A001
Prevalência dos tipos de fissuras lábio-palatais entre
pacientes não-operados.
DALBEN, G.
S.*, SANTAMARIA Jr., M., FREITAS, P. Z., SILVA FILHO, O. G.
Departamento
de Ortodontia – HRAC – USP. Tel.: (0**14) 235-8143.
E-mail: gsdalben@ig.com.br
Procurou-se investigar a epidemiologia dos vários tipos de
fissuras lábio-palatais encontrados no HRAC no ano de 2000, buscando dados
atuais sobre a sua prevalência, sua distribuição entre pacientes brasileiros em
relação ao sexo, região de origem e classificação sócio-econômica; e investigar
a porcentagem destes pacientes que relatam a ocorrência de outros casos de
fissuras na família, indicando sua tendência hereditária. Os dados foram
obtidos através de questionário e exame clínico aplicados em 803 pacientes
não-operados que compareceram ao serviço no ano de 2000. Foi encontrada uma
maior prevalência de fissuras completas de lábio e palato unilaterais e
bilaterais (40%), seguidas pelas fissuras de palato (34%) e pelas fissuras de
lábio (25,5%). Foi encontrada uma predileção discreta das fissuras de palato
pelo sexo feminino (53%), com predominância do sexo masculino em todos os
outros tipos de fissuras lábio-palatais (cerca de 60%). Não foi observada
diferença na distribuição dos tipos de fissuras em relação às regiões
brasileiras. A maior parte dos pacientes (71,4%) pertencia à classe
sócio-econômica baixa (superior e inferior). Uma porcentagem significante de
pacientes (32%) relatou presença de um ou mais casos de fissuras lábio-palatais
na família, principalmente em parentes de primeiro grau (66,7%) e com
predominância entre os parentes de fissuras completas de lábio e palato (34%).
As informações obtidas permitem afirmar a predominância das fissuras
completas, de tratamento mais complexo, a maior ocorrência no sexo masculino e
a tendência hereditária da anomalia.
A002
Modulação simpática da expressão de CGRP em neurônios do
gânglio trigeminal que inervam a ATM do rato em condições de normalidade e
inflamação induzida.
ERVOLINO,
E.*, CASATTI, C. A., DAMICO, J. P., ARROYO, M. T., BAUER, J. A.
ICB –
USP.
O trabalho analisou a influência exercida pelo sistema
nervoso simpático sobre a expressão do peptídeo relacionado ao gene da
calcitonina (CGRP), nos neurônios do gânglio trigeminal (GT) que inervam a
articulação temporomandibular (ATM), em condições de normalidade e, após
indução de inflamação com carragenina. Foram utilizados 4 grupos
(n = 5) de ratos Wistar machos submetidos à deposição do
neurotraçador, “fast blue” (FB), na ATM: (A) grupo controle absoluto; (B) grupo
com inflamação na ATM e, com inervação simpática intacta; (C) grupo submetidos
à remoção cirúrgica prévia do gânglio cervical superior (GCS) e com ATM normal;
(D) grupo submetido à remoção cirúrgica prévia do GCS, e inflamação na ATM.
Após 15 dias da deposição do neurotraçador, os animais foram perfundidos
transcardiacamente com solução de NaCl 0,9% seguida de solução fixadora
(formaldeído 4%, 0,1 M, pH 9,5). Os GT ipsilaterais foram coletados e
seccionados (30 µm), submetidos a imunofluorescência indireta para
detecção do CGRP, e analisados em microscopia de epifluorescência. A média das
porcentagens de neurônios FB positivos e CGRP imunorreativos (IR) foi de
34,7 ± 2,6%, 49,5 ± 2,3%, 40,6 ± 1,8% e 49,6 ± 3,5%,
respectivamente para os grupos A, B, C e D.
Os dados permitem concluir que: 1) a expressão de CGRP em neurônios do
GT é modificada durante o processo inflamatório; 2) a desnervação simpática da
ATM induz um aumento do número de neurônios FB/CGRP-IR do GT somente em animais
com a articulação em estado de normalidade. (Apoio: FAPESP.)
A003
Ação antimicrobiana no líquido de cistos odontogênicos.
TRAINA, A.
A.*1, DEBONI, M. C. Z.2, NACLÉRIO-HOMEM, M. G.2,
CAI, S.3
1Graduação,
Iniciação Científica; 2Disciplina de Cirurgia – FOUSP; 3Departamento
de Microbiologia Oral – ICB – USP - SP.
A terapêutica de eleição para os cistos odontogênicos é a
cirúrgica e, quando apresentam-se infectados, necessitam de cobertura
antibiótica no pré-operatório. Há controvérsias quanto à difusão de
antibióticos no interior dessas lesões, pela pouca vascularização do epitélio
cístico. O objetivo deste trabalho foi verificar a ação antimicrobiana da
amoxicilina e do metronidazol, em cistos odontogênicos infectados. Oito cistos
radiculares odontogênicos foram puncionados antes e após antibioticoterapia. Os
pacientes foram divididos em: Grupo I, constituído de cinco pacientes, com
administração de amoxicilina, 500 mg a cada seis horas, e Grupo II,
composto de três pacientes, tratados com metronidazol, 400 mg a cada oito
horas, durante sete dias. Após este período foram submetidos à cirurgia de
enucleação. O líquido cístico coletado das punções foi semeado em meios de
cultura, para contagem de bactérias totais e de bactérias anaeróbias estritas.
Os resultados revelaram que, inicialmente, o número de bactérias presentes no
líquido cístico foi significativamente superior à quantidade isolada após a
antibioticoterapia. Verificou-se também que, a maioria dos microrganismos
presentes no material coletado, antes da administração dos antibióticos, era
anaeróbia estrita.
Concluímos que a antibioticoterapia, suplementar à cirurgia foi capaz de
diminuir o número de bactérias presentes no líquido cístico e, portanto, houve
difusão dos antibióticos para o interior das lesões císticas, em concentrações
suficientes para exercerem atividade antimicrobiana. (Apoio financeiro:
FUNDECTO.)
A004
Avaliação do período pós-operatório em 232 pacientes
submetidos à cirurgia oral.
Breithaupt-Silva, A. C.*, Manzano,
R., Oliveira-Filho, R. M., Crivello Jr., O.
Departamento
de Cirurgia, Prótese e Traumatologia Maxilo-Faciais – FOUSP; Departamento
de Farmacologia – ICB – USP.
No período pós-operatório (PO), em geral, os cirurgiões
tendem a superestimar a dor, enquanto os pacientes dão mais importância a
problemas como dificuldades na mastigação de alimentos consistentes, edema e
ageusia. Neste trabalho estudamos o período PO através de um questionário
focalizando a sintomatologia, aplicado na clínica do Curso de Cirurgia Oral da
EAP-APCD (Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas). A casuística
compreendeu 232 pacientes atendidos nos anos de 1998 e 1999. Os PO foram
classificados como “ótimo” (sem queixas); “bom” (1 ou 2 queixas referidas, p.
ex. dor, edema); “regular” (3 ou 4 queixas) ou “péssimo” (mais de 4 queixas).
As cirurgias estão resumidas no quadro abaixo. Os resultados apontaram 40,4% de
PO ótimo, 32,5% bom, 24,6% regular e 2,5% péssimo.
Ano |
3ºm |
ExoS |
RaizR |
LOss |
LTMol |
Apc |
Fren |
Alv |
Supr |
Outras |
1998 |
41,3% |
26,6% |
13,8% |
4,6% |
4,6% |
1,8% |
– |
1,8% |
1,8% |
3,7% |
1999 |
54,3% |
15,3% |
7,3% |
4,8% |
0,8% |
2,2% |
3,1% |
0,8% |
4,1% |
7,3% |
Abreviaturas:
3ºm = terceiro molar; ExoS = exodontia simples; RaizR = raiz
residual; LOss = lesão óssea; LTMol = lesão de tecido mole;
Apc = apicectomia; Fren = frenectomia; Alv = alveoloplastia;
Supr = supranumerário.
Como esperado, a maioria (71%) dos PO regulares e péssimos
relacionaram-se com cirurgias de terceiros molares. Apesar de prescrição
específica, 14,3% dos casos resolveram-se sem uso de qualquer medicação.
A005
Efeito do tratamento ortopédico no perfil tegumentar
utilizando dois tipos de aparelhos diferentes.
DOMINGUEZ-RODRIGUEZ,
G. C.*, CRISTANTE, J. F.
Departamento
de Ortodontia e Odontopediatria – FOUSP.
O presente estudo prospectivo teve como objetivo comparar as
mudanças observadas no perfil tegumentar decorrentes do tratamento com dois
tipos de aparelhos ortopédico-funcionais, em adolescentes com maloclusão de
Classe II divisão 1a e retrognatismo mandibular. A amostra
utilizada foi constituída por 88 telerradiografias em norma lateral de 44
pacientes, divididos em dois grupos. O Grupo I foi formado por 21
pacientes (idade média: 10 anos e 7 meses ± 1,1 anos), tratados com o
aparelho Bionator de Balters durante 18 meses e o Grupo II formado por 23
pacientes (idade média: 12 anos e 11 meses ± 1 ano) tratados com o
aparelho de Herbst durante 12 meses. As telerradiografias foram obtidas em
todos os pacientes imediatamente antes e depois do tratamento. Uma vez
traçadas, foram determinadas as grandezas cefalométricas H-Nariz e ângulo H.NB,
que avaliam o perfil tegumentar. Após a avaliação dos dados e a análise
estatística observou-se uma diminuição estatisticamente significante das duas
grandezas nos dois grupos (ângulo H.NB: 2,15º no Grupo I e 3,42º no
Grupo II ; distância H-Nariz: 3,34 mm no Grupo I e 4,45 mm
no Grupo II) mostrando uma redução favorável da convexidade facial
estatisticamente maior no Grupo II.
Com isto, pode-se concluir que a resposta ao tratamento com os dois
tipos de aparelhos ortopédico-funcionais utilizados foi vantajosa em relação
ao perfil, porém, quando comparadas as diferenças o Herbst mostrou ser mais
eficiente.
A006
Freqüência do trauma facial em centros traumatológicos de
Porto Alegre.
FUTTERLEIB,
A.*, PADILHA, D. M. P., BARBISAN, A. O., BAUMGART, C.
Faculdade de
Odontologia – UFRGS.
O trauma pode ser considerado um problema de saúde pública,
pois é causa comum de morbidade e mortalidade, um grande número de pessoas são
envolvidas e apesar da existência de meios de prevenção e controle, os eventos
traumáticos continuam ocorrendo. O trabalho tem por objetivo avaliar
estatisticamente a freqüência, as causas e conseqüências dos traumas faciais em
dois centros de trauma em Porto Alegre entre 1º/01/98 e 31/12/99. Trata-se de
uma pesquisa documental direta retrospectiva de pron-tuários, observando a
região anatômica fraturada, idade e sexo dos pacientes, causa do trauma, lesões
associadas, dias e meses das internações são apresentados. A análise
estatística foi realizada no programa EPI INFO 6.04. Foram internados 782
pacientes com trauma facial; 649 pacientes (83,00%) eram homens; a faixa etária
dos 18 aos 30 anos foi a mais prevalente com 297 pacientes (37,98%). Os
acidentes de trânsito levaram 266 pacientes aos hospitais (34,01%); agressões
físicas 203 (26,00%). A região da face mais fraturada foi a mandíbula com 381
fraturas (36,04%), seguida pelo complexo zigomático com 337 (31,88%). Ocorreram
243 lesões associadas. O dia mais freqüente foi domingo com 153 internações
(19,56%).
O mês mais freqüente foi janeiro com 89 internações (11,38%). Os homens
são mais atingidos por traumas faciais; a faixa etária dos 18 aos 30 anos é
mais prevalente; a região mandibular é mais fraturada; os acidentes de trânsito
e agressões físicas são as principais causas dos traumas.
A007
Características morfológicas e relações anatômicas do
processo estilóide.
SOUSA, L.
G.*, SIÉSSERE, S., VITTI, M., SEMPRINI, M.
Departamento
de Morfologia, Estomatologia e Fisiologia – FORP – USP.
Tel.: (0**16) 602-4026.
O processo estilóide é uma estrutura anatômica em forma de
estilete que se localiza no osso temporal, abaixo da porção timpânica. Seu
tamanho médio é de aproximadamente 2,5 cm podendo apresentar-se alongado
até 8 cm caracterizando a Síndrome do Processo Estilóide ou Síndrome de
Eagle, sendo estas largamente abordadas pela literatura. O objetivo deste
trabalho é de mostrar as características morfológicas do processo estilóide,
assim como suas relações anatômicas, já que este se relaciona direta ou
indiretamente com importantes estruturas anatômicas e tal fato não é relatado
na literatura. Para a realização deste trabalho foram utilizadas cabeças
humanas que foram fixadas em formol a 10%. Posteriormente, com o uso de
bisturi, tesouras curvas de pontas fina e romba, pinça íris, afastadores e
osteótomo, fez-se a dissecação por planos, removendo-se parcialmente as
estruturas adjacentes até que se atingisse o local do processo estilóide
expondo as estruturas relacionadas.
Com este trabalho pode-se concluir que as estruturas relacionadas
diretamente ao processo estilóide são os músculos estilofaríngeo, estiloglosso
e estilo-hioídeo e os ligamentos estilo-hioídeo e estilomandibular e as
estruturas indiretamente relacionadas são inúmeras, incluindo os nervos facial
e trigêmio, artéria carótida externa e ramos da artéria carótida interna, sendo
estas de grande importância clínica.
A008
Análise da ação da dexametasona administrada via enteral e
parenteral.
SCHEIDEGGER-SILVA,
L.*, MORAES, M., PASSERI, L. A.
Departamento
de Diagnóstico Oral – FOP – Unicamp.
Este estudo se propôs a comparar clinicamente os efeitos
sobre a dor, edema e limitação de abertura bucal, de 4 mg de dexametasona
administrada pelas vias enteral e parenteral, em pacientes submetidos a
extrações dos terceiros molares inferiores inclusos bilaterais em posições
similares. Dezenove pacientes foram submetidos às extrações em sessões
distintas, onde de um lado foi utilizada a via oral e do outro a intramuscular
intrabucal (m. masseter). Utilizando-se de dados recolhidos nos períodos pré- e
pós-operatórios de 24 e 48 h, foram realizadas as seguintes análises: dor
pela escala analógica visual (KEESLING, KEATS, Oral Surg, v. 11,
p. 736, 1958) e pelo consumo de analgésicos; edema por medidas na face
(NEUPERT III et al., JOMS, v. 50, p. 1177, 1992) e por
medidas fotográficas; e limitação da abertura bucal utilizando-se um
paquímetro. Todos os dados foram submetidos ao teste de Wilcoxon pareado
(p >> 0,05), exceto o edema pelas medidas na face que foram
submetidos ao teste de Tukey (p >> 0,05). Os resultados
indicaram que não houve diferença estatistica significativa para a dor, a
limitação de abertura bucal, e o edema pelo método fotográfico. Entretanto,
houve menos edema pela via parenteral segundo a análise das medidas na face.
Foi concluído que não houveram diferenças na dor e limitação de abertura
bucal, quando se empregou a dexametasona, por via oral ou intramuscular. A
dexametasona por via intramuscular controlou melhor o edema, segundo a análise
das medidas na face diferindo dos resultados da análise fotográfica. (Apoio financeiro:
CAPES.)
A009
Alterações nas glândulas salivares causadas por lesão do
nervo facial.
CRIPPA, G.
E.*, NUCCI-DA-SILVA, L. P., SILVA, C. A., DEI BEL, E. A.
Departamento
de MEF – FORP – USP - Ribeirão Preto, SP. Tel.: (0**16) 602-4050.
E-mail: gecrippa@hotmail.com
A lesão unilateral do nervo facial causa paralisação motora
da hemiface correspondente. O objetivo deste estudo foi avaliar as alterações
no peso e na expressão da NADPH-diaforase das glândulas submandibular e
sublingual do rato. Foram utilizados ratos Wistar machos (150 g)
distribuídos em 3 grupos: controle; falso operado e axotomia (secção unilateral
do nervo facial direito). As glândulas dos animais do grupo axotomia
apresentaram redução bilateral de peso 7 (216:1: 5 mg, n = 20) e
28 dias (230:1:4 mg, n = 20) após a lesão em relação ao controle
(7 dias - 284:1:4,6 mg, n = 20 e 28 dias -
290:1:5,4 mg, n = 20) ou falso operado (7 dias -
278:1:8,5 mg, n = 20 e 28 dias - 289:1:4,3 mg,
n = 20). Não houve alteração no peso das glândulas aos 56 dias. A
histoquímica para NADPH-diaforase na glândula submandibular indicou maior
número de ductos marcados no grupo axotomia 7 dias após a lesão (72:1:4,7
ductos/105 mm2, n = 10) comparado ao controle
(51:1:2,3 ductos/105 mm2, n = 10) ou falso operado
(57:1:2,3 ductos/105 mm2, n = 10), bilateralmente.
Não foram observadas alterações no número de ductos marcados 28 ou 56 dias da
lesão. Na sublingual, não houve qualquer diferença entre os grupos nos 3 tempos
analisados.
A lesão do nervo facial provoca atrofia bilateral reversível nas
glândulas submandibular e sublingual acompanhado de aumento do número de ductos
NADPH-diaforase positivos na submandibular na fase aguda da lesão. (Apoio
financeiro: FAPESP, CNPq.)
A010
Análise epidemiológica, formas de tratamento e complicações
dos traumatismos faciais.
SILVA, A.
C.*, PASSERI, L. A.
Departamento
de Diagnóstico Oral – FOP – Unicamp.
E-mail: alessandrofop@yahoo.com
Este estudo avaliou a epidemiologia, formas de tratamento e
complicações dos traumatismos de face ocorridos na região de Piracicaba e
atendidos pela Área de Cirurgia da Faculdade de Odontologia de
Piracicaba – Unicamp, no
período de abril de 1999 a março de 2000. Observou-se a ocorrência desses
traumatismos em 340 pacientes, envolvendo principalmente homens (78,53%), da
cor branca (60,59%), na faixa etária dos 21 aos 30 anos (25,88%), sendo a
maioria economicamente ativo (54,71%), principalmente no mês de outubro
(12,94%) e aos finais de semana (44,41%), tendo como etiologia mais freqüente
as quedas (37,06%). As fraturas zigomáticas foram as que mais ocorreram
(38,02%). 50,59% dos pacientes submeteram-se a alguma intervenção, sendo que
dos que não se submeteram, 52,98% apresentavam fraturas. Do total das fraturas
maxilomandibulares, 5,83% submeteram-se ao bloqueio maxilomandibular. 68,22%
dos traumatismos nos tecidos moles necessitaram de sutura, sendo a região mais
afetada a extrabucal (56,30%). As complicações pós-operatórias ocorreram em
18,92% dos casos cirúrgicos, sendo mais comum as infecções (9,91%).
Pôde-se concluir que tais traumatismos ocorreram principalmente aos
finais de semana envolvendo homens, jovens, brancos, economicamente ativos e
apresentando na maioria dos casos algum vício. O tempo decorrido do traumatismo
à cirurgia, as múltiplas fraturas de face, especialmente as mandibulares,
relacionaram-se intimamente com a incidência de complicações pós-operatórias.
(Processo FAPESP nº 99/04057-8.)
A011
Substituição do amálgama pela pasta zinco-eugenólica em um
novo preparo apical.
QUIRINO, L.
C., COMUNIAN, C. R., FARIA, R. A., NAVES, M. D.*
Departamento
de Clínica, Patologia e Cirurgia Odontológicas – UFMG. Tel.: (0**31)
3482-3076.
Os insucessos na apicectomia com obturação retrógada são
significativos, tendo como causa principal o não-vedamento do novo forame pelo
material retrobturador, levando, portanto, à indicação de um novo ato
cirúrgico. Esta pesquisa in vitro realizada com 45 dentes humanos,
extraídos na Clínica Cirúrgica da FO – UFMG por indicação clínica, procurou
avaliar o vedamento da pasta zinco-eugenólica em um preparo de retrobturação
onde anteriormente estava retrobturado com o amálgama sem zinco. Após a
realização de um grupo controle com 15 dentes, 30 dentes tiveram suas coroas e
o terço apical removidos, o canal radicular esvaziados e alargados até o terço
médio com brocas de Gates. O preparo apical foi realizado com 2 mm de
profundidade utilizando brocas esféricas para PM e retrobturados com o amálgama
sem zinco. Após sete dias, um novo preparo de retrobturação, amplo e logo
abaixo da superfície apical de amputação, foi realizado, removendo-se o
amálgama neste local. A pasta zinco-eugenólica foi inserida nesse preparo.
Todas as raízes receberam o corante azul de metileno a 2% com pH 7,2
gotejado no interior do canal por sete dias. A seguir, as raízes foram clivadas
longitudinalmente e os preparos da retrobturação com a pasta zinco-eugenólica
avaliados quanto à presença e ausência do corante.
Observou-se que a realização de um novo preparo apical melhorou a
capacidade de vedamento da pasta zinco-eugenólica, não permitindo a infiltração
do corante azul de metileno em todos os preparos de retrobturação dessa
pesquisa.
A012
Avaliação clínica descritiva da freqüência de fatores que
podem interferir na erupção de caninos permanentes superiores.
ABREU, A.
T.*, OLIVEIRA, F. A. M.
Programa de
Pós-Graduação em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial – FO – PUCRS.
A identificação precoce de distúrbios no trajeto de erupção
dos caninos permanentes superiores proporciona um número maior de opções de
tratamento e um melhor prognóstico para o paciente. Foram examinados 41
pacientes, entre 7 e 12 anos de idade, com o objetivo de avaliar a freqüência
de fatores que podem interferir na erupção dos caninos superiores: ausência ou
malformações de incisivos laterais permanentes superiores, identificação
clínica do canino permanente por meio de palpação bidigital e espaço disponível
no arco maxilar para erupção destes elementos dentários. Utilizando avaliação
clínica e radiográfica e análise de modelos de estudo, observou-se agenesia de
incisivos laterais superiores em 2,4% e malformação destes dentes em 14,6% da
amostra. A posição do canino permanente superior foi identificada
bilateralmente em 75,6% dos indivíduos avaliados, unilateralmente em 14,6% e em
9,8% da população estudada não foi possível identificar a posição do canino.
Dos pacientes avaliados, 55% não apresentaram espaço disponível no arco maxilar
para erupção dos caninos e pré-molares permanentes superiores.
As freqüências de agenesia e malformações de incisivos laterais não
foram consideradas expressivas, enquanto as freqüências de identificação
bilateral do canino e de deficiência de espaço maxilar foram consideradas
expressivas. (Apoio financeiro: CAPES – demanda social. Aprovado pela
Comissão Científica e de Ética da FO – PUCRS: protocolo nº 35/99.)
A013
Crescimento craniofacial em crianças com fissura unilateral
completa de lábio e palato: comparação entre dois protocolos cirúrgicos.
CALVANO,
F.*, SILVA FILHO, O. G., ASSUNÇÃO, A.
Departamento
de Ortodontia – HRAC – USP. Tel.: (0**14) 235-8146.
O presente trabalho de pesquisa descreve os resultados de
uma avaliação radiográfica usando telerradiografias de norma lateral de 75
crianças portadoras de fissura unilateral completa de lábio e palato, numa
faixa etária compreendida entre os 4 e 7 anos. A amostra foi composta por 33
pacientes do sexo masculino e 20 do sexo feminino, que foram tratados de acordo
com o protocolo cirúrgico adotado pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias
Craniofaciais (HRAC), da Universidade de São Paulo, em Bauru, Brasil. A
cirurgia reparadora de lábio foi realizada a partir de 3 meses de idade (idade
média de 9 meses) e a cirurgia reparadora de palato a partir de 12 meses de
idade (idade média de 19 meses). Um outro grupo composto por 22 pacientes (12
do sexo masculino e 10 do feminino), foi submetido ao protocolo cirúrgico
proposto por Malek (MALEK, PSAUME, 1983) que foi modificado no HRAC. Este
protocolo envolveu cirurgia de palato mole com 5,5 meses de idade, juntamente
com a queiloplastia, e cirurgia reparadora de palato duro com aproximadamente
20 meses de idade. Os resultados mostram que a época da realização das
cirurgias reparadoras do palato não interferem no crescimento facial, pelo
menos nesta faixa etária aqui avaliada (4 aos 7 anos), fato constatado nos
resultados cefalométricos que não revelaram nenhuma diferença significante
entre os 2 grupos amostrais avaliados.
Portanto, o padrão cefalométrico das crianças com fissura unilateral
completa de lábio e palato, para ambos grupos amostrais (protocolo de Malek e
protocolo do HRAC) foi similar.
A014
Epidemiologia das fraturas mandibulares no Hospital da Santa
Casa de Misericórdia de São Paulo entre 1996 e 1998.
VALENTE, R.
O. H.*, SOUZA, L. C. M., OLIVEIRA, M. G., NISA-CASTRO-NETO, W., GLOCK, L.
Programa de
Pós-Graduação em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial – FO –
PUCRS.
As fraturas mandibulares constituem um segmento importante
dos problemas de saúde pública, pois suas seqüelas podem acarretar graves
inabilidades morfofuncionais. Realizou-se uma análise em 195 prontuários entre
1996 e 1998 no Serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial do HSCSP. Foram observadas
299 fraturas mandibulares. Na correlação entre os parâmetros analisados,
optou-se pela distribuição Qui-Quadrada (c2) para a estatistica e os
graus apropriados de liberdade entre as etiologias que apresentaram maior
incidência. Os resultados indicaram 161 H e 34 M, com uma média de
30,1 anos para ambos os sexos. A faixa etária mais prevalente foi entre 20 a 29
anos de idade, com 42,6% dos indivíduos atendidos. As agressões físicas foram
responsáveis por 29,8% de tais fraturas. Seguida pelas quedas – 25,1% – e
acidentes de tráfego com 23,2%. Os ferimentos por arma de fogo constituíram
9,2% da amostra, sendo o dobro dos casos de acidente motociclístico. As
fraturas mandibulares mais prevalentes foram: de corpo, com 32,1%; de côndilos,
com 24,1%; de parassínfises, com 18,7%. A correlação entre as fraturas de sínfise
e côndilo direito c2cal = 20,862 e
p << 0,000, corpo direito e côndilo esquerdo c2cal = 15,029
e p << 0,000, e corpo esquerdo com côndilo direito c2cal = 5,831
e P << 0,009, são indicativos de rupturas por contra-golpe nos
traumas frontais (côndilo D*sínfise) e laterais (corpo D*côndilo E) e (corpo
E*côndilo D) para p << 0,05.
A015
Crescimento e flexão da base do crânio humana: estudo
cefalométrico.
LANZA, P.*,
SANTOS-PINTO, A., BOLINI, P. D. A.
Departamento
de Clínica Infantil – Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP.
Neste estudo,
analisou-se o crescimento e flexão da base do crânio, com objetivo de avaliar
as relações entre as estruturas cranianas e maxila, nos primeiros seis meses de
vida pós-natal. Com auxílio de suporte construído com distância foco-filme de
1,52 m, foram radiografadas 31 hemicabeças de crianças entre o nascimento
e seis meses de idade. Foram utilizados os fatores 90 Kv, 15 Ma e
6 Im, após testes para contraste e nitidez adequados. Foram implantados
pinos de aço inoxidável nos pontos anatômicos de referência, de forma a
permitir sua clara identificação na radiografia. Estes pontos foram
transferidos para papel Ultraphan e digitados no programa “DFPlus”, adequado
para obtenção das medidas lineares e angulares necessárias ao estudo. A análise
estatística (programa SPSS), mostrou que os ângulos NaSiBa (násio-sela-básio),
NaSiPpal (násio-sela-plano palatino) e BaSeE (básio-sincondrose
esfenoccipital-esfenóide) não alteraram significativamente. Por outro lado,
Na-Si (násio-sela) aumentou consideravelmente, diferente de Ba-Si (básio-sela),
que não teve alteração significativa.
Pudemos concluir que não houve variação na flexão da base do crânio ou
na inclinação da maxila. Entretanto, houve crescimento significativo da região,
determinado principalmente pela elongação da porção anterior da base do crânio,
já que a porção posterior apresentou-se praticamente estável.
A016
Avaliação da resistência à tração de botões ortodônticos
fixados com cimento ionomérico.
GERMANO, A.
R.*, MAZZONETTO, R., MORAES, M.
Departamento
de Diagnóstico Oral – Área de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial – FOP – UNICAMP.
Tel.: (0**19) 430-5274, fax: (0**19) 430-5218.
E-mail: adrianofop@yahoo.com
Este trabalho teve como propósito avaliar in vitro a
resistência à tração da união entre esmalte e botões ortodônticos fixados
através do cimento de ionômero de vidro fotopolimerizável (Fuji ORTHO LC),
utilizados nos procedimentos de tracionamento de dentes inclusos, verificando
se os efeitos da contaminação por sangue e o condicionamento ácido, interferem
nas propriedades de adesão. A amostra foi constituída de 144 terceiros molares
inclusos, em cujas faces vestibulares realizou-se a colagem do botão
ortodôntico (nacional/Morelli e importado/Ormco) com cimento de ionômero de
vidro fotopolimerizável, divididos em 12 grupos com 12 dentes cada. Após a
colagem dos botões, as amostras foram submetidas à termociclagem (500 ciclos
com temperatura variando entre 5º C a 60º C) e armazenadas nos períodos de 2,
30 e 90 dias, em estufa (37º C) e 100% de umidade relativa do ar. Cada amostra
foi submetida após estes períodos ao teste de tração na máquina de ensaio
universal (Instron), a uma velocidade de 0,5 mm/min até ocorrer o
descolamento do botão ortodôntico. Os resultados obtidos foram submetidos à
análise de variância e ao teste de Tukey com 5% de significância.
Através da análise dos resultados foi possível concluir que a fixação do
botão ortodôntico com cimento ionomérico, apresentou in vitro resistência
suficiente para suportar forças ortodônticas, exceto em condições de extrema
contaminação e umidade, representado pelos grupos nos quais a contaminação do
sangue ocorreu antes da adaptação do acessório ortodôntico.
A017
Morfometria mandibular de ratos que consumiram lítio.
HAMMES, M.*1,
PADILHA, D. M. P.1, ROCHA, E.2
1Instituto de
Geriatria e Gerontologia da PUCRS; 2Instituto de Biociências –
UFRGS.
O lítio é uma droga largamente utilizada no tratamento da
depressão. Sabe-se que esta droga interfere no metabolismo do cálcio. O objetivo
deste estudo foi comparar a morfometria mandibular de ratos submetidos ao
consumo de lítio e ratos controle. Ratos com seis semanas foram utilizados no
estudo. Dez ratos foram tratados com dieta acrescida de lítio até que sua
litemia sérica atingisse 0,6-1,2 mmol/l, o que corresponde a uma
concentração similar à atingida na prática clínica. Cinco animais controle
foram alimentados com dieta normal ad libitum. Com 140 dias de vida, os
ratos foram sacrificados, a mandíbula foi dissecada, separada na linha média e
todo o tecido mole da hemimandíbula direita removido. Essas hemimandíbulas
foram então radiografadas em películas para tomadas periapicais,
automaticamente processadas e, a seguir, digitalizadas por meio de um
“scanner”. Utilizando o programa UTHSCSA Image Tool, cinco medições foram
realizadas, a saber: largura do processo condilar, altura do processo da
sínfise mentoniana, comprimento mandibular, altura mandibular e comprimento da
base da mandíbula. Os resultados foram analisados estatisticamente pelo teste
“t” de Student, não pareado, e demonstraram que, no grupo que consumiu lítio,
houve uma diminuição do crescimento mandibular, em relação à largura do
processo condilar e ao comprimento da base (p << 0,05). Não
houve diferenças quanto às demais medidas.
Concluímos que o desenvolvimento mandibular foi afetado pelo consumo de
lítio, causando uma redução em alguns parâmetros morfométricos.
A018
Estudo da oclusão em modelos de gesso em pré-escolares.
DINELLI, T.
C. S.*, MARTINS, L. P., SANTOS-PINTO, A., GIMENES, P. P.
Departamento
de Clínica Infantil – Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP.
Tel.: (0**16) 271-6014.
E-mail: dinelli@uol.com.br
No Brasil, os dados de má-oclusão para dentição decídua são
escassos e se originam de pequenas amostras. Estudos realizados em Natal e
Belém revelaram que pouco mais da metade das crianças daquelas regiões
apresentavam más-oclusões. Dados de um levantamento realizado na cidade de São
Paulo mostraram que a má-oclusão foi mais prevalente do que os dados referidos
acima (79 %). Realizou-se um levantamento nas creches da rede municipal de
Araraquara mantidas pelo serviço público, totalizando um universo de 3.100
crianças, das quais foram examinadas e moldadas 838, na faixa etária entre 2 e
6 anos, mostrando 80% de incidência de má-oclusão. Os resultados desse estudo
não mostraram diferença estatística significante a respeito da prevalência de
má-oclusão entre os sexos. Os dados compreendem medidas lineares (comprimento
de arco, perímetro de arco, espaço primata, distância intercanina e intermolar)
realizadas indiretamente em modelos de gesso, da dentição decídua de
pré-escolares, de ambos os sexos, com o digitalizador Microscribe. (Apoio
financeiro: CAPES.)
A019
Modificações de tecidos moles em cirurgias ortognáticas
planejadas no computador.
GONÇALVES*,
J. R., SANTOS-PINTO, A., TAVARES, H. S., GIMENES, P. P.
Departamento
de Clínica Infantil – Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP.
Tel.: (0**16) 201-6325.
O aumento das cirurgias ortognáticas vem
tornando mais freqüente o uso de programas para predição cirúrgica. Entretanto,
não se sabe se as alterações ocorridas nos tecidos moles são realmente fiéis
aos movimentos realizados nessas simulações. O objetivo deste estudo é comparar
as modificações nos tecidos moles resultantes das simulações cirúrgicas com as
obtidas após a cirurgia. Utilizou-se 2 telerradiografias laterais de cada caso
(n = 21), uma pré-cirúrgica imediata (t2) e outra pós-cirúrgica
mediata (t4). Ambas foram digitalizadas em programa cefalométrico específico
(DFP). Na t2, simulou-se a cirurgia realizada e este traçado foi denominado de
t3. Foram avaliadas as posições dos lábios e mento (horizontal e vertical) na
t3 e t4. Na análise estatística utilizou-se o teste “t” de Student. Resultados:
Variável |
LsH |
LsV |
StsH |
StsV |
StiH |
StiV |
LiH |
LiV |
PgH |
PgV |
GnH |
GnV |
Média |
-1,23 |
1,72 |
1,70 |
1,21 |
1,47 |
0,51 |
-1,09 |
1,37 |
-1,81 |
0,83 |
-1,81 |
2,26 |
DP |
1,44 |
2,00 |
2,16 |
1,91 |
2,07 |
1,95 |
2,70 |
3,07 |
3,70 |
3,97 |
3,70 |
3,65 |
T |
-3,92 |
3,93 |
3,59 |
2,89 |
3,24 |
1,19 |
-1,84 |
2,03 |
-2,24 |
0,95 |
-2,24 |
2,83 |
P |
0,001* |
0,001* |
0,002* |
0,009* |
0,004* |
0,245 |
0,081* |
0,055 |
0,037* |
0,350 |
0,037* |
0,010* |
O vermelhão
dos lábios e a posição do mento, ambos no sentido horizontal, foram
subestimados. No sentido vertical, o lábio superior e o mento foram projetados
mais para inferior pelo programa, enquanto o lábio inferior estava adequado.
Portanto, as
simulações do DFP são interessantes, mas não 100% reais.
A020
Influência da posição do côndilo na composição facial.
GIMENES, P.
P.*, SANTOS-PINTO, A., GONÇALVES, J. R., DINELLI, T. C. S.
Departamento
de Clínica Infantil – Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP.
Tel.: (0**16) 201-6325.
A face harmônica é resultado do desenvolvimento e
relacionamento correto das estruturas esqueléticas e faciais. Este trabalho
objetiva avaliar a influência da posição condilar nos padrões faciais.
Selecionou-se telerradiografias laterais de 30 meninos e 32 meninas, de 7 a 9
anos. Obteve-se medidas representativas da posição horizontal e vertical do
côndilo em relação à sela túrcica (CoH, CoV), padrão de crescimento facial
(SNGoMe, NMe, SGo), e posição anteroposterior da mandíbula (SNB, ANB). Os
resultados e a análise dos dados (testes de correlação de Pearson, nível de 95%
de probabilidade) estão na tabela abaixo.
Resultados |
|
CoH |
CoV |
SNGoMe |
NME |
SGo |
ANB |
SNB |
|
Média |
-11,5 mm |
16,7 mm |
35,4º |
105,2 mm |
67,5 mm |
4,7º |
78,5º |
|
DP |
2,6 |
3,2 |
5,6 |
4,8 |
4,4 |
2,5 |
3,4 |
Correlação |
CoH |
- |
0,06 |
-0,16 |
-0,08 |
0,14 |
-0,23 |
0,36** |
**= p << 0,01 |
CoV |
0,06 |
- |
-0,47** |
-0,06 |
0,64** |
-0,64 |
0,51** |
Portanto:
1) quanto mais anterior o côndilo, mais anterior a mandíbula estará; 2) quanto
mais inferior o côndilo, mais anterior a mandibula estará, menor a inclinação
do plano mandibular e maior a distância de Sela a Gônio.
Portanto, a posição anteroposterior e vertical do côndilo, em relação às
estruturas cranianas, contribui para a composição do perfil facial.
A021
Atividade de três solventes de guta-percha: proposição de
uma metodologia alternativa.
CORREIA, D.
P.*, ZAPPAROLI, F. Q., PALLOTTA, R. C., MACHADO, M. E. L.
Faculdade de
Odontologia – UCCB. Tel./fax: (0**11) 3045-5984.
E-mail: danielcorreia88@hotmail.com
Foi objetivo do presente trabalho avaliar a ação de
solvência, sobre cones de guta-percha, de três diferentes soluções utilizadas
para esse fim, a saber o xilol, o óleo de casca de laranja e o eucaliptol. Para
isso, foram selecionados 40 cones de guta-percha, de calibre 80, que foram
pesados e identificados. Posteriormente os mesmos foram colocados em tubos de
ensaio, onde deveriam ser imersos nas diferentes soluções em grupos de 10,
sendo o volume de solução suficiente para submergir todo o cone. Passados cinco
minutos, retirava-se a solução a ser testada, colocando-se álcool no tubo em
quantidade também suficiente para cobrir o cone, deixando por mais cinco
minutos, sendo em seguida imerso em água, onde permanecia por mais dez a quinze
minutos. Os cones eram então virados sobre um filtro de papel, onde eram
pesados 1 hora e 24 horas depois. Comparavam-se os pesos dos três momentos,
sendo verificada a diferença para o peso inicial. Foram criados dois grupos
controle, com cinco cones cada, um que não foi submetido a ação de qualquer
líquido e outro que foi imerso em álcool e água sem ação de solventes.
A análise dos dados obtidos permite verificar uma ação de solvência
maior do xilol, seguido pelo óleo de casca de laranja e pelo eucaliptol, nos
grupos controle, não houve qualquer alteração de peso durante o período do
experimento. A análise estatística permite verificar uma distribuição normal
dos dados, sendo que há uma diferença estatisticamente significativa somente
entre o xilol e o eucaliptol.
A022
Avaliação da citotoxidade do digluconato de clorexidina a
2,5% e a 5%, do hipoclorito de sódio a 1% e do soro fisiológico, em subcutâneo
de ratos.
BIANCONCINI,
I. V.*, GAVINI, G.
FOUSP.
A reação tecidual causada por algumas substâncias foram
avaliadas durante o processo inflamatório agúdo, na fase exsudativa. Em 20
ratos adultos da linhagem Wistar, variação albina, pesando de
400-450 gramas, foi injetado intravenosamente 20 mg/kg de azul de
Evans, na veia caudal lateral sendo inoculado no subcutâneo dos ratos as
substâncias testes: digluconato de clorexidina a 2,5% e a 5%, hipoclorito de
sódio a 1% tendo como solução controle o soro fisiológico. Após intervalos de
30 minutos, 6 horas e 24 horas os animais foram sacrificados, suas peles
dorsais excisadas, removidas e submetidas à análise do corante extravasado pela
espectrofotometria da absorção de luz (A620). Os valores em µg da
quantidade de corante extravasado foram submetidos à estatística através da
ANOVA (análise de variância a 2 critérios) e constatada a diferença, o teste de
Tukey foi aplicado para comparações individuais. Classificou-se as substâncias
quanto ao seu potencial irritativo na seguinte ordem decrescente: as
clorexidinas a 5% (137,05 µg) e 2,5% (125,16 µg), o hipoclorito de
sódio a 1% (85,40 µg), e o soro fisiológico (30,35 µg), sendo
observada diferenças estatísticas significantes (p << 0,05)
entre os grupos, menos entre as clorexidinas a 2,5% e a 5% que se mostraram
semelhantes quanto a biocompatibilidade. Quanto ao fator tempo o hipoclorito
mostrou-se menos irritante que as clorexidinas aos 30 minutos e 24 horas. No
período das 6 horas todas se comportaram de modo semelhante.
A023
Efeito das soluções desmineralizantes – ácido cítrico e EDTA
– na dureza dentinária.
AKISSUE, E.*, GAVINI, G.
Departamento
de Dentística, Disciplina de Endodontia – FOUSP - SP.
E-mail: eakisue@bol.com.br
Durante a fase de preparo químico cirúrgico ocorre a
formação do magma dentinário, resultado da associação de raspas dentinárias,
restos orgânicos e substâncias auxiliares a instrumentação. Inúmeros estudos
têm demonstrado a importância da eliminação desta sujidade por substâncias
descalcificantes, cuja permanência dificulta a ação das substâncias químicas,
resultando numa sanificação inadequada do canal radicular. O objetivo foi
avaliar a ação da solução de EDTA a 17% e do ácido cítrico a 25%, na dureza da
dentina depois da imersão de fragmentos dentinários nos respectivos agentes, em
diferentes períodos de tempo como descrito a seguir: Grupo 1- solução
fisiológica (controle), Grupo 2- EDTA a 17% por 3 min., Grupo 3- EDTA a 17% por
15 min., Grupo 4- ácido cítrico a 25% por 3 min., Grupo 5- ácido cítrico a 25%
por 15 min. Resultados: para a variável tempo de contato observou-se diferença
estatística siginificante ao nível de 5% (valor de F tabelado igual a 4,00 para
a = 5%), sendo que aumentando-se o tempo de imersão dos fragmentos diminui-se
a dureza Knoop da dentina. Levando-se em conta a variável solução
desmineralizante, também observou-se diferença significante para a = 5%
(valor de F tabelado igual a 4,00), no qual o ácido cítrico a 25% mostrou-se
mais efetivo que o EDTA a 17%.
O tempo de contato do agente desmineralizante interfere na sua
capacidade descalcificante. A solução de ácido cítrico a 25% mostrou-se mais
efetivo que o EDTA a 17%, independente da variável tempo de contato.
A024
Atividade antimicrobiana da clorexidina e do
paramonoclorofenol, em veículo gel.
GUIMARÃES,
C. C. P.*1,3, CAI, S.2, LAGE-MARQUES, J. L.3
Departamento
de Estomatologia – 1UNISA; 2ICB - USP; 3FOUSP.
Tel.: (0**11) 5051-6199. E-mail: clauvinajp@uol.com.br
Várias propostas de medicação intracanal vem sendo
estudadas, no entanto, a formulação ideal ainda não foi estabelecida, sendo
que, alguns microrganismos são mais resistentes às manobras de desinfecção, que
outros. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito antimicrobiano frente a Enterococcus
faecalis, da clorexidina a 2% e do paramonoclorofenol a 2%, ambos em
veículo gel. Raízes de incisivos bovinos foram preparadas em forma de discos e
os canais foram padronizados com broca esférica. Os espécimes foram então,
esterilizados e infectados com uma suspensão de E. faecalis ATCC 29212,
a 37ºC por 24 horas. Foram divididos em dois grupos de três, para aplicação da
medicação: Grupo I - clorexidina veiculada em natrosol;
Grupo II - paramonoclorofenol veiculado em carbopol. Dois espécimes
foram utilizados como controle (Grupo III). Foram novamente incubados a
37ºC por 24 horas. Raspas de dentina foram coletadas após o corte com brocas
ISO 25, 27 e 29. Após novo período de incubação e nova inoculação em outros
tubos, foi observada a presença de crescimento bacteriano, cuja pureza da
cultura era verificada. Todos os procedimentos foram realizados em
sextuplicata.
Os resultados foram analisados com o teste do qui-quadrado e observou-se
que o digluconato de clorexidina a 2% apresentou-se mais eficaz na eliminação
do microrganismo teste que o paramonoclorofenol a 2%
(p << 0,001). (Trabalho financiado pela Universidade Santo
Amaro.)
A025
Avaliação in vitro da resistência à fratura de raízes
endodonticamente tratadas com ácido cítrico e fosfórico.
BRITO, L. M.
de*, MALHEIROS, C. F., LAGE-MARQUES, J. L.
Disciplina
de Endodontia – Universidade Ibirapuera; Disciplina de Endodontia – FOUSP.
E-mail: claudiamalheiros@uol.com.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a resistência à fratura
de raízes submetidas à irrigação final do canal radicular com ácido cítrico e
fosfórico, soluções ácidas recomendadas para remoção do magma dentinário. Foram
utilizados 24 pré-molares inferiores humanos recentemente extraídos, de
proporções semelhantes. As coroas foram removidas e os canais instrumentados
até a lima tipo K de # 40. A seguir, os espécimes foram divididos em quatro
grupos: Grupo A (6 raízes - irrigação final com hipoclorito de sódio
a 0,5% - controle); Grupo B (6 raízes - irrigação final com
15 ml de ácido cítrico a 15% por 3 minutos); Grupo C (6 raízes
tratadas com ácido fosfórico a 37% por 30 segundos) e Grupo D (6
raízes - irrigação final com 15 ml de ácido cítrico a 15% e obturação
final). As raízes foram incluídas até o terço médio em blocos de resina
acrílica, e submetidas, individualmente, à carga axial em uma máquina de ensaio
universal (Riehle Testing Machine, Modelo FS-5, Illinois, EUA). A força
aplicada em cada espécime foi registrada quando da fratura radicular. Os
valores médios encontrados para a ocorrência da fratura dos espécimes foram:
Grupo A- 68,2 kg/s; B- 58,8 kg/s; C- 52,8 kg/s e D-
52,0 kg/s.
Observou-se que os espécimes do grupo controle apresentaram maior resistência
à fratura, e que a obturação do canal radicular não interferiu positivamente na
resistência à fratura das raízes, contudo a análise estatística pelo teste
ANOVA revelou não haver diferença significante entre os grupos.
A026
Avaliação da reabsorção radicular apical em dentes com
lesões periapicais.
PRATA, M. I.
A.*, VILLA, N., CARDOSO, R. J. A.
Departamento
de Endodontia – Universidade de Uberaba. Tel.: (0**34) 3312-7834,
fax: (0**34) 3311-6200.
E-mail: miaprata@uol.com.br
O objetivo desta pesquisa foi avaliar a reabsorção radicular
apical, em dentes com lesão periapical, através da observação radiográfica e
histológica de dentes humanos extraídos. Foram selecionados 66 dentes, com
diferentes diagnósticos, tendo como indicação clínica a sua avulsão. Após os
exames clínicos, radiográficos de rotina e extração do elemento dental, os
espécimes foram armazenados em formol a 10%. Os dentes foram seccionados ao
meio, no sentido longitudinal do longo eixo do dente, dividindo-o em duas
metades, a partir do canal radicular. Uma metade de cada espécime sofreu
processamento histológico, corada alternadamente pelas técnicas de
hematoxilina-eosina, Tricrômico de Masson e Brown & Brenn. A outra metade
de cada espécime foi preparada por desgaste para avaliação em microscopia de
luz polarizada. A avaliação foi feita pela evidência de lacunas de reabsorção
na superfície radicular apical e região do canal cementário. A avaliação
radiográfica foi feita pela evidência de alterações no contorno apical da raiz
no exame radiográfico. Os resultados radiográficos foram comparados aos
histológicos quanto à presença de reabsorção, mostrando que as reabsorções
radiculares estavam presentes em 80% dos dentes com lesões periapicais, e estas
puderam ser vistas em apenas 22,6% dos exames radiográficos.
Concluiu-se que dentes com alterações periapicais freqüentemente
apresentam reabsorção radicular apical, podendo alterar sua anatomia apical, e
que o exame radiográfico não é confiável em diagnosticar pequenas reabsorções
radiculares apicais.
A027
Variação do pH externo frente a utilização de pastas de
hidróxido de cálcio.
ZANINI, A.*,
SIQUEIRA, E. L., BOMBANA, A. C.
Departamento
de Dentística – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7839.
E-mail: arienezanini@hotmail.com
Há muito tempo, utiliza-se como alternativa nos tratamentos
endodônticos o hidróxido de cálcio como componente básico da medicação
intracanal. O objetivo deste trabalho foi avaliar, a partir de aglutinações de
hidróxido de cálcio P.A. em três diferentes veículos (solução anestésica, polietilenoglicol
400 e soro fisiológico), inseridos à guisa de medicação intracanal em dentes
humanos, as variações de pH que essas composições pudessem induzir na água
destilada (pH 7,0) com o passar do tempo, considerando-se como via de liberação
de íons cálcio e íons hidroxila para o meio, a própria dentina, destituída da
cobertura de cemento. Observou-se que variações de pH estatisticamente
significantes ocorreram com maior incidência quando se utilizou como veículo o
polietilenoglicol, seguido do soro fisiológico e, nenhuma diferença foi notada
no decorrer do tempo quando se utilizou a solução anestésica, somente entre uma
e duas semanas.
De posse dos resultados, parece-nos lícito inferir que: 1. O potencial
de dissociação iônica da medicação intracanal à base de hidróxido de cálcio se
mostra maior quando da utilização do polietilenoglicol 400 como veículo,
seguido do soro fisiológico e da solução anestésica. 2. As variações observadas
não refletem, do ponto de vista químico, alterações significativas do potencial
hidrogeniônico. 3. Dentes com pequenas perdas estruturais de cemento radicular
no terço cervical, como descrito neste trabalho, não permitem grandes
alterações de pH no meio externo. (FAPESP, processo nº 99/09965-0.)
A028
Análise do vedamento apical de canais tratados com EDTA-T e
EDTA-C e obturados com cimento N-Rickert.
CARLIK, J.*1, NUNES, M. R. L.2,
ANTONIAZZI, J. H.3
1UMC/UnG; 2UMC;
3USP.
Analisou-se a influência da aplicação do EDTA-T e EDTA-C no
vedamento apical de canais radiculares de 21 dentes caninos humanos extraídos.
O preparo químico-cirúrgico dos canais radiculares foi realizado pela técnica
de Paiva & Antoniazzi e a irrigação-aspiração efetuada com 5,4 ml de
Tergentol-Furacin. Os dentes foram distribuídos aleatoriamente em três grupos
que receberam um tratamento químico específico por três minutos a saber:
grupo I - soro fisiológico; grupo II - EDTA-T; e,
grupo III - EDTA-C, seguindo-se nova irrigação-aspiração com Tergentol-Furacin.
Finalmente todos os canais radiculares foram obturados com cimento N-Rickert
pela técnica de cones múltiplos com condensação vertical. As raízes,
impermeabilizadas externamente com Super Bonder, foram imersas em azul de
metileno a 0,5% com pH 7,2. Após 72 horas de armazenamento em estufa a 37ºC,
foram lavadas, clivadas e medida a maior infiltração marginal em cada canal
radicular.
A maior média de infiltração ocorreu no grupo III tratado com
EDTA-C (1,59), com diferença estatisticamente significante
(p << 0,05) em relação às médias registradas no grupo I tratado
com soro fisiológico (1,10) e no grupo II tratado com EDTA-T (1,11).
A029
Análise da adesividade de um cimento obturador endodôntico
em dentina tratada por diferentes substâncias.
MONTEIRO, P.
G.*, BOMBANA, A. C.
FOUSP. Tel.: (0**11) 217-6856, 6191-2552.
E-mail: paticagm@yahoo.com.br, acbomban@fo.usp.br
A possível influência do uso de duas soluções de ácido
cítrico (10 e 25%) e duas de EDTA (EDTA 15% e EDTA-T 15%), na adesividade à dentina
do cimento Sealer-26 foi estudada com auxílio de ensaios de tração e dentes de
origem bovina. Vinte e cinco incisivos inferiores foram desgastados de modo a
ficarem com suas distâncias vestíbulo-lingual e mésio-distal muito próximas
entre si, seguindo-se a inclusão dos espécimes em tubos de PVC com resina
acrílica. Cada espécime recebeu na porção incisal uma haste de resina a fim de
servir à apreensão do dispositivo de tração. Isso feito promoveu-se um corte
horizontal dividindo-se a coroa em duas partes, uma incisal e outra cervical;
as quais tiveram as superfícies polidas até lixa 600. Cada parte foi então
lavada e tratada em ultra-som visando a máxima remoção de resíduos possível. As
amostras foram divididas em quatro grupos experimentais (um para cada agente
irrigante) e um grupo controle, irrigando-se as superfícies de dentina exposta
com 5 ml de cada um dos produtos, dispensando-se 1 ml por minuto.
Após a secagem as partes foram unidas pelo cimento e o conjunto submetido a
testes de tração em um dinamômetro Instron.
Os dados
obtidos foram tratados estatisticamente e revelaram diferenças significativas
entre o grupo controle e os experimentais, permitindo concluir que: 1) a
adesividade do cimento à dentina melhorou diante do tratamento químico da superfície
do tecido; 2) o melhor resultado foi oferecido pelo ácido cítrico a 25%,
seguido do EDTA-T, revelando o ácido cítrico 10% e o EDTA 15% ações
praticamente idênticas. (Apoio financeiro: FAPESP.)
A030
Análise comparativa de duas substâncias utilizadas na
impermeabilização da superfície radicular externa.
NUNES, M. R. L.*1, PORTES, M. L.2,
CARLIK, J.3, ANTONIAZZI, J. H.4
1UMC; 2UNIBAN;
3UMC/UnG; 4USP.
Diversos estudos in vitro realizados em Endodontia
empregam a impermeabilização da superfície externa radicular como parte de suas
metodologias. Para tanto, as substâncias mais utilizadas são o esmalte de unha
e o cianoacrilato de metila, sendo este último na atualidade mais utilizado por
apresentar melhor capacidade de vedamento. O presente trabalho propõe um verniz
náutico como nova alternativa de agente impermeabilizante, comparando-a com o
cianoacrilato de metila. Foram utilizadas 20 raízes de caninos humanos
extraídos (do acervo da UnG), todas com o mesmo comprimento e com as entradas
dos canais vedadas com óxido de zinco e eugenol, aleatoriamente divididas em
dois grupos de acordo com o agente impermeabilizante utilizado: cianoacrilato
de metila (Super Bonder®) e verniz náutico (Ypiranga Sparlack Extra
Marítimo®). Após a aplicação de camada dupla e aguardados os tempos
de secagem de cada material, as raízes foram imersas em solução de azul de
metileno a 0,5%, pH = 7,2 e armazenadas em estufa por 72 horas a 37ºC.
Finalmente as raízes foram lavadas, secas e seccionadas transversalmente para
verificar uma possível infiltração do corante. As secções foram examinadas por
meio de lupa estereoscópica.
Os resultados baseados no número de amostras com e sem infiltração
mostraram uma diferença estatisticamente significante entre os dois materiais
(p << 0,05) e um melhor comportamento do verniz náutico em
relação ao cianoacrilato.
A031
Laser Er:YAG versus EDTA: efeito na adaptação de
cimentos endodônticos.
VALE, M.
S.*, GARCIA, R. B.
Departamento
de Dentística, Endodontia e Materiais Dentários – FOB – USP. E-mail: monicavale@uol.com.br
A adaptação do Ketac-Endo, AH Plus e Endométhasone, à
dentina radicular foi estudada pelas microscopias óptica e eletrônica de
varredura (MEV). Empregaram-se noventa caninos humanos extraídos, que após
preparo químico-mecânico, foram divididos em três grupos de 30: Grupo A,
empregando-se laser de Er:YAG intracanal, com 44 mJ, 10 pps, durante
dez segundos, seguido de irrigação com solução salina fisiológica;
Grupo B, empregando-se 5 ml de EDTA durante cinco minutos, seguido de
irrigação com solução salina fisiológica, Grupo C, empregando-se
20 ml de solução salina fisiológica. Após secagem e armazenagem, os canais
foram obturados pela técnica clássica, vedados com Cimpat, e as raízes
armazenadas em umidade de 100% a 37oC, durante 30 dias. Em seguida,
foram seccionadas transversalmente a 5 mm do ápice radicular, fixadas em
discos de resina, fotografadas nas microscopias, escaneadas e transferidas para
o programa SigmaScan para mensuração das áreas preenchidas pelos materiais
obturadores e das fendas entre parede do canal e material obturador. Os dados
obtidos foram submetidos à análise estatística pelo teste de Kruskal-Wallis,
Dunn e Wilcoxon.
Como conclusões obteve-se que: o laser de Er:YAG prejudicou a adaptação
de todos os cimentos; o EDTA melhorou a adaptação do Endométhasone e do AH
Plus; a solução salina fisiológica melhorou a adaptação do Ketac-Endo; o
Endométhasone apresentou a pior adaptação; o AH Plus apresentou a melhor
adaptação com EDTA em MEV.
A032
Comparação da citotoxicidade in vitro do ácido
cítrico em diversas concentrações.
MALHEIROS,
C. F.*, GAVINI, G., JAEGER, M. M. M.
Departamento
de Dentística – FOUSP. E-mail: claudiamalheiros@uol.com.br
A irrigação final do canal radicular objetiva a remoção do
magma dentinário, possibilitando a atuação da medicação intracanal e
facilitando o selamento dentinário do material obturador. As soluções de ácido
cítrico em diversas concentrações têm sido recomendadas para este momento
importante do tratamento endodôntico. A fim de avaliar a citotoxicidade destas
soluções, realizaram-se ensaios de viabilidade pela exclusão de células coradas
pelo azul de Trypan. Soluções de ácido cítrico a 25%, 15% e 10% foram diluídas
a 1% e 0,5% em DMEM, e aplicadas em culturas de fibroblastos NIH-3T3. Células
crescidas e mantidas em DMEM serviram como controle. Foram realizadas contagens
celulares em hemocitômetro após 0, 6, 12 e 24 horas de contato (resposta
celular de curto prazo) e 1, 3, 5 e 7 dias (longo prazo). Na diluição de 1% houve
morte celular imediata para todas as soluções. No experimento de curto prazo,
as soluções se comportaram de maneira semelhante ao controle. A solução de
ácido cítrico a 25%, na diluição de 0,5%, apresentou crescimento celular
estatisticamente menor no experimento de longo prazo.
Conclui-se que as soluções de ácido cítrico mostraram-se biocompatíveis
nas concentrações de 15% e 10%, enquanto a 25% foi citotóxica em ambas as
diluições.
A033
Avaliação da temperatura intrapulpar durante irradiação com
lasers de diodo.
PELINO, J.
E. P.*, HAYPEK, P., GOUW-SOARES, S., TANJI, E., BACHMAN, L., EDUARDO, C. P.
Departamento
de Dentística – FOUSP; CLA-IPEN. Tel.: (0**11) 5641-8847.
E-mail: pelinoj@fo.usp.br
O aumento de temperatura produzido pelos lasers quando
aplicados nas superfícies dentais podem provocar danos pulpares irreversíveis
dependendo dos parâmetros utilizados. O estudo realizado tem por objetivo
analisar o aumento de temperatura produzido pelo laser de diodo (830 nm)
quando utilizado para realizar o clareamento dental, através do uso de dois
sistemas de lasers de marcas comerciais distintas, ADT e Opus Dent. Foram
utilizados 10 dentes de antílope, distribuídos em 4 grupos descritos a seguir:
Grupo 1- 1,5-3,0 W (ADT) sem produto clareador (n = 3);
Grupo 2- 1,2-3,0 W (Opus Dent) sem produto clareador
(n = 3); Grupo 3- 2,0-3,0 W (ADT) com produto clareador
(n = 2); e Grupo 4- 2,0-3,0 W (Opus Dent) com produto
clareador (n = 2). O produto clareador utilizado foi o Opus White
(Opus Dent). Foram acoplados termopares tipo T (cobre-estanho) no interior da
câmara pulpar dos dentes, que ficaram imersos (na face lingual) numa cuba
térmica à temperatura de 37ºC. As temperaturas obtidas neste estudo não
ultrapassaram 5,0ºC dentro dos parâmetros de laser utilizados, sendo que as
maiores elevações de temperatura obtidas foram nos parâmetros maiores.
Nos grupos
onde o produto clareador não foi aplicado o aumento de temperatura foi maior do
que nos grupos onde o produto clareador foi aplicado. Foi observado também que
a queda de temperatura ao normal demora mais no grupo onde o produto clareador
foi aplicado. Este estudo se mostra de extrema importância para se realizar o
procedimento de clareamento dental com segurança e efetividade. (Apoio:
FAPESP.)
A034
Avaliação in vivo da precisão de um modelo de
localizador apical eletrônico.
RAMOS, C. A.
S.*, BERNARDINELI, N.
Endodontia –
Universidade Norte do Paraná. Tel.: (0**43) 323-8982.
E-mail: caco@inbrapenet.com.br
Os métodos de odontometria que utilizam interpretação de
imagens radiográficas apresentam um considerável índice de insucesso na
localização da constrição apical. Modificações no princípio de funcionamento
dos localizadores apicais eletrônicos foram executadas objetivando medições em
canais úmidos. Neste experimento, avaliamos o método eletrônico da impedância
freqüência-dependente (Endex), verificando in vivo a influência da
condição pulpar e do diâmetro do forame apical na precisão das leituras.
Noventa e oito dentes com indicação prévia de extração, totalizando cento e oitenta
e seis canais foram utilizados no experimento. Uma vez obtida a leitura, a lima
utilizada como eletrodo foi fixada em posição e o dente extraído. As medidas
foram obtidas através da visualização direta e um paquímetro, tabuladas e
analisadas estatisticamente. Os resultados indicaram que, em média, nos casos
de polpa viva, as medidas estavam a 0,9725 ± 0,56 mm aquém da saída
do forame apical. Nos casos de necrose, a média foi de 0,9898 ±
0,57 mm aquém, não apresentando diferença estatisticamente significante.
Os casos de necrose com forames de diâmetros estreitos (0,8725 ±
0,15 mm aquém), apresentaram resultados diferentes estatisticamente
(p << 0,05) dos casos de necrose com diâmetros largos
(1,1071 ± 0,23 mm aquém). O mesmo fato não foi observado nos casos de
polpa viva.
Todas medições estiveram dentro de um limite clínico aceitável,
demonstrando que o método de localização apical eletrônica é seguro e confiável
na determinação do comprimento de trabalho.
A035
Estudo comparativo da infiltração apical de três cimentos
obturadores.
CALIL, E.*,
CALDEIRA, C. L., AUN, C. E., GAVINI, G.
Disciplina
de Endodontia, Departamento de Dentística – FOUSP.
O objetivo maior da fase de obturação do sistema de canais
radiculares é o perfeito preenchimento deste espaço, utilizando guta-percha
associada a um cimento obturador. Tendo em vista a grande variedade de
cimentos, os autores se propuseram a estudar comparativamente o grau de
infiltração apical de dentes obturados com um cimento à base de óxido de zinco
e eugenol, outro à base de hidróxido de cálcio e um outro resinoso, visando
determinar qual deles atende melhor às necessidades de selamento apical. Foram
selecionados 30 dentes humanos unirradiculares anteriores superiores extraídos,
que foram submetidos ao preparo químico-cirúrgico segundo a técnica preconizada
por Paiva & Antoniazzi e irrigação final com 10 ml de EDTA-T a 17% e
10 ml de hipoclorito de sódio a 1%. Os dentes foram obturados pela técnica
de condensação lateral, variando-se os cimentos obturadores, sendo que no grupo
1 utilizou-se o cimento N-Rickert, no grupo 2 o cimento Sealapex e no grupo 3 o
cimento AH Plus. Posteriormente as amostras foram impermeabilizadas com
cianoacrilato, exceto o 1 mm apical e coradas com azul de metileno. Em seguida,
os dentes foram clivados e examinados em lupa estereoscópica avaliando-se o
grau de infiltração linear do corante. Os resultados foram analisados
estatisticamente pelo teste de Kruskal-Wallis (p << 0,005) e
mostraram uma menor infiltração do corante no grupo 3, significante quando
comparado com os demais grupos.
Podemos concluir que o cimento resinoso apresentou melhor capacidade
seladora e impermeabilizante da região apical.
A036
Avaliação de três substâncias químicas auxiliares na remoção
de hidróxido de cálcio dos canais radiculares.
CARDOSO, L.
N.*, TORRESI, E. C. B., PROKOPOWITSCH, I.
Departamento
de Dentística – FOUSP - SP.
Este trabalho teve como objetivo avaliar o EDTA-T, o líquido
de Dakin e a clorexidina líquida a 2% quanto à remoção do hidróxido de cálcio
do interior dos canais radiculares. Foram utilizadas 30 raízes padronizadas de
dentes bovinos (19 mm), que sofreram PQC acorde Paiva e Antoniazzi
(18 mm, lima final 90) e preenchimento com uma pasta de hidróxido de
cálcio. Após um período de 15 dias mantidas à seco, foram divididas em 3
grupos: G1- EDTA-T, G2- Dakin e G3- clorexidina. Em cada grupo, procedeu-se à
remoção da pasta até o CRT, utilizando-se uma lima K 25 e 20 ml da
substância química auxiliar; findo esse processo, mais 10 ml da mesma substância
auxiliar foram usados na irrigação do conduto. Os dentes foram secos,
impermeabilizados externamente com cianoacrilato de metila e imersos em uma
solução de azul de metileno a 0,5% por 12 horas. As raízes coradas e lavadas
foram inclusas em resina, sendo cortadas e observadas em microscópio óptico
acoplado a um microcomputador. Utilizando-se do programa Image Lab, pode-se
obter os valores referentes às áreas coradas. A análise e o tratamento
estatístico dos dados nos mostrou que no G1 (EDTA-T) ocorreu a melhor remoção
da medicação, não havendo diferenças estatisticamente significantes entre os
grupos 2 e 3.
Parece-nos lícito concluir que a ação quelante do EDTA-T foi fundamental
na obtenção de resultados significantemente melhores quando comparados com o
líquido de Dakin e a clorexidina líquida a 2%.
A037
Avaliação in vitro da permeabilidade dentinária na
presença ou não de cemento radicular variando-se a técnica de instrumentação.
ROTA, E. L.*, PROKOPOWITSCH, I.
Disciplina
de Endodontia – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7839.
E-mail: emersonrota@uol.com.br
Este estudo teve o objetivo de avaliar a influência da
remoção do cemento radicular na permeabilidade dentinária. Para tanto foram
utilizadas duas técnicas de instrumentação. Foram selecionados 12 dentes unirradiculares,
portadores de canal único. Foi confeccionada uma canaleta no sentido axial dos
dentes (na parede vestibular e lingual) para delimitar duas superfícies. Em uma
das superfícies, 0,5 mm da superfície radicular foi removida com auxílio de
brocas diamantadas tronco-cônicas. Já a outra superfície sofreu apenas a
remoção do cálculo visível, utilizando-se curetas periodontais. Feito isso, as
coroas foram removidas e procedeu-se o acesso ao conduto radicular e
posteriormente a odontometria. Os dentes, então, foram divididos em dois
grupos: Ga- preparo valendo-se de instrumentos manuais; Gb- preparo com
instrumentos rotatórios. Em ambos os grupos, foi utilizado como substância
química auxiliar creme de Endo PTC neutralizado com hipoclorito de sódio a 0,5%.
Ao final do preparo o dente sofreu irrigação e aspiração de 10 ml de
hipoclorito de sódio a 0,5% e de 10 ml de EDTA-T. O conduto radicular foi
preenchido com corante azul de metileno a 0,5% por 48 horas. Tanto a entrada do
conduto como o forame apical foram vedados com Cimpat e impermeabilizados com
cianocrilato de etila (Super Bonder). Os dentes foram incluídos em resina e
cortados no sentido transversal nos terços cervical, médio e apical.
O grupo no qual não foi removido o cemento apresentou maior penetração
do corante independentemente da técnica de instrumentação.
A038
Avaliação de duas metodologias e quantificação da extusão de
debris apicais.
DEONÍZIO, M
.D. A.*, GAVINI, G., PONTAROLO, R.
Departamento
de Endodontia – FOUSP. E-mail: maridoro@rla01.pucpr.br
O propósito deste estudo foi verificar, in vitro, as
metodologias: esponja de poliuretano e sistema de filtração Millipore com
filtros de 0,45 micrômetros para coletar material extruído, líquido e sólido,
além do forame apical, quando do preparo químico-cirúrgico de canais
radiculares. Foram utilizados doze incisivos inferiores do banco de dentes da
FOUSP. Foram mergulhados em timol a 0,1% e suas superfícies radiculares foram
alisadas. A cirurgia de acesso foi realizada de acordo com PAIVA; ANTONIAZZI
(1988). O dispositivo metálico, com o elemento dental fixado e com isolamento
absoluto; o sistema de filtração Millipore e a esponja de poliuretano foram
fixados à haste universal com garra dupla. Todos os espécimes foram
instrumentados de acordo com parte da técnica PAIVA; ANTONIAZZI (1988) com água
destilada como líquido irrigador, sendo 10ml o volume total de irrigante
utilizados para cada espécime. Para realização da coleta primária, a esponja de
2 x 2 x 2 cm permaneceu encostada ao forame e foi removida após
instrumentação. Após isto, os debris residuais aderidos à superfície radicular
foram removidos com 40 ml de água destilada e então coletados pelo sistema
de filtração Millipore (coleta secundária). Tanto as esponjas quanto os filtros
foram levados à estufa por 24 horas a 37ºC, retirados e levados à sala com 49%
de U.R. e a 20ºC dentro de um dessecador, resfriados por 5’, pesados e os
valores comparados entre a pesagem final e inicial. O método primário coletou
38,9% do material sólido extruído, enquanto que o método secundário coletou
61,1% desse material além do forame.
A039
Avaliação comparativa da permeabilidade dentinária após o
preparo do canal variando as substâncias químicas.
AMORIM, C.
V. G.*, LAGE-MARQUES, J. L.
Universidade
de São Paulo; Universidade Ibirapuera - São Paulo - Brasil.
E-mail: jmarques@fo.usp.br
O aumento da permeabilidade dentinária obtida durante o
preparo do sistema de canais radiculares é fator fundamental para a adequada
ação dos agentes químicos utilizados na terapia endodôntica. A proposta deste
estudo foi avaliar, in vitro, a penetração do corante rodamina B após o
preparo químico e cirúrgico de 27 incisivos com canal único. Esses especimes
foram distribuídos aleatoriamente em 3 três grupos experimentais: Grupo I-
hipoclorito de sódio 0,5% + creme Endo PTC, irrigação final: EDTA-T
(farmácia de manipulação: Oficinalis), Grupo II- hipoclorito de sódio
0,5% + Glyde File Prep (Dentsply), Grupo III- hipoclorito de sódio
0,5% + File-Eze (Ultradent). Os espécimes do Grupo controle (3) foram
preparados com água destilada. Após a irrigação-aspiração final e secagem, o
corante foi introduzido nos canais e removido imediatamente por aspiração e
secagem com cones de papel. Cada espécime recebeu 5 cortes transversais,
resultando em seis amostras (2 leituras/terço). As amostras foram
digitalizadas, e com o auxílio do software Image Lab, avaliou-se a penetração
do corante pela mensuração das áreas coradas (%). As médias de penetração (%)
do corante nas amostras foram analisadas e tratadas estatisticamente,
p << 0,05 (Kruskal-Wallis).
As
substâncias químicas auxiliares: hipoclorito de sódio + Endo-PTC,
hipoclorito de sódio + Glyde e hipoclorito de sódio + File-Eze
promoveram aumento de permeabilidade dentinária radicular de maneira
semelhante. O terço apical de todas as raízes experimentais apresentou-se menos
permeável que os terços médio e cervical.
A040
Análise histoquímica da invasão microbiana da lesão
periapical em pacientes imunocompetentes e imunodeprimidos pelo HIV.
OLIVEIRA, R.
B.*, ARAÚJO, V. C., LAGE-MARQUES, J. L.
Departamento de Dentística
– FOUSP.
E-mail: riborveira@hotmail.com
Este trabalho teve como objetivo verificar a importância do
sistema imunológico na possível prevenção da invasão por microrganismos nas
lesões periapicais de dentes extraídos de pacientes imunodeprimidos pelo vírus
HIV e imunocompetentes, que constituíram dois grupos. Foram selecionados cinco
exames anátomo-patológicos de cada grupo os quais mencionavam na descrição do
exame macroscópico lesão ou tecido apenso ao ápice radicular. Além disso, no
grupo imunodeprimido pelo vírus HIV selecionou-se os espécimes de pacientes com
nível de CD4 menor que 200 céls./mm3 de sangue. Os espécimes
selecionados foram submetidos aos procedimentos laboratoriais para análise
histoquímica pela técnica de coloração de Brown & Hopps.
A avaliação ocorreu em microscopia de luz quando detectou-se invasão das
lesões periapicais por microrganismos em todos os espécimes analisados
ressaltando que, a mesma foi mais facilmente perceptível em algumas lâminas dos
pacientes imunodeprimidos pelo vírus HIV, onde os microrganismos aparentavam
estar presentes em maior número.
A041
Avaliação da resistência a torção de limas de
níquel-titânio, variando-se conicidade e fixação da ponta.
SHIMABUKO,
D. M.*, AUN, C. E., GAVINI, G.
Disciplina
de Endodontia – UNICID; FOUSP. Tel.: (0**11) 9249-0805.
E-mail: ddmshi@aol.com
Procurando possibilitar uma adequada modelagem e sanificação
do canal radicular curvo, limas rotatórias de níquel-titânio têm sido
empregadas, principalmente devido a grande flexibilidade e baixo módulo de
elasticidade que esses instrumentos apresentam. Atuando em movimento rotacional
no interior do canal radicular, devem ser utilizados de forma controlada e
rítmica, evitando a sua fratura. Desse modo, a avaliação da resistência a
fratura desses instrumentos, por meio de ensaios de torção, permite a
determinação de qual intensidade de força podemos imprimir a lima, sem o risco
de acidentes. Em nosso estudo, comparamos limas Quantec com duas conicidades
distintas: 0.04 e 0.06, variando-se o sistema de fixação da ponta.
Comparando-se as duas conicidades, a resistência a torção das limas Quantec
nº 6 foram estatisticamente menores em relação as limas Quantec nº 8,
independentemente do sistema de fixação da ponta. Houve diferença
estatisticamente significante entre os testes rígido e elástico,
independentemente da conicidade do instrumento.
Instrumentos rotatórios de maior conicidade, tendem a apresentar maior
resistência a torção, quando comparados aos de menor, considerando-se mesmo
comprimento de parte ativa e diâmetro inicial.
A042
Avaliação morfológica de 5 marcas de limas endodônticas do
tipo K existentes no mercado.
MARTINELLI,
R. S.*, NEIVA, V. L., HOAMAOKA, L., MOURA, A. A. M.
FOUSP.
Cinco marcas de limas endodônticas vendidas como tipo K
foram avaliadas com relação à sua morfologia. As marcas escolhidas foram
aquelas que são mais comumente encontradas no mercado brasileiro e mundial, são
elas: lima K-file colorinox, fabricada pela Maillefer Instruments,
Ballaigues - Suíça; lima Mor-Flex K-type files, fabricada pela Moyco Union
Broach, York PA; lima K-file, fabricada pela Dyna Endodontic instruments,
Bourges - França; lima K-file, fabricada pela Many, Japão e lima K-file da
marca Kerr Sybron - México. Foram analisadas 10 limas de cada marca acima
relacionada, totalizando 50 limas que foram divididas em 5 grupos distintos.
Analisamos primeiramente o comprimento do instrumento, tamanho da parte ativa e
distância entre os passos utilizando-se para tanto um microscópio óptico
ajustado para uma magnificação de 40 vezes, sendo todas as medidas expressas em
milímetros e os dados foram anotados em uma tabela separando-se cada grupo. Num
passo subseqüente, preparamos as limas para microscopia eletrônica de varredura
onde foi analisada a anatomia da ponta, a secção transversal e a qualidade das
arestas cortantes, sendo os dados anotados em tabelas específicas.
Os resultados mostraram diferenças entre as marcas observadas neste
experimento, alertando assim os endodontistas que fazem uso deste tipo de lima.
A043
Perfil do paciente traumatizado – levantamento do centro de
trauma – FOUSP.
SHIMIZU, M.
H.*, PUGGINA, C., PROKOPOWITSCH, I., AZEVEDO, C.
Disciplina
de Endodontia – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7477.
A Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo
possui um centro de atendimento (CADE - Trauma Dental) para as vítimas de
traumatismos dentais. O atendimento é realizado diariamente e atua principalmente
nos traumas que envolvem os tecidos duros e de sustentação dos dentes. O
objetivo deste trabalho é obter o perfil do paciente traumatizado. Através da
ficha de anamnese de 387 pacientes foram observados sexo, idade, dentes
envolvidos no trauma, tempo decorrido do trauma até o 1º atendimento no CADE - Trauma Dental, etiologia, tipos de
trauma, dentes avulsionados, freqüência de avulsão versus idade, tempo
decorrido da avulsão versus 1º atendimento no CADE - Trauma Dental e
etiologia da avulsão. Todos os resultados foram analisados estatisticamente
através do teste de qui-quadrado.
Podemos concluir que o perfil do paciente que sofreu traumatismo dental
é do sexo masculino, 65,9%, com idade na faixa dos 9 aos 11 anos, com forte
incidência no dente 11 (32%) ou no 21 (33,6%). A causa mais provável é a queda,
acidental ou de bicicleta. A avulsão dos elementos dentais é o tipo de lesão
mais freqüente quando ocorre envolvimento dos tecidos de sustentação e a
fratura coronária ao envolver os tecidos duros dos dentes. O maior problema
está no tempo decorrido do trauma até a primeira consulta no centro de trauma.
O atendimento imediato favorece o prognóstico do tratamento e corresponde
apenas a 5,8% dos pacientes e somente 31,5% comparecem na primeira semana.
A044
Infiltração apical da obturação de canais radiculares de
secção elíptica.
FERREIRA,
R.*, SANTOS, M., DOTTO, S. R.
Universidade
de Santa Cruz do Sul - RS.
Objetivos: o propósito deste estudo foi avaliar, in vitro,
a capacidade de vedamento apical da obturação dos canais radiculares com secção
transversal elíptica, utilizando diferentes técnicas de condensação. Métodos e
resultados: no estudo foram utilizados trinta segundos pré-molares superiores,
obturados com a técnica de condensação vertical, variando o uso de
condensadores circulares e elípticos, e a técnica de condensação lateral. Após
imersão no corante azul de metileno por 48 horas, os dentes foram diafanizados
e a infiltração linear máxima foi medida.
Conclusão: avaliados pelo teste de Kruskal-Wallis, a variação das
técnicas e dos condensadores não mostrou diferença significativa quanto ao
vedamento marginal apical da obturação, embora o grupo onde a condensação
vertical foi realizada com o condensador elíptico tenha demonstrado o menor índice
de infiltração.
A045
Avaliação in vitro da influência da instrumentação
manual e rotatória na permeabilidade dentinária radicular.
PANZANI,
C.*, SANTOS, M., BOMBANA, C., SIQUEIRA, E. L.
Disciplina
de Endodontia – FOUSP. Tel.: (0**13) 3288-4298.
A possível influência das instrumentações manual e rotatória
na permeabilidade dentinária, foi avaliada com o auxílio do corante azul de
metileno. Vinte pré-molares inferiores tiveram as suas coroas removidas, e
foram divididos em quatro grupos. Primeiro grupo, oito espécimes, foram
instrumentados manualmente com a técnica cérvico-apical com limas tipo K
Flexofile. Segundo grupo, oito espécimes, foram preparados com instrumentos
ProFile .04. A substância química utilizada para os dois grupos foi o
hipoclorito de sódio a 0,5%, que era renovada cada vez que mudava o
instrumento. Grupo controle positivo onde dois espécimes foram apenas irrigados
com hipoclorito de sódio a 0,5%. Controle negativo, dois espécimes, que não
foram submetidos a nenhum tipo de instrumentação ou irrigação. Todos os dentes
foram impermeabilizados na sua porção externa com cianoacrilato de etila e,
imersos em azul de metileno a 0,5%, pH 7,2 e levados à estufa a 37ºC em umidade
relativa 100% por 24 horas. Foram então removidos da solução e lavados em água
corrente. Confeccionou-se sulcos longitudinais e com o auxílio de um clivador,
as raízes foram separadas. Para a análise dos espécimes, foi utilizada uma
placa de polietileno, quadriculada milimetricamente, e com o auxílio de uma
lupa, foi quantificada a área total das hemi-secções e a região em que foram
coradas.
As duas formas de preparo do canal radicular estudadas neste trabalho,
não apresentaram diferença estatisticamente significante quanto ao aumento de
permeabilidade dentinária.
A046
Avaliação in vitro da microinfiltração coronária em
canais radiculares obturados após irrigação com clorexidina gel.
GOMES, N.
V.*, FERRAZ, C. C. R., GOMES, B. P. F. A., TEIXEIRA, F. B., SOUZA-FILHO, F. J.
Disciplina
de Endodontia – FOP – UNICAMP.
A irrigação tem importante função no preparo
químico-mecânico do sistema de canais radiculares. A “smear layer” sobre as
paredes do canal radicular atua como barreira física, interferindo no selamento
dos cimentos obturadores. Com a remoção da “smear layer” ocorre penetração do
cimento obturador no interior dos túbulos dentinários, aumentando a interface
entre a obturação e a parede dentinária, melhorando a capacidade seladora da
obturação. O objetivo deste estudo foi avaliar a microinfiltração coronária
após o uso de diferentes tipos de irrigantes endodônticos. Cinqüenta dentes
monorradiculares humanos foram instrumentados pela técnica híbrida e obturados
pela técnica da condensação lateral, sendo cada grupo (n = 10)
irrigado com uma das seguintes soluções: G1- NaOCl 1%, G2- NaOCl 1% + EDTA
17%, G3- gel de clorexidina 2%, G4- gel de clorexidina 2% + NaOCl 1%, G5-
água destilada. Após obturação os dentes foram armazenados por 10 dias a 37ºC
para completa presa do cimento obturador, imersos por 10 dias em saliva humana
a 37ºC, seguido por mais 10 dias em tinta nanquim. Os dentes foram
diafanizados, e a microinfiltração coronária medida em milímetros.
No grupo G2 obteve-se a menor infiltração (2,62 mm), no entanto,
sem diferença estatisticamente significante (p << 0,05) ao grupo
G3 (2,78 mm). Os grupos G1 (3,51 mm), G5 (6,10 mm), e G4
(9,36 mm) tiveram as médias de infiltração coronária progressivamente
maior, diferindo estatisticamente dos grupos G2 e G3, e entre si
(p >> 0,05).
A047
Estudo bacteriológico de canais radiculares associados a
abscessos periapicais.
SOUSA, E. L.
R.*, FERRAZ, C. C. R., PINHEIRO, E. T., GOMES, B. P. F. A., TEIXEIRA, F. B.,
SOUZA-FILHO, F. J.
Endodontia –
FOP – UNICAMP.
O objetivo do presente estudo foi identificar microrganismos
presentes em canais radiculares associados a abscessos periapicais, suas
possíveis correlações com as fases dos abscessos, além de avaliar a
sensibilidade microbiana. Coletou-se amostras microbiológicas de 30 canais
radiculares usando pontas de papel estéreis, transportadas em VMGA, diluídas,
plaqueadas e incubadas na câmara de anaerobiose. As colônias microbianas foram
purificadas, caracterizadas e identificadas. Cento e dezessete bactérias foram
encontradas, sendo 75 (64,1%) anaeróbias estritas. As bactérias anaeróbias mais
freqüentemente isoladas foram: P. prevotii (43,3%), P. micros (30%),
F. necrophorum (23,3%). Embora menos freqüentes, bactérias facultativas
como G. morbillorum (30%) e S. mitis (20%) também foram
encontradas. As espécies mais prevalentes P. prevotii e F.
necrophorum foram testadas quanto à suscetibilidade antimicrobiana através
do método do “E-test”, utilizando os seguintes antibióticos: benzilpenicilina,
amoxicilina, amoxicilina + ácido clavulânico, metronidazol e clindamicina.
P. prevotii e F. necrophorum apresentaram-se sensíveis a todos os
antibióticos testados.
Apesar da
ausência de significância estatística, nossos resultados indicaram
predominância de bactérias anaeróbias gram-positivas e a presença de microbiota
mista nos canais radiculares infectados associados a abscessos periapicais. Os
testes de suscetibilidade antimicrobiana revelaram que as espécies P. prevotii
e F. necrophorum apresentaram-se sensíveis a todos os antibióticos
testados. (FAPESP - 1999/08504-9.)
A048
Detecção de microrganismos superinfectantes em pacientes
portadores de infecção endodôntica de caráter primário.
FERRARI, P.
H. P.*, CAI, S., BOMBANA, A. C.
Departamento
de Dentística, Disciplina de Endodontia – FOUSP.
Tel.: (0**11) 3091-7839. E-mail: pferrari@fo.usp.br
O objetivo do estudo foi detectar a presença de espécies de
enterococos, leveduras e enterobactérias em 25 pacientes portadores de polpa
necrótica e lesão periapical com câmara pulpar fechada. As amostras foram
colhidas com cones de papel esterilizados, em vários momentos: 1ªcoleta-
superfície dental; 2ª- imediatamente após acessar o canal radicular; 3ª- após
preparo químico-cirúrgico; 4ª- após 7 dias sem medicação intracanal e a 5ª
coleta- 7 dias após a inserção da medicação. Os cones foram transferidos para o
meio VMGAIII. As amostras foram semeadas na superfície de meios sólidos
seletivos e não-seletivos. A identificação foi baseada no perfil bioquímico
apresentado pelas amostras em testes específicos. Em 92% dos casos
microrganismos puderam ser isolados do interior dos canais quando da 2ª coleta,
sendo 16% enterococos, 4% enterobactérias e 4% leveduras. Após o preparo
químico-cirúrgico, os oportunistas pesquisados não foram isolados. Após 7 dias
sem medicação intracanal, 100% dos canais abrigavam microrganismos, sendo 48%
enterococos, 12% enterobactérias e 12% leveduras. Porém, quando empregamos a
medicação intracanal PRP por 7 dias, enterobactérias e leveduras não foram mais
isoladas enquanto os enterococos foram identificados em 3 casos.
Concluímos
que os microrganismos superinfectantes pesquisados foram pouco freqüentes nos
casos de infecção endodôntica primária e que os enterococos, especialmente E. faecalis
e E. faecium, mostraram-se resistentes mesmo após o preparo do canal
seguido do uso da medicação PRP. (FAPESP – 99/07323-0.)
A049
Avaliação marginal apical de três técnicas de preparo do
canal radicular.
ANDRADE, W.
B.*1, HADDAD FILHO, M. S.1, NEIVA, V. L. M.1,
CALDEIRA, C. L.1,
MEDEIROS, J. M. F.2
1FOUSP; 2USF.
E-mail: drweber@ig.com.br
O propósito dessa pesquisa foi cotejar a influência do
emprego de três técnicas de preparo do canal radicular na infiltração apical.
Utilizou-se 60 raízes mésio-vestibulares de molares humanos extraídos, que
foram divididas em três grupos: Grupo A- os canais foram instrumentados
com a técnica escalonada; Grupo B- valeu-se da técnica cérvico- apical;
Grupo C- empregou-se aparelho mecânico rotatório para preparo do canal
radicular. Os canais radiculares foram obturados pela técnica de cones múltiplos
com condensação lateral, empregando-se o cimento N-Rickert como material
obturador. A seguir, impermeabilizou-se a superfície externa das amostras com 3
camadas de esmalte de unhas, deixando-se visível 1 mm do terço radicular
apical. As raízes foram então imersas em corante azul de metileno a 0,5% (pH
7,2) durante 72 horas a 37ºC em ambiente de umidade relativa 100%. As amostras
foram depois incluídas em gesso-pedra e a seguir, desgastadas. Com auxílio de
microscópio comparador tomaram-se as medidas de penetração do corante azul de
metileno. Os resultados obtidos mostram valores médios de infiltração:
G.A = 2,26 mm; G.B = 1,86 mm; G.C = 1,46 mm.
Concluiu-se então que o Grupo C mostrou desempenho superior, com média
de infiltração menor que os Grupos A e B; essa diferença porém, não foi
estatisticamente significante.
A050
Análise das características superficiais de instrumentos
ProFile através de microscopia eletrônica de varredura.
MARTINS, R.
C.*, BAHIA, M. G. A., BUONO, V. T. L.
Departamento
de Odontologia Restauradora, Departamento de Engenharia Metalúrgica de
Materiais – FO/EE – UFMG. E-mail: r.c.martins@uol.com.br
Os procedimentos de usinagem e acabamento a que são
submetidos os instrumentos de níquel-titânio resultam em superfícies
irregulares, com imperfeições e impurezas. Um total de 15 instrumentos de Ni-Ti
acionados a motor, ProFile, calibres nº 20/.04, nº 25/.04,
nº 20/.06, cinco instrumentos de cada, foram analisados através de
microscopia eletrônica de varredura e espectroscopia de energia dispersiva de
raios X, com o intuito de observar as características superficiais de
instrumentos novos, antes e após dois métodos de esterilização. Foram
encontrados muitos fragmentos, rebarbas e raspas de metal, além de irregularidades
e variações na geometria de instrumentos dentro de um mesmo calibre. Uma grande
quantidade de material depositado nas pontas e ao longo das hastes cortantes
dos instrumentos foi detectada, sendo que este padrão não se modificou após um
ciclo de esterilização em autoclave ou estufa. O material de depósito,
constituído basicamente de carbono, enxofre e oxigênio, mostrou-se muito
retentivo, não sendo eliminado pelos procedimentos de limpeza e esterilização
utilizados comumente.
De acordo com as observações deste estudo, sugere-se que a presença
deste material de depósito juntamente com as imperfeições encontradas na
superfície dos instrumentos de Ni-Ti, podem propiciar um maior acúmulo de
resíduos resultantes da formatação do sistema de canais radiculares e, ao mesmo
tempo, dificultar uma adequada limpeza e desinfecção das limas, levando à
quebra da cadeia asséptica imprescindível para a manutenção da biossegurança
durante a terapia endodôntica.
A051
A infiltração marginal no canal radicular após procedimentos
de clareamento interno.
NEIVA, V.*,
MARTINELLI, R., HAMAOKA, L., MOURA, A.
Departamento
de Dentística, Disciplina de Endodontia – Universidade de São Paulo.
E-mail: veralmn@fo.usp.br
A finalidade desse trabalho foi avaliar os efeitos de duas
pastas utilizadas no clareamento ambulante (“walking bleaching”): perborato de
sódio associado ao peróxido de hidrogênio e o uso de perborato de sódio
misturado à água destilada sobre duas barreiras cervicais utilizadas após a
obturação dos canais radiculares. Os materiais utilizados nas barreiras foram o
cimento de ionômero de vidro (tipo II – Shofu) e o cimento provisório
Citodur, colocadas em momentos diferentes: na mesma sessão de início dos
procedimentos de clareamento ou colocadas numa sessão, aguardado o devido período
de presa das mesmas e início do clareamento em outra sessão. Quarenta e quatro
incisivos centrais superiores foram selecionados, estabelecidos os CRTs e
tratados acorde técnica Paiva & Antoniazzi. Todos os espécimes foram
obturados com cimento N-Rickert e condensação lateral. Foram então divididos em
8 grupos e 4 espécimes foram usados para controles positivo e negativo. Após os
procedimentos de clareamento, os dentes foram impermeabilizados com
cianocrilato de etila e imersos em corante Rodamina B 1% por 48 horas a 37oC.
Após esse período, foram incluídos em resina e seccionados longitudinalmente,
no sentido vestíbulo-palatino. Com auxílio de uma lupa esteroscópica com 15
aumentos, foi feita a mensuração da média de infiltração de corante de cada espécime.
Pode-se
concluir que os grupos que esperaram o devido período de presa do material
utilizado nas barreiras tiveram um resultado melhor que os grupos que iniciaram
o clareamento na mesma sessão que inseriram as suas barreiras. Percebeu-se
também menor infiltração nos grupos que não utilizaram o peróxido de hidrogênio
como material clareador.
A052
Ação do Carisolv® na permeabilidade da dentina
radicular, quando utilizado após o preparo químico-cirúrgico do canal.
POLO, I.*,
LAGE-MARQUES, J. L., SHIMABUKO, D. M.
Departamento
de Dentística, Disciplina de Endodontia – FOUSP.
Tel.: (0**11) 3091-7839.
Avaliou-se a influência Carisolv® na penetração
do corante Rodamina B a 1% na dentina radicular. Trinta dentes humanos
unirradiculares tiveram os canais preparados pela técnica seriada com
instrumentos endodônticos, Endo PTC e Dakin. Após, constituíram-se três
grupos com dez espécimes. No grupo I os canais receberam irrigação final
com soro fisiológico, no grupo II com EDTA-T e no grupo III com o gel
Carisolv®. Após secagem do canal com cones de papel, eles foram
preenchidos com solução Rodamina e mantidos em estufa a 37ºC, durante 30
minutos. Em seguida, os canais foram esvaziados, secados com cones de papel e
mantidos em estufa a 50ºC, durante 15 minutos. Após secagem do corante,
cortou-se transversalmente o dente no limite amelocementário. Na raiz, após
novos cortes, obteve-se seis fragmentos (anéis) de espessura iguais, sendo dois
apicais, dois médios e dois cervicais. A área da superfície cervical e da infiltração
do corante, em cada anel, foi mensurada, em pixels. Após, obteve-se a média
porcentual da infiltração de cada terço radicular. Para tal, a imagens das
superfícies foram digitalizadas com auxílio do “scanner” e arquivada em
computador, onde se utilizou o programa Image Lab 2.3 para a leitura. O
porcentual médio da infiltração do corante na dentina radicular no G I foi
27,41, no G II foi 66,80 e no G III foi 51,49.
Foi possível concluir que a irrigação final, após preparo
químico-cirúrgico, pela utilização do gel Carisolv® e do EDTA-T, aumenta a
permeabilidade dentinária nos três terços radiculares enquanto que o terço
apical foi o menos permeável.
A053
Estudo comparativo de quatro sistemas de instrumentação
rotatória.
CAMPOS, C. A
.*, CAMPOS, C. N.
Departamento
de Clínica Odontológica, Disciplina de Endodontia – FO – UFJF.
Tel.: (0**32) 3229-3864. E-mail: cauber@terra.com.br
O objetivo do presente estudo foi comparar a eficiência de
quatro sistemas rotatórios de instrumentação de canais radiculares quanto à
capacidade de efetuar a dilatação sem provocar desvios ou deformações
anatômicas, mantendo o eixo de curvatura original do canal. Oitenta raízes
mésio-vestibulares com curvatura em torno de 30º, de molares superiores,
divididos em quatro grupos de 20 dentes cada, tiveram os canais instrumentados
pelos sistemas: ProFile® .04 e .06, Quantec® LX, ProFile
series 29® e Pow-R®. Após instrumentação biomecânica, os
canais foram preenchidos com Telebrix® 38 e delineados através de
projeções das radiografias pré- e pós-preparo. Os canais foram medidos em oito
níveis e avaliados através de um método matemático que dispensa a presença de
observadores.
Os resultados mostraram preparos com boa conicidade, bem centrados, com
baixo índice de transporte, sem rasgo, perfuração ou “zip” apical que pudessem
comprometer a instrumentação. Estatisticamente, quanto à qualidade do preparo,
não foi encontrada diferença significante entre os grupos
(p >> 0,05). Quanto à manutenção do eixo do canal, o sistema
Pow-R® apresentou índices de transporte mais elevados, com diferença
significante em relação ao ProFile .04 e .06 (p << 0,05).
A054
Ação do EDTA 17% na remoção da “smear layer” endodôntica.
FARIA, R.
A., CÔRTES, M. I. S., BASTOS, J. V.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FO – UFMG. E-mail: galaco@gold.com.br
O método quantitativo de avaliação da remoção da “smear
layer” foi desenvolvido para caracterização morfológica (MEV) da superfície
dentinária, utilizando 8 pré-molares extraídos, instrumentados com limas Pow-R
e submetidos a diferentes técnicas de irrigação final com EDTA 17% e NaOCl
2,5%. Dois dentes foram utilizados para controle, negativo antes da
instrumentação e, positivo, após a formação da “smear layer”. Foram obtidas 5
fotomicrografias (2.000 X) da região apical de cada canal para definição
dos critérios de caracterização de túbulos íntegros e áreas danificadas. Após
análise da aplicabilidade do método (FARIA et al., SBPqO, 2000, resumo
178), sua validação foi realizada comparando-se as leituras de 3 examinadores
em 4 fotomicrografias selecionadas aleatoriamente. Em seguida, o método foi
utilizado com o objetivo de comparar 3 volumes de EDTA 17%. A amostra foi
composta de 9 dentes, sendo 3 por grupo (G1 = área volumétrica do
canal; G2 = 1,5 ml; G3 = 3,0 ml). Para cada grupo
foram utilizadas 15 fotomicrografias divididas em 180 campos. Após análise pelo
teste de Kruskal-W allis, observou-se diferença estatisticamente significativa
entre os grupos quanto ao número de túbulos íntegros (p = 0,003) e de
áreas danificadas (p << 0,001). Os resultados para túbulos
íntegros foram (média/DP), G1 (0,69/09), G2 (0,39/0,8) e G3 (0,50/0,8);e em
relação ao número de áreas danificadas, G1 (0,04/0,2), G2 (0,14/0,4) e G3
(0,23/0,5).
Estes resultados demonstraram que no G1, foram identificados maior
número de túbulos íntegros e menor número de áreas danificadas. (Apoio
financeiro: CAPES.)
A055
Comparação entre técnica de McSpadden modificada e técnica
de condensação lateral.
CAMõES, I. C. G.*, FREITAS, L. F., Chevitarese, O., Gomes, C. c.,
Sales, C. L.
Departamento
de Odontoclínica – UFF. Tel.: (0**21) 274-5228.
E-mail: icamoes@matrix.com.br
O objetivo do presente estudo foi avaliar a qualidade de
duas técnicas de obturação do sistema de canais radiculares através da
visualização ao microscópio eletrônico da penetração do cimento e/ou
guta-percha nos túbulos dentinários. Dez caninos extraídos foram
biomecanicamente preparados, usando Edta
para remover o “smear layer” e divididos em dois grupos de cinco
amostras. Todos os canais radiculares foram preenchidos com cimento Endo-Fill e
cones de guta-percha, sendo que o Grupo 1 teve os condutos obturados pela
técnica de condensação lateral e o Grupo 2 pela técnica de McSpadden
modificada. As raízes foram cortadas em terços e apenas os terços médios foram
aproveitados sendo “splitados” de forma a obter-se um total de 20 amostras,
observadas ao microscópio eletrônico de varredura (MEV), com finalidade de se
observar o grau de penetração do material obturador nos túbulos dentinários. Os
corpos-de-prova foram visualizados com aumentos de 500, 1.200, 1.500 e 2.000
vezes, avaliando-se o preenchimento dos túbulos dentinários.
Após análise das fotografias (MEV) por 7 observadores concluiu-se que o
Grupo 2 mostrou presença de material obturador em seus túbulos dentinários
significativamente maior que o Grupo 1, deixando explícita a superioridade
da técnica de McSpadden modificada no que concerne ao selamento do material
obturador.
A056
Difusão de substâncias provenientes de associações com
Ca(OH)2: estudo cromatográfico (HPLC).
CAMÕES, I.
C. G., SALLESM, R., CHEVITARESE, O., GOMES, G. C.
Departamento
de Odontoclínica – UFF. Tel.: (0**21) 274-5228.
Esta pesquisa teve por propósito avaliar, por meio de
cromatografia líquida de alta performance (High Performance Liquid
Chromatography – HPLC), alíquotas de meios aquosos em que estiveram
imersos 25 pré-molares humanos mantidos, um a um, em frascos de 800 ml de
água deionizada ultrapura durante 1.687 horas após o preenchimento dos condutos
com associações entre Ca(OH)2 e diversos veículos. Os dentes foram
divididos em grupos de 5, sendo que cada um teve seus condutos preenchidos
individualmente por pasta de Ca(OH)2 associado a um veículo
respectivo; Grupo 1 - polietilenoglicol e colofônia (Calen); Grupo
2 - glicerina e paramonoclorofenol canforado (PMCC); Grupo 3 - PMCC;
Grupo 4 - glicerina, tricresol e formalina; e Grupo 5 - solução
anestésica (prilocaína). Ao término deste período foram feitas análises
cromatográficas dos meios aquosos relativos a cada grupo com o objetivo de
detectar substâncias que além do cálcio e da hidroxila, tenham se difundido a
partir das pastas e que sejam detectáveis por meio de HPLC.
Após a análise dos cromatogramas, pode-se concluir que além
do Ca2+ e do íon OH– uma considerável quantidade de
substâncias foram capazes de atingir o meio externo, sendo detectadas no meio
aquoso, particularmente no Grupo 4.
A057
Verificação do teor de cloro ativo em soluções comerciais de
hipoclorito de sódio.
SAYÃO MAIA,
S. M., VARGAS, C. M., PÉCORA, J. D.
Departamento
de Odontologia Restauradora – Faculdade de Odontologia de Pernambuco –
Universidade de Pernambuco. Tel.: (0**81) 3458-1088,
fax: (0**81) 3458-1476. E-mail: ssayao@uol.com.br
A pesquisa objetivou avaliar o real teor de cloro em
soluções de hipoclorito comercializadas nas casas de materiais dentários. O
teor de cloro ativo presente em 14 soluções de hipoclorito de sódio – 7
líquidos de Dakin; 5 soluções de Milton e 2 sodas cloradas – foi
verificado através da titulometria. Dentre as soluções, 11 foram adquiridas no
comércio e 3 preparadas no laboratório da FORP - USP.Os valores encontrados
foram comparados àqueles descritos pelos fabricantes nos rótulos das embalagens
e a intervalos de valores considerados ideais pela literatura consultada. Das
amostras testadas, 6 apresentavam teor de cloro abaixo do declarado (4 líquidos
de Dakin, 1 solução de Milton e 1 soda clorada). As três soluções preparadas
serviram como parâmetro. O tempo de validade declarado no rótulo da maioria das
soluções foi de 12 meses, sendo predominante a embalagem plástica em cor
branca. A literatura recomenda 3 meses como o tempo máximo de validade e
embalagem escura, preferentemente vidro de cor âmbar.
Os resultados encontrados permitem concluir que faltou efetivo controle
na qualidade das soluções analisadas o que pode comprometer a ação das
referidas substâncias durante o preparo químico-mecânico dos sistemas de canais
radiculares.
A058
Análise das alterações morfológicas de canais radiculares
irradiados com laser de Er:YAG com ponteira cilíndrica e cônica.
ARAKI, A.
T.*, LAGE-MARQUES, J. L., OKAGAMI, Y., KATAOKA, K., OISHI, J.
Morita Co.;
Endodontia – FOUSP - SP. E-mail: jmarques@fo.usp.br
Usualmente preconiza-se a ponteira cilíndrica (PCI) na ação
intracanal com movimentos circulares, no entanto a nova ponteira cônica (PCO)
tem como objetivo distribuir maior quantidade de irradiação na superfície
dentinária do canal radicular proporcionando o controle do extravasamento
apical do laser. Assim a proposta deste estudo in vitro foi analisar as
alterações morfológicas provocadas pelo laser de Er:YAG com PCI e a PCO em
canais radiculares. Foi realizado o tratamento endodôntico acorde técnica
tradicional nos espécimes selecionados (12). Os parâmetros utilizados para o
Grupo 1 (6) foram 47 mJ (“output”), 10 Hz, 2 mm/s,
15 ml de água/espécime, PCI de 2 anéis (Kavo), sendo que estes foram
subdivididos em: 1A (3) movimentos circulares ápico-cervical (AC) (2 X) e
cérvico-apical (CA) (2 X) e 1B (3) com movimentos longitudinais
(4 X). No Grupo 2 (6) empregou-se a PCO (Morita) com movimentos
longitudinais (AC) e irrigação com 0,5 ml de água/min., estes foram
subdivididos em: 2A (3) utilizando ponteira com 300 mm, 10 mJ (“output”),
10 pps, 0,5 mm/s e 2B (3) ponteira com 400 mm, 30 mJ
(“output”), 10 pps, 1 mm/s. Após a irradiação os espécimes foram
preparados para análise em MEV. Nas imagens obtidas foram observadas
microfraturas, fusão e áreas não irradiadas no Grupo 1 e nas amostras do Grupo
2, verificou-se a ação do laser em todo o canal, sendo que o Grupo 2A
apresentou fusão e microfraturas.
O modelo experimental possibilitou concluir que a PCO com 10 mJ
empregada nos espécimes do Grupo 2B produziu resultados mais efetivos, por agir
ao longo de todo o canal mantendo a característica saudável da dentina.
A059
Avaliação do tecido conjuntivo de rato frente a implantes de
MTA, Apexit e hidróxido de cálcio.
TAMBARA, K.
R.*, MOTTA, A. G., REBOUÇAS, A. A. P., CARVALHO, M. C. A.
Departamento
de Odontoclínica – UFF - Niterói. Tel.: (0**21) 719-1055.
Através deste trabalho pretendemos avaliar as alterações do
tecido conjuntivo de ratos frente a implantes de tubos contendo: MTA, Apexit e
hidróxido de cálcio, para determinar a biocompatibilidade. Foram utilizados 30
ratos machos da linhagem Wistar, pesando entre 150 e 200 g, sendo
distribuídos em 3 grupos experimentais de 7, 14 e 30 dias. Selou-se uma das
extremidades dos tubos com parafina, sendo a outra selada pela substância teste
ou ficando vazia. Utilizamos anestésico geral tiopental intraperitonealmente,
tricotomizou-se a região dorsal, e foi feita uma desinfecção com povidine e
incisamos. Cada animal recebeu 4 implantes, sendo 3 tubos contendo os materiais
e um tubo vazio (controle). Após transcorridos os períodos experimentais os
grupos foram sacrificados com overdose de tiopental e os tubos removidos com
tecido conjuntivo circunjacente e imersos em formol. Processou-se
histologicamente as peças realizando as colorações de H. E. e Von Kossa.
Cada peça foi analisada e classificada quanto ao grau de irritação. Utilizamos
o teste das medianas, adotando-se a prova de Fisher com significância de 5%.
Conclusões: 1) com 7 e 14 dias o melhor material foi o MTA seguido do
Apexit e por último o Ca(OH)2; 2) com 30 dias todos os materiais
apresentaram-se bem tolerados, caracterizado pela presença de fibroblastos e
fibras colágenas. (Este trabalho foi financiado pela FAPERJ através de bolsa de
iniciação científica.)
A060
Avaliação de obturação endodôntica pelo processamento
digital de imagens.
MARTINS, P.
N.*, DE DEUS, G., GURGEL, E., PACIORNIK, S., COUTINHO FILHO, T.
Departamento
de Procedimentos Clínicos Integrados – FO – UERJ.
Tel.: (0**21) 587-6373.
O presente estudo foi realizado para comparar e avaliar
qualitativamente obturações endodônticas utilizando três técnicas diferentes
(G1 = condensação lateral, G2 = compressão hidráulica e G3 =
sistema Thermafil). O acesso, a instrumentação e o preparo químico obedeceram
uma seqüência clínica padronizada. Foram utilizados blocos de resina
padronizados simulando canais curvos com abertura apical e comprimento médio de
16 mm. Em cada grupo, utilizou-se 3 blocos de resina e em cada bloco foram
feitos 3 cortes transversais paralelos em Isomet (Mitutoyo) de 2 mm de
espessura apenas nos 6 mm apicais. Os cortes foram avaliados em
microscópio óptico com aumento de 100 X e as imagens digitalizadas para
visualização e processamento utilizando o programa KS 400 (Zeiss). A
extração de atributos de cada imagem foi realizada através de operações
algébricas, binarização e segmentação. As frações de guta-percha e cimento
ocupadas foram segmentadas por cores, para posterior mensuração digital. As
amostras foram tratadas estatisticamente pelo teste paramétrico ANOVA, que
determinou diferenças estatisticamente significantes entre os grupos
(p << 0,01). Utilizando o teste de Bonferroni verificou-se que
os melhores resultados foram observados no G3, seguido por G2, e por último o
G1 (p << 0,05).
De acordo com a metodologia e os resultados desse trabalho, podemos
concluir que o sistema Thermafil promoveu um melhor selamento apical que as
outras duas técnicas estudadas.
A061
Atividade antimicrobiana de diferentes concentrações de
NaOCl e clorexidina.
SASSONE,
L.*, FIDEL, R., FIDEL, S., VIEIRA, M., HIRATA Jr., R.
Departamento
de Procedimentos Clínicos Integrados – FO – UERJ.
E-mail: lsassone@montreal.com.br
O objetivo do presente trabalho foi avaliar, in vitro,
a atividade antimicrobiana das soluções de clorexidina a 0,12%, 0,5% e 1% e
hipoclorito de sódio a 1% e 5% na presença ou não de carga orgânica (BSA),
através da metodologia de teste por contato. Para tal, foram utilizadas cepas
ATCC de microrganismos anaeróbios facultativos (Staphylococcus aureus, Enterococcus
faecalis e Escherichia coli) e anaeróbios estritos (Porphyromonas
gingivalis e Fusobacterium nucleatum). Cada solução foi avaliada
após 4 diferentes tempos de contato (t0- imediato, t5- 5
minutos, t15- 15 minutos e t30– 30 minutos) e foram realizadas
10 repetições para cada grupo. Em metade dos experimentos, adicionou-se
albumina sérica bovina (BSA) a 0,5%. Os resultados demonstraram que a solução
de clorexidina a 0,12% não foi capaz de eliminar o E. faecalis em
nenhum dos tempos testados independente da adição de BSA. A clorexidina a 1%
foi capaz de eliminar todos os microrganismos independentemente do tempo e da
adição de BSA assim como ambas concentrações de hipoclorito de sódio.
Através dos resultados obtidos parece-nos lícito concluir que para
melhor eliminação microbiana seria necessária uma solução de clorexidina de
concentração superior a 0,12%, que a adição de carga orgânica não apresentou
diferença expressiva sobre a atividade antimicrobiana das soluções testadas.
A062
Estudo comparativo do escoamento da guta-percha através da
termoplastificação.
ALVARES, G.
R.*, MOREIRA, E. J. L., FIDEL, S. R., FIDEL, R. A. S., RICHA, S.
Departamento
de Odontologia – UNIGRANRIO. Tel.: (0**21) 672-7777.
O objetivo do estudo foi avaliar o grau de escoamento de
cinco diferentes marcas de cones de guta-percha através da termoplatificação
com o System “B”. As amostras foram divididas em cinco grupos com seis
espécimes cada. Os espécimes possuiam 1 mm de comprimento por 1 mm de
diâmetro e foram submetidos a temperatura de 200ºC através do System “B” por 5
segundos. Após o aquecimento as amostras foram colocadas entre duas laminas de
vidro para microscopia e comprimidas por 1 min, com um peso de 300 g.
Terminada esta etapa os espécimes foram medidos em milímetros no seu maior
diâmetro por um paquímetro digital. Os dados foram analisados estatisticamente
através da ANOVA e do teste Tukey demonstrando haver diferença estatisticamente
significativa entre os grupos 4 e 1, 4 e 2, 3 e 1.
Através dos resultados podemos concluir que o grupo 4 demonstrou maior
escoamento em relação aos grupos 1 e 2 e o grupo 3 maior escoamento em
comparação ao grupo 1.
A063
Avaliação, in vitro, da atividade antimicrobiana de
dez seladores temporários frente a uma cultura mista.
KOPPER, P.
M. P.*, ANDRADE, M., SÓ, M. V. R., BAMMANN, L. L., OLNEIRA, E. P. M.
Departamento
de Odontologia – ULBRA. E-mail: endoso@ig.com.br
O selamento coronário, entre sessões, permitindo a atuação
da medicação intracanal adequadamente e evitando a contaminação ou
recontaminação do sistema de canais radiculares, é um dos pilares para a
obtenção do sucesso no tratamento endodôntico. O objetivo deste trabalho foi
avaliar, in vitro, dez materiais seladores temporários, livres de
eugenol, com relação à ausência ou presença de atividade antimicrobiana, frente
a uma cultura mista de microrganismos. A atividade antimicrobiana do Cavit
Branco, Cavit Rosa, Cimpat Branco, Cimpat Rosa, Dentalville Branco, Dentalville
Rosa, Citodur Duro, Citodur Mole, Coltosol e Cavitec foi avaliada frente a
cultura mista de Enterococcus faecalis, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus
aureus e Candida albicans. A cultura foi inoculada em placas de
Petri, contendo meio de cultura TSB-A (“tripticase-soy broth-agar”). Sobre cada
uma dessas placas foram colocados dois corpos-de-prova, de dois diferentes
materiais. Duas placas com TSB-A inoculadas serviram de controle positivo e
duas, não inoculadas, contendo meio de cultura, foram utilizadas como controle
negativo. As placas foram incubadas, durante 48 horas, a 37ºC. A seguir, foi
feita a avaliação da presença ou ausência de halo de inibição de crescimento
microbiano em torno dos corpos-de-prova.
Através desse estudo, foi lícito concluir que: a) nenhum dos materiais
seladores temporários testados apresentou atividade antimicrobiana frente a
cultura mista testada; b) a presença dos seladores temporários no meio de
cultura TSB-A, não inoculado, não permitiu o crescimento de microrganismos.
A064
Análise das paredes dentinárias pós-desobturação endodôntica
com diferentes solventes.
PORTO, P. O.
B.*, SANTOS, R. A., CARVALHO, C. M. R. S.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FOP – UPE. Tel.: (0**81) 3467-5493.
E-mail: patporto@elogica.com.br
A remoção de material obturador dos canais radiculares é
feita com auxílio de solventes formando camada residual. Seria interessante que
além da capacidade de solvência, tais solventes removessem também “smear
layer”. Diante disto, este estudo averiguou a capacidade de limpeza e de
remoção de “smear layer” efetuada pelo eucaliptol, eucaliptol e EDTA e óleo de
laranja. Quarenta raízes palatinas de molares superiores, instrumentadas, foram
divididas em 4 grupos: G1 (controle), G2, G3 e G4. Os grupos G2, G3 e G4 foram
obturados e desobstruídos com eucaliptol, eucaliptol e EDTA, e óleo de laranja
respectivamente, e radiografados. Todas as amostras sofreram impermeabilização,
excetuando-se o forame, e submeteram-se à infiltração de azul de metileno a 2%
seguido por clivagem vertical. A capacidade de limpeza dos solventes foi
verificada através da análise visual das radiografias recebendo escores 0
(nenhum material obturador), 1 (mínimo material obturador), 2 (menos de 50% de
material obturador) ou 3 (mais de 50% de material obturador). A remoção de
“smear layer” foi avaliada pela medição linear do corante através de
estereomicroscópio. Os resultados do grau de limpeza foram analisados com o
teste de Kruskal-Wallis observando-se diferença significativa entre os grupos a
nível de 1%. Para a penetração do corante, o teste ANOVA revelou haver
diferença estatística (p << 0,01) entre o grupo controle e os
demais grupos.
Pode-se concluir que, nas desobturações, os materiais testados não
removem totalmente o material obturador nem tornam os túbulos dentinários
permeáveis.
A065
Quantidade e direção de dentina excisada pelas limas manuais
de aço inoxidável e de níquel-titânio durante o preparo seriado do canal
radicular.
CAVADA, L.*,
ANTONIAZZI, J. H.
Departamento
de Dentística – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7839. E-mail: cavada@conex.br
É finalidade do preparo químico-cirúrgico sanear o sistema
de canais radiculares e dar forma afunilada a este para que um selamento
ápico-cervical seja realizado de maneira impermeável. Este trabalho buscou
comparar a quantidade e direção de dentina cortada durante o preparo seriado do
canal radicular com limas de aço inoxidável (Flex-R) e níquel-titânio (Onix-R)
manuais, utilizando para isso dentes primeiro e segundo molares humanos. A
leitura dos resultados deu-se após o preparo com a lima número 30, 35 e 40
através de radiografias que foram medidas por um projetor de perfil
(perfilômetro). Os resultados não mostraram diferenças estatisticamente
significantes entre as limas avaliadas, tanto no que diz respeito a quantidade
de dentina quanto a direção de desgaste produzido pelos instrumentos.
Podemos concluir neste trabalho que as limas estudadas desgastam
quantidades semelhantes de dentina em canais curvos em cada um dos terços
radiculares avaliados sendo a diferença estatística não significante; a direção
de desgaste proporcionada pelas limas Flex-R e Onix-R é idêntica numérica e
estatisticamente em cada um dos terços radiculares, sendo predominante para o
lado externo da curvatura nos terços apical e cervical e para o lado interno da
curvatura no terço médio; ambos os tipos de limas testados, aço inoxidável e
níquel-titânio, até os calibres 30, 35 e 40 podem ser utilizados na técnica de
preparo seriado e com movimentos de limagem (tração de viés) sem produzir danos
ao sistema de canais radiculares curvos.
A066
Avaliação in vitro dos instrumentos rotatórios de
liga de níquel-titânio sobre a permeabilidade da dentina radicular.
MARCHI, J.
A.*, FRÖNER, I. C., CHAVES, M., PÉCORA, J. D.
Departamento
de Odontologia Restauradora, Disciplina de Endodontia – FORP – USP.
Tel.: (0**16) 602-4055.
E-mail: tuirp@uol.com.br
A nova geração de instrumentos endodônticos é representada
pelas limas de níquel-titânio, confeccionadas a partir de uma liga de nitinol,
caracterizada pela grande elasticidade e efeito memória. Durante o reparo
biomecânico os instrumentos endodônticos promovem o alargamento, sanificação e
modelagem dos canais radiculares e podem alterar a permeabilidade dentinária. O
objetivo do presente trabalho foi avaliar, in vitro, a ação de diferentes
instrumentos rotatórios de níquel-titânio sobre a permeabilidade da dentina
radicular. Foram utilizados 20 dentes pré-molares inferiores divididos em
quatro grupos, cada qual com cinco dentes, distribuídos aleatoriamente. Os
instrumentos utilizados foram: Quantec (Analytic), Pow-R (Moyco Union Broach),
ProFile (Maillefer/Dentsply) e limas manuais tipo K (Maillefer/Dentsply) e
utilizou-se o hipoclorito de sódio a 1% como solução irrigante. Após o preparo
biomecânico dos dentes, procedeu-se o preparo histoquímico, com a utilização do
método de infiltração dos íons cobre. Foram obtidos cortes dos terços
radiculares (cervical, médio e apical), montados em lâminas para microscopia
óptica e em seguida foram submetidos à analise morfométrica para avaliação dos
níveis de permeabilidade dentinária.
A análise estatística dos dados obtidos permitiu concluir que não houve
diferença significante nos níveis de permeabilidade dentinária entre as
técnicas avaliadas, assim como entre os terços radiculares.
A067
Diferentes tratamentos em lesões de furca em dentes de cães.
RODRIGUES,
R. R.*, TEIXEIRA, F. B., FERRAZ, C. C. R., GOMES, B. P. F. A., SOUZA-FILHO, F.
J.
Área de
Endodontia – FOP – UNICAMP.
O objetivo deste trabalho foi analisar radiograficamente a
perda óssea na região de furca de dentes de cães intencionalmente perfurados e
contaminados com fluido bucal, frente ao emprego de vários materiais seladores.
Foram utilizados 6 cães adultos, pesando entre 9 e 15 kg, fêmeas e de raça
indefinida. Perfurações foram produzidas na região de furca dos 2º, 3º e 4º
pré-molares inferiores direitos e esquerdos, permanecendo expostas à cavidade
oral por um período de 30 dias. Após este intervalo de tempo, tendo constatado
a formação das lesões de furca através de radiografias periapicais, os dentes
foram limpos e tratados de acordo com a divisão dos grupos experimentais. As
perfurações dos 2º, 3º e 4º pré-molares foram preenchidas com sulfato de cálcio
hemiidratado e seladas com guta-percha, IRM e resina Z100, respectivamente,
sendo descontaminadas com clorexidina gel a 2% somente os dentes do lado
direito. Radiografias padronizadas foram realizadas no início do experimento,
30 dias após a exposição das perfurações à cavidade oral e 180 dias após o
emprego dos materiais seladores. As imagens foram transportadas para o
computador e mensuradas as áreas de perda óssea utilizando o programa Image
Lab.
Os resultados foram analisados estatisticamente e as imagens
demonstraram menor perda de estrutura óssea quando as perfurações foram seladas
com resina Z100, ao serem comparadas com IRM e guta-percha. A utilização da
clorexidina gel a 2% para a descontaminação, demonstrou aspectos benéficos no
tratamento.
A068
Avaliação da precisão de localizadores apicais eletrônicos
na determinação do comprimento de trabalho.
BROCHADO, V.
H. D.*, SILVA NETO, U. X. da, GONÇALVES JÚNIOR, J. F., RAMOS, C. A. S.,
BRAMANTE, C. M.
Departamento
de Endodontia – FOB – USP. Tel.: (0**14) 227-0670.
E-mail: vbrochado@uol.com.br
A determinação do comprimento de trabalho é uma das mais
importantes etapas clínicas do tratamento endodôntico. Ainda hoje, não foi
alcançado um meio preciso, prático e de fácil confirmação, para obtenção do
limite apical de instrumentação. Os métodos que utilizam tomadas radiográficas
têm sido avaliados e indicam questionáveis índices de sucesso. Nesta pesquisa
objetivou-se avaliar comparativamente a precisão na determinação do comprimento
de trabalho propiciada pelos localizadores apicais eletrônicos Root ZX,
Just II e Bingo 1020. Foram selecionados para o estudo trinta
incisivos centrais superiores permanentes de humanos, de tamanho e forma
aproximados, com raízes integras, retas e ápices totalmente formados. Os dentes
foram armazenados em solução de formol a 10% até o momento de sua utilização, quando
foram lavados abundantemente em água corrente. Em seguida, procedeu-se a
abertura coronária dos espécimes e sua posterior inclusão em solução de ágar a
1% em solução salina de fosfato tamponado, de maneira que somente a porção
radicular permanecesse submersa na solução. Após, realizou-se a determinação do
comprimento de trabalho com os referidos aparelhos e os resultados em
milímetros, foram submetidos à análise estatística pelo teste ANOVA. Não
verificou-se diferença estatisticamente significante (p << 0,05)
entre os localizadores.
A069
Estudo in vitro da infiltração marginal coronária em
canais radiculares obturados.
ALMEIDA, Y.
M. E. M.*, BARBIN, E. L., SPANÓ, J. C. E., SILVA, R. S., MIRANZI, B. A. S.,
PÉCORA, J. D.
FORP – USP;
Universidade de Uberaba (UNIUBE).
Avaliou-se in vitro a infiltração via coronária em
canais radiculares obturados com remoção ou não de “smear layer” e dois tipos
de cimentos obturadores. Utilizou-se 64 caninos, dotados aproximadamente do
mesmo tamanho. Realizou-se a instrumentação pela técnica “step back” utilizando
NaOCl a 1% como solução irrigante. Dividiu-se os dentes em três grupos.
Grupo I, 10 dentes foram obturados com cimento Sealer 26®
e 10 com cimento tipo Grossman, pela técnica da condensação lateral.
Grupo II, os canais receberam irrigação final com EDTA 17% por 10 minutos
e tiveram os canais obturados conforme o Grupo I. Grupo III, os
canais receberam aplicação adicional de laser Er:YAG com parâmetros de
140 mJ, 15 Hz e energia total de 42 J e foram obturados conforme
o Grupo I. Após obturação dos canais, selou-se as câmaras com Cimpat,
colocando-os em estufa a 37ºC e umidade relativa 95% durante 1 semana. Após,
removeu-se o selador provisório e impermeabilizou-se a superfície externa dos dentes
com cianoacrilato, imergindo-os em tinta nanquim por 60 dias. Decorrido esse
tempo, foram descalcificados, desidratados e diafanizados em salicilato de
metila. Os resultados obtidos por ANOVA e teste de Tukey mostraram que o
cimento Sealer 26® permitiu menor infiltração coronária que o
cimento tipo Grossman de modo estatisticamente significante
(p << 0,01). Os procedimentos que removem “smear layer” (EDTA
17% e laser Er:YAG) não apresentaram diferença estatística significante entre si
(p >> 0,05) e propiciaram menor infiltração coronária
(p << 0,01).
A070
Estudo comparativo da limpeza das paredes dos canais
radiculares.
OLIVEIRA, D.
P.*, TEIXEIRA, F. B., FERRAZ, C. C. R., GOMES, B. P. F. A., SOUZA-FILHO, F. J.
Área de
Endodontia – FOP – UNICAMP.
O objetivo deste trabalho foi comparar in vitro,
através de microscópio eletrônico de varredura, a ação entre o hipoclorito de
sódio a 5,25%, EDTA a 17%, Endoquil e o gel de Natrosol, tendo a água destilada
como grupo controle, na remoção de “smear layer” dos canais radiculares. Foram
utilizados 25 dentes humanos monorradiculares, distribuídos aleatoriamente
entre 4 grupos: Grupo A - EDTA 17%, Grupo B - hipoclorito
de sódio a 5,25%, Grupo C - Endoquil, Grupo D - gel de Natrosol;
tendo a água destilada como grupo controle (Grupo E). Os dentes foram
instrumentados de acordo com a técnica clássica de instrumentação. Em seguida,
foram clivados e as amostras submetidas à análise em microscopia eletrônica de
varredura. As imagens foram avaliadas por 2 examinadores. Os resultados
mostraram diferença estatisticamente significante entre o grupo controle e o
hipoclorito de sódio a 5,25%, e enquanto os grupos do EDTA 17%, gel de Natrosol
e Endoquil não obtiveram diferença estatisticamente significante obtendo uma
maior capacidade de limpeza das paredes dos canais radiculares, quando
comparados aos dois primeiros grupos.
Face aos experimentos realizados, pode-se concluir que: 1- O EDTA a 17%,
gel de Natrosol e Endoquil, promoveram maior capacidade de remoção da “smear
layer”, não diferindo estatisticamente entre si. 2- Os grupos B e E, onde foram
empregados hipoclorito de sódio 2,5% e água destilada respectivamente,
obtiveram os piores resultados, diferindo estatisticamente entre si e entre os
demais grupos. (Apoio financeiro: FAPESP nº 99/09837-1.)
A071
Resposta pulpar ao hidróxido de cálcio precedido de
diferentes curativos de demora.
OLIVEIRA, M.
F.*, GIRO, E. M. A., RAMALHO, L. T. O., ABBUD, R.
Departamento
de Clínica Infantil – Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP.
Tel.: (0**16) 201-6325. E-mail: maucky@ig.com.br
Diante da importância da preservação da vitalidade de um
dente com exposição pulpar, avaliou-se histologicamente a reação tecidual de
polpas de dentes de ratos expostas, à pasta de hidróxido de cálcio em água
destilada, precedida de curativo de corticosteróide (Decadron) ou
corticosteróide/antibiótico (Otosporin) por 5 minutos ou 72 horas. A proteção
pulpar com pasta de hidróxido de cálcio, sem curativo prévio, foi utilizada
como grupo controle. Foram utilizados 60 ratos, os quais tiveram os primeiros
molares superiores tratados. Decorridos os períodos pós-operatórios de 7, 14,
30 e 60 dias, os animais foram sacrificados, as peças removidas, e preparadas
para análise histológica. Observou-se, nos períodos iniciais, uma leve reação
inflamatória quando os curativos de demora com corticosteróide (Decadron) ou
corticosteróide/antibiótico (Otosporin) foram aplicados por 5 minutos ou 72
horas. A reação tecidual e a barreira formada sob ação do hidróxido de cálcio após
o curativo de Otosporin por 5 minutos foi semelhante aquelas do grupo controle
(hidróxido de cálcio sem curativo) nos períodos pós-operatórios de 30 e 60
dias. Os curativos de demora com corticosteróide (Decadron) por 5 minutos e 72
horas e corticosteróide/antibiótico (Otosporin) por 72 horas promoveram um
retardo no processo de reparação.
Concluiu-se que no tecido pulpar livre de inflamação e contaminação, a
aplicação do curativo de demora com corticosteróide ou com
corticosteróide/antibiótico, antes da proteção com a pasta de hidróxido de
cálcio em água destilada pode ser dispensada. (Apoio: FAPESP.)
A072
Avulsão dentária: avaliação do conhecimento de professores
de primeiro grau.
PACHECO, L.
F., GARCIA FILHO, P. F.
Endodontia,
Clínica Odontológica – Universidade Gama Filho.
No presente trabalho, os autores realizaram uma pesquisa
direcionada a professores da rede municipal de primeiro grau da cidade do Rio
de Janeiro, a respeito do conhecimento e experiência sobre a avulsão dentária.
Eles também realizaram uma revisão de literatura mostrando vários aspectos
desta urgência. De acordo com os resultados da pesquisa, embora os professores
tivessem obtido uma melhor performance nas questões que envolvem lógica, eles
não obtiveram os mesmos resultados quando foram usadas questões que
necessitavam de um maior conhecimento técnico. Os autores propõem uma
comunicação mais ampla entre as faculdades de Odontologia e escolas de primeiro
grau.
A073
Ação do laser Er:YAG sobre a permeabilidade dentinária de
canais radiculares instrumentados.
RIBEIRO, R.
G.*, BARBIZAM, J. V. B., BRUGNERA Jr., A., MARCHESAN, M. A.,
PÉCORA, J. D.
Odontologia
Restauradora – FORP – USP. E-mail: pecora@forp.usp.br
Avaliou-se a permeabilidade dentinária dos canais
radiculares instrumentados com diferentes soluções irrigantes e associados ou
não ao uso do laser de Er:YAG. Utilizou-se 50 dentes incisivos centrais
superiores humanos de estoque. Os dentes foram divididos aleatoriamente em 10
grupos com 5 dentes cada e instrumentados com diferentes soluções irrigantes:
água destilada e deionizada, lauril dietileniglicol éter sulfato de sódio 0,1%,
NaOCl 1%, EDTA 15% e ácido cítrico 10%, com e sem a aplicação do laser. O laser
Er:YAG - KaVo Key, foi utilizado nos seguintes parâmetros: 15 Hz, 300
impulsos, 42 J e 140 mJ “input”. Os dentes foram preparados
histoquimicamente. A quantificação da infiltração de cobre foi realizada pela
análise morfométrica. Os resultados mostram que a solução de NaOCl 1% isoladamente
e a água destilada deionizada + laser apresentaram maior evidenciação da
permeabilidade (p >> 0,05). A utilização da água destilada
deionizada e da solução de lauril dietilenoglicol éter sulfato de sódio a 0,1%,
quando utilizadas isoladamente, apresentaram menor evidenciação da
permeabilidade dentinária. As utilizações do hipoclorito de sódio a 1% +
laser, EDTA, EDTA + laser, ácido cítrico, ácido cítrico + laser e lauril
dietilenoglicol éter sulfato de sódio a 0,1% + laser, apresentaram-se com
valores intermediários em relação aos demais tratamentos utilizados.
A074
Efeitos do laser Er:YAG sobre a infiltração marginal apical
em canais radiculares obturados.
BARBIZAM, J.
V. B.*, RIBEIRO, R. G., GUERISOLI, D. M. Z., SILVA, R. G., PÉCORA, J. D.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FORP – USP. E-mail: pecora@forp.usp.br
O objetivo deste estudo era avaliar, in vitro, a
infiltração marginal apical em canais radiculares obturados após o uso de laser
Er:YAG. Utilizaram-se 65 incisivos centrais superiores humanos, de estoque,
instrumentados sob irrigação com hipoclorito de sódio a 1%, num volume de
2 ml a cada troca de instrumento. Um dente serviu como controle positivo
da infiltração e outro como negativo. Dividiram-se os demais dentes em 3 grupos
iguais de 21 dentes cada. Grupo I: após o preparo descrito, 10 dentes
foram obturados com cimento Endo-Fill e 10 dentes com cimento Top Seal, pela
técnica da condensação lateral. Grupo II: após o preparo, realizou-se uma
irrigação final com 5 ml de solução de EDTA a 17%, por 5 minutos e
obturou-se de modo idêntico ao Grupo I. Grupo III: após o preparo,
aplicou-se o laser Er:YAG (140 mJ, 15 Hz, 42 J) e obturaram-se
os canais radiculares conforme o Grupo I. Um dente de cada um dos três grupos,
não foram obturados e serviram para análise em microscópio eletrônico de
varredura. As superfícies externas dos dentes foram impermeabilizadas e imersas
em tinta nanquim à 37ºC por uma semana. Posteriormente, os dentes foram
diafanizados em salicilato de metila. Os resultados evidenciaram níveis menores
de infiltração apical (p << 0,01) com o uso do cimento Top
Seal, quando comparado ao cimento Endo-Fill. Os dentes preparados
exclusivamente com hipoclorito de sódio a 1%, e aqueles irradiados com laser
Er:YAG não apresentaram diferenças estatisticamente significantes entre si
(p >> 0,05), e mostraram níveis maiores de infiltração apical
que os dentes que receberam a irrigação final com a solução EDTA a 17%
(p << 0,01).
A075
Análise digital da infiltração marginal realizada em obturações
retrógradas.
PAVAN, N. N.
O.*, GONÇALVES, E. A. L., PAVAN, A. J., MORAES, I. G.
Universidade
Estadual de Maringá (UEM), FOB – USP.
A cirurgia parendodôntica é um procedimento que visa à
resolução de problemas relacionados com o tratamento endodôntico. Uma das
modalidades da cirurgia apical é a obturação retrógrada, para o seu sucesso o
material retroobturador deve ser biocompatível e proporcionar bom selamento.
Portanto, avaliaram-se quatro materiais retroobturadores quanto ao selamento
marginal, utilizando-se da leitura direta das imagens por meio do programa
Sigma Scan. Foram utilizados 80 dentes anteriores humanos extraídos,
distribuídos aleatoriamente, em quatro grupos de 20 elementos de acordo com os
materiais retroobturadores. Eliminou-se as porções coronárias em nível de terço
cervical. Os canais foram instrumentados e obturados, em seguida realizaram-se
as apicectomias, confecções das cavidades retrógradas, impermeabilizações dos
espécimes e as retroobturações propriamente ditas, com os seguintes materiais:
Grupo I- polímero de mamona; Grupo II- epóxico experimental;
Grupo III- Fuji II LC; Grupo IV- Super EBA. Posteriormente, os
espécimes foram imersos em solução aquosa de azul de metileno a 2% a 37ºC, por
48 horas. Após a lavagem e remoção da impermeabilização, as mesmas foram
seccionadas longitudinalmente e escaneadas para a utilização do programa Sigma
Scan.
Submeteu-se os resultados à análise estatística pelo teste de
Kruskal-Wallis que indicou que o grupo que propiciou menor infiltração foi o Grupo I,
seguido pelos Grupos II, IV e III, com diferença estatisticamente
sigificante (p << 0,05) entre os Grupos I e III.
A076
Avaliação da capacidade seladora de preenchimento do sistema
de canais radiculares de diferentes técnicas de termoplastificação da
guta-percha.
BONETTI
FILHO, I., SOMENZARI NETO, H.*, LEONARDI, D. P.
Disciplina
de Endodontia – Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP.
O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro a
capacidade de preenchimento dos canais radiculares utilizando-se das técnicas
Obtura que emprega guta-percha injetada para o interior do canal radicular
através de uma pistola, condensada com um condensador vertival, híbrida de
Bonetti empregando um cone de guta-percha principal travado no batente apical,
guta-percha do Obtura injetado lateralmente e compactador de níquel e titânio
completando a obturação e a condensação lateral ativa com cone de guta-percha
travado no batente apical, espaçador lateral e cones de guta-percha
secundários. Foram empregados 30 dentes humanos unirradiculares, incluídos em
bloco de resina, seccionados longitudinalmente, unidos em um aparato de madeira
e divididos em 3 grupos de dez dentes cada. Foi confeccionada uma depressão em
cada terço do canal radicular em uma das metades dos dentes. Em seguida, foram
obturados com as técnicas citadas acima. Fotografias e radiografias avaliaram a
qualidade das obturações, submetidas a diferentes escores.
Os resultados mostraram estatisticamente que: o sistema Obtura preencheu
melhor as três depressões seguidas das técnicas híbrida de Bonetti e
condensação lateral ativa. Quanto à permanência da obturação no comprimento de
trabalho, a híbrida de Bonetti e a condensação lateral ativa foram melhores que
a técnica Obtura. Em relação às falhas de obturação, as técnicas híbrida de
Bonetti e Obtura foram melhores que a técnica da condensação lateral ativa.
A077
Estudo in vitro da eficácia do AH Plus na qualidade
do selamento apical.
REISS
ARAUJO, C. J.*, ARAS, W. M. F., MONTEIRO CORDEIRO, P. S.
Departamento
de Saúde – Universidade Estadual de Feira de Santana. Tel.: (0**79)
214-5540. E-mail: reiss@infonet.com.br
Este trabalho observou a adesividade do AH Plus no selamento
do canal radicular. Utilizou-se 40 dentes humanos, divididos em 4 grupos. Foram
empregados o hipoclorito de sódio a 2,5% e EDTA a 17%. Após obturados, os 15
dentes do grupo I (GI) foram mantidos em soro fisiológico a 0,9% por 3
meses; os 15 dentes do grupo II (GII) foram mantidos fora do soro. Nos
grupos controle negativo (GIII) e controle positivo (GIV) com 5 dentes cada,
procedeu-se o mesmo preparo químico-mecânico, sem obturá-los. Aplicou-se
esmalte vermelho nos dentes para impermeabilização a saber: grupo GIII- em
todo o dente incluindo a porção apical; grupo GIV- em todo o dente exluindo
a porção apical. Após 3 meses o grupo I foi impermeabilizado com esmalte
azul excluindo a porção apical e o grupo II foi impermeabilizado da mesma
forma porém com esmalte vermelho. Os 4 grupos foram imersos em azul de metileno
a 2% e levados à estufa a 37ºC por 24 h. A seguir os dentes foram lavados
em água corrente por 24 h e realizado cortes longitudinais para observação
em lupa estereoscópica. A análise estatística da penetração do corante nos
grupos I e II baseou-se no teste U de Mann-Whitney. Os resultados mostraram
maior infiltração do azul de metileno no grupo I (GI) do que no
grupo II (GII), porém os dados de GI, quando comparados com outras
pesquisas com tempo de avaliação inferior a 3 meses revela uma menor
infiltração após obturação.
Conclui-se que o AH Plus mostrou-se eficaz na adesão. (Apoio financeiro:
Dentsply.)
A078
Corrosão em limas de níquel-titânio após instrumentação,
desinfecção e esterilização.
BORGES, L.
P.*, SANTOS, M., BORGES, L. H.
Departamento
de Endodontia – Universidade de Uberaba. Tel.: (0**34) 3312-5122.
E-mail: luis.borges@uniube.br
Este trabalho teve o objetivo de avaliar a influência da
instrumentação, desinfecção e esterilização na corrosão em limas de
níquel-titânio. Foram utilizadas 21 limas de níquel-titânio. Para o Grupo
Experimental, após a autoclavagem foram realizados 400 ciclos de instrumentação
para cada uma das 15 limas, irrigadas simultaneamente com 15 ml solução de
hipoclorito de sódio a 1%. Após a instrumentação as limas foram lavadas e
inseridas em uma cuba de ultra-som durante 15 minutos, banhadas com uma solução
de água e Endozime. A seguir sofreram o processo de autoclavagem durante
127ºC/6 min., e três limas separadas para análise do nível de corrosão. As
demais limas passaram pela mesma seqüência descrita anteriormente até
completarem 2.000 ciclos de instrumentação. Para o Grupo Controle Parcial a
instrumentação, limpeza e ultra-som, foram feitos da mesma forma porém, não se
utilizou a autoclavagem. Para o Grupo Controle Total, as limas foram removidas
da embalagem e encaminhadas para avaliação da corrosão. Os resultados mostraram
que instrumentos novos, mostraram um baixo potencial de corrosão. À medida que
vai sendo utilizado, o potencial de corrosão aumenta e, acima de 1.200 ciclos
de instrumentação, encontravam-se diferenças estatisticamente significantes
(p >> 5%) do grau de corrosão quando se compararam instrumentos
utilizados, limpos e autoclavados com aqueles utilizados, limpos e não
autoclavados, bem como, aqueles intactos.
Pode-se concluir que a quantidade de utilizações interfere na corrosão
do instrumento autoclavado.
A079
Actinobacillus actinomycetemcomitans: cepas
leucotóxicas em pacientes periodontais.
TOMAZINHO,
P. H.*, MALHEIROS, V. J., AVILA-CAMPOS, M. J.
Departamento
de Microbiologia – Instituto de Ciências Biomédicas – USP - SP.
E-mail: paulotomazinho@uol.com.br
Actinobacillus actinomycetemcomitans é um coco
gram-negativo e é considerado como residente da cavidade bucal humana. A
leucotoxina é o fator-chave da virulência em A. actinomycetemcomitans
a qual destrói células do sistema imune. O objetivo deste estudo foi determinar
a prevalência e detectar a deleção de 530 bp no promotor ltx, características
dos clones altamente leucotóxicos. Amostras de placa subgengival foram
coletadas de 40 pacientes com periodontite moderada à avançada e de 50
indivíduos saudáveis. A. actinomycetemcomitans foi identificado por
cultura convencional e por PCR, usando-se iniciadores específicos (FU-1/FU-2).
Também, os iniciadores (PRO-L/PRO-R) foram usados para detectar a região
promotora do gene ltx. Cepas de referências A. actinomycetemcomitans
KC 517, FDC Y4, ATCC 29522, ATCC 33384 e JP2 foram usadas. Pela cultura
convencional, 5 (12,5%) dos 40 pacientes com doença periodontal e somente 1
(2%) dos 50 indivíduos saudáveis foram positivos para A. actinomycetemcomitans.
PCR diretamente do VMGA III detectou A. actinomycetemcomitans em
38 (42,2%) das amostras derivadas dos indivíduos examinados. Cepas altamente
leucotóxicas apresentando a deleção produziram bandas características de 545
bp.
Nossos resultados sugerem que cepas altamente leucotóxicas podem estar
presentes em pacientes periodontais.
A080
Cárie dentária e fatores de risco na etnia Fulni-ô,
Pernambuco.
GUIMARÃES,
C. D.*, RODRIGUES, C. S.
FUNASA/PE;
Faculdade de Odontologia de Pernambuco – Universidade de Pernambuco.
Informações sobre a saúde bucal de indígenas brasileiros são
raras. Este estudo objetivou a descrição de dados coletados através de exames
clínicos e formulários em 1998 pela FUNASA/PE, índios Fulni-ô, Águas
Belas - PE. A prevalência de cárie foi medida pelo índice CPO em
superfícies/dentes, classificação de WONG; SCHWARTZ; LO (Com Dent Oral
Epidem, v. 25, p. 343-347, 1997) de severidade de cárie e
presença de edentulismo. O critério da OMS (1997) foi utilizado para
diagnosticar a cárie dentária e as concordâncias intra-/interexaminador
consideradas excelentes. O software estatístico SPSS versão 9.0 foi utilizado.
638 índios nas idades de 0 a 86 anos foram examinados, num total de 27% da
etnia. Para a faixa etária de 2-5 anos existiam 8,5% de crianças com cárie
rampante. O CPOD aos 5 anos de idade foi 4 (D.P. = 3,5), apenas 27%
estavam livres de cárie e 23,1% apresentaram grau máximo de severidade. Aos 12
anos, o CPOD foi 2,1 (D.P. = 2,3), 29% estavam livres de cárie e 50%
encontravam-se nas zonas 2 e 3 de severidade. Aos 18 anos apenas 22% possuíam
todos os dentes, longe da meta da OMS de 85%. A população idosa apresentou a
pior condição de saúde bucal, 55% era edêntula. Famílias e escola foram
identificados como importante fonte de informações sobre saúde bucal. O consumo
de açúcar foi identificado como um hábito já incorporado, relatado pela maioria
dos entrevistados uma freqüência diária de até 3 vezes. A pasta e a escova de
dentes foram os itens de higiene bucal mais utilizados. Adultos e crianças
citaram o uso de juá na higiene bucal. Dor de dente foi o problema mais citado.
A081
Comparação em MEV entre a dentina humana e a dentina bovina.
MIRANDA, M.
S., LAMOSA, A. C.*, DIAS, K., TEIXEIRA, F. B., LOPES, M. F.
Disciplina
de Dentística – FO – UERJ; UFRJ; UNICAMP; PUC - RJ; UNIGRANRIO.
O objetivo do estudo foi comparar a dentina superficial e a
profunda humana e bovina quanto a densidade tubular, o diâmetro dos túbulos e o
percentual de dentina intertubular, em
MEV. Foram utilizados 14 molares humanos (DH) e 13 incisivos bovinos
(DB). Os dentes foram seccionados em diferentes profundidades: o corte
superficial foi feito 0,5 ± 1 mm abaixo da junção
amelo-dentinária e o corte profundo 0,5 ± 1 mm acima da câmara
pulpar, sendo nos molares paralelo à oclusal e nos incisivos paralelos ao 1/3
médio da vestibular. Após condicionamento (ácido fosfórico 37%, 10 s), as
superfícies dentinárias foram observadas em MEV. Para cada espécime, foi feita
uma imagem com aumento de 1.000 X. A área total destas imagens foi medida,
todos os túbulos dentinários contados e o diâmetro de doze túbulos dentinários,
escolhidos aleatoriamente, medidos através de cursor do MEV. O percentual de
dentina intertubular foi obtido pelo programa Image Lab 2.3. As médias e
os desvios-padrão, teste t de Student (p << 0,05), em
dentina superficial e profunda foram respectivamente: densidade tubular:
DH = 24.179,89 ± 8.079,20 e 37.098,76 ± 9.185,04;
DB = 14.653,36 ± 3.895,37 e 20.170,93 ± 4.739,18;
diâmetro tubular: DH = 2,81 ± 0,271 e 2,98 ± 0,236;
DB = 4,08 ± 0,553 e 4,29 ± 0,635; e percentual de
dentina intertubular: DH = 82,04 ± 5,63 e 69,57 ± 10,58,
DB = 81,27 ± 4,51 e 65,42 ± 12,57.
Os autores concluíram que a dentina superficial e profunda humana
apresenta em relação à bovina: 1- maior densidade tubular; 2- menor diâmetro
tubular; 3- o mesmo percentual de dentina intertubular.
A082
Avaliação da atividade antimicrobiana de desinfetantes sobre
Staphylococcus aureus.
MOTTA, R. H.
L.*, RAMACCIATO, J. C., FLÓRIO, F. M., GROPPO, F. C., MATTOS-FILHO, T. R.
Departamento
de Farmacologia – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5310.
E-mail: fcgroppo@fop.unicamp.br
O objetivo desse estudo foi avaliar a atividade antimicrobiana
de desinfetantes contra Staphylococcus aureus. Foram analisados produtos
à base de amônia (Lysol® e Kalipto®), fenóis (Pinho-Sol®),
hipoclorito de sódio (Q-Bôa® e Veja® com cloro ativo),
álcool a 70% e gluraldeído a 2%. Testes de concentração inibitória mínima (CIM)
e concentração bactericida mínima (CBM) foram realizados contra Staphylococcus
aureus ATCC 25923, utilizando-se Müller-Hinton caldo e salt-mannitol
ágar/ágar-sangue, respectivamente. As concentrações dos desinfetantes
utilizadas foram 5, 2,5, 1,25, 0,625, 0,312, 0,156, 0,078, 0,039, 0,019,
0,009%. Foram utilizados um grupo controle positivo (meio + microrganismo)
e negativo (meio + desinfetantes). Todos os testes foram obtidos
utilizando estufa de cultura a 37oC durante 18 h. Para o Lysol
os resultados foram: CIM << 0,009%, CBM100 = 0,039%,
CBM90 = 0,019% e CBM50 << 0,009%. Para o Kalipto foram:
CIM << 0,009%, CBM100 = 0,156%, CBM90 = 0,078% e
CBM50 = 0,039%. Para o Pinho-Sol foram: CIM = 0,078%, CBM100 =
0,156%, CBM90 = 0,078% e CBM50 = 0,039%. Para a Q-Bôa e Veja foram:
CIM = 2,5%, CBM100 = 5%, CBM90 = 2,5% e CBM50 = 1,25%. Para
o álcool 70% e glutaraldeído foram: CIM >> 5% e CBM50 >>
5%. Não houve contaminação no controle negativo e nem no positivo, sendo que
neste último foi verificado o crescimento confluente da cepa.
Concluímos que os desinfetantes à base de amônia foram mais efetivos
contra o microrganismo testado.
A083
Efeito do diclofenaco sódico sobre a concentração da
amoxicilina.
GROPPO, F.
C.*, SIMÕES, R. P., RAMACCIATO, J. C., REHDER, V., COSTA, C. P.,
ANDRADE, E. D., MATTOS-FILHO, T. R.
Departamento
de Farmacologia – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5310.
E-mail: fcgroppo@fop.unicamp.br
O objetivo deste trabalho foi observar o efeito do
diclofenaco sódico (DIC) sobre concentrações séricas e teciduais da amoxicilina
(AMO), bem como sobre a infecção estafilocócica. Quatro esponjas de poliuretana
foram implantadas no dorso de 30 ratos. Após 14 dias, 2 tecidos granulomatosos
receberam 0,5 ml de 108 ufc/ml (S. aureus ATCC 25923). Dois
dias após os ratos foram divididos em 5 grupos: grupo 1 recebeu AMO
50 mg/kg/v. o., grupo 2 recebeu AMO 25 mg/kg/v. o.,
grupo 3 recebeu DIC 2,5 mg/kg/i. m. + AMO
50 mg/kg/v. o., grupo 4 recebeu DIC 2,5 mg/kg/i. m. e
grupo 5 (grupo controle) recebeu 0,9% NaCl 1 ml/v. o. Após
6 h da administração, o soro (10 µl) e os tecidos não infectados
foram colocados sobre o ágar Müller-Hinton inoculado com 108 ufc/ml (S.
aureus). Os tecidos infectados sofreram dispersão e foram espalhados (10 μl)
em agar salt-mannitol. Os microrganismos foram contados e os halos de inibição
medidos após 18 h de incubação a 37ºC. A concentração tecidual da AMO foi
6,6 µg/g para o grupo 1, 2,8 µg/g para o grupo 2 e 0,8 µg/g para
o grupo 4. A concentração sérica foi 11,6 µg/ml para o grupo 1,
5,4 µg/ml para o grupo 2 e 1,3 µg/ml para o grupo 4. Não foram
observadas diferenças estatisticamente significantes (teste de Kruskal-Wallis,
5%) entre os grupos 1, 2 e 4 com relação à contagem de estafilococos. O grupo 3
reduziu mais (p << 0,05) as contagens com relação ao
grupo 5.
Concluímos que, mesmo em altas doses, a AMO não erradicou a infecção
estafilocócica e o DIC reduziu a concentração sérica e tecidual da AMO. (Apoio
financeiro: CAPES.)
A084
Perfil da utilização de anestésicos locais por
cirurgiões-dentistas.
RAMACCIATO,
J. C.*, RANALI, J., VOLPATO, M. C., GROPPO, F. C., FLÓRIO, F. M.,
SOARES, P. C. O.
Departamento
de Farmacologia – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5310.
E-mail: jramacciato@yahoo.com
O objetivo deste trabalho foi verificar a utilização dos
anestésicos locais (AL) por cirurgiões-dentistas. Um questionário, aplicado
durante eventos de classe, foi formulado com as seguintes características: 1)
perfil da amostra; 2) critérios de escolha dos ALs; 3) uso de anestesia tópica;
4) manuseio de pacientes especiais e 5) complicações locais e sistêmicas. Os
133 formulários que retornaram mostraram que 46,6% dos profissionais foram
formados em instituições privadas e 45,9% em públicas. Do total, 63,9% foram
formados entre 1990 e 2000 e 56,4% não tinham especialização. Dos
especialistas, 74,5% concluíram sua especialização na última década, sendo a
endodontia a mais apontada (31,3%). A maioria dos profissionais (75,2%) possui
2 a 4 tipos de ALs, sendo que 85,7% usam a prilocaína. A eficácia foi apontada
como o fator mais importante de escolha da solução (77,4%). A anestesia tópica
não é utilizada por 9%. A lidocaína é o AL preferido para o atendimento de
gestantes (34,6%), sendo a prilocaína indicada por 30,8%. Este último é o preferido
para idosos (60,3%) e crianças (56,7%). Complicações locais foram verificadas
por 27,1%, sendo o edema (9%) o mais citado. A maioria (96,3%) não relatou
ocorrência de complicações sistêmicas. A maior porcentagem de falhas (40,6%)
foi apontada para anestesia dos nervos alveolar inferior e lingual.
Concluímos
que não houve diferenças significativas com relação ao perfil dos respondedores
quanto aos critérios de escolha e manuseio de pacientes especiais e que há
desconhecimento quanto à escolha do AL para pacientes especiais.
A085
Análise in vitro da própolis da Bahia contra
estreptococos mutans.
DUARTE, S.*,
KOO, H., BOWEN, W. H., HAYACIBARA, M. F., CURY, J. A., IKEGAKI, M.,
PARK, Y. K., ROSALEN, P. L.
Departamento
de Ciências Fisiológicas – FOP – UNICAMP.
Tel.: (0**19) 430-5313. E-mail: rosalen@fop.unicamp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da própolis da
Bahia (mata atlântica) e suas frações purificadas no crescimento de
estreptococos mutans. Diferente das própolis de outras regiões, esta
possui uma composição química contendo compostos apolares, não apresentando
flavonóides agliconas. O extrato etanólico da própolis (EEP) foi preparado a
partir da própolis bruta, e 4 frações (hexano, clorofórmio, acetato de etila e
etanol) foram obtidas de acordo com um gradiente de polaridade. Ensaios de
concentração inibitória mínima (CIM) e concentração bactericida mínima (CBM) do
EEP, de suas frações e dos controles foram utilizados para determinar a
atividade antibacteriana. Os microrganismos testados foram Streptococcus
mutans Ingbritt 1600, S. sobrinus 6715 e um isolado clínico de cada
uma destas espécies. Os valores da CIM para o EEP foram: 50-100 µg/ml para
ambos S. mutans Ingbritt 1600 e isolado clínico correspondente;
12,5-25 µg/ml para S. sobrinus 6715; e 25-50 µg/ml para seu
isolado clínico. Entre as frações, as únicas que mostraram CIM foram: hexano,
que apresentou as menores concentrações contra todos os microrganismos
(6,25-50 µg/ml), e clorofórmio (12,5-100 µg/ml). A CBM para o EEP e
suas frações (hexano e clorofórmio) foi 4-8 vezes maior que os valores da CIM.
Os dados mostram que esta própolis tem uma efetiva atividade
antimicrobiana contra estreptococos mutans e esta atividade está
relacionada com compostos apolares. (Apoio: FAPESP – Processo: 99/11994-8; CNPq
– Processo: 466879/00-8.)
A086
Cinco anos de avaliação clínica da retenção e eficácia de
dois selantes ionoméricos.
PARDI, V.*,
PEREIRA, A. C., MENEGHIM, M. C., AMBROSANO, G. M. B., MIALHE, F. L.
Departamento
de Odontologia Social – FOP – UNICAMP.
Tel.: (0**19) 430-5209. E-mail: vpardi@uol.com.br
O objetivo do presente estudo foi avaliar a retenção e
eficácia de dois selantes ionoméricos, sendo um convencional (A) e o outro
modificado por resina (B), após 5 anos de aplicação clínica. A amostra foi
constituída por crianças na faixa etária de 6 a 8 anos. Houve um grupo
experimental que recebeu os selantes de acordo com o “design splith mouth”,
sendo os dentes 16 e 46 selados com o material A e os dentes 26 e 36 selados
com o material B e um grupo controle que recebeu apenas reforço na técnica de
escovação. Após 5 anos, a retenção total para ambos os materiais, A e B, foi
muito baixa, no entanto na análise estatística, somando-se os graus de retenção
parciais com o grau de retenção total, verificou-se diferença estatisticamente
significante no grau de retenção entre os mesmos (teste de Wilcoxon pareado),
sendo o material B superior ao material A. O grupo experimental apresentou
22,69% de incidência de cárie, enquanto o grupo controle apresentou 34,8%,
havendo diferença estatisticamente significante entre os grupos (teste
qui-quadrado). É importante salientar que apenas 1,9% dos dentes do grupo
experimental e 10,1% do grupo controle encontravam-se cariados, o restante
apresentavam-se restaurados.
Esses resultados sugerem que o ionômero de vidro utilizado como selante
oclusal foi eficaz para a prevenção da cárie dentária mesmo apresentando baixos
graus de retenção total. (Apoio financeiro: FAPESP – Processo: 96/5278-0.)
A087
Polimorfismo genético de S. mutans isolados de cárie
dental.
NASCIMENTO,
M. M.*, HÖFLING, J. F., GONÇALVES, R. B.
Departamento
de Diagnóstico Oral – FOP – UNICAMP.
Tel.: (0**19) 430-5321. E-mail: reginald@fop.unicamp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil de colonização
dos Streptococcus do grupo mutans isolados da cavidade oral de
indivíduos que apresentam lesões de cárie coronária e radicular. A correlação
entre a presença e distribuição clonal destas espécies e os tipos de lesões
cariosas também foram verificados. O isolamento e posterior identificação
bioquímica destas espécies foi realizado a partir de amostras de saliva, placa
dental bacteriana e tecido das lesões de cárie. A fim de se confirmar a
identidade molecular, S. mutans e S. sobrinus foram submetidos a
técnica de PCR, utilizando-se os “primers” específicos para o gene da
glucosiltransferase (gtfB e gtfI, respectivamente). A técnica de AP-PCR foi
usada para detectar o polimorfismo genético destas espécies. Dentre as espécies
isoladas, 82% foram identificadas bioquimicamente como Streptococcus do
grupo mutans. Aplicando-se a técnica de PCR, 56% foram identificadas
como S. mutans e 30% como S. sobrinus. Os indivíduos estavam
colonizados por ambos S. mutans e S. sobrinus, bem como por um ou
mais tipos clonais destas espécies. A freqüência de distribuição dos genótipos
de S. mutans variou entre os diferentes sítios pesquisados. Bactérias
capazes ou não de fermentar determinados açúcares, como a melibiose, puderam
ser distinguidas pela técnica de AP-PCR.
Diferentes tipos clonais de Streptococcus do grupo mutans
podem colonizar seletivamente sítios específicos da cavidade oral de um
indivíduo, e podem apresentar propriedades fenotípicas diferentes. (Apoio
financeiro: FAPESP – Processos: 00/03490-9; 00/06171-1).
A088
pH, capacidade tampão, concentrações de cálcio e fósforo nos
alimentos infantis.
OLIVEIRA, F.
S.*, PIN, M. L. G., SILVA, S. M. B., BUZALAF, M. A. R., MACHADO, M. A. A. M.,
GRANJEIRO, J. M., KIRA, C.
FOB –
USP. Tel.: (0**14) 235-8246. E-mail: mbuzalaf@fob.usp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar o pH, a capacidade
tampão e as concentrações de Ca e P em bebidas e alimentos infantis. Dez
produtos comercialmente disponíveis foram analisados: produtos lácteos (leite
integral, fermentado, achocolatado e iogurte); sucos (laranja integral e de
maçã); refrigerantes (Coca-Cola normal e “light”), e papinhas (frutas sortidas
e sopinha cremosa). O pH foi medido com um pH-metro (Micronal B317). A
capacidade tampão foi determinada através de titulação com NaOH 0,2 M,
usando o mesmo aparelho. Foi calculado o número de adições (25 µl) para
atingir o pH 5,5 e 7,0. As dosagens de Ca e P foram realizadas através da
espectrometria de emissão atômica por plasma de argônio induzido (Espectrômetro
Optima 3000 DV – Perkin Elmer). Coca-Cola normal e “light”, sucos de laranja e
maçã, papinha de frutas sortidas e leite fermentado apresentaram valores médios
de pH inferiores a 4,0. O leite fermentado, papinha de frutas sortidas, iogurte
e sucos de laranja e de maçã apresentaram alta capacidade tampão. As
concentrações (média ± DP; unidade ppm) de Ca e P foram: 1.037 ± 35 e
867 ± 17, 546 ± 22 e 431 ± 16, 776 ± 1 e 718 ± 9,
776 ± 29 e 940 ± 32, 40 ± 3 e 84 ± 6, 22 ± 1 e
47 ± 2, 15 ± 2 e 73 ± 6, 18 ± 0,1 e 132 ± 5, 47 ±
1 e 107 ± 3, 76 ± 2 e 475 ± 5, respectivamente para o leite
integral, fermentado e achocolatado, iogurte, sucos de laranja e de maçã,
Coca-Cola normal e “light”, papinha de frutas sortidas e cremosa.
O consumo de alimentos com baixo pH, alta capacidade tampão e baixa
concentração de Ca e P pode representar um fator de risco tanto para a erosão
quanto para a cárie dentária em crianças.
A089
Mudanças morfológicas de superfície seguida de clareamento.
OYAMA, K. O.
N.*, GUIMARÃES, S. M. D. B., SIQUEIRA, E. L., AZAMBUJA Jr., N., SANTOS, M.
Departamento
de Dentística – FOUSP. Fax: (0**11) 6748-3486.
E-mail: oyama@originet.com.br
Técnica recente de clareamento de dentes vitais escurecidos
envolve o uso de moldeira confeccionada e peróxido de carbamida a 10%. O
objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de 4 agentes clareadores sobre a
superfície de esmalte, dentina e cemento. Para isto, 20 dentes anteriores
extraídos, íntegros e sem cárie foram submetidos à profilaxia com ultra-som e
autoclavados. Os dentes foram distribuídos casualmente em dez grupos. Cinco
grupos tiveram a porção cementária completamente impermeabilizada com esmalte
de unha e outros cinco grupos tiveram 1 mm de cemento sem a
impermeabilização, adjacente à junção cemento-esmalte. Foi confeccionada moldeira
em resina acrílica para cobrir completamente a porção coronária e um terço da
raiz de cada dente. Os dentes foram reidratados e foram clareados com seguintes
produtos: A-Nite-White, B-Sorriso, C-Review, D-Opalescence e E-água destilada
como controle. A porção coronária e um terço da raiz dos dentes foi imersa
diariamente no agente clareador por um período de 8 horas e 16 horas em água
destilada, durante 20 dias. Cada dente teve dois terços da raiz removida e o
remanescente foi clivado longitudinalmente no sentido vestíbulo-lingual em dois
segmentos iguais, secos à temperatura ambiente e foram preparadas para
observação em Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV).
Todos os dentes tratados com agentes clareadores não mostraram
alterações significantes em esmalte e dentina, mas no cemento mostraram
múltiplas irregularidades e fragmentação da superfície.
A090
Monitoramento salivar de bebês atendidos na Bebê-Clínica da
UNIGRANRIO.
ABREU, F.
V.*, MIASATO, J. M., PESTANA, M.
Disciplina
de Odontopediatria – FO – UNIGRANRIO; FESO - RJ.
Tel.: (0**21) 611-3120. E-mail: volpe@montreal.com.br
O presente estudo tem por objetivo avaliar a microbiota
salivar dos bebês que participam do Programa de Atenção na Primeira Infância
(Educação em saúde – técnica do grupo focal – e acompanhamento clínico de 3/3
meses) da FO – UNIGRANRIO. Para a realização deste trabalho foi utilizado
o teste de saliva “No Caries 1 e 2” e as crianças foram classificadas de acordo
com o grau de infecção salivar em 4 categorias: A (+ +), B (– +), C (+ –) e D
(– –). Foi avaliada a condição salivar de 41 bebês de ambos os sexos, com idade
variando de 5 a 36 meses. Todas as mães destas crianças já participaram da
educação em saúde e 16 bebês estavam fazendo o primeiro exame clínico, enquanto
os outros 25 já participavam do Programa por, pelo menos 3 meses (tempo no
programa - de 3 a 31 meses; média 7,44 ± 8,74 meses). Todas essas
crianças já apresentavam pelo menos 1 dente erupcionado (média 9,80 ±
6,48) e tinham o índice ceo-d = 0. Em relação ao monitoramento salivar, 38
(92,7%) dos bebês estavam na categoria A (pior classificação), 1 (2,4%) foi B e
2 (4,9%) foram C. Constatou-se, também, que 20 (48,8%) destes bebês, embora o
resultado final do exame tenha apresentado-se crítico, estavam com a capacidade
tampão ainda não esgotada.
Apesar do teste salivar ter mostrado que o nível de infecção destes
bebês não está compatível com a saúde da boca, as estratégias adotadas pelo
Programa demonstraram eficiência.
A091
Detecção do gene vapp em Actinobacillus actinomycetemcomitans
isolados de diferentes localizações geográficas.
QUEIROZ, A.
C.*, MAYER, M. P. A.
Departamento
de Microbiologia – Instituto de Ciências Biomédicas II – USP.
O gene vapp, homólogo a genes vapp existentes nas cepas
virulentas de Dichelobacter nodosus e Helicobacter pylori foi
seqüenciado na cepa Y4 de Actinobacillus actinomycetemcomitans
(MAYER et al., 1999) isolada de um paciente com Periodontite Juvenil
Localizada (PJL), produtora de baixos níveis de leucotoxina. No presente
estudo, analisamos a presença do gene vapp em 39 amostras de Actinobacillus
actinomycetemcomitans, provenientes do Brasil, Quênia, Japão, Suécia e EUA.
Vinte e seis entre as 39 amostras analisadas apresentaram ampliação quando
utilizados “primers” homólogos ao gene vapp (cepa Y4) e treze não apresentaram.
O gene vapp foi observado em amostras isoladas de todas as localizações
geográficas estudadas, demonstrando que em Actinobacillus actinomycetemcomitans
este não é restrito a determinado clone ou a isolados de determinada região.
Não foi observada relação entre a detecção do gene vapp, nas cepas de Actinobacillus
actinomycetemcomitans e as formas mais agressivas de doença periodontal.
(FAPESP: 98/15596-4.)
A092
Fluorose dentária em escolares da zona sul de São Paulo.
BUSCARIOLO,
I. A.*, PENHA, S. S., ADDE, C. A., TORTAMANO, N.
Disciplina
de Clínica Integrada – Departamento de Estomatologia – FOUSP.
Tel.: (0**11) 3091-7813.
Nesse estudo avaliamos a prevalência de fluorose dentária em
escolares residentes e nascidos no município de São Paulo, cuja água de
abastecimento público apresenta flúor em concentração de 0,7 ppm. Essa
fluoretação data de 1989, quando ainda não havia fontes alternativas de flúor,
e foi responsável direta pela queda do índice de CPOD. Recentemente, muitas outras
fontes de flúor foram incorporadas, como os dentifrícios e as soluções para
bochecho elevando a biodisponibilidade do flúor e resultando no surgimento da
fluorose dentária. Escolares de ambos os sexos, na faixa etária dos 8 aos 16
anos de idade, matriculados na rede de ensino público municipal, foram
examinados para investigação da fluorose dentária. Utilizando-se o índice de
Thylstrup e Fejerskov (TF). Verificou-se que 48,6% da amostra de 956 estudantes
apresentaram TF maior ou igual a 1. Houve predomínio em 61,5 % do TF = 1,
29,9 % do TF = 2 e 11,5 % do TF = 3, o restante encontrou-se
distribuído nos TF = 4, 5 e 6. As condições de saúde bucal foram também
avaliadas, e pôde-se verificar que o índice CPOD continua em franca queda e que
grande parte dessa amostra (69%) apresentou alguma oclusopatia.
Esses dados sugerem que novas e futuras pesquisas deverão ser
realizadas, na tentativa de estabelecer a posologia adequada dos fluoretos, de
forma a oferecer máximo benefício e mínimo efeito deletério à população
consumidora.
A093
Associação de clorexidina e própolis atuando na inibição da
aderência de Streptococcus spp.
SWERTS, M.
S. O.*, COSTA, A. M. D. D., PAOLIELLO, R. C., FIORINI, J. E.
Clínica
Odontológica – UFRJ; UNIFENAS - MG.
E-mail: mariosergio.swerts@unifenas.br
Este estudo avaliou in vitro a associação de
gluconato de clorexidina (Periogard® Colgate) e própolis (Apis Flora®)
formulando um composto a 0,12%, no intuito de se contribuir para obtenção de um
novo meio preventivo de periodontopatias. A solução associada a 0,12% e a
solução de gluconato de clorexidina (Periogard® Colgate) a 0,12%
(controle), grupos separados, foram diluídas em várias concentrações para
comprovação do potencial inibitório. As concentrações que variaram de 120 µg/ml
a 0,06 µg/ml foram adicionadas em um meio de crescimento microbiano com
sacarose a 5%. Ambas foram adicionadas em um sistema formado por tubos de vidro
de 12 x 150 mm contendo no seu interior bastões capilares de
75 mm com formato de bengala para a adesão bacteriana. Posteriormente,
inoculou-se 0,1 ml de Streptococcus mutans, grupo I (ATCC
25175), Streptococcus sanguis, grupo II (ATCC 10557) e Streptococcus
salivarius, grupo III (CDC 262). A incubação foi realizada a 35,5ºC
por 48 h em microaerofilia. Fez-se a pesagem das bengalas, relacionando-as
às concentrações de cada tubo. Aplicando o teste “t” de Student ao nível de 5%
de significância, a solução associada a 0,12% foi mais eficiente na inibição da
aderência bacteriana que o grupo controle. A primeira obteve um “t” calculado
de 3,32, 5,10 e 5,59 para Streptococcus mutans, sanguis e salivarius,
respectivamente, em “t” tabelado = 2,36. Enquanto que a solução de
gluconato de clorexidina (Periogard® Colgate) a 0,12% alcançou para
as cepas de Streptococcus mutans, sanguis e salivarius, “t”
calculado = 3,36, 5,57 e 6,39, respectivamente, onde os maiores valores
indicaram maior adesão bacteriana.
A094
Avaliação da concordância entre diferentes métodos de
diagnóstico de lesões de cárie.
ROCHA, R.
O.*, ARDENGHI, T. M., OLIVEIRA, L. B., RODRIGUES, C. R. M. D., CIAMPONI, A. L.
Disciplina
de Odontopediatria – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7814.
E-mail: rr10@ig.com.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar in vivo a
concordância dos métodos visual, radiográfico e fluorescência a laser
(DIAGNOdent – KaVo) na detecção de lesões de cárie dentária em superfícies
oclusais de molares decíduos. A amostra foi composta por 122 molares decíduos
(225 sítios) de 30 crianças (9 e 11 anos de idade). Dois examinadores
realizaram o diagnóstico da presença ou não de lesão de cárie, em condições
padronizadas, seguindo os critérios: (0) sítio hígido; (1) lesão em esmalte e
(2) lesão em dentina. Os dados obtidos foram submetidos ao teste estatístico
Cohen’s Kappa e estão dispostos na tabela (valor de “k”):
Examinador/Método |
Visual |
Radiográfico |
Laser |
A X A |
0,45 |
0,64 |
0,56 |
B X B |
0,63 |
0,85 |
0,57 |
A X B |
0,58 |
0,44 |
0,59 |
Conclui-se que, de acordo com a avaliação feita, o ferro encontrado em
excesso na água da comunidade é a causa do aparecimento de manchas escuras e
difusas na superfície do esmalte, que são facilmente removidas com profilaxia
em consultório dentário e não recidivam quando descontinuado o uso da água.
A095
Mutacinas: espectro de ação e amplificação dos genes mutA em
Streptococcus mutans isolados de indivíduos livres de cáries e
cárie-ativos.
LONGO, P.
L.*, MATTOS-GRANER, R., MAYER, M. P. A.
Departamento
de Microbiologia – Instituto de Ciências Biomédicas – USP.
Tel.: (0**11) 3091-7348,
3091-7354. E-mail: priscilalongo@usa.net
Streptococcus mutans produz uma
substância bactericida protéica denominada mutacina. Existem 4 grupos descritos
de mutacinas e já foram seqüenciados os genes estruturais responsáveis pela sua
produção (mutA I, II, III e IV). Neste trabalho, através do antagonismo
posposto, 22 cepas de S. mutans isoladas de crianças livres de cáries ou
cárie-ativas e com hábitos dietéticos semelhantes foram testadas quanto a
produção de mutacinas usando como indicadoras espécies de estreptococos e Neisseria
subflava. Os resultados foram analisados medindo-se o diâmetro dos halos
inibitórios do crescimento das bactérias indicadoras. Todas as cepas produziram
halo inibitório do crescimento de pelo menos uma das amostras indicadoras. Três
cepas produziram halos inibitórios pequenos em estreptococos, porém grandes em N.
subflava, exibindo um espectro ainda não descrito entre as mutacinas.
Através da análise estatística pelo método de Fisher não foi possível detectar
diferença significativa entre a produção e sensibilidade às mutacinas entre
cepas isoladas de crianças cárie-ativas e livres de cáries. A amplificação dos
genes mutA foi realizada usando-se iniciadores homólogos aos genes mutA das
mutacinas tipos I, II e III. Como controle foram usados iniciadores homólogos
ao gene gtfB, específicos para S. mutans. Em apenas uma amostra clínica
foi observada amplificação do gene mutA II. As demais amostras não apresentaram
amplificação de nenhum gene mutA.
Os
resultados sugerem que as mutacinas fazem parte de um grupo muito heterogêneo,
que abriga mais divisões do que as 4 descritas. (Apoio: FAPESP – Processo:
99/07687-2.)
A096
Efeito erosivo de um vinho tinto brasileiro sobre esmalte
bovino.
HUGO, F.
N.*, PADILHA, D. M. P., SOUSA, M. A. L. de
Faculdade de
Odontologia – UFRGS; Faculdade de Biociências, IGG – PUCRS.
O consumo de vinho está associado ao risco de erosão
dentária. O objetivo deste trabalho é descrever o efeito erosivo in vitro
de um vinho tinto brasileiro sobre o esmalte bovino previamente imerso em
saliva humana e água. Blocos de esmalte foram cortados com disco diamantado,
lavados com água destilada, sonicados, secos e as faces cortadas. As metades
das superfícies cobertas com esmalte de unhas. Metade dos blocos foram mantidos
em água e o resto imersos em saliva humana total por 12 h. Depois disso as
peças foram lavadas e imersas no vinho por 1 h, lavadas novamente,
sonicadas em acetona, lavadas e deixadas para secar. Foram então montadas em
“stubs” e metalizadas com ouro para microscopia eletrônica de varredura. O pH
do vinho foi medido antes do início do estudo. Os espécimes foram investigados
sob pequenos e grandes aumentos seguindo-se a borda de esmalte de unhas para
que se detectassem mudanças na superfície do esmalte. Não houve diferenças nos
aspectos da erosão ocorridos tanto no grupo de blocos imerso em saliva como no
em água. O espectro do efeito erosivo em ambos os grupos foi similar. Poucos
efeitos erosivos foram observados em alguns blocos, resultado do alargamento de
ranhuras fisiológicas do esmalte. Quando as erosões eram mais pronunciadas as
ranhuras desapareciam. Onde houve erosão severa, foi possível reconhecer o
aspecto de favos de mel dos prismas, que algumas vezes eram rasos, outras
profundos.
Concluiu-se que esmalte bovino imerso em vinho tinto com pH 4,55 por
1 h sofreu erosão. Nas condições do experimento, a saliva não protegeu a
superfície do esmalte.
A097
Procedimentos realizados por dentistas no controle de
infecção.
MENDONÇA, M.
J.*, PAVARINA, A. C., VARJÃO, F. M., MACHADO, A. L., GIAMPAOLO, E. T., VERGANI,
C. E.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – Faculdade de Odontologia de
Araraquara – UNESP. Fax: (0**16) 201-6406. E-mail:
cucci@foar.unesp.br
A utilização de procedimentos efetivos para o controle de
infecção no consultório odontológico pode prevenir a contaminação cruzada entre
dentistas, equipe odontológica, técnicos de laboratório e pacientes. O objetivo
deste estudo foi identificar os materiais e métodos utilizados pelos dentistas
no consultório para o controle de infecção. O questionário, aplicado por meio
de entrevista, era constituído de 20 questões relacionadas à prática habitual
de controle de infecção, relativas a desinfecção de próteses e outros trabalhos
laboratoriais. De acordo com os resultados foi possível verificar que 95% dos
entrevistados têm consciência sobre o potencial de transmissão de
microorganismos patogênicos para o laboratório de prótese por meio de trabalhos
protéticos contaminados. Além disso, 87% dos dentistas acreditam que doenças
infecciosas podem ser transmitidas do laboratório para o consultório
odontológico. Cinqüenta e oito por cento dos entrevistados desinfetam as
próteses antes de enviá-las ao laboratório. Por outro lado, somente 33% dos
profissionais desinfetam as próteses novas provenientes do laboratório. Os
tipos de agentes químicos utilizados para desinfecção são variados. Os
profissionais geralmente usam luvas (100%) e máscaras (95%), mas somente 67%
usam óculos de proteção.
Os resultados deste estudo demonstraram que os procedimentos para o
controle de infecção cruzada variam significativamente entre os consultórios, e
vários dentistas ainda enviam trabalhos contaminados ao laboratório.
A098
Análise do potencial antimicrobiano de medicações intracanal
utilizadas em Endodontia.
NASSRI, M.
R. G.*, MARTINELLI, F., PORTES, M. L., PIETRO, R., LIA, R. C. C.
Universidade
de Ribeirão Preto – UNAERP. Tel.: (0**16) 603-6717.
O objetivo do presente estudo foi determinar a ação
antimicrobiana de duas substâncias – NDP e PRP – utilizadas como medicação
intracanal em endodontia, quando em contato com bactéria comumente encontrada
no canal radicular, Staphylococcus aureus (ATCC), em meios de cultura
sólido e líquido. A infusão bacteriana foi preparada utilizando meio BHI,
correspondente a 0,5 da escala MacFarland. Para o meio sólido, foi realizado o
experimento em duas camadas de meio de cultura sobre a placa de Petri. Na base
foram colocados 10 ml de Müller-Hinton e, após sua solidificação, uma outra
camada, também de 10 ml, preparada com infusão de bactéria diluída em
5:10, meio BHI e 5 ml de Müller-Hinton. Feito isto, foram espalhados
aleatoriamente na placa de Petri, discos de filtro previamente embebidos das
substâncias testadas e soro fisiológico, usado como controle negativo. Em cada
placa foram colocados vários discos contendo uma única substância-teste. Para o
meio líquido (BHI), foram colocados em tubos 2 ml de meio BHI acrescidos
de uma mistura de 5 ml de 2:10 de infusão bacteriana e BHI, previamente
preparada. Em cada tubo foi colocado apenas um disco de filtro. As placas e os
tubos foram armazenados em estufa, e após 24 horas, os resultados foram
obtidos.
Foi concluído que houve formação de halos de inibição quando do uso das
medicações PRP e NDP, sendo que o PRP mostrou maiores halos de inibição,
indicando maior potencial antimicrobiano. Em meio líquido houve crescimento
bacteriano em todos os tubos.
A099
Efeito da oclusão e do grau de higienização na atividade de
bactérias causadoras da doença cárie.
FRANCISCO,
M. G., GARROTE, C. S., JORGE, A. O. C., PORTO, C. L. A., FARIA, I. S.
São Paulo.
O biofilme (placa bacteriana) é considerado o fator
etiológico determinante da cárie dentária e, por isso observa-se a importância do
papel da higiene oral na promoção e prevenção da saúde bucal. Os métodos de
remoção do biofilme das superfícies do dente através da escovação representam
um meio eficaz e de grande amplitude na população e têm como finalidades
diminuir as concentrações bacterianas e prevenir a cárie. Os contatos oclusais
também apresentam influência significativa sobre a remoção da placa bacteriana
nestas superfícies dentais. Este estudo visa observar se o efeito mecânico da
oclusão poderá ou não atuar sobre a quantidade de bactérias cariogênicas. O
objetivo será verificar este efeito da oclusão e do grau de higienização na
quantidade de S. mutans em relação às fóssulas funcionais e não
funcionais de primeiros molares inferiores. Para tanto serão selecionados, no
momento da triagem e 30 dias após a motivação para os procedimentos de
higienização, 10 fóssulas mesiais e 10 fóssulas centrais de dentes primeiros
molares inferiores humanos íntegros de pacientes com idade média de 8 anos e
com oclusão 1:2 (cúspide crista). As amostras serão obtidas com a utilização de
cone de papel absorvente estéril e imediatamente após a coleta, estes cones
serão imersos em solução salina e semeados em meio de cultura seletivo para o
desenvolvimento de Streptococcus mutans.
A100
Avaliação da inibição bacteriana dos dentifrícios
“naturais”.
MORAIS, A.
P.*, VELMOVITSKY, L., MOTTA, L., MEDEIROS, U. V., UZEDA, M.
UFRJ; UFF;
UNIVERSO. E-mail: andmor@highway.com.br
Foi avaliada a capacidade inibitória mínima (CIM), in
vitro, de 4 dentifrícios contendo agentes considerados “naturais” –
Sorriso Herbal® (SH), Malvatricin® (M), Gessy Cristal®
(GC) e Paradontax® (P), sobre cepas bacterianas envolvidas no
processo de cárie (Streptococcus mutans, Streptococcus sobrinus e
Lactobacillus casei – padrão ATCC). Foram testadas, em
triplicata, uma solução concentrada com 3 g de cada dentifrício para
10 ml de água deionizada e diluições seriadas de 1:2, 1:4, 1:8, 1:16, 1:32
e 1:64 dessa solução. O dentifrício GC não apresentou inibição bacteriana em
nenhuma das concentrações e nas diluições 1:16, 1:32 e 1:64 nenhum dentifrício
foi eficaz. Os dentifrícios mais eficazes na inibição global, ou seja, somada a
CIM das 3 cepas, com a solução concentrada, foram em ordem decrescente: M
(31,3 mm), SH (16,6 mm) e P (13,7 mm). Nas diluições 1:2 e 1:4
apenas SH apresentou inibição para as três cepas (somatório de 8 mm e
4 mm respectivamente). O dentifrício M, nas diluições 1:2, 1:4 e 1:8, só
foi eficaz para Streptococcus sobrinus com CIM de 11 mm, 7 mm
e 5,7 mm respectivamente.
Conclui-se que, nas condições propostas, o GC não possui atividade
antibacteriana; o M obteve melhor desempenho na inibição global e produziu
inibição, mesmo que de uma única cepa, nas maiores diluições porém SH foi o
dentifrício que manteve-se efetivo para uma maior variedade de cepas mesmo
quando diluído.
A101
Concentração de flúor em medicamentos pediátricos e risco de
fluorose dental.
ANZAI, A.*,
RIZZI, R. I., FURLANI, T. A., SILVA, T. L., SILVA, S. M. B., BUZALAF, M. A. R.
Departamento
de Ciências Biológicas – FOB – USP. Tel.: (0**14) 235-8346.
E-mail: mbuzalaf@fob.usp.br
Os índices de fluorose dental têm aumentado em todo o mundo
nos últimos anos. Isto se deve ao consumo de flúor (F) a partir de várias
fontes. Assim, todas as fontes possíveis de F consumidas por crianças na faixa
etária de risco para fluorose dental devem ser avaliadas. Muitos medicamentos
pediátricos são consumidos diariamente por crianças com problemas de saúde
crônicos, ou mesmo na forma de vitaminas. O objetivo deste estudo foi analisar
a concentração de F total (FT) e solúvel (FS) em HCl 0,01 N (“suco
gástrico”) em 119 medicamentos mais comumente prescritos a crianças, em
diversas áreas médicas, para problemas de saúde crônicos. As amostras dos
medicamentos foram adquiridas em Bauru e Presidente Prudente, SP. O conteúdo de
FT foi separado por difusão facilitada por HMDS e o de FS, incubando-se as
amostras (que continham mais de 10 ppm FT) a 37ºC por 1 h em HCl
0,01 N. As análises de F foram feitas com o eletrodo íon-específico (Orion
96-09). As concentrações de FT encontradas variaram de 0 a 54,24 (ppm) e 4
medicamentos apresentaram concentração de FT maior que 10 ppm. Nestes, as
concentrações de FS variaram entre 0,15 e 27,32 ppm.
Em virtude dos resultados obtidos, concluímos que alguns dos
medicamentos testados podem ser importantes fatores de risco para fluorose
dental, quando somados à ingestão total de F a partir da dieta. Os
profissionais da saúde deveriam ser informados destes resultados. Além disto o
rótulo dos produtos deveria informar a sua concentração de F.
A102
Purificadores de água domésticos e concentração de flúor na
água.
LEVY, F. M.,
RODRIGUES, M. H. C., CAVASSANI, T. T., BASTOS, J. R. M., BUZALAF, M. A. R.*
Departamento
de Ciências Biológicas – FOB – USP. Tel.: (0**14) 235-8346.
E-mail: mbuzalaf@fob.usp.br
Os purificadores de água à base de osmose reversa e
destilação removem uma grande quantidade de flúor (F) da água, entretanto ainda
há controvérsias quanto ao comportamento dos purificadores à base de carbono
ativado. Se a remoção de F pelos purificadores for significativa, pode haver um
número cada vez maior de crianças bebendo água com um nível de F abaixo do
recomendado para prevenir cáries, o que indicaria uma suplementação. O objetivo
do nosso trabalho foi avaliar o grau de remoção de flúor por purificadores de
água caseiros, bem como verificar a qualidade de fluoretação da água de
abastecimento da cidade de Bauru, SP. Foram coletadas amostras da água da
torneira e do purificador de água de 20 residências, em 3 pontos de
distribuição de água da cidade. A análise de F nas amostras foi feita com o
eletrodo íon-específico (Orion 96-09), após tamponamento com Tisab II. As
concentrações de F (ppm) encontradas nas amostras de água provenientes da
torneira e do filtro (média ± DP, n = 20) foram: 1,05 ±
0,170 e 1,113 ± 0,228; 0,695 ± 0,145 e 0,591 ± 0,221;
0,603 ± 0,093 e 0,596 ± 0,157, para as regiões 1, 2 e 3,
respectivamente. Dos 60 purificadores testados, 4 (à base de carvão ativado)
removeram o F da água, total ou parcialmente.
Concluiu-se que a fluoretação da água de abastecimento da cidade de
Bauru, SP não é homogênea e que alguns filtros à base de carvão ativado removem
total ou parcialmente o F da água. Maiores estudos são necessários para se
estudar o comportamento dos filtros de carvão ativado, a fim de se esclarecer
por que alguns removem F da água e outros não.
A103
Avaliação in situ de uma formulação de dentifrício
com concentração reduzida de flúor.
PERES, P. E.
C.*, DEL BEL CURY, A. A., CURY, J. A.
Departamento
de Ciências Fisiológicas – FOP – UNICAMP. E-mail: jcury@fop.unicamp.br
Avaliação in vitro demonstrou que uma formulação
contendo 550 ppm F apresentou reatividade similar a um dentifrício convencional
com 1.100 ppm F. Resultados preliminares desta formulação, com o uso de placas
palatinas, demonstraram sua eficiência em reduzir a desmineralização do
esmalte. Entretanto não foi avaliada a relação dose/efeito e não foi utilizado
um controle positivo. Foi feito um estudo cruzado, duplo-cego, composto de 5
etapas de 15 dias, onde 15 voluntários adultos, usando prótese parcial
removível, contendo 4 blocos de esmalte, sendo 2 hígidos e 2 com lesão
artificial de cárie, foram submetidos a tratamentos com dentifrícios:
I = não fluoretado; II = 275; III = 550 e
IV = 1.100 ppm F; V = Crest Regular (controle positivo). Os
dentifrícios continham sílica e suas formulações foram modificadas para
melhorar a reatividade do flúor (NaF) com o esmalte dental. Análises da dureza
(Knoop) da superfície, secção longitudinal e flúor incorporado foram
determinadas no esmalte. Os resultados demonstram que a formulação com
550 ppm F foi mais eficiente que os dentifrícios placebo e 275 ppm F
(p << 0,05) e foi equivalente em efeito ao controle positivo (p >> 0,05)
em: 1) reduzir a desmineralização da superfície e da lesão de cárie; 2)
potencializar a remineralização da superfície do esmalte e da lesão de cárie;
3) aumentar o flúor incorporado no esmalte hígido e com lesão de cárie.
Os resultados sugerem que a formulação experimental com concentração
reduzida de flúor pode ter a mesma eficácia do dentifrício convencional e seria
mais seguro em relação a fluorose dental. (CNPq - processo 522679/96-0.)
A104
Estudo in vitro da eficácia anticárie de uma
formulação de dentifrício contendo NaF e CaCO3 estabilizado.
ARGENTA, R.
M. O.*, TABCHOURY, C. P. M., CURY, J. A.
FOP –
UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5303. E-mail: jcury@fop.unicamp.br
Alguns estudos têm sugerido que dentifrícios com NaF são
mais eficientes que os com MFP. Em acréscimo, formular dentifrício com NaF e
CaCO3, abrasivo e matéria-prima nacional de boa qualidade
farmacotécnica é um desafio. Entretanto, uma formulação contendo NaF e CaCO3
estabilizado foi desenvolvida e assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar in
vitro a eficácia desta formulação em inibir a desmineralização do esmalte
dental. Preparou-se dentifrícios com 275, 550 e 1.100 ppm F (G1 a G3),
contendo NaF/CaCO3, os quais foram comparados com um controle
positivo (CrestÒ, G4). Quarenta blocos de esmalte foram obtidos a
partir de dentes humanos. Uma ciclagem de pH consistindo de 6 h/dia na
solução desmineralizante, 17 h/dia na solução remineralizante, e 2
tratamentos com os dentifrícios por dia, durante 14 dias foi realizada. Os
blocos foram seccionados longitudinalmente e microdureza da lesão de cárie
(KHN x mm) foi determinada nos blocos que participaram da ciclagem e em um
grupo de blocos hígidos (G5) que não participou da ciclagem. Os resultados
foram (média ± DP): G1) 28.198,9 ± 4.844,3a; G2) 30.509,3 ±
6.744,4a; G3) 37.495,3 ± 5.744,3b; G4) 38.633,0 ± 3.622,8b; G5)
47.915,8 ± 2.576,9c. Médias seguidas por letras distintas diferem
estatisticamente (p << 0,05).
A formulação experimental com 1.100 ppm F contendo NaF e CaCO3
estabilizado apresentou a mesma eficácia do controle positivo na redução da
perda mineral da lesão cariosa, sendo mais eficiente que as concentrações de
275 e 550 ppm F. (FAPESP – Processos: 99/12229-3 e 01/00722-9.)
A105
Cariogenicidade de diferentes leites suplementados ou não
com ferro.
PERES, R. C.
R., COPPI, L. C., ROSALEN, P. L.*, DUARTE, S., VOLPATO, M. C., HECK, A. R.
Departamento
de Ciências Fisiológicas – FOP – UNICAMP.
Tel./fax: (0**19) 430-5308. E-mail: rosalen@fop.unicamp.br
Os objetivos do trabalho são avaliar a cariogenicidade de
diferentes tipos de leite e o efeito cariostático do ferro (Fe) quando
suplementado em uma fórmula infantil, utilizando modelo de cárie em rato
dessalivado. Utilizaram-se 60 ratas Wistar spf, infectadas com Streptococcus
sobrinus 6715. Aos 25 dias de idade, estas foram submetidas à cirurgia de
dessalivação. As ratas foram divididas em 6 grupos que receberam ad libitum:
(1) água destilada esterilizada; (2) leite humano; (3) leite bovino; (4) leite
Ninho em crescimento®; (5) leite Ninho em crescimento® +
Fe (88 ppm) e (6) água com 5% de sacarose. Os grupos controles (1 e 6)
receberam dieta essencial NCP#2, 2 vezes/dia, via gavagem. O consumo de
líquidos foi registrado diariamente e os animais, pesados semanalmente. Após 21
dias, as ratas foram sacrificadas e avaliadas quanto a microbiota oral e índice
de cárie pelo método de Keyes modificado por Larson. Os resultados foram
submetidos ao teste Kruskal-Wallis. Não houve diferença estatística quanto a
porcentagem de S. sobrinus entre os grupos 2, 3, 4, 6 (37,5-44,8%) e
entre os grupos 1 e 5 (6,5-15,2%) (p << 0,05). Os índices de
cárie de sulco e [superfícies lisas], são os que se seguem: (1) 6,3 [16,3]; (2)
20,9 [25,7]; (3) 21,5 [9,5]; (4) 47,1 [45,0]; (5) 33,3 [31,6]; (6) 53,8 [54,8].
Conclui-se
que os leites humano e bovino não apresentaram cariogenicidade significativa,
diferentemente das fórmulas infantis, e a adição de Fe mostrou efeito
cariostático, podendo ser um método preventivo nos dois problemas de saúde
pública como cárie e anemia ferropriva. (Apoio: FAPESP – Processo:
9804779-0; CNPq; CAPES.)
A106
Composição bioquímica da placa dental formada na presença de
dentifrício fluoretado.
LEME, A. F.
P.*, TABCHOURY, C. P. M., DEL BEL CURY, A. A., CURY, J. A.
Departamento
de Ciências Fisiológicas – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5303.
E-mail: jcury@fop.unicamp.br
Trabalhos anteriores têm mostrado uma baixa concentração de
cálcio (Ca), fósforo (P) e flúor (F) na placa dental formada na presença de
sacarose. Esses estudos foram realizados na presença de apenas água fluoretada,
entretanto não se sabe se o mesmo ocorreria com o uso de dentifrício fluoretado
(DF). Para esse estudo dez voluntários utilizaram dispositivos acrílicos
intrabucais contendo 4 blocos de esmalte bovino. Esses blocos estavam
protegidos por uma tela plástica para permitir o acúmulo de placa. Sacarose a
20% foi gotejada sobre os blocos dentais sendo que em dois deles a freqüência
foi de 4 X/dia e nos outros dois, 8 X/dia. Os voluntários utilizaram
dentifrício fluoretado (1.100 ppm F como NaF). Uma suspensão (1:3) do
mesmo dentifrício foi gotejada sobre os blocos 3 X/dia. Após 14 dias, a
placa formada sobre os blocos foi coletada e no extrato desta foram
analiticamente determinados F, Ca, P solúveis em ácido. Polissacarídeo solúvel
em álcali (PSA) também foi avaliado na placa dental. Os resultados
(médias ± DP) de acordo com a exposição a sacarose, 4 X/dia e
8 X/dia, foram respectivamente: 1) F (µg/g): 74,20 ± 46,62a;
24,05 ± 25,37b; 2) Ca (mg/g): 1,04 ± 0,38a; 0,52 ± 0,27b; 3) P
(mg/g): 0,58 ± 0,17a; 0,37 ± 0,20b; 4) PSA (mg/g): 27,16 ±
8,72a; 76,53 ± 38,39b. Médias seguidas por letras distintas diferem
estatisticamente (p << 0,05).
Considerando
a freqüência de sacarose, os resultados confirmam estudos anteriores,
entretanto a concentração de flúor na placa foi maior no presente estudo do que
quando somente água fluoretada foi usada. (Apoio: FAPESP – Processo:
99/12080-0.)
A107
Atividade antimicrobiana da própolis e suas frações sobre mutans.
HAYACIBARA,
M. F.*, DUARTE, S., KOO, H., IKEGAKI, M., PARK, Y. K., BOWEN, W. H., ROSALEN,
P. L., CURY, J. A.
Departamento
de Ciências Fisiológicas – FOP – UNICAMP.
Tel.: (0**19) 430-5303. E-mail: jcury@fop.unicamp.br
Estudos recentes têm mostrado resultados promissores em
relação ao efeito anticárie do extrato da própolis de Apis mellifera da
região de Minas Gerais (MG). Entretanto, ainda não está definido qual(is)
substância(s) ativa(s) é responsável por esse efeito. O objetivo desse estudo
foi avaliar a atividade antimicrobiana de frações purificadas da própolis de MG
com a finalidade de se isolar os compostos ativos desta substância natural. O
extrato etanólico da própolis (EEP) foi fracionado com os seguintes solventes,
num gradiente crescente de polaridade: A-hexano, B-clorofórmio, C-acetato de
etila e D-etanol. As 4 frações (A, B, C e D) e o EEP foram avaliados nos
seguintes testes: 1) determinação do halo de inibição realizada em placas
contendo BHIA inoculadas com S. mutans Ingbritt 1600 e S. sobrinus
6715; 2) determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM); e 3)
determinação da Concentração Bactericida Mínima (CBM). Os resultados do teste 1
mostraram que A, B e C não diferiram (p << 0,05) do EEP.
Entretanto, este mesmo comportamento não foi encontrado para os testes 2 e 3. O
EEP apresentou a CIM entre 200 e 400 µg/ml, enquanto A demonstrou
atividade antimicrobiana superior ao EEP. A fração B e demais apresentaram
menor ou nenhuma atividade, respectivamente. Para o teste 3, foi observado que
somente A apresentou atividade bactericida.
Assim, conclui-se que a atividade antimicrobiana da própolis está mais
relacionada com a fração hexânica, sendo o composto ativo de caráter apolar.
(Apoio: FAPESP – Processo: 99/12085-1; CNPq – Processo: 468474/00-5.)
A108
Formação de “CaF2” no esmalte dental após ATF
profissional.
GONÇALVES,
N. C. V.*, HAYACIBARA, M. F., LEME, A. F. P., LIMA, Y. B., QUEIROZ, C. S.,
GOMES, M. J., KOZLOWSKY, F.
Departamento
de Ciências Fisiológicas – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5303.
E-mail: jcury@fop.unicamp.br
Os produtos utilizados para aplicação tópica profissional
(ATF) apresentam-se em diferentes veículos e concentrações de flúor (F).
Entretanto, a relação entre a concentração de F total presente nos produtos e
sua reatividade com o esmalte em termos de formação de flúor fracamente ligado
(“CaF2”) não é conhecida. Embora os vernizes fluoretados apresentem
altas concentrações de F, a maior parte deste apresenta-se sob a forma
particulada e não solúvel. Foram avaliados: I) flúor fosfato acidulado (FFA)
gel (Dentsply,1,23% F); II) FFA espuma (Laclede, 1,23% F); III) verniz
fluoretado (Duraphat 2,26% F); IV) verniz fluoretado centrifugado; e V)
controle. O F solúvel presente no IV foi determinado após centrifugação
(16.000 g) por 3 min. Blocos de esmalte dental bovino (n = 50)
foram divididos nos 5 grupos acima descritos. A concentração de “CaF2”
foi determinada após extração com KOH 1 M e analisada com eletrodo
específico para íon F. Os resultados (média ± DP) da concentração de F
(ppm) nos produtos foram: I) 12.645,4 ± 428,3; II) 12.204,1 ± 970,4;
III) 19.862,9 ± 2.463,9; IV) 3.235,5 ± 910,7. As concentrações de
“CaF2” formado (µgF/cm2) no esmalte foram: I) 50,8 ±
31,8 a,b; II) 77,0 ± 35,9 a; III) 28,6 ± 10,2 b; IV-21,9 ± 8,8
b; V) 0,53 ± 0,16 c. Médias seguidas de letras distintas diferem estatisticamente
(p << 0,05).
Os dados
mostraram que todos os produtos para ATF formaram quantidade significativa de
“CaF2” quando comparados ao grupo controle. Entretanto, considerando que
apenas o F solúvel presente no verniz está livre para reagir com o esmalte,
sugere-se a redução da quantidade de F presente neste produto por razões de
segurança.
A109
Análise de flúor em enxaguatórios bucais encontrados no
comércio brasileiro.
RODRIGUES,
L. K. A.*, DALCICO, R., GOMES, V. E., ZANIN, I. C. J., NASCIMENTO, M. N.,
DUARTE, S.
Departamento
de Ciências Fisiológicas – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5303.
E-mail: lidianykarla@yahoo.com
Considerando que o flúor tem se constituído como a medida
mais importante para reduzir os níveis de cárie de populações, o uso de
bochechos fluoretados representa uma das alternativas para manter a constância
deste elemento na cavidade bucal. Tendo em vista que o grau de elevação e
manutenção do íon flúor no meio bucal é proporcional à sua concentração
encontrada no veículo utilizado, o presente trabalho teve por objetivo analisar
as concentrações deste íon em sete marcas comerciais de enxaguatórios bucais.
Foram determinadas as concentrações de flúor presentes em cada um dos
enxaguatórios adquiridos em três estabelecimentos comercias diferentes da
cidade de Piracicaba - SP. Para isto, utilizou-se um eletrodo íon
específico Orion 96-09 acoplado a um analisador de íons ORION EA 940, ambos
previamente calibrados com soluções padrões de flúor de 1,5 a 10 mg/ml. Os
enxaguatórios foram diluídos 20 X para que os valores encontrados
satisfizessem a curva de calibração realizada. As concentrações (ppm),
média ± dp, de flúor encontradas nos enxaguatórios (n = 3) foram
respectivamente: Kolynos Flúor® 213,3 ± 9,0; Fluordent®
223,7 ±1,7; Plax Kids® 229,1 ± 3,8; Cepacol Júnior®
218,6 ± 1,1; Sorriso Herbal® 220,6 ± 6,5; Fresh Breath
Menta® 88,7 ± 1,1; Fresh Breath Menta Azul®
88,0 ± 3,7.
Os
resultados mostraram que apenas os enxaguatórios da Marca Fresh Breath®
estavam em desacordo com a portaria nº 29 de 28 de agosto de 2000 da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) do Ministério da Saúde do
Brasil.
A110
Reatividade do esmalte com bochechos fluoretados para
crianças.
DALCICO,
R.*, GOMES, V. E., RODRIGUES, L. K. A., ZANIN, I. C. J., NASCIMENTO, M. N.,
DUARTE, S.
Departamento
de Ciências Fisiológicas – FOP – UNICAMP.
Tel.: (0**19) 430-5303.
E-mail: rodalcico@hotmail.com
O presente trabalho avaliou três marcas comerciais de
bochechos fluoretados, que foram codificados: Plax Kids (I), Cepacol Júnior
(II) e Fluordent (III). Uma solução de NaF 0,05% (V) e água deionizada (IV)
foram, respectivamente, utilizadas como controles positivo e negativo. A
reatividade dos bochechos foi determinada utilizando-se 130 blocos de esmalte
humano, metade dos quais hígidos (BH) e os outros 65 tinham lesão de cárie
artificial (BC). O tempo de reação foi de dez minutos. Dos produtos de reação
com o esmalte, o flúor fracamente ligado (CaF2) foi extraído
utilizando-se KOH M e o fortemente ligado (FA) por ataque ácido (HCl 0,5 M). As
concentrações de flúor foram mensuradas com eletrodo íon específico. Os
resultados (média ± DP) de “CaF2” em µgF/cm² nos grupos BH - I
a V foram respectivamente: 93,7 ± 52,6 a; 2,9 ± 2,7 b; 1,24 ±
0,43 b; 0,135 ± 0,13 c; 1,85 ± 0,96 b. Nos grupos BC - I a V
foram respectivamente: 23,4 ± 23,1 a; 5,42 ± 2,88 b; 6,2 ± 2,44
b; 1,4 ± 0,39 c; 4,9 ± 1,45 b. Os resultados (média ± DP) de FA
(µg/g) para BH foram, na mesma ordem: 2.369,7 ± 1.593,7 a; 2.460,6 ±
1.126,2 a; 1.961,1 ± 605,3 a; 2.095,1 ± 997,0 a; 1.388,5 ± 832,4
a. Para o grupo BC: 811,7 ± 400,8 a; 642,5 ± 399,3 a; 597,8 ±
145,6 a; 645,4 ± 215,8 a; 622,5 ± 229,9 a. Médias seguidas de letras
distintas diferem estatisticamente (p << 0,05).
Os resultados sugerem que existem diferenças na reatividade dos
bochechos quanto à formação de flúor fracamente ligado (“CaF2”), tanto
para esmalte hígido quanto para esmalte cariado.
A111
Concentração de F nos principais dentifrícios do Brasil e a
nova portaria de regulamentação.
TABCHOURY,
C.*, ARGENTA, R., ASSAF, A., ZANIN, L., PARDI, V., JORDÃO, M., KLEIN, A.,
MIALHE, F.
FOP –
UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5303. E-mail: cinthia@fop.unicamp.br
Tendo em vista a importância dos dentifrícios fluoretados na
redução da cárie dental, a recente mudança ocorrida na portaria brasileira que
os regulamenta pode comprometer seu potencial terapêutico. Assim, foram
analisados os cinco principais dentifrícios comercializados no Brasil e um
dentifrício recém-lançado, na vigência da atual portaria. Foram feitas determinações
de todas as formas de flúor, e principalmente do solúvel (“ativo” contra
cárie). Para isto, utilizou-se eletrodo específico para íon flúor Orion 96-09
acoplado a um analisador de íons Orion EA 940 previamente calibrados. As
concentrações (ppm), média ± DP, de flúor total e solúvel encontradas nos
dentifrícios (n = 3) foram respectivamente: Colgate® 1321,6 ±
49,4; 1026,6 ± 159,4; Close-Up® 994,0 ± 22,3;
990,7 ± 19,0; Gessy Lever® 1443,3 ± 38,2; 1217,3 ±
116,9; Signal Flúor® 1394,0 ± 124,6; 1305,6 ± 96,8;
Sorriso® 1356,3 ± 18,7; 1164,9 ± 28,4; Contente®
1423,1 ± 19,7; 635,0 ± 9,4. Os resultados demonstraram que
embora a concentração de flúor total nos dentifrícios analisados esteja de
acordo com a portaria atual, a concentração de flúor solúvel encontrada no
dentifrício lançado na vigência desta não atenderia a portaria anterior.
Concluiu-se que é necessário revisar a portaria atual, a fim de garantir
à população brasileira o acesso a dentifrícios contendo flúor potencialmente
ativo em quantidade e qualidade que realmente seja capaz de interferir com o
desenvolvimento da cárie dental.
A112
Saúde dentária de pré-escolares de instituições públicas no
Distrito Federal.
MESTRINHO,
H. D., TOLEDO, O. A.*
Departamento
de Odontologia – UnB. Tel.: (0**61) 577-1439. E-mail:
hdmestrinho@uol.com.br
A prevalência da cárie dentária em pré-escolares tem
mostrado acentuada redução em países industrializados. No Brasil, pesquisas de
âmbito nacional ou regional com pré-escolares são escassas. O objetivo deste
trabalho foi efetuar estudo epidemiológico da cárie dentária em crianças de 5
anos de idade de pré-escolas públicas em 6 regiões do DF onde a água de
abastecimento é fluoretada, e analisar a importância de algumas variáveis na
condição de saúde dentária desta população. Foram examinadas aleatoriamente 594
crianças (287 M e 307 F) por um único examinador (HDM), após remoção
da placa dentária e secagem dos dentes com gaze, sob adequada iluminação. A
atividade da cárie dentária foi registrada em seus diferentes estágios e um
questionário foi aplicado aos pais com informações sobre condição
sócio-econômica, hábitos alimentares e de escovação dentária. Teste do
qui-quadrado (c²) foi empregado para análise das variáveis. O percentual de
crianças livres de cárie foi 35,35%; o índice ceod foi 3,99 (+ 4,71) e o
ceos foi 6,76 (+11,24). Os segundos molares e a superfície oclusal foram os
mais afetados. Maior prevalência de cárie foi observada em crianças de condição
sócio-econômica não-privilegiada (p << 0,001) e naquelas com maior
freqüência de ingestão de guloseimas (p << 0,0001). A condição
de saúde dentária foi independente da freqüência e da forma de escovação
dentária.
Os
resultados indicam necessidade de programas odontológicos preventivos e
curativos para a população estudada.
A113
Avaliação da eficácia de estufas odontológicas usando
indicadores biológicos.
SERRATINE,
A. C. P.*, ROCHA, M. J. C.
Programa de
Pós-Graduação em Odontologia – Doutorado em Odontopediatria.
O objetivo deste estudo é avaliar a eficácia da esterilização
realizada por meio de estufas em consultórios odontológicos de Florianópolis,
SC, empregando-se tiras com esporos do B. subtilis para monitorar os
ciclos de esterilização. Foram testados dentre 115 estufas 40 aparelhos
escolhidos aleatoriamente, distribuídos posteriormente em 8 grupos de acordo
com suas marcas comerciais e tempo de utilização. O desempenho de cada estufa
foi testado através de 2 ciclos de esterilização monitorados. No primeiro
empregou-se uma carga padronizada, distribuída da mesma forma em todas as
estufas testadas, composta por 6 caixas metálicas contendo cada uma 10
instrumentos e um envelope com a tira dos esporos. No segundo uma única tira
foi colocada em uma carga esterilizada durante a rotina do próprio consultório.
Após a esterilização as tiras foram semeadas em meio de cultura líquido
seletivo, incubadas em aerobiose a 37oC por 7 dias, sendo o
crescimento bacteriano avaliado diariamente. Tiras de esporos que sofriam todo
o translado e condições de armazenamento idênticas eram incubadas conjuntamente
para servir de controle positivo e tubos de cultura estéreis, nas mesmas
condições, forneciam o controle negativo. Partindo-se de uma análise de
variância (ANOVA) constatou-se que as marcas comerciais e o tempo de uso das
estufas não constituíram variáveis significativas em relação a qualidade de
esterilização (p = 0,5535). Por isso os aparelhos foram considerados
como um só grupo, verificando-se 22,5% de falhas de esterilização,
correspondentes ao desempenho de 9 estufas.
A114
Determinação microfotográfica de espiroquetas bucais.
YOKOYAMA, J.
L., SANTOS, E. B.*, KOZLOWSKI Jr., V. A.
Departamento
de Odontologia – Universidade Estadual de Ponta Grossa - PR.
Tel.: (0**42) 222-8731. E-mail: betebrasil@uol.com.br
Espiroquetas têm sido associadas a casos clínicos agudos e
presença de exsudato, com autores apresentando diferenças nas porcentagens de
espiroquetas em abscessos periodontais e endodônticos. Amostras oriundas da
cavidade oral de 51 pacientes atendidos nas clínicas odontológicas da
Universidade Estadual de Ponta Grossa foram preparadas pela coloração de Gram e
microfotografadas em microscópio Carl Zeiss, utilizando filmes preto-e-branco e
filtro verde. As fotos obtidas de 80 lâminas foram avaliadas distintamente por
dois examinadores calibrados para o diagnóstico morfológico de espiroquetas.
Não foram encontradas espiroquetas nas amostras coletadas de palato, língua e
exsudato endodôntico. Entretanto, em exsudato proveniente de doença
periodontal, a porcentagem de identificação foi de 38,09%. Espiroquetas foram
significantemente mais abundantes em exsudatos periodontais que em endodônticos
(p << 0,05, segundo teste de qui-quadrado).
A utilização de microfotografia para identificação de espiroquetas pode
ser de valor no diagnóstico diferencial de exsudatos.
A115
Avaliação de anestésico de longa duração com e sem
vasoconstritor.
SOARES, P. C. O.*, volpato, m. c., ARRIVABENE, F. Q., Ranali, j.,
AMBROSANO, G.
Departamento
de Ciências Fisiológicas – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5308.
E-mail: pcosoares@bol.com.br
A literatura mostra dados inconclusivos a respeito do efeito
da bupivacaína em anestesia infiltrativa. Realizou-se um estudo cruzado e
duplo-cego para avaliar os tempos de latência e duração da anestesia pulpar e
em tecidos moles após injeção de: G1) Neocaína® -bupivacaína
0,5% com adrenalina 1:200.000 e G2) Neocaína® - bupivacaína sem
vasoconstritor. Dezoito voluntários adultos saudáveis foram submetidos a 2
anestesias infiltrativas (intervalo de 2 semanas) na região vestibular do
canino superior direito. A anestesia foi avaliada através da aplicação de
estímulo elétrico (Vitallity Scanner Analytic Technology Pulp Tester). O limiar
basal foi estabelecido previamente à injeção. Após esta, o dente foi testado a
cada 2 minutos até ausência de resposta ao estímulo máximo e então a cada 10
minutos até o retorno ao limiar basal. Os dados foram avaliados pelo teste de
Wilcoxon (a = 0,05). Não houve diferença significativa entre os
grupos para tempo de latência (X ± S [min.]: G1 = 2,44 ± 0,89;
G2 = 2,89 ± 1,79; p = 0,2489) e para anestesia em tecidos moles
(X ± S [min.]: G1 = 717,53 ± 164,96; G2 = 690,38 ±
183,01; p = 0,4265). A duração da anestesia pulpar foi estatisticamente
maior no G1 (X ± S [min.]: G1 = 76,67 ± 36,78; G2 = 29,44 ±
17,31; p = 0,0005).
Conclui-se que a bupivacaína associada a vasoconstritor tem sua ação
aumentada no tecido pulpar, o mesmo não ocorrendo em tecidos moles. (Apoio:
FAEP; UNICAMP.)
A116
Supressão bacteriana in vitro entre S. mutans
e S. sobrinus e seu significado em relação à cárie dentária.
PEREIRA, C.
V.*, ROSA, E. A. R., GONÇALVES, R. B., BORIOLLO, M. F. G., ROSA, R. T.,
HÖFLING, J. F.
Laboratório
de Microbiologia – FOP – UNICAMP.
O estudo in vitro das inter-relações bacterianas
entre S. mutans e S. sobrinus tem sua importância baseada na
determinação do papel desses microrganismos no estabelecimento dos biofilmes
sobre as estruturas dentais e de seus potenciais indutores de lesões cariosas.
Com base nesses pressupostos, a presente pesquisa tem como objetivo o estudo da
supressão e recolonização da placa bacteriana in vitro, entre S. mutans
e S. sobrinus, a partir de amostras estreptomicina- e
rifampicina-resistentes. Para o estudo das relações de supressão entre essas
espécies, foram inoculadas simultaneamente alíquotas previamente padronizadas
em tubos acrescidos de diferentes carboidratos fermentáveis. Em intervalos de
tempo determinados foram realizadas coletas, diluições e inoculações das
culturas mistas de S. mutans/S. sobrinus em meio BHI contendo
rifampicina ou estreptomicina e posterior contagem do número total de células
para cada espécie. Na avaliação dos processos de colonização e recolonização da
placa bacteriana in vitro a pesquisa foi dividida em três experimentos:
I) inoculação simultânea de S. mutans e S. sobrinus; II)
placa bacteriana pré-formada por S. sobrinus e inoculação de S.
mutans; e III) placa bacteriana pré-formada por S. mutans e
inoculação de S. sobrinus. Após cada experimento, a placa bacteriana foi
dispersa e inoculada em meio BHI. contendo estreptomicina ou rifampicina e
submetidas à contagem do número de células para cada espécie.
Os
resultados demonstraram uma predominância do número de células de S. mutans
em relação ao S. sobrinus determinando a sua capacidade, in vitro,
de inibir a formação de placa por outras espécies e recolonizar as superfícies.
(Apoio: FAPESP.)
A117
Influência da fluorescência dos materiais restauradores na
detecção de lesões secundárias de cáries pelo laser 655 nm.
ZANIN, F.*,
SOUZA-CAMPOS, D. H., ZANIN, S., BRUGNERA Jr., A., PÉCORA, J., PINHEIRO, A.,
HARARI, S.
Departamento
de Odontologia Social – UFRJ.
O objetivo deste trabalho é determinar a diferença de
fluorescência de sete materiais restauradores obtida através da utilização de
um laser diodo 655 nm. O sistema de fluorescência laser (DIAGNOdent) tem
sido utilizado como método auxiliar na detecção de lesões cariosas secundárias
em torno das restaurações. Este novo método de diagnóstico acrescenta
informações significativas para a decisão do tratamento a ser realizado pelo
cirurgião-dentista. Sabendo-se que a fluorescência da dentina e esmalte
clinicamente sadios é em torno de 0 a 15, procurou-se determinar in vitro
a fluorescência de 7 grupos de materiais restauradores com 10 dentes cada
grupo. O valor médio encontrado para cada material foi: selante sem carga
(Delton) – 22,1; selante com carga (Fluroshield) – 5,8; ionômero de
vidro tipo II (Shofu) – 17,8; resina composta (Z100) – 2,5;
Ormocer (Definit) – 2,4; porcelana (Empress II) – 1,8 e amálgama
(Dispersalloy) – 1,7. As leituras do laser numa escala percentual
diferiram de acordo com o material, variando de 1 a 23. O selante sem carga e o
ionômero de vidro, mostraram valores de fluorescência similares ao da dentina
cariada o que interfere na leitura em torno das restaurações.
O conhecimento do valor da fluorescência dos materiais restauradores
pode nos facilitar a detecção de lesões de cáries secundárias ao redor das
restaurações.
A118
Purificação de antígenos dentinários e reatividade a soros
de pacientes com reabsorção.
HIDALGO, M.
M.*, ITANO, E. N., MAGRO, M. A., PREVIDELLI, I. T. S., CONSOLARO, A.
UEM; UEL;
FOB – USP. E-mail: mhidalgo@onda.com.br
Muito se tem discutido sobre o potencial imunogênico da
dentina e sua participação na etiopatogenia das reabsorções dentárias. O
objetivo do presente trabalho foi verificar a presença de anticorpos
específicos às frações purificadas do extrato dentinário em soros de pacientes
com reabsorção radicular ativa (RRA – n = 12) comparados aos
indivíduos sem reabsorção (n = 12). Adicionalmente foram analisados
soros de pacientes apresentando reabsorção de progressão rápida (RPR –
n = 4). O extrato dentinário foi fracionado por cromatografia de alta
eficiência (HPLC) sendo selecionadas 6 frações antigênicas. A reatividade dos
soros (1/50) foi analisada por ensaio imunoenzimático (ELISA) utilizando
conjugado peroxidase anti-IgM ou anti-IgG humana e OPD, seguida de leitura a
492 nm. Os resultados demonstraram aumento significativo de IgG sérica em
pacientes com RRA frente ao extrato dentinário e às frações purificadas de
massa molecular ~170, ~82/78, ~62, ~55 e ~32,5 kDa quando comparados aos
controles e frente aos antígenos de ~170, ~55 e ~32,5 kDa em relação aos
pacientes com RPR. Não foi observado aumento significativo de IgM ao extrato
dentinário, porém, foi estatisticamente diferente quando utilizadas as frações
~82/78 e ~62 kDa em soros de pacientes com RPR e RRA e ~62 kDa entre
RPR e controles.
Concluímos que os pacientes com RRA apresentam aumento dos níveis de IgG
e IgM aos antígenos de diferentes massas moleculares presentes no extrato
dentinário. (Apoio financeiro: FAPESP – Processo: 98/11690-6.)
A119
Adesão de estudantes de Odontologia ao controle de infecção:
um estudo qualitativo.
FREIRE, D.
N.*, PAIXÃO, H. H., PORDEUS, I. A.
Programa de
Pós-Graduação – Faculdade de Odontologia – UFMG. Tel.: (0**31)
3499-2470. E-mail: posgrad@mail.odonto.ufmg.br
Diversos autores têm investigado a adesão de estudantes de
Odontologia ao controle de infecção cruzada, encontrando diversas falhas na
adoção dessas medidas, apesar de terem um nível adequado de conhecimento a esse
respeito. Visando encontrar explicações para esse comportamento, um estudo
qualitativo longitudinal foi realizado com uma turma de estudantes de graduação
da FO – UFMG, em três momentos distintos do curso, entre 1998 e 2000.
Para a coleta de dados, foram realizados três grupos focais, cada um composto
por nove alunos escolhidos aleatoriamente (n = 27), e pelo mediador.
O conteúdo das reuniões era gravado em áudio e, em seguida, transcrito para
análise de conteúdo. A maioria dos estudantes declarou-se satisfeita com o
conteúdo teórico ministrado sobre controle de infecção. Como fatores que
poderiam explicar as falhas na adoção dessas normas nas clínicas, foram
apontados: infra-estrutura, envolvimento dos funcionários, exemplo dos
professores, tempo, baixa percepção da relevância de determinadas práticas,
falta de experiência, motivação e valores éticos, entre outros.
Portanto, para o exercício consciente e consistente do controle de
infecção, é necessário não apenas uma eficiente transmissão de conhecimentos,
mas também uma atitude de consenso, envolvimento e senso de responsabilidade
individual por parte de todos os indivíduos inseridos no processo
ensino-aprendizagem. (Apoio: CAPES.)
A120
Associação entre consistência de dieta e composição
inorgânica da saliva.
FORTALEZA,
B. M.*, BEZERRA, A. C. B.
Departamento
de Odontologia – Universidade de Brasília. Tel.: (0**61) 226-2981. E-mail: biafort@unb.br
O objetivo deste trabalho foi verificar na primeira
infância, que é uma população onde naturalmente há mudança na ingestão de
alimentos líquidos para sólidos, modificação na composição inorgânica de
saliva. Tratou-se de um estudo transversal, duplo-cego. Escolheram-se,
aleatoriamente, 72 crianças, da faixa etária entre 0 e 36 meses. O estudo foi
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Foi preenchido um questionário de
dieta recordatório de 24 horas e amostras de saliva total não-estimulada foram
coletadas para determinação de titânio, cálcio, magnésio, manganês, fósforo,
cromo, ferro, silício, cobre, alumínio, zinco, bário e boro, por meio da
espectrometria de emissão atômica com plasma indutivamente acoplado. Foram
aplicados aos dados a análise de variância e a regressão linear múltipla,
considerando resultados significativos quando o valor de “p” foi menor ou igual
a 0,05. Não foram observadas diferenças nas concentrações dos elementos
salivares conforme a predominância de ingestão de alimentos líquidos e sólidos,
exceto para o fósforo, cujas concentrações foram maiores quando a alimentação
era sólida. Ao verificar o papel da idade, do número de dentes e da
consistência de dieta na composição de fósforo na saliva, por meio da análise
multivariável, observou-se que 27% das modificações na composição da saliva
deveram-se à idade.
A mudança na composição inorgânica da saliva observada na primeira
infância deve-se à idade.
A121
Fatores de risco à contaminação mercurial entre
profissionais de consultórios públicos e privados.
ASSUNÇÃO, E.
F. P. de*, SILVA NETO, J. M. da, MOREIRA, P. V. L., DUARTE, R. M.,
SAMPAIO, M. C. C.
Pós-Graduação
em Odontologia – UFPB.
O amálgama ainda é um material muito usado na odontologia
brasileira, apesar das implicações sobre a toxicidade de um de seus
componentes, o mercúrio. O objetivo deste estudo foi analisar o comportamento
do cirurgião-dentista (CD) que atua em consultório privado e na rede pública em
relação à contaminação mercurial quando do uso do amálgama de prata. O
instrumento de coleta de dados constou de um questionário que foi aplicado em
47 profissionais, sendo 26 provenientes de consultórios particulares e 21 da
rede pública do município de João Pessoa (PB). Na rede pública, foi registrado
o uso da forma manual de amalgamação em 23,8% dos CDs que responderam ao
questionário, enquanto que, nos consultórios particulares, os profissionais não
mais utilizavam este método. 85,72% dos CDs que atuam em consultórios públicos
não faziam o polimento das restaurações, sendo que, nos consultórios
particulares, todos os profissionais realizavam o polimento, com ou sem
refrigeração. Apenas um profissional de consultório público e dois de
consultórios particulares realizaram o exame para detecção da dosagem de
mercúrio na urina.
Concluiu-se que os cirurgiões-dentistas em questão ainda se expõem à
contaminação mercurial quando do uso do amálgama de prata, entretanto, já
utilizam alguns meios de biossegurança que minimizam esta contaminação. Em
acréscimo, há diferença no comportamento dos profissionais que atuam no
consultório privado e na rede pública frente à contaminação mercurial.
A122
Correlação manchas dentais extrínsecas – água utilizada pela
comunidade Vila Sapê-Imbariê.
PARANHOS, F.
F.*, COSTA, M. C.
CBMERJ;
Disciplina de Odontopediatria – Doutorado – FO – UFRJ.
Tel.: (0**21) 268-1332. E-mail: ffparanhos@aol.com
O presente estudo se propõe a relacionar a grande incidência
de manchas dentais extrínsecas na população da comunidade de Vila Sapê-Imbariê,
Duque de Caxias - RJ, observadas em razão do atendimento odontológico que vem
sendo realizado no CIEP 226, com a água por eles utilizada. Para tal correlação
foi feita uma anamnese para obtenção de informações sobre alimentação,
suplementos vitamínicos, água utilizada e hábitos de higiene, sendo constatado
a ausência de complementos vitamínicos e que grande parte da água consumida vem
de poços, pois a única fonte de água tratada está localizada a mais de um
quilômetro da comunidade. Foi realizada uma amostragem da água dos poços da
região, na qual a análise físico-química (Laboratório de Hidrobiologia –
UFRJ) revelou índices muito elevados de ferro.
Locais |
CEDAE |
CIEP |
Nasc.Rio Taquara |
Rio Taquara |
Poço 1 |
Poço 2 |
Poço 3 |
Poço 4 |
Poço 5 |
Ferro (mg/l) |
0,05 |
0,01 |
0,09
|
1,30 |
10,94 |
2,34 |
0,66 |
1,34 |
8,44 |
Limites
de acordo com a Resolução CONAMA nº20 (1986): Classe 1 – Águas Doces /
Ferro << 0,3mg/l.
Conclui-se que, de acordo com a avaliação feita, o ferro encontrado em
excesso na água da comunidade é a causa do aparecimento de manchas escuras e
difusas na superfície do esmalte, que são facilmente removidas com profilaxia
em consultório dentário e não recidivam quando descontinuado o uso da água.
A123
Efeito bactericida de lasers de baixa potência na presença
de fotossensibilizador sobre Streptococcus mutans.
ZANIN, I. C.
J.*, BRUGNERA Jr., A. J., GONÇALVES, R. B.
Diagnóstico
Oral – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5321.
E-mail: reginald@fop.unicamp.br
Streptococcus mutans presente na placa
supragengival é considerado como o principal agente etiológico da cárie dental.
O objetivo deste estudo in vitro foi determinar se a luz laser de baixa
potência na presença de um fotossensibilizador pode matar Streptococcus
mutans. Suspensões de Streptococcus mutans foram expostas à luz de
um laser de arseneto-gálio-alumínio (660 nm) na presença do
fotossensibilizador azul de toluidina O. Os microrganismos viáveis foram
contados em placas de ágar cérebro-coração após incubação a 37ºC em atmosfera
parcial de 10% de CO2 por 48 horas. Sua exposição à luz laser na
ausência do corante, ou do corante na ausência da luz laser, não apresentou
efeito significativo na viabilidade dos microrganismos. Entretanto, uma
densidade de energia relacionada com a redução do número de microrganismos
viáveis (Streptococcus mutans) foi verificada somente quando eles foram
expostos à luz laser e ao corante ao mesmo tempo. Uma significante proporção de
mortes (total inibição de crescimento) foi encontrada com a concentração de
0,1 mg/ml do corante e uma densidade de energia de 9,6 J/cm2.
Isto foi obtido com uma exposição de 300 segundos à luz laser.
Concluindo, estes resultados sugerem que estas bactérias podem ser
mortas pela luz de lasers de baixa potência na presença de um
fotossensibilizador. (Apoio: FAPESP – Processo: 00/04945-0; FAEP –
Processo: 0991/00.)
A124
Relação entre hipoplasia/opacidade e cárie em dentes
decíduos.
GOMES, V.
E.*, HOFFMANN, R. H. S., SOUSA, M. L. R., GERLACH, R. F., WADA, R. S.
Departamento
de Odontologia Social – FOP – UNICAMP.
E-mail: vivigomes_br@yahoo.com.br
O aumento da prevalência de defeitos de esmalte na dentição
decídua nos levantamentos epidemiológicos mais recentes pode estar relacionado
a um aumento no risco de cárie. O objetivo deste estudo foi relacionar a
presença de defeitos de esmalte, no geral e discriminando hipoplasias e
opacidades, com o componente “c” (cariado) do índice ceo. A amostra foi
composta por 2.846 pré-escolares provenientes de pré-escolas da cidade de
Piracicaba. A coleta de dados foi realizada por 10 dentistas da rede pública,
calibrados e treinados previamente, no ano de 1999. Adotou-se o índice ceo para
cárie e identificou-se os defeitos de esmalte, discriminando em hipoplasias e
opacidades, ambos segundo critérios da OMS. Os exames clínicos foram realizados
sob luz natural e foram utilizados espelhos bucais. O erro intra-examinador foi
de 0,20% de discordância para defeitos sendo 0,17% para hipoplasia e 0,10% para
opacidade. O índice Kappa para o ceo foi 0,92. Foi utilizado o teste
qui-quadrado para verificar a existência da independência entre as variáveis
com nível de 5% de significância. Verificou-se a relação existente entre cárie
e defeito (p = 0,001), cárie e hipoplasia
(p << 0,0001) e não verificou-se relação entre cárie e
opacidade (p = 0,4110).
A presença de opacidade não apresentou relação com a cárie, entretanto a
relação entre defeitos de esmalte e cárie foi confirmada, evidenciando a
importância de incorporar este indicador de defeitos de esmalte nos
levantamentos epidemiológicos. (Apoio financeiro: FAPESP – Processos:
99/12891-8 e 00/07353-6.)
A125
Liberação de cálcio de materiais restauradores em diferentes
soluções.
BIJELLA, M.
F. B.1*, GARCEZ, R. M. B. O.1, WHITFORD, G. M.2,
GRANJEIRO, J. M.1,
BUZALAF, M. A. R.1
1FOB – USP; 2M.
C. G. – EUA. E-mail: mbuzalaf@fob.usp.br
O objetivo deste estudo foi determinar os valores de cálcio
(Ca) liberados por dois materiais, Vitremer (Vit), um cimento ionomérico
modificado por resina, e Ariston pHc (Ari), uma resina composta. Os fabricantes
declaram que a resina Ari libera Ca, especialmente em baixo pH, enquanto que o
Vit não. Durante 15 dias, oito amostras cilíndricas de cada material foram
testadas em água e oito em um sistema de ciclagem de pH. Os espécimes foram
colocados na solução de Des (pH 4,3) por 6 h e na solução de Re (pH 7,0)
por 18 h, cada dia. A análise da concentração de Ca foi feita por
espectrometria de absorção atômica. Os resultados (µg/mm2/dia,
média ± DP) foram:
|
Ari Dia 1 |
Ari Dia 7 |
Ari Dia 15 |
Vit Dia 1 |
Vit Dia 7 |
Vit Dia 15 |
Água |
0,769 ± 0,776 |
0,447 ± 0,073 |
0,341 ± 0,052 |
0,005 ± 0,070 |
0,002 ± 0,013 |
-0,008 ± 0,007 |
Des |
0,185 ± 0,322 |
0,304 ± 0,152 |
0,112 ± 0,070 |
-0,248 ± 0,160 |
0,072 ± 0,105 |
0,318 ± 0,051 |
Re |
0,261 ± 0,096 |
-0,287 ± 0,041 |
-0,310 ± 0,053 |
0,523 ± 0,025 |
0,277 ± 0,187 |
0,210 ± 0,079 |
O Ca
liberado do Ari em água decresceu com o tempo mas foi significantemente maior
que o do Vit. Na solução de Des, o Ca liberado do Ari foi significativamente
menor que quando em água e houve um balanço de Ca negativo quando na solução de
Re. Estes achados inesperados podem ser devidos à precipitação de CaF2 nas
superfícies dos espécimes do Ari. Na solução de Re, o Ca liberado pelo Vit foi
significantemente maior que o do Ari. Estudos de maior duração deveriam ser
feitos para confirmação.
A126
Fatores de virulência e variabilidade genética em amostras
de Candida albicans.
KOGA-ITO, C.
Y.*, RESENDE, M. A., VIDOTTO, V.
Departamento
de Microbiologia – UFMG. Tel./fax: (0**31) 3499-2760.
E-mail: caito@uninet.com.br
Com a crescente incidência clínica das infecções causadas
por leveduras do gênero Candida, a compreensão de sua patogenicidade é
de grande importância. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a produção
de exoenzimas (fosfolipase e proteinase) e a aderência às células epiteliais
bucais em amostras de Candida albicans isoladas da cavidade oral de
pacientes com candidose e indivíduos controle. A variabilidade genética entre
amostras com diferentes graus de virulência também foi estudada. Foram
utilizadas 30 amostras isoladas de pacientes com candidose e 30 de indivíduos
controle. A determinação da produção de exoenzimas foi realizada de acordo com
POLAK (Mycoses, v. 35, p. 9-16, 1992) e AOKI et al. (Zhl
Bakt, v. 273, p. 332-343, 1990). Os experimentos de aderência às
células epiteliais bucais foram realizados de acordo com WELLMER e BERNHARDT (Mycoses,
v. 40, p. 363-368, 1997). O estudo da variabilidade genética foi
realizado através da técnica de PCR-RFLP. A produção de fosfolipase e
proteinase foi maior no grupo candidose em relação ao grupo controle. Diferenças
estatisticamente significantes foram encontradas para a produção de proteinase.
As amostras do grupo candidose apresentaram maior aderência às células
epiteliais bucais em relação aos controles. Não foi observado polimorfismo de
tamanho de fragmentos de restrição de DNAr entre as amostras estudadas.
Conclui-se que as amostras do grupo candidose apresentaram maior
produção de proteinase e apresentaram maior aderência em relação aos controles.
(Apoio financeiro: FAPEMIG.)
A127
Avaliação de um método para a desinfecção de escovas
dentais.
SATO, S.*,
PEDRAZZI, V., LARA, E. H. G., PANZERI, H., OGASAWARA, M. S., WATANABE, E.,
ITO, I. Y.
Departamento
de Materiais Dentários e Prótese – FORP. Fax: (0**16) 633-0999.
E-mail: ssato@forp.usp.br
O objetivo desta pesquisa foi verificar a eficácia in
vivo de um “spray” para a desinfecção de escovas dentais. Quinze pacientes,
7 homens e 8 mulheres, participaram de 4 grupos (estudo “crossover”), testando
em cada um deles um tipo de “spray”: 1- composição básica (conservantes,
solvente, veículo) e digluconato de clorexidina a 0,12%; 2- composição básica e
cloreto de cetilpiridínio a 0,05%; 3- somente a composição básica; 4- somente
água de torneira esterilizada. Após cada escovação, os indivíduos borrifavam o
“spray” sobre as cerdas, sendo que, decorrida uma semana, as escovas usadas
foram recolhidas e novas fornecidas para uso com outro grupo de “spray”. As
escovas recolhidas eram colocadas em tubos de ensaio contendo 10,0 ml de
Letheen Broth (Difco). Cada amostra era submetida à agitação ultra-sônica por
5 s; retirava-se a escova e o caldo era submetido a uma diluição decimal
seriada e semeado nos meios ágar-sangue suplementado (com 1% de hemina e
menadiona), Mitis Salivarius Agar (Difco) e ágar-sangue. Decorrido o período de
incubação, foi feita a contagem das UFC/ml. Os dados foram submetidos ao teste
de Kruskal-Wallis a um nível de significância de 5%. Os resultados demonstraram
que a quantidade de contaminação era sempre menor nos grupos 1 e 2, sem
diferença estatisticamente significante entre eles, sendo o mais alto grau de
contaminação encontrado no grupo 4.
Os “sprays” contendo CHX e CPC demonstraram eficácia em reduzir a
contaminação, sendo um método prático e viável na prevenção de infecção cruzada
e reinfecção do próprio paciente.
A128
Controle de infecção cruzada nos laboratórios de prótese.
CAMPANHA, N.
H.*, GARCIA, P. P. N. S., PAVARINA, A. C., MACHADO, A. L.,
GIAMPAOLO, E. T., VERGANI, C. E.
Departamento
de Mat. Odont. Prót. – FOAr – UNESP. Fax: (0**16) 201-6406.
E-mail: pavarina@foar.unesp.br
A desinfecção dos trabalhos protéticos é uma etapa
importante para prevenir a contaminação cruzada entre pacientes, dentistas e
técnicos de laboratório. O objetivo deste estudo foi obter informações sobre os
métodos utilizados nos laboratórios de prótese para prevenir a transmissão de
microrganismos entre o consultório e o laboratório. O questionário, aplicado
por meio de entrevista, era constituído de questões relativas à desinfecção de
moldes e outros trabalhos laboratoriais. Foram entrevistados 131 técnicos de
laboratório e os resultados revelaram que 82% estão conscientes da
possibilidade da transmissão de infecções virais e bacterianas dos pacientes
para os técnicos. Entretanto, 90% deles não desinfetam os trabalhos que chegam
ao laboratório e 77% não usam luvas. Oitenta e sete por cento dos técnicos
lavam rotineiramente os moldes com água. Entre os itens que chegam ao
laboratório, os mais freqüentemente desinfetados são: moldes (9%), bases de
registro de resina acrílica (3%), registros intermaxilares (2%), estruturas
metálicas (1,5%), dentes montados em cera (1,5%) e modelos de gesso (1%).
Somente 8% dos técnicos responderam que são informados se os pacientes
pertencem a um grupo de risco.
Os resultados deste estudo evidenciaram a necessidade de maior
conscientização por parte dos técnicos para prevenir a contaminação cruzada
através dos trabalhos protéticos que são encaminhados do consultório para o
laboratório.
A129
Relação entre respiração bucal e distúrbios do sono.
BARROSO
NETO, L. G., MARTINES, O. E. R.*, CALAZANS, P. M., MATUCK, I. C.
Pós-Graduação
em Odontologia Social – UFF – Niterói - RJ.
E-mail: afr@afr.org.br
Pacientes portadores de respiração bucal ou de insuficiente
respiração nasal apresentam em sua história clínica, queixas de distúrbios do
sono. O objetivo deste trabalho foi o de verificar a prevalência de queixas de
distúrbios do sono associadas a presença de padrão respiratório bucal em
pacientes sob tratamento de desordens têmporo-mandibulares na Clínica de
Oclusão da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense. Foi
realizada uma pesquisa documental onde foram examinadas 98 fichas de pacientes
disponíveis (90% da clientela). Como resultado do exame, foram encontrados 33
(34%) pacientes respiradores bucais (RB) e 65 (66%) pacientes respiradores
nasais (RN). Dos pacientes RB, 16 (48,4%) apresentaram queixas de distúrbios do
sono, enquanto dos pacientes RN, 18 (27,6%) o fizeram.
Observou-se uma maior prevalência de queixas de distúrbios do sono entre
os pacientes respiradores bucais do que entre os pacientes respiradores nasais,
sugerindo uma forte correlação entre a presença de padrão respiratório bucal e
distúrbios do sono nesta população estudada.
A130
Metodologia estatística nos resumos das Reuniões da SBPqO.
AMBROSANO,
G. M. B.*, ANTONIO, E. A. A., BELOTSERKOVETS, L. R., MORAES, A. B. A.
Departamento
de Odontologia Social – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5209.
E-mail: glaucia@fop.unicamp.br
A melhoria na qualidade da pesquisa científica tem sido
acompanhada de um significativo aumento no número de experimentos com análises
estatísticas; a causa desse aumento é atribuída a facilidade que a informática
tem proporcionado. Contudo, apesar desse fato ser aparentemente favorável, tem
sido associado a um aumento no número de erros e uma análise inadequada pode
comprometer seriamente a validade do trabalho, levando o leitor a acreditar em
conclusões não verdadeiras. Sabendo-se que do grau de familiaridade do leitor
com as técnicas estatísticas depende o quanto ele pode analisar criticamente os
resultados de uma pesquisa; a análise da freqüência de utilização das
diferentes metodologias pode auxiliar na identificação daquelas que devem
receber atenção especial por parte dos pesquisadores e professores de
Bioestatística. Assim, o objetivo do presente estudo foi descrever as
metodologias estatísticas utilizadas com maior freqüência em resumos publicados
das Reuniões da Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica (SBPqO) dos anos
de 1998, 1999 e 2000, avaliando-se todos os resumos.
Observou-se que 59,6% dos resumos utilizaram alguma metodologia
estatística, sendo que destes, 53,2% utilizaram estatística paramétrica, 43,6%
não-paramétrica e 3,2% ambas. As técnicas estatísticas mais freqüentemente utilizadas
foram: ANOVA, Kruskal-Wallis, teste t, teste de qui-quadrado, teste
de Mann-Whitney, estatística descritiva, correlação de Pearson e teste de
Wilcoxon. (Apoio financeiro: CNPq.)
A131
Dieta, higiene oral e visita ao dentista entre crianças
nordestinas.
ELY, M. R.*,
THOMAZ, E. B. A. F., LIRA, C. C., MORAES, E. S., VALENÇA, A. M. G.
Pós-Graduação
em Odontologia – UFPB. Tel.: (0**83) 216-7409.
E-mail: msodont2@ccs.ufpb.br
O presente trabalho avalia características de hábitos
dietéticos, higiene oral e visita ao dentista entre 600 crianças de 2 a 5 anos
de idade, matriculadas em 17 creches públicas das cidades de Aracaju (SE),
Bayeux (PB), João Pessoa (PB) e Recife (PE). Os dados foram obtidos através de
questionários e os resultados foram tratados estatisticamente por análise
descritiva e pelos testes não-paramétricos do qui-quadrado e Fisher.
Observou-se que 528 (88%) crianças mamaram ao peito. A mamadeira noturna foi
utilizada por 232 (38,6%) crianças, sendo acrescido açúcar ao leite em 208 dos
232 casos (89,6%). Verificou-se um decréscimo significativo no uso da mamadeira
noturna com o avanço da idade (p << 0,01). Quando observado o
hábito de higiene oral, 582 (97%) crianças possuíam sua própria escova de
dentes, enquanto que um total de 586 (97,6%) executavam escovação dentária
regularmente. Em 374 (62,3%) relatos a escovação era efetuada pela própria
criança, sendo que 183 (30,5%) delas visitaram o dentista pelo menos uma vez. A
faixa etária em que a visita ao dentista ocorreu mais freqüentemente foi a de
4-5 anos (p << 0,01).
Conclui-se que a alta prevalência do hábito de mamadeira noturna é
preocupante tanto quanto a baixa freqüência de crianças que visitaram o
dentista, fatos que denotam a necessidade de implementação de programas
educativos e preventivos. O dentista possui um papel vital em informar e
alertar quanto ao comportamento em saúde bucal a fim de melhorar o perfil
epidemiológico da população infantil.
A132
Prevalência de sobressaliência, sobremordida, apinhamento e
perda prematura na dentição decídua.
THOMAZ, E.
B. A. F.*, ROESCH, M. E., LIRA, C. C., MORAES, E. S., VALENÇA, A. M. G.
Programa de
Pós-Graduação em Odontologia – UFPB. Tel.: (0**83) 216-7409.
O objetivo deste estudo foi verificar a prevalência de
maloclusões na dentição decídua em 989 crianças de 2 a 5 anos de idade
matriculadas em creches públicas das cidades de Aracaju (SE), Bayeux (PB), João
Pessoa (PB) e Recife (PE). O exame constou de inspeção visual, observando-se:
a) protrusão dos incisivos superiores (PR); b) “overbite” acentuado (OV); c)
apinhamento (AP); d) perda prematura de elementos dentários (PP). Para o
tratamento estatístico, utilizou-se o teste não-paramétrico do qui-quadrado (c2)
e a análise descritiva. Constatou-se que 556 (56,22%) crianças já portavam
maloclusões e que PR foi a condição mais prevalente (36,1%), seguida de OV
(16,7%), AP (9,9%) e PP (2,9%). Não houve diferença estatisticamente
significativa entre os sexos (p >> 0,05). PR e OV demonstraram
uma significativa diminuição com o avanço da idade (p << 0,01),
enquanto que PP comportou-se de forma inversa (p << 0,01),
sendo que a maioria destas perdas ocorreu por trauma nos incisivos superiores.
Quanto à distribuição geográfica, as cidades de Recife e Bayeux apresentaram os
maiores índices de AP (p << 0,05), OV
(p << 0,01) e PR (p << 0,01) quando comparados
aos valores registrados para as cidades de Aracaju e João Pessoa.
Tais achados revelam um elevado número de crianças que, ainda na
dentição decídua, são portadoras de maloclusões ou de condições que favoreçam a
instalação das mesmas, fato que denota a importância da adoção de medidas
ortodônticas educativas e preventivas com o intuito de evitar a instalação ou
perpetuação deste problema na população infantil. (Apoio: CAPES.)
A133
Características da dieta consumida por crianças das escolas
pública e privada.
ROSA, M. R.
D.*, RABELLO, P. M., DORNELAS, S. K. L., QUEIROZ, D. M. C., VALENÇA, A. M. G.
Pós-Graduação
em Odontologia – UFPB. Tel.: (0**83) 216-7409.
O objetivo do presente trabalho foi avaliar a dieta
consumida por 154 crianças, entre 7 e 12 anos, matriculadas em escolas pública
(EPUBL, n = 75) e privada (EPRIV, n = 79), situadas em João
Pessoa (PB). Foram avaliados: 1. freqüência das refeições principais; 2. grupo
de alimentos consumidos nestas refeições; 3. número de lanches realizados; 4.
freqüência de ingestão de sacarose ao dia e nos lanches; 5. alimentos mais
consumidos durante os lanches. Os achados foram submetidos à análise
estatística através dos testes não-paramétricos do qui-quadrado e exato de
Fisher. Em relação à freqüência de refeições principais, os dois grupos de
escolares comportaram-se de maneira similar. Leite e derivados foram mais
ingeridos pelos escolares da EPRIV no desjejum e no jantar
(p << 0,01). A ingestão de frutas no jantar predominou entre as
crianças da EPRIV (p << 0,01). Constatou-se uma freqüência mais
elevada de sacarose, entre as refeições, em crianças da EPRIV em relação às da
EPUBL (p << 0,05). Refrigerantes, balas, pirulitos e chocolates
foram significativamente mais consumidos entre as refeições pelas crianças da
EPRIV, enquanto a ingestão de sorvetes e picolés foi maior naquelas da EPUBL
(p << 0,01).
Conclui-se que a dieta consumida pelas crianças das EPUBL e EPRIV se
diferenciou em alguns grupos de alimentos ingeridos no desjejum e no jantar
como também nos alimentos consumidos entre as refeições, sendo necessário, em
ambos os grupos, o aconselhamento dietético com o intuito de mudança dos
hábitos alimentares, particularmente quanto aos alimentos consumidos nos
lanches. (Apoio: PIBIC/CNPq.)
A134
Experiência e distribuição da cárie dentária entre crianças
de 2 a 5 anos.
LIRA, C.
C.*, MORAES, E. S., THOMAZ, E. B. A. F., ELY, M. R., VALENÇA, A. M. G.
Pós-Graduação
em Odontologia – UFPB. Tel.: (0**83) 216-7409.
E-mail: msodont2@ccs.ufpb.br
No presente estudo foi avaliada a experiência de cárie e sua
distribuição na dentição decídua de 989 crianças de 2 a 5 anos, matriculadas em
creches das cidades de Aracaju (SE), Bayeux (PB), João Pessoa (PB) e Recife
(PE). O exame clínico constou de inspeção visual, sendo os dados tratados
estatisticamente pelo teste do qui-quadrado. Os resultados mostraram que a
experiência de cárie entre as meninas (47,1%) não foi significativamente diferente
da observada no sexo masculino (52,9%) (p >> 0,05). Em
acréscimo, a experiência de cárie mostrou um aumento significativo com o avanço
da idade (p << 0,01). Em relação aos dentes mais afetados pela
cárie, os molares decíduos (superiores e inferiores) apresentaram-se mais
atingidos do que os dentes anteriores (p << 0,01).
Concluiu-se que, na amostra estudada: as crianças do sexo feminino
tiveram experiência de cárie semelhante às do sexo masculino; o número de
crianças afetadas pela cárie foi maior naquelas de idade mais elevada; os
dentes mais afetados pela cárie foram os elementos posteriores; não foram
alcançadas, na amostra estudada, as metas da Organização Mundial de Saúde para
o ano 2000; a realidade epidemiológica encontrada apontou a necessidade da
elaboração de programas que possibilitem a diminuição da prevalência de cárie
dentária, ainda na dentição decídua em desenvolvimento.
A135
Percepção da estética dental em crianças e seus
responsáveis.
ALMEIDA, C.
G.*, CIAMPONI, A. L., WANDERLEY, M. T.
Departamento
de Ortodontia e Odontopediatria – FOUSP. Tel.: (0**11) 3846-1191.
E-mail: almeidacg@zipmail.com
Os padrões de estética estão cada vez mais exigentes e isso
reflete-se também na Odontologia, através da busca de um sorriso perfeito. O
objetivo deste trabalho foi avaliar a percepção da estética dental em crianças
e seus responsáveis, quando presentes alterações dento-faciais como lesões de
cárie e mordida aberta na região ântero-superior da dentição decídua.
Participaram do estudo 88 crianças e seus respectivos responsáveis,
selecionados nas clínicas da Disciplina de Odontopediatria da FOUSP, que foram
divididos em 4 grupos: 1) Grupo de cárie (n = 48); 2) Grupo de cárie
e mordida aberta (n = 12); 3) Grupo com mordida aberta (n = 9)
e 4) Grupo controle/sem alterações (n = 19). Antes do início da
realização do trabalho o mesmo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
FOUSP. Foi realizada uma entrevista com responsáveis e uma dinâmica psicológica
com as crianças, usando bonecos e uma escala visual analógica de faces. Os
resultados mostraram para os grupos 1, 2, 3 e 4 respectivamente, 85,4%, 66,7%,
55,6% e 21,1% dos responsáveis insatisfeitos com o sorriso da criança, assim
como 85,4%, 83,3%, 55,6% e15,8% perceberam o problema dental da criança. As
crianças perceberam sua condição dental em 54,2%, 33,3% e 11,1% e receberam
comentários de terceiros em 56,2%, 50,0% e 22,2% para os grupos 1, 2 e 3
respectivamente.
Conclui-se que a percepção da estética dental nos responsáveis é grande
quando estão presentes lesões de cárie e em crianças parece depender das
influências do meio e das relações sociais para se processar.
A136
Orientações psicológicas para o manejo clínico dos pacientes
com indicação de prótese ocular.
NICODEMO,
D.*, RODE, S. M.
Departamento
de Odontologia Social e Clínica Infantil – FOSJC – UNESP.
E-mail: denise@fosjc.unesp.br
A Prótese Buco-Maxilo-Facial é uma especialidade abrangente
pois ao restaurar tanto a função como a estética, favorece o ajustamento e
reabilitação dos pacientes à sociedade. Assim, sucesso e eficiência,
competência e compromisso, são aspectos diretamente relacionados ao bem-estar
biopsicossocial. Objetivamos conhecer as expectativas e necessidades do
paciente com indicação de prótese ocular; permitir um traçado psicológico do
seu perfil e delinear as principais orientações para o manejo clínico.
Utilizamos o estudo exploratório para levantamento básico do linguajar e do
conteúdo emocional ligado à problemática da perda. Com base nesse levantamento,
elaboramos um questionário, composto de 43 questões, que pode ser dividido em 5
blocos. Foi aplicado na forma de entrevista dirigida, para pacientes adultos,
de ambos os sexos, assistidos pelo Ambulatório do Curso de Pós-Graduação em
Prótese-Buco-Maxilo-Facial da FOSJC – UNESP. A análise qualitativa dos
resultados, nos levou, dentre outras, a essas principais considerações: o
questionário pode ser aplicado na íntegra ou a partir da seleção de blocos; a
inserção de parte do questionário no cadastro do paciente é de grande valia
para que a intervenção técnica se constitua, cada vez mais, numa abordagem
integradora; faz-se necessário uma maior particularização nas informações e
orientações dadas aos pacientes, considerando suas dúvidas e desejos que são
tão simples mas nem por isso banais.
A prótese
constitui-se numa forma de readaptação do indivíduo à sociedade; algumas
alterações da conduta profissional podem favorecer, ainda mais, seu benefício.
A137
Entendimento de estudantes de Odontologia sobre violência
doméstica (crianças e adolescentes).
SILVA, M.
R.*, MELANI, R. F. H.
Departamento
de Odontologia Social – FOUSP. Tel.: (0**11) 4436-9372.
E-mail: marciaroberti@yahoo.com
Distribuiu-se um questionário entre 61 alunos do quarto ano
de duas faculdades de Odontologia da cidade de São Paulo para avaliar o
entendimento destes sobre a violência doméstica contra crianças e adolescentes
e investigar a postura que eles assumiriam caso se vissem diante de uma vítima.
O questionário continha 4 questões abertas e duas de múltipla escolha, e foi
distribuído no início de uma aula, com autorização do professor responsável. O
trabalho foi aprovado pelo parecer nº 55/00 do Comitê de Ética em Pesquisa da
FOUSP. 90,2% dos entrevistados entendeu por violência doméstica contra crianças
e adolescentes todos atos que produzem danos (físicos, sexuais, psicológicos e
“morais”, este último interpretado tanto como sexual ou psicológico). 1,6%
entendeu que omissões (abandono, negligência) também são modalidades de
violência doméstica. 45,9% acredita que todos os casos (suspeitos ou
confirmados) de violência devam ser notificados (conforme o Estatuto da Criança
e do Adolescente - ECA), e nenhum dos entrevistados soube indicar corretamente
a quem notificar (ao Conselho Tutelar, também segundo o ECA). 82% nunca recebeu
informações sobre o assunto.
Considerando que o cirurgião-dentista é tido como um dos profissionais
mais aptos a identificar casos de violência doméstica contra crianças e
adolescentes entre seus pacientes, é preciso oferecer já no curso de graduação
informações aos futuros profissionais, capacitando-os para que possam intervir
de forma adequada nos processos de violência e assim efetivamente colaborar na
solução deste problema.
A138
A relação entre a cronologia de erupção dos dentes decíduos
e o peso e a estatura.
HADDAD, A.
E.*, CORREA, M. S. N.
Departamento
de Ortodontia e Odontopediatria – FOUSP. Tel.: (0**11) 3887-3719,
fax: (0**11) 3091-7854.
E-mail: anahaddad@uol.com.br
A erupção dentária é um fenômeno que faz parte do processo
de crescimento e desenvolvimento do organismo. O ritmo de crescimento pode ser
muito variável de uma criança para outra e isto, condicionado à interação de
fatores genéticos e ambientais. O crescimento físico é monitorado através do
peso e estatura. Quando estas medidas estão discrepantes da idade cronológica,
usa-se também a idade óssea. Existe uma ampla variação dos limites de
normalidade da idade óssea, e estudos têm mostrado que a idade dentária pode
apresentar uma maior correlação com a idade cronológica do que a idade óssea. O
objetivo deste estudo foi investigar a correlação entre a cronologia de erupção
dos dentes decíduos e as medidas somáticas de peso e estatura, em duas fases
distintas do crescimento infantil. A amostra foi composta por 870 crianças de 0
a 36 meses, submetidas à pesagem, medição e exame da cavidade bucal para
contagem do número de dentes erupcionados. Foram obtidos os seguintes dados em
entrevista com os pais: data de nascimento, peso e comprimento ao nascimento de
cada criança. O protocolo de pesquisa foi aprovado conforme o Parecer
nº 72/00 do CEP. A correlação entre o nº de dentes erupcionados e as
medidas de peso e comprimento ao nascimento e peso e estatura para a idade foi
testada através da técnica estatística de regressão múltipla.
A maior correlação foi verificada entre o
nº de dentes erupcionados e a estatura da criança para a idade. Foi montada uma
tabela de referência onde o nº médio de dentes erupcionados é estimado com base
na idade e estatura da criança.
A139
Avaliação do perfil odontológico da paciente gestante da FO
– UFRGS.
ROSITO, D.
B.*, SLAVUTZKY, S. M. B.
Faculdade de
Odontologia – UFRGS.
O tratamento odontológico à gestante é oportuno e indicado,
pois suas necessidades presentes apresentam-se exacerbadas em função de negligência
na higiene bucal, alterações hormonais e dietéticas que acometem o estado
gestacional. O estudo descreve o perfil de 111 pacientes gestantes que buscaram
atendimento na FO – UFRGS no período de 1999 e 2000. Os dados obtidos de fichas
clínicas padronizadas relativos a idade das gestantes, índice CPOD, índice de
perdas de restaurações durante a gestação, alteração de hábitos dietéticos,
índices gengivais e periodontais desta população e acompanhamento obstétrico
são apresentados e discutidos. Os resultados demonstram que a idade das
pacientes variou entre 14 e 45 anos, com maior prevalência entre 21-30 anos,
CPOD médio entre as gestantes estudadas foi 10,17, o índice de perda de
restaurações nesta gestação foi de 37%, sendo 85,71% das pacientes cárie-ativas.
Constatou-se que 57,97% das gestantes entrevistadas citou aumento da ingestão
de frutas cítricas, e em geral as gestantes relatam aumento da ingestão de
alimentos tanto doces, quanto salgados. Os índices de placa visível e
sangramento gengival encontrados foram respectivamente 51% e 55%.
Conclui-se que é necessário um programa de atenção odontológica que
priorize gestantes, pois este é um grupo estratégico para que haja modificações
de posturas e atitudes, em razão do papel que estas mulheres exercerão na
promoção de saúde bucal de seus filhos. A ênfase na educação é a chave do
tratamento odontológico à gestante.
A140
Causas de abandonos a programa de promoção de saúde bucal.
BARROSO,
S.*, DAMASCENO, L., GAMA, R., MIASATO, J., SILVA, C.
Odontopediatria
e Odontologia de Promoção de Saúde – FO – UFRJ; UNIGRANRIO.
Um programa de promoção de saúde bucal para bebê traz
grandes benefícios à cavidade bucal da criança e mesmo assim, 289 pais ou
responsáveis abandonaram o programa. Foi considerado como desistência, àqueles
que não retornaram às consultas por um período mínimo de 12 meses. O propósito
deste estudo foi de investigar as causas das desistências ao programa e suas
conseqüências na manutenção da saúde bucal dos infantes.
Cento e três famílias participaram como universo dessa investigação e
diante dos resultados encontrados, pôde-se concluir que: (1) grande parte dos
abandonos ao programa deveu-se a motivos inconsistentes ou temporários; (2)
88,3% (n = 91) dos familiares sequer tentaram retornar às consultas e
mesmo assim; (3) 70% (n = 72) dos pais valorizavam a ida dos bebês ao
dentista para prevenir doenças bucais; e (4) após o reingresso ao programa,
78,6% (n = 81) das crianças apresentaram ceos = 0 (zero).
A141
Análise das decisões judiciais sobre as lesões
maxilo-mandibulares.
Cardozo, H. F.*,
Serafim, C.
Odontologia
Social – FOUSP.
O objetivo deste estudo foi verificar o entendimento dos
tribunais sobre a gravidade do dano das lesões maxilo-mandibures. Foram
analisados 46 acórdãos, do quais 39 referentes a lesões dentárias (uma fratura,
10 perdas dentárias unitárias e 28 múltiplas); 3 de lesões ósseas (fraturas
mandibulares); 1 ósteo-dentária (fratura da maxila com perdas dentárias) e três
cujo tipo de lesão não foi especificado. Em 36 acórdãos, o dano mastigatório
compareceu como a conseqüência funcional decorrente do trauma. Quanto a
gravidade do dano, na avaliação pericial: uma lesão foi dada como leve; 38 como
grave; 3 como gravíssima; 4 como grave/gravíssima. Dessas qualificações
iniciais, 19 foram mantidas nos acórdãos e 27 (59%) foram
desqualificadas – 26 lesões dentárias e uma não-especificada. Das lesões
que foram desclassificadas, 21 passaram de grave para leve; duas de gravíssima
para leve; uma de gravíssima para grave e 2 grave/gravíssima para leve. O
motivo da desqualificação declarado nos acórdãos foi a ausência de subsídios
periciais para a qualificação pretendida, em 16 casos; discordância do dano
alegado no laudo pericial, em 8 casos e elementos dentários comprometidos
previamente ao trauma, em 3 casos.
Verificou-se grande divergência entre o entendimento pericial e o dos
tribunais quanto à gravidade do dano das lesões dentárias motivada,
principalmente, pela deficiência de fundamentação nos laudos periciais,
demonstrando a necessidade de maiores cuidados na elaboração desses documentos.
A142
Prevalência de maloclusão em crianças de 5 a 35 meses de
idade de Diadema - SP.
TOLLARA, M.
C. R. N*., DUARTE, D. A., BÖNECKER, M. S., PINTO, V. G.
Departamento
de Ortodontia e Odontopediatria – FOUSP.
O objetivo deste estudo foi estabelecer a prevalência de
maloclusão em crianças na faixa etária entre 5 e 35 meses de idade. Para
cumprir tal proposta utilizou-se uma amostra transversal (n = 413), um
critério metodológico próprio, universalizando a amostra com a coleta de dados
no Dia de Campanha Nacional de Multivacinação. O índice epidemiológico
utilizado foi o da OMS (1997) - método 4 - DAI e a avaliação de
aspectos morfológicos da oclusão seguiu os critérios de Baume (1950), Moyers
(1958) e Foster; Hamilton (1969).
Registrou-se, então, apinhamento, espaçamento anterior e presença de espaços
primatas; “overjet” e “overbite” maxilar; mordida cruzada anterior; mordida
aberta anterior; desvio de linha média; mordida cruzada unilateral/bilateral
posterior; relação canina e molar. De acordo com a metodologia aplicada
inferiu-se que a prevalência de maloclusão foi de 55,9%, não havendo diferença
estatisticamente significante entre os sexos. Sua distribuição entre as
crianças examinadas de acordo com as diferentes fases de erupção foi: na fase
de erupção 1 (grupo dos incisivos decíduos), 23,5%; fase 2 (grupo dos primeiros
molares decíduos), 69,4%; fase 3 (grupo dos caninos decíduos), 80,0% e fase 4
(grupo dos segundos molares decíduos), 87,1%.
Assim, torna-se possível diagnosticar os desvios de normalidade e
interceptá-los precocemente, restabelecendo a integridade da dentadura decídua.
A143
A formação profissional do ACD e do THD frente às exigências
da atual LDB.
LIÑAN, M. B.
G.*, BOTAZZO, C.
Departamento
de Odontologia Social – Faculdade de Odontologia – USP.
Tel.: (0**11) 3091-7891.
Este trabalho analisa as implicações da reforma educacional
profissional introduzidas pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB) nº 9.394/96, nos artigos 36 § 2º, e de 39 a 42, regulamentados
pelo Decreto nº 2.208/97, em curso no Brasil, para a formação dos profissionais
auxiliares da Odontologia: o ACD e o THD. Os procedimentos utilizados
baseiam-se em pesquisas teóricas das legislações estabelecidas pelo Ministério
da Educação e Cultura (MEC), do Conselho Nacional de Educação (CNE), da Câmara
de Educação Básica (CEB), da Secretaria do Ensino Médio e Tecnológico (SEMTEC),
a reforma curricular determinada pelo Programa de Educação Profissional (PROEP),
bem como as Resoluções e Portarias exaradas pelo CFO que ultrapassam o seu
poder de regulamentação.
As novas propostas do ensino profissionalizante, por meio das mudanças
preconizadas pela nova LDB estabelecem que os cursos serão desenvolvidos por módulos,
sendo a qualificação técnica de ACD integrante de itinerário de
profissionalização de THD. A organização da matriz curricular de THD é
desenhado na perspectiva da construção de competências ou seja capacidade de
mobilizar, articular conhecimentos e habilidades necessários para o desempenho
das atividades requeridas no trabalho. O docente (dentista) deverá cursar
programas especiais de formação pedagógica ou licenciatura. A alteração radical
do panorama da educação profissional determinará mudança no ensino da
Odontologia.
A144
O cirurgião-dentista e outros profissionais de Saúde
portadores de HIV/AIDS: considerações bioéticas e psicológicas.
ALVES, E. G.
R.*, RAMOS, D. L. P.
Departamento
de Odontologia Social – FOUSP. Tel.: (0**11) 5549-2618. E-mail: egralves@hotmail.com
Este estudo teve objetivo de analisar experiências vividas
por profissionais de Saúde portadores de HIV/AIDS e seus aspectos bioéticos e
psicológicos. Após aprovação do Comitê de Ética, foram feitas entrevistas com
estes profissionais sobre seu relacionamento com pacientes e pessoas de seu
convívio social. A oportunidade de continuarem ou não exercendo a profissão
também foi analisada e as implicações em comunicar ou não seu paciente. Foi
observado o pavor que têm de serem identificados como pessoas infectadas pelo
vírus HIV, pois haveria implicações insustentáveis em sua vida pessoal e
profissional, além de temerem necessitar mudar de atividade.
Conclui-se que, o profissional de Saúde HIV-positivo, pode continuar
exercendo sua profissão enquanto estiver em condições físicas e psicológicas,
devendo estar sendo acompanhado por equipe de saúde. O profissional não é
obrigado a informar seu paciente sobre sua soropositividade. Como qualquer
pessoa portadora de HIV/AIDS, deve informar seu contactante sexual. É urgente
uma campanha nacional para informar a população sobre seu direito de ser
atendido, em qualquer serviço de saúde, particular ou não, com todo equipamento
de biossegurança. Há ainda, a necessidade de um plano de apoio e orientação
para este profissional que pode se desenvolver em parceria entre organismos
governamentais e não-governamentais.
A145
Comparação de cinco métodos para odontometria de dentes
decíduos.
MENDES, F.
M.*, ARAKI, A. T., DUARTE, D. A.
Departamento
de Odontopediatria e de Dentística – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7854.
E-mail: fausto@fo.usp.br
O objetivo do trabalho foi comparar in vitro cinco
métodos de odontometria em dentes decíduos. Para isso foram selecionados 20
dentes unirradiculares com reabsorção radicular limitado ao máximo de um terço
da raiz. Estes dentes se submeteram a cinco métodos para determinação do
comprimento real de trabalho (CRT): tátil, radiográfico convencional, tátil
associado ao radiográfico, radiográfico digital e localizador apical eletrônico.
Para cada método, estabeleceu-se uma média de três medições. Para verificar o
comprimento real do conduto (grupo controle), uma lima foi introduzida até a
sua visualização no limite apical. Os valores dos diferentes grupos foram
divididos em quatro categorias comparadas ao grupo controle: apropriado quando
o CRT estava entre 0,1 e 1,0 mm aquém do ápice; aceitável quando estava
entre 1,1 e 2,0 mm aquém do ápice; inadequado quando era mais de
2,0 mm aquém do ápice; indesejável quando o CRT coincidia (CRT = 0 mm)
ou ultrapassava o ápice do dente. O grupo do localizador apical obteve maior
número de resultados apropriados (85%), enquanto que o grupo tátil apresentou
os piores resultados, com maior número no grupo indesejável (45%) e apenas 15%
no apropriado. Os grupos de radiografia digital, radiografia convencional e
radiografia + tátil apresentaram resultados intermediários (55%, 45% e 35%
no grupo apropriado, respectivamente).
Concluímos que os grupos com radiografia apresentaram resultados
razoáveis, mas o localizador apical foi o método mais eficiente na odontometria
de dentes decíduos.
A146
Influência do nível econômico na severidade de má-oclusão na
cidade de Araraquara.
CAPOTE, T.
S. O.*, ZUANON, A. C. C.
Departamento
de Clínica Infantil – UNESP – Araraquara. Tel.: (0**16) 201-6335,
201-6328. E-mail: aczuanon@foar.unesp.br
Foi realizado um estudo para verificar a existência de
correlação entre a severidade de má-oclusão e o nível econômico em 930 crianças
de 6 a 12 anos de idade, sendo que 447 eram do sexo masculino (48,06%) e 483 do
sexo feminino (51,94%), alunos de escolas da rede pública e particular de
ensino da cidade de Araraquara - SP. Todos os exames foram realizados nas
próprias escolas por um único profissional treinado, com auxílio de luvas descartáveis,
espátulas de madeira e luz natural. Foi empregado o Índice de Prioridade de
Tratamento Ortodôntico, método de análise internacional que registra seis
características oclusais e fornece a severidade de má-oclusão. A avaliação do
nível econômico foi realizada por meio de questionário (Critério de
Classificação Econômica Brasil), respondido pelos pais das crianças estudadas,
os quais foram classificados em 7 classes econômicas (A1, A2, B1, B2, C, D e
E). De acordo com os dados obtidos, 85,92% das crianças apresentaram algum tipo
de anormalidade oclusal e as maiores porcentagens de crianças faziam parte das
classes econômicas D (31,61%) e C (29,89%). De acordo com a análise de
variância, não houve evidência estatística de que a classe econômica interfere
significativamente na severidade de má-oclusão (p = 0,353873).
Os autores concluíram que embora a maioria das crianças estudadas tenha
apresentado algum tipo de má-oclusão, não foi observada correlação com o nível
econômico das mesmas. (Apoio financeiro: FAPESP.)
A147
Efeito do Sistema Carisolv™ na resistência da união ao
cisalhamento resina/dentina em diferentes substratos dentinários.
CALDO-TEIXEIRA,
A. S.*, PUPPIN-RONTANI, R. M., SINHORETI, M. A. C.,
CORRER-SOBRINHO, L.
FOP –
UNICAMP.
Este estudo teve por objetivo avaliar o efeito do Sistema
Carisolv™ (SC™) na resistência da união ao cisalhamento (RUC) de um sistema
adesivo à diferentes substratos dentinários. Foram empregados 90 dentes,
divididos eqüitativamente em: permanentes, decíduos e bovinos; subdivididos de
acordo com o tratamento (com ou sem aplicação do SC™ - controle). As
amostras foram desgastadas para obtenção de uma superfície plana em dentina e
distribuídas em 6 grupos, sendo os grupos 1, 3 e 5 (aplicação do SCTM -
diferentes substratos) e os grupos 2, 4 e 6 (controle). O SC™ foi aplicado de
acordo com as instruções do fabricante. A seguir, o sistema de união Scotchbond
Multi-Purpose Plus (3M) e o compósito Z100 (3M), foram aplicados. Após
72 h de armazenamento em água a 37ºC, foram submetidos ao ensaio de
cisalhamento na máquina de ensaio Universal, com velocidade de 0,5 mm/min.
Os dados obtidos (MPa) foram submetidos à ANOVA e ao teste de Tukey
(p << 0,05).
|
Bovino |
Decíduo |
Permanente |
|||
Tratamento |
Média |
Desvio-padrão |
Média |
Desvio-padrão |
Média |
Desvio-padrão |
Com SC™ |
3,7388 a |
1,5003 |
2,0643 b |
0,9184 |
2,1203 b |
1,3867 |
Sem SC™ |
1,4105 b |
0,5472 |
2,6503 a |
1,0006 |
3,1655 a |
1,4025 |
Pôde-se
concluir que o emprego do SC™ nos diferentes substratos estudados produziu
menores valores de RUC daqueles encontrados no grupo controle, exceto para o
substrato bovino.
A148
Correlação entre os índices de placa e gengival em pares de
mães e crianças com dentição mista.
RAMIRES-ROMITO,
A. C. D.*, MAYER, M. P. A., OLIVEIRA, L. B., RODRIGUES, C. R. M. D.
Departamento
de Odontopediatria/Ortodontia – FOUSP. Tel.: (0**11) 3088-9201.
E-mail: garomito@uol.com.br
Este trabalhou visou correlacionar as condições periodontais
clínica e radiográfica entre pares de mães (M) e crianças (C). Foram examinados
30 pares M e C (média = 8,76 anos) de ambos os sexos, sem estarem em
tratamento odontológico no momento da pesquisa e não-submetidos à
antibioticoterapia há pelo menos 3 meses do início do estudo. Foram registrados
seus índices de placa bacteriana (IP) e gengival (IG) e realizadas radiografias
interproximais e periapicais. Através de questionários, respondidos pelas M,
foram colhidas informações a respeito dos hábitos de higiene bucal das M e C,
nível de escolaridade das M, se M trabalhava fora ou não e a renda familiar.
Após análise
estatística (p << 0,05), concluiu-se que houve maior correlação
entre os IP e IG no grupo composto por M do que no grupo de C, com exceção da
região dos primeiros molares permanentes onde houve valores semelhantes. Não
existiu correlação significante entre os IP e IG dos pares M e C. Não foi
encontrada nenhuma correlação significante entre perda óssea e IP ou IG dos
pares. O IP total das M foi maior nas mães com as maiores idades e diminuiu com
a freqüência “sempre” do uso de fio dental e quando elas trabalhavam fora. IG
total das M também foi menor quando elas trabalhavam fora de casa. Houve
redução no IP total da C quando ela foi auxiliada pela mãe durante a escovação,
quando M declarou que usava fio dental “sempre” e quando M trabalhava fora. O
índice IG total das C foi reduzido com aumento da escovação e quando M
utilizava fio dental “sempre”. Não houve diferença do sexo da C em relação aos
seus IP e IG.
A149
Perfil dos estudantes de Odontologia – expectativas de
trabalho e remuneração.
ROBLES, L.
P.*, ROBLES, F. R. P.
Pós-Graduação
em Administração de Empresas – Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado –
FECAP.
O objetivo do estudo é conhecer o perfil dos estudantes de
Odontologia, expectativas quanto ao exercício profissional e remuneração
esperada. Colaboraram livremente 132 alunos de instituições pública e privada
com opiniões sobre mercado e local de trabalho, união em grupo, necessidade de
complementação de renda, motivação e especializações, através de respostas
fechadas e abertas, cujos dados foram categorizados e transformados de
qualitativos para quantitativos. Predominaram alunos do sexo feminino,
principalmente na faculdade particular; todos advêm de famílias de classe média
e média-alta. Estão pessimistas com relação a: oportunidades, mercado,
distribuição de profissionais e excesso de faculdades. Têm necessidade de
aprimorar-se, dentro e fora do país, preocupam-se com a falta de apoio governamental,
sorte, tempo de experiência, paciência, e problemas devido à proliferação de
operadoras em saúde bucal, além da falta de recursos e de educação da população
com vistas à saúde bucal. Pretendem empregos públicos, partilhar consultórios,
credenciamentos e, só após cinco anos de formados, atingir remuneração mensal
de R$ 1.500,00. Muitos sugerem sair dos grandes centros.
Conclui-se que os alunos percebem que o alto investimento pessoal,
familiar e da sociedade gera retorno financeiro baixo, mas mantém expectativas
de ultrapassar esta fase de transição, e que a manutenção do estado de saúde e
o controle dos riscos devem ser atendidos e entendidos pelos usuários, governo,
instituições e sociedade.
A150
Capacitação profissional em Odontologia: instituição pública
e particular.
ROBLES, L.
P., ROBLES, F. R. P.*, ROBLES Jr., A.
Pós-Graduação
em Administração de Empresas – Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado –
FECAP.
Esta pesquisa quer mostrar a avaliação e opinião de alunos
no último ano de graduação em Odontologia, de escolas pública e particular
sobre sua capacitação profissional e possíveis propostas de mudanças. Os
tópicos investigados foram: razão da escolha da profissão, adequação do
conteúdo programático, equilíbrio entre teoria e prática e anseio por programas
de pós-graduação. Aplicou-se 132 questionários a alunos das instituições
pública e privada que consentiram livremente em colaborar, gerando respostas
fechadas e abertas, que foram codificadas, classificadas e categorizadas para
tabulação e interpretação através de média, percentual e análise de
variabilidade relativa. Segundo os resultados, as principais razões de escolha
da carreira para alunos de ambas instituições foram: caráter liberal, prestação
de serviços à sociedade, desenvolvimento de habilidades e boa remuneração. As
matérias mais importantes para eles estão ligadas ao exercício clínico,
seguidas das ciências básicas e por último das sociais para as duas
instituições. Na faculdade pública houve percepção de equilíbrio entre teoria e
prática, enquanto na particular predominou a teoria. Todos sugerem inclusão de
disciplinas de alta complexidade técnica e desejam continuar aprendendo em
cursos de especialização, complementação e carreira acadêmica. Julgam-se
capacitados para o exercício da profissão, e as instituições atenderam às suas
expectativas.
Conclui-se que as disciplinas clínicas e curativas destacam-se para os
alunos, numa visão reabilitadora, pouco expressando a necessidade do estudo das
Ciências Sociais na sua atuação.
A151
Avaliação institucional – alunos de faculdade de Odontologia
pública e particular.
ROBLES, L.
P., ROBLES Jr., A.*, ROBLES, F. R. P.
Pós-Graduação
em Administração de Empresas – Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado –
FECAP.
O estudo propõe avaliar a percepção de alunos do último ano
em Odontologia das faculdades pública e particular a que pertencem. Os itens
analisados foram quanto ao incentivo à pesquisa, laboratórios, biblioteca,
salas de aula, recursos de apoio audiovisual, instalações das clínicas,
secretaria, docentes, possibilidades de trabalho, estudo e convivência com
colegas, informações recebidas, dedicação e desempenho do estudante nessas
instituições. A pesquisa analisou respostas obtidas de questões que o aluno
atribuía valor de 0 a 10 para cada item; as 132 respostas (84 de escola privada
e 42 de escola pública) geraram resultados que foram tabulados e interpretados
quanto à média, percentual e variabilidade relativa, observando-se maior
homogeneidade e concentração nas respostas dos alunos do sexo masculino. Para
alunos de faculdade particular, as instalações e os recursos das clínicas foi o
fator que obteve maior destaque, recebendo pior avaliação por parte dos alunos
da faculdade pública. Outra diferença foi no incentivo à pesquisa, em que a
instituição pública se destaca em relação à particular. Não houve diferença
entre as instituições a respeito de instalações como: laboratório, sala de
aula, recursos audiovisuais, docentes e ambiente de convivência, bem como
dedicação e desempenho dos estudantes, enquanto os alunos da pública melhor
avaliaram biblioteca e secretaria.
Conclui-se
que os alunos de ambas instituições consideraram-se bem assistidos, com
diferenças entre: clínicas, secretaria e biblioteca, necessitando modernização
e aprimoramento do ensino odontológico nestes aspectos.
A152
Resistência à fratura de dentes decíduos restaurados com
diferentes técnicas de colagem de fragmentos.
MASTRIA, T.
V., WANDERLEY, M. T.*, RODRIGUES FILHO, L. E., RODRIGUES, C. R. M. D.
Disciplina
de Odontopediatria – FOUSP. E-mail: crmdrodr@fo.usp.br
O objetivo deste foi comparar a resistência à fratura de
dentes decíduos restaurados com três diferentes técnicas de colagem de
fragmentos. Trinta incisivos superiores foram seccionados no terço médio, e os
fragmentos foram colados de diferentes formas: G1- adesivo Single Bond e resina
composta Z100; G2- resina composta Z100 fluidificada pela adição de 1 gota do
adesivo Scotchbond Multi-Uso; G3- cimento resinoso dual Variolink/Vivadent.
Todos os dentes e respectivos fragmentos foram previamente condicionados com
ácido fosfórico em gel por 30 s. Após imersão em água destilada por
24 h, 37ºC, foram polidos e submetidos ao ensaio mecânico de cisalhamento,
em máquina de ensaio universal (Riehle), com carga aplicada à velocidade de
6 mm/min. Os valores de ruptura foram submetidos à análise de variância,
sendo que o Grupo 1 (8,68 ± 2,21) mostrou-se estatisticamente
superior aos demais (G2- 3,51 ± 1,01 e G3- 3,94 ± 1,64), que foram
semelhantes entre si.
Concluiu-se que a combinação de adesivo seguido de resina composta, foi
mais eficiente na colagem de fragmentos em dentes decíduos.
A153
Higiene bucal e saúde gengival: percepções e atitudes dos
responsáveis.
BARCELOS,
R.*, SOUZA, I. P. R.
Disciplina
de Odontopediatria – FO – UFRJ. Tel.: (0**21) 562-2101.
E-mail: rbarcelos@predialnet.com.br
Este trabalho avaliou, através de formulários, a percepção e
as atitudes de responsáveis (RE) por crianças, quanto a higiene bucal (HB) e
sua importância na manutenção da saúde gengival. Foram entrevistados 72 RE por
crianças de 3 a 12 anos de idade, atendidas no ambulatório de Pediatria de um
hospital municipal do Rio de Janeiro. Os resultados foram inseridos em um banco
de dados do programa Epi Info 6.02. A média de idade dos RE foi 31,5 ± 6,6
anos, 94,5% sexo feminino, e das crianças 6,3 ± 2,4 anos, 47,2% sexo
feminino. A escovação dentária (ED) era realizada, diariamente, por 97,2% dos
RE e 97,2% das crianças. Apenas 13,9% das crianças eram ajudadas pelos RE
durante a ED, e 41,7% precisavam ser lembradas de realiza-lá, principalmente
aquelas acima de 10 anos (75,0%). O sangramento gengival durante a ED foi
relatado por 50,0% dos RE e 22,0% das crianças. Para apenas 5,6% dos RE a ED
era importante para a manutenção da saúde dental, assim como da gengival.
Relacionando RE orientados ou não sobre HB e suas atitudes, verificou-se
diferença significante quanto à conduta frente ao sangramento gengival
(qui-quadrado = 16,61; p = 0,00). Embora não havendo diferenças
entre os grupos quanto ao conhecimento do termo gengivite (qui-quadrado =
1,35; p = 0,25), sua definição (qui-quadrado = 2,05;
p = 0,11) e razões para o sangramento gengival (qui-quadrado =
3,39; p = 0,06), o grupo orientado apresentou melhores resultados.
Conclui-se,
que a importância da HB na manutenção da saúde gengival deve ser enfatizada
junto aos RE de pacientes infantis.
A154
Alterações renais: conhecimentos de pós-graduandos/graduados
em Odontopediatria no RJ.
MENDES*, P.
C. A., MARASSI, C., PRIMO, L. G.
Disciplina
de Odontopediatria – FO – UFRJ. Tel.: (0**21) 562-2098.
E-mail: patmendes@hotmail.com
Objetivou-se avaliar o conhecimento e as atitudes de 65
profissionais ligados a cursos de pós-graduação em Odontopediatria em relação
aos cuidados no atendimento a pacientes com alterações renais, através de
entrevistas (12 perguntas fechadas e 2 abertas). Os dados foram tabulados no
Epi Info 6.04 e analisados pelo teste qui-quadrado (p << 0,05).
A média de idade foi 29,1 ± 7,35 anos. Os resultados mostraram que 96,9% (n = 63)
realizavam anamnese com história médica detalhada e 58,5% (n = 38) só
pediam o telefone do médico se houvesse dado relevante. Apenas 15,4%
(n = 10) consideravam capacitados a atender estes pacientes. 90,8% da
amostra (n = 59) acredita que esses pacientes necessitam de cuidados
odontológicos especiais e entraria em contato com o médico antes da
intervenção. 26,2% relataram conhecer as principais manifestações bucais e
citaram gengivite (40,9%), hipoplasia de esmalte (31,8%), periodontite (13,6%)
e candidíase (4,5%). Quanto a medicação, há necessidade de precaução no uso de
anestésicos (53,8%) e de antiinflamatórios (52,3%). 61,5% (n = 40)
não sabiam se essas crianças apresentavam maior tendência à sangramento. 44,6%
(n = 29) responderam que pacientes transplantados eram mais sujeitos
a infecções dentárias. Apenas 37,5% (n = 3) sabiam o melhor momento
para o atendimento a pacientes que realizam hemodiálise (p = 0,02).
Os resultados mostraram que os conhecimentos para atender paciente com
nefropatias foram insuficientes, e há necessidade de cuidados especiais e
aquisição de informações.
A155
Substâncias químicas auxiliares e “smear layer” radicular de
dentes decíduos.
PRIMO, L.
G.*, CHEVITRESE, O., GUEDES-PINTO, A. C.
Disciplina
de Odontopediatria – FO – USP; FO – UFRJ. Tel./fax: (0**21) 286-9305.
E-mail: lprimo@pobox.com
Este estudo qualitativo avaliou, in vitro,
substâncias químicas auxiliares (SQA) na instrumentação de canais de dentes
decíduos anteriores, quanto à remoção da “smear layer” (SL), usando duas
seqüências de instrumentação. Foram utilizados 24 dentes, divididos
aleatoriamente em 2 grupos de 12 dentes cada, de acordo com a instrumentação:
limas tipo Kerr (nº 15 a 25) (Fase I - G1 a G4) ou limas tipo Kerr (nº 15
a 40) (Fase II - G5 a G8). Os conjuntos de SQA empregados foram: G1 e
G5 - água destilada (controle); G2 e G6 -
Endo-PTC + Líquido de Dakin; G3 e G7 - NaOCl a 4% alternado com
H2O2 a 3% (SOS); e G4 e G8 - NaOCl a 1% e lavagem
final com ácido cítrico a 10%. Cada subgrupo (G1 a G8) contou com 3 dentes
cada. Os dentes foram secados e a porção radicular foi clivada transversalmente
em duas partese longitudinalmente. Fotografias representativas foram obtidas ao
MEV e avaliadas de modo cego: (0) SL densa; (1) SL moderada; (2) sem SL (ROME et
al., 1985). Os dados foram tabulados no programa Epi Info 6.04. Na Fase I,
os escores mais freqüentemente encontrados foram: G4- escore 2 em 88,8% das
amostras; G2- escore 1 em 55,5% e, G3- escore 0 em 44,4%. E na Fase II: G8-
escore 2 em 77,8% das amostras, G6 e G7- escore 0 em 50,0%. Em ordem
decrescente, as seqüências de SQA mais efetivas na remoção da SL foram: G4 e
G8; G2 e G6; e G3 e G7.
Diante dos
resultados, conclui-se que o NaOCl a 1% seguido de ácido cítrico a 10% mostrou
o melhor desempenho na remoção da SL do canal de dentes decíduos anteriores, in vitro.
(O projeto foi aprovado pelo CEP/FO - USP - Parecer nº 106/99.)
A156
Avaliação da desmineralização do esmalte dentário causada
por bebidas esportivas.
BOMFIM, A.
R.*, MOLITERNO, L. F., SAMPAIO, H., FISCHER, R. G.
FO – UERJ.
Tel./fax: (0**21) 587-6372. E-mail: arbomfim@uol.com.br
O objetivo desta pesquisa foi avaliar o potencial erosivo de
duas marcas de bebidas esportivas: Gatorade e Marathon. Foram utilizadas 80 amostras de dentes
humanos, sendo 40 de dentes decíduos e 40 de permanentes. As amostras foram
distribuídas em 8 grupos, formados por dentes decíduos (DA) e permanentes (PA),
imersos em água destilada; por dentes decíduos (DS) e permanentes (PS), imersos
em saliva artificial; por dentes decíduos (DG) e permanentes (PG) imersos em
Gatorade e por dentes decíduos (DM) e permanentes (PM) imersos em Marathon. As
amostras foram submetidas à 3 imersões diárias nas bebidas em teste de 10
minutos cada, por 30 dias. A avaliação foi feita através da pesagem das
amostras, antes e depois das imersões. Avaliou-se porcentualmente a perda de
peso das amostras. Os testes t para amostras pareadas e não-pareadas, e
ANOVA foram utilizados para avaliar as diferenças das perdas dos 8 grupos
(p << 0,05). Os resultados demonstraram perda de peso
significativa nos grupos imersos em Marathon e Gatorade, quando comparados aos
grupos controle. Verificou-se que as duas bebidas testadas são capazes de
causar erosão no esmalte dentário humano. O Marathon foi considerado mais
erosivo que o Gatorade. As amostras de dentes decíduos sofreram maior erosão
que as amostras formadas por dentes permanentes.
Concluiu-se que os repositores hidroeletrolíticos testados têm alto
poder erosivo para o esmalte dentário humano e seu consumo deve ser
racionalizado. (Esta pesquisa contou com apoio financeiro da CAPES.)
A157
Comportamento infantil no ambiente odontopediátrico: fatores
de predição.
RAMOS-JORGE,
M. L.*, SERRA-NEGRA, J. M. C., BOGUTCHI, T., PORDEUS, I.
Departamento
de Odontopediatria e Ortodontia – FO – UFMG. E-mail: mlrjorge@hotmail.com
Com o objetivo de verificar os fatores potencialmente
capazes de influenciar o comportamento infantil no ambiente odontológico foi
realizada uma pesquisa em Belo Horizonte - MG com 118 crianças de 48 a 68 meses
de idade, sem qualquer experiência odontológica prévia. O comportamento
infantil foi avaliado durante os procedimentos de exame clínico e profilaxia
utilizando-se a escala de Frankl (++,+,–,– –). Todas as mães responderam a um
teste para avaliar a sua ansiedade (MAS) e a um questionário. Um teste para
avaliar a ansiedade infantil (VPT modificado) foi respondido pelas crianças.
Utilizando-se o programa Minitab 11, foram realizadas as análises estatísticas
(qui-quadrado e multivariada - regressão logística). Os resultados do ajuste do
modelo de regressão logística advogam que os fatores preditores do
comportamento infantil incluam as variáveis idade (OR = 9,9), ansiedade
infantil (OR = 175,4), ansiedade materna (OR = 8,6), experiência de
dor de dente (OR = 29,1) e experiências médicas
(OR = 13,5). Através da
análise multivariada os resultados revelaram que a criança não ansiosa, com
idade superior a 54 meses, que é filha de mãe com ansiedade baixa, que nunca
sofreu dor de dente e que se comportou positivamente nas experiências médicas
anteriores têm uma probabilidade de 86,38% de se comportar positivamente na
primeira consulta odontológica.
Assim, conclui-se que é possível predizer o comportamento infantil
através da inclusão na anamnese de questões relativas às experiências médicas,
de dor de dente e adoção de testes para avaliar as ansiedades materna e
infantil.
A158
Capacidade das mães para predizer o comportamento infantil
no ambiente odontológico.
RAMOS-JORGE,
M. L., SERRA-NEGRA, J. M. C.*, PORDEUS, I. A., PAIVA, S. M.
Departamento
de Odontopediatria e Ortodontia – FO – UFMG. E-mail: mlrjorge@hotmail.com
A dificuldade de predizer o comportamento da criança na sua
primeira experiência odontológica constitui um complicador para o
odontopediatra quando ele vai escolher a melhor maneira de lidar com a criança
em determinada situação. Objetivando avaliar a capacidade da mãe de predizer o
comportamento do filho durante a primeira visita deste ao dentista,
participaram da pesquisa 118 crianças de 48 a 68 meses sem experiências
odontológicas prévias. Todas estavam acompanhadas de suas mães que relataram
sua opinião sobre como seria o comportamento do filho (positivo, negativo). O
comportamento da criança durante o procedimento odontológico de exame clínico e
profilaxia foi avaliado através da escala de Frankl (definitivamente positivo
++, positivo +, negativo –, definitivamente negativo – –). Utilizando-se o
programa Epi Info 6.02, foi realizado o teste estatístico qui-quadrado.
Verificou-se uma relação estatisticamente significante (c2 = 9,27;
p = 0,002) entre a opinião das mães e o comportamento observado pela
criança. Filhos de mães cuja predição sobre o comportamento infantil foi
positivo apresentaram comportamento positivo em sua maioria (70,8%). Entre as
mães que previram um comportamento infantil negativo, 63,6% das crianças
apresentaram comportamento também negativo.
Desta forma, conclui-se que as mães foram capazes de predizer o
comportamento do filho no ambiente odontológico. Assim, colher a opinião das
mães antes da primeira experiência odontológica da criança é de grande valia
para o odontopediatra.
A159
A percepção da criança sobre o uso do equipamento de
proteção individual pelo odontopediatra.
OLIVEIRA, A.
C. B.*, RAMOS-JORGE, M. L., PAIVA, S. M.
Departamento
de Odontopediatria e Ortodontia – FO – UFMG.
E-mail: tl1276178@terra.com.br
A utilização de equipamento de proteção individual (EPI)
pelo odontopediatra é uma medida de biossegurança importante. Objetivando correlacionar
o tipo de vestuário e EPI utilizado pelo odontopediatra, com a receptividade da
criança em ser cuidada por este, foram pesquisadas 39 crianças, de dois a cinco
anos de idade, na cidade de Belo Horizonte - MG. Três fotos de uma
odontopediatra em diferentes apresentações; roupa colorida (foto 1), roupa
branca (foto 2) e EPI completo (foto 3) foram exibidas aos
participantes; que indicaram a foto da dentista por quem elas preferiam ser
atendidas. As mães responderam perguntas sobre a experiência odontológica
anterior da criança. Utilizando-se o programa Minitab 11, foi realizado o
teste estatístico de correlação de Pearson. Verificou-se uma correlação
estatisticamente significante entre a foto escolhida pela criança e o fato da
criança já ter tido experiência odontológica (p = 0,002), e se essa
experiência foi positiva ou negativa (p = 0,032). Das crianças que
escolheram a foto 3, 66,6% já tinham tido experiência odontológica. A
foto 2 foi escolhida por 66,6% daquelas que não tiveram tal experiência. Dos
participantes que tiveram experiência odontológica negativa, 40% optaram pela
foto 1.
Assim, conclui-se que a medida que a criança vai sendo apresentada ao
EPI ela se torna receptiva a ele, não criando nenhum problema na aceitação do
uso do EPI pelo profissional.
A160
Percepção do Sistema Único de Saúde por alunos de graduação
em Odontologia, Valença - RJ.
GOUVÊA, M.
V.*, HURST, J. L. S., CRUZ, C. W., SOARES, E. L. P.
Graduação em
Odontologia Social – UFF – Niterói - RJ; Faculdade de Odontologia de Valença –
FAA - RJ.
O trabalho surgiu no contexto de integração entre faculdade
de Odontologia e serviço público de saúde no município de Valença - RJ,
buscando corresponder às determinações do projeto político-pedagógico da
faculdade. Assim, objetivou- se conhecer a percepção dos alunos de graduação em
Odontologia da FAA, frente ao Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS). Para
tanto, trabalhou-se com 69 alunos do 2º ano da faculdade na construção coletiva
de painéis. A discussão foi norteada a partir de três grandes temas: 1)
democracia, cidadania e participação social, 2) o SUS, seus atores e seus
papéis e 3) a formação de RH para o serviço público de saúde – papel da
universidade. Os dados foram coletados e analisados qualitativamente através da
análise de conteúdo do material exposto (BARDIN, 1979). Verificou-se que o tema
1 foi percebido como algo estático e auto-aplicável. Não houve referência à
necessidade de conquista destes conceitos pela sociedade. A maioria dos alunos
identificou na análise do tema 2, apenas os usuários e os profissionais de
saúde, deixando de lado os poderes executivos locais. Com relação ao tema 3,
observou-se uma visão dicotômica entre o serviço público e o privado. A
percepção dos alunos pesquisados traduziu um desconhecimento da organização do
SUS, sendo as opiniões formuladas a partir da visão de senso comum.
O trabalho
sugere que os temas sejam retomados uma vez que a falta de reflexão política no
conteúdo apresentado, pode favorecer uma práxis futura descompromissada com os
princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde brasileiro.
A161
Avaliação da efetividade da escovação e do bochecho após a
ingestão de alimento à base de amido e sacarose.
MACARI, K.*,
SOUZA, E., BARBIERI, C., MELHADO, F., PERCINOTO, C.
Departamento
de Odontologia Infantil e Social – Faculdade de Odontologia de Araçatuba –
UNESP. E-mail: macari@investnet.com.br
Os alimentos considerados mais cariogênicos são aqueles que
contêm amido e sacarose pois permanecem retidos no dente por um longo tempo. O
objetivo deste trabalho foi avaliar comparativamente a efetividade da escovação
e do bochecho com água após a ingestão de alimento à base de amido e sacarose
em escolares, analisando sua retenção na superfície oclusal de molares
inferiores hígidos. A amostra constou de 90 crianças com idades entre 6 e 9
anos, divididas em três grupos. Foi realizado exame clínico para seleção da
amostra e posteriormente oferecido dois biscoitos sabor chocolate para cada
criança, imediatamente após, o Grupo I realizou escovação supervisionada, o
Grupo II bochecho com 10 ml de água filtrada por 1 minuto e o Grupo III
(controle) nenhum procedimento. Um novo exame foi realizado para verificar o
grau de retenção do alimento utilizando uma escala idealizada pelos autores. Os
resultados mostraram que o Grupo I apresentou melhores resultados, seguido dos
Grupos II e III (p << 0,05).
Concluiu-se que a escovação foi capaz de promover uma melhor higiene
dentária.
A162
Influência do atendimento odontológico em bebês sobre a
prevalência da cárie dentária.
MELHADO, F.
L.*, BARBIERI, C., MACARI, K., CUNHA, R. F.
Departamento
de Odontologia Infantil e Social, Disciplina de Odontopediatria – Faculdade de
Odontologia de Araçatuba – UNESP. E-mail: fablemos@terra.com.br
A influência do atendimento odontológico precoce sobre a
prevalência da cárie dentária foi analisada neste estudo. Foram compostos dois
grupos com 160 crianças cada um, na faixa etária de 35 a 40 meses de idade,
sendo que em um deles as crianças participaram do programa de atendimento
odontológico desde o primeiro ano de vida até a data desta avaliação, enquanto
no outro as crianças não haviam recebido nenhum atendimento odontológico. As
condições clínicas consideradas para avaliação foram: dente hígido, cárie em
esmalte sem cavitação, cárie em esmalte com cavitação e cárie em dentina. Para
a análise estatística foram utilizados o teste de proporções e teste
qui-quadrado, em nível de significância de 5%. Houve diferença estatisticamente
significativa quanto à presença da cárie dentária entre os dois grupos,
especialmente quanto ao número de crianças apresentando cárie em esmalte com
cavitação (p valor << 0,0001). O número de crianças
apresentando cárie em esmalte sem cavitação e cárie em dentina foi semelhante
nos dois grupos.
Considerando o aspecto de prevenção de cárie dentária, concluiu-se que
crianças que recebem o atendimento odontológico precoce apresentaram melhores
condições bucais na faixa de idade entre 3 e 4 anos.
A163
Estudo do paradigma da cárie dentária e da imagem do
cirurgião-dentista na população infantil.
BARBIERI,
C.*, AGUIAR, S., MELHADO, F., MACARI, K.
Departamento
de Odontologia Infantil e Social, Disciplina de Odontopediatria – Faculdade de
Odontologia de Araçatuba – UNESP. Tel.: (0**18) 620-3235.
E-mail: cintiamb@foa.unesp.br
A cárie dentária é a doença da cavidade bucal
que mais afeta as crianças, principalmente as que estão em idade escolar.
Técnicas de condicionamento e orientações em saúde bucal têm sido aplicadas
pelo odontopediatra. O objetivo desse trabalho foi o de estudar o paradigma da
cárie dentária e da imagem do cirurgião-dentista na população infantil com
idade entre 8 a 10 anos. Foram selecionadas 180 crianças estudantes de escolas
particulares e públicas do município de Araçatuba - SP. Aplicou-se um questionário
de múltipla escolha a respeito de saúde bucal e foi solicitado às crianças que
fizessem o desenho da cárie dentária. Os dados coletados das questões foram
digitados no programa Epi Info 6.2 e encaminhados para análise estatística,
onde foram utilizados o teste qui-quadrado e o teste exato de Fisher. Os
desenhos foram avaliados por uma psicóloga, e foi feita uma análise descritiva
dos mesmos.
A associação dos desenhos com o questionário, permitiu
concluir que a imagem que as crianças analisadas têm do cirurgião-dentista foi
favorável. Quanto à percepção sobre o que é cárie dentária, pôde-se constatar
que a maioria das crianças tinha noção do que seria um dente cariado, porém
este conceito parece ter sido absorvido mais como “sujeira” e “bicho”,
principalmente na escola pública.
A164
Percepção da comunidade sobre o impacto da estética do
sorriso na inserção no mercado de trabalho.
TEIXEIRA, M.
C. B.*, CASOTTI, C. A., SENNA, M., SILVEIRA, F. M.
Departamento
de Pós-Graduação em Odontologia Social – UFF. Tel.: (0**21) 710-0590.
O mercado de trabalho torna-se cada vez mais restrito e
exigente, onde, além de habilidades específicas inerentes a cada função ou
profissão, estudos recentes mostram que a avaliação da estética do sorriso é
sempre requerida pelos empregadores. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a
percepção da população sobre o impacto da estética do sorriso na inserção no
mercado de trabalho. Foi utilizado o método indutivo e a técnica de pesquisa de
observação direta intensiva, através de entrevista no terminal rodoviário de
Niterói - RJ. A amostra foi constituída por 183 transeuntes com idade
entre 18 e 59 anos (média = 30,89 ± 10,11). Observou-se que: nenhum
entrevistado acreditava que a saúde bucal interfira na manutenção de sua saúde
geral; 45,4% eram do sexo masculino; 28% estavam desempregados; 21% afirmam que
a aparência interfere na admissão do emprego e somente 2,1% acredita que o
sorriso seja relevante na sua aparência e 4,3% já deixaram de conseguir emprego
devido a estética do seu sorriso.
Concluiu-se que a percepção da amostra estudada não considerou a
aparência do sorriso como fundamental na inserção no mercado de trabalho.
A165
Correlação de cárie em diferentes superfícies dentais em
escolares de 6 a 8 anos.
YOKOYAMA, R.
T., PERES, R. C. R., GAVAZZI, J. C. C., NOBRE DOS SANTOS, M.*
Departamento
de Odontologia Infantil – FOP – UNICAMP. E-mail: nobre@fop.unicamp.br
Este estudo objetivou determinar a prevalência de cárie em
diferentes dentes em pré-escolares de 6 a 8 anos como também, estudar a
correlação entre cárie nas superfícies proximais adjacentes e entre cárie nas
superfícies proximal e oclusal. Para isto, 104 escolares da rede pública de
ensino de Piracicaba foram submetidos ao exame clínico e adicionalmente, 2
radiografias interproximais foram feitas e examinadas para o diagnóstico de
cárie interproximal. Os dentes considerados neste estudo foram os caninos
decíduos (cd), primeiros e segundos molares decíduos (1os md e 2os
md) e primeiros molares permanentes (1os mp). A análise estatística
dos dados foi realizada pelo teste exato de Fisher Bicaudal. Os resultados
mostraram que na maxila e na mandíbula as mais altas prevalências de cárie
foram observadas nos 2os md (57% e 59%) seguidas por 49% e 48% nos 1os
mp, 21%e 32% nos 1os md e 2,1% nos cd. Notou-se na maxila e na
mandíbula correlações positivas significativas apenas entre cárie nas
superfícies mesiais dos 2os md e cárie nas distais dos 1os
md (p = 1,8 x 10–9 e p = 1,4 x 10–12).
As probabilidades da ocorrência de cárie entre as faces oclusais e proximais
desde os 1os mp até os cd foram respectivamente: 0,029; 3,55 x
10–17; 1,78 x 10–17; 1,80 x 10–7;
0,234; 3,51 x 10–14; 2,85 x 10–6; 5,04 x
10–13.
Estes resultados sugerem que os exames clínico e radiográfico dos dentes
decíduos examinados devem ser realizados precocemente devido a alta correlação
de cárie entre as superfícies adjacentes e oclusais.
A166
Graduandos em Pedagogia: seus conhecimentos sobre saúde e
higiene bucal como futuros professores do ensino fundamental.
GOURSAND,
D.*,VASCONCELOS, R., PAIVA, S. M.
Departamento
de Odontopediatria e Ortodontia – FO – UFMG. E-mail: goursand@yahoo.com.br
Sabe-se que o professor do ensino fundamental é uma grande
referência para a criança em formação. Assim, o objetivo desse trabalho foi
avaliar os conhecimentos dos graduandos em Pedagogia sobre saúde bucal como
futuros professores do ensino fundamental. Participaram da pesquisa 54
graduandos de Pedagogia, 37 da UFMG e 17 da UEMG, que responderam a um
questionário estruturado. Dos entrevistados 70,37% receberam informações sobre
este tema durante sua formação escolar e 29,63% nunca receberam tais
informações. A fase da vida mais significativa quanto à aquisição deste
conteúdo foi a adolescência de acordo com 55,56% dos graduandos, seguida da
infância 25,93% e adulta 12,96%. Tais informações foram obtidas principalmente
no ensino fundamental (97,36%), enquanto 21,05% citaram também o ensino médio e
10,52% o ensino superior e/ou curso normal. Dos entrevistados, 62,96% gostariam
da inclusão desse assunto no currículo dos cursos de Pedagogia. Todos os
estudantes afirmaram que as crianças deveriam ter contato com o tema, em função
de que esta é a fase da vida mais propícia à formação de hábitos saudáveis.
Fato citado por 96,31% dos entrevistados.
Os graduandos em Pedagogia reconheceram a importância de se abordar o
tema saúde bucal com os estudantes do ensino fundamental, principalmente por
considerarem esta a idade mais apropriada para a consolidação destes
conhecimentos. (Apoio: PAD/PROGRAD/UFMG.)
A167
Comparação histométrica ultra-estrutural da polpa de dentes
decíduos humanos – rizólise fisiológica versus Safluoride.
CAMARGO, F.
G., MARTINS, M. L.*, PIANHO, A. C., SASAHARA, L. A. Y.
CCBS –
Odontologia – Universidade São Francisco - Bragança Paulista.
A proposta é verificar histometricamente as características
ultra-estruturais de polpa de dentes decíduos hígidos e sem rizólise que
receberam aplicação de Safluoride com polpa de dentes decíduos com rizólise. A
amostra constou de G. controle: canino sem cárie e sem rizólise, G1: canino sem
cárie e com rizólise até a metade da raiz e G2: caninos hígidos com desgaste
dentinário e Safluoride. Os procedimentos para MET contaram com a adição de
vermelho de rutênio. Trinta micrografias com área de 16 cm2 de
cada grupo foram selecionados por amostragem aleatória simples para
histometria. Sobrepondo transparência, com mesma área, contendo 24 traços de
3 mm, eqüidistante entre si procedeu-se a contagem. Foram construídos
intervalos de confiança de 95% para as proporções de elementos da população
para cada estrutura: fibrilas colágenas, material não-fibrilar e outros (demais
estruturas). A significância entre os grupos quanto as proporções de elementos
de cada estrutura foi verificada através de teste de hipóteses paramétricos.
Constatou-se que a proporção de fibrilas colágenas e material
não-fibrilar não apresentam diferença estatisticamente significante entre os
grupos G1 e G2. (Apoio financeiro: PROPEP – USF - Bragança Paulista.)
A168
Prevalência de alterações orais em bebês especiais.
BUNDZMAN, E.
R.*, ELIAS, R., ANDRADE, L. H. R., MAYDANA, A. V.
UNIGRANRIO;
UNIVERSO; UFRJ. E-mail: uarlellen@highway.com.br
O objetivo desta pesquisa foi investigar a prevalência de
alterações na cavidade oral de bebês com necessidades especiais. Foram
analisadas 29 fichas clínicas de bebês de 1 a 42 meses (média de idade 13,14
meses; desvio-padrão 14,18 meses), 10 do sexo feminino e 19 do sexo masculino,
pacientes da Disciplina de Pacientes Especiais da UNIGRANRIO. As patologias de
base destes pacientes dividiram-se entre prematuridade (55,6%), síndromes
(33,3%), encefalopatias (7,4%) e atraso de desenvolvimento psicomotor (3,7%).
As alterações encontradas na cavidade oral foram: cárie (24,1%), hipotonia de
lábio e língua (13,8%), gengivite (13,8%), palato ogival (13,8%), pérolas de
Epstein (10,3%), hipoplasia de esmalte (10,3%), candidíase (10,3%), língua
fissurada (3,4%), fenda palatina (3,4%) e fístula (3,4%). Nos pacientes com
dentes irrompidos (n = 13), a média do ceod foi de 2,23
(desvio-padrão 3,52) e a média de lesões de cárie em esmalte foi de 1,00
(desvio-padrão 2,37). Nos pacientes prematuros, a candidíase foi a alteração
bucal mais freqüente, enquanto nos pacientes sindrômicos a hipotonia labial foi
a predominante.
Os bebês com necessidades especiais deste estudo apresentaram várias
alterações na cavidade oral, ratificando a importância da atenção odontológica
a recém-natos.
A169
Análise da dieta de pacientes portadores de deficiências
neuropsicomotoras.
CASTILHO, L.
da S., RESENDE, V. L. S., MARINHO, K. C.*
Departamento
de Odontologia Restauradora – UFMG. Tel.: (0**31) 3477-7018.
E-mail: klingercm@ig.com.br
O objetivo desta pesquisa foi realizar uma análise da dieta
de 190 alunos da Escola Estadual Dr. João Moreira Salles a partir dos cardápios
servidos nessa instituição. Os cardápios analisados foram elaborados por duas
nutricionistas da Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais e por uma
nutricionista da Associação Mineira de Reabilitação. As refeições eram servidas
às 10 horas (lanche), 12 h (almoço) e às 15 h (lanche). O método
de análise dietética foi proposto por Fanning; Smith, que classificam os
alimentos pela consistência, classificando como escore 1 os líquidos
sacarosados e 3 para os sólidos sacarosados. A classificação também se dá pelo
momento da ingestão de sacarose: alimentos ingeridos durante as refeições
recebem peso 1 e no intervalo, peso 3. O resultado foi obtido multiplicando-se
os valores de consistência do alimento pelo momento de ingestão e soma-se a
todos os outros valores obtidos durante o dia. A seguir somou-se todos os
valores obtidos na semana e dividiu-se pelo número de dias desta (5 dias). O
mesmo foi feito por 3 semanas, sendo que, ao final somou-se as médias de cada
semana e dividiu-se pelo total de semanas analisadas.
A média considerada como consumo de sacarose preocupante é de 10. A
média final obtida na pesquisa foi de 7,2. Ainda assim, foi considerada uma
média alta, pelo fato dos alunos tomarem o café da manhã e o jantar em suas
casas. Para contornar a situação sem necessidade de medidas drásticas,
sugeriu-se a diminuição do açúcar nos sucos, mingaus, achocolatados, etc.
A170
O papel da escola na saúde bucal do deficiente.
RUAS, R.
O.*, CASTILHO, L. S., RESENDE, V. L. S.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FO – UFMG. Tel.: (0**31) 3221-1648.
E-mail: silres@dedalus.lcc.ufmg.br
Procurou-se relacionar a necessidade de realização de
procedimentos como restaurações e exodontias e a condição de estar ou não
freqüentando regularmente a escola, em pacientes que receberam tratamento no
projeto de extensão “Atendimento odontológico ao paciente portador de
necessidades especiais”, da Faculdade de Odontologia da UFMG. Procedeu-se a
análise das fichas clínicas, observando-se os tipos de procedimentos
realizados, faixas etárias, atendimento sob anestesia local ou geral e relato
de freqüência escolar. Foram considerados como procedimentos invasivos aqueles
relacionados a restaurações e exodontias. Os pontos de corte das faixas etárias
foram definidos em função das dentições decídua, mista ou permanente. Foram
analisadas 140 prontuários de pacientes que freqüentavam a escola regularmente
e 219 que não preenchiam este quesito. Chama atenção o grande número de
exodontias de dentes permanentes realizadas no grupo de pacientes tratados sob
anestesia geral: 566, contra 309 realizadas no grupo de pacientes tratados em
ambulatório. Finalizando, 101 pacientes que freqüentavam a escola receberam
restaurações e/ou exodontias e 45 não necessitaram de tais procedimentos. Do
grupo de pacientes que não estavam freqüentando a escola, 176 receberam
restaurações e/ou exodontias e 43 não necessitaram, sendo a associação
estatisticamente significativa (p >> 0,05).
Concluiu-se que a condição de freqüência regular a escola tem associação
benéfica em relação ao número de necessidades odontológicas
cirúrgico-restauradoras nesse tipo de paciente.
A171
Por que o odontopediatra de BH tem maior disposição para
atender crianças portadoras de lesões malignas, paralisia cerebral/Síndrome de
Down à crianças HIV+?
VILAÇA, Ê.
L.*, PORDEUS, I. A., PAIXÃO, H. H.
CPGO – FO –
UFMG. E-mail: enio@dedalus.lcc.ufrng.br
Este estudo teve como objetivo avaliar a disposição dos
odontopediatras de BH - MG em atender crianças portadoras do HIV,
portadoras de necessidades especiais, tumores malignos (TM), e Síndrome de
Down/paralisia cerebral (SD/PC). A amostra foi composta por 82 profissionais,
recenseados, agrupados por tempo de especialista: Grupo 1 (até nove anos),
Grupo 2 (entre 9 e 20 anos) e Grupo 3 (mais de 20 anos). Após pré-teste e
aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa/UFMG, os questionários foram
entregues/recolhidos pelo pesquisador. Os dados foram processados no programa
Epi Info, e aplicou-se os testes t de Student, ANOVA e qui-quadrado
(nível de significância de 5%). Em relação à disposição dos odontopediatras de
BH para atender crianças portadoras de necessidades especiais, a maioria
(90,2%) dos profissionais estaria disposta a atender SD/PC, portadores de TM, como
leucemia (86,6%) e HIV+ (70,7%). Os profissionais com até 20 de formados
(Grupos 1 e 2) apresentaram maior disposição para atender crianças HIV+ do que
os com mais de 20 anos de formados (p = 0,02). E, no Grupo 3, há uma
maior disposição para tratar portadores de SD/PC, e TM quando comparados às
crianças HIV soropositivas (p = 0,02).
Conclui-se que há necessidade de uma sensibilização desse grupo
profissional em relação a disposição para tratar crianças HIV+ e uma
rediscussão por parte dos profissionais dos valores éticos em relação a recusa
ao atendimento deste grupo de indivíduos. (Apoio: CPGO – FO – UFMG e CAPES.)
A172
Manifestações bucais da doença do refluxo gastroesofágico na
infância.
SANTOS, R.
O., GOMES, A. M. M.*, DEL CARO, E. R.
Centro
Biomédico – Departamento de Clínica Odontológica – UFES.
A expressão doença por refluxo gastroesofágico (DRGE) é
aplicada quando o refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago causa alterações
consideradas patológicas, que podem se manifestar em vários órgãos, de diferentes
formas e com diversos graus de intensidade. Dentre esses sinais e sintomas,
podemos observar alguns de especial importância na Odontologia, uma vez que
poderiam levar a alterações bucais em crianças com esse distúrbio. Com o
objetivo de detectar essas possíveis alterações em crianças portadoras de DRGE,
foram selecionadas quarenta crianças de ambos os sexos, com idades entre quatro
e sete anos. Essas foram divididas em dois grupos, sendo o grupo amostra com
vinte crianças com diagnóstico médico de DRGE e o grupo controle com vinte
crianças que não apresentavam esse distúrbio. Todas as crianças foram
submetidas a anamnese e ao exame clínico bucal para avaliar o índice CPOD, a
incidência de lesões de manchas brancas, a presença de erosão dentária e a
ocorrência de bruxismo. Foram realizados também os testes salivares para
determinação do fluxo, pH e capacidade tampão da saliva.
Com base nos resultados, pôde-se concluir que não foi comprovada a
ocorrência de erosão dentária e o aumento do índice CPOD em crianças portadoras
de DRGE. Porém, observou-se a maior ocorrência de lesões de manchas brancas e
de bruxismo no grupo de portadores de DRGE. Com relação aos testes salivares,
foi observado menor fluxo salivar nas crianças portadoras de DRGE, mas o pH e a
capacidade tampão não tiveram diferenças significantes entre os dois grupos.
A173
Saúde bucal de pacientes especiais submetidos à anestesia
geral para tratamento odontológico.
MEDEIROS,
C.*, WINZ, M. L. P., VIEIRA, A. S., FORNASARI, M., OLIVEIRA, V., GUIMARÃES, S.
Departamento
de Odontopediatria e Ortodontia – UFRJ. Tel.: (0**21) 560-2074.
E-mail: crismed@gbl.com.br
O objetivo foi avaliar o perfil de pacientes portadores de
necessidades especiais submetidos a tratamento odontológico sob anestesia geral
e a colaboração dos responsáveis quanto à higiene oral (HO). Foi feito um
levantamento de 56 prontuários de pacientes submetidos à anestesia geral para
tratamento odontológico na Unidade de Pacientes Especiais da UFRJ nos últimos
10 anos. Foram avaliados aspectos relativos às condições de saúde bucal e
comportamento desses pacientes antes e depois da anestesia geral. Para a
análise estatística, utilizou-se o teste do qui-quadrado de McNemar
(p << 0,01). A média de idade dos pacientes foi 8,7 ± 6,4,
variando de 1 a 32 anos. O comportamento e a extensão do tratamento (66,1%)
foram as principais indicações para o tratamento sob anestesia geral. Em 64,3%
a HO era inicialmente deficiente e após o tratamento dentário houve uma
melhora, com 64,4% (n = 29) da amostra apresentando HO boa ou regular
(p << 0,001). O comportamento também melhorou
significativamente nas consultas posteriores a anestesia geral (p << 0,001)
e 62,2% (n = 28) conseguiu manter sua saúde bucal, permanecendo sem
novas lesões cariosas após o tratamento.
Pode-se concluir que o tratamento dentário sob anestesia geral
constitui-se em uma alternativa eficaz para manutenção da saúde bucal de
pacientes especiais, pois houve melhora significativa na higiene oral e no
comportamento destes pacientes após o tratamento, facilitando assim, o sucesso
de programas de promoção de saúde para esta população.
A174
Estudo comparativo entre preparos ultraconservadores ao MEV.
ROCHA, J.
C.*, FAVA, M., SCHREINER, C. C., ABUD, K. R., GOMES, M. F.
Disciplina
de Odontopediatria – Faculdade de Odontologia de São José dos Campos – UNESP.
Tel.: (0**12) 321-8166.
Analisamos os preparos realizados em dentes decíduos com
pontas indicadas na realização da técnica invasiva para selantes de fossas e
fissuras, observados ao microscópio eletrônico de varredura (MEV). Foram
selecionados 12 molares decíduos do banco de dentes da Disciplina de
Odontopediatria da FOSJC, sem lesões de cárie, sem restaurações e sem anomalia
de desenvolvimento. Após limpos, foram preparados com as seguintes pontas: 1/4
tipo “carbide” esférica KG Sorensen, ultraconservadora da Komet, 2137F da KG
Sorensen e 1191F KG Sorensen. Após preparados foram desidratados em série
crescente de álcoois do 70% ao absoluto, montados em bases metálicas,
metalizados, avaliados e fotografados em MEV. Os dados foram discutidos
morfologicamente não necessitando de tratamento estatístico.
Observamos que todas as pontas foram eficientes no preparo dos dentes para
a técnica invasiva e que todas podem ser indicadas para o preparo mecânico de
fossas e fissuras.
A175
Condições de trabalho de cirurgião-dentista credenciado a
operadora de planos de assistência odontológica.
GARCIA, P.
P. N. S.*, CORONA, S. A. M., DOVIGO, L., SERRA, M. C.
Departamento
de Odontologia Social – FOAr – UNESP. Tel.: (0**16) 201-6343.
O presente trabalho teve como objetivo analisar as condições
de trabalho de cirurgiões-dentistas credenciados a administradoras de planos de
assistência odontológica. A população de estudo foi constituída por 67
cirurgiões-dentistas com atividade profissional no estado de São Paulo. Foi
aplicado um questionário, contendo questões referentes ao motivo do
credenciamento, grau de satisfação em relação à empresa conveniada, motivos de
insatisfação e valor mensal dos honorários recebidos da empresa. Os resultados
mostraram que para 41,8% dos profissionais o motivo do credenciamento foi a
procura por maior número de clientes, para 10,4% necessidade financeira, sendo também
mencionada a exigência feita por clientes particulares (18%). 56,7% dos
profissionais estavam relativamente satisfeitos com a empresa conveniada e
11,9% insatisfeitos. Dentre os motivos da insatisfação, 56,7% referiram-se aos
valores baixos pagos pelos serviços e 10,4% ao atraso nos pagamentos. Com
relação aos honorários mensais provenientes do convênio, 31,3% recebem menos de
R$ 500,00, 26,9% entre R$ 500,00 e R$ 1.000,00 e 13,5% acima de
R$ 1.000,00.
Mediante a metodologia aplicada pode-se concluir que o aumento no número
de pacientes do consultório foi o principal motivo alegado para o
credencimento, grande parte dos profissionais não estavam completamente
satisfeitos com a empresa que eram conveniados, principalmente pelos baixos
valores pagos pelos serviços e poucos cirurgiões-dentistas recebiam das
empresas credenciadas honorários profissionais superiores a R$ 1.000,00.
A176
Condições de saúde bucal em lactentes residentes em Feira de
Santana - BA.
SCAVUZZI, A.
I. F., CALDAS Jr., A. F., COUTO, G. B., PAIM, S.*, PAIXÃO, R. F.
UEFS - BA;
Faculdade de Odontologia de Pernambuco – UPE. E-mail: susipaim@ig.com.br
No presente estudo, foi verificada a prevalência de cárie
dental (C), placa visível (PV) e mancha branca (MB) nos incisivos decíduos
superiores, sendo analisada a associação entre lesão de cárie (C e/ou MB) e PV,
numa amostra de 217 crianças, de 12 a 30 meses, registradas num Programa de
Puericultura em Feira de Santana - BA. No exame dental, investigou-se todas as
superfícies dentárias para obtenção do índice ceo e, nas superfícies
vestibulares dos incisivos decíduos superiores (IDS), a presença de PV e MB. A
criança foi considerada com PV presente se todos as IDS apresentassem PV. A
análise estatística foi feita mediante distribuição de freqüências, obtenção de
médias e desvio-padrão e teste qui-quadrado, com intervalo de confiança a 95%.
A idade média da amostra foi de 17,5 meses (desvio-padrão 5,18). Apenas 13 (6%)
das crianças apresentaram cárie dental e nenhuma apresentou dentes obturados ou
com extração indicada, sendo o ceo igual a 0,22 (desvio-padrão 1,02).
Entretanto, 32 (14,7%) crianças tinham mancha branca e 91 (41,9%) tinham PV.
Quanto à presença de lesão de cárie, 36 (16,6%) crianças apresentaram esta
condição, sendo que 13,5% tinham até 18 meses de idade e 22,4% entre 19 e 30
meses (p = 0,093), não se comprovando associação significativa com a
presença de PV.
A prevalência de cárie dental foi baixa para a amostra estudada,
entretanto ao se considerar a presença de mancha branca houve um agravamento do
quadro sem relação com a presença de PV.
A177
Higiene bucal em bebês: avaliação clínica de diferentes
métodos.
VIEIRA, A.
L. F.*, BRESCIANI, E., MACHADO, M. A. A. M.
Departamento
de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva – FOB – USP.
Tel.: (0**14) 235-8218. E-mail: vieira@techno.com.br
Este trabalho avaliou a efetividade na remoção de placa
dentária de cinco dispositivos diferentes: fralda (F), gaze (G), escova dental
monobloco Científica Baby (CB), escova dental para uso no dedo Infa-Dent (ID) e
escova dental convencional Dental Prev Baby (DPB), que foram testados em todas
as crianças do estudo. No total, 63 crianças de 12 a 36 meses de idade
participaram do estudo, divididas em 2 grupos, no primeiro grupo (I) as
crianças (36) tiveram seus dentes higienizados pelas próprias mães e no outro
(II) (27 crianças), um odontopediatra é que realizava este procedimento. A
avaliação foi feita por um único examinador através do índice de placa de
Quigley & Hein, realizados antes e após a higiene bucal, com solução
evidenciadora de placa verde de malaquita a 0,6%. Todo o dente com mais de ½ da
coroa erupcionada foi avaliado. As médias (± DP) da remoção de placa em % são
as seguintes:
Grupo |
F |
G |
CB |
ID |
DPB |
I (mãe) |
11,7 (± 8,2) |
9,2 (± 6,9) |
10,0 (± 6,9) |
7,1 (± 5,7) |
18,8 (± 9,7) |
II (dentista) |
23,3 (± 8,3) |
20,2 (± 7,0) |
16,9 (± 8,6) |
2,3 (± 3,0) |
39,7 (± 8,2) |
Os
dados foram analisados pelos testes de Friedman, Dunn and Mann-Whitney
(p << 0,05). A análise estatística mostrou diferença
significante entre ID e os outros métodos e entre DPB e os outros métodos.
Considerando a metodologia utilizada, pode-se concluir que a escova de
dente convencional mostrou ser o método mais efetivo para remoção de placa
dental em bebês.
A178
Mulheres na Odontologia – uma análise ao longo do tempo.
BLANCO, M.
R. B.*, VILELA, R. M., SALIBA, N., MOIMAZ, S. A. S.
Departamento
de Odontologia Preventiva e Social – Faculdade de Odontologia de Araçatuba –
UNESP .
A participação da mulher como força de trabalho tem
aumentado nos últimos anos, nas diferentes atividades humanas. Este fato é
também observado na área de Saúde, especialmente na Odontologia.Os autores
tiveram como propósito, a análise quantitativa, numa série temporal, no se diz
respeito à demanda do sexo feminino pelo curso de Odontologia. Para este
estudo, utilizou-se o banco de dados da Faculdade de Odontologia de Araçatuba -
UNESP, analisando-se, desde a década de 60 até o ano de 2000, o número de
mulheres em relação ao número total de formandos. Os resultados obtidos foram
apurados, utilizando-se o software Epi Info v. 6.02. O total de 2.558
fichas, que foram divididas por períodos, e calculadas as porcentagens.
Constatou-se que de 1960 a 1970 18,69% dos graduandos eram mulheres, de 71 a 80
esse número passou para 41,43 %; de 81 a 90 foi de 51,5% e finalmente de 91 a
2000 foi de 59,95%.
Diante dos resultados, pode-se concluir, que houve, um aumento
progressivo do número de mulheres no curso de Odontologia, confirmando assim a
tendência observada em algumas áreas da Saúde.
A179
Conhecimento, atitudes e integração dos odontopediatras e
pediatras sobre os distúrbios miofuncionais (DMFs) da região oronasal.
PASTOR, I.
M. O.*, ROCHA, M. C. S.
Odontopediatria
– Departamento de Odontologia Social – FOUFBA.
E-mail: ianpastor@e-net.com.br
Foram verificados o conhecimento, as atitudes e a integração
dos odontopediatras e pediatras da cidade de Salvador sobre os distúrbios
miofuncionais (DMFs) da região oronasal em crianças de 0 a 5 anos de idade. A
amostra constou de 37 odontopediatras e 65 pediatras, inscritos em seus
respectivos orgãos de classe - CROBA e CREMEB. Para a coleta de dados
utilizou-se a entrevista semi-estruturada, que facilitou a uniformização dos
dados. Os dados análogos foram categorizados, viabilizando o tratamento
estatístico: medidas de tendência central, medida de dispersão, além do
qui-quadrado. Os resultados indicaram que o conhecimento dos odontopediatras e
pediatras da cidade de Salvador, sobre os vários aspectos abordados, está
embasado na literatura científica. As atitudes dos odontopediatras e pediatras
em relação aos DMFs da região oronasal mostraram-se pontuais e dispersas diante
das questões formuladas quanto à aplicabilidade do conhecimento. A integração
dos odontopediatras e pediatras mostrou-se insatisfatória, uma vez que 70,3%
dos odontopediatras disseram que raramente recebem pacientes encaminhados por
pediatras e 16% disseram nunca ter recebido. Dentre os pediatras, 38,5% afirmam
encaminhar sempre para os odontopediatras; a faixa etária de encaminhamento ao
odontopediatra é entre 2 a 3 anos de idade; 47,7% motivado por conduta
preventiva. Para os odontopediatras a média de idade do primeiro atendimento
está na faixa etária de 2 a 3 anos; 54,1% motivado por necessidades
terapêuticas, quando encaminhados por pediatras.
A180
Clínica de Odontopediatria III: percepção dos responsáveis
sobre o atendimento.
TAVARES,
C.*, BARCELOS, R., CHANCA, T., VIANNA, R.
Disciplina
de Odontopediatria – FO – UFRJ. Tel.: (0**21) 562-2101.
A Clínica de Odontopediatria III da Faculdade de Odontologia
da UFRJ (COPIII) destaca-se por realizar um programa preventivo, em que
cirurgiões-dentistas e técnicas em higiene dental atendem pacientes recebidos
por livre demanda. O enfoque principal é a educação para saúde das crianças e
seus responsáveis. Este trabalho avaliou, através de questionários, a percepção
dos responsáveis pelas crianças sobre o atendimento na COP III e seu impacto na
vida da família. Os resultados foram inseridos em um banco de dados e
processados pelo programa Epi Info 6.02. Participaram da pesquisa, 80
responsáveis. A renda familiar da amostra foi de: 37,5% entre 1 e 2 salários
mínimos (SM); 33,8% entre 3 e 5 (SM) e 28,7% mais de 5 (SM). Com relação ao atendimento
clínico, o menor conceito foi bom, sendo que 71,3% dos entrevistados o
consideraram excelente. Dentre as opiniões compiladas, destacaram-se:
atendimento diferenciado (41,8%), filosofia de promoção de saúde (10,1%),
respeito às normas de biossegurança e qualidade na relação
profissional/paciente (26,6% ) e preço acessível (8,9%). No que tange à
melhoria do serviço, 37,5% não apresentaram queixas e 33,8% sugeriram extensão
do atendimento a adultos. Houve unanimidade (100%) entre os responsáveis quanto
à mudança nos hábitos de higiene bucal por parte das crianças e suas famílias.
Conclui-se que a COP III baseada na atenção primária apresenta
excelentes resultados, sendo uma alternativa para a melhoria da condição de
saúde bucal da população.
A181
Avaliação clínica, radiográfica e microbiológica das
alterações gengivais em crianças de 2 a 5 anos.
MORAES, E.
S.*, WANDERLEY, J. N. H., VALENÇA, A. M. G., SANTOS FILHO, L.
Programa de
Pós-Graduação em Odontologia – UFPH. Tel.: (0**83) 216-7409.
O presente estudo objetivou avaliar a prevalência de
alterações gengivais em 41 crianças de 2 a 5 anos, matriculadas em creche da
cidade de João Pessoa (PB), através de exames clínico (EC) e radiográfico (ER)
e avaliação microbiológica (AM). No EC foi utilizada sonda periodontal,
constatando-se a presença de sangramento à sondagem e bolsa periodontal. As
áreas gengivais com sangramento e/ou perda de inserção foram submetidas à ER
interproximal para verificar a ocorrência de perda óssea e à AM para analisar a
presença de bactérias anaeróbias na placa subgengival (PSUB). A PSUB foi
coletada por meio de cone de papel, sendo o material armazenado em tubo de
ensaio com meio adequado (caldo de tioglicolato, 3 ml). Decorridas 24
horas realizou-se a semeadura do material coletado empregando-se como meio o
ágar Columbia acrescido de 5% de ágar-sangue, sendo o material incubado em
condições de anaerobiose e após 24 e 48 horas procedeu-se a sua leitura.
Constatou-se, ao EC, uma prevalência de alterações gengivais de 39% (n = 16).
A perda óssea foi detectada em 60% dos casos enquanto, após 24 horas, em 54,5%
das amostras de PSUB detectou-se bactérias anaeróbias, elevando-se este
percentual para 68,2% após 48 horas.
Conclui-se ser expressiva a prevalência de alterações gengivais na dentição
decídua, as quais englobam não apenas a inflamação tecidual como também a
ocorrência de bolsa periodontal e presença de bactérias anaeróbias, o que
denota a importância do exame criterioso dos tecidos periodontais para o
diagnóstico precoce destas patologias.
A182
Avaliação da concentração de flúor de 24 águas minerais
comercializadas em Florianópolis.
PITHAN, S.
A.*, NOGUEIRA, D. A., VIEIRA, R. S., QUEIROZ, R. R. U.
Departamento
de Ciências da Saúde – Universidade Federal de Santa Catarina.
Tel.: (0**48) 331-9920, fax: (0**48) 234-8776.
E-mail: pithansa@terra.com.br
O consumo de águas minerais aumentou nos últimos anos, sendo
estes produtos recomendados principalmente para crianças, pois se acredita que
sejam mais saudáveis e livres de impurezas. Uma vez que as águas minerais estão
sendo usadas em substituição e/ou adição as águas de abastecimento, é
importante investigar a concentração de flúor presente nestes produtos. O
conteúdo de flúor de 24 águas minerais comercializadas em Florianópolis - Santa
Catarina foi analisado. As amostras foram analisadas em duplicata, sendo a
determinação do conteúdo de flúor realizada por meio de potenciômetro marca
Coring, modelo 220, com o eletrodo íon-seletivo para o flúor, marca Orion,
modelo 9409 e eletrodo de referência dupla junção Ag/AgCl marca Orion.
Utilizou-se o método da curva analítica, para o qual foram preparadas soluções
padrões de fluoreto e a força iônica da solução foi mantida constante com TISAB
e o pH ajustado para 5,0-5,5. Foram observadas concentrações de flúor que
variaram de 0 a 3,7 mgl–1. Das 24 amostras analisadas 11
(45,8%) apresentaram menos de 0,7 mgl–1, 10 (41,7%)
apresentaram concentrações superiores a 1,5 a apenas 3 (12,5%) estavam dentro
da faixa considerada ideal (0,7 a 1,5 mgl–1) para prevenção da
doença cárie.
Conclui-se: 1) os rótulos dos produtos estudados não apresentam a
concentração correta de fluoreto; 2) é necessário um maior controle do teor de
flúor nas águas minerais para orientação do público consumidor.
A183
Avaliação histológica de dentes permanentes de cães após
intrusão dos decíduos.
TORRIANI, D.
D.*, PERCINOTO, C.
Departamento
de Odontologia Infantil e Social – Faculdade de Odontologia de Araçatuba –
UNESP. Tel.: (0**18) 620-3235. E-mail: dionedt@aol.com.br
A intrusão de dentes decíduos tem sido apontada como uma das
principais etiologias de alterações no desenvolvimento do esmalte dental. Os
objetivos do presente trabalho foram analisar a histomorfologia durante a
odontogênese de dentes permanentes, cujos dentes decíduos antecessores tenham
sofrido intrusão traumática, bem como estudar a influência que diferentes
condutas diante deste traumatismo podem ter ou não na formação dos dentes
permanentes. Para tanto, utilizamos 9 cães de 45 a 50 dias de idade, submetidos
à intrusão dos incisivos intermédios e laterais superiores decíduos. O
traumatismo foi provocado pela força de um martelo cirúrgico aplicado
manualmente sobre um vazador, adaptado sobre as cúspides incisais dos dentes,
com a maxila bem acomodada em dispositivo desenvolvido para tal. Os dentes do
lado direito foram mantidos no alvéolo e os do lado esquerdo, extraídos depois
de 30 minutos. Após períodos pós-operatórios de 30 e 60 dias, quatro
(grupo 1) e cinco (grupo 2) cães, respectivamente, foram sacrificados
por perfusão. A leitura histológica mostrou que, no grupo 1, ocorreu
alteração da camada odontoblástica e deposição da matriz de esmalte em dois
espécimes, além de presença de sangue nas células epiteliais do órgão de
esmalte. No grupo 2, visualizou-se uma porção de matriz não mineralizada
até o momento da erupção do dente.
Concluímos que estes achados sugerem relação com o traumatismo ocorrido,
não tendo sido encontradas diferenças evidentes entre uma conduta e outra.
A184
Prevalência de alterações estomatológicas em crianças
nutridas e desnutridas na cidade de João Pessoa (PB).
GOMES, D. Q.
C.*, DUARTE, R. C., VALENÇA, A. M. G.
Pós-Graduação
em Odontologia – UFPB. Tel.: (0**83) 216-7409.
O presente trabalho objetivou determinar a prevalência de
alterações estomatológicas (AE) em crianças nutridas e desnutridas, com idade
entre 25 e 72 meses, matriculadas em creches municipais da cidade de João
Pessoa (PB). A amostra foi composta por 200 crianças, sendo 98 (49%) do gênero
masculino e 102 (51%) do feminino. O exame clínico foi realizado sob fonte de
luz artificial (fotóforo), e para a avaliação do estado nutricional utilizou-se
o indicador peso/idade (P/I), empregando-se como padrão de referência a escala
NCHS, sendo as crianças classificadas, de acordo com o percentil, em:
desnutridas, em risco, eutróficas e com excesso de peso. Os dados foram
submetidos à análise estatística pelo teste do qui-quadrado. Constatou-se que
72% (n = 144) das crianças eram eutróficas 12,5% (n = 25),
estavam em risco, 11% (n = 22), desnutridas e 4,5% (n = 9)
com excesso de peso. A prevalência de AE foi de 73% (n = 146),
afetando 76% (n = 109) das crianças eutróficas, 59%
(n = 13) das desnutridas, 80% (n = 20) daquelas em risco e
44% (n = 4) das com excesso de peso, não sendo estas diferenças
significativas (p >> 0,05). As AE mais prevalentes nas crianças
desnutridas, eutróficas e com excesso de peso foram os grânulos de Fordyce,
respectivamente, nos seguintes percentuais – 30,8%, 46,8% e 50% –,
enquanto naquelas em situação de risco a pigmentação melânica da gengiva
inserida foi a AE mais freqüente.
Conclui-se que a prevalência de AE foi elevada não tendo a desnutrição
influenciado no aparecimento destas patologias, sendo os grânulos de Fordyce a
AE mais observada.
A185
Maturidade dental em crianças de São Paulo, utilizando
análise de Demirjian.
EID, R. M.
R.*, FISBERG, M., FRIGGI, M. N. P., SIMI, R.
Departamento
de Pediatria – Escola Paulista de Medicina – UNIFESP.
A maturidade dental, freqüentemente expressa como idade
dental, é um dos indicadores biológicos da criança em crescimento. O método de
Demirjian é um indicador de maturidade dental largamente utilizado no mundo,
por ser aplicável a diferentes populações. O objetivo deste estudo foi
construir as curvas de maturidade dental de crianças de 6 a 14 anos do
município de São Paulo ao se aplicar a análise de Demirjian. Para isso foram
analisadas 689 radiografias panorâmicas contidas em pastas ortodônticas dos
arquivos de um grande instituto radiológico da cidade. Destas pastas, foram
colhidos dados como: peso, altura, data e local de nascimento e dados de
anamnese. Com os resultados obtidos foram construídas as curvas de maturidade
dental. Comparando-se os resultados dos indivíduos de nossa amostra com os da
amostra analisada por Demirjian, verificamos que há um adiantamento de
maturidade dental de nossa amostra (significante para
p << 0,001) de 0,681 anos para o sexo masculino e 0,616 anos
para o sexo feminino. Além disso não foi observada relação estatisticamente
significante entre o índice de massa corpórea do indivíduo (I.M.C.) e o grau de
maturidade dental.
Concluímos que crianças do município de São Paulo estão avançadas em
maturidade dental em relação às crianças franco-canadenses testadas por
Demirjian.
A186
Eficácia de uma dedeira, comparada com escova convencional
na desorganização da placa de dentes decíduos.
AURICH, T.,
FIGUEIREDO, M. C., JARDIM, J. J.*, MOURA, C. F.
Departamento
de Cirurgia e Ortopedia, Disciplina de Odontopediatria – FO – UFRGS.
Tel./fax: (0**51) 316-5027. E-mail: jujobim@yahoo.com,
marciacf@myway.com, claudinhamoura@yahoo.com
O presente trabalho teve como objetivo avaliar a eficácia de
uma dedeira, confeccionada com gaze, comparada com uma escova convencional, na desorganização
do biofilme placa dentária de dentes decíduos em irrupção. Para tal fim, vinte
bebês, de ambos os sexos, com idade variando entre seis e dezoito meses, foram
distribuídos aleatoriamente em dois grupos: I - dedeira e II - escova
convencional. A quantidade de placa dentária foi mensurada mensalmente,
utilizando o índice de placa PHP modificado, durante três meses consecutivos.
Os resultados foram analisados e mostraram um aumento contínuo no índice de
placa no grupo I, que passou de 51% no exame inicial para 58% na avaliação
final, contrastando com a redução do índice no grupo II, que passou de 49%
no exame inicial para 12% na avaliação final.
A partir desses resultados, sugere-se que a dedeira seja utilizada para
higienização da cavidade bucal do bebê antes da irrupção dos primeiros dentes
decíduos. A escova convencional parece ser o instrumento realmente eficaz a ser
utilizado para a desorganização do biofilme placa dentária quando os primeiros
dentes decíduos irrompem na cavidade bucal. Salientamos que essas conclusões
assumem importância significativa, visto que são indícios para uma nova
proposta de atitudes educativas-preventivas com relação à higienização da
cavidade bucal dos bebês. (Este trabalho contou com apoio financeiro do CNPq –
Processo nº 109882/00-8).
A187
Saúde bucal de trabalhadores: percepção de necessidades e
acesso à assistência.
TOMITA, N.
E., CHINELLATO, L. E. M., LAURIS, J. R. P., KUSSANO, C. M., MENDES, H. J.,
CARDOSO, M. T. V.*
Saúde
Coletiva – FOB – USP. E-mail: netomita@usp.br
Este estudo transversal avaliou as condições de saúde bucal
de 219 trabalhadores da construção civil de Bauru, Brasil, com idades entre 17
e 72 anos. Foi utilizado o índice CPOD e necessidade de tratamento
odontológico, segundo metodologia proposta pela OMS (1997). Foram descritas a
prevalência de cárie segundo o relato de ida ao dentista, tempo desde a última
consulta e orientações de higiene bucal. Nos resultados encontrados, o CPOD foi
17,0. Entre aqueles que relataram nunca ter ido ao dentista, o CPOD foi 8,8 e
os que já foram pelo menos uma vez 17,6 (p << 0,001*). Dentre
aqueles que foram ao dentista, com a última visita inferior a 12 meses, o CPOD
foi de 16,9, sendo muito semelhante ao grupo de 1 a 3 anos (16,3), porém inferior
ao com mais de 10 anos da última visita (22,2) (p = 0,001*). O CPOD
entre os indivíduos que receberam orientações de higiene bucal foi de 15,7 e os
que não receberam, 17,8, porém sem diferenças estatisticamente significantes.
54,85% dos que relataram necessitar de tratamento odontológico tiveram sua
última visita ao dentista em menos de três anos, enquanto 37,5% dos que
relataram não necessitar de tratamento procuraram atendimento neste mesmo
período (p = 0,006*). Os resultados encontrados estão em conformidade
com tendências globais.
Para os trabalhadores da construção civil, as variáveis acesso e
regularidade da assistência odontológica mostraram-se associadas às condições
objetivas de saúde bucal.
A188
Comparação da cronologia de erupção dos dentes permanentes
entre indivíduos fissurados e não-fissurados.
CARRARA, C.
F. C.*, VONO, B. G., LIMA, J. E. O.
Odontopediatria
– HRAC – USP. E-mail: caduclei@travelnet.com.br
Este trabalho foi realizado com o objetivo de se estabelecer
a cronologia de erupção dos dentes permanentes em indivíduos portadores de
fissura completa unilateral de lábio e palato e compará-la com a cronologia de
erupção dos dentes permanentes de indivíduos não-fissurados. A amostra constou
de 477 pacientes brasileiros, leucodermas, de ambos os sexos, na faixa etária
de 5 a 14 anos, regularmente matriculados para tratamento no HRAC - USP. O
estudo foi realizado de maneira transversal, e os dados foram colhidos através
de exame clínico. Para a determinação das idades médias de erupção os dados
foram tabulados separadamente para cada sexo e os maxilares foram divididos de
acordo com a presença da fissura, em: lado superior fissurado, lado superior
não-fissurado, lado inferior fissurado (lado correspondente ao lado fissurado
superior) e lado infeiror não-fissurado (lado oposto ao lado superior
fissurado). Pela aplicação do método de Karber foram calculados a média, o
desvio-padrão, o erro-padrão e o intervalo de confiança a 95% da média, para
cada dente, para cada sexo, de acordo com a divisão dos maxilares. As idades
médias de erupção dos dentes permanentes dos indivíduos portadores de fissura
foram comparadas com as idades médias de erupção dos dentes permanentes obtidas
de um trabalho realizado com indivíduos brasileiros não-fissurados.
Os indivíduos portadores de fissura apresentaram idade média de erupção
maior em relação aos indivíduos não-fissurados para a maioria dos dentes
permanentes, em todos os hemiarcos e em ambos os sexos.
A189
A influência da dieta na experiência de cárie dentária em
crianças pré-escolares.
GAUDERETO,
D.*, PORDEUS, I. A., PAIVA, S. M., BOGUTCHI, T. F.
Departamento
de Odontopediatria e Ortodontia – FO – UFMG.
E-mail: diana.gaudereto@ig.com.br
O consumo de alimentos ricos em sacarose por crianças tem
sido um dos maiores desafios para os programas de educação em saúde bucal
infantil. Objetivando avaliar a influência do consumo de sacarose na
experiência de cárie em pré-escolares de Belo Horizonte, foram pesquisadas 213
crianças, na faixa etária de 37 a 82 meses, e seus respectivos responsáveis.
Estas famílias foram selecionadas em cinco pré-escolas públicas e particulares.
Os pais responderam a um questionário que avaliou a freqüência do consumo de
sacarose de seus filhos. A experiência de cárie das crianças foi determinada
através de exames clínicos realizados nas próprias escolas. Através do programa
Epi Info 6.0, os dados receberam tratamento estatístico para determinação das
freqüências e para análise de correlação pelo teste do qui-quadrado. Cerca de
28,0% das crianças com experiência de cárie consumiam balas, chicletes, doces,
pirulitos e “chips” duas ou mais vezes ao dia, enquanto no grupo livre de
cárie, a porcentagem de crianças que apresentou esta freqüência de consumo foi,
em média, 6,8% (p = 0,001). O consumo de balas duas vezes ou mais ao
dia foi nitidamente maior entre as crianças doentes (41%)
(p = 0,000). Entre as crianças que não apresentaram cárie, 7% nunca
consumiram balas, enquanto apenas 1,6% com experiência da doença não as consumiram
(p = 0,000).
No grupo
estudado, a alta freqüência de consumo de alimentos ricos em sacarose teve
marcada influência na experiência de cárie, evidenciando a importância de uma
abordagem educativa por parte dos odontopediatras.
A190
Ocorrência de traumas dentários em pré-escolares.
MORAES, A.
B. A.*, ORTIZ, C. E., GRILO, A. C. A., MORAES, T. S.
Odontologia
Social Cepae – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5276.
E-mail: abento@fop.unicamp.br
O traumatismo na dentição decídua constitui um problema
freqüente, de alta incidência e difícil prevenção. Comum entre um e dois anos
de idade, quando o desenvolvimento psicomotor promove a aprendizagem de andar e
correr tornando as crianças susceptíveis às quedas, sua causa mais freqüente.
Portanto a primeira experiência odontológica de uma criança pode estar na
ocorrência de um trauma, situação que gera dor e ansiedade. O objetivo do
estudo foi detectar a ocorrência de trauma dentário em pacientes de 0 a 48
meses do atendimento regular do Centro de Pesquisa e Atendimento Odontológico
para Pacientes Especiais (Cepae) e em pacientes que procuram o atendimento de
emergência, estes na faixa etária de 0 a 36 meses. Identificou-se os traumas,
freqüência por faixa etária e sexo, causas, dentes mais atingidos e tipos mais
freqüentes. Os dados foram coletados das fichas de 388 pacientes regulares e de
152 pacientes do atendimento de emergência, de ambos os sexos. A ocorrência de
trauma foi de 22,6%, sendo a faixa etária média de 18 a 25 meses, não havendo
diferença significativa entre os sexos. Fratura de esmalte e luxação intrusiva
foram os tipos de lesões mais freqüentes e a causa mais comum foram as quedas,
sendo o arco maxilar o mais afetado.
Este estudo reforça os dados já apresentados na literatura e mostra que
os odontopediatras e clínicos devem estar preparados para intervir clínica e
psicologicamente nestes pacientes e seus responsáveis, já que experiências
traumáticas ocorrem muito cedo na história odontológica das crianças e podem
representar a origem do medo de tratamento.
A191
Indicação pré-natal de suplementos fluoretados por médicos
ginecologistas/obstetras – estudo piloto.
NOGUEIRA, D.
A.*, CZERNAY, A. P. C., SCHARDOSIM, L. R., VIEIRA, R. S.
Programa de
Pós-Graduação – UFSC. Tel./fax: 248-8776. E-mail: nogueiradani@hotmail.com
Nos últimos anos ocorreram grandes mudanças a respeito do
uso de flúor (F) em Odontologia, quer seja em termos de benefícios como de
riscos. Apesar do conhecimento científico atual quanto à eficácia do F tópico,
suplementos pré-natais com F ainda são encontrados e a prescrição necessitaria
de fundamentos em relação à existência de resultados clínicos confiáveis e
eficientes, significância na formação intra-uterina dos dentes, a relação
dose-efeito empírica. Os objetivos deste estudo foram: estabelecer o número de
médicos ginecologistas e obstetras (MGO) que realizam a indicação de
suplementos com F durante a gestação na cidade de Florianópolis (SC), em que
época prescrevem, qual o efeito esperado do F e verificar se fornecem alguma
orientação para a sua saúde bucal das mães e dos bebês. Dos 125 questionários
de questões abertas enviados a todos os MGO inscritos no CRM local, 25%
retornaram. A análise das respostas revelou que 31,5% dos MGO prescrevem
suplementos com F, esperando que tenha papel na prevenção da cárie (67%) e na
formação dentária (33%). 63% dão orientações às gestantes, sendo que as mais
citadas foram cuidados com a higiene (32%) e a alimentação (21%). Cerca de 25%
recomendam a visita ao dentista.
Apesar da maioria dos MGO não prescreverem suplementação com F, 100% dos
que prescrevem esperam que o F tenha ação preventiva na cárie dental,
demonstrando que estes profissionais, em contato constante com as futuras mães,
desconhecem alguns conceitos importantes de saúde bucal.
A192
Perfil do conhecimento dos cirurgiões-dentistas de
Florianópolis sobre as fissuras labiopalatais.
SCHARDOSIM,
L. R., CZERNAY, A. P. C., NOGUEIRA, D. A., BOSCO, V. L.*
Programa de
Pós-Graduação – UFSC. Tel.: (0**48) 234-4556.
E-mail: lisandrears@hotmail.com
Os portadores de fissuras labiopalatais necessitam de
acompanhamento odontológico desde o início do processo de reabilitação e os
dentistas devem estar capacitados para garantir as condições bucais necessárias
a sua reabilitação. Através de um questionário enviado a 161
cirurgiões-dentistas da cidade de Florianópolis - SC, procurou-se
caracterizar o nível de conhecimento em relação a esta malformação congênita.
Verificou-se que 72% consideram a etiologia das fissuras multifatorial e 27,2%
não sabem; 56,5% acreditam que o risco à cárie é maior que nos não-fissurados,
24,2% acham que é igual e 19,1% não sabem. Daqueles 91 dentistas que
responderam maior, 58,2% atribuíram à dificuldade de higienização, 28,5% ao mau
posicionamento dentário, 15,3% ao fluxo salivar alterado enquanto o tipo de
dieta foi citado por 14,2% deles. Quanto ao padrão alimentar no primeiro ano de
vida, 29,8% acham que é igual ao dos não-fissurados, 23,6% acreditam ser mais
cariogênico e 8,5% não sabem. Para 61,4%, as anomalias dentárias são as únicas
alterações bucais presentes enquanto para 27,9% estas também estão associadas a
anquiloglossia e ao fluxo salivar alterado. Em relação à idade média ideal para
a primeira correção cirúrgica, 57,7% responderam até os 18 meses, 27,3% não
sabiam e 11,5% depois dos 4 anos.
Conclui-se que embora os profissionais apresentem algum conhecimento
sobre o assunto, o nível de desinformação é ainda bastante elevado. Sugere-se
adequação dos currículos das faculdades de Odontologia, visando um melhor
preparo dos cirurgiões-dentistas desde a graduação.
A193
Avaliação do atendimento odontológico a portadores de
deficiências físicas na UFMG.
ABREU, M. H.
N. G.*, CASTILHO, L. S., RESENDE, V. L. S.
Departamento
de Odontologia Restauradora – UFMG; Departamento de Odontologia – Unimontes.
Tel.: (0**31) 3334-0146.
O objetivo desse estudo foi apresentar dados sobre o
atendimento odontológico ambulatorial realizado aos portadores de deficiências
físicas atendidos na Clínica Odontológica da Faculdade de Odontologia da UFMG.
Esses dados envolvem o sexo, a idade e os procedimentos odontológicos
realizados no período de março de 1998 a dezembro de 2000. Todos os pais e
responsáveis autorizaram a utilização e publicação dos dados do atendimento em
eventos de pesquisa – ETIC 046/97. Foram analisados 74 prontuários
odontológicos. A idade média foi igual a 12,9 anos. Observou-se que 34 (45,9%)
eram do gênero feminino e 40 (54,1%) do gênero masculino. O total de
procedimentos foi igual a 494. Foram realizadas 92 (18,6%) instruções de
higiene bucal e orientações dietéticas e 92 (18,6%) controles profissionais de
placa. Outros procedimentos de controle das doenças cárie dentária e
periodontal como, aplicações tópicas de flúor, utilização de selantes e raspagens
supra- e subgengivais, representaram, respectivamente, 7,3%, 2,2% e 11,5% do
total. O tratamento restaurador atraumático totalizou 61 (11,6%) procedimentos.
Foram realizadas 16 (3,2%) restaurações com amálgama e resina composta, 25
(5,1%) selamentos provisórios de cavidades e 3 (0,6%) tratamentos conservadores
de polpa. As exodontias totalizaram 5,5% do total de procedimentos.
O estudo permite concluir que a maioria (58,2%) dos procedimentos
realizados foi preventiva e de controle das doenças cárie e periodontal,
mostrando uma tendência diferente do paradigma tradicional de atenção
odontológica a esse grupo.
A194
Epidemiologia do atendimento de emergências na FOP – UPE.
DOURADO, A.
T.*, ALBUQUERQUE, D. S., CALDAS Jr., A. F., RODRIGUES, V. S.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FOP – UPE. Tel.: (0**81) 3342-3922,
fax: 3231-1118.
E-mail: adridourado@uol.com.br
O objetivo deste estudo retrospectivo foi avaliar a relação
do diagnóstico dos pacientes atendidos na emergência da Faculdade de
Odontologia da Universidade de Pernambuco, no segundo semestre de 2000, com o
tratamento proposto, gênero e idade. Foram utilizados 227 prontuários de
pacientes de ambos os gêneros, com idade variando de 11 a 81 anos. A análise
estatística foi feita mediante distribuição de freqüências, obtenção de médias,
desvio-padrão e teste qui-quadrado no programa estatístico SPSS. O erro-padrão
de 5% e o intervalo de confiança de 95% foram previamente estabelecidos. A
amostra consistiu de 70,5% de pacientes do gênero feminino e 29,5% do
masculino. A idade média foi de 29 anos (DP = 11,75 anos). Dos casos atendidos,
33% tiveram como diagnóstico pulpite irreversível sintomática, seguida de 17,2%
de pulpite reversível. A abertura coronária foi indicada nos casos de pulpite
irreversível sintomática, abscesso dento-alveolar agudo, abscesso fênix e
periodontite apical aguda, correspondendo a 55,1% dos tratamentos realizados.
Observou-se relação estatisticamente significativa entre o diagnóstico e a
idade do paciente (p << 0,001) e tratamento
(p = 0,001).
Conclui- se que o alto percentual de emergências endodônticas reflete o
perfil de saúde bucal da população atendida exibindo um padrão cariogênico que
necessita ser revertido.
A195
Perfil da força de trabalho dos egressos da FOUSP, 1990-1998.
Michel-Crosato, E.*, Calvielli, I. T. P. C., Biazevic, M. G. H. B.
Faculdade de
Odontologia – USP.
O presente estudo visa examinar a força de trabalho
representada pelos egressos da Faculdade de Odontologia da Universidade de São
Paulo (FOUSP) entre 1990 e 1998. Foram enviados questionários a todos os
cirurgiões-dentistas inscritos no CROSP e egressos da FOUSP no período. Dos 954
questionários enviados foram respondidos 320 (34,45% do total). A análise dos
resultados permitiu observar que 59,62% dos profissionais pertence ao sexo
feminino, e 55,00% tem pais com curso superior completo. A principal atividade
odontológica exercida – tanto no primeiro ano pós-formatura quanto
atualmente – é o consultório odontológico, com 54,26% e 50,78% de respostas,
respectivamente. Dentre os profissionais que atuaram em consultório
odontológico no primeiro ano de formado, a maioria trabalhou por porcentagem
(50,16%); atualmente, a maioria trabalha em consultório próprio (50,16%). A
maioria dos profissionais trabalhava mais de 8 horas diárias e 5 ou mais dias
por semana no primeiro ano pós-formatura, o que se mantém atualmente, com
percentuais de 74,13% e de 71,92%. A maioria dos profissionais não é
responsável pela principal fonte renda da família. No primeiro ano de formado,
67,50% ganhavam menos de R$ 1.000,00 por mês; já atualmente, 51,74% ganham
mais de R$ 2.000,00 por mês. A maioria dos profissionais atua como clínico
geral.
O mercado de trabalho, atualmente, não pode ser considerado promissor.
Entretanto e apesar das dificuldades, com o passar do tempo os egressos da
FOUSP começam a se estabilizar na profissão. (Apoio financeiro: CAPES.)
A196
Doenças periodontais em crianças e adolescentes das DIR XV e
DIR XXIII do estado de São Paulo.
MEDINA, M.
R. J.*, SOUSA, M. L. R., WADA, R. S.
Departamento
de Odontologia Social – FOP – UNICAMP. E-mail: mrajordao@merconet.com.br
A OMS recomenda que levantamentos em saúde bucal sejam
realizados a cada 5 anos, para que os municípios possam dispor de dados
atualizados e direcionarem recursos para este setor. As doenças periodontais
representam um importante problema de saúde pública e assim foram dimensionadas
neste trabalho. Dezesseis dentistas, 10 pela DIR XV (região de Piracicaba) e 6
pela DIR XXIII (região de Sorocaba), foram treinados de acordo com o índice CPI
da OMS, para realizarem exames de doenças periodontais em crianças de 5 e 12
anos. Sorteou-se 7 municípios de cada uma das DIR XV e XXIII. Utilizou-se o
teste de proporções com nível de 5% de significância estatística. Aos 5 anos de
idade para a DIR XV, 84,0% apresentaram-se sem sangramento gengival e 30,6% o
apresentaram (menor que na DIR XXIII, p = 0,00). Já para a DIR XXIII,
estas porcentagens foram 37,1% e 62,6%. Aos 12 anos na DIR XV, 59,2%
apresentaram-se sem sangramento gengival e 30,6% o apresentaram (menor que na
DIR XXIII, p = 0,00). Observa-se cálculo dentário em 10,3% das
crianças na DIR XV. Na DIR XXIII, 26,4% apresentaram-se sem sangramento
gengival, 56,9% o apresentaram e 16,7% apresentaram cálculo dentário, proporcionalmente
maior que na DIR XV (p = 0,00). Tanto na idade de 5 como aos 12 anos
observou-se as melhores condições periodontais na DIR XV
(p << 0,05).
Os dados sugerem que a proporção de sangramento encontrada nas crianças
de 5 e 12 anos na DIR XXIII é estatisticamente maior que a da DIR XV. Já a
proporção de cálculo é estatisticamente maior aos 12 anos na DIR XXIII.
A197
Avaliação da radiopacidade de resinas compostas indicadas em
dentes posteriores.
KRAUL, A.*,
LOGUERCIO, A. D., REIS, A., BAUER, J., FILHO, L. E., ODA, M.
Departamento
de Dentística e de Materiais Dentários – FOUSP.
E-mail: gscarpati@hotmail.com
O propósito deste estudo foi avaliar a densidade óptica de
resinas compostas indicadas para dentes posteriores, comparativamente a
radiodensidade do esmalte e dentina. Três resinas compostas compactáveis
(Alert, Filtek P60 and Surefil) e uma resina híbrida (TPH Spectrum) foram
avaliadas. Três corpos-de-prova (cps) com dimensões padronizadas foram
construídos para cada um dos materiais testados. Como parâmetro, utilizou-se
uma fatia de dente molar com a mesma espessura dos cps (2 mm). A densidade
óptica do esmalte, dentina e materiais restauradores foram obtidas através de
radiografias, utilizando um fotodensitômetro. Após a análise de variância e teste
de Tukey para contraste de médias (a = 0,05%), observou-se que a
densidade óptica da dentina foi superior aos demais materiais
(p << 0,0001), que a densidade óptica do esmalte e da resina
Alert foram similares (p = 0,8122) e superiores aos demais materiais
(p << 0,0001), sendo eles semelhantes entre si (Filtek P60,
Surefil e TPH Spectrum).
Conclui-se que: apesar das diferenças detectadas, todos os materiais
cumpriram os pré-requisitos de radiopacidade para utilização em dentes
posteriores. (Apoio: FAPESP – Processo nº 99/05124-0.)
A198
Resistência de união de cimentos resinosos em dentina humana
através do teste de microtração.
PRAZERES, P.
S.*, SANTOS, J. F. F., CARDOSO, P. E. C., MALLMAN, A., JACQUES, L. B., TAVARES,
A. V.
Departamento
de Materiais Dentários – FOUSP. Tel.: (0**11) 5032-2328.
O objetivo do trabalho foi avaliar a resistência de união de
cimentos resinosos em dentina humana. Foram utilizados dois sistemas que exigem
prévio condicionamento ácido: Single Bond - 3M + Rely X - 3M
(SB + RX) e Scothbond Multi-Uso Plus - 3M + Rely X (SBMP +
RX); e dois sistemas com adesivos self-etching primers: Bistite
IISC -Tokuyama (BIS) e Clearfil Liner Bond 2V + Panavia F -
Kuraray (PAN). Para cada condição experimental, dez molares hígidos tiveram as
superfícies oclusal e radicular cortadas transversalmente e o esmalte
circundante removido. O remanescente foi seccionado no seu longo eixo com disco
diamantado refrigerado, obtendo-se assim 2 metades semelhantes cujas
superfícies foram abrasionadas em lixa d’água 600 refrigerada em água. Os
sistemas resinosos foram aplicados nas duas metades de acordo com a orientação
do fabricante. Após a sua união, as duas metades foram armazenadas em água
destilada a 37ºC por 24 h e a seguir cortadas nos eixos x e y, obtendo-se
palitos (Cp) com área unida de aproximadamente 0,8 mm2. Os Cp
foram colados em paquímetros adaptados para o teste de microtração e levados à
Máquina de Ensaios Universal Kratos para o ensaio de tração a uma velocidade de
1 mm/min. Os resultados (MPa) obtidos: SB + RX = 40,5;
SBMU + RX = 40,6; PAN = 38,4; BIS = 28,4, foram
analisados estatisticamente através de análise de variância e Tukey.
Concluiu-se que não houve diferença estatística entre os grupo SB +
RX, SBMP + RX e PAN e que o grupo BIS apresentou menor resistência de
união que os demais (p << 0,05).
A199
Microdureza de resinas compostas: tiras de poliéster versus
superfície polida.
MALLMAN,
A.*, JACQUES, L. B., MUENCH, A., CARDOSO, P. E. C.
Departamento
de Materiais Dentários – FOUSP.
O objetivo do estudo foi comparar a microdureza Knoop de
resinas compostas quando comprimidas por tiras de poliéster e após a execução
de um polimento. As seguintes resinas compostas foram testadas: Durafill
VS - Kulzer, Ælite Flo - Bisco, Filtek Z250 - 3M e Pyramid -
Bisco. Foram confeccionados 4 corpos-de-prova (Cp) em matrizes de poliacetal
com 3 mm de diâmetro e 2 mm de profundidade. As resinas foram
inseridas em camada única, sendo uma tira de poliéster e uma lamínula de vidro
posicionadas sobre a matriz para obter uma superfície plana. Os Cp foram
fotopolimerizados com 600 mW/cm² por 40 s e armazenados em água
destilada a 37ºC por 24 h. Foram realizadas 5 leituras em cada Cp no
microdurômetro Shimadzu. Após as leituras iniciais, os Cp foram desgastados em
aproximadamente 300 mm e novas leituras foram realizadas. Os resultados,
na Tabela 1, foram submetidos à análise de variância com fatores vinculados e
Tukey (Tukey 5% = 9,43).
Tabela1
- Médias (kgf/mm²) de microdureza Knoop.
|
Durafill vs |
Ælite Flo |
Filtek Z250 |
Pyramid |
Tira de poliéster |
16,8f |
17,2f |
70,7c |
52,1d |
Após polimento |
34,6e |
34,8e |
108,9a |
93b |
Letras
iguais não são diferentes estatisticamente.
Concluiu-se
que houve um aumento significante de dureza nas diferentes resinas testadas
quando a camada superficial era removida.
A200
Resistência de união ao esmalte após clareamento com
peróxido de hidrogênio à 35% associado ao laser.
AYALA, D.*,
ZITTO, L. M., EDUARDO, C. de P., PIRES, L. A. G.
Materiais
Dentários – ULBRA - Canoas - RS; IPEN – FOUSP - SP.
Desde o surgimento, as técnicas de clareamento têm-se
tornado cada vez mais sofisticadas e variadas. O objetivo deste estudo foi avaliar
se o clareamento com peróxido de hidrogênio à 35% associada ao laser influencia
na resistência de união ao esmalte. Foram seccionadas as coroas de 50 incisivos
centrais superiores permanentes 1 mm abaixo da junção cemento-esmalte com
1 disco de dupla face de diamante, incluídas em resina acrílica
autopolimerizável utilizando uma matriz padrão para a confecção das amostras e
armazenados em saliva artificial. Foram divididas em 5 grupos: Grupo I:
controle, foram realizadas apenas o procedimento restaurador; Grupos: II, III,
IV e V foram submetidos ao clareamento com peróxido de hidrogênio à 35%
(Opalescense Xtra, Ultradent) com laser de diodo de alta intensidade de
960 nm. Logo após o clareamento, o Grupo II foi condicionado com
ácido fosfórico à 37% por 15 s, lavado e secado le- vemente, aplicando-se
adesivo Excite (Vivadent) conforme instruções, confeccionando cones de
compósito Tetric-Ceram (Vivadent) A1; no Grupo III realizou-se o mesmo
procedimento, após 7 dias do clareamento; no Grupo IV e V, 15 e 28 dias
respectivamente. As amostras foram submetidas ao teste de tração com velocidade
de 1 mm/min. A média para os resultados em MPa foram: G. I: 29,79; G. II:
19,32; G. III: 22,23; G. IV: 27,57 e G. V: 29,95. Os valores foram submetidos à
ANOVA e Tukey ao nível de significância de 5%.
O agente clareador influenciou significativamente na resistência de
união do sistema adesivo ao esmalte nos Grupos II e III, e os Grupos IV e V não
diferiram estatisticamente do Grupo I.
A201
Durabilidade da resistência adesiva à dentina: efeito da
armazenagem.
CARRILHO, M.
R. O.*, CARVALHO, R. M., PASHLEY, D. H.
Departamento
de Materiais Dentários – FOUSP. E-mail: cella100@hotmail.com
O objetivo do estudo foi verificar o efeito da armazenagem
na resistência adesiva à dentina humana. Os sistemas adesivos, Single Bond (SB)
e One Step (OS), foram aplicados sobre dentina úmida condicionada por 15 ou
30 s. Em seguida, adicionaram-se 3 camadas de resina composta Z250,
fotopolimerizadas por 40 s (450 mW/cm2). Os dentes foram
armazenados em água destilada por 24 h e fatiados em forma de “palitos”
para serem testados pelo ensaio de microtração (0,5 mm/min.). Parte dos
palitos foi testada imediatamente e o restante, após 6 meses de armazenagem em
água destilada (6A) ou em óleo mineral (6O). Os dados foram submetidos à
analise de variância e ao teste de Tukey (a = 5%). A tabela expressa
os resultados [MPa ± DP(N)], de acordo com as condições experimentais.
Adesivo/tempo |
SB/15 s |
SB/30 s |
OS/15 s |
OS/30 s |
Imediato |
33 ± 10 a (12) |
22 ± 7 b (11) |
36 ± 11 a (10) |
23 ± 9 b (09) |
6 meses/água |
26 ± 14 c (14) |
14 ± 7 d (18) |
30 ± 9 c (16) |
17 ± 11 d (15) |
6 meses/óleo |
44 ± 15 e (15) |
35 ± 16 f (18) |
43 ± 9 e (16) |
26 ± 14 f (16) |
Letras
iguais = semelhança estatística.
Conclusões: 1) A armazenagem em água por 6 meses reduziu
significantemente a resistência adesiva (p << 0,05). 2) O tempo
de condicionamento afetou significantemente a resistência adesiva para os dois
materiais (p << 0,05). (Apoio: FAPESP - 99/10043-0, NIDCR
06427 e CNPq - 300481/95.)
A202
Dentina humana e bovina: resistência adesiva ao cisalhamento
em três diferentes profundidades.
ANIDO, A.
A.*, GONÇALVES, S. E. P., PADILHA, R. Q.
Faculdade de
Odontologia de São José dos Campos – UNESP; UNIBAN - SP.
O objetivo do presente estudo foi comparar a resistência
adesiva da dentina humana e bovina em três diferentes espessuras de
remanescente, frente ao teste de cisalhamento, a fim de estabelecer uma
possível relação de profundidade entre os substratos visando a substituição da
dentina humana em testes de adesão. Empregaram-se 48 dentes humanos (H) e 48
dentes bovinos (B), recém-extraídos, armazenados em água destilada e congelados
a –18ºC, por no máximo quatro semanas. Foram utilizadas lixas de granulação 240,
400 e 600, para expor a dentina e padronizar a “smear layer”, com espessura de
dentina de 0,5; 1,0 e 2,0 mm. O sistema adesivo Scotchbond Multi-Uso Plus
foi utilizado seguindo instruções do fabricante, em uma área padronizada de
4 mm, seguido da aplicação incremental da resina Z100. O ensaio de
cisalhamento foi realizado em máquina Instron Universal à velocidade de
0,5 mm/min. Foi realizada análise estatística pelo teste ANOVA
(p = 0,05). Houve diferença significativa entre a resistência adesiva
em dentes H e B, sendo os maiores valores para H; houve diferença significativa
de resistência para as profundidades analisadas: H0,5 = 12,06 ±
3,48 MPa; H1 = 14,90 ± 4,43 MPa; H2 = 16,88 ±
3,93 MPa; B0,5 = 7,09 ± 1,83 MPa; B1 = 8,90 ±
2,97 MPa; B2 = 12,64 ± 2,7 MPa.
Houve semelhança de
comportamento entre os substratos H0,5 mm e B2 mm; o substrato B
presta-se aos estudos laboratoriais de resistência adesiva como indicativos da
performance inicial de novos produtos; mais pesquisas são necessárias para a
correlação entre os substratos.
A203
Avaliação do desajuste de elementos fundidos em função de
diferentes técnicas de moldagem.
FRANCO, E.
B., TAVARES, P. G., FRANCO, E. J., LOPES, L. G.*
Disciplina
de Dentística Restauradora – Faculdade de Odontologia de Bauru – USP.
O objetivo deste estudo foi o de avaliar o comportamento de
moldes obtidos de diferentes técnicas de moldagem (reembasamento sem e com
alívio de lâmina plástica, e impressão simultânea), usando siliconas de adição
(SA), Express - 3M e condensação (SC), 3M. Foi utilizado, como padrão, um
troquel metálico simulando um preparo para coroa métalica. A partir deste foram
obtidos, após a realização de diferentes técnicas de moldagem, os troquéis de
gesso (Durone - Dentsply). Nestes, foram feitos enceramentos de coroas com
abertura oclusal e, em seguida, fundidos em liga de Cu-Al. No grupo controle as
fundições foram obtidas diretamente do troquel padrão. O desajuste foi medido
em função das discrepâncias das fundições no troquel padrão, por meio de
microscópio de profundidade. Os resultados foram submetidos aos testes ANOVA e
Tukey (p << 0,05) e estão dispostos no quadro abaixo como
médias de desajuste (mm).
Grupos |
Controle |
SC Reemb. s/Al. |
SC Reemb. c/Al. |
SC Impr. única |
SA Reemb. s/Al. |
SA Reemb. c/Al. |
SA Impr. única |
Desajuste |
327,6 |
1.734,1 |
883,8 |
598,6 |
571,6 |
620,7 |
648,6 |
Portanto, a técnica de fundição exerce uma influência significativa na
adaptação das restaurações, sendo que a silicona de adição sofre menor
influência face ao tipo de técnica de moldagem.
A204
Resistência de união à tração de sistemas adesivos sobre a
dentina aos 10 minutos e 24 horas pós-polimerização.
CUNHA, M. R.
B.*, DE GOES, M. F.
Faculdade de
Odontologia de Piracicaba – UNICAMP - São Paulo, Brasil.
E-mail: marciarbcunha@helicomnet.com
Este estudo avaliou a resistência de união à tração de
sistemas adesivos dentinários aos 10 minutos e 24 h pós-polimerização. As
faces vestibulares de 120 incisivos inferiores bovinos foram desgastados para
se obter superfície dentinária plana. Os dentes foram divididos em 8 grupos
(Gs). Nos Gs A, B, C e D, a dentina foi condicionada por 15 s com ácido
fosfórico a 35%. Nos Gs A e B foi aplicado Scotchbond Multi-Uso Plus (SBMUP); C
e D- Single Bond (SB); E e F- Clearfil Liner Bond 2V (CLB 2V) e G e H- Clearfil
SE Bond (CSEB). Um cilindro de resina composta foi posicionado sobre a área de
união e fotoativado por 20 s em 3 regiões da interface. O ensaio de tração foi
conduzido após 10 min. da união para os Grupos A, C, E e G. Os Grupos B, D, F e
H foram armazenados em água a 37ºC e o ensaio foi realizado após 24 h da
união. O padrão de fratura foi observado sob MEV. Os resultados em MPa foram:
A- 7,69 ± 1,40; B- 7,86 ± 2,66; C- 8,56 ± 2,97, D- 7,99 ±
2,12; E- 11,46 ± 1,96; F- 12,97 ± 2,86, G- 11,73 ± 3,01 e H- 13,04 ±
3,57. Os valores dos Grupos E, F, G, H foram maiores e diferentes
estatisticamente em relação aos Grupos A, B, C, D (p << 0,05)
aos 10 min. e 24 h. Os valores dos adesivos convencionais (Grupos A,
B, C, D) e autocondicionantes (Grupos E, F, G, H) não apresentaram diferença
estatística entre si nos períodos de 10 min. e 24 h. Os adesivos
SBMUP e SB apresentaram padrão de fratura coesiva no adesivo-camada híbrida e
os adesivos CLB2V e CSEB coesivo na dentina e características morfológicas distintas
na camada híbrida.
A205
Efeito do laser Er:YAG na resistência à tração da dentina.
GONÇALVES,
M.*, CORONA, S. A. M., BORSATTO, M. C., SILVA, P. C. S., PÉCORA, J. D.
Departamento
de Materiais Dentários e Prótese – FORP – USP.
Tel.: (0**16) 602-4075/633-0999. E-mail: ane@netsitemail.com.br
O objetivo do presente estudo foi avaliar in vitro a
resistência à tração na interface dentina-sistemas restauradores resinosos após
a irradiação com laser de Er:YAG. Foram utilizadas 42 superfícies de dentina
humana de terceiros molares superiores extraídos e conservados em solução
aquosa de cloramina a 0,5% em refrigeração, planificadas e divididas em 3
grupos experimentais e 3 grupos controle. Os sistemas restauradores foram Alert
(Jeneric/Pentron), Prodigy (Kerr Co.) e Z100 (3M Co.), com seus adesivos
correspondentes Bond 1, OptiBond Solo e Single Bond, respectivamente. Para
realizar os testes de tração, foi utilizado um sistema especial de pares de
hastes alinhados em dispositivo específico proposto pelo Documento ISO/TR 11.405,
de 1994. Obteve-se através da análise estatística utilizando-se o teste de
Kruskal-Wallis que o grupo laser + ácido + Alert, com valor médio de
18,89 MPa, diferiu significativamente do grupo ácido + Alert, com
valor médio de 8,03 MPa (p << 0,10), e não diferiu dos
demais grupos. O grupo ácido + Prodigy, apresentando valor médio de
19,88 MPa, diferiu do grupo laser + ácido + Prodigy apresentando
12,57 MPa (p << 0,05) e não diferiu dos grupos
laser + ácido + Z100, com valor médio de 14,11 MPa, e do grupo
ácido + Z100, com valor médio de 19,58 MPa. O grupo laser +
ácido + Z100 não diferiu estatisticamente do grupo ácido + Z100.
Conclui-se que o tratamento prévio com laser Er:YAG na estrutura
dentinária melhorou a resistência da união apenas do sistema restaurador Alert.
A206
Avaliação da resistência à tração de bráquetes ortodônticos
colados pela técnica indireta.
NAUFF, F.*,
NACCARATO, S. R. F., TORTAMANO, A.
Departamento
de Ortodontia e Odontopediatria – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7812.
O objetivo desse estudo é avaliar a resistência à tração de
bráquetes ortodônticos cimentados pela técnica indireta e pela técnica direta
convencional. Foram utilizados 50 pré-molares humanos íntegros recém- extraídos
por motivos ortodônticos divididos em 5 grupos nos quais foram cimentados
bráquetes ortodônticos metálicos (Lancer), com as resinas compostas
ortodônticas Concise (3M) e Transbond XT (3M), utilizadas nas técnicas direta e
indireta e Transbond Sondhi (3M), desenvolvida exclusivamente para técnica
indireta: Grupo I (controle I) - colagem direta com Concise; Grupo II (controle
ll) - colagem direta com Transbond XT; Grupo III - colagem indireta com
Concise; Grupo IV - colagem indireta com Transbond XT e Grupo V -
colagem indireta com Transbond Sondhi. Na técnica direta, o bráquete foi
cimentado diretamente sobre o esmalte após condicionamento ácido e aplicação de
adesivo, na técnica indireta, os bráquetes foram cimentados primeiramente sobre
modelo de gesso e depois transferidos para o dente através de moldeira individualizada.
Os corpos-de-prova foram submetidos testes de tração (Instron 4400) e nos
resultados foram aplicados os testes estatísticos de análise de variância e
Tukey a 5%.
Foram encontrados resultados menores estatisticamente significantes dos
Grupos III, V quando comparados com os dois grupos controle. Concluiu-se que
para a técnica indireta de cimentação de bráquetes ortodônticos, dos agentes
cimentantes, apenas o Transbond XT não apresentou resultados estatisticamente
diferentes aos obtidos pela técnica direta convencional.
A207
Influência da técnica restauradora na infiltração de
restaurações classe V.
KENSHIMA,
S.*, GRANDE, R. H. M., BALLESTER, R. Y., SINGER, J. M.
Departamento
de Materiais Dentários – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7842.
E-mail: sil.k@sti.com.br
O objetivo deste estudo foi o de avaliar a capacidade de
duas técnicas restauradoras teste, de reduzir a infiltração marginal em
restaurações classe V em dentes bovinos, comparadas com técnicas convencionais.
Foram utilizadas duas resinas compostas (Z250 - Z e Durafill VS - D)
com o sistema adesivo (Single Bond) em 120 preparos confeccionados nas
superfícies vestibular dos dentes (fator C = 3). As técnicas restauradoras
empregadas foram seis: incremental horizontal (Z-h e D-h), incremental vertical
(Z-v e D-v), e teste [t-Z e t-D (forramento das paredes cavitárias com uma
resina e preenchimento com a outra)]. As restaurações foram divididas em dois
grupos: imediato (4 h após a confecção os espécimes foram
impermeabilizados e submetidos à técnica do nitrato de prata) e mediato
(espécimes submetidos a ciclos térmicos – 1.000 X, a 5º-55ºC, com
1 min. de imersão - antes dos demais procedimentos) seguindo um
delineamento completamente aleatório (n = 10). Cada espécime foi secionado
no sentido V-L gerando 4 superfícies e as imagens foram digitalizadas a fim de
medir a penetração do corante (mm). Após tratamento estatístico dos dados
(ANOVA) os resultados foram: sítio incisal - houve diferença significativa
entre as técnicas restauradoras (p = 0,008) e o grupo mediato
apresentou maiores valores de infiltração marginal (p = 0,006); sítio
gengival - não foi evidenciado o efeito de nenhum dos tratamentos.
Pôde-se concluir que, nas condições avaliadas, a técnica restauradora
D-h apresentou maior infiltração marginal que Z-h e Z-v em esmalte. (Apoio:
CAPES.)
A208
Efeito da resina de baixa viscosidade e do adesivo com carga
na resistência de união da resina composta sobre dentina.
MONTES, M.
A. J. R.*, de GOES, M. F., CUNHA,
M. R. B., SOARES, A. B.
Faculdade de
Odontologia de Piracicaba – UNICAMP - São Paulo, Brasil.
Este estudo avaliou o efeito das resinas de baixa
viscosidade e de um sistema adesivo com carga na resistência de união da resina
composta sobre dentina. Cento e vinte incisivos inferiores bovinos foram
desgastados na face vestibular para obter uma superfície dentinária plana,
sobre a qual foi posicionada uma fita adesiva delimitando uma área de união de
4 mm de diâmetro. Os dentes foram divididos em seis grupos (G). Em todos
os grupos a dentina foi condicionada com ácido fosfórico a 35% por 15 segundos,
seguida da aplicação dos adesivos: Single Bond para os G 1, 2, 3, 6 e OptiBond
Solo para os G 4 e 5. Nos G 1 e 4, um cilindro de resina composta com uma alça
foi cimentado diretamente sobre a superfície do adesivo com resina Z100; no G
2, sobre a superfície do adesivo foi aplicada a resina Flow-It; no G 3, foi
aplicada a resina Protect Liner F; no G 5, uma segunda camada do adesivo
OptiBond Solo foi aplicada; e no G 6, foi aplicada a resina experimental, e
então foi cimentado o cilindro de resina. Os espécimes foram armazenados em
água a 37ºC por 24 h e submetidos ao ensaio de tração (MPa): G1
(7,86 ± 2,28); G2 (7,62 ± 1,85); G3 (7,60 ± 2,14);
G4 (7,96 ± 2,36); G5 (7,50 ± 2,70); G6 (7,18 ± 2,40). Em
seguida foram analisados em MEV para avaliação do modo de fratura. Não houve
diferença estatística significante entre os G quanto aos valores de resistência
obtidos (p << 0,05). A análise do modo de fratura mostrou
diferença considerável entre os G.
O uso de adesivo com carga e de resina de baixa viscosidade como camada
intermediária demonstrou maior capacidade de preservação da interface de união.
A209
Efeito de diferentes concentrações de peróxido de carbamida
na microdureza do esmalte em diferentes tempos de clareamento.
BASTING, R.
T.*, RODRIGUES Jr., L. A., SERRA, M. C.
Odontologia
Restauradora – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5340.
E-mail: rbasting@yahoo.com
O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar a
microdureza do esmalte dental humano submetido ao tratamento com diferentes
concentrações de peróxido de carbamida em diferentes tempos. Sete agentes
clareadores foram analisados: Nite White 10% Excel/Discuss Dental, Nite White
16% Excel/Discuss Dental, Nite White 22% Excel/Discuss Dental, Opalescence
10%/Ultradent, Opalescence F 20%/Ultradent, Rembrandt 15%/Den-Mat Corporation e
Nupro Gold/Dentsply. Um agente placebo foi utilizado como grupo controle. Os
clareadores e o agente placebo foram aplicados sobre a superfície de fragmentos
planificados de esmalte pelo período de oito horas diárias e armazenados
durante dezesseis horas diárias em saliva artificial em recipientes
individuais. Ensaios de microdureza foram realizados previamente à aplicação
dos agentes, 8 horas, 7, 14, 21, 28, 35 e 42 dias de tratamento e 7 e 14 dias
após o término do clareamento. A análise de variância mostrou não haver
diferenças significativas entre os tratamentos em diferentes concentrações. O
teste de Tukey mostrou diferenças significativas entre valores de microdureza
iniciais, durante o período de aplicação dos agentes e na fase pós-tratamento.
Os agentes de peróxido de carbamida significativamente diminuíram a microdureza
do esmalte durante o tratamento. Após 14 dias do término do clareamento, houve
um aumento significativo da microdureza.
Diferentes
concentrações de peróxido de carbamida alteram a microdureza do esmalte dental
humano, embora a saliva artifical apresente um efeito remineralizante na fase
pós-clareamento. (FAPESP – 99/11735-2.)
A210
Avaliação da adaptação cervical de coroas totais metálicas
com diferentes términos cervicais.
CORRER
SOBRINHO, L.*, BRISOLARA, P. G. S., CONSANI, S., SINHORETI, M. A. C.
Materiais
Dentários – FOP – UNICAMP - São Paulo, Brasil.
O propósito deste estudo foi avaliar o ajuste cervical antes
e após a cimentação de coroas totais metálicas, em preparos sobre dentes
bovinos com diferentes términos cervicais: chanfro 45º, ombro biselado 20º e
ombro reto, com 3 cimentos. Trinta coroas totais com 8 mm de diâmetro por
7 mm de altura foram confeccionadas para cada tipo de término cervical com
a liga de níquel-cromo-Verabond 2. Após a fundição, as coroas foram adaptadas
sobre os dentes com carga de 9 kg e a discrepância marginal foi medida com
micrômetro digital (Mitutoyo). Em seguida, as coroas foram removidas e fixadas
sobre os dentes com os cimentos de fosfato de zinco, ionômero de vidro e
resinoso e novamente a discrepância marginal foi medida. Os resultados foram
submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey (5%) e indicaram que:
antes da cimentação, o término cervical em ombro biselado 20º (35,22 mm)
mostrou maior média e desajuste cervical, sendo diferentes estatisticamente do
chanfro 45º (17,08 mm) e ombro reto (9,11 mm), também diferentes
entre si (p << 0,05); após a cimentação, com os cimentos de
fosfato de zinco, ionômero de vidro e resinoso, o melhor ajuste cervical foi
obtido com o término cervical em ombro reto (107,11 mm; 107,20 mm;
286,55 mm), seguido pelo chanfro 45º (163,53 mm; 111,95 mm;
256,89 mm) e ombro biselado 20º (166,00 mm; 121,72 mm;
312,21 mm).
Concluindo, independente do término cervical, as coroas metálicas
fixadas com o cimento de ionômero de vidro apresentaram as melhores adaptações,
seguido pelo cimento de fosfato de zinco e resinoso.
A211
Efeito do tempo pós-prensagem sobre a rugosidade, dureza e
porosidade superficial da resina acrílica QC-20, em diferentes ciclos de
polimerização.
BORGES, L.
H.*, DOMITTI, S. S., CONSANI, S., BORGES, L. P., CONSANI, R. L. X.
Universidade
de Uberaba; FOP – UNICAMP. Tel.: (0**34) 3312-5122.
E-mail: luis.borges@uniube.br
Este trabalho teve o objetivo de avaliar o efeito do tempo
pós-prensagem sobre a rugosidade, dureza superficial e porosidade da resina
acrílica QC-20, em diferentes ciclos de polimerização. Para a confecção dos 81
corpos-de-prova foram utilizadas matrizes circulares de silicona de condensação
medindo 30 mm de diâmetro e 5 mm de espessura, obtidas através de um
molde padrão. As matrizes foram incluídas em muflas metálicas e com reforço de
fibra de vidro. Após a prensagem da resina acrílica, as muflas foram deixadas
em descanso por 30 minutos, 12 e 24 horas antes da polimerização que foi
realizada nos ciclos de água aquecida a 74ºC por 9 horas, 20 minutos em água em
ebulição, e energia de microondas por 3 minutos a 500 W. Após o
resfriamento, os corpos-de-prova foram submetidos aos processos de acabamento e
polimento em politriz, e submetidos aos testes de rugosidade superficial média,
através do rugosímetro Surfcorder SE 1700, dureza superfical em um microdurômetro
Shimadzu, e porosidade superficial, através da imersão dos corpos-de-prova em
tinta nanquim por 8 horas, contados em área determinada. Os resultados obtidos
foram submetidos à análise de variância, e ao teste de Tukey ao nível de
significância de 5%.
Concluiu-se
que não houve diferenças significativas entre as médias obtidas pelos métodos
para as variáveis rugosidade e porosidade. Para a variável dureza superficial,
houve diferenças significativas entre o método convencional e os outros dois métodos,
mostrando que o método convencional apresentou menor dureza em relação aos
demais.
A212
Efeito da presença de sangue ou saliva na resistência à
tração de adesivo monocomponente.
SANTOS, F.
A. M.*, OLIVEIRA, M. E., SILVA, A. P., EDUARDO, C. P., MATSON, E.
Departamento
de Dentística – Faculdade de Odontologia – USP.
Tel.: (0**11) 3091-7839.
Este estudo in vitro avaliou a resistência à tração
de um adesivo monocomponente (Single Bond) aplicado em dentina condicionada e
exposta aos fluidos freqüentes no meio bucal (sangue ou saliva). 60 dentes
terceiros molares foram incluídos em resina acrílica e lixados em politriz até
exposição da dentina. Foram condicionados com ácido fosfórico a 37% por 15
segundos, lavados por 30 segundos e secos com papel absorvente. O grupo 2
(n = 12) sofreu contaminação da superfície com saliva e secagem por 2
segundos; grupo 3, contaminação com saliva e nova lavagem da superfície
por 10 segundos. No grupo 4, contaminação com sangue e secagem por 2 segundos;
grupo 5, contaminação com sangue e lavagem por 10 segundos. A seguir,
todos os grupos, inclusive o grupo 1 – controle (sem contaminação da
dentina), sofreram aplicação de adesivo monocomponente segundo recomendações do
fabricante e foram restaurados com resina composta (Z100, cor B2). Após a
estocagem em água (37ºC) por 72 horas, as amostras foram submetidas ao teste de
tração em máquina universal de ensaio (Instron 4442) com velocidade de
0,5 mm/min. As médias obtidas em MPa foram: grupo 1 (6,05 ± 2,66),
grupo 2 (1,94 ± 1,04), grupo 3 (5,84 ± 2,1), grupo 4 (0,92 ±
0,71) e grupo 5 (2,7 ± 2,3). Os resultados foram submetidos a análise de
variância (F = 16,07, p << 0,05) e ao teste Tukey
(p << 0,05), permitindo afirmar que houve diferença
estatisticamente significante entre o grupo 1 (controle) e os grupos 2, 4, 5.
Concluiu-se que a contaminação da superfície de dentina influiu
negativamente na resistência à tração do adesivo Single Bond, exceto quando a
dentina contaminada com saliva foi lavada e seca (grupo 3).
A213
Avaliação da resistência à tração de diferentes adesivos
aplicados sobre a dentina radicular.
SANTOS, F.
A. M., SALAMI, T. M., COGA, A.*, EDUARDO, C. P., MATSON, E.
Departamento
de Dentística – Faculdade de Odontologia – USP.
Tel.: (0**11) 3091-7839.
O objetivo deste trabalho in vitro foi avaliar a
resistência à tração de diferentes sistemas adesivos aplicados sobre a dentina
radicular. 36 raízes de incisivos superiores humanos foram incluídos em resina
acrílica e lixados em politriz até exposição da dentina radicular (lixas
nº 240, 400, 600). As amostras foram condicionadas com ácido fosfórico a
37% por 15 segundos, lavadas por 30 segundos e secas com papel absorvente. Em
todos os procedimentos adesivos foram seguidas as recomendações dos
fabricantes, sendo a área de colagem circunscrita com fita adesiva. No
grupo 1 (n = 12) aplicou-se um sistema adesivo de dois frascos
(Scotchbond Multi-Purpose “primer” e “bond”). No grupo 2 foi aplicado um
adesivo monocomponente ou de frasco único (Single Bond). No grupo 3 foi
aplicado um adesivo dual (Scotchbond MP Plus). Todas as amostras foram
restauradas com resina composta (Z100, cor B2). Após a estocagem em água
deionizada a 37ºC por 72 horas, as amostras foram submetidas ao teste de tração
em máquina universal de ensaio (Instron 4442) com velocidade de
0,5 mm/min. Os resultados foram submetidos a análise estatística ANOVA
(F = 8,79, p << 0,05) e o teste Tukey
(p << 0,05), permitindo afirmar que os grupo 1
(4,39 MPa ± 2,97) e 2 (5,09 MPa ± 2,34) não apresentaram
diferença estatisticamente significante entre si, mas ambos foram inferiores
com significância estatística ao grupo 3 (9,76 MPa ± 2,34).
Os resultados obtidos permitem concluir que o sistema adesivo dual
apresentou maior resistência à tração que os grupos de frasco único e de dois
frascos.
A214
Resistência de uniões cimentadas de titânio e níquel-cromo.
RODRIGUES
FILHO, L. E.*, FRANÇA, R. O., MUENCH, A., GRANDE, R. H. M.
Departamento
de Materiais Dentários – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7840.
E-mail: lerfilho@fo.usp.br
Avaliou-se a resistência de união, por ensaio de tração,
entre titânio e liga de Ni-Cr, e cimentos resinosos. Os fatores estudados
foram: cimentos (Enforce, 3M e Cement-it); conjugação liga/revestimento
(titânio obtido com revestimentos que formam ou não “a case” – Tica e Tisa
e liga de Ni-Cr, obtida com revestimento fosfatado); tratamento superficial
(jateamento com Al2O3, 250 mm, ou emprego do sistema
Siloc). Os espécimes foram discos fundidos cimentados entre si 2 a 2,
armazenados por 5 dias e termociclados (1.000 ciclos – 5º-55ºC). Os dados
(n = 5) foram submetidos à análise de variância e as médias (MPa)
contrastadas pelo teste de Tukey (p << 0,05). Conforme tabela,
mesmas letras indicam não-significância.
Cimento |
Al2O3 |
Siloc |
||||
|
Tica |
Tisa |
Ni-Cr |
Tica |
Tisa |
Ni-Cr |
Enforce |
6,6ef |
9,1ef |
9,3ef |
26,7c |
28,6bc |
29,1bc |
3M |
14,6de |
18,2d |
18,5d |
32,8abc |
35,0ab |
37,0a |
Cement-it |
16,1d |
19,0d |
18,1d |
35,1ab |
38,4a |
37,3a |
Conclusões: houve grande diferença entre cimentos e semelhança entre
titânio e Ni-Cr; o Siloc conduz, geralmente, ao dobro de retentividade daquela
do Al2O3.
A215
Estudo das tensões geradas por diferentes pinos
intra-radiculares em um incisivo central superior.
LEWGOY, H.
R.*, MATSON, M. R., BOCANGEL, J. S., ANAUATE NETTO, C., AMORE, R., YOUSSEF, M.
N.
Departamento
de Dentística – FOUSP; UMC; UnG - SP.
A utilização de pinos intra-radiculares (núcleos metálicos
fundidos e pinos pré-fabricados) tem se mostrado uma excelente alternativa para
o tratamento de dentes com tratamento endodôntico. Este trabalho teve como
objetivo, avaliar, utilizando o Método dos Elementos Finitos (MEF), como,
diferentes pinos intra-radiculares, podem alterar o padrão das tensões geradas
de von Mises e de máxima tração e compressão em relação ao elemento dental
hígido. A comparação foi realizada entre um incisivo central superior hígido e
com tratamento endodôntico restaurado com núcleo metálico fundido (ouro), ou
pinos pré-fabricados (Flexi Post/aço inoxidável e titânio, Flexi Flange/aço
inoxidável e titânio, C Post/fibra de carbono) e preenchimento coronário em
resina composta. Todos os pinos intra-radiculares foram fixados, com um cimento
resinoso e recobertos por uma coroa total cerâmica. A partir de fotografias, da
peça anatômica e, dos pinos estudados, foram criados modelos matemáticos
bidimensionais, no programa MSC/Nastran 4.5 e, após aplicação de uma força de
100 Newtons (N) a 45 graus na superfície palatina dos modelos, foi avaliada a
distribuição das tensões geradas.
Com base nos
resultados obtidos, pode-se concluir que os diferentes pinos intra-radiculares
alteram o padrão das tensões geradas e dependendo do desenho do pino
intra-radicular (cônico ou paralelo) e, do tipo de material constituinte (ouro,
aço inoxidável, titânio ou fibra de carbono), a concentração e dissipação das
tensões geradas, ocorrem de maneiras diferentes, com menores tensões no pino de
fibra de carbono.
A216
Microinfiltração em restaurações de resina composta com
selante de superfície em dentes decíduos.
LEMOS, S.*,
MYAKI, S. I., MARTINS, C. M. L., HAYASHI, P. M., BALDUCCI, I.
Disciplina
de Odontopediatria – FOSJC – UNESP. Tel.: (0**12) 321-8166.
O objetivo deste estudo in vitro foi de avaliar a
microinfiltração em dentes decíduos restaurados com resina composta após a
aplicação de selante de superfície. Foram utilizados vinte dentes decíduos
anteriores, onde foram preparadas cavidades classe V na face vestibular, com
margens em esmalte. As amostras foram divididas em dois grupos. Grupo 1
(n = 10): controle, sistema adesivo Single Bond (3M) + resina
composta Z100 (3M); Grupo 2 (n = 10): experimental, igual ao
G1 + recondicionamento ácido + selante de superfície Protect-it!®
(Jeneric/Pentron®). Após o polimento, os espécimes foram submetidos
a ciclagem térmica (500 ciclos - 5ºC e 55ºC - 30 segundos em cada
banho), impermeabilizados e imersos em azul de metileno a 0,5%, por 4 horas. Em
seguida, os dentes foram seccionados longitudinalmente e avaliados quanto ao
grau de microinfiltração. Os resultados obtidos demonstraram que aplicação do
selante de superfície Protect-it!® propiciou redução na
microinfiltração na margem incisal e a análise estatística (teste de
Mann-Whitney, p = 0,009) demonstrou haver diferença significante. Na
margem cervical os valores de microinfiltração foram semelhantes e a análise
estatística (teste de Mann-Whitney, p = 0,909) demonstrou não haver
diferença significante.
Concluiu-se que a aplicação do selante de superfície reduziu a
microinfiltração apenas na margem incisal.
A217
Avaliação in vivo da biossegurança de sílicas em
dentifrícios.
PEDRAZZI,
V.*1, PANZERI, H.1, FERNANDES, R. R.2, LARA,
E. H. G.2
1Departamento
de Materiais Dentários e Prótese – FORP; 2Departamento de Ciências
Farmacêuticas – FCFRP. Fax: (0**16) 633-0999.
Considerando-se o crescente uso das sílicas em dentifrícios
e os benefícios físico-químicos que elas incrementam aos mesmos, e a grande
preocupação com a deglutição destes, aspectos biológicos decorrentes da
ingestão de misturas contendo sílicas foram estudados com a finalidade de
conhecer seus efeitos toxicológicos em ratos albinos Wistar. Três preparações
completas de dentifrícios experimentais que continham sílica abrasiva (Tixosil
73Ò) e/ou espessante (Tixosil 333Ò ou Aerosil 200Ò),
foram analisadas frente a dois dentifrícios comerciais tanto in vitro
quanto in vivo, tendo-se o cloreto de sódio 0,9% como controle. Os 72
animais (12 ratos/grupo, 6 de cada sexo) recebiam água e ração ad libitum,
retiradas sempre 4 horas antes da administração diária de 1,0 ml de uma
suspensão obtida a partir de cada uma dessas preparações, através de intubação
orogástrica com cânula metálica 50/10. Após 28 dias de tratamento, a urina dos
ratos era coletada em gaiolas biológicas. Ao 29º dia os ratos foram
sacrificados, tendo sido colhido o sangue e, através de laparotomia, obtidas
biópsias dos órgãos: fígado, rins, estômago e glândulas submandibulares para a
realização de exames laboratoriais (hematológico completo, transaminases TGO e
TGP, histopatológico e exame de urina total).
A estatística não-paramétrica de Wilcoxon revelou, à exceção de ligeira
flogose urinária, ausência de efeitos colaterais nocivos, indicando o uso
seguro das sílicas em dentifrícios, nos parâmetros estabelecidos pela ABO.
A218
Efeito do abrasionamento a ar sobre a força de cisalhamento.
ZUANON, A.
C. C.*, BORDIN, M. M.
Departamento
de Clínica Infantil – Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP - SP,
Brasil. Tel.: (0**16) 201-6325. E-mail: aczuanon@foar.unesp.br
A abrasão a ar tem sido considerada uma boa alternativa para
aumentar a adesão de materiais restauradores à superfície dental. Este trabalho
tem como objetivo avaliar a força de cisalhamento de uma resina composta à
superfície de esmalte de dentes decíduos hígidos após condicionamento ácido
precedido ou não da técnica de abrasão. Foram utilizados 16 incisivos decíduos
hígidos, os quais após incluídos em resina com a superfície vestibular exposta,
receberam profilaxia e limpeza em ultra-som. Os dentes foram divididos em:
Grupo I- sobre o esmalte foi aplicado o sistema de abrasão a ar,
utilizando partículas de óxido de alumínio de 50 mm, durante 15 segundos
com 80 psi de pressão a 5 mm da superfície dental. Em seguida, os
dentes foram condicionados com ácido fosfórico a 37% durante 30 segundos e a
resina foi aplicada (8 dentes). Grupo II- foi realizado apenas o
condicionamento com ácido fosfórico a 37% por 30 segundos e a resina foi
aplicada (8 dentes). A força de cisalhamento foi medida com auxílio de uma
máquina MTS-810 e os dados foram submetidos ao teste “t” de Student. Os autores
observaram que a média de força de cisalhamento foi significantemente maior
para o grupo que recebeu apenas o condicionamento ácido (10,65 MPa) que quando
associado à técnica de abrasão a ar (6,54 MPa).
Pôde-se concluir que a melhor superfície para união foi criada apenas
pelo condicionamento ácido.
A219
Resistência a flexão de um cerômero e uma resina composta
com diferentes tratamentos térmicos.
MIYASHITA,
E.*, CASTRO-FILHO, A. A., ITINOCHE, M. K., GIANNINI, V., VAZ, L. G.,
ARAÚJO, M. A. J.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOSJC – UNESP.
O propósito deste estudo foi de comparar a resistência a
flexão de um cerômero (Targis - Ivoclar), de um material estético para
restaurações indiretas e de uma resina composta para restaurações diretas
(Tetric Ceram - Vivadent) usando diferentes tratamentos térmicos. Quatro
grupos de nove amostras cada foram obtidos, medindo 15 mm x
2 mm x 1 mm. (G1) Targis - polimerizado segundo as
recomendações do fabricante; (G2) Tetric Ceram - fotopolimerizado durante
40 s (1.000 mW/cm²); (G3) Tetric Ceram - fotopolimerizado e
autoclavado durante 12 minutos a 120ºC, com pressão máxima de 1,8 kgf/cm2
e (G4) Tetric Ceram - fotopolimerizado e aquecido sob calor seco em estufa
durante 15 minutos a 100ºC. As amostras foram armazenadas em água destilada a
37ºC durante 14 dias e submetidas a teste mecânico em uma máquina de ensaios
universal (MTS) a uma velocidade de 0,75 mm/min., carregando a amostra em
sua região central sobre a sua superfície mais larga, mantendo uma distância de
10 mm entre os apoios. Os dados obtidos foram submetidos a análise
estatística (ANOVA). Os resultados (G1 = 142,631 MPa; G2 =
137,663 MPa; G3 = 127,590 MPa e G4 = 130,511 MPa)
demonstraram não haver diferença estatisticamente significativa entre os grupos
(p = 0,140).
A220
Avaliação do módulo de elasticidade de resinas compostas
após tratamento térmico.
BUSO, L.*,
CASTRO-FILHO, A. A., MIYASHITA, E., NEISSER, M. P., FIGUEIREDO, A. R.,
BALDUCCI, I., ARAÚJO, M. A. J.
FOSJC –
UNESP. Tel.: (0**11) 284-1868.
Neste estudo objetivou-se analisar a influência do
tratamento térmico no módulo de elasticidade de duas diferentes resinas
compostas. A partir de uma matriz metálica foram confeccionados dezoito
corpos-de-prova para os seguintes materiais: Z100 (3M) e Surefil (Dentsply),
com as dimensões de 1 mm x 2 mm x 15 mm. Nove
corpos-de-prova de cada grupo receberam tratamento térmico em estufa a 100ºC durante
período de 15 minutos e nove não sofreram nenhum tipo de tratamento. As
amostras foram armazenadas em água destilada à temperatura de 37ºC durante 14
dias e submetidas ao teste mecânico em máquina de ensaio universal à velocidade
de 0,75 mm/min., carregando a amostra em sua região central sobre a sua
superfície mais larga, mantendo uma distância de 10 mm entre os apoios. Os
resultados obtidos com o teste Two-Way mostraram maiores valores do módulo de
elasticidade para resina Z100 (19,43 e 18,77 GPa) em relação à resina
Surefil (18,73 e 15,96 GPa), com e sem tratamento térmico respectivamente.
A análise estatística dos dados permitiu concluir que houve diferença
entre as resinas compostas e que o tratamento térmico influenciou no módulo de
elasticidade dos materiais testados.
A221
Avaliação da aderência de biofilme a materiais estéticos
indiretos.
SILVA NETO,
D. R.*, KIMPARA, E. T., GONÇALVES, A. R., BUSO, L., JORGE, A. O. C., TAKAHASHI,
F. E.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOSJC – UNESP. Tel.: (0**12)
321-8166. E-mail: domicioneto@hotmail.com
Uma nova geração de materiais têm sido indicados para uma
variedade de restaurações estéticas (“inlays”, “onlays”, facetas laminadas,
coroas e próteses fixas não-extensas). Dentre as características destes
materiais, o acúmulo de biofilme em sua superfície polida torna-se relevante,
por ser uma das principais causas de insucessos, como cáries recorrentes e
doença periodontal. Neste trabalho, observamos a formação de biofilme, in
vitro, na superfície dos materiais: Solidex (Shofu) e Cerâmica Omega 900
(Vita), com a finalidade de comparar, qual material apresentaria maior
aderência bacteriana. 15 corpos-de-prova (cp) cilíndricos de cada material, com
dimensões de 6,0 mm x 6,0 mm, foram imersos em meio de cultura
sacarosado por 24 horas, 72 horas e 7 dias. Os cp foram secos e corados com
fucsina diluída a 2%. Os resultados foram obtidos através de análise visual em
estereomicroscópio. Observou-se mínima diferença visual entre a quantidade
aderida de biofilme nos dois materiais. Uma maior espessura de biofilme ocorreu
com o tempo de 7 dias de imersão, em ambos os materiais. Atribuiu-se escores de
0 a 4 para quantificar os resultados e permitir análise estatística dos dados,
através do teste não-paramétrico de Mann-Whitney.
Conclui-se que ambos os materiais acumularam grande quantidade de
biofilme. A resina Solidex, apresentou uma película mais compacta com maior
formação de colônias bacterianas, enquanto que a Cerâmica mostrou uma deposição
mais homogênea, com menor granulação. Não houve diferença estatística
significante entre os materiais (p = 0,647). (Apoio: FAPESP -
Processo nº 00/10511-2).
A222
Ligas de Ni-Cr, amálgama com alto teor de cobre e implantes
osseointegrados.
COSTA, V.*,
GUIMARÃES, M. M., BOTTINO, M. A., GUASTALDI, A. C., QUINTAS, A. F.,
NISHIKA, R. S.
FOSJC –
UNESP. E-mail: mmguima@uol.com.br
O propósito desse trabalho foi avaliar, in vitro, o
efeito da liga de Ni-Cr e do amálgama com alto teor de cobre na união entre o
“abutment” e o implante de titânio. Trinta amostras foram colocadas em uma
solução de NaCl 0,9%, pH 6 a 37ºC. Estas amostras foram divididas em dois
grupos: Grupo I – “abutment” + implante com a liga de Ni-Cr,
Grupo II – “abutment” + implante com o amálgama de alto teor de cobre,
e posteriormente divididas em três subgrupos de acordo com o tempo de imersão
na solução, 30, 60 e 90 dias. Após a remoção das amostras da solução, estas
foram submetidas a análise por microscopia eletrônica de varredura (MEV) e
espectroscopia de energia dispersiva (EDS). A solução foi também analisada
quimicamente após cada período mencionado por espectroscopia de absorção
atômica (AAS). Os resultados revelaram que após cada período todas as amostras
mostraram microinfiltrações progressivas dos componentes da solução de NaCl.
Aos 90 dias, independentemente da liga usada ocorreu uma leve perda de titânio
(<< 0,007 mg/l) observada pelo AAS.
Baseados nos resultados obtidos, concluímos que os metais não-preciosos
podem promover galvanização pela interação com a solução, podendo estas
microinfiltrações interferir na durabilidade dos componentes dos implantes
osseointegrados.
A223
Curvas térmicas de resinas acrílicas durante polimerização
por energia de microondas.
HILGERT,
E.*, CAVALCANTI, B. N., SUTERIO, R., BARROS, E. A., TAKAHASHI, F. E.,
NEISSER, M. P.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOSJC – UNESP. Tel.: (0**12)
321-8166. E-mail: ehilgert@yahoo.com
A polimerização de resinas acrílicas através de energia de
microondas vem se tornando uma alternativa bastante viável e prática, reduzindo
o tempo de processamento de próteses totais. Apesar disto é observada, em
muitos casos, presença de porosidade, que pode ser associada à ebulição do
monômero (100,8ºC) devido a temperaturas elevadas durante o ciclo. Em vista
disto, neste estudo foi registrado, com monitoramento contínuo, a temperatura
interna da massa de resina em função de 4 ciclos de polimerização em forno de
microondas – 1) 3 min. a 475 W; 2) 13 min. a 95 W versus
1,5 min. a 475 W; 3) 3 min. a 475 W + carga mínima de
150 ml de água; 4) 7 min. a 95 W versus 7 min. a
95 W – com a finalidade de analisar o comportamento térmico da massa
de resina. Para tal, foram confeccionados corpos-de-prova simulando uma
condição clínico-laboratorial, sobre modelos-padrão de maxila edêntula em
gesso-pedra tipo III, que foram incluídos em mufla própria. Na inclusão,
foram posicionados 7 termopares nas regiões de palato e rebordo alveolar, que
foram conectados a um computador capaz de registrar, gráfica e continuamente,
as temperaturas da massa de resina acrílica nos tempos e potências
determinados.
Os
resultados foram submetidos a tratamento estatístico ANOVA, permitindo concluir
que: o ciclo 1 apresentou os maiores valores de temperatura, seguido do ciclo
2, 3 e 4. Apenas o ciclo 4 não ultrapassou a temperatura de ebulição do
monômero. Foi observado menor incremento de temperatura quando foi colocada a
carga mínima de água junto à mufla.
A224
Retenção da resina composta a pinos de fibra: efeito do
jateamento.
QUINTAS, A.
F.*, GIANNINI, V., GUIMARÃES, M. M., OLIVIERI, K., FIGUEIREDO, A. R., BOTTINO,
M. A.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOSJC – UNESP.
O objetivo desse estudo foi verificar o efeito do jateamento
na superfície de pinos de fibra de vidro na retenção da resina composta de
preenchimento. Foram utilizados vinte pinos de fibra de vidro (Luscent Anchors,
Dentatus) no experimento. Uma matriz em resina acrílica foi usinada para a
adaptação dos pinos, contendo um espaço de 3,0 mm na região correspondente
à extremidade coronária para a inserção da resina composta de preenchimento.
Metade dos pinos recebeu a resina composta de preenchimento (Grupo I); a
outra metade recebeu jateamento com óxido de alumínio (50 mm, a
1,0 mm de distância) em 3,0 mm da extremidade coronária antes da
confecção do núcleo de preenchimento (Grupo II). O ensaio de tração foi
feito em uma máquina MTS-810 com o auxílio de um dispositivo para que a carga
fosse aplicada no longo eixo do dente, sob velocidade de 0,05 mm/min. A
carga foi aplicada até o deslocamento ou a fratura da resina composta de
preenchimento. Os resultados revelaram que não houve diferença estatisticamente
significante entre os dois grupos.
Concluímos que o jateamento não influiu na retenção da resina composta
de preenchimento a pinos de fibra de vidro.
A225
A influência da ciclagem mecânica na interface
ceramo-cerâmica.
DIAS, A. H.
M.*, OLIVIERI, K. N., GIANNINI, V., TAKAHASHI, F. E., KIMPARA, E. T.,
BOTTINO, M. A.
Faculdade de
Odontologia de São José dos Campos – Unesp.
E-mail: ahmdias@bol.com.br
O propósito deste estudo foi avaliar in vitro a
influência da ciclagem mecânica na interface da infra-estrutura cerâmica e o
revestimento cerâmico. 10 amostras foram confeccionadas de forma cilíndrica. A
parte correspondente a infra-estrutura (Cergogold/Degussa), apresenta as
dimensões de 5 mm de comprimento, sendo 4 x 4 mm de diâmetro e
1 x 5 mm de diâmetro, na extremidade. O revestimento cerâmico
(Duceragold/Degussa) apresenta 3 x 4 mm de diâmetro. As amostras
foram armazenadas em água destilada e dividas em 2 grupos: 1- sem ciclagem
mecânica (grupo controle) e, o 2 - com ciclagem mecânica que foram submetidos a
ciclagem, numa atmosfera aquosa (água destilada) recebendo uma força de
5 N, no sentido axial, freqüência de 20 Hz, durante 50.000 ciclos, e em
seguida, foram submetidos ao teste de resistência ao cisalhamento, na mesma
máquina (MTS - 810 Material Test System). Os resultados demonstrados nos
grupos 1 e 2, observaram valores médios de tensão máxima (MPa) de 30,83 e
26,58, respectivamente. Os valores foram submetidos ao teste “t” (Student), não
apresentando diferença estatisticamente significante.
Os autores concluíram que a ciclagem mecânica não reduziu significantemente
a resistência na interface ceramo-cerâmica avaliada.
A226
Distorção de estruturas sobre implantes soldadas a laser e
brasagem.
COSTA, E. M.
V.*, NEISSER, M. P., BOTTINO, M. A.,CARVALHO, M. C., BONDIOLI, I. R.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOSJC – UNESP. Tel.: (0**12)
321-8166, r. 1305. E-mail: neisser@iconet.com.br
Próteses sobre implantes osseointegrados requerem critério
de fabricação preciso devido à ausência de tecidos periodontais que compensam
erros menores de relacionamento. Em um arco mandibular edêntulo em aço-cromo,
foram fixados cinco análogos de pilares de implante, paralelos entre si, com
distância de 10 mm medidos centro a centro. Sobre estes foram instalados
cilindros de ouro, pré-torneados e parafusados com torque de 10 N/cm.
Foram executadas 10 sobre-estruturas divididas em três grupos: GC - adaptação
de 25 cilindros de ouro; GB - segmentos soldados por brasagem (5 estruturas);
GL - segmentos soldados a laser (5 estruturas). Observou-se os grupos sob
microscópio de mensuração no eixo y e a medição foi realizada na vestibular e
lingual de cada cilindro, anotadas em tabela própria. Os dados obtidos foram
submetidos a ANOVA e ao teste de Tukey.
Para o eixo y, a técnica de soldagem a laser apresentou menor distorção
(média = 2,99 e desvio-padrão = 1,89) do que a técnica de
brasagem (média = 4,47 e desvio-padrão = 1,78).
A227
Influência do tratamento térmico na resistência à flexão de
materiais restauradores estéticos diretos.
CASTRO
FILHO, A. A.*, MIYASHITA, E., ITINOCHE, M. K., BALDUCCI, I., KIMPARA, E. T.,
ARAÚJO, M. A. J.
FOSJC –
UNESP. Tel.: (0**12) 323-5467.
A resistência à flexão de um material está diretamente
ligada a tensão máxima que esse material pode suportar antes da ruptura. A
finalidade dessa pesquisa foi avaliar a influência do tratamento térmico na
resistência à flexão de resinas compostas utilizadas para restaurações diretas
em dentes posteriores. Para a realização do ensaio mecânico foram selecionados
dois tipos de materiais resinosos, uma resina micro-híbrida convencional
(Z100/3M) e uma resina compactável (Surefil/Dentsply). Foram confeccionados 18
corpos-de-prova de cada material com dimensões de 1 mm x
2 mm x 10 mm, sendo 9 expostos ao calor seco em uma estufa durante
15 min. sob 100ºC de temperatura e 9 não sofreram nenhum tipo de
tratamento térmico. As amostras foram armazenadas em água destilada à
temperatura de 37ºC, durante 14 dias e submetidas ao teste mecânico em uma
máquina de ensaio universal à velocidade de 0,75 mm.min–1. Os
resultados obtidos demonstraram maiores valores para os grupos que sofreram
tratamento térmico (184,92 MPa) quando comparado ao outro grupo
(154,08 MPa).
Concluiu-se que o tratamento térmico influencia na resistência à flexão
dos materiais resinosos, com diferença estatisticamente significante no nível
de 5%.
A228
Estudo da alteração dimensional em silicones polimerizados
por reação de condensação.
ALMEIDA, E.
E. S.*, CASTRO FILHO, A. A., HILGERT, E., OYAFUSO, D. K., NISHIOKA, R. S.,
KIMPARA, E. T.
DMOP – FOSJC
– UNESP.
O objetivo deste trabalho foi estudar a alteração
dimensional de silicones por reação de condensação, submetidos a diferentes
meios de armazenagem dos moldes em um modelo padrão com diferentes
características morfológicas axiais. Utilizou-se a técnica de moldagem da massa
densa/material leve em dois estágios, utilizando casquetes metálicos para
alívio com espessura padronizada de 2,0 mm para a moldagem preliminar. Os
modelos confeccionados em gesso-pedra tipo IV foram mensurados em um projetor
de perfil, com ampliação de 10 X e suas medidas comparadas as do modelo
padrão, sendo os resultados obtidos, submetidos a ANOVA ao nível de
significância de 5%.
Concluiu-se que o silicone Coltoflax-Coltex imerso em água, originou
modelos estatisticamente mais largos que o 3M também imerso em água e que a
característica axial, com angulação de 6º e sulco em forma de “v”, originou
modelos mais largos estatisticamente que o pilar cilíndrico; os materiais
Optosil-Xantopren e Speedex originaram modelos mais altos estatisticamente do
que o 3M e a imersão dos moldes em água, originou modelos mais altos que os
moldes mantidos em condições ambientes; não foi encontrada diferença
estatisticamente significante, quando se analisou as medidas entre os pilares
dos modelos de gesso, para qualquer condição experimental estudada.
A229
Efeito da oxidação prévia na união metalocerâmica,
utilizando uma liga de paládio-prata.
DEKON, S.,
VIEIRA, L. F., ZAVANELLI, A. C., PELISSER, J.*
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – Faculdade de Odontologia de Araçatuba –
UNESP. Tel.: (0**18) 620-3200. E-mail: dekon@foa.unesp.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar a propriedade
resistência de união metalocerâmica em uma liga seminobre de paládio-prata,
marca comercial Pors-on IV, frente a diferentes tempos de oxidação prévia (0,
5, 10 e 15 minutos) à aplicação de três sistemas cerâmicos (Duceram, Willians,
Noritake). Utilizou-se um teste de cisalhamento modificado a partir do teste
proposto por Shell; Nielsen (J
Dent Res, v. 41, n. 6, p. 1424-37, 1962).
Frente aos resultados obtidos chegou-se as seguintes conclusões: 1)
Tanto os grupos controles como os grupos experimentais não exibiram diferenças
estatisticamente significantes entre si. 2) As maiores médias de resistência
ao cisalhamento foram obtidas nos grupos I (Duceram - sem oxidação prévia), II
(Duceram - oxidação prévia de 5 minutos) e VI (Willians - oxidação prévia de 5
minutos). 3) As menores médias foram encontradas nos grupos que utilizaram o
sistema Noritake, independente do uso ou não de tratamento térmico de oxidação
prévia.
A230
Substituição do ácido fosfórico por “primer”
autocondicionante em adesivos simplificados.
FRANCCI, C.*1,
PERDIGÃO, J.2, CARRILHO, M. R. O.3, LOPES, M.2
1Departamento
de Materiais Dentários – Universidade Ibirapuera; 2University of
Minnesota, EUA; 3 Departamento de Materiais Dentários – FOUSP.
E-mail: francci@uol.com.br
O objetivo deste estudo foi comparar a resistência máxima à
microtração (RMT) de sistemas adesivos aplicados à dentina condicionada por
ácido fosfórico ou por um “primer” autocondicionante. O condicionamento ácido
convencional ou com o “primer” autocondicionante foi realizado em superfícies
dentinárias planas. Os grupos estudados foram: (1) Clearfil SE Bond (SE,
controle); (2) H3PO4/Single Bond; (3) H3PO4/One
Coat Bond; (4) H3PO4/Excite; (5) SE Primer/Single Bond;
(6) SE Primer/One Coat Bond; (7) SE Primer/Excite. Após a reconstrução das
coroas com Herculite XRV, os espécimes foram armazenados em água a 37ºC por
24 h. Para o ensaio de RMT os espécimes foram obtidos através de cortes de
1 mm de espessura e a região da interface reduzida a uma área de secção de
0,8 ± 0,2 mm². Os dados foram submetidos à análise de variância e ao
teste de contraste de Tukey (letras em destaque, p << 0,05).
Resultados em MPa (Média ± DP): Grupo1: 47,9a ± 19,1;
Grupo 2: 47,5a ± 13,8; Grupo 3: 36,3b ± 10,9;
Grupo 4: 21,4c ± 8,1; Grupo 5: 52,2a ± 6,9;
Grupo 6: 38,3b ± 9,5; Grupo 7: 11,6d ± 2,3.
Excite resultou em menor resistência de microtração que os outros adesivos.
Excite resultou em maior resistência adesiva quando a dentina foi condicionada
com ácido fosfórico do que quando condicionada com Clearfil SE Bond “primer”. O
teste de microtração para Single Bond e para One Coat não depende do
pré-tratamento da dentina.
Algumas formulações específicas de sistemas adesivos dentinários podem
ser usadas com condicionamento ácido total ou com “primers” autocondicionantes.
A231
Rugosidade superficial: resina termopolimerizável submetida
ao polimento químico.
KAIZER, R.
O. F.*, SILVA, L. C. F., MELO, G. C., BRAUN, K. O.
Departamento
de Odontologia Restauradora – UFSM; Departamento de Materiais Dentários –
FOUSP.
É desejável que próteses confeccionadas em resina acrílica
possuam superfícies lisas, proporcionando facilidade de limpeza e conforto ao
paciente. O polimento químico é uma alternativa ao polimento mecânico
convencional. Segundo GOTUSSO et al. essa técnica era importante porque
permitia o polimento interno das próteses fazendo com que estas fossem menos
lesivas aos tecidos. Este estudo avaliou a rugosidade superficial (Ra) de
corpos-de-prova de resinas termopolimerizável convencional (Vipi) submetidas a
diferentes tratamentos. Foram confeccionadas 10 amostras para cada grupo, com
dimensões de 2,0 cm x 2,0 cm x 5,0 mm. Estas foram
divididas em 4 grupos: (G1) resina Vipi termopolimerizável sem tratamento, (G2)
resina Vipi termopolimerizável com acabamento e polimento mecânico, (G3) resina
Vipi termopolimerizável sem acabamento e com polimento químico e o (G4) resina
Vipi termopolimerizável com acabamento e com polimento químico. Sendo que o
grupo G1 e G2 são os grupos controles de ambos, respectivamente. A rugosidade
superficial foi verificada pelo rugosímetro Surftest 211 (Mitutoyo) e os dados
obtidos foram submetidos à análise de variância e comparados pelo teste de
Tukey (significância de 5%). Os resultados foram (em Ra):
G1 = 0,90 = 1: 0,42 (a); G2 = 0,28 = 1: 0,11 (b);
G3 = 1,15 = 1: 0,27 (c); G4 = 1,03 = 1: 0,08 (a).
Avaliando os dados concluiu-se que o polimento químico apresentou
superfície menos lisa quando comparado às superfícies polidas mecanicamente e
sem tratamento.
A232
Selamento marginal apical de canais irradiados com Er e Nd e
obturados com AH Plus.
BEZERRA, A.
G.*, ARAKI, A. T., CALDEIRA, C. L.
Departamento
de Dentística – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7839.
A utilização do laser vem ganhando crescente importância na
prática odontológica, inclusive na área endodôntica, atuando na desinfecção e
experimentalmente até no preparo de canais radiculares. A ação de diferentes
tipos de laser resulta em alterações representadas, ora por aumento da
permeabilidade dentinária (Er:YAG), ora pela diminuição com fusão e
recristalização da dentina (Nd:YAG). Neste sentido, este estudo avaliou,
através da infiltração apical de corante, a influência da irradiação com dois
tipos de laser, na qualidade do selamento apical de obturações endodônticas.
Para isto, foram utilizados 36 raízes de dentes unirradiculares que após preparadas
com o sistema ProFile até o instrumento # 40, foram divididas em 4 grupos
experimentais e 2 grupos controle, onde procedeu-se da seguinte forma
previamente à obturação: G1- irradiado com Er:YAG; G2- irradiado com Nd:YAG;
G3- irradiado com Er:YAG seguido de Nd:YAG, G4- não foi irradiado. Após
impermeabilização externa e secagem, os espécimes foram obturados com uma
técnica de condensação vertical a frio, utilizando AH Plus como cimento, sendo
logo em seguida imersos em azul de metileno a 0,5%, para posterior clivagem. Os
valores lineares de infiltração marginal apical foram obtidos com o auxílio de
um microscópio óptico acoplado a um computador e dos programas Vid Cap 32
e Image Lab 98.
A análise dos dados mostrou a não-existência de diferenças estatisticamente
significantes (p >> 0,05) entre os diferentes grupos,
evidenciando a não-influência do laser na qualidade de selamento para essa
hipótese experimental.
A233
Avaliação clínica de compômeros em cavidades classe V:
estudo de três anos.
CARDOSO, M.
V.*, RUSSO, E. M. A., CARVALHO, R. C. R., SANTOS, M. G., PAGLIARI, A. F.
Departamento
de Dentística – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7843.
O objetivo deste estudo foi de analisar o comportamento
clínico dos compômeros Dyractâ (Dentsply) e Compoglassâ
(Vivadent) e da resina composta Z100â (3M) em lesões cervicais
não-cariosas. Um total de 90 restaurações foram realizadas in vivo,
sendo 30 com cada um dos três materiais estudados, conforme as orientações dos
fabricantes. Os casos foram clinicamente analisados depois de 1, 2 e 3 anos de
acordo com o critério USPHS (US Public Health Service). Retenção, recidiva de
cárie, cor, adaptação marginal, forma anatômica e descoloração marginal foram
as características consideradas. Os dados foram obtidos na forma de escores e
submetidos ao teste estatístico de Kruskal-Wallis através do programa GMC 8.1.
Após 2 e 3 anos, os resultados encontrados mostraram uma diferença
estatisticamente significante entre o compômero Compoglassâ e a
resina composta Z100â quanto à forma anatômica (p << 0,01).
Por outro lado, nenhuma diferença foi observada entre os materiais quanto aos
outros aspectos estudados.
Concluímos que os compômeros comportaram-se de maneira clinicamente
satisfatória quando comparados às resinas compostas, apesar do maior desgaste
de superfície apresentado pelo Compoglassâ.
A234
Efeito de diferentes formas de selamento da dentina na
adaptação marginal de restaurações diretas e indiretas.
SOARES, A.
B.*, ANDRADE, O. S., ANDRADE, R. M., DE GOES, M. F.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FOP – UNICAMP - SP.
O propósito deste estudo foi avaliar a adaptação marginal de
restaurações diretas e indiretas confeccionadas em resina composta condensável
após selamento da dentina por diferentes formas de aplicação do agente adesivo.
Preparos do tipo “inlay” foram confeccionados em dentes bovinos e divididos em
três grupos de 10. No Grupo 1 foi usado o ácido fosfórico a 35%, o adesivo
Prime & Bond 2.1 NT, fotoativado por 10 s, e um único incremento
da resina Surefil fotoativada por 40 s. No Grupo 2, as paredes cavitárias
foram isoladas e a resina Surefil foi aplicada em um único incremento. Após
polimerização as restaurações foram removidas. As cavidades foram preparadas
com ácido, adesivo e as restaurações unidas com o cimento resinoso Calibra. No
Grupo 3, a hibridização das paredes da cavidade foi feita antes do isolamento.
Após o selamento, as restaurações foram unidas seguindo o procedimentos do
Grupo 2. A solução “Caries Detector” foi gotejada sobre cada restauração. A penetração do corante foi observada em
uma lupa estereoscópica e o valor percentual de penetração foi obtido pela
proporção entre o comprimento da penetração do corante pelo comprimento total
da cavidade. As amostras também foram observadas em MEV. Os valores foram
submetidos ao teste de Kruskal-Wallis (p >> 0,05) e não
apresentaram diferenças estatisticamente significantes entre si. Em MEV não foi
observado fenda nas margens cavo-superficiais e paredes internas entre dentina
e restauração. Bolhas de ar foram observadas na interface entre o cimento e a
restauração e dentro destes materiais.
A235
Liberação e retomada de flúor de diferentes materiais
restauradores.
NAMEN, F.*,
GALAN Jr., J.
Departamento
de Odontotécnica – UFF.
A presente pesquisa teve como objetivo estudar a liberação
de flúor de alguns materiais restauradores que contêm flúor. Foram escolhidos
três compômeros (Compoglass, F2000 e Dyract), um ionômero quimicamente ativado
(Vidrion R), uma resina com carga mineral (Degufil Mineral) e uma resina
composta híbrida como controle (TPH). Foram determinados os tempos de 24 horas,
7, 30, 60, 90 e 180 dias para observação das liberações de flúor
individualizadas. Os corpos-de-prova foram obtidos através de uma matriz de
teflon padronizada e os materiais foram manipulados de acordo com as instruções
dos fabricantes. Após a presa, os corpos-de-prova, seis para cada material,
foram imersos separadamente em 5 ml de água deionizada e armazenados para o
período. Findo o período de observação, os corpos eram transferidos para nova
solução e assim subseqüentemente até o período final estabelecido. A quantidade
de fluoreto liberada foi analisada em analisador de flúor Procyon mod.
AS 720 após a adição de Tisab III. A análise estatística foi obtida
através da análise de variável (ANOVA) e teste de Tukey.
Por esse estudo verificou-se que houve diferenças significativas de
liberação de flúor entre os materiais analisados (p >> 0,5).
A236
Avaliação in vitro da microinfiltração de três
sistemas adesivos em restaurações classe II com resina composta.
COSTA, J.
F.*, PIMENTA, L. A. F., COSTA, E. L., CASANOVAS, R. C., BARON, G. M. M.,
BEDRAN, A. K.
UNICAMP;
UFMA. E-mail: balc@ig.com.br
A proposta deste estudo foi investigar in vitro a
microinfiltração marginal em restaurações classe II realizadas com três
sistemas adesivos e resina composta em dentes bovinos. Setenta e cinco
cavidades classe II, do tipo “slot vertical” foram preparadas, com margem
gengival localizada 1,0 mm além da junção esmalte/cemento, numeradas e
divididas aleatoriamente em três grupos distintos de acordo com o sistema
adesivo utilizado: Grupo SBMP - sistema adesivo múltiplos frascos,
Scotchbond Multi-Uso (3M); Grupo PB2.1 - sistema adesivo frasco único,
Prime & Bond 2.1 (Dentsply); grupo CLB2V - sistema adesivo
autocondicionante, Clearfil Liner Bond 2V (Kuraray). As cavidades foram
restauradas com resina composta Tetric Ceram (Vivadent) com três incrementos,
polidas e os dentes, adequadamente impermeabilizados, foram submetidos a 1.000
ciclos em água destilada nas temperaturas de 5oC-55oC e
corados com azul de metileno por 4 horas, seccionados nos centro das
restaurações e analisados em lupa estereoscópica. Os resultados através das
somas somas das ordens foram: Grupo SBMP - 936,50; Grupo PB2.1 –
1.053,00; Grupo CLB2V - 860,50. Embora o Clearfil Liner Bond 2V tenha
apresentado melhor performance, o teste de Kruskal-Wallis revelou não possuir
estatisticamente diferença significante na microinfiltração, para
a = 0,4531 e p = 0,05.
Concluiu-se,
que os três sistemas adesivos estudados não foram capazes de evitar
completamente a microinfiltração, e o adesivo autocondicionante comportou-se da
mesma forma que os adesivos que utilizam ácido fosfórico como condicionador.
A237
Contração de polimerização: efeito da técnica de inserção da
resina composta e do fator C.
LOGUERCIO,
A. D.*, BALLESTER, R. Y.
Departamento
de Materiais Dentários – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7842.
E-mail: aloguercio@hotmail.com
Foram avaliados: 1) contração linear de polimerização (CLP);
2) os efeitos da CLP sobre 2.1) a largura média das frestas interfaciais; 2.2)
a resistência coesiva (RC) e 2.3) adesiva (RA) de uma resina (Z250) variando a
técnica de inserção (TI) e o fator C (FC). Cavidades de 4 x 4 x
2 mm (Fator C = 3/C3) ou superfícies dentinárias planas (4 x
4 x 2 mm) (Fator C = 0,3/C0) de incisivos bovinos receberam o
mesmo volume de resina, após a aplicação do adesivo Single Bond, inserida em
uma (B) ou três porções (I), e polimerizadas com 600 mW/cm2 por
80 s. A CLP foi medida pelo método do disco deflectivo modificado. As
frestas foram medidas (aumento de 400 X) nas fatias (FF) obtidas após o 1º
corte das restaurações, e nos palitos (FP) resultantes do 2º corte. RA e RC
foram obtidas por microtração dos palitos em uma máquina Kratos
(0,5 mm/min). A tabela apresenta os resultados (média ± desvio-padrão)
após a análise de variância e teste de Tukey (a = 0,05).
FC/TI |
CLP (%) |
RC (MPa) |
RA (MPa) |
FF (mm) |
FP (mm) |
C3/I |
1,57 ± 0,10 b |
96,5 ± 12,5 d |
31,3 ± 12,0 f |
12,4 ± 5,2 j |
8,1 ± 3,9 h |
C3/B |
1,95 ± 0,08 c |
98,4 ± 22,1 d |
34,9 ± 12,1 f |
13,9 ± 5,8 j |
9,4 ± 5,2 h |
C0/I |
1,05 ± 0,04 a |
93,7 ± 13,9 d |
37,3 ± 9,2 e |
5,15 ± 2,9 i |
4,6 ± 2,8 g |
C0/B |
0,98 ± 0,05 a |
89,8 ± 14,1 d |
39,9 ± 13,8 e |
4,68 ± 2,4 i |
4,5 ± 2,3 g |
1) A CLP foi
influenciada pela TI apenas no maior FC; 2) RA, FF e FP foram significantemente
influenciados pelo FC. (Apoio: FAPESP - Processo nº 99/05124-0.)
A238
Efeito de diferentes tratamentos na força de adesão ao
esmalte.
RUSSO, E. M.
A.*, CARVALHO, R. C. R., ANDRADE, A. P., CAMPOS, K. C.
Departamento
de Dentística – FOUSP - SP. Tel.: (0**11) 3091-7839.
E-mail: emarusso@fo.usp.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes
tratamentos de limpeza na força de adesão ao esmalte. Trinta e dois incisivos
centrais e laterais, foram inseridos em resina acrílica e foram divididos em 4
grupos de 8 espécimes cada. Todas as superfícies de esmalte receberam um
desgaste, por 20 segundos, com IAD nº 2.068, sendo a caneta de alta rotação
lubrificada por 3 segundos a cada desgaste. Os grupos receberam os seguintes
tratamentos: G-I - “spray” ar/água (SA/A) por 20 s;
G-II - (SA/A) por 20 s, profilaxia por 5 s, (SA/A) por
10 s; G-III - (SA/A) por 20 s, profilaxia por 5 s,
(SA/A) por 10 s; Tergensol (um detergente biológico) por 5 s, (SA/A)
por 10 s; G-IV - (SA/A) por 20 s, profilaxia por 5 s,
(SA/A) por 10 s, EDTA-T por 5 s, (SA/A) por 10 s. Foi aplicado o
sistema adesivo Single Bond (3M). Uma matriz de teflon com diâmetro de 3 mm foi
fixada na superfície do esmalte para limitar a área a ser restaurada com resina
Z250 (3M). Os espécimes foram armazenados em água destilada a 37ºC por 24
horas, termociclados e submetidos à tração em uma máquina Instron. A análise de
variância e o teste de Tukey foram usados para comparar os vários grupos
(p << 0,05). Resultados em MPa: G-I (controle): 18,5; G-II:
19,4; G-III: 25,3; G-IV: 27,5. Não foi encontrada diferença estatisticamente
significante entre os grupos I e II e entre os grupos III e IV. Os grupos III e
IV mostraram diferença estatisticamente significante em relação aos grupos I e
II.
Pudemos concluir que a limpeza com Tergensol ou com EDTA-T foi capaz de
aumentar a força de adesão ao esmalte.
A239
Avaliação da resistência à tração de um sistema adesivo
dentinário autocondicionante com duas técnicas de utilização.
CASSONI,
A.*, CAPP, C. I., NAVARRO, R. S., MOLDES, V. L., YOUSSEF, M. N.
Departamento
de Dentística – FOUSP - SP - Brasil. E-mail: acassoni@fo.usp.br
O objetivo desse estudo foi avaliar a resistência à força de
tração do novo sistema adesivo dentinário Prompt L-Pop (Espe - German),
utilizando duas técnicas de fotopolimerização propostas pelo fabricante. Foram
confeccionados 20 corpos-de-prova através do desgaste vestibular de pré-molares
incluídos em resina acrílica. A superfície dental foi desgastada com lixas de
carboneto de silício em politriz refrigerada a água. Esses 20 dentes incluídos
e desgastados foram divididos em 2 grupos de 10 dentes cada: grupo 1 (adesivo
fotopolimerizado) e grupo 2 (adesivo não-fotopolimerizado). Para o grupo 1, o
adesivo foi fotopolimerizado durante 20 segundos imediatamente após a sua
aplicação. O corpo-de-prova de resina composta Z100 (3M) foi realizado com
formato tronco-cônico invertido de 4 mm de altura e área adesiva de
3 mm através de uma matriz de teflon e a resina composta foi inserida em
incrementos, fotopolimerizados 40 s. Para o grupo 2 somente após a
aplicação do adesivo, colocação da matriz de teflon e inserção da primeira camada
de resina era realizada a fotopolimerização. Os corpos-de-prova foram
armazenados em água destilada a 37ºC durante 24 horas. Foi realizado o teste de
tração na máquina de ensaio universal, com velocidade de 0,5 mm/min. e
carga de 500 N. Os resultados de resistência adesiva às forças de tração
do Grupo 1 foram 3,89 MPa (± 1,49) e do Grupo 2 foram 3,69 MPa (± 1,59).
Conclui-se não haver diferenças nas formas de aplicação do sistema
adesivo auto-condicionante Prompt L-Pop indicadas pelo fabricante.
A240
Descolamento espécime-garra em teste de microtração.
MEIRA, J. B.
C.*1, BALLESTER, R. Y.1, LIMA, R. G.2
1Departamento
de Materiais Dentários – FOUSP; 2Departamento de PME-EPUSP.
Tel.: (0**11) 3091-7840.
E-mail: jo@fo.usp.br
Um problema freqüente durante o teste de microtração [TMT],
quando aplicado em espécimes muito resistentes, é o descolamento
espécime-garra. O objetivo foi estudar, por análise de elementos finitos, a
distribuição de tensões na cola que une o espécime à garra, visando dar
alternativas que diminuam a perda de espécimes por descolamento. Na simulação,
validada pela concordância com os dados experimentais de Bianchi (Tese Doutorado, 1999), os
espécimes foram submetidos à tensão nominal de 85,5 MPa e colados por
apenas um dos lados. Analisou-se a influência de variações no módulo de
elasticidade da garra [EG] e da cola [EC] sobre as máximas tensões de tração
[MT] e de cisalhamento [MC] desenvolvidas na cola. Os resultados são
apresentados na tabela.
EG/EC (GPa) |
MT (MPa) |
MC (MPa) |
EG/EC (GPa) |
MT (MPa) |
MC (MPa) |
200/4 |
40,2 |
21,8 |
200/2 |
36,2 |
20,2 |
100/4 |
40,0 |
21,7 |
100/2 |
36,1 |
20,2 |
10/4 |
37,5 |
20,3 |
10/2 |
34,6 |
19,3 |
A cola é mais solicitada quando a garra é constituída por um material
mais rígido, sugerindo que, para evitar o descolamento dos espécimes em TMT, é
preferível utilizar garras de menor rigidez. (Apoio: FAPESP - Processos
nº 99/09977-8 e 99/09978-4.)
A241
Adaptação marginal de restaurações indiretas em compósito
fixadas com resinas de ativação dupla.
ANDRADE, O.
S.*, SILVA, F. A., DE GOES, M. F.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FOP – UNICAMP - SP.
O objetivo deste estudo foi avaliar a adaptação marginal de
restaurações indiretas em compósito fixadas com cimentos resinosos de ativação
dupla. Molares humanos foram desgastados a fim de se obter uma superfície plana
em dentina. Foram realizados preparos tipo “inlay” em dentina, seguido de
moldagem e obtenção de modelos em gesso. As restaurações foram confeccionadas
em compósito Targis nos modelos e divididos em dois grupos de 20. No Grupo 1
foi usada a resina Panavia F e no Grupo 2 a resina Rely X. Após a
polimerização das resinas foi realizado acabamento e polimento dos espécimes. A
solução Caries Detector foi gotejada sobre cada restauração. A penetração do
corante foi observada e captada em uma lupa estereoscópica e transferida para
um computador com um programa de mensuração e o valor percentual de penetração
foi obtido pela proporção entre o comprimento da penetração do corante pelo comprimento
total da cavidade multiplicado por 100. Resultados mostraram que a resina
Panavia F apresentou média de 22,17% e a resina Rely X 36,78% para penetração
do corante. Os valores foram submetidos ao teste de Mann-Whitney
(p >> 0,05) e não apresentaram diferenças estatisticamente
significantes entre si. Metade dos espécimes de cada grupo foram submetidos à
análise em MEV e mostrou ausência de fendas entre dentina e restauração tanto
na parede interna como na parede externa para ambos os cimentos. Bolhas de ar e
porosidades foram observadas em áreas das superfícies oclusais, independente do
tipo de material fixador.
A242
Avaliação in vitro da capacidade de penetração de
corantes usados em ensaios de microinfiltração.
CAMARGO, D.
A. A.*, SINHORETI, M. A. C.
Faculdade de
Odontologia de Piracicaba – UNICAMP – Piracicaba - SP, Brasil.
A proposta deste estudo foi avaliar, in vitro, a
capacidade de penetração de corantes utilizados em ensaio de infiltração
marginal. Foram utilizados 25 dentes terceiros molares, livres de defeitos
superficiais, sendo que estes foram cobertos com duas camadas de esmalte para
unhas, permanecendo apenas uma abertura de aproximadamente 4 mm²,
localizada na junção amelocementária das faces proximais de cada elemento
dental. Estes dentes foram divididos em cinco grupos, de acordo com o tipo de
corante utilizado: Grupo 1 - azul de metileno a 0,5% tamponado,
Grupo 2 - azul de metileno a 0,5%, Grupo 3 - fucsina básica
a 0,5 %, Grupo 4 - nitrato de prata a 50%, Grupo 5 - azul
de metileno a 2% tamponado. Após seccionados no sentido mésio-distal, foram
analisados em lupa estereoscópica, onde a penetração do corante foi
quantificada em escores. Estes resultados foram submetidos ao teste estatístico
não-paramétrico de Kruskal-Wallis (p << 0,05) e os seguintes
resultados foram obtidos: em esmalte, não houve penetração de corante em nenhum
grupo. Em dentina, os grupos 2 e 4 apresentaram as maiores médias para
penetração dos corantes, não diferindo estatisticamente entre si. O grupo 2
apresentou diferença estatística dos grupos 1, 3 e 5, enquanto o grupo 4 não
apresentou diferença com o grupo 1, mas foi diferente estatisticamente dos
grupos 3 e 5.
Pôde-se concluir que as substâncias corantes diferem em sua capacidade
de penetração em dentina e que o tamponamento pode influenciar esta capacidade.
A243
Influência das fases da resina na adaptação de bases
polimerizadas com o dispositivo RS de contenção.
CONSANI,
S.*, CONSANI, R. L. X., DOMITTI, S. S., CORRER SOBRINHO, L.
Faculdade de
Odontologia de Piracicaba – UNICAMP.
A estabilidade dimensional das bases de prótese total pode
ser afetada por diversos procedimentos. Este estudo verificou a adaptação de
bases de prótese total superior sob influência das fases da resina acrílica
Clássico, proporcionada de acordo com as instruções do fabricante. Foram feitas
quinze bases de cera, divididas em 3 grupos de 5 elementos, de acordo com as
fases da resina acrílica (fibrilar, plástica e borrachóide). Após prensagem
final nas fases propostas, em muflas metálicas, com auxílio do dispositivo RS
de contenção, as bases de resina foram polimerizadas em água aquecida a 74ºC
por 9 horas. As bases foram retiradas das muflas, acabadas e fixadas nos
modelos com adesivo instantâneo Super Bonder. Os conjuntos modelo-base foram seccionados
lateralmente nas regiões correspondentes à distal de caninos (A), mesial dos
primeiros molares (B) e palatina posterior (C). A desadaptação da base de
resina ao modelo de gesso foi verificada com microscópio comparador linear
(Leitz), com precisão de 0,001 mm, em cinco pontos referenciais para cada
corte. Os resultados foram submetidos à análise de variância e ao teste de
Tukey (5%).
Os autores concluíram que: 1- houve diferença estatística significativa
(p << 0,05) na adaptação das bases confeccionadas nas fases
plástica (0,173 mm), fibrilar (0,219 mm) e borrachóide
(0,272 mm); 2- os maiores valores de desajuste nos cortes foram obtidos na
fase borrachóide (A = 0,249 mm, B = 0,252 mm e
C = 0,315 mm) e os menores na plástica (A = 0,119 mm e
C = 0,240 mm), exceção do B, sem diferença estatística entre plástica
(0,167 mm) e fibrilar (0,185 mm).
A244
Influência do tempo pós-fixação na resistência ao
cisalhamento de bráquetes colados com diferentes materiais.
CORRER, G.
M.*, CORRER-SOBRINHO, L., CONSANI, S., SINHORETI, M. A. C.
Departamento
de Materiais Dentários – FOP – UNICAMP.
O propósito deste estudo foi avaliar a resistência ao
cisalhamento (RC) da união, nos tempos pós-fixação de 10 min. e 24 h
de quatro materiais para colagem de bráquetes. Foram utilizados 64 pré-molares
humanos embutidos em resina. As faces vestibulares de 32 pré-molares foram
condicionadas com ácido fosfórico a 35%, por 30 s e os bráquetes foram
colados na superfície do esmalte com Concise Ortodôntico (3M) e Z100 (3M). Em
32 pré-molares os bráquetes foram colados, sem condicionamento das faces
vestibulares, com ionômero de vidro Fuji I (GC) e Fuji Ortho LC (GC). Após
a fixação dos bráquetes, 32 corpos-de-prova foram armazenados em água destilada
a 37ºC, em estufa, por 10 min. e o restante por 24 h. Após o tempo de
armazenamento, os corpos-de-prova foram submetidos ao teste de cisalhamento
numa máquina de ensaio universal numa velocidade de 0,5 mm/min. Os
resultados foram submetidos à ANOVA e ao teste de Tukey (p << 0,05).
De acordo com os dados obtidos, os maiores valores de RC aos 10 min. e
24 h foram observados com a resina composta Concise Ortodôntico (6,22 e
7,73 MPa), com diferença estatisticamente significativa em relação ao Fuji
Ortho LC (3,32 e 5,10 MPa), Z100 (2,72 e 4,51 MPa) e Fuji I
(2,52 e 4,54 MPa). Nenhuma diferença estatística foi observada entre os
Fuji Ortho LC, Z100 e Fuji I (p << 0,05).
Pôde-se concluir que, o Concise Ortodôntico apresentou maiores valores
de RC em relação aos outros três materiais para colagem, nos tempos de
10 min. e 24 h; e, os valores obtidos no período de 24 h foram
superiores em relação ao de 10 min., para todos materiais.
A245
Estudo in vivo e in vitro do vedamento
marginal em restaurações de resina composta em cavidades de classe V.
BADINI, S.
R. G.*, ARAUJO, R. M.
Dentística –
Faculdade de Odontologia – UNESP - São José dos Campos. Tel.: (0**13)
3288-4298.
A finalidade deste trabalho foi verificar a possível
infiltração marginal, em restaurações de classe V, restauradas com resina
composta e dois sistemas adesivos, in vivo e in vitro. No estudo in
vitro, foram realizados dois testes laboratoriais: 1) termociclagem,
empregando-se 300 ciclos/30 s em banhos entre 5º a 55ºC e, 2) estudo in
vitro utilizando-se termociclagem mais carga de 33 kgf/100 ciclos, em
60 pré-molares humanos. Os preparos tiveram dimensões de 3 mm x
2 mm x 2 mm. Os dentes para os testes in vitro foram
divididos em quatro grupos de dez dentes cada: grupo 1- aplicação de carga
e termociclagem com o adesivo Single Bond; grupo 2- aplicação de carga e
termociclagem com o adesivo Prime & Bond NT; grupo 3- aplicação de
termociclagem com o adesivo Single Bond; grupo 4- aplicação de
termociclagem com adesivo Prime & Bond NT. Para os estudos in vivo,
formaram-se dois grupos: grupo 5- adesivo Single Bond; grupo 6-
adesivo Prime & Bond NT. Os dentes permaneceram em função por sessenta
dias e fora extraídos. Ficaram imersos em solução de nitrato de prata a 50% por
24 horas, expostos à luz fluorescente em solução reveladora, e analisados
quanto a microinfiltração. Os escores utilizados foram de 0 a 4.
Pelas estatísticas da mediana e Kruskal-Wallis, observou-se: a) a carga
não influenciou significantemente a infiltração nos testes in vitro;
b) a infiltração in vivo foi maior, que as encontradas in vitro;
c) nenhum sistema adesivo foi capaz, de prevenir, a microinfiltração; d) não
houve diferença estatisticamente significante de infiltração, entre os dois
adesivos. (Apoio: CAPES.)
A246
Adesão à dentina com laser de Er:YAG e adesivos autocondicionantes.
TANJI, E.
Y.*, YAMADA Jr., A. M., MYAKI, S. I.
Departamento
de Dentística – FOUSP; Disciplina de Odontopediatria – UBC.
E-mail: edgartanji@hotmail.com
O objetivo deste estudo in vitro foi de avaliar os
efeitos da irradiação do laser de Er:YAG sobre a adesão da resina composta à
dentina após a utilização de dois sistemas adesivos autocondicionantes. Foram
utilizados 60 incisivos bovinos, que tiveram a dentina vestibular exposta por
desgaste por meio de politriz. As amostras foram divididas em quatro grupos de
15 espécimes. G1: sistema adesivo Prompt L-Pop (LP); G2: laser de Er:YAG + LP;
G3: sistema adesivo Etch & Prime 3.0 (EP); G4: laser de Er:YAG + EP.
Todas as amostras receberam a aplicação da resina composta Z100. Os parâmetros
de irradiação do laser de Er:YAG (KaVo Key Laser) foram de 60 mJ de
energia, 4 Hz de taxa de repetição, modo desfocalizado (20 mm da
lente ao tecido alvo), com refrigeração água-ar. Os testes de tração foram
realizados com aparelho Instron. Os resultados obtidos demonstram os seguintes
valores: G1: 13,88 ± 7,11 MPa; G2: 11,35 ± 5,35 MPa; G3:
7,28 ± 2,05; G4: 8,93 ± 3,53 MPa. A análise estatística (ANOVA a
5%) indicou que houve diferença significante entre os G1 e G3 e entre G2 e G4.
Concluiu-se que a irradiação do laser de Er:YAG não interferiu na
adesão. O sistema adesivo LP propiciou maiores valores de adesão.
A247
Acúmulo de placa bacteriana e rugosidade superficial em
resinas ionoméricas.
LEITE Jr.,
F. H. C.1, PAULILLO, L. M. S.*1, SANTOS, C. T.2,
CURY, J. A.1
1FOP –
UNICAMP; 2ESALQ – USP - Piracicaba - SP.
E-mail: paulillo@fop.unicamp.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar sistemas de acabamento
para materiais híbridos, no acúmulo de placa bacteriana in situ e na
rugosidade superficial in vitro. Foram testados os sistemas acabamento,
tira matriz, discos Sof-Lex, pontas Viking e Enhance, e duas resinas compostas
modificadas por poliácidos, Compoglass F - Vivadent e Dyract AP -
Dentsply. Para o acúmulo de placa bacteriana in situ, foram selecionados
dez voluntários, para os quais foram confeccionados dispositivos palatinos em
acrílico, onde foram fixados quatro amostras, uma de cada grupo experimental.
Durante oito semanas, os voluntários utilizaram o dispositivo por três dias,
gotejando solução de sacarose a 20% oito vezes ao dia. No quarto dia, a placa
formada sobre cada corpo-de-prova foi extraída em NaOH 1,0 M e
quantificada em espectrofotômetro. Para avaliação da rugosidade, após o
acabamento, realizou-se a leitura no rugosímetro (Ra). O teste t de
Student revelou que o Dyract AP apresentou maior acúmulo de placa bacteriana,
com diferença estatística significativa do Compoglass F.
Entre os sistemas de acabamento, não houve diferença estatística
significativa quanto ao acúmulo de placa bacteriana. Na avaliação in vitro,
o teste de Duncan mostrou que as maiores médias de rugosidade foram
apresentadas pelos tratamentos tira matriz e Sof-Lex, com diferença estatística
das pontas Viking e Enhance. Os materiais híbridos não apresentaram diferenças
estatísticas significativas entre si em relação a rugosidade superficial.
(Apoio financeiro: FAPESP - Processo 99/05187-2.)
A248
Efeito da idade dos dentes na resistência adesiva.
CHAVES, P.*,
GIANNINI, M., AMBROSANO, G. M. B.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FOP – UNICAMP. E-mail:pchaves@yahoo.com
O objetivo deste estudo foi investigar o efeito da idade
dentinária na resistência à tração do sistema adesivo Prime & Bond NT.
Vinte e cinco terceiros molares foram divididos em cinco faixas etárias
(n = 5): até 20 (G1), 21-30 (G2), 31-40 (G3), 41-50 (G4) e acima de
51 (G5). Os dentes foram seccionados na altura da metade da coroa clínica, no
sentido transversal, perpendicularmente ao longo eixo e abrasionados com lixas
Si-C de granulação 600. Sobre as superfícies dentinárias foi aplicado o sistema
adesivo de acordo com instruções do fabricante, e um bloco de compósito (THP
Spectrum) de aproximadamente 7 mm de altura foi confeccionado de maneira
incremental. Em seguida, os dentes foram armazenados por 24 horas em água destilada
a 37ºC. Após este período, foram seccionados no sentidos mésio-distal e
vestíbulo-lingual, transversalmente à interface adesiva, para obtenção dos
espécimes. Cada espécime foi testado individualmente em um dispositivo para
microtração (0,5 mm/min.). Os dados foram expressos em MPa e submetidos à
ANOVA (p << 0,05). As médias ± DP foram: G1- 21,42 ±
7,52a; G2- 30,14 ± 10,19a; G3- 31,69 ± 11,78
a; G4- 30,69 ± 8,47 a e G5- 35,66 ± 9,53a.
Os resultados sugerem que não houve diferença estatística significativa
na resistência à tração entre as faixas etárias estudadas. (Apoio financeiro:
FAEP/PRP – UNICAMP – 0574/00.)
A249
Resistência à fratura de dentes decíduos restaurados com
diferentes tipos de retenção intracanal.
CASELLATTO,
C.*, GIOMETTI, C. F., WANDERLEY, M. T., RODRIGUES FILHO, L. E., RODRIGUES, C.
R. M. D.
Disciplina
de Odontopediatria – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7835.
O objetivo desta pesquisa foi avaliar diferentes técnicas de
retenção intracanal, utilizadas na reconstrução de dentes decíduos anteriores.
Raízes de incisivos decíduos, tratadas endodonticamente, foram restauradas com
resina Z100 e diferentes formas de retenção intracanal, sendo cada grupo
composto de 10 dentes, a saber: G1- pinos FKG, G2- pino com macrorretenção
proposto por Rodrigues et al.
(1995), G3- fio ortodôntico 0,6 em formato de a, G4- pinos feitos com
fragmentos de raízes de dentes decíduos, G5- pinos de Ribbond e G6-
preenchimento com a resina composta. Os pinos foram cimentados com cimento
resinoso (Dual Cement - Vivadent). A resistência à fratura foi testada por
ensaio de cisalhamento, em máquina de ensaio universal (Riehle), com carga
aplicada à velocidade de 6 mm/min. Os valores de ruptura foram submetidos
à análise de variância, que mostrou não existir diferenças significantes entre
as diferentes técnicas (G1-13,4 ± 3,4, G2- 12,7 ± 3,4, G3- 10,5 ±
3,9, G4- 10,7 ± 2,8, G5- 12,0 ± 5,8 e G6- 10,5 ± 3,9).
Concluiu-se que as diferentes técnicas de retenção intracanal utilizadas
em dentes decíduos mostraram resistência semelhante à fratura.
A250
A porcentagem de contração de polimerização linear é uma
constante?
SCHROEDER,
M.*, LOGUERCIO, A. D., FRANCO, L. L., BALLESTER, R. Y.
Departamento
de Materiais Dentários – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7842.
E-mail: aloguercio@hotmail.com
O objetivo deste estudo foi avaliar se os valores de
porcentagem de contração linear de polimerização (%CLP) de uma resina
(Herculite XRV cor A3 - Kerr) se alteram em função de: 1) o fator C da
resina que polimeriza; 2) o total de mJ/cm2 recebidos na ativação.
Os espécimes tinham formato cilíndrico (diâmetro 2 mm), com alturas de
2 mm (fator C = 0,5) ou 4 mm (fator C = 0,25). A luz
ativadora incidiu perpendicularmente ao eixo dos cilindros (n = 5)
por 15, 30, 60, ou 120 s com 300 ou 600 mW/cm2. A %CLP na
direção do eixo dos cilindros aos 5 min. (média ± desvio-padrão, na
tabela), foi obtida com extensômetro (Instron). A análise de variância revelou
diferenças significantes (p << 0,000) para os dois fatores
principais e não significantes para a interação. O teste de Tukey
(p << 0,05) permitiu estabelecer as diferenças significantes,
representadas na tabela pelas letras diferentes que acompanham cada média
(letras gregas para comparações dentro colunas e latinas para comparações
dentro de linhas).
Fator C |
Energia de Ativação (mJ/cm2) |
||||
|
4.500 |
9.000 |
18.000 |
36.000 |
72.000 |
0,25 |
0,94 ± 0,09 (a a) |
0,99 ± 0,05 (a a) |
1,09 ± 0,08 (a b,c) |
1,12 ± 0,06 (a c) |
1,11 ± 0,09 (a c) |
0,50 |
1,25 ± 0,11 (b a) |
1,29 ± 0,09 (b a) |
1,29 ± 0,12 (b b,c) |
1,34 ± 0,10 (b c) |
1,38 ± 0,06 (b c) |
Concluiu-se que: a %CLP é maior em espécimes de maior fator C e em
espécimes ativados com maior energia. (Apoio: FAPESP – processos 00/005500-0 e
99/05124-0 e CAPES.)
A251
O potencial do laser de hólmio na oclusão dos túbulos
dentinários.
BACHMANN,
L.*, ROSSI, W., ZEZELL, D. M.
Centro de
Lasers e Aplicações – IPEN/CNEN - SP. Tel.: (0**11) 3816-9313.
E-mail: bachmann@net.ipen.br
A exposição dos túbulos dentinários na região cervical da
raiz gera desconforto e dor aos pacientes. O objetivo deste trabalho é avaliar
o potencial de uso do laser de hólmio associado com um fotoiniciador em ocluir
túbulos dentinários na região do cemento cervical pela fusão do tecido duro. A
superfície do cemento de raízes humanas foi irradiada com laser de hólmio
pulsado (2.065 nm). Como fotoiniciador foi utilizado nanquim aplicado com
um pincel na região que seria irradiada. As amostras foram divididas em um
Grupo Controle (cemento natural); Grupo A (irradiado sem fotoiniciador) e Grupo
B (irradiado com fotoiniciador). Foram usadas densidades de energia abaixo do
limiar de ablação do cemento e para avaliar as mudanças nas superfícies das
amostras utilizou-se microscopia eletrônica de varredura. Nos resultados
observou-se a formação de uma camada uniforme de tecido duro ressolidificado no
Grupo B, enquanto que para as mesmas densidades de energia tal efeito não
é observado no Grupo A, onde foi aplicado somente o laser. A formação
desta camada ressolidificada é originária de uma efetiva transferência de
energia do laser através do fotoiniciador para a estrutura mineral em forma de
energia térmica, o que não ocorreria na ausência do mesmo.
Em regime subablativo o laser de hólmio associado com o fotoiniciador
forma uma camada superficial ressolidificada uniforme podendo ocluir os túbulos
dentinários e assim ser utilizado como coadjuvante em técnicas para a redução
da hipersensibilidade dentinária. (Agradecimento a FAPESP, CNPq e RHAE pelo
suporte financeiro.)
A252
Diferenças de cor (DE) de resinas acrílicas para mesmas
finalidades.
BALLESTER,
R. Y.*, ZANATTA, E. C., MUENCH, A., GRANDE, R. H. M.
Departamento
de Materiais Dentários – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7842.
E-mail: ryballes@fo.usp.br
Propõe-se avaliar diferenças de unidades de cor (DE) entre
resinas acrílicas de mesmas cores nominais. Alguns indivíduos conseguem
distinguir 0,5 DE, e outros só acima de 3 DE. As resinas ensaiadas
foram: duas cor-de-rosa (Clássico - RoCl; Vipi - RoVi) e três da cor
66 (Clássico - 66Cl; Vipi - 66Vi; Duralay - 66Du). Os espécimes
apresentaram 6 mm de espessura e 10 mm de diâmetro. Inicialmente
determinaram-se os parâmetros de cor (L*, a*, b*), por meio do
espectrofotômetro 968 (X-Rite, EUA), que levaram às diferenças de cor (DE =
[(DL)2 + (Da)2 + (Db)2]1/2).
A tabela da esquerda apresenta as médias dos parâmetros de cor. Os dados DE
foram submetidos à análise de variância (p << 0,001). As médias
de DE (n = 6) foram comparadas pelo teste de Tukey
(p << 0,05) e encontram-se na tabela da direita.
Conclusões: entre resinas cor de rosa pode haver semelhança visual;
entre marcas de cor 66 as discrepâncias visuais foram altíssimas.
A253
Resistência à tração de cinco cimentos de ionômero de vidro.
RAGGIO, D.
P.*, NAVARRO, R. S., IMPARATO, J. C. P., MATOS, A. B.
Departamento
de Odontopediatria – FOUSP.
O objetivo desse estudo foi avaliar a resistência à força de
tração de cinco cimentos de ionômero de vidro à superfície dentinária de dentes
decíduos. Foram confeccionados 50 corpos-de-prova, a partir de 25 molares
decíduos, secionados no sentido mésio-distal, incluídos em resina acrílica e
desgastados até exposição de dentina superficial. Os espécimes foram divididos
em 5 grupos (n = 10): G1 - Chem Flex; G2 - Fuji IX;
G3 - Ketac Molar; G4 - Vidrion N; G5 - Vidrion R. Os
materiais foram manipulados seguindo as recomendações dos fabricantes e
inseridos em matriz de teflon com 4 mm de altura. Após o tempo de presa e
a proteção mecânica do material, os corpos-de-prova foram armazenados em água
por 24 h, em temperatura ambiente. A seguir foi realizado o teste de
tração, na máquina de ensaio universal Mini Instron (modelo 4442), com
velocidade de 0,5 mm/min., carga de 500 N. O padrão de fratura
ocorrido foi avaliado em lupa estereoscópica (25 X). Após análise
estatística (ANOVA e teste de Tukey), a média dos valores de resistência (MPa)
e os desvios-padrão foram: G1 - 3,86 (± 1,92); G2 - 4,46 (± 1,56);
G3 - 3,72 (± 1,35); G4 - 2,31 (± 0,90); G5 - 3,20 (± 1,30). Não
houve diferença estatisticamente significante (p >> 0,025)
entre os grupos avaliados, exceto no G2 (Fuji IX) quando comparado ao G4
(Vidrion N). Em 100% da amostra pode-se observar presença do material na
superfície dentinária, indicando modo de fratura coesivo no material restaurador.
A254
Avaliação da termociclagem em estudo de microinfiltração em
dentes decíduos.
PINHEIRO, S.
L.*, DE BENEDETTO, M. S., MENDES, F. M., IMPARATO, J. C. P.
Departamento
de Ortodontia e Odontopediatria – FOUSP - SP.
Tel.: (0**11) 3091-7854. E-mail: p-sérgio@siso.fo.usp.br
Nos estudos in vitro de microinfiltração, as amostras
passam por ciclagem térmica para tentar simular as variações de temperatura
presentes na boca. No entanto, ainda não se sabe a relação entre o número de
ciclos e as verdadeiras situações que ocorrem no ambiente bucal. O presente
trabalho tem como objetivo avaliar a microinfiltração em restaurações de resina
composta confeccionadas em dentes decíduos que foram submetidos a ciclagem
térmica e em dentes decíduos utilizados em mantenedores de espaço; assim como
verificar a relação entre o tempo de utilização do aparelho e o número de
ciclos no estudo in vitro. Dentes decíduos naturais foram selecionados e
acrilizados com os aparelhos. Nestes dentes foram realizadas restaurações classe V,
com resina composta Z100 e sistema adesivo Prime & Bond 2.1. Após 3 meses
de uso, os aparelhos foram substituídos por novos. Foram realizadas
restaurações da mesma forma descrita acima em 40 caninos decíduos e estes foram
divididos em 4 grupos para ciclagem térmica (0, 100, 500 e 700 ciclos a
5-55ºC).Todos os dentes foram imersos no corante azul de metileno 0,5% por 4
horas, seccionados e examinados em lupa estereoscópica.
Após aplicação do teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis, na parede
incisal observamos que 500 ciclos térmicos não apresentaram diferenças
significantes com a cavidade bucal, entretanto, nenhum ciclo foi diferente
significantemente com a boca ao nível de 1%, 100 ciclos 0,5% e 700 ciclos 5%.
Na parede gengival a única variação significante foi a comparação entre 0 e 700
ciclos, com 1% de significância.
A255
Rugosidade superficial entre dois materiais após diferentes
técnicas de polimento.
TAKEUTI, M.
L.*, RAGGIO, D. P., RODRIGUES, C. R. M. D.
Disciplina
de Odontopediatria – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7835.
E-mail: marysa@mailcity.com
A proposta deste estudo in vitro foi verificar a
rugosidade superficial do Ariston pHc (Vivadent), com liberação de íons F, Ca e
OH, segundo informações do fabricante, e compará-lo a uma resina composta Z100
(3M), ambos submetidos a diferentes técnicas de polimento. Foram confeccionados
12 corpos-de-prova de cada material (2,5 mm x 4 mm de diâmetro),
e polimerizados por 40 segundos em cada superfície. Após armazenados em água
destilada, 37ºC, por 24 horas, os espécimes foram divididos em 4 grupos: Grupo
1- sem tratamento superficial (controle); Grupo 2- polimento com
Super Snap (Shofu); Grupo 3- polimento com discos Sof-Lex (3M);
Grupo 4- polimento com pontas de silicone Enhance (Dentsply). Cada
corpo-de-prova foi submetido a 6 leituras, na escala Ra, utilizando-se o
rugosímetro Surftest 211 (Mitutoyo). Após as leituras, os dados foram
submetidos a análise de variância.
Sem polimento |
Super Snap |
Sof-Lex |
Enhance |
0,29 |
0,18 |
0,21 |
0,48 |
a b |
a |
a |
b |
De acordo com os resultados, não houve diferença estatística quanto à
rugosidade entre os materiais (p >> 0,05), e com relação aos
sistemas de polimento, as pontas Enhance apresentaram valores de rugosidade
maiores quando comparado ao Sof-Lex e ao Super Snap
(p << 0,05).
A256
Contaminação microbiana em bisnagas de resina composta em
consultório odontológico.
ROMÃO, W.
J.*, MIRANDA Jr., W. G., GUIMARÃES, J. G. A., MAYER, M. P. A.
Departamento
de Materiais Dentários – FOUSP; FOUFF; ICB – USP. E-mail: waldyr@fo.usp.br
O controle de infecção em consultório odontológico pode ser
realizado por meio da limpeza e esterilização do instrumental, desinfecção ou
cobertura de superfícies e equipamentos e colocação de barreiras de proteção.
Outro fator a ser analisado é a possibilidade de contaminação de bisnagas
contendo material restaurador, que poderiam ser veículo de infecção cruzada. No
presente estudo foram analisados os níveis de contaminação da ponta de bisnagas
de resina composta. Imediatamente após o uso pelo profissional, as pontas de 4
bisnagas foram cortadas com discos de aço estéreis e inseridas em tubos
contendo meio de transporte VMGA III. Como controle, foi analisada também
uma bisnaga sem uso. As amostras foram enviadas para o laboratório e
manipuladas em até 24 h após a coleta. Após a dispersão em agitador de
tubos, alíquotas foram inoculadas em duplicata na superfície de ágar Mitis
salivarius, seguindo-se incubação em condições de microaerofilia, em
estufa a 37ºC por 48 h. A contaminação por saliva foi detectada,
observando-se colônias características de estreptococos orais nas placas.
Foi constatada contaminação por saliva nas pontas testadas (níveis de
contaminação superiores a 6 x 105 UFC de estreptococos), exceto
na ponta controle. Os achados sugerem que o uso destes materiais deva seguir um
protocolo rígido para evitar a contaminação cruzada.
A257
Estudo da retenção entre dentes artificiais e resinas
acrílicas para dentaduras ativadas termicamente e por microondas.
BATALIN,
F.*, MAEKAWA, M. Y., MONTEIRO, J. A., MELONCINI, M. A.
Departamento
de Materiais Dentários – FOUSP. Tel.: (0**15) 232-1390.
O objetivo do presente trabalho foi o de estudar a adesão
entre dentes de acrílico e base de resina acrílica, por meio de ensaios de
tração utilizando espécimes feitos com duas marcas de dentes artificiais de
resina: Biotone (Dentsply) e Orthosit (Ivoclar), dois tipos de resina uma
polimerizada por microondas, a Onda Cryll (Clássico Artigos Odontológicos) e
outra termicamente ativada, a Clássico (Clássico Artigos Odontológicos) e
verificar ainda a influência do tratamento com monômero das superfícies dos
dentes, antes da prensagem da resina acrílica.
Frente aos dados obtidos podemos concluir que existem diferenças na
resistência à remoção entre as marcas de dentes testada independente das
resinas utilizadas; os diferentes modos de ativação das resinas para base de
dentaduras não proporcionam diferenças na resistência à tração; o uso do
tratamento da superfície com monômero sobre os dentes, antes da inclusão,
aumenta a união à resina, principalmente para os dentes da marca Orthosit
(Ivoclar) e os dentes da marca Biotone (Dentsply) quando processados por banho
de água quente, e com superfície pincelada com monômero antes da inclusão
apresentaram os melhores resultados no estudo realizado.
A258
Análise de monômero residual em resinas compostas por RMN1H.
CORRÊA, I.
C.*, BRUNO, M. I. T., MIRANDA Jr., W. G.
Departamento
de Materiais Dentários – FOUSP; Instituto de Macromoléculas Eloísa Mano – UFRJ.
Tel.: (0**11) 3091-7842. E-mail: ivo@fo.usp.br
A presença de monômero não-reagido após a polimerização de
resinas compostas causa a diminuição das propriedades mecânicas e biológicas. O
objetivo deste estudo foi avaliar o percentual de monômero residual sob o
efeito da variação do tempo de fotoativação de resinas compostas, através de
Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio, em solução (RMN1H).
Foram confeccionados corpos-de-prova cilíndricos (d = 5 mm e h =
3 mm), com as resinas Z250, Fill Magic, Durafill e A110 (cor A2),
fotoativados por 20, 40 e 80 s, com o aparelho Optilux 401
(500 mW/cm2). Os c.p. foram solubilizados em clorofórmio
deuterizado, com tempo de extração de 24 h, e analisados em um
espectrômetro Varian Mercury 300. Os espectros de hidrogênio mostraram
percentual de monômero não-reagido em todos os c.p., após a extração, pela
detecção de sinais em 5,6 e 6,1 ppm, dos grupos CH2=.
|
Z250 |
Fill Magic |
Durafill |
A110 |
20 s |
2,45 |
4,5 |
7,27 |
7,76 |
40 s |
1,98 |
2,48 |
5,91 |
4,24 |
80 s |
1,55 |
2,22 |
4,74 |
3,36 |
Nos tempos indicados pelo fabricante, a Z250 e a Fill Magic apresentaram
valores similares de % monômero não-reagido e, também, menores quando
comparados aos da Durafill e da A110. (PRONEX – CNPq – 0327.00/00 e
CAPES.)
A259
Avaliação clínica de 5 resinas compostas em dentes
posteriores: análise de 1 ano.
BUSATO, A.
L. S.*, LOGUERCIO, A. D., REIS, A., RODRIGUES FILHO, L. E.
Departamento
de Dentística – ULBRA - RS; Materiais Dentários – FOUSP.
Tel.: (0**11) 3091-7842. E-mail: ale@fo.usp.br
Avaliou-se o desempenho clínico de restaurações, classe I e
II, de resina composta em dentes posteriores após um ano. A amostra consistiu de
16 adultos, com no mínimo 5 dentes a serem restaurados, que consentiram em
participar do estudo após serem esclarecidos pelos pesquisadores. Os materiais
utilizados para realizar as 84 restaurações foram: 1- Solitaire + Solid
Bond (n = 18); 2- Alert + Bond-1 (n = 14); 3-
Surefil + Prime & Bond NT (n = 21); 4- P60 +
Single Bond (n = 17); 5- TPH + Prime & Bond 2.1
(n = 14). Cada produto foi empregado de acordo com o indicado pelo
fabricante, sob isolamento absoluto. Após acabamento e polimento, dois examinadores
avaliaram após uma semana (“baseline”) e um ano, com base no critério USPHS
modificado. Os dados foram submetidos a um teste qui-quadrado
(p << 0,05). Todos os participantes retornaram após um ano. Nos
itens retenção, integridade e adaptação marginal, sensibilidade pós-operatória
e lesões de cárie secundária, todos os materiais receberam “Alfa”. Demais
resultados: 1) 6 restaurações fraturadas, sendo 4 de TPH e 2 de Solitaire; 2)
24 restaurações com o corpo manchado, sendo 10 de Solitaire, 8 de Alert e 6 de
TPH e foram classificadas como “Bravo”; 3) 6 restaurações foram classificadas
quanto à textura superficial como “Bravo”, todas da Alert. As diferenças foram
estatisticamente significativas (p << 0,05) em todas as
condições.
Concluiu-se
que: as resinas compostas Surefil e P60 apresentaram um desempenho clínico
excelente; para as resinas TPH, Solitaire e Alert a performance clínica foi
satisfatória. (Apoio: FAPESP – Processo nº 99/05124-0 e CNPq.)
A260
Resistência ao cisalhamento de adesivos dentinários
fotoativados.
MUZILLI, C.
A.*, MUTARELLI, P. S., MELONCINI, M. A., CARDOSO, P. E. C.
Departamento
de Materiais Dentários – FOUSP. Tel.: (0**15) 232-1930.
O estudo in vitro avaliou a resistência ao
cisalhamento de dois adesivos dentinários, utilizando duas formas de
carregamento em cisalhamento, isto é, por cinzel e por meio de fio ortodôntico,
comparando simultaneamente o material e a metodologia. Vinte e quatro dentes
humanos, recém-extraídos foram limpos, incluídos em resina acrílica e foram
lixados até expor uma superfície dentinária plana e divididos em dois grupos.
Para a área de adesão na dentina foram feitos cones de resina composta, de três
milímetros de diâmetro. O Etch & Prime 3.0 (EP) e o 3M Single Bond
(SB) foram aplicados respectivamente ao primeiro e segundo grupos de dentes.
Depois de estar armazenado em água à temperatura ambiente durante 24 horas, as
amostras foram submetidas ao teste de cisalhamento por fio ortodôntico. Os
mesmos dentes então, foram reembutidos em resina acrílica e lixados, e uma nova
superfície de dentina apareceu em cada dente. As amostras foram preparadas com
os mesmos adesivos e as mesmas combinações do experimento anterior. Depois de
24 horas submergidas em água à temperatura ambiente os corpos foram submetidos
ao ensaio de cisalhamento por cinzel.
Após a análise dos resultados podemos concluir que os valores de força
em cisalhamento com adesivo EP foram significativamente inferiores
(p << 0,01) em relação ao adesivo SB para os dois tipos de
carregamento. Para o adesivo EP, os valores por cinzel foram superiores
(p << 0,01), enquanto para o adesivo SB não houve uma diferença
significante. A discrepância nos valores determinados pelo uso de cinzel foi
menor. Houve uma correlação significante da resistência estimada nos mesmos
dentes (p << 0,01).
A261
Estudo in vitro do desgaste de restaurações de
diversos materiais em dentes decíduos.
VILLALTA, P.
M. B., RODRIGUES, C. R. M. D.*
Departamento
de Ortodontia e Odontopediatria – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7854.
E-mail: crmdrodr@fo.usp.br
O objetivo desta pesquisa foi avaliar o desgaste de
materiais restauradores em dentes decíduos. Faces vestibulares ou linguais, de
dentes decíduos, foram aplainadas mantendo esmalte. Após inclusão em blocos de
resina, preparou-se na área central, uma cavidade cilíndrica de 3,3 mm de
profundidade por 2,2 mm de diâmetro, restauradas com: resina composta
Filtek Z250, resina modificada por poliácido Dyract AP, cimento de ionômero de
vidro reforçado por resina Vitremer e amálgama Dispersalloy. Os corpos-de-prova,
8 em cada grupo, foram submetidos à ciclagem mecânica e avaliados após 400.000
e 800.000 ciclos. A avaliação foi feita por 3 examinadores, que repetiram o
exame em dois momentos distintos, comparando o degrau formado entre o dente e a
restauração, pelos critérios da escala de modelos ML, com intervalo de 25
micrômetros. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância. O
cimento de ionômero de vidro, Vitremer, apresentou o maior valor médio de
desgaste (41,4 micrômetros), sendo estatisticamente superior aos demais, que
foram semelhantes entre si (Filtek Z250 = –2,1 micrômetros;
Dispersalloy = 2,8 micrômetros; Dyract AP = 9,6 micrômetros). A
resina composta Filtek Z250 foi o único material que desgastou menos que o esmalte,
observando-se degrau negativo entre o dente e o material restaurador, não sendo
desejável seu uso em dentes decíduos.
A262
Efeitos de vários agentes polidores na pigmentação de
compósitos compactáveis.
REIS, A.
F.*, GIANNINI, M., LOVADINO, J. R., AMBROSANO, G. M.
Odontologia
Restauradora – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5340.
E-mail: reisandre@yahoo.com
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência de
diferentes agentes polidores na susceptibilidade à pigmentação de diferentes
compósitos para dentes posteriores. Amostras com os compactáveis Solitaire,
Alert, Surefil e o micro-híbrido Z250 foram preparadas e polidas com as pastas
Ultralap (UL) e Poli I e II (PP), borrachas abrasivas Enhance (EN) e
Politip (PO), pontas diamantadas (PD), e multilaminadas (MU). Os espécimens
foram imersos em uma solução de corante azul de metileno a 2% por 24 horas e
preparados para o ensaio de espectrofotometria. Os resultados foram
estatisticamente analisados pela ANOVA e teste de Tukey (p << 0,05).
Os resultados de pigmentação em mg/ml mostraram diferenças estatísticas
significativas, e estão apresentados na tabela abaixo:
Para a maioria dos agentes de acabamento e polimento utilizados, a
resina Z250 apresentou a menor absorção de corante. (FAPESP – processo nº
00/01792-8.)
A263
Rugosidade superficial e pigmentação do esmalte submetido ao
clareamento.
CAVALLI,
V.*, ARRAIS, C. A. G., GIANNINI, M., AMBROSANO, G. M. B.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FOP – Unicamp.
Tel.: (0**19) 430-5340. E-mail: vcavalli@yahoo.com
Altas concentrações do peróxido de carbamida são indicadas
para o clareamento em consultório, com a finalidade de reduzir a freqüência e o
tempo de aplicação. Os objetivos deste estudo foram avaliar a rugosidade
superficial e susceptibilidade à deposição de corante em esmalte após o
clareamento com Opalescence 35% - Ultradent (O35) e Whiteness 37% - FGM
(W37). Vinte e quatro espécimes obtidos de terceiros molares íntegros foram
divididos aleatoriamente em dois grupos experimentias, O35 e W37, e um controle
(C) não clareado (n = 6). As amostras dos grupos O35 e W37 foram
submetidas à aplicação do peróxido por 30 min. diários, por 4 dias, com
intervalos de 72 h entre as aplicações, de acordo com as recomendações dos
fabricantes. Após cada sessão, os espécimes clareados foram armazenados em
saliva artificial, enquanto as amostras do grupo controle permaneciam
constantemente nesta solução. O teste de rugosidade foi realizado antes e após
o tratamento, e a análise de deposição de corante, através do teste de
espectrofotometria. Os dados foram analisados através da ANOVA e teste Tukey
(p << 0,05). Os resultados de rugosidade inicial (mm) foram: C- 0,120 ± 0,024a; O35-
0,104 ±
0,031a; W37- 0,095 ± 0,015a e final: C- 0,129 ± 0,032a; O35-
0,158 ±
0,055b; W37- 0,118 ± 0,057a. Em relação à deposição de corante
(mg/ml), os resultados foram: C- 0,046 ± 0,006A; O35- 0,071 ± 0,026AB e
W37- 0,224 ± 0,167B.
As amostras tratadas com O35 mostraram aumento significativo na
rugosidade e as clareadas com W37 apresentaram maior deposição de corante em
relação ao controle, embora semelhantes ao grupo O35.
A264
Espessura da camada híbrida em dentina desmineralizada e
não-condicionada.
ARRAIS, C.
A. G.*, GIANNINI, M.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5340.
E-mail: cesararrais@zipmail.com.br
A formação de camada híbrida na dentina intertubular
representa o principal mecanismo de união dos sistemas adesivos. Este estudo
avaliou a micromorfologia e espessura da camada híbrida formada em dentina por
sistemas adesivos com prévio condicionamento ácido e autocondicionantes. Os
adesivos dentinários foram aplicados seguindo as recomendações dos fabricantes,
em superfícies dentinárias oclusais de dentes terceiros molares humanos hígidos
planificadas e abrasionadas em lixa de Si-C de granulação 600, promovendo a
formação de “smear layer” padronizada. Os espécimes foram preparados e
analisados em microscopia eletrônica de varredura em magnificação de
2.000 X (DSM 940 A/Zeiss). Os dados foram analisados estatisticamente
através da ANOVA e teste de Tukey (p << 0,05). Os sistemas
adesivos proporcionaram diferentes espessuras de camada híbrida e os valores
médios obtidos foram (mm): Scotchbond MP Plus (SM): 7,41 ± 1,24a;
Single Bond (SB): 5,55 ± 0,82b; Etch & Prime 3.0 (EP):
3,86 ± 1,17c e Clearfil SE Bond (CB): 1,22 ± 0,45d.
Os resultados sugerem que o sistema adesivo convencional de três etapas
(SM) seguido pelo adesivo de frasco único (SB) exibiram as camadas híbridas
mais espessas, enquanto os adesivos autocondicionantes, EP e CB exibiram as
mais finas camadas híbridas, respectivamente.
A265
Fraturas adesivas em esmalte exposto ou não a Coca-Cola®.
DE SOUZA, F.
L.*, PADILHA, D. M. P., DE SOUZA, M. A. L.
PUCRS.
Tel.: (0**5l) 233-8778. E-mail: carollo@zaz.com.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar através da microscopia
eletrônica de varredura (MEV) o diagnóstico clínico e microscópico de fratura
adesiva. As coroas de 20 terceiros molares superiores humanos retidos foram
cortadas em 2 partes. Metade da amostra serviu como controle e a outra metade
foi exposta ao refrigerante (200 minutos - intermitente). Cones de resina
(Transbond XT - 3M/Unitek) foram colados ao esmalte. O teste de
resistência de união foi realizado 24 horas após a colagem. A resistência de
união no grupo controle (x = 17,94 ± 6,34 MPa) foi
significantemente menor do que no grupo exposto (x = 24,03 ± 6,89 MPa)
(p << 0,05). Após o teste de resistência de união os dentes
foram examinados ao microscópio óptico (40 X) e separados de acordo como
tipo de fratura (coesiva em esmalte, coesiva em resina ou adesiva). As peças
classificadas como fratura adesiva foram selecionadas e examinadas ao MEV.
Os espécimes classificados ao microscópio óptico com fraturas adesivas
apresentaram, ao MEV, a combinação de fraturas coesiva em esmalte, coesiva em
resina e adesiva, não havendo diferença entre grupo controle e exposto ao
refrigerante.
A266
Resistência à corrosão de ligas odontológicas submetidas à
desinfecção.
SCHALCH, M.
V.*, ADABO, G. L., CRUZ, C. A. S., VAZ, L. G.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – Faculdade de Odontologia de
Araraquara – UNESP. Tel.: (0**16) 201-6415.
E-mail: adabo@foar.unesp.br
Pouca atenção tem sido dada aos trabalhos protéticos que
circulam entre clínicos e técnicos, representando real perigo de infecção
cruzada. Existem algumas orientações de como desinfetar moldes, modelos e
próteses totais, mas não há um protocolo de tratamento de peças protéticas
metálicas. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da desinfecção ou
esterilização sobre a resistência a corrosão de 5 tipos de ligas metálicas
(Ag-Sn, Cu-Al, Cu-Zn, Ni-Cr e Co-Cr). Foram obtidos 150 corpos-de-prova
circulares com 6 mm de diâmetro e 3 mm de altura, fundidos, polidos e
submetidos a um dos seguintes tratamentos: 1- hipoclorito de sódio a 1% -
30 min., 2- álcool a 70% - 30 min., 3- glutaraldeído a 2% -
30 min., 4- glutaraldeído a 2% - 10 horas, 5- estufa seca a 170ºC - 1
hora, 6- autoclave - 120ºC - 20 min. Foram realizados 6 ciclos de tratamento,
representando a entrada e a saída da peça do laboratório, simulando 3 etapas
clínico-laboratoriais. Ao final os corpos-de-prova foram armazenados em sulfeto
de sódio a 0,25%, por 24 horas. A superfície foi analisada visualmente por dois
examinadores e classificada segundo o seguinte critério: 0- ausência de
alterações, 1- perda de brilho, 2- ligeira alteração de cor, 3- intensa
alteração de cor, 4- corrosão generalizada.
A análise revelou que as ligas de cobre são mais susceptíveis à corrosão
e as de Ni-Cr e Co-Cr as mais resistentes, ficando a Ag-Sn em posição
intermediária. O método menos agressivo foi a estufa seca, seguida de
glutaraldeído por 30 min. ou 10 horas e álcool a 70%, enquanto o
hipoclorito de sódio e autoclave promoveram maiores alterações.
A267
Resistência à remoção por tração de coroas metálicas
cimentadas com cimentos resinosos.
FONSECA, R.
G.*, CRUZ, C. A. S., ADABO, G. L., VAZ, L. G.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – Faculdade de Odontologia de Araraquara –
UNESP. E-mail: renata@foar.unesp.br
Apesar do crescente emprego dos cimentos resinosos de dupla
ativação na cimentação de restaurações metálicas indiretas, tais como coroas e
próteses parciais fixas conforme indicação do próprio fabricante, ainda faltam
trabalhos que comprovem a eficácia destes materiais em tais situações, uma vez
que a fotoativação é impedida pela presença do metal. Diante do exposto, foi
objetivo deste estudo avaliar a resistência à remoção por tração de coroas de
Ni-Cr cimentadas em troquéis metálicos esquemáticos, empregando-se diferentes
marcas comerciais de cimentos resinosos duais, além do cimento de fosfato de
zinco como grupo controle. O ensaio de remoção por tração foi realizado na
máquina de ensaios MTS 810 com velocidade do atuador de 0,5 mm/min., tendo
a força máxima necessária para a remoção das coroas sido registrada em Newton
(N). Para cada grupo foram confeccionados 10 corpos-de-prova. A análise
estatística dos resultados (análise de variância e teste de Tukey) mostrou igualdade
entre os cimentos Enforce (Dentsply) (1.645 N), Scotchbond Resin Cement
(3M) (1.625 N) e Cement-It (Jeneric/Pentron) (1.465 N), enquanto os
grupos constituídos pelos cimentos Panavia F (Kuraray) (3.345 N) e Fosfato
de Zinco (SS White) (1.068 N) apresentaram maior e menor valores de
resistência, respectivamente.
Os cimentos resinosos avaliados mostraram-se eficazes, quanto ao aspecto
estudado, na cimentação de restaurações metálicas, quando comparados com o
tradicional cimento de fosfato de zinco.
A268
Estudo da contração de polimerização de compósitos para
dentes posteriores.
ADABO, G.
L.*, CRUZ, C. A. S., FONSECA, R. G., VAZ, L. G.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – Faculdade de Odontologia de Araraquara –
UNESP. Tel.: (0**16) 201-6415. E-mail: adabo@foar.unesp.br
Existem muitas dúvidas quanto às diferenças entre as
propriedades físicas de novos compósitos em relação aos materiais tradicionais.
O objetivo deste estudo foi comparar a contração de polimerização dos
compósitos: Alert, Ariston, Solitaire, Definite, Filtek P60, Z100 e Tetric
Ceram. Para a medida da contração foi empregado um anel plástico transparente,
com 5 mm de altura e 6,75 mm de diâmetro interno. O material era
inserido no anel até o nível de 3,0 mm e um êmbolo metálico posicionado
sobre o compósito. O conjunto era levado ao instrumento de medida linear
(Tesa), com sensibilidade de 1 mm, o material fotopolimerizado pelo
aparelho XL2500 (3M), por 60 segundos e a contração registrada pelo
deslocamento do êmbolo (a). Para o cálculo do percentual de contração, o
corpo-de-prova após polimerizado, era medido em projetor de perfil (sensível a
micrômetro) e o comprimento inicial da amostra (b) calculado pela soma da
altura do compósito polimerizado com a do deslocamento do êmbolo. A contração
de polimerização percentual foi calculada segundo a seguinte equação: 100
´ a/b. Os dados de 10 réplicas por material submetidos à análise de
variância e teste de Tukey revelaram que a menor contração média foi obtida
para o compósito Alert (0,795%), seguido de Definite (0,991%), Filtek P60
(1,073%) e Z100 (1,101%), enquanto Solitaire (1,421%), Ariston pHc (1,432%) e
Tetric Ceram (1,509%) apresentaram as maiores médias.
Os materiais mais recentes não apresentam necessariamente menores
valores de contração de polimerização.
A269
Avaliação da influência no tratamento dentinário com ácido e
abrasão na adesão.
AHID, F.*,
ANDRADE, M. F., LUCINO, F., VAZ, L. G.
Departamento
de Dentística Restauradora e Endodontia – FOA – UNESP.
No presente trabalho avaliou-se a influência do tratamento
da superfície dentinária utilizando ácido fosfórico a 10% e 37% e jato de ar
abrasivo no processo de adesão, por meio do teste de microtração, utilizando
faces oclusais de terceiros molares humanos recém-extraídos. Os dentes foram
cortados e polidos com lixa granulação 100, 320 e 600, expondo toda a dentina e
criando uma “smear layer”, que receberam o tratamento com ácido a 10% por 30
segundos (G1); condicionamento ácido a 37% por 15 segundos (G2); jato de ar
abrasivo por 10 segundos (G3). O adesivo Solo Bond Plus e resina composta Z100
foram aplicados sobre a superfície e o conjunto dente/resina armazenado à
temperatura de 37ºC, por 24 horas e após ciclagem térmica, novamente
armazenados. Os conjuntos foram cortados em espessura de aproximadamente
0,7 mm + 0,05, e individualmente fixados para os ensaios de
microtração. Os valores de resistência adesiva foram expressos em MPa. As
superfícies dentinárias correspondentes ao local da área de adesão foram
observadas em lupa estereoscópica com aumento de 60 X, verificando o modo
das fraturas. A análise estatística dos resultados mostrou que os tipos de
tratamento da superfície dentinária, aplicados neste trabalho, tiveram
influência na resistência adesiva, mostrando que o grupo G2 teve uma média
significativamente menor que o grupo G1.
Concluiu-se que os tipos de tratamentos dentinários, usados neste
estudo, tiveram influência na resistência adesiva.
A270
Influência da ciclagem mecânica na resistência à tração do
titânio.
VAZ, L. G.*,
ADABO, G. L., FONSECA, R. G., CRUZ, C. A. S., DINELLI, W.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – Faculdade de Odontologia de Araraquara –
UNESP. Tel.: (0**16) 201-6415. E-mail: lugervaz@foar.unesp.br
O estudo das aplicações e propriedades do titânio e suas
ligas, vem ao longo dos anos sendo pesquisado por diferentes áreas do
conhecimento. Neste trabalho estudou-se a influência da ciclagem mecânica na
resistência a tração dos biomateriais Ti c.p. (titânio comercialmente puro) e a
liga Ti-6Al-4V (titânio-alumínio-vanádio). Na execução dos ensaios de tração e
ciclagem mecânica utilizou-se uma máquina de ensaios mecânicos MTS 810, com uma
célula de cargas de 100 kN. Os ensaios de tração foram efetuados antes e
após a ciclagem, a uma velocidade de 1,0 mm/min. Na ciclagem mecânica
fixou-se o número de ciclos em 100.000, freqüência de 10 Hz e a carga em
60% da carga máxima. Como parte complementar analisou-se a fratura dos
corpos-de-prova, utilizando-se um microscópio eletrônico de varredura JEOL-JSM,
modelo T330A. Verificou-se, para ambos biomateriais, que após a ciclagem
mecânica há uma diminuição na resistência, provavelmente, devido a formação de
pequenos defeitos na rede cristalina, no entanto a ruptura se dá sempre na
região estrita, caracterizando a boa qualidade dos materiais. Na análise da
fratura predominou o tipo de fratura dúctil, com uma apreciável deformação
plástica macroscópica.
Concluiu-se que a ciclagem mecânica diminui a resistência a tração dos
biomateriais. O modo de fratura foi semelhante para ambos os materiais, nas
duas condições estudadas, fato que pode ser atribuído aos materiais serem
formulados por elementos de elevada pureza. (Apoio financeiro: Fapesp - processo
nº 1999/05144-1.)
A271
Avaliação da largura e da profundidade de cavidades
preparadas pelo sistema de abrasão a ar.
CORDEIRO, R.
C. L., SANTOS-PINTO, L. A. M., PERUCHI, C.
Departamento
de Clínica Infantil – UNESP – Araraquara. Tel.: (0**16) 201-6335,
201-6328. E-mail: ritacord@foar.unesp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro a
influência do tempo de aplicação do jato abrasivo e da granulação do abrasivo
na largura e na profundidade de preparos realizados pelo sistema de abrasão a
ar em dentes decíduos e permanentes. Para tanto, foi utilizado o aparelho
PrepStar (Danville Engineering) operando com 80 psi, com ponta ativa de
0,38 mm de diâmetro interno e 80º de angulação, posicionada a 2 mm da
superfície vestibular de molares. Os dentes foram abrasionados por 5 e 10
segundos utilizando pó de óxido de alumínio de 27 e 50 mm. A largura e a
profundidade dos cortes foram medidas em fotomicrografias obtidas ao MEV.
Pela análise de variância a 3 fatores e teste de Duncan, foi observado
que a largura dos cortes foi influenciada por todos os fatores, bem como pelas
interações entre eles, com exceção do fator tempo, que influenciou
significativamente na profundidade dos cortes realizados.
A272
Estudo da caracterização e dureza do titânio submetido à
ciclagem mecânica.
OLIVA, E.
A.*, CRUZ, C. S., VAZ, L. G., ADABO, G. L., FONSECA, R. G.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOA – UNESP.
E-mail: eduardoliva@bol.com.br
Os metais e ligas mais usados como materiais de implante,
podem ser discutidos em termos metalúrgicos, para um melhor entendimento de seus
efeitos nas suas propriedades. Estudou-se a caracterização metalográfica e
dureza do Ti c.p. (titânio comercialmente puro) e da liga Ti-6Al-4V
(titânio-alumínio-vanádio), antes e após serem submetidos à ciclagem mecânica.
Os corpos-de-prova foram obtidos de acordo com a norma técnica ASTM e 167-M e a
ciclagem mecânica foi feita numa máquina de ensaios mecânicos MTS 810, com
célula de cargas de 100 kN, fixando-se o número de ciclos em 100.000,
freqüência em 10 Hz, e carga em 60% da carga máxima. Na caracterização
metalográfica utilizou-se a microscopia eletrônica varredura, feita em um
microscópico eletrônico de varredura JEOL-ISM, modelo T330A. Os ensaios de
dureza foram feitos num microdurômetro Micromet 2003 - Buehler, com uma
carga de 300 gf, o valor da dureza foi determindado na escala Vickers. Os
resultados mostraram que a microestrutura do Ti c.p., antes e após a ciclagem
mecânica, não se modificou, isto é, permaneceu com uma fase granular do tipo
superalfa, o mesmo ocorreu para a liga Ti-6Al-4V, que em ambas situações
apresentou uma microestrutura do tipo Windmanstaten. Quanto à dureza, para
ambos biomateriais, houve uma diminuição nos valores médios após ciclagem
mecânica, fato que se deve a maior deformação permanente quando submetidos a
tais esforços.
Conclui-se
que a ciclagem mecânica não promove mudanças microestruturais, entretanto,
aumenta a ductibilidade.
A273
Efeito da polimerização complementar na resistência à flexão
de compósitos diretos.
ROCHA, S.
S.*, ADABO, G. L., VAZ, L. G., VIDO, R. N.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – Faculdade de Odontologia de Araraquara –
UNESP. Tel.: (0**16) 201-6415. E-mail: adabo@foar.unesp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar o comportamento mecânico
das resinas compostas diretas Solitaire 2 (Kulzer) e Z100 (3M) submetidas a
polimerização complementar térmica, por meio do ensaio de resistência à flexão,
tendo como grupo controle o compósito indireto Artglass (Kulzer). Os
corpos-de-prova foram obtidos com as seguintes dimensões: 2 mm de altura,
2 mm de espessura e 25 mm de comprimento. As compósitos diretos foram
subdivididos em três grupos: (1) fotopolimerizados por 40 segundos, (2)
fotopolimerizados por 40 segundos e calor seco a 120ºC por 20 minutos e (3)
fotopolimerizados por 40 segundos e calor úmido a 120ºC por 20 minutos. O
compósito indireto (controle) foi polimerizado no forno UniXS (Kulzer), de
acordo com instruções do fabricante. Após a polimerização, os corpos-de-prova
foram armazenados em frascos com água destilada, permanecendo em estufa a 37ºC
por 24 horas. Decorrido este período foram submetidos ao ensaio de resistência
à flexão em máquina de ensaios MTS 810, à velocidade de 0,75 mm/min. Os
dados de resistência à flexão de 10 réplicas para cada condição experimental
foram submetidos à análise de variância e teste de Tukey.
Não houve diferença estatística entre a resistência das resinas Z100 em
autoclave (127,91 MPa), Z100 em estufa (121,63 MPa), Artglass
(121,52 MPa), Z100 fotopolimerizada (117,96 MPa), Solitaire 2 em
estufa (114,83 MPa). Já o compósito Solitaire 2, em autoclave
(94,88 MPa) e fotopolimerizado (91,44 MPa), apresentou médias
estatisticamente inferiores ao grupo controle (Artglass).
A274
Substituição do amálgama pela pasta zinco-eugenólica em
retrobturações.
QUIRINO, L.
C.*, PINTONE, A. V. L., JANSEN, W. C., HORTA, H. G. P.
Departamento
de Odontologia Restauradora – Universidade Federal de Minas Gerais.
Tel.: (0**31) 3482-3076.
A apicectomia com obturação retrógrada está indicada frente
aos insucessos do tratamento endodôntico, quando seja inviável o retratamento
e/ou impossível a execução do mesmo. Diversos materiais têm sido propostos para
o uso em retrobturações, sendo que o amálgama é o material mais conhecido e
utilizado, mesmo não apresentando o vedamento desejável para essa finalidade. A
pasta zinco-eugenólica tem sido proposta como material retrobturador, com
resultados mais satisfatórios quanto ao vedamento apical. O objetivo desse
trabalho é avaliar a capacidade de vedamento da pasta zinco-eugenólica quando
em substituição ao amálgama. Este trabalho in vitro utilizou 32 raízes
de dentes humanos, extraídos na Clínica Cirúrgica da FO – UFMG por
indicação clínica, as quais receberam apicectomia com obturação retrógrada
realizada com amálgama com zinco e sem zinco. Após 7 dias, os amálgamas foram
removidos e a pasta zinco-eugenólica foi inserida no preparo da retrobturação.
As raízes receberam isolamento em sua superficie externa e então tiveram
contato com o corante azul de metileno a 2%, pH 7,2, por uma semana. A presença
e ausência, bem como a infiltração do corante foi então avaliada. Houve
infiltração do corante que variou de 75% a 87,50%.
A pasta zinco-eugenólica não apresentou resultados satisfatórios quanto
ao vedamento quando em substituição aos amálgamas, e a inserção de
micropartículas de amálgama no interior dos túbulos dentinários poderia
invalidar a adapatação dessa pasta na parede dentinária do preparo cavitário.
(FAPEMIG – processo CDS-1227/95.)
A275
Análise da microfenda marginal comparando-se polimerização
por luz halógena e plasma.
DUARTE Jr.,
S. L. L., ANDRADE, M. F. de, SILVA, J. S. O., RASTELLI, A. N. de S.*
Departamento
de Odontologia Restauradora – Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP.
O propósito deste estudo foi analisar, por meio de
microscopia eletrônica de varredura, a microfenda marginal em restaurações de
resina composta direta, fotopolimerizadas por diferentes unidades de
polimerização. Foram utilizados 20 molares humanos, recentemente extraídos e
livres de cárie, os quais receberam preparos cavitários de classe V em
ambas as faces, vestibular e palatina, totalizando 40 cavidades. Após o término
dos preparos cavitários, os dentes foram divididos em dois grupos de 20
espécimes cada: Grupo I- condicionamento ácido total por período de 30
segundos, aplicação do Solid Bond (Kulzer), inserção da resina composta
Solitaire (Kulzer), em incremento único e fotopolimerização durante 40 segundos
com a unidade Optilux 400 (Demetron) e Grupo II- mesmo procedimento
restaurador e fotopolimerização durante 2 segundos com a unidade Apollo 95E
(DMC Inc.). Concluídas as restaurações, os espécimes permaneceram armazenados
em solução de soro fisiológico durante 24 horas. Em seguida, foram submetidos à
ciclagem térmica com temperaturas de 10ºC a 50ºC, totalizando 200 ciclos.
Subseqüentemente, os espécimes foram preparados e fixados para que pudessem ser
analisados à microscopia eletrônica de varredura.
Mediante
análise estatística descritiva de variância e teste de Shapiro-Wilk, foram
encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os valores das
microfendas marginais obtidas pelo uso das diferentes unidades de
polimerização, porém, nenhuma das duas unidades foi capaz de impedir a formação
de microfenda marginal.
A276
Estudo comparativo de polimerização de resinas para base de
prótese total removível (PTR).
ALMEIDA, H.
C.*, MOTA, J. M. L. F., SALOMÃO, U. E., JANSEN, W. C., GABRICH, J. F. B. G.
Departamento
de Odontologia Restauradora – UFMG.
O objetivo deste trabalho foi avaliar vantagens e
desvantagens de três técnicas de polimerização de resinas para base de PTR, a
saber, banho de água convencional (TC), banho de água e pressão (TP) e energia
de microondas (M), analisando propriedade física de porosidade. Foram
confeccionados sessenta corpos-de-prova de 64 mm por 10 ± 0,2 mm
e 3,3 ± 0,2 mm, assim divididos: vinte TC (dez com muralha de gesso
(Herodent) e dez com muralha de silicona (Zetalabor Titanium)), vinte TP (dez
com muralha de gesso e dez com muralha de silicona) e vinte M (dez com muralha
de gesso e dez com muralha de silicona). Para avaliação de porosidade, os
corpos-de-prova, após o embutimento e polimento, foram avaliados através de
microscópio óptico (Leitz) com aumento de 100 X acoplado a computador com
software para quantificar a fração volumétrica dos poros da área analisada.
Foram feitas três leituras em cada corpo-de-prova, em pontos eqüidistantes
demarcados previamente na mesma região para todos os corpos, mantendo dessa
forma a uniformidade da leitura. As resinas utilizadas para o teste foram
resina Clássico (Artigos Odontológicos) e resina Clássico (Ondacryl) para
polimerização em microondas.
Pela análise dos resultados, pode-se concluir que os corpos-de-prova,
independentemente da técnica de polimerização (TC, TP ou M), apresentam níveis
de porosidade compatíveis com o bom desempenho clínico, e que a técnica de
microondas, embora não seja comumente usada nos laboratórios, possui a vantagem
de redução de tempo e facilidade na confecção da PTR.
A277
Avaliação da perda de massa e rugosidade superficial de
resinas compostas híbridas por escovação simulada.
DESIDERATO,
G.*, PEREIRA, C. S. S., MONDELLI, R. F. L., FRANCO, E. B.
FOB – USP.
Resinas compostas de partículas híbridas foram submetidas a
um teste de abrasão in vitro através de escovação simulada, para
analisar a perda de massa e a rugosidade superficial após a escovação. As
marcas comerciais utilizadas foram: Z250, TPH Spectrum, Charisma, Suprafill.
Durafill VS foi o grupo controle. Foram confeccionados 10 corpos-de-prova para
cada resina composta, com 5 mm de diâmetro e 3 mm de espessura. Para
os testes de abrasão utilizou-se uma máquina apropriada com escovas macias e
soluções de dentifrício. A quantidade de massa perdida foi verificada antes e
depois da escovação, utilizando-se uma balança analítica Sartorius. A avaliação
da rugosidade superficial foi obtida com um rugosímetro Hommel Tester T 1000
antes e após o término da escovação. A análise estatística dos resultados
mostrou que as resinas Z250 (1,28%) e Suprafill (1,60%) apresentaram menor
alteração de massa, seguida da resina TPH (2,14%), com comportamento
intermediário e das resinas Durafill (3,43%) e Charisma (3,78%) com as maiores
alterações. Com relação à rugosidade superficial, observou-se um melhor
comportamento da resina Charisma (0,0756 mm), seguida das resinas Z250
(0,1148 mm), Durafill (0,1640 mm), Suprafill (0,1816 mm) e TPH
(0,1936 mm).
De forma geral, a resina Z250 apresentou o melhor comportamento frente
ao teste de escovação simulada. (FAPESP: nº 99/09759-0.)
A278
Influência da profilaxia na permeabilidade marginal de
selantes em pré-molares.
CHEVITARESE,
A. B.*, SOUZA, I. P. R., CHEVITARESE, O., VIANNA, R. C.
Departamento
de Odontopediatria e Ortodontia – UFRJ. Tel.: (0**21) 572-2280.
E-mail: biachevitarese@ig.com.br
Este estudo objetivou verificar, in vitro, a
influência da profilaxia na microinflitração de selantes em pré-molares
extraídos por motivos ortodônticos. 30 dentes foram divididos em: GA -
profilaxia com pedra-pomes e água em taça de borracha; GB - profilaxia com
jato de bicarbonato de sódio; GC - sem profilaxia. Após isto, foi
realizado condicionamento com H3PO4 em gel (37%) e
aplicação do selante FluroShield (Dentsply) de acordo com o fabricante. As
amostras foram isoladas com esmalte e imersas em solução de AgNO3
(50%) por 2 h e após em revelador (Kodak) por 30 min. Depois disto, os
dentes foram limpos, seccionados em Isomet (M-D) e observados ao microscópio
óptico (MO) e ao MEV (JSM 5800 LV/JEOL). Utilizou-se escore 0: ausência de
infiltração (MO)/presença de “tags” (MEV) e 1: presença de infiltração
(MO)/ausência de “tags” (MEV). Ao MO, os grupos GA, GB e GC apresentaram o
percentual de amostras com escore 0: 80, 70 e 30; e com escore 1: 20, 30 e 70,
respectivamente. Ao MEV, GA e GB apresentaram escore 0: 100 e GC apresentou
escores 0 e 1: 80 e 20, respectivamente. Através do teste exato de Fisher
(p << 0,05), houve diferença significativa entre os grupos
quanto à presença de microinfiltração, mas não quanto à presença de “tags”.
A profilaxia exerceu influência quanto à microinfiltração do selante,
mas não quanto à ocorrência de “tags”.
A279
TiF4 e colagem de compósito: comportamento do
cisalhamento e IRA.
RAMOS
VALENTE, A. G. L., DUTRA, P. B., CHEVITARESE, O., PRIMO, L.
Disciplina
de Odontopediatria – FO – UFRJ; Química – UFRJ.
Tel.: (0**21) 562-2101. E-mail: aavalent@ruralrj.com.br
Neste estudo, avaliou-se o efeito da aplicação do TiF4
a 4% sobre a dentina decídua, quanto à resistência ao cisalhamento da colagem
de um compósito e o Índice de Remanescente Adesivo (IRA). A superfície
dentinária de 60 molares decíduos foi exposta e planificada, os espécimes
fixados em anéis de PVC e divididos em 4 grupos (15 dentes cada): G1 (controle negativo):
condicionamento ácido (CA) + Scotchbond Multi-Uso® (SBMU®) +
compósito Z250®; G2 (TiF4 + CA + SBMU® +
Z250®); G3 (CA + TiF4 + SBMU® +
Z250®); G4 (controle positivo): NaF + CA + SBMU® +
Z250®). Os espécimes foram armazenados em água destilada a 37ºC ±
2ºC durante 7 dias. Decorrido este período, foram submetidos a ensaio de
cisalhamento, a velocidade de deformação de 0,5 mm/min. e a fratura
avaliada em microscópio estereoscópico, para determinar o IRA. Os resultados
foram tabulados no programa Epi Info 6.04 e analisados através dos testes
não-paramétricos de Kruskal-Wallis e de Mann-Whitney
(p << 0,05). Os valores de resistência mecânica da colagem
(MPa) foram (média ± DP): G1: 15,33 ± 4,83; G2: 7,03 ± 3,44; G3:
2,13 ± 0,79 e G4: 6,06 ± 3,66, havendo diferença estatisticamente
significante entre os grupos (p << 0,001). Os valores do IRA
foram: G1 (escore 0: 26,7%, escore 1: 73,3%), G2 (escore 0: 86,7%, escore 1:
13,3%), G3 (escore 0: 100%) e G4 (escore 0: 80,0%, escore 1: 20,0%)
(p << 0,003).
Diante dos resultados, concluiu-se que a aplicação do TiF4 a 4%
interferiu significativamente na resistência ao cisalhamento da colagem de
compósito à dentina decídua.
A280
Biossegurança na clínica privada.
ALVES, W.
V.*, GALLITO, M. A., CAMPOS, P., PUPPIN, F., MIRANDA, M. S.
Universidade
do Estado do Rio de Janeiro; Faculdade de Odontologia de Campos; UGF; UNIVERSO.
O objetivo deste trabalho foi analisar o protocolo de
biossegurança e os meios de esterilização utilizados por CDs na clínica
privada. Foram distribuídos 130 questionários na FO - UERJ e na ABO -
RJ, com a intenção de abordar como os CDs procedem em relação à biossegurança.
Foram respondidos 97 questionários, os quais foram submetidos à análise
estatística descritiva e obtivemos os seguintes resultados: 98,87% dos
entrevistados usam luvas nos seus procedimentos clínicos e 4,12% não usam;
98,96% usam máscara de proteção e 1,03% não usam; 61,85% usam óculos de
proteção e 38,14% não usam. Quanto ao tipo de esterilização: 5,15% utilizam o
estufa, 57,73% autoclave, 7,21% estufa e químico, 6,18% químico e autoclave,
16,49% estufa e autoclave e 7,18% químico, estufa e autoclave. Quanto ao meio
de esterilização das turbinas e micromotores: 44,32% utilizam método químico
superficial, 40,20% autoclave, 3,09% sistema “flush”, 3,09% “flush” e químico
superficial, 5,15% químico e autoclave, 3,09% sistema “flush” e autoclave,
1,03% nenhuma das modalidades. Quanto ao uso de PVC nos equipamentos: 83,50%
utilizam e 16,49% não.
Baseado nesses dados podemos concluir que a maioria dos CDs
entrevistados apresentam noções de biossegurança e adotam um protocolo na
clínica, podendo assim, minimizar a disseminação de doenças e infecção cruzada
nos consultórios odontológicos.
A281
Capeamento pulpar direto com sistema adesivo é uma
alternativa viável?
CAMPOS, P.*,
ALVES, W. V., PUPPIN, F., GALLITO, M. A., DIAS, K. R. H. C.
Departamento
de Dentística – UERJ; Faculdade de Odontologia de Campos; UGF; UNIVERSO.
O objetivo deste trabalho foi avaliar se o capeamento pulpar
direto com sistema adesivo está sendo uma técnica viável e praticada por CDs.
Foram distribuídos 130 questionários na Faculdade de Odontologia da UERJ e na
ABO - RJ, com questões relacionadas com o tema. Foram respondidos 110
questionários os quais foram submetidos à análise estastística descritiva e
obtivemos os seguintes resultados aproximados: 80% acreditam no capeamento
pulpar direto e 20% não acreditam. Dos que acreditam 90,90% utilizam o
hidróxido de Ca PA + cimento de hidróxido de Ca, 5,68% cimento de
hidróxido de Ca e 3,40% adesivo dentinário; 75,45% apresentam conhecimento
sobre capeamento pulpar direto com sistema adesivo e 24,54% não conhecem; 7,27%
o executam e 92,72% não executam; 83,63% consideram que o capeamento pulpar
direto com sistema adesivo causa danos pulpares irreversíveis e 16,36% não
consideram; 22,72% consideram o ácido fosfórico o principal agressor, 33,63% o
“primer”, 7,27% o adesivo dentinário e 36,36% os três em conjunto.
Baseando nesses dados podemos concluir que a maioria não adota esta
técnica de capeamento direto com adesivo por achar que causa danos pulpares
irreversíveis, e acreditam no capeamento pulpar direto com hidróxido de cálcio.
A282
Um ano de avaliação clínica de restaurações em resinas
compostas condensáveis.
SOARES, N.
B.*, DIAS, K. R. H. C.
Departamento
de Dentística – UERJ; UFRJ.
Este trabalho teve como objetivo avaliar o comportamento
clínico das resinas compostas condensáveis Solitaire (Heraeus Kulzer) e Alert
(Jeneric/Pentron), realizando-se um estudo comparativo com a resina
micro-híbrida Z100 (3M Dental). Foram preparadas 120 cavidades do tipo
classe I, II composta e II complexa de Black. Dessas cavidades, 40 foram
restauradas com a resina Z100, 41 com a resina Solitaire e 39 com a resina
Alert. As restaurações foram avaliadas no início e um ano após sua colocação,
segundo o critério USPHS modificado (van Dijken
et al. J Dent Res, v. 78, n. 7, p. 1319-25,
1999). Os resultados foram tratados estatísticamente pela ANOVA, teste de
Kruskal-Wallis e Mann-Whitney com p << 0,005, que mostraram não
haver diferença estatisticamente significativa entre os três materiais
estudados, em relação aos aspectos: forma anatômica, cárie, adaptação marginal
e descoloração marginal, sendo estatisticamente diferentes em relação aos itens
alteração de cor e rugosidade superficial, sendo que o Alert foi o material que
apresentou os maiores valores em relação ao último item.
Quanto ao tipo de cavidade, concluiu-se que as cavidades do tipo
classe II compostas e complexas foram semelhantes em todos os aspectos,
porém diferiram das cavidades do tipo classe I, quanto aos itens forma
anatômica e adaptação marginal.
A283
Morfologia e estereologia da reação tecidual a implantes em
ratos.
MUSSEL, R.
L. O.*, MANDARIM-DE-LACERDA, C. A.
Departamento
de Dentística – Faculdade de Odontologia e Laboratório de Morfometria do
Instituto de Biologia – UERJ. E-mail: mussel@npoint.com.br
Implantes padronizados de hidróxido de cálcio (HC), cimento
de ionômero de vidro (CIV) e adesivo dentinário fotoativado (ADF) foram
colocados cirurgicamente no tecido subcutâneo de ratos Wistar adultos jovens,
machos, e deixados por 15 e 30 dias, sendo cinco animais por tipo de implante e
por tempo experimental. Além desses, os respectivos grupos controles (C) e
“sham” (S) foram estudados. Decorrido o período de experimentação os animais
foram anestesiados e sacrificados, a região do implante (no grupo experimental)
ou região de mesma topografia e tamanho (nos grupos C e S) foram retiradas cirurgicamente,
fixadas e preparadas para estudo histológico, coradas pelo H. E. e “picro
sirius red”. Realizou-se também identificação imuno-histoquímica para
fibronectina. A determinação das densidades de volume celular (Vv[c]), vascular
(Vv[v]) e de fibras do tecido subcutâneo (Vv[f]) foi realizada em cortes
verticais e analisadas com sistema de ciclóides. Com 15 dias de experimento
observou-se áreas de fibrose superficial com adipócitos grandes e
desorganizados e vasos com fibrose perivascular fibronectina-positiva (grupos
IC e CIV), o aspecto histológico foi semelhante aos 30 dias, porém mostrou
acentuada fibrose no grupo CIV fibronectina positiva. No grupo “sham” a fibrose
foi discreta e mais concentrada em áreas específicas. O grupo controle
apresentou aspecto histológico normal, sem fibrose subcutânea. As diferenças
quantitativas foram significativas apenas para Vv[f], separando o grupo “sham”
dos outros grupos. (Apoio: Faperj e
CNPq.)
A284
Distribuição de tensões em dentes restaurados com núcleos
metálicos fundidos e pinos em fibra de carbono.
DUARTE, J.
L. P.*, BALASSIANO, D. F., SOEIRO, F. J. C. P., GUIMARÃES, L. P.,
SOTELO, L. M. O., FRAGA, O. A. S.
FO – UERJ.
Tel.: (0**21) 587-6664.
O presente estudo teve o propósito de comparar a
distribuição de tensões in vitro, em dentes humanos restaurados com
núcleo metálico fundido e pino em fibra de carbono, através do método dos
elementos finitos. A imagem de um corte sagital de um incisivo central superior
e suas estruturas de suporte foi digitalizada e com o auxílio dos programas
Corel Draw 8.0, Mechanical Desktop 2.0 e ANSYS 5.5, foi possível criar três
modelagens bidimensionais: a primeira simulando um dente hígido; a segunda
simulando o dente restaurado com núcleo metálico fundido e a terceira o dente restaurado
com pino em fibra de carbono. As três modelagens foram submetidas à ação de
carga de 150 N, na região palatina, próxima à borda incisal, com
inclinação de 45 graus em relação ao eixo do elemento dentário, simulando o
contato oclusal cêntrico com o dente antagonista. O método possibilitou a
análise qualitativa e quantitativa da distribuição de tensões nos modelos
selecionados.
Os resultados mostraram que a colocação de um pino intra-radicular, muda
a distribuição de tensões no elemento dentário, quando comparado a dentes
hígidos, que nos dentes restaurados com pinos intra-radiculares, há sempre uma
concentração de tensões na dentina, na região do ápice dos pinos e que os pinos
fundidos em liga de ouro absorvem mais estresse que os pinos confeccionados em
fibra de carbono.
A285
“Inlay” versus restauração direta em resina composta:
onde ocorre a maior infiltração marginal.
PEROBA, J.
P.*, SOARES, N. B., MUSSEL, R. L. O.
Departamento
de Dentística – UERJ.
Este estudo comparou in vitro a microinfiltração em
restaurações diretas e indiretas em resina composta micro-híbrida Charisma
(Heraeus Kulzer). Foram realizados preparos mésio-ocluso-distais em trinta
terceiros molares hígidos com margem cervical na face mesial em esmalte e na
face distal em cemento, que foram divididos em dois grupos: grupo 1 -
restaurações diretas em resina composta e grupo 2 - restaurações
indiretas em resina composta. Os dentes do grupo 1 foram restaurados
através da técnica incremental e no grupo 2, as restaurações foram
confeccionadas a partir de modelo de silicona dos dentes preparados e
cimentadas com cimento resinoso Enforce (Dentsply). O sistema adesivo utilizado
nos dois grupos foi o Prime & Bond 2.1 (Dentsply). Após restaurados,
os dentes foram imersos em solução de nitrato de prata a 50% por 24 horas,
incluídos em resina epóxi e seccionados mésio-distalmente. Dois examinadores
avaliaram a microinfiltração, atribuindo escores de 0 a 4 aos dentes de acordo
com o grau de microinfiltração.
Os resultados foram submetidos ao teste estatístico de Mann-Whitney, de
onde se concluiu que houve menor infiltração em margem de esmalte nos dois
grupos estudados (técnica direta versus técnica indireta) e que
em relação ao cemento, a técnica direta (grupo 1) apresentou melhor
resultado do que a indireta (grupo 2).
A286
Microinfiltração em restaurações de classe V submetidas a
carregamento oclusal cíclico.
SAMPAIO
FILHO, H. R.*, DIAS, A. M., MARTINS, L. R. M.
Departamento
de Dentística – FO – UERJ; Área de Dentística – FOP – UNICAMP.
Este trabalho avaliou a microinfiltração pelas margens de
esmalte e de dentina em restaurações classe V, realizadas com ionômero de
vidro convencional e modificado por resina; com resina modificada por
poliácidos; com um compósito de baixa viscosidade, um híbrido e um de alta
densidade em dentes submetidos a carregamento oclusal cíclico. Trinta
pré-molares recém-extraídos receberam preparos padronizados em forma de U com
limite da parede cervical localizando-se na junção esmalte-cemento e o da
parede oclusal em esmalte com bisel de 0,5 mm. Os procedimentos de
acabamento e polimento foram realizados uma semana após as restaurações. A
seguir os dentes foram submetidos a 4.000 ciclos de carregamento oclusal com
uma carga de 150 N e 1 s de duração, sendo então imersos em solução
de azul de metileno a 2%. O grau de microinfiltração do corante foi avaliado
com auxílio de uma lupa estereoscópica com aumento de 40 vezes. Os resultados
foram submetidos ao teste estatístico não-paramétrico de Kruskal-Wallis, que
observou diferença significante ao nível de 1%. O teste de Tukey verificou que
a diferença foi somente entre a resina de alta densidade em dentina e os demais
grupos.
Concluiu-se que com exceção da resina de alta densidade, os demais
materiais foram capazes de minimizar a microinfiltração em restaurações de
classe V em dentes submetidos a carregamento oclusal cíclico.
A287
Avaliação volumétrica dos efeitos da desinfecção da resina
acrílica Duralay.
LOZANO, L.
A. S.*, PUPPIN, F. F., BALASSIANO, D. F., ALMEIDA, F. R.
Departamento
de Prótese – FO – UERJ.
Devido ao aumento da incidência de doenças
infecto-contagiosas (ex.: hepatite B e AIDS), há necessidade de assepsia dos
procedimentos clínicos, evitando a infecção cruzada entre
profissional-paciente-laboratório. Dentre vários procedimentos para esse fim,
faz-se indispensável a desinfecção de moldagens, dos trabalhos protéticos e nos
padrões intra-orais. O objetivo deste estudo é avaliar a variação volumétrica
(Vv) de amostras cilíndricas de resina acrílica Duralay vermelha, comumente
usada para modelagem de núcleos, em três situações de armazenamento para envio
ao laboratório de prótese: grupo A - 10 amostras mantidos secas todo
o tempo; grupo B - 10 amostras mantidas em 100% de umidade todo o
tempo; e grupo C - 10 amostras mantidas em 100% de umidade e
submetidas a desinfecção com glutaraldeído a 2%, em imersão por 15 minutos. Os
padrões foram medidos com micrômetro manual com precisão de 10–4 mm
no tempo t0 = 3 horas, quando já ocorreu 95% da contração de
polimerização da resina; e t1 = 24 horas, simulando tempo de
trânsito consultório-laboratório. Aplicou-se às variações volumétricas
calculadas o teste da ANOVA, obtendo-se valor estatístico F = 0,97,
significando a não-rejeição da hipótese nula (que tem como premissa que não há
variação volumétrica, F = 1).
Decorre, portanto, que a desinfecção não produz variações volumétricas
relevantes na resina acrílica Duralay.
A288
Avaliação comparativa através da flexão das próteses fixas
em metalocerâmica e cerômeros reforçados.
BAZHUNI, J.
L. D., CRUZ FERREIRA, A. B., SOTELO, L. M. O., DUARTE, J. L. P., SOTELO, R. M.
IOPUC; FO –
UERJ. Tel.: (0**21) 587-6664.
O objetivo do trabalho foi avaliar comparativamente a
resistência à flexão de dois tipos de materiais reforçados, metal e fibras. Foram
confeccionados dezoito corpos-de-provas, sendo nove em metalocerâmica e nove em
cerômero com fibras reforçadas (Targis/Vectris). Os corpos-de-prova foram
submetidos ao ensaio mecânico realizado na máquina de Instron 55005 com uma
célula-carga Kratos 7AK 9385 de 200 kgf, a velocidade de 0,02 mm/min.
Os resultados foram avaliados estatisticamente apresentando diferença
estatística p = 0,000.
Os autores concluíram que em relação a resistência à flexão, os
cerômeros reforçados com fibras não apresentam melhor comportamento do que a
metalocerâmica.
A289
Avaliação comparativa da resistência à flexão entre
metalocerâmica e cerâmica pura.
CAMILLO, A.
M. P., SOTELO, L. M. O., DUARTE, J. L. P., BELLA, R., FRAGA, O. A. S.,
CORVISIER, A. C. F.
IOPUC; FO –
UERJ. Tel.: (0**21) 587-6664.
O objetivo do trabalho foi de avaliar comparativamente a
resistência à flexão entre metalocerâmica e cerâmica pura. Foram utilizados
dezoito corpos-de-prova sendo divididos em dois grupos; grupo 1- nove
corpos-de-prova em metalocerâmica (Verabond com a cerâmica Noritake) e nove
corpos-de-prova em cerâmica pura In-Ceram. Foram construídas barras cilíndricas
metálicas com 3 mm de diâmetro e 15 mm de comprimento para a
aplicação da porcelana. Para o grupo 2 também foram confeccionadas as
barras nas mesmas dimensões. Os corpos-de-prova foram submetidos ao teste
mecânico, realizado na máquina Instron 55005 com uma célula-carga Kratos 7AK
9385 de 200 kgf, a velocidade de 0,02 mm/min. Os resultados foram
avaliados pela ANOVA e teste t, onde apresentaram diferença
estatisticamente significantes (p = 0,000).
Os autores concluíram que em relação a resistência a flexão o In-Ceram
apresenta melhor comportamento do que a metalocerâmica.
A290
Análise da microinfiltração marginal em classe V com
diferentes intensidades de luz.
MAZUR, R.
F.*, SAAD, J. R. C., VIEIRA, S.
Departamento
de Dentística Restauradora – Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP.
Tel.: (0**16) 201-6438. E-mail: posgradu@foar.unesp.br
Avaliou-se in vitro a microinfiltração marginal em
restaurações de classe V com resina composta utilizando diferentes intensidades
de luz. Foram confeccionadas 64 cavidades de classe V padronizadas em 32
dentes molares humanos extraídos. Para a fotoativação da resina composta foi utilizado
um aparelho fotopolimerizador OptiLight 600 da Gnatus, que apresenta seis
diferentes intensidades de luz, de 100 mW/cm2 a
600 mW/cm². Os grupos foram formados da seguinte maneira: G1-
100 mW/cm2, 300 mW/cm2, 600 mW/cm2;
G2- 200 mW/cm2, 300 mW/cm2, 600 mW/cm2;
G3- 100 mW/cm2, 400 mW/cm2, 600 mW/cm2;
G4- 200 mW/cm2, 400 mW/cm2, 600 mW/cm2;
G5- 100 mW/cm2, 300 mW/cm2, 500 mW/cm2;
G6- 200 mW/cm2, 300 mW/cm2, 500 mW/cm2;
G7- 100 mW/cm2, 400 mW/cm2, 500 mW/cm2;
G8- 200 mW/cm2, 400 mW/cm2, 500 mW/cm2.
O material restaurador utilizado foi a resina composta P60 e Single Bond,
inserido pela a técnica incremental. As restaurações foram submetidas a
ciclagem térmica à 300 ciclos com temperaturas de 5ºC e 55ºC, e imersas em
solução de nitrato de prata a 50% por 2 horas. A penetração do corante foi
avaliado por escores de zero (0) a 4, com lupa estereoscópica Zeiss.
Os resultados foram submetidos à análise de Kruskal-Wallis e
demonstraram que as diferentes intensidades de luz não foram capazes de impedir
a microinfiltração marginal e a microinfiltração terminada em cemento/dentina
foi maior quando comparada com o esmalte.
A291
Avaliação da penetração no esmalte do ionômero de vidro
utilizado como selante.
SOUZA, E.
A.*, BARBIERI, C. M., MACARI, K. S. M., MELHADO, F. L., PERCINOTO, C.
Departamento
de Odontologia Infantil e Social – Faculdade de Odontologia de Araçatuba –
UNESP. Tel.: (0**18) 620-3235. E-mail: percinot@foa.unesp.br
Dados epidemiológicos têm demonstrado que o uso de
fluoretos, nas suas mais diferentes formas, tem levado à diminuição da
incidência de cárie. Entretanto, tal efeito é mais evidente nas superfícies
livres e proximais, o que tem apontado os selantes de fóssulas e fissuras como
um método preventivo específico para superfícies oclusais. Com o advento dos
cimentos de ionômero de vidro, alguns autores têm utilizado este material para
o selamento dentário. Para avaliar esta proposta, 48 molares decíduos humanos
hígidos foram selados com ionômero de vidro (Vitremer) e com selante à base de
resina (Concise), sob isolamento absoluto e condicionamento ácido por 60
segundos. Após a extração dos dentes, por apresentarem reabsorção radicular em
fase adiantada, secções longitudinais medianas foram obtidas e adelgaçadas a
uma espessura de aproximadamente 100 mm. A seguir, realizou-se a
desmineralização das amostras em ácido nítrico a 40% para eliminação da
estrutura dental, restando apenas o adesivo e suas projeções. Após, foram
montadas em lâminas e as projeções dos materiais examinadas e medidas em microscopia
óptica comum. As médias dos prolongamentos dos materiais foram 8,66 e 16,42,
para o Vitremer e Concise, respectivamente, diferindo significativamente a
nível de 1%.
Concluiu-se que o Concise promoveu prolongamentos maiores e mais
constantes.
A292
Caracterização pelo MEV/EDS da resina “flow”, cimento
resinoso e selante.
AKAKI, E*1,
SANTOS, M. H.1, MANSUR, H. S.1, MOTA, J. M. L. F.2,
JANSEN, W. C.2, REIS, N. A.2
1Departamento
de Engenharia de Materiais, 2Departamento de Odontologia
Restauradora – UFMG. E-mail: akakie@terra.com.br
O uso da resina “flow” é controverso na literatura. Alguns
autores afirmam ser esta igual aos cimentos e selantes. Aspectos comerciais
estariam sendo priorizados em detrimento de características técnicas dos
produtos, segundo uma estratégia de marketing. Diante destas considerações,
realizamos uma caracterização destes materiais pelo MEV/EDS (Jeol 4010),
avaliando as diferenças na composição e estrutura da resina “flow” (Fill Magic
Flow®), cimento resinoso (Dual Cement®) e selante (Flúor
Seal®), todos do mesmo fabricante. Amostras de cada material foram
fotoativadas de acordo com as instruções do fabricante e recobertas por Au e
Pd. Para a resina “flow” e o selante, as imagens do MEV sugerem uma semelhança
na proporção matriz/carga, distribuição, forma e tamanho médio das partículas
inorgânicas. As imagens do cimento resinoso sugerem uma maior proporção
matriz/carga e poucas diferenças quanto ao tamanho médio e forma das
partículas. A análise pelo EDS indica que a composição química elementar dos
três materiais seria muito semelhante (Al, Si e Ba), dentro da faixa de erro da
técnica, exceto pelo cimento que não apresentou o bário. Apesar do fabricante
anunciar o flúor como componente destes produtos, este não foi detectado pelo EDS.
Os
resultados sugerem uma semelhança entre os materiais analisados, principalmente
entre a resina “flow” e o selante. Um estudo mais aprofundado de análise e
caracterização destes materiais torna-se necessário para uma avaliação
determinante de diferenças existentes, independentes de aspectos comerciais
alegados pelo fabricante.
A293
Avaliação do desgaste de pontas diamantadas e sua influência
na infiltração marginal de restaurações.
BORGES, A.
B.*, TAVARES, A. C .S., CAVALCANTI, B. N., CLARO, F. A., ARAÚJO, M. A. M.,
VALERA, M. E.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FOSJC – UNESP.
O propósito deste estudo foi avaliar o desgaste de pontas
diamantadas na realização de preparos cavitários e a sua influência na
infiltração marginal de restaurações de resina composta. Foram utilizados 50
dentes bovinos e 10 pontas diamantadas 1092 (KG Sorensen). 20 dentes foram
utilizados apenas para simular o desgaste das pontas e, em seguida, foram
descartados. Os 30 dentes restantes foram divididos em 3 grupos
(n = 10): Grupo I- preparo cavitário realizado com pontas novas
(controle); Grupo II- pontas usadas 4 vezes (5º preparo), Grupo III- pontas
usadas 9 vezes (10º preparo). As cavidades foram restauradas com Prime &
Bond 2.1/TPH (Dentsply). Realizou-se a termociclagem (500 ciclos - 5ºC e
55ºC) e imersão em Rodamina B 0,2% (12 h). Os dentes foram seccionados no
sentido V/L, avaliados em estereomicroscópio e atribuídos escores para as
infiltrações. As pontas diamantadas foram avaliadas e fotografadas em
estereomicroscópio antes da utilização, após o 1º, 5º e 10º preparos e
estabelecidos escores para a determinação do desgaste. Os dados da análise de
infiltração marginal foram submetidos ao teste de Kruskal-Wallis (5%) e não
mostraram diferença estatisticamente significante entre os grupos. Os escores
do desgaste das pontas diamantadas foram submetidos ao teste de Kruskal-Wallis
e ao teste de Dunn para comparações múltiplas (5%), onde verificou-se
diferenças significantes antes da utilização da ponta e após o 5º e 10º
preparos.
Conclui-se
que, embora as pontas diamantadas tenham apresentado um pequeno desgaste após o
5º e 10º preparos, não houve influência na infiltração marginal.
A294
Influência da degradação hidrolítica na resistência à
microtração de adesivos.
PEREIRA, G.
D. S.*, GIANNINI, M., PAULILLO, L. A. M. S., DIAS, C. T. S.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FOP – UNICAMP.
E-mail: giseledamiana@yahoo.com
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da
degradação hidrolítica na resistência à microtração de três sistemas adesivos.
Trinta e seis discos dentinários obtidos de terceiros molares, com a espessura
da “smear layer” padronizada (SiC 600), foram aleatoriamente divididos em 9
grupos (n = 4). O sistema Prime & Bond 2.1 (PB) foi
utilizado no grupo A e avaliado após armazenamento em água destilada por 7
(A1), 60 (A2) e 180 (A3) dias respectivamente. O mesmo ocorreu para os sistemas
Prime & Bond NT (NT), nos grupos B1, B2 e B3, e Clearfil MegaBond (MB)
nos grupos C1, C2 e C3. A adesão foi obtida sob o efeito da pressão pulpar
simulada de 25 mm Hg e as superfícies dentinárias foram restauradas
com coroas de compósito com 8 mm de altura. Após os diferentes períodos de
tempo, os dentes foram seccionados paralelamente ao seu longo eixo para a
obtenção de espécimes com 1 mm2 de diâmetro da região
central – dentina superficial (DS) e da região acima dos cornos
pulpares – dentina profunda (DP), para o teste de microtração. O teste
PLSD de Fisher apontou os resultados, em MPa: A1/DS- 39,0 a, A1/DP- 30,0 fg;
A2/DS- 38,5 ab, A2/DP- 29,0 fg; A3/DS- 36,8 b, A3/DP- 21,6 h, B1/DS- 32,3 cde,
B1/DP- 31,0 def; B2/DS- 30,07 ef, B2/DP- 28,10 g; B3/DS- 21,20 h, B3/DP- 19,0
i; C1/DS- 34,4 c, C1/DP- 33,5 cd; C2/DS- 10,4 j, C2/DP- 7,4 k, C3/DS- 8,2 k,
G3/DP- 7,5 k.
Desta forma,
conclui-se que a resistência adesiva dos sistemas MB e NT decresceu
significativamente após os períodos de 60 e 180 dias de armazenamento em água e
a profundidade dentinária influenciou o comportamento do sistema PB.
A295
Avaliação clínica de clareamento em dentes vitais: agentes
com e sem carbopol.
REIS, A.*,
LOGUERCIO, A. D., BUSATO, A. L. S.
Departamento
de Materiais Dentários – FOUSP; Departamento de Dentística – ULBRA - RS.
Tel.: (0**11) 3091-7842. E-mail: ale@fo.usp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia e longevidade
da técnica para clareamento caseiro em dentes vitais, com produtos contendo
(CC) ou não o carbopol (SC). Foram selecionados 20 indivíduos, que concordaram
em participar do estudo após os devidos esclarecimentos, que possuíam dentes
ântero-superiores de cor A3. Foram empregados: 1- Whiteness/FGM (CC) e 2-
Karisma Alpha/DFL (SC). Os dois produtos eram colocados em moldeiras
individualizadas, previamente obtidas, e usados de modo concomitante (um para cada
hemiarco) pelos voluntários, por cerca de 6 a 8 horas ao dia. Os participantes
foram examinados após cada semana de tratamento até obtenção da cor desejada
(A1/B1) e após um ano do término do tratamento; as informações sobre
sensibilidade eram anotadas durante cada consulta. Os dois examinadores, após
calibragem, empregaram uma escala de cores Vita. Os dados foram submetidos a um
teste qui-quadrado (95%). O tempo médio necessário para o clareamento foi de 4
semanas para o produto CC e de 5 semanas para o SC (p << 0,05).
Foram observados 16 casos de sensibilidade: 15 para o CC e 1 para o SC
(p << 0,05).
Concluiu-se que: 1) o agente CC foi efetivo em menor tempo, porém mais
casos de sensibilidade foram encontrados; 2) após um ano de avaliação os dentes
já apresentavam escurecimento significativo, independente do produto utilizado.
(Apoio: FAPESP - 99/05124-0 e CAPES.)
A296
Abordagem da produção laboratorial de restaurações indiretas
em dentes posteriores.
LAMAS, A.
F.*, GUIMARÃES, J. C., BATITUCCI, M. H. G., GUERRA, S. M. G.
Departamento
de Prótese Dentária – CBM/UFES. Tel.: (0**27) 335-7227.
E-mail: ppgo@npd.ufes.br
Atualmente existe uma preocupação intensa com a preservação
de estrutura dentária durante os preparos para uma restauração. No entanto, em
alguns casos, o dente se encontra previamente destruído e uma restauração
indireta é necessária para conferir proteção à estrutura remanescente. Outro
aspecto de grande interesse é a estética. Tendo em vista o movimento estético que
vem ocorrendo nos dias atuais, este estudo tem o intuito de verificar na
população de Vitória (ES) se a estética também está sendo um fator relevante na
escolha do material para confecção de restaurações parciais
(“onlays”/“inlays”). Foi solicitado a técnicos de Prótese Dentária um histórico
de produção de restaurações “onlays”/“inlays” confeccionadas em metal, resina
composta e cerâmica, durante o ano de 2000. A amostra englobou técnicos
cadastrados na Associação de Protéticos do Espírito Santo que possuíssem
laboratórios localizados em Vitória (ES). Os profissionais deveriam utilizar
simultaneamente os três materiais anteriormente mencionados. Foi realizado o
teste paramétrico t de Student para verificar diferenças
estatisticamente significantes entre as médias de cerâmica, resina e metal. Os
resultados indicam haver diferenças significantes entre cerâmica e resina (t = 7,218;
p = 0,000), entre cerâmica e metal (t = 8,592;
p = 0,000) e entre cerâmica + resina comparado com metal (t = 11,097;
p = 0,000). Não houve significância entre resina e metal (t = 0,088;
p = 0,381).
Os resultados sugerem que a estética tem influência sobre a opção
restauradora na população de Vitória (ES).
A297
Adaptação marginal e resistência à fratura de restaurações
indiretas estéticas.
Soares, c. j.*, Martins, l. r. m., FERNANDES NETO, A. J., pfeifer,
j. m. g. a.,
giannini, m.
FO – UFU;
FOP – UNICAMP. E-mail: carlosjsoares@uol.com.br
A adaptação marginal e a resistência à fratura de “inlays”
podem ser influenciadas pelo material restaurador. A proposta deste estudo foi
avaliar a discrepância marginal e resistência à fratura de dentes restaurados
com cerâmica, Duceram LFC e resinas indiretas, Solidex, Artglass e Targis.
Sessenta molares foram selecionados e incluídos em cilindros de resina,
reproduzindo o ligamento periodontal. Preparos MOD foram realizados, em seguida
moldados e as restaurações confeccionadas seguindo as orientações dos
fabricantes. A adaptação foi avaliada com sistema computadorizado (ROI -
Optical), em quatro pontos da região oclusal, proximal e cervical. Os “inlays”
foram então fixados com cimento Rely X (3M), e então submetidos a carregamento
de compressão em máquina Instron (4411). Os dados foram analisados pela ANOVA e
teste Tukey (5%). Os resultados foram:
Os resultados demonstram que as resinas laboratoriais apresentaram maior
resistência à fratura e melhor adaptação marginal que a cerâmica feldspática.
(Apoio: PIDCT/CAPES.)
A298
Estudo comparativo in vitro da capacidade de desgaste
de estrutura de esmalte dental em diferentes tempos, utilizando pontas de
diamante e o Air-Touch System.
FERNANDES,
M. A.*, FONTANA, V. F.
Realizou-se uma avaliação in vitro da capacidade de
desgaste da estrutura do esmalte dental utilizando-se pontas de diamante e o
sistema de preparo por abrasão Air-Touch System em função do tempo para os dois
sistemas e da pressão para sistema de preparo por abrasão. Foram comparados o
peso inicial e, o peso após o desgaste dos corpos-de-prova nos tempos de
10 s na superfície vestibular, 15 s em uma das superfície proximal e
20 s na superfície lingual, utilizando-se os dois sistemas. Como
resultado, foi encontrado um desgaste médio variando entre 0,0049 mg de
esmalte para o sistema de preparo por abrasão, e 0,0178 mg de esmalte com
pontas de diamante.
Conclui-se que o sistema de preparo por abrasão promoveu um menor
desgaste quando comparado com pontas de diamante.
A299
Estudo da distribuição de tensões em dentina através do
método dos elementos finitos tridimensional.
VASCONCELLOS,
W. A.*, CAMPOS, T. M., CIMINI Jr., C. A., ALBUQUERQUE, R. C.
Departamento
de Odontologia Restauradora e Engenharia Mecânica – UFMG.
Pinos intra-radiculares pré-fabricados têm sido usados como
forma de aumentar a retenção dos materiais de preenchimento e reforçar as estruturas
dentárias remanescentes. O objetivo deste trabalho é avaliar o efeito da
colocação de um pino intra-radicular pré-fabricado na distribuição de tensões
na dentina, através do método dos elementos finitos tridimensional e compará-lo
com modelos bidimensionais previamente realizados. Um incisivo central tratado
endodonticamente foi restaurado com um pino cilíndrico de dois estágios
constituído de fibras de carbono em matriz de Bis-gma, e com preenchimento coronário constituído de resina
composta. O modelo incluiu osso cortical, dentina, polpa, guta-percha, pino e
núcleo de preenchimento. Todos os materiais foram considerados lineares,
homogêneos e isotrópicos, exceto os pinos de fibra de carbono que foram
considerados ortotrópicos. Foi aplicada uma carga estática de 100 N com
inclinação de 45º na superfície palatina do dente. A análise qualitativa
resultou em concentrações de tensão de tração internamente na porção coronária
radicular e na interface pino-dentina do lado palatino. Esses resultados, quando
comparados com os obtidos em análise bidimensional, apresentaram níveis de
concentrações de tensão de tração significativamente inferiores.
Concluiu-se que a colocação de um pino intra-radicular em incisivo
tratado endodonticamente induz uma alteração na distribuição de tensão na
dentina e que nos modelos 3D essas alterações apresentam níveis de tensões
inferiores quando comparados com modelos 2D.
A300
Avaliação da alteração dimensional da silicona de adição
submetida à desinfecção por imersão.
CORRÊA, L.
J. D., FRAGA, O. A. S.*, PINTO, L. S., CRUZ FEREIRA, A. B., BALASSIANO, D. F.,
QUERINO, V. P.
Departamento
de Prótese – FO – UERJ. Tel.: (0**21) 587-6664.
O objetivo do trabalho foi avaliar in vitro a
alteração dimensional de modelos de gesso tipo IV obtidos através de moldes
feitos com silicona de adição Aquasil - Dentsply após o processo de
desinfecção por imersão em solução de hipoclorito de sódio a 0,5% durante
trinta minutos. Foram feitos vinte moldes com casquetes padronizados e
numerados de resina acrílica Duralay, de um troquel mestre cilíndrico em aço,
utilizando a silicona de adição de acordo com as recomendações do fabricante.
Os dez primeiros moldes não foram imersos, sendo considerados o grupo controle.
Os dez seguintes foram imersos na solução desinfectante por trinta minutos.
Todos os moldes foram vazados com gesso tipo IV Vemix - Kerr e os troquéis
obtidos reservados. Após dez dias, os corpos-de-prova foram medidos em um
projetor de perfis Deltronic modelo DV.114 CNC e os resultados avaliados
estatisticamente pela ANOVA, onde p = 0,278 não apresentando
diferença estatisticamente significante.
Os autores concluíram que o processo de desinfecção adotado não alterou
dimensionalmente os modelos obtidos podendo portanto, ser incluído na rotina
clínica.
A301
Adesivo autocondicionante: influência de materiais de
profilaxia no selamento marginal.
RODRIGUES,
V.*, CORREIA, M. N., RODRIGUES FILHO, J. F., DOURADO, A. T.
Departamento
de Odontologia Restauradora – FOP – UPE. Tel.: (0**81) 3458-1208. E-mail: veronica@hotlink.com.br
O objetivo deste estudo in vitro foi analisar a
influência de alguns materiais utilizados em profilaxia no selamento marginal
de restaurações associadas a um sistema adesivo autocondicionante (Clearfil SE
Bond - Kuraray). Em 20 molares hígidos, foram preparadas duas cavidades
classe V nas faces vestibulares e linguais com margem em esmalte (parede
oclusal) e em dentina (parede cervical). Os dentes foram divididos em 4 grupos
de acordo com o material utilizado na profilaxia: G1- água destilada
(controle); G2- pedra-pomes/água destilada; G3- pasta profilática com flúor; e
G4- água oxigenada a 3%. A profilaxia foi realizada em todos os grupos com
escova de Robson, seguida da aplicação do sistema adesivo e restauração das
cavidades com resina híbrida (Z100/3M). As amostras foram termocicladas,
imersas em fucsina a 0,5% e seccionadas no sentido vestíbulo-lingual. As
restaurações foram avaliadas em lupa estereoscópica (40 X). Os índices de
infiltração marginal nas paredes oclusal e cervical foram registrados em graus
(0-3). Os dados foram analisados estatisticamente (Kruskal-Wallis e
Mann-Whitney). Os postos médios obtidos por grupo foram: parede oclusal:
G1 = 22,55; G2 = 20,75; G3 = 20,30; G4 = 18,40 e parede
cervical: G1 = 22,60; G2 = 22,40; G3 = 18,50; G4 =
18,50. A análise estatística não demonstrou existir diferença significativa
entre os grupos (p >> 0,05).
Concluiu-se que os materiais estudados não interferiram no selamento
marginal de restaurações que utilizaram o Clearfil SE Bond.
A302
Adesivo autocondicionante: influência da soda clorada na
infiltração marginal.
RODRIGUES
FILHO, J. F.*, PINHEIRO, J. T., DOURADO, A., RODRIGUES, V.
Departamento
de Prótese e CBMF – Faculdade de Odontologia – UFPE.
Tel.: (0**81) 3228-4911. E-mail: francisco@hotlink.com.br
O objetivo deste estudo in vitro foi analisar
qualitativamente, através da penetração de corante, a influência da soda
clorada utilizada como solução irrigadora nos canais radiculares, na
infiltração marginal de restaurações confeccionadas com uma resina híbrida
(Z100/3M) em associação com um sistema adesivo autocondicionante (Clearfil SE
Bond/Kuraray). Foram selecionados 19 pré-molares hígidos, divididos em 2 grupos
e submetidos a preparo biomecânico, estabelecendo-se um tempo médio de 15 min.
para sua realização. No G1 (controle) os canais foram irrigados com água
destilada e no G2 (experimental) com soda clorada. Em seguida, a câmara pulpar
foi lavada com água destilada. A entrada dos canais foi obliterada com algodão.
O adesivo foi aplicado, sendo a cavidade restaurada com Z100. Os grupos foram
submetidos à termociclagem de 350 ciclos (5ºC e 55ºC - 20 s), imersos
em fucsina a 0,5%, lavados, secos, seccionados longitudinalmente no sentido
vestíbulo-lingual e depois analisados em lupa estereoscópica (40 X) por
três examinadores. Os índices de infiltração das paredes vestibular e lingual
foram registrados em graus (0-3). Os postos médios obtidos foram: parede
vestibular: G1 = 9,35; G2 = 10,72 e parede lingual:
G1 = 11,30; G2 = 8,55. O teste de Mann-Whitney
(p >> 0,05) demonstrou que os grupos 1 e 2 não diferiram
estatisticamente entre si em nenhuma das paredes avaliadas.
Concluiu-se que a soda clorada não interferiu no selamento marginal do
Clearfil SE Bond.
A303
Propriedades do gesso tipo IV submetido a métodos de
desinfecção.
SANTOS Jr.,
G. C., BASTOS, L. G. C.*, FREITAS, A. P., RUBO, J. H.
Departamento
de Prótese – Faculdade de Odontologia de Bauru – USP.
O presente trabalho teve o propósito de avaliar as
alterações físicas ocorridas em um gesso tipo IV através de dois ensaios
mecânicos: teste de resistência à compressão e à tração diametral, quando
submetido a diferentes métodos de desinfecção. Foram obtidos 20
corpos-de-prova, seguindo a norma ISO, para cada tipo de teste mecânico, que
foram divididos em quatro grupos que correspondem a três métodos de desinfecção
mais um grupo controle. O primeiro grupo foi imerso em glutaraldeído a 2%, o
segundo grupo em hipoclorito de sódio a 0,5%, o terceiro grupo foi inserido em
uma autoclave e submetido a um ciclo de três minutos a 134ºC, e o quarto grupo,
o controle, não foi submetido a qualquer método.
Com base nos ensaios mecânicos realizados e seus valores analisados
estatisticamente concluiu-se que os métodos usuais de desinfecção de modelos,
de acordo com esse estudo, incluindo a imersão em glutaraldeído a 2% e em
hipoclorito a 0,5%, durante 10 minutos, são satisfatórios no que diz respeito
as propriedades mecânicas do gesso tipo IV. Entretanto o método de desinfecção
por autoclave fica impossibilitado, pela alteração física provocada no gesso
tipo IV, diminuindo sua resistência à compressão e à tração diametral.
A304
Microinfiltração em restaurações de amálgama associadas a
diferentes materiais intermediários.
HOSHI, A.
T.*, PAVARINI, A., SILVA, S. M. B.
Faculdade de
Odontologia de Bauru – USP. Tel.: (0**14) 235-8218.
E-mail: adrhoshi@yahoo.com
Este trabalho avaliou, in vitro, a microinfiltração
marginal de restaurações de amálgama associadas ao verniz cavitário
Copalite - Cooley & Cooley (GI - CP), ao adesivo dentinário
OptiBond Solo - Kerr (GII - OS) e ao CIV Vitremer - 3M
(GIII - VT). Foram utilizados 45 pré-molares hígidos e extraídos, que
receberam cavidades independentes classe II nas faces mesial e distal,
envolvendo as cristas marginais. Todas as cavidades foram restauradas com a
liga Dispersalloy - Dentsply, sendo que, posteriormente, os dentes
sofreram termociclagem e foram então armazenados em solução de fucsina básica a
0,5% por 24 horas. A avaliação foi realizada através de um microscópio óptico
com aumento de 150 vezes (Mitutoyo TM-505) e no software Sigma Scan, utilizando
linha única e linhas segmentadas. O GI - CP apresentou valores maiores e
estatisticamente significantes em relação aos demais grupos em todos os métodos
de avaliação. Os menores valores foram obtidos pelo GIII - VT, porém sem
diferença estatisticamente significante quando comparado ao GII - OS,
exceto pela avaliação no Sigma Scan em linha única, para um valor de p << 0,05.
Os três métodos de avaliação de medidas lineares empregados mostraram
ter uma forte correlação positiva, apesar de apresentarem resultados
estatisticamente diferentes entre si em pelo menos um dos grupos de estudo.
Nenhum dos materiais foi capaz de eliminar a microinfiltração marginal e os
métodos de avaliação apresentaram confiabilidade de resultados. (Apoio
financeiro: Fapesp.)
A305
Gesso tipo IV: influência das técnicas de manipulação.
PEREIRA,
T.*, SANTOS Jr., G. C., RUBO, J. H.
Departamento
de Prótese – Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo.
O objetivo deste trabalho foi analisar e comparar a
resistência à tração diametral e à compressão de corpos obtidos com gesso tipo
IV através de técnicas de manipulação diferentes, feitas por um aluno de
graduação, que não estava ciente dos objetivos do trabalho. Para tal, foram
utilizados tubos de PVC com o mesmo diâmetro (20 mm) e alturas diferentes:
40 mm para os testes de compressão e 10 mm para os de tração
diametral. Foram divididos 4 grupos: Grupos 1 e 3- controle (seguindo todas as
recomendações do fabricante, com espatulação mecânica); Grupos 2 e 4- corpos
obtidos utilizando-se proporções água/pó recomendadas pelo fabricante, com
espatulação manual. Nos Grupos 1 e 2 verificou-se a resistência à compressão e
nos Grupos 3 e 4, à tração diametral. Para interpretação dos resultados foi
utilizada a análise de variância, cujo valor encontrado foi de
p >> 0,01. Os resultados demonstraram que não houve diferença
estatística entre os grupos nos dois ensaios.
Com base nos dados obtidos, podemos concluir que apesar de os resultados
dos grupos controle serem numericamente superiores em sua média (Grupo 1:
1.633 kg e Grupo 2: 1.589,8 kg; Grupo 3: 154,8 kg e
Grupo 4: 125,77 kg), estatisticamente apresentaram-se sem
significância, o que nos permite dizer que a espatulação mecânica e manual
apresentam a mesma eficiência.
A306
Avaliação in vivo do espaço para o cimento em
próteses metalocerâmicas.
OLIVEIRA, P.
C. G.*, BONFANTE, G., FRANCISCONI, P. A. S.
Departamento
de Dentística, Endodontia e Materiais Dentários – FOB – USP.
Tel.: (0**14) 234-5561.
E-mail: pcdeoliveira@uol.com.br
Neste trabalho foi avaliado o espaço disponível para o
cimento em próteses fixas metalocerâmicas. Para a realização, vinte próteses
fixas foram selecionadas com vinte retentores molares, vinte pré-molares, um
ponto de solda e um ou dois pônticos, sendo a avaliação do espaço para o
cimento realizada antes da soldagem, após a soldagem e após a vitrificação da
porcelana. Uma silicona fluida foi introduzida no interior dos retentores e
estes pressionados contra os dentes pilares com pressão digital. Após a
polimerização do material os retentores foram retirados e através de uma
silicona pesada colocada em seu interior, removeu-se a película de silicona
fluida, quando nova quantidade de silicona pesada foi acrescida, formando-se um
conjunto. Após secção no sentido vestíbulo-lingual em três partes cada
retentor, procedeu-se a inclusão em resina acrílica e leitura em microscópio,
tanto nas paredes axiais como na oclusal. Este procedimento foi realizado em
todos os retentores, durante as três etapas do trabalho.
Os dados numéricos foram submetidos à análise estatística (teste de
Tukey e ANOVA) de onde pôde-se concluir que ocorreu um aumento do espaço
interno durante as etapas do trabalho, principalmente após a vitrificação da
porcelana, sendo que os maiores aumentos ocorreram na superfície oclusal.
A307
Recuperação elástica em materiais elastoméricos.
CARVALHO, M.
C. F. S.*, GARCEZ, R. M. V. B., FRANCISCONI, P. A. S., COSTA, S. C.,
NAVARRO, M. F. L., ARAUJO, P. A.
Departamento
de Dentística, Endodontia e Materiais Dentários – FOB – USP.
E-mail: serpacarvalho@hotmail.com
O objetivo foi avaliar a recuperação elástica de materiais
de moldagem elastoméricos. A recuperação elástica de 15 elastômeros (Silicona
de adição I, Silicona de adição II, Vision, Xantopren VL, Speedex Light Body,
Alphasil Mono, Oranwash, Lastic Xtra, Silaxil Light, Coltex, Silon, Alphasil
Dum, Alphasil EX Dum, K light, Silicona 3M) foi avaliada utilizando-se um
dispositivo construído com base no aparelho “elasticímetro” desenvolvido por
MUENCH (Rev Paul Odont, 1992). Os materiais foram espatulados seguindo
orientações dos fabricantes e colocados no receptáculo do aparelho que possui
uma haste móvel entalhada para reter o material durante o ensaio. A deformação
foi medida por intermédio de um ponteiro fixo à haste projetado sobre um
transferidor (180º). O grau de deformação em função do ângulo observado
permitiu calcular a porcentagem de recuperação elástica, a partir da deformação
provocada após a presa final (previamente verificada para cada material). As
porcentagens de recuperação elástica obtidas foram: Silicona de adição I: 99,9;
Silicona de adição II: 99,8; Vision: 99,8; Xantopren VL: 99,7; Speedex Light
Body: 99,7; Alphasil Mono: 99,7; Oranwash: 99,7; Lastic Xtra: 99,6; Silaxil
Light: 99,6; Coltex: 99,6; Silon: 99,5; Alphasil Dum: 99,4; Alphasil EX Dum:
99,4; K light: 99,4; Silicona 3M: 98,0.
Os valores foram tratados estatisticamente e plotados em gráficos,
concluindo-se que os elastômeros apresentaram valores de recuperação elástica
dentro dos limites propostos pela Norma ISO 4823 (entre 96,5% e 100%).
A308
Influência da polimerização gradual na microinfiltração de
restaurações de resina composta.
LOPES, P.
A.*, SILVA, E. M., MATTOS, R. P., CAMPANY, R. O., SANTOS, G. B.,
PIMENTEL, L. M. N.
Disciplina
de Dentística – FO – UFF - Niterói, RJ.
Avaliou-se a influência da técnica de polimerização gradual
na microinfiltração de cavidades restauradas com as resinas compostas A110
(3M), P60 (3M) e Point 4 (Kerr). Cavidades com a parede oclusal em esmalte e a
cervical em cemento foram confeccionadas nas superfícies vestibulares e
linguais de pré-molares. Em todas as cavidades foi aplicado o adesivo Gluma One
Bond (Heraeus Kulzer). As cavidades foram preenchidas com dois incrementos
fotopolimerizados com o aparelho Degussa SoftStart, empregando duas técnicas:
convencional (C) - 500 mW/cm2/40 s ou SoftStart (SS) -
300 mW/cm2/20 s + 500 mW/cm2/20 s.
Foram produzidos os seguintes grupos experimentais: Grupo I - A110
(C); Grupo II - A110 (SS); Grupo III - P60 (C);
Grupo IV - P60 (SS); Grupo V - Point 4 (C);
Grupo VI - Point 4 (SS). As restaurações foram polidas e os espécimes
impermeabilizados com esmalte de unha, imersos em solução neutra de azul de
metileno à 2% por 24 horas, lavados, secos e seccionados
vestíbulo-lingualmente. A microinfiltração foi avaliada em esmalte e cemento
por três examinadores calibrados utilizando escores de 0-3. Os valores foram
submetidos ao teste de Kruskal-Wallis (p << 0,05) e
Mann-Whitney (p << 0,01). Não houve diferença estatística entre
os grupos polimerizados com a técnica convencional (Uc 6.596,5) e a SoftStart
(Uss 7.803,5) A inflitração nas margens em cemento (Uce 11.078,0) foi superior
(p << 0,01) àquelas em esmalte (Ue 3.322,0).
Concluiu-se
que a polimerização gradual pode ser empregada de forma segura na confecção de
restaurações de resina composta.
A309
Análise da microinfiltração marginal em cavidades classe II
restauradas com ionômero resinoso, resina “flow” e resina compactável.
RIBEIRO,
M.*, MELLO, J. B.
UGF; UNITAU.
O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro a
microinfiltração marginal na parede cervical de restaurações classe II apresentando
uma margem em esmalte e outra em cemento. Trinta molares humanos, foram
dividido em 3 grupos: Grupo 1 - restaurados com uma base de ionômero
híbrido, Vitremer - 3M; Grupo 2 - restauradas com uma base de
resina Natural Flow - DFL; após a confecção das bases com 2 mm de
altura cérvico-oclusal os grupos 1 e 2 foram preenchidos com resina compactável
P60 - 3M e Grupo 3 - restauradas diretamente com resina
compactável P60 - 3M onde foi padronizada a força de condensação do incremento
responsável pelo preenchimento das paredes cervicais nas caixas proximais. Cabe
ressaltar que para todos os materiais utilizados foi preconizado a utilização
do protocolo recomendado pelo fabricante. Em seguida os dentes foram
termociclados por 250 ciclos em banhos de 5º ± 3ºC e 55º ± 3ºC
por 10 s, quando então foram impregnados com nitrato de prata 50% por
4 h. Os espécimes foram seccionados mésio-distalmente e avaliados em
escores de 0 a 3, com auxílio de lupa.
A análise estatística dos resultados mostrou uma significante maior
microinfiltração em cemento quando comparado ao esmalte em qualquer grupo e
ainda mostrou ser significantemente maior a microinfiltração no grupo 1
quando comparado com o grupo 2 e 3 em qualquer uma das margens. No
entanto, não revelou diferença significante em nenhuma situação de comparação
entre os grupos 2 e 3.
A310
Influência da polimerização gradual na adesão de dois
sistemas adesivos de 5ª geração.
VASCONCELLOS,
A. B.*, SILVA, E. M., BARCELLOS, A. A. L., SANTOS, G. B.,
MONTE ALTO, R. V., PIMENTEL, L. M. N.
Disciplina
de Dentística – FO – UFF.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da
polimerização gradual na adesão de dois sistemas adesivos de 5ª geração. Foram
utilizados quarenta incisivos bovinos incluídos, com resina de poliéster, em
tubos de PVC de 1 polegada de diâmetro e 2 cm de altura. As superfícies
vestibulares foram desgastadas com lixas d’água de granulação 220 e 600 até a
exposição de dentina. Foram divididos quatro grupos de dez dentes: Gp I e
II - condicionamento com H3PO4/15 s + Single
Bond (3M); Gp III e IV - condicionamento com H3PO4/15 s +
Gluma One Bond (Heraeus Kulzer). Em seguida foram confeccionados, nas
superfícies adesivas, cilindros de resina composta Tetric Ceram (Vivadent), cor
A3 (2,0 x 3,0 mm). Nos grupos I e III os cilindros de resina
foram polimerizados por 40 s com luz halógena (500 mW/cm2);
nos grupos II e IV foi utilizado o aparelho Degussa SoftStart,
(20 s/300 mW/cm2 + 20 s/500 mW/cm2).
Os espécimes foram armazenados, em água destilada, durante sete dias à 37ºC,
sendo em seguida submetidos a ensaio de cisalhamento em máquina EMIC modelo DL
10000 (50 kg à velocidade de 0,5 mm/min). Os valores obtidos foram
tratados estatisticamente por ANOVA e teste de Tukey
(p >> 0,05). A média e o desvio-padrão de cada grupo foram
respectivamente: Gp I - 18,67 ± 4,52; Gp II - 13,79 ± 2,50
e Gp III - 21,58 ± 4,69 e Gp IV - 13,38 ± 2,07.
O adesivo Single Bond foi superior ao Gluma One Bond. Não houve
diferença estatística significante entre os grupos submetidos à polimerização
gradual e os grupos controle.
A311
Avaliação in vitro dos cimentos de ionômero de vidro
utilizados como selantes oclusais.
FRACASSO, M.
L. C.*, ABDO, R. C. C., MACHADO, M. A. A. M., SILVA, S. M. B.
FOB – USP;
Odontopediatria – UEM - PR. Tel.: (0**14) 235-8218.
E-mail: mafracasso@zaz.com.br
O objetivo da pesquisa foi comparar a microinfiltração
marginal (MM) e a profundidade de penetração (PP) dos cimentos de ionômero de
vidro (CIV) e um selante resinoso (SR) em fossas e fissuras oclusais. Setenta e
dois terceiros molares hígidos foram distribuídos em 6 condições experimentais:
grupo 1 - condicionamento com ácido fosfórico 37%/Delton; 2 - ácido
poliacrílico 40%/Ketac-Molar/esmalte de unha; 3 - Fuji Plus
Conditioner/Fuji Plus/esmalte de unha; 4 - ácido fosfórico
37%/Vitremer/Finishing Gloss; 5 - ácido fosfórico
37%/“primer”/Vitremer/Finishing Gloss; e 6 - ácido fosfórico 37%/Vitremer
diluído na proporção de 1/4 de pó/Finishing Gloss. Após 24 horas em água
deionizada (37ºC), os dentes foram submetidos ao tratamento térmico
correspondente a 300 ciclos (5º/55ºC) de 15 s, e cobertos com esmalte de
unha, exceto 1 mm ao redor do material selador, sendo então imersos em
solução de fucsina básica 0,5%, por 24 horas. Posteriormente, os dentes foram
seccionados vestíbulo-lingualmente, e avaliados microscopicamente (aumento
150 X), por meio de escores predeterminados.
Os dados foram submetidos a cálculos estatísticos (teste de
Kruskal-Wallis) concluindo-se que: não houve diferença estatística entre os
materiais testados em relação à PP, embora os CIVs apresentassem maior
viscosidade. Com relação à MM, os CIVs apresentaram os melhores resultados,
distinguindo-se estatisticamente do SR, observando-se, no entanto, que nenhum
material selador foi capaz de impedir a total penetração da solução corante.
(Apoio financeiro: Capes.)
A312
Avaliação da fundibilidade de uma liga de Ni-Cr submetida a
diferentes temperaturas de fundição.
CARREIRO, A.
F. P., PRADO, C. J., RIBEIRO, R. F., RODRIGUES, R. C. S., SILVA, E. P.*
Departamento
de Materiais Dentários e Prótese – FORP – USP.
E-mail: rribeiro@forp.usp.br
A substituição de ligas de ouro tem desafiado clínicos e
pesquisadores. Embora tenha havido grande desenvolvimento técnico quanto à
utilização de ligas alternativas o processo de fundição permanece, ainda, com
desempenho não-satisfatório. O objetivo deste trabalho foi verificar a
fundibilidade de uma liga comercial de Ni-Cr avaliando os efeitos da variação
da temperatura de fundição. Foram preparados 24 corpos-de-prova, na forma de
uma rede de “nylon”, com 10 x 10 mm, contendo 100 espaços,
incluídos em revestimento fosfatado manipulado de acordo com as recomendações
do fabricante. A temperatura do molde foi fixada em 900oC. Foram
utilizadas as temperaturas de fundição: 1.280º, 1.310º, 1.340º e 1.370ºC. As
fundições foram realizadas em máquina de indução, sob vácuo e atmosfera inerte
de argônio. Os resultados foram representados pelo número de espaços de malha
reproduzidos. Os dados foram submetidos à análise estatística pelo teste de
Kruskal-Wallis, sendo detectadas diferenças estatisticamente significantes em
nível de 0,1% entre a temperatura de 1.280ºC e as demais. Entre as outras
temperaturas (1.310º, 1.340º e 1.370ºC) não houve diferenças estatisticamente
significantes.
Da análise dos dados conclui-se que a fundibilidade da liga de Ni-Cr é
dependente do controle da temperatura de fundição, com clara tendência de que
temperaturas mais altas melhoram o potencial de fundibilidade.
A313
Efeito dos agentes clareadores caseiros na morfologia do
esmalte.
LOPES, G.
C., BONISSONI, L.*, BARATIERI, L. N., VIEIRA, L. C. C., MONTEIRO Jr., S.
Dentística
Restauradora – UFSC. Tel.: (0**48) 331-9880,
fax: (0**48) 234-1788. E-mail: guilherme_lopes@ig.com.br
Este estudo laboratorial teve como objetivo analisar o
efeito na morfologia do esmalte submetido ao clareamento com dois agentes
clareadores caseiros (peróxido de carbamida 10% - Opalescence 10%,
Ultradent e um gel livre de oxigênio - Hi-Lite II, Shofu) e de duas
soluções separadas dos componentes do peróxido de carbamida 10% (peróxido de
hidrogênio 3% e uréia 7%). Quinze molares humanos conservados em água por no
máximo 3 meses foram seccionados. As superfícies vestibular e lingual foram
incluídas em resina acrílica, e os espécimes polidos até lixa de granulação 600
(n = 6). O procedimento clareador foi realizado durante 3 horas por
dia por 2 semanas, com exceção do grupo controle. Depois de cada secção de
clareamento, os espécimes eram lavados e mantidos em saliva artificial a 37ºC,
trocada todos os dias. Depois do clareamento por duas semanas, os espécimens
foram recobertos e observados por um microscópio eletrônico de varredura
Philips XL 30. Nenhuma alteração morfológica foi observada no esmalte tratado
com peróxido de carbamida 10% (Opalescence), ou gel livre de oxigênio (Hi-Lite
II), nem a solução de uréia 7% quando comparados com o controle (saliva
artificial). Por outro lado, o esmalte clareado com peróxido de hidrogênio 3%
resultou em áreas de leve erosão. Entretanto, este efeito não foi uniforme,
ocorrendo com intensidade variável em todos os espécimes submetidos ao
clareamento com peróxido de hidrogênio 3%.
Com as limitações desta avaliação laboratorial, conclui-se que o
clareamento realizado com peróxido de hidrogênio 3% parece resultar em um
efeito negativo na morfologia do esmalte.
A314
Avaliação clínica de dois anos de restaurações adesivas
diretas em dentes posteriores.
VIEIRA, L.
C. C., LOPES, G. C., MAIA, E. A. V.*, BARATIERI, L. N., ANDRADA, M. A. C.
Dentística
Restauradora – UFSC. Tel.: (0**48) 331-9880,
fax: (0**48) 234-1788. E-mail: dentist@ccs.ufsc.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar, clinicamente, 2
sistemas restauradores para dentes posteriores (Scotchbond Multi-Uso
[SBMU] + Z100 - 3M e Magic Adhesiv + Fill Magic -
Vigodent) quando empregados em restaurações classe II (MO, MOD, OD) em molares
e pré-molares. Foram executadas 80 restaurações, sendo que destas, 40 com
sistema restaurador SBMU + Z100 e 40 com o sistema Magic
Adhesive + Fill Magic. Os adesivos foram aplicados de acordo com as
instruções do fabricante. As restaurações foram avaliadas seguindo critérios a
seguir: sensibilidade pós-operatória (SPO), descoloração marginal (DM),
alteração de cor (AC), recidiva de cárie (RC), presença de trinca (T),
desgaste perceptível (DP), qualidade da restauração, se satisfatória ou não
(QR). Os dados foram analisados através do teste de proporção. Os resultados
obtidos podem ser observados na tabela abaixo:
Critérios Sistema restaurador |
SPO |
DM |
AC |
RC |
T |
DP |
SR |
SBMU/Z100 |
2,5% |
11,5% |
– |
– |
11,5% |
– |
73% |
Magic Adhesive/Fill Magic |
5% |
20% |
3,8% |
– |
3,8% |
– |
64% |
Os dois sistemas restauradores obtiveram resultados equivalentes após
dois anos de avaliação clínica.
A315
Resistência de união de diferentes sistemas cerâmicos.
LOPES, G.
C., LOPES, M. F.*, VIEIRA, L. C. C., BARATIERI, L. N., CARDOSO, A.
Dentística –
UFSC. Tel.: (0**48) 331-9880. E-mail: guilherme_lopes@ig.com.br
O presente trabalho teve por intenção avaliar a resistência
de união ao esmalte de quatro sistemas cerâmicos (IPS Empress e IPS Empress 2,
Ivoclar; In-Ceram Alumina e In-Ceram Zircônia, Vigodent). 40 incisivos e
caninos humanos foram incluídos com resina acrílica em tubos de PVC. As
superfícies vestibulares foram polidas até lixa de granulação 600. E, divididos
aleatoriamente entre os 4 grupos (n = 10). O cimento resinoso
Variolink II (Vivadent) foi utilizado para todos os grupos conforme instruções
do fabricante. 10 cilindros de cada porcelana (d = 2,5 mm) foram
polidos até lixa de granulação 600. Os cilindros de porcelana foram tratados
conforme recomendações dos fabricantes: para o sistema IPS e IPS 2 o
condicionamento com ácido hidrofluorídrico a 10% foi realizado por 60 e 20
segundos, respectivamente; para os sistemas In-Ceram Zircônia e Alumina o jateamento
com óxido de alumínio foi realizado. Após a realização dos procedimentos
adesivos os cilindros foram posicionados sobre as superfície dentais e o
cimento fotopolimerizado durante 40 segundos. Após 24 horas em água, os
corpos-de-prova foram submetidos a ensaios de cisalhamento em uma máquina de
ensaios Instron 1 mm/min.). As médias de força de união em MPa foram:
Sistema cerâmico |
IPS Empress |
IPS Empress 2 |
In-Ceram Alumina |
In-Ceram Zircônia |
Esmalte |
20,6 (6,5)b |
37,8 (9,2)a |
7,2 (3,0)c |
9,0 (4,3)c |
Os dados foram analisados por “one-way” ANOVA. Concluiu-se que a
cimentação adesiva com os sistemas cerâmicos que permitem o condicionamento com
ácido hidrofluorídrico apresenta resistência de união superior aos sistemas que
utilizam apenas o jateamento com óxido de alumínio.
A316
Efeito das condições histológicas na adesão
dentinária – uma análise com MEV.
LOPES, G.
C.*, VIEIRA, L. C. C., BARATIERI, L. N.
Dentística
Restauradora – UFSC. Tel.: (0**48) 224-6990,
fax: (0**48) 234-1788. E-mail: guilherme_lopes@ig.com.br
Este estudo teve como objetivo verificar a ultramorfologia
da interface adesiva com duas técnicas adesivas (“primers” autocondicionantes e
condicionamento ácido total) frente a dois substratos dentinários distintos
(dentina esclerótica oclusal e dentina oclusal em condição histológica normal)
através da análise de microscópio eletrônico de varredura (MEV - XL 30,
Philips). Os sistemas adesivos testados foram: Clearfil SE Bond (Kuraray) e
Single Bond (3M). Foram selecionados oito molares humanos cariados e que após a
remoção da porção oclusal apresentavam regiões de dentina esclerótica oclusal e
regiões de dentina oclusal não alterada. Os dentes foram divididos
aleatoriamente em dois grupos de quatro dentes. Os procedimento adesivo realizado
conforme instruções do fabricante e uma camada de 2 mm de resina de alta
fluidez (Natural Flow) foi aplicada sobre a região. Os espécimes foram cortados
longitudinalmente, fixados e desidratados para microscopia, embebidos em resina
epóxica, polidos até alto polimento, condicionados e desproteinados, recobertos
com ouro/paládio, e analisados ao MEV. A formação de camada híbrida foi
constatada em todos os espécimes sem que houvesse formação de fendas na
interface em nenhuma região. Para ambos sistemas adesivos, na região de dentina
com condição normal a camada híbrida apresentou-se com maior espessura e uma
maior quantidade de “tags” resinosos estava presente. Na dentina esclerótica, a
camada híbrida era menos espessa, e havia mínima formação de “tags” resinosos
no interior dos túbulos dentinários, e quando presentes apresentavam-se mais
curtos e sem formação de camada híbrida na dentina peritubular.
O maior
conteúdo mineral da dentina esclerótica parece dificultar a interação dos
sistemas adesivos neste substrato.
A317
Resistência à compressão de cimentos resinosos de presa
dual: seria a fotoativação imprescindível?
WERNECK,
D.*, REIS, R. S., DIAS, K.
Dentística
Restauradora, Materiais Dentários – UNIGRANRIO; Mestrado em Odontologia –
UERJ.
Este trabalho comparou a resistência à compressão de 2
cimentos resinosos de presa dual, fotoativado (F) e autoativado (A) em duas
idades (24 h e 30 dias). Foram selecionadas 2 marcas comerciais: Enforce
(EN) e Dual Cement (DC). A metodologia de ensaio foi realizada de acordo com
Especificação nº 8 da ADA, em um tensiômetro universal (EMIC). A amostra
para cada combinação cimento-método de polimerização-idade constitui-se de 9
corpos-de-prova armazenados em saliva artificial, perfazendo-se um total de 72.
Para cada idade, os cimentos e seus dois tipos de polimerização tiveram suas
médias compradas pela ANOVA e teste de Tukey com 99% de confiança. Para cada
cimento as diferenças de médias entre idades (24 h versus 30
dias), porém com mesmo método de ativação, foram comparadas pelo teste t
de Student com 99% de confiança. Os resultados de 24 h mostraram que ENA
apresentou um valor de 112,9 (31,1) MPa e para ENF de 85,1
(19,2) MPa. Para o DCA o resultado foi respectivamente de 136,6
(36,5) MPa e para DCF 107,7 (12,1) MPa. Após 30 dias ENA obteve
144,65 (39,8) MPa e ENF de 115,8 (29,9) MPa. Para DCA o resultado foi
de 147,4 (59,6) MPa e para DCF 153,7 (57,8) MPa. Na idade de
24 h todas as médias estatisticamente equivaleram-se exceto para ENF. No perído
de 30 dias não houve diferença estatisticamente significativa entre as médias.
Para ENA e DCA não houve diferença estatisticamente significativa entre
24 h e 30 dias, enquanto que EF e DCF com 30 dias foram mais resistentes
que em 24 h.
A
resistência à compressão de ambos cimentos independeu de fotoativação.
A318
Microinfiltração em restaurações classe V expostas ao
peróxido de carbamida.
SANTOS, M.
C. M. S.*, PINHEIRO, J. T., CONSANI, S.
FOP – UPE;
FOP – UNICAMP.
Esta pesquisa teve o objetivo de avaliar a microinfiltração
em restaurações de classe V em amálgama, resinas Durafill, Z250, Flow-It e um
compômero F2000 após o clareamento com peróxido de carbamida (PC) 10%, in
vitro. Foram preparadas em 150 terceiros molares, cavidades de classe V nas
faces vestibular e lingual e divididos em 15 grupos, restaurados seguindo as
recomendações dos fabricantes. Para as restaurações em resina e compômero das
faces linguais foi aplicado o selante de superfície Fortify e para as
restaurações em amálgama aderido nas faces linguais foi usado cimento Rely X.
Após restaurados os dentes foram expostos ao PC nos tempos de 3 e 6 horas dia
por 4 semanas, sendo um grupo armazenado em solução de NaCl 0,9% a 37ºC, como
controle. Em seguida todos os espécime foram selados e submetidos a 500
ciclos/por 5º a 60ºC e corados em fucsina básica 0,5%. A seguir foram
seccionados e analisados por 3 avaliadores em microscópio 25 C,
considerando 4 escores de penetração do corante.
Os dados foram submetidos aos testes de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis
(5%) e foi possível concluir que: o clareador PC 10% (Nite White) não alterou
significativamente a microinfiltração das restaurações testadas, entretanto as
realizadas em amálgama e resina de baixa viscosidade apresentaram os maiores
graus de infiltração.
A319
Alteração de temperatura intrapulpar durante o preparo de
cavidades classe V com o laser Er:YAG.
BRUGNERA
Jr., A.*, MARCHESAN, M. A., SILVA, R. S., ZANIN, F., PÉCORA, J. D.
Odontologia
Restauradora – FORP – USP. Tel.: (0**16) 602-3982.
E-mail: brugnera@globo.com.br
Os lasers de alta potência como os de CO2 e
Nd:YAG geram calor nos tecidos durante o uso, isso preocupa os pesquisadores
porque o calor gerado durante o preparo cavitário pode levar a danos
irreversíveis na polpa e ligamento periodontal. Devido a interação com a água,
o laser de Er:YAG, provoca ablação do tecido dental sem injúrias como fusão,
rachaduras e carbonização deste. Assim o laser de Er:YAG tem sido indicado para
remoção de cáries, preparo cavitário e desinfecção de canais radiculares.
Vários estudos recomendam parâmetros para o uso do laser de Er:YAG na remoção
de tecido cariado, porém nenhum estudou individualmente o efeito desse laser na
alteração de temperatura dos diferentes grupos dentais. Estudou-se as
alterações intrapulpares em 10 incisivos, 10 caninos, 10 pré-molares, 10
molares durante o preparo de cavidades classe V com o laser de Er:YAG em
diferentes pulsos “short” (250 ms/pulso) e “very short”
(80-120 ms/pulso) com 10 Hz, 500 mJ, 6 s, 10 mm de
distância focal, 25 ml de fluxo de água, 23ºC e 65% de humidade. O maior
aumento foi verificado nos incisivos e o menor nos molares nos dois pulsos
utilizados. O pulso “very short” causou menor aumento de temperaturana câmara
pulpar do que o pulso “short”.
A320
“Slot” do bráquete Clarity®: avaliação após 2
anos de tratamento.
MANSO, N. F.
C.*, CHEVITARESE, O.
Engenharia
Metalúrgica e de Materiais, Biomateriais – UFRJ; COPPE.
Tel./fax: (0**21) 205-6785.
E-mail: neusaman@easynet.com.br
Os bráquetes cerâmicos são considerados uma importante
alternativa de uso com relação aos bráquetes metálicos, principalmente quanto à
estética, tornando a sua escolha cada vez mais freqüente pelos pacientes.
Entretanto a porcelana tem a sua superfície mais áspera que o metal, o que
aumenta a resistência ao deslocamento deste bráquete no fio ortodôntico, além
de ser um material mais frágil. Assim, ela é mais susceptível às fraturas
durante a sua manipulação no decorrer do tratamento, como por exemplo na
incorporação de torques. Nesse contexto, surgiu o bráquete Clarity®
(3M Unitek) que, entre outras, traz como novidade, um recobrimento metálico no
“slot”, com o intuito de diminuir o atrito com o fio e aumentar sua
resistência. O objetivo deste trabalho foi observar o desempenho do
recobrimento metálico em relação à corrosão e adaptação da interface
metal/porcelana. Foram utilizados bráquetes descolados conforme normas do
fabricante, após um tratamento de dois anos. Seus fragmentos foram coletados e
observados ao MEV quando foram realizadas diversas eletromicrografias.
Em nenhuma amostra, aparentemente, foram observados fenômenos de
corrosão e desgaste na superfície externa do recobrimento. Da mesma forma, a
superfície interna (interface metal/porcelana) apresentou-se isenta de
descontinuidade ou corrosão.
A321
Análise morfológica da interface substrato/adesivo após
diferentes tratamentos de superfície.
CORONA, S.
A. M.*, PALMA DIBB, R. G., BORSATTO, M. C., ROCHA, R. A. S. S.
Odontologia
Restauradora – FORP – USP. Tel.: (0**16) 602-4075, 633-0999.
E-mail: nelsoncorona@linkway.com.br
O objetivo do presente trabalho foi analisar
morfologicamente, por meio de microscopia eletrônica de varredura, as
interfaces adesivo/esmalte e adesivo/dentina (camada híbrida), e as superfícies
de esmalte e dentina após diferentes tratamentos de superfície. Empregou-se 6
terceiros molares hígidos, dos quais foram obtidos discos de aproximadamente
1 mm de espessura. A “smear layer” foi padronizada utilizando-se lixas
d’água (280, 320, 400 e 600). Os discos de esmalte e dentina, foram divididos
em três grupos: I - ácido fosfórico a 37%, II - jato de óxido de
alumínio e III - jato de óxido de alumínio + ácido fosfórico a
37%. Após o tratamento da superfície os discos foram seccionados ao meio e numa
metade foi aplicado o sistema restaurador Single Bond/Filtek Z250 (3M). Os
hemidiscos foram seccionados ao meio, perpendicularmente à superfície e
tratados para análise ao microscópio eletrônico de varredura. Observou-se
quando da aplicação apenas do jato de óxido de alumínio, no esmalte, um aspecto
irregular, na dentina, a presença de trincas na superfície, túbulos dentinários
obliterados e ausência de camada híbrida. No esmalte, a associação do jato de
óxido de alumínio ao ácido fosfórico apresentou padrão de superfície semelhante
ao que ocorre após o condicionamento ácido, e na dentina, foram verificadas
trincas na superficie e túbulos dentinários abertos, sendo possível observar a
formação da camada híbrida.
Pode-se concluir que é necessário a associação do jato de óxido de
alumínio com condicionamento ácido para que se tenha uma superfície adequada
para adesão.
A322
Resistência à compressão de restaurações de cerâmica e
resina composta de laboratório.
ANDRÉ, M.
A., CARA, A. A., CAPP, C. I.*, RODA, M. I., SANTANA, A. C.
Departamento de
Dentística – FOUSP. Tel./fax: (0**11) 3091-7839. E-mail: capp@fo.usp.br
O objetivo deste trabalho foi comparar a resistência à
compressão de restaurações parciais do tipo “onlay” confeccionadas em cerâmica
feldspática (Noritake) e uma resina composta de laboratório de segunda geração
(Targis). Um pré-molar humano superior hígido foi preparado para receber uma
restauração do tipo “onlay”. A partir deste elemento dental preparado foram
confeccionadas 20 réplicas na liga metálica Ni-Cr, divididas em 2 grupos de 10
espécimes cada: grupo I (restaurados com Noritake) e grupo II (restaurados com
Targis). Após a verificação da adaptação interna e marginal das restaurações
aos seus respectivos troquéis, as mesmas foram cimentadas adesivamente aos
troquéis por meio de um cimento resinoso dual (Enforce). Todas as amostras
foram submetidas ao teste de resistência à compressão numa máquina de testes
universal (Kratos). As médias (kgf) obtidas foram de 259,75 (± 70,87) para
cerâmica e 158,30 (± 34,24) para Targis. Os resultados foram submetidos à
análise estatística, através do teste de Tukey (p = 0,01).
As restaurações cerâmicas apresentaram resistência à compressão
significativamente maior que as restaurações confeccionadas em resina composta
de laboratório.
A323
Influência da técnica de polimerização e de inserção de
compósito na microinfiltração e microdureza.
AMARAL, C.
M.*, BEDRAN de CASTRO, A. K. B., PIMENTA, L. A. F., AMBROSANO, G. M. B.
Dentística –
FOP – UNICAMP. E-mail: lpimenta@fop.unicamp.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da
técnica de polimerização e de inserção da resina composta sobre a
microinfiltração marginal e microdureza. Foram preparadas 180 cavidades classe
II que foram divididas em 6 grupos: G1 - 1 incremento + polimerização
convencional; G2 - incrementos vestíbulo-linguais + polimerização
convencional; G3 - 1 incremento + polimerização SoftStart; G4 -
incrementos vestíbulo-linguais + polimerização SoftStart; G5 - 1
incremento + polimerização “ramping”; G6 - incrementos
vestíbulo-linguais + polimerização “ramping”. Todas as cavidades foram
restauradas com o sistema Z100/Single Bond (3M). Após termociclagem, as
amostras foram imersas em solução aquosa de azul de metileno a 2%, por 4 horas
e a microinfiltração foi avaliada. Metade das amostras foram incluídas em
resina de poliestireno e a microdureza Knoop foi avaliada. Após o teste
Kruskal-Wallis, não foi observada diferença significativa
(p >> 0,05) entre todas as técnicas de polimerização e de inserção
quanto à microinfiltração (todas as medianas foram 0). Quanto à microdureza,
após os testes “two-way” ANOVA e Tukey, não houve diferença significativa entre
as técnicas restauradoras empregadas (p >> 0,05), porém a
polimerização “ramping” (G5 e G6) apresentou menor dureza Knoop
(p << 0,05): G1 = 144,11; G2 = 143,89;
G3 = 141,14; G4 = 142,79; G5 = 132,15;
G6 = 131,67.
Concluiu-se que as técnicas de polimerização e de inserção da resina
composta não afetaram a microinfiltração, mas ocorreu uma diminuição na
microdureza do material quando a polimerização “ramping” foi utilizada.
A324
Alteração volumétrica de materiais para registro
interoclusal submetidos à desinfecção.
PAGNANO, V.
O.*, SOBREIRA, M. R. A., CATIRSE, A. B. E.
Departamento
de Materiais Dentários e Prótese – FORP – USP.
Tel.: (0**16) 602-4005. E-mail: valpag@forp.usp.br
O objetivo deste trabalho foi verificar a influência de
procedimentos de desinfecção sobre a estabilidade dimensional, por meio da
análise da alteração volumétrica de materiais comumente utilizados para
obtenção de registros interoclusais: silicona de adição para registro
(Occlufast), cera nº 7 (Wilson), resina acrílica (Duralay), pasta
zincoenólica (Lysanda) e silicona de condensação (pesada - 3M). Foram
obtidos 24 corpos-de-prova de cada material, sendo que um grupo de 6 foi imerso
em água (grupo controle) por 10 minutos e os 3 outros grupos de 6 foram
submetidos aos seguintes tratamentos por 10 minutos: imersão em glutaraldeído a
2%, imersão em hipoclorito de sódio a 1% e manutenção no meio ambiente. Foram
obtidos os volumes das amostras por meio das medidas do diâmetro (mm) e altura
(mm). A alteração volumétrica foi avaliada por meio das diferenças das medidas
obtidas logo após a presa dos materiais e após os tratamentos. Os valores
obtidos foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e ao teste de Tukey a
5%.
De acordo com a análise estatística, não houve diferença
estatisticamente significante para os tratamentos e, em relação aos materiais,
a resina acrílica Duralay apresentou menor porcentagem de alteração
volumétrica, enquanto que as siliconas (de adição e condensação) e a cera
apresentaram maior porcentagem de alteração volumétrica.
A325
Microinfiltração marginal em dentes decíduos preparados com
laser Er:YAG.
BORSATTO, M.
C.*, CORONA, S. A. M., PALMA DIBB, R. G., ROCHA, R. A. S. S., ALVES, A. G.,
PÉCORA, J. D.
Clínica
Infantil – FORP – USP. Tel.: (0**16) 602-4082, 633-0999.
E-mail: borsatto@forp.usp.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar quantitativamente in
vitro a microinfiltração marginal em restaurações de cavidades de classe V,
preparadas com turbina de alta rotação (fresa “carbide”) e laser Er:YAG,
restauradas com o sistema restaurador resinoso tipo “flowable” Bond
One/Flow-It! Foram realizados 16 preparos cavitários em segundos molares
decíduos, nas faces V/L. No grupo I, o preparo cavitário foi realizado com
turbina de alta rotação, e no grupo II, foi utilizado o laser Er:YAG, modo
“short pulse” (500 mJ, 5 Hz). Os dentes foram restaurados, polidos e
após 24 horas, termociclados por 500 ciclos, isolados e imersos em Rodamina B a
0,2% durante 24 horas. Os corpos-de-prova foram incluídos em resina acrílica,
seccionados e a análise da microinfiltração foi realizada por meio de um
microscópio óptico acoplado a uma câmera e computador, obtendo uma imagem
digitalizada para medir quantitativamente, em milímetros, a penetração do
corante. Os valores médios no esmalte foram 4,70% (± 13,13) e 3,44% (± 9,75)
e na margem cervical 17,38% (± 18,44) e 90,37% (± 16,53) para turbina
e laser, respectivamente. A análise estatística foi feita pelo teste Wilcoxon e
Mann-Whitney. Observou-se que os preparos realizados com turbina apresentaram
menor infiltração quando comparados com os preparos a laser. A margem em
esmalte apresentou menor penetração do corante que a cervical.
Pode-se concluir que nenhum preparo permitiu o completo vedamento das
margens da restauração, tendo o preparo com turbina os melhores resultados em
dentes decíduos.
A326
Adaptação, porosidade, resistência à flexão e ao impacto de
resinas acrílicas.
GANZAROLLI,
S. M.*, MELLO, J. A. N., DEL BEL CURY, A. A.
FOP –
UNICAMP. Tel.: (0**19) 4305-2940. E-mail: disol@uol.com.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar a adaptação,
porosidade, resistência à flexão e ao impacto de três resinas acrílicas:
termopolimerizável convencional Clássico (C), polimerizada por energia de
microondas Onda Cryl (O) e injetada Palaxpress (P). A avaliação da adaptação
foi realizada imediatamente após a demuflagem (TI) e após armazenagem por 30
dias (AA). A desadaptação foi verificada com o peso de silicone por adição
(Express - 3M) interposto entre a base de resina e o modelo metálico. A
porosidade foi avaliada pelo peso de cada amostra em balança de precisão de
0,001 g. Para os testes de resistência à flexão e ao impacto, foram
confeccionadas amostras de 65 x 10 x 2,5 mm. Os
resultados foram: adaptação em gramas (g) TI: C = 0,573 ± 0,037
(ab); O = 0,640 ± 0,061 (a); P = 0,503 ± 0,062
(b); AA: C = 0,705 ± 0,055 (a); O = 0,696 ± 0,051
(a); P = 0,583 ± 0,087 (b). Quando comparados TI com AA,
verificou-se distorção das 3 resinas. Porosidade em cm3:
C = 0,450 ± 0,052 (a); O = 0,500 ± 0,0
(ab); P = 0,590 ± 0,128 (b); resistência à flexão em MPa:
C = 81,970 ± 7,999 (a); O = 97,550 ± 9,713
(b); P = 92,090 ± 6,301 (b); resistência ao impacto em
Joules: C = 0,250 ± 0,0 (a); O = 0,267 ± 0,004
(b); P = 0,258 ± 0,006 (b). A análise de variância e o
teste t mostraram diferenças entre os grupos e as médias seguidas por
letras diferentes mostraram diferença significativa (a = 5%).
Concluiu-se que a resina P possui melhor adaptação se comparada com as
resinas C e O; e a resina C apresentou menor porosidade e menor resistência à
flexão e ao impacto quando comparada com as duas outras resinas utilizadas.
A327
Propriedades superficiais de uma resina acrílica submetida a
caracterização intrínseca.
ALMEIDA, M.
A. B.*, MESQUITA, M. F., NÓBILO, M. A. A., HENRIQUES, G. E. P.
Departamento
de Prótese e Periodontia – FOP – UNICAMP. E-mail: mesquita@fop.unicamp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da técnica
de caracterização intrínseca sobre a dureza e rugosidade superficial de uma
resina acrílica polimerizada por microondas em diferentes períodos
pós-prensagem (1/2, 2, 6, 12 e 24 horas). Foram confeccionadas 180 amostras em
resina acrílica, metade pela técnica convencional utilizando resina acrílica
incolor (M1); metade pela técnica de caracterização intrínseca (M2). Todas as
amostras foram polimerizadas em forno de microondas sob ciclo de 6 minutos a
40% de potência, 5 minutos a 0% de potência e 3 minutos a 80% de potência. Após
a polimerização as amostras foram desincluídas, finalizadas e polidas. Ensaio
de dureza Knoop foi realizado em uma microdurômetro HMV-2000 (Shimadzu) e o
ensaio de rugosidade superficial em um rugosímetro Surfcorder SE 1700 (Kosaka
Lab). Adicionalmente foi realizada observação em microscopia eletrônica de
varredura para observar a morfologia superficial das amostras e das fibras de
caracterização. Os dados foram analisados por análise de variância e pelo teste
F (p << 0,05). Os resultados médios de dureza Knoop (KHN),
rugosidade superficial Ra (mm) foram: 18,25; 0,0587 para grupo M1 e 18,04;
0,0795 no grupo M2, respectivamente.
Foi concluído que: o tempo pós-prensagem não influenciou as propriedades
estudadas; os resultados de dureza superficial da resina caracterizada e da
incolor não diferiram estatisticamente entre si; e que os valores médios de
rugosidade superficial da resina acrílica caracterizada foram estatisticamente superiores
aos da incolor.
A328
Intensidade de luz emitida pelos fotopolimerizadores em
Porto Alegre.
PASSOS, D.
G.*, GALVAGNI, L. E., PIRES, M. M., PIRES, L. A. G.
Materiais
Dentários – ULBRA - Canoas - RS. E-mail: dizapassos@hotmail.com
A importância da completa polimerização das resinas
compostas depende principalmente da efetividade do aparelho fotopolimerizador.
O objetivo desta pesquisa foi avaliar a intensidade dos aparelhos
fotopolomerizadores da cidade de Porto Alegre - RS. Foram avaliados 435
aparelhos fotopolimerizadores de diversas marcas comerciais, que foram medidos
utilizando o radiômetro Curing Radiometer Model 100 (Demetron Research
Corporation). Obtivemos em 58 aparelhos (13,3%) valores que variavam de 50 a
100 mW/cm2, 102 (23,45%) de 100 a 200 mW/cm2,
179 (41,15%) de 200 a 300 mW/cm2, 77 (17,7%) de 300 a
500 mW/cm2 e 19 (4,37%) com valores acima de 500 mW/cm2.
A grande maioria dos aparelhos com emissão de luz até 200 mW/cm2
transmitiam a luz via cabo de fibra óptica. Os resultados com maior intensidade
eram de aparelhos tipo pistola.
Por isso consideramos de extrema importância a verificação periódica da
intensidade de luz dos aparelhos fotopolimerizadores, como uma forma de manter
a qualidade dos procedimentos clínicos adesivos.
A329
Comparação da resistência de união entre sistemas adesivos
de frasco único e Scotchbond MU.
Mota, E. G.*, Pires, L. A. G., Pacheco, J. F. M.
Materiais
Dentários – ULBRA - Canoas - RS.
O objetivo desta pesquisa foi comparar as resistências de
união à tração de sistemas adesivos dentinários de frasco único ao Scotchbond
Multi-Uso. Para isso foram utilizados 40 terceiros molares humanos hígidos e
extraídos. Estes dentes foram seccionados a fim de expor a dentina e, então,
foram incluídos em resina acrílica deixando exposta a superfície dentinária. As
amostras foram separadas aleatoriamente em 4 grupos: Scotchbond Multi-Uso (SM),
OptiBond Solo (OS), Excite (EX) e Single Bond (SB), respectivamente. Em cada
amostra foi aplicado o sistema adesivo de acordo com as especificações do
fabricante e utilizando um delimitador para área de adesão (2 mm2).
Em seguida foram restaurados com a resina Tetric Ceram. Todos corpos-de-prova
foram testados em uma máquina de ensaio universal Versat 500 com velocidade de
1 mm/min. Os resultados médios obtidos (MPa) foram: 25,27 (EX); 26,01
(SM); 27,55 (OS) e 28,66 (SB).
Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos ao
teste ANOVA/Tukey (p << 0,05). (Apoio: ULBRA.)
A330
Resinas fluidas: avaliação da densidade óptica.
PIRES, L. A.
G., SPOHR, A. M., PIRES, M. M., PACHECO, J. F. M.
Materiais
Dentários – ULBRA - Canoas - RS; PUCRS - Porto Alegre - RS.
O surgimento no comércio de compósitos com diferentes
características de escoamento motivou a realização deste estudo com o objetivo
de avaliar a densidade óptica das resinas compostas fluidas (tipo “flow”)
através do sistema Dentview DentScan. Foram confeccionadas 5 amostras com
espessuras de 2 e 3 mm com 5 mm de diâmetro na cor A2 para cada um
dos seguintes materiais: Wave Flow (SDI), Tetric Flow (Vivadent), Natural Flow
(DFL), Fill Magic Flow (Vigodent) e Flow-It (Jeneric/Pentron). As amostras
foram radiografadas com filme nº 2 Ultraspeed (Kodak) com 30 cm de
distância foco-filme por 0,8 segundos de exposição com aparelho de Raio X (Dabi
Atlante) de 70 kV e 10 mA. As radiografias após processadas foram
escaneadas pelo sistema Dentview DentScan que forneceu os resultados na medida
de pontuação “pixel”. Foram obtidas as seguintes médias: Wave Flow: 2 mm com
91; 3 mm com 154; Tetric Flow: 2 mm com 146; 3 mm com 206;
Natural Flow: 2 mm com 110; 3 mm com 166; Fill Magic Flow: 2 mm
com 144; 3 mm com 203; Flow-It: 2 mm com 133; 3 mm com 193. Os
dados foram submetidos a ANOVA e Tukey a 5%.
Os maiores valores em ambas as espessuras foram obtidos com as resinas
Tetric Flow, Fill Magic e Flow-It, diferindo estatisticamente da Natural Flow e
Wave Flow que não diferiram entre si.
A331
Avaliação da microinfiltração em classes V restauradas com
diferentes sistemas adesivos.
GOMES, F.
M.*, SANTOS, A. J. S., AGUIAR, F. H. B., LOVADINO, J. R.
Departamento
de Odontologia Restauradora – Faculdade de Odontologia de
Piracicaba – UNICAMP. E-mail: biagomes@yahoo.com
O objetivo deste estudo foi avaliar quantitativamente a
microinfiltração em cavidades classe V restauradas com sistemas adesivos
monocomponentes e sistemas adesivos autocondicionantes utilizados com e sem
condicionamento ácido. Foram avaliados três sistemas adesivos: Clearfil
Megabond; autocondicionante; Single Bond; monocomponente contendo água e álcool
como solvente; Prime & Bond 2.1; monocomponente contendo acetona como
solvente. Utilizou-se 132 dentes humanos unirradiculares, divididos em 7 grupos,
com 20 restaurações classe V e margens em dentina, para cada sistema adesivo;
sendo seis grupos testes onde o mesmo sistema adesivo foi utilizado com e sem
condicionamento ácido, e um grupo controle negativo em que os dentes foram
restaurados em amálgama. Os corpos-de-prova foram preparados, termociclados,
corados com azul de metileno a 2%, seccionados, triturados e avaliados
quantitativamente por leitura em aparelho de espectrofotometria.
Verificou-se,
através do teste ANOVA, que o não-condicionamento da dentina não gerou
diferença estatística significativa na microinfiltração dos sistemas adesivos;
no entanto, quando ocorreu a utilização do condicionamento ácido o sistema
adesivo Single Bond demonstrou menor microinfiltração marginal com diferença
estatística significativa dos sistemas Clearfil Megabond e Prime & Bond 2.1
que não diferiram entre si. Quando utilizados de acordo com a recomendação do
fabricante, os sistemas adesivos Single Bond (utilizado com condicionamento
ácido) e Clearfil Megabond (utilizado sem condicionamento ácido) não diferiram
entre si, em relação à microinfiltração.
A332
Avaliação da infiltração marginal utilizando dois sistemas
adesivos em dentes humanos e bovinos.
RESENDE, A.
M.*, GONÇALVES, S. E. P.
Odontologia
Restauradora – UNESP.
O selamento marginal constitui-se em um dos principais
obstáculos para as restaurações adesivas, principalmente quando novos
tratamentos são propostos para esmalte e/ou dentina. Este estudo tem por
finalidade analisar a capacidade de selamento marginal de dois sistemas
adesivos atuais, um com “primer” autocondicionante (Clearfil Liner Bond 2V) e o
outro com condicionamento ácido total (Excite), e comparar a performance dos
mesmos em dentina humana e bovina, frente a testes de microinfiltração. Para
isto, foram utilizados vinte terceiros molares e vinte incisivos bovinos. Foram
preparadas cavidades de classe V em todos os dentes e após a aplicação dos
sistemas adesivos foi feita a restauração com resina composta. Os espécimens
foram impermeabilizados com esmalte para unhas, com exceção de 1,0 mm ao
redor das restaurações, termociclados (300 ciclos variando de 5º a 55ºC) e
imersos em solução de nitrato de prata a 50% por 24 horas.
Após análise da microinfiltração em lupa estereoscópica e teste
estatístico de Kruskal-Wallis ao nível de significância de 5%, constatou-se que
o sistema adesivo Excite foi o que apresentou a menor microinfiltração em
esmalte; o Clearfil foi o que melhor selou o cemento em dentes humanos e
bovinos; dentes humanos e bovinos se comportaram de maneira semelhante frente
ao Excite, porém em relação ao Clearfil houve diferença estatisticamente
significante.
A333
Resinas compostas de uso universal versus
“compactáveis” na restituição dos contatos proximais.
TORRES, C.
R. G.*, TORRES, A. C. M., PAGANI, C., ARAUJO, M. A. M.
Departamento
de Odontologia Restauradora – Faculdade de Odontologia de São José dos Campos –
UNESP. Tel.: (0**12) 321-8166.
O objetivo deste estudo foi comparar a qualidade dos
contatos proximais (CP) obtidos utilizando resinas compostas universais ou
“compactáveis”. Os CP in vitro foram simulados, de forma que pré-molares
humanos hígidos contatassem dentes artificiais padronizados. “Slots” verticais
foram preparados nas faces mesiais de 90 pré-molares, utilizando a ponta ultra-sônica
SONICSYS approx. Todos os dentes receberam o mesmo tipo de matriz e cunha e
foram divididos em 9 grupos, de acordo com o material utilizado: A) Tetric
Ceram, B) LC, C) Z250, D) Solitaire, E) Alert, F) Prodigy Condensável, G) Fill
Magic Condensável, H) Surefil e I) amálgama Permite (controle). A qualidade dos
CP foi verificada medindo-se, através de um dinamômetro, a força necessária
para um fio dental transpor o contato. As medições foram realizadas antes do
preparo cavitário (inicial) e após o término das restaurações (final). Para
cada grupo, os valores iniciais e finais foram comparados utilizando-se o teste
t. Para os grupos B, D, A e F os CP foram restituídos, sem diferenças
significantes em relação aos contatos originais. Para os grupos E, C, G, H e I
foram observados aumentos significativos dos CP. Para comparar os valores
finais, entre os grupos, foram utilizados os testes ANOVA e Tukey. Foi
constatado que os grupos H e I não diferiram estatisticamente entre si, mas
apresentaram os CP mais fortes que todos os demais grupos.
Podemos concluir que todos os materiais testados são favoráveis na
restituição dos CP. Porém, apenas a resina “compactável” Surefil resultou em
contatos tão fortes quanto a liga de amálgama.
A334
Avaliação da liberação de flúor de resinas compostas em
água.
GARCEZ, R.
M. V. B.*, BIJELLA, M. F. B., SILVA, T. L., BUZALAF, M. A. R., ARAÚJO, P. A.
Departamento
de Dentística, Materiais Dentários e Endodontia – FOB – USP.
E-mail: mbuzalaf@fob.usp.br
É fundamental conhecer o comportamento dos materiais
restauradores no que diz respeito à liberação de flúor (F). O objetivo desse
trabalho foi avaliar a liberação de F, em água deionizada, de 6 materiais
restauradores, por 15 dias. Os materiais utilizados foram: Vitremer
(VIT) - controle positivo, Dyract (DYR), Ariston (A), Tetric Ceram (TET),
Definite (DEF) e Z100 - controle negativo. Para cada material foram
confeccionados 8 corpos-de-prova na forma de discos (11 mm de diâmetro e
1,5 mm de espessura), os quais foram armazenados individualmente em
4 ml de água deionizada. A água foi trocada diariamente e os espécimes
foram mantidos em mesa agitadora durante 15 dias. O F liberado foi medido
diariamente, através do eletrodo íon-específico (Orion 96-09). Para os
materiais Z100, DEF e TET, a liberação de flúor foi medida após difusão
facilitada por HMDS, nos períodos de 1, 7 e 15 dias. O pico de liberação para
os materiais (com exceção do A, que apresentou uma liberação constante) foi
maior no 1º dia, declinando do 2º dia em diante, e alcançando níveis baixos e
constantes a partir do 7º dia. Os resultados foram submetidos a ANOVA 3
critérios e ao teste de Tukey (p << 0,05). A liberação total no
período do experimento em ordem decrescente (µgF–/mm2),
foi: A (3,6603), VIT (1,7529), DYR (0,2481), TET (0,0140), DEF (0,0086) e Z100
(0,0020).
Assim, concluímos que os materiais apresentaram padrão semelhante de
liberação de flúor, exceto o Ariston, que mostrou comportamento estável e
liberação praticamente constante durante os 15 dias.
A335
Epidemiologia da má-oclusão na dentadura decídua.
FREITAS, P.
Z.*, SILVA FILHO, O. G., SILVA, P. R. B., REGO, M. V. N. N., SILVA, F. P. L.
Setor de
Ortodontia – HRAC – USP. E-mail: pzfreitas@uol.com.br
O presente trabalho epidemiológico reuniu 2.016 crianças de
8 pré-escolas particulares e 12 pré-escolas públicas do município de
Bauru - SP no ano de 2000, sendo 1.032 do gênero masculino e 984 do gênero
feminino, no estágio de dentadura decídua, compreendendo a faixa etária entre 3
e 6 anos. Apenas 26,74% das crianças mostraram características de oclusão
normal neste estágio do desenvolvimento oclusal. O restante, 73,26% exibiu
algum padrão de má-oclusão. Dentre as más-oclusões, as seguintes entidades
clínicas foram diagnosticadas e apresentadas em ordem de prevalência: mordida
aberta anterior (27,74%), mordida cruzada posterior unilateral (11,65%),
mordida aberta anterior associada à mordida cruzada posterior (6,99%), mordida
cruzada anterior (3,57%), perda precoce de dentes decíduos (2,82%), mordida
cruzada posterior bilateral (1,19%) e mordida cruzada total (0,19%). O
apinhamento dentário não foi considerado como má-oclusão. Na presente amostra
de dentadura decídua, 11,1% das crianças apresentaram apinhamento em algum ou
em ambos os arcos dentários. O apinhamento estava presente no arco dentário
superior em 4,91% das crianças e no arco dentário inferior em 9,42% das
crianças.
Os resultados demonstraram que a prevalência de má-oclusão na dentadura
decídua é tão elevada quanto nos estágios subseqüentes do desenvolvimento da
oclusão, justificando a intervenção precoce.
A336
Análise de diferentes formas de conectores para próteses
fixas estéticas.
ÁVILA, M. F.
S.*, FELTRIN, P. P.
UNICID;
UNICASTELO.
Utilizando modelos de próteses parciais fixas de três
elementos confeccionados em metal e em In- Ceram, através do método
bidimensional dos elementos finitos, analisou-se o comportamento das tensões de
von Mises em conectores com três formas diferentes. Observou-se que quanto
maior o raio de curvatura formado entre as faces proximais de pôntico e
retentores na região de conectores, menores as tensões máximas ocorridas com
carregamento vertical. Em todas as seqüências de modelos, as próteses parciais
fixas confeccionadas em In-Ceram demonstraram maiores concentrações de tensões.
Os resultados da pesquisa confirmam vários estudos biomecânicos
realizados dentro da Odontologia através do método dos elementos finitos e
também de fotoelasticidade, que demonstram a relação entre variações de forma e
concentrações de tensões, sugerindo possíveis alternativas técnicas para o
aumento da vida útil de próteses parciais fixas, podendo ser aplicados para
melhora das propriedades mecânicas de próteses parciais fixas sem metal.
A337
Avaliação da ATM pela RM de pacientes portadores ou não de
disfunção da ATM.
VACARIUC,
S.*, YAMASHITA, H. K., BOLZAN, M. C., PEREIRA, M. F. S. M.
Departamento
de Materiais Dentários – NAPEM – FOUSP - SP.
A RM nos permite visualizar estruturas mineralizadas ou não.
Comparamos os resultados da RM em ambos os grupos para: posição do disco
articular, formato do disco, posição do côndilo de boca fechada e excursão do
côndilo. Estudamos 40 indivíduos, 20 clinicamente com disfunção da ATM e 20
sem, sendo 10 indivíduos do sexo feminino e 10 do masculino em cada grupo. A
idade variou dos 18 aos 53 anos. Os exames foram feitos com equipamento de RM
de 0,5 Tesla. Foram adquiridas imagens no plano sagital da ATM em T1 (SE) e T2
(EG e SE) com a boca fechada e aberta. Resultados: posição do disco articular:
no grupo com disfunção encontramos disco deslocado em 14 (35,0%) articulações,
sendo 8 (57,1%) destas com redução e 6 (42,9%) sem redução; no grupo sem
disfunção encontramos 5 (12,5%) articulações com deslocamento, sendo 2 (40,0%)
com redução e 3 (60,0%) sem redução, e 35 (87,5%) articulações normais. Forma
do disco articular: no grupo com disfunção, obtivemos 21 (52,5%) das
articulações com a forma não-bicôncava e 19 (47,5%) bicôncava; no grupo sem
disfunção obtivemos 32 (80,0%) articulações com o disco bicôncavo e 8 (20,0%)
não. Posição do côndilo de boca fechada: no grupo com disfunção, 23 (57,5%)
estavam centralizados, 6 (15%) protruídos e 11 (27,5%) retruídos; no grupo sem
disfunção, 33 (82,5%) estavam centralizados, 6 (15%) protruídos e 1 (2,5%)
retruído. Para excursão do côndilo, no grupo com disfunção obtivemos 28 (70,0%)
com excursão acentuada, 9 (22,5%) normal e 3 (7,5%) reduzida; no grupo sem
disfunção, 26 (65,0%) tinham excursão acentuada e 14 (35,0%) normal.
Conclusões:
pacientes com disfunção da ATM tendem a apresentar maior incidência de discos
deslocados, com a forma não-bicôncava e posição do côndilo retruída. Excursão
acentuada do côndilo foi a mais observada.
A338
Análise da dimensão vertical de repouso em indivíduos
totalmente edêntulos.
ZAMBOTTO,
J.*, PAES-JUNIOR, T. J., KIMPARA, E. T., CERVEIRA-NETTO, H.
Departamento
de Prótese Dentária – Universidade Metropolitana de Santos.
Tel.: (0**13) 3289-2335.
Este trabalho teve como objetivo avaliar a dimensão vertical
de repouso (DVR) em 46 pacientes, submetidos a tratamentos por próteses totais
no ambulatório da faculdade, sendo variáveis aspectos como idade e, uso ou não
de próteses. Foi mensurada a DVR, antes do início do tratamento e após 15 dias
de uso contínuo de novas próteses. Os pacientes foram divididos em dois grupos:
A- os que nunca usaram próteses e, B- usuários de próteses bimaxilares. Para o
grupo B obtiveram-se subgrupos considerando-se o tempo de uso das peças: B1-
mais de 25 anos; B2- entre 15 e 25 anos; B3- menos de 15 anos. Quanto à faixa
etária separou-se em: indivíduos com mais de 60 anos e, entre 40 e 60 anos de
idade. Computadas as diferenças entre os valores de DVR obtidos, aplicou-se o
teste qui-quadrado (c²) que foi estatisticamente significante ao nível de 5%.
Os valores percentuais foram assim distribuídos:
Idade/tempo de uso |
A |
B1 |
B2 |
B3 |
Mais de 60 anos |
55% |
50% |
75% |
100% |
Entre 40 e 60 anos |
33% |
40% |
100% |
100% |
Concluiu-se que os indivíduos que não utilizavam próteses antes do
tratamento, mostraram as menores variações na DVR, em contrapartida indivíduos
com mais de 25 anos de uso de próteses mostraram as maiores variações,
independentemente da faixa etária estudada.
A339
Avaliação da dureza e resistência ao impacto da resina
acrílica para esclera de prótese ocular.
GONÇALVES,
A. R.*, SILVA NETO, D. R., MURATORE, V., FIGUEIREDO, A. R., RODE, S. M.,
NEISSER, M. P.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOSJC – UNESP. Tel.: (0**12)
321-8166.
A resistência ao impacto e a dureza superficial de resinas
acrílicas são muito importantes para o sucesso de próteses oculares devido a
necessidade destas resistirem a choques mecânicos e de manterem o polimento por
um maior período de tempo. Surgiu recentemente no mercado uma resina
termoativada específica para a confecção de escleras para próteses oculares
(Clássico nº 3), não havendo informações na literatura sobre suas propriedades.
A proposta desse trabalho foi de determinar a dureza e a resistência ao impacto
dessa resina e comparar com uma resina incolor termoativada (Clássico). Foram
confeccionados 30 corpos-de-prova com 10 mm de largura por 50 mm de
comprimento por 2 mm de espessura, sendo 15 de cada material, seguindo um
ciclo de polimerização longo (9 horas a 74ºC). Após realizado o acabamento e
polimento, os corpos-de-prova foram submetidos a ensaio de resistência ao
impacto (EMIC - Equipamentos e Sistemas de Ensaios Ltda.). Em seguida foi
realizado o teste de dureza Knoop em um microdurômetro digital (Shimadzu -
hmv 2000). Foram feitas 3
indentações em cada amostra e em seguida calculado o valor médio da dureza para
cada corpo-de-prova. O valor médio de dureza Knoop da resina para esclera foi
de 17,9 e para a incolor foi de 18,3 e o valor médio de resistência ao impacto
foi de 82 J/m para a resina para esclera e de 88 J/m para a resina
incolor. Os resultados foram avaliados pelo teste t de Student.
Concluiu-se
que não houve diferença estatística (p >> 0,05) tanto para a
dureza como para a resistência ao impacto entre as duas resinas.
A340
Avaliação de dois desenhos
de coroas fresadas usadas para o primeiro pré-molar em extremidade livre classe
I de Kennedy inferior: face lingual com degrau por meio de processamento de
imagens.
CASTILLA, M.
C.*, STEGUN, R. C.
Departamento
de Prótese – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7888,
fax: (0**11) 3091-7640. E-mail: pmarisol@yahoo.com
O propósito desse trabalho foi avaliar o desenho da face
lingual de coroas fresadas a serem utilizadas em classe I de Kennedy.
Analisamos dos tipos de desenhos da coroa fresada no primeiro pré-molar: com
face lingual sem degrau e a coroa fresada com face lingual com degrau; quando
submetidos a carga, e por meio de processamento de imagens. As observações
foram feitas através de medição angular realizada nas próteses parciais
removíveis em repouso e com aplicação de carga mediante a digitalização de
imagens. Definimos assim as medidas dos ângulos formados para a prótese em
repouso e com aplicação de carga, tomando como referências retas que passam
pelos pontos estabelecidos na PPR e pelo lado lingual e vestibular. Isso
avaliou o comportamento do aparelho num plano sagital. Foi observada uma
alavanca em vista lateral da prótese parcial removível logo após a aplicação da
carga em segundos molares, tendo como fulcro os apoios dos primeiros
pré-molares reabilitados com as coroas fresadas sem degrau. Porém, houve um
afastamento dos apoios de cíngulo do canino, em relação aos descansos para eles
previamente preparados. Verificamos também maior liberdade de movimentação para
o braço de reciprocidade com a coroa fresada com face lingual sem degrau; já o
degrau lingual ofereceu travamento à livre movimentação do braço de
reciprocidade. Com isso observamos que houve um afastamento dos apoios em
cíngulo do canino e dos apoios dos pré-molares de seus respectivos descansos.
Analisamos também a ação de ponta ativa do braço retentivo à barra T, agindo de
uma forma elástica e se deslocando da sua retenção estabelecida conforme a
movimentação da prótese removível.
A341
Avaliação da adaptação de “abutments” UCLA, antes e após a
porcelanização, através de mev.
TOGUEDANI,
E. E.*, HANADA, C. R., TAKAHASHI, C. U., NETO, P. T., VEIGA, J. A. L.
Departamento
de Prótese Parcial Fixa – FOUSP. Tel.: (0**11) 6969-4460.
E-mail: toguedani@aol.com
Este estudo tem o objetivo de avaliar e comparar a adaptação
da interface “abutment”/implante em “abutments” UCLA usinados e calcináveis,
antes e após a aplicação de porcelana. Quatro “abutments” UCLA usinados
receberam sobrefundição e quatro “abutments” UCLA calcináveis foram fundidos,
ambos com liga de Au-Pd, recebendo então aplicação de porcelana. Obtendo-se
desta forma 5 grupos: Grupo controle - UCLA usinado; G1 - UCLA
usinado sobrefundido; G2 - UCLA calcinável após fundição; G3 - obtido
a partir de aplicação de porcelana sobre o grupo G1 e G4 - obtido a partir da
aplicação de porcelana sobre o grupo G2. A fenda “abutment”/implante foi
fotomicrografada em 4 áreas através de microscopia eletrônica de varredura
(MEV). Em cada área foram realizadas 4 medidas a um aumento de 1.200 vezes.
Após análise estatística verificamos que houve diferença estatisticamente
significante entre G1 (2,58 ± 1,32 mm) e Grupo controle
(1,94 ± 1,46 mm) (p = 0,028). Porém não verificamos
diferenças significantes entre G1 e G3 (2,92 ± 1,87 mm)
(p = 0,233). O grupo que apresentou a maior desadaptação foi o G4
(6,53 ± 3,79 mm), seguido pelo G2 (5,01 ± 1,92 mm).
Através da metodologia utilizada podemos concluir que não há diferença
na adaptação entre UCLA usinado após sobrefundição e UCLA calcinável após
fundição. A aplicação de porcelana promoveu distorção sendo esta mais evidente
sobre UCLA calcinável, entretanto, a faixa de desadaptação encontrada situa-se
dentro dos limites clinicamente aceitáveis encontrados na literatura.
A342
Resistência da união ao cisalhamento entre revestimentos
estéticos e Ni-Cr.
ALMILHATTI,
H. J.*, GIAMPAOLO, E. T., MACHADO, A. L., PAVARINA, A. C., VERGANI, C. E.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOAr – UNESP.
Tel.: (0**16) 201-6406. E-mail: almilhatti@cesumar.br
O objetivo desse estudo foi avaliar a resistência da união
de quatro materiais utilizados como revestimento estético de próteses fixas a
uma liga de Ni-Cr. Para tanto, 68 estruturas metálicas circulares foram
construídas e divididas em 4 grupos: porcelana feldspática convencional
(Noritake EX-3) e três sistemas de resinas compostas laboratoriais (Sistema
Artglass - Siloc Pre e Bond; Solidex - Metal Photo Primer e
Targis - Targis Link) que foram aplicados sobre as estruturas de acordo
com as instruções dos fabricantes. Em seguida, os corpos-de-prova foram
armazenados em água destilada a 37ºC por 7 dias e, então, submetidos aos
ensaios mecânicos de cisalhamento em máquina de ensaios universais com
velocidade de 0,5 mm/min. Os tipos de falhas foram também avaliados
utilizando-se uma lupa estereoscópica com aumento de 40 vezes e microscopia
eletrônica de varredura. Os resultados foram submetidos a análise de variância
e ao teste de Tukey (p << 0,01). A porcelana Noritake EX-3
proporcionou o maior valor médio de tensão de cisalhamento (42,9 MPa). Os
sistemas Solidex (11,94 MPa) e Targis (12,9 MPa) não apresentaram
diferenças estatisticamente significantes nas resistências de união
resina-metal, porém superiores ao do sistema Artglass (10,04 MPa). A
análise da superfície fraturada indicou que para os sistemas Targis e Noritake
EX-3 as falhas foram predominantemente mistas, enquanto para os sistemas
Solidex e Artglass as falhas foram predominantemente adesivas.
Concluiu-se
que a técnica metalocerâmica apresentou resistência de união maior que aquela
proporcionada pelas três resinas avaliadas. (Apoio financeiro: FAPESP - nº
98/03525-5.)
A343
Dispositivo empregado para a tomada de telerradiografias em
PNC.
NEGREIROS,
P. E.*, SIQUEIRA, V. C. V.
FOP –
UNICAMP - SP; FO – PUC - MG, Brasil. Tel.: (0**19) 3231-9141.
E-mail: paulonegreiros@yahoo.com
Devido a grande variabilidade interindividual da inclinação
do plano horizontal de Frankfurt gerando interpretações duvidosas durante o
diagnóstico cefalométrico nele baseado, a posição natural da cabeça (PNC)
associada a uma linha de referência extracraniana, tornou-se a posição de
interesse para as avaliações da estética facial, o estudo longitudinal do
crescimento craniofacial e o diagnóstico ortodôntico/cirúrgico. Os autores desse
trabalho objetivaram desenvolver um dispositivo denominado Unidade Orientadora
do Posicionamento (UOP) empregado durante as tomadas das telerradiografias
padronizando-as em PNC. Utilizaram uma amostra de 180 telerradiografias em PNC,
de 30 pacientes do sexo feminino com a idade média de 21,3 anos obtidas em duas
séries de tomadas radiográficas com intervalo de 15 dias entre as séries.
Registrou-se em cada série a PNC, a PNC acrescida de 5º, e a PNC com flexão de
5º de cada paciente. Avaliaram as alterações das grandezas cefalométricas
comumente usadas em cefalometria, como S-N; SNA; SNB; ANB; SN.GoGn; FMA; SN.PP;
PP.GoGn; ENA-ENP; Co-Gn; Co-Go; Go-Gn; 1.PP; IMPA; 1.1; ângulo Z; SN.VER;
HF.VER. A análise estatística realizou o teste t de Student pareado para
as comparações entre as tomadas, a análise de variância segundo 2 critérios e o
teste de Tukey para comparações entre posições.
Os resultados conduziram os autores a concluírem que o emprego da UOP
permite a reprodutibilidade da posição natural da cabeça com grande
confiabilidade e reprodutibilidade dentro de uma faixa de variação da PNC
em + ou – 5º.
A344
Efeito do tempo pós-prensagem na adaptação de bases
polimerizadas com o dispositivo RS de contensão.
CONSANI, R.
L. X.*, DOMITTI, S. S., MESQUITA, M. F., TANJI, M.
Departamento
de Prótese e Periodontia – Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP.
Diversos procedimentos afetam a estabilidade dimensional das
bases de prótese. Este estudo valiou a adaptação de bases sob influência do
tempo pós-prensagem da resina acrílica Clássico polimerizada termicamente,
proporcionada e manipulada de acordo com as instruções do fabricante. Foram
feitas vinte bases superiores em cera, divididas em 4 grupos de 5 elementos, de
acordo com os tempos de polimerização pós-prensagem imediata, 6, 12 e 24 horas.
Após prensagem final em muflas metálicas, com o auxílio do dispositivo RS de
contensão, a resina foi polimerizada em água aquecida a 74ºC por 9 horas. As
bases foram removidas das muflas, acabadas e fixadas aos modelos com adesivo
instantâneo. O conjunto modelo-base foi seccionado lateralmente nas regiões
correspondentes à distal de caninos (A), mesial dos primeiros molares (B) e
palatina posterior (C). A desadaptação da base de resina ao modelo de gesso foi
verificada com microscópio comparador linear (Leitz), com precisão de
0,001 mm, em cinco pontos referenciais para cada corte. Os resultados
foram submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey (5%).
Os autores concluíram que: 1- não houve diferença estatística
significativa (p >> 0,05) entre os valores nas pós-prensagens
imediata (0,165 mm), 6 horas (0,162 mm), 12 horas (0,168 mm) e
24 horas (0,160 mm); 2- não houve diferença estatística significativa
(p >> 0,05) entre os valores nas pós-prensagens nos cortes B
(imediata = 0,156 mm, 6 horas = 0,150 mm, 12
horas = 0,137 mm e 24 horas = 0,130 mm) e C
(imediata = 0,225 mm, 6 horas = 0,198, 12
horas = 0,209 mm e 24 horas = 0,198 mm).
A345
Fissura labiopalatina: nível de conhecimento no curso de
Odontologia.
BRITO e
DIAS, R.*, MATTOS, B. S. C., MAIA, F. de A. S.
Departamento
de Cirurgia, Prótese e Traumatologia Maxilo-Faciais – FOUSP.
Este levantamento teve por objetivo determinar o nível de
conhecimento dos alunos do último ano do curso de graduação em Odontologia
sobre o assunto fissura labiopalatina. Foi aplicado um questionário constituído
por 20 quesitos, sendo 5 relativos a contacto prévio com a malformação, 10
sobre o conhecimento específico da patologia e 5 referentes ao processo de
reabilitação, a 439 alunos do curso de Odontologia de 3 faculdades particulares
e l pública. Apesar de 86,56% terem afirmado que o assunto FLP havia sido
previamente abordado em seu currículo, 50,57% nunca havia visto uma fissura
palatina e apenas 2,73% tinham tido contato clínico com pacientes portadores de
FLP. A porcentagem de acerto nos quesitos referentes ao conhecimento específico
variou de 6,38% a 49,89% e nos aspectos de reabilitação de 9,11% a 61,28%. O
assunto FLP foi abordado de forma esporádica e inconsistente ao longo do curso
de graduação, com baixo índice de retenção das malformações transmitidas, bem
como desconhecimento teórico e clínico da patologia, e baixo nível de
identificação dos possíveis distúrbios anátomo-funcionais e dos processos
terapêuticos necessários à reabilitação.
O assunto FLP deverá ser revisto de forma integrada e global no último
ano do curso de graduação em Odontologia, proporcionando aos alunos embasamento
teórico e exposição clínica à patologia.
A346
Influência de ciclos de polimerização sobre a rugosidade e
porosidade de resinas acrílicas.
TANJI, M.*,
DOMITTI, S. S., CONSANI, R. L. X., CONSANI, S., SINHORETI, M. A. C.
Faculdade de
Odontologia de Piracicaba – UNICAMP.
A qualidade da superfície da base está intimamente
relacionada com a estética da prótese. Este trabalho verificou a influência de
ciclos de polimerização sobre a rugosidade e porosidade de superfície em
corpos-de-prova (65 x 10 x 3 mm) de resinas acrílicas
termopolimerizável Clássico e polimerizada por microondas Onda Cryl, curadas
nos ciclos: água aquecida a 74ºC, 20 minutos em ebulição e em microondas por 3
minutos a 500 W. Após polimerização, os corpos-de-prova foram acabados e
polidos pela técnica de rotina e submetidos ao ensaio de rugosidade (Ra) num
rugosímetro Surfcorder modelo SE-1700. O ensaio de porosidade foi efetuado com
auxílio de um dispositivo metálico contendo 3 orifícios de 0,5 cm de
diâmetro, sendo um em cada extremidade e outro na região central do
corpo-de-prova, submerso em tinta nanquim por 12 horas, quando foram lavados em
água e secos com jatos de ar. A quantidade de poros nas áreas delimitadas foi
verificada com lupa estereoscópica Carl Zeiss, com aumento de 63 vezes. Os
dados foram submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey (5%).
Os autores concluíram que: a) não houve diferença significativa
(p >> 0,05) nos valores de rugosidade entre as resinas
Clássico = 0,061 mm e Onda Cryl = 0,057 mm,
independente dos ciclos, b) houve diferença significante (p << 0,05)
entre as resinas apenas no ciclo de microondas (Clássico = 0,077 mm
e Onda Cryl = 0,055 mm), c) o menor número de poros foi
observado na resina Clássico polimerizada no ciclo de 9 horas, d) não houve
diferença significante (p >> 0,05) entre os ciclos com a
resina Onda Cryl.
A347
Formas das arcadas dentárias de indivíduos com diferentes
tipos faciais.
KANASHIRO,
L. K.*, VIGORITO, J. W.
Departamento.
de Ortodontia e Odontopediatria – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7812.
E-mail: lkk@apcd.org.br
A literatura ortodôntica demonstra o possível relacionamento
das características das arcadas dentárias com os padrões faciais. Desta
maneira, propusemo-nos a verificar: a) as características das curvas das
arcadas dentárias superior e inferior; b) se há diferença na caracterização das
formas das arcadas dentárias, considerando-se os diferentes tipos faciais; c)
as possíveis diferenças na forma das arcadas dentárias, considerando-se os
diversos tipos faciais, quando se compara as arcadas dentárias superior à
inferior. Foram selecionadas documentações ortodônticas de pacientes com
maloclusão de Classe II - divisão 1ª e dentadura permanente completa, onde
30 apresentavam padrão dolicofacial, 30 mesofacial e 30 braquifacial. Pontos de
referência nas faces vestibulares de todos os dentes dos modelos de estudo
duplicados foram demarcados, suas faces oclusais desgastadas e “scanneadas” por
vista oclusal, e as formas geométricas que melhor se ajustavam às arcadas
dentárias foram identificadas por meio de um software. Os comportamentos
estatísticos destas variáveis qualitativas foram representadas por freqüências
absoluta e relativa de acordo com a arcada e o grupo a que pertenciam, e
observou-se que a ocorrência da forma catenária era predominante e
significativa. Por meio do teste do qui-quadrado, comparou-se a distribuição
destas formas de acordo com os tipos faciais, não encontrando diferenças
estatisticamente significativas.
Comparando-se
as formas das arcadas dentárias superior e inferior dentro de um mesmo grupo
pelo teste da razão da máxima verossimilhança, verificamos que existia
diferença estatisticamente significativa apenas no grupo dolicofacial.
A348
Efeito da soldagem laser e eletroerosão em próteses sobre
implantes.
SILVA, T. B.
P.*, NÓBILO, M. A. A., ALVES, B. F., MESQUITA, M. F. HENRIQUES, G. E. P.
Departamento
de Prótese e Periodontia – FOP– UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5350.
E-mail: tabernardon@yahoo.com
A proposta deste trabalho foi avaliar a adaptação marginal
de infra-estruturas de próteses fixas implanto-suportadas fundidas em monobloco
e submetidas à soldagem laser, antes e após a eletroerosão (EDM) através da
análise do assentamento passivo. Vinte infra-estruturas foram confeccionadas a
partir de um modelo mestre metálico com cinco implantes, e fundidas em titânio
comercialmente puro. As amostras foram divididas em dois grupos: G1 - 10
estruturas fundidas em monobloco e G2 - 10 estruturas seccionadas em 4
pontos e submetidas à soldagem laser. O assentamento passivo entre
infra-estrutura metálica e implante foi avaliado antes e após a eletroerosão
dando-se um torque de 10 N no parafuso de titânio do implante da
extremidade e aferindo-se as discrepâncias marginais no implante mais central
(IC) e no distal (ID), utilizando-se um microscópio óptico. Os resultados G1
(IC 170 ± 68 mm e ID 472 ± 177 mm); G1 + EDM
(IC 56 ± 23 mm e ID 154 ± 79 mm); G2 (IC 65 ± 50 mm
e ID 155 ± 77 mm); G2 + EDM (IC 28 ± 19 mm e
ID 59 ± 27 mm), foram submetidos ao teste t de Student
(análises intergrupos) e teste t de Student pareado (análises intragrupos).
Houve diferença estatística significante (p << 0,05) entre G1 e
G1 + EDM , G2 e G2 + EDM, G1 e G2, G1 e G2 + EDM,
G1 + EDM e G2 + EDM, não foi encontrada diferença
estatística (p >> 0,05) entre G1 + EDM e G2.
Conclui-se que soldagem laser e eletroerosão são técnicas eficazes na
otimização da passividade em próteses sobre implantes e que a associação de
ambas conduz a resultados ainda melhores. (FAPESP - processo nº
99/01504-3.)
A349
Efeito da placa de Michigan sobre a atividade elétrica dos
músculos mastigatórios de pacientes bruxistas.
FERREIRA, J.
A. N. D.*, SEMEGHINI, T. A., GARCIA, R. C. M. R., NÓBILO, M. A. A., BÉRZIN, F.
FOP – Unicamp; FO – UFMG.
O propósito deste estudo foi avaliar os achados
eletromiográficos dos músculos temporal anterior e masseter de pacientes com
hábito de bruxismo, antes e durante o uso de placas estabilizadoras do tipo
Michigan e compará-los com os do grupo controle. Foram avaliados dois grupos de
voluntários: grupo 1 (grupo bruxista), composto de 16 pacientes bruxistas
e grupo 2 (grupo controle), composto de 16 voluntários assintomáticos. Os
voluntários do grupo 1 fizeram uso de placas do tipo Michigan, o que não
ocorreu para o grupo 2. Entretanto, todos realizaram contrações
isométricas (ISO) com contração voluntária máxima de 5 segundos de duração e,
para a avaliação da dor, foi aplicada a escala visual analógica (EVA). O exame
eletromiográfico foi realizado em todos os voluntários por meio de um sistema
de aquisição de sinais, com eletrodos diferenciais ativos de prata pura de
superfície durante os diferentes tempos (T0, T1, T2, T3 e T4). Para a análise
dos dados utilizou-se o teste t para dados pareados e o teste t
para duas amostras independentes. Os resultados mostraram que ao se comparar os
grupos 1 e 2, no movimento ISO, verificou-se que no tempo T4 as médias de
amplitude dos músculos temporal esquerdo, temporal direito e masseter direito
do grupo 1 foram menores do que as do grupo 2, para o masseter
esquerdo este comportamento se deu no tempo T1.
A partir dos resultados concluiu-se que a placa do tipo Michigan reduziu
significativamente a amplitude do sinal eletromiográfico nos músculos
mastigatórios do grupo 1 durante o uso da mesma.
A350
Cinco escalas de aferição da dor na disfunção
temporomandibular.
LISBOA, J.
A. A.*, SANTANA, E. B.
Universidade
Federal da Bahia. Tel.: (0**19) 430-5295.
E-mail: jal.ba@terra.com.br
Com o objetivo de avaliar o desempenho de cinco escalas de
aferição da dor nas desordens temporomandibulares (DTM), com idade de trinta e
um anos, de ambos os gêneros, quarenta e oito pacientes foram tratados com
aparelho interoclusal ajustado em relação cêntrica (RC), guia em dente canino
em excursões laterais, guia em dentes incisivos e eventualmente também dente
canino na protrusiva. Aplicou-se um questionário com as cinco escalas de
aferição da dor, tomando a escala análoga visual (EAV), como padrão ouro. O
grau de concordância entre as escalas foi avaliado através do coeficiente de
correlação de Spearman e é altíssimo em todos os parâmetros: especificidade,
sensibilidade, e valor preditivo positivo, negativo e precisão. Nos parâmetros
de especificidade, sensibilidade e valor preditivo negativo é 100%.
Quanto a precisão a escala que obteve o menor coeficiente de variação
(%) foi a escala de proporção comportamental (EPC) com 28,21% consagrando-se
assim a mais precisa de todas as cinco escalas.
A351
Comparação entre os aparelhos de Michigan, plano e
reposicionador.
ALVES, B.
P.*, NÓBILO, M. A. A., SOUSA, S. A., MESQUITA, M. F., HENRIQUES, G. E. P.
Prótese e
Periodontia – Fop – Unicamp.
Tel.: (0**19) 430-5350. E-mail: bpalves@ig.com.br
O presente estudo avaliou pacientes com desordem
temporomandibular (DTM) tratados com aparelhos oclusais tipo Michigan, plano e
reposicionador. Foram selecionados 45 pacientes do gênero feminino, na faixa
etária de 18 a 55 anos, totalmente ou parcialmente dentados e sintomáticos,
divididos aleatoriamente entre os três tipos de aparelhos oclusais. Todas as
pacientes foram avaliadas com 0, 15, 45 e 90 dias através da escala analógica
visual, para a mensuração do nível de dor e registro intra-oral para a obtenção
do arco gótico de Gysi, onde foi verificada a movimentação mandibular no plano
horizontal através da lateralidade direita (LD), lateralidade esquerda (LE), protrusão
(PROT), ângulo do arco gótico (AAG), ângulo da habitual (AH), ângulo da
protrusiva (AP) e a diferença entre a relação cêntrica e fechamento habitual
(RC/Hab). Foi verificado através do teste de Kruskal-Wallis
(p << 0,05) que todos os tratamentos foram estatisticamente
significativos na redução da dor e da aproximação da RC/Hab, sendo o aparelho
reposicionador estatisticamente melhor na avaliação de 15 dias quando comparado
aos aparelhos de Michigan e plano para dor. Em relação à LD, LE, PROT e AAG, os
tratamentos foram capazes de aumentá-los, porém sem diferenças estatísticas. O
AH apresentou melhora estatisticamente significativa para os aparelhos de
Michigan e plano, já o AP apresentou melhora nos três tratamentos, porém não
foi significativo estatisticamente.
Concluiu-se que os três tratamentos podem ser indicados para o
tratamento da DTM. (FAPESP - processo nº 99/01505-0.)
A352
FC02
Efeitos de um aparelho ortopédico funcional sobre a
expressão de IGF-I e IGF-II na
cartilagem condilar de ratos jovens.
HAJJAR, D.*,
SANTOS, M. F., KIMURA, E. T.
Departamento
de Histologia e Embriologia – ICB/USP. E-mail: hajjarde@originet.com.br
O objetivo deste trabalho foi verificar a expressão gênica e
protéica de fatores de crescimento semelhantes à insulina I e II (IGF-I e
IGF-II) na cartilagem condilar de ratos Wistar jovens e verificar uma modulação
desta expressão após utilização de um aparelho propulsor da mandíbula durante
3, 5, 7, 9, 11, 13 ou 15 dias. Cortes histológicos sagitais dos côndilos
descalcificados e incluídos em parafina foram submetidos a reações de
imuno-histoquímica e hibridização in situ. A análise mostrou a expressão
protéica e de RNAm para IGF-I nas camadas proliferativa e hipertrófica da
cartilagem condilar. O número de células que expressavam este peptídeo aumentou
com a idade, atingindo uma expressão máxima e distribuição uniforme aos 35
dias. Este número encontrava-se aumentado em animais que utilizaram o aparelho
por pelo menos 9 dias. O IGF-II mostrou um padrão de expressão muito similar ao
IGF-I, porém com menor intensidade de marcação. O aumento de expressão
relacionava-se com um aumento da expressão protéica de antígeno nuclear de
células em proliferação (PCNA).
Estes resultados mostram a expressão e a modulação de IGF-I e IGF-II
durante o crescimento do côndilo mandibular e com o uso do aparelho ortopédico,
sugerindo que ambos os peptídeos estão envolvidos na proliferação e
diferenciação da cartilagem durante o desenvolvimento mandibular. O aparelho
ortopédico estimulou o crescimento mandibular por meio de um mecanismo que
possivelmente envolve os IGFs. (Apoio financeiro: FAPESP, CNPq.)
A353
Efeito da Coca-Cola sobre a superfície de porcelana in
vitro.
AMENABAR, J.
M.*, CORSO, A. C., RIVALDO, E. G., PADILHA, D. M. P.
Faculdade de
Odontologia – UFRGS; Curso de Odontologia – ULBRA; IGG – PUCRS.
O incremento no consumo de bebidas ácidas vem provocando um
aumento no estudo na Odontologia dos efeitos dessas substâncias. O objetivo
deste trabalho foi analisar a superfície de porcelana de uso odontológico
exposta a Coca-Cola. Foram confeccionadas 5 peças de porcelana, quadradas,
8 mm de lado. Cada uma foi seccionada em 4 partes. Metade da superfície de
cada um dos fragmentos foi coberta com esmalte de unhas. Das 20 peças obtidas,
5 foram imersas em Coca-Cola durante 1 hora; 5, por 2 horas; e 10, sob
agitação, durante 1 minuto, 5 vezes ao dia, com intervalo de 2 horas, por 7
dias. Neste intervalo, as peças foram mantidas em saliva artificial. O pH do
refrigerante foi medido imediatamente após a abertura da garrafa (600 ml)
e após o período de imersão em 50 ml. Foi usada uma garrafa de
refrigerante para cada dia e esta, nos intervalos entre imersões, foi mantida
em temperatura ambiente, tampada. Após os período de imersão, as peças foram
submetidas ao ultra-som em acetona, para remoção do esmalte. A seguir, as peças
foram lavadas em água destilada e deixadas secar em temperatura ambiente,
montadas em “stubs” e metalizadas com ouro. O pH mínimo inicial do refrigerante
foi de 2,3 e, após as imersões, foi de 2,55. No microscópio eletrônico de
varredura, as peças foram analisadas em pequeno e grande aumento. Não foram
observadas zonas de condicionamento ácido em nenhuma das peças submetidas aos
vários regimes de imersão na Coca-Cola.
Concluiu-se que a Coca-Cola, ainda que ácida, não foi capaz de provocar, in vitro,
alterações na superfície de peças de porcelana.
A354
Reprodutibilidade interexaminadores de um novo índice de
placa para dentaduras.
DICKIE de
CASTILHOS, E.*, PADILHA, D. M. P.
Departamento
de Odontologia Preventiva e Social – Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Diversos métodos tem sido descritos para monitorar depósitos
de placa na superfície de contato de próteses totais, porém, são de difícil
reprodução entre diferentes examinadores ou demandam muito tempo ou recursos
para sua execução. O índice proposto por Dickie de Castilhos e Padilha visa
preencher esta lacuna. Neste índice, examinam-se dez áreas a partir de um
diagrama-guia em acetato, registrando as áreas com presença de placa visível. O
objetivo deste trabalho foi verificar em réplicas de dentaduras superiores, a
reprodutibilidade interexaminadores do novo índice de placa. Foram
confeccionadas 20 réplicas de uma prótese total superior e numeradas de 1 a 20.
As réplicas foram pintadas aleatoriamente com esmalte de unha de duas cores
(vermelha e preta). Dois dentistas foram convidados a fazer os exames, aos
quais foram dadas as orientações para aplicação do índice. Foi estabelecido que
apenas as zonas com esmalte preto deveriam ser consideradas como placa
presente. Os escores foram registrados em fichas individuais identificadas
conforme o número da dentadura e o examinador. Os dados foram tabulados e
analisados. Das 200 áreas examinadas, em 44 houve divergência entre os
examinadores. A análise estatística dos resultados apresentou um valor de kappa
igual a 0,56 com intervalo de confiança de 95% e uma concordância de 78% entre
os examinadores.
Os resultados do teste kappa e da concordância interexaminadores evidenciam
a reprodutibilidade do índice proposto por Dickie de Castilhos e Padilha.
A355
Avaliação da relação das desordens temporomandibulares e da
depressão psicológica.
FIGUEIRA, C.
M. M.*, CAMPARIS, C. M.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOAr – UNESP.
Tel.: (0**16) 201-6406. E-mail: cristianefigueira@yahoo.com.br
A participação de fatores psicológicos, como a depressão, na
etiologia das desordens temporomandibulares (DTMs) vem sendo bastante
considerada. Vários pesquisadores têm afirmado que pacientes com DTM,
especialmente os casos considerados crônicos, relatam muitos dos sintomas de
depressão psicológica. Com objetivo de explorar a possível relação entre o
agravamento de sintomas de DTM e o aumento da prevalência de depressão
psicológica, foram selecionados pacientes com e sem DTM, empregando-se um
questionário anamnésico auto-aplicável (Índice Anamnésico de Fonseca),
classificando quanto ao grau da desordem 34 pacientes como “sem DTM”
(Grupo I - controle), 49 como “DTM leve” (Grupo II), 69 como
“DTM moderada” (Grupo III) e 37 como “DTM severa” (Grupo IV). A
depressão foi avaliada por escores obtidos com aplicação do Inventário de
Depressão de Beck. Os resultados apontaram para uma associação estatisticamente
significante entre o agravamento da desordem e o aumento na prevalência de
depressão psicológica.
A metodologia utilizada, contudo, não foi capaz de estabelecer relação
de causa/efeito entre as variáveis estudadas. (Apoio financeiro: Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP.)
A356
Comparação das tensões em raízes com pinos intra-radiculares
escalonados variando-se o núcleo e a linha de terminação.
YOKOYAMA, C.
H.*, YAMAMOTO, E., CALDART, R. M., CONTIN, I.
Departamento
de Prótese – FOUSP - SP. Tel.: (0**11) 3091-7888.
E-mail: cipi@yokoyama.com.br
Este estudo teve por objetivo comparar as tensões geradas em
raízes endodonticamente tratadas, restauradas com pinos intra-radiculares
escalonados, variando-se o tipo de núcleo e as linhas de terminação. O método
utilizado foi o do elemento finito, onde se analisou imagens representando as
seguintes situações experimentais: 1- raiz com pino intra-radicular
escalonado e núcleo maciço de titânio, variando-se a linha de terminação
(degrau puro, degrau com bisel de l mm e degrau com bisel de 2 mm).
2- raiz com o mesmo pino e o núcleo recoberto com resina Z100 com as mesmas
variações de linhas de terminação. As seis imagens obtidas foram transportadas
para o programa de elemento finito MSC Nastran for Windows, onde foram inseridas
as informações sobre as propriedades físicas dos materiais e da raiz.
Simulou-se a aplicação de uma carga de 100 N, a 45 graus em relação ao
longo eixo do dente. A análise de todas as imagens sugere resistência ao efeito
de cunha e diminuição à tendência de rotação da coroa, sendo mais evidente na
imagem que representava o núcleo maciço com bisel de 2 mm. Observamos
também que a menor resistência à fratura e menor resistência à rotação foi
representada pela imagem com núcleo recoberto com resina e degrau puro.
Concluímos, através deste estudo, que o bisel aumenta a proteção da raiz
contra fratura e diminui a tendência à rotação da restauração.
A357
Efeito das cargas oclusais sobre o primeiro pré-molar
superior – MEF.
SCABELL, P.
L. A.*, BALASSIANO, D. F., SOEIRO, F. J. C. P.
Departamento
de Prótese e Departamento de Engenharia Mecânica – UERJ.
Tel.: (0**21) 587-6255,
fax: (0**21) 611-9751. E-mail: scabell@microlink.com.br
As forças oclusais causam a flexão de cúspides gerando assim
tensões na estrutura dentária. Alguns autores correlacionam a perda de
estrutura dentária na região cervical dos dentes à essas tensões, e sendo
assim, o propósito do presente estudo foi avaliar o efeito das cargas oclusais
sobre a região cervical do primeiro pré-molar superior, através do Método dos
Elementos Finitos (MEF). A imagem de um corte sagital do elemento dental foi
selecionada, em seguida digitalizada, e com o auxílio do programa ANSYS -
versão 5.5, executou-se o estudo, simulando-se a aplicação de cargas oclusais
axiais e horizontais. O modelo computacional foi constituído de 11.012
elementos e 11.096 nós. O experimento constou de 3 etapas, sendo que o valor da
carga oclusal foi padronizado em 170 N. Na primeira etapa, a carga axial
foi dividida em dois pontos da superfície oclusal, simulando o contato na fossa
mesial, e nas duas etapas subseqüentes, as cargas horizontais foram aplicadas
sendo estas: em sentido vestibular, sobre a cúspide vestibular (V) do dente, e
em sentido palatino, sobre a cúspide palatina (P). O MEF possibilitou a análise
qualitativa e quantitativa da distribuição de tensões de tração e compressão no
modelo selecionado. Os resultados mostraram que a carga oclusal horizontal
aplicada sobre a cúspide P gerou a maior concentração de tensão de tração na estrutura
do esmalte.
Esses valores variaram entre 362,757 e
725,513 MPa, e essa tensão de tração concentrou-se no esmalte da área
cervical vestibular do dente, próxima à junção amelocementária.
A358
Estudo da movimentação da prótese total resultante da deformação
da fibromucosa em desdentados totais.
LELES, C.
R.*, COMPAGNONI, M. A., SOUZA, R. F.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – Faculdade de Odontologia de Araraquara –
UNESP.
Devido às características de compressibilidade da
fibromucosa, a incidência de cargas sobre a prótese total resulta na
movimentação da prótese em direção ao rebordo, a qual pode resultar no aumento
da reabsorção do rebordo residual, desadaptação interna e perda de retenção da
prótese. O objetivo do presente estudo é avaliar o padrão de movimentação da
prótese total superior em função da deformação da fibromucosa. Foram
selecionados 10 pacientes usuários de próteses totais duplas, com retenção
satisfatória e relações oclusais corretas e rebordos alveolares com volume e grau
de resiliência normais. Para a análise da movimentação da prótese total
superior foi utilizado o sistema eletrônico K6-I Diagnostic System®,
sendo o dispositivo eletromagnético fixado na região vestibular dos incisivos
centrais da prótese superior, de acordo com uma adaptação do método sugerido
por MAEDA et al. (1984). Foram obtidos registros gráficos em duas
condições experimentais: (A) 3 ciclos de apertamento máximo voluntário e (B)
mastigação unilateral simulada por um período de 20 segundos. Os resultados
mostraram um padrão uniforme de movimentação durante o apertamento máximo e
mastigação simulada.
Sob a ação de cargas a fibromucosa apresenta uma deformação rápida e uma
recuperação mais lenta e incompleta, de forma que a ação repetida da aplicação
de carga reduz gradualmente a quantidade de movimentação e retorno da prótese,
e na mastigação simulada não há a completa recuperação da fibromucosa durante
os ciclos mastigatórios. (FAPESP - processo nº 99/11727-0.)
A359
Alterações oclusais em próteses totais polimerizadas por
dois diferentes métodos.
Pitta, M. S. S.*, Rizzatti-Barbosa, C. M., Muzilli, C. A.
Departamento
de Fisiologia – Universidade Estadual de Campinas.
O objetivo deste estudo foi comparar o efeito da
polimerização por microondas e polimento na oclusão de próteses totais. Trinta
dentaduras com as mesmas características foram confeccionadas sobre um modelo
de maxila edêntula. As próteses foram divididas em três grupos e polimerizadas
por três diferentes métodos: banho de água quente a 73ºC por 9 horas (Grupo I),
energia de microondas a 440 W por 4 minutos (Grupo II) e energia de microondas
a 80 W por 15 minutos (Grupo III). O desvio angular da cúspide mésio-palatina
do primeiro molar superior foi medido antes, após a polimerização e após o
polimento. Foram encontradas a variância e desvio-padrão das variações
angulares ocorridas entre as fases de pré-polimerização e pós-polimerização e
entre as fases de pós-polimerização e polimento nos três grupos. Os resultados
da matriz de correlação para variância e desvio-padrão dos Grupos I, II e III
foram, respectivamente, 19% e 24%; 54% e 62%; e 33% e 30%.
Os resultados demonstraram que: 1) as amostras polimerizadas pelos três
métodos apresentaram alterações; 2) o método de polimerização por microondas a
440 W por 4 minutos apresentou a menor alteração; 3) o polimento pelo
método convencional alterou significativamente a inclinação das cúspides.
A360
Estudo do comportamento de resinas laboratoriais sob ação de
grampos.
MARCHINI,
L.*, ARAÚJO, M. A. M., ARAÚJO, J. E. J.
FOSJC –
UNESP; Curso de Odontologia – UNIVAP.
O objetivo deste estudo foi investigar in vitro o
comportamento das facetas de Artglass™ e Targis™ quando submetidas à inserção e
remoção de grampos circunferenciais de cromo-cobalto. Foram confeccionadas 24
coroas “veneer” (12 com facetas de Artglass™ e 12 de Targis™), bem como os
respectivos grampos. Utilizando um dispositivo elaborado para este fim, as
coroas foram submetidas a cinco mil ciclos de inserção e remoção dos grampos,
em meio aquoso. Para avaliar os efeitos dos ciclos sobre os corpos-de-prova,
foi verificada a força necessária para remover os grampos das coroas (em
dinamômetro de arrasto acoplado ao dispositivo) a cada cem ciclos até dois mil
ciclos e cada duzentos ciclos de dois mil a cinco mil ciclos, bem como a
inspeção macroscópica das coroas e a pesagem de grampos e coroas antes e após
os ciclos. A força necessária para remoção dos grampos das coroas não foi
alterada significativamente durante o experimento em nenhum dos corpos-de-prova.
Entretanto, todas as coroas apresentaram ao final dos ciclos uma área de
abrasão, observável por inspeção visual, e houve uma perda de massa média de
0,006 g nas coroas de Targis™ e 0,002 g nas coroas de Artglass™ e,
nos grampos, de 0,004 g e 0,001 g respectivamente.
Deste modo, é possível depreender que as facetas feitas com Artglass™ e
Targis™ sofreram e causaram abrasão durante a inserção e remoção de grampos
circunferenciais em cromo-cobalto, mas esta abrasão não influenciou
significativamente a força necessária para remover o grampo da coroa durante
este estudo. (Apoio financeiro: CAPES.)
A361
Avaliação do movimento de dentes de prótese total frente à
polimerização por microondas.
DAMIÃO, C.
F.*, CUNHA,V. P. P., NEISSER, M. P., RODE, S. M.
Departamento
de Odontologia da Universidade de Taubaté - SP.
O objetivo deste trabalho foi avaliar as alterações na
dimensão vertical de oclusão (DVO) de prótese total (PT), devido a movimentação
dos dentes artificiais, decorrentes do processo de polimerização, comparando o
uso de mufla específica para microondas e a mufla HH com a técnica
convencional. Foram utilizados cinco pares de PT acrilizadas por microondas e
resultados de cinco pares com o uso da mufla HH. Padrões metálicos usinados no
formato de quatro pirâmides, em alumínio, foram fixados nas regiões de molares
e caninos, de modelos de trabalho duplicados em gesso-pedra tipo IV,
superiores e inferiores, substituindo os dentes artificiais e possibilitando a
obteção de pontos de referência para as mensurações. Aferiu-se as medidas, no
metroscópio horizontal, na fase cera e após a acrilização, totalizando 320
pontos. Como resultados, obteve-se: (1) a média total das diferenças medidas
entre as fases cera e acrilizada, sem separar as PT dos respectivos modelos,
sendo o valor igual a –0,4258 mm para as PT confeccionadas por microondas
contra 0,0025 mm para as com a mufla HH. Esses valores foram empregados
para realizar a análise estatística por teste z, a qual apresentou
diferença estatisticamente significante, na ordem de z = –3,3463,
com z crítico bicaudal de 1,9600 e 95% de confiança; (2) o maior aumento
da DVO, para a mufla por microondas foi de –1,4070 mm
contra –0,7560 mm para a mufla HH.
Ambas as técnicas levaram à alterações dimensionais das PT com o aumento
na DVO e a mufla HH pode ser considerada um fator minimizador dessas
alterações.
A362
Rugosidade superficial e fadiga do Ti c.p. e liga Ti-6Al-4V
após diferentes polimentos.
GUILHERME,
A. S.*, HENRIQUES, G. E. P., NÓBILO, M. A. A., MESQUITA, M. F.
Departamento
de Prótese e Periodontia – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5350.
Considerando que a qualidade da superfície rege o desempenho
em fadiga de estruturas metálicas, além da indefinição quanto ao correto
protocolo de polimento de artefatos em titânio, foram propósitos deste estudo:
avaliar a rugosidade superficial de amostras obtidas em titânio comercialmente
puro (Ti c.p.) e liga de titânio-alumínio-vanádio (Ti-6Al-4V), submetidas ao
polimento convencional ou eletrolítico, e correlacionar os resultados da
rugosidade com a resistência à fadiga, mediante ensaio cíclico de flexão. O
polimento eletrolítico, foi realizado a partir de uma fonte elétrica de
corrente e solução contendo 5% de ácido fluorídrico, 35% de ácido nítrico e 60%
de água destilada. Na avaliação da rugosidade foi considerada como unidade
experimental a média dos três valores de rugosidade – Ra (em mm) sendo
realizada em rugosímetro digital (SurfCorder SE 1700) e o ensaio de fadiga,
numa máquina de ensaios universal (MTS-Test Star II). Para o cálculo
estatístico empregou-se a análise de variância (ANOVA), e as médias
significativas foram avaliadas pelo teste de Tukey com nível de significância
de 5%. A avaliação da rugosidade, mostrou que o Ti c.p. (0,31 mm)
apresentou uma média de rugosidade significativamente maior que a da liga
Ti-6Al-4V (0,25 mm) após os polimentos. O polimento eletrolítico
(0,24 mm) conferiu menor média de rugosidade às amostras, diferindo
estatisticamente em relação ao polimento convencional (0,32 mm).
Pelos níveis de rugosidade apresentado, a correlação entre a rugosidade
e resistência à fadiga não foi ratificada.
A363
Prevalência das desordens temporomandibulares e dores
bucofaciais: um estudo piloto.
REIS, C. A.,
SOUZA, E. M. D., LIMA, C. C. M*., MENDES, A. C. R., NAVARRO, R. C.,
ALVES, K. M. F.
Pós-Graduação
em Odontologia – UFPB. Tel.: (0**83) 216-7409.
O presente estudo objetivou avaliar o perfil epidemiológico
das desordens temporomandibulares (DTMs) e das dores bucofaciais (DBF) em
indivíduos na cidade de João Pessoa - PB. Os dados foram coletados de 60
prontuários odontológicos de pacientes portadores de sinais e sintomas do
sistema estomatognático, atendidos pelo Centro Odontológico de Estudos e
Pesquisas - ano 2000. Os procedimentos estatísticos revelaram que 22
(36,6%) eram portadores exclusivamente de DTMs, 4 (6,7%) apresentavam de dores
bucofaciais, 34 (56,6%) portavam as duas patologias. Constatou-se predominância
de DTMs e DBF no gênero feminino (85%, n = 51) em relação ao
masculino (15 %, n = 9). A queixa principal de 45 (75%) dos pacientes
incluía dor de cabeça, 44 (73,3%) apresentaram dor muscular e 15 (25%) eram
portadores de barulhos articulares sem qualquer sintomatologia. A freqüência
das queixas era distribuída em: 45 (75%) diária, 12 (20%) semanal e 3 (5%)
mensal. A automedicação foi realizada por 50 pacientes (83,3%) e apenas 10
(16,6%) buscaram ajuda em mais de uma especialidade médico-odontológica.
Conclui-se que o perfil epidemiológico recomenda uma maior atenção dos
profissionais da área quanto à informação, acesso e tratamento para os
pacientes portadores de desordens no sistema estomatognático.
A364
Estudo do desempenho em uso simulado de “attachments”
extracoronários do tipo “stud” (Microfix - Rod).
RIVALDO, E.
G.*, BONACHELA, W. C., MEZZOMO, E.
Departamento
de Prótese – ULBRA. Tel.: (0**51) 241-3337.
E-mail: rosarivaldo@via-rs.net
O objetivo deste estudo foi avaliar o comportamento
retentivo de dois encaixes extracoronários, do tipo “stud” sendo um metálico,
Microfix, e o outro com fêmea em teflon, Rod, em um período simulado de uso de
zero a cinco anos. Foi desenvolvido um simulador de ciclos Rivaldo-Bonachela
para viabilizar a ciclagem. Com o auxílio de uma máquina de ensaio universal
realizou-se a separação das partes: macho e fêmea a uma velocidade de 5 mm/min.
e quantificou-se a retenção em Newtons. Os encaixes foram submetidos à
verificação da massa nos períodos de uso simulado (inicial, 6 meses, 1, 2, 3, 4
e 5 anos) e analisados em lupa estereoscópica, com aumento de 2,5 vezes antes e
depois da simulação.
Os resultados permitiram concluir que a resistência à tração inicial,
tanto do encaixe Microfix quanto do encaixe Rod, não apresentaram um padrão
constante; a partir dos 6 meses de uso simulado houve um aumento da resistência
à tração. A força retentiva foi superior para o encaixe Microfix (10,9 N),
quando comparada ao encaixe Rod (6,5 N). Após 2 anos ocorreu uma
estabilização na força retentiva. No quinto ano a resistência a tração foi
igual para os dois encaixes; os encaixes não apresentaram alteração na massa
após os cinco anos de uso simulado. (Apoio financeiro: ULBRA.)
A365
Adaptação marginal de cinco opções protéticas sobre
intermediários CeraOne.
MANHÃES, L.
A.*, FRANCISCHONE, C. A.
Departamento
de Dentística – Faculdade de Odontologia de Campos - RJ.
E-mail: lussara@bol.com.br
O critério mais importante para a aceitabilidade clínica de
uma restauração indireta é o grau de adaptação marginal. Em próteses sobre
implantes também torna-se necessária a obtenção de adequada adaptação marginal
para a manutenção da saúde periimplantar. Avaliou-se in vitro a
adaptação marginal entre intermediário CeraOne e cinco tipos de coifas: coifa
cerâmica pré-fabricada CeraOne (1), In-Ceram (2), coifa pré-fabricada
poliacrílica do sistema CeraOne (3), IPS Empress (4) e Fortune (5). Foram
obtidas 10 coifas em cada grupo, estas foram assentadas em um intermediário
CeraOne (sem cimentação) e a adaptação marginal foi avaliada, de acordo com o
número de ajustes e média de desajuste marginal (em micrômetros). Para a
leitura das margens foi utilizado o microscópio óptico Mitutoyo com aumento de
150 vezes, mostrador digital embutido e precisão de 1 micrômetro. O número de
ajustes em cada grupo foi: 1) 47; 2) 25; 3) 4; 4) 3; 5) 0. A média de desajuste
marginal e respectivo desvio-padrão foi: 1) 5,6 ± 4,1; 2) 21,6 ± 12,4;
3) 16,6 ± 8,4; 4) 26,9 ± 12,5; 5) 75,8 ± 26,4. A
quantidade de ajustes e as médias de desajuste obtidos em cada sistema foram
submetidas à análise de variância Kruskal-Wallis a um critério e para as
comparações individuais foi utilizado o teste Student-Newman-Keuls.
As coifas cerâmicas pré-fabricadas são consideradas a melhor opção
restauradora sobre intermediários CeraOne. As coifas In-Ceram e IPS Empress são
consideradas aceitáveis como segunda opção. As coifas Fortune não exibiram
resultados satisfatórios. (Apoio financeiro: CNPq.)
A366
Influência da caracterização intrínseca sobre porosidade de
uma resina acrílica.
BOTEGA, D.
M.*, ALMEIDA, M. A. B., MESQUITA, M. F., NÓBILO, M. A. A., HENRIQUES, G. E. P.
Departamento
de Prótese e Periodontia – FOP – UNICAMP. E-mail: mesquita@fop.unicamp.br
Este estudo avaliou a influência da técnica de
caracterização intrínseca sobre a ocorrência de porosidade de uma resina
acrílica polimerizada por microondas em diferentes períodos pós-prensagem (1/2,
2, 6, 12 e 24 horas). Foram confeccionadas 90 amostras em resina acrílica,
metade pela técnica convencional utilizando resina acrílica incolor (M1);
metade pela técnica de caracterização intrínseca (M2). Todas as amostras foram
polimerizadas por energia de microondas, sendo em seguida desincluídas,
finalizadas, polidas e imersas em tinta nanquim durante 24 horas. Após serem
lavadas em água corrente e secas com jatos de ar, delimitou-se 4 campos de
leitura por amostra. A ocorrência de porosidade foi verificada por meio de uma
lupa estereoscópica MG 63A (Carl Zeiss), com aumentos de 40 e 63 vezes.
Adicionalmente, foram realizadas observações em microscopia eletrônica de
varredura da morfologia superficial das amostras e das fibras de
caracterização. Do total de 360 campos de leitura, constatou-se que: 347
(96,4%) não apresentaram porosidade, e 13 campos (3,6%) apresentaram de 1 a 3
poros.
Baseados na análise dos resultados, conclui-se que a ocorrência de
porosidade foi considerada desprezível em todos os grupos avaliados e que o
tempo pós-prensagem não influenciou o aparecimento de poros.
A367
Avaliação eletromiográfica dos músculos masseter e temporal,
de pacientes com DTMs tratados com aparelhos oclusais.
LANDULPHO,
A. B.*, SILVA, W. A. B., SILVA, F. A., CASSELLI, H.
FOP –
UNICAMP. E-mail: landulfo@splicenet.com.br
Em função das evidências fisiológicas na relação entre
estabilidade oclusal e a função muscular e articular; a utilização de aparelhos
oclusais planos no diagnóstico e na terapia de pacientes com desordens
temporomandibulares, têm sido amplamente difundida. A proposta deste estudo foi
verificar a efetividade deste tipo de aparelho, através de registros
eletromiográficos (EMG), em pacientes portadores de sintomatologia dolorosa.
Foram examinados vinte e dois pacientes sintomáticos. Os registros EMG em
microvolt (mV) dos músculos masseter e temporal anterior foram realizados na
posição mandibular de repouso, antes e após 90, 120 e 150 dias da instalação
dos aparelhos oclusais, sendo que os mesmos receberam modificações (guias em
canino e em grupo) nos dias 90 e 120 respectivamente. Os resultados foram
submetidos à análise estatística de regressão polinomial, e demonstraram que
para o músculo masseter direito e esquerdo não houve diferença significante
entre os períodos estudados, no entanto, para o músculo temporal anterior os
resultados diferiram (p << 0,05) em todos os períodos de
avaliação: para o músculo temporal esquerdo dia 0 (3,44 mV) , dia 90
(3,15 mV), dia 120 (2,76 mV) e dia 150 (2,56 mV), para o músculo
temporal direito dia 0 (2,98 mV), dia 90 (2,54 mV), dia 120
(2,81 mV) e dia 150 (2,24 mV).
No presente estudo pode-se concluir que: para o músculo temporal
anterior houve uma redução significativa na atividade EMG durante o período de
tratamento, e a guia em grupo produziu uma menor atividade EMG durante o
tratamento.
A368
Ressonâncias magnéticas das ATMs de crianças tratadas com
RF-2 (Fränkel).
FRANCO, A.
A.*, CEVIDANES, L. H. S., VIGORITO, J. W., YAMASHITA, H. K., LEDERMAN, H. M.
Departamento
de Ortodontia – UMESP - São Bernardo do Campo - SP.
O presente estudo objetivou monitorar pela RM a posição e
forma dos discos das ATMs em 86 pré-adolescentes com oclusão normal
(n = 30) e má-oclusão de Classe II divisão 1ª
(n = 56), de Angle. Os pacientes foram randomicamente divididos em
grupo controle (n = 28, idade média de 10,3 anos, que não foram
submetidos a qualquer tratamento durante o período de observação de 18 meses) e
grupo tratado (n = 28, idade média de 10,9 anos, os quais foram
tratados com o regulador de função de Fränkel-2 [RF-2] por um período ativo de
18 meses, para a correção da má-oclusão de Classe II). Os responsáveis
pelos menores assinaram um termo de consentimento pós-informação, previamente
aprovado pela comissão de ética. Os exames bilaterais de RM das ATMs dos
pacientes do grupo normal foram realizados ao início (T1), enquanto que nos do
grupo controle e tratado as imagens foram adquiridas em T1 e ao término do
período de observação (T2). Dois examinadores realizaram a leitura das imagens,
sendo o chefe da RM o “gold standard”. Os resultados revelaram que a propulsão
mandibular promovida pelo aparelho de Fränkel influenciou de forma positiva as
ATMs do grupo tratado em todos os casos (100%), não diferindo estatisticamente
(teste do qui-quadrado) do grupo controle em T1 e T2 e do normal em T1.
A forma do disco foi bicôncava
em 86,7%, 82,1% e 89,3% das articulações dos grupos normal, controle e tratado,
respectivamente, em T1, alterando para 100% bicôncava em T2, apenas nos
pacientes tratados pelo RF-2 (estatisticamente significante pelo teste da
binomial). (Apoio: FAPESP - processo 97/01388-8.)
A369
Efeito da termociclagem sobre a resistência à tração da união
entre reembasadores resilientes e resina acrílica.
SANCHEZ, J.
L. L.*, MESQUITA, M. F., PINTO, J. R., DOMITTI, S. S., CONSANI, R. L. X.
FOP –
UNICAMP. E-mail: mesquita@fop.unicamp.br
Este trabalho teve como objetivo comparar a resistência à
tração da união entre bases resilientes (Silagum, Softliner e Mollosil plus) e
resina acrílica (Clássico), submetidas ou não à termociclagem. Foram utilizadas
60 amostras divididas em 6 grupos de variáveis, com 10 repetições. Para a
confecção das amostras, foram utilizadas matrizes metálicas incluídas em mufla,
cujo molde impresso em silicona e gesso foi preenchido com resina acrílica.
Após polimerizadas, as amostras foram unidas duas a duas em seu eixo
longitudinal por uma base resiliente. Em seguida, 30 amostras foram levadas ao
termociclador (MCT2 AMM) onde foram realizados 3.000 ciclos de 1 minuto em água
à 5ºC e 1 minuto em água a 65ºC. A outra metade foi armazenada em água à 37ºC
durante 24 horas. As amostras foram submetidas à tração (EMIC - DL500MF)
com velocidade de 5 mm/min. Os dados obtidos foram analisados
estatisticamente pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade e
observado o tipo de falha ocorrida nas amostras. O material Silagum apresentou
os maiores valores de resistência à tração. O material Softliner apresentou
valores intermediários, não diferindo estatisticamente dos materiais
anteriormente citados.
Para os materiais ensaiados, a termociclagem promoveu a diminuição dos
valores de resistência à tração. Entretanto, apenas para o material Mollosil
plus os valores apresentados diferiram estatisticamente em relação aos
não-termociclados. (Apoio: FAPESP.)
A370
Prótese parcial removível associada a um implante
osseointegrado – estudo através do método dos elementos finitos.
ROCHA, E.
P.*, DEL BEL CURY, A. A., LUERSEN, M. A., PELLIZZER, E. P.
Departamento
de Prótese e Periodontia – FOP – UNICAMP. E-mail: eprocha@foa.unesp.br
Os dados clínicos e científicos sobre a associação entre os
implantes osseointegrados e a prótese parcial removível de extremidade livre
(PPREL) são poucos e inconclusivos. Devido a isso, foi objetivo deste trabalho
avaliar através do método dos elementos finitos bidimensional (MEF) a
distribuição de tensões nas estruturas de suporte da PPREL associada a um
implante osseointegrado – Sistema Branemark – de
10,0 x 3,75 mm, localizado na porção distal do rebordo alveolar.
Para isto, foram criados 3 modelos em corte sagital: modelo A (MA) -
hemiarcada contendo os dentes naturais 33 e 34, e ausência dos dentes 35, 36 e
37; modelo B (MB) - semelhante ao MA, com uma PPREL convencional,
substituindo os dentes ausentes; modelo C (MC) - semelhante ao MB, com um
implante na região posterior do rebordo, servindo como suporte. Com o auxílio
do programa de elementos finitos, ANSYS 5.5, os modelos foram carregados com
forças verticais de 50 N em cada ponta de cúspide. Como resultados,
observaram-se as seguintes tensões (máxima e mínima, respectivamente) em MPa:
MA (39,668 e 0,005); MB (72,430 e 0,736) e MC (205,662 e 0,057), e
deslocamentos de (cm): MA (0,064); MB (0,107) e MC (0,099).
Conclui-se que, em comparação ao MA, a presença da PPREL (MB)
proporcionou maiores níveis de tensão para as estruturas de suporte, a presença
do implante osseointegrado (MC) proporcionou suporte para a base da PPREL, diminuindo
a intrusão desta sobre a fibromucosa, com níveis semelhantes de tensão no dente
suporte quando comparado ao MB.
A371
Efeito da abrasão por Co-Cr sobre a rugosidade de ionômeros
de vidro.
VERGANI, C.
E.*, PEARSON, G. J.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOAr – UNESP; Queen Mary, University of
London - UK. Fax: (0**16) 201-6406.
E-mail: vergani@foar.unesp.br
Os materiais restauradores deveriam apresentar
características de superfície similares àquelas dos dentes naturais. Neste estudo
foi avaliado o efeito da abrasão por liga de Co-Cr sobre a rugosidade (Ra) de
ionômeros de vidro: material experimental (EX), Diamond Carve (DC), Fuji IX
(FIX), Fuji II LC improved (FIILC). Cada material foi manipulado de acordo com
as instruções dos fabricantes e os corpos-de-prova foram confeccionados em
moldes de silicona. Após 1 h em estufa à 37ºC, os corpos-de-prova foram
removidos dos moldes e armazenados em água à 37ºC por 1, 7, 30, 90, 180 e 270
dias. Quatro corpos-de-prova foram obtidos para cada material e tempo. Os
testes foram realizados em uma máquina de abrasão por meio de pinos de Co-Cr e,
após 10.000 ciclos, a rugosidade das superfícies intactas e abrasionadas era
avaliada por meio de um perfilômetro a laser. Os resultados, submetidos à análise
de variância seguida pelo teste de Tukey (p << 0,05), indicaram
um aumento da rugosidade após a realização dos testes de abrasão
(p << 0,05). FIX demonstrou uma redução na rugosidade entre 1
(1,77 mm) e 7 (0,92 mm) dias (p << 0,05). A seguir,
nenhuma alteração foi observada. Para o material EX, um aumento da rugosidade
foi verificado entre 30 (0,76 mm) e 180 (1,43 mm) dias. Alta
rugosidade foi observada para DC após 90 dias (2,08 mm). Nenhuma diferença
foi identificada para FIILC durante os períodos.
Concluiu-se que a rugosidade dos materiais é aumentada pela ação
abrasiva da liga de Co-Cr. Além disso, a rugosidade pode variar em diferentes
tempos de armazenamento. (FAPESP - 1998/5517-0.)
A372
Dureza de resinas para reembasamento após protocolo de infecção
cruzada.
SEÓ, R. S.*,
AZEVEDO, A., MACHADO, A. L., GIAMPAOLO, E. T., PAVARINA, A. C.,
VERGANI, C. E.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOAr – UNESP.
Fax: (0**16) 201-6406. E-mail: cucci@foar.unesp.br
Após a realização de reembasamento, as próteses devem ser
desinfetadas para prevenção de infecção cruzada entre pacientes e
profissionais. Neste estudo foi avaliado o efeito de um protocolo para o
controle de infecção cruzada na dureza Vickers de duas resinas para
reembasamento imediato (Duraliner II - DII e Kooliner - K) e de
uma resina termopolimerizável (Lucitone 550 - L550). Corpos-de-prova foram
confeccionados seguindo-se as orientações dos fabricantes. Após a análise da
dureza e armazenamento em água por 48 h, os corpos-de-prova foram
submetidos, por duas vezes, ao protocolo, que incluía imersão em clorexidina a
4% por 1 min., seguida da imersão em hipoclorito de sódio a 1% ou
clorexidina a 4%, por 10 min. A dureza foi mensurada antes e após a
realização do protocolo. Oito corpos-de-prova foram confeccionados para cada
material, além de 8 corpos-de-prova adicionais para a resina DII, para se
avaliar o efeito da imersão em água a 55ºC por 10 min. A análise de
variância, seguida pelo teste de Tukey (p << 0,05), indicou a
ausência de alteração da dureza após a realização do protocolo. K e DII
produziram valores de dureza menores que a resina L550. A dureza da resina K
foi maior que a da resina DII com ou sem tratamento térmico
(p << 0,05). Após o protocolo, valores maiores de dureza foram
observados nos corpos-de-prova da resina DII que foram submetidos ao tratamento
térmico (p << 0,05).
Concluiu-se
que a resina para base de prótese apresenta maior dureza que as resinas para
reembasamento e que nenhuma redução dessa propriedade ocorre após a realização
do protocolo.
A373
Qualidade de dieta em portadores de próteses totais
tecnicamente corretas ou deficientes.
SHINKAI, R.
S. A.*, HATCH, J. P., RUGH, J. D., SAKAI, S., MOBLEY, C. C., SAUNDERS, M. J.
FOP –
UNICAMP; UTHSCSA - San Antonio - TX.
Este trabalho avaliou se próteses totais (PT) tecnicamente
deficientes estão relacionadas com redução de performance mastigatória,
percepção de dificuldades em mastigar e qualidade de dieta pobre (medida pelo
Healthy Eating Index, HEI, o qual é um índice de qualidade de dieta). Os dados
foram obtidos de 54 portadores de PTs através de exame clínico, testes de
performance mastigatória e 2 entrevistas de dieta 24 h. As variáveis
dependentes foram o HEI e seus componentes, e ingestão de determinados nutrientes.
As variáveis independentes foram qualidade das PTs (Boa, Média e Pobre),
performance mastigatória e habilidade mastigatória subjetiva. Os dados foram
analisados por testes Kruskal-Wallis, U de Mann-Whitney e Fisher, ao nível de
significância de 0,01. O grupo PT de Boa Qualidade teve performance
mastigatória significativamente superior aos grupos Média e Pobre Qualidade
(p << 0,01), mas os escores medianos de HEI (amplitude: 60,5 a
72,0) e a ingestão de nutrientes não foram estatisticamente diferentes entre os
3 grupos. Os escores de ingestão de leite, vegetais, frutas e grãos foram os
principais responsáveis pelos baixos escores de HEI. Performance mastigatória e
habilidade de mastigação subjetiva não afetaram a qualidade de dieta.
Os resultados sugerem que qualidade de dieta não está relacionada a
aspectos técnicos das próteses totais, capacidade de trituração de alimentos e
percepção de habilidade de mastigação. (Apoio financeiro: NIH/NIDCR P50 DE
10756 e CAPES BEX 0807/99-0.)
A374
Localização de leveduras no biofilme dentadura em candidíase
atrófica crônica.
FREITAS, K.
M.*, PONTES, C. B., SILVA, C. H. L., AGOSTINHO, A. M., PARANHOS, H. F. O.,
ITO, I. Y.
Departamento
de Materiais Dentários e Prótese – FORP – USP.
Tel.: (0**16) 602-4006.
Este estudo analisou o número e o padrão de localização de
unidades formadoras de colônias (ufc)
de fungos em forma de leveduras em próteses totais superiores,
correlacionando-os com a localização clínica de áreas eritematosas do palato de
30 pacientes acometidos de candidíase atrófica crônica. As próteses foram
transportadas ao laboratório de Microbiologia (FCFRP - USP) em condições
assépticas e encaixadas em fluxo laminar. O meio de cultura CHROMagar®
Candida a 50ºC foi vazado nos encaixamentos e estes foram armazenados por dez
minutos em refrigerador Coolins para serem removidos e incubados a 32ºC por 48
horas em câmara úmida. Após o período de incubação foram realizadas a leitura
dos meios através da contagem das ufc e
fotografias para a análise do padrão de deposição dos microrganismos. Os
palatos dos pacientes foram também fotografados. A fotografia de cada palato
foi analisada com a do meio de cultura correspondente. As espécies mais
isoladas foram C. albicans e C. glabrata (>> 300 ufc). A localização de ufc nos meios de cultura foi
predominantemente periférica, correspondendo à região do rebordo alveolar
residual e a localização clínica das áreas eritematosas correspondeu à região
central do palato.
Em conclusão, não houve correlação entre a localização dos microrganismos
com a localização das lesões eritematosas palatinas.
A375
Identificação do gênero Candida no palato e base
protética e ação antifúngica de Cymbopogom citratus.
CAMPELO, R.
S.*, QUEIROZ, M. V. F., LIMA, E. O., SAMPAIO, M. C.
Pós-Graduação
em Odontologia – UFPB. Tel.: (0**83) 216-7409.
Várias lesões podem ocorrer na cavidade bucal, em
conseqüência da utilização de prótese dentária, algumas são causadas por
leveduras do gênero Candida principalmente por C. albicans. Foi
avaliada a ação terapêutica do fitoterápico denominado CCR 2000, produzido a
base de óleo essencial Cymbopogom citratus, conhecida como capim-santo.
A amostra foi constituída de 75 indivíduos, sendo subdividido em 3 grupos de 25
pacientes. O medicameno fitoterápico foi testado na forma de creme (grupo I) e
de “spray” (grupo II) e a nistatina (grupo III) foi usada como controle, para
os 3 grupos foram realizadas aplicações 3 vezes aos dia sobre mucosa do palato
e base da dentadura dos respectivos pacientes. Após a terapia constatou-se redução
significativa das leveduras na mucosa do palato e base protética, destacando a
eficiência do fitoterápico em “spray” sobre C. albicans, que foi
reduzida de 60% para 12% na mucosa e 80% para 36% na base da dentadura.
Dos resultados registrados conclui-se a eficácia antifúngica do
fitoterápico nas formulações citadas, constituindo-se em recurso terapêutico
viável para a candidose e como anti-séptico preventivo para as próteses móveis.
A376
Condutas terapêuticas para estomatite protética associada à
candidose bucal: estudo comparativo.
LUCENA, L.
B. S.*, COSTA, L. J., LIMA, E. O., SAMPAIO, M. C. C.
Pós-Graduação
em Odontologia – UFPB. Tel.: (0**83) 216-7409.
O objetivo deste estudo foi avaliar, comparativamente, a
eficácia de três condutas terapêuticas para a estomatite protética, associada à
candidose bucal, em pacientes usuários de prótese mucossuportada. A amostra foi
composta por 54 pacientes, submetidos aos exames clínico, para verificação da
presença de estomatite protética (Newton,
1962), e micológico, da mucosa palatal, para isolamento e identificação de Candida
spp. Os pacientes foram distribuídos em três grupos proporcionais, de
acordo com a conduta terapêutica instituída: grupo I - técnica de higiene
bucal e da prótese, com remoção desta à noite; grupo II - administração de
antifúngico tópico Daktarin gel oral (Miconazol), técnica de higiene bucal e da
prótese e remoção desta à noite; grupo III - administração de antifúngico
tópico Daktarin gel oral (Miconazol). A cura clínica ocorreu em 5,5% nos
pacientes do grupo I e 33,3% nos pacientes, tanto do grupo II quanto do grupo
III. No entanto, a eliminação da candidose foi de 38,9% no grupo I; 94,4% no
grupo II e 72,2% no grupo III.
Concluiu-se que a conduta terapêutica adotada nos grupos II e III
apresentou melhores resultados para a estomatite protética do que a instituída
no grupo I. Os resultados para os três grupos foram favoráveis na eliminação da
candidose, não sendo tão satisfatório, clinicamente, na cura da estomatite
protética.
A377
Nova perspectiva para implantes dentários em 3D utilizando
computação gráfica.
CAVALCANTI,
M. G. P., RUPRECHT, A., VANNIER, M. W.
Departamento
de Estomatologia – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7807.
E-mail: mgpcaval@fo.usp.br
A proposição deste trabalho foi determinar a precisão e a
acurácia da tomografia computadorizada em 3D utilizando a computação gráfica
para implantes dentários por meio de medidas lineares in vitro. Cinco
cabeças de cadáveres foram submetidas à tomografia computadorizada espiral por
meio de cortes axiais de 0,5 milímetro de espessura com 0,5 milímetro de
intervalo de reconstrução em 0,5 segundo. As imagens foram enviadas para uma
estação de trabalho onde foram processadas em reconstruções multiplanares e em
3D. Por meio da reconstrução multiplanar criou-se um mapeamento da região de
interesse em 3D. Medidas lineares da parte mais superior do forame mentoniano
até a crista alveolar correspondente, bilateralmente, foram obtidas por 2
observadores 2 vezes cada um por imagens em 3D utilizando propriedades da
computação gráfica. Os tecidos moles correspondentes às medidas foram removidos
e medidas físicas foram obtidas utilizando um aparelho denominado 3D Space
Digitizer. Não foram encontradas diferenças estatísticas entre e
intra-observadores nem entre medidas físicas e em 3D in vitro
(p >> 0,05) para medidas lineares.
A validação da computação gráfica em 3D por meio de tomografia
computadorizada para implantes dentários está estabelecida com suficiente
precisão e acurácia que justifique a aplicabilidade clínica. Utilizando esta
nova tecnologia da tomografia computadorizada é possível obter uma avaliação
quantitativa e qualitativa com mais confiabilidade para o planejamento de
tratamento.
A378
Estudo clínico comparativo entre sutura convencional e vaporização
a laser de dióxido de carbono (CO2) em pele de ratos.
PAES-JUNIOR,
T. J. A.*, NICCOLI-FILHO, W.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOSJC – UNESP. Tel.: (0**12)
321-8166.
Este estudo propôs-se a comparar clinicamente a reparação de
retalhos em pele de rato unidos por sutura, com aqueles vaporizados com laser
de dióxido de carbono (CO2). Para tanto, foram utilizados 24 ratos (Rattus
norvegicus albinus Wistar), sendo feitas duas incisões longitudinais na
pele de seus dorsos por lâmina de bisturi. Nas incisões do lado esquerdo,
procedeu-se à união dos retalhos com fios de sutura de “nylon”. Nas incisões do
lado direito, os bordos da ferida foram aproximados e fez-se a vaporização com
laser de CO2, em modo contínuo, feixe desfocado e com 8 watts de
potência. A reparação dos tecidos foi acompanhada clinicamente por tomadas
fotográficas, nos seguintes tempos: imediatamente após o ato cirúrgico, 24
horas, três, sete, 14 e 21 dias. Os resultados demonstraram um atraso inicial
da reparação das feridas vaporizadas com laser em relação à sutura, no entanto,
ao final de 21 dias, ambos os tecidos em reparação apresentavam o mesmo aspecto
clínico.
Estes achados sugerem que o laser de CO2 pode ser utilizado como
substituto eventual das suturas.
A379
Avaliação da acurácia da tomografia acionada por computador
na Implantodontia.
OLIVEIRA, R.
J.*, FENYO-PEREIRA, M.
Departamento
de Estomatologia – Disciplina de Radiologia – FOUSP.
O propósito neste estudo foi avaliar a acurácia do exame
obtido em tomógrafo acionado por computador, na avaliação de 32 regiões com
indicação para a instalação de implantes dentários intra-ósseos. Os pacientes
foram submetidos a exames tomográficos pré- e pós-operatórios. Os exames
pré-operatórios foram avaliados e mensurados nas regiões em questão por um
radiologista, tendo suas observações conferidas por um segundo profissional da
mesma especialidade. As cirurgias foram realizadas respeitando-se as
orientações fornecidas com base no exame executado. Após o período necessário à
reparação óssea, esses pacientes retornaram para o exame de controle
pós-operatório, que respeitou os procedimentos executados no primeiro exame.
Nesse momento já tínhamos o resultado fornecido pelo cirurgião no que se refere
às dimensões do implante instalado, confirmando ou não os valores iniciais
fornecidos e confirmando com novo exame, se os implantes encontravam-se dentro
dos espaços adequados e preestabelecidos ou se ultrapassavam os limites da
região avaliada. Os resultados foram obtidos por testes estatísticos de análise
de variância e teste t de Student.
A partir dos resultados obtidos pudemos concluir que: o método
tomográfico acionado por computador pode ser utilizado no planejamento em
Implantodontia; 100% das mensurações preeestabelecidas foram consideradas
satisfatórias e que as medidas do exame pré-operatório foram maiores do que os
tamanhos dos implantes dentários instalados.
A380
Estudo da localização do forame mandibular nas radiografias
panorâmicas.
CARVALHO, P.
L.*, REIS, H. S. M.
CCBS – Curso
Odontologia – Universidade São Francisco. Tel.: (0**11) 4034-8355,
4034-8044. E-mail: pedro@usf.com.br
O objetivo deste estudo foi determinar se é possível
localizar o forame mandibular em mandíbulas adultas, por exames radiográficos
panorâmicos. Realizamos neste trabalho radiografias panorâmicas de 50
(cinqüenta) mandíbulas adultas isoladas em diferentes fases de desenvolvimento,
portadoras de dentes ou não, pertencentes ao Departamento de Ciências
Morfológicas e Patológicas da Disciplina de Anatomia da Universidade São
Francisco. As mensurações na mandíbula foram realizadas previamente à obtenção
das radiografias. Nos exames radiográficos foram confeccionados traçados
radiográficos, que obedeceram aos desenhos anatômicos da mandíbula,
efetuando-se a medição das áreas de interesse: (1) distância FM-IM -
mensuração entre os pontos FM (forame mandibular) e IM (incisura mandibular),
(2) distância FM-MA - mensuração entre os pontos FM (forame mandibular) e
MA (mandibular anterior). A análise foi realizada comparando as medidas obtidas
nas radiografias, pelo traçado, e as medidas obtidas nas mandíbulas isoladas.
Os dados obtidos foram avaliados para estudar a relação do forame mandibular
aos pontos e/ou planos descritos, por um teste t e análise de variância.
Constatamos que a posição do forame mandibular foi variável
(p << 0,05), apesar disso, as radiografias panorâmicas podem
produzir dados numéricos para a localização do forame mandibular, com
finalidade cirúrgica ou anestésica. (Apoio financeiro: Universidade São
Francisco.)
A381
Expressão imuno-histoquímica de diferentes marcadores de
maturação da célula de Langerhans na histiocitose de células de Langerhans e
quantificação das populações celulares marcadas.
SALAMI, D.*,
NUNES, F. D.
Disciplina
de Patologia Bucal – Departamento de Estomatologia – FOUSP.
Tel.: (0**11) 5589-9062.
E-mail: danisalami@hotmail.com
As células de Langerhans são células mononucleares
dendríticas que estão geralmente presentes na epiderme e na mucosa, entre
outros locais. A proliferação dessas células dá origem a uma importante
patologia denominada histiocitose das células de Langerhans, ou histiocitose X.
A patogênese da histiocitose de células de Langerhans permanece desconhecida e
o estudo do perfil de marcadores de superfície dessa célula pode colaborar para
sua melhor compreensão. O presente projeto visa verificar a expressão de
diferentes marcadores presentes nas diferentes células da lesão, e quantificar
essa marcação na tentativa de melhor compreender a celularidade e o fenótipo
celular dessa patologia de boca. Para tanto, foi utilizada a imuno-histoquímica
para detectar anticorpos para CD-20, CD-45 (LCA), CD-45RO, CD-68, S-100,
revelados pela técnica da estreptavidina-peroxidase e diaminobenzidina como
cromógeno. Foi obtida marcação com todos os anticorpos utilizados revelando a
heterogeneidade do infiltrado celular presente na lesão, foi observada presença
em número maior do que o esperado de células expressando o marcador de células
B (CD20).
Baseado nos
resultados obtidos não se pode concluir por alguma relação entre as populações
celulares marcadas e as características clínicas das lesões, sendo que estudos
posteriores são necessários para explicar a presença aumentada de linfócitos B
no infiltrado inflamatório presente. (Financiamento: PIBIC-FUNDECTO.)
A382
Efeito da laminina e do seu peptídio bioativo SIKVAV, no
fenótipo do mioepitelioma.
CAPUANO, A.
C. T.*, JAEGER, R. G.
Patologia
Bucal – FOUSP - São Paulo - Brasil. E-mail: rgjaeger@fo.usp.br
O mioepitelioma é um tumor benigno raro de glândula salivar.
Em estudos anteriores descobrimos que uma membrana basal reconstituída
(Matrigel), induz morfo- e citodiferenciação dessa neoplasia. Um dos
componentes do Matrigel candidato a desempenhar o papel principal como molécula
morforregulatória é a laminina. Essa proteína é o componente mais abundante do
Matrigel, possui peptídios ativos na diferenciação e proliferação celular, e
exerce papel importante na diferenciação do epitélio da glândula salivar
normal. O peptídio SIKVAV (Ser-Ile-Lis-Val-Ala-Val) possui efeito tanto na
proliferação como na diferenciação celular neoplásica. Vale ressaltar que seu
efeito nunca foi analisado antes em tumores de glândulas salivares. Assim, nos
interessamos em estudar o efeito da laminina e do peptídio SIKVAV no fenótipo
das células de mioepitelioma (M1). Inicialmente crescemos células M1 em
preparações tridimensionais de laminina. Nessa preparação, a célula é crescida
dentro de um gel de laminina, o que simula o ambiente tridimensional existente na
neoplasia in vivo. Os resultados, analisados em microscopia de luz
(H. E.), mostraram que a laminina por vezes induzia a formação de células
plasmocitóides, semelhantes àquelas observadas na neoplasia in vivo.
Preparados de laminina e agarose enriquecidos com SIKVAV induziram por completo
a morfodiferenciação das células M1 em células plasmocitóides.
Nossos resultados sugerem que a laminina, provavelmente através do
peptídio SIKVAV, regula o fenótipo plasmocitóide do mioepitelioma.
A383
Localização radiográfica de caninos superiores permanentes
impactados.
DOMINGOS, V.
B. T. C.*, PEREIRA, M. F. S. M.
Radiologia –
FOUSP.
A impactação de canino superior é uma anomalia dental
freqüentemente encontrada na prática ortodôntica. Depois do terceiro molar, o
canino superior é o dente que mais freqüentemente encontra-se impactado. A
incidência é de aproximadamente 2% dos pacientes que buscam por tratamento
ortodôntico. Sabemos que a detecção precoce de possível impactação pode ser
feita em pacientes jovens, com base numa combinação cuidadosa de exames
radiográficos e clínicos. Avaliamos neste trabalho o grau de confiabilidade do
diagnóstico referente à posição relativa de caninos impactados na maxila,
através da análise da radiografia panorâmica e telerradiografia em norma
lateral, constantes da documentação ortodôntica de 34 pacientes portadores de
má-oclusão, que foram examinadas por três observadores especialistas
(cirurgião, ortodontista e radiologista). Aplicamos o teste de qui-quadrado,
teste exato de Fisher e estudo de associação.
Concluímos que: a grande maioria dos caninos impactados apresentam-se
por palatino, no estudo da radiografia panorâmica encontramos maior índice de
acerto quando o dente encontra-se impactado no palato, encontramos o maior
índice de erro na telerradiografia, quando o dente está por vestibular, o menor
índice de erro na telerradiografia, quando o dente se encontra impactado no
palato e a radiografia panorâmica é considerada melhor que a telerradiografia
em norma lateral, principalmente quando o dente está por vestibular.
A384
Influência da irradiação local sobre a cicatrização em ratos
diabéticos.
FERREIRA, R.
I.*, ALMEIDA, S. M., BÓSCOLO, F. N., VIZIOLI, M. R.
Departamento
de Diagnóstico Oral – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5327.
E-mail: riveaines@yahoo.com
As radiações ionizantes e certos estados patológicos, como a
diabetes mellitus, determinam alterações nos fenômenos biológicos do
reparo tecidual. O presente trabalho experimental teve por finalidade pesquisar
o efeito da irradiação por elétrons sobre a cicatrização, na pele de ratos
diabéticos. Para tanto, 48 ratos da linhagem Wistar foram separados em 4
grupos: controle, irradiado, diabético e diabético irradiado. O estado
diabético foi induzido por meio da administração intravenosa de
estreptozotocina. Após 15 dias da indução, todos os animais foram submetidos a
uma cirurgia para a realização de uma ferida excisional, na região dorsal
anterior. No 3º dia pós-operatório, apenas uma área que compreendia cerca de
1cm, lateralmente a cada borda das feridas, foi irradiada com uma dose única de
1,0 Gy, por feixes de elétrons com 6 MeV de energia. A reparação
tecidual foi estudada aos 4, 7, 13 e 21 dias pós-operatórios, por microscopia
óptica. Empregou-se a técnica de coloração por hematoxilina-eosina, visando à
observação das características morfológicas do tecido de granulação.
A avaliação qualitativa das amostras teciduais permitiu concluir-se que:
1. a irradiação local causou um retardo na cicatrização, contudo, não impediu
que o processo de reparo culminasse na restauração tecidual; 2. os
desequilíbrios metabólicos inerentes à fase precoce da diabetes
mellitus atuaram em sinergismo com a irradiação no retardo da reparação
tecidual. (Apoio financeiro: CAPES.)
A385
Prevalência das lesões de furca diagnosticadas por alunos de
graduação em pacientes encaminhados para tratamento periodontal.
ABUD, R. H.
S.*, CORÁ, C. S., CARNEIRO, S. R. S.
Departamento
de Estomatologia – FOUSP.
O objetivo deste estudo foi verificar a prevalência das
lesões de furca, além de constatar as indicações de exodontia decorrentes desta
seqüela da doença periodontal em 195 pacientes do ambulatório da Disciplina de
Periodontia do Curso de Graduação da Faculdade de Odontologia da Universidade
de São Paulo (FOUSP). A metodologia empregada consistiu da análise das fichas
clínicas, de diagnóstico, plano de tratamento e de reavaliação preenchidas
pelos alunos da FOUSP, em atendimentos realizados no período de julho de 1998 a
janeiro de 2000. Desse estudo foram excluídos os terceiros molares, por suas
particularidades anatômicas e presença inconstante, e incluídos os primeiros
pré-molares superiores, por geralmente apresentarem 2 raízes. Os resultados
indicaram que 493 molares superiores (MS) estavam presentes e erupcionados e,
destes, 121 (24,54%) apresentaram LF. Quanto aos molares inferiores (MI), 352
estavam presentes e erupcionados, com 61 (17,33%) com LF. Já dos 255
pré-molares superiores (PMS) presentes e erupcionados, 10 (3,92%) apresentaram
perda de inserção superior a 7 mm, o que poderia indicar uma LF (BOOKER;
LOUGHLIN, 1985). Do total de dentes com LF (192), 38 deles (19,79%) foram
indicados à exodontia, sendo 19 MS (50%), 14 MI (36,84%) e 5 PMS (13,16%).
Frente a
estes resultados, concluímos que tanto as LF como as exodontias delas
decorrentes foram relevantes do ponto de vista clínico-periodontal. Este fato
reforça a importância da identificação de LF durante o exame e a avaliação dos
pacientes submetidos a tratamento odontológico e, em especial, o periodontal.
A386
Estudo da matriz extracelular em tumores de glândula
salivar.
RAITZ, R.*,
ARAÚJO, V. C.
Disciplina
de Patologia Bucal – Faculdade de Odontologia – USP.
Constituintes da matriz extracelular, laminina (LN),
colágeno IV, fibronectina (FN) e tenascina (TN) foram estudados
imuno-histoquimicamente pela técnica da estreptoavidina-biotina e analisados em
tumores de glândula salivar com origem no ducto intercalar, a saber: adenoma
pleomórfico (AP), mioepitelioma, adenoma de células basais (ACB),
adenocarcinoma polimorfo de baixo grau de malignidade (APBGM) e carcinoma
adenóide cístico (CAC). Os resultados mostraram que a LN e o colágeno IV estão
presentes sempre, em todos os tumores. No AP e mioepitelioma, marcavam a
membrana basal em torno das estruturas ductiformes e de grupamentos de células
mioepiteliais, estando presentes também no estroma. De acordo com os subtipos
histológicos do ACB, estavam presentes delimitando blocos celulares ou
estruturas tubulares de 2 camadas de células. No APBGM, entremeavam as
estruturas ductiformes, geralmente de uma camada de células e no CAC, além de
estarem presentes junto às células mioepiteliais e no estroma, delimitavam o
interior dos espaços pseudocísticos. Por sua vez, a FN esteve presente no
estroma de todos os tumores e seus subtipos, mas não nos espaços pseudocísticos
do CAC. A TN mostrou expressão variada nos tumores benignos, sendo mais
positiva naqueles com menor organização glandular, como o ACB sólido e negativa
em tumores com formação de túbulos bem diferenciados, como o ACB do tipo
tubular. Já nos tumores malignos, a expressão da TN foi maior naqueles com
maior grau de malignidade, como o CAC sólido. (Apoio: Fapesp.)
A387
Estudo da morfologia da curvatura do palato ósseo durante o
tratamento ortodôntico.
RINO NETO,
J.*, VIGORITO, J. W.
Departamento
de Ortodontia e Odontopediatria – FOUSP.
Tel.: (0**11) 3091-7812. E-mail: jrneto@fo.usp.br
O objetivo desse estudo foi avaliar as possíveis alterações
na morfologia da curvatura do palato ósseo no decorrer do tratamento
ortodôntico, com o propósito de delimitar uma área de estabilidade, sobre a
qual pudéssemos apoiar dispositivos auxiliares de ancoragem. Foram selecionados
60 pacientes da Clínica de Pós-Graduação em Ortodontia da FOUSP, tratados
empregando-se a técnica do arco de canto, com extrações dos primeiros
pré-molares superiores. A amostra foi dividida em dois grupos de 30 pacientes.
No grupo I os incisivos superiores foram retraídos com movimento de translação
e no grupo II, com movimento de inclinação. Foram obtidas telerradiografias
laterais nas fases início, nivelamento, retração anterior e término do
tratamento. Após o traçado dos cefalogramas foram medidas as grandezas
cefalométricas angulares e lineares, esqueléticas e dentárias. A análise
estatística foi feita a partir dos testes t de Student, análise de
variância com medidas repetidas, prova não-paramétrica de Mann-Whitney e de
correlação linear de Pearson. Adotou-se o nível de significância de 5%.
Pode-se
concluir que a região anterior e inferior da curvatura do palato ósseo sofreu
deflexão, estatisticamente significante, em direção posterior durante o
tratamento ortodôntico nos dois grupos estudados, sendo maior no grupo II. Foi
observada uma área de estabilidade, medindo 9,0 mm de extensão, na região
anterior superior. As correlações entre as medidas dentárias e esqueléticas nos
grupos I e II mostraram que o movimento dos incisivos, em direção posterior,
provocou a deflexão da curvatura do palato ósseo.
A388
Estudo retrospectivo das leucoplasias bucais.
MARTINS, M.
A. T.*, RIBEIRO, K. C. B., DOMINGUES-MARTINS, M., DIB, L. L.
Disciplina
de Diagnóstico Bucal – Universidade Paulista (UNIP).
O objetivo deste estudo clínico epidemiológico foi analisar
retrospectivamente 199 pacientes portadores de leucoplasias bucais, que foram
admitidos, diagnosticados e tratados no Centro de Tratamento e Pesquisa do
Hospital do Câncer, no período de 1953 a 2000, com o intuito de observar os
fatores relacionados a dados sociodemográficos, fatores de risco, diagnóstico
clínico e histopatológico, comportamento e tratamento dessas lesões. A
prevalência das lesões voltou-se para o sexo masculino (70,9%), idade média de
52 anos, raça branca (92,0%), localizadas principalmente no lábio inferior,
mucosa jugal, língua e rebordo alveolar. Quanto à associação com fatores de
risco, encontrou-se que 70,9% dos pacientes eram fumantes e 45,7% consumiam
bebidas alcoólicas freqüentemente. Os aspectos histopatológicos mais freqüentes
foram acantose e hiperqueratose, havendo 3,5% de casos com variado grau de
atipia epitelial. O tratamento realizado foi predominantemente cirúrgico, com
resolução da lesão em 69,5%. Os 7 casos com atipia epitelial foram tratados com
remoção cirúrgica, não apresentando recorrência ou transformação maligna. A
taxa de transformação maligna no estudo foi de 2,0%, sendo que, em todos esses
casos, a primeira biópsia não revelou sinais de atipia epitelial.
Diante da dificuldade de padronização dos dados coletados em função dos
anos estudados, da impossibilidade de revisão histopatológica dos casos e da
própria diversidade de aspectos relacionados à lesão, não foi possível definir
um critério de graduação de malignidade.
A389
Alterações cefalométricas em maloclusões Classe II/I
tratadas com ancoragem extra-oral.
PIMENTEL, F.
M.*, ANTUNES, B. S.
UNIGRANRIO -
RJ. E-mail: flutucanit@bol.com.br
O objetivo do presente estudo foi verificar o resultado
radiográfico/cefalométrico da ancoragem extra-oral (AEO) de tração cervical do
tipo Kloehn, em indivíduos de 9 a 15 anos, portadores da maloclusão Classe II/I
de Angle, através da interpretação cefalométrica pré- e pós-tratamento. A
amostra constituiu-se de 18 radiografias cefalométricas de perfil (9 iniciais e
9 finais) obtidas de pacientes de ambos os sexos, pré- e pós-utilização de AEO
(com tempo médio de uso diário de 12 horas, pressão local de 350 g/lado,
durante 20 meses consecutivos). As medidas de referência utilizadas para este
estudo radiográfico/cefalométrico comparativo foram: Convexidade Facial (Pt.
A), Eixo Facial (EF), Plano Oclusal (Pl. O) e Altura Facial Posterior (Go’-
CF). Como resultados pode-se observar que houve uma redução média do Pt. A no
valor de 2,95 mm, redução do EF em 0,06º, rotação no sentido anti-horário do
Pl. O e aumento médio de 7,44 mm do Go’- CF.
A partir destes resultados, sugere-se que a utilização da ancoragem
extra-oral propicie o destravamento do côndilo mandibular em relação à fossa
articular, potencializando o crescimento mandibular posterior com redução da
convexidade facial. Desta forma, a ancoragem extra-oral mostra-se de capital
importância para o tratamento eficaz, radiográfica/cefalometricamente, da
maloclusão Classe II/I de Angle.
A390
Avaliação de lesões bucais em pacientes de atendimento de
urgência.
PENHA, S.
S.*, BORSATTI, M. A., BIRMAN, E. G., ROCHA, R. G., TORTAMANO, N.
Disciplina
de Clínica Integrada – Departamento de Estomatologia – FOUSP.
Tel.: (0**11) 3091-7813.
No atendimento odontológico, lesões de tecido mole que
requerem tratamento posterior ou orientação, muitas vezes não representam a
queixa principal do paciente. Assim, procuramos avaliar a prevalência dessas
lesões em 719 pacientes que procuraram atendimento de urgência entre julho de
98/julho de 00 (Parecer CEP 23/97). Os pacientes foram examinados clinicamente,
e as lesões diagnosticadas frente às características apresentadas ou baseados
em lesões fundamentais (WHO. Comm Dent Oral Epidemiol, v. 8,
p. 1-26, 1980). Esta amostra foi dividida comparando-se a ocorrência de
lesões em três faixas etárias: 0 a 14 anos, 15 a 44, e 45 ou mais anos. O uso
de próteses e a eventual ocorrência de lesões relacionadas também foi
pesquisada. Pôde-se avaliar um aumento na ocorrência de lesões com o aumento da
idade, estando a úlcera traumática presente nos três grupos avaliados. Nódulos
encaminhados para esclarecimento foram verificados em 5,35% dos pacientes até
14 anos; em 4,04% dos pacientes entre 15 e 44 anos, e em 9,24% dos pacientes
com idade acima de 45 anos. Os pacientes portadores de próteses removíveis ou
totais representaram 18,77% do total da amostra; com 46,6% dos pacientes
(54,02% mulheres; 31,25% homens) apresentando lesões relacionadas ao uso das
mesmas, como a estomatite protética e a hiperplasia fibrosa inflamatória.
Mesmo sem representar a queixa principal, lesões de mucosa podem ser
diagnosticadas no exame clínico.
A391
Presença de desmoplasia em neoplasias de glândula salivar.
FURUSE, C.*,
SOBRAL, A. P. V., ARAÚJO, V. C.
Departamento
de Estomatologia – Faculdade de Odontologia – USP - São Paulo - SP.
Tel.: (0**11) 3091-7902, 3091-7912, 9156-2598.
E-mail: cfuruse@fo.usp.br
Desmoplasia é uma deposição proeminente de colágeno de
permeio às células neoplásicas, tendo o miofibroblasto (MF) como a célula responsável
por esse processo. Sua presença tem sido associada a um prognóstico mais
favorável em algumas neoplasias e, diante disso, propusemo-nos a estudar sua
presença nas neoplasias de glândula salivar. A fim de verificar a presença de
MF no estroma tumoral do adenoma pleomórfico (AP), carcinoma adenóide cístico
(CAC), carcinoma epitelial-mioepitelial (CEM), adenocarcinoma de células
acinares (ACA), carcinoma mucoepidermóide (CME) e adenocarcinoma polimorfo de
baixo grau de malignidade (APBGM) foram testados os anticorpos actina muscular
lisa e caldesmona utilizando o método imuno-histoquímico. No AP, CAC e CEM não
foi verificada a presença de MF. No ACA foi observada raramente em áreas focais
e, no CME e APBGM, quantidades variadas. Os CMEs de baixo grau de malignidade
apresentaram maior quantidade de MF do que os de alto grau e no APBGM foi mais
exuberante nos que exibiam blocos celulares bem delimitados.
Concluímos que, nos AP, CAC e CEM, que não apresentam as células
mioepiteliais como componente tumoral, não se verifica a presença de MF e, nos
outros tumores, a quantidade de MF foi variável.
A392
Comparação da expressão imuno-histoquímica da ciclina D1 e
do p21 com a gradação histológica de malignidade de carcinomas epidermóides de
boca.
NEVES, A.
C.*, TODDAI, E., SOUSA, S. C. O. M.
Disciplina
de Patologia Bucal – FO – USP. Tel.: (0**11) 3091-7902.
E-mail: neves@fo.usp.br
A proliferação celular intensa e descontrolada é uma
característica marcante do câncer, tendo esta como causa principal alterações
nos mecanismos de controle do ciclo de crescimento e divisão das células.
Assim, uma das linhas de combate ao câncer está baseada na compreensão dos
processos bioquímicos associados ao ciclo celular e na identificação de
proteínas que controlam a proliferação celular. Entre essas proteínas
destacam-se a ciclina D1 e o p21, que atuam respectivamente estimulando e
inibindo o ciclo de divisão celular. Assim, a proposição desse trabalho foi
correlacionar a expressão da ciclina D1 e do p21 em carcinomas epidermóides de
boca, e comparar a expressão das mesmas com os escores de malignidade
atribuídos para essa neoplasia. Utilizamos 28 casos de carcinomas epidermóides
de boca, os quais foram classificados de acordo com o sistema de gradação
histológica de malignidade proposto por ANNEROTH et al. (Scand J Dent
Res, v. 95, n. 3, p. 229-249, 1987). A expressão das
proteínas foi obtida através da utilização da técnica imuno-histoquímica da
estreptoavidina-biotina. A análise estatística revelou não haver correlação
entre a expressão da ciclina D1 e do p21 nos carcinomas epidermóides estudados.
Não houve correlação entre os números médios de núcleos ciclina D1 e p21
positivos e os escores histológicos da malignidade atribuídos para os
carcinomas estudados.
A393
Dupla marcação PCNA/AgNOR em adenoma pleomórfico e carcinoma
adenóide cístico.
RIVERO, E.
R. C.*, CALIARI, M., TARQUÍNI, S. B., LOYOLA, A. M., AGUIAR, M. C. F.
Departamento
de Clínica, Patologia e Cirurgia Odontológica – UFMG.
E-mail: rivero@fo.usp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre dois
marcadores de proliferação celular, PCNA e AgNOR, através da técnica de dupla
marcação, em 10 casos de adenoma pleomórfico (AP) e em 16 casos de carcinoma
adenóide cístico (CAC). Foi realizada a análise numérica e morfométrica das
AgNORs nos núcleos positivos e negativos para o PCNA. No AP, foi observada
diferença estatisticamente significante para a média numérica das AgNORs, que
foi maior nas células PCNA positivas, quando comparada com as células PCNA negativas.
A análise morfométrica das AgNORs, no AP, mostrou que a área e o perímetro
foram maiores e que o índice de contorno (IC) menor nas células PCNA positivas,
no entanto, diferença estatística foi observada para os valores referentes ao
perímetro e IC. Não foi observada diferença estatisticamente significante para
os valores referentes às áreas das AgNORs, entre as células positivas e
negativas ao PCNA. No CAC, diferença estatística foi observada apenas para os
valores referentes às áreas das AgNORs, que se apresentaram maiores nas células
PCNA positivas, quando comparados com as células PCNA negativas. Para os demais
valores morfométricos (perímetro e IC) e numéricos das AgNORs, não foi
observada essa diferença.
Nossos resultados mostraram que nem sempre existe relação entre os
parâmetros numéricos e morfométricos das AgNORs e a imunoexpressão do PCNA.
A394
Principais alterações sistêmicas de interesse odontológico
na síndrome de Down.
CAIRES, M.
P. K. M., NUNES, F. D.
Disciplina
de Patologia Bucal – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7902.
E-mail: kapicius@aol.com
Os pacientes com a síndrome de Down apresentam importantes
alterações, tanto sistêmicas, quanto faciais e bucais. Foram analisados 248
pacientes trissômicos, observadas suas principais alterações sistêmicas de
interesse odontológico, e discutidos os aspectos etiológicos, moleculares e
clínicos de cada uma. O grupo também foi dividido segundo a faixa etária, sexo
e cor de pele, e as prevalências dessas alterações comparadas. As alterações de
maior freqüência foram, em ordem decrescente: doenças infecciosas (56,45%),
pneumonia (38,31%), cardiopatias (34,27%), problemas oftálmicos (26,61%),
alergias (20,16%), bronquite (15,75%), amigdalite (13,71%) e convulsão (12,5%).
As alterações que apresentam percentuais insignificantes foram anemias,
diabetes, leucemias e distúrbios de coagulação. A faixa etária influenciou na
prevalência de todas as alterações médicas estudadas. O sexo não influenciou,
exceto na bronquite onde o masculino foi mais afetado.
As várias alterações sistêmicas presentes nessa síndrome, seus aspectos
etiológicos, moleculares e clínicos, devem ser consideradas pelo
cirurgião-dentista quando do planejamento do tratamento desses pacientes.
A395
Estudo imuno-histoquímico e zimográfico das metaloproteinases
no ameloblastoma.
PINHEIRO, J.
J. V.*, TODAI, E., JAEGER, R. G.
Patologia
Bucal – FOUSP. Tel./fax: (0**11) 3091-7902.
E-mail: rgjaeger@siso.fo.usp.com.br
O ameloblastoma é um tumor odontogênico de origem
ectodérmica, caracterizado pela proliferação do epitélio odontogênico sem a
participação do ectomesênquima. Embora caracterizado como uma neoplasia
benigna, o ameloblastoma é localmente invasivo o que resulta em recidivas
freqüentes mesmo após a realização de cirurgias radicais, além de metástases
relatadas na literatura. Um dos pontos importantes no estudo desta neoplasia, é
o mecanismo pelo qual ela invade os tecidos vizinhos. Entre os fatores que
modulam a invasividade local de uma neoplasia estão as metaloproteinases da
matriz (“matrix metalloproteinases”, MMPs). Essas enzimas podem degradar a
maioria, se não todos os componentes da matriz extracelular. Por isso achamos
interessante investigar a expressão de diversas MMPs nas células do
ameloblastoma. Para o estudo foi realizada a análise imuno-histoquímica em
cortes histológicos de ameloblastoma humano e estudo zimográfico do mesmo.
Nossos resultados revelaram a expressão de MMP-1, MMP-2 e MMP-9, no
ameloblastoma humano. No estudo zimográfico observamos a atividade de enzimas
com peso molecular de aproximadamente 66 e 84 Kd o que corresponde as
MMP-2 e MMP-9 respectivamente.
Concluímos que as células do ameloblastoma expressam metaloproteinases
da matriz e que as metaloproteinases 2 e 9 apresentam-se ativas no tumor.
Nossos resultados indicam que as metaloproteinases podem estar envolvidas no
mecanismo de invasão local dessa neoplasia.
A396
Correlações entre a base craniana e o padrão facial em
brasileiros leucodermas com oclusão normal.
SIMONE, K.
R. I.*, COSTA, C., FALTIN Jr., K.
Ortodontia –
Universidade Paulista.
Considerando-se que a base craniana é composta por
estruturas que estabelecem sua deflexão e estabilidade precocemente, avaliou-se
a possibilidade de usar o ângulo da base craniana como parâmetro de comparação
entre ângulos e áreas que expressam as dimensões faciais. Foi aplicada a
análise de correlação de Pearson entre o ângulo da base craniana, ângulo do
eixo facial, ângulo facial e da dentição, além das áreas correspondentes a
estes ângulos, em radiografias cefalométricas de 47 jovens do sexo masculino e
53 jovens do sexo feminino, com idade média de 13 anos e 5 meses, leucodermas,
com harmonia facial, oclusão normal e dentição permanente. Aferimos que o
ângulo da base craniana, o ângulo do eixo facial e ângulo facial apresentaram correlação
direta e estatisticamente significante, enquanto que a correlação entre o
ângulo da base craniana e o ângulo da dentição apresentou-se inversa e
estatisticamente significante.
Concluiu-se que o ângulo da base craniana é um parâmetro confiável, podendo
ser utilizado na avaliação do desenvolvimento facial normal do paciente
infantil. A área da base craniana se correlacionou de maneira direta e
estatisticamente significante com a área facial e a área da dentição.
A397
Verificação radiográfica de reparos anatômicos em crânios,
em técnicas convencionais.
FREITAS, A.
C. P. A.*, PEREIRA, M. F., FREITAS, C.
Departamento
de Estomatologia – Faculdade de Odontologia – Universidade de São Paulo.
Tel.: (0**11) 3826-3265, 3826-1337. E-mail: cfreitas@fo.usp.br
O estudo dos reparos anatômicos relativos ao crânio
apresenta dificuldades na identificação dos mesmos, não somente em nível
topográfico, mas principalmente nas imagens radiográficas obtidas por meio de
incidências radiográficas convencionais e pelos métodos recentes de diagnóstico
por imagem. A amostra foi constituída de 24 crânios secos, sendo subdivididos
em quatro grupos, nos quais se estudaram alguns reparos anatômicos específicos
às diferentes normas representadas nas incidências panorâmica, telerradiografias
em norma lateral e frontal, póstero-anterior para seios maxilares e axial.
Todos os crânios foram previamente radiografados e somente depois demarcados no
contorno e/ou extensão dos reparos anatômicos, com auxílio de uma solução de
contraste, de sulfato de bário manipulada na concentração de 80%, e
posteriormente as técnicas radiográficas foram executadas. As imagens
radiográficas foram examinadas separadamente por três observadores, calibrados,
com o intuito de se identificar os reparos anatômicos. O tratamento estatístico
foi executado utilizando-se os testes de Kruskal-Wallis, de Wilcoxon e de
Iman-Davenport.
Os
resultados apontaram os seguintes reparos anatômicos de maior dificuldade de
identificação: forame redondo (técnica axial), forame infra-orbitário
(panorâmica), asas maior e menor do osso esfenóide, células etmoidais e o ponto
craniométrico básio (telerradiografia lateral), células etmoidais
(telerradiografia frontal), asa menor do osso esfenóide, células etmoidais e
processo pterigóide do osso esfenóide (póstero-anterior para seios maxilares).
A398
Susceptibilidade a anti-sépticos de Candida albicans
isoladas de pacientes portadores de estomatite protética.
SANTOS, V.
A.*, SUGAYA, N. N., BIRMAN, E. G., CURY, A. E.
Departamento
de Estomatologia – FOUSP; Faculdade de Ciências Farmacêuticas – USP.
A estomatite protética é uma condição inflamatória de
ocorrência comum entre portadores de próteses totais. A etiologia da EP ainda
não se encontra completamente definida, entretanto parece depender de causas
locais relacionadas à prótese, bem como da participação de microrganismos,
especialmente leveduras do gênero Candida. O tratamento da EP é de certa
forma ainda empírico, baseando-se na indicação de antifúngicos e anti-sépticos
diversos sem previsão confiável de resultados. Propusemo-nos a avaliar in
vitro a susceptibilidade de Candida proveniente de pacientes
portadores de estomatite protética a anti-sépticos. A coleta de material dos
pacientes foi realizada através de “swab”, seguindo-se cultivo e isolamento
segundo a metodologia utilizada pelo laboratório de Micologia da Faculdade de
Ciências Farmacêuticas da USP. Isolamos 39 cepas de Candida que foram
mantidas em estoque para os testes de susceptibilidade ao cloreto de cetilpiridínio
(CCP) e ao triclosan (TRI), segundo o método de diluição em ágar. Obtivemos
concentração inibitória mínima (CIM) ³ 0,07 g/l e concentração
fungicida mínima (CFM) também ³ 0,07 g/l para o CCP, e CIM ³
2,5 g/l e CFM ³ 10 g/l para o TRI.
Concluímos que os anti-sépticos testados apresentam atividade fungicida
sobre as cepas de Candida isoladas de pacientes portadores de EP e
que o CCP é mais eficaz, in vitro, que o TRI.
A399
Casas geriátricas e negligência odontológica em Porto
Alegre, Brasil.
MELLO, A. L.
S. F.*, PADILHA, D. M. P., RODRIGUES, G. S., BENNETT, G.
FO – UFRGS;
IGG – PUC-RS; SVS – POA; Universidade de Londres.
Tel.: (0**51) 246-1426. E-mail: alfm@zaz.com.br
O quadro demográfico brasileiro está sofrendo mudanças. A
população idosa, composta por indivíduos com mais de 60 anos, é a que mais
cresce proporcionalmente. Conseqüentemente, o número de idosos que passa a
residir em instituições geriátricas está aumentando. A maioria das instituições
é privada e poucas são públicas. O objetivo deste estudo é apresentar os
resultados do levantamento de casas geriátricas no município de Porto Alegre,
com ênfase na atenção e assistência odontológicas disponíveis. Arquivos do
Setor de Vigilância em Serviços de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde foram
analisados e atualizados, e as seguintes informações foram coletadas: endereço,
telefone, natureza jurídica, situação na Vigilância, número de leitos, número
de residentes, sexo, residentes << 60 anos, custo, e presença
de serviços odontológicos. Em Porto Alegre existem 111 instituições geriátricas
que acolhem 2.113 idosos. A taxa de institucionalização é de 1,44%. Somente uma
casa privada possui dentista no quadro de funcionários, atendendo 60 idosos.
Três casas filantrópicas (2,7%) possuem serviço odontológico prestado por
voluntários, atendendo 387 idosos (18,3%). Foi observado que tratamento
odontológico é solicitado em caso de emergência e a família ou o idoso deve
custeá-lo.
Conclui-se que serviços odontológicos não são fornecidos regularmente
aos idosos institucionalizados do município de Porto Alegre. Ignorar e não
corresponder às necessidades dessa população constitui negligência.
A400
Determinação da profundidade da lesão de cárie através da
radiografia digital.
GONÇALVES,
M. A.*, CORDEIRO, R. C. L., SANTOS-PINTO, L. A. M.
Departamento
de Clínica Infantil – UNESP – Araraquara.
Tel.: (0**16) 201-6335, 201-6328. E-mail: ritacord@foar.unesp.br
O objetivo desse estudo foi avaliar a efetividade da
radiografia convencional, digital direta e digital direta com ajuste do
contraste e brilho, na determinação da profundidade da lesão de cárie oclusal.
Foram selecionados 51 sítios de cárie em molares decíduos esfoliados,
posicionados em um dispositivo que permitiu a padronização das imagens. As
tomadas radiográficas convencionais foram realizadas com filme Ektaspeed Plus
(Kodak) e as digitais com sensor CCD do sistema digital direto CDR (Schick
Technologies Inc., USA), que permite o ajuste do contraste e brilho. As
análises das radiografias foram realizadas por um examinador experiente e
devidamente calibrado, e o padrão-ouro obtido após secção dos dentes e análise
em lupa estereoscópica. Aos dados obtidos foi aplicada a correlação de Pearson.
Os autores concluíram que foram observadas similaridade na concordância
entre os métodos convencional, digital direto sem e com ajuste do contraste e
brilho, na determinação da profundidade da lesão de cárie oclusal, embora a
última tenha apresentado a maior correlação com a lupa. (Apoio financeiro:
CNPq.)
A401
Fissuras labiopalatais: prevalência na AFLAP de São José dos
Campos - SP.
NEVES, A. C.
C.*, MONTEIRO, A. M., NG, H. G., RODE, S. M., PATROCÍNIO, M. C.
Faculdade de
Odontologia – Universidade de Taubaté. Tel.: (0**12) 225-4147.
As fissuras labiopalatais constituem problema
médico-odonto-social, ocupando lugar de destaque dentre os demais processos
patológicos da mesma natureza. Situam-se entre o 3º e 4º defeito congênito mais
freqüente, sendo que no Brasil, parecem ocorrer na ordem de grandeza de 1 para
650 nascimentos e, estimativa superficial sugere a existência de
aproximadamente 180.000 fissurados no Brasil. Apresentam graus diferentes de
severidade, e embora facilmente reconhecíveis, estas anomalias exigem uma
abordagem complexa, multidisciplinar. Com o objetivo de relacionar o tipo de
fissura com o sexo, mês de nascimento do paciente, hereditariedade e uni- ou
bilateralidade das mesmas, foram estudados dados coletados de fichas clínicas
de pacientes com fissuras labiopalatais atendidos na Associação de Fissurados Labiopalatinos
(AFLAP) de São José dos Campos - SP, no período de 1992 a 2000, os quais
foram anotados em ficha informatizada elaborada para este fim. Após análise
estatística dos dados, realizada através da freqüência em número e porcentagem
das variáveis propostas e teste do qui-quadrado, com nível de significância de
5%, observou-se que a fissura transforame incidia mais freqüentemente que a
pré- e a pós-forame; não havia relação significativa entre os tipos de fissura
e o sexo dos pacientes e entre os tipos de fissura e a variável
hereditariedade. Relação estatística significativa foi evidenciada entre os
tipos de fissura e a uni- ou bilateralidade das mesmas e entre os tipos de
fissura e o mês de nascimento dos pacientes.
A402
Avaliação da presença de mastócito em hemangiomas e
granulomas piogênicos bucais.
SPETIC, M.
B. S. A.*, LARA, V. S.
Departamento
de Estomatologia, Área de Patologia – Faculdade de Odontologia de Bauru – USP.
Tel.: (0**14) 235-8251. E-mail: vanessa@fob. usp.br
Os hemangiomas são lesões vasculares benignas,
caracterizadas por uma marcante proliferação do endotélio capilar, podendo
sofrer ou não regressão espontânea. Os estímulos que induzem as células
endoteliais a iniciar e manter este ciclo evolutivo ainda não estão totalmente
esclarecidos. Os mastócitos estão sendo considerados células coadjuvantes na
manutenção deste processo biológico. Visto a inexistência de trabalhos
esclarecedores e as inúmeras dúvidas quanto à participação dos mastócitos na
evolução natural das lesões vasculares bucais, propusemo-nos a realizar este
trabalho. Foram estudados 10 casos de cada um dos grupos: 1- granuloma
piogênico; 2- hemangioma capilar; 3- hemangioma cavernoso; e 8 casos de mucosa
bucal normal (grupo controle), por meio da imunomarcação das triptases
presentes nos grânulos dos mastócitos, com posterior quantificação e análise
estatística. Os resultados indicaram um número significativamente superior de
mastócitos nos hemangiomas capilares (259,1 ± 55,3), quando comparado
àquele observado nos hemangiomas cavernosos (99,9 ± 20,7), nos
granulomas piogênicos (93,6 ± 15,6) e na mucosa bucal normal
(96,6 ± 7,6).
Os achados permitiram sugerir a participação mais efetiva dos mastócitos
na evolução natural dos hemangiomas capilares, o que acreditamos ser
provavelmente pela estimulação da angiogênese por meio da produção de bFGF.
(Suporte financeiro: FAPESP.)
A403
A confiabilidade de medidas realizadas em tomografias
lineares e radiografias panorâmicas.
ROCKENBACH,
M. I. B.*, SAMPAIO, M. C. C., COSTA, L. J., COSTA, N. P.
Pós-Graduação
em Odontologia – UFPB. Tel.: (0**83) 216-7409.
Avaliou-se a confiabilidade da tomografia linear e da
radiografia panorâmica realizadas com o equipamento de raios X Vera View
Scope X - 600 (Morita). A amostra constituiu-se de 20 hemimandíbulas
humanas secas, cuja área selecionada localizou-se a 1,5 cm para distal do
limite anterior do forame mental. Quatro medidas foram estabelecidas: 1)
distância entre o limite superior do rebordo alveolar e o limite inferior da
base da mandíbula; 2) distância entre o limite superior do rebordo alveolar e o
limite superior do conduto mandibular; 3) diâmetro do conduto mandibular; 4)
distância entre o limite inferior do conduto mandibular e o limite inferior da
base da mandíbula. As imagens obtidas foram traçadas em papel acetato e as
hemimandíbulas seccionadas na região demarcada. As mensurações foram realizadas
com a utilização de um paquímetro eletrônico digital (Starret). Os valores
encontrados nas imagens radiográficas foram comparados com aqueles obtidos nos
espécimes mandibulares e submetidos a avaliação estatística pelo teste de
Wilcoxon. Concluiu-se que a tomografia linear superestimou as medidas obtidas
nos espécimes mandibulares. A radiografia panorâmica apresentou valores
próximos das medidas reais das mandíbulas secas.
Entretanto, ambas as técnicas são confiáveis para a realização de
medidas lineares verticais na área selecionada, recomendando-se a utilização de
uma margem de segurança de 2,0 mm.
A404
Avaliação do processamento de filmes nas densidades óptica e
radiográfica.
PAVAN, A.
J.*, GONÇALVES, E. A. L., PAVAN, N. N. O., CAMARINI, E., TAVANO, O.
Universidade
Estadual de Maringá – UEM; Faculdade de Odontologia de Bauru – FOB – USP.
A qualidade da imagem radiográfica depende das soluções e
métodos adequados, podendo ter o auxílio da informática. Analisou-se a
utilização da densidade radiográfica (D.R.) como substituto da densidade óptica
(D.O.) no controle de processamento radiográfico de filmes periapicais DF-58
que foram sensibilizados por um aparelho General Electric. Os filmes foram
divididos em cinco faixas, sendo uma não exposta, servindo para avaliação da
densidade base e velamento e as outras quatro faixas foram expostas com 1, 10,
60 e 300 impulsos, os quais foram processados manualmente em solução Kodak em
grupos de três nas temperaturas de 20ºC, 25ºC e 30ºC, com diferentes tempos.
Para se avaliar a densidade óptica utilizou-se o fotodensitômetro MRA e para a
avaliação das densidades radiográficas escanearam-se as radiografias com o
“scaner” Scanjet da HP e utilizou-se o programa Digora que forneceu dados que
puderam ser comparados para análise da solução de processamento radiográfico.
Os resultados mostraram que a densidade óptica medida pelo fotodensitômetro,
apresentou valores baixos, enquanto que a densidade radiográfica apresentou uma
variação correspondente aos níveis de cinza e variou conforme o número de
impulsos nas faixas.
Concluiu-se que as imagens das radiografias digitalizadas nas diferentes
combinações de temperatura/tempo nos fornecem uma maior precisão de resultados
e rapidez na operação e podem substituir o fotodensitômetro na avaliação das
imagens em filmes radiográficos processados manualmente.
A405
Estudo clínico e radiográfico das alterações periodontais na
menopausa.
FALCÃO, A.
F. P. *, SANTANA, E. J. B.
Programa
Integrado de Pós-Graduação em Odontologia – UFPB; UFBA.
A atenção à mulher antes, durante e após a menopausa
desperta interesse atualmente. Duas são as razões principais: o envelhecimento
populacional e as controvérsias quanto aos benefícios da terapia de reposição
hormonal – TRH, no controle das alterações, associadas a osteopenia e a
osteoporose. Estima-se que 30 a 40% das mulheres tenham suscetibilidade para
desenvolver osteoporose. Os reflexos na cavidade bucal variam desde secura e
ardência das mucosas até mobilidade e perda do dente. Objetiva-se identificar
essas alterações, o mais precoce possível, pelo acompanhamento de 60
menopausadas, sendo 30 sem TRH e 30 com TRH através de avaliações clínicas,
radiografia interproximal digitalizada – DentScan com medidas linear e de
densidade óptica - e dosagem de estradiol.
Os resultados obtidos mostram uma tendência para progressão e severidade
das alterações no grupo sem TRH, e para estabilidade ou ausência de relatos ou
achados no grupo TRH.
A406
Alterações morfológicas no palato mole de ratos alcoolizados
experimentalmente.
PALOMARI, E.
T.*, CUNHA, M. R., MARCONDES, C. A., CAMILLI, J. A.
Departamento
de Anatomia – IB; UNICAMP. Tel.: (0**19) 3788-7391.
E-mail: epaloma@obelix.unicamp.br
As alterações das relações sócio-comportamentais associadas
ao aumento de moléstias crônicas fazem atualmente do alcoolismo, segundo a OMS,
um dos mais sérios problemas da saúde pública mundial. O objetivo deste
trabalho foi observar possíveis alterações morfológicas no palato mole de ratos
submetidos ao alcoolismo crônico experimental. Foram utilizados 24 ratos
Wistar, adultos, machos, divididos em dois grupos. O grupo controle recebeu
dieta sólida e água ad libitum. O grupo alcoólatra recebeu a mesma dieta
sólida e solução de água e etanol numa concentração de 25%. Após 60, 100 e 160
dias, quatro (4) animais de cada grupo foram anestesiados, sacrificados e
tiveram o palato mole dissecado. As observações macroscópicas e microscópicas,
incluindo a análise ultra-estrututral, demonstraram que os animais alcoólatras
apresentaram alterações em relação aos grupos controles. Dentre as alterações
microscópicas foram verificadas a irregularidade do epitélio, aparente atrofia
das células basais, ácinos dispersos no estroma, além de alterações nos ductos
glandulares. A análise ultra-estrutural demonstrou aumento dos espaços
intercelulares, diminuição dos grânulos secretores e presença de inclusões
lipídicas no citoplasma das células epiteliais.
Com base nesses resultados podemos inferir que o alcoolismo crônico pode
alterar a mucosa palatina de ratos. (Apoio financeiro: Fundo de Apoio ao Ensino
e Pesquisa - FAEP, UNICAMP.)
A407
Câncer bucal e desigualdades sociais - Brasil, 1980 e 1991.
MACIEL, S.
S. S. V.*, RODRIGUES, C. S.
Departamento
de Odontologia Preventiva e Social – FOP – UPE.
E-mail: wamberto@supranet.com.br
O objetivo deste estudo foi descrever e analisar os
diferenciais de mortalidade por câncer bucal ocorridos nas capitais
brasileiras, nos anos de 1980 e 1991, analisando as relações com as condições
de vida das populações que nelas habitam. O desenho do estudo foi do tipo
ecológico. Os dados trabalhados foram provenientes da base de dados do Sistema
de Informações sobre Mortalidade (CID-9 140-145). As populações utilizadas para
construção dos coeficientes foram as dos censos de 1980 e 1991. Os índices
utilizados para medir desigualdades sociais foram o IDH-M e o ICV. Os
resultados confirmam uma maior vulnerabilidade à doença em homens, em grupos de
idosos e em pessoas de baixo nível educacional. Os achados sugerem uma
correlação positiva entre componentes dos IDH-M e ICV e taxas de mortalidade
por câncer bucal, podendo gerar hipóteses específicas para o estudo da relação
entre condições de vida e câncer bucal. A comparação entre os anos estudados
mostrou ligeira tendência ao declínio da mortalidade em algumas capitais,
enquanto outras, apresentaram tendência inversa, como: Recife, Curitiba,
Teresina, Vitória e Campo Grande. As capitais identificadas no grupo de IDH-M
alto apresentaram uma taxa média de mortalidade mais alta por neoplasias bucais
(1,94/100 mil hab.) que o grupo de capitais com o IDH-M médio
(0,79/100 mil hab.). (Apoio financeiro: CAPES.)
A408
Estudo clínico, radiográfico, histopatológico e
imuno-histoquímico da cavidade óssea idiopática.
PERDIGÃO, P.
F.*, SILVA, E. C., CÂNDIDO, V. S., GOMEZ, R. S.
Departamento
de Clínica, Patologia e Cirurgia – Faculdade de Odontologia – UFMG.
Tel.: (0**31) 3499-2477. E-mail: rsgomez@mail.odonto.ufmg.br
O objetivo do presente estudo foi avaliar e relacionar
parâmetros clínicos, radiográficos, histológicos e imuno-histoquímicos da
cavidade óssea idiopática. Quarenta casos de cavidade óssea idiopática foram
selecionados do laboratório de Patologia e incluídos no estudo. Deste total, 20
apresentavam radiografias que foram incluídas na análise. Os seguintes
parâmetros radiográficos foram estudados: contorno da lesão, presença de halo
esclerótico, projeção entre raízes dentárias, número de raízes dentárias
envolvidas, número de lesões e locularidade. Análise morfométrica do tecido
conjuntivo fibroso celularizado que reveste a cavidade foi também realizada.
Para identificação da imuno-histoquímica da proteína morfogenética do osso
(BMP-4) foi utilizada a técnica da estreptavidina-biotina-peroxidase. O teste
de Mann-Whitney e de Fisher foram usados na análise estatística. Os resultados
mostraram predominância de pacientes mais jovens nos casos que exibiam menor
espessura de conjuntivo na parede da cavidade. A presença de lesões múltiplas
foi identificada preferencialmente associada a displasias cemento-ósseas.
Positividade para BMP-4 foi identificada em sete casos.
Concluindo, o nosso estudo sugere que existe relação entre alguns aspectos
clínicos com dados radiográficos e histológicos na cavidade óssea idiopática.
A409
Expressão gênica da estomatite aftosa recorrente pela
técnica de “microarray”.
BORRA, R.
C.*, ANDRADE, P. M., ABREU, M. A. M. M., REGINA NETO, D., SALAORNI, S.,
SILVA, I. D. C. G., FRANCO, M. F., WECKY, L. L. M.
UNIFESP –
EPM.
A estomatite aftosa recorrente (EAR) é uma doença
inflamatória crônica com distribuição mundial e de etiopatogenia desconhecida
que acomete 20% da população. Pesquisas recentes investigaram a possibilidade
da reação imune anormal ser a responsável pela destruição da mucosa oral.
Atualmente, o método mais usado para pesquisar simultaneamente a expressão
gênica é o “microarray” de cDNA. O primeiro passo para entender o processo da
EAR seria caracterizar os eventos inflamatórios em termos moleculares, para
tentar identificar os mais importantes. O objetivo desse estudo foi
caracterizar o padrão de expressão gênica na EAR, usando “microarray” de 1.176
genes. Foram selecionados 20 pacientes portadores de EAR, que apresentavam pelo
menos um episódio a cada 15 dias. Foram obtidas duas amostras de tecido (borda
e adjacente) da úlcera com até 48 h de evolução, em cada paciente. O
material foi congelado em nitrogênio líquido. O RNA total foi extraído dos
tecidos usando Trizol® e dividido em dois grupos (PI- adjacente,
PII- borda). Foram usadas duas membranas de cDNA “microarray” para análise da
expressão gênica. A sonda de cDNA, obtida de 17 mg RNA total, foi marcada
com 33P. A hibridização ocorreu à 42ºC por 12 horas. As membranas foram
reveladas usando “scaner” à laser, para obtenção das imagens. Os “spots” de
cDNA do “microarray” foram quantificados e normalizados, sendo que os 3% com
maior intensidade nos dois grupos foram selecionados. Os resultados permitiram
identificar os 34 genes mais expressos na EAR com possibilidades de
envolvimento na patogenia. (Suporte: FADA.)
A410
Associação do Helicobacter pylori com a estomatite
ulcerosa recorrente.
VICTÓRIA, J.
M. N., KALAPOTHAKIS, E., GOMEZ, R. S.
Departamento
de Clínica, Patologia e Cirurgia Odontológica – Faculdade de Odontologia –
UFMG. E-mail: rsgomez@mail.odonto.ufmg.br
Considerando estudos que sugerem associação entre alguns
agentes microbianos com a estomatite ulcerosa recorrente (EUR), o presente
trabalho tem por objetivo avaliar a presença de DNA do Helicobacter pylori
em amostras de raspados bucais de pacientes afetados pela EUR. Raspados da
mucosa bucal foram realizados em 27 pacientes afetados pela lesão e em 30
indivíduos controles. Após a extração de DNA, as amostras foram submetidas a
técnica do “nested PCR” para identificação do Helicobacter pylori.
Controles positivos e negativos foram utilizados nas reações de PCR e reações
de sequenciamento de DNA foram realizadas para todos os produtos de PCR
positivos. Os resultados mostraram associação positiva da bactéria com a
presença da EUR (p = 0,048).
Concluindo, estes dados reforçam a hipótese de que o Helicobacter
pylori pode estar envolvido na patogênese da EUR.
A411
VEGF em glândulas salivares labiais de transplantados de
medula óssea.
SOUZA, L.
N.*, CARNEIRO, M. A., GOMEZ, R. S.
Departamento
de Clínica, Patologia e Cirurgia Odontológicas – Faculdade de Odontologia –
UFMG. Fax: (0**31) 3413-7533.
O fator de crescimento vascular (VEGF) participa do reparo
da mucosa bucal, sendo produzido pelas glândulas salivares e secretado na
saliva. No transplante de medula óssea (TMO), a inflamação crônica nas
glândulas salivares pela doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH) poderia
alterar a expressão deste fator e a sua concentração na saliva, interferindo na
homeostasia da mucosa bucal. Foi avaliada a influência do TMO na
imunolocalização do VEGF em glândulas salivares labiais dos pacientes
transplantados e verificada a relação entre a presença da DECH e esta
imunolocalização, além do impacto do grau de imunolocalização na sobrevida dos
pacientes. Não houve diferença entre a imunolocalização do VEGF em glândulas
salivares de pacientes transplantados e o grupo controle e também entre os
graus da DECH e a imunolocalização do VEGF. A análise de sobrevida incluiu os
parâmetros clínicos que poderiam interferir, sendo obtida significância
estatística para as variáveis doador masculino e do número de
plaquetas >> 100.000 células/mm3 no dia da
biópsia, mas sem significância do grau de imunolocalização do VEGF nas
glândulas salivares para a sobrevida destes pacientes.
A imunolocalização do VEGF em glândulas salivares labiais de pacientes
submetidos ao TMO não difere da observada em não-transplantados e a DECH em
seus variados graus também não interfere na imunolocalização. Os doadores
masculinos e o número de plaquetas >> 100.000 células/mm3
foram os únicos fatores de prognóstico positivo na sobrevida dos pacientes
submetidos ao TMO.
A412
Associação de Candida spp. com lesões da mucosa
bucal.
OLIVEIRA, J.
R.*, SANTOS, V. R., CARMO, M. A V. do.
Departamento
de Clínica, Patologia e Cirurgia – FO – UFMG.
A associação de espécies oportunistas de Candida com
lesões específicas da mucosa bucal ainda é uma questão bastante controversa na
literatura. O presente trabalho teve, como objetivo, avaliar a possível
associação subclínica entre Candida spp. e lesões brancas e ulceradas da
mucosa bucal. Para tanto, foram avaliados 31 pacientes portadores dessas
lesões, sem evidências clínicas de candidíase bucal, utilizando-se raspado das
lesões com “swabs” estéreis. As espécies foram identificadas pelo Sistema
Auxacolor® para identificação rápida de leveduras. Foram, também,
colhidas e identificadas amostras do dorso de língua dos pacientes, para
verificação da condição de portador assintomático de Candida spp.
Avaliaram-se 17 lesões brancas (12 leucoplasias, 3 hiperceratoses e 2 líquen
plano reticulares) e 14 lesões ulceradas (6 aftas, 4 líquen plano erosivos, 3
penfigóides e 1 pênfigo). Observou-se uma correlação positiva entre a condição
de portador de Candida spp. na cavidade bucal e a presença desses
microorganismos nas lesões estudadas. Não houve diferença, estatisticamente
significante, quanto a presença desse fungo, nos grupos de lesões brancas ou
ulceradas da mucosa bucal, embora tenha havido uma discreta predileção pelas
lesões brancas. A C. albicans foi a espécie prevalente (92,6%), seguida
pela C. tropicalis (7,4%).
No presente estudo, não se constatou relação direta entre os fatores
predisponentes, apresentados pelos pacientes e a presença do fungo nas lesões,
embora o estado de portador assintomático tenha sido mais freqüente nos
usuários de próteses removíveis.
A413
Caracterização do paciente com carcinoma bucal atendido em
hospital do SUS/BH.
ABDO, E.
N.*, MARIGO, H. A., MEIRA, A. J., GARROCHO, A. A., AGUIAR, M. C. F.
Faculdade de
Odontologia – Universidade Federal de Minas Gerais.
O objetivo do trabalho foi traçar o perfil do paciente com
carcinoma epidermóide de boca atendido em hospital vinculado ao Sistema Único
de Saúde (SUS) de Belo Horizonte. Foram entrevistados 154 pacientes com
diagnóstico histopatológico de carcinoma epidermóide. A maioria dos pacientes
(80,52%) eram do sexo masculino. A idade média variou de 55,7 anos para os
homens e 66,3 para as mulheres. Quanto à cor, mais da metade dos pacientes eram
brancos (55,1%). A maioria dos pacientes era proveniente da zona urbana
(81,5%), 44% eram analfabetos e 66% ganhavam um salário mínimo ou menos. Apenas
6,4% dos pacientes nunca haviam fumado. O tempo médio de exposição ao fumo dos
demais foi de 41,6 anos com uma média de 28,9 cigarros por dia. Quanto ao uso
de bebidas alcoólicas, 15% relataram nunca ter bebido. Para o restante
encontrou-se uma média diária de ingestão de etanol de 291,8 ml por um tempo
médio de 34,6 anos. Quase todos os pacientes mostraram desconhecimento sobre os
fatores de risco para o câncer bucal e muitos não abandonaram o fumo e o álcool
após o tratamento. Ainda que 50,42% dos pacientes não freqüentasse o dentista
há mais de 3 anos, 29,93% foram encaminhados por um dentista.
Concluindo, pacientes com câncer de boca atendidos pelo SUS apresentam
pouco conhecimento sobre os fatores de risco, são em grande parte analfabetos e
de baixo poder aquisitivo. Campanhas preventivas especificamente destinadas a
esta população devem ser idealizadas.
A414
A saúde oral na perspectiva do idoso em Niterói.
CORMACK, E.
Departamento
de Odontologia Social e Preventiva – UFRJ. Tel.: (0**21) 560-2050.
E-mail: elson@odonto.ufrj.br
Este trabalho é resultado de uma tese, que analisou a saúde
oral dos idosos em Niterói, segundo a perspectiva dos pesquisados. Foram
entrevistados domiciliarmente 52 idosos oriundos de diversos bairros do
município, escolhidos de forma aleatória e extratificada, a partir do cadastro
de “Passe Livre para Idosos” da Secretaria Municipal de Bem-Estar Social do
Município de Niterói. O instrumento utilizado nesse levantamento foi o
questionário BOAS – “Brazilian Old Age Schedule” – que levantou
diversos aspectos sobre a população pesquisada, tais como indicadores de saúde,
utilização de serviços médicos e dentários, atividades diárias, recursos
sociais e econômicos, dados sobre a saúde mental e necessidades que afetavam os
entrevistados.
Os resultados demonstraram, entre diversos aspectos relativos ao grupo
pesquisado, que os idosos tem uma boa imagem sobre sua saúde geral, que,
entretanto, não se coaduna com a opinião sobre a sua saúde bucal, revelando uma
dicotomia existente entre esses dois aspectos, onde a saúde bucal não é vista
como integrante da saúde geral. Este trabalho servirá para nortear a
implantação de uma política municipal de atendimento odontológico à terceira
idade.
A415
CD-ROM multimídia: banco interativo em diagnóstico bucal.
SVERZUT, A.
T.*, SEMPRINI, M., PARDINI, L. C., SOUSA, L. G., ROSIN, H. R., LOPES, R. A.
DMEF –
FORP – USP. Tel.: (0**16) 642-2935. E-mail: sverzut@forp.usp.br
Com o avanço tecnológico corrente e o crescimento do uso de
imagens digitais, internet e computação gráfica a área da Saúde não pode se dar
ao luxo de não evoluir nesse campo promissor; pensando nisso a proposta do
trabalho é complementar o aprendizado através de um método inovador de apoio
que ajuda tanto alunos graduandos e também profissionais da área ligando-os
diretamente com a universidade e com o professor, complementando o aprendizado
com um banco de imagens contidas em um CD-ROM multimídia de fácil uso pois é
totalmente integrado com a internet, um meio de comunicação indispensável nos
dias de hoje. Foram utilizados programas de editoração gráfica, máquinas
digitais, peças anatômicas humanas, aparelhos de RX, casos clínicos em humanos,
resultando em uma gama de imagens auto-explicativas descrevendo acidentes
anatômicos, vídeos interativos, dentre outras se tornando um método de apoio e
de ensino a distância, em uma interface fácil para que a pessoa possa se
integrar ao programa sem muitas dificuldades, valendo ressaltar que não
dispensa a figura do professor.
Assim esse projeto apesar de modesto é inovador pois alia professor,
aluno, profissionais, universidade e a tecnologia que nos dias de hoje não pode
ser ignorada em um CD-ROM totalmente interativo com imagens belíssimas com
movimentos e interatividades, coisas que um livro não pode nos dar. (Financiado
pelo Cnpq/Fapesp.)
A416
A utilização das radiografias panorâmicas na determinação da
assimetria mandibular.
MATHEUS, R,
A.*, ALMEIDA, S. M., BÓSCOLO, F. N., HAITER NETO, F.
Radiologia –
FOP – UNICAMP. E-mail: ric_matheus@yahoo.com
O presente trabalho teve como finalidade avaliar o grau de
assimetria mandibular produzida por alterações de posicionamento em
radiografias panorâmicas. Para tanto, crânios macerados foram posicionados,
alterando-se o plano sagital mediano em relação ao feixe central de luz do
aparelho panorâmico, sendo realizadas as seguintes alterações no
posicionamento: desvio lateral em 2, 4, 6, 8, 10 mm; inclinação e giro em
2, 4, 6, 8, 10 graus, todas para o antímero direito. Em cada alteração de
posicionamento determinadas regiões mandibulares foram medidas e analisadas. Os
crânios foram classificados quanto ao seu grau de assimetria mandibular, quando
posicionados corretamente e também com a realização das alterações de
posicionamento. Além disso foi realizada uma análise subjetiva, que teve como
finalidade avaliar a capacidade de profissionais em identificar a presença e
tipos de erros. Os dados obtidos foram submetidos a análise estatística pelo
teste t: duas amostras em par para médias (p << 0,05) e
pelo teste de Tukey (p << 0,05).
Tendo como base os resultados, pode-se concluir que o desvio lateral do
plano sagital mediano foi o tipo de alteração que proporcionou maior distorção
nas medidas das estruturas anatômicas mandibulares analisadas, proporcionando um
maior aumento no índice de assimetria, sendo as medidas do corpo da mandíbula,
as que apresentaram maior distorção. A avaliação da análise subjetiva, de
acordo com o teste de kappa, classificou a concordância entre os examinadores
como sendo leve.
A417
Correlação entre bactérias gram-negativas e lesões da mucosa
bucal decorrentes da quimioterapia antineoplásica.
CARVALHO, A.
A. T.*, MEDEIROS-BATISTA, O., SAMPAIO, M. C. C., COSTA, L. J.
Programa
Integrado de Odontologia – UFPB; UFBA. Tel.: (0**83) 216-7409.
Este estudo teve como objetivo detectar a presença de
bactérias gram-negativas e sua correlação com lesões bucais em 50 pacientes
portadoras de câncer de mama tratadas com quimioterapia, sem uso de
antibioticoterapia, utilizando-se o esquema de Fluroracil, Adriblastina e
Ciclofosfamida (FAC), por um período mínimo de 30 dias. O material biológico
utilizado para cultura em meio seletivo para espécies gram-negativas foi
coletado do dorso da língua, através de “swabs” alginatados. Os dados foram
analisados através do teste exato de Fisher, adotando-se o nível de
significância de 5%. Todos os testes foram bilaterais. Os resultados
demonstraram um número elevado de bactérias tanto no grupo de estudo quanto no
grupo de controle, sendo as espécies mais prevalentes: Pseudomonas 48%
(C 30%), Enterobacter 28% (C 20%), Shigella 16% (C 0%) e Klebisiella
14% (C 15%). Em 66% dos pacientes do grupo de estudo foram encontradas lesões
bucais, sendo a mucosite a mais freqüente com 32%, tendo ocorrido em proporção
significativamente maior no grupo de pacientes submetidos à quimioterapia
antineoplásica.
Conclui-se que não houve evidência de correlação entre as bactérias
isoladas e as lesões bucais encontradas.
A418
Avaliação da fidelidade das imagens obtidas de crânios secos
por meio de exames radiográficos convencionais e tomográficos.
MONTEBELO
FILHO, A.*, CARNEIRO Jr., E. G.
Departamento
de Diagnóstico Oral – FOP – Unicamp.
Tel.: (0**19) 430-5327.
Neste trabalho realizamos exames radiográficos em dezesseis
áreas totalmente desdentadas de quinze crânios secos humanos, utilizando
técnicas periapicais, cefalométrica oblíqua, panorâmicas, tomográficas
convencionais e computadorizada. Os crânios foram seccionados para obtenção de
fatias ósseas finas e colocadas sobre filmes radiográficos, em contato íntimo,
e expostos à radiação X. Sobre todas as imagens obtidas, foram realizados
traçados, de modo padronizado, dos contornos dos limites externos das corticais
ósseas. As imagens foram medidas para obtenção da dimensão vertical (altura) do
rebordo alveolar remanescente, nas imagens obtidas. As dimensões horizontais
(largura), foram medidas nas cefalométricas e nas tomográficas. Os dados
obtidos demonstraram que ocorreu uma grande variação em ambas as dimensões, ou
seja, a mesma região não apresentou a mesma proporção de ampliação, em
comparação com as dimensões reais, para todas as técnicas.
Quanto a fidelidade da técnica que apresenta imagens que mais se
aproximam das dimensões verdadeiras, os resultados apresentaram uma tendência
na seguinte ordem: tomografia computadorizada; tomografia (Denar Quint);
cefalométrica; periapical (paralelismo), periapical (bissetriz); panorâmica
ortogonal (OP100); panorâmica padrão (OP100); panorâmica padrão
(Orthopantomograph); tomografia (OP100).
A419
Calcitonina na regeneração óssea em mandíbulas de ratas
ovariectomizadas.
ARISAWA, E.
A. L.*, CARVALHO, Y. R., ALMEIDA, J. D., BRANDÃO, A. A. H., ROCHA, R. F.
Departamento
de Biociências e Diagnóstico Bucal – FOSJC – UNESP. Tel.: (0**12)
3221-8166. E-mail: pato@unvap.br
Neste trabalho estudou-se a ação da calcitonina no processo
de regeneração óssea em mandíbulas de ratas normais e ovariectomizadas, com e
sem a administração de calcitonina. Para este estudo foram utilizadas cem ratas
com idade aproximada de sessenta dias. Desses, cinqüenta foram ovariectomizados
formando o grupo Ov e, um mês após esta cirurgia, em todos os cem animais foi
realizado defeito ósseo cirúrgico, na região do ângulo da mandíbula, criando
uma lesão óssea de aproximadamente 4 mm, recoberta com uma barreira de
PTFE. Os animais Ov foram divididos em dois grupos iguais: Ov
(ovariectomizados) e OvM (ovariectomizados com administração de calcitonina).
Os outros cinqüenta animais, somente com a lesão óssea, também foram divididos
em dois grupos: C (controle) e CM (controle com administração de calcitonina).
Os animais tratados receberam a primeira dose da substância imediatamente após
a cirurgia, na dose de 2 UI/kg, i.m., 3 vezes por semana. Os animais foram
sacrificados após 7, 14, 21 e 28 dias, sendo suas mandíbulas removidas e
encaminhadas para preparação histológica de rotina. Análises densitométrica,
histológica e histomorfométrica foram realizadas verificando-se que foi
possível observar que os animais Ov apresentavam diminuição da densidade óssea
e um processo regenerativo muito mais lento, quando comparados com os animais
controle.
A calcitonina mostrou-se efetiva tanto nos animais ovariectomizados
quanto naqueles apenas com lesão óssea.
A420
Anodontia parcial: forma e tamanho dos dentes remanescentes
e provável implicações ortodônticas.
CONSOLARO,
A., MARTINS-ORTIZ, M. F., OLIVEIRA, A. G., FURQUIM, L. Z., VELLOSO, T. R. G.*
Faculdade de
Odontologia de Bauru – USP - São Paulo, Brasil.
Os dentes permanentes de 82 pacientes com anodontia parcial
foram analisados em modelos e radiografias periapicais e comparados
biometricamente com outros 82 pacientes sem anodontia do grupo controle. Os
resultados mostraram: 1. redução mesiodistal das coroas; 2. simplificação
morfológica com redução ou ausência do tubérculo de Carabelli, da cúspide
distopalatina dos segundos molares superiores e do cíngulo dos dentes
antero-superiores; 3. redução da distância intercaninos e manutenção da
distância intermolares e do comprimento dos arcos dentários; 4. ausência de
influência na prevalência do apinhamento dentário antero-inferior, mesmo na
anodontia parcial dos terceiros molares inferiores; 5. coroas simplificadas
quanto a altura das cúspides, número e complexidade dos sulcos e fossetas; 6.
raízes triangulares com formas mais delicadas em seu término apical.
Estas características podem interferir em vários aspectos da
movimentação ortodôntica, em especial na maior prevalência de reabsorções
dentárias apicais em portadores de anodontia parcial, mas em decorrência da
morfologia radicular e não de uma predisposição geneticamente determinada.
A421
Estudo comparativo da presença de mastócitos em gengivites
associadas à placa bacteriana e periodontites crônicas localizadas.
BATISTA, A.
C.*, LARA, V. S.
Departamento
de Estomatologia – Área de Patologia – FOB – USP.
Tel.: (0**14) 235-8251. E-mail: vanessa@fob.usp.br
As doenças periodontais são lesões inflamatórias crônicas e
seu agente etiológico primário é a placa bacteriana, a qual induz a formação de
um infiltrado inflamatório intenso e secreção de uma série de mediadores
químicos. Os mastócitos participam ativamente na resposta imune e inflamatória,
sintetizando um grande número de substâncias ativas, tais como a enzima óxido
nítrico sintase-induzível (iNOS), responsável pela produção de NO, associado
com o metabolismo ósseo, fenômenos vasculares e destruição tecidual; o fator de
crescimento fibroblástico básico (bFGF), que possui efeito mitótico e
angiogênico, e fator de necrose tumoral (TNF)-alfa. O objetivo deste estudo foi
identificar e quantificar a presença de mastócitos em 20 casos de cada um dos
grupos: I - periodontite crônica localizada, II - gengivite associada
à placa bacteriana e III - tecido gengival clinicamente saudável. A partir
da técnica imuno-histoquímica do tipo imunoperoxidase, utilizando anticorpos
antitriptase de mastócitos humanos, registrou-se o número de mastócitos por mm2.
O número de mastócitos foi significativamente diferente (p = 0,009)
entre os grupos I (112,8 ± 45,4) e III (58,32 ± 25,7)
e entre os grupos II (101,27 ± 53,57) e III. Em todos os grupos,
os mastócitos apresentaram marcação intensa e encontravam-se difusamente
distribuídos.
Mediante os dados obtidos, constatamos que, na doença periodontal
humana, ocorre aumento do número de mastócitos, sugerindo sua participação nos
mecanismos de defesa e ou nos eventos destrutivos observados nesta doença.
(Apoio: FAPESP e CAPES.)
A422
Expressão da enzima óxido nítrico sintase-induzível na
doença periodontal.
SILVA, T.
A.*, BATISTA, A. C., LARA, V. S.
Departamento
de Estomatologia – Faculdade de Odontologia de Bauru – USP.
Tel.: (0**14) 235-8251.
E-mail: vanessa@fob.usp.br
A enzima óxido nítrico sintase induzível (iNOS) é expressa
em resposta a estímulos inflamatórios e produz elevadas quantidades de óxido
nítrico (NO), o qual pode agir como molécula citotóxica contra microrganismos
invasores. A excessiva formação de NO tem sido implicada na patogênese da
doença periodontal, pela estimulação da destruição tecidual e reabsorção óssea.
O objetivo deste estudo foi identificar e quantificar a expressão de iNOS em
amostras de tecido gengival clinicamente sadio (n = 7), gengivite
associada à placa bacteriana (n = 11) e periodontite crônica
localizada (n = 15). A partir da técnica imuno-histoquímica do tipo
imunoperoxidase, utilizando anticorpos antiiNOS, registrou-se o número de
células iNOS positivas por mm2. O número de células iNOS positivas
foi significantemente superior (p = 0,0065) em amostras de gengivite
associada à placa bacteriana (997,59 ± 354,57) e periodontite crônica
localizada (950,79 ± 872,26) em relação ao tecido gengival sadio
(316,25 ± 218,87). A proporção de células iNOS positivas em relação
ao total de células inflamatórias não foi significantemente diferente entre os
grupos. A maioria das células iNOS positivas são mononucleares e, no
revestimento epitelial, observou-se células imunomarcadas.
A expressão de iNOS está associada com a intensidade da inflamação nos
tecidos periodontais e o NO pode representar uma via adicional de ativação
celular e pode estar associado com fenômenos destrutivos ou antimicrobianos.
(Apoio financeiro: FAPESP e CAPES.)
A423
Uso do Denta-Scan® na avaliação dos tumores
malignos da boca: estudo piloto.
FREIRE, A.
R. S.*, KOWALSKI, L. P., CARVALHO, A. L., CHOJNIAK, R.
FO – UFMG;
A. C. Camargo/Hospital do Câncer. Tel.: (0**31) 3342-1409.
E-mail: addah@uol.com.br
A ineficácia do uso das radiografias planas para avaliar a
anatomia óssea da região maxilofacial já é estabelecida. Fatores técnicos como
o grau de distorção, borramento e sobreposição, contribuem para isto. Porém,
avaliações da eficácia da tomografia computadorizada (TC) com reconstrução
multiplanar (Denta-Scan®) em lesões que acometem os maxilares são
pouco descritas. O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade do Denta-Scan®
em acrescentar informações de imagem à radiografia panorâmica e à TC com cortes
axiais e coronais, na avaliação do acometimento ósseo, em pacientes com tumores
malignos da boca. Foram realizadas radiografia panorâmica, TC e Denta-Scan®
em 13 pacientes com tumores malignos da boca, selecionados por conveniência, no
ambulatório de Cabeça e Pescoço do Hospital do Câncer. Os exames foram
avaliados, por dois radiologistas, na mesma ordem em que foram realizados,
permitindo que as informações obtidas fossem somadas. Os resultados mostraram
que o Denta-Scan® apresentou as seguintes vantagens: eliminação de
artefatos causados por restaurações metálicas; maior definição dos limites da
destruição óssea no sentido mésio-distal e buco-lingual, eliminando a
necessidade da radiografia oclusal; maior precisão na determinação da invasão
de estruturas anatômicas como forame mental e canal mandibular e melhor
definição do comprometimento da cortical da base da mandíbula e soalho do seio
maxilar.
O Denta-Scan®
acrescentou informações relevantes na avaliação do comprometimento ósseo nos
tumores malignos da boca.
A424
Método de fluorescência-laser: comparação entre duas tabelas
utilizadas no diagnóstico de lesões cariosas oclusais.
MENDONÇA, S.
M. S.*, FERREIRA, E. F., PAIXÃO, H. H., MESQUITA, O. N.
Departamento
de Odontologia Restauradora – UFMG. E-mail: santuza@bol.com.br
Com o objetivo de selecionar a melhor tabela para ser usada
como referência no diagnóstico de lesões cariosas oclusais, através do método
de fluorescência-laser (MFL), realizou-se um estudo in vitro, com o
laser de gálio/alumínio (KaVo DIAGNOdent 2095®), comparando a tabela
recomendada pelo fabricante com outra elaborada por LUSSI et al.
(1999 - adaptada). Treze sítios com diagnóstico duvidoso, quanto à
presença de lesão cariosa, foram examinados através do MFL em dois momentos,
sendo realizadas três medidas consecutivas em dente seco e, posteriormente,
três em dente umedecido com saliva artificial. Os exames foram executados por
um único examinador e os diagnósticos dados de acordo com cada tabela, em
função do valor médio obtido nas três medidas. Na análise dos dados,
considerou-se como doença a presença de lesão em dentina. A tabela LUSSI
mostrou concordância boa para dentes secos (0,78) e ótima para dentes
umedecidos (0,85), já a tabela do fabricante obteve boa concordância para
dentes secos (0,61) e fraca em dentes com saliva (0,17). Quanto à validade do
teste, melhores resultados foram observados através da tabela LUSSI que
apresentou sensibilidade de 0,67 (seco e umedecido) sem prejuízo da
especificidade (0,80 e 0,90).
A tabela do fabricante apesar da alta especificidade (1,00 seco ou
umedecido), apresentou baixa sensibilidade tanto para dentes secos (0,33) quanto
para dentes com saliva (0), sendo lícito concluir que a tabela LUSSI oferece
vantagens sobre a tabela do fabricante. (Apoio: CNPq.)
A425
Estudo tomográfico da persistência do forame de Huschke.
FAIG-LEITE,
H.*, REIS, H. N.
Disciplina
de Anatomia – Faculdade de Odontologia de São José dos Campos – UNESP.
E-mail: horacio@fosjc.unesp.br
O forame de Huschke (HF) está presente na porção timpânica
do osso temporal, e após os cinco anos de idade passa a ser uma anomalia
anatômica. Sua persistência em indivíduos adultos é dificilmente visualizada
por meio radiográficos convencionais. A presença deste forame provoca sérias e
graves complicações no conduto do ouvido externo e na articulação
temporomanbibular (ATM). Nenhuma literatura foi encontrada com relação ao
estudo tomográfico do HF. O objetivo deste estudo foi avaliar a presença do HF,
em indivíduos acima dos dez anos de idade, através da tomografia
computadorizada (TC), chamando a atenção para suas implicações clínicas. Foram
utilizadas 150 TC da região mastóide de paciente de ambos os sexos, obtidas no
Serviço de Radiodiagnóstico do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo.
De ambos os lados de cada TC, dois examinadores analisaram toda a região
timpânica do temporal. Em cada TC foi estudada a presença ou ausência do HF com
relação ao sexo e a incidência uni- ou bilateral. Nas 150 TC estudadas, o HF
foi encontrado em 17 (11,3%), sendo que destas 13 (76,5%) TC pertenciam a
mulheres e 4 (23,5%) a homens. Nas 17 TC onde foi encontrado, o HF incidiu bilateralmente
em 11 (64,7%) e unilateralmente em 6 (35,3%).
O teste de Fisher mostrou que a incidência do HF nas mulheres foi
estatisticamente significante. O HF é perfeitamente visualisado nas TC,
justificando problemas otológicos sérios que normalmente estão relacionados com
a ATM.
A426
Avaliação da confiabilidade da análise cefalométrica de
perfil computadorizada.
FERREIRA, J.
T. L.
Faculdade de
Odontologia de Ribeirão Preto – USP.
A utilização do computador como instrumento de auxílio na
avaliação de casos e procedimentos na área da Saúde não é novidade e vantagens
do seu emprego têm, cada vez mais, se tornado aparente. Número crescente de
ortodontistas tem adquirido sistema computadorizado para análises
cefalométricas. Por isso este trabalho teve o propósito de avaliar a
confiabilidade entre dois métodos utilizados na elaboração do cefalograma de
perfil: o computadorizado e o manual. Foram selecionadas 50 radiografias de
perfil no arquivo do Curso de Pós-Graduação em Ortodontia da Faculdade de
Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Boa qualidade do
material foi única condição indispensável nesta seleção. Os resultados foram
submetidos ao coeficiente de correlação intraclasse.
Semelhança confiável foi observada entre os dados cefalométricos obtidos
a partir dos métodos empregados, porém não se pôde recomendar a utilização da
cefalometria computadorizada como absolutamente confiável na clínica. (Apoio
financeiro: CAPES.)
A427
Avaliação quantitativa de núcleo/citoplasma e AgNORs em
fumantes e não-fumantes.
SOARES
PINTO, T. A.*, RADOS, P. V., SANT’ANA FILHO, M., BARBACHAN, J. J. D.
Programa de
Pós-Graduação – Mestrado em Patologia Bucal – UFRGS.
Tel.: (0**51) 316-5011. E-mail: taspinto@terra.com.br
A citopatologia é um método de diagnóstico baseado em
células obtidas por raspagem. Com a finalidade de constatar quantitativamente
as alterações celulares ocasionadas pelo fumo em mucosa bucal normal, durante a
Campanha de Combate ao Câncer de Novo Hamburgo/RS de 2000, foram selecionados
todos os indivíduos homens, fumantes e não-fumantes, acima de 40 anos e sem
lesão bucal aparente. Os sítios bucais estudados foram: lábio, soalho bucal e
língua. Realizaram-se dois esfregaços em cada sítio, sendo o primeiro submetido
à técnica de impregnação pela prata (AgNORs) para avaliação quantitativa via
Image Lab® e o segundo ao método de Papanicolaou Modificado para
confirmação de normalidade. Através do teste estatístico Mann-Whitney
(p = 0,05) foram obtidos os seguintes resultados: (1) em soalho, o
número de AgNORs por núcleo foi superior em fumantes comparado ao grupo
não-fumantes; (2) em língua, a relação núcleo/citoplasma em fumantes é maior em
comparação aos não-fumantes; (3) em lábio, o grupo com média acima de 3
AgNORs/núcleo apresentou área nuclear maior.
Considerando que cada sítio possui comportamento específico frente às
injúrias ocasionadas pelo fumo, concluímos que as referências quantitativas de
relação núcleo/citoplasma e número de AgNORs/núcleo são eficazes para o
controle de alterações celulares prévias à lesão bucal visível. (Apoio: CAPES.)
A428
Resposta do tecido ósseo, muscular e conjuntivo subcutâneo à
membrana fibrosa da casca do ovo.
OLIVEIRA, M.
Q.*, SANTANA, E. J. B.
Faculdade de
Odontologia – UFBA.
Muitos materiais usados para o técnica da regeneração
tecidual guiada (RTG) podem ser listados, sendo alguns deles reabsorvíveis e
outros não-reabsorvíveis podendo ser de origem biológica ou não. Qualquer que
seja o tipo ou origem da membrana, as suas propriedades determinam as vantagens
e desvantagens, o que torna imperativo a pesquisa de novos produtos para
melhorar as qualidades. Com esse propósito foi analisada histologicamente, a
resposta do tecido ósseo, muscular e conjuntivo subcutâneo do Rattus
norvegicus albinus à membrana fibrosa da casca do ovo (MFCO), nos tempos de
24 horas, 7, 14 e 21 dias, objetivando avaliar a sua biocompatibilidade e o seu
funcionamento como membrana para a RTG. A atividade experimental desenvolveu-se
em 40 animais, divididos em dois grupos de 20 e subdivididos em grupos de 5
animais. Os resultados histológicos obtidos ao final de três semanas, revelaram
a presença de poucos fibroblastos, áreas de neoformação vascular, grande
quantidade de fibras colágenas na mesma direção da membrana e mínimo infiltrado
crônico linfocitário. A resposta do tecido ósseo usando a tíbia do rato como
modelo para a técnica da RTG, revelou formação de novo osso nos grupos controle
e experimental sendo estatisticamente significante quando comparado os grupos
experimentais das primeira, segunda e terceira semanas, com níveis de
significância de 0,05, usando o teste de Kruskal-Wallis.
Dentro das condições do experimento é possível concluir que: 1 - a
MFCO é um novo material biocompatível; e 2 - a MFCO pode ser usada como
membrana para a técnica da RTG.
A429
Influência da sinvastatina na reparação óssea de mandíbulas
de ratas ovariectomizadas.
JUNQUEIRA,
J. C.*, MANCINI, M. N. G., BRANDÃO, A. A. H., ROCHA, R. F.
Departamento
de Biociências e Diagnóstico Bucal – Faculdade de Odontologia de São José dos
Campos – UNESP. Tel.: (0**12) 321-8166, 321-2036.
E-mail: julianacjunqueira@hotmail.com
O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da
sinvastatina na reparação óssea guiada de mandíbulas de ratas ovariectomizadas
e observar os níveis de colesterol sangüíneo. Foram utilizadas 70 ratas,
divididas em 4 grupos: controle normal, controle ovariectomizado, tratado
normal e tratado ovariectomizado. Após um mês da ovariectomia, foi
confeccionado um defeito ósseo bicortical na mandíbula, recoberto por membrana
de politetrafluoretileno. Os grupos tratados receberam 20 mg/kg/dia de
sinvastatina, por 15 ou 30 dias. As ratas foram sacrificadas 15, 30 e 60 dias
após a cirurgia, tendo o sangue retirado para dosagem do colesterol e a
mandíbula removida para análise densitométrica, histológica e morfométrica.
Todos os espécimes foram submetidos à análise de variância (ANOVA). Os grupos
ovariectomizados apresentaram nível de colesterol superior ao grupo tratado
normal e não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre
os diferentes tempos de tratamento e sacrifício. As análises densitométrica,
histológica e morfométrica demonstraram que o grupo tratado ovariectomizado
apresentou maior quantidade de tecido ósseo neoformado em relação ao controle
ovariectomizado, mas não foram observadas diferenças estatisticamente
significantes entre os tempos de tratamento.
Concluiu-se que a deficiência de estrógeno promoveu um aumento do nível
de colesterol sangüíneo e que a sinvastatina favoreceu a reparação óssea guiada
nos animais ovariectomizados. (Apoio financeiro: FAPESP.)
A430
Laminina induz proteínas juncionais em linhagem de carcinoma
adenóide cístico.
JAEGER, R.
G., FREITAS, V. M., KACHAR, B.*
Patologia
Bucal – FOUSP - São Paulo, Brasil, *NIDCD, NIH, EUA.
E-mail: rgjaeger@siso.fo.usp.br
Em projetos anteriores demonstramos que, em preparações
tridimensionais, a laminina induz formações tubulares e pseudocísticas em
células do carcinoma adenóide cístico (células CAC2). Essas estruturas são
semelhantes àquelas observadas na neoplasia in vivo. Dessa forma nos
interessamos em estudar a ultra-estrutura desses arranjos, procurando elementos
do complexo juncional. Esse estudo foi feito através da análise dessas amostras
por microscopia eletrônica de transmissão (MET). Tendo em vista a evidenciação,
em MET, de estruturas sugestivas de junções celulares nas células CAC2
crescidas no interior de laminina, decidimos pesquisar quais as proteínas
juncionais estariam presentes. As células foram submetidas a protocolo de
imunofluorescência para detecção de proteínas juncionais. Seccionamento óptico
por microscopia confocal a laser (Zeiss LSM 510, Section on Structural Cell
Biology, NIDCD, NIH, EUA) mostrou a presença de proteínas das junções “tight” e
aderentes (beta-catenina).
Nossos resultados preliminares permitem concluir que a laminina induz a
expressão de proteínas juncionais em células cultivadas de carcinoma adenóide
cístico humano. (Apoio: FAPESP - projetos 00/04693-0; 01/00391-2; 00/14814-0.)
A431
Análise histométrica da reparação tecidual em lesões
cutâneas irradiadas com laser.
FERREIRA, M.
C. D.*, SIMONE, J. L., SIMONE, K. R. I., BARBOSA, J., GROTH, B. E., TORTAMANO,
N., MELLO, J. A. J.
Esta pesquisa visa estabelecer uma análise comparativa do
processo de reparação tecidual entre lesões cutâneas provocadas no dorso de
ratos e irradiadas com laser Nd:YAG com grupo controle. Através da análise
histométrica, foi estabelecida uma correlação entre o número de fibroblastos,
vasos sanguíneos e fibras colágenas presentes em ambos os grupos. Foi utilizado
um laser Nd:YAG (Pulse Master 1000 of American Dental Technology), dezoito
ratos (Rattus novergicus, albinus, Wistar) dos quais foram
removidos dois fragmentos com 6 mm de diâmetro e 2 mm de profundidade
da região dorsal, a lesão do lado direito irradiada com laser Nd:YAG com
1 W, 10 Hz e 100 mJ imediatamente após a confecção da lesão do
modo não-contato a uma distância aproximada de 2 mm por 1 minuto, e a lesão do
lado esquerdo não recebeu nenhum tratamento. Os animais foram divididos em
grupos para o sacrifício: Grupo 1 – 24 h; Grupo 2 – 72 h; Grupo 3 - 5
dias; Grupo 4 - 7 dias; Grupo 5 - 14 dias; Grupo 6 - 21 dias. Após a remoção e
preparo das peças foram realizados cortes histológicos e corados pelas técnicas
H. E. e tricrômico de Masson para análise histométrica, utilizando-se um
microscópio óptico e uma ocular integradora de 25 pontos. A histometria nos
revelou que as lesões irradiadas apresentaram um maior número de fibroblastos e
vasos sanguíneos, bem como de fibras colágenas nos Grupos 1, 2 e 3.
Concluímos que a irradiação com laser Nd:YAG nos parâmetros por nós
estudados promoveu um aumento no numero de fibroblastos e vasos sanguíneos,
assim como uma estimulação na formação de fibras colágenas que apresentaram uma
melhor ordenação em um período menor de tempo.
A432
Alterações morfológicas e de maturação dentária observadas
em ortopantomografias de pacientes submetidos ao transplante de medula óssea.
SANTOS, D.
T.*, MORAES, L. C., SCHUBERT, M. M.
O objetivo deste trabalho foi o de verificar as alterações
morfológicas e de maturação dentária em pacientes infantis e adolescentes que
foram submetidos ao transplante de medula óssea. Para tanto analisamos
ortopantomografias de 220 pacientes do Hospital Fred Hutchinson Cancer Research
Center - Seattle - EUA. Do total de pacientes, 80 eram do sexo feminino e 140
do sexo masculino, numa faixa etária que variou de 3 a 18 anos. A classificação
das alterações morfológicas foi dividida em 5 grupos, baseada em DAHLLÖF et
al. (1988) e para a maturação dentária utilizamos o método de DEMIRJIAN et
al. (1973). Pudemos observar 45% dos pacientes com algum tipo de alteração
morfológica, sendo que 40 pacientes apresentaram apenas alterações do grupo I;
36 apresentaram alterações dos grupos II, III, IV e em 24 pacientes observamos
alterações do grupo especial V. Com relação a alterações da maturação dentária
pudemos observar diferenças estatisticamente significantes entre idade
cronológica e idade dentária.
Alterações de morfologia e de maturação dentária podem estar diretamente
relacionadas à toxicidade da terapia instituída e idade do paciente na época do
tratamento.
A433
Comparação microscópica entre a GVHD crônica e o líquen
plano.
VILLAR, C.
C.*, CORRÊA, M. E. P., ALMEIDA, O. P., CINTRA, M. L.
Departamento
de Diagnóstico Oral – FOP – UNICAMP. E-mail: cris_villar@yahoo.com
O líquen plano (LP) é uma doença mucocutânea crônica, de
causa desconhecida, que freqüentemente afeta a mucosa oral. Histologicamente, o
LP apresenta diferentes graus de acantose e atrofia, com desorganização da
camada basal e infiltrado inflamatório subepitelial em banda, composto
principalmente de linfócitos T. Lesões semelhantes ao líquen plano, chamadas
reações liquenóides, podem acometer a mucosa oral. As reações liquenóides podem
estar associadas à desordens sistêmicas, como na doença do enxerto contra o
hospedeiro crônica (GVHDc). Os achados histológicos da reação liquenóide
associada à GVHDc são semelhantes aos encontrados no LP. O objetivo deste
trabalho foi comparar as características microscópicas do LP e da GVHDc em
boca. As alterações epiteliais e no tecido conjuntivo foram avaliadas em 40
casos de LP e 31 de GVHDc, assim como a presença de mastócitos, macrófagos e
células de Langerhans. As maiores diferenças entre as lesões foram observadas
na região da junção epitélio-tecido conjuntivo. No LP, o infiltrado
inflamatório foi mais intenso, porém a desorganização e vacuolização das
células da camada basal foram menos evidentes. As células de Langerhans e os
mastócitos foram mais numerosos no LP, enquanto os macrófagos foram na GVHDc. A
expressão de laminina foi similar nos dois grupos.
Estes resultados mostram que a lesão liquenóide associada a GVHDc difere
do LP, particularmente na junção epitélio-tecido conjuntivo. (Suporte
financeiro: FAPESP.)
A434
Matriz extracelular em lesões central e periférica de
células gigantes.
QUINDERÉ, L.
B.*, SOUZA, L. B., PEREIRA PINTO, L., FIGUEIREDO, C. R. L. V.
Pós-Graduação
em Patologia Oral – UFRN. Tel.: (0**84) 201-4004.
E-mail: iedaq@bol.com.br
O objetivo deste estudo foi analisar a expressão
imuno-histoquímica do colágeno IV, da fibronectina e da tenascina C, na
matriz extracelular de lesões central e periférica de células gigantes,
utilizando o método da estreptavidina-biotina. Foram analisados 24 casos (8
lesões periféricas e 16 lesões centrais), cujos resultados imuno-histoquímicos
revelaram expressão positiva para o colágeno IV em membranas basais
subepitelial e perivascular em ambas lesões, evidenciadas num padrão
descontínuo para as lesões periféricas, freqüentemente associado à áreas de
infiltrado inflamatório e, para as lesões centrais, invariavelmente contínuo,
porém diminuindo de intensidade da periferia para o centro das lesões. Toda a
matriz extracelular intersticial de ambas lesões foi positiva para a
tenascina C, apresentando-se predominantemente dispersa e não uniforme,
com padrões reticular e fibrilar. A fibronectina demonstrou extensa e uniforme
expressão por toda essa matriz, com padrões reticular e fibrilar, associada às
células mononucleadas e células gigantes multinucledas, sendo também
evidenciada na membrana perivascular, com expressão aparentemente diminuída nas
lesões centrais quando comparadas às lesões periféricas.
Através da metodologia empregada não foi possível evidenciarmos
diferença na expressão imuno-histoquímica das proteínas colágeno IV,
tenascina C e fibronectina, entre as lesões estudadas.
A435
Citopatologia em pacientes HIV+ usuários e não usuários de
drogas.
GALVÃO, H.
C.*, OLIVEIRA, J. A. C., SOUZA, L. B., PEREIRA PINTO, L.
Pós-Graduação
em Patologia Oral – UFRN. Tel.: (0**84) 215-4138.
E-mail: mstpator@odonto.ufrn.br
O potencial de agressão da Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida (AIDS) pode comprometer as células de defesa do sistema imunológico
com evidente capacidade de promover modificações morfológicas e estruturais no
epitélio oral. O presente estudo visa constatar as alterações celulares, nessa
estrutura, em indivíduos HIV+, usuários (Grupo I) e não usuários (Grupo II) de
drogas (Cannabis sativa e cocaína). Foram envolvidos 29 pacientes de
ambos os sexos, na faixa etária de 18 a 55 anos, sem presença de lesões orais
clinicamente visíveis. Os esfregaços para análise foram obtidos de ambos os
lados da mucosa jugal, sendo confeccionadas duas lâminas, coradas pela técnica
de Papanicolaou para leitura em microscopia de luz. Entre outras observações,
comprovou-se que os pacientes do Grupo II constituíram 54,67% da amostra. Foram
observadas as seguintes alterações: no Grupo I- núcleos picnóticos
(17,46%), células com halo perinuclear (15,89%), núcleos hipercromáticos
(15,88%), membrana nuclear corrugada (14,29%) e células em vidro fosco
(14,28%). Para o Grupo II as alterações mais ocorrentes foram núcleos picnóticos
(19,75%), núcleos hipercromáticos (17,10%), membrana nuclear corrugada
(17,10%), células com halo perinuclear (13,15%), núcleo em colar (10,52%).
Concluiu-se que não ocorreram diferenças substanciais entre as
alterações nos grupos estudados.
A436
Estudo clínico e citomorfológico do epitélio oral de
crianças leucêmicas.
OLIVEIRA, P.
T.*, FREITAS, R. A., SOUZA, L. B., PEREIRA PINTO, L.
Departamento
de Odontologia – UFRN. Tel./fax: (0**84) 215-4138.
E-mail: mstpator@odonto.ufrn.br
O objetivo da presente pesquisa foi avaliar clinica e
microscopicamente o epitélio oral de crianças leucêmicas submetidas a
quimioterapia antineoplásica e a bochechos diários de clorexidina 0,12%
atendidas no Hospital Infantil Varela Santiago (HIVS) em Natal - RN. As
leucemias representam uma das neoplasias mais freqüentes em pacientes
pediátricos, sendo a mucosite oral, uma das principais intercorrências
observadas na cavidade oral destes pacientes. Estas alterações em mucosa oral
podem estar associadas tanto ao curso da própria doença como aos
quimioterápicos utilizados para o tratamento da leucemia. A rotina do Centro de
Oncologia Infantil do HIVS é a utilização de bochechos diários com clorexidina
0,12% durante o período em que a criança esteja fazendo o metotrexato (fase de intensificação),
principal droga associada ao desenvolvimento de mucosites. Foram avaliadas 33
crianças com idade variando de 1 a 15 anos de idade no período de dezembro de
1999 a fevereiro 2001. Foram realizados exames clínicos diários na cavidade
oral e esfregaços citológicos de mucosa jugal destes pacientes no início e no
final da fase de intensificação. Do total de pacientes avaliados apenas 5
desenvolveram mucosite. Nos esfregaços citológicos não foram observadas
alterações na morfologia das células mostrando padrão de normalidade da região.
O uso da clorexidina 0,12% pode diminuir o desenvolvimento de mucosites
em pacientes leucêmicos submetidos a terapia antineoplásica. (Apoio financeiro:
CNPq.)
A437
Manifestações orais em pacientes em hemodiálise e
transplantados renais.
SILVA, L. C.
F., MIRANDA, J. L., FREITAS, R. A.*
Programa de
Pós-Graduação em Patologia Oral – UFRN. Tel./fax: (0**84) 215-4138.
E-mail: roseanafreitas@hotmail.com
O propósito deste estudo foi verificar a prevalência de
manifestações orais em pacientes portadores de insuficiência renal crônica em
programa de hemodiálise e em transplantados renais sob uso de terapia
imunossupressora, atendidos no Hospital Universitário da Universidade Federal
de Sergipe. Foram avaliados 21 pacientes em programa de hemodiálise e 21
transplantados renais, nos quais investigou-se clinicamente a prevalência de
lesões na cavidade oral que pudessem ser associadas à doença renal ou às suas
formas de tratamento. Nos pacientes em hemodiálise, foram encontrados 11 casos
de cálculos (52,38%), 6 de gengivite (28,57%), 5 petéquias (23,80%), palidez de
mucosa em 4 casos (19,04%), 4 casos de pigmentações dentais (19,04%), 3 de
estomatite urêmica (14,28%), 3 candidíases pseudomembranosas (14,28%), 2
hemorragias espontâneas (9,52%), 2 leucoplasias (9,52%) e 1 caso de ulceração
mucosa (4,76%). Nos transplantados renais, foram detectados 14 casos de
crescimento gengival (66,66%), 3 ulcerações mucosas (14,28%), 2 candidíases
pseudomembranosas (9,52%), 1 candidíase eritematosa (4,76%), 1 caso de herpes
labial (4,76%), 1 carcinoma epidermóide (4,76%), 1 leucoplasia (4,76%) e 1 caso
com pigmentações dentárias (4,76%).
Concluiu-se que a cavidade oral pode sediar uma variedade de
manifestações associadas à doença renal ou às suas formas de tratamento e que
se faz necessária a implantação de um programa de cuidados preventivos
odontológicos visando melhorar as condições de saúde oral destes pacientes.
A438
AgNORs em epitélio oral normal, hiperplásico e em papiloma.
ANDRADE, E.
S. S.*, AMORIM, R. F. B., MIRANDA, J. L., PEREIRA PINTO, L., FREITAS, R. A.
Pós-Graduação
em Patologia Oral – UFRN. E-mail: roseanafreitas@hotmail.com
Numerosos estudos vêm demonstrando uma íntima relação
numérica de AgNORs com o nível de atividade celular proliferativa. Com base
neste fato, o objetivo do presente trabalho foi realizar uma análise
quantitativa das regiões organizadoras nucleolares (NORs) em epitélio oral
normal, hiperplásico e em lesões de papiloma, por meio do método de coloração
pela prata (AgNOR). Para tanto, fizeram parte de nossa amostra 5 espécimes de
cada condição em questão, selecionados dos arquivos do Serviço de Anatomia
Patológica da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte. Para cada caso analisado foram realizadas duas contagens de AgNORs em
150 células epiteliais e obtida a média aritmética correspondente. Os valores
médios detectados em epitélio normal, hiperplásico e em papiloma, foram
respectivamente, 1,87, 2,53 e 4,33 AgNORs/núcleo.
O número médio de AgNORs encontrado nas lesões de papiloma foi
estatisticamente maior do que aquele observado nos outros dois grupos,
sugerindo um maior potencial proliferativo dos papilomas, quando comparado ao
epitélio hiperplásico.
A439
Incisivos centrais inferiores de humanos – estudo
morfométrico das concavidades proximais e comprimento radicular.
SANCHEZ, P.
R. L.*, STORRER, C., PUSTIGLIONI, F. E., ROMITO, G. A.
Estomatologia
– USP - SP. Tel.: (0**11) 3091-7833.
E-mail: docsanchez@uol.com.br
É importante o conhecimento das concavidades radiculares,
pois sendo esta área propensa ao acúmulo de placa e cálculo, torna-se um fator
predisponente à doença periodontal, dificultando a instrumentação e
interferindo no curso da mesma. O objetivo deste trabalho foi estudar as
concavidades radiculares (largura e profundidade nas faces proximais) e o
comprimento radicular do incisivo central inferior nessas faces. Foram
selecionados 90 dentes de humanos. As radiculares foram avaliadas a cada
2 mm. As medidas foram obtidas 2 mm coronariamente à JEC (posição
zero); na JEC (posição 1), e a cada 2 mm em direção apical (posições 2, 3,
4, 5 e 6). Foi utilizado um aparelho de alta precisão acoplado a um computador,
representando graficamente o contorno de superfície. Os comprimentos
radiculares foram medidos por meio de um paquímetro digital. Após análise
estatística, foram obtidos os seguintes resultados: 1) o comprimento radicular
médio na face distal (13,88 ± 1,47 mm) foi maior que na face
mesial (13,76 ± 1,50); 2) quanto às concavidades: 2a) existem em 100%
da amostragem; 2b) para a face mesial existem concavidades apenas a partir de
4 mm apicalmente à JEC; 2c) na JEC não existem concavidades; 2d) para a
face distal as mesmas se iniciam 2 mm apicalmente à JEC; 3) quanto à
largura vestíbulo-lingual e à profundidade dessas concavidades: são maiores
6 mm apicalmente à JEC, diminuindo e tendendo a não existir nos terços
coronário e apical. (CAPES - PROAP nº 05/2000.)
A440
Avaliação microscópica de UCLAs calcináveis fundidos em dois
métodos de inclusão de revestimento.
BONDIOLI, I.
R.*, CARVALHO, M. A. C., BOTTINO, M. A., NISHIOKA, R. S., COSTA, E. M. V.,
KIMPARA, E. T.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOSJC – UNESP.
O objetivo deste trabalho foi de analisar, in vitro,
se os pilares calcináveis de teflon, tipo UCLA, fundidos em Ni-Cr, sofrem
alterações dimensionais quando o revestimento é incluído com a técnica
de expansão livre, comparada com a de anel de metal. Foi construída uma base
quadrada em aço inoxidável refratário ASTM 310 para a fixação de 2 implantes
(3i Implant Innovations), com 3,75 mm de diâmetro, à distância de
6,2 mm do centro de cada implante, simulando a substituição de um molar.
Utilizou-se 30 pilares UCLA de teflon, calcináveis, sem hexágono interno (3i
Implant Innovations), encerados em monobloco, fundidos em liga de Ni-Cr (Wiron
99, Bego, Alemanha) e incluídos em revestimento Bellavest-T (Bego, Alemanha),
divididos em Grupo A: expansão livre (5 monoblocos) e Grupo B: anel de metal (5
monoblocos). Para os grupos controle utilizou-se 10 pilares UCLA fundidos
separadamente, sendo 5 para o Grupo A e 5 para o Grupo B, nas respectivas
técnicas de inclusão. A adaptação foi avaliada em microscópio comparador
Olympus STM, 30 vezes, com mesa de coordenação equipada com micrômetro digital.
Cada medida foi realizada 3 vezes para as faces distal, mesial, vestibular e
lingual de cada uma das fundições em monobloco, bem como dos grupos controle.
Os resultados obtidos foram analisados estatisticamente pela ANOVA (p << 0,05)
e completados com teste Tukey, em nível de significância de 5%, demonstrando
que a desadaptação das peças fundidas pela técnica de expansão livre foi
menor do que a de anel de metal.
A441
Avaliação microscópica dos pilares UCLA calcináveis fundidos
em liga de titânio e níquel-cromo-titânio.
CARVALHO, M.
C. A.*, BONDIOLI, I. R., COSTA, E. V., BOTTINO, M. A., NISHIOKA, R. S.,
NAISSER, M. P.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese – FOSJC – UNESP.
O propósito deste estudo foi analisar a superfície de
assentamento de componentes protéticos padrões (UCLA) fundidos em ligas
alternativas de Ni-Cr-Ti (Versão Omega: Ni 60-70%, Cr 12-21%, Mb 4 -16%, Ti 4
-6% (Tilite, Talladium do Brasil Inc.) e titânio c.p. (titânio comercialmente
puro). A tecnologia necessária para a fundição do titânio puro é especializada,
realizada em câmara com gás argônio, e para a fundição do Tilite pode ser
utilizada a centrífuga por indução. Para tanto 15 corpos-de-prova padrão (UCLA
calcinável 3i Innovations) foram utilizados, sendo um grupo de 5 fundido em
Tilite e um grupo de 5 em titânio. Para o grupo controle foram utilizados cinco
componentes protéticos do tipo Gold UCLA. Um implante de
3,75 x 8 mm foi fixado no centro de uma plataforma poligonal de
aço inoxidável por intermédio de uma perfuração lateral e um parafuso. Os
corpos-de-prova com demarcações prévias foram assentados um a um ao implante
com forças de 10 a 20 Ncm. Utilizou-se um microscópio comparador Olympus
STM, 30 vezes, com mesa de coordenação equipada com micrômetro digital. Os
dados numéricos obtidos foram submetidos a análise de variância
(p << 0,05) em parcelas subdivididas com a finalidade de
verificar diferenças entre os grupos, forças, e a interação grupo e força,
complementando-se posteriormente com o teste de Tukey ao nível de significância
de 5%.
Em vista dos resultados pode-se concluir que a qualidade do assentamento
da fundição com Tilite mostrou-se superior à do titânio porém ambos inferiores
ao padrão Gold UCLA.
A442
Efeitos clínicos e microbiológicos da azitromicina no
tratamento periodontal.
TRAMONTINA,
R. G.*, MATSURA, E., SAFIOTI, L. M. L., LOTUFO, R. F.
Esse estudo duplo-cego avaliou os efeitos da azitromicina no
tratamento não cirúrgico de periodontite do adulto. Foram selecionados 28
pacientes. O exame inicial incluiu avaliação clínica e microbiológica. Foram
selecionados 4 dentes unirradiculares de cada paciente. Dos 4 dentes, dois
receberam raspagem e alisamento corono-radicular por duas semanas, e dois
dentes não receberam tratamento. Os pacientes foram aleatoriamente distribuídos
em dois grupos com 14 pacientes cada. Um grupo de pacientes recebeu
azitromicina 500 mg por 3 dias. Durante o mesmo período o outro grupo de
pacientes recebeu placebo. Desta forma, diferentes tratamentos foram avaliados:
grupo 1- terapia antibiótica mais raspagem e alisamento radicular; grupo 2-
terapia antibiótica sem raspagem e alisamento; grupo 3- placebo mais raspagem e
alisamento radicular; grupo 4- placebo sem raspagem e alisamento. Os parâmetros
clínicos foram coletados antes da raspagem e alisamento e dois meses após o
final do tratamento mecânico radicular. Três amostras da microbiota subgengival
de cada dente selecionado foram obtidas nos seguintes momentos do estudo: antes
da raspagem e alisamento radicular, uma semana depois, e dois meses após o
início da administração de azitromicina/placebo.
Os resultados demonstraram que, em pacientes com periodontite do adulto,
a combinação tratamento mecânico radicular/azitromicina sistêmica não foi mais
efetiva que o tratamento mecânico radicular como terapêutica única no controle
dos parâmetros clínicos e microbiológicos da doença periodontal.
A443
Avaliação clínica da utilização de um dispositivo de
liberação controlada de clorexidina no tratamento das periodontites agressivas.
DUARTE, F.
F. *, LOTUFO, R. F. M.
Departamento
de Estomatologia – FOUSP. Tel./fax: (0**11) 3091-7833.
E-mail: duarteff@bol.com.br
Este estudo analisou a efetividade de um dispositivo de
liberação local e controlada de clorexidina associado aos procedimentos de
raspagem e alisamento radicular. Num estudo paralelo, cego e aleatório, foram
registradas medições da profundidade de sondagem (PS) e nível clínico de
inserção (NCI) no “baseline”, 6 semanas e 3 meses após a realização do tratamento.
Pacientes com bom estado de saúde, portadores de periodontite agressiva, sem
tratamento periodontal ou antibioticoterapia sistêmica no período mínimo de 6
meses, portadores de 4 dentes unirradiculares com profundidade de sondagem ³ 5 mm,
apresentando sangramento à sondagem foram selecionados. Os resultados indicaram
que ambos os grupos apresentaram uma redução significativa em relação aos
parâmetros clínicos avaliados (p << 0,001), sendo que no grupo
teste, aos 3 meses, pode-se notar uma redução na profundidade de sondagem e um
ganho nos níveis de inserção estatisticamente superiores aos encontrados no
grupo controle (p << 0,05). As médias de redução na PS foram
equivalentes a 2,00 mm (± 1,27) no grupo controle e 2,86 mm (± 1,32)
no grupo teste. Com relação ao NCI, o grupo controle apresentou um ganho médio
de 1,59 mm (± 1,3), enquanto que no grupo teste este ganho foi de
2,50 mm (± 1,34).
Os dados
coletados indicaram que o uso adjunto do “chip” de clorexidina resulta em uma
significante redução da profundidade de sondagem e significante ganho nos
níveis de inserção adicionais quando comparados ao resultado obtido com os
procedimentos de raspagem e alisamento radicular isolados.
A444
Reparação do retalho de espessura total reposto em áreas
saudáveis: análise histológica em cães.
ALMEIDA, M.
M., AZEM, A. C.*, GEORGETTI, M. A. P., LIMA, L. A .P. A.
Departamento
de Estomatologia – FOUSP. Tel./fax: (0**11) 3091-7833.
E-mail: lapalima@fo.usp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar, histologicamente, a
reparação dos tecidos periodontais, após a realização de retalho de espessura
total reposto, em áreas sem doença periodontal. Foram utilizados no experimento
quatro cães sem raça definida. Após a remoção de cálculos supragengivais e
controle de placa com gluconato de clorexidina, foram realizados retalhos de
espessura total, na região do segundo pré-molar, terceiro pré-molar, quarto
pré-molar, primeiro molar e segundo molar. Os retalhos foram elevados apenas na
face vestibular, sendo o lado lingual preservado (controle). Nenhum
procedimento de instrumentação foi realizado nas superfícies radiculares. Os
animais foram sacrificados nos tempos de 7 e 28 dias e os espécimes foram
submetidos a análise histológica (coloração hematoxilina-eosina). Os resultados
revelaram que, do lado experimental, no tempo de 7 dias, o epitélio oral
apresentava características semelhantes às do lado controle; o epitélio
sulcular mostrava uma descontinuidade na porção mais apical e o conjuntivo
subjacente a presença de infiltrado inflamatório intenso. Aos 28 dias, no lado
experimental o epitélio oral apresentou um aumento significativo da camada
espinhosa, além disso, as células mais apicais do epitélio sulcular
localizavam-se na junção cemento-esmalte. A crista óssea alveolar apresentou áreas
de reabsorção e remodelação.
Concluímos que o procedimento cirúrgico sem instrumentação radicular, em
áreas de saúde periodontal, parece não provocar perda de inserção e permite uma
rápida reinserção.
A445
Efeito clínico e microbiológico do gel de clorexidina a 0,5%
em pacientes especiais.
PANNUTI, C.
M.*, CAI, S., FREITAS, N. M., SARAIVA, M. C., LOTUFO, R. F. M.
Disciplina
de Periodontia – FOUSP. Tel.: (0**11) 3091-7833.
E-mail: p-pannut@fo.usp.br
O objetivo deste estudo foi determinar o efeito clínico e
microbiológico do gel de clorexidina (CHX) a 0,5% em 43 deficientes mentais
institucionalizados, com idade entre 17 e 35 anos. Os pacientes foram divididos
aleatoriamente em grupos teste (gel de clorexidina) e controle (placebo). A aplicação
do gel foi realizada com moldeiras, duas vezes ao dia, durante oito semanas. O
Índice de Sangramento Interdental (ISI) foi aferido antes e após a aplicação do
gel. Foram coletadas amostras de placa bacteriana supragengival antes do gel,
após o gel e 16 semanas após o início. As amostras foram processadas e semeadas
em meios não-seletivos e seletivos para bacilos entéricos, estafilococos e
leveduras. A análise estatística mostrou que não havia diferença entre os
grupos (p = 0,82) quanto às médias de ISI antes do gel. Após a
aplicação do gel houve diminuição significativa (de 55,6% para 33,2%,
p << 0,001) na média de ISI no grupo teste, e um pequeno
aumento (de 54,5% para 60,6%) no grupo controle, sendo que a diferença entre os
grupos foi significativa (p << 0,001). Não houve diferença
entre os grupos quanto a presença de bacilos entéricos e estafilococos. Após
oito semanas, o grupo teste apresentou menor ocorrência de leveduras que o
controle (p = 0,02).
Os autores concluem que o gel de clorexidina a 0,5% foi eficiente na
redução da inflamação gengival interproximal e não provocou alteração
indesejável na composição da placa bacteriana supragengival. (Financiamento:
FAPESP - processo 96/12367-9.)
A446
Tratamento regenerativo das lesões de furca grau III –
análise histométrica e histológica em cães.
ZENÓBIO, E.
G.*, SANTOS, F. A., MARTINS, M. C., SHIBLI, J. A., SPLIDÓRIO, L. C.,
MARCANTONIO, R. A. C., MARCANTONIO Jr., E.
COP – PUCMG;
FOA – UNESP.
Esta pesquisa avaliou o potencial regenerativo do uso da RTG
(membrana de colágeno) associada ao material de implante Bio-Oss, no tratamento
regenerativo de lesões de furca grau III, induzidas em cães. Seis cães de raça
indefinida foram selecionados e receberam no segundo e quarto pré-molares,
defeitos de furca grau III, com 4,5 mm e 5,5 mm de altura
respectivamente, totalizando 24 espécimes. Após 45 dias as lesões foram
cirurgicamente tratadas através de raspagem, aplainamento, condicionamento
radicular (tetraciclina hidroclorídrica) e divididas em 4 grupos de tratamento:
G1- membrana de colágeno e Bio-Oss, G2- membrana de colágeno, G3- Bio-Oss e G4-
controle (sem tratamento adicional). Após 150 dias os animais foram
sacrificados e submetidos à análise histométrica e histológica. A análise
histológica descritiva indicou uma melhor regeneração nos grupos experimentais.
A histometria apresentou um resultado médio (%) com maior regeneração nos
grupos experimentais (G1 = 65%; G2 = 60%;
G3 = 48,5%) em comparação com o grupo 4 = 39,7%. A análise
estatística, (teste de Kruskal-Wallis, p >> 0,05) demonstrou
não existir diferença significante entre os grupos em relação às áreas
regeneradas, mas uma significante formação de cemento
(p >> 0,28) nos grupos G1, G2, G3 em relação ao grupo 4 que apresentou
maior formação de epitélio (p >> 0,034).
Portanto, não existe diferença estatística entre os tratamentos
apresentados para a regeneração das lesões de furca grau III, apesar da maior
regeneração periodontal apresentada pelo grupo 1.
A447
FC01
Reparação de defeitos de furca classe II tratados por RTG –
análise histológica em plano vestíbulo-lingual, em cães.
GEORGETTI,
M.*, CORDIOLI, M., PUSTIGLIONI, F.
FOUSP.
Este trabalho teve por objetivos o estudo do comportamento
do tecido epitelial e a formação de um novo sulco gengival após procedimento de
RTG em defeitos de furca classe II, criados cirurgicamente, em cães. A análise
histológica foi realizada em plano vestíbulo-lingual, uma forma incomum de
estudo. Foram criados defeitos de furca classe II mandibulares, em 4 cães SRD,
que foram tratados por RTG, com membranas de PTFE-e. As áreas controle foram as
faces linguais, saudáveis. Os espécimes obtidos corresponderam a 7 e 28 dias de
reparação, após a remoção da membrana. No momento de remoção das membranas, foi
observado completo fechamento das furcas, em todos os espécimes. Os espécimes
de 7 dias mostraram epitélio recobrindo o tecido conjuntivo neoformado no
interior dos defeitos, interposto entre este e o teto da furca, estendendo-se
até o 1/3 lingual da coroa (em plano V-L). Nos espécimes de 28 dias o epitélio
foi observado na porção central da furca, ou deslocado para o 1/3 vestibular da
coroa. Pudemos verificar a presença de epitélio juncional longo e a ocorrência
de bolsa, dispostos horizontalmente, formando um sulco sob a coroa dental,
abaixo do teto da furca. O tecido ósseo neoformado, trabecular e abundante,
ocorreu exclusivamente na porção intra-óssea do defeito, disposto
anatomicamente, como uma rampa ascendente, entre a crista óssea vestibular e a
crista óssea lingual remanescente.
Foi concluído que a RTG não propiciou a regeneração dos defeitos e que,
mesmo com técnicas de membrana, ocorre penetração epitelial para o interior dos
defeitos tratados.
A448
Inter-relação da doença periodontal e sintomas ansiosos e
depressivos.
SOLIS, A. C.
O.1*, MARQUES, A. H.2, LOTUFO, R. F. M.1,
LOTUFO-NETO, F.2
1
Departamento de Estomatologia – FOUSP; 2 Departamento de Psiquiatria
– FMUSP. E-mail: acris_solis@hotmail.com
A proposta deste estudo foi verificar se pacientes com
sintomas ansiosos (SA) e depressivos (SD) apresentam maior probabilidade de
apresentar doença periodontal (DP). Um total de 97 pacientes que se
apresentaram para tratamento odontológico na Universidade do Vale do Paraíba,
com idade média de 37,3 anos, 66 mulheres e 31 homens, sendo 89,7% da raça
branca, constituíram a população a ser estudada. Esses pacientes, após
consentimento informado, foram convidados a responder aos seguintes
instrumentos psicométricos: Self Report Questionary-20 (SRQ-20), Inventário de
Depressão de Beck, Escalas de Eventos Vitais e Inventário de Ansiedade
Traço-Estado (IDATE). O exame periodontal consistiu no registro do NCI e PCS em
6 sítios por dente bem como dos índices de placa e gengival. Foi considerado
paciente com DP aquele que apresentava 2 sítios com NCI de 6 mm e um sítio
adicional com PCS de 5 mm. Os resultados mostraram que os pacientes com SD
apresentavam risco de 89% (“odds ratio”: 1,89) para DP, SRQ positivo apresentavam
risco de 11% (“odds ratio”: 1,11) para DP e pacientes com traço ansioso
apresentavam risco de 7% (“odds ratio”: 1,07) para DP. A freqüência de eventos
vitais e o estado de ansiedade não tiveram correlação com a DP.
Embora esses sintomas sejam avaliados por escalas psicométricas e não
por meio de instrumentos diagnósticos, os dados sugerem uma participação de SA
e SD no processo da periodontite. (Apoio financeiro: FAPESP – processos:
00/09234-4, 99/08446-9.)
A449
Avaliação de enxertos ósseos autógenos perfurados e
não-perfurados de origens embriológicas diferentes – estudo experimental em
coelhos.
CARVALHO, R.
S.*, CAMILLI, J. A., BELMONTE, G. C.
Universidade
do Sagrado Coração – Bauru - SP.
O enxerto ósseo autógeno configura-se como material de
escolha quando se objetiva a reconstrução craniofacial. Estudos prévios têm
demonstrado superioridade dos enxertos de origem membranosa sobre os
endocondrais no que se refere à manutenção do seu volume, neoformação óssea e
revascularização. Publicações mais recentes têm isentado a origem embriológica
desta responsabilidade atribuindo as variações de comportamento às
características estruturais do osso enxertado, bem como, a presença ou ausência
de perfurações neste enxerto. No presente estudo buscou-se, à luz da microscopia
óptica, avaliar qualitativa e quantitativamente estes dois tipos de enxerto
(endocondral e membranoso) que apresentavam microarquiteturas semelhantes.
Catorze coelhos receberam 4 enxertos cada um aplicados de forma “onlay” na
calota craniana. Dois deles oriundos da tíbia direita e outros 2 do osso
frontal, sendo que um enxerto de cada tipo recebeu sete perfurações acessórias.
Análises histológicas nos períodos de 30 e 60 dias, não demonstraram diferenças
significantes nos padrões de comportamento entre os dois tipos de ossos quanto
à manutenção volumétrica e neoformação óssea. As perfurações favoreceram a
neoformação óssea nos enxertos membranosos observados aos 30 dias. No que se
refere à revascularização, aos 60 dias, os enxertos endocondrais exibiram
supremacia numérica de vasos sobre os membranosos.
Conclui-se que a origem embriológica não influenciou os aspectos de
neoformação óssea e manutenção dos enxertos, contudo as perfurações aceleraram
a remodelação nos membranosos.
A450
MEV da supefície de implantes irradiados com laser de CO2.
HAYPEK, P.*1,
SIMIONATTO, M. R.2, ZEZELL, D. M.3, EDUARDO, C. P.1
1Dentística –
FOUSP; 2Microbiologia – ICB; 3CLA – IPEN.
Tel.: (0**11) 5055-8267. E-mail: patihaypek@uol.com.br
As infecções periimplantares podem ser responsáveis por
falhas na osseointegração. A contaminação por bactérias dos sítios
periimplantares e das superfícies dos sistemas de implante dificulta muito o
tratamento das lesões. O estudo realizado objetiva avaliar o efeito da
irradiação do laser de CO2 sobre superfícies de implantes, visando
oferecer uma nova alternativa de tratamento para lesões periimplantares. Foram
utilizados 5 implantes, do tipo padrão Brånemark, previamente esterilizados. Os
parâmetros de potência e tempo de exposição foram determinados num estudo
prévio onde se avaliou o aumento de temperatura durante a irradiação com o
laser de CO2, através de termopares posicionados na região apical
dos implantes. As superfícies dos implantes foram analisadas em MEV para
avaliação de alterações morfológicas. Foram analisadas as superfícies das
roscas e as superfícies da região fresada dos implantes. O laser foi aplicado
em quatro implantes, com um tempo de exposição de irradiação de 40 segundos e
diferentes potências: o primeiro, com 0,3 W; o segundo, com 0,6 W; o
terceiro, com 0,9 W e quarto, com 1,2 W. O laser foi aplicado
desfocado perpendicularmente à superfície dos implantes. Um quinto implante foi
analisado como controle. Não houve observação de alterações morfológicas
estruturais de superfícies sobre os implantes irradiados com o laser de CO2
dentro dos parâmetros estabelecidos no estudo.
O laser de CO2 pode ser utilizado como uma alternativa de
tratamento para superfícies de implantes com tratamento químico de superfície.
(Apoio: CNPq e FDCTO.)
A451
Soldagem à laser em estruturas de titânio e liga de
paládio-prata.
SOUSA, S.
A.*, NÓBILO, M. A. A., SILVA, T. B., HENRIQUES, G. E. P., MESQUITA, M. F.
Departamento
de Prótese e Periodontia – Fop –
Unicamp. E-mail: Nobilo@fop-unicamp.br
O assentamento passivo é requisito básico na fabricação de
próteses sobre implantes. Este estudo se propôs avaliar o assentamento passivo
de estruturas em titânio e liga de Pd-Ag, confeccionadas em monobloco e
soldadas à laser. A partir de uma matriz metálica com cinco implantes, obteve-se
um modelo mestre, onde foram feitos os procedimentos de enceramento, inclusão e
acabamento das estruturas metálicas. Foram enceradas 20 amostras, sendo 10
fundidas em titânio e 10 em liga de Pd-Ag. As amostras foram divididas
em 4 grupos, G I: 5 estruturas fundidas em peça única em liga de Pd-Ag; G II: 5
estruturas fundidas em liga de Pd-Ag, seccionadas e submetidas a
soldagem à laser; G III: 5 estruturas fundidas em peça única de titânio e G IV:
5 estruturas de titânio, seccionadas e submetidas a soldagem à laser. As mensurações
das interfaces foram feitas através de um miscroscópio mensurador. Os dados
foram submetidos a análise de variância e ao teste de Tukey (5% de
significância). Os resultados indicaram que: não existiram diferenças
estatisticamente significantes entre as estruturas fundidas em titânio e liga
de Pd-Ag para os cilindros distais, na técnica monobloco. No entanto,
foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os dois
materiais, após a soldagem à laser, sendo que o titânio (31,37 mm)
apresentou melhores resultados que a liga de Pd-Ag (106,59 mm).
Concluiu-se que a técnica da soldagem à laser melhorou significantemente
o assentamento passivo das estruturas em titânio e liga de Pd-Ag. (Apoio
financeiro: Fapesp - 99/00846-8.)
A452
PSR versus exame periodontal convencional em
pacientes usuários de nifedipina.
SOUSA, C.
P.*, VILAR, C. D., ROSSA Jr., C., SPOSTO, M. R.
Departamento
de Diagnóstico e Cirurgia, Disciplina de Periodontia – FOAr – UNESP.
O objetivo do trabalho é avaliar a capacidade do exame
periodontal simplificado (PSR) em identificar perda de inserção nos pacientes
sob terapia com droga associada à ocorrência de crescimento gengival
(nifedipina), quando comparado ao exame periodontal convencional. A amostra foi
composta por 24 pacientes, de ambos os sexos, com faixa etária entre 30-50
anos, dentre os quais 14 faziam uso de nifedipina (grupo teste) e 10 não
utilizavam o medicamento (grupo controle). Foram realizados dois exames em cada
um dos 24 pacientes, PSR e avaliação do nível de inserção clínico, com
intervalo mínimo de 48 h. Dois examinadores, cada um treinado e calibrado
em um dos métodos, PSR e sondagem do nível de inserção, realizaram os exames de
forma independente e cega para os resultados do outro examinador. Nos exames de
cada paciente foram registrados o maior escore do PSR e o maior valor de perda
de inserção para cada dente, com os resultados classificados segundo a presença
de perda de inserção inicial (até 5 mm ou escore do PSR até 3) ou avançada
(maior que 5 mm ou escore 4 do PSR). Não foram observadas correlações
(Spearman) significativas entre os dois exames nos grupos teste e controle
(r = 0,06; p = 0,83 e r = 0,49;
p = 0,14, respectivamente). O percentual de dentes apresentando perda
de inserção inicial e avançada identificados por cada exame foi
significativamente diferente apenas para o grupo teste (Wilcoxon,
p = 0,009).
Os resultados obtidos, embora preliminares, revelam falha do PSR em
identificar a perda de inserção em pacientes portadores de crescimento
gengival.
A453
Tratamento da periimplantite utilizando fotossensibilização:
resultados microbiológicos.
SHIBLI, J.
A.*, MARTINS, M. C., GARCIA, V. G., MARCANTONIO Jr., E.
Periodontia
– Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP.
E-mail: perio@foar.unesp.br
Este estudo avaliou, por meio de culturas, a efetividade da
fotossensibilização no tratamento da periimplantite em diferentes superfícies
de implantes (Ticp, TPS, HA e superfície tratada por ácidos) em 6 cães adultos.
Três meses após exodontia dos quatro pré-molares inferiores os implantes foram
aleatoriamente colocados. Cinco meses após osseointegração, ligaduras foram
posicionadas apicalmente aos implantes durante 2 meses, induzindo perda óssea.
Após a remoção das ligaduras, os cães foram mantidos sob controle químico e
mecânico supragengival durante 12 meses, ocorrendo a progressão natural da
periimplantite. Retalho mucoperiostal foi elevado por vestibular e lingual e
amostras microbiológicas iniciais foram obtidas de 19 implantes. A área do
implante à ser detoxificada foi tratada por meio de curetas de teflon associada
a agente fotossensibilizador (azul de toluidina O, 100 mg/ml) e
sensibilizado por um laser diodo com comprimento de onda de 685 nm e
50 mW de potência durante 80 s, sendo logo após colhidas novas
amostras microbiológicas. Diferenças significantes foram observadas para
contagem total de microrganismos (1,50 + 0,67 ´ 107 UFC
para 1,00 + 0,76 ´ 107 UFC;
p = 0,0002), Prevotella spp. (2,50 + 2,49 ´ 106 UFC
para 0,0 + 0,99 ´ 106 UFC;
p = 0,0015), estreptococos beta-hemolíticos
(12,50 + 0,48 ´ 106 UFC para
0,25 + 0,27 ´ 106 UFC;
p = 0,0209), e Fusobacterium spp. (0,87 + 0,70 ´ 106 UFC
para 0,0 + 0,77 ´ 106 UFC,
p = 0,0249) antes e após fotossensibilização.
Conclui-se que a fotossensibilização associada a raspagem no tratamento
da periimplantite pode reduzir a viabilidade microbiana.
A454
Crescimento gengival em pacientes transplantados que utilizam
ciclosporina (CsA).
AFONSO, M.*,
SHIBLI, J. A., SPOSTO, M. R.
Departamento
de Diagnóstico e Cirurgia – Faculdade de Odontologia de Araraquara –
UNESP. E-mail: sposto@foar.unesp.br
A incidência do crescimento gengival (CG) associada ao uso
da ciclosporina A (CsA) é controversa. O objetivo deste estudo foi avaliar a
incidência de CG, em pacientes transplantados renais, sob terapia com CsA, e as
possíveis associações entre as variáveis periodontal e farmacológica. O grupo
teste foi formado por 20 pacientes transplantados renais e o grupo controle por
20 pacientes não-transplantados. As condições periodontais foram avaliadas por
índice de placa (IP), índice gengival (IG), profundidade de sondagem (PS) e
índice de crescimento gengival (ICG), juntamente com as variáveis
farmacológicas (dose diária e tempo de uso de CsA). Verificou-se diferença
significante entre os grupos teste e controle para o IP
(p << 0,01) e para PS (p << 0,01). No entanto
não houve diferença para o IG (p = 0,15). Utilizando o teste de correlação
de Pearson, observou-se uma diferença estatisticamente significante entre o IG
(p << 0,001; r = 0,8141) e PS
(p << 0,001; r = 0,866) em relação ao CG. As demais
correlações avaliadas não foram estatisticamente significantes.
Com base nos resultados obtidos concluímos que o CG induzido pela CsA
pode variar de acordo com a sensibilidade individual de cada paciente e que o
CG pode ou não estar relacionado às condições periodontais.
A455
Hiperatividade neutrofílica em sítios com destruição
tecidual em pacientes com periodontite de adulto.
CASIUCH, R.
N.*, FIGUEREDO, C. M. S., FISCHER, R. G.
Departamento
PROCLIN – FOUERJ. E-mail: fischer@uerj.br
O objetivo do presente estudo foi avaliar a hiperatividade
de neutrófilos em sítios com destruição periodontal em pacientes com
periodontite do adulto. Amostras do fluido gengival foram coletadas com o
método de lavagem intra-sulcular de 19 pacientes do grupo controle (GC) que apresentavam
gengivite, e de 24 pacientes do grupo experimental (GE), com
periodontite do adulto. Os sítios foram divididos em sítios sem
destruição tecidual em pacientes com gengivite (sítios GG); sítios sem
destruição tecidual em pacientes com periodontite (sítios GP) e sítios com
destruição tecidual em pacientes com periodontite (sítios PP). Os parâmetros
clínicos utilizados para a seleção destes sítios foram: Índice de Placa, Índice
Gengival, Profundidade de Bolsa à Sondagem e Nível de Inserção à
Sondagem. A lactoferrina foi medida com anticorpos específicos pelo método
ELISA enquanto a atividade enzimática da elastase foi medida com um substrato
específico (S-2484). Os resultados demonstraram que a atividade de elastase
estava significativamente aumentada em sítios PP (7.033 ± 5.130),
enquanto a lactoferrina estava aumentada nos sítios GG (15.296 ± 10.908).
Em todos os sítios analisados, a maior parte da elastase estava presente
na forma de elastase livre.
A taxa entre atividade enzimática de elastase e lactoferrina foi
significativamente mais elevada nos sítios PP (1,07 ± 0,99)
quando comparados aos sítios GP (0,48 ± 0,50) e GG (0,36 ± 0,36),
o que confirma a hiperatividade de neutrófilos em sítios com destruição
tecidual em pacientes com periodontite do adulto.
A456
Avaliação clínica das fissuras alveolares enxertadas na
terapia com implantes osseointegrados.
FREIRE, J.
N. O.*, NAZARENO GIL, J., REZENDE, M. L. R., COURA, G. S.
Programa de
Pós-Graduação – UFSC. Tel./fax: (0**48) 234-8776.
E-mail: nilofreire@hotmail.com
Esse estudo clínico avaliou o comportamento das fissuras
alveolares reconstruídas com enxerto ósseo autógeno medular da crista ilíaca,
visando a terapia com implantes osseointegrados. Após a realização do enxerto,
quando a espessura óssea estava deficiente para instalação dos implantes, uma
área doadora intra-oral era escolhida para ser reenxertada na fissura. No caso
da formação de ponte óssea na área da fissura, os implantes eram instalados,
associados ou não à técnica de RGO. Dez pacientes, dos 42 avaliados (23,81%)
necessitaram de reenxerto antes da instalação dos implantes. Foi observada a
formação de ponte óssea alveolar em 13 pacientes (30,95%), que tiveram seus
implantes instalados 18,38 ± 11,08 meses após a realização dos
enxertos. Dezenove pacientes (45,24%), que tiveram seus implantes instalados
5,1 ± 0,73 meses após o procedimento de enxerto, apresentaram
quantidade óssea suficiente para o posicionamento ideal dos implantes. Apenas 2
implantes fracassaram: um 3 meses após entrar em função, e o outro,
durante o período de osseointegração, ambos em áreas não reenxertadas.
Os autores concluíram que a taxa de sucesso de implantes instalados em
fissuras alveolares enxertadas com osso ilíaco, com ou sem reenxerto e
suportando cargas oclusais por um período de 18 ± 9,28
meses, é alta (95,24%). Além disso, houve uma maior porcentagem de casos onde
se deu a reabsorção em forma de ponte, mais favorável à instalação de
implantes, do que a reabsorção em espessura, que sempre requer reenxerto prévio
à instalação de implantes, prolongando assim, o tempo da reabilitação.
A457
Ausência de associação entre polimorfismo no VDR e doença
periodontal.
BRITO Jr.,
R. B.*, TREVILATTO, P. C., SOUZA, A. P. de, SCAREL, R. M. C., BARROS, S. P.
Morfologia –
FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5214, 430-5218.
E-mail: rui_barbosa@hotmail.com
A doença periodontal (DP) é causada por interações entre
fatores do hospedeiro, microrganismos específicos patogênicos e fatores
ambientais. Torna-se interessante a investigação do papel dos fatores genéticos
relacionados ao hospedeiro, que podem ser utilizados como marcadores de risco à
doença, trazendo importantes contribuições sobre a patogênese da DP.
Polimorfismos genéticos no receptor da vitamina D (VDR) estão associados a
alterações da homeostasia óssea e com doenças nas quais a perda óssea é um
importante sinal, em particular a osteoporose. Sendo a perda óssea progressiva
uma característica da DP, o objetivo deste estudo foi avaliar a associação
entre DP e polimorfismos no gene do VDR. O DNA foi extraído de células da
mucosa oral de 113 indivíduos: 44 saudáveis (grupo controle), 31 com
periodontite moderada e 38 com periodontite severa. O polimorfismo do sítio de
restrição no exon 9 do gene do VDR foi analisado pela técnica de
PCR, seguida de digestão pela Taq I (técnica de RFLP) e eletroforese com
géis de poliacrilamida a 10% corados por prata. Os dados foram analisados pelo
teste de c2 pela razão de verossimilhança. Os resultados mostraram
que não houve diferença significativa na freqüência dos alelos e genótipos
entre o grupo controle e os grupos com DP.
Conclui-se que o polimorfismo estudado não pode ser usado como um
marcador de susceptibilidade para a DP crônica na população analisada.
(FAPESP - processo nº 00/04487-1; Comitê de Ética em Pesquisa da FOP/UNICAMP
43-A/2000.)
A458
Influência do sangramento gengival na sondagem
computadorizada com pressão controlada.
MOLINA, G.
O., SOUZA, S. L. S.*, GRISI, M. F. M., NOVAES Jr., A. B., TABA Jr., M.
Departamento
de CTBMF e Periodontia – Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – USP.
O presente estudo foi realizado com a finalidade de ajudar a
esclarecer o quanto a existência de sangramento do fundo de bolsa pode alterar
as medidas de sondagem. Foram sondados, através de sonda de força constante e
igual a 0,25 N (Florida Disk Probe), 50 sítios sem sinais de inflamação e
50 sítios apresentando sangramento após a sondagem, todos com indicação para a
realização de cirurgias periodontais. Estes sítios foram submetidos a duas
sondagens: uma pré-cirúrgica e outra transcirúrgica. A sondagem pré-cirúrgica
mediu o nível de inserção relativo, ou seja, a distância entre a oclusal de uma
placa acrílica pré-confeccionada e o fundo do sulco gengival ou da bolsa
periodontal (S1). A segunda sondagem (transcirúrgica) mediu, no mesmo local de
S1, a distância entre a oclusal da placa acrílica e a crista óssea (S2). A
diferença entre as medidas das duas sondagens realizadas em cada sítio
determinou a distância entre o fundo de sulco clínico e a crista óssea (S3). Na
análise dos resultados, a mediana e a média das medidas S3 foi igual a
1,60 mm e 1,64 mm para os sítios sadios e 1,50 mm e 1,63 mm
para os sítios inflamados, respectivamente. Não houve diferença
estatisticamente significante entre a sondagem em sítios sadios e em sítios
inflamados (teste de Mann-Whitney, p = 0,625).
Com base nesses achados, concluiu-se que esta sonda periodontal de força
igual a 0,25 N parece não ser influenciada pelo estado inflamatório da
gengiva, evidenciado pela existência de sangramento no fundo da bolsa, sendo um
instrumento a ser considerado no diagnóstico e na avaliação dos tratamentos
periodontais realizados.
A459
Proteínas do esmalte e membranas reabsorvíveis em defeitos
periimplantares: estudo histométrico.
CASATI, M.
Z.*, NOCITI Jr., F. H., SALLUM, A. W., SALLUM, E. A.
Departamento
de Prótese e Periodontia – FOP – UNICAMP.
O objetivo deste estudo foi avaliar, histometricamente, a
utilização das proteínas derivadas do esmalte (PME), associadas ou não à
técnica de regeneração óssea guiada (ROG), no tratamento de deiscências ósseas
periimplantares. As deiscências foram criadas em 6 cães, sendo estas designadas
aleatoriamente aos seguintes grupos de tratamento: PME, ROG,
PME + ROG e controle. Foram utilizados dois períodos experimentais de
um e três meses de pós-operatório. Após o sacrifício dos animais e
processamento do material, as porcentagens médias obtidas de contato
osso/implante nos grupos PME, ROG, associação PME + ROG e grupo
controle, no período de um mês de pós-operatório, foram: 15,03 ± 23,76;
12,87 ± 9,35; 8,52 ± 6,89; 3,88 ± 5,70,
respectivamente (p = 0,055). No período de três meses: 18,07 ± 13,52;
24,42 ± 19,88; 36,11 ± 17,53; 16,96 ± 17,77,
respectivamente (p = 0,7). Para o parâmetro área de novo osso na
região das roscas, no período de um mês de pós-operatório, observou-se:
41,82 ± 22,03; 42,89 ± 18,08; 34,43 ± 15,75;
34,07 ± 22,08, respectivamente (p = 0,1). No período de
três meses: 55,55 ± 11,81; 53,89 ± 16,35; 62,15 ± 18,47;
36,95 ± 25,10, respectivamente, sendo as diferenças entre o grupo
controle e o grupo da associação PME + ROG estatisticamente
significantes (p << 0,05).
Considerando os limites deste estudo, pode-se concluir que a associação
PME + ROG proporcionou um maior preenchimento ósseo das roscas do
implante, quando comparado ao grupo controle, após três meses de
pós-operatório. (Apoio financeiro: Fapesp -
99/08094-5.)
A460
Avaliação periodontal simplificada (PSR) em pacientes
indicados para tratamento protético.
SANTOS Jr.,
G. C.*, BARNABÉ, W., RUBO, J. H., GREGHI, S. L. A.
Departamento
de Prótese – Faculdade de Odontologia de Bauru – USP.
O objetivo deste trabalho foi avaliar as necessidades
periodontais dos pacientes encaminhados para a Clínica Integrada de
Prótese/Periodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru (USP) utilizando-se os
critérios do exame PSR. 61 pacientes foram avaliados com uso de sondas
periodontais tipo 621 da OMS da marca Trinity, recomendada pela ADA (American
Dental Assossiation)/AAP (American Academy of Periodontology). Os resultados
obtidos revelaram que 51,6% dos pacientes necessitavam de tratamento
periodontal complexo (códigos 3 e 4) antes do início dos tratamentos
protéticos, havendo maior prevalência do código 3 (37,09%). Nos pacientes com
idade até 40 anos, apenas 37,05% apresentavam necessidade de tratamento
periodontal complexo enquanto na faixa etária de 41 a 71 anos esta necessidade
estava presente em 62,85%. Nos pacientes do sexo masculino 48% necessitavam de
tratamento periodontal complexo, assim como, 54,05% dos pacientes do sexo
feminino.
A aplicação do PSR revelou-se simples e satisfatória para a
identificação das necessidades de tratamentos periodontais dos pacientes.
A461
Avaliação morfométrica de um adesivo de fibrina em enxertos
gengivais.
OLIVEIRA, M.
D. B.*, GREGHI, S. L. A., STIPP, A. C.
Departamento
de Prótese – Faculdade de Odontologia de Bauru.
Tel.: (0**14) 235-8278. E-mail: monicadourados@uol.com.br
Testou-se em enxertos gengivais livres um adesivo de fibrina
experimental, produzido a partir de veneno de serpentes, comparando-se
morfometricamente a reparação de enxertos fixados com sutura (grupo controle)
em relação aos fixados com o adesivo (grupo teste). Realizou-se um enxerto de
cada grupo em 15 pacientes e colheram-se 5 biópsias de cada grupo nos períodos
de 7, 15 e 45 dias. A avaliação da densidade de volume para núcleos de
fibroblastos, núcleos de células inflamatórias e vasos sangüíneos demonstrou
diminuição gradativa significante de 7 dias até 45 dias em ambos os grupos. Já
para a substância intercelular a densidade volumétrica foi aumentando
significantemente com o tempo entre 7, 15 e 45 dias. No grupo teste houve
tendência a maior densidade de núcleos de fibroblastos e densidade
significantemente menor de núcleos de células inflamatórias em 7 dias, e
significantemente maior de substância intercelular em 45 dias, em relação ao
controle. A avaliação da área da interface epitélio/tecido conjuntivo indicou o
seu aumento com o tempo em ambos os grupos, com tendência a valores mais altos
no teste.
Portanto, o adesivo promoveu um padrão reparativo semelhante ao
controle, embora inicialmente mais acelerado. (Financiamento: FAPESP.)
A462
FC03
Análise do gene da catepsina C na síndrome de
Papillon-Lefèvre.
CURY, V. F.*1, COSTA, J. E.1, BOSON,
W. L.2, DEMARCO, L.2, GOMEZ, R. S.1
1
Departamento de Clínica, Patologia e Cirurgia – FO – UFMG. 2
Departamento de Farmacologia do Instituto de Ciências Biológicas – UFMG.
A síndrome de Papillon-Lefèvre (SPL) é uma doença que
envolve uma destruição periodontal grave e uma hiperceratose palmo-plantar. Tem
sido demonstrado que esta síndrome é causada por uma alteração molecular no
gene de uma protease lisossomal, denominada catepsina C. Entretanto, pouco se
sabe a respeito das interações entre as
alterações genéticas e o fenótipo da síndrome. O objetivo deste estudo
foi, através do seqüenciamento do DNA de pacientes com a expressão total ou parcial da síndrome,
avaliar o gene da catepsina C em uma família afetada pela SPL. Para isso, oito
indivíduos de uma família afetada por essa síndrome foram examinados. DNA foi
extraído das células leucocitárias, e todos os exons do gene amplificados
através da reação da polimerase em cadeia. A partir do sequenciamento dos
exons, pôde-se constatar a presença de
uma nova mutação no exon 4, caracterizada por
uma substituição homozigótica 587T® C, causando uma troca do aminoácido
leucina por prolina. Três indivíduos
que apresentaram a completa expressão da síndrome mostraram-se homozigotos para essa mutação. Um paciente
que apresentou somente hiperceratose plantar, mostrou-se heterozigoto. Dois
irmãos analisados também mostraram heterozigose, entretanto sem nenhum dos
sinais clínicos da doença.
Desta forma, o presente estudo mostrou uma nova mutação no gene da
catepsina C, demonstrando ainda evidências de que a heterozigose em alguns
indivíduos não predispôs estes à doença periodontal.
A463
Estudo comparativo da resistência superficial do titânio
comercialmente puro e do titânio nitretado em plasma.
KAPCZINSKI,
M. P.*, GIL, C., SANTOS, C. A.
FOUSP - SP.
Com o objetivo de melhorar as propriedades tribológicas da
superfície do titânio usado em implantes dentais, particularmente sua
resistência ao desgaste, foi desenvolvida na presente tese uma investigação
sistemática do efeito da nitretação em plasma (NP) sobre as referidas
propriedades de amostras de titânio comercialmente puro. A NP é um método de
modificação superficial capaz de gerar compostos (nitretos e óxidos) que
aumentam consideravelmente o rendimento tribológico das superfícies tratadas.
Foram utilizados inicialmente 13 diferentes conjuntos de parâmetros
operacionais para nitretação (variações de tempo, temperatura da amostra e
composição do gás nitretante). As amostras obtidas foram testadas com aparelho
sônico (Sonicborden, Kavo) e caracterizadas com difratometria de raios X e
microscopia eletrônica de varredura. As amostras que se destacaram por sua
resistência foram novamente produzidas (em três momentos diferentes) e testadas
com curetas Gracey, aparelho sônico e teste de pino-sobre-disco. A
caracterização superficial foi novamente realizada com o uso de difratometria
de raios X, reação nuclear e microscopia eletrônica de varredura.
A análise dos dados obtidos indica que a nitretação em plasma aumenta a
resistência superficial do titânio. Os seguintes parâmetros: 3 horas de
tratamento; composição gasosa N2/H2 = 80/20 e
N2/H2 = 20/80; e temperaturas de 600ºC e 800ºC produzem amostras de
titânio mais resistentes que o titânio comercialmente puro.
A464
Registro periodontal simplificado em gestantes e lactantes
(PSR).
ROSELL, F.
L.*, SILVA, S. R. C., VALSECKI Jr., A.
Departamento
de Odontologia Social – Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP;
Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP. Tel.: (0**16) 201-6343,
603-6781. E-mail: rosell@techs.com.br.
Este estudo teve a finalidade de avaliar através do PSR
(Periodontal Screening and Recording) as condições periodontais encontradas em
gestantes e lactantes comparando-as ao grupo controle de um Centro Municipal
de Saúde de Araraquara - SP. O índice foi aplicado em gestantes e nas mesmas no
período pós-gestacional (lactantes), com idades entre 15-36 anos e o grupo
controle com idades de 15-48 anos. Com auxílio da sonda 621 OMS, recomendada
para este exame, os códigos 0-4 (identificam critérios de sangramento,
cálculo e bolsa periodontal) foram atribuídos a cada sextante, estando estes
associados ou não a um asterisco (*) (presença de recessão, invasão de furca,
mobilidade ou alterações mucogengivais). O código 2 do PSR foi o maior
percentual encontrado em gestantes/lactantes em todas faixas etárias. O maior
percentual encontrado no grupo controle foi do código 2 e 3 igualmente (37,5%)
para as idades de 15-24 anos e o código * (64,3%) de 37-48 anos. As
condições periodontais das gestantes pioraram quando no período
pós-gestacional. As condições periodontais desfavoráveis aumentaram conforme
aumentou a idade do grupo controle. Tanto gestantes/lactantes como grupo
controle necessitam de algum tratamento periodontal. O maior percentual do
grupo gestante/lactante necessitam de instrução de higiene bucal, controle de
placa e raspagem e alisamento radicular e remoção de fatores retentivos de
placa. O maior percentual do grupo controle necessitam de tratamento mais complexo,
encaminhamento para especialista e exame radiográfico de toda boca.
Mais estudos
longitudinais com gestantes e lactantes devem ser realizados a fim de relatar a
realidade deste grupo populacional.
A465
Influência dos materiais e técnicas de transferência em
implantes osseointegrados.
KLEINE, A.*,
NÓBILO, M. A. A., HENRIQUES, G. E. P., MESQUITA, M. F.
Departamento
de Prótese – FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5350.
E-mail: nobilo@fop.unicamp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência de alguns materiais
de moldagem e três diferentes técnicas de transferência em implantes orais.
Assim, sobre uma matriz metálica foram implantados cinco cilindros de titânio
dispostos simetricamente na região anterior. Materiais de moldagem utilizados:
silicona por adição (Aquasil); silicona por condensação (Speedex) e poliéter
(Impregum F). Técnicas de moldagem de transferência: técnica com
transferentes quadrados unidos; técnica com transferentes quadrados esculpidos
e separados; e, técnica de transferentes cônicos. Então, foram confeccionados
cinco moldes para cada material de moldagem e cada uma das técnicas de
transferência. As leituras dos valores das alterações dimensionais lineares
foram realizadas num microscópio com precisão de 0,005 mm, e em seguida,
submetidas à análise de variância e teste de Tukey ao nível de 5% de
significância. Na distância A-E, a técnica dos transferentes quadrados unidos
associada aos materiais silicona de adição e poliéter evidenciou os menores
valores de alteração dimensional linear. Para a distância A-C todos os três
materiais de moldagem apresentaram valores não significantes estatisticamente
entre si, nas três técnicas de transferência. Na distância B-D, os melhores
resultados foram para os transferentes quadrados unidos e separados associadas
ao material poliéter.
Concluiu-se que o material poliéter apresentou maior estabilidade
dimensional e a técnica dos transferentes unidos foi a mais fiel na
transferência dos análogos. (Apoio financeiro: Fapesp - nº 99/00846-8.)
A466
Localização imuno-histoquímica do egf em incisivos de ratos.
PASETTO,
S.*, NOVAES, P. D., ROMANI, E., KAMINAGAKURA, E.
Departamento
de Morfologia – Faculdade de Odontologia de Piracicaba.
Tel.: (0**19) 430-5214. E-mail: pasetto@yahoo.com
A erupção dental é um processo complexo e multifatorial,
onde causa e efeito não são facilmente separados. Apesar das muitas pesquisas,
ainda não está claro quais células que estão associadas ao desenvolvimento do
dente, e quais sinais moleculares desencadeiam este processo. Atualmente a
biologia molecular têm sido usada para estudar os tecidos dentais dando ênfase
ao folículo dental, e, várias são as moléculas que parecem participar do
processo eruptivo. Este estudo visou localizar o Fator de Crescimento
Epidermal - EGF, que é um dos fatores que participa do processo da erupção
dentária, em 5 diferentes regiões de dente com erupção contínua (incisivo),
utilizando a técnica de imuno-histoquímica. Para realização deste trabalho
foram utilizados os incisivos inferiores de 9 ratos Wistar adultos
(250 g). Ficou evidente que este fator de crescimento se encontra disperso
em todas as regiões, distribuído nos diferentes tecidos. A maior intensidade da
marcação do EGF, foi encontrada no folículo dental externo; seguida pela
polpa/papila, camada papilar, ameloblastos e ligamento periodontal.
A maior concentração do EGF no folículo dental sugere que este realmente
tenha um papel fisiológico na erupção dentária, concordando assim com as
pesquisas mais recentes. (Projeto financiado pelo CNPq, aprovado pelo Comitê de
Ética - protocolo nº 090-1.)
A467
Expressão e produção de metaloproteinases de matriz e
colágeno tipo I em fibromatose gengival hereditária.
MARTELLI-JUNIOR,
H.*, COTRIM, P., ALMEIDA, O. P., COLETTA, R. D.
Faculdade de
Odontologia de Piracicaba – UNICAMP; Universidade de Alfenas.
Fibromatose Gengival Hereditária (FGH) é uma condição oral
rara, caracterizada por acúmulo de colágeno e outras macromoléculas da matriz
extracelular, com maior capacidade proliferativa dos fibroblastos do tecido
gengival. Clinicamente verifica-se um aumento gengival generalizado com
progressivo crescimento. Para elucidar algumas características que regulam este
aumento gengival, linhagens celulares provenientes de seis indivíduos de uma
mesma família com FGH foram isolados e caracterizados em relação à expressão e
produção de colágeno tipo I e enzimas do grupo das metaloproteinases de
matriz (MMPs), particularmente MMP-1 e MMP-2. A expressão de MMPs e colágeno
tipo I foi avaliada por ensaios de transcriptase reversa – reação em
cadeia de polimerase –, enquanto a produção de colágeno tipo I foi
analisada por ELISA e MMPs por enzimografia. Os resultados demonstraram que a
expressão e produção de colágeno tipo I foram maiores em fibroblastos de FGH
comparados a fibroblastos de gengiva normal (GN), enquanto que a expressão e
produção de MMP-1 e MMP-2 foram menores em fibroblastos de FGH.
Estes resultados sugerem que a patogênese do aumento gengival em
pacientes portadores de FGH é possivelmente resultante da modulação na
biossíntese de colágeno tipo I e alterações na produção de enzimas do
grupo das MMPs. (Apoio: FAPESP - processo 1999/08191-0 e CNPq - processo
140676/00-7.)
A468
Influência da nicotina na osseointegração – estudo em
coelhos.
CÉSAR NETO,
J. B.*, STEFANI, C. M., NOGUEIRA FILHO, G. R., SALLUM, E. A., SALLUM, A. W.,
NOCITI Jr., F. H.
Periodontia –
FOP – UNICAMP. Tel.: (0**19) 430-5301.
E-mail: jbcesar@yahoo.com.
O objetivo deste estudo foi avaliar histometricamente a
influência da nicotina sobre o reparo ósseo ao redor de implantes de titânio
colocados em tíbias de coelhos. Trinta e dois coelhos Nova Zelândia, adultos,
fêmeas, foram utilizados neste estudo. Sob anestesia geral, um implante de
titânio usinado foi colocado em cada tíbia. Em seguida, os coelhos foram
sorteados para receber um dos seguintes tratamentos através de injeção
subcutânea: a) solução fisiológica; b) 0,18 mg de nicotina/kg/dia; c)
0,56 mg de nicotina/kg/dia e d) 0,93 mg de nicotina/kg/dia. Os
animais foram sacrificados 42 dias após a colocação dos implantes. Secções não
descalcificadas foram avaliadas histometricamente utilizando os seguintes
parâmetros: área da rosca do implante preenchida por tecido ósseo e extensão de
tecido ósseo em contato direto com a superfície do implante. Os dados obtidos
foram comparados estatisticamente pelo teste ANOVA (a = 0,05). Não
houve diferenças estatísticas entre os grupos para ambos os parâmetros
avaliados (p >> 0,05).
Dentro dos limites do presente estudo, é possível concluir que a
nicotina não influenciou o reparo ósseo ao redor dos implantes de titânio para
os parâmetros avaliados.
A469
Influência da associação de ciclosporina A e nifedipina
sobre a evolução da periodontite induzida em ratos.
GONÇALVES,
P. F.*, SALLUM, E. A., TOLEDO, S., SALLUM, A. W., NOCITI Jr., F. H.
Departamento
de Prótese e Periodontia – FOP – UNICAMP.
Tel.: (0**19) 430-5298,
fax: (0**19) 430-5218.
E-mail: nociti@fop.unicamp.br
O objetivo desse trabalho é avaliar o efeito da associação
ciclosporina A/nifedipina sobre o periodonto de sustentação, utilizando o
modelo de periodontite induzida em ratos. Vinte e quatro ratos machos adultos
Wistar serão incluídos no presente estudo, recebendo, em nível do sulco
gengival, uma ligadura de fio de algodão ao redor do primeiro molar inferior
direito ou esquerdo, aleatoriamente escolhido. Após a colocação das ligaduras
os animais serão divididos aleatoriamente em 4 grupos, com 6 ratos cada, que
receberão por 45 dias, via subcutânea, os seguintes tratamentos diários:
Grupo A (controle) - solução fisiológica/DMSO. Grupo B -
ciclosporina A (10 mg/kg). Grupo C - nifedipina (0,4 mg/kg).
Grupo D - ciclosporina A (10 mg/kg) e nifedipina (0,4 mg/kg).
Após o período experimental os animais serão sacrificados e suas mandíbulas
removidas para obter os cortes histológicos. A avaliação histométrica será
realizada quantificando a perda óssea na região inter-radicular para os grupos
teste e controle, utilizando o sistema de pontos de um retículo quadriculado
(Image-Pro). Os dados obtidos serão comparados estatisticamente através do
teste de análise de variância (ANOVA), adotando-se p = 0,05.
A470
Subtração radiográfica digital quantitativa avaliando ganhos
ósseos em furcas.
SOUZA, D.
M.*, SALDANHA, D. V., OPPERMANN, R. V.
Mestrado em
Periodontia – UFRGS.
O presente estudo teve como objetivo avaliar in vitro a
capacidade um método de tomada radiográfica seguido de subtração em detectar
diferentes níveis de preenchimento ósseo nas lesões de furca mandibulares.
Foram utilizados 12 molares inferiores em crânios secos. Nas áreas
inter-radiculares removeu-se porções ósseas seqüenciais, realizando-se
radiografias padronizadas. As radiografias foram digitalizadas e as imagens
foram avaliadas quanto ao ganho de densidade. As 57 imagens foram analisadas
como um todo e em 5 subgrupos de acordo com intervalos de medidas ósseas
horizontais na furca (0,5 a 1; 1 a 1,5; 1,5 a 2,5; 2,5 a 3,5 e
>> 3,5 mm). Houve alta acurácia da subtração em detectar ganho
ósseo existente pelo teste t (p << 0,0000000). A
correlação de Pearson foi significativa ao nível de 1% para os valores de
densidade e medidas ósseas (r = 0,6). A ANOVA e teste de Tukey
verificaram diferenças significativas das médias de densidade
(p << 0,05) entre o grupo 5 e os grupos 1, 2 e 3; e também
entre o grupo 1 e os grupos 3 e 5.
Pode-se concluir que o método de tomada radiográfica e subseqüente
subtração das imagens digitalizadas é capaz de detectar alterações ósseas em
áreas de furca correlacionadas com ganhos horizontais presentes no local.
(Apoio: CAPES.)
A471
Análise das tensões na mandíbula sob esforços mastigatórios
em próteses implanto-suportadas com cantiléver.
VAZ, M. A.
K. *, DEL BEL CURY, A. A.
Departamento
de Prótese/Periodontia – Faculdade de Odontologia de Piracicaba –Universidade
Estadual de Campinas. Tel.: (0**41) 335-9015.
E-mail: vazvaz@ifnet.com.br
O objetivo deste estudo foi o de verificar a distribuição de
tensões produzidas na mandíbula pela simulação dos esforços mastigatórios em
próteses fixas implanto-suportadas com cantiléver. Foram confeccionadas 12
réplicas de mandíbulas com a resina fotoelástica PLM-4B e sobre cada uma delas
instalou-se um par de implantes de 4 mm de diâmetro na região dos 2
pré-molares, variando-se o comprimento dos mesmos: GI: 11,5 mm de
comprimento; GII: 13 mm; GIII: 15 mm; GIV: 18 mm. Sobre estes
foram confeccionadas próteses fixas com pôntico distal em cantiléver. Uma
carga de 89 N foi aplicada sobre a prótese, em diferentes pontos a partir
do 2º implante, nas distâncias de: 5, 10, 15 e 20 mm. O conjunto, prótese
mais carregamento aplicado foi levado individualmente ao polariscópio de
transmissão, as franjas fotoelásticas foram visualizadas, identificadas e
interpretadas. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância
(p = 0,05) que detectou influência estatisticamente significante para
os fatores comprimento do implante, comprimento do cantiléver e pontos marcados
(p << 0,05).
Concluiu-se que: 1) a distribuição de tensão foi semelhante para os
quatro grupos; 2) quanto mais distante o ponto de aplicação da carga no
cantiléver, maior a tensão transmitida; 3) a concentração de tensão mais
evidente deu-se na região interimplantes, independentemente do comprimento do
implante ou do cantiléver. (Apoio financeiro: FAPESP - processo
nº 97/07849-7.)
A472
Protocolo de avaliação da morbidade da região ilíaca como
zona doadora de enxertos ósseos para reconstruções alveolares.
AZEVEDO, R.
M. G.*, NARY FILHO, H.
Universidade
do Sagrado Coração – Bauru - SP.
Nosso objetivo foi determinar as alterações e seqüelas
induzidas, tanto no pós-operatório imediato quanto tardio, em pacientes que
submetem-se a este tipo de tratamento, executado por uma mesma equipe cirúrgica
e estabelecer um protocolo de avaliação clínica da morbidade da região da crista
ilíaca como zona doadora de enxertos ósseos, em procedimentos de reconstrução
alveolar. Neste estudo, a porção anterior da crista ilíaca foi eleita como área
doadora de enxertos ósseos devido ao seu rico conteúdo de osso esponjoso,
tratando-se de enxertos de grande extensão para reabilitação de severas
reabsorções alveolares utilizando-se implantes osseointegrados. Um total
de 18 pacientes, sendo 5 homens e 13 mulheres, com idades variando de 15 a 68
anos (média de 44 anos), responderam a questionários subjetivos no
pós-operatório analisando dor, estética e grau de expectativa quanto ao
procedimento, assim como receberam avaliações por equipe de
fisioterapeutas em relação à normalidade da motricidade e alterações sensitivas
nos seguintes prazos pós-operatórios: 1, 3 e 6 meses e 1 ano.
A utilização deste protocolo contribuirá para um melhor conhecimento da
morbidade associada a remoção de enxertos desta zona doadora, nas diversas
aplicações clínicas, quer seja na Odontologia ou área médica, além de sua importância
legal e de diagnóstico para terapia precoce de seqüelas. Contudo, deve ser
aplicado inclusive no período pré-operatório devido ao seu potencial de
detectar alterações funcionais já apresentadas pelos pacientes.
A473
Aumento de rebordo alveolar usando proteína óssea
morfogenética-2 (BMP-2).
BARBOZA, E.
P., LEITE DUARTE, M. E., CARVALHO NETO, L. G. M.*
Mestrado em
Patologia Bucodental – UFF. Tel.: (0**21) 521-2243.
E-mail: geolas@ruralrj.com.br
Muitas técnicas cirúrgicas têm sido utilizadas para reconstrução
de rebordos alveolares defeituosos, através do uso de enxertos de diversos
biomateriais. Um conjunto formado pela recombinante humana da proteína óssea
morfogenética-2 (rhBMP-2), em uma esponja de colágeno absorvível (ACS), tem
mostrado ser eficaz na indução da formação óssea em vários locais da região
craniofacial. O objetivo deste trabalho foi testar a rhBMP-2 no aumento de
rebordo alveolar em um modelo animal que simule esta situação. Foram utilizados
cinco cães mestiços adultos, nos quais criaram-se defeitos alveolares
bilaterais através da extração dos quartos pré-molares. Após oito semanas de
cicatrização, foi feita nova cirurgia para recuperação dos defeitos alveolares
crônicos, através da colocação somente de rhBMP-2/ACS ou rhBMP-2/ACS associado
à hidroxiapatita, alternadamente. Os resultados foram avaliados através das
medidas dos defeitos, com espessímetro, antes do aumento e no dia do sacrifício
(12 semanas após), quando foram removidos blocos ósseos dos dois lados para
avaliação histológica.
Os resultados mostraram mínimo aumento dos rebordos alveolares quando
usado somente rhBMP-2/ACS, devido, provavelmente, à falta de um mantenedor de
espaço. Com a introdução de hidroxiapatita no conjunto rhBMP-2/ACS, observou-se
um aumento clinicamente considerável, porém com a qualidade do osso formado
comprometida para a colocação de implantes.
A474
Avaliação clínica da neoformação de biofilme dental
utilizando dois enxaguatórios bucais comparado ao controle mecânico.
FERREIRA, Z.
A.*, SILVA, A. B. M., PILATTI, G. L., ZAFFALON, G. T.
UNAERP –
Universidade Estadual de Ponta Grossa.
E-mail: zuleneferreira@netsite.com.br
O objetivo deste estudo foi comparar a neoformação do
biofilme dental com o uso de clorexidina a 0,12% (Periogard*) ou triclosan a 0,03%
(Plax*), em comparação ao controle mecânico (técnica de Bass). Tomaram parte
deste estudo cruzado, duplo-cego e randomizado 30 pacientes, os quais, após
profilaxia dental, receberam em seqüência aleatória três diferentes
tratamentos: T1- bochechos diários com Periogard*; T2- bochechos diários com
Plax*; T3- técnica de escovação de Bass. Nos grupos T1 e T2, os pacientes foram
orientados a suspender o controle mecânico. O registro do índice de placa
(TURESKI, 1970) das faces vestibular e lingual de todos os dentes, exceto
terceiros molares, foi feito após 4 dias de tratamento, através da evidenciação
de placa dental, obtendo-se a média do índice de placa encontrado para cada
paciente, em cada período experimental. A seguir, os pacientes receberam nova profilaxia
dental e foram inseridos em outro grupo experimental após um período de 3 dias,
para que houvesse a eliminação de efeitos residuais. Os dados coletados foram
submetidos ao teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis, adotando-se como nível
de significância p = 0,05. Os valores das medianas obtidas para
índice de placa foram: T1 = 1,46, T2 = 2,03 e
T3 = 1,22. A comparação entre os postos médios das amostras revelou
que T2 apresentou valores de índice de placa dental superiores aos outros dois
grupos, não havendo diferença entre T1 e T2.
Desta forma, a clorexidina a 0,12% mostrou-se superior ao triclosan a
0,03% no controle da neoformação do biofilme dental.
A475
Características clínicas periodontais em gestantes.
RICARDO, L.
H.*, LOBERTO, J. C. S., PALLOS, D., CORTELLI, J. R.
Departamento
de Odontologia/Periodontia – UNITAU. Tel.: (0**12) 225-4147.
Os sintomas da inflamação gengival tornam-se mais acentuados
durante a gestação e isso pode ser observado por meio da avaliação dos
parâmetros clínicos periodontais tais como Índice de Placa (IP), Índice
Gengival (IG) e Perda de Inserção Clínica (PIC). Outra característica é o
aumento de mediadores endógenos associados à reabsorção óssea tais como PGE2
e TNF-a. Estes mediadores também estão associados à ocorrência de partos
prematuros e bebês de baixo peso. O objetivo do presente estudo foi avaliar
características clínicas periodontais em gestantes e associar estes dados ao
peso dos respectivos bebês ao nascimento. Foram incluídas no presente estudo 31
gestantes entre 19 e 38 anos de idade (média 24,7 ± 4,4) sendo avaliados
IG, IP e PIC por um único examinador. As pacientes que apresentaram problemas
sistêmicos tais como hipertensão, diabetes, AIDS, infecções genito-urinárias e
hábito de fumar foram excluídas do estudo. De acordo o peso do bebê ao
nascimento as 31 mães foram divididas em dois grupos: grupo 1 (4 mães) com BBP
(<< 2.500 g) e grupo 2 (27 mães) com bebês ³ 2.500 g.
Os resultados obtidos quanto aos índices periodontais para o grupo 1
mostraram IG = 1,16 ± 0,13 e IP 0,85 ± 0,27,
e para o grupo 2 foi IG = 1,13 ± 0,48 e
IP = 1,07 ± 0,55. A análise dos níveis de PIC para o grupo
1 foi de 0,93 ± 0,73 e para o grupo 2 foi 0,95 ± 0,48.
As características clínicas periodontais foram semelhantes nos dois
grupos estudados, não havendo associação da DP com BBP.
A476
Avaliação do uso do PSR em crianças – comparação do método
total e parcial.
ZENÓBIO, M.
F.*, ZENÓBIO, E. G., SANTOS, F. A., SHIBLI, J. A.
COP – PUCMG;
UEPG – PR; FOAr – UNESP.
Este estudo avaliou o Registro Periodontal Simplificado
(PSR), como método de diagnóstico periodontal em crianças de 7 a 10 anos,
comparando o método de registro total e parcial. Foram examinadas 183 crianças
por duas alternativas: o mais alto código para o sextante de acordo com os
registros dos dentes-índice (método parcial) e o registro de todos os dentes,
para posteriormente determinar o mais alto código encontrado para o sextante
(método total). Com o teste estatístico Kappa avaliou-se o nível de
concordância entre os dois métodos e pelo teste de Kruskal-Wallis o grau de
severidade da doença periodontal em relação aos grupos de idade; ambos os
testes com significância p << 0,05. O índice de concordância
obtido, no geral, foi de 0,66 com p << 0,001. Os resultados
quanto ao grau de severidade entre os grupos de idade, analisados pelo método
parcial, foi significante (p << 0,007, menor severidade) para o
grupo 7 anos e sem significância para os grupos 8, 9, 10 anos. Em relação ao
método total não foi observada diferença estatística. A pior condição observada
foi o índice de sangramento seguida da presença de cálculo em ambos os métodos.
A presença de recessão foi observada em 16 crianças (8,9%).
Diante dos dados obtidos podemos concluir que os métodos utilizados não
apresentam diferença significante e são efetivos na detecção da condição
periodontal e, por conseguinte, da necessidade de tratamento.
A477
Quantificação de fator de crescimento derivado de plaquetas
em tecido gengival inflamado.
PINHEIRO, M.
L. B.*, ELSAS, P. P., ELSAS, M. I. C., FERES FILHO, E. J.
Departamento
de Clínica Odontológica – UFRJ. Tel.: (0**21) 527-9992.
E-mail: mleticia.rlk@terra.com.br
O objetivo desse estudo foi testar a hipótese de que o fator
de crescimento derivado de plaquetas (PDGF) está presente em concentrações
elevadas em sítios de doença periodontal associados a perda óssea alveolar.
Foram selecionados 5 pacientes, de ambos os sexos, com idade entre 35 e 60
anos, apresentando doença periodontal avançada localizada. Os pacientes foram
submetidos à terapia periodontal básica em sessão única e acesso cirúrgico às
áreas palatinas e retromolares com profundidade de sondagem igual ou superior a
6 mm. Dos tecidos excisados nos procedimentos terapêuticos obteve-se um extrato
protéico a partir do qual realizou-se a dosagem de proteína total, através de
“kit” comercial, e de PDGF, pela técnica de ELISA. A dosagem protéica foi, em
média, 2,7 vezes maior nos extratos protéicos provenientes de áreas inflamadas
do que das áreas não-inflamadas, provenientes das regiões retromolares,
utilizadas como controle (teste: X = 7,44 mg versus controle:
X = 2,68 mg). Também as concentrações totais de PDGF foram mais
elevadas quando da análise das áreas inflamadas (teste: X = 7,69 ng versus
controle: X = 0,89 ng).
A concentração de PDGF no extrato protéico foi, em média, 2,9 vezes
maior nas áreas doentes (teste: X = 0,83 ng/mg versus
controle: X = 0,33 ng/mg) (p << 0,05, teste t de
Student para amostras pareadas), permitindo concluir que o PDGF apresenta-se em
concentrações elevadas em tecidos gengivais inflamados associados a perda óssea
alveolar. (Apoio: CAPES.)
A478
Implantes de biomateriais em alvéolos dentais – análise
histológica em cães.
SANTOS, F.
A.*, ZENÓBIO, E. G., SPOLIDÓRIO, L. C., MARCANTONIO Jr., E.
Departamento
de Diagnóstico e Cirurgia – FOAr - Araraquara.
Este trabalho teve como objetivo avaliar o comportamento
biológico de quatro biomateriais, implantados em alvéolos de cães. Foram
selecionados 10 animais de raça indefinida, fêmeas e extraídos os primeiros e
terceiros pré-molares, inferiores e superiores (direito e esquerdo). Os
alvéolos foram divididos em 5 grupos: Grupo 1 - (Controle); Grupo 2 -
(OsteoGen®); Grupo 3 - (Biohapatita®); Grupo
4 - (Biogran®) e Grupo 5 - (Bio-Oss®). Os
períodos de avaliação foram de 30, 60 e 200 dias. Os resultados histológicos
mostraram que a Biohapatita® apresentou poucas partículas, nos
períodos iniciais, e esses estavam envoltos por tecido conjuntivo entre o
trabeculado ósseo. Ao final do estudo não foram mais observadas no interior do
alvéolo, sugerindo total reabsorção e/ou expulsão. A maioria das partículas de
OsteoGen® apresentaram formação óssea direta em suas superfícies, ao
final do estudo, porém algumas partículas estavam envolvidas por tecido
conjuntivo. Nos grupos com Bio-Oss®, as partículas não foram
totalmente reabsorvidas, apresentando deposição direta de tecido ósseo sobre a
sua superfície remanescente. Com o Biogran®, as partículas, em
alguns cortes, estavam ausentes, sugerindo reabsorção. Em alguns espécimes os
grânulos estavam envolvidos por um delgado tecido calcificado e esse, por sua
vez, circundado por tecido conjuntivo.
Concluiu-se que os materiais tiveram reação orgânica semelhante, o
Bio-Oss® foi o biomaterial que apresentou o maior número de partículas
envolvidas por tecido ósseo seguido pelo OsteoGen® e Biogran® respectivamente.