H001
Avaliação in vitro da atividade antibacteriana de
quatro medicações de uso endodôntico.
PALLOTTA, R.
C.*, MASSARO, H., MACHADO, M. E. L.
FOCCB.
Tel.: (0**11) 272-6262, fax: (0**11) 272-6262.
E-mail: raulcapp@aol.com
O objetivo deste trabalho foi avaliar a ação de quatro
substâncias utilizadas como medicação intracanal, o iodofórmio, o hidróxido de
cálcio, o CFC – 25% Ciprofloxacin, 25% metronidazol e 50% hidróxido de
cálcio – e o IKI – 2% iodo, 4% iodeto de potássio veiculados em
glicerina – sobre quatro bactérias que apresentam grande capacidade de
resistência (Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Enterococcus
faecalis e Bacteroides fragilis). As quatro soluções foram
utilizadas em dez concentrações diferentes. O procedimento a ser realizado
consistia na incubação em tubos de ensaio de 0,9 ml de uma associação de
bactérias e meio de cultura líquido numa concentração constante na qual deveria
ser acrescentado 0,1 ml da medicação. O procedimento foi repetido 20 vezes
para cada concentração de medicação sobre cada bactéria. Um grupo somente com
meio de cultura e outro com meio e bactérias era inoculado servindo de controle
negativo e positivo respectivamente. Após o período de incubação, verificava-se
o crescimento bacteriano, avaliando a turbidez do tubo, comparando com a escala
de MacFarland, sendo possível atribuir um valor para cada um dos tubos.
Para S. aureus, P. aeruginosa e E. faecalis, o CFC
apresentou melhores resultados, seguido pelo hidróxido de cálcio e iodofórmio,
e por fim o IKI. Já para o B. fragilis, o CFC e o iodofórmio foram mais
eficazes, seguidos pelo hidróxido de cálcio e o IKI. Em maiores concentrações
os resultados tenderam a ser semelhantes para todos os grupos. Pode ser
observada uma relação direta entre a concentração e a ação do medicamento.
H002
Aspectos demográficos, clínicos e odontológicos de 1.200
pacientes HIV positivos.
ORTEGA, K.
L.*, MAGALHÃES, M. H. C. G.
Disciplina
de Patologia Bucal – Departamento de Estomatologia – FOUSP.
O objetivo deste estudo foi verificar os aspectos
demográficos, clínicos e odontológicos de 1.200 pacientes HIV positivos,
admitidos para tratamento odontológico no Centro de Atendimento a Pacientes
Especiais da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, entre 1989
e 2000. Os dados contidos nas fichas clínicas dos pacientes foram transferidos
para um programa de computador (Epi Info 6, versão 6.04b) e analisados. Os
resultados mostraram que as características demográficas dos pacientes do CAPE
foram muito similares às relatadas pelo Ministério da Saúde do Brasil no último
boletim epidemiológico. As manifestações bucais da infecção pelo HIV, mais
freqüentes, encontradas foram candidíase (32,83%), leucoplasia pilosa (15,41%),
queilite angular (14,91%), gengivite (12,75%), periodontite (11,33%),
ulcerações (6,75%), lesões de herpes (3,58%), sarcoma de Kaposi (2,16%), GUNA
(1,41%), periodontite necrosante (1,08%), eritema gengival linear (1,08%),
pigmentação da mucosa (1,08%), condiloma acuminado (0,50%), linfoma não-Hodgkin
(0,41%), sífilis (0,33%), paracoccidioidomicose (0,08%) e carcinoma epidermóide
(0,08%). A prevalência das lesões bucais foi influenciada pelo sexo, idade,
contagem de CD4, terapia antirretroviral e tabagismo.
H003
Crescimento gengival relacionado à ciclosporina-A versus condição
clínica e microbiológica periodontal.
ROMITO, G.
A.*, PUSTIGLIONI, F. E., LOTUFO, R. F. M., SARAIVA, L., PUSTIGLIONI, A. N.,
STOLF, N. A. G.
Periodontia
– FOUSP. E-mail: garomito@uol.com.br
Foram examinados 30 pacientes (média de 44,89 anos)
submetidos à terapia com ciclosporina-A (CsA), e que não tinham sido submetidos
à antibioticoterapia e nem a tratamento periodontal prévio, por pelo menos há 3
meses do início do estudo. O paciente deveria ter, no mínimo, 6 dentes. Foram
registrados os índices de placa bacteriana (IP), índice gengival (IG), e os
valores de profundidade clínica de sondagem (PCS) e nível clínico de inserção
(NCI). Análise microbiológica foi realizada a partir de amostras coletadas do
sulco/bolsa (s/b) gengival e da saliva estimulada (se). Os pacientes foram
divididos em 2 grupos: com crescimento gengival (CCG) e sem crescimento
gengival (SCG). Após análise estatística (teste do qui-quadrado; prova exata de
Fisher; p << 0,05), concluiu-se que não houve diferença entre
os dois grupos de pacientes com relação ao sexo dos pacientes, dosagem de CsA,
tempo decorrido após o transplante, IP, IG, PCS e NCI. O exame microbiológico
das amostras coletadas mostrou a presença de Actinobacillus
actinomycetemcomitans (s/b - 23% e se -13%), Porphyromonas sp.
(s/b - 36% e se -13%), Prevotella sp. (s/b - 93% e se -93%), Campylobacter
sp. (s/b - 30%), Fusobacterium
sp. (s/b - 66% e se - 50%), Peptostreptococcus micros
(66%) e Streptococcus b-hemolítico (s/b - 57% e se - 83%). Destes
microorganismos, apenas P. micros mostrou-se diretamente associado ao
grupo CCG. Foi possível a detecção de Candida sp. (s/b - 30% e se -
30%), na amostra de saliva a presença de Candida sp. estava associada
aos pacientes SCG. (Apoio: FAPESP – Processo: 99/06627-6.)
H004
Avaliação da superfície de limas endodônticas por MEV e EDX.
FILIPPINI,
H. F.*, FIGUEIREDO, J. A. P.
Programa de
Pós-Graduação em Odontologia – Concentração em Endodontia – ULBRA.
O objetivo do presente estudo foi avaliar a morfologia e a
composição química de duas limas manuais de aço-inox e duas limas rotatórias de
níquel-titânio. Foram selecionadas limas #35, duas de dada marca comercial. As
limas de aço-inox avaliadas foram: Flexofile (Maillefer) e Flex-r (Moyco). As
de níquel-titânio foram: Profile.06 ( Maillefer) e Pow-r 04 (Moyco).
Inicialmente, as limas foram afixadas em “stub” desenvolvido no Laboratório de
Microscopia Eletrônica da ULBRA, que permite a fixação de até seis limas em um
único conjunto. A análise morfológica de superfície foi realizada a 3 mm
da ponta do instrumento em aumento de 500 X. Após a realização das
fotomicrografias, o campo selecionado foi submetido à análise de quantificação
por sonda EDX. Nesta, a distribuição dos elementos era dado em percentagem e
expresso em gráficos. Após, as limas foram seccionadas longitudinalmente,
expondo sua porção central, ou corpo da lima. Fotomicrografias desta área em
aumentos de 50 a 100 X foram realizadas e o campo selecionado para a
análise em EDX foi o mesmo da avaliação anterior, porém na face interna. Os
resultados mostraram iguais quantidades de ferro, cromo, silício e níquel para
ambas as limas estudadas. Também as limas de níquel-titânio mostraram iguais
proporções de níquel e titânio independentemente da marca comercial.
As limas estudadas apresentaram iguais componentes metálicos, sendo as
diferenças existentes entre elas uma expressão da sua forma de fabricação.
H005
PTEN como marcador tumoral em carcinomas epidermóides
bucais.
SQUARIZE, C.
H.*, CASTILHO, R. M., PINTO Jr., D. S.
Estomatologia
– FOUSP. Tel./fax: (0**11) 3091-7902. E-mail: squarize@fo.usp.br
Por muitos anos tem-se procurado um marcador tumoral que
possa auxiliar na graduação, prognóstico e tratamento de carcinomas
epidermóides bucais (CEB). PTEN é uma proteína supressora de tumor identificada
recentemente, em 1997. Em 1999 e 2000, o uso de PTEN como marcador tumoral de
neoplasias de próstata e do sistema nervoso central foi estabelecido. No entanto,
não há relato na literatura deste uso em CEB. Assim, utilizando a técnica de
imuno-histoquímica vastamente difundida e reconhecida no mundo em diagnóstico e
pesquisa, realizamos este trabalho que tem como objetivo comparar a expressão
de PTEN com o grau histológico de malignidade e propor o seu uso como marcador
tumoral em CEB. Foram utilizados cortes histológicos de 3 micrômetros de
espessura de 24 blocos parafinados de CEB dos arquivos da disciplina de
patologia bucal da Universidade de São Paulo para a marcação imuno-histoquímica
do anticorpo anti-PTEN. As marcações foram comparadas à graduação histológica
de malignidade de Anneroth (1987) e subdivididos em 2 grupos: alto (escores de
1-2,5) e baixo grau (2,6-4). Controles negativos foram realizados com a
ausência do anticorpo primário. Os resultados revelam marcação positiva de PTEN
nos carcinomas de alto grau e negativa nos carcinomas de baixo grau, com
p << 0,0005.
Assim, podemos afirmar que a expressão de PTEN está correlacionada ao
grau de malignidade do carcinoma epidermóide bucal, podendo ser estabelecido
como marcador tumoral nesta neoplasia. (Apoio: NIH-Bethesda.)
H006
Eosinofilia tecidual como fator de prognóstico em carcinomas
espinocelulares de boca.
DORTA, R. G.
*, LANDMAN, G., KOWALSKI, L. P., LATORRE, M. R. D., OLIVEIRA, D. T.
Patologia
Bucal – FOB – USP; Hospital do Câncer - SP. E-mail: rdorta@fo.usp.br
A eosinofilia tecidual associada a tumores (TATE) tem sido
descrita, entre outras localizações, nas neoplasias malignas da região de
cabeça e pescoço. O mecanismo exato de atração dos eosinófilos e seu papel nos
tumores ainda não foram definidos, sendo correlacionados tanto com um
prognóstico favorável, como desfavorável. Com o objetivo de verificar a
influência da TATE no prognóstico dos carcinomas espinocelulares localizados na
língua, assoalho bucal, área retromolar e gengiva inferior com estadiamento
clínico II e III foram analisados 125 pacientes quanto às características
clínicas, tratamento e evolução, bem como os aspectos microscópicos relativos à
morfologia e invasão tumoral e presença do infiltrado inflamatório,
destacando-se a eosinofilia tecidual, quantificada por meio de análise
morfométrica. O número de eosinófilos obtidos nos carcinomas espinocelulares de
boca variou de 0 a 392 por milímetro quadrado. A TATE foi classificada em
discreta (0 a 26 EOS/mm2), moderada (27 a 83 EOS/mm2)
e intensa (84 EOS/mm2 ou mais) e apresentou correlação
estatisticamente significativa com a intensidade do infiltrado inflamatório
mononuclear e com a localização do infiltrado inflamatório eosinofílico.
A análise da eosinofilia tecidual como fator de prognóstico demonstrou
que a eosinofilia tecidual intensa constitui um fator de prognóstico favorável
independente nos carcinomas espinocelulares de boca com estadiamento clínico II
e III localizados na língua, assoalho bucal, área retromolar e gengiva
inferior.
H007
Rugosidade radicular após instrumentação periodontal.
MARTINS, E.
O. B.*, SALLUM, A. W., MARTINS, F., SAMPAIO, J. E.
Departamento
de Prótese e Periodontia – FOP – UNICAMP.
O objetivo deste trabalho foi avaliar, in vitro, o
grau de rugosidade radicular deixado pelos vários tipos de instrumentos
utilizados durante o processo de instrumentação. Foram selecionados 110 dentes
humanos extraídos. Os dentes foram divididos aleatoriamente, em 11 grupos:
grupo 1 - curetas Gracey; grupo 2 - lima periodontal; grupo 3 -
aparelho ultra-sônico; grupo 4 - aparelho sônico; grupo 5 - broca
diamantada extrafina, em caneta de alta rotação; grupo 6 - broca
diamantada extrafina, em caneta de baixa rotação; grupo 7 - broca carbide
multilaminada de 12 lâminas, em caneta de alta rotação; grupo 8 - broca
carbide multilaminada de 12 lâminas, em caneta de baixa rotação; grupo 9 -
broca carbide multilaminada de 30 lâminas, em caneta de alta rotação; grupo
10 - broca carbide multilaminada de 30 lâminas, em caneta de baixa rotação
e grupo 11 - controle, sem instrumentação. Os dados foram submetidos à
análise estatísticas. Os resultados mostraram que o grupo 5 obteve o menor
aumento de rugosidade em relação ao grupo controle, seguido em ordem crescente
de rugosidade pelos grupos 2, 1, 9, 6 , 7, 10, 8, 4 e 3. Foram também
realizadas fotomicrografias das superfícies radiculares, após a instrumentação,
em microscopia eletrônica de varredura, com aumento de 150 e 350 X, com
fins ilustrativos.
H008
Teste de microinfiltração dos cinco mais novos adesivos
dentinários.
MARTINS,
F.*, MARTINS, E. O. B., CONSANI, R. L. X., SINHORETI, M. C.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOA – UNESP.
O objetivo deste trabalho foi avaliar e comparar a
efetividade entre adesivos dentinários hidrófilos que necessitam de múltiplas
etapas no seu uso (ataque ácido, “primer” e adesivo, grupo controle) com
adesivos de apenas uma etapa (adesivo autocondicionante) e duas etapas de uso
(condicionamento e adesivo); e se esta efetividade de aderência pôde ocorrer de
maneira similar tanto em esmalte/dentina quanto em cemento/dentina. Cavidades
padronizadas foram feitas em dentes molares extraídos, tanto na face
oclusomesial quanto na face oclusodistal, e então foram restauradas de acordo
com as instruções dos fabricantes de cada adesivo. Após ciclagem térmica, as
amostras foram deixadas em corante durante 24 horas e então cortadas e levadas
a um microscópio ótico e também em MEV.
O adesivo de múltiplos passos obteve o melhor resultado (13% de
microinfiltração), sendo estatisticamente (teste de Kruskal-Wallis) superior
aos adesivos de passo duplo (43% de microinfiltração) e de passo único (75% de
microinfiltração).
H009
Unha como indicador da exposição crônica ao flúor em ratos.
BUZALAF, M.
A. R.*, FUKUSHIMA, R., CURY, J. A., GRANJEIRO, J. M.
Departamento
de Ciências Biológicas – FOB – USP; FOP – UNICAMP.
Tel.: (0**14) 235-8346. E-mail: mbuzalaf@fob.usp.br
O uso clínico do flúor (F) em termos de prevenção de cárie
dental é indiscutível, porém a exposição a ele durante o período de formação
dos dentes pode levar à fluorose dental, o que implica na necessidade do
controle da sua ingestão. Estamos realizando estudos para avaliar a viabilidade
de se usar unhas como indicadores da exposição ao F em ratos. O objetivo do
presente estudo foi determinar a relação entre a ingestão crônica de F e a sua
concentração no plasma e unhas de ratos. Seis grupos de 16 ratos Wistar machos
receberam água de beber contendo 0 (controle), 7, 14, 28, 56 ou 100 ppm F
(na forma de NaF) e ração contendo 25,9 ppm de F por 42 dias. O peso dos
animais foi checado semanalmente e o volume de água consumido, a cada 2 dias.
As unhas dos animais foram cortadas nos dias 21, 28, 35 e 42, e o plasma
coletado no dia 42. As concentrações de F presentes nas unhas e no plasma foram
analisadas com o eletrodo (Orion 9409), após difusão facilitada por HMDS. Foi
observada uma relação direta entre as concentrações de F presentes nas unhas e
a ingestão de F (r = 0,92, p << 0,001) em cada uma
das quatro semanas, bem como entre as concentrações de F presentes nas unhas e
no plasma no final do estudo (r = 0,67, p << 0,001).
Estes resultados indicam que, como foi demonstrado em humanos, as unhas
podem ser usadas como biomarcadores para a exposição crônica ao F e que o rato
é um bom modelo experimental para estes estudos. (Apoio financeiro: FAPESP –
Processos: 00/00826-6 e 00/01173-6).
H010
Adesão de resinas compostas modificadas por poliácidos à
dentina decídua.
RODRIGUES,
C. C.*, VIEIRA, R. S.
Disciplina
de Odontopediatria – UFSC. Telefax: (0**48) 234-8776.
E-mail: cinthia@brasilnet.net
Este trabalho teve como objetivos: testar a resistência de
união à dentina decídua de duas resinas compostas modificadas por poliácidos
(Dyract AP e F2000) e de uma resina composta híbrida de micropartículas
(Point4); e avaliar a interface dentina-material quanto ao tipo de fratura
ocorrida após os testes. Foram desgastadas, até a dentina, as faces vestibular
e lingual de 23 molares decíduos, divididos em 3 grupos de 15 faces cada. Após
o condicionamento com ácido fosfórico 37% por 15 s, os dentes receberam o
material restaurador, segundo as instruções do fabricante, através de uma
matriz de teflon. As amostras foram estocadas em água destilada a 37ºC, por 10
dias, e termocicladas. O teste de resistência de união foi aplicado pela
máquina Instron a uma velocidade de 1,0 mm/min. Os resultados foram: G1
(Prime & Bond 2.1 + Dyract AP), 20,24 MPa; G2 (Single
Bond + F2000), 26,04 MPa; G3 (OptiBond Solo Plus + Point4),
38,34 MPa. Os testes F (p << 0,0001) e de Scheffé
(p << 0,01) mostraram que
G1 = G2 << G3. Após o cisalhamento, as amostras foram
analisadas ao microscópio óptico. O teste de proporções indicou que G1
apresentou um número significativamente maior de fraturas adesivas
(p << 0,05). Em G2, não houve diferença estatisticamente
significante entre o número de fraturas adesivas e o de coesivas do material
(p >> 0,05) e nem em G3, entre o número de fraturas coesivas do
material e coesivas da dentina (p >> 0,05).
Concluindo: os materiais testados exibiram resistência de união à
dentina decídua acima do recomendado pela literatura (17,6 MPa).
H011
Polimorfismo no promotor da MMP-1: risco genético para
periodontite crônica.
SOUZA, A.
P.*, TREVILATTO, P. C., SCAREL, R. M. C., BRITO, R. B. J., LINE, S. P.
Morfologia –
FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5214/430-5218. E-mail: apsfop@yahoo.com
O objetivo deste trabalho foi estudar a possível relação
entre um polimorfismo no promotor da MMP-1 e a severidade à periodontite
crônica em não-fumantes. Uma inserção/deleção de uma guanina localizada na
posição –1607 do promotor da MMP-1 cria dois alelos (1G e 2G), sendo que o
alelo 2G tem mostrado aumentar os nível de transcrição. 113 indivíduos foram
classificados de acordo com a severidade da doença periodontal nos seguintes
grupos: controle saudáveis (n = 44); periodontite moderada
(n = 31); periodontite severa (n = 38). DNA genômico de
mucosa oral foi obtido pela purificação com fenol/clorofórmio e amplificado por
PCR. Enzima de restrição (RFLP-XmnI) foi utilizada para detectar a
presença dos alelos. Diferenças significantes foram vistas na freqüência do
polimorfismo nos grupos controle e periodontite moderada e severa utilizando o
teste qui-quadrado. No grupo saudável o alelo 2G foi visto em 53% dos casos,
enquanto que no grupo com periodontite severa o alelo 2G foi visto em 71% (p = 0,029).
O genótipo 2G/2G foi visto em 60,5% dos indivíduos com periodontite severa, e
em 27,3% e 25,8% nos grupos controle e periodontite moderada, respectivamente
(p = 0,008).
Nós concluímos que este polimorfismo está fortemente associado com a
severidade da periodontite crônica. (Apoio: FAPESP – Processo: 99/11866-0;
Comitê de Ética em Pesquisa da FOP/UNICAMP – protocolo 92/99.)
H012
Polimorfismo IL-1b+3953 versus doença
periodontal crônica.
TREVILATTO,
P. C.*, SCAREL, R. M., SOUZA, A. P., BRITO, R. B. J., LINE, S. P.
Morfologia –
FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5214, 430-5218.
E-mail: pctrev@yahoo.com.br
A interleucina-1b (IL-1b) tem sido implicada na patogênese
da doença periodontal por ser considerada citocina pró-inflamatória
multifuncional. O alelo 2 do polimorfismo IL-1b+3953 foi associado
ao aumento na produção de IL-1b. O objetivo do presente trabalho foi a
investigação da real associação entre o polimorfismo na posição +3953 do gene
da interleucina-1b e a severidade da doença periodontal crônica. Para tanto,
uma amostra de 113 pacientes não-fumantes de ambos os sexos com mais de 25 anos
foi agrupada segundo o nível de severidade da doença periodontal: 44 indivíduos
do grupo controle, 31 com periodontite moderada e 38 com periodontite severa. O
DNA dos indivíduos foi obtido através de um bochecho com glicose a 3%
(1 min), seguido de leve raspagem da mucosa jugal com espátula de madeira
esterilizada. Após a extração do DNA com fenol/clorofórmio e precipitação com
sal/etanol, a técnica RFLP-PCR (Taq I) foi utilizada para a detecção do alelo 1
(12 pb + 85 pb + 97 pb) e alelo 2 (12 pb + 182
pb). As freqüências alélicas foram estimadas com o auxílio do teste
qui-quadrado. Não se observou diferença estatística nas freqüências dos alelos
do polimorfismo entre os indivíduos dos grupos controle e com diferentes níveis
da doença (p << 0,05).
Concluiu-se que o polimorfismo IL-b (+3953) não está
associado à severidade da doença periodontal crônica. (Apoio: FAPESP – Processo: 99/06094-8; Comitê de Ética em
Pesquisa da FOP – UNICAMP – Protocolo:
63/99.)
H013
Matriz derivada de esmalte e RTG em lesões de furca.
REGAZZINI,
P., PONTES, A. E. F.*, NOVAES Jr., A. B., OLIVEIRA, P. T., PALIOTO, D.,
SOUZA, S. L. S., TABA Jr., M., GRISI, M. F. M.
Departamento
de CTBMFeP – FORP – USP.
O objetivo deste estudo é comparar a Matriz Derivada de
Esmalte (MDE) associada ou não a membranas não-reabsorvíveis no tratamento de
lesões de furca classe II em cães. Pré-molares inferiores de 4 cães de raça
indefinida tiveram retalhos totais elevados e confeccionadas lesões de furca
medindo 5 mm em altura e 2 mm em profundidade e preenchidas com
guta-percha. Após 21 dias, os defeitos foram debridados, as raízes aplainadas e
marcadas ao nível ósseo. Os segundos pré-molares serviram de controle (grupo1),
os terceiros e quartos pré-molares do lado esquerdo (grupo 2) foram tratados
com membranas de e-PTFE associadas a MDE e os do lado direito (grupo 3)
receberam apenas MDE. As membranas foram removidas após 4 semanas e os animais
sacrificados 8 semanas após. Pela histomorfometria, no grupo 1, a área de novo
osso (ANO) foi de 31,65 ± 6,06%, a distância da crista óssea ao teto
da furca (DCO) foi de 1,93 ± 0,19 mm e a extensão de novo
cemento (NC) de 71,45 ± 10,86%. No grupo 2 não foi observada migração
do epitélio juncional (EJ) com reduzida ANO de 28,49 ± 10,32%, alta
DCO de 2,32 ± 0,53 mm e NC de 80,55 ± 12,76%. No grupo
3 observou-se altos valores de ANO 67,36 ± 3,93%
(p << 0,05), baixos valores de DCO 0,57 ± 0,15 mm
(p << 0,05) e NC de 94,44 ± 4,20%.
As diferenças de NC não foram estatisticamente significantes entre os
grupos, apesar do valor mais alto do grupo 3, cujas características foram
semelhantes às observadas no grupo 2. A MDE promoveu significante regeneração
das lesões de furca e a associação com membranas não-reabsorvível foi
prejudicial. (Apoio financeiro: FAPESP.)
H014
Diabete e doença periodontal: estão relacionadas?
BRONDANI, M.
A.
IGG –
Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS. Tel.: (0**51) 241-3677.
E-mail: mabrondani@terra.com.br
O objetivo do presente artigo foi realizar uma revisão
bibliográfica sobre as possíveis correlações entre doença periodontal e
diabete, em vários aspectos. Com a revolução na Medicina, seja pelos antibióticos
ou pelas técnicas cirúrgicas, a população de idosos tem crescido em um ritmo
nunca antes visto. Este fato já é notório em países europeus, na América do
Norte e no Japão e também começa a ser notado em países em desenvolvimento.
Entretanto, com o envelhecimento, uma variedade de doenças começa a ocorrer, e
alguns problemas precisam de maior atenção. No idoso, a cárie e a doença
periodontal são os problemas orais mais freqüentes. Essas doenças têm
implicação para o resto do organismo e talvez possam existir correlações com
outros distúrbios sistêmicos. Como o caso da periodontite, onde a diabete tem
sido vista não somente relacionada à cicatrização tecidual, mas também como um
possível fator etiológico daquela. A existência de relações entre doenças orais
e fatores como o fumo e a genética nos permitem entender um pouco melhor a
complexidade do processo, sem, no entanto, nos dar uma explicação completa.
Concluímos que, durante o processo de envelhecimento, é importante
prestarmos atenção na saúde geral como um todo, principalmente pela
possibilidade de correlações com a saúde bucal. Desta maneira, é sugerido um
aprofundamento em estudos e pesquisas para que se conheça melhor tais
correlações durante o envelhecimento na busca da saúde plena, do “sentir-se
bem”.
H015
Avaliação histológica da limpeza dos canais radiculares
utilizando-se limas Ni-Ti.
LETRA, A.*,
GARCIA FILHO, P. F., FIDEL, R. A. S., SILVA, R. M.
Endodontia –
Clínica Odontológica – Universidade Gama Filho. E-mail: aletra@uol.com.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar histologicamente a
capacidade de limpeza dos canais radiculares mesiais, de molares inferiores
permanentes extraídos, promovida por três diferentes técnicas de
instrumentação, utilizando-se quatro diferentes sistema de limas de Ni-Ti
(Níquel-Titânio). 40 molares inferiores permanentes extraídos foram divididos
em quatro grupos de dez dentes. Na técnica oscilatória manual utilizou-se:
limas manuais Onyx-R® (grupo 1) e limas ProFile®
manuais serie.29® (grupo 2), nas técnicas rotatórias
utilizou-se: limas Quantec 2.000SC (grupo 3) e limas ProFile®
serie.29® taper 0.4® (grupo 4). Os terços apicais
das raízes foram preparados histologicamente, e corados pelo método da
hematoxilina e eosina, as lâminas obtidas foram estudadas em estéreo-microscópio
óptico e medidas através do programa de computador Image Proplus, os resultados
das medições foram analisadas estatisticamente (análise de variância –
ANOVA – p £ 0,05, e pelos teste de LSD, Tukey e Student. Os
resultados foram: grupo 1 = 27,33 ± 19,67, grupo
2 = 25,43 ± 13,14, grupo 3 = 20,02 ± 19,50
e grupo 4 = 28,91 ± 6,51).
Pelos resultados obtidos podemos concluir que não houve diferença
estatisticamente significativa quanto à limpeza das paredes dos canais
radiculares e entre os quatro grupos de técnicas de instrumentação empregadas,
nenhuma delas se mostrou superior às demais.
H016
Elevada atividade de MMP-2 e MMP-9 prediz disseminação
metastática de carcinomas espinocelulares bucais.
ALVES, F.
A.*, YORIOKA, C. W., KOWALSKI, L. P., GRANER, E., COLETTA, R. D.
FOP –
UNICAMP; Hospital do Câncer - SP.
O objetivo deste estudo foi correlacionar a atividade de
MMP-2 e -9, duas das principais enzimas do grupo das metaloproteinases de
matriz (MMPs), com as características clínicas e histopatológicas de carcinomas
espinocelulares (CECs) bucais. Para este estudo 44 amostras de CECs primários
foram utilizadas. Os fragmentos tumorais foram incubados em meio de cultura
celular por 16 h e a atividade das MMPs analisada e quantificada por
enzimografia e densitometria. Duas principais enzimas com atividade
gelatinolítica foram detectadas em todas as amostras de CEC e caracterizadas
como MMP-2 e -9 pelas respectivas massas moleculares, ensaios de imunoprecipitação
utilizando anticorpos monoclonais e neutralização por inibidores específicos
como EDTA e 1,10-fenantrolina. Os resultados demonstraram que indivíduos
portadores de tumores com elevada atividade de MMP-2 e MMP-9 apresentaram
maiores índices de metástase a distância e expectativa de vida
significantemente menor que pacientes com tumores com baixa atividade de MMPs
(p << 0,01). Os tumores classificados como T3 e T4, segundo o
sistema de estadiamento de tumores TNM, apresentaram uma atividade significantemente
aumentada de MMP-2 e -9 em comparação com tumores classificados em T1 e T2
(p << 0,01). Não foi observada correlação entre a expressão de
MMPs e a localização dos tumores, metástase regional, recidiva, graduação
histológica e causa de morte.
Estes resultados sugerem que tumores com alta atividade de MMP-2 e -9
apresentam propensão a lançar metástases a distância e uma expectativa de vida
significantemente menor.
H017
Diodo laser no diagnóstico de cárie oclusal – estudo in
vivo.
COSTA, A.
M.*, BEZERRA, A. C. B.
Departamento
de Odontologia – Faculdade de Ciências da Saúde – Universidade de Brasília.
Tel.: (0**61) 307-2513.
Diagnosticar corretamente lesões incipientes é uma tarefa
difícil. Recentemente, novos métodos foram introduzidos para facilitar a
detecção dessas lesões. O objetivo deste trabalho foi avaliar, in vivo,
o desempenho do diodo laser (DIAGNOdent - KaVo) por meio da comparação com
outros dois métodos comumente utilizados: inspeção visual (sem sondagem) e
radiografia interproximal. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e
Pesquisa. Foram selecionados 264 dentes hígidos ou com suspeita de lesão de
cárie oclusal de 26 pacientes entre 8 e 12 anos. Após profilaxia, os dentes
foram examinados independentemente por dois examinadores previamente
calibrados. A inspeção visual e as medidas com o laser foram realizadas em
condições padronizadas. As radiografias foram avaliadas em negatoscópio com
auxílio de lupa. Para se obter a reprodutibilidade do DIAGNOdent, 50% dos
dentes foram reavaliados. O preparo cavitário serviu como padrão-ouro. De
acordo com os resultados, o DIAGNOdent apresentou altos valores de
sensibilidade (esmalte - 84,2%; dentina - 93,4%) e especificidade
(esmalte - 86,6%; dentina - 75,6%), porém baixo valor preditivo
positivo (esmalte - 32%; dentina - 63,9%). Na reprodutibilidade
intra-observador (teste Mc Nemar), o DIAGNOdent mostrou resultado satisfatório
(76,43%), entretanto pelo coeficiente Kappa, obteve-se valor regular (60%).
Com base nos resultados, pode-se concluir que o DIAGNOdent pode ser
utilizado como método complementar no diagnóstico de lesões de cárie oclusais.
H018
Avaliação da microdureza superficial de resinas compostas
após o polimento.
PALMA DIBB,
R. G.*, CHIMELLO, D. T., CHINELATTI, M.
Departamento
Odontologia Restauradora – FORP – USP. Tel.: (0**16) 602-4078,
633-0999. E-mail: rgpalma@forp.usp.br
O objetivo do presente trabalho foi avaliar in vitro
a microdureza superficial de resinas compostas antes e após o polimento em
diferentes períodos de tempo. Foram testadas 4 resinas compostas tipo
“flowable” (Flow-it, Revolution, Natural Flow, Fill Magic Flow), uma
microparticulada (Silux) e uma híbrida (Z100). 240 cavidades com 5 mm
(diâmetro) x 1,4 mm (profundidade), foram preparadas no centro
de um cilindro de resina de poliéster e preenchidas com as resinas testadas num
único incremento, tendo cada grupo 10 espécimes. Após a fotopolimerizado a
microdureza Vickers (Shimadzu HMV-2) foi testada imediatamente (i), 24 horas
(24), 7 e 21 dias após a confecção, com 50 g por 30 s, antes (A) e
depois (D) do polimento com discos seqüenciais Super-Snap. Os espécimes foram
armazenados em água destilada a 37ºC, em estufa. Na análise de variância e
teste de Tukey observou-se que a Z100 apresentou maiores valores de dureza (média
em VH - iA: 99,47 (± 4,06), iD: 96,53 (± 9,1); 24A: 94,4 (± 4,76),
24D: 117,5 (± 7,34); 7A: 94,28 (± 2,7), 7D: 140,83 (± 10,36);
21A: 94,3 (± 7,71), 21D: 117,9 (± 10,38)) sendo estatisticamente
significante em relação aos outros materiais. Após o polimento as resinas
apresentaram uma dureza superficial significantemente maior que antes do
polimento para todos os períodos de tempo. A microdureza foi significantemente
maior 7 dias após o polimento.
Podendo-se
concluir que a resina híbrida apresentou a maior dureza e que para manter
melhores propriedade deve-se realizar o polimento preferencialmente após 1
semana. (Apoio financeiro: FAPESP – Processo: 99/06060-6.)
H019
Testes de microdureza superficial e homogeneidade mineral do
esmalte bovino.
VIEIRA, A.
E. M.*, BERGAMASCHI, M., DELBEM, A. C. B.
Departamento
de Odontologia Infantil e Social – FOA – UNESP. Tel.: (0**18)
620-3235. E-mail: adelbem@foa.unesp.br
A microdureza superficial do esmalte permite verificar
quantitativamente as perdas e os ganhos de mineral, na avaliação e
desenvolvimento de produtos odontológicos fluoretados. Este trabalho avaliou
in vitro se uma seqüência de 5 endentações é representativa da dureza do
esmalte bovino antes e após alterações ocorridas por tratamento
(controle – GC, verniz fluoretado – GV e diamino fluoreto de
prata – GD) e ciclagem de pH. Utilizaram-se 102 blocos de esmalte
(4 x 4 mm) de dentes bovinos, sendo suas superfícies desgastadas
e polidas. Realizou-se teste de microdureza (Knoop) superficial do esmalte
inicial: 05 endentações na região central do bloco (RC), 05 endentações 1000 µm
acima (RS) e 05 abaixo (RI) da região central. Após tratamento, procedeu a
microdureza superficial final, a 100 µm, respectivamente, das endentações
iniciais. Os resultados da análise de variância (teste de Tukey) e do teste de
Kruskal-Wallis (p << 0,05) para RS, RC e RI foram,
respectivamente: 343,72a, 341,99a e 343,24a. Nos blocos tratados, foram
respectivamente, para RS, RC e RI, inicial e final, no GC: 337,85a, 331,52a,
342,28a e 246,60b, 237,12b, 251,28b; GV: 340,60a, 335,30a, 339,84a e 304,35c,
303,94c, 303,04c; GD: 338,90a, 334,38a, 333,84a e 310,75c, 305,22c, 306,00c.
Conclui-se que uma seqüência de 5 endentações é representativa da
microdureza superficial do esmalte, sendo o esmalte bovino substrato homogêneo
para validação de produtos fluoretados.
H020
Rugosidade superficial de resinas acrílicas submetidas a
diferentes sistemas de limpeza.
D’ALMEIDA,
N. F.*, RODE, S. M., DAMIÃO, A. J.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOSJC – UNESP/IEAv – CTA,
São José dos Campos - SP. Tel.: (0**12) 321-8166 (r.1305).
E-mail: nunodalmeida@aol.com
O objetivo deste estudo foi avaliar a rugosidade superficial
(Ra) de duas resinas utilizadas na confecção de próteses oculares (Resina
Acrílica Ativada Termicamente (RAAT) e RAAT com 5% de Crosslink (RAATc), A. O.
Clássico Ltda.), submetidas a dois diferentes sistemas de limpeza. Foram
confeccionados 15 corpos-de-prova (cp) de cada material,
(18 mm x 2 mm), foram avaliados por um aparelho Perthometer
S8P (Perthen, Mahr, Germany) para se obter os valores médios de Ra, antes e
após a utilização dos sistemas de limpeza. Os cp foram divididos em 6 grupos (n = 5):
G1 - RAATc/água destilada comprimido efervescente (Protefix, ASTA Médica);
G2 - RAATc/H2O2 (REZENDE, 1971); G3
(Controle) - RAATc/água destilada; G4 - RAAT/comprimido efervescente;
G5 - RAAT/H2O2; G6 (Controle) - RAAT/água
destilada. Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância a três
critérios (ANOVA) e teste de Tukey (5%) e demonstraram Ra média, em ordem
decrescente, nos grupos: G4, G6, G5, G2, G1 e G3. Os resultados mostraram que a
RAAT apresentou Ra significantemente maior que RAATc independentemente do
sistema de limpeza utilizado e que a associação da RAAT/comprimido efervescente
(G4) apresentou a maior média de Ra, diferindo estatisticamente dos grupos G1,
G2 e G3.
Conclui-se que ambas as resinas apresentaram maior Ra após o uso dos
sistemas de limpeza, que a RAAT tornou-se mais rugosa do que a RAATc e a
associação da RAAT/comprimido efervescente foi a condição que apresentou maior
rugosidade superficial.
H021
Termometria sem contato: avaliação de uma alternativa na
leitura de temperaturas em Odontologia.
CAVALCANTI,
B. N.*, BARROS, E. A., OTANI, C., RODE, S. M.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOSJC – UNESP; Departamento de
Física – ITA.
Em Biologia e Patologia Pulpar, muitos dos problemas que
podem ocorrer estão relacionados à produção de calor que pode levar os tecidos
à inflamação e necrose. No entanto, muitas vezes, após a aprovação do uso de
uma nova tecnologia por resultados de testes in vitro, é impossível
avaliar o desempenho quanto à geração de calor in vivo e definir
parâmetros de uso mais precisos, já que as metodologias para este fim são na
maioria invasivas. O objetivo deste estudo é o de avaliar e introduzir no meio
científico odontológico, uma nova tecnologia não invasiva para avaliação de
aumentos de temperatura, comparando-a com a metodologia mais consagrada na
literatura que é o uso de termopares. Para isso, foram confeccionados 10 discos
de porcelana, nos quais foram incluídos 5 termopares (1 controle e outros 4 para
avaliar perdas de calor) numa face e, na outra face, foi posicionado o
termômetro sem contato. A fonte de calor foi um laser de CO2
aplicado sobre a superfície lida pelo termômetro sem contato. Os dados foram
registrados simultaneamente por uma câmera de vídeo VHS, de modo que cada corpo
fornecesse “n” tempos de avaliação e conseqüentemente “n” valores exponenciais
tratados estatisticamente pela teoria de erro, que aplicados sobre a equação
Treal = e[Tlida]-1 onde “e” é a constante definida pelos gráficos, resultaram
em uma fórmula com nível de confiança de 10%.
Conclui-se
que o desenvolvimento de uma fórmula aplicando tecnologia de leitura industrial
na Odontologia permite, com boa confiabilidade, a avaliação de temperaturas in vivo,
obtendo parâmetros de proteção pulpar mais precisos.
H022
Ajuste pilar/implante de pilares em titânio e pilares
fundíveis nas fases laboratoriais.
MENDONÇA,
G.*, FERNANDES NETO, A. J., NEVES, F. D., SILVEIRA Jr., C. D.
Área de
Prótese Fixa – FOUFU. Tel.: (0**34) 3218-2222. E-mail: gmendonca@ufu.br
Com o desenvolvimento do tubo em plástico fundível chamado
de pilar “UCLA” muitas controvérsias surgiram com relação a sua utilização,
pois etapas laboratoriais rotineiras, poderiam induzir desajustes entre pilar e
implante. Frente a esta problemática, este trabalho teve como proposta
comparar, através de microscopia eletrônica de varredura, o ajuste vertical e
horizontal na interface pilar/implante de pilares pré-fabricados em titânio ao
pilar “UCLA”, após fundição, solda e aplicação da porcelana, comparando ainda
as fases entre si. Foram utilizados dez implantes e dez pilares fundíveis em
dois corpos-de-prova com cinco implantes cada, e cinco implantes e cinco
pilares em titânio para o grupo controle. Vinte fotos foram obtidas para os pilares
de titânio e outras vinte para cada uma das fases laboratoriais dos pilares
fundíveis. As medidas de desajuste vertical e horizontal foram feitas e
submetidas a análise gráfica comparativa. Para o ajuste vertical ocorreram
desajustes clinicamente importantes. O ajuste horizontal, mostrou-se diferente
para o pilar de titânio em comparação ao plástico em todas as fases. Também
houve significativa alteração entre as fases de fundição e solda.
Pôde-se concluir que a utilização de pilares plásticos fundidos aumenta
o desajuste vertical existindo um maior risco em utilizar o pilar “UCLA”
plástico, o desajuste horizontal apresentou-se insatisfatório sendo alterado
durante as diferentes etapas laboratorias, sendo este risco exacerbado pelo
aumento do número de implantes em próteses múltiplas. (Apoio financeiro:
PIBIC/CNPq.)
H023
Dispositivo de suporte para confecção de componentes
protéticos dentários, com Cad Cam.
DE LUCA, S.
C. B.
Departamento de
Pós-Graduação – UNICASTELO. Tel.: (0**21) 512-8899, fax: (0**21) 294-2473.
E-mail: silvio@deluca.com.br
A presente patente tem por finalidade permitir ao dentista
elaborar peças de conexões cerâmicas personalizadas para implantes dentários,
em uma única consulta ao lado da cadeira odontológica, utilizando recursos de
Cad Cam até então não utilizados na implantodontia, evitando as etapas de
moldagem e toda a seqüência laboratorial convencional (enceramento, adição ou
subtração de materiais e fundição). Foi utilizado o artefacto proposto em um
Cad Cam tipo CEREC, com blocos de zircônia modificados especificamente para a
técnica. Os seguintes testes laboratoriais foram realizados: microscopia
eletrônica de varredura para análise da superfície de assentamento e testes de
compressão e tração sobre o corpo-de-prova. Após os ensaios as peças foram
reavaliadas na microscopia eletrônica de varredura sem apresentar deformação de
sua forma original.
Concluímos que, devido ao alto custo para a confecção de conexões, o
artefato proposto favorece a democratização da técnica, reduzindo custos, tempo
operatório clínico e redução das atividades laboratoriais. (Este dispositivo
tem patente concedida pelo United States Department of Comerce, Patent and
Trademark Office número 09/285,661. Pedido de patente ao European Patent Office
número 99126083-8. No Brasil, o pedido de patente consta com o número PI
9805906-8. Os recursos utilizados foram arcados pelo autor.)
H024
Validação do CPITN para o diagnóstico da periodontite no
Brasil.
BASSANI, D.
G.*, SILVA, C. M., OPPERMANN, R. V.
Programa de
Pós-Graduação – Odontologia – ULBRA. E-mail: bassanidr@hotmail.com
O objetivo do presente estudo foi validar a versão parcial e
a versão total do CPITN para o diagnóstico de periodontite. Foram examinados,
através de um exame periodontal completo – padrão-ouro – (nível de
inserção clínica e profundidade de sondagem em 6 sítios de todos os dentes),
400 indivíduos. Os testes sob validação foram derivados dos exames e comparados
ao padrão-ouro. A análise estatística demonstrou que o CPITN total apresentou
sensibilidade e especificidade, respectivamente de 58% e 80,6%. Valores
preditivos positivo e negativo de, respectivamente, 87% e 46,3%. Esta versão do
CPITN estimou a prevalência de periodontite nesta amostra em 46% enquanto o
valor real foi de 69%. O CPITN parcial apresentou sensibilidade 50% e
especificidade 87,1%. Os valores preditivos positivo e negativo foram,
respectivamente, 89,6% e 43,9%. A prevalência estimada pelo teste foi de 30,5%.
A taxa de concordância ajustada (Kappa) para o CPITN total e parcial foi,
respectivamente, 0,32 e 0,29. Os diagnósticos dos testes discordaram
significativamente do resultado do padrão-ouro (qui-quadrado
p << 0,001).
O estudo de validação foi completado e pode-se concluir que ambas as
versões do CPITN foram incapazes de refletir o estado real da saúde periodontal
desta amostra. Correções matemáticas nos valores estimados por estes testes
devem ser aplicadas aos resultados de exames populacionais que utilizam estes
instrumentos.
H025
Lesões traumáticas em Recife: um estudo retrospectivo.
CALDAS Jr.,
A. F., COSTA, K. M. P. C.*, SORIANO, E.
Departamento
de Odontologia Preventiva e Social – Universidade de Pernambuco.
O objetivo deste estudo retrospectivo foi analisar dados de
fichas clínicas de pacientes atendidos no setor de emergência de trauma dental
em um hospital na cidade de Recife - PE, durante os anos de 1997-1999, de
acordo com o sexo, idade, causa, quantidade de dentes afetados, tipo de dente e
tipo de trauma. Os achados clínicos de todos os pacientes examinados foram
registrados. Um total de 250 pacientes, entre 1 a 59 anos de idade,
apresentando 403 traumas, foram examinados e/ou tratados. As causas dos traumas
dento-alveolares foram classificadas em 5 categorias: traumas domésticos,
traumas urbanos, traumas escolares, atividades esportivas, violência. O tipo de
trauma foi classificado por dentistas que trabalhavam na clínica, de acordo com
a classificação de Andreasen. A diferença entre os sexos em relação ao número
de casos foi estatisticamente significante (p << 0,0001). A
fratura apenas de esmalte (51,6%) e de dentina (40,8%) foram os tipos mais
comuns de trauma. Os traumas foram mais freqüentemente diagnosticados como
sérios em pacientes jovens (até 15 anos de idade) e 82,4% dos casos de luxação
intrusiva foram diagnosticados no grupo de 1-5 anos de idade. As causas
principais foram quedas (72,4%), colisões com objetos (9,2%), violência (8,0%),
acidentes automobilísticos (6,8%) e práticas esportivas (3,6%). O trauma
causado por violência foi estatisticamente significativo no grupo de 6-15 anos
(p << 0,0005). Chama-se a atenção que determinados ambientes
são favoráveis ao trauma dental, tendo sido o fator etiológico mais comum
observado neste estudo.
H026
Estudo da matriz extracelular em doenças dermatológicas com
manifestação bucal.
TARQUÍNIO,
S. B. C.*, ARAÚJO, N. S., ARAÚJO, V. C.
Departamento
de Semiologia e Clínica – FOUFPel; Departamento de Patologia Bucal –
FOUSP. E-mail: sancha@uol.com.br
Poucos são os relatos na literatura que reportam a
participação da matriz extracelular (ME) em doenças dermatológicas com
manifestação bucal, como o Líquen Plano (LP), Penfigóide Benigno de Mucosa
(PBM) e Pênfigo Vulgar (PV). O objetivo do presente trabalho foi estudar,
através da técnica da estreptoavidina-biotina, a ME nas referidas lesões,
utilizando anticorpos monoclonais para Laminina (LAM), Colágeno IV (COL IV),
Fibronectina (FNC), Tenascina (TNC) e Colágeno III (COL III). Para tal, foram
selecionados dos arquivos de Patologia Cirúrgica da Disciplina de Patologia Bucal
da FOUSP, 15 espécimens de LP, 10 de PBM e 10 de PV, situados em diferentes
sítios da cavidade bucal. Como controle foram utilizadas 10 amostras de
gengivite crônica e 5 de mucosa bucal normal. Nossos resultados evidenciaram
que LAM e COL IV apresentam padrão de distribuição descontínuo ao longo da
membrana basal no LP e PBM, coincidentes com áreas de exocitose e padrão
contínuo no PV; a TNC demonstra distinta marcação imuno-histoquímica reticular
na área de infiltrado inflamatório no LP, em diferentes sítios bucais, exceção
feita à gengiva, onde fica restrita apenas à zona de membrana basal, bem como
apresenta espessamento na interface epitélio mesenquimal no PBM e PV; a FNC e
COL III revelam positividade imuno-histoquímica similar nas três entidades estudadas,
demonstrando padrão reticular de expressão nas áreas de infiltrado inflamatório
e fibrilar nas demais áreas.
Com base em
nossos achados, ficou evidente a participação efetiva da ME na patogenia do LP,
PBM e PV.
H027
Avaliação da eficácia do posicionador mandibular de Sarmento
nas telerradiografias laterais da cabeça em norma lateral.
PEREIRA
NETO, J. S.*, MAGNANI, M. B. B. A., ALMEIDA, M. H. C., NOUER, D. F.
Departamento
de Odontologia Infantil – FOP – UNICAMP.
O objetivo da presente pesquisa foi testar o posicionador
mandibular de Sarmento para telerradiografias da cabeça em norma lateral. A
hipótese consistiu em verificar a diferença entre as grandezas lineares e
angulares obtidas nas radiografias realizadas pelo método convencional e com o
posicionador mandibular de Sarmento. A amostra constou de 80 telerradiografias
da cabeça tomadas em normal lateral, obtidas de 40 indivíduos adultos,
leucodermas, de ambos os sexos, com idade variando entre os 17 e 43 anos. Cada
radiografia assim obtida, foi traçada duas vezes, com a finalidade de minimizar
o erro de traçado sendo posteriormente mensuradas pela média. Foram analisadas
oito grandezas angulares (SNA, SNB, ANB, FMA, FMIA, IMPA, ANG.Z e Pl.Ocl.) e
cinco grandezas lineares (AO-BO, AFA, AFP, QT e LS) e o IAF. Os resultados
demonstraram significância estatística ao teste “t” para dados pareados para as
grandezas SNB, FMA e Pl.Ocl, ao nível de p = 0,01 e 0,05.
Com base na análise dos resultados obtidos, concluímos que o dispositivo
foi efetivo no controle da estabilidade do terço inferior da face, durante as
tomadas telerradiografias da cabeça em norma lateral. As grandezas angulares
SNB, FMA e Pl.Ocl. apresentaram maior variabilidade quando comparadas com as
fornecidas pela tomada de raios X pelo método convencional.
H028
RTG em lesão de furca classe II: estudo clínico controlado.
CURY, P.
R.*, SALLUM, A. W., SALLUM, E. A., JEFFCOAT, M. K.
Departamento
de Periodontia – FOP – UNICAMP; Faculdade de Odontologia de Birmingham – UAB.
Tel.: (0**19) 430-5301. E-mail: patcury@yahoo.com
O presente estudo avaliou os resultados da regeneração
tecidual guiada (RTG) com uma membrana reabsorvível no tratamento de lesões de
furca classe II em molares inferiores durante 24 meses. Nove pacientes, cada um
com 2 lesões de furca (18 lesões) foram incluídos. Os defeitos em cada paciente
foram aleatoriamente designados para o grupo teste (RTG) ou controle (raspagem
e alisamento radicular com acesso cirúrgico). Medidas clínicas e radiografias
foram obtidas antes do tratamento, e 6, 12, 18 e 24 meses após as cirurgias. A
redução da profundidade de sondagem, em relação à profundidade inicial, foi
significante ao longo dos 24 meses nos grupos teste e controle
(p << 0,007, p << 0,0006, respectivamente), mas
as diferenças entre grupos não foram significantes em nenhum exame. O ganho de
nível clínico de inserção horizontal foi estatisticamente maior no grupo teste
do que no controle ao longo de 24 meses (p << 0,033), e o nível
clínico de inserção vertical foi significativamente melhor no grupo teste
(12,31 mm) do que no grupo controle (13,78 mm,
p << 0,04) aos 24 meses. O ganho de altura óssea no grupo teste
foi significante (p = 0,018) aos 24 meses. No grupo teste, 2 dos 9
defeitos apresentaram fechamento completo e 1 foi transformado em classe I 6
meses após as cirurgias, enquanto que no grupo controle duas lesões foram
convertidas em classe III aos 12 e 24 meses.
Concluindo, RTG promoveu maior ganho de nível clínico de inserção
horizontal e vertical, possibilidade de fechamento de lesões e ganho de altura
óssea, além de maior estabilidade dos resultados ao longo de 24 meses.
H029
Estudo da fadiga compressiva em resinas compostas para
dentes posteriores.
BRANDÃO,
L.*, ADABO, G. L., VAZ, L. G., SAAD, J. R.
ULBRA –
Cachoeira do Sul.
As propriedades mecânicas das resinas compostas têm sido
avaliadas por meio de testes estáticos. Entretanto, os materiais, no meio
ambiente bucal, são submetidos a esforços cíclicos. O estudo da fadiga avalia a
perda de resistência do material quando submetido a tensões cíclicas, durante
um determinado período, portanto, o método apresenta melhores condições de
simulação da situação clínica. O objetivo do trabalho foi de determinar o
limite de fadiga de quatro resinas compostas indicadas para dentes posteriores,
por meio do método “escada” e comparar esses valores com a resistência à
compressão dos materiais. A metodologia consiste na aplicação de tensões
cíclicas por um período de até dez mil ciclos. A carga aplicada varia de acordo
com a falha ou subsistência do material. Quando o material resiste aos dez mil
ciclos sem fraturar-se, a tensão é aumentada num incremento fixo, entretanto
quando ocorre o rompimento do
corpo-de-prova, antes de completar os dez mil ciclos, a tensão é diminuída na
mesma proporção. Esse processo é repetido até atingir, no mínimo 15 repetições.
A partir dos dados fornecidos pode-se calcular o desvio padrão e o limite de
fadiga médio.
Com base nos resultados foi possível concluir que: 1) o limite de fadiga
foi, em média, 63,02% da resistência à compressão, nos materiais estudados; 2)
os ensaios dinâmicos apresentaram valores inferiores aos ensaios de compressão
em todos os grupos testados; 3) o limite de fadiga médio dos grupos 4, 2 e 1
foi considerado estatisticamente igual, sendo o grupo 4 superior ao 3.
H030
Protetores bucais versus traumatismo nos Jogos
Abertos de Santa Catarina.
CARDOSO,
M.*, RODRIGUES, C. C., ROCHA, M. J. C., CALVO, M. C. M.
Disciplina
de Odontopediatria – UFSC. Tel., fax: (0**48) 333-1527.
E-mail: acarlos@ccs.ufsc.br
O objetivo deste estudo foi determinar a freqüência de
traumas bucais em atletas participantes dos Jogos Abertos de Santa Catarina
(JASC) e o seu conhecimento sobre o uso de protetores bucais. Através de
questionários, foram indagados 510 atletas de 8 modalidades diferentes:
basquete, handebol, vôlei, judô, caratê e tênis de ambos os sexos, “futsal” e
ciclismo (“downhill”) masculinos. As entrevistas foram efetuadas durante a
realização dos jogos por duas pesquisadoras calibradas. Dentre os esportes
investigados, o “futsal” foi o que mais relatou traumas bucais
(qui-quadrado = 12,24, p = 0,0005), seguido do caratê
(qui-quadrado = 9,36, p = 0,0022) e do basquete
(qui-quadrado = 8,65, p = 0,0033). Quanto ao conhecimento
dos atletas sobre o que fazer em caso de avulsão e fratura, 88,8% e 47,8%,
respectivamente, não sabiam o que fazer ou tinham pouca informação. De todos os
atletas questionados, somente 85 (16,7%) usavam protetores bucais durante o
JASC, sendo que destes, 79 utilizavam porque era obrigatório (caratê). O boxe
mostrou-se o meio de divulgação mais comum do uso de protetores
(Z = 47%). Dos 423 atletas que não usavam protetores nos jogos, 46
(10,9%) já o haviam experimentado e dos 255 que relataram traumatismo bucal,
220 descreveram envolvimento de tecido mole, 54, de dente superior e 51, de
fratura dental.
A freqüência de traumas em atletas de futsal e basquete, assim como o
número reduzido de usuários de protetores bucais, podem ser considerados
significativos justificando campanhas para o seu uso. (Apoio financeiro: Curso
de Pós-Graduação da UFSC.)
H031
Estudo das manifestações referidas das odontalgias de origem
dentária.
REGATAO, M.
C.*, CALDEIRA, C. L.
Departamento
de Dentística e Endodontia – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7839, r. 45.
O objetido deste estudo foi avaliar se o paciente que refere
dor ou alguma alteração de origem dentária, particularmente pulpar ou
periapical, apresenta outras áreas de referência dolorosa na região de cabeça e
pescoço, e, posteriormente, relacionar a área de localização da dor com as
principais regiões de referência desta dor. Analisamos uma mostra de 100
pacientes com manifestações dolorosas de origem endodôntica, através do
preenchimento de uma ficha clínica com dados referentes às características da
manifestação dolorosa dos pacientes, como: localização, áreas de referência de
dor, tipo de sensibilidade dolorosa e diagnóstico provável. Observamos que, em
16% dos pacientes, o dente sinálgico não correspondeu ao dente algógeno, 48%
dos pacientes relataram manifestação dolorosa tanto em áreas próximas como em
áreas distantes do dente afetado e ainda que, apenas 28% dos pacientes
relataram dor especificamente no dente causador da dor.
A observação das áreas de referência de dor pode ser um importante
indicativo para o diagnóstico endodôntico, visto que existe intensa relação
entre as manifestações de dor e o diagnóstico provável. (Apoio financeiro:
FUNDECTO.)
PE01
Avaliação quantitativa do uso da Internet pelo corpo
discente em Odontologia, valendo-se da pesquisa de campo.
OLIVEIRA, M.
C. M.*, FREITAS, L. M., CALDEIRA, C. L., LEMOS, E. M., AUN, C. E., GAVINI, G.
Endodontia –
FO – UNICID.
Notoriamente, o uso de novas tecnologias de informação e
comunicação (NTIC) na educação produz aumento de produtividade no processo de
ensino-aprendizagem, principalmente se associadas a um projeto pedagógico
coerente. Para o desenvolvimento de material odontológico educativo, valendo-se
das mídias eletrônicas e, acessado a partir da rede mundial de computadores, é
necessário uma pesquisa de campo. Para tanto, este estudo visou quantificar a
disponibilidade à Internet pelos alunos de graduação do curso de Odontologia da
FO – UNICID. Um questionário com perguntas fechadas e abertas foi aplicado em
cento e trinta e oito discentes. Os resultados demonstraram que um alto índice
(95%) do corpo discente avaliado mantém acesso à Internet; de modo que 75% o
fazem em sua residência, 12% na própria faculdade e, 2% com outros recursos.
Com relação à freqüência, 33% utilizam diariamente, 36% semanalmente e, 22%
mensalmente. Do total, 98% relataram que gostariam de utilizar a Internet para
acessar matérias de seu curso. Com referência ao conhecimento e habilidade em
manipular as ferramentas de navegação, 30% relataram possuir baixo grau, 65%
médio e, 0,7% alto.
De posse dos resultados obtidos neste estudo podemos inferir que: os
alunos encontram-se equipados e motivados ao acesso de material pedagógico
odontológico através da rede mundial de computadores.
PE02
Ensino a distância: exercícios de fácil produção.
SKELTON-MACEDO,
M. C.*, CARDOSO, R. A., BOMBANA, A. C., ANTONIAZZI, J. H.
FOUSP.
E-mail: mmacedo@uol.com.br
O ensino a distância tem alcançado atenção e interesse no
processo de ensino-aprendizagem. Apesar disto, o corpo discente tem se mostrado
resistente à sua aplicação por diversos motivos, dentre os quais o receio de
não ter conhecimento suficiente da área de Informática para que se comece a
desenvolver trabalhos neste sentido. Este trabalho se propõe a motivar o corpo
discente a partir do conhecimento de que este dispõe, com o uso de um software
de fácil aplicação – PowerPoint – na criação de exercícios de
acompanhamento simples e de desenvolvimento rápido. Todas as áreas da
Odontologia podem começar seus primeiros passos no ensino a distância a partir
da motivação de seu corpo discente. A proposta se fundamenta na utilização de
ferramentas de desenho e texto de fácil produção e execução que geram
exercícios de acompanhamento do aprendizado a serem “navegados” pelo aluno em
estudo próprio, seja em casa ou em local que permita a utilização de terminais
de computadores. O exercício apresentado neste estudo foi feito sobre o tema
“Anatomia Dental” e foi desenvolvido em 6 horas, compreendendo questões de
múltipla escolha com, pelo menos, três opções. A opção errada permite retornar
à questão para que se escolha nova alternativa. Somente a opção correta permite
passar ao próximo exercício.
PE03
Avaliação qualitativa da imagem digital obtida através de
dois métodos com finalidade didática em Endodontia.
LEMOS, E. M.*, AUN, C.
E., GAVINI, G., CALDEIRA, C. L., SHIMABUKO, D. M., DEONIZIO, M. D. A.
Endodontia –
FOUSP.
O objetivo do presente estudo foi avaliar comparativamente a
qualidade da reprodução das imagens digitais com finalidade didática em
Endodontia, tendo como fonte de variação a imagem digital direta (IDD). Dez
dentes humanos extraídos foram utilizados. Cortes nos sentidos longitudinal e
transversal preservando-se o endodonto foram realizados com auxílio de brocas
diamantadas em alta rotação. Os cortes sofreram tratamento das superfícies com
auxílio de discos abrasivos e polimento até tornarem-se planificados e lisos
suficientes para a otimização do estudo comparativo. As imagens obtidas através
da fotografia convencional e digitalização com auxílio do “scanner” (Gl) e
Imagem Digital Direta obtida apenas com o “scanner” - IDD (G2) foram
submetidas à avaliação comparativa, pela projeção das imagens com apoio do
projetor multimídia (resolução: SVGA – 800 x 600 dpi) e por
dez docentes da Disciplina de Endodontia. Os resultados demonstraram diferenças
significantes entre os grupos, de modo que, para 80% dos observadores o Grupo 2
apresentou qualidade visual superior e, para 20% dos observadores, não houve
diferença.
Nossos resultados suportam a conclusão de que o Grupo 2 apresentou,
significativamente, resolução visual superior; otimizou a materialização
didática em Endodontia, eliminando o tempo desprendido no processamento e
digitalização das fotografias convencionais; e, possibilitou a reprodução fiel
dos detalhes anatômicos, permitindo o desenvolvimento cognitivo, construção das
atitudes e habilidades, que devem nortear os procedimentos pré-clínicos e
clínicos do corpo discente.
PE04
Método para avaliação da forma do preparo do canal
radicular.
CAMPOS, C.
N.*, CAMPOS, C. A.
Departamento
de Clínica Odontológica – Endodontia – FOUFJF.
Tel.: (0**32) 3229-3864. E-mail: cauber@terra.com.br
Muitas são as maneiras de avaliar a forma do preparo do canal
radicular, sendo que o resultado da maioria delas é baseado na interpretação de
vários observadores, tendendo para o subjetivismo. O objetivo desse estudo foi
desenvolver um método matemático que possibilitasse a avaliação, comparação e
classificação de canais radiculares quanto à forma do preparo após a
instrumentação endodôntica. Este método inédito se baseia no princípio de que
um cone é considerado perfeito e regular, quando seus diâmetros apresentam um
aumento de forma constante e uniforme. Assim, medindo os diâmetros em vários
níveis de um canal, podemos calcular, de um nível para outro, em quanto variou
o diâmetro. O resultado do cálculo do desvio padrão das variações desses
diâmetros em um determinado canal nos mostra um índice que, quando comparado
com os de outros canais, nos permite classificá-los quanto à qualidade da forma
do preparo.
Concluímos que quanto menor for o valor encontrado nesse resultado,
melhor é a forma do preparo. Esse método foi amplamente testado em canais
simulados e em condições reais, oferecendo um índice de confiabilidade da ordem
de 100%, tornando assim dispensável a presença de observadores nesse tipo de
trabalho de pesquisa.
PE05
O ensino em clínica integrada e o enfoque curricular ideal.
PADILHA, W
.W. N.*, ROCHA, R. G., TORTAMANO, N.
Pós-Graduação
em Odontologia – UFPB. E-mail: wilpad@uol.com.br
Este estudo objetivou relacionar as características do
ensino em clínica integrada (CI) e o enfoque curricular (EC) ideal
predominante. Enviou-se um questionário do tipo misto aos 87 coordenadores
desta disciplina nas instituições de ensino odontológico no Brasil (IEOs).
Retornaram respondidos 61,44% dos questionários (n = 51). Os dados
obtidos indicaram: 100% da amostra considerou que o ensino em CI pode ser
melhorado; as sugestões mais freqüentes foram para a organização
didática (25,8%) e recursos humanos (21,5%); os fatores que
prejudicam o ensino em CI mais freqüentemente apontados foram os recursos
humanos (35,3%) e infra-estrutura (21,95%); 62,0% consideram a CI
adequada ao restante do currículo; as técnicas de aula mais utilizadas são as
práticas de clínica (47,0%) e seminários (34,0%). Quanto ao
currículo, é considerado como capaz de preencher as áreas de formação
necessárias para o aluno por 64,0%; 80,0% da amsotra considerada que a
formação dos alunos atende às necessidades da comunidade; o enfoque curricular
ideal mais freqüente foi a reconstrução social com 45,4% seguido de
desenvolvimento do processo cognitivo (24,24%), auto-realização (18,18%),
racionalismo acadêmico (9,09%) e tecnologias de ensino (6,06%). Foram
relacionadas ao enfoque mais freqüente 9,6% das sugestões ao ensino, e 11,11%
das propostas de inclusão de conteúdo.
Concluiu-se que não houve correspondência entre as freqüências de
fatores relacionados às dificuldades e sugestões para a melhora, da mesma forma
que entre o EC ideal mais freqüente e as propostas de melhoria do ensino.
PE06
Relexões sobre a prática de ensino em ciências sociais
aplicadas à Odontologia (Sociologia e Antropologia).
MOLINA, V. L.
I.
Departamento
de Odontologia Social e Clínica Infantil – FOSJC – UNESP.
Ao término do ano letivo de 2000, procurou-se organizar
algumas reflexões sobre o conjunto de atividades instrucionais propostas para a
disciplina CSAO 1, oferecida aos alunos dos primeiros anos dos cursos integral
(CI) e noturno (CN) e definidas como propícias à aprendizagem e facilitadoras
das relações professor-aluno. Os resultados mais expressivos são: (1)
diferentemente dos anos anteriores, alunos do CI e do CN ficaram para exame/recuperação
(10% do CI e 13,3% do CN) e 1 aluno do CN (3,3%) foi reprovado na disciplina.
(2) A maioria dos alunos (77,6% do CI e 72% do CN) considerou que o professor
relacionou o conteúdo da disciplina com o campo de saúde bucal coletiva e que
“na maioria das vezes” apresentou o conteúdo de forma clara e precisa (57,1% do
CI e 48% do CN). (3) As relações entre professor-aluno foram consideradas como
sendo “sempre e na maioria das vezes amigáveis” (57,1 % do CI e 72% do CN).
As novas estratégias instrucionais por si só não garantiram melhor
desempenho do aluno. À elas deve-se somar outros fatores institucionais e
educacionais. Há que se dispor de tempo para anunciar um conteúdo que supere a
tradicional separação entre o clínico individual e o coletivo epidemiológico.
PE07
Ensinos odontológicos norueguês e brasileiro: a importância
da formação básica.
SILVA, D.
T., DEON, P., RÖSING, C. K.*, OPPERMANN, R. V., GJERMO, P. E.
Curso de
Odontologia – ULBRA; Department of Periodontology – University of Oslo
(UiO), Norway. Tel.: (0**51) 477-4000.
E-mail: ckrosing@hotmail.com
Este estudo verificou a importância das ciências básicas,
bem como a forma de apresentação de conteúdos por professores e alunos de 3
universidades (UFRGS, ULBRA, UiO). O currículo novo da UiO contempla uma
formação básica ampla e Ensino Baseado no Problema – PBL. Questionários
estruturados foram respondidos por 22 alunos do currículo antigo da UiO
(UiO-A), 28 do currículo novo (UiO-N), 25 alunos da UFRGS e 25 da ULBRA. O grupo
de professores foi de 17 (UiO), 10 (UFRGS) e 13 (ULBRA). A maioria dos alunos
opinou que o treinamento básico deveria ser idêntico ao do médico, sendo o
maior percentual obtido pelos estudantes do UiO-N (75%), e o menor na ULBRA
(52%) . A opinião dos professores variou de 83,3% (ULBRA) a 100% (UFRGS).
Anatomia foi classificada como mais importante pelos alunos, seguida de
Patologia, Microbiologia, Histologia e Bioquímica. Os estudantes noruegueses,
ao observarem isoladamente cada ciência básica, revelaram percentuais menores
que os brasileiros. Os estudantes brasileiros preferem aulas expositivas
(84-100%), e seminários (56-80%). Os noruegueses dão maior importância à
leitura e menor a aulas expositivas (56-68%). Professores preferem seminários
nas 3 universidades. Cursos extramuros recebem pouca importância.
Pode-se concluir que existem diferenças transculturais, embora a
relevância da formação básica seja reconhecida por todos. Seminários e PBL são
vistos pelos noruegueses como a forma mais adequada de ensino.
PE08
Biblioteca virtual odontopediátrica.
BUSSADORI,
S. K.*, GUEDES-PINTO, A. C.
Departamento
de Ortodontia e Odontopediatria – FOUSP - SP.
Na presente pesquisa desenvolveu-se um CD-ROM de Dentística
Odontopediátrica, dando origem ao primeiro volume da biblioteca virtual. Após
realização do CD-ROM, empregando diferentes softwares para sua finalização,
aplicou-se questionário com 30 entrevistados para avaliar o método de
ensino-aprendizagem. O questionário continha 17 questões referentes à forma do
programa, clareza das técnicas, facilidade de uso e validade como método
didático, além das características pessoais do entrevistado (professores e
alunos). A análise das respostas foi feita descritivamente por meio de tabela
de freqüência e teste exato de Fisher. Após avaliação dos resultados, pôde-se
verificar que os recursos mais utilizados para exposição das aulas são os
“slides” e o quadro-negro, sendo que o uso do CD-ROM é baixo e proporcional
entre os grupos de alunos e professores; a maioria dos entrevistados acessa a
Internet, mas poucos utilizam cursos a distância. O programa apresentou-se bem
claro quanto à apresentação das técnicas e ao seu uso. Aproximadamente 20%
fariam alterações nos “layout”, “links” e imagens do CD-ROM; quanto ao texto,
30% fariam alterações.
Os entrevistados viram no CD-ROM um bom método didático e demonstraram
interesse em aprender a fazê-lo, tornando-se assim, completamente factível e
pertinente a aplicação desse instrumento como meio educativo.
PE09
Avaliação da desadaptação na caixa proximal de restaurações
classe II em amálgama de prata: estudo in vitro.
SILVA, F.
R., DANTAS, M. C.*
Faculdade de
Odontologia – UFRJ.
O ensino em laboratório de restaurações metálicas diretas
envolve 2 estágios. O 1º corresponde ao ensino dos preparos cavitários. O 2º a
técnica restauradora, o tempo e a pressão necessários para a correta
condensação do amálgama para obter-se um mínimo de porosidade e o máximo de
adaptação. Ao final do período teórico/prático o aluno deveria confeccionar
restaurações em amálgama de prata com o mínimo de erros. A fim de avaliar a
evolução no aprendizado durante o período pré-clínico, que facilite ao
professor e ao aluno a visualização de erros e acertos, é proposto um processo
de quantificação das fendas existentes na caixa proximal de restaurações classe
II em diferentes fases do período letivo. Foram realizadas 2 amostragens
aleatórias compostas cada uma de 10 dentes em resina. O 1º grupo corresponde lª
restauração classe II confeccionada pelos alunos e o 2º grupo, também
classe II, refere-se àqueles restaurados na prova prática final. Após
seccionamento V-L ao nível da caixa proximal, foram embutidos em resina epóxi,
seguindo-se de lixamento (240, 600 e 1200) e polimento com alumina. Os
corpos-de-prova foram analisados em microscopia óptica com aumento de 25 X
(Olympus BX60M com câmara digital Olympus DPI0). As análises microestruturais
para a determinação da desadaptação do amálgama às paredes cavitárias
utilizaram programas de processamento de imagens digitais. O método de
avaliação permitiu uma quantificação das fendas.
Verificou-se diferenças de medidas na largura dessas fendas entre os
grupos 1 e 2, de modo a indicar uma metodologia para a avaliação da prática
pré-clínica.
PE10
Ensinos odontológicos norueguês e brasileiro: avaliação da
formação clínica.
SILVA, D.
T., DEON, P., OPPERMANN, R. V.*, RÖSING, C. K., GJERMO, P. E.
Curso de
Odontologia – ULBRA, Department of Periodontology – University of Oslo
(UiO), Norway. Tel.: (0** 51) 477-4000. E-mail: ruiopper@terra.com.br
Este estudo avaliou, em 3 universidades (UFRGS, ULBRA e
UiO), a opinião de alunos e professores a respeito da formação clínica.
Questionários estruturados foram aplicados a 25 alunos da UFRGS e da ULBRA, a
28 alunos do novo e a 22 do antigo currículo da UiO, 17 professores da UiO, 10
da UFRGS e 13 da ULBRA. Para os noruegueses o trabalho mínimo prático deve ser
controlado (78,6%-86,4%). A variação entre os brasileiros foi de 16-60%.
Noruegueses apresentam satisfação maior que brasileiros (87-100% versus
60-91,7%) na avaliação da prática. Acadêmicos avaliaram-se mais favoravelmente
do que seus professores com relação às suas aptidões. Para os alunos, maiores
dificuldades na formação clínica são próteses extensas, ortodontia complexa,
implantes, tratamento de DTM e planejamento de programas de saúde coletiva. Não
foram observadas diferenças entre os currículos. Na UiO, a capacidade clínica
após a graduação é questionada pelos professores. No Brasil, a opinião é mais
positiva. Docentes brasileiros concordam quanto à habilitação para
procedimentos de raspagem supra- e subgengivais, restaurações simples,
endodontia de unirradiculares e odontopediatria.
Conclui-se que existem diferenças entre a percepção de alunos e
professores sobre o ensino odontológico prático, sendo que os últimos têm uma
visão menos favorável sobre a capacidade clínica de seus alunos do que é
autopercebida. Diferenças transculturais são observadas quanto à quantidade
mínima de trabalho bem como à qualidade do ensino prático.
PE11
Programa de Saúde Bucal do escolar no IEPIC – uma
perspectiva docente.
MAIA, K.
D.*, FONTOURA, H. A., MATUCK, I. C., SOARES, E. L.
Departament
of Periodontology – University of Oslo. Tel.: (0**51) 477-4000.
Este estudo avaliou, em 3 universidades (UFRGS, ULBRA, UiO),
a opinião de alunos e professores a respeito da formação clínica. Questionários
estruturados foram aplicados a 25 alunos UFRGS e da ULBRA, a 28 alunos do novo
e a 22 do antigo currículo da UiO, 17 professores da UiO, 10 da UFRGS e 13 da
ULBRA. Para os noruegueses o trabalho mínimo prático deve ser controlado
(78,6%-86,4%). A variação entre os brasileiros foi de 16-60%. Noruegueses
apresentam satisfação maior que brasileiros (87-100% versus 60-91,7%) na
avaliação prática. Acadêmicos avaliaram-se mais favoravelmente do que seus
professores com relação às suas aptidões. Para os alunos, maiores dificuldades
na formação clínica são próteses extensa, ortodontia complexa, implantes,
tratamento de DTM e planejamento de programas de saúde coletiva. Não foram
observadas diferenças entre os currículos. Na UiO, a capacidade clínica após a
graduação é questionada pelos professores. No Brasil, a opinião é mais
positiva. Docentes brasileiros concordam quanto à habilitação para
procedimentos de raspagem supra- e subgengivais, restaurações simples,
endodontia de unirradiculares e odontopediatria.
Conclui-se que existem diferenças entre a percepção de alunos e
professores sobre ensino odontológico prático, sendo que os últimos têm uma
visão menos favorável sobre a capacidade clínica de seus alunos do que é
autopercebida. Diferenças transculturais são observadas quanto à quantidade
mínima de trabalho bem como à qualidade do ensino prático.
PE12
Análise da metodologia de ensino da Endodontia da FOUSP.
NOGUEIRA, A.
L. F.*, ARAKI, A., AKISSUE, E., ROTA, E., CALIL, E, CARDOSO, L. N., WALDOMIRO,
R., BEZERRA, A., LAGE-MARQUES, J. L.
Disciplina
de Endodontia – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7939.
Este estudo teve como objetivo, analisar a evolução da
proposta de ensino da Disciplina de Endodontia da FOUSP e identificar
tendências, quando comparados à prática laboratorial com a clínica endodôntica.
A metodologia experimental empregada foi a abordagem pelo método do
questionário. As respostas do grupo de
alunos foram: durante o aprendizado do laboratório e da clínica, a fase de
cirurgia de acesso (37,8%/23,1%) e odontometria (20,0%/25,6%), constituíram-se
as mais difíceis; 100% dos alunos considerou a prática laboratorial importante
antes da clínica e a maioria (51,4%), considerou-se apto ao início das
atividades clínicas; os alunos sentiram-se mais seguros em realizar tratamentos
em dentes anteriores (43,6%) e pré-molares (36,4%) do que em molares (20,0%),
sendo que a maior dificuldade encontrada na clínica, referiu-se a diagnóstico
(76,81%); quanto às tomadas radiográficas 37,14% dos alunos relataram ter tido
um aumento na clínica, sendo a dissociação das raízes e as distorções as
dificuldades mais encontradas.
Conclui-se
que as tomadas radiográficas constituíram maior dificuldade na fase de
odontometria, principalmente nos casos de pré-molares e molares seguida das
dificuldades encontradas para obtenção do diagnóstico. Como alternativa
didática para a etapa de diagnóstico, sugere-se o emprego de simulações de
situações clínicas foto- e radiografadas; a dificuldade para as tomadas
radiográficas podem ser minimizadas pela retomada de conceitos da Radiologia e
exercícios práticos em crânios secos. A aplicação regular de questionários aos
alunos, poderia minimizar imediatamente as dificuldades relatadas, além do que
seria um acompanhamento da evolução dos mesmos.
PE13
Análise acadêmica sobre métodos de ensino e de avaliação de
Endodontia em atividades pré-clínicas.
ABRAHÃO, I.
J.*, TUBEL, M. P. F.
UNIMES.
O objetivo do presente estudo foi classificar por meio de
questionários a didática, as estratégias, a carga horária e a avaliação do
ensino pré-clínico de Endodontia em duas universidades particulares do estado
de São Paulo. Para tanto, foi elaborado um questionário com alternativas e
perguntas escritas, em que os alunos puderam avaliar o nível de aproveitamento
do ensino pré-clínico de Endodontia, assim como apresentarem sugestões e
críticas por meio de avaliações de acadêmicos em diferentes estágios de
aprendizado. O questionário foi distribuído na Universidade Metropolitana de
Santos para alunos do terceiro ano que estão iniciando a fase pré-clínica, para
alunos do quarto ano que estão na fase clínica e para alunos do quinto ano que
já foram aprovados na disciplina e estão em clínica integrada, totalizando 300
alunos. Foi igualmente distribuído um questionário solicitando métodos de
avaliação para alunos monitores e estagiários da disciplina. Esse mesmo
questionário foi distribuído na Faculdade de Odontologia das Faculdades
Metropolitanas Unidas para alunos em fase pré-clínica, totalizando 40
questionários. Os resultados foram quantificados e analisados.
As respostas aos questionários levaram às seguintes conclusões: o ensino
pré-clínico com troquéis torna-se monótono e sem atrativos a partir do momento
em que se inicia a fase clínica; o ensino laboratorial nesta fase deveria se
resumir à realização de cirurgias de acesso unicamente; existe uma dificuldade
muito grande em se conseguir dentes humanos para fase laboratorial e um modelo
de similador deve ser desenvolvido para suprir esta falta; o método de
avaliação, embora muito severo, foi considerado justo e de fácil compreensão.
POAC01
Indicadores sociais e recursos odontológicos dos municípios
do estado de São Paulo no final do século XX.
JUNQUEIRA,
S. R.*, ARAUJO, M. E.
Departamento
de Odontologia Social – FOUSP. E-mail: e-simone@fo.usp.br
Neste trabalho relacionaram-se, para todos os municípios do
estado, características socioeconômicas da população com recursos dos serviços
em saúde bucal. Os dados foram obtidos por meio da Pesquisa Municipal
Unificada, do Atlas de Desenvolvimento Humano, do Perfil Municipal de Saúde, do
CRO - SP e da Unicef. As variáveis selecionadas foram: índices de
desenvolvimento humano, de condições de vida (ICV) e o de sobrevivência das
crianças de até 6 anos de idade, renda familiar per capita média,
índices de desigualdade de Theil-L e de Gini, porcentagem de pessoas com renda
insuficiente, taxa de analfabetismo da população adulta, número de
cirurgiões-dentistas (CD) inscritos no CRO - SP e dos CD e auxiliares do setor
público, número de equipamentos odontológicos e horas trabalhadas pelos CD. As
variáveis foram submetidas à análise de regressão linear simples. O número de
profissionais públicos aumenta quanto piores os indicadores de renda e de
analfabetismo. O número de auxiliares ainda é inadequado para a adoção de
práticas de sistemas de trabalho de alta cobertura. Já os inscritos no
CRO - SP acompanham as melhores condições socioeconômicas, como renda e
ICV. No setor público, o número de equipamentos equivale ao número de CD, o que
indica ociosidade do serviço. A variável está relacionada com a menor renda
média da população, assim como o número de horas trabalhadas.
Existe, portanto, o direcionamento dos recursos humanos e materiais, no
serviço público, de acordo com as necessidades da população – admitindo-se
que, em condições socioecômicas precárias, a saúde bucal também assim se
manifesta.
POAC02
Indicadores de saúde bucal relacionados à qualidade de vida:
revisão sistemática.
BIAZEVIC, M.
G. H.*, ARAUJO, M. E.
Departamento
de Odontologia Social – FOUSP.
Os indicadores objetivos em saúde bucal constituem medidas
clínicas úteis para a mensuração da necessidade normativa de tratamento do
paciente. Entretanto, possuem suas limitações, já que não trazem informações a
respeito do impacto que a condição bucal possui em sua qualidade de vida.
Atualmente, vem-se propondo a associação de tais indicadores aos chamados
subjetivos, ou de qualidade de vida, com o intuito de se obter um panorama
global de sua condição no seu dia-a-dia. Os objetivos do presente trabalho
foram: 1) verificar se os indicadores subjetivos em saúde bucal são capazes de
detectar aspectos da saúde bucal de indivíduos que os indicadores clínicos não
detectam; 2) verificar se existe associação entre a percepção do indivíduo a
respeito de sua saúde bucal e os achados clínicos. Assim, realizou-se revisão
bibliográfica utilizando-se uma metodologia de revisão sistemática, que
encontra suas bases na medicina embasada em evidências; os critérios de
inclusão e exclusão dos trabalhos levantados na base de dados Medline foram
claramente definidos. Dos 77 trabalhos selecionados, apenas 48 tiveram a pontuação
mínima necessária para serem considerados relevantes.
Da análise do material selecionado (N = 48), pôde-se concluir
que: 1) os indicadores subjetivos em saúde bucal produzem maior evidência na
detecção de problemas que os indicadores objetivos não detectam; 2) a
autopercepção da condição de saúde bucal permite que se tenha um panorama mais
próximo da real condição de saúde bucal do indivíduo, apesar de não substituir
o exame clínico do paciente. (Apoio financeiro: CAPES.)
POAC03
Motivação com capacitação de pessoal para promoção de saúde
bucal.
RÊGO, R.
A.*, COUTO, G. B. L., PINHEIRO, J. T.
Clínica e
Odontologia Preventiva – Curso de Odontologia – UFPE.
E-mail: gbosco@npd.ufpe.br
O objetivo desta pesquisa foi avaliar e comparar a eficácia
de dois programas de orientação preventiva, através dos índices de placa e
gengival. Foram selecionados 90 escolares, os quais foram divididos em 3 grupos
de 30 escolares cada, sendo um grupo controle e dois experimentais. Os grupos
experimentais receberam, semanalmente, escovação supervisionada, bochecho com
solução fluoretada, instruções de higiene oral através de macromodelo,
palestras, filmes e outros dispositivos educacionais e foram submetidos a 4
avaliações trimestrais com coleta dos índices de placa e gengival, sendo que um
grupo recebeu orientações de um auxiliar capacitado pelo profissional de
Odontologia, enquanto o outro recebeu orientações do próprio profissional. O
grupo controle recebeu uma orientação inicial e bochecho com solução
fluoretada, sem ter acesso ao programa motivacional no decorrer da pesquisa e
foi avaliado no início e final do experimento. Os três grupos receberam “kits”
de escovação nas avaliações. Verificou-se no grupo orientado pelo profissional
de Odontologia uma redução no índice de placa de 51%, no grupo orientado pelo
auxiliar, 29% e no grupo controle, 7,4%. O índice gengival do grupo controle
reduziu-se em 17%, enquanto no do grupo orientado pelo profissional de
Odontologia e pelo auxiliar, a redução foi de 100%.
Concluiu-se que os dois programas foram eficazes na melhoria das
condições de saúde bucal dos escolares, observando-se melhor desenvoltura no
programa desenvolvido e executado pelo profissional de Odontologia.
POAC04
Tamanho da amostra em estudos odontológicos.
GONÇALVES,
J. R.*, AMBROSANO, G. M. B., MENEGHIN, M. C., PEREIRA, A. C.
Departamento
de Odontologia Social – UNICAMP - Piracicaba.
E-mail: jrochall@zipmail.com.br
É fundamental definir o tamanho da amostra para realizar uma
investigação científica odontológica. As características das amostras nos
estudos determinam a validade dos resultados experimentais e observacionais. Na
experimentação é importante definir: quantos grupos estão sendo comparados;
intervenção e controle ou mais; determinar se o dado é paramétrico (medidas
contínuas) ou não-paramétrico (índices) e a relação entre os grupos. Definidos
estes parâmetros, o tamanho da amostra e o teste estatístico adequado são
selecionados com a finalidade de demonstrar coerência com o objetivo do estudo.
O presente estudo foi elaborado para investigar a importância do tamanho da
amostra na pesquisa odontológica por meio de levantamento bibliográfico na base
de dados: MEDLINE, LILACS e BBO, tendo como referência o cruzamento de
unitermos (amostra; tamanho; delineamento; saúde bucal; serviço) datas
definidas e utilização do banco de dados eletrônico (Review Manager, versão
4.04 Centro Colaboração Cocharane, 1999).Os resultados mostram que a
representatividade da amostra é proporcional a complexidade do estudo.
Para ensaios clínicos quanto mais selecionada a amostra, menor o poder
de generalização dos resultados. Sendo assim, os métodos para avaliar o tamanho
da amostra embasados cientificamente, permitem credibilidade, segurança e
melhor relação custo–benefício dos estudos na Odontologia. Portanto a
estatística não pode reverter uma análise de resultados que foi conduzida de
forma equivocada. (Apoio: Departamento de Odontologia Social da UNICAMP de
Piracicaba.)
POAC05
Representações sociais de saúde bucal formadas por gestantes
soropositivas para o HIV.
SILVEIRA,
F.*, GRAÇA, T., RANGEL, M., SOARES, E.
Pós-Graduação
em Odontologia Social – UFF - RJ. E-mail: flaviams@nitnet.com.br
O objetivo desta pesquisa foi analisar as representações
sociais de saúde bucal formadas por gestantes HIV+, considerando seus contextos
sociais e condições de saúde bucais, comparando-as com gestantes HIV-. A
metodologia utilizada foi qualitativa, abordando com profundidade as relações
dos processos e fenômenos da saúde que não podem ser captáveis e perceptíveis
em equações e estatísticas. Realizou-se a análise de conteúdo de entrevistas
com 20 gestantes (divididas em: HIV- e HIV+) atendidas no Hospital
Universitário Antônio Pedro. Foram realizados exames clínicos, entrevistas
individuais e discussões coletivas. Observou-se nos dois grupos: desinformação
com relação ao processo saúde/doenças bucais; a saúde bucal foi representada
como fator de influência nas relações sociais. O medo foi um sentimento
representado através de: medo relativo ao dentista, medo de perder os dentes
anteriores, medo de ter mau hálito, e no caso do grupo HIV+, medo de
discriminação, medo de morrer e medo de contaminar o filho. No grupo de
gestantes HIV+ foram evidenciados indicadores sociais (renda familiar mensal e
escolaridade) e de condições de saúde bucal (CPOD, CPOS, IPC, biofilme visível
e alterações de tecidos moles) mais desfavoráveis.
Essa situação sugere que a dificuldade de acesso à educação em saúde
bucal e ao acompanhamento odontológico profissional, bem como as práticas
profissionais privilegiando os procedimentos cirúrgicos com a exodontia
indiscriminada de elementos dentários, contribua para as representações sociais
e para a saúde bucal das gestantes soropositivas para o HIV. (Apoio: CAPES.)
POAC06
Projeto piloto: oficina de saúde bucal para professores do
ensino fundamental.
SILVA, E. B.
N.*, FUSCELLA, M. A. P., GALVÃO, L. M., FERNANDES, L. M. A. G.,
FERNANDES, T. O.
Universidade
Potiguar. Tel.: (0**84) 215-1230. E-mail: odontologia@unp.br
Diante da alta prevalência de cárie e da doença periodontal
encontrada na população brasileira, elaborou-se este projeto piloto, com o
objetivo de capacitar professores do ensino fundamental da Escola Estadual
Cônego Luiz Wanderley, em Natal - RN, para atuarem como agentes multiplicadores
de saúde bucal, junto aos alunos. Participaram 18 professores do turno matutino
das disciplinas de português, matemática, geografia, história, ciências e
artes. Coordenaram as atividades, duas alunas do curso de Odontologia da
Universidade Potiguar, orientadas pelas professoras de Odontologia Preventiva e
Social. Numa oficina de 4 horas os professores fizeram leituras de textos e
construíram instrumentos educativos relacionados à prevenção da cárie e doença
periodontal. O primeiro resultado importante alcançado foi a motivação dos
professores, que incluíram a saúde bucal no planejamento pedagógico, integrando
essas atividades, ao conteúdo da disciplina que ministravam. Foi realizada uma
Gincana de Saúde Bucal no final do ano, onde foram apresentados todos os
trabalhos produzidos, além de arrecadarem escovas dentais e dentifrícios, que
foram distribuídos pelos alunos, a uma Comunidade da Pastoral da Criança, numa
atividade educativa, ou seja, os alunos, preparados por seus professores,
atuavam como agentes multiplicadores de saúde bucal.
A partir dos resultados positivos alcançados pelo projeto piloto, esse
trabalho está sendo ampliado, envolvendo os turnos matutino e verpertino.
POAC07
Uso e acondicionamento de escovas em creches.
COELHO, R.
de C.*, BRANDÃO, L. M., SILVEIRA, J. L. G. C.
Pós-Graduação
em Odontologia Social – UFF - RJ; SMS - RJ.
O objetivo deste trabalho foi avaliar as condições e formas
de manipulação e acondicionamento das escovas dentais em seis creches conveniadas
com a Prefeitura do Rio de Janeiro. Estudo desenvolvido pela abordagem
indutiva, pela técnica de observação direta intensiva (formulário) e método de
procedimento estatístico. O universo amostral contou com 524 escovas dentárias
em uso, verificando-se a manipulação das escovas antes, durante e após o uso.
Verificou-se: 56% das escovas apresentavam resíduos previamente à escovação,
predominantemente creme dental; 46% dos porta-escovas permitem o contato direto
entre si; 38% permitem o contato direto das cerdas com as bordas do
porta-escovas e 73% permanecem descobertos; em 1,8% das turmas as escovas são
retiradas coletivamente do porta-escovas; em 1,00% a dispensação do creme
dental permite o contato do tubo com a escova; em 22% das turmas a educadora
escova os dentes de todas as crianças; em 30% a educadora realiza a escovação
de uma parcela das crianças; em 7% as crianças escovam sozinhas; em 26% a
escovação é supervisionada; 1,5% não é realizada qualquer higienização bucal.
Posteriormente à escovação: 20% das turmas realizam lavagem coletiva das
escovas, e 42% não realizam nenhuma forma de secagem das mesmas, enquanto 8%
secam com uma mesma toalha de pano todas as escovas.
Os resultados encontrados sugerem a necessidade da implementação de um
programa direcionado às professoras, bem como normatização de todo o conjunto
de ações e atividades relativas a higienização bucal dos pré-escolares nestas
instituições.
POAC08
Avaliação clínica de um ano da técnica restauradora
atraumática em pré-escolares.
PINHEIRO,
C.*, ROCHA, C., COUTINHO, T. C.
Departamento
de Odontoclínica – Universidade Federal Fluminense – Niterói - RJ.
Tel.: (0**21) 719-1055. E-mail: tcoutinho@openlink.com.br
O objetivo deste estudo foi avaliar clinicamente, após um
ano, 59 restaurações (oclusais, proximais e cervicais) realizadas através da
Técnica Restauradora Atraumática (ART) em 25 crianças na faixa etária de 1 a 5
anos de uma Creche Municipal de Niterói - RJ, participantes do Projeto de
Extensão de Promoção de Saúde Bucal da UFF. Todos os responsáveis pelas
crianças assinaram o Termo de Consentimento de acordo com o Comitê de Ética. O
material utilizado foi o Ketac Molar (DFL), sendo manipulado de acordo com as
instruções do fabricante e a técnica restauradora seguiu as recomendações do
Guia Prático para a Técnica do Tratamento Restaurador Atraumático elaborado
pela OMS. A avaliação do desempenho clínico das restaurações foi realizada por
dois avaliadores calibrados, através do método de avaliação clínica direta com
sonda e espelho utilizando o critério classificatório preconizado por
PHANTUMVANIT et al. (J Public Health Dent, v. 56,
p. 141-145, 1996), que consiste de escores de 0 a 9. Observou-se um
sucesso de 61% de retenção total (escore 0) considerando-se todos os tipos de
restauração realizados em dentes decíduos. Considerando-se cada tipo
separadamente, foi obtido um sucesso de 78,6% nas restaurações de classe I;
61,5% nas de classe II; 14,2% nas de classe III e 100% nas de classe V. Nenhuma
das crianças que receberam a ART apresentaram atividade de cárie após o período
de um ano.
Concluiu-se que a ART é uma alternativa de tratamento bem-sucedida em
pré-escolares, como parte integrante de um programa embasado na promoção de
saúde.
POAC09
Caracterização de levantamentos epidemiológicos de fluorose
dentária no estado de São Paulo.
FORNI, T. I.
B.
Faculdade de
Odontologia – Universidade Metodista de São Paulo.
O objetivo do estudo foi descrever 11 levantamentos
exploratórios de fluorose dentária que utilizaram recomendações da Organização
Mundial da Saúde, que preconiza uso dos critérios do Índice de Dean. Os bancos
de dados foram fornecidos pela FSP – USP e organizados segundo variáveis
comuns: idade (5 a 12 anos), sexo, grupo étnico e examinador. A análise dos
intervalos de confiança indicou que à medida que aumentou a idade, diminuiu a
proporção de casos de ausência de fluorose em todos os municípios e que os
municípios de Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires apresentaram as maiores
prevalências. Para a variável “sexo” foi observada diferença estatisticamente
significativa em Diadema (p = 0,031) e São Paulo
(p << 0,001), com maiores prevalências respectivamente nos
sexos feminino e masculino. Para grupo étnico, diferenças estatisticamente
significativas (p << 0,01) foram observadas em Santos, São
Caetano do Sul e São Paulo, com indicadores mais elevados para não-brancos.
Devido à característica exploratória dos estudos, os examinadores não tinham
atingido percentuais de concordâncias aceitáveis pela OMS e isso é observado
nos resultados.
Novos estudos transversais são necessários para confirmar as hipóteses
levantadas e devem, no seu planejamento, levar em consideração amostras que
permitam pós-estratificações, idades de exame de acordo com eventos de
interesse para investigação e treinamento dos examinadores. Estudos
longitudinais são necessários para se identificar associações com fatores
causais da fluorose dentária de forma a orientar serviços de saúde e população
para o uso racional do flúor.
POAC10
Quinze meses de monitoramento da fluoretação da água de
Pelotas - RS.
LIMA, F. G.,
LUND, R. G., MARQUES, R., FERREIRA, R., FORMOLO, E., JUSTINO, L. M., DEAMRCO,
F. F.
Mestrado em
Dentística – FOUFPel; UNIVALI. Tel.: (0**53) 222-4439.
E-mail: fabiarq@terra.com.br
A fluoretação da água de abastecimento público (FAAP) é
ainda o método de escolha para prevenção da doença cárie dentária, em termos de
saúde pública, principalmente nos países ditos em desenvolvimento. No município
de Pelotas - RS existe tal programa, porém, se faz necessário o heterocontrole
dos níveis de flúor, para que haja efeito preventivo sem ter riscos à saúde da
população. O objetivo deste estudo foi acompanhar, mensalmente, os níveis de
flúor na água de abastecimento público de Pelotas, a fim de verificar se os
mesmos estavam em níveis ideais. A cidade de Pelotas foi dividida em 16 pontos
geográficos, abrangendo todas as regiões da cidade, incluindo as 3 Estações de
Tratamento da água (ETAs). A coleta foi feita mensalmente, de novembro de 1999
a março de 2001, nos 16 pontos, em frascos plásticos de 5 ml previamente
esterilizados. Após a coleta, as amostras foram enviadas ao Laboratório de
Vigilância Sanitária de Flúor da Universidade do Vale do Itajaí, onde a análise
é feita através do método eletrométrico (Orion 720 A ou 920 A/Eletrodo Orion
9609). Após quinze meses de análise, verificamos que sempre houve um número
próximo a 50% de pontos de coleta com níveis de flúor na água insuficientes à
prevenção da doença cárie e que não houve uma constância entre cada ponto, havendo
alternância entre pontos que estavam acima ou abaixo da média, em diferentes
meses.
Os
resultados indicam não haver um controle efetivo da FAAP de Pelotas, com níveis
abaixo do ideal em muitos locais, o que pode acarretar à perda do efeito
preventivo do método em relação à cárie dental.
POAC11
Projeto de atendimento aos pacientes com traumatismo dental.
PROVENÇANO*,
F., FIDEL, R. A. S., FIDEL, S. R., DELPHIN, L., CARVALHO, R.
Departamento
de Odontologia – UNIGRANRIO. E-mail: rivail@ig.com.br
A lesão traumática envolvendo principalmente dentes e
tecidos adjacentes tem sido preocupante não só pelo fator do sofrimento humano
e emocional em sociedades desenvolvidas e subdesenvolvidas, como também pelo
funcional e estético. Segundo Andreasen, as lesões traumáticas dentais devem
ser tratadas de maneira mais hábil possível possibilitando um atendimento de
valor sócio-econômico e cultural eficiente. O projeto tem a finalidade de levar
esclarecimentos aos centros esportivos e de saúde, escolas e hospitais, através
de palestras e distribuição de “folders” sobre as diversas situações do
paciente traumatizado, além do atendimento multidisciplinar auxiliando na
pesquisa integralizada, a um maior número possível de pacientes que tenham
sofrido trauma dental e ainda, integrar a teoria básica com a prática clínica,
resultando na elaboração de pesquisas específicas no âmbito dos dentes
traumatizados. Dessa forma, a Faculdade de Odontologia da UNIGRANRIO
transformou-se num centro de referência e pesquisa no atendimento aos pacientes
traumatizados no município de Duque de Caxias e regiões adjacentes. O projeto
recebe uma média de cinco pacientes por dia onde tem se destacado os casos de
avulsão, subluxação e fraturas, recebendo todo o acompanhamento clínico e
radiográfico. Os dados colhidos até o momento estão sendo tabulados para
posterior análise e conclusão.
POAC12
Incremento de cárie dental em lactentes – um estudo
longitudinal.
SCAVUZZI, A.
I. F.*, CALDAS Jr., A. F., COUTO, G. H. L.
Departamento
de Saúde – UEFS - BA; Faculdade de Odontologia de Pernambuco – UPE.
Nesta pesquisa, foi realizado um estudo longitudinal
prospectivo da cárie dentária, numa amostra de 186 crianças, com 12 a 30 meses
de idade, em Feira de Santana - BA, sendo analisados potenciais fatores de
risco para o incremento de cárie dental após um ano. Todas as crianças faziam
parte de um programa público de puericultura. Após 11 meses, todas as
mães/responsáveis das 217 crianças que participaram do exame inicial foram
contactadas, tendo retornado 85,7% da amostra inicial. As informações
socioeconômico-demográficas, comportamentais e de saúde foram coletadas por
meio de entrevista estruturada realizada no exame inicial. Os exames bucais
para detecção de cárie dental, placa visível (PV) e mancha branca (MB) foram
realizados no início da pesquisa e ao final de um ano. A análise estatística
foi feita mediante distribuição de freqüências, obtenção de médias e
desvio-padrão, análise bivariada e multivariada com regressão logística,
obtenção do risco relativo e intervalos de confiança a 95%. A prevalência de
cárie no exame inicial foi de 6,4%, tendo aumentado cerca de 3 vezes ao final
de um ano, bem como, 19,9% apresentou incremento de cárie dental. Os fatores
associados ao incremento de cárie dental após 1 ano, para p << 0,05,
foram a experiência de cárie anterior, a presença de MB e PV nas superfícies
vestibulares dos incisivos superiores, presença de molar, a idade da criança, o
nível educacional da mãe, o uso de dentifrício fluoretado e a avaliação feita
pela mãe sobre a condição dentária do filho.
POAC13
Avaliação de um programa de educação em saúde através da
análise de conhecimentos e crenças sobre saúde bucal.
GOMES FILHO,
D. L.*, FREITAS, M., VOLSCHAN, B. C. G.
Odontologia
Social – UFF; Odontopediatria – UNESA. E-mail: dlgfilho@uol.com.br
Este trabalho tem por objetivo avaliar a eficácia de um
programa de educação em saúde bucal através da análise dos conhecimentos e
crenças dos participantes. Este programa consiste de reuniões semanais com os
responsáveis por crianças de 5 a 12 anos atendidas na Clínica Integrada
Infantil da UNESA, nas quais são abordados diversos temas sobre saúde bucal.
Anteriormente à implantação do programa foi aplicado um questionário a 73
responsáveis (fase 1). O questionário apresentou uma pergunta fechada sobre o
nível de escolaridade e 12 perguntas abertas relacionadas a saúde bucal. Após 3
anos de programa o mesmo questionário foi aplicado a 58 responsáveis (fase 2).
As respostas do questionário receberam tratamento qualitativo de análise de
conteúdo e foram categorizadas como corretas e incorretas. A análise
estatística dos resultados na comparação entre as duas fases utilizou o teste
de qui-quadrado e foi observado que em níveis de escolaridade até o fundamental
houve diferença estatística, nível de significância de 95%, em termos de número
de acertos sobre conhecimentos de saúde bucal. Entretanto, não foi observado
diferença em relação às crenças. Já no nível de ensino médio incompleto, foi
verificado diferença estatística tanto em conhecimentos quanto em crenças,
níveis de significância de 95% e 99%, respectivamente.
Os resultados nos levam a concluir que o programa apresentou eficácia em
relação aos conhecimentos sobre saúde bucal. Porém, as crenças persistem
dependentes do nível de escolaridade.
POAC14
Escolas promotoras de saúde construindo a integração.
MATUK, L.
C., GIONGO, M.*, OLIVEIRA, R. M., OLIVEIRA, G., PIRES, J., TEIXEIRA, D.
Pós-Graduação
em Odontologia Social – UFF; UFRJ.
O presente estudo é resultado do convênio firmado entre a
Prefeitura do Rio de Janeiro/S. Saúde, Universidade Federal do Rio de
Janeiro/Faculdade de Odontologia e Fundação BIORIO, tendo como objetivo
implementar ações de saúde no espaço escolar. Atuando em 50 escolas municipais
o projeto constrói interfaces entre a unidades escolares e a rede de atenção
básica de saúde, permitindo a inserção dos atores nos programas de saúde em
desenvolvimento. Estão em desenvolvimento levantamentos sobre a condição dental
e necessidade de tratamento (OMS), acuidade visual e auditiva dos escolares. A
metodologia empregada visa a atuação em equipes interdisciplinares formando
agentes multiplicadores de saúde, construindo uma adequação local a partir do
projeto político pedagógico da escola. Temos 39.381 escolares envolvidos, onde
22% necessitam de exame oftalmológico, 20% de exame otorrinolaringológico ou
fonoaudiológico e na amostra (12%) do levantamento da condição dental 41% estão
livres da doença cárie, 42 grupos de multiplicadores de saúde estão em ação.
O projeto tem total apoio da comunidade, exerce papel
docente-assistencial, fomentando a pesquisa e a extensão universitária. O
projeto tem o financiamento do Município do Rio de Janeiro através da Fundação
BIORIO e serve como piloto para a futura ampliação em toda a rede escolar.
POAC15
Avaliação de um programa educativo-preventivo na prevenção
da cárie.
CESÁRIO-PINTO,
L. M.*, WALTER, L. R. F., PERCINOTO, C., FROSSARD, W. T. G.
Departamento
de Odontologia Infantil e Social – FOA – UNESP. Tel.: (0**18)
620-3235. E-mail: percinot@foa.unesp.br
A prevalência de cárie dentária indicou a necessidade do
atendimento precoce em crianças com menos de um ano de idade. O objetivo desta
pesquisa foi verificar a eficácia de um programa educativo-preventivo através
da prevalência de cárie, assim como identificar os fatores comportamentais que
interferem no risco de cárie nas crianças atendidas na Bebê-Clínica da
Universidade Estadual de Londrina, e as causas do abandono do programa pelas
mesmas. A amostra foi dividida em grupos G1 e G2. Para o grupo G1, composto por
242 crianças que permaneceram no programa durante quatro anos, foi realizado o
exame bucal e, para as mães ou responsáveis, aplicado um formulário com a
finalidade de obter dados relativos aos hábitos dietéticos, de higiene bucal e
à repercussão das ações educativas; no grupo G2, composto por 60 crianças que
abandonaram o programa, uma entrevista foi realizada com as mães com o objetivo
de verificar as causas deste abandono. O teste estatístico não-paramétrico qui-quadrado
foi utilizado para análise dos dados. Os resultados mostraram que no grupo G1,
71,1% das crianças aos 5 anos de idade nunca tiveram experiência de cárie e que
o comportamento no momento da escovação e o risco de cárie foram as variáveis
que tiveram associação com a aquisicão da cárie dentária. Mudança para serviços
de saúde similares mais próximos ao domicílio foi a principal causa do abandono
no grupo G2.
O programa mostrou ser eficaz na prevenção da cárie e na manutenção da
saúde bucal das crianças.
POAC16
Impacto da saúde bucal na qualidade de vida de idosos.
FIGUEIREDO,
A.*, VILELA, A., BACELAR, J., CALDAS Jr., A.
De acordo com as projeções estatísticas da OMS, até 2025, a
população de idosos no Brasil crescerá em escala ascendente. Este trabalho teve
como objetivo descrever o impacto da saúde bucal na qualidade de vida de idosos
institucionalizados e não-institucionalizados da cidade do Recife. Os dados
foram obtidos através do uso de um questionário e exame clínico, seguindo os
critérios preconizados pela OMS. Um total de 177 pessoas foram examinadas,
sendo 106 não-institucionalizadas e 71 institucionalizadas. Os idosos
institucionalizados e não-institucionalizados apresentaram um CPO-D médio igual
a 30,0 (DP = 3,55) e 28,46 (DP = 5,1) respectivamente. Foi
encontrada diferença estatisticamente significante na média de dentes cariados
entre os dois grupos estudados (p << 0,05). O percentual de
edentulismo foi de 52,5%, sendo que destes, 81,9% necessitavam de prótese total
superior e 62,7% de prótese total inferior. Com relação a saúde geral, 59,8%
responderam que a consideravam razoável a ruim. Apesar da alta prevalência de
cárie e edentulismo e grande necessidade de reabilitação através de próteses
totais, apenas 31,8% relataram apresentar dificuldades no seu desempenho devido
a esses problemas.
Concluiu-se que o quadro epidemiológico encontrado constitui-se de
extrema gravidade para os dois grupos e, apesar, das doenças bucais não
apresentarem risco à vida, podem ter um impacto na auto-estima das pessoas e
interferir na manutenção de uma vida mais saudável.
POAC17
Estudo comparativo da aplicação do ART em dois grupos
populacionais.
CHEVITARESE,
L., CARVALHO, I., MASUDA, R. M., MATTOS, D.*, SANDIN, M., SOUSA, C.
Odontopediatria
e Clínica Integrada – Escola de Odontologia – UNIGRANRIO.
Este trabalho teve como objetivo comparar a saúde bucal de
dois grupos populacionais: Apuiarés - CE (GA) e Cajarí - MA (GB),
antes (T1) e após 1 ano (T2) da aplicação do Programa Sorrindo com Saúde, que
fez uso da técnica ART segundo a OMS utilizando Vidrion RO, SS White. O estudo
foi desenvolvido pela FO - UNIGRANRIO em parceria com o Programa UNISOL. A
amostra foi constituída de 184 pacientes voluntários (114 GA e 70 GB). O que
diferenciou o GA do GB foi a atuação de agentes de saúde bucal (ASB)
capacitados pela equipe, neste último grupo. O número de dentes cariados
decíduos (DCd), dentes cariados permanentes (DCp), suas médias por indivíduo
(Média/Ind.) e evolução, podem ser observados na tabela abaixo.
Conclui-se que o ART deteve o avanço da doença cárie nos dois grupos,
mostrando-se mais eficiente no GB que contou com a participação dos ASB no
processo de educação e instrução de higiene bucal.
POAC18
Avaliação dos agentes de saúde bucal com ênfase em ART.
CHEVITARESE,
L. M.*, SANDIN, M. C., MASUDA, R. A. M., MATTOS, D., CARVALHO, I. B., SOUSA, C.
O.
Odontopediatria
e Clínica Integrada – Escola de Odontologia – UNIGRANRIO.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a capacitação de agentes
de saúde bucal (ASB) com ênfase em ART (ASB) oferecida durante a realização do
Programa Sorrindo com Saúde (T1), em Cajari. A amostra se constituiu de 9
indivíduos moradores deste município com o 1º grau completo (média de idade =
20,22 anos). O curso teórico/prático foi ministrado durante 13 dias (4 h/dia)
por acadêmicos previamente treinados. Para a realização do curso foi
confeccionado um manual contendo assuntos referentes ao ART propriamente dito,
anatomia dental, identificação de fatores de risco às doenças cárie e
periodontal (FRCP), principalmente. Após 1 ano da realização do curso, foi
aplicado questionário com 14 perguntas abertas e fechadas objetivando a análise
qualitativa das atividades dos ASB. Os resultados mostraram que 100% aprovaram
ligando-o ao fato de terem obtido novos conhecimentos (77,80%). Como pontos
positivos os ASB citaram os conhecimentos adquiridos e repassados à população
de Cajarí em T1 (78,57%), e assimilação dos FRCP (21,43%). Como pontos
negativos foi citada a falta de continuidade do curso devido ao não retorno da
equipe à Cajarí (66,70%), e a não continuidade do trabalho dos ASB junto à
comunidade (44,40%). Os ASB (40,0%) relataram melhora na qualidade de sua
higiene bucal. A palavra “profissão” (33,30%) foi relacionada ao significado do
Programa.
Conclui-se que a capacitação de ASB foi eficiente, devendo ser
estimulada a continuidade do Programa.
POAC19
Avaliação qualitativa do impacto do ART na população de
Cajari.
CHEVITARESE,
L. M., MATTOS, D., SOUSA, C. O., CARVALHO, I. B., MASUDA, R. M.*,
SANDIN, M. C.
Odontopediatria
e Clínica Integrada – Escola de Odontologia – UNIGRANRIO.
Este trabalho teve por objetivo avaliar o impacto do ART na
população de Cajari - MA, após 1 ano da aplicação do programa “Sorrindo
com Saúde”. Para tanto se aplicou um questionário com 7 perguntas fechadas e
abertas para 83 pacientes que participaram inicialmente do programa (média de
idade = 19,6 anos). Ressalta-se que mais de uma opção de resposta
pode ser dada pelos pacientes. Os resultados mostraram que 94,5% dos pacientes
aprovaram o tratamento, sendo a orientação de higiene bucal (33,33%) e a opção
de tratamento não oferecido (23,19%) os principais motivos. O restante não
aprovou devido às perdas das restaurações; no entanto todos fariam o tratamento
novamente, e destes, 41,10% apresentaram como principais justificativas a ajuda
no cuidado dos dentes (31,51%) e, promoção de bem-estar (26,03%). A dificuldade
de mastigar antes do tratamento foi apontada por 41,10% dos indivíduos, dos
quais 96,67% relacionaram o ART com a melhora na mastigação devido a,
principalmente: a) fechamentos das lesões cavitadas de cárie (58,62%); b)
redução da dor (27,59%). Quando questionados quanto à sensibilidade dolorosa
durante o tratamento, 56,16% disseram não apresentar nenhum tipo de dor. Todos
os indivíduos relataram algum tipo de melhora em suas vidas após o tratamento:
a) na saúde (80,82%); b) na aparência (73,97%); c) na vida social (63,01%). A
definição do ART foi dado por 96,39% das pessoas e a palavra “saúde” foi
escolhida por 41,25%.
Pode-se
concluir que o programa além de promover saúde causou mudanças nos hábitos de
vida da comunidade.
POAC20
Significado do ART para agentes comunitários de saúde de
Cajari.
CHEVITARESE,
L. M., MASUDA, R. M., MATTOS, D., SOUSA, C. O., SANDIN, M. C.*,
CARVALHO, I. B.
Odontopediatria
e Clínica Integrada – Escola de Odontologia – UNIGRANRIO.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a compreensão e a
aplicação de conhecimentos adquiridos através de curso teórico-prático
oferecido durante a realização do programa “Sorrindo com Saúde” em
Cajari - MA para Agentes Comunitários de Saúde (ACS), após 1 ano de sua
realização. A amostra foi formada por 10 ACS que dão assistência, em média, a 108
famílias (média de 11 visitas anuais/comunidade). Para o curso, que durou 4
dias (4 h/dia), foi elaborado um manual, que foi lido e debatido por
acadêmicos previamente treinados, visando ao aprendizado dos ACS quanto aos
conceitos de promoção de saúde bucal com ênfase na identificação dos fatores de
risco às doenças periodontal e cárie, gestantes e, biossegurança pessoal,
complementando seus conhecimentos que são transmitidos durante as visitas
domiciliares que realizam nas comunidades. A avaliação foi realizada através de
questionário com 14 perguntas abertas e fechadas. Os resultados mostraram que
para todos os ACS o curso auxiliou em seus trabalhos junto às comunidades por
eles assistidas. Com relação à receptividade das comunidades aos novos conhecimentos,
90% delas recebeu muito bem, sendo que ninguém se recusou a receber as
orientações. Para todos os ACS, todas as famílias visitadas apresentaram
mudança de comportamento e estas ocorreram através da mudança nos hábitos de
higiene bucal, proporcionado melhora na qualidade de vida e saúde da população.
Pode ser concluído que o programa instituído para ACS promoveu a
compreensão de novos conhecimentos e promoveu saúde bucal para a comunidade.
POAC21
Barreiras ao atendimento odontológico de gestantes: um
estudo qualitativo.
ALBUQUERQUE,
O. M. R*., RODRIGUES, C. S.
Departamento
de Odontologia Preventiva e Social – FOP.
Tel./fax: (0**81) 3458-1476. E-mail: olgamaria@terra.com.br
Este é um estudo qualitativo cujo objetivo foi identificar e
analisar barreiras ao atendimento odontológico de gestantes inscritas no
programa “Saúde da Família” no Cabo de Santo Agostinho e desenvolver um
questionário válido para coleta de dados. A metodologia adotada foi o grupo
focal e as gestantes selecionadas mediante amostra intencional. A análise das
informações seguiu a categorização da Federação Dentária Internacional, na
qual as barreiras se referem ao indivíduo, à prática da profissão e à
sociedade. Observou-se predominância das barreiras concernentes ao indivíduo:
crenças populares que desaconselham a busca do atendimento odontológico na
gravidez, baixa percepção de necessidade, medo de sentir dor e dificuldades de
acesso, como o medo dos perigos enfrentados de madrugada para marcar consulta.
Barreiras relacionadas à prática da profissão: dificuldades de comunicação dos
dentistas, descrédito no diagnóstico e nos procedimentos realizados. Barreiras
referentes à sociedade: desarticulação dos serviços de saúde, educação em saúde
inexistente ou com abordagem inadequada. As gestantes demonstraram visão
crítica, mas passiva quanto ao modelo de atenção vigente e a principal razão
que as impulsiona a procurar o dentista é uma dor forte e contínua.
Tais conclusões reafirmam o princípio do fortalecimento da ação
comunitária como meio de aprimorar prestação de serviços com vistas à promoção
da saúde.
POAC22
Validade diagnóstica do DIAGNOdent® em lesões de
cárie in vivo.
PINELLI,
C.*, SERRA, M. C., LOFFREDO, L. C. M.
Odontologia
Restauradora/Dentística – Faculdade de Odontologia de Piracicaba.
Tel.: (0**19) 430-5340, 430-5218.
E-mail: camilapinelli@yahoo.com
O objetivo deste estudo foi determinar a reprodutibilidade e
a validade do laser DIAGNOdent no diagnóstico diferencial de lesões de cárie
ativas e paralisadas, em superfícies lisas livres, in vivo. Voluntários
foram selecionados em escolas públicas de Piracicaba - SP e, no total, 220
lesões de cárie foram examinadas sob condições clínicas padronizadas. Dois
examinadores calibrados realizaram os exames clínico e laser, de modo independente
e, após o intervalo de uma semana, os voluntários foram reexaminados.
Aplicou-se a estatística Kappa e a concordância intra-examinador para a
avaliação laser foi substancial (k ex1 = 0,7906 e k ex2 = 0,7087),
enquanto que para a avaliação clínica, a concordância foi quase perfeita (k ex1 = 0,9454
e k ex2 = 0,8453), para ambos os examinadores. A
concordância interexaminador mostrou um valor substancial
(k = 0,7733) para a avaliação laser, enquanto que para a avaliação
clínica a concordância interexaminador foi quase perfeita
(k = 0,8454). O critério de validação para o laser DIAGNOdent foi a
avaliação clínica das manchas brancas, classificadas em lesões ativas ou
paralisadas.
A sensibilidade foi de 0,72 e a especificidade 0,73, que indicaram que o
laser DIAGNOdent mostrou-se um bom método auxiliar de diagnóstico para detectar
lesões de cárie incipientes em superfícies lisas livres. A utilização de ambos
os métodos pode aprimorar a eficácia do diagnóstico de cárie. (Apoio: FAPESP.
Processo: 99/05540-4.)
POAC23
Promoção de saúde materno-infantil: uma análise reflexiva.
FRAUCHES,
M.B.*, COELHO, A. B. S., SATHLER, C. D.
UNIVALE/CENBIOS –
Curso de Odontologia. Tel.: (0**33) 3225-1414.
E-mail: Coordcenbios@univale.br
O presente estudo teve por objetivo avaliar o perfil das
gestantes atendidas no serviço público, a saber, Unidades Básicas de Saúde
(UBS) da família na zona urbana do Município de Governador Valadares - MG
, considerando as possíveis alterações buco-dentais que as gestantes percebem
durante a gravidez; o conhecimento destas sobre sua saúde bucal e de seus
bebês, através da aplicação de um questionário, abordando questões relativas a
hábitos nocivos para as mesmas, tratamento odontológico na gravidez, uso de
suplementos vitamínicos, mitos e crenças sobre fatores de risco para o
desenvolvimento de cárie dentária e relação gravidez–cárie. 322 gestantes foram
entrevistadas e os resultados demonstraram que elas apresentavam idade média de
24,19 anos, 40,68% eram mães de primeiro filho, 66,56% possuíam baixo nível de
escolaridade, 60% com renda familiar de 1 a 2 salários mínimos.Quanto ao
tratamento odontológico e origem de informações sobre saúde bucal, 90% não
procuraram o atendimento odontológico durante a gravidez, e em 76% dos casos a
televisão foi a grande responsável pelas informações sobre saúde bucal, 39%
acreditavam que a gravidez ocasiona problemas dentários e que o tratamento
odontológico pode prejudicar o bebê.
Portanto, os resultados mostram que ainda existem muitos mitos com
relação à gravidez e saúde bucal, além de desconhecimento da transmissibilidade
da doença cárie; justificando desta forma a necessidade de melhores informações
a este grupo específico e implantação de programas de promoção de saúde
materno-infantil.
POAC24
Cárie dentária em escolares de Governador Valadares -
MG: problemas e soluções.
OLIVEIRA, R.
C.*, FERREIRA, E. F., FRAUCHES, M. B., NOGUEIRA, M. H., SILVA, H. G.,
PERIM, B. C. I.
UNIVALE;
CENBIOS.
O presente estudo foi desenvolvido com 1.230 escolares (7-14
anos), de 3 escolas públicas e 1 privada da zona urbana do município de
Governador Valadares - MG, com o objetivo de se conhecer a freqüência e
distribuição da cárie dentária, e do tratamento já dispensado. O cálculo amostral
foi feito por estimativa de média, e os examinadores foram previamente
calibrados (0,80). As escolas foram sorteadas e os indivíduos escolhidos
aleatoriamente nas listagens das classes. Observou-se um CPOD médio de 0,88
(dp = 1,69) sendo que a escola da rede privada apresentou o menor
CPOD (0,61 - dp = 1,29). As necessidades acumuladas de
tratamento restaurador perfizeram um total de 359 procedimentos, com uma
progressão de 7 aos 7 anos para 102 aos 12 anos e 885 dentes com lesão de esmalte
foram constatados. Das 2.553 intervenções realizadas, 1.817 eram selamentos
oclusais. Das 736 restaurações feitas, 28 (3,8%) se apresentaram inadequadas.
Pode-se concluir que o atendimento odontológico tem sido feito, com
qualidade adequada, porém, em função da progressão da doença e da significativa
presença de lesões de esmalte, o controle da doença deve ser atividade
considerada com prioridade.
POAC25
Índice de Sangramento Gengival: avaliador de promoção de
saúde bucal.
MELLO, P. B.
M.*, MAIA, K. D., GAMA, V. R. C. M., WEYNE, S. C.
UFF - RJ;
UNESA - RJ; SMS/GBS - RJ.
O movimento de promoção de saúde na clínica odontológica tem
avançado, tanto em países desenvolvidos como em países “emergentes”, e
alcançado ganhos reais em saúde coletiva. Neste intuito a Disciplina de Odontologia
Coletiva II da UNESA, através do Projeto Docência Assistencial com o município
do Rio de Janeiro realiza um programa de promoção de saúde na clínica
odontológica distribuído em três postos de saúde municipais. Este programa
compreende atividades de educação em saúde, exames clínicos para diagnóstico de
atividade de doenças cárie e periodontal, controle e tratamento da atividade
das doenças e reavaliação dos casos. Com este propósito utilizou-se o Índice de
Sangramento Gengival Simplificado (ISG) como avaliador das atividades de
promoção de saúde realizadas em 379 pacientes, sendo 62,23% do sexo feminino e
37,77% do sexo masculino, compreendidos na faixa etária de 4 a 13 anos
(X = 7,5 ± 1,72), que participaram deste programa no ano de
1999. Todos os pacientes foram submetidos a exames iniciais e finais ao
tratamento. A mediana encontrada no início do tratamento para o ISG foi de
10,33% e ao final de 4,10%. Os dados iniciais e finais foram submetidos ao
teste “t” de Student, obtendo-se um resultado de “t” = 19,47**
(p << 0,01).
Logo, compreende-se que as ações do programa de promoção de saúde foram
eficientes, dada a redução estatisticamente significativa no ISG da população
estudada, tornando-se evidente sua relevância para a saúde bucal coletiva.
POAC26
Método simplificado para higienizar prótese total.
SEIXAS, Z.
A.*, GUERRA, C. M. F.
Departamento
de Prótese e Cirurgia Buco-Facial – CCS – UFPE.
Elaborou-se neste trabalho um método para higienizar
próteses totais que fosse eficiente, simples e econômico para aplicação em
saúde pública, empregando o hipoclorito de sódio de uso doméstico (água
sanitária) em solução com água destilada para imersão das mesmas. Através dos
meios ágar Mitis Salivarius – DIFCO (EUA) e CHROMágar Candida –
Microbiologie (França) testou-se a ação da solução proposta sobre o Streptococcus
mutans e a Candida albicans em 30 próteses totais. Os resultados
demonstraram que: a) todas as próteses estavam colonizadas por S. mutans e
C. albicans; b) não foi detectada a presença de S. mutans e C.
albicans nas próteses tratadas com hipoclorito de sódio de uso doméstico em
solução com água destilada por 10 minutos; c) após 4 dias do tratamento, houve
recolonização das próteses porém com redução de 57,5% (prótese superior) e de
60,9% (prótese inferior) para o S. mutans e 84,9% (prótese superior) e
de 86,7% (prótese inferior) para C. albicans em relação às populações
iniciais.
Concluiu-se que: a) a utilização do hipoclorito de sódio (água
sanitária) em solução com água destilada para imersão de próteses totais por 10
minutos a cada 4 dias é eficaz para higienização das mesmas pois acarreta
redução significativa da colonização por S. mutans e C.
albicans; b) o método, simples e econômico, pode ser recomendado aos
usuários de todas as camadas sociais.
POAC27
Condições de saúde periodontal na população do município de
São Paulo em 1986 e 1998.
MARQUES, R.
A. A.
Faculdade de
Odontologia – Universidade Metodista de São Paulo.
O objetivo deste trabalho foi o de analisar os resultados de
dois estudos realizados no município de São Paulo, tendo em vista metodologia e
metas propostas pela Organização Mundial da Saúde - OMS. Foram analisados
os resultados quanto à prevalência, extensão e severidade das doenças
periodontais, medidos através do CPITN, dos estudos epidemiológicos realizados
pelo Ministério da Saúde - MS, e pela Secretaria de Estado da Saúde de São
Paulo - SES, nos anos de 1986 e 1998, respectivamente. Foram analisados os
dados obtidos para adolescentes e adultos de 35 a 44 anos, em ambos os estudos;
foram descritos os resultados obtidos pelo MS, para adultos 50 a 59 anos e para
idosos de 65 a 74 anos, pela SES-SP. A prevalência das doenças periodontais não
sofreu alterações nos adolescentes examinados no dois momentos; quanto à
extensão, verificou-se diferença estatisticamente significante
(p = 0,0001) entre as condições de saúde periodontais nos
adolescentes nos dois estudos, sendo melhores em 1998, quando comparadas
àquelas de 1986. Também foram melhores as condições periodontais dos adultos de
35 a 44 examinados em 1998. Nos adultos de 50 a 59 anos e nos idosos de 65 a 74
anos o edentulismo apresentou-se como o maior problema.
Diante das metas da OMS, verifica-se a necessidade de novos estudos onde
se identifiquem e avaliem fatores, condições e preditores de risco para as
doenças periodontais, que orientem políticas públicas de saúde bucal coletiva.
POAC28
Prevalência das oclusopatias em pré-escolares de Vitória:
associação da dentição decídua com as funções oronasofaringeanas.
EMMERICH,
A.*, FONSECA, L., ELIAS, A. M., MEDEIROS, U.
UFES; UFRJ.
O objetivo do trabalho foi estimar a prevalência de
oclusopatias e investigar prováveis associações dos problemas oclusais com
alterações anátomo-funcionais, em crianças com idade de 3 anos, no município de
Vitória - ES. O material constitui-se de dados sobre oclusopatias e dados
anátomo-funcionais do sistema estomatognático de 291 crianças de ambos os
sexos, que freqüentam os Centros de Educação Infantil. As crianças foram
selecionadas por meio de amostragem probabilística por conglomerados admitindo
uma margem de erro de 6% para as estimativas de prevalência. Informações
clínicas foram obtidas por meio de exame clínico. Informações sobre as
alterações anátomo-funcionais foram obtidas por meio de testes funcionais
quanto a deglutição, fonação e respiração bucal e vedamento labial. Observou-se
prevalências de 27,1% de oclusopatias leves e de 32% de oclusopatias moderadas
e severas, classificadas segundo critério da OMS (1987). Com relação aos planos
terminais distais, verificou-se que 29,2% das crianças apresentaram plano
terminal mesial para os segundos molares decíduos, 6,9% degrau distal, 55%
plano terminal vertical e 7,9% misto. A sobremordida moderada ou profunda
ocorreu em 49,5% das crianças, a mordida aberta em 26,3% e a mordida cruzada em
12%.
Os resultados dos testes do qui-quadrado mostraram significância
estatística de associação de sobremordida e mordida cruzada com algumas
alterações anátomo-funcionais do sistema estomatognático. (Apoio: PICDT/CAPES.)
POAC29
Prevalência das oclusopatias em pré-escolares e escolares de
Vitória - ES.
EMMERICH,
A., FONSECA, L.*, ELIAS, A. M., MEDEIROS, U.
UFES; UFRJ
O objetivo do trabalho foi estimar a prevalência das
oclusopatias em crianças com idade de 3, 7 e 12 anos, no município de Vitória.
O material constituiu-se de dados sobre as oclusopatias de 291 crianças com 3
anos, 300 com 7 anos e 290 com 12 anos, de ambos os sexos, que freqüentam os
Centros de Educação Infantil e Escolas de 1º grau municipais. As crianças foram
selecionadas por meio de amostragem probabilística por conglomerado admitindo
uma margem de erro de 6%, para as estimativas de prevalência. Informações
clínicas foram obtidas por meio de exame clínico, utilizando afastadores de
lábios descartáveis. Para síntese e análise dos dados, utilizou-se o programa
EPI-INFO 6.02. Na classificação das oclusopatias adotou-se o critério
estabelecido pela OMS em 1987. As prevalências de oclusopatias leves em
crianças com 3, 7 e 12 anos foram 27,1%, 32,7% e 27,9%, respectivamente.
Oclusopatias moderadas/severas foram observadas em 32%, 44% e 55,9% das
crianças naquelas idades. Para a classificação ântero-posterior, verificou-se
na idade de 3 anos que 29,2% das crianças apresentavam degrau mesial para os
segundos molares decíduos, 6,9% degrau distal, 55% plano terminal vertical e
7,9% misto. Para 7 e 12 anos, obteve-se 63% e 49,7% com Classe I, 30,6% e 42,1%
com Classe II e 3,3% e 6,9% com Classe III de Angle, respectivamente.
Os resultados sugerem que as oclusopatias aumentam com a idade,
tornando-se um problema de saúde pública, em função da importância funcional e
psicossocial da boca. (Apoio: PICDT/CAPES.)