: superfície 51,6 Kp/mm2; fundo 17,93 Kp/mm2), porém o
tempo de armazenagem dos corpos-de-prova não influencia na dureza.
I081
Conhecimento sobre a infecção HIV antes e após palestra
informativa.
DOMANESCHI,
C.*, SANTOS, S. G., SPOSTO, M. R., NAVARRO, C. M., ONOFRE, M. A.
Faculdade de
Odontologia de Araraquara – UNESP.
Atualmente o conhecimento sobre a infecção HIV e a AIDS é
essencial aos profissionais que atuam na Odontologia. A equipe de profissionais
deve levar em conta também os funcionários, auxiliares da área odontológica,
bem como o pessoal da limpeza, para que estes estejam esclarecidos quanto ao
uso das medidas de controle da infecção cruzada. A proposta deste estudo foi
avaliar os conhecimentos gerais e específicos dos funcionários da FOAr –
UNESP quanto à infecção HIV, antes e após exposição de uma palestra informativa.
Para avaliação foram entregues na 1ª etapa 160 questionários. Na 2a
etapa, 3 meses depois, foi ministrada a palestra sobre a infecção HIV com
duração de 15 min. e entregues novamente os questionários num total de 27
para os funcionários que compareceram à palestra. O índice total de acerto nos
questionários preenchidos antes da palestra foi de 29,5% e de erro de 31,2%.
Após a palestra o índice de acerto foi de 34,8% e de erro 32,2%.
Concluímos que, mesmo após a palestra informativa, os funcionários
apresentaram um alto índice de erro e pouca assimilação sobre o assunto,
indicando que, apenas 15 min. de palestra não são suficientes para um
assunto de grande importância. Assim fica claro que os funcionários necessitam
de mais conhecimentos sobre a infecção HIV, além de atualização contínua dos
aspectos informativos. A motivação para que esses funcionários atualizem seus
conhecimentos deveria ser realizada com base nos aspectos preventivos sobre
acidentes de trabalho e com maior periodicidade.
I082
Microdureza de resinas em função da cor e luz halógena.
SANTOS, L.
R. A.*, MARTINS, F., DELBEM, A. C. B., SOARES, H. L. O.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – Faculdade de Odontologia de
Araçatuba – UNESP.
O objetivo desta pesquisa foi avaliar a influência da
intensidade da luz de polimerização e a cor de uma resina composta no grau de
dureza Knoop. Noventa corpos-de-prova foram confeccionados utilizando matrizes
de poliéster, contendo uma cavidade padronizada de 6 mm de diâmetro por
2 mm de espessura. Essas cavidades foram preenchidas com resina composta
(Fill Magic), nas cores A, B, C, D e I, e fotopolimerizadas através de um
fotopolimerizador Elipar Trilight (Espe), calibrado para produzir 3
intensidades diferentes de luz: 450 mW/cm2, 800 mW/cm2
e uma intensidade de luz crescente de 450 mW/cm2 até
800 mW/cm², com exposição de luz padronizado em 40 s. As amostras
foram armazenadas em tubos de ensaio em água destilada a 37ºC durante 24 horas,
sendo então realizados os testes de dureza Knoop, na região de superfície e
fundo.
Os resultados mostraram que não houve diferenças estatísticas (Tukey)
entre os grupos em relação a intensidade de luz fotopolimerizadora
(450 mW/cm2: 55,56 Kp/mm2, 800 mW/cm2: 54,08 Kp/mm2;
450 até 800 mW/cm2: 55,83 Kp/mm2) ou diferença de cor (A:
54,68 Kp/mm2; B: 57,46 Kp/mm2, C: 53,24 Kp/mm2, D:
56,40 Kp/mm2 e I: 54,00 Kp/mm2) no grau de dureza Knoop da resina
composta Fill Magic.
I083
Influência de diferentes variáveis na penetração de selantes
em fissuras oclusais.
FRANCO, E.
B., DIAS, A*.
Departamento
de Dentística, Endodontia e Materiais Dentários – Faculdade de Odontologia de
Bauru – USP. Tel.: (0**14) 235-8266. E-mail: ebfranco@fob.usp.br
Avaliou-se a penetração de dois selantes, Delton (DE) sem
carga e FluroShield (FS) com carga, no interior de fissuras, em função da
abordagem pelo método invasivo (MI) e não-invasivo (MNI) e do condicionamento
com ácido fosfórico na forma de gel (AG) e líquida (AL). Quarenta pré-molares
foram divididos em 8 grupos: G1- MNI/AL/DE; G2- MI/AL/DE; G3- MNI/AG/DE; G4-
MI/AG/DE; G5- MNI/AL/FS; G6- MI/AL/FS; G7- MNI/AG/FS; G8- MI/AG/FS. Uma
demarcação central da porção oclusal permitiu a invasão com ponta diamantada
específica (KG Sorensen), em uma metade, e a outra foi mantida intacta. Após os
diferentes tratamentos, fatias de 300 micrômetros foram obtidas e analisadas em
lupa estereoscópica (30 X) por 3 examinadores. Os resultados foram
submetidos à análise estatística pelo teste do qui-quadrado
(p << 0,05), observando-se significância entre os grupos analisados.
Grupos |
G1 |
G2 |
G3 |
G4 |
G5 |
G6 |
G7 |
G8 |
Sem penetração |
3 |
0 |
0 |
4 |
0 |
0 |
1 |
0 |
Penetração parcial |
3 |
7 |
6 |
4 |
4 |
2 |
9 |
5 |
Penetração total |
2 |
1 |
2 |
0 |
5 |
7 |
0 |
5 |
A abordagem invasiva da fissura oclusal permitiu maior penetração dos
selantes com e sem carga, sendo que ambos apresentaram semelhança de difusão na
técnica não-invasiva. Por outro lado, o tipo de ácido não exerceu influência
significativa para a propagação dos selantes. (Apoio: FAPESP -
00/02112-0.)
I084
Avaliação da atividade eletromiográfica em pacientes
desdentados totais.
MARCHIORI,
A. V.*, TRINDADE Jr., A. S., TRINDADE, I. E. K.
Departamento
de Ciências Biológicas – FOB - USP; Laboratório de Fisiologia, HRAC - USP.
E-mail: avm_fob@yahoo.com.br
No presente estudo determinou-se a influência das alterações
neuromusculares do sistema estomatognático de pacientes desdentados sobre a
duração do período de silêncio eletromiográfico induzido pela percussão do
mento e as durações do ato, do ciclo e do período de relaxamento muscular,
durante a mastigação. Foram analisados os registros eletromiográficos de 10
indivíduos, de ambos os sexos, que utilizavam prótese total superior e inferior
(PTSI) por mais de 5 anos (fase 1) e após 3 meses de uso da nova prótese (fase
2). Os parâmetros eletromiográficos, acima citados, foram obtidos nos músculos
masseteres e temporais, de ambos os lados, e registrados em eletromiógrafo DISA
1500 EMG-System. A análise estatística mostrou que não houve diferença
significante entre a fase 1 e a fase 2 para todos os parâmetros, exceto com
relação a duração do ciclo mastigatório nos masseteres que apresentou uma
diminuição significante na fase 2 em relação a fase 1 de observação. Todos os
valores estão aumentados em relação aos que foram encontrados em indivíduos
normais, relatados na literatura.
Assim, os parâmetros eletromiográficos acima citados podem ser
utilizados como meio de diagnóstico complementar das alterações neuromusculares
em pacientes portadores de PTSI; porém necessitam de estudos complementares
para sua utilização como meio de avaliação da efetividade do tratamento. (Apoio
financeiro: PIBIC/CNPq.)
I085
Adaptação de cilindros pré-fabricados e fundidos para
implantes.
ROSSI, E.
M.*, DIAS, A., SANTOS Jr., G. C., RUBO, J. H.
Departamento
de Prótese – Faculdade de Odontologia de Bauru – USP.
E-mail: matheusrossi@hotmail.com
O objetivo desse trabalho foi avaliar a adaptação marginal
obtida com cilindros fundidos na liga de cobalto-cromo a partir de padrões de
plástico, em oposição à adaptação conseguida em cilindros de prata-paládio,
pré-fabricados. Para isto, foi empregada uma peça de aço octogonal de
16 mm de altura por 10 mm de largura onde foi posicionada uma réplica
de implante, sendo posteriormente posicionado e parafusado a um torque de
20 Ncm um intermediário “standard” de 4 mm de altura. Sobre o
intermediário foram posicionados e analisados 5 cilindros de prata-paládio e 5
cilindros de cobalto-cromo, todos fixados com parafusos de titânio, a um torque
de 10 Ncm. Cada cilindro foi analisado em oito diferentes posições
determinadas pelo octógono do corpo-de-prova. Após a obtenção das medidas, o
cilindro foi solto e parafusado novamente a 10 Ncm, repetindo-se o
processo anterior por duas vezes, totalizando 24 leituras na interface de cada
combinação intermediário/cilindro. Terminada esta leitura, foram avaliados os
outros conjuntos de intermerdiário/cilindro, obtendo-se ao final 120 medidas. A
análise interface intermediário/cilindro foi realizada ao microscópio óptico em
aumento de 150 X.
Nos resultados obtidos, todos os cilindros de prata-paládio e todos os
cilindros de cobalto-cromo adaptaram-se perfeitamente ao intermediário. Todos
os resultados foram considerados como ajuste e assim ambos os cilindros
estudados apresentaram-se com as mesmas características quanto a sua adaptação.
(Apoio financeiro: FAPESP.)
I086
Preparo cavitário para amálgama: influência do material
rotatório na adaptação.
SANTIAGO, B.
M.*, CHEVITARESE, A. B., PRIMO, L. G., CHEVITARESE, O.
Departamento
de Odontopediatria – UFRJ Tel.: (0**21) 569-3875.
E-mail: biasantiago@openlink.com.br
Este trabalho objetivou avaliar, in vitro, a
ocorrência de porosidade junto às paredes cavitárias de 20 restaurações de
amálgama em molares decíduos esfoliados. Foram confeccionadas 2 cavidades por
dente (3 mm de diâmetro por 3 mm de profundidade): uma com broca lisa
(330 - Maillefer) e outra com ponta diamantada (1093 - KG Sorensen).
As cavidades foram restauradas pelo mesmo operador com amálgama (Permite -
SDI) manipulado segundo a orientação do fabricante. Posteriormente, os dentes
foram incluídos em resina epoxíca, seccionados no sentido mésio-distal e
preparados para o MEV (JSM-5310/JEOL). Adotou-se como critério para análise a
ausência (adaptação) ou a presença (desadaptação) de porosidade junto às
paredes do preparo. Os dados foram tabulados no programa Epi Info e analisados
pelo teste exato de Fisher (p = 0,05). Os resultados mostraram que
40% das amostras em que foi utilizada a broca lisa apresentaram adaptação, enquanto
100% daquelas em que foi utilizada ponta diamantada estavam desadaptadas,
indicando uma diferença estatisticamente significante
(p << 0,05).
Diante dos resultados pode-se concluir que o emprego de uma broca lisa
possibilitou uma melhor adaptação do amálgama.
I087
Avaliação histológica de quatro substâncias irrigantes.
UTRINI, H.,
FIDEL, S. R., FIDEL, R. A. S., SASSONE, L., GRANEIRO, R.*
Departamento
de Proclin – FO – UERJ. E-mail: rivail@uerj.br
O presente trabalho teve como objetivo avaliar, in vitro,
a capacidade de limpeza de quatro substâncias irrigantes utilizadas na terapia
endodôntica: hipoclorito de sódio a 5%, hipoclorito de sódio a 2,5%,
clorexidina a 2% e clorexidina a 1%. Para o estudo em questão, foram utilizadas
20 raízes palatinas de molares superiores as quais foram instrumentadas através
de uma técnica “crown-down”, com limas tipo K (Maillefer) até #45, a
0,5 mm do foramen apical. Os espécimes foram divididos em quatro grupos
(I, II, III e IV) de acordo com a solução irrigante utilizada. Para o grupo I
foi utilizado como irrigador o hipoclorito de sódio a 5%; para o grupo II, o
hipoclorito de sódio a 2,5%; para o grupo III, a solução de clorexidina a 2% e
para o grupo IV, a solução de clorexidina a 1%. Os dentes então foram clivados
transversalmente e processados histologicamente. Os resultados foram obtidos
pela análise histológica através de microscópio óptico Nikon 119 (10 X)
onde a luz do canal foi dividida em quadrantes e de acordo com a presença de
sujidade foram atribuídos 5 diferentes escores. Os dados foram então tabulados
e submetidos a análise estatística através do teste de análise de variância
ANOVA (F = 16,70) e teste de Tukey (p << 0,05) que
demonstraram diferença estatisticamente significativa entre os grupos.
Os melhores graus de limpeza foram obtidos nos grupos I e III.
I088
Avaliação da citotoxicidade de três formulações de EDTA
usadas na terapia endodôntica.
FIDEL Jr.,
R. A. S.*, FIDEL, R. A. S., SENNE, M. I., LEMOS, N. N., FIDEL, S. R.
Departamento
de Odontologia – UNIVERSO. E-mail: rivailjunior@uol.com.br
O EDTA é uma substância freqüentemente utilizada na prática
endodôntica mostrando-se como um efetivo agente quelante e lubrificante. Diante
disso, o efeito citotóxico de três diferentes formulações de EDTA (EDTA
Trissódico - Biodinâmica; EDTA Trissódico Gel 24% - Biodinâmica e
Glyde File Prep - Dentsply), foi avaliado sobre culturas de fibroblastos
(células Vero-monkey, African green), através de uma técnica quantitativa
durante cinco períodos de observação (1, 3, 6, 12 e 24 h). Para cada
agente e cada período de incubação, três amostras com os respectivos grupos
controles foram preparados. Ao término de cada período de incubação, foi
utilizada a coloração de azul tripano para que fosse realizada a avaliação da
viabilidade celular. A análise estatística se deu através dos testes
paramétricos ANOVA e Tukey ao nível de p << 0,05, onde foi
encontrada diferença estatística significante entre o EDTA Gel a 24% e o Glyde
após 1, 3, 6 e 12 horas e, entre o EDTA Trissódico e o Glyde a diferença
significante só foi observada após a terceira hora.
Todos os agentes testados mostraram uma citotoxicidade variando de
moderada à severa, quando comparada ao grupo controle na seguinte ordem
crescente: EDTA Trissódico - Biodinâmica; EDTA Trissódico Gel 24% -
Biodinâmica e Glyde File Prep - Dentsply.
I089
Avaliação da resistência adesiva de reparos em compósitos.
MENDES, L.
M.*, OLIVEIRA, F. A. S., MARTINS, M. R., ANDRADE FILHO, H. A.
Especialização
em Dentística – FO – UERJ. Tel.: (0**21) 522-8487.
E-mail: lzmmendes@aol.com
A necessidade de reparos em restaurações em compósitos faz o
cirurgião-dentista se deparar com uma dúvida referente ao tipo de tratamento de
superfície que ele deve adotar sobre a restauração a ser reparada. O objetivo
deste trabalho foi avaliar in vitro a resistência ao cisalhamento de
reparos em compósitos, utilizando diferentes tratamentos de superfície. Foram
utilizados 75 placas de resina acrílica, com cavidades de 4 mm de
diâmetro, onde foram inseridos os compósitos. Uma vez inseridos, foram
divididos em 5 grupos de acordo com o tipo de tratamento de superfície, a
saber: Grupo 1 (controle) - resina + resina; Grupo 2 -
resina + sistema adesivo + resina; Grupo 3 -
resina + silano + sistema adesivo + resina; Grupo
4 - resina + jateamento com óxido de alumínio + sistema
adesivo + resina; Grupo 5 - resina + jateamento com
óxido de alumínio + silano + sistema adesivo + resina.
Após os tratamentos de superfície, foram realizados os reparos com auxílio de uma
matriz de teflon, confeccionando cilindros de 3 mm de diâmetro. Os
corpos-de-prova foram submetidos a teste de cisalhamento na máquina EMIC (FO -
UERJ) com velocidade de 0,5 mm/s e os resultados obtidos em MPa foram
tratados estatisticamente por ANOVA (p << 0,05) e teste de
Tukey da seguinte forma: Grupo 1 - 24,96 ± 4,47; Grupo 2 -
21,23 ± 5,41; Grupo 3 - 21,41 ± 5,73; Grupo 4 -
16,49 ± 4,50; Grupo 5 - 13,35 ± 6,05.
Baseado nos resultados obtidos, os autores concluíram que os melhores
resultados foram encontrados no grupo onde foi utilizado sistema adesivo + resina.
I090
Reparo das perfurações de furca: análise de materiais sob
microscópio cirúrgico.
RANGEL, L.*,
FIDEL, S., BRANDÃO, R., FIDEL, R., SABA, T., MOREIRA, E.
Departamento
de PROCLIN – FO – UERJ. E-mail: romeromb@uol.com.br
O objetivo do presente trabalho foi avaliar, in vitro,
o selamento marginal obtido quando do uso do cimento ionômero de vidro
Ketac-Fil PlusÒ e osso bovino liofilizado em combinação com
HistoacrylÒ em perfurações de furca em 30 molares inferiores humanos
extraídos. Após os acessos, foram realizadas perfurações na área de furca
através de brocas de alta rotação nº 2, sendo os espécimes mantidos em
câmara umidificadora a 37ºC por 24 horas. Os dentes foram impermeabilizados e
divididos aleatoriamente, em 2 grupos de 15 dentes cada: G1- Ketac-Fil PlusÒ;
G2- Osso bovino liofilizado em combinação com HistoacrylÒ. Dois
outros grupos de 5 dentes cada foram preparados como controle positivo e
negativo. As câmaras pulpares de todos os espécimes foram seladas com resina
Clip (SS White) e imersos em corante Rodamina B 2% por 72 horas. As amostras
foram seccionadas longitudinalmente e examinadas sob microscópio cirúrgico
modelo 902 (D.F. Vasconcelos) com aumento de 20 X, sendo a penetração do corante
mensurada em mm por 3 observadores. Os dados foram analisados estatisticamente
através do teste t, que revelou uma diferença significativa ao nível de
99% entre os grupos testados (p << 0,01). A média de
infiltração do G2 foi menor que a do G1.
Através dos resultados obtidos neste estudo, pode ser concluído que osso
bovino liofilizado em combinação com HistoacrylÒ
apresentou melhor selamento marginal quando usado no reparo de perfurações de
furca do que Ketac-Fil PlusÒ.
I091
Avaliação da rugosidade superficial de quatro compósitos
resinosos anteriores após acabamento e polimento.
MARTINS, M.
R., SOUZA, C. M.*, MARTINS, P. N., MONNERAT, A. F.
Departamento
de Dentística – FO – UERJ. E-mail: marciopatricia@uol.com.br
O presente trabalho tem o objetivo de comparar in vitro
a rugosidade superficial em três diferentes compósitos resinosos
microparticulados e um compósito resinoso microhíbrido utilizados em
restaurações de dentes anteriores, após acabamento e polimento. Foram
confeccionados 40 corpos-de-prova com dimensões de 4 mm de altura e
6 mm de diâmetro, onde cada grupo de material: G1 - Point 4 (Kerr);
G2 - Durafill VS (Kulzer); G3 - Amelogen Microfill (Ultradent);
G4 - A110 (3M) era composto por 10 corpos-de-prova. Os corpos-de-prova
foram confeccionados com o auxílio de uma matriz de silicona de condensação,
sendo o compósito inserido dentro dessa matriz em dois incrementos de 2 mm
e fotopolimerizados por 40 segundos com o aparelho Optilux Demetron 501 (Kerr).
Após a confecção dos corpos-de-prova, estes foram colados em uma placa de vidro
e armazenados em água destilada por 24 horas à temperatura ambiente. Em
seguida, os corpos-de-prova foram acabados e polidos superficialmente com
sistema Sof-Lex (3M) e avaliados através do rugosímetro Surftest 211
(Mitutoyo). Os dados obtidos foram analisados estatisticamente por ANOVA e
Tukey. As médias e o desvio-padrão de cada grupo foi respectivamente: G1 -
0,328/0,06; G2 - 0,369/0,08; G3 - 0,398/0,08; G4 - 0,422/0,09.
De acordo com os resultados, os autores concluíram que houve diferença
estatisticamente significante através do teste ANOVA (F = 3,004;
p << 0,05), porém esta somente foi notada entre os grupos G1 e
G4. Os grupos G1, G2 e G3 se portaram da mesma forma.
I092
Estudo in vitro da anatomia dos canais radiculares
dos incisivos inferiores humanos.
RODRIGUES,
A.*, ANDRADE, F., FIDEL, R., FIDEL, S., SABA, T., BRANDÃO, R.
Departamento
do PROCLIN – FO – UERJ - Rio de Janeiro, Brasil. E-mail: 1rsaba@uol.com.br
O desconhecimento sobre a complexidade da anatomia dental é
um dos principais fatores no insucesso do tratamento endodôntico. O incisivo
inferior, apesar de sua pequena dimensão, pode apresentar um ou dois canais. O
objetivo deste trabalho foi avaliar a anatomia através do número e configuração
dos canais, localização do forame apical e curvatura das raízes. 53 incisivos
inferiores foram utilizados. Procedeu-se, então, um acesso conservador, injeção
de tinta nanquim, submetendo posteriormente ao processo de diafanização. Realizou-se
observação através de um microscópio cirúrgico (modelo 902) com aumento de
20 X (D. F. Vasconcelos). Os resultados indicaram a presença de forame
único em 94,3% e delta apical em 5,7%. 69,8% dos canais mostraram-se únicos. Do
restante, 81,25% bifurcavam-se no terço médio, 12,50% no terço cervical e 6,25%
no terço apical. 60,37% apresentavam-se amplos no sentido vestíbulo-lingual.
Quanto à curvatura radicular, 60,37% apresentavam inclinação distal nos
milímetros finais. Os canais apresentavam com curvatura no sentido
vestíbulo-distal em 41,51 % e uma discreta curvatura para distal nos milímetros
finais em 47,17%.
Conclui-se que os incisivos inferiores apresentam uma complexa anatomia
que uma vez não observada pode levar aos insucessos da terapia endodôntica.
I093
Estudo das características oclusais da dentadura decídua.
MILARÉ, L.
V.*, SIQUEIRA, V. C. V., POSSOBON, R. F., TOLEDO, D. B.
FOP –
UNICAMP, Piracicaba - SP; FO – PUC, Belo Horizonte - MG.
Os autores deste trabalho propuseram verificar o tipo de
arco, a relação terminal dos segundos molares decíduos, a presença da mordida
aberta anterior, sobremordida, sobressaliência e mordida cruzada posterior em
36 jovens leucodermas de ambos os sexos, que procuraram atendimento
odontológico junto ao Centro de Pesquisas e Atendimento à Pacientes Especiais
(CEPAE) da FOP/UNICAMP. Todos os jovens possuíam dentadura decídua completa,
entre 3 a 4 anos de idade e com bom estado geral saúde. As informações foram
obtidas por meio de exames clínicos, avaliando as características da dentadura
decídua presente. Após a coleta dos dados e análise estatística, os autores
concluíram que para o sexo masculino 50% apresentaram arco tipo I superior,
41,6% inferior; 5,55% arco tipo II superior e 13,8% inferior. A relação terminal
em degrau distal, lado direito em 16,6%, 11,11% lado esquerdo; 25% degrau
mesial tanto do lado direito quanto do esquerdo; 13,8% plano reto lado direito
e 19,4% esquerdo. A mordida aberta anterior encontrava-se em 22,2%, 27,7%
sobremordida, 36,1% sobressaliência e 8,3% mordida cruzada posterior. Para os
do sexo feminino 25% possuíam arco do tipo I superior e 25 % inferior; 19,4%
arco tipo II superior e inferior. A relação terminal em degrau distal tanto do
lado direito quanto do esquerdo em 11,11%; 25% degrau mesial do lado direito,
19,4% lado esquerdo; 8,3% plano reto do lado direito e 13,8% do esquerdo. A
mordida aberta anterior apresentava-se em 16,6%, 25% sobremordida, 33,3%
sobremordida e 13,8% mordida cruzada posterior.
I094
Grau de satisfação de idosos com sua saúde bucal.
SILVEIRA, E.
F., SOUZA, M. T. M.*, PAIXÃO, H. H., PORDEUS, I. A.
Departamento
de Odontologia Social e Preventiva – FO – UFMG. Tel.: (0**31) 3499-2471.
Esse estudo teve como objetivo verificar o impacto das
condições bucais sobre a qualidade de vida de uma população idosa através do
grau de satisfação com a sua saúde bucal, assim como determinar alguns fatores
sócio-demográficos (idade, sexo, estado civil e grau de instrução) associados a
ela. Participaram 200 indivíduos, com 60 anos de idade ou mais, residentes nas
cidades de Itapecerica (MG) e Caeté (MG). Foi utilizado um formulário de
entrevista baseado no OHIP (SLADE; SPENCER, Community Dent Health,
v. 11, p. 1, 1994), uma escala que mede o impacto social das
complicações bucais em populações. Considerando não haver uma distribuição
gaussiana dos dados, o teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis foi aplicado.
Pela análise dos resultados observou-se que o impacto das condições bucais era
maior para os indivíduos não usuários de próteses, apresentando relação
significativa nos itens desconforto psicológico (p = 0,046),
incapacidade física (p = 0,014), incapacidade psicológica
(p = 0,003), incapacidade social (p = 0,002) e
prejuízo/desvantagem (p = 0,00006). Verificou-se que o impacto foi
maior para as mulheres na maioria dos domínios estudados, porém, esses valores
não foram estatisticamente significativos.
Conclui-se que apesar da limitante condição bucal e da restrição
funcional detectados, a maioria apresenta satisfação com o seu estado bucal,
observando-se uma grande capacidade de aceitação e adaptação do idoso às
condições bucais presentes. (Apoio: CNPq.)
I095
Avaliação do uso da técnica de mão-sobre-a-boca por
odontopediatras de Belo Horizonte: implicações legais.
FERREIRA, K.
D.*, WATANABE, S. A., FÚCCIO, F., RAMOS-JORGE, M. L., PORDEUS, I. A., PAIVA, S.
M.
Departamento
de Odontopediairia – FO – UFMG.
A técnica mão-sobre-a-boca é uma das técnicas de manejo
comportamental mais controversas na Odontopediatria. Este estudo visa avaliar o
conhecimento e a utilização da técnica por parte dos odontopediatras de Belo
Horizonte e suas possíveis implicações legais. Para este fim foram distribuídos
questionários a 47 odontopediatras registrados no CRO-MG e para uma amostra de
conveniência de nove advogados. Os principais resultados obtidos mostraram que
98% dos odontopediatras estão cientes da correta indicação da técnica, mas em
sua maioria (61%) não requisitam um consentimento formal aos pais da criança
para a utilização desta. A utilização da técnica pode acarretar implicações
legais segundo 76% dos dentistas. Destes, 83,4% acreditam que a implicação
decorreria de uma má interpretação dos pais e 11,11% pensam que o processo
ocorreria após a utilização da técnica sem autorização dos responsáveis. Em
contrapartida, apenas 30% dos entrevistados pedem consentimento antes de
aplicar a técnica. A maioria dos advogados (56%), baseados no Código Penal
Brasileiro, Código Civil e Estatuto da Criança e do Adolescente, afirmaram a
possibilidade de implicação legal decorrente da utilização da técnica.
Sendo assim, os odontopediatras mostraram-se familiarizados com a
utilização da técnica, embora não tomem as medidas necessárias ao respaldo
jurídico e legal. É indispensável que os profissionais utilizem a técnica
dentro de suas corretas indicações, solicitando o consentimento escrito.
I096
Capacidade seladora de diferentes materiais no preenchimento
de perfurações radiculares.
BALDANI, J.
C.*, TANOMARU, J. M. G., DOMANESCHI, C., TANOMARU, F. M., SILVA, L. A. B.,
LEONARDO, M. R.
FOAr –
UNESP; FORP – USP. E-mail: tanomaru@foar.unesp.br
A capacidade seladora do material empregado no selamento de
perfurações radiculares é um importante fator no sucesso do tratamento. Para
avaliação do selamento proporcionado por alguns materiais, trinta e seis
caninos superiores extraídos de humanos tiveram seus canais radiculares
instrumentados, obturados e divididos em 3 grupos. Em seguida, uma cavidade foi
preparada com broca esférica na face distal de cada raiz, simulando perfuração
radicular, sendo preenchidas com os seguintes materiais, estabelecendo os
grupos experimentais: cimento de óxido de zinco e eugenol, Sealer 26, Mineral
Trióxido Agregado (MTA). Os dentes foram imersos em solução de azul de metileno
a 2%, em ambiente com vácuo, durante 48 horas e após este período a infiltração
marginal foi analisada por meio de escores. Os resultados obtidos foram
submetidos à análise estatística e demonstraram que o Sealer 26 e MTA
proporcionaram selamento marginal semelhantes entre si
(p >> 0,05), com resultados superiores aos obtidos pelo cimento
de óxido de zinco e eugenol (p << 0,05).
Conclui-se que o Sealer 26 e MTA apresentam boa capacidade seladora em
perfurações radiculares, quando comparados ao cimento de óxido de zinco e
eugenol.
I097
Capacidade seladora de materiais retrobturadores com
diferentes métodos de preparo apical.
LOPES, B. M.
V.*, TANOMARU, J. M. G., TANOMARU FILHO, M.
Disciplina
de Endodontia – FOAr – UNESP. Tel./fax: (0**16) 201-6392.
E-mail: tanomaru@foar.unesp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade de
selamento apical de dois materiais retrobturadores, em cavidades retrógradas
preparadas por dois diferentes métodos. Quarenta caninos extraídos de humanos
tiveram seus canais radiculares instrumentados e obturados. Após a secção da
porção apical radicular, cavidades retrógradas foram preparadas pelo método
convencional com broca esférica ou utilizando ponta diamantada para
retropreparo em aparelho de ultra-som. As cavidades retrógradas foram
preenchidas com cimento Sealer 26 ou Sealer Plus acrescido de óxido de zinco,
determinando os 4 grupos experimentais. Em seguida, foram imersos em solução de
azul de metileno a 2% por 48 horas em ambiente com vácuo. Decorrido este
período, as raízes foram seccionadas longitudinalmente e a infiltração do
corante analisada. Os resultados demonstraram que o Sealer 26 e o Sealer Plus
acrescido de óxido de zinco apresentaram pequena infiltração marginal (média de
0,4 mm), sem diferenciação entre os materiais ou métodos de preparo da
cavidade retrógrada (p >> 0,05).
Conclui-se que os materiais retrobturadores estudados apresentam boa
capacidade seladora sem influência do método de preparo da cavidade apical.
I098
Atividade antimicrobiana in vitro de materiais
obturadores e retrobturadores.
RODRIGUES,
V. M. T.*, TANOMARU, J. M. G., TANOMARU FILHO, M., SPOLIDÓRIO, D. M. P., ITO,
I. Y.
FOAr –
UNESP; FCFRP – USP. Tel./fax: (0**16) 201-6392.
E-mail: tanomaru@foar.unesp.br
O objetivo deste trabalho, foi avaliar a atividade
antimicrobiana de cimentos obturadores e retrobturadores, utilizados no
tratamento endodôntico convencional e cirurgias parendodônticas. Vários
cimentos endodônticos, quando modificados na sua proporção e consistência,
podem ser empregados nas obturações retrógradas. Foram testados os cimentos,
Sealer 26, nas proporções 2:1 e 5:1; Sealapex, nas proporções 1:1 e 1:1:2
partes de óxido de zinco e o óxido de zinco e eugenol na proporção de 2:1 e
4:1, sobre sete diferentes microrganismos: com cepas de campo e padrão, de uma
levedura (Candida albicans) e bactérias aeróbias e facultativas,
gram-negativas e gram-positivas. O método empregado foi o de difusão em ágar
pelo método de poço, onde a camada base foi obtida com 10 ml de
Mueller-Hinton Medium - MH (Difco) e a camada “seed” com 5 ml de MH
adicionado dos microrganismos teste na concentração final de 106 UFC/ml.
Foram confeccionados poços de 4 mm de diâmetro, onde foram depositados os
cimentos testados. As placas permaneceram à temperatura ambiente por 2 horas
(pré-incubação), seguida de incubação a 37ºC por 24 h. Todos os testes
foram realizados em triplicata. Após a incubação, as placas foram otimizadas
pela adição do gel de TTC a 0,05% em 1% de ágar e os halos de inibição
mensurados, constatando-se que todas as cepas microbianas foram inibidas por
todos materiais avaliados.
Conclui-se que os materiais testados apresentam atividade antimicrobiana
em ordem decrescente: óxido de zinco e eugenol, Sealer 26 e Sealapex.
I099
Diagnóstico de anomalias de desenvolvimento dentário: um
estudo radiográfico.
MARQUES, L.
S.*, MAZZIEIRO, E. T., SOUKI, B. Q., CRUZ, R. A.
Centro de
Odontologia e Pesquisa – PUC - MG. E-mail: lsmarques21@hotmail.com
Objetivando-se determinar a prevalência de anomalias de
desenvolvimento dentário em indivíduos na faixa etária entre seis e doze anos,
avaliou-se 238 radiografias panorâmicas, sendo 116 de indivíduos do sexo
masculino e 122 do feminino. Classificou-se as anomalias quanto ao número, a
forma e a posição. Dois examinadores verificaram a amostra. Como resultado,
observou-se uma prevalência de 42% de diversas anomalias. Dentre as anomalias
de número, a hipodontia e o supranumerário mostraram uma prevalência de 9,6% e
4,2% respectivamente. Em 52% dos indivíduos com hipodontia observou-se a
ausência de mais de um dente, enquanto que 70% dos casos de supranumerários
ocorreram na região dos incisivos superiores. Considerando a forma, a microdontia
apresentou uma prevalência de 0,8% e 100% desses casos acometeram os incisivos
laterais que estavam conóides. Não se notou casos de dens-in-dente, fusão e
taurodontismo. Todos os dentes com dilaceração radicular (5,5%) locarizaram-se
na região dos incisivos superiores. A anomalia de posição mais expressiva foi a
rotação (11,7%) sendo 60% na mandíbula e 40% na maxila. Em relação ao sexo,
somente a dilaceração radicular apresentou resultado estatisticamente
significante (teste do qui-quadrado, p = 0,008), sendo 85% dos casos
diagnosticados em indivíduos do sexo masculino.
Desta forma, conclui-se que uma alta prevalência de anomalias de
desenvolvimento dentário pôde ser diagnosticada precocemente através do uso de
radiografias panorâmicas, confirmando assim a importância de tal exame.
I100
Avaliação epidemiológica do estado de saúde bucal de idosos.
SCELZA, M.
Z., RODRIGUES, C. R.*, SANTOS, V. S., MAIA, L. C., CÂMARA, V.
Odontoclínica
– FOUFF. Tel.: (0**21) 577-0321.
E-mail: claudia_r_rodrigues@hotmail.com
O presente estudo verificou o estado de saúde bucal de 103
pacientes com idade superior a 60 anos do Centro Gerontológico do Programa
Interdisciplinar de Geriatria e Gerontologia da UFF. Realizou-se a anamnese e
um questionário a respeito das percepções dos idosos sobre as perdas dentárias
e suas conseqüências. Em seguida, realizou-se o exame clínico intrabucal, o
levantamento do índice CPOD e a avaliação das próteses. Com auxílio do programa
estatístico Epi Info 6.04D, executou-se o teste não-paramétrico de Mann-Whitney
com nível de significância de 5%. Em relação ao índice CPOD, obteve-se uma
média de 27,92, não havendo diferença estatisticamente significante entre os
sexos (p >> 0,05). Dos entrevistados, 47,8% responderam que se
arrependeram de extrair todos os dentes, o que não ocorreu com 52,2% da
população; além disso, houve uma relação entre a idade da colocação da primeira
prótese e o sexo. Verificou-se uma tendência de se relacionar próteses totais
superiores com hiperplasia inflamatória por próteses mal adaptadas e candidose
oral, havendo uma correlação significante com o aparecimento de candidose oral
em relação a prótese total inferior (p << 0,05). As alterações
vasculares da cavidade bucal foram significantes nos pacientes de maior faixa
etária (p << 0,01). No levantamento epidemiológico realizado, o
estado de saúde bucal de pacientes idosos apresentou características peculiares
desta faixa etária, demonstrado pelo uso de próteses em decorrência de muitas
perdas dentárias, onde também puderam ser observadas diferenças entre os sexos
em algumas situações.
I101
Concentração de flúor em alimentos infantis e o risco de
fluorose dental.
DUARTE, J.
L.*, TAGA, M. L. L., GRANJEIRO, J. M., BUZALAF, M. A. R.
Faculdade de
Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo.
E-mail: mbuzalaf@fob.usp.br
Nos últimos anos têm crescido bastante os índices de
fluorose dental, devido ao aumento da ingestão do flúor a partir de diferentes
fontes, entre elas os alimentos infantis industrializados. Para que se possa
ter um melhor controle da ingestão é necessário conhecer a quantidade de flúor
presente em alimentos consumidos por crianças na faixa etária de risco (11
meses a 7 anos) para desenvolverem a fluorose dental. O objetivo deste estudo
foi analisar a concentração de F total presente em alimentos consumidos
habitualmente por crianças produzidos em locais diferentes do país e em três
lotes de produção. Os alimentos foram divididos nos seguintes grupos: A)
cereais infantis; B) papinhas cremosas; C) sorvete e iogurte. O flúor total foi
separado por microdifusão facilitada por hexametildisilazano (HMDS) e a análise
da concentração de flúor foi feita utilizando-se eletrodo íon sensível (Orion
96-09). As médias ± dp (amplitude) das concentrações de FT (ppm)
encontradas nas amostras foram: A) 3,016 ± 2,538 (0,43-6,64,
n = 9); B) 0,061 ± 0,038 (0,026-0,12, n = 9); C)
0,020 ± 0,137 (0,06-0,36, n = 6). Não houve diferença na
concentração de flúor encontrado nos alimentos nos três lotes analisados.
Em função dos resultados, da quantidade de alimentos consumidos
normalmente e da dose diária máxima de flúor recomendada para se evitar a
fluorose dental (0,05-0,07 mgF/kg peso corporal), conclui-se que, alguns
produtos podem ser importantes fatores de risco para a fluorose dental, especialmente
quando somados a outras fontes de flúor.
I102
Estabilidade do flúor na unha de ratos: tempo de estocagem.
FURLANI, T.
A.*, WHITFORD, G. M., GRANJEIRO, J. M., BUZALAF, M. A. R.
Departamento
de Ciências Biológicas – FOB – USP; MCG – EUA. Tel.: (0**14) 235-8346.
E-mail: mbuzalaf@fob.usp.br
Estamos realizando estudos para avaliar a viabilidade de se
usar unhas como indicadores da exposição ao flúor (F) em ratos. O objetivo do
presente estudo foi determinar se a concentração de F em unhas de ratos permanece
inalterada em função do tempo após a coleta das mesmas. Ratos Wistar machos
(n = 24) receberam água deionizada e ração contendo 25,9 ppm F
por 77 dias. O sangue e as unhas foram coletados para análise de F usando o
eletrodo (Orion 9409), após difusão facilitada por HMDS. As unhas foram
divididas em três grupos que diferiram em relação ao tempo entre a coleta e a
análise: imediata (G1), 2 meses (G2) e 3 meses (G3). Antes da análise, o plasma
foi armazenado a -20ºC e as unhas, à temperatura ambiente. As concentrações
plasmáticas de F foram similares entre os grupos (0,017 ± 0,004 ppm).
Entretanto, as concentrações de F nas unhas foram muito diferentes entre os
grupos: G1 - 37,40 ± 10,70 ppm; G2 - 2,72 ± 2,70 ppm;
G3 - 1,38 ± 0,57 ppm. A ANOVA e o teste de Tukey-Kramer
mostraram que a concentração de F do G1 foi significantemente maior em relação
ao G2 e ao G3 (p << 0,001). A redução dependente do tempo na
quantidade de F detectada ainda não foi explicada. Pode ser resultado da formação
de um composto não difusível pelo método do HMDS ou da formação de um composto
volátil contendo F. Estudos estão sendo realizados para se avaliar estas
possibilidades e para se determinar mais precisamente a cronologia deste
fenômeno.
I103
Efeito antimicrobiano da Mikania sobre Streptococcus
mutans.
YATSUDA,
R.*, MURATA, R. M., DUARTE, S., ROSALEN, P. L., CURY, J. A., REHDER, V. G.,
KOO, H.
Departamento
de Ciências Fisiológicas – FOP – UNICAMP. Tel./fax: (0**19) 430-5308.
E-mail: rosalen@fop.unicamp.br
O objetivo deste estudo foi analisar in vitro as
propriedades de plantas do gênero Mikania (guaco) sobre o crescimento
bacteriano e aderência celular de estreptococos do grupo mutans.
Extratos etanólicos (etanol 80%, v/v) e frações hexânicas (dissolvidas em
etanol 100%, v/v) de M. laevigata (EEMl e FHMl) e M. glomerata
(EEMg e FHMl) foram utilizadas neste estudo. Os efeitos destes extratos sobre Streptococcus
mutans (Ingbritt 1600 e isolado clínico) e S. sobrinus (6715 e
isolado clínico) foram analisados através da determinação de concentração
inibitória mínima (CIM), concentração bactericida mínima (CBM) e teste de
aderência celular em superfície de vidro (Adh). As concentrações dos extratos
variaram entre 12,5 e 800 µg/ml. Os controles negativos foram etanol 80%
(v/v) e 100%. A CIM para o S. mutans Ingbritt 1600 foi 25 µg/ml
(EEMl e EEMg) e 12,5 µg/ml (FHMl e FHMg), e CBM 50 µg/mL (EEMl, EEMg;
e FHMl) e 12,5 µg/ml (FHMg). Para S. sobrinus 6715 a CIM foi de
12,5 µg/ml (EEMl, FHMl e FHMg) e 25 µg/ml EEMg, e CBM 50 µg/ml
(EEMl, EEMg e FHMl) e 12,5 µg/ml (FHMg). Os valores da CIM/CBM dos
isolados clínicos foram superiores aos das espécies correspondentes. A
aderência celular de todos microrganismos testados foi inibida na concentração
entre 100 e 50 µg/ml para EEMl e EEMg, e menor que 12,5 µg/ml para as
FHMl e FHMg.
Concluímos que os extratos da M. laevigata e M. glomerata
inibiram o crescimento bacteriano e a aderência celular de S. mutans e S.
sobrinus, sugerindo que ambas possuem potencial anticariogênico. (FAPESP -
99/12007-0.)
I104
Potencial antimicrobiano de própolis de várias regiões
brasileiras.
MURATA, R.
M.*, KOO, H., GONÇALVES, R. B., CURY, J. A., YATSUDA, R., ROSALEN, P. L.
Departamento
de Ciências Fisiológicas – FOP – UNICAMP. Tel./fax: (0**19) 430-5313.
E-mail: ramirofop@yahoo.com
Este estudo analisou in vitro as propriedades da
própolis de 8 regiões brasileiras sobre o crescimento de estreptococos mutans.
Extratos etanólicos das própolis - EEP [etanol 80% (v/v)] provenientes das
regiões do Rio Grande do Sul - RS, Paraná - PR, São Paulo - SP, Minas
Gerais - MG, Mato Grosso do Sul - MS, Bahia (caatinga) - BAca e
Bahia (mata atlântica) - BAma foram utilizadas nos testes de halo de
inibição, Concentração Inibitória Mínima - CIM e Concentração Bactericida
Mínima - CBM com os microrganismos do grupo mutans, sendo 4 de
coleção (ATTC) e 3 isolados clínicos. As concentrações utilizadas dos EEPs
foram: halo de inibição - 800 µg/ml e CIM/CBM - entre 12,5 a
800 µg/ml. As condições de incubação dos microrganismos foram: 10% de CO2,
37ºC, 24 h. Foram feitas 3 triplicatas para cada experimento com seus
controles negativos/positivos. A análise estatística foi realizada por
Kruskal-Wallis. Dentre os resultados, o EEP-RS apresentou os maiores halos de
inibição e menores CIM/CBM para todos microrganismos testados, sendo diferentes
estatisticamente (p << 0,05) dos demais. Os valores de halos de
inibição variaram de 2,7-4,9 mm, a CIM foi entre 25-50 µg/ml para
todos os microrganismos testados. As CBMs variaram de 25-200 µg/ml para os
microrganismos provenientes da coleção e de 25-50 µg/ml para as cepas
clínicas correspondentes.
A própolis demonstrou potencial anticariogênico, o EEP-RS apresentou a
melhor atividade antimicrobiana contra os estreptococos, tendo sido mais
efetiva sobre microrganismos isolados clínicos. (FAPESP - 99/12008-7,
CNPq - 468474/00-5; 466879/00-8.)
I105
Avaliação da prevalência de cárie em escolares de Águas de
São Pedro - SP e Ipeúna - SP.
TEIXEIRA, M.
S.*, LEITES, J. S., GUIRADO, C. G.
Departamento
de Odontologia Infantil – Faculdade de Odontologia de Piracicaba –
UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5285.
Esse trabalho tem como objetivo comparar os índices de
dentes cariados, perdidos e obturados (CPOD e ceo para dentes permanentes e
decíduos respectivamente) de escolares com idade entre 5 a 12 anos em áreas com
diferentes histórias de fluoretação da água. O levantamento foi conduzido em
escolas públicas de Águas de São Pedro e Ipeúna. A cidade de Águas de São Pedro
realiza fluoretação desde 1984, enquanto a de Ipeúna nunca realizou tal
procedimento. A análise do índice de flúor da amostra de água coletada das duas
cidades foi efetuada no laboratório de Bioquímica da Faculdade de Odontologia
de Piracicaba - UNICAMP sendo encontrado 0,7 ppmF em Águas de São
Pedro e 0,06 ppmF em Ipeúna. Os exames clínicos foram realizados em 417
crianças (260 em Águas de São Pedro e 157 em Ipeúna), sob luz natural, em
cadeiras no pátio das escolas, utilizando-se sonda exploradora e espelho bucal.
Os dados foram anotados em fichas individuais e posteriormente submetidos à
análise estatística. Observou-se médias de CPOD = 0,94 (± 1,45)
e ceo = 1,80 (± 2,52) para Águas de São Pedro e médias de
CPOD = 0,68 (± 1,38) e ceo = 2,96 (± 3,39) para
Ipeúna. Além disso, foi observado que 31,2% das crianças de Águas de São Pedro
apresentaram ceo e CPOD iguais a zero; já em Ipeúna essa porcentagem foi de
22,3%.
Conclui-se que não há diferença estatisticamente significante entre as
médias de CPOD de Águas de São Pedro e Ipeúna. Já para o ceo essa diferença
existe (p = 0,002). Observou-se também que a porcentagem de crianças
com CPOD e ceo iguais a zero foi maior em Águas de São Pedro.
I106
Influência do dessensibilizador dentinário na resistência à
microtração de adesivos.
MASSAROTTO,
J. A.*, OLIVEIRA, L. V., SEARA, S., KROLL, L., PEREIRA, G. D. S.
Departamento
de Odontologia Restauradora – UGF/UNICAMP.
E-mail: giseledamiana@yahoo.com
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência de um
dessensibilizador dentinário - D/Sense 2 na resistência à microtração de
dois sistemas adesivos: Bistite II SC - autocondicionante e Prime &
Bond 2.1 - frasco único. Dezesseis discos dentinários com aproximadamente
3 mm de espessura foram obtidos de terceiros molares humanos recentemente
extraídos. As superfícies dentinárias foram desgastadas com lixas de carbureto
de silício granulação 600 para padronizar a espessura da lama dentinária. Os
dentes foram aleatoriamente divididos em quatro grupos (n = 4). G1 e
G2 - os sistemas Prime & Bond 2.1 e Bistite II SC foram aplicados,
respectivamente, nas superfícies tratadas previamente com D/Sense 2; G3 e
G4 - os sistemas Prime & Bond 2.1 e Bistite II SC foram aplicados,
respectivamente, nas superfícies sem o tratamento prévio com D/Sense 2. Coroas com
8 mm de altura foram construídas nas superfícies com o compósito TPH
Spectrum. Após 24 horas imersos em água destilada, os dentes restaurados foram
seccionados paralelamente ao seu longo eixo, nos sentidos mésio-distal e
vestíbulo-lingual, para a obtenção dos espécimes, com aproximadamente 1 mm2,
que foram submetidos ao teste de microtração a uma velocidade de
0,5 mm/min. Uma amostra de cada grupo foi preparada para avaliação em
microscópio eletrônico de varredura (MEV). O teste de Tukey apontou os
resultados em MPa: G1 -17,85-b; G2 - 9,88-c; G3 - 35,16-a e
G4 - 15,57-b.
Através da
análise estatística foi possível concluir que o desensibilizador D/Sense 2
reduziu significativamente a resistência adesiva dos sistemas avaliados.
I107
Influência da camada híbrida na resistência à microtração de
adesivos.
OLIVEIRA, L.
V.*, MASSAROTTO, J. A., SABOIA, V. P. A., PEREIRA, G. D. S., DIAS, C. T. S.
Departamento
de Odontologia Restauradora – UGF; UNICAMP. Tel.: (0**19) 422-7902.
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da
desproteinização da dentina na resistência à microtração de três sistemas
adesivos. Vinte e quatro discos com aproximadamente 3 mm de espessura
foram obtidos da dentina coronária de terceiros molares humanos. Após a
padronização da espessura da lama dentinária com lixas de carbureto de silício
granulação 600, os dentes foram aleatoriamente divididos em seis grupos
(n = 4). Nos grupos G1, G2 e G3 os sistemas Prime & Bond 2.1
(PB), Prime & Bond NT (NT) e Clearfil MegaBond (MB) respectivamente, foram
aplicados na superfície dentinária de acordo com instruções dos fabricantes.
Nos grupos G4, G5, G6 os mesmos sistemas foram aplicados nas superfícies
tratadas previamente com hipoclorito de sódio (HS) a 10% por 1 minuto. Coroas
com 8 mm de altura foram construídas nas superfícies com o compósito TPH
Spectrum. Após 24 horas imersos em água destilada, os dentes restaurados foram
seccionados paralelamente ao seu longo eixo, nos sentidos mésio-distal e
vestíbulo-lingual, para a obtenção dos espécimes, com aproximadamente 1 mm2,
que foram submetidos ao teste de microtração a uma velocidade de
0,5 mm/min. O teste de Tukey apontou os resultados em MPa: G6- MB/HS-40,16
a; G3- MB-37,14 ab; G1- PB-33,25 bc; G4- PB/HS-30,55 dc; G2- NT-26,56 d; G5-
NT/HS- 20,10 e.
Através dos resultados conclui-se que a remoção do colágeno promoveu um
decréscimo significativo dos valores de adesão apresentados pelo sistema NT
porém, o tratamento com HS não influenciou na resistência adesiva dos sistemas
MB e PB.
I108
Análise comparativa entre dois métodos quantitativos para
determinação dos níveis de Streptococcus mutans em crianças.
CASTILHO, J.
B.*, GUIRADO, C. G., MAYER, M. P. A.
Departamento
de Odontologia Infantil – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5287,
fax: (0**19) 430-5218.
Diversos métodos comerciais estão disponíveis no mercado
para determinação dos níveis salivares de Streptococcus mutans.
No entanto, estes destinam-se à análise em adolescentes e adultos, visto que
requerem o uso de saliva estimulada. A época de colonização e o nível de
infecção por S. mutans na primeira infância constitui importante fator a
ser considerado na análise do risco de cárie de um indivíduo. O presente estudo
teve como objetivo comparar os resultados obtidos com o teste comercial
Dentocult SMâ - “strip” mutans (Orion Diagnostica/Finlândia)
para determinação dos níveis salivares de S. mutans; em crianças, quando
não é usada saliva estimulada, com os dados obtidos com o teste da espátula de
madeira preconizado por KOHLER; BRATTHALL, J Clin Microbiol, 9:5, 1979.
A amostra constituiu-se de 90 bebês, com idade entre 12 e 19 meses, de creches
municipais de Piracicaba - SP. A coleta da saliva foi realizada para os
dois testes, no mesmo momento, sempre no período da manhã, antes da primeira
refeição. Em 88,9% da amostra foram detectados S. mutans. Através de
teste de correlação de Spearman, foi observada correlação positiva entre os
testes, sendo r = 0,43 (p = 0,0001). Obteve-se alto valor
de especificidade (91%) e baixo valor de sensibilidade (50%).
Os dados
obtidos demonstram que o teste comercial se relaciona ao da espátula de madeira
para determinação dos níveis de S. mutans em bebês. Também
confirmam a infecção precoce por S. mutans nesta população, antes do
período sugerido pela janela de infectividade proposto através de outros
estudos. (Auxílio: FAPESP - processo 135-3.)
I109
Influência do modo de polimerização na resistência de um
adesivo.
SIGEMORI, R.
M., KROLL, L., PAULILLO, L. A. M. S., PEREIRA, G. D. S.
Departamento
de Odontologia Restauradora – UNICAMP. E-mail: giseledamiana@yahoo.com
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do modo de
polimerização na resistência à microtração do sistema adesivo Prime & Bond
2.1. Oito discos com aproximadamente 3 mm de espessura foram obtidos da
dentina coronária de terceiros molares humanos. Após a padronização da
espessura da lama dentinária com lixas de carbureto de silício granulação 600,
os dentes foram aleatoriamente divididos em dois grupos (n = 4). No
grupo G1, o sistema Prime & Bond 2.1 (PB) foi aplicado na superfície
dentinária de acordo com instruções do seu fabricante e fotoativado pelo
aparelho XL3000 - 3M. No grupo G2 o sistema Prime & Bond 2.1 foi
misturado ao ativador Self Cure Activator, que desencadeou a polimerização
química do mesmo. Findo a hibridização, coroas com 8 mm de altura foram
construídas nas superfícies com o compósito TPH Spectrum. Após 24 horas imersos
em água destilada, os dentes restaurados foram seccionados paralelamente ao seu
longo eixo, nos sentidos mésio-distal e vestíbulo-lingual, para a obtenção dos
espécimes, com aproximadamente 1 mm2 de diâmetro, que foram
submetidos ao teste de microtração a uma velocidade de 0,5 mm/min. Duas
amostras foram preparadas separadamente para cada grupo e avaliadas em
microscópio eletrônico de varredura. O teste de Tukey apontou as médias em MPa:
G1 - 26,2 (a) e G2 - 13,5 (b).
Através dos resultados obtidos foi possível concluir que a ativação
química do sistema PB promoveu um decréscimo significativo dos seus valores de
adesão.
I110
Avaliação in vitro da microinfiltração das resinas
condensáveis em molares decíduos.
ROSSA, G.
G.*, COTRIM, A. M. C., BUSSADORI, S. K., SANTOS, E. M.
Departamento
de Odontopediatria – FOUSP.
Avaliou-se a microinfiltração de resinas condensáveis, em
cavidades proximais de dentes decíduos. Prepararam-se, em 25 molares decíduos
do Banco de Dentes Decíduos da Disciplina de Odontopediatria da FOUSP,
cavidades tipo MO e OD, totalizando 50 corpos-de-prova que foram divididos em 5
grupos e restaurados com resinas condensáveis, utilizando-se seus próprios
sistemas adesivos: grupo 1 - Filtek P60 - Single Bond - 3M;
grupo 2 – Surefil - Prime Bond - Dentsply; grupo 3 -
Prodigy - Optibond Solo - Kerr; grupo 4 - Ariston - Ariston
AT Liner - Vivadent; grupo 5 - Filtek Z250 - Single Bond -
3M. Os dentes foram impermeabilizados, corados em azul de metileno a 0,5%, pH
7,2 por 4 horas, seccionados no sentido mésio-distal, lixados e avaliados por
três observadores, segundo escores preestabelecidos.
Os dados foram submetidos à análise estatística, e concluiu-se que houve
diferença estatisticamente significante entre os grupos, exceto quando
comparamos o grupo 4 com o grupo 1, o grupo de maior infiltração foi o 3,
seguido pelo grupo 2, depois pelos grupos 1 e 4. O grupo com menor índice de
infiltração foi o grupo 5.
I111
Influência de diferentes materiais no tampão cervical de
clareamento endógeno.
FABRINI, A.
E. S.*, VASCONCELLOS, W. A., RIBEIRO, F. S. V., DUTRA, R., SILVEIRA, F. F.,
ALBUQUERQUE, R. C.
DOR – FO –
UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais.
E-mail: betinha.fabrini@bol.com.br
A técnica de clareamento endógeno apresenta como desvantagem
o risco de reabsorção radicular externa. A confecção de um tampão radicular
consiste no principal procedimento para evitar tal problema. O objetivo deste
estudo é avaliar a capacidade de vedamento de 5 materiais empregados para
confecção deste tampão. Foram selecionados 42 pré-molares superiores
recém-extraídos, conservados em solução de cloramina T 1%. Os dentes foram tratados
endodonticamente e posteriormente divididos aleatoriamente em 6 grupos
(controle, cimento ionomérico químico/ Ketac Fil; cimento ionomérico
fotopolimerizável/Vivaglass; cimento resinoso/Flow-It Self Cure, fosfato de
zinco/cimento de zinco, pasta de ZnO sem eugenol/Cotosol) com 7 espécimes cada.
Após a execução do tampão, os dentes foram termociclados, impermeabilizados,
corados com azul de metileno a 2%, lavados, incluídos em resina acrílica e
cortados. Prosseguiu-se com a leitura das amostras e os resultados submetidos
ao teste de Kruskal-Wallis. Obteve-se um valor (H) de 23,73 e um valor X para 5
graus de liberdade de 23,73.
A comparação das amostras duas a duas permitiu concluir que os materiais
com melhor capacidade de vedamento foram fosfato de zinco e Cotosol não havendo
diferença significante entre eles, enquanto diferença significativa (a = 0,01)
foi observada quando comparou-se esses dois grupos com os demais.
I112
Avaliação da articaína associada a duas concentrações de
adrenalina.
TOFOLI, G.
R.*, RANALI, J., SOARES, P. C. O., VOLPATO, M. C., RAMACCIATO, J. C.
Departamento
de Ciências Fisiológicas – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5308.
E-mail: jranali@fop.unicamp.br
A articaína, uma solução anestésica recém-lançada no mercado
nacional, apresenta-se disponível para uso odontológico associada a adrenalina
na concentração de 1:100.000 e 1:200.000. O objetivo deste trabalho foi avaliar
o tempo de latência, duração da anestesia pulpar completa e tempo de volta ao
limiar basal proporcionados pela injeção de: (G1) Septanest (DFL), articaína 4%
com adrenalina 1:100.000, (G2) Septanest (DFL), articaína 4% com adrenalina
1:200.000. Foram selecionados 15 voluntários saudáveis, de ambos os sexos, que
receberam anestesia troncular dos nervos alveolar inferior e lingual direitos,
com avaliação periódica da sensibilidade pulpar por estímulo elétrico através
do aparelho Pulp Test (Vittality Scanner). Os dados foram submetidos a análise
não-paramétrica, Wilcoxon pareado (a = 0,05). Não houve diferença
significativa para tempo de latência (p = 0,4846), duração da
anestesia pulpar completa (p = 1,00) e tempo de volta ao limiar basal
(p = 0,5937) entre os dois grupos.
Os resultados deste trabalho sugerem que a solução de articaína
associada a adrenalina 1:200.000 parece ser tão eficiente quanto a solução com
adrenalina 1:100.000, sugerindo que uma maior concentração de vasoconstritor
pode ser desnecessária para uma eficaz anestesia com a articaína. (Apoio:
FAEP - UNICAMP.)
I113
Avaliação da incidência de lesões de cárie oculta em uma
população jovem.
MAIA,
A. V., BERNARDON, J. K.*, VIEIRA, L. C. C., ANDRADA, M. A. C.
Dentística
Restauradora – UFSC. Tel.: (0**48) 331-9880,
fax: (0**48) 234-1788. E-mail: elamaia@bol.com.br
Embora inúmeros estudos mostrem uma redução na incidência de
cárie de superfície lisa, a incidência de cárie em superfícies oclusais
permanece alta. Não é raro encontrar, tanto na oclusal como em superfícies
proximais, desmineralização dentinária suficiente para ser diagnosticada
radiograficamente sob estrutura de esmalte clinicamente intacta, denominadas de
cárie oculta. Em geral, este tipo de lesão ocorre em pessoas com boa higiene
oral e que estão, freqüentemente, em contato com o flúor. Por apresentarem
etiologia desconhecida, alguns autores sugerem que a grande disponibilidade de
fluoretos (dentifrícios fluoretados, água de abastecimento) tenha alguma
influência no aparecimento dessas lesões. Cientes das dificuldades encontradas
pelos clínicos ao fazerem o diagnóstico das lesões denominadas ocultas, o
objetivo desta pesquisa in vivo é avaliar, através de uma análise
radiográfica, o índice de prevalência de lesões de cárie oculta em uma
população alvo predeterminada. Baseado no fato de que os estudantes de
Oodontologia conhecem os princípios indispensáveis para a realização de uma boa
higiene oral, selecionou-se os alunos da 5ª e 6ª fases como população-alvo para
avaliar a prevalência de lesões de cárie oculta em uma população jovem. Foram
feitas radiografias interproximais de pré-molares e molares, de ambos os lados,
respeitando normas técnicas e de biosseguranca, cujas avaliações foram feitas
por dois examinadores pré-calibrados. De um total de 1.120 dentes avaliados,
sendo 560 pré-molares e 560 molares, observou-se a existência de radiolucidez
em superfícies proximais e/ou oclusais a nível de dentina, e radiopacidade
normal em esmalte em 0,62%. Em relação aos pré-molares, encontrou-se um
percentual de 0,43% para os superiores, sendo que, para os inferiores, nenhuma
lesão foi diagnosticada. No caso dos molares, encontraram-se 1,27% e 1,22% nos
superiores e inferiores, respectivamente.
Através dos
resultados obtidos, constatou-se que, apesar da baixa prevalência, as lesões de
cárie oculta não devem ser esquecidas, uma vez que lesões em dentina são difíceis
de serem controladas.
I114
Desordens craniomandibulares em crianças da FOSJC.
SCHREINER,
C. C.*, ROCHA, J. C., ABUD, K. R.
Disciplina
de Odontopediatria – Faculdade de Odontologia de São José dos Campos – UNESP.
Tel.: (0**12) 321-8166.
Desordens craniomandibulares (DCM) são distúrbios que
ocorrem na articulação temporomandibular (ATM), estrutura que articula a
mandíbula ao crânio, abrangendo um número de problemas clínicos, que podem
envolver os músculos mastigatórios, sendo considerada a maior causa de dor não
dental na região orofacial. O objetivo desse trabalho foi avaliar a freqüência
de DCM, sinais e sintomas clínicos e subjetivos em crianças que freqüentam o
ambulatório da Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia de São José dos
Campos. Foram examinadas 30 crianças, entre 2 e 10 anos de idade, 11 do sexo
feminino e 19 do sexo masculino. Nestas crianças foram realizados exames
clínicos minuciosos da cavidade bucal, observando: formação dental, protrusão e
retrusão da mandíbula, “overbite”, “overjet”, mordida aberta, mordida cruzada,
relação topo a topo, desvios de linha média e medidas de abertura máxima. A
região de ATM foi avaliada por meio de palpação e auscultação. Foi aplicado um
questionário para as crianças e seus acompanhantes relacionando hábitos, dores
de cabeça, dores na região da ATM, distúrbios na região da face e pescoço,
temperamento da criança e história clínica do paciente. Após a coleta dos
dados, estes foram tabulados e tratados percentualmente.
Os resultados revelaram que 55% da nossa amostra apresentava DCM, mais
associadas a hábitos parafuncionais e/ou viciosos do que à própria condição
bucal anatômica e/ou fisiológica.
I115
Tratamento ortopédico – avaliação das estruturas
faciais esqueléticas e tegumentares.
OLTRAMARI,
P. V. P.*, BRANGELI, L. A. M., HENRIQUES, J. F. C.
Departamento
de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva – Faculdade de Odontologia de
Bauru – USP.
O objetivo deste trabalho foi avaliar, comparativamente, as
alterações cefalométricas esqueléticas e tegumentares, provenientes do
tratamento da má-oclusão de Classe II, 1ª divisão de Angle, com os aparelhos
Ativador combinado com a ancoragem extrabucal e Bionator. Vinte e quatro
pacientes foram tratados com o Ativador combinado, vinte e cinco com o Bionator
e outros vinte e quatro formaram o grupo controle. As telerradiografias em
norma lateral, obtidas no início e no fim do período experimental, foram
digitalizadas, o traçado cefalométrico realizado e os resultados submetidos ao
teste estatístico. Com base na metodologia empregada, constatamos que ambas
terapias não alteraram significativamente o padrão de crescimento facial, bem
como a altura facial póstero-inferior e o posicionamento do lábio superior,
tanto no sentido ântero-posterior, como em altura. O lábio inferior e o mento
tegumentar, também não demonstraram comportamento diferente nos grupos tratados
em relação ao controle, com exceção da profundidade do sulco mentolabial que
obteve maior diminuição com ambos os aparelhos.
De relevância estatística, apenas os incrementos nas alturas faciais
ântero-inferiores, esquelética e tegumentar e do lábio inferior, que foram
significativamente maiores nos grupos tratados. (Estudo realizado com o apoio
da FAPESP - processo nº 98/4564-4.)
I116
Avaliação da anatomia interna de molares decíduos utilizando
moldagem de acetato de vinila.
BORSATTO, M.
C.*, FRÖNER, I. C., NIERO, H., ALVES, A. G., BORSATTO, M. C.
Departamento
de Clínica Infantil – FORP – USP. Tel.: (0**16) 602-4082, 633-0999.
E-mail: borsatto@forp.usp.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar a anatomia interna de
molares decíduos utilizando moldagem com acetato de vinila. Foram utilizados 40
molares decíduos com menos de um terço de rizólize ou sem nenhum indício de
rizólize. Foi realizada a cirurgia de acesso convencional, e os dentes foram
mantidos em hipoclorito de sódio a 0,5% durante 48 horas. Após lavagem em água
corrente os dentes foram secos e agulhas hipodérmicas fixadas e, então, foi
injetado acetato de vinila com corante. Após 24 horas, os dentes foram
descalcificados em ácido nítrico a 10% e obtidos os modelos do sistema
endodôntico. Como resultados observou-se que em primeiros e segundos molares
superiores há um achatamento no sentido proximal, dos canais das raízes
vestibulares, dando uma conformação de canal em fita. Sendo que, 80%
apresentaram 3 canais e 20% 4 canais. Ramificações do canal principal foram
encontradas em 10% destes dentes. Nos molares inferiores 100% apresentam
achatamento proximal com a presença de istmo entre os canais mesiais. Estes
dentes podem apresentar 3 canais e 3 forames, 4 canais e 4 forames, 2 canais e
2 forames e 1 canal e 2 forames.
Com base nos resultados obtidos, podemos observar a grande complexidade
do sistema endodôntico dos molares decíduos, o que vem dificultar a
padronização de uma única técnica endodôntica.
I117
Resistência à tração de um sistema resinoso “flowable” após
laser Er:YAG.
BENEDICTO,
M. C. A.*, CORONA, S. A. M., BORSATTO, M. C., PALMA DIBB, R. G.,
CHIMELLO, D. T., ROCHA, R. A. S. S.
Odontologia
Restauradora – FORP – USP. Tel.: (0**16) 602-4075.
E-mail: rgpalma@forp.usp.br
O presente estudo teve por objetivo avaliar in vitro
a resistência à tração de um sistema resinoso tipo “flowable”, em função do
tratamento superficial com laser Er:YAG. Foram utilizadas 30 superfícies de
dentina humana de vestibular e lingual de terceiros molares extraídos,
planificadas e divididas em três grupos, com 10 corpos-de-prova em cada, nos
quais foram realizados diferentes tratamentos superficiais: I - aplicação
do laser Er:YAG; II - associação do Er:YAG + ácido fosfórico a
37% e III - ácido fosfórico a 37% (controle). Confeccionou-se cones
invertidos com a o sistema restaurador resinoso tipo “flowable” Optibond Solo
Plus/Revolution (Kerr) em 3 incrementos e polimerizando por 40 s cada.
Após 24 horas a 100% de umidade relativa em estufa a 37ºC, realizou-se o teste
de tração utilizando a máquina de ensaios universal com carga de 50 kgf e
velocidade de 0,5 mm/min. Analisou-se os tipos de fratura ocorridos, através
de uma lupa estereoscópica com 40 X de aumento. Os valores médios obtidos
em MPa foram 10,22 (± 3,03), 7,86 (± 3,66) e 15,14 (± 5,26) nos
grupos I, II e III, respectivamente. Os dados obtidos foram submetidos ao teste
de Kruskal-Wallis. Observou-se que o grupo controle (ácido fosfórico a 37%),
apresentou maior resistência à tração à dentina, sendo estatisticamente
diferente dos outros grupos.
Concluiu-se que o laser Er:YAG pode influenciar na adesão do sistema
restaurador resinoso tipo “flowable”.
I118
Avaliação in vitro da permeabilidade dentinária
frente a agentes clareadores.
CARRASCO, L.
D.*, FRONER, I. C., PÉCORA, J. D., CORONA, S. A. M.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FORP – USP. Tel.: (0**16) 602-4055,
603-0999. E-mail: froner@forp.usp.br
O objetivo do presente estudo é analisar quantitativamente in
vitro a permeabilidade dentinária frente a ação de três diferentes agentes
clareadores de uso interno. Foram utilizados 20 incisivos superiores, divididos
em quatro grupos: I - controle, sem substância clareadora; II -
peróxido de carbamida a 37% (Whiteness - Super Endo - FGM);
III - pasta de perborato de sódio com água oxigenada 20% cremosa, IV-
peróxido de carbamida a 27% (FCFRP - USP). Após a realização da abertura
coronária, preparo biomecânico e obturação do canal radicular, foi colocado um
tampão cervical, utilizando-se cimento de ionômero de vidro (Vitremer
Restaurador - 3M). A permeabilidade dentinária foi detectada por meio de
infiltração de íons cobre. Após a coloração os dentes foram seccionados. Para
análise da permeabilidade dentinária foram obtidos 3 cortes de cada dente,
utilizando-se de um sistema de imagem digitalizada, composto por microscópio
óptico, acoplado a um microcomputador, utilizando-se o programa KS300
v. 2.0. Foram obtidas 4 medidas para cada secção. Os valores médios
obtidos foram 8,99%, 17,36%, 12,31% e 9,65% para os grupos I, II, III e IV
respectivamente. Os resultados obtidos mostraram que o peróxido de carbamida a
37% foi o que promoveu maior aumento na permeabilidade dentinária, seguido do
perborato de sódio e do peróxido de carbamida a 27%.
Concluiu-se que o peróxido de carbamida a 37% poderá apresentar maior
eficiência quando da realização de clareamento interno. (FAPESP -
00/12180-3.)
I119
Avaliação, através da microinfiltração, de quatro técnicas
de inserção de resinas compostas.
ASSAD, T.
F.*, SILVA, E. M., AZEVEDO, M. E. A., VASCONCELLOS, A. B., BARCELLOS, A. A. L.,
RUA, F. S.
Disciplina
de Dentística – FO – UFF - Niterói, RJ.
O objetivo deste trabalho foi avaliar, in vitro,
quatro técnicas de inserção de resinas compostas condensáveis em cavidades
classe II. As resinas Prodigy Condensable (Kerr); Surefil (Dentsply De Trey) e
Fill Magic Condensável (Vivadent) foram inseridas em cavidades classe II, tipo
“slot” vertical, preparadas nas superfícies proximais de sessenta pré-molares
extraídos por indicação ortodôntica. As técnicas de inserção foram: Grupo
I - incremento único; Grupo II - incrementos oblíquos; Grupo
III - resina “flow” (Natural Flow - DFL) + incrementos
oblíquos e Grupo IV - resina “flow” + 1 incremento
horizontal + incrementos oblíquos. Foram restauradas 10 cavidades
para cada condição experimental. As restaurações foram polidas e termocicladas
(700 ciclos, 5º-55ºC/60 s em cada banho). Os espécimes foram
impermeabilizados com esmalte de unha, imersos em solução de nitrato de prata à
50% por 24 horas + 8 horas em solução reveladora (Kodak) e
seccionados mésio-distalmente com disco de diamante. A microinfiltração foi
avaliada na parede cervical por três examinadores calibrados utilizando escores
de 0-3. Os valores obtidos foram tratados por ANOVA e teste de Tukey
(p << 0,05). A resina Surefil apresentou o pior desempenho. Não
houve diferença estatística entre Prodigy e Fill Magic. A técnica de inserção
em incremento único foi inferior as demais, que não apresentaram diferença
entre si.
Concluiu-se que a técnica de inserção em incremento único pode ser
prejudicial ao selamento marginal em cavidades restauradas com resinas
compostas.
I120
Prevalência de alterações bucais em pacientes pediátricos.
CARROCINO,
C. F. M.*, JUNIOR, S. A., GRACIA, B. C., DUEK, A. P. A., FERNANDES, S. R.,
SOARES, D. F.
Departamento
de Odontologia – UGF.
O escopo desta pesquisa constituiu em verificar a
prevalência de alterações bucais e possíveis correlações com fatores sistêmicos
ou locais, em 53 crianças com até 13 anos de idade incompletos, que freqüentam
as escolas selecionadas da comunidade envolvida. Por intermédio de uma ficha de
cadastramento odontológico (FCO), o estudo foi orientado e sistematizado em uma
entrevista com o responsável e um exame clínico visual, extra- e intrabucal,
com o auxílio de luz de lanterna individual e espátula de madeira. As
alterações de maior prevalência foram: freio labial superior curto (5,7%);
palato profundo (5,7%); anquiloglossia parcial (9,4%); amigdalite (13,2%);
elementos dentários hígidos (68%); ausentes (17,5%); cariados (9,1%);
restaurados (10,8%); mordida aberta anterior (28,6%); apinhamento
ântero-inferior (16,3%); hipoplasia (6,1%).
Os altos índices de amigdalites observados, tanto aos antecedentes
pessoais (30,4%), como ao exame clínico (13,2%), em associação ao elevado
indício de respiração bucal (30,2%), foram relevantes sob o ponto de vista
etiológico da mordida aberta (28,6%); assim como os hábitos de sucção de:
chupeta (22,6%); mamadeira (22,6%) e digital (5,7%). Os baixos índices de
cáries foram atribuídos ao padrão de alimentação apresentado: frutas, verduras
e cereais (47,1%) e à freqüência satisfatória, de 2 a 3 vezes ao dia, para
a prática da escovação dental (83,0%), com utilização de dentifrício fluoretado
(100%).
I121
Análise in vitro da microinfiltração marginal
cervical em cavidades de classe II, restauradas com resinas compostas diretas –
efeito de materiais e técnicas.
CALIXTO, A.
L.*, CANDIDO, M. S. M.
UNESP -
Araraquara.
O objetivo deste estudo foi analisar a microinfiltração
marginal cervical em restaurações de classe II com a utilização das resinas
compostas Filtek P60 (3M) e Filtek Z250 (3M), variando-se diferentes técnicas
restauradoras. Sessenta cavidades conservadoras de classe II foram preparadas
em 30 dentes pré-molares hígidos. Os dentes foram divididos em 6 grupos
experimentais a saber: grupo PT1, restaurados com resina P60, segundo
recomendações do fabricante; PT2, resina Filtek P60, associada com a Ponta
Fotocondensadora Transparente (TDV); e PT3, com resina P60, associada à resina
fluida Flow-It (Jeneric/Pentron) e a Ponta Fotocondensadora Transparente. Para
os grupos ZT1, ZT2 e ZT3, foram utilizadas as mesmas técnicas restauradoras
respectivamente, porém modificando-se o material restaurador, que nestes grupos
foram realizados com a resina Filtek Z250. Todos os grupos estudados utilizaram
o adesivo Single Bond (3M Co.). Após as restaurações, os espécimes foram
armazenados em água destilada à 37ºC durante 24 horas. Todos os dentes foram
submetidos à ciclagem térmica de 200 ciclos às temperaturas de 5ºC e 55ºC. Após
isolamento, os dentes foram imersos em nitrato de prata à 50%. A penetração do
corante foi analizada através de escores de 0 a 4.
Os
resultados foram submetidos a análise estatística de Kruskal-Wallis e
Mann-Whitney e demonstraram que: a) nenhum dos materiais e técnicas estudados
foi capaz de impedir a microinfiltração; b) a Ponta Fotocondensadora reduziu a
infiltração marginal e; c) a interposição de resina fluida apresentou os
maiores índices de infiltração.
I122
Influência do xilitol sobre a formação do biofilme dental.
ANZAI, D.*,
SIMIONATO, M. R. L.
Instituto de
Ciências Biomédicas – Departamento de Microbiologia – USP.
O objetivo deste estudo foi verificar a influência do
xilitol sobre as principais bactérias que constituem o biofilme dental, usando
como modelo a aplicação deste poliálcool sobre fragmentos de esmalte inseridos
em aparelhos removíveis in vivo. A influência do xilitol foi verificada
pela comparação do número de unidades formadoras de colônias do total de
bactérias viáveis, de Streptococcus ssp., de estreptococos do
grupo mutans e de Lactobacillus ssp. nos períodos de 10 e 30
dias, em comparação com a influência da sacarose e do soro fisiológico. As
diferenças verificadas referem-se ao aumento numérico do total de estreptococos
igualmente com o passar do tempo, independente do tratamento a que foram submetidos
os fragmentos. Pudemos detectar diferença significante de Streptococcus
mutans entre os procedimentos utilizando o xilitol e sacarose no período de
30 dias. Com relação ao total de viáveis, nenhuma alteração foi verificada
quanto aos diferentes procedimentos estudados, em nenhum dos períodos de tempo.
A análise de lactobacilos no presente estudo não apontou diferenças numéricas
nem quanto aos tratamentos aos quais os fragmentos foram submetidos, nem com
relação ao passar do tempo. O procedimento utilizando sacarose foi o único a
favorecer o aumento numérico de S. mutans de 10 para 30 dias.
Este achado confirma o favorecimento e seleção de S. mutans pelo
uso de sacarose, diferenciando do uso do xilitol. (Aprovado pela Comissão de
Ética ICB/USP, projeto FAPESP - 05038-7/99.)
I123
Avaliação de um dentifrício com evidenciador de placa
bacteriana.
SILVA, D.
D.*, SOUSA, M. L. R., GONÇALO, C. S., GOMES, V. E., WADA, R. S.
Departamento
de Odontologia Social – FOP – UNICAMP.
E-mail: dias.debora@zipmail.com.br
Além da prevenção da cárie dental através do flúor nos
dentifrícios, estes podem ter outras funções como a de conter corantes para
evidenciar placa bacteriana. Assim, avaliou-se o uso de evidenciadores na
motivação da remoção de placa através de escovação dental em adolescentes, e se
haveria diferença entre os métodos analisados. A amostra foi composta por 62
escolares de Piracicaba, entre 12 e 14 anos de idade e dividida em 3 grupos. O
G1 como grupo controle (escovação dental sem prévia evidenciação de placa); o
G2 (evidenciação de placa com pastilha de eritrosina e escovação dental) e o G3
(escovação com dentifrício contendo evidenciador de placa). Após a escovação,
foi feita evidenciação da placa remanescente com pastilha de fucsina nos 3
grupos, medida através do índice SOHI, que foi realizada em 2 fases, inicial e
final, com intervalo de 2 meses. Através da análise de variância (ANOVA), não
houve diferença no índice SOHI entre as médias dos grupos nas duas fases
(p >> 0,05) e apesar da amostra ser pequena e o fator idade
poder interferir nos resultados, sugere-se alguma vantagem no método usado no
G3, sendo que há necessidade de ser melhor explorado. O G3 apresentou uma maior
proporção de escolares onde houve diminuição do índice de placa (0,23) em relação
ao G2 (0,21) e menor diferença nas médias do acúmulo de placa (0,067).
Os dados sugerem que o dentifrício com evidenciador de placa mostrou
resultados positivos na remoção de placa bacteriana, porém não estatisticamente
significantes em relação ao grupo controle e o de pastilhas evidenciadoras.
I124
A importância do exame histopatológico na rotina exodôntica.
MONTAGNER,
A.*, AZAMBUJA, T. W. F. de, BERCINI, F., LOPEZ, F. U.
Departamento
de Cirurgia e Ortopedia – Faculdade de Odontologia – UFRGS. Tel.: (0**51) 316-5194.
E-mail: montagner@cpovo.net
A exodontia está indicada para todo elemento dentário que
não possa ser utilizado no mecanismo odontológico total. Uma das etapas do
procedimento exodôntico é a curetagem das lesões apicais e o seu encaminhamento
para exame histopatológico. Neste trabalho foram verificadas quais as lesões
encontradas com maior freqüência nos alvéolos dentários e que justifiquem o
exame histopatológico como rotina exodôntica. Foram analisados dados de 4.315
dentes extraídos no Ambulatório de Exodontia da Faculdade de Odontologia da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, durante o período de 1995 a 2000.
Foram encaminhados 711 processos apicais ao Departamento de Patologia da
FO – UFRGS para exame histopatológico. A partir da tabulação e análise dos
dados foram encontrados: 47,7% dos processos correspondiam a cisto abscedado,
36,6% abscesso crônico, 9,7% inflamação crônica e 6,1% granuloma apical. Foi
necessário encaminhamento para exame histopatológico em 16,5% das 4.315 exodontias
realizadas. Também foi observado que 53,8% das lesões devem ser proservadas
radiograficamente, para comprovar a ausência de recidivas e a cura por
neoformação óssea.
I125
Efeito da refrigeração e do intervalo de tempo durante o
procedimento de acabamento na capacidade de selamento marginal.
LOPES, G.
C., MAIA, E. A. V., FOSSATTI, E. G.*, VIEIRA, L. C. C., ANDRADA, M. A. C.
Dentística –
UFSC. E-mail: guilherme_lopes@ig.com.br
O objetivo deste estudo foi verificar se o intervalo de
tempo para a realização do acabamento e a técnica usando discos flexíveis, em
condições à seco ou sob refrigeração, podem afetar no grau de infiltração em
restaurações adesivas diretas. Quarenta cavidades classe V foram preparadas nas
superfícies vestibulares de incisivos e caninos, com margem oclusal em esmalte
e margem gengival em dentina. Single Bond (3M) foi aplicado de acordo com as
instruções do fabricante. As cavidades foram restauradas com resina de
micropartículas (Filtek A110). Em todos os grupos, os discos de óxido de
alumínio (Sof-Lex, 3M) foram utilizados. Os dentes foram divididos em 4 grupos
(n = 10) de acordo com a utilização de refrigeração ar-água: seco (S)
ou refrigerado (R), e tempo para o acabamento: imediato (I) ou após 24 horas
(24). Os espécimes ficaram em água a 37ºC por 24 horas, foram termociclados por
500 ciclos entre 5ºC e 55ºC, imersos em solução de 2% de azul de metileno por 4
horas, e seccionados longitudinalmente. A penetração do corante na interface
dente/restauração foi verificada com escores de 0 a 3, separadamente, para
margens em esmalte e em dentina. Os dados foram analisados usando o teste
Kruskal-Wallis. A mediana dos resultados em esmalte foi: SI =2,
RI = 1, S24 = 1, R24 = 1; e, em dentina:
SI = 1, RI = 1, S24 = 0,5, R24 = 1. Não
houve diferença estatística significante entre os grupos.
Com as limitações deste trabalho laboratorial, podemos concluir que,
quando o acabamento é realizado com discos, a presença ou não de refrigeração e
o intervalo para procedê-lo não afetam a resistência a microinfiltração.
I126
Resistência de união de cimentos resinosos após 1 hora.
LOPES, G.
C., SCHLEMPER, J.*, VIEIRA, L. C. C., BARATIERI, L. N.
Dentística
Restauradora – UFSC. Tel.: (0**48) 224-6990,
fax: (0**48) 234-1788. E-mail: guilherme_lopes@ig.com.br
O presente trabalho
teve por intenção avaliar a resistência de união ao esmalte e à dentina de dois
cimentos resinosos com diferentes tipos de polimerização, 1 hora após a
cimentação adesiva. 40 incisivos bovinos foram incluídos com resina acrílica em
tubos de PVC. As superfícies vestibulares foram polidas até lixa de granulação
600, e divididos aleatoriamente entre os 4 grupos (n = 10). Os 2
cimentos resinosos foram selecionados para a cimentação: um usando-se a
polimerização dual (Calibra, Dentsply), outro a fotopolimerização (Nexus,
Kerr). Os dois cimentos foram aplicados conforme instruções dos fabricantes
para o tipo de polimerização selecionada. 40 cilindros cerâmicos de IPS Empress
(d = 3,0 mm) foram polidos até lixa de granulação 600, condicionados
com ácido hidrofluorídrico 10% por 60 s e silanizados. Após a realização
dos procedimentos adesivos os cilindros foram posicionados sobre as superfícies
dentais e fotopolimerizados durante 40 segundos. Após 1 hora em água, os
corpos-de-prova foram submetidos a ensaios de cisalhamento em uma máquina de
ensaios Instron (5 mm/min.). As médias de força de união (MPa) foram:
Os dados foram
analisados por “one-way” ANOVA. Concluiu-se que em ambos substratos o cimento
resinoso com polimerização dual (Calibra, Dentsply) apresenta resistência de
união superior ao cimento resinoso usado de forma fotopolimerizável (Nexus,
Kerr), após 1 hora a cimentação adesiva.
I127
Microinfiltração de restaurações de resina composta usando
adesivos autocondicionantes.
LOPES, G.
C., BARATIERI, C. M.*, VIEIRA, L. C. C., BARATIERI, L. N.
Dentística –
UFSC. Fax: (0**48) 234-1788. E-mail: guilherme_lopes@ig.com.br
O objetivo deste estudo laboratorial foi avaliar o grau de
microinfiltração de restaurações de resina composta classe V com margens em
esmalte e dentina usando cinco sistemas adesivos autocondicionates:
Etch & Prime 3.0 - Degussa (E&P3.0), Non-Rinse
Conditioner + Prime & Bond NT - Dentsply (NRC + NT),
Clearfil Liner Bond 2V - Kuraray (CLB2v), Clearfil SE Bond - Kuraray
(SE) and Prompt-L-Pop - Espe (L-Pop). 50 cavidades
(2,5 mm x 2,0 mm x 2,0 mm) foram preparadas
em pré-molares, com a margem oclusal em esmalte e a margem gengival em dentina.
Todos os adesivos foram aplicados conforme as orientações dos fabricantes. As
cavidades foram restauradas com resinas híbridas em dois incrementos. Depois de
24 h em água os dentes foram termociclados (250 vezes, 5º-55ºC,
60 s cada ciclo). Os espécimes foram imersos em solução de azul de
metileno por 12 horas, e seccionados longitudinalmente, com um disco
diamantado. A microinfiltração foi analisada com escala de 0-4. Os dados foram
submetidos ao teste Kruskal-Wallis. A mediana dos escores de infiltração nas
margens de esmalte e dentina foram:
Em ambos os
substratos, CLB2v e SE demonstraram-se mais resistentes à microinfiltração do
que os outros adesivos testados, mas não foram diferentes do L-Pop nas margens
de esmalte.
A capacidade
de selamento parece ser dependente da composição química dos adesivos
autocondicionantes.
I128
Resistência de união de diferentes materiais utilizados para
cimentação adesiva.
LOPES, G.
C., RAMPINELLI, K.*, COSTA, G., VIEIRA, L. C. C., MAIA, H. P.
Dentística –
UFSC. Tel.: (0**48) 331-9880, fax: (0**48) 234-1788.
E-mail: guilherme_lopes@ig.com.br
O presente trabalho teve por intenção avaliar a resistência
de união ao esmalte e à dentina de três técnicas de cimentação adesiva: cimento
resinoso (Enforce, Dentsply), compômero (Dyract Cem, Dentsply) e cimento de
ionômero de vidro (Vitremer, 3M). 90 incisivos bovinos foram incluídos com
resina acrílica em tubos de PVC. As superfícies vestibulares foram polidas até
lixa de granulação 600, e divididos aleatoriamente entre os 6 grupos
(n = 15). Os três cimentos foram aplicados conforme instruções dos
fabricantes. 60 cilindros de Artglass (d = 4,5 mm) foram polidos
até lixa de granulação 600. Após a realização dos procedimentos adesivos os
cilindros foram posicionados sobre as superfícies dentais e o cimento
fotopolimerizado durante 40 segundos. Após 24 horas em água, os
corpos-de-prova foram submetidos a ensaios de cisalhamento em uma máquina de ensaios
Instron (5 mm/min.). As médias de força de união (MPa) foram:
Cimento Adesivo |
Enforce (cimento resinoso) |
Dyract Cem (compômero) |
Vitremer Luting Cement (ionômero
de vidro) |
Adesivo |
34% + P&B NT |
NRC + P&B NT |
Vitremer Primer |
Esmalte |
18,6 (4,9) A |
22,6 (5,0) A |
13,9 (5,1) A |
Dentina |
4,0 (2,6) c |
11,4 (3,8) b |
22,8 (11,8) a |
Médias
com letras diferentes são estatisticamente diferentes para
p << 0,05. Maiúscula para esmalte, minúscula para dentina.
Os dados
foram analisados por “one-way” ANOVA. Concluiu-se que no esmalte todos os três
cimento apresentaram resistência de união semelhante. Na dentina, Vitremer
(CIV) foi superior às outras técnicas adesivas. A cimentação com Dyract Cem
(compômero) obteve média superior ao cimento resinoso (Enforce).
I129
Resistência de união de “bracket” com adesivo
autocondicionante – efeito do tipo de polimerização da resina.
LOPES, G.
C., THYS, D. G.*, VIEIRA, L. C. C., LOCKS, A.
Dentística –
UFSC. E-mail: guilherme_lopes@ig.com.br
O objetivo deste trabalho laboratorial foi avaliar a
resistência de união de “brackets” ortodônticos colados com um sistema adesivo
autocondicionante e dois tipos de resina (fotopolimerizável e
autopolimerizável). 40 incisivos humanos livres de cárie foram montados em
resina acrílica e divididos em 4 grupos (n = 10). O esmalte foi
tratado com um sistema adesivo autocondicionante Prompt L-Pop (EspeSPE) ou com
ácido fosfórico 35% (3M) durante 15 segundos como controle. Em dois grupos a
resina autopolimerizável (Concise, 3M) foi usada para colar os “brackets”
ortodônticos (Morelli), os outros dois grupos foram colados com uma resina
fotopolimerizável (Transbond XT, 3M Unitek). Depois de 24 h em água à
37ºC, os corpos-de-prova foram submetidos a ensaios de cisalhamento em uma
máquina de ensaios Instron (5 mm/min.). Os dados foram analisados com
“one-way” ANOVA e Newman-Keuls. As médias de força de união (MPa) foram:
Sistema adesivo |
Prompt L-Pop |
Ácido fosfórico 35% |
Concise (autopolimerizável) |
0,0 (0,0) b |
21,0 (4,2) a |
TransBond XT (fotopolimerizável) |
26,0 (5,7) a |
26,3 (5,5) a |
Médias
com letras diferentes são estatisticamente diferentes para
p << 0,05.
Prompt L-Pop não teve compatibilidade com a resina autopolimerizável.
Quando a resina fotopolimerizável foi usada, o sistema adesivo
autocondicionante testado neste projeto teve resistência de união similar ao
procedimento ortodôntico convencional com o condicionamento com ácido
fosfórico.
I130
Efeito dos “primers” autocondicionantes no esmalte –
uma análise com AFM.
LOPES, G. C.1,
MARTINS, L. F.2, ARAÚJO Jr., E. M.1*, VIEIRA, L. C. C.1,
BARATIERI, L. N.1
1Dentística
Restauradora, 2Física – UFSC. E-mail: guilherme_lopes@ig.com.br
Este estudo teve como objetivo avaliar o poder de dissolução
do esmalte submetido à aplicação de “primers” autocondicionantes através da
análise com microscopia de força atômica (AFM). Foram utilizados quatorze
molares humanos, divididos aleatoriamente em 4 grupos (n = 3). O
esmalte das faces livres foi levemente preparado com uma ponta diamantada para
remoção de esmalte aprismático. A seguir, os espécimes foram tratados com
“primers” autocondicionantes conforme o tempo sugerido pelos fabricantes. Foram
utilizados: Clearfil SE Bond Primer, Kuraray (SE); Clearfil Liner Bond 2v,
Kuraray (2v); Prompt L-Pop, Espe (LP). Como controle o ácido fosfórico 35%, 3M
(Ác. 35%) foi aplicado durante 15 segundos. Após a aplicação dos sistemas todos
os espécimes foram lavados por 15 segundos, secos com jato de ar e analisados
em um microscópio de força atômica (Molecular Image). A análise feita com AFM
numa área de 15 mm x 15 mm revelaram o poder de dissolução
dos “primers” ácidos e do ácido fosfórico 35% (controle) pelo valor pico-vale
médio. Os resultados foram: LP = 550 nm, Ác.
35% = 500 nm, SE = 350 nm,
2v = 225 nm. Os valores foram comparados com “one-way” ANOVA.
O condicionamento com ácido fosfórico 35% (controle) e a aplicação de
Prompt L-Pop tiveram semelhante poder de dissolução do esmalte, sendo maiores
que os sistemas Clearfil SE Bond e Clearfil Liner Bond 2v.
I131
Saúde do pré-escolar – uma estratégia odontológica.
ROCHA, J.
B.*, BRANDÃO, C. F., VIDAL, S. M. M., CANGUSSU, M. C. T., ROCHA, M. C. B. S.
Departamento
de Odontologia Social – Faculdade de Odontologia – UFBA.
O programa de saúde do pré-escolar, implantado no Centro
Comunitário São Miguel, subúrbio ferroviário de Salvador - Bahia, tem como
objetivo promover mudanças comportamentais positivas em saúde através de
atividades educativas e preventivas – escovação diária com dentifrício
fluoretado e uso de fluorfosfato acidulado a 1,23% de acordo com a estratégia
traçada para cada grupo de crianças. Quando indicado, associou-se o Tratamento
Restaurador Atraumático (TRA). Foi feito, inicialmente, exame epidemiológico
utilizando os índices ceo-s; ceo-d; CPOS e CPOD em 99 crianças no ano 2000. O
índice ceo-d mostrou os seguintes valores: aos 3 anos, 2,28; aos 4 anos 2,45 e
aos 5 anos 2,44. Em 30 criancas foram realizadas 76 restaurações atraumáticas
utilizando o cimento de ionômero de vidro Ketac-Molar®, as quais
após 4 meses tiveram uma média percentual de permanência de 68%, indicando um
desempenho clínico satisfatório. Com um ano do programa, o índice ceo-d
encontrado para crianças de 4, 5 e 6 anos foi de 2,78; 2,84 e 2,51,
respectivamente. O CPOD manteve-se zero para dentição mista.
Conclui-se que, embora os resultados sejam indicativos de controle da
doença, para que o programa seja efetivo, torna-se necessário maior compromisso
do binômio família-escola.
I132
Resistência de união de sistemas adesivos a base de acetona.
LOPES, G.
C., COSTA, G.*, RAMPINELLI, K., VIEIRA, L. C. C., BARATIERI, L. N.
Dentística
Restauradora – UFSC. Fax:(0**48) 234-1788.
E-mail: guilherme_lopes@ig.com.br
O presente trabalho teve por intenção avaliar a resistência
de união ao esmalte e à dentina de quatro sistemas adesivos de frasco único com
solvente acetona (One Step, Bisco; Gluma One Bond, Kulzer; Solobond, Voco;
Tenure Quik w/F, Dent-Mat) tendo como controle um sistema com solvente etanol
(Optibond Solo Plus, Kerr). 100 molares permanentes humanos foram incluídos com
resina acrílica em tubos de PVC. As superfícies vestibulares foram polidas até
lixa de granulação 600, e divididos aleatoriamente entre os 10 grupos
(n = 10). Os 5 sistemas adesivos foram aplicados conforme instruções
dos fabricantes. Uma cápsula cilíndrica gelarinosa (d = 4,5 mm),
preenchida com compósito híbrido de cada fabricante, foi posicionada sobre a
superfície dental e fotopolimerizado durante 40 segundos. Após 24 horas, os
corpos-de-prova foram submetidos a ensaios de cisalhamento em uma máquina de
ensaios Instron (5 mm/min.). As médias de força de união (MPa) foram:
Sistema Adesivo |
One Step |
Gluma One Bond |
Solobond |
Tenure Quik w/F |
Optibond Solo Plus (controle) |
Esmalte |
11,3 (4,9) A |
16,3 (10,1) A |
18,9 (4,5) A |
18,7 (4,5) A |
16,4 (3,9) A |
Dentina |
6,4 (2,8) bc |
3,0 (3,4) c |
10,6 (4,9) b |
7,8 (3,9) b |
15,1 (4,3) a |
Médias
com letras diferentes são estatisticamente diferentes para
p << 0,05. Maiúscula para esmalte, minúscula para dentina.
Os dados foram analisados por testes ANOVA e Student Newman-Keuls.
Comparando-se os resultados obtidos nos 5 diferentes sistemas, constatou-se que
em esmalte todos os agentes tiveram resultados equivalentes. Entretanto, no
substrato dentinário, o sistema adesivo a base de etanol (controle) apresentou
maior resistência de união que todos os sistemas a base de acetona.
I133
Conhecimento dos cirurgiões-dentistas sobre a Aids: uma
comparação entre os formados nas décadas de 80 e 90.
MORAES, G.
V.*, CAMPOS, J. U., PAIXÃO, H. H., PORDEUS, I. A.
OPO e OSP –
FO – UFMG. E-mail: isabela@dedalus.lcc.ufmg.br
Desde o início da epidemia, a Aids tem sido motivo de grande
preocupação para a equipe odontológica. Objetivou-se avaliar o nível de
conhecimento dos CD de Belo Horizonte sobre a Aids, comparar o nível de
conhecimento e a disposição em atender indivíduos HIV+ dos CDs formados na
década de 80 com os formados na década de 90 e, ainda, avaliar quais as fontes
de informação utilizadas pelos CD para se atualizarem sobre o tema.
Participaram 123 profissionais, divididos em dois grupos: 1. formados entre
1980 e 1989, 2. formados entre 1990 e 1999. Após dois pré-testes e aprovação
pelo COEPE - UFMG, os questionários foram entregues e recolhidos.
Qui-quadrado foi aplicado aos dados (nível de significância de 5%). Não se
observou diferença estatisticamente significativa entre os CDs das décadas em
estudo, quanto ao nível de conhecimento sobre o HIV/Aids, questões de
biossegurança, comportamento ético dos profissionais e disposição de
atendimento a pacientes HIV+. Revistas científicas, congressos e cursos de
atualização foram a principal fonte de informação utilizada pelos CDs de ambas
as décadas.
Conclui-se que o conhecimento transmitido durante a graduação, além
daquele adquirido através da educação continuada, contribuiu para que o nível
de informação e disposição em atender pacientes HIV+ se assemelhasse entre os
dois grupos estudados. (Apoio: PROGRAD - UFMG.)
I134
Teste microbiológico: calotas de resina acrílica
desinfectadas em forno mircroondas.
SALGADO, C.
L.*, DUARTE, E. C. B., AGUIAR, A. P. V., ALFENAS, E. R., SANTOS, V. R.
DCPCO – FO –
UFMG.
Diversos estudos tem demonstrado a eficácia do forno de
microondas na desinfecção de próteses totais removíveis. A facilidade de
manuseio, o baixo custo do aparelho e o curto período de desinfecção têm
colocado em evidência a utilização do microondas para desinfectar próteses
faciais. O objetivo desse estudo foi verificar a eficácia do forno de
microondas convencional em desinfectar calotas de resina acrílica incolor para
pintura de íris em prótese ocular infectadas in vitro. Oitenta e oito
calotas de tamanho e volume padronizados, previamente lavadas em solução de
hipoclorito de sódio a 0,525% foram dividas em dois grupos experimentais e cada
um deles foi infectado com uma suspensão de cultura de 24 horas de C.
albicans (ATCC 18804) e S. aureus (ATCC 12692). Controles positivo e
negativo de calotas com e sem microorganismos foram utilizados. Todas as
calotas foram submetidas a uma pulsação de irradiação de microondas durante 5
minutos em ambiente umidificado. Os resultados mostraram que 85% dos tubos de
ensaio contendo as calotas contaminadas previamente não apresentavam
crescimento de microorganismos quando comparados com os controles.
Concluiu-se que apesar da não-eficácia de 100%, os 85% alcançados no
experimento são satisfatórios para o objetivo proposto que é a desinfecção e
não a esterilização das calotas.
I135
Cartas de encaminhamento padronizadas e não padronizadas em
Medicina Bucal.
NAVARRO, C.
M., MIRANDA, I. A. N.*, SPOSTO, M. R.
Serviço de
Medicina Bucal – UNESP - Araraquara. E-mail: cmnavarro@uol.com.br
Eventualmente, as cartas de encaminhamento são o único meio
de comunicação entre clínicos e especialistas. Elas são falhas se omitem dados
básicos importantes. O objetivo deste trabalho é comparar o conteúdo das cartas
padronizadas e não padronizadas. Foram avaliados consecutivamente 1.956
prontuários do Serviço de Medicina Bucal (03/1996 a 10/2000). Itens-chave foram
considerados para análise, e os resultados armazenados no banco de dados do
programa Epi Info 6.04. O teste qui-quadrado (p = 0,05) foi aplicado
aos resultados. Havia cartas de encaminhamento em 34% (662) dos prontuários.
Das cartas, 31% eram padronizadas e 69% não padronizadas. A maioria das cartas
padronizadas (87%) foram de profissionais de instituições públicas de saúde. As
maiores discrepâncias percentuais entre cartas padronizadas e não padronizadas
ocorreram para endereço do paciente (14,90/1,32), idade (54,81/9,47), queixa
principal (32,21/8,37), lesão fundamental (29,33/13,66) e sintomas
(27,81/15,42). Houve diferenças estatisticamente significantes para a idade do
paciente, instituição profissional, queixa principal e localização da lesão. A
qualidade e a quantidade de informações entre os dois tipos de carta variou
significativamente.
As cartas padronizadas são mais completas, e contêm informações comumente
ausentes nas cartas não padronizadas. Sugerimos o uso de cartas padronizadas
para melhorar a qualidade da comunicação entre profissionais.
I136
Cronologia de erupção em crianças nutridas e desnutridas da
cidade João Pessoa - PB.
VASCONCELOS,
K. P.*, DUARTE, R. C., VALENÇA, A. M. G., SAMPAIO, F. C.
Pós-Graduação
em Odontologia – UFPB. Tel.: (0**83) 216-7409.
Com a finalidade de analisar a cronologia de erupção
dentária em pré-escolares nutridos (NUT) e desnutridos (DES) da cidade de João
Pessoa (PB), foram examinadas 350 crianças, na faixa etária de 6 a 48 meses,
sendo 180 (51%) do sexo masculino (SM) e 170 (49%) do feminino (SF). Na
classificação do estado nutricional adotou-se a escala NCHS. Verificou-se que
nas crianças do SM de 6 a 12 meses, os ICS e ICI já estavam presentes em 50%
dos arcos nas crianças NUT, enquanto, nas DES, os ICS e ICI estavam presentes,
respectivamente, em 55,6% e 67% dos casos. Entre 18 e 24 meses, para o SM, os C
e 1o MS erupcionaram em 83,3% das crianças NUT, enquanto, nas DES
tais elementos estavam presentes, respectivamente, em 46,7% e 60% dos arcos. Os
2o MS e 2o MI encontravam-se erupcionados em 100% das
crianças NUT do SM de 30 a 36 meses e nas DES este percentual foi de 80%. Não
foi observada diferença de erupção entre as crianças DES e NUT do SM, na faixa
de 42 a 48 meses. Dentre as crianças DES do SF de 6 a 12 meses, os ICS
atingiram 42,9% de erupção e os ICI, 64,2%. Nas crianças NUT do SF de 12 a 18
meses, os ICS e ICI haviam erupcionado, respectivamente, em 16,7% e 33,3% dos
arcos. As crianças NUT e DES do SF de 24 a 30 meses apresentaram 100% de
erupção para os C, 1oMS e 1oMI. Os 2oMS e 2oMI
somente estavam erupcionados em todos as crianças do SF naquelas de 30 a 36
meses.
Conclui-se que a erupção dentária foi mais precoce nas crianças nutridas
que nas desnutridas.
I137
Nível de conhecimento sobre endocardite infecciosa entre
alunos de Odontologia.
BONZI, A.
B.*, VASCONCELOS, L. C. S., CUNHA, P. A. S. M. A., VELOSO, D. J., MELO, N. M.
C., SANTOS, M. A. F.
Pós-Graduação
em Odontologia – UFPB.
A endocardite infecciosa (EI) apresenta aspectos comuns à
prática médico-odontológica, entretanto, a participação do odontólogo é
fundamental na prevenção desta cardiopatia. Este estudo objetivou a
identificação do grau de conhecimento sobre EI de alunos concluintes de dois
cursos de graduação em Odontologia do estado da Paraíba. A metodologia
compreendeu uma abordagem indutiva com procedimento estatístico-comparativo e
técnica de observação intensiva indireta, tendo como instrumento um
questionário interrogando sobre: procedimentos odontológicos que podem causar
EI; aspectos morfológicos e patologias predisponentes; profilaxia e sugestões
para melhorar a prática profissional. A amostra foi composta por 156 alunos, sendo
111 do curso A (CA) e 45 do curso B (CB). Os resultados obtidos estão
apresentados em percentuais. Tinham conhecimentos sobre o que é EI (CA 90,9% -
CB 95,5%); consideram a EI uma patologia grave (CA 98,1% - CB 100%); tinham
conhecimento que procedimentos odontológicos poderiam causar EI (CA 76,5% - CB
84,4%); quais procedimentos poderiam causar EI, mais freqüentemente (CA
exodontia 24,2% - CB cirurgia e periodontia 23,8%); procedimentos profiláticos
mais recomendados (CA e CB profilaxia antibiótica 36,7% e 63,9%
respectivamente); consideram as informações obtidas como suficientes para a
prática profissional (CA 5,4% - CB 12,1%).
Concluiu-se que o grau de conhecimento sobre EI entre alunos das duas
instituições é satisfatório.
I138
Prevalência de fluorose dentária em São José dos Campos -
SP.
TENGAN, C.*,
MARTEN, M. D., NARESSI, S. C. M.
Departamento
de Odontologia Social e Clínica Infantil – FOSJC – UNESP.
O objetivo deste trabalho foi determinar a prevalência de
fluorose dentária em escolares da rede municipal de ensino da cidade de São
José dos Campos - SP, na faixa etária de 7 a 14 anos. Para a seleção do local
de obtenção dos dados, realizou-se um sorteio entre as escolas de cada região:
sul, norte, centro, leste e oeste. Foram examinados os dentes de 1.200
crianças, selecionadas mediante sorteio. O exame foi realizado no consultório
odontológico das escolas, mediante o uso de afastadores de madeira, secagem com
ar comprimido e auxílio do refletor para melhor visualização. A severidade da
fluorose foi medida pelo índice TF (Thylstrup & Fejerskov) com os seguintes
resultados: grau 0 = 60,08%, grau 1 = 20,25%,
grau 2 = 10,83%, grau 3 = 5,08% e os casos com
grau maior ou igual a 4, totalizaram 3,75% da nossa amostra.
Concluímos que a prevalência de fluorose dentária não constitui um
problema de saúde pública para esta população.
I139
Avaliação da confiabilidade do critério de diagnóstico para
pesquisa em DTM (CDP-DTM).
GIACOMIN
Jr., J. L.*, MONTEZI, C., MATTOS, C., GUERRA, S., PAULINO, E.
Universidade
Federal do Espírito Santo.
O diagnóstico das Desordens Temporomandibulares (DTM)
baseia-se principalmente em sintomas reportados pelos pacientes durante a
anamnese e sinais objetivos obtidos no exame clínico. O uso de métodos
confiáveis e precisos de exame e diagnóstico das DTMs é de extrema importância,
e estes só podem ser alcançados após programa de calibragem. Este estudo tem
por objetivo avaliar a confiabilidade de um Critério de Diagnóstico em Pesquisa
sugerido por DWORKIN et al. (1992), após programa de calibragem. Foi
utilizado um modelo do estudo duplamente cego, no qual três examinadores
treinados no referido critério examinaram 18 pacientes e 6 controles, de
maneira independente e em ordem pré-determinada por sorteio, e estabeleceram um
diagnóstico dentre os seguintes: (1) desordem muscular mastigatória, (2)
deslocamento do disco ATM direita, (3) deslocamento do disco ATM esquerda, 4)
artralgia, artrite e artrose da ATM direita, (5) artralgia, artrite e artrose
da ATM esquerda. O método Cohen’s Kappa foi aplicado para o cálculo estatístico
da confiabilidade entre examinadores no diagnóstico e classificação das DTMs
nos sujeitos e voluntários. A análise estatística demonstrou uma confiabilidade
marginalmente aceitável para as variáveis 1 (Kappa = 0,576), 2
(Kappa = 0,486), 4 (Kappa = 0,511) e 5
(Kappa = 0,537), e insatisfatória para a variável 3
(Kappa = 0,288).
Dentro das limitações deste estudo, o critério proposto por Dworkin
parece apresentar uma confiabilidade marginalmente aceitável entre os examinadores.
I140
Indicadores de saúde bucal versus nível
sócio-econômico em pacientes da clínica integrada.
ALMEIDA, R.
V. D.*, GAIÃO, L., PADILHA, W. W. N.
Pós-Graduação
em Odontologia – UFPB. E-mail: rossanaalmeida@uol.com.br
Este estudo objetivou relacionar indicadores de saúde bucal
do paciente da Disciplina de Clínica Integrada (DCI) da UFPB com o perfil
sócio-econômico. Adotou-se a abordagem indutiva, com procedimento
estatístico-comparativo e técnica de observação direta intensiva, utilizando-se
um formulário e exame clínico. Empregou-se uma amostra de 147 (63,3%) pacientes
do segundo semestre de 2000, adotando-se os índices: CPOD, Índice Periodontal
Comunitário (CPI) e Índice de Higiene Oral Simplificado (IHO-S). Os pacientes
foram distribuídos segundo o nível sócio-econômico: GA (maior nível) e GB
(menor nível). Os resultados indicaram predominância do gênero feminino em 52
(76,4%) e 64 (81%) para GA e GB. A situação de emprego mostrou-se positiva em
32 (47%) e 33 (41,7%), não possuindo renda individual 35 (53,8%) e 44 (56,4%)
pacientes do GA e GB, respectivamente. A escolaridade mais freqüente foi o
segundo grau completo com 25 (36,7%) para GA e primeiro grau incompleto com 28
(35,4%) para GB. Encontrou-se CPOD médio de 16 para GA e 17,1 para GB. O IHO-S
mais prevalente no GA foi bom em 33 (48,7%) e intermediário no GB em 40
(50,6%). O CPI mostrou valores de higidez em 9 (13,6%) e 4 (5%) e de doença em
46 (69,6%) e 74 (93,6%) para GA e GB respectivamente. Não foi observada significância
estatística entre GA e GB (testes do qui-quadrado e t de Student).
Concluiu-se que os indicadores de saúde bucal dos pacientes da DCI
independem do nível sócio-econômico. (Apoio: PIBIC/CNPQ/UFPB.)
I141
Expressão de Granzyma B por linfócitos T em carcinoma
epidermóide bucal.
VIEIRA, B.
J., CHAVES, J. A. C.*, MACHADO, R. R. P., CALDONCELLI, F. F., AARESTRUP, F. M.
FOV – FAA;
CBR – UFJF. Tel.: (0**32) 3229-3250.
E-mail: beatrizjvieira@excite.com
A produção de Granzyma B por linfócitos T CD8+ tem sido
considerada importante na indução da morte celular por clivagem de formas
precursoras da caspase. Neste trabalho avaliamos quantitativamente a população
mononuclear do infiltrado peritumoral, a contagem de linfócitos T CD8+ e a
expressão celular de Granzyma B em carcinoma epidermóide de mucosa bucal. Foram
selecionados em arquivo 15 casos, nos quais foi realizado o estudo
imuno-histoquímico (método ABC) com recuperação antigênica sob calor, para
verificar o número de células T CD8+ e a expressão de Granzyma B. A análise do
infiltrado inflamatório demonstrou que 20,5% das células são linfócitos T CD8+.
Adicionalmente, foi demonstrado que 83,7% das células positivas são produtoras
de Granzyma B.
Os resultados sugerem que a produção de Granzyma B é um evento
encontrado com freqüência em linfócitos T CD8+ no infiltrado
inflamatório peritumoral. Portanto, estratégias de indução da resposta imune
celular em neoplasias malignas podem influenciar a indução do processo de
apoptose em células neoplásicas malignas via indução de Granzyma B. (Apoio:
CNPq, FAA.)
I142
Caracterização do infiltrado inflamatório em carcinoma
epidermóide bucal.
VIEIRA, B.
J., MUSSO, D. B.*, OSUGUE, J. S., AARESTRUP, F. M.
FOV –
FAA; CBR – UFJF - MG. Tel.: (0**32) 3229-3250. E-mail: beatrizjvieira@excite.com
A reação inflamatória peritumoral é observada comumente em
carcinoma epidermóide de cabeça e pescoço, sendo que diversos autores citam uma
possível correlação entre esta resposta imunológica local, comportamento
neoplásico e prognóstico. Este trabalho teve por objetivo avaliar o carcinoma
epidermóide bucal a partir da quantificação da inflamação peritumoral e
verificar sua possível correlação com a graduação do câncer, além de realizar a
caracterização morfológica qualitativa do infiltrado. A partir de um
levantamento retrospectivo nos arquivos do SAP/FAA, Valença - RJ, foram
selecionados 15 casos de carcinoma epidermóide bucal, sendo 5 bem
diferenciados, 5 moderadamente diferenciados e 5 indiferenciados. A análise
morfométrica foi realizada em secções histológicas coradas por
hematoxilina-eosina, com o intuito de quantificar a área de tecido inflamado
por campo, em cada amostra. As imagens foram capturadas e avaliadas
utilizando-se os programas ScionImage® for Windows e FotoScan®
for Windows. A área de infiltrado inflamatório foi obtida a partir da média
aritmética dos campos medidos e expressas em porcentagem. A composição do
infiltrado foi avaliada quanto à presença de células polimorfonucleares
(neutrófilos) e mononucleares (linfócitos e plasmócitos).
Não foram observadas correlações entre a natureza e a intensidade do
infiltrado inflamatório e a graduação histopatológica, sugerindo que a resposta
imune local não foi determinante para o prognóstico do paciente. (Apoio: CNPq e
FOV/FAA.)
I143
Caracterização do infiltrado inflamatório na periodontite
crônica em pacientes HIV+.
VIEIRA, B.
J., CHAVES, J. A. C., RAMOS, L. A., FONSECA, D. F.*, AARESTRUP, F. M.
FO – USS;
CBR – UFJF. Tel.: (0**32) 3229-3250.
E-mail: beatrizjvieira@excite.com
O trabalho teve por objetivo estudar aspectos clínicos e
histopatológicos da periodontite crônica em pacientes HIV+, quantificar células
CD3, CD8, CD4, CD20, CD68 e CD15 no sítio da periodontite crônica em pacientes
HIV- e HIV+ e correlacionar os objetivos acima com o grau de desenvolvimento da
periodontite crônica, intensidade da reação inflamatória local e contagem de
linfócitos T no sangue periférico de pacientes HIV+. Para tal, foram avaliados
20 pacientes HIV+ e um grupo controle com 20 pacientes HIV-, ambos os grupos
com diagnóstico de periodontite crônica. Todos possuíam indicação prévia de
cirurgia e assinaram termo de acordo com a resolução nº 196/96 do CNS. Os
pacientes foram submetidos ao exame clínico, à avaliação periodontal e
submetidos a biópsia incisional da papila gengival. A análise morfométrica foi
realizada utilizando-se os programas ScionImage e FotoScan, com o intuito de
quantificar a área de tecido inflamado por campo, em cada amostra. A área de
infiltrado inflamatório foi obtida a partir da média aritmética dos campos
medidos e expressas em porcentagem. A análise imuno-histoquímica foi realizada
pelo método avidina-biotina-peroxidase antiperoxidase. Não foram observadas
diferenças significativas quanto à extensão de área de tecido inflamado quando
comparados os indivíduos HIV+ com os HIV-.
Nossos dados sugerem que a patogênese da periodontite está associada ao
influxo de células CD8 para o periodonto. (Apoio: CNPq e USS.)
I144
Expressão de TNF-alpha na periodontite do adulto.
VIEIRA, B.
J., PIMENTA, R., RAMOS, L. A.*, AARESTRUP, F. M.
FO – USS;
CBR – UFJF. Tel.: (0**32) 3229-3250.
E-mail: beatrizjvieira@excite.com
O fator de necrose tumoral-alpha é uma importante citocina
associada ao desenvolvimento de processos inflamatórios. No presente estudo
investigamos a expressão desta molécula no sítio da reação inflamatória em
amostras gengivais provenientes de 10 pacientes com periodontite do adulto.
Todos os pacientes possuíam indicação prévia de cirurgia bucal e assinaram termo
de acordo com a resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Foi
realizada análise imuno-histoquímica através do método
avidina-biotina-peroxidase anti-peroxidase para a análise da expressão de
TNF-alpha por células inflamatórias. Os autores observaram que o TNF-alpha é
produzido principalmente por macrófagos. Porém, alguns linfócitos T também
sintetizam esta citocina.
Finalmente, nossos dados sugerem um importante papel do TNF-alpha na
patogênese da periodontite do adulto. (Apoio: USS e CNPq.)
I145
Hábitos orais deletérios: avaliação do comportamento das
crianças e suas famílias.
TARTAGLIA,
S. M. A.*, SOUZA, R. G., SANTOS, S. R. B., SERRA-NEGRA, J. M. C.
Departamento
de Ortodontia e Odontopediatria – FO – UFMG.
Este estudo, realizado na cidade de Belo Horizonte -
MG, coletou informações sobre hábitos orais deletérios através de entrevista
com 164 escolares de 6 a 11 anos e questionário enviado para os pais, ambos
pré-testados. Observou-se que a maioria das crianças apresentavam hábito oral
deletério anterior, sendo mais prevalente a chupeta, segundo os pais e as
crianças. Hábitos atuais também foram prevalentes entre as crianças, sendo mais
freqüentes os hábitos de morder e roer unhas. Dos entrevistados, 95,5% tinham
vontade de abandonar o hábito mas a maioria (61,9%) relatou que não consegue.
Apenas 2,9% das crianças relataram ter recebido alguma orientação do dentista
para abandono do hábito oral. O método mais utilizado pelos pais para abandono
do hábito oral (81,3%) foi aconselhamento e conscientização da criança sobre os
defeitos causados nos dentes. Encontrou-se relação significante entre atitude
de repreensão utilizada para o abandono do hábito com a escolaridade da mãe
(p = 0,000), sendo que mães de baixa escolaridade estão quase cinco
vezes (OR = 4,9) mais propensas a adotarem atitudes punitivas com
seus filhos do que mães com alta escolaridade. Observou-se que crianças punidas
em hábitos anteriores tendem a apresentar hábitos orais atuais.
Conclui-se que programas educativos devem ser estimulados objetivando a
conscientização das famílias e dos dentistas.
I146
Avaliação funcional e histológica da lesão unilateral do
nervo facial.
NUCCI-DA-SILVA,
L. P.*, SILVA, C. A., DEL BEL, E. A.
Departamento
de MEF – FORP – USP. Ribeirão Preto, SP. Tel.: (0**16) 602-4050,
fax: (0**16) 633-0999. E-mail: leopoldo@forp.usp.br
O objetivo deste estudo foi analisar a resposta
sensório-motora de ratos após axotomia unilateral do nervo facial e a relação
com a NADPH-d/NOS em núcleos do tronco cerebral. Foram utilizados ratos
(150 g), machos, Wistar. Grupos: divulsionamento (n = 14); lesão
(n = 14; axotomia unilateral direita). Comportamento: campo aberto
(CA) e labirinto em cruz elevado (LCE); realizados no pré-teste, e 1, 7, 14, 21
e 28 dias após os procedimentos. Avaliação histológica: H. E. e atividade
NADPH-d. Os animais axotomizados apresentaram paralisação na hemiface. No teste
CA os animais lesados apresentaram: maior tendência à exploração para o lado
contralateral à lesão, aumento da exploração horizontal e vertical, dos atos de
autolimpeza e diminuição do número de bolos fecais, em todos os tempos
analisados (p << 0,05, MANOVA). O teste do LCE mostrou uma
diminuição (p = 0,049 e p = 0,036, teste t) do
número de entradas e tempo de permanência relativo aos braços abertos, no grupo
lesão após 28 dias. Os animais lesados apresentaram redução no número de
neurônios na coloração H. E., no núcleo do nervo facial, NTS e rafe magno,
28 dias após a lesão. Para atividade NADPH-d/NOS, foi observado um aumento 7 e
28 dias após lesão, no núcleo do nervo facial e uma redução aos 28 dias da
lesão nos núcleos do NTS e hipoglosso (p << 0,05, MANOVA).
Este estudo mostra que lesão unilateral do nervo facial de ratos induz
modificações no comportamento dos animais associadas com alterações estruturais
e do sistema do NO. (Apoio financeiro: FAPESP, CNPq.)
I147
Avaliação quantitativa da microinfiltração marginal em
restaurações de amálgama aderido.
FREITAS, D.
B.*, CORONA, S. A. M., PALMA DIBB, R. G., BORSATTO, M. C., GARCIA, P. P. N. S.
Odontologia
Restauradora – FORP – USP. Tel.: (0**16) 602-4075.
E-mail: nelsoncorona@linkway.com.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar quantitativamente in
vitro a microinfiltração marginal em restaurações de amálgama aderido.
Foram realizados 30 preparos cavitários classe V em pré-molares, restaurados
com amálgama (Dispersalloy) utilizando-se diferentes sistemas intermediários,
divididos aleatoriamente em três grupos: I, Protec CEM (Vivadent), II, All Bond
2 (Bisco) e III, Panavia F (Kuraray), após 24 horas foi realizado o polimento.
Em seguida, os corpos-de-prova foram isolados, termociclados, imersos em
Rodamina B a 0,2%, durante 24 horas, lavados, incluídos em resina acrílica e
seccionados. Para análise da infiltração utilizou-se um microscópio óptico
acoplado a uma câmera e computador, para obtenção da imagem digitalizada, na
qual mediu-se quantitativamente, a penetração do corante. As médias obtidas na
margem oclusal foram 5,03% (± 7,97), 26,19% (± 26,21) e 28,57% (± 16,04)
e na margem cervical foram 88,27% (± 17,74), 47,38% (± 33,76), 79,46%
(± 31,8), para os sistemas intermediários Protec CEM, All Bond 2 e Panavia
F, respectivamente, os dados foram submetidos a análise de variância e teste de
Tukey. Observou-se diferença estatisticamente significante entre as margens,
contudo a margem em esmalte apresentou melhor vedamento. Entre os materiais não
houve diferença significante.
Concluiu-se que nenhum material permitiu o completo vedamento das
margens da restauração.
I148
Avaliação quantitativa da microinfiltração marginal em
selantes após contaminação salivar.
ALVES, A.
G.*, BORSATTO, M. C., PALMA DIBB, R. G., CORONA, S. A. M., CATIRSE, A. B. E. B.
Clínica
Infantil – FORP – USP. Tel.: (0**16) 602-4075.
E-mail: anapaulalves@uol.com.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro
quantitativamente, a microinfiltração marginal de um selante de fossas e
fissuras, associado ou não a um sistema adesivo, após contaminação salivar.
Foram utilizados 40 terceiros molares permanentes hígidos, divididos
aleatoriamente em quatro grupos: IA, aplicação apenas de selante; IB, sistema
adesivo + selante; IIA, contaminação salivar + selante;
IIB, contaminação salivar + sistema adesivo + selante. Em
todos os grupos, os dentes foram submetidos ao condicionamento com ácido
fosfórico a 37%. Foram utilizados o sistema adesivo Single Bond (3M) e o
selante FluroShield (3M). As amostras foram termocicladas, isoladas, e imersas
em Rodamina B 0,2%, durante 24 horas. Em seguida, foram incluídas em resina
acrílica, seccionadas, lixadas, e montadas em lâminas e levadas a um
microscópio óptico acoplado a uma câmera e computador, obtendo uma imagem
digitalizada para medir quantitativamente, em milímetros, a penetração do
corante nas vertentes vestibular e lingual. Os valores médios encontrados nos
grupos IA, IB, IIB foram 0%, enquanto o grupo IIA apresentou 2,87% (± 5,79),
para a penetração do corante. Os dados foram submetidos à análise de variância
e foi observada diferença significante apenas para o grupo IIA.
A partir destes resultados pode-se concluir que, em situações, nas
quais, ocorre contaminação salivar, a associação do sistema adesivo ao selante
de fossas e fissuras, contribui para diminuição da microinfiltração marginal.
I149
Utilização dos métodos de biossegurança na cidade de Porto
Alegre.
PASSOS, D.
G., GALVAGNI, L. E.*, PIRES, M. M., PIRES, L. A. G.
Materiais
Dentários – ULBRA - Canoas - RS. E-mail: dizapassos@hotmail.com
O controle das infecções nos consultórios odontológicos tem
sido um dos grandes desafios para profissionais que atuam na área odontológica.
Durante o atendimento clínico os profissionais devem utilizar meios que evitem
o risco de infecção e de transmissão cruzada. O objetivo deste trabalho foi
verificar junto a 404 cirurgiões-dentistas, escolhidos aleatoriamente, da
cidade de Porto Alegre - RS, se utilizavam os seguintes meios de
prevenção: luvas, máscara, óculos de proteção, avental, gorro e até mesmo
nenhum. Obtivemos os seguinte resultado: 9 profissionais (2,23%) não usam
qualquer tipo de prevenção, 387 (95,79%) usam luvas, 276 (68,32%) usam máscara,
143 (35,40%) usam óculos de proteção, 392 (97,03%) usam avental e 34
profissionais (8,42%) usam gorro. Os cirurgiões-dentistas especialistas (106)
que representaram 26,3% da nossa amostra, utilizavam todos os meios de
prevenção, bem como os profissionais com até 10 anos de formatura (248) que
representaram 61,54% da amostra.
Diante de tais resultados é importante conscientizar a classe
odontológica sobre a utilização de meios que controlem os riscos de infecção e
de transmissão cruzada, principalmente os profissionais com mais de 10 anos de
formatura.
I150
Influência do tratamento superficial na resistência à tração
do sistema Empress II ao cimento resinoso.
PIRES, M.
M.*, GALVAGNI, L. E., MEZZOMO, E., PIRES, L. A. G.
Materiais
Dentários – ULBRA - Canoas - RS.
O objetivo deste trabalho foi avaliar, in vitro, a
resistência da união promovida por meio de diferentes tratamentos superficiais,
entre o sistema Empress II e o cimento resinoso, através de ensaio de tração.
Foram confeccionados 50 amostras de cerâmica Empress II (Ivoclar), e incluídas
com resina acrílica autopolimerizável, deixando a superfície da amostra de
cerâmica de menor diâmetro voltada para cima e exposta. Elas foram divididas em
5 grupos: grupo I, controle, as amostras não sofreram nenhum tipo de tratamento
superficial; grupo II: foram jateadas com óxido de alumínio de 50 µm
(Buffalo Dental, Syosset, USA); grupo III, receberam tratamento superficial com
ácido fluorídrico a 4% (Bisco) por 20 s; grupo IV, foram tratadas com
ácido 4% por 60 s; e o grupo V, foram tratadas com jateamento de óxido de
Al de 50 mm, lavadas, secadas e após condicionadas com ácido a 4% por
20 s. Após o tratamento, as amostras foram lavadas e secadas com jato de
ar. Em todos os grupos foi aplicado silano e injetado o cimento resinoso
Variolink II (Vivadent) na superfície das amostras, o qual foi fotopolimerizado
por 60 s. Após elas foram armazenadas em água destilada a 25ºC por 1
semana e submetidas ao teste de resistência de união à tração em máquina de
ensaio universal Versat-500 com velocidade de 1 mm/min. A média para os
resultados em MPa foram: grupo I: 12,31, grupo II: 17,89,
grupo III: 22,29, grupo IV: 7,51 e grupo V: 31,55.
Resultados obtidos com os testes de comparação ANOVA/Tukey, mostram
diferenças significativas entre as médias para cada grupo. O grupo V
apresentou força superior, seguido pelo grupo III, II, IV e I.
I151
Classificação de istmos radiculares de primeiros molares
inferiores e superiores.
SANO, C.
L.*, TEIXEIRA, F. B., FERRAZ, C. C. R., GOMES, B. P. F. A., SOUZA-FILHO, F. J.
Área de
Endodontia – FOP – UNICAMP.
O objetivo deste estudo é avaliar e classificar istmos
presentes em primeiros molares inferiores e superiores quanto a sua freqüência
e posição, bem como as características anatômicas dos 6 mm apicais de suas
raízes mesiais e mésio-vestibulares, respectivamente. Foram utilizados 50
primeiros molares superiores e 50 inferiores armazenados em formol 10%. As
raízes estudadas foram enumeradas e incluídas em resina. Realizou-se cortes
transversais, perpendiculares ao longo eixo das raízes, a partir do ápice em
direção cervical com extensão de 6 mm. Cada amostra possuía 1 mm de
espessura. Os lados apicais foram corados com nanquim e suas imagens capturadas
através de uma lupa estereoscópica. As imagens foram avaliadas por 2
examinadores e classificadas em tipos I - 2 ou 3 canais sem comunicações;
II - 2 canais principais com conexão definida entre si; III - 3
canais principais com conexão definida, canais “C shape” também se incluem
nesta categoria; IV - canais com extensão para área do istmo e V -
verdadeira comunicação ou istmo completo. Os resultados mostraram que o istmo
tipo I é encontrado em maior freqüência tanto nas raízes mesiais quanto nas
raízes mésio-vestibulares. A medida que os cortes vão se distanciando do ápice,
a incidência do tipo I vai diminuindo concomitantemente ao aumento da
incidência de istmos tipo IV e V.
Concluímos que a anatomia dos canais radiculares são do tipo V na porção
mais próxima à câmara pulpar, ocorrendo um achatamento em direção apical
tornando-se freqüente a presença do istmo tipo I nesta região. (Apoio
financeiro: FAPESP - nº 99/10336-7.)
I152
Osseointegração do implante de poliuretano em fêmur de
coelhos.
BARROS, V.
M. R., ROSA, A. L., CHIERICE, G., PIRES, R. O. M.*
Departamento
de Cirurgia – FORP – USP. Tel.: (0**16) 620-1964.
E-mail: vmbarros@forp.usp.br
Há grande interesse nas áreas médica e odontológica no uso
clínico de biomateriais para substituição de tecidos mineralizados. O trabalho
visa estudar a resposta biológica óssea ao implante de polímero de mamona (PM)
acrescido de fosfato de cálcio e determinar o potencial de osseointegração do
material testado. Cilindros de PM (2,0 x 4,5 mm) foram implantados
nos fêmures de 5 coelhos. Após 8 semanas os animais foram sacrificados e as
amostras obtidas preparadas para a análise histológica de cortes não
descalcificados em microscópio de luz. O grau de osseointegração foi
determinado utilizando um analisador de imagens, medindo-se a porcentagem de
matriz mineralizada na parte cortical em íntimo contato com a superfície do
implante. Na interface osso cortical-implante ocorreu íntimo contato entre o
material e a matriz mineralizada formada, apresentando grau de osseointegração
que variou entre 72,8 % e 90,6%. Na porção medular, o PM apresentou-se envolto
por endósteo com diversos vasos sanguíneos. Não foi observada a presença de
áreas de inflamação ou a presença de células multinucleadas. A presença de osso
neoformado em contato com o PM confirma a conveniência do fêmur de coelho para
estudos in vivo de avaliação de osseointegração.
Os resultados obtidos demonstram a boa biocompatibilidade do material, o
que pode ser avaliado pela porcentagem de osseointegração obtida. (Apoio
financeiro: FAPESP e CNPq.)
I153
Resistência adesiva à dentina e esmalte de resinas compostas
para posteriores.
MIRANDA, M.
S.*, PALMA DIBB, R. G.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FORP – USP. Tel.: (0**16) 602-4078,
fax: (0**16) 633-0999. E-mail: rgpalma@forp.usp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar, in vitro, a
resistência adesiva em esmalte e dentina do sistema Ariston pHc (“liner” + resina
composta), com ou sem condicionamento ácido, comparando-o com o sistema Z100
que requer tratamento ácido do substrato. Trinta molares humanos hígidos foram
seccionados ao meio (sentido mésio-distal) e cada hemidente obtido foi incluído
em resina acrílica e desgastado até a remoção da convexidade do esmalte ou
exposição da dentina utilizando-se lixas d’água de granulação 120 a 600. As
amostras (n = 60) foram aleatoriamente divididas em 3 grupos iguais
(n = 20, 10 em esmalte e 10 em dentina): sistema Ariston pHc (A),
ácido + Ariston pHc (AcA) e Single Bond + Z100 (SZ). Após o
tratamento do substrato, para cada espécime, foi preparado um cone de resina
utilizando-se uma matriz de teflon. O material foi inserido em 3 incrementos,
polimerizados por 40 s cada. Os dentes foram mantidos em água destilada
por 24 h em estufa a 37ºC e a resistência adesiva foi testada em máquina
universal de ensaios (0,5 mm/min.). Os resultados em MPa foram: A-E: 11,55
(± 2,40) e D: 17,49 (± 4,67); AcA- E: 12,44 (± 3,61) e D: 9,00 (± 1,05);
SZ-E: 19,42 (± 2,63) e D: 16,15 (± 2,40). A análise estatística foi
realizada pela ANOVA e teste de Tukey.
Observou-se
que em esmalte, o sistema Ariston pHc não proporcionou boa adesão e que o uso
de ácido previamente ao emprego desse sistema pode influenciar no comportamento
adesivo, principalmente em dentina, concluindo-se que o material deve ser
empregado conforme as instruções do fabricante. (CNPq/PIBIC/USP.)
I154
Resistência adesiva ao esmalte de dois selantes de fossas e
fissuras.
DE ROSSI,
M.*, DE ROSSI, A., BORSATTO, M. C., PALMA DIBB, R. G.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FORP – USP. Tel.: (0**16) 602-4078,
633-0999. E-mail: rgpalma@forp.usp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a resistência adesiva ao
esmalte de uma resina de baixa viscosidade (Flow-It -
Jeneric/Pentron - FI)) e um selante resinoso (FluroShield -
Dentsply - FS). Vinte molares humanos foram incluídos em resina acrílica e
desgastados com o auxílio de lixas d’água de granulação 120-600 até a obtenção
de uma superfície de esmalte plana. Os dentes foram aleatoriamente divididos em
dois grupos. Após o condicionamento ácido da superfície e a aplicação do
sistema adesivo (apenas na Flow-It), de acordo com instruções dos fabricantes,
os dentes foram posicionados em uma mesa metálica e, com o auxílio de uma
matriz de teflon, os materiais foram inseridos em três incrementos e
polimerizados por 40 segundos cada. Os corpos-de-prova foram mantidos em água
destilada por 24 horas em estufa à 37ºC e a seguir a resistência adesiva foi
testada em máquina universal de ensaios (0,5 mm/min.). As médias em MPa
foram FI: 14,10 (± 3,75), FS: 14,57 (± 5,86). Os resultados foram
submetidos a análise estatística empregando o ANOVA e o teste de Tukey e
observou-se que não houve diferença estatisticamente significante entre os
grupos.
Com base nos resultados pode-se concluir que ambos materiais apresentam
resistência adesiva ao esmalte satisfatória podendo ser indicados para selante.
I155
Ação antimicrobiana de materiais restauradores com liberação
de flúor.
CICCONE, J.
C.*, VERRI, M. C., PALMA DIBB, R. G., SALVADOR, S. L.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FORP – USP. Tel.: (0**16) 602-4078,
633-0999. E-mail: rgpalma@forp.usp.br
O objetivo do presente trabalho foi avaliar a atividade
antimicrobiana in vitro de diferentes materiais restauradores: Vidrion
R, Fuji II LC, Ketac-Fil, Ketac-Molar, Fuji IX, Ariston pHc, Degufill Mineral,
Z100 e Compoglass. Para tal finalidade, utilizou-se teste de difusão em ágar,
determinando-se o halo de inibição do crescimento bacteriano sobre Streptococcus
mutans (ATCC 25175), Staphylococcus aureus (ATCC 25923) e Micrococcus
luteus (ATCC 941). Os materiais foram avaliados logo após a manipulação,
assim como o pó e o líquido dos cimentos ionoméricos testados. De acordo com a
exigência nutricional de cada microrganismo foram utilizados os meios Mha e
BHIa (Difco), os guias tiveram o pH ajustado em 7,0 e 6,0. A manipulação e/ou o
preparo dos materiais foram realizados assepticamente e seguindo as instruções
do fabricante. Os componentes e/ou corpos-de-prova foram então aplicados nos
meios de cultura. Decorridas 2 horas de pré-incubação (TA), as placas foram
incubadas à 37ºC por 48 horas em aerobiose (S. aureus e M. luteus)
e em microfilia (S. mutans). Determinou-se o diâmetro dos halos de
inibição de crescimento (mm). O produto Vidrion R assim como os componentes
líquidos de todos os ionômeros apresentaram atividade antimicrobiana em ambos
os meios, enquanto que o Ketac-Fil e Fuji II LC apenas em meio ácido.
Conclui-se que o apenas o Vidrion R e os componentes líquidos dos
cimentoS ionoméricos testados foram capazes de exercer atividade antimicrobiana
em ambos os pHs (ácido e neutro).
I156
Avaliação das alterações dimensionais dos silicones de
adição e condensação.
MESQUITA, A.
M. M.*, NISHIOKA, R. S., ALMEIDA, E. E. S., TAKAHASHI, F., QUINTAS, A. F.,
PAVANELLI, C. A.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOSJC – UNESP.
O propósito deste trabalho foi comparar as alterações
dimensionais, que ocorreram em modelos de gesso obtidos após 24 horas, e após 7
dias da moldagem, utilizando-se para obtenção dos moldes, silicones de reação
de polimerização de adição e condensação. Em um modelo de resina acrílica de
uso laboratorial, foram realizados dois preparos protéticos, um para receber
uma coroa total metálica, e o outro para receber uma coroa parcial metálica do
tipo MOD, com recobrimento da cúspide funcional. Trinta moldeiras individuais
foram usadas com os diferentes materiais. O silicone de adição pela técnica de
moldagem dupla e o silicone de condensação pela técnica massa/fluido. Os
modelos obtidos em gesso tipo IV e o modelo mestre, foram mensurados em locais
pré-definidos e diferentes áreas utilizando uma máquina de medir coordenadas
(Societe - Genoivese) e um projetor de perfis (Jones & Lamson), no
Laboratório de Metrologia Dimensional (IFI - CTA - São José dos
Campos). Os valores porcentuais das alterações dimensionais obtidas, foram
submetidas ao teste ANOVA de Kruskal-Wallis, ao nível de significância de 5%.
As distâncias interpilares foram nos modelos de gesso sempre maiores do que no
modelo mestre, contudo mensurações das caixas, menores que no modelo original,
não importando o material.
Esses materiais possuem comportamentos dimensionais diferentes, que
dependem do local que estão contidos.
I157
Solvência da guta-percha por diferentes substâncias –
uma avaliação comparativa.
SANTIAGO, K.
L. V.*, SZMAJSER, L. K., LOURENÇO, S., FIDEL, S., FIDEL, R.
Escola de
Odontologia – Disciplina de Endodontia – UNIGRANRIO - RJ.
Tel.: (0**21) 672-7777.
O retratamento do sistema de canais radiculares representa
uma significativa porcentagem dentro da prática endodôntica, sendo que a
desobstrução dos canais constitui uma tarefa das mais trabalhosas. O objetivo
deste trabalho foi avaliar a perda de massa da guta-percha sob ação de 5
solventes (Halotano, Xylol, Eucaliptol - Inodon, Eucaliptol - SS
White, e Clorofórmio) em diferentes intervalos de tempo. Foram utilizados 100
cones de guta-percha nº 40 de cada marca comercial (Tanari e Dentsply),
sendo 20 para cada solução testada. Estes foram subdivididos em 4 grupos para
os períodos de 1, 5, 10 e 15 minutos. Cada cone foi pesado em uma balança Marte
com 0,001 g de precisão e, em seguida, colocado em uma placa de Petri com
5 ml de solvente quando foi iniciada a contagem do tempo. Logo após, os
cones foram imersos em álcool etílico e depois em água destilada por 5 minutos
e então deixados em temperatura ambiente por 1 hora para secagem e nova
pesagem.
Segundo os resultados estatísticos obtidos pelos testes ANOVA e
Student-Newman-Keuls houve diferença estatística significante para o Xylol
(p = 0,000705) e Clorofórmio (p = 0,0455), ambos quando
utilizado os cones da marca Tanari, apresentando maior perda de massa da
guta-percha. Também observou-se que houve maior perda de massa no grupo de 10
minutos podendo indicar que após este tempo a ação do solvente tende a se
estabilizar. Não houve diferença estatística significante entre os demais
grupos.
I158
Avaliação da adaptação entre enceramento e preparos para
coroas totais.
ANDREATTA
FILHO, O. D.*, NISHIOKA, R. S., ALMEIDA, E. E. S., MOURA, A. H., MIYASHITA, E.,
QUINTAS, A. F.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOSJC – UNESP.
O objetivo deste estudo foi avaliar o desajuste de adaptação
entre o enceramento e o limite cervical de preparos para coroas totais. Sobre
uma matriz metálica cilíndrica, cuja base possuía um eixo central de
orientação, foram fixados com resina acrílica 30 dentes molares, que em um
torno mecânico (Pesqui Odontol Bras, v. 14, suplemento, 2000,
resumo I047) foram preparados com brocas diamantadas para receberem coroas
totais de mesmas dimensões. Sobre cada preparo foi realizado um enceramento.
Para verificar a desadaptação, os corpos-de-prova foram fixados, pelo seu eixo
central de orientação, a um dispositivo metálico hexagonal possibilitando
mantê-los em posições predeterminadas. Com auxílio de um estereomicroscópio
(100 X – LEICA - DMRXP - Germany) associado a uma câmera
digital (JVC) as imagens das fendas de desadaptação de cada posição eram
enviadas a um programa de leitura de medidas (Image Tool 2.0 for Windows).
Através deste programa foram realizadas 10 mensurações (em micrômetros) de cada
fenda, totalizando-se 1.800 medidas. A partir destes valores, referentes aos 30
corpos-de-prova, obtivemos como resultado a estimativa do parâmetro médio de
desadaptação entre os enceramentos e o limite cervical dos preparos
(média = 41,42 mm ± DP = 15,37).
Concluímos que o desajuste de adaptação já ocorre durante as fases de
enceramento.
I159
A rugosidade de superfície do Ticp afeta sua
biocompatibilidade in vitro.
BELOTI, M.
M.*, ROSA, A. L.
Departamento
de Cirurgia – FORP – USP. E-mail: adalrosa@forp.usp.br
Há evidência de que a biocompatibilidade do titânio (Ti) é
afetada por sua rugosidade de superfície. O objetivo desse estudo foi avaliar o
efeito da rugosidade de superfície do Ti sobre a proliferação e diferenciação
de células de medula óssea de ratos. Discos de titânio comercialmente puro
(Ticp) foram usados. Discos do grupo I foram polidos até 0,05 µm. Grupos
II, III e IV foram, respectivamente, jateados com partículas de Al2O3
de 25 µm, 75 µm e 250 µm. As células foram cultivadas (2 ´ 104 células/poço)
sobre discos de Ti a 37ºC e 5% de CO2 em a-MEM suplementado. Para
avaliação da proliferação, as células foram cultivadas por 7 e 14 dias,
enzimaticamente liberadas, contadas e os dados expressos como tempo de
duplicação entre 7 e 14 dias. Ao final de 14 dias, o conteúdo de proteína total
foi medido de acordo com o método de Lowry e a atividade de fosfatase alcalina
(ALP), utilizando um “kit” comercial. Após 21 dias, a formação de matriz
mineralizada foi avaliada, em um analisador de imagens, através da medida da
porcentagem da área total corada por “alizarin red S”. Os dados foram
comparados por ANOVA e teste de Duncan. O tempo de duplicação foi afetado pela
rugosidade de superfície:
I = IV >> II = III. O conteúdo de proteína
total, atividade de ALP e formação de matriz mineralizada não foram afetados.
Esses resultados sugerem que a proliferação foi aumentada por
superfícies com rugosidade intermediária, jateadas com 25 mm
ou 75 mm, enquanto a diferenciação celular não foi afetada pela
rugosidade de superfície do Ticp. (Apoio financeiro: FAPESP.)
I160
Influência da microporosidade da hidroxiapatita sobre
células de medula óssea de ratos.
FARIA, A. C.
L.*1, BELOTI, M. M.1, VAN NOORT, R.2, ROSA, A.
L.1
1FORP – USP,
Brasil; 2University of Sheffield, UK.
E-mail: adalrosa@forp.usp.br
Hidroxiapatita (HA) tem sido utilizada como substituto
ósseo, entretanto, o efeito da presença de microporos sobre a sua
biocompatibilidade não foi determinado. O objetivo desse estudo foi avaliar o
efeito da presença de microporos (<< 10 mm) sobre a
biocompatibilidade da HA utilizando células de medula óssea de ratos. Discos de
HA com 5%, 15% e 30% de microporosidade foram fabricados pela combinação de
pressão uniaxial e sinterização. Células de medula óssea de ratos cultivadas a
37º e 5% de CO2 em a-MEM suplementado foram inoculadas (104 células/poço)
em poços contendo discos de HA. Após 2 horas e 14 dias em cultura, as células
foram enzimaticamente liberadas e contadas. O período de 2 horas foi utilizado
para avaliar a adesão celular e o de 14 dias para avaliar a proliferação
celular, expressa como tempo de duplicação. Ao final de 14 dias, o conteúdo de
proteína total foi medido de acordo com o método de Lowry e a atividade de
fosfatase alcalina (ALP), utilizando um “kit” comercial. Os dados foram
comparados por meio de ANOVA. Não houve diferença entre os grupos de HA com
relação a adesão e a atividade de ALP. O tempo de duplicação e o conteúdo de
proteína total nas amostras com 30% de microporosidade foram significativamente
diferentes dos outros grupos.
Esses resultados sugerem que a presença de alta porcentagem de
microporos influencia negativamente a biocompatibilidade da HA. (Apoio
financeiro: FAPESP e CNPq.)
I161
Biocompatibilidade in vitro do polímero de mamona.
HIRAKI, K.
R. N.*, BARROS, V. M. R., BELOTI, M. M., ROSA, A. L.
Departamento
de Cirurgia – FORP – USP. a
O polímero de mamona (PM) tem sido utilizado para
substituição óssea, sendo biocompatível e facilmente processado. O objetivo
desse trabalho foi avaliar, utilizando células de medula óssea de ratos, a
biocompatibilidade do PM em três composições: puro, (I); com 30% de CaCO3,
(II) e com 30% de Ca3(PO4)2, (III). Células de
medula óssea de ratos cultivadas a 37ºC e 5% de CO2 em a-MEM
suplementado foram inoculadas (2 ´ 104 células/poço)
em poços contendo discos de PM. Após 4 horas e 7 dias em cultura, as células
foram enzimaticamente liberadas e contadas. O período de 4 horas foi utilizado
para avaliar a adesão celular e o de 7 dias para avaliar a proliferação
celular. Ao final de 14 dias, o conteúdo de proteína total foi medido de acordo
com o método de Lowry e a atividade de fosfatase alcalina (ALP), utilizando um
“kit” comercial. Após 21 dias, os discos foram corados com “alizarin red S” e a
formação de matriz mineralizada, classificada como nenhuma (0), leve (1), moderada
(2) e intensa (3). Os dados foram comparados por ANOVA ou Kruskal-Wallis,
quando apropriado. Não houve diferença entre os grupos em relação a adesão e a
atividade de ALP. Para a proliferação celular
(I << II << III), conteúdo de proteína total
(I << II = III) e formação de matriz mineralizada
(I << II = III) houve diferença significante entre os
grupos.
Esses resultados sugerem que o PM puro é o menos biocompatível e que a
presença de Ca3(PO4)2 favorece a
biocompatibilidade, principalmente por permitir maior proliferação celular.
(Apoio financeiro: FAPESP.)
I162
Avaliação da microinfiltração de 5 sistemas adesivos em
dentes bovinos.
DONASSOLLO,
T. A.*, LEIVAS, L. L., VIGANÓ, C., MOURA F. R. R., DEMARCO F. F.
Mestrado em
Endodontia e Dentística – FO – UFPel. Tel.: (0**53) 222-4439.
E-mail: sancha@uol.com.br
O objetivo desse estudo foi avaliar a microinfiltação de 5
diferentes adesivos. Em 50 incisivos bovinos hígidos foram confeccionadas
cavidades padronizadas de classe V, nas faces vestibular e lingual, com margens
em esmalte e em cemento. Os dentes foram divididos aleatoriamente em cinco
grupos (n = 20), de acordo com os sistemas adesivos empregados: três
adesivos da técnica de condicionamento ácido total (Single Bond - SB, 3M;
Excite - EX, Vivadent; Stae - ST, SDI), e dois autocondicionantes
(Clearfil Liner Bond 2v - CLB2v, Kuraray; Prompt L-Pop - PP, Espe).
Os materiais foram aplicados seguindo as orientações dos fabricantes. As
cavidades foram preenchidas em incremento único com resina composta Sculpt-It
(Jeneric/Pentron). Um fotopolimerizador XL3000 (3M) foi empregado. Após o
polimento, os espécimes foram submetidos a termociclagem, seguida da imersão no
corante. Depois de seccionados, a infiltração foi analisada (40 X), com
base em escore padronizado. Os dados foram submetidos à análise estatística
(Kruskal-Wallis e Mann-Whitney). Em esmalte houve mínima infiltração do
corante, havendo diferença significante (p << 0,001) com
relação ao cemento. Em esmalte o PP exibiu maior infiltração
(p << 0,05) que todos os outros adesivos, os quais se mostraram
similares. Em cemento os materiais apresentaram desempenho semelhante.
Conclui-se que o esmalte apresentou maior resistência a penetração do
corante, exibindo todos os adesivos performance similar, exceto o sistema PP em
esmalte.
I163
Microdureza do amálgama: influência da liga e do tratamento
superficial.
LEIVAS, L.
L.*, DONASSOLO, T. A., OSINAGA, P. W. R., DEMARCO, F. F.
Mestrado em
Endodontia e Dentística – FO – UFPel. Tel.: (0**53) 222-4439.
E-mail: sancha@uol.com.br
O objetivo do presente estudo foi avaliar a dureza do
amálgama, variando-se o tipo de liga e o tratamento superficial. Foram
empregada duas ligas, uma convencional (Duralloy - Degussa) e outra com
alto teor de cobre (GS-80 - SDI), sendo confeccionados 15 corpos-de-prova
padronizados de cada liga. As duas ligas foram divididas em 3 grupos
(n = 5), os quais foram submetidos a um dos seguintes tratamentos de
superfície: brunimento, polimento convencional (pastas abrasivas e escovas) e
polimento especial (borrachas abrasivas). O brunimento foi realizado
imediatamente após a cristalização do amálgama, enquanto os polimentos foram
executados após 7 dias. Seguindo-se os tratamentos, os corpos-de-prova foram
submetidos ao teste de dureza Knoop, utilizando microdurômetro (Durimet), com
carga de 200 g, sendo realizadas 5 leituras em cada espécime. Os dados
foram submetidos a análise estatística (testes ANOVA e Tukey). Os valores de
dureza da liga com alto teor de cobre (1.543,88 ± 466,02) foram
estatisticamente superiores (p << 0,001) que aqueles observados
para a liga convencional (1.083,05 ± 279,31). Também foi observado
que o brunimento resultou em valores de dureza (1.740,10 ± 359,16)
estatisticamente maiores (p << 0,001) que os outros grupos. O
polimento convencional apresentou valores de dureza (1.017,74 ± 181,70)
estatisticamente inferiores (p << 0,05) do que aqueles do
polimento especial (1.182,55 ± 394,58).
Com base na metodologia empregada foi possível concluir que o tratamento
superficial influenciou na dureza, assim como o tipo de liga empregado.
I164
Drogaditos em recuperação: perfil comportamental e condição
epidemiológica.
RIBEIRO, E.
D. P.*, OLIVEIRA, J. A., ZAMBOLIN, A. P., LAURIS, J. R. P., TOMITA, N. E.
Departamento
de Saúde Coletiva – FOB – USP. Tel.: (0**14) 235-8265.
E-mail: quinhaodontousp@hotmail.com
Considerando o número de indivíduos que usam drogas, suas
peculiariedades quanto à saúde bucal e a escassa discussão sobre o assunto,
verificou-se a necessidade de realizar um trabalho objetivando traçar o perfil
da condição de saúde bucal de drogaditos em recuperação. A avaliação do perfil
deste grupo foi feita através da experiência de cárie (CPOD), prevalência de
placa bacteriana (PHP), índice gengival e teste do fluxo salivar. Este estudo
foi feito em 76 internos, do sexo masculino, do Esquadrão da Vida - Bauru,
com idade média de 29,35 anos (p = 11,50; N = 70).
Constituíram o grupo controle, o pessoal de apoio da instituição. Foram
aplicados questionários de satisfação com a saúde bucal (OIDP), sendo que
60,62% relataram que a atividade física foi a menos afetada pelos problemas
dentários e que a mais afetada foi a limpeza dos dentes (44,71%). O CPOD
observado foi de 15,58 (p = 6,02; N = 60) e correlacionado
à idade, obteve-se r = 0,57 (p << 0,001*). A
necessidade de tratamento foi de 7,81 (p = 5,75; N = 60) e
correlacionada ao nível de importâcia que o entrevistado dava à sua saúde
bucal, obteve-se r = -0,32 (p = 0,021*). O índice gengival
foi de 0,67 (p = 0,52; N = 74) e PHP 2,30 (p = 0,82;
N = 74); correlacionando os dois índices obteve-se r = 0,26
(p = 0,024*). O fluxo salivar foi de 1,31 ml/min. Os internos
tinham, em geral, precária saúde bucal, como reflexo da drogadição e das questões
culturais, já que 68,42% tinham o hábito de comer entre as refeições e 65,78%
não utilizavam o fio dental.
O fluxo
salivar normal constatado, despertou discussões sobre os efeitos da eliminação
da droga. (Apoio: CNPq.)
I165
Saúde bucal e diabetes na população nipo-brasileira: uso de
sócio-indicadores.
TOMITA, N.,
CHINELLATO, L., LAURIS, J., FRANCO, L., PERNAMBUCO, R., GARCIA, T. R.*,
JUSTAMANTE, M. N., TASSO, M., ROSA, H., CHUN, J. H.
FOB – USP.
Tel.: (0**14) 235-8256.
Este estudo transversal foi delineado com o objetivo de
verificar os níveis de satisfação bucal, os impactos decorrentes das perdas
dentárias e avaliar as condições de saúde bucal na população nipo-brasileira,
em Bauru - SP - Brasil. A amostra constituiu-se de 1.316 indivíduos
entre 30 e 92 anos de idade, ambos os sexos, pertencentes a primeira e segunda
gerações. Após a aprovação do projeto pelo comitê de ética e pesquisa, foi
entregue uma carta de informação ao paciente que assinava um termo de
concordância. A entrevista OIDP (Oral Impacts on Daily Performances), bem como
os exames médicos, laboratoriais e clínicos, incluindo exame bucal, foram
realizados no HRAC - USP. O índice CPOD utilizou a metodologia proposta
pela OMS (1997). O uso do indicador sócio-odontológico OIDP mostrou que o grau
de satisfação individual com a saúde bucal foi elevado em 53,6% dos indivíduos
da amostra, que não relataram qualquer atividade diária afetada pela condição
bucal. Os indivíduos da segunda geração relataram que algumas atividades foram
significantemente afetadas (p << 0,05), como higienizar a boca,
manter o estado emocional e desenvolver sua atividade principal. Houve
associação significante entre edentulismo, sexo e idade com relatos de queixas
ao questionário OIDP (p << 0,05), como testado pelo teste de
Mann-Whitney.
A aculturação dos descendentes apresentou relevância sobre a satisfação
com a condição bucal, bem como o edentulisno, em portadores de diabetes e em
normoglicêmicos. (Apoio financeiro: PIBIC/CNPq, CNPq - processo
300139/98-5.)
I166
Prevalência de anquilose de molares decíduos em fissurados.
ARANHA, A.
M. F.*, DUQUE, C., CONSULIN, T., BRANDÃO, C., BARBIRATO, C., CARRARA, C.,
GOMIDE, M., COSTA, B.
Odontopediatria
– HRAC – USP. E-mail: amfaranha@bol.com.br
O objetivo deste trabalho foi caracterizar a prevalência de
anquilose de molares decíduos em crianças com fissura de lábio e/ou palato na
faixa etária de 5 a 12 anos, já que na literatura encontra-se somente estudos
em pacientes não-fissurados. Foram avaliados clinicamente 272 pacientes que
compareceram para o tratamento de rotina do HRAC, da raça branca, sem distinção
do sexo e sem qualquer outro tipo de anomalia. Foram analisados o tipo de
fissura, presença de infra-oclusão e quando presente, o dente, o arco e o
hemiarco afetados. Considerou-se como dentes anquilosados aqueles que se apresentaram
em infra-oclusão, sendo excluídos os molares decíduos com lesões de cárie
extensas ou grandes restaurações. O exame clínico foi feito por um observador
devidamente treinado que analisou cada hemiarco separadamente com auxílio de um
espelho. Os dados foram submetidos à análise estatística não-paramétrica do c2
e de Fisher ao nível de significância de 5%. De acordo com os resultados,
a prevalência de anquilose foi de 18,7%, sem diferença estatística entre os
sexos (p = 0,388), nem entre os tipos de fissuras
(p = 0,089), mas em relação ao arco, os casos de anquiloses foram
mais freqüentes na mandíbula (p << 0,0001).
Pode-se concluir que os resultados foram coincidentes com os dos
pacientes não-fissurados, sugerindo a não-interferência da fissura na
prevalência de anquilose.
I167
Estudo da associação entre o estado nutricional e alterações
do esmalte dental em escolares.
DUCATTI, C.
H.*, PUPPIN RONTANI, R. M., BASTOS, H. D.
Área de
Odontopediatria – FOP – Unicamp –
Pediatria – FCM; Unesp,
Botucatu. E-mail: rmpuppin@fop.unicamp.br.
O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência de
alterações de esmalte em dentes permanentes (AED) e avaliar a relação entre o
estado nutricional e a presença de AED em escolares de 7 a 10 anos de idade de
escolas públicas de Botucatu-SP. A avaliação nutricional foi baseada na análise
antropométrica e a das alterações do esmalte no índice DDE (Developmental
Defects of Enamel Index). Os exames foram realizados por um único examinador,
sendo estimada a reprodutibilidade do índice DDE através da correlação de
Pearson em 90% de concordância intra-examinador. Foram examinadas 449 crianças
de ambos os sexos. Os dados obtidos foram submetidos aos testes estatísticos:
teste exato de Fisher, Wilcoxon, Kruskal-Wallis e Goodman
(p << 0,05), considerando-se as variáveis e suas associações.
De acordo com os dados obtidos observou-se a prevalência de 73,9% de defeitos
de esmalte e 34,1% de desnutrição na população estudada. O tipo mais comum de
lesão encontrada foi opacidade difusa nos dentes anteriores (incisivos) e
opacidade demarcada nos posteriores (primeiros molares permanentes). As
crianças classificadas como eutróficas apresentaram maior número de dentes
afetados em relação aos desnutridos (p << 0,05). Não houve
associação entre os diferentes estados nutricionais e a presença de lesões de
esmalte (p >> 0,05).
Baseando-se nos resultados obtidos pôde-se concluir que embora as lesões
de esmalte tenham sido atribuídas a etiologia sistêmica, não houve associação
significativa do estado nutricional como fator etiológico das AED.
I168
Eletrovibratografia computadorizada em pacientes com
desordens temporomandibulares.
CASSELLI,
H.*, SILVA, W. A. B., SILVA, F. A., SILVA, L. B., LANDULPHO, A. B.
Área de
Prótese Fixa – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5375.
E-mail: wilkens@fop.unicamp.br
Os ruídos emitidos pelas articulações temporomandibulares
durante a função mastigatória, constituem-se em um dos sinais mais prevalentes
das desordens temporomandibulares. O objetivo deste trabalho foi estudar o
comportamento do ruído articular em sua reprodutibilidade e intensidade através
de avaliações eletrovibratográficas computadorizadas, em pacientes portadores
deste tipo de patologia, tratados com aparelhos de cobertura oclusal plana.
Foram selecionados 10 pacientes com faixa etária entre 23 e 64 anos, portadores
de sinais e sintomas da patologia descrita e de ruídos articulares audíveis
clinicamente em forma de estalidos e/ou crepitações. Para as avaliações
eletrovibratográficas foi utilizado um eletrossonógrafo computadorizado (JVA,
Bio-Research Inc., USA) que permite a captação de ondas vibratórias num
espectro de freqüência entre 0 e 650 Hertz e de amplitude a partir de
0,1 Pascal. As avaliações foram realizadas antes e após 60 e 120 da
instalação dos aparelhos oclusais. Os resultados obtidos foram submetidos ao
teste estatístico do sinal (5% de significância) e revelaram que houveram
diferenças estatisticamente significantes na freqüência e amplitude dos ruídos
articulares observados antes e após o tratamento, sendo que 90% dos pacientes
passaram a exibir níveis de intensidade considerados como normais no período
estabelecido para a última avaliação (20 Pa x Hz).
Em função destes resultados podemos concluir que: houve a redução na intensidade
e freqüência dos ruídos articulares e que a terapia instituída foi efetiva para
a remissão da sintomatologia apresentada.
I169
Disfunção da articulação têmporo-mandibular: prevalência de
sinais e sintomas.
ZANELLA,
L.*, CAMACHO, G. B., OSÓRIO A. B., COSTA, M. D.
Departamento
de Odontologia Restauradora – UFPel.
E-mail: leandrozanella@bol.com.br
As disfunções têmporo-mandibulares (DTM) têm uma freqüência
alta na população. Para o diagnóstico de DTM é necessário que se saiba suas
características clínicas e a freqüência com que ocorrem. Neste trabalho, foi
feito um levantamento da ocorrência de desordens têmporo-mandibulares em
pacientes da zona urbana e rural da região de Pelotas, RS. Para tanto, foram
triados 80 pacientes com diagnóstico de DTM num período de 2 anos de
levantamento em um programa específico de atendimento. Foram coletados os dados
que levaram ao referido diagnóstico e agrupados de forma a permitir uma
comparação com os achados da literatura. Os resultados foram: prevalência de
DTM em 90% das mulheres; 95% dos pacientes provieram da zona urbana; quanto às
faixas etárias, houve uma ocorrência de 8,75% de desordens na faixa de 10 a 20
anos, 47,5% de 21 a 39 anos, 38,75% de 40 a 59 anos e 5% de 60 a 89 anos. As
regiões mais acometidas pela dor são: ATM com 62,5%, musculatura com 38,75%,
cabeça (cefalalgias) com 40% e coluna com 5%. Quanto aos períodos de
exacerbação da dor, em 26,25% dos casos foi durante o trabalho, 28,75% ao
acordar e em 46,25% dos casos foram em períodos de estresse.
Disso depreende-se que os pacientes do sexo feminino são mais acometidos
pela DTM bem como indivíduos provenientes da zona urbana; a sintomatologia
dolorosa na ATM e cefalalgias são mais freqüentes que a dor muscular e na
coluna. Observou-se que durante os períodos de estresse, ao despertar e durante
o trabalho houve um aumento da sintomatologia dolorosa. (Apoio: CNPq.)
I170
Efeito de diferentes tratamentos na adesão da porcelana ao
cimento.
MALINSKI, S.
M.1*, CAMACHO, G. B.1, OSÓRIO, A. B.1, NONAKA,
T.2, GONÇALVES, M.2
1Odontologia
Restauradora – FO – UFPel; 2Odontologia Restauradora – FORP – USP.
E-mail: charrua@ufpel.tche.br
O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro a
resistência de união da cerâmica com o cimento resinoso, com a utilização de
diferentes tratamentos superficiais em duas porcelanas e, dois cimentos
resinosos. Com este propósito, foram realizados ensaios de cisalhamento em 84
corpos-de-prova, 42 confeccionados com cerâmica feldspática Duceram LFC
(Degussa) e, 42 com cerâmica aluminizada Vitadur-alpha (Vita Zanfabrik). Cada
grupo foi adesivado com cimento resinoso Rely X (3M) e, Enforce
(Dentsply). Os corpos-de-prova foram separados conforme os tratamentos: I. jato
de partículas de 50 mm de óxido de alumínio e um agente silano; II.
aplicação de ácido fluorídrico 10% por 4 minutos e um agente silano (grupo
controle); III. jato de partículas de 50 mm de óxido de alumínio e
aplicação de ácido fluorídrico 10% por 4 minutos e um agente silano.
Os resultados apontaram para uma diferença entre os cimentos testados. O
Rely X apresentou melhor desempenho que o Enforce. Embora a cerâmica
Vitadur-alpha tenha possibilitado uma maior força de união, não diferiu em
relação à Duceram LFC. Comparados ao grupo controle, os diferentes tratamentos não
promoveram uma melhora na adesão da porcelana ao cimento. (Apoio:
FAPERGS - processo 98/0842-3.)
I171
Influência da técnica de inserção de resina composta
condensável sobre a microinfiltração marginal.
CASANOVAS,
R. C.*, AMARAL, C. M., COSTA, J. F., MARCHI, G. M., PIMENTA, L. A. F.
Dentística –
FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5340.
E-mail: lpimenta@fop.unicamp.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da
técnica de inserção da resina composta condensável sobre a microinfiltração
marginal. Foram preparadas 120 cavidades classe II em dentes bovinos, com
margem gengival em dentina/cemento, que foram divididas em 4 grupos: G1 -
inserção única; G2 - inserção em incrementos horizontais; G3 -
inserção em incrementos oblíquos; G4 - inserção mista, em incrementos
vestíbulo-linguais. Todas as cavidades foram restauradas utilizando o sistema
adesivo Prime & Bond 2.1 (Dentsply) e a resina composta Surefil (Dentsply).
Os dentes foram submetidos à termociclagem (5º ± 2ºC e 55º ± 2ºC,
durante 1.000 ciclos) e em seguida imersos em solução aquosa de azul de
metileno a 2%, pH 7, por 4 horas. A avaliação da microinfiltração marginal
foi realizada por 2 examinadores segundo o critério de escores de 0 a 4. As
médias de microinfiltração para cada grupo foram: G1 = 3,0;
G2 = 3,3; G3 = 2,6; G4 = 3,3 e o teste
Kruskal-Wallis demonstrou não haver diferença estatisticamente significante na
microinfiltração entre as diferentes técnicas ao nível de significância de 5%.
Nenhuma das técnicas de inserção foi capaz de eliminar a
microinfiltração e não diferiram entre si.
I172
Avaliação da microinfiltração marginal em restaurações
classe V de resina composta.
NISHIYAMA,
J. C.*, NONAKA, T., YAMAMOTO, K., SAKAUE, A. T., BERSAN, R. M.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FORP – USP. Tel.: (0**16) 602-4078,
633-0999. E-mail: tnonaka@forp.usp.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro a
microinfiltração marginal em sistemas restauradores resinosos indicados para
dentes posteriores. Trinta cavidades classe V com margem oclusal em esmalte e
cervical em dentina/cemento foram preparadas nas faces V/L de pré-molares e
divididas aleatoriamente em três grupos: I- Surefil (Dentsply), II- Prodigy
(3M) e III- Alert (Jeneric/Pentron). As restaurações foram realizadas seguindo
as instruções dos fabricantes e polidas após 24 h. Os espécimes foram
termociclados, isolados, imersos em Rodamina B a 0,2% por 24 h e incluídos
em resina acrílica. A seguir foram seccionados longitudinalmente e os cortes
obtidos foram analisados em microscópio óptico acoplado a um computador e uma
câmera. As imagens foram digitalizadas e um software determinou
quantitativamente a microinfiltração, em milímetros. As médias da penetração do
corante nas margens oclusal (O) e cervical (C) foram: grupo I O- 6,34% (± 11,08),
C- 41,23% (±32,97); grupo II O- 37,66% (± 16,70), C- 39,11% (± 36,42),
e grupo III O- 5,96% (± 12,18), C- 47,53% (± 36,09). A análise
estatística foi realizada pela ANOVA e teste de Tukey. Foi observada diferença
significante (p << 0,01) entre as margens oclusal e cervical
para todos os grupos e, de modo geral, houve menor infiltração em esmalte.
Comparando-se os materiais, não houve diferença signficante.
Concluiu-se
assim que todos os materiais permitiram algum grau de infiltração
(principalmente a Prodigy) e nenhum dos sistemas assegurou o completo selamento
de ambas as margens. (Apoio: FAPESP - processo nº 00/07462-0.)
I173
Avaliação da microinfiltração marginal em restaurações
classe II associando diferentes materiais.
YAMAMOTO,
K.*, NONAKA, T., BORSATTO, M. C., NISHIYAMA, J. C.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FORP – USP. Tel.: (0**16) 602-4078,
633-0999. E-mail: tnonaka@forp.usp.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro a
microinfiltração marginal em cavidades classe II, usando diferentes materiais.
Cinqüenta e quatro cavidades com margem cervical em dentina/cemento foram
preparadas nas faces MO e DO de molares e divididas aleatoriamente em 6 grupos,
sendo 2 grupos em cada dente: I- Permite C (SDI), Single Bond (3M) e Z250 (3M);
II- Panavia 21 (Kuraray), Permite C (SDI), Single Bond (3M) e Z250 (3M); III-
Single Bond (3M), Compoglass (Vivadent) e Z250 (3M); IV- Single Bond (3M),
Revolution (Kerr) e Z250 (3M); V- Vitremer (3M), Single Bond (3M) e Z250 (3M);
VI- Single Bond (3M) e Z250 (3M). As restaurações foram realizadas seguindo as
instruções dos fabricantes e polidas após 24 h. Os espécimes foram
termociclados, isolados, imersos em Rodamina B a 0,2% por 24 h e incluídos
em resina acrílica. A seguir foram seccionados longitudinalmente e os cortes
obtidos foram analisados em microscópio óptico acoplado a um computador e uma
câmera. As imagens foram digitalizadas e um software determinou
quantitativamente a microinfiltração em milímetros. As médias da penetração do
corante na margem cervical dos grupos foram: I- 0%, II- 0%, III- 16,46% (± 22,56),
IV- 26,45% (± 39,94), V- 13,16% (± 33,13) e VI- 13,88% (± 18,23).
A análise estatística foi realizada pelo teste de Kruskal-Wallis. Comparando-se
os materiais não houve diferença significante. Observou-se que os grupos I e II
não apresentaram infiltração.
Concluiu-se que o uso do Permite C com ou sem Panavia 21 permitiu o
completo vedamento da margem cemento/dentina. (Apoio: FAPESP - processo
nº 00/09425-4.)
I174
Análise da adaptação marginal de coifas para pilar CeraOne
DCA 128-0.
KOWALSKI, R.
V.*, MORAES, R., SUZUKI, R. M., MEZZOMO, E., TEIXEIRA, E.
Departamento
de Prótese Dentária – Faculdade de Odontologia – ULBRA.
O presente estudo analisou a adaptação marginal de 4 tipos
de coifas no pilar CeraOne 128-0. As coifas analisada foram: grupo I, coifa de
ouro DCB 160 (Nobel Biocare); grupo II, coifa de cerâmica Vita®
In-Ceram; grupo III, coifas cerâmicas Procera (Nobel Biocare) e grupo IV,
coifas cerâmicas CeraOne (Nobel Biocare). Cinco coifas de cada grupo
experimental foram fixadas com aparelho específico, sem cimento, e analisadas
em cinco pontos de leitura em microscopia eletrônica de varredura. Os valores
médios dos desajuste marginal em micrômetros foram: grupo I, coifas de ouro,
5,95 (D.P. = 2,10); grupo II, coifas de In-Ceram, 8,33
(D.P. = 4,37); grupo III, Procera, 27,47 (D.P. = 21,69);
grupo IV, CeraOne, 5,49 (D.P. = 1,08).
Os dados foram submetidos a análise estatística, teste de Tukey
(p = 0,05) e o grupo demonstrou ter uma adaptação marginal
significativamente pior em relação as demais coifas estudadas.
I175
Descontaminação de cones de guta-percha com clorexidina e
hipoclorito de sódio.
MATSUMURA,
C. U.*, GOMES, B. P. F. A., FERRAZ, C. C. R., ROSSI, V. P. S., TEIXEIRA, F. B.
Endodontia –
FOP – UNICAMP.
Cones de guta-percha devem estar livres de microrganismos no
momento da obturação dos canais radiculares. Este trabalho tem como objetivo
avaliar a efetividade de 2 substâncias antimicrobianas na descontaminação de
cones de guta-percha, visto que estes não podem ser esterilizados por calor.
Cones acessórios Tanari R8 foram contaminados com esporos de Bacillus
subtilis. As substâncias testadas foram: clorexidina líquida e gel a 0,2%,
1% e 2% e hipoclorito de sódio (NaOCl) a 0,5%, 1%, 2,5% e 5,25%. Os cones foram
imersos na solução antimicrobiana nos tempos imediato, 45 s, 1, 3, 5, 10, 15,
20, 30, 45 min. e 1, 2, 3, 5, 10, 24, 48 e 72 h. Depois cada cone foi
transferido para um tubo contendo 5 ml de tioglicolato mais neutralizador
(clorexidina: tween 80 + lecitina de soja a 0,07%; NaOCl: tiossulfato
de sódio a 0,6%), agitado e subtransferido para tubos contendo apenas 5 ml
do tioglicolato. Passados 21 dias de incubação em estufa a 37ºC, as amostras
foram plaqueadas em BHI ágar-sangue. A clorexidina nas concentrações e formas
de apresentação testadas não foi efetiva na descontaminação dos cones de
guta-percha em até 72 h de imersão. Já o NaOCl 5,25% descontaminou após
1 min. de imersão. Para NaOCl 0,5%, 1% e 2,5% a descontaminação ocorreu a
partir de 5 min.
Conclui-se que para descontaminação rápida de cones de guta-percha NaOCl
5,25% é o mais efetivo e que a clorexidina até 72 h não tem se mostrado
efetiva na descontaminação. (Apoio: FAPESP - 1996/05584-3, CNPq - 520277/99-6 e
100177/01-8.)
I176
Efeito de técnicas de fotoativação na infiltração marginal.
LISSO, M.
T.*, SANTOS, A. J. S., AGUIAR, F. H. B., GOMES, F. M., LOVADINO, J. R.
Faculdade de
Odontologia de Piracicaba – UNICAMP. E-mail: alexjss@yahoo.com
O objetivo desse estudo in vitro foi avaliar o efeito
da técnica de fotoativação na infiltração marginal. Cavidades cilíndricas foram
preparadas em blocos de esmalte e de dentina, obtidos de 20 incisivos bovinos,
e restauradas com um compósito (Z250/3M - Espe). As técnicas de
fotoativação foram: técnica convencional e de duas fases. Para esta técnica,
foram realizadas medições de luz halógena com radiômetro digital, em diferentes
distâncias (0, 3, 6, 9, 12 e 15 mm). A correlação linear distância versus intensidade
de luz estabeleceu 13,13 mm para a intensidade de luz de 150 mW/cm2,
que foi determinada como inicial (10 s). Foi realizada uma fotoativação
complementar (30 s) com intensidade total do aparelho (KM 2000R -
DMC). Os grupos experimentais foram: fotoativação convencional em esmalte (CE)
e em dentina (CD), fotoativação duas fases em esmalte (FE) e em dentina (FD).
As amostras foram termocicladas por 3.000 ciclos, entre temperaturas de
5º ± 2ºC e 55º ± 2ºC, e imersas em solução aquosa de azul
de metileno a 2%, por 12 horas. A infiltração marginal foi mensurada
quantitativamente através de espectrofotometria e os dados submetidos à análise
estatística ANOVA e teste de Tukey (p << 0,05).
A partir dos resultados, concluiu-se que a técnica de duas fases não
proporcionou diminuição na infiltração marginal, que mostrou ser mais severa
nas restaurações em dentina. (Apoio: FAPESP - 00/02389-2.)
I177
Micromorfologia da interface dente-restauração adesiva de
dentes decíduos.
VARGAS, C.
D*., CASAGRANDE, L., MARIATH, A. A. S., PORTO, R. B., ARAUJO, F. B.,
SOUZA, M. A. L.
Disciplina
de Odontopediatria – FO – UFRGS. Tel.: (0**51) 316-5027.
A luz da literatura atual, pouco se conhece em relação a
micromorfologia da interface dente-restauração de dentes decíduos com a
utilização de sistemas adesivos autocondicionantes. Nesse sentido, o presente
trabalho teve como objetivo descrever e comparar, através da microscopia
eletrônica de varredura (MEV), a micromorfologia da interfece dente-restauração
de molares decíduos humanos após a utilização de um sistema adesivo
convencional (G1: Scotchbond Multi-Uso - 3M) e um autocondicionante (G2:
Clearfill SE Bond - Kuraray). A amostra foi constituída de seis molares
decíduos humanos hígidos, três dentes para cada grupo, extraídos em fase final
de rizólise. Após confeccionadas as cavidades oclusais padronizadas in vitro,
utilizou-se os sistemas adesivos citados e posteriormente restaurou-se com
resina composta Z250 (3M). Os corpos-de-prova foram analisados ao MEV e as
imagens sugerem um padrão de união similar nos dois grupos, tanto em esmalte
quanto em dentina. Na interface dentina-material restaurador houve a formação
de camada híbrida, porém esta se apresentou de forma mais regular no G1.
I178
Avaliação da infiltração de restaurações com compósitos
segundo técnica de inserção e fotoativação.
BARROS, G.
K. P.*, AGUIAR, F. H. B., SANTOS, A. J. S., GOMES, F. M., LOVADINO, J. R.
FOP –
UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5340. E-mail: flaguiar1@yahoo.com
O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar
quantitativamente a infiltração marginal em restaurações dentais, realizadas
com um composito compactável - P60 (3M - Espe). Para isso, foram
obtidos blocos dentais, utilizando-se 40 dentes bovinos. Através de uma ponta
diamantada especial, foram realizadas cavidades cilíndricas medindo 1,5 mm
de diâmetro com 4,0 mm de profundidade. Esses blocos foram,
aleatoriamente, divididos em 4 grupos (n = 10) sendo que cada grupo
foi restaurado em um único incremento (I1) ou em três incrementos (I3), sendo
estes fotoativados com fotopolimerizadores de luz contína (FC) ou progressiva
(FP). Todas as amostras foram termocicladas por 3.000 ciclos. Os
corpos-de-prova foram imersos em tubos de ensaio, separadamente, contendo azul
de metileno, por 12 horas. Após isso, foram lavadas, secadas, trituradas e
imersas em tubo de ensaio, contendo álcool absoluto por 24 horas. O
sobrenadante da solução foi submetido à análise quantitativa de concentração de
corante, pelo aparelho de espectrofotometria. Os resultados foram
estatisticamente analisados pela ANOVA e teste de Tukey
(p << 0,05). As médias de infiltração foram (mg/ml): G1
(FC/I1)- 0,2859; G2 (FC/I3)- 0,2921; G3 (FP/I1)- 0,2906; G4 (FP/I3)- 0,2873.
Não houve diferença estatística para os grupos experimentais estudados.
Os resultados permitem concluir que nenhuma das técnicas de inserção
estudadas ou sistemas de fotoativação foi capaz de diminuir a infiltração
marginal.
I179
Sintomas respiratórios em adultos jovens fumantes e fumantes
passivos.
RODRIGUES,
A.*, FUKUSHIMA, A. P. O., PEREIRA, R. P., PRINCIPI, S. M., ONOFRE, M. A.
Disciplina
de Diagnóstico Bucal – Faculdade de Odontologia de Araraquara –
UNESP. E-mail: maonofre@foar.unesp.br
Atualmente, a exposição a fumaça de cigarro do meio ambiente
(FCM) e seus efeitos na população vem preocupando os pesquisadores. O objetivo
deste estudo foi avaliar a relação entre a exposição a FCM e o desenvolvimento
de sintomas respiratórios, entre adultos jovens. A partir de um questionário
auto-explicativo, com testes de múltipla escolha, foram avaliados o consumo de
tabaco, a exposição a FCM e sintomas respiratórios de acordo com Jaakola et al. (J Clin
Epidemiol, v. 49, p. 581, 1996), em 2.354 estudantes
universitários do Campus de Araraquara que freqüentaram o curso de
graduação em 1999. A participação dos estudantes foi voluntária. Utilizou-se o
programa Epi Info versão 6.04b para elaboração do banco de dados. Do total de
estudantes, 44,4% (1.044) responderam ao questionário, na maioria indivíduos de
raça branca (82,4%), solteiros (93,7%), moradores de república (82,4%) e com
idade média de 21 anos. Do total da amostra 7,9% eram fumantes, 6% ex-fumantes
e 86% não-fumantes. Do total de não-fumantes (898), 95% eram fumantes passivos.
Destes 26,7% relataram dispnéia, 22,8% dificuldade de respirar, 6,8% tosse e
10% produção de escarro. Entre os fumantes 67,1% relataram dispnéia, 47,6%
dificuldade de respirar, 15,9% tosse e 30,5% produção de escarro.
Nossos resultados demonstram que adultos jovens, fumantes e fumantes
passivos apresentam sintomas respiratórios, havendo necessidade da realização
de mais estudos que comprovem esta associação. (Apoio financeiro: CNPq -
processo 523164/96-3.)
I180
Tabagismo entre estudantes universitários do Campus
de Araraquara – UNESP.
Principi, S. M.*, Rodrigues, A., Fukushima, A. P., Pereira, R. P.,
Onofre, M. A.
Disciplina
de Diagnóstico Bucal – Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP.
E-mail: maonofre@foar.unesp.br
Anualmente morrem 4 milhões de pessoas por causa do cigarro,
para mudar este quadro é necessário que medidas preventivas sejam estabelecidas
o mais cedo possível. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência e os
motivos do uso de tabaco entre estudantes do Campus de Araraquara –
UNESP. A partir de um questionário com questões de múltipla escolha, avaliou-se
o uso de tabaco entre 2.354 estudantes que freqüentaram o curso de graduação em
1999, a participação dos acadêmicos foi voluntária. Utilizou-se o programa Epi
Info 6.04b para elaboração do banco de dados. Do total de estudantes, 44,4%
(1.044) responderam ao questionário, sendo 36,8% do curso de Biológicas, 51,9%
de Humanas, 11,1% de Exatas e 0,2% não identificados. Do total de alunos que
responderam ao questionário 65,4% eram do sexo feminino, 33,1% do sexo
masculino e 1,5% não identificados. Destes 86% relataram ser não-fumantes, 7,9%
fumantes, 6,0% ex-fumantes e 0,1% não responderam. Entre os fumantes e
ex-fumantes, 59,3% começaram a fumar entre 15 e 18 anos, 87,7% começaram a
fumar antes de ingressar na faculdade. Dentre os fumantes, 67,1% fumavam de 1 a
10 cigarros por dia, 29,3% de 11 a 20 e 3,6% de 21 a 40. Dentre os principais
motivos que os levaram a fumar estão a curiosidade (34,1%), o prazer (17,3%),
diminuição da ansiedade (11,4%) e descontração (8,1%).
Nossos
resultados demonstram que o início do consumo da droga é precoce e há
necessidade de se estabelecer ações de educação e prevenção do uso de tabaco
entre estudantes. (Apoio financeiro: CNPq - processo 523164/96-3.)
I181
Determinação do nível de contaminação da água dos
reservatórios de equipamentos odontológicos.
SANTOS, V.*,
MALLUTA, F., SANTOS, E. B.
Departamento
de Odontologia – Universidade Estadual de Ponta Grossa - PR.
Tel.: (0**42) 222-8731. E-mail: vane.santos@bol.com.br
A água utilizada durante os procedimentos odontológicos pode
ser fonte de infecção cruzada nas clínicas e consultórios. Este estudo
apresenta a preocupação com a qualidade da água usada nas clínicas
odontológicas e o risco de adquirir infecção que cada paciente tem ao sofrer um
tratamento dentário. Para se verificar o nível de contaminação da água, foi
realizada a análise microbiológica da água de 79 equipos de 6 clínicas de
Odontologia e da água de 22 torneiras, que constituem a fonte da água utilizada
nos equipamentos. As amostras de água, provenientes do reservatório comum a
alta rotação, foram coletadas das seringas tríplices, após prévia desinfecção
das mesmas e de se desprezar a água estagnada nas mangueiras por 2 minutos, em
frascos esterilizados. As amostras foram homogeneizadas, diluídas até 10-2 e
semeadas em duplicata em ágar nutriente e incubadas a 37ºC por 48 h. Nos
79 reservatórios, a média de ufc/ml
de microrganismos contaminantes foi de 5.045,69 ± 4.584,39.
Analisando-se cada clínica separadamente, os valores variaram de 1.927,85 ± 1.938,44
até 8.040,38 ± 5.821,92. Das 22 amostras de água colhida das
torneiras, 19 foram negativas, 2 apresentaram 5 ufc/ml e 1 apresentou 35 ufc/ml.
Os resultados demonstram o alto nível de contaminação da água dos
reservatórios dos equipos e a necessidade da implantação de métodos para
diminuir esta contaminação.
I182
Comparação da escova de silicone e convencional na remoção
de biofilme dental.
KOO, S.*,
BORSATTO, M. C., KOO, D., PANZERI, H., RIBAS, J. P.
Faculdade de
Odontologia de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo.
O propósito deste estudo foi comparar a eficácia da escova
de silicone e convencional na remoção de biofilme dental. Dezenove estudantes
odontólogos e 18 estudantes não odontólogos participaram nesta pesquisa.
Sujeitos foram orientados para não escovarem os dentes for 24 horas prévia ao
exame. Os doze dentes padronizados foram examinados adotando índice de placa de
Löe & Silness antes e depois da escovação. O mesmo sujeito escovou os
dentes utilizando escova de silicone e convencional em exames separados. A
eficácia da escova de silicone e convencional na remoção de biofilme dental foi
semelhante estatisticamente (p >> 0,05). Os grupos de
estudantes odontólogos e não-odontólogos apresentaram performance semelhante na
remoção do biofilme dental (p >> 0,05).
A eficácia da escova de silicone na remoção do biofilme dental foi
estatisticamente semelhante a escova convencional.
I183
Capacidade de inibição da desmineralização de materiais
restauradores contendo flúor.
SEIXAS, L.
C.*, CICCONE, J. C., SOUZA, W. C. S., PALMA DIBB, R. G.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FORP – USP. Tel.: (0**16) 602-4078,
633-0999. E-mail: rgpalma@forp.usp.br
A liberação de flúor por materiais restauradores tem sido
relacionada a efeitos cariostáticos em tecidos adjacentes às restaurações,
através da inibição da desmineralização, do efeito antimicrobiano ou permitindo
a remineralização dental. O objetivo do presente estudo foi avaliar in vitro
a inibição da desmineralização na interface dente/restauração de nove materiais
restauradores após o ciclo de des-remineralização. Foram confeccionadas 90
cavidades classe V com interfaces em esmalte e cemento as quais foram
restauradas com Vidrion R, Fuji II LC, Fuji IX, Ketac-Fil, Ketac-Molar, Ariston
pHc, Compoglass, Degufill Mineral e Z100. Imediatamente após este procedimento,
as restaurações foram submetidas ao ciclo de des-remineralização durante 14
dias. Os espécimes foram incluídos em resina e seccionados. As secções foram
analisadas em microscopia óptica e mediu-se a desmineralização ao redor da
restauração. Na presença do Vidrion R observou-se um maior efeito inibitório da
desmineralização para ambas as margens, porém com mais evidência na margem
cemento/dentina. Com os cimentos de ionômero de vidro ocorreu menor profundidade
de desmineralização tanto no esmalte quanto no cemento/dentina em comparação
com as resinas compostas (Z100 e Degufill Mineral).
Conclui-se que o cimento de ionômero de vidro apresentou maior
capacidade de inibição da desmineralização do que as resinas compostas. (Apoio
financeiro: FAPESP - processo nº 99/09337-9.)
I184
Análise microscópica comparativa da rugosidade superficial
dos materiais Artglass, Targis, Solidex e Corologic.
NISHIOKA, R.
S., SAMPAIO, T. A.*, ALMEIDA, E. E. S., ANDREATTA FILHO, O. D.
Departamento
de Materiais e Prótese – FOSJC – UNESP. Tel.: (0**12) 321-8166.
Os materiais restauradores indiretos da segunda geração de
resinas laboratoriais têm possibilitado o alcance de boas propriedades físicas
aliadas aos fatores estético e biológico. Porém, diante da realização dos
procedimentos de ajuste oclusal, há necessidade de se obter uma superfície o
mais lisa possível, para que se evite o acúmulo de detritos responsáveis por
infiltrações e descolorações, tornando imprescindível a correta execução do
polimento. Desta forma, avaliamos por meio da microscopia eletrônica de
varredura a qualidade superficial de resinas Artglass, Targis e Solidex, e da
cerâmica Corologic, após a execução do desgaste com broca diamantada durante
dez segundos e do polimento com ponta de polimento – Proxyt, Ivoclar,
Amnerst, NY, durante sessenta segundos. Os resultados mostraram que o polimento
utilizado foi efetivo quanto a obtenção de uma superfície lisa da resina
Artglass, enquanto que com as resinas Targis e Solidex notaram-se
irregularidades representadas por sulcos e cavidades. A superfície da cerâmica
Corologic, utilizada apenas como orientação inicial, já que as resinas
indiretas apresentam componentes cerâmicos, apresentou-se ligeiramente rugosa,
evidenciando-se a permanência de sulcos.
Concluímos que a superfície da resina Artglass apresentou-se mais lisa
após o polimento, em relação às resinas Targis e Solidex, cujas diferenças não
foram significantes em termos qualitativos. (Apoio: FAPESP – processo 00/02857-6.)
I185
Prevalência de trauma bucal em paciente fissurado.
SILVA, J. Y.
B.*, BRANDÃO, C., CARRARA, C., GOMIDE, M.
Odontopediatria
– HRAC – USP. Tel.: (0**14) 223-4736.
E-mail: juyassue@hotmail.com
O objetivo deste trabalho foi analisar a prevalência de
trauma bucal em pacientes portadores de fissura bilateral de lábio e de lábio e
palato, que apresentam projeção anterior da pré-maxila e uma possível
associação com o sexo do paciente. Para tanto, foram analisados 50 pacientes na
faixa etária de 6 meses a 9 anos que compareceram para o tratamento de rotina
do HRAC, sendo estes submetidos a exame clínico e preenchimento de questionário
pelos pais relatando a presença ou não de traumatismo de tecidos moles e/ ou
duros da boca. Dos 50 pacientes da amostra, 34 eram do sexo masculino, sendo
que 16 relataram ter sofrido trauma e 16 do sexo feminino, dos quais 6
apresentaram traumatismo bucal. Para análise dos resultados, utilizou-se o
teste do c2 que indicou não haver significância estatística entre os
sexos e a prevalência de trauma.
Portanto, neste estudo concluiu-se não haver associação positiva entre a
prevalência de traumatismo bucal e o sexo do paciente.
I186
Prevalência de defeitos do esmalte dentário em crianças
fissuradas.
BARBIRATO,
C. A., DUQUE, C.*, ARANHA, A., BRANDÃO, C., CARRARA, C., COSTA, B., GOMIDE, M.
Odontopediatria
– HRAC – USP. Tel.: (0**14) 224-3527.
E-mail: tconsulin@yahoo.com
O objetivo desta pesquisa foi investigar a prevalência dos
defeitos do esmalte dentário em incisivos centrais permanentes superiores de
crianças fissuradas. A amostra foi composta por 74 crianças portadoras de
fissura de lábio e palato bilateral, sem distinção de raça ou sexo, na faixa
etária de 8 a 15 anos. Foi considerada toda alteração que fugisse à anormalidade
em qualquer face destes dentes, inclusive cáries e restaurações. A avaliação
foi realizada através de exame clínico visual com luz artificial de refletor
posteriormente à secagem dos mesmos com jato de ar, sendo esta avaliação
realizada por um único examinador. Através da análise dos resultados
constatou-se não haver diferença significativa com relação ao sexo. A maioria
dos pacientes (94,6%) apresentou alteração no esmalte sendo que em 64,3%
destes, os 2 incisivos estavam afetados. Segundo o índice DDE (Desenvolvimento
de Defeito do Esmalte) utilizado na classificação dos defeitos a hipoplasia foi
o mais prevalente em ambos os sexos, sendo 28,8% no sexo feminino e 34% no
masculino. Dentre as alterações avaliadas, a cárie dentária foi a menos
prevalente.
Concluiu-se que a alta prevalência dos defeitos do esmalte nos incisivos
centrais superiores permanentes portadores de fissura de lábio e palato
bilateral está relacionada à ocorrência da fissura e não ao sexo ou raça.
I187
Avaliação clínica e percepção de saúde bucal dos pacientes
portadores de diabete melito.
MARTINHO, D.
S.*, SENNA, M. A. A.
Pós-Graduação
em Odontologia Social – Disciplina de Odontologia Social e Preventiva –
UFF.
O objetivo deste estudo foi avaliar clinicamente pacientes
portadores de diabete melito (DM) relacionando com a percepção destes sobre
saúde bucal. Para tanto utilizou-se uma amostra de 40 diabéticos cadastrados no
Programa Médico de Família em Niterói - RJ, na faixa etária entre 40 e 65
anos, de ambos os sexos. Na avaliação trabalhou-se com os índices CPOD para
cárie e ICNTP para doença periodontal (DP). Como instrumento de abordagem,
realizou-se uma entrevista semi-estruturada previamente testada. Os resultados
demonstraram que 82,5% dos usuários eram portadores de DM tipo II; 67,5% nunca
receberam orientações sobre saúde bucal, embora 100% já tenha tido acesso a
atendimento odontológico. Do total de entrevistados, apenas 40% submeteram-se a
tratamento dentário após terem sido diagnosticados como diabéticos, sendo que,
destes, 81,25% não relataram e nem foram questionados pelo profissional sobre a
presença da doença. Com relação ao diagnóstico clínico, constatou-se que o CPOD
foi 24,45; sendo que na dissociação do índice, 84,15% eram dentes perdidos, 12%
cariados e apenas 4% obturados. Na avaliação periodontal o ICNTP foi de 2,32;
ressaltando que 35% da amostra não foi avaliada devido a ausência de elementos
dentários, e destes, 86% relataram perdas por DP.
Diante dos resultados, sugere-se uma relação entre a falta de informação
e alta prevalência de cárie e doença periodontal destes usuários, expressando
uma necessidade da inserção da Odontologia no Programa Médico de Família como
alternativa para inversão destes indicadores.
I188
Conteúdo alcoólico e pH dos anti-sépticos bucais.
GUIMARÃES,
S. D.*, BARROS, S. D., SENNA, M. A. A., MAIA, L. C.
Pós-Graduação
em Odontologia Social – UFF; Universidade Salgado de Oliveira.
O objetivo do presente estudo foi avaliar a concentração
alcoólica e pH de diferentes soluções utilizadas para bochecho. Para tanto, 15
(quinze) soluções, comumente vendidas no mercado brasileiro (contendo ou não
fluoreto), fizeram parte do estudo. A concentração alcoólica foi verificada,
quando possível, através da sua especifição na bula dos produtos. Quando estes não
eram especificados, solicitava-se a informação diretamente aos fabricantes. Em
relação ao pH das soluções, este foi avaliado no Labortório de Saúde Bucal do
Curso de Pós-Graduação em Odontologia Social da UFF através da utilização de
uma fita de pH e confirmado pelo pHmetro digital (Digimed DM 20). Como
resultados pode-se verificar que, das 15 (quinze) soluções avaliadas, a
concentração alcoólica variou de 0 a 36%, sendo que do total de soluções, duas
não apresentam álcool. Quanto aos valores de pH, estes variaram de 4,16 a 8,23.
Assim, a partir dos resultados do presente estudo, pode-se concluir que
a concentração alcoólica e o pH da maioria das soluções para bochecho vendidas
no mercado brasileiro encontram-se em faixas consideradas seguras, tanto para o
aparecimento de lesões na mucosa oral, quanto para a erosão dentária.
I189
Expectativa profissional de acadêmicos do primeiro período
do curso de Odontologia.
PIMENTA, B.
C.*, CAMPOS, V. F., COELHO, R. R., SENNA, M. A. A., MAIA, L. C.
Universidade
Salgado de Oliveira – Pós-Graduação em
Odontologia Social; UFF.
O objetivo desta pesquisa foi comparar a expectativa dos
acadêmicos do primeiro período de Odontologia de uma universidade
pública - Pub. (UFF) e outra particular - Part. (UNIVERSO), em
relação ao futuro profissional dos futuros cirurgiões-dentistas. Trabalhou-se
com 35 acadêmicos da Pub. e 31 da Part., tendo como instrumento para coleta de
dados um questionário aplicado, no período de abril a junho de 2000. Os
resultados foram analisados tomando-se por base suas freqüências relativas (%).
Verificou-se que a vocação foi um elemento importante na escolha da profissão,
tanto para os alunos da Pub. (71,42%), quanto da Part. (77,41%). Quanto ao
mercado de trabalho, 91,42% dos acadêmicos da Pub. e 90,32% da Part.,
classificaram como sendo competitivo. Sobre as expectativas econômicas, 48,47%
da Pub. e 51,61% da Part. expressaram ter boas expectativas. Quando
questionados sobre onde pretendiam exercer a profissão, 45,7% da Pub. e 25,8% da
Part., apontaram prioritariamente o consultório particular nos grandes centros,
enquanto apenas 2,85% da Pub. e 6,45% da Part. relataram desejo de exercer suas
atividades no interior do estado.
A partir dos resultados conclui-se que apesar das diferenças
institucionais no acesso à universidade, de seus variados níveis
sócio-econômicos e do limitado conhecimento sobre as diferentes possibilidades
apresentadas na profissão escolhida, a maioria dos acadêmicos têm expectativas
semelhantes em relação ao seu futuro profissional.
I190
Avaliação in vitro da penetração de diferentes
selantes.
MOTISUKI,
C.*, SANTOS-PINTO, L. A.
Departamento
de Clínica Infantil – Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP.
Tel.: (0**16) 201-6330, fax: (0**16) 201-6329.
E-mail: lspinto@foar.unesp.br
Dentre as medidas preventivas mais utilizadas na prevenção
da cárie oclusal está o selamento de fossas e fissuras. Recentemente surgiram
no mercado odontológico as resinas fluidificadas indicadas para o selamento de
superfícies oclusais. O objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro a
penetração da resina composta fluidificada (Ultra Seal XT Plus) e do selante
resinoso convencional FluroShield (Dentsply) no esmalte condicionado da oclusal
de pré-molares. Foram utilizados 12 pré-molares hígidos, divididos
aleatoriamente em 2 grupos de 6 dentes cada. Para ambos os grupos foi realizado
profilaxia, condicionamento com ácido fosfórico à 37% por 60 segundos, enxágüe
por mais 60 segundos e secagem com jatos de ar. O grupo 1 recebeu o selante
resinoso convencional e o grupo 2 a resina fluidificada, de acordo com
instruções do fabricante. Após polimerização dos materiais seladores, os
espécimes foram seccionados longitudinalmente em 2 partes, desgastados em lixas
d’água até espessura média de 100 mm, montados em lâmina e descalcificados
em ácido nítrico à 40%, restando apenas o selante, cujas medidas de suas
projeções foram realizadas com auxílio de uma ocular micrométrica. Os dados
obtidos foram analisados por meio da aplicação da estatística t de
Student. O selante resinoso apresentou projeções com comprimento médio de 21,7 mm
e a resina fluidificada 17,8 mm, sendo esta diferença estatisticamente
significante.
Desta forma podemos concluir que a média de penetração do selante
FluroShield é significantemente maior quando comparada à resina fluidificada
Ultra Seal XT Plus.
I191
Prevalência de cárie aos 6 e 12 anos na rede pública e
privada de Niterói.
FULCHI, A.
S. S.*, GARCIA, A. S., GOUVÊIA, M. V., SENNA, M. A. A.
Pós-Graduação
em Odontologia Social – UFF; Fundação Municipal de Saúde de Niterói.
O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de cárie
em crianças de 6 e 12 anos de escolas públicas e privadas do município de
Niterói e sua relação com o acesso aos serviços de saúde. Para tal,
trabalhou-se com a amostra probabilística de 1.965 escolares (6 e 12 anos)
matriculados nas escolas públicas (municipais e estaduais) e particulares.
Utilizou-se índice CPOD e ceo, seguindo-se metodologia sugerida pela OMS para o
diagnóstico e codificação de cárie. Os resultados gerais por tipo de escola
foram: 6 anos - (pública ceo = 3,92; particular
ceo = 1,35); 12 anos - (pública, CPOD = 3,45;
particular CPOD = 1,76). Ao serem dissociados, aos 12 anos nas
escolas públicas observou-se que o componente cariado representou 80,23%,
extraído 4,03% e obturados 15,73%, enquanto nas particulares os cariados
representaram 40,39%, extraídos 0,89% e obturados 53,71%. Em relação aos livres
de cárie (LC), aos 6 anos na rede pública o número de LC é de 17,57%, e nas particulares
estes valores aumentam para 71,46%. Já aos 12 anos na escola pública os LC
alcançaram o valores de 13,32%, enquanto nas particulares estes valores sobem
para 46,17%.
Pode-se concluir que, embora os valores observados estejam próximos aos
preconizados pela OMS para o ano 2000, ainda existe uma prevalência moderada da
doença em Niterói, e seus valores dissociados apontam para as barreiras sociais
no seu efetivo controle, devido ao acesso às informações e/ou serviços de saúde
(público ou privado), demonstrando a necessidade de se ampliar o acesso e
buscar resolutividade, principalmente na população de baixa renda.
I192
Levantamento de estudos epidemiológicos no SBPqO
(1996-2000).
SANTOS, I.
P. A.*, YONESHIGUE, Z., SANTOS, A. A., SILVA, S. R., SENNA, M. A., MAIA, L. C.
UNIVERSO -
RJ; Pós-Graduação em Odontologia Social – UFF.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a freqüência absoluta
e relativa de trabalhos de cunho epidemiológico apresentados nas reuniões da
SBPqO, no período de 1996 à 2000. Para tal, trabalhou-se com método de
abordagem indutivo, utilizando-se a técnica de documentação indireta. Foram
selecionados nos Anais da SBPqO (nos anos de 1996, 1997, 1998, 1999 e
2000) todos os trabalhos publicados que tivessem caráter epidemiológico. Posteriormente,
os trabalhos epidemiológicos foram classificados, tomando por base suas
caracterírticas, em: observacionais (O), intervencionais (I) e ambos (OI). Os
dados foram tabulados e analisados através de testes não-paramétricos do c2
com nível de significância de 5%. Do total de 3.208 trabalhos apresentados
neste período 471 (14,7%), tinham caráter epidemiológico, destes 89,4% eram O,
40 (8,5%) I e 10 (2,1%) eram OI. Quando analisados estatisticamente, não houve
diferenças entre O e I (p >> 0,05) entre 1996 e 2000, no
entanto, quando se avaliou o número de trabalhos em relação ao total,
constatou-se diferenças significativas entre os anos de 1996 e 1998, 1996 e
1999 e 1996 e 2000 (p << 0,05).
A partir dos resultados conclui-se que, embora haja um incremento em
números absolutos dos trabalhos epidemiológicos a cada ano, a freqüência
relativa tem diminuído ao longo do período, o que remete a um subaproveitamento
deste excelente instrumento de diagnóstico e pesquisa comunitária na
Odontologia.
I193
Análise comparativa de sistemas de acabamento em diferentes
materiais restauradores.
YONESHIGUE,
Z.*, MORAIS, A. P., SILVA, E. M., MAIA, L. C., BUNDZMAN, E. R.
Universidade
Salgado de Oliveira; Pós-Graduação em Odontologia Social – UFF.
O presente estudo teve como objetivo avaliar a eficiência de
três sistemas de acabamento e polimento, na rugosidade superficial de três
materiais restauradores. Foram confeccionados três grupos de 24 espécimes com
os materiais: Suprafill – SS White®; Vidrion R – SS White®
e Ionofil – Wilcos®. Após a confecção dos espécimes foram
divididos, aleatoriamente, para cada material, quatro subgrupos de 6 amostras
submetidos aos seguintes sistemas de acabamento e polimento: Grupo A -
controle - superfície produzida interpondo-se uma matriz de poliéster entre o
material e uma placa de vidro comprimida sob pressão digital; Grupo B -
pontas para acabamento Viking (KG Sorensen®); Grupo C - pontas
siliconizadas Enhance (Dentsply®) e Grupo D - sistema de discos
Sof-Lex de granulação média e fina (3M®). Utilizando um rugosímetro
(Surftest - Mitutoyo) foram realizadas três leituras da rugosidade
superficial, parâmetro Ra, em cada amostra. Os valores médios de rugosidade
foram submetidos a análise de variância e teste de Tukey (p << 0,05).
Houve diferença estatística entre os materiais testados, sendo o melhor
comportamento, obtido pela Suprafill, seguida pelo Vidrion R e Ionofil. Em
relação ao sistema de acabamento, verificou-se um comportamento semelhante
entre o Sof-Lex e o controle e ambos foram superiores em relação aos demais
sistemas.
Conclui-se que o Ionofil apresentou a pior rugosidade superficial e que
a textura produzida pelos sistemas Enhance e Viking foi inferior aos demais,
independente do material testado.
I194
Uso de antibacterianos e doença cárie: percepção dos
pediatras.
SILVA, V.
S.*, NEIVA, A., BARCELOS, R., MAIA, L. C.
Pós-Graduação
em Odontologia Social – UFF - Niterói - RJ.
E-mail: vivigus@bol.com.br
Este estudo avaliou a percepção dos pediatras (PD) sobre o
uso de antibacterianos (AB) e a doença cárie (DC), através de questionários
pré-testados e aprovados pela Comissão de Ética do Curso de Pós-Graduação em
Odontologia Social. Participaram 41 PD de dois hospitais universitários do
estado do Rio de Janeiro. Os resultados obtidos foram inseridos em um banco de
dados do programa Epi Info 6.04. Os AB eram freqüentemente prescritos por 78,0%
dos PD, preferencialmente por via oral (97,6%). Do total de PD, 24,3%
perceberam o fator sócio-econômico como importante na escolha do AB em detrimento
daqueles relacionados à doença, ao medicamento e à criança. Os AB foram
apontados como substâncias muito doces por 51,2% dos PD, entretanto, 53,2%
desconheciam o edulcorante responsável pelo seu sabor adocicado. Os
edulcorantes mais citados foram: sacarose (57,9%); adoçantes (47,4%) e glicose
(36,8%). Entre os PD, 63,4% relacionaram o uso dos AB a alterações nos dentes
(DC: 53,9% e comprometimento estrutural: 38,5%) e 46,3% ao enfraquecimento dos
mesmos (DC: 10,5% e comprometimento estrutural: 26,3%). Não foi encontrada
relação significante entre PD que recomendavam limpeza dos dentes após o uso
dos AB e aqueles que os consideravam doces (c² = 1,12;
p = 0,29).
Conclui-se que os pediatras deste estudo não percebem corretamente a
relação entre a doença cárie e os antibacterianos, acreditando que estão a ela
relacionados, não pela presença de carboidratos fermentáveis em sua composição,
e sim, por alterarem e/ou enfraquecerem os dentes.
I195
Freqüência dos traumatismos maxilo-faciais e dentais em
pacientes politraumatizados.
MENEZES, M.
M.*, FRANCO, I. M. M., VALERA, M. C.
Odontologia
Restauradora – FOSJC – Unesp. Tel.: (0**12) 321-8166, r. 1303.
E-mail: mamaciel2000@yahoo.com.br
O objetivo deste trabalho foi analisar a freqüência dos
traumatismos maxilo-faciais e dentais em pacientes politraumatizados atendidos
no ambulatório do setor de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do
Pronto Socorro Municipal de São José dos Campos. Foi realizado uma análise de
358 fichas de pacientes atendidos de janeiro de 1998 à março de 2000 com
diagnóstico de fratura maxilo-facial e/ou dental. Realizou-se um levantamento
da freqüência em relação à: sexo, faixa etária, causa do trauma, áreas
envolvidas, dentes envolvidos e tipo de trauma dental. Os resultados mostraram que
o sexo masculino foi mais freqüente, numa relação de aproximadamente 3:1 em
relação ao sexo feminino; a faixa etária mais freqüente foi de 25 a 59 anos
(adultos) seguidos de 12 a 24 anos (adolescentes e adultos jovens), 0 a 11 anos
(crianças) e acima de 60 anos (idosos); a causa mais freqüente foi o acidente
automobilístico/bicicleta e a área mais acometida foi a região dos ossos
nasais; em relação ao envolvimento dentário, os dentes permanentes foram mais
prevalentes do que os decíduos e os dentes anteriores de ambas as dentições
foram os mais acometidos; o tipo de trauma dental mais freqüente foi a avulsão,
seguida da luxação, fratura dental, intrusão e extrusão.
Concluiu-se que é mais freqüente o politraumatismo nos pacientes adultos
e do sexo masculino; o trauma dental mais freqüente é a avulsão e, os acidentes
automobilísticos e de bicicleta são os maiores responsáveis pelos traumatismos
na região maxilo-facial.
I196
Avaliação do selamento apical utilizando dois cimentos
obturadores: Sealer 26 versus Endofill.
THOMAZ, N.
R. C.*, FREITAS, L. F., GOMES, C. C., CHEVITARESE, O., ALMEIDA, N. S.,
GOMES, I. C., OLIVEIRA, W. A.
Departamento
de Odontoclínica, Especialização em Endodontia – UFF.
Tel.: (0**21) 620-5524.
Este estudo foi feito para avaliar a capacidade seladora dos
cimentos Sealer 26 e Endofill. Foram utilizados 20 incisivos, instrumentados
pela técnica “crown down” modificada (UFF) e obturados pela técnica híbrida de
Tagger. Após a instrumentação os dentes foram divididos em 2 grupos de 10 amostras
cada de acordo com o cimento utilizado na obturação. Posteriormente as
superfícies externas das raízes foram impermeabilizadas com esmalte para unhas,
deixando livre o último milímetro apical. As amostras foram imersas em solução
de azul de metileno a 2% e mantidos em estufa a 37ºC por 72 h. As raízes
foram então desgastadas em sentido vestíbulo-lingual e observadas ao
microscópio óptico. Os resultados foram levados para análise estatística onde
foi feita uma comparação utilizando o teste U não-paramétrico de Mann-Whitney
U.
Concluiu-se que houve uma diferença significativa entre os dois cimentos
propostos, sendo Sealer 26 o que melhor promoveu selamento apical.
I197
Avaliação da absorção de minipinos de polímero de mamona (Ricinus
communis).
ROCHA, E.
F., JOAQUIM, A. M. C., FERREIRA, K. B.*, PATEL, M. P.
Departamento
de Periodontia – Universidade do Sagrado Coração – USC - Bauru.
Este estudo avaliou a existência e a taxa de absorção de um
minipino, implantado em tíbia de ratos, constituído de um polímero poliuretano
de óleo de mamona para fixação de membranas em RTG. Foram utilizados 20 ratos (Rattus
norvegicus), machos, com peso médio de 350 gramas, divididos em dois
períodos experimentais (60 e 150 dias). Após pesagem e anestesia, a tíbia foi
exposta e uma loja para a inserção de um mini-pino foi confeccionada com uma
broca esférica em baixa rotação e sob irrigação. A distribuição entre os lados
do animal foi rândomica. Registrou-se o peso individual dos minipinos antes da
sua utilização, em balança de precisão com quatro casas decimais (Sartorius),
configurando o peso inicial. A eutanásia foi realizada nos períodos
determinados e as peças removidas em bloco. Os minipinos foram retirados da
tíbia e imersos em solução de Morse por 4 semanas, para descalcificação e
remoção de tecido ósseo eventualmente aderidos ao mesmo. Posteriormente,
realizou-se secagem em temperatura ambiente e papel absorvente por 4 semanas e
após, pesagem dos minipinos para obtenção do peso final para o grupo de 60 e
150 dias, segundo metodologia já descrita.
Os pesos inicial e final foram comparados através de análise estatística
(Mann-Whitney) e não foram encontradas alterações significantes entre as
variáveis em ambos os períodos experimentais, ao contrário, existiu uma tendência
das amostras tornarem-se mais homogêneas com o aumento do tempo do experimento.
(PIBIC/CNPq, USC.)
I198
Avaliação da fotopolimerização com laser de argônio ou luz
halógena de 2 sistemas adesivos sobre esmalte e dentina.
NASCIMENTO,
M. P.*, CARVALHO, A. S., SILVEIRA Jr., L.
FO –
UNIVAP.
O objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro 2
sistemas adesivos sobre esmalte e dentina fotopolimerizados com laser de
argônio ou luz visível. Para tal 64 pré-molares humanos foram desgastados até a
obtenção das superfícies desejadas, formando 2 grupos: um grupo com superfícies
em esmalte e um grupo com superfícies em dentina. Foi utilizado sistema adesivo
Scotchbond Multi-Purpose (3M) polimerizado com laser de argônio por 5 segundos
ou luz halógena por 10 segundos e o Single Bond (3M) polimerizado também com
laser de argônio e luz halógena nos mesmos tempos. Sobre os adesivos foram
construídos cilindros de resina composta (Z100 - 3M) com matriz de
poliéster fotopolimerizados por 10 segundos quando utilizado o laser de argônio
e 40 segundos quando utilizada a luz halógena. Os corpos-de-prova foram
armazenados em água destilada à 37ºC durante 24 h e submetidos a testes de
resistência ao cisalhamento. Os resultados foram submetidos à análise de
variância (ANOVA) e ao teste de Tukey ao nível de 5% de significância.
Pode-se concluir que os métodos de fotopolimerização não produziram
diferenças significativas na resistência ao cisalhamento nas médias gerais
(p >> 0,05). E que o sistema adesivo Single Bond demonstrou-se
superior ao Scotchbond na comparação geral e quando fotopolimerizados com laser
de argônio (p << 0,05). Mas quando fotopolimerizados com luz
halógena, não houve diferença entre as médias (p >> 0,05).
(Bolsa de iniciação científica: FAPESP - 00/04786-99.)
I199
Avaliação da resistência ao cisalhamento de 2 materiais de
recobrimento estético sobre uma liga de Ni-Cr.
SILVA, L.
A.*, NASCIMENTO, M. P., MUTARELLI, P. S., SILVEIRA Jr., L.
UNIVAPI.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência ao
cisalhamento de dois materiais de recobrimento estético sobre uma liga de
Ni-Cr, sendo um cerâmico e outro cerômero. Foram confeccionados 24 padrões
metálicos (Ni-Cr - Willians) com 3 mm de diâmetro e 10 mm de
comprimento. Foi realizado o tratamento com óxido de alumínio (50 mm) em
uma das extremidades. Os padrões foram divididos em 3 grupos: no primeiro grupo
foi utilizado o material Targis (Ivoclar), fotopolimerizado com laser de
argônio, no segundo grupo foi utilizado o material Targis (Ivoclar) ativado com
fotopolimerizador próprio (Targis Power - Ivoclar) e no terceiro grupo foi
utilizado o material cerâmico IPS d-SIGN (Ivoclar). Os materiais estéticos
aplicados sobre os padrões possuiam 2 mm de espessura e 3 mm de
diâmetro e foram submetidos aos testes de resistência ao cisalhamento. Os
resultados foram avaliados por meio de análise de variância (ANOVA) e teste de
Tukey ao nível de 5% de significância.
Concluiu-se que entre os grupos 1 e 2 não houve diferença significativa
(p >> 0,05) evidenciando que o laser de argônio é um método
eficaz de fotoativação no que diz respeito à resistência ao cisalhamento e o
grupo 3 obteve um desempenho superior aos 2 outros grupos
(p << 0,05).
I200
Potencial cariogênico de Streptococcus mutans e Streptococcus
sobrinus isolados de voluntários livres de cárie e cárie-ativos.
NAPIMOGA, M.
H.*, STIPP, R., ROSA, R. T., HÖFLING, J. F., GONÇALVES, R. B.
FOP – Unicamp.
E-mail: reginald@fop.unicamp.br
No presente estudo, foi comparada a distribuição das
espécies de estreptococos do grupo mutans presentes na cavidade oral de
dez voluntários livres de cárie (450 isolados) e dez voluntários cárie-ativos
(395 isolados) e analisado o potencial cariogênico in vitro dos isolados
de Streptococcus mutans (SM) e Streptococcus sobrinus (SS). O
isolamento e posterior identificação bioquímica destas espécies foram feitos a
partir de amostras coletadas da saliva, placa bacteriana e dorso de língua. O
potencial cariogênco dos isolados foi analisado através da medição da
capacidade de produção de ácido em intervalos crescentes (0, 3, 6, 12 e 24
horas). 56% das amostras de voluntários livres de cárie, foram identificadas
como sendo SM enquanto 20% classificadas como SS, enquanto no grupo de
cárie-ativo, foram identificadas como sendo SM 88% das amostras e 7% SS. Na análise
do potencial cariogênico, foi observada uma grande heterogeneidade entre
diferentes isolados e uma maior queda inicial de pH das amostras de SS de ambos
grupos frente ao SM.
Houve diferença estatística entre as proporções de SM e SS nos
diferentes grupos; a produção de ácido foi mais acentuada pelo SS independente
do grupo e sítio analisado além de apresentarem perfis diferente de queda de pH
independente dos sítios em um mesmo voluntário. (Apoio financeiro: FAPESP -
nº 99/03839-2, 99/09393-6.)
I201
Avaliação in vitro das paredes de canais radiculares
curvos após retratamento endodôntico, levando-se em consideração o tempo gasto.
RICHE, G.
C.*, CASTRO, A. J. R.
Departamento
de Endodontia – Faculdade de Odontologia – UNESA.
E-mail: acastro.odonto@estacio.com.br
O retratamento endodôntico constitui-se em um tema
extremamente importante, ainda que seja reduzido o número de trabalhos sobre o
tema. Vários estudos utilizando diversas metodologias têm sido realizados na
tentativa de proporcionar de maneira efetiva a limpeza, modelagem e desinfecção
do sistema de canais radiculares. Esse estudo tem como objetivo avaliar o nível
de limpeza de canais radiculares curvos após a desobstrução, através de três
métodos diferentes: uso das brocas Gattes-Glidden associadas à técnica manual,
uso das limas Profile .04 rotatórias e uso das limas Profile .04 rotatórias
associada à técnica manual, levando-se em consideração o tempo gasto em cada
técnica. Após a desobstrução os dentes foram clivados, expondo as paredes do
canal radicular. Os espécimes foram analisados através de lupa esteroscópica,
recebendo escores de zero (completamente limpos), um (sinais de cimento) ou
dois (sinais de cimento e restos de guta-percha). Os resultados do tempo foram
analisados com o teste ANOVA, onde foi observada diferença estatisticamente
significante entre as técnicas. Para os escores de limpeza o teste
Kruskal-Wallis não apresentou diferença estatisticamente significante.
Os autores concluíram que as técnicas utilizando os instrumentos
rotatórios Profile .04 apresentam a mesma capacidade de limpeza que a técnica
manual, porém necessitam de um menor tempo para a completa desobstrução do
conduto radicular.
I202
Resistência de união entre cerômero e liga de níquel-cromo.
GASQUE, K.
C. S.*, SCOLARO, J. M., VALLE, A. L.
Departamento
de Prótese – FOB – USP. Tel.: (0**14) 235-8277.
E-mail: jmscolaro@uol.com.br
Com o intuito de avaliar a resistência de união entre uma
liga de níquel-cromo e este novo tipo de material, utilizado como um novo e
possível substituto para as cerâmicas em determinados casos, realizou-se um
experimento, no qual foram utilizadas forças de cisalhamento para testar a
resistência de união entre os dois materiais. Para a confecção dos
corpos-de-prova, utilizou-se uma matriz de aço inoxidável com uma perfuração
central de tamanho predeterminado, obtendo-se assim, corpos-de-prova
padronizados. Os padrões metálicos receberam três tipos de tratamento
superficial: 1) jateamento com óxido de alumínio 50 mm; 2) jateamento com
Rocatec System®; 3) retenções mecânicas (grupo controle positivo).
Recolocados novamente no interior da matriz, o cerômero foi aplicado seguindo
as instruções do fabricante. Em seguida foram realizados os testes de
resistência ao cisalhamento em uma máquina de tração e compressão,
utilizando-se uma célula de carga de 100 kgf e velocidade de
0,5 mm/min. As médias dos valores de resistência de união obtidas foram de
17,16 kgf para o jateamento com Rocatec®, 16,27 kgf para a
utilização de retenções mecânicas e 9,22 kgf para o jateamento com óxido
de alumínio 50 mm. De acordo com a ANOVA a um critério e o teste de Tukey
houve diferença significante entre os grupos 1 e 2 e entre os grupos 1 e 3.
Com base nos resultados pôde-se concluir que o jateamento com Rocatec®
e as retenções mecânicas produzem resultados de resistência de união
semelhantes e bem superiores ao jateamento com óxido de alumínio.
I203
Influência da fluoretação em esmalte bovino erosionado pela
Aspirina®: estudo in vitro.
TAMES, D.
R.*, DACOREGIO, M., TAMES, D. R.
FAOVI –
UNIVALI. E-mail: tames@ccs.univali.br
O objetivo deste estudo é avaliar a influência do fluoreto
de sódio a 2% no mecanismo de erosão promovido pela Aspirina®. Para
tanto 27 amostras de esmalte planificado provenientes de faces vestibulares de
incisivos bovinos, com área de 14,44 mm2, foram divididos nos
seguintes grupos: A (n = 3), controle; B (n = 8), incubadas
em solução de Aspirina® 500 mg (15 mg/dl) durante 1 hora;
C (n = 8), incubadas de maneira semelhante ao grupo B e com posterior
incubação em NaF2 a 2% durante 30 minutos; D (n = 8),
submetidos ao mesmo procedimento do grupo C com posterior incubação em solução
de Aspirina®. Os 3 espécimes do grupo A e 3 aleatoriamente
selecionadas de cada um dos outros grupos, foram preparados para análise da
ultra-estrutura superficial em MEV. Nas soluções de Aspirina®
utilizadas no grupo D, foram quantificadas as concentrações de cálcio e flúor
antes e após a fluoretação. Os resultados mostram que a média da concentração
de cálcio das soluções da primeira incubação em Aspirina® foi de
3,3 mg/mm2 e do flúor foi 0,0 ppm. Da segunda incubação
foi 3,5 mg/mm2 de cálcio e 1,54 ppm de concentração de
flúor. A ultra-estrutura superficial do esmalte erosionado foi modificada pela
fluoretação.
Com base nos resultados, pode-se concluir que: 1) a Aspirina®
apresenta potencial erosivo; 2) o tratamento com NaF2 não reduz
a remoção de cálcio promovida pela Aspirina®; 3) a
ultra-estrutura superficial do esmalte erosionado é modificada pela fluoretação
mesmo após a segunda incubação em Aspirina®.
I204
Conhecimentos e atitudes sobre a cárie dental de professores
do ensino fundamental de escolas particulares.
SANTOS, P.
A.*, RODRIGUES, J. A., GARCIA, P. P. N. S.
Departamento
de Odontologia Social – Faculdade de Odontologia Araraquara – UNESP.
Tel.: (0**16) 201-6343.
O objetivo deste estudo foi observar os conhecimentos
relativos à cárie dental de professores do ensino fundamental de escolas
particulares da cidade de Araraquara, SP - Brasil. Para isso, um
questionário contendo questões abertas e fechadas foi aplicado a 48
professores. Observou-se que as fontes de informações mais freqüentemente
mencionadas foram o dentista (79,2%), a família (16,7%) e livros, jornais e
revistas (16,7%). 83,3% dos professores analisados afirmaram saber o que é a
placa bacteriana; destes, apenas 10% descreveram-na adequadamente e 6,7%
relataram que ela poderia ser removida com escovação e uso do fio dental. 89,6%
mencionaram saber o que é a cárie dental, e quanto a sua etiologia, 36,4%
relacionaram-na com a má escovação e 38,6% associaram o consumo freqüente de
doces com a escovação. Daqueles que responderam saber porque a correta
higienização é importante (97,9%), 44,7% citaram a preservação da saúde bucal e
a conservação dos dentes. Com relação à função do flúor, 74,1% associaram-no à
proteção contra a cárie e apenas 54,2% afirmaram conhecer o selante de fóssulas
e fissuras.
Pela metodologia aplicada pode-se concluir que o dentista foi a
principal fonte de informações sobre a cárie dental, que os conhecimentos
relativos à placa bacteriana, desenvolvimento, etiologia e prevenção da cárie
dental eram limitados, sugerindo necessidade de programas educativos
direcionados para essa população.
I205
Meios de higiene bucal utilizados por cirurgiões-dentistas
brasileiros.
SANABE, M.
E.*, IDA, S. M., ROSSA Jr., C.
Departamento
de Diagnóstico e Cirurgia – Faculdade de Odontologia de Araraquara –
UNESP. Tel./fax: (0**16) 201-6369. E-mail: perio@foar.unesp.br
Considerando que os cirurgiões-dentistas apresentam, em
geral, níveis de controle de placa superiores aos da população leiga, o
objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento sobre a conduta dos
cirurgiões-dentistas na seleção dos meios e métodos para sua própria higiene
bucal. O levantamento foi por meio da aplicação de questionário em 126
cirurgiões-dentistas de ambos os sexos, todos formados em universidades
públicas. Os resultados indicaram que apenas 36 profissionais (28,5%) já
utilizaram escova elétrica, e destes apenas 24 (19% do total) já indicaram
alguma vez o uso de escova elétrica a seus pacientes. A grande maioria dos
dentistas usa marca específica tanto de escova dental (76,9%) quanto de
dentifrício (69%). Quando avaliadas possíveis diferenças na conduta dos
profissionais segundo o tempo de formado e a condição de clínico geral ou
especialista pelo teste de qui-quadrado, verificou-se que os profissionais
formados há menos de 7 anos preocuparam-se mais com a marca do dentifrício que
utilizam do que os formados há mais de 7 anos (76% versus 62%;
p = 0,03), o mesmo ocorrendo em relação à escova dental, embora sem
atingir significância estatística (83% versus 72%, p = 0,06). A
proporção de indivíduos que já utilizaram escova elétrica foi muito superior entre
os especialistas (41% versus 19% dos clínicos,
p << 0,001), porém isso não se traduziu em maior freqüência de
indicação da escova elétrica (23% dos especialistas versus 20%
dos clínicos, p = 0,60).
Assim,
fatores como tempo de formado e pós-graduação podem influenciar a conduta de
higiene bucal pessoal dos cirurgiões-dentistas.
I206
Avaliação do efeito de açúcares alternativos sobre o
crescimento bacteriano in vitro.
ROSALÉM,
W.*, SOUZA, M. I. C., TAVARES, N. G., SILVA, R. S.
Departamento
de Odontologia – Faculdade de Odontologia – Universidade Estácio de Sá.
Tel.: (0**21) 503-7289, 256-4774. E-mail: bmg@biohard.com.br
O objetivo do estudo foi avaliar o efeito de adoçantes
alternativos sobre o crescimento/inibição de bactérias cariogênicas (EGM) in
vitro, em meios seletivos, comparando seus resultados com um grupo controle
(sacarose). Os grupos foram divididos em: xilitol, sorbitol, aspartame (Finn),
aspartame + sacarose (Midsugar), lactose (Gold), ciclamato +
aspartame + sacarina (Only), ciclamato + aspartame (ZeroCal) e
sacarose (controle). As amostras foram diluídas a 10% e adicionadas aos meios
de cultura sólido (agár semeado contendo 25 microlitros de solução) e líquido
(1,9 ml de meio líquido + 0,1 ml de substância + 0,05 EGM)
contendo bactérias padrão ATCC 25175. O xilitol porém também foi testado a 20%,
25% e 30%.
Os resultados obtidos demonstraram que nenhum adoçante na concentração
de 10% foi capaz de inibir o crescimento de colônias bacterianas (EGM) nos
meios de cultura utilizados. Entretanto o xilitol a 20%, 25% e 30% foi efetivo
nesta inibição.
I207
Avaliação de métodos de motivação utilizados para obtenção
de níveis adequados de higiene bucal em escolares.
RODRIGUES,
J. A.*, SANTOS, P. A., GARCIA, P. P. N. S., CORONA, S. A. M., LOFFREDO, L. C.
M.
Departamento
de Odontologia Social – FOAr – UNESP. Tel.: (0**16) 201-6343.
A cárie dental e a doença periodontal são as enfermidades
bucais mais freqüentes. A educação e a motivação do paciente merecem destaque
na Odontologia Preventiva. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o
comportamento de diferentes métodos de motivação sobre os níveis de higiene
bucal em escolares de 7 a 9 anos de idade, na cidade de Araraquara, SP -
Brasil. Os métodos testados foram orientação indireta utilizando-se do
Robô-Sorriso (Grupo I), orientação indireta mediante palestra (Grupo II) e
orientação direta com macromodelos (Grupo III). Cada grupo era formado por 20
crianças e as informações transmitidas para os três grupos foram semelhantes,
variando apenas o meio de transmissão. O tempo gasto para cada método foi de
aproximadamente 15 minutos. Um grupo controle também foi formado e não recebeu
nenhum tipo de motivação (Grupo IV). Como método de avaliação foi utilizado o
índice de placa de O’Leary et al. (IPL), aplicado antes e decorridos 30
dias da aplicação dos diferentes métodos. Os dados coletados foram registrados
em fichas previamente elaboradas e o teste estatístico utilizado foi o t
de Student. O nível de significância foi de 5%. Verificou-se que apenas para o
Grupo IV o índice de placa não diminuiu.
Mediante a metodologia aplicada, pode-se concluir que todos os métodos
de motivação aplicados promoveram redução significativa no índice de placa e
que, dentre os métodos avaliados, o Robô-Sorriso foi o que apresentou
resultados mais favoráveis. (Apoio financeiro: FAPESP - 00/1775-6.)
I208
Estudo da bioética nas relações humanas no tratamento
odontológico.
MARIANO, R.
Q.*, MACHADO, T. P., SALIBA-GARBIN, C. A., GARBIN, A. J. I.
Departamento
de Odontologia Infantil e Social – Faculdade de Odontologia de
Araçatuba – UNESP. Tel.: (0**18) 622-1927.
E-mail: rosylene@hotmail.com
Apesar dos avanços tecnológicos e científicos conquistados
na Odontologia nos últimos anos, como por exemplo o surgimento de novos
materiais restauradores estéticos ou medicamentos que revolucionaram a área
endodôntica, o cirurgião-dentista ainda enfrenta uma barreira a ser vencida:
uma relação mais humana frente a seus pacientes ou responsáveis. Assim, o presente
trabalho objetiva analisar a importância da Bioética e o respeito aos
princípios da Autonomia, da Beneficência e da Justiça, dentro da relação
cirurgião-dentista e pais de crianças submetidas a tratamento odontológico em
locais não especificados na cidade de Araçatuba - SP, bem como avaliar a
clareza e coesão das explicações recebidas pelos mesmos sobre este tratamento.
Para tanto, dados foram obtidos através da aplicação de um questionário
distribuído a 100 pais, de nível sócio-econômico e cultural variado, sendo que
apenas três destes não se propuseram ao seu preenchimento. Dentre os resultados
destes 97 formulários, processados através do programa Epi Info, observou-se
que embora 84,54% dos pais acreditarem que seu filho recebeu um atendimento
adequado, somente 50,5% foram informados sobre o tratamento realizado, e apenas
34,02% participaram da decisão sobre os procedimentos realizados.
Deste modo, pode-se concluir que, apesar de a maioria dos pais julgarem
ser eficiente o tratamento realizado em seus filhos, houve negligência por
parte dos cirurgiões-dentistas em relação aos direitos dos responsáveis em
receberem informações técnicas bem como o de participarem ativamente do mesmo.
I209
Porosidade em resina acrílica polimerizada através da
energia de microondas.
PERO, A.
C.*, COMPAGNONI, M. A., LELES, C. R., BARBOSA, D. B., SOUZA, R. F.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOAr – UNESP.
Tel.: (0**16) 201-6411. E-mail: compagno@foar.unesp.br
O método de polimerização pela energia de microondas vem
tendo emprego crescente no processamento de bases protéticas de resina
acrílica. O objetivo do presente trabalho foi comparar a porosidade interna na
resina acrílica polimerizada através da energia de microondas com a porosidade
na resina polimerizada convencionalmente. Foram obtidos corpos-de-prova
divididos em 4 grupos, sendo três deles polimerizados por energia de
microondas, variando-se o tempo e a potência - A: 3 min. a
500 W; B: 13 min. a 90 W + 1,5 min. a 500 W;
C: 3 min. a 320 W + 4 min. a 0 W + 3 min. a
720 W) e um grupo controle (convencional) por 9 horas a 74ºC. A porosidade
foi avaliada de acordo com a seguinte fórmula: Par = g
(dr – dar) (Vam – Vpi), sendo: Par = peso da
amostra no ar; g = constante gravitacional; dr = densidade
da resina; dar = densidade do ar; Vam = volume da amostra;
Vpi = volume da porosidade interna. A comparação entre os grupos foi
realizada por meio do método de análise de variância ao nível de significância
de 95%. Os resultados descritos em termos de porcentagem de volume da
porosidade interna foram: A = 1,05 (± 0,28); B = 0,91
(± 0,15); C = 0,88 (± 0,23); D (controle) = 0,93
(± 0,23). Nenhuma diferença significativa entre os grupos foi verificada.
Portanto, concluiu-se que, nas condições experimentais do presente estudo,
a porosidade interna da resina polimerizada pela energia de microondas em
diferentes ciclos foi semelhante à porosidade interna da resina polimerizada de
forma convencional. (Auxílio financeiro: PIBIC/CNPq, UNESP.)
I210
Géis fluoretados: influência na liberação de flúor de
cimentos ionoméricos.
FRANÇA, J.
G. M.*, MACHADO, T. M., DELBEM, A. C. B., PEDRINI, D.
Departamento.
de Odontologia Infantil e Social, Cirurgia e Clínica Integrada – Faculdade de
Odontologia de Araçatuba – UNESP. Tel.: (0**18) 620-3235.
O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade de
liberação e reincorporação de flúor de 3 cimentos de ionômero de vidro
restauradores (Ketac-Fil - KF, Fuji II LC - FLC e Vitremer - VT)
após aplicação de géis acidulado ou neutro nos tempos de 1 e 4 minutos.
Corpos-de-prova dos materiais foram imersos em 2 ml de água deionizada e a
concentração de flúor mensurada em intervalos de 24 horas durante 15 dias,
utilizando eletrodo específico para íons flúor (9609 BN Orion) e analisador de
íons (720 A Orion). Após este período, realizou-se a aplicação tópica e o flúor
liberado foi analisado durante mais 15 dias. A análise de variância mostrou que
a liberação de flúor, em ordem decrescente, dos materiais
(p = 0,0001) foi: VT >> KL >> FLC. O
gel acidulado (p = 0,0001) promoveu maior reincorporação e liberação
de flúor independente do material. A reincorporação e liberação de flúor
(p = 0,0005) foi maior com o tempo de 4 minutos no gel acidulado, não
havendo diferença entre os tempos com o gel neutro (p >> 0,05).
O padrão de liberação foi semelhante antes e após aplicação dos géis, sendo
maior (p = 0,00001) no 16º dia quando comparado ao lº dia para o gel
acidulado nos materiais VT e FLC com padrão de liberação dos últimos 15 dias
maior que o inicial.
Concluiu-se que os cimentos ionoméricos liberaram e reincorporaram flúor
em padrão semelhante, sendo maior com gel acidulado aplicado por 4 minutos.
(Apoio financeiro: FAPESP - processo 00/00025-3 e CNPq - PIBIC.)
I211
Microflora salivar e experiência de cárie em pré-escolares:
um estudo piloto.
BARROS, A.
C.*, PINHEIRO, C., QUINTANILHA, L. E. L. P., COUTINHO, T. C.
Departamento
de Odontoclínica – FO – UFF, Niterói - RJ.
E-mail: tcoutinho@openlink.com.br
A experiência anterior de cárie tem sido considerada como um
dos melhores critérios para determinação do risco de cárie do paciente e para a
implementação de medidas preventivas. Com a finalidade de determinar se este
critério seria o ideal para o estabelecimento da freqüência de fluorterapia em
um programa de saúde bucal, este estudo piloto objetivou avaliar a correlação
entre as variáveis experiência de cárie (índice ceo-d incluindo mancha branca)
e diagnóstico de infecção – Streptococcus mutans (cárie) e Neisseria
bucalis (auto cuidado) – avaliado através de testes salivares (No
Caries™) em uma amostra de 45 pré-escolares (3 a 5 anos) de uma creche
municipal de Niterói - RJ. Todos os responsáveis pelas crianças assinaram
o termo de consentimento de acordo com o Comitê de Bioética. Cerca de 47% das
crianças estavam sem cárie, 21% apresentavam restaurações atraumáticas e 22%
eram cárie-ativas ao exame clínico realizado por um único examinador calibrado.
O diagnóstico de infecção foi classificado em A (fluorterapia 45/45 dias), B/C
(90/90 dias) e D (180/180 dias). O teste de correlação de Pearson não
demonstrou correlação significativa (r = +0,791;
p >> 0,05) entre as variáveis, uma vez que na categoria
A", 50% das crianças estavam sem cárie, na categoria B/C, 30% e 53%, na D.
Concluiu-se que a experiência anterior de cárie não é suficiente para
estabelecer a freqüência de aplicação tópica de flúor na amostra, já que grande
parte das crianças clinicamente sadias estavam positivamente infectadas
(categoria A), necessitando de uma fluorterapia mais freqüente.
I212
Estudo longitudinal da incidência de cárie em crianças de 2
a 6 anos.
COSTA, K.
T., SERRÃO, C. B.*, COUTINHO, T. C.
Departamento
de Odontoclínica – Universidade Federal Fluminense - Niterói - RJ.
Tel.: (0**21) 719-1055.
E-mail: kakataveira@bol.com.br
A cárie dentária continua sendo o principal problema na
Odontologia, apesar da sua incidência ter diminuído. Estudos observaram que a
maioria das crianças isentas de cárie na dentição decídua permaneciam livres da
doença na dentição mista. No entanto, há pouca informação sobre a prevalência
da atividade de cárie dentária e de níveis de tratamento em crianças
pré-escolares. Este trabalho objetivou fazer uma análise comparativa
longitudinal da incidência de cárie e avaliar o grau de sucesso na redução da
atividade cariogênica conseguido com a assistência odontológica em 50 crianças
de 2 a 6 anos que fazem um acompanhamento contínuo durante um período de 2 anos
na Clínica Odontológica e na Clínica de Odontologia para Bebê no Centro
Municipal de Saúde Marcolino Candau, no município do Rio de Janeiro. Foi feita
a coleta dos índices ceo-d (incluindo mancha branca) realizados nos anos de
1999 e 2001, obtidos a partir dos odontogramas encontrados nas fichas clínicas
odontológicas das crianças, sendo que os dados coletados foram dispostos em uma
planilha elaborada para o estudo. Foi observado que o percentual de dentes
cariados após dois anos reduziu de 18,5% para 9,2%, o de dentes restaurados
teve um aumento significativo (de cerca de 2% para 15%) e no de dentes hígidos
não houve grande alteração (aproximadamente 4%).
Após a análise estatística concluiu-se que o tratamento dentário na
primeira infância foi bem-sucedido no controle da atividade de cárie durante os
dois anos de acompanhamento da amostra estudada.
I213
Influência do peróxido de carbamida 10% na rugosidade
superficial de diferentes materiais restauradores.
TEDESCO, A.
D., BARREIRA, A. M.*, MIRANDA, M. S.
Instituto de
Odontologia – PUC - RJ; UERJ; UFRJ. Tel.: (0**21) 9811-4621.
Este trabalho tem como objetivo avaliar a rugosidade
superficial de diferentes materiais restauradores expostos ao peróxido de
carbamida a 10% por 15 e 30 dias. Foi confeccionada uma placa acrílica contendo
10 perfurações de 3 mm de profundidade e 7 mm de diâmetro para cada
material testado. As perfurações foram preenchidas com: Gr l- amálgama de prata
(SDI), Gr 2- Surefil (Dentsply), Gr 3- TPH Spectrum (Dentsply), Gr 4- Durafill
(Kulzer) e Gr 5- Cerômero Zeta (Vita). Os materiais foram inseridos nas
perfurações conforme as especificações dos fabricantes. Os corpos-de-prova (CP)
ficaram armazenados em água destilada e temperatura ambiente por 24 horas
quando foram submetidos ao acabamento e polimento com discos Sof-Lex (3M) para
os Gr 2, 3, 4 e 5; e taças de borracha (Viking) para o Gr 1. Logo após, as
superfícies foram submetidas ao rugosímetro digital Mitutoyo (Surftest 211)
para a 1ª leitura. Os CP ficaram imersos em Opalescence a 10% por 6 horas/dia
durante 15 dias e submetidos à 2ª leitura. Este procedimento foi repetido até
totalizar 30 dias e os CP submetidos à 3ª leitura.Os resultados tratados
estatisticamente por ANOVA e teste Student-Newman-Keuls
(p << 5%) foram respectivamente para a 2ª e 3ª leitura:
Gr l = 15,0 e 23,0; Gr 2 = 1,0 e 3,0;
Gr 3 = 2,6 e 8,6; Gr 4 = 4,0 e 6,0 e
Gr 5 = 4,0 e 2,0. Após 15 dias, o Gr 1 apresentou-se
estatisticamente diferente dos Gr 3 e 4; e em 30 dias estatisticamente
diferente dos Gr 2, 3, 4 e 5.
Os autores concluíram que nos tempos avaliados, o amálgama foi mais
susceptível ao efeito do peróxido de carbamida 10% que os outros materiais
testados.
I214
Um método simplificado para avaliação da instrumentação de
canais radiculares.
CAMPOS, L.
C.*, ABAD, E. C., FAVIERI, A., GAHYVA, S. M.
Departamento
de Endodontia – FO – UNESA - RJ. Tel.: (0**21) 503-7289. E-mail: amauri.odonto@estacio.br
Os principais objetivos do preparo químico-mecânico são a
limpeza, desinfecção e modelagem do sistema de canais radiculares. Devido à sua
grande importância, diversas formas para avaliar a eficácia das técnicas de
instrumentação têm sido desenvolvidas. Dentre elas, podemos citar os cortes
transversais, a análise através de radiografias, obtenção de imagens através de
microscópios ópticos, microscopia eletrônica de varredura e injeção de
corantes. O objetivo deste estudo foi descrever uma nova metodologia capaz de
propiciar a avaliação dos efeitos da instrumentação de canais radiculares
curvos através de cortes transversais, antes e após o preparo no mesmo
espécime. Após serem selecionadas e devidamente isoladas com vaselina, as raízes
dentárias foram imersas em resina acrílica autopolimerizável incolor e
posicionadas dentro de uma forma padronizada, para confecção de uma matriz.
Após a presa da resina, as raízes foram removidas, seccionadas no sentido
transversal em diferentes níveis e fotografadas visando à obtenção da área
primária do canal radicular. A seguir, as raízes foram montadas novamente no
troquel de resina e imobilizadas para a realização do preparo químico-mecânico.
Após esta etapa, novos registros fotográficos foram realizados para a avaliação
dos efeitos da instrumentação.
Uma vez que este método não necessita de tecnologia avançada, e tampouco
um extenso e dispendioso uso de equipamentos e materiais, apresenta-se como de
grande valia para a avaliação de uma determinada técnica de instrumentação de
canais radiculares.
I215
Estudo in vitro da dureza de substratos comparados ao
esmalte.
CALDERON, P.
S.*, SANTOS, P. A., FONTANA, R. H. B. T. S., FARIA, I. R., CRUZ, C. A. S.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOAr – UNESP.
Tel.: (0**16) 201-6440.
Considerando o aspecto ético relacionado ao uso de partes do
corpo humano em experimentos laboratoriais e a crescente dificuldade, nos
últimos tempos, em conseguir dentes humanos extraídos e hígidos, para realização
de trabalhos in vitro, julgamos válido e de grande importância a busca
de substratos alternativos ao esmalte dental humano na avaliação da efetividade
dos instrumentos cortantes rotatórios usados em Odontologia. Entendemos que
assim sendo possa se limitar o uso de dentes humanos extraídos, os quais devem
ser utilizados em pesquisas mais específicas onde não possam ser substituídos.
Para isso, comparamos a dureza de lâminas de vidro para microscópio, vidro
temperado e esmalte de dente bovino à dureza do esmalte dental humano. As
amostras dos substratos foram preparadas de maneira adequada para sua análise
em um aparelho de leitura de dureza dotado de diamante Vickers.
Os resultados encontrados mostram que dentre os substratos estudados
apenas o dente bovino possui dureza semelhante ao esmalte dental humano,
podendo portanto, quanto à dureza, ser indicado como substituto na realização
de testes de eficiência de instrumentos rotatórios. Consideramos também que é
de extrema importância a realização de mais trabalhos que contribuam para a
definição de métodos alternativos para avaliar a eficiência de instrumentos
rotatórios em Odontologia.
I216
Avaliação da capacidade do ácido fosfórico em remover o
“primer” de um CIV.
DIAS, A. R.
C.*, TEDESCO, A. D., DIAS, K., MIRANDA, M. S.
Instituto de
Odontologia – PUC - RJ; FO – UERJ - Rio de Janeiro.
Durante a aplicação do “primer” de cimento de ionômero de
vidro é impossível condicionar apenas a região dentinária a ser forrada e, com
isto, todas as paredes circundantes acabam sendo também condicionadas. O
objetivo deste trabalho foi avaliar com o auxílio de microscopia eletrônica de
varredura (MEV) a capacidade do ácido fosfórico de remover o “primer” do
Vitremer (3M) da superfície dentinária. Foram utilizados 20 discos de dentina
superficial obtidos de 5 terceiros molares humanos recém-extraídos planificados
com lixa d’água 400 e 600 e divididos aleatoriamente em 2 grupos de 10 discos cada.
O “primer” do Vitremer foi aplicado nos 2 grupos. O grupo II recebeu uma
aplicação adicional de ácido fosfórico 37% (Dentsply) por 15 segundos. A
existência de “primer” remanescente na dentina foi avaliada com auxílio de MEV
por 3 avaliadores calibrados usando um escore de 0 = recobrimento
total, 1 = recobrimento parcial e 2 = ausência total de
“primer”. Os postos médios foram Gr. I 5,50 e Gr. II 15,50. Os testes de
Kruskal-Wallis e Mann-Whitney (p << 0,05) mostraram diferença
estatisticamente significante entre os dois grupos.
Os autores concluíram que o ácido fosfórico nas condições testadas foi
capaz de remover parcialmente o “primer” de cimento de ionômero de vidro.
I217
Avaliação da infiltração marginal de diferentes técnicas
termoplastificadoras da guta-percha.
SOUZA, M. M.
B.*, MACHADO, A. G., CASTRO, A. J. R., ABAD, E. C., SIQUEIRA Jr., J. F.
Departamento
de Endodontia – FO – UNESA - RJ. Tel.: (0**21) 503-7289.
E-mail: amauri.odonto@estacio.br
O sistema de canais radiculares bem obturado previne a
infiltração marginal, evitando a reinfecção e dando condições para o
restabelecimento da saúde perirradicular. Várias técnicas têm sido
desenvolvidas com o objetivo de conseguir uma obturação tridimensional do canal
radicular. Neste trabalho, comparou-se a infiltração apical entre três técnicas
da termoplastificação da guta-percha (híbrida de Tagger - termocondensação
da guta-percha - grupo 1; Schilder - da guta-percha
aquecida - grupo 2; System B - onda contínua de condensação da
guta-percha - grupo 3) e a de condensação lateral - grupo 4, por ser
a mais amplamente utilizada, através da técnica de diafanização das raízes
distais de molares inferiores. Os achados foram analisados através do teste
estatístico de Kruskal-Wallis, que demonstrou haver diferença estatisticamente
significante entre os grupos (H = 33,718, p = 0,000). Para
verificação entre os grupos, foi usado o teste de Dunn, que demonstrou haver
diferença significante entre os grupos 3 versus 1, 3 versus 2 e 4
versus 1 (p << 0,05).
Concluiu-se que os melhores resultados foram obtidos pelos grupos 1 e 2
e os piores pelo grupo 3.
I218
Influência do ácido poliacrílico na espessura da camada
híbrida de dois adesivos autocondicionantes.
CASTANHO,
D.*, MIRANDA, M. S., TEDESCO, A. D., DIAS, K.
Instituto de
Odontologia – PUC - RJ; UERJ; UFRJ. E-mail: msayao@bol.com.br
Este estudo teve como objetivo comparar a espessura da
camada híbrida formada por dois sistemas adesivos autocondicionantes, com ou
sem a prévia aplicação de ácido poliacrílico. Dez terceiros molares humanos
hígidos recém-extraídos tiveram a face oclusal cortada e planificada com lixa
d’água 400 e 600 até a exposição da dentina superficial e divididos em quatro
grupos: grupo 1 - Etch & Prime 3.0, Degussa (EP); grupo 2 - Ácido
Poliacrílico, SS White + Etch & Prime 3.0 (APEP); grupo 3 -
Clearfil Liner Bond II, Kuraray (CLB II) e grupo 4 - Ácido
Poliacrílico + Clearfil Liner Bond II (APCLB II). Todos os grupos
foram restaurados com resina composta TPH Spectrum, Dentsply. Todos os
materiais foram utilizados segundo as especificações dos fabricantes. Os dentes
foram seccionados em 4 partes no sentido VL e MD e descalcificados em banhos
alternados de HCl a 10% por 1 minuto e NaOH a 5% por 5 minutos. As amostras
foram tratadas para observação em MEV e as medidas obtidas com aumento de
5.000 X. As espessuras de camada híbrida, em mm, foram:
EP = 1,60; APEP = 0,87; CLB II = 1,42 e APCLB
II = 0,92. Os testes estatísticos ANOVA e Student-Newman-Keuls
(p << 5%), mostraram que os grupos 1 e 3 foram estatisticamente
diferentes dos grupos 2 e 4.
Os autores concluíram que a utilização do ácido poliacrílico reduziu
efetivamente a espessura da camada híbrida nos dois sistemas testados.
I219
Avaliação eletromiográfica da influência dos aparelhos
interoclusais sobre o músculo orbicular da boca.
UCHOA, E.
S.*, SEMEGHINI, T. A., SILVA, A. S. F., NÓBILO, M. A., BÉRZIN, F.
FOP –
UNICAMP; FO – PUC - Campinas. Tel.: (0**19) 430-5295.
O aparelho interoclusal constitui um dos recursos mais
utilizados para o tratamento de pacientes que apresentam sinais e sintomas de
disfunção temporomandibular (DTM), inclusive nos portadores de próteses totais,
antes de qualquer terapia definitiva. Considerando a participação ativa dos
lábios em todas as funções do sistema estomatognático, o objetivo deste
trabalho foi verificar a influência do uso dos aparelhos interoclusais na
atividade eletromiográfica (EMG) do músculo orbicular da boca em suas duas porções –
superior (OBS) e inferior (OBI), durante a sucção de iogurte. A EMG foi
realizada antes e 70 dias após o uso destes aparelhos, em 8 pacientes
desdentados, portadores de prótese total dupla e que apresentavam sinais e
sintomas de DTM. O sinal EMG foi processado pelo software Matlab® e
as médias das amplitudes não normalizadas (ANN) foram testadas estatisticamente
pelo teste de Mann-Whitney (p << 0,05). Os valores encontrados
das ANN no pré-tratamento foram de 60,11 ± 4,28 e 86,15 ± 6,15 mV
e no pós-tratamento de 106,0 ± 4,80 e 103,71 ± 3,83 mV
para as porções OBS e OBI respectivamente. A diferença estatística verificada
foi altamente significativa (p << 0,0001) quando comparada a
mesma porção muscular antes e após o uso dos aparelhos.
Estes resultados permitem concluir, nas condições experimentais
utilizadas, que o uso dos aparelhos interoclusais promoveu um aumento
significativo da atividade elétrica do músculo orbicular da boca.
I220
Avaliação da infiltração marginal em restaurações classe V
de Ormocer.
CAL NETO,
J., CAMPOS, M.*, PINHÃO, M. B.
Departamento
de Dentística – FO – UERJ. E-mail: pinhaom@ruralrj.com.br
Vários materiais têm sido estudados, a fim de reduzir ou
eliminar a infiltração marginal. O objetivo deste trabalho foi comparar a
capacidade de selamento marginal do Ormocer e de um sistema adesivo com matriz
de Ormocer, com um sistema adesivo e resina composta tradicionais. Para isso
foram preparadas duas cavidades classe V padronizadas em 20 dentes hígidos,
recém-extraídos, localizadas nas faces vestibular e lingual, com uma margem em
esmalte e outra em cemento. Os dentes foram divididos aleatoriamente em 4
grupos de 10 cavidades cada: G1: Definite MultiBond (Degussa) + Definite
(Degussa); G2: Prime & Bond 2.1 (Dentsply) + Definite; G3: Definite
MultiBond + TPH Spectrum (Dentsply); G4: Prime & Bond 2.1 + TPH
Spectrum (grupo controle). Todas as cavidades foram condicionadas com ácido
fosfórico à 37% e os materiais aplicados conforme instruções dos fabricantes.
Os espécimes foram armazenados em água destilada por 48 h e depois
termociclados (1.000 ciclos, 5º-55ºC, 60 s). Foram impermeabilizados,
imersos em solução de nitrato de prata a 50% por 24 h, e seccionados. A
microinfiltração foi analisada com uma escala de 0-3. Os dados obtidos foram
submetidos ao teste de Kruskal-Wallis.
Os autores concluem que: 1) a infiltração nas margens em esmalte foi
menor que em cemento; 2) os grupos não diferiram significativamente quanto à
infiltração nas margens de esmalte (p >> 0,05); 3) nas margens
de cemento houve diferença significante (p << 0,05), permitindo
estabelecer a seguinte ordem crescente de microinfiltração: Grupo
4 << Grupo 3 << Grupo
2 << Grupo 1.
I221
Avaliação da influência do polimento coronário prévio nos
níveis de sangramento subgengival.
CAL NETO,
J., PARDAL, A., BIANCHI, A.*, FIGUEREDO, C.
Departamento
de Procedimentos Clínicos Integrados – FO – UERJ.
E-mail: cmfigueredo@hotmail.com
Diante de casos severos da doença, diversas instituições de
ensino e profissionais preconizam o início imediato do tratamento da
periodontite. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do polimento
coronário prévio ao exame periodontal inicial, nos níveis de sangramento
subgengival de pacientes com periodontite do adulto. Foram avaliados 22
pacientes da Clínica de Periodontia da FO – UERJ, com idade média de 50
anos (DP ± 39,7, variando de 19 a 73 anos). Foram incluídos apenas
sítios com bolsa periodontal entre 4 e 7 mm, totalizando 130 sítios com
periodontite. A avaliação do sangramento à sondagem baseou-se nos seguintes
escores: 0 - sem sangramento; e 1 - sangramento após a sondagem do
fundo da bolsa. O primeiro exame foi realizado na consulta inicial,
anteriormente ao polimento coronário. Não foi instituído nenhum método de
controle de placa, nem removidos os fatores retentivos de placa. Sete dias
depois foi feito o segundo exame. Dos 130 sítios que sangravam à sondagem no
primeiro exame, 77 (59,2%) continuavam apresentando sangramento à sondagem no
segundo exame, ao passo que 53 (40,8%) deixaram de sangrar.
Os resultados demonstram a importância do tratamento periodontal ser
realizado em duas fases, uma para resolução da gengivite, e outra, posterior,
para periodontite. Entretanto, quando é necessário o início imediato, o
polimento coronário prévio pode ser útil no diagnóstico da atividade da doença.
I222
Comparação da avaliação anatômica clínica, radiográfica e in
vitro de incisivos centrais e laterais inferiores.
COSTA
DUARTE, C. E.*, SANTOS, R. P., BERLINCK, T. A., DIAS, K.
Departamento
de Procedimentos Clínicos Integrados e Grupo PET – FO – UERJ.
O êxito no tratamento do sistema de canais radiculares
depende fundamentalmente do conhecimento preciso da anatomia interna do
elemento dentário. Tendo em vista as dificuldades encontradas pelos
profissionais no tratamento endodôntico de incisivos inferiores, bem como, as
variações anatômicas, este estudo tem como objetivo avaliar a anatomia interna
de 66 incisivos inferiores comparando 3 diferentes. Grupo I - avaliação
clínica utilizando paquímetro convencional: altura de coroa, comprimento total
do dente, comprimento M-D e V-L e o número de canais visualizados pelo acesso
endodôntico; Grupo II - exame radiográfico: número,formato e configuração
dos canais. Grupo III (Grupo Controle) - as amostras foram submetidas à
técnica de diafanização sugerida por PÉCORA et al. (Rev Odont,
n. 6, p. 384-385, 1993) e armazenadas em tubo de ensaio contendo
resina Resapol T208, sendo avaliado o número de canais radiculares e o número
de forames apicais. Os Grupos I e II foram avaliados com auxílio de uma lupa
estereoscópica com aumento de 6 X sob fonte de luz constante e completa.
Os postos médios obtidos foram: M1 = 93,00; M2 = 93,00;
M3 = 112,50. Os testes estatísticos de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis
(p << 0,001) não evidenciaram diferença estatística entre os
Grupos I e II que foram estatisticamente diferentes do Grupo III.
Com base nos resultados os autores concluem que os exames clínico e
radiográfico não são suficientes para que haja completo conhecimento dos canais
radiculares.
I223
Influência da preparação da amostra na caracterização da
superfície de compósitos.
DISCACCIATI,
J. A. C., NEVES, A. D., YARED*, K. F. G., ORÉFICE, R. L., JANSEN, W. C.
Departamento
de Odontologia Restauradora, Departamento de Engenharia Metalúrgica e Materiais
– UFMG. E-mail: adneves@uol.com.br
Este trabalho teve como objetivo analisar superfícies
polidas e não polidas de amostras de um compósito odontológico fotoativado
(Zeta LC® - Vita), visando contribuir para o aperfeiçoamento
dos métodos de obtenção de corpos-de-prova que serão submetidos a técnicas de
caracterização. Seis corpos-de-prova de 15 mm de diâmetro e 1 mm de
espessura foram confeccionados usando uma matriz metálica e lamínulas de vidro,
polimerizados por 240 segundos em uma unidade de fotoativação laboratorial
(Solidilite® - Shofu). As amostras foram submetidas às analises
do grau de conversão monomérica através de FTIR e da microdureza Vickers. Duas
amostras (polida e não polida) foram submetidas à EDS e SEM. Os resultados
foram submetidos ao teste t de Student, ao nível de significância de 5%.
Valores de grau de conversão de 62,3% (5,1) e 66,4% (2,6) e de microdureza de
27,2 (1,6) e 25,3 (0,7) foram obtidos para as superfícies polidas e não
polidas, respectivamente, não sendo observadas diferenças estatisticamente
significativas (p = 0,07; p = 0,21). A análise em EDS não
indicou diferença na composição química entre os grupos polido e não polido.
Conclui-se que, para as análises de microdureza e grau de conversão da
resina analisada, o método utilizado neste estudo na preparação das amostras
não requer a necessidade de procedimentos de acabamento e polimento.
I224
Efetividade da polimerização de diferentes fontes de luz em
unidades laboratoriais.
NEVES, A.
D., DISCACCIATI, J. A. C., COSTA, A. C. R.*, ORÉFICE, R. L., JANSEN, W. C.
Departamento
de Odontologia – Unimontes; Departamento de Odontologia Restauradora e
Departamento de Engenharia Metalúrgica e Materiais – UFMG.
E-mail: adneves@uol.com.br
As propriedades e a performance clínica das resinas
compostas odontológicas são influenciadas pela composição dos materiais bem
como pelas características da unidade de fotoativação utilizada. Este estudo
teve como objetivo avaliar a efetividade da polimerização de quatro diferentes
unidades de fotoativação laboratoriais: UniXS (Heraeus Kulzer) e Xenon Pulse
(Protécnica), equipadas com lâmpadas estroboscópicas de xenônio; Solidilite
(Shofu) e Fotoglass (Fotoceram), equipadas com lâmpadas halógenas. Para cada
unidade, cinco corpos-de-prova com dimensões de 15 mm de diâmetro por
1 mm de espessura foram confeccionados em uma matriz metálica utilizando
uma resina composta indicada para técnica indireta: Artglass (Heraeus Kulzer).
Após o período de armazenagem, os corpos-de-prova foram submetidos a análises
de microdureza Vickers e do grau de conversão monomérica através de FTIR. Os
dados obtidos foram comparados através dos testes ANOVA e Tukey (5%). Os
resultados indicaram que a unidade Fotoglass proporcionou os maiores valores de
microdureza (57,6) e conversão (74,8%), seguida pelas unidades Solidilite e
UniXS, enquanto os menores valores foram obtidos com a unidade Xenon Pulse
(37,5; 47,8%).
Concluiu-se que as unidades equipadas com lâmpadas halógenas
proporcionaram maior extensão da polimerização quando comparadas com aquelas
equipadas com lâmpadas de xenônio. (Apoio: CNPq.)
I225
Influência da terapia por aparelhos interoclusais na largura
da zona neutra.
MARDEGAN, F.
E. C.*, SILVA, A. S. F., POMILIO, A., NÓBILO, M. A.
Departamento
de Prótese e Periodontia – FOP – UNICAMP; FO – PUC - Campinas.
Tel.: (0**19) 430-5295.
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência dos
aparelhos interolusais na largura da zona neutra, que consiste na área onde as
forças da língua são neutralizadas pelas forças da bochecha e lábios. O
registro foi determinado por meio de um rolete de godiva plastificado,
posicionado sobre uma base provisória e levado à boca do paciente para que
fosse modelado pelos movimentos de deglutição. Este procedimento foi realizado
antes e 70 dias após o uso dos aparelhos, em 9 pacientes desdentados,
portadores de prótese total dupla e que apresentavam sinais e sintomas de
disfunções temporomandibulares. Para avaliação da largura dos registros, foram
realizadas mensurações lineares entre pontos localizados por vestibular e
lingual do rolete, ao nível do plano oclusal. Estes pontos foram obtidos a
partir de 5 linhas de referência, previamente traçadas sobre os modelos, sendo
uma delas coincidente com a linha mediana (0) e as outras à 25 e 50 graus à
direita (-) e à esquerda (+). As mensurações foram realizadas com o microscópio
comparador digital Olympus e os dados analisados pelo teste t de
Student. Os resultados mostraram que as larguras do rolete antes do tratamento
nas regiões -50, +25 e +50 foram de 8,65; 6,87 e 8,93 mm e após o
tratamento de 8,07; 6,62; 9,00 mm, respectivamente, não apresentando
diferença significativa (p >> 0,05). Nas regiões -25 e 0, as
larguras foram respectivamente de 6,71 e 6,62 mm antes e de 5,81 e
5,79 mm, após o tratamento, apresentando diferença significativa.
Portanto na
região anterior a terapia com os aparelhos interoclusais promoveu uma redução
na largura da zona neutra.
I226
Própolis como medicação intra-canal – MEV de resíduos
na dentina.
FERREIRA, F.
B. A.2, AZNAR, F. D. C.*1, SILVA e SOUZA, P. A. R.2,
MARCUCCI, M. C.3,
GARCIA, R. B.2
1UNIP -
Bauru; 2FOB – USP; 3UNIBAN.
E-mail: flavianaferreira@uol.com.br
O EEP (extrato etanólico de própolis) tem demonstrado em
vários estudos efeitos antimicrobianos e biológicos favoráveis que podem
sugerir sua inclusão no arsenal de medicamentos intracanal. Entretanto,
observa-se que durante a manipulação do extrato este apresenta-se aderente às
superfícies. Trinta dentes foram instrumentados e irrigados com hipoclorito de sódio
a 1% e ao final com EDTA. Estes foram divididos em 5 grupos de 6 dentes cada de
acordo com as cinco medicações: 1) EEP a 5%, 2) EEP a 5% diluído em
propilenoglicol, 3) EEP a 2,5% diluído em tensoativo, 4) hidróxido de cálcio a
10% em água destilada e 5) um grupo controle sem medicação. Após 1 semana de
armazenagem em estufa úmida a 37ºC os medicamentos foram removidos com duas
formas de irrigação: a) 5 ml de solução fisiológica e b) 1 ml de EDTA
mantendo-o por 3 minutos seguido de 5 ml de solução fisiológica. Os dentes
foram seccionados longitudinalmente e preparados para análise em microscopia
eletrônica de varredura (MEV) onde avaliou-se a permanência de resíduos na
dentina dos terços médio e apical dos canais. Os dentes foram classificados
segundo o grau de limpeza e aplicada análise estatística. Verificou-se que não
houve diferença entre os grupos de medicamentos e irrigantes, permanecendo
somente a diferença entre os terços radiculares.
Desta forma, conclui-se que a própolis, em função de suas boas
propriedades, é um medicamento viável para uso endodôntico por permitir sua
remoção do canal radicular.
I227
Alterações ósseas em ratas menopausadas sob terapêutica com
flúor.
MACHADO, G.
J. R.*, DORNELLES, R. C. M., DELBEM, A. C. B.
Departamento
de Ciencias Básicas e Odontologia Infantil e Social – Faculdade de Odontologia
de Araçatuba – UNESP. Tel.: (0**18) 620-3235.
E-mail: adelbem@foa.unesp.br
Na menopausa, devido à diminuição da secreção de estrógeno,
ocorre um desequilíbrio no balanço entre a reabsorção e formação óssea, com
isso a espessura do osso e o total de massa óssea tornam-se reduzidos. A
terapia com o flúor tem sido usada clinicamente com propósito de diminuir a
reabsorção óssea. O objetivo deste trabalho é analisar a mineralização óssea em
diferentes concentrações de flúor. Ratas menopausadas foram tratadas com
diferentes concentrações de flúor: 0, 1, 10 e 30 ppm. Após 90 dias
realizou-se a eutanásia e retirou-se o fêmur, que foi seccionado na região
média da diáfise, embutidos em resina acrílica, desgastados e polidos.
Posteriormente, realizou-se o teste de microdureza (Knoop) em secção
transversal (T) e longitudinal (L) a 50 mm e 150 mm da região
periostal, utilizando microdurômetro Shimadzu HMV 2000, carga de 15 g e
tempo de 5 s. Para estudos das medidas obtidas, empregou-se a análise de
variância e teste de Tukey (p << 0,05). Os resultados para a
comparação entre as distâncias de 50 e 100 µm foram, respectivamente:
56,08a e 62,79b; para o tratamento foram: GC - 60,32a, G1 ppm -
57,92a, G10 ppm - 59,93a e G30 ppm - 59,57a; para secção foram:
transversal - 62,66a e longitudinal - 56,21b; e para comparação
secção e distância foram: T a 50 mm - 56,94a; T a 150 mm -
68,380b; L a 50 mm - 55,22a; L a 150 mm - 57,19a.
A microdureza foi capaz de verificar alterações na estrutura do tecido
ósseo em diferentes regiões, entretanto, a terapêutica com flúor não alterou
estes valores.
I228
Atividade antimicrobiana de algumas medicações propostas
para uso intracanal.
MANIGLIA, C.
A. G., MANIGLIA, A. B.*, PICOLI, F., MARTINS, C. H. G.
Departamento
de Endodontia e Dentística – Universidade de Franca; FORP – USP.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade
antimicrobiana de diferentes medicações com possibilidade de utilização
intracanal. Foram estudados sete pastas contendo hidróxido de cálcio: hidróxido
de cálcio PA + Aderogil® (Grupo 1); pasta base do cimento
Dycal® (Grupo 2); hidróxido de cálcio PA + Adefort®
(Grupo 3); pasta base do cimento Life® (Grupo 4); pasta catalizadora
do cimento Hydro C® (Grupo 5); pasta base do cimento Hydro C®
(Grupo 6); e hidróxido de cálcio PA + água destilada (Grupo 7). O
método de avaliação da atividade antimicrobiana empregado foi o da difusão dos
materiais em meio de cultura (“brain heart infusion” - BHI). As cepas
empregadas como indicadoras da atividade antimicrobiana foram E. faecalis
(ATCC 19433) e S. aureus (ATCC 25923) incubadas a 37ºC por 48 horas. A
leitura dos halos de inibição foram realizadas ao final de 24 e 48 horas de
incubação. A análise estatística dos resultados evidenciou haver diferença
estatística significante ao nível de 1% para a inibição de ambos
microrganismos. De acordo com os resultados, os medicamentos base do Hydro C®,
base do Dycal®, hidróxido de cálcio PA + água destilada e
base do Life®, apresentaram melhor efeito antimicrobiano, sem
diferença estatisticamente significante entre si, porém, superiores a pasta
catalizadora do Hydro C®, hidróxido de cálcio PA + Aderogil®
e hidróxido de cálcio PA + Adefort®, respectivamente.
As pastas base dos cimentos de hidróxido de cálcio apresentam
consistência e efeito antimicrobiano interessantes para sua utilização como
medicação intracanal em Endodontia.
I229
Resistência à fratura de dentes restaurados com três
diferentes pinos intra-radiculares diretos estéticos.
MACARI, P.
C., TOIGO, R. V.*, TAVARES, J. G., CONCEIÇÃO, E. N.
Departamento
de Dentística Restauradora – Faculdade de Odontologia – UFRGS.
Tel.: (0**51) 332-0791,
328-6830. E-mail: rvtoigo@terra.com.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar, in vitro, a
resistência à fratura de dentes tratados endodonticamente, restaurados com três
diferentes pinos intra-radiculares diretos estéticos; Aesthetic-Post (Bisco),
Fibrekor Post (Jeneric/Pentron) e Cosmopost (Ivoclar), associados a coroas de
resina composta. Foram utilizados trinta dentes humanos unirradiculares,
extraídos por indicação terapêutica, com dimensões semelhantes e que tiveram
suas coroas removidas abaixo da junção cemento-esmalte, deixando um comprimento
padrão de 17 mm. Então foram divididos em três grupos com 10 dentes cada,
conforme o tipo de pino utilizado. Para cimentação dos pinos foi utilizado o
sistema adesivo All-Bond 2 (Bisco), juntamente com o cimento resinoso C&B
(Bisco), conforme as recomendações do fabricante. Os complementos coronários
foram confeccionados com resina composta Tetric Ceram (Ivoclar) e, unidos aos
diferentes pinos, foram montados em cilindros metálicos preenchidos com resina
acrílica autopolimerizável, formando os corpos-de-prova. Esses foram embutidos
em um dispositivo metálico, em forma de Y, com um ângulo fixo de 45º em relação
a uma ponta afunilada metálica que aplicava uma força medida em kgf no momento
da ruptura.
Os
resultados mostraram haver diferença estatística entre os diferentes tipos de
pinos testados (Aesthetic-Post 83,50 kgf, Fibrekor Post 85,74 kgf,
Cosmopost 36,51 kgf). Os dentes restaurados com os pinos Aesthetic-Post e
Fibrekor Post apresentaram resistência à fratura estatisticamente superior em
relação aos pinos Cosmopost.
I230
Ação do glutamato monossódico sobre microdureza e erupção
dos incisivos.
SANTOS, O.
A. M.*, SHIMABUCORO, C. E., DELBEM, A. C. B., CASTRO, J. C. B., SASSAKI, K. T.
Departamento
de Ciências Básicas – Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP.
E-mail: kts@foa.unesp.br
A administração neonatal de glutamato monossódico (MSG) em
ratos provoca distúrbios neuro-endócrinos, podendo interferir no
desenvolvimento dos dentes. O objetivo do trabalho foi analisar se o tratamento
com MSG afeta a erupção dos incisivos e a microdureza do esmalte. Ratos Wistar
machos (M) e fêmeas (F) foram injetados s.c. com NaCl 0,9% (grupo C) ou MSG
(4 mg/g p.c., grupo MSG) aos 2, 4, 6, 8 e 10 dias de idade e sacrificados
aos 90 dias por decapitação. Os dentes incisivos foram retirados, embutidos em
resina acrílica, cortados longitudinalmente e a microdureza (Knoop) determinada
em 5 regiões, de incisal para a apical, utilizando uma carga de 50 g
durante 5 s. O MSG causou um decréscimo de 4% na microdureza do esmalte
dos incisivos dos M em 4 das 5 regiões analisadas. Nas F ocorreu diminuição de
3,6-5% em apenas 2 regiões mais próximas à extremidade cervical. Nas demais
regiões não houve diferença significante. O esmalte dos incisivos dos M
apresentou uma microdureza 3% maior do que a das F. Após tratamento com MSG
essa diferença sexual não foi mais observada. A erupção dos dentes incisivos
inferiores do grupo M-C ocorreu no oitavo dia de idade em 25% dos filhotes e no
nono dia nos 75% restantes. No grupo M-MSG, foram 53 e 47%, respectivamente.
Nas F-C os resultados foram 44% no oitavo dia e 56% no nono dia e no grupo
F-MSG, 67 e 33%, respectivamente.
Os resultados obtidos mostram que nos ratos tratados com MSG ocorre uma
erupção precoce e uma deficiência na mineralização dos dentes. (Apoio
financeiro: FAPESP.)
I231
Efeito da testosterona e fluoreto sobre fluxo e composição
salivar.
SHIMABUCORO,
C. E.*, SANTOS, O. A. M., DORNELLES, R. C. M., SASSAKI, K. T.
Departamento
de Ciências Básicas – Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP. E-mail: kts@foa.unesp.br
Vários hormônios influem na função das glândulas salivares;
alguns atuam através da adenilciclase, enzima ativada pelo fluoreto (F),
enquanto outros, como os gonadais, atuam ao nível da transcrição de genes. O
objetivo do trabalho foi estudar a ação de F sobre o fluxo e a concentração de
proteína e atividade de amilase da saliva de ratos orquidectomizados (ORQ) com
e sem reposição de testosterona (T). Foi coletada saliva estimulada com
pilocarpina de ratos ORQ sem (grupos C e CF) e com (grupos CT e CTF) reposição
de T. Uma hora antes da coleta os grupos CF e CTF receberam NaF (5 mg/kg
p.c., i.p.). O fluxo salivar não foi alterado por F nem T, juntos ou
isoladamente. Entretanto, a concentração de proteína da saliva sofreu um aumento
de 1,3-1,4 vezes pela ação de F, nos grupos sem e com T. Este hormônio,
sozinho, não teve efeito. Com relação à atividade da amilase salivar (U/ml),
tanto o F como a T isoladamente causaram aumento de 1,3-1,4 vezes; quando
juntos, o aumento foi da mesma grandeza. A atividade específica (U/mg) da
amilase não foi alterada pelo F, no grupo sem reposição de T; já no grupo
tratado com T ela foi maior do que no grupo sem reposição
(CT >> C, 1,4 vezes).
Conclui-se que tanto o F como a T não alteram o fluxo salivar de ratos
ORQ, juntos ou isoladamente. Embora a concentração de proteínas totais na
saliva não sofra alteração pela reposição com T, a atividade específica de
amilase é aumentada por esse hormônio, indicando um estímulo seletivo na
secreção dessa enzima ou inibição da secreção de outras proteínas. (Apoio
financeiro: FAPESP.)
I232
Avaliação das forças liberadas por diferentes tipos de alças
de fechamento de espaço utilizadas em Ortodontia.
THIESEN,
G.*, MENEZES, L. M., CARDOSO, M. A., RITTER, D., LOCKS, A.
Disciplina
de Ortodontia – FO – UFSC. Tel./fax: (0**48) 331-5141.
Na Ortodontia, existem vários dispositivos utilizados para o
fechamento de espaços intra-arco. Entre as opções descritas na literatura,
encontram-se uma vasta gama de alças que, incorporadas a arcos contínuos, podem
ser utilizadas para a movimentação dos dentes anteriores. Este estudo procurou
avaliar a força liberada por oito desenhos diferentes de alças ortodônticas
para o movimento de retração de caninos e incisivos, com 5 amostras po grupo. Foi
utilizado fio de aço inoxidável da marca Morelli de secção retangular
(0,019” x 0,025”). As forças liberadas pelas 40 amostras avaliadas foram
quantificadas através de uma máquina de ensaio de tração (Instron), quando
distendidas em 1 e 2 milímetros. As menores e maiores médias de força
encontradas foram de 289,62 gramas-força (gf) (Grupo VIII - alça em “T”
com helicóides) e 754,65 gf (Grupo III - alça de Bull) para 1 mm
de ativação e de 605,76 gf (Grupo VIII - alça em “T” com helicóides)
e 1.274,75 gf (Grupo IV - alça reversa simples) para 2 mm de
ativação, sendo que tais valores foram estatisticamente significativos segundo
teste ANOVA (p << 0,01). Quando comparados aos valores ideais
preconizados por vários autores para o movimento de retração dos dentes
anteriores, os grupos distendidos em 1 milímetro apresentaram valores mais
compatíveis com o ideal.
Os resultados deste estudo experimental indicam que somente o Grupo
VIII, com ativação de 1 mm da alça em “T” com helicóides, apresentou valor
médio dentro dos níveis de força ideal, sendo o mais indicado para a
movimentação do segmento anterior.
I233
Avaliação quantitativa de leucócitos em bolsas periodontais
e gengivas clinicamente normais.
COELHO, A.
M.*, PIMENTA, F. J. G. S., SILVA, L. G., LIMA Jr., S. M., SANTOS, V. R.
DCPC – FO –
UFMG. Tel.: (0**31) 3499-2497. E-mail: santo@mail.odonto.ufmg.br
Na doença periodontal há uma interação entre os fatores do
hospedeiro e bacterianos que levam à destruição progressiva do periodonto. A
fase inicial é a gengivite, que pode ou não se desenvolver para periodontite.
Durante todas as fases, observa-se a presença de células inflamatórias,
inicialmente polimorfonucleares neutrófilos, que são substituídos por
macrófagos e linfócitos, aparecendo na fase mais avançada os linfócitos B e
plasmócitos. O objetivo deste trabalho foi quantificar os leucócitos presentes
na bolsa periodontal de pacientes com periodontite e compará-los com pacientes
sem a doença. Um termo de consentimento foi assinado pelos pacientes antes das
coletas e aqueles com bolsa periodontal medindo entre 4 e 8 mm foram
selecionados nas Clínicas de Periodontia da FO – UFMG. Fez- se esfregaço com
material obtido através da sondagem das bolsas. As lâminas foram coradas com a
técnica de Papanicolaou e as contagens foram realizadas em 8 campos, com
auxílio de um retículo. Os resultados mostraram que nas periodontites o número
médio de leucócitos variou entre 8,125 e 192,88 células (55,76 ± 48,36),
enquanto nas gengivas clinicamente saudáveis, a média variou entre 2,63 e 8,38
(4,43 ± 2,05) células. Ao se comparar os resultados obtidos para
gengiva clinicamente normal e periodontites, observou-se que a diferença entre
eles foi estatisticamente significativa (p << 0,05).
Concluiu-se que o número de leucócitos obtidos da bolsa periodontal foi
maior do que o encontrado no sulco gengival e sua variação pode refletir a
natureza cíclica da doença periodontal.
I234
Avaliação da força de adesão em dentina de diferentes
sistemas adesivos.
CAVALCANTE,
L. M. A.*, BEDRAN de CASTRO, A. K. B., AMARAL, C. M., ERHARDT, M. C. G.,
SHINOHARA, M. S., PIMENTA, L. A. F.
FOP –
UNICAMP. E-mail: lpimenta@fop.unicamp.br
O objetivo deste estudo foi comparar a resistência adesiva
em dentina de 6 sistemas adesivos, sendo dois autocondicionantes. Para isto,
noventa fragmentos da porção coronária de dentes bovinos foram incluídos em
resina de poliestireno e lixados até se obter uma superfície plana em dentina.
Em seguida, os espécimes foram divididos aleatoriamente em 6 grupos
(n = 15), de acordo com o sistema adesivo aplicado: [1] Single Bond
(SB); [2] Prime & Bond NT (PB); [3] Excite (EX); [4] One Coat Bond (OCB);
[5] Clearfil SE Bond (CLF) e [6] One-Up Bond F (OUB). Sobre cada superfície
dentinária foi delimitada uma área, aplicado o sistema adesivo conforme a
instrução de cada fabricante e confeccionado um cilindro de resina composta
Z250, utilizando-se uma matriz de teflon bipartida. Os espécimes foram mantidos
em umidade por 7 dias a 37ºC. O teste de cisalhamento foi realizado em uma
máquina de ensaio universal (EMIC) com velocidade de 0,5 mm/min. Os dados
obtidos em MPa foram submetidos à análise estatística (ANOVA e Tukey,
p << 0,05) apresentando os seguintes resultados: [SB] = 25,81a;
[EX] = 18,93b; [CLF] = 16,35b; [OUB] = 15,49b;
[PB] = 14,66b; [OCB] = 14,19b. O sistema adesivo SB obteve
os melhores valores, diferindo estatisticamente dos demais, os quais não
apresentaram diferenças significantes entre si.
Os adesivos autocondicionantes se comportaram de forma semelhante aos
adesivos de frasco único, exceto para o SB.
I235
Avaliação da substantividade do composto de inclusão
clorexidina: hidroxipropil-beta-ciclodextrina in vitro.
FRANCO, C.
F.*, CORTÉS, M. E., PATARO, A. L., COELHO, A. M., SANTOS, V. R.,
SINISTERRA, R. D.
Fax: (0**31)
499-2430. E-mail: mecortes@bol.com.br
Este estudo avaliou a substantividade e atividade
antimicrobiana do composto de inclusão clorexidina:
hidroxipropil-beta-ciclodextrina in vitro. Utilizaram-se fragmentos de
dentes bovinos imersos em soluções do composto de inclusão (CI) diluídos
sucessivamente a partir de uma concentração de 2,0% à 0,0625%. Todos os testes
foram em triplicata. Os controles foram clorexidina 0,12% e água. A dessorção
foi medida através de alíquotas de 100 microlitros removidas, dos 250
microlitros da solução tampão pH 7,4 para os quais os fragmentos foram
transferidos. A concentração de clorexidina foi medida pelo método do
ultravioleta visível após 6 horas e em intervalos de 24 horas. Outro grupo de
fragmentos serviram para medir a inibição bacteriana quando imersos em soluções
do CI 2% a 0,0625%, água ou clorexidina 0,12%. Os fragmentos e 1 ml de
cultura de S. mutans (ATCC 10556) contendo 7 ´ 108 UFC/ml
foram colocados em meio BHI por 48 horas e, após determinada a porcentagem de
inibição do crescimento, analisou-se os resultados pelo teste não-paramétrico
de Kruskal-Wallis. O composto de inclusão mostrou substantividade e efetividade
em inibir o crescimento bacteriano com uma diferença estatisticamente
significativa (alfa = 0,005) nas concentrações acima de 0,125%. Na
microscopia eletrônica de varredura não foram observados efeitos morfológicos
sobre os fragmentos de dentina.
Conclui-se que a clorexidina no composto de inclusão tem substantividade
e eficácia antimicrobiana frente ao S. mutans in vitro. (Apoio:
Probic - FAPEMIG; PIBIC - CNPq.)
I236
Avaliação da
substantividade e atividade antimicrobiana da tetraciclina b-ciclodextrina em dentina bovina in
vitro.
PATARO, A.
L.*, CORTÉS, M. E., FRANCO, C. F., SINISTERRA, R. D., SANTOS, V. R.
FO – UFMG.
E-mail: mecortes@bol.com.br
Este trabalho teve como objetivo determinar a capacidade
antimicrobiana, a substantividade e o efeito sobre as superfícies de raízes
bovinas do composto tetraciclina b-ciclodextrina. Utilizaram-se fragmentos de
dentina (8 x 4 x 1 mm) em triplicata, impregnados nos
compostos de inclusão ou tetraciclina (controle) em concentrações decrescentes
de 8,0% a 0,25 % por 5 minutos. Os fragmentos foram lavados e colocados em
caldo Brain Heart Infusion (BHI) contendo 1 ml de uma cultura de 24 horas
de Actinobacillus actinomycetemcomitans (Y4-FDC) correspondendo a
3,7 ´ 108 UFC/ml. Três grupos de 8 fragmentos de
dentina foram imersos em amostras das soluções e removidas alíquotas em
intervalos de 24 horas. A dessorção da tetraciclina de cada fragmento foi
mensurada nas alíquotas das soluções pelo método de ultravioleta visível. Os
efeitos morfológicos da tetraciclina foram determinados através da microscopia
eletrônica de varredura. A atividade bacteriostática do composto de inclusão
foi verificada nas concentrações de 1,0% a 8,0%. A tetraciclina encapsulada na b-ciclodextrina
não perde a substantividade inerente à tetraciclina e desmineraliza levemente a
dentina após 5 dias comparado à tetraciclina que causa maior grau de
desmineralização e manchamento superficial.
Concluímos que as superfícies radiculares com o composto tetraciclina: b-ciclodextrina
pode servir como depósito de liberação da droga ativa de forma similar à
tetraciclina, desmineralizando e pigmentando levemente as superfícies das
raízes. (Apoio: PIBIC/CNPq, PROBIC/FAPEMIG.)
I237
Resistência à compressão de dentes restaurados com dois
sistemas de pinos e núcleos.
FREITAS, V.
P.*, GUERRA, S. M. G., GUIMARÃES, J. C., ZANDONADE, E.
Departamento
de Prótese Dentária – CBM – UFES. Tel.: (0**27) 335-7227.
E-mail: ppgo@npd.ufes.br
A restauração de dentes desvitalizados com grande perda
estrutural, utilizando sistemas de pinos e núcleos, ainda é um desafio para o
profissional da área odontológica. O objetivo desse estudo foi investigar in
vitro a resistência à compressão desses dentes quando restaurados com dois
sistemas diferentes de pinos e núcleos (pino e núcleo metálico fundido -
grupo I, pino de fibra de carbono e núcleo de resina composta - grupo II).
Foram utilizados vinte pré-molares superiores unirradiculares, recém-extraídos,
com dimensões radiculares semelhantes. Os dentes foram aleatoriamente
distribuídos em dois grupos com dez amostras cada um. Além da restauração com
os sistemas de pinos e núcleos, todos os dentes foram cobertos com uma coroa
total metálica de Ni-Cr. Utilizou-se o mesmo cimento resinoso e sistema adesivo
para os dois grupos. O dentes foram termociclados e montados em blocos de
resina acrílica. O teste de compressão foi realizado em uma máquina de ensaios
(Riehle Testing Machines), aplicando-se uma carga axial, sobre a superfície
oclusal das coroas protéticas, a uma velocidade constante de 2 mm/min. até
que ocorresse falha. A média da resistência à fratura para o grupo I foi de
451 kgf e para o grupo II foi de 428 kgf. O teste de Mann-Whitney
revelou não haver diferença significante entre os grupos (U = 38,5;
p = 0,384).
Observou-se que, mesmo existindo diferença de propriedades físicas e
mecânicas entre os sistemas de pinos e núcleos testados, a resistência à
fratura dos dois grupos não apresentou diferença estatisticamente significante.
I238
Cárie de estabelecimento precoce: comparação entre dois
grupos distintos economicamente.
TEIXEIRA, D.
L. S.*, VOLSCHAN, B.
Departamento
de Odontopediatria – Faculdade de Odontologia – UNESA.
Tel.: (0**21) 503-7289.
E-mail: deblu@olimpo.com.br
O presente estudo teve como objetivo analisar os fatores
envolvidos na condição de saúde bucal de 120 crianças de 6 à 36 meses, de ambos
os sexos, matriculadas em duas creches públicas e duas creches privadas
localizadas na Baixada Fluminense - RJ. A coleta de dados de observação
direta e extensiva, consistiu numa entrevista realizada e gravada pela autora
com as mães e, no exame clínico das crianças, sendo usado os Índices de Placa
Visível e o ceo-s. Os resultados foram analisados estatisticamente pelo
programa Epi Info. A média do ceo-s encontrado foi de 2,70, sendo de 5,63 entre
as crianças da creche pública (67,7% apresentavam cárie) e de 0,32 entre as
crianças da creche particular (15,5% apresentavam cárie). Os resultados
estatisticamente significativos (p << 0,05) encontrados foram:
entre as crianças com cárie, 76% eram filhas de pais separados; 62%
apresentavam problemas durante o sono; 38,7% eram caçulas e 36,7% filhos
únicos. Entre as crianças da creche pública apenas 8% iniciaram sua higiene
bucal antes de 1 ano de idade, contra 40% do outro grupo e apenas 1% já tinha
visitado o dentista, contra 60% das crianças das creches particulares.
Estes resultados nos levam a concluir que a cárie de estabelecimento
precoce pode ser considerada um problema de caráter social, portanto a análise
dos fatores não biológicos é de extrema importância para que seja atingida uma
efetiva mudança de comportamento nos programas de promoção de saúde bucal.
I239
Prevalência e efeitos de fármacos usados por idosos
institucionalizados.
SANTOS, V.
P.*, TORRIANI, M. A., ROSA, T. F.
Departamento
de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial – FO – UFPel.
Com os avanços da medicina moderna houve um aumento
significativo do número de idosos, os quais são freqüentes usuários de vários
medicamentos. A população idosa asilada é, em grande parte, portadora de
doenças crônicas, sendo que, em muitos casos, a terapia geralmente é contínua e
a prescrição é feita com múltiplas drogas. Sendo assim, o presente estudo
objetiva avaliar a prevalência do uso de medicamentos entre os pacientes
geriátricos institucionalizados, relacionando os efeitos colaterais capazes de
produzir alterações significativas na cavidade bucal. Para tanto, foi realizado
um levantamento dos medicamentos mais utilizados entre os idosos do Asilo de
Mendigos da Cidade de Pelotas, RS. Dos 125 pacientes institucionalizados, 115
tiveram suas fichas médicas consultadas, pois recebiam atendimento médico na
instituição. Após a análise dos dados colhidos, constatou-se que as drogas de
maior uso são: digoxina, hidroclorotiazida, ácido acetilssalicílico, cloridrato
de prometazina, diazepam, cloridrato de fluoxetina, biperideno, cloropromazina
e fenitoína. Destas, várias podem causar alterações bucais como xerostomia,
edema de face e língua, gengivite, parestesia, estomatite aftosa e alterações
no paladar.
Pode-se, portanto, concluir que, por serem os idosos usuários de
múltiplos fármacos com potencialidade de induzir alterações na cavidade bucal,
estas devem ter suas etiologias bem estudadas e compreendidas, a fim de que
sejam atribuídas às suas reais causas (que podem ser os medicamentos) e não
atribuídas simplesmente ao processo de envelhecimento.
I240
Níveis salivares de estreptococos do grupo mutans.
CANCIO, V.*,
AMORIM, K. M., PEREIRA da SILVA, C. H. F., HARARI, S.
UNIGRANRIO;
UFRJ.
Os estreptococos do grupo mutans (EGM) são
reconhecidamente fundamentais para o início e desenvolvimento de lesões
cariosas sendo facilmente transmitido à criança durante a janela da
infectividade, existindo correlação entre níveis salivares de EGM em pares de
mães e filhos (Caufield et al.,
J Dent Res, 72:1, 1993). O objetivo deste trabalho foi determinar a
prevalência e o tipo de colonização das espécies de grupo mutans na
saliva das mães e seus respectivos filhos. Foram selecionados 10 pares de mães
(faixa etária entre 20 e 30 anos) e filhos (entre 1 e 2 anos). Nenhum dos
indivíduos testados sofreu tratamento odontológico, assitiu palestras ou fez
uso de antimicrobianos no mínimo 6 meses antes da coleta. As amostras de saliva
foram obtidas através da aspiração por uma seringa insulínica e transportadas
em gelo para o laboratório de Microbiologia Oral do Instituto de Microbiologia
da UFRJ, onde foram processadas. Efetuou-se a contagem das unidades formadoras
de colônia (UFC) de EGM e o número obtido foi multiplicado pelo produto da
diluição e ajustado para 1,0 ml de saliva, de modo a se obter uma contagem
real de UFC bacterianas por 1,0 ml de saliva coletada. Os dados foram
analisados estatisticamente através do cálculo do coeficiente de Pearson. Os
resultados mostraram que os EGM foram encontrados em todas as amostras das
salivas das mães e que houve 80% de correlação entre níveis salivares de EGM em
os pares mães/bebês.
Concluiu-se correlação positiva entre os níveis salivares de EGM de mães
e seus respectivos bebês.
I241
Achados bucais em pacientes com disfunção neuromotora
institucionalizados.
RAGON, C. S.
T.*, BUNDZMAN, E. R., ELIAS, R. A.
UNIGRANRIO;
UNIVERSO; UFRJ. Tel.: (0**24) 231-4756.
O objetivo desta pesquisa foi investigar a prevalência da
alterações bucais em pacientes com disfunção neuromotora (DNM)
institucionalizados. Após a aprovação da instituição e do Comitê de Ética da
Universidade, foram examinados 117 pacientes (52 sexo feminino, 65 sexo
masculino), média de idade 21 anos (D.P. 8,54) com DNM, mantidos em uma
instituição em regime de internato. Em relação ao diagnóstico neuromuscular,
12% apresentaram quadrisomatoparesia espástica atáxica (QEA), 0,8% triplegia
espástica (TE), 38,5% quadrisomatoparesia espástica (QE), 6,8%
hemi-somatoparesia (HE) e o restante, alterações do desenvolvimento sensório
psicomotor. A inspeção da cavidade oral foi realizada por um único examinador,
devidamente treinado, seguindo os critérios da OMS. As alterações mais
encontradas foram: sangramento gengival à sondagem (n = 110), palato
ogival (n = 42), hiperplasia gengival (n = 17), úlceras
(n = 14), candidíase pseudo-membranosa (n = 13). A
hiperplasia gengival foi encontrada em todas as classificações diagnósticas de
DNM, sendo estatisticamente significativa nos pacientes com epilepsia
(qui-quadrado; p = 0,049).
Os pacientes com DNM examinados, apresentaram uma grande variedade de
alterações bucais, sendo o sangramento gengival o achado mais prevalente.
I242
Aspecto trabeculado em radiografias periapicais – o
papel do osso esponjoso.
APOLONIO, A.
C. M.*, CARDOSO, S. V., FARIAS, F. F., AGUIAR, M. C. F.
Departamento
de Clínica, Patologia e Cirurgia Odontológicas – FO – UFMG.
E-mail: perypery@bol.com.br
O exame radiográfico constitui uma das mais importantes
ferramentas para a Odontologia, sendo fundamental no diagnóstico, plano de
tratamento e proservação de diversas lesões patológicas. A correta
interpretação é pois essencial em Radiologia. Comumente, é aceito que o padrão
trabeculado do osso alveolar se deve ao fato do osso esponjoso apresentar uma
série de trabéculas e espaços medulares. Contudo, recentemente na literatura
surgiram dúvidas quanto à participação do osso esponjoso na formação deste
padrão. Este trabalho objetiva verificar o papel do osso esponjoso na formação
do padrão trabeculado em radiografias periapicais. Utilizando mandíbulas de
cães (sacrificados por motivos diversos) foram obtidas radiografias periapicais
padronizadas antes e após a completa remoção do osso esponjoso e após a remoção
de metade da espessura (interna ou externamente) do osso cortical alveolar.
Áreas selecionadas foram projetadas e avaliadores independentes foram
questionados quanto à presença do padrão trabeculado em um estudo duplo-cego.
Os resultados foram avaliados estatisticamente pelo qui-quadrado com correção
de Fisher quando necessária. Houve uma grande concordância entre os
avaliadores. Os dados demonstraram que os avaliadores foram capazes de
identificar presença e ausência do padrão trabeculado antes e após a remoção do
osso esponjoso, respectivamente.
O osso esponjoso parece ser o principal responsável pelo aspecto
trabeculado em radiografias periapicais do osso mandibular. (Apoio financeiro:
FO – UFMG, CNPq, FAPEMIG.)
I243
Resistência à fratura de primeiros pré-molares superiores
restaurados por duas técnicas adesivas.
MIRANDA, C.
B.*, NOYA, M. S., BEZERRA, R. B., LOPES, J. L.
Departamento
de Saúde – UEFS. E-mail: carolbmiranda@bol.com.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a resistência à fratura
de primeiros pré-molares superiores restaurados por duas técnicas adesivas,
direta e indireta. Para tanto, foram utilizados 40 dentes extraídos por motivos
ortodônticos ou periodontais e que se encontravam livres de cáries ou
restaurações. As amostras foram divididas aleatoriamente em 4 grupos de 10 dentes
cada da seguinte maneira: grupo I - dentes hígidos (grupo controle); grupo
II - dentes preparados e não-restaurados (controle negativo); grupo
III - dentes preparados e restaurados pela técnica direta (resina composta
P60/3M) e grupo IV - dentes preparados e restaurados pela técnica adesiva
indireta (Targis/Ivoclar). Os dentes foram preparados de maneira padronizada,
com remoção do teto da câmara pulpar e acesso endodôntico. Após a confecção das
restaurações os corpos-de-prova eram submetidos a um teste de resistência à
compressão em uma máquina de ensaios universal (EMIC), utilizando uma esfera de
6,0 mm de diâmetro e com velocidade de 0,5 mm/minuto. A força
necessária para fraturar os corpos-de-prova foi obtida em kgf e os dados
obtidos foram submetidos a análise estatística (p << 0,05).
Observou-se que os dentes preparados e não-restaurados sofreram uma
redução significativa na resistência à fratura, enquanto que os dentes
preparados e restaurados pela técnica adesiva direta e indireta apresentaram resistência
equivalente a dos dentes hígidos, e equivalentes entre si.
I244
Prevalência de traumatismos alvéolo-dentários na clínica de
urgência odontopediátrica.
PORTO, R.
B.*, BARATA, J. S., BRESSANI, A. E. L., CRUZ, M. R. S., FREITAS, J. S. A.,
ARAUJO, F. B.
Departamento
de Cirurgia e Ortopedia – FO – UFRGS. E-mail: ramirobp@ig.com.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de
traumatismos alvéolo-dentários em crianças que procuraram atendimento no Curso
de Extensão Universitária de Urgência em Odontopediatria da FO – UFRGS de
abril de 1999 a dezembro de 2000. A amostra consistiu de 129 crianças, sendo 80
(62,01%) do sexo masculino e 49 (37,99%) do sexo feminino, com idade de 0 a 14
anos. A faixa etária mais acometida por trauma em dentes decíduos foi a de 2-4
anos; em permanentes, foi a de 8-10 anos. Os traumas aos tecidos de sustentação
foram os mais prevalentes na dentição decídua (79,64%), prevalecendo a intrusão
(35,55%) e a luxação lateral (27,77%). Já com relação aos dentes permanentes, a
prevalência maior foi de injúrias traumáticas aos tecidos duros (59,25%), sendo
de maior ocorrência a fratura coronária sem exposição pulpar (70,83%) seguida
da fratura coronária com exposição pulpar (22,91%). Em relação aos
procedimentos clínicos adotados para o atendimento emergencial, a conduta mais
prevalente foi a orientação; tanto para dentes decíduos (72,56%), quanto para
permanentes (27,16%). A restauração (25,92%) foi o segundo procedimento clínico
mais prevalente para os dentes permanentes e a exodontia (13,27%), para os
dentes decíduos traumatizados.
Com base nos
resultados obtidos, foi concluído que o profissional deve estar apto a
diagnosticar de forma precisa, intervir invasivamente quando necessário, e bem
orientar os responsáveis quanto aos cuidados apropriados após um traumatismo
alvéolo-dentário, almejando um prognóstico favorável para os dentes envolvidos.
I245
Interface titânio cp e materiais estéticos observada através
de líquido penetrante.
BOTTINO, M.
C.*, GIANNINI, V., BONDIOLI, I. R., MIYASHITA, E., MESQUITA, A. M. M., BOTTINO,
M. A.
Departamento
de Prótese Parcial Fixa – UNIP - São Paulo.
O objetivo deste estudo foi avaliar a interface
metal/material estético, através de líquido penetrante, entre liga metálica de
titânio cp (Rematitan) e 2 sistemas estéticos: Targis (Ivoclar) e Artglass
(Heraeus Kulzer). Utilizou-se uma matriz de silicone para a confecção de 35
corpos-de-prova (cdp), lisos, com formato de concha, nas dimensões de 4 mm
de altura, 7,5 mm de diâmetro e 0,5 mm de espessura. Após fundição
foram jateados com óxido de Al (50 mm) para aplicação dos sistemas
estéticos conforme recomendação dos fabricantes. Formaram-se 2 grupos: 18 cdp
Artglass e 17 para Targis. As amostras concluídas foram termocicladas (600 ciclos,
5º e 55ºC) e avaliadas através de líquido penetrante visível. Os resultados
foram obtidos através de lupa (5 X) com escala de 0 a 4, por três
avaliadores previamente calibrados. Os resultados foram submetidos a análise
estatistica pelo teste de Mann-Whitney, com uma diferença elevada entre as
médias dos dois grupos. Observou-se uma diferença significativa com p menor que
0,001.
Concluiu-se que o sistema estético Targis demonstrou superioridade em
relação ao sistema Artglass quando usado com liga de Titânio cp.
I246
Resistência flexural de resinas condensáveis: influência da
força de condensação.
DUQUIA, R.
C. da S.*, FLOOR, A. S., MARTOS, J., DEMARCO, F. F., OSINAGA, P. W. R.
Departamento
de Odontologia Restauradora – Faculdade de Odontologia – UFPel - RS.
E-mail: osinaga@ufpel.tche.br
O objetivo deste estudo foi verificar se o uso de diferentes
forças de condensação influenciam a resistência à flexão das resinas
condensáveis SO (Solitaire - Heraeus Kulzer), AL (Alert -
Jeneric/Pentron), SF (Surefil - Dentsply/Caulk) e uma resina microhibrida
FI (Filtek Z250 - 3M). Para os preparos dos corpos-de-prova (6 para cada
material, n = 6), foi utilizada uma matriz retangular metálica com
10 mm de comprimento por 1 mm de altura e 2 mm de largura, a
condensação do material foi submetida a três forças de compressão F1-
0,750 kg, F2- 1,250 kg e F3- 1,750 kg com a ponta ativa do
condensador com 1,95 mm de diâmetro. A polimerização foi realizada com um
fotopolimerizador de 450 mW/cm2 (XL3000 - 3M) durante 40
segundos, e os c.p. armazenados a 37ºC em água destilada durante 7 dias e
submetidos a ensaios de flexão em uma máquina universal Kratos. Os resultados
foram submetidos à análise de variância e o teste de Tukey, demonstrando haver
significância ao nível de 5% para os fatores material e força quando analisados
isoladamente. Fator material - foi demonstrado diferença estatisticamente
significante entre os materiais, como seguem as médias em MPa (DP): SF
(88,38 ± 13,28) = FI (80,75 ± 16,21) >> AL
(64,18 ± 11,59) e SO (40 ± 8,28). Fator força - da mesma
forma, foi detectada diferença estatisticamente significante entre as médias em
MPa (DP), como seguem: F3 (73,12 ± 25,19) >> F1
(68,35 ± 21,16) >> F2 (63,51 ± 20,27).
Conclui-se que o fator força e o fator material influenciaram
significativamente os valores de resistência.
I247
Susceptibilidade de bactérias orais a extratos etanólicos e
hidroetanólicos de própolis.
LIMA Jr., S.
M.*, PAULA, A. M. B., PIMENTA, F. J. G. S., SILVA, L. G., DIAS, R. S., SANTOS,
V. R.
DCPC – FO – UFMG.
Tel.: (0**31) 3499-2497. E-mail: santo@mail.odonto.ufmg.br
O extrato de própolis apresenta muitas propriedades
farmacológicas, entretanto, estas atividades variam de acordo com a composição
química da própolis, controle de qualidade do fabricante e a sua origem. Com o
objetivo de testar as propriedades farmacológicas de diferentes marcas
comerciais, quatorze extratos etanólicos de própolis (EEP) e cinco soluções
hidroetanólicas de própolis (AEP) foram estudadas in vitro. 0,1 ml
de uma cultura de 24 horas, correspondendo a 5,0 na escala de MacFarland de Streptococcus
mutans (ATCC 70069), Streptococcus sanguis (ATCC 10557), Lactobacillus
casei (ATCC 393), Bacteroides fragilis (ATCC 25285), Staphylococcus
aureus (ATCC 12692) e Fusobacterium necrophorum (ATCC 25286) foram
semeados, respectivamente, em ágar BHI (Brain Heart Infusion) e ágar Rogosa
contendo discos embebidos em 20 ml de EEP e AEP. Vancomicina 30 mg,
etanol 93,2ºC e água destilada foram usadas como controle.
Todas as amostras de própolis, exceto uma, inibiram o crescimento de
microorganismos. Diferenças observadas entre as diversas marcas comerciais de
própolis são provavelmente devido à diversidade de abelhas produtoras e região
de origem da própolis. Além disto, o controle de qualidade das própolis é
discutível.
I248
Estudo clínico e fotográfico de contatos oclusais em
oclusões naturais normais.
GONDIM, M.
O. A.*, OLIVEIRA, L. M. C., PAIVA, H. J., COSTA, L. J.
DCOS –
UFPB. Tel.: (0**83) 216-7250.
O presente estudo clínico-fotográfico teve por finalidade
analisar o número e a localização de contatos oclusais, na posição de máxima
intercuspidação (PMI) em 20 indivíduos de ambos os sexos, na faixa etária dos
13 aos 38 anos (idade média de 20 anos), com oclusões normais, e todos os
dentes presentes com exceção dos terceiros molares. O carbono utilizado foi o
Accu-Film II (Parkell - USA), dupla face com espessura de 27 micra,
contido através de pinças de Müller especialmente adaptadas.
Com base nos resultados obtidos chegou-se às seguintes conclusões:
1 - o número de contatos oclusais em PMI para o arco maxilar, em 20
indivíduos foi de 440 contatos; para o arco mandibular, foi de 386 contatos.
2 - Do total de contatos oclusais registrados no arco maxilar, 78 se
localizaram em cúspides de suporte; 27 em fossas; 97 em cristas marginais; 166
em outros pontos dos dentes posteriores e 72 nos dentes anteriores. Do total de
386 contatos registrados no arco mandibular, 124 se localizaram em cúspide de
suporte; 9 em fossas; 69 em cristas marginais; 143 em outros pontos dos dentes
posteriores e 41 nos dentes anteriores. 3 - Considerados os segmentos
posteriores (direito e esquerdo) e o anterior dos arcos, o número médio de
contatos por indivíduo foi de 18,4 contatos para os segmentos posteriores e 3,6
para o segmento anterior do arco maxilar. Para o arco mandibular a média foi de
17,2 contatos posteriores e 2 para os anteriores.
I249
Avaliação in vitro da vibração ultra-sônica em
cimentos para pinos intra-radiculares.
AMORIM, M.
B.*, SILVA, M. R., FERNANDES NETO, A. J., BIFFI, I. C. G.
Faculdade de
Odontologia – UFU. Tel.: (0**34) 3219-0438.
E-mail: marciliaa@alunos.ufu.br
A necessidade de remoção de pinos intra-radiculares se
mostra bastante freqüente na clínica odontológica, seja na realização de
retratamento endodôntico, ou na substituição de pino insatisfatório. Nas duas
últimas décadas, o ultra-som tem sido indicado para facilitar a remoção de
pinos intra-radiculares, no entanto, a efetividade desse método sobre os diversos
tipos de materiais cimentantes existentes no mercado hoje, não tem sido bem
documentada. O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro os efeitos da
vibração ultra-sônica na integridade destes agentes cimentantes, verificando
assim comparativamente, a força necessária para a remoção completa dos pinos
fixados nos corpos-de-prova através destes cimentos. Foram utilizados 60
corpos-de-prova divididos em três grupos, cada um deles com vinte unidades: no
grupo (1) foi utilizado o fosfato de zinco, no segundo grupo (2) foi utilizado
o ionômero de vidro e no terceiro grupo (3) o cimento resinoso, todos com
ativação química, sendo que nos três grupos, dois corpos-de-prova fizeram parte
do grupo controle (sem vibração ultra-sônica) e dezoito fizeram parte do grupo
experimental.
Este trabalho elegeu o cimento de ionômero de vidro como melhor escolha
para cimentação de pinos intra-radiculares, por possuir o melhor comportamento
frente a vibração ultra-sônica.
I250
Compósito e CIV na colagem de bráquete em esmalte bovino.
FERRAZ, R.
B.*, CHEVITARESE, O., SANTIAGO, M. H.
Curso de
Especialização – Departamento de Ortodontia e Ortopedia Facial – ABO - RJ.
Tel.: (0**21) 3396-6502. E-mail: rogeriobferraz@aol.com
O objetivo deste estudo foi avaliar a resistência ao cisalhamento
de 3 formas de colagem de bráquetes (American Orthodontics) em esmalte bovino e
a quantidade de fraturas em esmalte macroscopicamente detectados. Foram feitas
60 colagens, após profilaxia com taça de borracha e pasta de pedra-pomes
ultrafina por 15 segundos e lavagem por 10 segundos, e divididas em 3 grupos de
20 corpos cada: A- Concise (3M)/condicionamento ácido gel/superfície seca, B-
Fuji Ortho LC (GC)/sem condicionamento ácido/superfície úmida, C- Enforce
(Dentsply)/condicionamento ácido gel/adesivo dentinário (Prime & Bond
NT - Dentsply)/superfície seca. O ácido gel foi aplicado por 20 segundos e
lavagem por igual tempo. A resistência de cisalhamento da colagem foi
determinada em máquina de ensaios mecânicos EMIC 10000 com velocidade de deformação
de 0,5 mm/minuto. As médias em MPa foram: A - 17,51/B -
5,21/C - 19,23. A quantidade de fratura de esmalte nos grupos A, B e C
foram respectivamente: 25%, 5%, 45%. Os resultados submetidos a análises
estatísticas revelaram diferença significativa entre as médias relativas a
resistência ao cisalhamento e as relativas a incidência de fratura em esmalte.
Conclui-se que houve uma diferença da resistência ao cisalhamento
significativa entre os grupos Enforce e Fuji Ortho, sendo atribuída ao uso de
ataque ácido + adesivo dentinário no grupo Enforce.
I251
Critérios de escolha dos alunos da uff por profissionais de Odontologia.
REIS, R.
B.*, PEREIRA, R. M., BARROSO NETO, L. A., BASTOS, M. F. A., SANTOS, J. G.,
SOARES, E. L.
Programa de
Pós-Graduação em Odontologia Social – UFF. E-mail: mpoels@vm.uff.br
Esta pesquisa buscou verificar as razões de procura e
escolha dos graduandos da UFF por atendimento odontológico. Foi utilizado o
método de abordagem indutivo com observação direta extensiva, através da
distribuição de 100 questionários a alunos de diversos cursos do Campus
do Valonguinho - UFF, obtendo-se o retorno de 91. Para a realização deste
estudo foram analisadas as “características do bom dentista” – 20% custo,
18% higiene, 18% competência, 14% ética, 12% dedicação e 18% outros; os “critérios
para escolha do dentista” – 38% indicação, 34% higiene, 14%
especialização, 8% tempo de formado e 6% aparência; os “motivos de visita ao
dentista” – 43% prevenção, 28% continuar tratamento, 14% dor, 12% estética
e 3% não vão ao dentista.
Concluímos que as principais razões de escolha do dentista são a
indicação por amigos e parentes, o custo, a competência e a higiene do
profissional, e que, entre os principais motivos de procura, estão a prevenção,
a dor, a estética e a perda da função dos dentes.
I252
Endodontia realizada por clínicos gerais: controle
microbiológico adotado no tratamento.
DAMASCENO,
F.*, MOREIRA, E., AMMARI, M., VALE, S., ALVES, R., SANTOS, A., FIDEL, R.
Endodontia –
Odontologia – UNIGRANRIO; UNIVERSO. E-mail: edsonjorgeendo@aol.com
O presente trabalho teve o objetivo de investigar o controle
microbiológico adotado durante o tratamento endodôntico realizado por
cirurgiões-dentistas clínicos gerais. Foi aplicado um questionário estruturado
a 73 cirurgiões-dentistas, clínicos gerais que atuam em consultórios ou
clínicas particulares no município de Duque de Caxias, RJ. O questionário
continha questões relativas ao tipo de isolamento empregado, o momento de sua
instalação e a solução irrigadora utilizada (de acordo com a condição pulpar).
Após a coleta dos dados, foi observado por meio dos resultados que 64,3% dos
profissionais que constituíram a amostra utilizam isolamento absoluto e 54,7%
destes procedem o isolamento antes do acesso coronário; a solução irrigadora
mais utilizada em todas as condições pulpares foi a soda clorada.
Diante do exposto pôde-se concluir que a maioria dos clínicos gerais
realiza a terapia endodôntica dentro de um adequado controle microbiológico.
I253
Epidemiologia dos traumatismos da dentição permanente na
tribo indígena Krenak.
SILVA, M. J.
B.*, COELHO, E. M., CÔRTES, M. I. S., BASTOS, J. V.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FO – UFMG. E-mail:galaco@gold.com.br
Não existem dados sobre a prevalência das lesões traumáticas
na dentição permanente nas populações indígenas brasileiras. Sendo assim, o
objetivo do presente estudo foi levantar a prevalência dessas lesões na
comunidade indígena Krenak e determinar a relação entre os traumatismos dentários,
sexo, idade, “overjet” e proteção labial. Participaram do estudo todos os 69
índios na faixa etária entre 6 e 21 anos, examinados por um dentista treinado e
calibrado (Kappa = 0,94). A taxa de resposta foi de 84%. A
prevalência de lesões traumáticas na dentição permanente foi de 27,6%. Os
resultados demonstraram que não houve uma diferença significativa com relação
ao sexo e “overjet”. Resultados estatisticamente significativos foram
observados com relação à proteção labial (p = 0,030) e idade
(p = 0,048). A causa mais comum foi a queda decorrente de
brincadeiras, ocorrendo principalmente em casa. A lesão traumática mais comum
foi a fratura de esmalte seguida da fratura de esmalte e dentina, sendo os
dentes mais acometidos os incisivos centrais superiores.
Concluiu-se que, na tribo Krenak, a prevalência de traumatismos
dentários foi alta, estando relacionada à proteção labial e à idade. (Apoio
financeiro: FUNASA e CENBIOS-UNIVALE.)
I254
Avaliação em MEV da penetração em dentina de um adesivo
autocondicionante e de um ácido não lavável.
MIRANDA, M.
S., CAL NETO, J.*, DIAS, K., LOPES, M. F.
Departamento
de Dentística – FO – UERJ; UFRJ; IOPUC - RJ. E-mail: msayao@bol.com.br
O objetivo desse estudo foi comparar o efeito de um adesivo
autocondicionante e de um ácido não lavável quanto a profundidade de penetração
na dentina de dentes humanos, através da observação em microscopia eletrônica
de varredura (MEV). Quinze terceiros molares tiveram a dentina exposta,
cortando-se a face oclusal, planificados com lixa d’água 600, cortados
transversalmente e distribuídos em 6 grupos de 5 cada: Grupo 1 -
Prime & Bond NT, Dentsply, (NT), controle negativo; Grupo 2 -
ácido fosfórico 37% + Prime & Bond NT, Dentsply, (AFNT),
controle positivo; Grupo 3 - Non Rinse Conditioner (NRC), Dentsply + Prime &
Bond NT (NRCNT); Grupo 4 - NRC + Prime & Bond 2.1,
Dentsply, (NRCPB); Grupo 5 - NRC + Scotchbond MP (SBMP), 3M,
(NRCSB) e Grupo 6 - Prompt L-Pop, Espe, (PLP). Todos foram recobertos com
Dyract AP, Dentsply, e utilizados conforme instruções dos fabricantes. Os
fragmentos dentários foram descalcificados com HCl a 10% e NaOH a 5% e as
réplicas em resina examinadas em MEV. Três examinadores calibrados avaliaram as
fotomicrografias e atribuíram escores de 0 = sem penetração a
3 = penetração máxima. Os postos médios das avaliações foram: Gr.
1 = 14,67; Gr. 2 = 50,00; Gr. 3 = 34,67; Gr.
4 = 23,33; Gr. 5 = 21,17 e Gr. 6 = 21,17. Os
testes de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney (p << 0,05)
evidenciaram três grupos homogêneos {Gr. 1, Gr. 4, Gr. 5 e Gr. 6}; {Gr. 3} e
{Gr. 2}.
Os autores concluíram que o sistema adesivo autocondicionante e o ácido
não lavável apresentaram menor penetração em dentina do que o sistema adesivo
convencional.
I255
Influência do tipo de fotoativação na microdureza de um cerômero.
MIRANDA, M.
S., TEDESCO, A. D., SUGUINO, S*.
Dentística
Restauradora – Instituto de Odontologia – PUC - RJ.
Tel.: (0**21) 288-6398.
Muitas vezes, quando utilizado em reparos de restaurações
fraturadas ou como incrementos em restaurações diretas, os cerômeros são
polimerizados com aparelhos de fotoativação de uso clínico. Este trabalho tem
como objetivo comparar as propriedades mecânicas de um cerômero Zeta (Vita)
polimerizado como indicado pelo fabricante e por um aparelho fotopolimerizador
de uso clínico, através do teste de microdureza. Foram utilizados 20 cilindros
de 6 mm de espessura por 3 mm de diâmetro, confeccionados em matriz
de teflon, divididos em dois grupos de 10 cada. No grupo A os corpos-de-prova
(cp) foram polimerizados com aparelho Optilux 600 (Gnatus), com intensidade
luminosa de 400 mW/cm2 em incrementos de 2 mm cada por 40
segundos. No grupo B, a polimerização foi realizada em forno Fotoceran por
15 min. conforme especificação do fabricante. Os cp foram inseridos em uma
resina epoxílica, planificados com lixas d’agua número 600 e 1.200 e
posteriormente polidos em politriz com pasta de diamante 6, 3 e 1 mm. O
teste de dureza Vickers foi realizado no microdurímetro HMV 2000 Shimadzu, com
célula de 200 g, em 3 três regiões de cada cp. Foram obtidas imagens com
microscópio óptico e as medições feitas através de um programa computadorizado
KS400. O resultados foram tratados estatisticamente por ANOVA e teste de
Student-Newman-Keuls (p << 0,05). As médias de dureza Vickers foram:
Gr A = 345 e Gr B = 357.
Os autores concluíram que houve diferença entre os 2 métodos testados,
sendo que a polimerização com Fotoceran apresentou maior dureza Vickers.
I256
Influência do tipo de instrumento rotatório na infiltração
de restaurações estéticas indiretas.
MIRANDA, M.
S., MACIEL, J.*, RODRIGUES, E. L., DIAS, K.
Disciplina
de Dentística Restauradora – FO – UERJ; UFRJ;
IO – PUC - RJ.
O presente estudo teve por objetivo avaliar a infiltração
marginal de restaurações estéticas indiretas em dentes preparados com três
tipos de instrumentos rotatórios. 24 terceiros molares humanos recém-extraídos
receberam dois preparos cada um, do tipo “slot” com 1,7 mm de largura na
parede cervical e 2 mm além da junção cemento/esmalte. Foram divididos em
3 grupos de 16 preparos cada: Grupo 1 - multilaminada nº H375R314023;
Grupo 2 - diamantada granulação fina nº 8850314023 e Grupo 3 -
diamantada granulação grossa nº 850314023 todas da Komet Brassler. A seguir as
restaurações foram confeccionadas com resina Zeta (Vita) e cimentadas com
cimento resinoso Enforce (Dentsply) e armazenados 7 dias em água destilada,
quando foram imersos por 24 horas em solução de nitrato de prata a 50% e 30
minutos em solução reveladora para radiografia (Kodak). Os preparos foram
seccionados no sentido mésio-distal. Três avaliadores calibrados avaliaram a
infiltração do corante com uma lupa de 24 X, por meio de escore de
0 - sem infiltração a 3 - infiltração máxima. Os resultados
foram tratados estatisticamente por Kruskal-Wallis e Mann-Whitney
(p << 0,05), postos médios: Gr 1 = 00,00; Gr
2 = 00,00 e Gr 3 = 0,00.
Os autores concluíram que a broca multilaminada propiciou uma menor
infiltração marginal do que a broca diamantada de granulação fina.
I257
Avaliação em MEV de um agente dessensibilizante quanto à sua
permanência em dentina.
MIRANDA, M.
S., TEDESCO, A. D., BARROS, V. F.*, POVOA, R., DIAS, K.
Instituto de
Odontologia – PUC - RJ; Dentística – FO – UERJ; UFRJ.
E-mail: msayao@bol.com.br
Este trabalho tem como objetivo avaliar a permanência do
D/Sense2 (Centrix) após sua aplicação e lavagem com e sem prévio
condicionamento ácido da dentina. Foram utilizados 10 terceiros molares humanos
hígidos recém-extraídos e armazenados em água destilada, os quais tiveram a
dentina superficial exposta, cortando-se a face oclusal com um disco diamantado
dupla face (KG Sorensen) e planificados com lixa d’água 400 e 600. Os dentes
foram seccionados em 4 partes no sentido VL e MD, e cada fragmento foi
direcionado para um grupo a fim de que o substrato não interfira nos resultados
obtidos. Grupo A - D/Sense 2 conforme especificação do fabricante, grupo
B - D/Sense 2 + lavagem em água corrente por 15 s, grupo
C - ácido fosfórico 37% (Dentsply) por 15 s + D/Sense 2 e
grupo D - ácido fosfórico 37% (Dentsply) por 15 s + D/Sense
2 + lavagem em água corrente por 15 s. Após os tratamentos, as
superfícies foram observadas em MEV e posteriormente clivadas para observação
no sentido longitudinal. As fotomicrografias foram avaliadas por meio de escore
de 0 = ausência de cristais à 3 = superfície completamente
coberta por cristais. Os postos médios encontrados foram:
Gr.A = 20,94; Gr.B = 9,28; Gr.C = 24,72 e
Gr.D = 19,06. Os testes de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney
(p << 5%) mostraram que os resultados do Gr.B foram
estatisticamente diferentes dos Gr.A, C e D.
Os autores concluíram que a aplicação do D/Sense 2 com posterior lavagem
com água proporciona uma menor permanência deste agente que as outras técnicas
estudadas.
I258
Avaliação da resistência ao cisalhamento de diferentes
sistemas adesivos em esmalte.
CAMANHO,
D.*, RABELLO, T. B., MIRANDA, M. S., DIAS, K.
Departamento
de Clínica Odontológica – FO – UFRJ; UERJ.
Tel.: (0**21) 562-2033.
O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar e
comparar a resistência ao cisalhamento de diferentes sistemas adesivos em
esmalte. Os sistemas adesivos foram testados em 40 superfícies de esmalte
vestibular de dentes humanos permanentes recém-extraídos. Cada substrato
dentário experimental foi aleatoriamente dividido em 4 grupos com 10 espécimes
cada um: Gr. 1 = ácido fosfórico a 37% (Dentsply) + Prime
& Bond NT (PBNT - Dentsply); Gr. 2 = Non Rinse Conditioner
(Dentsply) + PBNT; Gr. 3 = PBNT; Gr. 4 = Clearfil
SE Bond (Kuraray). Sobre as superfícies tratadas, foram confeccionados
cilindros da resina modificada por poliácidos Dyract AP (Dentsply) com auxílio
de uma matriz de teflon. Após uma semana de armazenagem (37ºC e 100% de
umidade), os espécimes foram submetidos ao teste de resistência ao
cisalhamento, utilizando-se uma máquina para ensaios mecânicos EMIC, à uma
velocidade de 0,5 mm/min. Os valores médios obtidos, em MPa, foram: Gr.
1 = 18,78 ± 2,68; Gr. 2 = 16,17 ± 3,28;
Gr. 3 = 17,11 ± 4,20; Gr. 4 = 15,44 ± 4,28.
Os dados foram analisados estatisticamente por ANOVA e testes de Tukey e t
de Student (p << 0,05). Os resultados obtidos não indicaram
diferença estatística entre os grupos testados.
Os autores concluíram que a resistência ao cisalhamento em esmalte não
foi afetada pelos diferentes sistemas adesivos testados.
I259
Avaliação da remoção de colágeno associado a um adesivo
autocondicionante em dentina.
ALLAN, L.
M.*, MIRANDA, M. S.
Disciplina
de Dentística Restauradora – FO – UERJ; UFRJ; IO – PUC - RJ.
E-mail: allan@skydome.net
O presente estudo teve por objetivo avaliar a
microinfiltração marginal de restaurações de resina fotopolimerizável após
desproteinização seguida de um sistema adesivo autocondicionante. 20 terceiros
molares humanos recém-extraídos receberam 3 preparos esféricos cada um, com
profundidade e largura padronizados pela broca 1018, realizados na junção
cemento/esmalte. Cada cavidade foi distribuída em um grupo: Grupo 1 -
adesivo Prompt (Espe) segundo o fabricante; Grupo 2 - ácido fosfórico 35%
por 15 segundos seguido de Prompt e Grupo 3 - ácido fosfórico mais
desproteinização com hipoclorito de sódio 10% por 1 minuto seguido de Prompt. A
seguir as cavidades foram restauradas com resina XRV Herculite A2, armazenadas
7 dias em água destilada, quando foram imersos por 24 horas em solução de nitrato
de prata a 50% e 30 minutos em solução reveladora para radiografia (Kodak). Os
preparos foram seccionados no sentido mésio-distal. Três avaliadores calibrados
avaliaram a infiltração do corante com uma lupa de 40 X, por meio de escore de
0 - sem infiltração a 3 - infiltração máxima. Os dados foram
analisados estatisticamente pelo teste de Friedman com um
p-valor = 0,801 para cervical e um p-valor = 0,183 para
esmalte.
Os autores concluíram que não houve diferença estatisticamente
significativa para os grupos 1, 2 e 3.
I260
Adequação do meio bucal na clínica odontológica.
OTONI, I.
S.*, GALLITO, M. A.
Departamento
Pré-Clínico – Disciplina de Materiais Dentários – Faculdade de
Odontologia de Campos.
O objetivo desse trabalho foi avaliar o percentual de CDs
que executam a adequação do meio bucal na clínica odontológica. Foram
distribuídos 130 questionários para cirurgiões-dentistas do centro da cidade de
Campos dos Goytacazes - RJ, com a intenção de abordar se os CDs apresentam
conhecimento sobre o assunto, se realizam o procedimento, em quais situações,
materiais utilizados e se orienta o paciente sobre dieta e uso de fluoretos.
Foram respondidos 120 questionários, os quais foram submetidos à análise
estatística descritiva, e obtivemos os seguintes resultados aproximados: 90,93%
dos CDs conheciam o assunto abordado e 9,16% não conheciam; 80,83% dos CDs
realizam o procedimento e 19,16% não realizam. Dentre os CDs que realizam,
44,95% fazem adequação em pacientes com alto índice de cárie, 4,58% com baixo índice
de cárie e 50,45% em todos os pacientes; 42,20% utilizam o cimento de óxido de
zinco e eugenol, 33,94% o ionômero de vidro para restauração, 9,17% o Fuji IX e
14,67% o Ketac-Molar. Quanto à orientação sobre dieta e uso de fluoretos, 95%
dos entrevistados orientam e 5% não orientam.
Baseando-se nesses dados podemos concluir que a maioria dos CDs
entrevistados apresentam conhecimento sobre o assunto abordado, realizam na
clínica odontológica o procedimento, possibilitando assim, o controle da doença
cárie, num caráter preventivo e não somente curativo.
I261
Efeito da angiotensina II central sobre o fluxo salivar.
TOBIAS, T.
C. B.*, SAAD, W. A., CARNEIRO, I. C.
Departamento
de Odontologia – Universidade de Taubaté.
Este trabalho estudou o efeito da angiotensina II (ANGII),
quando injetado no orgão subfornical (OSF), sobre o fluxo salivar, assim como o
efeito do pré-tratamento com L-NAME, nitroprussiato de sódio (NPS), e
L-arginina, drogas inibidoras, liberadoras e produtoras de óxido nítrico (ON),
sobre o fluxo salivar, induzidas pela angiotensina II (ANGII). Foram utilizados
ratos Holtzman (250-300 g), machos, mantidos em gaiolas metabólicas com
acesso à ração e água. Foram anestesiados, suas cabeças posicionadas em aparelho
estereotáxico, e implantadas cânulas no órgão subfornical (OSF), onde foram
injetados cloreto de sódio 0,15 M (controle), ANGII, L-NAME + ANGII,
NPS + ANGII, L-Arginina + ANGII. A ANOVA e o teste t
de Dunnett foram utilizados para análise estatística. Os resultados
demonstraram que a ANGII quando injetado no OSF produz um aumento do fluxo
salivar. A prévia aplicação do L-NAME à ANGII no OSF provocou um aumento do
fluxo salivar, induzido pela ANGII. A prévia aplicação de L-arginina e do NPS,
drogas produtoras e doadoras de óxido nítrico (ON), diminuíram o efeito
sialógogo da ANGII.
Concluindo, a aplicação da ANGII no OSF, sob a influência do óxido
nítrico aumenta o fluxo salivar. (FAPESP, CNPq.)
I262
Influência do revestimento na qualidade superficial do
titânio fundido.
CRUZ, R. B.
V., MELONCINI, M. A., PINEDO, C. E.*, MUTARELLI, P. S.
Faculdade de
Odontologia, Núcleo de Pesquisas Tecnológicas – Universidade de Mogi das
Cruzes.
O titânio e suas ligas tem sido utilizado de maneira
crescente em implantes dentários. Um dos problemas advindos deste processo é a
formação da camada-alfa (“alpha-case”) na superfície da peça. Para melhor
entender a formação desta camada, este trabalho avaliou a influência da
composição do molde na qualidade da superfície bruta de fundição em uma liga
Ti-Al-V. Todas as fundições foram feitas em máquina que funde por indução e
injeta o metal por centrifugação, em atmosfera inerte de argônio (Laboratório
de Materiais Dentários da FOUSP - SP). A superfície do metal após a fundição
foi avaliada por microscopia eletrônica de varredura e análise química de
microrregiões por técnica de energia dispersiva. Os resultados mostram que o
grau de interação entre metal e molde varia sensivelmente com a composição do
molde cerâmico. Em moldes a base de alumina (Al2O3) a
interação é mínima e a superfície do metal não apresenta oxidação ou
incrustação do revestimento. Em moldes a base de sílica (SiO2) e
magnésia (MgO) a interação é forte e a formação da camada-alfa é acentuada
associada à incrustação de partículas do revestimento.
Conclui-se que o melhor material para o molde para uso odontológico é a
base de alumina, levando a formação mínima da camada-alfa.
I263
Estudo comparativo da dissolução da clorexidina por
complexação em hidroxipropil-beta-ciclodextrina com ou sem polímero
biodegradável.
SOUZA, L. C.
R.*, CORTÉS, M. E., SINISIERRA, R. D.
FO – UFMG.
Fax: (0**31) 499-2430. E-mail: mecortes@bol.com.br
O objetivo deste estudo foi determinar os perfis de
liberação de clorexidina a partir de encapsulamento em
hidroxi-propil-beta-ciclodextrina (HPBCD:CX) e/ou microencapsulamento em
polímero biodegradável de ácido poliláctico e poliglicólico 50 : 50
(PLGA) em diferentes pHs. Utilizaram-se 10 mg de microesferas de PLGA contendo
HPBCD:CX, composto de inclusão e clorexidina. Foram colocados em 1 ml de
solução tampão de pH 7,4 e 4,5, respectivamente, em triplicata, sob agitação à
temperatura ambiente. Retirou-se o sobrenadante após centrifugação em períodos
de tempo predeterminados e posteriormente substituiu-se por nova solução dos
pHs mencionados. A quantificação da clorexidina foi feita pelo método de
ultravioleta visível. Os resultados mostraram que a dissolução de todas as
amostras foi maior em meio ácido comparado ao pH neutro. A clorexidina liberada
do composto de inclusão nas primeiras 6 horas foi maior (25 mg/ml) quando
comparado à clorexidina pura (34 mg/ml) em pH neutro. Verificou-se o
aumento da solubilidade da clorexidina, em ambos os casos, quando encapsulada
em HPBCD. As microesferas apresentaram um perfil de liberação controlada de CX
em ambos os pHs.
Concluímos que o encapsulamento da clorexidina na
hidroxipropil-beta-ciclodextrina e/ou microencapsulamento em PLGA é um sistema
eficaz de liberação controlada do princípio ativo. (Apoio: PIBIC/CNPq.)
I264
Consumo de tabaco e cafeína entre acadêmicos de Odontologia.
FERREIRA,
S.*, AMARAL, S., PITARO, E., FERRAZ, B., SERRÃO, J., SILVEIRA, F.
Mestrado em
Odontologia Social – Faculdade de Odontologia – UFF.
Este estudo objetivou verificar o consumo de cafeína e de
tabaco entre acadêmicos de Odontologia, e o conhecimento que possuem sobre os
malefícios causados pelo consumo destas substâncias. Utilizaram-se os métodos:
indutivo de abordagem; estatístico e comparativo de procedimento. Técnica:
observação direta extensiva – questionário direcionado a 291 acadêmicos
matriculados entre o primeiro e o nono períodos, no curso de Odontologia da
Universidade Federal Fluminense. Destes, 23 acadêmicos (8%) são fumantes, dos
quais 70% consomem café freqüentemente. Dos fumantes, 87% ingressaram no curso
nesta condição e 83% afirmam não fumar diante do paciente. Dos 291
entrevistados, 94,5% consomem produtos cafeinados. Destes, 32% relatam utilizar
para se manter acordados. Produtos mais utilizados: café com 59 indicações,
Coca-Cola com 3, guaraná em pó com 7 e uso simultâneo de café, Coca-Cola,
aminoácidos e guaraná com 2. Sobre os malefícios causados pela cafeína, 63% dos
acadêmicos citam: estimulação do SNC com 142 indicações, irritação gástrica e
dependência com 27. Em relação ao tabaco: câncer de pulmão com 275 indicações,
enfisema pulmonar com 257, bronquite crônica e câncer de boca com 254.
Produtos cafeinados são consumidos por alunos fumantes ou não fumantes,
não sendo possível associar o consumo de café com o tabaco. Um número
expressivo de acadêmicos relata utilizar produtos cafeinados para se manter
acordados por motivos de estudo. A maioria demonstra conhecer os malefícios do
uso dessas substâncias, mas observa-se pouca atenção sobre a cavidade bucal.
I265
Selantes: um estudo comparativo entre teoria e sua aplicação
clínica.
SANTO, R.
D.*, CUNHA, B. M., SERRÃO, J. H., SILVEIRA, F. M., OLIVEIRA, S. S.
Mestrado em
Odontologia Social – Faculdade de Odontologia – UFF.
Este estudo objetivou verificar entre odontopediatras de
Niterói - RJ, os tipos de selantes mais utilizados, relacionando as suas
indicações e contra-indicações com o que se encontra na literatura pertinente.
Empregaram-se os métodos: indutivo de abordagem; comparativo e estatístico de
procedimento. Técnica: observação direta extensiva, através de um questionário
estruturado. Universo: todos os odontopediatras (cinqüenta e nove) de
Niterói - RJ (dados fornecidos pelo CRO-RJ), obtendo-se retorno de 81,35%
dos questionários. O material resinoso (BIS-GMA) tem representação de 76,59%
entre os profissionais. Destes, 30,55% utilizam-no pela facilidade de
aplicação; 27,77%, pela liberação de flúor; 25% pela durabilidade e fixação. O
ionomérico (CIV), tem representação de 38,29% e o compômero, 14,89%. Principais
indicações do selantes: sulcos e fissuras profundas (41,66%); alto risco de
lesão cariosa (35,42%); e dentes recém-erupcionados e hígidos (31,25%).
Contra-indicações: molares e pré-molares com cárie incipiente nos sulcos
(60,41%); baixo risco de lesão cariosa (25%); fóssulas e fissuras rasas ou
ausentes (18,75%); e pacientes sem controle no pós-tratamento (8,33%).
O material mais utilizado na prática do selamento é o resinoso. Contudo,
nem sempre a justificativa para seu uso está totalmente de acordo com a
literatura. Parte dos profissionais indica corretamente a utilização de
selantes, e como contra-indicações, observamos pouca atenção dada a casos de
pacientes sem acompanhamento após a aplicação do material.
I266
Avaliação da percepção de gestantes e puérperas sobre
hábitos infantis e maloclusões.
PORTAL, R.
N. M.*, TEIXEIRA, M. C. B., LEITÃO, E. C., MAIA, L. C., ALMEIDA, P.
Pós-Graduação
em Odontologia Social – UFF; UNIVERSO - Niterói, RJ.
Tel.: (0**21) 710-5990.
O presente trabalho objetivou avaliar a percepção de
gestantes (G) e puérperas (P) sobre a relação entre hábitos e a ocorrência de
maloclusões na primeira infância. Utilizou-se o método de abordagem indutivo
através da técnica de observação direta intensiva sob a forma de um roteiro de
entrevista. Fizeram parte do estudo 57 (G) e 15 (P) acompanhadas, em seu
pré-/pós-natal, no Instituto Municipal da Mulher Fernando Magalhães - RJ.
Os resultados obtidos foram analisados através do teste não-paramétrico do c2
com nível de significância de 5%. Verificou-se que, independente de ser G ou P,
a maioria (52%) das entrevistadas não teve orientação quanto à saúde oral
(p >> 0,05) e o seu o nível de informação independe do período
gestacional e da faixa etária (p >> 0,05). A maioria das G e P
(31,4%) percebe a mamadeira como uma complementação nutricional, sem
correlacioná-las com maloclusões. Das 72 G e P, 69 (95,8%) acreditam que a
sucção de chupeta e dedo causa deformações orofaciais, em especial, as maloclusões
(95,7%) Entretanto, 32,5% das G e P aceitam o uso da chupeta, por achá-la
calmante para o bebê, e 43,05% delas pretendem dá-la ou já o fazem, em oposição
a 55,5% que são contrárias ao seu uso. Por fim, 79,1% não concordam com a
sucção digital, e apenas 19,4% a aceitam sem restrições.
Pode-se concluir do presente estudo, que as gestantes e puérperas
percebem a relação existente entre maloclusões e a sucção de chupeta e dedo,
embora não a façam com o uso da mamadeira demonstrando a necessidade de
programas educativos para este grupo de indivíduos.
I267
Otimização da visualização do quarto canal em molares
superiores.
GUIMARÃES,
T.*, LACERDA, R., COUTINHO, T., DE DEUS, G., GURGEL, E.
Departamento
de Procedimentos Clínicos – FO – UERJ.
A incidência de dois canais na raiz mésio-vestibular do
primeiro molar superior foi avaliada através da utilização de 3 métodos
distintos. Os 108 molares superiores selecionados, com os acessos coronários já
realizados, foram examinados clinicamente por um operador calibrado, através de
sonda endodôntica e lima. O tradicional acesso triangular foi modificado por
uma forma romboidal, facilitando a localização do quarto canal. Numa segunda
fase, os molares em que o quarto canal não foi localizado, foram examinados ao
microscópio cirúrgico. Na terceira e última fase, foi realizada uma secção
transversal da raiz mésio-vestibular, a 3 mm da furca, nos dentes em que o
canal mésio-palatino ainda não havia sido encontrado e estas raízes foram
novamente examinadas no microscópio cirúrgico. Dos 108 molares examinados na
primeira fase do experimento, o quarto canal foi localizado em 58 dentes
(53,7%). Dos 50 molares examinados através do microscópio cirúrgico na segunda
fase do experimento, 37 apresentaram o quarto canal (74%). Dos 13 dentes que tiveram
a raiz mésio-vestibular seccionada, o quarto canal foi encontrado em 3 dentes
(23%). Os resultados mostraram que o canal mésio-palatino estava presente em
90,7% das amostras.
Concluiu-se que a localização do quarto canal representa um dado de
relevância clínica, visto a sua elevada freqüência, e que o microscópio
cirúrgico mostrou ser o melhor método para a sua localização.
I268
Avaliação do posicionamento maxilar após expansão rápida da
maxila em indivíduos com e sem fissura de lábio e palato.
SANTOS, C.*,
MENEZES, L. M., LOCKS, A., ROCHA, R., ULEMA, G., RITTER, D.
Disciplina
de Ortodontia – FO – UFSC. Tel./fax: (0**48) 331-5141.
A expansão rápida é um procedimento amplamente utilizado
para corrigir a dimensão tranversa da maxila. Este estudo teve por objetivo
avaliar o posicionamento maxilar antes e imediatamente após a expansão rápida
da maxila, em 20 crianças brasileiras, na fase de dentadura mista. Destas, 10
eram portadoras de fissura lábio-palatina e as outras 10, não apresentavam
fissura. O requisito básico para compor a amostra era apresentar mordida
cruzada posterior esquelética, a ser corrigida através do aparelho expansor do
tipo Haas modificado. Foram utilizadas 40 radiografias cefalométricas em norma
lateral, duas de cada criança, obtidas antes de iniciar a expansão maxilar e
outra, imediatamente após obtenção da correção da mordida cruzada posterior.
Foram feitos traçados cefalométricos e avaliadas as alterações ântero-posterior
e vertical da base apical maxilar. Os dados foram analisados através de
estatística descritiva e teste t de Student (p << 0,05).
Com base na amostra e no período de observação estudados verificou-se
que em ambos os grupos, não ocorreu deslocamento ântero-posterior da maxila. Já
no sentido vertical, houve um comportamento distinto entre os grupos. Nos
pacientes sem fissura, constatou-se um deslocamento para baixo da maxila e, nos
pacientes com fissura lábio-palatina, houve uma rotação da maxila no sentido
anti-horário.
I269
Análise do teor de cloro ativo em soluções de hipoclorito de
sódio utilizadas como irrigantes endodônticos.
AREAS, V.*,
COUTINHO, T., DE DEUS, G., HALAC, O.
Departamento
de Procedimentos Clínicos – FO – UERJ.
O hipoclorito de sódio é uma das substâncias mais utilizadas
em Endodontia durante a irrigação de canais radiculares devido a sua ação
solvente, ao seu efeito bactericida e a capacidade de remoção de restos
orgânicos. A concentração das soluções utilizadas para irrigação é um dos
fatores que influencia o sucesso da terapia endodôntica. Este estudo analisou
quimicamente doze marcas comerciais de soluções de hipoclorito de sódio
(solução de Dakin, solução de Milton e soda clorada) objetivando verificar se o
teor de cloro descrito pelo fabricante estava de acordo com os valores
encontrados e determinar o teor de cloro ativo em períodos de 30 e 60 dias após
a primeira análise. O método utilizado foi a titulometria.
Os resultados demonstraram que a maioria das soluções testadas
apresentaram teor de cloro ativo incompatível com o descrito nas respectivas
embalagens. Encontramos que 50% das soluções estavam com teor de cloro abaixo
do descrito, 41,7% com teor acima do descrito e apenas 8,3% com teor de cloro
compatível com o descrito pelo fabricante. Pelos resultados encontrados podemos
concluir que houve uma perda significativa de cloro em um período de 60 dias.
Devido a instabilidade comprovada das soluções cloradas, a data de fabricação e
o meio de conservação das mesmas devem ser observados pelos profissionais,
evitando-se a compra de produtos que não serão eficazes no combate às bactérias
causadoras de patologias endodônticas. A aquisição de soluções cloradas em
farmácias de manipulação parece ser uma maneira de se assegurar a concentração
desejada para o tratamento endodôntico.
I270
Aspectos morfológicos e angioarquiteturais macroscópicos do
músculo masseter (feixe superficial) de cobaias, Cavia porcellus.
ISSA, J. P.
M.*, MIZUSAKI, C. I., IYOMASA, M. M.
Faculdade de
Odontologia de Ribeirão Preto – USP.
Uma das grandes preocupações da odontologia atualmente, é
com relação às desordens funcionais que acometem o sistema estomatognático,
incluindo aquelas condições anormais e patológicas relatadas por Helm; Petersen
(1989), causadas por estresse físico e alterações primárias dos músculos e
articulações temporomandibulares. O objetivo desse trabalho é estudar a
morfologia macroscópica do músculo masseter e sua angioarquitetura, através da
dissecção de cobaias, com o propósito de favorecer os pesquisadores que utilizam
esses animais, como um modelo de estudo experimental das desordens funcionais
do sistema estomatognático. Cinco cobaias machos foram anestesiados,
perfundidos com solução salina 0,9%, fixados com solução de formol 10% e
tiveram os vasos sanguíneos (artérias) preenchidos com látex diluído em 50% de
água destilada. Após a completa polimerização do látex (1 semana), procedeu-se
a dissecção da cabeça das cobaias, para análise e registro dos vasos que suprem
o músculo masseter e a morfologia deste.
Os resultados permitiram concluir que, o feixe superficial do músculo
masseter apresenta fibras orientadas no sentido ântero-posterior, sendo nutrido
por ramos massetéricos da artéria maxilar interna, e ramos da artéria facial
(maxilar externa) os quais suprem o feixe, na sua porção superior e inferior,
respectivamente. (FAPESP - 01/01142-6.)
I271
Cronologia de erupção de dentes decíduos e permanentes em
crianças HIV+.
MORAES, R.
S.*, RIBEIRO, A. A., SOUZA, I. P. R.
Departamento
de Odontopediatria – UFRJ; UNIGRANRIO; UNESA; IFF; FIOCRUZ.
Objetivando avaliar a cronologia de erupção de dentes
decíduos e permanentes em 59 crianças HIV+ (pacientes de um hospital público do
RJ) foram examinadas, após aprovação do Comitê de Ética do NESC/UFRJ, e
divididas em dois grupos [Grupo (G.) 1: 0 a 40 meses (n = 22) e G. 2:
6 a 12 anos (n = 37)]. Os dados obtidos foram analisados no programa
Epi Info 6.04. Os resultados estão na tabela:
Dentes |
Dentição
decídua - G. 1 (em meses) |
Dentição
permanente - G. 2 (em anos) |
||||||||||
|
Ausente |
Erupção |
Erupção* |
Ausente |
Erupção |
Erupção* |
||||||
|
Sup |
Inf |
Sup |
Inf |
Sup |
Inf |
Sup |
Inf |
Sup |
Inf |
Sup |
Inf |
Incisivos centrais |
6 |
6 |
13 |
9 ½ |
7 ½ |
6 |
7 |
7 |
9-10 |
8-9 |
7-8 |
6-7 |
Incisivos laterais |
9 ½ |
6 |
15 |
9 ½ |
9 |
7 |
7 |
7 |
9-10 |
9-10 |
8-9 |
7-8
|
Caninos |
13 ½ |
16 ¼ |
23 |
21 |
18 |
16 |
7 ½ |
7 ½ |
10 ½ |
8-9 |
11-12 |
9-10 |
Primeiros pré-molares |
—- |
—- |
—- |
—- |
—- |
—- |
7-8 |
7-8 |
11 |
12 |
10-11 |
10-12 |
Segundos pré-molares |
—- |
—- |
—- |
—- |
—- |
—- |
7-8 |
7-8 |
10-11 |
11-12 |
10-12 |
11-12 |
Primeiros molares |
11 ½ |
11 |
23 |
20 |
14 |
12 |
6-7 |
6-7 |
7 ½ |
7 ½ |
6-7 |
6-7 |
Segundos molares |
22 ½ |
21 ½ |
36 |
24 ½ |
24 |
20 |
8 |
8-9 |
12 |
11-12 |
12-13 |
11-13 |
*KRONFELD;
SCHOUR (1939), modificada por McCALL; WALD (1940).
Conclui-se
que há um atraso significante na cronologia de erupção de dentes decíduos e de
alguns dentes permanentes na população estudada, sugerindo a inclusão destes
achados nas características bucais de crianças HIV+.
I272
Controle de placa e indicação de métodos para higiene bucal.
IDA, S. M.*,
SANABE, M. E., ROSSA Jr., C.
Departamento
de Diagnóstico e Cirurgia – Faculdade de Odontologia de Araraquara –
UNESP. Tel./fax: (0**16) 201-6369. E-mail: perio@foar.unesp.br
O treinamento e motivação para realização de um controle de
placa bacteriana caseiro adequado são fundamentais para a manutenção da saúde
bucal. O objetivo deste trabalho foi avaliar a conduta dos cirurgiões-dentistas
em relação à avaliação do controle de placa dos pacientes e indicação de meios
e métodos para higiene bucal. Foram aplicados questionários em 222
profissionais de ambos os sexos, 126 graduados em universidades públicas e 96 em
universidades privadas, incluindo 89 especialistas (40%). Embora a maioria dos
profissionais (44,5%) tenha relatado fazer avaliação do controle de placa do
paciente em todas as sessões, esta avaliação era feita de forma apenas visual,
sem qualquer registro, por 68% dos dentistas. O teste de qui-quadrado não
indicou qualquer associação entre fatores como tempo de formado e tipo de
faculdade (pública versus privada) na freqüência de avaliação de
controle de placa ou no método utilizado para esta avaliação (nenhum,
evidenciador, visual). Em relação ao método de escovação, embora 59,5% tenham
indicado preferência pela técnica de Bass, apenas 26% dos profissionais
relataram instruir todos os pacientes com a mesma técnica. Quanto ao uso do fio
dental, 69% dos profissionais recomendam o uso do fio dental 2 ou mais vezes ao
dia.
Não foram observadas quaisquer associações entre tempo de formado e tipo
de faculdade e a conduta na indicacão de métodos e meios de higiene bucal.
Embora uniforme (segundo tempo de formado e tipo de faculdade), a conduta dos
dentistas em relação ao controle de placa pelos pacientes parece ser
insatisfatória.
I273
Avaliação dos efeitos da aplicação de diferentes
concentrações e tempos de gel de NaOCl em dentina.
GATTI, F.
R.*, AMBROSANO, G. M., ARIAS, V. G., BEDRAN de CASTRO, A. K. B.,
PIMENTA, L. A. F.
Dentística –
FOP – UNICAMP. E-mail: lpimenta@fop.unicamp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da aplicação
de gel de NaOCl em diferentes tempos e concentrações, na adesão de 2 sistemas
adesivos. Foram utilizados 300 dentes bovinos incluídos, lixados até expor
dentina e divididos em 20 grupos (n = 15). Os adesivos testados
foram: 1 - Gluma Comfort Bond, a base de álcool e 2 - Gluma One Bond,
a base de acetona, sendo os grupos de 1 a 10 tratados com o adesivo 1 e os de
11 a 20, com o adesivo 2. G1 e G11 foram grupos controle. Os grupos 2, 3, 4,
12, 13 e 14 foram tratados com gel a 1%; grupos 5, 6, 7, 15, 16, 17, a 5% e
grupos 8, 9, 10, 18, 19, 20 com gel a 10%. Em relação ao tempo de aplicação,
grupos 2, 5, 8, 12, 15, 18 receberam o gel por 15 s, grupos 3, 6, 9, 13,
16, 19, por 30 s e grupos 4, 7, 10, 14, 17, 20, por 60 s. Antes da
aplicação do NaOCl, foi feito o condicionamento ácido. Após 24 h foi
realizado o ensaio de cisalhamento, com velocidade 0,5 mm/min. (máquina
EMIC), os dados foram submetidos ao teste Duncan (p << 0,05).
Os valores MPa (DP) foram, em ordem descrescente: G17 = 14,97 (5,01)
a; G13 = 14,87 (5,64) a; G19 = 14,35 (4,64) ab;
G18 = 12,91 (4,68) abc; G15 = 12,48 (4,17) abc;
G8 = 12,45 (4,7) abc; G14 = 12,38 (4,65) abc;
G16 = 12,25 (3,22) abc; G1 = 12,12 (4,72) abc;
G12 = 12,05 (5,07) abc; G6 = 11,00 (5,29) abc;
G7 = 10,91 (5,15) abc; G11 = 10,80 (2,88) abc;
G20 = 10,69 (5,61) bc; G5 = 10,57 (4,70) bc;
G3 = 10,31 (2,31) bc; G2 = 9,98 (4,12) c;
G10 = 9,80 (3,27) c; G9 = 9,41 (3,85) c;
G4 = 9,03 (2,68) c.
Conclui-se
que os grupos 17 e 13, onde foi aplicado NaOCl e o adesivo GOB obtiveram os
valores de adesão mais altos.
I274
Potencial terapêutico do óxido nítrico periférico na dor da
ATM.
SANTOS, F.
M.*, MACARI, M., PARADA, C. A.,VEIGA, M. C. F. A., TAMBELI, C. H.
Laboratório
de Dor Orofacial – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5306,
fax: (0**19) 430-5218. E-mail: cveiga@fop.unicamp.br
Dada a alta incidência das condições dolorosas da ATM, o
estudo do efeito de agentes com possível potencial terapêutico é de grande
relevância no meio odontológico. Assim sendo, objetivo deste trabalho foi
verificar o efeito da aplicação periférica de doadores de óxido nítrico (ON) na
resposta comportamental nociceptiva induzida pela administração do agente
nociceptivo, formalina, na ATM de ratos. NaCl (0,9%) ou os doadores de ON SNAP
(50, 200, 600 ou 1.200 mg) ou SIN-1 (50, 200, 600 ou 1.200 mg) foi
co-administrado (25 ml) com a formalina (3%, 25 ml), na região da ATM
de ratos e as respostas com-portamentais nociceptivas caracterizadas pelo ato
de coçar a região orofacial (CO), e levantar rapida-mente a cabeça (LC) foram
quantificadas por 45 min. (Roveroni
et al., J Dent Res, v. 79, p. 321, 2000). Tais
respostas foram significativamente reduzidas (p << 0,05, teste
SNK) pela co-administração de SNAP, média ± EPM, LC: 20,2 ± 4,1
a partir de 200 mg, CO: 85,7 ± 12,6 a partir de 50 mg ou
pela de SIN-1: LC: 9,4 ± 1,5 a partir de 200 mg, CO: 84,1 ± 19,14
a partir de 50 mg em comparação com a de NaCl (0,9%) LC: 61,2 ± 7,5;
CO: 170,6 ± 20,5.
Os resultados demonstram que o óxido nítrico periférico exógeno
apresenta efeito antinociceptivo na dor proveniente da ATM de ratos,
apresentando portanto, um grande potencial terapêutico no tratamento das
condições dolorosas da ATM. (Aprovado pelo COBEA.)
I275
Estudo comparativo entre duas técnicas de polimento
coronário na remoção de placa.
AMARAL, E.
M.*1, ZARRANZ, L.1, KALIL, M. da V.2, SANTO
FILHO, J. E. E.3
1Alunos da
UFF; 2FO – UFF; 3Professor do Projeto de Extensão – UFF;
Creche doAtalaia.
O presente trabalho tem como objetivo avaliar a técnica de
profilaxia executada através do uso do equipamento Profi II comparada a técnica
convencional do uso das escovas e taças em baixa rotação. Foi realizado em 20
crianças (18,94%) das 95 da Creche do Atalaia, com idade de 3 à 6 anos do
Projeto de Extensão e Promoção de Saúde Bucal/UFF. Foram selecionadas as
crianças com dentição decídua completa, divididas em três grupos de teste.
Grupo I: profilaxia com escova de Robson, taças e pontas de borracha, grupo II:
controle - sem profilaxia, grupo III: profilaxia com ultra-som e jato de
água/bicarbonato. Após realizada a profilaxia e aplicação do evidenciador de
placa, foi feita a contagem das faces. No grupo I, foram encontradas 237 faces
coradas, no grupo II, 599 faces e no grupo III, 263 faces coradas. Após
contagem, foram obtidos os seguintes resultados: grupo I: 237 faces coradas
(FC) - 14,96%, grupo II: 599 faces coradas (FC) - 37,81% e grupo III:
263 faces coradas (FC) - 16,60%. Portanto, a quantidade média de faces
coradas por crianças (FC/c) neste experimento em cada grupo foi no grupo I:
13,16 FC/c - 14,95%, no grupo II: 33,27 FC/c - 37,80% e no grupo III:
14,61 FC/c - 16,60%.
Com base na metodologia empregada neste trabalho podemos inferir que não
houve diferença significativa entre as técnicas testadas.
I276
Influência do tratamento superficial na resistência ao
cisalhamento entre bráquetes e cerâmica.
MORGADO, E.
C. C.*, CORRER SOBRINHO, L., BORGES, G. A., CONSANI, S.,
SINHORETI, M. A. C.
Materiais
Dentários – FOP – UNICAMP - São Paulo, Brasil.
O propósito deste estudo foi avaliar a resistência ao
cisalhamento da colagem de bráquetes à cerâmica com Transbond XT e Concise
Ortodôntico, sob 2 tratamentos de superfície. Sessenta e quatro discos de
cerâmica (Duceram) com 5 mm de diâmetro por 2 mm de espessura foram
embutidos em resina e divididos em 2 grupos de 32: Grupo I -
condicionamento com ácido fosfórico 35%, por 30 segundos e Grupo II -
condicionamento com ácido hidrofluorídrico 10%, por 5 minutos. Todos os grupos
receberam aplicação do silano e os bráquetes foram fixados com Transbond XT
(3M) e Concise (3M). Todas as amostras foram armazenadas em água destilada a
37ºC, por 24 horas e submetidas ao teste de resistência ao cisalhamento numa
Instron, à velocidade de 1,0 mm/min. Os resultados foram submetidos a
análise de variância e ao teste de Tukey (p << 0,05). Os
resultados mostraram que independentemente do tratamento superficial da
cerâmica o Concise Ortodôntico (5,79 MPa) mostrou valores de resistência
superiores em relação ao Transbond XT (4,38 MPa)
(p << 0,05); o tratamento superficial da cerâmica com ácido
hidrofluorídrico 10% com o Concise Ortodôntico (9,89 MPa) e Transbond XT
(7,61 MPa) mostrou valores de resistência ao cisalhamento superiores em
relação ao condicionamento com ácido fosfórico 35% para o Concise Ortodôntico
(3,63 MPa) e Transbond XT (4,29 MPa).
Concluindo,
o Concise Ortodôntico apresentou valores superiores ao Transbond XT e o
condicionamento da superfície da cerâmica com ácido hidrofluorídrico 10%
aumentou a resistência de união de bráquetes à cerâmica.
I277
Associação entre perfil oclusal e sintomas relacionados as
desordens temporomandibulares.
RAMOS, G.
G.*, SILVA, W. A. B., SILVA, F. A., SILVA, L. L. B.
Disciplina
de Prótese Fixa – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5211.
E-mail: wilkens@fop.unicamp.br
A etiologia multifatorial responsável pelas desordens
temporomandibulares envolve diversas teorias, as quais dificultam a formulação
de diagnóstico e de procedimentos terapêuticos; uma vez que, várias modalidades
tem sido preconizadas. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi verificar a
prevalência de sintomatologia dolorosa em função de alterações oclusais em 400
pacientes, selecionados aleatoriamente com faixa etária entre 17 e 65 anos, que
procuraram tratamento odontológico na FOP – UNICAMP. Todos os voluntários
foram submetidos aos exames previstos na ficha clínica do CETASE – FOP –
UNICAMP, os quais constam de avaliações anamnésicas, clínicas e físicas.
Consideramos como portadores de sintomatologia dolorosa, os pacientes que
responderam positivamente a pelo menos três questões contidas no questionário
anamnésico. Foram estabelecidos como critérios para alterações oclusais:
ausência de apoio posterior; ausência de guias em canino e em incisivo; oclusão
molar durante a protrusão; oclusão molar durante a látero-protrusão em trabalho
e em balanço; mordida cruzada anterior; mordida aberta anterior; trespasse
horizontal acentuado e trespasse vertical profundo. Os resultados revelaram que
a sintomatologia manifestou-se nos critérios descritos em 38,4%, 34,7%, 26,7%,
10%, 5,4%, 30,5%, 25%, 25%, 25% e 6,25% respectivamente.
A correlação
entre o perfil oclusal e a sintomatologia dolorosa foi positiva e mostrou-se
significativa tanto para a compreensão, como para a elaboração de diagnósticos
mais precisos relacionados a este tipo de patologia.
I278
Análise da microinfiltração em um adesivo autocondicionante
relacionada à sua forma de ativação.
WEY, P. S.*,
PINTO, B. D., MONNERAT, A. F.
Clínica
Odontológica – UFRJ. Tel.: (0**21) 284-5939.
Os sistemas adesivos autocondicionantes chegaram como uma
promessa de melhora na Odontologia adesiva. O sistema Prompt-L-Pop (Espe)
apresenta, com uma inovação, a possibilidade de fotoativação juntamente com o
primeiro incremento da resina restauradora, segundo dados do fabricante. O
objetivo desse estudo foi a análise da microinfiltração marginal em cavidades
restauradas utilizando-se esse sistema adesivo, com e sem fotoativação do
produto, previamente à inserção da resina. Foram utilizados 21 dentes humanos
recém-extraídos, nos quais realizaram-se cavidades classe V vestibulares e
linguais, perfazendo um total de 42 cavidades. Os dentes foram divididos em
dois grupos: grupo I - cavidades linguais, nas quais o adesivo foi
fotopolimerizado previamente e grupo II - cavidades vestibulares, nas
quais o adesivo foi polimerizado juntamente com a o primeiro incremento de
resina inserido. A resina utilizada nesse estudo foi a Herculite XRV (Kerr). Os
dentes, após as restaurações concluídas, foram imersos em nitrato de prata por
24 horas, e depois seccionados e analisados quanto à infiltração, utilizando-se
um sistema de escores (0- sem infiltração a 3- infiltração máxima). Após a
análise estatística dos resultados (grupo I - média = 2,68,
grupo II - média = 2,56), os autores não observaram
diferença significativa entre os grupos (Kruskal-Wallis, p = 0,454).
Baseado nos resultados do trabalho, os autores puderam concluir que: 1-
o sistema adesivo não foi capaz de impedir a infiltração em 41 cavidades, e 2-
a forma de ativação do sistema estudado não é relevante, do ponto de vista da
microinfiltração marginal.
I279
Pacientes especiais: avaliação de três anos de perda óssea
em radiografias panorâmicas.
BULGARELLI,
A. F.*, FIGUEIREDO, L. C., MARCANTONIO, R. A., PARDINI, L. C.,
SALVADOR, S. L.
FORP – USP;
FCFRP – USP; UNIP - Ribeirão Preto. E-mail: alefavbulg@yahoo.com
O objetivo deste estudo foi avaliar a perda óssea alveolar,
num período de 36 meses, em pacientes especiais. Para tal finalidade, foram
selecionados 34 indivíduos institucionalizados, com idade variando entre 17 e
37 anos, os quais foram divididos em dois grupos: portadores de Síndrome de
Down (SD) e retardo no desenvolvimento Neuropsicomotor (RDNPM - grupo
controle). Os pacientes foram submetidos a dois exames radiográficos
panorâmicos, sendo um inicial e outro após três anos. Após o processamento
radiográfico, foram traçadas duas linhas nos sítios mesiais dos dentes 16, 26,
36 e 46: uma registrando a junção cemento-esmalte (JCE) e outra o nível ósseo
alveolar (NOA). As radiografias foram transferidas para um microcomputador
através de um “scanner”, e as distâncias da JCE-NOA foram aferidas por um
programa de análise de imagens (Sigma Scan Pro). Após três anos, a distância da
JCE-NOA aumentou significativamente nos dois grupos (Kruskal-Wallis,
p << 0,01). Nos portadores de SD a distância passou de
2,63 mm para 3,32 mm, enquanto que no grupo RDNPM passou de
2,05 mm para 2,56 mm. Considerando-se perda óssea alveolar presente
quando a distância JCE-NOA foi superior a 3 mm, 35,4% dos sítios do grupo
SD tornaram-se positivos para essa variável, e 12,3% dos sítios do grupo RDNPM
(teste qui-quadrado, p >> 0,05).
Em um período de 36 meses, a progressão da perda óssea alveolar foi
detectada nos portadores de SD e RDNPM, não houve diferença estatística entre
os grupos quanto ao aumento no número de sítios afetados.
I280
Comparação de dois métodos para verificar a perda óssea
alveolar em pacientes especiais.
SILVA, A. B.
M.*, FIGUEIREDO, L. C., MARCANTONIO, R. A., SALVADOR, S. L., PARDINI, L. C.
FORP – USP;
FCFRP – USP; FOAr – UNESP. E-mail: deiabelline@uol.com.br
O objetivo deste estudo foi comparar as medidas da distância
junção cemento-esmalte (JCE) e nível ósseo alveolar (NOA), em radiografias
panorâmicas, empregando-se dois métodos: paquímetro digital (Método I) e
programa de análise de imagem Sigma Scan Pro (Método II). Assim, foram realizadas
33 radiografias panorâmicas em pacientes especiais e, após o processamento
radiográfico foram traçadas duas linhas nos sítios mesiais dos dentes
selecionados (16, 26, 36 e 46): uma registrando a JCE e outra o NOA,
totalizando-se 112 observações. Para o Método I, essa distância foi aferida
utilizando-se um paquímetro digital e no Método II as radiografias foram
transferidas para um microcomputador através de um “scanner”, e as distâncias
foram determinadas utilizando-se o programa de análise de imagens. Os
resultados demonstraram que a média da distância JCE-NOA foi de 3,12 mm
para o Método I, e de 2,98 mm para o Método II (Teste U de Mann-Whitney,
p >> 0,05). Considerou-se perda óssea alveolar quando a
distância JCE-NOA foi superior a 3 mm e assim, 20,53% dos sítios
apresentaram perda óssea quando aferidos pelo método do paquímetro digital,
enquanto 16,07% pelo Sigma Scan Pro. Comparando-se as duas formas de avaliação,
verificou-se que em 49 sítios as diferenças variaram em 0,5 mm, em 39
observou-se valores superiores (diferença >> 0,5 mm)
quando analisados pelo Método I e em 24 sítios pelo Método II.
Os dois métodos (paquímetro digital e programa de análise de imagem)
mostraram-se similares na verificação da perda óssea alveolar neste grupo
especial de pacientes.
I281
Doença periodontal severa em pacientes atendidos na FOAr –
UNESP de 94-99.
GONÇALVES,
D.*, FARAONI, J. J., ROSSA Jr., C.
Departamento
de Diagnóstico e Cirurgia – FOAr – UNESP.
Tel./fax: (0**16) 201-6369. E-mail: crossajr@foar.unesp.br
Estudos epidemiológicos recentes da doença periodontal
destrutiva tem relatado que a perda de inserção severa afeta poucos indivíduos
e que, nestes, envolve poucos sítios. O objetivo foi realizar um levantamento
retrospectivo da prevalência da doença periodontal destrutiva nos pacientes
atendidos na clínica de Periodontia do curso de graduação da Faculdade de
Odontologia de Araraquara – UNESP, no período de 1994 a 1999. Foram
selecionadas apenas as fichas de primeira consulta dos pacientes preechidas por
completo e com visto de um dos 6 professores atuantes na clínica indicando que
o exame havia sido conferido. Do total de 777 fichas avaliadas, 60,7% eram
mulheres e 53% na faixa etária de 19 a 40 anos. Perda de inserção severa (maior
que 6 mm) esteve presente em 45% dos pacientes afetando, em média, apenas 3,8%
dos sítios, ainda que 66% destes pacientes tenham relatado nunca ter realizado
qualquer tratamento periodontal prévio. Houve redução progressiva da proporção
de indivíduos livres de perda de inserção severa, de 10% (nos indivíduos de
10-18 anos) até 35% (nos com mais de 60 anos), paralelamente a uma redução no
percentual de indivíduos apresentando 20 ou mais dentes: de 100% dos indivíduos
de 10-18 anos para 42,8% na faixa etária acima de 60 anos.
Considerando
que a amostra estudada foi de pacientes atendidos na clínica de Periodontia,
justifica-se o fato de grande parte dos indivíduos (45%) apresentarem
destruição periodontal severa, no entanto, a extensão desta foi bastante
reduzida (em média 3,8% dos sítios), apesar do reduzido acesso ao tratamento
nestes indivíduos.
I282
Avaliação da resistência à compressão e à tração de resinas
compostas.
FRIEDRICHI,
L.*, CATIRSE, A. B. E. B., ALVES, A. G., PALMA DIBB, R. G., CORONA, S. A.
Departamento
de Materiais Dentários e Prótese – FORP – USP.
Tel.: (0**16) 602-4044, 633-0999. E-mail: alma@forp.usp.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro a
resistência à compressão e à tração diametral de diferentes resinas compostas.
Para tanto, 10 cilindros de cada material (sendo 5 para cada teste) foram
confeccionados utilizando-se uma matriz de teflon (10 mm de altura,
5 mm de diâmetro) e divididos em sete grupos: I: Tetric Ceram; II: Fill
Magic; III: Z100; IV: Prodigy; V: XRV Herculite; VI: Sculpt-It; VII: Degufill
M. Os espécimes foram termociclados, e submetidos aos testes de resistência à
compressão e à tração, em máquina de ensaios universal com célula de carga de
2.000 kgf (5 mm/min.) e 500 kgf (1,0 mm/min.), para a
resistência à compressão e à tração, respectivamente. As médias em MPa para
resistência à compressão foram: I: 239,60, II: 247,70, III: 324,10, IV: 245,80,
V: 265,10, VI: 125,50, VII: 266,50; para resistência à tração foram: I: 154,10,
II: 166,70, III: 238,10, IV: 161,00, V: 181,50, VI: 106,20, VII: 188,70. Os
resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e teste de Tukey.
Comparando-se os materiais entre si, houve diferença significante
(p << 0,05) em ambos os testes. Observou-se que a resina
composta Z100 apresentou os maiores valores de resistência à compressão e à
tração e que Sculpt-It proporcionou os menores valores.
Com base nos resultados obtidos pode-se concluir que a Z100 apresenta
melhores propriedades mecânicas, podendo ser indicada para áreas de maior
estresse oclusal. (CNPq, PIBIC, USP.)
I283
Influência da apicectomia com Er:YAG no selamento de
obturações retrógradas.
CURVÊLLO,
V.*, DUARTE, M. A., FRANCISCHONE, C. E., PADOVAN, L. E., PADOVAN, L., FRAGA, S.
O presente trabalho avaliou a influência da ressecção
radicular com laser Erbium:YAG no selamento de dois materiais, OZE e Sealer 26,
em obturações retrógradas. Foram utilizados 40 dentes unirradiculares que foram
preparados biomecanicamente pela técnica escalonada regressiva e obturados pela
técnica da condensação lateral ativa. Posteriormente os dentes foram divididos
em dois grupos de 20 dentes onde um grupo empregou-se o laser de Erbium:YAG
para ressecção o outro broca Zekrya em alta rotação. Realizou-se então, as
cavidades retrógradas com microcontra-ângulo com broca esférica número 2. Após
a confecção das cavidades, os dentes impermeabilizados e, divididos em dois
subgrupos, onde em um subgrupo se realizava a obturação retrógrada com o cimento
Sealer 26 e outro com OZE. Finalizada as obturações retrógradas, os dentes
foram imersos em azul de metileno a 2% por 7 dias. Após esse período, os dentes
foram removidos do corante, lavados, raspados e seccionados no sentido
vestíbulo-lingual. Os resultados foram analisados com auxílio de lupa e
estipulados escores em função da magnitude da infiltração. Os dados foram então
submetidos a análise estatística.
Verificou-se que entre os métodos de ressecção radicular não houve
diferença estatística, entretanto na comparação entre os materiais, o Sealer 26
foi estatisticamente superior ao OZE. Na comparação entre os subgrupos,
evidenciou-se diferença significante do laser e Sealer 26 para o laser e OZE e
broca e OZE.
I284
Efeito da escovação na liberação de mercúrio de ligas de
amálgama.
SANTOS, B.
M.*, CATIRSE, A. B. C. E. B., FULLER, J. B., SALGADO, P., DINELLI, W.,
CORONA, S. A. M., GARCIA, P. P. N. S.
Departamento
de Materiais Dentários e Prótese – Forp
– Usp. Tel.: (0**16) 602-4044. E-mail: alma@forp.usp.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro o
efeito da escovação de amálgamas, na liberação de mercúrio (Hg) em saliva
artificial, por meio de EAA. Foram confeccionados 10 corpos-de-prova para cada
liga amálgama testada: M1 - Velvalloy e M2 - Dispersalloy,
utilizando-se uma matriz de resina acrílica (10 mm de diâmetro, 3 mm
de espessura). Os corpos-de-prova foram submetidos ao polimento com borrachas
abrasivas, Amalgloss e óxido de alumínio, imersos em saliva artificial e
mantidos a 37ºC por um período inicial de 21 dias. A seguir foram submetidos a
escovação simulada, com escova extramacia e dentifrício, sob pressão moderada,
imersos em saliva e novamente submetidos a escovação simulada após 7 dias. As
leituras dos níveis de Hg foram realizadas em três tempos: T0 - após
estocagem inicial (antes da escovação); T1 (7 dias após a primeira escovação) e
T2 (7 dias após a segunda escovação). As médias de liberação de Hg para os
materiais foram: Velvalloy - 35,92 ng, 9,44 ng e 4,82 ng,
em T0, T1 e T2, respectivamente; Dispersalloy - 5,35 ng, 3,81 ng
e 4,57 ng, em T0, T1 e T2, respectivamente. Os resultados foram submetidos
a análise de variância e teste de Tukey. Verificou-se que os fatores material e
tempo apresentaram diferença significante, assim como a interação
(p << 0,05). A liga Velvalloy apresentou maiores níveis de
liberação de Hg, reduzindo significativamente, após a escovação.
Pode-se concluir que o amálgama convencional tem uma maior liberação de
Hg, diminuindo com o tempo, podendo ser influenciada pela escovação.
I285
Educação e motivação de saúde bucal no tratamento com
prótese.
BONAN, R.
F.*, PAVARINA, A. C., GARCIA, P. P. N. S., MACHADO, A. L., GIAMPAOLO, E. T.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOAr – UNESP. Fax: (0**16) 201-6406.
E-mail: cucci@foar.unesp.br
O objetivo deste estudo foi identificar métodos usados pelos
dentistas para educação e motivação. Um questionário foi aplicado a 80
dentistas e os dados obtidos foram inseridos no programa Epi Info 6.04. Grande
parte dos profissionais estudados (43,8%) relatou iniciar a instrução de
higiene bucal nas sessões de raspagem. Para a motivação, 27,5% utilizam
orientação direta, 62,6% associam essa orientação a macromodelos ou folhetos
explicativos e 8,8% fazem associação a recursos audiovisuais. No caso de
pacientes submetidos a tratamento com prótese parcial removível (PPR), 92,5%
dos dentistas ensinam a escová-la, principalmente pela orientação verbal (40%),
seguida pela orientação com macromodelos (27,5%); 55% orientam a higiene das
próteses 4 vezes ao dia ou mais, sendo a utilização de escova e pasta dental a
mais recomendada (46,3%). O retorno para a manutenção após instalação da
prótese é prescrito por 92,5% dos profissionais entrevistados: 56,3% dos
relataram que seus pacientes não apresentam problema dental quando retornam,
32,5% mencionaram que as próteses apresentam-se limpas e 28,8% com placa
bacteriana.
Concluiu-se que grande parte dos profissionais realiza instrução de
higiene bucal nas sessões de raspagem; o recurso de motivação mais utilizado é
a orientação direta associada a macromodelos e folhetos explicativos; a maioria
dos profissionais ao reabilitarem seus pacientes com PPR, ensina-os como
higienizá-la, bem como prescreve o retorno para a manutenção da mesma.
(Auxílio: FAPESP - 00/13296-5.)
I286
Obturação de canais laterais artificiais por diferentes
cimentos endodônticos.
ORTEGA, R.
M.*, STELLIN, O. M., YAMASHITA, I. C., DUARTE, M. A. H.
Departamento
de Odontologia – Universidade do Sagrado Coração - Bauru.
Tel.: (0**14) 245-1855.
O objetivo deste trabalho foi observar a capacidade de
obturação de canais laterais artificiais, pela técnica híbrida de Tagger
utilizando diferentes cimentos endodônticos. Foram utilizados 40 incisivos
inferiores humanos extraídos, que foram preparados endodonticamente, e
lateralmente nas raízes, foram confeccionados canais laterais artificiais. Os
canais artificiais foram criados nos terços apical e médio das raízes, todos
com inclinação de 90º em relação ao seu longo eixo. Os dentes foram divididos
em quatro grupos experimentais, de acordo com o cimento endodôntico utilizado,
desta forma: Grupo 1 - Fill Canal, Grupo 2 - Sealer 26, grupo
3 - Sealapex, Grupo 4 - AH Plus. Concluídas as obturações, os espécimes
foram radiografados. As obturações dos canais laterais foram avaliadas e
classificadas de acordo com o preenchimento observado, da seguinte forma:
escore 0, canais totalmente preenchidos; escore 1, canais parcialmente
preenchidos; escore 2, canais com material ausente. Os resultados foram
avaliados globalmente pelo teste de Kruskal-Wallis, e individualmente pelo
teste de Mann-Whitney. O grupo 4 apresentou os melhores resultados seguido
pelos grupos 1, 2 e 3. Houve diferença significante entre os grupos 3 e 4. Na
comparação das obturações dos canais dos diferentes terços, houve melhor
resultado no terço médio, com diferença significante.
Pela
metodologia utilizada pode-se concluir que: o cimento AH Plus obteve um melhor
desempenho, com diferença significante em relação ao Sealapex e ainda que a
técnica de obturação obteve melhor desempenho no terço médio que no apical.
(Apoio financeiro: PIBIC/CNPq.)
I287
Saúde bucal das crianças de 0-48 meses assentadas em Pontão
- RS.
CORRALO, D.
J.*, MALTZ, M.
Departamento
de Odontologia Preventiva e Social – Faculdade de Odontologia – UFRGS.
Tel.: (0**54) 312-1375.
E-mail: danielacorralo@terra.com.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a situação de saúde
bucal, hábitos de dieta, higiene, grau de instrução dos pais e renda familiar
das crianças de 0 a 48 meses de Pontão, RS, Brasil. Pontão não possui água de
abastecimento fluoretada. Os dados foram coletados de questionários, índice ceo
e índice de placa de 150 crianças (78 meninas e 77 meninos). Antes do exame
dentário foi realizada deplacagem profissional. Foram avaliadas as lesões não
cavitadas ativas, cavitadas ativas e inativas. A análise dos questionários
revelou uma população com baixo nível socioeconômico, renda familiar média de
R$ 367,76. O grau de instrução dos pais é baixo, 60,4% possuem o primeiro grau
incompleto, 13% o segundo grau completo e 2,2% nível superior. A maioria das
mães (97,4%) adoça sucos e chás com sacarose e 73% adoçam o leite. Observou-se
um alto consumo de alimentos açucarados, em forma de líquidos ou outras guloseimas.
O ceo médio e desvio-padrão da população estudada por dente são 5,9 ± 5,3
e por superfície é 10,8 ± 14,5. Nas faixas etárias de 7-12 meses
(n = 21), 13-24 meses (n = 38), 25-36 meses
(n = 40) e de 37-48 meses (n = 51) o ceod e o ceos e
desvio-padrão foram, respectivamente, 0,2 ± 0,87 - 0,2 ± 0,87;
3,4 ± 4,7 - 9,3 ± 16,6; 6,6 ± 5,8 -
14,6 ± 18,2 e 7,3 ± 4,7 - 14,4 ± 13,4.
Apesar da quase totalidade das mães (94,31%) afirmar realizar higiene bucal dos
seus filhos, 82,6% apresentaram uma ou mais superfícies vestibulares dos
incisivos superiores com placa bacteriana visível.
Os resultados indicam a necessidade urgente de investimento em educação
em saúde bucal e monitoramento das doenças bucais das crianças de Pontão.
I288
Avaliação das PPRs desenvolvidas na Disciplina de Prótese
Clínica II – UFES.
DAROZ, L. G.
D.*, BITTENCOURT, M., BATITUCCI, E., MAGALHÃES, A. M., SANTOS, C. B.
Departamento
de Prótese – UFES. Tel.: (0**27) 227-9041. E-mail: lgdaroz@ig.com.br
As prótese parciais removíveis (PPRs) instaladas nos anos de
1996 e 1998 foram avaliadas levando-se em consideração os critérios
preestabelecidos pela Associação de Odontologia da Califórnia (indicação,
material utilizado, desenho e função). Ao todo foram contactados 41 pacientes
dentre os quais apenas 30 (73,2%) compareceram para avaliação com consentimento
esclarecido dos mesmos. Foram analisadas 37 PPRs. Os resultados principais
estão mostrados na tabela abaixo:
|
Excelente |
Aceitável |
Necessita substituição |
Necessita remoção |
Indicação |
31 (83,8%) |
3 (8,1%) |
3 (8,1%) |
0 (0%) |
Material utilizado |
36 (97,3%) |
0 (0%) |
1 (2,7%) |
0 (0%) |
Desenho |
24 (64,9%) |
9 (24,3%) |
1 (2,7%) |
3 (8,1%) |
Função |
27 (73,0%) |
3 (8,1%) |
5 (13,5%) |
2 (5,4%) |
Considerando os quesitos analisados, os resultados indicam que as
próteses obtiveram um alto índice de sucesso variando de 81,1% a 97,3% (média
de 89,9%). (Apoio financeiro: PIBIC, UFES.)
I289
Avaliação da porosidade da resina acrílica polimerizada por
diferentes ciclos em microondas.
PELLEGRIN,
D. Z.*, SILVA, L. C. F., POSSEBON, M. O., BRAUN, K. O.
Departamento
de Odontologia Restauradora – UFSM. Tel.: (0**55) 9971-3099.
E-mail: farias@sm.conex.com.br
Este trabalho objetiva a avaliação da presença de poros na
resina acrílica utilizando diferentes ciclos de polimerização com energia de
microondas (forno de 900 W), propostos para as espessuras de 3 mm e
10 mm. Foram confeccionadas 10 amostras para cada grupo, medindo,
2,0 cm x 2,0 cm x 3,0 mm (G1, G2 e G3) e 2,0 cm x 2,0 cm x 10 mm
(G4, G5 e G6). Estas foram divididas em: G1 - resina Onda Cryl
polimerizada no ciclo de 3 min. à 40%, 4 min. à 0% e 3 min. à
90%, G2 - resina Onda Cryl polimerizada no ciclo de 4 min. à 50%,
5 min. à 0% e 3 min. à 100%, G3 - resina Clássico polimerizada
no ciclo longo convencional, G4 - resina Onda Cryl polimerizada no ciclo
de 6 min. à 40%, 5 min. à 0%, 3 min. à 80%, G5 - resina
Onda Cryl polimerizada no ciclo de 10 min. à 30%, 5 min. à 0%, 10 min.
à 40%, G6 - resina Classico polimerizadas no ciclo longo convencional. Os
blocos foram polidos e a porosidade foi analisada visualmente por três
observadores devidamente calibrados, com escores de 0 a 4 (Kimpara et al., 1996). Os dados
obtidos foram submetidos ao teste de Kruskal-Wallis (a = 5%),
mostrando que há diferença estatística entre os grupos de 10 mm e que não
há diferença nos de 3 mm. Os resultados obtidos foram, em 3 mm:
G1 = 0,4 ± 0,5 (a); G2 = 0,7 ± 0,5 (a);
G3 = 0,5 ± 0,5 (a); em 10 mm: G4 = 2,1 ± 1,5
(b); G5 = 2,3 ± 0,8 (b); G6 = 1,1 ± 0,9
(a).
Conclui-se
que para 10 mm qualquer um dos ciclos de microondas utilizados produzem
amostras mais porosas que o convencional e para 3 mm os ciclos propostos
apresentaram resultados semelhantes ao grupo controle. (Apoio: FAPERGS -
processo 99/50860.6.)
I290
Citopatologia esfoliativa da mucosa bucal – controle de
pacientes com leucoplasia.
GEDOZ, L.*,
SOARES PINTO, T. A., SANT’ANA FILHO, M., BARBACHAN, J. J., RADOS, P. V.
Patologia
Bucal – UFRGS. Tel.: (0**51) 316-5023. E-mail: lu@malbanet.com.br
Leucoplasia é uma lesão cancerizável, que se manifesta na
cavidade bucal como uma placa ou mancha branca não removida por raspagem,
podendo apresentar áreas eritroplásicas. A citopatologia baseia-se na
observação microscópica de células obtidas por raspagem da mucosa. Tal exame
possibilitaria o diagnóstico de alterações prévias à lesão bucal clinicamente
visível. O objetivo deste estudo é controlar a possível ocorrência de
alterações celulares em lesões leucoplásicas. Foram obtidos esfregaços
citopatológicos de 13 pacientes portadores de leucoplasia em diferentes regiões
da mucosa bucal, antes da realização da biópsia e 24 meses após. Avaliando-se a
evolução dos 5 casos de classe III da pré-biópsia aos 24 meses após, 1 caso
mostrou classe III e 4 casos mostraram classe II. Os 5 casos de classe II,
permaneceram classe II; dos 3 casos de classe I, 2 permaneceram classe I e 1
caso evoluiu para classe II.
Diante destes resultados, verificou-se que a citopatologia é um exame
complementar eficaz no controle de sítios leucoplásicos, pois 24 meses após
remoção da lesão, já observam-se alterações celulares, que podem indicar
recidiva da lesão.
I291
Alteração superficial do esmalte submetido à agentes
branqueadores.
FIROOZMAND,
L. M.*, MENEZES, M. M., HUHTALA, M. F. R.
Departamento
de Odontologia Restauradora – Faculdade de Odontologia de São José dos
Campos – UNESP. Tel.: (0**12) 321-8166, r. 1303.
O objetivo do trabalho foi avaliar quantitativamente a
ocorrência de alterações superficiais do esmalte quando submetido ao
branqueamento noturno por 10 dias com peróxido de carbamida 10% e escovação
diurna com 3 diferentes dentifrícios. Foram empregadas as coroas de 30
incisivos bovinos que foram aleatoriamente divididas em 3 grupos, A- escovado
com Sorriso Branqueador, B- Sorriso e C- Close-up com micropartículas, cada um
contendo 10 dentes. Cada grupo, teve as coroas dos dentes seccionadas
longitudinalmente em 2 metades; estas foram incluídas em resina acrílica, com a
face vestibular voltada externamente, de modo a ficarem dispostos lado a lado,
possibilitando a subdivisão de cada gupo em 2 subgrupos, sendo que: A1, B1 e C1
receberam o tratamento branqueador e A2, B2 e C2 somente as escovações. O
tratamento branqueador consistiu da aplicação de peróxido de carbamida 10% por
um período de 12 horas e as escovações foram feitas 3 vezes ao dia durante
2 min. com intervalo de 4 horas durante 15 dias. Entre as escovações, os
grupos foram imersos em saliva artificial a 37ºC ± 1ºC. As
superfícies de esmalte foram medidas em máquina de ensaio de medição
tridimensional (Zeiss) antes e após realizado o branqueamento e/ou as
escovações. A análise estatística através do “box-plot” e da ANOVA dos dados,
mostraram que o grupo A apresentou as maiores alterações superficiais no esmalte,
seguido pelos grupos B e C.
Este estudo in vitro sugere que dentifrícios mais abrasivos
podem induzir a uma perda superficial maior do esmalte quando este está sendo
submetido ao tratamento branqueador.
I292
Carcinoma epidermóide e in situ de lábio inferior:
levantamento epidemiológico.
ARAÚJO, L.
M. A., ETGES, A., GOMES, A. P. N., PAPPEN, F. G.*, SALUM, F. G.,
TARQUÍNIO, S. B. C.
Departamento
de Semiologia e Clínica – FO – UFPel.
E-mail: fernandapappen@uol.com.br
O Sul do país se caracteriza por uma população
predominantemente de indivíduos de pele clara e, portanto de maior risco para o
desenvolvimento de lesões malignas decorrentes da exposição solar. Além disso,
o lábio inferior juntamente com a língua, é o sítio de maior ocorrência de
carcinomas. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo epidemiológico dos
casos de carcinoma epidermóide e carcinoma in situ de lábio inferior dos
arquivos do Centro de Diagnóstico e Histopatologia da Faculdade de Odontologia
da UFPel no período compreendido entre 1971 e 2000. Foram registrados 61 casos
de carcinoma epidermóide e 13 de carcinoma in situ. Destas lesões, 97,3%
ocorreram em pacientes do sexo masculino e 95,9% em indivíduos da raça branca,
sendo 79,7% diagnosticados entre a 4ª e a 7ª década de vida. De 58 casos em que
havia registro da profissão do paciente, foi possível estabelecer uma relação
direta entre a exposição solar devido a esta atividade e o desenvolvimento das
lesões em 71% deles. Quanto à apresentação clínica, a forma ulcerada predominou,
estando presente em 59,5% dos casos. A maioria dos carcinomas epidermóides foi
classificada como grau I.
Nossos resultados obtidos são concordantes com os dados relatados na
literatura no que diz respeito ao perfil do indivíduo acometido por este tipo de
lesão, à graduação histológica e à influência da exposição solar na
carcinogênese das lesões de lábio.
I293
Alterações patológicas, edentulismo e condições protéticas
de idosos institucionalizados.
BOLZANI, L.
M. V.*, PAPPEN, M. L. G., PAPPEN, F. G., TORRIANI, M. A., TARQUÍNIO, S. B. C.
Departamento
de Semiologia e Clínica – FO – UFPel. E-mail: afpappen@uol.com.br
Com o aumento da expectativa de vida, os serviços de saúde
bucal se vêem frente a novos desafios. Sabe-se que a maioria das alterações nas
estruturas dentais e tecidos moles da cavidade bucal não podem ser atribuídos
exclusivamente ao processo de envelhecimento, mas à soma de fatores
comportamentais, transtornos sistêmicos crônicos, iatrogenias repetidas e um
estado nutricional inadequado. Este trabalho visa avaliar as condições de saúde
bucal de pacientes geriátricos através da investigação do nível de edentulismo,
condições protéticas e prevalência de alterações na articulação têmporo-mandibular
e tecidos moles intrabucais destes indivíduos. Exames clínicos foram realizados
em 114 pacientes geriátricos, pertencentes a instituições filantrópicas da
cidade de Pelotas - RS, por um examinador previamente calibrado. Do total
de pacientes examinados, 35,5% apresentavam alterações na ATM e 79,8% possuiam
perda total dos elementos dentários de pelo menos um dos arcos, enquanto apenas
43,9% usavam próteses superiores e 24,6% próteses inferiores. Quanto às
alterações em tecidos moles, estas foram observadas em 84,2% dos pacientes,
predominando as de desenvolvimento, em 83,3% dos casos e as lesões
paraprotéticas, em 42,2% dos indivíduos.
Com base em nossos resultados, observa-se um elevado número de
indivíduos edêntulos não reabilitados e um alto percentual de alterações de ATM
e tecidos moles, tornando evidente a necessidade de adequação do atendimento à
população geriátrica, fundamentado no conhecimento das principais alterações
fisiológicas e patológicas desta população.
I294
Efeitos do tipo de broca e do condicionamento dentinário em
dentes decíduos.
SHINTOME, L.
K.*, MYAKI, S. I., RAMOS, C. J., ARANA-CHAVEZ, V. E.
Disciplina
de Odontopediatria – FOSJC – UNESP.
O objetivo deste estudo in vitro foi de avaliar a
capacidade do ácido poliacrílico de remover a “smear layer” formada pelo uso de
uma broca diamantada ou “carbide”. Foram selecionados 10 dentes decíduos
anteriores, clinicamente hígidos, esfoliados naturalmente, armazenados em
solução fisiológica à temperatura ambiente. A superfície dentinária da face
vestibular dos dentes decíduos anteriores foi exposta pelo uso de uma broca
“carbide” (n° FG 556 - Beavers) ou uma broca diamantada (n° 1.090 -
Metalúrgica Fava), em alta velocidade sob refrigeração com água. Uma metade de
cada superfície foi condicionada por s, com ácido poliacrílico a 25%
(Ketac-Conditioner - Espe), seguido de lavagem por 20 s. A outra metade
não foi condicionada. Todas as amostras foram desidratadas, montadas em bases
metálicas e cobertas com ouro para avaliação ao microscópio eletrônico de
varredura (Jeol, JSM- 6100). Os resultados demonstraram a formação da “smear
layer” independente do tipo de broca. A utilização do ácido poliacrílico
removeu a “smear layer” com maior eficiência nas superfícies preparadas com
brocas “carbide”.
Concluiu-se que o uso da broca “carbide” seguido do condicionamento com
ácido poliacrílico propiciou uma remoção mais efetiva da “smear layer”.
I295
Sobrevida dos primeiros molares permanentes dos pacientes da
Clínica Integrada.
NARDINO, M.
F. V.*, RENDEIRO, M. M. P., ALCÂNTARA, V., CHEVITARESE, L. M.
Clínica
Integrada – Escola de Odontologia – UNIGRANRIO - RJ.
Este trabalho teve por objetivo conhecer a situação dos
primeiros molares permanentes (1MP) dos pacientes atendidos na Clínica
Integrada, ao primeiro exame. Realizou-se um estudo retrospectivo em 296
prontuários preenchidos no período compreendido entre fevereiro de 2000 e abril
de 2001, tendo os indivíduos média de idade igual a 32,96 (DP = 12,70
anos) e 66,9% do sexo feminino. O critério utilizado foi o índice CPO-D da OMS,
sendo os dados agrupados em: a) necessidades de tratamento satisfeitas (NTS);
b) necessidades de tratamento não satisfeitas (NTNS) e; c) dentes hígidos (DH).
A análise dos dados foi feita no programa Epi Info, versão 6.04. Os resultados
estão na tabela abaixo.
Avaliação da Sobrevida do 1MP (%) |
|||||
|
Elementos |
16 |
26 |
36 |
46 |
SNT |
Hígido |
8,4 |
6,1 |
2,7 |
1,0 |
NTS |
Obturado |
32,4 |
32,1 |
23,6 |
24,3 |
|
Perdido |
28,0 |
32,4 |
50,0 |
50,0 |
NTNS |
Cariado |
28,0 |
26,7 |
21,6 |
22,3 |
|
Extr. Ind. |
3,0 |
3,7 |
2,0 |
2,0 |
Conclui-se que os 1MP continuam sendo afetados pela doença cárie, com
maior prevalência na arcada inferior. As NTS foram superiores às NTNS,
entretanto o tratamento ainda continua mutilador.
I296
Avaliação de três sistemas de polimento através da rugosidade
superficial de uma porcelana.
TEDESCO, A.
D., MORAES, T. L. G.*, MIRANDA, M. S., LAMOSA, A.
Instituto de
Odontologia da PUC - RJ. Dentística – FO – UERJ e UFRJ.
Tel.: (0**21) 9811-4621.
O objetivo deste estudo foi comparar três diferentes
sistemas de polimento para cerâmica, após acabamento com ponta diamantada, em
relação à rugosidade superficial. Foram confeccionadas 30 pastilhas de cerâmica
feldspática (Noritake), que após glazeamento tiveram as superfícies avaliadas
no rugosímetro digital Mitutoyo - Surftest 211 (primeira leitura).
Posteriormente os corpos-de-prova foram desgastados com as pontas diamantadas
híbridas (T&F Shofu) e divididos em três grupos para utilização de
diferentes sistemas de polimento disponíveis no mercado. Todos os materiais
foram utilizados de acordo com as recomendações dos fabricantes. Grupo 1 -
Shofu; Grupo 2 - Komet; e Grupo 3 - Rivoli. Após o polimento os
espécimes foram novamente submetidos à avaliação no rugosímetro (segunda
leitura). Foi feita ainda uma terceira leitura após polimento com discos de
feltro (Kota) e pasta polidora Crystar Past (Kota). Os resultados tratados
estatisticamente por Student-Newman-Keuls (p << 0,05) foram
respectivamente para a primeira, segunda e terceira leituras: GrA = 0,261;
0,448 e 0,479; GrB = 0,272; 0,460 e 0,436; GrC = 0,219;
0,342 e 0,365.
Os autores concluíram que: 1) todos os sistemas aumentaram a rugosidade
superficial; 2) o uso da pasta diamantada não diminuiu a rugosidade superficial
e 3) entre os três sistemas testados, o Rivoli foi o que apresentou melhor
resultado, com menor rugosidade superficial.
I297
Capacidade de limpeza do hipoclorito de sódio (NaOCl) e
clorexidina (CLX), usados como irrigantes endodônticos: estudos por microscopia
eletrônica de varredura (MEV).
MENEZES, A.
C. S. C.*, ZANET, C. G., VALERA, M. C.
Odontologia
Restauradora – FOSJC – UNESP.
O sucesso do tratamento endodôntico relaciona-se com uma
correta desinfecção do canal radicular, bem como a remoção de restos necróticos
de polpa e dentina infectada. A proposta deste estudo foi avaliar através da
MEV a capacidade de limpeza e remoção da “smear layer” das paredes de canais
radiculares preparados e irrigados com diferentes soluções. Foram utilizados 50
dentes unirradiculares extraídos. As coroas foram cortadas no limite cervical e
os canais preparados até o instrumento 45. Durante o preparo foram feitas
irrigações com as soluções avaliadas: Grupo 1 - NaOCl 2,5% (10 raízes);
Grupo 2 - NaOCl 2,5% seguido de irrigação com EDTA por 2 minutos (10
raízes); Grupo 3 - CLX 2,0% (10 raízes); Grupo 4 - CLX 2,0% e EDTA
por 2 minutos (10 raízes); Grupos 5 e 6 (controle) - soro fisiológico e
soro fisiológico e EDTA (5 raízes cada). Após o preparo, os canais foram
irrigados com soluções em teste e as raízes cortadas no sentido V-L para
avaliação por MEV, nos terços cervical, médio e apical, verificando-se a
presença de “smear layer”. Foram atribuídos escores para a limpeza das paredes
dentinárias e os resultados foram avaliados pelo método Kruskal-Wallis com
probabilidade de p = 5%, mostrando que o uso do EDTA diminuiu
significantemente (p << 0,05) a “smear layer” para todas as
soluções avaliadas e em todos os terços. Quando não se utilizou o EDTA, somente
no grupo do NaOCl, verificou-se quantidade maior de “smear layer” no terço
cervical.
Conclui-se
que após o preparo faz-se necessária a utilização do EDTA a fim de promover
melhor limpeza das paredes dos canais radiculares. (Apoio: FAPESP -
99/10550-9.)
I298
Íris artificiais polimerizadas por microondas.
LOPEZ, F.
U.*, AZAMBUJA, T., BERCINI, F., FORTES, C. B., SAMUEL, S. M. W., MONTAGNER, A.
Departamentos
de Cirurgia e Ortopedia e Odontologia Conservadora – FO – UFRGS.
Tel.: (0**51) 331-2272.
Tradicionalmente, as íris para prótese ocular confeccionadas
a partir de discos incluídos em mufla utilizando as resinas acrílicas
termicamente ativadas incolores (RATA), têm deixado a desejar quanto às
propriedades mecânicas e estética, comprometendo seu desempenho clínico. Sendo
assim, o objetivo deste trabalho foi comparar o desempenho das resinas
acrílicas polimerizadas por microondas (RM) com as tradicionais. Foram
prensados trinta discos de íris utilizando a RATA, submetendo-os ao ciclo curto
de polimerização em banho de água, e outros trinta discos de íris utilizando a
RM num tempo de três minutos e trinta segundos a uma potência de 735 W.
Foram atribuídos valores para cada uma das íris segundo os critérios de lisura
superficial, incorporação de bolhas, transparência e alteração de cor nas
calotas de íris obtidas da técnica de pintura em cartolina e, também, da
técnica de escaneamento de imagens. Os valores foram submetidos ao teste do c2,
mostrando haver diferença significativa entre ambas as técnicas.
A RM pode ser empregada na polimerização de íris artificiais diminuindo,
consideravelmente, o tempo de trabalho e demonstrando, quando comparada à RATA,
maior lisura superficial, menor incorporação de bolhas, manutenção da
transparência da resina, maior facilidade de acabamento e polimento, ao mesmo
tempo em que não provocou alterações significativas de cor. (Apoio: BIC –
PROPESQ.)
I299
Aspectos morfológicos e angioarquiteturais macroscópicos do
músculo masseter (feixe superficial) de cobaias, Cavia porcellus.
ISSA, J. P.
M.*, MIZUSAKI, C. I., IYOMASA, M. M.
Faculdade de
Odontologia de Ribeirão Preto – USP.
Uma das grandes preocupações da Odontologia atualmente, é
com relação às desordens funcionais que acometem o sistema estomatognático,
incluindo aquelas condições anormais e patológicas relatadas por HELM; PETERSEN
(1989), causadas por estresse físico e alterações primárias dos músculos e
articulações temporomandibulares. O objetivo desse trabalho é estudar a
morfologia macroscópica do músculo masseter e sua angioarquitetura, através da
dissecção de cobaias, com o propósito de favorecer os pesquisadores que
utilizam esses animais, como um modelo de estudo experimental das desordens
funcionais do sistema estomatognático. Cinco cobaias machos foram anestesiados,
perfundidos com solução salina 0,9%, fixados com solução de formol 10% e
tiveram os vasos sanguíneos (artérias) preenchidos com látex diluído em 50% de
água destilada. Após a completa polimerização do látex (1 semana), procedeu-se
a dissecção da cabeça das cobaias, para análise e registro dos vasos que suprem
o músculo masseter e a morfologia deste.
Os resultados permitiram concluir que, o feixe superficial do músculo
masseter apresenta fibras orientadas no sentido ântero-posterior, sendo nutrido
por ramos massetéricos da artéria maxilar interna, e ramos da artéria facial
(maxilar externa) os quais suprem o feixe, na sua porção superior e inferior,
respectivamente. (FAPESP: 01/01142-6.)
I300
Avaliação in vitro de métodos de diagnóstico de cárie
oclusal.
SOUZA, W. C.
S.*, CICCONE, J. C., SEIXAS, L. C., WATANABE, P. C., PALMA DIBB, R. G.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FORP – USP. Tel.: (0**16) 602-4078,
633-0999. E-mail: rgpalma@forp.usp.br
O presente trabalho avaliou in vitro em molares
humanos a capacidade de diagnóstico de lesões cariosas de superfície oclusal
por meio da associação de diferentes métodos de diagnóstico: radiografia
interproximal convencional (RX), exame visual (EV) e fluorescência a
laser - DIAGNOdent (FL). Foram utilizados para esse estudo 47 molares
humanos de estoque. Todos os dentes foram radiografados. Realizou-se os exames
dois a dois e no último associou-se todos os exames, sendo estes realizados por
um único examinador previamente calibrado. Após os exames foi realizada a
análise histológica de todos os sítios examinados, como critério de validação.
Observou-se que houve uma boa capacidade no diagnóstico da presença de lesão
cariosa, porém no que se refere a não-necessidade de tratamento os métodos
podem confundir na escolha do melhor tratamento a ser indicado. Os valores
expressos em sensibilidade, especificidade e Kappa foram respectivamente:
EV + FL: 0,62; 0,61; 0,15; EV + RX: 0,67; 0,62; 0,19;
EV + LF + RX: 0,61; 0,65; 0,23.
Baseando-se nos resultados obtidos pode-se concluir que é necessário
realizar as associações para um diagnóstico mais preciso, porém deve-se ter uma
boa compreensão dos exames de diagnóstico empregados para que não seja
realizado um sobretratamento da cárie oclusal. (Apoio financeiro:
CNPq/PIBIC/USP.)
I301
Prevalência de hipodontia na Clínica de Odontopediatria da
UFRJ.
PINTO, M. P.
R.*, GUIMARÃES, M. B. T., ALCANTARA, P. C. C., PINTO, C., COSTA, M. C.
Departamento
de Odontopediatria e Ortodontia – UFRJ. Tel: (0**21) 3472-3504.
O presente estudo teve como objetivo fazer um levantamento
do número de casos de hipodontia em dentes permanentes, excluindo a ausência do
terceiro molar, encontrados no Programa de Treinamento Teórico Prático em
Odontopediatria da UFRJ no período de agosto de 1997 a abril de 2001. Foram
avaliadas 678 radiografias panorâmicas em condições ideais de iluminação, ou
seja, em uma sala cuja única fonte de luz é a do negatoscópio, com moldura de
cartolina preta ao redor da radiografia. Essas radiografias eram de crianças
com idade entre 6 e 12 anos, destas, 16 apresentavam hipodontia, o que
representa 2,36% da população pesquisada. O dente mais comumente ausente foi o
segundo pré-molar inferior, 75% dos pacientes com hipodontia apresentavam a
ausência deste elemento em pelo menos um dos lados, seguido do segundo
pré-molar superior em 31,25% dos casos. A ausência de incisivos laterais
superiores foi encontrada em 18,75% destes pacientes, e a ausência de primeiros
pré-molares em 12,5%, sendo este índice encontrado tanto na ausência dos
primeiros pré molares superiores quanto dos inferiores. A ausência de molares,
inferiores e superiores, e do canino inferior foi encontrado, para cada um
desses elementos, em 6,25% dos casos. Nenhum caso de ausência de incisivo
lateral inferior, nem de canino superior foi encontrado.
Com estes dados concluímos que os índices encontrados neste trabalho são
correspondentes a índices levantados por outros pesquisadores, como SALAMA et al.,
onde a prevalência de hipodontia foi de 2,6% (Egypt Dent J, 40 (1)
625-632, Jan. 1994).
I302
Análise da dureza Vickers de resinas fotoativadas pelo modo
“ramp”.
LOURO, L. H.
L., LOURO, L. O.*, CORRÊA, I. C., VIDAL, F. R., OLIVEIRA, S. P.
Materiais
Dentários – FOUGF; Materiais Cerâmicos – IME - RJV.
Tel.: (0**21) 599-7272.
Poucos estudos avaliam
o grau de polimerização e as propriedades mecânicas das resinas compostas com o
modo “ramp” de ativação. O objetivo deste foi avaliar a dureza Vickers em
função da fotoativação no modo “ramp”. Corpos-de-prova cilíndricos
(d = 5 mm e h = 3 mm) foram confeccionados com
Fill Magic Condensável e Fill Magic Flow e fotoativados com o Elipar Trilight:
Grupo Rt – “ramp” total (0-700 mW/cm2/15 s +
800 mW/cm2/25 s), Grupo Rp – “ramp” parcial
(0-700 mW/cm2/15 s). Para cada grupo três corpos-de-prova
foram testados, 30 min. e 24 h (água destilada /37ºC) após a
fotoativação em durômetro Micromet 2003
(Buehler). Cinco leituras foram feitas após aplicação de carga de 100 g
por 15 s, na superfície próxima a emissão de luz (“up”) e na superficie
oposta (“down”). Os resultados foram submetidos a análise de variância e teste
de Tukey.
Tempo |
Condensável |
“Flow” |
||||||
|
“Up” |
“Down” |
“Up” |
“Down” |
||||
|
Rt |
Rp |
Rt |
Rp |
Rt |
Rp |
Rt |
Rp |
30 min. |
89,1a |
89,3a |
70,4b |
57,3d |
41,6t |
39,5g |
39,3g |
37,1h |
24 h |
60,9c |
60,9c |
60,1c |
45,2e |
37,4h |
34,8i |
30,9j |
30,2j |
Os valores em
24 h foram significativamente menores (p << 0,001) em
todas as condições testadas. O lado ativo (“up”), na condensável, não difere
quanto ao modo “ramp” (p = 0,93) em 30 min e em 24 h.
(Apoio: CAPES.)
I303
Efeitos do clareamento interno de dentes não-vitais sobre
restaurações de resina composta, avaliado através de microinfiltração.
NASCIMENTO,
R. D.*, TANGO, R. N., KIMPARA, E. T.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOSJC – UNESP.
Atualmente, a grande importância da estética na Odontologia
tornou o clareamento dental um tratamento bastante procurado. Entretanto,
materiais clareadores como o peróxido de hidrogênio parecem influenciar no
selamento marginal na interface dente–restauração. Por esta razão, resolveu-se
estudar os efeitos a distância do clareamento interno de dentes não-vitais
sobre as restaurações de resina composta, através de testes de
microinfiltração, em função do tempo de troca das restaurações, realização ou
não da troca e tempo de neutralização pós-clareamento. Para o presente estudo
utilizou-se 48 caninos hígidos, nos quais foi realizado um preparo cavitário
tipo III de Black; restaurando-os utilizando o sistema adesivo Single Bond (3M)
e resina composta Z100 (3M); tratamento endodôntico; e clareamento interno com
peróxido de hidrogênio a 30% associado ao perborato de sódio. Os dentes foram
divididos em 6 grupos, sendo um controle (sem clareamento) e os demais com
clareamento por 72 horas, e troca das restaurações imediatamente, 3, 7 e 15
dias após, respectivamente. No grupo VI não houve troca das restaurações.
Realizou-se ciclagem térmica (500 ciclos), coloração, cortes, avaliação e
atribuição de escores aos dentes por 3 observadores previamente calibrados.
Os dados obtidos foram submetidos ao estudo estatístico de análise de
variância e ao teste de Tukey, ambos ao nível de 5 %, tornando lícito concluir
pelos resultados que o clareamento interno afetou adversamente o selamento
marginal na interface dente-restauração. (Apoio financeiro: FAPESP.)
I304
Estudo comparativo das propriedades mecânicas de fios
ortodônticos de níquel-titânio.
LANCE, J.
P.*, VALENTE, A., ADABO, G. L., VAZ, L. G., SANTOS PINTO, A.
Faculdade de
Odontologia de Ribeirão Preto – USP. Tel.: (0**16) 3729-2334. E-mail: julianalance@ig.com.br
Com o advento das ligas de níquel-titânio na década de 70, a
Ortodontia moderna foi contemplada por um fio conhecido por apresentar
admiráveis propriedades elásticas. Esses fios mostram comportamento atípico sob
ensaio de tração, apresentando regime elástico não-linear, interrompido por
traçado característico de regime plástico, chamado regime pseudoplástico ou
pseudoelástico, resultante de mudanças de fases induzidas por tensão ou
temperatura. Existem comercialmente fios ortodônticos com diferentes ativações,
sendo conhecidos como: clássico, termoativados e superelásticos. O propósito
deste estudo foi avaliar qualitativamente o gráfico tensão versus deformação
de 3 marcas comerciais à base de níquel-titânio: Nitinol (3M UNITEK), A Company
(ORMCO SYBRON) e Dentaurum nas formas termoativadas e superelásticas. O ensaio
de tração consistiu de cinco réplicas de cada fio tendo sido realizado nas
condições ambiente em uma máquina de ensaios mecânicos MTS 810, com célula de
carga de 1 kN e à velocidade de 2,0 mm/min. Os gráficos tensão versus deformação
obtidos foram traçados na mesma escala e superpostos para serem analisados
comparativamente, sendo observado que as duas formas de ativação exibem
traçados característicos e distintos. Os fios superelásticos apresentam regime
elástico atípico, apresentando patamares de pseudoplasticidade, enquanto os
termoativados exibem traçado convencional.
Esta análise indica que há tendência de haver maior transmissão de
tensão nos fios termoativados quando comparados aos fios superelásticos.
I305
Avaliação do nível de mercúrio em alunos de Odontologia.
SUAID, F.
A.*, CATIRSE, A. B. E. B., RAMOS, J. P., SALGADO, P. E., DINELLI, W.,
CORONA, S. A. M., GARCIA, P. P. N. S.
Materiais
Dentários e Prótese – FORP – USP. Tel.: (0**16) 602-4044,
633-0999. E-mail: alma@forp.usp.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar os níveis de mercúrio
em acadêmicos de Odontologia, antes e após as primeiras manipulações de ligas
de amálgama. Quinze alunos do primeiro ano do curso foram avaliados por meio de
procedimentos de biomonitorização, pela análise da urina e monitoração
ambiental pela análise do vapor de mercúrio, utilizando Hopealite (tubo
absorvente). Os níveis de Hg na urina foram avaliados nos períodos de
pré-exposição e exposição durante as práticas da disciplina de Materiais
Dentários. Os resultados foram analisados no Espectrofotômetro de Absorção
Atômica (FIAS) e submetidos a análises estatísticas de variância e regressão.
Na pré-exposição o nível de Hg foi de 1,77 (± 1,55 mg/g creat) e
na exposição 2,64 (± 1,41 mg/g creat) (F = 8,55 e
p << 0,004). As análises de regressão confirmaram estas
observações, desse modo, parâmetros estimados Y(1) = níveis de Hg no
ar; Y(2) = níveis de Hg na urina e X = número de manipulações
para ambos, obtiveram-se: Y(1) - 0,13535 mg/g/ads + 0,21920 X
(F = 2,46, p << 0,0334); Y(2) -
2,9985 mg/l + 1,2586 X (F = 2,826,
p << 0,0122).
Concluiu-se que os níveis de Hg na urina, a partir das primeiras
exposições ao metal, foram superiores aos do período de pré-exposição. O número
de manipulações de amálgama realizadas determinou quantidade significativa de
Hg no ar e na urina dos alunos avaliados.
I306
Influência do alívio interno na precisão de modelos e
moldagens com casquete de resina.
DESTERRO, F.
P.*, SANTIAGO, L. C.
Departamento
de Prótese e Materiais Dentários – Universidade do Brasil; UFRJ.
A moldagem com casquete é uma das técnicas mais utilizadas
para confecção de coroas totais, porém existe uma controvérsia sobre como obter
o espaço adequado para o material de moldagem. Sabendo que a espessura e
uniformidade dos materiais são características importantes para obtenção de
modelos de trabalho, o objetivo desse estudo foi avaliar a influência do alívio
interno dos casquetes na precisão da moldagem e modelos obtidos a partir das
mesmas. Foi utilizado um dispositivo metálico que simulou um preparo de coroa
total em molar e padronizou a confecção dos casquetes e a espessura do alívio.
Foram confeccionados 20 casquetes, sendo 10 com alívio de 1 mm (grupo 1) e
nos demais, alívios aleatórios (grupo 2). Após as moldagens foi utilizado o
Profile Projector 6C-2 para medir, em milímetros, a distância entre dois pontos
existentes no modelo metálico (9,79) e portanto, presentes nas moldagens e nos
modelos obtidos a partir das mesmas. As médias das medições realizadas nas
moldagens foram: 9,79 (0,0462) para o grupo 1 e 9,82 (0,0672) para o grupo 2 e
nos modelos: 9,80 (0,0497) para o grupo 1 e 9,84 (0,0658) para o grupo 2. A
esses valores foi aplicado o teste “t” e nenhuma diferença estatisticamente
significante foi encontrada entre os grupos de moldagem, de modelo e entre
esses e o modelo mestre (p << 0,05).
Desta forma, concluímos que os métodos de confecção do alívio interno
dos casquetes de acrílico para moldagem não influenciam na precisão dos moldes
e modelos obtidos, nas condições estudadas.
I307
Efeitos da dentina homóloga desmineralizada transplantada em
defeitos ósseos cirúrgicos: análise histomorfométrica.
AGUIAR, A.
A.*, CARVALHO, V. A. P., TOSELLO, D. O., SALGADO, M. A. C.
Departamento
de Biociências e Diagnóstico Bucal – Histologia – FOSJC – UNESP.
A matriz dentinária desmineralizada autógena (MDDA) tem
demonstrado grande potencial osteogênico. Até o momento nenhum trabalho foi
desenvolvido com a aplicação da matriz dentinária desmineralizada homóloga
(MDDH) em enxertos ósseos. Pelo exposto, pensou-se em realizar um estudo dos
efeitos da MDDH na reparação óssea. Neste trabalho foram utilizados 18 coelhos
adultos divididos em dois grupos de 9 animais cada. Nos grupos controle e
tratado foram realizados defeitos cirúrgicos de 5 mm de diâmetro na tábua
óssea vestibular da mandíbula. No grupo tratado foram colocadas, na periferia
do defeito ósseo, fatias de MDDH de 8 µm de espessura preparadas segundo a
técnica de CATANZARO-GUIMARÃES et al. (Int J Oral Maxillofac Surg,
v. 15, p. 160-169, 1986). Os animais foram sacrificados após os
períodos de 30, 60 e 90 dias para a retirada das hemimandíbulas, as quais foram
desmineralizadas em EDTA para obtenção dos cortes histológicos corados em
H. E. e Picrosírius. Estes foram submetidos à analise histomorfométrica
para a quantificação da matriz óssea neoformada e do infiltrado de células
inflamatórias mononucleares (ICIM). Após análise estatística (ANOVA e teste de
Tukey – p << 0,05) verificou-se que, no grupo tratado, a
média de formação de matriz óssea foi maior e estatisticamente significante,
enquanto que o ICIM mostrou-se gradativamente menor e estatisticamente significante
nos períodos analisados.
Concluiu-se que a MDDH induz à neoformação óssea de maneira mais rápida,
em maior volume, apresentando boa tolerância tecidual.
I308
Existe inter-relação entre pediatras e cirurgiões-dentistas
de uma mesma instituição?
AMMARI, M.
M.*, SANTOS, L. F., RIBEIRO, A. A.
Odontopediatria –
FO – UFF; UNIGRANRIO - RJ. E-mail: apoenaribeiro@hotmail.com
Sendo os pediatras os primeiros profissionais da área da
Saúde a terem contato com crianças, o objetivo deste trabalho foi verificar se
há inter-relação entre estes e os dentistas de uma mesma instituição. Foram
entrevistados todos os médicos do Ambulatório de Pediatria (pediatras e
residentes, n = 27) de um hospital universitário vinculado a uma
universidade pública do RJ, após prévia aprovação do Comitê de Ética em
Pesquisa do referido hospital. A entrevista continha questões sobre saúde bucal
(SB), orientações e encaminhamento aos profissionais competentes. Após análise
dos resultados com o auxílio do Programa Epi Info 6.04, observou-se que 81,5%
dos entrevistados eram pediatras e 18,5% residentes, e a maioria (70,4%)
formados por uma universidade federal. Dentre os pediatras, 19 (86,3%)
examinavam a cavidade bucal de seus pacientes. Cerca de 11% dos entrevistados
não comunica ao responsável da criança quando identifica qualquer alteração na
cavidade bucal. Mais de 40% dos profissionais não orienta os responsáveis sobre
as práticas de SB. Observou-se que 10 entrevistados (37%) não encaminham as
crianças ao dentista e 11 (40,7%) o fazem para postos de saúde, ao invés da
Faculdade de Odontologia da mesma Instituição.
Conclui-se que há necessidade de maior conscientização dos profissionais
sobre a importância da SB e do fornecimento de orientações aos responsáveis,
bem como melhorar a inter-relação entre os médicos e os dentistas de uma mesma
instituição.
I309
Conduta dos cirurgiões-dentistas em relação à terapia pulpar
decídua.
SANTOS, L.
F.*, AMMARI, M. M., PESTANA, M., SANTOS, A., COSTA, V. V.
Disciplina
de Odontopediatria – FO – UFF; UNIGRANRIO.
E-mail: monipestana@ig.com.br
Dentre os aspectos biológicos do tratamento em
odontopediatria, a manutenção dos dentes decíduos no arco até sua esfoliação
fisiológica é um dos objetivos da especialidade. O objetivo desta pesquisa foi
verificar a conduta dos cirurgiões-dentistas das diversas áreas do estado do
Rio de Janeiro, que atendem crianças, em relação à terapia pulpar decídua. Foi
elaborado um questionário contendo perguntas fechadas, referentes à opção e
abordagem de tratamento do clínico, nos casos de pulpite irreversível ou
necrose pulpar. Dentre os 100 profissionais entrevistados, 89,7% realizam
terapia pulpar e 10,3% optam pela exodontia. Dentre os que realizam a terapia
pulpar, 64,9% utilizam o isolamento absoluto e 35,1% o relativo; 91,7% têm como
conduta complementar a realização do exame radiográfico em contraste com 8,3%
que não o utilizam. Em casos de pulpotomia, a maior parte dos profissionais
utiliza o formocresol (67%) e nos casos de pulpectomia, 48,5% utilizam o
cimento de óxido de zinco e eugenol. Dentre os que optam pela exodontia, 61%
realizam manutenção do espaço, em contraste com 39% que não utilizam.
Diante do exposto, pode-se concluir que há uma conscientização da classe
odontológica sobre a importância da terapia pulpar decídua, sendo a mesma feita
dentro de padrões para um bom prognóstico, como o uso do isolamento absoluto e
da complementação radiográfica.
I310
Capacidade de limpeza de quatro técnicas de instrumentação
endodôntica.
EID NAYENE,
L. M.*, YAMASHITA, J. C., FRAGA, S. C., DUARTE, M. A. H.
Faculdade de
Odontologia – USC. E-mail: nayene.mininana@bol.com.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar sob microscopia
eletrônica de varredura (MEV) a capacidade de limpeza superficial das paredes
de canais radiculares biomecanizados por quatro diferentes técnicas de
instrumentação. Foram utilizados vinte dentes humanos extraídos, divididos
aleatoriamente nos grupos experimentais que utilizaram as seguintes técnicas de
instrumentação: Grupo 1 (G1) - manual; Grupo 2 (G2) - contra-ângulo
CH20; Grupo 3 (G3) - Sistema Quantec; Grupo 4 (G4) - Sistema Profile.
A irrigação em todos os grupos foi feita com solução de hipoclorito de sódio a
2,5%; realizada a instrumentação, os dentes foram clivados e levados a MEV. As
imagens foram analisadas e comparadas estatisticamente. Os resultados mostraram
que: no terço apical os grupos foram ordenados da seguinte forma: G4, G3, G2,
G1, do melhor para o pior resultado, havendo diferença significante entre G4 e
G1. No terço cervical ordenamos da seguinte forma: G3, G4, G2, G1, porém sem
diferença significante.
De acordo com a metodologia empregada pudemos concluir que: 1) nenhuma
das técnicas apresentou superfícies livres de “smear layer”; 2) as técnicas de
instrumentação rotatória (G3 e G4) tiveram melhor desempenho que a técnica
manual (G1) com diferença significante; 3) não houve diferença significante
entre as duas técnicas rotatórias empregadas; 4) a técnica de instrumentação
automatizada (G2) mostrou resultados piores que as rotatórias, porém sem
diferença significante. (Agradecimentos ao NAP-MEPA ESALQ-USP.)
I311
Implantação do banco de dentes na FO – UNESA.
ALVES, M.
U., MASSA, M. R.*, PINTO, L. M. C., CRUZ, A. P. E., CLEVELAND, R. M.
Disciplina
de Odontopediatria – UNESA. Tel.: (0**21) 503-7289.
E-mail: urania@estacio.br
Este trabalho tem como objetivo demonstrar a importância,
para os acadêmicos e corpo docente, da regulamentação e uso de elementos
dentários humanos doados, estimulando, assim, o desenvolvimento de pesquisas
básicas com aplicabilidade clínica em técnicas restauradoras. A metodologia
utilizada para sua implantação baseou-se na Legislação de Doação de Órgãos
vigente (Lei número 9.434 de 04/02/1997 e sua complementar número 10.211, de
23/03/2001). Foram elaborados termos de consentimento livre e esclarecido para
doador e receptor do elemento dentário. Professores, alunos e pacientes das
clínicas da FO foram motivados a participar através de palestras e material
áudio-visual. Os dentes foram coletados nas clínicas, no período de fevereiro a
abril de 2001. Foram coletados até o presente momento 223 dentes, sendo que a
maior prevalência encontrada foi: 18 (9,0%); 28 (7,2%); 31 e 24 (4,4%); 17, 37
e 48 (4,1%); 25, 27, 33, 35, 41, 42 (3,6%); 14, 15, 16, 34 e 38 (3,2%); 43, 44
e 46 (2,7%); 13, 32 e 26 (2,2%); 12 (1,8%); 23, 36 e 47 (1,3%); 84, 11 e 45
(0,9%). Em menor escala foram extraídos: 54, 65, 85, 21 e 22 (0,4%). Os
principais motivos das exodontias foram: doença periodontal (31%); cárie dental
(28,2%); indicação protética (27,3%); dentes inclusos (8,5%); indicação
ortodôntica (1,4%). As demais indicações somaram 3,6%.
Conclui-se que a implantação do banco de dentes humanos abre novas
possibilidades de reabilitação morfofuncional, principalmente em crianças com
cárie de acometimento precoce ou perda dentária por traumatismos.
I312
Avaliação do conhecimento de gestantes sobre alterações do
sistema estomatognático.
ROSSI, T.
C.*, VALSECKI Jr., A.
Departamento
de Odontologia Social – Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP.
Tel.: (0**16) 201-6347.
E-mail: avalseck@foar.unesp.br
A mulher grávida, psicologicamente receptiva a novos
conhecimentos e a mudar padrões, é alvo para o direcionamento de programas de
prevenção. Porém, saber das suas atitudes e do seu conhecimento em saúde, é
importante no planejamento de programas educacionais visando promover a saúde
da família. Assim, a partir de um questionário semi-aberto, fez-se a avaliação
do conhecimento de 117 gestantes do município de Descalvado - SP sobre suas
atitudes perante o bebê diante de possíveis alterações do sistema
estomatognático. O examinador foi calibrado e o questionário pré-testado,
obtendo-se um formulário para enquadramento das questões abertas. Os temas em
estudo foram a amamentação natural, hábitos deletérios, prevenção, doenças
bucais, visitas ao dentista e receptividade a informações. Obteve-se, em média,
54% das gestantes com conhecimentos e interesse pelos temas em estudo. Mas,
merece destaque o fato de 68,4% das gestantes acreditarem não haver relação
entre amamentar no peito e futuras alterações do sistema estomatognático.
Outras 61,5% pretendem dar mamadeira e/ou chupeta, enquanto 12,8% e 15,4%
acreditam que a mamadeira e a chupeta, respectivamente, devem ser tiradas com
um ano de idade.
Portanto, as gestantes necessitam de orientação e esclarecimentos sobre
a amamentação natural, principalmente relacionada ao desenvolvimento de
anomalias do sistema estomatognático, através de programas educativos que atuem
em seus valores culturais, sociais e habituais. (Apoio financeiro: FAPESP.)
I313
Avaliação in vitro da microinfiltração em
restaurações diretas em compósitos odontológicos variando a intensidade
luminosa de polimerização.
COELHO, C.
S.*, SINHORETI, M. A., CAMARGO, D. A. A.
Faculdade de
Odontologia de Itajaí – UNIVALI - SC.
A proposta deste estudo foi avaliar, in vitro, a
infiltração marginal em restaurações classe II. Foram utilizados 60 dentes
terceiros molares, com preparos cavitários oclusoproximais com término cervical
em dentina. Estes dentes foram divididos em dois grupos os quais foram
restaurados com os compósitos Z250 e P60 (3M). Cada grupo foi dividido em três
subgrupos os quais receberam intensidade luminosa diferenciada durante o
procedimento restaurador. Nos subgrupos 1A e 1B foi empregada a intensidade de ± 550 mW/cm2
nos três incrementos; nos subgrupos 2A e 2B a intensidade foi exponencial de 0
a 500 mW/cm2 em cada incremento; nos subgrupos 3A e 3B, no
primeiro incremento a intensidade foi de 100 mW/cm2 e
550 mW/cm2 nos outros dois incrementos. Para fotopolimirização
foi usado o aparelho Elipar Trilight (Espe). Em seguida, as amostras foram
cobertas com duas camadas de esmalte para unha e cera rosa para então serem
imersas em solução corante de azul de metileno a 2% tamponado por duas horas.
Após o seccionamento as amostras foram analisadas em lupa estereoscópica Zeiss
com 20 X de aumento onde foi mensurada a extensão da penetração do corante
e transformada em escores. Os dados foram submetidos à análise de variância e
as médias comparadas através do teste de Duncan.
Conclui-se que não houve diferença estatisticamente significante
(p >> 0,05) entre os materiais restauradores utilizados bem
como para a variação da intensidade luminosa.
I314
Solubilidade do compômero, resinas de baixa viscosidade e de
micropartículas.
DEL DUCA, F.
F.*, SOARES, F. G., SILVA, A. F., REGIO, R. A. S., OSINAGA, P. W. R.
Departamento
de Odontologia Restauradora – Faculdade de Odontologia – UFPEL -
RS. E-mail: osinaga@ufpel.tche.br
A solubilidade é considerada um dos aspectos mais
importantes na determinação do desempenho dos produtos destinados à
restauração, por este fato o propósito deste trabalho foi avaliar a
solubilização do material F2000 - 3M (compômero), do Natural Flow -
DFL (resina de baixa viscosidade) e do Durafill - Heraeus Kulzer (resina
composta de micropartículas). Foram empregados 6 corpos-de-prova para cada
material, e confeccionados em uma matriz circular de polietileno (1,5 mm
altura x 21 mm diâmetro interno). A manipulação foi realizada de
acordo com as instruções do fabricante, e a fotoativação feita através de um
fotopolimerizador (XL 3000 - 3M) com intensidade luminosa de
450 mW/cm2 durante 40 segundos. Para os ensaios de
solubilização foi utilizada a Especificação 7489 da ISO modificada, e para
efetuar os cálculos foi empregada uma fórmula descrita na própria
especificação.
De acordo com os resultados obtidos e através da análise estatística
Kruskal-Wallis, concluímos que: o compômero F2000 sofreu maior solubilidade
(0,33 mg) em 23 h (significância 5%) do que o Natural Flow
(0,03 mg) e o Durafill (0,05 mg), e entre estes dois últimos produtos
não houve diferença estatisticamente significativa. (Apoio: FAPERGS.)
I315
Estudo clínico-histopatológico comparativo entre folículo
dentário e cisto dentígero.
TARQUÍNIO,
S. B. C., VENTURINI, D.*, COSTA, J. R. S., MATOS, D., DEVILDOS, L. R.
Departamento
de Semiologia e Clínica – FO – UFPel. E-mail: sancha@uol.com.br
É universalmente aceito que o cisto dentígero (CD)
origina-se a partir do folículo dentário (FD) e recebe este nome por encerrar
em si a coroa de um dente incluso. No presente trabalho foram estudados 80 FDs
e 80 CDs, provenientes dos arquivos do Centro de Diagnóstico e Histopatologia
da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Pelotas, com o objetivo
de realizar uma análise comparativa de seus aspectos clínicos e
histopatológicos, tentando estabelecer parâmetros de diferenciação entre ambos.
Os detalhes histológicos pesquisados foram abrangentes de três aspectos: revestimento
epitelial, parede de tecido conjuntivo e restos epiteliais. Tanto os FDs como
os CDs foram mais freqüentes na segunda década de vida e associados aos
terceiros molares inferiores. Folículos dentários foram mais freqüentes no sexo
feminino (69%), havendo maior prevalência de CDs no sexo masculino (58,7%). Na
imensa maioria dos casos, os CDs eram revestidos por epitélio pavimentoso
estratificado, o mesmo ocorrendo com os FDs, embora não fosse fato tão
significativo. A redução do número de casos de FDs e de CDs revestidos por
epitélio reduzido do esmalte, sugere que o avançar da idade induza à metaplasia
escamosa, sendo a inflamação outro fator indutor.
Os resultados deste estudo indicam que não há aspectos microscópicos
característicos que permitam distinguir CDs de FDs. O exame histopatológico
precisa ser complementado com a avaliação radiográfica da espessura da área
radiolúcida que circunda a coroa do dente não-irrompido.
I316
Influência da desproteinização na microinfiltração de
restaurações de resina composta.
RAMOS, O. L.
V., REDANTE, L., SILVA, G. B.*, SOUZA, J. L., DEMARCO, F. F.
Departamento
de Odontologia Restauradora – UFPel. E-mail: ffdemarco@hotmail.com
O objetivo desse trabalho foi avaliar a influência da
desproteinização, pelo uso do NaOCl, da rede de colágeno exposta seguindo o
condicionamento ácido, sobre o selamento marginal de restaurações de resina
composta utilizando dois sistemas adesivos. Para tanto, 80 cavidades
padronizadas de classe V foram confeccionadas em 40 incisivos bovinos, com
margens em esmalte e cemento. Os dentes foram aleatoriamente divididos em 4
grupos (n = 20) e restaurados como segue: Grupo 1 (controle) -
condicionamento com ácido fosfórico a 37% (AF), seguido pelo emprego do adesivo
Scotchbond Multi-Purpose (SBMP) e resina composta (Z250); Grupo 2 -
AF + NaOCl a 5% + SBMP + Z250; Grupo 3
(controle) - AF + Single Bond - (SB) + Z250;
Grupo 4 - AF + NaOCl + SB + Z250. Após o
polimento (7 dias), os espécimes foram submetidos a ciclagem térmica, seguida
da imersão em corante. Após seccionamento a infiltração marginal foi avaliada
em aumento de 40 X, com base em escore padronizado. Os dados foram
tratados pelo teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis, verificando-se que em
esmalte não houve diferença entre os grupos. Em cemento, os grupos 1, 3 e 4
apresentaram performance similar, enquanto o grupo 2 mostrou maior grau de
infiltração que o grupo 4 (p << 0,05). A infiltração em cemento
foi estatisticamente maior que aquela observada em esmalte (p << 0,05).
Concluiu-se que a desproteinização afetou o selamento do adesivo SBMP,
não afetando, porém, o adesivo simplificado SB.
I317
Avaliação da prevalência de cárie em crianças de 0 a 36
meses no ambulatório de Pediatria do HUPE – UERJ.
SANTOS, A.
P. P.*, PINTO, M., SOVIERO, V. M.
Odontopediatria –
UERJ; UNESA. E-mail: soviero@compuland.com.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de cárie e
de fatores de risco em crianças de 0 a 36 meses de idade atendidas no
Ambulatório de Pediatria do Hospital Universitário Pedro Ernesto (UERJ), após
obtenção da aprovação do Comitê de Ética da Instituição e do consentimento
informado dos responsáveis. Os fatores comportamentais/sociais de risco à cárie
foram avaliados através de entrevista estruturada. Um único examinador realizou
o exame bucal para a avaliação de cárie, biofilme e sangramento gengival. A
confiabilidade intra-examinador foi testada para a variável cárie
(Kappa >> 0,90). Os dados obtidos foram analisados utilizando o
teste qui-quadrado. A idade média das crianças foi 22,9 meses de idade. A
prevalência de cárie, as lesões de mancha branca (MB), foi de 41,6%, tendo sido
mais alta quanto maior a idade (p << 0,05), e o índice ceo-s
médio foi 1,7 (± 2,5). Os dentes mais afetados foram os anteriores
superiores e o tipo de lesão mais comum foi a MB. Não houve associação
significativa estatisticamente entre a prevalência de cárie e os fatores
sócio-econômico-culturais, freqüência de higiene, hábito de amamentação noturna
e dieta cariogênica durante o dia. Entretanto, a associação entre cárie e a
qualidade da higiene, avaliada pela presença de biofilme dental, foi
significativa estatisticamente (p << 0,001).
A prevalência de cárie foi 41,6%, o índice ceo-s foi 1,7 (± 2,5)
e o acúmulo de biofilme dental espesso foi o principal fator de risco para a
ocorrência da cárie de acometimento precoce na amostra avaliada.
I318
Resistência flexural de compósitos com e sem uso do Ribbond.
PEREIRA, C.
L.*, CENCI, M. S., PIOVEZAN, E. M., OSINAGA, P. W. R., DEMARCO, F. F.
Mestrado em
Endodontia e Dentística – Faculdade de Odontologia – UFPel.
Tel.: (0**53) 222-4439. E-mail: cissa1@terra.com.br
No presente trabalho investigou-se a resistência flexural de
duas resinas compostas, uma de micropartículas e outra híbrida, o efeito de sua
associação e a influência do reforço com fibra de polietileno trançado (Ribbond
- Ribbond Inc.). Foram confeccionados 28 corpos-de-prova (cp), usando uma
matriz metálica padronizada
(20 mm x 2 mm x 2 mm), sendo 7 CP de cada um
dos seguintes grupos: Grupo I - resina Filtek Z250 (3M); Grupo II -
resina Filtek A110 (3M); Grupo III - resinas Filtek Z250 e Filtek A110;
Grupo IV - resina Filtek Z250 e Ribbond. Os CP foram fotopolimerizados por
40 segundos nos 3 terços de cada lado, armazenados em soro fisiológico por 7
dias e então submetidos ao teste de dobramento em três pontos (ISO4049). Após a
ruptura, os valores foram calculados em MPa, obtendo-se as médias GI -
76,26 (± 8,82), GII - 42,45 (± 3,13), GIII - 65,25 (± 13,41)
e GIV - 67,65 (± 9,50). Os dados foram submetidos a análise
estatística (testes ANOVA e Tukey). Não foram encontradas diferenças
estatisticamente significantes entre as médias dos Grupos I, III e IV,
exibindo, porém, o Grupo II resistência estatisticamente menor (p <<
0,05) do que os demais.
Concluiu-se que: 1) a resina de micropartículas testada exibiu a menor
resistência flexural; 2) a fibra de polietileno não promoveu aumento da
resistência flexural com a espessura de resina testada; 3) a associação das
resinas de micropartículas e híbrida produziu resistência similar àquela
encontrada para os espécimes confeccionados com resina híbrida com e sem
reforço.
I319
Comparação in vitro de dentes humanos e bovinos
quanto à microinfiltração.
FREDRICH, A.
L.*, BALDISSERA, R. A., BUENO, M., OLIVEIRA, E. F., CAMACHO, G. B.
Departamento
de Odontologia Restauradora – Faculdade de Odontologia – UFPel.
Com a evolução da Odontologia para uma era preventiva,
ocorreu uma diminuição na quantidade das extrações dentárias, diminuindo-se
também a quantidade de dentes hígidos para pesquisas. Com isso, houve a
necessidade de se buscar outra alternativa, como os dentes bovinos, por
exemplo. Este estudo tem o objetivo de fazer uma comparação através de estudo in
vitro entre dentes humanos e bovinos quanto ao vedamento marginal.
Utilizou-se dez dentes humanos (terceiros molares hígidos) e dez dentes
bovinos, sendo que foram feitas duas cavidades em cada dente: uma por
vestibular e uma por lingual. As mesmas foram submetidas ao ataque ácido, à
aplicação do adesivo Scotchbond Multi-Uso e restauradas com resina composta
Z100, com todos os materiais manipulados conforme instruções dos fabricantes.
Após foram submetidas à ciclagem térmica e posteriormente à inclusão em fucsina
básica 0,5%. Fez-se, então, desgaste no sentido ocluso-cervical para que as
margens e a restauração ficassem expostas, com a finalidade de facilitar a
leitura. Os resultados foram obtidos através de uma lupa estereoscópica de
vinte vezes de aumento, realizados por dois avaliadores, sendo classificados em
escores de zero a três.
A análise estatística foi feita pelo método de Kruskal-Wallis adaptado
por Campos, onde se observou que não houve diferença estatisticamente
significante entre esmalte humano e bovino, ao passo que a dentina humana
apresentou uma menor infiltração.
I320
Perfil de atendimento na disciplina de Dentística
Restauradora – FO – UFPel.
SILVEIRA, A.
G.*, FORMOLO, E., RAMOS, O. L. V., DEMARCO, F. F.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FO – UFPel. Tel.: (0**53) 223-2670.
Sabe-se que a Odontologia atual busca a manutenção e
promoção de saúde do paciente, com a função, entre outras, de evitar e inativar
as lesões cariosas. Porém, quando elas existem, há a necessidade da atuação da
Dentística Restauradora Reabilitadora. Assim, a disciplina de Dentística II da
Faculdade de Odontologia de Pelotas fez um levantamento dos trabalhos
realizados nos anos de 1999 e 2000, com o objetivo de avaliar o perfil de
atendimento da disciplina, já que constitui uma das instituições onde a
população pode procurar atendimento odontológico gratuito, caracterizando-se
como serviço de extensão à comunidade. O levantamento foi feito através das
fichas de atendimento da disciplina, onde foram constatados que 592 pacientes
foram atendidos, nos quais realizaram-se 174 restaurações de amálgama, 78
restaurações com compômero e 1.247 de resina composta, sendo que destas, 510
foram em dentes posteriores. Além destes, lançou-se mão de tratamento
expectante, clareamento de dentes não-vitais, raspagem de cálculo, colagem de
fragmento dentário, pulpotomia, fluorterapia, como medidas para reabilitar o
paciente.
Foi possível verificar que não somente tratamentos restauradores foram
executados, assim como pode ser detectada uma maior presença de restaurações de
resina composta em dentes posteriores, o que poderia denotar mudança no
conceito de preparos cavitários, com maior preocupação com a preservação de
estrutura dental sadia.
I321
Estudo micromorfológico comparativo entre dentina humana e
bovina, ao MEV.
BONFIM, M.
D. C.*, ANAUATE NETTO, C., YOUSSEF, M. N., KUCHINSKI, F. B.,
CARMO, A. R. P. do
Departamento
de Dentística – UMC; UNIBAN; UnG. Tel.: (0**11) 4798-7324.
A utilização indiscriminada de dentes humanos em pesquisas
científicas vêm causando muita polêmica. Os comitês de Bioética têm sido
bastante rigorosos diante destas situações e têm sugerido a criação de banco de
dentes humanos. Uma alternativa é a utilização de outros substratos, simulando
dentes humanos nestas pesquisas. O objetivo deste trabalho foi pesquisar, com o
uso do MEV, a morfologia da dentina bovina, para que esta seja utilizada
corretamente em pesquisas. Dentes humanos e bovinos foram processados e
observados ao MEV. Segundo a metodologia empregada e após observação das
amostras constatou-se que muitos destes resultados concidem com o nosso estudo
anterior realizado com a microscopia de luz: a dentina bovina apresenta maior
número de túbulos dentinários próximo à polpa e menor número próximo ao
esmalte, semelhante à dentina humana; maior diâmetro nas proximidades do
esmalte e menor diâmetro nas proximidades da polpa; a distribuição da dentina
intertubular bovina nas proximidades da polpa não foi uniforme ao longo do
dente; foram observadas estruturas tubulares dentinárias na região cervical, no
interior do canal, porém sem uma distribuição regular.
De acordo com os resultados aqui apresentados, concluiu-se que: dentes
bovinos utilizados em incidências e profundidades aleatórias podem alterar
resultados em testes de adesão e microinfiltração, quando transferidos os
resultados para dentes humanos. Outros estudos devem ser realizados para
complementar esses achados.
I322
Avaliação do conhecimento do cirurgião-dentista na atenção
odontológica à gestante.
FREIRE, T.
B.*, REDANTE, A. P., SILVA, G. M., PEREIRA, R. R., ROMANO, A.
Departamento
de Odontologia Social e Preventiva – FO – UFPel. Tel.: (0**53)
222-6690. E-mail: arrrs@uol.com.br
Na filosofia de promoção de saúde o pré-natal odontológico é
uma realidade. Com o objetivo de avaliar o conhecimento dos profissionais na
atenção odontológica à gestante, foram entrevistados de forma padronizada (30
questões) 64 cirurgiões-dentistas da cidade de Pelotas - RS (@ 18%
dos CDs), agrupados de acordo com o tempo de formado. Os dados foram tabulados
e avaliados no programa SPSS, evidenciando que 92,2% dos CDs atenderam
gestante. O motivo da maior procura foi odontalgia (37,3%) e da menor (5,1%),
prevenção do bebê. Dos que atenderam, 17% relataram dificuldade, sendo em 60%
dos casos relacionados à postura do CD. Na avaliação do conhecimento: 75%
elegeram apenas o segundo trimestre de gravidez para o atendimento. No uso do
anestésico local, 62,5% escolheram-no corretamente, sendo 56,3% na dose ideal.
Na escolha do antibiótico, 21,9% ignoravam os contra-indicados. O raio X
foi indicado em 85,9% dos casos. Dos CDs, 32,8% atribuíram o aumento da
freqüência de ingestão devido ao fato de a gestante comer por dois. Para 89,1%
dos CDs, é possível a prevenção do bebê a partir do pré-natal odontológico, mas
15,6% ignoram ou recomendam erroneamente o início da limpeza bucal. Embora
92,2% não indiquem flúor pré-natal, apenas 14,1% propõem corretamente a
introdução do flúor tópico na criança.
Assim,
embora a maioria dos CDs de Pelotas, RS, relatem atender gestantes, ainda
existe despreparo, independente do tempo de formado, e a filosofia que impera é
cirúrgico-restauradora e não de promoção de saúde. (Apoio: CNPq.)
I323
Estudo da lesão de cárie proximal em dentes decíduos
posteriores.
SIMÕES, R.
C.*, ROMANO, A. R., TEIXEIRA, R. A., GUERREIRO, P. O.
Departamento
de Odontologia Social e Preventiva – FO – UFPel. Tel.: (0**53)
222-6690. E-mail: arrrs@uol.com.br
Com o objetivo de relacionar fatores clínicos e
comportamentais familiares e a cárie proximal em dentes decíduos posteriores,
foram avaliadas crianças entre 5 e 8 anos de idade, atendidas na
Odontopediatria da FO – UFPel - RS de jul./dez./2000. Os dados foram
coletados de forma padronizada, por um examinador treinado, a partir de entrevistas
aos pais e criança, exame clínico e radiográfico interproximal. O tratamento
estatístico no SPSS – 50 crianças selecionadas – mostrou que 84%
apresentavam lesão proximal posterior em decíduos (LPPD), representando 50% das
lesões posteriores aos 5,65% aos 7 e 70% aos 8 anos de idade. O número médio de
LPPD foi de 3,86 entre 5-6 anos, e de 7,21 entre 7-8 anos e a arcada inferior
direita foi a mais acometida. Houve aumento gradativo da porcentagem total de
dentes acometidos e o número de LPPD, sendo significante (0,01%) comparando os
sem aos com 1-6 ou 7-14 LPPD. Das variáveis comparadas, observou-se aumento da
LPPD no sexo feminino, em filhos únicos, nas crianças com maior freqüência
alimentar, nas que bebiam mais líquidos açucarados e as com placa nos locais de
estagnação e, inclusive, nas que relatavam escovar 3 ou mais vezes/dia. Relação
estatística significativa houve entre o grau de irrupção dos molares
permanentes com a idade e presença de pontos sangrantes e, entre o grau de
instrução da mãe e o início da escovação.
Mesmo o fio dental tendo sido pouco utilizado e tardiamente, concluímos
que a LPPD resultou da interação dos vários fatores envolvidos no processo
cárie, destacando o hábito alimentar familiar. (Apoio: FAPERGS.)
I324
Avaliação da infiltração apical utilizando diferentes
soluções quelantes.
PASSARINHO
NETO, J. G.*, ARRUDA, M. P., SOUSA, Y. T. S., PÉCORA, J. D., SOUSA NETO, M. D.
Universidade
de Ribeirão Preto. Tel.: (0**16) 603-6717.
E-mail: sousanet@unaerp.br
Na literatura observa-se uma preocupação em relação à
remoção da camada de “smear layer” previamente a obturação do canal radicular.
Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar in vitro, o efeito da
aplicação das soluções quelantes EDTAT e EDTAC sobre a dentina humana na infiltração
de diferentes cimentos obturadores dos canais radiculares. Neste experimento
foram utilizados 32 dentes caninos superiores. Após a instrumentação dos canais
radiculares os dentes foram divididos em 4 grupos para receber 2 ml de uma
das soluções testadas, sendo que estas tiveram em contato com a dentina durante
5 minutos, após esse período os canais foram irrigados com água destilada e
deionizada. Terminada essa fase os dentes foram preparados para a obturação dos
canais radiculares. Os cimentos utilizados para a obturação dos canais foram o
Sealer 26®, e cimento de Grossman®. A seguir os
dentes foram imersos em nanquim e submetidos a diafanização para a visualização
do nível de infiltração marginal apical. A penetração do nanquim na região
apical foi medida através do microscópio de mensuração. Os resultados
evidenciaram haver diferença significante a nível de 1% entre as soluções
testadas.
Conclui-se que a solução de ETDAC diminui os índices de infiltração
marginal em dentes obturados com cimento Sealer 26® e
cimento de Grossman®.
I325
Configuração cavitária: influência na microinfiltração de
retrocavidades restauradas com resina.
FREITAS, J.
M., PINHEIRO, M. G.*, OLIVEIRA, M., DEMARCO, F. F.
Mestrado em
Endodontia e Dentística – Universidade Federal de Pelotas.
E-mail: sancha@uol.com.br
A configuração cavitária (Fator C) tem um importante papel
na contração de polimerização em restaurações com resina composta. O objetivo
desse estudo foi avaliar o efeito de 3 diferentes desenhos cavitários no
selamento marginal de cavidades retrógradas restauradas com resina composta.
Tratamento endodôntico foi realizado em 60 dentes anteriores humanos. A
apicectomia foi realizada em 90º a 3 mm aquém do ápice. Os dentes foram
divididos em 3 grupos (n = 20), de acordo com o desenho da
retrocavidade: Grupo 1 - cavidade de classe I convencional; Grupo 2 -
cavidade adesiva (forma de gota); e Grupo 3 - cavidade em forma de pires
(“sauce”). Todas cavidades foram restauradas com um sistema adesivo autocondicionante
(Clearfil Liner Bond 2v - Kuraray) e resina composta (Filtek Z250 -
3M). Os materiais foram empregados de acordo com as indicações dos fabricantes.
Um aparelho fotoativador XL 3000 (3M) foi empregado durante o experimento. Após
7 dias, os espécimes foram imersos no corante (azul de metileno). Os espécimes
foram então seccionados e a infiltração foi avaliada em microscópio
estereoscópico (40 X), com base em escore padronizado. A maioria dos
espécimes não apresentou penetração do corante. A análise estatística (teste
não-paramétrico de Kruskal-Wallis) demonstrou a similaridade de resultados
entre os grupos.
Baseado na
metodologia utilizada e nos materiais empregados, foi observado que a
configuração cavitária não exerceu influência significante na qualidade do
selamento marginal de retrocavidades restauradas com resina composta.
I326
Avaliação in vitro da infiltração apical de alguns
cimentos endodônticos após aplicação do laser Er:YAG.
SOUSA-NETO,
M. D., MEDINA, F. V.*, ALFREDO, E., CARVALHO-Jr., J. R., PÉCORA, J. D.
Universidade
de Ribeirão Preto.
A remoção da “smear layer” favorece a redução da infiltração
marginal, contribuindo para o sucesso da terapêutica endodôntica. O objetivo
deste estudo é avaliar o selamento apical, por meio da infiltração marginal,
após a aplicação da solução de EDTAC e do laser Er:YAG, utilizando-se os
cimentos Fillcanal, N-Rickert, Sealer 26 e Sealapex. Foram utilizados 66
caninos superiores de estoque. Realizou-se a instrumentação dos canais radiculares
com limas tipo K, pela técnica “crown down”. Utilizou-se hipoclorito a 0,5%,
num volume de 2 ml a cada troca de instrumento. Dividiram-se os dentes em
4 grupos, um para cada cimento, subdivididos em 2 grupos: com irrigação final
com solução de EDTAC, por 5 min; e com aplicação adicional do laser Er:YAG. Os
canais foram obturados pela técnica da condensação lateral. Dois dentes foram
utilizados como controles positivo e negativo. Os dentes foram imersos em tinta
nanquim e submetidos ao processo de descalcificação e clareamento para a
visualização do nível de infiltração marginal apical. Os dados foram submetidos
à análise estatística paramétrica, que evidenciou haver diferença entre os
cimentos testados ao nível de 5%. Os dentes que receberam irradiação final com
laser Er:YAG apresentaram níveis menores de infiltração que os dentes que
receberam irrigação final com EDTAC (p << 0,01).
Concluiu-se que a aplicação do laser Er:YAG promoveu a diminuição da
infiltração marginal apical nos grupos testados.
I327
Efeito do óxido nítrico nos processos inflamatórios
provocados pelo N-Rickert.
PEREIRA, A.
F.*, SAAD, W. A., RAMALHO, L. T. O.
Departamento
de Odontologia – UNITAU; Departamento de Morfologia – UNESP -
Araraquara.
Ao longo dos últimos anos, inúmeras pesquisas surgiram
apontando o óxido nítrico (ON) como uma molécula-chave nos múltiplos processos
que ocorrem durante a inflamação. O objetivo deste trabalho foi observar no
tecido conjuntivo subcutâneo de camundongos, os efeitos do ON nos processos
inflamatórios causados pelo cimento obturador endodôntico N-Rickert. Foram
utilizados 36 camundongos machos, mus muscullus, com peso médio de 40 g,
divididos em dois grupos experimentais (1 e 2) e um grupo controle (3). Os
animais do grupo 1 e 2 receberam, respectivamente, via gavagem gástrica duas
vezes ao dia, o L-NAME (65 mg/kg) um bloqueador da enzima óxido nítrico
sintase (ONS) e a L-arginina (40 mg/kg) uma substância doadora de ON por
15 dias. Após esse período, todos os animais (grupos 1, 2 e 3) foram submetidos
a uma cirurgia para implantes, no tecido conjuntivo subcutâneo, de tubos de
polietileno contendo o cimento N-Rickert. Os animais foram sacrificados para
análise histológica em períodos de 3, 7, 15 e 30 dias. Os resultados obtidos
demonstraram uma reação inflamatória mais intensa no grupo da L-arginina e uma
melhor resposta tecidual e reparação no grupo do L-NAME quando comparado ao
grupo controle.
Esses achados mostraram que o ON intensificou a resposta inflamatória
provocada pelo N-Rickert no tecido conjuntivo dos animais em estudo. (Apoio:
FAPESP.)
I328
Estudo in vitro da efetividade do triclosan/associado
sobre microrganismos bucais.
AQUINO, D.
R.*, SIQUEIRA, A. F., FARIA, I. S., CORTELLI, S. C.
Odontologia –
UNITAU. E-mail: drjodontologia@uol.com.br
O triclosan, antimicrobiano de amplo espectro de ação e
reduzida substantividade, tem sido incorporado a dentifrícios com a finalidade
de auxiliar o controle mecânico de placa bacteriana. O objetivo do presente
estudo foi avaliar in vitro a atividade antimicrobiana de diferentes
dentifrícios contendo triclosan associado a potencializadores. Dentifrício
fluoretado, e géis de clorexidina (0,8%) e triclosan não associado a
potencializador (0,3%) foram empregados como controle. Foram utilizados meios
de cultura específicos para S. mutans (ATCC 1910), E. faecalis
(ATCC 1494), S. aureus (ATCC 6538), E. coli (ATCC 11229), E.
aerogenes (ATCC 2482), C. albicans (ATCC f72), L. casei (ATCC
1465), L. acidophylus (ATCC 5049) e L. salivarius (ATCC 3752),
sendo as espécies bacterianas semeadas de acordo com a técnica laboratorial
“pour plate”. Cinco furos idênticos foram confeccionados, por placa, no meio de
cultura, onde o agente a ser testado foi dispensado. Após 48 horas de incubação
os halos de inibição de crescimento bacteriano foram medidos com régua
milimetrada estéril e auxílio de lupa estereoscópica. O triclosan associado
apresentou a maior capacidade de inibição para todas as espécies bacterianas
testadas (ANOVA).
Em função dos resultados observados conclui-se que a incorporação de
triclosan associado a potencializadores foi efetivo na atividade antimicrobiana
frente as nove espécies bacterianas testadas no presente estudo.
I329
Prevalência e distribuição de recessão gengival em
indivíduos jovens.
OLIVEIRA, O.
M. S.*, CORTELLI, J. R.
Odontologia –
Periodontia – UNITAU. E-mail: omsode@bol.com.br
A Recessão Gengival (RG), representa a condição clínica na
qual ocorre o deslocamento apical da margem gengival em relação à junção
esmalte-cemento, podendo esta condição ser encontrada na forma localizada ou
generalizada. Estudos epidemiológicos têm demonstrado que todos os indivíduos
podem ser afetados. O objetivo deste estudo clínico foi avaliar a prevalência
de RG em indivíduos jovens e sua possível associação com o fator idade. Foram
avaliados 600 indivíduos (244 do sexo masculino e 356 do sexo feminino) com
idade entre 15 e 25 anos (19,46 ± 3,44) que procuraram tratamento na
Clínica Odontológica da Universidade de Taubaté, São Paulo. Excluindo-se os
terceiros molares, todas as faces de todos os dentes presentes foram examinadas
clinicamente por um único examinador. Os resultados mostraram que 34% dos
indivíduos apresentaram no mínimo um elemento dentário com RG. RG foi mais
freqüente nas faces vestibulares dos primeiros molares superiores (38,8%)
seguida pelos segundos pré-molares inferiores (22%). Ao se considerar a faixa
etária, os indivíduos com 15 anos apresentaram somente 8,1% de dentes afetados.
Indivíduos com 25 anos demonstraram 57,1% de dentes com recessão gengival.
Os resultados encontrados no presente estudo mostraram que 34% dos
indivíduos apresentaram recessão gengival e uma associação positiva entre
presença de recessão gengival e aumento da idade.
I330
Programa educativo baseado na percepção da cavidade bucal.
MASTRANTONIO,
S. S.*, VENÂNCIO, R. A., VALSECKI Jr., A.
Departamento
de Odontologia Social – Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP.
Tel.: (0**16) 201-6347.
E-mail: avalseck@foar.unesp.br
O desenvolvimento e a aprendizagem da criança envolvem dois
aspectos fundamentais: conceitos e habilidades. As crianças com idade entre 5 e
7 anos encontram-se no estágio intuitivo de seu desenvolvimento, em que os
julgamentos são baseados na percepção e não na lógica. Algumas pesquisas
demonstraram a possibilidade de prevenir doenças buco-dentais utilizando-se
medidas educacionais que trabalham com a percepção da cavidade bucal. Sendo
assim, o objetivo deste trabalho foi observar a modificação na percepção da
cavidade bucal de 26 pré-escolares, através de avaliações dos índices de placa
bacteriana e da participação das crianças nas atividades lúdicas propostas.
Para tanto, foram utilizadas sessões que envolviam o desenvolvimento de
conceitos de auto-estima e autocuidado, além do aprimoramento de habilidades
motoras para a realização da higiene bucal. Os resultados objetivos indicaram
uma significativa redução dos índices de placa bacteriana (31,23%) em 80,77%
das crianças. Já os subjetivos evidenciaram uma visível aquisição de conceitos
transmitidos ao longo dos procedimentos metodológicos com um aumento da
percepção da cavidade bucal.
Concluiu-se, então, que a metodologia utilizada foi eficaz, pois foi
capaz de induzir cada criança a descobrir sua própria cavidade bucal, bem como
a importância da higienização. A seqüência das sessões e as atividades
propostas mostraram-se adequadas, uma vez que o índice de placa foi
progressivamente reduzido.
I331
Possibilidade de segundo vazamento para materiais
elastoméricos.
NABAK, J. A.
P.*, DIAS, S. C., RODRIGUES, D. M., ZANIQUELLI, O., PANZERI, H.
FORP –
USP; Unifenas.
Devido aos procedimentos laboratoriais, muitas vezes
torna-se necessário a confecção de 2 troquéis. Foi investigada a possibilidade
de um segundo vazamento para duas siliconas de adição (Panasil, Kettenbach-GMB;
Express, 3M) e um poliéter (Impregum - Espe). Utilizou-se uma matriz
metálica cônica com sulcos horizontais que permitiam a leitura da altura. Os
materiais de moldagem foram manipulados de acordo com as instruções do
fabricante, então, inseridos em moldeira individual, sendo o conjunto assentado
na matriz com trajetória de inserção fixa e com pressão constante de
400 g, permitido por um dispositivo de moldagem. Os moldes obtidos, 10
para cada material, foram preenchidos com gesso tipo IV (Vel-Mix, Kerr). Foi
realizado o primeiro vazamento de decorrido o tempo preconizado pelo fabricante
e o segundo após remoção dos modelos do molde. A leitura da distância entre os
dois sulcos presentes na matriz e reproduzidos no modelo foi realizada em microscópio
comparador (Nikon, Measuroscope). A diferença estatisticamente significante só
foi constatada para a silicona de adição Panasil, de acordo com os testes ANOVA
e Tukey.
Os troquéis obtidos do segundo vazamento da silicona de adição Express e
do poliéter Impregum não apresentaram alterações estatisticamente
significantes, enquanto a silicona de adição apresentou troquéis
subdimensionados (0,3%).
I332
Comportamento superficial de modelos obtidos a partir de
moldes desinfetados.
DIAS, S. C.,
RODRIGUES, D. M., GRANZOTO, G. M.*, RAMOS, J. P., CATIRSE, A. B. E.
FORP –
USP; Unifenas.
A desinfecção de moldes pré-vazamento contribui para o
controle da infecção cruzada, devendo ser um procedimento de rotina na clínica
odontológica. Esse estudo avaliou o comportamento superficial de modelos
obtidos de moldes elastoméricos desinfetados por glutaraldeído a 2% e
hipoclorito de sódio a 1%. Um padrão metálico para análise da rugosidade
superficial foi moldado com silicona de adição (Express - 3M), de
condensação (Silon - Herpo) e poliéter (Impregum - Espe). Quinze moldes
foram obtidos para cada material de moldagem, cinco foram utilizados como
controle e os outros foram desinfetados com os 2 materiais testados. Foram
preenchidos com resina epóxica Epoxiglass 1504 modificada com zirconita,
material que apresenta grande capacidade de reprodução de detalhes presentes no
molde. Após 24 horas os modelos foram analisados em rugosímetro Prazis-rug e
realizadas três leituras para cada modelo. A análise estatística ANOVA e teste
de Tukey (p << 0,05), demonstrou que em glutaraldeído 2% e
hipoclorito a 1% os moldes em silicona de adição e poliéter foram iguais entre
si quando comparado ao grupo controle. A silicona de condensação apresentou
superior rugosidade superficial e alteração menor quando os moldes foram
desinfetados em hipoclorito de sódio a 1%.
Concluiu-se que moldes em silicona de adição e poliéter podem ser
desinfetados com glutaraldeído a 2% e hipoclorito de sódio a 1% sem que o molde
tenha alterações superficiais significativas. No entanto, para a silicona de
condensação é preferível utilizar hipoclorito de sódio a 1%.
I333
Efeito cariostático in vitro de dentifrícios
clareadores sobre a microdureza do esmalte.
WATANABE, M.
M.*, RODRIGUES, J. A., MARCHI, G. M., AMBROSANO, G. M. B.
Dentística –
FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5340.
E-mail: gimarchi@fop.unicamp.br
O objetivo desse estudo in vitro foi avaliar a
microdureza do esmalte dental submetido ao tratamento com dentifrícios
clareadores. Um total de 95 fragmentos dental foi obtido de terceiros molares
inclusos, que foram embutidos em blocos de resina de poliestireno e polidos
seqüencialmente com lixas 400, 600 e 1.000 e pastas de diamante (6, 3 e 1 mm).
Em seguida, foi realizada a análise de microdureza inicial, em um
microdurômetro Future Tech FM 1E (25 g por 5 s). Os fragmentos foram
divididos, aleatoriamente, em 5 grupos: G1 = RembrandtÒ
PlusÔ, G2 = CrestÒ Dual Action Whitening;
G3 = AquafreshÒ Whitening, dentifrícios clareadores e
G4 = SensodyneÒ Original (sem flúor)
G5 = SensodyneÒ Bicarbonato de sódio (com flúor),
controles. Os fragmentos foram submetidos à ciclagem de des-remineralização
semelhante a descrita por FEATHERSTONE (1986), modificada com a aplicação de
suspensões de dentifrícios em água (1 : 3) por 10 minutos após a
solução desmineralizadora. A seguir, foi realizada a avaliação de microdureza
final. Para a análise estatística foi determinada a percentagem de perda
mineral dos fragmentos, feita a análise de variância (ANOVA), e aplicado o
teste Tukey. As médias e desvios padrões para os grupos foram: G1: 57,7 ± 20,6
(a); G2: 59,1 ± 23,7 (a); G3: 56,2 ± 23,0 (a); G4:
87,9 ± 8,0 (b) e G5: 64,6 ± 19,6 (a). Os resultados
demonstraram não haver diferenças na perda mineral entre os grupos G1, G2, G3 e
G5. O controle sem flúor (G4) apresentou uma perda de mineral estatisticamente
significante em relação aos outros grupos.
Conclui-se que os dentifrícios clareadores não causaram perda mineral do
esmalte dental.
I334
Avaliação de três técnicas de preenchimento de cavidades
classe II com resina condensável.
SOUTO, C.
A.*, PINTO, B. D., MAYWORM, C. D., MONNERAT, A. F.
Departamento
de Clínica Odontológica – UFRJ. Tel.: (0**21) 259-7564.
E-mail: alicea@terra.com.br
Cavidades classe II restauradas com resinas compostas são um
motivo de preocupação em Odontologia, sendo a forma de preenchimento dessas
cavidades um fator crítico para diminuição da contração de polimerização e
conseqüente diminuição da microinfiltração. O objetivo desse estudo foi
analisar, in vitro, três técnicas de preenchimento de cavidades classe
II com resinas condensáveis, sob o aspecto da microinfiltração. Foram
utilizados 15 dentes humanos recém-extraídos, montados em gesso para a
reprodução de contatos proximais, nos quais foram realizadas cavidades classe
II mesiais e distais perfazendo um total de 30 cavidades, nas quais
realizaram-se procedimentos adesivos (Prime & Bond NT -
Dentsply), sendo então divididas em três grupos, de acordo com a forma de
inserção da resina (Prodigy Condensable - Kerr): grupo I - incremento
único, grupo II - 3 incrementos, grupo III - vários incrementos, de
forma piramidal, esculpidos nas cavidades. A polimerização em todos os grupos
foi de 40 segundos por incremento. Os dentes foram imersos em nitrato de prata
por 24 horas, seccionados e analisados quanto à infiltração de corante de
acordo com um sistema de escores: 0 (sem infiltração) a 3 (infiltração
máxima). Após a análise estatística dos resultados (grupo I - média = 2,2,
grupo II - média = 1,7, grupo III -
média = 0,7 - ANOVA), os autores perceberam uma diferença
estatisticamente significante entre os grupos I e III
(p << 0,05 - Mann-Whitney).
Baseado nos
resultados, o estudo mostra melhor desempenho da técnica incremental piramidal,
em relação à do incremento único, para restaurações classe II de resinas.
I335
Identificação das espécies em lesões de candidíase
resistentes à terapia antifúngica.
LOPES, S.*,
PORTELA, M. B., COSTA, E., SOARES, R. M., SOUZA, I. P. R.
Disciplina
de Odontopediatria – FO – Instituto de Microbiologia – UFRJ.
O objetivo do presente estudo foi identificar as espécies
responsáveis por lesões de candidíase bucal resistentes à terapia antifúngica
(CBRTA) tópica e sistêmica em crianças infectadas pelo HIV, e também relacionar
com a condição sistêmica e medicação anti-retroviral em uso. Para tal, foram
examinadas 150 crianças infectadas pelo HIV pertencentes ao Projeto SIDA/AIDS
em Odontopediatria, onde através do exame clínico e consulta aos respectivos
prontuários médicos diagnosticou-se em três pacientes lesões de CBRTA local e
sistêmica. “Swabs” das lesões foram realizados. Utilizou-se o meio CHROMagar
Candida® para isolamento e testes de formação de tubo germinativo
para identificação definitiva, já que todas as colônias foram de cor verde ao
CHROMagar Candida® (SANDVEN, 1990). Os dados laboratorias bem como a
terapia anti-retroviral em uso podem ser observadas:
Paciente |
Idade |
Classificação |
CD4 % |
Carga viral |
Medicamentos |
Espécie isolada |
1 |
6 anos |
C3 |
6 |
4.200 |
D4T + 3TC + Nelfinavir |
C. albicans |
2 |
12 anos |
C3 |
2 |
300.000 |
D4T + DDI + Epinavir |
C. albicans |
3 |
6 anos |
C3 |
2,4 |
270.000 |
D4T + 3TC + Nelfinavir |
C. albicans |
Conclui-se que as espécies envolvidas em lesões de CBRTA tratam-se da C. albicans,
que frente às precárias condições sistêmicas dos pacientes tornou-se resistente
a terapia antifúngica convencional. Mais estudos são necessários nesta área a
fim de que a patogenicidade destas espécies seja mais bem entendida.
I336
Projeto SIDA/AIDS em Odontopediatria: avaliação de dois
anos.
PEREIRA, R.
M. P. M.*, PINHEIRO, M., PORTELA, M. B., CASTRO, G., TURA, L. F.,
SOUZA, I. P. R.
Disciplina
de Odontopediatria – FO – NESC/UFRJ.
Este trabalho tem por objetivo avaliar o atual Programa de
Promoção de Saúde Bucal para crianças infectadas pelo HIV da
Odontopediatria/FO - UFRJ no que diz respeito à doença cárie. O Projeto
tem aprovação do comitê de Ética do NESC - UFRJ. O Programa baseia-se na
motivação individual do paciente com realização de escovação supervisionada,
aplicação de fluoreto a 1,23% na escova dental, instruções de higiene bucal e
exames periódicos de revisão, toda vez que o paciente comparece ao ambulatório
de AIDS Pediátrica do IPPMG-UFRJ onde é realizado o trabalho. Os incrementos de
cárie ao nível de indivíduo (incremento ceo e CPOD) e ao nível de dente
(incremento de dentes cariados) de 68 crianças foram obtidos após dois anos de
acompanhamento e comparados com os do início do programa. A adesão das crianças
ao Programa foi avaliada baseando-se no número de visitas durante este período
de avaliação. A média de idade das crianças foi de 8,22 anos (DP 3,0). Não se
observou incremento nas médias de ceo e CPOD. Quanto ao incremento ao nível de
dentes, este foi de 0,97 para os decíduos e 0,58 para os dentes permanentes. O
número médio de visitas foi de 9,38 (DP 4,1). Embora não estatisticamente
significante, o maior número de visitas se deu entre as crianças que apresentaram
menores incrementos ou incrementos negativos (p >> 0,05).
Frente aos resultados conclui-se que o Programa mostrou-se eficiente no
que diz respeito à doença cárie e que a adesão das crianças e responsáveis
durante as consultas no ambulatório possui grande influência neste sucesso.
I337
Conhecimentos dos estudantes de Odontologia sobre conduta
pós-acidente ocupacional.
SILVA, M. P.
R.*, MASSAUD, A. M., LOPES, S., PORTELA, M. B., CASTRO, G., SOUZA, I. P. R.
Disciplina
de Odontopediatria – FO – UFRJ.
O objetivo do presente estudo foi avaliar o conhecimento dos
estudantes (EO) dos dois últimos anos do curso de graduação de Odontologia da
UFRJ sobre a conduta pós-acidente ocupacional (CPAO) em relação ao vírus HIV e
HBV. Para tal foram distribuídos 160 questionários, contendo perguntas fechadas
sobre a rotina de atendimento aos pacientes e ocorrências de acidentes
ocupacionais. Foram devolvidos 96 questionários cujas respostas foram
analisadas no programa estatístico Epi Info 6.04. A média de idade foi de 21,6
anos (DP 2,5), sendo 62,5% do sexo feminino. A freqüência de acidentes foi de
32,3% (n = 31), sendo com agulhas contaminadas o mais prevalente
(32,3%). Os procedimentos onde ocorreram maiores números de acidentes foram a
anestesia (29%) e práticas cirúrgicas (29%). Alguns dados sobre a conduta
pós-acidente adotada pelos EO podem ser vistas na tabela abaixo:
|
Medida pós-acidente (%)** |
Limpeza da ferida (%)** |
Assepsia da ferida (%)** |
Espremeu a ferida (%)** |
Sorologia anti-HIV do paciente
(%)* |
Sorologia anti-HIV do CD (%)** |
Terapia anti- |
S |
96,8 |
96,8 |
64,5 |
64,5 |
48,3 |
24,1 |
17,2 |
N |
3,2 |
3,2 |
35,5 |
35,5 |
51,7 |
75,9 |
82,8 |
*p >> 0,05;
**p << 0,05
Do total de
EO, 86,5% fizeram profilaxia contra hepatite B, mas apenas 16,9%
certificaram-se da imunidade (p << 0,05).
Conclui-se
que o conhecimento e a CPAO dos EO ainda é baixo, necessitando uma maior
conscientização da necessidade de prevenção de algumas doenças.
I338
Análise da atividade antibacteriana de sistemas de adesivos
monocomponentes sobre Streptococcus mutans.
CHAVES, C.
T.*, PIMENTA, F. J. G. S., DISCACCIATI, J. A. C., JANSEN, W. C., SANTOS, V. R.,
SANDER, H. H.
Departamentos
de Odontologia Restauradora e de Clínica, Patologia e Cirurgia
Odontológica – FO – UFMG. Tel.: (0**31) 3499-2497.
E-mail: hhsander@ig.com.br
Os sistemas adesivos monocomponentes surgiram no intuito de
simplificar o processo de adesão à estrutura dental. Apesar dos altos valores
de força de adesão relatados, tais sistemas ainda não podem ser considerados
como solução definitiva à infiltração marginal, que pode levar à reincidência
da doença cárie, pela penetração de bactérias na interface dente-restauração.
Uma possível solução para este problema seria o emprego de sistemas adesivos
que possuíssem propriedades antibacterianas. O objetivo deste estudo foi
avaliar a atividade antibacteriana de 3 marcas comerciais de sistemas adesivos
monocomponentes (Prime & Bond 2.1®, Suprafill® e
Unibond®) contra Streptococcus mutans, in vitro. Para
isto, foram preparadas 20 placas de Petri, sendo 10 contendo ágar BHI e outras
10 contendo ágar Mueller-Hinton, previamente inoculadas com S. mutans.
Cada placa recebeu 4 discos de papel estéreis, sendo 3 desses embebidos com um
dos materiais testados, e o outro com água destilada estéril (controle
negativo). Cada placa recebeu ainda 1 “sensibiodisc” de vancomicina 30 mcg
como controle positivo. As placas foram incubadas em ambiente de
microaerofilia, por 48 h.
Os resultados encontrados demonstraram que os sistemas adesivos testados
não foram capazes de inibir o crescimento de S. mutans.
I339
Influência do tempo de aplicação de um adesivo à base de
água em dentina desproteinizada.
SOEIRO, C.
R. M.*, BEDRAN de CASTRO, A. K. B., ARIAS, V. G., SABÓIA, V., PIMENTA, L. A. F.
Dentística –
FOP – UNICAMP. E-mail: lpimenta@fop.unicamp.br
Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência de
diferentes tempos de aplicação de um sistema adesivo a base de água (Single
Bond/3M – SB) na resistência ao cisalhamento em dentina após a remoção do
colágeno. Foram utilizados 80 dentes bovinos incluídos, lixados até dentina e
divididos em 4 grupos (n = 20): G1 - controle, SB aplicado de acordo
com o fabricante; G2 - NaOCl solução 10% + SB
5 segundos de aplicação passiva; G3 - NaOCl solução 10% + SB
10 segundos de aplicação passiva; G4 - NaOCl solução 10% + SB
20 segundos de aplicação passiva. Em todos os grupos, a dentina sofreu
condicionamento com ácido fosfórico a 37%. Na seqüência foi aplicado NaOCl em
solução por 60 s, e lavado por 30 s, exceto no grupo controle. O
sistema adesivo foi aplicado e polimerizado segundo cada grupo experimental.
Foi inserida resina TPH (Dentsply) em matriz de teflon bipartida e
fotopolimerizado. Os espécimes foram armazenados sob umidade em estufa à 37ºC
por 7 dias. A resistência ao cisalhamento foi obtida em máquina universal de
ensaio (EMIC), com velocidade de 0,5 mm/min. Os resultados estatísticos (ANOVA
e teste de Tukey) identificaram diferenças estatisticamente significantes
representadas por letras diferentes (p << 0,05). Os valores em
MPa (DP), em ordem decrescente foram: G1 = 15,62 (3,48)a;
G2 = 11,12 (3,86)b; G3 = 10,93 (3,61)b; G4 = 8,86
(3,19)b.
Conclui-se que o uso de NaOCl interferiu na resistência de união do SB
independente do tempo de espera de aplicação do sistema adesivo.
I340
Durabilidade e retentividade de selantes oclusais: um estudo
clínico de 36 meses.
SOARES, G.
S.*, DUTRA, P. M. M., STRADIOTO, M. A., SAKURAI, E., MARTINS, L. H. P. M.,
PORDEUS, I. A.
FO –
UFMG; ICEX – UFMG. E-mail: isabela@dedalus.lcc.ufmg.br
Para que selantes oclusais sejam efetivos no controle da
cárie dentária, é essencial a análise de sua longevidade. Dados utilizados atualmente
são provenientes de ensaios clínicos, havendo uma ausência de estudos em
situações clínicas reais. O objetivo do presente estudo foi avaliar a
retentividade e durabilidade dos selantes realizados no Programa de Manutenção
Preventiva da Clínica Odontopediátrica da FO - UFMG, considerando o tipo
de selante (resinoso ou ionomérico), a forma de isolamento (relativo ou
absoluto) e o tipo de preparo (invasivo ou não-invasivo). Duzentos e dezoito
fichas foram analisadas, totalizando-se 667 selantes oclusais. Análise de
sobrevivência foi aplicada aos dados, sendo as curvas de sobrevida submetidas
ao qui-quadrado (“log rank”). O tempo médio de sobrevida (retentividade) para
os selamentos ionoméricos foi de 12,5 meses, e para selamentos resinosos foi de
18,6 meses (p << 0,05). Diferença estatisticamente significante
(p = 0,0181) foi observada em relação à retentividade comparando o
tipo de isolamento (absoluto - média de 17,7 meses; relativo - média
de 14,2 meses). Em relação aos selantes com preparos invasivos e não-invasivos
(média de sobrevida de 18,5 e 15,4 meses, respectivamente), notou-se também
diferença estatisticamente significante (p = 0,0024).
Conclui-se que selantes resinosos, realizados sob isolamento absoluto e
técnica invasiva possuem um maior tempo de sobrevida. (Apoio financeiro: CNPq.)
I341
Tratamento clareador com peróxido de carbamida Whiteness
Super-Endo (FGM) a 37% em dentes não-vitais: uma técnica.
DUTRA, P. M.
M.*, ALVES, M. A. G., BARREIROS, I. D., MENDONÇA, L. L., FERREIRA, L. C. N.
UFMG.
Tel.: (0**31) 3486-2617. E-mail: pmmdutra@bol.com.br
O peróxido de carbamida a 37% surgiu como alternativa para o
tratamento clareador de dentes não-vitais escurecidos pela decomposição de uma
polpa necrótica ou pelo tratamento endodôntico mal realizado. O produto não
utiliza calor, diminuindo os riscos de reabsorção radicular. Neste trabalho
avaliou-se a eficácia, a toxicidade, os efeitos adversos e as indicações do
medicamento. Trinta pacientes com dentes anteriores escurecidos e tratamento
endodôntico satisfatórios foram selecionados e tratados com peróxido de
carbamida a 37%, realizando-se os registros de cor iniciais e finais, através
do uso de escala VITA. Um tampão de ionômero de vidro na junção
amelo-cementária foi confeccionado previamente e o agente clareador, colocado
dentro da câmara coronária dos dentes escurecidos, foi substituído a cada 7
dias, até que um resultado satisfatório fosse conseguido. Os incisivos centrais
superiores corresponderam a 85% dos elementos tratados na pesquisa. As cores
predominantes no início e final do tratamento, segundo escala VITA de cor,
foram respectivamente: maior ou igual a C4 (54%) e A2 (36%). Em nenhum dos
casos tratados foi detectado efeitos adversos do produto ou reação tóxica. A
média para se chegar a uma cor satisfatória foi de 5,1 sessões.
O peróxido de carbamida Whiteness Super-Endo (FGM) a 37% mostrou-se
eficaz e seguro quando usado pela técnica correta.
I342
Eficácia de extrato de própolis comercial sobre candidose
bucal.
PIMENTA, F.
J. G. S.*, LIMA Jr., S. M., SILVA, L. G., SANTOS, V. R.
Departamento
de Clínica, Patologia e Cirurgia Odontológica – FO – UFMG.
E-mail: vagner@gold.com.br
Diversos estudos têm demonstrado in vitro a atividade
antibiótica e antifúngica da própolis, inclusive contra Candida albicans.
Soluções de própolis vêm sendo usadas terapeuticamente pela população mundial
em dermatologia e lesões bucais sem orientação médica e conhecimento científico
das suas capacidades como medicamento. Este trabalho tem como objetivo
averiguar in vivo a eficácia de um extrato comercial de própolis sobre
lesões de candidose bucal. Foram selecionados 8 pacientes da Clínica de
Semiologia da FO - UFMG, todos usuários de prótese total removível
superior e/ou inferior portadores de candidose atrófica no palato e/ou mucosa
alveolar. Este trabalho foi realizado após a aprovação do comitê de ética da
UFMG. Todos os pacientes assinaram um termo concordando com o tratamento
proposto. Seis pacientes utilizaram topicamente extrato de própolis a 20%
(Néctar Farmacêutica - Belo Horizonte - MG), durante 7 dias, quatro
vezes ao dia. Os outros dois pacientes serviram como controle positivo do
tratamento utilizando Nistatina (100.000 UI/ml - Bristol Myers). Os
pacientes foram avaliados clínica e microbiologicamente e fotografados antes e
após o tratamento.
Em todos os pacientes que utilizaram própolis, observou-se regressão
total da lesão, semelhante àquela observada para a Nistatina. Estes resultados
mostram que o extrato comercial de própolis, nas condições utilizadas nesse
estudo, é eficaz no tratamento de candidose bucal, necessitando, entretanto de
uma maior amostragem para confirmação desse tratamento.
I343
Avaliação quantitativa de leucócitos em bolsas periodontais
e gengivas clinicamente normais.
COELHO, A.
M.*, PIMENTA, F. J. G. S., SILVA, L. G., LIMA Jr., S. M., SANTOS, V. R.
DCPC –
FO – UFMG. Tel.: (0**31) 3499-2497.
E-mail: santo@mail.odonto.ufmg.br
Na doença periodontal há uma interação entre os fatores do
hospedeiro e os fatores bacterianos que levam à destruição progressiva do
periodonto. A fase inicial é a gengivite, que pode ou não se desenvolver para
periodontite. Durante todas as fases, observa-se a presença de células
inflamatórias, inicialmente polimorfonucleares neutrófilos, que são substituídos
por macrófagos e linfócitos, aparecendo na fase mais avançada os linfócitos B e
plasmócitos. O objetivo deste trabalho foi quantificar os leucócitos presentes
na bolsa periodontal de pacientes com periodontite e compará-los com pacientes
sem a doença. Um termo de consentimento foi assinado pelos pacientes antes das
coletas e aqueles com bolsa periodontal medindo entre 4 e 8 mm foram
selecionados nas Clínicas de Periodontia da FO - UFMG. Fez-se esfregaço
com material obtido através da sondagem das bolsas. As lâminas foram coradas
com a técnica de Papanicolaou e as contagens foram realizadas em 8 campos, com
auxílio de um retículo. Os resultados mostraram que nas periodontites o número
médio de leucócitos variou entre 8,125 e 192,88 células (55,76 ± 48,36),
enquanto nas gengivas clinicamente saudáveis, a média variou entre 2,63 e 8,38
(4,43 ± 2,05) células. Ao se comparar os resultados obtidos para
gengiva clinicamente normal e periodontites, observou-se que a diferença entre
eles foi estatisticamente significativa (p << 0,05).
Concluiu-se que o número de leucócitos obtidos da bolsa periodontal foi
maior do que o encontrado no sulco gengival e sua variação pode refletir a
natureza cíclica da doença periodontal.
I344
Alterações dimensionais lineares na obtenção de modelos de
gesso.
SILVA, H.
C.*, PIMENTA, F. J. G. S., JANSEN, W. C.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FO – UFMG.
E-mail: wcjansen@mail.odonto.ufmg.br
O procedimento restaurador indireto apresenta contrações
durante o processo. A obtenção do modelo deveria compensar tais alterações
representando a fidelidade de cópia. Este trabalho teve como objetivo, observar
e quantificar as alterações dimensionais lineares no molde e modelo de dois
materiais de moldagem: alginato (Jeltrate) e silicona de reação por condensação
(Zetaplus/Orawash) e um material de modelo gesso tipo IV (Herostone). Para
tanto construímos um dispositivo baseado nas especificações nº 18 e 20 na
ADA, que consiste de uma placa de acrílico circular com 4,8 cm de diâmetro.
A superfície superior foi polida e confeccionada duas referências em alto
relevo. Com auxílio de um microscópio comparador (Mitutoyo) foram obtidas as
medidas da distância entre as referências no dispositivo, no molde e no modelo.
Foram obtidos 5 moldes e 5 modelos para cada material de moldagem. As medidas
do dispositivo, convertidas em mm, mostrou uma distância média entre as
referências de 18,89 mm. Os moldes com alginato e silicona de condensação
mostraram 18,84 e 18,89 mm respectivamente. Os modelos de gesso obtidos
dos moldes de alginato mostraram distância média de 18,82 mm enquanto os
de silicona, 18,85 mm.
Podemos concluir que as alterações lineares dos moldes e modelos não
apresentaram diferenças estatísticas significantes entre si.
I345
Efeito de diferentes agentes ácidos na solubilidade de um
cerômero.
HACKBART, T.
W.*, ELIAS, R. V., OSÓRIO, A. B., DEL PINO, F. A. B., OSINAGA, P. W., DEMARCO,
F. F.
Departamento
de Dentística – UFPel. E-mail: rvelias@terra.com.br
A solubilidade é um importante indicador para o desempenho
dos materiais restauradores em um ambiente hostil como é a cavidade oral. Este
trabalho teve como meta avaliar a solubilidade do cerômero belleGlass (Kerr)
submetido ao tratamento com diferentes soluções ácidas que visavam simular as
condições adversas do ambiente oral. Foram confeccionados, com matriz
padronizada, 30 corpos-de-prova do cerômero, sendo os mesmos divididos em 5
grupos (n = 6): grupo I - solução fisiológica (controle); grupo
II - ácido lático; grupo III - ácido acético; grupo IV - ácido
cítrico e grupo V - ácido propiônico. As soluções de ácidos a 2%,
pH 4 foram preparadas em solução fisiológica. Previamente ao tratamento,
os corpos-de-prova foram lavados com sabão neutro, enxaguados com água destilada
e secos à 70ºC por 30 minutos até peso constante. Após, foram pesados em
balança analítica de precisão e imersos nas respectivas soluções por 7 dias e,
novamente, pesados para que o peso final fosse verificado e o grau de corrosão
estabelecido. Os resultados foram analisados através do teste estatístico “t”
de Student a um nível de significância de 0,01% e não mostraram diferença
estatisticamente significante entre os grupos.
Foi possível verificar que o cerômero demonstrou resistência à corrosão,
representada pelos diferentes ácidos empregados.
I346
Análise histomorfológica do germe dentário de descendentes
de ratas diabéticas.
NOGUEIRA, R.
D.*, MARTINS, V. R. G., RAMALHO, L. T. O., SPOLIDÓRIO, D. M. P., SPOLIDÓRIO, L.
C.
Departamento
de Morfologia – Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP.
Tel.: (0**16) 201-6300.
Diabetes mellitus é um distúrbio metabólico que pode
induzir alterações nos tecidos bucais decorrentes da mudança da dinâmica
fisiológica ou através das malformações congênitas. O objetivo desse trabalho
foi avaliar o desenvolvimento do germe dentário e da amelogênese de filhos de
ratas diabéticas e ou de ratas diabéticas tratadas com insulina. Doze ratas
prenhes foram divididas em três grupos iguais de 4 animais. Dois grupos (A e B)
desenvolveram diabetes com a administração endovenosa de 10 mg/kg de peso
corporal de “streptozotocin”, sendo que um grupo, o B, a diabetes foi
controlada com doses de 0,1 ml/kg de peso corporal/dia de insulina. O
grupo controle (C) recebeu solução salina nas mesmas condições. Após o
nascimento, os filhotes foram sacrificados nos períodos: 0, 3, 5, e 10 dias de
vida. As mandíbulas e as maxilas foram incluídas em parafina e foram obtidos
cortes seriados de 6 mm que foram corados com hematoxilina e eosina e
analisados em microscópio de luz transmitida comumente. Observou-se alterações
na morfologia da matriz de esmalte e dentina e inclusões celulares nesta, no
grupo de diabetes não tratado, enquanto que no grupo de tratamento as
alterações não apareceram.
Portanto, diabetes maternal não tratada com insulina altera o
desenvolvimento normal do germe dentário. (Apoio financeiro: CNPq/PIBIC.)
I347
Análise da espessura de película de “inlays” de cerômeros.
SAVARIZ,
A.*, OSÓRIO, A. B., ELIAS, R. V., CAMACHO, G. B., DEMARCO, F. F.,
OSINAGA, P. W. R., MARTOS, J.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FO – UFPel.
E-mail: angelao@conex.com.br
O objetivo do presente estudo foi mensurar a espessura de
película de “inlays” de cerômero belleGlass (Kerr) e cimentadas com diferentes
agentes resinosos em 14 dentes molares humanos hígidos, os quais receberam
preparos MOD, do tipo “inlay”, com margem mesial a nível de esmalte e distal a
nível de cemento. Nestes foi realizado o condicionamento ácido e a aplicação do
sistema adesivo correspondente ao cimento utilizado. Os dentes foram divididos
aleatoriamente em dois grupos (n = 7), de acordo com o cimento
utilizado. No grupo I as “inlays” foram adesivadas com o cimento resinoso dual
RelyX ARC (3M) e, no grupo II utilizou-se o cimento resinoso Panavia 21
(Kuraray) seguindo as instruções dos fabricantes. Após a cimentação os dentes
foram submetidos à termociclagem térmica, isolados com esmalte, com exceção das
margens cervicais das restaurações e depois, foram imersos em corante (azul de metileno)
por 8 horas. Após a lavagem foram seccionadas com disco de diamante e
fotografadas com aumento de 40 vezes. Para a análise, utilizou-se uma
fotografia do padrão de moldagem de silicona de 100 mm a qual serviu como
base para se realizar as mensurações. Os resultados das leituras foram
analisados pelo teste de Kruskal-Wallis, à nível de 5% demonstrando que não
houve diferença estatisticamente significante entre os cimentos utilizados.
Portanto, os dois cimentos apresentam desempenhos semelhantes na obtenção
da espessura de película de cimentação.
I348
Avaliação da rugosidade superficial de modelos de gesso.
SILVA, A. P.
R. B.*, FREITAS, D. B., AGOSTINHO, A. M., CATIRSE, A. B. C. E. B.
Materiais
Dentários – FORP – USP. Tel.: (0**16) 602-4044, 633-0999.
E-mail: alma@forp.usp.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar a rugosidade
superficial entre modelos de gesso obtidos de moldes de alginato tratados com
água gessada e hipoclorito de sódio a 1% e modelos obtidos de moldes
não-tratados. Foram obtidos 24 moldes de um corpo-de-prova com moldeiras
individuais e alginato (Jeltrate Plus) e os moldes divididos aleatoriamente em
6 grupos, submetidos a diferentes lavagens: G1 (controle) - lavagem com
água, G2 - lavagem com água gessada, G3 - lavagem com hipoclorito de sódio
a 1%, G4 - lavagem com água gessada, seguida de lavagem com hipoclorito de
sódio a 1%, G5 - lavagem com hipoclorito de sódio 1%, seguida de água
gessada e G6 - lavagem com água após tempo de espera de 10 minutos. Após
as lavagens, os moldes foram vazados com gesso tipo V (Exadur). As leiturtas
feitas no rugosímetro Prazis. Os dados obtidos foram submetidos a análise de
variância e teste de Tukey, sendo que as médias obtidas foram,
G1 = 2,24 mm, G2 = 2,09 mm,
G3 = 1,49 mm, G4 = 1,52 mm, G5 = 1,63 mm,
G6 = 1,82 mm. Os modelos de gesso pertencentes aos grupos 3, 4,
5 e 6 apresentaram valores de rugosidade superficial menores, quando comparados
ao grupo controle (G1). O grupo 2 não apresentou rugosidade superficial
estatisticamente diferente de G1.
Concluiu-se que, a lavagem dos moldes de alginato com as substâncias
descritas nos grupos 3, 4, 5 e 6 pode reduzir a rugosidade superficial dos
modelos de gesso obtidos.
I349
Preenchimento do sistema de canais radiculares através de
duas técnicas.
SANTIAGO, M.
R. J.*, ALVARES, G. R., FIDEL, R. A. S., FIDEL, S. R., MOREIRA, E. J. L.
Departamento
de Odontologia – UNIGRANRIO - Duque de Caxias.
O presente trabalho avaliou in vitro o grau de
preenchimento do sistema de canal radicular através de duas técnicas de
obturação. Para este propósito, foram selecionados 20 dentes pré-molares
inferiores, extraídos, os quais encontravam-se estocados sob refrigeração. Os
canais foram preparados pela técnica coroa-ápice com movimentos oscilatórios,
determinando o batente apical equivalente a uma lima Flexofile nº 40. Os
dentes foram divididos, aleatoriamente, em dois grupos de 10 dentes cada, sendo
o G1 obturados pela técnica da Compressão Hidráulica Vertical do cone acessório
(DeDEUS, 1992) e o grupo G2, pela técnica da Condensação Vertical (SCHILDER,
1967). Para isto, foram usados cones Medium calibrados através da régua
calibradora, cones acessórios Fine Medium, cimento a base de óxido de zinco e
eugenol (Endofill), espaçadores digitais para o G1 e como carreador de calor,
para o G2, o System B Heat Source. O passo seguinte, consistiu no processo de
diafanização dos espécimes e a avaliação destes por meio de três avaliadores
previamente calibrados com o auxílio de uma lupa manual. Assim sendo, foram
estabelecidos escores de 0 a 2 referente ao preenchimento do sistema de canal
radicular pela obturação. Os resultados foram avaliados pelo teste
não-paramétrico de Kruskal-Wallis, demonstrando não haver diferença
significativa entre eles.
Desta forma, os autores concluíram que as técnicas de obturação
estudadas neste trabalho, permitem um grau de preenchimento no sistema de canal
radicular satisfatório, sem diferença significativa entre ambas.
I350
Eficiência de corte de pontas diamantadas versus métodos
de limpeza.
OLIVEIRA, R.
M.*, FONTANA, R. H. B. T. S., LELES, C. R., FARIAS, R. J. M., TICIANELI, M. G.
Departamento
de Materiais Dentários e Prótese – Faculdade de Odontologia de
Araraquara – UNESP. Tel.: (0**16) 201-6406.
E-mail: robinhomedeiros@zipmail.com.br
Neste trabalho avaliou-se o efeito de dois métodos de
limpeza, sobre a eficiência de corte de pontas diamantadas por considerar
importante a biossegurança em relação às infecções cruzadas na clínica
odontológica e devido ao pequeno número de estudos que correlacionem os métodos
de limpeza com a durabilidade dos instrumentos rotatórios de desgaste de
estrutura dental. Para tal foram utilizadas pontas diamantadas cilíndricas
nº 1019 das marcas KGS, MKS e FAVA, que após serem aplicadas sobre a
superfície de esmalte dental humano, em alta rotação, sob pressão controlada
durante 30 segundos, eram submetidas aos seguintes métodos de limpeza: nenhuma
limpeza (grupo 1), escova de aço (grupo 2) e ultra-som (grupo 3). Para
verificação da quantidade de desgaste, o dente era pesado antes e após o
desgaste. No total foram realizadas 64 aplicações de 30 segundos. Observou-se
que em todos os três grupos houve perda da capacidade de desgaste (30%) no
período analisado. A análise estatística revelou que não houve diferença
estatisticamente significante no comportamento dos grupos 2 e 3 respectivamente
limpeza com escova de aço e limpeza com ultra-som e ambos levaram a uma menor
perda de eficiência quando comparados ao grupo que ficou sem limpeza.
Portanto a limpeza deve ser indicada não somente pelo aspecto de
biossegurança como também pela economia, durabilidade e melhor desempenho dos
instrumentos rotatórios diamantados. (Apoio: PIBIC-CNPq.)
I351
Avaliação do efeito da Cannabis sativa sobre
glândulas maiores de camundongos.
LEITE, F. R.
M. L.*, NOGUEIRA, R. D., SANT’ANA, A. T., GALASSI, M. S., RAMALHO, L. T. O.,
SPOLIDÓRIO, L. C.
Departamento
de Morfologia – UNESP - Araraquara.
O consumo de Cannabis sativa (maconha) tem aumentado
nos últimos anos, e é sabido que este hábito pode levar a alterações bucais,
especialmente hipossalivação. O propósito deste trabalho foi avaliar o efeito
da inalação de Cannabis sativa sobre as glândulas parótida,
submandibular e sublingual de camundongos. Para avaliação deste efeito, foram
utilizados 10 camudongos machos, os quais foram divididos em grupo experimental
e grupo controle. No grupo experimental, os animais foram submetidos à inalação
de cigarro de Cannabis sativa (1 g) por dia, durante 5 dias,
através da caixa de fumar preconizada por CAMPOS (1982), imediatamente após o
último cigarro os animais tratados e do grupo controle foram anestesiados e as
glândulas parótida, submandibular e sublingual foram retiradas para análise
morfológica.
Observou-se que ocorreu uma desestruturação no parênquima ilustrado pela
desorganização das células acinares, com núcleos maiores que o controle, sendo
estes resultados mais evidentes na glândula parótida.
I352
Higiene bucal: parecer dos responsáveis por crianças de 0-2
anos.
SANTOS, G.
O., LOMARDO, P. G., SIQUEIRA, O. L., BASTOS, M. F. A., SOARES, E. L.
Programa de
Pós-Graduação em Odontologia Social – UFF - RJ. E-mail: mpoels@vrn.uff.br
A presente pesquisa objetivou avaliar o nível de informação
dos responsáveis por crianças de 0 a 2 anos de idade sobre a prática de higiene
bucal, que deve ser iniciada desde os primeiros meses de vida. Os dados foram
obtidos através da técnica de observação direta extensiva, tendo como
instrumento de coleta de dados um formulário para investigação, podendo o
entrevistador reformular itens ou ajustar as perguntas para a melhor
compreensão de cada pesquisado, já que nossa pesquisa atende a pessoas de
diferentes níveis sociais. A pesquisa foi realizada com 25 responsáveis na
Clínica da Infância e Adolescência Estácio de Sá (CIAES) e 40 no Hospital
Universitário Antonio Pedro (HUAP), ambos em Niterói - RJ. Após análise dos
dados, pôde-se observar que 62% dos pesquisados da população menos privilegiada
já receberam orientação sobre higiene bucal e a realizaram ou realizam nos seus
filhos. Dos 79% da classe mais privilegiada que já recebeu informações, apenas
58% as colocam em prática. 67,7% dos pesquisados da classe menos favorecida e
89,5% dos da classe mais favorecida têm informação e sabem da importância da
higiene bucal.
Conclui-se que ambos os grupos estudados receberam informações sobre
hábitos saudáveis e a realizam, independentemente da situação sócio-econômica
do grupo neste estudo.
I353
Determinação da concentração inibitória mínima de diferentes
antibióticos frente a Staphylococcus aureus resistentes.
MARCHI, J.
J.*, FIGUEIREDO, L. C., SALVADOR, S. L.
FCFRP –
USP; UNIP - Ribeirão Preto. E-mail: sldssalv@usp.br
O objetivo deste estudo foi determinar a concentração
inibitória mínima (CIM) de diferentes antibióticos frente à Staphylococcus
aureus resistentes, isolados da saliva, mãos e fossas nasais de portadores
e do ambiente da clínica odontológica. As amostras coletadas foram semeadas em
placas contendo o meio de cultura ágar hipercloretado - gema de ovo, sendo
incubadas em aerobiose a 37ºC/48 h. Dos 133 indivíduos examinados, 67 eram
portadores de S. aureus, totalizando-se 95 cepas. Além disso, 16 cepas
foram isoladas de equipos odontológicos. Realizou-se a prova de sensibilidade
aos antibióticos nas 111 cepas isoladas, segundo a técnica de Bauer et al.
modificada (NCCLS, 1984), que consiste na difusão em meio sólido (ágar
Mueller-Hinton). Foram detectadas 85 cepas resistentes, sendo 76 a ampicilina,
20 a eritromicina e 75 a penicilina. Dessa, selecionou-se 34 cepas
multirresistentes, além de 2 cepas padrão, para serem submetidas a determinação
da concentração inibitória mínima, utilizando-se o produto comercial Etest. Os
valores encontrados para a CIM foram superiores àqueles observados em cepas
ATCC. De acordo com os resultados, das 20 cepas expostas a eritromicina, 15
apresentaram CIM >> 256 µg/ml, enquanto que das 27 cepas
expostas a penicilina e ampicilina, 5 cepas e 2 cepas apresentaram
CIM >> 256 µg/ml, respectivamente.
Apesar do maior número de cepas de Staphylococcus aureus
serem resistentes à penicilina e ampicilina no antibiograma, os valores mais
elevados da concentração inibitória mínima foram observados frente ao
antibiótico eritromicina. (Apoio: PIBIC/CNPq.)
I354
Alteração enzimática no fluido do sulco gengival durante a
gengivite.
OLIVEIRA, L.
M.*, KINA, J., KINA, J. R.
Departamento
de Periodontia – Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP.
E-mail: jrkina@foa.unesp.br
A patogênese da doença periodontal é multifatorial e vários
mecanismos e fatores participam no desencadeamento e desenvolvimento desta
patologia. É consensual na literatura que as enzimas lisossomais têm
participação efetiva na destruição periodontal, durante a gengivite e
periodontite. Assim, diversos pesquisadores têm estudado, ao longo dos anos, a
origem, a ação e a quantificação de diversos tipos de enzimas, tentando
estabelecer uma relação específica entre um marcador bioquímico nos fluidos e
tecidos bucais, com o diagnóstico e a evolução da doença periodontal inflamatória.
Sendo assim o objetivo deste trabalho foi analisar quantitativamente as enzimas
lisossomais aril-sulfatase, beta-hexosaminidase e fosfatase ácida no fluido do
sulco gengival de pacientes com os diferentes graus da gengivite. Os pacientes
foram classificados de acordo com o índice de Löe e Silness nos graus I, II,
III de gengivite, além do grupo controle. Para a coleta do fluido gengival
utilizamos tubos capilares de 1,1 mm que logo em seguida foram
centrifugados e feita a análise bioquímica. De acordo com a metodologia
empregada não foi possível detectar a aril-sulfatase neste ensaio. O maior
índice da fosfatase ácida ocorreu na gengivite grau I. Em relação a
beta-hexosaminidase o aumento foi gradual a partir do índice normal até a
gengivite grau III.
Sendo assim, a enzima beta hexosaminidase é a que apresentou o melhor
perfil para o diagnóstico e prognóstico da doença periodontal.
I355
Análise estatística da eficácia do tratamento desenvolvido
em um ambulatório de Odontologia Social.
SORIA, M.
L.*, COSTA, L. C., FRANCO, F., DOCKHORN, D., COSTA, C.
O presente estudo realizou a análise dos principais dados
presentes nos prontuários dos pacientes atendidos periodicamente no ambulatório
de Odontologia Social da Pontifícia Universidade Católica, RS durante o segundo
semestre de 2000, com os seguintes objetivos: identificar as informações dos
prontuários dos pacientes que permitam avaliar a eficácia do serviço e isolar
as variáveis que possam ser relevantes na prevalência de doenças bucais na
população estudada. Foram analisados 57 prontuários, somando-se 1425 dados que
continham informações pessoais, sociais, sobre hábitos de higiene, alimentares,
atividade de doença e atendimento realizado. Todas as variáveis foram
submetidas a análises estatísticas de correlação. Os resultados mostraram a
redução coletiva da atividade de cárie (mediana de 17,86% passou a 0), do alto
consumo de sacarose (redução de 82,34%), do índice de placa (mediana de 31,10%
passou a 5,0%) e do índice gengival (mediana de 7,0% passou a 1,45%).
Foi constatado que os pacientes de manutenção tendem a recorrer a
hábitos antigos, pois variáveis como quantidade de placa e consumo de sacarose
não apresentaram diferenças entre os grupos de pacientes novos e em manutenção
no início do semestre. O tratamento executado foi eficaz na redução da
atividade de doença, embora as atividades de Educação em Saúde Bucal devam ser
reavaliadas para evitar a recorrência a hábitos antigos.
I356
Ratas ovariectomizadas: efeito do fluoreto e estradiol nos
eletrólitos salivares.
BERNABÉ, D.
G., OLIVEIRA, L. M., SASSAKI, K. T.
Departamento
de Ciências Básicas – Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP.
E-mail: kts@foa.unesp.br
A terapia de reposição hormonal tem sido muito utilizada nos
últimos anos. As glândulas salivares sofrem influência da ação de hormônios
gonadais. Por outro lado, produtos de higiene bucal ricos em fluoreto (F),
quando utilizados de maneira inadequada, podem causar ingestão de grandes
quantidades do íon. O objetivo do trabalho foi verificar a ação da
administração aguda de F sobre a concentração dos eletrólitos Na e K da saliva
de ratas ovariectomizadas (OVX) tratadas ou não com estradiol (E). Após 14 dias
da ovariectomia, ratas Wistar (180-200 g) foram divididas em 4 grupos: C
(controle, sem reposição hormonal); CH (com reposição hormonal); CF (sem
reposição hormonal e tratado com NaF); CHF (com reposição hormonal e tratado
com NaF). Os grupos C e CF receberam óleo, enquanto os grupos CH e CHF
receberam E, durante 3 dias consecutivos. No quarto dia todos foram submetidos
à coleta de saliva estimulada com pilocarpina (1 mg/kg pc., i.p.). Uma
hora antes da estimulação, os grupos C e CH foram injetados com NaCl
(6,94 mg/kg pc.) e os grupos CF e CHF com NaF (5 mg/kg pc.). Na e K
da saliva foram medidos na saliva pela fotometria de chama. O F causou redução
de 12% no nível de Na no grupo tratado com estradiol, mas não alterou o de K. A
reposição com E diminui a concentração de K, mas não a de Na. Quando
administrados juntos, F e E causaram redução de 16% de Na e 20% de K.
Conclui-se que o F ingerido pela aplicação tópica realizada de maneira
inadequada, pode levar a uma alteração na composição da saliva em mulheres que
fazem uso da terapia hormonal.
I357
Influência do método de preparo cavitário sobre a
infiltração em restaurações adesivas.
GALLUF, M.
B.*, DIAS, K. R. H. C., ZANIN, F., MIRANDA, M. S., SAMPAIO, H.,
BARCELEIRO, M. O.
Especialização
em Dentística – FO – UERJ. Tel. (0**21) 438-1502.
E-mail: dra.mariana.galluf@terra.com.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência de dois
métodos de preparo cavitário em relação à infiltração marginal em restaurações
adesivas. Vinte e dois pré-molares e molares, recém-extraídos e mantidos em
água destilada, foram aleatoriamente divididos em dois grupos: Grupo 1
(controle) - Foram realizadas cavidades tipo classe V por vestibular e
palatina, medindo 4 x 4 mm e 2 mm de profundidade, com
margem oclusal em esmalte e margem cervical em cemento, utilizando-se uma broca
“carbide” em caneta de alta rotação. Grupo 2 (teste) - Foram realizadas
cavidades com as mesmas características, utilizando-se laser de Er:YAG
(comprimento de onda de 2,94 mm, energia por pulso de 350 mJ,
freqüência de 4 Hz). Para cada preparo, foram utilizados 308 impulsos,
totalizando 107 J de energia. Após o preparo, todos os dentes foram
condicionados e restaurados com sistema adesivo e resina composta
micro-híbrida. Os dentes foram imersos em solução de nitrato de prata a 50%,
incluídos em resina epóxi, seccionados e dois avaliadores calibrados realizaram
a análise da infiltração marginal. O grau de infiltração foi comparado em
relação a localização das margens da cavidade e em relação ao método de
preparo. Os resultados foram tratados estatisticamente por ANOVA e teste de
Mann-Whitney (p << 0,05).
Os autores
concluíram: a infiltração, de um modo geral, foi maior no cemento do que no
esmalte e não houve diferenças, em relação à infiltração marginal, entre o
preparo convencional com broca e o com o laser de Er:YAG.
I358
Relação entre modo respiratório, padrão de aleitamento e
maloclusão.
CARVALHO, C.
F.*, SOVIERO, V. M., FREITAS, F. C.
Departamento
de Odontopediatria – UNESA; HCA; UNIG; FESO. E-mail: fcris@openlink.com.br
Este estudo objetivou avaliar a relação entre o modo
respiratório, o padrão de aleitamento e a prevalência de maloclusões.
Participaram do estudo, com consentimento dos responsáveis, 74 crianças, 37
meninas (média 6,8 anos) e 37 meninos (média 7 anos) atendidas no Hospital
Central da Aeronáutica (RJ). A amostra foi dividida em 2 grupos: G1, com
diagnóstico de obstrução respiratória estabelecido por um
otorrinolaringologista (n = 37); e G2, sem qualquer patologia
respiratória, atendidos na mesma instituição (n = 37). Através de uma
entrevista com o responsável, foram obtidos dados quanto ao padrão do
aleitamento (natural, artificial ou misto). O exame intrabucal registrou:
apinhamento anterior; a sobressaliência em leve (0 a 2 mm), moderada (2,1
a 4 mm) ou severa (>> 4 mm); a sobremordida em leve (até
1/3), moderada (>> 1/3 a 2/3), severa (>> 2/3) ou mordida
aberta (MA - sem transpasse); mordida cruzada anterior (MCA) e posterior
(MCP). As freqüências foram comparadas através do teste do c². A amamentação
natural foi mais prevalente no G2 (10,8% x 29,7), mas esta diferença não
foi estatisticamente significante. No G1, 54% das crianças mamou no peito por
mais de 6 meses, enquanto no G2, 67,6%. A sobressaliência severa e o
apinhamento anterior foram mais prevalentes no G1, resultados estatisticamente
significantes (p << 0,005).
Como
conclusão, não foi observada relação entre o padrão de aleitamento e o modo
respiratório, a sobressaliência severa e o apinhamento anterior foram mais
prevalentes entre os respiradores bucais, sendo esta diferença estatisticamente
significante.
I359
Ação desmineralizadora de diferentes produtos empregados no
tratamento endodôntico.
HOLLAND, R.,
NERY, M. J., SOUZA, V., NERY, T. S.
Universidade
Paulista – UNIP - Araçatuba.
A desmineralização da dentina é um procedimento importante
em endodontia em duas situações distintas: a) para facilitar a penetração das
limas em canais que apresentem obstáculos calcificados e b) para remover a
camada de “smear layer” das paredes dos canais radiculares. Para se atingir
esses objetivos, tem sido utilizado o ácido cítrico ou um sal de ácido
etilenodiaminotetracético (EDTA). Para avaliar o potencial de descalcificação
de algumas substâncias, submetemos tubos de dentina previamente preparados a
partir de raízes de dentes humanos extraídos, com diâmetro interno correspondente
à broca Gattes-Glidden nº 2 ao ácido cítrico a 25% e a quatro marcas
comerciais de soluções de EDTA: Inodon, Odahcan, Iodontec e Biodinâmica. O
tempo de tratamento foi de 30 minutos a 37ºC. Cortes transversais sem
descalcificação e corados pela técnica de von Kossa foram analisados
microscopicamente e os halos de descalcidicação produzidos pelas diversas
substâncias nas paredes internas dos tubos mensurados com uma ocular
micrometrada.
Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e ao teste de
Tukey, tendo sido observado diferenças significativas (p = 0,05) que
permitiram ordenar os produtos estudados, do melhor para o pior da seguinte
forma: a) ácido cítrico a 25%; b) Inodon; c) Odahcan; d) Iodontec e
Biodinâmica.
I360
Avaliação da atividade muscular da mão de adultos idosos
portadores de PPR, quando do uso de dispositivos acrílicos adaptados ao cabo da
escova dental.
FRANCO, R.
L., MATTOS, M. G. C., RIBEIRO, R. F., VITTI, M., SEMPRINI, M., LOPES, R. A.
FORP – USP.
O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade muscular dos
músculos adutores e abdutores da mão, por meio da eletromiografia, quando do
uso de um dispositivo de resina acrílica adaptada ao cabo da escova dental.
Foram selecionados 10 pacientes do sexo masculino e feminino, com a idade média
de 65 anos, pertencentes à Clínica de Prótese Parcial Removível da FORP -
USP. Os registros eletromiográficos foram obtidos solicitando aos pacientes que
se mantivessem nas condições clínicas de repouso inicial e nas condições de
apreensão em garra e escovação dental. Os resultados obtidos, em mV, foram:
homens sentados: 3,25 para repouso, 35,8 para fechamento forçado, 55 para
escovação sem adaptador, 62,8 para escovação com adaptador, 3,72 para repouso
pós-exercício. Em pé: 2,27 para repouso, 36,17 fechamento forçado, 72,97 para
escovação sem adaptador, 72,07 para escovação com adaptador, 1,42 repouso
pós-exercício. Mulheres sentadas: 11,12 para repouso, 41,48 para fechamento
forçado, 52,78 para escovação sem adaptador, 42,38 para escovação com
adaptador, 14,38 para o repouso pós-exercício. Em pé: 5,26 para repouso, 47,55
para fechamento forçado, 61,72 para escovação sem adaptador, 54,06 escovação
com adaptador, 3,46 repouso pós-exercício. A atividade muscular mostrou-se
menor para os homens do que nas mulheres nas atividades de repouso, fechamento
forçado e no repouso pós-exercício.
O uso do adaptador de resina aumentou os valores eletromiográficos,
indicando aumento da atividade muscular para os homens durante a escovação e
diminuição para as mulheres. (Bolsa: CNPq/PIBIC.)
I361
Resistência à tração de pinos intra-radiculares
utilizando-se diferentes sistemas adesivos.
BRITO, A.
A., CARRACHO, H. G.*, CONCEIÇÃO, E. N., FERREIRA, C. F.
Departamento
de Dentística Restauradora – Faculdade de Odontologia – UFRGS.
Tel.: (0**51) 342-0528,
343-4458. E-mail: lrolla@zaz.com.br
O propósito deste estudo foi analisar, in vitro, a
força de resistência à tração dos pinos de fibra (FibreKor Posts), cimentados
com um cimento resinoso dual (RelyX - 3M) associados a três diferentes
sistemas adesivos: fotopolimerizável (Single Bond - 3M); microparticulado
de dupla polimerização (Prime & Bond NT - Dentsply) e um sistema
adesivo dual convencional (SBMUP - 3M). Foram utilizadas 30 raízes de dentes
humanos ântero-superiores com canais de diâmetros semelhantes. As raízes foram
tratadas endodonticamente e desobturadas com a broca do kit correspondente ao
pino de 1,5 mm numa profundidade de 9 mm, sendo aleatoriamente
divididas em 3 grupos de 10 raízes cada. Os espécimes foram armazenados em água
destilada a 37ºC por 48 horas e submetidos ao teste de resistência à tração em
uma máquina de ensaio universal EMIC DL-2000 a uma velocidade de
0,5 mm/min. As médias obtidas foram: Single Bond - 3M (19,2 kgf);
Prime & Bond NT - Dentsply (21,1 kgf) e SBMUP - 3M
(30,8 kgf). Os resultados foram submetidos aos testes estatísticos de
análise de variância e de Duncan ao nível de significância de 5%.
Foi possível concluir que os pinos de fibra de vidro cimentados com
cimento resinoso dual (RelyX - 3M) associado ao sistema adesivo SBMUP
foram estatisticamente mais retentivo que os outros grupos.
I362
Investigação microbiológica de canais radiculares de dentes
de ratos com lesões periapicais induzidas.
NORMANHA, T.
A.*, GOMES, B. P. F. A., GADÊ-NETO, C. R., ZAIA, A. A.
Endodontia –
FOP – UNICAMP.
O desenvolvimento de lesão periapical decorre principalmente
de uma reação dos tecidos periapicais frente a uma infecção bacteriana.
Propomos neste trabalho induzir lesões periapicais em dentes de ratos e com o
estabelecimento destas, comprovado radiograficamente, realizar análise
microbiológica das amostras coletadas dos canais radiculares. Utilizou-se as
raízes mesiais dos primeiros molares inferiores de 10 ratos da raça Wistar.
Após a anestesia e acesso à câmara pulpar, utilizando-se limas tipo K e soro
fisiológico como irrigante, o canal mesial foi dilatado até a lima 30. Os
dentes instrumentados foram deixados sem selamento coronário por 50 dias, e só
então foram radiografados confirmando a instalação da lesão. Coletas
microbiológicas foram feitas com cones de papéis estéreis. Foram utilizados
meios de transporte, cultura e incubação que propiciam o crescimento de
bactérias anaeróbias estritas. Os canais radiculares apresentaram uma
microbiota predominantemente gram-negativa (65%), e do total de 47 bactérias
isoladas, 68% foram anaeróbias facultativas e 32% anaeróbias estritas. Os
gêneros bacterianos mais isolados foram: Haemophilus (60%), Staphylococcus
(20%) e Streptococcus (10%). Os microrganismos anaeróbios mais
freqüentemente encontrados foram Veillonella (15%) e Peptostreptococcus
spp (10%).
Concluímos que canais radiculares de dentes de ratos com lesões
periapicais induzidas apresentam uma microbiota semelhante a encontrada em
canais radiculares de dentes humanos. (Apoio: FAPESP - processos:
96/05584-3 e 99/11274-5; CNPq - processo 520277/99-6.).
I363
Polimorfismo IL-1b (+3953) versus perda precoce de
implantes osseointegráveis.
CAMPOS, M.
I. G.*, BEZERRA, F. B., REIS, S. R. A., TREVILATTO, P., BRITO, R. B.
Programa
Especial de Treinamento – FO – UFBA. Tel.: (0**71) 337-5544.
E-mail: i_campos@ig.com.br
Recentemente, a presença de polimorfismos em genes que
regulam a produção da IL-1 vem sendo associada a doença periodontal severa.
Sabendo-se que altos níveis de IL-1b são encontrados no fluido crevicular e nos
tecidos gengivais no momento da perda do implante, o objetivo deste trabalho
foi avaliar a relação entre a presença do polimorfismo no gene da IL-1b (+3953)
e a perda precoce de implantes osseointegrados em pacientes não-fumantes. Para
tanto, a amostra compôs-se de 10 pacientes que sofreram perda precoce de
implantes osseointegráveis e 19 pacientes que obtiveram êxito com o mesmo
tratamento (grupo controle). O DNA dos indivíduos foi obtido a partir de um
bochecho com glicose a 3% (1 min.), seguido de leve raspagem da mucosa
jugal com espátula de madeira esterilizada. Após a extração do DNA com
fenol/clorofórmio e precipitação com sal/etanol, a técnica RFLP-PCR (Taq I) foi
utilizada para detecção do alelo 1 (12 pb + 85 pb + 97 pb)
e alelo 2 (12 pb + 182 pb). As freqüências alélicas foram
estimadas com o auxílio do teste qui-quadrado. Não se observou diferença
estatística nas freqüências dos alelos do polimorfismo entre os indivíduos com
perda precoce de implantes osseointegrados e controle
(p << 0,05).
Nossos resultados demonstraram que não há relação entre a perda precoce
de implantes osseointegrados e o polimorfismo no gene IL-1b (+3953).
I364
Conhecimento sobre traumatismo dentário versus
estudantes de Educação Física.
CALADO, M.
V.*1, BARBOSA, R. G.1, VICENTE SILVA, C. H.2,
CORREIA, M. N.1
1FOP –
UPE; 2UFPE. E-mail: manuelacalado@hotmail.com, chvs@npd.ufpe.br
Este trabalho tem por objetivo avaliar o grau de
conhecimento sobre causas, prevenção, primeiros-socorros, tratamento e tipos de
traumatismo dentário entre os estudantes dos cursos de Educação Física da
Universidade de Pernambuco (UPE) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Foram entrevistados 340 acadêmicos de ambos os cursos, empregando-se
questionário específico aplicado em sala de aula. Os dados obtidos evidenciaram
que: 58,2% (n = 198) dos entrevistados desconhecem as causas que
levam ao traumatismo dentário; 75% (n = 255) não conhecem os tipos de
trauma que podem ocorrer; 88,8% (n = 302) não sabem como prevenir tal
fato durante as práticas desportivas. Da amostra pesquisada, 84,7%
(n = 288) nunca receberam informações sobre o assunto. Entretanto,
58,8% (n = 200) procurariam imediatamente um cirurgião-dentista caso
ocorresse um traumatismo dentário.
Pode-se concluir que é evidente a necessidade de conhecimento desse
grupo de futuros profissionais sobre traumatismo dentário, principalmente
devido a possibilidade de ocorrência durante práticas desportivas.
I365
Teor de flúor presente nas águas de abastecimento do
município do Rio de Janeiro.
RABELLO, S.
B.*, REGO, L. G., BORGES, C. M. P. L. F., TEIXEIRA Jr., R. G.
SMS –
SFCA – Divisão de Engenharia Sanitária do Município do Rio de Janeiro.
A fluoretação das águas de abastecimento é considerado o
melhor método em Saúde Pública para a prevenção da cárie. Seus efeitos
preventivos dependem, dentre outros, da manutenção da concentração ideal do
teor de flúor (0,7 mg/l). Este estudo objetivou monitorar os teores de
flúor presente na água proveniente da Estação de Tratamento da Água do Guandu,
responsável por 81% do abastecimento de água do Município do Rio de Janeiro,
que utiliza na fluoretação o composto fluossilicato de sódio na dosagem de
0,7 ppm. Entre janeiro e dezembro de 2000, coletou-se em frascos plásticos
de um litro 240 amostras das águas das torneiras próximas aos reservatórios de
22 unidades de saúde e 28 escolas, escolhidas aleatoriamente dos diferentes
bairros do município. As amostras foram analisadas pelo Laboratório de Alimento
do Instituto de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman, através do método
eletrométrico (0,1 a 5 mg/l). O erro máximo permitido na dosagem dos
compostos fluoretados para este método é de 10%, para mais ou para menos. Das
240 amostras, 193 (80%) obtiveram a classificação de subdosagem
(<< de 0,6 mg/l), 21 (9%) aceitáveis (0,6 a 0,7 mg/l), 7
(3%) ótima (0,7 mg/l) e 19 (8%) sobredosagem (>> de
0,8 mg/l).
Os resultados permitem concluir que 88% das amostras das águas de
abastecimento do município do Rio de Janeiro não se encontram nos níveis ideais
e que 12% apresentam teor aceitável/ótimo. É de fundamental importância
estabelecer-se um canal de informações com os responsáveis pela adição do flúor,
visando à resolução de falhas encontradas.
I366
Resposta tecidual de matrizes colagênicas implantadas sobre
calvária de ratos.
ROSA, F. P.,
SOUZA, K. O. F.*, LIA, R. C. C., GOISSIS, G., MARCANTONIO Jr., E.
Departamento
de Diagnóstico e Cirurgia – FOAr – UNESP.
Tel./fax: (0**16) 201-6369. E-mail: perio@foar.unesp.br
O pericárdio bovino hidrolizado e liofilizado tem sido
utilizado como matriz para crescimento tecidual. Este trabalho teve como
objetivo analisar a resposta tecidual de matrizes de colágeno de pericárdio
bovino (MPB), submetidas a diferentes períodos de hidrolização, implantadas
subperiostealmente sobre calvária de ratos. Foram utilizados 72 ratos (Rattus
norvegicus, albinus, Holtzman), machos, divididos em quatro grupos:
GI - MPB hidrolizada por 24 h e liofilizada; GII - MPB
hidrolizada por 36 h e liofilizada; GIII - MPB hidrolizada por
48 h e liofilizada; GIV - MPB nativo liofilizado. Os animais foram
sacrificados com 15, 30 e 60 dias de pós-operatório. Os espécimes obtidos foram
analisados histologicamente. As MPB dos grupos GI, GII e GIII mostraram baixo
padrão reacional, formação óssea efetiva, acompanhando a estrutura da calvária,
integradas e interadas parcial ou totalmente com o osso craniano; o grupo GIV
apresentou intenso fenômeno inflamatório com predominância reabsortiva e
eventuais mineralizações distróficas, com núcleos esporádicos de ossificação
aos 60 dias, quando houve diminuição do quadro reacional inflamatório.
Concluiu-se que as MPB dos grupos I, II e III, mostraram ser biologicamente
compatíveis e apresentaram formação óssea, enquanto a MPB nativa mostrou
intensa reação inflamatória. Embora novos estudos sejam necessários,
verifica-se uma promissora viabilidade do uso dessas matrizes hidrolizadas e
liofilizadas como substitutos ósseos na clínica médica e odontológica. (Apoio
financeiro: CAPES.)
I367
Aspectos histológicos de dentes cariados corados e
não-corados com rodamina B.
DALBOSCO,
T., FIAMINGHI, D., LAMERS, M.*, PELLINI, J., RIGON, D., FIGUEIREDO, J. A.,
FOSSATI, A. C.
Departamento
de Ciências Morfológicas – FO – UFRGS.
Foi verificado se o corante rodamina B evidenciava,
efetivamente, a cárie dentária em suas distintas camadas, em preparos
histológicos não-descalcificados, sob luz transmitida e refletida em
microscópio de luz. Utilizou-se 10 dentes cariados fixados em formalina a 10%,
dos quais obteve-se duas fatias com 1 mm de espessura, ambas contendo uma
superfície hígida e uma cariada, e que foram reduzidas por meio da utilização
de lixas apropriadas. Após lavagens sucessivas cada metade foi mergulhada em
rodamina B por 4 segundos, lavadas novamente e deixadas secar por 72 horas. As
regiões de fissuras eram clinicamente livres de lesão, mas com a utilização do
corante, observou-se uma possível deposição de material orgânico bacteriano e a
propagação de seus produtos no esmalte dentário, o que não foi possível ver na
metade não corada. Em alguns casos já havia uma pequena cavitação dentinária,
com evidente avanço neste tecido e a presença de uma zona clara em direção à
polpa. Na “mancha branca”, o corpo de lesão foi bem delimitado pelo corante,
com a região central mais corada, o que denotava provavelmente um local de
maior perda mineral. Nas cáries oclusais, observou-se uma faixa avermelhada,
limítrofe a uma outra translúcida, e que poderia corresponder a uma outra zona
de infecção. Na porção radicular as lesões que ainda preservavam o cemento
dentário, já atingiam a dentina subjacente.
Concluiu-se que a rodamina B proporcionou uma melhor visualização da
lesão cariosa em luz transmitida e refletida, sendo a luz refletida mais
eficiente para uma análise mais detalhada.
I368
Influência de ácidos da dieta na remoção da “smear layer”.
CORRÊA, F.
O. B.*, SAMPAIO, J. E. C., ROSSA Jr., C.
Departamento
de Diagnóstico e Cirurgia – FOAr – UNESP.
Tel./fax: (0**16) 201-6369. E-mail: jsampaio@foar.unesp.br
A etiologia da hipersensibilidade dentinária cervical é
multifatorial e um dos fatores importantes é a dieta do paciente,
principalmente os sulcos cítricos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a
influência da dieta (maçã, limão, laranja, vinagre) na remoção da “smear
layer”, e exposição de túbulos dentinários. Para o estudo, utilizamos dentes de
humanos de banco, que foram instrumentados com curetas de Gracey 5-6 para
remoção do cemento e formação da “smear layer”. Posteriormente foram reduzidos
em amostras de 3 x 3 mm e fotografadas em microscopia eletrônica
de varredura. As fotomicrografias foram analisadas por um examinador treinado,
usando um índice de remoção de “smear layer”. Assim, cada grupo de estudo foi
subdividido em 2 subgrupos: 1 - tópico: imersão no suco por 5
minutos + jato de água por 15 segundos, 2 - fricção: imersão no
suco por 5 minutos + fricção por 30 segundos (com escova
dentária) + jato de água por 15 segundos. Para a análise estatística
foi utilizado o método Kruskal-Wallis (p << 0,001). Comparando
o grupo controle com os demais, não houve diferenças estatisticamente
significantes, no grupo maçã (tópico e fricção) e no subgrupo laranja fricção
mas, houve diferenças significantes no grupo vinagre (tópico e fricção), grupo
limão (tópico e fricção) e o subgrupo laranja tópico.
Assim, podemos concluir que os grupos limão e vinagre e o subgrupo
laranja tópico, foram capazes de remover a “smear layer” e exporem os túbulos
dentinários e, os subgrupos (tópico e fricção) dos grupos de estudos, não
apresentaram diferenças estatísticas entre eles, exceto no grupo laranja.
I369
Colonização de microrganismos sobre superfícies de chupetas.
SILVA, R.
C.*, ZUANON, A. C. C., SPOLIDÓRIO, D. M. P.
Departamento
de Clínica Infantil, Departamento de Fisiologia e Patologia – Faculdade de
Odontologia de Araraquara – UNESP. Tel.: (0**11) 6152-9577.
Muitos estudos sugerem que a utilização de chupetas, além de
provocar alterações oclusais, também constitui efetivo meio para transporte de
microrganismos que podem, através da saliva, levar ao desenvolvimento de otite
média, candidose, lesão de cárie, entre outras. Assim, este estudo avaliou a
colonização de 28 chupetas de crianças de 2 a 4 anos de idade para identificar
a presença de Streptococcus grupo mutans e Candida albicans.
As amostras foram inoculadas sobre ágar Sacarose Bacitracina - SB20 e ágar
Sabouraud para o cultivo de Streptococcus grupo mutans e Candida
albicans respectivamente. Os autores observaram que apenas uma chupeta
desenvolveu Streptococcus grupo mutans e que 11 desenvolveram Candida
albicans, sendo este último estatisticamente não significativo.
Pôde-se concluir que embora algumas chupetas apresentem colônias de
microrganismos, provavelmente não constituem um meio efetivo de transmissão dos
mesmos.
I370
Avaliação da reparação tecidual utilizando laser e pomada à
base de éster do ácido ricinoléico.
PRETEL, H.*,
CRISCI, F. S., RAMALHO, L. T. O., YKEDA, F., BERBET, F. L. C. V.
Departamento
de Morfologia e Histologia – Faculdade de Odontologia –
Araraquara – UNESP. Tel.: (0**16) 201-6496.
A reparação tecidual é caracterizada por diversos eventos
celulares e humorais que ocorrem de forma integrada, por outro lado, métodos
para abreviação e tratamento de feridas cirúrgicas ainda é estudado e seus
resultados conflitantes. Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência
do laser de baixa intensidade (semicondutor de arseneto de gálio-alumínio,
infravermelho – 785 nm, 50 mW) com ou sem pomada a base de éster
do ácido ricinoléico. Foram ultilizados 36 ratos (Rattus norvergicus,
albinus, Wistar) distribuídos em 4 grupos experimentais, na qual cada grupo
contou com 12 animais, divididos em 3 animais por período de análise. Todos os
ratos foram submetidos a abertura de feridas confeccionada no dorso, com
“punch” de biópsia de 6 mm. Após 3, 7 e 14 dias os ratos foram
sacrificados, as peças removidas e processadas para inclusão em parafina e
coradas com H. E., Tricrômico de Masson e Picro Sirius Red, para posterior
análise em microscopia óptica.
O laser acelerou a reparação quando comparado aos demais grupos.
Aumentou a angiogênese, ilustrado pelo aumento de figuras vasculares, aumentou
a quantidade e maturação das fibras de colágeno antecipando assim a
reepitelização e ainda abreviou os processos inflamatórios. A pomada não foi
eficiente comparada ao tratamento com o laser.
I371
Longevidade de mantenedores de espaço: um estudo clínico.
FINKLER,
M.*, RODRIGUES, C. C., OLIVEIRA, J.
Disciplina
de Odontopediatria – UFSC. Tel./fax: (0**48) 234-8776.
E-mail: cinthia@brasilnet.net
O objetivo deste estudo foi determinar a longevidade dos
mantenedores de espaço instalados pela disciplina de Odontopediatria da
Universidade Federal de Santa Catarina desde 1993, em crianças que perderam
precocemente dentes decíduos posteriores. Foram selecionadas 43 crianças
totalizando 50 aparelhos, ainda em uso, dos tipos: removível funcional de
acrílico, banda-alça e arco-lingual. Foram realizados três exames clínicos, um a
cada quatro meses, registrando-se: sexo da criança, tipo do aparelho,
localização (arcada), data de instalação, datas dos exames, falhas encontradas
(perda de cimento, problemas na solda, lesão do tecido mole, fratura do fio
metálico e/ou do acrílico) e o seu destino (se retirado, consertado,
substituído etc). Através de estatística descritiva, a duração média mínima de
todos os aparelhos avaliados foi de 20,3 meses (s = 14,16 m) e a
mediana igual a 18,1 m. Através do método de quartil pôde-se observar que
25% dos mantenedores duraram até 10,55 m, 50% em torno de 18,10 m e
25% acima de 28,53 m. Dos 50 aparelhos, 38% (19) falharam durante o
estudo. Aplicando-se o teste t (p << 0,01) verificou-se
que o sexo da criança, a arcada, o tipo de aparelho (fixo ou removível;
banda-alça ou arco lingual), não tiveram influência estatisticamente
significante na duração média dos mantenedores de espaço.
De acordo com os resultados, a duração esperada de um mantenedor de
espaço é de pelo menos 20,3 meses.
I372
Avaliação das propriedades do cimento de óxido de
zinco/isoeugenol.
GONÇALVES,
T. S.*, COLOMBELLI, C. M., FORTES, C. B. B., DELWING, F., SAMUEL, S. M. W.
Departamento
de Odontologia Conservadora – Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da
substituição do eugenol pelo isoeugenol na formulação do cimento de óxido de
zinco e eugenol, em relação às propriedades de tempo de presa, espessura de
película e escoamento, com base na especificação nº 57 da ADA devido à
genotoxicidade do eugenol. Utilizou-se o pó de óxido de zinco (Endofill -
Dentsply Herpo) e o isoeugenol (98%). Para determinação do tempo de presa, foi
utilizada a agulha de Gillmore sobre o material numa matriz cilíndrica de
10 mm por 2 mm a 37ºC. Para espessura de película, utilizou-se a
mistura pó/líquido de 3/1 colocada entre duas placas de vidro com espessura
conhecida, sob aplicação de uma carga de 147 N. Após 10 minutos, removida
a carga, a espessura do conjunto foi novamente medida. A diferença resultou na
espessura de película. Para escoamento, utilizou-se um volume de 0,5 ml da
mistura, que foi colocado entre duas placas de vidro sob uma carga de
120 g. Dez minutos após o início da mistura, o peso foi removido e a média
entre o maior e menor diâmetro resultou no escoamento. Os resultados foram:
para tempo de presa: A - 1 h e 8 min; B - 1 h e
10 min; C - 1 h e 13 min; para espessura de película:
A - 30 µm; B - 26 µm; C - 28 µm e para
escoamento: A - 38,4 mm; B - 36,6 mm; C -
37,9 mm.
Concluiu-se que, em relação ao escoamento (diâmetro maior que
25 mm) e espessura de película (máxima de 50 µm),
o material está dentro da especificação. Para o tempo de presa, este foi além
dos 10% do preconizado pelo fabricante, no entanto, nas obturações de canal
este tempo não é crítico, logo, seria viável sugerir a substituição.
I373
Avaliação da microinfiltração de quatro resinas condensáveis
em decíduos.
PINTO, M.
M.*, BUSSADORI, S. K., IMPARATO, J. C. P., MUSSI, L. B.
O objetivo desse estudo foi avaliar e comparar in vitro
a microinfiltração marginal de quatro resinas condensáveis em molares decíduos,
as utilizadas: Alert - Jeneric/Pentron, Definite - Degussa, Filtek
P60 - 3M e Surefil - Dentsply. Selecionou-se 20 dentes decíduos, do
Banco de Dentes Decíduos da FOUSP, clinicamente hígidos, sendo realizado em
cada um, preparos cavitários proximais, nas faces distal e mesial. Dividiu-se
os dentes em quatro grupos, ficando 10 corpos-de-prova para cada resina
composta. Após realizar as restaurações, os molares foram isolados com resina
epóxica na região de furca e raízes e na coroa com esmalte cosmético, deixando
somente a interface resina/esmalte, na parede gengival. As amostras foram
submetidas a quatro horas de imersão em um corante à base de azul de metileno a
0,5% e pH 7,2. Em seguida, foram realizados cortes longitudinais nos
dentes, permitindo uma avaliação do grau de microinfiltração marginal das
resinas.
Concluiu-se que entre os grupos de resinas testadas houve uma maior
infiltração na P60, tendo uma diferença estatisticamente significante quando
comparada com as Surefil, Alert e Definite.
I374
Avaliação da infiltração marginal apical de quatro cimentos
endodônticos.
VALOIS, C.
R. A.*, CASTRO, A. J. R.
Departamento
de Endodontia – UNESA. Tel.: (0**21) 503-7273. E-mail: cravalois@uol.com.br
O objetivo do presente estudo foi comparar in vitro a
infiltração marginal apical em canais radiculares obturados por quatro
diferentes cimentos endodônticos. Para isto, 42 pré-molares inferiores humanos
foram instrumentados 1 mm aquém do forame apical pela técnica MRA, com brocas
Gates-Glidden de nº 2 a 4 e limas tipo K a partir do diâmetro anatômico até a
de nº 40. Os dentes foram distribuídos aleatoriamente, de modo a formar 4
grupos com 10 canais cada. Utilizou-se um dente para controle positivo e um
para controle negativo. Cada grupo recebeu um cimento obturador: Grupo I -
Kerr Pulp Canal Sealer EWT; Grupo II - EndoFill; Grupo III - Sealer
26; Grupo IV - AH Plus. Em seguida, todos os elementos foram impermeabilizados,
obturados pela técnica da condensação lateral com cones de guta-percha e
armazenados em 100% de umidade a 37ºC por 2 dias. Após este, as amostras foram
mantidas imersas em um recipiente com tinta nanquim a 37ºC por 5 dias, quando,
então, passaram pelo processo de diafanização. A penetração linear do corante
foi quantificada por meio do uso de estereomicroscópio. As médias das
mensurações de cada grupo foram: GI = 0,40 mm,
GII = 0,45 mm, GIII = 0,25 mm e
GIV = 0,30 mm. Os dados obtidos foram tratados estatisticamente
pelo teste ANOVA, que demonstrou não haver diferença significante entre os
grupos (F = 0,450 e p = 0,719).
Os autores concluíram que todos os cimentos estudados permitiram a
infiltração marginal apical de modo estatisticamente semelhantes entre si.
I375
Influência de um agente dessensibilizante sobre adesão
dentinária.
GUIMARÃES,
R. P.*1, SOUZA, F. B.1, SILVA, C. H. V.1,
CORREIA, M. N.2, LIMA, M. E. M.2
1UFPE; 2FOP –
UPE. E-mail: chvs@npd.ufpe.br
A proposta deste estudo foi verificar a influência de um
agente dessensibilizante (D/senseÒ 2 – Centrix
Incorporated), sobre o selamento marginal, quando empregado previamente a um
sistema adesivo auto-condicionante e um convencional sob condicionamento ácido
total. Quarenta cavidades tipo classe V, com margem cervical em dentina, foram
realizadas em 20 pré-molares humanos, sendo dez cavidades por grupo: G1
Controle (PromptÒ L-PopÒ/Espe + Z100/3M); G2
(D/senseÒ 2 + PromptÒ L-PopÒ/Espe +
Z100/3M); G3 Controle (Single Bond/3M + Z100/3M) e G4 (D/senseÒ 2 +
Single Bond/3M + Z100/3M). Os dentes foram armazenados em solução
fisiológica (24 horas/37ºC), termociclados (250 ciclos, 5º/55ºC, 15” cada
banho), imersos em fucsina básica 0,5% (24 horas/37ºC), lavados e seccionados
para avaliação da penetração do corante por meio de escores (graus de
infiltração marginal) de zero (sem infiltração) a 3 (máxima infiltração). Os
resultados foram: G1: grau 0 = 80%; grau 1 = 20%; G2: grau
0 = 70%; grau 1 = 30%; G3: grau 0 = 10%; grau
1 = 70%; grau 2 = 10%, grau 3 = 10%; G4: grau
0 = 30%; grau 1 = 60%; grau 2 = 10%. Não houve
diferença estatisticamente significante (p >> 0,05) entre os
grupos 1 e 2 (z = 0,3780), 3 e 4 (z = -0,9827) quando
aplicado o teste de Mann-Whitney.
Pode-se concluir que o agente dessensibilizante usado não interfere
significativamente no selamento marginal dos sistemas adesivos empregados neste
estudo.
I376
Microinfiltração marginal na interface selante/esmalte de
dentes decíduos: efeito do laser de Er:YAG.
LIPORACI
Jr., J. L. J.*, CORONA, S. M., PALMA DIBB, R. G., PÉCORA, J. D., BORSATTO, M.
C.
Clínica
Infantil – FORP – USP. Tel.: (0**16) 602-4082.
E-mail: borsatto@forp.usp.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar quantitativamente in
vitro, a microinfiltração marginal de um selante de fossas e fissuras
(FluroShield, Dentsply) em molares decíduos, após diferentes métodos de
condicionamento da superfície de esmalte. Foram utilizados 30 primeiros molares
decíduos hígidos, divididos aleatoriamente em 3 grupos iguais, de acordo com o
tratamento do esmalte: I - ácido fosfórico a 37% por 30 s; II -
irradiação com laser de Er:YAG no modo “short pulse” (120 mJ, 4 Hz)
por 30 s associado ao condicionamento ácido; III - irradiação com
laser Er:YAG no modo “short pulse” (120 mJ, 4 Hz) por 30 s. As
amostras foram isoladas, termocicladas, imersas em rodamina B 0,2%, durante
24 h e incluídas em resina acrílica. A seguir, foram seccionadas e a
análise da microinfiltração foi realizada por meio de um microscópio óptico
acoplado a um computador e uma câmera de vídeo. A imagem obtida foi digitalizada
e um software determinou, quantitativamente (em mm), a penetração do corante ao
longo da interface nas vertentes V e L. As médias encontradas para os grupos
estudados foram: grupo I - 2,87% (± 5,75), grupo II - 1,94% (± 4,38)
e o grupo III - 3,51% (± 6,26). Os dados foram submetidos à análise
de variância e foi observada similaridade estatística entre os três grupos.
Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que, embora não tenha
havido diferença estatisticamente significante entre as técnicas estudadas, o
laser Er:YAG associado ao condicionamento ácido subseqüente apresentou os
menores valores de microinfiltração na interface esmalte/selante. (Apoio:
CNPq/PIBIC/USP.)
I377
Laser Er:YAG – resistência à tração de sistema
ionomérico à dentina.
MENEZES,
M.*, CORONA, S. A. M., BORSATTO, M. C., PALMA DIBB, R. G., CHIMELLO, D. T.,
PÉCORA, J. D.
Odontologia
Restauradora – FORP – USP. Tel.: (0**16) 602-4075,
633-0999. E-mail: mmeneses23@hotmail.com
O presente estudo teve por objetivo avaliar in vitro
a resistência à tração de sistemas ionomérico a dentina, em função do
tratamento superficial com laser Er:YAG. Foram utilizadas 60 superfícies de
dentina humana de terceiros molares extraídos, planificadas e divididas em três
grupos, nos quais foram realizados diferentes tratamentos superficiais:
I - aplicação do laser Er:YAG; II - associação do Er:YAG + condicionador
ou “primer” e III - controle. Confeccionou-se cones invertidos com os
cimentos ionoméricos Protec CEM (Vivadent) e Vitremer R (3M). Após 24 horas em
estufa a 37ºC, realizou-se o teste de tração utilizando a Máquina de Ensaios
Universal com carga de 50 kgf e velocidade de 0,5 mm/min. Analisou-se
os tipos de fratura ocorridos, através de uma lupa estereoscópica com 40 X
de aumento. Os valores médios obtidos em MPa foram 0,13 (± 0,20); 4,19 (± 2,04)
e 2,09 (± 1,36) para o Protec CEM e 5,49 (± 1,54); 8,97 (± 2,09)
e 14,06 (± 2,67) para o Vitremer R, nos grupos I, II e III,
respectivamente. Os dados obtidos foram submetidos ao teste de análise de
variância teste de Tukey. Observou-se que o Protec CEM apresentou melhores
resultados quando realizou-se o tratamento com laser associado ao
condicionador. Para o Vitremer R os melhores resultados foram obtidos quando
não se realizou o tratamento prévio da superfície com laser.
Concluiu-se
que o laser pode influenciar na adesão do cimento ionomérico, principalmente
para o Vitremer R, sendo necessário sempre a utilização do
condicionador/“primer” quando empregar o laser Er: YAG.
I378
Resinas compostas: tempo de fotopolimerização versus
selamento marginal.
SOUZA, F.
B.*1, GUIMARÃES, R. P.1, VICENTE SILVA, C. H.1,
CORREIA, M. N.2,
MENEZES FILHO, P. F.2
1UFPE; 2FOP –
UPE. E-mail: chvs@npd.ufpe.br
Este estudo verificou a influência do tempo de
fotopolimerização por incremento sobre o selamento marginal de uma resina
composta condensável e uma híbrida convencional. Quarenta cavidades tipo classe
II, com margem cervical em dentina, foram realizadas em 20 molares humanos,
sendo dez cavidades por grupo: G1 Controle (Gluma One Bond + Solitaire -
fotopolimerização 40”); G2 (Gluma One Bond + Solitaire -
fotopolimerização 10”); G3 Controle (Single Bond/3M + Z100/3M -
fotopolimerização 40”) e G4 (Single Bond/3M + Z100/3M -
fotopolimerização 10”). A intensidade de luz foi de 550 mW/cm2
e distância fonte de luz/restauração foi zero. Os dentes foram armazenados em
solução fisiológica (24 horas/37ºC), termociclados (125 ciclos/5º -
55ºC/15” cada banho), imersos em azul de metileno (24 horas/37ºC), lavados,
seccionados e avaliados quanto a penetração do corante em escores de zero (sem
infiltração) a 3 (máxima infiltração). O teste de Mann-Whitney não indicou
diferença significante entre os grupos 1 e 2 para p >> 0,05
(z = -0,5292). Entretanto, entre os grupos 3 e 4 existiu diferença
significativa para p = 0,05 (z = 1,8543) com melhores
resultados para o grupo 4.
Pode-se concluir que o tempo de fotopolimerização por 10”/incremento
promoveu um melhor selamento marginal da resina híbrida testada.
I379
Estudo comparativo do teste de aspiração usando diferentes
seringas.
SOARES, S.
O. S.*, MOURA, W. L., LOPES, M. C. A.
Departamento
de Patologia e Clínica Odontológica – Universidade Federal do Piauí.
Tel.: (0**86) 223-6555.
O risco de injeções intravasculares inadvertidas é
reconhecido há muito dentro da literatura odontológica. Estudos prévios
mostraram que a penetração vascular não é uma ocorrência rara. As injeções
intravasculares podem levar a falhas na anestesia, além de uma variedade de
conseqüências farmacológicas. O presente trabalho tem como objetivo comparar a
porcentagem de injeções intravasculares de anestésicos locais, usando quatro
tipos de seringas com diferentes sistema de refluxo durante a realização de
anestesias regionais intrabucais dos nervos alveolar inferior, lingual e bucal.
Para o desenvolvimento deste estudo foram selecionados 120 indivíduos com
necessidade de intervenção cirúrgico-odontológica sob anestesia local por
bloqueio regional dos nervos alveolar inferior, lingual e bucal. Esta amostra
foi dividida em quatro grupos de trinta, sem distinção de sexo, raça ou cor.
Para cada grupo foi utilizada um tipo de seringa diferente e em cada indivíduo
foi realizada uma anestesia por bloqueio regional dos nervos alveolar inferior,
lingual e bucal pela técnica indireta. A incidência de aspiração positiva com
seringas de refluxo ativado foi 15% e com as seringas de auto-refluxo 5%. O
bloqueio mais acometido por injeção intravascular foi o do alvelar inferior com
7%.
Os resultados indicaram que a incidência de injeção intravascular
acidental de anestésico local é maior quando se utiliza seringas de refluxo
ativado durante o bloqueio do nervo alveolar inferior. (Apoio financeiro:
CNPq.)
I380
Modificações nas populações celulares durante a osteogênese
ectópica induzida por matriz óssea alogênica.
YAEDÚ, R. Y.
F.*, BRIGHENTI, F. L., CESTARI, T. M., TAGA, R.
Departamento
de Ciências Biológicas – FOB – USP. E-mail: cestari@fob.usp.br
O objetivo da atual pesquisa foi avaliar através de métodos
morfométricos as modificações numéricas nas populações celulares durante a
osteogênese ectópica induzida por implante de osso alogênico desmineralizado no
músculo femural de camundongo. Os 36 fêmures obtidos de camundongos adultos
foram limpos removendo-se o tecido mole e a medula óssea. Os segmentos de
diáfases (4 mm) foram desmineralizados em 0,6 N HCl por 8 horas com
controle radiográfico e mantidos a 4ºC em etanol a 70%. O segmento de osso
alogênico desmineralizado preenchido com coágulo sangüíneo foi implantado em uma
bolsa criada no músculo femural de 36 ratos adultos. Os animais foram
sacrificados em grupo de 6 nos períodos de 2, 5, 7, 14, 21 e 28 dias depois da
implantação. A análise dos resultados mostrou que: a) no período de 2 a 7 dias
ocorreu a reabsorção do coágulo sangüíneo e a sua substituição por um tecido
conjuntivo vascularizado e celularizado; b) após 14 dias nenhuma reação
não-inflamatória foi observada e a matriz implantada exibiu 2,7% e 0,1% da sua
área total ocupada, respectivamente, por cartilagem hialina e tecido ósseo; c)
no final de período de 28 dias a cartilagem, o osso e a medula óssea ocuparam,
respectivamente, 0,34%, 1,9% e 7,1% do total da área da matriz; e d) entre 14 e
28 dias o número total de condrócitos e osteócitos aumentou, respectivamente,
84,1% e 2.450%.
Baseado nos resultados obtidos, concluímos que a neoformação óssea
ocorreu por reabsorção da matriz implantada, formação de cartilagem hialina e
sua gradual substituição por tecido ósseo e medula óssea.
I381
Estudo morfológico e estereológico ultra-estrutural do
ameloblasto secretor de dentes incisivos de ratos submetidos a fluorose.
HIROTA, L.*,
RIBEIRO, D. A., ASSIS, G. F.
Departamento
de Ciências Biológicas – FOB – USP. Tel.: (0**14) 235-8259.
E-mail: gfassis@fob.usp.br
A ingestão de flúor em excesso pode interferir na
amelogênese, levando a um quadro de fluorose dentária. A interferência do flúor
pode ocorrer tanto na matriz, quanto no ameloblasto. No presente trabalho,
fizemos um estudo comparativo entre ameloblastos secretores normais e submetidos
a fluorose crônica (100 ppm em água de consumo) em incisivos de ratos
adultos, utilizando-se de métodos estereológicos. Os resultados mostraram que:
a) a massa corporal do rato do grupo experimental foi 14%
(p << 0,05) menor que o controle; b) o consumo médio de água
foi 35 ml/dia tanto no grupo controle como no grupo experimental; c) as densidades de volume e volume absoluto do núcleo e do
citoplasmática foram semelhante nos dois grupos; d) embora o grupo experimental
pela análise subjetiva aparentasse algumas regiões de REG mais dilatado que o
grupo controle, os parâmetros de volume e superfície não mostraram diferença
estatística (p >> 0,05); e) os grânulos de secreção também não
mostraram diferença (p >> 0,05); f) as mitocôndrias mostraram a
densidade de volume e o volume absoluto 29% (p << 0,01) maiores
no grupo experimental, não apresentando diferença quanto a superfície.
Concluímos que o fluoreto de sódio oferecido durante 6
semanas em água de consumo não interfere na produção das proteínas do esmalte
do ameloblasto secretor, mas pode interferir na secreção das mesmas e no
metabolismo das mitocôndrias. (Apoio financeiro: PIBIC/CNPq.)
I382
Estudo estereológico do desenvolvimento da glândula parótida
de camundongo.
CEOLIN, D.
S.*, RIBEIRO, T. T. C., CESTARI, T. M., TAGA, R.
Departamento
de Ciências Biológicas – FOB – USP. Tel.: (0**14) 235-8298.
E-mail: cestari@fob.usp.br
Esta pesquisa foi conduzida para o estudo do desenvolvimento
pós-natal da glândula parótida de camundongo através de métodos morfométricos.
As seguintes dimensões morfométricas foram avaliadas: a) massa glandular; b)
volume absoluto de cada compartimento morfológico; e c) número total de células
em cada compartimento. A análise dos resultados obtidos mostraram a ocorrência
de marcado crescimento 1.424% na massa glandular durante o período de 2 a 35
dias de idade, com acúmulo diário médio de 4,8 mg/dia. Esse crescimento
ocorreu devido ao aumento no volume absoluto de todos os compartimentos
morfológicos, i.e., ácinos, ductos intercalares, ductos estriados, ductos
excretores e estroma com aumentos percentuais de, respectivamente, 3.048%,
457%, 2.662%, 2.594% e 417%. A análise da evolução do número de células em cada
compartimento mostram aumentos de, respectivamente, 1.903%, 284%, 1.021%,
1.090% e 287%.
Estes resultados demostram que o crescimento da glândula parótida no
período de 2 a 35 dias de idade ocorreu devido a um intenso acúmulo de células
principalmente nos compartimentos dos ácinos, ductos estriados e ductos
excretores. Comparações no percentuais de crescimento de volume compartimental
e de número absoluto de células nos sugeriu que o aumento no volume individual
das células pode também ter importante participação no crescimento da glândula
parótida do camundongo. (Financiado pela FAPESP - processo 98/11744-9.)
I383
Maus-tratos: estudo através da perspectiva da Delegacia de
Proteção à Criança.
CARVALHO, A.
C. R.*, GURGEL, C. A. S., BARROS, S. G., ALVES, A. C.
Odontopediatria –
FO – UFBA. Tel.: (0**71) 264-5377. E-mail: acastroalves@hotmail.com
O objetivo deste estudo foi avaliar ocorrências registradas
entre os anos de 1997-1999 na Delegacia de Repressão aos Crimes contra a
Criança e o Adolescente (Salvador/BA). Uma amostra aleatória de 2.073
ocorrências foi examinada. Dados físicos e demográficos foram utilizados. A
análise dos dados foi realizada no Epi Info 2000. As vítimas tinham entre 0-18
anos (12,56 ± 4,09), sendo 56,1% meninas e 43,9% meninos. Todos os
tipos de abuso foram mais freqüentes no subgrupo de 11-15 anos, e, com exceção
do abuso físico, no sexo feminino. O abuso físico foi o mais encontrado
(64,7%), seguido de psicológico (28,3%), sexual (16,5%) e negligência (2,8%).
Os denunciantes foram os pais em 72,9%, não sendo verificada a notificação por
profissionais de saúde. A maioria dos agressores era do sexo masculino (71,8%).
Dentre os 461 casos com lesões, 65,3% envolviam cabeça e pescoço. Foi
encontrada uma correlação positiva entre sexo feminino e abuso sexual
(p << 0,01). A violência física mostrou-se mais freqüente entre
os meninos (p << 0,01), apresentando-se também mais intensa
para este sexo, o que pode ser notado pela maior ocorrência de lesões
(p << 0,01), inclusive em cabeça e pescoço
(p = 0,01).
Na presença de lesões, existe um freqüente envolvimento da região de
atuação do dentista. Contudo, os maus-tratos ocorrem constantemente na ausência
de evidências físicas, sendo importante o reconhecimento de indícios
comportamentais no diagnóstico. Além do dever legal de denúncia, o dentista
pode sensibilizar a comunidade a fim de reduzir a incidência e o impacto da
violência infantil.
I384
Freqüência de células micronucleadas na língua de indivíduos
alcoólatras.
VILAS BÔAS,
D. S.*, REIS, S. R. A., ESPÍRITO SANTO, A. R., SOARES, L. P.
Programa
Especial de Treinamento – FO – UFBA. Tel.: (0**71) 9973-0019.
E-mail: deisevilas@bol.com.br
O consumo de álcool constitui um dos fatores relacionados à
carcinogênese em células da mucosa bucal. Os micronúcleos são porções de
cromatina resultantes de mitoses aberrantes que permanecem próximas ao núcleo,
sendo utilizados como marcadores biológicos para exposição celular a
carcinógenos. Este trabalho teve como objetivo avaliar a freqüência de
micronúcleos em células da língua de indivíduos alcoólatras, comparando-a com o
grau de alterações regressivas das células hepáticas, determinado através de
dosagens séricas da gama-glutamil-transpeptidade (GGT). A amostra constou de
células esfoliadas do bordo lateral da língua de 20 alcoólatras não-fumantes
(Grupo A), 20 alcoólatras fumantes (Grupo B) e 20 abstêmios de álcool e fumo
(Grupo C). As células obtidas foram submetidas à coloração pelo método de
Feulgen e contra-coradas pelo Fast Green. Observou-se um aumento
estatisticamente significativo da freqüência de células micronucleadas nos
grupos A e B em relação ao grupo controle (teste de Mann-Whitney). Todavia,
quando comparados os grupos A e B, esta freqüência não apresentou diferença
estatisticamente significante (teste de Mann-Whitney). Foi identificada uma
correlação positiva entre a freqüência de células micronucleadas na língua e o
grau de injúria hepática, expresso através de altas dosagens da GGT.
Conclui-se, portanto, que o consumo excessivo de álcool promove
alterações efetivas em células da mucosa bucal, ainda que na ausência de
exposicão ao fumo. (Apoio: CAPES.)
I385
Estudo comparativo das distorções dimensionais quando do
desvio do plano axial em tomografias pluridirecionais e computadorizadas para o
planejamento de implantes.
LIMA, A. C.
M.*, BIANCHI, A., LOPEZ, M. A. R., FARIA, M. B.
As técnicas tomográficas no planejamento de implantes são um
auxiliarna determinação da altura e espessura óssea, assim como da morfologia
maxilo-mandibular. Neste trabalho foram utilizadas as técnicas tomográficas
convencional e computadorizada em quatro mandíbulas secas edêntulas nas quais
foram colocadas sobre o rebordo alveolar guias de 3 mm de diâmetro, para o
fim de orientação das regiões dos cortes tomográficos e na orientação das
secções mandibulares. As regiões previamente selecionadas localizaram-se
3 mm posteriormente ao forame mentoniano. Para isso foi utilizado no caso
de tomografia convencional o aparelho da Siemens ORTOPHOS CD PLUS com os
programas de cortes tomográficos transversos P19 e P20. No caso de tomografia
computadorizada foi utilizado o aparelho HISPEED 6E. As mandíbulas foram
posicionadas de maneira que suas bases variavam em uma angulação de 0, 10 e 20
graus ao plano horizontal para avaliarmos as dimensões verticais e horizontais
das imagens relacionadas à anatomia óssea. Constatou-se na técnica convencional
uma variação dimensional a zero graus de 10%, a dez graus de 30% e a vinte
graus uma variação de 60%. Na técnica computadorizada a variação dimensional a
zero graus foi de 0,2%; a dez graus, 1,3%; e a vinte graus, 5%. Para tais
resultados aplicou-se o teste de Tukey e análise de variância.
Os resultados obtidos comprovam a necessidade de um correto
posicionamento do paciente para o correto diagnóstico e planejamento de
implante osteointegráveis.
I386
A paramentação utilizada pelos cirurgiões-dentistas e
auxiliares durante atendimento em postos de saúde.
COSTA, A.
R.*, RODRIGUES, A. R., GARCIA, J. L. V., ARANEGA, A.
Faculdade de
Odontologia – Araçatuba – UNIP.
Apesar das constantes informações à respeito da importância
das barreiras de proteção para se evitar infecções cruzada, os profissionais da
área da saúde ainda se esquecem que os agentes infecciosos são invisíveis a
olho nu e, geralmente, dependendo da quantidade de contaminação, não mudam a
aparência das mãos, cabelos, roupas, instrumentos e superfície. A utilização da
paramentação como norma básica de conduta, da qual fazem parte o gorro, a
máscara, os óculos, o avental e as luvas, devem ser adotada como medida
racional pelos cirurgiões-dentistas e auxiliares em todos os procedimentos
odontológicos. Este trabalho objetivou verificar o tipo de paramentação adotada
por estes profissionais durante o atendimento nos 22 Postos de Saúde do
Noroeste Paulista, estabelecendo um paralelo com as exigências da Organização Mundial
de Saúde (OMS) quanto a este aspecto. Para tanto, utilizou-se de um
questionário nos quais participaram os cirurgiões-dentistas e auxiliares em
atividades nos respectivos centros.
Conclui-se que: exceto em 54,55% os quais utilizam luvas, a maioria dos
auxiliares não utilizam qualquer outro tipo de paramentação, 13,64% dos
cirurgiões-dentistas utilizam luvas estéreis enquanto 77,27% utilizam luvas
descartáveis, uma por paciente. A maioria dos cirurgiões-dentistas e auxiliares
não estão respeitando as normas da OMS.
I387
Estudo histológico comparativo entre o MTA e o cimento de
Portland.
PAIM, K.
S.*, REISS ARAUJO, C. J.
Departamento
de Saúde – Universidade Estadual de Feira de Santana. Tel.: (0**75)
221-6274. E-mail: kercya@fsa.svn.com.br
Muitos pesquisas demonstraram a eficiência de MTA como um
material promissor para fins endodônticos. É possível que o cimento de Portland
apresente os mesmos resultados de MTA devido a composição semelhante de ambos
os materiais. O objetivo deste trabalho foi comparar o MTA e o cimento de
Portland histologicamente. Dois grupos com cinco ratos linhagem Wistar Rattus
norvegicus foram operados na área de filtro e receberam um tubo de
polietileno que continha o MTA (lado esquerdo do animal) e o Portland (lado direito
do animal). Depois de fechamento dos retalhos, os animais foram colocados em
quarentena, e após dois períodos diferentes (2 e 12 semanas) foram
sacrificados. Foram removidos blocos dos animais, os quais foram acondicionados
em formol 10% e preparados histologicamente. Todos os blocos foram incluídos em
um único cassete e lidos em microscopia óptica.
Os resultados mostraram uma aceitação biológica discretamente melhor do
MTA em relação ao cimento de Portland, não obstante este último pode ser
especulado para uso em Odontologia.
I388
Capacidade de dissolução tecidual do hipoclorito de sódio em
diferentes concentrações.
SOUZA, V.
S.*, REISS ARAUJO, C. J.
Departamento
de Saúde – Universidade Estadual de Feira de Santana. Tel.: (0**71)
641-2541. E-mail: nessassouza@globo.com
Estudo e avaliação da capacidade solvente das soluções de
hipoclorito de sódio têm sido bastante abordados atualmente. Cinco
concentrações diferentes de soluções de hipoclorito de sódio usadas em
Endodontia foram testadas para avaliar o poder solvente destas soluções. Foram
usadas soluções comercializadas, prontas para uso, líquido de Dakin (solução de
hipoclorito de sódio 0,5%), solução de Milton (solução de hipoclorito de sódio
1,0%), soda clorada (solução de hipoclorito de sódio 2,0%), água sanitária
Brilux (solução de hipoclorito de sódio 2,5%) e soda clorada duplamente
concentrada (solução de hipoclorito de sódio 5,0%); e soluções de hipoclorito
de sódio manipuladas em farmácia de manipulação nas mesmas concentrações das
soluções comercializadas, prontas para uso. Foram divididos em dois grupos
experimentais, com cinco amostras em cada grupo: G1 - soluções comerciais,
G2 - soluções manipuladas. Dez fragmentos de língua de rato, da espécie Rattus
norvegicus da linhagem Wistar, foram obtidos e submetidos a ação solvente
das soluções de hipoclorito de sódio. O tempo de dissolução foi marcado em um
cronômetro.
Os resultados mostraram não existir diferença significante entre os
grupos, concentração a concentração, contudo, as soluções manufaturadas tendem
a garantir uma dissolução mais rápida em baixas concentrações e as manipuladas
tendem a essa dissolução em concentrações mais altas.
I389
Tratamento periodontal associado a doxiciclina em pacientes
portadores de diabetes mellitus tipo I.
CURY, C.
C.*, PALIOTO, D. B., DURO Jr., A. M., LIMA, A. F. M.
Departamento
de Prótese e Periodontia – FOP – UNICAMP.
O objetivo deste estudo é avaliar a administração
subgengival da doxiciclina como coadjuvante à terapia periodontal em pacientes
portadores de diabetes mellitus tipo I. Vinte e dois defeitos
periodontais contralaterais >> 4 mm foram tratados em 11
pacientes, não fumantes, 35-55 anos. Os pacientes receberam instrução de
higiene bucal e instrumentação periodontal supragengival com ultra-som. Os sítios
foram separados em dois grupos: teste (terapia periodontal + hiclato
de doxicilina 10%) e controle (terapia periodontal + placebo). Os
parâmetros clínicos profundidade de sondagem (PS), nível clínico de inserção
(NCI) e nível da margem gengival (NMG) foram determinados utilizando uma sonda
computadorizada nos tempos: “baseline”, 6 semanas, 6 meses, 12 meses. Os
resultados foram avaliados utilizando ANOVA e testes t pareados. Houve
diferença estatística significativa para todos os parâmetros em ambos os grupos
entre “baseline” e os demais tempos (p << 0,01). A redução da
PS e o ganho no NCI, em mm, foi significativamente maior no grupo teste
(4,01 ± 0,21 e 3,23 ± 0,44) do que no controle (1,92 ± 0,34
e 0,89 ± 0,52) (p << 0,05), entretanto não houve
diferença estatística significativa para NMG (p >> 0,05) entre
os grupos teste e controle (-1,23 ± 0,37 e -0,97 ± 0,38).
Portanto, a terapia mecânica combinada com administração subgengival de
doxiciclina produziu efeito adicionais favoráveis em pacientes portadores de
diabetes mellitus tipo I durante 12 meses. (Apoio financeiro:
FAPESP - processo 99/05640-9.)