B001
Efeito de substitutos ósseos na superfície de implantes –
estudo em coelhos.
SARDINHA, S.
C. S.*, MAZZONETTO, R., MOREIRA, R. W. F., TOREZAN, I. F. R.
Departamento
de Diagnóstico Oral, Área de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial – Faculdade de
Odontologia de Piracicaba – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5274,
fax: (0**19) 430-5218. E-mail: scsardinha@yahoo.com
Este trabalho teve como objetivo analisar histologicamente o
comportamento do polímero de mamona, do osso humano desmineralizado e do
sulfato de cálcio associados a implantes de titânio comercialmente puro, com
2,6 mm de diâmetro e 6 mm de comprimento, implantados em tíbias de
coelhos. Os experimentos foram realizados em ambas as tíbias de 10 coelhos da
raça Nova Zelândia, com idade variando entre 6 e 8 meses e peso médio de 3,9
kg. Nas perfurações realizadas em cada tíbia foram colocados o material e o
implante, sendo que na perfuração proximal da tíbia direita o implante
permaneceu envolvido apenas por sangue, que serviu como controle. Após o
período de 12 semanas os animais foram sacrificados e blocos ósseos contendo os
implantes, foram fixados, descalcificados e processados para posterior análise
histológica em microscopia óptica comum. Os resultados mostraram neoformação
óssea e vascular, sem a presença de reação inflamatória tipo de corpo estranho
em todos os grupos estudados.
Com base na revisão da literatura e na metodologia empregada, pôde-se
concluir que em todos os grupos houve reparo ósseo, histologicamente compatível
com osseointegração; os materiais analisados não interferiram no período de
reparo; histologicamente, não houve diferença entre o grupo controle e os
demais grupos.
B002
Avaliação da eminectomia no tratamento das luxações da ATM.
HAYASHI,
G.*, BRAGA, C. S., LIMA, G. S., MEDEIROS, P. J.
Doutorado em
Odontologia – Cirurgia Buco-Maxilo-Facial – FO – UFRJ.
E-mail: ghayashi@bridge.com.br
O deslocamento crônico da ATM pode apresentar-se basicamente
de duas formas: aguda ou crônica, sendo esta última indicado o tratamento
cirúrgico. Nosso objetivo é avaliar os resultados funcionais dos pacientes
portadores de luxação crônica da ATM, tratados através da técnica da
eminectomia. Foram analisados 15 pacientes, onde realizamos 25 eminectomias e
foram analisados os seguintes fatores: idade, sexo, raça, duração da patologia,
avaliação função mastigatória pré- e pós-operatória através da mensuração dos
movimentos de abertura, protrusão e lateralidade mandibular e o grau de
satisfação do paciente no pós-operatório. Os dados foram analisados por
avaliação direta ou através de testes estatísticos específicos (teste “t” de
Student e teste de Wilcoxon). As medidas de abertura de boca foram analisados
através do teste “t”, e obtiveram no pré-operatório a média = 33,4 e no
pós-operatório a média = 52,32, sendo t = 7,35**
(p << 0,01), nas medidas de protrusão e lateralidade utilizamos
o teste de Wilcoxon. As medidas de protrusão pré-operatória tiveram
mediana = 4,5 (1 – 8) e as pós-operatórias mediana = 5,2
(1,5 – 8,5), sendo W = 78,0* (p << 0,05). As
medidas de lateralidade direita obtiveram no pré-operatório mediana = 5,0
(1 – 9,5) e as pós-operatórias mediana = 5,5 (1 – 11),
sendo W = 78,8* (p << 0,05) e as medidas de lateralidade
esquerda obtiveram no pré-operatório mediana = 4,0 (2,5 – 9) e
as pós-operatórias mediana = 5,5 (3 – 11,5), sendo W =
68,0* (p << 0,05).
Podemos observar que esta técnica resulta em melhora funcional dos
pacientes e que possui um alto grau de satisfação destes.
B003
Cuidados com o paciente diabético submetido a cirurgia oral
menor.
BARCELLOS,
I. F.*, COSTA, P. E.
Pós-Graduação
– Doutorado – FO – UFRJ.
O diabetes mellitus é uma doença em que a insulina
produzida pelo pâncreas não consegue metabolizar os açúcares, proteínas e
gorduras de forma devida no organismo, provocando o aumento da taxa de glicose
no sangue. Em conseqüência da incidência da enfermidade nos dias atuais, todo
cirurgião-dentista deveria se familiarizar com as manifestações orais e os
aspectos dentais do paciente portador de diabetes. O estudo teve como objetivo
avaliar as condições sistêmicas (pressão arterial e glicemia capilar) do
diabético, nos momentos do pré- e pós-operatórios imediatos. Uma amostra de 20
pacientes diabéticos tipos 1 e 2, de ambos os sexos, com idade variando de 15 a
65 anos, aparentemente controlados com indicações para exodontias, foi
selecionada para o estudo. Os pacientes pertencem ao ambulatório de Nutrologia
do HUCFF/UFRJ. Os resultados mostraram a média da glicemia capilar de
200 mg/dl e a média da pressão arterial de 140 x 90 mmHg
para o atentimento cirúrgico na consulta com duração de 40 minutos.
Concluiu-se que a cirurgia dentária em diabéticos requer cuidados, como
prevenção da elevação do açúcar no sangue, escolha do anestésico local e
prevenção de complicações pós-operatórias.
B004
Incidência de maloclusões dentárias em pacientes
respiradores bucais.
MATSUMOTO,
M. A. N.1, ENOKI, C.*2
1Professora
doutora – FORP – USP; 2Mestranda – FO – UFRJ.
A alta incidência de respiração bucal em indivíduos
portadores de maloclusões dentárias requer uma integração multidisciplinar
entre a Ortodontia, Fonoaudiologia e a Otorrinolaringologia, pois muitos são os
efeitos provocados pela respiração bucal, quer seja por hábito ou por
deficiência fisiológica. Com o objetivo de verificar a ocorrência de mordida
cruzada posterior, mordida aberta anterior e hábitos bucais associados a
mordida aberta anterior em crianças com respiração bucal ou mista, foram
selecionados 100 pacientes da Clínica de Ortodontia Preventiva da Faculdade de
Odontologia de Ribeirão Preto (USP), na fase inicial de tratamento ortodôntico,
de ambos os sexos, entre 6 e 10 anos. Os dados do estudo submetidos a
tratamento estatístico (teste c2), com nível de significância de 5%,
mostraram não haver prevalência significante de nenhuma das 2 maloclusões
citadas, devido ao fato da alta prevalência (43%) de pacientes sem este tipo de
maloclusões. O número de indivíduos com mordida aberta anterior foi de 22%; com
mordida cruzada posterior de 16%; e com mordida aberta e cruzada foi de 19%,
sendo observado na mordida aberta anterior quanto aos hábitos orais danosos a
cavidade bucal, maior incidência de sucção de dedo (42%), seguida da sucção de
chupeta (24%) e interposição de língua (12%).
B005
Pré-anestésico nas exodontias dos sisos inclusos.
GANDELMANN,
I., CAVALVANTE, M., ALENCASTRO, V.*, CHAIA, A., RODRIGUES, F.
Lato sensu – Cirurgia
Oral Maxilo-Facial – FO – UFRJ. E-mail: mfpinto@hucff.ufrj.br
Muitas pesquisas confirmam que a ansiedade com relação ao
tratamento cirúrgico oral ainda é significativa. A ansiedade pode produzir
reações adversas como hiperventilação, lipotimia e síncope. Este trabalho
comparou três drogas: diazepam, bromazepam e midazolam por via oral. Foi
avaliada a pressão arterial, o batimento cardíaco e a saturação de oxigênio de
120 pacientes adultos, nas cirurgias dos terceiros molares inclusos. A
importância da monitorização do paciente também é abordada, já que a partir da
mesma, é que foram obtidos os dados clínicos. Todos os procedimentos cirúrgicos
foram realizados sob anestesia local.
Concluiu-se que as vantagens do pré-anestésico são relevantes. A
saturação de oxigênio, batimento cardíaco e a pressão arterial permaneceram
estáveis nos pacientes submetidos a sedação, o que não ocorreu nos pacientes
que não foram sedados.
B006
Prevalência do posicionamento dos terceiros molares inclusos
no HUCFF – UFRJ.
HORTA, F.*,
GANDELMANN, I., CAVALCANTE, M., FAVILLA, E., MANDARINO, S., BORBA, C.
Lato Sensu – Cirurgia
Oral Maxilo-Facial – FO – UFRJ. E-mail: mfpinto@hucff.ufrj.br
A inclusão dentária é caracterizada por um órgão dentário,
que mesmo completamente desenvolvido não fez sua erupção na época normal. É uma
patologia comumente encontrada no consultório odontológico, com uma prevalência
estimada em torno de 17%. Entre os dentes mais comumente afetados destacam-se
os terceiros molares inferiores com uma prevalência variando entre 35% e 74%.
Tentativas de classificação do posicionamento dos terceiros molares inclusos
tem sido propostas na literatura mundial desde o início do século passado,
visto que a determinação do posicionamento do dente no espaço, facilita em
muito, a escolha do planejamento cirúrgico. A classificação mais aceita pela
comunidade científica, devido a sua facilidade, objetividade e especificidade é
a de Pell & Gregory, a qual analisa a posição dos terceiros molares
inferiores com relação a superficie oclusal do 2° molar inferior adjacente e
ramo mandibular. O presente estudo foi realizado através da análise de
radiografias panorâmicas por um único indivíduo, de 55 pacientes maiores de 18
anos, de ambos os sexos, completamente dentados, num total de 100 dentes,
operados no Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital
Universitário Clementino Fraga Filho FO – UFRJ no ano de 1999. A seguinte
prevalência foi encontrada: A- 48%, B- 31%, C- 21%; I- 38%, II- 58%, III- 6%.
Concluímos que a prevalência encontrada é correspondente a apresentada
na literatura mundial e que mais estudos que correlacionem a classificação de
Pell & Gregory com o tipo de cirurgia devem ser feitos.
B007
Avaliação das condições de saúde geral dos pacientes
submetidos à cirurgia bucal na Faculdade de Odontologia da Universidade de São
Paulo – estudo crítico.
ANDRIOLO, A.
R.*, PRADO, M. C. P., GREGORI, C., CARDOSO, R.
Disciplina
de Cirurgia do Departamento de Cirurgia, Prótese e Traumatologia Maxilo-Faciais
– FOUSP.
Diversas patologias sistêmicas podem comprometer o ato
cirúrgico, pondo em risco a vida do paciente. O objetivo deste estudo é avaliar
através da análise de depoimentos registrados em ficha de anamnese, o estado de
saúde sistêmica dos pacientes que procuram atendimento cirúrgico na Clínica da
Disciplina de Cirurgia do Departamento de CPTMF da FOUSP. Foram avaliados 500
prontuários de pacientes atendidos no serviço durante o período de fevereiro a
novembro de 1999. Foram anotados em fichas próprias para posterior análise os
dados referentes à idade, sexo, procedência e quando presentes, as patologias
de ordem geral. Verificamos, em 500 prontuários analisados, que a idade dos
pacientes variou de 08 a 83 anos, com média de 35,55 anos; o gênero
predominante foi o feminino (62,8%); a raça prevalente foi a branca (69,8%),
seguida da negra (29,2%) e amarela (2%); a maioria da procedência foi de São
Paulo; 17% dos pacientes situados na idade média de 49,06 anos, referiram
alguma doença sistêmica; sendo que neste grupo, predominaram o gênero feminino
(69,41%), a raça branca (68,23%) e as doenças mais freqüentemente relatadas
foram hipertensão arterial (44,70%), seguida de diabete (14,11%).
Os resultados sugerem que há relação direta entre a idade mais avançada
e a presença de patologias sistêmicas.
B008
Fraturas cominutivas mandibulares causadas por projéteis de
baixa velocidade. Análise de 27 casos tratados em São Paulo.
CARDOSO,
R.*, CRIVELLO Jr., O., SALGADO, C. V., ANDRIOLO, A. R.
Disciplina
de Traumatologia Maxilo-Facial do Departamento de CPTMF – FOUSP.
A proposta desse estudo foi avaliar, através da análise de
27 prontuários de pacientes que sofreram fraturas cominutivas mandibulares
provocadas por projéteis de baixa velocidade a prevalência com relação à idade
e o gênero; o tipo de arma e o projétil que causou o ferimento; o local das
fraturas, o tratamento instituído e suas complicações imediatas ou tardias. Em
nosso estudo, 26 pacientes eram do gênero masculino, a maioria na faixa etária
de 20 a 29 anos (52%). Encontramos 44 fraturas mandibulares, sendo o ângulo
mandibular atingido em 32% das vezes, o corpo em 20%, o processo condilar em
16%, o ramo ascendente em 9%, sínfise em 9%, processo alveolar em 9% e o
processo coronóide em 5%. Os revólveres com projéteis de calibre 38 provocaram
a maioria dos ferimentos (81%). 20 pacientes (69%) apresentaram 28 fraturas
mandibulares tratadas não cirurgicamente, tendo como complicações um caso de
não-união; 4 casos de infecção; 3 casos de limitação de movimentos mandibulares
e 1 de má-oclusão. Nove pacientes (33,3%) com 14 sítios de fraturas foram
tratados cirurgicamente, através de redução aberta e fixação interna rígida dos
segmentos com placas reconstrutivas mandibulares para parafusos de 2,4 mm
bicorticais. Os segmentos intermediários foram fixados através de miniplacas
para parafusos de 2,0 mm, parafusos interfragmentários ou fio de aço,
quando necessário, tendo como complicações uma exposição do material de síntese
associada a seqüestro ósseo, uma limitação de abertura bucal associada à
má-oclusão e um caso de paralisia do nervo facial.
B009
Estudo comparativo de análises cefalométricas: manual e
computadorizada, em norma lateral.
BERTOLLO, R.
M.*, OLIVEIRA, M. G.
Programa de
Pós-Graduação em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial – FO – PUCRS.
Tel.: (0**51) 339-9107. E-mail: rbertollo@ig.com.br
Com vistas à necessidade de realização de pesquisas que
comprovem ou não a eficácia de programas de análise cefalométrica
computadorizada, o presente estudo objetiva comparar os valores obtidos entre
mensurações realizadas de forma manual e as efetuadas com o programa Radiocef
2.0®, denominados análise computadorizada, verificando, desta forma, a
confiabilidade e desempenho do programa. A amostra referente a este estudo são
telerradiografias em norma lateral de 40 indivíduos clinicamente simétricos.
Foram revisados os pontos cefalométricos prevalecendo aqueles emitidos no
programa Radiocef 2.0®, na análise de Ricketts. As
telerradiografias foram escaneadas e as imagens arquivadas,
realizando-se posteriormente o traçado manual. Verificou-se não haver
diferenças significantes entre os métodos de análise cefalométrica, com exceção
de: Trespasse Vertical; Comprimento do Lábio Superior; Localização do Pório;
Comprimento do Corpo; Ângulo Interincisal; Altura da Dentição; Altura Maxilar;
Plano Palatal; Deflexão Craniana; Posição do Ramo.
O programa Radiocef 2.0® pode ser utilizado com
segurança, como recurso complementar no diagnóstico, no plano de tratamento
ortodôntico e/ou cirúrgico, tanto no âmbito da clínica e da pesquisa. (Apoio
financeiro: CAPES – demanda social. Aprovação da Comissão Científica e de
Ética: protocolo n.º 61/99.)
B010
Reações do tecido conjuntivo ao AlloDerm e Teflon: estudo
histológico em ratos.
RAMOS, R.
Q., MAGRO-ÉRNICA, N.*, MAGRO-FILHO, O., OKAMOTO, T.
Departamento
de Cirurgia – Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP.
O objetivo deste trabalho é analisar histologicamente as
reações do tecido conjuntivo subcutâneo em ratos, quando em contato com o
enxerto dérmico humano acelular (AlloDerm) e com o politetrafluoretileno
não-expandido (Teflon). Dezesseis ratos foram utilizados no presente estudo. Um
fragmento de 1 cm2 de AlloDerm e de Teflon não expandido foi
implantado no tecido conjuntivo. Os animais foram sacrificados aos 6, 15, 30 e
90 dias pós-operatórios. As peças contendo o material implantado e tecido adjacente
foram submetidas à rotina laboratorial e os cortes histológicos foram corados
pela hematoxilina e eosina e tricrômico de Masson. Os resultados revelaram
comportamentos distintos de ambos. O Grupo AlloDerm provocou, nos períodos
iniciais, um quadro inflamatório crônico, inclusive com a presença de algumas
células gigantes multinucleadas de corpo estranho. Já o Grupo Teflon apresentou
resposta inflamatória aguda nos mesmos períodos. O enxerto dérmico humano
acelular exibiu indícios de incorporação e o politetrafluoretano foi
encapsulado pelo organismo, ambos nos períodos tardios.
Apesar destas respostas celulares exibidas pelos produtos, não houve
complicações pós-operatórias e os materiais foram bem-aceitos pelo animal.
(Apoio financeiro: CAPES.)
B011
Alterações no perfil facial em pacientes Classe III tratados
com cirurgia ortognática bimaxilar.
TAVARES, H.
S.*, PINTO, A. S., GONÇALVES, J. R., RAPOPORT, A.
Departamento
de Clínica Infantil – Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP.
Tel.: (0**16) 201-6325.
O presente estudo avaliou as alterações no perfil facial em
16 pacientes portadores de maloclusão esquelética Classe III associada a
padrão vertical, tratados com ortodontia e cirurgia ortognática bimaxilar.
Foram utilizadas telerradiografias laterais tomadas na fase pré-cirúrgica e
pós-cirúrgica tardia. Foram digitalizados os pontos cefalométricos em um
software específico denominado Dentofacial Planner Plus, foi elaborada uma
análise cefalométrica a fim de mensurar as alteracões ocorridas nos pontos do
perfil ósseo e outra análise cefalométrica com a finalidade de detectar as
alterações no perfil mole. Após a análise dos resultados foi possível concluir
que as alterações no plano horizontal para os pontos relacionados no tecido
ósseo e tecidos moles apresentaram boa correspondência em movimentos
ântero-posteriores (0,56 Pronasale, 0,48 Philtrun, 0,89 Pogônio, 0,76 Gnátio,
0,63 Menton) e baixa correlação para alterações verticais
(p << 0,05).
As alterações indicaram uma elevação do ápice nasal nos avanços
maxilares, o lábio superior respondeu de forma gradativa variando sua posição
anteroposterior de acordo com a magnitude do movimento. As maiores alterações
ocorreram nos pontos Pogônio, Philtrun, Labrale inferior e Labrale superior.
B012
Avaliação ortodôntica e ortopédica no tratamento da mordida
aberta anterior.
BRONZI, E.
S.*, SAKIMA, M. T., SANTOS-PINTO, A., SIMPLÍCIO, H., BARRETO, G. M.
Departamento
de Clínica Infantil – Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP.
Tel.: (0**16) 201-6325.
E-mail: infantil@foar.unesp.br
A mordida aberta anterior representa um importante problema
na área de saúde bucal dada sua grande importância e seu caráter precoce de
aparecimento. O presente estudo propôs mensurar as alterações dentárias e esqueléticas
ocorridas no tratamento da mordida aberta anterior utilizando-se aparelhos
ortodônticos removíveis com grades palatinas, em pacientes Classe I de
Angle tratados durante a fase de dentadura mista. Foram triados 21 pacientes
junto à clínica de Graduação, na disciplina de Ortodontia, sendo avaliadas as
telerradiografias cefalométricas em norma lateral, antes e após o tratamento.
Mensurações angulares e lineares foram calculadas com o auxílio de um programa
disponível comercialmente (Dentofacial Planner 5.32, Toronto, Canadá). As
médias de algumas variáveis estudadas podem ser observadas na tabela a seguir:
Fase / Variável |
SNPO |
SNPM |
SNPP |
U1SN |
L1PM |
Interinc. |
U1POd |
L1POd |
Inicial |
22,43 |
37,59 |
6,20 |
109,92 |
94,09 |
118,39 |
4,46 |
0,51 |
Final |
22,12 |
37,00 |
6,44 |
104,51 |
91,54 |
126,48 |
1,77 |
2,72 |
Concluiu-se que, de acordo com a metodologia utilizada, o tratamento
proposto não promoveu alterações esqueléticas significantes, mas movimentos de
verticalização e extrusão foram observados nos incisivos superiores e
inferiores.
B013
Desenvolvimento transversal do arco maxilar e simetria
palatina em mordidas cruzadas posteriores.
SIMPLÍCIO,
H.*, SANTOS-PINTO, A., GANDINI Jr., L. G., BARRETO, G. M., BRONZI, E. S.
Departamento
de Clínica Infantil – Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP.
Tel.: (0**16) 201-6325,
fax: (0**16) 201-6329.
O presente estudo teve como objetivo registrar o contorno do
palato e as dimensões do arco superior de pacientes com mordida cruzada
posterior tratados com aparelho Hyrax. Modelos de estudo pré- e pós-tratamento
de 10 pacientes submetidos a expansão rápida da maxila com Hyrax foram
utilizados. Nove pontos foram digitalizados com um Digitizer 3D
(Microinscriber): cúspide do canino e margem cervical direita e esquerda,
cúspide mesiovestibular e palatina direita e esquerda do primeiro molar e ponto
médio na rafe palatina. Foi calculada a distância entre as cúspides palatinas
direita e esquerda do primeiro molar, cúspide e margens cervicais direita e
esquerda do canino e a distância do plano oclusal ao ponto médio na rafe
palatina. O contorno do palato e a inclinação do primeiro molar foi obtido com
um template ajustável ao nível da cúspide palatina do primeiro molar. A imagem
escaneada do template ajustável com o contorno do palato foi impressa na sua
dimensão original. Nesta imagem impressa, foi medido o ângulo e o contorno
palatino direito e esquerdo em relação à linha passando pelas cúspides palatina
e mesiovestibular do primeiro molar, e do plano oclusal. O aparelho Hyrax
produz uma abertura do arco superior de 9,2 mm na região posterior
(primeiro molar) e 8,1 mm na anterior (cúspide) em crianças com mordida
cruzada posterior unilateral. O contorno palatino aumentou 16,8º na inclinação
dento-alveolar, com 6,5º no lado direito e 6,1º no esquerdo.
Conclui-se
que a proporção de aumento da largura intermolar e de inclinação palatina foi
1:2 sem aumento significativo na profundidade palatina.
B014
Profilaxia antimicrobiana para cirurgia de remoção de dentes
retidos.
MARTINS, V.
J.*, MARTINS, M. H. W., TORRIANI, M. A., PIRES, M. S. M.
Cirurgia e
Traumatologia Bucomaxilofacial – UFPEL. Tel.: (0**51) 715-1091.
E-mail: marciawagner@viavale.com.br
A profilaxia antimicrobiana nas cirurgias bucomaxilofaciais
como, por exemplo, na remoção de dentes retidos, ênfase aos terceiros molares
inferiores, é controvertida. As pesquisas mostram essa polêmica em relação ao
uso profilático dos antimicrobianos, onde são utilizadas doses mais elevadas e
de curta duração do fármaco, para o momento da cirurgia. Assim a maior concentração
da droga, quando da bacteremia induzida, deveria ser eficaz na prevenção de
infecções metastáticas e na melhoria do pós-operatório. Ao se fazer a revisão
da literatura percebeu-se os vários pontos de vista sobre o assunto. Os
objetivos deste estudo são analisar a utilização da profilaxia antimicrobiana
no Brasil, quando da realização de cirurgias bucomaxilofaciais, e colaborar
para a racionalização do uso dos antimicrobianos. Foi enviado um questionário
sobre como é realizada a profilaxia antimicrobiana em cirurgia
bucomaxilofacial, aos professores de Cirurgia das Faculdades de Odontologia do
Brasil. A análise dos dados obtidos mostrou que as mais variadas formas de
prescrição dos antimicrobianos estão sendo realizadas para prevenir a infecção
local e a metastática, mas sem um padrão adequado.
Existe uma falta de uniformidade quanto ao uso profilático dos
antimicrobianos nas cirurgias bucomaxilofaciais e uma defasagem em relação às
medidas consideradas as mais coerentes na atualidade.
B015
Estudo do dreno nas cirurgias dos terceiros molares
inferiores retidos.
CERQUEIRA,
P. R. F.*, VASCONCELOS, B. C. E.
FOP –
UPE. Tel./fax: (0**81) 3458-2867.
Nesta pesquisa buscou-se avaliar clinicamente as variáveis
dor, edema e trismo, ao aplicar-se os procedimentos de sutura associado a
dreno, nas cirurgias dos terceiros molares inferiores retidos. Assim, a amostra
foi composta de 53 pacientes de ambos os gêneros, com terceiros molares
inferiores retidos bilateralmente. Foram constituídos grupos experimental e controle,
onde respectivamente foi realizado o procedimento de sutura associado a dreno
ou apenas sutura após a exérese de terceiro molar inferior retido. Os
resultados mostraram que o fato de associar-se o dreno a sutura no que se
refere às variáveis estudadas, este foi estatisticamente significante para
variável edema nos intervalos de 24 e 72 horas do pós-operatório, no entanto,
para as variáveis dor e trismo não foram significantes. Descritivamente os
dados demonstraram um melhor resultado para as variáveis dor e trismo para
todos os instantes de avaliação no pós-operatório quando foi usado o
procedimento de sutura associado ao dreno, exceto no que se refere a dor para
24 horas.
B016
Lesão nervosa após cirurgia dos terceiros molares inferiores
retidos.
VASCONCELOS,
B. C. E.*, GOMES, A. C. A., SILVA, E. D. O.
FOP –
UPE. Tel./fax: (0**81) 3458-2867.
Nesta pesquisa buscou-se avaliar clinicamente a freqüência e
tipo de lesão nervosa, após cirurgia dos terceiros molares inferiores retidos
para os nervos alveolar inferior, lingual e bucal, levando-se em consideração
variáveis associadas a esse tipo de procedimento, onde se destaca o
descolamento e proteção ou não do retalho lingual e a relação de profundidade
dos ápices radiculares em relação ao canal mandibular. Assim, a amostra foi
composta de 55 pacientes de ambos os gêneros, com terceiros molares inferiores
retidos bilateralmente. Foram constituídos grupos experimental e controle, onde
foi realizado o procedimento de descolamento e proteção do retalho lingual ou
não. Os resultados indicaram que o procedimento de descolamento e proteção do
retalho lingual, provocou lesão do nervo lingual em um percentual de 9,1%
(grupo experimental), o que não ocorreu quando o procedimento não foi realizado
(grupo controle), e através do teste de Cochran observou-se diferença
estatística significativa (p << 0,001). No que se refere à
relação dos ápices do terceiro molar inferior com o canal mandibular, quanto à
distância e ocorrência de lesões sensoriais não se comprovou associação
significativa quando se utilizou o teste Exato de Fisher para raiz mesial
(p = 0,515) e distal (p = 0,773).
B017
Anatomia cirúrgica do canal redondo.
AMADO, F.
M.*, HAYASHI, F., NAVARRO, J. A. C.
Departamento
de Ciências Biológicas – Faculdade de Odontologia de Bauru – USP.
Tel.: (0**14) 235-8226.
E-mail: jnavarro@usp.br
O advento e os constantes avanços da cirurgia microscópica e
dos meios de diagnósticos como a tomografia e a ressonância magnética têm
contribuído muito para tornar as técnicas cirúrgicas mais seletivas e os
diagnósticos mais precisos. Porém, como conseqüência, faz-se necessário o
melhor conhecimento de anatomia humana, para que haja uma relação positiva
entre o avanço e sua adequada utilização. O estudo do canal redondo e regiões
adjacentes vem contribuir ao melhor conhecimento da morfologia da área. O
presente estudo procurou avaliar qual a melhor denominação para a estrutura que
conduz o nervo maxilar do endocrânio para o exocrânio, se forame ou canal
redondo, e também averiguar a existência e freqüência de ramificações daquele
nervo dentro desta estrutura. Foram moldados 32 crânios com polissulfeto
utilizado em Odontologia e as moldagens foram medidas, chegando-se à conclusão
de que a estrutura é um canal, visto que em 62,5% dos casos o comprimento é
maior que o diâmetro. Para averiguar a presença de ramificações, 29 hemicabeças
formolizadas de adultos tiveram a região do canal redondo dissecada, e pôde-se
constatar a presença de ramificações em 51,72% dos casos. A maior parte delas
apresentou direção medial (60%), uma menor parte para lateral (26,66%) e, por
último, para inferior (13,33%). Em uma das peças foram encontradas 3
ramificações.
Conclui-se que a estrutura óssea é um canal e que ramos do nervo maxilar
dentro do canal redondo, foram observados em 51,72% das peças anatômicas
analisadas. (Este trabalho teve o apoio da FAPESP.)
B018
Análise histomorfométrica da reparação de alvéolos dentais
infectados em ratos diabéticos.
ARANEGA, A.,
CLÁUDIO, C. C., RODRIGUES, A. M., OKAMOTO, T.
Departamento
de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial – Faculdade de Odontologia de
Araçatuba – UNESP.
O processo de reparo em alvéolos dentais infectados de ratos
(Rattus novergicus, albinus, Wistar) diabéticos controlado e
não-controlado foi avaliado qualitativa e quantitativamente. Para isso foram
utilizados 60 animais. O Grupo I (controle) foi submetido à inoculação de
solução tampão, os Grupos II e III (diabéticos) receberam estreptozotocina
(45 mg/kg), dissolvida em tampão citrato 0,01 M, sendo administradas
3 unidades/dia de insulina apenas no Grupo III (diabético controlado). Após a
verificação do estado glicêmico dos animais, todos os incisivos superiores direitos
foram extraídos e induziu-se a alveolite com solução salina pré-reduzida e
epinefrina. Os animais foram sacrificados no 3º, 7º, 14º e 28º dias pós-
operatórios. Suas maxilas foram separadas, fixadas em formalina,
descalcificadas em EDTA e incluídas em parafina. Os cortes com 6 mm de
espessura foram corados com hematoxilina-eosina (H. E.) e tricrômico de
Masson. Após a análise qualitativa e quantitativa ao microscópico óptico e
histometria óssea com o software Image Lab, os resultados foram submetidos ao
teste de Kruskal-Wallis.
Concluiu-se que: qualitativamente o reparo alveolar do grupo diabético
não controlado foi mais retardado em relação ao controle e ao diabético
controlado nas últimas fases da reparação sem apresentar diferenças
estatisticamente significantes.
B019
Processo de reparação da mucosa gengival após exodontia e
sutura com fios de seda siliconizado e de poliéster siliconizado. Estudo
microscópico comparativo em ratos.
ARANEGA,
A.*, CLÁUDIO, C. C., OKAMOTO, T.
Faculdade de
Odontologia de Araçatuba – UNESP.
O tipo de fio de sutura empregado pode interferir na
reparação da mucosa gengival e alvéolo dental após exodontia. No presente
trabalho, foi realizado um estudo comparativo entre os fios de poliéster
siliconizado e seda siliconizada. Para tanto foram empregados 32 ratos
divididos em 2 grupos de 16 animais, onde os mesmos foram anestesiados por
infiltração intraperitoneal de pentobarbital sódico seguido de extração de
incisivo superior direito. No grupo I, logo após extração, a mucosa
gengival foi suturada com fio de poliéster siliconizado. No grupo II, o
mesmo procedimento foi realizado porém, a sutura foi feita com fio de seda
siliconizado. Em número de 4 para cada período e grupo experimental, os ratos
foram sacrificados aos 3, 7, 15 e 21 dias após o ato cirúrgico. As peças foram
fixadas em formalina 10% e descalcificadas em solução de citrato de sódio e
ácido fórmico, seguindo-se tramitação laboratorial de rotina em inclusão em
parafina. Nos blocos obtidos, foi realizado a microtomia colhendo-se cortes
semi-seriados que posteriormente foram corados pela hematoxilina e eosina para
estudo microscópico.
Os resultados obtidos mostraram que o fio de poliéster siliconizado
permite uma proliferação epitelial mais precoce e intensa do que o fio de seda
siliconizado, e que, ao nível do alvéolo dental, a neoformação conjuntiva e
óssea é mais pronunciada.
B020
Infiltração coronária em diferentes cimentos para fixação de
retentores intra-radiculares.
MANIGLIA, C.
A. G., RAZABONI, A. M., FERNANDES, D. R., DIAS, A. P., PICOLI, F.*
Departamento
de Endodontia – Universidade de Franca – UNIFRAN.
O objetivo deste trabalho foi verificar in vitro, a
capacidade de selamento coronário proporcionado por diferentes agentes de
fixação de retentores intra-radiculares. Utilizou-se um total de 100 raízes de
caninos superiores humanos que foram instrumentadas e posteriormente obturadas,
1 mm aquém do ápice. Após a obturação, os canais foram preparados até
10 mm de profundidade para receberem retentores intra-radiculares. Para a
cimentação dos pinos, os dentes foram divididos em 4 grupos: G1 -
cimentação com Enforce®; G2 - cimentação com Fillmagic®;
G3 - cimentação com Vidrion C®; G4 - cimentação com
fosfato de zinco. Completado o tempo de endurecimento dos cimentos, os dentes
foram impermeabilizados, imersos em corante (nanquim), permanecendo sob
constante agitação por 7 dias. Após a remoção dos dentes do corante e lavagem
dos mesmos por 12 horas em água corrente, estes foram então cortados em cinco
secções transversais com 1 mm de espessura cada, a partir da cervical, e
observados em um estereoscópio para a avaliação da infiltração do corante. Cada
secção foi avaliada por quadrante através de escores (cada quadrante com
infiltração = 1; quadrante sem infiltração = 0). A análise
estatística dos resultados evidenciou haver diferença significante ao nível de
1%.
Os cimentos fosfato de zinco (5,72) e Enforce® (5,76) apresentaram
uma melhor capacidade de selamento coronário, sem diferença estatisticamente
significante entre si, porém, foram significativamente superiores ao
Vidrion C® (7,68) e Fillmagic® (8,84), respectivamente.
B021
Quantidade de cálcio proveniente da remoção de “smear layer”
por EDTA, ácido cítrico e EDTA-T.
GOMES, C.
C.*, CHEVITARESE, O., VAITSMAAN, D. S., GOMES, L. M. B., AVILA, A. K., COSTA,
R.
Departamento
de Odontoclínica, Especialização em Endodontia – UFF.
Tel.: (0**21) 611-2013. E-mail:cinthyagomes@bol.com.br
Este estudo avaliou a quantidade de cálcio extraída dos
canais radiculares, quando da aplicação de três diferentes quelantes, usados
após instrumentação, para a remoção do “smear layer”. Selecionaram-se 30
pré-molares inferiores unirradiculares que foram instrumentados pela técnica
“crown-down”, utilizando-se NaOCl 5,25% e padronizando-se como último
instrumento uma lima tipo K #45. Para irrigação final, os dentes foram
divididos em 3 grupos contendo 10 espécimes cada: Grupo 1 - aplicação
de EDTA a 17% (5 minutos) e irrigação com 10 ml de água tridestilada (30
segundos); Grupo 2 - irrigação com 10 ml de ácido cítrico a 10%
(30 segundos) e irrigação com 10 ml de água tridestilada (30 segundos);
Grupo 3 - irrigação com 10 ml de EDTA-T a 17% (30 segundos) e
irrigação com 10 ml de água tridestilada (30 segundos). O volume final foi
recolhido em tubo de ensaio e levado ao espectrofotômetro de absorção atômica,
para medir a massa total de cálcio removida. A média dos grupos foi:
Grupo 1 - 385,2 mg; Grupo 2 - 635,5 mg;
Grupo 3 - 296,9 mg. A análise estatística pelo teste
Kruskal-Wallis mostrou diferença significativa entre todas as amostras.
Pode-se concluir que o ácido cítrico removeu maior quantidade de cálcio
seguido pelo EDTA e EDTA-T.
B022
Moldagem apical através do calor: avaliação da infiltração
marginal apical.
BOER, M.
C.*, MOURA, A. A. M.
Departamento
de Endodontia – UNIP – São Paulo.
A técnica da condensação lateral é a que vem, através dos
tempos, confirmando uma maior aceitação no meio clínico. Quando utilizada, a
adaptação do cone principal na região apical, é aceito como sendo o objetivo
principal para a obtenção do melhor selamento. Considerando estes fatos, os
autores se propuseram avaliar quantitativamente in vitro a infiltração
marginal apical do corante azul de metileno em dentes obturados pela técnica da
condensação lateral, onde o preparo apical foi moldado através da plastificação
do cone principal pelo calor. Foram utilizados 120 dentes humanos
unirradiculares distribuídos em 4 grupos de 30 espécimes cada. A adaptação do
cone principal nos grupos G1 e G2 foi obtida através do travamento no terço
apical. Nos grupos G3 e G4 esta adaptação se de deu através da moldagem do
preparo apical. Apenas nos grupos G2 e G4 se utilizou cimento obturador. A
análise quantitativa da infiltração do corante foi feita em microscópio de
perfil com aumento de 10 vezes. Os dados obtidos foram submetidos a análise
estatística pelo teste de Tukey. As médias de infiltração marginal (mm) obtidas
foram: G1- 1,60; G2- 1,27; G3- 1,39; G4- 1,16. Na análise dos grupos G2 e G4
não houve diferença estatisticamente significante. Comparando os grupos G2 e
G3, também, não houve diferença significante. As infiltrações observadas no
grupo G1 foram as mais expressivas, diferindo estatisticamente dos demais
grupos.
Portanto, conclui-se que além do cimento obturador, a moldagem apical
também representou fator importante para a obtenção do melhor selamento.
B023
Avaliação do selamento apical em obturações retrógradas
usando diferentes materiais.
GRECCA, F.
S.*, BRAMANTE, C. M., GARCIA, R. B.
Endodontia –
UNIMAR. Tel.: (0**14) 422-3673, fax: (0**14) 433-9932.
E-mail: fakera@terra.com.br
O selamento apical proporcionado pelo material retrobturador
é fator fundamental para o desenvolvimento do processo de reparo apical e
periapical. O objetivo do trabalho foi avaliar a capacidade de selamento do
cimento Sealer 26, Sealapex acrescido de óxido de zinco e do Coltosol
empregados em obturação retrógrada. Trinta dentes unirradiculares humanos
tiveram seus canais radiculares preparados biomecanicamente e obturados. Após a
realização da apicectomia e preparo da cavidade para obturação retrógrada, as
raízes foram divididas aleatoriamente em 3 grupos, onde foram utilizados os
seguintes materiais: I- Coltosol; II- Sealer 26 (5:1 em volume); III- Sealapex
acrescido de óxido de zinco. Todas as raízes foram imersas em solução de azul
de metileno a 2%, durante 7 dias. A infiltração apical foi avaliada e os
resultados submetidos a análise estatística.
De acordo com os resultados obtidos, podemos concluir que partindo-se do
material com melhor selamento apical para o pior, obteve-se a seguinte
ordenação: Sealer 26, Sealapex acrescido de óxido de zinco e Coltosol, sendo
que entre o primeiro e segundo colocado não houve diferença estatística
significante (p << 0,05).
B024
Tratamento endodôntico em uma ou mais sessões.
PANZARINI,
S. R.*, SOUZA, V., HOLLAND, R.
Departamento
de Odontologia Restauradora – Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP.
Tel.: (0**18) 620-3240. E-mail: panzarin@foa.unesp.br
O objetivo do trabalho foi analisar a resposta dos tecidos
periapicais de dentes de cães com lesão periapical crônica induzida
experimentalmente ao tratamento endodôntico efetuado em uma ou duas sessões,
utilizando-se como material obturador cimentos resinosos, à base de óxido de
zinco e eugenol ou de hidróxido de cálcio. Neste trabalho foram tratados 66
canais radiculares de dentes de cães portadores de lesão periapical crônica,
induzida experimentalmente. Após o preparo biomecânico, metade dos canais
receberam curativo de demora de paramonoclorofenol associado ao Furacin por
sete dias, antes de se efetuar a obturação definitiva e na outra metade os
canais foram obturados na primeira sessão, sem receberem medicação intracanal.
A técnica de obturação empregada foi a da condensação lateral convencional e os
cimentos obturadores utilizados foram: Endométhasone, AH26 e Sealapex. Os
resultados foram analisados histologicamente 180 dias após o final do
tratamento.
Os dados foram submetidos à análise estatística, onde foi possível
concluir que o tratamento realizado em duas sessões foi melhor do que o
efetuado em sessão única para os cimentos obturadores AH26 e Sealapex.
B025
Limpeza apical de canais radiculares promovida por 3
técnicas de instrumentação.
SIQUEIRA
Jr., J. F., GAHYVA, S. M., GONÇALVES, R. S.*
Universidade
Estácio de Sá. Tel.: (0**21) 503-7289, r. 19.
E-mail: siqueira@estacio.br
A limpeza do sistema de canais radiculares assume especial
relevância no sucesso do tratamento endodôntico. O objetivo deste trabalho foi
avaliar histologicamente a capacidade das técnicas “Step-back”, Movimentos
Contínuos de Rotação Alternada (MRA) e do Sistema Quantec Series 2000 de
promover a limpeza do terço apical de canais radiculares. Canais mesiais de
primeiros molares inferiores foram preparados pelas 3 técnicas testadas e
irrigados com hipoclorito de sódio a 5%. Após o preparo, os 5 mm apicais
de cada raiz foram seccionados e removidos para processamento histológico. Os
cortes seriados foram examinados e a limpeza do canal avaliada conforme uma
escala que variou de 0 a 3.
Os resultados demonstraram que não houve diferença estatisticamente
significante entre as técnicas testadas (p >> 0,01), sendo que
na maioria das vezes, os canais ainda apresentavam remanescentes teciduais,
mormente em áreas de variações da anatomia interna.
B026
Selamento apical – efetividade de quatro técnicas de
instrumentação.
SABA, F.
J.*, MANGELI, M. D. B., SABA, T. R.
Departamento
de Pós-Graduação em Endodontia – UGF, Rio de Janeiro, Brasil.
E-mail: fsaba@uol.com.br
Este trabalho objetiva avaliar a efetividade de 4 técnicas
de instrumentação quanto a capacidade de gerar, após obturação do sistema de
canais radiculares, o melhor selamento apical. Foram utilizados 52 molares inferiores
humanos obtidos no laboratório de Endodontia da UGF. Os espécimes foram
divididos em quatro grupos de 13, de acordo com a técnica de preparo dos
canais, sendo que 4 elementos foram utilizados como controle positivo e
negativo: GR.1 - técnica de instrumentação de canais curvos (manual) com
limas de aço inoxidável (TICCm); GR.2 - TICCm com limas de níquel-titânio;
GR.3 - técnica de Ruddle (manual); GR.4 - técnica de instrumentação
de canais curvos rotatória de níquel-titânio (TICCr). Foi realizada obturação
com técnica da condensação vertical da guta-percha aquecida, de Schilder, com a
utilização de Kerr Pulp Canal Sealer, infiltração com tinta nanquim por 48
horas e posterior processo de diafanização. Os resultados foram analisados por
2 examinadores em estudo cego, a partir de “scores” predeterminados, com
auxílio de microscópio cirúrgico D.F. Vasconcelos (20 X).
Os resultados demonstraram não existir diferenças significantes entre as
médias de tratamento em nível de 99,9% (p = 0,4672); p (0,1%) utilizando-se
o método ANOVA, donde conclui-se que não há diferença significante entre as
técnicas estudadas quanto ao selamento apical.
B027
Efeito da neutralização e do curativo de demora na reparação
de dentes de cães com necrose pulpar e reação periapical.
MATTOS, A.
F. R.*, SILVA, L. A. B., LEONARDO, M. R., TANOMARU FILHO, M.
Departamento
de Endodontia – Faculdade de Odontologia de Araraquara.
O objetivo do presente trabalho foi avaliar radiográfica e
histopatologicamente a reparação apical e periapical em dentes de cães,
empregando-se 2 diferentes técnicas de neutralização do conteúdo
séptico/tóxico, sendo o tratamento endodôntico realizado em uma única sessão ou
em duas sessões, utilizando como curativo de demora o hidróxido de cálcio
associado ao PMCC, por um período de tempo de 15 e 30 dias. A neutralização foi
realizada pelo método mediato, com emprego do formocresol, ou pelo método
imediato, no qual foram utilizadas limas tipo K nº 55 e 50 introduzidas
progressivamente no canal radicular, coadjuvada com solução de hipoclorito de
sódio a 5,25%. Nos grupos que receberam medicação intracanal, após o preparo
biomecânico, os canais radiculares foram preenchidos com Calen/PMCC, por um
período de tempo de 15 e 30 dias, sendo a obturação realizada após este período.
Os resultados obtidos após análise estatística mostraram que radiográfica e
histologicamente não houve diferença significante entre as técnicas de
neutralização do canal radicular. Ocorreu diferença significante nos grupos que
receberam a medicação intracanal, podendo ser observado melhores resultados
radiográfico e histopatológico nesses grupos, sendo que histologicamente, aos
30 dias os resultados foram considerados mais satisfatórios do que aos 15 dias.
Ainda, os grupos que receberam o curativo de demora mostraram resultados
radiográfico e histopatológico estatisticamente melhores do que no grupo que
foi realizado em uma única sessão. (Apoio financeiro: FAPESP.)
B028
Permeabilidade cervical dentinária à diferentes substâncias.
CARVALHO, C.
M.*1,2, ALBUQUERQUE, D.1, MOURA, M.2, SOUSA,
M.2, PORTO, P.1
1FOP – UPE; 2UFPI.
E-mail: edmilnew@yahoo.com
Avaliou-se a infiltração cervical do corante azul de
metileno a 2% em dentes tratados endodonticamente, para serem submetidos a
tratamento clareador. Para o experimento foram selecionados 40 caninos humanos.
Utilizou-se a técnica escalonada com recuo progressivo anatômico e obturou-se
pela técnica da condensação lateral ativa. Em seguida, foram radiografados e as
câmaras pulpares lavadas. Os dentes foram divididos aleatoriamente em 5 grupos
e as câmaras pulpares tratadas da seguinte forma: G1- soda clorada; G2- soda
clorada + 15 ml de EDTA a 17%; G3- soda clorada + ácido
fosfórico; G4- soda clorada + ácido poliacrílico; G5- soda clorada +
álcool a 70%. Os espécimes foram impermeabilizados externamente, submersos em
azul de metileno a 2% por 24 horas a 37ºC. Estes foram lavados, seccionados
transversalmente e mensuradas as infiltrações do corante através do programa
UTHSCSA (mm) nas faces vestibular (V) e lingual (L). As médias dos valores
obtidos (V) e (L) foram respectivamente: G1- 0,47; 0,39; G2- 1,45; 1,33; G3-
2,46; 1,37; G4- 0,87; 1,00; G5- 0,77; 1,06. O teste de Fisher indicou diferença
fortemente significativa entre os grupos, em relação a penetração do agente
traçador, na face vestibular (F = 14,69, p << 0,001)
e na face lingual (F = 8,75, p << 0,001).
Conclui-se que em todas as soluções testadas observou-se infiltração do
corante, verificando-se a permeabilidade dentinária cervical, no entanto, o
grupo 3 promoveu maior permeabilidade quando comparado aos demais grupos,
enquanto que o grupo 1 promoveu a menor em relação aos outros grupos estudados.
B029
Análise da interação irrigação/irradiação laser Er:YAG na
permeabilidade dentinária do sistema endodôntico.
RALDI, D.
P.*, LAGE-MARQUES, J. L.
Universidade
de São Paulo; Universidade Ibirapuera.
Objetiva-se, durante o tratamento endodôntico, aumentar a
permeabilidade dentinária para favorecer a penetração das soluções irrigantes e
medicação intracanal para o interior dos túbulos dentinários. Este experimento
teve como objetivo avaliar in vitro os efeitos das substâncias
irrigantes (EDTA-T e ácido cítrico) e da irradiação com laser Er:YAG na
permeabilidade dentinária. Utilizaram-se 37 dentes unirradiculares que foram
instrumentados e divididos em 5 grupos: G1 (7)- irrigação final com EDTA-T; G2
(7)- ácido cítrico; G3 (9)- EDTA-T + laser Er:YAG; G4 (9)- ácido
cítrico + laser Er:YAG e G5 (5)- irrigação final com água destilada e sem
laser. Quatro espécimes dos grupos 3 e 4 foram preparados para análise em
microscopia eletrônica de varredura. Os canais radiculares dos 34 espécimes
restantes foram preenchidos com medicação intracanal NDP (fosfato de
dexametasona) saturada com corante Rodamina B. Após a remoção da medicação
intracanal foram realizados 6 cortes transversais (2,0 mm): terço cervical
(C1 e C2), médio (C3 e C4) e apical (C5 e C6). Os cortes tiveram suas imagens
digitalizadas e com software Image Lab, avaliou-se a penetração da medicação
intracanal pela mensuração das áreas coradas. Os resultados analisados pelo
teste Kruskal-Wallis revelaram haver diferença significante
(p << 0,05) no terço cervical C1 dos grupos: 1 e 4; 2 e 3; 2 e
4; 2 e 5; 4 e 5; no terço cervical C2: 1 e 4; 2 e 4; 2 e 5; e no terço médio
C3: 2 e 4; 2 e 5.
Pode-se concluir que a interação substância irrigante e laser Er:YAG
mostrou resultados inferiores de permeabilidade dentinária.
B030
Prevalência de lesões periapicais associadas a dentes
humanos e sua correlação com a reabsorção apical.
VIER, F.
V.*, FIGUEIREDO, J. A. P.
Departamento
de Endodontia – ULBRA - Canoas -RS. Tel.: (0**51) 635-1641.
E-mail: endovier@caiweb.com.br
Os objetivos foram avaliar a prevalência de diferentes
patologias periapicais e a expressão da reabsorção externa apical em dentes
humanos associada a essas lesões, buscando uma possível correlação entre a
reabsorção externa e o diagnóstico histopatológico da lesão periapical. Foram
selecionados 104 dentes associados a lesões periapicais. Cortes semi-seriados
das lesões foram corados com H. E. As lesões foram agrupadas em: lesões
císticas e não-císticas, com diferentes graus de severidade de abscesso (0, 1,
2 e 3). Os ápices radiculares foram analisados em MEV. A reabsorção radicular
externa foi classificada, segundo sua localização, em reabsorção periforaminal
e foraminal e, segundo sua extensão, em diferentes graus (0, 1, 2 e 3). 24,5%
das lesões periapicais constituíram-se em lesões císticas. A maioria das lesões
(84,3%), independentemente de serem císticas (20,6%) ou não-císticas (63,7%),
exibiram graus severos de abscesso. O diagnóstico histológico mais prevalente
(63,7%) foi o de lesões não-císticas com graus avançados de abscesso. O
granuloma periapical foi um achado incomum. Do total dos ápices analisados,
42,2% apresentaram reabsorção periforaminal em mais da metade da área
examinada, enquanto que 28,7% demonstraram reabsorção foraminal em mais da
metade do perímetro observado. Apenas 8,9% das amostras apresentaram ausência
de reabsorção, tanto periforaminal quanto foraminal. A reabsorção radicular
periforaminal esteve presente em 87,3% dos ápices analisados, enquanto que a
foraminal, em 83,2% dos casos. A presença e extensão da reabsorção
periforaminal independeu da foraminal.
Não houve
correlação entre a reabsorção radicular externa e o diagnóstico histopatológico
das lesões periapicais. (Apoio financeiro: CNPq.)
B031
Avaliação radiográfica da resposta de ratas diabéticas após
21 dias de indução de lesões perirradiculares.
BREDA, J.,
ALVES, M. U.*, TEIXEIRA, F., SIQUEIRA Jr., J., ARMADA-DIAS, L.
FO – UNESA;
UNICAMP - SP. Tel.: (0**21) 503-7289. E-mail: urania@estácio.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar radiograficamente, a
evolução de inflamação perirradicular em ratas controles, diabéticas e tratadas
com insulina, 21 dias após indução de infecção pulpar. Ratas Wistar com 3 meses
de idade, receberam dose única de estreptozotocina (45 mg/kg P.C., i.p.)
em tampão citrato (pH 4,5). Os animais diabéticos foram divididos em 2 grupos:
ratas diabéticas (DM21, n = 8) e ratas tratadas com doses diárias de
insulina (2 U/100 g P.C., s.c.) (DM21+ I, n = 7). Os
animais foram anestesiados com pentobarbital (0,08 ml/100 g P.C.) e,
inclusive o grupo controle (C: n = 9), foram submetidos à exposição
pulpar com broca esférica “carbide” ½ em motor de alta rotação, para indução de
infecção pulpar. Após 21 dias, as ratas foram sacrificadas e as mandíbulas
excisadas e radiografadas com filme periapical ultra-sensível (Kodak –
0,3 s). As imagens radiográficas foram capturadas (ScanJet 3) e
processadas. As áreas das lesões perirradiculares foram medidas em um sistema
específico de imagem (Image Lab, Softium Informática Ltda. ME, Brasil) e os
resultados foram avaliados por teste Kruskal-Wallis. Os animais diabéticos e
tratados apresentaram maior área de lesão que os controle
(DM21 = 30.335,8 ± 7.789,5; DM21 = 31.993,9 ± 8.498,4;
C = 21.438,3 ± 7.934,2 pixels, p << 0,05).
Nossos dados sugerem que o diabetes mellitus promove
diminuição na capacidade de defesa dos animais frente a agentes microbianos e
que o tratamento com insulina não reverteu adequadamente esse quadro
fisiopatológico. (Apoio financeiro: CNPq/UNESA.)
B032
Ação antimicrobiana do preparo biomecânico com diferentes
soluções irrigadoras.
TANOMARU, J.
M. G.*, TANOMARU FILHO, M., LEONARDO, M. R., SILVA, L. A. B., ITO, I. Y.
FOAr –
UNESP; FORP – USP; FCFRP – USP. E-mail: tanomaru@foar.unesp.br
A ação do preparo biomecânico realizado com soluções
irrigadoras com atividade antimicrobiana tem grande importância na diminuição
da microbiota endodôntica. O objetivo deste estudo foi a avaliação das
condições microbiológicas antes e 30 dias após o preparo biomecânico dos canais
radiculares com diferentes soluções irrigadoras. Reações periapicais crônicas
foram induzidas em 78 canais radiculares de dentes de cães, os quais foram
divididos em 4 grupos experimentais. Previamente ao preparo biomecânico,
amostras do conteúdo dos canais radiculares foram colhidas para avaliação
microbiológica. Em seguida, o preparo dos canais radiculares foi realizado,
empregando-se solução de digluconato de clorexidina a 2%, hipoclorito de sódio
a 2,5% ou soro fisiológico, permanecendo o último grupo sem manipulação. Os
canais radiculares permaneceram vazios, com selamento coronário por 30 dias,
quando procedeu-se a segunda colheita para análise microbiológica. Os
resultados demonstraram que a solução de clorexidina proporcionou a maior
diminuição de unidades formadoras de colônias em relação aos microrganismos
anaeróbios, aeróbios e estreptococos, seguida da solução de hipoclorito de
sódio a 2,5%. O preparo biomecânico com solução fisiológica não diminuiu a
microbiota endodôntica.
Conclui-se que o preparo biomecânico com solução de clorexidina a 2% tem
capacidade de reduzir a quantidade de microrganismos de canais radiculares
infectados, porém é incapaz de eliminá-los.
B033
Influência do método e corante na avaliação do selamento
apical.
SILVA, R. S.
F.*, TANOMARU, J. M. G., TANOMARU FILHO, M.
Disciplina
de Endodontia – FOAr – UNESP. Tel./fax: (0**16) 201-6392.
E-mail: tanomaru@foar.unesp.br
Inúmeras metodologias são empregadas para análise da
infiltração marginal em obturações de canais radiculares. O objetivo deste
estudo foi avaliar dois métodos e corantes utilizados para esta finalidade.
Foram utilizados quarenta caninos superiores extraídos de humanos. Após a
abertura coronária, os forames apicais foram padronizados utilizando-se lima
tipo K até a de número 30 e os canais radiculares instrumentados de forma
padronizada. Os dentes foram divididos aleatoriamente em 4 grupos. Após a
impermeabilização da superfície dentária externa, os canais radiculares foram
obturados com cones de guta-percha e cimento de óxido de zinco e eugenol, sendo
dois grupos imersos em solução de azul de metileno a 2% e dois em solução
nanquim, por 48 horas em ambiente com vácuo. Decorrido este período, os dentes
foram lavados e submetidos ao método de fratura longitudinal ou ao processo de
diafanização, para análise da infiltração apical. Os resultados obtidos
demonstraram que maiores infiltrações foram observadas nos grupos com azul de
metileno e pelo método de fratura longitudinal (p << 0,05).
Ainda, quando utilizado o azul de metileno o método de fratura mostrou maior
infiltração que a avaliação pela diafanização (p << 0,05).
Conclui-se que o corante azul de metileno apresentou maior capacidade de
penetração, sendo o método de fratura mais apropriado para o seu emprego.
B034
Estudo anatômico de canais radiculares de molares
permanentes inferiores humanos.
MANIGLIA, C.
A. G.*, OLIVEIRA, A. C. J., TRABUCO, M., MANIGLIA, A. B., PICOLI, F.,
PARDINI, L. C.
Departamento
de Endodontia e Radiologia – UNIFRAN.
O tratamento endodôntico de molares inferiores pode não
traduzir-se em sucesso se a anatomia interna não puder ser reconhecida,
mostrando os múltiplos aspectos dos canais radiculares. Os graus de curvatura e
a configuração dos canais radiculares criam algumas dificuldades técnicas
durante a sua preparação mecânica. Assim, seu conhecimento é essencial para o
êxito da terapia. O objetivo deste estudo foi determinar a freqüência, grau de
curvatura e configuração dos canais de primeiros e segundos molares inferiores,
através dos seguintes métodos: exame clínico, fotográfico, radiográfico e por
diafanização. Foram estudados os canais radiculares de 200 primeiros e segundos
molares inferiores humanos. Os resultados permitiram concluir que as entradas
dos canais das raízes mesiais são distintas, circulares e arredondas e
separadas. Entretanto, o mesmo não ocorre com os canais das raízes distais. A
análise estatística da avaliação clínica e radiográfica demonstrou haver uma
incidência significativamente maior de 2 canais nas raízes distais dos
primeiros molares, em comparação as dos segundos molares. As configurações
radiográficas da lima no interior dos canais mostraram curvaturas que variam
entre 11,42º a 18,86º para as raízes mesiais e 2,94º a 14,72º para as distais.
As imagens diafanizadas mostram a predominância de canais do tipo III nas
raízes mesiais e tipo I nas raízes distais.
Este estudo demonstrou que existem algumas diferenças significantes
entre a anatomia interna do primeiro e do segundo molar inferior.
B035
Inervação de dentes decíduos humanos em diferentes fases de
rizólise.
MOREIRA,
A.*, SILVA, G. A. B., ALVES, J. B.
Departamento
de Morfologia – Instituto de Ciências Biológicas – UFMG.
Tel.: (0**31) 3499-2784. E-mail: adrianamoreira@ig.com.br
Apesar do enfoque preventivo da Odontologia atual, ainda é
freqüente o número de dentes decíduos com comprometimento pulpar. O correto
diagnóstico e adequado tratamento requerem do cirurgião-dentista o conhecimento
das características pulpares destes dentes. O período de reabsorção
fisiológica, rizólise, pode ocorrer durante alguns anos até a esfoliação do
dente. Poucos estudos têm sido feitos sobre a inervação da polpa de dentes
decíduos. O objetivo deste trabalho foi determinar o efeito da reabsorção
radicular fisiológica na inervação pulpar de dentes decíduos humanos. Quarenta
dentes decíduos humanos em diferentes fases de reabsorção, extraídos por razões
ortodônticas, foram utilizados. As amostras foram fixadas em formalina
tamponada 10%, desmineralizadas em EDTA 10% e incluídas em parafina. Foram
feitos cortes de 6 µm de espessura. Utilizou-se método de impregnação pela
prata para evidenciação das fibras nervosas e técnica imuno-histoquímica
indireta para detecção de proteína de neurofilamento de 160 kDa. As
amostras foram examinadas à microscopia de luz.
Nossos resultados mostram a presença de nervos na polpa dental durante a
reabsorção. Observamos uma redução gradativa na quantidade de fibras nervosas
durante o processo de reabsorção. Em dentes com raiz totalmente, ou quase
totalmente, reabsorvida a quantidade de nervos no tecido pulpar foi escassa ou
ausente.
B036
Análise comparativa da remoção de “smear layer” dos canais
radiculares – microscopia eletrônica de varredura.
DAMETTO, F.
R.*, FERRAZ, C. C. R., TANOMARU FILHO, M., BONIFÁCIO, K. C.,
SOUZA FILHO, F. J.
Área de
Endodontia – Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP.
O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro, por
meio de microscopia eletrônica de varredura, a limpeza superficial da parede de
canais radiculares preparados com instrumentos manuais e rotatórios. Foram
utilizados raízes mesiais de molares inferiores recém-extraídos. Estas, foram
divididas em 2 grupos experimentais: o grupo 1 foi submetido a instrumentação
rotatória com limas Pow-R (Moyco Union Broach, USA) de acordo com as instruções
do fabricante e, o grupo 2 submetido a instrumentação manual pela técnica
“step-back” com limas tipo K de aço inoxidável (Maillefer Dentsply,
Swiss). A cada troca de lima os grupos foram irrigados apenas com hipoclorito
de sódio 2,5%. A limpeza das paredes dos canais radiculares foi avaliada nos
terços cervical, médio e apical em cada espécime, por meio de atribuição de
escores. Os escores foram submetidos ao teste estatístico de Mann-Whitney.
Os resultados demonstraram que os instrumentos rotatórios promoveram
maior limpeza no terço apical em relação aos instrumentos manuais
(p << 0,05), no entanto, não houve diferença nos terços médio e
cervical (p >> 0,05).
B037
Avaliação da hipersensibilidade dental tratada com laser.
BREGAGNOLO,
J. C.*, VILLA, G. E. P., SILVA, A. B. M., LIZARELLI, R. F. Z., PAULINO, S. M.,
PARDINI, L. C.
FORP – USP;
IFSC – USP. E-mail: jjanete@forp.usp.br
O objetivo deste trabalho é testar in vivo a
capacidade do laser de baixa intensidade, em retirar a sensibilidade do colo
dental em dentes humanos, devido a sua capacidade de promover efeito
antiinflamatório e analgésico, atuando na repolarização. Aplicou-se no colo de
84 dentes com sensibilidade dentinária. Usou-se o LILT “laser beam”, e
comparou-se as pontas infravermelho e vermelho, nos modos contínuos e pulsados,
sob a mesma dosimetria de 6 J/cm2. Ambas possuem uma potência de 50
miliwatts e comprimentos de ondas de 785 e 685 nm respectivamente. Após três
aplicações em cada dente, com intervalo de 72 horas entre elas, fez-se a
avaliação final, 15 dias após a última aplicação do laser. Por meio de uma
tabela de contingência, submeteu-se os dados ao teste de qui-quadrado ao nível
de 1% de liberdade. Vimos que dos 84 dentes testados, sensíveis ao jato de ar,
58 perderam a sensibilidade havendo semelhança (estatisticamente não
significante) entre os diferentes comprimentos de ondas; infravermelho e
vermelho. Mais da metade dos dentes sensíveis perderam a sensibilidade após as
três aplicações com laser de baixa intensidade.
As pontas infravermelho contínuo e pulsado e vermelho contínuo e pulsado
tiveram comportamento clínico semelhante, ou seja foram eficientes na remoção
da dor, independente do modo ou do comprimento de onda usado.
B038
Comparação das pontas dos cones principais com a
padronização ISO.
FERREIRA, M.
S.*, CARVALHO, R. G., DELFIN, L. E., FIDEL, R. A., FIDEL, S.
Escola de
Odontologia – Departamento de Odontologia – UNIGRANRIO - RJ.
Tel.: (0**21) 672-7777.
A guta-percha é considerada o principal material sólido
obturador de canais radiculares, este trabalho tem por objetivo verificar a
melhor equivalência do cone de guta-percha principal ao diâmetro D0
de uma lima K correspondente, a fim de que a adaptação deste cone ao
batente apical criado pelas técnicas atuais de instrumentação seja a mais
eficiente possível. Foram utilizados 300 cones das marcas comerciais Dentsply,
Tanari e Endo Points. Cem cones de cada marca subdividem-se em 10 grupos com 10
cones cada, divididos conforme os seus diâmetros (# 25 ao # 80), e selecionados
ao acaso. Para avaliação e obtenção das mensurações dos cones utilizou-se um
perfilômetro de procedência japonesa com precisão de medida de até milésimo de
milímetro (ProFile Projector Nikon).
Os resultados mostraram que os cones da marca Endo Points foram os que
apresentaram uma maior fidelidade ao diâmetro das limas, seguidos dos cones da
marca Tanari e posteriormente os da Dentsply.
B039
Análise do travamento apical de cones principais de
guta-percha.
BIZ, M. T.*,
GUARIENTI, D., MASIERO, A. V., FIGUEIREDO, J. A. P.
FO –
Universidade Federal de Pelotas.
Foi objetivo desse estudo avaliar o travamento apical de
cones principais de guta-percha (Dentsply e Tanari) e cones confeccionados com
régua calibradora (Maillefer) e lâmina de barbear (Gillette). 21 dentes
humanos, que tiveram seus preparos padronizados, foram divididos em 7 grupos,
de 3 dentes cada, de acordo com o calibre do batente confeccionado, sendo os
mesmos: # 30, 35, 40, 45, 50, 55 e 60. A prova do cone foi realizada em
cada dente com 10 cones confeccionados e 10 cones de cada uma das marcas,
verificando a presença ou não do travamento no comprimento de trabalho (CT). Os
dados obtidos foram submetidos à análise estatística (Exato de Fisher e
qui-quadrado), onde verificamos que nos grupos de cones de calibres # 30, 35,
40, 45, 55 e 60 houve diferença estatística entre os três tipos de cones
utilizados (p £ 0,05), exceto no grupo de calibre # 30 e 35
entre os cones confeccionados e Tanari, que não apresentaram essa diferença
(p >> 0,05); nos cones de calibre # 50 não houve diferença
estatística entre os três tipos de cones (p >> 0,05). Os cones
confeccionados com auxílio de régua calibradora foram os que apresentaram
melhores resultados, seguidos pelos cones Tanari que tiveram um desempenho
intermediário. Os cones Dentsply foram os que obtiveram desempenho inferior,
muitas vezes ultrapassando o limite de trabalho.
Desta forma, pode-se concluir que a utilização da régua calibradora
determina a obtenção de melhores resultados no travamento apical de cones
principais de guta-percha.
B040
Biocompatibilidade de cimentos endodônticos em tecido
subcutâneo de ratos.
GOMES FILHO,
J. E.*, TEIXEIRA, F. B., FERRAZ, C. C. R., ZAIA, A. A., GOMES, B. P. F. A.,
SOUZA-FILHO, F. J.
Endodontia –
FOP – UNICAMP.
O objetivo deste estudo foi avaliar in vivo a
biocompatibilidade dos cimentos endodônticos Endométhasone, Pulp Canal Sealer e
AH Plus, após a implantação em tecido subcutâneo de ratos. Vinte e quatro
ratos Wistar-Furth foram utilizados. Cada cimento foi colocado no interior de
tubos de polietileno e implantados em locais específicos no subcutâneo do dorso
do animal. Os blocos de tecido foram removidos após 3, 7 e 30 dias, fixados e
processados pelo método de inclusão em glicol metacrilato para avaliação
microscópica. Observou-se no terceiro dia, uma resposta inflamatória mais
intensa, com células do infiltrado agudo para todos os cimentos, sendo que o
cimento Pulp Canal Sealer apresentou uma reação mais branda. No sétimo dia, o
tecido já se apresentava mais organizado principalmente para o cimento
AH Plus, o qual permitiu o início de formação de cápsula fibrosa na
embocadura do tubo. No trigésimo dia, todos os cimentos apresentaram formação
de cápsula fibrosa, com poucas células inflamatórias crônicas. Neste período
mais longo, o cimento Pulp Canal Sealer apresentou um estágio mais avançado de
organização tecidual, enquanto os cimentos AH Plus e Endométhasone não
diferiram muito entre si, mostrando ainda um leve grau de inflamação.
B041
Avaliação de quatro métodos de colocação de curativo à base
de hidróxido de cálcio.
AGUIAR, C.
M*, PINHEIRO, J. T.
Departamento
de Prótese e Cirurgia Bucofacial – CCS – UFPE.
Tel.: (0**81) 3271-8338. E-mail: cmaguiar@hotmail.com
O hidróxido de cálcio tem sido advogado na terapia
endodôntica como agente antimicrobiano. O uso ideal é que ele seja colocado o
mais profundamente no interior do canal radicular, devido a proximidade dos
tecidos periapicais. O propósito deste estudo, foi avaliar, comparativamente quatro
métodos de colocação de curativo à base de hidróxido de cálcio após o preparo
do canal radicular. Foram utilizados oitenta molares superiores com os ápices
formados. O canais radiculares foram instrumentados com a técnica incremental
até o instrumento n° 25, no limite
de um milímetro aquém do ápice e, irrigados com solução à base de hipoclorito a
1% e, secos com cones de papel absorvente. Para detectar o hidróxido de cálcio
no interior do canal radicular, foi adicionado um corante a base de negro de ericrômio
T, que é específico para detecção de íons cálcio. Os dentes eram aleatoriamente
divididos em quatro grupos com vinte dentes cada. No grupo I foi utilizado
uma seringa especial ML para a colocação da medicação; no grupo II foi
utilizado uma lima tipo K n° 25; no grupo III foi utilizado um
cone de guta-percha nº 25; e no grupo IV o hidróxido de cálcio foi
colocado com auxílio de brocas lentulo n° 25. Em seguida as aberturas
coronárias eram seladas e os espécimes levados para estufa com umidade de 100%
por uma semana. Os dentes foram seccionados no sentido bucolingual,
fotografados e projetados em “screen”, sendo avaliados pela quantidade e pela
distância da medicação em relação ao ápice.
Os resultados demonstram não haver diferença significativa entre os
métodos utilizados.
B042
Efeitos da radiação laser de vapor de cobre na parede de
dentina de canais radiculares.
SILVEIRA, M.
C. G.*, NICCOLI-FILHO, W. D., VIEIRA Jr., N. D., RIVA, R.
Mestrado
Profissionalizante – Laser em Odontologia – USP – IPEN.
Dez dentes humanos unirradiculares tiveram suas coroas
removidas no limite amelocementário e, após preparo químico-cirúrgico nos
canais radiculares, as raízes foram clivadas longitudinalmente para permitir
desta forma a irradiação da superfície da parede de dentina do canal radicular.
As hemi-raízes foram separadas em dois grupos: grupo I (controle), com
quatro hemi-raízes, não irradiado, e grupo II, com 16 hemi-raízes,
subdivididas em quatro grupos com os respectivos tempos de exposição:
0,02 s; 0,05 s; 0,l s e 0,5 s. Foi utilizado um laser de
vapor de cobre, com comprimento de onda de emissão de 510,6 nm, potência
média total quando emitindo no verde mais amarelo de 11 W, potência média
emitindo no verde de 6,5 W, taxa de repetição de 16.000 Hz e duração
de pulso de 30 ns, energia por pulso (no verde) de 0,4 mJ e potência
pico de 13,5 kW. Os resultados obtidos por meio da análise com microscopia
eletrônica de varredura mostraram a ocorrência de formação de uma cavidade no
local da incidência do feixe laser, onde a dentina, nas bordas desta cavidade,
apresentou-se fundida e ressolidificada, além da presença de trincas devido à
difusão do calor.
Embasados nestes resultados, concluímos que o tamanho da cavidade
formada na dentina é diretamente proporcional ao tempo de exposição e quanto
mais emissão de radiação laser numa mesma área, maior o comprometimento na
parede de dentina do canal radicular. Estas conclusões demonstram a necessidade
de novos estudos com diferentes tempos de exposição a fim de estipularmos um protocolo
seguro.
B043
Comprimento do arco influenciando fratura por flexão das
limas rotatórias.
MOREIRA, E.
J. L.*, LOPES, H., REIS, R., RIBEIRO, G., FIDEL, S., FIDEL, R. A. S.
Endodontia –
Departamento de Procedimentos Clínicos Integrados – FO – UERJ; UNIGRANRIO - RJ.
E-mail: edsonjorgeendo@aol.com
O objetivo deste trabalho foi observar a influência da
extensão do segmento curvo do canal na fratura por flexão das limas de
níquel-titânio acionadas a motor. Foram empregadas 40 limas nº 25 de
25 mm dos sistemas Quantec e Profile acionadas pelo motor TC 3000.
Dois canais foram confeccionados a partir de um tubo de náilon de 1,04 mm
de diâmetro interno. Ambos os canais mediam 20 mm e apresentavam o mesmo
raio de curvatura (6 mm), diferiam apenas quanto ao comprimento do arco,
um com 90º e o outro com 135º. As limas eram acionadas no interior dos canais e
o tempo decorrido para a fratura era cronometrado em segundos. Os resultados
obtidos foram analisados estatisticamente pela ANOVA e teste de Tukey.
|
Q90 |
Q135 |
Pf90 |
Pf135 |
(média) |
241,28 |
124,04 |
328,49 |
182,15 |
S (desvio-padrão) |
47,20 |
21,27 |
87,60 |
67,55 |
CV (coeficiente de variação) |
19,56% |
17,14% |
26,60% |
37,08% |
Os resultados permitiram concluir que os canais que apresentavam a parte
curva correspondente a 135º induziram a fratura do instrumento mais rapidamente
que os canais com arco correspondente a 90º.
B044
Contaminação em soluções de ácido cítrico contendo ou não
estabilizante microbiológico.
BARROSO, L.
S.*, HABITANTE, S. M., JORGE, A. O. C., FARIA, I. S.
Departamento
de Odontologia – Universidade de Taubaté - SP. E-mail: tytos@terra.com.br
O objetivo do presente estudo foi pesquisar se soluções de
ácido cítrico a 10%, pH 1,8 para uso endodôntico podem se contaminar com a
inoculação de microrganismos e se a adição de um estabilizante microbiológico,
utilizado na indústria alimentícia, seria suficiente para inibir essa
contaminação. Para tanto, um frasco de 60 ml de ácido cítrico a 10%, pH
1,8 e um frasco de ácido cítrico a 10%, pH 1,8 associado a benzoato de sódio a
0,1% foram analisados. O líquido contido em cada frasco foi distribuído em 100
tubos contendo 1 ml de cada solução, constituindo 50 tubos no grupo A (ácido
cítrico a 10%, pH 1,8) e 50 tubos no grupo B (ácido cítrico com benzoato de
sódio a 0,1%). Cada seqüência de dez tubos de cada grupo foi inoculada com os
seguintes microrganismos: Candida albicans, Streptococcus mutans,
Enterococcus faecalis, Bacillus subtilis e Escherichia coli.
Cada tubo contendo a solução + microrganismo permaneceu em estufa a 37ºC
por 48 horas. Os dados mostraram que no grupo A (sem estabilizante
microbiológico), C. albicans permaneceu viável em 100% dos tubos, E.
coli em 80% das amostras e E. faecalis em 50% das mesmas. No grupo B
(com adição do estabilizante), C. albicans ainda permaneceu viável em
30% das amostras e todos os outros microrganismos foram neutralizados.
Concluiu-se que as soluções de ácido cítrico a 10% para uso endodôntico
podem se contaminar com microrganismos e que a adição do benzoato de sódio a
0,1% diminuiu sensivelmente os níveis de contaminação.
B045
Avaliação da capacidade de limpeza de alguns irrigantes
endodônticos – estudo em MEV.
YAMASHITA,
J. C.*, TANOMARU FILHO, M., LEONARDO, M. L., SILVA, L. A. B., ROSSI, M. A.
Departamento
de Endodontia – FOAr – UNESP. E-mail: rezeyama@usp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro, por
meio de microscopia eletrônica de varredura, a limpeza superficial da parede de
canais radiculares promovida por diferentes soluções irrigadoras. Foram
utilizados dentes humanos recém-extraídos, divididos em quatro grupos
experimentais, os quais utilizaram as seguintes soluções irrigadoras: solução
fisiológica, solução de clorexidina a 2%, solução de hipoclorito de sódio a
2,5% e solução de hipoclorito de sódio a 2,5% + EDTA. A limpeza das
paredes dos canais radiculares foi avaliada nos terços cervical, médio e apical
em cada espécime, por atribuição de escores. Os resultados obtidos demostraram
que a melhor limpeza da superfície das paredes dos canais radiculares foi
obtida pela associação da solução de hipoclorito de sódio a 2,5% e EDTA,
seguida pela solução de hipoclorito de sódio a 2,5%
(p << 0,05), sendo esta semelhante à solução de clorexidina
apenas no terço cervical. As solução de clorexidina a 2% e solução fisiológica
obtiveram resultados inferiores aos grupos anteriores e semelhantes entre si,
nos três terços do canal radicular (p >> 0,05). Em todos os
grupos experimentais foi observada melhor limpeza no terços cervical e médio,
com piores resultados para o terço apical. A melhor limpeza superficial foi
obtida quando se utilizou o a associação da solução de NaOCl com EDTA.
A solução de NaOCl somente não apresentou resultado satisfatório, porém
teve melhor desempenho que as soluções de clorexidina e fisiológica. As
soluções fisiológica e de clorexidina obtiveram os piores resultados, sendo
estes semelhantes entre si. Nos diferentes grupos experimentais houve melhor limpeza
nos terços cervical e médio, que no terço apical.
B046
Microdureza dentinária: ação de duas formulações diferentes
de EDTA.
GUARIENTI,
D.*, OSINAGA, P. W. R., BIZ, M. T., MASIERO, A. V.
Mestrado em
Endodontia e Dentística – FO – UFPel. E-mail: osinaga@ufpel.tche.br
O objetivo do presente estudo foi comparar o efeito de duas
marcas comerciais de EDTA de formulação e forma de apresentação diferentes
sobre a microdureza dentinária. Foi utilizado o terço médio de 7 raízes
palatinas de molares superiores (obtidos do banco de dentes da UFPel). Os
mesmos foram incluídos em resina acrílica, os corpos-de-prova (n = 7)
foram lixados em uma seqüência de lixas d’água de granulação 600 a 1.200 quando
então foi realizada a leitura da dureza inicial na escala Knoop (50 g
durante 30 s). A seguir foram lixados (lixa 1.200) e submetidos à ação de
soda clorada (Macroquímica) por 2 horas, quando então foi realizada a segunda
leitura No passo seguinte, as amostras foram levemente lixadas (lixa 1.200) e
expostas à ação da solução de EDTA 17% (Macroquímica) durante 5 minutos,
procedendo então a terceira leitura. Após, as amostras foram novamente lixadas
(lixa 1.200), quando foram submetidas ao EDTA 24% (Biodinâmica) em forma de gel
por 5 minutos, realizando-se a quarta leitura. Cada leitura consistiu da média
dos valores obtidos após cinco indentações para cada grupo. Os resultados foram
submetidos ao teste estatístico de Kruskal-Wallis, que foi significante ao
nível de 1% entre o grupo controle e o grupo da soda clorada, 5% entre o grupo
controle e o grupo do EDTA 24% e 0,1% entre o grupo controle e o grupo do EDTA
17%.
Diante do exposto, pareceu-nos lícito concluir que a solução de EDTA 17%
realmente causa redução considerável na dureza dentinária, ao passo que as
demais substâncias não apresentaram um efeito significativo.
B047
Avaliação in vitro da infiltração marginal de 4
materiais utilizados no selamento coronário em dentes tratados
endodonticamente.
SAUÁIA, T.
S.*, ZAIA, A. A., GOMES, B. P., TEIXEIRA, F. B., FERRAZ, C. C. R.,
SOUZA FILHO, F. J.
UNICAMP;
UFMA.
O presente trabalho teve por objetivo avaliar in vitro
a capacidade de selamento coronário de quatro materiais colocados na câmara
pulpar, imediatamente após a obturação dos canais radiculares. Foram utilizados
100 molares humanos recém-extraídos com raízes completamente formadas,
divididos aleatoriamente em cinco grupos experimentais com 20 dentes cada,
sendo um grupo controle positivo. O preparo químico-mecânico dos canais
radiculares foi realizado conforme a técnica híbrida modificada e obturados
pela técnica da condensação lateral. Após a limpeza final da câmara coronária,
foram colocados os materiais seladores, Cavit, Vitremer, resina composta Flow e
resina composta Z100. A seguir, os dentes foram submetidos a 600 ciclos
térmicos, e depois submersos em tinta nanquim por 5 dias. A amostra foi
descalcificada, desidratada e diafanizada, sendo então examinada em lupa
estereoscópica. Os níveis de infiltração foram codificados e examinados por
três examinadores em ocasiões diferentes. Após a análise da infiltração, os
resultados foram submetidos a cálculos estatísticos usando o teste de
Kruskal-Wallis, e em seguida o teste de Wilcoxon para comparação dos seladores.
A análise estatística revelou que o Cavit e a resina composta Z100,
selaram melhor, embora não tenha havido diferença significante entre os
materiais. O Vitremer apresentou o pior selamento, e a resina composta Flow
apresentou comportamento de média infiltração.
B048
Contaminação com sangue: influência sobre a microinfiltração
de obturações retrógradas.
FREITAS, J.
M.*, PINHEIRO, M. G., OLIVEIRA, M., DEMARCO, F. F.
Mestrado em
Endodontia e Dentística – UFPel. Tel.: (0**53) 222-4439.
E-mail: ffdemarco@hotmail.com
O objetivo desse estudo foi avaliar a influência da
contaminação com sangue na microinfiltração de obturações retrógradas, com o
uso de dois materiais adesivos. Foram utilizados 60 dentes anteriores humanos
extraídos, nos quais, após tratamento endodôntico, foram preparadas cavidades
retrógradas utilizando broca “carbide” esférica (cavidade em foram de pires).
Os dentes foram aleatoriamente divididos em 4 grupos (n = 15), sendo
restaurados como segue: Grupo 1- contaminação com sangue + uso do “primer”
do Vitremer + preenchimento com ionômero modificado por resina
(Vitremer - 3M); Grupo 2 - similar ao Grupo 1, porém, a
contaminação ocorreu após o uso do “primer”; Grupo 3 - contaminação com
sangue + adesivo autocondicionante (CLB2V - Kuraray) + resina
composta (Z250 - 3M); e Grupo 4 - similar ao Grupo 3, apenas a
contaminação ocorreu após o uso do sistema adesivo. A contaminação foi
realizada com duas gotas de sangue humano, seguida por lavagem e secagem da
cavidade. Em seguida, os espécimes foram imersos em azul de metileno. Depois de
seccionados, a infiltração foi avaliada em aumento de 40 X, com base em
escore padronizado. Os dados foram submetidos a análise estatística
(Kruskal-Wallis). A contaminação antes do “primer” ou do adesivo levou a maior
penetração do corante (p << 0,05). Observou-se, também, que o
Vitremer exibiu menor grau de infiltração que o adesivo CLB2V
(p << 0,05).
Baseado na metodologia empregada, foi possível verificar que a
contaminação com sangue influenciou na performance dos materiais testados.
B049
Estudo das lesões perirradiculares crônicas em dentes
humanos tratados, ou não, endodonticamente – análise morfológica.
CARVALHO, R.
A*., MIRANDA, M. C. M., PINTO, L. P., SOUZA, L. B., MEDEIROS, A. M. C., ARRUDA,
M. L., NESI, M. A.
Departamento
de Odontologia – Faculdade de Odontologia – UFRN. Telefax: (0**84)
221-4532. E-mail: carvalhora@digi.com.br
O presente estudo teve como objetivo analisar as alterações
microscópicas em vinte e quatro lesões perirradiculares crônicas de dentes
humanos tratados ou não endodonticamente. As amostras do grupo I
(controle - dentes sem tratamento endodôntico), grupo II (dentes com
canais instrumentados e obturados) e grupo III (dentes com os canais
instrumentados e curativo de hidróxido de cálcio extravasado na lesão periapical).
O terceiro grupo foi o que apresentou lesões extensas e os dentes foram
instrumentados e receberam curativo de demora, por sete dias, com
extravasamento proposital com hidróxido de cálcio mais soro fisiológico, e
renovado após 8 dias. Decorridos trinta dias após o primeiro curativo, as
lesões extensas foram biopsiadas e fixadas em solução de formalina a 10%. Após
o processamento histológico de rotina, os cortes foram corados pela
hematoxilina e eosina.
Concluiu-se
que: a magnitude do processo inflamatório foi semelhante nos três grupos; o
processo de reparo da lesão encontrava-se histologicamente em estado evolutivo,
tanto no grupo II (dentes com canais instrumentados e obturados) como no
grupo III (dentes com os canais instrumentados e curativo de hidróxido de
cálcio extravasado na lesão periapical), porém, predominantemente no
grupo III e sempre ausente no grupo I (controle - dentes sem
tratamento endodôntico); e o curativo intracanal a base de hidróxido de cálcio,
foi de fundamental importância na reparação das lesões císticas. (Apoio
financeiro: CAPES.)
B050
Avaliação da infiltração marginal por meio da técnica
termomecânica híbrida após remoção do “smear layer”.
LIBERA, L.
D., ARRUDA, M. P.*, FERRAZ, J. R., SOUSA NETO, M. D.
Universidade
de Ribeirão Preto. Tel.: (0**16) 603-6717.
E-mail: sousanet@unaerp.br
A presença do “smear layer” impede um contato do cimento
obturador com as paredes da dentina radicular. No presente estudo foi avaliado in
vitro, por meio da infiltração apical, a técnica de obturação termomecânica
híbrida com e sem a remoção do “smear layer”. Foram utilizados 12 dentes
caninos superiores. Após a instrumentação dos canais radiculares os dentes
foram divididos em 2 grupos. O grupo 1 recebeu 2 ml da solução de EDTA, sendo
que esta permaneceu em contato com a dentina durante 10 minutos, após esse
período os canais foram irrigados com líquido de Dakin. O grupo 2 não recebeu
nenhuma solução, permanecendo da mesma forma após o término da instrumentação.
Terminada essa fase os dentes foram preparados para a obturação do canal
radicular. O cimento utilizado para a obturação dos canais foi o Sealer 26â.Os
dentes foram imersos em nanquim e submetidos a diafanização para a visualização
do nível de infiltração marginal apical. A penetração do nanquim na região
apical foi medida por meio do microscópio. Os resultados evidenciaram que o
grupo em que houve a remoção de “smear layer” apresentou menores índices de
infiltração apical do que o grupo sem a remoção de “smear layer”.
Conclui-se que a remoção do “smear layer” diminui os índices de
infiltração marginal em dentes obturados com a técnica termomecânica híbrida
com cimento à base de resina epóxi.
B051
Ánalise comparativa de dois aparelhos para odontometria
eletrônica.
HECK, A.
R.*, ARAGÃO, E. M., VALDRIGHI, L., JAKOBSON, S. J. M., ARCHEGAS, L. R. P.,
MORAES, S. H., SOUZA FILHO, F.
Universidade
Federal do Paraná.
O desenvolvimento de métodos eletrônicos para a realização
da odontometria têm utilizado aparelhos com duas freqüências de corrente
alternada. Estes apresentam a vantagem de trabalhar com precisão em canais
repletos de solução irrigadora eletro-condutora, tecido pulpar organizado ou
não, sangue ou exsudato. O objetivo deste trabalho foi avaliar 2 destes
aparelhos (Endex e Root ZX), em 5 variáveis (Endex - 1o
sinal e ápice e Root ZX a 1 mm, 0,5 mm, e ápice) propostas pelos
fabricantes e comparar os resultados com a medida dos dentes previamente
determinadas. Utilizaram-se sempre os mesmos 20 incisivos inferiores extraídos
de humanos, que para a realização das medidas foram fixados numa plataforma de
“nylon” com suas raízes mergulhadas numa cuba contendo gelatina preparada com
soro fisiológico para simular as condições elétricas dos tecidos periodontais.
A comparação entre o comprimento real (controle) e os comprimentos obtidos
pelos aparelhos foi realizada por meio da análise de variância – um fator
e comparações múltiplas pelo teste de Scheffé (NS 5%). Não houve diferença
significativa entre os grupos.
Pode-se concluir que a metodologia empregada foi adequada, que os dois
aparelhos testados apresentaram comportamento semelhante sem diferenças
estatísticas significativas o que sugere que em casos de limitação radiográfica
pode-se realizar o tratamento endodôntico orientado somente por este método.
B052
Avaliação da infiltração marginal de diferentes materiais
retroobturadores.
DE PAULA, E.
A.*, ARRUDA, M. P., SOUSA-NETO, M. D., CRUZ FILHO, A. M.
Universidade
de Ribeirão Preto. Tel.: (0**16) 603-6717.
E-mail: sousanet@unaerp.br
O sucesso nas apicectomias está relacionado com o vedamento
oferecido pelo material empregado nas retroobturações. O objetivo do presente
estudo consiste em avaliar in vitro a infiltração marginal em
retrobturações realizadas com 4 diferentes materiais obturadores: amálgama
convencional, cimento de ionômero de vidro, IRM e resina composta. Neste
experimento foram utilizados 24 dentes caninos superiores. Após a
instrumentação dos canais radiculares os dentes foram obturados pela técnica da
condensação lateral utilizando o cimento obturador Sealer 26. Em seguida
os dentes foram medidos da ponta da cúspide até o ápice, com auxílio de um
paquímetro digital, recuando-se 2 mm da medida obtida, no qual se realizou
a apicectomia. O preparo apical foi realizado utilizando-se a seqüência de
pontas diamantadas do aparelho Nac Plus, por 20 segundos a uma profundidade de
3 mm. Foram divididos aleatoriamente 4 grupos de 5 elementos, utilizando
para cada grupo um dos materiais estudados. Realizada a retroobturação, os
dentes foram imersos em nanquim e submetidos a diafanização para a visualização
do nível de infiltração marginal apical. A penetração do nanquim na região
apical foi medida através do microscópio de mensuração.
Os resultados evidenciaram que não houve diferença estatisticamente
significante (p >> 0,05) entre o cimento de ionômero de vidro,
IRM e resina composta, entretanto apresentaram diferença estatisticamente
significante (p >> 0,05) em relação ao amálgama convencional.
B053
Alteração morfológica da superfície dentinária após
apicectomia com os lasers de CO2 9,6 ou Er:YAG.
GOUW-SOARES,
S.*1, STABHOLZ, A.2, LAGE-MARQUES, J. L.1,
EDUARDO, C. P.1
1FOUSP - São
Paulo - Brasil; 2Hebrew University - Israel.
A permeabilidade dentinária superficial e marginal após a
apicectomia permitem a percolação de microrganismos e seus produtos do sistema
de canais radiculares à região do periodonto comprometendo a reparação
periapical. Este trabalho propõe avaliar a alteração morfológica da superfície
dentinária após apicectomia e tratamento com os lasers de CO2 9,6 ou
Er:YAG em 65 dentes humanos unirradiculares com os canais tratados
endodonticamente e divididos em: grupo I, de controle cujos ápices foram
seccionados com alta rotação; grupo II, da mesma maneira que o grupo
anterior, porém com a superfície dentinária tratada com o laser de CO2
9,6; o grupo III, da mesma maneira que o grupo anterior, porém com a
superfície dentinária tratada com o laser de Er:YAG; o grupo IV,
apicectomizados e tratados com o laser de CO2 9,6 e o grupo V,
apicectomizados e tratados com o laser de Er:YAG. As fotomicrografias
demonstram que as amostras dos grupos II e IV (CO2 9,6)
apresentam superfícies limpas, mais lisas, com fusão e resolidificação da
dentina, distribuídas de maneira homogênea em toda superfície irradiada vedando
túbulos dentinários. As amostras dos grupos III e V (Er:YAG) também
apresentaram superfícies limpas, sem “smear layer”, no entanto, ligeiramente
rugosas, compatíveis com aspecto de dentina ablacionada e sem a evidenciação de
túbulos dentinários.
Nas condições deste estudo, as superfícies irradiadas e tratadas com os
lasers de CO2 9,6 ou Er:YAG apresentaram alterações morfológicas que
sugerem menor permeabilidade dentinária.
B054
Influência do laser Er:YAG na infiltração marginal apical de
quatro cimentos obturadores.
MELLO, I.*,
ANTONIAZZI, J. H., ROBAZZA, C. R. C.
Departamento
de Denstística Restauradora – FOUSP. E-mail: robisabel@int.efoa.br
O presente estudo teve como objetivo avaliar in vitro
a influência da aplicação do laser Er:YAG após o preparo químico-cirúrgico no
selamento marginal apical quando da utilização de diferentes cimentos
obturadores. Os espécimes utilizados no experimento foram separados em quatro
grupos de acordo com o cimento a ser utilizado: Sealapex, N-Rickert, AH Plus
e Ketac-Endo. Metade dos dentes de cada grupo recebeu um tratamento nas paredes
do canal radicular com laser Er:YAG para remover o magma dentinário enquanto a
outra metade não recebeu. Após a obturação o selamento marginal foi determinado
através da penetração do corante azul de metileno a 0,5% na interface material
obturador/parede dentinária com prévio isolamento externo com cianoacrilato de
etila.
Pela análise dos resultados verificou-se que não houve diferença
estatística de penetração do agente indicador entre os dentes submetidos à
aplicação do laser e os dentes que não receberam este tratamento. Entretanto,
para os cimentos testados, as diferenças aconteceram entre o grupo formado pelo
AH Plus e N-Rickert, com menor índice de infiltração em relação ao grupo
formado pelo Ketac-Endo e Sealapex.
B055
Avaliação da determinação da odontometria utilizando-se
métodos radiográfico e eletrônico.
FERREIRA, C.
M.*, GURGEL FILHO, E. D., FRÖNER, I. C.
Disciplina
de Endodontia – UNIFOR. Tel.: (0**85) 477-3200.
E-mail: manigliaf@yahoo.com
Na busca de maior facilidade para se realizar a odontometria
durante o tratamento endodôntico, muitos aparelhos eletrônicos têm sido
desenvolvidos na tentativa de substituir as tomadas radiográficas. Nosso objetivo
foi avaliar e comparar clinicamente a eficácia dos aparelhos Apex Finder
(Analytic Technology, EUA) e Endosonic (Videotek, Brasil) em relação à técnica
radiográfica, utilizada como rotina nas clínicas de Endodontia. Foram avaliados
220 canais radiculares, vitais e necrosados, sendo obtido o comprimento real do
dente com os aparelhos eletrônicos e realizada a radiografia periapical de
odontometria. Os comprimentos obtidos foram concordantes entre os 3 métodos em
67,72% dos canais com polpa vital, e em 70,0% dos canais com polpas necrosadas.
O Endosonic mostrou-se superior ao Apex Finder quando comparados com o método
radiográfico, sendo que houve concordância entre os métodos em 91,36% e 69,09%
respectivamente. Os aparelhos não apresentaram bons resultados quando os canais
apresentam-se com os ápices totalmente atresiados, incompletos ou arrombados.
Nossos resultados permitem-nos concluir que os aparelhos eletrônicos são
de grande valia para se determinar o comprimento real dos dentes em Endodontia,
porém ainda faz-se necessário o uso da radiografia periapical para a
confirmação da odontometria em algumas situações clínicas que o uso do aparelho
não é indicado.
B056
Estudo histopatológico da polpa de dentes portadores de
periodontite agressiva.
AGUIAR, T. R.
S.*, LOTUFO, R. F., JAEGGER, M., MANDARINO, D.
Departamento
de Odontoclínica – FOUFF; FOUSP.
O objetivo deste trabalho foi analisar as possíveis
alterações pulpares em dentes humanos portadores de periodontite agressiva.
Selecionou-se 28 pacientes, cuja idade variou entre 18 e 22 anos, obtendo-se 30
dentes unirradiculares isentos de cárie, abrasão, atrição, erosão, restaurações
e tratamento periodontal prévio. O exame radiográfico evidenciou destruição de
todo o osso de suporte até o ápice radicular. Na avaliação periodontal também
observou-se destruição dos tecidos de suporte ultrapassando o ápice radicular.
O exame endodôntico mostrou que todos os dentes eram vitais. Após exodontia e
procedimentos para microscopia de luz, as lâminas foram analisadas em fotomicroscópio.
Em 100% das amostras a polpa coronária apresentou características de
normalidade (tecido conjuntivo frouxo). Em todas as amostras a polpa radicular
mostrou alterações. As alterações mais freqüentemente observadas na porção
apical da polpa radicular foi fibrose (100%) e calcificação distrófica (56,3%).
A única alteração observada na porção cervical da polpa radicular foi fibrose
(73,3%).
Foi possível concluirmos que dentes sem cárie, abrasão, atrição, erosão,
restaurações em pacientes portadores de periodontite agressiva envolvendo o
ápice radicular apresentam alterações pulpares, as alterações mais freqüentes
foram fibrose e calcificação distrófica, estas alterações são mais observadas
na porção apical da polpa radicular, a porção coronária da polpa apresenta
características de normalildade.
B057
Prognóstico pulpar em dentes portadores de obliteração do
canal radicular pós-traumática.
BASTOS, J.
V.*, CORTES, M. I. S., BASTOS, F. P.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FO – UFMG. E-mail: anailuj@dedalus.lcc.ufmg.br
O presente estudo teve como objetivo acompanhar, clínica e
radiograficamente, a evolução da condição pulpar de dentes portadores de
obliteração do canal radicular pós-traumática (OCR), seus fatores determinantes
e características clínico-radiográficas. Embora já existisse na literatura
referências à ocorrência e natureza cicatricial benigna das calcificações
pulpares após lesões traumáticas, foram ANDREASEN et al. que em 1987,
primeiro descreveram este fenômeno como uma das possíveis modalidades de reparo
pulpar após traumatismos que afetavam o feixe vásculo-nervoso apical,
denominando-o obliteração do canal radicular pós-traumática. Neste levantamento
foram analisados dados de 71 pacientes da Clínica de Traumatismos Dentários da
Faculdade de Odontologia da UFMG, num total de 80 dentes portadores de OCR
pós-traumática acompanhados durante um período médio de controle de 4,6 anos.
Os resultados obtidos permitem confirmar as luxações em dentes jovens
como situações propícias para a evolução da OCR uma vez que na sua maioria, os
pacientes foram acometidos por lesões por luxação (53,9%) em idades inferiores
a 12 anos de idade (80%). A maioria dos dentes respondeu positivamente à prova
elétrica e a ocorrência de alteração de cor da coroa não foi significativa
(9%). Além disso, a necrose pulpar não representou um achado freqüente (6,3%
dos casos) demonstrando o bom prognóstico em relação à cicatrização pulpar, o
que justifica condutas mais conservadoras diante destes casos.
B058
Avaliação in vitro da atividade antimicrobiana da
clorexidina.
VIANNA, M.
E.*, GOMES, B. P. F. A., FERRAZ, C. C. R., BERBER, V. B., SOUZA-FILHO, F. J.
Endodontia –
FOP – UNICAMP.
A clorexidina tem sido utilizada em Endodontia como
irrigante e medicação intracanal. O propósito deste estudo foi avaliar a ação
antimicrobiana do gluconato de clorexidina a 0,2%, 1,0% e 2,0% nas formas gel e
líquida, utilizando dois métodos: a) difusão em ágar; b) contato direto. Os
microrganismos testados foram: E. faecalis, C. albicans, S.
aureus, P. endodontalis, P. gingivalis e P. intermedia.
No método de difusão em ágar cilindros de aço inox foram colocados sobre placas
de ágar previamente inoculadas. Os irrigantes testados e seus controles foram
introduzidos dentro dos cilindros. As zonas de inibição de crescimento
microbiano foram medidas depois do período de incubação de cada placa e os
resultados analisados estatiscamente. No método de contato direto, foi
utilizada a diluição em caldo e os tempos gastos para que as substâncias testadas
destruíssem as células microbianas foram anotados. Os resultados mostraram que
os microrganismos anaeróbios estritos foram os mais suscetíveis, apresentando
as maiores zonas de inibição (n = 15,43 mm) e inibição imediata
quando em contato direto com todas as substâncias testadas. Por outro lado, E.
faecalis foi o que apresentou as menores zonas de inibição (n =
4,11 mm) e levou mais tempo para ser eliminado no teste de contato direto.
Concluímos que o gluconato de clorexidina possui ação antimicrobiana em
todas as concentrações testadas, em ambos os métodos utilizados. Entretanto sua
ação depende da concentração, forma de apresentação e da suscetibilidade
microbiana. (Apoio: FAPESP 96/05584-3 e CNPq 520277/99-6.)
B059
Avaliação da técnica híbrida de Tagger em presença e
ausência de “smear layer”.
FREITAS, L.
F.*, GOMES, I. C., CHEVITARESE, O., ALMEIDA, N. S., NASCIMENTO, J.
Departamento
de Odontoclínica – UFF. Tel.: (0**21) 274-5228.
E-mail: icamoes@matrix.com.br
Este trabalho avaliou a capacidade de penetração do material
obturador no sistema de canais radiculares em presença e ausência de “smear
layer”. Foram usados 14 caninos extraídos, por razões clínicas, que após
limpeza e saneamento dos condutos foram divididos em dois grupos de sete: Grupo 1 -
foi realizada remoção de “smear layer” por meio de irrigação com 10 ml de
ácido cítrico em fluxo constante por 30 s; Grupo 2 - não foi
realizada remoção de “smear layer”. Todos os canais foram preenchidos com
cimento Endo-Fill e cones de guta-percha, pela técnica híbrida de Tagger. As
raízes foram cortadas em terços e apenas os terços médios foram aproveitados
sendo “splitados” obtendo-se um total de 28 amostras, observadas ao microscópio
eletrônico de varredura (MEV), com finalidade de se observar o grau de
penetração do material obturador nos túbulos dentinários. Os corpos-de-prova
foram visualizados com aumentos de 16, 500, 1.000, 2.000, 6.000 e 7.000 vezes,
avaliando-se o percentual de túbulos dentinários preenchidos.
Pode-se concluir que o Grupo 1 mostrou presença de material obturador em
56,6% de seus túbulos dentinários, percentagem significativamente maior que a
do Grupo 2 onde observou-se apenas 10% de túbulos preenchidos, deixando
explícito que a remoção de “smear layer” possibilita um embricamento mecânico
do material obturador substancialmente superior.
B060
Avaliação comparativa in vitro da capacidade de
preenchimento do sistema de canais radiculares de diferentes técnicas de
obturação.
MAZOTTI,
D.*, BONETTI FILHO, I.
Faculdade de
Odontologia de Araraquara – UNESP.
O objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro a
capacidade de preenchimento do canal radicular utilizando-se da técnica de
condensação lateral ativa, híbrida modificada, ultra-som Enac, Thermafil,
Microseal e System B. Para este estudo foram empregados 174 dentes humanos
unirradiculados, incluídos em blocos de resina, seccionados longitudinalmente,
unidos em um aparato de madeira com parafusos e divididos em seis grupos com 29
dentes cada. Após a instrumentação com auxílio de brocas, foi confeccionada uma
depressão em cada terço do canal radicular em uma das metades do dente. Em
seguida, os dentes foram obturados com as técnicas citadas. Para a avaliação da
qualidade da obturação, foram realizadas fotos com aumento de 1,5 X e tomadas
radiográficas, submetidas a diferentes escores.
Após análise estatística macroscópica e radiográfica, as técnicas
Microseal e Thermafil foram as que apresentaram melhores resultados quanto a
capacidade de preenchimento, número de falhas e homogeneidade em relação às
técnicas condensação lateral ativa, híbrida modificada, ultra-som Enac e System
B.
B061
Soluções irrigadoras versus selamento apical de
obturações de canais radiculares.
RIBEIRO, G.
G.*, MEDINA, J., MORAES, I. G.
Departamento
de Endodontia – FOB – USP. Tel.: (0**14) 226-1002.
E-mail: guigarcetti@zipmail.com.br
Dentre as várias propriedades, uma solução irrigadora não
deve interferir na qualidade da obturação dos canais. Propôs-se avaliar a
infiltração marginal apical em obturações de canais, após a utilização de
diferentes soluções irrigadoras. Utilizou-se 40 incisivos centrais superiores
extraídos, cujas coroas foram removidas. Foram divididos em 4 grupos de 10, de
acordo com as soluções utilizadas na instrumentação: EDTA, ácido cítrico 10%,
clorexidina 2% e Endoquil. Após odontometria, os forames foram padronizados com
LK 30, realizando o batente apical a 1 mm do forame com LK 45,
escalonando- se até LK 70. Realizou-se a impermeabilização da superfície
externa radicular de todos os elementos. Os canais foram obturados pela
condensação lateral passiva com cimento Endométhasone, e as raízes
imediatamente imersas em azul de metileno 2% por 72 h à 37ºC. Cortes
longitudinais radiculares expuseram as obturações, e as infiltrações foram analisadas
em microscópio pela técnica da planimetria.
O teste de Kruskal-Wallis mostrou não haver diferença significante
(p << 0,05) entre os grupos, em função das condições
experimentais. Numericamente, observou-se a seguinte ordem crescente de
infiltração: Endoquil, ácido cítrico 10%, clorexidina 2% e EDTA. (Apoio: CNPq.)
B062
Patologia periapical: avaliação do risco no insucesso da
terapia endodôntica.
TRAVASSOS,
R. M .C.*, ALBUQUERQUE, D. S., CALDAS Jr., A. F.
Faculdade de
Odontologia da Universidade de Pernambuco – FOP – UPE.
Nesta pesquisa foi realizado um estudo de coorte
retrospectivo com pacientes submetidos a terapia endodôntica nos anos de 1998 e
1999 na Faculdade de Odontologia da Universidade de Pernambuco, numa amostra de
169 pacientes de ambos os gêneros com idade variando de 13 a 71 anos de idade,
sendo analisado a relação entre a patologia pulpar e periapical com o sucesso
do tratamento endodôntico. Em 2001 os pacientes retornaram para o exame clínico
e radiográfico. Os exames foram padronizados, tomando-se os cuidados
necessários quanto a obtenção dos dados (calibração). A análise estatística foi
feita mediante distribuição de freqüências, obtenção de médias e desvio-padrão
e regressão linear entre as variáveis estudadas, no programa estatístico SPSS. O
erro-padrão de 5% e intervalo de confiaça de 95% foram previamente
estabelecidos. Observou-se que nos casos de sucesso, 76,1% tinham polpa viva,
72,4% apresentaram necrose sem lesão periapical e 58,8% com lesão periapical.
Na regressão linear obteve-se uma relação significativa entre a
patologia periapical (p = 0,05) com o índice de sucesso dos casos
avaliados. O risco relativo da necrose com lesão periapical propiciar um
insucesso foi de 18 vezes quando comparado com as patologias pulpares.
B063
Avaliação da eficiência na limpeza e esterilização de limas
endodônticas manuais.
CORTEZ, D.
G. N.*, TEIXEIRA, F. B., NÓBREGA, R. E., GOMES, B. P. F. A., LOCATELLI, R.
Universidade
Norte do Paraná (UNOPAR); UNICAMP. Tel.: (0**43) 371-7700.
O objetivo do presente estudo foi avaliar a eficiência na
limpeza e esterilização de limas endodônticas manuais por métodos
freqüentemente utilizados em consultórios e faculdades de Odontologia. Foram
utilizadas 216 limas tipo K. Inicialmente os instrumentos receberam banho
ultra-sônico, foram lavados com esponja e detergente, secos, acondicionados em
caixas endodônticas e autoclavados. Culturas de Bacillus stearothermophilus e
Bacillus subtilis foram obtidas a partir de fitas do controle biológico
e utilizadas para a contaminação das limas. No controle positivo, as limas
foram contaminadas e não sofreram nenhum processo de limpeza e esterilização e
no controle negativo as limas não foram contaminadas permanecendo apenas com a
esterilização inicial. As limas do grupo 1 foram limpas em gaze/álcool e
esterilizadas em estufa, as do grupo 2 foram limpas com esponja e detergente e
esterilizadas em estufa, no grupo 3 foram limpas em gaze/álcool e autoclavadas
e no grupo 4 limpas com esponja e detergente e autoclavadas. Após o período de
incubação as amostras do grupo controle positivo foram positivas para o
crescimento microbiano e as do grupo controle negativo foram negativas. Nos
grupos experimentais apenas o grupo 4 apresentou crescimento bacteriano em duas
amostras. A análise estatística mostrou que frente ao número de amostras de
cada grupo o resultado obtido no grupo 4 foi significativo.
Os dados obtidos permitem concluir que todos os métodos de limpeza e
esterilização estudados foram eficientes com exceção do método utilizado no
grupo 4.
B064
Zona de risco e zona de segurança – medidas e importância
clínica.
GARCIA
FILHO, P. F.*, LETRA, A., SILVA, R. M., CARMO, A. M. R.
Endodontia,
Clínica Odontológica – Universidade Gama Filho. E-mail: pgarciaf@globo.com
O objetivo deste trabalho foi o estudo e análise das medidas
realizadas, em cortes transversais de raízes mesiais de cem primeiros molares
inferiores permanentes extraídos (200 canais), a uma altura de dois milímetros
além da bifurcação das raízes, em microscópio óptico com micrômetros integrados
com precisão de 1 µ, sob iluminação episcópica, e aumento de 10 X, e
de testes estatísticos adequados, das espessuras médias das zonas de risco e de
segurança dos canais da raiz mesial (canais mésio-vestibulares - CMV e canais
mésio-linguais - CML), correlacionando-as com a instrumentação e
formatação do SCR, bem como descrever e revelar o potencial de risco que existe
em relação às mesmas. Após análises estatísticas das medidas obtidas (análise
de variância a um critério de classificação - p £ 0,05 e do
teste de Tukey-Kramer - p £ 0,05). Os resultados indicam para as
zonas de risco dos CMV espessura média de 0,791 ± 0,187 mm e para os
CML espessura média de 0,788 ± 0,178 mm; para as Zonas de Segurança dos
CMV, os resultados indicam espessura média de 1,67 ± 0,152 mm e para
os CML espessura média de 1,44 ± 0,144 mm, e concluímos que: 1- Não
existe diferença estatística significativa entre as zonas de risco dos canais
mesiais (CMV e CML); 2- Não existe diferença estatística significante entre as
zonas de segurança dos canais mesiais (CMV e CML),e 3- Existe diferença
estatística significante quando se comparou as zonas de risco com as zonas de
segurança dos canais mesiais (CMV versus CML) das raízes mesiais dos
primeiros molares inferiores permanentes.
B065
Resistência à fratura das limas Ni-Ti e avaliação por MEV.
CARMO, A. M.
R.*, VALERA, M. C.
Disciplina
de Endodontia do Departamento de Clínica Odontológica – UFJF.
Tel.: (0**32) 3215-7006. E-mail: docarmo@odonto.ufjf.br
No presente trabalho avaliou-se a resistência à fratura das
limas de níquel-titânio, rotatórias, através de ensaios de torção, e as
características da superfície de fratura por microscopia eletrônica de
varredura. Foram utilizados 40 instrumentos da marca Pow-R, Moyco Union Broach
- EUA e 40 da marca Maillefer ProFile, Dentsply/Maillefer - Suíça. O ângulo de
torção e torque máximo no momento da fratura, foram analisados sem submeter as
limas a carregamento axial. As deformações plásticas das hélices e as características
morfológicas da superfície de fratura foram avaliadas por fotomicrografias em
MEV. Os valores obtidos nos ensaios mecânicos referentes ao ângulo de torção e
de torque máximo na fratura foram analisados estatisticamente através da
análise de variância - ANOVA Two-Way.
Os resultados obtidos permitem concluir que houve diferença estatística
significativa entre o ângulo de rotação e torque máximo na fratura, enquanto
que a avaliação da superfície, indicou fratura dúctil e reversão das lâminas em
todas as amostras analisadas.
B066
Análise dos microrganismos envolvidos na sintomatologia e
insucessos do tratamento endodôntico.
GOMES, B. P.
F. A.*, FERRAZ, C. C. R., PINHEIRO, E. T., SOUZA, E. L. R., GADÊ-NETO, C. R.,
SOUZA-FILHO, F. J.
FOP –
UNICAMP.
O canal radicular constitui-se num ambiente especial, o qual
está sujeito a pressões seletivas que resultam no estabelecimento de um grupo
restrito da microbiota oral. O objetivo deste trabalho foi analisar a
microbiota isolada de canais radiculares infectados e a sua possível correlação
com a sintomatologia e os insucessos endodônticos. Foram examinados
microbiologicamente 60 canais radiculares utilizando técnicas anaeróbicas
estritas. Foram isoladas 224 bactérias cultiváveis, as quais pertenciam a 56
diferentes espécies e 21 diferentes gêneros. Os canais radiculares continham no
máximo 9 espécies bacterianas. Setenta por cento dos isolados eram anaeróbios
estritos. Análise estatística foi feita através dos testes de c2 de
Pearson ou de Fisher, quando apropriados. Possíveis associações foram
encontradas entre anaeróbios, principalmente gram-negativos, e a presença de
dor, história prévia de dor, dor à percussão, edema, exsudato purulento e
tratamento endodôntico prévio (todos p << 0,01). Associações
foram encontradas entre: a) dor (n = 29) e Peptostreptococcus
micros (p << 0,01), Prevotella intermedia/nigrescens
e Eubacterium spp. (ambos p << 0,05); b) edema
(n = 20) e Peptostreptococcus spp. (p << 0,01)
e Porphyromonas gingivalis (p << 0,05); c) tratamento
endodôntico prévio (n = 19) e P. micros, Fusobacterium
necrophorum e Enterococcus spp. (todos p << 0,05).
Nossos
resultados indicam que bactérias específicas estão associadas com a
sintomatologia e com os insucessos do tratamento endodôntico. (Apoio: FAPESP
96/05584-3; 99/05641; 99/08504-9 e CNPq 520277/99-6.)
B067
Estudo químico de diferentes marcas de cones de guta-percha.
GURGEL-FILHO,
E.*, TEIXEIRA, F. B., SILVA-JÚNIOR, J., DE PAULA, R., FEITOSA, J.,
SOUZA-FILHO, F. J.
Área de
Endodontia – FOP – UNICAMP; Química Inorgânica – UFC.
O conhecimento químico das diversas marcas de cones de
guta-percha é importante quando se utiliza técnica termoplástica. O objetivo
deste trabalho foi quantificar a guta-percha e o óxido de zinco presente em
quatro marcas comerciais de cones: Dentsply, Tanari, Diadent e Obtura Spartan.
Os componentes orgânicos (guta e ceras) foram separados dos inorgânicos (ZnO e
BaSO4) através da dissolução do cone em clorofórmio seguida de
centrifugação. A guta-percha foi separada da cera através de coagulação com
acetona, e pesada após secagem. A quantificação do óxido de zinco, a fração do
cone insolúvel em clorofórmio, foi posta para reagir com HCl e a solução
resultante (oriunda do ZnO) foi separada do resíduo (BaSO4). O
solvente foi evaporado e o sólido pesado. Todas as análises foram feitas em
triplicata. A média e desvio-padrão da guta-percha presente foi: Dentsply
(14,2 ± 0,64%), Tanari (15,2 ± 0,58%), Obtura (16,7 ± 1,26%) e
Diadent (17,4 ± 0,25%). A média e desvio-padrão do óxido de zinco no cone
ficou assim estabelecida: Obtura (57,3 ± 8,18%), Dentsply (53,1 ± 4,49%),
Tanari (46,0 ± 1,73%) e Diadent (43,4 ± 1,98%). Houve diferença
estatisticamente significativa (teste de Kruskal-Wallis) entre a quantidade de
guta-percha dos cones da Dentsply e Diadent (p << 0,01) e entre
Dentsply e Obtura (p << 0,05). Já para o óxido de zinco houve
diferença estatística entre Dentsply e Diadent, Diadent e Obtura
(p << 0,01) e Obtura e Tanari (p << 0,05).
Concluiu-se que o cone da marca Diadent é o que possui a maior
quantidade de guta-percha e a menor de óxido de zinco. (Apoio: CNPq.)
B068
Investigação de bactérias associadas ao insucesso
endodôntico e sua suscetibilidade antimicrobiana.
PINHEIRO, E.
T.*, GOMES, B. P. F. A., SOUSA, E. L. R., FERRAZ, C. C. R., TEIXEIRA, F. B.,
SOUZA-FILHO, F. J.
Endodontia –
FOP – UNICAMP.
Estudos sobre a microbiota de dentes com insucesso
endodôntico são escassos, e revelam que esta difere substancialmente da
microbiota de canais com polpas necrosadas. O objetivo deste trabalho foi
estudar a microbiota de 30 dentes com insucesso endodôntico e sua sensibilidade
antimicrobiana. As coletas microbiológicas dos canais foram realizadas após a
remoção do material obturador durante o retratamento. Foram utilizados meios de
transporte, cultura e incubação que propiciam o crescimento de bactérias
anaeróbias estritas. Microrganismos estavam presentes em 80% dos canais, que
apresentavam, em sua maioria, 1 ou 2 espécies. Do total de 55 espécies
isoladas, 58% eram bactérias anaeróbias facultativas e 80% gram-positivas. Os
gêneros bacterianos mais freqüentes foram: Enterococcus, Streptococcus,
Peptostreptococcus e Actinomyces. Enterococcus spp. e Peptostreptococcus
spp. foram testados quanto à suscetibilidade antimicrobiana através do
“E-test”, utilizando benzilpenicilina, amoxicilina, amoxicilina + ácido
clavulânico, eritromicina, azitromicina e clindamicina. As cepas estudadas
foram sensíveis a benzilpenicilina,
amoxicilina e amoxicilina + ácido clavulânico. Entretanto, 20% dos Enterococcus
spp. foram resistentes a eritromicina e 60% a azitromicina.
Concluímos que a microbiota de dentes com insucesso endodôntico é
composta em sua maioria por bactérias anaeróbias facultativas,
predominantemente gram-positivas. Enterococcus foi o gênero
bacteriano mais isolado, apresentando cepas resistentes a eritromicina e
azitromicina. (Apoio: FAPESP e CNPq.)
B069
Avaliação microbiológica de canais radiculares inoculados
com endotoxina bacteriana.
FERREIRA, F.
B. A.*1, GOMES, B. P. F. A.2, GADÊ-NETO, C. R.2,
TEIXEIRA, F. B.2,
SOUZA FILHO, F. J.2
1FOB – USP; 2FOP
– UNICAMP. E-mail: flavianaferreira@uol.com.br
A endotoxina (LPS) das membranas de microrganismos
gram-negativos é um agente estimulador das reações periapicais em canais
contaminados. Neste estudo verificou-se o período de aparecimento das reações e
a microbiota dos canais radiculares frente a administração de LPS. Foram
utilizados 7 pré-molares de um cão adulto. Os dentes foram isolados, abertos e
instrumentados com ampliação foraminal padronizada. Foram inoculadas
assepticamente nos canais, soluções de LPS de Escherichia coli sorotipo
011-B4 (Sigma-Aldrich) nas concentrações de 10, 50, 100 e 200 ug/ml,
vedando-os com resina composta. Dois dentes foram expostos à contaminação oral
para controle, sendo um selado após uma semana e o outro mantido aberto. Foram
feitos controles clínicos e radiográficos após 1, 2, 3 e 4 semanas e 2, 3 e 4
meses. Ao final do período foram feitas coletas microbiológicas e as amostras
processadas. Com 200 ug/ml de LPS a reação periapical foi vista
radiograficamente em 2 semanas, com 50 e 100 ug/ml em 4 semanas e com
10 ug/ml em 2 meses. Nas culturas microbiológicas foram observadas um
total de 28 espécies, sendo 2 a 5 espécies por dente. Anaeróbios facultativos
estavam presentes em apenas dois dentes. O dente exposto ao meio oral por uma
semana foi o que apresentou maior número de espécies. A presença de LPS gerou
reação periapical em pré-molares de cão a partir de 2 semanas e viabilizou a
contaminação dos canais radiculares, essencialmente por anaeróbios estritos. (Apoio:
FAPESP - 1996/05584 e CNPq - 520277/99-6.)
B070
Avaliação in vitro do selamento apical conferido por
duas técnicas de retrobturação com compômero e adesivo dentinário.
SOUZA-FILHO,
A. M.*, SOUZA-FILHO, F. J.
Há relatos de resultados positivos em cirurgia
perirradicular com variadas marcas de resinas compostas e adesivos dentinários,
observando-se também variações de técnica do retropreparo quando do emprego
desses materiais. Os objetivos deste trabalho foram: a) determinar se há
infiltração marginal de corante in vitro em retrobturações realizadas
com o compômero Geristore e o adesivo dentinário Tenure; b) verificar se há
diferença significativa quanto ao selamento conferido por esses mesmos
materiais empregando-se duas técnicas de retrobturação distintas. Quarenta
dentes humanos unirradiculares recém-extraídos, após terem seus canais
tratados, foram apicectomizados e receberam preparos apicais ultra-sônicos.
Foram, então, retrobturados segundo duas técnicas: a) condicionamento e
retrobturação em toda a superfície radicular ressecada e no retropreparo; b)
condicionamento e retrobturação apenas dentro do retropreparo. Em seguida as
raízes foram isoladas externamente deixando-se expostas apenas a superfície
radicular ressecada e as retrobturações, e foram imersas em corante nanquim por
sete dias. Foram então lavadas em água corrente, e em seguida diafanizadas e
observadas em microscópio óptico. Os resultados mostraram que 94,4% das
amostras não apresentaram infiltração.
Concluiu-se que: os materiais testados apresentaram eficiente capacidade
de vedamento in vitro; b) embora não tenha sido estatisticamente
significativa, foi encontrada diferença em favor da técnica que recobre toda a
superfície radicular ressecada além do retropreparo.
B071
Microbiologia da bolsa periodontal e canais radiculares de
dentes de cães com doença periodontal induzida.
GADÊ-NETO,
C. R.*, GOMES, B. P. F. A., TEIXEIRA, F. B., RODRIGUES, R. R.,
SOUZA-FILHO, F. J.
Endodontia –
FOP – UNICAMP.
Apesar de não ser universalmente aceito existem evidências
que infecções cruzadas podem ocorrer entre polpas infectadas e bolsas
periodontais profundas. O objetivo deste trabalho foi investigar os
microrganismos dos canais radiculares e bolsas periodontais de dentes de cães
com doença periodontal induzida, comparando a similaridade das microbiotas
entre estas duas regiões. A doença periodontal foi induzida pelo uso combinado
de ligaduras de aço e de algodão. Após 125 dias da colocação das ligaduras
foram feitas as coletas microbiológicas das bolsas periodontais e dos canais
radiculares. O número de espécies microbianas na bolsa periodontal foi maior do
que no canal radicular, consistindo em sua maioria de anaeróbios estritos e
gram-negativos, sendo os microrganismos mais prevalentes Streptococcus spp.
(79,9%), Fusobacterium necrophorum (42,1%), Veillonella spp.
(26,3%), Prevotella loescheii (21,1%), Prevotella corporis (15,8%)
e Pasteurella multocida (15,8%). De um total de 19 coletas endodônticas,
9 foram positivas, sendo os gêneros Staphylococcus, Streptococcus
e Neisseria os mais encontrados. O gênero Streptococcus foi
encontrado na bolsa periodontal e canal radicular de um mesmo dente. Mobilidade
dentária e lesão de furca foram achados comuns.
Os
resultados sugerem que em certas circunstâncias microrganismos da bolsa
periodontal podem infectar a polpa dentária. Entretanto, fatores como tempo de
duração da doença periodontal e especificidade de algumas bactérias podem
exercer um papel fundamental na doença pulpar. (Apoio: FAPESP e CAPES.)
B072
Atividade antimicrobiana in vitro de alguns cimentos
endodônticos.
PEDROSO, J.
A., GOMES, B. P. F. A., JACINTO, R. C.*, FERRAZ, C. C. R., SOUZA-FILHO, F. J.
Endodontia –
FOP – UNICAMP.
A atividade antimicrobiana é importante na eficácia do
cimento endodôntico na obturação de canais radiculares. O objetivo deste estudo
foi avaliar as propriedades antimicrobianas de 4 cimentos endodônticos
(Endo-Fill, Endométhasone, Sealer 26 e AH Plus), nos seguintes tempos
após manipulação: imediatamente, 24, 48 horas e 7 dias; contra os
microrganismos: C. albicans, S. aureus, E. faecalis, S.
sanguis e A. naeslundii. Foram empregados os métodos de difusão em
ágar e o de diluição em caldo. Quanto a difusão em ágar, os resultados
demostraram que houve variações de ação antimicrobiana entre os cimentos, sendo
esta mais pronunciada nos estágios iniciais de manipulação. Endo-Fill
apresentou os maiores halos de inibição. Quanto ao teste de diluição em caldo:
1) No tempo de manipulação imediato, Endo-Fill e Endométhasone tiveram maior
ação antimicrobiana, não diferindo entre si. O Sealer 26 foi o que teve menor
ação antimicrobiana; 2) Nos demais tempos de manipulação não houve diferenças
estatística entre os cimentos; 3) Para A. naeslundii e S. aureus,
o Endo-Fill apresentou maior inibição; 4) Para E. faecalis não houve
diferença estatística significante entre os cimentos; 5) Para S. sanguis
os cimentos Endo-Fill e Endométhasone apresentaram as maiores inibições de
crescimento; 6) Para C. albicans, o Endométhasone apresentou maior
inibição.
Concluiu-se que a atividade antimicrobiana de cada cimento diminui com o
decorrer do tempo e depende da vulnerabilidade do microrganismo envolvido.
(Apoio: FAPESP e CNPq.)
B073
Avaliação comparativa pelo MEV do EDTA a 17% e ácido cítrico
a 10% em três diferentes tempos.
COSTA, L. R.
S.*, SCELZA, P., SCELZA, M. Z.
PMERJ, OCEx,
FOUFF. Tel.: (0**21) 254-0948. E-mail: lila@openlink.com.br
A pesquisa avaliou pela MEV, a capacidade da remoção de
“smear layer” dos túbulos dentinários das substâncias quelantes (EDTA a 17% e
ácido cítrico a 10%) em três diferentes tempos de irrigação. Utilizaram-se 30
raízes unirradiculares de dentes humanos. Os canais foram instrumentados pela
técnica coroa-ápice com solução de hipoclorito de sódio a 5% totalizando um
volume de 20 ml. Os dentes foram distribuídos aleatoriamente, em três
grupos de cinco elementos para receberem 20 ml de irrigação final com as
soluções quelantes da seguinte maneira: GI- ácido cítrico por 3 min., GII-
ácido cítrico por 10 min.; GIII- ácido cítrico por 15 min.; GIV- EDTA
por 3 min.; GV: EDTA por 10 min.; GVI- EDTA por 15 min. Os dentes
foram clivados e preparados para MEV. As paredes dos canais foram registradas
em fotomicrografias com aumento de 350 X. Com o somatório de túbulos
dentinários abertos, os resultados foram analisados estatisticamente tendo como
nível crítico de significância 5%.
Os autores concluíram que o ácido cítrico a 10% no tempo de 3 min.,
apresentou maior quantidade de túbulos dentinários livres de “smear layer” em
relação ao EDTA a 17%, porém essa diferença não foi estatisticamente
significante (p >> 0,05). Quanto ao EDTA a quantidade de
túbulos dentinários abertos foi maior que o ácido cítrico a 10% nos tempos de
10 e 15 min., no entanto essa diferença não foi estatisticamente significante
(p >> 0,05).
B074
Emprego do localizador
eletrônico apical Bingoâ na determinação da odontometria.
MOREIRA, E.
J. L., SENNE, M. I.*, MANGELI, M., FIDEL, S. R., FIDEL, R. A. S.
Departamento
de Procedimentos Clínicos Integrados – FO – UERJ - Rio de Janeiro, Brasil.
E-mail: isenne@ig.com.br
Tradicionalmente, a determinação das dimensões do dente para
o estabelecimento do comprimento de trabalho no tratamento endodôntico tem sido
feita pelo método radiográfico. Alguns aparelhos eletrônicos localizadores de
ápice vêm sendo introduzidos no mercado com a proposta de auxiliar nessa fase
do tratamento. O objetivo do presente trabalho foi estabelecer a confiabilidade
do aparelho Bingoâ na determinação do comprimento do dente. Foram
selecionados 90 pacientes que necessitavam de tratamento endodôntico em dentes
unirradiculares com diagnóstico de pulpite irreversível. Com a cavidade de
acesso inundada com soro fisiológico, uma lima tipo K # 15 era
introduzida no canal até que se ouvisse o sinal do aparelho indicando que o
instrumento atingiu o ápice. Nesse momento era feita uma tomada radiográfica
para se observar a posição da lima no canal. Dos 90 casos estudados, apenas
três não revelaram coincidência entre as informações do aparelho com as da
radiografia. Podemos concluir que o aparelho Bingoâ se mostrou
eficaz na determinação do comprimento do dente para o estabelecimento do
comprimento de trabalho e apresentou uma precisão de 96,7%.
B075
Influência dos agentes para cimentação de retentores
intra-radiculares no selamento do canal radicular.
ARAÚJO, T.
P.*, BOMBANA, A. C., SAITO, T.
Departamento
de Prótese Dentária – FOUSP.
O objetivo deste trabalho foi testar in vitro, em
dentes com tratamento endodôntico e ausência de cemento na região cervical, se
os materiais para fixação de retentores intra-radiculares podem constituir
barreira à infiltração de fluidos, vindos do meio externo, para o interior do
canal radicular. Utilizou-se 54 dentes humanos que foram divididos em 2 grupos
controle, um positivo e outro negativo, cada um com 3 amostras, e 4 grupos
experimentais com 12 amostras. Fixou-se os retentores intra-radiculares nas
amostras dos grupos experimentais com oxifosfato de zinco, verniz/oxifosfato de
zinco, ionômero de vidro modificado por resina e cimento resinoso adesivo.
Delimitou-se uma janela na região cervical da raiz, onde o cemento radicular
foi removido. Exceto nas janelas, as amostras foram impermeabilizadas
externamente e expostas ao azul de metileno durante 48 horas. Foram desgastadas
no sentido mésio-distal e avaliadas através de um microscópio acoplado a um
computador, onde um programa possibilitou a mensuração da área de infiltração.
No grupo controle negativo, onde foi mantido o cemento na região da janela,
observou-se que o cemento atua como barreira protetora à dentina. No controle
positivo verificou-se que na ausência do cemento o corante atravessou a dentina
e atingiu o canal. Os dados dos grupos experimentais foram submetidos a análise
de variância.
Os resultados indicaram que, dentre os materiais empregados, o agente
resinoso adesivo foi o mais resistente à infiltração do corante.
B076
Teor de umidade no material extruído além do forame apical.
DEONIZIO, M.
D. A., GAVINI, G.*, PONTAROLO, R.
Departamento
de Endodontia – FOUSP. E-mail: maridoro@rla01.pucpr.br
O objetivo do presente trabalho foi determinar a quantidade
de umidade no material extruído além do forame apical. Para essa avaliação
foram utilizados dez incisivos inferiores do banco de dentes da FOUSP,
radiografados, com comprimento entre 19 e 24 mm, medidos externamente com
paquímetro digital. Mergulhados em timol a 0,1% e suas superfícies radiculares
alisadas. A cirurgia de acesso foi realizada para cada espécime de acordo com
Paiva & Antoniazzi (1988). Cada espécime foi fixado em dispositivo
metálico com isolamento absoluto. A padronização do diâmetro do forame foi
realizada com instrumento # 15 ultrapassando-se em 2 mm além do
forame apical. Tanto o dispositivo metálico, com o elemento dental e com
isolamento absoluto; quanto o cadinho, sobre uma placa de vidro, foram fixados
em uma haste universal com garra dupla. Todos os espécimes foram preparados de
acordo com parte da técnica proposta por Paiva & Antoniazzi (1988), 5
desses espécimes foram instrumentados sem a utilização de qualquer líquido
irrigante (extrusão seca), outros 5 elementos dentais foram preparados
empregando-se água destilada (extrusão úmida), sendo 10 ml o volume total
de irrigante utilizado para cada espécime. Os materiais extruídos de cada grupo
foram coletados em recipientes distintos (cadinho) e homogeneizados. O teor de
umidade dos mesmos foi determinado por secagem em estufa a 100ºC por 1 hora,
sobre papel de alumínio previamente tarado até peso constante.
A associação ao líquido irrigante contém, em média, 47,65% mais umidade
que aquele obtido sem irrigante.
B077
Infiltração apical com variação nos ângulos de corte nas
apicectomias.
DEONIZIO, M.
D. A., WESTHEPHALEN, V. P. D.*, GOMES, R. S., GAVINI, G.
Departamento
de Endodontia – FO – PUCPR. E-mail: maridoro@rla01.pucpr.br
O objetivo do presente estudo foi determinar, in vitro,
a influência dos ângulos de 90º e 45º na infiltração marginal apical nas
apicectomias. Sessenta incisivos centrais superiores foram selecionados do
banco de dentes da FO – PUCPR, mergulhados em timol a 0,1%, as coroas
seccionadas com auxílio de disco de carburundum. Os canais foram
preparados até o instrumento # 70 e obturados com guta-percha e cimento de
N-Rickert. Os 3 mm apicais foram seccionados com broca # 330 com 90º
para o Grupo I e 45º para o Grupo II e as cavidades para conter o
material retroobturador (amálgama) foram preparadas com 3 mm de
profundidade e 1 mm de diâmetro. Imediatamente após a inserção do
material, todos os espécimes foram impermeabilizados, exceto no 1/3 apical e
então mergulhados em azul de metileno a 0,5% pH 7,2 por 48 horas, após este
período a clivagem das raízes no sentido vestíbulo-lingual foi realizada com
auxílio de disco de carburundum e cinzel especial, e as obturações
retrógradas removidas. Dois espécimes foram utilizados como grupo controle
positivo e 2 como controle negativo. A penetração do corante na interface
dentina e amálgama foi medida linearmente no maior comprimento com auxílio de
lupa estereoscópica com 4 vezes de aumento. Os valores correspondentes às
infiltrações de cada grupo foram submetidos à análise estatística através do
teste “t” de Student e verificou-se diferença significante ao nível de 5% para
o Grupo I.
Os dados do presente trabalho permitem sugerir ressecção apical de 90º
em relação ao longo eixo dental nas apicectomias.
B078
Composição iônica e enzimática da saliva e placa dental.
MANCINI, M.
N. G.*, AMORIM, J. B. O., ROSA, C. D.
Departamento
de Biociências e Diagnóstico Bucal – Bioquímica – FOSJC – UNESP.
No presente estudo, avaliamos o pH, níveis de cálcio e
fósforo, atividade da fosfatase alcalina (ALP) e da lactato-desidrogenase (LDH)
na saliva (integral em repouso) e na placa dental. O objetivo foi estabelecer a
relação entre a concentração desses constituintes químicos na saliva e placa no
desenvolvimento da cárie. Foram utilizadas 30 crianças na faixa etária de 9 a
12 anos de idade divididos em um grupo de alta atividade de cárie
(Grupo A - CPO-D =12,5 ± 3,2) e outro de baixa atividade
(B - CPOD = 0,30 ±
0,62). Os níveis de cálcio e fósforo foram analisados espectrofotometricamente,
a atividade da ALP foi medida utilizando p-nitrofenolfosfato como substrato e a
atividade da LDH foi determinada na presença de piruvato de sódio e NADH. Os
valores médios e desvios padrão foram: Grupo A - Saliva: pH =
6,98 ± 0,20, Ca = 15,00 ± 5,11 mg/ml, P = 131,93 ±
15,5 mg/ml, ALP = 0,047 ± 0,021 U/mg prot, LDH 0,086 ±
0,024 U/mg prot. Placa: pH = 6,17 ± 0,13, Ca = 1,49 ±
0,66 mg/mg placa, P = 3,17 ± 0,84 mg/mg placa ALP =
0,098 ± 0,031 U/mg prot. e LDH = 0,289 ± 0,072 U/mg
prot. Grupo B - Saliva: pH = 7,19 ± 0,13, Ca =
25,06 ± 4,19 mg/ml, P = 159,15 ± 13,12 mg/ml,
ALP = 0,018 ± 0,004 U/mg prot. e LDH = 0,082 ±
0,022 U/mg prot. Placa: pH = 6,54 ± 0,27, Ca = 2,90 ±
0,66 mg/mg placa, P = 4,00 ± 0,90 mg/mg placa, ALP =
0,030 ± 0,012 e LDH = 0,164 ± 0,056 U/mg prot.
Concluímos que o grupo de alta atividade de cárie (Grupo A)
apresentou menores valores de pH, cálcio, fósforo e maior atividade da ALP e
LDH.
B079
Perfil de aleitamento materno em pacientes especiais.
BARROSO
NETO, L. G.*, BOUÇAS, M. F., MATUCK, I. C., ROQUE, C. D. M.
Associação
Fluminense de Reabilitação – Odontologia Social – UFF.
E-mail: afr@afr.org.br
O objetivo desta pesquisa foi o de verificar qual o perfil
de aleitamento materno em uma população de crianças portadoras de deficiências
com comprometimento neurológico, principalmente paralisia cerebral. Foi
estudado um grupo de 49 sujeitos, crianças portadoras de deficiências de ambos
os sexos com idades entre 2 e 15 anos, e suas mães, em tratamento no
Ambulatório de Odontologia da Associação Fluminense de Reabilitação -
Niterói, RJ. Para a coleta dos dados, foram realizadas entrevistas
semi-estruturadas com as mães e encontrados os seguintes resultados : 34 (70%)
das crianças foram aleitadas no peito e 15 (30%) não o foram. Das que foram
aleitadas, 16 (47%) o foram por um período igual ou superior a seis meses e 20
(53%) por menos de seis meses. Os motivos principais para o não aleitamento
foram a internação hospitalar das crianças e falta de reflexo de sucção (66%),
encontrando-se ainda a “falta de leite”, falecimento da mãe e “rejeição” (34%).
Para o aleitamento por menos de seis meses foram encontrados os seguintes
motivos : internação (20%), “falta de leite” (40%) e outros – convulsão,
“rejeitou”, falta de reflexo de sucção (40%).
Conclui-se que apesar da alta prevalência de aleitamento no grupo
estudado (70%), fatores como a internação hospitalar e características
neurológicas das crianças contribuíram relevantemente para o desmame precoce
(menos de seis meses) e não-aleitamento, merecendo serem objetos de atenção
específica para esta clientela.
B080
Nutrição, dieta e cárie: representações dos odontólogos da
rede pública de Niterói.
SENNA, M. A.
A.*, LÁZARO, C. P., MAIA, L. C.
Pós-Graduação
em Odontologia Social – UFF; UNIVERSO - Niterói - RJ.
Este trabalho teve como objetivo avaliar as representações
dos odontólogos da rede pública de Niterói - RJ sobre a relação existente
entre nutrição, dieta e cárie dentária. Para tal, trabalhou-se com 52
profissionais lotados nas Unidades Públicas de Saúde (outubro/novembro de
2000), utilizando-se como instrumento metodológico uma entrevista
semi-estruturada. Os dados obtidos foram categorizados e analisados sob forma
de percentual. Os resultados demonstraram que 97,5% dos profissionais relataram
ter conhecimento sobre cariogenicidade (C) dos alimentos, sendo que, destes,
apenas 48% justificaram com conhecimentos reais da questão. Para 80% dos
entrevistados o modo de preparo dos alimentos influi no seu potencial
cariogênico, sendo que 35,5% vincularam a (C) à adição de açúcar durante o
preparo. Quanto à orientação dietética, 27% o fazem relacionando a dieta ao
risco de cárie do paciente, 15,5% para prevenir outras doenças bucais, 12% não
responderam e 9,5% objetiva controlar placa com esta informação. Sobre a
multidisciplinaridade nesta abordagem, 34,5% consideram a nutricionista
fundamental e 24,5% apontam o médico pediatra como elemento importante nesta
questão.
Conclui-se que embora os profissionais afirmem ter conhecimento sobre o
assunto, ainda há os que fazem uma confusão entre os termos e sua aplicação.
Neste sentido, sugere-se a necessidade de se setorizar as ações, visando uma
melhora na abordagem e resolutividade dos problemas odontológicos,
principalmente quando se vislumbra a necessidade de um novo perfil de
profissional no Programa Saúde da Família.
B081
Polimorfismo genético de cepas de Streptococcus mutans
isoladas de indivíduos livres de cárie.
ROSA, R.
T.*, ROSA, E. A. R., NAPIMOGA, M. H., HÖFLING, J. F., GONÇALVES, R. B.
Departamento
de Diagnóstico Oral. Tel.: (0**19) 430-5321. E-mail: reginald@fop.unicamp.br
A presente pesquisa teve por objetivo analisar a
variabilidade infraespecífica de cepas de Streptococcus mutans isoladas
de indivíduos livres de cárie. Foram coletadas amostras de saliva total não
estimulada, placa dental e de dorso de língua de indivíduos que apresentavam
índice CPOD igual a zero. Após dispersão e diluição seriada das amostras,
alíquotas de cada diluição foram inoculadas em duplicata em meio Mitis
Salivarius Bacitracina. Após incubação em estufa de pCO2 10% a
37ºC foram isoladas de cada sítio colônias com morfologia típica, que foram
posteriormente identificadas por provas bioquímicas. As amostras identificadas
como S. mutans foram incubadas em meio Brain Heart Infusion,
centrifugadas e lavadas. Os sedimentos obtidos foram submetidos a processo de
extração das proteínas intracelulares. Os extratos protéicos foram separados
por eletroforese em gel de amido e corados especificamente para a detecção do
polimorfismo isoenzimático. Os géis foram analisados através dos sistemas
enzimáticos: M1P, LAP, MPI, NSP e PLP. A análise comparativa dos perfis da MLEE
destes isolados, acessada pela soma de todos sistemas enzimáticos, permitiu
observar a ocorrência de um ou mais clones de S. mutans nos diferentes
sítios nestes voluntários.
Os resultados obtidos mostraram que pode ser encontrado mais de um tipo
genético de S. mutans colonizando os diferentes sítios em um mesmo
indivíduo. (Apoio financeiro: FAPESP – Processos: 99/05183-7; 99/09393-6.)
B082
Caracterização de Candida sp. isolada da
cavidade bucal de humanos.
RODRIGUES,
J. A. O.*, DUARTE, K. M. R., BORIOLLO, M. F., GOMES, L. H., GONÇALVES, R. B.,
HÖFLING, J. F.
Diagnóstico
Oral – FOP – UNICAMP. E-mail: rodriguesjao@yahoo.com
O projeto de pesquisa teve por objetivo avaliar métodos
bioquímicos e sorológicos na caracterização de espécies de Candida isoladas
da cavidade bucal de humanos, com ênfase na taxonomia, sistemática e estudos
epidemiológicos. Foram empregadas linhagens representativas de 5 espécies de Candida:
97-a, F-72, E-37, 17-b e CBS-562T (C. albicans), FCF-405 e
FCF-152 e CBS-566T (C. guilliermondii), 21-c, 7-a e CBS-604T
(C. parapsilosis), 1M-90, 4-c e CBS-573T (C. krusei),
1-b, FCF-430, Ct-4 e CBS-94T (C. tropicalis) e empregada a
linhagem IZ-1339 (Kluyveromyces marxianus) como controle negativo. Os
três métodos utilizados, se basearam no cultivo em meio cromogênico CHROMagar
Candidaâ, ensaio imunoenzimático (ELISA indireto) e eletroforese de
proteínas SDS-PAGE. Os resultados obtidos nos testes com CHROMagar Candidaâ
revelaram especificidade para as espécies C. albicans, C. tropicalis e
C. krusei; as espécies C. guilliermondii e C. parapsilosis apresentaram
coloração rosa e creme respectivamente, o que não é específico para essas
espécies.
Em ordem decrescente de especificidade o SDS-PAGE mostrou-se mais
eficiente na caracterização dos isolados agrupando-os em espécies, seguida do
uso do CHROMagar Candidaâ que apresentou maior
especificidade para C. albicans, C. tropicalis e C. krusei,
mas não para as demais espécies. O método de ELISA utilizando anticorpos
policlonais, se mostrou pouco efetivo na identificação das espécies por
apresentar um alto grau de reação cruzada com outras leveduras.
B083
Caracterização infra-específica de Candida albicans
isolada da cavidade oral de escolares.
BORIOLLO, M.
F. G.*, BERNARDO, W. L. C., RODRIGUES, J. A. O., PEREIRA, C. V., GONÇALVES, R.
B., HÖFLING, J. F.
Diagnóstico
Oral – FOP – UNICAMP.
Amostras de Candida albicans isoladas da
cavidade oral de escolares saudáveis, do município de Piracicaba, estado de São
Paulo, com idades variando entre seis e nove anos, foram estudadas. O propósito
da presente pesquisa foi analisar os graus de similaridade entre os isolados,
através da técnica de eletroforese de proteínas (SDS-PAGE), com ênfase nos
estudos de caracterização epidemiológica. As amostras foram inoculadas em
50 ml de meio YPD. Os sedimentos obtidos foram fracionados em alíquotas de
0,5 ml, os quais foram submetidos ao processo de extração de proteínas por
pérolas de vidro. Os extratos celulares foram submetidos à técnica de SDS-PAGE.
Após a revelação dos géis, as bandas de proteínas, indicativas do perfil
eletroforético de cada amostra, receberam valores 1 e 0 para a presença e
ausência de bandas, respectivamente, numa comparação entre os “lanes”. O
conjunto desses dados foi plotado no pacote estatístico NTSYS-pc 1.70,
aplicando o coeficiente de DICE e o algoritmo UPGMA, que gerou o dendrograma
para análise dos graus de similaridade existentes entre os isolados. Os
resultados obtidos mostraram a formação de vários “clusters” com
características heterogêneas, contendo amostras de escolares provenientes de
diferentes instituições. Essa heterogeneidade sugere a existência de
polimorfismo nessa espécie.
A aplicação de proteínas para análise numérica de Candida
albicans, permite a determinação preliminar dos agrupamentos desses
isolados, independentemente de suas origens. (Apoio financeiro: FAPESP.)
B084
Isolamento de enterobactérias de baratas hospitalares.
PRADO, M.
A.*, GIR, E., FLÁVIO, F. M., NAGATO, G. M., QUEIROA, M. M., PIMENTA, F. C.
Instituto de
Patologia Tropical e Saúde Pública – UFG. E-mail: pimentaf@hotmail.com
Estudar a infecção hospitalar é tarefa imperativa para os
profissionais de saúde. Muitas são as formas de transmissão, mas sem dúvida a
limpeza inadequada do ambiente propicia o aparecimento e proliferação de
insetos e roedores. Um grande número de baratas pode ser encontrado nos
diversos setores das instituições de saúde. Baratas são de hábitos noturnos,
vorazes e carreiam microrganismos patogênicos, contaminando materiais,
ambiente, equipamentos e os alimentos. Neste estudo objetivou-se isolar
enterobactérias da superfície externa de baratas coletadas em várias unidades
de um hospital público de Goiânia – Goiás. Foram coletadas 103 baratas em
frascos esterilizados. Os insetos eram imobilizados a 0oC por 5
minutos e lavados em solução salina. Foram realizadas diluições decimais da
suspensão e semeadas em ágar MacConkey. As placas foram incubadas a 37oC
por 24-48 horas. As colônias desenvolvidas foram contadas, analisadas macro e
microscopicamente e repicadas para a realização da identificação bioquímica. As
enterobactérias foram isoladas de 90 (92,7%) baratas analisadas. A
identificação presuntiva, empregando o ágar tríplice açúcar ferro, permitiu
caracterizar a maioria dos isolados com Escherichia coli.
Desta forma, demonstrou que as baratas veiculam enterobactérias em sua
superfície e representam um grande problema no âmbito da infecção hospitalar.
B085
Gerenciamento de resíduos sólidos odontológicos: um estudo
preliminar em consultórios odontológicos particulares.
NAZAR, M. W.
Colegiado de
Pós-Graduação – FOUFMG.
Na prática odontológica são gerados resíduos contendo
agentes biológicos, substâncias químicas e lixo comum, que podem colocar em
risco a saúde da equipe odontológica, dos trabalhadores da coleta de lixo e da
população em geral. O gerenciamento correto dos resíduos odontológicos reduzem
significativamente os riscos à saúde dos profissionais envolvidos em seu manejo.
O objetivo deste trabalho foi avaliar as etapas de acondicionamento e descarte
de resíduos sólidos produzidos na prática odontológica privada. Foi adotada a
metodologia quantitativa, entrevistando 50 dentistas sobre suas rotinas de
acondicionamento e descarte dos diversos resíduos gerados em suas práticas
odontológicas. Apenas 4% dos entrevistados faziam o acondicionamento final
para descarte dos resíduos contaminados em saco branco rotulado manualmente,
enquanto 96% utilizavam o saco de lixo comum para descartar todos os resíduos
do consultório (grupos A, B e D). Cinqüenta e dois por cento adotavam algum
tipo de segregação antes do descarte. Assim, 62% acondicionavam adequadamente
os resíduos de amálgama; destes, 48,4% descartavam os resíduos no lixo. Quarenta
e seis por cento utilizavam recipientes adequados para os pérfuro-cortantes; 8%
rotulavam manualmente estes recipiente; 28% re-encapavam as agulhas usadas e
92% não acondicionavam adequadamente os recipientes para descarte final.
Concluindo, se adotarmos as normas da ABNT, nenhum dos entrevistados
gerenciou corretamente os resíduos sólidos gerados em sua prática profissional
diária.
B086
Efeito antimicrobiano de cimentos endodônticos.
CARRASCOZA,
A.*, BOMBANA, A. C.
Estudou-se o efeito antimicrobiano dos cimentos
endodônticos: Sealapex®, Sealer 26®, Sealer Plus®,
Endofill® e N-Rickert, empregando método de difusão em ágar, em
placas com BHI ágar.Os mesmos foram testados ante o Staphylococcus aureus (ATCC
6538), Enterococcus faecalis (ATCC 29212), Pseudomonas
aeruginosa (ATCC 27853), Bacillus subtilis (ATCC 6633), Candida
albicans (ICB/USP-562) e a mistura destas. A comprovação prévia das
culturas foi feita pelo método de Gram, sendo então semeadas em trinta placas
de Petri e, em seguida, confeccionou-se três cavidades no ágar medindo 4 mm de
profundidade por 4 mm de diâmetro. Após a manipulação dos cimentos, as mesmas
foram completamente preenchidas, sempre respeitando as condições assépticas. As
placas foram incubadas a 37oC por 48 h, atendendo-se as
exigências respiratórias dos microrganismos. As leituras das zonas de inibição
de crescimento microbiano foram efetuadas, decorrido o período de incubação de
24 e 48 h, procedendo-se suas tabulações. Amostras das zonas de difusão e
inibição foram extraídas de cada placa e imersas em 7 ml de caldo BHI e
incubadas a 37oC por 48 h.Os resultados mostraram que o cimento
Sealapex®, N-Rickert e Endofill® evidenciaram apenas
zonas de difusão, em ordem decrescente. Para Sealer 26® ocorreram
zonas de difusão para todos os microrganismos e zonas de inibição somente para Pseudomonas
aeruginosa e Candida albicans. O Sealer Plus® denotou
ausência de zonas de difusão para Pseudomonas aeruginosa e Candida
albicans, enquanto verificou-se zonas de inibição para o Staphylococcus
aureus, Bacillus subtilis e a mistura. A cultura de Enterococcus
faecalis foi resistente a todos os cimentos.
B087
Resistência a antimicrobianos de linhagens de S. aureus
e Staphylococcus spp., obtidos na clínica odontológica.
BERNARDO, W.
L. C.*, BORIOLLO, M. F. G., GONÇALVES, R. B., ROSA, E. A. R.,
RODRIGUES, J. A. O., HÖFLING, J. F.
Diagnóstico
Oral – FOP – UNICAMP.
O S. aureus é um microrganismo patogênico que habita
assintomaticamente as fossas nasais, a pele e a nasofaringe, podendo causar
diferentes tipos de infecções, ao contrário dos Staphylococcus coagulase
negativos que são considerados patógenos oportunistas nos seres humanos.
Baseado na freqüente contaminação e a possível ocorrência de infecção cruzada
no ambiente clínico odontológico, essa pesquisa teve como objetivo isolar e
investigar a resistência de linhagens de Staphylococcus aureus e outros Staphylococcus
spp. coletados do ar da clínica odontológica. Para o isolamento e
identificação das linhagens utilizou-se o meio seletivo ágar manitol salgado,
coloração de Gram, teste de catalase, teste da coagulase e para investigar a
resistência das linhagens foram realizados antibiogramas utilizando discos de
antibióticos contendo ampicilina, eritromicina, tetraciclina e oxacilina. A
partir dos antibiogramas foram obtidos os seguintes resultados: das 27
diferentes linhagens isoladas (13 de Staphylococcus aureus e 14 Staphylococcus
coagulase negativos), 73,1% foram resistentes a ampicilina, 26,9% a eritromicina,
7,7% a tetraciclina e 3,8% a oxacilina.
Isso nos permite concluir que a maioria das linhagens foram resistentes
a ampicilina, indicando que as mesmas são produtoras de ß-lactamase;
para infecções em que o agente etiológico é do gênero Staphylococcus, o
antibiótico de escolha deverá ser a oxacilina, seguida dos outros antibióticos
testados. (Apoio financeiro: FAPESP.)
B088
Efeito do Carisolv sobre a capacidade fagocítica de
macrófagos.
PONTES, M.
M. A.*, ASFORA, K. K., CASTRO, C. M. M. B. de
Departamento
de Odontologia Restauradora – FOP – UPE; Laboratório de
Imunopatologia Keizo Asami – UFPE.
O objetivo deste estudo foi avaliar a biocompatibilidade do
Carisolv (C). Observou-se o potencial do produto em alterar a capacidade
fagocítica (CF) de macrófagos (M). Ratos machos foram estimulados i, p,
com caseinato. Após 4 dias, foram sacrificados e a cavidade peritoneal lavada
com soro fisiológico. O lavado foi centrifugado e as células ressuspensas em
RPMI para contagem e distribuição em tubos (1 x 106 macrófagos/ml).
O controle (sem tratamento) e o teste, tratados com C nas diluições de 1:10,
1:100 e 1:1.000, permaneceram 30 min em estufa a 37ºC. A CF foi avaliada
através da adição de fungos Saccharomyces sp. (1 x 107/ml)
aos M, distribuídos em lâminas e encubados a 37ºC por 1 h. Após coloração
das lâminas foi feito a leitura para avaliação da taxa de fagocitose em todos
os grupos. Os resultados foram expressos em média ± EP, comparando-se
(p << 0,01; Tukey) com o controle (35 ± 1,0), C aumentou a
CF de M em todas as diluições pesquisadas 1/10 (57 ± 1,6), 1/100 (52 ±
1,7) e 1/1.000 (49 ± 3,7).
O C aumenta a CF de M no tempo pesquisado (30 min). Pode-se supor
que in vivo o C ativa M induzindo um processo inflamatório.
Contudo, estudos são ainda necessários para se comprovar esta hipótese.
B089
Estudo eletromiográfico de músculos periorais em crianças na
fase da dentadura decídua.
GONÇALVES,
S. R. J.*, SEMEGHINI, T. A., OLIVEIRA, A. S., GAVIÃO, M. G. .D., BÉRZIN, F.
Fisiologia
Oral – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5200.
E-mail: sjacinto@dglnet.com.br
O objetivo dessa pesquisa foi analisar o sinal
eletromiográfico (EMG) através dos valores de RMS bruto e o padrão de ativação
muscular pela envoltória normalizada do sinal EMG. As análises foram feitas a
partir da comparação da amplitude das atividades elétricas dos músculos
orbicularares da boca – parte superior e mentoniano de 12 crianças com
dentadura decídua em sucções de diferentes líquidos com canudo. Utilizou-se o
software Matlab para obtenção dos coeficientes de variação das curvas de
ativação muscular e o teste “t” de Student não pareado para a análise dos dados
de RMS. Os resultados mostraram que, para a análise do RMS bruto, não houve
diferença estatística significativa (p << 0,05) entre as
amplitudes de ativação dos músculos estudados, sendo que o m. orbicular da boca
apresentou: 143,63, 156,89 e 144,06 µV e o m. mentoniano: 159,06, 160,95 e
164,79 µV, respectivamente para sucção de água, iogurte e Chandelle
(Nestlé®). Para a curva do envoltório linear, os padrões de ativação
do m. orbicular da boca e do m. mentoniano não apresentaram coeficientes de
variação maiores que 17% durante a sucção dos líquidos de diferentes
consistências, indicando a existência de padrões de ativação de tais músculos
na amostra estudada.
De acordo com os dados encontrados das duas análises realizadas e nas
situações experimentais utilizadas, não foram encontradas diferenças nas
atividades elétricas e na qualidade de ativação dos mm. orbicular da boca –
parte superior e mentoniano durante a sucção de líquidos com diferentes
consistências. (Apoio financeiro: CAPES.)
B090
Prevalência de CPOD em crianças, jovens e adultos da zona
rural.
PALLOS, D.*,
CORTELLI, S. C., OLIVEIRA, O. M. S., RICARDO, L. H., CORTELLI, J. R.
Faculdade de
Odontologia – UNITAU. E-mail: dpallos@netpoint.com.br
Em geral, os países desenvolvidos apresentaram um importante
declínio nos níveis de CPOD durante os últimos 25 anos. Por outro lado, níveis
elevados de CPOD devem ser detectados em algumas partes do mundo, especialmente
em áreas rurais nas quais medidas odontológicas preventivas não foram
implementadas. O objetivo do presente estudo foi determinar a prevalência de
CPOD em crianças, jovens e adultos de Campo Redondo, uma vila rural de Itamonte,
MG. Um total de 175 indivíduos foram incluídos neste estudo. Noventa e quatro
mulheres e 81 homens foram examinados e divididos em 3 grupos de acordo com a
idade. Os dados de CPOD para estes grupos estão abaixo apresentados:
Grupos |
Indivíduos n |
Idade (anos) |
CD média (dp) |
PD média (dp) |
OD média (dp) |
CPOD média (dp) |
A |
62 |
6-12 |
6,7 (4,9) |
1,4 (2,8) |
0,8 (1,8) |
8,9 (4,3) |
B |
41 |
13-18 |
7,3 (3,9) |
2,8 (3,2) |
3,4 (4,6) |
13,5 (5,0) |
C |
72 |
19-34 |
4,3 (4,3) |
13,2 (9,1) |
4,9 (5,5) |
22,4 (5,4) |
Os dados observados no presente estudo mostraram que em algumas áreas
rurais nós estamos longe de alcançar o objetivo de saúde bucal proposto pela
Organização Mundial de Saúde para o ano 2010.
B091
Efeito dos analgésicos Tramal e Dipirona na dor proveniente
da ATM de ratos.
BONJARDIM,
L. R.*, TAMBELI, C. H., VEIGA, M. C. F. A.
Laboratório
de Dor Orofacial – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5212,
fax: (0**19) 430-5218. E-mail: lbonjardim@yahoo.com.br
O tratamento das disfunções craniomandibulares geralmente
envolve farmacoterapia. O objetivo desse trabalho foi verificar o efeito dos
analgésicos Tramal (Tr) e Dipirona (Di) sobre as respostas comportamentais
nociceptivas induzidas pela aplicação de Óleo de Mostarda (OM) na articulação
temporomandibular (ATM) de ratos. A Di (19, 57, 95 mg/kg), Tr (5, 7,5,
10 mg/kg) ou NaCl 0,9% (controle) foi administrado (i.p.) 30 min
antes da administração de OM 2,5% (50 ml) na ATM direita, e as respostas
comportamentais nociceptivas caracterizadas pelo ato de coçar a região
orofacial (CO) e levantar rapidamente a cabeça (LC) foram quantificadas por
45 min (ROVERONI et al., J Dent Res, v. 79,
p. 321, 2000). Tais respostas foram significativamente reduzidas de
maneira dose-dependente, p << 0,05 (ANOVA + Tukey) pela
administração de Di (19; 57; 95 mg/kg), CO: (média ± EPM) 231 ±
6,4; 89 ± 4,9; 16 ± 1,6; LC: 46 ± 1,3; 35 ± 2,2; 13 ±
1,1, e de Tr (5; 7,5 ;10 mg/kg), CO: 118 ± 3,5; 52 ± 3,9;
28 ± 2,9, LC: 26 ± 1,1; 10 ± 0,7; 5 ± 1,02, respectivamente,
quando comparado ao grupo controle, CO: 315 ± 6,1 e, LC: 60 ± 1,6,
p << 0,05 (ANOVA + Dunnet).
Os analgésicos Dipirona e Tramal reduziram de maneira dose-dependente o
número de comportamentos nociceptivos desencadeados pela administração de OM na
ATM de ratos, sendo o Tramal mais efetivo que a Dipirona. (Apoio: CAPES –
aprovado pelo COBEA.)
B092
Efeitos do laser de CO2 (modo superpulso) em
dentes humanos.
MURGO, D. O.
A.*, CERRUTI, B., REDÍGOLO, M. L., CHAVANTES, M. C., NEVES, A. C. C.
IP &
D – UNIVAP. Tel.: (0**12) 347-1128/347-1149.
E-mail: doamurgo@directnet.com.br
Vários lasers vêm sendo estudados na aplicação em tecidos
mineralizados, como o esmalte dental, para a remoção de cárie e o preparo
cavitário, sendo que a eficiência na remoção de massa dentária é um dos grandes
obstáculos desta técnica. O objetivo deste trabalho foi analisar através de
Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV), os efeitos causados por um laser de
CO2 na superfície dental, operando com uma alta densidade de energia
no modo superpulso. As medidas de MEV foram realizadas no Laboratório de
Microscopia Eletrônica (LME) do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS),
em Campinas. Utilizamos seis dentes in vitro, terceiros molares hígidos,
irradiados com o laser de CO2 (10.600 nm), com diferentes
densidades de energia, observando-se a profundidade de penetração e a
superfície interna da cavidade ablada. Este tipo de radiação apresentou alta
eficiência na remoção da massa dentária, sendo que a superfície ablada não apresentou
quaisquer sinais de carbonização. A cavidade provocada pelo laser apresentou
forma cônica, expulsiva, com irregularidade superficial, profundidade de
ablação média de 1,0 mm e túbulos dentinários fechados.
Este estudo confirma que o laser de CO2, nestes parâmetros,
apresenta alta eficiência na remoção de tecido mineral, sem a presença de
carbonização, porém estudos devem ser realizados para mensurar a elevação da
temperatura provocada pelo laser no tecido dentinário e na polpa. Análise com
EDX (Energia Dispersiva de Raio X) deverão ser realizados no sentido de
evidenciar modificações na estrutura do tecido irradiado.
B093
Avaliação de acidentes na clínica odontológica da
Universidade de Taubaté.
QUIRINO, M.
R. S.*, JORGE, A. O. C., MOREIRA, M., MOREIRA, M. E.
Departamento
de Odontologia e Hospital Universitário – UNITAU. Tel: (0**12) 225-4142.
O risco de exposição ocupacional ao HIV, HBV e HCV preocupa
os dentistas e, trabalhos à este respeito são poucos. Assim, procuramos
conhecer o perfil epidemiológico dos acidentes ocorridos na Clínica
Odontológica/UNITAU. No período de um ano, 35 acidentes foram notificados ao
Serviço de Controle de Infecção do Hospital Universitário/UNITAU, afetando com
maior freqüência os acadêmicos do sexo feminino (68,57%). Dos acidentes, 97,14%
foram percutâneos e 2,85% exposição da mucosa ocular. A maior parte deles
(62,85%) ocorreu durante o atendimento, afetando os dedos (85,71%) e o sangue
foi o material orgânico mais envolvido (54,28%). Ocorreram 28,37% dos casos na
Periodontia, 20% na Clínica Integrada, 17,14% na Cirurgia e outras em menor
número. Dos 35 acidentados, 5,71% não usavam Equipamento de Proteção Individual
(EPI) e 20% não apresentavam vacinação completa para hepatite B. Todos os
acidentados e 94,28% dos pacientes fonte foram negativos para HIV, HBV e HCV.
Um paciente foi positivo para os três tipos de vírus e um não foi identificado
porque o acidente ocorreu na sala de lavagem de material.
Portanto, diante dos dados obtidos, concluímos que a inexperiência e
insegurança contribuíram para os acidentes e que ainda é preciso incentivar o
uso de EPI e a vacinação de hepatite B.
B094
Avaliação radiográfica e histológica da profundidade da
cárie dental.
FRANCO, Z.
L. V.*, BIFFI, J. C. G., CARVALHO, L. A .P.
Endodontia –
Universidade Federal de Uberlândia - MG. Tel./fax: (0**34)
3218-2209. E-mail: jcgbiffi@ufu.br
A cárie dental é uma doença universal e ainda de grande
incidência, a determinação de sua profundidade de forma precisa é uma das
dificuldades encontradas pelo profissional na sua rotina de consultório. Com o
intuito de analisar radiograficamente a profundidade da cárie por mais de um
operador, serão selecionados 30 dentes pré-molares com cárie mesial e/ou
distal, que após avulsão serão mantidos em formol a 10% tamponado em pH 7,0.
Quatro operadores, após prévia calibração, farão a classificação da
profundidade da cárie em radiografias obtidas pela técnica interproximal,
utilizando o negatoscópio como único recurso, e em um período posterior esses
mesmos operadores farão nova análise dos mesmos dentes usando o visor de
radiografia idealizado por BRYNOLF (Oral Surg, 32:808, Nov. 1971) que
segundo o autor sua utilização elimina todas as interferências laterais
favorecendo a análise radiográfica. Os resultados obtidos serão comparados,
tendo como controle o corte histológico seriado dos dentes. Serão realizados
corte de cinco micrômetros de espessura, corados alternadamente em hematoxilina
e eosina, tricrômico de Masson e Gram. Para cada caso será identificado o corte
histológico representativo da maior profundidade de cárie, sendo que a cárie a
nível de esmalte será avaliada no dente antes do processamento histológico.
B095
Influência da textura e volume dos alimentos na função
mastigatória.
GAVIÃO, M.
B. D.*, Van der BILT, A., BOSMAN, F.
Departamento
de Odontologia Infantil – FOP – UNICAMP; Departamento de
Fisiopatologia Oral – Utrecht University.
E-mail: mbgaviao@fop.unicamp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade elétrica
(EMG) dos músculos temporal anterior e masseter e os movimentos mandibulares 3D
(Northern Digital Optotrak™) na mastigação de alimentos com diferentes texturas
e volumes: goma de mascar (2,7 g) por 60 s, torradas (2,7 g) com
e sem margarina (2,0 g), queijos (3, 6 e 9 g) e bolos (5,5, 8,6 e
13,2 g), durante a mastigação natural, e o alimento artificial Optocal
(3,6 g), durante 15 e 30 ciclos mastigatórios. A goma de mascar, o queijo
e o bolo foram considerados alimentos macios, e as torradas e o Optocal, alimentos
duros. Avaliou-se a eficiência mastigatória pelo método da peneiragem (volume
das partículas mastigadas de Optocal – equação de Rosin-Rammler). A amostra
consistiu de 16 indivíduos saudáveis, sendo cada um seu próprio controle dentro
das variáveis analisadas. Os dados foram tratados pela análise multivariada e
correlação de Pearson (SPSS 9.0). As torradas e Optocal induziram as maiores
atividades (336,39 e 374,24 µV) e a goma de mascar e o queijo 3 g, as
menores (204,95 e 183,62 µV) e ciclos mais longos (0,71 s). As
correlações entre EMG e volume e entre volume e número de ciclos foram
significativas; a margarina reduziu o número de ciclos com as torradas. O
volume influiu significativamente mais nos movimentos verticais do que nos
horizontais; a textura não induziu variações. A correlação entre eficiência
mastigatória e EMG foi significativa.
Concluiu-se que alimentos duros induziram maior EMG, o volume
influenciou os movimentos mandibulares e os alimentos macios determinaram
ciclos mais longos. (Apoio: FAPESP – Processo: 99/00018-8.)
B096
Níveis de estreptococos mutans na saliva de mães e
filhos.
CASOTTI, C.
A.*, INTRA, J. B. G., SILVA, A. G., BENTO, A. C., HARARI, S. G., BALDOTTO, J.
H., ALMEIDA, T. J. S., DIAS, L. Z. S.
Pós-Graduação –
Odontologia Social – UFF.
Neste estudo coletou-se amostras de salivas e estabeleceu-se
o índice CPOD e ceo de 20 pares de mães/filhos - 40 indivíduos, divididos em 4
grupos de 5 crianças com idade entre: 3 - 6; 6 - 11; 25 - 34,
meses e 7 - 8 anos. Coletou-se aproximadamente 1,5 ml de saliva não
estimulada e depositou-se alíquotas de 1 microlitros em placas de Petri
contendo ágar-sangue modificado contendo azida sódica para seleção de
estreptococos, seguida de inoculação uniforme por meio de alça bacteriológica e
incubada a 37ºC em microaerofilia, pelo método de chama de vela, durante 3
dias. Após incubação procedeu-se a contagem do número de UFC considerando-se o
volume inicial inoculado com auxílio de estereomicroscópio. Transferiu-se 4 a 5
colônias com tipos morfológicos característicos para tubos contendo caldo BHI
(caldo de infusão de cérebro e coração), incubados a 35ºC por 4 h a partir
do qual procedeu-se a provas bioquímicas, utilizando-se painéis Dade Behring
utilizando-se a técnica de fase log. Após a inoculação dos painéis
introduziu-se os no Walk-Away-40 que efetuou a leitura das provas bioquímicas.
Todos os indivíduos apresentaram níveis salivares >> que 106 UFC/ml
de saliva. Os resultados sofreram transformação logarítmica e submetidos aos
testes de correlação linear de Pearson, e teste de regressão linear simples.
Concluímos que toda população pesquisada é mutans
milionária classificada como muito alto risco de cárie, havendo correlação
entre os níveis salivares de mutans e o CPOD/ceo.
B097
Presença dos gêneros Staphylococcus e Candida
na cavidade bucal humana.
MARTINS, C.
A. P.*, SANTOS, S. S. F., JORGE, A. O. C.
Departamento
de Biociências e Diagnóstico – FOSJC – UNESP. Tel.: (0**12)
321-8166.
A presença de leveduras e Staphylococcus na cavidade
bucal humana adquire importância, pois podem atuar como microbiota suplementar
e em determinadas situações ocasionar doença bucal ou sistêmica. O objetivo do
presente trabalho foi correlacionar a presença de leveduras do gênero Candida
e espécies de Staphylococcus na cavidade bucal humana. Enxágüe bucal foi
coletado de 70 indivíduos saudáveis e com ausência de lesões na cavidade oral,
e a seguir alíquotas do material foram semeados em ágar Sabouraud dextrose com
cloranfenicol e ágar Baird-Parker, posteriormente, os microrganismos foram
isolados e identificados através das provas bioquímicas. Os dados foram
analisados através de análise de variância (ANOVA) Leveduras do gênero Candida
foram encontradas em 71,42% dos indivíduos examinados, sendo C. albicans
a mais freqüente. Observou-se também presença de C. tropicalis (22%), C.
glabrata (4%), e C. kefyr (2%). Staphylococcus foram isolados
em 92,85% das cavidades bucais, sendo 41 cepas coagulase negativas (63%). Das
cepas coagulase positivas, nove eram S. aureus (13,9%), 11 S. hyicus
(17%) e quatro S. schleiferi subespécie coagulans (6,1%).
Não ocorreu entretanto correlação significativa entre as quantidades
(UFC) de Candida e Staphylococcus encontradas nos enxágües
bucais dos indivíduos examinados.
B098
Compostos sulforados voláteis em dois protocolos de indução
ao estresse.
KURIHARA,
E.*, MARCONDES, F. K., OLIVEIRA, C.
Departamento
de Ciências Fisiológicas – FOP – UNICAMP.
E-mail: fklein@fop.unicamp.br
A halitose pode ser avaliada pelo aumento da concentração
bucal de compostos sulfurados voláteis (CSV). Em ratos de laboratório, a
influência do estresse por NT sobre a concentração dos CSV foi demonstrada
anteriormente. Considerando que a qualidade do agente estressor pode
influenciar a reação de estresse, o objetivo deste trabalho foi comparar o
efeito de dois modelos indutores de estresse, NT e IM, sobre o aumento da
concentração bucal de CSV de ratos. Ratos Wistar adultos (n = 9-10)
foram submetidos a uma sessão diária de 30 min de natação ou de 2 horas de
IM durante três dias consecutivos, entre 8 e 10 h. Os CSV foram medidos
imediatamente antes, 1 e 3 h após a primeira e terceira sessões de
estresse, e comparados por análise de variância bifatorial seguida do teste de
Tukey. Ratos submetidos à NT apresentaram aumento na concentração bucal de CSV
3 h após a primeira (20 ± 1 x 27 ± 1 ppb –
antes x 3 h após, respectivamente – p << 0,05) e
a terceira sessões (18 ± 1 x 21 ± 0,6 ppb –
antes x 3 h após, respectivamente – p << 0,05),
sem alteração significativa 1 h após as sessões de estresse. Os animais
submetidos ao estresse por IM apresentaram alterações semelhantes após a
primeira (17 ± 0,7 x 28 ± 2 ppb – antes x
3 h após, respectivamente – p << 0,05) e a terceira
sessões (19 ± 1 x 25 ± 2 ppb – antes x 3 h
após, respectivamente – p << 0,05), sem alteração
significativa 1 h após as sessões de estresse.
Nossos resultados confirmam estudo anterior sobre o efeito da NT na
concentração bucal do CSV de ratos de laboratório e mostram que esta resposta
não é influenciada pela qualidade do agente estressor. (Apoio: FAPESP –
Processo: 00/08348-6.)
B099
Utilização de diferentes métodos para o diagnóstico da cárie
dentária.
PEREIRA, A.
C.*, EGGERTSSON, H. B., MARTINEZ-MIER, A., GONZALEZ-CABEZAS, C., ECKERT, G. J.,
ZERO, D.
Departamento
de Odontologia Social – FOP – UNICAMP.
Tel.: (0**19) 430-5278. E-mail: apereira@fop.unicamp.br
O objetivo deste trabalho foi comparar a
reprodutibilidade e confiança de alguns métodos de diagnóstico de cárie.
Noventa e seis (96) molares permanentes extraídos foram selecionados. Após um
prévio treinamento (piloto), três examinadores realizaram os exames. Leituras
foram repetidas em vinte e cinco (25) dentes. Exame histológico dos dentes
validaram os métodos de exame. Concordância intra-examinador e interexaminador
para os scores dos exames visuais (característica clínica, tratamento
recomendado e profundidade de lesão), radiográficos (extensão de radiolucidez e
percepção), além do método combinado foram avaliados utilizando a estatística
Kappa ponderado enquanto os métodos ECM e DIAGNOdent utilizaram o coeficiente
de correlação intraclasse. Os métodos foram comparados em relação às diferenças
dos percentuais de superfícies corretamente diagnosticadas, sensibilidade e
especificidade utilizando o método generalizado para estimação de equações
(GEE) aplicado para um modelo de regressão logística. A concordância
intra-examinador foi substancial para todos os métodos, e quase perfeita para
algumas combinações examinador-método. Concordância interexaminador foi
geralmente baixa a moderada. As discordâncias eram devido principalmente às
diferenças nas distribuições dos escores (sem cárie ou lesão de cárie em
dentina). Os valores de sensibilidade variavam de 0,20 a 0,94 . Todos os
valores de especificidade foram maiores que 0,74, exceto os valores do exame
radiográfico.
Conclui-se
que a reprodutibilidade para todos os métodos foi aceitável enquanto o
DIAGNOdent, o método combinado e as recomendações de tratamento efetuadas pelos
examinadores, baseadas na percepção da profundidade da lesão, mostraram ser
mais confiáveis.
B100
Avaliação de fatores para o risco à cárie dental, em
escolares do município de Piracicaba - SP.
GOMES, M.
J.*, PEREIRA, A. C., MENEGHIM, M., PASCON, F., AMBROSANO, G. M. B.
Este trabalho teve por objetivo verificar a relação entre as
variáveis socioeconômicas, microbiológicas e clínicas como fatores de predição
à cárie dental em escolares da cidade de Piracicaba - SP. A amostra foi
inicialmente constituída por 457 crianças de 6 a 8 anos de idade, matriculadas
nas instituições de ensino do SESI - Piracicaba. Foram realizadas 3
levantamentos epidemiológicos em maio de 1998, maio de 1999 e maio de 2000,
respectivamente, totalizando um período de 24 meses de avaliação. Durante a anamnese
foram identificadas, junto ao paciente, diversas variáveis: clínicas (índice
ceo e CPOS, IHOS, fluorose, presença de mancha branca, conformação anatômica de
fossas e fissuras de dentes posteriores, presença de selantes, freqüência de
ingestão de açúcar), microbiológicas (contagem de SM e Lactobacilos) e
socioeconômicas (grau de instrução dos pais e mães, raça, sexo, idade, número
de visitas ao dentista, nível salarial em salários mínimos da família, número
de pessoas no ambiente familiar). O número de novas lesões de cárie no período
de 24 meses foi correlacionado, utilizando a correlação de Spearman, com todas
as variáveis, sendo que as variáveis fluorose e anatomia de fissuras foram
estatisticamente significantes (p << 0,05), além disso,
diversas variáveis apresentaram correlação significante entre si.
Conclusão: embora o dentista tenha uma gama de variáveis para análise do
risco à cárie, a grande maioria delas não são fortes preditores de risco
isoladamente, sendo mais importante o CD buscar elaborar o seu diagnóstico e
planejamento baseado em todas as informações coletadas.
B101
Efeito de gomas de mascar sobre o pH da placa.
HAAS, A.
N.*, MARCHIORO, M., OPPERMANN, R. V.
FO –
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tel.: (0**51) 316-5318.
E-mail: alexhaas@conex.com.br
O objetivo deste ensaio clínico randomizado, cruzado,
duplo-cego foi avaliar o efeito do uso de gomas de mascar sobre o pH da placa
dental na presença de sacarose. Participaram do estudo 5 homens e 3 mulheres.
Foram testadas 3 gomas de mascar: goma 1 à base de sacarose; goma 2 à base de
sorbitol; e goma 3 à base de xilitol e zinco. Após um período de 4 dias sem
higiene bucal, placa foi coletada com uma colher de dentina e diluída em
100 ml de água deionizada. O registro do pH foi realizado com um
microeletrodo (Tritolab®). O pH foi medido antes e 5, 15, 30 e 45
minutos após um bochecho de 1 minuto com uma solução de sacarose a 15%. O mesmo
procedimento foi repetido com o uso de dois tabletes de goma após o bochecho
com sacarose. Um período de 3 dias foi permitido entre cada série experimental.
As médias foram comparadas com ANOVA (p = 0,05). As maiores quedas do
pH foram observadas a partir dos 5 minutos após o bochecho com sacarose
(pH = 5,43), mantendo-se significativamente reduzidos até os 45
minutos, quando o pH de 6,49 se aproximou do inicial (6,56)
(p = 0,001). Não foram observadas diferenças significativas entre o
pH inicial e aqueles observados ao longo do uso das 3 gomas. Quando comparadas
entre si, não foram observadas diferenças significativas entre as gomas, com
exceção da goma 2 (pH = 7,3) e goma 1 (pH = 6,53) aos 15
minutos (p << 0,001).
Assim, a utilização de gomas de mascar foi capaz de manter elevado o pH
da placa dental na presença de sacarose, independentemente do tipo de goma
utilizado.
B102
Determinação da erosão do esmalte decíduo após tratamento
com iogurte (MEV).
MARQUES, A.
C.*, ALTO, L. A. M., RAMOS, M. E. B., SILVA, J. B. O. R.
Departamento
de Odontopediatria – Doutorado – FO – UFRJ; UNESA; UNIG.
Tel.: (0**21) 503-7289.
O objetivo deste estudo foi observar o efeito erosivo de
dois tipos de iogurte (com sabor morango e sem sabor), sobre o esmalte dental
humano decíduo hígido. Foram seccionados 5 molares decíduos inferiores no
sentido vestíbulo-lingual e mésio-distal, resultando em 20 amostras que foram
distribuídas aleatoriamente em 5 grupos, contendo 4 fragmentos dentários cada:
Grupo controle; Grupo iogurte morango 1 h; Grupo iogurte morango
24 h; Grupo iogurte natural 1 h; Grupo iogurte natural 24 h. As amostras
foram então incluídas em bases de resina acrílica. Foi realizado o polimento
com taça de borracha e pedra-pomes, lavagem com água destilada e em seguida
incubadas em recipientes devidamente limpos, contendo 20 ml dos produtos a
serem testados durante os períodos previamente determinados em temperatura
ambiente. Posteriormente os fragmentos foram lavados com água destilada, sob
agitação, durante 1 minuto e armazenados em recipientes identificados, para
posterior análise. Após observação no microscópio eletrônico de varredura,
pode-se observar que as amostras incubadas pelo período de 1 h, tanto a
com sabor quanto a sem sabor, não apresentaram diferença na superfície, quando
comparadas com o grupo controle. Porém, as amostras incubadas por 24 h
apresentaram alteração superficial, demonstrando um aumento do número de poros
na superfície do esmalte dentário.
Pode-se concluir que com o maior tempo de tratamento houve alteração
superficial do esmalte tratado com os dois tipos de iogurte, entretanto sem demonstrar
aspecto danoso da estrutura dentária.
B103
Inibição da adesão de Porphyromonas gingivalis em
células KB com soro.
OLIVEIRA, A.
B. B.*, GATTI, M. S. V., CASTRO, A. F. P.
Departamento
de Microbiologia e Imunologia – Universidade Estadual de Campinas.
Tel.: (0**19) 3788-7945. E-mail: anboni@bol.com.br
O objetivo deste trabalho foi verificar a inibição da adesão
e conseqüente invasão de Porphyromonas gingivalis em células KB
(Epidermoid carcinoma, oral, human, HeLa markers) in vitro através do
pré-tratamento das células ou bactérias com soro fetal bovino e soro humano,
visualizado através da reação de imunoperoxidase. P. gingivalis foi
cultivada em caldo BHI por 48 horas e lavada três vezes com PBS. As células ou
as bactérias foram incubadas separadamente por 1 hora com soro fetal bovino ou
soro humano em concentrações de 1:100. Bactérias tratadas com soro foram
inoculadas em células não-tratadas e bactérias não-tratadas foram inoculadas em
células tratadas e incubadas por 1 hora. Após o período de incubação as células
foram lavadas três vezes com PBS e incubadas com metronidazol por mais três
horas, seguindo-se nova lavagem com PBS e reação de imunoperoxidase com
anti-soro anti-P. gingivalis produzido em coelhos. Quando as células
foram tratadas com soro fetal bovino ou soro humano não foi observada adesão de
P. gingivalis, porém quando as bactérias foram tratadas da mesma forma,
ocorreu adesão.
Estes resultados sugerem que existe algum componente no soro, tanto
humano como fetal bovino, que se liga no sítio receptor da célula na bactéria,
impedindo assim sua adesão nas células KB. (Apoio financeiro: CAPES.)
B104
Situação dos primeiros molares permanentes em escola da rede
pública.
HERDY, L.*,
MIASATO, J. M., CARNEIRO, A. A., SILVA, C. J., AROUCHA, B.
Disciplina
de Odontopediatria – UNIGRANRIO – FESO.
O objetivo deste trabalho foi conhecer a situação clínica
dos primeiros molares permanentes (1 MPs) em relação à visita ou não ao
cirurgião-dentista (CD), por alunos de uma escola do ensino fundamental da rede
pública, no município de Duque de Caxias, RJ. Os 1 MPs foram examinados
pelos alunos do curso de especialização em Odontopediatria da UNIGRANRIO, no
pátio da escola, através do método clínico visual e sob iluminação natural. A
amostra constitui-se de 382 alunos, com média de idade de 9,5 ± 1,9 anos,
sendo 49,5% (n = 189) do sexo masculino e 50,5% (n = 193)
do sexo feminino. Foram examinados 1.511 dentes, 11 dentes não haviam
erupcionado e 6 dentes já haviam sido extraidos. Em relação à visita ao CD,
somente 56,8% (n = 217) tinham recebido assistência profissional.
Destes, apenas 7,4% (n = 16) por rotina e o restante para tratamento
curativo. A situação dos 1 MPs em relação à visita ou não ao CD, foi
respectivamente: Cárie - 22,6% (n = 194) e 20,6%
(n = 134), p = 0,39, Chi² Yates; Extração indicada -
3,1% (n = 27) e 1,5% (n = 10), p = 0,06, Chi²
Yates; Hígido - 69,3% (n = 596) e 77,9% (n = 507),
p = 0,0002, Chi2 Yates; Obturados 5% (n = 43) e
não houve associação em relação ao sexo (p = 0,28, Chi2
Yates) e sim com a média de idade (p = 0,04, Análise de Variância F).
Diante dos resultados, pode-se concluir que, independente da visita ou
não ao CD, é alta a manifestação da doença e suas conseqüências nos 1 MPs,
sugerindo-se a criação de um programa de educação em saúde e intervenção
curativa imediata na amostra estudada.
B105
Prevalência de cárie oculta em um grupo de escolares.
COSTA, H.
S.*, ROSENBLATT, A., MOTA, E. L. A.
Universidade
Estadual de Feira de Santana e Universidade de Pernambuco.
Tel.:(0**75) 224-8096.
A literatura científica indica que a cárie em superfície
oclusal está mais difícil de ser diagnosticada e que há um aumento de
prevalência de lesões de cárie não detectadas no exame clínico. Este estudo
teve como objetivo determinar a prevalência de lesão de cárie oculta em molares
permanentes de escolares de ambos os sexos, de 12 a 14 anos, das escolas
municipais de Camaragibe, Pernambuco, no ano 2000. O grupo de estudo foi
composto por 392 escolares, submetidos a exames clínico e radiográfico (pela
técnica interproximal), compondo uma amostra de 1.814 molares sem lesão de
cárie cavitada, selante ou restauração em uma ou mais faces. Após profilaxia,
lavagem e secagem de todos os dentes com seringa de ar/água, sob iluminação de
foco operatório, registrou-se o CPO-S, atividade de cárie e classificou-se a
superfície oclusal dos molares em hígida (sem descoloração ou descalcificação)
ou com lesão de esmalte sem cavitação. A prevalência de lesão de cárie oculta
em escolares foi de 51,5%. A prevalência geral em molares foi de 19,3%. Nos
molares, 10,5% dos hígidos e 22,8% dos molares com lesão de esmalte
apresentaram lesão de cárie oculta. Os primeiros molares inferiores foram os
dentes mais acometidos. A prevalência em molares não diferiu quanto a idade, sexo
e freqüência de escovação diária dos escolares. Os valores mais altos de
prevalência de lesão de cárie oculta em molares foram observados nos escolares
com CPO-S maior do que cinco e nos escolares com alta atividade de cárie.
B106
Morte celular programada: relação com bactérias isoladas de
infecções endodônticas.
RIBEIRO-SOBRINHO,
A. P., RABELO, F. L. A., FIGUEIREDO, C. B. O.*, ALVAREZ-LEITE, J. I., NICOLI,
J. R., UZEDA, M., VIEIRA, L. Q.
FO –
ICB – UFMG - MG.
Há evidência crescente de que a apoptose, ou morte celular
programada, desempenha um papel crítico na patogênese de diversas doenças
infecciosas. O objetivo deste trabalho foi verificar o potencial de indução de
apoptose de quatro diferentes espécies bacterianas, recuperadas de infecções
endodônticas em humanos: G. morbillorum (1), C. butyricum (2), F.
nucleatum (3) e B. adolescentis (4). Em paralelo, verificou-se o
papel do receptor para TNF-alfa na ativação de mecanismos apoptóticos por tais
bactérias. Culturas de linfócitos, em triplicata, foram obtidas pela remoção de
linfonodos de 22 camundongos suíços (NIH), sendo tais células estimuladas, in
vitro, por 24 horas, com antígenos derivados das preparações das bactérias
listadas, isoladas ou em associação, mortas pela ação do calor ou do
paraformaldeído a 1%. Algumas preparações de células receberam também
anticorpos anti-TNF-alfa. Após tal estimulação, as culturas de linfócitos foram
submetidas à avaliação de viabilidade pela capacidade de redução do MTT por células
vivas. A apoptose foi avaliada por meio da determinação da ploidia celular por
citometria de fluxo e pela verificação, por eletroforese, da degradação
internucleosomal do DNA. Os resultados preliminares indicam que antígenos das
bactérias 2, 3 e associação 2, 3 e 4, mortas pelo formol, e 1, morta pelo
calor, foram capazes de induzir a apoptose em linfócitos, não parecendo ter
sido este fenômeno mediado pelo receptor para TNF-alfa. A apoptose em
linfócitos, por sua vez, pode estar correlacionada à patogênese das lesões
periapicais de origem endodôntica.
B107
Efeito de drogas antiinflamatórias sobre a concentração
tecidual da amoxicilina.
JUNQUEIRA,
M. S.*, PERAZZO, F. F., GROPPO, F. C., MATTOS FILHO, T. R.
Departamento
de Ciências Fisiológicas – FOP – UNICAMP.
A prescrição de antimicrobianos associados a
antiinflamatórios é bastante comum na prática odontológica e os seus efeitos
têm sido estudados. Assim, objetivou-se avaliar a interação da amoxicilina
(amoxi) com o diclofenaco potássico (diclo) e com a betametasona (beta) em
tecidos granulomatosos induzidos em ratos, in vivo. Utilizaram-se ratos
Wistar machos (2 grupos, n = 8), com 6 semanas, mantidos em biotério
climatizado com água e ração ad libitum. Implantaram-se quatro esponjas
de PVC em quatro pontos distintos do dorso de cada animal, sendo duas em
direção à cauda e duas em direção à cabeça. Sete dias depois, administraram-se
p.o. amoxi 25 mg/kg + diclo 2,5 mg/kg e amoxi
25 mg/kg + beta 0,1 mg/kg. Após noventa minutos, colheram e
colocaram-se os tecidos granulomatosos sobre MHA com S. aureus a 108.
Passadas dezoito horas, foram medidos os halos de inibição. Uma curva padrão,
ou de regressão, foi elaborada para se relacionar os diâmetros dos halos
produzidos pelas amostras e a provável concentração do antimicrobiano em
estudo. Os halos referentes à associação amoxi-diclo apresentaram valor médio
de 21,56 mm de diâmetro com uma provável concentração tecidual média de
0,01284 mg/grama, enquanto que os da associação amoxi-beta apresentaram
halos com diâmetros médios de 25,50 mm com uma provável concentração
tecidual média de 0,03687 mg/g. A associação amoxi-diclo apresentou uma
menor concentração tecidual do antimicrobiano em relação à sua associação com
beta.
B108
Microbiota da necrose pulpar: decíduos versus permanentes
(coloração de Gram).
SOUZA-GUGELMIN,
M. C. M.*1, NELSON-FILHO, P.2, FARIA, G.2,
PALHARES, J. C.1., ITO, I. Y.1
1Departamento
de ACTB – FCFRP – USP; 2Departamento de CIOPS –
FORP – USP. Tel.: (0**16) 623-7361.
Este trabalho visa detectar por meio da coloração de Gram,
similaridades entre dentes decíduos e permanentes, em relação à morfologia
microscópica e ao Gram apresentados pela microbiota de canais radiculares de
dentes com necrose pulpar e lesão periapical. As amostras foram colhidas,
assepticamente, com limas K, antes do preparo químico-mecânico de 40 canais
radiculares (20 decíduos e 20 permanentes). Com estas amostras eram realizados
esfregaços, que eram corados pela técnica de Gram e observados sob microscopia
de imersão. Das amostras colhidas de dentes permanentes, 80,0% foram positivas
para a coloração de Gram; sendo que, em relação à morfologia microscópica e ao
Gram, apresentaram os seguintes resultados: cocos Gram + (80,0%), cocos
Gram – (50,0%)), bacilos Gram – (50,0%), bacilos Gram + (30,0%),
filamentosos (80,0%) e leveduras (10,0%). As amostras oriundas dos decíduos
mostraram 85,0% de positividade para a coloração de Gram, e os seguintes
resultados: cocos Gram + (85,0%), cocos Gram – (40,0%); bacilos
Gram + (30,0 %), bacilos Gram – (60,0%), filamentosos (40,0%) e leveduras
(15,0%).
Concluiu-se que: 1) a maioria das amostras puderam ser coradas pelo
Gram, indicando a utilidade desta coloração como auxiliar no diagnóstico
endodôntico; 2) com exceção dos filamentosos, a incidência de microrganismos
(cocos, bacilos e leveduras) Gram-positivos e Gram-negativos, nos canais
necrosados, foi semelhante entre dentes decíduos e permanentes, o que parece
demonstrar similaridade entre a microbiota dos canais radiculares de dentes
decíduos e permanentes com necrose pulpar.
B109
Comparação dos exames clínico por transiluminação,
radiográfico e avaliação microscópica no diagnóstico de cáries incipientes.
MOMOSE, D.
R.*, PRATA, T. H. C., CUNHA, T. C. R., ARAÚJO, M. A. M., VALERA, M. C.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FOSJC – UNESP. Tel.: (0**12)
321-8166.
O objetivo deste estudo foi avaliar o diagnóstico da
presença de cárie comparando os métodos clínico por transiluminação,
radiográfico e avaliação microscópica. Foram selecionados 37 dentes humanos
extraídos (13 molares e 24 pré-molares) onde no exame clínico visual houve
dificuldade no diagnóstico de cárie em sulcos e fossas. Todos os dentes foram
submetidos a 3 métodos de avaliação: 1) exame clínico por transiluminação; 2)
exame radiográfico; 3) avaliação microscópica. O exame clínico por
transiluminação foi realizado com uso do aparelho fotopolimerizador, onde o
foco de luz foi colocado próximo a superfície lingual dos dentes para a
avaliação dos sulcos e fossas oclusais, sendo que a opacidade foi classificada
como desmineralização do esmalte. No exame radiográfico, utilizamos aparelho de
raios X, filme radiográfico nº 2 e anteparo confeccionado para
padronizar as radiografias, sendo a imagem radiolúcida sugestiva de cárie. No
exame microscópico, os dentes foram secionados, incluídos em resina acrílica e
desgastados até a região do sulco para observação por microscopia de luz
polarizada. Os resultados foram submetidos a análise estatística pelo teste
Kappa, o qual mostrou uma leve concordância no diagnóstico entre o exame
clínico por transiluminação e a avaliação microscópica (Kappa: 0,149) e uma
pobre concordância no diagnóstico entre o exame radiográfico e a avaliação
microscópica (Kappa: 0,007).
Concluiu-se que o exame clínico por transiluminação e o radiográfico não
foram métodos confiáveis no diagnóstico de cáries incipientes. (Comitê de Ética
023/2001-PH/CEP.)
B110
Evidenciação do biofilme e avaliação de um método para
desinfecção de chupetas.
LOUVAIN,
M.*, MACARI, S., NELSON-FILHO, P., SILVA, L. B., ITO, I. Y.
Departamento
de Clínica Infantil, Odontologia Preventiva e Social – FORP; FCFRP – USP.
E-mail: mlouvain@rol.com.br
Avaliou-se o nível de contaminação de chupetas por
estreptococos do grupo mutans e a formação de biofilme, utilizando a
técnica de cultura e identificação microbiana, e a eficácia da clorexidina como
possível método de desinfecção. Um total de 16 crianças, de 2 a 7 anos,
receberam sucessivamente 2 chupetas de látex (Neopan), utilizadas por 5 dias
cada. Após utilização, as 13 chupetas do Grupo I (experimental) foram
borrifadas (5 vezes), sob a forma de “spray”, com uma formulação à base de
digluconato de clorexidina a 0,12%, e as 16 do Grupo II (controle) borrifadas
com água de torneira esterilizada. As chupetas de cada grupo foram suspensas em
frasco de Borel contendo 30,0 ml de meio de cultura CaSaB, e incubadas por
72 a 90 horas, a 37ºC. Decorrido este período, foi efetuada a contagem do
número de UFC do grupo mutans, na superfície das chupetas, em
microscópio estereoscópico. Os resultados foram expressos sob a forma de
escore: 0) ausência de desenvolvimento bacteriano; 1) 1 a 20 UFC; 2) 21 a 50
UFC; 3) >> 51 UFC. Em 77,0% das chupetas do Grupo I não observou- se
desenvolvimento bacteriano, estando os estreptococos do grupo mutans presentes
em 23,0% delas, com escore 1. Por outro lado, em 93,8% das chupetas do Grupo II
houve desenvolvimento de estreptococos do grupo mutans, com
predominância de escores 1 e 2.
Concluiu-se que houve formação de biofilme bacteriano na superfície das
chupetas do Grupo II, com desenvolvimento de estreptococos do grupo mutans, e
que a clorexidina foi eficiente na desinfecção das chupetas.
B111
Dissecação de lesões cariosas: nova técnica de estudo
histopatológico tridimensional.
SOUSA, F.
B.*, PEREIRA, T. B.
Departamento
de Morfologia – Universidade Federal da Paraíba - João Pessoa.
Tel.: (0**83) 221-3901. E-mail: fbsousa@openline.com.br
O objetivo deste estudo é apresentar uma nova técnica para
análise histopatológica tridimensional de lesões cariosas que não requer a
perda de partes das mesmas que ocorre com as técnicas bidimensionais (BD) e
tridimensionais computadorizadas (3Dcomp) atuais. Lesões cariosas oclusais (de
dez dentes), com e sem cavitação, visíveis clinicamente, foram dissecadas com
instrumentos rotatórios de desgaste, sob refrigeração, com auxílio de um
estereomicroscópio, de modo a evidenciar a lesão através do esmalte hígido e da
dentina esclerótica circunjacentes. Todas as lesões cariosas mostraram
correlação entre as desmineralizações de esmalte e dentina, não havendo
espalhamento lateral em dentina, contrariando resultados de estudos com
técnicas convencionais. A técnica da dissecação evidenciou trajetos bastante inclinados
de lesões de esmalte, o que pode explicar resultados conflitantes de estudos BD
e 3Dcomp.
Concluímos que a análise tridimensional pela dissecação possibilita o
estudo histopatológico de lesões cariosas sem perda de estrutura, sendo,
também, promissora no estudo da direção dos ameloblastos durante a amelogênese,
associado à anatomia dental.
B112
Presença de Enterobacteriaceae e bactérias do gênero Pseudomonas
na cavidade bucal e bolsa periodontal de pacientes com periodontite crônica.
SANTOS, S.
S. F.*, JORGE, A. O. C.
UNITAU;
UNESP.
Periodontite crônica é a mais comum das formas de doença
periodontal destrutiva em adultos, caracterizada por perda clínica de inserção
em decorrência de destruição do ligamento periodontal e perda de osso de
suporte. Microrganismos da família Enterobacteriaceae e gênero Pseudomonas
estudados no presente trabalho apresentam fatores de virulência capazes de
agravar o quadro de doença periodontal e seu controle pode ser um pré-requisito
para uma terapia bem-sucedida. Além de dificultar o tratamento periodontal
convencional, reservatórios bucais destes microrganismos podem comprometer a
vida de pacientes debilitados pela idade avançada, doenças ou tratamentos que
provoquem imunossupressão. No presente trabalho foram estudados 88 pacientes
que procuraram a Clínica de Periodontia da Faculdade de Odontologia da
Universidade de Taubaté, onde 43,18% (n = 38) apresentaram Enterobacteriaceae
e/ou bactérias do gênero Pseudomonas na cavidade bucal e 15,9%
(n = 14) na bolsa periodontal, sendo que 12,5% (n = 11)
apresentaram estes microrganismos na cavidade bucal e bolsa periodontal, 30,68%
(n = 27) apresentaram somente na cavidade bucal e 3,4%
(n = 3) somente na bolsa periodontal.
Os gêneros mais freqüentes foram Enterobacter, Klebsiella
e Pseudomonas. Houve maior prevalência em indivíduos do sexo masculino e
não foi encontrada diferença estatisticamente significativa quanto a presença
destes microrganismos e profundidade de bolsa periodontal, faixa etária, hábito
de fumar e presença de doença sistêmica.
B113
Identificação genética intrafamilial de Streptococcus
mutans por AP-PCR.
SPOLIDÓRIO,
D. M. P.*, HÖFLING, J. F., PIZZOLITTO, A. C., SPOLIDÓRIO, L. C.
Departamento
de Patologia – Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP.
Tel.: 236-8619. E-mail: dspolido@foar.unesp.br
Com o objetivo de estabelecer as mais prováveis fontes
primárias de infecção por Streptococcus mutans através da técnica AP-PCR
(polimorfismo do DNA amplificado ao acaso), nos propusemos a isolar e
identificar esses microrganismos e estabelecer o grau de similaridade
intrafamilial para os isolados. Para o presente estudo, foram selecionados 22
famílias. As amostras de saliva foram analisadas e identificadas através de
testes bioquímicos. Após identificação, o DNA das amostras foram preparados,
purificados e amplificados. Os fragmentos de DNA obtidos foram comparados e
analisados através de eletroforese em gel de agarose. Os resultados
demonstraram que das famílias analisadas, 3 pais, 7 mães e 12 irmãos
contribuíram para a transmissão de Streptococcus mutans para os bebês.
Assim, os dados obtidos demonstraram que o uso de técnicas de biologia
molecular, especialmente o AP-PCR podem detectar polimorfismos entre isolados
de Streptococcus mutans e estabelecer o grau de similaridade
intrafamilial entre os mesmos. (Apoio financeiro: FAPESP – Processo:
97/07330-1.)
B114
Efeitos de um condicionador não lavável no esmalte de dentes
decíduos.
FAVA, M.*,
MYAKI, S. I., ARANA-CHAVEZ, V. E.
Disciplina
de Odontopediatria – UNIBAN e UNESP - São José dos Campos; Departamento de
Histologia – ICB – USP. Tel.: (0**12) 321-8166, r. 1.300.
O objetivo deste estudo in vitro foi de avaliar ao
microscópio eletrônico de varredura os aspectos morfológicos do esmalte de
dentes decíduos após condicionamento com ácido fosfórico a 36% ou com um agente
condicionador não lavável. Foram selecionados 10 dentes decíduos anteriores
esfoliados naturalmente. As amostras sofreram profilaxia com pasta de
pedra-pomes e água, em baixa velocidade. O condicionamento foi realizado no
esmalte da face vestibular. Os espécimes foram divididos em dois grupos. G1
(n = 10): condicionamento com ácido fosfórico a 36% na forma de gel -
Conditioner 36 (Dentsply) durante 20 segundos, seguido de lavagem com água
durante 15 segundos. G2 (n = 10): condicionamento com NRC - Non Rinse
Conditioner (Dentsply) durante 20 segundos, seguido de secagem com ar durante
15 segundos. As amostras foram desidratadas, montadas em bases metálicas e
cobertas com ouro para análise ao microscópio eletrônico de varredura (Jeol JSM
6.100). A análise das fotomicrografias revelou que ambos os agentes
condicionadores foram efetivos para condicionar o esmalte de dentes decíduos,
porém o condicionamento pareceu mais efetivo quando utilizou-se o ácido
fosfórico a 36% na forma de gel.
Concluiu-se que ambos os agentes condicionadores promoveram a formação
de um esmalte com microporosidades, porém estas foram mais evidentes quando
utilizou-se o ácido fosfórico a 36%.
B115
Proteases secretadas por Candida spp. isoladas
de eritema linear gengival.
PORTELA, M.
B.*, COSTA, E. M. M. B., SANTOS, A. L. S., ABREU, C. M., SOUZA, I. P. R.,
SOARES, R. M. A.
Disciplina
de Odontopediatria – FO; Instituto de Microbiologia – UFRJ.
O eritema linear gengival (ELG) tem sido considerado uma
forma de candidíase eritematosa em pacientes HIV+. O presente estudo visa a
caracterização do perfil proteolítico de Candida spp., isoladas
de ELG, em crianças HIV+ e correlacioná-lo com as características clínicas do
ELG e as condições sistêmicas de cada paciente. De três crianças HIV+ com ELG
foram isoladas três C. albicans e uma C. dubliniensis. Os quatro
isolados foram cultivados em meio BHI a 37ºC durante 48 h. O sobrenadante
obtido foi filtrado e concentrado através de ultrafiltração. O perfil
proteolítico foi avaliado através de gelatina-SDS-PAGE. Os géis foram incubados
por 1 h em Triton X-100 e, em seguida em tampão fosfato (pH 5,5) por
48 h a 37ºC, com e sem os seguintes inibidores proteolíticos:
1,10-fenantrolina, E-64, pepstatina e PMSF. As proteases foram evidenciadas
após coloração dos géis com Coomassie Brilliant Blue R-250. Os três isolados de
C. albicans mostraram um perfil proteolítico distinto, porém todos
expressaram uma protease majoritária de 40-50 kDa. O isolado de C.
dubliniensis apresentou três proteases com massas moleculares entre
40-100 kDa. Todas as atividades proteolíticas foram inibidas na presença
de PMSF, um inibidor específico de serina proteases. Observou-se uma correlação
positiva entre a intensidade da atividade proteolítica, severidade do ELG e a
condição sistêmica do paciente.
Desta forma, podemos inferir que as espécies de Candida
isoladas de ELG produzem serina proteases extracelulares e essa secreção está
associada à gravidade do ELG e da infecção pelo HIV.
B116
Avaliação antimicrobiana in vitro de extratos aquosos
fitoterápicos para uso endodôntico.
PERIN, F.
M.*, FRANÇA, S., SAQUY, P., SOUSA NETO, M. D.
A descoberta de biocompostos naturais isolados de plantas
com ação eficaz contra a microbiota endodôntica será de grande contribuição
para novas terapêuticas dentro da Odontologia. Este projeto tem como principal
meta avaliar in vitro o pontecial bactericida do extrato bruto obtido da
espécie Arctium lappa frente a alguns microrganismos endodônticos. Foram
testadas três formas fitoterápicas: tintura 20%, rotaevaporada da tintura e a
liofilizada, frente a solução de hipoclorito de sódio a 1% e ampicilina. Neste
estudo, foram utilizadas quatro cepas ATCC: Enterococcus faecalis (ATCC
29212), Staphylococcus aureus (ATCC 6538), Bacillus subtilis
(ATCC 6633) e Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27853), e uma cepa
oriunda do Instituto de Ciências Biológicas da USP: Candida albicans
(CBS-ICB/USP 562). A atividade antimicrobiana foi avaliada através do método de
difusão em ágar, no meio de cultura BHI, tendo todas as suspensões ajustadas ao
tubo 2 da escala de MacFarland (6 x 108 bactérias/ml). As
placas-ágar foram semeadas em triplicata, e tiveram as soluções dispensadas em
poços realizados sobre o ágar. A atividade bactericida foi observada através da
mensuração de halos inibitórios.
Das três formulações fitoterápicas, a liofilizada apresentou-se mais
efetiva, com halos maiores que os da solução de Milton sobre as espécies de C. albicans
e B. subtillis, exceto na espécie E. faecalis, que mostrou-se
inefetiva.
B117
Desmineralização do esmalte in situ por 4, 7 e 10
dias e influência de fatores salivares.
TENUTA, L.
M. A.*1,2, LIMA, J. E. O.1, CARDOSO, C. L.2,
CURY, J. A.3
1Departamento
de Odontopediatria – FOB – USP; 2DOD/DAC - UEM;
³FOP – UNICAMP. E-mail: litenuta@hotmail.com
O objetivo deste trabalho é avaliar a desmineralização do
esmalte após períodos de 4, 7 e 10 dias de acúmulo de placa bacteriana in
situ e a influência do fluxo salivar, capacidade tampão da saliva e níveis
salivares de estreptococos mutans no processo. O estudo foi aprovado
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Odontologia de Bauru. Após a
avaliação inicial dos fatores salivares citados, 13 voluntários iniciaram o uso
de um dispositivo intrabucal palatino contendo 4 blocos de esmalte bovino
(4 x 4 x 2 mm) cobertos por uma tela plástica, durante 3
períodos de 4, 7 e 10 dias. Durante a fase experimental, os voluntários
utilizaram um dentifrício não fluoretado e gotejaram uma solução de sacarose a
20% sobre os blocos de esmalte 10 vezes ao dia. A microdureza dos blocos foi
determinada antes e após o período de desmineralização in situ, com um
penetrador Knoop e carga de 50 g por 5 s. A porcentagem de perda de
dureza superficial foi progressivamente maior nos períodos de 4, 7 e 10 dias
(13,8% ± 18,1%; 19,3% ± 25,1%; 48,3% ± 25,4%, respectivamente),
não havendo diferença estatisticamente significante entre os períodos de 4 e 7
dias (p << 0,05). O coeficiente de correlação de Pearson não
mostrou correlação estatisticamente significante entre os fatores salivares
estudados e a porcentagem de perda de dureza superficial
(p << 0,05).
Os resultados demonstram desmineralização do esmalte in situ após
curtos períodos de acúmulo de placa bacteriana, que não foi influenciada pelos
fatores salivares avaliados. (Apoio: FAPESP – Processo: 98/16471-0.)
B118
Universidade Solidária: Oficina de Capacitação em Saúde
Bucal.
FUSCELLA, M.
A. P.*, OSÓRIO, J. S., ARAÚJO, A. M. A., FERNANDES, L. M. A. G.,
FERNANDES, T. G., CUNHA, C. E. F.
Universidade
Potiguar. Tel./fax: (0**84) 215-1230.
A Universidade Potiguar (UnP) vem participando do Projeto
Universidade Solidária desde 1998 e a partir de janeiro de 2000, o curso de
Odontologia integrou-se às atividades, desenvolvendo uma Oficina de Capacitação
em Saúde Bucal, no município de São Miguel - RN, para professores do ensino
fundamental e agentes comunitários de saúde, com o objetivo de transmitir
conhecimentos e motivá-los a atuarem como multiplicadores de saúde bucal. Na
Oficina abordou-se a prevenção da cárie e da doença periodontal, através de
textos de apoio e construção de diferentes instrumentos educativos,
utilizando-se material de sucata, em atividades lúdicas. Os 20 participantes
trabalharam em pequenos grupos e apresentaram o instrumento construído,
utilizando-o numa breve explanação sobre o tema abordado. Avaliou-se as
atividades aplicando-se um mesmo questionário ao início e ao final da Oficina.
Concluiu-se, que se conseguiu transmitir conhecimentos de saúde bucal
aos participantes. Pode-se observar, também, o envolvimento satisfatório e a
segurança dos participantes durante as explanações, ministrando explicações
corretas sobre o assunto abordado. A partir desses resultados positivos, a
Oficina foi implementada no ano de 2001, no município de Ten. Laurentino Cruz,
obtendo novamente êxito, além de estar sendo aplicada em outros projetos de
extensão da UnP, junto a escolas públicas.
B119
Potencial cariogênico de leites e efeitos da suplementação
com flúor.
COPPI, L.
C.*, PERES, R. C. R., ROSALEN, P. L., CURY, J. A., FRANCO, E. M., GROPPO, F. C.
Departamento
de Ciências Fisiológicas – FOP – UNICAMP.
Tel./fax: (0**19) 430-5308. E-mail: rosalen@fop.unicamp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar o potencial cariogênico
dos leites humano, bovino e fórmula infantil suplementada ou não com flúor (F).
Utilizou-se um modelo animal sob elevado desafio cariogênico em que 60 ratas
Wistar, spf, foram infectadas com Streptococcus sobrinus 6715, e aos 25
dias de idade, foram dessalivadas cirurgicamente. Os animais foram divididos em
6 grupos experimentais que receberam ad libitum: (1) água destilada e
esterilizada (ADE) com 5% de sacarose; (2) leite humano; (3) leite Ninho em
crescimento®; (4) leite Ninho em crescimento® suplementado
com 10 ppm F; (5) leite bovino; e (6) ADE. Os grupos 1 e 6 receberam dieta
essencial NCP#2, via gavagem, duas vezes ao dia. Após 21 dias experimentais os
animais foram sacrificados e avaliados quanto à microbiota oral e índice de
cárie usando o método de Keyes modificado por Larson. Os resultados foram
analisados pelo teste de Kruskal-Wallis. Quanto à porcentagem de S.
sobrinus, não houve diferença estatística entre os grupos 1 a 5
(27,1-32,7%), exceto para o grupo 6 (5,0%) (p << 0,05). Os
índices de cárie de superfície lisa e [sulco], foram os seguintes: (1) 51,8
[51,9]; (2) 24,1 [21,3]; (3) 42,4 [44,6]; (4) 26,7 [26,8]; (5) 15,0 [24,2]; (6)
18,4 [10,5].
Concluiu-se que os leites bovino e humano não apresentaram
cariogenicidade significativa, enquanto que o leite formulado sem flúor foi o
mais cariogênico. A adição de flúor, na reconstituição do leite formulado,
diminuiu significativamente a sua cariogenicidade, podendo ser um veículo
alternativo para uso preventivo de cárie em saúde pública. (Apoio: CAPES; CNPq;
FAPESP: 9804779-0.)
B120
O efeito de substâncias metabólicas de estreptococos
cariogênicos em Veillonellas.
FERRO, M. I.
G*., ANNAN, S. G., VALLADARES, R. R., CARDENAS, L. B.
Facultad de
Odontología – Universidad Nacional de Tucumán – Argentina.
E-mail: ferrolab@infovia.com.ar
O gênero Veillonella, para sua habilidade para usar o
ácido láctico, apresentam uma interdependência nutricional com microorganismos
cariogênicos como estreptococos orais. Em estudos prévios de interações entre
estes microorganismos em caldo lactate (CL), foi achada inibição de crescimento
de Veillonella (V1) quando é cultivado com Streptococcus sobrinus
(Ss) e há incentivo quando é cultivado em presença de Streptococcus mutans
(Sm). O objetivo da investigação presente era estudar o efeito dos produtos
metabólicos das duas tensões de estreptococos em caldo sem lactate (CSL) no
crescimento de V1. Provar isto: a) Lá foi estudado o efeito de volumes
crescentes de sobrenadantes correspondentes um 72 h cultiva de Sm e Ss no
crescimento de V1. b) Tratamentos diferentes dos sobrenadantes de Sm e de Ss
foram levados a cabo. Em todos os casos o absorvance às 560 nm eram
determinados contra resultados de time. Os resultados desta investigação
indicam o seguinte: 1) em CSL, Sm e Ss estimulam o crescimento de V1 com
diluições de sobrenadante de 1/80, 1/40, 1/20, 1/10 e 1/5. 2) O efeito
estimulante de Sm e Ss em V1 não desaparece quando os sobrenadantes são
neutralizados ou calentados, nenhum quando o proteinasa foi somado.
Destes resultados concluímos que aquele lactato produzido pelo
metabolismo dos estreptococos iria estimular o crescimento de Veillonella.
Estas interações metabólicas favoreceriam a proporção destes últimos
microorganismos nos ecossistemas orais. (Apoiado pelo Conselho de Investigação
da Universidade Nacional de Tucumán - Argentina.)
B121
Avaliação microscópica de dois tratamentos para cárie
incipiente: estudo in situ.
NEVES, A.
A.*, PRIMO, L. G.
Departamento
de Odontopediatria e Ortodontia – FO – UFRJ. Tel.: (0**21) 562-2098.
E-mail: alineves@unisys.com.br
Este trabalho teve por objetivo avaliar, in situ, o
esmalte desmineralizado submetido à escovação dentária ou a uma aplicação
tópica de NaF através de estereomicroscopia, MEV e luz polarizada (MLP).
Fragmentos de esmalte desmineralizados por um gel acidificado foram incluídos
em dispositivos intrabucais de 5 voluntários. O estudo constou de 3 fases de 14
dias: (C+) esmalte desmineralizado exposto ao ambiente bucal; (E) esmalte
desmineralizado + escovação 3 vezes ao dia + exposição ao ambiente
bucal e (F) esmalte desmineralizado + NaF neutro a 2% por 4 minutos
previamente à exposição na cavidade bucal. Os voluntários utilizaram
dentifrício fluoretado durante o estudo. Um último grupo consistiu de esmalte
desmineralizado não-exposto ao meio bucal (C-). Todos os grupos que passaram
pela etapa in situ apresentaram cavitação na superfície além de
diminuição da área desmineralizada quando comparado ao C-, sendo que no E este
valor foi estatisticamente significante (p = 0,003). Ao MEV, C+ e F
mantiveram as irregularidades causadas pelo desafio ácido. No grupo E houve
maior lisura superficial com exposição da camada subjacente. Em MLP, C+, E e F
tiveram diminuição da profundidade das lesões estatisticamente significantes quando
comparado ao C- (p << 0,0l).
Diante da
amostra estudada, conclui-se que a escovação do esmalte desmineralizado com
dentifrício fluoretado provoca regularização da superfície atacada. O uso do
gel fluoretado não causou maior diminuição da área desmineralizada ou
modificações significativas na porosidade das lesões comparado ao grupo E.
B122
Análise da concentração de flúor na água de abastecimento
público da cidade de Niterói - RJ.
MAIA, L.
C.*, VALENÇA, A. O. M. C., CURY, J. A.
Pós-Graduação
em Odontologia Social – UFF; UFPB; UNICAMP.
E-mail: rorefa@microlink.com.br
O objetivo do presente estudo foi realizar um monitoramento
externo da concentração de flúor das águas de abastecimento público do
município de Niterói - RJ, visando observar possíveis variações na sua
concentração e o percentual de adequação dos valores encontrados. Foram
coletadas três amostras mensais de cada um dos 34 bairros abastecidos por água
tratada pela única estação de tratamento local, durante o período de janeiro à dezembro
de 2000, as quais foram analisadas através do método potenciométrico. Como
resultados, pode-se observar que a média (n = 1.233) anual da
concentração de fluoreto na água foi 0,44 ppm (0,02-2,7 ppm).
Mensalmente foram encontrados os seguintes teores médios (ppm F): 0,05 (jan.),
0,04 (fev.), 0,33 (mar.), 0,85 (abr.); 0,68 (mai.), 0,05 (jun.), 0,10 (jul.);
0,91 (ago.); 0,71 (set.); 0,52 (out.); 0,53 (nov.); 0,52 (dez.). Em relação ao
percentual de adequação, pode-se observar que 563 (45,7%) amostras possuíam
teores desprezíveis de íon flúor (até 0,1 ppm); 248 (20,1%) eram abaixo da
média ótima (0,11 à 0,59); 163 (13,2%) encontravam-se dentro do limite ótimo
(0,6 à 0,8) e 259 (21,0%) estavam acima do teor ótimo de fluoreto (acima de
0,8), caracterizando um total de inadequação de 1.070 (86,8%) amostras.
Pode-se concluir que no transcorrer do ano 2000, o município de Niterói
não apresentou níveis ideais de fluoreto nas águas de abastecimento, o que
reitera a necessidade de controle desta medida para que a população possa,
efetivamente, alcançar o seu benefício máximo na diminuição da prevalência de
cárie.
B123
Diagnóstico visual e visual-radiográfico de cárie oclusal em
molares decíduos.
SANTOS, L.
M.*, ROCHA, M. J. C.
Departamento
de Estomatologia – UFSC. E-mail: lmsantos@loja.net
Este estudo teve por objetivo avaliar a concordância quanto
ao diagnóstico visual e visual-radiográfico de cárie oclusal em um grupo de
examinadores não calibrados, a influência do raio X interproximal no
diagnóstico e relacionar os achados dos examinadores com os do
estereomicroscópio (40 X). 27 odontopediatras examinaram molares decíduos
fixados em blocos de resina acrílica e numerados de 1 a 32. O estudo foi
realizado em duas etapas. Na primeira, realizaram o exame visual e para cada
dente, responderam as seguintes questões: 1) Na sua opinião, existe cárie
oclusal neste dente?; 2) Caso a resposta seja positiva, em que nível a cárie se
encontra? A)esmalte, B)esmalte/dentina. Na segunda etapa, responderam as mesmas
questões da primeira, porém com o auxílio do raio X. As concordâncias
entre os examinadores quanto aos diagnósticos sem e com raio X expressas
em estatística Kappa foram consideradas moderadas (K = 0,454941) e
(K = 0,47715). De acordo com o cálculo do intervalo de confiança
(95%), foi considerada, de média a moderada, com nível de significância de
2,5%. As médias dos diagnósticos positivos e negativos de cárie, sem o uso de
raio X foram 10 e 22 e, com o uso de raio X, 9 e 23. A sensibilidade
e especificidade média dos examinadores foi respectivamente, 0,36 e 0,82.
Concluiu-se que houve uma grande variação entre os examinadores; o
raio X interproximal não alterou significativamente o diagnóstico visual e
houve uma considerável falta de correspondência entre os diagnósticos realizados
pelos examinadores e os achados no estereomicroscópio.
B124
Alterações histológicas e histoquantitativas durante a
movimentação ortodôntica.
AGUIAR, A.
C. F.1, ALVES, J. B.1, CRUZ, S. C. C.*1,
BORBA, W. A.2
FO – PUC -
Belo Horizonte, Minas Gerais; 2UNIUBE - Uberaba, Minas Gerais.
O presente estudo compara o efeito do paracetamol e do ácido
acetilssalicílico na remodelação óssea durante a movimentação ortodôntica em
ratos. Foram utilizados 24 animais, machos, da raça Wistar, divididos em 3
grupos, segundo a medicação administrada: grupo I (grupo controle) -
sem medicação; grupo II - paracetamol e grupo III - ácido
acetilssalicílico. Toda a amostra recebeu uma banda elástica entre os primeiros
e os segundos molares superiores do lado direito, por um período de 4 dias. O
lado esquerdo serviu de controle em todos os grupos.
A análise histológica mostrou em todos os animais submetidos à separação
dentária, intenso processo inflamatório na região da papila interdentária,
assim como reabsorção da crista óssea. Os dados histométricos revelaram maior
número de osteoclastos no lado direito (experimental) do que do lado esquerdo
(controle). No grupo III, o número de osteoclastos foi menor que nos
demais grupos. Medidas lineares da separação dentária foram obtidas e
analisadas pelo teste t, sendo que a menor separação entre os dentes foi
observada no grupo tratado com ácido acetilsalicílico. Dessa forma, os
resultados ressaltam as propriedades do ácido acetilsalicílico de inibir a
ciclooxigenase e, conseqüentemente, a produção de prostaglandinas, mediadores
importantes da reabsorção óssea no movimento dentário induzido, reforçando a
contra-indicação desta droga na terapêutica do desconforto associado ao
tratamento ortodôntico.
B125
Avaliação in vitro da ação do laser de baixa potência
em amostra de Streptococcus.
SPONCHIADO-Jr.,
E. C.*, CARVALHO-Jr., J. R., PERIN, F. M., COSTA, L. A. S. S.,
SOUSA-NETO, M. D.
Universidade
de Ribeirão Preto – UNAERP.
Os lasers de baixa potência possuem uma série de aplicações,
sendo elas: antiálgica, bioestimulante e antiinflamatória. No entanto, na
literatura encontramos pesquisas que comprovam a ação bactericida dos raios
lasers de baixa potência em amostras de microrganismos. O objetivo do presente
estudo é avaliar, in vitro, a ação bactericida do laser de baixa
potência em colônias de Streptococcus. Nesta pesquisa, utilizou-se o
aparelho laser semicondutor de arsenieto de gálio e alumínio, infravermelho e
de 830 nm de comprimento de onda, nos tempos de aplicação de 3, 6 e 12
minutos. Tubos de ensaio de 10 x 75 mm foram cortados numa altura de
aproximadamente 15 mm, para colocação da suspensão, facilitando a
aplicação laser. Os raios foram dirigidos diretamente ao centro do longo eixo
do tubo de ensaio, em feixes perpendiculares à superfície da suspensão. As
irradiações foram feitas sobre o volume de 0,5 ml da suspensão bacteriana
devidamente padronizada. Após a aplicação do laser, os tubos de ensaio foram
incubados a 37ºC por 24 horas. A atividade antimicrobiana foi avaliada por
meio do método experimental de difusão em ágar, no meio de cultura líquida
Brain Heart Infusion, onde verificou-se crescimento bacteriano após a aplicação
dos raio laser de baixa potência.
Pode-se concluir que o raio laser foi incapaz de produzir efeito letal
sobre o Streptococcus.
B126
Membrana absorvível promove a regeneração óssea em defeitos
em crânio de cobaias.
TAGA, M. M.
L.*, CESTARI, T. M., TAGA, E. M., TAGA, R., GRANJEIRO, J. M.
Departamento
de Prótese/Periodontia – FOB – USP. E-mail: jomagra@fob.usp.br
Materiais à base de colágeno bovino têm sido extensivamente
usados na Medicina e Odontologia devido às suas propriedades biológicas e
físicas. No atual trabalho com intuito de avaliar a reparação de defeito ósseo
de tamanho crítico com utilização de dupla membrana de cortical óssea bovina
desmineralizada (Gen-derm, 250-300 µm de espessura), produzimos uma lesão
óssea de 12 mm de diâmetro no crânio de 30 cobaias. Nos grupos
experimentais, o defeito foi protegido por uma membrana sobre a dura-máter,
sendo acima desta, colocada uma haste de osso alogênico desmineralizado e
inativado de 3 mm de diâmetro como mantenedor de espaço, e após
preenchimento com coágulo sangüíneo, recoberto por uma segunda membrana
colocada abaixo do periósteo. Os grupos controles foram preenchidos somente com
coágulo sangüíneo. As calvárias foram coletadas 1, 3 e 6 meses após as
cirurgias. As análises radiográfica, morfométrica e histológica mostraram que
no grupo tratado com Gen-derm, um mês após a cirurgia, novo tecido ósseo de
arranjo trabecular já ocupava 49% da área dos defeitos e ao final de 6 meses,
em dois casos, ocorreu fechamento total dos defeitos com tecido ósseo
neoformado já tendendo a um arranjo compacto e nos outros três casos, 78% da área
total dos defeitos estava preenchida por tecido ósseo, sendo que no grupo
controle a área total de osso neoformado foi somente de 48%.
Estes dados indicaram que o uso de dupla membrana e um material
mantenedor do espaço favoreceu a reparação de defeito ósseo de tamanho crítico
em crânio de cobaia.
B127
Prematuro: avaliação das condições orais de risco.
RUBIO, C.
L.*, GARBERO, I., LEÓN, R. G. P. de, CARDENAS, I. L. B. de
Cát. de
Microbiología Odontología e Cát. de Obstetricia. Medicine – UNT –
Argentina.
O objetivo do trabalho presente era avaliar a presença de
condições orais de risco em mães de recém-nascidos prematuros (PNB). O estudo
incluía uma amostra de mães de 49 recém-nascidos no Quarto de Internação
Combinada Diferenciada do Instituto de Maternidade e Ginecologia Nossa Senhora
do Mercedes de San Miguel de Tucumán, desde fevereiro para abril de 2001. Para
a análise estatística dos dados foi estratificado de acordo com o prematuro foi
espontâneo (Grupo I) ou associou a outra patologia materna (Grupo II).
As variáveis orais registradas eram: CPO, IG (Löe e Silness), sondando
profundidades (SP), unidades formadoras de colônias de C. albicans em
saliva sem estimular (UFC/ml); fumando. Os resultados obtidos foram os
seguintes: meios e SD em Grupo I: Idade: 23,05 ± 4,9 anos;
Gestacional envelhecem: 34,02 ±3,50 semanas; recém-nascido pese
2.009 ± 777,40 g; IG:1,05 ± 0,4; SP: 2,36 ± 2,46; UFC/ml:
3.641,82 ± 5.444,26; componente C: 8,16 ± 5,42; número de cigarros
diários: 0,63 ± 1,65 e em Grupo II: Idade: 29,815 ± 8,15 anos;
Gestacional envelhecem: 35,92 ± 3,04 semanas; recém-nascido pese:
2.641,54 ± 838,86 g; IG: 1,22 ± 0,40; SP: 3,23 ± 2,7; UFC/ml:
975,38 ± 1.916,14; componente C: 8 ± 4,22; número de cigarros
diários: 3,76 ± 7,39.
Apesar das diferenças significantes na idade e no número de cigarros
diários consumidos pela mãe e no peso do recém-nascido, em ambos os grupos não
conheceram diferenças com significado estatístico nas condições orais
avaliadas. (A investigação presente foi subsidiada pelo Conselho de
Investigações do UNT – CIUNT.)
B128
Reanimação cardiopulmonar: um estudo piloto em Belo
Horizonte.
PERONI, L.
D.*, LIMA, T. K. S., SANTORO, L. C., BOTELHO, R., ALVES, L. C. F.,
NOMAM-FEREIRA, L. C., MENDONÇA, L. L., BARREIROS, I. D.
DCPCO – FO –
UFMG. Tel.: (0**31) 3499-2427.
O presente estudo piloto tem como objetivo avaliar por meio
de questionários aplicados a profissionais da área odontológica, se os mesmos
estão preparados em relação à execução dos procedimentos de reanimação
cardiopulmonar (RCP) e se possuem em seus consultórios os equipamentos
necessários à realização da mesma. Além disto, pretende-se verificar se os
dados obtidos com a aplicação dos questionários se encontram em concordância
com a bibliografia atual sobre o assunto estudado. A amostra randomizada é
constituída por cinqüenta cirurgiões-dentistas trabalhando em diferentes
regiões da cidade de Belo Horizonte. Foi realizada uma entrevista com os
profissionais cujo questionário abordava questões relacionadas à habilidade do
profissional na realização da RCP, como e onde esses profissionais tiveram
acesso às informações a respeito da técnica e quais os equipamentos estavam
disponíveis em seus consultórios.
Os resultados demonstraram que a maioria (72%) dos cirurgiões-dentistas
não domina o conhecimento nem tampouco as técnicas e os passos da RCP, além de
não possuírem ou mesmo conhecerem os equipamentos necessários para tal
procedimento. Já os cirurgiões-dentistas, que se encontram preparados para a
realização da reanimação cardiopulmonar, possuem os instrumentos utilizados na
execução da mesma.
B129
Latência e duração de ação anestésica local da mepivacaína
2% associada à epinefrina ou à levonordefrina.
SOARES, M.
S., BORSATTI, M. A.*, PENHA, S. S., BUSCARIOLO, I. A.
O estudo comparou a latência e duração de ação anestésica em
tecido pulpar após administração intrabucal de cloridrato de mepivacaína 2%
(36 mg/1,8 ml) associada à epinefrina (Mepivacaína 2% com epinefrina
1:100.000, DFL) ou à levonordefrina (Mepivacaína 2% com levonordefrina 1:20.000,
DFL). Foram atendidos 32 pacientes normorreativos deambulantes que sofreram
procedimento restaurador em 4 dentes: 2 dentes inferiores posteriores pela
técnica de bloqueio regional (sendo utilizada em cada consulta uma das
associações anestésicas) e 2 dentes superiores pela técnica infiltrativa
(utilizando as duas associações anestésicas). Foi realizada apenas uma
anestesia local e uma restauração por consulta. A latência e a duração de ação
foram obtidas pelo estímulo térmico com frio (tetrafluoretano) aplicado a cada
1 minuto na face vestibular de dente hígido vizinho ao restaurado. Em ambas as
técnicas utilizadas, embora a latência da associação com epinefrina tenha sido
menor do que com a levonordefrina (pela técnica infiltrativa: 113 ± 40 e
128 ± 58 s, e por bloqueio: 199 ± 81 e 220 ± 92 s,
respectivamente), não houve diferença significativa entre os grupos de drogas
(teste “t” de Student, p << 0,05). Para ambas as técnicas, a
duração da ação anestésica não diferiu significativamente entre os grupos com
epinefrina e levonordefrina (p << 0,05) (técnica infiltrativa:
123 ± 41 e 120 ± 40 min, bloqueio regional: 153 ± 45 e
156 ± 55 min., respectivamente).
Nenhuma das associações anestésicas estudadas apresentou vantagem sobre
a outra quanto a latência ou duração da ação, para ambas as técnicas
realizadas.
B130
Utilização das imagens digitais: aspectos jurídicos e
forenses em Medicina e Odontologia.
MIYAJIMA,
F.*, PEREIRA, C. B., DARUGE, E.
Departamento
de Odontologia Social – Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP.
O assunto em pauta seria de inexpressiva relevância se fosse
abordado até pouco tempo atrás, onde informatização eletrônica era algo
relacionado exclusivamente aos especialistas da área, e a busca de um resultado
planejado, isto é, a finalidade, tinha como principal veículo o trabalho do
indivíduo de uma forma manual e até certo ponto artesanal. Atualmente o que se
sucede é uma incrementação geométrica dos sistemas mundiais, onde o limiar, bem
como a exigência de um desempenho para uma determinada tarefa atinge níveis
estratosféricos. Houve uma repentina mudança nos paradigmas do “possível” e
“atingível” que o homem trazia desde o seu surgimento até então. Todavia como a
Lei não acompanha a velocidade e o ritmo dos avanços tecnológicos da sociedade,
não houve uma regularização governamental explícita, no Brasil, sobre a
validade legal dos arquivos eletrônicos e de várias de suas metodologias
derivadas até o momento, apesar do próprio governo lançar mão desta tecnologia
em seus diversos serviços, como no recadastro de pessoas físicas e na
declaração anual de imposto de renda. O presente trabalho visa abordar alguns
aspectos recomendáveis aos profissionais e peritos nas ciências médicas e
odontológicas, propor algumas soluções e finalmente esclarecer de forma sucinta
que os arquivos digitais não são ilegais, apenas a Lei não se refere ainda a
eles.
B131
Verificação do conceito de saúde bucal de professores do
ensino fundamental.
MIRANDA, I.
M. P.*, SILVEIRA, J. L. G. C., PEREIRA, H. C., AMARAL, M. C. P.
Pós-Graduação
em Odontologia Social – UFF; UFRJ; UNIG - RJ.
Este trabalho tem o objetivo de avaliar o conceito de
saúde-doença bucal dos professores do ensino fundamental. Pretende-se obter um
diagnóstico para a implantação de um Programa Educativo em Saúde Bucal
específico para os professores. O método de abordagem foi o indutivo com
procedimento estatístico. Trata-se de pesquisa censitária direcionada aos 35
professores do Colégio de Aplicação da UNIG - RJ. A técnica empregada foi
a de observação direta extensiva através de questionários. Observou-se: 1)
Quanto ao perfil: 39 anos em média, 90% do sexo feminino. 2) Escolaridade: 100%
nível universitário sem pós-graduação. 3) Quanto ao conceito de saúde: 60%
refere-se ao conceito de saúde da OMS, omitindo a vertente social. Apenas 15%
respondeu o conceito completo. 4) Quanto à saúde bucal: 45% atribui causa
bacteriana para a cárie. 25% acha que é causada apenas pela falta de higiene.
5) Origem das informações odontológicas apresentadas: 80% atribui às palestras
ministradas pelos alunos de graduação em Odontologia da UNIG e 10% aos seus
dentistas. 6) Quanto aos hábitos alimentares, 55% relata ingerir alimentos
açucarados mais de 5 vezes/dia.
Uma das possibilidades de se trabalhar, de forma efetiva e continuada,
em promoção de saúde com crianças do 1º grau ocorre através de seus
professores. Estes, necessitam de capacitação que relacione saúde e cidadania,
a fim de torná-los promotores de saúde.
B132
Percepções de adolescentes sobre saúde bucal.
NEIVA, A.*,
SILVA, V. S., MAIA, L. C.
Pós-Graduação
em Odontologia Social – UFF; CBMERJ.
O objetivo deste estudo foi avaliar as percepções de
adolescentes (A) a respeito de saúde bucal através de um questionário
respondido por 109 A matriculados no Centro Integrado de Educação Pública
316 - Belford Roxo - RJ, onde o “Projeto Saúde na Escola” está
implementado. Os dados foram inseridos num banco de dados do programa Epi Info
6.04 e os testes estatísticos utilizados foram qui-quadrado e Fisher, com
significância de 1% e 5%. A maioria dos A (56,1%) consideram boca saudável
aquela que é adequadamente higienizada. Dos 82 A (80,4%) que relataram nunca
ter tido problemas bucais, 69 (84,1%) citaram a higiene bucal (HB) como
importante para a saúde da boca, entretanto, a importância da HB também foi
citada por 19 (95%) dos 20 A que relataram episódios prévios de dor e/ou cárie
(p >> 0,05). Da mesma forma, a maioria dos A que se submeteram
a exodontias (88,9%) também ressaltaram a importância da HB para a manutenção
da saúde bucal (p >> 0,05). Adicionalmente, dos 42 A (42,4%)
que se submeteram a exodontias, 17 (40,5%) relataram nunca ter tido problema de
saúde bucal (p << 0,001).
Conclui-se que a maioria dos adolescentes associam a saúde da boca com a
sua adequada higiene. No entanto, apesar de perceberem a relevância da higiene,
o grupo estudado não parece colocá-la em prática de forma a prevenir os
problemas bucais relatados. No campo das percepções, as exodontias não foram
consideradas problemas de saúde bucal por uma parcela significativa dos
adolescentes que se submeteram às mesmas.
B133
Percepção dos pacientes fumantes sobre a participação do
fumo nas lesões bucais.
SOUZA, R.
A.*, CALAZANS, P. M., SOARES, E. L., MAIA, L. C.
Programa de
Pós-Graduação em Odontologia Social – UFF; UNIGRANRIO.
O objetivo deste trabalho foi avaliar as percepções dos
pacientes fumantes (PF) quanto à relação do fumo (F) na indução de lesões
bucais (LB), particularmente sobre o câncer bucal (CB), bem como avaliar a participação
dos dentistas (CD) no fornecimento de informações (I) aos PF sobre tal relação.
Para tanto, foi realizada entrevista semi-estruturada, aplicada aleatoriamente
em 52 PF (25 homens e 27 mulheres) atendidos no Hospital Municipal Lourenço
Jorge (SMS - SUS) no Rio de Janeiro - RJ, no ano 2001. Os dados
obtidos foram analisados percentualmente e pelo teste não-paramétrico do c² com
nível de significância de 5%. Embora a maioria 32 (61,5%) dos PF fume mais que
10 cigarros/dia, não houve diferença estatisticamente significante entre o
número de cigarros fumados por dia pelos PF e a percepção de que o F cause LB
(p >> 0,05). Dentre os PF, 9 (28,1%) reconhecem o CB como lesão
decorrente do hábito de fumar, 29 (55,8%) receberam I sobre a associação do F
com LB através da mídia ou por outros profissionais de saúde, sendo que apenas
8 (15,3%) obtiveram tal informação por um CD e 37 (71,15%) PF não receberam
quaisquer informações por parte dos CDs a respeito da importância de parar de
fumar e da relação do F na indução de LB, especialmente o CB.
Os resultados deste estudo apontam para a necessidade de uma mudança de
postura dos dentistas no enfrentamento das doenças bucais relacionadas ao
hábito de fumar para que os pacientes fumantes possam obter destes profissionais
informações que melhorem as suas percepções sobre a relação entre fumo e lesões
bucais.
B134
Avaliação do perfil epidemiológico da cárie dentária na
região centro-oeste do estado de São Paulo.
BASTOS, J.
R. M.*, SALES PERES, S. H. C.
Departamento
de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva – FOB – USP.
Tel.: (0**14) 234-8257. E-mail: jrbastos@fob.usp.br
Este estudo teve por objetivo analisar as condições de saúde
bucal dos escolares de 12 anos de idade residentes na região centro-oeste do
estado de São Paulo, Brasil. Participaram da pesquisa 485 crianças, sendo 253
meninos e 232 meninas, distribuídos em oito municípios participantes. Os
resultados foram:
Conclui-se que a maior prevalência de cárie ocorreu no gênero masculino
em todos os municípios com exceção Pongaí, diferente dos resultados da maioria
dos trabalhos publicados. Fica a sugestão de que o perfil epidemiológico de
cárie dentária está mudando na população, devendo ser avaliado, seja na
conscientização ao autocuidado, escovação com dentifrício fluoretado e
manutenção da saúde bucal.
B135
Traumatismos dentários em pacientes assistidos na
Bebê-Clínica da FOA – UNESP.
PUGLIESI, D.
M. C.*, VIEIRA, A. E. M., CUNHA, R. F., NERY, R. S.
Odontologia
Infantil e Social – FOA – UNESP. Tel.: (0**18) 620-3235.
E-mail: cunha@foa.unesp.br
A recomendação de que a primeira visita da criança ao
dentista deve ser realizada no primeiro ano de vida, provocou o desenvolvimento
de programas com filosofia educativa (conscientização dos pais sobre a saúde
bucal de seus filhos) e preventiva (manutenção da saúde bucal do bebê). O
objetivo deste trabalho foi realizar um estudo dos traumatismos dentários em
crianças de 0 a 3 anos de idade. Foram analisados um total de 1.654 prontuários
de pacientes atendidos na Bebê-Clínica da Faculdade de Odontologia de Araçatuba
– UNESP no período de janeiro de 1996 a outubro de 2000. A freqüência de
injúrias traumáticas foi de 16,3%. Houve maior acometimento do gênero masculino
(62,6%), de crianças entre 1 e 2 anos de idade (39,9%) e dos incisivos centrais
superiores (86%). A queda foi a principal causa dos traumatismos dentários
(58,3%). Em 22,7% dos casos a busca pelo atendimento ocorreu entre 3 a 15 dias,
após o traumatismo. Foi observado uma predominância de fraturas coronárias
(49,4%) ao invés das luxações dentárias (40,9%).
Concluímos que o atendimento odontológico em bebês propicia uma
observação mais precisa da ocorrência dos traumatismos dentários, apontando
para um perfil diferente daquele relatado na literatura com relação ao tipo de
traumatismo mais freqüente.
B136
Como é tratada a prevenção em Odontopediatria no Brasil?
GARCIA, L.
D.*, CUNHA, R. F., PUGLIESI, D. M. C., VALERA, F. B., VIEIRA, A. E. M.
Departamento
de Odontologia Infantil e Social – Faculdade de Odontologia de
Araçatuba – UNESP. Tel.: (0**18) 620-3235.
E-mail: cunha@foa.unesp.br
O propósito deste trabalho foi verificar a existência de
programas de prevenção relacionados à área de Odontopediatria em Faculdade de
Odontologia do território nacional. Foram encaminhados questionários à
disciplina de Odontopediatria de 40 instituições, constando questões
relacionados a programas de prevenção: sua existência, os procedimentos
realizados, a sistemática de manutenção preventiva, realização de palestras, bem
como assistência odontológica a bebês. Das 40 instituições consultadas, 27
responderam ao questionário (67,5%). Todas relataram que existe um programa de
prevenção executado pelos alunos de graduação, sendo que em 13 faculdades este
é desenvolvido em uma clínica específica. Os procedimentos realizados com maior
freqüência foram a aplicação de selante, aplicação tópica de flúor,
evidenciação de placa, profilaxia e escovação supervisionada. Após a conclusão
do tratamento restaurador, o paciente é dispensado em 8 faculdades (29,63%) e
encaminhado para manutenção preventiva em 19 (70,37%). Em 15 faculdades,
palestras de orientação são realizadas, direcionadas aos pais e pacientes
(80%), aos pacientes, (13,33%) e aos pais, (6,67%). Das 27 faculdades, 15 apresentaram
um programa de assistência odontológica para bebês (55,6%).
Concluímos que existe conscientização quanto a realização de programas
de prevenção, entretanto, há necessidade de uma melhor estruturação dos mesmos.
B137
Perfil de 181 famílias participantes em programa em saúde
bucal.
LOUREIRO, R.
M. T.*, SALIBA-GARBIN, C. A., SALIBA, N. A.
Departamento
de Odontologia Infantil e Social – Faculdade de Odontologia de Araçatuba –
UNESP.
Tendo em vista a necessidade de se conhecer o perfil de
famílias participantes de um programa educativo-preventivo de saúde bucal a
pais, alunos e professores em creches, escolas municipais e estaduais,
realizou-se uma análise através de um questionário com os seguintes
indicadores: escolaridade, renda familiar, quantidade de pessoas na família,
tipo de moradia, estado civil, locomoção ao trabalho, perda de dentes, visitas
ao dentista, uso de prótese, média de escovação ao dia. Verificou-se os
seguintes resultados: 79,18% das famílias tem em sua composição 2 a 5 pessoas.
Do total, 68,98% têm sua renda mensal de 1 a 3 salários mínimos; 4,88% não têm
renda fixa; 31,2% recebe de 3 a 5 salários mínimos. Em relação à escolaridade
apresentam-se com o primeiro grau incompleto 57,02%; 37,22% escovam os dentes
em media 3 vezes ao dia. A perda de dentes por extração nas famílias,
considerando-se o total foi de 86,22%.
Posto isso, conclui-se que existe a necessidade de reforçar e induzir
comportamentos relacionados aos problemas bucais dos indivíduos, bem como
considerar o perfil sócio-econômico da comunidade envolvida no programa.
B138
Avaliação histométrica ultra-estrutural de polpa dental de
decíduos humanos com rizólise.
CAMARGO, F.,
CLARO, M. F. M.*, FEDERIGHI LEME, L. A. P., RIBEIRO, C. B.
CCBS – Curso
de Odontologia – Universidade São Francisco - Bragança Paulista.
Tel.: (0**11) 4034-8000.
O objetivo deste é avaliar histometricamente a
ultra-estrutura pulpar de dentes decíduos humanos com rizólise fisiológica e
sem cárie, através do inter-relacionamento entre macromoléculas não-fibrilares
e fibrilas colágenas. Como controle usou-se polpa de caninos decíduos humanos
sem cárie e sem rizólise fisiológica. Para o grupo experimental utilizou-se de
polpa de caninos decíduos humanos sem cárie e com rizólise fisiológica até o
terço médio da raiz. Os respectivos tecidos foram preparados para a técnica de
rotina para MET, adicionando-se vermelho de rutênio ao glutaraldeído nas fases
de pré-fixação e fixação. A partir dos cortes ultrafinos e com aumento de
5.000 X obteve-se as micrografias. Para a avaliação histométrica foram
selecionados por amostragem aleatória simples 30 fotos de cada grupo, as quais
foram aparadas para se obter uma área de 16 cm². Elaborou-se uma
transparência, de mesmo tamanho, contendo 25 traços de 3 mm, eqüidistantes
entre si, que foi realizada através de método simples de computador. Para a
análise estatística foram construídos intervalos de confiança de 95% para as
proporções de elementos da população para cada uma das estruturas estudadas.
Para verificar se existe ou não diferença significativa entre os grupos
controle e experimental, quanto às proporções de elementos de cada estrutura,
foram realizados os testes de hipótese paramétricos para diferença de
proporções.
Através dos
resultados obtidos não é possível afirmar que a proporção de fibrilas colágenas
e material não-fibrilar seja a mesma no grupo controle e experimental. (Apoio
financeiro: Propep – USF - Bragança Paulista.)
B139
Prática de pesquisa como princípio educativo na graduação em
Odontologia.
SILVEIRA, J.
L. G. C.*, PADILHA, W. W. N.
Pós-Graduação
em Odontologia Social – UFF - RJ; UFPB – PB.
Este trabalho apresenta evidências de que o princípio
educativo da prática de pesquisa possibilita a diferenciação dos resultados do
processo de ensino-aprendizagem. A técnica de pesquisa foi a pesquisa
documental a partir dos artigos científicos elaborados pelos alunos. O método
de abordagem foi dialético com procedimento comparativo e estatístico (teste
exato de Fisher). Verificou-se a
variação das freqüências quanto ao aspecto lógico (coerência entre Objetivos e
Resultados e entre Metodologia e Conclusão) e formal (definição correta de
Objetivo, Amostra, Teste de Significância Estatística, Gráficos e Tabelas),
além da capacidade crítica. Amostra: 40 trabalhos, sendo 15 realizados em 1994
(G1: sem influência da prática de pesquisa no processo) e 25 realizados em 1998
(G2: após 8 períodos de prática de
pesquisa). Os resultados demonstraram melhoria na qualidade dos trabalhos,
quanto ao aspecto lógico de coerência entre Objetivos e Resultados de 44% e
entre Metodologia e Conclusão de 56%; quanto ao aspecto formal: definição de
Objetivo: 33%, definição de Amostra: 29%, Teste de Significância Estatística:
12%, Gráficos e Tabelas: 76%. Desenvolvimento da capacidade crítica: no G1
nenhum trabalho atingiu a categoria 3 (capacidade de síntese e avaliação)
contra 56% no G2, que atingiram o mais alto nível do domínio cognitivo.
Conclui-se que a prática de pesquisa apresenta evidências de determinar
um aprimoramento da qualidade lógica e formal dos trabalhos, favorecendo o
desenvolvimento da capacidade crítica dos alunos, demonstrando o princípio
educativo da pesquisa.
B140
Histometria ao MET da polpa de decíduos humanos sem rizólise
tratados com Safluoride.
CAMARGO, F.
G., FEDERIGHI LEME, L. A.*, CLARO, M. F. M., SASAHARA, L. Y. A.
CCBS – Curso
de Odontologia – Universidade São Francisco - Bragança Paulista.
Tel.: (0**11) 4034-8000.
O objetivo deste foi avaliar histometricamente a proporção
de macromoléculas não-fibrilares e fibrilas colágenas em polpa de dentes
decíduos humanos sem rizólise e sem cárie após a aplicação de Safluoride na
superfície dentinária. O grupo controle constou de polpa de caninos decíduos
humanos sem rizólise e sem cárie. O grupo experimental de decíduos humanos que
receberam desgaste na face mesial com cerca de 1,5 mm a partir da
superfície externa, expondo a dentina. Imediatamente procedeu-se a aplicação de
Safluoride (30%) por 5 minutos na superfície dentinária seguida de lavagem
abundante, com exodontia após uma semana. Usou-se técnica de rotina para MET
com vermelho de rutênio na fase de pré-fixação e fixação. Trinta micrografias
com 16 cm² de área foram selecionadas por amostragem aleatória simples de
cada grupo. Confeccionou-se uma transparência, de mesmo tamanho, com 25 traços
de 3 mm cada um, eqüidistantes entre si, através de programa simples de
computador. Para análise estatística foram construídos intervalos de confiança
de 95% para as proporções de elementos da população para cada uma das estruturas
estudadas. Para verificar se existe ou não diferença significativa entre os
grupos de controle e experimental quanto às proporções de elementos de cada
estrutura foram realizados os testes de hipótese paramétricos para diferença de
proporções.
Os resultados mostram que não é possível afirmar que tanto a proporção
de fibrilas colágenas, bem como a proporção de material não-fibrilar da matriz
extracelular é a mesma nos grupos controle e experimental. (Apoio financeiro:
Propep – USF - Bragança Paulista.)
B141
Verificação de aspectos relacionados à saúde bucal
utilizando duas metodologias.
VALLE, D.
D.*, VIANNA, R., QUINTANILHA, L., NEVES, T.
Disciplina
de Odontopediatria – FO – UFRJ. E-mail: dellavalle@openlink.com.br
O objetivo deste estudo foi verificar o desempenho de dois
testes cariogênicos, antes e depois da aplicação de um Programa de Educação em
Saúde. A amostra piloto consistiu de 25 crianças, de ambos os gêneros, com
idades variando entre 60 e 71 meses, escolhidas aleatoriamente, pertencentes à
rede escolar pública. Foi realizado um exame inicial e aplicado o teste salivar
colorimétrico quantitativo No Cariesâ (Reny Lab), com o objetivo de
avaliar o risco de cárie do paciente. Em seguida, foi aplicado o índice de
placa de Quigley-Hein modificado por Turesky. Ao final de 30 dias, após a
implantação de um Programa Preventivo de Educação em Saúde, as crianças foram
reavaliadas da mesma forma. O índice de placa médio inicial foi de 2,58 e o
final de 2,24, sendo que o índice No Caries® permaneceu em ambos
momentos igual a “A” (número elevado de Streptococcus mutans e Neisseria
bucalis).
Podemos concluir, apesar da pequena diferença entre os índices de placa
inicial e final, que não existe o mesmo comportamento quanto ao risco de cárie
pois os índices salivares mantiveram-se iguais nos momentos mencionados.
B142
Manifestações locais e/ou sistêmicas relacionadas à erupção
dentária decídua.
VALLE, D.
D., MARQUES, P.*, CASTRO, L. A., MODESTO, A.
Disciplina
de Odontopediatria – FO – UFRJ. E-mail: dellavalle@openlink.com.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar a ocorrência de
manifestações locais e/ou sistêmicas durante a erupção dos dentes decíduos em
crianças de 0 a 36 meses de idade da Clínica de Bebês da FO – UFRJ. Os dados
foram coletados de 175 prontuários e analisados através do teste qui-quadrado.
A ocorrência de manifestações foi observada em grande parte da amostra,
n = 155 (88,5%), independente do gênero (p = 0,94). Dentre
as manifestações observadas, as mais encontradas foram: aumento da salivação
(81), diarréia (39), febre, irritação e coceira gengival (63), e outros
sintomas (14). Destas crianças, 65 fizeram uso de algum tipo de medicação.
Observou-se uma associação estatisticamente significante entre as seguintes
variáveis: aumento da salivação e diarréia (p = 0,01), aumento da
salivação e uso de medicação paliativa (p = 0,04), febre e irritação
(p = 0,02), e, coceira gengival e uso de medicação paliativa
(p = 0,01).
A maioria dos pacientes apresentou alterações locais e/ou sistêmicas,
corroborando com os dados encontrados na literatura que sugerem uma associação
entre estes sintomas e erupção dos dentes decíduos. Este estudo sugere a
necessidade de um reforço nas orientações aos pais quanto às medidas
preventivas a serem aplicadas, para que o bebê atravesse esta fase da maneira
mais tranqüila possível.
B143
Avaliação da efetividade da radiografia digital em
odontometria de dentes decíduos.
BASSO, M.
D.*, SANTOS-PINTO, L. A. M.
Faculdade de
Odontologia de Araraquara – UNESP.
O objetivo deste estudo foi avaliar comparativamente os
valores de odontometria obtidos em radiografia convencional e digital de dentes
decíduos, utilizando-se diferentes instrumentos de medida para cada modalidade
radiográfica. Duas radiografias periapicais, uma convencional e outra digital,
foram obtidas de 22 incisivos decíduos com extração indicada, de crianças entre
3 e 5 anos de idade. O comprimento dos dentes nas radiografias foi medido por
um único examinador. A aplicação da análise estatística dos dados obtidos
demonstrou que os valores de odontometria obtidos na radiografia digital
utilizando a régua eletrônica e a grade, apresentaram alto grau de concordância
e foram diferentes estatisticamente, sendo que a régua eletrônica produziu
valores maiores. Na radiografia convencional, utilizando-se o paquímetro e
régua milimetrada, os valores de odontometria apresentaram alto grau de
concordância e foram estatisticamente diferentes; a régua milimetrada apresentou
valores maiores.
Os valores de odontometria realizada na radiografia digital com régua
eletrônica foram estatisticamente iguais ao comprimento real do dente. (Apoio
financeiro: FAPESP.)
B144
Responsabilidade civil do cirurgião-dentista: o pós-tratamento
ortodôntico.
FERNANDES,
F.*, CARDOZO, H. F.
Departamento
de Odontologia Social – FOUSP. E-mail: fernandfernandes@uol.com.br
O objetivo deste trabalho foi investigar quais os
procedimentos clínicos e as dificuldades do ortodontista no pós-tratamento ortodôntico
(contenção e pós-contenção), verificando se as condutas adotadas satisfazem
possíveis reclames de pacientes que já terminaram o tratamento corretivo, com
base nas determinações do Código Civil e do Código de Defesa do Consumidor
quanto ao relacionamento profissional/paciente. A literatura ortodôntica é
controversa no que diz respeito a técnicas, tempo, estabilidade e dificuldades
inerentes ao tratamento. Um questionário foi enviado pelo correio a todos os
especialistas inscritos no CRO/PR; 95 deles enviaram respostas. A análise
percentual das respostas obtidas demonstrou que 73,6% dos profissionais não têm
consciência plena do tempo para reclamos à Justiça em relação ao tratamento
odontológico. Não conhecem o Art. 177 do CCB (83,1%). Adotam contrato
(67%), fazem ressalvas (48%), porém não estão cientes da validade das mesmas
(59%). A maioria (60%) considera a responsabilidade civil do ortodontista como
de resultado. Nos casos de recidiva pós-contenção, 70% propõem retratamento
ortodôntico. Perante a insatisfação do paciente com o resultado do tratamento
ortodôntico, 55% dos profissionais responderam que procurariam, de qualquer
forma, evitar que o mesmo impetrasse ação de ordem cível.
O desconhecimento da Legislação e a existência de controvérsias no
pós-tratamento ortodôntico, podem estar levando o ortodontista a responder
civilmente pelas movimentações dentárias e alterações neuromusculares que
ocorrerem nessa fase. (Apoio financeiro: CAPES/PICD.)
B145
Relação entre hábitos de sucção não-nutritiva e
más-oclusões.
FORTE, F. D.
S.*, BOSCO, V. L.
Pós-Graduação
em Odontopediatria – UFSC. E-mail: bosco@ccs.ufsc.com.br
O aumento da freqüência de más-oclusões e hábitos de sucção
não-nutritiva (HSNN) têm sido relatado em crianças na fase de dentição decídua.
Com o objetivo de verificar a associação entre HSNN e a presença de
más-oclusões, foram examinadas 180 crianças (90 com e 90 sem más-oclusões), de
ambos os sexos, entre 3 e 6 anos, em Florianópolis - SC. Os dados sobre
presença de HSNN foram obtidos através de questionário enviado aos pais que
permitiram a participação de seus filhos no estudo. O exame clínico, para
diagnóstico de má-oclusão, foi realizado por um profissional, previamente
calibrado, nas próprias creches sob iluminação artificial. Para verificar a
existência de associação entre as variáveis estudadas foi utilizado o teste do
qui-quadrado (p £ 0,05). O Comitê de Ética em Pesquisa com seres
humanos da UFSC aprovou a realização deste estudo, assim como a direção das
creches autorizaram seu desenvolvimento. A maioria das crianças não
apresentaram hábitos (67,7% - 122/180) frente a 32,2% (58/180) que os
praticavam, sendo 25% (45/180) sucção de chupetas e 7,2% (13/180) sucção de
dedos. O desenvolvimento de má-oclusão esteve relacionado a presença de HSNN
(p << 0,0001) embora não tenham sido encontradas diferenças
quanto ao tipo de sucção (dedo ou chupeta).
Os HSNN foram encontrados em uma porcentagem significativa da população
e sua presença contribuiu para o desenvolvimento de más-oclusões na dentição
decídua.
B146
Análise do estágio extramuro da FOP – UNICAMP: 1994-2000.
ASSAF, A.
V., KOZLOWSKI, F. C., ZANIN, L., MENEGHIM, M. C.*, PEREIRA, A. C.
Departamento
de Odontologia Social – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5209,
fax: (0**19) 430-5362. E-mail: thalesam@hotmail.com
Os estágios extramuros têm se mostrado fundamentais na
formação profissional e social do cirurgião-dentista. O objetivo deste estudo
foi: verificar a produtividade do estágio extramuro da FOP – UNICAMP de 1994 a
2000 através da análise dos procedimentos curativos e ações preventivas;
avaliar o perfil epidemiológico das crianças assistidas. Para tanto, foram
analisadas 11.674 fichas clínicas e registradas de acordo com a metodologia
previamente desenvolvida para a pesquisa. O projeto de pesquisa foi aprovado
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FOP – UNICAMP. O número de crianças
atendidas no período foi de 10.812, sendo que a média anual de restaurações foi
de 4.071, selantes, 3.138 e aplicação tópica de flúor (ATF), 2.051. Observou-se
durante o período da pesquisa um ceo médio de 2,83 sendo que o componente
cariado foi o de maior representatividade (84,01%). O percentual médio de
crianças livres de cárie foi de 30,83%.
De uma maneira geral observou-se uma maior demanda por ações preventivas
em relação às curativas. Um aumento no número de restaurações adesivas em
detrimento das restaurações de amálgama também foi constatado, acompanhando as
mudanças da própria abordagem atual do tratamento da cárie. Observou-se também
que o perfil epidemiológico das crianças que ingressaram no programa não vem se
alterando com o tempo.
B147
Prevalência de cárie e fluorose após a fluoretação da água.
KOZLOWSKI,
F. C.*, MENEGHIM, M. C., PEREIRA, A. C., AMBROSANO, G. M. B.
Departamento
de Odontologia Social – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5209,
fax: (0**19) 430-5362. E-mail: fabiock@yahoo.com.br
Procurou-se determinar a prevalência de cárie e fluorose
dental após a fluoretação da água de abastecimento público efetivada em 1997,
em Iracemápolis, SP, Brasil, por meio de levantamento epidemiológico realizado
em 2000 e comparação dos resultados obtidos com estudos de 1991, 1995 e 1997,
que apresentavam metodologias semelhantes. Posteriormente à aprovação pelo CEP
da FOP – UNICAMP e obtenção das autorizações necessárias, 244 crianças de 11 a
12 anos de idade, foram examinadas com espelho bucal plano e sonda exploradora
por dois examinadores previamente calibrados, no pátio das escolas e sob luz
natural. Os índices utilizados foram o CPOD, com média de 2,1 e o T-F, que
apresentou 12,7% das crianças com fluorose igual ou maior que o grau 1. A
variação do índice CPOD em função do tempo foi avaliada utilizando-se regressão
polinomial, e a comparação dos percentuais de crianças com fluorose dentária
(T-F ³ 1) em relação ao ano de estudo realizada pelo teste exato de
Fisher. Os testes apresentaram-se estatisticamente significantes ao nível de
1%, demonstrando uma redução do índice CPOD em 68,7% e um incremento de
fluorose de 84,3%, desde 1991.
Observa-se uma redução marcante da prevalência de cárie e um aumento da
prevalência de fluorose, inferindo necessidade da realização de pesquisas
futuras com o intuito de manter-se monitorada esta relação.
B148
Primeiro molar permanente e sua relação com o índice CPOD.
ASSAF, A.
V.*, KOZLOWSKI, F. C., ZANIN, L., MENEGHIM, M. C., PEREIRA, A. C.
Departamento
de Odontologia Social – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5209,
fax: (0**19) 430-5362. E-mail: thalesam@hotmail.com
Este trabalho buscou verificar a importância e a relação do
primeiro molar permanente na determinação do índice CPOD e analisar as mudanças
no perfil epidemiológico da cárie dental. Foram examinados, em
Iracemápolis - SP, 1.878 primeiros molares permanentes de crianças de 11 e
12 anos de idade, de ambos os sexos, sendo 902 dentes no ano de 1996 e 976 no
ano 2000. Os exames clínicos foram realizados por um mesmo examinador
previamente calibrado, nos pátios das escolas e sob luz natural, com a
utilização de um espelho bucal plano. Em 1996, para a idade de 11 anos,
verificou-se um CPOD médio de 3,10 e um CPOD de 2,33, em relação aos primeiros
molares permanentes (75,2% do índice); aos 12 anos, um CPOD médio de 4,06, e em
relação aos primeiros molares, de 2,06 (64,0% do índice). Em 2000, o CPOD médio
para os 11 anos de idade foi de 1,53 e com relação aos primeiros molares, de
1,37 (89,5% do índice). Aos 12 anos, o CPOD médio foi de 2,43 e em relação aos
primeiros molares, de 1,96 (80,7% do índice). Apesar de ter ocorrido uma
redução no índice CPOD em 50,6% e 40,1%, respectivamente, aos 11 e 12 anos de
idade, entre 1996 e 2000, observa-se um aumento da participação dos primeiros
molares permanentes na composição do índice CPOD, em média de 85,0%.
O componente “O” foi o mais prevalente em ambos os anos, sugerindo
atenção especial aos primeiros molares permanentes desde a sua erupção, através
do incremento de ações educativas e preventivas para as crianças e seus
responsáveis, buscando-se a manutenção da higidez dental.
B149
A inserção da Odontologia para bebês na formação do médico
pediatra.
MENESES, M.
T. V.*, MARTINS, L. H. P. M., PORDEUS, I. A.
Departamento
de Odontopediatria e Ortodontia – FO – UFMG. E-mail: mtvmeneses@ig.com.br
Nos últimos anos intensificou-se a discussão sobre o
trabalho transdisciplinar nos programas de promoção da saúde. O objetivo deste
estudo foi verificar como o médico pediatra está inserido no contexto atual da
promoção da saúde bucal do bebê, buscando avaliar as fontes de informação sobre
saúde bucal infantil dos pediatras durante sua formação profissional. Os
participantes foram sorteados a partir da listagem dos sócios da Sociedade
Mineira de Pediatria e residentes em Belo Horizonte - MG. Foi feito o
cálculo amostral, utilizando a fórmula de estimativa para proporções. Aplicou-se
um questionário pré-testado, entregues e recolhidos pelo pesquisador, com 26
questões abertas e fechadas em 181 médico pediatras. A maioria dos médicos
relatou que, durante sua formação profissional, nos cursos de graduação em
Medicina (77,3%), residência médica (75,5%) e educação continuada (59,1%), os
conteúdos de saúde bucal foram deficientes ou ausentes, e 70% dos profissionais
consideraram seus conhecimentos sobre saúde bucal insuficientes frente às
necessidades do seu dia-a-dia. Dentre as fontes de informações sugeridas pelos
pediatras para informar a si próprios, eles destacaram os artigos científicos
(71,8%), congressos e jornadas (62,4%), conferências e reuniões clínicas
(65,2%), contato direto com odontopediatras (51,4%) e livros de medicina (49,2%).
Os pediatras mostraram-se abertos a uma abordagem multidisciplinar na
promoção da saúde na primeira infância. Para isso, o tema saúde bucal deve ser
incluído e revisto nas diversas etapas de formação profissional do médico
pediatra. (Apoio: CAPES.)
B150
Erupção de caninos superiores permanentes: estudo em
radiografias panorâmicas.
MARASSI, C.
S.*, BASTOS, E. P.
Disciplina
de Odontopediatria – FO – UFRJ; FOV. E-mail: claudiamarasso@hotmail.com
O conhecimento dos padrões de erupção dos caninos superiores
permanentes permitem o diagnóstico de alterações que podem variar de uma
simples fase transitória do patinho feio na dentição mista ao trajeto de
erupção ectópica e suas conseqüências desfavoráveis. A radiografia panorâmica
provê uma variedade de informações, sendo provavelmente o exame preliminar na
rotina clínica e ortodôntica. O objetivo deste projeto piloto foi estabelecer
parâmetros radiográficos da erupção dos caninos superiores permanentes. Foram
analisados a idade, o gênero, a inclinação do canino, sua relação com o
incisivo central e lateral e o estágio de desenvolvimento da dentição.
Utilizou-se 137 radiografias de crianças na faixa etária de 8 a 14 anos, com
ausência de anomalias na região que foram digitalizadas e importadas para um
programa de análise radiográfica (Radiocef 2000®). Os dados obtidos
foram tabulados e analisados através do Epi Info 6. Os resultados foram
analisados comparando diferentes estágios de desenvolvimento dentário:
incisivos centrais permanentes erupcionados (Grupo 1), incisivos centrais
e laterais permanentes erupcionados (Grupo 2), incisivos centrais,
laterais e caninos presentes.
Houve diferença significante entre as médias da inclinação do longo eixo
do canino com o incisivo lateral no G1 (n = 78) foi de 19,53º (± 11,31),
no G2 (n = 100) foi de 20,65º (± 4,20) e no G3
(n = 96) foi de 5,21º (± 4,20) demostrando que existe uma
grande variação na angulção destes elementos dentários, porém a análise dos
fatores dependentes pode ser descrita quando se analisam os fatores dos lados
direito e esquerdo.
B151
Comparação dos movimentos mandibulares em crianças
portadoras ou não de sinais e sintomas de disfunção temporomandibular.
LEMOS, A.
D.*, BONJARDIM, L. R., GAVIÃO, M. B. D.
Departamento
de Odontologia Infantil – FOP – UNICAMP. E-mail: adlemos@yahoo.com.br
O objetivo desse estudo foi avaliar a amplitude máxima dos
movimentos mandibulares em crianças com e sem sinais e sintomas de disfunção da
articulação temporomandibular. A amostra consistiu de 68 crianças de 3 a 5
anos, de ambos os sexos, distribuídas em 2 grupos: Grupo I, crianças
apresentando pelo menos um sinal e/ou sintoma de disfunção (n = 34) e
Grupo II (grupo controle) crianças sem sinais e sintomas de disfunção
(n = 34). Os sinais e sintomas subjetivos foram avaliados através de
questionário dirigido aos responsáveis e, os objetivos, através de exame
clínico intra- e extrabucal. Os movimentos avaliados foram abertura bucal,
lateralidade direita e esquerda, mensurados com paquímetro digital e movimento
de protrusão, com régua milimetrada, todos sob leve pressão bidigital. O teste
“t” de Student foi utilizado para comparação entre os grupos. A média e o
desvio-padrão de abertura bucal máxima para o Grupo I foi de 40,46 ±
6,66 mm e para o Grupo II, 40,26 ± 4,5 mm. Tanto na lateralidade
direita quanto esquerda o Grupo I apresentou o valor médio de 6,74 mm
e 1,77 mm e 1,55 para seus respectivos desvios-padrões. Já no
Grupo II os valores foram 6,46 ± 1,48 mm e 6,62 ±
1,49 mm. Para a protrusão máxima, os valores foram 5,97 ± 1,72 e
5,56 ± 1,86 para os Grupos I e II, respectivamente. Todas estas
médias não diferiram estatisticamente.
Concluiu-se que as amplitudes dos movimentos mandibulares não diferiram
entre os dois grupos estudados, sugerindo que esta variável não seria indicativa
de disfunção. (FAPESP – Processo 96/0714-6.)
B152
Programa de Odontologia para bebês: uma avaliação
quantitativa e qualitativa.
PAIVA, S. V.
de A.*, SILVA, E. M., RÊGO, D. M.
CMOS/UFRN.
O presente estudo teve como objetivo avaliar um programa de
Odontologia para bebês em funcionamento há cinco anos na cidade de Natal. A
pesquisa foi baseada em duas análises, uma quantitativa que buscou verificar a
prevalência de cárie em 52 crianças acompanhadas pelo programa e outra
qualitativa, onde através de entrevistas às mães, pela técnica do grupo focal,
procurou-se apreender o efeito do programa nas atitudes relacionadas aos
cuidados em saúde bucal de seus filhos. Para a análise quantitativa da
prevalência de cárie foram aplicados os índices ceo-d, ceo-s e Knutson e os
valores obtidos apresentados de forma descritiva e analítica. Os resultados
apontaram que 4,2% das crianças de 24 a 35 meses apresentaram-se com a doença
cárie, 18,1% das crianças de 36 a 48 e 16,7% daquelas de 49 a 60 meses. O ceo-s
médio encontrado nas faixas etárias de 24 a 35, 36 a 48, 49 a 60 meses foi
respectivamente 0,08; 0,40 e 1,16, acompanhando os dados do índice de Knutson.
A análise qualitativa revelou satisfação das mães relacionado ao acesso,
relação profissional-paciente e possibilidade de manutenção de saúde bucal de
seus filhos.
As crianças acompanhadas pelo programa apresentaram uma baixa
prevalência de cárie bem como o serviço mostrou-se resolutivo e eficaz sob a
ótica das mães.
B153
Aspectos legais do atendimento à criança vítima de
maus-tratos.
SILVEIRA, M.
U. C.*, MIRANDA, I. M. P., SILVEIRA, J. L. G. C.
Pós-Graduação
em Odontologia Social – UFF - RJ; CUMSB - RJ; UNIG - RJ.
Este trabalho tem o objetivo de esclarecer os aspectos
legais determinantes da conduta do odontólogo frente ao atendimento à criança
vítima de maus-tratos. Pretende-se informar ao profissional os deveres e
limites legais da sua atuação como profissional de Saúde, favorecendo a sua
conduta. O método de abordagem foi o indutivo com técnica de observação direta
extensiva utilizando questionários dirigidos aos representantes do Conselho
Municipal da Criança e do Adolescente e da 1ª Vara da Infância e da
Juventude - RJ, baseado no Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei
8.069/90, verificou-se: 1) obrigatoriedade em efetuar denúncia em casos de
suspeita ou confirmação de maus-tratos à criança ou adolescente; 2) aplicação
de multa nos casos de omissão quanto ao dever de proceder à denúncia; 3) não se
faz distinção no que se refere ao tipo de atendimento: público ou privado; 4) a
denúncia não constitui-se em infração ética, vez que o dever é de observância
legal; 5) o dever de denúncia não está condicionado à identificação do
profissional nem determina a sua vinculação na investigação; 6) a denúncia pode
ser efetuada oralmente ou por escrito nos Conselhos Tutelares, Juizados da
Infância e Juventude, Divisão de Proteção da Criança e do Adolescente e
ABRAPIA, fornecendo identificação e dados para apuração.
A conscientização do dentista da sua obrigatoriedade em denunciar os
casos de suspeita de maus-tratos no seu exercício profissional é fundamental
para viabilizar a providência dos órgãos competentes, o pleno atendimento das
necessidades físico-psicossociais do seu paciente.
B154
Saúde bucal: informação entre estudantes do curso técnico de
Enfermagem.
SERRÃO,
J. H. V.*, FRANÇA, L. C. M., SILVEIRA, F. M., PADILHA, W. W. N.
Programa
de Pós-Graduação em Odontologia Social – UFF. E-mail: jh28rj@hotmail.com
Esta pesquisa objetivou verificar entre
estudantes do curso técnico de Enfermagem o conhecimento que possuem sobre a
doença cárie e informações de métodos preventivos e técnicas de higiene oral.
Métodos: indutivo de abordagem e estatístico-descritivo de procedimento.
Técnica: observação direta extensiva – questionário estruturado. Universo:
estudantes do curso técnico de Enfermagem de instituição localizada em
Niterói - RJ. Amostra: 66,6% do total de alunos matriculados. Deste total,
44,1% reconhecem a cárie como doença de origem bacteriana e infecto-contagiosa;
25% não a reconhecem como doença; para manutenção da saúde bucal, apontam:
escovação freqüente e após refeições (63 indicações); anti-sépticos bucais e
soluções fluoretadas (11); alimentação não-cariogênica (15); consideram a cárie
problema de saúde pública 80,8% dos estudantes; 55,8% afirmam não saber lidar
com pacientes impossibilitados de realizar sua própria higienização, como
pacientes do CTI ou UTI. Entre os 39,7% que conhecem as técnicas, as indicações
mais freqüentes foram: gazes embebidas em anti-séptico bucal e higienização de
próteses, no caso de pacientes geriátricos. Algumas das conseqüências citadas
do não-tratamento da doença cárie: abcessos, problemas endodônticos e perda
dental. 89,7% consideram importantes conhecimentos de saúde bucal em enfermagem
e para 33,8% a doença cárie tem relação direta com a qualidade de vida do
indivíduo.
Embora reconheçam a cárie como problema de saúde pública, o
percentual de estudantes com conhecimento da doença e métodos preventivos é
pouco expressivo.
B155
Evasão do tratamento: um indicador de qualidade dos serviços
odontológicos.
MARTINS. M.,
CELESTINO Jr., A., SILVA, M. G., ALMEIDA, Jr., L., OLIVEIRA, V., ROCHA, S.,
LIQUORI, M., GRAÇA, T. C. A.*
UFF; UFMG;
UEPA; CESUPA; SMSRJ.
A avaliação de qualidade dos serviços odontológicos não se
limita à abordagem clínica. Múltiplos elementos constituem-se como balizadores
de um serviço que vise promover e manter a saúde. A evasão é um destes
elementos que, apesar de relevante, por estar relacionada à satisfação do
usuário, é muito pouco estudada. Através de pesquisa documental a partir dos
prontuários de pacientes que iniciaram seu tratamento odontológico entre
janeiro de 1999 e junho de 2000 num posto de saúde do município do Rio de
Janeiro, os autores avaliaram os índices de evasão no período. Buscaram ainda
caracterizar tais ocorrências em função de categorias estabelecidas segundo: o
volume e complexidade do tratamento requerido, a proximidade da moradia do
paciente em relação à unidade de saúde e à etapa do tratamento em que se
encontrava o paciente quando o abandonou. A pesquisa permitiu conhecer a origem
do encaminhamento dos pacientes que buscam atendimento odontológico.
Verificou-se que mais da metade dos abandonos de tratamento ocorreram na
primeira fase do tratamento (56,72%) e que 32,83% foram de pacientes que vieram
do programa de manutenção com novas necessidades de tratamento
cirúrgico-restaurador.
Concluiu-se que o abandono de tratamento está mais ligado à extensa
necessidade de tratamento, que conseqüentemente demanda de um número maior de
idas ao consultório odontológico do que à qualidade dos serviços propriamente
ditos.
B156
Expectativa materna e reação da criança ao tratamento
odontológico.
CHARLIER, S.
C.*, FERREIRA, F. T., COSTA, M. E., CHIANCA, T., VIANNA, R. B. C.,
NOGUEIRA, R.
Disciplina
de Odontopediatria – Doutorado – UFR. E-mail: sheylacharlier@ig.com.br
O estudo verificou a relação entre a expectativa das mães e
a reação dos filhos ao tratamento odontológico. A amostra foi composta de 41
crianças de 7 à 39 meses de idade – 20 do sexo masculino e 21 do sexo
feminino – atendidas na Clínica de Odontopediatria da UFRJ. Antes da
consulta a mãe indicava, utilizando ilustrações numa ficha específica, como
achava que seu filho reagiria ao tratamento. Ao final da consulta, o dentista
registrava, na mesma ficha, como a criança havia reagido. Análises descritivas
e comparativas dos dados foram realizadas, utilizando o programa Epi Info
(versão 6.04). Vinte e cinco mães (60,98%) achavam que seus filhos iriam reagir
negativamente (51,22%) ou desconfortavelmente (9,76%) ao tratamento, enquanto
que dezesseis (39,02%) achavam que seus filhos reagiriam positivamente. As
reações das crianças observadas pelo profissional foram: 43,9% -
negativamente; 24,39% - desconfortavelmente; e 31,71% -
positivamente. O teste qui-quadrado, comparando a expectativa da mãe com a
reação observada da criança, apresentou um resultado altamente significativo (c² = 16,22;
p << 0,0001).
Concluiu-se que houve uma forte relação entre o nível de expectativa
materna e o comportamento apresentado pela criança no atendimento odontológico,
fato que coaduna com a necessidade de orientação profissional prévia ao
tratamento, a fim de diminuir a ansiedade da mãe e contribuir para melhorar o
comportamento da criança durante a consulta.
B157
Dificuldades para realização de higiene bucal em pacientes
especiais.
BOUÇAS, M.
F.*, BARROSO NETO, L.G., MATUCK, I. C., VASCONCELLOS, B. S. S.
Associação
Fluminense de Reabilitação – Odontologia Social – UFF. E-mail: afr@afr.org.br
O objetivo desta pesquisa foi o de verificar a prevalência
de dificuldades para a realização de higiene bucal em crianças portadoras de
deficiências e estabelecer estratégias para sua superação. Foi estudada uma
população de 54 crianças portadoras de deficiências com comprometimento
neurológico – principalmente paralisia cerebral – em tratamento no
Ambulatório de Odontologia da Associação Fluminense de Reabilitação. Os pais e
cuidadores das crianças também foram estudados. As crianças eram de ambos os
sexos e tinham entre 2 e 15 anos. Para a coleta dos dados, realizou-se
entrevistas semi-estruturadas com os pais e cuidadores. Os resultados mostraram
que 37% dos pacientes realizavam higiene bucal por meios próprios e que em 63%
quem a realizava eram os responsáveis. Dos que realizavam a higiene, 65%
relataram dificuldades-incoordenação motora 61%, ânsia de vômito 15% e falta de
motivação 24%. No caso de pais e cuidadores que realizavam a higiene,
encontrou-se dificuldades relatadas em 80% dos casos, 63% relataram reflexo de
mordida ou cerramento dos maxilares, 23% dificuldades para cuspir ou
sufocamento pela pasta e 14% hipersensibilidade ao dentifrício.
Conclui-se que a maior prevalência de dificuldades se situa no manejo
das características de postura e espasticidade desta clientela e que medidas de
treinamento dos cuidadores e de uso de adaptações simplificadas como abridores
de boca podem influir nesta situação.
B158
Freqüência do consumo de lanches versus prevalência
de cáries em bebês.
FERREIRA, F.
T.*, NEVES, L. A., CHARLIER, S. C., COSTA, M. E., VIANNA, R. B. C.
Departamento
de Odontopediatria – FO – UFRJ; UGF. Tel.: (0**) 433-2914.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a freqüência do
consumo de lanches entre as refeições e sua relação com a presença de lesões de
cárie em 100 crianças de ambos os sexos, sendo 47 do sexo masculino e 53 do
sexo feminino, escolhidas aleatoriamente, com idades compreendidas entre 0 a 36
meses, atendidas na Clínica de Bebês do Departamento de Odontopediatria da Universidade
Gama Filho. Foi feito um levantamento nas fichas dos pacientes atendidos no
período de 1998 a 2000, as quais haviam sido respondidas pelos pais ou
responsáveis, sendo todos os dados colhidos pelos alunos de especialização.
Através das fichas pôde-se avaliar o índice de ceo-d (número de dentes decíduos
cariados, com extração indicada e obturados) e hábitos alimentares como
aleitamento natural e artificial, consumo de açúcar e freqüência do consumo de
lanches entre as refeições. O índice de ceo-d médio das crianças foi 4,7. Das
crianças selecionadas, 27 (27%) estavam livres de cárie e 73 (73%) apresentavam
lesões cariosas. A freqüência do consumo de lanches entre as refeições foi
constatada em 100% das crianças, sendo a faixa etária de maior consumo entre 19
e 36 meses (67,09%), consumindo 4 ou mais lanches entre as refeições.
Foi concluído que: a freqüência do consumo de lanches está diretamente
associada com o alto índice de ceo-d encontrado; dentro dos grupos avaliados
foi observado que quanto maior a faixa etária, maior foi a ingestão de lanches
entre as refeições; todos os lanches ingeridos pelas crianças eram a base de
açúcares e seus derivados.
B159
Avaliação do programa de promoção de saúde “Sorriso no
campo”.
COSTA, M. E.
P. R.*, CHARLIER, S. C., FERREIRA, F. T. S. C., CHIANCA, T., VIANNA, R. B. C.
Departamento
de Odontopediatria – Doutorado – FO – UFRJ.
Este trabalho avalia um programa de promoção de saúde bucal,
com base educativa e preventiva, na zona rural do município não-fluoretado, de
Carmo de Minas - MG. Foram atendidas 86 crianças de 0 a 60 meses, com
acompanhamento semestral, durante 18 meses. A avaliação do ceo, ceos e mancha
branca ativa (MBA), foi feita na 1ª e 4ª visitas. O índice de placa visível
(Ribeiro; Thylstrup) foi observado a cada 6 meses, juntamente com a instrução
de higiene e aplicação de flúor tópico. A partir da 3ª visita, foi aplicado
cariostático em dentes com lesão cavitada, sem comprometimento pulpar e verniz
com flúor em MBA. Dos 69 dentes (34,5%), que apresentavam MBA, nas crianças
acima de 24 meses de idade; 60,87% continuaram estáveis; 24,64% inativaram e
14,49% cavitaram ao final do trabalho. 93,5% das crianças com menos de 24
meses, não apresentaram MBA. Alterações na quantidade e qualidade de placa
visível entre a 1ª e 4ª medições não foram significativas (c2 = 0,15;
p = 0,69). O aumento da proporção de crianças abaixo de 25 meses de
idade com novas lesões cariosas (19,3%), foi estatisticamente significativo (c2 = 4,22;
p = 0,04), enquanto que nas maiores de 24 meses (9,1%), não foi
significativo (c2 = 1,22; p = 0,27). O aumento
de crianças apresentando lesões cariosas acompanhou a progressão da idade e do
nº de dentes erupcionados.
Para maior eficácia do programa, será necessário aumentar a freqüência
de exposição das crianças ao flúor e incorporar estratégias curativas para
lesões cavitadas.
B160
Conhecimento dos responsáveis sobre dieta, mancha branca e
lesão de cárie.
GRAZZIOTIN,
G*., FERREIRA, F., CHARLIER, S., COSTA, M. E. P., VIANNA, R. B., CHIANCA, T.
Disciplina
de Odontopediatria – FO – UGF; UFRJ.
Tel.: (0**21) 434-1812/3396-6520.
Este estudo investigou o conhecimento dos responsáveis sobre
dieta, mancha branca e identificação da presença de lesão de cárie em seus
filhos. A amostra foi composta por 45 responsáveis, que acompanhavam um único
filho para atendimento na Clínica de Odontopediatria da Universidade Gama
Filho, em novembro de 2000. A coleta de dados dos responsáveis foi realizada
por um dentista, através de um questionário com perguntas fechadas. Foi
coletado da ficha de atendimento dos filhos dos entrevistados, o índice de CPOD
para verificar se o conhecimento dos pais tinha relação com a presença de lesão
de cárie. Em relação às informações obtidas sobre dieta, 73,3% dos responsáveis
informaram nunca ter recebido; 84,4% nunca obtiveram nenhum tipo de informação
sobre mancha branca e quanto a lesão de cárie, 57,7%, disseram ser capazes de
identificá-la. Os pais que não obtiveram informação sobre dieta apresentaram
100% dos filhos com cárie; dos que obtiveram informação, 83,3% apresentaram
cárie. Dos pais que não obtiveram informação sobre mancha branca, 94,7% dos
filhos apresentaram cárie, e em relação aos que receberam, 100% dos filhos à
obtinham. Quanto à identificação de lesão de cárie, 94,7% das crianças das
quais os pais não sabiam identificar, tinham cárie e 96,15% das quais os pais
sabiam, possuíam cárie. Não houveram diferenças estatisticamente significativas
entre as proporções comparadas (p >> 0,05).
Os resultados do estudo mostraram que não houve relação entre o nível de
conhecimento dos pais sobre dieta, mancha branca e lesão de cárie e presença de
lesão de cárie nos filhos.
B161
Avaliação da ansiedade e comportamento de crianças frente a
procedimentos odontológicos e a correlação dos fatores influenciadores.
GONÇALVES,
M. R., CASTRO, A. M.*, MACHADO, A. S., SUNDEFELD, M. L. M.,
GONÇALVES, S. F. M.
Faculdade de
Odontologia de Araçatuba – UNESP.
Os objetivos deste estudo foram avaliar a ansiedade e o
comportamento de crianças frente a procedimentos odontológicos preventivos,
assim como os fatores influenciadores. Foram selecionadas 50 crianças, as quais
recebiam assistência preventiva na Clínica de Odontopediatria da Faculdade de
Odontologia de Araçatuba. Os pacientes foram separados de acordo com a idade,
sendo 22 da faixa etária de 6 a 7 anos e 28 de 8 a 9 anos. Os instrumentos
utilizados para avaliar a ansiedade foram um teste projetivo, monitoramento da
freqüência cardíaca e avaliação do comportamento. Os resultados do teste
projetivo revelaram que 70% das crianças apresentaram-se sem ou com baixo nível
de ansiedade. Na faixa etária de 8 a 9 anos verificou-se maior proporção de
pacientes com ansiedade moderada e comportamento potencialmente
não-cooperativo. Uma relação estatisticamente significante entre os resultados
do teste projetivo e avaliação do comportamento foi observada. A freqüência
cardíaca permaneceu na faixa de normalidade, não sendo relacionada à ansiedade.
Entre os fatores considerados influenciadores da ansiedade odontológica
infantil, idade, gênero, experiência odontológica anterior traumática,
influências negativas de terceiros e ansiedade materna, não constatou-se
associações estatisticamente significantes. (Apoio financeiro: CAPES.)
B162
Reimplante de dentes decíduos: estudo histológico em cães.
BOER, F. A.
C.*, PERCINOTO, C.
Departamento
de Odontologia Infantil e Social – Faculdade de Odontologia de Araçatuba –
UNESP. E-mail: percinot@foa.unesp.br
O propósito do presente estudo foi avaliar,
histologicamente, a resposta biológica dos dentes decíduos de cães, após
reimplante imediato. Utilizou-se 12 cães divididos em 2 grupos de acordo com o
período experimental de 1 e 3 semanas. Em 21 incisivos intermédios superiores e
inferiores realizou-se a extração, a endodontia, o reimplante e a esplintagem.
Os 21 dentes homólogos, sem tratamento, serviram como controle. Após os
períodos experimentais os animais foram sacrificados e, as peças obtidas,
processadas para análise histológica. Na maioria dos cães de 1 semana o
epitélio gengival estava inserido na junção amelocementária com pequeno número
de células inflamatórias crônicas no cório gengival; o ligamento periodontal
mostrou-se parcialmente restabelecido com infiltrado inflamatório mais
expressivo no 1/3 apical; pequenas reabsorções radiculares foram observadas no
lado palatino/lingual no 1/3 apical. Nos cães de 3 semanas observou-se:
ausência de inserção epitelial gengival, predominantemente no lado vestibular,
com moderado infiltrado inflamatório crônico; o ligamento periodontal, no
geral, mostrou-se com ausência de reinserção ósseo-cementária principalmente no
lado palatino/lingual, com infiltrado inflamatório expressivo na região apical
e também, grandes reabsorções radiculares foram encontradas predominantemente
nos lados palatino e lingual.
Após análise, concluiu-se que o reimplante dos dentes decíduos provocou
alterações histológicas, tanto no dente quanto na gengiva e no alvéolo,
sugestivas de impossibilidade de sua manutenção, quando comparadas aos dentes
controles.
B163
Avaliação de um programa de promoção de saúde bucal em
crianças HIV+.
RIBEIRO, A.
A.*, SOUZA, I. P. R.
Departamento
de Odontopediatria – UFRJ; UNESA; UNIGRANRIO; IFF – FIOCRUZ.
E-mail: apoenaribeiro@hotmail.com
O objetivo deste estudo foi avaliar um Programa de Promoção
de Saúde Bucal (PROGRAMA) em 57 crianças (cças) HIV+ [idade entre 0 e 14 anos;
média 68,9 meses (DP 36,3)], pacientes de 2 hospitais públicos do RJ. Após
aprovação do Comitê de Ética do NESC/UFRJ, as cças e suas famílias foram
treinadas para a realização de escovação caseira com qualidade. Mensalmente, as
crianças recebiam reforço para o controle e manutenção da saúde bucal, remoção
profissional de biofilme (biof), exames de tecidos moles e superfícies dentais.
Inicialmente, a qualidade da higiene era deficiente [somente 7 cças
apresentaram ausência de biof visível e 19 (33,9%) apresentaram biof espesso em
dentes anteriores e posteriores – Índice de Ribeiro & Thylstrup, SBPqO
2000]; 58,9% apresentavam gengivite [média: 4,44 (DP 6,97) superfícies com
sangramento gengival provocado]. 73% das cças apresentavam lesões cariosas
ativas, com, em média, 8,03 (DP 10,91) superfícies com lesão em atividade. Após
12 meses observou-se melhora na qualidade da higiene [15 (26,3%) cças
apresentaram ausência de biof visível e 8 (14%) apresentavam biof espesso em
dentes anteriores e posteriores] e o número médio de superfícies com
sangramento gengival diminuiu para 2,54 (DP 4,74). O número médio de lesões
cariosas em atividade diminuiu [5,80 (DP 9,51)], aumentando o número médio de
lesões cariosas inativas [antes: 3,76 (DP 4,33); depois: 5,91 (DP 6,11)].
Conclui-se que o PROGRAMA foi efetivo no controle das doenças cárie e
gengivite, representando uma alternativa para promover saúde bucal em cças
HIV+.
B164
A inserção da Odontologia no curso de Medicina da UERJ.
RAMOS, M.
E.*, SOVIERO, V. M., CARVALHO, F. M., FERNANDES, J. C.
Odontologia
– Ambulatório de Pediatria – UERJ; UNESA; Doutorado – UFRJ.
E-mail: elizar@brfree.com.br
O objetivo deste trabalho foi demonstrar a inserção da
Odontologia no curso de Medicina da UERJ e avaliar o nível de conhecimento dos
internos/residentes em Pediatria sobre saúde bucal. De 1997 a 2001, durante a
Disciplina de Pediatria, todos alunos (n = 109) estiveram presentes
em pelo menos uma aula sobre prevenção da cárie e responderam a um questionário
sobre o assunto. Esta foi uma das atividades do Projeto Odontologia Médica, já
aprovado pelo Comitê de Ética. Os dados foram analisados pelo Epi Info utilizando
o teste qui-quadrado. A idade média dos alunos foi 23,9 anos, destes 52 (47,7%)
eram residentes. Em relação à amamentação 90 (86,6%) orientavam o início do
desmame aos 6 meses, 62 (56,9%) sugeriam que após esta idade a amamentação
noturna poderia ser eliminada e 50 (45,9%) indicavam o desmame completo aos 12
meses. O encaminhamento para o odontopediatra era realizado por 66 (60,6%), mas
40 (60,6%) o faziam apenas quando detectavam algum problema bucal. De toda a
amostra, 88 (80,7%) não acreditavam na associação entre cárie e antibiótico e
108 (99,1%) não achavam necessária a prescrição de flúor sistêmico. Embora não
significativo, os residentes discutiam mais sobre higiene bucal com as mães do
que os internos (p = 0,07).
Os resultados sugerem que o conhecimento sobre saúde bucal dos
internos/residentes, em alguns aspectos, deve ser melhorado e acredita-se que a
presença da Odontologia no ambulatório possa atuar como um fator facilitador
para este fim.
B165
Análise comparativa da percepção em saúde bucal entre
professores do ensino fundamental com diferentes níveis de escolaridade.
VASCONCELOS,
R., MATTA, M. L., OLIVEIRA, M. J. L.*, PAIVA, S. M., PORDEUS, I. A.
Departamento
de Odontopediatria e Ortodontia – FO – UFMG.
Um dos papéis do ensino fundamental é educar para a saúde,
fazendo com que as crianças sejam capazes de formar hábitos e comportamentos
saudáveis, buscando melhor qualidade de vida. Assim, o professor assume um
papel importante na saúde do escolar. O objetivo desse trabalho foi analisar a percepção
em saúde bucal de professores do ensino fundamental com diferentes níveis de
titulação. Para tal, foram comparados 46 professores, pertencentes a três
escolas públicas de Belo Horizonte e Divinópolis - MG. Os dados foram coletados
através de um questionário semi-estruturado e analisados de acordo com a
titulação dos professores: Curso Normal (13%), Graduados (38%), Especialistas
(24%), Mestres e Doutores (25%). Observou-se que, independente da titulação,
apenas 54% receberam informação em saúde bucal, sendo que, os menos titulados
relataram a escola fundamental como a principal fonte destas informações e os
mais titulados, a própria família. Os professores com menor titulação
trabalhavam mais o conteúdo saúde bucal (85%) e havia um desejo pela obtenção
destas informações, independente do grau de formação (87%). Quanto à integração
entre as áreas de Saúde e Educação, 82% dos professores relataram não haver
integração.
Conclui-se que o conteúdo Saúde Bucal não é trabalhado nos cursos de
formação de professores, a escola e a família são importantes fontes de
informação em saúde, os professores têm interesse em receber informações sobre
o tema, é importante realizar projetos pedagógicos que integrem profissionais
da Odontologia e Educação.
B166
A escolaridade como fator de interferência na percepção de
saúde bucal de gestantes.
MATTA, M.
L.*, VASCONCELOS, R., PAIVA, S. M., PORDEUS, I. A.
Departamento
de Odontopediatria e Ortodontia – FO – UFMG. Tel.: (0**31) 3224-0815.
E-mail: mattaml@bol.com.br
Sabe-se que a gestação é uma fase de alta receptividade a
mudanças de comportamentos. Assim, o objetivo deste estudo foi relacionar
escolaridade, conhecimentos e hábitos em saúde bucal de
gestantes, na busca de dados que contribuam para um planejamento de ações em
saúde bucal voltadas para este grupo específico de mulheres. Entrevistou-se 33
grávidas, 61% de 20 a 30 anos e 40% encontravam-se no 3o trimestre
de gravidez. A renda mensal de 76% delas foi de 3 salários mínimos e 45% havia
cursado o ensino fundamental incompleto. Oitenta e seis por cento se
responsabilizaram pelas próprias perdas dentária. A atenção odontológica
durante a gravidez, foi buscada por 21% destas, sendo que 60% só procuraram
tratamentos para o alívio de dor. Dentre as que não procuraram o serviço
odontológico, a falta de orientação foi o motivo alegado por 34% das gestantes,
21% alegaram falta de vaga nos serviços públicos ou falta de condições
financeiras e 15% não consideraram necessário. Indagadas sobre a realização de
procedimentos odontológicos durante a gravidez, 42%
temiam prejuízo ao bebê. Através do teste exato de Fisher, ficou claro a
homogeneidade do grupo quanto aos conhecimentos e atitudes em saúde bucal,
independente da escolaridade.
Neste contexto, conclui-se que a escolaridade das gestantes
não interferiu na sua percepção quanto as questões de saúde bucal.
B167
Avaliação do conhecimento de gestantes de baixo poder
aquisitivo sobre práticas cotidianas em saúde bucal.
MATTA, M.
L., VASCONCELOS, R., BARRÊTTO, E. P. R.*, PORDEUS, I. A., PAIVA, S. M.
Departamento
de Odontopediatria e Ortodontia – FO – UFMG. E-mail: lilident@uai.com.br
A atenção odontológica à gestante é hoje uma das maiores
preocupações da Odontopediatria, que visa diminuir o risco de doenças bucais no
bebê. Em comunidades carentes, pela falta de acesso aos serviços odontológicos,
o autocuidado acaba sendo a única maneira de minimizar o efeito de tais
doenças. O objetivo desta pesquisa foi avaliar, através de entrevista, a
aplicação dos métodos caseiros de higiene bucal e hábitos de dieta de 33
gestantes de baixo nível sócio-econômico, que fizeram o pré-natal no Posto de
Saúde São José, bairro de periferia de Belo Horizonte - MG. Escova dental e
dentifrício foram utilizados por 100% delas. Quanto à freqüência de troca das
escovas, 43% a faziam com intervalo de até 3 meses e 57% acima deste prazo. O
número de escovações/dia foi de 2 vezes ou mais para 91% delas e para 9%, menos
de 2 vezes. Quanto ao objetivo do uso da pasta dental, 91% a relacionaram à
limpeza dos dentes e bem-estar físico, e apenas 7% relacionaram à proteção
contra cárie. Quanto ao fio dental, 61% usavam sempre, 9% às vezes e 30% nunca
usaram, sendo que 15% delas não sabem para que serve o fio e 70% atribuem a ele
funções incorretas. Sobre o consumo de lanches entre refeições, 61% relataram
fazer com alta freqüência, 18% faziam 2 lanches e apenas 21% faziam 1 só
lanche. Estes lanches, em 64% dos casos, eram compostos por alimentos com
sacarose.
Ficou claro que as gestantes de baixo poder aquisitivo mantiveram
inadequados hábitos de higienização bucal e de dieta, reflexo da desinformação,
o que pode influenciar os cuidados com a saúde bucal do bebê.
B168
Condicionamento da furca de decíduos com cianoacrilato e
laser Er:YAG.
LOPES-SILVA*,
A. M. S., LAGE-MARQUES, J. L.
Departamento
de Odontologia – UNITAU. Tel.: (0**12) 232-8718.
E-mail: adrienelopes@uol.com.br
A proposta do presente experimento foi avaliar in vitro
a permeabilidade da dentina no assoalho da câmara pulpar de dentes decíduos,
com o emprego do 2-octil cianoacrilato associado ou não ao laser de Er:YAG.
Foram empregados 24 molares decíduos, divididos em quatro grupos, em que após
preparo químico-cirúrgico cada grupo recebeu um tratamento diferente:
Grupo 1 - foi controle, sem tratamento; Grupo 2 - o
assoalho da câmara pulpar foi coberto com uma fina camada de Dermabond (2-octil
cianoacrilato); Grupo 3 - o assoalho da câmara pulpar foi irradiado
com laser de Er:YAG (250 mJ, 10 Hz por 30 segundos, energia total de
80 J e 320 pulsos), e coberto com uma fina camada de Dermabond; e
Grupo 4 - o assoalho da câmara pulpar foi irradiado com laser de
Er:YAG, nos parâmetros já descritos. Em seguida, os espécimes receberam
aplicação do corante azul de metileno 0,5%, por 15 minutos. Todos os espécimes
foram cortados no sentido mésio-distal e realizada a leitura das imagens
digitalizadas no programa Image Lab, e os resultados obtidos submetidos à
análise estatística. O Grupo 4 (Er:YAG) apresentou as maiores médias em
porcentagem de área corada (19,5%), seguidos do Grupo 1 (11,1%),
Grupo 3 (1,4%) e Grupo 2 (0,2%). O estudo estatístico permitiu
identificar as seguintes diferenças: G1 versus G2 (0,1%); G1 versus
G3 (1%); G1 versus G4 (não significante); G2 versus G3
(não significante); G2 versus G4 (1%) e G3 versus G4
(1%).
B169
Atividade anticariogênica em esmalte do Duraphat e
Safluoride di Walter.
BERGAMASCHI,
M.*, DELBEM, A. C. B., SASSAKI, K. T.
Departamento
de Odontologia Infantil e Social – Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP.
Tel.: (0**18) 620-3235. E-mail: mauberga@linsnet.br
Este trabalho avaliou o efeito anticariogênico do flúor
liberado pelo verniz fluoretado e pela solução de diamino fluoreto de prata,
utilizando ciclagens de pH. Foram utilizados 72 blocos de esmalte (4 x
4 mm) de dentes bovinos, selecionados através de análise da microdureza
(Knoop) superficial do esmalte e feita a divisão dos grupos (n = 24)
em controle (GC), verniz (GV) e diamino (GD), recebendo os respectivos
tratamentos. Em seguida, analisou-se a concentração do flúor formado (FF) em
metade dos blocos, e os restantes foram submetidos à ciclagem de pH a 37ºC.
Posteriormente, foi analisada microdureza superficial final para o cálculo da %
de perda de microdureza superficial (%PDS), a microdureza em secção
longitudinal (MSL), e a concentração do flúor retido (FR). Para análise
estatística, foram empregados a análise de variância (teste de Tukey) e o teste
de Kruskal-Wallis (p << 0,01). Os resultados do FF e FR (ppm)
foram para GC, GV e GD, respectivamente: 645,74A, 8091,87B, 1389,25C e 825,18A,
1473,27B, 701,82A. Os valores de %PDS foram para GC, GV e GD, respectivamente:
63,98 (± 4,94)a, 45,19 (± 4,10)b e 53,15 (± 1,85)c. Para MSL os
valores foram para GC, GV e GD, respectivamente: 20 mm - 86,86 (± 14,04)a,
210,04 (± 50,59)b, 132,50 (± 42,35)a; 40 mm - 165,78 (± 35,44)a,
364,20 (± 53,30)b, 181,06 (± 31,28)a; 60 mm - 250,93 (± 36,51)a,
381,39 (± 35,89)b, 281,45 (± 34,20)a.
Conclui-se que o verniz fluoretado apresentou melhor ação
anticariogênica, com menor perda mineral e maior concentração de flúor antes e
após o desafio cariogênico.
B170
Atendimento odontológico regular: observação de
pré-adolescentes pertencentes a escola da rede particular de ensino.
PINTO, L.
R.*, BONAN, R. F., GARCIA, P. P. N. S.
Departamento
de Odontologia Social – Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP.
Tel.: (0**16) 201-6343.
O presente trabalho propôs-se observar a conduta de
pré-escolares pertencentes a escolas da rede particular de ensino quanto ao
atendimento odontológico regular. Para isso, um questionário, contendo questões
relativas à fonte de informações sobre a importância do atendimento
odontológico regular, freqüência de retorno prescrita, tempo da última visita
ao dentista, bem como o motivo de retomo foi aplicado. A população de estudo
foi composta por 263 escolares, de 10 a 15 anos, pertencentes a uma escola
particular da cidade de Araraquara. Verificou-se que 83,6% dos dentistas dos
escolares analisados informaram sobre a necessidade do atendimento odontológico
regular, sendo que a freqüência mais recomendada foi a semestral para 23,9% dos
escolares e quadrimestral para 31,5%. 31,5% dos pré-adolescentes haviam
recebido atendimento odontológico no período de um mês, 10,3% de 3 a 6 meses e
8,7% de 1 a 2 meses, sendo que a grande maioria (65,8%) apresentou retorno
espontâneo. Dentre os motivos observados para o último retorno ao consultório
odontológico, o mais citado foi exame de rotina e prevenção (43,7%).
Mediante a metodologia aplicada pode-se concluir que a maioria dos
escolares receberam informações sobre o atendimento odontológico regular de
seus dentistas, que estes haviam retornado recentemente ao consultório
odontológico e que o principal motivo deste retorno foi o exame de rotina e a
prevenção das doenças bucais, sugerindo que a conduta de retorno de
pré-adolescentes de escola particular apresentou enfoque preventivo.
B171
Condições bucais de crianças portadoras de distúrbios
neurológicos.
WINZ, M. L.
P.*, SOUZA, I. P., SILVA, V. S., LEPECKI, C., CESAR, J., ESTEVES, C.
Disciplina
de Odontopediatria – FO – UFRJ.
O objetivo deste estudo foi avaliar a condição bucal de 104
crianças portadoras de distúrbios neurológicos, com idade de 6 meses a 7,8 anos
(48,6 ± 22,6 meses), usuárias de uma instituição municipal na cidade do
Rio de Janeiro. Através de exame clínico, observou-se a presença de biofilme,
gengivite e cárie. Para as análises estatísticas utilizou-se o teste do
qui-quadrado (p << 0,05). 80,2% (n = 77) apresentaram
gengivite enquanto que apenas 17,0% (n = 16) possuíam hiperplasia
gengival. 7,1% (n = 7) da amostra apresentou cálculo supragengival
porém, o biofilme estava presente em 83,5% (n = 81), estando este
diretamente relacionado a gengivite (p << 0,001). Houve uma
associação estatisticamente significativa da doença cárie com a presença de
biofilme (p << 0,01) e gengivite (p << 0,05),
sendo 88% a proporção de gengivite entre as crianças que têm cárie e 71,1%
entre as que não têm.
Conclui-se que houve uma alta prevalência de biofilme em crianças com distúrbios
neurológicos e, em razão deste estar diretamente associado à cárie e gengivite,
torna-se fundamental a orientação dos responsáveis quanto à instituição de
técnicas efetivas de controle de higiene bucal.
B172
Prevalência de bruxismo em crianças com distúrbios
neurológicos.
ESTEVES, C.
C.*, WINZ, M. L. P., SOUZA, I. P. R.
Disciplina
de Odontopediatria – FO – UFRJ.
A proposta do estudo foi avaliar a prevalência de bruxismo e
fatores associados em crianças especiais. Foram selecionadas 87 crianças com
distúrbios neurológicos (54,98 ± 18,46 meses) de uma fundação municipal na
cidade do Rio de Janeiro. O estudo consistia de duas etapas. Na 1ª foi
realizada exame clínico e questionamento quanto à presença de hábitos bucais
como história de bruxismo (HB), sucção de chupeta, dedo, objetos e onicofagia.
Na 2ª etapa, 40 crianças da fase anterior foram escolhidas aleatoriamente para
realização de entrevista com os responsáveis sobre o bruxismo. Para as análises
estatísticas utilizou-se o teste do qui-quadrado (p << 0,05). O
bruxismo constitui-se no hábito mais prevalecente nesta população, estando
presente em 72,4% (n = 63) da amostra. Houve associação entre a
presença de facetas de desgaste dentário e HB (p << 0,05). Na
segunda fase foi verificado que 35% (n = 14) das crianças
apresentavam bruxismo atual (BA), 52,5% (n = 21) história passada
(BP) e 12,5% (n = 5) nunca possuíram o hábito. 51,4% não possuíam
motivo aparente relacionado ao ranger de dentes e o restante estava associado à
alteração de humor (22,9%), verme (14,3%) e alteração sistêmica (11,4%). 83,3%
das crianças que apresentavam sono agitado possuíam BA
(p << 0,05). 52,9% apresentaram uma freqüência de bruxismo
menor que 3 vezes na semana.
Conclui-se que crianças portadoras com distúrbios neurológicos têm
elevada prevalência de bruxismo, estando este relacionado com a presença de
desgaste dentário não-fisiológico, porém os fatores associados não estão
claramente definidos.
B173
Micromorfologia da dentina de dentes decíduos submetidos a
instrumentação endodôntica.
PITONI, C.
M.*, FIGUEIREDO, M. C., SOUZA, M. A. L.
Disciplina
de Odontopediatria – Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Tel.: (0**51) 223-3951. E-mail: cmpitoni@mailbr.com.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar a micromorfologia da
dentina radicular de dentes decíduos após instrumentação endodôntica in
vitro, com três diferentes sistemas de irrigação, utilizando-se como
parâmetro a presença de “smear layer” (SL). Trinta dentes decíduos
ântero-superiores, com no máximo 113 de rizólise, foram instrumentados até a
lima nº 30, irrigados com hipoclorito de sódio a 1% (HS) e após
divididos em três grupos, de acordo com o sistema final de irrigação: Grupo 1:
1,8 ml de HS a 1%; Grupo 2: 1,8 ml de EDTA à 17%, seguido de
1,8 ml de HS; Grupo 3: 1,8 ml de ácido cítrico a 6% (AC), seguido de
1,8 ml de HS. Tanto o EDTA quanto o AC permaneceram 3 minutos nos canais
radiculares. Os espécimes foram preparados para exame ao microscópio eletrônico
de varredura no qual obteve-se fotografias da zona média dos canais. Como forma
de diagnóstico da presença da “smear layer”, três examinadores atribuíram
escores para as fotografias (0: ausência de SL; 1: SL moderada; 2: SL
abundante), e concordaram em 74% dos escores atribuídos. De acordo com a
mediana calculada a partir dos três escores obtidos para cada foto, observou-se
que: G1: 100% de escore 2; G2: 50% de escore 0, 30% de escore 1 e 20% de escore
2; G3: 60 % de escore 0 e 40% de escore 1.
O HS promoveu a formação de SL e o uso de substâncias como o EDTA e o AC
permitiu sua remoção e a obtenção de túbulos dentinários desobstruídos ou
apenas parcialmente recobertos, obtendo-se escores 0 e 1 na maioria das
amostras.
B174
Capacidade de limpeza da instrumentação manual e rotatória
em molares decíduos.
MEDEIROS, A.
S.*, NELSON-FILHO, P., SILVA, L. A. B., TANOMARU, J. M. G.,
TANOMARU FILHO, M., LEONARDO, M. R.
FORP – USP;
FOAr – UNESP. Tel.: (0**16) 602-3995.
O objetivo deste estudo foi comparar a capacidade de limpeza
e tempo necessário para instrumentação de canais radiculares de dentes decíduos
pelas técnicas manual e rotatória. Foram utilizados 17 molares decíduos, cujos
canais radiculares receberam injeção de tinta nanquim, sendo divididos em 3
grupos. O Grupo I (n = 13) foi instrumentado utilizando-se o sistema
rotatório ProFile 0.04, até o diâmetro 30 no comprimento real de trabalho. As
raízes do Grupo II (n = 13) foram instrumentadas pela técnica
manual, com limas tipo K até o número 30 e escalonamento anatômico até LK
40. No Grupo III (controle; n = 10) não foi efetuada
instrumentação. Os dentes foram submetidos ao processo de diafanização, sendo a
remoção da tinta nanquim mensurada em lupa estereoscópica, de acordo com os
seguintes escores: 0- limpeza total; 1- remoção quase completa do corante; 2-
média remoção de corante; 3- nenhuma remoção de corante. Não foi observada
diferença entre a capacidade de limpeza nos terços radiculares cervical, médio
e apical, após utilização da instrumentação rotatória ou manual
(p >> 0,05), sendo predominante o escore 1. Ambas as
técnicas de instrumentação foram diferentes do grupo controle
(p << 0,001). O tempo médio gasto (3,46 min. para a
instrumentação rotatória e 9,06 min. para a manual) foi estatisticamente
diferente entre as duas técnicas.
Conclui-se
que, embora não tenham sido observadas diferenças na capacidade de limpeza, a
redução no tempo proporcionada pela técnica rotatória é um fator de relevância
clínica na instrumentação de canais radiculares de dentes decíduos.
B175
Dentes decíduos com lesão periapical: microbiota, eficácia
do preparo biomecânico e do curativo de demora.
FARIA, G.*,
NELSON-FILHO, P., SILVA, L. A. B., SOUZA-GUGELMIN, M. C. M., ITO, I. Y.
FORP, FCFRP
– USP. Tel.: (0**16) 602-4099.
O objetivo deste trabalho foi avaliar, por meio de cultura
bacteriológica de amostras obtidas de 20 canais radiculares de dentes decíduos
de humanos com necrose pulpar e lesão periapical, a prevalência de
microrganismos nestes canais, assim como a ação antibacteriana do preparo
biomecânico utilizando como solução irrigadora o hipoclorito de sódio a 2,5% e
da pasta Calen utilizada como curativo de demora. Após a aprovação do projeto
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FORP – USP (processo nº
2000.1.92.58.6), efetuou-se as colheitas microbiológicas antes e 48 a 72 horas após
o preparo biomecânico e 48 a 72 horas após a remoção do curativo de demora, o
qual permaneceu nos canais radiculares por um período de 21 a 30 dias. Os
resultados foram submetidos ao teste estatístico de Wilcoxon. Na primeira
colheita microbiológica, os microrganismos anaeróbios foram quantificados em
100% dos casos, os bacilos pigmentados de negro em 30%, os aeróbios em 60%, os
estreptococos em 85%, os estreptococos do grupo mutans em 30%, os
bacilos gram-negativos aeróbios em 15% dos casos e os estafilococos não foram
quantificados. O preparo biomecânico foi eficaz na “esterilização” dos canais
radiculares em 20% dos casos e o curativo de demora em 62,5%, enquanto que a
ação cumulativa do preparo biomecânico e do curativo de demora foi eficaz em
“esterilizar” os canais radiculares em 70,0% dos casos.
Concluiu-se que há necessidade da instrumentação e aplicação tópica de
um curativo de demora entre sessões em dentes decíduos portadores de necrose
pulpar e lesão periapical.
B176
Procedimentos odontológicos: promoção de saúde versus
atividades curativas.
CARVALHO, D.
M.*, OLIVEIRA, V., PADILHA, W. W. N., SILVEIRA, J. L. G. C.
Pós-Graduação
em Odontologia Social – UFF; Clínica Integrada – UFPB.
O modelo de atenção à saúde bucal incorpora a partir de 1988,
uma nova abordagem conceitual que prioriza intervenções de caráter preventivo,
visando a manutenção da saúde tanto em níveis individuais como coletivos. Este
trabalho teve o objetivo de analisar os tipos de procedimentos odontológicos,
em um posto de saúde no munícipio de Nova Friburgo no estado do Rio de Janeiro.
O método de abordagem empregado foi o indutivo, com procedimento estatístico. A
técnica utilizada foi a pesquisa documental, por intermédio da análise das
planilhas de tratamentos executados no período de 1997 ao 2000, em 11.779
consultas odontológicas. Observamos que 92,5% referem-se às ações curativas e
7,5% às de promoção de saúde (PS) – fluorterapia, controle de placa
bacteriana e cariostáticos. Quanto aos procedimentos de PS, identificamos no
anos de 1998 (28,4%), 1999 (10,4%) e 2000 (5,6%) um decréscimo de tratamentos
odontológicos preventivos.
Conclui-se que, apesar da recomendação do modelo de atenção à saúde
bucal, a prática das intervenções odontológicas, ainda priorizam às ações
curativas e que medidas de caráter preventivo são empregadas de forma restrita.
B177
Má-oclusão: prevalência em escolares do estado do Rio de
Janeiro.
JORGE, R.
R.*, BASTOS, L. F., HARARI, S. G., MEDEIROS, U. V.
UFF;
UNIGRANRIO; UFRJ. Tel.: (0**21) 710-2178.
As oclusopatias constituem-se em problemas de saúde bucal de
considerável relevância para a Saúde Pública. A ciência epidemiológica, neste
contexto, procura definir a freqüência e severidade destas alterações nas
diferentes comunidades do mundo, permitindo a implementação de estratégias de
prevenção ou controle. O objetivo deste trabalho consistiu em determinar a
prevalência de más-oclusões em escolares de 6 a 12 anos do estado do Rio de
Janeiro. O presente estudo constituiu-se em uma pesquisa de campo realizada em
cinco cidades representativas das regiões deste estado. Foram examinadas 2.916
crianças de ambos os sexos e ambas as redes de ensino (pública e particular),
sendo 571 crianças da cidade do Rio de Janeiro, 565 da cidade de Petrópolis,
609 de Angra dos Reis, 589 na cidade de Rio das Ostras e 582 em Bom Jesus do
Itabapoana. O Índice Simplificado utilizado baseou-se na orientação da
Organização Mundial de Saúde (OMS,1991). Os resultados obtidos revelaram que
apenas 12,7% das crianças apresentavam oclusão normal (código 0), 12,5%
dos escolares apresentavam alterações oclusais classificadas como leves
(código 1) e 74,8% apresentavam má-oclusão de moderada à severa
(código 2), havendo pequena diferença na prevalência de má-oclusão entre
os escolares da rede pública e particular.
Conclui-se que a maioria dos escolares do estado do Rio de Janeiro
apresentam algum tipo de má-oclusão (87,3%), sendo necessário a implementação
de medidas preventivas, a fim de se minimizar a problemática da má-oclusão no
referido estado. (CEP CMM/HUAP nº 09/00.)
B178
Programa de conservação auditiva da Faculdade de Odontologia
da UERJ.
VALLADARES,
C. P.*, SOUZA, H. M. M. R.
Departamento
de Prótese – Faculdade de Odontologia – UERJ. Tel.: (0**21) 587-6131.
E-mail: hilda@ccard.com.br
A cronicidade dos efeitos e a dificuldade de se estabelecer
nexo causal com várias doenças fazem do ruído um inimigo pouco visível, mas a
sua exposição contínua e prolongada pode levar ao “stress” físico e
psicológico. Os ambientes odontológicos possuem várias fontes emissoras de
ruídos, tornando o cirurgião-dentista um profissional sujeito a tais problemas.
O objetivo do nosso trabalho é promover a educação e prevenção através de um
Programa de Conservação Auditiva criado para a Faculdade de Odontologia da UERJ.
Com base no levantamento do material educativo de prevenção ao ruído existente
em diversas áreas, criamos um específico para a nossa Unidade. Desenvolveu-se
um cartaz com figura ilustrativa e frase de trabalho: “Perda auditiva –
não deixe que este mal chegue aos seus ouvidos”. Criou-se, também, um “folder”
explicativo detalhado sobre as etapas de um Programa de Conservação Auditiva,
os efeitos e principais fontes emissoras de ruído encontradas nos ambientes de
trabalho e as medidas preventivas.
Em função da não-existência de cura para a maioria dos efeitos
produzidos pelo ruído, sendo, portanto, a prevenção o único meio de se evitar o
dano à saúde, este programa procura, através da informação, melhorar a
qualidade de vida dos profissionais de Odontologia.
B179
Prevalência da doença cárie em escolares de 6 a 12 anos do
estado do Rio de Janeiro.
BASTOS, L.
F.*, JORGE, R. R., MEDEIROS, U. V., HARARI, S. G., REIS, R.
UNIGRANRIO;
UFRJ; UFF.
O presente estudo teve como objetivo determinar a
prevalência da doença cárie, em escolares de 6 a 12 anos, nas diversas regiões
geográficas do estado do Rio de Janeiro. As cidades pesquisadas foram
representativas de cada região do estado totalizando cinco cidades: Rio de
Janeiro representativa da região Metropolitana; Petrópolis na região Serrana;
Bom Jesus do Itabapoana na região Noroeste; Angra dos Reis na região do
Litoral-Sul e Rio das Ostras na região dos Lagos. A amostra constou de 2.916
crianças de escolas públicas e particulares. Os índices utilizados basearam-se
na orientação da Organização Mundial de Saúde, cujos critérios foram adaptados
dos índices CPOD e ceo-d e aplicados por dois examinadores. Os resultados
revelaram que: 1- em todas as idades a condição dos elementos hígidos
predominam sobre as demais. 2- O CPOD médio encontrado na faixa etária de 6-12
anos foi de 1,1 e o ceo-d 1,6. 3- O estado do Rio de Janeiro possui aos 12
anos, a média de CPOD igual a 2,3. 4- As escolas públicas possuem maior número
de elementos cariados quando comparado às escolas particulares.
Foi possível concluir que: o estado do Rio apresenta valores de CPOD aos
12 anos considerados baixos e até mesmo inferior à meta que a OMS estimou nesta
faixa etária para o ano 2000 em todo o mundo e o moderado índice do ceo-d aos 6
anos (2,2) e 7 anos (2,7), justificando a implementação e/ou manutenção de
programas preventivos, que incluam educação para saúde em escolas, não
permitindo um aumento do referido índice, e conseqüentemente do CPOD.
B180
Avaliação do uso da técnica da mão sobre a boca por
odontopediatras em Porto Alegre - RS.
GRANVILLE-GARCIA,
A. F.*, BARATA, J. B., MENESES, S., ARAUJO, F. B.
Departamento
de Cirurgia e Ortopedia – FO – UFRGS. Tel.: (0**51) 316-5026.
E-mail: jbarata@cpovo.net
O presente estudo procurou obter a posição dos profissionais
especialistas em Odontopediatria da cidade de Porto Alegre (RS) com relação à
utilização da técnica da mão sobre a boca. Foram enviados questionários para
todos os odontopediatras residentes nesta cidade e registrados no CRO - RS até
o ano de 2000, totalizando 115 especialistas. Destes, houve um retorno de 76
questionários (66%), sendo que 62% utiliza a técnica da mão sobre a boca,
principalmente na faixa etária de 3 a 6 anos de idade (59%). Entretanto, apenas
4% dos profissionais a utiliza com freqüência (média de 3 vezes por dia). Com
relação aos objetivos para a sua realização, 59% dos odontopediatras procura
fazer-se escutar pela criança, quando esta apresenta reação de histeria.
Observou-se ainda que o aumento da experiência clínica diminui a sua
utilização; 32,9% dos profissionais considera o medo uma contra-indicação e
64,4% verifica melhora no relacionamento com a criança após a aplicação desta
manobra de comportamento. As exigências legais relacionadas à autorização pelos
pais ou responsáveis para uso da técnica são seguidas por apenas 9,2% dos
especialistas questionados.
Pode-se concluir que a técnica de mão sobre a boca ainda é um recurso
utilizado pela maioria dos odontopediatras na cidade estudada. Entretanto, a
sua aplicação está diretamente relacionada a uma menor experiência
profissional, sendo que as devidas exigências legais requeridas para tal não
estão sendo cumpridas.
B181
Avaliação das arcadas de crianças de 6-39 meses de idade.
CASTRO, L.
A.*, MODESTO, A., SOVIERO, V. L., VALLE, D. D. R., VIANNA, R.
Departamento
de Odontopediatria – FO – UFRJ.
O objetivo deste trabalho foi avaliar as arcadas dentárias
de 111 crianças com idade média de 23,4 meses pertencentes a duas creches da
municipalidade da cidade do Rio de Janeiro. Foram consideradas a forma dos
arcos dentários, sobressaliência e sobremordida, relacionando-as com a idade e
gênero. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética do NESC – UFRJ e os
resultados analisados pelo o teste qui-quadrado. Cerca de 93,6% das crianças apresentaram
um arco inferior em forma de “U” e 6,4% em forma de quadrado. Com relação ao
arco superior, 62,2% das crianças possuíam forma do arco arredondado e 37,8% a
forma triangular, sendo a diferença estatisticamente significante. A
sobressaliência moderada variou entre 2,1-4,0 mm, não apresentando uma
diferença estatística significante entre ela e a sobressaliência leve e a
exagerada. A sobremordida apresentou uma variação estatisticamente não
significante entre a incidência de sobremordida exagerada (26,2%) e a mordida
aberta anterior (28,0%).
Além das conclusões acima verificamos que com relação à idade e o gênero, tanto a sobressaliência
quanto a sobremordida seguiram o padrão de normalidade.
B182
Saúde bucal: noções e atitudes de profissionais que atendem
crianças especiais.
POMARICO,
L.*, SOUZA, I. P. R., TURA, L. F. R., MAGNANINI, M. M. F.
Disciplina
de Odontopediatria – FO – UFRJ. E-mail: pomarico@novanet.com.br
Este estudo avaliou as noções e atitudes sobre saúde bucal
de profissionais de Educação [G1: professoras (n = 8) e G2:
atendentes (n = 38)] e Saúde [G3: fonoaudiólogas, fisioterapeutas
etc. (n = 17)], que atuam em um programa de atenção à criança de 0 a
6 anos de idade portadora de necessidades especiais, em uma instituição
municipal do Rio de Janeiro. De um universo de 68 profissionais, 63 foram
entrevistados, com apoio de um formulário. As entrevistas foram confrontadas
com uma observação direta da rotina da creche da instituição (duração: 5
meses), que foi registrada em um caderno de campo. As respostas às entrevistas
foram tabuladas no programa Epi Info 6.04d. Embora quase todos tenham afirmado
que a saúde bucal pode interferir na saúde geral (96,8%), somente 28,9% dos
profissionais de Educação responderam corretamente a respeito desta
interferência. Com relação aos métodos de prevenção da cárie, 92,1% afirmaram
conhecê-los, com índice alto de acerto nos três grupos; contudo somente 11
(17,5%) foram ao dentista para prevenção, sendo 9 do G3 e ninguém do G2. A
maioria (80%) apontou a higiene bucal como o modo de prevenir a cárie, porém a
observação mostrou que nem sempre esta prática é realizada na creche. Quanto à
época de início de escovação dos dentes das crianças, houve uma diferença
significativa (qui-quadrado, p = 0,007), observando-se que os grupos
G1 e G3 afirmaram em sua maioria conhecer a necessidade de iniciar a escovação
antes dos 12 meses de vida.
Pôde-se concluir que as atitudes em saúde bucal não são coerentes com as
noções que estes profissionais expressam.
B183
Evolução das manifestações bucais em crianças HIV+:
acompanhamento longitudinal.
SOARES, L.
F.*, PORTELA, M. B., HUGO, R., SOUZA, I. P. R.
Disciplina
de Odontopediatria – FO – IPPMG; UFRJ. E-mail: liviafer@bol.com.br
O objetivo do estudo é comparar a freqüência de
manifestações bucais (MB), uso de terapia anti-retroviral combinada (TAC), grau
de imunossupressão (CD4%) em 18 crianças infectadas pelo HIV, acompanhadas pelo
Projeto SIDA/AIDS em Odontopediatria em quatro momentos distintos. Todos os
pacientes possuem consentimento assinado por parte de seus responsáveis. O
critério utilizado para o diagnóstico das lesões bucais foi o proposto pelo EEC
(1994). Os dados foram obtidos dos prontuários médicos e odontológicos, onde
foram considerados os exames anuais realizados de janeiro de 1997 a dezembro de
2000. As lesões pesquisadas foram: gengivite (Geng), eritema linear gengival
(ELG), hipertrofia de parótidas (HP) e candidíase (Cand). A freqüência e
distribuição das MB, CD4% e uso de TAC podem ser vistas na tabela que se segue:
Período |
MB (%)* |
Geng (%)* |
ELG (%)* |
HP (%)* |
Cand (%)* |
CD4%* |
TAC (%)** |
1997 |
38,9 |
16,7 |
5,6 |
22,2 |
11,1 |
18,4 |
0,0 |
1998 |
44,4 |
27,8 |
16,7 |
16,7 |
16,7 |
20,5 |
22,2 |
1999 |
50,0 |
27,8 |
16,7 |
11,1 |
11,1 |
21,6 |
33,3 |
2000 |
27,8 |
11,8 |
16,7 |
5,0 |
0,0 |
20,7 |
33,3 |
*p >> 0,05;
**p << 0,05.
Embora não
estatisticamente significante, os resultados sugerem que a redução da
freqüência de MB e de candidíase, e o aumento da média de CD4% foram
concomitantes ao aumento do uso da TAC.
B184
Programa Médico de Família: prevalência de cárie de
estabelecimento precoce.
VOLSCHAN, B.
C. G.*, NAEGELE, M. A., SILVA, A. C. C., SOARES, E. L.
Odontologia
Social – UFF; Odontopediatria – UNESA. E-mail: bvolschan@openlink.com.br
O presente estudo objetiva avaliar a prevalência de cárie de
estabelecimento precoce em uma comunidade assistida pelo Setor 123 do Programa
Médico de Família do município de Niterói - RJ. Os sujeitos do estudo
foram 65 crianças de 0 a 5 anos de idade, 27 do sexo feminino e 38 do sexo
masculino, residentes em área de risco social. Durante as visitas aos
domicílios, todas as crianças foram examinadas pela mesma profissional e
através do exame clínico foi levantado os dados para o índice ceo-s modificado.
Foram consideradas como cariadas as superfícies com lesões de manchas brancas.
Obteve-se a média de ceo-s modificado igual a 7,15; 58,5% das crianças
apresentaram lesões cariosas. Quanto a distribuição por idade verificou-se que
de 0 a 1 ano a média de ceo-s foi igual a 0; de 1 a 2 anos, 2,9; 2 a 3 anos,
3,4; 3 a 4 anos, 3,9; 4 a 5 anos, 5,6 e nas crianças de 5 a 6 anos foi de 29,3.
Os resultados nos permitem concluir que a prevalência de cárie de
estabelecimento precoce nesta comunidade é alta e que ocorre um agravo evidente
na faixa etária acima de 5 anos, evidenciando a necessidade da inclusão de um
programa de promoção de saúde bucal no Programa Médico de Família -
Niterói - RJ.
B185
Perfil dos pacientes da Clínica de Bebês da ULBRA - Canoas.
RAUPP, S. M.
M.*, FELDENS, E. G., RUSCHEL, H. C., FERREIRA, S. H., KRAMER, P. F.,
FARACO Jr., I. M., TOVO, M. F.
Odontopediatria
– ULBRA - Canoas - RS, Brasil. Tel.: (0**51) 222-0033.
O presente trabalho teve como objetivo avaliar o perfil dos
pacientes da Clínica de Bebês da ULBRA - Canoas quanto a idade do primeiro
atendimento, motivo de consulta e experiência de cárie. A amostra consistiu-se
dos pacientes atendidos no período de agosto de 1994 a dezembro de 2000. Os
dados desta pesquisa foram obtidos a partir da avaliação da ficha clínica dos referidos
pacientes. O número total de crianças foi de 495, sendo 61 com idade de 0 a 1
ano, 168 com idade >> 1 até 2 anos e 266 com idade >> 2
até 3 anos. Quanto ao motivo de consulta obtiveram-se os dados de 397 crianças,
onde 178 (44,84%) buscaram o serviço por cárie, 121 (30,48%) por
orientação/prevenção, 61 (15,36%) por trauma e 37 (9,32%) por
afecções/anomalias. No primeiro ano de vida a busca de orientação/prevenção foi
o motivo mais prevalente (72,55%), enquanto que no segundo e terceiro anos o motivo
cárie predominou (34,53% e 62,32% respectivamente). Do total de 495 crianças da
amostra, 301 (60,8%) apresentavam experiência de cárie, com uma prevalência de
6,56% no grupo de 0 até 1 ano, 52,38% nas crianças com idade >> 1
até 2 anos e de 78,57% no grupo com idade >> 2 até 3 anos.
Este estudo permite concluir que a procura do serviço foi maior nas
crianças com idade superior a 2 anos, a cárie foi o motivo de consulta mais
relatado e a experiência de cárie foi mais prevalente no grupo com idade
>> 2 até 3 anos, com seu maior incremento do primeiro para o segundo
ano de vida.
B186
Validade do exame radiográfico digital e a discriminação de
lesões cavitadas e não-cavitadas em molares decíduos.
BERVIAN,
J.*, SARI, G. T., TOVO, M. F., KRAMER, P. F., FARACO Jr., I. M.
Odontopediatria
– ULBRA - Canoas - RS, Brasil. Tel./fax: (0**54) 337-2409.
A pesquisa avaliou o desempenho diagnóstico dos métodos
radiográficos convencional (filme Ektaspeed plus) e digital (sistema Digora), e
correlacionou a densidade digital das imagens com o aspecto macroscópico das
superfícies proximais, de 30 molares decíduos esfoliados. Após serem
macrofotografados, os dentes foram posicionados dois a dois por meio de blocos
de cera, e submetidos às incidências radiográficas (70 kV). Os exames
radiográficos seguiram 6 critérios: da ausência de radiotransparência (0) até
radiotransparência em dentina, na metade mais interna de sua espessura (5). O
sistema digital foi operado pelo software original em 5 modalidades (0,5 X, 1
X, 2 X, imagem invertida e tridimensional) e a avaliação da densidade obedeceu
ao padrão do software. O “gold standard” adotado foi a análise microscópica. O
filme radiográfico convencional demonstrou ser mais específico (100%) que
sensível (55%). Com exceção da imagem invertida, o sistema Digora apresentou
tendência a maiores valores de especificidade (de 80 a 100%) que sensibilidade
(70 a 80%).
A acurácia do filme radiográfico convencional apresentou o menor valor,
quando comparada às modalidades de imagem digital. Não houve diferenças com
significância estatística entre os grupos de dentes com mancha branca e
cavidade, ao ser realizada a leitura de densidade medida pelo software do
sistema Digora.
B187
Cormportamento dos tecidos apicais e periapicais de dentes
decíduos de cães, após biopulpectomia e obturação dos canais radiculares com
Sealapex, Sealer Plus e MTA.
NERY, R.
S.*, BERNABÉ, P. F. E., HOLLAND, R., PERCINOTO, C.
Faculdade de
Odontologia de Araçatuba – UNESP.
A terapia endodôntica de dentes decíduos representa um
desafio aos investigadores, e uma das dificuldades verificadas é a seleção de
materiais a serem empregados nas obturações dos canais radiculares. Assim, nos
propusemos a verificar a resposta biológica a alguns materiais obturadores de
canais radiculares à base de hidróxido de cálcio, bem como sua possível
interferência ou não no processo de rizólise da dentição decídua. Foram
realizadas biopulpectomias em 30 dentes decíduos de cães que foram obturados
com cimento Sealapex, Sealer Plus e o Agregado de Trióxido Mineral (MTA), e, no
grupo controle, 10 canais não receberam obturação permanecendo vazios.
Decorridos 30 dias pós-operatório a análise histopatológica revelou que os
cimentos MTA e Sealapex foram reabsorvidos durante a rizólise, o mesmo não
acontecendo com o Sealer Plus. Nos canais que permaneceram vazios ocorreu
invaginação de tecido conjuntivo apical. De maneira geral, os dentes tratados
demonstraram reabsorções apicais laterais mais evidentes, selamento biológico
do forame apical, fatos que não foram observados nos canais vazios.
No geral os cimentos estudados demonstraram-se biologicamente bem
tolerados pelos tecidos periapicais, revelando boas perspectivas quanto a sua
indicação no tratamento endodôntico de dentes decíduos.
B188
Avaliação biopsicossocial da perda dentária.
BEZERRA, S.
R. S.*, CALDAS Jr., A. F.
Faculdade de
Odontologia da Universidade de Pernambuco.
Tel./fax: (0**81) 3458-1208.
Um estudo transversal foi realizado com o objetivo de
comparar a perda dental, em pacientes de ambos os gêneros, numa faixa etária
variando entre 20 a 45 anos de idade, oriundos da Odontoclínica de Aeronáutica
de Recife - PE, com as variáveis socioeconômicas e demográficas. O cálculo
amostral determinou uma amostra final de 196 pacientes. Dentre os pacientes
sorteados e convidados, 200 concordaram em participar da pesquisa. A amostra
foi constituída de 63,5% de mulheres e 36,5% de homens. Do total da amostra,
57,5% dos pacientes apresentaram dentes perdidos por cárie, com média de 2,2
dentes por paciente (desvio-padrão = 3,09). Associando-se a perda com
as variáveis socioeconômicas e demográficas, observou-se que foi
estatisticamente significativa para o gênero (p = 0,018), faixa
etária (p << 0,001), estado civil (p << 0,001),
número de filhos (p << 0,001), escolaridade
(p << 0,001), renda familiar (p << 0,001) e
classe social (p << 0,001). Entre as variáveis comportamentais,
encontrou-se relação estatisticamente significativa com a autopercepção da saúde
geral (p = 0,027) e saúde bucal (p << 0,001) e com a
quantidade de creme dental utilizada (p = 0,031).
Conclui-se que a prevalência da perda dental foi alta, necessitando de
ações de promoção de saúde destinado à população adulta com o intuito de
melhoria da qualidade de vida.
B189
Conhecimento em saúde bucal das mães do Programa Médico de
Família.
GODOY, C. V.
C.*, RABELLO, S. B., GARRITANO, E., MATUCK, I. C.
Pós-Graduação
em Odontologia Social – UFF - Niterói - RJ. Tel.: (0**21) 234-3562.
E-mail: pjgodoy@aol.com
O objetivo desse estudo foi avaliar o conhecimento e as
atitudes, em relação à saude bucal, das mães de crianças atendidas no Programa
Médico de Família, no módulo Jurujuba, Niterói, RJ. A amostra foi composta por
38 mães de crianças, entre 12 e 36 meses, no período de janeiro a março de
2001. O método utilizado foi o indutivo direto, tendo como instrumento um
questionário contendo 16 questões abertas e fechadas. As mães apresentavam
idade entre 17 e 48 anos (Md = 27), renda familiar entre 1 e 2
salários mínimos e grau de escolaridade médio de 3 anos de estudo. Foi
observado que 71% das mães considera os dentes importantes, mas não associa
saúde bucal com saúde geral. 83% da amostra oferece a mamadeira noturna. 74%
das mães não realiza nenhum tipo de higiene bucal. 77% considera normal a perda
precoce dos dentes decíduos. 67% das mães nunca recebeu orientação sobre saúde
bucal. Quando questionadas sobre a dieta os alimentos oferecidos foram
considerados bastante cariogênicos, em relação a presença de sacarose,
freqüência de ingestão e consistência.
Concluímos que o padrão de conhecimento das mães é muito limitado e suas
atitudes representam fator de risco à saúde bucal das crianças. É necessário
planejar-se ações voltadas à educação e promoção de saúde bucal em populações
de estratos sociais menos favorecidos.
B190
Relação da cárie dentária com o sucesso do tratamento
endodôntico.
CALDAS Jr.,
A. F.*, ALBUQUERQUE, D. S., TRAVASSOS, R. M. C.
Faculdade de
Odontologia – Universidade de Pernambuco.
Tel./fax: (0**81) 3458-1208.
Foi realizado um estudo de coorte retrospectivo com
pacientes submetidos a terapia endodôntica nos anos de 1998 e 1999 na Faculdade
de Odontologia da Universidade de Pernambuco, numa amostra de 169 pacientes de
ambos os sexos com idade variando de 13 a 71 anos de idade, analisando-se a
relação entre a presença de cárie e o sucesso do tratamento endodôntico. Em
2001 os pacientes retornaram para o exame clínico e radiográfico. Os exames
foram padronizados, tomando-se os cuidados necessários quanto a obtenção dos
dados (calibração). A análise estatística foi feita mediante distribuição de
freqüências, obtenção de médias e desvio-padrão, teste qui-quadrado e regressão
linear no programa estatístico SPSS. O erro padrão de 5% e intervalo de
confiança de 95% foram previamente estabelecidos. Observou-se relação
estatisticamente significativa entre presença de cárie com a escolaridade do
paciente (p = 0,02), renda (p = 0,01), presença do material
restaurador (p << 0,01) e estado civil do paciente (p = 0,03).
Obteve-se sucesso em 72,8% dos casos onde a cárie estava ausente e apenas 27,2%
quando a lesão estava presente. Na regressão linear obteve-se uma relação
significativa entre a presença de cárie primária ou secundária
(p = 0,048) com o índice de sucesso.
Conclui-se que a avaliação do risco de cárie do paciente deverá ser
considerada na determinação do sucesso endodôntico.
B191
Influência do comportamento da criança sobre a higiene bucal
domiciliar.
SILVA, C.
J.*, MIASATO, J. M., DAMASCENO, L. M., GAMA, R. S., HERDY, L.
Odontopediatria
– UNICASTELO; UNIGRANRIO; UFRJ; FESO.
O objetivo deste estudo foi analisar a influência do
comportamento da criança frente a higiene bucal rotineira domiciliar. A amostra
foi constituída por 100 crianças na faixa etária de 15 a 37 meses, cadastradas
no Programa de Atenção Odontológica na 1ª Infância, desenvolvido na
UNIGRANRIO - RJ, avaliadas no mês de março/2001 durante as consultas de
manutenção periódica preventiva. As crianças foram examinadas na Bebê-Clínica e
as informações acerca do comportamento durante a higiene bucal caseira foram
coletadas de suas respectivas mães, as quais assinaram o termo de consentimento
livre e esclarecido. Foi constatado que dentre as crianças cujas mães não
realizavam a higiene bucal domiciliar 81,8% (n = 9), apresentavam
comportamento desfavorável ao passo que apenas 18,2% (n = 2),
apresentavam comportamento favorável (p << 0,001 - teste
exato de Fisher). A presença de placa visível foi observada em 71,4%
(n = 20), das crianças com comportamento desfavorável, enquanto que
em 31,9% (n = 23), crianças com comportamento favorável
(p << 0,001 - c2). As crianças com comportamento
desfavorável apresentaram maior atividade de cárie (46,42%) do que as com
comportamento favorável (31,94%), porém esta associação não foi
estatisticamente significante (p = 0,00175 - c2).
Diante dos resultados pode-se concluir que a higiene bucal domiciliar
está fortemente associada ao comportamento apresentado pela criança.
B192
Sucção não-nutritiva: importância da integração entre
Pediatria e Odontologia.
MARTINS, R.
J.*, SALIBA-GARBIN, C. A., GARBIN, A. J. I., MOIMAZ, S. A. S.
Departamento
de Odontologia Infantil e Social – Faculdade de Odontologia de Araçatuba –
UNESP.
A sucção que é uma função vital, além de suprir as
necessidades nutricionais do recém-nascido (sucção nutritiva), apresenta um
aspecto emocional importante, proporcionando à criança uma sensação de
segurança, prazer e satisfação (sucção não-nutritiva). Devido a este fato,
muitas vezes ela recorre a chupeta, dedo ou objetos, pois atingiu a sensação de
plenitude alimentar, mas não supriu seus aspectos psicoemocionais. A chupeta
ortodôntica parece ser o mais indicado para essa complementação, pois melhor se
adapta à boca, permitindo um contato maior da língua com o palato durante a
deglutição, minimizando os efeitos negativos do hábito. Neste estudo
participaram 29 pediatras, que atendem na cidade de Araçatuba - SP e
região. Foram confeccionados e distribuídos questionários objetivos com
perguntas que visavam verificar a conduta do profissional quanto à indicação do
uso de chupeta. Utilizou-se o programa Epi Info para elaboração do banco de
dados e obtenção dos resultados. A grande maioria (82,8%) recomenda o seu uso,
sendo que 62,1% indicam chupetas ortodônticas. Há grande divergência quanto ao
período de uso na vida da criança.
De acordo com os resultados observados, conclui-se que há uma
conscientização da importância da utilização da chupeta entre os pediatras.
B193
Fluoretação da água de abastecimento público nos municípios
da DIR VII - Araraquara.
BRANDÃO, I.
M. G., SOUZA, R. A. A. R., CHIARATTO, R. A., BERGAMASCHI Jr., E.,
MOIMAZ, S. A. S.*
Departamento
de Odontologia Infantil e Social – Faculdade de Odontologia de Araçatuba –
UNESP.
O objetivo do presente trabalho foi verificar a situação dos
municípios da DIR VII quanto ao sistema de fluoretação das águas de
abastecimento público e o grau de participação do cirurgião-dentista no
controle operacional deste sistema. Para tanto foi enviado um questionário,
composto por questões abertas e fechadas, aos Coordenadores de Saúde Bucal dos
12 municípios da VII Divisão Regional de Saúde - Araraquara que adotavam o
sistema de fluoretação das águas de abastecimento público. Obteve-se o retorno
de 75,0% (n = 9) dos questionários, sendo observado que 33,3%
(n = 3) dos municípios adotavam este sistema há um período variando
entre 3 meses e 1 ano; outros 33,3% (n = 3) entre 3 e 15 anos e
também 33,3% (n = 3) entre 23 e 37 anos. Em 66,7% (n = 6)
dos municípios, tanto os cirurgiões-dentistas da rede pública quanto os da rede
privada não eram informados quanto ao teor de flúor na água de seu município.
Muito embora 100% dos Coordenadores considerem importante a participação do
cirurgião-dentista no controle e supervisão da fluoretação, 55,6%
(n = 5) dos mesmos nunca haviam participado deste processo. Em apenas
33,3% (n = 3) dos municípios já foram realizados estudos
epidemiológicos de fluorose dentária.
Há a
necessidade de maior participação do cirurgião-dentista no controle operacional
do sistema de fluoretação das águas de abastecimento público, com regular
divulgação para toda a comunidade dos teores de flúor na água e realização de
levantamentos epidemiológicos de fluorose dentária com regularidade.
B194
Auto-eficácia e índices clínicos de saúde oral.
SOUZA, G.
A., MONTEIRO DA SILVA, A. M., GALVÃO, R., CERQUEIRA FILHO, J. R. A.*
Departamento
de Odontologia – Universidade Gama Filho.
O conceito de auto-eficácia (AE) utilizado na área de Saúde
tem se revelado um poderoso preditor em vários domínios de comportamentos, tais
como: parar de fumar, perder peso, participar de programas de prevenção, entre
outros. Este estudo investigou se uma intervenção psicossocial produz melhora
de índices clínicos em pacientes prestes a receberem tratamento odontológico.
Previu-se que o grupo de teste (GT) melhoraria mais do que o grupo de controle
(GC) nos índices clínicos de placa e sangramento e que a AE mediaria esta
melhora. Os 30 participantes do GT, além do procedimento odontológico padrão,
receberam uma intervenção psicossocial baseada no modelo de PROCHASKA;
DICLEMENTE (J Consult Clin Psychol, v. 51, p. 3, 1983). Os 30
participantes do GC receberam procedimento odontológico padrão. Os resultados
indicaram que os dois grupos apresentaram uma redução significativa dos índices
clínicos de pré- para o pós-teste. Porém, os escores 2 e 3 de placa e
sangramento sofreram um decréscimo significativamente maior no GT comparado ao
GC (U = 197,00, p = 0,0001 e U = 179,00,
p = 0,0001, respectivamente). Apenas o GT apresentou um incremento
significativo na AE de pré- para pós-tratamento (Z = –3,58,
p << 0,0001). No entanto, não houve diferença entre os grupos
em termos de aumento de AE do pré- para o pós-teste.
Concluindo, os resultados revelaram que a intervenção psicossocial foi
efetiva e sugerem a possibilidade de que outros fatores além da AE medeiem a
melhora significativa do GT em índices clínicos.
B195
Procedimentos coletivos odontológicos – avaliação do
trabalho do CD nas escolas de Itaguaí - RJ.
CRUZ, C. W.
M.*, GOUVÊA, M. V., BASTOS, M. F. A., SOARES, E. L.
Pós-Graduação
em Odontologia Social – UFF - Niterói - RJ.
O Sistema Único de Saúde brasileiro, através da NOB/96
estabelece que o modelo de atenção à saúde deve priorizar os Procedimentos
Coletivos (PC), transcendendo a abordagem dos Procedimentos Individuais (PI).
Este trabalho surgiu em função de uma inversão detectada nos dados
odontológicos do município, em que, apesar da existência de número suficiente
de cirurgiões-dentistas (CD) lotados nas escolas, a meta de PC não estava sendo
alcançada. Assim, o objetivo do estudo foi avaliar o trabalho desses
profissionais com relação aos PC odontológicos do município. Para tanto, os 30
CDs lotados nas 9 unidades escolares (6 CIEPS e 3 municipais) foram
entrevistados em seus próprios locais de atuação. Observou-se que a média de
atendimento diário é de 15 escolares. Dentre os procedimentos preventivos,
apenas 10,26% são realizados de forma coletiva, sendo 89,74% executados de
forma individualizada durante a consulta odontológica. Apesar de 56,66% dos
profissionais terem relatado conhecer os principais indicadores de saúde bucal,
em nenhuma das unidades existem dados epidemiológicos registrados. A maioria
dos CDs (56,25%) apontou a falta de manutenção do equipamento odontológico como
a principal barreira para o desenvolvimento de seu trabalho.
Concluiu-se que os CDs lotados nas escolas do município trabalham
prioritariamente sob a ótica cirúrgico-restauradora, e que como a maioria dos
procedimentos preventivos são executados de forma individualizada, o percentual
de PC odontológicos do município se distancia da meta estabelecida pela NOB/96.
B196
Efetividade de selantes ionoméricos e resinosos em
Odontologia Comunitária.
OLIVEIRA, B.
H., MARIANO, A., LORIATO, D.
Faculdade de
Odontologia – UERJ; Secretaria Municipal de Saúde – Resende.
E-mail: branca@uerj.br
Selantes são considerados eficazes na prevenção de cárie em
superfície oclusal. Entretanto, a sua efetividade em programas de saúde pública
não se encontra ainda bem documentada. O objetivo deste trabalho foi avaliar o
desempenho clínico do Vidrion R e do Delton, aplicados por estudantes de
Odontologia nas superfícies oclusais de 123 dentes permanentes, 67 molares e 56
pré-molares, de 27 escolares com idade média de 9 anos, residentes em área
rural. Delton foi aplicado nos dentes do lado direito da boca
(n = 61) e Vidrion nos dentes do lado esquerdo (n = 62),
sob isolamento relativo. Depois de 32 meses, 92 dentes foram avaliados no pátio
da escola, por um único examinador previamente treinado, empregando sonda
exploradora e espelho dental plano. Dezoito dentes (19,5%) encontravam-se
cariados ou restaurados, sendo que 7 haviam sido selados com Delton e 11 com
Vidrion. Não se obteve associação estatisticamente significativa entre o
material empregado no selamento e a ocorrência de cárie (qui-quadrado,
p = 0,34). Entretanto, 96% dos selamentos feitos com Vidrion e 31%
dos realizados com Delton estavam totalmente perdidos, sendo a associação tipo
de material/retenção do selante altamente significativa (qui-quadrado,
p << 0,001). A freqüência de cárie em molares foi
significativamente maior do que em pré-molares (qui-quadrado,
p = 0,007).
Os selamentos feitos em programas de saúde pública com material resinoso
e ionomérico podem ser considerados efetivos mas, para se alcançar benefício
máximo, devem ser acompanhados de outras medidas preventivas.
B197
Avaliação do conhecimento e atitudes do cirurgião-dentista
frente aos maus-tratos infantis.
ALVES, A.
C.*, CARVALHO, A. C. R, GURGEL, C. A. S., BARROS, S. G.
Odontopediatria
– FO – UFBA; UEFS. Tel.: (0**71) 264-5377.
E-mail: acastroalves@hotmail.com
Este estudo avaliou o conhecimento e atitudes do
cirurgião-dentista frente aos maus-tratos infantis. Foi elaborado um
questionário e aplicado a 260 profissionais durante o XI Congresso
Internacional de Odontologia da Bahia, sendo incluídos 199. Os dados foram
analisados pelo Epi Info 2000. Dos dentistas avaliados, 60,3% atendiam crianças
com freqüência; 92%, em clínica particular e 22,6%, em serviço público. Quanto
a prática clínica, 45,7% tinham mais de 10 anos. Relataram saber definir
maus-tratos 72,4%, mas 93,5% não receberam informação sobre o tema na graduação
e 92,5% nunca buscaram treinamento específico. A suspeita ocorreu para 32,7%
dos pesquisados e 64,8% denunciaram/denunciariam, sendo os órgãos de proteção à
criança escolhidos por 84,5%. O motivo de omissão, em 40% dos casos, seria o
receio de diagnóstico incorreto. Traumas orofaciais, edema labial e queimaduras
na mucosa oral ou língua foram considerados sinais de negligência dental, por
39%, 36,5% e 37,5%, respectivamente. Como sinais de abuso, foram mais
prevalentes os relacionados a abuso físico: traumas orofaciais (86,6%), edema
labial (77,6%), queimaduras (72,1%) e traumatismos dentários (73,6%). Os sinais
de abuso sexual foram irrelevantes para a maioria: condiloma oral (31%), herpes
(27%) e petéquias palatinas (25%).
Dentistas têm obrigação de assistir vítimas de violência, identificando
e encaminhando os casos suspeitos. Observam-se, entretanto, carência de
informação durante a graduação, gerando dificuldade de diagnóstico e
insegurança nos procedimentos de denúncia.
B198
Liberação de flúor por resinas compostas modificadas por
poliácidos.
GARCIA, F.
C. P.*, WANG, L., BUZALAF, M. A. R., MONDELLI, R. F. L.
Departamento
de Dentística e de Ciências Biológicas – FOB – USP.
Tel.: (0**14) 235-8265. E-mail: garciafcp@uol.com.br
Este estudo se propôs a avaliar in vitro a quantidade
e o padrão de liberação de flúor de resinas compostas modificadas por
poliácidos em meio aquoso. Seis espécimes de 11 mm de diâmetro e
1,5 mm de espessura de cada material foram obtidos de acordo com as
instruções dos fabricantes: Compoglass F (CF), F2000 (F2), Freedom (Fr), Dyract
(D) e Dyract AP (DAP) e o cimento de ionômero de vidro convencional Chelon-Fil
(CH) como controle positivo. Os espécimes preparados foram acondicionados em
água deionizada a 37ºC durante o período experimental de 28 dias. A solução era
trocada a cada 6 horas até completar as primeiras 24 horas e nos demais
períodos a troca se dava a cada 24 horas. O flúor liberado foi analisado pelo
eletrodo (Orion 9609) previamente calibrado com as soluções de 0,05; 0,1; 0,2;
0,4; 0,8; 1,6; 3,2 ppm. Os resultados foram analisados pela ANOVA e o teste
de Tukey (p << 0,05). Todos os materiais liberaram flúor em um
padrão similar. Houve uma maior liberação de flúor no início, um rápido
declínio e posterior estabilização no período de 7 a 14 dias. O total acumulado
de flúor em 28 dias foi 0,654; 0,187; 0,133; 0,083; 0,073 e 0,062 mg/mm2
para CH, CF, F2, Fr, D e DAP, respectivamente. Todas as resinas compostas
modificadas por poliácidos demonstraram uma menor liberação de flúor que o
cimento de ionômero de vidro convencional, sendo estatisticamente significante,
mas sem diferenças entre os materiais da mesma categoria.
Uma
quantidade pequena, porém constante de liberação de flúor, foi verificada pelas
resinas compostas modificadas por poliácidos, sugerindo um padrão necessário
para a prevenção da recorrência de cárie, o que deveria ser confirmado por
estudos clínicos. (Apoio: CNPq - 520210/98-0.)
B199
Efeitos de géis clareadores a base de peróxido de carbamida
a 10% e 15% na microdureza de materiais restauradores.
CAMPOS, I.
C.*, BRISO, A. L. F., AMBROSANO, G., PIMENTA, L. A. F.
Odontologia
Restauradora – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5337.
O objetivo deste trabalho in vitro foi avaliar
quantitativamente os efeitos dos géis de peróxido de carbamida (PC) a 10% e 15%
(Opalescence - Ultradent Prod.) nos materiais restauradores, utilizando-se
análise de microdureza superficial. Matrizes cilíndricas de acrílico
(4 x 2 mm) foram preenchidas com os seguintes materiais
restauradores: Charisma (Heraeus Kulzer), Durafill VS (Heraeus Kulzer),
Vitremer (3M), Dyract AP (Dentsply) e Permite C (SDI). Confeccionaram-se
sessenta corpos-de-prova para cada material restaurador. Vinte espécimes
(n = 20) foram destinados para o grupo controle, que permaneceu
imerso em saliva artificial substituída diariamente, vinte receberam peróxido
de carbamida a 10% e vinte peróxido de carbamida a 15%, por seis horas diárias,
durante três semanas. Após este período, foi feita a medida da microdureza
Knoop (KHN) em cada espécime, em cinco locais diferentes (carga de 25 g,
20”). Os valores obtidos, foram transformados em KHN, a média dos valores foi
calculada e aplicados os testes estatísticos ANOVA e Tukey,
p << 0,05 (Charisma - PC10% 38,52a; PC15% 34,31b; saliva
37,36ab, Durafill VS - PC10% 18,65a; PC15% 19,38a; saliva 18,27a; Dyract
AP - PC10% 30,26b; PC15% 28,64b; saliva 33,88a, Vitremer - PC10%
28,15b; PC15% 17,40c; saliva 40,93a; Permite C - PC10% 183,50b; PC15%
159,45c; saliva 215,80a).
Através dos resultados obtidos foi possível concluir que o clareamento
caseiro com gel de peróxido de carbamida a 10% e 15% provocou diminuição na
microdureza dos materiais Dyract AP, Vitremer e Permite C. (Apoio: FAPESP.)
B200
Avaliação do efeito do ambiente clínico na performance da
técnica ART.
PACHÁ, D.
S.*, PISANESCHI, E., DIAS, K. R. H. C., NAVARRO, M. F. L.
Departamento
de Odontologia Restauradora – PUC - Campinas.
Tel.: (0**19) 729-8624. E-mail: fo@puc-campinas.br
Apesar da prevalência da cárie dental ter diminuído em
países mais desenvolvidos, este ainda é um problema de saúde pública em
comunidades carentes, sem acesso aos tratamentos preventivos e curativos. Com
objetivo de reverter esta situação a técnica ART desenvolvida em 1994 se
caracteriza por empregar poucos instrumentos e dispensar o equipamento odontológico
convencional, exceto em casos de pacientes idosos, gestantes e naqueles com
problemas motores. O objetivo deste estudo foi comparar a eficácia da técnica
ART realizada em mesa com colchonete com a realizada em equipo odontológico.
Para este estudo foram escolhidos 26 escolares com idade de 6 a 12 anos, de
ambos os sexos e restaurados 55 dentes decíduos e permanentes com CIV -
Ketac-Molar, divididos em dois grupos: Grupo I - dentes restaurados em
consultório odontológico e Grupo II - dentes restaurados numa escola, com
auxílio de uma mesa e colchonete. Aos 3 e 6 meses as restaurações receberam
escores, de acordo com os critérios do USPHS e divididas em quatro subgrupos:
Subgrupo I A - 3 meses, Subgrupo I B - 6 meses, Subgrupo II A -
3 meses e Subgrupo II B - 6 meses. Os postos médios dos subgrupos
foram: I A = 637,50; I B = 637,50;
II A = 611,50 e II B = 663,50, os quais não
diferem de forma estatisticamente significativa de acordo com testes
(p << 0,05) de ANOVA, de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney.
Através dos
resultados, os autores concluíram que a abordagem da mesa com colchonete é tão
eficiente quanto à do equipamento convencional, pelo menos durante o período de
6 meses da restauração dos dentes.
B201
Análise quantitativa da microinfiltração marginal de
materiais restauradores.
BIJELLA, M.
F. T. B.*, BIJELLA, M. F. B., SILVA, S. M. B.
Faculdade de
Odontologia de Bauru – USP. Tel.: (0**14) 235-8218.
E-mail: mfbijella@uol.com.br
Avaliou-se quantitativamente in vitro a
microinfiltração marginal em restaurações classe II realizadas com o cimento de
ionômero de vidro modificado por resina Vitremer e com as resinas compostas
Ariston pHc ou P60, com o propósito de verificar a influência da ciclagem
térmica para estes materiais. Foram utilizados 60 pré-molares, divididos em 3
grupos, cujas cavidades proximais apresentavam parede cervical 1 mm abaixo
da junção cemento-esmalte. Metade de cada grupo sofreu processo de
termociclagem com 500 ciclos nas temperaturas de 5ºC e 55ºC, em banhos de 15
segundos cada, enquanto a outra metade permaneceu em água deionizada a 37ºC. Os
espécimes foram imersos em solução de fucsina básica a 0,5% por 24 horas a
37ºC. Para análise da microinfiltração os dentes foram seccionados no sentido
mésio-distal e a análise realizada através da máxima infiltração com auxílio do
software Imagetools. Os resultados foram, respectivamente para com e sem
termociclagem: Vitremer (0,1120 mm e 0,1145 mm); P60 (0,8960 mm
e 0,6215 mm) e Ariston pHc (0,9330 mm e 1,0260 mm). A análise
estatística foi realizada através do teste ANOVA 2 critérios e Tukey a 5%.
Pelos resultados, todos os grupos testados apresentaram microinfiltração
marginal, sendo que o Vitremer apresentou resultados sempre melhores, vindos a
seguir a resina composta P60 e por último a resina composta Ariston pHc. Não
houve diferença estatisticamente significante no uso ou não da termociclagem
para estes materiais.
B202
Comparação da resistência à tração de resina composta
polimerizada por laser de argônio utilizando duas diferentes distâncias entre a
fonte e o corpo-de-prova.
LLORET, P.
R.*, RODE, K. M., EDUARDO, C. P., TURBINO, M. L.
Departamento
de Dentística, LELO – FOUSP.
A fonte luminosa é uma variável muito importante na
determinação do grau de conversão e em última análise, para que haja sucesso
clínico na ativação de resinas compostas. O objetivo deste estudo foi comparar
se havia alguma diferença na resistência de união à dentina, de uma resina
híbrida (Z250 - 3M) utilizando o laser de argônio (Accucure 3000 -
LaserMed) em duas diferentes distâncias (0,5 mm e 6 mm) entre a fonte
polimerizadora e o corpo-de-prova. Foram usados neste estudo 60 dentes bovinos,
os espécimes receberam ataque ácido e aplicação do sistema adesivo (Scothbond
Multi-Purpose - 3M) seguindo as instruções do fabricante. Através de uma
matriz de polipropileno preta, fixadas em uma mesa metálica especialmente
confeccionados para esse fim, juntamente com o dente, foi inserida a resina
composta em único incremento de 3 mm e em 3 incrementos de 1 mm e fotopolimerizada
com o laser de argônio, por 10, 20 e 30 segundos, com uma distância da fonte de
menos de 0,5 mm em um grupo e de 6 mm em outro grupo. Para os testes de
tração utilizou-se uma máquina de ensaios Mini 4442 (Instron), com célula de
carga de 50 kg, sob velocidade de 0,5 mm/min. Os resultados foram
submetidos a análise estatística, não encontrando diferença estatística ao
comparar as duas distâncias. Entretanto, obtivemos maiores valores de
resistência à tração nos grupos de 3 incrementos de 1 mm quando comparados
aos grupos de incremento único. Os grupos de 20 e 30 segundos também
apresentaram maiores valores que os grupos de 10 segundos.
Assim
pudemos concluir que a distância até 6 mm entre a fonte de luz do laser de
argônio e as amostras, não interfere na resistência à adesão. (FAPESP -
projeto nº 99/08433-4.)
B203
A melhor distância necessária para polimerizar resina
composta usando laser de argônio.
RODE, K.
M.*, LLORET, P. R., EDUARDO, C. P., TURBINO, M. L.
Departamento
de Dentística e Laboratório Experimental de Laser em Odontologia (LELO) –
FOUSP.
Atualmente com o aumento das pesquisas de polimerização de
resinas compostas com o laser de argônio vimos a necessidade de estudar qual a
melhor distância da peça de mão em relação a resina. Assim, este trabalho tem
como objetivo comparar in vitro a microdureza de uma resina composta
híbrida, inserida em incrementos de diferentes espessuras, com duas distâncias
da peça de mão do laser de argônio em relação ao corpo-de-prova. Para isso,
foram utilizados 40 corpos-de-prova, confeccionados através de uma matriz preta
de polipropileno cilíndrica fixada em mesas metálicas especialmente
confeccionadas para este fim. A resina (Z250 - 3M) foi inserida em único
incremento de 3 mm e 3 incrementos de 1 mm e fotopolimerizada com o
laser de argônio (Lasermed) por 10 segundos, com uma distância da peça de mão
de 0,5 mm e 6 mm em cada grupo. Cada corpo foi posicionado e levado
ao microdurômetro (HMV-2000 - Shimadzu). As medidas foram realizadas com 1,
2 e 3 mm de distância da borda, e em 3 locais diferentes, e obtidas em
microdureza Vickers com carga de 50 g por 45 segundos.
Os valores foram submetidos a análise estatística e mostraram que houve
diferença estatisticamente significante entre os grupos realizados em incremento
único e em 3 incrementos, sendo neste mais alto, e que houve uma diminuição na
microdureza conforme aumentava a profundidade, porém não houve diferença
significante na microdureza entre as duas distâncias estudadas, isto é a
microdureza não diminuiu com o aumento da distância entre a peça de mão e o
corpo-de-prova. (FAPESP - 99/11408-1.)
B204
Avaliação de pastas de polimento mecânico de restaurações
cerâmicas odontológicas.
CAMACHO, G.
B.*, ZANELLA, L., MALINSKI, S.
Departamento
de Odontologia Restauradora – UFPel. E-mail: charrua@ufpel.tche.br
As restaurações cerâmicas necessitam de um acabamento e
polimento mecânico adequado após sofrerem algum tipo de desgaste na cavidade
oral. Com este propósito, neste trabalho foi realizada uma análise da eficácia
de quatro pastas de polimento de porcelanas: a. Brinel Polierpast
(Renfert) - P1; b. Crystar-Past (Kota) - P2; c. Diamond Excell
(FGM) - P3; d. Ivoclar Universal (Ivoclar) - P4; e. pasta
experimental (carbeto de silício) - P5, todas associadas a uma roda de
feltro e micromotor com rotação padronizada. O polimento foi realizado sobre
pastilhas das porcelanas Ceramco II (Ceramco Inc.), Duceram LFC (Duceram Inc.)
e Vitadur Alpha (Vita Zahnfabrik) e comparadas com espécimes autoglazeados das
mesmas - Controle. Após terem sofrido a ação das pastas, os espécimes
sofreram uma análise fotomicrográfica e da rugosidade média (Ra) de suas
superfícies com um aparelho rugosímetro (RUG-03, Aro S.A.). Os resultados
apontaram para uma diferença estatística entre as cerâmicas e o mesmo ocorreu
entre as pastas. Todavia, os resultados mostraram que todas as pastas,
comparadas ao Controle, foram efetivas no polimento. O emprego das pastas P4,
P2 e P5 apresentaram desempenhos semelhantes mas inferiores às pastas P1 e P3
que mostraram os melhores desempenhos. As porcelanas Vitadur Alpha e Ceramco II
permitiram a obtenção de um melhor polimento.
Estes resultados indicam que as pastas podem ser empregadas pelo
clínico. No entanto, verificou-se que o desempenho de determinado polimento
mecânico é influenciado pelo tipo de cerâmica utilizada. (Apoio: FAPERGS.)
B205
Efeito direto das técnicas de inserção e fotoativação na
microinfiltração.
HORI, F.
S.*, GOMES, F. M., SANTOS, A. J. S., AGUIAR, F. H. B., LOVADINO, J. R.
Faculdade de
Odontologia de Piracicaba – UNICAMP.
Este estudo in vitro se propôs a avaliar
quantitativamente através de espectrofotometria, a influência das técnicas
incremental de resina e de fotopolimerização progressiva na microinfiltração de
restaurações. Foram confeccionados 40 corpos-de-prova contendo cavidades classe
V cilíndricas na superfície vestibular radicular de dentes incisivos bovinos
restauradas com resina microhíbrida Z250 - 3M. As amostras foram divididas
em quatro grupos: A - inserção da resina na cavidade em uma única camada;
e B - inserção da resina em duas camadas incrementais. Estes grupos foram
subdivididos em A1 e B1 - fotopolimerização contínua por 40 segundos; e A2
e B2 - fotopolimerização progressiva. A resina Z250 foi inserida na
cavidade em dois incrementos de 1 mm com fotopolimerização individual de
cada incremento. Após a realização das restaurações os espécimes sofreram 3.000
ciclos térmicos em banhos de 5º ± 2ºC e 55º ± 2ºC,
protegidos com esmalte para unha, corados com azul de metileno a 2% e
seccionados em blocos. Estes foram então triturados e o corante foi resgatado
com etanol PA e os sobrenadantes das soluções avaliados em aparelho de
espectrofotometria. Os resultados demonstraram as seguinte médias para o fator
inserção na cavidade: inserção única e fotopolimerização convencional (grupo
A1) 0,06075; inserção única e fotopolimerização progressiva (grupo A2) 0,04030;
inserção incremental e fotopolimerização convencional (grupo B1) 0,04648;
inserção incremental e polimerização progressiva (grupo B2) 0,04339. Não foram
obtidas diferenças estatísticas entre os dados.
B206
Resistência ao cisalhamento de colagem selante/esmalte:
efeito da profilaxia.
TEIXEIRA,
S.*, SOUZA, I. P. R., CHEVITARESE, O.
Departamento
de Odontopediatria e Ortodontia – UFRJ - Rio de Janeiro - Brasil.
Tel.: (0**27) 225-4807. E-mail: cribari@zaz.com.br
O objetivo deste trabalho foi a investigação da influência
de duas técnicas de profilaxia (pedra-pomes e água/taça de borracha -
grupo A e jato de bicarbonato de sódio e água - grupo B) sobre a
resistência ao cisalhamento de colagem entre esmalte bovino aplainado e um
selante fotopolimerizável (FluroShield®). Cada dente foi preso por
sua raiz no interior de um anel de PVC (2 cm de altura por 2,5 cm de
diâmetro) por meio de uma resina acrílica autopolimerizável, de tal modo que
sua superfície aplainada ficasse perpendicular à base do anel, graças ao
emprego de um esquadro confeccionado para este fim. Cada dente recebeu a
profilaxia, conforme o grupo que pertence, bem como o tratamento superficial
recomendado pelo fabricante do selante. Nesta ocasião, à superfície do esmalte
foi adaptada uma arruela de borracha com um orifício central de 3 mm de
diâmetro e 2 mm de altura, orifício este que foi preeenchido pelo selante
dispensado por uma seringa descartável revestida de papel alumínio.
Polimerizado o selante e removida a arruela, cada conjunto foi armazenado na
água a uma temperatura de 36º ± 1ºC, por uma semana. O teste de
cisalhamento se deu então com uma velocidade de deformação de 0,5 mm/min.
em uma máquina Emic de ensaios
mecânicos. Os resultados (em MPa: 15,45 para o grupo A e 13,30 para o grupo B)
apontaram um ganho de 13,8% para o grupo A. Estatiscamente os resultados foram
significantes (teste de Mann-Whitney, p = 0,047).
Concluiu-se
que a profilaxia em pedra-pomes/água com taça de borracha melhorou a retenção
do selante FluroShield® em esmalte bovino.
B207
Avaliação da resistência da união de sistemas adesivos sobre
superfícies contaminadas com saliva.
SALVIO, L.
A.*, SINHORETI, M. A. C., CORRER SOBRINHO, L., CONSANI, S., KONNO, A. N. K.
FOP –
UNICAMP. Tel./fax: (0**14) 622-2203. E-mail: lsalvio@yahoo.com
Este estudo teve como objetivo avaliar in vitro os
valores da resistência da união de dois sistemas adesivos (Scotchbond Multi-Uso
e Clearfil Liner Bond 2V) sobre a dentina bovina quando esta apresentava-se
contaminada com saliva humana em diferentes estágios da aplicação dos
materiais. Para a preparação das amostras foram utilizados 90 incisivos
bovinos, os quais foram preparados seguindo a metodologia de cisalhamento
preconizada pela ISO (TR11405). Elas foram dividas em nove grupos de dez
amostras cada: G1 - controle do SBMU (sem contaminação); G2 - similar
ao G1, com contaminação após o “primer”; G3 - similar ao G1, com
contaminação após o adesivo; G4 - similar ao G1, com contaminação após o
ataque ácido; G5 - similar ao G1, com recondicionamento após contaminação;
G6 - controle do Clearfil (sem contaminação); G7 - similar ao G6, com
a contaminação após o “primer”; G8 - similar ao G6, com contaminação após
o agente de união; e, G9 - similar ao G6, porém o Clearfil foi aplicado
sobre dentina sem realização de profilaxia. Os valores obtidos foram submetidos
à análise de variância e as médias comparadas pelo teste Tukey (5%).
Para o SBMU, os valores de resistência da união foram: grupo 1
(4,8 MPa), 2 (5,0 MPa), 3 (5,2 MPa), 4 (6,6 MPa) e 5
(4,2 MPa), os quais não diferiram estatisticamente entre si. Para o
Clearfil, as médias dos grupos 6 (8,0 MPa), 8 (6,9 MPa) e 9
(8,8 MPa) não diferiram estatisticamente entre si, mas foram superiores ao
grupo 7 (4,7 MPa), com exceção do grupo 8, o qual não diferiu
estatisticamente do grupo 7.
B208
Verificação da profundidade de polimerização de compósitos
fotoativados por quatro métodos.
CUNHA, L.
G.*, SINHORETI, M. A. C., CONSANI, S., CORRER SOBRINHO, L., GOES, M. F.
FOP –
UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5345. E-mail: leofop@yahoo.com
O objetivo deste estudo foi verificar a profundidade de
polimerização do compósito odontológico Z100 (3M), através da leitura de dureza
Knoop, utilizando quatro métodos de fotoativação. Vinte corpos-de-prova
cilíndricos (3 mm de diâmetro por 5 mm de altura) foram preparados em
uma matriz bipartida e fotoativados por quatro métodos: luz contínua; dupla intensidade
de luz; luz pulsátil e arco de plasma de xenônio. A mensuração de dureza Knoop
foi feita nas regiões de superfície, 1,5 mm, 2,5 mm, 4,0 mm e
fundo. Os dados foram submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey
(5%). As médias para cada método e região estão comparadas abaixo.
|
Superfície |
1,5 mm |
2,5 mm |
4,0 mm |
5,0 mm |
Contínua |
74,62 a,A |
64,02 a,B |
58,76 a,B |
45,82 b,C |
38,94 a,C |
Dupla |
72,16 a,A |
65,38 a,AB |
60,08 a,B |
56,60 a,B |
45,16 a,C |
Pulsátil |
61,40 b,A |
54,58 b,AB |
47,76 b,BC |
40,02 bc,C |
25,00 b,D |
Xenônio |
69,90 ab,A |
61,94 ab,A |
52,39 ab,B |
35,58 c,C |
0,00 c,D |
Letras
minúsculas em coluna e maiúsculas em linha.
De maneira
geral, conclui-se que: o método de fotoativação por arco de plasma de xenônio
mostrou média de dureza Knoop alta nas regiões de superfície e 1,5 mm,
diminuindo acentuadamente nas regiões mais profundas. Os métodos por luz
contínua e dupla intensidade de luz mostraram os maiores valores de dureza
Knoop, em todas as regiões. O método pulsátil mostrou resultados
intermediários.
B209
Influência do uso do compósito de baixa viscosidade sobre a
resistência da união metal-compósitos.
SINHORETI,
M. A. C.*, CONSANI, S., GOES, M. F., CORRER SOBRINHO, L.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FOP – UNICAMP.
E-mail: sinhoret@fop.unicamp.br
O objetivo deste estudo foi verificar a influência do uso do
compósito de baixa viscosidade Flow-It (Jeneric/Pentron) como base de
restaurações confeccionadas com os compósitos Z100 (3M), P60 (3M) e A110 (3M),
sobre a contração de polimerização e sua influência na resistência da união da
interface metal-compósito. Foram confeccionadas 60 matrizes circulares
metálicas de 3 mm de espessura contendo uma cavidade vazada tronco-cônica
de 6 mm de diâmetro menor e 9 mm de diâmetro maior. Essas cavidades
foram jateadas internamente e divididas em 3 grupos de 20 matrizes, de acordo
com o compósito utilizado. Cada grupo foi subdividido em dois subgrupos de 10
matrizes cada, de acordo com o uso ou não do compósito de baixa viscosidade. A
superfície do metal foi tratada com o sistema adesivo SBMP Plus (3M), e os
compósitos aplicados e fotoativados por 40 segundos. Os corpos-de-prova foram
armazenados em temperatura ambiente por 24 horas e levados a uma máquina de
ensaio Instron (0,5 mm/min.) para o ensaio de resistência da união
(“push-out”). Os valores obtidos foram submetidos à análise de variância e as
médias comparadas pelo teste de Tukey (5%).
Pôde-se verificar que o uso da base de resina de alto escoamento
promoveu maiores valores médios de resistência (9,37 MPa) quando comparado
ao grupo sem sua utilização (6,94 MPa), independentemente do compósito
utilizado. Para os compósitos A110 (9,84 MPa) e P60 (8,54 MPa), os valores
de resistência de união foram maiores do que com o compósito Z100
(6,09 MPa), independentemente dos demais fatores.
B210
Estudo comparativo do tipo de substrato dental utilizado em
testes de resistência de união.
LOPES, M.
B.*, SINHORETI, M. A. C., CONSANI, S., CORRER SOBRINHO, L., KONNO, A. N. K.
FOP – UNICAMP.
Tel.: (0**19) 430-5345. E-mail: baenalops@yahoo.com
O propósito deste estudo foi comparar os valores de
resistência de união obtidos sobre o esmalte e dentina humanos com os valores
obtidos em dentes bovinos, utilizando dois sistemas de união com princípio de
atuação distinto. Para isto, desgastou-se 40 dentes humanos e 40 dentes
bovinos, até se obter uma área plana de pelo menos 5 mm de diâmetro. As 80
amostras foram divididas em 4 grupos de 20 amostras cada, sendo: 1) dente
humano em esmalte, 2) dente bovino em esmalte, 3) dente humano em dentina, 4)
dente bovino em dentina. As amostras de cada grupo foram divididas em 2
subgrupos de 10 amostras cada, de acordo com o sistema de união utilizado: 1)
Scotchbond Multi-Uso (SBMU); e 2) Clearfil Liner Bond 2v (CLB2v), ambos
aplicados de acordo com o fabricante. Após, confeccionou-se um cilindro do
compósito Z100 (4 mm de diâmetro x 5 mm de altura)
utilizando uma matriz bipartida, para submeter os corpos-de-prova ao ensaio de
cisalhamento numa máquina de ensaio Instron com velocidade de 0,5 mm/min.
Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias ao teste de Tukey
(5%).
Em esmalte, não se verificou diferença estatística entre os dentes
humanos e bovinos para os materiais SBMU (7,36 MPa, humano; e 8,24 MPa,
bovino) nem no CLB2v (10,01 MPa, humano; e 7,95 MPa, bovino). Em
dentina, verificou-se que o SBMU apresentou média estatisticamente inferior em
dentina humana (5,01 MPa), quando comparado à dentina bovina
(11,74 MPa). Para o material CLB2v, não houve diferença estatística entre
os substratos humano (7,43 MPa) e bovino (9,27 MPa).
B211
Efeito da sinérese na infiltração marginal de materiais
restauradores.
SANTOS, A.
J. S.*, AGUIAR, F. H. B., GOMES, F. M., LOVADINO, J. R.
Faculdade de
Odontologia de Piracicaba – UNICAMP. E-mail: alexjss@yahoo.com
O objetivo desse estudo in vitro foi avaliar o efeito
da sinérese na infiltração marginal de materiais restauradores. Cavidades
cilíndricas foram preparadas em blocos de esmalte e de dentina, obtidos de 120 incisivos
bovinos. As cavidades foram restauradas com Dyract (Dy), Compoglass F (Co),
Vitremer (Vi), Fuji II LC (Fu), Ketac-Fill Plus (Ke) e Z100 (Z1). Os espécimes
foram termociclados por 3.000 ciclos, entre temperaturas de 5º ± 2ºC
e 55º ± 2ºC. Metade das amostras foi submetida à desidratação por 45
minutos, em temperatura de 30ºC e 60% de umidade relativa do ar. Os espécimes
foram imersos em solução aquosa de azul de metileno a 2%, por 12 horas, e a
infiltração marginal foi mensurada quantitativamente através de
espectrofotometria. A análise estatística ANOVA (p << 0,05),
seguida pelo teste de Tukey, mostrou diferenças estatísticas significativas
entre as médias de infiltração marginal dos materiais testados no esmalte (Ke << Vi = Dy;
Dy = Fu = Z1; Fu = Z1 = Co) e na
dentina (Ke << Vi = Co = Fu = Z1;
Co = Fu = Z1 = Dy). A sinérese aumentou
significativamente as médias de infiltração marginal para todos os materiais
(p << 0,05) e de forma menos acentuada na dentina (11,6%) que
no esmalte (27,8%).
Os resultados permitiram concluir que nenhum dos sistemas restauradores
foi capaz de conter a infiltração marginal. Os materiais híbridos foram
melhores que o cimento de ionômero de vidro convencional e a maioria foi
similar à resina composta. A sinérese aumentou significativamente a infiltração
marginal em todos os materiais híbridos, mostrando que eles ainda são
susceptíveis à desidratação. (Apoio: CAPES.)
B212
Avaliação quantitativa da infiltração marginal em
restaurações para dentes posteriores.
AGUIAR, F.
H. B.*, SANTOS, A. J. S., GOMES, F. M., LOVADINO, J. R.
Dentística –
FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5340.
E-mail: flaguiar1@yahoo.com
O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar
quantitativamente a infiltração marginal ao redor de restaurações dentais,
realizadas com três compósitos de alta viscosidade, um de média viscosidade, e
amálgama de prata, e a possível influência da ciclagem térmica. Para tanto,
foram obtidos 100 blocos dentais, utilizando-se terceiros molares humanos.
Cavidades cilíndricas foram preparadas medindo 1,85 mm de diâmetro com
1,5 mm de profundidade. Esses blocos foram aleatoriamente divididos em dez
grupos os quais diferiram no tipo de material utilizado, e na realização ou não
da ciclagem térmica. Os corpos-de-prova foram imersos em tubos de ensaio,
separadamente, contendo azul de metileno, por 12 horas. Após, foram lavadas,
secadas, trituradas e imersas em tubo de ensaio, contendo álcool absoluto por
24 horas. O sobrenadante da solução foi submetido à análise da espectrofotometria.
Os resultados foram submetidos a análise estatística, pelos testes de
Kruskal-Wallis e Mann-Whitney (p << 0,05). Para os grupo
não-termociclados, as médias de infiltração foram (mg/ml): amálgama -
4,279 (A); Solitaire - 4,148 (AB); Z250 - 3,418 (ABC); P60 -
3,184 (BC); Surefil - 2,890 (C). Para os grupos termociclados, as médias
foram: amálgama - 7,572 (A); Solitaire - 5,471 (A); Z250 - 4,330
(AB); P60 - 3,418 (BC); Surefil - 2,779 (C).
Os resultados permitem concluir que os compósitos Surefil e P60 apresentaram
melhores médias de infiltração marginal, e a ciclagem térmica não influenciou
significativamente os resultados de infiltração, para todos os materiais
testados. (FAPESP - processo nº 00/01792-8.)
B213
Efeito do ácido peracético sobre o ângulo de contato do
gesso.
HEHN, L.*,
CAMPREGHER, U. B., ROSA, D., FORTES, C. B., SAMUEL, S. M. W.
Departamento
de Odontologia Conservadora – UFRGS. Tel.: (0**51) 316-5198.
E-mail: samuelsp@adufrgs.ufrgs.br
Os procedimentos de impressão estão sujeitos à contaminação
com saliva e eventualmente com sangue, que podem conter microorganismos
patogênicos, justificando a necessidade de adoção de um método rotineiro de
desinfecção das impressões de alginato. O propósito deste trabalho foi avaliar
o efeito do processo de desinfeção do alginato, com ácido peracético, sobre o
ângulo de contato (umedecimento) entre gesso-pedra e alginato. Foram
confeccionadas 10 superfícies planas de alginato para cada um dos seguintes
grupos: A) controle; B) imerso em ácido peracético (10 min.). Após a
espatulação, 2 ml de gesso foram vertidos sobre a superfície de alginato,
sob vibração. Depois de tomarem presa, os corpos de gesso-pedra foram incluídos
em gesso comum. O conjunto foi seccionado em seu diâmetro e o ângulo de contato
foi medido através de uma imagem escaneada, usando os programas Photoshop 6.0 e
CorelDRAW 9.0. Em cada espécime foram realizadas quatro medidas de ângulo,
totalizando 80 leituras. Os valores médios do ângulo de contato para cada grupo
foram: A) 68,7 (± 3,23), B) 68,6 (± 3,60).
Os resultados foram submetidos à análise estatística através do teste t,
o que mostrou que o processo de desinfeção em ácido peracético não interferiu
no ângulo de contato entre o gesso-pedra e o alginato usados neste estudo
(p = 0,95), mantendo a desejável capacidade de umedecimento do gesso.
B214
Influência do microondas na dureza do gesso-pedra.
FORTES, C.
B.*, CREMONESE, R., RANGEL, S., CAMPREGHER, U. B., CALVEYRA, R.,
FROSIL, L., SAMUEL, S. M. W.
Departamento
de Odontologia Conservadora – UFRGS. Tel.: (0**51) 316-5198.
E-mail: fortes@adufrgs.ufrgs.br
O objetivo deste estudo foi verificar a influência da
energia de microondas na dureza do gesso-pedra tipo III. Foram confeccionados
10 corpos-de-prova cilíndricos com 12 mm de altura e 6 mm de diâmetro.
A dureza Knoop foi obtida através do NU-Research Microscope, inicialmente logo
depois do tempo de presa (1 hora) e logo após submeter os corpos-de-prova ao
forno de microondas durante 45 s na potência de 1.050 W. Os valores
de dureza obtidos foram: A) 9,95 (± 1,80) antes do tratamento e B) 14,85 (± 1,60)
depois do tratamento. Foi encontrada uma diferença estatisticamente
significativa entre os grupos (p << 0,001) usando o teste t.
Os autores concluíram que a energia de microondas, usada neste estudo,
pode aumentar a dureza superficial do gesso-pedra em aproximadamente 40% em um
curto espaço de tempo (45 s).
B215
Avaliação micromorfológica da interface dentina/restauração
de dentes decíduos e permanentes.
TELLES, P.
D. S.*1, MACHADO, M. A. A. M.1, NÖR, J. E.2
1Faculdade de
Odontologia de Bauru – USP; 2Universidade de Michigan – Ann Arbor,
Michigan.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a micromorfologia da
interface dentina/sistema adesivo/material restaurador. Foram utilizados 15
dentes decíduos e 15 permanentes, e a dentina foi exposta com uma broca
“carbide”. O Prompt L-Pop, PLP, (Espe) foi aplicado em metade de cada
superfície oclusal. Um sistema de adesão controle, Single Bond (SB, 3M) ou
Vitremer Primer (VP, 3M), foi usado na outra metade. Os dentes foram
restaurados com resina composta, (Z250, 3M), compômero (Hytac, Espe), ou um
ionômero de vidro modificado por resina (Vitremer, 3M). Os exames duplo-cego
foram feitos por 2 examinadores calibrados através do microscópio eletrônico de
varredura, e 25 campos de cada 5 dentes (1.500 X) foram analisados para
cada condição. Teste t pareado não demonstrou diferença entre dentes
decíduos e permanentes quanto a qualidade da interface de selamento
(p >> 0,05). As medidas dos “gaps” (µm) da interface (DP) estão
descritos a seguir:
|
SB/Z250 |
PLP/Z250 |
SB/Hytac |
PLP/Hytac |
VP/Vitremer |
PLP/Vitremer |
Dentes permanentes |
0 (0)* |
10,2 (5)* |
0 (0) |
8,0 (6,4) |
33,2 (9,6) |
16,3 (10) |
Dentes decíduos |
0 (0)* |
9,9 (4)* |
0 (0) |
10,6 (6) |
24,4 (14) |
14,5 (10) |
*
sobrescritos indicam p £ 0,05.
Pode-se concluir que o PLP não apresentou interfaces seladas entre
dentina e resina composta, compômero ou cimento de ionômero de vidro modificado
por resina avaliados neste estudo in vitro. (Este trabalho foi
financiado pelo CNPq.)
B216
Efeito do peróxido de carbamida a 10% sobre a microdureza da
dentina em diferentes tempos.
FREITAS, P.
M.*, BASTING, R. T., RODRIGUES Jr., L. A., SERRA, M. C.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5340.
E-mail: patfreitas@yahoo.com
O objetivo desse estudo in vitro foi avaliar a
microdureza da dentina humana exposta a dois agentes clareadores de peróxido de
carbamida a 10% em diferentes tempos. Opalescence 10%/Ultradent (OPA) e
Rembrandt 10%/Den-Mat Corporation (REM) foram analisados e um agente placebo
foi utilizado como grupo controle (PLA). Os agentes clareadores e placebo foram
aplicados à superfície da dentina por 8 horas diárias e armazenados
separadamente em saliva artificial por 16 horas. Ensaios de microdureza foram
realizadas previamente à aplicação dos agentes, 8 horas, 7, 14, 21, 28, 35 e 42
dias de tratamento e 7 e 14 dias após o término do clareamento. A análise de
variância (ANOVA) e o teste de Tukey demonstraram diferenças nos valores de
microdureza para dentina submetida ao tratamento com OPA, REM e PLA dentro de
cada intervalo de tempo (p << 0,0001). Houve uma diminuição nos
valores de microdureza para ambos os agentes clareadores após 8 horas de
tratamento. Após 14 dias do término do tratamento, a microdureza da dentina
tratada com OPA ou REM apresentou um aumento que se igualou aos valores
encontrados previamente à aplicação dos agentes. Para o PLA, houve um aumento
significativo da microdureza no período pós-clareamento que superou os valores
iniciais.
Os agentes
clareadores de peróxido de carbamida a 10% diminuem a microdureza da dentina ao
longo do tempo. Porém, após 14 dias do término do clareamento, a saliva
artificial apresentou um efeito remineralizante sobre a dentina com a
recuperação dos valores inicias de microdureza. (FAPESP - 99/11735-2 e
PIBIC.)
B217
Influência de tipos de polimento sobre propriedades de
resinas acrílicas.
RAHAL, J.
S.*, MESQUITA, M. F., ALMEIDA, M. A. B., HENRIQUES, G. E. P., NÓBILO, M. A. A.
Departamento
de Prótese e Periodontia – FOP – UNICAMP.
E-mail: mesquita@fop.unicamp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência dos
polimentos mecânico e químico sobre rugosidade superficial, absorção de água e
solubilidade de 3 resinas acrílicas ativadas termicamente. Foram confeccionadas
60 amostras, divididas entre os 3 grupos de resinas: Clássico (CL), QC-20 (QC)
e Acron MC (AC). Após processamento e acabamento, cada grupo foi subdividido
segundo o polimento: 1) mecânico (PM) - escova com pedra-pomes e água,
flanela com branco de espanha e água, ambos em torno de bancada, 2) químico
(PQ) - fluido específico, em polidora química. Realizou-se as leituras de
rugosidade superficial (rugosímetro Surf Corder SE 1700). Foi realizada a 1ª
dessecação das amostras, seguida de armazenagem em água destilada a 37º ± 1ºC.
Ao término dos tempos de 1 h; 1 dia; 1, 2, 3 e 4 semanas, mensurou-se a
absorção de água. Ao final das 4 semanas, realizou-se a 2ª dessecação para
cálculo da solubilidade. Os dados obtidos foram submetidos à análise de
variância e teste de Tukey (p << 5%). Os resultados de
rugosidade superficial (µm), absorção de água (%) e solubilidade (%) foram
respectivamente: CL-PM: 0,0350, 1,92 e 0,02; CL-PQ: 0,2298, 1,98 e 0,52; QC-PM:
0,0307, 2,31 e –0,05; QC-PQ: 0,1792, 2,32 e 0,25; AC-PM: 0,0312, 2,45 e –0,07;
AC-PQ: 0,2700, 2,43 e 0,41.
Conclui-se que o polimento mecânico promoveu valores de rugosidade
superficial e solubilidade significativamente menores que o químico; o
polimento químico promoveu maior absorção inicial de água, mas semelhante aos
demais grupos ao final de 4 semanas. (Apoio: FAPESP.)
B218
Avaliação da microinfiltração de sistemas restauradores
utilizando resinas compostas.
ARANHA, A.
C. C.*, PIMENTA, L. A. F.
Departamento
de Odontontologia Restauradora – FOP – UNICAMP.
Tel.: (0**19) 430-5340. E-mail: lpimenta@fop.unicamp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade de sistemas
restauradores resinosos (Tetric Ceram - TC/Vivadent e Surefil -
S/Dentsply) em minimizar a microinfiltração marginal em preparos classe II,
variando a localização das margens (esmalte - E ou dentina - D) e o
tipo de inserção (incremental - I ou único - U). Utilizaram-se 100
dentes bovinos, para a confecção de 200 preparos, estes divididos em 8 grupos
(n = 25). Concluídas as restaurações, as amostras foram termocicladas
(1.000 X) e a seguir imersas em solução aquosa azul de metileno a 2%. A
análise foi realizada em lupa estereoscópica (Meiji 2000 - 45 X). Os
resultados foram submetidos ao teste de Kruskal-Wallis. Independente da margem
e da resina composta, a técnica de inserção não diferiu estatisticamente.
Entretanto, em relação às margens de esmalte e dentina, ocorreram diferenças
estatísticas significantes entre as resinas compostas utilizadas
(p = 0,0001).
Conclui-se que a resina Tetric Ceram apresentou comportamento superior à
Surefil, e a técnica de inserção deve ser escolhida de acordo com o tamanho e
formato do preparo. (Apoio financeiro: Fapesp -
99/07465-0.)
B219
Estabilidade de reparos em resina composta por tração e
cisalhamento.
FREITAS, A.
B. D. A.*, SILVA e SOUZA Jr., M. H.
Departamento
de Dentística, Endodontia e Materiais Dentários – FOB – USP; UNIFENAS.
E-mail: amanda@alfenas.psi.br
Este estudo teve como objetivo avaliar a estabilidade de
reparos em resina composta, por meio de aplicação de forças de cisalhamento e
de tração. No momento do reparo, cada grupo recebeu um tratamento de superfície
específico: ácido fosfórico a 35%, ácido fluorídrico a 10% ou jateamento com
partículas de óxido de alumínio de 50 mm. Tais tratamentos foram
seguidos da aplicação de um agente adesivo, associado ou não a um agente
silanizador. Os espécimes reparados foram armazenados em água destilada por 30
dias e oito meses. Após esses períodos, os corpos-de-prova foram levados a uma
máquina de ensaios universal, sendo realizados os testes de resistência. Após
análise dos resultados, pôde-se verificar que os tratamentos que proporcionaram
maior rugosidade superficial obtiveram maior resistência, sendo eles: o
jateamento com óxido de alumínio e condicionamento com ácido fluorídrico. Esse
resultado foi obtido para os dois ensaios propostos, cisalhamento e tração.
Pôde-se observar, ainda, que a utilização do agente silano não conseguiu
elevar, com significância, a resistência dos reparos quando comparada à
aplicação do adesivo isoladamente.
Comparando-se os resultados dos testes realizados após 30 (trinta) dias
e 8 (oito) meses, pôde-se verificar que o reparo manteve-se estável para os
grupos tratados com jateamento de partículas de óxido de alumínio, fato que
possibilita a indicação clínica segura deste procedimento.
B220
Efeito do laser Er:YAG sobre a resistência adesiva de um
sistema restaurador.
CHIMELLO, D.
T.*, PALMA DIBB, R. G., BORSATTO, M. C., PÉCORA, J. D., CORONA, S. A. M.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FORP – USP. Tel.: (0**16) 602-4078,
633-0999. E-mail: rgpalma@forp.usp.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro a
resistência adesiva de um sistema restaurador após o tratamento dentinário com
laser Er:YAG, associado ou não ao ácido fosfórico. Quinze molares humanos foram
seccionados no sentido mésio-distal e incluídos em resina acrílica. As
superfícies foram desgastadas com lixas d’água nº 180-600 até expor dentina,
obtendo-se um total de 30 corpos-de-prova, divididos aleatoriamente em 3
grupos: I - tratamento com laser Er:YAG (80 mJ e 2 Hz),
II - associação laser + ácido fosfórico a 35% por 15 segundos e
III - controle - apenas ácido. O sistema adesivo Single Bond (3M) foi
aplicado sobre a dentina condicionada, confeccionando-se em seguida um cone com
resina composta Filtek Z250 (3M), de acordo com as recomendações do fabricante.
Os espécimes foram armazenados em água destilada a 37ºC por 24 horas e
submetidos ao teste de tração em máquina universal de ensaios a
0,5 mm/min. Os dados foram submetidos à análise estatística utilizando-se
o teste de Kruskal-Wallis. Os grupos testados mostraram diferença
estatisticamente significante, sendo que os maiores valores de resistência
adesiva foram obtidos quando a superfície recebeu apenas condicionamento ácido.
As médias em MPa foram: I - 10,46 (± 1,73); II - 14,23 (± 5,12);
III - 16,95 (± 2,57).
Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que o tratamento da
superfície dentinária somente com laser Er:YAG não forneceu ao sistema
restaurador testado uma resistência adesiva efetiva, em comparação ao
condicionamento com ácido fosfórico. (Apoio financeiro: CAPES.)
B221
Resistência à fratura de pré-molares restaurados com
compósito, amálgama e amálgama adesivo.
WORSCHECH,
C. C.*, MARTINS, L. R. M.
FOP –
UNICAMP.
O propósito deste estudo foi avaliar a resistência à fratura
de pré-molares superiores com extensos preparos cavitários e restaurados com
sistemas adesivos e não-adesivos. Trinta pré-molares superiores extraídos e
livres de cáries foram aleatoriamente divididos em 6 grupos com 5 dentes cada.
Os dentes do grupo 1 não receberam preparos cavitários mésio-oclusais (controle
positivo). No grupo 2, os dentes receberam preparos cavitários, mas não
receberam restaurações (controle negativo). Os grupos 3, 4, 5 e 6 receberam os
preparos cavitários e foram restaurados de acordo com os respectivos grupos
experimentais: G3: Single Bond + Solitaire; G4: Single Bond + Z250;
G5: amálgama (Dispersalloy); G6: amálgama (Dispersalloy) + Panavia.
Todos os grupos foram submetidos ao teste de resistência à fratura numa máquina
de ensaio universal (Instron). O carregamento foi aplicado verticalmente
através de uma esfera metálica de 4,7 mm de diâmetro a 0,5 mm/min. As
médias de carregamento necessárias para fraturar as amostras em cada grupo
foram (em kgf), G6 = 168,46 (A); G5 = 155,19 (A);
G1 = 153,54 (A); G4 = 148,86 (A); G3 = 80,08 (B);
G2 = 20,51 (C). Os resultados do teste de Tukey revelaram diferenças
entre os grupos mostrados acima com letras diferentes.
Pôde-se concluir que os pré-molares restaurados através dos materiais
citados foram capazes de resistir à fratura tanto quanto um dente íntegro,
exceto aqueles restaurados com resina composta Solitaire.
B222
Influência de agentes desinfetantes nos núcleos de
cristalização do gesso especial tipo IV.
CHAVES, E.*,
CONSANI, S., CONSANI, R. L. X., CHAVES, W. O.
Faculdade de
Odontologia de Piracicaba – UNICAMP. E-mail: chaves@ginet.com.br
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da adição de
agentes desinfetantes no crescimento e orientação dos cristais do gesso-pedra
especial tipo IV. Foram obtidas 16 amostras de gesso a partir dos 4
desinfetantes testados. A amostra do Grupo I foi considerada controle; Grupo
II: detergente Endozime nas concentrações de 25%, 50%, 75% e 100%; Grupo III:
gluconato de clorexidina nas concentrações de 25%, 50% e 75%; Grupo VI:
glutaraldeído nas concentrações de 25%, 50%, 75% e 100%; Grupo V: hipoclorito
de sódio nas concentrações de 25%, 50%, 75% e 100%. Pó e líquidos foram
misturados seguindo as diluições e recomendações dos fabricantes. O gesso foi
colocado em matrizes plásticas cilíndricas com 6 x 2 mm. Após a
presa os cilindros foram fraturados e fixados em “stubs” para observação em microscópio
eletrônico de varredura. O padrão de crescimento e orientação dos cristais de
gesso foi documentado através de fotomicrografias.
Em comparação ao controle, o Grupo II (Endozime) apresentou o melhor
resultado, muito semelhante ao controle que utilizou água somente, seguido
pelos Grupos V e IV respectivamente. O Grupo III apresentou o pior resultado,
alterando muito a morfologia e crescimento dos cristais de gesso.
B223
Resistência de união entre bráquetes e cerâmica com
diferentes tratamentos superficiais.
BORGES, G.
A.*, CORRER SOBRINHO, L., CONSANI, S., SINHORETI, M. A. C., SANTOS, P. H.
FOP –
UNICAMP; Universidade de Uberaba. E-mail: gborgescec@zipmail.com.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a resistência ao
cisalhamento de bráquetes de aço inoxidável unidos à cerâmica Duceram com
resina composta, sob diferentes tratamentos de superfície da cerâmica. Foram
confeccionados 32 discos de cerâmica de 5 mm de diâmetro por 2 mm de
espessura, posteriormente incluídos em resina acrílica autopolimerizável e divididos
em quatro grupos: Grupo I - limpeza com pedra-pomes e água (controle);
Grupo II - idem controle e condicionamento com ácido fosfórico a 37% por
30 segundos; Grupo III - idem controle e condicionamento com ácido
hidrofluorídrico a 10% por 2 minutos e Grupo IV - idem controle e
jateamento com óxido de alumínio de 50 micrômetros por 5 segundos. Todos os
grupos receberam a aplicação de silano. Os bráquetes foram fixados com
Transbond XT (3M do Brasil) de acordo com as recomendações do fabricante. Todas
as amostras foram armazenadas em água destilada a 37ºC por 24 horas, submetidas
ao teste de cisalhamento em máquina de teste universal Instron a velocidade de
1 mm/min. Os dados foram submetidos à análise de variância e ao teste de
Tukey (p << 0,05). Os resultados mostraram que o tratamento com
ácido hidrofluorídrico a 10% (11,69 MPa) e óxido de alumínio
(10,58 MPa) não diferiram estatisticamente entre si, mas foram superiores
aos tratamentos controle (8,30 MPa) e ácido fosfórico (8,10 MPa), os
quais também não diferiram entre si.
Em conclusão, o condicionamento da superfície com ácido hidrofluorídrico
e óxido de alumínio aumentaram a resistência de união de bráquetes de aço
inoxidável unidos à cerâmica.
B224
Influência do tempo da armazenagem na resistência da união de
sistemas adesivos à dentina bovina.
KONNO, A. N.
K.*, SINHORETI, M. A. C., CORRER SOBRINHO, L., CONSANI, S.
FOP –
UNICAMP. Tel./fax: (0**11) 6950-6339.
E-mail: akonno@terra.com.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a resistência ao
cisalhamento de cinco sistemas de união após 3 períodos de armazenagem (1 dia,
3 meses e 6 meses). Foram usados 150 incisivos bovinos, os quais foram
desgastados até expor uma superfície plana de dentina de aproximadamente
5 mm de diâmetro. Uma área de 4 mm diâmetro foi delimitada para
aplicação dos sistemas de união Clearfil Liner Bond 2v (CLB2v); Scotchbond
Multi-Purpose Plus (SBMP); OptiBond Solo (SOLO); Prime & Bond NT (PBNT) e
Etch & Prime 3.0 (E&P). Com o auxílio de uma matriz metálica bipartida
foi realizada a restauração, com forma de cilindro (4 mm de
diâmetro x 5 mm de altura), sobre a superfície tratada, usando o
compósito Z100. Após os períodos de armazenagem em água à 37ºC, as amostras
foram levadas à máquina Instron para realização do ensaio de cisalhamento com
velocidade de 0,5 mm/min. Os resultados foram submetidos à análise de
variância e ao teste Tukey (5%).
Verificou-se que os sistemas SBMP (4,14 MPa; 3,28 MPa;
3,24 MPa), PBNT (2,12 MPa; 3,89 MPa; 2,09 MPa) e E&P
(1,06 MPa; 0,73 MPa; 1,43 MPa) não apresentaram valores
estatisticamente diferentes entre si nos períodos testados (1 dia, 3 meses e 6
meses, respectivamente). O CLB2v apresentou a maior média no período de 3 meses
(9,27 MPa) não diferindo com o período de 6 meses (7,69 MPa); obtendo
também a maior média em todos os períodos testados. O SOLO, apresentou menor
média no período de 6 meses (1,81 MPa), a qual diferiu estatisticamente do
período de 3 meses (2,93 MPa) e 1 dia (1,81 MPa).
B225
Efeito do método de fotoativação sobre a contração de
polimerização de compósitos restauradores.
OBICI, A.
C.*, SINHORETI, M. A. C., CONSANI, S., GOES, M. F., CORRER SOBRINHO, L.
FOP –
UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5345. E-mail: andresaobici@yahoo.com
O objetivo deste trabalho foi mensurar a fenda resultante da
contração de polimerização de sete compósitos restauradores fotoativados por
três métodos diferentes, bem como verificar o comportamento de contração
segundo a região do corpo-de-prova. Os materiais usados foram: Alert
(Jeneric/Pentron), Surefil (Dentsply), P60 (3M), Z250 (3M), Z100 (3M), Definite
(Degussa) e Flow-It (Jeneric/Pentron). O compósito foi inserido em matrizes
metálicas circulares com 7 mm de diâmetro e 2 mm de altura. A
fotoativação foi feita por: a) luz contínua (500 mW/cm2) por
40 s; b) dupla intensidade de luz, sendo 10 s a baixa intensidade
(150 mW/cm2), e 30 s a alta intensidade (500 mW/cm2),
ou; c) luz intermitente (450 mW/cm2) por 60 s. Logo após,
ambas superfícies foram polidas. Após 24 ± 1 hora, a fenda de
contração foi mensurada em microscópio eletrônico de varredura sob baixo vácuo
(LEO 435 VP, Cambridge, England) e os dados submetidos à análise de variância e
as médias ao teste de Tukey (5%). Os resultados mostraram que: (1) a
fotoativação por luz contínua resultou em maiores valores de fenda (15,88 mm),
enquanto que com os demais métodos, os valores foram reduzidos (dupla
intensidade, 13,26 mm; e intermitente, 12,79 mm); (2) os compósitos
contraíram mais na região de base (15,84 mm) do que na superfície
(12,11 mm), e; (3) os compósitos Alert (12,02 mm), Surefil
(11,86 mm), Z250 (10,81 mm) e P60 (10,17 mm) apresentaram os
menores valores de fenda, seguidos por Z100 (15,84 mm) e Definite
(14,06 mm) e por fim o compósito Flow-It (23,09 µm) com os maiores
valores.
B226
Estado da superfície externa do esmalte submetido à
microabrasão: estudo in vitro.
PAIXÃO, R.
F., ANDO, T., GUIMARÃES, A. R.*
Área de
Odontopediatria – UEFS – BA. Tel.: (0**75) 625-2299.
E-mail: ronaldfp@zaz.com.br
Este estudo avaliou a repercussão dos tratamentos de
microabrasão sobre a superfície do esmalte de dentes humanos utilizando o ácido
hidroclorídrico a 18% sozinho, o ácido hidroclorídrico a 18% mais pedra-pomes e
o composto PREMA, in vitro empregando o microscópio eletrônico de
varredura. Para isso, foram utilizados 23 pré-molares erupcionados, de
pacientes na faixa etária de 11 a 14 anos, recém-extraídos, por razões
ortodônticas e armazenados em soluções de álcool a 70%. Os resultados mostraram
que houve aumento da rugosidade em todas as superfícies tratadas, quando
comparadas com as do grupo controle. O grupo tratado com ácido hidroclorídrico
a 18% sozinho exibiu predominância do padrão de desmineralização tipo I,
onde o centro do prisma foi preferencialmente removido, ao contrário do grupo
tratado com esse ácido associado com a pedra-pomes, que mostrou predominância
do padrão de desmineralização tipo II, onde a periferia foi
preferencialmente removida. A principal característica observada no grupo
tratado com PREMA foi a presença de vários riscos e ranhuras, bem como restos
provenientes do composto. O padrão de desmineralização não mostrou semelhança
com estrutura prismática, sendo classificado como tipo III.
B227
FC04
Microinfiltração marginal: efeito de diferentes equipamentos
para preparos cavitários e sistemas adesivos.
TEIXEIRA, S.
C.*, ARAÚJO, M. A. M.
FOSJC –
UNESP. Tel.: (0**12) 321-8166.
O objetivo desse
trabalho foi avaliar in vitro a microinfiltração marginal de preparos
com turbina de alta rotação (AR), jato abrasivo (AB), ultra-som (US) e laser de
Er:YAG (LA) e restaurações com sistemas adesivos multipasso e
autocondicionante. Foram selecionados 160 incisivos bovinos para preparos de
classe V na face vestibular, com margem gengival na junção esmalte-cemento e
oclusal em esmalte. Os materiais utilizados foram Scotchbond Multi-Uso Plus/3M
(SMUP), Etch & Prime 3.0/Degussa (EP) e a resina composta Z100/3M.
Foram obtidos 8 grupos de 20 dentes, de acordo com equipamento e sistema
adesivo empregado: AR + SMUP; AR + EP; AB + SMUP;
AB + EP; US + SMUP; US + EP; LA + SMUP
e LA + EP. Os dentes restaurados foram armazenados a 37ºC por 5 dias,
termociclados (500 ciclos, 5º-55ºC), colocados em solução de Rodamina B a 2%
por 24 horas, seccionados e avaliados em estereomicroscopia para determinar o
grau de microinfiltração numa escala de 0 a 4. Os dados foram submetidos aos
testes estatísticos de sinais de postos de Wilcoxon, Kruskal-Wallis e Tukey.
Houve diferença
estatisticamente significante entre as margens, com maior microinfiltração na
cervical; o melhor selamento marginal foi obtido no grupo US/SMUP; não houve
diferença estatisticamente significante entre os preparos cavitários realizados
com LA e AR e AR e AB; os maiores valores de microinfiltração foram obtidos no
grupo AB/EP.
B228
Profundidade de polimerização versus intensidades de
potência do laser argônio.
NAUFEL, F.
S.*, YOUSSEF, M. N., MATSON, E., TURBINO, M. L.
Dentística –
Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE.
O objetivo do trabalho foi avaliar a profundidade de
polimerização, através da dureza Vickers, da resina Alert, em função de
diferentes tempos de fotoativação do laser de argônio: 10, 20 e 30 segundos e
em função de duas diferentes intensidades do laser. Foram estudadas as
intensidades 600 e 250 mW/cm2. Como controle foi realizado um
grupo onde a resina foi polimerizada por luz visível por 40 segundos. Medidas
de dureza foram feitas a 0,5, 1,5, 2,5, 3,5 e 4,5 mm de profundidade, a
partir da superfície de exposição. Os resultados permitem concluir que a
intensidade de 600 mW/cm2 é superior a 250 mW/cm2;
a exposição por 30 segundos pelo laser de argônio a 600 mW/cm2
foi superior a todas as outras; e 10 segundos pelo laser de argônio a
250 mW/cm2 foi inferior a todas as outras técnicas de polimerização;
quando exposta à luz visível por 40 segundos, a resina Alert apresentou queda
de dureza aos 2,5 mm, e quando ao laser de argônio 600 mW/cm2
por 30 segundos, a dureza caiu aos 4,5 mm.
Maiores profundidades levaram a menores durezas da resina estudada. A
polimerização por 40 segundos por luz vusível foi equiparável a 10 e 20
segundos pelo laser a 600 mW/cm2 e 20 e 30 segundos pelo laser a
250 mW/cm2.
B229
Laser de argônio ou luz halógena? Avaliação de
microinfiltração em restaurações classe V.
Alves, E. B.*, Montoya, C. A., Silva, C. M., Matson, E., Russo, E.
M. A.
Departamento
de Dentística – FOUSP. Tel.: (0**11) 3062-3646.
O objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro a
microinfiltração em cavidades classe V, em dentes bovinos. Preparos padronizados
foram restaurados com duas diferentes resinas compostas: uma resina de baixa
viscosidade (Wave - SDI) e uma resina híbrida (Glacier - SDI) ambas
polimerizadas com laser de argônio (Accucure 3000 - Lasermed) ou luz
halógena (XL1500 - 3M). Dezesseis dentes bovinos foram divididos em quatro
grupos: G1 (Glacier/luz halógena) como grupo controle, G2 (Glacier/laser de
Argônio), G3 (Wave/luz halógena) e G4 (Wave /laser de argônio). Foi utilizado
um sistema adesivo de componente único (Stae - SDI) em todas as
restaurações. As dentes restaurados foram submetidos a ciclagem térmica (500
ciclos completos em temperatura entre 5º e 55ºC), imersos em traçador químico
(nitrato de prata à 50%). Após a seção longitudinal dos espécimes os mesmos
foram avaliados através de escores que variaram entre 0 e 4.
Os resultados foram analisados pelo teste de Kruskal-Wallis e mostraram
que nas condições estabelecidas neste estudo não houve diferença estatística
significante entre os grupos em relação a microinfiltração quando comparados ao
grupo controle. Não foi possível prevenir a microinfiltração em nenhum dos
grupos.
B230
Potencial cariostático de sistemas adesivos de frasco único
contendo flúor.
MAGALHÃES,
C. S.*, GIANNINI, M., HARA, A. T., TURSSI, C. P., SERRA, M. C.
FOP – UNICAMP;
FO – UFMG. Tel.: (0**31) 3499-2440, fax: (0**31) 3499-2430.
E-mail: silamics@dedalus.lcc.ufmg.br
Há pouca evidência sobre o potencial cariostático de
sistemas adesivos (SA) contendo flúor. O objetivo deste estudo in vitro
foi avaliar a ação cariostática de (SA) contendo flúor sobre o esmalte
adjacente a restaurações de compósito, sob condições que simulam alto desafio
cariogênico. Cavidades cilíndricas foram preparadas em 175 blocos de esmalte
humano, divididas aleatoriamente e restauradas com compósito (Durafill
VS - Kulzer), após aplicação de um dos sete tratamentos: [CN] controle
negativo - Single Bond (3M) - (SA) sem flúor; [CP] controle
positivo - Vitrebond (3M) - ionômero de vidro modificado por resina;
[CM] controle do método, não submetido aos desafios térmico e
cariogênico - Single Bond (3M) - (SA) sem flúor; [PB] Prime &
Bond 2.1 (Dentsply/De Trey); [SS] Syntac Sprint (Vivadent); [TQ] Tenure Quick
(Dent-Mat Co.); [OB] OptiBond Solo (Kerr). Os espécimens foram submetidos a 1.000
ciclos térmicos e a um modelo de ciclagem de pH. A formação de lesão de cárie
foi avaliada por medida da microdureza Knoop (KHN) do esmalte, em secções
longitudinais. Os resultados foram analisados por ANOVA e teste de Duncan. As
médias de KHN seguidas de letras diferentes foram estatisticamente
significativas (p << 0,05; n = 24): [CM] 629,01a;
[CN] 513,55b; [CP] 507,80b; [TQ] 487,86b; [OB] 455,95c; [PB] 426,61d; [SS]
417,47d.
À exceção do
sistema [TQ], os adesivos contendo flúor apresentaram potencial cariostático menor
que o adesivo sem flúor e o ionômero modificado por resina. A presença de flúor
na composição dos materiais não evitou o desenvolvimento de lesões de cárie
adjacentes às restaurações.
B231
Efeito da postergação do polimento no vedamento marginal de
restaurações de resina composta compactável.
FERREIRA, R.
C.*, NOGUEIRA MOREIRA, A., MAGALHÃES, C. S., BARREIROS, I. D.,
BUONO, V. T.
ODR – FO –
UFMG. E-mail: raquelcf@dedalus.lcc.ufmg.br
O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar o efeito
da postergação do polimento no vedamento marginal de sistemas restauradores
adesivo dentinário/resina composta compactável. Foram utilizadas 72 coroas de
dentes bovinos planificadas em uma das superfícies proximais até atingir dentina.
Cavidades cilíndricas (Ø = 3,0 mm e
profundidade = 1,5 mm) foram preparadas e divididas
aleatoriamente em grupos que receberam os seguintes tratamentos: G1 -
controle Unibond®/Fill Magic® micro-híbrida (Vigodent);
G2 - Unibond®/Fill Magic® condensável (Vigodent);
G3 - Etch & Prime/Definite Ormocer® (Degussa). Após 10
min. e 7 dias de imersão em água à 37ºC foi realizado o polimento e a medida
das fendas na interface dente/restauração, utilizando estereomicroscópio
(500 X) com uma ocular para mensuração. Foi calculado o valor percentual
da maior fenda encontrada em relação ao diâmetro da cavidade. Os dados foram
submetidos a ANOVA e ao teste t de Student (p << 0,05;
n = 12). As médias seguidas de letras diferentes (em linha) e por
barras interrompidas (em coluna) apresentam diferenças significativas.
|
Grupo 1 (%) |
Grupo 2 (%) |
Grupo 3 (%) |
10 minutos |
0,1350 (± 0,0593) a |
0,1450 (± 0,0593) b |
0,2017 (± 0,0501) c |
7 dias |
0,1208 (± 0,0323) a |
0,1392 (± 0,0553) b |
0,2000 (± 0,0634) c |
A postergação
do polimento promoveu melhor vedamento marginal, exceto para o sistema
Etch & Primer/Definite Ormocer®. O vedamento marginal dos grupos
experimentais foi inferior ao grupo controle.
B232
Desenvolvimento de dispositivo de teste de materiais
odontológicos.
KOSMANN,
C.*, ZANI, I. M., STOETERAU, R. L.
Departamento
de Estomatologia – UFSC. Tel.: (0**48) 331-5086.
E-mail: protesep@ccs.ufsc.br
Restaurações e próteses dentárias bem-sucedidas dependem em
parte da precisão dos modelos de trabalho. A precisão de superfície das
próteses dentárias está relacionada com a molhabilidade dos materiais de
impressão usados na prática odontológica e do relacionamento interfacial entre
o material de impressão e o material do modelo, os quais determinam a
reprodução de detalhes destes materiais. Esta reprodução de detalhes influencia
a adaptação marginal do material restaurador, com o objetivo de reduzir a
infiltração marginal na interface dente/restauração melhorando a resistência e
a durabilidade destas restaurações. O dispositivo de testes de materiais
odontológicos (DTMO), consistindo de uma placa de alumínio com ranhuras
gravadas de forma geométrica e concêntrica com profundidades variando de
100 mm a 1 mm, com raios de fundo de 0,1 mm, foi obtido por
técnica de usinagem de ultraprecisão com uma ferramenta de diamante de dimensão
submicrométrica. As etapas de usinagem foram realizadas em um torno de
ultraprecisão, onde o DTMO foi usinado visando-se obter uma superfície polida
para entalhar micro-ranhuras concêntricas em forma de V. Após a conclusão dos
procedimentos de usinagem, o protótipo foi submetido à estereomicroscopia e
avaliado quanto a presença de danos de superfície ou outras imperfeições. Foram
realizados testes experimentais que apresentaram excelentes resultados.
Concluiu-se que o DTMO pode ser usado na análise de duplicação de
detalhes e pode contribuir significativamente para o estudo e a pesquisa de
qualidade de restaurações e próteses dentárias.
B233
Avaliação da influência de uma resina de baixa viscosidade
na microinfiltração em restaurações de resina composta.
PERIS, A.
R.*, DUARTE Jr., S. L. L.
Dentística –
Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP.
Tel.: (0**16) 201-6440. E-mail: sillaslo@foar.unesp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a microinfiltração nas
paredes de esmalte e dentina em restaurações de classe II de acordo com o tipo
de resina composta e a influência de resina de baixa viscosidade. Foram
utilizados 40 terceiros molares humanos íntegros e extraídos, onde, na face
mesial e distal foram realizados preparos cavitários de classe II padronizados.
Os grupos obtidos foram: G1 - sistema adesivo Scotchbond Multi-Purpose
(SBMP) (3M) + Z100 (3M); G2 - SBMP (3M) + Prodigy
Condensable (Kerr); G3 - SBMP (3M) + resina de baixa viscosidade
Revolution (Kerr) + Z100 (3M); G4 - SBMP (3M) + resina
Revolution (Kerr) + Prodigy Condensable (Kerr). Foi realizado a
termociclagem dos corpos-de-prova (200 ciclos à temperatura de 5ºC ± 5ºC
e 55ºC ± 5ºC) e imersão dos mesmos em solução corante de nitrato de
prata a 50%. Em seguida, os corpos-de-prova foram seccionados e avaliados
segundo escore (0-3) de infiltração. Os resultados foram avaliados pelo teste
de Kruskal-Wallis (p << 0,05) que demonstrou haver uma
diferença estatisticamente significante entre os grupos (postos médios dos
escores: G1 = 52,5a; G2 = 46,2a; G3 = 39,6a;
G4 = 23,7b).
A avaliação dos resultados permitiu concluir que a utilização de uma
resina de baixa viscosidade Revolution, associada com a resina compactável
Prodigy Condensable diminuiu significativamente a microinfiltração, contudo não
foi capaz de elimina-lá por completo. (Apoio financeiro: FAPESP -
99/11145-0.)
B234
Avaliação da adaptação de resina composta posterior em
cavidades classe II, variando-se as técnicas restauradoras.
DAYRELL, A.
C.*, CANDIDO, S. M., LOFFREDO, L. C. M.
Odontologia
Restauradora – Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP.
E-mail: dayrellac@bol.com.br
O objetivo deste estudo foi analisar in vitro, por
meio de MEV, a amplitude da fenda cervical em restaurações classe II com resina
composta posterior. Foram realizadas cavidades conservadoras acima da junção
amelocementária, nas faces proximais de molares humanos hígidos. As
restaurações foram feitas através da técnica incremental com as resinas
compostas e respectivos adesivos: Z250/Single Bond; ou Surefil/Prime &
Bond NT; variando-se as técnicas restauradoras nos grupos: GI-
Surefil/Prime & Bond NT, ponta fotocondensadora transparente (PFC);
GII- Surefil/Prime & Bond NT, PFC, Revolution (“flow”); GIII- Z250/Single
Bond, PFC; GIV- Z250/Single Bond, PFC, Revolution; GV- Surefil/Prime & Bond
NT e GVI- Z250/Single Bond. Os dentes foram armazenados em saliva artificial,
submetidos à ciclagem térmica (500 ciclos, 5º-55ºC), seccionados e a adaptação
cervical analisada em MEV. Após obtenção das fotomicrografias, a amplitude da
fenda cervical foi mensurada.
Os resultados foram submetidos à análise estatística de Kruskal-Wallis e
ao teste de Müller para os contrastes, concluindo-se que: 1 - nenhuma das
técnicas impediu o desenvolvimento de fendas na parede cervical; entretanto os
grupos que utilizaram a associação da ponta fotocondensadora (PFC) e resina
“flow”, demonstraram resultados estatisticamente significantes, com menor
amplitude de fenda cervical; 2 - a fenda cervical na região A1 (interface
resina/esmalte), apresentou menor amplitude em relação às regiões A2 e A3
(interface resina/ dentina). (Apoio financeiro: CAPES.)
B235
Avaliação da microdureza de uma resina composta híbrida
submetida a três tipos de aparelhos fotopolimerizadores.
MACHADO, C.
T.*, PORTO NETO, S. T., CRUZ, C. A. S.
Departamento
de Odontologia – Dentística Clínica – UFNR. Tel.: (0**84) 215-4100.
Este estudo avaliou in vitro a capacidade de
polimerização, utilizando o teste de dureza Vickers em uma única resina
composta fotopolimerizável variando aparelhos fotopolimerizadores com
intensidades de luz diferentes, tempo e profundidade. Para isso, foram
utilizados 3 (três) tipos de aparelhos o Curing Light 2500 - 3M, Apollo
95E e o Kreativ. A resina composta utilizada foi a Charisma, que é uma resina
híbrida, na cor A30.
Em face dos resultados obtidos e da metodologia aplicada foi possível
concluir que: 1) com relação a aparelho, estes apresentaram uma variabilidade
significativa, ou seja, os diferentes aparelhos levaram a variabilidade
significativa de dureza Vickers, independente da profundidade, 2) com relação a
profundidade, verificou-se que a de 3 mm apresentou um menor valor de
dureza, enquanto a de 1 mm apresentou um maior valor de dureza, ficando a de
2 mm em uma posição intermediária às médias de dureza; 3) com relação a
interação aparelho-profundidade, foi observado que: 3.1) o aparelho Apollo 95E
apresentou valores de dureza semelhantes entre o 1 e 2 mm e entre 2 e
3 mm.; 3.2) o aparelho Curing Light apresentou valores de dureza
semelhantes entre o 1 e 2 mm e entre 2 e 3 mm; 3.3) o aparelho
Kreativ apresentou valores de dureza distintos nas diferentes profundidades.
B236
Efeito da termociclagem na união entre “soft liners” e
resinas acrílicas.
PINTO, J. R.
R.*, MESQUITA, M. F., HENRIQUES, G. E. P., NÓBILO, M. A. A., GOMES, I. M.
Departamento
de Prótese e Periodontia – FOP – UNICAMP. E-mail: mesquita@fop.unicamp.br
Este trabalho avaliou o efeito da termociclagem sobre a
resistência à tração da união de quatro materiais reembasadores resilientes
utilizados com a base de resina acrílica da prótese total, sendo dois à base de
silicone (Molloplast-B e Flexor) e dois à base de resina acrílica (Eversoft e
Pro Tech). As resinas acrílicas selecionadas foram a Clássico e a Lucitone 199.
Para o ensaio foram utilizadas 160 amostras divididas em 16 grupos. Para
confecção das amostras, foram utilizadas matrizes metálicas incluídas em mufla,
cujo molde impresso no silicone de condensação e no gesso foi preenchido com
resina acrílica e/ou material resiliente. Em seguida, metade das amostras foi
levada ao termociclador MCT2 AMM onde foram realizados 3.000 ciclos de 1 minuto
em água à 5ºC (± 1ºC) e 1 minuto em água à 55ºC (± 1ºC). A outra
metade das amostras foi armazenada em água à 37ºC durante 24 horas. As amostras
foram submetidas a tracionamento no equipamento EMIC com velocidade de
5 mm/minuto. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância
(ANOVA) e ao teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade. Independentemente
do tratamento recebido e resina acrílica utilizada, o material Molloplast-B
apresentou os maiores valores de resistência à tração e o Eversoft, os menores.
A termociclagem diminuiu todos os valores de resistência à tração da
união. O tipo de resina acrílica utilizada independente do material e
tratamento, não gerou diferença estatística. (Apoio: FAPESP.)
B237
Influência do uso de materiais resinosos como base na
infiltração marginal de restaurações de compósitos.
ALONSO, R.
C. B.*, SINHORETI, M. A. C., CORRER SOBRINHO, L., CONSANI, S., GOES, M. F.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FOP – UNICAMP.
O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito do uso de
camadas variadas de adesivo e de resina de baixa viscosidade na infiltração
marginal de restaurações em compósito. Quarenta incisivos bovinos foram
selecionados, nos quais cavidades classe V circulares (4 mm
diâmetro x 2 mm profundidade) foram preparadas na região do
limite amelocementário. Os dentes foram então divididos em 4 grupos, segundo as
bases utilizadas: Grupo 1(controle): aplicação do sistema adesivo Scotchbond
Multi-Uso (SBMU - 3M); Grupo 2: SBMU, porém com aplicação de 3 camadas do
adesivo; Grupo 3: SBMU, mais 1 camada do adesivo com carga OptiBond FL (Kerr);
Grupo 4: SBMU e aplicação da resina de baixa viscosidade Flow-It
(Jeneric/Pentron) como base. Após, todas as cavidades foram restauradas com o
compósito Z100 (3M). Os dentes foram então preparados para o teste de
microinfiltração e imersos por 2 h em solução tamponada de azul de
metileno a 2%. Após, foram cortados no sentido longitudinal, passando pelo
centro da restauração numa cortadeira com disco diamantado. As amostras foram
então avaliadas em lupa estereoscópica com aumento de 40 X, segundo os
escores preconizados pela ISO (TR11405) para esmalte e dentina. Os dados
obtidos foram analisados através do teste de Kruskal-Wallis (5%).
Em esmalte, não foi verificada diferença estatística entre os grupos.
Quanto à infiltração em dentina, o grupo 4 apresentou significativamente menor
infiltração que o grupo 1 e não houve diferença estatística entre os outros
grupos quando comparados.
B238
Sensibilidade do ensaio de microdureza na determinação da
extensão de polimerização.
DISCACCIATI,
J. A. C.*, NEVES, A. D., YARED, K. F. G., ORÉFICE, R. L., JANSEN, W. C.
Departamento
de Odontologia Restauradora e Departamento de Engenharia Metalúrgica e
Materiais – UFMG. E-mail: adneves@uol.com.br
O objetivo desse estudo foi avaliar a sensibilidade do
ensaio de microdureza Knoop na determinação da extensão de polimerização de uma
resina composta (Z250â - 3M). Corpos-de-prova, medindo 10 mm de
diâmetro por 1 mm de espessura, foram confeccionados utilizando um espaçador
metálico e a unidade fotoativadora Optiluxâ.Os corpos-de-prova foram
divididos em três grupos: G1- fotoativados por 5 s, representando uma
subpolimerização, G2- fotoativados por 20 s, tempo recomendado pelo
fabricante; e G3- fotoativados por 80 s, na tentativa de se obter uma
maior extensão de polimerização. Valores de microdureza foram tomados a partir
das superfícies superiores (s) e inferiores (i) dos corpos-de-prova. Os
resultados foram submetidos à ANOVA e ao teste de Tukey, considerando um nível
de significância de 5%. Os valores médios de microdureza e desvios-padrão para
superfícies superiores e inferiores foram os seguintes, respectivamente: G1s:
76,3 (1,6); G2s: 84,7 (2,1); G3s: 89,1 (1,4); com valor de p = 0,000
e G1i: 71,0 (3,4); G2i: 83,8 (2,4); G3i: 84,5 (2,4); com valor de
p = 0,002. Através do teste de Tukey, considerando as superfícies
superiores, observou-se diferença estatisticamente significante entre os três
grupos (G1s, G2s e G3s), o que não aconteceu quando se considerou as
superfícies inferiores (G1i e G2i = G3i).
Concluiu-se que, sob as condições e métodos empregados, o ensaio de
microdureza Knoop apresenta alta sensibilidade na determinação da extensão de
polimerização do material avaliado.
B239
Correlação entre grau de conversão, microdureza e conteúdo
inorgânico em compósitos.
NEVES, A.
D.*, DISCACCIATI, J. A. C., ORÉFICE, R. L., JANSEN, W. C.
Departamento
de Odontologia – Unimontes;
Departamento de Odontologia Restauradora, Departamento de Engenharia
Metalúrgica e Materiais – UFMG. E-mail: adneves@uol.com.br
Este estudo teve como objetivo avaliar a correlação entre o
grau de conversão monomérica e a microdureza em resinas compostas, e o efeito
do conteúdo de partículas sobre esses parâmetros. Três resinas compostas,
indicadas para técnica indireta (Artglass®, Solidex® e
Zeta LC®), foram polimerizadas em três diferentes unidades
laboratoriais de fotoativação. Para cada material, quinze corpos-de-prova foram
confeccionados em uma matriz metálica, sendo submetidos à análise do grau de
conversão monomérica através de FTIR (espectroscopia de infravermelho) e microdureza
Vickers. O conteúdo de partículas inorgânicas foi determinado através de
análise termogravimétrica (TGA). O comportamento conjunto das variáveis –
grau de conversão e microdureza – foi medido através do coeficiente de
correlação de Pearson (r). Para a resina Artglass®, o grau de
conversão variou de 37,5% a 79,2%, com valores de microdureza de 32,4 a 50,3
(r = 0,904). Para a resina Solidex®, o grau de conversão
variou de 41,2% a 60,4%, com valores de microdureza de 33,3 a 44,1
(r = 0,707). Para a resina Zeta LC®, os valores de grau de
conversão e microdureza foram, respectivamente, de 62,0% a 78,0% e de 22,6 a
33,6 (r = 0,710).
Concluiu-se que, para os materiais individualmente, existe uma forte
correlação entre o grau de conversão e a microdureza. Por outro lado, quando
materiais diferentes foram comparados, observou-se que o conteúdo de partículas
inorgânicas afeta diretamente os valores de microdureza dos materiais.
B240
Efeito da fundição sobre a rugosidade de ligas alternativas.
PEDRAZZI,
H.*, BEZZON, O. L., ZANIQUELLI, O.
Departamento
de Materiais Dentários e Prótese – FORP – USP.
Tel.: (0**16) 602-3983,
fax: (0**16) 633-0999.
A rugosidade superficial das ligas odontológicas é fator
importante no processo de acabamento das próteses fixas e removíveis. Quanto
mais rugosa a superfície da liga no estado bruto de fusão, mais difícil se
torna o processo de acabamento e polimento desses materiais. Foi estudada a
influência do processo de fundição na rugosidade superficial de dois tipos de
ligas (Co-Cr - WironitÒ e Ni-Cr - Verabond IIÒ).
Para tanto foram obtidos padrões de cera em forma de moeda com 8 mm de
diâmetro por 2 mm de espessura que, uma vez incluídas em revestimento
TermocastÒ, tiveram sua fundição orientada por dois métodos: por
maçarico (gás/oxigênio) e por indução ao vácuo (Neutrodyn Easyti -
ManfrediÒ) . Para cada liga, 8 corpos-de-prova foram fundidos nas
duas condições citadas acima, e, para cada corpo-de-prova, 3 medidas de
rugosidade foram tomadas, perfazendo um total de 24 mensurações para cada
situação.
Os resultados se mostraram estatisticamente diferentes
(ANOVA/Tukey - p £ 0,05), evidenciando que o processo de
fundição por indução, produziu superfícies mais lisas (Ni-Cr 2,43 mm ± 22%;
Co-Cr 2,23 mm ± 22%), que o processo por maçarico
(Ni-Cr 2,99 mm ± 15%; Co-Cr 2,83 mm ± 21%).
B241
Efeito da termociclagem na deformação permanente de
materiais reembasadores resilientes.
GOMES, I.
M.*, MESQUITA, M. F., PINTO, J. R. R., NÓBILO, M. A. A., HENRIQUES, G. E. P.
FOP –
UNICAMP. E-mail: mesquita@fop.unicamp.br
Este trabalho avaliou o efeito da termociclagem sobre a
deformação permanente de quatro materiais reembasadores resilientes utilizados
com a base de resina acrílica da prótese total, sendo dois à base de silicone
(Molloplast-B e Flexor) e dois à base de resina acrílica (Eversoft e Pro Tech).
Foram utilizadas 80 amostras divididas em 8 grupos. Para a confecção das
amostras, foram utilizadas matrizes metálicas incluídas em mufla, cujo molde
impresso no silicone de condensação e no gesso foi preenchido com o material
resiliente. Em seguida, metade das amostras foi levada ao termociclador MCT2
AMM Instrumental onde foram realizados 3.000 ciclos de 1 minuto em água à 5ºC (± 1ºC)
e 1 minuto em água à 55ºC (± 1ºC). A outra metade das amostras foi
armazenada em água à 37ºC durante 24 horas. As amostras foram ensaiadas em um
aparelho mecânico descrito na especificação nº 18 da ADA. Todos os dados
obtidos foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e ao teste de Tukey, ao
nível de 5% de probabilidade. Independentemente do tratamento recebido, o
material Eversoft apresentou os maiores valores, e o Molloplast-B, os menores.
A termociclagem aumentou a porcentagem de deformação permanente e causou
diferença estatística apenas para os materiais à base de resina acrílica.
(Apoio: FAPESP.)
B242
Abrasividade na região cervical de dentes, provocada pela
escovação mecânica com dentifrícios.
SANTOS, P.
H.*, FORTUNA, S., CONSANI, S., SINHORETI, M. A. C., CORRER SOBRINHO, L.,
BORGES, G. A.
FOP –
UNICAMP. E-mail: paulohsantos@bol.com.br
O propósito deste estudo foi avaliar a abrasividade de três
dentifrícios comerciais sobre a região cervical (junção cemento-esmalte) de
dentes pré-molares, provocada pela escovação mecânica. Foram utilizados 24
dentes pré-molares superiores e inferiores, separados em três grupos de oito. O
terço apical da raiz foi seccionado em cortador com disco de diamante, a fim de
obter corpos-de-prova com 15 mm de comprimento. Em seguida, as amostras
foram submetidas a 30.000 ciclos numa máquina de escovação Equilabor, com
dentifrícios Sorriso, Sensodyne e Colgate branqueador e escova Oral-B 30. Foram
usados seis gramas de dentifrício para cada etapa de escovação. A rugosidade
foi verificada com aparelho rugosímetro (Surfcorder SE 1700) antes e após os
corpos-de-prova serem submetidos à escovação. Foram feitas 5 leituras em cada
corpo-de-prova e os resultados foram submetidos à análise de variância e ao
teste de Tukey (p << 0,05) e indicaram que: a escovação com o
dentifrício Colgate branqueador (3,71 mm), Sorriso (3,05 mm) e
Sensodyne (2,28 mm) promoveram nos corpos-de-prova maior rugosidade com
diferença estatística em relação aos corpos-de-prova sem escovação (1,06 mm)
(p << 0,05). Os dentifrícios Colgate branquedor (3,71 mm)
e Sorriso (3,05 mm) foram significativamente mais abrasivos do que o
dentifrício Sensodyne (2,28 mm).
Como conclusão, a escovação promoveu aumento na rugosidade de superfície
e os dentifrícios Colgate branqueador e Sorriso foram os mais abrasivos.
B243
Sistema de forças gerado pela alça T padrão UNESP -
Araraquara.
SOUZA, R.
S.*, SANTOS PINTO, A., SAKIMA, M. T., SHIMIZU, R. H., GANDINI Jr., L. G.
Faculdade de
Odontologia de Araraquara – UNESP.
O fechamento de espaços é uma rotina no consultório
ortodôntico. Existem vários recursos para se realizar tal manobra, mas na
maioria destes não se conhece o sistema de forças liberado. Nesse trabalho,
procurou-se descrever o sistema de forças liberado pela alça T com as
pré-ativações utilizadas pela Disciplina de Ortodontia da Faculdade de
Odontologia de Araraquara - UNESP, utilizando teste de tração. Foram
realizados testes de tração em 14 alças, as quais foram posicionadas
centralizadas no espaço entre os acessórios e foram feitas ativações iniciais
de 5 mm. As alças foram desativadas de 0,5 em 0,5 mm, quando eram
realizadas as leituras da força horizontal e do momento gerado. Os resultados
mostraram uma força horizontal inicial média de 253,6 g e uma proporção
momento/força de 7,6, sendo que o movimento de translação ocorreu a partir de
1,5 mm de desativação, e o de correção radicular com 2 mm de
desativação.
Frente aos resultados obtidos, indica-se a utilização desta alça para
retração de caninos, incisivos ou retração dos seis dentes anteriores, devendo
ser ativada inicialmente em 5 mm, e reativada a cada 2,5 mm de
desativação. (Apoio financeiro: CAPES.)
B244
Avaliação da desadaptação na caixa proximal de restaurações
classe II em amálgama de prata: estudo in vitro.
SILVA, F. R.
da1, PEREIRA, L. C.2, DANTAS, M. C.*3,
NASCIMENTO, D. F.3
1UFRJ; 2PEMM/COPPE-EE/UFRJ;
3Clínica Odontológica – UFRJ.
O ensino em laboratório de restaurações metálicas diretas
envolve 2 estágios. O 1º corresponde ao ensino dos preparos cavitários. O 2º a
técnica restauradora, o tempo e a pressão necessários para a correta
condensação do amálgama para obter-se um mínimo de porosidade e o máximo de
adaptação. Ao final do período teórico/prático o aluno deveria confeccionar
restaurações em amálgama de prata com o mínimo de erros. A fim de avaliar a
evolução no aprendizado durante o período pré-clínico, que facilite ao
professor e ao aluno a visualização de erros e acertos, é proposto um processo
de quantificação das fendas existentes na caixa proximal de restaurações classe
II em diferentes fases do período letivo. Foram realizadas 2 amostragens
aleatórias compostas cada uma de 10 dentes em resina. O 1º grupo corresponde a
1ª restauração classe II confeccionada pelos alunos e o 2º grupo, também classe
II, refere-se àqueles restaurados na prova prática final. Após seccionamento
V-L ao nível da caixa proximal, foram embutidos em resina epóxi, seguindo-se de
lixamento (240, 600 e 1.200) e polimento com alumina. Os corpos-de-prova foram
analisados em microscopia óptica com aumento de 25 X (Olympus BX60M com câmara
digital Olympus DP10). As análises microestruturais para a determinação da
desadaptação do amálgama às paredes cavitárias utilizaram programas de
processamento de imagens digitais. O método de avaliação permitiu uma
quantificação das fendas.
Verificou-se diferenças de medidas na largura dessas fendas entre os
grupos 1 e 2, de modo a indicar uma metodologia para a avaliação da prática
pré-clínica.
B245
Avaliação da variação na aplicação do sistema adesivo na
microinfiltração em restaurações de resina composta.
MASSAUD, A.
M.*, BUCZYNSKI, A. K. C., VIDAL, J. B. B., SILVA, M. P. R., PINHEIRO, R. F.
Departamento
de Prótese e Materiais Dentários – Universidade Federal do Rio de Janeiro;
Universidade Gama Filho. Tel./fax: (0**21) 205-0720.
E-mail: rogeriofulgencio@uol.com.br
Os sistemas adesivos são, muitas vezes, utilizados de forma
diferente daquela preconizada pelos fabricantes. O objetivo deste trabalho foi
avaliar o efeito da variação na aplicação do sistema adesivo na
microinfiltração marginal em restaurações de resina composta. Cavidades MOD
para resina composta foram preparadas em 40 pré-molares. O sistema adesivo
utilizado foi o Prime & Bond NT e as restaurações realizadas com a
resina composta TPH. As cavidades foram tratadas com o sistema adesivo conforme
preconizado pelo fabricante (Grupo Controle) ou com as seguintes variações:
aplicação de apenas uma camada do sistema adesivo (Grupo 2), aplicação da segunda camada do
sistema adesivo por tempo prolongado de 30 s (Grupo 3) ou secagem do
sistema adesivo por tempo prolongado de 60 s com jatos de ar (Grupo 4). A
resina composta foi inserida e polimerizada. Os espécimes foram termociclados e
imersos em solução de fucsina básica a 0,5% por 24 horas. Em seguida, os
espécimes foram lavados e seccionados, no sentido mesiodistal, obtendo-se três
secções. As análises seguiram os seguintes escores: 0 - nenhuma
infiltração; 1 - infiltração do corante na parede gengival; 2 -
infiltração do corante na parede axial; 3 - infiltração do corante na
parede axial e em direção à polpa. Os dados foram submetidos ao teste
estatístico pela análise de variância não-paramétrica, método Kruskal-Wallis
(p << 0,05). As comparações individuais foram feitas pelo teste
de Mann-Whitney.
Os
resultados mostraram que o grupo 3 apresentou-se estatisticamente superior ao
grupo 2. Os demais grupos foram semelhantes estatisticamente.
B246
Resistência à fratura de dentes com preparos retentivos
restaurados com amálgama adesivo.
DIAS DE
SOUZA, G. M.*, PEREIRA, G. D. S., PAULILLO, L. A. M. S., DIAS, C. T. S.
Odontologia
Restauradora – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5340; 430-5218.
E-mail: paulillo@fop.unicamp.br
O amálgama de prata é freqüentemente aplicado em dentes
posteriores devido às suas propriedades mecânicas favoráveis e fácil
manipulação. Entretanto, as restaurações em amálgama apresentam elevada
infiltração marginal inicial e, por isso, foram associados sistemas de união,
com o objetivo de reduzir a mesma, o que leva ao reforço da estrutura coronária
enfraquecida pelo preparo cavitário. O objetivo deste trabalho foi avaliar a
resistência à fratura, promovida pela técnica do amálgama adesivo, em
pré-molares superiores com cavidades MOD padronizadas. Como paredes paralelas
resultam em cúspides com elasticidade suficiente para mascarar o reforço promovido
pela técnica restauradora, foram feitos preparos com paredes convergentes para
a oclusal, assim, os dentes foram restaurados de acordo com o grupo
experimental: Grupo 1 (controle) - amálgama de prata; Grupo 2 -
Scotchbond Multi-Uso Plus e amálgama de prata; Grupo 3 - Panavia F e
amálgama de prata. O carregamento axial de compressão foi aplicado sobre as
vertentes das cúspides através de esfera com 6 mm de diâmetro (Instron).
Os resultados encontrados foram submetidos à análise de variância e ao teste de
Tukey: G1: 72,433 kgf(a), G2: 105,720 kgf(b), G3: 80,505 kgf(a).
A média de resistência à fratura do grupo 2 foi superior e apresentou diferença
estatística significativa em relação aos outros grupos.
Desta forma,
pode-se concluir que o Scotchbond Multi-Uso Plus associado ao amálgama de prata
aumentou a resistência à fratura de dentes enfraquecidos pelo preparo cavitário
com cavidades MOD e paredes convergentes.
B247
Resistência à tração de pinos pré-fabricados em função do
sistema adesivo e do cimento.
FERREIRA, R.
S. P., MARTINS, M. R.*, MENDES, L. M., ANDRADE FILHO, H.
Departamento
de Dentística – FO – UERJ. E-mail: marciopatricia@uol.com.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a resistência à tração de
pinos pré-fabricados, utilizando sistema adesivo e cimento resinoso fotoativado
e quimicamente ativado. Para tal, foram selecionados 40 caninos humanos
recém-extraídos, divididos em 4 grupos, onde cada grupo recebeu um tipo de
adesivo e um tipo de cimento: G1 - adesivo e cimento quimicamente
ativados; G2 - adesivo quimicamente ativado e cimento fotoativado;
G3 - adesivo fotoativado e cimento quimicamente ativado; G4 - adesivo
e cimento fotoativados. Todos os grupos de dentes foram previamente tratados
endodonticamente e receberam o sistema de pinos Europost (Anthogyr) de aço
inoxidável. O sistema adesivo utilizado foi o Scotchbond Multi-Uso Plus (3M), o
cimento resinoso fotoativado foi o Rely X (3M) e o cimento resinoso
quimicamente ativado foi o Cement-It (Jeneric/Pentron). Após a cimentação de
todos os pinos, os dentes foram montados em blocos de resina acrílica e
armazenados em soro fisiológico até que fossem submetidos ao teste de tração
através da máquina EMIC DL 500 MF, com velocidade de tração de 5 mm/min. e
a força de tração medida em Newton (N). Os resultados foram tratados
estatisticamente por ANOVA (p << 0,05) e pelo teste
Student-Newman-Keuls. A média e o desvio-padrão dos grupos foram: G1 -
366,6/191,7; G2 - 456,4/128,9; G3 - 235,2/134,9; G4 - 256,1/146,3.
Os autores concluíram que o grupo G2 obteve os melhores resultados e os
grupos G3 e G4 os piores resultados.
B248
Efeito da remoção do colágeno na resistência de união de
adesivos à base de acetona.
SABOIA, V.
P. A.*, SANTOS, P. H., SINHORETI, M. A. C.
FO –
Universidade Federal do Ceará; FOP – Unicamp.
O objetivo deste trabalho foi verificar os efeitos da
remoção do colágeno da dentina na resistência ao cisalhamento de dois sistemas
adesivos de frasco único. Quarenta coroas de incisivos bovinos foram incluídas
em resina de poliestireno e desgastadas até expor a dentina. As coroas foram
divididas em 4 grupos (n = 10): G1 - Prime & Bond 2.1
aplicado de acordo com as instruções do fabricante (PB); G2 - Prime &
Bond 2.1 aplicado sobre a dentina tratada com NaOCl a 10% por 1 minuto após o
condicionamento ácido (PBH); G3 - Gluma aplicado de acordo com as
instruções do fabricante (GL) e G4 - Gluma aplicado após remoção do
colágeno da dentina, conforme descrito para o grupo 2 (GLH). Foram confeccionados
cilindros com resina composta Z100 sobre área de adesão e os espécimes foram
estocados em água destilada à 37ºC por 24 h. O teste de cisalhamento foi
realizado à uma velocidade de 0,5 mm/min. em máquina de ensaio universal
Instron. Os resultados foram submetidos à análise estatística (ANOVA e teste de
Tukey) e diferenças significativas foram encontradas entre os grupos
(p = 0,05). As médias obtidas foram as seguintes (MPa):
G4 = 6,512(a); G1 = 6,291(a); G2 = 5,575(ab) e
G3 = 4,583(b).
A remoção do colágeno aumentou a resistência ao cisalhamento para o
Gluma e não interferiu nos valores de adesão para o Prime & Bond 2.1.
B249
Correlação entre dureza Knoop e grau de conversão de resinas
compostas.
CARVALHO, C.
M. L. S.*, GOES, M. F., ROSOLEN, M.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5345.
E-mail:chrislanna@ig.com.br
O propósito do estudo foi avaliar o grau de polimerização de
resinas compostas por meio mecânico e químico. Foram utilizados os materiais
Alert (Jeneric/Pentron), Fill Magic (Vigodent), Filtek Z250, P60 e Z100 (3M),
Prodigy (Kerr), Solitaire (Kulzer) e Surefil (Dentsply). Para o ensaio de
dureza Knoop (microdurômetro Shimadzu - HMV 2000) amostras cilíndricas
(5 mm x 5 mm) foram polimerizadas em único incremento (fotoativador
XL2500 - 3M - 500 mW - por 40 s), armazenadas em
ambiente escuro e umidade relativa (100%) - 37ºC - 24 horas. A
análise do grau de conversão - espectroscopia de transmissão infravermelha
de Fourrier (FTIR - modelo Nicolet - 52Dx FT-IR spectometer
400-4.000 cm-1), usou dois tipos de amostras. Amostras de resina
não-polimerizada prensadas entre dois discos de vidro de KBr para obtenção de
uma película . O material polimerizado, utilizou o mesmo procedimento de
confecção de amostras para dureza Knoop. A amostra foi seccionada com espessura
de 0,5 mm e triturada para obtenção de um pó, misturado ao KBr e prensado
(10 ton.) para obtenção de um disco. Para ambos os ensaios, as amostras
foram avaliadas nas profundidades de 1-4 mm em relação à fonte de luz. Os
resultados obedeceram os seguintes valores decrescentes - Dureza:
Alert >> Z100 >> Surefil >> Z250 = Fill
Magic = P60 >> Prodigy >> Solitaire.
Para grau de conversão:
P60 >> Z100 >> Surefil >> Prodigy = Alert = Fill
Magic >> Z250 >> Solitaire.
Os resultados
levam à conclusão de que há uma correlação proporcionalmente positiva entre os
valores de dureza Knoop e o grau de conversão para as resinas Z100, Surefil e
Solitaire. (Apoio financeiro: CAPES.)
B250
Avaliação clínica da eficácia imediata do laser de Ga-Al-As
na terapia da sensibilidade dentinária.
LOPES, J.
L.*, BEZERRA, R. B., NOYA, M. S., MIRANDA, C. B.
Departamento
de Saúde – UEFS. Tel./fax: (0**71) 358-8726.
E-mail: dentariu@uol.com.br
O objetivo deste estudo clínico foi avaliar a eficácia do
laser de Ga-Al-As (KC 611/Kroman) na terapia da sensibilidade dentinária, para
tal foram utilizados 32 dentes hígidos de 20 pacientes. Num mesmo paciente,
foram escolhidos dois dentes: um sem sensibilidade (grupo I - controle) e
outro, homólogo ao primeiro, com sensibilidade dentinária (grupo II -
teste). Os dentes do grupo I serviram como parâmetro de comparação para a
mensuração da sensibilidade do grupo II. Essa sensibilidade foi mensurada
mediante estimulação térmica (água gelada), mecânica (sonda exploradora) e
evaporativa (jato de ar) e em seguida registrada de acordo com uma escala
preestabelecida, com valores que variaram de 0 a 3. O registro da sensibilidade
dentinária foi feito antes e imediatamente após a aplicação do laser
(5 Joules/cm; 670 nm; 15 mW). Se após essa aplicação o paciente
ainda relatasse sensibilidade dentinária de graus 2 ou 3 (indicando que não
houve dessensibilização), este recebia mais uma ou, no máximo duas novas
aplicações de laser, sempre com intervalos de 4 dias. Após a obtenção dos
dados, estes foram analisados estatisticamente através do teste qui-quadrado,
os quais revelaram que nestas condições experimentais o laser de Ga-Al-As
promoveu uma redução estatisticamente significante da sensibilidade dentinária
(p << 0,05).
Para os estímulos mecânico e térmico, apenas uma sessão de laser já foi
suficiente para promover a dessensibilização, enquanto que para o estímulo
evaporativo foram necessárias duas sessões para obter-se o mesmo resultado.
B251
Análise da biocompatibilidade de três cimentos endodônticos
à base de hidróxido de cálcio.
VELOSO, H.
H. P.*, SANTOS, R. A., ARAÚJO, T. P.
Departamento
de Odontologia Preventiva e Social – Faculdade de Odontologia de Pernambuco –
UPE. Tel.: (0**83) 245-9671, 9302-3063. E-mail: hhveloso@bol.com.br
O objetivo deste estudo foi avaliar histologicamente o
comportamento tecidual subcutâneo de ratos após implantes de tubos de
polietileno preenchidos com cimentos obturadores de canal à base de hidróxido
de cálcio (Sealapex, Apexit e Sealer 26), utilizando como controle os tubos de
polietileno vazios. Foram utilizados para este fim, 60 ratos que foram
divididos em oito grupos: quatro grupos experimentais, cada um com 10 ratos, e
quatro grupos controle, com cinco ratos. Foram analisados em intervalos de 48
horas, sete, 21 e 60 dias. Os resultados da análise histológica mostraram que
todos os cimentos foram irritantes, porém em intensidade que variaram entre si
e em função do tempo. Nos períodos iniciais (48 horas e sete dias) todos os
materiais exibiram resultados próximos, com quadro inflamatório entre severo e
moderado, respectivamente, evidenciando uma intensa reação tecidual. Nos
períodos finais (21 e 60 dias), as reações teciduais aos implantes contendo o
cimento Sealapex apresentaram um quadro ativo mas em fase involutiva, em
relação aos cimentos Apexit e Sealer 26 que se caracterizaram por uma intensa
reação inflamatória crônica granulomatosa de corpo estranho. Os grupos controle
apresentaram o número de células inflamatórias inferior aos grupos
experimentais, mantendo um quadro reacional em fase involutiva.
Os resultados obtidos neste estudo, demonstraram que o Sealapex foi o
mais biocompatível dos cimentos analisados.
B252
Eatudo comparativo da infiltração marginal utilizando-se
técnica adesiva convencional e autocondicionante.
VIEIRA, F.
L. T.*, LEÃO, E. C.
Este estudo in vitro teve como objetivo analisar e
comparar a eficácia dos adesivos dentinários Prime & Bond 2.1 com
flúor (Dentsply) e Etch & Prime 3.0 (Degussa) em relação às suas capacidades
de protegerem o complexo dentinopulpar, minimizando a infiltração marginal na
interface dente/restauração. Utilizou-se 20 dentes pré-molares de humanos, com
substrato dentinário cariado, obtidos no banco de dentes dos cursos de
Pós-Graduação em Odontologia da UFPE, tendo como requisito serem possuidores de
paredes vestibular, lingual/palatina e pulpar. Os dentes assim selecionados
tiveram o tecido cariado removido e foram divididos em dois grupos de estudo:
Grupo 1 - cujas cavidades foram restauradas pela técnica adesiva
convencional, com o condicionamento de ácido forfórico a 37% utilizando-se o
adesivo Prime & Bond 2.1 com flúor (Dentsply). Grupo 2 - cujas
cavidades foram restauradas utilizando-se o adesivo autocondicionante Etch &
Prime 3.0 (Degussa), que dispensa o ataque ácido prévio às estrturas dentárias.
Foi utilizada a resina Definite (Degussa) para as restaurações dos espécimes
nos dois grupos.
Na análise estatística dos resultados, não observou-se diferenças
significantes entre os adesivos utilizados.
B253
Microinfiltração em compósitos: importância da utilização em
adesivos dentinários.
MORAES, R.
C. M., GOUVÊA, M. V., ALMEIDA, L. R., MATUCK, I. C., LOPES, D. M.*,
GOUVÊA, C. V. D.
Faculdade de
Odontologia – UFF - Niterói - RJ.
Para minimizar o problema da microinfiltração utiliza-se os
sistemas adesivos. Nosso trabalho objetiva avaliar a microinfiltração quando se
utiliza adesivos de última geração com compósitos. Foram utilizados quarenta
dentes bovinos, que foram divididos em quatro grupos de dez amostras cada.
Grupo A: corpo-de-prova testemunho, sem aplicação de adesivo, restaurado com a
resina APH da Dentsply; grupo B: corpo-de-prova testemunho, sem aplicação de
adesivo e material restaurador Z100 da 3M; grupo C: corpo-de-prova com aplicação
de adesivo Pro-Bond e material restaurador APH; grupo D: corpo-de-prova com
aplicação de adesivo Scotchbond MP e material restaurador Z100. A face
vestibular dos dentes foram planificadas e os preparos executados, todos
idênticos. As amostras foram embutidas em cilindros de acrílico e submetidas ao
condicionamento ácido. Os materiais restauradores foram inseridos nas cavidades
dos quatro grupos pela técnica incremental. Submetidas a acabamento, foram
aplicados duas camadas de esmalte sobre os dentes, deixando-se livre uma
moldura de 1,0 mm ao redor das restaurações, para penetração do corante.
As amostras foram colocadas em azul de metileno à 2% e submetidas à ciclagem
térmica. Foram seccionadas para leitura da pigmentação através de microscopia
óptica.
Concluímos: a microinfiltração ocorreu em todos os casos nas paredes
axiais dos preparos; nenhuma das técnicas com a utilização de adesivos impediu,
na sua totalidade a microinfiltração marginal; a utilização dois adesivos é
benéfica com vistas à microinfiltração.
B254
Microinfiltração marginal entre resinas compostas:
convencional versus condensável.
GOUVÊA, C.
V. D., MORAES, R. C. M., ALMEIDA, L. R., GOUVÊA, M. V., AMARANE, J. E. V.,
JORGE, M. Z.*
Faculdade de
Odontologia – UFF - Niterói - RJ.
Um dos fatores que mais compromete uma restauração é a
ausência de vedamento pelo material restaurador na sua interface com a
superfície dentária. O objetivo desse estudo foi comparar o comportamento de
uma resina composta convencional e outra condensável no que se refere à
microinfiltração marginal. Foram utilizados trinta dentes bovinos divididos
aleatoriamente em dois grupos (A e B). Nas superfícies dentárias, de ambos os
grupos, foram preparadas cavidades de igual forma e a seguir realizou-se
condicionamento ácido e saplicou-se sistema adesivo. Inseriu-se posteriormente
no grupo A a resina tipo convencional e no grupo B a do tipo condensável,
segundo as instruções dos fabricantes. Os corpos-de-prova foram armazenados em
saliva artificial por igual tempo, mergulhados em fucsina básica e submetidos
ao processo de ciclagem térmica. Isso feito, avaliou-se a penetração do
pigmento mediante resina convencional: 10 corpos-de-prova foram classificados
no grau 2, e 5 no grau 3; e para a resina condensável: 8 classificaram-se no
grau 2, e 7 no grau 3. Os dados foram analisados pelo teste não-paramétrico de
Mann-Whitney e não houve diferença estatística significante entre os grupos
(p >> 0,05).
Pode-se concluir que, embora nenhum dos tipos de resina tenha sido capaz
de evitar a infiltração marginal, houve uma tendência maior para esse aspecto
na do tipo condensável.
B255
Avaliação in vitro do desajuste e da microinfiltração
marginal em coroas metalocerâmicas cimentadas com três tipos de cimentos.
MOTTA, A.
B.*, PEGORARO, L. F.
Departamento
de Prótese Dental – FOB – USP - SP. Tel.: (0**21) 3150-6172.
E-mail: andreamotta@uol.com.br
Este trabalho teve como objetivo analisar o desajuste
marginal existente em coroas totais cimentadas com três tipos de cimentos
(fosfato de zinco, ionômero de vidro e resinoso) em 100% de umidade, e
verificar a correlação existente com o grau de microinfiltração marginal. Foram
realizados preparos para coroas metalocerâmicas em 30 dentes pré-molares
humanos recém-extraídos e aleatoriamente distribuídos em três grupos de acordo
com o cimento utilizado. Imediatamente após a cimentação, a região cervical das
coroas e dentes foi envolvida com algodão embebido em saliva artificial. As
medidas de desajuste foram realizadas em microscópio comparador, antes e após a
cimentação e nas quatro faces das coroas. Após os testes de ciclagem térmica,
os corpos-de-prova foram corados em solução de fucsina básica 5%, lavados,
incluídos em resina e secionados no sentido vestíbulo-lingual. Os cortes foram
analisados quanto a infiltração por meio de escores, em microscópio. Os
resultados de desajuste marginal foram submetidos ao teste estatístico de
análise de variância a um critério (ANOVA), e os de infiltração marginal ao
teste de Kruskal-Wallis. A relação entre esses dois aspectos foi analisada
usando-se o coeficiente de correlação de Spearman.
Dentre os três cimentos analisados, não foram encontradas diferenças
estatisticamente significantes nos resultados de desajuste e infiltração
marginal. Não foi encontrada também correlação entre a quantidade de desajuste
e o grau de infiltração marginal.
B256
Diamino fluoreto de prata como fotoiniciador do laser
Nd:YAG.
AVILEZ, A.
C.*, GROTH, E., MIRAGE, A.
Laser – FO –
USP – IPEN. Tel.: (0**21) 556-4739. E-mail: zezila@zaz.com.br
Desde que o laser de Nd:YAG foi introduzido como tratamento
odontológico, vários fotoiniciadores vêm sendo estudados com a finalidade de
melhorar a ação deste laser sobre o tecido cariado. O objetivo da presente
pesquisa é o de avaliar através da microscopia óptica e eletrônica de varredura
a profundidade de atuação do laser de Nd:YAG em tecido dentinário cariado de
dentes decíduos. Tendo o carvão mineral ou o diamino fluoreto de prata a 12%,
como fotoiniciadores. 15 dentes decíduos foram utilizados. Duas cavidades na
face palatina e uma na vestibular foram cariadas in vitro em cada
espécime. As cavidades mésio-palatinas foram preenchidas por carvão mineral e
as vestibulares por diamino fluoreto de prata, a terceira cavidade na face
palatina foi mantida como cárie para efeito de controle. Os espécimes foram
então irradiados pelo laser de Nd:YAG emitido em 1.064 nm de comprimento
de onda em forma pulsada, em potência média de 0,8 W, freqüência de
10 Hz e com 80 mJ de energia por pulso. As amostras foram cortadas
transversalmente e analisadas por MEV e MO. Os resultados obtidos demonstram
que o diamino fluoreto de prata é um bom fotoiniciador pois propicia fusão em
dentina abaixo da camada superficial, além das propriedades já conhecidas de
cariostase. O carvão mineral só proporciona a ação do laser superficialmente.
Por esta capacidade apresentada podemos propô-lo como tratamento
coadjuvante para pacientes de baixa idade que tenham sido tratados pelo
cariostático, aproveitando a coloração escura por ele deixada para promover a
sua interação.
B257
Avaliação da união de sistemas adesivos autocondicionantes a
dentina humana e bovina.
PARAIZO,
M.*, GABRIEL, J. M., MACHADO, M., RABELLO, T., DIAS, K.
Departamento
de Dentística – FOUERJ; FOUFRJ; MB. Tel.: (0**21) 587-6466.
O objetivo deste estudo foi comparar a união de sistemas
adesivos autocondicionantes a dentina humana e bovina, por meio do teste de
resistência ao cisalhamento. Dentes bovinos (Gr. 1, 2 e 3) e humanos (Gr. 4, 5
e 6) recém-extraídos foram selecionados e incluídos em tubos de PVC, usando
resina autopolimerizável. Suas superfícies vestibulares foram desgastadas até a
obtenção de uma área adesiva com diâmetro de 3 mm. Os sistemas adesivos
foram aplicados, seguindo as recomendações dos fabricantes. Seis grupos foram
formados: Gr. 1 - Scotchbond Multi-Uso Plus (3M); Gr. 2 - Clearfil
Liner Bond 2v (Kuraray); Gr. 3 - Etch & Prime 3.0 (Degussa); Gr.
4 - Scotchbond Multi-Uso Plus; Gr. 5 - Clearfil Liner Bond 2v; e Gr.
6 - Etch & Prime 3.0. Sobre estas áreas foram construídos cilindros de
resina composta TPH Spectrum (Dentsply) e após uma semana armazenados a 100% de
umidade relativa, foram submetidos ao cisalhamento em uma máquina de ensaios a
0,5 mm/min. Os resultados foram tratados por ANOVA, Kruskal-Wallis e
Mann-Whitney, e as médias e desvios-padrões foram (MPa): Gr. 1 -
12,76 ± 6,56; Gr. 2 - 7,73 ± 5,48; Gr. 3 -
3,77 ± 2,39; Gr. 4 - 9,03 ± 4,60; Gr. 5 -
11,98 ± 5,98; e Gr. 6 - 8,03 ± 2,94. Os sistemas
adesivos autocondicionantes tiveram comportamento semelhante ao controle
(Scotchbond Multi-Uso Plus) em dentina humana, enquanto que em dentina bovina
foram inferiores.
Os autores concluíram que a dentina bovina foi mais sensível a ação de
sistemas adesivos distintos e, portanto, os resultados não devem ser
extrapolados para a dentina humana.
B258
Textura superficial de materiais restauradores ao longo de
ensaios de escovação precedidos por desafios ácidos.
TURSSI, C.
P.*, MAGALHÃES, C. S., SERRA, M. C., RODRIGUES Jr., A. L.
FOP –
UNICAMP; FORP – USP; FO – UFMG; FOAr – UNESP. E-mail: mcserra@forp.usp.br
Este estudo avaliou a textura superficial de materiais
restauradores no decorrer de ensaios de escovação precedidos por um modelo de
desafios ácidos. Cem corpos-de-prova (n = 20) foram confeccionados
com duas resinas compostas (Renamel Microfill/Cosmedent [Re] e Charisma/Kulzer
[Ch]), duas resinas compostas modificadas por poliácidos (Compoglass F/Vivadent
[Co] e Dyract AP/Dentsply [Dy]) e um ionômero de vidro modificado por resina
(Fuji II LC/GC [Fj]). Após o acabamento e polimento, os espécimes foram
avaliados quanto a sua rugosidade superficial (Ra) e submetidos a um desafio
ácido. A seguir, simulou-se 10.000 movimentos de escovação e obteve-se novas
leituras de rugosidade. O mesmo protocolo de desafio ácido, escovação e análise
da textura foi repetido dez vezes. A ANOVA mostrou efeito significativo para a
interação material-movimentos de escovação. O teste de Tukey
(alfa = 0,05) e o método de regressão polinomial revelaram que após o
primeiro ensaio de escovação, os materiais, com exceção do Re, apresentaram
aumento significativo na rugosidade superficial. No decorrer das demais
simulações, não houve aumento significativo na rugosidade dos materiais Re, Ch,
Co e Dy, enquanto para o Fj, observou-se incremento significativo.
Concluiu-se que houve constância na textura das resinas compostas e das
resinas modificadas por poliácidos em função do número de movimentos de
escovação precedidos por desafios ácidos e que o ionômero modificado por resina
apresentou aumento progressivo em sua rugosidade. (Apoio: FAPESP, processos
99/01638-0 e 99/03605-1.)
B259
Influência do NaOCl a 5% na morfologia da dentina condicionada
por diferentes ácidos.
RABELLO, T.
B.*, MIRANDA, M. S., DIAS, K.
Departamento
de Clínica Odontológica – FO – UFRJ; UERJ. Tel.: (0**21) 562-2033.
O objetivo deste estudo foi avaliar e comparar a influência
do NaOCl a 5% aplicado por 15, 30 e 60 segundos na micromorfologia da dentina
condicionada por 2 diferentes ácidos. Foram utilizados 110 discos de dentina
superficial de terceiros molares humanos divididos em 11 grupos: Gr.
1 = ácido fosfórico a 37% (AF); Gr. 2 = Non Rinse Conditioner
(NRC); Gr. 3 = NaOCl a 5% por 15 s (15); Gr. 4 = NaOCl
a 5% por 30 s (30); Gr. 5 = NaOCl a 5% por 60 s (60); Gr.
6 = AF + 15; Gr. 7 = AF + 30; Gr.
8 = AF + 60; Gr. 9 = NRC + 15; Gr.
10 = NRC + 30; Gr. 11 = NRC + 60. Os
espécimes foram tratados e observados em MEV. As fotomicrografias foram
avaliadas por meio de escore, que variou de 0 = não abre os túbulos
até 4 = degrada obliterando os túbulos. Os dados foram analisados
estatisticamente por ANOVA e testes de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney
(p << 0,05). Os postos médios obtidos foram: Gr.
1 = 41,00; Gr. 2 = 38,95; Gr. 3 = 6,55; Gr.
4 = 20,50; Gr. 5 = 20,50; Gr. 6 = 77,00; Gr.
7 = 68,00; Gr. 8 = 95,00; Gr. 9 = 65,00; Gr.
10 = 89,00; Gr. 11 = 89,00. Os resultados obtidos mostraram
a formação de 5 grupos distintos: {Gr. 3}; {Gr. 4, Gr. 5}; {Gr. 1, Gr. 2}; {Gr.
7, Gr. 9}; {Gr. 8}, e 1 grupo de transição: {Gr. 6, Gr. 10, Gr. 11}.
Baseados nos resultados, os autores concluíram que: a) o tempo de
aplicação do NaOCl a 5% influenciou na morfologia dentinária tratada ou não
previamente por ácido; b) a morfologia da dentina condicionada e
desproteinizada foi diferente daquela apenas condicionada; e c) o NaOCl
aplicado sobre a “smear layer” não modificou significativamente sua morfologia
superficial.
B260
Estudo da amplitude do efeito cariostático de materiais
restauradores fluoretados em superfície dentinária radicular.
HARA, A.
T.*, TURSSI, C. P., SERRA, M. C.
FOP –
UNICAMP; FORP – USP. E-mail: mcserra@forp.usp.br
Este estudo avaliou a amplitude do efeito cariostático em
superfície dentinária de quatro materiais restauradores fluoretados:
Ketac-Fil/Espe [Ke], Fuji II LC/GC Corp. [Fj], Dyract AP/Dentsply [Dy] e
Surefil/Dentsply [Su], e de um não-fluoretado: Z250/3M [controle]. Noventa e
cinco fragmentos (6 x 5 mm) de dentina radicular bovina foram
obtidos, embutidos em resina de poliéster e planificados. Cavidades
(1,5 x 3,5 x 1 mm) foram preparadas e restauradas com
os cinco materiais (n = 19), seguindo as instruções dos fabricantes e
obedecendo um delineamento em blocos completos casualizados. Após 24 h foi
feito o polimento da superfície dentina/restauração. A área a ser submetida ao
desafio cariogênico foi delimitada, expondo a restauração e uma área adjacente
de 3 x 3 mm. Os corpos-de-prova foram imersos em soluções des- e
remineralizante, para indução de cárie artificial. Foi feita a medição da
microdureza superficial Knoop (5 g, 5 s) da dentina, em dez
distâncias: 50, 100, 150, 300, 600, 900, 1.200, 1.500, 1.800, 2.100 mm, a
partir da margem da restauração. A ANOVA “split-plot” detectou efeito
significativo para a interação material versus distância
(alfa = 0,05). O teste de Tukey e o estudo de regressões revelaram
que as médias de microdureza superficial de [Ke] e [Fj] foram similares, com
superioridade ao grupo [controle] nas distâncias: 50, 150 e 300 mm. As
médias de microdureza de [Dy] e [Su] não diferiram do [controle], permanecendo
constantes ao longo das distâncias.
Concluiu-se que a amplitude do efeito cariostático em dentina de [Ke] e
[Fj] foi de 300 mm. [Dy] e [Su] não demonstraram efeito
cariostático.
B261
Infiltração marginal em restaurações em resinas compostas:
luz halógena versus laser de argônio.
LIPORONI, P.
C. S.*, PAULILLO, L. A. M. S., LOFFREDO, L. C. M.
Departamento
de Odontologia Restauradora – Unicamp;
IP&D – Univap. E-mail: prili@yahoo.com
O propósito deste estudo foi avaliar a infiltração marginal,
através da penetração de corante, em restaurações classe V em compósitos,
comparando-se a polimerização com lâmpada de luz halógena e laser de argônio.
Cavidades circulares foram preparadas em terceiros molares, na JCE, e divididas
em seis grupos. Todos os grupos foram restaurados utilizando-se o mesmo sistema
adesivo, Scotchbond Multi-Uso Plus, polimerizando-se por 5 segundos com o laser
de argônio e 10 segundos com lâmpada de luz halógena. Os dentes foram
restaurados com resinas compostas: Charisma, Natural Flow e Solitaire. A
polimerização foi de 20 segundos com laser de argônio e 40 segundos com lâmpada
de luz halógena. Logo em seguida, foram estocados em 100% de umidade relativa a
37ºC por 24 h antes do acabamento e polimento. Os espécimes foram
termociclados por 2.000 ciclos às temperaturas: 5ºC e 55ºC durante 1 minuto em
cada banho e imersos em solução de azul de metileno a 2% por 4 h.
Seccionaram-se os dentes no sentido vestíbulo-lingual e a infiltração nas
margens em esmalte e dentina, avaliada por dois examinadores calibrados que
atribuíram um escore para os níveis de penetração de corante: 0 - não
infiltrou; 1 - infiltração até 1/3 da parede gengival/oclusal; 2 - até
2/3 da parede gengival/oclusal; 3 - até 3/3 da parede gengival/oclusal;
4 - infiltração na parede axial.
Foi
realizado teste de Kruskal-Wallis (5%) que indicou não haver diferença estatística
significativa para as diferentes resinas compostas avaliadas e tipo de
polimerização empregada: lâmpada de luz halógena e laser de argônio.
B262
Emprego do eletrodo íon-seletivo na liberação de flúor de um
cimento ionomérico.
GIOVANNINI,
J. F. B. G.*, ALMEIDA, H., SALOMÃO, U., JANSEN, W. C., MANSUR, H. S.
Departamento
de Odontologia Restauradora, Departamento de Engenharia Metalúrgica –
UFMG – CDTN/CNEN.
Este experimento foi desenvolvido com o objetivo de
determinar, pela técnica do eletrodo íon-seletivo, o padrão de liberação de
flúor por um cimento ionômero de vidro encapsulado para cimentação. Para tal,
corpos-de-prova (n = 8) de Ketac-Cem (Espe) foram obtidos a partir de
uma matriz de dimensões predeterminadas, sendo os materiais preparados de acordo
com as instruções do fabricante e manipulados mecanicamente em alta velocidade
(Capmix - Espe - 4.300 rpm). Aguardado o tempo de presa inicial
do material, os corpos-de-prova foram armazenados em recipientes plásticos
contendo 100 ml de água deionizada (18,2 MOhm), à temperatura
ambiente. Para determinação da cinética de liberação de flúor, alíquotas de
25 ml foram colhidas em diferentes tempos após a manipulação: 1 hora (1H),
4 horas (4H), 8 horas (8H), 24 horas (1D), 48 horas (2D), 3 dias (3D), 5 dias (5D)
e 7 dias (7D). Estes filtrados foram destilados para análise pelo método da
potenciometria direta com eletrodo íon-seletivo para flúor (Metrohm), acoplado
a um ajustador de força iônica (solução tampão pH 5 a 5,5). O equipamento foi
calibrado pelo eletrodo de calomelano Ag/AgCl. Os resultados, obtidos em
microgramas de flúor/ml, determinados em função do tempo, foram: 0,24 ± 0,02
(1H); 0,75 ± 0,08 (4H); 0,81 ± 0,08 (8H); 1,1 ± 0,1
(1D); 1,8 ± 0,1 (2D); 1,3 ± 0,1 (3D); 1,6 ± 0,2
(5D); 1,4 ± 0,1 (7D), com um nível de confiança de 95%.
Pode-se concluir que o nível de flúor liberado pelo cimento avaliado foi
crescente até as primeiras 24 horas após sua manipulação, com tendências a
estabilizar-se nos períodos seguintes.
B263
Quantificação da contração de polimerização de uma silicona
de condensação.
HANNAS, A.
R.*, POLETTO, L. T., SOUZA, E. L., GIOVANNINI, J. F. B. G.
Departamento
de Odontologia Restauradora – Faculdade de Odontologia – UFMG.
E-mail: jfgabrich@zipmail.com.br
É objetivo deste experimento verificar e quantificar a
contração de polimerização sofrida por uma silicona de condensação
(Speedex - Coltène), caracterizada pelo fabricante como sendo de elevada
estabilidade dimensional, com possibilidade de vazamento em até 7 dias. Para
efeito de comparação, moldagens foram obtidas em silicona de adição (President
- Coltène), cuja excelente estabilidade dimensional é confirmada pela
literatura. Para a obtenção dos dados, empregou-se um dispositivo metálico, de
formato semelhante ao arco dental, a partir do qual foram estabelecidas duas
referências. A distância entre estes dois pontos foi estabelecida previamente à
obtenção das moldagens (Medida A), com o auxílio de um micrômetro digital
(Mitutoyo). Em seguida, foram obtidas moldagens com ambos os materiais,
empregando-se a técnica da moldeira individual com a silicona de consistência
densa. Para a moldagem das referências com o material de consistência fluida,
executou-se um alívio de espessura média de 2 mm. A redução na distância
entre os pontos de referência (Medida B) caracterizou a contração de
polimerização do material, avaliada em diferentes intervalos de tempo (10
minutos, 30 minutos, 1 hora, 3 horas, 12 horas, 24 horas, 5 dias e 7 dias).
Pode-se concluir que os valores de contração de polimerização demonstrados
pela silicona de condensação em função do tempo foram: 0,23% (10 min.),
0,29% (30 min.), 0,34% (1 h), 0,38% (3 h), 0,47% (12 h),
0,47% (24 h), 0,48% (5D) e 0,49% (7D). A silicona de adição manteve-se
estável ao longo dos períodos avaliados.
B264
Ensaio dilatométrico em ligas de Ni-Cr e Pd-Ag e cerâmicas
odontológicas.
CROSARA,
S.*, BEZZON, O. L., ROLLO, J. M. A., Di LORENZO, P. L.
Departamento
de Materiais Dentários e Prótese – FORP – USP.
Tel.: (0**16) 602-4008. E-mail: lacrosara@aol.com
Em complexos metalocerâmicos, a compatibilidade entre os
coeficientes de expansão térmico-linear da liga metálica e da cerâmica
contribui para o sucesso clínico dessas restaurações. O objetivo deste estudo
foi analisar as curvas de expansão térmica de duas ligas de Ni-Cr (Verabond e
Verabond II), uma liga de Pd-Ag (Pors-on 4) e duas cerâmicas: IPS e Duceram, e
avaliar a compatibilidade térmica liga/cerâmica. Foram obtidos corpos-de-prova
cilíndricos de 12,0 x 2,0 mm. Os corpos-de-prova metálicos foram
obtidos a partir de hastes metálicas de 3 mm de diâmetro, previamente
fundidas, usinadas em torno mecânico. Para as cerâmicas, cânulas de irrigação
foram incluídas em refratário. Após a remoção, resultou no espaço necessário
para a aplicação da cerâmica. Um termopar crômel-alumel foi soldado nos
cilindros metálicos e embutido nos cilindros cerâmicos durante a confecção dos
corpos-de-prova. Os ciclos térmicos foram realizados em um Dilatômetro Adamel
Lhomargy modelo DT 1000 e os resultados armazenados na memória de um computador
acoplado ao equipamento. Os valores obtidos resultaram em tabelas e traçados
gráficos que foram analisados pela comparação dos valores obtidos e
sobreposição dos traçados.
Concluímos que no intervalo de 100º a 600ºC a diferença de valores de DL/Lo
para a liga Pors-on 4 em relação às duas cerâmicas foi ligeiramente maior que
para as ligas de Ni-Cr. (Apoio: FAPESP - processo 2000/002471-0.)
B265
Resistência ao cisalhamento de sistemas adesivos à dentina
tratada com abrasão a ar.
NOGUEIRA
Jr., L.*, TEIXEIRA, S. C., ARAÚJO, M. A. M.
Faculdade de
Odontologia de São José dos Campos – UNESP. Tel.: (0**12) 321-8166.
O objetivo desse estudo in vitro foi avaliar o efeito
do tratamento da dentina com abrasão a ar na resistência adesiva dos sistemas
adesivos Scotchbond Multi-Uso Plus (SMUP) e Etch & Prime 3.0 (EP).
Foram utilizados cinqüenta incisivos bovinos. As superfícies dentárias foram
desgastadas até exposição da dentina; e os dentes divididos em dois grupos
frente ao tratamento da dentina (lixa d’água de granulação 600 ou jato de óxido
de alumínio com partícula de 27,5 mm e 50 psi de pressão); e
subdivididos, de acordo com o sistema adesivo empregado: A1 - lixa
600 + SMUP; A2 - lixa 600 + EP; B1 - jato
abrasivo + SMUP; B2 - jato abrasivo + EP. Os espécimes
foram mantidos em azido de sódio a 0,4% a 37ºC por 120 dias, até serem
submetidos aos esforços de cisalhamento em máquina Instron. Baseado nos testes
de Kruskal-Wallis e de Tukey, não houve diferença estatisticamente significante
entre os grupos A1 e B1 e ambos diferiram com significância estatística dos
grupos A2 e B2.
Concluiu-se que o tratamento da dentina com abrasão a ar não influenciou
nos valores de resistência adesiva, mas sim o tipo de sistema adesivo
utilizado.
B266
Comparação da resistência da colagem ao cisalhamento entre
“brackets” de titânio e de aço inoxidável.
MENEZES, L.
M.*, SANTOS, C., LOCKS, A., CHEVITARESE, O., RIBEIRO, G. U., ROCHA, R.
Disciplina
de Ortodontia – FO – UFSC. Tel./fax: (0**48) 331-5141.
Os acessórios de aço inoxidável representaram, por muitos
anos, a única opção no tratamento ortodôntico. Atualmente, continuam sendo os
mais utilizados, porém, foram desenvolvidos “brackets” de titânio que
apresentam tolerância tecidual, biocompatibilidade e resistência superiores às
dos “brackets” de aço. Neste estudo, comparou-se a resistência da colagem ao
cisalhamento entre “brackets” de titânio e de aço inoxidável. Foram utilizados
38 pré-molares, extraídos por indicação ortodôntica. Os dentes foram divididos
em 2 grupos, de acordo com o tipo de “bracket”. Os corpos-de-prova foram
preparados e, após a colagem com Concise, permaneceram em água destilada por 7
dias, a temperatura de 36º ± 1ºC. As amostras foram submetidas ao
teste de cisalhamento, em máquina Instron, com velocidade de 1 mm/min.
Análise estatística foi realizada, aplicando-se o teste t de Student
(p << 0,005). O modo de fratura foi observado através de
microscópio óptico com 25 X de aumento (Ransor Light Microscope).
De acordo com o experimento realizado, conclui-se que: tanto os
“brackets” de titânio, quanto os de aço, apresentaram resistência de união
compatível com as necessidades clínicas exigidas em Ortodontia; os “brackets”
de aço inoxidável apresentaram resistência de união significativamente menor do
que os “brackets” de titânio; os danos ao esmalte, decorrentes da descolagem,
foram maiores no grupo dos “brackets” de titânio.
B267
Avaliação in vitro da microinfiltração em
restaurações classe II empregando quatro bases adesivas estendidas.
MENEZES FILHO,
P. F.*, BRAZ, R., SILVA e SOUZA Jr., M. H.
Os autores avaliaram in vitro a microinfiltração
marginal da resina condensável Alert em cavidades classe II (com terminação em
esmalte e dentina) realizadas em pré-molares humanos extraídos. Foram
confeccionadas restaurações nas faces mesial e distal dos dentes empregando
quatro diferentes materiais como base adesiva estendida até o cavossuperficial
gengival. Foram utilizados 50 dentes na pesquisa divididos aleatoriamente em
cinco grupos distintos, sendo: G1 (controle) - sem base; G2 -
Vitremer + Alert; G3 - Dyract + Alert; G4 -
Flow-It + Alert; G5 - Flow-It Self Cure + Alert. Após
a confecção das restaurações, os dentes foram termociclados (500 ciclos) e
imersos em fucsina básica a 0,5% por 24 horas. Posteriormente os espécimes
foram seccionados e avaliados quanto ao grau de microinfiltração marginal.
De acordo com os nossos resultados podemos concluir que: 1 - nenhum
dos materiais empregados foi capaz de impedir totalmente a infiltração marginal
à nível cervical; 2 - a localização da margem cervical exerce influência
no grau de infiltração marginal, sendo esta mais acentuada em dentina; 3 -
em restaurações classe II com resinas condensáveis, devemos fazer uma base
adesiva estendida na caixa proximal para minimizar a microinfiltração, devendo
esta ser de ionômero em dentina (Vitremer) e compômero em esmalte (Dyract).
B268
Avaliação da adaptação de materiais obturadores após a
aplicação do laser de Nd:YAG.
MARSILIO, A.
L.*, GONÇALVES, A. R., ALMEIDA, I. M. N., ALVES, M. C., ARAUJO, M. A. M.,
VALERA, M. C.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FOSJC – UNESP.
O propósito deste trabalho foi avaliar o selamento marginal
das obturações de canais radiculares realizadas com dois cimentos endodônticos
após aplicação de laser Nd:YAG. Foram utilizados 48 dentes unirradiculares
extraídos que tiveram suas coroas seccionadas e seus canais preparados no
comprimento do dente até a lima tipo K nº 60. As raízes foram divididas em 4
grupos, de acordo com o tratamento das paredes dentinárias e o cimento
utilizado para obturação: G1: Nd:YAG (100 mJ, 15 Hz e 1,5 W),
obturação com cimento AH Plus; G2: EDTA por 2 minutos, obturação com cimento AH
Plus; G3: Nd:YAG, obturação com cimento Sealapex; G4: EDTA, obturação com
cimento Sealapex. Os canais foram obturados pela técnica da condensação
lateral, as raízes foram impermeabilizadas externamente e imersas em solução de
Rodamina B 0,2% por 12 h. As raízes foram seccionadas e as infiltrações
analisadas em estereomicroscópio. Os resultados mostraram as infiltrações, em
ordem decrescente, nos grupos G3, G4, G2 e G1. Aplicou-se o teste estatístico
ANOVA a um critério onde verificou-se que o p-valor (p = 0,059)
obtido foi muito próximo do valor adotado (5%) como nível de significância. O
grupo 3 (Nd:YAG - Sealapex) apresenta média aproximadamente três vezes maior
que o grupo 1 (Nd:YAG - AH Plus).
Concluiu-se que a aplicação do laser Nd:YAG, previamente às obturações
de canais radiculares, é uma alternativa viável dependendo do cimento obturador
utilizado.
B269
Rugosidade superficial de resinas compostas compactáveis
submetidas à diferentes sistemas de polimento.
PAGANI, C.*,
BORGES, A. B., MARSILIO, A. L.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FOSJC – UNESP. Tel.: (0**12) 321-8166,
r. 1303.
O objetivo deste estudo foi avaliar a rugosidade superficial
de três resinas compostas compactáveis (Surefil - Dentsply, Prodigy
Condensable - Kerr e Filtek P60 - 3M), submetidas à quatro diferentes
sistemas de polimento. Foram confeccionados 20 corpos-de-prova (cp)
cilíndricos, com 5 mm de diâmetro e 4 mm de altura, os quais foram
avaliados por um aparelho Perthometer S8P (Perthen, Mahr, Germany) para se
obter os valores médios de rugosidade superficial (Ra). Após a medição da Ra
inicial, os cp foram divididos em 4 grupos (n = 5), de acordo com o
sistema de polimento utilizado: Grupo 1 - Sof-Lex/3M, Grupo 2 -
Enhance/Dentsply, Grupo 3 - pontas abrasivas/KG Sorensen e Grupo 4 -
pontas abrasivas/Oraltech. Após o polimento, os cp foram novamente avaliados
quanto à Ra e os dados obtidos antes e depois do polimento foram submetidos ao
teste estatístico de ANOVA, ANCOVA e teste de Tukey (5%). Os resultados
mostraram que os materiais apresentaram desempenho semelhante quando submetidos
aos diferentes sistemas de polimento, com exceção das associações
Surefil/pontas KG e Prodigy Condensable/Sof-Lex, os quais apresentaram médias
significantemente maiores de Ra.
Conclui-se que para a Surefil, o polimento com pontas KG apresentou
média de Ra significantemente maior do que com os outros sistemas de polimento;
a Prodigy Condensable polida com Sof-Lex apresentou-se significantemente mais
rugosa do que com as demais condições de polimento e; para a Filtek P60, não
houve diferença estatisticamente significante com as quatro condições de
polimento.
B270
Resistência à tração entre adesivos para moldeiras
individuais.
PIMENTEL,
V.*, GUERRA, C.
Departamento
de Odontologia Restauradora – Faculdade de Odontologia de Pernambuco.
Tel.: (0**81) 3325-2512. E-mail: diegops@hotlink.com.br
O objetivo deste foi avaliar comparativamente a influência
da superfície da moldeira individual (lisa e rugosa) e o emprego do esmalte
para unha como alternativa adesiva na resistência à tração dos materiais de
moldagem de precisão (Impregum F - poliéter; Imprint II - silicona de adição e
Permlastic Regular - polissulfeto). As variáveis deram origem a 24 grupos e
ensaiados 15 vezes através de sorteio aleatório. Para os testes de resistência
à tração empregou-se a máquina eletrônica para ensaios mecânicos Kratos. Os
dados obtidos foram anotados em fichas específicas e analisados
estatisticamente através do teste de Tukey e do teste F (Sidenecon).
Concluiu-se que: 1. independente do adesivo a resistência à tração foi
mais elevada para superfície rugosa do que para essa; 2. a silicona de adição
Imprint II apresentou maior resistência à tração quando empregado o seu próprio
adesivo; 3. o esmalte para unha ofereceu maior resistência à tração para
material Impregum F que seu próprio adesivo; 4. o esmalte para unha
apresentou-se como uma excelente alternativa para o material de moldagem
poliéter (Impregum F).
B271
Radiopacidade das resinas compostas condensáveis.
AMARAL, I.
P. G.*, ALVES, J.
Departamento
de Odontologia Restauradora – Faculdade de Odontologia de Pernambuco.
Tel.: (0**81) 3231-2355. E-mail: ingridporto@ieg.com.br
O grau de radiopacidade foi estabelecido em 9 (nove) resinas
compostas empregados em Dentística Restauradora, 6 condensáveis e 3
convencionais, comparando-os ao do amálgama. Cinco amostras de cada material
foram confeccionadas com 10 mm de diâmetro e 2 mm de espessura. Sobre
um filme oclusal Ektaspeed Plus foram posicionadas uma amostra de cada
material, o penetrômetro de alumínio e um bloco de chumbo e radiografadas
através de um aparelho de raio X Spectro II (Dabi Atlante) com 70 kVp,
10 mA, 0,4 s e distância foco-filme de 40 cm. A leitura da
densidade óptica (DO) de cada amostra foi efetuada utilizando-se o aparelho
fotodensitômetro MRA (Indústria de Comércio e Eletrônica MRA Ltda.). As médias
das DO obtidas para as cinco amostras de cada material foram relacionadas com a
espessura de alumínio de DO equivalente. Os materiais apresentaram diferenças
estatisticamente significantes entre si quanto à radiopacidade. Nenhum deles
apresentou DO próxima ao amálgama (0,014). Os materiais que apresentaram as
maiores DO foram Solitaire (0,568) e Alert (0,502), seguidos do Suprafill
(0,434) e Prodigy (0,400). Dentre as resinas, as que apresentaram as menores DO
foram a Z100 (0,296), seguido da P60 (0,307) e TPH (0,318). As resinas Surefil
e Fill Magic tiveram valores intermediários com valores de DO iguais 0,334 e
0,358 respectivamente.
Todos os materiais analisados apresentaram valores superiores ao mínimo
do equivalente a 4 mm de alumínio estabelecido pela norma da American
Dental Association.
B272
Estudo histológico da biocompatibilidade de três sistemas
adesivos.
TEIXEIRA, M.
H.*, NASCIMENTO, A. B. L., COSTA, C. A. S.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FOP – UPE; FOAr – UNESP.
Tel.: (0**81) 3241-5721. E-mail: hilcia@uol.com.br
O objetivo deste trabalho de pesquisa foi avaliar a
biocompatibilidade de três sistemas adesivos atuais bem como de um cimento de
hidróxido de cálcio. Para isto, noventa tubos de polietileno preenchidos com os
materiais experimentais: Grupo 1: Prime & Bond NT (PB - Dentsply,
USA); Grupo 2: Bond 1 (BO - Jeneric/Pentron, USA); Grupo 3: OptiBond Solo
(OP - Kerr, USA) e Grupo 4: hidróxido de cálcio - Dycal (HC -
Dentsply, USA) foram implantados no tecido conjuntivo subcutâneo de 45 ratos.
Decorridos 15, 30 e 60 dias, a área do implante foi cirurgicamente removida. Em
seguida os animais foram sacrificados. As peças cirúrgicas foram imersas no
fixador de Karnovsky (pH 7,2) e foram processados para avaliação em microscopia
óptica. Cortes histológicos com 6 mm de espessura foram corados com
hematoxilina-eosina e tricrômico de Masson. O exame ao microscópio comparou as
reações teciduais provocadas por cada um dos materiais implantados junto à
abertura tubular.
Foi possível concluir, de acordo com as normas da ISO 10993-3 (1992),
que o HC permitiu completa reparação tecidual, podendo ser considerado mais
biocompatível do que os sistemas adesivos avaliados nesta pesquisa. O sistema
adesivo Prime & Bond NT foi mais irritante ao tecido conjuntivo do que
os sistemas adesivos Bond 1 e OptiBond Solo.
B273
Avaliação de rugosidade superficial de materiais estéticos
submetidos ao selamento de superfície e agente clareador.
BORGES, A.
L. S.*, ARAUJO, R. M., VALERA, M. C., ARAUJO, M. A. M.
Departamento
de Odontologia Restauradora – Faculdade de Odontologia São José dos Campos
– UNESP. Tel.: (0**12) 321-8166.
O objetivo do trabalho foi avaliar a rugosidade superficial
de uma resina composta (RC) e um cimento de ionômero de vidro modificado por
resina (CIVMR) com e sem selador de superfície e antes e após o emprego de um
agente clareador. Foram realizadas 40 cavidades de classe V em pré-molares
humanos e divididas em dois grupos: 20 restauradas com RC Z100/3M e 20 com
CIVRM Vitremer/3M, sendo posteriormente polidas com discos Sof-Lex/3M. Cada
material foi subdividido em 2 grupos de acordo com a aplicação ou não do
selante de superfície (Protect-It/Jeneric/Pentron) sobre a restauração. Os
corpos-de-prova foram avaliados quanto à rugosidade superficial (Ra) utilizando
um aparelho Perthometer S8P (Perthen, Mahr, Germany). Todos os corpos-de-prova
foram submetidos ao agente clareador peróxido de carbamida a 11% (Night White
Excel) por 8 h durante 15 dias. Após este período, procedeu-se nova
avaliação da Ra. Os dados foram submetidos aos testes ANOVA e Tukey (5%). Os
resultados mostraram que: a) com relação ao material, a associação
Z100/Protect-It apresentou Ra significantemente menor do que
Vitremer/Protect-It; b) após a aplicação do agente clareador, houve um aumento
da Ra, porém, não se observou diferença significante entre os grupos.
Conclui-se que o selamento de superfície não influenciou a rugosidade
superficial dos materiais após clareamento.
B274
Influência da configuração e do bisel em esmalte, nas
cavidades de classe V, para resina composta compactável.
CARVALHO, J.
C.*, ARAUJO, M. A. M., PAGANI, C.
Departamento
de Odontologia Restauradora – Faculdade de Odontologia de São José dos
Campos – UNESP. Tel.: (0**12) 321-8166.
O objetivo foi avaliar o selamento em cavidades de classe V
de esmalte em dentes bovinos, empregando-se teste de microinfiltração,
considerando-se os fatores: preparo cavitário, presença ou não de bisel e o
emprego de uma resina fluida e uma compactável. Foram selecionados 80 dentes
bovinos, limpos, seccionados os terços apicais, removendo-se a polpa radicular
e coronária. Os ápices foram vedados com resina composta e os dentes receberam
uma base de resina acrílica e foram conservados em freezer a –18ºC. Os dentes
foram restaurados, usando-se condicionamento ácido/adesivo Prime &
Bond NT, resina Surefil - Dentsply e em metade dos corpos-de-prova a
resina fluida – Flow-It - Jeneric/Pentron. Os corpos-de-prova foram termociclados
à temperatura de 5ºC ± 2ºC e 55ºC ± 2ºC por 30 s, e após,
imersos em Rodamina B 2% por 24 h; lavagem em água corrente por
20 min. para remoção do corante e secagem. Foram realizados cortes no
sentido vestíbulo-lingual para avaliação em estereomicroscópio, atribuindo-se
escores de acordo com os graus de infiltração marginal. Empregamos os métodos
estatísticos Kruskal-Wallis, comparação múltipla de Tukey e Mann-Whitney com
nível de significância de 5%.
Concluímos que: 1 - a configuração do preparo cavitário não
influencia o grau de infiltração marginal; 2 - a presença de bisel, para o
preparo em forma de caixa mostrou redução estatisticamente significante do grau
de infiltração marginal; 3 - o emprego da resina fluida foi favorável apenas
no preparo tipo gota sem bisel; 4 - o melhor comportamento ocorreu no
preparo tipo caixa com bisel.
B275
Selamento de restaurações com CIV empregando como
pré-tratamento da dentina os ácidos poliacrílico e tânico e laser de Nd:YAG.
LIMA, D.
R.*, SALGADO, J. A. P., ARMOND, M. C., CARLOS, R. G., ARAÚJO, M. A. M.,
VALERA, M. C.
O objetivo desse trabalho, foi avaliar o selamento de
restaurações de ionômero de vidro (CIV), utilizando como pré-tratamento da
dentina o ácido poliacrílico, ácido tânico ou laser Nd:YAG. Foram preparados 40
dentes, terceiros molares humanos hígidos, extraídos por indicação cirúrgica,
limpos e armazenados em soro fisiológico. Foram feitos preparos classe V, na
face vestibular dos dentes com broca esférica diamantada nº 3.018 -
KG Sorensen, com dimensões 2,5 mm de diâmetro por 1,0 mm de
profundidade. Após os dentes foram divididos em 4 grupos, de acordo com o
pré-tratamento da dentina: G1: ácido poliacrílico à 11,5%, por 60 segundos; G2:
ácido tânico à 25%, por 30 segundos; G3: laser Nd:YAG, com 160 mJ/pulso,
10 Hz, 1,6 W, com tempo de aplicação de 5 segundos, sem contato da
fibra com a superfície dentinária; e G4: sem pré-tratamento da dentina (grupo
controle). As cavidades foram restauradas com CIV (Vitremer - 3M), e submetidos
à termociclagem, com banhos alternados de 5º e 55ºC (± 2ºC) e com 300
ciclos por 30 segundos cada banho, em seguida imersos em solução Rodamina B à
0,2%, à 37ºC, por 24 horas. Os dentes foram seccionados e submetidos à leitura
das infiltrações em estereomicroscópio. Os resultados mostraram que ocorreu uma
maior quantidade de infiltração nos grupos controle e do laser Nd:YAG,
entretanto não houve diferenças estatística entre eles –
p >> 0,01 (teste Kruskal-Wallis).
Conclui-se que há necessidade do pré-tratamento da dentina com ácido
poliacrílico ou ácido tânico para realização de restaurações com CIV.
B276
Efeito do grau de mineralização dentinária e da remoção do
colágeno na resistência adesiva de dois sistemas frasco único.
ERHARDT, M.
C. G.*, RODRIGUES, J. A., PIMENTA, L. A. F.
Área de
Dentística – FOP – UNICAMP. E-mail: lpimenta@fop.unicamp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do grau de
mineralização dentinária (normal - DN ou hipermineralizada - DH) e da remoção
do colágeno (com colágeno - CC ou sem colágeno - SC) na resistência
adesiva de dois sistemas frasco único (Excite/Vivadent - EX ou Prime &
Bond/Dentsply - PB). 48 incisivos bovinos foram divididos aleatoriamente
em 8 grupos (n = 6), recebendo os seguintes tratamentos de superfície
e sistemas adesivos: G1 - DN+CC+EX; G2 - DN+CC+PB; G3 - DN+SC+EX;
G4 - DN+SC+PB; G5 - DH+CC+EX; G6 - DH+CC+PB; G7 - DH+SC+EX;
G8 - DH+SC+PB. Em todos os grupos, a dentina sofreu condicionamento ácido
com gel de ácido fosfórico a 37%. Nos grupos predeterminados, solução de NaOCl
a 10% foi aplicada por 30 s, e em seguida lavada por 10 s. Após
aplicação e polimerização do sistema adesivo, uma coroa de 5 mm de altura
em resina composta micro-híbrida Filtek Z250/3M foi aplicada e polimerizada. Os
dentes foram seccionados em fatias de 1,0 mm de espessura paralelamente ao
longo eixo dental, em seguida, dispositivos “hour glass” foram confeccionados.
O teste de microtração foi realizado em máquina de ensaio universal (EMIC) com
velocidade de 0,5 mm/min. Os dados foram expressos em MPa, e submetidos ao
teste “three-way” ANOVA e Tukey (p << 0,05), apresentando os
sequintes resultados (médias): G1 - 22,79; G2 - 16,32; G3 -
22,41; G4 - 18,44; G5 - 16,45; G6 - 16,27; G7 - 22,02;
G8 - 12,81.
O adesivo Excite apresentou os melhores resultados, independentemente do
substrato dentinário e da presença de colágeno.
B277
Sistema adesivo autocondicionante: microinfiltração em
preparos com laser Er:YAG.
VICENTE
SILVA, C. H.1, PÉCORA, J. D.2, PALMA DIBB, R. G.2,
CORREIA, M. N.3,
MASSA LIMA, M. E.*3
1UFPE; 2FORP
– USP; 3FOP – UPE. E-mail: chvs@npd.ufpe.br
A proposta deste estudo foi avaliar a capacidade de
selamento marginal de um sistema adesivo autocondicionante em cavidades tipo
classe V, com término cervical em dentina. Vinte preparos cavitários foram
confeccionados em 10 pré-molares humanos, sendo 10 cavidades com turbina de
alta rotação (Grupo 1 - controle) e 10 cavidades com laser Er:YAG
350 mJ, 4 Hz (Grupo 2 - teste), restauradas com Prompt L-Pop®
(Espe) + Z100 (3M). Os dentes foram armazenados em solução
fisiológica (24 horas, 37ºC), termociclados (250 ciclos, 5º/55ºC, banhos de
15”), imersos em azul de metileno (24 horas, 37ºC), lavados, seccionados e
avaliados quanto a penetração do corante nas margens de esmalte (oclusal) e
dentina (cervical) por meio de escores de zero (sem infiltração) a 3 (máxima
infiltração). Os resultados evidenciaram similaridade estatística
(p << 0,05) entre os grupos, nas margens em dentina
(z = -0,6425) e esmalte (z = 0,8315) quando usado o teste
de Mann-Whitney. Entretanto, os maiores percentuais (50% e 40%) de penetração
zero do corante ocorreram nas margens cervicais preparadas com laser Er:YAG e
broca respectivamente.
Conclui-se que, com o sistema adesivo empregado, não houve melhoria
significante no selamento marginal dos preparos confeccionados com laser
Er:YAG.
B278
Ensaios de tração e fractografia em liga de Co-Cr, sob dois
métodos distintos de fundição.
SILVA, L.
R.*, RIZZATTI-BARBOSA, C. M.
Prótese e
Periodontia – Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP.
A reabilitação oral possui um importante papel na
Odontologia, visto que restabelece a saúde das estruturas bucais e fisiológicas
do sistema mastigatório. Neste contexto a prótese parcial removível (PPR)
quando indicada, planejada e confeccionada criteriosamente apresenta índices
satisfatórios de sucesso na reabilitação oral, e custo relativamente baixo. A
técnica de fundição pode alterar as propriedades físicas das ligas de Co-Cr
utilizadas na confecção de estruturas metálicas de PPR. O propósito deste
trabalho foi realizar ensaios de tração e análise fractográfica da região de
fratura em amostras fundidas com liga de Co-Cr (Degussa), segundo a
especificação nº 14 da ADA, através de dois métodos distintos de fundição:
arco voltáico (ARCVOLT) e oxigênio-acetileno (OXACET). Cada grupo possuia 10
amostras. O ensaio de tração foi realizado em equipamento mecânico (Test Star
II) e a região de fratura analisada através de microscópio eletrônico de
varredura (MEV). Os valores do ensaio de tração foram: ARCVOLT = 46,62 kgf/mm2
e OXACET = 74,9 kgf/mm2, diferentes estatisticamente
(teste t, p << 0,05).
No ensaio de fractografia foram observadas presença de poros, trincas e
incrustações nas amostras de ambos os grupos, com um valor médio maior de
porosidade no grupo ARCVOLT, porém sem diferença estatística
(p >> 0,05). O grupo OXACET apresentou valor médio maior no
ensaio de tração quando comparado ao grupo ARCVOLT. (PIBIC/CNPq.)
B279
Microinfiltração em preparos com Er:YAG laser com ou sem
reumedecimento.
LIZARELLI,
R. F. Z.*, BAGNATO, V. S.
Departamento
de FCM – IFSC – USP. Tel.: (0**16) 271-2012, 273-9811.
E-mail: lizarelli@hotmail.com
Prevenir a percolação marginal garantindo melhor proservação
da restauração adesiva se constitui em preocupação para instituir uma nova
modalidade em dentisteria. Dezoito molares recém-extraídos foram selecionados e
divididos para constituirem cinco amostras, com sete repetições cada, quando
faces V e L aleatoriamente receberam preparos classe V diferentemente: GI
- controle: broca “carbide”, ataque com ácido fosfórico 35% e agente adesivo
(Single Bond - 3M) e resina composta Filtek Z250 (3M); GII - broca
“carbide”, ataque ácido, “primer” (SBMPP - 3M), adesivo e resina; GIII -
laser de Er:YAG, agente adesivo; GIV - laser, ataque ácido e adesivo; e, GV -
laser, ácido, “primer” e adesivo. Os parâmetros de irradiação foram
300 mJ, 10 Hz, 3 W, durante 90 segundos cada classe V,
sendo que a parede oclusal atingia esmalte e a cervical, dentina. Após preparo
de todas amostras para teste de microinfiltração, cada repetição foi cortada
longitudinalmente para observação sob a lupa estereoscópica graduada, com 40
vezes de aumento. Foram conferidos graus em escores, de 0 a 3. Os resultados
apresentaram distribuição amostral não-normal e foram submetidas ao teste
estatístico não-paramétrico: Kruskal-Wallis, para tipo de tratamento
Nosso trabalho sugere que para esmalte, o
reumedecimento, através do ataque com ácido e lavagem, após o preparo cavitário
com laser de Er:YAG diminui os níveis de microinfiltração (GII #
GIV = 1%); enquanto que para a dentina, após o laser, além do ataque
ácido, é necessária a aplicação do “primer” (HEMA) para minimizar a
microinfiltração (GIII # GV = 5%). (Apoio financeiro: CAPES.)
B280
Desajuste cervical em coroas metálicas, utilizando ligas
odontológicas alternativas.
VARJÃO, F.
M.*, SEGALLA, I. C. M., GUIMARÃES, N. C., ADABO, G. L., PEREZ, F., BELOTI, A.
M.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – Faculdade de Odontologia de Araraquara –
UNESP. Tel.: (0**16) 201-6406.
O desajuste cervical de restaurações metálicas fundidas tem
sido motivo de preocupação entre os clínicos e pesquisadores, principalmente
quando se utilizam ligas alternativas, cujas propriedades não equivalem àquelas
exibidas pelas ligas de ouro. O objetivo deste trabalho foi avaliar a
desadaptação cervical de coroas metálicas com ligas alternativas em preparo
dental com término em chanfrado. Foram utilizadas as seguintes ligas: Duracast
MS, Goldent LA, Cronident, NPG e Ni-Cu (experimental). A partir de um dente
hígido (primeiro molar superior) extraído e preparado para coroa total, foi
obtido um troquel metálico, fixado a uma base retangular plástica. Sobre este
troquel, foram confeccionados padrões em resina Duralay, os quais foram
devidamente incluídos, fundidos e adaptados sobre o troquel. O conjunto
troquel/coroa foi levado a um perfilômetro (NiKon, precisão 0,001 mm) para
realização das medidas em quatro pontos demarcados do troquel. Com sete
repetições para cada liga utilizada, somada a quatro medidas em cada
corpo-de-prova, foram obtidas, ao final, 140 leituras, as quais foram
submetidas à análise estatística empregando-se o teste de Tukey. Os resultados
médios obtidos foram: 71,64 mm (Ni-Cu), 73,38 mm (NPG), 86,64 mm
(Duracast MS), 93,29 mm (Goldent LA) e 101,82 mm (Cronident).
As ligas Goldent LA e Cronident apresentaram a maior desadaptação
cervical, com valores iguais entre si; a liga Duracast MS mostrou valores
menores que as ligas Goldent LA e Cronident, porém, maiores que as ligas Ni-Cu
e NPG; as ligas Ni-Cu e NPG apresentaram os menores valores, sendo iguais entre
si.
B281
Resistência mecânica de facetas cerâmicas com e sem preparo
de “overlap”.
BELOTI, A.
M.*, SEGALLA, J. C. M., VARJÃO, F. M., GUIMARÃES, N. C., PEREZ, F.
Departamento
de Materiais Dentários e Prótese – Faculdade de Odontologia de Araraquara.
Tel.: (0**16) 201-6406.
O objetivo deste trabalho foi analisar uma técnica de
preparo dental para confecção de facetas laminadas enfatizando a resistência da
mesma, buscando uma espessura adequada do desgaste para superfície vestibular
assim como para confecção ou não do sobrepasse palatino ou “overlap”. Para isto
foram utilizados 40 dentes artificiais Cymell 1077 (Columbia Dentoform Corp,
NY, USA), divididos em quatro grupos com diferentes preparos. Grupo 1: preparo
com desgaste de 1,0 mm na face vestibular, 1,5 mm de redução incisal,
sem sobrepasse palatino. Grupo 2: desgaste de 1,0 mm na face vestibular;
1,5 mm de redução incisal, com sobrepasse palatino de 1,0 mm abaixo
da redução. Grupo 3: desgaste de 0,7 mm na face vestibular, 1,5 mm de
redução incisal, sem sobrepasse palatino. Grupo 4: desgaste de 0,7 mm na
face vestibular, 1,5 mm de redução incisal, com sobrepasse palatino de
1,0 mm abaixo da redução. Depois do preparo dental foram confeccionados
facetas laminadas em cerâmica IPS Empress (Ivoclar - Germany) com
padronização da espessura estabelecida pelo preparo dental. Através de um
dispositivo que simulava as condições da cavidade oral, o conjunto dente/faceta
foi submentido à testes mecânicos numa máquina de ensaios universais,
utilizando-se uma velocidade de 1,0 mm/min.
Os resultados obtidos foram analisados estatisticamente, permitindo
concluir que o desgaste da face vestibular, maior em espessura, e a presença de
“overlap” na borda incisal, atuando em conjunto, contribuíram
significativamente para aumentar a resistência mecânica das facetas cerâmicas.
B282
Resistência à compressão de compósitos polimerizados em
diferentes espessuras.
PIZI, E. C.
G.*1, MARTINS, L. R. M.2, SOARES, C. J.3,
RICCO, R. A. O.1
1Faculdade de
Odontologia de Presidente Prudente – UNOESTE; 2Faculdade de
Odontologia de Piracicaba – UNICAMP; 3Faculdade de Odontologia de
Uberlândia –UFU. E-mail: eliane@viaplus.com.br
A técnica incremental e a variabilidade de composição dos
compósitos para posteriores podem influenciar a resistência das restaurações em
dentes posteriores. Este estudo se propõe verificar a resistência à compressão
e tração diametral de 5 resinas para posteriores: Definite (D), Filtek P60
(P60), Prodigy Condensable (PC), Surefil (SF), Solitaire (S) e um compósito
universal, Z100 (Z). No teste de compressão, os corpos-de-prova apresentaram
2,5 mm de diâmetro e 5 mm de altura, submetidos à polimerização com
G1 - incremento único de 5 mm (n = 8); G2 - dois
incrementos de 2,5 mm (n = 8). Para o teste de compressão
diametral os corpos-de-prova apresentaram
mm de diâmetro e 3 mm de altura, polimerizados em incremento único.
Os corpos-de-prova foram armazenados em água destilada à 37ºC/24 horas. Os
testes foram realizados em máquina Instron 4411, com velocidade de
1 cm/min. Os dados foram analisados pela ANOVA, teste de Tukey e teste t
de Student. Os valores médios para o teste de compressão em MPa, foram: DG1
(213), DG2 (233); P60G1 (299), P60G2 (335); PCG1 (120), PCG2 (206); SFG1 (251);
SFG2 (317); SG1 (75), SG2 (223) e ZG1 (342), ZG2 (340). As médias para o teste
de compressão diametral em MPa foram: D (49); P60 (67); PC (41); S (43); SF
(60) e Z (69).
A técnica de
polimerização em dois incrementos, somente diferiu para as resinas Prodigy
Condensable e Solitaire. Os compósitos Z100, Filtek P60 e Surefil, apresentaram
os valores superiores às demais, tanto para o teste de compressão, quanto
compressão diametral.
B283
Avaliação da adesividade do cimento Ketac-Cem na superfície
de dentina radicular tratada com diferentes substâncias.
SALAZAR-SILVA,
J. R.*, MARQUES, J. L. L., ANTONIAZZI, J. H.
Disciplina
de Endodontia – FOUSP - SP.
Avaliou-se a adesividade de cimento empregado na cimentação
de retentor intra-radicular na superfície de dentina humana. Foram selecionados
20 dentes pré-molares inferiores extraídos, e preparados para obter 40
corpos-de-prova com superfícies dentinárias planas e lisas após uso de maquina
politriz Ecomet 3 (Buehler Ltda., USA). Os espécimes formaram quatro grupos: G
I - sem tratamento; G II - tratados com solução de tetrafluoreto de
titânio 4% durante 4 minutos; G III - com gel de ácido fosfórico 37% por
30 segundos; e G IV - irrigação com 10 ml de EDTA-T 17% seguida de
irrigação com 10 ml de hipoclorito de sódio a 0,5%. Sobre as superfícies
tratadas foram confeccionados corpos-de-prova de forma tronco-cônica do cimento
de ionômero de vidro Ketac-Cem (Espe - Germany) os quais ficaram aderidos
à superfície dentinária. Posteriormente, os corpos-de-prova foram posicionados
em máquina de testes Instron modelo 4442 (Canton, MA, EUA) para análise da
resistência à tração e os resultados obtidos foram registrados e analisados
estatisticamente (ANOVA), mostrando que o grupo cuja dentina foi tratada com
ácido fosfórico apresentou a maior adesividade (6,66 MPa), sendo superior
estatisticamente aos outros. O grupo do tetrafluoreto apresentou a segunda
colocação (3,70 MPa), sendo também superior estatisticamente aos grupos do
EDTA-T/NaOCl (1,22 MPa), e sem tratamento (0,60 MPa), que não
apresentaram diferenças estatísticas entre si.
Concluiu-se que os espécimes tratados com gel de ácido fosfórico 37%
promoveram a melhor resistência adesiva do cimento ionômerico Ketac-Cem.
B284
Avaliação clínica de restaurações de resinas condensáveis em
dentes posteriores.
PIVA, E.*,
MOURA, F. R. R., MOTTA, C. S., JUSTINO, L. M., DEMARCO, F. F.
Mestrado em
Dentística Restauradora – FO – UFPel - RS. E-mail: ejpiva@uol.com.br
O objetivo desse trabalho foi avaliar dois anos de
comportamento clínico de restaurações de resina condensável (Alert,
Jeneric/Pentron), de resina composta micro-híbrida (Sculpt-It, Jeneric/Pentron)
e de amálgama (Logic C, SDI) em dentes posteriores. Um único profissional
realizou 33 restaurações de classes I e II, em 6 pacientes, selecionados na
clínica de Dentística, mediante termo de consentimento esclarecido aos
pacientes. Cada paciente deveria ter, no mínimo, uma restauração de cada
material, que eram aleatoriamente distribuídos. Três avaliações foram
realizadas por um mesmo examinador treinado; após o acabamento e polimento
(“baseline”), um ano e dois anos. Foram utilizados os critérios de avaliação
clínica da USPHS para amálgama e de USPHS modificado para as restaurações de
resina. Em cada avaliação era também realizada moldagem com silicona de adição
(Express - 3M), e vazada com gesso especial (Durone - Dentsply) para
confecção de modelos para avaliação indireta. Com base na avaliação clínica
(direta) e na análise dos modelos (indiretas), as restaurações foram
classificadas como clinicamente satisfatórias (Alfa & Bravo) e
insatisfatórias (Charlie & Delta). A análise estatística através do
teste exato de Fisher demonstrou não haver diferenças em relação ao desempenho
dos diferente materiais testados (p >> 0,05).
Conclui-se que quase a totalidade das restaurações estavam aceitáveis e
que os materiais apresentavam-se semelhantes clinicamente.
B285
Avaliação da infiltração marginal nas restaurações de classe
V de resina composta comparando a utilização de duas resinas de superfície
através de estudo in vitro.
SANSEVERINO,
M. C. S.*, BUSATO, A. L. S.
Dentística –
Faculdade de Odontologia – Universidade Luterana do Brasil.
O estudo buscou avaliar in vitro a eficácia de duas
resinas de superfície (Fortify e OptiGuard) no selamento marginal nas margens
oclusal e cervical de restaurações de classe V, o efeito do condicionamento
ácido prévio à aplicação dessas resinas e o efeito da ciclagem térmica sobre as
restaurações seladas. Foram selecionados 88 molares humanos hígidos, que
receberam preparos de classe V na face vestibular e lingual, com a margem
oclusal em esmalte e cervical em cemento. Os dentes foram restaurados com
Single Bond e Z100. Após polimento foi aplicada resina de superfície (com
prévio condicionamento ácido na face V e sem condicionamento ácido na face L).
Os espécimes foram divididos em 4 grupos: G1- controle; G2- com aplicação de
Fortify; G3- com aplicação de OptiGuard; G4- aplicação de Fortify e ciclagem
térmica. Os espécimes do G4 foram submetidos a 500 ciclos de 5ºC e 55ºC com
duração de 15 s e após todos os espécimes foram imersos por 24 h em
solução de azul de metileno 5% em estufa 37ºC. A penetração do corante nas
paredes O e C foi avaliada como grau 0 (sem infiltração) e graus 1, 2, 3 (com
infiltração).
Os resultados foram submetidos ao teste de qui-quadrado (5% de
significância) demonstrando que: a) a aplicação das resinas de superfície reduz
a infiltração marginal, porém não houve diferença entre as duas resinas; b) o
condicionamento ácido prévio a aplicação das resinas de superfície não reduziu
a infiltração marginal; c) a ciclagem térmica não influenciou nos escores de
infiltração marginal; d) a incidência de infiltração marginal ocorreu com maior
intensidade na parede cervical em relação a oclusal.
B286
Alterações cromáticas do esmalte submetido ao procedimento
de clareamento pós-descolagem.
OSORIO, L.
B.*, MONNERAT, M. E., BOLOGNESE, A.
Curso de
Mestrado em Ortodontia – UFRJ; Departamento de Estomatologia – UFSM.
E-mail: losorio@ccs.ufsm.br
Os autores avaliaram as modificações cromáticas do esmalte
bovino submetido ao procedimento de clareamento com peróxido de carbamida
pós-descolagem. Cada grupo apresentou 41 dentes. O grupo A (Controle) não
recebeu colagem, os grupos B e C receberam condicionamento ácido por 30” e
colagem de “brackets”, utilizando os sistemas adesivos Concise (3M) e Enlight
(ORMCO), respectivamente. Após a remoção dos “brackets”, moldeiras individuais
acondicionaram o agente clareador peróxido de carbaminda a 10%
(Opalescense - Ultradent) sobre os dentes por 8 horas diárias, durante 14
dias consecutivos. As leituras obtidas em colorímetro computadorizado
(Spectraflash 500 - Datacolor International) foram realizadas com um
posicionador, no mesmo lugar do dente em quatro tempos: inicial, após a
descolagem e polimento, aos 7 dias e aos 14 dias de clareamento. Os resultados
foram avaliados pelo teste t e ANOVA.
Os dados encontrados permitiram concluir que o procedimento de colagem
proporcionou modificação cromática no esmalte, porém apenas no grupo C essa
variação foi expressiva (DEC = 4,18; dp 1,186. DEB = 1,68;
dp 0,899); o clareamento com peróxido de carbamida foi eficaz para os três
grupos estudados (p >> 0,05).
B287
Microinfiltração: comparação entre amálgama e resina
condensável.
GOUVÊA, C.
V. D.*, MORAES, R. C. M., ALMEIDA, L. R., GOUVÊA, M. V., AMARANTE, J. E. V.
Faculdade de
Odontologia – UFF - Niterói - RJ.
The Dental Advisor (1999) relata que apesar de muita
pesquisa para a substituição de amálgama, não existe ainda um material que
apresente suas propriedades. O propósito deste estudo foi avaliar o grau de
microinfiltração em restaurações entre resina composta condensável e amálgama.
Para tanto foram utilizados trinta dentes bovinos, aplainados na sua face
vestibular. Em cada dente preparou-se uma cavidade de 2,5 mm de
comprimento, 2,0 mm de largura e 1,5 mm de profundidade. Os
corpos-de-prova foram divididos em grupo A (15) que foram restaurados com amálgama
e as amostras do grupo B (15) com resina condensável. Os ápices radiculares
foram vedados e aplicou-se duas camadas de esmalte incolor a 1 mm das
margens das restaurações. Os trinta corpos (grupos A e B) foram imersos em
saliva artificial e em tempo hábil em fucsina básica a 2% em recipientes
separados. As amostras foram embutidas em um cilindro de resina incolor
quimicamente ativada e seccionadas no sentido mesiodistal, verificando-se a
penetração do pigmento através de um microscópico óptico de acordo com critérios
estabelecidos por RETIEF; DENNYS.
Com base nos resultados obtidos nos é lícito concluir: a
microinfiltração ocorreu em todas as amostras do grupo A e B; a
microinfiltração com o uso do amálgama se deu em 60% dos casos no grau 3 e 40%
no grau 4 e na resina condensável 86,6% no grau 3 e 13,4% no grau 1.
B288
Resistência de união de resinas compostas de dupla ativação
ao titânio comercialmente puro.
SCHNEIDER,
R.*, DE GOES, M. F., HENRIQUES, G. E. P.
Departamento
de Odontologia Restauradora e de Materiais Dentários – FOP – Unicamp.
Tel.: (0**19) 430-5345. E-mail: rafschneider@usa.net
O objetivo deste estudo foi avaliar a resistência de união
de discos de titânio comercialmente puro unidos a duas resinas compostas para
fixação de ativação química e física. Cento e vinte discos de titânio foram
fundidos, embutidos em tubos plásticos com resina acrílica autopolimerizável,
planificados e polidos. Os discos foram submetidos ao jateamento com óxido de
alumíno (50 mm) e limpos em água sob ultra-som. Os espécimes foram unidos
aos pares com as resinas compostas Panavia Fluoro Cement e Rely X ARC aos
10 minutos e 24 horas após o jateamento. Após armazenagem em água destilada a
37ºC por 24 horas, os corpos-de-prova foram submetidos ao teste de tração axial
em máquina de ensaio universal com velocidade de 0,5 mm/min. O tipo de
fratura na interface foi avaliado em MEV. Os valores obtidos foram submetidos à
análise de variância (p >> 0,05). O material Rely X ARC
apresentou 18,27 MPa 24 horas após o jateamento e 13,90 MPa após
10 min. A resina Panavia Fluoro Cement 14,76 MPa após 24 h e
13,96 MPa após 10 min. Os valores não apresentaram diferença
estatisticamente significante entre os grupos (p >> 0,05)
independente do tipo de resina composta utilizada ou do tempo de formação da
camada de óxidos.
Em todos os corpos-de-prova ocorreu uma combinação de falha adesiva
entre resina composta e titânio e coesiva da resina composta. Entretanto, nos
corpos-de-prova da resina Panavia Fluoro Cement houve predominâcia de falha
coesiva e na Rely X ARC de falha adesiva. (Apoio financeiro: CNPq.)
B289
Avaliação in vitro da microinfiltração de três
sistemas adesivos em restaurações classe II com resina composta.
COSTA, J.
F.*, PIMENTA, L. A. F., COSTA, E. L., CASANOVAS, R. C., BARON, G. M. M.,
BEDRAN, A. K.
UFMA.
E-mail: balc@ig.com.br
A proposta deste estudo foi investigar in vitro a
microinfiltração marginal em restaurações classe II realizadas com três
sistemas adesivos e resina composta em dentes bovinos. Setenta e cinco
cavidades classe II, do tipo “slot” vertical foram preparadas, com margem
gengival localizada 1,0 mm além da junção esmalte/cemento, numeradas e
divididas aleatoriamente em três grupos distintos de acordo com o sistema
adesivo utilizado: Grupo SBMP - sistema adesivo múltiplos frascos,
Scotchbond Multi-Uso (3M); Grupo PB2.1 - sistema adesivo frasco único,
Prime & Bond 2.1 (Dentsply); grupo CLB2v - sistema adesivo
autocondicionante, Clearfil Liner Bond 2v (Kuraray). As cavidades foram
restauradas com resina composta Tetric Ceram com três incrementos, polidas e os
dentes, adequadamente impermeabilizados, foram submetidos a 1.000 ciclos em
água destilada nas temperaturas de 5oC e 55oC. Em seguida
corados com azul de metileno por 4 horas e seccionados nos centro das
restaurações e analisados em lupa estereoscópica. Os resultados através das
somas somas das ordens foram: Grupo SBMP - 936,50; Grupo PB2.1 -
1.053,00; Grupo CLB2v - 860,50. Embora o Clearfil Liner Bond 2v tenha apresentado
melhor performance, o teste de Kruskal-Wallis revelou não possuir
estatisticamente diferença significante na microinfiltração, para a = 0,4531
e p = 0,05.
Concluiu-se,
que os três sistemas adesivos estudados não foram capazes de evitar completamente
a microinfiltração, e o adesivo autocondicionante comportou-se igual aos
adesivos que utilizam ácido fosfórico como condicionador.
B290
Propriedades de um compósito até cinco anos após o
vencimento.
MENEZES, M.
A.*, SANO, W., PORTO, S. S., ROSA, V. F., LOGUERCIO, A. D.
Odontologia
– UFSM; Instituto de Física e Odontologia – USP.
E-mail: marcoam@ccs.ufsm.br
Os fabricantes de resinas compostas determinam o prazo de
validade dos produtos comercializados, sem elucidar os profissionais quanto aos
critérios empregados. Pouco se sabe sobre as propriedades do material após a
data de vencimento. Uma avaliação preliminar da dureza (KHN) e do grau de
polimerização (número relativo de radicais livres) foi realizada com a resina
Durafill VS. Os corpos-de-prova foram confeccionados de resinas armazenadas sob
refrigeração (-6ºC) com datas de vencimentos em 05/1996, 12/1998, 06/1999; de
resinas armazenadas a temperatura ambiente (+20ºC) com datas de validade
expirada em 06/1999 e 12/1998; e de resina dentro do período indicado para uso.
Os valores médios de dureza para cada grupo foram determinados, através de
microdurômetro, em 4 perfurações realizadas por corpo-de-prova
(n = 5). O mesmo número de amostras foi obtido para definir o número
relativo de radicais livres, através de testes de ressonância paramagnética
eletrônica. Os dados foram tratados por análise de variância e teste de Tukey
(p = 0,05%).
Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos, o
que nos permitiu concluir que, em relação às duas propriedades estudadas, o
comportamento do material foi semelhante, independente do prazo da validade e
do modo de armazenamento.
B291
Avaliação da interface de três sistemas adesivos por meio de
microscopia eletrônica de varredura.
MACARI, S.*,
NONAKA, T., GONÇALVES, M.
FORP – USP.
Tel.: (0**16) 624-9787. E-mail: somacari@ieg.com.br
O objetivo deste estudo foi avaliar através de microscopia
eletrônica de varredura a interface de três sistemas adesivos, Scotchbond
Multi-Purpose (3M), Optibond (Kerr) e Denthesive Bond II (Kulzer). Os sistemas
adesivos e suas respectivas resinas compostas foram aplicadas no terço cervical
do canal radicular de incisivos e caninos permanentes humanos, de acordo com as
instruções do fabricante. As amostras foram incluídas em resina acrílica,
cortadas transversalmente ao canal radicular e perpendicularmente à interface
resina-dentina e analisadas através de microscopia eletrônica de varredura. Os
sistemas adesivos Scotchbond Multi-Purpose (SBMP - Grupo I) e Optibond (OPB -
Grupo II) apresentaram algumas características similares, camada híbrida
homogênea e penetração de resina na dentina intertubular e peritubular.
Entretanto, os “tags” apresentaram diferenças morfológicas, o sistema adesivo
SBMP apresentou “tags” mais longos e em maior quantidade que OPB. O sistema
adesivo DT não mostrou as mesmas características em sua interface. Os túbulos
dentinários não foram abertos e a “smear layer” não foi removida, devido a
ausência do condicionamento ácido prévio da dentina, prejudicando a formação da
camada híbrida.
A análise da camada híbrida por microscopia eletrônica de varredura
revelou diferentes padrões de hibridização, sugerindo que a união
dentina-sistema adesivo-resina composta é influenciada por muitos fatores, além
disso, a padronização do substrato dentinário é impossível.
B292
Resistência de um sistema restaurador adesivo aplicado em
diferentes profundidades de dentina de dentes decíduos.
MARANGONI,
S.*, GIRO, E. M. A.
Departamento
de Clínica Infantil – UNESP - Araraquara.
Tel.: (0**16) 201-6325, 201-6328. E-mail: egiro@foar.unesp.br
Com o objetivo de avaliar a resistência da união de um
sistema restaurador adesivo à dentina superficial e profunda de dentes decíduos
humanos, foram utilizados 38 molares divididos aleatoriamente em dois grupos de
19 espécimes. Após a aplicação do sistema adesivo sobre a dentina, foram
confeccionados cilindros de resina composta de 3 mm de diâmetro e
5 mm de altura. Os espécimes obtidos foram armazenados em água destilada a
37ºC por 24 h, antes de serem submetidos ao teste de cisalhamento
utilizando máquina de ensaios mecânicos MTS 810, a uma velocidade de
0,5 mm/min., com célula de carga de 1 kN. Na seqüência, os espécimes
foram corados com alizarina, e as superfícies de dentina examinadas em lupa
estereoscópica, num aumento de 50 X, para determinação do tipo de falha
(tipos I, IIa, IIb, IIIa, IIIb), sendo que os mais representativos foram
observados ao MEV. Os resultados mostraram que não existe evidência estatística
de diferença entre os valores de tensão de ruptura em dentina superficial
(7,74 ± 4,61) e em dentina profunda (9,00 ± 5,26)
(p >> 0,05) e que a correlação positiva (r = 0,550)
entre tensão de ruptura e tipo de falha é estatisticamente significativa
(p << 0,001).
Pode-se concluir que: 1 - não houve evidência estatística de que a
profundidade de dentina de molares decíduos humanos interfere na resistência da
união dentina/sistema adesivo/resina composta; 2 - houve correlação
positiva, estatisticamente significativa, entre tensão de ruptura e tipo de
falha, sendo que as falhas do tipo IIIb se relacionaram com os maiores valores
de tensão de ruptura. (Apoio financeiro: CAPES.)
B293
Resistência de união de materiais restauradores adesivos à
dentina de dentes decíduos.
CERQUEIRA-LEITE,
J. B. B.*, GIRO, E. M. A., CRUZ, C. A.
Departamento
de Clínica Infantil – Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP.
Tel.: (0**16) 201-6325. E-mail: egiro@foar.unesp.br
A introdução de componentes resinosos ao cimento de ionômero
de vidro permitiu a melhora de algumas de suas propriedades. O objetivo deste
trabalho foi avaliar a resistência de união à dentina de dentes decíduos, de um
CIV modificado por resina (Vitremer) e duas resinas modificadas por poliácidos
(F2000 e Dyract AP), comparados a um CIV convencional (Vidrion R) e uma resina
composta (Z100). Foram utilizados 50 molares decíduos, divididos aleatoriamente
em 5 grupos de 10 espécimes, nos quais foram confeccionados, sobre a superfície
dentinária, cilindros de 5 mm de diâmetro e 5 mm de altura, com os
materiais restauradores. Após 72 horas de armazenamento em água destilada em
estufa a 37ºC os corpos-de-prova foram submetidos a teste de cisalhamento, e em
seguida, examinados em lupa estereoscópica para determinação do tipo de fratura.
Os resultados de resistência de união à dentina foram:
F2000 = 6,95 (1,7) MPa, Dyract
AP = 5,94 (1,0) MPa,
Z100 = 5,54 (1,6) MPa,
Vitremer = 4,1 (1,9) MPa e Vidrion R = 1,4 (0,3) MPa.
Concluiu-se
que: 1 - As resinas compostas modificadas por poliácidos não mostraram
diferença estatisticamente significativa entre si. 2 - A resina composta
Z100 apresentou resistência de união à dentina semelhante à resina composta
modificada por poliácidos Dyract AP. 3 - O CIV modificado por resina
(Vitremer) apresentou resistência de união à dentina estatisticamente superior
apenas ao CIV convencional (Vidrion R). 4 - Houve correlação positiva
(r = 0,78) entre os valores de resistência de união à dentina de
dentes decíduos e o tipo de fratura. (CAPES.)
B294
Avaliação da dureza superficial de diferentes sistemas
restauradores estéticos indiretos.
OERTLI, D.
C. B.*, MANDARINO, F.
Odontologia
Restauradora – Faculdade de Odontologia de Araraquara – Unesp.
Tel.: (0**16) 201-6300. E-mail: posgradu@foar.unesp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar, através dos testes de
dureza, a efetividade da polimerização dos sistemas restauradores estéticos
indiretos em função de diferentes materiais e sistemas de polimerização. Foram
utilizadas três resinas compostas fotopolimerizáveis: Cesead II, Artglass,
Charisma. Os sistemas de polimerização empregados nesta pesquisa foram; EDG
Lux, UniXS, e a associação do aparelho fotopolimerizador KM-200R + Lightbox.
Cada material foi submetido aos três sistemas de polimerização. Foram
confeccionados cinco corpos-de-prova para cada condição experimental. O
procedimento restaurador em todas as condições experimentais seguiu o mesmo
padrão. Para a obtenção dos valores de microdureza Vickers, foi utilizado o
microdurímetro digital Bueler Micromet 2003, aplicando-se uma carga de
200 kgf por 15 segundos. Em cada corpo-de-prova foram realizadas 12
leituras.
Os dados obtidos foram submetidos a análise estatística, com as
seguintes conclusões: 1 - a dureza das resinas compostas depende do
sistema de polimerização; 2 - os menores valores de dureza foram obtidos
quando a polimerização foi realizada pelo sistema EDG Lux; 3 - os maiores
valores de dureza foram obtidos quando a polimerização foi realizada pelo
sistema KM-200R + Lightbox; 4 - a resina composta Charisma
apresentou maiores valores de dureza com todos os sistemas de polimerização;
5 - os menores valores de dureza foram encontrados na resina composta
Artglass quando polimerizada pelo sistema EDG Lux. (Apoio financeiro: Capes.)
B295
Avaliação clínica de restaurações de dois compômeros em
dentes posteriores.
MOURA, F. R.
R.*, PIVA, E., LUND, R. G., PALHA, B., DEMARCO, F. F.
Mestrado de
Endodontia e Dentística – FO – UFPel.
O objetivo do presente estudo foi avaliar o desempenho
clínico de dois compômeros, Dyract (Dentsply) e F2000 (3M) em dentes
posteriores, após período de 2 anos. Foram realizadas 59 restaurações de classe
I em 24 pacientes, na clínica de Dentística da FO – UFPel. Foram colocadas
82% das restaurações em molares. Todos os procedimentos foram realizados por um
único operador. O presente trabalho foi aprovado pela Comissão de Ética da
FO - UFPel e os pacientes assinaram um termo de consentimento esclarecido
para sua participação no estudo. Cada paciente recebeu no mínimo uma restauração
de cada material. Os materiais foram utilizados de acordo com as indicações do
fabricante. Após acabamento e polimento, como “baseline”, as restaurações eram
avaliadas utilizando o sistema de avaliação clínica da USPHS modificado, por um
examinador. Decorridos 2 anos, os 24 pacientes foram chamados sendo as
restaurações avaliadas novamente pelo sistema de avaliação clínica da USPHS
modificado. Todas as restaurações encontravam-se clinicamente satisfatórias
(Alfa & Bravo). Quando os critérios alteração de cor, descoloração do
cavossuperficial ou manchamento da interface, rugosidade, adaptação marginal e
forma anatômica foram submetidos à análise estatística (testes c2 e
exato de Fisher), os materiais apresentaram desempenho similar, exceto na
rugosidade. Para esse critério o F2000 apresentou superfície mais rugosa
(p = 0,01).
Conclui-se que os materiais tiveram desempenhos clínicos similares, mas
o material F2000 apresentou maior rugosidade após 2 anos de acompanhamento.
B296
Avaliação da resistência ao cisalhamento entre cerâmica
injetada e feldspática.
ROCHA, P.
V., HELFENSTEIN, A., MACHADO, L. S.*, SOUSA, C., THEODORO, V.
Departamento
de Saúde – Universidade Estadual de Feira de Santana. Tel.: (0**71)
353-7775. E-mail: pr@uefs.br
A compatibilidade entre diferentes tipos de sistemas
cerâmicos é de grande interesse para os profissionais da área odontológica,
pois uniões eficientes entre cerâmicas podem proporcionar vantagens ou
fracassos tanto mecânicos quanto estéticos. Foi objetivo deste trabalho avaliar
a resistência ao cisalhamento entre cerâmicas injetadas e feldspáticas. Para
isso, foram obtidos trinta cilindros de porcelana IPS Empress 2, com 8 mm
de espessura por 10 mm de diâmetro, sendo divididos em três grupos de dez
discos cada, nos quais foram aplicadas camadas subseqüentes das seguintes
cerâmicas: grupo I - IPS Design, considerado grupo controle; grupo
II - Noritake; grupo III - Duceram LFC (cerâmica de baixa fusão). Em
seguida, os espécimes foram submetidos a uma força de cisalhamento, em uma
máquina de ensaio universal EMIC DL 2000. Os resultados apresentaram para força
máxima as seguintes médias em kgf: grupo I (controle) - 190,9; Grupo II
(Noritake) - 177,2; Grupo III (Duceram LFC) - 30,53. Todas as
fraturas foram do tipo coesiva. Foi aplicado o teste de análise de variância a
5% que mostrou diferença estatística.
O teste Tukey, identificou diferença estatisticamente significante
somente para o grupo III em relação aos grupos I e II, o que nos permite
concluir que existe uma similaridade quanto à resistência ao cisalhamento entre
a cerâmica Noritake (feldspática) e a IPS Design sobre a base de IPS Empress 2,
enquanto a Duceram LFC, apresentou-se inferior. (Apoio do PROBIC –
UEFS - BA.)
B297
Influência de dessensibilizantes na resistência de união de
2 adesivos à dentina.
BEDRAN de
CASTRO, A. K. B.*, ARAMAL, C. M., SHINOHARA, M. S., AMBROSANO, G. M. B.,
PIMENTA, L. A. F.
Dentística –
FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5340.
E-mail: lpimenta@fop.unicamp.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do uso de
4 agentes dessensibilizantes na resistência ao cisalhamento de 2 adesivos.
Foram utilizados 150 dentes bovinos incluídos, lixados até dentina e divididos
aleatoriamente em 10 grupos (n = 15): G1 - Single Bond/3M (SB);
G2 - Excite/Vivadent (EX); G3 - Oxagel (OXA) + SB;
G4 - OXA + EX; G5 - Gluma Desensitizer/Heraeus Kulzer
(GLU) + SB; G6 - GLU + EX; G7 - Desensibilize/FGM
(DES) + SB; G8 - DES + EX; G9 - Experimental/FGM
(EXP) + SB; G10 - EXP + EX. Em todos os grupos, a
dentina foi condicionda com ácido fosfórico a 37%, em seguida foram aplicados,
respectivamente, os dessensibilizantes, quando indicado, e os sistemas adesivos
de acordo com as instruções dos fabricantes. Foi inserida resina composta Z100
(3M) em matriz de teflon e fotopolimerizado. Os espécimes foram armazenados sob
umidade à 37ºC, por 7 dias. A resistência ao cisalhamento foi obtida em máquina
universal de ensaio (EMIC), com velocidade de 0,5 mm/min. Os dados foram
submetidos ao testes estatísticos (“two-way” ANOVA e teste de Tukey) e as
diferenças foram representadas por letras diferentes
(p << 0,05). Os valores em MPa (DP) foram: G1 = 13,07
(5,82)ab; G2 = 13,00 (4,83)ab; G3 = 10,21 (5,01)b;
G4 = 10,57 (3,94)b; G5 = 15,77 (4,09)a;
G6 = 13,55 (4,19)a; G7 = 11,17 (4,17)ab; G8 = 13,31
(3,11)ab; G9 = 12,18 (5,22)ab; G10 = 12,57 (4,43)ab. Não houve
diferença entre os sistemas adesivos, e o uso de GLU apresentou os maiores
valores e OXA os menores valores.
Conclui-se
que a aplicação de dessensibilizante não interferiu na adesão de 2 sistemas
adesivos.
B298
Avaliação de resina acrílica termocondicionada na técnica do
casquete.
RODRIGUES,
D. M.*, MATSUMOTO, W., DIAS, S. C.
Faculdade de
Odontologia de Ribeirão Preto. E-mail: dalton_rodrigues@bol.com.br
As restaurações fixas são rotineiramente fabricadas sobre um
modelo de gesso, obtidos a partir de um molde de elastômero do dente preparado.
A precisão na adaptação é diretamente influenciada pelas propriedades dos
materiais utilizados na moldagem e fabricação dos modelos. O objetivo deste
trabalho foi avaliar comparativamente o desajuste cervical de infra-estruturas
metálicas, a partir da técnica de obtenção de moldes em casquete acrílico
carregado com resina acrílica (Duralay, Dental Mfg. Co.) vazados em resina
epóxica (Sikadur 32, Sika) com moldes de poliéter (Impregum, Espe) vazados em
gesso tipo IV (Vel-Mix, Kerr). Foi utilizado um dispositivo para moldagem
semelhante a um delineador na moldagem de um troquel mestre, sendo obtidos 10
troquéis em resina epóxica e 10 em gesso tipo IV e para cada troquel foi
confeccionada uma estrutura metálica. O desajuste cervical das infra-estruturas
metálicas ao troquel mestre foi medido com o auxílio de microscópio comparador,
em quatro pontos diametralmente opostos nas bordas cervicais. A associação
Duralay/Sikadur 32 apresentou menor desajuste (4,96 mm) que a
Impregum/Vel-Mix (7,81 mm), com diferença estatisticamente significante
(teste t de Student) ao nível de 5,0%.
Dentro dos limites do estudo, pode-se concluir que apesar da diferença
estatística, ambas as técnicas de moldagem proporcionaram excelente adaptação
cervical. (Apoio: FAPESP - processo 98/16086-0.)
B299
Resina epóxica Epoxiglass 1504: uma opção para obtenção de
modelos.
DIAS, S.
C.*, RODRIGUES, D. M., PANZERI, H., AGNELLI, J. A. M.
FORP – USP;
Unifenas; UFSCar. E-mail: cdcsergio@bol.com.br
Este estudo avaliou uma resina epóxica de uso industrial na
obtenção de modelos odontológicos. Foi utilizada a resina Epoxiglass 1504
modificada pela adição de zirconita silicato de zircônio na proporção de 1/1 em
peso, manipulada com o endurecedor Epoxiglass 1603 conforme recomendações do
fabricante. Foram confeccionadas matrizes com características particulares que
proporcionaram a obtenção de corpos-de-prova em resina epóxica pura e carregada
com zirconita que foram ensaiados para análise da compatibilidade da resina com
elastômeros, sua dureza superficial, resistências à compressão e tração,
fidelidade de cópia de detalhes, comportamento dimensional, e textura
superficial (rugosidade). Os resultados encontrados foram comparados aos
obtidos de gessos tipo IV e V quando submetidos às mesmas análises. Esse estudo
revelou que a resina Epoxiglass 1504 modificada por zirconita é compatível com
elastômeros, e quando comparada com gessos IV e V apresenta inferior dureza de
superfície, superiores resistências à compressão e tração, superior capacidade
de reproduzir detalhes da impressão, apresenta comportamento dimensional que
possibilita ser utilizada na confecção de modelos precisos, e apresenta superior
lisura superficial.
Diante dos resultados encontrados a resina epóxica Epoxiglass 1504
modificada com zirconita está indicada na obtenção de modelos odontológicos
precisos, e duráveis.
B300
Análise da tensão cisalhante pura em sistemas adesivos
dentinários.
SILVA, T. B.
C.*, ZANIQUELLI, O., BOSE, W. W.
Departamento
de Materiais Dentários e Prótese – FORP – USP; Engenharia de Materiais –
EESC – USP. E-mail: ozanique@forp.usp.br
O objetivo deste trabalho foi o de avaliar a resistência à
adesão de dois sistemas adesivos, utilizando um dispositivo que desenvolve um
único tipo de tensão na interface adesiva (cisalhante). Foram preparados dez
terceiros molares, divididos em dois grupos de acordo com o sistema adesivo
utilizado. Grupo 1 - Single Bond (3M) e Grupo 2 - Prime &
Bond 2.1 (Dentsply). Os dentes foram incluídos em resina acrílica e, as
superfícies vestibulares foram desgastadas até ser obtida uma região dentinária
plana e lisa. A área de adesão foi delimitada por uma fita adesiva com orifício
de 4,7 mm de diâmetro. Em todos os grupos, a dentina sofreu
condicionamento com ácido fosfórico a 35%, lavadas e secas com papel
absorvente. Os sistemas adesivos foram aplicados conforme as normas do
fabricante e, após sua fotopolimerização, foram restaurados com resina Z100
(3M) com o auxílio de uma matriz de aço inoxidável e polimerizada em camadas.
Os corpos-de-prova foram armazenados sob umidade em estufa à 37ºC por 7 dias. A
seguir os corpos-de-prova foram submetidos ao teste de cisalhamento no
dispositivo desenvolvido especialmente para esta finalidade, acoplado à um
sistema de ensaio Instron e célula de carga de 10 kgf. Os resultados foram
avaliados estatisticamente (teste t, p << 0,05)
evidenciando diferença significatica entre os dois grupos ensaiados. A tensão
cisalhante (pura) média ± desvio-padrão obtida foi 14,83 ± 2,64
e 28,53 ± 3,49 MPa, para o grupo 1 e grupo 2 respectivamente.
Concluímos que o grupo 2 apresentou resistência cisalhante bem maior que
aquele pertencente ao grupo 1. (Apoio: CAPES.)
B301
Análise quantitativa do conteúdo de carga inorgânica das
resinas compostas diretas e indiretas.
CORRÊA, G.
O.*, REGES, R. V., CRUZ, C. A. S., ADABO, G. L., CONSANI, S.,
CORRER SOBRINHO, L., SANTOS, P. H.
FOAr –
UNESP; FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5345.
O propósito deste estudo foi avaliar o conteúdo de carga em
massa e volume de 8 resinas compostas diretas e 4 indiretas. Cinco
corpos-de-prova cilíndricos, com 5 mm de diâmetro por 2 mm de
profundidade, foram confeccionados para cada resina: Vitalescense (Ultradent);
Surefil (Dentsply/Caulk); Point 4 (Kerr); Esterneomega Composite LC
(Sternegold); Glacier (SDI); Alert (Jeneric/Pentron); A110 e Z250 (3M); Solidex
(Shofu); Artglass (Kulzer); Targis (Ivoclar) e Cesead II (Kuraray). Os
corpos-de-provas foram polimerizados por 40 segundos e pesados em balança
analítica (Sartorius) à seco e imersos em água destilada. Após a eliminação da
matriz orgânica realizada em forno elétrico a 700ºC por 3 horas, os
corpos-de-prova foram pesados à seco e armazenados em água destilada, por 7
dias para nova pesagem em imersão. O conteúdo por massa foi calculado com base
nas massas secas do compósito e do resíduo inorgânico e o conteúdo em volume
foi baseado na aplicação do Princípio de Arquimedes. Os resultados percentuais
em massa e volume, respectivamente, foram: 1) compósitos diretos: Alert (84% e
71%); Z250 (79% e 62%); Glacier (78% e 63%); Surefil (77% e 56%); Esterneomega
Composite LC (74% e 51%); Point 4 (71% e 66%); Vitalescense (70% e 55%);
A110 (68% e 42%), e 2) compósitos indiretos: Cesead II (83% e 79%); Targis
(73% e 58%); Artglass (68% e 52%); Solidex (53% e 40%).
Concluindo, todos os materiais estudados apresentaram composição
quantitativa de carga em massa e volume de acordo com o demonstrado na
literatura.
B302
Influência do clareamento externo em restaurações de resina
composta preexistentes ao tratamento clareador.
SHINOHARA,
M. S.*, CAMPOS, I. T., MORAIS, P. M. R., PIMENTA, L. A. F.,
AMBROSANO, G. M. B.
Fop – Unicamp. E-mail: lpimenta@fop.unicamp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do tratamento
clareador na microinfiltração de restaurações em compósito preexistentes ao
clareamento. Foram preparadas cavidades classe V na junção cemento-esmalte de
140 dentes bovinos, restauradas com sistema adesivo/compósito e divididas
aleatoriamente em 4 grupos (n = 35), em função do envelhecimento da
restauração antes do clareamento (T1 = 1 mês em saliva
artificial/SA + 1.000 ciclos térmicos/T2 = 3 meses em
SA + 3.000 ciclos) e do clareamento (CL): G1 [T1 + CL]; G2
[T1 não-clareado]; G3 [T2 + CL]; G4 [T2 não-clareado]. Para o CL foi
utilizado o gel de peróxido de carbamida a 10% (Whiteness) por 21 dias
(6 h diárias). Durante esse período, os espécimes não-clareados
permaneceram em SA. Em seguida, as amostras foram imersas em solução de azul de
metileno 2%, seccionadas, analisadas em lupa estereoscópica (50 X) e
classificadas pelo grau de penetração do corante, em esmalte e dentina. Os
dados foram submetidos aos testes estatísticos Kruskal-Wallis e de comparações
múltiplas (p << 0,05). Em dentina, as somas das ordens foram:
G1 - 2.227,5a; G2 - 1.774,5b; G3 - 2.553,5a; G4 - 1.959,5c.
Para esmalte: G1 - 2.179,0a; G2 - 1.397,5b; G3 - 2.535,0a;
G4 - 2.403,5a. O CL aumentou o grau de microinfiltração nas restaurações
preexistentes com margens em dentina, independente do tempo de envelhecimento
(T1 e T2); e em esmalte, o CL interferiu somente na infiltração após 1 mês de
envelhecimento (T1).
Conclui-se que o CL pode alterar a adesão de restaurações preexistentes.
B303
Efeito do clareamento dental interno na resistência ao
cisalhamento da interface resina composta/esmalte.
TEIXEIRA, E.
C. N.*, TURSSI, C. P., HARA, A. T., SERRA, M. C.
FOP –
UNICAMP; FORP – USP. E-mail: mcserra@forp.usp.br
Este estudo avaliou o efeito do clareamento dental interno
na resistência ao cisalhamento entre resina composta e esmalte bovino, em
diferentes tempos após o clareamento. Trezentos e vinte dentes foram
distribuídos aleatoriamente em quatro grupos: PSH - perborato de sódio +
peróxido de hidrogênio a 30%; PSA - perborato de sódio + água
destilada; PC - peróxido de carbamida 37% e PLA - água destilada
(placebo). Foram realizadas em intervalos de 7 dias, trocas dos agentes
clareadores por 4 semanas. Para o teste de cisalhamento, os grupos citados
foram divididos em quatro subgrupos (n = 20), de acordo com os
seguintes tempos: 0 (“baseline”), 7, 14 e 21 dias após o término do
clareamento. Para tal procedimento, fragmentos de esmalte foram obtidos,
embutidos em resina de poliestireno e planificados. Cilindros de resina
composta (Z100/Single Bond - 3M) foram confeccionados sobre a superfície
do esmalte e submetidos ao teste de cisalhamento em máquina de ensaio
universal. A ANOVA mostrou diferenças significativas entre os agentes clareadores
apenas no tempo 0, que foram evidenciadas pelo teste de Tukey
(p << 0,05):
PLA = PC = PSA >> PSH.
Considerando as condições experimentais deste trabalho, pode-se concluir
que houve uma redução na resistência ao cisalhamento entre resina
composta/esmalte logo após o clareamento interno com PSH, que não foi observada
a partir de sete dias. Para os demais agentes clareadores, PSA e PC, a
resistência ao cisalhamento não se alterou nos tempos avaliados.
B304
Resistência adesiva de sistemas adesivos em dentes submetidos
ao clareamento interno.
RODRIGUES,
J. A.*, SHINOHARA, M. S., PERES, A. R., PIMENTA L. A. F., AMBROSANO, G. M. B.
Dentística –
FOP – UNICAMP. E-mail: lpimenta@fop.unicamp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a resistência ao
cisalhamento de 3 sistemas adesivos (SA) ao esmalte (E) e a dentina (D)
submetidos ao clareamento interno (CL). Foram utilizados 270 dentes bovinos
divididos em 3 grupos (n = 90): PS = pasta de perborato de
sódio + água; PC = peróxido de carbamida 37% e
CO = controle, não-clareado. Após 20 dias de CL, foram obtidos
fragmentos da porção coronária de cada espécime, incluídos em resina de
poliestireno e lixados até obter superfícies planas em E e D. Cada grupo foi
subdividido em 6 subgrupos (n = 15), em função do substrato (E e D) e
do SA: SB = Single Bond; PB = Prime & Bond NT;
CLF = Clearfil SE Bond. Os SA foram aplicados seguindo as instruções
do fabricante e com uma matriz de teflon bipartida foram confeccionados
cilindros de resina composta (Z250). Após estocagem em umidade por 7 dias a
37ºC, o teste de cisalhamento foi realizado com v = 0,5 mm/min.
Os valores em MPa foram submetidos à ANOVA e teste Tukey
(p << 0,05). E: PSSB 16,50A, PSPB 10,92A, PSCLF 21,62A, PCSB
21,44A, PCPB 11,93A, PCCLF 19,14A, COSB 21,44B, COPB 17,46B, COCLF 23,69B, D:
PSSB 14,55A, PSPB 8,50A, PSCLF 18,41A, PCSB 19,88B, PCPB 15,41B, PCCLF 18,54B,
COSB 19,09B, COPB 11,40B, COCLF 22,29B. Não houve interação entre os SA e o CL.
Em E o tratamento com PS e PC diminuiu significantemente a resistência adesiva.
Em D o PS apresentou uma resistência adesiva inferior ao PC e ao CO, que não
diferiram entre si.
Pode-se concluir que o CL interfere na força de adesão ao E e a D,
independentemente do SA aplicado.
B305
Efeito do peróxido de carbamida a 10% e dentifrícios dessensibilizantes
sobre a microdureza do esmalte.
OLIVEIRA,
R.*, BASTING, R. T., RODRIGUES, J. A., RODRIGUES Jr., L. A., SERRA, M. C.
Odontologia
Restauradora – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5340.
O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar a
microdureza do esmalte exposto ao peróxido de carbamida a 10% associado a dois
dentifrícios dessensibilizantes em diferentes tempos. O gel clareador Rembrandt
10%/ Dent-Mat Corporation (REM) foi avaliado e um agente placebo foi usado como
controle (PLA). Os agentes foram aplicados na superfície do esmalte por 8 horas
diárias, seguidos pela imersão por 5 minutos em uma solução de água e
dentifrícios dessensibilizantes: Sensodyne/Stafford-Miller (S) ou Sensodyne
Fluor/Stafford-Miller (SF). Durante o tempo restante (16 horas), os fragmentos
foram mantidos individualmente em 13,5 ml de saliva artificial. Testes de
microdureza foram realizados antes da aplicação dos agentes, após 8 horas, 7,
14, 21, 28, 35 e 42 dias de tratamento, além de 7 e 14 dias após o término do
tratamento. A análise de variância e o teste de Tukey não mostraram diferenças
na microdureza do esmalte para REM + SF (p = 0,0688) e
PLA + SF (p = 0,9265) em cada intervalo de tempo durante e
após o tratamento. O esmalte tratado com REM + S e PLA + S
mostrou um aumento na microdureza em função do tempo
(p << 0,0001). O REM + S aumentou significativamente
a microdureza do esmalte após 28 dias de tratamento, enquanto que, esse aumento
para o PLA + S ocorreu somente no período pós-tratamento.
O uso de dentifrícios dessensibilizantes associados ao peróxido de
carbamida a 10% podem manter ou aumentar a microdureza do esmalte.
(FAPESP - 99/11735-2 e 99/10830-1.)
B306
Avaliação da microinfiltração e microdureza em restaurações
realizadas com diferentes materiais resinosos e técnicas de inserção.
PIMENTA, L.
A. F.*, BRISO, A. L. F., CAMPOS, I. T., AMBROSANO, G.
FOP –
UNICAMP. E-mail: lpimenta@fop.unicamp.br
Este trabalho avaliou a microinfiltração em restaurações
classe II, e a microdureza Knoop de 5 materiais restauradores: Alert (G1),
Flow-It + Alert (G2), Definite (G3), Surefil (G4), e Charisma (G5) e
duas técnicas de inserção (incrementos horizontais - H e único
incremento - U). Preparos nas superfícies mesial e distal, com margem
gengival em dentina, foram realizados em 115 molares. Após a execução das
restaurações e polimento, os dentes foram termociclados, cobertos com esmalte
de unha e imersos em solução de azul de metileno a 2%. Em seguida foram
seccionados e classificados conforme o grau de penetração do corante. As
superfícies obtidas pelo corte das restaurações foram submetidas ao teste de
microdureza. Para a microinfiltração o teste de Kruskal-Wallis apontou haver
semelhança estatística para os grupos restaurados pela técnica de incremento
único. Já para os espécimes restaurados pela técnica incremental, os grupos
G4-H e G1-H alcançaram os menores índices de microinfiltração (39,52a e
53,82ab, respectivamente), sendo que o último alcançou resultados semelhantes
aos demais grupos (G2-H = 59,32b, G5-H = 63,68b,
G3-H = 65,17b). A avaliação de microdureza, pelo teste de Tukey, no
terço cervical e médio demonstrou que o material Alert obteve menor média de
valores quando a técnica de incremento único foi empregada.
Concluiu-se que nenhuma técnica ou material impediram a ocorrência de
microinfiltração; o material Alert não foi polimerizado, de forma uniforme, em
incrementos superiores a 2 mm. (Apoio: FAPESP, nº 99/02428-9.)
B307
Avaliação da dureza e conteúdo de carga inorgânica de
compósitos de baixa viscosidade.
REGES, R.
V.*, CRUZ, C. A. S., ADABO, G. L., CORRER SOBRINHO, L., SANTOS, P. H.
Materiais
Dentários – FOAr – UNESP; FOP – UNICAMP. E-mail: reges@vipmail.com.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a dureza Vickers e o
conteúdo de carga inorgânica de quatro compósitos de baixa viscosidade. Vinte
corpos-de-prova cilíndricos com 5 mm de diâmetro por 2 mm de
profundidade, foram confeccionados com as resinas compostas: Natural Flow
(DFL); Flow-It e Flow-It LF (Jeneric/Pentron) e Revolution (Kerr). A dureza
Vickers foi mensurada em aparelho Wolpert com carga de 50 g, por 30
segundos, imediatamente e sete dias após a confecção dos corpos-de-prova. Doze
penetrações foram feitas em cada amostra. Em seguida, os corpos-de-prova foram
pesados em balança analítica (Sartorius). Após a eliminação da matriz orgânica
em forno elétrico a 700ºC durante 3 horas, os corpos-de-prova foram novamente
pesados e feito o cálculo do conteúdo de carga inorgânica por massa. Os
resultados submetidos à análise de variância e ao teste de Fisher
(p << 0,05) mostraram que a dureza Vickers imediata para a
Flow-It (44,53) e Flow-It LF (40,65) foi significantemente superior a
Revolution (29,56) e Natural Flow (29,89). Após 7 dias, a dureza do Flow-It LF
(49,64) e Flow-It (46,30) foram significantemente superiores ao Revolution
(35,90) e Natural Flow (28,63). Para o conteúdo de carga em massa, os compostos
Flow-It (74,61%) e Flow-It LF (65%) apresentaram os maiores valores
percentuais, seguido das resinas compostas Natural Flow (51,60%) e Revolution
(53,80%).
Assim, as resinas Flow-It e Flow-It LF apresentaram maiores conteúdos de
carga inorgânica e maiores valores de dureza imediata e sete dias após a
fotoativação.
B308
Resistência de união à tração de cimentos resinosos de dupla
ativação aos 10 min. e 24 h pós-polimerização.
DUARTE, R.
M.*, DE GOES, M. F.
Faculdade de
Odontologia de Piracicaba – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5345,
fax: (0**19) 430-5218. E-mail: rmduarte@imagenet.com.br,
degoes@fop.unicamp.br
Este estudo avaliou a resistência à tração de cimentos
resinosos de dupla ativação aos 10 min. e 24 h após a polimerização
química ou física. Foram utilizados 80 incisivos bovinos divididos nos
seguintes grupos: PQ10, PQ24, RQ10 e RQ24 (Panavia - P e
Rely X - R aos 10 min. e 24 h pós-ativação química); PF10;
PF24; RF10; RF24 (Panavia - P e Rely X - R aos 10 min. e
24 h pós-ativação física). As faces vestibulares foram desgastadas até a
exposição de superfície plana de dentina. A área de união foi demarcada com fita
adesiva vazada (Æ 4,0 mm).Os materiais utilizados foram: Rely X +
Single Bond (3M) e Panavia F Cement + Ed Primer A + B
(Kuraray - Japan). Os procedimentos de união seguiram as instruções do
fabricante. Após a aplicação do sistema adesivo, foi aplicada a camada de
cimento resinoso sobre a qual foi fixado um cilindro de resina (Æ
4 mm x 20 mm) para o teste de tração. O ensaio de tração
foi realizado em máquina de ensaio universal Instron (0,5 mm/min). Os
resultados foram submetidos a ANOVA e ao teste de Tukey
(p << 0,05). Os resultados em MPa foram: PQ10 - 3,29 ± 1,47b;
PQ24 - 4,99 ± 2,01a; PF10 - 4,94 ± 3,17b;
PF24 - 6,71 ± 1,37a; RQ10 - 4,81 ± 1,63b;
RQ24 - 7,84 ± 2,13a; RF10 - 9,50 ± 3,17a;
RF24 - 10,31 ± 2,62a. Houve diferença estatisticamente
significativa nos tempos entre 10 min. e 24 h e no tipo de ativação
utilizada.
Os resultados demonstraram que a ativação física foi o método mais
eficiente na polimerização dos cimentos resinosos de dupla ativação avaliados.
(CAPES-PICDt.)
B309
Resistência de união de combinações Ti c.p., Ti-6Al-4V e
Pd-Ag com porcelanas.
TROIA Jr.,
M. G.*, HENRIQUES, G. E. P., NÓBILO, M. A., MESQUITA, M. F.,
CONTRERAS, E. F. R.
Faculdade de
Odontologia de Piracicaba – UNICAMP. E-mail: guilherm@fop.unicamp.br
O propósito deste estudo foi avaliar a resistência de união
do titânio comercialmente puro (Ti c.p.) e liga titânio-alumínio-vanádio
(Ti-6Al-4V) unidos a uma porcelana específica (Vita Titankeramik), e comparar
os resultados com a combinação liga Pd-Ag e porcelana convencional (Duceram).
Para tanto, foram confeccionadas tiras metálicas medindo
25 x 3 x 0,5 mm, aplicando-se porcelana no centro de
cada uma das faces das tiras, restrita às dimensões de 8 x 3 x 1 mm,
obtendo-se 4 grupos, com 12 repetições, a saber: G1 = Ti c.p./Vita
Titankeramik; G2 = Ti c.p./Vita Titankeramik + termociclagem;
G3 = Ti-6Al-4V/VitaTitankeramik; G4 = Ti-6Al-4V/Vita
Titankeramik + termociclagem. Como controle, foram obtidos 2 grupos
com 10 repetições, a saber: G5 = Pd-Ag/Duceram e
G6 = Pd-Ag/Duceram + termociclagem. Todos os grupos foram
submetidos ao teste de flexão de 3 pontos. Como resultados, os grupos G5 e G6
obtiveram valores médios de 47,98 MPa e 45,30 MPa respectivamente,
sendo estes, significativamente superiores aos apresentados pelos grupos G1/G2
(24,99 MPa e 23,60 MPa respectivamente) e G3/G4 (25,60 MPa e
24,98 MPa respectivamente).
Concluiu-se que: a) a termociclagem não afetou significativamente a
resistência de união de nenhum dos grupos; b) os valores de resistência de
união dos sistemas metalocerâmicos de titânio foram cerca da metade daqueles
apresentados pelo controle Pd-Ag/Duceram. (Apoio financeiro: CAPES.)
B310
Efeito de diferentes concentrações de NaOCl e tempos de
aplicação na resistência ao cisalhamento de sistemas adesivos.
ARIAS, V.
G.*, PERIS, A. R., PIMENTA, L. F., AMBRIZANO, G. M. B.
Dentística –
FOP – UNICAMP. E-mail: lpimenta@fop.unicamp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência de
diferentes concentrações de NaOCl (1%, 5% e 10%), em solução, com diferentes
tempos de aplicação (15, 30 e 60 s) na resistência ao cisalhamento de dois
sistemas adesivos. 300 dentes bovinos foram incluídos em resina de poliestireno
e as superfícies vestibulares lixadas com lixas de Al2O3
até # 600, expondo a dentina. Os espécimes foram divididos aleatoriamente em 20
grupos (n = 15). De G1 a G10 foi aplicado o adesivo Prime & Bond
2.1 (Dentsply) e de G11 a G20 o adesivo Gluma Comfort (Heraeus Kulzer), sendo
G1 e G11 os controles. NaOCl 1% foi aplicado nos grupos 2, 5, 8, 12, 15 e 18,
durante 15, 30 e 60 s. NaOCl 5% foi aplicado nos grupos 3, 6, 9, 13, 16,
19, durante 15, 30 e 60 s e os grupos 4, 7, 10, 14, 17, 20 receberam NaOCl
10% durante 15, 30 e 60 s. Os espécimes foram restaurados com resina
composta Z250 (3M) e realizado o cisalhamento em máquina Universal, sendo os
valores dados em MPa. Foi utilizada a análise estatística “three-way” ANOVA e
Tukey. As médias dos grupos foram: G1 = 8,96; G2 = 12,21;
G3 = 10,47; G4 = 8,23; G5 = 10,23;
G6 = 9,84; G7 = 11,21; G8 = 10,82;
G9 = 10,97; G10 = 13,19; G11 = 13,92;
G12 = 9,51; G13 = 10,68; G14 = 14,42;
G15 = 9,80; G16 = 10,47; G17 = 9,84; G18 = 7,71;
G19 = 9,89; G20 = 12,85. Os resultados não mostraram
diferenças estatisticamente significantes entre os grupos que utilizaram
diferentes concentrações de NaOCl e tempos com os controles.
O uso de diferentes concentrações e tempos de aplicação de NaOCl não
aumentou os valores de resistência ao cisalhamento.
B311
Laser de vapor de cobre em esmalte e dentina: estudo
comparativo morfológico ultra-estrutural.
PENNA, L. A.
P.*, NICCOLI-FILHO, W., RODE, S. M.
DMOP –
FOSJC – UNESP; Curso de Odontologia – Universidade Ibirapuera.
E-mail: lapen@uol.com.br
Estudo comparativo morfológico dos efeitos da radiação laser
de vapor de cobre em esmalte e dentina feito em 15 dentes molares humanos,
clivados no sentido mésio-distal e divididos aleatoriamente em 5 grupos com 3
hemi-secções cada para irradiação no esmalte e 5 grupos com 3 hemi-secções cada
para irradiação na dentina, sendo que 1 grupo de cada tecido mineralizado foi
utilizado como controle e os demais para serem irradiados, com potência fixa de
7 W, durante 500, 600, 800 ms e 1 s, sendo um grupo para cada
tempo. Os dentes foram limpos com aparelho de ultra-som (Tempo Ultrasonic, mod.
T14), secos em estufa e receberam cobertura de ouro em aparelho específico para
tal (Ions Sputter - Balzers SCD-040). No exame ultra-estrutural em MEV (DSM
950 - Zeiss), observou-se que nos dentes em que se irradiou a superfície
de esmalte, apenas os do grupo irradiado durante 1 s apresentaram
alteração morfológica, mostrando uma superfície bastante irregular, com
depressões semelhantes a crateras, e estruturas irregulares de esmalte fundido.
Nos dentes
onde se irradiou a dentina observou-se, no grupo irradiado durante 1 s,
evidente alteração ultra-estrutural apresentando uma região com o tecido
fundido e com perda das características morfológicas e, no grupo irradiado por
800 ms, observou-se uma região de ablação tecidual e perda parcial das
características morfológicas, sendo que nos grupos irradiados durante 500 e
600 ms, não houve alteração da dentina, concluindo-se portanto que esse
tipo de radiação tem a capacidade de alterar ultra-estruturalmente a morfologia
de tecidos dentários mineralizados.
B312
Efeito do tratamento da superfície de uma liga metálica na
resistência da união dos cimentos.
PRATES, L.
H. M.*, CONSANI, S., SINHORETI, M. A. C., CORRER SOBRINHO, L.
Universidade
Federal de Santa Catarina; Faculdade de Odontologia de Piracicaba.
Tel.: (0**48) 331-9469.
O propósito foi avaliar o efeito de quatro tratamentos de
superfície, realizados em uma liga de paládio-prata, na resistência da união de
três cimentos. Fundições (Pors-on 4, Degussa) confeccionadas em forma de disco,
e agrupadas em pares, foram separadas em quatro grupos de 30 cada, para
realização de um dos seguintes tratamentos: 1 - bruto de fundição
(controle); 2 - jato de óxido de alumínio malha 320; 3 - jato de óxido de
alumínio malha 60; e 4 - jato de esferas de vidro malha 270. Os exemplares de
cada grupo foram separados em três subgrupos de 10 cada, para a fixação,
através das faces tratadas, com os seguintes cimentos: A - fosfato de
zinco (SS White); B - ionômero de vidro modificado por resina (Vitremer,
3M); e C - resinoso (Rely X, 3M). Após 24 horas, as amostras foram
submetidas aos ensaios de cisalhamento (1 mm/min.). Os resultados,
analisados com ANOVA e teste de Tukey (5 %), foram (MPa): Grupo 1A: 1,77
(0,51); Grupo 1B: 3,18 (1,42); Grupo 1C: 1,63 (0,55); Grupo 2A: 5,22 (0,88);
Grupo 2B: 11,90 (1,94); Grupo 2C: 16,29 (3,94); Grupo 3A: 4,03 (0,78); Grupo
3B: 11,41 (2,69); Grupo 3C: 14,15 (2,71); Grupo 4A: 1,59 (0,44); Grupo 4B: 2,24
(0,71); Grupo 4C: 1,74 (0,51).
As superfícies submetidas ao óxido de alumínio (malhas 320 ou 60)
proporcionaram maior resistência de união que a condição de bruto de fundição e
que as superfícies tratadas com jato de esferas de vidro. Nas superfícies
tratadas com óxido de alumínio, os cimentos resinoso e de ionômero de vidro
modificado por resina proporcionaram resistências de união estatisticamente
superiores à do fosfato de zinco.
B313
Avaliação da microinfiltração de diferentes cimentos em
“inlays” de cerômero.
ELIAS, R.
V.*, OSÓRIO, A. B., CAMACHO, G. B., OSINAGA, P. W. R., DEMARCO, F. F.
Mestrado em
Endodontia e Dentística – FO – UFPel - RS.
E-mail: rvelias@terra.com.br
O presente trabalho teve como objetivo avaliar a infiltração
marginal em “inlays” confeccionadas com o cerômero belleGlass (Kerr) e
cimentadas com diferentes agentes resinosos. Em 14 terceiros molares humanos
hígidos foram confeccionados preparos cavitários MOD, do tipo “inlay”, com
margem mesial em esmalte e distal em cemento e, após os “inlays” foram preparados
com belleGlass (Kerr). Os espécimes foram aleatoriamente divididos em 2 grupos
(n = 7), de acordo com o cimento resinoso empregado: Grupo 1 –
Rely X ARC (3M); Grupo 2 - Panavia 21 (Kuraray). Na técnica de
cimentação, os materiais foram empregados conforme as orientações dos
fabricantes. Um fotopolimerizador XL 3000 (3M) foi utilizado. Os espécimes
foram submetidos à ciclagem térmica, isolados com esmalte, com exceção das
margens cervicais das restaurações e, posteriormente, imersos no corante azul
de metileno, por 8 horas. Após lavagem, foram seccionados para avaliação do
grau de infiltração, em aumento de 40 vezes, com base em escore padronizado. As
médias dos resultados das leituras foram analisadas pelo teste Kruskal-Wallis,
à nível de 5%. Os resultados não mostraram diferença estatisticamente
significante entre os grupos a nível de cemento, porém no esmalte houve
diferença significante (p << 0,05) com melhores resultados para
o cimento Rely X.
Foi possível concluir que os cimentos e o substrato influenciaram a
microinfiltração das “inlays” de cerômero.
B314
Resistência à fratura de pré-molares restaurados com
diferentes materiais restauradores.
OSÓRIO, A.
B.*1, CAMACHO, G. B.1, NONAKA, T.2, GONÇALVES,
M.2
1Departamento
de Odontologia Restauradora – UFPel; 2Departamento de Odontologia
Restauradora – FORP – USP. E-mail: angelao@conex.com.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a resistência à
compressão axial de restaurações do tipo MOD com diversos materiais
restauradores, realizando-se ensaio de compressão axial com uma esfera de
9 mm de diâmetro. Com este propósito, executou-se as seguintes técnicas
restauradoras, empregando-se 10 espécimes por grupo: I. restaurações tipo MOD
de resina composta direta Z250 (3M), II. resina composta indireta Z250 (3M),
III. “inlays” de cerâmica aluminizada Vitadur Alpha (Vita Zanfabrik); IV.
restaurações convencionais de amálgama Amalgam (SDI) e, V. restaurações de
amálgama adesivo Amalgam (SDI), os quais foram comparados à dentes humanos
pré-molares hígidos jovens e recém-extraídos (grupo controle). As restaurações
foram adesivadas com o cimento resinoso Enforce (Dentsply) que foi manipulado
segundo as recomendações do fabricante. Nos dentes foi executada a técnica do
condicionamento ácido total. Os resultados apontaram para uma diferença
significante entre os grupos estudados. Houve uma diferença estatística do
grupo controle em relação à restaurações de amálgama, tanto convencional como o
adesivo. A análise empregada também mostrou que estas restaurações diferiam das
demais. Todavia, houve uma semelhança do grupo controle com as restaurações de
resina (direta e indireta) e cerâmica.
Apesar das “inlays” de cerâmica apresentarem os maiores valores de
resistência, não diferiam em relação às restaurações de resina. (Apoio: FAPERGS.)
B315
Resistência a microtração de dois adesivos particulados e um
sem carga à dentina.
CASTRO, F.
L. A.*, ANDRADE, M. F., VAZ, L. G., AHID, F. J. M.
Departamento
de Odontologia Restauradora – Faculdade de Odontologia de Araraquara.
Tel.: (0**16) 201-6300. E-mail: restaura@foar.unesp.br.
O objetivo deste estudo foi comparar a resistência a
microtração de dois sistemas adesivos particulados, Prime & Bond NT
(Dentsply) e Clearfil SE Bond (Kuraray), e um sem carga, Single Bond (3M), à
dentina. Superfícies planas de dentina foram obtidas a partir de nove terceiros
molares humanos extraídos. Os dentes foram divididos aleatoriamente em três
grupos experimentais sendo as dentinas tratadas com um dos três sistemas
adesivos, de acordo com as instruções de cada fabricante. Coroas de resina
composta foram construídas sobre as superfícies tratadas. As amostras foram
termocicladas para depois serem cortadas paralelamente ao seu longo eixo,
obtendo-se espécimes com secção transversal de 1,0 mm2 ± 0,1 mm2.
Os espécimes foram submetidos a um ensaio de tração e posteriormente, as
superfícies de dentina e resina correspondentes ao local da área da adesão
foram observadas ao microscópio óptico, verificando o modo das falhas. Os dados
foram submetidos à análise de variância para comparação entre os grupos, ao
nível de 5% de significância. As amostras mais representativas das fraturas
foram preparadas e observadas ao microscópio eletrônico de varredura. Os
resultados deste estudo mostraram não haver diferenças estatisticamente
significantes entre os grupos. A análise das fraturas revelou ausência de
falhas estritamente adesivas entre os sistemas adesivos e a dentina, mas com
ocorrência predominante de fraturas exclusivamente na união. (Apoio: FAPESP,
processo 98/15496-0.)
B316
Efeito de agentes de limpeza sobre a dureza de dentes
artificiais.
NOGUEIRA, C.
M.*, CAMPOS, F. P., ADABO, G. L., FONSECA, R. G.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese –
Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP.
Tel.: (0**16) 201-6415. E-mail: adabo@foar.unesp.br
A limpeza de próteses totais e parciais removíveis é
indicada para a prevenção de infecções dos tecidos de suporte, por meio da
imersão das peças protéticas em diversas soluções durante a noite. Porém,
existem algumas dúvidas quanto aos efeitos destes tratamentos sobre as
propriedades dos materiais utilizados para a confecção dos trabalhos
protéticos. O objetivo deste estudo foi avaliar a dureza de dentes artificiais
de resina acrílica (Dentron), submetidos a diferentes agentes de limpeza, em
função do tempo. Molares artificiais foram incluídos em anel de PVC com resina
acrílica ativada termicamente (Lucitone) e após a polimerização e demuflagem
foram submetidos a processo de abrasão e polimento, por meio de politriz
elétrica, com o objetivo de promover uma superfície plana e polida. As medidas
de dureza Vickers foram realizadas em microdurômetro Wolpert, imediatamente e 6
meses após a imersão dos corpos-de-prova em 4 diferentes soluções: água
(controle), clorexidina, hipoclorito de sódio a 1% e hipoclorito de sódio
caseiro diluído. Os dados de 10 réplicas foram submetidos à análise de
variância e teste de Tukey onde foi evidenciado que houve significativa redução
na dureza superficial dos dentes artificiais imediata (32,93 VHN) e aos 6
meses (20,02 VHN) e que não foram encontradas diferenças significativas
entre os dentes imersos em água e nas soluções desinfetantes.
Conclui-se que o uso dos agentes de limpeza estudados exercem efeito
sobre a dureza dos dentes artificiais de resina acrílica semelhante ao
produzido pela simples imersão em água.
B317
Avaliação do desgaste das resinas compostas, com diferentes
tempos de polimerização.
ANTONIAZZI,
R. G.*, BONATO, L. L., NAGEM FILHO, H.
Departamento
de Dentística – FO – Universidade de Taubaté. Tel.: (0**12) 218-4052.
E-mail: rgantoniazzi@uol.com.br
O objetivo neste trabalho foi verificar a resistência ao
desgaste de três resinas compostas, polimerizadas de duas maneiras diferentes,
quando usado um simulador de escovação. Foram utilizadas as resinas Definite,
Suprafill e Surefil, foram confeccionados 16 cp de cada material, divididos em
2 grupos, e polimerizados de duas maneiras: integral com 40 s à distância
de 0 mm da fonte de luz/material; e gradual, 10 s à 0 mm, seguida
de 30 s à 2 mm de distância. Os cp foram pesados e os valores
registrados como iniciais. Foi utilizada uma máquina de escovação de três
corpos, usando escovas dentais e dentifrício, os cp sofreram 100.000 ciclos de
escovação, e em seguida sofreram nova pesagem, sendo os valores registrados
como finais. A porcentagem de desgaste do cp foi a diferença entre os valores
iniciais e finais. Nos resultados houve diferenças estatisticamente
significantes no desgaste dos materiais, quando comparada a resina Definite
gradual, com a Surefil gradual; a Definite, gradual e integral, comparada com a
Suprafill gradual e integral, e com a Surefil integral. Em contrapartida, em
relação aos dois tipos de polimerização, não houve diferença estatisticamente
significante no desgaste dos materiais.
Assim, concluímos que o desgaste das resinas compostas está relacionado
com a composição do material restaurador e que ambos os tipos de
polimerização foram adequados para a completa polimerização destes materiais.
B318
Resistência à compressão de resinas posteriores após
ciclagem mecânica e selamento superficial.
CRUZ, C. A.
S.*, ADABO, G. L., FONSECA, R. G.,VAZ, L. G.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOAr – UNESP.
Tel.: (0**16) 201-6425. E-mail: cruz@foar.unesp.br
As resinas compostas posteriores são submetidas a estresses
complexos de compressão e abrasão durante a mastigação. A aplicação de selantes
superficiais tem sido indicada como forma de aumentar a resistência ao desgaste
destes materiais. Este estudo teve por objetivo avaliar a resistência à
compressão de compósitos posteriores após 90 dias de imersão em água destilada
recobertos com selante superficial (Protect-It/Jeneric/Pentron) e submetidos a
ciclagem mecânica (10.000 ciclos, 600 N, 5 Hz). Os ensaios foram
efetuados em máquina MTS-810 com célula de carga de 10 kN (ciclagem) e
100 kN (compressão) e velocidade de 0,5 mm/min. em corpos-de-prova
medindo 4 mm de diâmetro por 8 mm de altura (n = 8). No
grupo controle, os materiais apresentaram a seguinte ordem decrescente de
resistência à compressão (Anova,
p << 0,05): Z100 (336,28 MPa) = Alert
(334,35 MPa) = P60 (331,00 MPa) >> Surefil
(306,90 MPa) = Solitaire
(294,76 MPa) >> Definite (272,45 MPa) >> Ariston
(212,23 MPa). Após a ciclagem mecânica, houve redução estatística apenas
para os materiais Definite (235,8 MPa) e Z100 (220,00 MPa). A
aplicação do selante superficial minimizou os efeitos da ciclagem somente para
a resina Z100 (285,70 MPa).
Este estudo mostrou que a ciclagem mecânica pode reduzir a resistência à
compressão das resinas compostas comprometendo por fadiga a longevidade das
restaurações. Evidenciou também comportamentos diferentes para os materiais
estudados quanto à aplicação do selante superficial.
B319
Microinfiltração em resina condensável: influência da matriz
interproximal e técnica.
REIS, N.
A.*, POLETTO, L. T. A., AKAKI, E., SANTOS, M. H., LANZA, L. D.
Departamento
de Odontologia Restauradora – Faculdade de Odontologia; Escola de
Engenharia – UFMG. E-mail: niveareis@uol.com.br
As tensões geradas nas paredes cavitárias, devido à
contração de polimerização e coeficiente de expansão térmica linear, persistem
como um dos principais inconvenientes das resinas compostas, o que leva à
formação de fendas marginais e conseqüente microinfiltração. O presente estudo
se propôs a avaliar a influência do tipo de matriz interproximal, poliéster versus
metálica, e da técnica restauradora, incremental versus incremento
único, em restaurações de resina composta condensável quanto à microinfiltração
marginal, gengival e oclusal, em cavidades classe II. Foram preparadas 40
cavidades “slot” vertical nas faces mesial e distal de pré-molares humanos
hígidos, nas quais a resina condensável AlertÒ foi inserida de um
lado pela técnica de inserção incremental (face mesial) e do outro por inserção
em incremento único (face distal), utilizando-se para o grupo I matriz de
poliéster e para o grupo II matriz metálica. Realizadas as restaurações os
dentes foram armazenados em água destilada a 37ºC por 24 h, posteriormente
submetidos a termociclagem (500 ciclos, em 5ºC, 37ºC e 55ºC) e imersos em
fucsina básica a 0,5% por 24 horas.
Após o seccionamento, avaliação em MO (30 X) e análise estatística
dos resultados, concluiu-se que não houve diferença significante na
microinfiltração quanto ao tipo de matriz interproximal, mas em relação à
técnica restauradora a incremental demonstrou significativamente menores
índices de microinfiltração marginal. As paredes gengivais apresentaram maiores
índices de microinfiltração quando comparadas às faces oclusais. (Apoio
financeiro: CAPES.)
B320
Microdureza Vickers em resina “flow”, cimento resinoso e
selante.
SANTOS, M.
H.*, AKAKI, E., REIS, N. A., JANSEN, W. C., MANSUR, H. S.
Departamento
de Metalurgia e Materiais – EE/UFMG; Departamento de Odontologia Restauradora –
FO – UFMG. E-mail: hmansur@demet.ufmg.br
Resinas compostas de alta fluidez, denominadas “flow”, têm
sido consideradas os mesmos materiais resinosos usados como agentes cimentantes
para porcelana e como selantes oclusais, não sendo indicadas em situações de
alto estresse. O sucesso destas resinas tem sido creditado a fatores comerciais
e estratégias de marketing e não às suas propriedades. O objetivo deste estudo
foi avaliar a microdureza superficial de uma resina “flow” e compará-la à
microdureza de outras resinas de alta fluidez como um cimento resinoso dual e
um selante de fossas e fissuras. Cinco amostras de cada uma das resinas
selecionadas, Fill Magic Flow (F), Dual Cement (C) e Fluor Seal (S) (Vigodent),
foram confeccionadas utilizando-se uma matriz metálica (10 mm
diâmetro - 1 mm profundidade) e fotoativadas
(500 mW/cm² - 40 s - Optilux 1 - VLC
403 - Demetron). As amostras foram submetidas a 10 leituras em um microdurômetro
(Microhardness Tester FM), aplicando-se uma carga de 0,5 kgf por 15
segundos. As médias foram calculadas e convertidas a números de microdureza
Vickers (VHN): (F) 37,3; (C) 35,5; (S) 35,0. Os resultados foram avaliados
através da análise de variância (ANOVA), não apresentando diferença
estatisticamente significante entre as resinas testadas (p = 0,497).
Os resultados sugerem que a resina composta “flow” tende a apresentar
microdureza superficial bem próxima à microdureza de um agente cimentante
resinoso e um selante oclusal.
Os dados mostram a necessidade do desenvolvimento de mais estudos para a
caracterização e avaliação das propriedades físicas de resinas compostas
“flow”.
B321
Tratamento clareador: comparação entre a fotopolimerização
tradicional e a laser.
CESAR, I. C.
R.*, REDÍGOLO, M. L., LIPORONI, P. C. S., MUNIN, E.
IP&D –
UNIVAP. Tel.: (0*12) 347-1128, 347-1149. E-mail: ilecris@univap.br
O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar o efeito
de 2 agentes clareadores, associados com a aplicação de laser de argônio. Foram
utilizados 15 dentes terceiros molares humanos inclusos. Cada dente foi
seccionado transversalmente, eliminando-se a porção radicular, e
longitudinalmente, dividindo-o em 4 fragmentos obtendo-se num total de 75
fragmentos dentais. As amostras foram desgastadas com discos diamantados
dupla-face até se obter as dimensões em esmalte de 4 x 4 mm
(16 mm2), conferidos com paquímetro. Os espécimes foram
divididos aleatoriamente em 5 grupos utilizando a técnica de clareamento vital
e um gel clareador. O grupo 1 foi o grupo controle, nos grupos 2 e 3 foram
utilizados peróxido de carbamida a 37%, sendo com laser e um fotopolimerizador.
Nos grupos 4 e 5 foram utilizados peróxido de carbamida a 35%, sendo um com
laser e outro grupo com fotopolimerizador. O tratamento foi realizado em 3
sessões num intervalo de 7 dias. O efeito dos agentes clareadores sobre o
esmalte dental hígido foi analizado por foto-refletância, comparando-se o
clareamento convencional com o clareamento com laser de argônio e as duas
marcas submetidas a técnica.
Observamos que todas as amostras irradiadas com laser tiveram o mesmo
resultado, independente da marca, já as amostras irradiadas com o aparelho
fotopolimerizador, tiveram uma diferença, sendo que o peróxido de carbamida 37%
não teve um clareamento com a mesma efetividade que o peróxido de carbamida
35%.
B322
Comparação da força de retenção de grampos circunferenciais
de PPR obtidos em titânio e ligas de Co-Cr.
RODRIGUES,
R. C. S.*, RIBEIRO, R. F., MATTOS, M. G. C., SILVA, E. P., MATOS, R. L.
Materiais
Dentários e Prótese – FORP – USP. E-mail: rribeiro@forp.usp.br
O uso das ligas de Co-Cr é realidade incontestável na PPR,
mas o interesse pelo uso do titânio e suas ligas para a confecção de próteses
dentais têm aumentado continuamente desde a década de 80. Vários estudos têm
sido realizados procurando demonstrar a viabilidade do uso do titânio para a
confecção de estruturas metálicas de prótese parcial removível retidas a
grampo, utilizando maior grau de retentividade sem gerar carga demasiada sobre
o dente pilar. O objetivo deste estudo foi comparar estruturas metálicas, com
grampos circunferenciais em retenções de 0,25 mm e 0,50 mm, obtidas
em ligas de Co-Cr (Remanium GM380 e Magnum H50N) e titânio (Rematitan). As
estruturas confeccionadas foram submetidas ao ensaio de fadiga, simulando 5
anos de uso da prótese, utilizando a máquina de ensaios idealizada por RIBEIRO
(1998). Os dados gerados na inserção e remoção dos corpos-de-prova foram
gravados num computador conectado à máquina e submetidos à análise estatística
pela análise de variância e teste de Tukey em nível de 5%. Foram observadas
diferenças estatisticamente significantes para as comparações ao longo do tempo
de simulação para as ligas e em cada intervalo de tempo entre as ligas, bem como
entre os diferentes graus de retentividade.
Pelos dados obtidos podemos concluir que o titânio permite o uso da
retenção de 0,50 mm sem que haja grande esforço adicional sobre o dente
pilar, ao contrário das ligas de Co-Cr, que geraram cargas bem maiores em
comparação àquelas geradas com retenção de 0,25 mm. (FAPESP –
98/12553-2.)
B323
Avaliação da fundibilidade de uma liga de Co-Cr-Mo indicada
para coroas metolocerâmicas em função da técnica de inclusão.
CARREIRO, A.
F. P.*, RIBEIRO, R. F., MATTOS, M. G. C., RODRIGUES, R. C. S.
Materiais
Dentários e Prótese – FORP – USP. E-mail: rribeiro@forp.usp.br
O presente trabalho tem como propósito avaliar a
fundibilidade de uma liga de Co-Cr-Mo (Remanium 2000, Dentaurum) indicada para
restaurações metalocerâmicas, em função do emprego de técnica de inclusão
mista, comparada à técnica convencional de inclusão, e a ligas de Ni-Cr
(Durabond, Marquart S/A) e Co-Cr (Vera PDI, AALBA Dent. Inc.). Foram preparados
45 corpos-de-prova, na forma de uma rede de “nylon”, com 10 x 10 mm,
contendo 100 espaços. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de
variância e teste de Tukey e demonstraram que a liga Durabond (85,06%)
apresentou maior fundibilidade que as demais ligas (Vera PDI = 67,20%
e Remanium 2000 = 61,53%), as quais apresentaram-se semelhantes
entre si. Com relação à técnica de inclusão, as ligas Durabond e Vera PDI
apresentaram maior fundibilidade quando empregado revestimento aglutinado por
sílica (Refratil QZF-600 FR, CITARC) ou inclusão mista (revestimento aglutinado
por fosfato - Termocast, Polidental Ind. e Com. Ltda. + revestimento
aglutinado por sílica). A liga Remanium 2000 apresentou maior fundibilidade
quando utilizado revestimento aglutinado por sílica.
Conclui-se que a liga Remanium 2000 apresentou fundibilidade
estatisticamente similar à da liga Vera PDI e inferior à da liga Durabond; e
que apenas para a liga Remanium 2000 a técnica de inclusão mista não melhorou a
capacidade de reprodução de detalhes do molde, quando comparada à técnica de
inclusão com revestimento aglutinado por fosfato. (FAPESP - 00/06823-9.)
B324
Avaliação da resistência da união metalocerâmica com ligas
de Ni-Cr-Ti e Ag-Pd.
COSTA, H. M.
F., RIBEIRO, R. F., MATTOS, M. G. C., CROSARA, S., PONTES, C. B.*
Materiais
Dentários e Prótese – FORP – USP. E-mail: rribeiro@forp.usp.br
Durante vários anos, diferentes formulações de ligas
alternativas têm sido propostas para a substituição das ligas áuricas
utilizadas na produção de próteses fixas, sobre implantes ou convencionais. Na
maioria dos casos o material estético associado é a cerâmica, sendo importante,
portanto, verificar a efetividade de união entre essas ligas alternativas e a
cerâmica odontológica. O propósito deste trabalho foi verificar a resistência
da união metalocerâmica entre uma liga de Ni-Cr-Ti (Tilite Omega) comparando-a
à obtida com uma liga de Ag-Pd (Pors-on). A cerâmica utilizada foi a IPS. A
resistência da união metalocerâmica foi verificada em ensaio por carga de
tração. Para o ensaio foram construídos anéis cerâmicos em torno de hastes
metálicas fundidas com as ligas avaliadas, posteriormente embutidos em gesso.
Estes corpos-de-prova foram submetidos à aplicação de carga de tração em
máquina universal de ensaios (EMIC MEM 2000), com velocidade de 1 mm/s,
até que a união metalocerâmica fosse rompida. As cargas de ruptura foram
registradas em kgf/mm2 e convertidas para MPa. Os dados obtidos
foram submetidos à análise estatística pelo teste teste “t” de Student para
comparação de médias provenientes de amostras com variâncias não-equivalentes.
Os resultados estatísticos demonstraram diferença estatisticamente signficante
em nível de 1% entre a resistência observada para as duas ligas.
Dos dados observados e analisados estatisticamente pode-se concluir que
a liga de Ni-Cr-Ti proporciona a obtenção de resistência de união à cerâmica
IPS significativamente mais alta que a liga de Ag-Pd.
B325
Resistência à tração de pinos intra-radiculares cimentados
com diferentes cimentos.
BRITO, A.
A., ROLLA, J. N.*, SILVA, R. B., CONCEIÇÃO, E. N.
Departamento
de Dentística Restauradora – Faculdade de Odontologia – UFRGS.
Tel.: (0**51) 342-0346. E-mail: lrolla@zaz.com.br
O propósito deste estudo foi analisar, in vitro, a
força de resistência à tração dos pinos de fibra de vidro (FibreKor Posts),
cimentados com quatro agentes de cimentação: cimento resinoso dual Rely X
(3M), cimento fotopolimerizável Lute-It (Jeneric/Pentron), cimento resinoso de
polimerização química Cement-It (Jeneric/Pentron); e sistema adesivo dual
Scotchbond Multi-Uso Plus (3M). Foram utilizadas 40 raízes de dentes humanos
ântero-superiores com canais de diâmetros semelhantes. As raízes foram tratadas
endodonticamente e desobturadas com a broca do “kit” correspondente ao pino de
1,5 mm numa profundidade de 9 mm, sendo aleatoriamente divididas em 4
grupos de 10 raízes cada. Os pinos foram cimentados com os agentes de
cimentação empregados para cada grupo de acordo coma as instruções do
fabricante. Os espécimes foram armazenados em água destilada a 37ºC por 48
horas e submetidos ao teste de resistência à tração em uma máquina de ensaio
universal EMIC DL 2000 a um a velocidade de 0,5 mm/min. As médias obtidas
foram: Rely X - 3M (36,72 kgf); Lute-It - Jeneric/Pentron
(37,76 kgf); Cement-It - Jeneric/Pentron (40,89 kgf) e
SBMUP - 3M (52,04 kgf). Os resultados foram submetidos aos testes
estatísticos de análise de variância e de Duncan ao nível de significância de
5%.
Foi possível concluir que os pinos de fibra de vidro cimentados com
sistema adesivo dual SBMUP - 3M foram estatisticamente mais retentivos que
os outros grupos.
B326
Correlação entre dureza superficial e resistência à abrasão
de resinas compostas indiretas, em diferentes tempos.
BENASSI, U.
M.*, GALO, R., MATTOS, M. G. C., RIBEIRO, R. F.
FORP – USP.
Este estudo avaliou a correlação entre dureza superficial e
resistência a abrasão de resinas compostas indiretas, em diferentes tempos após
polimerização. Foram selecionadas duas (2) resinas compostas (Artglass –
micropartículas – Kulzer - Alemanha; Solidex – híbrida –
Shofu - Japão). Foram confeccionados 24 corpos-de-prova (12 de cada
material) e foram submetidos: 1 - medida de dureza superficial após 24 ou
1.320 horas da polimerização, 2 - ensaio de resistência a abrasão,
3 - medida de dureza superficial após ensaio de abrasão. Os resultados
para a dureza superficial mostraram diferença estatisticamente significante ao
nível de 1% de probabilidade quando levou-se em consideração os tempos e os
materiais estudados. O maior valor de dureza encontrado foi para o tempo de 24 horas
para a resina Artglass. A resistência à abrasão mostrou diferença
estatisticamente significante ao nível de 1% de probabilidade quando se levou
em consideração o fator tempo e a interação tempo versus material. O
maior valor médio de desgaste encontrado foi no tempo de 1.320 horas. A
resistência à abrasão mostrou diferença estatisticamente significante ao nível
de 5% de probabilidade quando levou-se em consideração o material estudado. O
maior valor médio de desgaste foi encontrado para a resina Solidex. Quanto à
correlação entre a dureza/resistência à abrasão, houve uma correlação linear
inversa entre o grau de dureza e a suscetibilidade ao desgaste em diferentes
tempos das superfícies dos corpos-de-prova construídos em resina composta
indireta Artglass e Solidex. (Bolsa: CAPES.)
B327
Resistência adesiva de diferentes resinas compostas à
dentina.
CORREIA, M.
N.*, VICENTE SILVA, C. H., BUSATO, A. L. S.
FOP – UPE;
UFPE; ULBRA. E-mail: chvs@npd.ufpe.br
A proposta deste estudo foi avaliar a resistência adesiva à
dentina profunda de uma resina composta híbrida e duas resinas condensáveis.
Quinze pré-molares humanos foram seccionados no sentido vestíbulo-lingual,
incluídos em resina de poliéster insaturada e desgastados com lixas de nº 180,
400 e 600, formando um total de trinta amostras. As superfícies dentinárias
receberam tratamento de acordo com o material restaurador a ser empregado
tendo-se: G1 (Single Bond + Z100); G2 (Single Bond + Filtek
P60) e G3 (Prime & Bond NT + Surefil), sendo as resinas aplicadas
com auxílio de uma matriz cilíndrica (d = 4 mm,
h = 5 mm). Os corpos-de-prova foram armazenados em solução
salina por 24 horas, 37ºC, e submetidos a teste de cisalhamento em máquina
universal de testes Kratos. Os valores médios encontrados foram:
G1 = 7,69 MPa; G2 = 4,02 MPa;
G3 = 5,94 MPa. Foram utilizadas técnicas paramétricas de análise
de variância (ANOVA) através do teste F, identificando diferenças
estatisticamente significativas entre os grupos (p << 0,05).
Apesar dos baixos valores de resistência adesiva encontrados, atribuídos
a profundidade do substrato dentinário, estes guardam proporcionalidade entre
si o que possibilita concluir que as resinas condensáveis aqui testadas
apresentam valores de resistência adesiva inferiores à resina híbrida convencional.
B328
Microinfiltração de um adesivo autocondicionante em esmalte
e dentina.
VICENTE
SILVA, C. H.*1, GUIMARÃES, R. P.1, SOUZA, F. B.1,
CORREIA, M. N.2
1Universidade
Federal de Pernambuco; 2FOP – UPE. E-mail: chvs@npd.ufpe.br
A proposta deste estudo foi comparar a capacidade de
selamento marginal em esmalte e dentina de um sistema adesivo convencional
(condicionamento total) e um autocondicionante. Vinte cavidades tipo classe V,
com margem cervical em dentina, foram realizadas em 20 pré-molares humanos,
sendo dez cavidades por grupo: G1 Controle (Single Bond/3M + Z100/3M)
e G2 (Prompt L-Popâ/Espe + Z100/3M). Os dentes foram
armazenados em solução fisiológica (24 horas/37ºC), termociclados (250 ciclos,
5º/55ºC, 15” cada banho), imersos em fucsina básica 0,5% (24 horas/37ºC),
lavados e seccionados para avaliação da penetração do corante, na margem
cervical (dentina) e oclusal (esmalte), por meio de escores de zero (sem
infiltração) a 3 (máxima infiltração). Os resultados foram: G1 Esmalte: grau
0 = 80%, grau 1 = 10%, grau 2 = 10%; G1 Dentina:
grau 0 = 10%; grau 1 = 70%, grau 2 = 10%, grau
3 = 10%; G2 Esmalte: grau 0 = 20%; 1 = 80%; G2
Dentina: grau 0 = 80%; grau 1 = 20%. Houve diferença
estatisticamente significante entre os grupos para p £ 0,05 quando
aplicado o teste de Kruskal-Wallis, exceto entre os grupos G1 Esmalte e G2
Dentina, G1 Dentina e G2 Esmalte.
Pode-se concluir que o sistema adesivo autocondicionante empregado foi
mais efetivo no selamento marginal em dentina enquanto o sistema adesivo convencional
o foi em esmalte.
B329
Resistência flexural de materiais cerâmicos empregados como
casquete em prótese fixa.
GIRARD, A.*1,
NÓBREGA, M.2, FERNANDES, C.1
1Professores
de Prótese Dental – UVA, 2Professora de Ciência dos Materiais –
COPPE – UFRJ.
Tel.: (0**21) 712-6228.
E-mail: antoniogirard@uol.com.br
Os materiais cerâmicos empregados como casquete em prótese
fixa devem apresentar resistência flexural (RF) suficiente para suportar as
cargas gerardas durante a mastigação. Quanto maior a RF, maior o leque de
indicações clínicas que próteses construídas com este material podem receber. A
microestrutura destes materiais tem grande influência na RF, pois a linha de
fratura pode ser desviada ou retardada em função do tipo de reforço cristalino
que é adicionado ao material. Dez corpos-de-prova discoidais, com dimensões de
12 mm de diâmetro e 1,05 ± 0,02 mm de espessura foram
construídos com cada um dos materiais In-Ceram Espinélio (Grupo I), Alumina
(Grupo II) e Zircônia (Grupo III). Dez corpos-de-prova com omaterial Procera
(Grupo IV) foram construídos nas dimensões de 14 mm de diâmetro e
1,13 ± 0,01 mm de espessura. Os corpos-de-prova foram fraturados em
um teste “pistão sobre três bolas”, segundo a ISO 6872. Os resultados foram
(MPa) Espinélio - 251,1 ± 54,1, Alumina - 515,5 ± 93,1;
Zircônia - 676,2 ± 44,0 e Procera - 646,1 ± 86,1.
O teste de Kruskal-Wallis não revelou diferenças estatísticas entre os Grupos
III e IV, embora estes fossem estatisticamente diferentes dos demais. As
fotomicrografias revelaram um padrão de fratura essencialmente transgranular
para o Grupo I, predominantemente transgranular para o Grupo II e
predominantemente intergranular para os Grupos II e IV. Os Grupos II e IV não
apresentam diferenças estatisticamente significativas em relação a resistência
flexural, mas diferem significativamente dos Grupos I e II. A microestrutura
interfere diretamente nos resultados.
B330
Influência de sistemas de tração sobre a resistência da
união.
OSHIMA, H.
M. S.*, SINHORETI, M. A. C., CORRER SOBRINHO, L., CONSANI, S.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FOP – UNICAMP.
Tel.: (0**19) 430-5345. E-mail: hoshima@zaz.com.br
Este estudo avaliou, in vitro, a influência de quatro
sistemas de tração sobre a resistência da união. O sistema do Grupo A, empregou
a matriz preconizada pela ISO TR 11405 a qual serviu de padrão de comparação
com os sistemas de tracionamento de travessa metálica (Grupo B), sistema
monoarticulado (Grupo C) e sistema biarticulado (Grupo D). Sessenta terceiros
molares humanos tiveram as raízes seccionadas e as coroas remanescentes
divididas em duas metades, as quais foram incluídas em tubos plásticos com
resina acrílica ativada quimicamente. As amostras foram divididas em quatro
grupos de 15 e tiveram as superfícies lixadas até se obter uma superfície plana
em esmalte de pelo menos 4 mm de diâmetro. Sobre a superfície de esmalte
foram aplicados o sistema adesivo Single Bond e o compósito Z250 (3M), para
obtenção de corpos-de-prova. Todos os procedimentos referentes a esta etapa
seguiram as recomendações ISO TR 11405. Os corpos-de-prova foram armazenados a
37ºC e 100% de umidade relativa, durante 1 hora, e posteriormente em água
destilada a 37ºC, por 23 horas. Após, foram tracionadas por um dos métodos em
uma máquina Instron, a 0,5 mm/min., até a ruptura. A análise de variância
e teste de Tukey (p << 0,05), mostraram os seguintes
resultados: Grupo D = 14,26 MPa (a), Grupo
C = 12,25 MPa (ab), Grupo B = 11,63 MPa (ab),
Grupo A = 9,69 MPa (b). O menor coeficiente de variação dos
resultados foi do Grupo D (23,11%), seguido do Grupos B (31,45%), C (46,29%) e
A (66,64%).
O método de tração influenciou de maneira
significativa nos valores de resistência de união e no coeficiente de
variação.
B331
Contração volumétrica de resinas compostas fotoativadas por
meio de dois diferentes métodos.
SANTOS, M.
J. M. C.*, NAGEM FILHO, H., SILVA e SOUZA Jr., M. H.
Departamento
de Dentística – Faculdade de Odontologia de Bauru – USP.
Este trabalho se propôs a mensurar a contração volumétrica
de polimerização de três resinas compostas - RC híbridas (Suprafill - S,
SS White; Z100, 3M e Filtek P60, 3M) mediante o uso da fotoativação
convencional - FC (500 mW/cm2, por 60 s) e a
fotoativação em rampa - FR (150 a 800 mW/cm2, por
15 s, permanecendo a 800 mW/cm2 por 45 s) utilizando
o aparelho Elipar TriLight, Espe. Foram utilizadas 5 amostras de cada RC, as
quais eram inseridas numa matriz metálica, com 6 mm de diâmetro, com o
objetivo de obter discos de RC de tamanhos semelhantes. Estas amostras eram
pesadas numa balança analítica eletrônica hidrostática, com precisão de
0,0001 g, no ar e na água, antes e após a polimerização. A partir da
pesagem do material, determinou-se a densidade e calculou-se o volume antes e
depois da reação de polimerização. A diferença obtida determinou a variação em
porcentagem da contração.
Após análise estatística (ANOVA a dois critérios) dos resultados,
mediante o teste de Tukey, verificou-se que não houve diferença
estatisticamente significante na contração de polimerização das RC entre os métodos
de fotoativação utilizados. No entanto, constatou-se que a resina Suprafill
exibiu uma menor contração de polimerização quando comparada as outras resinas:
S (1,880, FC; 1,886, FR), P60 (2,058, FC; 2,050, FR) e Z100 (2,065, FC; 2,104,
FR).
B332
Resistência à fratura de raízes bovinas reconstruídas com
pinos intra-radiculares.
MITSUI, F.
H. O.*, MARCHI, G. M., PIMENTA, L. A. F., FERRARESI, P. M.
Odontologia
Restauradora – FOP – Unicamp. tel.: (0**19) 430-5340.
E-mail: gimarchi@fop.unicamp.br
A utilização de diferentes sistemas de pinos
intra-radiculares, com o objetivo de se aumentar a retenção para a coroa
protética, é um procedimento indicado para dentes com coroa clínica destruída.
Diante da grande variedade de pinos existentes na Odontologia, o objetivo deste
trabalho foi avaliar a resistência à fratura de raízes de dentes bovinos
reconstruídas morfologicamente com diferentes sistemas de pinos
intra-radiculares. Setenta e cinco raízes de incisivos bovinos foram divididas
em cinco grupos experimentais, cada um deles recebendo um tipo diferente de
retentor: núcleo metálico fundido (NMF), pino metálico (Radix-Anker), pino de
fibra de carbono (C-Post), pino de fibra de vidro (FibreKor Post) e pino de
óxido de zircônio (Cosmopost). Após a fixação dos pinos nas raízes com cimento
resinoso, estas foram submetidas a forças de compressão oblíqua, em uma máquina
de ensaio universal a uma velocidade de 0,05 mm/min. Foram obtidos os
seguintes valores médios ± (D.P.), em kgf, os quais foram submetidos
à análise de variância ANOVA e teste Sidak (p << 0,05): NMF:
36,35 ± (10,09) (ab); Radix-Anker: 47,4 ± (19,95) (a);
C-Post: 37,7 ± (7,01) (ab); FibreKor Post: 33,46 ± (8,91)
(b); e Cosmopost: 30,73 ± (7,53) (b).
Assim, conclui-se que todos os sistemas de pinos intra-radiculares
comportaram-se de forma semelhante ao núcleo metálico fundido, sendo que o pino
Radix-Anker obteve as maiores médias de resistência à fratura, diferindo
estatisticamente apenas dos pinos estéticos (FibreKor Post e Cosmopost). (Apoio
financeiro: FAPESP nº 00/03355-4; FAEP nº 0685/00.)
B333
Influência do laser Er:YAG na microinfiltração em
restaurações com cimento ionomérico modificado.
CHINELATTI,
M. A.*, CHIMELLO, D. T., RAMOS, R. P., PÉCORA, J. D., PALMA DIBB, R. G.
Departamento
de Odontologia Restauradora – Forp
– USP. Tel.: (0**16) 602 4078. E-mail: rgpalma@forp.usp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar quantitativamente in
vitro a microinfiltração marginal em cavidades classe V preparadas com
laser Er:YAG variando o tratamento superficial. Cinqüenta cavidades classe V
foram preparadas nas faces vestibular e lingual de molares humanos utilizando
laser e turbina de alta-rotação, apresentando as margens oclusal em esmalte e
cervical em dentina/cemento, tomando-se o cuidado de não coincidir o mesmo
grupo no mesmo dente. Variou-se o tratamento superficial empregando laser (G1);
ácido poliacrílico 40% (G2); laser + ácido poliacrílico (G3);
acabamento com baixa rotação + laser + ácido poliacrílico
(G4); alta rotação + baixa rotação + ácido poliacrílico
(G5). Os espécimes foram restaurados com Fuji II LC, termociclados, isolados,
imersos em nitrato de prata a 50% por 8 horas, incluídos em resina acrílica e
seccionados longitudinalmente. Os cortes foram analisados em microscópio óptico
acoplado a uma câmera e um computador. A imagem foi digitalizada e a
microinfiltração medida em mm nas margens oclusal e cervical. Os resultados
foram analisados estatisticamente através da ANOVA e teste de Tukey, verificando
que o G5 apresentou infiltração semelhante ao G4 e diferente dos demais grupos.
As margens em esmalte apresentaram menor infiltração que aquelas em
dentina/cemento, existindo diferença estatística.
Conclui-se que o laser pode influenciar no vedamento marginal, porém
quando se realiza acabamento no preparo, deixa de produzir seus efeitos
negativos. (Apoio financeiro: CAPES.)
B334
Análise morfológica da superfície dental tratada por dois
equipamentos de laser de Er:YAG.
RAMOS, R.
P.*, PÉCORA, J. D., BRUGNERA Jr., A., CORONA, S. A. M., PALMA DIBB, R. G.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FORP – USP. Tel.: (0**16) 602-4078,
fax: (0**16) 633-0999.
O objetivo deste trabalho foi analisar morfologicamente
superfícies de esmalte e dentina tratadas por laser Er:YAG, em diferentes
potências, utilizando-se 2 equipamentos: Fotona Fidelis (FF) e KaVo Key Laser 2
(KKL2). Foram preparados 9 discos de molares humanos (e = 1 mm),
padronizando-se a “smear layer” com lixas d’água nº 280 a 600. Os
espécimes foram seccionados ao meio, num total de 18 hemidiscos divididos
aleatoriamente em 6 grupos, de acordo com o equipamento e a potência utilizada:
1, 2 e 3 foram tratados com FF nas potências de 80, 120 e 140 mJ
respectivamente; 4, 5 e 6 foram tratados com KKL2, nas mesmas potências. Para
aplicação do laser, as amostras foram fixadas com cera num bloco de resina
acrílica e as irradiações foram feitas no modo desfocado, com distância de
20 mm e freqüência de 4 Hz. Os espécimes foram então preparados para
análise em MEV e para cada um foram feitas fotografias em 3 aumentos
(150 X, 750 X e 1.500 X). Observou-se que o FF determinou um
padrão de condicionamento desigual, sendo que a periferia do feixe promoveu
melhor tratamento e a porção central deixou áreas não-condicionadas. Já o
padrão obtido pelo KKL2 apresentou-se mais homogêneo. Comparando-se as
potências, 80 e 120 mJ proporcionaram um condicionamento mais uniforme,
enquanto que com 140 mJ foi obtida uma superfície irregular com áreas
aparentemente carbonizadas.
Concluiu-se assim que o KKL2 mostrou-se mais eficiente para o tratamento
do substrato dental e que as potências de 80 e 120 mJ promoveram um padrão
de condicionamento mais aceitável. (Apoio: CAPES.)
B335
Avaliação in vitro da resistência adesiva ao cisalhamento
entre a dentina bovina, cimentos resinosos e materiais restauradores indiretos,
tratados ou não com jato de óxido de alumínio, ácido fluorídrico e silano.
PAGANI, C.*,
ARAÚJO, M. A. M.
Departamentode
Odontologia Restauradora – FOSJC – UNESP.
Neste trabalho avaliamos in vitro a resistência
adesiva aos testes de cisalhamento na dentina bovina, com as seguintes
variáveis: cimentos resinosos Enforce e Panavia F; materiais restauradores
Artglass, IPS Empress 2 e Targis e o tratamento da superfície destes materiais
com jato de óxido de alumínio, ácido fluorídrico e silano, nos períodos de
24 h e 30 dias. Foram utilizados 288 dentes bovinos hígidos de animais com
3 anos de idade, com os quais foram confeccionados os corpos-de-prova, em
caixas de resina de poliéster. Os testes foram executados em máquinas de
ensaios mecânicos Instron, modelo 430, com célula de 500 kg de carga e com
velocidade da ponta de 0,5 mm/min. Os resultados obtidos em kgf foram
transformados em MPa e analisados estatisticamente pelo ANOVA, teste de Tukey e
Box-Whisker-Plot.
O material IPS Empress 2 tratado com jato de óxido de alumínio, ácido
fluorídrico e silano, cimentado com Panavia F e estocado em água destilada a
37º C, durante trinta dias, quando submetido aos testes de resistência ao
cisalhamento, mostrou os melhores resultados.
B336
Resistência à fratura de coroas totalmente cerâmicas para
implante.
SUZUKI, R.
M.*, MEZZOMO, E., TEIXEIRA, E. R.
Departamento
de Prótese – Faculdade de Odontologia – Universidade Luterana do Brasil.
Este estudo analisou a resistência à fratura de coroas
totalmente cerâmicas confeccionadas com três tipos de coifas cerâmicas. Os três
grupos experimentais analisados foram: grupo I, CeraOne, grupo II,
Procera e o grupo III, In-Ceram. Dez corpos-de-prova foram confeccionados
para cada grupo experimental. Dez coroas padronizadas com forma de incisivo
central superior esquerdo foram confeccionadas a partir de dez coifas com três
tipos distintos: CeraOne® (Nobel Biocare), Procera®
AllCeram (Nobel Biocare) e Vita® In-Ceram Alumina). Estas coroas
foram cimentadas em pilares incluídos em resina acrílica. A seguir, uma carga
foi aplicada até a fratura das coroas em uma máquina de ensaio universal Versat
com um ângulo de 45º e comum velocidade de deslocamento de 0,5 mm/min. A
média das resistências máximas antes da fratura foram: grupo In-Ceram:
255,50 N (D.P. = 33,12); grupo Procera: 266,97 N
(D.P. = 61,41) e grupo CeraOne 256,80 N (D.P. = 43,93). A
análise estatística dos dados demonstrou que não há diferença estatística entre
os grupos testados (ANOVA; p = 0,143).
Podemos concluir que as coifas cerâmicas analisadas não determinam
diferenças importantes na resistência à fratura das coroas totalmente cerâmicas
analisadas.
B337
Resistência flexural da cerâmica IPS Empress 2 comparada a
liga Ni-Cr Balken®.
VENDRUSCULO,
A.*, CAAS, C., SUZUKI, R. M., MEZZOMO, E., BRAGA, C., LOPES, L. A. Z.
Departamento
de Prótese – Faculdade de Odontologia – Universidade Luterana do Brasil.
O presente estudo avaliou a resistência flexural da cerâmica
IPS Empress 2 e da liga Ni-Cr (Balken®). As dimensões dos
corpos-de-prova foram: 4,0 x 4,0 x 15,0 mm,
2,0 x 3,5 x 15,0 mm e
3,0 x 3,5 x 15,0 mm, para os três grupos
experimentais: grupo I: IPS Empress 2 ceramic, grupo II: liga de Ni-Cr
(Balken®) com 2,0 mm de espessura e grupo III: liga de
Ni-Cr (Balken®) com 3,0 mm de espesssura, respectivamente. Dez
corpos-de-prova foram confeccionados para cada grupo experimental de acordo com
as indicações do fabricante. Os corpos-de-prova foram submetidos ao ensaio de
resistência flexural de três pontos, dois cilindros de apoio, distantes
62 mm entre si, e um de aplicação de carga. Para tanto, foi utilizada uma máquina
de ensaio universal (Versat) com uma velocidade de deslocamento
0,5 mm/min. até a fratura dos corpos de cerâmica e a flexão dos corpos de
liga metálica. A média de resistência máxima à flexão foram: grupo I:
1.805,0 N (S.D. = 213,04); grupo II: 1.032,1 N
(S.D. = 45,2); grupo III: 2.849,7 N
(S.D. = 103,80). A análise estatística (teste de ANOVA) dos dados
demonstrou que houve diferença estatística entre todos os grupos
(p = 0,05).
A cerâmica IPS Empress 2 demonstrou resistência intermediária em relação
a liga Ni-Cr (Balken®).
B338
Alterações na dimensão vertical de oclusão utilizando-se
métodos diferentes para prensagem de próteses totais.
DUTRA R.
A.*, MARQUES, S. M. L., MOURÃO, R. L., ALVES, B. P., CARVALHO, M. C. F. S.,
COSTA, S. C.
Odontologia
Restauradora – FO – UFMG.
A prótese total, como qualquer outro tipo de prótese, é uma
reabilitação oral complexa e que apresenta dificuldades na confecção, tanto nas
fases clínicas como nas laboratoriais. Dentre os problemas encontrados nas
próteses totais, os que mais têm sido motivo de estudo são as alterações
oclusais, tendo destaque o aumento da dimensão vertical de oclusão. O objetivo
do presente estudo é avaliar três diferentes técnicas de polimerização da
resina acrílica de prótese total quanto à influência que poderiam exercer no
aparecimento de alterações na dimensão vertical de oclusão. Foram
confeccionados quinze pares de prótese total em modelos e chapas de prova
padronizados sendo divididos em três grupos de cinco. Um grupo foi polimerizado
através da técnica convencional, outro por meio da técnica com polimerização em
microondas e o terceiro através do uso de um injetor de resina. As possíveis
alterações na dimensão vertical de oclusão foram medidas em articulador
semi-ajustável usando-se um paquímetro digital. Após a análise estatística dos
resultados obtidos, observamos ser significante a diferença das medidas de
dimensão vertical observadas nas próteses confeccionadas através da utilização
do injetor de resina, tendo sido esta a que apresentou os melhores resultados,
enquanto que as duas outras apresentaram resultados estatisticamente
semelhantes.
Desta
maneira pode-se concluir que a polimerização através do uso de um injetor de
resina apresenta menor alteração na dimensão vertical de oclusão quando
comparada com a técnica de polimerização convencional ou através de microondas.
B339
Testes psicossociais como fatores prognósticos em pacientes
com desordens temporomandibulares.
GROSSI, M.
L.*, SELAIMEN, C., BRILHANTE, D. P.
Faculdade de
Odontologia – PUCRS - Brasil.
O objetivo principal deste estudo foi o de avaliar testes
psicossociais que possam ser de valor prognóstico no tratamento de pacientes
com desordens temporomandibulares idiopáticas (iDTM). Neste estudo nós
comparamos os testes psicossociais entre pacientes com iDTM que responderam bem
após tratamento conservador (respondentes ou rDTM) versus aqueles que
não responderam bem (não-respondentes ou nrDTM). Pacientes selecionados foram
os seguintes: i) aqueles que foram tratados de seis meses a três anos, ii)
pacientes do sexo feminino (n = 20, faixa etária: 15-50 anos), e iii)
aqueles que procuraram tratamento por dor orofacial na Faculdade de Odontologia
da PUCRS - Brasil, e que preencheram os critérios do RDC/TMD. Os testes
utilizados foram o Teste de Aprendizado Verbal da Califórnia (CVLT), o Teste do
Trigrama de Consoantes de Brown-Peterson (CCC), e o Inventário de Depressão de
Beck (BDI), níveis de fadiga e energia foram medidos com escalas de análise
visual de 100 mm (VAS), e o Questionário de Avaliação de Sono (SAQ). Os
sinais e sintomas de DTM, definidos pelo RDC/TMD, também foram avaliados. Os
resultados demonstraram que não haviam diferenças clínicas entre rDTM e nrDTM;
contudo, os escores do CVLT e do CTT foram maiores (15-20%,
p << 0,05) nos pacientes com nrDTM quando comparado com os com
rDTM; bem como os níveis de fadiga e do BDI (10-30%,
p << 0,05), respectivamente.
Estes dados confirmam a hipótese de que fatores psicossociais tem um
papel importante na etiologia multifatorial da DTM. (Apoio financeiro:
FAPERGS.)
B340
Avaliação do grau de satisfação e da qualidade das próteses
em pacientes portadores de dentaduras.
PINELLI, L.
A .P.*, RIBEIRO, R. A., BATISTA, A. U. D., ARIOLI Jr., J. N., MOLLO Jr., F. A.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOAr – UNESP.
Tel.: (0**16) 201-6406. E-mail: pinnus@hotmail.com
Foi avaliado o efeito da qualidade técnica das próteses no
grau de satisfação de pacientes portadores de próteses totais bimaxilares.
Foram examinados 170 pacientes onde se buscou determinar a satisfação com
relação às suas próteses por meio de um questionário relativo à aparência,
retenção, habilidade em mastigar, habilidade no paladar, fala e conforto. 110
indivíduos estavam satisfeitos e 60 insatisfeitos. Para a análise da qualidade
da prótese total foram examinados clinicamente 16 fatores, sendo que somente
seis se mostraram predominantes na definição do grau de satisfação, foram eles:
adaptação, estabilidade e retenção da prótese mandibular, oclusão, articulação
e retenção da prótese superior.
Pode-se concluir que a qualidade da prótese influenciou no grau de
satisfação do paciente, e que fatores relacionados à prótese total inferior
foram os mais influentes nessa satisfação. (Apoio financeiro: FAPESP.)
B341
Avaliação da utilização das próteses parciais removíveis em
pacientes fissurados.
TEIXEIRA, M.
L.*, MAGANHA, L. F. C., LOPES, J. F. S., PINTO, J. H. N.
Setor de
Prótese – HRAC – USP – Bauru. Tel.: (0**14) 235-8086.
E-mail: mltx@uol.com.br
A reabilitação oral de pacientes fissurados é um desafio
para os dentistas, pois esses pacientes apresentam grandes alterações oclusais
e funcionais. A utilização de próteses parciais removíveis (PPR) na
reabilitação oral de pacientes fissurados é uma alternativa de tratamento de
baixo custo que consegue preencher os requisitos funcionais, estéticos e
fonéticos, tão prejudicados nesse grupo de pacientes. Assim, o objetivo do
presente trabalho foi verificar o comportamento clínico das PPR em pacientes
fissurados, após longo tempo de uso. Foram avaliados 50 pacientes fissurados,
perfazendo um total de 66 próteses analisadas, com tempo de uso médio de 33
meses. A investigação constou de exame clínico, onde foram analisados fatores
relacionados às próteses e aos dentes remanescentes, tais como cárie,
gengivite, mobilidade dentária ou da prótese, fratura de grampos, manchamento e
desgaste oclusal acentuado. Os resultados mostraram que a incidência de cáries
relacionadas às próteses ocorreu em somente 1,1% dos dentes e que os índices de
gengivite e mobilidade estavam mais relacionados aos dentes adjacentes à área
da fissura. Em relação às próteses, o problema mais significativo foi a fratura
de grampos, que ocorreu em 22% das próteses, sem que houvesse, entretanto,
grandes problemas relacionados aos dentes afetados por essas fraturas.
Os resultados obtidos permitem concluir que a utilização de PPR na
reabilitação oral de pacientes fissurados é bastante viável e que as mesmas
apresentam um comportamento clínico bastante satisfatório após sua instalação.
B342
Estudo cefalométrico da posição de dentes artificiais
montados pela técnica da Zona Neutra.
SILVA, A. S.
F.*, NÓBILO, M. A. A., POMILIO, A., MESQUITA, M. F., HENRIQUES, G. E.
Departamento
de Prótese e Periodontia – FOP – UNICAMP; FO – PUC - Campinas.
Tel.: (0**19) 430-5295.
O objetivo deste estudo foi avaliar a posição dos dentes
artificiais montados em próteses totais duplas confeccionadas pela técnica da
Zona Neutra, por meio cefalometria e posteriormente comparar estas posições com
aquelas ocupadas por dentes naturais, tomando como base os padrões de normalidade
das análises. Foram avaliados 28 indivíduos, previamente reabilitados com
próteses totais duplas, da raça branca e sexo feminino. Após a adaptação, foram
tomadas telerradiografias em norma frontal e lateral, com as superfícies
dentárias marcadas com uma substância contraste, executados os traçados pelo
método manual e realizadas as mensurações lineares. Os resultados foram
analisados pelo intervalo de confiança para a média ao nível de 95%, sendo
estes intervalos comparados com os padrões das análises, indicando diferenças
significativas ou não. Os valores da posição ântero-posterior dos incisivos
centrais superior (99,84 mm) e inferior (97,39 mm); da dimensão
transversal intermolares (53,91 mm) e da relação dos primeiros molares
inferiores esquerdo (10,79 mm) e direito (10,45 mm) em relação ao
complexo maxilomandibular não apresentaram diferença significativa, quando
comparados com os padrões de normalidade, que eram respectivamente:
94,1 mm ± 5,05; 90,0 mm ± 5,33; 54 mm ± 2
e 11,6 mm ± 2, para ambos os lados. A posição ântero-posterior
do primeiro molar superior (23,41 mm), quando comparada ao padrão de
normalidade (18 mm ± 3) foi significativamente diferente.
As posições
vestíbulo-linguais dos dentes artificiais montados pela Zona Neutra e naturais
são compatíveis.
B343
Estudo dos materiais e métodos de higiene oral estabelecidos
para o portador de prótese.
CUNHA, L. D.
P.*, ROCHA, E. P., PELLIZZER, E. P., DEL BEL CURY, A. A.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOA – UNESP. E-mail: eprocha@foa.unesp.br
Suspeita-se que o usuário de prótese desconhece os materias
e métodos empregados na higienização bucal ou não aplica as instruções
recebidas pelo profissional. Tendo em vista este aspecto, e após a aprovação do
projeto pelo Comitê de Ética em Humanos, o presente trabalho teve o objetivo de
avaliar os materiais e métodos empregados por 15 cirurgiões-dentistas na cidade
de Araçatuba - SP. Assim, utilizou-se um questionário com 16 perguntas
sobre: graduação e ano; momento da orientação de higiene; materiais empregados
para prótese total, parcial removível ou fixa; produto comercial de eleição
para uso caseiro; conduta nos casos de fixadores ou bases resilientes; controle
após instalação e conceito sobre índices diferenciados de placa e cárie nos
casos de prótese total ou parcial removível. Como resultados verificou-se que a
orientação basicamente ocorre no momento da instalação, recai no uso de escovas
de dentes e dentifrício; não há uniformidade no uso de anti-sépticos e na
proservação do caso; 73% acreditam que o uso de prótese total ou parcial
removível influencia negativamente nos índices de placa e cárie.
Concluiu-se que o cirurgião-dentista apresenta um conhecimento reduzido
sobre os materiais e métodos mais eficazes para auxiliar a higienização do
portador de prótese, com critérios de escolha mal definidos, estando
desatualizado em relação aos conceitos de promoção de saúde para o portador de
prótese.
B344
Infiltração cérvico-apical em canais radiculares obturados e
preparados para pino intra-radicular.
BORBA, M.
V.*, MEZZOMO, E., ZUCCO, L., SOUZA, M. A. L.
Universidade
Luterana do Brasil. Tel.: (0**51) 346-1493.
E-mail: miborba@yahoo.com.br
O objetivo deste estudo foi avaliar, in vitro, a
infiltração coronária em canais radiculares preparados para pino em diferentes
tempos de exposição à saliva artificial e Staphylococcus aureus (ATCC
25923), usando-se medicação intracanal de hidróxido de cálcio nos espécimes com
120 minutos de exposição. Os canais radiculares foram tratados pela técnica
coroa-ápice, obturados pela técnica da condensação lateral, e o espaço para
pino realizado com brocas Largo. Foram então distribuidos em 4 grupos
experimentais e 3 grupos controle. Experimentais: (1)- exposição por 120
minutos e medicação de hidróxido de cálcio, (2)- exposição por 120 min.,
(3)- exposição por 14 dias, e (4)- exposição por 90 dias. Controles: positivo-
espécimes não-obturados, negativos (1)- ausência de exposição, (2)- totalmente
obturados, selados coronariamente e expostos à contaminação. Os espécimes foram
observados diariamente por 90 dias e a infiltração constatada pela turvação do
meio de cultura (BHI). Todos os controles positivos turvaram em 24 horas e
nenhum espécime dos grupos controles negativos apresentou turvação. Todos os
grupos experimentais apresentaram espécimes turvos e isto ocorreu do 2º ao 86º
dias. Apesar dos grupos 3 e 4 apresentarem maior número de espécimes com
infiltração, não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos.
Os resultados indicam que a falta de selamento coronário pode causar
infiltração em canais radiculares obturados e preparados para pino em um curto
período de tempo, e que hidróxido de cálcio aplicado após a contaminação não
impede a infiltração.
B345
Desenvolvimento do apinhamento dentário nas dentições
decídua, mista e permanente.
DI NICOLÓ,
R.*, McNAMARA, J., BARBOSA, C. S.
Departamento
de Odontologia Social e Clínica Infantil – Faculdade de Odontologia de São José
dos Campos – UNESP.
O objetivo deste estudo foi o de acompanhar o
desenvolvimento do apinhamento dentário dos arcos superior e inferior durante
os períodos das dentições decídua, mista e permanente através de um estudo
longitudinal envolvendo 90 pacientes. Desta forma, 180 modelos de estudo
superiores e inferiores foram selecionados do acervo da The University of
Michigan Elementary and Secondary School Growth Study (UMGS), totalizando 540
modelos. Nenhum dos pacientes foi submetido a qualquer tipo de tratamento
restaurador ou ortodôntico. Foi medido o valor do perímetro dos arcos com o
auxílio de um sistema de mensuração computadorizado (Bioscan OPTIMAS Imaging
System, Seattle, Washington). Foi realizada também a somatória das distâncias
mésio-distais dos dentes presentes nos arcos. A obtenção do valor numérico do
apinhamento dentário nos arcos superior e inferior foi obtida através da
subtração das duas medidas citadas anteriormente. A fórmula seria o valor do
perímetro do subtraído da somatória das distâncias mésio-distais dos dentes
presentes.
Os resultados revelaram que tanto para o arco superior como para o arco
inferior houve uma tendência a um aumento no apinhamento dentário entre a
dentição decídua e mista, ocorrendo uma discreta melhora no quadro quando estes
pacientes atingem a dentição permanente. (Apoio financeiro: CAPES.)
B346
Análise dos princípios dos preparos protéticos para coroas
metalocerâmicas.
OLIVEIRA, M.
S.*, ROCHA, P. V. B., FILHO, A. L. B., CAVALCANTI, A. F. S.
Departamento
de Odontologia – Universidade Federal de Sergipe.
O fundamento da pesquisa foi a avaliação dos fatores para
execução de preparos dentários para confecção de coroas metalocerâmicas e se
estão sendo seguidos, possibilitando uma adequada retenção com preservação de
estrutura dentária, saúde dos tecidos periodontais, resistência da
infra-estrutura e espaço para adequado volume de porcelana que favoreça um
resultado estético e funcional. Foi utilizada uma amostra de 200 troquéis de
modelos de trabalho, no período de março a junho de 1997. Utilizamos pontas
diamantadas, cuja finalidade era avaliar a quantidade de desgaste das paredes
axiais, oclusais/incisais, 1ª e 2ª inclinações dessas paredes e tipo de término
cervical, além do lápis grafite para observar a nitidez do término cervical do
preparo no troquel. Os dados foram coletados numa tabela e para confirmação
estatística foi realizado o teste qui-quadrado. No geral 50,8% estavam
enquadrados nos critérios básicos dos princípios dos preparos e 20,8%
apresentavam-se num padrão aceitável, enquanto 28,4% não estavam seguindo os
mesmo princípios.
Apesar da importância dos princípios, estes não estavam sendo seguidos,
ficando os parâmetros de análise adequados e aceitáveis bem abaixo do esperado,
conforme o teste qui-quadrado, sendo significativo o percentual de preparos
inadequados em cada característica observada, levando ao fracasso os
tratamentos protéticos restauradores.
B347
Avaliação da interface, através de líquido penetrante, entre
ligas metálicas e sistemas estéticos.
GIANNINI,
V.*, FIGUEIREDO, A. R., PAVANELLI, C. A., BALDUCCI, I., MOURA, A. H.,
BOTTINO, M. A.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOSJC – UNESP.
O propósito deste estudo foi avaliar a interface
metal/material estético, através de líquido penetrante, entre 2 ligas
metálicas: Au (Degulor M) e Co-Cr (Duracrom G) e 2 sistemas estéticos: Targis
(Ivoclar) e Artglass (Heraeus Kulzer). Para tanto, uma matriz de silicone foi
utilizada para a confecção de 40 corpos-de-prova, que foram divididos em 2 grupos,
com e sem retenções mecânicas (esferas de vidro) nas dimensões de 4 mm de
altura, 7,5 mm de diâmetro e 0,5 mm de espessura. Após fundição foram
jateados com óxido de Al para aplicação dos sistemas estéticos conforme
recomendação dos fabricantes. Formaram-se 8 grupos: 4 para Artglass e 4 para
Targis, variando-se a liga metálica e o tipo de retenção. As amostras
concluídas foram termocicladas (600 ciclos, 5º e 55ºC) e avaliadas através de
líquido penetrante fluorescente visível à luz negra. Os resultados foram
obtidos através de lupa (5 X) com escala de 0 a 4 e tratados no programa
Sigma Stat 2.03. Confrontamos o desempenho entre Targis e Artglass pelo teste
de Mann-Whitney e verificamos uma relação não significante com
p = 0,597. Comparando-se os sistemas estéticos com ligas independente
do tipo de retenção, teste de Kruskal-Wallis, encontramos uma diferença
significativa com nível de 5%, e ainda no teste de comparação múltipla de Dunn
verificamos diferença significativa entre grupos Artglass/Au/sem retenção e
Targis/Co-Cr/com retenção.
Concluiu-se que o sistema de retenção tem influência na interface
liga/material estético, observando-se maior grau de infiltração nos espécimes
sem retenção mecânica. (FAPESP - 99/10831-8.)
B348
Resistência à fratura de dentes restaurados com reforço
intra-radicular em resina composta.
GUIMARÃES,
J. C.*, FREITAS, V. P., GUERRA, S. M. G., ZANDONADE, E.
Departamento
de Prótese Dentária – CBM – UFES. Tel.: (0**27) 335-7227.
E-mail: ppgo@npd.ufes.br
A técnica de reforço intra-radicular com resina composta vem
sendo indicada para a restauração de raízes com paredes delgadas em dentes
tratados endodonticamente. Este estudo se propôs a comparar a resistência à
fratura de dentes com raízes debilitadas quando restaurados com e sem reforço
intra-radicular. Foram selecionados vinte incisivos centrais superiores hígidos
e anatomicamente semelhantes. Os dentes foram aleatoriamente distribuídos em
dois grupos de dez dentes cada e após a remoção das coroas foram desgastados internamente
para simular o enfraquecimento radicular. As raízes foram restauradas no grupo
I com pinos e núcleos metálicos fundidos e no grupo II com reforço
intra-radicular em resina composta e com pinos e núcleos metálicos fundidos.
Foi utilizado o mesmo agente cimentante em todos os grupos. Os dentes foram
termociclados e montados em blocos de resina acrílica. Os corpos-de-prova foram
submetidos ao teste de resistência através da aplicação de carga compressiva
com uma velocidade constante de 2 mm/min. até que ocorresse a falha. A
carga média no momento da falha foi de 79,52 kgf para o grupo I e de
67,02 kgf para o grupo II. Foi realizado o teste paramétrico t de
independência para comparação de médias entre os grupos. A análise estatística
revelou a ausência de diferenças estatisticamente significantes (t =
2,07; p = 0,053) entre os grupos.
Nas condições deste estudo, o reforço intra-radicular em resina composta
não aumentou a resistência de raízes estruturalmente comprometidas.
B349
Avaliação da resistência ao cisalhamento de três porcelanas
com três ligas não-nobres.
ELIAS, G.
A.*, FERNANDES NETO, A. J., PRADO, R. A., PANZERI, H., MENDONÇA, G.
Faculdade de
Odontologia – UFU. Tel.: (0**34) 3218-2222. E-mail: alfredon@ufu.br
Devido à rápida evolução e contínua disponibilidade de novas
ligas não-nobres e sistemas cerâmicos uma avaliação constante da resistência de
união destes materiais tornou-se necessária, principalmente no que diz respeito
ao uso das possíveis combinações metal/porcelana. Este estudo avaliou a
resistência da união metal/porcelana de três marcas comerciais de sistemas
cerâmicos, em diversas combinações com três ligas metálicas à base de
níquel-cromo (Ni-Cr). As ligas de níquel-cromo usadas foram: Durabond, Verabond
e Viron; aplicadas sobre os sistemas cerâmicos: Duceram, Williams e Noritake.
Foram utilizados 30 corpos-de-prova para cada liga testada em um total de 120
amostras. Os testes foram feitos em corpos-de-prova, seguindo o modelo de
Chiodi Netto, para verificar a resistência ao cisalhamento usando uma máquina
de testes de tração e compressão universal (EMIC). A avaliação da resistência
ao cisalhamento foi calculada usando a força aplicada dividida pela área de
superfície da camada de opaco. Dos sistemas cerâmicos avaliados Noritake/Viron
(32,93 MPa) apresentou o melhor desempenho, enquanto Duceram/Verabond
(19,86 MPa) mostrou menor resistência quando submetido aos testes.
Das interações testadas, a combinação da liga metálica de nome comercial
Viron associada ao sistema cerâmico Noritake (32,93 MPa), apresentou o
melhor desempenho, seguido por Viron/Duceram (24,33 MPa) e
Verabond/Noritake (22,306 MPa).
B350
Avaliação da resistência de união de três porcelanas sobre
três ligas de Ni-Cr e uma de Cr-Co-Ti.
NOGUEIRA, L.
A. A.*, FERNANDES NETO, A. J., PANZERI, H., NEVES, F. D., MENDONÇA, G.
Faculdade de
Odontologia – UFU. Tel.: (0**34) 3218-2222. E-mail: alfredon@ufu.br
Foi avaliado pelos autores a resistência da união
metal/porcelana de três marcas comerciais de sistemas cerâmicos: Vita VMK 88,
Duceram e Williams; em diversas combinações com três ligas metálicas à base de
níquel-cromo (Ni-Cr): Durabond, Lite Cast B e Resistal P, todas citadas como as
mais procuradas nas Dentais estabelecidas na cidade de Uberlândia - Minas
Gerais, e também uma liga experimental à base de cromo-cobalto, contendo
titânio, utilizando o teste de Chiodi Netto para os experimentos. Foram
utilizados 30 corpos-de-prova para cada tipo de liga metálica, em um total de
120 amostras. A resistência ao cisalhamento foi verificada utilizando uma
máquina de testes universal (EMIC). A avaliação da resistência ao cisalhamento
foi calculada usando a força aplicada dividida pela área de superfície da
camada de opaco.
A partir dos resultados obtidos concluiu-se que: 1) dos sistemas
cerâmicos avaliados, o da marca Duceram apresentou o melhor desempenho, seguido
pelo da Vita VMK 88 e, o da Williams que mostrou menor resistência; 2) das
ligas analisadas, a experimental denotou melhor desempenho, seguida da Resistal
P, Durabond e Lite Cast B, esta última com menor resistência às forças de
cisalhamento; 3) das interações testadas, a combinação liga Resistal P/sistema
de porcelana Duceram apresentou o melhor resultado, seguida por
experimental/Vita VMK 88; experimental/Duceram; Durabond/Duceram e Resistal
P/Vita VMK 88.
B351
Análise fotoelástica do comportamento mecânico de um sistema
de encaixe rompe-forças.
LEITE, K.
S.*, ROCHA, P. V., LAGANÁ, D., SPYRIDES, G.
Departamento
de Dentística Restauradora – Universidade Federal da Bahia.
Tel.: (0**71) 358-9451. E-mail: shadow@quasar.com.br
O objetivo deste trabalho foi analisar, através do método
fotoelástico quasi-tridimensional, o comportamento mecânico das próteses
parciais removíveis de extremidades livres com o sistema de encaixe tipo
rompe-forças Rezende (com encaixes intracoronários profundos e conexão
semi-rígida, retenção funcional) em relação à distribuição de tensões que
ocorreram nos corpos-de-prova que simularam o tecido periodontal dos
dentes-suporte (primeiros e segundos pré-molares), a fibromucosa e o tecido
ósseo de suporte. Este sistema tem 40 anos de sucesso clínico e radiográfico
(REZENDE, A. B., J Bras JBC, v. 3, n. 13, p. 9-17, 1999).
Os corpos-de-prova utilizados apresentaram próteses parciais fixas associadas
às próteses removíveis com sistema de encaixe rompe-forças e com as selas
contendo dois pônticos (primeiros e segundos molares). Foram aplicadas cargas
concentradas com valores de 1 a 13 kg em ordem crescente nas fossas
centrais dos molares. A análise foi feita no lado de trabalho e no lado de
balanceio.
Concluiu-se que no lado de trabalho, houve axialização de cargas sobre
os pilares e tensões equilibradas de baixa intensidade sobre o rebordo. No lado
de balanceio não foram observadas tensões.
B352
Desordens temporomandibulares: prevalência de sinais e
sintomas.
GOUVÊA, C.
V. D., MORAES, R. C. M.*, ALMEIDA, L. R., JORGE, M. Z., OLIVEIRA, S. S. I.,
GOUVÊA, M. V.
Faculdade de
Odontologia – UFF.
O objetivo deste trabalho foi verificar os sinais e sintomas
associados às desordens temporomandibulares presentes em alunos do Curso de
Odontologia da Universidade Federal Fluminense. Para tanto, foram examinados
clinicamente 180 alunos, na faixa etária compreendida entre 21 a 26 anos,
durante o ano de 2000, após calibração dos pesquisadores. Os achados clínicos
(sons articulares, mastigação unilateral, interferências, restrição de
movimentos, desvio de linha média em Máxima Intercuspidação Habitual (MIH),
trajetória de abertura da boca e dor orofacial) foram anotados em ficha clínica
especialmente elaborada para este fim. Foi possível observar que 16% dos alunos
apresentaram estalido e 8% crepitação. A mastigação unilateral achava-se
presente em 22% da amostra. As interferências foram encontradas tanto no lado
de trabalho (14%), quanto no lado de balanceio (22%). A restrição de movimentos
mandibulares foi encontrada em 6% dos examinados. Desvio da linha média em MIH
estava presente em 13% dos examinados. A trajetória de abertura desviada em 16%
da amostra e a dor orofacial em 8% do total.
Com base na análise dos resultados obtidos pode-se concluir que existe
na amostra estudada um quadro relevante de sinais e sintomas associados às
desordens temporomandibulares.
B353
Efeito da combinação de gessos de inclusão sobre a adaptação
das bases de prótese total.
ALMEIDA, M.
H. W.*, DOMITTI, S. S., CONSANI, R. L. X., CONSANI, S.
Departamento
de Prótese e Periodontia – Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP.
Este estudo avaliou o efeito da combinação de gessos de
inclusão (tipos II, III e IV), sobre a adaptação de bases de prótese total
superior confeccionadas com resinas acrílicas Clássico e Acron MC, curadas nos
ciclos convencional (banho de água a 74ºC, por 9 horas), estufa seca (9 horas a
74ºC) e por energia de microondas (500 W por 3 minutos). Foram feitos 45
modelos em gesso-pedra representando uma arcada maxilar. Sobre os modelos foram
feitas bases de cera, com 2 mm de espessura, separadas em 9 grupos de 5
réplicas e incluídas em muflas específicas, de acordo com as interações gessos
tipos II x III, tipos II x IV e tipos III x IV. Após remoção das
bases de cera, prensagem e polimerização das resinas, as muflas foram esfriadas
em temperatura ambiente. Em seguida, as bases de resina foram removidas, limpas,
acabadas e fixadas em seus modelos com adesivo Super Bonder (Loctite). Os
conjuntos base de resina-modelo de gesso foram seccionados em três secções
transversais, nas regiões correspondentes à distal de caninos, mesial de
primeiros molares e região palatina posterior. O desajuste foi verificado em 5
pontos referenciais para cada corte, com microscópio comparador linear (Leitz)
com precisão de 0,001 mm. Os resultados foram submetidos a ANOVA e ao teste de
Tukey (5%).
Os autores concluíram que: 1) a combinação gessos comum/pedra mostrou os
melhores resultados nos ciclos convencional (0,090 mm), microondas
(0,056 mm) e estufa (0,039 mm); 2) a combinação comum/pedra mostrou
menor desajuste nos cortes das regiões dos molares (0,058 mm) e palatina
(0,080 mm).
B354
Efeito da desprogramação neuromuscular na altura facial
anterior inferior.
ANDRIGHETTO,
A. R.*, PAIVA, J. B., FANTINI, S. M.
Departamento
de Ortodontia – Faculdade de Odontologia – Universidade de São Paulo.
O propósito do presente estudo foi determinar,
radiograficamente, o efeito da desprogramação neuromuscular, por meio do uso da
placa miorrelaxante superior, na altura facial anterior inferior. A
desprogramação neuromuscular foi feita objetivando-se realizar o diagnóstico
ortodôntico com a mandíbula em relação cêntrica (RC). Foram avaliados 15
indivíduos assintomáticos, com maloclusões Classe II de Angle, entre 15
anos e 7 meses e 20 anos e 2 meses de idade, sendo 7 do sexo masculino e 8 do
feminino. De cada paciente, foram obtidas duas telerradiografias em norma
lateral, na posição natural da cabeça (PNC), sendo a primeira previamente, e a
segunda, após a desprogramação neuromuscular. O tempo médio de uso da placa
miorrelaxante foi de 10 meses e 6 dias. A altura facial anterior inferior foi
avaliada por meio da grandeza linear ENA-Me. Os valores médios pré- e
pós-desprogramação foram de 64,59 mm (± 6,57) e de 68,97 mm (± 6,56),
respectivamente. A diferença foi significativa no nível de 0,1%
(p << 0,001).
Concluiu-se que houve aumento significativo da altura facial anterior
inferior após a desprogramação neuromuscular em pacientes com maloclusão de
Classe II de Angle.
B355
Influência da polimerização de próteses totais na alteração
da dimensão vertical.
CARVALHO, A.
L. A.*, COMPAGNONI, M. A.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – Faculdade de Odontologia de
Araraquara – UNESP. E-mail: andrea.alac@ig.com.br
O objetivo desse trabalho foi avaliar a alteração da
dimensão vertical de oclusão em próteses totais após a polimerização da prótese
total superior em três diferentes ciclos em banho de água quente, sendo eles:
A) ciclo longo; B) ciclo australiano e C) ciclo empírico. Os resultados para
cada ciclo de polimerização proposto foram comparados entre si através da
análise de variância ao nível de significância de 5%. Foi observado um aumento
médio na dimensão vertical de oclusão após a polimerização da prótese total
superior nos ciclos A, B e C de 0,336 mm, 0,236 mm e 0,233 mm
respectivamente, não existindo, no entanto, diferença estatisticamente
significante entre estes valores.
Portanto, os ciclos de polimerização em banho de água quente avaliados
produziram efeitos semelhantes sobre a alteração da dimensão vertical de
oclusão em próteses totais. (Apoio financeiro: FAPESP - 96/03674-5.)
B356
Importância da hipermobilidade condilar na etiologia de
disfunção craniomandibular.
DUARTE, M.
S. R.*, MORAES, L. C., OLIVEIRA, W.
Centro de
Oclusão e Articulação Temporomandibular (COAT) e Disciplina de Radiologia –
FOSJC – UNESP. Tel.: (0**12) 321-2073.
Com o propósito de verificar a influência da hipermobilidade
condilar sobre sintomas de disfunção craniomandibular (DCM), foram analisados
49 pacientes (P) com queixas de DCM (43 F e 6 M com idades entre 11-56, com
média de 32 anos) e 31 indivíduos de controle (C) sem queixas (22 F e
9 M com idades entre 17-54, com média de 34 anos) com hipermobilidade
condilar. Por intermédio de radiografias transcranianas foi medido o grau de
translação dos côndilos em relação ao tubérculo articular, encontrando a média
de 9,0 mm de projeção além deste referencial anatômico. Deste modo, cada
grupo pôde ser subdividido em dois outros: aqueles que não ultrapassavam o
valor médio de 9,0 mm (grupo I) e os que o faziam (grupo II). A
amostra final constou respectivamente de: I-P = 27,
I-C = 15 e II-P = 22, II-C = 16 indivíduos. Os
grupos foram então comparados em relação à presença de outros fatores
considerados etiológicos de DCM: sintomas de estresse, alterações sistêmicas,
hábitos parafuncionais, trauma, hipermobilidade articular geral e má-oclusão.
Os resultados mostraram que pacientes com queixas de DCM apresentaram, com
significância estatística, mais sintomas relacionados ao estresse, mais
alterações sistêmicas e hábitos parafuncionais.
Pode-se concluir que o grau de hipermobilidade condilar não influenciou
os sintomas de DCM, no entanto, quando exacerbado e associado a outros fatores
pareceu aumentar a predisposição à disfunção.
B357
Autocorreção da mordida aberta anterior após remoção de
hábitos.
DEGAN, V.
V.*, BONI, R. C., ALMEIDA, R. C., VEIGA, M. C.
Área de
Fisiologia Oral – FOP – UNICAMP; UNICASTELO. Tel.: (0**19) 430-5286.
E-mail: vvdegan@yahoo.com.br
Essa pesquisa teve como objetivo verificar alteração oclusal
em pacientes com mordida aberta anterior em decorrência da remoção de hábitos
de sucção de chupeta e/ou mamadeira. A amostra foi constituída de 30 crianças,
com idade entre 4 anos e 6 anos e 3 meses, de ambos os sexos, portadoras de
hábito de sucção de chupeta e/ou mamadeira, que possuíssem mordida aberta
anterior, podendo ou não apresentar outra maloclusão associada. As alterações
morfológicas decorrentes da remoção do hábito foram avaliadas através de
análise cefalométrica em telerradiografias, em norma lateral da cabeça,
executadas no início do tratamento e de 30 a 45 dias após a eliminação do
hábito. A avaliação cefalométrica considerou as grandezas: 1.NA, Ângulo
Interincisivo, 1-NA, Sobremordida e Sobressaliência. Para a remoção dos hábitos
de sucção de chupeta e/ou mamadeira foi utilizado o Método de Esclarecimento
(BONI et al., 1997 e DEGAN, 1999). Os resultados demonstraram, que as
medidas cefalométricas sofreram alterações decorrentes do tratamento de remoção
dos hábitos de sucção. As alterações foram estatisticamente significantes a
nível de 5% para todas as medidas analisadas (1.NA: 5,19º; Ângulo
Interincisivo: 9,1º; 1-NA: 1,15 mm; Sobremordida: 2 mm; e,
Sobressaliência: 0,6 mm). Após a análise dos resultados, bem como as
observações clínicas, verificamos que, ocorreram alterações no posicionamento
dos incisivos, e conseqüente diminuição, ou mesmo fechamento, da mordida aberta
anterior.
Portanto pode-se concluir que as alterações oclusais ocorreram devido ao
abandono dos hábitos de sucção de chupeta e/ou mamadeira. (Apoio financeiro:
CAPES.)
B358
Efeito da instalação de próteses sobre o espaço funcional
livre.
RODRIGUES
GARCIA, R. C. M.*, OLIVEIRA, V. M. B., DEL BEL CURY, A. A.
Departamento
de Prótese e Periodontia – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5294.
E-mail: regarcia@fop.unicamp.br
O objetivo do presente trabalho foi estudar a alteração do
espaço funcional livre (EFL) durante a pronúncia dos fonemas /s/ e /m/ da
Língua Portuguesa, em pacientes parcialmente edentados, antes e após períodos
de tempo da instalação de próteses total superior e parcial inferior. Os
voluntários foram divididos em 2 grupos: G1) composto por 9 pacientes que
receberam as próteses, e G2) composto por 9 pacientes dentados. O método
eletromagnético de traçado dos movimentos mandibulares foi utilizado para medir
as alterações do EFL. A análise estatística demonstrou que na comparação entre
os grupos (teste t), houve diferença significante para o som /m/
(p << 0,05) em todos os tempos: antes da reabilitação - T0
(3,38 ± 1,23), imediatamente após - T1 (2,15 ± 1,06),
6 h - T2 (3,41 ± 1,33), 24 h - T3 (2,92 ± 0,92),
2 dias - T4 (4,80 ± 1,93), 1 semana - T5 (3,87 ± 1,43),
2 semanas - T6 (3,03 ± 0,96), 1 mês - T7 (3,03 ± 0,96),
2 meses - T8 (4,47 ± 1,45) e 3 meses - T9 (4,33 ± 2,56),
exceto 6 meses - T10 após a instalação das próteses. Para o /s/ os
resultados diferiram entre os grupos nos tempos T1 (2,89 ± 1,33), T2
(3,37 ± 1,22), T3 (3,19 ± 1,06), T4 (3,86 ± 1,21),
T5 (3,83 ± 1,32), T6 (3,27 ± 1,10), T7 (3,37 ± 0,99)
e T10 (3,84 ± 1,38) após a reabilitação. O teste t pareado,
para comparação das médias do EFL antes e após a reabilitação, indicou
diferenças significantes (p << 0,05) para o /m/ em T1, e para o
/s/ em T1, T2, T3, T6, T7 e T10.
Conclui-se que a instalação de novas próteses, corrigindo-se a dimensão
vertical de oclusão altera o EFL, e para a pronúncia do /m/ este foi recuperado
após seis meses. (FAPESP - 99/01140-1.)
B359
Avaliação de sulfurados voláteis na halitose de portadores
de próteses.
OLIVEIRA, V.
M. B.*, DEL BEL CURY, A. A., CURY, J. A., RODRIGUES GARCIA, R. C. M.,
IVO, D. R.
Faculdade de
Odontologia de Piracicaba – UNICAMP. E-mail: altcury@fop.unicamp.br
O mau hálito é uma condição comum que afeta aproximadamente
50% da população adulta e em 90% dos casos tem origem na cavidade bucal,
causada pela presença de componentes sulfurados voláteis (CSV) resultantes do
metabolismo bacteriano. O objetivo desta pesquisa foi estabelecer a relação
quantitativa de CSV e o uso de próteses. Foram selecionados 10 voluntários
saudáveis desdentados totais superiores e classe I de Kennedy inferiores, que
não possuíssem doença periodontal, infecções orais, nasais ou faríngeas. As
próteses foram confeccionadas e foi realizada a mensuração de CSV no dia da instalação
das próteses (T0 - “baseline”), após 30 e 90 dias (T1 e T2,
respectivamente), utilizando uma aparelho digital sensível ao CSV (Halimeter)
que calcula a concentração de CSV em ppb. Foram realizadas três medidas para
cada voluntário e obtida uma média. No tempo T0 foi realizada também a
mensuração do fluxo salivar não-estimulado e o índice de placa. Os pacientes
foram instruídos a não fumar 4 h antes do experimento, não comer comidas
condimentadas 24 h antes e, nos dias da pesquisa, não usar perfume e estar
em jejum de 8 h. As médias e os desvios-padrão para CSV foram: T0:
48,20 ± 26,4; T1: 58,22 ± 23,8 e T2: 54,63 ± 20,3.
Não houve correlação direta entre o índice de placa visível e a quantidade de
CSV, entretanto houve significância estatística na correlação entre o fluxo
salivar não-estimulado e a quantidade de CSV no hálito
(p << 0,001).
Conclui-se
que na maioria dos voluntários houve aumento estatisticamente significante de
CSV após a instalação das próteses. (FAPESP - 00/02487-4.)
B360
Comparação da resistência à tração de quatro cimentos
temporários.
MACHADO, R.
S. P.*, SANTIAGO, L. C., TELLES, D. M.
Departamento
de Prótese – UNIGRANRIO.
Uma das funções dos cimentos temporários é manter a
restauração provisória em posição durante a função mastigatória e para tal,
esses materiais devem possuir resistência à tração suficiente para suportar as
forças de deslocamento vertical. Sendo assim, o objetivo desse estudo é
comparar a resistência à tração dos cimentos Temp-Bond NE (Gr. 1),
Freegenol (Gr. 2), Procem (Gr. 3) e Provy New (Gr. 4), quando
mantidos constantes os princípios mecânicos dos preparos: altura, conicidade e
extensão. Quarenta primeiros pré-molares humanos foram preparados para coroa
total em um delineador BioArt1000 com turbina de alta rotação reta e ponta
diamantada 4.138 KG Sorensen, conferindo ao preparo uma conicidade de 6º e uma
altura de 4 mm. Em seguida, utilizando a técnica do pincel, foram
confeccionadas restaurações provisórias em resina acrílica com uma haste
metálica fixada na face oclusal e cimentadas sob pressão de 5 kg em uma
prensa para cimentação, de acordo com seus grupos. Após armazenadas em saliva
artificial durante 24 horas, as restaurações foram tracionadas em uma máquina
de ensaios com velocidade 0,5 mm/min. Os valores médios para as forças de
deslocamento foram: Gr. 1- 33,8 (12,5), Gr. 2- 31,0 (11,7),
Gr. 3- 50,6 (12,7) e Gr. 4- 42,6 (10,9) e quando submetidas ao teste
ANOVA foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os grupos
1/3 e 2/3 (p << 0,05).
Desta forma, concluímos que o cimento Procem foi mais resistente à
tração do que o Temp-Bond NE e Freegenol, nas condições estudadas.
B361
A ressonância magnética da ATM: relação com sinais clínicos.
KALCZUK, L.,
SANTOS, S. H.*, SCHAWN, A., CARVALHAL, A. J. S., CABRAL, L. A. G.,
ROSA, L. E. B.
Biociências
e Diagnóstico Bucal – FOSJC; PLANI. Tel.: (0**12) 321-8166.
E-mail: blumer@fosjc.unesp.br
A ressonância magnética (RM) é um método auxiliar no
diagnóstico dos distúrbios da ATM, pois possibilita a visualização do disco
articular em sua posição e morfologia, fossa mandibular, côndilo mandibular e
eminência articular do temporal, mobilidade do côndilo mandibular, espaço
articular, derrame articular e da musculatura mastigatória associada à ATM. O
objetivo principal desse trabalho foi relacionar os sinais clínicos mais
evidentes – clique, limitação de abertura, dor e assimetria facial –
com os achados na RM. Para isso, foram observados 44 pacientes da clínica PLANI
de diagnóstico por imagem localizada em São José dos Campos. Após a análise das
imagens de RM por uma equipe de radiologistas e de patologistas, constatou-se
que em 80% dos casos houve anteriorização do disco articular, sendo 70% com
recaptura e 20% sem recaptura; medialização do disco em 10%; alterações
morfológicas do côndilo em 30% e do disco em 20%; derrame intra-articular em 1
caso e aderência do disco em outro.
Com base nestes dados foi possível concluir que a RM traduz o estado
real dos processos patológicos da ATM. Concluiu-se também que o exame clínico é
importante na avaliação da ATM, porém deverá sempre que possível estar
associado a outros métodos de diagnóstico, sendo que dentre eles a RM é o que
traduz com mais fidelidade a real situação da ATM.
B362
Biocorrosão induzida por Streptococcus mutans.
ZAVANELLI,
A. C.*, PANZERI, H., PIMENTA, F. C., ZAVANELLI, R. A., DEKON, S. F. C., ITO, I.
Y.
Faculdade de
Odontologia de Araçatuba – UNESP. E-mail: adriana@foa.unesp.br
A biocorrosão é definida como a deterioração do metal
induzida pela atividade de microrganismos. Este trabalho foi desenvolvido com a
finalidade de analisar a liberação de íons metálicos de corpos-de-prova
confeccionados com um amálgama de prata (Velvalloy, SS White) e uma liga à base
de cobre/alumínio (Duracast M.S.) na presença (grupo experimental) e ausência
(grupo controle) do microrganismo Streptococcus mutans por meio da
espectrofotometria de absorção atômica (Shimadzu) e observação das superfícies
metálicas por meio do microscópio eletrônico de varredura (JEOL-JSM 5410). Os
corpos-de-prova de amálgama foram polidos com polimento metalográfico ou
brunimento e da liga à base de cobre/alumínio foram polidos com borrachas
abrasivas seqüenciais ou polimento metalográfico, esterilizados em óxido de
etileno, e imersos em 15 ml do meio de cultura Mueller-Hinton Broth
(Difco) preparado com água Milli-Q (Millipore) com sacarose P.A. (Reagen) a
0,025% e inoculado com Streptococcus mutans (cepa de campo) a 37ºC, sob
agitação constante de 100 rpm (Agitador Orbital Marconi) durante 60 dias.
O meio de cultura trocado a cada 72 h, foi reservado para análise dos
metais liberados. Os corpos-de-prova foram removidos do meio de cultura aos 15,
30, 48 e 60 dias para observação por meio do microscópio eletrônico de
varredura.
Os dados coletados evidenciaram a formação do biofilme e a corrosão
induzida pelo S. mutans no amálgama e liga de cobre/alumínio e
revelaram a liberação de cobre, ferro,
manganês, níquel e zinco e prata, níquel e zinco.
B363
Efeito de limpadores de próteses sobre o peso de material
reembasador.
FEITOSA, M.
A. L.*, VASCONCELOS, L. M. R., RODRIGUES GARCIA, R. C. M.,
DEL BEL CURY, A. A.
Odontologia
I – UFMA. Tel.: (0**98) 232-3822. E-mail: altcury@fop.unicamp.br
Este trabalho avaliou a alteração de peso do material reembasador
temporário Coe-Soft quando armazenado em saliva artificial e submetido a
tratamentos com limpadores de próteses: Polident e Efferdent. Quarenta e oito
amostras de Coe-Soft foram confeccionadas e divididas em quatro grupos, de
acordo com o tratamento recebido: G1 e G2) amostras mantidas em saliva
artificial e imersas diariamente em água (controle); G3 e G4) amostras mantidas
no mesmo meio, e imersas diariamente em soluções de Polident e Efferdent
respectivamente. As avaliações de peso (g) foram realizadas após a confecção
das amostras (T0) e após 24 horas (T1), 7 dias (T2) e 15 dias (T3). Os
resultados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo
teste de Tukey. Foi observado que houve diferença significante (p << 0,05)
entre os grupos G2, G3 e G4 em todos os tempos avaliados: G2-T0: 2,66 ± 0,08,
G2-T1: 2,61 ± 0,09, G2-T2: 2,58 ± 0,08, G2-T3: 2,57 ± 0,08,
G3-T0: 2,65 ± 0,14, G3-T1: 2,60 ± 0,14, G3-T2: 2,58 ± 0,14,
G3-T3: 2,57 ± 0,14; G4-T0: 2,63 ± 0,11, G4-T1: 2,58 ± 0,11,
G4-T2: 2,55 ± 0,11, G4-T3: 2,54 ± 0,11. Para o grupo G1 os
resultados diferiram apenas no tempo T1 (2,63 ± 0,08). Comparando-se
a alteração de peso para cada tempo, os dados não apresentaram diferenças
significantes (p << 0,05).
Conclui-se que o Coe-Soft, quando imerso em saliva artificial sofre
alteração de peso mesmo antes das imersões nos agentes limpadores, e esta
alteração de peso continua no decorrer do tempo, independente do tratamento
realizado. (Apoio financeiro: CAPES.)
B364
Avaliação de um ciclo alternativo de polimerização para
resina Onda Cryl.
VASCONCELOS,
L. M. R.*, FEITOSA, M. L., DEL BEL CURY, A. A.,
RODRIGUES GARCIA, R. C. M.
Odontologia
I – UFMA. Tel.: (0**98) 232-3822. E-mail: regarcia@fop.unicamp.br
A energia de microondas vem sendo amplamente utilizada na
confecção de próteses removíveis, e existem várias resinas específicas para
esta técnica de polimerização. O objetivo deste estudo foi avaliar a
resistência flexural (RF), microdureza superficial (MDS) e porosidade (P) da
resina para microondas Onda Cryl, quando submetida a dois ciclos de
polimerização. Foram confeccionados 72 corpos-de-prova e divididos em 2 grupos:
G1) as amostras foram polimerizadas através do ciclo: 3 minutos a 40% da
potência do forno de microondas, seguido de 4 minutos de pausa, e mais 3
minutos a 90% da potência do forno de microondas; e G2) as amostras foram
polimerizadas durante 6 minutos a 70% da potência do forno, eliminando-se o
período de pausa. Após a polimerização as amostras foram submetidas aos testes
de RF, MDS e P. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias
foram comparadas pelo teste t. Os resultados para os grupos G1 e G2
foram respectivamente: 1) RF (MPa) = 82,42 ± 9,07a ; 82,51 ± 6,12a;
2) MDS (kg/mm2) = 16,93 ± 4,11a; 16,86 ± 4,10
a; 3) P (n/mm2) = 10,83 ± 3,29a; 8,90 ± 3,0b,
sendo que houve diferença significante (p << 0,05) entre os
grupos somente para os dados de porosidade.
Conclui-se que o ciclo alternativo permitiu a polimerização da resina
com a mesma qualidade do ciclo indicado pelo fabricante quanto à resistência
flexural e microdureza superficial, além de acarretar menor porosidade
superficial. (Apoio financeiro: CAPES.)
B365
Avaliação da relação altura dos preparos coronários e
retenção em prótese parcial fixa.
PAVANELLI,
C. A.*, NOGUEIRA Jr., L., ITINOCHE, M. K., ABREU FILHO, A. C., ARAÚJO, J. E. J.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – Faculdade de Odontologia de São José dos
Campos – UNESP. Tel.: (0**12) 321-8166, ramal 1305.
E-mail: pavanelli@fosjc.unesp.br
Este trabalho in vitro, foi realizado com a
finalidade de verificar a relação entre a quantidade de retenção gerada e o
aumento da altura de preparos coronários totais em prótese parcial fixa. Foram
utilizados neste experimento, representando preparos coronários e coroas
totais, respectivamente, onze troquéis e onze cápsulas metálicas, obtidos por
usinagem de cilindros de aço inoxidável em torno mecânico industrial de
precisão. O diâmetro cervical (8 mm); a expulsividade (10 graus) e a terminação
cervical (lâmina de faca), foram mantidas constantes. Somente a altura variou:
o primeiro troquel foi usinado com 3 mm de altura e os demais,
sucessivamente maiores em 0,5 mm, até atingir 8 mm no décimo primeiro
troquel. O mesmo tratamento foi aplicado às cápsulas. Troquéis e cápsulas, após
ajustagem adequada, foram cimentados com cimento fosfato de zinco. Testes de
tração foram realizados após 24 horas, em uma máquina de testes EMIC -
1000, acoplada a uma máquina universal de ensaios - Itaquá -
SP - Brasil. Completados os testes com os onze conjuntos, cápsulas e
troquéis foram cuidadosamente limpos em ultra-som e idênticos procedimentos
foram repetidos por mais quatro vezes.
Os valores obtidos, de resistência à tração, cresceram proporcionalmente
com a altura, evidenciando sua influência direta sobre a capacidade de retenção
de coroas totais in vitro e permitiram concluir que: aumentos ou
reduções de 0,5 mm na altura de preparos coronários para coroas totais,
causam acréscimos ou reduções proporcionais de aproximadamente 7 N na
resistência à tração dos corpos-de-prova.
B366
Efetividade de polimerização da resina composta
fotopolimerizável e quimicamente ativada em reforço radicular.
HENNRICH,
V.*, RIVALDO, E. G., MEZZOMO, E., GOES, M. F.
Departamento
de Prótese Dentária – ULBRA. Tel.: (0**51) 241-3337.
E-mail: rsf7179@pro.via-rs.com.br
Este estudo avaliou a efetividade de polimerização da resina
composta quimicamente ativada e resina composta fotopolimerizável no reforço
radicular em diferentes profundidades e analisou a interface dentina/resina.
Foram empregados vinte caninos superiores hígidos, que receberam tratamento
endodôntico e tiveram suas coroas seccionadas 2 mm aquém da junção
amelocementária. Os condutos foram preparados numa profundidade de 12 mm,
divididos em três diferentes diâmetros, com extensão de 4 mm cada. Resina
composta fotopolimerizável Z100 (3M) foi injetada nos condutos de 10 caninos
após a hibridização dos mesmos e a fotopolimerização foi realizada com o
auxílio de pinos fototransmissores do sistema Luminex. Resina composta
quimicamente ativada Bis-Core (Bisco) foi injetada nos condutos dos outros 10
caninos, após a hibridização dos mesmos e aguardou-se o tempo de 5 min.
para sua completa polimerização. As raízes foram seccionadas transversalmente
nos terços cervical, médio e apical. As amostras foram alisadas, polidas e
submetidas a análise de dureza Knoop no microdurômetro HMV2000 Shimadzu 4.
A análise da interface dentina/resina foi realizada em uma lupa estereoscópica.
Os resultados mostraram dureza Knoop compatível com polimerização efetiva
somente nas amostras do terço cervical em ambas resinas. A resina composta
quimicamente ativada mostrou-se mais efetiva do que a fotopolimerizável nas
amostras do terço apical.
A análise da
interface dentina/resina evidenciou solução de continuidade de diferentes
extensões em todas as amostras, sugerindo a falta de união dentina/resina.
B367
Adaptação marginal de coroas em titânio e Ti-6Al-4V
submetidas a eletroerosão.
CONTRERAS,
E. F. R.*, HENRIQUES, G. E. P., NÓBILO, M. A. A., TROIA Jr., M. G.,
MESQUITA, M. F.
Departamento
de Prótese e Periodontia – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5350.
O titânio apresenta propriedades químicas, físicas e
mecânicas satisfatórias ao uso em prótese, entretanto ainda deixa a desejar em
relação a adaptação marginal. A proposta deste estudo foi avaliar a efetividade
da eletroerosão na redução do desajuste marginal de coroas totais fundidas em
titânio comercialmente puro (Ti c.p.) e Ti-6Al-4V e comparar os resultados com
coroas fundidas em paládio-prata (Pd-Ag). Preparos padronizados foram feitos em
45 dentes bovinos com término em ombro reto. Foram fundidas 45 coroas
(n = 15) e o processo de eletroerosão foi aplicado nas coroas posicionadas
sobre troquéis de gesso previamente metalizados. As mensurações foram
realizadas, em 4 pontos distintos, em microscópio mensurador. Os resultados
foram analisados estatisticamente pelo teste de Kruskal-Wallis
(p = 0,01), que indicou haver diferenças significativas,
imediatamente após a fundição, entre os valores médios das coroas em Ti c.p.
(83,9 mm ± 26,1) e os demais grupos: Ti-6Al-4V (50,8 mm ± 17,2)
e Pd-Ag (45,2 mm ± 10,4) (p << 0,01). Após a
eletroerosão, foram detectadas diferenças estatísticas significativas entre o
grupo em Ti-6Al-4V (24,5 mm ± 10,9) e os demais grupos: Ti c.p.
(50,6 mm ± 20,0) e Pd-Ag (45,2 mm ± 10,4)
(p << 0,01).
Concluiu-se que o processo de eletroerosão foi igualmente eficaz na
redução do desajuste marginal das coroas fundidas em ambos os metais (Ti c.p. e
Ti-6Al-4V). (Financiamento fornecido pela FAPESP - processos nº 99/03896-6 e
99/03793-2.)
B368
Resistência à fadiga-corrosão do titânio após soldagem a
laser.
ZAVANELLI,
R. A.*, HENRIQUES, G. E. P., MESQUITA, M. F., NÓBILO, M. A. A.,
ZAVANELLI, A. C.
Departamento
de Prótese e Periodontia – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5350.
E-mail: zavanelli@uol.com.br
O propósito deste estudo foi avaliar, analisar e comparar a
vida em fadiga-corrosão de amostras confeccionadas em titânio comercialmente
puro e liga Ti-6Al-4V intactas e soldadas a laser, e ensaiadas em diferentes
meios de armazenagem. Para cada metal, 60 amostras semelhantes a um haltere,
com 2,3 mm de diâmetro no segmento central, foram obtidas a partir do sistema
de fundição Rematitan. Os ensaios de fadiga-corrosão foram realizados em
máquina universal de ensaios (MTS - Test Star II) com carga 30%
abaixo do limite de escoamento a 0,2% do deslocamento, e combinando três
situações de armazenagem: sem imersão, com saliva artificial e com saliva
artificial fluoretada. Após a fratura, o número de ciclos foi registrado e a
superfície de fratura analisada em MEV. As amostras fraturadas foram
subseqüentemente soldadas a laser, usinadas e ensaiadas novamente nas mesmas condições
das amostras intactas. A análise de variância (ANOVA) e o teste de Tukey com 5%
de probabilidade, indicaram redução no número de ciclos até a fratura
(5.674 - saliva artificial e 3.948 ciclos - saliva fluoretada) quando
as amostras foram ensaiadas na presença das soluções de armazenagem, com
diferença estatisticamente significativa em relação às amostras ensaiadas sem
os meios (16.186 ciclos).
O processo de soldagem a laser influenciou negativamente, diminuindo o
número de ciclos até a fratura (6.146 ciclos), mostrando diferença
estatisticamente significativa em relação às amostras intactas (11.060 ciclos).
B369
Retenção de pinos metálicos – efeito do cimento e
configuração radicular.
MOTA, A.
S.*, BIFFI, J. C. G., SOARES, C. J., FERNANDES NETO, A. J.
Área de
Prótese Fixa e Oclusão – FO – UFU; FORP – USP. Tel.: (0**34) 3218-2222.
E-mail: aderitom@umuarama.ufu.br
O tipo de cimento e a adaptação do núcleo às paredes do
canal radicular podem influenciar na retenção dos retentores intra-radiculares.
Este estudo avaliou a retenção de pinos metálicos, pré-fabricados e moldados e
fundidos, inseridos em canais circulares com diâmetros de: A (0,80), B (1,0) e
C (1,2 mm), cimentados com fosfato de zinco e ionômero de vidro. Foram
utilizadas 120 raízes dentais humanas com canais circulares tratadas com pinos:
(G1)- pré-fabricados, Unimetric 308 (0,8 mm); e (G2)- moldados e fundidos
em cobre-alumínio. Os canais foram preparados, obturados e aliviados com
diâmetros de 0,8; 1,0 e 1,2 mm, com brocas estandardizadas do “kit”
(Unimetric - Maillefer) num comprimento de 10,0 mm. Os dentes foram
incluídos em cilindro metálico e os pinos cimentados com fosfato de zinco (SS
White), e ionômero de vidro (GC América), sob carga de 5 kg (50 N)
por 7 minutos. O conjunto foi acoplado à máquina de ensaio universal (EMIC), e
então submetido a carregamento de tração com velocidade de 1 mm/min. Os
dados foram analisados por testes não-paramétricos, U de Mann-Whitney (a = 0,05).
A espessura de película do cimento, influenciou significativamente a retenção
dos pinos fixados com fosfato de zinco, e não para o ionômero de vidro. O
diâmetro dos pinos (G1) foi fator significante para o fosfato de zinco, porém
não o foi para o ionômero de vidro. O G1 apresentou maior retenção que o G2
para o fosfato de zinco, nos subgrupos A e C, e para os três subgrupos para o
ionômero de vidro.
O cimento ionômero de vidro apresentou maior resistência à tração que o
fosfato de zinco.
B370
Influência do estresse emocional na prevalência de desordens
têmporo-mandibulares.
CALAZANS, P.
M.*, SOUZA, R. A., MAIA, L. C.
Pós-Graduação
em Odontologia Social – UFF - Niterói - RJ - Brasil.
Tel.: (0**21) 610-3024.
O presente estudo teve por objetivo identificar a influência
do estresse emocional na prevalência de desordens têmporo-mandibulares (DTMs).
Para tanto foram avaliadas 87 fichas clínicas de pacientes (62 mullheres e 25
homens) em tratamento, na Clínica de Oclusão da Faculdade de Odontologia - UFF.
O levantamento foi realizado tomando-se por base as percepções destes pacientes
sobre a presença de estresse e sua relação como fator etiológico das DTMs, e os
dados de anamnese e exame clínico obtidos de suas fichas clínicas. Os dados
foram tabulados e analisados através do teste não-paramétrico do qui-quadrado com
nível de significância de 5%. Pode-se verificar que do total de 87 pacientes,
67 (77,1%) possuíam algum relato de estresse, enquanto 20 (22,9%) não o
possuíam. Houve diferença significante entre a idade dos pacientes e o relato
de estresse (p << 0,05). Não se verificou diferença
estatisticamente significante entre a presença de fatores etiológicos
desencadeadores das DTMs e o sexo dos pacientes (p >> 0,05). O
mesmo ocorrendo em relação à freqüência de relato de estresse e o sexo dos pacientes
(p >> 0,05); entre a presença de estresse como fator
desencadeante do distúrbio entre os sexos (p >> 0,05); e entre
a percepção dos pacientes de ambos os sexos sobre a presença de estresse como
agravante dos sintomas das DTMs (p >> 0,05).
Embora neste estudo tenha havido relação entre idade e relato de
estresse, observou-se, nesta amostra, uma fraca relação entre a percepção dos
pacientes sobre a presença de estresse como fator etiológico desencadeador ou
agravante das desordens têmporo-mandibulares.
B371
Métodos de contagem de pontos e planímetro na quantificação
do biofilme dentadura.
FERNANDES,
R. A. G.*, ZANIQUELLI, O., PARANHOS, H. F. O.
Departamento
de Materiais Dentários e Prótese – FORP – USP.
Tel.: (0**16) 637-8180.
O objetivo deste trabalho foi testar dois métodos
experimentais de quantificação do biofilme dentadura (contagem de pontos e
planímetro) e compará-los com o método de pesagem de papel e o Índice de
Higiene de Prótese. As superfícies internas de 62 próteses totais superiores
foram coradas e fotografadas em ângulo de 90 graus. Os “slides” foram
projetados em papel e área total e do biofilme foram contornadas com grafite. O
método de contagem de pontos (experimental 1) foi aplicado com a utilização de
uma grade de pontos eqüidistantes. Para o método do planímetro (experimental
2), as áreas interessadas foram medidas com um planímetro digital e para o
método de pesagem de papel (controle 1) foram recortadas e pesadas em balança
de precisão. No Índice de Higiene de Prótese (controle 2) o acúmulo de biofilme
foi avaliado utilizando-se o método de atribuição de escores. Os resultados
mostraram uma porcentagem de concordância entre os métodos experimentais e o
controle 1 de 82% (contagem de pontos) e 95% (planímetro), bem como um alto
grau de correlação (r = 0,98; r = 0,99) entre os valores
obtidos. Quando comparados com o controle 2, houve concordância em 55%
(contagem de pontos) e 37% (planímetro) dos casos.
Os métodos experimentais de quantificação do biofilme dentadura
propostos mostraram-se eficazes, podendo ser úteis em estudos clínicos para
avaliar a eficácia de agentes de higienização.
B372
Avaliação da reprodutibilidade interexaminadores na palpação
muscular após calibração.
SANTOS, C.
N.*, CONTI, P. C. R., XIBLE, A. A., LAURIS, J. R. P.
Departamento
de Periodontia e Prótese – Faculdade de Odontologia de Bauru – USP.
E-mail: carlosneanes@uol.com.br
Há um consenso de que a sensibilidade muscular é um
importante sinal clínico em pacientes com desordens temporomandibulares e a
palpação é o método mais utilizado em sua detecção. Há bastante controvérsia
entre os autores em relação a concordância entre os examinadores nesse método
de exame. Por outro lado, essa concordância parece ser bastante melhorada após
um programa de calibração e treinamento. Para isso, este estudo se propõe a
avaliar a reprodutibilidade interexaminadores na palpação muscular após um
programa de calibração. Para tal, utilizou-se 32 indivíduos divididos em
relação ao sexo, e escolhidos aleatoriamente em dois grupos, sintomáticos e
assintomáticos. Grupo I: composto por 16 indivíduos com patologias de
origem muscular e Grupo II: sem queixas de sintomas de DTM. Os exames de
palpação foram realizados por 4 examinadores, previamente calibrados. Foram
realizados 3 exames: inicial, intermediário (30 dias após) e final (45 dias
após) utilizando músculos da mastigação e cervical. Verificou-se, através de
teste de concordância de Kendall, que houve concordância interexaminadores.
Portanto, conclui-se que programas de calibração podem ser efetivos na padronização
da palpação muscular, o que credencia tal procedimento como uma importante
etapa no exame das disfunções temporomandibulares.
B373
Processamento de próteses totais: influência de quatro
técnicas na alteração da posição dos dentes artificiais.
BARNABÉ, W.*1,
VIEIRA, L. F.2
1Professor
Assistente da Faculdade de Odontologia – Universidade Federal de Goiás, 2Professora
Doutora Assistente da Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São
Paulo. Departamento de Prótese – FOB/USP. Tel.: (0**14) 235-8277.
E-mail: williambarnabe@uol.com.br
Avaliou-se a relação entre a movimentação de dentes
artificiais durante os procedimentos de inclusão, prensagem e polimerização de
próteses totais. Utilizaram-se 64 amostras de próteses totais superiores e inferiores,
divididas em 4 grupos: 1) as amostras foram incluídas com muralha de silicona,
prensagem por 1 hora e polimerização em microondas; 2) as amostras foram
incluídas com muralha de silicona, prensagem por 12 horas e polimerização em
banho de água; 3) as amostras foram incluídas com muralha de gesso-pedra e
polimerização em microondas, 1 hora após a injeção do molde; 4) as amostras
foram incluídas com muralha de silicona, prensagem por 1 hora e polimerização
em banho de água.
A análise dos resultados permitiu concluir que: a) em todas as amostras
os dentes artificiais sofreram movimentação de contração, b) o grupo 1, com
menor movimentação dos dentes, apresentou diferença estatisticamente
significativa em relação às demais, c) quando comparados os arcos superiores e
inferiores, não se encontrou diferença estatisticamente significativa, d) o
tempo de prensagem interferiu na movimentação dos dentes artificiais e e) a
medida que apresentou maior alteração foi a distância entre os molares, com
diferença estatisticamente significativa com as demais.
B374
Estudo in vitro da resistência à remoção por tração
de núcleos (Cu-Al) utilizando diferentes cimentos.
SOUZA-FILHO,
C. B.*, ALFREDO, E., PAULINO, S. M., VANSAN, L. P.
Departamento
de Odontologia – Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP.
Este estudo teve por objetivo avaliar a resistência à
remoção por tração de núcleos metálicos fundidos em liga de Cu-Al (Goldent LA)
de comprimento e diâmetro constantes, cimentados com três diferentes cimentos:
cimento de fosfato de zinco, cimento resinoso Enforce e cimento de ionômero de
vidro Vidrion C. Vinte e quatro caninos hígidos tiveram seus canais tratados,
coroas seccionadas e, posteriormente, foram incluídos em blocos de resina
acrílica. Os condutos foram preparados utilizando-se um paralelômetro, para que
o comprimento e diâmetro dos núcleos permanecessem constantes, sendo que os
mesmos foram confeccionados pela técnica direta, utilizando-se resina acrílica
ativada quimicamente. Após a fundição os núcleos foram jateados e tiveram as
suas dimensões conferidas com um paquímetro digital (Digilmess) para
verificação das medidas. Três grupos de oito amostras foram sorteados
aleatoriamente para se efetuar a cimentação: Grupo 1 - cimento de ionômero
de vidro Vidrion C; Grupo 2 - cimento de fosfato de zinco; Grupo 3 -
cimento resinoso Enforce. Após 72 horas da cimentação, os núcleos foram
submetidos a teste de tração em uma máquina de teste universal a uma velocidade
de 5 mm/min.
Os resultados foram submetidos à análise estatística e concluiu-se que o
cimento de fosfato de zinco e o Vidrion C apresentaram resultados iguais e
melhor desempenho que o cimento resinoso Enforce, sendo esta diferença
significante ao nível de 5%.
B375
Expressão de proteínas da matriz extracelular em cistos
odontogênicos.
OLIVEIRA, M.
D. C., MIRANDA, J. L.*, FREITAS, R. A.
Pós-Graduação
em Patologia Oral – UFRN. Tel./fax: (0**84) 215-4138.
E-mail: roseanafreitas@hotmail.com
Os cistos odontogênicos apresentam evolução e comportamentos
clínicos diversos. Visando buscar dados contribuitivos ao entendimento dessas
diferenças, realizou-se estudo imuno-histoquímico objetivando verificar o
padrão de expressão da laminina, colágeno IV, fibronectina e tenascina em
10 cistos radiculares, 10 cistos dentígeros e 10 ceratocistos odontogênicos.
Laminina e colágeno IV mostraram imunomarcação mais intensa na membrana
basal do cisto radicular. A fibronectina expressou padrão mais intenso no
mesênquima e em membrana basal do ceratocisto odontogênico. O padrão de
expressão da tenascina foi similar entre os cistos radiculares e ceratocistos
odontogênicos, sendo predominantemente intenso em região justa-epitelial. Nos
cistos radiculares, a marcação mais intensa estava associada com inflamação. Em
espécimes dos três cistos, observou-se expressão de tenascina em camadas
superficiais do epitélio. Estes resultados demonstram diferenças no padrão de
expressão das proteínas da matriz extracelular entre os cistos estudados.
Uma expressão mais significativa da tenascina na cápsula do ceratocisto
odontogênico sugere marcante instabilidade nesta estrutura cística, o que
contribui para o comportamento biológico mais agressivo do ceratocisto, quando
comparado aos demais cistos estudados. (Apoio financeiro: CNPq.)
B376
Carcinoma epidermóide oral: correlação de fatores
prognósticos.
PEREIRA, J.
C., FIGUEIREDO, C. R. L. V., NUNES, A. A. F., COSTA*, A. L. L.
Programa de
Pós-Graduação em Patologia Oral – UFRN. E-mail: mstpator@odonto.ufrn.br
O objetivo deste estudo foi investigar a existência de
correlação da classificação clínica TNM com gradação histológica de malignidade
e localização anatômica do carcinoma epidermóide oral, com a finalidade de
obtermos parâmetros indicadores de prognóstico. Selecionamos 120 casos de
carcinoma epidermóide de boca retirados dos arquivos do Hospital Dr. Luiz
Antonio (Natal - RN). Após a análise dos prontuários, foram obtidos os
dados referentes à classificação clínica TNM e localização anatômica da lesão.
A gradação histológica de malignidade foi realizada de acordo com os parâmetros
estabelecidos por WAHI (1971). A análise estatística dos dados foi realizada
utilizando-se o teste de correlação de Pearson que demonstrou correlação
(r = 0,2993) estatisticamente significante entre a classificação
clínica TNM e gradação histológica de malignidade, como também foi observada
correlação (r = 0,4463) entre a classificação clínica TNM e
localização anatômica do carcinoma epidermóide oral.
Diante destes resultados concluímos que a classificação clínica TNM
exibiu correlação com a diferenciação histológica e as diferentes localizações
anatômicas acometidas pelo carcinoma epidermóide oral.
B377
Cuidados de saúde bucal em pacientes parcialmente
desdentados reabilitados com prótese.
JORGE, J.
H.*, PAVARINA, A. C., GARCIA, P. P. N. S., VARJÃO, F. M., MACHADO, A. L.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOAr – UNESP.
Fax: (0**16) 201-6406. E-mail: pavarina@foar.unesp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar os conhecimentos e atitudes
relativas à higiene bucal de pacientes parcialmente desdentados submetidos ao
tratamento com prótese parcial removível na clínica da Faculdade de Odontologia
de Araraquara. Na consulta inicial, um questionário foi aplicado a 44 pacientes
com idade entre 30 e 60 anos. Os pacientes foram informados sobre os objetivos
do trabalho, tendo consentido em fornecer informações sobre saúde bucal, placa
bacteriana e higiene bucal. Os resultados obtidos mostraram que 56,8% dos
pacientes já haviam recebido informações sobre saúde bucal, sendo os alunos de
graduação (60,4%) a principal fonte de informação. Cinqüenta por cento
afirmaram ter conhecimentos sobre a placa bacteriana, porém, 81,8% não sabiam
quais as doenças que ela poderia causar na cavidade bucal. Dentre os motivos
enumerados para explicar a importância da correta higienização bucal,
destaca-se a conservação dos dentes (26,5%) e a prevenção de infecções e
doenças (32,3%). Quanto à freqüência de escovação, os maiores valores (47,7%)
foram para 3 vezes ao dia. Apenas 40,9% dos pacientes relataram utilizar o fio
dental diariamente, e destes 83,3% o faziam de 1 a 2 vezes.
Mediante a metodologia aplicada pode-se concluir que a população
estudada apresenta grandes deficiências tanto no conhecimento quanto nas
atitudes relativas à higiene bucal, tornando imprescindível a elaboração de
programas educativo-preventivos, com vistas à manutenção da saúde bucal,
direcionados para pacientes que receberão tratamento reabilitador com prótese
parcial removível.
B378
FC06
Análise morfológica da matriz do esmalte em incisivos de
ratos submetidos à fluorose.
COSTA, M. R.
S. N.*, ASSIS, G. F.
Departamento
de Estomatologia e Ciências Biológicas – FOB – USP.
As amelogeninas representam o principal grupo de proteínas
do esmalte e sua retenção pós-transicional apresenta-se como um dos fatores
relacionados à patogenia da fluorose dentária. Propôs-se a determinar o padrão distribuição das
amelogeninas em dentes com fluorose, evidenciadas por técnica
imuno-histoquímica, bem como analisar o comprimento linear da matriz do
esmalte, por meio de morfometria. Foram utilizados 15 ratos, divididos em três
grupos e tratados com 100 ppm, 7 ppm e com água deionizada, durante
42 dias. Os resultados obtidos por imuno-histoquímica indicaram possíveis
variações na exposição dos epítopos de amelogeninas, que foram marcadas de
forma heterogênea. Os resultados da análise morfométrica permitiram a
constatação de que não houve diferenças significantes entre os grupos tratados
com 7 ppm de fluoreto de sódio e com
água deionizada e que, no grupo de 100 ppm o comprimento linear da
matriz foi aproximadamente 300% maior, em relação aos outros grupos testados.
Observou-se ainda que, no grupo tratado com 100 ppm a densidade óptica da
matriz mostrou-se mais homogênea e intensa mesmo após o início da fase de
maturação.
Frente à metodologia adotada, concluiu-se que 100 ppm de fluoreto
de sódio reservam a capacidade de reter as proteínas do esmalte ao longo da
fase de maturação, onde deveriam ser clivadas e reabsorvidas, resultando em um
padrão morfológico de hipomineralização, característico da fluorose dentária.
(Apoio financeiro: CNPq.)
B379
Identificação do vírus Epstein-Barr em CCE de língua,
laringe em mucosa oral.
SALIM, M. A.
A.*, DIAS, E. P.
Mestrado em
Patologia Buco-Dental – UFF. Tel.: (0**21) 9649-4271.
E-mail: marthasalim@yahoo.com.br
O vírus Epstein-Barr é o mais onipresente do grupo de herpes
vírus humano e a exemplo de outros membros deste grupo pode permanecer latente
por toda a vida no hospedeiro. Desde a sua descoberta o vírus Epstein-Barr vem
sendo associado a doenças como o linfoma de Burkitt, mononucleose infecciosa,
carcinoma nasofaríngeo, linfomas Hodgkin, leucoplasias pilosa oral, entre
outros e mais recentemente tem sido relacionado aos carcinomas de células
escamosas oral e de laringe. Este estudo teve por objetivo investigar a
associação do vírus Epstein-Barr com carcinoma de células escamosas de língua e
laringe e em mucosas orais normais, através de um estudo imuno-histoquímico
identificando a proteína latente de membrana (LPM 1) do vírus. Foram
avaliados 47 carcinomas de células escamosas (18 localizados em língua e 29
localizados em laringe) e 13 mucosas orais não-neoplásicas ou displásicas. Foi
identificado 78,8% de imunopositividade para a LPM 1 do EBV nos carcinomas
estudados. Constatou-se índices de imunopositividade de 67% nos carcinomas em
língua; 86% nos carcinomas em laringe e 54% das mucosas orais não-neoplásicas
ou displásicas.
Nossos estudos sugerem a possibilidade de que o EBV esteja envolvido na
carcinogênese dos carcinomas de células escamosas de língua e laringe.
B380
Avaliação clínica da presença do biofilme em prótese total.
GUERRA, C.
M. F.*, ARAUJO, F. P., MOURA, S. V. M. M. F., GONÇALVES, S. L. M.
Departamento
de Prótese e Cirurgia Buco-Facial – Curso de Odontologia – UFPE.
Atualmente acompanha-se no mundo inteiro o crescimento da
população de indivíduos com 60 anos ou mais. Nesse grupo etário tem-se
encontrado um elevado percentual de usuários de próteses totais. O objetivo
desse trabalho foi avaliar clinicamente os métodos empregados para higienização
das próteses totais e a eficiência dos mesmos através da evidenciação por
corante do biofilme aderido as superfícies protéticas. Avaliou-se 54 próteses
totais, de 27 pacientes idosos que procuraram a Clínica de Prótese Total da FOP
entre agosto e outubro de 2000, que se mostraram receptivos a participar da
investigação. Após assinarem um termo de livre consentimento, responderam
questões específicas sobre o uso das próteses totais e método de higienização
empregado, contidas em um questionário elaborado especificamente para esse fim.
As próteses foram submersas por 10 segundos em solução de fucsina 5% para
detecção da presença do biofilme. Os dados obtidos foram analisados
estatisticamente pelo teste de comparação de proporções pareadas com grau de
significância de 5%.
Concluiu-se que: 1. a maioria dos participantes dormia com suas
dentaduras; 2. o método de higienização empregado pela totalidade da amostra
foi o mecânico; 3. o método de higienização empregado mostrou-se ineficaz; 4. o
biofilme foi detectado clinicamente em todas as próteses, sendo as regiões
interproximal e da face interna vestibular as mais prevalentes; 5. há necessidade
de uma melhor orientação ao idoso usuário de prótese total para a higienização
e uso adequados de suas próteses.
B381
Análise radiográfica e microscópica do reparo em defeitos
ósseos parietais implantados com dentina em cães.
GONÇALVES,
E. A. L.*, CAMARINI, E. T., PAVAN, N. N. O., TAVANO, O., PAVAN, A. J.,
CATANZARO GUIMARÃES, S. A.
UEM;
FOB – USP; UNIMAR; USC.
Os estudos investigando a atuação de biomateriais em lesões
ósseas têm contribuído para o conhecimento da natureza da osteogênese e métodos
de controlá-la e estimulá-la. Evoluídos na escala filogenética, cães são
modelos experimentais estabelecidos, compartilhando similaridades anatômicas e
vasculares com humanos, e foram usados neste trabalho objetivando estudar o
reparo ósseo e a resposta ao implante da matriz dentinária em forma de fatias.
Em ossos parietais de 12 cães, após a confecção de defeitos cirúrgicos,
implantou-se dentina autógena, obtida de dentes incisivos, em defeitos
experimentais, e coágulo nos defeitos controle. Decorridos períodos de 15, 45,
60 e 90 dias, os animais foram sacrificados, as peças excisadas e expostas aos
raios X, a 40 cm dff e a 70 kVp, utilizando-se filmes Agfa
M2. Em seguida as peças foram desmineralizadas e submetidas a procedimento
histotécnico de rotina e coloração com H. E. e tricrômico de Mallory. As
análises radiográficas e microscópicas permitiram acompanhar a evolução do
reparo ósseo, mais rápida em defeitos experimentais que controle, desenvolvida
da periferia para a área central do defeito. Células osteoblásticas e matriz
óssea estavam associadas às fatias de dentina.
Estes resultados indicam seu potencial osteoindutor e condutor e,
aliados a flexibilidade e facilidade de obtenção da matriz dentinária autógena
desmineralizada, sugerem ser esta uma opção em cirurgias de reconstrução óssea.
(Apoio: CNPq - processo 522.226/94-9.)
B382
Comparação dos métodos de diagnóstico: exame radiográfico e
DIAGNOdent.
VALERA, F.
B.*, SGAVIOLI, C. P. P., FRANCHISCHONE, C. E.
Departamento
de Odontologia – Universidade do Sagrado Coração - Bauru.
Tel.: (0**14) 235-7000.
O diagnóstico precoce da lesão cariosa é de suma importância
tanto para decisão sobre o tipo de tratamento de escolha, bem como para o
controle da doença cárie. Este estudo comparou dois métodos para o diagnóstico
de lesões cariosas (exame radiográfico e DIAGNOdent). Foram analisados 76
dentes molares permanentes extraídos de pacientes com idade entre 18 e 50 anos.
Após profilaxia prévia cada dente foi submetido aos dois métodos de exames de
diagnóstico. A primeira análise deste estudo foi o cálculo do coeficiente de
concordância Kappa de Cohen, entre o teste para cáries oclusais por meio de
raios X, o qual foi o padrão ouro no presente estudo, e o teste
DIAGNOdent. A seguir calculou-se a sensibilidade, a especificidade, os valores
preditivos positivo e negativo e a acurácia (eficiência) do teste diagnóstico
DIAGNOdent, como preditivo de cáries oclusais. Os resultados obtidos do exame
DIAGNOdent foram de 100% para sensibilidade, 14,8% para especificidade, 32,4%
para o valor preditivo positivo, 100% para o valor preditivo negativo e 39,5%
para sua eficiência.
Conclui-se que devido aos baixos valores encontrados para
especificidade, valor preditivo positivo e eficiência, quando se utilizou o
teste de raios X como padrão ouro, não obteve-se segurança para sua
utilização, pois, na literatura quando utilizado o teste histológico como
padrão ouro, a sensibilidade, a especificidade e o valor preditivo positivo
obtido foram altos. (Apoio: FAPESP - processo nº 00/00392-6.)
B383
Perfil imuno-histoquímico intersticial do cisto odontogênico
ortoqueratinizado.
SILVA, M. J.
A.*, CORREA, L., CARVALHOSA, A. A., TODDAY, E., ARAÚJO, V. C.
Patologia
Oral – UFC; FOUSP. Tel./fax: (0**85) 288-8400.
E-mail: jamesil@bol.com.br
O cisto odontogênico ortoqueratinizado (COO) é um cisto de
desenvolvimento, considerado pela OMS como uma incomum variante do queratocisto
odontogênico (QO). O COO apresenta distinto aspecto histopatológico, dependente
das interações forro-capsulares. A expressão imuno-histoquímica das proteínas
de matriz extracelular desta lesão é pouco estudada. Cortes de tecido
parafinado de COO (n = 5) e de QO (n = 5), estes usados
como grupo comparativo, foram estudados imuno-histoquimicamente para proteínas
intersticiais (tenascina - TN, fibronectina - FN e colágenos I e
III - COLs I e III), pelo método da estreptavidina-biotina peroxidase. Por
seus respectivos padrões imuno-histoquímicos foi possível distinguir as duas
entidades.
A cápsula do COO exibiu positividade para TN e padrão fibrilar de
imunodistribuição para FN, COLs I e III, revelando-se estruturalmente mais
organizada e madura, enquanto a do QO foi negativa para TN e marcou, em padrão
amorfo, as demais proteínas deste estudo, consistente com um conjuntivo mais
instável, similar ao apresentado por processos neoplásicos odontogênicos.
B384
Avaliação morfológica e histoquímica do efeito radioprotetor
do selenito de sódio no processo de reparação tecidual em ratos.
TUJI, F.
M.*, ALMEIDA, S. M., VIZIOLI, M. R., MANZI, F. R.
Departamento
de Diagnóstico Oral – Área de Radiologia – FOP – UNICAMP.
O presente trabalho teve como finalidade avaliar a ação do
selenito de sódio (selênio) como substância radioprotetora através do processo
de reparação tecidual. Para isto, foram produzidas feridas retangulares
(2,5 x 1,5 cm) na região dorsal de ratos, que foram então
divididos em quatro grupos: Controle, onde foram feitos somente as feridas;
Selênio, no qual foram administrados 2,0 mg de selenito de sódio; Irradiado,
onde as bordas das feridas foram irradiadas (6 MeV de radiação de elétrons
em dose única) e; Selênio irradiado, no qual administrou-se o selênio 24 horas
antes da exposição à radiação. Após 4, 7, 13 e 21 dias da produção das feridas,
todos os animais, controle e irradiados, foram sacrificados e a ação
radioprotetora do selênio foi avaliada através da análise morfológica,
histoquímica e avaliação por luz polarizada.
Os resultados obtidos mostraram que a aplicação de selenito de sódio
administrado 24 horas antes de altas doses de irradiação de elétrons
(6 MeV) em tecido de granulação apresentou-se como radioprotetror eficaz,
visto que o grupo irradiado no qual foi administrado o selenito de sódio
comportou-se histologicamente semelhante ao grupo controle.
B385
Efeitos da administração materna de etanol e AAS em epitélio
lingual de fetos de ratas.
MARINHO, S.
A.*, SALA, M. A., LOPES, R. A., NOVAES Jr., A. B., GRISI, M. F. M., SOUZA, S.
L. S., TABA Jr., M.
FORP – USP.
E-mail: san_mar@bol.com.br
O objetivo do presente estudo foi avaliar alterações
produzidas em epitélio de língua de fetos de ratas tratadas com etanol e AAS.
As ratas receberam, no décimo dia de prenhez, injeção intraperitoneal de etanol
e/ou AAS, e no vigésimo dia de prenhez, foram sacrificadas e os fetos colhidos,
fixados e corados por hematoxilina-eosina (H. E.). Os resultados
histológicos denotaram a presença de discreta camada córnea apenas em algumas
regiões da língua e papilas linguais rudimentares nos fetos controles, e fetos
tratados com AAS e etanol. Nos fetos tratados apenas com etanol, o epitélio
apresentou-se mais fino, com ausência de papilas na superfície dorsal da
língua, além de não possuir camada córnea. Os fetos tratados apenas com AAS
apresentaram diminuição da espessura epitelial apenas na região dorsal
posterior da língua. No estudo cariométrico (Sala
et al., Braz Dent Res, v. 5, p. 11-14, 1994),
verificou-se que o núcleo das células basais e espinhosas foram menores nos
fetos tratados; e a forma nuclear em ambas camadas estava modificada apenas na
região dorsal posterior nos fetos tratados. No estudo estereológico, foram
consideradas a densidade numérica celular, que mostrou diferenças significantes
entre tratados e controles; e espessura da camada epitelial, que mostrou
diferenças significantes apenas na região dorsal posterior da língua dos fetos
tratados.
As
alterações epiteliais verificadas neste trabalho evidenciam retardo na
diferenciação celular da língua, com epitélio morfologicamente mais
desorganizado, nos fetos de ratas tratadas. (Apoio: FAPESP - processo
00/00360-7.)
B386
Identificação das necessidades básicas de saúde bucal
através da autopercepção em idosos de Teresina - PI.
CAVALCANTE,
A. C. A.*, MOURA, L. F. A. D., MOURA, M. D., MOURA, W. L., TELES, J. B.,
OLIVEIRA, E. F.
DPCO – UFPI.
O objetivo foi avaliar as necessidades odontológicas de
pacientes idosos, de diferentes classes sociais, de Teresina - Piauí,
através da auto-percepção. Foi aplicado questionário em 365 pacientes idosos,
residentes nas cinco zonas de Teresina. Foram entrevistados 232 pacientes do
sexo feminino e 133 do sexo masculino. Desses, 12,05% estavam na ativa, 69,32%
aposentado e 18,63% sem profissão fixa. Grau de escolaridade: 63,56% eram
analfabetos ou só liam e 3,9% tinham nível superior. Última visita ao dentista:
1,47% menos de 1 ano e 32,32% mais de 10 anos. Número de dentes presentes:
51,23% tinham algum dente presente, sendo que 61,09% usavam próteses dentárias,
desses, 45,75% usavam prótese total. Dos pacientes que usavam próteses, 46,02%
a consideravam bem adaptada e 32,32% tinham substituído a prótese há mais de 10
anos. Dos entrevistados, 66,57% mastigam bem os alimentos e 5,47% apresentam
queilite angular. Número de escovações dentárias diárias: 25,75% mais de duas
vezes e 4,93% não escovam; desses, 83,01% nunca tinham recebido orientações
profissionais.
É necessário uma política de saúde direcionada para este grupo
populacional, visto que a atual política prioriza outros grupos etários. Os CDs
devem se adaptar a essa realidade. Os idosos precisam ter qualidade de vida, e
esta começa com a saúde da boca, local capaz de expressar sentimentos e
necessidades. (Apoio: pesquisa aplicada aprovada pelo Programa Institucional de
Bolsa de Iniciação Científica - PIBIC/CNPq.)
B387
Detecção de vírus na cavidade bucal, contagem de linfócitos
T-CD4+ e carga viral de crianças infectadas pelo HIV.
GRANDO, L.
J.*, MACHADO, D. C., SPITZER, S., YURGEL, L. S., MICHAELSEN, V. S.,
AGUIAR, B. B., ERMEL, T.
Universidade
Federal de Santa Catarina. Tel.: (0**48) 333-6970,
fax: (0**48) 333-6785. E-mail: liliane@ccs.ufsc.br
A presença dos vírus herpes simples (HSV), Epstein-Barr
(EBV) e citomegalovírus (CMV), na cavidade bucal de pacientes infectados pelo
HIV tem sido determinada através da técnica da PCR, devido a grande
sensibilidade e pouca quantidade de material biológico necessário neste método.
Além disso, a presença de infecções bucais nestes pacientes tem sido
relacionada a dados laboratoriais como contagem de linfócitos T-CD4+
e carga viral, os quais permitem a avaliação da velocidade de progressão da
infecção pelo HIV. A amostra deste estudo foi de 143 crianças brasileiras e 41
crianças norte-americanas infectadas pelo HIV, de zero a 13 anos de idade. Após
o consentimento informado dos pais/responsáveis, foram colhidos “swabs” da
cavidade bucal destas crianças, independentemente da existência ou não de
manifestações estomatológicas. Após extração do DNA das amostras, foi empregada
a técnica da DNA-PCR para detectar a presença do HSV, CMV e EBV. b-globina
humana foi utilizada como controle positivo da qualidade do DNA extraído das
amostras. Os dados foram analisados estatisticamente através dos testes do
qui-quadrado e ANOVA. Os resultados das PCRs das crianças foram: 50 brasileiras
(63,29%) e 6 norte-americanas (16,22%) apresentaram HSV; 13 brasileiras
(19,12%) e 3 norte-americanas (8,11%) apresentaram CMV e 79 brasileiras
(54,43%) e 10 norte-americanas (27,03%) apresentaram EBV. A contagem de
linfócitos T-CD4+ das crianças infectadas pelos vírus pesquisados
foi próxima a 25%, sugerindo “ausência de supressão” e a carga viral das mesmas
foi superior a 1.585 cópias do vírus/ml, a qual é considerada elevada.
Pode-se
concluir que foi alta a freqüência de infecções virais detectadas na cavidade
bucal das crianças da amostra, através da técnica da PCR e que a contagem média
de linfócitos T-CD4+ das crianças com vírus encontrava-se próximo a
normalidade, e a carga viral foi elevada. (Apoio financeiro: PUCRS, Porto
Alegre, RS, Brasil; State University of New York at Stony Brook, NY, USA.)
B388
Implante de vidro bioativo no alvéolo dental de ratas
osteopênicas.
TEÓFILO, J.
M.*, BRENTEGANI, L. G., LAMANO-CARVALHO, T. L.
Departamento
de Morfologia, Estomatologia e Fisiologia – FORP – USP.
Tel.: (0**16) 602-4012. E-mail: tllc@forp.usp.br
Na menopausa, a depleção de estrógeno associada à má
absorção de Ca pode provocar osteopenia. No presente trabalho, utilizou-se o
modelo experimental de ratas Wistar ovariectomizadas (ovx) recebendo dieta
pobre em Ca (0,1%) para simular a menopausa e investigar sua interferência no
reparo ósseo alveolar. Investigou-se também se um vidro bioativo (Perioglass,
USBiomaterials, USA), implantado no alvéolo imediatamente após a exodontia,
recuperaria a osteogênese reparacional nas ratas ovx. Foram constituídos 4
grupos experimentais (n = 4-12 por grupo): cirurgia simulada
(“sham”), ovariectomia bilateral com dieta pobre (ovx), “sham” (“sham” +
imp) e ovariectomia (ovx + imp) com implante. As extrações do incisivo
superior foram realizadas 2 semanas após “sham” ou ovx e os sacrifícios 2 e 3
semanas após a exodontia; as hemimaxilas foram processadas para obtenção de
cortes histológicos corados com H. E. para análises histológica e
histometria (contagem diferencial de pontos para densidade volumétrica dos
elementos reparacionais). Nas ratas ovx houve redução de 45-70% no volume
relativo de osso neoformado, concomitante ao atraso na remissão/organização do
coágulo sangüíneo. A presença do material no terço médio alveolar determinou recuperação
total da osteogênese no terço médio e parcial (24%) no terço apical das ratas
ovx, mas não alterou o reparo nas ratas “sham” (teste de Kruskal-Wallis,
p << 0,05).
Conclui-se que o modelo experimental de menopausa utilizado retarda o
reparo ósseo alveolar e o biomaterial recupera total ou parcialmente a
osteogênese reparacional. (Apoio: FAPESP e CNPq.)
B389
Estudo da liga alumínio-zinco como filtração alternativa à
radiação X.
HAITER, C.*,
BÓSCOLO, F. N., HAITER NETO, F., ALMEIDA, S. M.
Departamento
de Diagnóstico Oral – Área de Radiologia – Faculdade de Odontologia de
Piracicaba – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5327.
E-mail: haiter@fop.unicamp.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da
filtração pela liga alumínio-zinco em aparelhos de raios X odontológicos, com
relação ao espectro de energia dos feixes de raios X, a taxa de “kerma” no ar,
o contraste das radiografias obtidas e qualidade das imagens radiográficas.
Este estudo foi realizado comparando o filtro convencional de alumínio com várias
espessuras do filtro de liga alumínio-zinco, em diferentes porcentagens do
elemento zinco na liga (2%, 3%, 4% e 5%). Foi utilizado um aparelho de raios X
odontológico convencional, operando com 60 kVp e 70 kVp, e filmes
radiográficos pertencentes ao grupo D e E de sensibilidade. Foram realizadas
radiografias de uma escala de densidade de alumínio e de um “phantom”. Os
espectros dos feixes obtidos com os filtros Al-Zn não mostram aumento da
energia média, quando comparados com os obtidos com o filtro convencional de
alumínio. O uso dos filtros de liga Al-Zn resultou em uma diminuição na taxa de
“kerma” no ar em até 18,53%, sem alteração no contraste das radiografias. A
qualidade das imagens obtidas com os filtros de liga Al-Zn manteve-se em
condições de diagnóstico.
A análise
dos resultados mostrou que o filtro de liga Al-Zn 2%, com 1,99 mm de
espessura, quando usado com tensão de 60 kVp e filme D, foi o que obteve
melhor desempenho, reduzindo a taxa de “kerma” no ar sem variar o índice de
contraste das radiografias, mantendo a qualidade da imagem aceitável para
diagnóstico, sem contudo aumentar o tempo de exposição. (Este estudo obteve
apoio financeiro da CAPES e do CNPq.)
B390
Influência da sinvastatina, via oral ou subcutânea, na
reparação óssea murina.
ANBINDER, A.
L.*, MANCINI, M. N. G., CARVALHO, Y. R.
Departamento
de Biociências e Diagnóstico Bucal – FOSJC – UNESP. Tel.: (0**12)
321-8166.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da
sinvastatina, administrada por via oral ou subcutânea, na reparação de defeitos
ósseos monocorticais, correlacionando-a com os níveis de colesterol sangüíneo
em ratos. Foram utilizados 40 animais machos, nos quais foram realizados
defeitos monocorticais na tíbia direita. Os animais do grupo A receberam
injeção subcutânea de sinvastatina (7 mg/kg) ou apenas do veículo de
suspensão da droga, sobre a região do defeito, durante 5 dias. Os animais do
grupo B receberam 20 mg/kg de sinvastatina ou água filtrada via oral
diariamente, durante todo o período de observação. Os animais foram
sacrificados após 15 ou 30 dias, quando amostras sangüíneas foram colhidas para
verificação do nível de colesterol. As tíbias foram descalcificadas e
processadas como de rotina para que se procedesse a análise histomorfométrica
(planimetria por contagem de pontos) e histológica. Para avaliação estatística
utilizou-se a análise de variância ao nível de 5%. Histomorfométrica e
histologicamente verificou-se diferença entre os grupos apenas com relação ao
período experimental, apresentando maior formação óssea os animais sacrificados
em trinta dias. Quanto ao nível de colesterol sangüíneo, não houve diferença
estatisticamente significante.
Conclui-se que, nas condições utilizadas, a sinvastatina, administrada
via oral ou subcutânea, não melhora o reparo ósseo de defeitos experimentais em
tíbia de ratos e não altera os níveis de colesterol sangüíneo. (Aprovado pelo
Comitê de ética em
Pesquisa - protocolo 06/2000 - PA/CEP.)
B391
Estudo histopatológico comparativo entre folículos
pericoronários oriundos de terceiros molares semi-inclusos e inclusos.
SOUZA, E. S.
de, SILVEIRA, M. M. F., RAIMUNDO, R. de C., COSTA FILHO, J. Z.,
SOBRAL, A. P. V.*
Departamento
de Medicina Oral – FOP – UPE; FO – UFAL.
Tel.: (0**81) 3458-1186.
Este trabalho teve como objetivo estudar os aspectos
histopatológicos dos folículos pericoronários oriundos de terceiros molares
semi-inclusos e inclusos, comparando-os. Foram selecionados e analisados 46
folículos de dentes inclusos (grupo A) e 104 folículos de dentes semi-inclusos
(grupo B) provenientes de vários serviços de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial
através da exérese dos terceiros molares. O material foi processado e corado
com H. E., no laboratório de Patologia Cirúrgica da FOP - UPE e
analisado em microscopia de luz. Os resultados demonstraram que os espécimes do
grupo A exibiram uma predominância de epitélio reduzido do esmalte na forma
inativa, como também remanescentes epiteliais. O grupo B exibiu epitélio
odontogênico na forma inativa. A análise do tecido conjuntivo demonstrou, no
grupo A uma predominância de conjuntivo denso, ausência de inflamação e áreas
de calcificação; enquanto o grupo B ocorreu uma predominância de conjuntivo
denso, áreas de calcificação, porém presença de inflamação em graus variados.
Concluímos que a atividade epitelial neste tecido está diminuída e
compatível com o período da odontogênese; sendo a presença da inflamação no
grupo B justificada pela comunicação deste tecido com o meio bucal.
B392
Efeitos do diabetes mellitus em tecidos periapicais
de ratas 40 dias após exposição pulpar.
RODRIGUES,
M.*, ALVES, M. U., AZEVEDO, A. L. R., ARMADA-DIAS, L.
FO – UNESA -
RJ. Tel.: (0**21) 503-7289. E-mail: urania@estacio.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar histologicamente a
evolução de inflamação periapical em ratas controles, diabéticas e tratadas com
insulina, 40 dias após indução de infecção pulpar. Ratas Wistar com 3 meses de
idade, receberam estreptozotocina (45 mg/kg P.C., dose única, i.p.) em tampão
citrato pH 4,5. Os animais diabéticos foram divididos em 2 grupos: ratas
diabéticas (DM40, n = 5) e ratas tratadas com doses diárias de
insulina (2 U/100 g P.C., s.c.) (DM40 + I,
n = 5). Os animais foram anestesiados com pentobarbital
(0,08 ml/100 g P.C.) e, inclusive o grupo controle (C:
n = 5), foram submetidos à exposição pulpar com broca esférica
“carbide” ½ em motor de alta rotação, para indução de infecção pulpar. Após 40
dias, as ratas foram sacrificadas e as mandíbulas excisadas, fixadas em
formalina a 19%, tratadas com solução descalcificante e incluídas em parafina.
Cortes de 7 mm foram corados com H. E. e analisados ao microscópio
óptico. Os cortes histológicos do grupo controle e tratado (DM40 + I)
apresentaram lesões inflamatórias crônicas, com presença de granuloma
periapical. Os animais diabéticos (DM40), exibiram um processo inflamatório
mais severo, compatível com cisto radicular.
Nossos dados sugerem que o diabetes mellitus promove
alterações que modificam a capacidade de defesa dos animais frente a agentes
microbianos e que o tratamento com insulina não reverteu adequadamente esse
quadro fisiopatológico. (Apoio financeiro: CNPq, UNESA.)
B393
Expressão de colágeno tipo III e fibronectina durante
regeneração da glândula submandibular de ratos.
GAIO, E. J.,
SALGADO, F., SANTOS, M. F., FOSSATI, C. M.*
Departamento
de Ciências Morfológicas – UFRGS; Departamento de Histologia e Embriologia –
ICB – USP.
Este estudo teve como objetivo avaliar o processo de
regeneração e a expressão de fibronectina (FN) e colágeno III após excisão
parcial cirúrgica de um dos lobos glanulares. Ratos Wistar machos com 30 e 60
dias de idade foram submetidos à remoção de 1/3 inferior do lobo esquerdo da
glândula submandibular (GSM), sendo sacrificados após 7 e 15 dias. As GSM foram
fixadas em solução Methacarn durante 3 h, processadas e incluídas em
parafina. Cortes de 7 mm foram submetidos à coloração com H. E. e
reação imuno-histoquímica para FN e colágeno III, utilizando-se a técnica
da avidina-biotina-peroxidase. Aos 7 dias a área de regeneração apresentava ácinos
e ductos em diferenciação, envolvidos por grande quantidade de estroma. O
aspecto era semelhante ao da GSM de um rato recém-nascido. Aos 15 dias
parênquima e estroma da área regenerada no animal de 30 dias apresentavam
aspecto semelhante ao da GSM controle diferenciada. Houve nítido aumento da
quantidade de fibronectina e colágeno III nas áreas de regeneração,
provavelmente devido à maior quantidade de estroma presente e não à maior
expressão destas proteínas pelas células do tecido conjuntivo.
Concluiu-se que a regeneração da GSM madura ocorre precocemente e é mais
rápida em animais jovens. As etapas da regeneração podem assemelhar-se a etapas
já descritas durante o desenvolvimento da GSM, sendo possível que a MEC seja
tão importante neste processo quanto é durante a organogênese. (Apoio
financeiro: FAPESP, FAPERGS.)
B394
Presença de Candida na saliva de pacientes
hemofílicos.
PEREIRA, C.
M.*, PIRES, F. R., CORRÊA, M. E. P., ALMEIDA, O. P., SOUZA, C. A.
Área de
Patologia – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5266.
E-mail: claudiomaranhao@hotmail.com
Candida está presente na cavidade bucal de
20-50 % dos indivíduos saudáveis e C. albicans é a espécie mais comum.
Não há dados na literatura sobre a presença de Candida na boca de
pacientes hemofílicos. O objetivo deste estudo foi quantificar e identificar as
espécies do gênero Candida na saliva de pacientes hemofílicos, e
correlacionar os dados encontrados com o fluxo salivar e lesões na cavidade
bucal. Foram avaliados 48 pacientes hemofílicos atendidos no Hemocentro -
HC/UNICAMP. Após anamnese e exame físico, foi coletada saliva não estimulada
durante 5 minutos. A quantificação de Candida (UFC/ml) foi feita após
semeadura em ágar Sabouraud Dextrose durante 48 horas, e a identificação das
espécies pelos métodos de formação de tubo germinativo, clamidoconídeos e
fermentação e assimilação de carboidratos. Do total de 48 pacientes, 65%
apresentaram Candida na cavidade bucal. C. albicans correspondem
a 70% das espécies isoladas, e C. tropicalis foi a segunda mais freqüente.
Não houve correlação entre a presença de Candida e o fluxo salivar e a
presença de lesões bucais.
Os resultados sugerem que os pacientes hemofílicos podem apresentar o
gênero Candida na cavidade bucal com maior freqüência que os
indivíduos normais, entretanto estes pacientes não apresentam maior risco de
desenvolvimento de candidose. (Apoio financeiro: CAPES.)
B395
Levantamento de diagnósticos histopatológicos orais – estudo
retrospectivo de 33 anos.
FREGNANI, E.
R.*, ALMEIDA, O. P., JORGE, J., LOPES, M. A., VARGAS, P. A.
Departamento
de Diagnóstico Oral – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5315.
E-mail: pavargas@fop.unicamp.br
O objetivo deste estudo é apresentar os índices
epidemiológicos das lesões orais do Serviço de Diagnóstico Oral da Disciplina
de Patologia Oral da FOP - UNICAMP durante um período de 33 anos
(1968-2001). Foi levado em consideração o diagnóstico histopatológico, idade,
sexo e localização da alteração. A histopatologia de cada caso foi reavaliada,
e as informações armazenadas em um banco de dados informatizado. Um total de
8.873 casos foram revisados. A maioria consistia em processos proliferativos
não-neoplásicos e alterações periapicais como hiperplasias fibrosas (26%),
periodontites (10%), alterações periapicais (10%) e mucoceles (8%). O carcinoma
espinocelular foi responsável por 5% dos casos, correspondendo à 84% de todas
as neoplasias malignas. É interessante notar a ocorrência de 150 casos de
paracoccidioidomicose. Tumores odontogênicos somaram 1,25% do total, sendo 42%
casos de odontoma e 23% de ameloblastoma. Os tumores de glândula salivar
totalizaram 72 casos (0,85%), sendo 42% adenoma pleomórfico e 19% carcinoma
mucoepidermóide.
Através dos resultados, nota-se a alta incidência do carcinoma espinocelular
e da paracoccidioidomicose na região de Piracicaba. Estes dados podem servir
como orientação para o cirurgião-dentista da região de Piracicaba, bem como
para estudos epidemiológicos de doenças bucais no Brasil. (Apoio financeiro:
CNPq - processo 112901/99-9 e CAPES.)
B396
Estudo da expressão imuno-histoquímica da metalotioneína em
carcinoma epidermóide bucal.
CARDOSO, S.
V.*, LOYOLA, A. M., AGUIAR, M. C. F.
Departamento
de Clínica, Patologia e Cirurgia Odontológica – FO – UFMG.
Tel.: (0**31) 3499-2476. E-mail: cardososv@hotmail.com
A metalotioneína (MT), proteína de baixo peso molecular com
alto conteúdo de cisteína, parece estar envolvida nos fenômenos de resistência
tumoral ao tratamento oncológico e tem sido estudada como fator prognóstico em
diversas neoplasias malignas humanas. A origem ectodérmica do epitélio da
mucosa bucal prenunciava que a superexpressão da MT no carcinoma epidermóide de
boca (CaEB) pudesse estar associada a pior prognóstico para os pacientes. O
objetivo do presente trabalho foi estudar a expressão imuno-histoquímica da MT,
bem como sua capacidade prognóstica para o CaEB. Avaliou-se a expressão da MT,
por marcação imuno-histoquímica, em 60 casos de carcinomas epidermóides bucais,
e esta foi comparada ao estadiamento clínico, graduação histológica e índice
proliferativo (Ki-67) das lesões, através de testes de correlação entre as
variáveis. O impacto das variáveis estudadas na sobrevida global dos casos foi
analisado por testes uni- e multivariados de sobrevida. O índice de marcação da
MT teve média de 60%. Não houve correlação estatisticamente significante entre
nenhuma das variáveis em estudo. Entretanto, índices elevados (maiores que 76%)
de marcação da MT estiveram relacionados a pior sobrevida em análise
estatística univariada. Em análise multivariada, o índice de marcação da MT, o
estadiamento clínico e a graduação histológica mostraram-se fatores
prognósticos independentes. A superexpressão da metalotioneína em carcinomas
epidermóides bucais parece estar associada a pior prognóstico para os
pacientes. (Financiamento: CNPq.)
B397
Prevalência de alterações de mucosa bucal em crianças
atendidas no Hospital das Clínicas – UFMG.
BESSA, C. F.
N.*, AGUIAR, M. C. F., CARMO, M. A. V.
Departamento
de Clínica, Patologia e Cirurgia Odontológica – Faculdade de Odontologia –
UFMG.
Objetivou-se com o presente trabalho a realização de um
estudo piloto sobre a prevalência de alterações de mucosa bucal em crianças de
0 a 12 anos atendidas no Ambulatório de Pediatria do Hospital das Clínicas da UFMG.
Aprovado pelo Comitê de Ética da UFMG e após a assinatura do termo de
consentimento livre e esclarecido, foram examinadas aleatoriamente 170 crianças
divididas em duas faixas etárias: 61% de 0 a 4 anos e 39% de 5 a 12 anos. Os
pacientes foram classificados sócio-economicamente pelos critérios da ABIPEME e
os dados relevantes da história médica das crianças foram obtidos através dos
prontuários médicos. O exame clínico da mucosa bucal seguiu uma seqüência
padronizada e preestabelecida e foi realizado com o auxílio de luz artificial,
observando-se as normas universais de biossegurança. O teste Kappa mostrou uma
concordância interexaminadoras de 85%. Os dados coletados foram analisados com
o teste qui-quadrado, considerando o nível de significância de 95%. A
prevalência de crianças acometidas foi de 28,2%, sem diferenças significativas
quanto ao sexo e à idade, sendo que havia crianças com mais de uma alteração.
Considerando-se todo o grupo, as alterações mais prevalentes foram a lesão
traumática, língua geográfica e afta recidivante. A língua geográfica foi a
lesão mais prevalente na faixa etária de 0 a 4 anos e a lesão traumática por
mordida na mucosa jugal predominou nas crianças de 5 a 12 anos.
Não houve diferenças estatísticas na prevalência das alterações de
mucosa bucal em relação à classe sócio-econômica e à história médica dos
pacientes.
B398
Descrição da manifestação bucal de lesões de leishmaniose.
SOUZA FILHO,
O. P.*, SILVEIRA, J. L. G. C., OLIVEIRA, V.
Pós-Graduação
em Odontologia Social – UFF - RJ; UNIG - RJ.
Este trabalho teve o objetivo de verificar a freqüência
relativa de manifestações bucais, dos casos de leishmaniose, atendidos no
Hospital Evandro Chagas - FIOCRUZ/RJ, descrevendo anatomicamente as
características das lesões bucais e o perfil dos pacientes. Foi utilizado o
método de abordagem indutivo com procedimento estatístico, aplicando-se a
técnica de observação indireta através de pesquisa documental. Foram analisados
130 prontuários, com diagnóstico de leishmaniose tegumentar americana (LTA), no
período de 1991 a 2000. Em relação ao sexo, verificamos que 71% pertenciam ao
sexo masculino e em 74% dos casos de raça branca. O local de moradia dos
acometidos foi na área urbana em 52%. Quanto à ocupação dos pacientes,
verificamos que 26% eram lavradores, 19% do lar, 16% estudantes, 6,5%
militares, 6,5% aposentados, 6,5% pedreiros e 19,5% outras ocupações. Dos casos
analisados 0,9% apresentavam lesão mucosa indeterminada (lesões da cavidade
oral), assim divididas: palato duro 26%, palato mole 42%, lábio superior 16%,
lábio inferior 8% e língua 8%. Quanto ao aspecto das lesões 80% foram do tipo
úlcero-vegetantes.
Concluímos que a manifestação da LTA oral é de baixa prevalência,
acometendo indivíduos da cor branca, sexo masculino e de área urbana. A maioria
das lesões ocorre no palato mole, sendo do tipo úlcero-vegetantes.
B399
Comparação de técnicas radiográficas na análise dos níveis
ósseos alveolares.
GONÇALVES,
M.*, HAITER NETO, F., BÓSCOLO, F. N., GONÇALVES, A.
Disciplina
de Radiologia – FOP – Unicamp.
Tel.: (0**16) 201-6379. E-mail: marcelog@foar.unesp.br
O objetivo desse trabalho foi comparar até que ponto as
radiografias digital e digitalizada podem contribuir para a superação das
limitações dos exames radiográficos intrabucais convencionais (periapical e
interproximal) na determinação das mensurações dos níveis ósseos alveolares
interproximais. Foi proposto, também, realizar uma análise das aparências
radiográficas convencionais e digitalizadas das superfícies vestibulares e
linguais/palatinas das cristas ósseas alveolares com o emprego da tomografia
linear em cortes transversais dos maxilares, comparando-as com as mensurações
realizadas durante os procedimentos cirúrgicos periodontais com descolamento de
retalho. Para todas as incidências radiográficas foi utilizada uma placa de
acrílico oclusal com artefatos radiopacos que permitiam a comparação das
mensurações cirúrgicas e radiográficas. Os resultados mostraram que, num âmbito
geral, todas as técnicas intrabucais convencionais, digitais diretas e
digitalizadas, e as tomografias convencional e digitalizada subestimaram os
valores cirúrgicos dos níveis ósseos alveolares.
Concluiu-se que os resultados radiográficos fornecidos pelas técnicas
utilizadas neste experimento foram passíveis de alterações dimensionais
(subestimação) quando comparadas às mensurações cirúrgicas. (Agradecimento à
FAPESP pelo concebimento de auxílio-pesquisa referente ao processo
nº 97/13197-2.)
B400
Endodontia: avaliação da biossegurança em aparelho de raios
X.
PARDINI, L.
C.*, SILVA, A. B. M., FRÖNER, I. C.
FORP – USP;
LACIRO. E-mail: pardini@forp.usp.br
Aparelho de raios X odontológico deve ser fabricado
obedecendo às normas de biossegurança conforme as recomendações do Ministério
da Saúde do Brasil (Proteção Radiológica n. 453, p. 1-15, 1998,
Brasil). Na execução da técnica radiográfica intraoral é obrigatório que os
raios X sejam colimados e não ultrapassem 6 cm de diâmetro ao incidir na
região dental. O objetivo desta é avaliar se 50 aparelhos de raios X utilizados
por 50 endodontistas da cidade de Ribeirão Preto (SP - Brasil), foram
fabricados obedecendo a normativa de biossegurança. Como metodologia
utilizou-se chassis metálico (18 x 24 cm - filme Kodak)
simulando a região dental do paciente, quando do tratamento endodôntico. O
chassis foi posicionado perpendicular à extremidade do aparelho de raios X
(distância foco-filme de 20 cm), e 0,4 s foi o tempo de exposição
simulando a técnica radiográfica intraoral. Após o processamento (temperatura/tempo)
e a secagem dos 50 filmes (1filme/aparelho de raios X) o diâmetro ortogonal da
imagem radiolúcida (D1/D2) formada no filme foram medidos (paquímetro digital,
negatoscópio e lupa). Nos resultados obtidos observou-se a existência de
diferença significante entre os 37 (74%) aparelhos (p << 0,001)
que não obedecem as recomendações do Ministério da Saúde. Portanto,
verificou-se que 37 endodontistas expõem desnecessariamente o paciente durante
o tratamento endodôntico.
Concluímos que há aumento significante da área irradiada e a necessidade
urgente de rigoroso controle na fabricação do aparelho de raios X odontológico.
(Apoio financeiro: CNPq/PIBIC/USP.)
B401
Quantificação do consumo de etanol em pacientes com câncer
bucal.
REIS, S. R.
A., ANDRADE, M. G. S., MARCHIONNI, A. M. T.*, NISA-CASTRO-NETO, W.
Departamento
de Diagnóstico e Terapêutica – FO – UFBA; Pós-Graduação em Cirurgia e
Traumatologia Buco-Maxilo-Faciais – FO – PUCRS; Lab. Din. Pop. Fac. Bioc. –
PUCRS.
O etanol é um dos principais fatores de risco para o câncer
da boca atuando como promotor. Objetiva-se identificar as distintas formas e
quantias de ingestão de etanol em indivíduos com câncer da cavidade bucal
comparando a um grupo controle. Foram selecionados 140 pacientes com câncer nas
diferentes regiões da boca e 136 controles com ausência clínica de neoplasias.
Todos os indivíduos selecionados consumiam bebidas alcoólicas e consentiram sua
inclusão no estudo. Coletaram-se informações sobre o tipo de bebida consumida e
a quantidade de etanol ingerida foi mensurada em ml/semana. Calculou-se a média
deste consumo, o desvio-padrão, a “odds ratio” (OR) e o intervalo de confiança a = 0,05
(IC95%). A ingestão de etanol nos casos (1.202,92 ± 1.381,18 ml/semana)
foi aproximadamente o dobro da verificada nos controles (647,88 ± 854,19 ml/semana).
Os indivíduos com câncer de mucosa jugal apresentaram maior consumo de etanol
(1.592,85 ± 1.633,20 ml/semana). Entre os casos, a bebida com
maior média de consumo foi a cachaça (1.171,47 ± 753,56 ml/semana),
enquanto nos controles, a vodca, apesar de ser consumida por apenas um paciente
(1.107 ml/semana). O alto desvio-padrão encontrado reflete uma grande
variabilidade de consumo na amostra. A cachaça apresentou uma OR de 1,61 (IC
95%; 1,27-2,04) para o câncer da boca, enquanto o consumo associado de
diferentes bebidas não apresentou risco [OR = 0,97 (IC 95%
0,75-1,20)].
Nos
pacientes portadores de câncer da boca, o consumo de etanol é maior que entre
os controles e o tipo de bebida ingerida tem maior concentração de etanol
sugerindo sua relevância na carcinogênese bucal.
B402
Fios de sutura: análise da superfície e processo de
absorção.
ANDRADE, M.
G. S.*, WEISMANN, R., MACHADO, G., REIS, S. R. A.
Programa de
Pós-Graduação em CTBMF – FO – PUCRS; Centro de Microscopia e Microanálise –
PUCRS.
Este trabalho objetiva avaliar, por microscopia eletrônica
de varredura, a superfície do “catgut” cromado e “vicryl rapide” antes e depois
da implantação em dorso de ratos. Utilizaram-se 20 ratos machos. Os fios foram
implantados após anestesia, tricotomia e anti-sepsia. O sacrifício ocorreu aos
1, 2, 3, 7, 14 dias. Os fios foram removidos, metalizados e submetidos a
varredura. Antes da implantação, reservou-se um fragmento para avaliação da
superfície original. A superfície original do “catgut” cromado é rugosa pois é
revestida por partículas de 20 mm. À secção horizontal, notava-se
aglomeração de fibras amorfas. Nos três primeiros dias, células semelhantes a
linfócitos colonizavam sua superfície. A quantidade decresceu até o 3º dia
quando estrias longitudinais sugeriam diminuição da coesão entre as fibras. No
14º dia, o fio tendia a distorcer. O “vicryl rapide” é multifilamentar por
apresentar 10 a 12 agrupamentos de 25 a 30 filamentos, vistos em secções
horizontais, que formam um trançado organizado sugerindo resistência. A
compatibilidade é confirmada por menor população celular em sua superfície nos
três primeiros dias. Desde o 3º dia, os filamentos começavam a romper. No 14º
dia, a hidrólise promoveu dissolução da fibras desorganizando o trançado e os
filamentos estavam mais fragmentados.
A superfície do “vicryl rapide” permite maior aderência de indutos e
apresenta nichos para colonização bateriana o que não se verifica no “catgut”.
O material orgânico que constitui o “catgut” induz maior quimiotaxia de células
inflamatória. As alterações oriundas da absorção são compatíveis com a
organização do fio.
B403
Comparação entre materiais simuladores de tecidos moles
utilizando o sistema Digora.
MEURER, E.*,
SOUZA, P. H. C., COSTA, N. P.
PUCRS.
Considerando a influência dos tecidos moles na determinação
dos níveis de cinza em radiografias, os autores realizaram este estudo com o
intuito de determinar qual material simulador de tecidos moles mais se
aproximaria do padrão escolhido. Três materiais de natureza distinta foram
testados como simuladores de tecidos moles, sendo que o músculo bovino na
espessura de 1 cm foi escolhido como padrão ouro neste trabalho. Três
blocos de acrílico com 0,5 cm; 1,0 cm; e 2,0 cm, de espessura
foram confeccionados. Outro material testado foi a cera 7 com 1,0 cm de
espessura. Os valores das médias da densidade dos níveis de cinza obtidos foram
analisados pelo teste não-paramétrico de Mann-Whitney.
Foi observado que o acrílico com 2 cm de espessura não foi
significativamente diferente do músculo bovino sendo este considerado o melhor
simulador de tecidos moles utilizando o sistema Digora.
B404
Análise comparativa do diagnóstico de lesões dentárias por
estudantes de Odontologia.
SANTOS, C.
B.*, BATITUCCI, E., BATITUCCI, M. H. G., DAROZ, L. G. D.
Departamento
de Prótese – UFES. E-mail: edubatitucci@uol.com.br
Lesões dentárias caracterizadas pela perda de superfície
dental na ausência de cárie são cada vez mais encontradas na prática
odontológica, porém parece existir entre os profissionais uma falta de
entendimento sobre a origem, prevenção e tratamento dessas lesões. O objetivo
deste trabalho foi de realizar um levantamento para verificar a capacidade de
diagnóstico dessas lesões. O estudo constou de questionários, cada um contendo
uma foto de um tipo de lesão (atrição, abrasão, erosão, abfração e cárie),
aplicados a 57 alunos do último ano do curso de Odontologia da UFES (oitavo e
nono período). O tratamento estatístico dos dados foi feito através de análise
descritiva e teste não-paramétrico do qui-quadrado. As análises demonstraram
não haver diferença estatisticamente significante. Segue tabela:
|
8º Período |
9º Período |
|
Cárie |
85,7% |
89,7% |
Fisher; p = 0,706 |
Atrição |
77,8% |
58,6% |
Qui-quadrado = 2,353;
p = 0,125 |
Abrasão |
34,5% |
37,9% |
Qui-quadrado = 1,048;
p = 0,592 |
Erosão |
58,6% |
62,1% |
Qui-quadrado = 1,029;
p = 0,598 |
Abfração |
62,1% |
57,7% |
Qui-quadrado = 2,316;
p = 0,314 |
Observa-se que a lesão representada por abrasão obteve menor índice de
acertos entre os participantes. (Apoio financeiro: PIBIC/CNPq.)
B405
Avaliação da proliferação celular em camundongos submetidos
à ingestão e aplicação tópica de álcool à 40ºGL.
DALMORO
MAITO, F.*, SANT’ANA FILHO, M., RADOS, P. V., BARBACHAN, J. J.
Departamento
de Odontologia Conservadora, Disciplina de Patologia Bucal – Faculdade de
Odontologia da UFRGS. Tel.: (0**51) 316-5023.
Com o objetivo de avaliar o efeito da ação local ou
sistêmica na proliferação celular, realizou-se um experimento com sessenta
camundongos divididos em três grupos de vinte, durante um ano. Um grupo ingeria
álcool à 40ºGL em substituição à água durante todo o período do experimento,
outro grupo recebia aplicações tópicas de álcool 40ºGL no dorso da língua duas
vezes por semana e o terceiro grupo foi o controle. A quantificação da
proliferação celular considerou as células positivas para a evidenciação do
PCNA pela técnica imuno-histoquímica. Foram consideradas as células da camada basal
e intermediária do epitélio lingual. A contagem foi realizada em três momentos
do trabalho, antes dos animais serem submetidos ao álcool 40ºGL, aos seis e aos
doze meses, fazendo comparações entre os grupos e intragrupos. Nos resultados
observou-se que aos doze meses de experimento houve aumento da proliferação
celular na camada intermediária no epitélio do grupo que ingeria álcool
continuamente (p = 0,01). Os grupos controle e de aplicação tópica
não mostraram diferenças significativas na proliferação celular em momento
algum do trabalho.
Com isso, conclui-se que o efeito do álcool na promoção da proliferação
celular é sistêmico e acontece ao longo do tempo.
B406
Reações liquenóides ao amálgama – acompanhamento
clínico.
ARAÚJO, L.
M. A., GOMES, A. P. N.*, PAPPEN, F. G., SALUM, F. G., TARQUÍNIO, S. B. C.,
ZANELLA, L.
Departamento
de Semiologia e Clínica – FO – UFPel.
Estudos tem demonstrado que certos componentes dos materiais
restauradores estão associados com lesões da mucosa bucal. Destas, as reações
liquenóides limitadas a áreas em contato com restaurações de amálgama são as
mais estudadas, podendo representar uma reação de hipersensibilidade tardia ao
mercúrio. A freqüência de efeitos adversos do amálgama é estimada em um caso
por milhão. O objetivo deste trabalho foi realizar um acompanhamento de casos
do Centro de Diagnóstico e Histopatologia da FO - UFPel diagnosticados
clinicamente como reações liquenóides ao amálgama, analisando as alterações
clínicas da mucosa bucal quando da substituição deste por compósitos. Após o
exame com diagnóstico clínico e documentação fotográfica das lesões, para
controle posterior, as restaurações de amálgama foram substituídas por
restaurações de resina composta e os pacientes avaliados em intervalos semanais
durante o primeiro mês e semestrais até completar 1,5 anos. Da totalidade de 5
pacientes acompanhados, todas mulheres com idade entre 35 e 50 anos, 4 seguiram
o tratamento proposto, obtendo-se regressão das lesões em 2 semanas nos 4
casos. Em 3 casos restaram “áreas cicatriciais” na mucosa. As lesões
localizavam-se na mucosa jugal e borda lateral de língua. Uma paciente optou
por não fazer o tratamento e permaneceu com as lesões estáveis.
Destes resultados foi possível verificar a relação direta entre reações
liquenóides e restaurações de amálgama, sendo esta relação confirmada pela
remissão das alterações após a troca das restaurações.
B407
Comparação de valores cefalométricos obtidos por centros
especializados, ortodontistas e clínicos.
FERREIRA, F.
M.*, MENEZES, L. F. S.
Departamento
de Odontopediatria e Ortodontia – FO – UFMG. Tel.: (0**31) 3499-2472.
E-mail: femorais@lycos.com
Com o objetivo de avaliar se a falta de experiência é
realmente um fator introjetor de erro na análise cefalométrica e se são
confiáveis os dados fornecidos por 5 centros comerciais de documentação
ortodôntica de Belo Horizonte, foram selecionadas 50 telerradiografias iniciais
de crianças em tratamento na clínica de Ortodontia da FO - UFMG, sendo 10
oriundas de cada centro. Essas telerradiografias foram retraçadas por 4
participantes do estudo (2 mestres em Ortodontia e professores da FO –
UFMG e 2 clínicos gerais recém-graduados pela mesma faculdade), isoladamente,
sem conhecimento prévio dos demais resultados. Foram aferidas 12 medidas das
análises de Steiner, Tweed e Downs. Para comparar as médias dos traçadores 2 a
2 foi usado o teste t de Student pareado, com nível de significância de
0,05. Diferenças estatísticas foram observadas em várias medidas para todos os
traçadores (eixo Y, IMPA, FMA, 1.NB). As médias de cada centro foram comparadas
com as dos demais traçadores através dos testes multivariado de Wilks e
não-paramétrico de Wilcoxon. As concordâncias obtidas foram de 50%, 25%, 66,7%,
75% e 75%.
Neste estudo, a maioria dos centros apresentou uma concordância
aceitável com os traçadores e a falta de experiência não foi determinante na
introdução do erro cefalométrico, erro este que apareceu como uma constante.
B408
Leucoplasia pilosa: prevalência e impacto dos
anti-retrovirais em 353 HIV+.
DIAS, E.
P.*, POLIGNAMO, G. A. C., FERREIRA, S. M. S., SILVA Jr., A.
Departamento
de Patologia – UFF - RJ; Departamento de Diagnóstico Oral – FO – UFRJ - RJ.
A leucoplasia pilosa oral (LPO) tem valor diagnóstico e
prognóstico. As alterações nucleares (efeito citopático do vírus Epstein-Barr)
permitem o diagnóstico histocitopatológico. Os objetivos desse estudo foram
investigar a prevalência da LPO e verificar o impacto dos novos medicamentos
anti-retrovirais sobre a prevalência. Realizamos a análise retrospectiva dos
dados clínicos e de esfregaços das bordas da língua de 353 pacientes HIV+,
colhidos entre 1996 e 2000. Utilizou-se o teste não-paramétrico do c2.
A prevalência identificada foi de 45%, sendo que 17% dos pacientes exibiam
lesão clínica e 28% subclínica. A prevalência da LPO clínica teve uma queda de
18%, enquanto subclínica um aumento de 14%. A prevalência da LPO foi menor nos
pacientes que, no momento da coleta do material, estavam utilizando a
associação de medicamentos. Candidíase foi diagnosticada em 35% dos pacientes.
Os nossos resultados indicam que a citopatologia deve ser o método de
escolha para o diagnóstico da LPO e sugerem que a prevalência da LPO é maior
que a relatada pela literatura, sendo que a introdução dos anti-retrovirais contribuiu
para a sua redução.
B409
Dados epidemiológicos da Patologia Cirúrgica da FOSJC entre
1962-2001.
ROSA, L. E.
B., BERTINI, F.*, SOUSA, F. G., SOUZA, A. P. B., BOLANHO, A., CARMO, E. D.
Departamento
de Biociências e Diagnóstico Bucal – FOSJC – UNESP. Tel.: (0**12)
321-8166. E-mail: blumer@fosjc.unesp.br
Com quase 40 anos de funcionamento, o serviço de Patologia
Cirúrgica da Faculdade de Odontologia de São José dos Campos (FOSJC) já
ultrapassou os 6.000 registros de exames anátomo-patológicos. O presente
trabalho teve por objetivo inserir numa planilha eletrônica (Excel®
Microsoft Co.), os dados referentes a sexo, raça, idade, localização,
diagnóstico clínico e diagnóstico histopatológico de 6.200 fichas cadastradas
no período de 1962-2001. A partir dos dados tabulados e analisados constatamos
que no grupo das neoplasias malignas (4,27%), o carcinoma epidermóide (3,31%) e
o linfoma maligno (0,27%) são os tumores malignos epitelial e mesenquimal mais
freqüentes, respectivamente. Já no grupo dos tumores odontogênicos benignos e
malignos (1,51%), o ameloblastoma (0,63%) aparece como o mais freqüente,
seguido pelo odontoma (0,50%), quando na clínica o que ocorre é justamente o
contrário. Quanto aos tumores benignos e malignos de glândula salivar, o adenoma
pleomórfico (0,66%) é a lesão mais encontrada, representando sozinho quase 60%
dos casos dentro do grupo. Curiosamente, encontramos uma alta incidência de
mucocele (8,14%), diferente de outros serviços. Os PPNNs (22,13%) e as lesões
císticas + granulomas dentários (21,53%) representam quase metade do
arquivo (43,66%), destacando-se as hiperplasias gengivais/fibrosas
inflamatórias (16,44%) e os cistos radiculares (11,62%), respectivamente. Estes
são alguns dos dados obtidos após análise das planilhas, o restante será
apresentado em forma de histogramas, tabelas, correlações e análise
estatística.
B410
Atrofia e regeneração da parótida após ligadura do ducto
excretor.
COLOMBO, C.
E. D.*, ROCHA, R. F., CARVALHO, Y. R.
Departamento
de Biociências e Diagnóstico Bucal – FOSJC – UNESP. Tel.: (0**12)
321-8166.
A proposta deste trabalho foi estudar a atrofia unilateral
da glândula parótida de ratos após ligadura do ducto excretor e a regeneração
glandular através de ligadura ductal seguida pela remoção da obstrução após 7
dias, analisando as alterações morfológicas glandulares e o potencial
proliferativo dos ductos intercalares, durante a atrofia e regeneração, e das
células acinares, durante a regeneração. Análise similar foi realizada na
parótida contralateral. Os ratos foram sacrificados e suas glândulas parótidas
foram processadas e submetidas às colorações histológicas (H. E. e PAS),
histoquímica (AgNOR) e imuno-histoquímicas (calponina e PCNA). Os índices de
PCNA e AgNOR foram analisados estatisticamente (ANOVA, Tukey e coeficiente de
Spearman). Durante a atrofia, houve degeneração e redução do parênquima,
evidenciação das células mioepiteliais, inflamação e fibrose. Durante a
regeneração, houve o restabelecimento do parênquima, retorno das células
mioepiteliais ao normal e redução da inflamação. Nas glândulas contralaterais,
houve desorganização e degeneração teciduais. Não houve alteração do potencial
proliferativo dos ductos intercalares. As células acinares apresentaram aumento
de seu potencial proliferativo nas glândulas em regeneração, mas não nas
glândulas opostas. Houve correlação entre PCNA e AgNOR somente nas células
acinares das glândulas em regeneração.
Portanto, verificou-se o potencial regenerativo glandular e a correlação
entre PCNA e AgNOR somente em células com capacidade proliferativa aumentada.
(Comitê de Ética nº 17/99 - PA/CEP. Apoio: FAPESP.)
B411
Estudo citológico da mucosa bucal de mulheres durante ciclo
menstrual.
TAVARES, P.
G.*, BRANDÃO, A. A. H., CABRAL, L. A. G.
Departamento
de Biociências e Diagnóstico Bucal – FOSJC; Faculdade de Odontologia – UNITAU.
Tel.: (0**12) 321-8166. E-mail: pablogimenes@easygold.com.br
No presente trabalho estudamos os aspectos citológicos da
mucosa bucal de mulheres durante o ciclo menstrual, para tanto comparamos os
valores de maturação e picnose nuclear obtidos através da citologia esfoliativa
de quatro grupos distintos: mulheres com ciclo menstrual regular, homens
adultos, meninas antes da menarca e mulheres com pelo menos dois anos de
menopausa. Os dados coletados foram analisados através dos testes de Friedman,
Kruskal-Wallis e Tukey.
Concluímos haver diferenças entre os valores de maturação e de picnose
nuclear quando comparamos os três períodos do ciclo menstrual estudados sendo
significantes a diferença em relação ao início e meio do ciclo, existindo
também, diferenças significativas particulares entre os valores de maturação e
picnose observados em mulheres com ciclo menstrual regular e os obtidos em
meninas antes da menarca, homens adultos e mulheres na menopausa há pelo menos
dois anos. (Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FOSJC - protocolo
nº 002/2000 - PH/CEP.)
B412
Estudo comparativo da calcitonina e Plumbum mettalicum
na reparação óssea.
ALMEIDA, J.
D.*, ROCHA, R. F., ARISAWA, E. A. L., CARVALHO, Y. R.
Departamento
de Biociências e Diagnóstico Bucal – FOSJC – UNESP. Tel.: (0**12)
321-8166. E-mail: janete@fosjc.unesp.br
Foi realizado estudo comparativo dos efeitos da calcitonina
e do Plumbum mettalicum 30CH na reparação óssea guiada em mandíbulas de
ratos. Foram utilizados 75 ratos com idade aproximada de três meses, que foram
divididos em três grupos de 25 animais. Todos os ratos foram submetidos à
cirurgia para realização de defeito ósseo na região de ângulo de mandíbula de
aproximadamente 4 mm, o qual foi recoberto por uma barreira de
politetrafluoretileno. Após a cirurgia, o grupo tratado com calcitonina passou
a receber 2 UI/kg, i.m., três vezes por semana, e o grupo tratado com Plumbum
mettalicum 30CH, três gotas diluídas em água diariamente. Os animais foram
sacrificados em períodos de três, sete, 14, 21 e 28 dias, sendo suas mandíbulas
removidas e encaminhadas para preparação histológica. Análises densitométrica,
histológica e histomorfométrica foram realizadas. Para análise estatística,
utilizou-se ANOVA, teste de Tukey e teste de Scheffé ao nível de 5%. A análise
densitométrica mostrou menor densidade óptica no grupo controle em todos os
períodos. Foi observado o preenchimento total do defeito tecido ósseo
neoformado apenas no grupo tratado com homeopatia, já aos 21 dias. A análise
histomorfométrica não mostrou diferença estatística entre os grupos tratados e
controle, porém o grupo tratado com homeopatia apresentou melhores resultados.
Concluiu-se que, nas condições utilizadas, a reparação óssea desses
defeitos em ratos machos é favorecida pelo Plumbum mettalicum 30CH.
(Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FOSJC, protocolo 07/99 - PA/CEP.)
B413
Método de inspeção de porosidade em fundição de
cobalto-cromo.
PAULINO, S.
M.*, PARDINI, L. C., SILVA, A. B. M, STEGUN, R. C., GOMES, F. P.
Universidade
Ibirapuera; FORP – USP; LACIRO. E-mail: sil@online.unaerp.br
A porosidade é um dos defeitos mais freqüentes em fundições
de estrutura metálica da prótese parcial removível, podendo ter como
conseqüência, a fratura da prótese. O objetivo desta é avaliar se o raio X é
método efetivo para detectar porosidades em estrutura metálica de prótese
parcial removível. Foram utilizadas duas amostras fundidas em cobalto-cromo
(Vitallium), na forma retangular de dimensões:
15 x 4 x 3 mm (amostra A) e
15 x 4 x 1,5 mm (amostra B). Na superfície das
amostras A e B foram realizados 5 orifícios com brocas esféricas “carbide”, em
escala crescente de 1/2, 1, 4, 5 e 6, para simularem porosidades. As amostras A
e B foram posicionadas em uma superfície plana sobre um filme periapical
(EP-21), perpendicular à extremidade do aparelho de raios X (dff 20 cm,
60 kVp, 10 mA) para técnica radiográfica. Os tempos de exposição
foram de 0,2; 0,4; 0,8; e 1,0 s. Após o processamento (temperatura/tempo)
das 4 radiografias (1 filme para cada exposição), as imagens foram analisadas
por 3 observadores em negatoscópio com lupa. Os resultados demonstraram a
existência de diferença significativa entre as imagens das amostras A e B em
relação aos tempos de 0, 8 e 1,0 s. Os orifícios foram detectados pelos
raios X com maior nitidez com o tempo de exposição de 1,0 s.
Concluiu-se que, para detectar a presença de porosidades na estrutura
metálica da prótese parcial removível, quando utilizando aparelho de raios X de
60 kVp e 10 mA, é indicado o tempo de exposição de 1,0 s.
B414
Graduação histológica imuno-histoquímica para carcinoma
epidermóide oral.
PIVA, M.
R.*, PIVA, N., PEREIRA PINTO, L., SOUZA, L. B.
Programa de
Pós-Graduação em Patologia Oral – Mestrado Interinstitucional – UFRN; UFS.
O objetivo do presente estudo foi comparar a positividade
das células epiteliais às proteínas p53 e Ki-67 com as alterações encontradas
no exame de rotina pela técnica da H. E. com a finalidade de detectar um
indicador prognóstico do carcinoma epidermóide oral (CEO) através da
histopatologia. Para isso foram selecionados 30 casos sendo 10 de cada uma das
regiões de maior incidência em nosso levantamento (lábio, língua e assoalho da
boca), os quais foram graduados pelo sistema de Anneroth et al. (Scand J Dent Rev, v. 95,
p. 229-49, 1987), e comparados às marcações imuno-histoquímicas para p53 e
Ki-67. O escore médio e índice de positividade (IP) para p53 e Ki-67 foram
respectivamente: para o lábio 1,74; 66,72 e 31,08, para a língua 2,30; 49,67 e
31,23 e para o assoalho da boca 2,58; 50,55 e 36,20. Só foi encontrado
diferença significativa a nível de 5% entre os escores do lábio e assoalho da
boca e correlação positiva entre os escores e IP Ki-67 do lábio.
Com tais resultados pôde-se constatar que os escores encontrados pelo
sistema adotado não condizem com os achados imuno-histoquímicos, os quais
mostraram ter grande relação com o tempo de atuação e agressividade do fator
desencadeante. Portanto, ficou clara a importância da imuno-histoquímica para
avaliação prognóstica do CEO, o que levou à proposta de um novo Sistema de
Graduação Histológica de Malignidade pela Imuno-Histoquímica. (Apoio: CAPES;
MINTER.)
B415
Efeitos da filtração de liga de alumínio-cobre em Radiologia
Odontológica.
GONÇALVES,
A.*, BÓSCOLO, F. N., ROLLO, J. M. D. A., GONÇALVES, M.
FOAr –
UNESP; FOP – UNICAMP. Tel.: (0**16) 201-6380.
E-mail: andreag@foar.unesp.br
O objetivo deste trabalho foi estudar o efeito da filtração
alternativa de liga de alumínio-cobre em aparelhos de raios X
odontológicos, avaliando a redução da taxa de “kerma” no ar, o espectro de
energia dos raios X e as alterações na qualidade da imagem radiográfica.
Comparação de diferentes espessuras de filtro de liga de alumínio-cobre em três
diferentes porcentagens (2%, 3% e 4% do elemento cobre na liga) foram feitas
com o filtro padrão de alumínio. Os experimentos foram realizados utilizando-se
um aparelho de raios X odontológico convencional operando com 70 kVp,
utilizando filme Ektaspeed Plus, e obtendo radiografias com o auxílio de um
fantoma de segmento de mandíbula e uma escala de densidade, confeccionada com
alumínio laminado. Dependendo da espessura do filtro de liga de alumínio-cobre,
o feixe de raios X foi endurecido e filtrado.
O uso dos filtros de liga de alumínio-cobre resultou em 8,40% a 47,33%
de redução da taxa média de “kerma” no ar e indicou contraste da imagem
radiográfica sem alteração, quando comparado com a filtração de alumínio,
mostrando que os filtros de liga de alumínio-cobre tornam-se alternativas
aceitáveis em relação aos filtros de alumínio, considerando que, para o filtro
de liga de alumínio-cobre, os tempos de exposição foram iguais ou menores que
os utilizados para o filtro padrão de alumínio.
B416
O paciente idoso no contexto do traumatismo
buco-maxilo-facial.
TORRIANI, M.
A.*, OLIVEIRA, M. G.
Departamento
de Cirurgia, Traumatologia e Prótese Buco-Maxilo-Faciais – Faculdade de
Odontologia de Pelotas – UFPel. Tel.: (0**53) 222-4305.
E-mail: torriani@ig.com.br
Os objetivos do presente estudo são: verificar a proporção
da população idosa acometida por traumatismo facial; conhecer a abordagem
adotada pelos cirurgiões buco-maxilo-faciais para este grupo de pacientes;
estabelecer as necessidades para construir e incorporar estas informações
específicas nos programas de pós-graduação. Os dados para este estudo foram
coletados nos prontuários dos pacientes portadores de traumatismo facial
atendidos no Hospital Cristo Redentor, Porto Alegre, RS, no período de 08/1991
a 12/1999. Dados adicionais foram obtidos através de entrevista com quatro
cirurgiões buco-maxilo-faciais da equipe do mesmo hospital. Os resultados
mostraram que 3,60% dos pacientes eram idosos, 65,70% destes eram do gênero masculino
e 34,30% feminino. As etiologias mais prevalentes foram: quedas, acidentes
automobilísticos e agressão física. Os sítios de traumatismo mais freqüentes
foram: o zigoma, a mandíbula, a maxila e os ossos nasais. A análise do conteúdo
das entrevistas mostra que os profissionais não se consideram adequadamente
preparados para atender traumatismos faciais em idosos e entendem ser
necessária a introdução destes conteúdos nos programas de formação do cirurgião
buco-maxilo-facial.
Conclui-se, portanto, que é significativa a proporção de idosos
portadores de traumatismos faciais, sendo verificada uma deficiência na
formação profissional para atender este grupo de pacientes, sugerindo-se a
incorporação destes conteúdos específicos nos programas de pós-graduação.
B417
Quantificação imuno-histoquímica dos linfócitos T e B nas
lesões inflamatórias periapicais crônicas.
PHILIPPI, C.
K.*, RADOS, P. V., BARBACHAN, J. J. D.
Programa de
Pós-Graduação em Odontologia – Mestrado em Patologia Bucal – UFRGS.
Tel.: (0**51) 316-5023. E-mail: kalvelag@terra.com.br
A lesão inflamatória periapical é uma patologia bastante
freqüente, sendo na maioria dos casos, conseqüência da cárie dental. O objetivo
deste trabalho foi quantificar as populações linfocitárias CD8+ e CD20+ em lesões
inflamatórias periapicais crônicas. Foram utilizadas 90 lesões inflamatórias
periapicais. Através da técnica de imuno-histoquímica pelo método da
estreptoavidina-biotina, utilizou-se os marcadores CD8 e CD20 para
identificação dos linfócitos T citotóxicos/supressores e linfócitos B,
respectivamente. A contagem das células foi feita em 3 campos microscópicos da
lâmina, mantendo-se um aumento de 400 vezes. A média da contagem das células
CD8+ foi de 7,72 células para os cistos inflamatórios, enquanto que nos grupos
cisto abscedado e abscesso crônico foi 11,25 e 11,62, respectivamente, com
diferença estatisticamente significante. E, a média da contagem das células
CD20+ foi 12,19; 11,06 e 12,91 células nos cistos abscedados, cistos
inflamatórios e abscessos crônicos, respectivamente, sem diferença
estatisticamente significante.
As lesões inflamatórias periapicais supuradas apresentaram número maior
de linfócitos CD8+ do que as lesões não supuradas e; a presença de supuração e
proliferação epitelial nas lesões não interferiu na quantidade de linfócitos B
presentes. (Apoio: Capes.)
B418
Estudo comparativo entre dois métodos de estimativa da
maturação óssea.
SCHUSTERSCHITZ,
T.*, MANZI, F. R., BÓSCOLO, F. N., ALMEIDA, S. M., HAITER NETO, F.
Diagnóstico
Oral – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5327.
E-mail: tassoschuster@hotmail.com
O objetivo do presente trabalho foi avaliar a aplicabilidade
e a confiabilidade de dois métodos de estimativa de maturação óssea,
utilizando-se de uma amostra de crianças brasileiras. Para a estimativa da
maturação óssea, foram utilizados os métodos de GRAVE; BROWN (1976), que
analisam a seqüência de eventos de ossificação observada numa radiografia de
mão e punho, e o método de HASSEL; FARMAN (1995) que avaliam a maturação óssea,
utilizando as variações morfológicas observadas nas vértebras cervicais dois,
três e quatro, visualizadas em radiografias laterais cefalométricas. A amostra
estudada foi composta de 240 indivíduos brasileiros, de ambos os sexos, com
idade variando de 7 a 15 anos. Foram formados nove grupos, distribuídos por
sexo e por idade cronológica, com intervalo de 12 meses de idade entre cada
grupo. As radiografias obtidas foram examinadas e reexaminadas por seis
avaliadores, e os dados obtidos foram submetidos ao teste estatístico de
Spearman. Os resultados encontrados demonstraram que, para a determinação do
estágio de maturação óssea em que o indivíduo se encontra, as radiografias de
mão e punho apresentaram uma melhor correlação. As radiografias cefalométricas
apresentaram uma menor correlação intra- e interavaliadores, por grupo e por
sexo.
Ambos os métodos estudados provaram ser capazes de estimar o período de
ocorrência do surto de crescimento puberal.
B419
Avaliação subjetiva da qualidade da imagem radiográfica
quanto aos tipos de filmes periapicais e tempo de revelação.
PONTUAL, M.
L.*, SILVEIRA, M. M. F.
Departamento
de Medicina Oral – FOP – UPE.
O exame radiográfico é um meio auxiliar muito importante no
diagnóstico de certas condições patológicas. O conhecimento dos fatores na
produção da imagem radiográfica é de fundamental importância para obtenção de
uma imagem que forneça o maior número possível de informações diagnósticas.
Este trabalho avaliou subjetivamente a influência da sensibilidade dos filmes
radiográficos periapicais (Kodak Ektaspeed Plus, Agfa-Gevaert de sensibilidade
do grupo E e o filme Kodak Insight do grupo F) e tempo de revelação em solução
GBX (líquido concentrado) na qualidade da imagem, obtidas a partir de uma
mandíbula humana seca adulta. Após testes prévios para a determinação do tempo
de exposição para cada tipo de filme, doze filmes de cada grupo foram expostos
de forma padronizada. Os filmes foram processados pelo método temperatura/tempo
em doze tempos de revelação à temperatura de 24ºC. Obtidas as imagens, estas
foram montadas em máscaras e avaliadas por nove examinadores. Em cada um dos
tempos de revelação, foi escolhida a radiografia considerada de melhor
qualidade, correspondendo cada uma a um tipo de filme.
Após a análise dos resultados concluiu-se que o filme Ektaspeed (40%)
seguido pelo Agfa (33%) foram os que apresentaram as melhores imagens, sendo o
Ektaspeed (50%) preferido pelos clínicos, o Agfa (41,7%) pelos radiologistas,
enquanto os endodontistas não mostraram preferência. O filme Agfa revelado com
2 minutos foi a radiografia de escolha por todos os examinadores.
B420
Avaliação subjetiva da qualidade em imagens digitais
panorâmicas.
CASANOVA, M.
L. S.*, HAITER NETO, F., OLIVEIRA, A. E., MARTINS, M. G.
Departamento
de Diagnóstico Oral – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5327.
E-mail: marciaspinelli@ig.com.br
O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência de
resoluções da imagem e do formato do arquivo na qualidade final da imagem
panorâmica, utilizando o sistema digital (Gendex Dental X-Ray) que obtém
imagens radiográficas por meio de placa de fósforo. Foram obtidas imagens com
duas diferentes resoluções – 150 e 300 dpi – e estas foram
armazenadas em diferentes formatos de arquivo – TIFF e JPEG. Os objetos de
análise foram quatro crânios macerados, onde cinco avaliadores identificaram
reparos anatômicos previamente selecionados. Os resultados não mostraram
diferença estatisticamente significante na maioria dos casos, com exceção de
estruturas mais sutis que foram melhores visualizadas nas imagens com
300 dpi de resolução.
Com base nos resultados, concluiu-se que imagens de 150 e 300 dpi,
assim como os formatos de arquivo TIFF e JPEG, de um modo geral,
apresentaram-se equivalentes em relação à qualidade de imagem.
B421
Estudo do efeito radioprotetor da vitamina E na reparação
tecidual tecidual em ratos.
MANZI, F.
R.*, BÓSCOLO, F. N., ALMEIDA, S. M., TUJI, F. M, SCHUSTERSCHITZ, T.
Departamento
de Diagnóstico Oral, Área de Radiologia – FOP – UNICAMP.
E-mail: flaviomanzi@hotmail.com
Sendo já descrito na literatura, o efeito deletério da
radiação ionizante nos tecidos vivos, propõe-se com este trabalho avaliar a
ação da vitamina E como radioprotetor no processo de reparação tecidual em
ratos, que sofreram um procedimento cirúrgico, onde foi realizada uma ferida na
região dorsal anterior. Os animais foram divididos em 8 grupos: grupo C
(controle) – realização da ferida, grupos VE60 e VE – pré-tratamento com
vitamina E (60 e 90 UI) e realização da ferida, grupo IRR – ferida e irradiação
de suas bordas 3 dias após a cirurgia, grupos VE60IRR e VE90IRR –
pré-tratamento com vitamina E (60 e 90 UI), realização da ferida e irradiação
de suas bordas 3 dias após a cirurgia, grupos OOL e OOLIRR –
pré-tratamento com óleo de oliva e realização da ferida com e sem irradiação.
Os dias de obtenção das peças para análise foram 4, 7, 14 e 21 dias após a
produção das feridas. A ação radioprotetora da vitamina E foi avaliada pelos
seguintes métodos: coloração por hematoxilina-eosina, coloração por picro
sirius para avaliar, quantitativamente e qualitativamente a birrefringência dos
feixes de colágeno e reação histoquímica do azul de toluidina para observação
do dicroísmo linear apresentado pelos tecidos organizados.
A análise dos resultados obtidos mostrou que 6 Gy de radiação de
elétrons com um feixe de 6 MeV, causou um retardo no processo de reparação
tecidual e a vitamina E foi efetiva como radioprotetora nas duas doses
estudadas, apresentando resultados semelhantes aos animais do grupo controle. (Agência
de fomento: CAPES; CNPq.)
B422
Reparação óssea sob ação de duas formulações de
bifosfonatos.
FAYAD, M. V.
L.*, ROCHA, R. F., BRANDÃO, A. A. H.
Departamento
de Biociências e Diagnóstico – FOSJC – UNESP. Tel.: (0**12) 321-8166.
No presente trabalho foram avaliadas as ações de duas
formulações de bifosfonatos no processo de reparação óssea em mandíbulas de
ratos. Noventa e dois ratos machos adultos foram submetidos à cirurgia para
confecção do defeito ósseo na mandíbula. Em seqüência, os animais foram
divididos em 5 grupos de acordo com o momento da administração e substância
utilizada, sendo eles: controle; alendronato (dez dias com início no dia da
cirurgia – AL 10d após); clodronato (dez dias com início no dia da
cirurgia – CL 10d após); alendronato (dez dias com início cinco dias antes
da cirurgia – AL 5d antes) e clodronato (dez dias com início cinco dias
antes da cirurgia – CL 5d antes); todos na dose de 1 mg/kg/dia
administrados por via oral. Os sacrifícios seguiram os intervalos de 7, 14, 30
e 60 dias, acompanhados da remoção das mandíbulas e encaminhamento das mesmas
para exame radiográfico e posterior preparação histológica. Os espécimes foram
analisados radiográfica, histológica e morfometricamente e os dados obtidos
submetidos à análise estatística. A análise histomorfométrica mostrou diferença
estatisticamente significante apenas entre o grupo controle e CL 10d após.
Histologicamente observou-se que os grupos tratados com clodronato mostraram
reparo inferior, embora o comportamento entre os grupos tenha sido semelhante.
Foi possível concluir que o alendronato e o clodronato não estimularam a
reparação óssea em defeitos mandibulares circunscritos e que a administração
prévia à confecção do defeito não apresentou ação benéfica no processo de reparo.
B423
Análise por computador dos crescimentos teciduais em
gengiva.
HIROTA, S.
K., SUGAYA, N. N.
Departamento
de Estomatologia – FOUSP. Tel.: (0**11) 5073-0658.
E-mail: skh@zipmail.com.br
Estudamos os crescimentos teciduais em gengiva, sob os
aspectos de volume, área de superfície, fator de forma e velocidade de
crescimento, com auxilio do software Image Lab em modelos de gesso
correspondentes às lesões. Os modelos de gesso foram fatiados e digitalizados
para permitir análise computadorizada e aplicação de fórmulas matemáticas
adequadas ao cálculo do volume e área superficial dos processos proliferativos,
além do fator de forma tridimensional dessas lesões, o qual indica se o mesmo
apresenta forma regular ou irregular. Foram avaliados 32 pacientes com lesões
de origem inflamatória, sendo que um deles apresentava 2 (duas) lesões, e 10
portadores de neoplasias benignas. Os resultados demonstraram que as neoplasias
benignas apresentaram forma mais regular , comparando-se com o restante das
lesões, inflamatórias e neoplásicas .O fibroma ossificante periférico
apresentou maior potencial de crescimento. Entre os processos proliferativos
inflamatórios a lesão periférica de células gigantes atingiu maior volume e
área superficial, apresentando forma mais regular e menor velocidade de
crescimento, enquanto que o granuloma piogênico e a hiperplasia fibrosa
inflamatória mostraram semelhanças nos parâmetros analisados. A análise
estatística (Kruskal-Wallis) não demonstrou diferenças significativas.
Concluímos que a utilização de softwares de computador na análise de
lesões orais é vantajosa, permitindo medidas precisas, utilizando fórmulas
matemáticas e adicionando informações ao processo diagnóstico e tratamento.
B424
Avaliação da validade na localização de pontos de referência
anatômicos em radiografias cefalométricas em norma lateral.
ANTONIAZZI,
M. C. C.*, MORAES, L. C.
Departamento
de Radiologia – FOSJC – UNESP. Tel.: (0**12) 218-4052.
E-mail: rgantoniazzi@uol.com.br
A localização de pontos cefalométricos é a principal fonte
de erros em cefalometria. Com o emprego cada vez mais crescente de métodos
computadorizados em análises cefalométricas, a localização de pontos se tornou
uma tarefa mais rápida. O objetivo neste trabalho foi analisar comparativamente
a localização de pontos cefalométricos nos métodos manual e computadorizado e
verificar a validade dos pontos utilizados. A amostra constou de dez
radiografias cefalométricas idênticas, em norma lateral, de crânios secos. Dez
profissionais de clínicas de radiologia odontológica realizaram a localização
de 11 pontos cefalométricos, pelos dois métodos, em duas ocasiões, com
intervalo de tempo de uma semana entre elas. Pelos resultados obtidos,
verificou-se que não houve diferença estatística significante entre os dois métodos
(teste t de Student). O ponto que apresentou maior validade foi o Na,
com média de desvio de 0,90 mm, e o ponto Pt foi o de menor validade, com
8,33 mm de desvio.
Nenhum ponto apresentou desvio de significância estatística, porém
concluímos que o ponto Pt deve ser usado com cautela em análises
cefalométricas, pois seu desvio pode apresentar significância clínica.
B425
Prevalência de alongamento do processo estilóide em
radiografias panorâmicas.
SCAF, G.,
FREITAS, D. Q.*, LOFFREDO, L. C. M.
Departamento
de Diagnóstico e Cirurgia – Faculdade de Odontologia de Araraquara –
UNESP.
O objetivo do trabalho foi estimar a prevalência de
alongamento do processo estilóide (ape) em radiografias panorâmicas. Foram
utilizadas cento e sessenta e seis radiografias panorâmicas, de pacientes
desdentados que necessitavam de próteses totais, durante o período de 1987 e
1990. Cento e vinte um pacientes eram do sexo masculino e quarenta e cinco do
feminino. As idades variaram de 26 a 81 anos, com média de 55,2 anos. As
radiografias foram avaliadas por dois examinadores calibrados,
independentemente. Foi utilizado um paquímetro para a realização das medidas,
em milímetros, que se estenderam da base do osso temporal até à extremidade da
estrutura. O ape foi considerado presente quando as medidas ultrapassavam
30 mm. Foi aplicada a estatística Kappa (k) e a correlação intraclasse (r).
Os resultados mostraram uma prevalência de ape em 12%. Com relação a presença
do ape, a concordância interexaminador foi k = 0,85 e com relação às
medidas a concordância interexaminador foi r = 0,52.
Concluindo, a prevalência do ape foi 12% e o nível de concordância foi
maior quando os examinadores avaliaram a presença do ape do que quando eles
realizaram as respectivas medidas. (CNPq – processo nº 5233136/95-1.)
B426
Efeito do banho de álcool no processamento de radiografias
intra-orais.
DAMIAN, M.
F., HAITER NETO, F., BÓSCOLO, F. N.
FOP –
UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5356. E-mail: haiter@fop.unicamp.br
O objetivo do presente estudo foi avaliar a ação do álcool
etílico no tempo de secagem de radiografias intra-orais e as possíveis
alterações causadas por esta substância na proservação das radiografias. Foram
utilizados filmes radiográficos periapicais Kodak Ektaspeed Plus e Agfa Gevaert
Dentus M2 Comfort, que compuseram os grupos principais da pesquisa. Cada grupo
principal foi dividido em dois grupos secundários, que diferenciaram-se quanto
ao tempo de lavagem final de 10 e 2,5 minutos. Os grupos secundários foram
divididos em 5 subgrupos, diferenciando-se quanto à lavagem ou não em álcool. O
primeiro subgrupo AG recebeu lavagem final em água. O subgrupo AG/AL recebeu
lavagem em álcool por 10 segundos após a lavagem em água. Os demais subgrupos
foram AL/AG, AL/AG/AL e AL. Para verificar a ação do álcool, cada grupo de
radiografias teve seu tempo de secagem cronometrado. Ainda, as radiografias
passaram por análises densitométrica, visual subjetiva e microscópica nos
períodos de 1, 6 e 12 meses após o processamento.
Após todas as análises, pôde-se observar que as radiografias cuja última
etapa da lavagem foi um banho em álcool, secaram em um tempo efetivamente
menor. Contudo, as radiografias lavadas em álcool, durante alguma etapa do
processamento, mostraram alterações em suas propriedades, que poderiam influenciar
a proservação das radiografias. (Projeto financiado pela FAPESP - processo
99/04324-6.)
B427
Comparação entre métodos de validação para diagnóstico de
superfícies oclusais.
OLIVEIRA, M.
D. M.*, GUEDES-PINTO, A. C., RODRIGUES, C. R. M. D., ROCHA, R. O.,
RAMIRES-ROMITO, A. C. D., OLIVEIRA, L. C.
Ortodontia e
Odontopediatria – FOUSP; Estomatologia – UFSM. E-mail: leandro@inf.ufsm.br
A proposta desta pesquisa foi comparar sete métodos de
validação utilizados para comprovação de diagnóstico de lesões de cárie em
superfícies oclusais de molares decíduos, determinando, através do exame
efetuado por três observadores, qual oferece maior concordância e
confiabilidade. Foram selecionados 40 molares decíduos do Banco de Dentes da
FOUSP, com suspeita de lesão de cárie oclusal e sem cavitação franca. Os dentes
foram incluídos e seccionados em espessura de 0,5 mm, sendo selecionadas
secções totalizando 72 sítios com lesões em diferentes estágios. Os espécimes
foram observados através de visualização direta com lupa de 8 X de aumento
(1); exame de fotografias em papel realizadas com equipamento Nikon (2); exame
de diapositivos realizados com equipamento Nikon (3); exame de fotografias em
papel realizadas com lupa estereoscópica – 35 X de aumento (4); exame
de diapositivos realizados com lupa estereoscópica – 35 X de aumento
(5); exame direto em lupa estereoscópica – 35 X de aumento (6) e exame de
diapositivos realizados com microscopia de luz polarizada (7). Os dados foram
agrupados e foi realizado teste de concordância pelo método de Kappa-Cohen,
sendo que os resultados das médias dos valores de Kappa entre examinadores
foram: 0,51 - método 7; 0,49 - método 4; 0,48 - método 2;
0,46 - método 6; 0,42 - método 5; 0,39 - método 1 e 0,30 -
método 3.
O método de validação com microscopia de luz polarizada, ofereceu o
maior valor de concordância interexaminadores, sendo o mais confiável para a
comprovação de diagnóstico de superfícies oclusais.
B428
Implante submucoso de materiais abrasivos de uso
odontológico em língua de ratos.
PISTÓIA, A.
D., FIGUEIREDO, M. A. Z.*
Curso de
Doutorado em Estomatologia – PPG – Odontologia – PUCRS.
Tel.: (0**51) 222-2031. E-mail: mazfig@terra.com.br
Este estudo foi realizado com o objetivo de avaliar as
manifestações clínicas e histológicas produzidas a partir da implantação
submucosa, em língua de ratos, de materiais abrasivos de uso odontológico.
Foram utilizados 128 ratos divididos em 16 grupos de 8 ratos cada, de acordo
com o material a ser implantado. Deste modo, a pasta profilática Herjos-F tanto
na sua composição normal como desprovida de seus componentes abrasivos, a
pedra-pomes da SS White e o pó abrasivo da lixa de acabamento e polimento
dental 3M foram implantados individualmente, na submucosa do dorso lingual, em
32 animais para cada material. Os espécimes foram submetidos às análises
clínica e histológica em intervalos temporais de 30, 60, 90 e 120 dias. Na
avaliação clínica, a partir do observado aos 90 dias, constatou-se que houve
formação de lesões nodulares em animais implantados com os materiais contendo
substâncias abrasivas na composição. Histologicamente, tais materiais
produziram marcantes reações crônicas granulomatosas, onde as de maior
exuberância e variedade celular foram promovidas pela pasta profilática Herjos-F.
Por outro lado, esta mesma pasta, quando desprovida de seus componentes
abrasivos, suscitou as mais brandas reações teciduais, inclusive com ausência
de resposta inflamatória, verificada, em um número progressivamente maior de
casos, a partir do intervalo de 90 dias.
B429
A cronologia do reparo cutâneo – influência do raio laser de
baixa densidade de energia.
MEDRADO, A.
R. A. P.*, PUGLIESE, L. S., REIS, S. R. A., ANDRADE, Z. A.
Fundação
Oswaldo Cruz – BA.
O reparo tecidual que se processa durante a cicatrização de
ferimentos cutâneos se faz às custas de intensa proliferação celular, bem como
remodelamento da matriz extracelular. Diversas variáveis podem interferir no
curso da cicatrização tecidual, incluindo fatores endógenos e exógenos. Um dos
fatores exógenos recentemente estudado é a terapia com laser de baixa potência.
Contudo, a eficácia desta fototerapia tem suscitado opiniões contraditórias e,
em uma tentativa de contribuir para o seu entendimento, ela foi particularmente
considerada. Realizou-se ferimentos cutâneos padronizados no dorso de 72 ratos
Wistar e, em seguida, aplicação pontual do raio laser de baixa potência do tipo
Ga-As-Al com diferentes densidades de energia. Os animais foram sacrificados
com 24, 48 e 72 horas, bem como, 5, 7 e 14 dias. Procedeu-se a análise das
secções teciduais coradas por hematoxilina-eosina, sírius vermelho e orceína.
Observou-se que nos grupos submetidos à laserterapia houve maior redução nos
níveis de edema e infiltrado inflamatório, assim como intensa degranulação de
mastócitos. Com a evolução da cicatrização, os níveis de colágeno
demonstraram-se mais pronunciados nos grupos tratados com laser. Com relação às
fibras elásticas, não se constatou diferenças entre os grupos. O grupo tratado
com 4 J/cm² de densidade de energia apresentou resultados mais favoráveis, em
detrimento ao de 8 J/cm².
O laser contribuiu para a redução do edema pós-operatório e acentuou a
degranulação de mastócitos, em comparação ao grupo controle.
B430
Candida spp. na saliva de indivíduos idosos
xerostômicos.
SILVA, E.
B.*, TORRES, S. R., UZEDA, M., NUCCI, M. L. M., MAGALHÃES, F. A. C.
Departamento
de Patologia e Diagnóstico Oral – Faculdade de Odontologia – UFRJ.
A proposta do estudo foi avaliar a prevalência de Candida
spp. na saliva de idosos com queixa de xerostomia. Grupo de estudo: 40
pessoas com idade mínima de 60 anos. Grupo controle: 29 pessoas e 59 anos como
idade máxima sem queixa de xerostomia. A saliva, coletada pelo método de
estimulação mecânica, foi semeada no meio CHROMagar® Candida. A
contagem das unidades formadoras de colônia (ufc/ml
de saliva) foi realizada após incubação por 72 horas. As espécies foram
identificadas com base em testes padronizados. Para a comparação entre as variáveis
utilizou-se o teste qui-quadrado (variáveis dicotômicas) e o teste de
Mann-Whitney (variáveis contínuas). Foram avaliados 29 indivíduos de sexo
masculino e 40 do sexo feminino. No grupo de estudo havia mais indivíduos
usando prótese (p << 0,0001). Havia menor produção salivar no
grupo de estudo (p = 0,0001). Não houve distinção na freqüência de
colonização por Candida entre os 2 grupos. Entre os colonizados havia
uma carga de colonização mais alta no grupo de estudo (p = 0,01).
Havia maior prevalência de carga de colonização alta (>> 400 ufc/ml) no grupo de estudo, quando se
dividiu os pacientes em 3 grupos (não-colonizados, colonização baixa e alta)
(p = 0,02). Aqueles do grupo de estudo que usavam prótese
apresentavam maior carga de colonização (p = 0,01). Espécies mais
freqüentes: grupo de estudo - C. albicans (73,3 %), C.
parapsilosis (46,7%), C. tropicalis (26,7%) e C. krusei
(20%); grupo controle - C. albicans (77,7 %), C. tropicalis (22,2%)
e C. krusei (11,1%).
Indivíduos idosos xerostômicos apresentam maior carga de colonização por
espécies de Candida que indivíduos controle.
B431
Efeito da desnutrição sobre as células de defesa na
cicatrização do rato.
MACARI, M.
Z.*, CAVENAGHI, F. M., SALA, M. A., LOPES, R. A., KOMESU, M. C.
Departamento
M.E.F. – FORP – USP. Tel.: (0**16) 602-3985.
E-mail: macari@investnet.com.br
A desnutrição parece ter diversos e devastadores efeitos no
mecanismo de defesa do hospedeiro sendo controversa a possibilidade de reversão
das alterações produzidas pela desnutrição infantil. A proposta desta pesquisa
é avaliar as células de defesa envolvidas com o reparo tecidual (macrófagos,
mastócitos, linfócitos e neutrófilos) frente à desnutrição pós-natal em animais
desnutridos, desnutridos/recuperados e seus respectivos controles. Ratos machos
recém-nascidos foram submetidos a desnutrição por restrição de mamada no
período de amamentação (21 dias). Os resultados da comparação entre as áreas de
cicatrização em animais controles e desnutridos mostraram que: 1) a contagem de
neutrófilos, linfócitos e macrófagos se mostrou alterada em animais desnutridos
e desnutridos/recuperados quando comaparadas aos seus controles, no entanto a
contagem de mastócitos não mostrou alteração significativa; 2) a contagem
celular mostra que nos animais desnutridos/recuperados existe uma deficiência
basal de linfócitos e macrófagos não observada nos animais desnutridos; 3)
existiu uma tendência de prolongamento da fase inflamatória da cicatrização,
principalmente nos animais recuperados.
Nossos resultados nos permitiram concluir que animais desnutridos logo
após o nascimento apresentam boa recuperação do peso corporal após receberem
alimentação normal, no entanto, apesar dessa recuperação física, as células de
defesa apresentam ainda deficiência numérica em áreas de cicatrização, o que
evidencia existirem efeitos tardios relacionados à desnutrição infantil.
B432
Atividades de promoção de saúde na Clínica Integrada.
WEYNE, S.
C.*, MAIA, K. D., GAMA,V. R. C. M., MELLO, P. B. M., CASTRO, A. J. R.
UNESA - RJ;
UFF - RJ; UFRJ - RJ.
Diversos estudos epidemiológicos e clínicos têm comprovado a
eficácia das práticas odontológicas baseadas nos referenciais de promoção de
saúde. Neste sentido, a Disciplina de Clínica Integrada do 8º período da UNESA
vem trabalhando os Índices de Placa Visível (IPV), de Sangramento Gengival
(ISG) e o de Consumo de Sacarose (ICS) como indicadores do processo
saúde/doença cárie e periodontal (gengivite), de forma que, o tratamento
reabilitador só seja iniciado após a obtenção do controle da atividade de tais
doenças. Neste estudo foram avaliados, no 1º semestre de 2000, 117 pacientes
adultos, com perfil de renda familiar mensal médio de 6 salários mínimos e 40%
da amostra com 2º grau completo. Foram encontrados os seguintes resultados, em
média: IPV inicial = 37% e final = 11%; ISG
inicial = 32% e final = 11%; ICS = 7
(equilibrado). Os dados iniciais e finais foram submetidos ao teste t de
Student, obtendo-se valores para IPV = 5,32**
(p << 0,01) e para o ISG = 116,66**
(p << 0,01).
Os resultados oriundos das avaliações procedidas nos induzem a acreditar
que o reequilíbrio do meio bucal cria condições propícias para o
desenvolvimento dos procedimentos restauradores e dos conteúdos educativos, sem
os quais, não se pode pretender conseguir as necessárias mudanças
comportamentais requeridas para a manutenção dos níveis de saúde bucal obtidos.
Verificou-se, ainda, que o bom padrão sócio-econômico-cultural da população
favoreceu à receptividade das atividades propostas, o que fez com que as ações
de promoção de saúde realizadas pelos alunos e equipe se mostrassem mais
eficazes.
B433
Concentração dos componentes inorgânicos salivares em
indivíduos submetidos à radioterapia.
LIMA, A. A.
S.*, FIGUEIREDO, M. A. Z., SOUZA, F. R., KRAPF, S. M. R.
Curso de
Odontologia – PUCPR. Tel.: (0**41) 330-1637, 330-1405.
E-mail: adillima@terra.com.br
Os danos provocados pelas radiações ionizantes ao
funcionamento das glândulas salivares já são reconhecidos. Os mecanismos
responsáveis pela destruição do parênquima da glândula ainda permanecem
incertos, no entanto, a saliva manifesta alterações de natureza qualitativa e
quantitativa que refletem na qualidade de vida do indivíduo irradiado. A
proposta deste estudo foi verificar as alterações ocorridas nos componentes
inorgânicos da saliva humana durante e após um protocolo padronizado de
radioterapia na região da cabeça e pescoço. Amostras de saliva total estimulada
de um grupo de 42 indivíduos foram, então, coletadas antes, durante e até seis
meses após a radioterapia. As concentrações dos íons sódio, potássio, magnésio,
ferro, cálcio, cloretos e fosfato foram analisadas através de técnicas
bioquímicas. Esta mesma avaliação sialoquímica foi realizada num grupo de
indivíduos saudáveis e serviu de controle. Os efeitos da radioterapia sobre a
concentração de alguns componentes já puderam ser observados durante as
primeiras semanas do tratamento. A concentração dos íons cálcio, sódio,
potássio, cloretos e magnésio elevaram-se significativamente, enquanto que a
concentração do potássio diminuiu (p << 0,05).
Baseados nestes achados, conclui-se que a radioterapia por Cobalto60
quando aplicada sobre as glândulas salivares é capaz de produzir significativas
alterações nos constituintes inorgânicos da saliva, tornando-a, uma secreção
mais concentrada, no entanto, incapaz de desempenhar suas funções de maneira
eficiente.
B434
Análise histomorfométrica e expressão do receptor para o
fator de crescimento epidérmico e PCNA em fibromatose gengival hereditária.
ARAÚJO, C.
S. A.*, BOZZO, L., ANDRADE, C., COLETTA, R.
Faculdade de
Odontologia de Piracicaba – UNICAMP; Universidade Paranaense –
UNIPAR.
Fibromatose gengival hereditária (FGH) é uma doença bucal
incomum, clinicamente caracterizada por um aumento gengival generalizado e
progressivo. Histologicamente a FGH apresenta um epitélio com profundas criptas
epiteliais que se projetam em direção a tecido conjuntivo subjacente, que é
denso e rico em fibras colágenas. O objetivo do estudo foi analisar o padrão
histomorfométrico e a expressão imuno-histoquímica do receptor para o fator de
crescimento epidérmico (EGF) e PCNA em 10 amostras de FGH e 10 de gengiva
normal (GN). Os resultados da análise histomorfométrica demonstraram que o
perímetro epitelial e a profundidade das criptas epiteliais são
significantemente maiores em FGH quando comparado com GN
(p << 0,01). Embora a área epitelial tenha sido maior em FGH,
esta diferença não foi estatisticamente significante. A expressão do receptor
para EGF foi detectada nas camadas basal, espinhosa e granulosa do epitélio de
todas as amostras de GN e FGH, com uma porcentagem de células positivas
significantemente maior em GN (p << 0,005). Uma forte
correlação negativa foi observada entre a expressão para o receptor de EGF e
perímetro e profundidade das criptas epiteliais (r = 0,72,
p << 0,0001). A expressão de PCNA foi localizada principalmente
nas camadas basal e espinhosa do epitélio das amostras de GN e FGH, sem
diferenças significantes.
Estes
resultados sugerem que a expressão de receptores para EGF está inversamente
relacionada à profundidade e irregularidade das criptas epiteliais da gengiva
de pacientes com FGH. (Suporte: FAPESP - processo 1999/08191-0.)
B435
Avaliação do efeito da ciclosporina após exodontia em ratos.
ZECCHIN, K.
G.*, JUNIOR, J. J., ALMEIDA, O. P.
Área de
Patologia – Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP.
Ciclosporina (csa) é um polipeptídio cíclico usado como
imunossupressor em transplantes alógenos de órgãos. Seus efeitos em processos
de reparo ainda são contraditórios. Neste trabalho analisamos a influência do
uso da csa sobre o processo de reparo alveolar após exodontia bilateral do
primeiro molar inferior de rato. O experimento foi realizado com 150 ratos
Wistar machos, divididos em 3 grupos (controle, Csa1 e Csa2) de 50 animais
cada. Os animais receberam injeções subcutâneas diárias de ciclosporina
(Sandimun®) ou de solução salina, a partir de 7 dias antes da
extração até o sacrifício. Dez ratos de cada grupo foram sacrificados aos 3, 7,
14, 21 e 28 dias após a extração do primeiro molar inferior. Cortes
histológicos seriados das hemimandíbulas foram corados com hematoxilina-eosina
(H. E.) e analisados por meio de microscopia óptica computadorizada. Áreas
ocupadas por osso neoformado, índice de cobertura epitelial sobre o alvéolo e a
densidade volumétrica de fibroblastos e colágeno foram quantificadas. O uso da
csa não interferiu significativamente no recobrimento epitelial, na
angiogênese, na produção de colágeno e na neoformação óssea alveolar.
Em conclusão, a csa não influenciou o processo de reparo alveolar ao
final do período avaliado, apesar de causar alterações em alguns dos parâmetros
mensurados. (Apoio financeiro: FAPESP, processo nº 98/02831-5.)
B436
Pseudocisto no seio maxilar: detecção através de radiografias
panorâmicas.
PASSEADO,
D.*, GUTFILEN, B., BITTENCOURT, L. P.
Departamento
de Radiologia e Odontologia Social – FM, FO – UFRJ.
Tel.: (0**21) 259-9529. E-mail: danilopasseado@olimpo.com.br
O pseudocisto antral é observado como uma área radiopaca, em
forma de cúpula, localizado no seio maxilar, mais freqüentemente na região de
soalho, podendo ser diagnosticado através da radiografia panorâmica dos
maxilares. Neste estudo foi analisada a prevalência de pseudocisto do seio
maxilar através de radiografias panorâmicas. O método constou do exame de 1.000
radiografias panorâmicas, escolhidas aleatoriamente, por sorteio, de pacientes
de ambos os sexos, entre 5 e 82 anos de idade, matriculados na Faculdade de
Odontologia da Universidade Estácio de Sá - Rio de Janeiro. As
radiografias foram analisadas por dois examinadores, um cirurgião
bucomaxilofacial e um radiologista oral. Os resultados foram tratados
estatisticamente pelos testes qui-quadrado e Fisher, utilizando o programa Epi
Info 6.02. A partir do levantamento dos dados, pôde-se verificar a prevalência
de 3,7% do pseudocisto antral, predominantemente encontrado no soalho do seio
maxilar. Não foi encontrada relação significante entre a ocorrência do
pseudocisto antral e o sexo, a cor da pele e a idade dos indivíduos. A
freqüência de pacientes com sintomas, tais como, alergia e doenças como
sinusite e rinite, foi aproximadamente duas vezes maior naqueles que possuíam o
pseudocisto antral. O tratamento cirúrgico não está indicado, devendo ser
realizado apenas controle radiográfico.
B437
Desaparecimento numérico das células acinosas da glândula
parótida após obstrução de seu ducto.
ASSIS, G.
F.*, CARVALHO, A. B. Y., CESTARI, T. M., TAGA, R.
Departamento
de Ciências Biológicas – FOB – USP. E-mail: cestari@fob.usp.br
A obstrução do ducto excretor principal em uma glândula
salivar promove a sua atrofia caracterizada pela desorganização do parênquima
com desaparecimento dos ácinos, dilatação dos ductos, pronunciada fibrose e
infiltração de células inflamatórias. No atual trabalho, os eventos que ocorrem
na glândula parótida de ratos albinos após 0, 2, 4, 6 e 8 dias da obstrução de
seu ducto excretor principal, foram avaliados por métodos morfométricos. A
análise dos resultados demonstrou que: a) ocorreu uma diminuição da massa
glandular de 39% (p << 0,01) entre 0 e 8 dias; b) durante essa
diminuição ocorreu redução de 73% (p << 0,01) no volume
absoluto do parênquima e aumento no volume absoluto dos ductos e estroma de,
respectivamente, 94% (p << 0,01) e 74%
(p << 0,01); c) o número total de células acinosas sofreu uma
redução de 87% (p << 0,01) no período de 0 a 8 dias, enquanto
que, o número total de células dos ductos e estroma neste mesmo período
aumentaram, respectivamente, 57% (p << 0,01) e 328% (p << 0,01);
e d) o volume da célula acinosa diminuiu 63% (p << 0,01) entre
0 a 4 dias, recuperando 47% (p << 0,01) entre 4 e 8 dias.
Concluímos que no período analisado ocorreu uma significativa atrofia da
glândula parótida de rato devido ao desaparecimento das células acinosas,
provavelmente por processo apoptótico, e também por uma diminuição do volume
individual das células acinosas residuais.
B438
Matriz extracelular em carcinoma epidermóide da cavidade
oral.
MARTINS, G.
B.*, REIS, S. R. A., FREITAS, L. A. R., SETÚBAL, M. G.
Faculdade de
Odontologia – UFBA. E-mail: gabym@zaz.com.br
A matriz extracelular no carcinoma epidermóide da cavidade
oral sofre modificações qualitativas e quantitativas durante a sua progressão
que possibilitam os processos de invasão e metástase e são mais evidentes na
interface tumor-hospedeiro. Este trabalho se propõe a investigar as alterações
morfológicas, imuno-histoquímicas e ultra-estruturais que ocorrem na matriz
extracelular de carcinomas epidermóides da cavidade oral. Neste estudo
qualitativo, vinte e três casos de biópsias incisionais de carcinomas
epidermóides de diversas localizações da cavidade oral foram classificados
segundo o sistema de graduação histológica preconizado por Anneroth et al. (1997)
modificado por Pinto Jr. (1991).
Foram utilizadas as colorações pela H. E., a do tipo picro sirius,
específica para colágeno, e método imuno-histoquímico com marcação para
colágeno do tipo I, fibronectina e vimentina. A microscopia eletrônica de
transmissão foi utilizada a fim de melhor caracterizar a matriz extracelular.
Foi observada a expressão da vimentina e da fibronectina nas células epiteliais
malignas nas lesões com altos escores de malignidade. O colágeno tipo I foi
mais expressivo no estroma das lesões menos agressivas. Ultra-estruturalmente
foram observadas fibras colágenas com periodicidade típica nas lesões menos
agressivas.
Conclui-se que a matriz extracelular do carcinoma epidermóide da
cavidade oral sofre modificações morfológicas, imuno-histoquímicas e ultra-estruturais
de alguns de seus componentes nos diferentes escores histológicos de
malignidade.
B439
Novo método para estimação da severidade da doença
periodontal.
TABA Jr.,
M.*, NOVAES Jr., A. B., GRISI, M. F. M., SOUZA, S. L. S.
Periodontia
– Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo.
E-mail: mariot@doctor.com
O padrão de progressão e tendência de destruição da doença
periodontal foi analisada longitudinalmente baseado nas alterações do nível de
inserção, a nível de indivíduo e sítio específico, observadas a partir de
medidas de sondagem seqüenciais. Dados de sondagem periodontal obtidos de 14
indivíduos com doença periodontal estabelecida monitorados por dois anos a cada
seis meses foram utilizados para a demonstração da abordagem estatística. A
análise de regressão foi aplicada em 739 sítios para a determinação da
alteração do nível de inserção e severidade da progressão da doença. A
severidade da doença periodontal foi definida pelo coeficiente angular da
regressão “b” dada pela equação y = a + b*x. Assim,
considera-se que a severidade da doença periodontal é maior quanto maior for o
valor do coeficiente “b”, que define a inclinação da reta de regressão. A média
de alteração do nível de inserção encontrada foi de 0,015 mm (indicando
0,18 mm/ano), nos indivíduos com tendência de perda de inserção.
A análise de regressão linear, considerando o coeficiente “b” mostrou
ser um interessante método para determinação de tendências de alteração do
nível de inserção e severidade da doença periodontal. Sugere-se que os estudos
clínicos que avaliam comparativamente terapias utilizem a análise de severidade
para determinação do tipo de doença tratada.
B440
Estudo da interface intermediário/prótese após aplicação da
porcelana.
VALLE, A. A.
L.*, BONFANTE, G., AZEVEDO, R. M. G.
Departamento
de Odontologia – Universidade do Sagrado Coração - Bauru.
Tel.: (0**14) 235-7000.
O uso de próteses fixas suportadas por
implantes osseointegrados para a reabilitação
de pacientes desdentados tem sido documentado
com resultados de sucesso a longo prazo.
O desajuste entre intermediário e estrutura protética leva
à tensão no parafuso de ouro, interferindo tanto na força que os
mantém unidos como também na manutenção da carga estática sobre a fixação. A
proposta deste estudo foi avaliar in vitro o desajuste da interface
intermediário/cilindro de outo cônico, anti-rotacional, após a fundição e
aplicação da porcelana. A amostra era constituída de 15 corpos-de-prova. As infra-estruturas
eram enceradas sobre o cilindro de ouro (Conexão), fundidas com liga
paládio-prata (Pors-on 4), sendo posteriormente aplicados o opaco e a
porcelana (Duceram Plus). Após a adaptação dos mesmos o aperto do
parafuso foi padronizado a 10 Ncm com auxílio de um torquímetro eletrônico
e a análise da interface realizada em um microscópio óptico (Mitutoyo
TM) em 6 locais distintos, para posteriormente serem submetidos a
análise estatística (prova não-paramétrica de Friedman). Observou-se
que, dos 15 corpos-de-prova, 5 mantiveram o ajuste inicial após a vitrificação
e os demais um desajuste variável de 1,50 mm a 64,66 mm, com
média de 14,2 mm. Os desajustes observados após a
fundição, aplicação do opaco, porcelana e vitrificação foram respectivamente
de: 5,79; 14,01; 11,84 e 9,47 mm.
Conclui-se que: (1) o maior desajuste foi encontrado após aplicação do
opaco; (2) ocorreu redução do desajuste após a aplicação e vitrificação da
porcelana e, (3) o desajuste final foi considerado clinicamente aceitável.
B441
Análise da interface intermediário/prótese usando diferentes
ligas e técnicas.
TICIANELLI,
F. A. C.*, FRANCISCHONE, C. E., SARTORI, I. A. M.
Faculdade de
Odontologia – Universidade do Sagrado Coração - Bauru - SP.
O objetivo deste estudo foi avaliar o comportamento de
matrizes plásticas fundidas em diferentes ligas e submetidas a diferentes
técnicas de expansão do revestimento. Trinta matrizes plásticas foram divididas
em 3 grupos de ligas. Cada grupo de ligas foi subdividido em 2 grupos de
técnicas de expansão do revestimento diferentes (livre e higroscópica)
totalizando 6 grupos com 5 amostras em cada. As ligas utilizadas foram: liga
de Ouro Tipo IV (Dental Columbia Ltda.); liga de níquel-cromo Verabond II
(A Alba Dent Inc.); liga de níquel-cromo Durabond (Odonto Comércio Ltda.). As
matrizes receberam enceramento, foram incluídas e fundidas com técnicas
padronizadas. As medidas das interfaces foram feitas em um microscópio
comparador (Mitutoyo, Mfg Ltd.) onde mediu-se a interface vertical que se
estabelecia entre o intermediário e a prótese. Após as leituras, os dados foram
submetidos a análise ANOVA e aplicado o teste de Tukey para as comparações
individuais. Os resultados foram: grupo ouro/expansão livre 10,63 ± 1,83 mm,
ouro/higroscópica 13,54 ± 4,84 mm. Grupo Verabond
II/expansão livre 13,83 ± 4,80 mm; Verabond II/higroscópica
17,43 ± 0,90 mm. Grupo Durabond/expansão livre 32,42 ± 18,11 mm,
Durabond/higroscópica 34,19 ± 11,64 mm.
Com base nos dados pode-se concluir que existe diferença
estatisticamente significante nas interfaces, com melhor resultado para Ouro
Tipo IV, seguida de Verabond II e Durabond. Quando a comparação foi realizada
dentro de cada grupo de ligas os resultados não apresentaram diferença
estatisticamente significante.
B442
Perda dentária: estudo retrospectivo numa clínica particular
especializada em periodontia.
FEIST, I.
S.*, DE MICHELI, G., GEORGETTI, M. A. P., CARNEIRO, S. R. S., GOMES, M. H. G.
Periodontia
– FOUSP. E-mail: iliria.ops@zaz.com.br
O objetivo deste estudo retrospectivo foi avaliar a perda
dentária em pacientes portadores de periodontite crônica (ARMITAGE, G. C. Ann
Periodontol, v. 4, p. 1-6, 1999) numa clínica particular
especializada em Periodontia. Foram analisadas as fichas de 217 pacientes, 90
homens (41,5%) e 127 mulheres (58,5%), acompanhados por no mínimo 4 anos, que
retornaram ao consultório pelo menos 2 vezes por ano. A média de idade destes
pacientes foi de 41,9 anos. A distribuição dos pacientes de acordo com o grau
de severidade da perda óssea seguiu os critérios estabelecidos por LINDHE (Periodontologia
Clínica. 2. ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 1989, p. 493)
e foi de 98 pacientes (45,2%) com periodontite branda, 71 (32,7%) grave e 48
(22,1 %) grave e complicada. Todos os pacientes foram submetidos a tratamento
ativo e controle e manutenção periódicos, este último, realizado por um período
médio de 10,2 anos. A média de dentes perdidos por paciente foi de 0,56 durante
a fase de tratamento ativo e 0,80 durante a fase de controle e manutenção. Com
relação ao padrão de perda dentária, dois grupos puderam ser delineados:
“well-maintained” (bem mantidos), composto por 204 pacientes (94,0%) que
perderam entre 0 e 3 dentes, e “downhill” (em declínio) composto por 13
pacientes (6,0%) que perderam 4 ou mais dentes.
Baseados nestes dados, concluiu-se que, quanto mais severa a perda
óssea, maior a perda dentária, sendo esta relação mais evidente no sexo
masculino. Adicionalmente, ficou claro que quanto maior a idade do paciente,
maior também a severidade da perda óssea.
B443
Efeito do metronidazol sistêmico na periodontite crônica –
avaliação clínica e microbiológica.
ALONSO
VERGANI, S.*, SILVA, E. B., VINHÓLIS, A. H. C., MARCANTONIO, R. A. C.
Departamento
de Periodontia – Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP.
Tel.: (0**16) 201-6369.
E-mail: peio@foar.unesp.br
Os efeitos do uso do metronidazol sistêmico sobre a doença
periodontal crônica, associado ou não à raspagem e alisamento radiculares,
foram avaliados e observados por um período de 90 dias. Para tanto, foram
selecionados 12 pacientes, totalizando 83 sítios, sendo estes distribuídos em 3
grupos: (1) raspagem e alisamento radicular (RAR); (2) RAR mais
250 mg de metronidazol (3 X/dia, por 10 dias); (3) somente
metronidazol. Os parâmetros clínicos avaliados foram: profundidade de sondagem
(PS), nível de inserção clínica (NI), índice de placa (IPl) índice gengival
(IG) e sangramento à sondagem (SS), sendo os mesmos reavaliados após 30, 60 e
90 dias. Foi realizado ainda o teste microbiológico BANA. Os resultados
demonstraram diferenças estatisticamente significantes, em favor dos grupos
onde o metronidazol foi administrado, somente em relação ao índice gengival
(p = 0,0261) e profundidade de sondagem (p = 0,0124). Não
foram observadas diferenças entre os grupos com relação ao teste microbiológico
90 dias após o tratamento (r = 0,7924).
De acordo com os resultados encontrados pode-se concluir que todos os
tratamentos realizados resultaram em uma melhora nos parâmetros utilizados
entre os períodos inicial, 30, 60 e 90 dias. (Apoio: CNPq.)
B444
Efeito de bochechos com triclosan co-polímero sobre
placa e gengivite.
FESTUGATTO,
F. E.*, ARTECHE, L. A., OPPERMANN, R. V., CHIAPPINOTTO, G. A.
PPG –
Odontologia – ULBRA. E-mail: festucat@aol.com
O presente estudo teve por objetivo observar o efeito de
bochechos com um colutório contendo triclosan e co-polímero sobre a formação de
placa e inflamação gengival. O estudo foi duplo-cego, paralelo
controlado, tendo participado 24 alunos, não-fumantes, com idade entre
15-24 anos. Após um período de 30 dias de uso de um placebo, foram
formados 2 grupos balanceados pelo IG. Neste momento foram realizados o IPl e
medidas do fluido gengival (FG). Os colutórios teste (T) e placebo (P)
foram distribuídos por sorteio com a recomendação de 2 bochechos diários, com
15 ml por 1 minuto. O IPl e a quantidade de FG foram novamente
registrados após 30 e 60 dias. FG foi coletado, por 3 minutos, em
tiras de papel absorvente, revelado com niidrina e medido com régua. As
médias do IPl e FG (mm) foram comparadas por ANOVA com
p << 0,05. Não foram observadas diferenças significativas no
IPl inicial e final. Da mesma forma não foram observadas diferenças
significativas no FG do início para o final porém nas faces proximais
foi observada, aos 60 dias uma quantidade menor de FG associada
com T (T = 2,22, p = 2,81 – sendo 2,09 e 2,03
os valores iniciais).
Ambos colutórios não se mostraram capazes de reduzir os níveis de placa
e inflamação, entretanto o colutório teste esteve associado a menores níveis inflamatórios
nas faces proximais ao final do estudo.
B445
Efeito da aplicação tópica subgengival do triclosan em
bolsas periodontais.
DAUDT, F. A.
R. L.*, CHIAPINOTTO, G. A., OPPERMANN, R. V.
PPG –
Periodontia – ULBRA - Canoas - RS. E-mail: fernando.daudt@zipmail.com.br
O presente estudo experimental, duplo-cego, paralelo, teve
por objetivo avaliar o efeito de irrigações com triclosan a 0,6% em bolsas
periodontais de dentes unirradiculares que noventa dias após a terapêutica
periodontal subgengival não cirúrgica ainda apresentassem sinais clínicos de
inflamação. Participaram 15 pacientes, entre 35 e 61 anos, que por
sorteio foram divididos em grupo teste (GT) e placebo (GP). No GT foi feita
aplicação tópica subgengival de 10 ml por sítio de triclosan e no GP com
placebo. Foi realizada 1 irrigação por sítio a cada 14 dias durante 70 dias
(total de 6 irrigações). As médias de profundidade de sondagem (PS) de sítios
com PS inicial ³ 4 mm, no momento inicial e 30 dias após a última
irrigação foram analisadas em sítios com e sem irrigação no GT e GP através da
ANOVA (p << 0,05). No GT sítios irrigados apresentaram redução
da PS de 0,82 mm e nos locais não irrigados 0,86 mm. No GP sítios
irrigados apresentaram uma redução da PS de 0,44 mm e não irrigados
0,76 mm. Sítios irrigados ou não apresentaram reduções significativas da
PS do início para o final com exceção dos locais irrigados no GP. Tanto os
valores iniciais quanto os valores finais, quando comparados entre os grupos,
não diferiram significativamente.
Em sítios tratados não cirurgicamente, que após 3 meses ainda
apresentavam sinais inflamatórios, a irrigação, seja com triclosan 0,6% ou
placebo, não se mostrou mais eficaz do que a ausência de irrigação para a
redução da PS.
B446
FC05
Estimulação autócrina
de TGF-b1 regula a proliferação
de fibroblatos em fibromatose gengival hereditária.
ANDRADE, C.
R.*, MARTELLI-JUNIOR, H., GRANER, E., ALMEIDA, O. P., COLETTA, R. D.
Faculdade de
Odontologia de Piracicaba – UNICAMP.
FGH é uma condição oral rara caracterizada por um aumento
gengival generalizado e fibroso. Evidências experimentais demonstraram que o
aumento gengival observado em pacientes com FGH pode estar associado com uma
elevada capacidade proliferativa de fibroblastos residentes, um aumento na
síntese de colágeno ou uma redução nos níveis de expressão e produção de
metaloproteinases de matriz. TGF-b1 é uma citocina com papel importante na
patogênese de desordens fibróticas, incluindo FGH, devido a sua habilidade de
estimular a síntese e reduzir a degradação de matriz extracelular. O objetivo
deste estudo foi verificar o comportamento proliferativo de fibroblastos
gengivais de 12 indivíduos com FGH e determinar o papel de TGF-b1 como um
estimulador do crescimento celular, através de 2 métodos bem descritos na
literatura: oligonucleotídeos “antisense” contra a região de tradução e
anticorpos neutralizantes. Quatro diferentes ensaios de análise de proliferação
celular: incorporação de BrdU, expressão de PCNA, análise quantitativa de AgNORs
e índice mitótico demonstraram que os índices de proliferação foram
significantemente maiores em fibroblastos de FGH que em células controle. A
redução na produção e atividade de TGF-b1 acompanhadas pelo tratamento com
oligonucleotídeos e anticorpos neutralizantes resultaram na redução na
capacidade proliferativa de fibroblastos de FGH.
Estes resultados indicam a existência de um papel autócrino de TGF-b1 como
um estimulador da proliferação celular de fibroblastos de FGH. (Suporte: FAPESP
- processo 1999/08191-0.)
B447
Remoção do “smear layer” radicular com ultra-som – análise
em MEV.
MATA, A.
C.*, SAMPAIO, J. E. C., FERREIRA, S. T.
Departamento
de Diagnóstico e Cirurgia – Faculdade de Odontologia de Araraquara –
UNESP. E-mail: carumata@terra.com.br
Esse trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da
aplicação do ultra-som sobre a superfície radicular após raspagem e alisamento
radicular (RAR), como uma maneira alternativa para a remoção da camada de
“smear layer”. Foram utilizados trinta molares inferiores extraídos, divididos
ao meio, sendo a raiz mesial o grupo controle (grupo I) onde apenas realizou-se
RAR e a raízes distais foram submetidas à RAR e divididas em dois grupos: grupo
II utilizou-se a ponta nº 31 do ultra-som Profi II (Dabi Atlante) e
foram divididos em três subgrupos (sendo que cada um continha cinco raízes)
segundo o tempo de aplicação do ultra-som: por 1 minuto, 2 minutos e 3 minutos;
idem para o grupo III, sendo que neste foi aplicada a ponta nº 37. As
amostras foram preparadas para análise em microscopia eletrônica de varredura
(MEV). Através de análise de variância observou-se que o fator tempo de
aplicação do ultra-som não foi fator significante dentro de um mesmo grupo,
apresentando resultados estatisticamente iguais, comparado pelo teste de Tukey
que demonstrou homogeneidade dos resultados. Ao se comparar os diferentes
tratamentos, observou-se resultados estatisticamente diferentes entre si, porém
nenhum foi capaz de remover a “smear layer” totalmente. O melhor resultado para
remoção do “smear layer” foi encontrado no grupo II. Os grupos testes
apresentaram-se estatisticamente superiores, quanto à remoção do “smear layer”,
sendo que o grupo II apresentou os melhores resultados. Os diferentes
tempos de aplicação do ultra-som dentro de um mesmo grupo, não apresentaram
diferenças estatisticamente significantes.
B448
Efeito da imunossupressão sobre a osseointegração – estudo
em coelhos.
DUARTE, P.
M.*, NOGUEIRA-FILHO, G., SALLUM, E. A., TOLEDO, S., SALLUM, A. W.,
NOCITI Jr., F. H.
Departamento
de Prótese e Periodontia – FOP – UNICAMP.
Tel.: (0**19) 430-5298,
fax: (0**19) 430-5218.
E-mail: nociti@fop.unicamp.br
O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito da associação
ciclosporina A/nifedipina sobre o tecido ósseo neoformado ao redor de implantes
de titânio inserido em tíbias de coelhos. Vinte e oito coelhos Nova Zelândia
foram incluídos no presente estudo. Cada tíbia recebeu dois implantes de
titânio comercialmente puro, do tipo osseointegrável, rosqueável, medindo
7,0 mm de comprimento por 3,75 mm de diâmetro. Os animais foram
aleatoriamente divididos em quatro grupos experimentais e receberam durante 14
dias, via subcutânea, as seguintes soluções: Grupos A e C: solução
fisiológica/DMSO. Grupos B e D: ciclosporina A (10 mg/kg) e nifedipina
(0,5 mg/kg). Os animais do grupo A/B e C/D foram sacrificados 14 e
42 dias após a colocação dos implantes, respectivamente. Os parâmetros
avaliados foram: 1. extensão linear de contato direto entre o tecido ósseo e a
superfície do implante e 2. área de tecido ósseo neoformado nos limites
das roscas dos implantes. Análise intergrupos não revelou diferenças
estatisticamente significativas (p >> 0,05) em relação ao
contato osso/implante aos 14 e 42 dias. Entretanto, em relação a área de tecido
ósseo neoformado, observou-se uma diminuição significativa para os animais do
grupo teste em ambos os períodos (p << 0,05).
Os dados do presente estudo sugerem que o uso de ciclosporina
A/nifedipina pode influenciar o metabolismo ósseo ao redor de implantes de titânio
e este efeito pode não ser reversível. (FAPESP: 00/02390-0.)
B449
Características morfológicas, potencial proliferativo e
síntese protéica de fibroblastos gengivais e do ligamento periodontal.
Palioto, D. B.*, Martelli Jr.,
H., Coletta, R., Graner, E., Lima, A. F. M.
FOP – UNICAMP.
O conhecimento das diferenças morfológicas e proliferativas
de FLP e FG são fundamentais para o melhor entendimento do papel destas células
na regeneração periodontal. O objetivo desse estudo foi comparar as
características morfológicas, o potencial proliferativo e a síntese protéica de
fibroblastos isolados do ligamento periodontal (FLP) e do tecido gengival (FG).
FLP e FG foram cultivados pela técnica do explante a partir de fragmentos de
tecidos de um mesmo paciente. Para análise morfológica, células foram isoladas
e plaqueadas para análise em microscopia de contraste de fase, microscopia
óptica e microscopia eletrônica de varredura. O índice de proliferação celular
foi determinado por contagem automática nos dias 1, 4, 7, 15 e 21 e pelo ensaio
de incorporação de BrdU. A síntese de proteína total foi verificada por
eletroforese em gel de poliacrilamida e zimografia. Os FLP são maiores e mais
alongados que os FG em condições de subconfluência e confluência celular; e
proliferam mais rapidamente que os FG nos períodos de 1, 4 e 7 dias
(p << 0,05). Nos períodos subseqüentes de 15 e 21 dias, não
houve diferença estatística significativa entre o número de células do dois
tipos celulares. O índice de incorporação de BrdU demonstrou um potencial
proliferativo de 61% para FLP e 43% para FG (p << 0,05). A
síntese de proteína total verificada em nosso experimento no período de 24
horas mostrou resultados similares para FLP e FG, tanto qualitativa quanto
quantitativamente.
Nossos resultados demonstraram que FLP e FG são diferentes na morfologia
e na capacidade proliferativa.
B450
Resistência à fratura de componentes dos implantes
osseointegrados.
MORAES, E.
J.*, ELIAS, C. N., MORAES, M. C. C. S. B.
Instituto
Brasileiro de Implantodontia. UNICASTELO - Campinas.
A osseointegração apresentou um novo conceito para a
Implantodontia, com resultados previsíveis para a prática desta modalidade de
tratamento. Entretanto, complicações como a fratura de componentes é
considerada, por alguns autores como catastrófica; pois acarreta na remoção da
prótese e sua reconstrução. O objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência
mecânica de componentes dos implantes osseointegrados realizando ensaios
mecânicos de compressão máxima e fadiga, utilizando implantes do Sistema Master
Screw® (Conexão Sistema de Prótese - SP). Para o ensaio de
compressão máxima foram acoplados pilares angulados (15º) à implantes de três
diâmetros (3,3; 4,0 e 5,0 mm) e dois tipos de anti-rotacionais
sextavados (interno e externo). No ensaio de fadiga foram utilizados pilares
retos e angulados (15º) acoplados à implantes de 4,0 mm de diâmetro com
anti-rotacional externo. Em seguida o complexo pilar-implante foi fixado
em uma base de resina epóxi e as amostras submetidas a ensaios de compressão
máxima e fadiga. Em compressão máxima os corpos-de-prova foram submetidos à
carregamentos estáticos, até apresentar falha no sistema. No ensaio de
fadiga os corpos-de-prova foram submetidos a carregamentos cíclicos. Os
implantes de maior diâmetro e de sistema anti-rotacional interno, apresentaram
melhores resultados nos ensaios de resistência à compressão máxima. Nos ensaios
de fadiga uma das amostras apresentou fratura após 173.000 ciclos sob
carregamentos de 1.400 N e as amostras restantes não apresentaram qualquer
tipo de falha após 2.500.000 ciclos sob carregamentos de 1.100 N.
B451
A influência do sangramento marginal no tratamento da
periodontite.
AZEVEDO, L.
A.*, CHAPPER, A., SUSIN, C., OPERMANN, R. V.
FO –
Universidade Luterana do Brasil. Tel.: (0**51) 330-6963.
E-mail: laise.azevedo@zipmail.com.br
O presente estudo avaliou a influência do sangramento
marginal (SM) nos parâmetros clínicos de pacientes tratados de periodontite.
Participaram 13 indivíduos, não-fumantes, com idade maior que 35 anos.
Os tratamentos supra- e subgengival foram realizados seqüencialmente. A
presença de SM foi registrada após o tratamento supragengival, 30 e 90
dias após o término do tratamento subgengival. Os parâmetros de profundidade de
sondagem (PS) e nível de inserção clínica (NIC) foram avaliados previamente ao
tratamento e 90 dias após o tratamento subgengival por examinador treinado,
calibrado e cego. Para avaliar a influência de SM foram analisados 420 sítios
com PS ³ 5 mm. Os sítios foram divididos em grupo 1 (G1):
aqueles que não apresentaram sangramento marginal em nenhum momento após o
tratamento supragengival; grupo 2 (G2): os que apresentaram sangramento
apenas uma vez; e grupo 3 (G3): os que sangraram duas ou mais vezes. A
diminuição na PS para G1 foi de 3,41 ± 1,67 (média ± desvio-padrão),
sendo esse valor estatisticamente diferente de G3, que apresentou PS de 2,92 ± 1,48
(ANOVA, p << 0,05). G2 com PS igual a 3,16 ± 1,46 não
diferiu estatisticamente dos demais grupos (ANOVA, p >> 0,05).
O ganho de NIC foi de 1,75 ± 1,87 nos sítios de G1, 1,58 ± 1,69
para G2 e 1,88 ± 1,59 para G3, sendo que diferenças estatisticamente
significantes não foram encontradas (ANOVA, p >> 0,05).
Conclui-se que o SM constitui-se em um importante fator condicionante
dos resultados do tratamento da periodontite, em especial no parâmetro clínico
da PS.
B452
Correção de defeitos estéticos em tecido mole utilizando
matriz dérmica acelular.
PEDREIRA, R.
H. S.*, WASSALL, T.
Departamento
de Implantodontia do Centro de Pós-Graduação – Unicastelo.
Tel.: (0**19) 3234-6197;
3237-3611. E-mail: logistica@mogi.com.br
Neste trabalho foi avaliada a viabilidade de correção de
defeitos estéticos de tecido mole de rebordos edêntulos durante a instalação de
implantes osseointegrados na maxila e/ou mandíbula utilizando matriz
dérmica acelular (Alloderm - Lifecell). Foram avaliados parâmetros
morfométricos e histológicos, onde mensurou-se os ganhos em espessura e/ou
altura da mucosa e a incorporação da matriz dérmica acelular ao leito receptor.
Participaram da pesquisa sete pacientes de ambos os sexos selecionados por
amostragem de conveniência, com faixa etária de 18 a 60 anos, provenientes da
clínica de Implantodontia do Programa de Mestrado do Centro de Pós-Graduação da
Unicastelo. A análise morfométrica foi efetuada comparativamente por meio de
modelos anatômicos em gesso especial confeccionados antes e após 3 meses do ato
operatório, e a análise histológica das biópsias realizada decorridos 3 meses
das mensurações iniciais, com processamento de rotina e exame por microscopia
de luz. Como resultados foram obtidos um aumento médio de tecido mole em altura
e/ou espessura de 1 mm e histologicamente a matriz dérmica acelular estava
incorporada ao leito receptor mostrando revascularização e recelularização.
A matriz dérmica acelular mostrou-se um material viável para correção de
defeitos estéticos em tecido mole.
B453
Reação do tecido subcutâneo de ratos a dois tipos de
parafusos de cobertura de implantes.
MATUDA, F.
S.*, MACEDO, N. L., CARVALHO, Y. R., MACEDO, L. G. S., MONTEIRO, A. S. F.,
OUCHI, S. M.
Faculdade de
Odontologia de São José dos Campos – UNESP.
Este trabalho avaliou comparativamente a reação do tecido
subcutâneo de ratos a parafusos de cobertura para implantes novos e
reutilizados autoclavados. Foram utilizados doze ratos adultos da raça Wistar
com peso entre 200 a 250 g, anestesiados com uma mistura de uma
solução de cloridrato de xilazina a 0,2 g (Vibraxyl) e ketamina 1,0 g
(Francotar) na proporção de 1:0,5 ml, na dosagem de
0,1 ml/100 mg de peso, nos quais, executamos após assepsia do local
com álcool iodado, duas incisões paralelas no dorso com 1,0 mm de
comprimento, afastadas 4,0 cm uma da outra no sentido crânio-caudal, após
a incisão foi feita a divulsão do tecido e a colocação no leito esquerdo do
animal um parafuso de cobertura novo (CN) para implantes Branemark com
3,75 mm de diâmetro e no leito direito um parafuso devidamente limpo em
ultra-som e autoclavado (CE), e as incisões suturadas com fio “mononylon”
Ethicon 4-0. Os animais foram sacrificados após 7, 14, 21 e 28 dias, e as peças
imediatamente fixadas em formol a 10%, para então serem submetidas a análise
histológica dos resultados. Após sete dias não foi observada diferença entre os
grupos com exceção de um dos espécimes do grupo CE que apresentava um
infiltrado de PMN em contato com o parafuso. Nos demais períodos de observação
de 14, 21 e 28 dias não foi observada nenhuma diferença entre os grupos.
Dentro dos
limites deste estudo experimental podemos concluir que não houve diferença
quanto a resposta inflamatória na utilização de parafusos de cobertura novos e
reutilizados, podendo assim indicar a reutilização destes parafusos após a
devida limpeza e esterilização.
B454
Avaliação da interface de adaptação de supra-estruturas de
implantes obtidas em ligas de Ni-Cr-Ti e Ag-Pd, em monobloco.
COSTA, H. M.
F.*, RIBEIRO, R. F., MATTOS, M. G. C., CROSARA, S., RODRIGUES, R. C. S.
Materiais
Dentários e Prótese – FORP – USP. E-mail: rribeiro@forp.usp.br
Várias formulações de ligas alternativas têm sido propostas
para a substituição das ligas à base de ouro utilizadas na Odontologia.
Recentemente foi lançada uma liga à base de Ni-Cr-Ti (Tilite Omega). Um dos
fatores mais importantes é a adaptação verificada entre a supra-estrutura e o
implante. O propósito deste trabalho foi verificar a adaptação marginal obtida
com supra-estruturas para próteses sobre implantes produzidas em Ni-Cr-Ti
comparada à obtida com uma liga nobre, de Ag-Pd (Pors-on). Foram confeccionadas
8 supra-estruturas, sobre 4 implantes na região anterior da mandíbula, em
monobloco. As estruturas foram posicionadas e o parafuso de fixação do implante
1 foi parafusado com carga de 10 N em torquímetro, com os demais
desparafusados (teste de Sheffield). Utilizando um medidor óptico
tridimensional foi medida a desadaptação (em mm) em cada implante, nas faces
vestibular e lingual. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística
pela análise de variância e teste de Tukey em nível de 5%. Nessa análise foram
detectadas diferenças estatisticamente significantes para os fatores material,
em nível de 5%, e implante, em nível de 1%. Para o fator posição e interações
entre os fatores não houve diferença estatisticamente significante.
Pela análise dos dados obtidos podemos concluir que a liga de Ni-Cr-Ti
possibilita a obtenção de supra-estruturas de próteses sobre implantes, em
monobloco, com desadaptação menor que a obtida com liga de Ag-Pd, classicamente
indicada para esta situação. Testes complementares poderão atestar a
superioridade da liga de Ni-Cr-Ti.
B455
Periodontite induzida por ligadura e reposição hormonal em
ratos.
SILVA, C.
M.*, BASSANI, D. G., OPPERMANN, R. V.
PPG -
Odontologia – ULBRA. E-mail: cmacielsilva@hotmail.com
O objetivo do presente estudo foi avaliar o grau do
infiltrado inflamatório e a extensão de periodontite induzida por ligadura em
ratas Wistar ovariectomizadas submetidas ou não à reposição hormonal. O estudo
contou com 3 grupos de 6 animais. Os grupos 1 e 2 sofreram ovariectomia.
Enquanto o grupo 1 foi submetido à reposição estrogênica com injeções
subcutâneas de estradiol 17-beta, os grupos 2 e 3 receberam, no mesmo período,
injeções subcutâneas de placebo. Em todos os grupos foram colocadas ligaduras
nos segundos molares superiores para a indução de periodontite. Após 45 dias,
os animais foram sacrificados e tiveram suas maxilas removidas para preparo
histológico. A análise da perda óssea alveolar foi realizada por meio de
histometria, medindo a distância (em micrômetros, mm) entre o limite
amelocementário e a crista óssea. Para verificar o grau do infiltrado
inflamatório, o espaço proximal foi dividido em zonas nas quais atribuiu-se um
escore de acordo com a quantidade de células inflamatórias no tecido. As médias
da análise histométrica foram submetidos ao teste ANOVA e as medianas dos
escores inflamatórios ao Kruskal-Wallis (p << 0,05). Na análise
histométrica, não houve diferenças entre os valores médios (desvio-padrão) do
grupo 1 de 643,4 mm (169,6), para o grupo 2 de 655,86 mm (171,0) e
para o grupo 3 de 571,61 mm (82,12). Quanto ao infiltrado inflamatório,
não detectou-se diferenças nos valores das medianas entre os grupos.
No presente estudo verificou-se que os grupos ovariectomizados com ou
sem reposição hormonal não diferiram quanto ao grau do infiltrado inflamatório
ou extensão de periodontite induzida por ligadura.
B456
Estudo comparativo da ação de substâncias químicas e do
laser de er:yag em superfícies radiculares.
THEODORO, L.
H.*, GARCIA, V. G., ZEZELL, D. M., EDUARDO, C. P.
Instituto de
Pesquisas Energéticas e Nucleares – IPEN. Tel./fax: (0**18) 622-2928.
E-mail: theodoro@folhanet.com.br
O objetivo do presente estudo foi comparar in vitro,
através de microscopia eletrônica de varredura, a efetividade do ácido cítrico,
EDTA, ácido cítrico associado à tetraciclina e laser de Er:YAG, na remoção de
“smear layer” de superfícies radiculares submetidas à raspagem e aplainamento
radicular. Trinta espécimes (n = 30) de superfícies radiculares, após
raspagem com instrumentos manuais, foram divididas em 6 grupos com 5 espécimes
cada (n = 5). O grupo controle (G1) não recebeu nenhum tratamento; o
Grupo 2 (G2) foi condicionado com gel de ácido cítrico 24%, pH 1, durante
2 minutos; o Grupo 3 (G3) foi condicionado com gel de EDTA, 24%, pH 1,
durante 2 minutos; o Grupo 4 (G4) foi condicionado com gel de ácido
cítrico associado à tetraciclina 50%, pH 1, durante 2 minutos; o Grupo 5
(G5) foi irradiado com laser de Er:YAG (2,94 mm), 47 mJ/10 Hz,
focado, sobre refrigeração à água, durante 15 segundos e fluência de
0,58 J/cm2; o Grupo 6 (G6) foi irradiado com laser de Er:YAG
(2,94 mm), 87 mJ/10 Hz, focado, sob refrigeração à água, durante
15 segundos e fluência de 1,03 J/cm². As micrografias eletrônicas obtidas
foram analisadas através de escores de remoção de “smear layer” e em
seguida, os dados foram analisados através do teste estatístico de
Kruskal-Wallis (p << 0,05) H = 20,31. Os resultados
demonstraram que o G1 foi estatisticamente o menos efetivo de todos os grupos
(28,0). O G2 (13,4), G3 (11,7) e o G4 (13,6) não foram estatisticamente
diferentes do G5 (20,3) e do G6 (6,0), mas o G6 foi estatisticamente mais
efetivo que o G5 na remoção de “smear layer”.
B457
Nível de AST na saliva de pacientes com saúde gengival e
doença periodontal.
CESCO, R.
T.*, ALBUQUERQUE Jr., R. F., ITO, I. Y.
FORP – USP;
FCFRP – USP. E-mail: cesco@forp.usp.br
O presente trabalho teve por objetivo avaliar os níveis da
enzima aspartato aminotransferase (AST) na saliva de indivíduos com saúde
gengival e com diferentes condições clínicas periodontais. Foram selecionados
50 pacientes de ambos os sexos, com idades entre 22 a 72 anos, sem alterações
sistêmicas aparentes, e que não fizeram uso de antimicrobianos nos últimos 90 dias
ao experimento. Os pacientes foram avaliados por um mesmo profissional, sendo
submetidos à sondagem periodontal com auxílio de uma sonda modelo 621 (OMS) e
subdivididos em 4 grupos com base no exame periodontal CPITN: no grupo I, 10
pacientes apresentando escore 0 (saúde gengival); no grupo II, 10 pacientes
apresentando escore 1 (sangramento à sondagem); no grupo III, 15 pacientes com
escore 3 (profundidade de sondagem entre 3,5 e 5,5 mm); e, no grupo IV, 15
pacientes com escore 4 (profundidade de sondagem >> 5,5 mm).
Após um bochecho com água, cerca de 1,0 ml da saliva foi coletada por
estímulo mecânico diretamente em um tubo de ensaio esterilizado
(15 mm x 100 mm) e, então, congelada a –20ºC para posterior
análise. A análise bioquímica da saliva foi processada a fim de quantificar os
níveis da enzima AST, utilizando o sistema Reflotron® de diagnóstico
(Roche® Diagnostics - Mannheim/Alemanha).
A análise dos resultados permite concluir que não houve diferença
estatística significativa entre os níveis de AST dos grupo I, II e III; já o
grupo IV diferenciou-se estatisticamente dos demais. Níveis elevados de AST na
saliva parecem estar associados a uma maior atividade da doença periodontal.
B458
Padrão de reparação do enxerto ósseo autógeno em
bloco associado ou não a membranas de PTFE-e.
JARDINI, M.
A. N.*, AZEM, A. C., PUSTIGLIONI, F. E., LIMA, L.
Periodontia
– FOUSP. E-mail: lapalima@fo.usp.br
O objetivo deste estudo foi analisar qualitativamente, o
padrão de reparação do enxerto ósseo autógeno em bloco utilizado para
reconstrução de rebordo alveolar, associado ou não à membrana de PTFE-e. Foram
utilizados 60 ratos machos da raça Wistar, dos quais 30 receberam o enxerto
mais a membrana (ME) e outros 30 receberam somente o enxerto (E). Os animais
foram sacrificados em cinco períodos como segue: 0 hora, 7, 14, 21, e 45 dias.
Foi realizado o processamento histológico rotineiro para microscopia óptica. A
análise histológica descritiva mostrou que a reparação parece ocorrer de
maneira semelhante para ambos os grupos até o período de 14 dias. As diferenças
começam a partir do período de 21 dias, o grupo E mostra extensa reabsorção nas
bordas laterais e na face superior do enxerto, enquanto no grupo ME, observa-se
neoformação óssea originária do leito, ultrapassando os limites da borda
lateral do enxerto sob a membrana. Aos 45 dias, o grupo E mostra extensa
substituição do enxerto e maior reabsorção nas suas bordas laterais. No grupo
ME, uma parte significativa do enxerto já mostra sinais de substituição por
novo osso.
Em conclusão, a seqüência de reparação é semelhante para os dois grupos
até o período de 14 dias, tornando-se diferente a partir do período de 21 dias,
quando o grupo E passa a mostrar reabsorção óssea extensa e o grupo ME mostra
ampla regeneração óssea inclusive ultrapassando os bordos laterais do enxerto.
As duas técnicas mostraram integração adequada do enxerto ósseo, e o início de
sua substituição. (Apoio financeiro: FAPESP - nº 99/04367-7.)
B459
Prevalência de periodontite agressiva em indivíduos jovens.
CORTELLI, J.
R.*, PALLOS, D., CORTELLI, S. C., JORGE, A. O. C.
Departamento
de Odontologia – UNITAU. E-mail: cortelli@iconet.com.br
A periodontite agressiva, que inclui as formas localizada
(PAL) e generalizada (PAG), é um tipo específico de periodontite cujos achados
clínicos diferem da periodontite crônica. As características comuns da PAL e
PAG incluem acometimento de indivíduos saudáveis, presença de rápida perda de
inserção conjuntiva e destruição óssea e, quantidade de placa bacteriana incompatível
com a severidade da destruição dos tecidos periodontais. O objetivo do presente
estudo foi avaliar a prevalência de PAL e PAG em uma população de
indivíduos jovens da região do Vale do Paraíba, São Paulo. Seiscentos
pacientes, 244 do sexo masculino e 356 do sexo feminino, entre 15 e 25 anos de
idade (19,4 ± 3,44) foram incluídos neste estudo. A condição
periodontal da população estudada foi determinada através de profundidade de
sondagem e perda de inserção clínica avaliada por um único examinador em 6
pontos por dente. O diagnóstico periodontal foi estabelecido associando-se
parâmetros clínicos e radiográficos. Dez indivíduos (1,7%) apresentaram PAL, 2
do sexo masculino (18,50 ± 2,12) e 8 do sexo feminino (19,25 ± 3,91)
e, 22 (3,7%) indivíduos receberam diagnóstico de PAG, sendo 6 do sexo masculino
(19,18 ± 3,06) e 16 do sexo feminino (20,18 ± 2,71).
Houve correlação positiva entre sexo feminino e doença periodontal
(c2 = 5,27, p = 0,02, OR = 1,65) e correlação
negativa entre raça e PAL ou PAG (c2 = 1,96, p = 0,38,
2 gl).
Os dados observados mostraram prevalência elevada de PAL e PAG dentre os
jovens incluídos no presente estudo.
B460
Bolsas periodontais profundas e presença de A. actinomycetemcomitans.
CORTELLI, S.
C.*, JORGE, A. O. C., CORTELLI, J. R.
Periodontia –
Odontologia – UNITAU. E-mail: cortelli@iconet.com.br
Actinobacillus actinomycetemcomitans é um
importante patógeno em formas severas e recorrentes de doença periodontal. A
prevalência de A. actinomycetemcomitans na periodontite agressiva
localizada é próxima a 90% dos casos, enquanto na periodontite crônica estes
valores ficam entre 30% e 40%. Este microrganismo é freqüentemente associado
com bolsas periodontais profundas (BPP). O objetivo do presente estudo foi
correlacionar a presença de A. actinomycetemcomitans e BPP. Foram
incluídos neste estudo 205 indivíduos, diagnosticados de acordo com a AAP
(1999) como portadores de periodontite crônica (87), periodontite agressiva
(32) e periodontite incipiente (86). Para a pesquisa de A. actinomycetemcomitans,
foram selecionados para cada indivíduo, os dois sítios periodontais
correspondentes às duas bolsas periodontais de maior profundidade. As amostras
de placa bacteriana subgengival foram obtidas com cones de papel e a presença
do microrganismo detectada por meio de cultura em meio seletivo. A fim de se
associar a presença do patógeno com BPP foram construídos intervalos de 95% de
confiança para a média populacional de cada grupo. Os resultados encontrados
mostraram associação entre A. actinomycetemcomitans e BPP para os
indivíduos com periodontite agressiva na sua forma generalizada e para os
indivíduos com periodontite incipiente.
Estes resultados sugerem que uma correlação positiva entre A.
actinomycetemcomitans e BPP foi observada em dois tipos de doença
periodontal.
B461
Avaliação da perda óssea em diferentes superfícies de
implantes após um ano da instalação da periimplantite.
MARTINS, M.
C.*, SHIBLI, J. A., ABI RACHED, R. S. G., MARCANTONIO Jr., E.
Periodontia
– UNESP - Araraquara.
A perda óssea vertical durante o curso natural da doença
periimplantar foi avaliada em três diferentes superfícies de implantes: Ticp:
titânio comercialmente puro; TPS: titânio revestido com plasma “spray”
de titânio; e Ost: superfícies tratadas com ácidos. Para este estudo, foram
utilizados seis cães de raça indefinida, cujos pré-molares inferiores e
superiores foram extraídos. Decorridos 90 dias, 27 implantes (9 de cada
superfície) foram aleatoriamente colocados, e iniciou-se o controle químico e
mecânico do biofilme bacteriano; após o período de osseointegração foram
colocados os conectores, e após a cicatrização do tecido mole (45 dias),
iniciou-se a indução da periimplantite por meio de ligaduras de fio de algodão
e todas as medidas de controle do biofilme bacteriano foram suspensas, a cada
20 dias as ligaduras eram trocadas até ocorrer a indução da periimplantite (60
dias). Nesse momento as primeiras tomadas radiográficas foram realizadas para
avaliação da perda óssea e a indução da doença por meio de ligaduras foi
interrompida para que a periimplantite tivese sua progressão natural por 365
dias, quando o último exame radiográfico foi realizado. Ao final do estudo
apenas o grupo Ticp e TPS puderam ser avaliados estatisticamente, pois o grupo
Ost perdeu 5 amostras.
A análise estatística mostrou que houve um melhor comportamento dos
implantes de superfície lisa (Ticp) do que porosa (TPS), sendo que os implantes
de superfície lisa perderam em média 0,47 mm/ano, e os de superfície
porosa 1,35 mm/ano.
B462
Efeito da nicotina na viabilidade e morfologia de
fibroblastos.
MARTÍNEZ, A.
E. T.*, SILVÉRIO, K. G., ROSSA Jr., C.
Departamento
de Diagnóstico e Cirurgia – FOAr – UNESP. Tel./fax: (0**16) 201-6369.
E-mail: perio@foar.unesp.br
O objetivo foi avaliar in vitro o efeito da
nicotina sobre a viabilidade e a morfologia celular utilizando uma linhagem
contínua de fibroblastos. Foram formados dois grupos experimentais: segundo a
dose (0- controle, 10 mg, 100 mg, 5 mg, 1 mg) e tempo de
condicionamento (1 e 24 h). O experimento foi realizado em placas de 12 poços;
cada orificio recebeu 2 ml de meio Eagle, 1 ml de suspensão de meio
de cultura contendo 1 ´ 105 cél./ml e a droga
nas diferentes concentrações. Após o condicionamento, as células foram coradas
com azul de trypan 0,4% e observadas por 1 examinador cego para os grupos
experimentais em microscópio invertido avaliando viabilidade e morfologia
celular. Os experimentos foram repetidos 5 vezes. Os resultados obtidos com o
teste de Kruskal-Wallis demostraram que o condicionamento com nicotina esteve
associado a um maior número de células “não viáveis” em comparação aos
controles, tanto após 1 quanto 24 horas (p << 0,05). Existiu
uma tendência significativa após 1 e 24 horas de aumentar o número de células
“não viáveis” com o aumento da dose de nicotina (qui-quadrado:
p = 0,0053; p = 0,00001 após 1 e 24 h). Quanto à
morfologia, no grupo condicionado por 1 h os controles apresentaram
diferenças estatisticamente significantes em relação à maior dose de
nicotina, no entanto foram encontradas diferenças estatisticamente
significantes entre o controle e todas as concentraçõs após 24 horas.
Portanto se conclui que a nicotina pode alterar, in vitro,
a viabilidade e a morfologia de fibroblastos de forma proporcional à dose e o
tempo de exposição.
B463
Presença de Candida sp. em sulco gengival de crianças
HIV+.
PORTELA, M.
B., CASTRO, G.*, ESTEVES, C., SOARES, R. M. A., SOUZA, I. P. R.
Disciplina
de Odontopediatria – Faculdade de Odontologia; Instituto de
Microbiologia Geral – UFRJ.
O objetivo do estudo é identificar a presença de Candida
sp. no sulco gengival de 44 crianças infectadas pelo HIV e avaliar a
influência da condição gengival (CG), placa visível (PV) e condição sistêmica
(CS) na colonização destes microrganismos. Todos os pacientes possuem
consentimento assinado por parte dos responsáveis e o presente trabalho possui
autorização do Comitê de Ética do NESC - UFRJ. Utilizou-se um índice PV
[0- ausência de placa visível; 1- placa fina e facilmente removida; 2- placa
espessa] e a CG foi avaliada através do sangramento à sondagem [0- saudável; 1-
sangramento provocado; 2- sangramento espontâneo]. A coleta do material foi
realizada após remoção da placa supragengival, sob isolamento relativo, onde se
inseriu no sulco gengival um cone de papel absorvente previamente esterilizado,
que permaneceu por aproximadamente 15 segundos. A Candida sp. foi
identificada através do meio de cultura CHROMagar Candida que permitiu
identificar a sua presença em 34,1% das crianças. Não se observou relação entre
o IPV, CG e colonização por Candida sp. (CCS)
(p >> 0,05). Das crianças com CCS, 79,9% apresentavam
algum sinal ou sintoma da AIDS, enquanto que no grupo com ausência de CCS este
percentual foi de 60,0 (p >> 0,05), e uma relação inversa foi
observada em relação à média de CD4%: 20,9 (DP 13,1) e 25,4 (DP 9,5),
respectivamente.
Conclui-se que Candida sp. pode estar presente em sulco gengival
de crianças infectadas pelo HIV, não apresentando relação com o IPV e CG,
embora possa estar mais freqüente nos pacientes mais debilitados pela infecção.
B464
Avaliação clínica longitudinal da eficácia do
Perio-Chip® no tratamento periodontal.
GRISI, D.
C.*, FIGUEIREDO, L. C., SALVADOR, S. L., GRISI, M. F. M., SOUZA, S. L. S.,
NOVAES Jr., A. B., TABA Jr., M.
CTBMF,
Periodontia – FORP – USP. E-mail: sldssalv@usp.br
O objetivo deste estudo longitudinal foi avaliar a eficácia
do dispositivo de liberação controlada de clorexidina (Perio-Chip®),
associado à raspagem e alisamento radicular (RAR), nas alterações da
profundidade de sondagem e do nível de inserção, em pacientes com
periodontite do adulto. Foram examinados 14 pacientes durante um período de 18
meses, os quais apresentaram, inicialmente, no mínimo, quatro dentes com
sangramento à sondagem e profundidade de sondagem maior ou igual a 5 mm.
Os pacientes foram aleatoriamente divididos em dois grupos: Grupo I - uso
combinado do Perio-Chip® aos procedimentos de RAR, Grupo
II - RAR. Os tratamentos foram realizados, inicialmente e após 3 e 6
meses, caso a PS permanecesse >> 5 mm. As medidas de
Profundidade de Sondagem (PS) e Nível de Inserção Relativo (NIR) foram obtidas
através de sonda computadorizada de pressão controlada, no exame inicial e 3,
6, 9 e 18 meses após os tratamentos. Ambos os grupos apresentaram uma melhora
significativa aos 3 meses, com tendências de melhoras progressivas até os 18
meses, na PS (Grupo I: r² = 0,82 versus Grupo II:
r² = 0,77) e no NIR (Grupo I: r² = 0,93 versus Grupo
II: r² = 0,70). Aos 18 meses, as médias de redução na PS e os ganhos
de inserção foram equivalentes a 2,07 mm e 0,78 mm no Grupo I e à 2,51 mm
e 1,47 mm no Grupo II, respectivamente.
A análise de regressão demonstrou que o uso do Perio-Chip® em
associação à RAR proporcionou uma melhora mais uniforme nos parâmetros de PS e
NIR, quando comparado à terapia mecânica convencional. (Apoio: FAPESP -
98/11953-7.)
B465
Comparação de dois tratamentos periodontais na redução dos
compostos sulfurados voláteis após 9 meses.
SALVADOR, S.
L.*, GRISI, D. C., FIGUEIREDO, L. C., GRISI, M. F.
FCFRP – USP;
FORP – USP; UNIP - Ribeirão Preto. E-mail: sldssalv@usp.br
O objetivo desta investigação foi comparar dois tratamentos
periodontais quanto à redução nos níveis de compostos sulfurados voláteis (CSV)
produzidos por microrganismos periodontopatogênicos. Foram selecionados 20
pacientes com periodontite do adulto e profundidade à sondagem maior ou igual a
5 mm em no mínimo 4 sítios, os quais foram divididos em dois grupos: Grupo
I - raspagem e alisamento radicular (RAR) e Grupo II - uso combinado
de RAR e dispositivo biodegradável de liberação controlada de clorexidina. Os
parâmetros clínicos (Índice de Placa - IPl, Profundidade à Sondagem -
PS, Sangramento à Sondagem - SS) foram realizados no início, 3, 6 e 9
meses após o tratamento. Assim como amostras de placa bacteriana subgengival
foram analisadas quanto a presença de P. gingivalis, B. forsythus
e/ou T. denticola (teste BANA). As concentrações de CSV na cavidade oral
foram determinadas através de um monitor portátil (Halimeter). Os parâmetros PS
e SS (teste de Wilcoxon) e IPl e número de sítios BANA positivos (teste
qui-quadrado) mostraram-se reduzidos em ambos os grupos após 3, 6 e 9 meses. Em
relação à halitose, observou-se uma diminuição estatisticamente significante
(teste de Wilcoxon, p << 0,05) no Grupo I, em todos os tempos
de avaliações: de 295,41 ppb (inicial) para 118,16 ppb (9 meses). No
Grupo II, essa diferença foi observada somente aos 6 meses.
Os dois tratamentos foram eficazes na eliminação de microrganismos
anaeróbios nas bolsas periodontais, porém apenas a RAR reduziu
significativamente os níveis de compostos sulfurados voláteis.
B466
Resposta clínica periodontal a restaurações subsulculares de
ionômero de vidro.
MANDARINO,
D.*, FILHO, E. J. F., AGUIAR, T. R. S.
Departamento
de Odontoclínica – FO – Universidade Federal Fluminense.
Este estudo avaliou a resposta clínica de periodonto
clinicamente saudável de humanos, quando restaurações classe V com ionômero de
vidro são localizadas 1 mm coronalmente à crista óssea alveolar. Foram
utilizados 18 pares de dentes unirradiculares, homólogos, obtidos de 13
pacientes, com indicação de exodontia por finalidade protética. Os elementos
dentários apresentavam profundidade clínica de sondagem (PCS) menor ou igual a
3 mm e presença de gengiva inserida. Índices de placa e gengival, nível de
inserção clínica (NIC), PCS e a posição da margem gengival foram registrados
nos sítios mesial, central e distal da superfície vestibular dos dentes, no
exame inicial e no pós-operatório de 4 a 6 meses. No lado Teste, após
rebatimento de retalho total, foi realizada restauração de ionômero de vidro,
com o limite cervical a 1 mm da crista óssea. No lado Controle, retalho
mucoperiosteal foi elevado mas nenhuma restauração foi realizada. Os resultados
mostraram que tanto o grupo Teste quanto o Controle apresentaram sítios com
sangramento à sondagem, muito embora não houvesse placa visível, mas a
diferença, não foi estatisticamente significativa. Em relação a PCS, a
diferença entre o exame inicial e final não foi estatisticamente significativa
no grupo Teste. Entretanto, no grupo Controle foi observada redução da PCS
(p << 0,01). Maior perda de inserção foi observada no grupo
Teste, 0,76 mm (p << 0,05), contrapondo a 0,24 mm do
grupo Controle.
Concluiu-se que restaurações subsulculares de ionômero de vidro, causam
perda de inserção clínica periodontal (0,76 mm), com mínima inflamação
gengival.
B467
Cicatrização periodontal após aplicação de Emdogain em
defeitos tipo deiscência.
MANTOVANI,
A.*, GRISI, M. F. M., NOVAES Jr., A. B., SOUZA, S. L. S., TABA Jr., M.,
SILVA, A. R. M., LUNARDI, L. O.
CBMFT,
Periodontia – FORP – USP.
O presente estudo avaliou a efetividade da aplicação de
proteínas derivadas da matriz de esmalte (Emdogain), no processo de
cicatrização dos tecidos periodontais, em defeitos agudos, tipo deiscência
óssea, em 4 cães. No lado experimental, foi feito condicionamento radicular com
gel de EDTA a 24%, aliado à aplicação do Emdogain, e no lado controle,
apenas gel de EDTA a 24%. Os animais foram sacrificados com 2, 4, 12 e 16
semanas, após as cirurgias. Os blocos removidos foram processados
histologicamente, corados com H. E. e Mallory e observados em microscópio
de luz (Axiophot Zeiss). Os parâmetros avaliados foram: extensão linear e área
de: 1) osso neoformado (ON) e 2) cemento neoformado (CN); 3) extensão do
epitélio juncional - migração epitelial (ME), os quais foram relacionados com o
comprimento total do defeito. Após 16 semanas de cicatrização, o lado
experimental e controle, apresentaram respectivamente: ON = 39% e
12%, CN = 48% e 16% e a ME = 52% e 84%. O cemento
neoformado, do lado experimental, apresentou uma grande quantidade de
fibras de Sharpey, funcionalmente inseridas ao longo de sua extensão.
A utilização de proteínas derivadas da matriz de esmalte (Emdogain),
possibilitou a formação de cemento, representando uma alternativa viável na
regeneração dos tecidos periodontais.
B468
Efeito do “celecoxib” sobre a doença periodontal induzida em
ratos.
HOLZHAUSEN,
M.*, NASSAR, P. O., ROSSA Jr., C., MARCANTONIO Jr., E., SPOLIDÓRIO, L. C.
Departamento
de Diagnóstico e Cirurgia – Faculdade de Odontologia de Araraquara –
UNESP. Tel.: (0**16) 201-6369. E-mail: perio@foar.unesp.br
O efeito de uma droga inibidora específica da ciclooxigenase-2,
“celecoxib”, sobre o desenvolvimento da doença periodontal induzida, foi
avaliado em 180 ratos submetidos à colocação de ligadura ao redor do primeiro
molar inferior direito. Os animais foram divididos aleatoriamente nos seguintes
grupos de tratamento diário: 60 ratos receberam 0,1 ml/100 g de
solução salina (controle - C), 60 ratos receberam 1 mg/100 g de
“celecoxib” (Ce1) e 60 ratos receberam 2 mg/100 g de “celecoxib”
(Ce2). Radiografias digitais padronizadas foram obtidas, após o sacrifício dos
animais, aos 3, 5, 10, 18 e 30 dias, para medir a quantidade de perda óssea na
superfície mesial do primeiro molar mandibular direito de cada rato. O teste de
Kruskal-Wallis indicou influência do fator tratamento sobre a perda óssea
(p << 0,0141), e as comparações pareadas identificaram
diferenças significativas aos 5 dias (C >> Ce1 = Ce2,
medianas 0,8 mm, 0,4 mm, 0,4 mm) e 18 dias
(C >> Ce2; medianas 1,4 mm e 0,8 mm). Além disso, não
houve diferença estatística entre as diferentes dosagens de “celecoxib”. Ainda,
a perda óssea apresentou-se com uma tendência crescente nos períodos 3,
5, 10, 18 e 30 dias para o grupo controle, enquanto que nos grupos tratados com
“celecoxib”, ela parece ter sofrido uma estabilização aos 10, 18 e 30
dias.
Com estes resultados, pode-se concluir que a terapia sistêmica com
“celecoxib” pode alterar a progressão da doença periodontal induzida em ratos.
(Processo FAPESP: 00/04433-9.)
B469
Avaliação de uma nova hidroxiapatita no tratamento de
defeitos ósseos.
HOLZHAUSEN,
M., MARGONAR, R.*, SPOLIDÓRIO, L. C., MARCANTONIO Jr., E.
Departamento
de Diagnóstico e Cirurgia – Faculdade de Odontologia de Araraquara –
UNESP. Tel.: (0**16) 201-6369. E-mail: perio@foar.unesp.br
A hidroxiapatita é um biomaterial à base de fosfato de
cálcio que tem sido extensivamente utilizado em várias aplicações odontológicas
visando a reconstrução óssea. O presente trabalho teve como objetivo avaliar
comparativamente a eficácia de uma nova hidroxiapatita, HAF, em relação a
eficácia de uma hidroxiapatita comercial (Osteogen), no
tratamento de defeitos ósseos cirurgicamente criados em tíbia de 60 ratos
Holtzman. Após anestesia, as cavidades ósseas foram confeccionadas nas
superfícies laterais das tíbias direita e esquerda, e preenchidas com HAF (40
cavidades) ou Osteogen (40 cavidades). 40 cavidades do grupo controle não foram
preenchidas. Após o sacrifício, aos 7, 15, 30, 60 e 120 dias, realizou-se a
análise histológica descritiva. Ambas as hidroxipatitas apresentaram
biocompatibilidade. Ainda, a regeneração no grupo controle foi mais rápida (60
dias) do que nos demais grupos. Nos primeiros períodos do experimento, 7, 15 e
30 dias, o comportamento das hidroxipatitas HAF e Osteogen apresentou-se
bastante heterogêneo e não conclusivo. Nos períodos mais tardios observou-se
semelhança histológica entre o grupo controle e o grupo Osteogen que se
caracterizava pela presença de tecido ósseo compacto. Já no grupo HAF, apesar
de haver formação óssea, ainda havia presença de material envolvido por tecido
conjuntivo fibroso.
As
observações do presente trabalho demonstraram que apesar de biocompatível, a
hidroxiapatita HAF apresentou menor eficácia em relação ao Osteogen, no que se
refere à capacidade de reparar os defeitos ósseos de tíbia de ratos. (Apoio
financeiro: CNPq.)
B470
Movimento ortodôntico de dentes com defeitos intra-ósseos –
estudo em cães.
CIRELLI, C.
C.*, CIRELLI, J. A., MARTINS, J. C. R., LIA, R. C. C., MARCANTONIO Jr., E.
Departamento
de Clínica Infantil – FOAr – UNESP. Tel.: (0**16) 201-6325.
E-mail: cirelli@uol.com.br
Este estudo teve como objetivo analisar histologicamente, em
cães, as alterações periodontais que ocorrem quando a raiz de um dente que
apresenta um defeito intra-ósseo de uma parede é movimentada em direção a este
defeito. Foram utilizados quatro cães adultos, nos quais os defeitos foram
criados nas faces mesiais dos segundos pré-molares superiores e distais dos
segundos pré-molares inferiores. Sete dias após, instalou-se o aparelho
ortodôntico e os dentes foram divididos em dois grupos: Grupo Teste, o qual
recebeu uma mola de fio retangular de TMA que realizou um movimento de
inclinação radicular, e Grupo Controle, o qual recebeu um fio retangular de aço
inoxidável, passivo, e os dentes não foram movimentados. A fase ativa do
movimento ortodôntico durou dois meses e após um período igual de
estabilização, os animais foram sacrificados. Durante todo o estudo, os animais
receberam um controle de placa bacteriana com aplicação diária de gel de
clorexidina a 2,0%. Os resultados foram semelhantes em ambos os grupos, com
regularização do defeito e regeneração periodontal parcial, limitada à sua
porção apical. A análise histométrica mostrou diferença estatística, através do
teste de Wilcoxon, apenas para a altura óssea, que foi, em média, 0,53 mm
menor no Grupo Teste (p << 0,05), não havendo diferenças para a
altura de novo cemento, inserção conjuntiva e migração epitelial
(p >> 0,05).
Os resultados nos permitiram concluir que o movimento ortodôntico
realizado não interferiu na reparação dos defeitos intra-ósseos de uma parede,
exceto na extensão linear coronária de osso novo formado.
B471
Condições periodontais e hábitos de higiene bucal entre mães
e filhos.
RÊGO, R. O.
C. C.*, ELIAS, F. A., ROSSA Jr., C., CIRELLI, J. A.
Departamento
de Diagnóstico e Cirurgia – Faculdade de Odontologia de Araraquara –
UNESP. Tel.: (0**16) 201-6360. E-mail: perio@foar.unesp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a correlação entre a
presença de placa visível (PV) e sangramento marginal (SM) e a associação da
utilização de fio dental (FD) e a freqüência de escovações por dia (FE), em
mães e seus respectivos filhos. Vinte e uma mães com idade média de 37,5 anos (± 6)
e seus filhos com idade média de 13,4 anos (± 2,3) foram utilizados neste
estudo perfazendo um total de 29 pares de mãe e filho. Informações referentes
aos hábitos de higiene bucal foram obtidas por meio de anamnese. A freqüência
de escovações foi dicotomizada em duas categorias (FE << 3 e
FE ³ 3). O exame clínico periodontal foi realizado por dois examinadores
previamente calibrados obtendo-se a percentagem de faces dentais com PV e SM.
Os dados de PV foram analisados através do coeficiente de correlação de
Spearman com rs = 0,363 (p = 0,05). Os dados de
SM foram avaliados da mesma forma, no entanto cinco pares onde as mães eram
fumantes foram eliminados desta avaliação verificando-se rs = 0,08
(p >> 0,05). O teste do qui-quadrado foi utilizado para análise
de FD e FE obtendo-se c2 = 6,187 (p = 0,01) e c2 = 3,427
(p >> 0,05) respectivamente.
Verificou-se uma correlação estatisticamente significante
(p << 0,10), porém fraca, para presença de placa visível nas
mães e nos filhos e observou-se que a utilização de fio dental nas mães
influenciou este hábito nos filhos.
B472
Influência do jato de bicarbonato na adesão de fibroblastos
em titânio.
SILVÉRIO, K.
G.*, SHIBLI, J. A., MARTINS, M., ROSSA Jr., C.
Departamento
de Diagnóstico e Cirurgia – Faculdade de Odontologia de Araraquara –
UNESP. E-mail: crossajr@foar.unesp.br
O objetivo do estudo foi avaliar através da MEV a influência
do jato de bicarbonato de sódio aplicado em “abutments” de cicatrização de
titânio sobre a morfologia e quantidade de fibroblastos de linhagem contínua.
Vinte e dois “abutments” foram distribuídos em 2 grupos: G1 - controle
(nenhum tratamento) e G2- tratado (exposto ao jato de bicarbonato de sódio por
30 s). As amostras foram incubadas por 24 h em placas
multiorifício contendo 2 ´ 105 células/ml. Após
24 h, as amostras foram fixadas e submetidas à tramitação de rotina
para avaliação em MEV, onde foram obtidas fotografias de cada amostra em
aumento de 750 X. As fotografias foram submetidas a 3 examinadores
previamente calibrados para avaliação da morfologia dos fibroblastos, segundo
escore proposto por GAMAL et al. (1998), além da contagem do número de
células presentes. O teste de concordância de Kendall indicou uma concordância
interexaminadores altamente significante (p << 0,0001) para
escores de morfologia celular. Embora o teste de Mann-Whitney não tenha
indicado a existência de diferença estatisticamente significativa na morfologia
celular entre os grupos (p >> 0,05), o grupo controle
apresentou número de células significativamente maior (71,44 ± 31,93)
quando comparado ao grupo teste (35,31 ± 28,14), como indicou o teste
t não-pareado (p = 0,001).
Conclui-se que a aplicação do jato de bicarbonato de sódio em
“abutments” de titânio levou à redução no número de células, não influenciando
na morfologia celular, predominando as células achatadas, indicativa de adesão
dos fibroblastos ao titânio.
B473
Influência da imunossupressão na osseointegração de
implantes dentais.
SAKAKURA, C.
E.*, MARGONAR, R., HOLZHAUSEN, M., PILATTI, G. L., MARCANTONIO Jr., E.
Departamento
de Periodontia – FOAr – UNESP. E-mail: cesakakura@hotmail.com
O objetivo desse trabalho foi avaliar, através da força de
torque reverso para remoção, a influência da imunossupressão induzida pela
administração de ciclosporina-A, na osseointegração de implantes dentais. Foram
utilizados 12 coelhos brancos (Nova Zelândia), divididos aleatoriamente
em 2 grupos experimentais, com seis animais cada. No grupo ciclosporina (CICL),
seis animais receberam injeção subcutânea de 10 mg/kg/dia de
ciclosporina A (Sandimun - Sandoz), iniciada 4 dias antes do
procedimento cirúrgico, estendendo-se por todo o período experimental. No grupo
controle (CTLE), os animais receberam solução de cloreto de sódio a 0,9% da
mesma forma e dose que o grupo experimental. Foram instalados 24 implantes
dentais (7 x 3,75 mm - Master Screw). Quatro e 12 semanas
pós-implantação foi mensurado, através de um torquímetro manual (Tohnichi 15
BTG-N), a força de torque reverso realizada para remoção dos implantes. Para o
grupo CTLE as medianas para força de torque reverso foram de 15,5 e
40 N.cm, com 4 e 12 semanas, respectivamente. Para o grupo CICL foram de
23 e 29,5 N.cm, respectivamente. A análise estatística por método
não-paramétrico, mostrou diferença estatisticamente significativa entre 4 e 12
semanas apenas para o grupo CTLE (p << 0,05) e entre os grupos
CTLE e CICL para o período de 12 semanas.
Os resultados nos levaram a concluir que a imunossupressão causada pela
ciclosporina A não exerce efeito negativo sobre a retenção dos implantes
dentais nos períodos iniciais, porém prejudica sensivelmente os resultados
finais. (Apoio financeiro: FAPESP e CAPES.)
B474
Avaliação histológica-qualitativa da reação tecidual ao
implante do polímero da mamona analisada pela microscopia de luz transmitida e
microscopia eletrônica de varredura.
BELMONTE, G.
C.*, GUIMARÃES, S. A. C., CARVALHO, R. S.
USC -
Bauru.
Foram utilizados doze coelhos machos, nos quais foram
criados defeitos nos ossos do crânio (frontal) e do rádio com uma broca trefina
de 5,0 mm de diâmetro. Os animais foram divididos em dois grupos,
experimental e controle. Os animais do grupo experimental tiveram os
defeitos preenchidos com o polímero vegetal osteocondutivo derivado da mamona
e, os defeitos criados nos animais do grupo controle foram preenchidos apenas
por coágulo sanguíneo. Os animais foram sacrificados nos períodos de 30
e 90 dias após os procedimentos cirúrgicos. A análise dos espécimes foi
realizada através da microscopia de luz transmitida e microscopia eletrônica de
varredura. Nos grupos controles, tanto no osso rádio como no crânio, o
processo de reparo se caracterizou pelo formação de extenso coágulo sanguíneo
envolvido por infiltrado inflamatório. Subseqüentemente, observou-se
áreas de regeneração óssea endocondral e intramembranosa, produzindo extenso
calo ósseo. Nos defeitos implantados não se observou áreas hemorrágicas
nem infiltrado inflamatório.
O polímero mostrou-se biocompatível e osteocondutivo, guiando a
regeneração óssea para a área implantada. A microscopia eletrônica de varredura
relatou que o polímero possui poros intercomunicantes. O tecido ósseo em
regeneração penetra nestes poros e substitui o polímero em processo de
desmembramento, comprovando sua osteocondutividade.
B475
Detecção por PCR de periodontopatógenos em indivíduos com
diferentes condições periodontais.
KLEIN, M.
I.*, HÖFLING, J. F., NOGUEIRA FILHO, G. R., GONÇALVES, R. B.
Diagnóstico
Oral – FOP – UNICAMP. E-mail: (0**19) 430-5321.
E-mail: reginald@fop.unicamp.br
O objetivo deste estudo foi detectar a presença de Bacteroides
forsythus e Porphyromonas gingivalis em amostras de placa bacteriana
subgengival. Os indivíduos selecionados foram divididos em 4 grupos de acordo
com seu diagnóstico periodontal: grupo 1 - saúde periodontal
(n = 5); grupo 2 - gengivite (n = 5); grupo 3 -
periodontite com bolsa £ 5 mm (n = 10);
grupo 4 - periodontite com bolsa >> 5 mm (n=10). Os
indivíduos dos grupos 2, 3 e 4 possuíam pelo menos 3 sítios relacionados com
seu diagnóstico e 1 sítio saudável. Após a remoção da placa supragengival, os
dentes foram isolados e as amostras foram coletadas com cones de papel: 1 cone
introduzido em cada um dos 3 sítios com bolsa periodontal mais profunda e 1
cone em sulco gengival saudável do mesmo indivíduo. A análise das amostras foi
realizada pela técnica de PCR. Não foi detectado B. forsythus em nenhuma
amostra proveniente de sítios com saúde periodontal e P. gingivalis foi
detectado em apenas 1 sítio saudável do grupo 4. Nos sítios doentes do grupo 2,
B. forsythus não foi detectado e P. gingivalis foi detectado em
apenas 1 amostra. A prevalência em sítios doentes nos grupos 3 e 4 foi de 70% e
100% para B. forsythus, e de 40% e 90% para P. gingivalis, respectivamente.
Ainda, B. forsythus e P. gingivalis foram detectados no mesmo
sítio doente, nos grupos 3 e 4, em 30% e 80% das amostras, respectivamente.
Os resultados encontrados indicam que a presença de B. forsythus
e P. gingivalis pode estar associada com a severidade da doença
periodontal. (Apoio financeiro: FAPESP – processo: 99/09377-0.)
B476
Avaliação da extrusão dentária com e sem fibrotomia gengival
supra-alveolar (estudo clínico e radiográfico).
CIRUFFO, P.
A. D. R.*, NOUER, D. F., SALUM, A. W.
Departamento
de Odontologia Infantil – FOP – UNICAMP; UNIG; MB.
Tel.: (0**21) 265-6380.
A presente pesquisa teve por objetivo, verificar as
alterações periodontais através de exames clínicos e radiográficos dos dentes
submetidos à extrusão ortodôntica, em relação as alterações da margem gengival
a margem de preparo radicular e da margem óssea a margem do preparo radicular
de dentes portadores de fraturas radiculares, lesões cariosas, perfurações ao
nível cervical da raiz, que dificultam a terapia periodontal, protética,
endodôntica e restauradora. Foram usados na pesquisa 30 dentes divididos em
dois grupos: o grupo A com 15 dentes submetidos à extrusão ortodôntica e o
grupo B com 15 dentes submetidos à extrusão ortodôntica combinada com a
fibrotomia gengival supra-alveolar. As médias do comprimento radicular dos
dentes do grupo A em função do tempo de tratamento, no primeiro dia, aos 15,
30, 45 e 60 dias foram 13,87 mm, 12,63 mm, 12,17 mm,
11,57 mm e 11,13 mm, enquanto que a média da extrusão ortodôntica
obtida foi de 2,77 mm. No grupo B as médias do comprimento radicular dos
dentes em função do tempo de correção ortodôntica no primeiro dias aos 15, 30,
45 e 60 dias foram 17,63 mm, 15,16 mm, 14,50 mm, 14,50 mm e
a média de extrusão foi de 3,13 mm. A média do grau da recidiva no grupo A
foi de 0,25 mm, enquanto que no grupo B foi de 0,17 mm. O teste de
Mann-Whitney foi significativo ao nível 0,0067 para a distância entre MG
e MP.
Concluiu-se que os dentes do grupo A tiveram maior acompanhamento
durante a extrusão das estruturas da margem óssea e gengival, quando comparado
com os dentes do grupo B.
B477
Avaliação da profundidade de sondagem de sulco nas dentições
decídua, mista e permanente.
ALVES, C. M.
C.*, BRAHUNA, D. F., PEREIRA, A. F. V., PEREIRA, A. L. A.
Disciplina
de Periodontia – FO – UFMA. E-mail: cacaucoelho@bol.com.br
O objetivo do presente estudo foi avaliar a variação da PSG
na dentição decídua, mista e permanente em crianças e adolescentes (3 a 17
anos) do Colégio Estado do Piauí, em São Luís (MA). Dentre os requisitos para
participar da pesquisa, estavam a ausência de doenças sistêmicas, bem como a
presença de saúde gengival. A PSG foi medida a partir da margem gengival até a
extensão mais apical da sonda. As medidas foram tomadas em três pontos, na
superfície vestibular de todos os dentes, usando sonda periodontal nº 5 (Hu
Friedy). Os resultados mostraram que a PSG nos dentes decíduos superiores variou
de 1,10 mm a 1,67 mm, com desvio-padrão de ± 0,20 e ± 0,33,
respectivamente, e nos inferiores de 1,04 mm a 1,28 mm, com
desvio-padrão de ± 0,08 e ± 0,22, respectivamente. Nos dentes
permanentes superiores, os valores médios da PSG variaram entre 1,34 mm a
1,90 mm, com desvio-padrão de ± 0,37 e ± 0,45, respectivamente.
Nos inferiores, esses valores variaram numa faixa de 1,40 mm a
1,91 mm, com desvio-padrão de ± 0,34 e ± 0,39, respectivamente.
A PSG foi ligeiramente maior na maxila que na mandíbula tanto nos dentes
decíduos como nos permanentes.
Os autores concluem que: 1) a profundidade do sulco gengival foi maior
na superfície vestibular dos dentes decíduos e permanentes superiores; 2) houve
um aumento com a idade na média da profundidade do sulco gengival nos dentes
decíduos; 3) houve uma redução da profundidade do sulco gengival com a idade
nos dentes permanentes.