B001
Biocompatibilidade
de materiais endodônticos: Citotoxicidade da resina poliuretana derivada do óleo
de mamona
E. A. PASCON*,
C. J. A. Sousa.
Univ. de
Franca, SP; (016) 724-2211, Univ. Fed. Uberlândia, MG, eapascon@unifran.br
A poliuretana derivada do óleo de mamona apresenta uma fórmula
molecular que tem mostrado compatibilidade com os tecidos vivos. O propósito
deste trabalho foi o de comparar a toxicidade do polímero de mamona (Poliol)
com quatro materiais comerciais – AH26, Dentinol, Kerr Sealer, e Sealapex –
segundo as normas da FDI e ANSI/ADA, para ser utilizado como cimento de obturação
de canal. Todos os materiais foram manipulados de acordo com as instruções dos
fabricantes. Os componentes individuais de cada cimento também foram testados
separadamente. O método in vitro
utilizado foi o de liberação de crômio radioativo em cultura de células L929
(Spängberg, Oral Surg. 35:389-401,
1973). Foram testadas 10 amostras de cada material, por 4 e 24 hrs. de contato
material/células, imediatamente após a sua manipulação (fresco), 24, e 60
horas após a presa. Dez amostras das células, sem contato com o material,
serviram como controle da liberação espontânea do crômio. A análise estatística
dos resultados mostrou diferenças significantes entre os materiais, que foram
classificados, por ordem decrescente de toxicidade, em: 4 hr contato: Fresco: Kerr, AH26, Dentinol, Sealapex, Poliol;
24 e 60 hrs. presa: Kerr, Sealapex, Poliol, AH26, Dentinol; 24
hr contato: Fresco: AH26, Dentinol, Sealapex, Kerr, Poliol; 24 hr
presa: Kerr, Dentinol, Sealapex, Poliol, AH26; 60 hr presa: Kerr,
Sealapex, Poliol, AH26, Dentinol. Esses resultados permitiram concluir que o
Poliol apresentou um perfil de toxicidade in
vitro que superou os cimentos Kerr e Sealapex em todo o teste e igualou ao
AH26 e Dentinol na maioria das ocasiões. O Poliol apresenta condições para
ser considerado como material obturador de canal radicular.
Apoio CNPq.
B002
Avaliação da
modificação do perfil facial de bebês em relação ao sexo, a raça, ao tipo
de aleitamento e ao uso de chupeta.
J. R.
PRAETZEL, M. ABRAHÃO, E. OLIVEIRA
UFSanta Maria
- E. Paulista de Medicina - (055) 222-5303
No processo de
desenvolvimento da face, pouco se sabe sobre as características herdadas nos
períodos iniciais. Além disso, o comportamento das atividades de crescimento e
de desenvolvimento facial parece ser controlado, também, pelas ações fisiológicas
de causa e efeito dos grupos teciduais que fazem parte dessa região. Devido à
interdependência morfofuncional da face com o Sistema Estomatognático, seus
processos de desenvolvimento estão interligados de modo que, as funções
alteradas que esses sistemas realizam, poderão determinar alterações no
processo de crescimento e desenvolvimento facial. Daí a importância de estudar
as funções que esses Sistemas realizam e observar suas influências no
desenvolvimento. Seguindo essa linha de raciocínio, o objetivo deste trabalho
foi avaliar as modificações do perfil do terço médio e inferior da face de
bebês, utilizando-se uma metodologia desenvolvida, para auferir medidas no
plano médio-sagital, por meio da fotografia do perfil de 82 bebês, ao
nascimento e aos seis meses de idade. As medidas avaliadas foram: Convexidade
Total do Perfil Mole; Convexidade do Perfil Mole; distância do ponto Orbital ao
ponto Násio; distância do ponto pog (mento), ao ponto Orbital, ao ponto Násio,
ao Lábio Superior, ao Lábio Inferior e à ponta do Nariz. As medidas, tomadas
ao nascimento e aos seis meses de idade, foram submetidas a uma Análise de Variância
executada por intermédio do Suporte Computacional Statistical Analysis Sistem -
Versão 6.0 do módulo General Linear Models, tomando-se como base a Soma de
Quadrados do Tipo Três; em função das variáveis de controle sexo, raça,
tipo de aleitamento e uso de chupeta. Ao final do estudo, os resultados
permitiram concluir que, tanto ao nascimento como aos seis meses de idade,
características inerentes aos sexos e às raças, já estão representadas, no
perfil facial mole dos bebês e, também, que o tipo de aleitamento e o uso ou não
de chupeta, não mostraram relação com a modificação do perfil facial mole
no período estudado.
B003
Hipodontia:
DNA obtido de saliva e análise do gene MSX1.
R. M. SCAREL*,
P. C. TREVILATTO, O. HIPÓLITO Jr., L. E. A. CAMARGO, S. R. P. LINE
Depto
Morfologia - FOP – UNICAMP - (019) 430-5214, raquel_scarel@yahoo.com
A hipodontia ou agenesia dental é uma das alterações mais
freqüentes da dentição humana, e embora não represente um problema de saúde
pública, pode causar alterações na função mastigatória e fala, além de
problemas estéticos. Ela pode ocorrer associada a síndromes ou como uma
entidade isolada. Os terceiros molares são os dentes mais envolvidos nos casos
de agenesia dental (20%), seguidos pelos segundos pré-molares (3,4%) e
incisivos laterais maxilares (2,2%). O objetivo deste trabalho é analisar o
gene MSX1, que está diretamente relacionado com agenesia dental, pois é
altamente conservado na escala evolutiva e codifica um fator de transcrição;
por isso está envolvido na regulação de outros genes. Sua expressão ocorre
principalmente na fase embrionária, em especial na odontogênese. Alterações
na seqüência do gene MSX1 foram investigadas em 20 pacientes
não-aparentados que apresentavam padrões diferentes de agenesia dental.
O DNA foi obtido a partir de bochecho com solução de glicose a 3% e leve
raspagem da mucosa jugal. Seguinte à amplificação do gene MSX1 por PCR e a
purificação do produto amplificado, executamos a análise de polimorfismo por
SSCP (Polimorfismo de Conformação de Cadeias Simples), através da qual
observamos a possível existência de heteroduplexes em alguns pacientes. Através
do seqüenciamento da porção homeobox do gene MSX1 que está sendo realizada,
esperamos encontrar outras mutações ou polimorfismos. Nossos resultados a partir do SSCP sugerem que há a existência de
polimorfismo no gene MSX1. O significado desse polimorfismo na etiologia da
agenesia dental será posteriormente investigado.
Pesquisa
financiada pela FAPESP (Proc. 97/13755-5)
B004
Organização
musculotópica do núcleo motor do facial no macaco Cebus
J. A. C.
HORTA-JÚNIOR*, R. C RIZZOLO, O. J. TAMEGA
UNESP - Dep.
de Anatomia I. B. Botucatu e Disciplina de Anatomia - Fac. Odont.- Araçatuba -
(011) 548-7614
A organização
musculotópica do núcleo motor do nervo facial (VIIm) no Cebus apella foi estudada em cinco macacos-prego utilizando técnicas
histológicas e de múltipla marcação retrógrada. Foram injetados, nos músculos
da expressão facial, traçadores neuronais fluorescentes e dois conjugados da
peroxidase do rabanete silvestre: um com a subunidade B da toxina colérica
(CTB-HRP) e outro com a aglutinina do germe de trigo (WGA-HRP). Em nosso estudo
citoarquitetônico nós dividimos o núcleo motor do nervo facial em quatro subnúcleos:
lateral, dorsal, intermediário e medial. Os resultados da marcação retrógrada
evidenciaram que os músculos da expressão facial são inervados por colunas
longitudinais de motoneurônios que variam em extensão e apresentam coordenadas
médio-laterais e ventro-dorsais relativamente constantes. Assim os músculos
orbicular do olho, zigomático, orbicular da boca, auricular superior, bucinador
e platisma estão representados respectivamente nos subnúcleos dorsal,
intermediário, lateral, medial, lateral e intermediário. Entretanto as colunas
de motoneurônios de alguns músculos como a do elevador do lábio superior e da
asa do nariz, e a do frontal não estão associados a um subnúcleo específico.
A representação dos músculos funcionalmente relacionados como os músculos
periorais tendem a se sobrepor, porém músculos sem íntima relação funcional
como os periorais e os periorbitais não possuem esta tendência. Os
resultados demonstram que no núcleo motor do nervo facial do Cebus
apella, os motoneurônios que inervam a musculatura perioral situam-se
lateralmente, os motoneurônios que inervam a musculatura auricular situam-se
medialmente, os motoneurônios que inervam o músculo orbicular do olho
situam-se dorsalmente e os motoneurônios que inervam o músculo platisma
situam-se ventralmente.
Support: CNPQ
- Processo: 130142/97-2
B005
Aparelho
propulsor mandibular para ratos: modelo experimental para ortopedia funcional.
D. Hajjar*, E. T. Kimura, M. F. Santos
Depto. de
Histologia e Embriologia, Instituto de Ciências Biomédicas - USP -
E-mail:hajjarde@originet.com.br
O objetivo
deste trabalho foi a padronização de um aparelho ortopédico funcional que
promovesse o avanço mandibular em ratos, para posterior estudo do crescimento
condilar. Os aparelhos foram idealizados a partir de um modelo descrito por
Petrovic, A. et al., Orthod. Franç.
44: 191-210, 1973. Cada aparelho era constituído por uma placa de aço inoxidável,
com inclinação numa das extremidades, onde foi colado um tubo de silicone que
se encaixava nos incisivos superiores do rato. Duas inclinações (45o e 90°) e cinco tamanhos foram testados para completa
adequação à mandíbula do animal. Foram utilizados 40 ratos Wistar machos com
20 dias de idade (20 no grupo experimental e 20 no grupo controle). No grupo
experimental, os aparelhos foram diariamente posicionados às 6:00 h e removidos
às 18:00h (simulando, assim, a utilização noturna por humanos). Ambos os
grupos utilizaram, durante este período, um colar de couro macio para impedir a
remoção do aparelho pelo grupo experimental. Os animais foram observados pelo
menos 4 vezes ao dia, durante 30 dias, e os aparelhos reposicionados quando
necessário. De acordo com observação clínica e de exames radiológicos,
as duas inclinações testadas (45o e 90°)
foram efetivas para o avanço mandibular. A presença do colar gerou
estresse durante os primeiros dias, mas não impediu a utilização do aparelho
pelos ratos. O fator de maior importância para a boa utilização dos
aparelhos, no entanto, foi a adequação destes ao tamanho do animal. Num estudo
prolongado com ratos jovens, aparelhos de diferentes tamanhos devem ser
utilizados, acompanhando o crescimento dos animais.
Apoio
financeiro: FAPESP.
B006
Conduta dos
alunos e professores da FOP-UFPel frente à hepatite B.
F. G. Pappen*, L. M. V. Bolzani, M. C. Coppola, F. F. Demarco
Faculdade de
Odontologia da UFPel / Departamento de Odontologia Restauradora - (053) 222-9760
Entre as doenças
infecto-contagiosas, a hepatite B é a maior causa de mortes e interrupções do
exercício da Odontologia. Diante disto, foi proposta desta pesquisa, fazer um
estudo comparativo dos conhecimentos sobre a hepatite B, controle de infecção
e vacinação entre os alunos e professores da FOP-UFPel. Foram avaliados 205
questionários, contendo 40 perguntas, divididas em antecedentes e conhecimentos
relativos à doença, vacinação e controle de infecção. Os dados obtidos
foram tratados através do instrumental da Estatística Descritiva. A amostra
foi dividida em 3 grupos. O grupo A era constituído de alunos do 1o ao
4o semestre, do
qual foram investigados os conhecimentos sobre a doença, mostrando que 90% dos
entrevistados afirmam ser o CD mais suscetível a contrair hepatite B que os
outros profissionais e que 15% relutariam em atender pacientes infectados.
Quanto aos meios de transmissão, a saliva infectada em contato com ferimento,
foi assinalada por 96% destes alunos; transfusão de sangue, por 89%, e em
quinto lugar, a via sexual com 64% das respostas. Os alunos do 5o
ao 8o semestre, e os professores formam os grupos B e C, onde
algumas das questões sobre a doença, foram questionadas medidas de controle de
infecção, como o uso de luvas, sempre usadas por 95% do grupo B, e 69% do C;
de máscaras, sempre usadas por 92% do B, e 50% do C; e de óculos de
proteção, 24% do B e 27% do grupo C. Nos três grupos, foi investigado ainda,
o calendário de vacinação, onde 7% do grupo A, 33% do B, e 69% do C cumpriram
o número de doses e o intervalo recomendados. Conclui-se que há deficiências
no conhecimento da doença; resistência, principalmente dos professores, na
utilização de barreiras de controle de infecção; e falhas no esquema de
vacinação.
B007
Dureza e
Rugosidade da Resina Acrílica Termopolimerizável Desifetada em Microondas.
R. L. S.
SOUSA*, M. M. BORDIN, J. N. ARIOLI FILHO, L. C. M. LOFREDO.
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese - FOAr- UNESP. - (016) 232 1233 / fax: 222 4823, e-Mail
-arioli@foar.unesp.br
Recentemente
os aparelhos de microondas são utilizados como um método alternativo de
desinfecção e esterilização. LATIMER & MATSEN., J. Clin. Microbiol., v.6, p.340-345, 1977, explicaram que o
aquecimento dielétrico e\ou as mudanças intracelulares durante a exposição
à energia por microondas eram responsáveis por tais efeitos. Neste trabalho
foi estudado a influência de diferentes ciclos de desinfeção em aparelhos de
microondas na dureza e rugosidade superficial da resina acrílica ativada
termicamente. Foram confeccionadas 20 amostras em cada um dos 6 grupos
estudados. As amostras (10x10x3mm) foram obtidas com resina acrílica ativada
termicamente (Clássico) polimerizadas em banho de água durante 9 horas à 74o
C. Após acabamento e polimento com
lixas de granulação decrescente, as amostras do grupo controle (grupo-6) foram
armazenadas em água a 370
C e os demais grupos foram submetidos aos respectivos ciclos de desinfecção de
3 (grupo 1) e 15 (grupo 2) minutos à potência de 500W; 8 (grupo 3), 10 (grupo
4) e 15 (grupo 5) minutos a potência de 720W. As possíveis alterações na
rugosidade (Ra) e dureza superficial (Dureza Vickers) das amostras foram
registradas com auxílio de um rugosímetro e um penetrômetro, respectivamente.
Os valores obtidos foram submetidos ao teste de Tukey (p<0,05) permitindo as
seguintes conclusões: a) as amostras do grupo 1 apresentaram uma rugosidade
estatisticamente menor do que dos grupos 2, 3, 4, 5, e 6; b) o grupo 1
demonstraram uma dureza superficial estatisticamente menor que dos grupos 2, 4 e
5 ; c) o grupo 5 demonstrou um aumento na dureza superficial do grupo 6; d)
as demais interações não
apresentaram diferenças estatísticas significantes.
B008
Ocorrência de
acidentes pérfuro-cortantes na Clínica Odontológica da Universidade .
A. C. C. CRUZ1;
A. GASPARETTO2
1Acadêmica
UNIPAR; 2Docente
UNIPAR - UEM- E-mail: agaspare@uol.com.br
A forma de
atuação clínica em Odontologia faz desta profissão uma atividade de alto
risco para a saúde de seus membros, em função da exposição a agentes químicos
e físicos nocivos, lesões causadas por esforços repetitivos e o risco de
contaminação cruzada entre os membros da equipe odontológica e pacientes.
Contrapondo os riscos da contaminação cruzada, diversas medidas permitem ao
profissional diminuir ou mesmo eliminar as possibilidades de contágio entre os
indivíduos presentes no ambiente clínico, como o Odontólogo, o paciente e
pessoal auxiliar. O Uso de luvas de látex representam um eficiente e imprescindível
auxiliar na proteção pessoal do profissional, entretanto, tal material é passível
de perfurações por instrumentos pérfuro-cortantes (Wall, Int. Dent. J. 37:
98-107, 1987). O presente trabalho tem por intuito detectar as características
da ocorrência de acidentes com instrumentos pérfuro–cortantes na clínica
odontológica da Universidade Paranaense, para posterior aconselhamento aos acadêmicos.
Utilizou–se para o levantamento, um questionário composto por 15 ítens,
sendo o mesmo aplicado em 122 estudantes do curso de Odontologia, que exerciam
atividades. Tais acidentes se relacionaram principalmente a lavagem de
instrumental, seguida pela raspagem periodontal e anestesia. Pode-se salientar
ainda que, em relação ao momento do atendimento, a maioria dos acidentes
ocorreu na fase final. Pode-se perceber ainda que o instrumento mais envolvido
foi a sonda exploradora, posteriormente a agulha anestésica, ficando em
terceiro lugar a cureta periodontal. O item relacionado ao motivo que favoreceu
o acidente demonstrou que a grande maioria decorreu de descuido, desatenção e
pressa, seguidos de itens com menores proporções. Conclue-se que a ocorrência
de acidentes com pérfuro-cortantes
constitui sério problema á nível de controle de infecção cruzada, e que
medidas preventivas devem ser instituidas para a redução dos mesmos.
B009
Ação
antimicrobiana de colutórios disponíveis no mercado contra 22 cepas
indicadoras in vitro.
J. A.
MINQUIO*, H. MIAN, F. C. PIMENTA, I.
Y. ITO.
FCFRP-USP,
FORP-USP - (019) 625-4157
O presente
estudo teve como objetivo avaliar a ação de colutórios disponíveis no
mercado nacional, sobre 22 cepas, sendo 6 cepas padrão e 16 cepas de campo,
isoladas da saliva de indivíduos saudáveis, pelo método de difusão de poço.
Os produtos foram: da Kolynos do Brasil, Kolynos winter blue, Kolynos clear
mint, com triclosan e gantrez; e Kolynos menta suave e Kolynos menta com cloreto
de cetilpiridínio (CCP) a 0,05%; Cepacol flúor com CCP da Merrell Lepetit
e Oral B anti-cárie e anti-placa com CCP da
Gillette do Brasil. A camada base foi obtida com 10mL de Mueller
Hintom Medium MH (Difco) ou Brain Heart Infusion Agar BHIa (Difco).
Após solidificação 5,0mL de MH ou BHIa adicionados de microrganismos na
concentração final de 106
ufc/mL, foram vazados para obtenção de camada seed. Em cada placa foram
confeccionados seis poços de 5,0mm de diâmetro, e em cada poço foi aplicado
20mL de colutório e incubadas a 37°C em aerobiose e em microaerofilia.
Decorrido o período de incubação de 24 a 48 horas os “aros” de inibição
foram mensurados em milímetros. Os produtos Kolynos winter blue e Kolynos mint
com triclosam foram ativos contra
todas as cepas exceto a P. aeruginosa ATCC
27893, ainda os estafilococos tanto cepas padrão como de campo foram as mais
sensíveis com valores entre 20,0 e 27,0mm (aro). Os estreptococos e as
leveduras apresentaram suscetibilidades similares (9,0 a 13,5mm). Os colutórios
à base de CCP foram menos ativos que à base de triclosan, sem atividade
para a P.aeruginosa, E.aglomerans e Escherichia coli (1,0mm). Estes
dados permitem concluir que os colutórios à base de triclosan
são mais eficazes para a inibição da microbiota bucal, enquanto que,
os produtos à base de CCP são eficazes para inibição de S.
aureus (cepas de campo).
B010
Ação
antibacteriana de diferentes materiais restauradores.
M.S.CANDIDO,
A.C.PIZZOLITTO, M.BORDIN, M.F. BANDEIRA, I.L.SANTANA*
Depto. de Dentística
e de Microbiologia FOAr e FCFAr - UNESP (016) 232 1233 R. 146
Atualmente o
principal objetivo da odontologia é a prevenção da cárie, assim sendo, um
dos aspectos a ser considerado nos materiais restauradores é a atividade
antibacteriana. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antibacteriana
de diferentes materiais restauradores utilizados na Dentística Restauradora.
Neste estudo foram avaliados o Vitremer (3M), Dyract - AP (Dentsply), F2000
(3M), Freedon (SDI), Compoglass (Vivadent), Chelon - Fil (Espe-Premier), Tetric
(Vivadente) e Permite (SDI), os quais foram manipulados de acordo com as orientações
dos fabricantes. Confeccionou-se 30 corpos de prova padronizados de cada
material com 2mm de espessura e 3mm de diâmetro com o auxílio de matrizes de
teflon. A avaliação da atividade antibacteriana dos materiais foi realizada
pela técnica do poço empregando o Método de Difusão em ágar Müller-Hinton
(DIFCO) e ágar infusão de cérebro coração (DIFCO) frente às culturas puras
de Streptococcus mutans, Lactobacillus acidophilus, Actinomyces viscosus e
culturas mistas coletadas da cavidade oral. As placas de Petri foram deixadas em
temperatura ambiente para permitir a ação antibacteriana dos materiais
ensaiados, antes da multiplicação bacteriana e posteriormente incubadas em
posição invertida numa jarra com vela (microaerofilia) a 35 - 37 0C
em estufa bacteriológica por 48H. As leituras da inibição foram realizadas após
24 e 48H. Baseados na metodologia empregada observamos que o Vitremer e o
Permite apresentaram comportamento antibacteriano homogeneamente inibitório,
enquanto que o Chelon - Fill apresentou variação na atividade antibacteriana
frente aos microrganismos testados.
B011
Mecanismos de
estabilidade e aspectos ultra-estruturais de Actinobacillus actinomycetemcomitans aderidas às células
epiteliais bucais.
A. Gaspareto*, V.E. Arana-Chavez, M.J. Avila-Campos
ICB/Universidade
de São Paulo, SP, Brasil - (011) 818-7347
Actinobacillus actinomycetemcomitans
é considerado um importamnte patógeno na doença periodontal, particularmente
na periodontite juvenil localizada. O mecanismo de adesão às células
epiteliais bucais (CEB), dentes e a outras bactérias, constituim-se o passo
inicial na colonização e patogênese nos quadros de gengivite e periodontite.
Neste estudo, avaliou-se a aderência às CEB, a sua variabilidade e os aspectos
ultra-estruturais de 21 isolados e uma cepa de referência de A.
actinomycetemcomitans, quando submetidas a repiques sucessivos. Todos os
isolados testados aderiram às CEB e os repiques sucessivos determinaram variações
nas taxas de aderência de cada isolado. Também, observou-se correlação
direta entre os altos índices de aderência e a presença de quantidades
elevadas de componentes extracelulares, tais como fimbrias, vesículas e/ou
material amorfo extracelular.
Apoio
Financeiro: FAPESP No. 94/5784-7
B012
Análise
comparativa de fatores de virulência de Staphylococcus
aureus isolados de pacientes com infecções ósseas maxilofaciais e de
portadores orais, utilizando cultura de osteoblastos. - VON ZEIDLER, S.L.V*; JAEGER, M.M.M., NOVO, N.F. e
SIMIONATO, M.R.L.
Departamento
de Microbiologia, Instituto de Ciências Biomédicas da USP-SP -
Staphylococcus aureus é um patógeno potencial e está associado a processos
infecciosos ósseos e articulares. No presente estudo, foram utilizadas cepas de
S. aureus isoladas de pacientes com
processos infecciosos ósseos de face e cavidade oral, e cepas de indivíduos
assintomáticos, além das cepas padrão S.
aureus Cowan I e Wood 46. As cepas foram marcadas com 3H-metil
timidina, tratadas ou não com colágeno tipo I purificado e testadas para a
adesão a osteoblastos cultivados. Cepas não marcadas foram empregadas nos
experimentos de internalização e viabilidade de S.
aureus, utilizando métodos de contagem de viáveis e microscopia eletrônica
de transmissão. Os resultados não mostraram diferença significante no
percentual de adesão das cepas isoladas de pacientes e de portadores a
osteoblastos. As cepas isoladas de pacientes e tratadas com colágeno tipo I
apresentaram adesão significantemente maior do que as cepas tratadas de
portadores, sugerindo também a utilização de outros mecanismos de adesão
eficientes não relacionados ao colágeno. Foram detectadas duas cepas isoladas
de portadores, além da cepa Wood 46, que não apresentaram receptor para colágeno.
Todas as cepas estudadas internalizaram em cultura de osteoblastos, e
permanecerem viáveis por um período de até 24 horas após a inoculação,
sendo que as cepas de pacientes apresentaram-se em maior número em todos os períodos
de tempo analisados. A metodologia utilizada permitiu observar que as cepas
isoladas de pacientes foram mais virulentas do que as cepas isoladas de
portadores.
B013
Grupos mutans:
isolamento, identificação e prevalência em hemofílicos.
A. F. TAVARES1*,
D. B. FREITAS1,
R. V. P. AZEVEDO2.
1Alunas
da FORP-USP - bolsistas da FAPESP; 2DACTB-FCFRP-USP.
E-mail: claudiav@gly.fcfrp.usp.br
O objetivo do
presente trabalho foi determinar a prevalência das espécies do grupo mutans,
na saliva não estimulada (diluição decimal seriada-SB20 - 37ºC -
72h/microaerofilia) e os índices CPOD e/ou ceo-d (OMS),
de 34 pacientes hemofílicos, do Hemocentro de Ribeirão Preto-SP, com
faixa etária de 7 a 40 anos. Demonstrou-se
que 31 (91,2%) albergavam estreptococos cariogênicos, S.mutans
(15/48,4%), S.sobrinus (1/3,2%) ou S.mutans/S.sobrinus
(15/48,4%), com a média de ufc/mL de saliva igual a 354,6; 18,6 e 2.521,2 x 103,
respectivamente. Quanto ao risco à cárie, 6 (17,6%) apresentavam baixo, 23
(67,7%) médio e 5 (14,7%) alto risco. Observou-se que, de acordo com a faixa etária
, obteve-se a média de ufc total/mL igual a 130,3 x 103
(7 a 12 anos); 1018,4 x 103
(13 a 19 anos); 3532,1 x 103
(20 a 40 anos), com a correspondente média dos índices CPOD igual a 1,36; 7,57
e 22,12 nestas faixas de idade. A maioria dos pacientes pode ser considerada
“mutans milionário”, com
risco à cárie, e CPOD aumentando com a faixa etária, indicando a necessidade
de ser montada uma estratégia para o seu atendimento odontológico.
Apoio
financeiro: FAPESP
B014
Susceptibilidade
de Candida albicans isoladas de crianças
a antifúngicos comerciais
M. UENO, I. S.
FARIA*, C. R. G. SILVA, A. O. C.
JORGE
F.O. São José
Campos / UNESP, Departamento de Odontologia / UNITAU (012-2254150)
As candidoses
bucais são tratadas usualmente com antifúngicos dos grupos dos azóis e com
polienos. Quarenta e sete cepas de Candida
albicans, isoladas de crianças de 3 a 11 anos de idade, sem lesões
sugestivas de candidose, foram testadas in
vitro com os antifúngicos comerciais; cetoconazol, fluconazol e
anfotericina B. Foi determinada a concentração mínima inibitória (MIC) através
da técnica de diluição em caldo seguindo o método padrão do National
Committee for Clinical Laboratory Standards. A concentração mínima inibitória
foi considerada como aquela concentração que inibiu o crescimento comparado
com o padrão. Cetoconazol e fluconazol não mostraram atividade fungicida em
concentrações comparáveis à literatura, isto é, 0,25 a 1,0 mg/mL. O
fluconazol em concentração menor de 256 mg/mL, não apresentou atividade
anti-fúngica contra Candida albicans. Apenas 1 cepa (2,1%) apresentou MIC menor que 2
mg/mL para cetoconazol e 6,66% (31/47) apresentaram MIC de 128 mg/mL. As cepas
testadas apresentaram um estreito intervalo de MIC para anfotericina B (2,0-8,0
mg/mL) e somente 2 cepas (4.2%) apresentaram
MIC menor que 2 mg/mL. Não podemos deixar de citar que os padrões do
NCCLS não são indicados para produtos comerciais, entretanto, os resultados
aqui apresentados confirmam as observações clínicas que a dose de fluconazol
administrada aumenta dia-a-dia, alcançando valores de 400 a 600 mg/dia. Com
base nesses resultados, os antifúngicos comerciais azóis apresentaram pouco ou
nenhum efeito sobre Candida albicans,
e futuras pesquisas in vitro e in
vivo são justificadas.
B015
Contribuição
ao estudo da atividade antimicrobiana
do Hidróxido de Cálcio.
V. M. S.
RODRIGUES* , P. A. SPERANÇA
UPE /FOP- Pós-Graduação
- Fone:(081)2683261- e-mail: veronica@hotlink.com.br
A presente
pesquisa estudou a difusão de 09 materiais odontológicos à base de Hidróxido
de Cálcio, comparando a capacidade inibitória dos mesmos em função do tempo
de contato e do tipo de veículo utilizado, além de verificar a possibilidade
de utilização das técnicas de computação gráfica para mensuração dos
halos de difusão e/ou inibição. O estudo foi dividido em duas fases: na
primeira, observou-se a difusão dos materiais no meio de cultura de Ágar de
Soja Triptcaseína; na segunda, foi realizado teste pelo contato direto,
utilizando uma cultura pura de Streptococcus
mutans, isolada de cavidade de cárie
profunda. Para cada material efetuou-se 10 repetições, sendo a leitura dos
halos formados realizada, nas duas etapas, nos períodos de 24 horas, 07, 15 e
30 dias, com régua milimetrada e através de imagem computadorizada, trabalhada
com programa específico, com aumento de 400%. Os resultados mostraram maior
rapidez de ação dos materiais com veículo aquoso e uma ação mais retardada
dos oleosos. O cimento de Hidróxido de Cálcio após 30 dias foi o que
apresentou os maiores halos. Com base nos dados encontrados, concluiu-se que o
tipo de matriz orgânica dos veículos dos materiais
à base de Hidróxido de Cálcio, bem como o tempo de contato, têm influência
direta na difusibilidade e na atividade antimicrobiana dos mesmos. A computação
gráfica mostrou-se uma opção de confiabilidade e praticidade proporcionando
melhor visualização do limite entre os halos de difusão e inibição.
B016
Avaliação de
métodos de desinfecção de escovas dentais utilizadas pelas crianças.
G.FARIA1*,
S. MACARI1,
L. A. B. SILVA1,
I. Y. ITO2,
P. NELSON FILHO1.
1FORP-USP,
2FCFRP-USP - (016)
636-6899
As escovas
dentais, tornam-se contaminadas por microrganismos da cavidade bucal e podem
servir como reservatório de microrganismos.
Com o objetivo de avaliar o nível de contaminação das escovas dentais
por estreptococos do grupo mutans, bem como a formação do biofilme bacteriano
nas cerdas e propor um método de desinfecção das mesmas, foram selecionadas
19 crianças de alto e médio risco à cárie. Cada criança recebeu uma escova
(Jonhson’s Júnior) que foi utilizada por 5 dias, 1 vez ao dia.
Decorrido esse período as escovas foram coletadas e divididas em 3
grupos. No grupo I, as escovas foram imersas em gluconato de clorexidina a
0,12%, no grupo II em hipoclorito de sódio a 1% e no grupo III em água de
torneira esterilizada (controle) por cerca de 20 horas. As escovas foram
introduzidas em tubos com 10,0mL, de caldo sacarose bacitracina (CaSaB) evitando
o contato das cerdas com a parede do tubo. Decorrido o período de incubação,
o meio foi desprezado e as colônias (biofilme) formadas sobre as cerdas foram
contados com auxílio de microscópio estereoscópico sob
luz refletida. Algumas colônias das cerdas foram removidas e semeada em
Ágar SB20, seletivo para grupo mutans e incubados em microaerofilia pelo
sistema chama de vela. As cerdas de algumas escovas foram removidas e submetidas
a microscopia eletrônica de varredura. As escovas do grupo I e II não
mostraram crescimento bacteriano, enquanto que no grupo III houve crescimento de
estreptococos do grupo mutans nas cerdas, em número variando de 21 a 120ufc. Concluímos
que: 1) houve formação do biofilme bacteriano nas cerdas; 2) ocorreu intenso
desenvolvimento de grupo mutans nas escovas do grupo III; 3) tanto o gluconato
de clorexidina quanto o hipoclorito de sódio a 1% foram eficientes, na desinfecção
das escovas.
B017
Freqüência
de leveduras em bebês de 1 a 18 meses de idade.
R. O.
MATTOS-GRANER, A. B. MORAES, R. M. P. RONTANI*, E. G. BIRMAN.
CEPAE/Odontopediatria: FOP,
UNICAMP; FOUSP. Fax: 011-818 7883; e-mail: egbirman@siso.fo.usp.br
Leveduras são
detectadas com freqüência em crianças, frente a condições locais e sistêmicas
que favorecem sua colonização, proliferação e manifestação clínica.
Candida albicans é a levedura mais prevalente na boca. Procuramos
avaliar a freqüência de leveduras e sua relação com possíveis fatores
favorecedores à colonização bucal em 37 bebês com 1 a 18 meses de
idade, cujas mães procuraram o CEPAE da FOP-UNICAMP. As mães foram
entrevistadas para análise de hábitos considerados válidos à nossa observação,
como uso de chupeta, tipo e duração da amamentação. Após obtenção do
consentimento esclarecido, as crianças foram examinadas para detecção de
alterações na mucosa bucal. Com o uso de “swabs” estéreis alginatados,
foram realizados esfregaços nas mucosas do rebordo alveolar, dorso da língua,
palato e bochecha. As amostras foram semeadas em placas de Petri contendo ágar
Sabouraud dextrose e incubadas em aerobiose (37oC) durante 48h.
A seguir, fez-se a seleção e contagem das colônias leveduriformes (UFC).
Leveduras foram detectadas em 58,3% das crianças, sendo que apenas uma criança
apresentou candidíase. Observou-se associação positiva, estatisticamente
significante, entre o uso de chupeta e a presença de leveduras (odds
ratio: 4,5; x2:
p<0,05), sendo o nível médio destes microrganismos significativamente maior
nas crianças que usavam chupeta (média:69,2 UFC ±194,0) do que nas que não
usavam (média:6,8 UFC ±16,5) (Mann-Whitney: p<0,05). Não houve associação
significativa entre a presença de leveduras e duração da amamentação
materna ou uso de mamadeira. Nossos dados sugerem que o uso de chupeta é um
facilitador para a colonização e desenvolvimento de leveduras em bebês,
podendo favorecer a infecção e manifestação clínica destes microrganismos
sob certas condições sistêmicas e locais.
B018
Efeito
antimicrobiano de quatro soluções uitlizadas na limpeza de preparos cavitários.
S. P. TEIXEIRA
*, C. PEREZ, T. SEKITO JR., K. DIAS, R. HIRATA JR
Faculdade de
Odontologia e Disciplina de Microbiologia -FCM – Uerj (021) 587-6380
A eliminação
de microrganismos da dentina clinicamente sadia antes da realização dos
procedimentos restauradores é uma questão de importância em odontologia.
Apesar de diversos produtos serem utilizados em clínica, poucos estudos sobre a
efetividade antimicrobiana são divulgados. A proposta deste estudo foi a de
avaliar o potencial antimicrobiano de quatro soluções comerciais empregadas na
limpeza de preparos cavitários (Cavidryâ, Cavicleanâ , Tergentolâ e Peróxido
de Hidrogênio 10 vol.). A atividade antimicrobiana destes produtos foi avaliada
através da inibição dos microrganismos totais presentes nos preparos cavitários.
Após o término do preparo de cavidades do tipo classe I em pré-molares (total
de 125 preparos cavitários), duas amostras foram coletadas com o auxílio de
cones de papel estéreis, antes e após a aplicação das soluções citadas. O
material colhido foi inoculado em tubos contendo Caldo Tioglicolato(BBL) e
incubado a 37oC por 48 h.. As
amostras do grupo controle foram realizadas após a lavagem do preparo com
salina estéril. Alíquotas dos tubos com crescimento bacteriano foram
plaqueadas em meios seletivos para estreptococos do grupo mutans (Ágar
Mitis-Salivarius, contendo 20% de sacarose e 0,25 UI de bacitracina) e para
lactobacilos (Ágar Rogosa). Os produtos Cavicleanâ e Cavidryâ
apresentaram atividade antimicrobiana contra os microrganismos totais com inibição
de 66% e 40%, respectivamente. O Cavicleanâ apresentou atividade
antimicrobiana contra Lactobacillus sp.
e contra os estreptococos do grupo mutans com 100% de inibição. O Tergentolâ
e o Peróxido de Hidrogênio a 10 vol. não demonstraram efeito antimicrobiano.
Os autores concluíram, portanto, que o produto Cavicleanâ foi efetivo
como agente antimicrobiano.
Apoio:
SR-2/UERJ.
B019
Staphylococcus aureus:
detecção de penicilinas das cepas isoladas da saliva de indivíduos saudáveis.
H.MIAN*,
F.C.PIMENTA, C.TIRAPELLI, F.R.ZANIN, K.SANCHES, I.Y.ITO.
FORP-USP,
FCFRP-USP, IPTSP-UFGo - (016) 623-0158
O isolamento
de cepas oxacilina resistente denominado de S.aureus
MRSA da saliva de pacientes saudáveis é altamente preocupante uma vez que pode
servir de fonte de infecção cruzada. O objetivo deste trabalho foi determinar
a produção de b-lactamase e a resistência a meticilina/oxacilina de cepas de Staphylococcus
aureus isoladas da saliva de indivíduos saudáveis. Saliva não estimulada
de 83 pacientes foram homogeneizadas e submetidas à diluição dupla em salina
até 10-3
e alíquotas de 0,1mL semeadas em agar Ni e incubadas a 37ºC. Decorrido o período
de incubação de 48 horas as colônias foram identificadas baseadas na
morfologia macroscópica. Foram isolados 83 cepas de S.aureus de 40(48,0%) indivíduos. A b-lactamase foi detectada pelo
método de satelitismo em meio Mueller Hinton Medium MH (Difco)
adicionado de benzil penicilina (CECOM-SP) e Micrococcus luteus ATCC 9341. A semeadura foi efetuada em forma de
elipse, em duplicata e incubadas a 37ºC por 48 horas. Foi considerada produtora
de penicilinase a cepa que permitiu o crescimento de Micrococcus luteus na área interna e na borda externa da elipse. A
suscetibilidade a oxacilina foi determinada pelo método de ágar triagem
oxacilina. Das 83 cepas de Staphylococcus
aureus 61(73,5%) produziram b-lactamase
e 23(27,7%) apresentaram resistência a oxacilina. S.aureus resistente a oxacilina denominado de MRSA,
consideradas de alta periculosidade, eram parte da microbiota normal de 23 indivíduos
saudáveis e assim podem servir de fonte de infecção no consultório odontológico.
Além disso estes indivíduos podem ser disseminadores de infecção na
comunidade e no consultório odontológico. Assim medidas preventivas devem ser
tomadas, como anti-sepsia antes das intervenções, para evitar a infecção
cruzada.
B020
Microbiota
associada a casos de periodontite do adulto no Brasil.
E. C. E.
GEBARA, A. N. PUSTIGLIONI, L. LIMA,
M. P. A. MAYER
Depto.
Microbiologia - ICB- USP/Disc. Periodontia- FOUSP (011) 8187348
O conhecimento
da microbiota associada à periodontite, é um recurso importante na avaliação,
no tratamento e no prognóstico da doença periodontal. Embora a prevalência de
determinados organismos patogênicos possa variar em diferentes países, poucos
estudos foram feitos no Brasil. O presente estudo tem como objetivo avaliar a
composição microbiana da placa subgengival associada à periodontite do
adulto. Foram selecionados 20
pacientes, com idade entre 25 e 57 anos, apresentando pelo menos três dentes
uniradiculares com bolsa periodontal com profundidade ³ 5mm. Os parâmetros clínicos
avaliados foram profundidade clínica de sondagem e sangramento à sondagem. A
microbiota dos 60 sítios foi avaliada. Duas pontas de papel estéreis foram
introduzidas na bolsa periodontal e transferidas para meio de transporte
VMGAIII. Após diluições seriadas, alíquotas foram transferidas para a superfície
de placas de Petri contendo meios de cultura : ágar Brucella sangue hemina /
menadione, ágar Sabouraud, ágar Mac Conkey, ágar Staphylococcus 110, e ágar
TSBV. Após a identificação das colônias através de características macroscópicas,
microscópicas e bioquímicas, foi calculado o número de cada organismo por
amostra. Detectou-se a presença de Pseudomonas
sp. em 30% dos sítios em 8/20 pacientes avaliados, de Staphylococcus coagulase positivo em 8,33% dos sítios (3/20
pacientes), de A. actinomycetemcomitans
em 18,33% (4/20 pacientes), de Porphyromonas
gingivalis em 65% (13/20 pacientes), de Prevotella
do grupo melaninogenica em 15%
(3/20 pacientes), de Prevotella do
grupo intermedia em 3,33% (1/20
pacientes) e de leveduras em 53,33% dos sítios avaliados (13/20 pacientes).
Observou-se uma correlação estatisticamente significante (p=0,015) entre a
presença do total de bactérias viáveis ³ 105ufc/mL,
e a presença de sangramento à sondagem.
B021
Determinação
da diluição inibitória máxima de um enxaguatório bucal à base de própolis
e extratos vegetais.
E.
FIGUEIREDO*, P. OLIVEIRA, E. BARIZON, L. C. FIGUEIREDO, J. K. BASTOS, S. L.
SALVADOR.
FCFRP-USP
(F: 016-602.4160)
A própolis é
uma massa resinosa extraída das plantas, pelas abelhas, e adicionada de sua
secreção salivar. Esta resina é comumente utilizada devido às suas
propriedades antimicrobiana, cicatrizante e anti-séptica. O propósito deste
estudo foi determinar a diluição inibitória máxima (DIM) de um enxaguatório
bucal à base de própolis (Propomalva ® spray e solução), bem como dos
extratos vegetais e mel, componentes de sua fórmula, frente a 15
diferentes microrganismos indicadores através da técnica de diluição em ágar.
Para tal finalidade, os produtos sofreram diluições decimais com água
destilada, às quais foram incorporadas os meios de cultura MHa e BHIa
(dependendo da exigência nutricional de cada microrganismo), homogeneizadas e
depositadas em placas de Petri, sendo que a diluição final variou de 1:5 a
1:10240. Após a solidificação dos meios, procedeu-se a inoculação das cepas
indicadoras por meio de um multiaplicador de Steer’s, e à seguir as placas
foram incubadas durante 24-48 horas a 37o
C. As placas foram submetidas a leitura e considerou-se como DIM, a maior diluição
que não permitiu o crescimento visível dos microrganismos. Todos os estratos
vegetais testados demonstraram atividade antimicrobiana contra bactérias
Gram-positivas, Gram-negativas e leveduras; exceto o mel, o qual não apresentou
atividade contra leveduras. Os valores da DIM para o Micrococcus
luteus foram 1:40 (Propomalva® spray) e 1:80 (Propomalva® solução), e
para Staphylococcus aureus foi 1:40 (Propomalva® spray e solução). Os
resultados obtidos indicaram que os extratos vegetais testados, assim como o
enxaguatório bucal testado apresentam atividade antimicrobiana “in vitro”
frente aos diferentes microrganismos indicadores.
Apoio
financeiro: Apis Flora®.
B022
Análise
microbiológica de superfícies de consultórios dentários.
R. C. L. R. Pietro, S. Kashima, A. Almeida, L. Rocha, J. Pádua, R.
C. C. Lia.
Dep. Farmácia
e Odontologia da Universidade de Ribeirão Preto (016-603-6739)
Os
profissionais da Odontologia devem ter precauções para manter as condições
assépticas e evitar infecções cruzadas. Entretanto, certas áreas nos consultórios
dentários são algumas vezes negligenciadas. O objetivo deste trabalho foi
identificar microrganismos presentes nas pias, saboneteiras e torneiras de vários
consultórios dentários. As amostras foram coletadas nas superfícies e após
incubação, crescimento em meios apropriados, os microrganismos foram
selecionados e identificados. Os resultados
mostraram que no ambiente estudado houve alta porcentagem de Klebsiella
pneumoniae subsp. rhinoscleromatis
(15,6%), seguido por Staphylococcus aureus
(14,6%) e Bacilo Gram Negativo (10,4%). Nas torneiras foram isolados K. pneumoniae subsp.
rhinoscleromatis, S. aureus e S.
epidermidis com 22,9% de incidência e Bacilo Gram Negativo (12,5 %). Nas
saboneteiras as porcentagens de K.
pneumoniae subsp. rhinoscleromatis, S. aureus
e Bacilo Gram Negativo foram 6,4%;
4,2% e 4,2%, respectivamente. Nas pias ao redor da cuba de lavagem foram
encontrados Staphylococcus aureus
(25%) e K. pneumoniae (22,9%). Moraxella
sp (20,8%) e Bacilo Gram Negativo (18,8%) foram recuperados das pias distante da
cuba de lavagem. Devido à patogenicidade dos microrganismos isolados o
estabelecimento de práticas de desinfecção de superfícies sob condições de
rotina são essenciais para minimizar o risco de infecção-cruzada.
Apoio: UNAERP
B023
Agrupamento de
leveduras orais por eletroforese de isoenzimas.
J.F. HÖFLING1,
C.V. PEREIRA; E.A.R. ROSA, M.F.G. BORIOLLO.
Laboratório
de Microbiologia, Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP. FAX: +55 19
430 5218. Email: hofling@fop.unicamp.br
Eletroforeses
em gel de amido para vinte iso/aloenzimas (MLEE) foram conduzidas na intenção
de se estabelecer os possíveis graus de similaridade entre linhagens orais de Candida
albicans, C. tropicalis, C. parapsilosis, C. krusei, e C.
guilliermondii, assim como suas respectivas “linhagens-tipo” CBS
(Centraalbureau voor Schimmelcultures, Baarn, Netherlands), através de recursos
de taxonomia numérica (coeficiente associativo “Simple Matching” e algorítmo
UPGMA). Os resultados obtidos revelaram que algumas dessas enzimas não formam
bandas eletroforéticas visíveis, outras enzimas são capazes de distinguir
linhagens de diferentes espécies, mas a maioria delas não permitiu organizar
todas as linhagens em seus respectivos “clusters” espécie-específicos. Nós
pudemos concluir que classificações numéricas baseadas no polimorfismo de
iso/aloenzimas devem ser resguardadas para levantamentos epidemiológicos
envolvendo somente uma espécie dessa levedura.
B024
Remodelação.do
alvéolo durante a erupção do 1º molar em rato.
M.A.L. SOUZA *
F. L. SOUZA
(Faculdade de
Odontologia , ULBRA, Canoas, RS, BRASIL - (051) 233-8778
A questão da remodelação óssea na mandíbula em
desenvolvimento que acomoda dentes em formação e erupção é um assunto
controverso e pouco estudado por sua complexidade. O objetivo deste estudo é
analisar a remodelação óssea sofrida pelo alvéolo da raiz mesial do primeiro
molar inferior de rato no período entre o início da formação radicular (10
dias) e a completa formação da mesma (40 dias de vida). Para realizar o estudo
foram usados 44 ratos Wistar divididos em 11 idades diferentes com um intervalo
de 3 dias entre elas (10, 13, 16 ,19, 22, 25, 28, 31, 34, 37, 40 dias). Para
avaliar formação óssea foi usada a técnica de dupla marcação com os
corantes fluorescentes: Calceina.(Sigma Chemicals Co.) e Tetraciclina(Lederle
Laboratories) com intervalos de 3, 4 ou 5 dias entre as aplicações. As substâncias
foram injetadas intraperitônio e os animais foram sacrificados 2 dias após a
última injeção. Os marcadores foram estudados em cortes de tecidos duros.
Para avaliar reabsorção óssea foi empregada técnica histoquímica em
cortes por congelamento para evidenciar a presença de osteoclastos. A partir
das observações foi encontrado que aos 10 dias o primeiro molar está alojado
em uma cripta fechada e ao se mover para oclusal provoca reabsorções e formações
ósseas para acomodar os diferentes diâmetros entre coroa e raiz. Aos 16 dias
é encontrada reabsorção no fundo do alvéolo. Aos 19 dias o dente emerge na
cavidade bucal e o padrão de remodelação se modifica, havendo sempre formação
na parede lingual do alvéolo enquanto na vestibular
há reabsorção e formação. Este padrão se mantém até o dia 25 quando novo
fenômeno de reabsorção é visto no assoalho do alvéolo. Por volta do dia 28
o dente atinge a máxima oclusão com o antagonista e a partir deste momento o
padrão de remodelação sugere que o dente
se inclina para vestibular girando em torno de um ponto localizado na
zona central da raíz. A formação óssea na crista lingual ocorre
principalmente em direção ao dente enquanto que na crista vestibular a aposição
é principalmente no topo da mesma. No plano sagital foi visto que as paredes
mesial e distal não apresentam padrão específico de remodelação no período
estudado. O conjunto de remodelações permite concluir que o movimento
eruptivo, no dente estudado, tem forte componente de deslocamento axial e para
vestibular
B025
Influência da
idade gestacional e do peso do recém-nato na erupção dentária.
S.R.P.RAMOS,
R.C.GUGISCH*, F.C.FRAIZ
Curso de
Especialização em Odontopediatria, Universidade Federal do Paraná. -
Fone/fax: (041) 360-4123
Este estudo
comparou o início da erupção do primeiro dente decíduo em crianças nascidas
prematuras (abaixo de 38 semanas) e à termo (38-42 semanas), com peso normal
(igual ou acima de 2.500 g), baixo
peso (entre 1500 a 2499 g) e muito baixo peso (abaixo de 1.500 g), para avaliar
se a erupção dentária é afetada por
prematuridade e baixo peso ao nascimento. Foram anotados os registros neonatais
e o início da erupção do primeiro dente decíduo de 146 crianças, 77
prematuras e 69 à termo, na faixa etária de 5 a 36 meses, que se encontravam
em acompanhamento médico no Ambulatório de Pediatria do Hospital Evangélico
de Curitiba - Paraná. Os dados foram analisados considerando a idade cronológica
e corrigida. Os resultados mostraram que, de acordo
com a idade cronólógica, as crianças
prematuras e com muito baixo peso ao
nascimento tiveram significante atraso na erupçao
dental. Entretanto, quando
considerada a idade cronológica, não foi
encontrada diferença estatisticamente significante entre
os grupos, indicando que o atraso na
erupção pode ser simplesmente devido ao
nascimento precoce e não a um desenvolvimento
dental atrasado.
B026
Atividade
NADPH-d nos ductos de glândulas salivares de ratos após ingestão aguda de
salina hipertônica.
R. Rossi,**; E. A. Del Bel
Fisiologia,
FORP-USP (016) 602 4050
Óxido Nítrico
(NO), detectado na saliva humana, secretado pelas glândulas salivares, pode
atuar como um neurotransmissor na regulação do fluxo sanguíneo e da secreção
salivar. A atividade NADPH-diaforase (NADPH-d) pode ser usada para a avaliar
a enzima NOSintase (NOS). O objetivo deste estudo foi avaliar a
atividade da NADPH-d nas glândulas salivares submandibular (SMG) e sublingual
(SLG) de ratos Wistar, machos com 30 dias,
divididos em grupos (3-4 por
grupo), com a ingestão restrita , durante 18 horas de: água (controle);
alimento sólido; salina 3%; sacarose 2%, quinino 0,5%; ácido cítrico 0,01M,
e privação de água e alimento. Foi realizada a
sialodectomia das glândulas, sendo colocadas em PFA 4% (gelado, 2h), e sacarose
30% contendo PB (gelado, 48h), congeladas, cortadas em criostato e submetidas à
reação histoquímica de HE e NADPH-d. A atividade
NADPH-d foi detectada nos ductos salivares das glândulas SMG e SLG. Os ductos
foram quantificados e a análise estatística (ONEWAY/DUNCAN F10,19=2,36,
p=0,05 e F10,4=1,60,
p=0,05) mostrou diferença
significante entre o grupo tratado com salina 3% e o grupo controle (água),
tanto para a glândula sublingual quanto para a glãndula submandibular. Este
estudo corrobora a participação
do NO no controle fisiológico da secreção salivar.
Apoio
financeiro: FAPESP, CNPq. Apoio Técnico: CA da-Silva EC Zieri e S Saltareli.
B027
Análise da
halitose no ciclo menstrual.
C. S.
QUEIROZ*, C. M. TABCHOURY, M.
FUJIMAKI, F. K. MARCONDES, J. A.
CURY
Laboratório
de Bioquímica Oral - FOP-UNICAMP (jcury@fop.unicamp.br)
O mau hálito
pode ser detectado pela alta concentração dos compostos sulfurados voláteis
(CSV) presentes no ar bucal. A halitose possui inúmeros fatores etiológicos,
sendo que o estresse também é citado na literatura. A síndrome da tensão pré-menstrual
(TPM) é caracterizada por mudanças de comportamento, sendo que muitas mulheres
apresentam-se estressadas nesse período. O objetivo deste estudo foi analisar a
relação entre a TPM e os CSV. Foram selecionadas 50 mulheres com boa saúde
oral e geral. O Grupo I foi composto por 27 mulheres que não relatam sintomas
no período de TPM, o Grupo II foi composto por 23 mulheres que relatam diversos
sintomas na fase de TPM. As voluntárias apresentaram-se sem higienização
bucal e em jejum, os CSV foram quantificados no ar bucal em ppb, utilizando um
aparelho sensível à esses gases (Halimeter, Interscan Co), e foi determinado o
fluxo salivar (mL/min). As mensurações foram realizadas nos períodos não
menstrual, pré-menstrual e menstrual.
A análise de variância e o teste de Tukey 5%, mostraram que no Grupo I a
concentração dos CSV foi maior (p<0,05) no período menstrual (75,70±26,85)
que nos períodos de TPM e não menstrual respectivamente (54,00±18,84 e 53,89±16,86).
No Grupo II a concentração dos CSV foi maior (p<0,05) tanto no período
menstrual como pré-menstrual respectivamente (81,26±34,43 e 78,39±38,90) em
relação ao não menstrual (56,87±20,63). O Grupo II apresentou maiores
concentrações dos CSV que o Grupo I na fase de TPM (p<0,05). O fluxo
salivar não foi significantemente diferente (p>0,05). Esses resultados
sugerem que a tensão pré-menstrual pode ser um fator etiológico da halitose e
que o ciclo menstrual interfere na concentração bucal dos CSV
FAPESP –
Proc. 98/01100-7
B028
Correlação
entre a atividade dos músculos mastigatórios e a morfologia mandibular.
P. E.
NEGREIROS*, V. C. V. SIQUEIRA
Departamento
de Odontologia Infantil -
Ortodontia - FO de Piracicaba -
UNICAMP - siqueira@fop.unicamp.br
O propósito
dessa investigação científica foi o de identificar a possível correlação
entre a atividade dos músculos mastigatórios e a morfologia mandibular,
utilizando uma amostra de 100 jovens de ambos os sexos, com idade entre 14 a 28
anos, com maloclusões de Classe I e Classe II dentárias e dentadura permanente
completa. Realizou-se a tomada de radiografia panorâmica de cada jovem e a
morfologia mandibular, principalmente o ângulo goníaco foram avaliados. A
análise estatística dos dados indicou um nível de significância de 0,05 e o
teste de correlação *(r = 0,833 e p = 0,012) demonstrou uma alta associação
entre a morfologia do ângulo goníaco e a atividade dos músculos masseteres,
bem como uma remodelação nos côndilos acentuada.
B029
Análise do pH
da dieta líquida de pacientes infantis.
E. C. LEITÃO*,
F. S. MORAES, V. S. SILVA, L. C. MAIA, A. M. G., VALENÇA
Pós-graduação
em Odontologia Social – UFF – Niterói /
RJ – Brasil - (021) 569-0630
O objetivo do
presente estudo foi identificar os componentes mais consumidos na dieta líquida
de pacientes infantis atendidos na Clínica de Odontopediatria da Faculdade de
Odontologia da Universidade Federal Fluminense, bem como determinar o pH dos líquidos
mais ingeridos. Para tanto, foram entrevistados 81 responsáveis por um total de
102 crianças na faixa etária de 2 a 13 anos acerca de sua dieta líquida
durante as diferentes refeições
diárias (café da manhã, almoço, lanches, jantar e antes de dormir). Os líquidos
foram agrupados da seguinte maneira: leite e complementos com ou sem açúcar
(GL); sucos concentrados, naturais ou em pó com ou sem açúcar (GS) e
refrigerantes (GR). Dentre as substâncias citadas nas entrevistas, as mais
frequentes dentro de cada grupo foram submetidas à análise de pH,
utilizando-se o pHmetro DIGIMED DM 20 do Laboratório de Odontologia Social da
UFF. Pôde-se verificar que, no café da manhã, o GL obteve um percentual de
consumo de 82,14% e seus componentes tiveram uma variação de pH entre 3,4 a
6,6 (5,89 ± 1,07); no almoço GS obteve a
frequência de 52,05% e GR 34,57%
com pH variando entre 2,12 e 3,56 (2,86 ± 0,51) e 2,20 a 3,02 (2,64 ± 0,34),
respectivamente. Nos intervalos (lanches), predominaram o GR com 33,74% e GL com
31,91%. No jantar, ressaltaram-se os grupos GS com 45,41% e GR com 31,25% e
antes de dormir, o grupo predominante foi GL com 79,07%. Os líquidos mais
consumidos diariamente pelas crianças possuem um pH consideravelmente baixo. Os
refrigerantes, que destacaram-se principalmente nos lanches (manhã e tarde) e
os sucos, no almoço e jantar, devem ser vistos com atenção uma vez que podem
estar contribuindo de maneira significativa para o aumento do potencial erosivo
da dieta líquida infantil.
B030
Cronologia e
seqüência eruptiva de dentes decíduos em crianças de BH/MG.
C.F.FARIA*,
I.A. PORDEUS, L.H.P.M. MARTINS, E. SAKURAI.
Depto de
Odontopediatria e Ortodontia, Faculdade de Odontologia/ UFMG. (Telefax: (031)
291-0541).
O objetivo do
trabalho foi avaliar a cronologia e seqüência de erupção dos dentes decíduos
das crianças de Belo Horizonte/MG. Através de estudo piloto envolvendo 250
criancas de 0-36 meses, verificou-se a metodologia a ser empregada e
estipulou-se o cálculo amostral (a = 0,05, erro = 0,1 mês). Participaram do
estudo 2450 crianças de 0 a 40 meses, saudáveis, nascidas de parto normal e
que se apresentaram para receber vacina Sabin em postos de vacinação no ano de
1998. A coleta de dados foi desenvolvida por 8 examinadores calibrados (Kappa =
0.99), consistindo em um único exame da criança, quando se fez a anotação do
número e de quais elementos dentários presentes. Os exames foram realizados
sob luz natural, obedecendo às normas de biossegurança. A análise estatística
dos dados foi feita pelo método de Kärber, utilizando-se de base de dados
produzida através do programa EPI-INFO 6.0. Comparação entre lado direito e
esquerdo dos maxilares não apresentou diferença estatísticamente
significante. A cronologia e seqüência de erupção encontradas foram: 71 (8,5±2,4);
81 (8,6±2,4); 61 (10,6±2,6); 51 (10,6±2,5); 62 (12,8±3,4); 52 (10,6±2,5) 72
(13,9±3,6); 82 (13,9±3,6); 54 (16,7±3,2); 64 (16,8±3,2); 84 (17,1±3,3); 74
(17,1±3,3); 63 (20,0±4,3); 53 (20,0±4,3); 73 (20,2±4,2); 83 (20,3±4,3); 75
(27,3±5,0); 85 (27,4±5,1); 65 (28,7±5,2); 55 (28,9±5,3). A extensão do período
de erupção da dentição decídua foi de 20,4 meses. Os resultados indicam
que há um atraso na cronologia de erupção em relação aos dados encontrados
na literatura.
Apoio
financeiro: CNPq, CAPES.
B031
Avaliação
da atividade analgésica e
antiinflamatória da Arnica Brasileira.
P. M.
ZELANTE*, F. M. ALMEIDA, L. ARATO, H. LIMA, D. P. QUELUZ
PUCCAMP, UFG,
USP, UNICAMP - (019) 863-0218
Devido à quase inexistência de estudos com relação à
Arnica Brasileira (Solidago microglossa
D.C.), em nível sistêmico, estes experimentos visam a comprovar a
atividade analgésica em testes de contorção abdominal induzida por ácido acético
(Vacher et al Med. Exp. 11: 51-58,
1964) e avaliação da atividade antiinflamatória em edema de orelha induzido
por óleo de cróton (Zanini et al
Phytoterapy Research 6(1) 1-5-1992), após receberem via oral tintura de arnica
20%. No teste de avaliação de atividade analgésica utilizamos 32 camundongos
(M. musculus) divididos em 4 grupos,
recebendo: Grupo 1 - veículo 10 ml/kg, Grupo 2 - indometacina 10 mg/kg, Grupo 3
- arnica 200 mg/kg e Grupo 4 - arnica 500 mg/kg, avaliados nos tempos 15, 20, 25
e 30 minutos; obtivemos os seguintes valores médios em relação aos tempos:
Grupo 1
Grupo
2
Grupo 3
Grupo 4
15 minutos
46,2
19,6
32,6
28,2
20 minutos
63,4
30,5
42,4
40,2
25 minutos
74,7
38,1
48,7
47,9
30 minutos
84,2
46,1
54,0
53,4
No teste de avaliação da atividade antiinflamatória
utilizamos 28 camundongos (M. musculus),
divididos em 4 grupos, recebendo: Grupo 1 - veículo 10 ml/kg, Grupo – 2
indometacina 0,2 g/kg, Grupo 3 - arnica 0,5 g/kg e Grupo 4 - arnica 1 g/kg,
obtendo-se os valores médios dos pesos das orelhas dos animais para Grupo 1:
18,5 g, Grupo 2: 13,58 g, Grupo 3: 13,51 g e Grupo 4:13,3 g. Com base nos
resultados dos experimentos, os autores concluíram que a Arnica Brasileira
apresenta atividade analgésica e antiinflamatória.
B032
Clareamento
caseiro: é seguro? Avaliação das potencialidades mutagênicas e citotóxicas.
S.ZOUAIN-FERREIRA*,
K. DIAS, C.SILVA, A. C. ARAÚJO, M. BERNARDO-FILHO
Deptos.: Biofísica
e Biometria, UERJ/Doutorado UFRJ – E-mail:zouain@brhs.com.br
A crescente utilização indiscriminada de agentes clareadores
e a exposição dos pacientes submetidos a este tratamento, acarreta preocupação,
principalmente devido aos efeitos biológicos atribuídos ao peróxido de hidrogênio.
Assim, este trabalho objetivou avaliar 4 agentes clareadores dentais quanto a
mutagenicidade e a citotoxidade: Insta-Brite, Karisma, Opalescence e Whiteness,
todos a 10%. Verificou-se inicialmente a mutagenicidade, empregando-se o
Induteste em culturas bacterianas Escherichia
coli GY 5027. Incubava-se esta cultura com os clareadores dentais, e
posteriormente com a cultura E. coli
GY4015 (ampR)
indicadora de fagol. Após 18 horas, verificou-se a formação de plaques,
utilizando-se 424 placas de Petri, sendo 62 para controle negativo. Certificado
o efeito mutagênico, um outro experimento foi realizado, a detecção do
potencial citotóxico, empregando-se a Curva de Sobrevivência em culturas
bacterianas E. coli AB1157, AB2463 e
BW9091. Alíquotas destas culturas, na fase exponencial de crescimento, eram
misturadas com alíquotas do agente clareador ou de NaCl 0,9% estéril como
controle. Totalizamos 444 placas de experimento, sendo 64 para o controle
negativo. Todos agentes clareadores apresentaram efeitos mutagênico e citotóxico:
Karisma (10mg), maior potencial mutagênico, 7 vezes; o Whiteness (2,5mg), 3
vezes; o Opalescence (5mg), 2 vezes e o Insta-Brite (2,5mg), 1,86 vezes, estes
dois últimos os mais citotóxicos. Os resultados indicam que o tempo de exposição
e a concentração do agente clareador aumentam estes potenciais. Em conclusão,
sugere-se que os clareadores dentais, devam ser rigorosamente supervisionados e
controlados pelos profissionais que os utilizam, reduzindo-se assim o risco tóxico
ao paciente e por conseguinte a possibilidade de cancerização.
Apoio
financeiro: CAPES E UERJ
B033
Capacidade de
aspiração positiva do instrumental para anestesia odontológica.
V.
ROCHA-LIMA*, M. C. VOLPATO, F. C. GROPPO, J. RANALI
Dept. de
Farmacologia - F.O.Piracicaba - Unicamp. fone 0194305308
Avaliou-se 3
seringas com capacidade de aspiração disponíveis no Brasil, bem como agulhas
curtas e longas e tubetes anestésicos de várias marcas. Usou-se um dispositivo
de pressão variável, com uma borracha de látex e sangue bovino acrescido de
EDTA no seu interior. Na 1a
etapa as agulhas, sem seringa, foram introduzidas no látex, medindo-se o tempo
para a saída do sangue (pressões de 4 e 80 mmHg). Na 2 a
etapa foram avaliados os tubetes, fixando-se a seringa e agulha (longa e curta).
Na 3 a etapa foi utilizada uma única marca de anestésico local e
de agulha, sendo avaliadas várias seringas de cada marca. As duas últimas
etapas foram realizadas sob pressão de 4 mmHg, sendo avaliada a ocorrência ou
não de aspiração positiva nos 3 terços do tubete. Resultados: 1a
etapa: 80mmHg - agulhas longas e curtas 100% de passagem de sangue em até
1 e 4 segundos, respectivamente; 4 mmHg - agulhas longas 90 a 100% de passagem
de sangue em até 45 segundos; agulhas curtas: 20 a 100% de passagem de sangue
em até 140 segundos; 2 a etapa:
Com as seringas Sagima e Safety plus os resultados foram mais homogêneos, com
alto percentual de aspiração positiva em todos os tubetes (70 a 100%), à exceção
de Scandicaine e Novocol (10 a 50%). A seringa Duflex mostrou resultados mais
variados, sendo os menores percentuais também obtidos com Scandicaine e
Novocol. Houve diferença estatisticamente significante entre os 3 terços
testados (p<0,05). 3 a
etapa - não foram observadas diferenças entre seringas de mesma marca. Os
resultados sugerem diferença na capacidade de aspiração associada ao calibre
da agulha e ao tipo de dispositivo de aspiração, podendo ainda haver interferência
do lubrificante do tubete.
Apoio
financeiro SAE/UNICAMP – Processo 459/98.
B034
Imunodetecção
de proteínas ósseas em polpas dentárias de humanos in vivo e in vitro.
J.M. Q.
GARCIA*, R. G. JAEGER, E. TODDAI, M. M. M. JAEGER
Disciplina de
Patologia Bucal-FOUSP tel
(011) 8187902
A polpa é um
tecido conjuntivo cujos elementos celulares são essencialmente representados
por fibroblastos e odontoblastos. Essas
células são capazes de produzir proteínas colagênicas e não colagênicas da
matriz extracelular, a qual pode sofrer processo de mineralização originando a
dentina. O objetivo do trabalho foi
pesquisar a presença de proteínas da matriz extracelular do tecido ósseo, em
polpas de germes dentários e dentes permanentes de humanos, além de
fibroblastos de germe dentário em cultivo (linhagem FP1).
As proteínas estudadas foram: sialoproteína óssea (BSP), osteonectina
e colágeno tipo I. No tecido foi
realizada a técnica da imunohistoquímica e nas células cultivadas a
imunofluorescência. As três proteínas
foram detectadas tanto nos tecidos como na cultura.
Nos tecidos a BSP apresentou marcação mais tênue comparado às outras
proteínas. O colágeno I e a
osteonectina apareceram de forma intensa em ambos os tecidos, em especial nos
odontoblastos. O colágeno I
mostrou positividade mais intensa nas polpas de dentes permanentes do que nos
germes dentários. O colágeno I e
a BSP apareceram no estroma dos tecidos como fibrilas delicadas, enquanto que a
osteonectina mostrou-se mais homogênea e hialina. As células FP1 apresentaram intensa marcação para as três
proteínas. O tecido pulpar,
independentemente do seu grau de diferenciação apresenta BSP, osteonectina e
colágeno tipo I. Portanto,
sugerimos que essas proteínas estariam diretamente relacionadas com a produção
e mineralização da dentina.
B035
Avaliação clínica
e histopatológica em polpas expostas de pré-molares humanos.
A. B.
L.NASCIMENTO*, U. F. FONTANA, C.A.S.COSTA, H.
M. TEIXEIRA
Odont.
Restauradora - FOP/UPE e Patologia
– FOAr /UNESP - (081) 231-7976
O objetivo
deste estudo foi avaliar a resposta clínica e histológica de polpas capeadas
com três diferentes materiais: Hidróxido de cálcio (CH, Grupo 1); ionômero
de vidro (Vitrebond-3M, VIT, Grupo 2); e um sistema adesivo (Clearfil Liner Bond
2-Kuraray, CLB-2, Grupo 3). Após exposição mecânica intencional de 48 polpas
de dentes humanos, os materiais em teste foram aplicados como capeadores
pulpares e as cavidades restauradas com CLB-2 e resina composta Z100 (3M).
Testes de sensibilidade foram realizados previamente a confecção das cavidades
e imediatamente antes das extrações. Os dentes extraídos após 5, 30 e entre
120 e 300 dias foram fixados, descalcificados e incluídos em parafina. Cortes
histológicos com 5 micrômetros de espessura foram corados com H/E, tricrômico
de Masson e pela técnica de Brown e Brenn. A resposta pulpar foi avaliada por
meio de microscópio óptico. A intensa resposta inflamatória inicialmente
provocada pelo VIT deu lugar a reação crônica mediada por macrófagos, a qual
parece não ter permitido reparo pulpar nem formação de ponte de dentina.
Semehante resposta pulpar foi observada para o CLB-2, porém células gigantes
também foram detectadas ao redor de fragmentos do material resinoso, mesmo no
último período de avaliação. Não houve relatos de sensibilidade durante o
experimento para todos os materiais avaliados . Concluiu-se que não há
correlação direta entre os resultados dos testes de sensibilidade e a resposta
histológica pulpar. VIT e CLB-2 não estimularam o reparo pulpar nem a formação
de ponte de dentina. Conseqüentemente, estes materiais não são recomendados
como capeadores diretos do tecido pulpar. Por outro lado, o HC permitiu reparo
pulpar, bem como formação de ponte de dentina, apresentando-se mais biocompatível
do que VIT e CLB-2.
B036
Agregado de
Trióxido Mineral em dentes decíduos após curetagem pulpar.
P. WIENANDTS,
F. B. ARAUJO, L. E. L. VELASCO, M. F. TOVO
Disciplina de
Odontopediatria FO-UFRGS 051 3165027
O Agregado de
Trióxido Mineral (MTA) apresenta como propriedades físico-químicas, uma boa
capacidade de selamento e adaptação marginal, biocompatibilidade e um elevado
pH. Este trabalho tem como objetivo avaliar clínica e radiograficamente no
intervalo de 6 a 12 meses a resposta da polpa de dentes decíduos submetidos à
técnica de curetagem pulpar com subseqüente colocação do MTA ou do Ca(OH)2.
Trinta e oito molares decíduos de crianças de ambos os sexos, com idade entre
4 a 9 anos, foram selecionadas, principalmente pelo critério clínico de
inflamação pulpar no momento da exposição, assim como pela possibilidade de
restauração, e pelo estágio máximo de 1/3
de rizólise. A técnica de pulpotomia com formocresol diluído foi utilizada no
grupo controle. Os resultados iniciais revelaram 90,9% de sucesso nos casos de
curetagem com MTA e 100% nas curetagens revestidas com Ca(OH)2. Os
dados encontrados com uso do MTA foram favoráveis e semelhantes aos do Ca(OH)2.
B037
Infiltração
apical das cavidades preparadas com ultra-som.
E.L.R.SOUSA1*,
C.M.BRAMANTE2,
A.S.BRAMANTE2,
B.P.F.A.GOMES1.
Endodontia.
Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP1 e Faculdade de
Odontologia de Bauru-USP2
- (019) 430-5215
O objetivo
deste estudo foi avaliar a infiltração marginal nas obturações retrógradas
e o desajuste do material retrobturador às paredes cavitárias preparadas com
as pontas dos aparelhos Multi Sonic S (MS) e Enac (E). Setenta dentes humanos
unirradiculares recém-extraídos foram selecionados e divididos eqüitativamente.
Seus ápices foram ressectados, preparados com pontas “MS” e “E” e
retrobturados com Super-EBA. Duas camadas de esmalte de unha foram aplicadas em
toda superfície externa da raiz exceto na região da retrobturação. Os dentes
foram então imersos em solução aquosa de azul de metileno a 2% e armazenados
a 37oC
e 100% de U.R. por 24 h. Para analisar o índice de desajuste na interface
dente/material foi utilizado o microscópio eletrônico de varredura e para a
avaliar a infiltração marginal apical, o microscópio óptico comum, com
ocular micrométrica, sob luz refletida. Diferenças estatisticamente
significantes foram encontradas nos dois estudos (ANOVA, p<0,05). Em relação
ao desajuste do material retrobturador, diferenças significantes ocorreram
entre os grupos S13RD (MS) e P15RD (E) e os grupos P15RD (E) e S13R (MS) (todos
p<0,05). Para a infiltração apical as diferenças significantes foram
encontradas entre P15RD (E) e S13R (MS) (p<0.05). As infiltrações marginais
dos diferentes tipos de preparo cavitário ocorreram na seguinte ordem, de menor
para maior: P15RD (Enac), S12/90o
(MS), S13RD (MS), P15LD (MS), S12/90o (MS), P15L (MS), S13R (MS). O grau de desajuste na
interface material retrobturador/ parede cavitária foi o seguinte, de menor
para maior: S13RD (MS), S12/90oD
(MS), S12/90o
(MS), P15LD (MS), P15L (MS), P15RD(E), S13R (MS). Concluiu-se que,
independente da ponta do ultra-som utilizada, infiltração apical e desajuste
do material retrobturador poderão ocorrer. (Apoio CAPES).
B038
Espectro de ação
antimicrobiana de substâncias auxiliares na terapêutica endodôntica.
R.CONTI1*,
J.L.LAGE-MARQUES1,
C.C.R.FERRAZ2,
B.P.F.A.GOMES2
Endodontia, 1FO-USP
– SP, 2FOP-UNICAMP, Brasil - e-mail: prevot@usp.br
Cepas de A. naeslundii (duas
cepas), B. cereus, C.albicans, E.faecalis, E.coli, P.denticola, P.endodontalis,
P.gingivalis, P.intermedia, S.aureus, S.mutans, S.sanguis, S.sobrinos, foram
avaliadas frente à suscetibilidade ao EDTA 16%, ácido cítrico 10% e 50%,
hipoclorito de sódio 1% e 2,5% de cloro ativo. As 14 cepas foram
individualmente semeadas em profundidade no meio BHI Ágar (Difco), depositado
sobre uma base de MH Ágar (Difco) já solidificado. As substâncias testadas em
triplicata foram dispensadas dentro de tubos de aço inoxidável (8,0 x 1,0 x 10
mm), já distribuídos uniformemente nas placas. Após incubação –
aerobiose, anaerobiose e atmosfera de CO2
- 37oC, os resultados
foram mensurados pelo halo de inibição. Existiram diferenças nas mensurações
dos halos para as substâncias avaliadas em uma variação de 0 - 26 mm (0 £
halo £ 26). A análise da variância (ANOVA) determinou que existiram diferenças
estatisticamente significantes (p<0.05) entre os grupos de cepas relacionadas
isoladamente a um irrigante e em uma avaliação conjunta das substâncias-teste
frente a cada cepa microbiana. O EDTA mostrou maiores valores da média dos
halos de inibição frente a maioria das cepas, independente da tolerância ao
oxigênio. Os microrganismos fastidiosos implicaram na formação dos maiores
halos de inibição para todas as substâncias, enquanto que Enterococcus
faecalis foi determinante para os menores halos (0 £ halo £ 5.5). Os
microrganismos anaeróbios foram os mais suscetíveis à ação dos irrigantes.
Os halos de inibição formados no ágar indicaram uma atividade ampla de ação
do EDTA e podem corresponder à suscetibilidade dos microrganismos frente às
substâncias químicas coadjuvantes à terapêutica endodôntica.
Apoio
FAPESP - processo no
1996/05584-3
B039
Níveis de
aceitabilidade clínica de técnicas de odontometria para molares decíduos.
J.V.N.B.
MENEZES*, M.J.C. ROCHA.
Depto. de
Estomatologia, UFPR e UFSC- (041)2423463, josevitor@uol.com.br
A remoção do
conteúdo infeccionado e/ou necrótico do interior dos canais é fundamental
para o sucesso do tratamento endodôntico (Goodman,J, Br.Dent.J.,158:10-5,1985).
Esta pesquisa objetivou analisar “In vitro”, os níveis de aceitabilidade clínica
das medidas de Comprimento de Trabalho de Instrumentação proporcionadas por 4
técnicas de odontometria: Recuo Apical(G1), Ingle(G2), Garcia-Godoy(G3) e Ingle
associado a Garcia-Godoy(G4). Estas técnicas foram aplicadas em 38 canais
radiculares de 16 molares decíduos humanos extraídos e montados em modelos de
gesso. Nos grupos G3 e G4 foi simulada a presença do pré-molar sucessor entre
as raízes dos molares decíduos. Foram consideradas clinicamente aceitáveis as
medidas que ficaram entre o limite apical de trabalho definido para cada uma das
técnicas, e até 1,0 mm. aquém deste. Os resultados mostraram que 10,50% das
medidas proporcionadas por G1, 44,74% de G2, 73,68% de G3 e 78,95% de G4 foram
consideradas clinicamente aceitáveis. Após aplicação do Teste de
Proporções (p<0,0001) concluiu-se que houveram diferenças
estatisticamente significantes entre as medidas proporcionadas por G1 e G2
(p=0,002), onde não foi simulada a presença do dente sucessor entre as raízes,
e que, entre G3 e G4, onde foi simulada a presença do pré-molar, não foram
encontradas diferenças de significância estatística.
B040
Análise clínico-radiográfica
dos fatores envolvidos nos insucessos endodônticos.
E.B.S.ARAÚJO1*,
B.P.F.A.GOMES1,
A.S.ROCHA2,
F.J.SOUZA-FILHO1.
1Endodontia
& 2Radiologia
– Faculdade de Odontologia de Piracicaba- FOP-UNICAMP - (019) 430-5215
O sucesso do
tratamento endodôntico está relacionado com vários fatores tais como: a
qualidade do preparo químico-mecânico e da obturação, a presença de um
selamento coronário eficiente funcionando como barreira à microinfiltração,
fatores sistêmicos, entre outros. O objetivo deste trabalho foi analisar as
causas dos insucessos de 38 tratamentos endodônticos que resultaram na perda do
elemento dentário. Os tratamentos endodônticos foram realizados por
especialistas da região de Piracicaba-SP. Cada dente foi colocado em recipiente
individual contendo solução de formol tamponado a 10%, sendo posteriormente
radiografado. Foram anotados os seguintes dados: idade e sexo dos pacientes,
presença de selamento coronário, qualidade da obturação dos canais (limite e
conicidade do preparo), reabsorção radicular, retro-obturação dos canais,
presença de lesão periapical, preparo de espaço e presença de núcleo. Os
resultados estatisticamente significativos (Pearson c2;
p< 0,05) foram encontrados entre: ausência de restauração e presença de núcleo;
obturação aquém do ápice e retro-obturação; ausência de núcleo e presença
de preparo de espaço para núcleo; idade ³31 anos e retro-obturação; ausência
de selamento coronário e obturação radicular de qualidade; obturação além
do ápice e reabsorção radicular; sexo e obturação aquém do ápice. As variáveis
que apresentaram maior freqüência foram: obturação aquém do ápice (84,2%),
idade ³31 anos (81,6%) e ausência de selamento coronário (76,3%). Pode-se
concluir que há relevância entre os fatores estudados e o sucesso do
tratamento endodôntico com consequente preservação do elemento dentário.
(Apoio
CAPES/FAPESP 96/05584-3).
B041
Análise do
Sistema Quantec usando diferentes velocidades para a desobturação.
L. V. BETTI*,
C. M. BRAMANTE
Departamento
de Endodontia, Faculdade de Odontologia de Bauru-USP (014) 235-8262
O uso do
sistema Quantec na desobturação não têm sido estudado, dessa forma não se
sabe qual a melhor velocidade que deve ser utilizada para este fim. Assim, este
trabalho têm como objetivo verificar a desobturação realizada pelo Sistema
Quantec em diferentes velocidades. Foram selecionados 30 incisivos centrais com
um único canal que foi instrumentado e obturado. Estes dentes foram divididos
aleatoriamente em 3 grupos de 10 elementos cada. A desobturação foi realizada
com instrumentos rotatórios Quantec usando contra-ângulo de redução 16:1 e
motor elétrico. Em cada grupo foi utilizada uma velocidade: 1- 340 rpm, 2- 700
rpm, 3- 1500 rpm. Foram avaliados: o tempo para alcançar o comprimento de
trabalho, o tempo para a remoção do material obturador , o tempo total e a
extrusão. Após a desobturação os dentes foram radiografados e seccionados
longitudinalmente para avaliação qualitativa da limpeza dos canais. As
hemi-secções dentais foram digitalizadas usando um scanner e os resíduos de
material obturador foram quantificados por um programa específico. A desobturação
foi mais rápida usando a velocidade de 1500 rpm. Quanto à limpeza das paredes,
houve diferença significante apenas na análise radiográfica do terço médio,
onde o grupo 1 apresentou maior quantidade de resíduos que os demais. Houve
maior número de instrumentos fraturados no grupo 1, seguido pelo 2 e 3.. Assim
quanto à limpeza e extrusão os grupos se comportaram de maneira semelhante,
entretanto o uso da velocidade de 1500 rpm consumiu menor tempo, além do menor
índice de fratura de instrumentos. Então, os instrumentos Quantec podem ser
usados na velocidade de 1500 rpm para a desobturação de canais retos.
Apoio
financeiro FAPESP
processo 97/01486-0
B042
Estudo
histomorfológico de dentes decíduos de cães, após biopulpectomia obturação
dos canais radiculares.
R. S., NERY,
P. F.E. BERNABÉ
Dep.
Odontologia Infantil e Social - F.O. Araçatuba / UNESP - (018) 620-3235 -
danda@foa.unesp.br
A terapia dos
canais radiculares de dentes decíduos representa um desafio aos investigadores
nos campos da Odontopediatria e Endodontia. Dentre as dificuldades encontradas
para a realização de tratamento endodôntico em crianças, salienta-se a seleção
dos produtos a serem empregados na obturação dos canais radiculares. Assim,
propusemo-nos a verificar a resposta biológica a alguns materiais
obturadores de canais radicilares, bem como sua possível interferência ou não
no processo de rizólise fisiológica da dentição decídua. Realizamos, em uma
única sessão, a biopulpectomia de 30 dentes decíduos de cinco cães e a
obturação dos canais radiculares empregando 3 diferentes materiais, a saber: o
cimento Sealapex, à base de hidróxido de cálcio, uma pasta composta pelo hidróxido
de cálcio p.a. associado ao
propilenoglicol e a pasta Guedes-Pinto. Os outros 30 dentes homólogos do lado
oposto não receberam tratamento servindo como controle. Decorridos 30 dias pós-operatório,
os cães foram sacrificados e as peças obtidas processadas para análise histológica.
Essa análise revelou que os eventos histopatológicos ocorridos, no geral,
foram similares entre si, embora, nos espécimes obturados com a pasta
Guedes-Pinto não foi constatado
nenhum caso de selamento biológico
ao nível do forame apical. Apesar de ser um cimento obturador que endurece, o
Sealapex, nas condições estudadas, não interferiu na rizólise, tendo sido
absorvido juntamente com a raiz. Nessa análise, foi notado que as raízes
tratadas foram reabsorvidas um pouco mais rapidamente do que
aquelas que não receberam tratamento.
B043
Comparação
entre as limas Flex-R e Pow-R
no preparo de canais simulados.
L.
ZUCCO*, A. MANFRO JR, P.
DUMMER.
Programa de Pós-Graduação
Endodontia-ULBRA-RS e University of Wales College
of Medicine - F: (051) -4774000
Este estudo
comparou os preparos produzidos com as limas de aço inoxidável FLEX-R
(manuais) com os das limas de
niquel-titânio POW-R (acionadas a motor). Foram preparados 80 canais simulados
com ângulo e posição de curva variados, empregando-se a técnica escalonada,
sendo 40 canais com as limas FLEX-R e 40 com as limas POW-R. Durante a
fase de preparo, eram registradas as deformações ou fraturas
dos instrumentos. Imagens dos blocos de acrílico com os canais simulados
foram tomadas antes e depois dos preparos.
Com a utilização de sistema computadorizado (Seescan,Cambridge,UK) foi
feita a comparação por superposição das imagens, para aferição da
quantidade de resina removida e a verificação da direção do transporte do
canal. As imagens obtidas após o preparo dos canais foram também observadas
com lupa milimétrica, sendo verificadas alterações produzidas durante o
preparo, como a formação de “zip”apical, degrau e desgaste na zona de
perigo. Os resultados demonstraram que as limas de aço inoxidável deformaram
mais e não houve diferença entre as limas, quando verificada a fratura das
mesmas. As limas de niquel-titânio, removeram menor quantidade de resina e
causaram menos transporte do canal.
As limas Pow-R produziram preparos
com menor formação de“zip”apical, degrau e desgaste na zona de perigo.
De um modo geral, as limas POW-R deformaram menos e produziram preparos mais
centrados, mantendo de forma harmoniosa
a curvatura do canal.
Apoio
Financeiro: convênio ULBRA e University of Wales College
of Medicine.
B044
Concentração
inibitória mínima (CIM) da solução de clorexidina a 2,0% recém-preparada e
armazenada.
A.S.
MEDEIROS*, K.C. BONIFÁCIO, M.R. LEONARDO, M. TANOMARU FILHO, P. NELSON FILHO,
L.A.B. DA SILVA, I.Y. ITO.
FOAr –
UNESP; FORP-USP - (016) 632-3964
Foi
demonstrada a atividade antimicrobiana e efeito residual, in vivo, da solução de gluconato de clorexidina (CHX) a 2,0%,
quando empregada como solução irrigadora de canais radiculares infectados
(Leonardo et al. J Endod 25: 167-171, 1999). O objetivo deste trabalho foi
determinar a Concentração Inibitória Mínima (CIM) da solução de gluconato
de clorexidina a 2,0% recém-preparada, e solução armazenada por período de
um ano à temperatura ambiente. As cepas utilizadas como indicadoras foram cepas
padrão ATCC: M luteus (ATCC 9341), S
aureus (ATCC 25923), E coli (ATCC
25922), C albicans (ATCC 1023), E
faecalis (ATCC 10541) e P aeruginosa
(ATCC 27893). As soluções de CHX 2,0%, foram submetidas a diluições duplas
em água destilada de 60mg/mL no primeiro tubo (tubo 1), até tubo 10. Os meios
de cultura Muller Hinton Medium-MHa ou Brain Heart Infusion Agar-BHIa
homogeneizados à temperatura de 50°C, foram adicionados aos tubos e vazados em
placas esterilizadas. Após solidificação, inóculo de 24 horas em MH ou BHI
foram semeados com multiplicador de Steers (106
por spot). Foi considerada CIM a maior diluição que inibiu o
desenvolvimento microbiano. Os menores valores da CIM da solução de CHX
recente e armazenada, foram 0,9375 e 1,875 mg/mL, respectivamente, frente ao M
luteus, S aureus e E coli, e a maior frente as cepas C albicans e P aeruginosa, de 15 e 7,5 mg/mL, respectivamente.
Frente a cepa E faecalis, a CIM foi
1,875 mg/mL para a solução de CHX recente, e 3,75 mg/mL para a solução
armazenada. As Concentrações Inibitórias Mínimas foram menores para a solução
recém preparada. Em conclusão, as soluções de clorexidina devem ser
preparadas em alíquotas à medida da necessidade.
B045
Efeito da redução
da tensão superficial do NaClO sobre a permeabilidade dentinária.
D.M.Z.
GUERISOLI*, M.A. MARCHESAN, J.D. PÉCORA
Dep. de
Odontologia Restauradora, Fac. de Odontologia de Ribeirão Preto - USP- (016)
636-9731
A alta tensão
superficial das soluções de hipoclorito de sódio, próxima à da água,
impede um contato íntimo deste líquido com a dentina. O presente trabalho propõe-se
a avaliar o efeito sobre a permeabilidade dentinária da redução da tensão
superficial das soluções de hipoclorito de sódio, em diferentes concentrações,
quando associadas a 0,1% de tensoativo aniônico (lauril dietilenoglicol éter
sulfato de sódio). Nove grupos experimentais, cada um deles composto por cinco
caninos superiores humanos, foram submetidos à instrumentação com diferentes
soluções irrigantes, contendo ou não tensoativo. Em seguida, foram submetidos
à análise morfométrica. Os resultados mostram que todas as soluções de
hipoclorito de sódio estudadas foram mais efetivas do que a água em promover o
aumento da permeabilidade dentinária. Também observa-se que as soluções de
hipoclorito de sódio associadas ao tensoativo promovem um maior aumento da
permeabilidade dentinária do que as soluções puras. No que concerne aos terços
das raízes, a porção apical mostrou-se como a menos permeável. As soluções
de hipoclorito de sódio nas concentrações de 0,5%; 1,0%; 2,5% e 5,0%
associadas com tensoativo aniônico são mais efetivas em promover aumento da
permeabilidade dentinária do que as soluções de hipoclorito de sódio puras
ou água.
Apoio
financeiro: CNPq (processo n. 520168/94-1)
B046
Relação
entre temperatura e tempo de resposta sensorial ao teste de vitalidade pulpar.
C. L. CALDEIRA
*, C.E. AUN, G. GAVINI
Disciplina de
Endodontia– Faculdade de
Odontologia da USP - (011) 818-7839
Este estudo
investigou in vivo a capacidade de
transmissão do estímulo frio até a parede vestibular interna, inquirindo
sobre a relação existente entre o tempo de resposta obtido ao teste de
vitalidade pulpar com gás refrigerante tetrafluoroetano e a diminuição da
temperatura promovida na dentina. Foram utilizados 60 dentes anteriores
superiores que seriam submetidos ao tratamento endodôntico, de três faixas etárias:
10 a 20, 21 a 50 e acima de 51 anos. A pesquisa compreendeu várias etapas:
tempo da resposta ao teste de sensibilidade com tetrafluoroetano, mensuração
da espessura do esmalte até a parede vestibular interna, medição da
temperatura interna antes e após a aplicação do gás refrigerante e, tempo até
que se inicia a troca de temperatura nesta área.. Os resultados, submetidos à
análise estatística, refletem a importância da faixa etária e da espessura
medida, em dificultar a transmissão do frio para a face interna dentinária,
influenciando na diminuição da temperatura e no tempo de troca até que ela se
manifeste na parede vestibular, ocorrendo com maior significância na faixa etária
mais avançada; observou-se ainda que, o tempo de resposta inicial ao teste dado
pelo paciente, foi sempre menor àquele obtido até que ocorra a troca da
temperatura na parede vestibular da câmara pulpar.
B047
Avaliação
“in vitro” da infiltração marginal de diferentes materiais
retrobturadores.
J.R.M.YUNES*,
I.C. FRÖNER
Departamento
de Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto-USP,
F (016) 602-4055, Fax – 633-0999
O objetivo
deste trabalho foi avaliar comparativamente “in vitro” a infiltração
marginal utilizando o azul de
metileno a 0,5% em retrobturação com : amálgama (grupo I); cimento de
N-Rickert e cones de guta-percha (grupo II); cianoacrilato de etila e cones de
guta-percha (grupo III) e polímero derivado do óleo de mamona (grupo IV). Os
dentes utilizados estavam estocados em formol a 10% no Laboratório de
Endodontia. Foram utilizados 64 caninos superiores humanos, que após a obturação
dos canais radiculars são apicectomizados a 1mm do ápice radicular. Preparadas
as cavidades apicais utilizando de pontas ativadas pelo ultra-som, com
profundidade de 3mm. Foram divididos em 4 grupos de 15 dentes, de acordo com o
material retrobturador a ser avaliado e 4 dentes para o grupo controle positivo
e negativo. Após a retrobturação os dentes foram impermeabilizados
externamente e imersos em azul de metileno a 0,5% á vácuo por 5 minutos e
mantidos no corante por 24 horas com temperatura e umidade controlada. As
leituras foram realizadas por dois examinadores utilizando de um perfilômetro.
Os resultados mostraram que o cimento de N-Rickert com cones de guta-percha
apresentou a maior infiltração marginal (media de 2.03mm) seguido do amálgama
(media de 1.38mm). O polímero de mamona (media de 0,10mm) e o cianoacrilato de
etila com cones de guta-percha (media de 0.08mm) apresentaram as menores
infiltrações.Foi observado diferença estatísticamente significante entre a
infiltração marginal dos grupos I e II com os grupos III e IV. Concluimos
que o polímero derivado do óleo de mamona e o cianoacrilato de etila, em relação
a infiltração marginal, podem ser utilizados como materiais retrobturadores em
substituição ao amálgama e cimento de N-Rickert.
B048
Determinação
da transmissão de calor em obturações termoplastificadas, valendo-se do
sistema de elemento finito - Nova metodologia.
S.C.C.
CAMARGO*, L. HAMAOKA, A. D. SOUZA, J.S. BOCANGEL, C.E. AUN
Departamento
de Endodontia - Universidade de São Paulo - (011) 818-7867
A manobra de
obturação dos canais radiculares tem recebido especial atenção, já que
aproximadamente 60% das falhas em tratamentos endodônticos, podem ser atribuídos
a este procedimento. Assim este nos parece ser um campo vasto para avaliação
dos novos materiais e técnicas recentemente introduzidos no mercado com ênfase
aos sistemas termoplastificados. Vários métodos tem sido propostos para a
avaliação da qualidade da obturação, infiltração e viabilidade dos
sistemas, mas poucos estudos relatam os efeitos das altas temperaturas
utilizadas, sendo que os métodos convencionais exigem um elevado número de espécimes,
normalmente selecionados a partir de bancos de dentes humanos, os quais estão
cada vez mais escassos. O objetivo do presente trabalho foi desenvolver um
projeto para analisar a difusão de temperatura e stress por aquecimento através
da dentina até o periodonto, valendo-se do Sistema de Elemento Finito.
Simulou-se a obturação de canais valendo-se do equipamento System B
(Analytic), com o máximo valor de temperatura, desprendido pelo aparelho. Concluiu-se
que esta é uma metodologia viável,
para a determinação do transporte de calor através das estrutura dentinária
e periodonto , mas avaliações comparativas aos métodos convencionais devem
ser feitas para análise da real viabilidade desta técnica.
B049
Avaliação do
comportamento do peróxido de carbamida associado ao DMBA na mucosa de ratos.
A.F.
MONNERAT*, R.A.S. FIDEL, I.C. RIBEIRO, S.R. FIDEL, M.I. SENNE
Faculdade de
Odontologia UERJ e Doutorado em Odontologia
UFRJ, Rio de Janeiro, RJ - (021) 542-2113
O clareamento
dental caseiro, tornou-se um grande aliado da odontologia moderna, cujo emprego
é simples e o resultado satisfatório. O presente trabalho teve como objetivo
avaliar o comportamento do peróxido de carbamida associado ao (DMBA) Ácido
Dimetil Benzatraceno, quando da aplicação tópica na mucosa de ratos. Foram
utilizados 16 ratos (Rattus norvegicus) pesando 200 gramas e divididos
aleatoriamente em quatro grupos, recebendo as substâncias: A (acetona), B (peróxido
de carbamida a 10%), C (DMBA a 25%) e D (peróxido de carbamida a 10% e DMBA a
0,25%). As substâncias foram pinceladas em dias alternados num período de 30
dias, a região de escolha foi a mucosa labial inferior direita, ficando a
esquerda como controle. A avaliação feita através de microscopia óptica,
revelou os seguintes resultados: grupos A e B não apresentaram qualquer alteração
no tecido epitelial; Grupo C presença de displasia epitelial moderada e grupo
D, displasia epitelial acentuada em todos os espécimes. Os autores concluíram
que o agente clareador (peróxido de carbamida), atuando sinergicamente com o
(DMBA), aumenta significativamente o seu potencial carcinogênico.
B050
Reabsorção
radicular em dentes com canal obturado e movidos ortodonticamente.
M. T.
GOLDNER, J. CAPELLI.
Faculdade de
Odontologia - UERJ. Fone/Fax (021) 208-7152.
O objetivo
deste estudo foi avaliar através de imagens radiográficas, se o dente tratado
endodonticamente, bem como seus correspondentes vitais sofrem ou não reabsorção
radicular quando submetidos à movimentação ortodôntica. A amostra foi
composta de 15 pacientes que possibilitaram este tipo de comparação,
selecionados entre os 1752 pacientes da Clínica de Ortodontia da U.F.R.J. Foram
utilizadas as radiografias periapicais iniciais e finais daqueles que
apresentavam um incisivo com tratamento de canal prévio à terapia ortodôntica
e um incisivo correspondente com vitalidade.Inicialmente foram medidas as coroas
para eliminar o efeito de distorsão radiográfica e em seguida medido o dente
todo. O percentual de reabsorção para cada grupo foi calculado pelo método
das proporções. Foram obtidos os seguintes resultados para a diferença dos
percentuais de reabsorção; 2.4, 0, 2.8, 0.4, 4.6, 8, 5.7, 3.5, 2.7,2.3, 0.2,
2.6, 2, 2.2, 15. Aplicando-se o teste de Wilcoxon encontramos (p > 0.05). Verificou-se
que um maior número de dentes com terapia endodôntica reabsorveram menos do
que os seus correspondentes vitais entretanto estatisticamente esta diferença não
é significativa.
B051
Avaliação
antimicrobiana “in vitro” de medicações intracanal.
P. H. P.
FERRARI*, S. CAI, A. C. BOMBANA
Depto de
Microbiologia ICB USP/Endodontia, FOUSP - (011) 4994-9848
O presente
estudo teve por objetivo avaliar o potencial antimicrobiano de diferentes pastas
usadas como medicação intracanal nos casos de dentes portadores de polpa necrótica
e lesão perirradicular que mostram-se resistentes à terapia endodôntica
convencional. O teste de sensibilidade foi realizado frente a isolado clínico
de Enterococcus faecalis. Para a
avaliação foram empregados os métodos de difusão em ágar e diluição em
tubos. Placas contendo ágar Mueller-Hinton foram semeadas em superfície, na
concentração de 1,2x108
ufc e, em seguida, foram confeccionados poços, posteriormente preenchidos com
as pastas. As medicações testadas foram hidróxido de cálcio P.A.,
ciprofloxacina, metronidazol e CFC (ciprofloxacina, metronidazol e hidróxido de
cálcio). As placas foram incubadas a 37oC por 24 horas. Para o teste de diluição em tubos, as
drogas foram diluídas em TSB em diferentes concentrações. Os tubos continham
3x10 8ufc/mL e foram mantidos sob agitação, durante 24
horas, a 37oC. Posteriormente, alíquotas de cada tubo foram
transferidas para novos tubos contendo TSB e incubados por mais 24 horas a 37oC.
Decorrido este período, os tubos foram analisados quanto à sua turvação e
esfregaços foram realizados para confirmação dos resultados. A espécie
bacteriana testada apresentou sensibilidade à ciprofloxacina, ao CFC e ao
metronidazol nos testes de difusão em ágar. No entanto, no método de diluição
em tubos, somente a ciprofloxacina e o CFC foram bactericidas, nas concentrações
utilizadas. O microrganismo foi resistente ao metronidazol nas concentrações
de 4, 2, 1 e 0,5mg/mL.O hidróxido de cálcio permitiu o crescimento da bactéria
testada nos dois métodos empregados. Os autores podem concluir que o Enterococcus
faecalis é sensível à ciprofloxacina e, consequentemente, ao CFC.
B052
Técnicas de
termoplastificação da guta-percha em reabsorções internas simuladas.
M.V. BEVILÁQUA*,
L. R. NEUVALD, C. M. BRAMANTE.
Departamento
de Dentística da Faculdade de Odontologia de Bauru-USP - (014) 234-4947
As reabsorções
dentinárias internas, com suas diferentes localizações e extensão no canal
radicular, dificultam a adequada obturação do
complexo sistema de canais radiculares, exigindo do endodontista o
emprego de técnicas de obturação que propiciem
melhores condições de ocupação e adaptação do material obturador às
paredes do processo reabsortivo.
Foram avaliadas duas técnicas de termoplastificação da guta-percha: Híbrida
e Thermafil, em 20 blocos de resina
acrílica ortoftálica simulando canais radiculares com reabsorções internas,
sendo 10 blocos com cavidades no terço médio e 10 no terço apical, com 5
amostras para cada técnica selecionada. O cimento empregado foi o Endomethasone
para as duas técnicas. Foram realizadas tomadas radiográficas de todas as
amostras, no sentido frontal e lateral dos blocos de resina e as imagens foram
scaneadas e transferidas para um programa de medida de área, SigmaScan,
possibilitando a verificação do grau de preenchimento das cavidades pré-confeccionadas
. Os dados obtidos foram sumetidos à análise estatística pelo ANOVA a 2 critérios
para comparação global e o teste de Tukey-Kramer para os confrontos dois a
dois. Pôde-se concluir que a técnica
Híbrida apresentou melhores resultados na obturação das cavidades simuladas
, se diferenciando estatisticamente do Thermafil, para p<0,05. As
reabsorções localizadas no terço apical foram mais difíceis de serem
preenchidas com material obturador em relação àquelas localizadas no terço médio,
independente da técnica empregada.
WELLER, R. et
al. J.Endod., 23:703-6, 1997.
ZMENER, O. ,
CAMPUSANO, A . Rev.
Asoc. Odontol. Argent. , 86:26-9, 1998.
B053
Variações na
suscetibilidade de alguns microrganimos aos medicamentos intracanais.
B.P.F.A. GOMES1*,
C.C.FERRAZ1,
K.C.CARVALHO1,
F.J.SOUZA-FILHO1,
P.L.ROSALEN2 1
Endodontia & 2Ciências Fisiológicas,
Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP - (019) 43Um medicamento
intracanal com propriedades antimicrobianas é utilizado para eliminar
microrganismos residuais do sistema de canais radiculares que não foram
removidos durante o preparo químico-mecânico. Entretanto a eficácia deste
medicamento depende da vulnerabilidade das espécies envolvidas, que poderá não
ser uniforme. O objetivo deste estudo foi investigar in vitro a suscetibilidade de microrganismos aeróbios, facultativos
e anaeróbios aos medicamentos intracanais. Três microrganismos aeróbios (C.
albicans-NTCC3736, S. aureus-ATCC25923, B. subtilis-B16), 5
facultativos (A. naeslundii–M104; E.
faecalis-ATCC29212; S. sobrinus
6715; S. sanguis-ATCC10556; S.
mutans–OMZ175) e 4 anaeróbios estritos (P.
gingivalis; P. endodontalis, P.
intermedia e P. denticola, isolados
clinicamente dos canais radiculares) foram submetidos aos seguintes medicamentos
intracanais: a) Ca(OH)2 (associado
com água destilada, glicerina-GLI, propilenoglicol, paramonoclorofenol
canforado-PMCF, PMCF + GLI); b) gluconato de clorexidina a 0.2%, 1% e 2%, tanto
líquido como gel; c) PMCF; d) PMCF + GLI, e sua suscetibilidade avaliada pelo método
de difusão em meio sólido. Todos os medicamentos foram inibitórios por
contato direto (ANOVA, p<0.05). A suscetibilidade de cada microrganismo aos
medicamentos foi diversa. Baseado na média dos diâmetros das zonas de inibição
microbiana encontrou-se que o E. faecalis
foi o microrganismo mais resistente, enquanto que P.
gingivalis, seguido de P.intermedia,
as bactérias mais sensíveis a todos os medicamentos testados. Concluiu-se
que as variações na suscetibilidade dos microrganismos enfatizam a necessidade
de um medicamento intra-canal de amplo espectro para complementar a descontaminação
dos canais radiculares.
Apoio FAPESP 96/ 05584-3 / FAEP 1021/97)
0-5215
B054
Avaliação
“in vitro” da infiltração apical após preparos para pinos
intra-radiculares.
H. ANDRADE
FILHO, T. C. BERLINCK*, K. DIAS, J. MACIEL, S. M. CARVALHO.
Doutorado
U.F.R.J. – Faculdade de Odontologia U.E.R.J. - (021) 274-5827
O presente
trabalho teve por objetivo verificar “in vitro” o selamento apical do
remanescente de guta-percha da obturação de canais radiculares, após preparo
para pino. Foram selecionados 40 caninos superiores recém-extraídos, que
receberam tratamento endodôntico padronizado e preparo do conduto radicular,
deixando-se um remanescente de 5mm de guta-percha apical, com a utilização de
4 técnicas distintas: Grupo I – brocas de Gates-Glidden e de Largo ; Grupo
II- instrumento aquecido + brocas de Gates-Glidden e de Largo; Grupo III –
limas com agente emoliente + brocas de Gates-Glidden e de Largo; Grupo IV –
remoção imediata da guta percha. Com exceção do Grupo IV, os preparos foram
realizados 30 dias após a obturação dos condutos radiculares. Depois de
preparados, a porção coronária dos dentes foi selada e os mesmos foram
mantidos em soro fisiológico a 37°C por 7 dias, após os quais foram secos,
tiveram suas superfícies radiculares impermeabilizadas com duas camadas de
esmalte de unha até 2mm aquém da região apical, foram imersos em solução de
nitrato de prata a 50% por 24 horas, revelados e clivados. A microinfiltração
foi examinada por dois avaliadores calibrados utilizando-se um escore de 0 a 4.
Os postos médios das obturações foram : Gr I 41,83; Gr II 44,65; Gr III
37,72; Gr IV 42,80. Os resultados foram estatisticamente tratados por ANOVA,
Teste de Mann Whitney , e Teste de Kruskal Wallis, com p£0.05. Concluiu-se
que em uma avaliação global não houve diferença estatística significante
entre as técnicas avaliadas mas, numa avaliação entre os grupos, o Grupo III
apresentou menor infiltração apical.
B055
Reparo radiográfico
de lesões periapicais em dentes de cães.
GRECCA*, M. R.
LEONARDO, L. A. B. SILVA, M. TANOMARU FILHO, M. A. G. BORGES.
FO
Araraquara-UNESP, fax: (016) 2321438, tanomaru@foar.unesp.br
Este estudo
foi realizado com o objetivo de avaliar o reparo radiográfico de dentes de cães
com lesão periapical induzida após tratamento endodôntico. Noventa e seis
canais radiculares de pré-molares de seis cães foram tratados endodonticamente
empregando-se limas tipo K e hipoclorito de sódio a 5,25% como solução
irrigadora. Após a instrumentação, todos os canais radiculares foram
preenchidos com um curativo de demora antibacteriano à base de hidróxido de cálcio
(Calen PMCC ou Calasept) mantido no canal radicular por 30 dias. Após este período,
os canais radiculares foram obturados com cones de guta-percha e um cimento
endodôntico (Sealapex ou AH Plus), de acordo com os grupos: I) Calen PMCC +
Sealapex; II) Calasept + Sealapex; III) Calen PMCC + AH Plus; IV) Calasept + AH
Plus. Radiografias periapicais dos dentes em estudo foram realizadas após a
obturação dos canais radiculares e nos períodos
de 90, 180, 270 e 360 dias. As imagens radiográficas foram digitalizadas
por meio de scanner. O programa Mocha foi empregado para mensuração das lesões
periapicais. A análise estatística radiográfica demonstrou os piores
resultados para o grupo IV (Calasept + AH Plus). Todos os grupos
experimentais mostraram regressão radiográfica das lesões periapicais com o
decorrer do tempo. Os melhores resultados de reparo radiográfico foram
observados nos períodos de 270 e 360 dias para o grupo I.
B056
Análise
epidemiológica dos tratamentos endodônticos realizados na FOP-UNICAMP.
C.R.GADÊ-NETO*,
E.L.R.SOUSA, E.T.PINHEIRO, B.P.F.A.GOMES, F.J.SOUZA-FILHO.
Endodontia.
Faculdade de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP - (019) 430-5215
O levantamento
epidemiológico é de fundamental importância para o conhecimento da distribuição
de doenças dentro da sociedade e constitui um complemento necessário para
compreensão de fatores etiológicos, sintomatológicos, tratamentos e prognósticos.
O objetivo deste estudo foi investigar as informações obtidas em relação ao
tratamento endodôntico numa clínica universitária. Os tratamentos endodônticos
foram realizados por alunos do último ano da Faculdade de Odontologia de
Piracicaba-UNICAMP, no segundo semestre do ano letivo de 1998. Foram analisadas
305 fichas clínicas e radiografias, utilizando o programa “SPSS for Windowsä”
para a obtenção da análise estatística dos dados. Houve uma predominância
de pacientes do sexo feminino (59,3%), com idade entre 26-49 anos (53,8%). Os
molares inferiores foram os dentes mais acometidos (18,1%), sendo o principal
fator etiológico a cárie (40,3%). A dor foi a maior razão (46,9%) da procura
do tratamento endodôntico, originária do processo de inflamação pulpar e
infecção perirradicular. Lesão radiolúcida apical foi observada em 34.1% dos
dentes, sendo estatisticamente associada com dor prévia ao tratamento, dor
entre sessões e dentes já tratados endodonticamente (Fisher’s test;
p<0.05). Conclui-se que a correta interpretação dos dados epidemiológicos
pode ser utilizada para o aperfeiçoamento da prática endodôntica.
Apoio FAPESP
96/05584-3
B057
Análise
In Vitro do Selamento Apical de Três Cimentos Endodônticos.
K.S. ZACCUR;
R.A.S. FIDEL; S.R. FIDEL; L.M. SASSONE*
Dep.Proclin,
FO-UERJ, Rio de Janeiro, R.J., Brasil, tel: (021) 587-6455
O objetivo do
presente trabalho foi avaliar in vitro
a capacidade de selamento apical de três diferentes cimentos obturadores. Para
tal, foram selecionados 30 incisivos centrais superiores, unrradiculares e recém-extraídos.
Em seguida, os dentes receberam acesso coronário e estabeleceu-se o comprimento
de trabalho a 1,0 mm aquém do forame apical. Os dentes foram instrumentados
pela técnica Crown-Down, com brocas GG de # 2 a 4 e limas K a partir do diâmetro
anatômico até a de # 60. A solução irrigadora utilizada foi o hipoclorito de
sódio a 5,25%. Os dentes foram divididos em 3 grupos com 10 dentes cada, de
acordo com o cimento obturador utilizado: G1- Cimento Fill-Canal, G2- Cimento
Vidrion Endo e G3- Cimento AH Plus.
Em todos os casos a técnica utilizada foi a da condensação lateral da
guta-percha. Os dentes foram corados com solução de Rodhamina B a 0,5%,
clivados e analisados com a ajuda de lupa estereoscópica verificando-se o grau
de infiltração dos dentes. Os resultados foram obtidos através de 4
diferentes escores atribuídos por três examinadores calibrados. De posse
desses resultados, partiu-se então, para a análise estatística e, para tal,
utilizou-se os testes de Kruskal-Wallis (H=5,998; p>0,05) que não demonstrou
diferença estatística entre os 3 grupos. Nas condições experimentais em que
a presente pesquisa foi conduzida, conclui-se que nenhum dos materiais
empregados apresentou selamento hermético.
B058
Avaliação
comportamental dos acadêmicos, diante dos pacientes na clínica de Endodontia
P. SCELZA, J.
L. LAGE-MARQUES, I. BIANCONCINI*, M. F. Z. SCELZA
Endodontia
OCEx/FO-USP/FOB/UFF scelza@rio.nutecnet.com.br
Durante o período
de formação, os acadêmicos de Odontologia são avaliados em suas diversas
disciplinas através de métodos específicos como provas, trabalhos de laboratório,
seminários e etc. Um fator não observado, é a interação acadêmico/paciente.
A forma de abordar e ver seu paciente, o comportamento do acadêmico durante o
atendimento, a preocupação em explicar de forma clara o tratamento a ser
realizado e a forma de administrar a sua própria ansiedade e a do paciente, são
condicionantes de grande valia para a formação profissional. O objetivo deste
trabalho foi avaliar o comportamento dos acadêmicos que, após a etapa
laboratorial, vêem-se diante de seus pacientes na Clínica de Endodontia. Para
tanto, foram formuladas 10 perguntas em forma de questionário e apresentadas a
200 acadêmicos de 5 Instituições de Ensino. O grupo escolhido de forma aleatória,
foi composto por 73 homens e 127 mulheres. Duas mil respostas foram avaliadas e
posteriormente analisadas através do teste estatístico X2 com
significância de 1%. Concluiu-se que existe um consenso quanto a preocupação
dos acadêmicos em manter um relacionamento humano e profissional com os
pacientes, buscando transmitir confiança e competência.
B059
Influência do
desgaste compensatório no preparo de canais curvos e atrésicos.
R. S.
PEREIRA*; A. ROLDI; S.R. FIDEL; J.E. VENTORIN; J.B.G. INTRA
UFES -
FO-UERJ/RJ - Brasil, Tel. (027) 2250839
Efetuou-se um
estudo em trinta e dois molares inferiores humanos extraídos para avaliar a
influência do desgaste compensatório dos canais radiculares. Os dentes foram
incluídos em blocos de resina acrílica e radiografados com lima K 08 no canal
mésio-vestibular. As radiografias foram projetadas sobre papel, com aumento de
10 vezes, onde foram registrados o contorno externo do dente, canal radicular e
lima, determinando-se o grau e o nível de curvatura pelo método de Schneider
modificado que serviu de base para a distribuição equitativa dos dentes em
dois grupos. No grupo I foi efetuado desgaste compensatório com broca de Batt,
instrumentação anticurvatura até lima K 25, uso de GG # 2 nos 2/3 coronários
e escalonamento até lima K 45. No grupo II usou-se a mesma técnica de
instrumentação, com exceção do desgaste compensatório (brocas de Batt e
GG). Os dentes foram radiografados novamente, com a lima K 25 e respectivamente
sobreprojetados. Posteriormente repetiu-se o mesmo processo após
instrumentação com lima 30 para os dois grupos. Assim, determinou-se a formação
de zip apical pelo método proposto por Cimis entre a lima inicial, lima K 25 e
lima K 30 para cada dente. Os resultados demonstraram que no grupo I, 37,5% não
apresentaram desvio apical, ao passo que no grupo II, somente 6,2%, evidenciando
diferença estatisticamente significante entre os grupos ( t-test p<0,05). Possibilitando
concluir que o desgaste compensatório é uma importante etapa no preparo dos
canais radiculares.
B060
Análise “in
vitro” da citotoxicidade de pastas de hidróxido de cálcio.
D. A. SALIM*,
E. M. SANTOS, A. C. GUEDES-PINTO, M. M. M. JAEGER, R.P.D. DANIEL
Departamento
de Odontopediatria e Patologia, FO-USP Fone: 011 8187902
Pastas a base
de hidróxido de cálcio são rotineiramente utilizadas em terapia endodôntica.
Essas pastas são compostas por diversas substâncias além do hidróxido de cálcio.
Nosso objetivo foi avaliar a citotoxicidade “in vitro” de quatro pastas a
base de hidróxido de cálcio, a saber Holland, Callen, Callen
com PMCC e Pasta CFC. Os materiais foram colocados em lamínulas de vidro, que
foram depositadas sobre células em cultura. Foram utilizados fibroblastos
NIH-3T3, plaqueados em 1X104
células por placa de Petri. Nas culturas controle as lamínulas de vidro foram
adicionadas sem substância. Nos experimentos de longo prazo, sobrevivência
celular, os períodos experimentais foram 1, 3, 5 e 7 dias. Nesses períodos
efetuamos a contagem celular, em triplicata para cada substância testada, pelo
método de exclusão de células coradas pelo azul de Trypan, que forneceram
dados para curvas de crescimento e de viabilidade celular. Nesses experimentos,
observou-se que os grupos experimentais nos quais utilizou-se pasta Callen e
pasta Callen com PMCC, a porcentagem de viabilidade celular manteve-se entre 80
a 100% durante todo o experimento. Os grupos experimentais que utilizaram pasta
Holland e pasta CFC, apresentaram decréscimo na porcentagem de viabilidade
celular a partir do 3º e do 1º dia
de experimento, respectivamente. Todas as substâncias testadas impediram o
crescimento celular, porém destas substâncias,
a Pasta Callen apresentou maior número de células viáveis durante todo
o experimento. Nossos resultados suportam a conclusão que a Pasta Callen foi
significativamente menos citotóxica “in vitro” em cultura de fibroblastos
do que as outras substâncias testadas.
B061
Avaliação
comparativa da eficiência de corte das limas de níquel-titânio e de aço
inoxidável.
E. M. MAIA
FILHO*, I. BONETTI FILHO, M. TANOMARU FILHO, K.C. BONIFÁCIO
FOAr.-UNESP
(016) 232-1233 R:177
O objetivo
deste estudo foi comparar, in vitro, a
eficiência de corte das limas tipo K fabricadas de níquel-titânio e aço
inoxidável. Foram utilizadas as limas Nitiflex (níquel-titânio), Flexofile e
K-File (aço inoxidável), todas da marca Maillefer (Ballaigues, Suíça). Dez
instrumentos de cada uma dessas limas, nos números 15 a 40 foram testadas,
totalizando 180 limas. A eficiência de corte foi avaliada empregando 300
movimentos lineares sobre corpos-de-prova de resina, sob freqüente irrigação.
A avaliação da eficiência de corte baseou-se na diferença entre a pesagem
inicial e a final dos corpos-de-prova. Concluiu-se que: a eficiência de
corte das limas Flexofile (aço inoxidável) e Nitiflex (níquel-titânio) nos números
15 a 35 foram significativamente maior que as limas Tipo K (aço inoxidável)
nos mesmos números; as limas Flexofile, nos números 15 a 40, apresentaram uma
leve superioridade em relação as limas Nitiflex, mas sem diferença estatística
significante; a lima Flexofile número 40 apresentou ligeiro aumento da sua
eficiência de corte, sem diferença estatística significante.
B062
Atividade
antimicrobiana “in vitro” de cones de guta-percha e de pastas endodônticas.
J.C.
YAMASHITA*, J.M.P. CAMARGO, K.C. BONIFÁCIO, M. TANOMARU FILHO, L.A.B. DA SILVA,
I.Y. ITO.
FOAr –
UNESP; FORP-USP - (014) 224-3107
B063
Estudo radiográfico
do limite de trabalho em dentes anteriores superiores.
H. WOLFF*;
L.K. SZMAJSER; R.A S. FIDEL; S.R. FIDEL;
M.S. FERREIRA
Escola de
Odontologia - Disciplina de Endodontia - UNIGRANRIO - RJ - Brasil - (021)
6714251
Sabe-se que a
análise radiográfica constitui o principal elemento para a obtenção do
limite de trabalho no tratamento endodôntico, entretanto, o índice de discrepância
entre o valor do comprimento obtido radiograficamente e a respectiva medida anatômica
é considerado alto, principalmente na maxila. O objetivo deste trabalho foi
verificar em um grupo de 75 dentes humanos extraídos, 25 incisivos centrais
superiores, 25 incisivos laterais superiores, 25 caninos superiores, com
cavidades de acesso pré-realizadas, nos quais se introduziu uma lima tipo
flex-R #15 (Moyco) ajustada no forame apical, procedimento comprovado com o auxílio
de uma lupa com aumento de 4x através de 3 examinadores calibrados, a coincidência
desta com o ápice radiográfico. Em seguida os dentes foram radiografados
usando-se a técnica do paralelismo com auxílio de um posicionador radiográfico,
obtendo-se os seguintes resultados: em 64% dos incisivos centrais houve coincidência da
extremidade da lima com o ápice radiográfico, 32% a lima apresentava-se a
0,5mm aquém do ápice radiográfico e em 4% a lima ultrapassou em 0,5mm. Nos
incisivos laterais, 56% houve coincidência com o ápice radiográfico, 40%
estiveram aquém 0,5mm e 4% estavam 0,5mm além do ápice. Quanto aos caninos,
houve uma coincidência de 60%, enquanto que 40% ficaram 0,5mm aquém. De
posse dos resultados obtidos, os autores concluíram que o método radiográfico
se mostrou eficiente para a obtenção
do limite de trabalho porém, o operador deve atentar para as possíveis distorções,
em torno de 30%, que limitam sobremaneira quando do seu uso em técnicas de
preparo até o ápice radiográfico.
B064
Avaliação
das propriedades dos cones de papel absorvente após esterilização.
L.K.
SZMAJSER*; K.A L.V. SANTIAGO; H. WOLFF; R.A.S. FIDEL; S.R. FIDEL
Escola de
Odontologia - Disciplina de Endodontia - UNIGRANRIO - RJ – Brasil – (021)
6714251
Os cones de
papel absorvente são usados na terapia endodôntica com a função principal de
promover a secagem das paredes dos canais radiculares, permitindo uma aderência
adequada do material obturador, pois sabe-se que a presença de umidade pode
impedir um perfeito selamento apical. O objetivo deste trabalho foi avaliar a
capacidade e a velocidade de absorção de cones de papel de três marcas
(Dentsply, Odahcam e Tanari), após terem sido submetidos a diferentes métodos
de esterilização (autoclave, estufa e esterilizador de bolinhas de vidro).
Foram utilizados 160 cones (n.º 40) de cada marca, divididos em grupos de 20
cones para cada meio de esterilização. A capacidade de absorção foi
verificada pesando-se os cones numa balança Marte, com precisão de 0,001g
enquanto secos e após umidificação por 20 segundos em soro fisiológico à
0,9%, deixando-se escorrer o excesso por 30 segundos. A velocidade de absorção
foi analisada observando-se o tempo transcorrido para 0,5ml de soro fisiológico
à 0,9% percorrer 10mm de distância demarcada no cone. Após análise estatística,
os resultados mostraram que quanto a velocidade de absorção, as marcas podem
ser classificadas em Dentsply > Odahcam > Tanari, sendo que a estufa e a
autoclave aumentaram a velocidade e o esterilizador de bolinhas diminuiu. A
capacidade de absorção foi semelhante nas três marcas, havendo pouca alteração
quanto ao método de esterilização. Os autores concluíram que deve ser
dada preferência a estufa e a autoclave para a esterilização dos cones de
papel absorvente devido à melhora na velocidade de absorção.
B065
Avaliação da
concentração de cloro em diferentes marcas de Líquidos de Dakin.
E. L. Siqueira, M. A. Nicoletti, M. Santos
Departamento
de Dentística-FOUSP / Faculdade de Ciências Farmacêuticas-UNIP - (01)
5505-8246
Soluções
cloradas tem sido consideradas um importante meio para desinfecção dos canais
radiculares. Entre nós, a associação de hipoclorito de sódio a 0,5% ao creme
de Endo PTC tem mostrado bons resultados como auxiliar na instrumentação.
Devido ao baixo índice de cloro nessas soluções é crítica a concentração
dessa substância em marcas comerciais de Líquido de Dakin para desenvolver sua
ação naquela associação. O objetivo desse estudo foi investigar a concentração
de cloro em 3 marcas comerciais (C, D e E) e dois preparados de farmácias de
manipulação (A e B) testados por titulometria. O pH também foi avaliado.
Observou-se que a concentração de cloro na marca A foi 0,33%, na B foi 0,27%,
na C foi 0,28%, aferiu-se 0,45% na D e a marca E foi 0,04%. O pH atingiu valores
entre7.75 e 11.31. Os resultados permitiram concluir que: 1. Todas as marcas
mostraram concentrações abaixo das determinadas pelas farmacopéias Britânica
e Martindale; e 2. As soluções preparadas em farmácias de manipulação não
possuiam concentrações melhores que as marcas comerciais.
B066
Desinfecção
do sistema de canais radiculares. Avaliação microbiológica, histopatológica
e histomicrobiológica em dentes de cães.
J.A.SOARES*,
M. R. LEONARDO, L. A . B. SILVA, I. Y. ITO
FOAr-UNESP/FORP-USP.
Fax: (016) 2321438
Dentes de cães
com canais radiculares infectados, portadores de áreas radiolúcidas
periapicais, foram avaliados microbiologicamente antes e após o preparo biomecânico,
bem como após a aplicação dos curativos de demora à base de hidróxido de cálcio,
Calen/PMCC e Calasept, por 15 e 30 dias. Os resultados foram submetidos ao teste
Kruskal-Wallis. Verificou-se que o preparo biomecânico reduziu
significativamnete (p<0.05) a infecção dos canais radiculares; contudo, não
se registrou a diferença significativa da ação antimicrobiana dos dois
curativos de demora, nos dois períodos de avaliação, quer seja pela técnica
da cultura microbiológica dos canais radiculares ou pela análise
histomicrobiológica. Acusou-se maior frequência de cocos e bacilos
gram-positivos nas lacunas cementárias, canais do delta apical e túbulos
dentinários. Nas secções coradas pela hematoxilina/eosina observou-se para os
curativos de demora Calen/PMCC, significativa redução da intensidade do
infiltrado inflamatório e da reabsorção cementária, bem como reação
periapical delimitada por estrutura fibrosa, caracterizando favorável quadro de
reparação apical e periapical. Em contrapartida, a pasta Calasept determinou
permanência de acentuada inflamação periapical. Os curativos de demora
apresentaram diferentes quadros histopatológicos em função do veículo e do
tempo de ação, embora sem diferença em termos microbiológicos.
B067
Avaliação
morfológica de reabsorções apicais em dentes portadores de lesões
periapicais.
F. V. VIER*,
J. A. FIGUEIREDO, A. A. S. LIMA
Pós –
Graduação em Odontologia – Área de Concentração: Endodontia – ULBRA/RS
- Fone: 051 – 477 – 4000. e mail: vier@ulbranet.com.br
O objetivo do
estudo foi avaliar presença e
extensão de reabsorção apical de cemento e dentina em raízes portadoras de
lesões periapicais. Para tanto, 31 dentes extraídos associados a presença de
tecido proliferativo compatível com alteração patológica periapical foram
selecionados. As lesões periapicais sofreram avaliação histopatológica, onde
29,03% resultaram em tecido conjuntivo denso, que foi usado como controle
negativo, 81,81% em granulomas e 18,18 % em cistos. As superfícies apicais dos
dentes foram avaliadas através de MEV. Os ápices dos dentes com granulomas e
cistos mostraram, freqüentemente, a presença de lacunas de reabsorção com
aparência de favos de mel. Em alguns espécimes a reabsorção encontrava-se
generalizada ao redor de todo forame apical, enquanto que em outros haviam
grupamentos de lacunas de tamanhos variados, em sítios específicos, separadas
por áreas de cemento não reabsorvido. Alguns espécimes de cistos e granulomas
não mostraram nenhuma reabsorção cementária. Num dente pôde-se observar a
presença de um aglomerado de cocos recobrindo o ápice. Foi utilizado o teste
do X², a um p<0,05 e a moda apontou os valores médios. Concluiu-se que
as reabsorções em tecido conjuntivo denso e granulomas não diferiram
estatisticamente, apresentando uma distribuição de freqüência similar. O
cisto diferiu estatisticamente dos demais, apresentando valores maiores de
reabsorção. O granuloma abscedido foi estatisticamente superior ao simples,
quanto à presença e severidade de reabsorção externa periapical. Parece
haver correlação entre o agudecimento de lesões periapicais e a presença de
reabsorção externa apical.
B068
Influência
dos métodos de esterilização sobre cones de papel absorvente.
C. H. KUBO*,
A. P. M. GOMES, A. O. C. JORGE, I. BALDUCCI.
Departamento
de Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia de São José dos Campos -
UNESP.
A esterilização
pelo método do calor seco (estufa) tem sido utilizada em Odontologia há muitos
anos, entretanto, com o crescimento da preocupação com métodos eficientes de
controle da infecção cruzada, tem-se difundido a utilização da autoclave
(esterilização pelo calor úmido sob pressão). O objetivo do presente
trabalho foi avaliar a influência do método (estufa ou autoclave) e do número
de esterilizações sobre a capacidade e velocidade de absorção dos cones de
papel absorvente empregados em Endodontia. Foram analisados 70 cones de papel número
40, divididos em três grupos (um grupo controle e dois grupos experimentais),
dos quais dez cones de cada subgrupo experimental foram submetidos a um, cinco e
dez ciclos de esterilização em estufa (170°C/1 hora) ou autoclave (134°C/15psi/15
minutos). Após cada ciclo de esterilização, os cones foram avaliados quanto a
capacidade e velocidade de absorção à solução de hipoclorito de sódio a
1%. Os dados foram submetidos à análise estatística por meio dos testes da
ANOVA (dois critérios) e Tukey (5%). Pôde-se concluir que, quanto à
capacidade de absorção, não ocorreram diferenças estatisticamente
significativas entre os dois métodos de esterilização avaliados. Houve
melhora significativa quanto à velocidade de absorção dos cones com os dois métodos
de esterilização, embora não tenham ocorrido diferenças estatísticas entre
os resultados no ciclo um, cinco ou dez.
B069
Relações
anatômicas exocraniais do nervo corda do tímpano.
R. L. Navarro*, J. A. C. Navarro, J. C. Andreo
Departamento
de Anatomia-FOB/USP - Fone/fax: 0055 14 2238575 - e-mail: jnavarro@usp.br
O presente
trabalho objetiva contribuir ao estudo das relações anatômicas do nervo corda
do tímpano (NCT) em sua trajetória exocranial, até comunicar-se com o nervo
lingual. Vinte hemi-cabeças de indivíduos adultos, de ambos os sexos,
formolizadas a 10% e desmineralizadas em ácido nítrico a 5%, foram disseccadas
ao microscópio cirúrgico DF Vasconcelos, com objetiva de 200mm e oculares de
12,5mm. Ao deixar a base do crânio, pela fissura
petrotimpânica, o NCT apresenta trajetória súpero-inferior e póstero-anterior,
apoiado na superfície medial da espinha do esfenóide e
envolvido pelo ligamento esfenomandibular, que nela se
origina.Verificou-se que o NCT cruzou superficialmente a espinha do esfenóide
em 14 (70%) casos e, encaixado num sulco
ósseo, nessa face da espinha, em 6 (30%) casos. Em todos os casos o NCT,
relacionou-se por lateral com a artéria meníngea média, plexo venoso, nervos
auriculotemporal e alveolar inferior para, logo abaixo, encontrar-se com
o nervo lingual, por posterior, em ângulo aproximado de 40º,
a meia altura, entre a base exocranial e o forame mandibular. Considerando-se
a importância dos componentes funcionais sensoriais gustatórios, secretomores
e sensitivos gerais do NCT, pode-se aventar a possibilidade de
o mesmo estar sujeito a distúrbios funcionais por compressões fibróticas,
ósseas ou traumas.
B070
Desvio apical
de canais radiculares preparados com limas manuais e rotatórias.
R.C. MARTINS
*, L.R. BARROS, M.G.A. BAHIA, A.M.A. FONSECA.
Departamento
de Odontologia da PUCMG./Pós Graduação em Endodontia. -
rcmartins@newview.com.br
O propósito
deste estudo foi investigar a manutenção do trajeto original do canal
radicular, sem provocar desvios, sobretudo na região apical, após a limpeza e
formatação com instrumentos rotatórios de NiTi ProFile Taper
.04 Series 29 e limas manuais tipo
K de aço inoxidável convencional. O tempo gasto, e as falhas ocorridas durante
a instrumentação também foram avaliados. Foram selecionadas raízes mesiais
de 32 molares humanos inferiores, recém-extraídos, com curvatura variando
entre 260
e 400. Os 64 canais
foram divididos aleatoriamente em dois grupos de 32 , onde o grupo 1 foi
formatado com limas manuais e o 2 com instrumentos rotatórios. As radiografias
de odontometria e CT foram digitalizadas e sobrepostas, e a quantidade de
transporte foi avaliada em relação ao terço apical do canal, que foi dividido
em três porções: coronária, média, apical. O grupo 1 apresentou uma média
de desvio maior na porção apical, e o 2 na porção coronária, entretanto
essas diferenças não foram estatisticamente significativas. O grupo 2 foi
estatisticamente mais rápido que o 1, e apresentou duas fraturas e uma deformação
de limas. A manutenção do trajeto original do canal foi satisfatória
perante a utilização dos instrumentos rotatórios de NiTi ProFile Taper .04 Series 29 e
limas K de aço inoxidável convencional. Ambos se mostraram seguros e
eficientes na limpeza e formatação do SCR, entretanto os instrumentos rotatórios
formataram os canais de maneira significativamente mais rápida que os manuais.
B071
Quantificação
da extrusão apical de debris e irrigante: Técnicas manuais vs. Técnicas rotatórias.
N.V. Gomes*, F.B.Teixeira, A.A.Zaia, B.P.F.A.Gomes, C.C.R.Ferraz.
Faculdade de
Odontologia de Piracicaba - UNICAMP - (019) 430-5215
O principal
objetivo do tratamento endodôntico é a completa descontaminação da câmara
pulpar e dos canais radiculares através do preparo químico-mecânico e
posterior selamento, tanto apical como coronário. Estudos recentes têm
demonstrado que, independente da técnica utilizada, há extrusão apical de
raspas de dentina, restos necróticos de tecido pulpar, soluções irrigadoras e
microrganismos durante a instrumentação dos canais radiculares. O controle da
extrusão de debris durante o preparo químico-mecânico é um importante fator
na escolha da técnica de instrumentação, a fim de se evitar complicações pós-tratamento.
O objetivo deste estudo foi avaliar in
vitro a quantidade de debris e irrigante extruídos apicalmente em 60 dentes
monorradiculares instrumentados por 2 técnicas manuais (Técnica híbrida e Forças
balanceadas) e 1 técnica rotatória (Quantec 2000). A técnica híbrida causou
a maior extrusão de debris, sendo estatisticamente diferente (p<0,05) das
outras duas técnicas testadas. Esta técnica também apresentou maior extrusão
de irrigante, sendo estatisticamente diferente apenas em relação a técnica do
Quantec 2000. Conclui-se que a extrusão de debris e irrigante é inerente à
instrumentação endodôntica, apesar da técnica rotatória Quantec 2000 ter
apresentado melhores resultados. Pode-se também verificar correlação positiva
entre a massa de debris e o volume de irrigante extruídos.
Apoio
FAPESP.98/13464-3
B072
Hidróxido de
cálcio e alumínio: avaliação de pH em diferentes veículos.
A. A. SOUSA*,
M. SANTOS, R. M. VEIGA
Depto de Dentística
e Endodontia – Faculdade de Odontologia – USP - (011) 8653072
O hidróxido
de cálcio como medicação intracanal é utilizado por promover ação
antimicrobiana e moderar o processo
inflamatório do periápice, favorecendo o reparo da região. Suas características
se dão em função de sua alcalinidade, elevando e mantendo o pH da área
afetada. Nota-se também seu uso na Medicina como antiácido, fazendo um
paralelo com o hidróxido de alumínio. Determinou-se, neste estudo, a comparação
entre os hidróxidos de cálcio e alumínio veiculados com solução anestésica
e polietilenoglicol a fim de se avaliar a elevação e manutenção do pH
promovidas por estes enquanto medicação intracanal. Realizou-se o estudo
mediante divisão de grupos: -hidróxido de cálcio e anestésico; -hidróxido
de cálcio e polietilenoglicol; -hidróxido de alumínio e anestésico; -hidróxido
de alumínio e polietilenoglicol. As pastas obtidas foram utilizadas como medicação
intracanal para raízes de dentes humanos previamente seccionadas e
instrumentadas padronizadamente. Selou-se a entrada dos canais com amálgama após
inserção das medicações, mantendo-se as raízes imersas individualmente em
solução de cloreto de sódio tamponada em pH=7 a 37ºC em estufa,
realizando-se medições do pH nos tempos experimentais de 1 hora, 1 dia, 7
dias, 15 dias e 30 dias. Através de análises das diferenças estatísticas
significantes verificou-se que a solução anestésica como veículo tanto do
hidróxido de cálcio como do hidróxido de alumínio conseguiu manter
constante o pH. O hidróxido de cálcio, independente do veículo, manteve o pH
elevado, apresentando diferença estatística significante apenas no tempo
experimental de 30 dias, além de ter sido mais eficaz que o hidróxido de alumínio
durante todo o período do estudo.
B073
Análise de
marcas de água sanitária e indicações para uso endodôntico.
C.M.M.SOARES
MARTINS*. M. S. CABREIRA
Centro de
Estudos, Odontoclínica Central do Exército, RJ - (021) 254-2322
O objetivo
deste estudo foi analisar a viabilidade do uso da água sanitária na terapia
endodôntica. Dezoito amostras foram analisadas, sendo seis marcas comerciais
diferentes e três lotes de cada.As marcas estudadas foram: Ajax, Brilhante,
Brilux, Clorox, Q-Boa e Super-Globo.Os seguintes componentes foram analisados:
teor de cloro ativo, teor de hipoclorito de sódio, alcalinidade cáustica ( em
NaOH ), alcalinidade por carbonato de sódio ( em Na2CO3
), pH da solução mãe e pH da solução diluída a 1%. Os resultados foram
analisados seguindo as normas especificadas na Portaria n. 89 (de 24/08/94), da
Secretaria DE Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde, que regulamenta
a fabricação de água sanitária. Os resultados mostram que, com exceção de
duas marcas comerciais, não houve diferença significativa na composição das
amostras e que a diferença maior se encontra nos valores de hidróxido de sódio
(NaOH), que pode ter valor significativo com relação à toxidade da solução
e à sua estabilidade e capacidade de liberar cloro nascente. Com as análises
apresentadas pode-se concluir que algumas marcas comerciais de água sanitária
podem ser uma alternativa viável para uso endodôntico, como soluções
irrigadoras.
B074
A radiografia
digital na Endodontia.
H. DAVIDOWICZ,
A. F. G. CUSTÓDIO*, A. A. M. MOURA
Departamento
de Endodontia - Universidade Paulista - (011) 822-2356
O tratamento
endodôntico caracteriza-se por diferentes fases podendo estas ser comparadas
aos elos de uma corrente, isto é, ocorrendo o fracasso em uma das fases todo o
tratamento fica comprometido. A odontometria constitui-se no momento da
determinação da área de trabalho do endodontista que deve se ater ao interior
do conduto radicular, nunca ultrapassando o c.d.c. Para esta etapa os aparelhos
eletrônicos, diferentes cálculos matemáticos associados à imagem e outras técnicas
radiográficas como a radiografia digital, são de grande ajuda. É objetivo do
presente estudo a observação da mensuração do conduto radicular através da
radiografia digitalizada pelo sistema SCHICK(tecnologies inc.) em relação ao método
matemático/radiográfico periapical segundo PAIVA e ANTONIAZZI. Foram
selecionados vinte elementos dentários unirradiculares devidamente montados em
um manequim modelo L.C.PARDINI(Sem Limites). Após o isolamento absoluto
conduziu-se as cirurgias de acesso, esvaziamento parcial do conteúdo endodôntico
com auxílio de limas e hipoclorito de sódio a 1% com final irrigação do
conduto. A odontometria foi conduzida segundo PAIVA e ANTONIAZZI com posterior
comparação às medidas fornecidas pela radiografia digital SCHICK(tecnologies
inc.).Através da análise das mensurações obtidas constatou-se ter a
radiografia digitalizada uma maior acuracidade em relação ao comprimento real
do dente de 23% quando comparada a odontometria pela técnica de PAIVA e
ANTONIAZZI. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas
frente aos testes Wil Coxon e Análise de variância Frilman. A técnica
radiografica digital mostrou-se mais rápida devido a simplicidade de passos técnicos
e reduziu a exposição do paciente à radiação cerca de 60% menos que a técnica
periapical, bem como com maiores detalhes anatômicos.
B075
Análise
comparativa in vitro de duas técnicas
de preparo cervical.
T. GUIMARÃES *,
T. COUTINHO, R. KREBS, G. DE DEUS, R. GALINDO
Departamento
de Clínicas Cirúrgicas. FO-UERJ - (021) 284-9910
O preparo dos
dois terços cervicais de raízes achatadas foi avaliado após a utilização de
duas diferentes técnicas de instrumentação rotatória. Para tal, foram
selecionadas 20 raízes mesiais de molares inferiores com
curvatura variando de moderada a severa. Os dentes, com os acessos coronários
já realizados, foram incluídos em blocos de resina com guias metálicas ajustáveis
e seccionados 3mm abaixo da bifurcação das raízes, através de um cortador de
tecido duro de precisão. A superfície exposta, após o corte, foi registrada
no computador, através do Sistema de Análise de Imagens, com o intuito de
avaliar a espessura radicular entre os canais mesiais e a parede distal da raiz
mesial, assim como a área dos canais mesiais. Após a leitura, os segmentos
foram colocados, através das guias, na posição original. Para o preparo dos
canais, foi feito um alargamento inicial até a lima K #15.No canal mésio-vestibular
foram utilizadas as brocas de Gates-Glidden (GG4,GG3,GG2) e no mésio-lingual,
utilizou-se o Orifice Shaper (4,3,2,1) e procedeu-se nova leitura. A análise
estatística dos resultados, utilizando previamente o teste de
Smirnov-Kolmogorov e, em seguida, a análise de variância (ANOVA), demonstrou
que a diferença não foi significante (p›0,05) para a espessura entre os
canais e a parede distal da raiz mesial, sendo significante para a medidas das
áreas dos canais mesiais. A espessura remanescente entre os canais mesiais e a
furca encontrava-se de acordo com as medidas de segurança. Concluiu-se que a
broca de Gates-Glidden proporcionou maior alargamento cervical dos canais, sendo
tão segura para a instrumentação quanto o Orifice Shaper. A quantidade de
tecido dentário desgastado pelos 2 instrumentos foi maior em direção à furca
sem, no entanto, provocar danos à estrutura radicular.
B076
Análise clínico-radiográfica
da presença de ramificações radiculares visualizadas após tratamento endodôntico.
I.QUADROS*,
R.NAKAGAWA, A.A.ZAIA, B.P.F.A.GOMES
Endodontia,
Faculdade de Odontologia de Piracicaba- FOP-UNICAMP - (019) 430-5215
O tratamento
endodôntico tem como objetivo a descontaminação dos canais radiculares por
meio do preparo químico-mecânico e sua completa obturação. Entretanto, isto
nem sempre é totalmente alcançado na clínica devido as complexidades anatômicas
de muitos canais radiculares e conseqüente limitação no acesso pelos
instrumentos, irrigantes, medicamentos intracanal e materiais obturadores. O
objetivo deste trabalho foi investigar clínica-radiograficamente a presença de
ramificações dos canais radiculares visualizadas após o tratamento endodôntico.
Foram analisados 305 casos de
tratamentos endodônticos realizados pelos alunos do 4o ano da
Faculdade de Odontologia de Piracicaba –UNICAMP no ano de 1998. Os dentes
foram instrumentados segundo a técnica híbrida preconizada por Valdrighi et
al. (Leonardo, M. R. & Leal, L. M. Endodontia Tratamento de canais
radiculares 2ed., São Paulo, Editora Média Panamericana, 1992), tendo como
irrigante o NaOCl 0,5% . Os canais foram obturados com a técnica de condensação
lateral. Canais acessórios foram demonstrados em 4,9% (n=15) do total da
amostra, sendo que os dentes mais envolvidos foram os pré-molares (n=5/80),
molares (n=4/118), incisivos (n= 4/75) e caninos (n=2/32). Estudos anteriores in vitro da mesma equipe detectaram a presença de 60% de canais
laterais nos 30 molares inferiores investigados. Canais do tipo interconduto
foram encontrados em 6,6% dos casos e deltas apicais em 25,8%. Concluímos
que a presença de canais acessórios detectada clinicamente é menor do que a
constatada em estudos in vitro. Além
disso, a presença de tais canais enfatiza a necessidade de preparo químico-mecânico
e de obturação adequados dos canais principais, de maneira que, por extensão,
estas ramificações possam ser seladas.
(FAPESP
96/05584-3 e 98/11631-0)
B077
Avaliação
“in vitro” do índice de fratura de limas profile.
A.O. BRITTO*,
T. C. A. BERLINCK, T. COUTINHO FILHO,K. R. C. DIAS
Dep.
Procedimentos Clínicos Integrados- FO-UERJ Tel: 587-6373
Fax: 587-6382
A utilização
segura de sistemas rotatórios de níquel-titânio tem mobilizado diversos
pesquisadores, motivando a realização de vários estudos como o de CAYÒN,
M.R. et al. J. ENDOD. 23,6:383-386,1997 e o de DIETZ et al. J. ENDOD.
24,4:273,1998.Como não há nenhuma recomendação oficial do fabricante quanto
ao número máximo de utilizações das limas do sistema ProFile de Taper.04,
este trabalho buscou testar o limite de fadiga para fratura , desse material,
com o intuito de colaborar com a segurança na utilização. Foram formados 4
grupos destinando-se uma caixa de limas sortidas (nº 2 ao nº 7) para cada
grupo, sem se pré-estabelecer o número de dentes para cada grupo. Foram
utilizados os canais mésio vestibulares de molares inferiores. O sistema foi
utilizado com o motor trabalhando em 150 rpm. A seqüência de utilização foi
estabelecida seguindo as orientações de um vídeo instrucional fornecido pelo
fabricante, sendo ela: 4-5-3-2-3-4-5-6, contando-se uma utilização a cada vez
que o instrumento era inserido na seqüência. Cada grupo de limas foi utilizado
até que uma lima do conjunto sofresse fratura. Anotava-se então, o número de
utilizações daquele instrumento até a ruptura. Um instrumento (lima nº 3)
fraturou durante a 10ª utilização (5º canal), dois instrumentos (limas nº 4
e nº 5) fraturaram durante a 26ª utilização (13º canal) e um instrumento
(lima nº 5) durante a 34ª utilização (17º canal). Obteve-se como um bom
limite para a utilização o valor inferior a 26ª utilização, o que
corresponde a instrumentação de 12 canais com o mesmo grupo de instrumentos.
B078
Estudo
comparativo da ação de limas manuais de aço inoxidável e níquel-titânio em
relação ao transporte apical.
A. J. A.
PEREIRA*, R. A. S. FIDEL, S. R. FIDEL, P. A. EGREJA
Departamento
Proclin - Faculdade de Odontologia - Uerj - Rio de Janeiro - (021) 295-8890
O objetivo do
presente trabalho foi comparar a ação de limas manuais de aço inoxidável e
de níquel-titânio com relação à promoção de transporte apical em canais
mesio-vestibulares de molares superiores extraídos. Trinta molares superiores
extraídos com curvatura dos canais mesio-vestibulares variando de 23º a 29º
(método de Schneider) foram selecionados para este estudo. As raízes foram
divididas aleatoriamente em dois grupos de quinze cada um: grupo I (limas de aço
inoxidável Flexofiles – Maillefer, Milford, E.U.A.), grupo II (limas de níquel-titânio
SureFlex – Maillefer, Milford, E.U.A.). Foi empregada a técnica da dupla
exposição radiográfica das imagens para avaliar a ocorrência de transporte
apical após a instrumentação com emprego de limagem circunferencial pela técnica
step-back, até o instrumento memória
nº 25. Embora a ocorrência de transporte apical tenha sido maior nos canais
do grupo I, a diferença não foi estatisticamente significativa. (Teste de
Fisher ) (p>0.05)
B079
Descontaminação
química de cones de guta-percha com várias soluções de hipoclorito de sódio.
K.C.CARVALHO*,
B.P.F.A.GOMES, C.C.R.FERRAZ, F.B.TEIXEIRA, F.J.SOUZA-FILHO.
Endodontia.
Faculdade de Odontologia de Piracicaba- UNICAMP - (019) 430-5215
Um dos
objetivos principais do tratamento endodôntico é reduzir o número de
microrganismos do canal radicular. Todo o cuidado deve ser tomado para impedir a
contaminação dos instrumentos ou materiais obturadores pelo operador, como
também impedir com que instrumentais contaminados entrem no canal radicular.
Cones de guta-percha são frequentemente contaminados pelo operador durante o
uso. Os objetivo deste estudo foram: a) investigar a efetividade de várias soluções
de hipoclorito de sódio (NaOCl) em desinfetar cones de guta-percha
artificialmente contaminados, e b) determinar o periodo ótimo de imersão
necessário para atingir este efeito. Cones de guta-percha foram contaminados
com culturas puras de B. subtilis, C.
albicans, S. aureus, E. faecalis and
S. sanguis. Os cones foram então imersos em 7 ml de uma das 5 concentrações
de NaOCl utilizadas (0,5%; 1%; 2,5%; 4%; 5,25%) por diferentes períodos (45 s;
1, 3, 10, 15, 20, 30 e 60 min). Eles foram transferidos para tubos contendo BHI
+ 0,6% de tiosulfato de sódio, agitados, subtransferidos para tubos de BHI,
incubados a 37oC e observados diariamente para verificação de
crescimento microbiano durante 7 dias. Todas as culturas foram subcultivadas em
agar sangue de carneiro e testadas quanto a pureza através da morfologia do
Gram e produção de catalase. Todos os testes foram feitos em triplicatas e
foram usados controles negativos (BHI + cones estéreis) e positivos (BHI +
cones contaminados).Todos os organismos não cresceram a partir de 45 s de
exposição ao NaOCl a 5,25% e a partir de 60 min de exposição ao NaOCl a
0,5%. Os testes microbiológicos indicam que o NaOCl é um metodo efetivo de
descontaminação dos cones de guta-percha e o periodo de imersão necessário
para atingir este efeito é inversamente relacionado ao aumento da concentração.
(FAPESP 96/05584-3)
B080
Avaliação da
eficácia da radiografia na obtenção da odontometria. Estudo “in vitro”.
ARAÚJO,
C.R.*; SAÚDE, S.; FILHA, M.C.
Departamento
de Saúde - UE de Feira de Santana - (079)
972-0762
O objetivo
deste estudo foi avaliar “in vitro” a efetividade da radiografia quando da
realização da odontometria, utilizando a comparação da imagem radiográfica
com a situação real do dente. Sessenta dentes unirradiculares foram coletados
e realizou-se a cirurgia de acesso à câmara pulpar sendo uma lima K
introduzida nos canais radiculares, ultrapassando o forame apical. Realizou-se
tomadas radiográficas do conjunto lima - dente, utilizando a técnica do
parale-lismo para que pudesse ser comparada a situação real da extremidade da
lima ( além do ápice ) com a situação radiográfica da lima ( além, no
limite ou aquém do ápice ). Os resultados mostraram que 50% da amostra
apresentou radiograficamente a extremidade da lima aquém ou no limite do ápice,
logo pode ser concluído que, na análise estatística, o estudo radiográfico
foi, significativamente diferente do real.
Unitermos:
Odontometria – Comprimento de Trabalho – Radiografia.
B081
Cárie de
mamadeira. Prevalência em áreas com e sem fluoretação da água de consumo.
J.M.L.
OLIVEIRA, R.S. VIEIRA, I.C.S.ALMEIDA*, S.F.T. FREITAS.
Departamento
de Estomatologia. Disciplina de Odontopediatria.UFSC (048) 331-9920
O objetivo
deste trabalho foi o de verificar a prevalência da cárie de mamadeira e
índice ceo em crianças de 13 a 48 meses de idade, de áreas com e sem
flúor na água de abastecimento público, da cidade de Florianopólis. Foram
examinadas 550 crianças, destas 380 de creches localizadas em áreas com flúor
na água de abastecimento e 162 de creches localizadas em áreas não
fluoretadas . Foram diagnosticadas 21 crianças como portadoras de cárie de
mamadeira, perfazendo um percentual de 3,81%, sendo 10 pertencentes à região
fluoretada e 11 pertencente à região não fluoretada. As 10 crianças com cárie
de mamadeira das regiões com flúor apresentaram um ceo médio de 8,60 e as 11
crianças das regiões sem flúor apresentaram um ceo médio de 7,18. Para as
crianças de 13 a 24 meses, o ceo encontrado foi de 0,2, para as crianças de 25
a 36 meses o ceo foi de 0,77 e para as crianças de 37 a 48 meses, 1,93. Estes
dados submetidos ao teste T de Student, mostraram não haver diferença
estatisticamente significante na
prevalência da cárie de mamadeira e no índice ceo nas regiões com e sem flúor.
Os resultados nos levam a concluir que os maus hábitos alimentares e de
higiene bucal estão relacionados no estabelecimento da doença e que o flúor
parece não desempenhar papel fundamental na prevenção da cárie de mamadeira.
B082
Fluxo e pH
salivar de indivíduos submetidos à radioterapia de cabeça e pescoço.
A.
A. S. LIMA*, M. A. Z. FIGUEIREDO
Doutorado em
Estomatologia Clínica/FOPUC-RS (051)339-1322 r. 2554 - adillima@zipmail.com.br
Um dos grandes
problemas para os indivíduos submetidos à radioterapia na região de cabeça e
pescoço é o desenvolvimento de xerostomia pós-radiação. Quando esta ocorre,
há um comprometimento da fisiologia bucal tornando o indivíduo mais suscetível
às infecções e à doença cárie. O presente estudo objetivou
acompanhar o comportamento da velocidade do fluxo salivar mecanicamente
estimulado (VFSE) e o pH da saliva total em um grupo de 42 indivíduos
portadores de câncer bucal e que receberam tratamento radioterápico
padronizado. Seis amostras de saliva total foram coletadas de cada indivíduo,
sendo a primeira antes do início do tratamento; a segunda quando o paciente
recebera a dose de 1500 cGy; a terceira após a última sessão de radioterapia
e as três últimas em intervalos subseqüentes de 2 meses. Os resultados
demonstraram que os indivíduos sofreram uma diminuição de 50% na VFSE ao
receberem a dose de 1500 cGy, o que representa cerca de ¼ do tratamento
recebido. Ao término da radioterapia, a VFSE média era de 0,33±0,185ml/min e
seis meses depois 0,20±0,208ml/min, na qual figuram, respectivamente, uma perda
em torno de 64 e 78% dos valores normais (ANOVA, teste de Tukey P<0,05). Já
o pH salivar também sofreu uma discreta diminuição em função do tratamento
empregado. O pH médio antes do tratamento era 7,6±0,6 reduzindo-se a 6,8±0,5
por até 6 meses depois (ANOVA, teste de Tukey P<0,05). Baseados nestes
resultados, concluímos que a saliva dos indivíduos irradiados na região de
cabeça e pescoço sofre alterações qualitativas e quantitativas, o que os
tornam pacientes especiais e merecedores medidas profiláticas
redobradas.
B083
Correlação
epidemiológica de prevalência de cárie entre mães e bebês.
M.S.
BENEDETTO*, C.G.D.C. ZARDETTO, M.J.S. BÖNECKER, M.A.C. BARRETO, M. S N.P. CORRÊA
Dept.
Ortodontia e Odontopediatria FOUSP- SP tel./fax 5511 8187854
A proposta do
presente trabalho foi avaliar a correlação da prevalência de cárie dentária
e necessidade de tratamento dental materno-infantil. Foram realizados exames clínicos
intra-bucal, de acordo com os critérios estabelecidos pela OMS, em 100 pares mãe/bebê
atendidos no Ambulatório de Pediatria do Hospital Universitário da USP-SP. As
mães possuíam em média 28 anos de idade e os bebês 18 meses. Os índices
epidemiológicos utilizados foram o CPOD para as mães e ceod para os bebês, e
os valores médios obtidos foram respectivamente 15.2 (desvio padrão 6.8), e
0.6 (dp.1.3). As 59 mães e 20 bebês que apresentaram um ou mais dentes com lesão
de cárie ativa foram considerados com necessidade de tratamento dental e possuíam
em média 3 dentes acometidos. O ceod dos bebês de mães que possuem
necessidade de tratamento (0.78) foi o dobro do ceod encontrado em bebês de mães
que não possuem necessidade de tratamento (0.39). A criança a qual a mãe
possui uma atividade fora do lar está mais protegida contra atividade de cárie,
ou seja, tem 3 vezes mais chance de não ter cárie quando comparada à criança
que a mãe não possui um emprego. Outros fatores como idade e higiene bucal
materna, não foram significantes. Apesar de não haver correlação estatística
entre mãe e filho quanto a prevalência e necessidade de
tratamento de cárie, (p=0.387), os resultados mostraram que do ponto
de vista epidemiológico, há uma tendência da mãe que apresenta necessidade
de tratamento o filho também apresentar.
B084
Substituto
salivar em pacientes aerostômicos com Síndrome de Sjögren Primária.
M. R. ALVES
*,D. MIGLIARI, E. BIRMAN, W. MESSINA.
Dep.
Estomatologia (FOUSP) e Clínica de
Reumatologia - HC-FMUSP - damiglia@siso.fo.usp.br
Baseando-se
nas alterações bucais causadas pela xerostomia severa, desenvolvemos um estudo
clínico-terapêutico em 21 pacientes xerostômicos, portadores da Síndrome de
Sjögren primária, diagnosticados segundo o critério da Comunidade Européia.
O objetivo foi avaliar, por método simples cego, a resposta clínica do uso de
substituto salivar (gel umidificante oralbalance**) frente aos sintomas de
xerostomia e ardência e às funções de mastigação e deglutição. A
metodologia adotada envolveu, numa primeira etapa, a utilização por 90 dias do
gel oral, que, em seguida, foi
substituído pelo gel placebo de idêntica apresentação e usado por igual período.
Tanto no período do gel oral como no gel placebo, o fluxo salivar, medido pela
saliva total estimulada (ácido cítrico a 2%), foi avaliado. Os resultados
mostraram que o gel oral não interferiu no fluxo salivar e não houve diferença
significativa com o gel placebo (p =
0,806 - teste de Levene). Os pacientes
relataram melhora nos sintomas de
xerostomia (p < 0,10) e de ardência (p
< 0,05), e também nas funções
de mastigação (p < 0,05) e deglutição
(p < 0,05 - teste de Mc Nemar). Os resultados permitem concluir
que o gel umidificante oral avaliado apresenta propriedades terapêuticas
importantes produzindo alívio de sintomas associados à xerostomia crônica e
severa, como se observou no grupo de pacientes avaliados.
* Bolsista
CAPES
**
Oralbalance, Laboratórios Laclede de Pesquisa Científica, Gardena, Califórnia,
USA.
B085
Incorporação
de fluoreto por esmalte humano adjacente ao Dyract- Estudo in situ.
M. MONICO*; M.
TOSTES.
Disciplina de
Odontopediatria – FO-UFF, Niterói, RJ - (021) 609-9673
O objetivo
deste trabalho in situ foi avaliar o
potencial do compômero Dyract (Dentsply) na prevenção da desmineralização
do esmalte. Foram utilizados 10 terceiros molares humanos hígidos, extraídos
por razões clínicas, divididos em 4 fragmentos (4 grupos), pertencentes ao 1/3
médio das coroas dentárias, onde canaletas, com brocas #229, foram preparadas
e posteriormente restauradas da seguinte forma: Grupo 1- Dyract com
condicionamento ácido de esmalte e dentina (DYR AA); Grupo 2- Dyract sem
condicionamento ácido (DYR); Grupo 3- TPH; e Grupo 4- controle. Os materiais
foram manipulados segundo as recomendações do fabricante, e o adesivo
utilizado para todos os grupos foi o Prime & Bond 2.1 (Dentsply). Após
permanecerem por 30 dias em dispositivos intra-orais, utilizados por 10 voluntários,
análise de dureza foi realizada ao longo da interface dente/ restauração
(corte longitudinal). Os valores de dureza foram, então, convertidos em volume
de mineral (Featherstone, 1983), e posterior teste t pareado foi aplicado para
as distâncias de 20, 50, 75, 100, e 150µm da superfície externa do esmalte;
para as distâncias de 50 e 100µm da interface dente/ restauração foi
aplicada a análise de variância ANOVA e o teste t Bonferroni. A perda total de
mineral foi comparada ao grupo controle. O Dyract, aplicado com ambas as técnicas,
foi capaz de inibir a desmineralização do esmalte, adjacente às restaurações,
quando comparado ao TPH. O DYR foi mais efetivo do que o DYR AA nas análises a
20, 50, e 100µm da superfície externa do esmalte.
B086
Efeito do
tratamento crônico com isoproterenol sobre a atividade NADPH-diaforase nas glândulas
salivares de ratos.
R. V. Guarnieri* , E. A.
Del Bel
Fisiologia,
FORP-USP (016) 602-4050
A enzima
Sintase do Óxido Nítrico (NOS) está presente
nos núcleos dos nervos responsáveis pelo controle da salivação, assim
como nas glândulas salivares. Neurônios que contém a enzima NOS são idênticos
àqueles que coram-se para NADPH-d sendo um marcador histoquímico da NOS. O
tratamento crônico com isoproterenol (IPR) em ratos tem efeito sialadenotrófico
nas glãndulas salivares submandibular (SMG) e parótida (PTG). Este estudo
analisa a presença de NADPH-d nas
glândulas salivares maiores de ratos, controle
e tratados cronicamente com IPR. Foram utilizados ratos Wistar machos (130-150
kg), divididos em grupo controle (n=6, salina
s.c., duas vezes por dia durante 8 dias), e o grupo teste (n=7, IPR
10mg/kg, s.c., duas vezes por dia durante 8 dias). As glândulas salivares foram
retiradas, pesadas, fixadas em PFA4% tamponado, por 2 horas e crioprotegidas em
sacarose 30%/PB por 24 horas e congeladas, sendo cortadas em criostato.
Observamos um aumento de peso de 160% na SMG (teste T, p< 0,001) e 282% para
PTG (teste T, p<0,001). A glândula sublingual (SLG- teste T,
p= 0,534) não sofreu alteração de peso. Os ductos salivares
apresentaram-se corados em azul para a atividade NADPH-d e foram quantificados
manualmente em cada glândula. Observamos uma diminuição do número de ductos,
na PTG (p< 0,001), SMG (p=0,029) e SLG (p= 0,039 (Teste-t). Este estudo
corrobora a participação do NO no
controle fisiológico da secreção salivar.
Apoio
financeiro: FAPESP, CNPq.
Apoio Técnico:
CA da-Silva EC Zieri and S Saltareli e F Pitta.
B087
Efeitos do
laser de Nd:YAG sobre a dentina de dentes decíduos.
S.I. MIYAKI*,
I. WATANABE, E.Y. TANJI, C.P. EDUARDO.
Disc.
Odontopediatria e Dpto. Dentística - FOUSP - Depto. Anatomia - ICB USP. Tel:
(011) 818 7835.
O objetivo
deste estudo in vitro foi de avaliar
ao microscópio eletrônico de varredura, os efeitos da irradiação do laser de
Nd:YAG pulsado sobre a dentina de dentes decíduos. Foram utilizados quinze
segundos molares decíduos inferiores que tiveram a face lingual desgastada com
profundidade aproximada de 1,3 mm para exposição da superfície dentinária.
As amostras foram divididas aleatoriamente em três grupos: G1 (n=5): não
recebeu tratamento e serviu como controle; G2 (n=5): as amostras receberam a
irradiação do laser de Nd:YAG com potência média de 0,6 W, freqüência de
15 Hz, 40 mJ de energia por pulso e densidade de energia de 57 J/cm2;
G3 (n=5): irradiação do laser de Nd:YAG com potência média de 1,0 W, freqüência
de 10 Hz, 100 mJ de energia por pulso e densidade de energia de 141 J/cm2.
Nos grupos 2 e 3, a irradiação foi realizada numa área de 3mm de largura por
2 mm de altura, que foi pintada com tinta nanquim, iniciadora de absorção.
Todas as amostras foram desidratadas em álcoois, cobertas com ouro e examinadas
ao microscópio eletrônico de varredura. Observou-se que as amostras não
irradiadas (G1) apresentaram a superfície dentinária coberta pela smear layer. Já as amostras que sofreram a irradiação do laser de
Nd:YAG (G2 e G3), apresentaram os túbulos dentinários abertos com evidências
de fusão e recristalização da dentina, sendo estas mais nítidas no G3. Dentro
da metodologia empregada, concluiu-se que a irradiação do laser de Nd:YAG
pulsado pode remover a smear layer e
modificar a morfologia da superfície dentinária de dentes decíduos.
B088
Avaliação de
bochechos fluoretados preparados por farmácias de manipulação.
C. N.
PIEROBON*, C. M. TABCHOURY, J. A. CURY.
Depto Ciências
Fisiológicas, FOP – UNICAMP. jcury@fop.unicamp.br
Produtos
odontológicos para prevenção preparados por farmácias de manipulação têm
adquirido grande representatividade, porém seu preparo correto é questionável,
considerando concentração adequada do princípio ativo e reatividade. No
presente trabalho foram avaliados bochechos fluoretados (BF) contendo NaF a
0,05%, adquiridos em 06 farmácias de manipulação da cidade de Piracicaba, SP.
Os BF foram codificados como A, B, C, D, E, F e comparados a uma solução
preparada no laboratório de Bioquímica Oral da FOP-UNICAMP (lab). A concentração
de flúor (F) foi determinada utilizando-se eletrodo específico acoplado a um
analisador de íons previamente calibrado com padrões de 1 a 10 µg F/ ml. A
reatividade dos BF foi determinada utilizando-se 12 blocos de esmalte dental
bovino com lesão artificial de cárie, para cada tratamento, os quais ficaram
sob agitação por 30 min. com 20 ml de cada BF. Como controle foi utilizada água
destilada deionizada (ADD). Flúor formado foi determinado removendo-se camadas
de esmalte com HCl 0,5 M seguido de análise com eletrodo específico. A
espessura da camada de esmalte removida foi determinada pela dosagem colorimétrica
de fósforo. Os resultados de µg F/ml nas soluções A, B, C, D, E, F e lab
foram respectivamente: 40,76; 233,33; 223,65; 228,87; 231,53; 209,47; 223,65. Os
resultados (média±dp) de F formado no esmalte (µg/g) na 1a
camada a 9,44±2,35µm da superfície dos blocos tratados com ADD e as soluções
A, B, C, D, E, F, lab foram respectivamente: 663,92±276,35a; 2707,23±546,88b;
4781,70±923,82c; 2948,16±420,72b; 3551,73±693,04bd; 2912,10±454,04b; 4142,90±758,26cd;
3493,71±681,21bd. Médias seguidas de letras distintas diferem estatisticamente
(p<0,05). Os resultados sugerem que existem diferenças nos bochechos
fluoretados adquiridos com relação à concentração e reatividade do flúor.
FAPESP-Proc.98/11657-9
B089
Efetividade do
diagnóstico ”in vitro” da lesão proximal em dentes permanentes.
A.
D.LOGUERCIO; R.MICHELOTTO*; M.PORTOLAN; A.V.MASIERO; A. N. BARBOSA; A. R. ROMANO
UFPEL, RS *
anaromano@uol.com.br
A conformação
anatômica da estrutura dentária e localização no arco dificultam o diagnóstico
e o planejamento correto de tratamento para as superfícies proximais
posteriores. Assim, nos propusemos avaliar a efetividade “in vitro” do exame
clínico criterioso (EC) associado ao exame radiográfico interproximal (RX) e
também a separação temporária (ST) para diagnosticar presença de lesão em
dentina e de cavitação na superfície proximal. Foram selecionados 48 sítios
de 24 pré-molares humanos provenientes de um banco de dentes, montados em
manequins articulados e fixados na cadeira odontológica simulando a situação
clínica. Os exames foram
conduzidos utilizando critérios pré-definidos, na seqüência dos métodos,
por quatro examinadores calibrados, alunos de Pós-Graduação em Dentística,
Após, os sítios foram seccionados, avaliados na lupa estereoscópica (10X) e
fotografados. Comparando os dados do diagnóstico com o “Padrão Ouro”, a
sensibilidade/especificidade média para detectar lesão em dentina foram,
respectivamente de, 0,59/0,93 para o EC, 0,64/0,88
para RX e 0,60/0,83 para ST. Quanto a presença de cavidade foram de 0,81/0,81
para EC, 0,88/0,71 para RX e 0,88/0,75 para ST. Nas duas situações os valores
não foram estatisticamente significante. De acordo com a metodologia
utilizada, podemos concluir que o EC complementado ou não pelos métodos RX e
ST substimaram o número de lesões
proximais que acometiam dentina. No
entanto, mostraram a grande maioria das lesões com presença de cavidade,
importante no planejamento de tratamento para esta superfície. Mais estudos
devem ser conduzidos visando melhorar o diagnóstico, evitando assim,
sobretratamentos invasivos.
Apoio FAPERGS
e CAPES
B090
Comparação:
Duraphat X Bioride sobre contagem S.
mutans na dentição decídua.
M. MOREIRA*,
E. COLLINA, D. BARBOSA
Departamento de Odontopediatria -
Universidade de Garulhos - (011) 5512-7228
Vários
estudos têm relatado correlação entre a prevalência de cárie nas dentições
decídua e permanente. KLOCK & KRASSE, J. Dent. Res., 64: 1985 e ALALUUSUA
et al.,Pediatric Dent., 9:126-130, 1987 consideram a contagem de Streptococcus
do Grupo Mutans (S. Mutans) para indicar a atividade de cárie determinada pela
população infantil. O objetivo do trabalho é comparar a ação do Verniz
Fluoretado (Duraphat) e do Diamino Fluoreto de Prata 12% (Bioride) sobre a
contagem de S. Mutans na dentição
decídua, após uma única aplicação.
Foram selecionadas 30 crianças, nas idades entre 3 e 5 anos, dentição decídua,
ambos os sexos, nível sócio-econômico médio-alto que, com
a aprovação da Comissão de Bioética, foram divididas em dois grupos
de 15 crianças. Após a limpeza profissional com escova dental infantil, pasta
profilática e fita dental, cada grupo recebeu aplicação tópica de uma das
substâncias através de hastes flexíveis com pontas de algodão em campo seco
com gaze, sob luz ambiente e isolamento com roletes de algodão. Foram efetuadas
duas coletas de saliva e respectiva contagem de UFC de S.
Mutans/mL de saliva, uma antes da aplicação e a outra após uma semana.
Verificou-se uma diminuição acentuada na contagem final do grupo que recebeu
Bioride. Pelo Teste de Hipótese realizado, o tratamento com Bioride na intenção
de reduzir o número de UFC de S. Mutans/mL
de saliva, nesta amostra, mostrou-se mais eficiente (a= 0,05).O potencial
bactericida do Bioride parece ser melhor, sendo, portanto, o mais indicado para
a prevenção e sobretudo para o tratamento de crianças com alta atividade de cárie
e dentição decídua, devendo ser reconsiderado como um material de eleição
em Odontopediatria, principalmente em Saúde Pública.
B091
Efeito do peróxido
de carbamida a 10% sobre a microdureza do esmalte em função do tempo de
clareamento.
J. A.
RODRIGUES*, R. T. BASTING, A. L. RODRIGUES Jr., M. C. SERRA
FOP/UNICAMP
– FOAr/UNESP - Fone: (019) 430-5340
O objetivo
deste estudo in vitro foi avaliar a
microdureza do esmalte dental humano submetido ao clareamento com peróxido de
carbamida a 10% em função do tempo. Dois materiais clareadores foram
analisados: Rembrandt/Den-Mat Corporation (REM) e Opalescence/Ultradent (OPA).
Os géis clareadores foram aplicados diariamente sobre fragmentos de esmalte
durante 8 horas, mantendo-os em saliva artificial por 16 horas. O grupo controle
(CON) foi constituído por fragmentos de esmalte armazenados em saliva
artificial. Ensaios de microdureza foram realizados antes e após 1, 7, 14, 21,
28, 35 e 42 dias do início do clareamento. A Análise de Variância, seguida do
teste de Tukey, mostrou diferenças significativas de dureza (a<0,00001) do sétimo
ao quadragésimo segundo dias.
0d
1d
7d
14d
21d
28d
35d
42d
REM
222,55a
218,81a
177,34a
165,99a
162,10a
134,33a
122,31a
130,76a
OPA
224,13a
239,82a
303,64b
287,36b
303,15c
279,45c
272,60c
255,41b
CON
217,55a
233,65a
219,52a
204,14a
222,70b
216,91b
208,68b
215,89b
O método da
regressão polinomial mostrou um aumento da microdureza do esmalte tratado com
Opalescence até o vigésimo primeiro dia, seguido por uma diminuição até o
quadragésimo segundo dia. Para o material Rembrandt, uma diminuição da
microdureza do esmalte foi verificada durante todo o período. Alterações
da microdureza do esmalte dental humano submetido ao clareamento com peróxido
de carbamida a 10% foram observadas em função do tempo, mostrando a
necessidade da correta seleção do material clareador. Apoio da FAEP –
Processo nº 209/98
B092
Potencial
cariogênico de diferentes tipos de leite.
R. C.
R. PERES*, L. C. COPPI, P. L. ROSALEN, E. M. FRANCO, M. C. VOLPATO, A. R. HECK
Dept. de Ciências
Fisiológicas, FOP - UNICAMP. Tel/Fax 55-19-430-5308/430-5218.
O objetivo do trabalho é avaliar a cariogenicidade de
diferentes tipos de leite, utilizando modelo animal de cárie sujeito a um alto
desafio cariogênico. O experimento foi realizado utilizando 70 ratas Wistar spf
livres de estreptococos mutans. Os
animais foram infectados com Streptococcus
sobrinus 6715 e receberam dieta
2000, água com sacarose à 5% ad libitum,
à fim de estabelecer a infecção pelo microrganismo. Aos 25 dias de idade, os
animais foram submetidos à cirurgia de dessalivação. Os ratos foram divididos
em 7 grupos que receberam ad libitum:
(1) água destilada esterelizada; (2) leite bovino; (3) leite humano; (4) Nan IIâ;
(5) Nestogeno IIâ; (6) Ninho em crescimentoâ; (7) água com 5% de sacarose. Os
grupos controles (1 e 7) receberam dieta essencial NCP#2, duas vezes ao dia, por
sondagem estomacal. O consumo de líquidos consumido foi registrado diariamente
e os animais foram pesados ao final de cada semana. Após 21 dias, os ratos
foram sacrificados e avaliados quanto a microbiota oral e o índice de cárie
pelo método de Keyes. Os resultados foram tratados estatisticamente através da
ANOVA e Kruskal-Wallis. Os animais permaneceram saudáveis durante todo
experimento e adquiriram peso, exceto o grupo 1. Não houve diferença
estatisticamente significante quanto a porcentagem de S. sobrinus entre os grupos 2 a 7 (47-33%), entretanto, foram
maiores que o grupo 1 (0,2%; p<0,01). Os índices de cárie de sulco e
[superfícies lisas], são os que se seguem: (1) 12,0 ±5,6 [2,3 ±1,2]; (2)
24,0 ±10,4 [3,9 ±3,3]; (3) 29,6 ±6,4 [29,4 ±8,4]; (4) 33,5 ±10,3 [23,0 ±12,0];
(5) 26,6 ±10,9 [19,6 ±17,5]; (6) 25,5 ±9,0 [19,5 ± 14,4]; (7) 47,9 ±7,8
[83,0 ±17,4]. Concluímos que a sacarose foi a mais cariogênica, enquanto o
leite bovino o menos cariogênico quando comparado com outros leites estudados,
portanto devem ser usados com grande cautela.
Apoio
financeiro FAPESP proc. # 9804779-0, CAPES e CNPq
B093
Avaliação da
efetividade e correlação de métodos de diagnóstico de lesões cariosas
proximais.
S. F. M. GONÇALVES
*, M. R. GONÇALVES, V. G. GOUVEIA
Departamento
de Odontologia Infantil e Social. F. O. Araçatuba - UNESP - (018) 620-3235
As lesões
cariosas de superfícies proximais se destacam por sua grande incidência, tanto
pelo fato da região propiciar o acúmulo de placa bacteriana, quanto pelas
dificuldades de higienização e de diagnóstico precoce. O objetivo deste
estudo foi avaliar a efetividade e a correlação da inspeção visual +
sondagem (IV+S), radiografia interproximal (RXI), separação dental + inspeção
visual (SD+IV) e separação dental + inspeção visual + sondagem (SD+IV+S) no
diagnóstico de lesões cariosas proximais sem e com cavitação. Foram
examinadas, por 2 profissionais, 127 superfícies de 27 pacientes de faixa etária
entre 4 e 12 anos de idade, utilizando-se os 4 tipos de exames. Como método de
validação para lesões cariosas com cavitação foi utilizada a dupla impressão
das áreas interproximais com silicona de condensação. Em relação às lesões
cariosas sem cavitação, os valores médios de sensibilidade encontrados para
os exames de IV+S, RXI, SD+IV e SD+IV+S foram
de 54%, 35%, 99%, e 100%, respectivamente. Em relação às lesões cariosas com
cavitação, a sensibilidade foi de 14%, 15%, 16%, e 42%, respectivamente. A
correlação entre os métodos de separação dental e a impressão revelaram
que de 65 casos, em média, nos quais o método indicou ausência de lesão
cariosa, 6 foram diagnosticados como possuindo cavitação pelo método de
validação. Os resultados
sugeriram que a utilização da separação dental aumenta a eficácia no diagnóstico
de lesões cariosas proximais, e que o método de impressão com silicona pode
ser indicado como um método auxiliar definitivo de diagnóstico de lesões com
cavitação.
B094
Avaliação do
conhecimento de métodos de diagnóstico e terapêutica para superfícies
oclusais
F. M. SOUZA*,
S. G. BARROS, C. F. BRANDÃO, A. CASTRO ALVES
Departamento
de Odontologia Social da Univ. Federal da Bahia. E-mail: alvesac@ufba.br
Este estudo avaliou o conhecimento dos alunos de graduação
da Faculdade de Odontologia da UFBa quanto aos métodos de diagnóstico e terapêutica
indicados para as superfícies oclusais (SO). Foram aplicados 150 questionários
aos alunos do 7o-10o período,
constituídos de duas partes: a 1a abordando
os métodos viáveis para o diagnóstico e a 2a em que eram
questionados com relação a estes métodos e procedimentos clínicos, através
da análise de 6 fotografias clínicas. Os dados foram analisados no EPI-INFO
6.02. 141 questionários foram incluídos na amostra. Os resultados demonstraram
ser a associação de métodos o meio de escolha no diagnóstico de SO, sendo os
exames visual, tátil e radiográfico os mais conhecidos (78,7%). Com relação
ao uso da sonda, 27% dos alunos relataram seu uso em SO não cavitadas, enquanto
83,7% relataram usar na presença de cavitações, sendo 95,8% com o propósito
de testar a consistência do tecido. Na análise de fotografias clínicas, na
ausência de lesão, prevaleceu a associação dos exames visual e tátil (50%).
Para os casos das lesões ativas não cavitadas, 49,6% adotariam o método
visual, enquanto 31,2% usariam a sonda. Para os casos das lesões cavitadas, a
radiografia foi considerada um importante meio de diagnóstico (41,1% e 63,8%).
Quando foi analisado o status da SO
nas fotografias, houve uma grande concordância com relação ao verdadeiro
diagnóstico das SO cariadas e hígidas, a exceção das SO apresentando
selamento biológico. Houve uma correlação positiva entre o diagnóstico e a
terapêutica indicada pelos alunos para as SO (c2=37,7;p<0,001),
exceto para o selamento biológico. Os resultados sugerem a associação de métodos
ser a mais utilizada para as SO, sendo a sonda frequentemente utilizada.
Apoio
financeiro: CAPES
B095
Avaliação in
vitro do Nd:YAG laser na remoção de cárie.
W. H. TIZUKA,
E. Y. TANJI*, C. P. EDUARDO
Departamento
de Dentística, Faculdade de Odontologia da USP-SP - (011) 9155-5816
O objetivo
deste estudo foi avaliar em microscopia óptica e microscopia eletrônica de
varredura, a possibilidade da remoção seletiva de dentina cariada pela irradiação
com o laser de Nd:YAG, utilizando um evidenciador de cárie como iniciador de
absorção. Quarenta dentes humanos extraídos, sendo dez íntegros e o restante
com dentina cariada, sem comprometimento pulpar, foram utilizados neste estudo
dividindo-se em quatro grupos. Grupo 1 – dentina sadia sem nenhum tratamento
(controle-dentina); Grupo 2 – dentina cariada sem nenhum tratamento
(controle-cárie); Grupo 3 – dentina cariada evidenciada com Seek
Caries®-Ultradent; Grupo 4 – dentina cariada não evidenciada. Nos grupos
3 e 4, o tecido cariado foi inicialmente removido com instrumentos cortantes
rotatórios, mantendo apenas uma camada final de dentina cariada, sendo em
seguida irradiados com 100 mJ de energia, 10 Hz de taxa de repetição e 1 W de
potência do laser de Nd:YAG, com a fibra óptica em contato. As observações
em microscopia óptica revelaram a presença de tecido cariado nos grupos
irradiados com o laser de Nd:YAG. Em microscopia eletrônica de varredura, áreas
de dentina fundida e recristalizada foram observadas tanto no grupo 3 com no 4. Os
espécimes tratados com o evidenciador de cárie apresentaram maiores superfícies
modificadas pelo laser, sugerindo o efetividade do iniciador de absorção; porém
a completa remoção da cárie não foi observada neste estudo.
Apoio
financeiro da FAPESP – Processo 97/04418-5
B096
Comparação in
vivo de métodos de diagnóstico de cárie oclusal.
F. M. FLÓRIO*,
A. C. PEREIRA, J. A. RODRIGUES, J. C. RAMACCIATO, Y. B. O. LIMA, M. C. MENEGHIM.
Dep. O. Social
- FOP/UNICAMP - 019-4305209
apereira@fop.unicamp.br
Este estudo teve como objetivo comparar os métodos de diagnóstico
por transiluminação, radiográfico digitalizado interproximal e inspeção
visual superfícies oclusais de primeiros molares permanentes, em relação à
abertura de cavidade. A amostra foi constituída por 115 crianças,
6-8 anos de idade, sendo examinados um total de 440 dentes. Cada exame
foi realizado por um único examinador, previamente calibrado, sendo que o diagnóstico
definitivo da decisão de tratamento para a abertura de cavidade foi realizado
pelos três examinadores em conjunto. Esta decisão de tratamento teve os
seguintes critérios: presença de microcavidade ou cavidade pela inspeção
visual ou evidência radiográfica mínima na JAD. Foram abertas 58 superfícies
oclusais (13,2%). Os resultados apontam que todas as cavidades diagnosticadas
pela inspeção visual se apresentavam em dentina após abertura de cavidade.
69,4 % das microcavidades se localizavam em esmalte, 25,0 % das superfícies
oclusais abertas e sem evidência radiográfica apresentavam-se em dentina,
enquanto 61,2% das superfície com radiolucência na ½ externa da dentina
apresentavam-se em dentina enquanto que este percentual aumentava para 100 % quando a
radiolucência evidenciava ½ interna de esmalte. Do total de superfícies
abertas e sem evidência de cárie pelo FOTI, 20,7 % apresentavam-se em esmalte
e dentina após abertura de cavidade. Conclui-se que o único critério
seguro para decisão de tratamento seria a presença de cavidade, enquanto que a
presença de mancha branca junto com, microcavidade podem refletir em um
prognóstico negativo; com relação ao exame radiográfico podemos
considerar que radiolucência em dentina pode ser um critério para decisão de
tratamento.
B097
Diagnóstico
de cárie oclusal utilizando inspeção visual, laser fluorescente e ECM:
Reproducibilidade intra e inter examinadores.
A.C. PEREIRA*,
E.H. VERDONSCHOT, M.C.D.N.J.M. HUYSMANS.
Departamento
Odonto Social, FOP-UNICAMP , Universidades de Nijmegem e Gronigen – Holanda -
019-4305209. apereira@fop.unicamp.br.
O objetivo
deste estudo foi avaliar a reproducibilidade
de alguns métodos para o diagnóstico de cárie oclusal e sob condições
in vitro comparará-los entre si. Dois
observadores conduziram os seguintes exames : Inspeção visual,
ECM (Electrical Conductance Measurements) e DIAGNODENT (laser
fluorescente), um instrumento que reporta as medidas da fluorescência de
materiais orgânicos em lesões de cárie. Os dados foram coletados de 230 sites
oclusais pré definidos provenientes
de 102 molares permanentes extraídos. Anteriormente ao exame todos os sites
foram fotografados. Na fase piloto observou-se um erro inter A reproducibilidade
intra examinador apresentou valores de correlação de 0,95 e 0,75 para o
Diagnodent em relação aos examinadores I e II, respectivamente, e 0,83 e 0,93
para o ECMsurface, enquanto para a inspeção visual observou-se um valor de
KAPPA de 0,28 e 0,67. A reproducibilidade interexaminador mostrou valores de
correlação de 0,97 e 0,57 para o Diagnodent e o ECM , respectivamente e um
valor de KAPPA de 0,44 para a Inspeção visual. As correlações entre as
medidas do Diagnodent e inspeção visual foram de 0,25 e 0,16 para ambos os
observadores. Os valores das correlações entre o Diagnodent e o ECM foram de
0,13 e 0,17, para os examinadores I e II, respectivamente. Conclui-se que a
reproducibilidade dos métodos Diagnodent e ECM foi boa mas a correlação do
Diagnodent com outros métodos apresentou valores baixos.
B098
Estudo
comparativo de diferentes métodos de diagnóstico de cárie para superfícies
proximais de dentes posteriores.
A. C. PEREIRA,
F. L. MIALHE*, M. C. GERALDI, M.C. MENEGHIM.
(Dep. de
Odontol. Social- FOP/UNICAMP).019-4305209. apereira@fop.unicamp.br.
A diminuição
na prevalência de cárie verificada nas últimas duas décadas no Brasil e no
mundo tem trazido consigo uma mudança na velocidade e morfologia da lesão
cariosa, o que repercute no diagnóstico da cárie dentária que é a chave das
decisões de tratamento. O objetivo deste trabalho foi comparar “in vitro” 3
métodos de diagnóstico para superfícies proximais (FOTI, R-X digitalizado e
Clínico Visual) em relação ao exame Histológico (“Gold Standard”).
Previamente a fase experimental foi realizado um estudo piloto onde houve a
calibração dos dois examinadores engajados no estudo. A amostra consistiu de
32 dentes permanentes (pré-molares e molares), os quais foram desinfetados e
limpos. Foram escolhidos dois sites em cada dente, um localizado na superfície
mesial e outro na distal e todas os sites foram fotografados. Posteriormente
foram realizados os três exames (Clínico Visual, FOTI e R-X digitalizado) com
intervalo de 5 dias entre os mesmos e finalmente preparadas as lâminas histológicas.
Terminada a fase experimental foi realizada a reprodutibilidade do estudo onde
se verificou valores de Kappa para os erros inter-examinadores de 0,70 (FOTI),
0,72 (Rd) e 0,67 (Visual), enquanto os valores para o erro intra-examinador foi
acima de 0,61. Os resultados mostraram valores de sensibilidade altos para os três
exames, ou seja, o FOTI apresentou 0,85, o exame Rd 0,92-0,96 e o Visual 0,87,
enquanto verificou-se valores de especificidade de 0,85-0,87 para o FOTI,
0,82-0,84 para o Rd e 0,86-0,91 para o exame visual. Baseado na relação
custo-benefício conclui-se que o FOTI podería ser um excelente método
auxiliar de diagnóstico para as superfícies proximais de dentes posteriores.
B099
Possível
participação da membrana basal no início da formação do cemento em molares
de ratos.
S.A.
TOMAZELA-HERNDL* & V.E. ARANA-CHAVEZ
Depto.
Histologia, ICB/USP, São Paulo, SP. Fone/Fax (011) 818-7308.
Apesar da
literatura ser bastante abrangente no que diz respeito ao estudo da origem e
constituição do cemento, vários aspectos ainda são duvidosos, sobretudo no
que se refere à primeira camada de cemento. Tem sido discutido se a mesma tem
origem ectomesenquimal (a partir de células do folículo dentário ou mesmo da
papila dentária) ou epitelial (a partir de células da bainha epitelial de
Hertwig). Com a finalidade de observarmos a participação da
membrana basal interna (MBi) da bainha foram utilizados molares de ratos
com 10-18 dias. Os animais foram divididos em dois grupos com relação à
abordagem dos eventos. Um grupo foi preparado para análise imunohistoquímica,
com a marcação para laminina e colágeno tipo IV. Outro grupo foi preparado de
maneira convencional para observação ultra-estrutural, sendo parte da amostra
descalcificada e outra não; nesta, alguns espécimes não foram contrastados.
Os espécimes foram observados e fotografados em MET Jeol 1010. A marcação
imunohistoquímica revelou a presença tanto de laminina como de colágeno IV na
membrana basal interna da bainha mesmo em fase avançada da mineralização
dentinária. Os resultados obtidos indicam que a mineralização da primeira
camada justaposta à dentina radicular começa em região de MBi, sugerindo que
constituintes estruturais da mesma possam funcionar como substrato para seu
processo de mineralização.
B100
Estudo da
disposição dos túbulos e canalículos na dentina superficial através da MEV.
R.
ANDIA-MERLIN, N. GARONE-NETTO, V.E. ARANA-CHAVEZ*.
Deptos.
Histologia e Dentística, USP, S.P., Telefone (011) 818-7308.
Os canalículos
dentinários originam-se da profusa ramificação dos túbulos da dentina.
Entretanto, sua fina espessura torna difícil a aplicação de métodos para
estudar a complexa disposição dos canalículos ao longo da dentina. No
presente estudo foi utilizado um sistema adesivo empregado rotineiramente nos
tratamentos restauradores com o intuito de observar, através da sua penetração,
a disposição dos túbulos e canalículos dentinários pela microscopia eletrônica
de varredura (MEV). Foram utilizados, para tanto, 12 terceiros molares inclusos
hígidos, extraídos e armazenados em água destilada a 4oC.
Foi cortado o terço oclusal, transversalmente ao longo eixo do dente., sendo
desgastada a superfície de dentina remanescente com lixa de papel de granulação
600, até retirar todo o esmalte. A seguir, a dentina foi condicionada com ácido
fosfórico a 37%, sendo lavada e seca com leve jato de ar. Após colocação do
“primer” e adesivo (Scotchbond Multipurpose, 3M) e da resina (Z100, 3M),
seguindo as instruções do fabricante, os espécimes foram armazenados em água
destilada a 37oC
por duas semanas e então fraturados longitudinalmente ao longo eixo do dente,
no entido vestíbulo-lingual e processados para MEV, sendo examinados e
fotografados em microscópio eletrônico de varredura Jeol 6100. Os resultados
mostraram túbulos com trajeto sinuoso e algumas regiões de entrecruzamento,
sempre apresentando profusa ramificação, que resulta nos numerosos canalículos.
A orientação dos canalículos dentinários na dentina superficial examinada
foi muito variada, seguindo, muitas vezes, trajeto no sentido da polpa, além de
freqüentes regiões de entrecruzamento e anastomose.
B101
Análise da ação
anticárie do TiF4
através da MLP.
A. P. MORAIS*,
I. P. R. SOUZA, P. J .SOARES FILHO
Depart.
Odontopediatria, FO/UFRJ. andmor@altavista.net
(021) 568-4486
O objetivo
deste trabalho, cruzado, duplo-cego, realizado in situ, foi avaliar o esmalte dental humano (esm), decíduo (D) e
permanente (P), submetido a um grande desafio cariogênico após aplicação de
tetrafluoreto de titânio (TiF4)
a 1%. Cinco voluntários utilizaram dispositivos intrabucais contendo fragmentos
dentais durante duas etapas (TiF4 e
Controle) de 14 dias cada, gotejando 8 vezes ao dia glicose 25%. Após o uso, o
esm de 40 fragmentos (20 D e 20 P), foi cortado transversalmente à superfície
anatômica do dente, desgastado até uma espessura de 200 ± 50µm e foi
submetido à análise por microscopia de luz polarizada (MLP), sendo a água o
meio de imersão. Foram realizadas tomadas fotográficas coloridas das regiões
de esm estudadas, sobrepondo a elas uma mascara reticulada transparente para a
quantificação das 3 colorações de esm encontradas: o amarelo (esm hígido),
o azul e o vermelho (lesão de cárie). Os dados da MLP (teste de Mann-Whitney)
não revelaram efeito estatisticamente significativo para o TiF4,
porém esta microscopia foi capaz de indicar uma tendência para as áreas
comprometidas pela lesão de cárie serem menos extensas no grupo TiF4,
com uma área de lesão (vermelho + azul) com 16,1% no grupo TiF4
contra 12,53%no grupo Controle. Não houve diferença significativa entre o esm
D e o P na avaliação. Os dados permitem sugerir que apesar de não prevenir
a lesão de cárie na sua totalidade, o TiF4 modificou o
padrão da lesão formada, amenizando-a.
B102
Biofilme e
atividade de cárie: sua correlação em crianças HIV+.
A. RIBEIRO*,
A. THYLSTRUP, R. VIANNA, I.P. SOUZA
Odontopediatria
– FO-UFRJ/IFF/HJ/University of Copenhagen - (021) 440-0028
O objetivo
deste trabalho foi verificar a correlação entre a presença e maturação do
biofilme (biof.), e a atividade de lesões cariosas, em crianças infectadas
pelo HIV (HIV+). Foram examinadas 61 crianças HIV+, com idade entre 13 meses e
14 anos (média 5,74+3,25), durante o Programa terapêutico-preventivo à
doença cárie, desenvolvido no Instituto Fernandes Figueira e no Hospital
Jesus, RJ. Após aprovação pelo Comitê de Ética e consentimento escrito dos
responsáveis, os exames foram realizados sobre uma maca, c/ lanterna, gaze e
espelho. Para avaliar o biof., foram utilizados os escores: (0) ausência de
biof.; (1): biof. fino nos dentes anteriores (DA); (2) biof. fino, difuso e
facilmente removido pela gaze, em + de 50% dos dentes posteriores (DP); (3):
biof. espesso e firmemente aderido (maduro) em DP; (4): biof. espesso e
firmemente aderido em DP e fino em DA; (5): biof. espesso e firmemente aderido
em DP e DA. Após limpeza profissional com dentifrício fluoretado, a atividade
de cárie foi analisada (esmalte: opaco, com mancha branca, com ou sem cavitação
– Carvalho et al., Comm. Dent. Oral Epidemiol., 20:187-92, 1992; e dentina:
descoloração amarela ou castanha, amolecida e úmida - BjØrdal et al., Caries
Res., 31:411-17, 1997). Os resultados foram: 6,9% das crianças apresentaram
biof. (0) e 39,7% possuíam biof. (5). O número de lesões ativas variou entre
0 a 52 (mediana: 5,00+1,51) e inativas entre 0 a 26 (mediana: 2,00+0,72).
Apenas 9 crianças não apresentaram lesões ativas. A correlação entre
atividade de cárie e presença de biof. maduro foi significante (rs=+0,75;
p<0,001; Coeficiente de Correlação de Spearman). A presença e maturação
do biofilme sobre as superfícies dentárias está fortemente correlacionada ao
desenvolvimento e atividade de cárie em crianças HIV+.
B103
Reprodutibilidade
de diagnóstico visual detalhado em cáries oclusais.
A.R.C. DIAS*,
D.F. CÔRTES, A.S.MIKALAUSKAS, A. C. LAMOSA.
F. O. -
Universidade Estadual Rio de Janeiro (dcortes@poweline.com.br).
O objetivo
deste estudo foi avaliar a reprodutibilidade do diagnóstico visual de cáries
oclusais entre acadêmicos e dentistas, utilizando-se detalhados critérios de
diagnóstico propostos por Ekstrand et al.(Caries Res., 32:247-254, 1998). Três
acadêmicos e 3 dentistas previamente treinados avaliaram 89 superfícies
oclusais de molares extraídos. Os critérios visuais incluíam: saudável;
mancha pigmentada; mancha branca visualizada apenas em superfície seca; mancha
branca em superfície molhada; sombra em esmalte solapado por cárie dentinária
ou quebra
de esmalte;
cavidade dentinária. A
reprodutibilidade inter-examinador (estatística Cohen’s Kappa) variou
de 0,61 a 0,65 entre acadêmicos, de 0,51 a 0,75 entre dentistas, e de 0,49 a
0,75 entre acadêmicos e dentistas. A reprodutibilidade intra-examinador
(Cohen’s Kappa) em 51 superfícies variou de 0,70 a 0,94 (substancial a quase
perfeita). Quando foram consideradas as diferentes profundidades de lesão, foi
encontrada diferença
estatisticamente significante (p<0,05) apenas entre um dentista e um
acadêmico e entre um dentista e outro dentista (ANOVA e Kruskal-Wallis). A
reprodutibilidade do diagnóstico visual detalhado em oclusais variou de
moderada a substancial e não foram encontradas diferenças consideráveis de
diagnóstico de acadêmicos e dentistas. Os novos critérios detalhados de
diagnóstico visual de oclusais foram aprendidos tanto por dentistas quanto por
acadêmicos com pouca experiência clínica, o que suporta sua aplicabilidade in
vivo.
Apoio
FAPERJ
B104
Comparação
de dois selantes ionoméricos após avaliação clínica de 24 meses.
A. C. PEREIRA,
V. PARDI *, R. T. BASTING, C. PINELLI, M. C. MENEGHIM, G. M. B. AMBROSANO.
Departamento
de Odontologia Social, Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP.
Tel:(019) 430 5209. apereira@fop.unicamp.br
Os selantes de
fóssulas e fissuras têm sido um importante veículo para a prevenção da cárie
dentária. Este estudo tem como objetivo verificar clinicamente a retenção e
efetividade na prevenção da cárie dentária dos materiais ionoméricos
VITREMERÒ e KETAC-BONDÒ, usados como selantes oclusais. A amostra inicial foi
representado por 200 escolares de 6-8 anos de idade, os quais apresentavam os
primeiros molares permanentes hígidos. As crianças foram divididas em
grupo controle e grupo experimental (A e B). No grupo experimental A foi
aplicado o material Ketac-Bond nos dentes 16 e 46 e no experimental B foi
aplicado o material Vitremer nos dentes 26 e 36. Efetuaram-se avaliações clínicas
aos 6, 12 e 24 meses após a aplicação do selante. A análise estatística
verificou que houve diferenças estatísticamente significantes (teste
Mann-Whitney) entre os graus de retenção dos grupos experimentais A e B nas 3
avaliações, sendo que o material Vitremer apresentou melhores resultados,
embora os valores de retenção possam ser considerados baixos. Com relação a
incidência de cárie , houve uma diferença estatisticamente significante
(teste c2) entre os grupos experimentais (A e B) e o grupo
controle, com percentuais de incidência de C+O (cariado + obturado) de 93,2 %,
78,5 % e 45,1 menores para o grupos experimentais nas avaliações de 6, 12 e 24
meses. Conclui-se que embora os selantes ionoméricos apresentassem
percentuais de retenção em superfície
oclusal baixos, os mesmos foram efetivos na prevenção da cárie, apresentando
percentuais de incidência de cárie menores que o grupo controle.
Apoio: FAPESP:
96/5278-0
B105
Avaliação clínica
de um ionômero de vidro modificado utilizado como selante, combinado ou não
com uso de adesivo.
C.R.M.D.
RODRIGUES, P. C. BERNARDO*, J. A. S. PAIVA, , J. M. SINGER.
Disc.
Odontopediatria–FOUSP (011) 818.7835
Sabendo-se do
papel do flúor na Odontologia Preventiva, cada vez mais procura-se materiais
restauradores com propriedades de liberação deste íon. Dentre os selantes
oclusais, grande expectativa existe em relação aos cimentos de ionômero de
vidro , particularmente os modificados por resina, por possuírem melhores
propriedades. O objetivo deste trabalho foi testar um destes cimentos, VITREMER
(3M), aplicado com 2 técnicas: de acordo com o fabricante, ou combinado com um
sistema adesivo(Scothbond multi uso). A avaliação foi realizada em 159 dentes,
molares ou pré-molares, após 6 e 12 meses observando-se a retenção do
selante, e a presença ou ausência de lesão de cárie. A retenção foi
avaliada com escores de 0= retenção total, 1= retenção parcial e 2= retenção
nula. Foi utilizada a técnica de Mínimos Quadrados Generalizados para avaliar
os efeitos de tratamento e tipo de dente. Os resultados indicaram não haver
diferença entre molares e pré-molares; em relação à técnica testada, houve
maior retenção para o grupo com adesivo (p<0,0001) com escore médio de
0,13 +0,05, contra o escore de 1,05 +0,09 para o grupo sem
adesivo. Concluiu-se que a técnica modificada , com adesivo, propiciou
significativamente melhor retenção que a técnica convencional, não havendo
diferença entre molares e pré-molares. Apenas um dente, do grupo sem adesivo
desenvolveu lesão de cárie, após a perda do material.
B106
Morfologia e
microanálise da pérola do esmalte.
A. A. NEVES*,
N. AZAMBUJA JR., R. G. JAEGER, M. FARINA.
Dep.
Anatomia-UFRJ e Dep. Patologia Bucal-FO/USP-SP Tel:(021)290-0587 e-mail: mfarina@anato.ufrj.br
O objetivo deste estudo foi determinar as orientações dos túbulos
dentinários e dos prismas de uma pérola de esmalte e comparar a sua razão
Ca/P com a das estruturas dentárias normais. Para isto, foi utilizado um 3.o molar superior humano, portador de uma pérola no
cemento que foi seccionado na altura do esmalte cervical, longitudinalmente e
transversalmente pelo centro da pérola, obtendo-se ½ e ¼ da mesma para análises,
juntamente com estrutura do dente para controle. As seções foram preparadas
para microscopia eletrônica de varredura (MEV) através de abrasão, polimento,
tratamento com ácido fosfórico 37% v/v por alguns segundos, e metalização no
vácuo, com carbono. Eletromicrografias foram obtidas, bem como espectros de
raios X (Microscópio LEO 430i; sistema de análise Link–Oxford). O mesmo espécime
foi incluído em Epon, desgastado, polido até ±80mm de espessura e analisado
por microscopia de contraste interferencial (DIC). A pérola revelou-se ser
composta, com um núcleo de dentina que por MEV e DIC apresentou padrão tubular
longitudinal em toda a sua extensão
até a junção com o esmalte da pérola. O esmalte, embora com estrutura geral
dos prismas desorganizados, apresentou linhas incrementais que não formaram círculos
completos ao redor do anel de dentina. A relação Ca/P para o esmalte da pérola
(1,55) foi menor do que a do cemento (1,68), esmalte (1,68) e dentina (1,66). O
esmalte que forma a pérola, embora estruturado em prismas, é menos denso e
mais desorganizado do que o esmalte normal. A menor razão Ca/P pode ser causada
por um maior conteúdo de matéria orgânica ou por ser uma estrutura mais
facilmente desmineralizada do que o esmalte verdadeiro pela sua menor compactação.
Apoio
financeiro: PIBIC/CNPq/PRONEX
B107
Componentes do
CPOD dos 6 aos 12 anos e distribuição das lesões na dentição.
M. L. A.
NEVES*, A. A. NEVES.
Disciplina de
Odontopediatria - FO/Gama Filho -RJ e FO/UFRJ. Tel: (021) 560-6137. E-mail:
alineves@unisys.com.br
Os objetivos
deste estudo foram: obter o índice CPOD de uma amostra da população que
procura o serviço de Odontopediatria da FO/Gama Filho-RJ e apresentar o padrão
de ataque das lesões segundo tipos morfológicos dentários nesta faixa etária.
Para isto, foram avaliados 345 prontuários de rotina da clínica de graduação.
Os critérios de inclusão abrangeram: idade entre 6 e 12 anos; nenhum dente
selado e exame clínico inicial completo, sendo 162 prontuários selecionados.
Foram anotados a idade do paciente, o status de cada dente e o índice CPOD. A média
de idade dos pacientes foi de 8,6±1,9 anos e do CPOD 3,72±3,75. A média do
CPOD em cada faixa etária foi: 6 anos: 0,83±1,37 (n=24); 7 anos: 2,65±2,10
(n=34); 8 anos: 3,21±1,78 (n=23); 9 anos: 3,37±2,06 (n=27); 10 anos: 3,88±2,37
(n=26); 11 anos: 4,58±2,94 (n=12); 12 anos: 10,75±6,41 (n=16), com diferença
significativa (p<0,05; Kruskal-Wallis) principalmente entre 6/7 e 11/12 anos.
A distribuição do ataque entre os elementos dentários foi diferente em todas
as idades principalmente entre os incisivos centrais e 1,os
molares (p<0,01; Qui2)
e está demonstrada na tabela abaixo:
Dente
Idade
6
7
8
9
10
11
12
Incisivo
central
2%
4,76% 4,8%
7,7%
8,7% 2,1%
29,7%
1.o
Molar
25,3%
62,5%
77,2% 74%
76,9%
77,1% 89,1%
O índice
CPOD apresentado por esta população foi bastante elevado, porém, ainda assim
é possível perceber diferenças no padrão de ataque entre os vários tipos
morfológicos dentários, o que ressalta o caráter sítio-específico da cárie
dental.
B108
Estudo de
valores limites para índices de cárie na dentição decídua.
L. M.
CERQUEIRA*, M. S. C. F. ALVES, A. L. S. PINHO, M. J. BÖNECKER.
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA DA UFRN. NATAL-RN FONE:
084-2154133/ FAX:0O objetivo deste trabalho foi estudar uma
escala de valores limites para análise dos índices de prevalência de cárie
na dentição decídua (ceo-d, ceo-s, Knutson), visto que não existe na
literatura parâmetros para se analisar esses dados. Esta escala foi aplicada no
estudo de CERQUEIRA et al (1998), no qual foram examinadas 437 crianças de 0 a
36 meses de idade na cidade de Natal-RN. Na metodologia, utilizou-se a meta da
OMS que preconiza o CPO-D para
crianças de 12 anos igual a 3,0, além do numero médio de dentes erupcionados
nas crianças examinadas na pesquisa. Foram obtidos os seguintes resultados:
ïndices
classificação 0ï¾6
6ï¾12
12ï¾18
18ï¾24
24ï¾30
30ï¾36
ceo-d
Baixa
ceo-d= 0,0
0,0£ceo-d £0,2 0,0£ ceo-d <0,4 0,0
ceo-d <0,7 0,0£ ceo-d
<0,8
0,0£ ceo-d <0,9
Moderada
0,4£ ceo-d £0,8
0,7£ ceo-d £1,3
0,8£ ceo-d £1,7
0,9£ ceo-d £1,8
alta
ceo-d >0,0
ceo-d >0,2
ceo-d >0,8 ceo-d >1,3
ceo-d >1,7
ceo-d >1,8
ceo-s
Baixa
ceo-s = 0,0
0,0£ ceo-s £0,2
0,0£ ceo-s <0,5
0,0£ ceo-s <0,8
0,0£ ceo-s <1,1
0,0£ ceo-s <1,3
Moderada
0,5£ ceo-s £1,0
0,8£ ceo-s £1,4
1,1£ ceo-s £2,4
1,3£ ceo-s £2,6
alta
ceo-s>0,0 ceo-s
> 0,2 ceo-s > 1,0
ceo-s > 1,4
ceo-s > 2,4
ceo-s >2,6
Knutson
Baixa
0,0 ï¾ 2,0
0,0 ï¾ 5,0
0,0 ï¾ 10,0
Moderada
2,0 ï¾ 5,0
5,0 ï¾ 10,0
10,0 ï¾15,0
alta
5,0 ï¾ 10,0
10,0 ï¾ 15,0
15,0 ï¾ 25,0
Muito alta
+10,0
+15,0
+25,00
Conclui-se
que a escala de valores estudada pode ser usada como parâmetro na análise dos
dados de prevalência de cárie na dentição decídua, embora se observe a
necessidade da aplicação desta escala em outros estudos.
84-2154101
B109
Avaliação do
grau de fluorose dental em crianças de 7 a 12 anos de idade.
VALOIS, C.A.;
SOVIERO, V.M.*; CRUZ, R.A.
Odontologia-UNESA-UERJ
Tel.(021) 503 7293 soviero@compuland.com.br
O objetivo
deste trabalho foi avaliar o grau de fluorose dental e a utilização de
produtos fluoretados em escolares de 7 a 12 anos de idade, residentes em Nova
Iguaçu-RJ. Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade
Estácio de Sá, um questionário sobre a utilização de produtos fluoretados
foi distribuído para as mães de 106 crianças, das quais 102 foram examinadas.
Os dados obtidos foram analisados através do Programa EpiInfo 6.04 e o teste
Qui-quadrado foi utilizado. A água de abastecimento público atualmente é
fluoretada na concentração de 0,8ppm, tendo sido utilizada por 92,5% da
amostra. Das 106 crianças, 66 (62,3%) escovavam os dentes com dentifrício
fluoretado 3 vezes ou mais por dia e apenas 30 (28,3%) das mães haviam sido
orientadas sobre o efeito negativo da ingestão exagerada de flúor. De toda
amostra, 14 (13,2%) crianças utilizavam produtos fluoretados para bochecho e a
aplicação tópica profissional havia sido realizada em 97 (91,5%). A fluorose,
classificada de acordo com o Índice Thylstrup-Fejerskov, foi encontrada em
34.3% das crianças e os graus observados variaram de 1 a 5. Todos os dentes
foram afetados em algum grau, sendo o 2o pré-molar
o dente que apresentou graus mais elevados, enquanto o 1o molar
permanente, os graus mais baixos. A prevalência de fluorose dental foi de
34,3% e sua presença não pôde ser atribuída a uma única forma de utilização
de fluoreto (p>0,05), mas sim, à utilização de diversos compostos
fluoretados em conjunto, incluindo a água de abastecimento.
B110
Edulcorantes e
pH endógeno de medicamentos pediátricos.
K. T. LIMA, I.
C. S.ALMEIDA, E. L. SENNA
Curso de Pós-Graduação
em Odontopediatria - Univ. Fed. de Santa Catarina - (048) 234-0966
Tendo em vista
o estabelecimento da associação entre a ingestão freqüente de medicamentos e
o aumento na prevalência/atividade da cárie dentária, este estudo se propôs
a avaliar 54 medicamentos pediátricos mais vendidos na região sul do Brasil
(segundo o relatório Dados de Distribuição de Drogas), quanto ao edulcorante
presente na sua constituição e o pH endógeno de cada um deles, apresentados
sob a forma de gotas, solução, suspensão e xarope. Os medicamentos foram
divididos em 09 grupos, conforme sua classe terapêutica: analgésico, antialérgico,
antibiótico, antiepilético, antiinflamatório, antiparasitário,
broncodilatador, descongestionante e mucolítico. A identificação do
edulcorante foi feita pela leitura da bula
de cada medicamento ou por informações fornecidas pelos respectivos
laboratórios. A determinação do pH foi feita por meio de pHmetro (Quimis
400A). Os resultados mostraram que os medicamentos que apresentam a sacarose
como edulcorante principal correspondem a 75% dos analgésicos, 66% dos antialérgicos,
100% dos antibióticos, 50% dos antiepiléticos, 60% dos antiinflamatórios,
100% dos antiparasitários, 50% dos broncodilatadores, 50% dos
descongestionantes e 25% dos mucolíticos. Quanto ao pH endógeno, as médias
aquém do pH crítico de 5.5 foram encontradas nos broncodilatadores (3.61),
antiinflamatórios (4.37), antialérgicos (4.50), descongestionantes (4.81),
antibióticos e mucolíticos (5.15) e antiparasitários (5.30). Conclui-se,
portanto, que 63,3% dos medicamentos avaliados apresentam a sacarose como
principal edulcorante e 74,2% apresentam seu pH endógeno inferior ao pH crítico
de 5.5.
B111
Histopatologia
da lesão de cárie oclusal em molares decíduos
A. R. ROMANO,
N. VILLA
Universidade
de São Paulo, SP - (0532) 782635
O conhecimento
microscópico da lesão de cárie dentária determinam parâmetros para avaliação
do seu estabelecimento, progressão e controle. Esta pesquisa avaliou a
histopatologia da lesão de cárie de sítios oclusais de dentes molares
decíduos humanos extraídos por motivo ortodôntico. Estes sítios foram
classificados, por um único examinador calibrado, de acordo com as características
visuais, dados da anamnese e exame da cavidade bucal em cinco grupos: sadio, lesão
mancha branca, lesão ativa em esmalte pigmentado, lesão inativa em esmalte
pigmentado e lesão ativa em dentina. A avaliação histopatológica foi
conduzida e fotografada em lupa e em microscopia de luz polarizada.
A zona superficial e o corpo
da lesão mostraram variações decorrentes da porosidade tecidual. A zona
escura estava presente em 67% dos casos, sendo 40% nas lesões de
mancha branca e em 80% nas lesões pigmentadas. A zona translúcida estava
presente na metade das lesões avaliadas em permount. Nas lesões em dentina de
molares decíduos humanos, decorrentes da presença, na superfície oclusal, de
lesões de cárie com ou sem microcavitações foram registradas, em todas as
amostras, as três zonas clássicas: zona de esclerose, zona de desmineralização
e zona de destruição e contaminação. A lesão de esmalte oclusal mostrou
a presença das quatro zonas clássicas descritas para lesão inicial em
esmalte, sendo que a zona escura estava freqüentemente acompanhando lesões
consideradas inativas. As reações da dentina de molares decíduos humanos,
decorrentes da presença, na superfície oclusal, de lesões de cárie com ou
sem microcavitações foram semelhantes às descritas para os dentes
permanentes.
B112
Efeito da própolis
de Apis mellifera sobre as
glucosiltransferases.
H. KOO*, J. A.
CURY, P. L. ROSALEN, Y. K. PARK, W. H. BOWEN.
Laboratório
de Bioquímica Oral - FOP–UNICAMP / Center for Oral Biology – U. of R., NY,
USA (jcury@foO extrato etanólico da própolis (EEP) tem demonstrado inibição
da atividade da glucosiltransferase (Gtf) bruta em solução. No presente estudo
foi analisado o efeito da própolis de duas regiões brasileiras sobre a
atividade das glucosiltransferases individuais e purificadas em solução e
aderidas sobre a superfície de hidroxiapatita tratada com saliva (HAS).
Os EEPs (10%, v/v; em etanol 80%, v/v) de Minas Gerais (MG) e Rio Grande
do Sul (RS) foram testados quanto a capacidade de inibição das Gtf B (síntese
de glucano insolúvel), Gtf C (glucanos solúvel/insolúvel) e Gtf D (glucano
solúvel). Uma enzima adicional, Gtf G (glucano solúvel) de Streptococcus
sanguis também foi analisado. Os EEPs inibiram eficientemente a atividade
de todas as enzimas em solução (75 a 95%) nas concentrações de 1,25 a 5,0 mg
de própolis/mL e em superfície de HA (40 a 95%) nas mesmas concentrações.
Entretanto, a atividade inibitória do EEP sobre os Gtfs aderidas na superfície
de HA não foi tão efetiva como a observada nas mesmas enzimas em solução. De
modo geral, o EEP de RS demonstrou maior redução da atividade das Gtfs B e C
do que o EEP de MG. Por outro lado, EEP de MG apresentou ser mais eficiente na
inibição das Gtfs D e G. Em acréscimo, foi testado um dos compostos isolados
da própolis, o flavonóide aglicona quercetina, quanto ao seu efeito sobre as
Gtfs. A quercetina inibiu fortemente a atividade da Gtf G em solução (70% de
inibição na concentração de 15,6 mg/mL). Os resultados demonstraram que o
EEP é um potente inibidor das enzimas Gtfs, porém o seu efeito sobre a
atividade da Gtf foi variável dependendo da região de coleta da própolis. É
evidente a importância do isolamento e a identificação dos princípios ativos
da própolis.
(CAPES - Proc.
0574 / 98-20)
p.unicamp.br)
B113
Efeitos do
cobre no epitélio palatino de fetos de rato. Estudo morfometrico.
A.A. CAMPOS*,
R.A. LOPES, M.A. SALA, S.A. LACERDA, L.I.YUGOSHI, L.G.BRENTEGANI.
Depto.
Mofologia, Estomatologia e Fisiologia. Fac. Odontologia de Ribeirão Preto –
USP
A proposta
desse trabalho foi estudar os efeitos de doses subteratogênicas de cobre no
desenvolvimento do epitélio do palato de fetos de ratos. Realizou-se a injeção
endovenosa de 4 mg de sulfato de cobre/kg de peso corporal no 10º dia de
prenhez em ratas (wistar) e solução salina em outro grupo de ratas,
denominadas de controle. Os fetos foram colhidos no 20º dia de prenhez e
fixados em solução de alfac durante 24 horas. Após a fixação, 5 fetos de
cada grupo foram escolhidos, suas cabeças foram separadas dos corpos, cortadas
sagitalmente e embebidas em parafina. Foram realizados cortes semi-seriados de 6
mm de espessura e corados com hematoxilina e eosina. Essas lâminas foram
utilizadas para o exame histopatologico, cariométrico e estereológico do epitélio
do palato anterior (duro) e posterior (mole) A análise estatística dos
resultados foi realizada através da utilização do teste não-paramétrico de
Mann-Whitney. Palato duro e mole: As camadas basal e espinhosa do epitélio do
palato dos animais tratados com cobre, mostraram-se menores e com núcleos
alongados em relação aos animais do grupo controle. Esses resultados foram
estatisticamente significantes (a<0,01). Por outro lado, não foi encontrada
diferença estatisticamente significante na espessura da camada espinhosa do
palato posterior (mole). A espessura da camada basal e do epitélio total
thickness do epitélio palatino eram
menores nos animais tratados com cobre. Foi constatada a ausência da camada de
ceratina nos animais do grupo tratado. Pode-se concluir que a administração
de cobre induz a redução do epitélio palatino de fetos de rato.
B114
Proliferação
celular no tumor neuroectodérmico melanótico da infância.
P. E. A. de
SOUZA*, F. MERLY, D. M. F. MAIA, W. H. CASTRO, R. S. GOMEZ
Departamento
de Patologia e Cirurgia - Faculdade de Odontologia da UFMG
- Fone: 55-31-291 1199 r.26; Fax: 55-31-292 7282; e-mail:
rsgomez@net.em.com.br
O tumor
neuroectodérmico melanótico da infância (TNMI) é uma neoplasia benigna rara
que acomete principalmente a maxila de crianças com menos de 1 ano de idade.
Acredita-se que a origem desta lesão seja de células da crista neural. O TNMI
possui uma população celular bifásica: uma população neuroblástica (células
pequenas e fortemente coradas) e uma população melanocítica (grandes células
epitelióides contendo melanina). O objetivo desse estudo foi comparar a expressão
imunohistoquímica de proteínas associadas ao ciclo celular nas populações de
células neuroblásticas e melanocíticas do TNMI. Três casos de TNMI foram
selecionados. A expressão imunohistoquímica de MDM-2, p53, PCNA, Ciclina A e
Ciclina D1 foi avaliada utilizando-se complexo streptavidina-biotina-peroxidase.
Os resultados demonstraram, imunomarcação para MDM-2, PCNA, Ciclina A e
Ciclina D1 apenas nas células epitelióides, as quais contém melanina. Esses
resultados sugerem que a expressão de MDM-2 pode ser importante para o
desenvolvimento do TNMI e que a população de células melanocíticas, e não a
de células neuroblásticas, é o componente proliferativo do tumor.
Apoio: CNPq,
FAPEMIG, FUNDEP
B115
Estudo
comparativo entre reações liquenóides e líquen plano na mucosa bucal.
F. C. G.
SAMPAIO GÓES*, M. A. MATSUMOTO, A. CONSOLARO
Departamento
de Estomatologia-Disciplina de Patologia FOB-USP. Tel. (014) 2358251
As reações imunopatológicas na mucosa, especialmente na
camada basal recebem várias terminologias: líquen plano, reação, lesão e
displasia liquenóides. A falta de padrão distinto gera controvérsias e
discussões nos serviços de anatomopatologia e de estomatologia. Para
contribuir com o discernimento destes quadros e termos, propusemo-nos
a analisar microscopicamente 100 casos de líquen plano e 100, de reações
liquenóides bucais, para verificar a possibilidade de padrões morfológicos
específicos. Nos arquivos da Patologia da FOB-USP foram resgatados 100 casos de
líquen plano e 100 descritos como lesão ou reação liquenóide. Muitas reações
liquenóides estavam justapostas a diagnósticos de hiperplasia fibrosa inflamatória.
Na metodologia repetiu-se os procedimentos de análise comuns aos serviços de
patologia a partir de cortes corados em HE. Os critérios de análise foram:
1.Na mucosa bucal: espessura, configuração, queratinização, alterações na
membrana basal, displasia; 2.Na submucosa: grau, predominância, profundidade e
distribuição do infiltrado inflamatório, congestão vascular, proliferação
angioblástica, presença de melanófagos e outros. Comparando-se os dados pôde-se
inferir que os quadros microscópicos são semelhantes e indistingüíveis. Há
porém diferenças na distribuição do infiltrado inflamatório e sua relação
com o epitélio em função da sua qualificação antigênica difusa ou focal. A
distribuição focal é mais comum nas reações liquenóides. Em casos de lesões
liquenóides, identificáveis clinicamente, a diferenciação entre reação
liquenóide e líquen plano não é possível de ser feita com segurança e
precisão nas colorações de rotina. Nenhum casos de displasia liquenóide foi
identificado.
Apoio: CAPES
B116
Influência da
matriz extracelular na expressão das integrinas a2, a3 e a5 na linhagem celular
HSG
S.V.L. LODUCCAa;
A. MANTESSOb;
D.M. WILLIAMSc;
V.C. ARAÚJOd - a,b,d
Disciplina de Patologia Bucal, FOUSP - c Department
of Oral Pathology, St. Bart’s and the Royal London School of Medicine and -
Dentistry - London
University - tel: (011) 818 79 02
As interações
entre células e matriz extracelular (MEC) são importantes em processos fisiológicos
e patológicos. Estas interações são mediadas pelas integrinas, família de
moléculas de adesão que proporciona ancoragem entre células e MEC, sendo as
integrinas a2b1, a3b1 e a5b1 as principais responsáveis pela adesão célular
ao colágeno, laminina e fibronectina. Este estudo investigou a influência da
MEC na expressão das subunidades
a2, a3 e a5 das integrinas, na linhagem celular HSG (derivada de adenocarcinoma
de glândula salivar). As células HSG foram cultivadas sobre lamínulas de
vidro com e sem tratamento de Matrigel®. Após o período de incubação de 2
dias, procedimento de imunofluorescência foi realizado, utilizando-se os
anticorpos anti integrinas a2, a3 e a5. Os resultados foram visualizados por
microscopia de epifluorescência, podendo-se observar marcante aumento da
imunoexpressão das integrinas estudas nas células cultivadas sobre o Matrigel®.
Estes reultados sugerem que a expressão de integrinas pode ser modulado por
componentes de MEC, podendo ser de fundamental importância na migração
celular e em processos de invasão tumoral e metástase.
B117
Indução de
apoptose em células cultivadas do carcinoma adenóide cístico humano.
F. T. SALLES;
A. M. HESPANHOL*; P. L. GALDINO; M. M. M JAEGER
Disciplina de
Patologia Bucal- FOUSP tel (011) 8187902
O carcinoma
adenóide cístico é uma neoplasia maligna que ocorre em qualquer região da
cavidade bucal, mais preferencialmente em glândulas salivares menores do
palato. Indução de apoptose por várias drogas diferentes tem sido utilizada
na terapia de tumores malignos. Apoptose, ou morte celular programada, é um
tipo de morte celular puntual, onde há controle genético e ausência de
resposta inflamatória. O objetivo do estudo foi induzir
apoptose em células de linhagem do carcinoma adenóide cístico,
denominada CAC2, utilizando brefeldina-A. Sabe-se
que essa droga causa apoptose atuando no complexo de Golgi.
As células foram tripsinizadas, centrifugadas e ressuspendidas, sendo
então recolocadas em frascos contendo meio de cultura sem soro contendo 375µM
de brefeldina A. Os frascos ficaram
em estufa a 37°C por 20 h e, posteriormente, as células foram tripsinizadas.
Parte dessas células foi colocada sobre lamínulas de vidro cobertas com
polilisina e a seguir fixadas, permeabilizadas e coradas para evidenciação do
DNA através da fluorescência pelo Hoechst.
Outra parte das células foi processada para análise em microscopia
eletrônica de transmissão (MET). Por fluorescência, depois confirmado em MET,
observamos a presença de corpos apopóticos em larga escala, e células em vários
outros estágios de apoptose. A
brefeldina A causa apoptose em células cultivadas do carcinoma adenóide cístico,
sendo interessante analisar a atividade dessa droga in vivo com vistas ao tratamento do tumor. Esse trabalho foi
financiado pela FDCTO e CNPq.
B118
Estudo
imuno-histoquímico de queilites actínicas.
J. N. SANTOS*,
E. F. MARTINEZ, E.TODDAI, V. C. ARAÚJO
Patologia
Bucal–FOUSP tel (011) 8187902
As queilites
actínicas são lesões que ocorrem no lábio inferior e resultam da exposição
excessiva à radiação ultravioleta. Sabendo-se que tais lesões podem sofrer
transformação maligna, estudamos proteínas implicadas na diferenciação e
controle do ciclo celular através da técnica imuno-histoquímica. Para tal,
utilizamos anticorpos contra citoqueratinas (CKs) 7, 8, 10, 13, 14, 16, 17, 18 e
19, bem como anticorpos contra proteínas Ki-67, PCNA, p53 e p21 em 12 casos de
queilites actínicas provenientes dos arquivos da Disciplina de Patologia Bucal
da FOUSP. O revestimento epitelial das lesões mostrou-se positivo para o Ki-67
e para o PCNA com leve variação entre as camadas. A CK 10 exibiu imunomarcação
desde a camada espinhosa alta até a córnea. A CK 13 estava presente nos
queratinócitos das camadas suprabasais, sendo substituída pela CK 16 em áreas
hiperparaqueratinizadas. A CK 14 foi expressa em quase todas as camadas
epiteliais. As alterações no padrão de queratinização indicam que houve
modificação no grau de diferenciação epitelial. Além disso, a imunomarcação
da p53 associada à ausência de expressão da p21 indica que a proteína p53 é
mutante nos casos estudados.
B119
Quantificação
e identificação de Cândida sp em
saliva total de pacientes HIV positivo”.
N. R. Melo, K.
G. Zecchin*, J. J. Junior, F. H. Aoki. “
Departamento
de Diagnóstico Oral, Área de Patologia e Semiologia – FOP/UNICAMP. Fone:
(019) 430-5213. E-mail: kgzecchin@zipmail.com.br
Desde a
caracterização da AIDS no início dos anos oitenta, aumentou o número de
pacientes imunossuprimidos com as mais variadas expressões clínicas
associadas. Uma delas, a candidose bucal, infecção fúngica muito comum,
assumiu posição de importância causando assim intensificação dos estudos
associados a esta doença. O presente estudo teve por objetivo determinar a
contagem e identificação do gênero Candida
na saliva total de pacientes portadores do HIV, correlacionando com aspectos clínicos
e parâmetros laboratoriais. Foram avaliados 188 pacientes portadores do HIV que
utilizavam inibidor de protease HIV (Indinavir), em combinação com outros
antiretrovirais. Os pacientes foram submetidos a exames clínicos e
laboratoriais periódicos e padronizados para determinação de indicadores de
saúde geral e bucal tais como situação sorológica, clínico-epidemiológica,
marcadores laboratoriais, fluxo salivar e análise microbiológica da saliva. A
candidose bucal foi encontrada em 32% dos pacientes e nestes a contagem de
UFC/ml foi significantemente maior (p=0,00) do que nos que não apresentaram
esta manifestação bucal. A densidade de colonização por Candida
mostrou correlação inversa com a contagem de glóbulos brancos (p=-0,0004),
dosagens de TGO (p= 0,01) e TGP (p=0,02). C.albicans
correspondeu a 75,8% das espécies identificadas.
Apoio
financeiro FAPESP, processo 97/07020-2.
B120
Estudo “in
situ” da remineralização de lesões de cárie em esmalte.
S. Scherer, M. Maltz*, L. Santos; E. Rossoni.
Departamento
de Odontologia Preventiva e Social, Faculdade de Odontologia, UFRGS,
0513165015.mmaltz@vortex.UFRGS.br
O presente estudo propõe-se a avaliar o ganho mineral de lesões
de cárie após a remoção periódica de placa bacteriana e uso de dentifrício
fluoretado. O trabalho constou de dois períodos experimentais. Durante o
primeiro período experimental (21 dias), seis voluntários usaram aparelhos de
acrílico palatinos removíveis com dois blocos de esmalte coberto por uma tela
para propiciar maior acúmulo de placa. As amostras foram submetidas,
extra-oralmente, a 6 desafios cariogênicos com solução de sacarose (10%).
Neste período experimental não foi realizada remoção de placa dos blocos e
os voluntários realizaram sua higiene bucal com dentifrícios sem flúor. No
segundo período experimental (75 dias) foi removida a tela de sobre os blocos
de esmalte e os mesmos foram higienizados duas vezes ao dia com dentifrício
fluoretado. O conteúdo mineral foi analisado pelo método de microdureza Knoop
(KHN). A dureza superficial inicial média dos blocos de esmalte foi de 315,99
± 15,09 KHN. Após o primeiro período experimental, observou-se uma redução
da dureza para uma média de 160,36 ± 33,52 KHN. A análise dos blocos após o
processo de remineralização, mostrou um aumentou da dureza superficial. Após
30 dias com controle de placa e uso de dentifrício fluoretado a dureza
superficial aumentou para uma média de 238,50 ± 27,57 KHN e após 75 dias para
uma média de 279,79 ± 23,08 KHN. A média das diferenças entre os dois
tratamentos foi significativa a nível de 1% (test T Student Pareado). Conclui-se
que os blocos de esmalte com lesões de cárie quando submetidos à higiene
bucal e uso de dentifrício fluoretado por 75 dias apresentaram aumento de
microdureza, entretanto inferior a inicial.
CNPq / UFRGS
B121
Avaliação
Quantitativa do AgNOR e PCNA em Ameloblastomas.
J.C.
MUNERATO*, M. SANT´ANA FILHO
P.P.G. em
Patologia Bucal - UFRGS Fone/Fax: (051)3165023
Os
ameloblastomas são tumores odontogênicos agressivos e com invasibilidade
local; e muitos estudos visam, ou a correlação, ou a justificativa destas
características clínicas com os aspectos histológicos. Atualmente, as análises
da atividade proliferativa das células, de origem epitelial, do neoplasma se
destacam. Dentre estas: a técnica AgNOR, que visa a identificação por prata
das regiões organizadoras nucleolares, e a detecção imunohistoquímica do antígeno
nuclear de proliferação celular (PCNA) são alguns dos métodos utilizados.
Neste estudo foram selecionados dez (10) casos de ameloblastomas, do laboratório
de Patologia Bucal da Faculdade de Odontologia da UFRGS, e seus cortes histológicos
foram submetidos à técnica AgNOR e
a detecção imunohistoquímica do PCNA. Os casos foram analisados pela contagem
de mil (1000) núcleos celulares, em cada corte. O número médio de AgNORs por
núcleo foi de 1,527 ± 0,257(DP), e o número médio de células PCNA positivas
foi de 586 ± 277,302(DP). Os resultados obtidos indicam que o número de
AgNORs por núcleo não é um parâmetro confiável na avaliação da atividade
proliferativa tumoral quando comparado ao número de células PCNA positivas.
Apoio
financeiro: CAPES
B122
Estudo da
expressão de actina de músculo liso em células do mioepitelioma cultivadas em
matriz extracelular.
S. P. H.
MIYAGI*, P. T. OLIVEIRA, R. G. JAEGER, M. M. M. JAEGER
Patologia
Bucal-FOUSP e Histologia-FORP-USP - (011) 520-3248
Moléculas da
matriz extracelular (MEC) são moduladoras-chave de morfo e citodiferenciação
de células cultivadas do adenoma pleomórfico de glândula salivar (Jaeger et
al., Virchows Arch., v.430, p.467-77, 1997).
Como no adenoma pleomórfico, a matriz extracelular (MEC) pode ser
abundante no mioepitelioma e poderia ser fator de inibição da expressão da
actina de músculo liso (AML) nas células mioepiteliais neoplásicas (Jaeger et
al., Oral Surg. Oral Med. Oral Pathol. Oral Radiol. Endod., v.84, p.663-7,
1997). Assim, decidimos avaliar a
influência de moléculas da MEC na expressão da actina de músculo liso em
linhagem celular mioepitelial derivada do mioepitelioma humano (M1). Células M1 foram cultivadas sobre plástico (controle) e
sobre componentes da MEC. Foram
utilizados laminina, colágeno tipos I e IV, Matrigel (membrana basal reconstituída)
e fibronectina. Após indução por
1 dia ou por 3 passagens nessas
condições, foi realizada imunofluorescência para detectar a AML nas células M1.
Tanto células controle quanto tratadas exibiram positividade à AML. Os
filamentos de AML nas células M1, independentemente do substrato utilizado,
distribuíam-se em feixes paralelos entre si e dispersos por todo o citoplasma.
Adicionalmente, quando cultivadas sobre Matrigel, células M1 passaram a
exibir fenótipo estrelário, com prolongamentos citoplasmáticos longos e
delgados. Nossos resultados sugerem que componentes isolados da MEC
(laminina, colágeno tipos I e IV e fibronectina) e a membrana basal reconstituída
(Matrigel) não influenciam a citodiferenciação relacionada à expressão da
AML na linhagem M1.
Esse trabalho
teve suporte financeiro da FUNDECTO.
B123
Marcadores de
proliferação celular em ceratocistos odontogênicos: efeito da inflamação.
PAULA* AMB,
CARVALHAIS JN, GOMEZ RS, BARRETO DC, MESQUITA, RA
Departamento
de Clínica, Patologia e Cirurgia da Faculdade de Odontologia da UFMG. - Tel :
(031) 291-1199 Fax : (031) 291-5600
A expressão
imunohistoquímica das proteínas PCNA e Ki-67 e a expressão histoquímica das
AgNORs já foram utilizadas com o objetivo de se avaliar a atividade
proliferativa em várias lesões benignas e malignas. Um estudo desses
marcadores de proliferação foi realizado em vinte casos de ceratocistos
odontogênicos com a finalidade de se avaliar a relação entre a proliferação
das células epteliais e o processo inflamatório dentro da cápsula dessas lesões.
Um aumento estatisticamente significante de células positivas para PCNA, Ki-67
e o número de AgNORs foi detectado em ceratocistos odontogênicos inflamados. Esses
resultados sugerem que a inflamação induz à uma maior atividade proliferativa
nas células epteliais de ceratocistos inflamados comparado às lesões não-inflamadas.
As imlicações biológicas de nossos achados necessitam de futuras
investigações.
Apoio :
Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) e Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas
Gerais (FAPEMIG).
B124
Proliferação
celular em folículos pericoronários: efeito do envelhecimento.
P. Azeredo*, T. H.
Siqueira* , F. Merly, W. H. Castro,
R. S. Gomez
Departamento
de Clínica, Cirurgia e Patologia da FO - UFMG - Fone: (031) 291-1199 - R:26
- Fax: (031) 291-5600;
e-mail: rsgomez@net.em.com.br
O propósito
do presente estudo foi avaliar atividade proliferativa de fibroblastos de folículos
pericoronários de diferentes faixas etárias. A atividade proliferativa foi
estudada através da expressão imunohistoquímica da ciclina D nestas células.
Dez folículos pericoronários removidos de pcientes entre 10 e 16 anos (Grupo
1), 21 e 28 anos (Grupo 2) e acima dos 30 anos de idade (Grupo 3) foram
selecionados nos arquivos do laboratório de Patologia Cirúrgica da Faculdade
de Odontologia da UFMG. Para quantificação do número de células positivas
para ciclina D foram selecionados oito campos histológicos aleatórios (400x).
As médias dos três grupos foram comparadas pela análise não paramétrica de
Kruskall-Wallis. A média do percentual de células mesenquimais no folículos
pericoronários de pacientes do Grupo 1 não foi estatisticamente diferente do
Grupo 2. O Grupo 3 apresentou menor expressão de ciclina D do que os grupos 1 e
2. Estes resultados demonstram diminuição da atividade proliferativa no
componente mesenquimal de folículos pericoronários com aumento da idade do
paciente.
Apoio:
FAPEMIG, CNPq e FUNDEP
B125
Eficiência
de materiais seladores, frente a substâncias clareadoras.
Autores: R. A.
CARVALHO*, H. A. DANTAS,
I. F. ANDRADE, S. LAUAR
Departamento
de Odontologia – Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Fone: (084)
982.2374 – Fax: 2211840
Esse trabalho
verificou a eficiência de três materiais seladores; Cimpat Blanc, IRM e Resina Composta Fotoativada ,
frente ao curativo de demora à base de Perborato de Sódio e Peróxido de
Hidrogênio a 30%, utilizados no tratamento de clareação de dentes não
vitais. Foram utilizados sessenta dentes humanos anteriores hígidos, que após
extração foram armazenados em solução de formol a 10% até o momento de sua
utilização, que teve início com os preparos cavitários,
remoção do conteúdo pulpar, seguidos da impermeabilização da superfície
externa. Em seguida, os dentes foram divididos em três grupos de vinte dentes
cada GI, GII e GIII, e estes em
subgrupos, sendo dez controle (A) e
dez experimental (B), efetuado o tampão cervical com cimento de fosfato de
zinco, colocados o curativo de demora e selados com o material provisório
correspondente a cada grupo. Finalmente, foram imersos em saliva artificial com
azul de metileno a 0,5 %, termociclados durante 07 dias, lavados e seccionados
longitudinalmente para análises em microscópio estereoscópio e estatística. De
acordo com os resultados obtidos, parece lícito concluir que: os três materiais seladores temporários testados, não
foram capazes de impedir a infiltração marginal do corante via coronária; o
curativo de demora utilizado teve influência sobre o vedamento propiciado pelos
materiais, na seguinte ordem crescente: GIII (Resina Composta Fotoativada), GI
(Cimpat Blanc) e GII (IRM); os
materiais seladores exibiram grau
de infiltraçào marginal na seguinte ordem crescente, a partir do material mais
efetivo: GIII ( x
= 1,65 ); GI ( x = 3,05 ) e GII
( x = 3,85 ).
B126
BMP e
osteonectina em lesões fibro-osseas
benignas: estudo comparativo
A. ETGES* ; A.
P. V. SOBRAL ; F. B. SOUSA; F. D. NUNES
Patologia
Bucal; FO-USP - (011) 8187902
As lesões
fibro-osseas (FOL) compreendem um grupo diverso de lesões, caracterizado pela
substituição de tecido ósseo normal por tecido fibroso e material
mineralizado. Esta denominação não é um diagnóstico em si, mas apenas
descreve um processo patológico. Esse processo, no entanto, é pouco conhecido
quanto a suas características moleculares. Várias proteínas não colagênicas
tem sido identificados no osso, entre elas a osteonectina e as proteínas
morfogenéticas do osso (BMPs). Estudos anteriores sugerem que a osteonectina é
um marcador da diferenciação do osteoblasto, importante também no processo de
mineralização. As BMPs pertencem à família do fator transformante de
crescimento, e estimulam a diferenciação de células mesenquimais
indiferenciadas em osteoblastos. Objetivando estudar a presença da osteonectina
e da BMP em lesões fibro-ósseas, nos propusemos a comparar a marcação
imunohistoquímica destas moléculas. Doze lesões fibro-ósseas (4 displasias
fibrosas - DF; 4 displasias cementiformes - DC; e 4 fibromas ossificantes - FO)
pertencentes aos arquivos da Disciplina de Patologia Bucal da FOUSP, foram
utilizadas. A osteonectina mostrou forte marcação na maioria das células dos
FO e DC quando comparado com a BMP. Já a BMP apresentou intensa positividade
nas DF. Concluimos que nossos resultados sugerem diferenças no processo de
mineralização entre as FO/DC e as DF.
B127
Avaliação
citopatológica de leucoplasias antes e após biópsia.
R. PESCHKE*,
P. V. RADOS, M. SANT’ANA F.º, O. QUADROS , J. J. D. BARBACHAN
P. P.G.
Patologia Bucal – UFRGS - Fone/fax: (051) 316 5023
A leucoplasia
é definida como uma placa branca, que não pode ser caracterizada, clínica ou
patologicamente, como nenhuma outra enfermidade, O.M.S., Oral Surg., 46:
518-539, 1978. Avaliou-se as variações
citopatológicas em esfregaços obtidos de leucoplasias da mucosa bucal, em
pacientes adultos de ambos os sexos, antes e após a realização da biópsia.
Foram obtidos raspados de 16 leucoplasias, fixados e corados pela técnica
de Papanicolaou. As lesões foram então biopsiadas e avaliadas
microscopicamente. Trinta dias após
a biópsia fez-se novo exame citopatológico.
As lâminas foram observadas ao microscópio em toda sua extensão
contando-se 100 células por esfregaço. Os
resultados foram submetidos ao teste t-student . Não foram observadas diferenças
significativas entre as médias de células superficiais sem núcleo antes e após
a biópsia, encontrou-se, porém, diferenças entre as médias de células
superficiais com núcleo e intermediárias.
O quadro citopatológico das leucoplasias sofreu modificações após
a realização da biópsia, observou-se aumento na quantidade de células
superficiais com núcleo e diminuição das intermediárias.
CAPES
B128
Análise
salivar em
crianças com
déficit
de estatura para idade.
F. V. G.,
ABREU*, I. P. R., SOUZA, L. A. ANJOS, P. D. BECHARA
Doutorado em
Odontopediatria - FO - UFRJ, Fac. de Nutrição - UFF, Fac. de Química - UFRJ.
(5521 611-3120)
O objetivo
deste trabalho foi avaliar algumas análises salivares de crianças desnutridas
(GD) comparando com crianças eutróficas (GE). Avaliou-se crianças de 3 - 5
anos de idade que freqüentavam escolas públicas da zona periurbana da cidade
de Santos Dumont - MG. Para a análise antropométrica utilizou-se o padrão do
NCHS - OMS em 104 crianças, sendo que 9 crianças (8,6%) constituíram o GD
(igual ou inferior ao percentil 3 do índice A/I) e 95 (91,4%) constituíram o
GE (superior ao percentil 3 do índice A/I). Foi feito exame clínico para
avaliação do índice ceo-d seguindo os critérios da OMS.
Realizou-se o exame do fluxo salivar (FS) e da concentração salivar
(CS) dos íons cálcio, fosfato e fluoreto. Para a avaliação da CS destes íons
foi utilizado o método da Cromatografia de íons. O índice ceo-d médio das
crianças do GD foi de 6,1 ± 5,6 e do GE foi 4,6 ± 3,7 (p=0,5307 -
Kruskal-Wallis), porém o GD teve ceo-d médio 1,3 vezes maior que o GE. O FS médio
para o GD foi de 1,2 ± 1,1 ml/min e para o GE foi 1,6 ± 1,1 ml/min (p=0,1715 -
c2),
não havendo diferença significante entre o FS e o índice ceo-d das crianças
(p=0,5980 - Kruskal-Wallis). A média da CS de fluoreto foi 85,9 ± 49,9 no GD e
90,4 ± 52,7 no GE; para o fosfato foi 235,4 ± 90,6 no GD e 233,6 ± 69,2 no GE
e para o cálcio 88,5 ± 63,8 no GD e 62,8 ± 16,5 no GE, não havendo diferença
estatisticamente significante entre o GD e o GE (Kruskal-Wallis) e nem em relação
ao índice ceo-d. As crianças do GD tiveram índice ceo-d médio maior do
que as do GE, porém não se pôde relacionar este fato com o fluxo salivar e
nem com a concentração salivar de fluoreto, fosfato e cálcio destas crianças.
B129
Interação
entre isoproterenol e pilocarpina no fluxo salivar.
W. A. SAAD*,
S. SIMÕES, J. E. N. SILVEIRA, R. SAAD, L.A.A .CAMARGO, A. F. PEREIRA
Departamento
de Fisiologia F. O. Araraquara,
UNESP/Departamento de Odontologia Taubaté - UNITAU - (016) 232-1233
Neste trabalho
procurou-se estudar a participacão dos receptores beta-adrenérgicos do sistema
nervoso central no controle do
fluxo salivar induzido pela injecão central
de pilocarpina. Foram utilizados ratos Holtzman machos com peso entre
250-300g. Os mesmos tiveram cânulas de demora implantadas no ventrículo
lateral (VL),atraves das quais eram injetadas as drogas. A injecão no VL de
pilocarpina induziu uma copiosa dose dependente curva de secrecão salivar
quando comparada aos animais controles em que se injetou salina 0.15M NaCl. Por
outro lado a injecão no VL de isoproterenol (5umolul) também induziu secrecão
de saliva (68±4 mg/7min). No grupo de animais em que se injetou centralmente a
pilocarpina (40ug/ul) e posterior isoproterenol notou-se que a quantidade de
pilocarpina necessária para estimular o fluxo salivar diminuiu. Assim na dose
de 20ug/ul de
pilocarpina a secrecão salivar foi de 81±7 mg/7min) sendo reduzida para
o fluxo de 50mg/7min quando combinada com o isoproterenol. Estes resultados
contribuem para uma possível
interacão medica mentosa no
controle da xerostomia e sindrome de Sjogren”s.
FAPESP e CNPQ
B130
Efeito da goma
de mascar com flúor na placa e na microbiota cariogênica.
P.R.SILVA *,
A.G.R.C. OLIVEIRA, G. A. MACHADO, J.A.
CURY, N.A. SALIBA
Departamento Social - UNESP -Araçatuba - (011) 452-3533
O objetivo do
presente trabalho foi avaliar a eficácia de uma goma de mascar com flúor na
redução de placa nos níveis salivares de estreptococos do grupo mutans
utilizando uma amostra composta por 15 indivíduos de 7 anos e ambos os sexos.
Foi testada também uma goma com sacarose e, como controle foi utilizada uma
goma de mascar básica (sem açúcar em sem flavorizantes). Após receberem
profilaxia profissional, os indivíduos foram instruídos a se absterem
de higiene oral por um período de 72 horas durante o qual utilizaram uma das três
de gomas de mascar, com intervalos de 10 dias entre as fases do experimento. A
contagem de estreptococos do grupo mutans, expressa pelo número de Unidades
Formadoras de Colônias-UFC, foi determinada pela cultura de amostras de saliva
em Ágar MSB. O acúmulo de placa foi determinado pelo índice proposto por
Silness & Löe em 1964. Nos resultados o índice de placa dos indivíduos
que fizeram uso da goma de mascar com flúor apresentou uma média
significativamente menor em relação à média da goma básica (p<0,01) e em
relação à média da goma com sacarose (p<0,001). Não houve diferença
significativa para o numero de colônias
de estreptococos do grupo mutans (medida pelo teste “t”) com o uso dos três
tipos de goma de mascar. Os resultados do estudo sugerem que a goma de mascar
com flúor pode reduzir o acúmulo de placa mas não causa alteração no número
de estreptococos do grupo mutans na saliva.
B131
Avaliação de
um programa odontológico educativo/preventivo em escolares tratados em
faculdade de odontologia.
M. F. T. B.
BIJELLA, M. F. B. BIJELLA*,
E. S. PEREIRA JÚNIOR
Disciplina de
Odontopediatria, Faculdade de Odontologia de Bauru – USP(014) 235 8218
O objetivo
deste estudo foi avaliar um programa educativo/preventivo desenvolvido com crianças
de 7 a 11 anos de idade tratadas na clínica de graduação da FOB. As crianças
durante o tratamento curativo na graduação realizam paralelamente um programa
educativo/preventivo, ficando em manutenção nesse programa até o irrompimento
do 2o
molar permanente, em torno de 12 a 13 anos de idade. As crianças são,
inicialmente, avaliadas quanto a presença de cárie (exame clínico inicial),
quanto a higiene bucal (índice de higiene de PODSHALEY E HALEY) e quanto ao
conhecimento sobre as doenças bucais e os métodos para preveni-las. Após esta
avaliação inicial são realizadas palestras com a criança e com os pais e/ou
responsáveis sobre a importância da saúde bucal, as quais são repetidas
mensalmente e depois a cada 3 meses. Além das palestras as crianças são
orientadas na prática pela THD sobre o uso de evidenciador de placa, do fio
dentário e da correta escovação e remoção da placa bacteriana, em frente a
um espelho e, também, a fazer bochechos de flúor que pode ser diário (NaF a
0,05%) ou semanal (NaF a 0,2%), de acordo com o risco de cárie da criança. A
criança retorna semanalmente para essa aprendizagem, que varia de acordo com
sua habilidade. Após esse período o retorno é mensal, sendo a avaliação da
higiene bucal e da presença de cárie realizados a cada 3 meses. O índice de
placa de 97 crianças foi avaliado inicial, 3, 6, 9, 12, 24, 36 e 48 meses,
obtendo-se as seguintes médias: 3,38; 2,59; 2,12; 1,68; 1,36; 0,75; 0,40 e
0,18. Os resultados dos índices de placa foram
analisados estatisticamente pelo teste de Student Newman Keuls com p =
9,05.10-151 . Os
testes estatísticos demonstraram que houve diferença estatisticamente
significante entre todos os períodos avaliados, sendo que na avaliação de 36
e 48 meses há uma tendência de uniformidade dos níveis de placa bacteriana.
B132
Eficiência de
um programa para a educação e motivação da higiene buco-dental.
C.M.BARBIERI,
S.M.H.C.A. AGUIAR
Departamento
de Odontologia Infantil e Social. Fone(018)6203235- E-mail:saguiar@foa.unesp.br
No
presente trabalho, avalia-se a eficiência de um programa cujo objetivo
é a educação e a motivação da higiene buco-dental, direcionada aos
excepcionais portadores de disfunções motoras e deficiência mental,
internados e assistidos em uma entidade assistencial.
Infelizmente, estes indivíduos, por não possuírem habilidades motoras
para a realização de suas atividades da vida diária, são totalmente
dependentes dos enfermeiros responsáveis por eles. Portanto, não são capazes
de realizar suas escovações dentais, ficando esta atividade a cargo desses
enfermeiros. A partir desta observação, optou-se pela instituição de um
programa para a “Educação e Motivação”, destes enfermeiros.
E, os resultados obtidos foram altamente satisfatórios, pois houve
uma marcante redução dos índices de placa dental nesses pacientes, em virtude
da assimilação de técnicas mais adequadas para a realização de suas
higienes buco-dentais e, conseqüentemente a aquisição deste hábito como uma
rotina saudável e necessária para o bem estar
destes indivíduos especiais.
Palavras
Chaves: Motivação; Assistência Odontológica para excepcionais; Deficientes;
Odontologia preventiva.
B133
Condições clínicas
e hábitos relacionados ao câncer bucal.
I. m. g. BRANDÃO*, S. A. S. MOIMAZ, n. a. saliba, r. m. arcieri, c.
a. saliba
Depto.
Odontologia Infantil e Social, Faculdade de Odontologia de Araçatuba, UNESP -
(018) 622-8331
O consumo de
álcool e o uso do tabaco são considerados entre outros como fatores de risco
para o câncer bucal. O objetivo deste estudo foi avaliar as condições clínicas
extrabucais e da mucosa oral assim como certos hábitos possivelmente
relacionados ao câncer bucal. O grupo de estudo foi composto pelos
153 indivíduos, de 8 a 84 anos de idade, que compareceram às Unidades Básicas
de Saúde da zona rural de Araçatuba-SP, durante as atividades desenvolvidas na
Campanha de Prevenção do Câncer Bucal. Os exames foram realizados por 4
examinadores, treinados para aplicação dos critérios preconizados pela OMS
(1999). Os resultados demonstraram que 5,9% dos indivíduos apresentaram alterações
extrabucais, sendo que as condições mais frequentemente observadas foram a
presença de ulcerações, feridas ou lesões (44,4%); 22,2% apresentaram alterações
intrabucais, sendo que as condições mais
observadas foram a presença de
candidíase (26,4%) e de outras condições (61,7%); 15,7% tinham o hábito de
fumar, 17,0% o do consumo de
bebidas alcoólicas e 6,53% ambos os hábitos. Os resultados comprovam
a necessidade de orientação da população estudada, quanto aos riscos de hábitos
não condizentes com bom nível de saúde bucal, assim como da importância da
identificação e tratamento precoces de alterações físicas potencialmente
relacionadas ao cancer bucal.
B134
Análise
Retrospectiva da relação entre padrão de doença cárie de filhos e mães em
um centro municipal de saúde.
R.AROUCA, L.F.
BASTOS, M. RENDEIRO*, L. OLIVEIRA.
Odontologia
Social – UFF /UNIGRANRIO/ UVA - (021) 5953348
O estudo
retrospectivo pressupõe a identificação de indivíduos acometidos ou não por
determinada condição e a comparação da freqüência de exposição a um
fator considerado de risco em 2 grupos. Nesta pesquisa a condição em questão
é a doença cárie, mensurada pelos índices CPO-D e ceo-d. O fator de risco é
ser filho de uma mulher com alto índice da doença. O objetivo desse trabalho
é comparar a freqüência de exposição a mães, com índices elevados de cárie
dentária nos grupos de alta ocorrência (A) e de baixa ocorrência (B) obtidos
entre pacientes pediátricos em um centro Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.
Foram examinadas 41 crianças, o ceo-d dos 19 que se encontravam em fase de
dentição decídua e a soma dos valores de ceo-d e CPO-D
dos 22 que apresentavam dentição mista foram coletados. As 34 mães
foram examinadas para o levantamento do CPO-D . Classificou-se em grupo A ( alto
padrão de cárie) as crianças que apresentavam ceo-d ou ceo-d + CPO-D maior
que o valor da mediana destes índices ( ceo-d>5 e ceo-d + CPO-D>6). Os
demais indivíduos foram classificados como não acometidos. Considerou-se como
exposta ao fator de risco a criança cuja mãe tivesse CPO-D maior que a mediana
da população examinada(CPO-D > 18,5). Foi utilizado o teste qui-quadrado,
entre indivíduos do grupo A e B aplicado com nível de significância de
5%(a=5%).Foram feitas 3 análises através deste teste, em crianças com dentição
decídua ; mista e no total (decídua +mista). O teste não apontou significância
estatística para as diferenças de exposição ao fator de risco entre grupos A
e B, das 3 análises. Conclui-se que na população estudada o elevado padrão
materno de cárie dentária não constitui fator de risco para ocorrência de
altos índices nas dentições decídua e mista de seus filhos.
B135
Avaliação do
plantão de emergência da FOP/UNICAMP (resultados preliminares).
R B Brito Jr.*; J.Jorge.Jr.; R D.Coletta; P.Agustin V.
Patologia –
FOP/UNICAMP 019-430531
Os serviços
de emergências odontológicas são oferecidos por várias instituições
brasileiras. Entretanto não há estudos verificando a eficácia do tratamento
emergencial e satisfação dos pacientes com o serviço. Os objetivos deste
trabalho foram: verificar o grau de aderência do paciente ao tratamento odontológico
regular, antes e após a emergência; oferecer sugestões para melhorias no
serviço de emergências da FOP/UNICAMP(SE) e verificar o nível de satisfação
do paciente com este serviço. Foram examinados pacientes que utilizaram o SE.
Os pacientes foram convocados para consulta com realização de questionário,
exame clínico e radiografia panorâmica. As informações obtidas foram
digitadas em banco de dados construído com auxílio de software EPI-INFO 6.0â
e analisadas estatisticamente. Dentre os 200 pacientes atendidos, 25% estavam na
segunda década de vida e havia proporção de 1:2 entre mulheres e homens.
Houve predomínio da população branca que residia na mesma cidade onde o serviço
era oferecido. Antes do atendimento no SE, 39,5% dos pacientes só comparecia ao
dentista em caso de dor e 25,5% freqüentavam regularmente o consultório dentário.
Depois da consulta, 43,0% dos pacientes passaram a freqüentar o dentista só em
emergências e 31,5 regularmente. A maioria dos pacientes (74,5%) relatou que
seu problema havia sido resolvido após a consulta, 38% dos pacientes relataram
que gostaram de tudo no SE e 63,5% disseram não ter qualquer queixa. Os
pacientes sugeriram que o SE deve manter-se como está (28%) e oferecer
continuidade ao tratamento (10%). Tais resultados indicam que o grau de aderência
destes pacientes ao tratamento odontológico regular não é satisfatório,
que a maioria dos pacientes ficou satisfeita com o serviço e que o SE
deveria oferecer tratamento continuado após a emergência.
B136
Mudança
qualitativa no perfil da pesquisa científica odontológica no Brasil.
C. F. SILVA
FILHO1-2, E. F. CORMACK* 1-3 , E. L.
SOARES 1
Doutorado em
O. Social - UFF 1
, UGF 2
e UFRJ 3 - (021) 611-5157
O objetivo
desse trabalho foi descrever a mudança no perfil da produção científica na
área odontológica no Brasil. Foram analisados os resumos contidos nos Anais da XIV (n=382) e XV (n=540) Reuniões
Anuais da SBPqO em 1997 e 1998. Cada resumo foi classificado em ao menos uma
categoria, a saber: Biológicos (B)-
relacionados a ciências biológicas básicas, efeitos biológicos de apenas um
material ou técnica de tratamento; Materiais (M)- comparação ou teste de
materiais, equipamentos e produtos para consumo odontológico; Técnicos (T)-
comparação ou descrição de técnicas e procedimentos; e Sociais (S)-
relacionados às ciências humanas e/ou saúde pública. Os resumos foram
categorizados de acordo com a metodologia e/ou conclusões descritas em cada um,
sendo analisados simultaneamente por dois pesquisadores. Os resultados para as
diferentes áreas, nos anos de 1997 e 1998, foram: B = 34,0 e 31,6%;
M = 28,7 e 29,1%; T = 20,0 e
18,5%; S = 17,3 e 20,8%,
respectivamente. Houve um incremento no percentual de trabalhos científicos nas
áreas M (0,4%) e S (3,5%), e uma diminuição nas áreas B (2,4%) e T (1,5%). Concluiu-se
que a pesquisa odontológica no Brasil, apesar de estar centrada nas áreas Biológica
e de Materiais, vem apresentando um
crescimento na área Social, com uma conseqüente aproximação da atividade
científica ao contexto social na qual está inserida, caso essa tendência, se
confirme nos próximos anos.
B137
Conhecimento e
atitudes de médicos em relação à cárie de mamadeira em crianças HIV+.
G. F. CASTRO*,
M. B. PORTELA, A. RIBEIRO, I. P. R. SOUZA, L. SANTOS
FO/IPPMG/UFRJ
(e-mail:glorinha70@hotmail.com)
Crianças
jovens infectadas pelo HIV (HIV+) estão mais expostas aos fatores de risco a cárie
de mamadeira (CM) devido ao constante uso de medicamentos açucarados,
associados com amamentação noturna e negligência em relação a higiene
bucal. O objetivo deste trabalho é verificar o conhecimento e atitudes de todos
os médicos do Ambulatório de AIDS Pediátrica/IPPMG (n=12) que atendem as
crianças HIV+, em relação a essa doença. Cada médico preencheu um questionário
contendo perguntas objetivas sobre CM e práticas preventivas. Usou-se o teste
do Qui-quadrado para análises estatísticas. A média de idade foi 34,1± 8,5
anos; 83,3% era mulher; 50% tinha mais de 10 anos de formado; e com exceção de
2 residentes (16,7%), 83,3% eram pediatras. Todos (100%) sabiam o que era CM mas
apenas 50% considerou maior o risco de uma criança HIV+ apresentar a doença.
Destes, 83,3% (5) considera que o risco seja maior devido a deficiência imune.
Nove profissionais (75%) acreditam que o uso de medicamentos com muito açúcar
pode aumentar esse risco, mas a prática de orientar o paciente a ingerir o
medicamento com líquido açucarado (83,3%) foi independente deste conhecimento.
Apesar de 50% do profissionais já terem recebido informações de como prevenir
a CM, apenas metade desses (50%) instrui os responsáveis, mostrando uma não
correlação destas variáveis (p=0,50). Todos (100%) acham que o médico tem
responsabilidade na prevenção da doença CM mas conclui-se que apesar de
informados e instruídos, poucos são os profissionais que atuam diretamente
nesta prática (41,7%). Um enfoque maior, com campanhas sobre saúde bucal,
deve ser dados aos profissionais que lidam com pacientes com doenças sistêmicas,
que são mais sujeitos a diversas infeções bucais, o que pode vir a piorar seu
prognóstico.
B138
Avaliação
comportamental durante a assistência odontológica na primeira infância.
F. L.
MELHADO*, A. C. B. DELBEM, R. F. CUNHA.
Depto. Odont.
Inf. e Soc.; Fac. Odont. Araçatuba - UNESP. %:(018)6203235
E-mail: adelbem@foa.unesp.br
A maioria dos
estudos credita ao comportamento as dificuldades no atendimento de bebês. Este
estudo tem o propósito de avaliar o comportamento destes durante a assistência
odontológica. Para o desenvolvimento do presente trabalho foram analisados 696
prontuários de pacientes assistidos na Bebê Clínica de Araçatuba, com idades
variando entre 0 e 3 anos e, foram divididos em 6 grupos de acordo com a faixa
etária: grupo I-0 a 6, II-6 a 12, III-12 a 18, IV-18 a 24, V-24 a 30, VI-30 a
36 meses. Os estímulos avaliados foram entrada
no consultório, exame clínico, e
fisioterapia bucal, durante as quatro primeiras sessões. Os
comportamentos foram classificados em Colaborador (C), Não Colaborador (NC).
Para a análise dos resultados foi utilizado o teste do Qui-Quadrado de Pearson
e, quando necessário, o teste da partição do Qui-Quadrado para tabela 2 x N
(p<0,05). No total das quatro sessões, a porcentagem de NC, na faixa etária
de 6–30 meses (65,5%) é significantemente maior que nos grupos I(30,1%) e
VI(49,5%). Durante a 1ª sessão, a porcentagem de NC, nos grupos II, III, IV, V
e VI(65,6%) é significantemente maior que no grupo I(16,5%). Durante a 2ª sessão,
a porcentagem de NC, nos grupos II, III, IV, V, VI(66,7%) é significantemente
maior que no grupo I(21,5%). Durante a 3ª sessão, a porcentagem de NC no grupo
II (67,9%) é significantemente maior que no grupo I(40,9%). Durante a 4ª sessão,
o mesmo teste não mostrou diferença significante entre as porcentagens de NC e
C nas faixas etárias estudadas. Das faixas etárias estudadas, aquelas em
que os bebês exibiram um comportamento colaborador foram: 0 a 6 e 30 a 36
meses.
B139
Atitudes dos
pediatras, em relação à saúde
bucal, frente às crianças de 0 a 3 anos.
C. V. C.
GODOY*, S. B. RABELLO, M. VASCONCELOS
Pós-Graduação
em Odontologia Social – UFF, Niterói – RJ- (021) 234-3562
Apesar da cárie
ser uma doença multifatorial e infecto-contagiosa, a adoção de medidas
educativas e preventivas pode torná-la evitável,controlando-se alguns fatores
moduladores como a dieta e os hábitos de higiene bucal.Procedeu-se a seleção
da amostra através da utilização do registro no Conselho Federal de Medicina,
regional Rio de Janeiro, perfazendo-se um total de 100 pediatras selecionados
aleatoriamente.Utilizou-se um questionário estruturado,contendo perguntas
abertas e fechadas num total de 22 questões.Os dados coletados mostraram que,
embora 91% dos pediatras conheçam o processo da doença cárie, 62 % deles
indicam a amamentação noturna.Deste grupo,
64 % recomendam a adição de açúcar.Do total de pediatras consultados,
43% só indicam a higienização bucal após a erupção do 1º dente.A indicação
para o cirurgião-dentista foi realizada por 65% dos profissionais, sendo que em
61% o motivo principal foi a presença de cárie.Concluímos que,sendo o
pediatra o 1º profissional a ter contato com a criança e os seus responsáveis,é
fundamental a sua intervenção precoce na prevenção da cárie,através da
divulgação de hábitos de higiene bucal e dieta menos cariogênica.É
importante que o trabalho multidisciplinar seja estimulado na busca do
cuidado integral do indivíduo,numa abordagem de promoção de saúde.
B140
Comportamento
de pacientes infantis frente a equipamentos de proteção.
A.
BOMFIM; C. MITCHELL; B. H. OLIVEIRA, S. MARÇAL
FAC. DE
ODONTOLOGIA / UERJ fax: (021)
5876382 email:
arbomfim@rio.nutecnet.com.br
Hoje em dia,
é indiscutível a necessidade de se usar equipamentos de proteção contra
infecções na prática odontológica. Este
trabalho objetiva verificar a importância atribuída por pais ao uso de
barreiras de proteção pelos dentistas e conhecer suas opiniões à respeito do
impacto que as mesmas possam ter sobre a aceitação do tratamento odontológico
por seus filhos. A coleta de
informações foi feita sob a forma de entrevista, empregando-se um questionário
e fotografias que mostravam o mesmo indivíduo, do sexo feminino, sem qualquer
equipamento de proteção (A), com luvas e máscara (B) ou jaleco, gorro, máscara,
luvas e óculos de proteção (C). A
amostra foi constituída por 200 pais de crianças com idades entre 3 e 12 anos,
atendidas no ambulatório de Pediatria do Hospital Universitário Pedro Ernesto,
Rio de Janeiro. Constatou-se que
66% dos pais preferem que seus filhos sejam atendidos por um profissional usando
equipamento completo (C) e que, ao mesmo tempo, 18,5% deles permitiriam que um
dentista sem qualquer proteção (A) efetuasse esse atendimento.
Verificou-se que 54,5% das crianças já haviam se consultado com um
dentista. Dessas, apenas 32,1%
teriam dificuldade em aceitar o tratamento feito por um profissional que se
apresentasse como em C, enquanto o mesmo ocorreria com 53,8% das crianças que
nunca tinham ido ao dentista (Teste Qui-Quadrado, p=0,0019).
A importância do uso de equipamentos de proteção contra infecção
por dentistas é reconhecida pela maioria dos entrevistados que não consideram
que os mesmos possam ter efeito negativo sobre o comportamento de crianças que
já tenham recebido tratamento anteriormente.
B141
Revisão do
tratamento odontológico: um caminho para a promoção de saúde?
J.H.V.SERRÃO*;
J.L.G.C. SILVEIRA; W.W.N. PADILHA
Pós-graduação
em Odontologia Social - UFF - RJ - (024) 522-0877
Este trabalho
objetivou avaliar a eficácia do Programa de Saúde Bucal da SMS do Rio de
Janeiro em andamento no CMS - Marcolino Candau. A partir da revisão do
tratamento odontológico, procurou-se levantar o percentual de pacientes
encaminhados para o PI (procedimento individual - cirúrgico-restaurador) ou
para o PS (promoção de saúde - atividades educativas e preventivas). O método
de abordagem utilizado foi o Indutivo com procedimento estatístico descritivo e
analítico [Teste X2]. A amostra foi
composta por 182 crianças agendadas para revisão, no período de jul/nov de
1998. Utilizou-se a técnica de Documentação Indireta através de pesquisa
documental, a partir do “livro de Promoção de Saúde” e das fichas clínicas
de pacientes de 3 a 14 anos inscritos no Programa. Resultados: 1) 51%
encaminhadas para o PS, sendo 55% de alto risco de cárie e 45% de baixo risco;
2) 49% encaminhadas para o PI, sendo 79% de alto risco e 21% de baixo risco; 3)
das 90 crianças que estão no PI, 23% já passaram no PS pelo menos uma vez; 4)
das 92 crianças do PS: 31% já iniciaram o tratamento no PS e 69% são oriundas
do PI. 5) das 29 crianças que já iniciaram o tratamento no PS, 62% permanecem
no mesmo e 38% foram encaminhadas ao PI. A análise estatística demonstrou uma
diferença significante ao nível de 1% (p=0,01) entre freqüência de risco de
desenvolver a doença e manifestação da mesma. Embora exista uma freqüência
equivalente entre pacientes controlados (PS) e com atividade de cárie (PI), o
Programa de Saúde Bucal mostrou-se eficaz ao reduzir a atividade de doença em
relação ao alto risco estimado inicialmente.
B142
Abordagem
odontológica aos pacientes com Síndrome de Down.
R. R. JORGE*,
L. ZARRANZ, T. A. SERPA, L. F. BASTOS
Departamento
de Pós-graduação em Odontologia Social da UFF-RJ - (021) 710-2178
A Síndrome de
Down, ou Trissomia do cromossomo 21, é causada por anomalias cromossômicas que
resultam na ocorrência, em dose tripla de material do cromossomo 21. A incidência
é de 1 a 3% da população do mundo, 1 indivíduo em cada 700 a 800
nascimentos, é portador da Síndrome de Down. O objetivo deste trabalho foi
avaliar o comportamento dos cirurgiões-dentistas
em relação ao atendimento odontológico a estes pacientes. Para tanto, foram
aplicados questionários respondidos voluntariamente por 110 cirurgiões
dentistas com idade entre 24 e 71 (x=38,40) que realizam atividades em consultórios
particulares no bairro de Icaraí no município de Niterói (R.J) e APAE-Niterói,
apresentando tempo de exercício profissional variando de 01 à 40 anos (x=14,79
+ 10,05)Os resultados encontrados mostraram que a maioria dos
profissionais consultados (66%) não atendem portadores de Síndrome de Down em
consultório particular, apesar de 76% da totalidade possuir algum conhecimento
sobre a etiologia da Síndrome de Down e suas implicações na cavidade oral.
Com relação ao atendimento a estes pacientes 85% alegam haver deficiência em
sua formação acadêmica e 49% destacam a necessidade do paciente ser
encaminhado a uma instituição especializada. Assim,77% encaram o tratamento a
pacientes especiais com Síndrome de Down como uma especialização dentro da
odontologia. Concluímos que a maioria dos profissionais consultados que
realizam atividades odontológicas em consultórios particulares (instituições
não especializadas) não atendem portadores de Síndrome de Down pois
consideram haver despreparo técnico-científico devido a inadequação do currículo
universitário considerando a necessidade de encaminhamento desses pacientes à
consultórios especializados.
B143
Nível sócio-econômico
como preditor da presença de hábitos
bucais deletérios.
l.bittencourt*; j.Johnsen; a.Modesto; e.Bastos; r.Gleiser.
Odontopediatria
FO-UFRJ - (021) 557-8665
Considerando o fator sócio-econômico de uma população como
preditor de risco para determinadas doenças, este trabalho verificou a prevalência
de hábitos de sucção (HS) em crianças de ambos os sexos, entre 4 e 6 anos de
idade, da Ilha do Governador–RJ, e relacionando- os com o nível sócio-econômico
da família. Utilizou como indicadores
sociais a escolaridade, a renda familiar, o tamanho da família, o no.
de filhos e quem cuidava de criança, entre outros. Houve aprovação pelo Comitê
de Ética em Pesquisa-UFRJ e consentimento dos pais para a realização desta
pesquisa. Duzentos e trinta e nove
alunos de uma Escola Municipal foram examinados clinicamente, enquanto seus pais
ou responsáveis foram submetidos a uma entrevista estruturadaOs resultados
foram analisados pelo teste Qui- quadrado. Dos hábitos bucais deletérios, o
mais encontrado foi a sucção de chupeta ( 55,6%), seguido da onicofagia
(13,4%) e da sucção digital (7,5%). As maiores frequências dos indicadores
estudados em relação aos HS foram:
Hábitos
Escolaridade Escolaridade
Renda
Tamanho
Número de
Responsável
de Sucção
do pai
da mãe
Familiar da
família filhos
pela criança
1º grau
1º
grau
1
salário
Até 4
Até
2 filhos Outra pessoa
incompletoi
incompleto mínimo
Pessoas
diferente da mãe
Presente
72 (58,5%)
82 (57,3%)
58 (39,7%) 94
(64,4%)
107(73,3%) 40
(27,4%)
Ausente
36 (46,2%)
45 (48,9%)
31 (33,3%) 51
(54,8%)
60 (64,5%)
24 (2,8%)
Não foi evidenciada relação direta, estaticamente
significante, entre a presença de hábitos de sucção e o nível sócio-econômico
das famílias, porém foram observadas tendências de maiores freqüencias de hábitos
de sucção em níveis mais baixos.
B144
Avaliação do
processo da educação num programa de saúde bucal.
J. MIASATO*,
U.MEDEIROS, M.MISSEL, R.SILVEIRA
DeptoOdontologia
– UNIGRANRIO - D.Caxias-RJ/UFRJ/UEL massao@unigranrio.br
O objetivo
deste trabalho foi avaliar o processo da educação, destinados a mães de
pacientes em tenra idade (bebês), que participam de um programa de prevenção
em conjunto com a prefeitura do município de Duque de Caxias. Foram avaliadas
213 mães que freqüentaram a Bebê – Clínica da UNIGRANRIO – D.Caxias no
período de Dezembro/98 a Abril/99. As mães assinaram o termo de consentimento.
Como critério de inclusão os bebês deveriam ter até 1 ano de idade ou a
presença dos 8 incisivos. Antes da reunião (To), as mães responderam a um
questionário com 9 questões abertas e fechadas, com a possibilidade de 13
acertos. Em seguida houve demonstração de como realizar os procedimentos de
higienização da cavidade bucal e dentes dos bebês.
Após 1 semana (T1) e 3 meses após (T2), as mães responderam ao mesmo
questionário e receberam orientações e reforços individualizados. Em relação
ao número de acertos foi observado que: T1 – To apresentou m=4,56 (ep=0,188)
com p<0,001 (Teste “t” Student); T2 – T1 apresentou m=0,414 (ep=0,257)
com p=0,11 (Teste “t” Student). Para a avaliação de T2 a amostra contava
com 86 pacientes, pois os demais não completaram 3 meses. Quanto à mudança de
comportamento entre os tempos T1 e To, avaliou-se a variável higienização.
Observou-se que 91% dos que não efetuavam a higienização (To), passaram a
higienizar em T1( p<0,001, teste do Qui-quadrado de McNemar). Pode-se
concluir que o treinamento foi eficaz na mudança do comportamento das mães
para a realização da higienização
na cavidade bucal dos bebês.
B145
Metas da OMS
para o ano 2000: cárie no centro-oeste paulista.
N.E. Tomita*,
A. PAVARINI, E.S. Lopes.
Depto. de
Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva. Faculdade de Odontologia de
Bauru-USP. Tel: 55-14-235 8256, Fax: 55-14-223 4679
Visando
avaliar a saúde bucal de crianças do centro-oeste paulista e compará-las às
metas da OMS para o ano 2000, este estudo transversal foi delineado. Utilizando
a recente metodologia proposta pela OMS (1997), foi realizado um levantamento
epidemiológico no Estado de São Paulo, em 1998. No primeiro estágio dos
procedimentos amostrais, foram sorteados os municípios de acordo com o porte e
fluoretação das águas de abastecimento, por região; no segundo estágio,
foram sorteadas as unidades amostrais secundárias (escolas) e, no terceiro estágio,
os elementos amostrais (indivíduos). Neste trabalho, é reportada a prevalência
de cárie (CPOD), à idade-índice de 12 anos, para os municípios da
DIR-X-Bauru. Os resultados são apresentados na Tabela. Apesar da implementação
de ações coletivas em saúde bucal no Estado de São Paulo, observam-se prevalências
muito elevadas de cárie nos municípios de médio porte, independente da
fluoretação das águas. Este fato propicia uma importante discussão sobre a
importância de avaliar alguns determinantes socioeconômicos, além da vigilância
sobre a qualidade e regularidade da fluoretação. Entre os municípios
grandes (com ou sem flúor) e os de pequeno porte (com flúor), valores CPOD
muito próximos à meta estabelecida pela OMS podem ser observados.
COM FLÚOR SEM FLÚOR
PORTE
Município
(n)
CPOD
Município (n)
CPOD
Grande
Bauru
(1055)
3,42 Jaú
(1031) 3,49
Médio
Pederneiras (1055)
7,15
Barra Bonita (939)
6,31
Pequeno
Pongaí
(474)
3,44 Cabrália
Pta. (394)
5,46
B146
Ensino de
metodologia na graduação: uma experiência de prática em pesquisa.
J.L.G.C. da
SILVEIRA*, W.W.N. PADILHA
Pós-graduação
em Odontologia Social - UFF - RJ - (021)
413 - 0288 R: 238
Este trabalho
objetivou avaliar a prática de pesquisa como processo de ensino-aprendizagem da
Disciplina de Metodologia Científica na graduação. Considerou-se como prática
de pesquisa a realização pelo graduando das seguintes etapas: definição do
tema e do problema; construção e qualificação do projeto, coleta de dados,
apresentação do painel e publicação do artigo científico. A metodologia de
abordagem utilizada foi a indutiva com procedimento comparativo e estatístico,
com amostragem não-probabilística por tipicidade (Marconi et Lakatos, Técnicas
de Pesquisa, SP: Atlas S. A., 37-53, 1996), constando de 40 trabalhos de
pesquisa científica, sendo 15 realizados em 1994 (G1:momento da implantação
da prática) e 25 realizados em 1998 (G2:após 8 semestres de prática). Na técnica
de análise documental foram considerados aspectos lógicos (coerência interna)
e formal (definição correta). Os dados obtidos foram submetidos ao teste
exato de Fischer. Encontrou-se, como freqüência positiva, no G1 e G2,
respectivamente, quanto à coerência entre: 1)Objetivos e Resultados:40% e 84%
(p=0.01), 2)Metodologia e Conclusão: 20% e 76% (p=0.01); Aspecto Formal: 1)
Definição de Objetivo:67% e 100% (p=0.01), 2) Definição da Amostra:7% e 36%
(p=0.05) 3) Realização de análise estatística:0% e 12% (não significante),
4) Construção de Gráficos e tabelas:20% e 96% (p=0.01). Concluiu-se que
houve um aprimoramento da aprendizagem de metodologia científica a partir da prática
de pesquisa. Tal melhoria foi estatisticamente significante, exceto para utilização,
como rotina, de testes estatísticos nos trabalhos analisados.
B147
Elaboração e
avaliação de programa em saúde oral para pré-escolares.
K. BOTELHO*,
H. MOREIRA, M.L. SANTANA, V. COLARES, A. ROSENBLATT, A SEVERO, P. ZARZAR
Coordenação
da Pós-Graduação, FOP-UPE – (081) 458 1288.
Este trabalho
teve como objetivo a elaboração e avaliação de um programa educacional em saúde
dirigido à 126 crianças pré-escolares, na faixa etária de 1 ano e 6 meses a
7 anos, de ambos os sexos que frequentam uma escola particular na cidade do
Recife. A metodologia constou de reuniões para sensilibizar e educação de
pais, professores e funcionários com relação a saúde oral; palestra lúdicas
com as crianças; introdução de higiene oral supervisionada após o lanche
escolar; e adequação do lanche coletivo para torná-lo não cariogênico. Verificou-se
que houve uma participação ativa dos professores e funcionários com relação
às informações fornecidas e a higiene oral dos alunos; as crianças
mostraram-se receptivas e participativas. Os objetivos propostos nesse programa
foram satisfatoriamente alcançados.
B148
Infecções
sistêmicas na primeira infância e sintomas de erupção dentária.
M.E.RAMOS *,
S.C.A. DE PIRO, F.M.CARVALHO, V.M. SOVIERO, L.MONTE ALTO
FO-UERJ-UFRJ-UNESA.
Tel. 021 295 7011 – soviero@compuland.com.br
O objetivo
deste trabalho foi avaliar se os sintomas relatados durante a erupção dos
dentes decíduos poderiam estar associados à doenças sistêmicas. Este
trabalho faz parte do Projeto Odontologia Médica aprovado pelo Comitê de Ética
do Hospital Universitário-UERJ. Foram entrevistadas 202 mães de crianças
registradas no Ambulatório de Pediatria do hospital abordando aspectos
relativos à erupção dentária, tais como cronologia e sintomas, além da história
médica na primeira infância. O Programa EpiInfo foi utilizado para análise
dos dados, empregando o teste Qui-quadrado. A erupção do primeiro dente decíduo
ocorreu, em média, aos 6,1 meses e 131 (64,9%) crianças apresentaram algum
sintoma, sendo 94 (71,8%) somente na erupção dos primeiros dentes e 37 (28,2%)
na erupção de todos os dentes decíduos. A febre foi o sintoma mais frequente
(58,8%), seguido da diarréia (45%), da irritação (29,8%) e da sialorréia
(28,2%). Na fase de erupção dos dentes, 165 (81,7%) crianças tinham hábito
de levar objetos à boca, sendo que em 42,4% dos casos este objetos não
recebiam assepsia conveniente. Das 202 crianças, 81 (40,1%) tiveram uma ou mais
infecções sistêmicas até os 30 meses de vida, sendo 61,8% nos primeiros 12
meses. A ocorrência destas infecções foi menos frequente nas crianças que
receberam aleitamento materno exclusivo até os 6 meses (p<0,01) A associação
entre a ocorrência de infecção e o relato de sintomas durante a erupção
dentária foi significativa estatisticamente (p<0,05), demonstrando que as
crianças com debilidade sistêmica foram as que mais apresentaram relato de
sintomas de erupção dentária. Os resultados sugerem que os sintomas
normalmente associados à erupção dentária podem, na verdade, ser
provenientes de infecções sistêmicas.
B149
Avaliação
das medidas de proteção profissional dos cirurgiões - dentistas.
R. S. GAMA *,
J. M. MIASATO, U. V. MEDEIROS, M. MACEDO.
Odontopediatria
- UNIGRANRIO, Doutorando em Odontologia , FO.-UFRJ (021) 611-3120
O presente
trabalho tem por objetivo avaliar as medidas de proteção profissional (MPP)
utilizados pelos Cirurgiões-Dentistas do município de Campos dos Goitacazes -
RJ. Utilizou-se como referência
das MPP, o Manual “Hepatite, AIDS e Herpes na prática Odontológica”
editada pelo Ministério da Saúde em 1996, direcionado aos Cirurgiões-Dentistas(C-D)
de todo o país. O trabalho foi realizado no mês de abril de 1999, em Campos
dos Goitacazes -RJ. Foram distribuídos 102 questionários nos consultórios
dentários, contendo perguntas abertas e fechadas, abordando a utilização dos
equipamentos de proteção individual (EPI), a
imunização do profissional,
o manejo adequado frente aos acidentes de trabalho com sangue e fluidos bucais,
e o destino dos dejetos e resíduos odontológicos. Foram respondidos 79 questionários, com média de 14 anos de
formado, sendo 53,2% do sexo feminino. Em relação as imunizações, 10,12% dos
entrevistados tinham sido imunizados contra tétano, difteria, hepatite,
sarampo, rubéola e tuberculose, e 7,5% não receberam nenhuma imunização.
Somente 13,9% faziam uso de todos os EPI (luvas, máscaras, óculos, avental e
gorro) e 79,7% utilizavam luvas, máscaras e óculos. 39,2% já haviam sofrido
acidentes com material contaminado e em 93,6% dos casos realizaram a limpeza
correta da ferida. Em apenas 11,3% dos entrevistados, realizaram o procedimento
padrão em relação ao destino dos dejetos e resíduos odontológicos. Os
resultados demonstram uma necessidade de maior conscientização dos C-Ds acerca
do cumprimento das MPPs, a fim de se preservar a sua integridade, do paciente e
do meio ambiente.
B150
Professores
do ensino
fundamental: possíveis
agentes multiplicadores de
saúde bucal,
M.A.P.
FUSCELLA, L.M.A.G.FERNANDES* , M.M. ARAÚJO
Departamento
de odontologia/ CMOS-UFRN-NATAL/RN - (084) 211-6925
Considerando-se
que o professor é um ator social fundamental no processo ensino-aprendizagem de
seus alunos e que as ações educativas em Saúde Bucal são essenciais,
principalmente no que diz respeito à prevenção da cárie e da doença
periodontal. Esta pesquisa se propôs a analisar a atuação, como agentes
multiplicadores de Saúde Bucal, de professores do ensino fundamental do colégio
Americano Batista, localizado em Natal / RN. Os professores, foram capacitados no referido tema pela
pesquisadora, uma cirurgiã-dentista. Esses professores tiveram 6 semanas para
abordar o assunto de forma integrada em suas disciplinas. Para a
avaliação desse trabalho, aplicou-se um questionário aos alunos antes
do início do Programa e após 6 semanas, para verificar o rendimento deles em
relação aos conhecimentos adquiridos. Utilizou-se também o método da observação
participativa, pelo qual, a pesquisadora pôde analisar a atuação desses
professores através do registro dos acontecimentos ocorridos durante as aulas. Como
relação ao resultado do questionário, aplicou-se a
análise inferencial, onde se pôde concluir que através do teste do
sinal, no qual se comparou a média de acertos antes e depois do programa, por série,
obteve-se significância estatística na 5ª série (p=0,0003) e na 7ª série
(p=0,039). Ou seja, ficou confirmado que o Programa contribuiu em termos de
acrescentar e corrigir conhecimentos para esses alunos. Portanto, concluiu-se
que os professores conseguiram atuar como agentes multiplicadores de Saúde
Bucal.
B151
A representação
da anatomia mandibular do idoso utilizada no ensino odontológico.
V. B.
PINHEIRO*, G. I. V. TOLOZA, R. I.
ABREU, M. U. ALVES, W. PADILHA
Pós-Graduação
em Odontologia Social – UFF / Niterói – RJ - (021) 239-2837
Este trabalho
teve por objetivo analisar as formas de apresentação da anatomia mandibular no
idoso, em uso no ensino odontológico. A metodologia empregada foi a indutiva,
com procedimento comparativo. A técnica de pesquisa foi a observação direta
extensiva, através da pesquisa documental. Foram utilizados 20 livros textos e
05 atlas de anatomia humana disponíveis nas bibliotecas das Faculdades de
Odontologia e Medicina da UFRJ, da UFF, da UERJ e da Biblioteca Nacional, nas
cidades do Rio de Janeiro e Niterói. Esta amostra compos-se de edições lançadas
entre 1904 e 1998, em 04 línguas e originárias de 06 países diferentes. A
partir da análise dos textos ou gravuras foram identificadas as seguintes situações:
a) forma de apresentação da mandíbula do idoso, b) justificativa para a forma
apresentada, c) explicação para a perda dos elementos dentários, d)
patologias provocadas pela perda dos elementos dentários e e) relação entre a
anatomia óssea e a idade. Foram obtidos os seguintes resultados, para livros e
atlas em conjunto: 96% apresentam a mandíbula do idoso como edentula; 96%
apontam o avanço da idade como justificativa para forma mandibular; 96% não
explicam a perda de elementos dentários, sendo que 4% atribuem esta perda a
processos patológicos; as patologias provocadas pela perda dentária citadas
foram: atrofia óssea 100%,
prognatismo - 8%, compressão do nervo mentoniano - 4% e má oclusão - 4%; e
96% apresentam o edentulismo como consequência de uma situação natural,
decorrente do avanço da idade. Concluíu-se que a forma anatômica da mandíbula
do idoso apresentada é inadequada, sendo concebida como normal, quando, na
verdade, tais alterações são de ordem patológica. Entretanto, este fato não
é mencionado, nem abordadas as sua causas.
B152
Avaliação da
importância da estética bucal na seleção de funcionários.
S. A. LUZ ; A.
M. G. VALENÇA
Pós-Graduação
em Odontologia Social, UFF, Niterói, RJ (086) 986-4397
O presente
estudo se propôs a avaliar, em estabelecimentos comerciais da cidade de Niterói
(RJ), a importância da estética bucal na seleção de funcionários. A amostra
foi composta por estabelecimentos do setor de Variedades (Va), Alimentação (A)
e Vestuário (Ve), num total de 105 lojas, localizadas nos Plaza Shopping (PS) e
Barcas Shopping (BS). A escolha dos dois estabelecimentos deveu-se a
terem público-alvo de distintos níveis sócio-econômico. Utilizou-se um
questionário, respondido pelos funcionários responsáveis pela seleção, a
cerca dos aspectos: a- prioridade para a boa aparência no processo de seleção;
b- importância da avaliação do sorriso e dos dentes na aparência do
candidato; c- razões da importância da avaliação do sorriso; d-
possibilidade de contratação de candidato com falta visível de elementos dentários;
e- normalidade da perda de dentes por cárie; f- oferta de assistência odontológica.
Não houve diferenças estatisticamente significativas, através do teste não
paramétrico de X2 (p>0,05),
para os aspectos: a) Priorizar a boa aparência – PS 7,8%; BS 11,5%; b) Considerar importante a avaliação do
sorriso e dos dentes– PS 100%; BS 94,3%; c) Apontar a boa higiene como a razão
da importância da avaliação do sorriso - PS 45,6%; BS 40,2%; d) Contratar
candidato com falta visível de elementos dentários - PS 42,3%; BS 56,6%; e)
Considerar normal a perda de dentes: PS 9,6%; BS 18,7%. A oferta de assistência
odontológica foi significativamente maior (p<0,05) no PS (19,2%) em relação
ao BS (5,7%). Não houve diferença estatisticamente significativa, ao se
utilizar o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis (p>0,05), em relação
aos aspectos analisados, nos diferentes setores (Va, A e Ve), tanto para o PS e
quanto para o BS. Pôde-se concluir que a estética bucal é um fator
levado em consideração na seleção de funcionários, particularmente por
estar associada a higiene bucal, sendo a falta de elementos dentários um
aspecto excludente na obtenção de emprego.
B153
Lesões traumáticas:
avaliação na clínica de odontopediatria da UFBa.
A. CASTRO
ALVES *, F. RAYNAL, E. FERREIRA, D. M. PIRES
Dep.Odont.
Social da Univ. Fed. da Bahia. Odontopediatria - alvesac@ufba.br
Foram
avaliadas 1168 fichas de pacientes com a proposta de determinar a prevalência
de traumatismo na Urgência da Odontopediatria da UFBA, no período de 1994-98.
Os dados foram inseridos no Epi-6.02 e aplicado o c2. A prevalência
de trauma foi de 10,93% (128 crianças), de 9 meses a 15 anos de idade (5,3 ±
3,5), sendo 53 meninas e 75 meninos. A região ântero-superior foi a mais
afetada (97,7%). Foram registrados 126 pacientes com envolvimento dental. Dos 73
(57%) traumatizados na dentição decídua os incisivos centrais superiores
foram os mais envolvidos, como na maioria dos casos com dentição permanente.
Foram observadas 180 lesões traumáticas, das quais 79 em tecidos duros,
principalmente a fratura não complicada de coroa (49,4%). Das 75 lesões em
periodonto, 62,7% corresponderam as luxações com a intrusão em maior prevalência
(59,6%). Foi observado ainda que 3 lesões ocorreram em apenas tecidos moles e
23 foram diagnosticadas tardiamente; 56,6% necroses e 21,7% reabsorções. Crianças
com dentição decídua sofreram a maioria das fraturas coronárias complicadas
(55,2%) e das intrusões (82,1%), neste caso 95,7% para as de 0-3 anos (c2=59,87,
p<0,01). Na dentição permanente prevaleceram as fraturas coronárias não
complicadas (87,2%). A frequência de trauma foi maior na dentição decídua.
Os incisivos centrais superiores decíduos e permanentes foram os mais afetados,
com a prevalência maior nos meninos.
B154
Avaliação clínica
longitudinal do paciente atendido na Bebê Clínica da UFRGS.
D.B.ROSITO,
M.C. FIGUEIREDO, J.A. MICHEL, S.C. SCHERER
Faculdade de
Odontologia - UFRGS - (051) 969-8463
O objetivo
deste estudo longitudinal de 8 anos de acompanhamento foi avaliar o perfil de
491 infantes entre 0 e 45 meses de idade cadastrados na Bebê Clínica da
F.O.UFRGS, fazendo uma análise comparativa com o perfil do paciente atual que não
mais ingressa em sua totalidade por livre demanda, mas é captado por meio de
programa informativo-educativo. Além disso foi proposta a mensuração do
resultado do tratamento proposto para esta população. A metodologia empregada
neste estudo foi a coletânea de dados obtidos de fichas clínicas que abordavam
exame clínico (controle de placa, distribuição do motivo da consulta pela
faixa etária e avaliação de atividade de cárie inicial e final dos
pacientes). Dentre os resultados obtidos destaca-se que a despeito do motivo
mais prevalente para a primeira consulta continuar sendo a cárie dentária
(51,2%), o motivo prevenção demonstrou crescimento em relação às avaliações
prévias, atingindo 32,7% dos casos. A procura de pacientes no primeiro ano de
vida atingiu 11,7% do total de pacientes ingressados. Houve declínio no número
de pacientes cariativos (61,7%) que procuraram atendimento em relação aos
dados da última avaliação. Conclui-se que houve aumento do número de
pacientes ingressos na faixa etária de 0-1 ano, tendo como consequência o
aumento da procura para a prevenção, a despeito do principal motivo para a
primeira consulta ainda ser a cárie dentária. Houve também diminuição do número
de pacientes cariativos no exame inicial no último ano comparado à análise da
contagem total de pacientes ao longo dos 8 anos de programa.
B155
Avaliação do
tipo de material restaurador utilizado em dentes posteriores na Clínica Odontológica
da F.O.UFMA.
C. M. C.
ALVES*, D.S. SILVA, A.L.A. PEREIRA,
A.F.V. PEREIRA
Fac. de
Odontologia da Univ. Federal do Maranhão - MA - (098) 236-1558
Mudanças na
prevalência de cárie, desenvolvimento de novos materiais restauradores e
preocupação com a toxicidade do mercúrio nas restaurações de amálgama têm
estimulado o interesse científico na busca de novos tratamentos (ALBERTINI,
1997). O objetivo desta pesquisa foi verificar a utilização do amálgama
nas clínicas da faculdade de odontologia da UFMA . Foram examinadas
restaurações em dentes posteriores de pacientes com faixa etária entre 13 e
70 anos. Foi elaborada uma ficha, com um questionário onde constavam informações
referentes ao sexo e idade do paciente, o dente onde foi realizada a restauração,
as faces restauradas, dados sobre a profundidade da cavidade, se a restauração
seria ou não protegida, além do material de escolhido para a restauração e o
motivo desta escolha. De acordo com os resultados encontrados, observou-se que
62,14% das restaurações realizadas foram de resina composta, enquanto que as
restaurações de amálgama correspondem a 37,86%. Em cavidades rasas e médias,
a resina composta foi o material de escolha em 86,1% e 66,7%
respectivamente, e nas cavidades profundas, houve o predomínio do amálgama,
correspondendo a 67,7%. O principal motivo para a utilização do amálgama foi
“maior resistência ao desgaste e à fratura” enquanto que para a resina foi
o “fator estético”. Dentro dos limites desta pesquisa podemos concluir que:
1) A escolha de resinas como material restaurador para dentes posteriores é
cada vez maior; 2) Há uma tendência
nesta escolha, embora nem sempre a indicação
seja a mais correta.
B156
Epidemiologia
descritiva dos casos de câncer de boca atendidos no Centro Oncológico da Região
de Araraquara.
L. H. M. NEVES
*,
M. J. MENDONÇA
(Dep.O.
Social, FOAr – UNESP); fone:(55)(16)232-1233;
fax:(55)(16)222-4823; lune@techs.com.br
Essa pesquisa
teve como objetivo, fazer um estudo epidemiológico descritivo dos casos de câncer
de boca atendidos no Centro Oncológico da Região de Araraquara (CORA), no período
de 1988 a 1997, segundo as variáveis sexo, idade e localização anatômica do
tumor. Dos prontuários dos pacientes atendidos nesse período, foram
selecionados para análise, os casos de câncer classificados como 140 a 145,
segundo a 9a
revisão da CID. Foram observados 235 casos de câncer de boca, dos quais 185
ocorreram no sexo masculino e 50 no feminino. A ocorrência de casos antes dos
40 anos de idade foi muito pequena, sendo que a idade média encontrada para os
homens foi de 63,5 anos e, para as mulheres, 66,5 anos. No sexo masculino, a
maior proporção de casos foi observada no grupo etário de 60 a 69 anos (28%)
e, no sexo feminino, no grupo acima dos 79 anos (26%). Para ambos os sexos, o câncer
de língua foi o mais freqüente (35% dos casos masculinos e 24% dos casos
femininos), seguido pelo câncer de assoalho (22% e 14%) e pelo câncer de lábio
(14% e 12%). A mais alta razão masculino/feminino foi observada para o câncer
de assoalho (5,8:1) e, a mais baixa, para o câncer de gengiva (0,4:1). Conclui-se
que, no CORA, no período em estudo: o número total de casos de câncer de boca
encontrado para os homens foi superior ao encontrado para as mulheres, sendo
observada uma razão masculino/feminino de, aproximadamente, 4:1; a grande
maioria dos casos de câncer de boca ocorreu em pessoas com mais de 40 anos de
idade (97% dos casos); a língua foi a localização mais freqüente,
correspondendo a 33% do total dos casos de câncer de boca observados.
B157
Odontologia no
pré-natal, uma necessidade.
S. BARROSO*,
J. MIASATO, L. DAMASCENO, C. SILVA, T. GRAÇA
Curso de Pós-Graduação
em Odontologia Social - UFF - Niterói
- RJ - (021) 455-1737
O propósito
deste estudo foi avaliar os conhecimentos de saúde geral e de saúde bucal em
uma amostra de 141 gestantes atendidas em 2 Unidades de Saúde de Niterói, RJ,
no período de julho a outubro de 1998. As gestantes apresentavam idade entre 14
e 40 anos (Md=22,0; Me=23,7 +5,8); escolaridade média de 6,4 anos e a
renda familiar de 3,1 salários mínimos. Foi observado que 91,6% estavam
orientadas sobre a importância da amamentação natural. Destas; 72,3%
acreditam que o leite materno evita doenças; enquanto que 27,7% responderam que
o leite natural alimentava ou desenvolvia o recém-nascido. 61,7% foram
orientadas nos Postos de Saúde e as demais 38,3% receberam informações de
familiares, de amigos ou assistiram na TV. No entanto, quando indagadas; (1) se
a gravidez enfraquecia seus dentes e; (2) se os antibióticos “estragavam”
os dentes das crianças, as respostas foram as seguintes expressas abaixo:
Respostas (%)
Sim
Não
Não Sabe
Perguntas
(1)
59,6 12,8
27,6
(2)
89,4 2,8
7,8
Os
resultados sugerem a inclusão da Equipe Odontológica no atendimento pré-natal,
visando melhorar os conhecimentos das gestantes em relação à saúde bucal.
B158
Grau de
conhecimento dos Cirurgiões - Dentistas sobre lesões bucais de sífilis
adquirida.
N.A.TATO*,M.U.ALVES,W.PADILHA,L.M.CORREIA,V.A.PEREIRA.,
C.F.FELICIANO
Pós-graduação
em Odontologia Social-UFF,UNIG,UNESA - (021) 239-2837
O
presente trabalho tem por objetivo analisar
o grau de conhecimento do Cirurgião-Dentista quanto ao diagnóstico das
manifestações bucais da sífilis adquirida, durante a anammese e exame clínico
de rotina. O método utilizado foi o indutivo através de questionários
dirigidos a uma amostra representativa da população alvo constituída por
Cirurgiões-Dentistas pertencentes às Forças Armadas. Após o tratamento estatístico
dos dados coletados, constatou-se que
31% dos Cirurgiões-Dentistas realizam anamnese
do paciente frente a uma lesão bucal não identificada e 29% o encaminham para
o especialista. Quando questionados a respeito das
possibilidades diagnósticas através de documentação fotográfica de
placa mucosa, 38% responderam corretamente, seguidos de 29% que suspeitaram
tratar-se de ulceração aftosa recorrente. Diante de um paciente que afirma ser
portador de sífilis, 31% encaminham-no ao especialista. Dos entrevistados, 53%
afirmam que a importância do diagnóstico da sífilis pelo Cirurgião-Dentista
está em evitar o desenvolvimento da doença., assim como o tratamento da sífilis
primária é de sua competência apesar de não se julgarem capazes de o fazer.
Conclui-se, através da presente pesquisa de campo
que os profissionais envolvidos estão atualizados e preparados para o
diagnóstico das manifestações bucais da sífilis, embora
a grande maioria não se considere apto a tratar tal condição, o que nos leva a questionar se
os cursos de graduação em Odontologia estão realmente preparando os
graduandos para atuar como promotores de saúde e não somente como meros técnicos
de última geração.
B159
Verificação
das expectativas das crianças com relação ao tratamento odontológico.
V. J. PAVAN*,
M. L. R. SOUSA, R. S. WADA, A. B. MORAES.
Departamento
de Odontologia Social FOP/UNICAMP;FCL/UNESP. Fone: (019) 433-9868.
O objetivo
deste trabalho foi verificar se crianças de 6 anos que não tinham experiências
prévias em tratamentos dentários apresentariam,
assim mesmo, sinais de preocupação enquanto aguardavam o atendimento odontológico.
As entrevistas individuais (n=63) foram realizadas pela pesquisadora VJP
através de questionário padrão com 3 perguntas sequenciais: Q1“Daqui a
pouco você vai ser consultado pelo CD, como está se sentindo?”;Q2 Imagine
que será o próximo a ser atendido, como se sentirá?”;Q3 “Imagine que está
sentado na cadeira do CD, como se sentirá?”. As respostas abertas foram
agrupadas em 4 tipos de reações. A maioria respondeu “muito divertido”
(46,03%) na Q1; na Q2 “um pouco preocupado” (41,27%) e na Q3 “tenso ou
ansioso”(47,6%). Utilizou-se o teste de McNemar para verificar mudanças de
categorias ocorridas devido à proximidade do evento, agrupando-se as reações
das crianças em 2 categorias: preocupados e não-preocupados. O teste foi
estatisticamente significante (p<0,05) para Q1 e Q2 evidenciando-se um
aumento significativo de tensão e ansiedade à medida em que se aproximava o
momento de ser atendido. Na Q1:39,68% das crianças estavam um pouco preocupadas
ou com medo de sentir dor, aumentando para 80,95% na Q2 (um pouco preocupado,
tenso, ansioso). Em Q3 a porcentagem de crianças um pouco preocupadas, tensas,
ansiosas diminuiu para 68,25%. Entretanto deve-se ressaltar o fato de que a
porcentagem de crianças tensas (22,22%) em Q2 dobrou em Q3 (47,62%). O grau
de ansiedade das crianças aumentou conforme a proximidade do atendimento ou
sugestão do mesmo, demonstrando ainda, que mesmo nestas crianças que não
tinham experiências prévias em tratamentos dentários há a presença de um
alto grau de ansiedade e tensão previamente ao atendimento odontológico.
B160
Estudo das
medidas lineares e angulares dos arcos dentários superiores e inferiores e sua
importância pericial.
T. A. SALIBA*,
D. F. NOUER, C. A. SALIBA, E. DARUGE.
Departamento
de Odontologia Legal – FOP-UNICAMP - (018) 623-8900
O estudo das
medidas lineares e angulares dos arcos dentários apresenta grande importância
pericial, permitindo a diferenciação de indivíduos quanto ao sexo. No
presente trabalho, efetuou-se uma análise objetiva, no sentido de avaliar as
dimensões comprimento e largura dos arcos dentais, busca do possível
dimorfismo sexual. Deste modo, foram realizadas 100 tomadas radiográficas, do
tipo oclusal, em 50 indivíduos, dos quais 25 eram do sexo masculino e 25 do
feminino, na faixa etária entre 20 a 24 anos, todos apresentando arcos dentários
superiores e inferiores completos. As imagens radiográficas foram transferidas
para um computador, com auxílio de um Scanner, quando posteriormente os traçados
e as medições foram realizadas, utilizando-se o Software “Corell Draw”,
versão 6.0. Os resultados foram submetidos à análise de variância. As
medidas lineares relativas aos pré-molares e molares, do arco superior,
apresentaram diferenças estatisticamente significantes, enquanto que no arco
inferior, apenas as medidas dos molares apresentaram diferenças significantes.
As medidas angulares do arco superior não apresentaram diferenças
estatisticamente significantes, entre os sexos,
enquanto que, no arco inferior, apresentaram diferenças estatisticamente
significantes entre os sexos, executando-se os ângulos relativos aos pré-molares
e molares diretos. Podemos concluir que a técnica empregada permite a
realização do registro de medidas angulares e lineares dos arcos dentários
superiores e inferiores de maneira segura, para aplicação em perícia de
natureza Odonto-Legal. As medidas lineares tem maior importância no processo de
identificação.
B161
Saúde bucal
dos escolares em Paulínia: Avaliação por cinco anos.
P.R.GOMES*;
M.L.R.SOUSA & R.WADA.
Departamento
de Odontologia Social. Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP.
Fone (019) 874-5676
O objetivo
deste trabalho foi avaliar a saúde bucal do grupo de escolares com 12 anos de
idade envolvidos em programas preventivos desde 1994 no Município de Paulínia.
Utilizou-se o índice CPO além de
duas outras formas de avaliação da saúde bucal: crianças livres de cárie
(tanto na dentição decídua como na permanente, ou seja, ceo=o e CPO=0) e o
Coeficiente de Saúde Bucal no qual o numerador é representado pelo número de
dentes hígidos e o denominador pelo total de dentes irrompidos. A média de
dentes irrompidos foi de 25 dentes. O CPO foi de 3,0 em 1994; 2,9 em 1995; 2,1
em 1996; 1,8 em 1997 e 1,4 em 1998, apresentando decréscimo de 53% em cinco
anos. A partir desses dados, obteve-se um coeficiente de correlação igual a
0,978. O Test t realizado mostrou-se estatisticamente significante (p<0.01),
evidenciando a existência de uma correlação negativa, isto é, uma tendência
de decréscimo no índice CPO ao longo do período em questão. A porcentagem de
crianças livres de cárie mais do que triplicou no mesmo período, sendo de
13,2% em 1994 e 42,7% em 1998. Houve também um aumento progressivo dos dentes hígidos
em relação ao número de dentes irrompidos (88,4% em 1994; 88,2%
em 1995; 91,5% em 1996; 92,7% em 1997 e 94% em 1998). Os resultados
indicaram que os escolares do Município de Paulínia vem melhorando sua saúde
bucal ao longo dos anos e que provavelmente o Município, em continuando com
seus programas preventivos atuais, atingirá antes do ano 2010 a meta proposta
pela OMS de CPO menor que 1 para este grupo etário.
B162
A utilização
de dentes naturais nas Reuniões Anuais da SBPqO.
I. M. M.
DUARTE*, C. A. WADA, J. C. P. IMPARATO
Disciplina de
Odontopediatria da FOUSP-SP crmdrodr@siso.fo.usp.br
(011) 818 7854
A evolução
científica traduz-se principalmente pelo aprimoramento de conceitos que formam
a base do conhecimento. Numa visão mais específica, tem-se observado na área
odontológica a utilização de dentes naturais para a realização de pesquisas
diversas (in vivo, in situ e/ou in vitro). O objetivo deste trabalho foi avaliar
a quantidade de pesquisas que são conduzidas com envolvimento direto de dentes
naturais. Para analisar essa hipótese. Foram revisados os anais da 14ª e
15ª Reuniões Anuais da Sociedade Brasileira de Pesquisa
Odontológica, referentes aos anos de 1997 e 1998, respectivamente. Desta forma,
somou-se o número total de trabalhos e a partir desse dado obteve-se o número
relativo àqueles que utilizaram dentes. Observou-se que no ano de 1997 foram
apresentados 382 trabalhos, sendo 78 (20,4%) envolvendo dentes naturais
(humanos, bovinos, caninos e roedores). Desse total, 2556 dentes foram humanos
(97 decíduos e 2459 permanentes). No ano de 1998 encontrou-se o total de 540
trabalhos, com 139 (25,74%) conduzidos com dentes naturais (humanos, bovinos,
caninos e roedores), totalizando 5309 dentes humanos (93 decíduos e 5216
permanentes).Concluímos que os dentes naturais, especialmente os humanos, são
muito reaproveitados nas pesquisas, porém há necessidade de uma padronização
em relação aos métodos de armazenamento, desinfecção e esterilização, com
citação nos resumos de tais etapas para uma possível comparação de
resultados. Além desses fatos é imprescindível que se comece a tratar o dente
humano como um órgão e com ética, mencionando sempre a origem e investindo na
organização de Bancos de Dentes Humanos
B163
O consumo em
peso de dentifricio fluoretado utilizado por crianças de 2 a 7anos.
E. B. MENDES*,
M. N. MELLO, V. S. ANTUNES, W. W. N. PADILHA
Pós-Graduação
em Odontologia Social – UFF / Niterói – RJ - (021) 430-6609
Este trabalho
objetivou verificar a quantidade, em peso, de dentifrício fluoretado que é
utilizado por crianças e relacioná-la com o uso de água de abastecimento,
orientação sobre a quantidade a ser disposta e o tamanho da escova. A
metodologia utilizada foi a indutiva, com procedimento estatístico. A técnica
empregada foi a observação direta em pesquisa de campo do tipo
quantitativo-descritivo. O universo amostral compos-se de responsáveis e crianças
participantes do programa preventivo da SMS/RJ, em dois postos de saúde. A
amostra foi definida por conveniência, reunindo 120 crianças entre 2 e 7 anos.
Padronizou-se o creme dental a partir da sua disposição pelo responsável ou
pela criança sobre um saco plástico que cobria a escova, o qual era retirado
sem perda de creme dental, vedado, e acondicionado em ambiente refrigerado até
a pesagem. Esta foi feita em laboratório do INMETRO (DIMEL). Os resultados
obtidos foram: 95,9% da amostra utiliza água de abastecimento público; 48,3%
dos participantes já havia sido orientado sobre a quantidade correta; o peso de
creme dental médio utilizado foi de 0,56g (s = + 0,39) correspondendo a
0,84mg de flúor; 50,8% das amostras estavam abaixo de 0,5g; O teste estatístico
do X2
foi significante para a relação orientação recebida x tamanho da escova
(p<0,05); e em relação a orientação recebida x peso utilizado
(p<0,01). Não foi significante para a relação idade x tamanho da escova
(p>0,05); tamanho da escova x peso utilizado (p>0,05) e para idade x peso
utilizado (p>0,05). Em conclusão, podemos afirmar que a orientação
profissional interferiu positivamente no uso do creme dental fluoretado,
principalmente em relação a quantidade de creme dental e a adequação do
tamanho da escova. A quantidade de fluoreto utilizada pode levar estas crianças
a uma superexposição a este íon.
B164
Incidência e
tratamento de traumatismo facial por projétil de arma de fogo Rio de Janeiro.
L. R.
XAVIER*, L. E. L. P. QUINTANILHA, W. W. N. PADILHA
Pós-Graduação
em Odontologia Social – UFF / Niterói, RJ -
9617-0295
Este estudo objetivou apresentar a incidência e descrever os
tratamentos emergenciais utilizados para os traumatismos provocados por projétil
de arma de fogo (PAF), nos principais hospitais públicos da cidade do Rio de
Janeiro. A metodologia foi a indutiva, com procedimento estatístico descritivo
e técnica de observação indireta com análise dos prontuários do setor de
emergência dos hospitais Souza Aguiar e Miguel Couto. Dentre todos os prontuários
foram utilizados aqueles refrentes ao traumatismo facial, cobrindo o período de
1996 a 1999. Foram registrados os dados referentes a idade, sexo, cor, local da
fratura, e procedimentos operatórios realizados. Os resultados obtido foram:
Total de casos - 56; A idade variou de 10 a 77 anos; Os pacientes do sexo
masculino foram 44 (78%), do sexo feminino 4 (7,1%) e 8 não informaram. Quanto
a cor 44% foram brancos, 41% pardos e 15% negros. Foram registrada 25 fraturas.
As fraturas mais frequentes foram: 15 (60%) na mandíbula, 1 (4%) na maxila, 2
(8%) envolvendo mandíbula e maxila, 3 (12%) no zigomático, 1 (4%) envolvendo a
mandíbula e o zigomático, 2 (8%) ossos nasais e 1 (4%) no septo nasal. Como
tratamento emergencial considerou-se os exames diagnósticos e de localização
do projétil, encontrando-se 54 exames radiográficos de 14 modalidades e 10
exames laboratoriais de 4 modalidades. Os procedimentos realizados foram 120
compondo-se de 16 ações diferenciadas. Os mais frequentes foram : vacina antitêtânica
: 26; sutura, 20; reposição volêmica 19; medicação 15. Concluíu-se que a incidência foi inespecífica,
com destaque para o sexo masculino. Os atendimentos emergenciais não seguiram
um protocolo de tratamento específico e apresentaram particularidades ainda não
descritas na literatura.
Projeto com
apoio PIBIC / CNPq / UFF
B165
Identificação
odontolegal pesquisas indexadas no MEDLINE 94 - 99.
F. IGAI*, R.
F. H. MELANI, E. K. ANZAI, R. N. OLIVEIRA
Departamento
de Odontologia Social FOUSP. (011) 818.7891
rogerio@fo.usp.br
Propomos a
realização de um estudo sobre a expressividade da Odontologia Legal no campo
da Identificação médico legal baseada em quantificação, classificação e
análise dos artigos publicados e
indexados no MEDLINE no período de 1994 a1999. O estudo foi realizado através
de pesquisa eletrônica no MEDLINE (via Internet). Utilizamos como extratores
principais os termos : Forensic Dentistry Identification seguidas de algumas
categorias obtidas através de uma revisão literária. Feita a análise
quantitativa, obtivemos 206 artigos
referentes à Odontologia Forense , publicados desde 1994, destes
81 específicos sobre identificação humana. Analisamos e separamos nas
seguintes categorias principais: Identificação individual, marcas de mordida,
Antropologia Forense, protocolos, desastres de massa e crimes de guerra.O número
de trabalhos publicados nos últimos cinco anos é significativo, comprovando a
importância e aplicabilidade da Odontologia Forense como auxiliar na identificação
médico legal, desde a parte de documentação até a extração de DNA presente
na polpa dental, sobreposição de imagens entre outros.
Existem casos onde sem a colaboração do odonto legista uma identificação
torna ‑ se inviável.
B166
Uso, frequência
e marca de produtos de higiene oral.
S.R.AMARAL*;
S.R.M.FERREIRA; J.H.V.SERRÃO; J.L.G.C.da SILVEIRA; W.W.N. PADILHA
Pós-graduação
em Odontologia Social - UFF / F.O.- UFF - RJ - (021) 396-5730
Os objetivos
desta pesquisa foram: verificar o uso, a freqüência e a marca de produtos de
higiene oral disponíveis no mercado (enxaguante-antiplaca, escova dental, fio
dental e dentifrícios), verificar relatos de alterações na cavidade oral após
o uso contínuo desses produtos pelos usuários, investigar a origem da
prescrição e critérios adotados para a compra desses produtos. O método
utilizado foi o Indutivo com procedimento estatístico descritivo, sendo
realizada uma Observação Direta Extensiva, tendo como instrumento um formulário,
cujas perguntas foram destinadas a 200 transeuntes, escolhidos aleatoriamente,
no centro de Niterói-RJ. Obteve-se: 66% dos entrevistados receberam recomendação
profissional quanto ao uso dos produtos, sendo que o fio dental aparece com 53%
das recomendações; 33% utilizam soluções fluoretadas, das quais 46% por
recomendação do dentista, 43% utilizam uma vez/dia, 30% a marca Colgate Plax,
80% relataram benefícios após o uso deste produto; dos que utilizam fio
dental, 62% foi por recomendação do dentista, 32% uma vez/dia, 37% utilizam a
marca Johnson & Johnson, 55% relataram benefícios; 26% dos entrevistados
utilizam dentifrício da marca Sorriso, 59% relataram escovar os dentes 3
vezes/dia. Critérios de compra mais adotados: fio dental - 25% pelo preço;
dentifrício 38%, escova 36% e enxaguante 30% pela mídia; este último com 26%
de recomendação profissional. O critério predominante na escolha da compra
dos produtos foi a marca, sendo o marketing o principal incentivador.As pessoas
demonstram não saber a importância do flúor e a necessidade da escovação da
língua, entretanto são bem orientadas com relação à freqüência do fio e
da escova.
B167
Características
sócio-econômicas dos pré-escolares atendidos na clínica extramuro da
FOP/UNICAMP.
E. A.
DRESSANO*, MLR SOUSA, M.F. TAGLIETTA, R.S.WADA, V.J.PAVAN
Depto. Odont
Social. FOP-UNICAMP. F: (019) 433-5347
Os objetivos
deste trabalho foram verificar as características sócio-econômicas das famílias
dos pré-escolares atendidos na clínica extramuro da FOP/UNICAMP, além de ser
um estudo exploratório para verificar a relação existente entre saúde bucal
e a procura pelo cirurgião dentista.. Foram enviados questionários, através
dos agentes de saúde, para 246 famílias. Destas 69 tinham renda familiar entre
1-2 salários-mínimos (G1); 120 tinham renda familiar entre 3 a 5 salários mínimos
(G2) e 57 tinham renda familiar entre 6 a 10 salários mínimos (G3). As crianças
tinham em média 6,2; 6,3 e 6,4 anos
de idade no G1; G2 e G3, respectivamente e apresentaram ceo 3,4; 3,5 e 3,2
respectivamente, sendo que o percentual de crianças livres de cárie foi de
36,2%(G1); 29,2%(G2) e 31,6%(G3). O número médio que as crianças escovavam os
dentes por dia foi de 2,2; 2,4 e 2,5 para G1; G2 e G3, respectivamente. O número
médio de moradores por habitação foi de 5,0; 4,8 e 4,9 para G1,G2 e G3. No G1
42,6% das crianças já haviam ido ao dentista, sendo 62,5%% no G2 e 68,4% no G3
que já haviam ido ao dentista anteriormente. Os dados sugerem uma tendência do grupo de crianças mais
pobres procurar menos o dentista e possuir maior porcentagem de crianças livres
de cárie. Isso suscita a hipótese da relação inversa entre ir ao dentista e
ser livre de cáries. Esta hipótese necessita ser melhor explorada, assim como
já foi levantada em outros trabalhos da literatura internacional.
B168
Traumatismo
bucal na dentadura decídua de pacientes fissurados.
M. R.GOMIDE*,
C. M. LONTRA, B. COSTA, L.T. NEVES.
Depto.
Odontopediatria – HRAC-USP-Bauru – (014)2358141
Por não
existir na literatura estudos sobre a ocorrência de traumatismo bucal na
dentadura decídua de portadores de fissura de lábio e/ou palato, realizou-se
esta pesquisa através de uma entrevista aos pais de 1001 pacientes do Hospital
de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais-USP, de 6 a 59 meses, de ambos os
sexos, a fim de verificar esta prevalência. Os dados revelaram uma ocorrência
de 38%, sendo 81% de trauma em tecidos moles e 19% de traumatismo dentário.
Deste último, 37% constituíram fraturas dentárias e 24% avulsão. As quedas
foram as causas de 92% dos traumatismos e os acidentes de apenas 8%. 76% da
amostra apresentava fissura com envolvimento do lábio e desta 40% sofreram
trauma. Quando se realizou o testec2 não se
detectou associação positiva entre a ocorrência de trauma e a presença de
fissura no lábio. A partir destes resultados verificou-se que portadores de
fissura de lábio e/ou palato apresentaram prevalência e causas de traumatismos
bucais semelhantes a crianças não fissuradas.
B169
Conhecimento e
atitudes em saúde bucal de profissionais que atendem crianças hospitalizadas.
E.M.M.B.
COSTA*; G. CASTRO; M.E. RAMOS; I. CHIANCA; I.P.R. SOUZA
Odontopediatria
- UFRJ-UERJ-UNESA-FOA. Tel. (021) 295 7011
O objetivo
deste estudo foi avaliar o grau de conhecimento e atitudes relacionados à saúde
bucal de profissionais que atendem crianças hospitalizadas. Após a aprovação
do Comitê de Ética do Hospital Universitário-UERJ, foram distribuídos 100
questionários no Setor de Pediatria contendo questões sobre prevenção,
controle e tratamento de doenças bucais. Obteve-se o retorno de 52% dos
questionários, dos quais 27% de médicos, 42% de auxiliares de enfermagem, 2%
de assistentes sociais e 29% de enfermeiros. Os dados foram armazenados no
Programa EpiInfo 6.04 e o teste Qui-quadrado foi empregado para testar associação
entre variáveis categóricas. Em relação à estomatite, 75% conheciam a doença
e 83,7% sabiam como preveni-la. Os médicos e os enfermeiros conheciam mais
sobre as conseqüências da estomatite quando comparados aos auxiliares de
enfermagem (p<0,001). Em relação a cárie, apenas 47% conheciam sua
etiologia, sendo que os médicos, quando comparados aos outros, mostraram maior
conhecimento tanto sobre as causas (p<0,01), como sobre suas conseqüências
(p<0,05). Todos foram unânimes em relatar que a cárie é uma doença que
pode ser prevenida e 98% sabiam como fazê-lo. Medidas de prevenção à cárie
eram adotadas no hospital por 78% dos entrevistados, principalmente pelos
auxiliares de enfermagem e enfermeiros (p=0,08). No entanto, somente 33% destes
adotavam medidas corretas. Concluiu-se que o conhecimento sobre doenças
bucais foi menor entre os profissionais de nível técnico. Por serem estes os
profissionais que atuam diretamente no atendimento da criança hospitalizada,
sugere-se que seja implantado um programa de educação para saúde bucal
voltado para este grupo.
B170
Percepção do
usuário do SUS do Processo Saúde-Doença.
R.N.
SALCIARINI*;F.F.D’AMATO;J.L.G.C. SILVEIRA; J.H.V. SERRÃO; W.W.N. PADILHA
Pós-graduação
em Odontologia Social – UFF - Niterói – RJ - (021) 710-7058
Este estudo
teve por objetivo avaliar as noções do usuário do SUS em relação ao
processo saúde-doença, relacionando-as com o Marco Conceitual da prática
odontológica, segundo o modelo Tradicional ou Integral definido por Mendes.
Utilizou-se o método de abordagem Indutivo, com procedimento tipológico e
estatístico (teste X2). A Amostra abrangeu 50 acompanhantes de crianças
inscritas no Programa de Saúde Bucal do CMS Belizário Penna SMS-RJ, no período
de março/abril de 1999. A técnica empregada foi a de Observação Direta
Extensiva, tendo como instrumento de coleta de dados um questionário
estruturado com 6 perguntas fechadas que pretenderam verificar: 1) a participação
comunitária no SUS; 2) noções da determinação social da doença; 3) atribuições
da rede de atendimento na promoção da saúde; 4) reconhecimento da delegação
e distribuição de funções na equipe de saúde; 5) noções de saúde e
cidadania. 6) integração das ações curativas, preventivas e educativas.
Observou-se que 58% das respostas apuradas possuíam elementos que as
identificavam com o modelo de prática Integral proposto por Mendes,
contrapondo-se ao modelo Tradicional. A análise estatística revelou diferença
singificante, ao nível de 1%, entre as respostas obtidas, que caracterizaram
dois grupos distintos, identificáveis segundo o modelo Tradicional ou Integral,
com predominância do segundo. Há um reconhecimento, por parte do usuário
do S.U.S., de que o acesso aos serviços e a manutenção da saúde são também
determinados pelas condições sociais e de cidadania, com uma
maior identificação com os princípios que norteiam o modelo Integral.
B171
Estudo histológico
de matrizes ósseas desmineralizadas sobre o reparo ósseo.
R.R. GARCIA*,
J.R. ALBERGARIA BARBOSA
Depto. de
Diagnóstico Oral – Faculdade de Odontologia de Piracicaba – Unicamp
- (021) 430-5274
O
desenvolvimento de materiais que possam induzir a neoformação de tecido ósseo
perdido evita a necessidade de uma segunda cirurgia para obtenção de enxerto
ósseo autógeno. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi analisar
histologicamente o efeito de dois tipos de matrizes ósseas desmineralizadas,
sobre o processo de reparo ósseo em calvária de coelhos.Foram utilizados
dezoito coelhos e em cada calvária foram preparadas duas cavidades ósseas cirúrgicas,
sendo uma do lado direito e a outra do lado esquerdo da sutura parietal. As
cavidades do lado esquerdo foram utilizadas como controle e preenchidas apenas
com sangue do animal. No grupo I, as cavidades do lado direito foram preenchidas
com uma matriz óssea desmineralizada de origem bovina (OSSEOBOND®).
No grupo II, as cavidades do lado direito foram preenchidas com uma matriz óssea
desmineralizada de origem humana (DEMBONEä). Os animais foram sacrificados nos
períodos pós-operatórios de 3, 7 e 15 semanas. A análise das amostras sob
microscopia ótica revelou que no grupo I as partículas foram reabsorvidas mais
rapidamente que no grupo II. Nos períodos de 7 e 15 semanas a neoformação óssea
foi melhor nos grupos I e II em relação as cavidades de controle. Nos grupos
I, II e nas cavidades controle a neoformação óssea foi melhor evidenciada após
15 semanas, apesar de não ter ocorrido regeneração óssea completa em nenhum
dos grupos estudados.
Apoio
Financeiro: FAPESP nº
97/04123-5
B172
Efeito da
esterilização em autoclave, sobre propriedades mecânicas das miniplacas de
titânio, utilizadas em fixação interna.
V. A., Pereira Filho*; L.A., Passeri
Depto. de
Diagnóstico Oral – FOP-Unicamp - (019)
4305274
As placas e
parafusos de titânio têm grande utilização na fixação de fraturas faciais
e em cirurgias ortognáticas. Esse material permanece acondicionado em caixas e
recebe múltiplas esterilizações através de calor úmido, em autoclave. Nesse
trabalho, foram avaliados os efeitos dessa forma de esterilização sobre as
propriedades mecânicas das miniplacas de titânio (sistema 2,0 mm, Engimplan®).
Para isso, foram utilizados quatro grupos de quinze placas, testadas em máquina
de ensaio universal (M.E.U.), quanto à resistência à tração, à flexão e
à compressão. O grupo I, ou grupo controle, não foi exposto à ação
da autoclave, o grupo II recebeu um ciclo de esterilização, o grupo
III, dez ciclos e o grupo IV, vinte ciclos.
Após sessenta ensaios mecânicos do tipo destrutivo, obteve-se uma
planilha de dados com duas variáveis: força e deformação. Transformava-se,
dessa forma, esta planilha em um gráfico do tipo força versus deformação, a
partir da qual se realizaria o cálculo para obtenção do limite de escoamento
(se),
em cada unidade experimental testada, com o objetivo de se obter uma variável
numérica, que possibilitasse a comparação entre os grupos. Foram feitos
testes estatísticos, a fim de se compararem as variáveis estudadas. Analisando-se
os resultados, conclui-se que não houve diferença entre os grupos, nos ensaios
de tração e de compressão. Entretanto, foi possível observar diferenças,
entre os grupos, no teste de flexão.
Apoio
Financeiro: CAPES
B173
Avaliação da
Dexametasona e Meloxicam no Edema e Trismo
E. G. BASTOS*,
E. D. DE ANDRADE, R. MAZZONETTO
Departamento
de Diagnóstico Oral -Faculdade de Odontologia de Piracicaba - Unicamp
- (019) 430-5274
A tentativa de
se encontrar meios para a redução do desconforto pós-operatório nas
cirurgias de terceiros molares, como a dor, o edema e o trismo tem sido objetivo
de muitos estudos na literatura odontológica, onde a avaliação de novas
drogas anestésicas, analgésicas ou antiinflamatórias, tem sido realizada com
este propósito. O objetivo deste trabalho foi comparar, clinicamente, a eficácia
de duas drogas de ação antiinflamatória (dexametasona e meloxicam),
administradas em dose única pré-operatória, no controle do edema e trismo, após
exodontia de terceiros molares inferiores inclusos. Foram selecionados 16
pacientes adultos, com idade variando entre 15 e 27 anos, sem nenhum
comprometimento local ou sistêmico, com indicação de exodontia de terceiros
molares inferiores inclusos, bilateralmente e em posições similares. As drogas
foram administradas, na primeira ou segunda cirurgia, aleatoriamente de forma
duplo-cego. Fez-se avaliação do edema através da variação de pontos de
referências faciais, e do trismo através da variação da distância
interincisal. As mensurações foram registradas nos períodos pré-operatório
e pós-operatório de 24 e 48 horas, sendo que os valores obtidos em cada avaliação
receberam análise estatística. De acordo com os resultados, concluiu-se que
não houve diferença significativa na limitação de abertura bucal, quando se
compararam os tratamentos com o meloxicam ou dexametasona. Já em relação ao
edema a dexametasona mostrou uma maior eficácia.
B174
Fratura do
assoalho orbital: incidência e correlação com traumas faciais.
E. BERGAN* ;
I. GANDELMANN ; M. A. CAVALCANTE; F. RODRIGUES; P. C. REIS; R. MACEDO; M.
GUEDES.
Especialização
em CTBMF-F.O.UFRJ - (021) 396-8747
As fraturas do
assoalho orbital normalmente ocorrem devido a um traumatismo facial que podem
vir ou não associados à outros tipos de danos as estruturas da face. Nas
fraturas do assoalho orbital pode haver restrição do movimento ocular, por
encarceramento dos músculos extrínsecos
do globo, como, diplopia e enoftalmia, com queda do globo ocular, ocasionando
deformidade facial. As fraturas do assoalho orbital são relatadas na literatura
como sendo fraturas associadas àquelas do complexo zigomático, e numa causuística
de 1117 pacientes tratados pelo Serviço de Cirurgia Oral e Maxilo Facial do
Hospital Universitário Clementino Fraga Filho e do Hospital Municipal Souza
Aguiar, foi observado a incidência de fraturas de assoalho orbital, associadas
com fraturas do complexo zigomático e do tipo Le Fort III. Deste total de
pacientes, 989 apresentaram fraturas do complexo zigomático e 183 deles,
fraturas do tipo Le Fort III. Foram encontrados 15 fraturas do assoalho orbital
associados com fraturas do complexo zigomático, o que equivale à uma
incidência de 1,5 %, e também 5 fraturas do assoalho orbital associadas com
fraturas do tipo Le Fort III, o que equivale à uma incidência de 2,7%. Concluímos
assim, que as fraturas do assoalho orbital estiveram mais associadas com as
fraturas do tipo Le Fort III. Partindo destes resultados obtidos, o Cirurgião
Buco Maxilo Facial deve se preocupar quando houver presença de fraturas do tipo
Le Fort III, em avaliar também, possíveis fraturas do assoalho orbital
conjuntas, para que as mesmas não deixem de ser tratadas.
B175
Análise
microbiológica da alveolite de ratos diabéticos não controlados.
A. ARANEGA*,
T. OKAMOTO, E. Jr. GAETTI-JARDIM.
Dep. Cirurgia
e Clínica Integrada da Fac. de Odont. Araçatuba- UNESP - (018) 563-1483
A microbiota do alvéolo infectado de ratos (Rattus
novegicus, albinus, Wistar) diabéticos e controles foi avaliada qualitativa
e quantitativamente após extração do incisivo superior direito e indução da
alveolite. Imai et al. Can. J. Microbiol. 30: 186-91, 1984. Para isso foram
utilizados 32 animais, sendo 19 submetidos à inoculação de estreptozotocina
(35mg/Kg), dissolvida em tampão citrato 0,01M, enquanto 13 receberam apenas a
solução tampão, atuando como controle. Após a verificação do estado glicêmico
dos animais, todos os dentes supra-mencionados foram extraídos e induziu-se a
alveolite através de salina pré-reduzida e epinefrina. Após verificação da
instalação da alveolite, realizou-se no 4º e 10º dias após a cirurgia, a
coleta microbiológica em 12 animais diabéticos e 10 controles. Os espécimes
de pús coletados foram transferidos para o laboratório para o isolamento
microbiano, o qual foi realizado após inoculação em ágar McConkey, ágar
BBE, ágar CVE, ágar Sabouraud e ágar sangue, que foram incubadas em
anaerobiose, a 37ºC por 2, 3, 4, 5 e 15 dias, respectivamente. A identificação
dos isolados foi realizada pela determinação de suas características fenotípicas.
A microbiota isolada de ambos os grupos foi submetida aos testes estatísticos
de T Student e Fisher. Verificou-se que nos dois grupos os anaeróbios
obrigatórios foram predominantes e não foram observadas diferenças
estatisticamente significantes na microbiota dos animais diabéticos e
controles.
B176
Estudo químico,
macroscópico e da resistência à flexão de placas e parafusos de titânio
usados na fixação interna rígida.
A. E.
TRIVELLATO*, R. MAZZONETTO, S. CONSANI.
Área de
Cirurgia Buco-Maxilo-Facial, Faculdade de Odontologia de Piracicaba–Unicamp
- (019) 430-5274
O objetivo
deste estudo foi comparar quatro sistemas de placas e parafusos de 2,0 mm
utilizados em fixação interna rígida, sendo duas marcas nacionais (Engimplan
e Bucomax) e duas importadas (Synthes e W. Lorenz). Foram realizadas as
seguintes análises: composição química, através de espectrometria por
dispersão de energia (EDS) e espectrometria de emissão atômica (AES), macroscópico
através de medidas padronizadas e de resistência à flexão. Os resultados
obtidos permitem concluir que as marcas nacionais apresentaram um comportamento
inferior, em relação a padronização das dimensões das placas e parafusos
avaliados, influenciando nos resultados dos testes de flexão, onde estas se
comportaram da mesma maneira. Entretanto, a marca comercial
W. Lorenz utiliza liga de titânio-6alumínio-4 vanádio para a confecção
dos parafusos, fato responsável pelo melhor resultado no teste de flexão, que
qualquer outra marca. Os demais parafusos e placas apresentaram-se constituídos
de titânio comercialmente puro, de acordo com a EDS e posteriormente
confirmados pela AES.
Apoio
Financeiro: Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
B177
Avaliação clínica
da eficácia de placas reconstrutivas nas fraturas mandibulares.
F. M. ELIAS,
I. A. BERENGUEL*, B. M. AVELAR, W. A. JORGE
Serviço de
Urgências Buco-Maxilo-Faciais - HU - USP - SP - (011) 275-9698
Nas fraturas
complexas e cominutivas da mandíbula, a utilização de placas reconstrutivas
visa conter fragmentos ósseos e ou manter o perímetro do arco, até que haja
condições locais satisfatórias para a enxertia óssea. No entanto, em certas
ocasiões, a perda do alinhamento ósseo devido à deformação da placa,
afrouxamento de parafusos ou infecção. (RAVEH et al.; J. Oral. Maxillofacial.
Surg., 42: 281-94, 1994; SMITH et al.; J. Oral. Maxillofacial. Surg., 51:
1320-6, 1993.).O objetivo deste trabalho é avaliar clinicamente a eficácia das
placas de titânio da marca OSTEOMEDâ como métodos de contenção das fraturas
complexas e estabilização dos fragmentos das fraturas cominutivas da mandíbula.
Para este estudo, foram avaliados nove pacientes operados entre 1995-1998,
quatro com fraturas complexas e cinco com fraturas cominutivas da mandíbula,
nos quais foram utilizadas placas reconstrutivas de titânio da marca OSTEOMEDâ.
Nos quatro pacientes com fraturas complexas, não houve complicações pós-operatórias,
sendo o mais antigo operado há 17 meses . Nos cinco pacientes com fraturas
cominutivas houve perda do alinhamento em um, após seis meses, infecção e
mobilidade em três, após seis, dez e vinte e quatro meses e ausência de
complicações em um, após oito meses. Os autores concluíram que:1.A placa
avaliada mostrou-se eficaz na contenção das fraturas complexas da mandíbula e
no alinhamento e estabilidade das fraturas cominutivas por um período mínimo
de seis meses. 2.Quando for necessário reconstrução mandibular com
enxertos ósseos, estes devem ser realizados preferencialmente antes de 06
meses, tão logo o paciente apresenta condições locais e sistêmicas para o
procedimento.
B178
Avaliação da
resitência à tração, de parafusos monocorticais de 1,5mm.
L. R. S. RABÊLO*,
L. A. PASSERI
Depto. Diagnóstico
Oral - Faculdade de Odontologia de Piracicaba - Unicamp
- (019) 430-5274
O objetivo
deste trabalho foi avaliar a resistência
à tração de três marcas diferentes de parafusos, de 1,5 mm de diâmetro,
inseridos de maneira monocortical em tíbias de coelhos. Foram testados 30
parafusos de titânio, divididos em
3 grupos de acordo com a marca comercial (W.
Lorenz, Synthes e Engimplan). Os parafusos foram inseridos em fragmentos ósseos
removidos de tíbias de coelho, que foram
armazenadas em solução fisiológica e congeladas à temperatura de -18°C, até
a realização dos testes. Os segmentos ósseos foram incluídos em resina acrílica
quimicamente ativada, no interior de cilindros de PVC. Cada segmento recebeu um
parafuso inserido de maneira monocortical. Os corpos-de-prova foram levados a
uma máquina de tração universal, onde por meio de um dispositivo adaptado ao
mordente inferior da mesma, foram submetidos a testes de tração, a uma
velocidade de 6 mm/min. Foi aplicada análise estatística não paramétrica de
Kruskal-Wallis, ao nível de 5% de probabilidade, em prova bilateral. Os
resultados indicaram diferenças estatisticamente significantes entre a tração
exercida para remoção dos parafusos do grupo W. Lorenz, quando comparados ao
grupo Engimplan. Os maiores valores de tração foram alcançados pelo grupo W.
Lorenz, e os menores pelo grupo Engimplan. O grupo Synthes não apresentou
diferenças estatisticamente significante, quando comparados aos demais.
Apoio
financeiro: FAPESP
B179
Avaliação da
osteotomia vertical em pacientes classe III esquelética com e sem disfunção
articular.
P.J.A.
MEDEIROS, K.C. OLIVEIRA, V.F. BARROS*, M.S. MIRANDA.
Dept. Diagnóstico
e Cirurgia da FO-UERJ Fax:587-6382
A osteotomia
vertical bilateral do ramo mandibular tem se mostrado a técnica de eleição
quando se deseja o recuo da mandíbula. Os pacientes portadores de prognatismo
mandibular eventualmente experimentam algum grau de disfunção da articulação
temporomandibular (ATM), tendo maior propensão de desenvolvê- la que os
pacientes não prognatas. O objetivo deste estudo é avaliar os efeitos da
osteotomia vertical, sem fixação interfragmentária, em pacientes portadores
ou não de disfunção da ATM, baseado na função mandibular, comparando- se os
resultados obtidos com os parâmetros pré- operatórios. Doze pacientes foram
submetidos a esta técnica operatória, dentre os quais sete apresentavam sinais
de disfunção da ATM. Nas fases pré- operatória imediata e pós- operatória
de seis meses foram mensuradas a abertura máxima bucal, a lateralidades direita
e esquerda e a protusiva dos pacientes, utilizando-se um medidor milimetrado
padronizado. Foram avaliados também o número de contatos oclusais em ambas as
fases. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística pelos testes:
Qui-quadrado (p<0.05), de Wilcoxon (p>0.05) e “t”de Student. Concluiu-se
que houve diminuição significativa no grau de disfunção da ATM entre as
fases pré e pós- operatorias (x2 =5.93).
Entre as duas fases, as lateralidades direita (t = -2.98) e esquerda (t = -2.96)
aumentaram consideravelmente. Houve diminuição importante na abertura máxima
bucal (t = 9.23). Estatisticamente, o número de contatos oclusais (W = -1.39) e
protusiva (t = 0.77) não apresentaram diferenças entre as duas fases.
B180
Fatores que
influenciam a dor pós- operatória na remoção dos terceiros molares
inferiores.
P.J.A.
MEDEIROS, V.F. BARROS, M.S. MIRANDA*
Dept. de Diagnóstico
e Cirurgia da FO-UERJ Fax:5876382
O pós- operatório
da cirurgia dos terceiros molares inferiores inclusos pode ser influenciado por
fatores variados e complexos. O objetivo deste estudo foi avaliar a dor pós-
operatória na cirurgia de terceiros molares inferiores inclusos, relacionando
este sintoma com a idade, sexo, posição do dente, tipo de acesso cirúrgico, técnica
cirúrgica e tempo cirúrgico. Participaram deste estudo 20 pacientes saudáveis,
apresentando os terceiros molares inferiores inclusos com a mesma classificação
de posição de ambos os lados. Do total de pacientes, 10 são do sexo feminino
e 10 do sexo masculino, com idade variando entre 16 e 21 anos. Todos os
pacientes foram submetidos a exodontia bilateral, realizando- se osteotomia e
odontossecção conforme a necessidade do caso. Utilizou- se de um lado, retalho
por descolamento de papilas e do outro, após o intervalo de 30 a 60 dias,
retalho em “L”. Após cada extração a dor foi classificada pelo paciente
nos primeiros cinco dias pós- operatórios, variando de intensa a ausente,
sendo também anotados o número de doses analgésicas utilizadas durante este
período. A partir dos dados obtidos foram aplicados os testes “t” de
Student, Qui-quadrado e Wilcoxon. Conclui-se que a dor foi mais intensa nos
primeiros dias pós- operatórios, mas não houve diferença significativa da
mesma quando foram analisados a idade, o sexo, a posição do dente e o tempo
cirúrgico(p>0.05). Estatisticamente, houve uma menor intesidade de dor no
retalho em “L”e uma maior quando utilizou-se odontossecção (p<0.05).
Entretanto, a distribuição quanto ao número de doses analgésicas foi
semelhante em ambos os retalhos utilizados.
FAPERJ-
Processo nº E-26/150.309/97
B181
Permeabilidade
nasal em fissurados de lábio e palato após cirurgia ortognática.
I.E.K.TRINDADE,
R.M.SUGUIMOTO, I.K.TRINDADE*.
Laboratório
de Fisiologia, HRAC/FOB-USP, e-mail:ingetrin@usp.br
A fissura lábio-palatina está freqüentemente associada à má-oclusão
dentária e a deformidades esqueléticas como a hipoplasia maxilar. Em casos de
discrepância maxilo-mandibular acentuada, que não respondem ao tratamento
ortodôntico, torna-se necessária a cirurgia ortognática (CO), que modifica a
morfologia nasal externa e interna. O presente trabalho teve como objetivo
verificar o efeito da CO sobre a permeabilidade nasal de indivíduos fissurados,
através de avaliação rinomanométrica. Para tanto, foram avaliados 19
pacientes com fissura de palato ± lábio, com idade entre 16 e 36 anos, nos
quais se determinou a área de secção transversa mínima nasal na respiração
de repouso, de acordo com o método de Warren (Amer.J.Orthod., 86:306-14,1984).
Todos foram submetidos à osteotomia do tipo Le Fort I com avanço maxilar,
associada a outros procedimentos envolvendo nariz, palato, maxila e/ou mandíbula;
as avaliações foram feitas antes da cirurgia (PRE) e, em média, 45 dias
(POS1) e 9 meses (POS2) após. Os valores médios (±DP) da área nasal foram:
PRE=34±11mm2,
POS1=43±14mm2,
POS2=46±19mm2,
sendo que em POS2 a média foi significantemente maior que no pré-operatório
(p<0,05). Em POS1, valores aumentados em relação ao PRE foram constatados
em 63% dos pacientes; em POS2, a proporção aumentou para 74%. Além disso, 73%
de um total de 11 pacientes que apresentaram área nasal subnormal em PRE,
passaram a apresentar valores normais em POS2. Os resultados mostram que a
cirurgia ortognática melhora a permeabilidade nasal em parcela considerável de
indivíduos com fissura lábio-palatina, efeito que é particularmente relevante
para aqueles que apresentam obstrução nasal antes da cirurgia.
Apoio
financeiro: CNPq
B182
Reparação
dos tecidos moles adjacentes à osteotomia sob irrigação.
D. G.
BENOTTI*, J. L. SANTIAGO, A. GIOVANINI, E. SANTOS
Depto. de
Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial - FOUSP - (011) 818-7832
Apesar da
concordância entre os estudos no que diz respeito a necessidade de irrigação
durante a osteotomia realizada com instrumentos cortantes rotatórios, poucos
comentam se a irrigação pode interferir na reparação dos tecidos moles
adjacentes à ferida óssea. Objetivou-se avaliar as diferenças relativas aos
estágios de reparação do tecido mole exposto à poeira óssea e, em
contrapartida, sob efeito de irrigação. Para tal avaliação, três grupos de
três ratos cada foram submetidos a osteotomias em ambos os lados da mandíbula.
Os cortes foram feitos de forma circunferencial na cortical externa, com irrigação
constante de soro fisiológico no lado direito e sem a irrigação no esquerdo.
Os animais foram sacrificados após 2, 7 e 21 dias de pós-operatório. A mandíbula
de cada rato foi preparada para análise descritiva por microscopia óptica em
cortes transversais à ferida óssea. Em cada lâmina, foi analisada a incorporação
de “pó de osso” e vascularização nos tecidos moles adjacentes, presença
de tecido osteóide, formação de osso cortical e tipos celulares presentes na
ferida e áreas vizinhas à ela. Baseados nestes fatores descritos,
visualizou-se uma semelhança na reparação entre os dois lados no 2o
e 7o dia de pós-operatório. Porém, os cortes no 21o
dia do lado não irrigado apresentaram tecido de granulação ainda intenso se
comparado ao lado irrigado no mesmo período. Baseado na metodologia
empregada pelo trabalho e seus resultados, parece que é certo afirmar que
osteotomias realizadas com o auxílio de motor de alta rotação e instrumentos
cortantes rotatórios, sem irrigação de soro fisiológico, resultam em um
atraso na reparação dos tecidos moles adjacentes à ferida óssea somente notável
na fase final do processo inflamatório local.
B183
Análise
epidemiológica das fraturas de
mandíbula.
A . SAUD* , I.
GANDELMANN, M . A. CAVALCANTE, R.
PINHEIRO , S. MANDARINO
Dep. Clínica
Odontológica - Especialização CTBMF - FO/UFRJ - (021) 719-3631
Dentre as
fraturas encontradas no complexo maxilo-facial, as de maior incidência são as
do 1/3 inferior da face , devido principalmente a proeminência e posição da
mandíbula em relação ao esqueleto facial. Os principais componentes
envolvidos são: fator dinâmico, composto pela intensidade e direção do
impacto, e o fator local , relativo ao formato anatômico do osso mencionado.
Estes dois fatores possuem influência decisiva na localização do traço de
fratura. Visando uma melhor compreensão deste tipo de trauma, o estudo analisa
quais os fatores etiológicos e a localização dos traços de fratura que mais
freqüentemente acometem a mandíbula. Foram estudados 646 pacientes ,
portadores de 1019 fraturas de mandíbula, sem distinção de sexo e idade,
atendidos pelos serviços de CTBMF do HMSA-RJ e do HUCFF-FOUFRJ. A seguinte
classificação foi adotada: (1) Localização - côndilo, coronóide, ramo, ângulo,
corpo, sínfise e processo alveolar ; (2) Etiologia - acidentes de tráfego,
esportes, quedas, agressão, PAF, trabalho. Os dados obtidos foram : (1)
Localização: côndilo- 33,2%, coronóide- 1,9%, ramo- 4,5%,ângulo-11,6%,
corpo-30,7%, sínfise -11,8%, processo alveolar-6,3%; (2) Etiologia: acidentes
de tráfego- 44,2%, esportes- 9,0 %, quedas-
4,0% , agressões-29,3 %, PAF-6,4%, trabalho-7,1%.Concluímos então que os
fatores etiológicos mais comuns são os acidentes de tráfego e as agressões,
o que retrata a vida diária de um grande centro urbano. A localização mais
comum encontrada foi na região de côndilo, seguida pelo corpo mandibular. Isto
se deve pela 1ª ser a região de menor resistência e a 2ª a maior região
anatômica da mandíbula, logo a mais exposta a traumatismos.
B184
Análise
comparativa de diferentes técnicas para tratamento do ceratocisto odontogênico
R. PRADO*; I.
H. A GANDELMANN; M. A CAVALCANTE; E. L. F. PINTO
Doutorado -
FOUFRJ - (021) 494-3001
O ceratocisto
odontogênico desperta maior interesse em relação aos demais cistos maxilares
pelo índice de recorrência após tratamento cirúrgico, que pode variar de
acordo com a opção de técnica cirúrgica. O presente estudo tem como objetivo
avaliar a eficácia de 6 diferentes técnicas cirúrgicas utilizadas em 39
cistos diagnosticados histologicamente, fazendo comparação entre os índices
de recorrência. As técnicas analisadas foram: enucleação com curetagem e
fechamento primário em 16 casos (41%) com 5 recidivas (31,3%); enucleação com
curetagem, utilização de solução de Carnoy e fechamento primário em 10
casos (25,6%) com uma recidiva (10%); marsupialização em 4 casos (10,2%) com
uma recidiva (25%); enucleação com tamponamanto e curativo aberto em 4 casos
(10,2%) com 3 recidivas (75%); marsupialização com enucleação posterior em 3
casos (7,7%) sem recidivas; e ressecção em bloco utilizada em
casos (5,1%) sem recidivas. Os dados obtidos permitiram concluir que,
considerando as particularidades de cada caso, as técnicas de marsupialização
com enucleação posterior e ressecção em bloco foram as mais seguras; e que a
utilização da solução de Carnoy se mostrou uma opção mais eficaz quando
adicionada à enucleação com curetagem severa e fechamento primário.
B185
Modelo para
estudo da resposta tecidual frente a fratura experimental em ramo de mandíbula
em ratos.
F. C. RABEQUE;
M. M. CARVALHO; J.G.C. LUZ; E. SANTOS.
Depto
C.P.T.M.F.–FOUSP, (011) 818 7887
Fraturas
mandibulares estão entre os mais freqüentes sítios das fraturas
maxilo-faciais na população. Entretanto, estudos sobre sua reparação são
escassos. Alguns estudos experimentais realizados na mandíbula referem reparação
através de calo ósseo. Por outro lado, fraturas em diferentes regiões da mandíbula
podem se reparar de modo diverso. Assim, foi desenvolvido um modelo para estudo
da resposta tecidual diante da fratura de ramo de mandíbula. Foram utilizados
15 ratos adultos, pesando em média 240g. Sob anestesia geral o ramo mandibular
direto foi exposto por incisão submandibular e uma osteotomia linear bicortical
foi reliazada com baixa-rotação e broca cônica sob irrigação. Os animais
foram sacrificados após 24 horas, sete dias, 15 dias, um mês e três meses. O
exame radiográfico das hemimandíbulas mostrou um preenchimento progressivo,
embora parcial, do traço de fratura, especialmente na parte superior. Os cortes
foram corados com hematoxilina e eosina. Os dados histológicos mostraram
inicialmente exuberante exsudato neutrofílico e serofibrinoso no traço de
fratura. A seguir, áreas extensas de neoformação óssea sobre as corticais
externas, bem como tecido de granulação no sítio de fratura, foram
observadas. Após um mês, o osso neoformado a partir das corticais externas
preenchia em parte o sítio da fratura. Após três meses, as áreas dos cotos
estavam remodeladas e o traço de fratura preenchido por tecido fibroso. Concluímos
que a resposta tecidual frente a fratura de ramo de mandíbula em ratos ocorre
por exuberante neoformação óssea a partir das corticiais externas, sendo
concluída por um preenchimento parcial do traço de fratura por tecido ósseo.
B186
Análise
cefalométrica vertical do perfil tegumentar no retroposicionamento mandibular.
J. R. LAUREANO
FILHO*, L. A. PASSERI, G. M. B. AMBROSANO
Departamento
de Diagnóstico Oral – Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP/Unicamp) -
(55)-(019)-Tel.430-5274 Fax. 430- 5318 laureano@hotmail.com
As alterações
dos tecidos moles faciais promovidas pela cirurgia ortognática, têm sido
bastante estudada, tentando prever a direção e quantidade destas mudanças em
relação ao movimento esquelético. O presente estudo avaliou as alterações
do perfil do tecido mole facial em pacientes com prognatismo mandibular
submetidos a recuo, utilizando para isto a análise cefalométrica de proporções
verticais dos tecidos moles faciais (Epker & Fish, Dentofacial deformities,
Mosby, 1986, p. 3). Foram confeccionados cefalogramas sobre as telerradiografias
tomadas em norma lateral pré-operatória e pós-operatória, no mínimo de seis
meses, de 10 pacientes submetidos a este tipo de procedimento cirúrgico-ortognático.
Os dados obtidos foram submetidos ao teste t
pareado, mostraram uma redução significante em duas proporções G-Sn:Sn-Me’
e Sn-Stms:Stms-Me’
entre os traçados pré (1:1,12 e 1:2,60) e pós-operatório (1:1,06 e 1:2,30),
respectivamente. Já a razão Sn-Li:Li-Me’, apesar de apresentar-se diminuida, não foi
estatisticamente significante. A distância interlabial (Stms-Stmi)
se manteve dentro dos padrões normais, tanto no pré como no pós-operatório.
As demais medidas apresentaram-se maior que o padrão, tanto no pré como no pós-operatório.
Baseado neste estudo podemos concluir que o retroposicionamento mandibular
leva a um encurtamento do terço inferior da face e que esta análise de proporções
verticais demonstra bem as alterações promovidas pelo recuo mandibular.
Apoio: FAPESP
(proc. 97/05578-6)
B187
Saúde Bucal:
Avaliação do conhecimento e percepção do idoso.
D. Thame*; M. R. Sposto; S. R. C. Silva.
Departamento
de Diagnóstico e Cirurgia, Faculdade de Odontologia, UNESP, Araraquara, SP,
Brasil - (011) 7287-2550
O
envelhecimento da população causa aumento da necessidade de promoção da Saúde
Bucal voltada para o idoso. A implantação de programas educativos e de
assistência odontológica adequados as necessidades do idoso devem ser
baseados, entre outros fatores, na avaliação do conhecimento e percepção
desta população sobre saúde bucal. Este trabalho avaliou o conhecimento e a
percepção do idoso em relação aos hábitos de higiene e cuidados com a saúde
bucal. Foram entrevistados 200 indivíduos (59 anos e mais) pertencentes a
grupos de convivência de 3ª idade do município de Araraquara, SP, Brasil. A
amostra era composta predominantemente por mulheres (80%), do lar (55%), com
educação primária incompleta (60%), renda de 2-5 salários mínimos (56,5%),
casadas (92%) e portadoras de prótese (94%). Mais da metade não demonstrou
nenhum conhecimento sobre cárie (51%) e gengivite (69%). Entretanto, o aumento
da escolaridade, renda, visita ao Dentista e recebimento de orientação de
higiene foram determinantes somente sobre os conhecimentos sobre gengivite, mas
não cárie, não melhorando também os hábitos da higiene bucal e das próteses.
A visita regular ao Dentista (47%) foi verificada em pessoas com maior renda e
escolaridade. Encontramos baixo índice de conhecimentos sobre saúde bucal e
hábitos de higiene, independente da situação sócio-econômica. Porém, os
conhecimentos sobre gengivite aumentaram na parcela mais favorecida da população,
provavelmente devido a um maior acesso ao Dentista. Adicionalmente os idosos que
moravam sozinhos apresentaram baixa freqüência de visita ao Dentista (30%).
B188
Um olhar sobre
problemas de saúde bucal: percepção da terceira idade.
H.H. PAIXÃO,
I.A. PORDEUS*, A.T. MACHADO, R.T.M. LIMA.
Depto.
Odontologia Social e Preventiva, Faculdade de Odontologia/UFMG. Telefax:
031-291-0541
Com o
envelhecimento das populações, o profissional de odontologia deve apresentar
uma postura adequada frente a este grupo. Assim, conhecer o impacto de alguns
problemas de saúde bucal na terceira idade foi objeto desta pesquisa. Foi
desenvolvido um estudo qualitativo envolvendo 30 mulheres (60+ anos), sendo que
53% apresentavam até 8 anos de educação formal e 47% mais de 8 anos. A
maioria (80%) fazia uso de algum tipo de prótese, dessas 25% possuíam prótese
total superior e inferior. Através de análise de conteúdo, observou-se que a
maioria relacionou a perda dentária à experiência negativa. O uso de prótese
inspirou sentimentos de rejeição, vergonha (60 anos - “Me atormenta. Dia e
noite ... P’ra começar eu tenho vergonha de tirar a minha dentadura perto do
meu marido, dos meus filhos, dos meus netos.”), artificialidade (75 anos -
“Eles me pediram para sorrir, mas eu não
quis porque quando estou sorrindo tenho a nítida impressão de estar fazendo
careta porque os dentes não são naturais.”) e medo de se ver em situações
constrangedoras (75 anos - “Outro dia eu
‘tava conversando com uma conhecida e minha dentadura saiu do lugar, quase
caiu no chão ... É horrível.”). Enfatizaram ainda a dificuldade de
participação em eventos sociais, culminando com restrição a contatos
interpessoais. Foi relatado também que as próteses alteram a aparência da
face, modificando o rosto e, conseqüentemente, são vistas como um objeto
artificial incorporado ao corpo, agredindo-as psicologicamente (60 anos - “As
minhas (próteses) nunca doeram. Mas dói na minha mente. É a pior dor.”).
Conclui-se que, para uma melhor prática odontológica, é essencial que os
CD compreendam, além dos aspectos técnicos, os processos psicossociais
envolvidos durante o atendimento de indivíduos na terceira idade.
Apoio: CNPq,
PIBIC-PRPq/CNPq.
B189
Lesões
bucais em idosos.
M. P. GUIMARÃES*,
L. MARCHINI, E. MORAES
Depto.
Biopatologia e Diagnóstico, Fac. Odont. UNESP, S. J. Campos, SP - (012)
321-8166 R:1206
O aumento do número
de pessoas idosas em relação aos demais grupos etários da população é um
fenômeno mundial. No Brasil, esta mudança do perfil populacional vem ocorrendo
de modo rápido, fazendo com que as atenções de diversos setores da sociedade
voltem-se para os idosos. Neste contexto, destaca-se a importância dos cuidados
com a saúde na terceira-idade.
Assim, o cirurgião-dentista, como parte integrante da equipe de profissionais
de saúde, deve conhecer as alterações fisiológicas do processo de
envelhecimento, bem como as patologias mais freqüentemente relacionadas com o
aumento da idade. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo realizar
um levantamento, entre os registros do laboratório de Patologia da FOSJC, das
lesões bucais encontradas em pacientes com mais de 65 anos, grupo que
representou 6,06% (260 pacientes) de todos os casos (4287 pacientes). Foi possível
observar que as hiperplasias foram as lesões mais prevalentes (28,85%),
seguidas das neoplasias malignas (20,38%), pré-câncer (9,61%) e das neoplasias
benignas (9,23%). Embora a maior prevalência seja de hiperplasias, o
conjunto de pré-câncer e neoplasias malignas representaram 29,99% das lesões
observadas, o que torna esta faixa etária um grupo que merece especial atenção
dos cirurgiões-dentistas, exigindo exames clínicos acurados.
B190
Saúde oral em
pacientes usuários de prótese dentária integrantes da UnATI-UFPE.
C. M. F.
GUERRA *, S. L. M. GONÇALVES
Dep. de Prótese
e Cirurgia Buco-Facial do Curso de Odontologia da UFPE - (081) 268-6822
O
envelhecimento da população brasileira e de outros países em desenvolvimento
tem ocorrido de forma acelerada. Considerando-se a situação de crise
permanente em que se encontra a saúde no Brasil, o desenvolvimento de formas de
atendimento odontológico diferenciado ao idoso ainda caminha a passos lentos,
sendo absolutamente insuficiente o número de instituições formadoras de
recursos humanos nesta área e consequentemente escassas a produção científica.
Em vista do exposto, os autores realizaram um estudo epidemiológico das condições
de saúde oral em 250 indivíduos usuários de prótese dentária integrantes da
Universidade Aberta da Terceira Idade ( UnATI ) da Universidade Federal de
Pernambuco. Para tanto, foi utilizado um questionário específico associado ao
exame clínico. Constatou-se que 19% dos indivíduos usavam prótese fixa; 81%
usavam prótese removíveis totais e / ou parciais; destes 93% faziam escovação
e higienização de suas próteses de várias formas. No Exame clínico foi
observado a presença de lesões em diversas regiões da cavidade oral sendo as
mais prevalentes Queilite Angular (22% ) e Etomatite Protética ( 45% ). Em
vistas dos resultados, os autores concluíram que a maioria das lesões estavam
associadas ao uso da prótese com escovação inadequada. Havendo necessidade da
criação de programas em saúde pública voltados especificamente para essa
parcela da população.
B191
Conhecimento
dos cirurgiões-dentistas em relação
ao diagnóstico do câncer bucal.
D.L.
NASCIMENTO*, M.V. GUIMARÃES, M.C. DANTAS, M.M. RENDEIRO, L.H. TAVARES.
FO UNIGRANRIO
/ UFRJ (021) 560-6137
Objetivo desse
estudo foi verificar o nível de conhecimento dos CDs, em relação ao diagnóstico
do câncer bucal. Foi aplicado um formulário com perguntas abertas e fechadas a
54 cirurgiões-dentistas que
exerciam atividade somente em consultório particular, no município de Duque de
Caxias. Os dados foram tabulados e analisados
sob a forma de percentual, onde obtivemos os seguintes resultados: 94%
dos entrevistados diziam ter informação sobre meios de diagnóstico do câncer
bucal.. 72,2% indicam aos seus pacientes o auto exame para diagnóstico de lesões
precursoras do câncer bucal . Com relação ao conhecimento sobre as causas do
câncer bucal, entre os entrevistados 50% atribuem ao uso de próteses mal
adaptadas, 9,7% por falta de treinamento dos CDs para diagnóstico precoce, 4,5%
por uso incorreto de substâncias químicas, 4,5% por formação de cistos, 4,5%
por recidiva de outras lesões cancerosas e 18,18% não souberam responder. Com
relação aos fatores predisponentes ao câncer bucal, segundo os CDs
pesquisados 100% acreditam que o tabagismo seja um fator predisponente.. 88,8%
atribuem a radiação solar, 83,30% ao abuso no uso do álcool, 83,30%
hereditariedade, 72,20% radiações ionizantes, 66,6% mutações genéticas,61,20%
má higiene bucal e 50% ao estresse. Com base nas respostas obtidas
observamos que dentre a amostra selecionada os profissionais consideram-se aptos
a diagnosticar a doença; porém verificou-se que esses conhecimentos são
restritos, faltando-lhe s experiência e treinamento para detecção precoce da
doença; o que facilitaria a cura e minimizaria as seqüelas do câncer bucal.
B192
Avaliação da
citopatologia por P.A.A.F. em lesões da região submandibular.
S. L. M. GONÇALVES*,
M. JOÃO.
Depto. Clín.
Odontológica - Doutorado/UFRJ - tel: (021)719.4279 - fax: (021)622.1030 -
e-mail: sergiomg@nitnet.com.br
Com o intuito
de avaliar a positividade da punção aspirativa por agulha fina (P.A.A.F.) no
diagnóstico inicial e/ou provisório de lesões nodulares na região
submandibular, foram analisados 171 pacientes, onde obtivemos 180 lâminas através
da PAAF. Os casos foram revisados de forma retrospectiva, de 1994 à 1997, nos
serviços de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Anatomia Patológica do INCa-RJ.
Os resultados foram comparados entre a positividade da punção e sua correlação
com os resultados histopatológicos das peças cirúrgicas. No estudo citopatológico,
obtido pela PAAF, foram encontradas 155 (86,11%) amostras com boas condições
diagnósticas e 25 (13,89%) consideradas insatisfatórias para diagnóstico. Das
155 amostras válidas, 99 (63,87%) apresentaram diagnóstico citopatológico
maligno, enquanto que 56 (36,13%) foram benignos. Quando realizado o exame
histopatológico nas 155 amostras, foram confirmadas 97 lesões malignas e 58
benignas, identificando 2 resultados falso-positivos. O estudo obteve uma precisão
de 98,71% (153 das 155 amostras), com uma especificidade de 96,55% (56 das 58
lesões benignas) e sensitividade de 100% (97 das 97 malignas). Baseado
nesses resultados concluiu-se que a PAAF é um método preciso e eficaz para
diagnóstico inicial e/ou provisório quando aplicada nas lesões nodulares
submandibulares.
B193
Qualidade da
imagem radiográfica: Preferência pessoal e dose de exposição.
L.C. PARDINI*;
P.C.A. WATANABE
(Lab. Análise
Controle da Imagem Radiográfica Odontológica-FORP/USP,Brasil - FAX (016)
6330999
Um dos principais métodos de radioprotecão são o filtro de
metal e o tipo de filme radiográfico. A preferência pessoal em relação tipo
de filme pode expor inutilmente o paciente. Número atômico do filtro(Z)
possibilita aumento do poder da filtração. O propósito desse é demonstrar a
aplicação clínica relacionado com a imagem, a dose de exposição, preferência
pessoal(dentista) quando associado com o Filtro Zn(Z=30) e o tradicional Al(Z=13).
No presente trabalho foi usado aparelho de raios-X (70 kVp/10 mA; DFF 40cm; solução
e filme (Kodak); 4 filmes E(P-21); 4 filmes D(F-58); Filtro Zn(0,15mm); Filtro
Al(2mm) avaliação da dose (mR). Metodologia: Exposição de um “Phantom”
que simulava as condições clínicas (área dental de 47,46,45,44). Foi
utilizado, separadamente, Filtro de Al
e de Zn em técnica radiográfica com
os filmes D e E, com os códigos AlD, AlE,
ZnD, ZnE.
Oito radiografias do “Phantom” foram avaliadas por 120 dentistas que atribuíram
valores de aceitação de 1 a 5 para a imagem (contrasta e densidade) em duas
fases de análise. Os resultados mostraram: 1) Análise individual da imagem com
média de aceitação da radiografia e a dose: 5(AlD-43Rm);
4,9(AlE-21mR); 4,9(ZnD-23mR);
4,5(ZnE-11mR) e 2) Análise do conjunto das 8 radiografias: 4,8(AlD);
4,6(AlE); 4,5(ZnD); 3,5(ZnE).
Existência de diferenças estatísticas significantes (p <0.01) entre grupos
de Filmes e Filtros, em relação às preferências pessoais. Podemos afirmar
que a associação AlD é a favorita
(média de aceitação 5 ou 4,8) mas expõe o paciente a maior quantidade radiação
(43 Rm), e pode ser substituída pela ZnD
(média de aceitação 4,9 ou 4,5) que expõe o paciente a menor quantidade
(23mR)de radiação.
CNPq -
Processo: 301042/94-2
B194
Avaliação do
desenvolvimento dentário em radiografias digitais.
M. P.
O.TONHEIRO*, L. SANTOS-PINTO,
R. C. L. CORDEIRO.
Departamento
de Clínica Infantil. Faculdade de Odontologia de Araraquara-UNESP.
Fone-0162-232-1233. Email-pinto@foar.unesp.br.
O
crescimento e
desenvolvimento de
dentes permanentes
tem sido
estudado através de métodos de comparação
de imagens
radiográficas com
esquemas representativos
de estágios
de mineralização. Com a introdução das imagens
digitais na odontologia,
novos conceitos vêm sendo introduzidos no diagnóstico radiológico. O presente
estudo teve como objetivo avaliar comparativamente
as imagens radiográficas convencional,
digital direta e
digitalizada na determinação do estágio de crescimento e
desenvolvimento dentário. Imagens radiográficas convencional e digital do
segundo premolar
inferior esquerdo foram obtidas de 30 crianças entre 6 e 12 anos de
idade e avaliadas por 4
examinadores com diferentes especialidades:
examinador A (docente de clínica integrada), B (clínico geral), C
(endodontista) e D (pesquisador e odontopediatra), que analisaram os estágios
de crescimento e desenvolvimento dentário segundo Nolla
(Nolla, C. M., J. Dent. Child., 27:254-66, 1960). Aos dados obtidos foram aplicados a análise estatística
de variância (p£0,05),
testes adicionais F de Snedecor e análise de proporção de concordância
para a obtenção da reprodutibilidade
inter examinadores e nível de
repetição para cada examinador (concordância
intra examinador). Os escores de estágio de calcificação
atribuídos às imagens analisadas nas radiografias convencional e
digital direta foram estatisticamente diferentes, tendo sido o examinador B (clínico
geral) o menos reprodutivo. Pela análise dos dados obtidos pudemos concluir
que os escores de estágios de calcificação atribuídos às imagens
analisadas foram diferentes e modificaram-se em função do tipo de radiografia
analisada e das características profissional
do examinador.
B195
Efeitos da força
ortodôntica em dentes tratados endodonticamente.
M. R. MENDONÇA*,
R. HOLLAND; M. H. C. ALMEIDA.
Departamento
de Odontologia Infantil e Social. Faculdade de Odontologia de Araçatuba –
UNESP. E-mail: marcosrm@foa.unesp.br
O objetivo
deste estudo foi avaliar se existe diferença quantitativa no grau de reabsorção
radicular apical entre dentes tratados endodonticamente e dentes com vitalidade
pulpar, quando submetidos à movimentação ortodôntica. Foram utilizados 32
primeiros premolares advindos de 8 indivíduos, de ambos os sexos, com idades
entre 13 e 18 anos. Para os dentes
superiores, 8 primeiros premolares do lado direito fizeram parte do Grupo A, e
foram submetidos a uma força ortodôntica de intrusão com intensidade de 180g,
por um período de 90 dias, e com ativações a cada 30 dias. O Grupo B foi
composto por 8 primeiros premolares superiores do lado esquerdo, que 30 dias
antes da aplicação da força de intrusão, foram submetidos ao tratamento
endodontico. Para os dentes inferiores foram formados os GRUPOS C, composto por
8 primeiros premolares esquerdos sob a ação da força ortodôntica e o D, com
8 primeiros premolares do lado direito, que antes da força ortodôntica foram
tratados endodonticamente. Os comprimentos dentários foram comparados antes e
depois da movimentação, pelo uso de radiografias periapicais analisadas no
sistema de imagens digitalizadas Digora (SOREDEX – FINLÂNDIA). Os resultados
mostraram que, para os dentes superiores, houve uma quantidade de reabsorção
radicular apical significativamente maior nos dentes com vitalidade pulpar em
relação aos dentes com tratamento endodôntico (p<0,01). Quanto aos dentes
inferiores, a diferença não foi estatisticamente significante quando os dois
grupos foram comparados. Nas condições experimentais deste estudo concluímos
que a quantidade de reabsorção radicular em dentes com vitalidade pulpar e
tratados endodonticamente, no aspecto clínico, foi semelhante.
B196
Gengivite em
pacientes diabéticos insulino dependentes. Estudo imunohistoquímico.
J,Y.
KAWAMURA*, M.H.C.G. MAGALHÃES
Departamento
de Patologia Bucal- FOUSP (011)
818- 7859/ 818- 7894
As
periodontopatias em pacientes portadores de diabete insulino dependente (DID) são
bem conhecidas pela sua alta prevalência e severidade. Vários estudos têm
demonstrado alterações metabólicas e imunológicas gerais nessa patologia.
Porém poucos pesquisaram os fatores imunológicos locais na gengivite do diabético.
Por essa razão nos propusemos a avaliar a presença quantitativa e qualitativa
das células inflamatórias envolvidas na gengivite do paciente portador de
diabete em comparação à gengivite do paciente não diabético. Foram
estudados 10 fragmentos de gengiva acometidos por gengivite, sendo 5 de
pacientes portadores de DID e 5 de indivíduos não diabéticos ( grupo
controle). A avaliação dos elementos celulares foi feita
através da técnica da imunohistoquímica da streptavidina- biotina. Os
valores percentuais para os antígenos estudados foram, para o grupo de estudo e
grupo controle, respectivamente, os seguintes: CD45RO 1,69% e 5,52%; CD68 0,84%
e 5,51%; cd20 1,35 e 2,56%; elastase 26,75 e 33,455; OPD4 1,45% e 0,59%; S100
2,8% e 2,61%; IgG 0,09% e 0,17%; IgM 2,79% e 0,155; IgA 0,06% e 0,41%.
Concluimos que existe uma diminuição significativa de alguns elementos
inflamatórios na gengivite do paciente diabético, em relação ao paciente não
diabético.
B197
Prevalência
de Pérolas de Epstein e Nódulos de Bohn em neonatos.
R.N. FONOFF* ,
A.M.G.MARTINS, A.CHELOTTI.
Disciplina de
Odontopediatria da Universidade
Paulista - UNIP - (011) 296-7595
Existem alterações
que podem ser encontradas na cavidade bucal de neonatos, mas muitas vezes não são
detectadas por apresentarem tempo de vida curto. Destacam-se neste quadro os
remanescentes epiteliais chamados de Pérolas de Epstein(PE) e os restos de glândulas
salivares denominados de Nódulos de Bohn(NB). O objetivo do presente trabalho
foi verificar a prevalência e características destas alterações e relacioná-las
quanto ao sexo, peso ao nascimento e tempo de desaparecimento. A amostra constou
de 110 neonatos com menos de 48 horas de vida, de ambos os sexos, nascidos no
Hospital Cristo Rei em São Paulo, S.P. Após o preenchimento de um questionário
sobre o bebê e consentimento por escrito dos pais para a realização da
pesquisa, os neonatos foram examinados com o objetivo de constatar a presença
de PE e NB. Os achados foram anotados em ficha específica, segundo a classificação
de Fromm (J Dent Child,v.34,n.3,p.275-285,Jul.1967).
Os resultados mostraram 68,2% dos neonatos com presença de PE e apenas
3,6% com NB. Com relação ao sexo, 71% dos meninos apresentaram PE
e 3,3% NB; enquanto as meninas apresentaram 64,7% de PE e 3,9% de NB. Em
relação ao peso ao nascimento, as alterações foram mais freqüentes em
neonatos com peso normal. Quanto ao desaparecimento, 100% dos NB desapareceram
até 10 dias após o nascimento; entretanto 26,6 % das PE que foram acompanhadas
ainda permaneceram até 30 dias. Conclui-se que PE e NB
são freqüentes na cavidade bucal de neonatos, merecendo atenção
especial dos pediatras e odontopediatras quanto ao correto diagnóstico e possíveis
esclarecimentos aos pais.
B198
Reclassificação
histopatológica das neoplasias de glândulas salivares na FOA- UNESP.
M.H.CANTISANO*,
N.P. MORAES, M.M.CRIVELINI.
FO-UERJ/UNIG,
FOA-UNESP- Brasil-Tel (021)
512.6305
As neoplasias
de glândulas salivares constituem um grupo heterogêneo de lesões de grande
variação morfológica e por esta razão apresentam muitas dificuldades na
classificação histológica. Foram revisadas 80 lâminas sobre neoplasias de glândulas
salivares da Disciplina de Patologia Bucal da FOA-UNESP, no período
compreendido entre 1966 a 1997. O diagnóstico histológico foi baseado na
classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 1991. Os resultados
obtidos foram: Quarenta e nove casos (61,25%) de neoplasias benignas e 31 casos
(38,75%) de neoplasias malignas. O adenoma pleomórfico, com 43 casos ou 87,76%
da casuística, foi o tipo histológico prevalente entre as neoplasias benignas,
seguido do adenoma canalicular, mioepitelioma e do papiloma ductal invertido.
Entre as neoplasias malignas, o adenocarcinoma polimorfo de baixo grau de
malignidade, foi o mais comum (10 casos ou 32,26%), seguido do carcinoma adenóide
cístico, carcinoma mucoepidermóide, carcinoma de células acinares, carcinoma
de células escamosas e adenocarcinoma. Na amostra estudada pode-se concluir
que: 1) O estudo comparativo do diagnóstico das neoplasias de glândulas
salivares, antes e após a classificação de 1991, revelou que o diagnóstico
inicial foi modificado em 15 casos ou 18,75% da amostra; 2) Seis casos (40,00%)
de neoplasias classificadas inicialmente como benignas se tornaram malignas; 3)
Tres casos (20,01%) de neoplasias benignas permaneceram como benignas; 4) Cinco
casos (33,34%) de neoplasias malignas permaneceram como malignas; 5) Apenas 1
caso (6,66%) classificado originalmente como maligno foi considerado benigno; 6)
Os resultados foram estatisticamente significantes ao nível de 5%.
B199
Cardiopatia em
pacientes especiais.
R. FORONDA, H.
M. GONÇALVES*,
F. J. YAMAGUCHI, M. H. C. G. MAGALHÃES
Departamento
de Estomatologia – CAPE - FOUSP - (011) 822-3289
Endocardite
infecciosa (EI) é uma doença grave que se desenvolve em indivíduos com
defeitos cardíacos estruturais pré-existentes. Após uma bacteremia,
microorganismos podem se alojar e danificar o endocárdio. Procedimentos
cruentos ou simplesmente a má condição bucal podem estabelecer a bacteremia e
levar à uma EI. O objetivo desse trabalho foi estudar retrospectivamente a
frequência de cardiopatias congênitas de risco para EI entre pacientes
especiais portadores de distúrbios neuro psico motores e doenças sistêmicas
atendidos no Centro de Atendimento a Pacientes Especias da FOUSP. Foram
consultadas 1551 prontuários para se obter informações da anamnese, exame clínico
e condição bucal. Deste total, 95 (6,1%) pacientes, com idades entre 6 e 56
anos, exibiam cardiopatia congênita. A maioria dos pacientes (63,2%) eram do
sexo feminino. Em relação à doença principal relacionada à cardiopatia
foram encontrados 40 (42,1%) pacientes portadores de síndrome de Down, 15
(15,7%) com retardo mental, 29 (30,5%) com doenças variadas e 11 (11,5%) com a
cardiopatia propriamente dita. A condição bucal desses pacientes
apresentava-se boa em 16,8% dos casos, regular em 21% e má em 30,5%. Concluimos
que é grande a frequência de pacientes portadores de cardiopatias congênitas
associadas à desordens neuro psico motoras e por essa razão torna-se
fundamental a anamnese direcionada à esse tipo de problema na clínica odontológica.
B200
Bochecho com
azul de toluidina para detecção de carcinomas iniciais em clínica odontológica.
M. A. Onofre*, D. A. Godoi, S. C. Silva, M. R. Sposto, C. M. Navarro.
Serviço de
Medicina Bucal – Faculdade de Odontologia de Araraquara-UNESP. Fax: 016 222
4823
O diagnóstico precoce do câncer bucal nem sempre é fácil
devido à diversidade de aspectos clínicos e ausência de sintomas. A detecção
de atipias celulares pode ser facilitada pela coloração com azul de toluidina.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia do bochecho com azul de
toluidina no diagnóstico de carcinomas iniciais em atendimento odontológico de
rotina. Avaliou-se 182 pacientes, 101 homens e 81 mulheres, com idade média de
45,6 anos. Realizou-se exame bucal e bochecho com solução aquosa do corante a
1%. Os pacientes com lesões foram encaminhados para um centro especializado.
Foram realizadas biópsias em 21 pacientes, nas seguintes lesões: a) de risco
ou suspeitas de malignidade e b) benignas, sem risco de malignização, nas
quais esse procedimento foi necessário para o diagnóstico. Determinou-se a
sensibilidade, a especificidade e os valores prognósticos positivo e negativo.
Dos pacientes analisados, 55% tinham lesões bucais: 35,2% apresentavam
candidoses, 9,3% lesões epiteliais potencialmente malignas (LEPMs), 3,3% úlceras
traumáticas, 3,3% úlceras aftosas recorrentes, 2,7% hiperqueratoses traumáticas,
2,2% hiperplasias reacionais e 2,2% outras lesões, totalizando 106 lesões.
Destas, 51 retiveram corante. Não se observou retenção de corante em mucosa
normal. Foi diagnosticado um carcinoma de células escamosas microinvasivo em
LEPM. A sensibilidade e o valor prognóstico negativo foram 100%, a
especificidade 52% e o valor prognóstico positivo 2%. O bochecho com azul de
toluidina, na amostra analisada, foi eficiente para detectar carcinomas
iniciais. Entretanto, o uso da coloração no atendimento odontológico de
rotina pode confundir o cirurgião-dentista devido ao elevado índice de
resultados falso-positivos em lesões benignas sem risco de malignização.
Apoio CNPq
52.3062/94-0 e FAPESP 96/5297-8
B201
Filtração
adicional da radiação X em odontologia. Estudo comparativo entre Al e Cu.
P.C.A.
WATANABE*; L.C. PARDINI; E.S. ARITA
Universidade São
Paulo – Fac. Odonto. Ribeirão Preto – LACIRO - (016) 602-3993
Todas as radiações
ionizantes são perigosas e podem produzir mudanças biológicas nos organismos
vivos. A filtração adicional do feixe principal dos raios X, é um dos
principais meios de reduzir dose de exposição a radiação para radiodiagnóstico.
O propósito deste estudo é analisar comparativamente a qualidade da imagem
radiográfica e a dose de radiação obtida com a utilização de filtração
adicional de Alumínio, 2,0mm e Cobre 0,08mm e 0,13mm, objetiva e
subjetivamente. Essa comparação foi realizada utilizando-se filmes radiográficos
dos grupos “D” e “E”. Todo o controle dos fatores de exposição foi
realizada pelo aparelho “NERO”. Os resultados deixaram evidente uma
supremacia da qualidade das imagens dos grupo “D” sobre os filmes do grupo
“E”, mas a dose de exposição foi cerca de 64% menor para os filmes do
grupo “E”. os filmes do grupo “D”, que utilizaram filtração adicional
com 0,08mm de Cobre, apresentaram imagem radiográfica com a mesma qualidade dos
filmes que receberam radiação filtrada com 2,00mm de Alumínio,
subjetivamente, e dose de radiação 14% inferior a esse padrão (Al). Os filmes
do grupo “E”, que receberam radiação filtrada com Cobre(0,08 e 0,13mm)
foram avaliados subjetivamente, com a mesma qualidade dos filmes padrões(2,00mm
de Al). Conclui-se que quando da utilização dos filmes radiográficos do
grupo “D”, deve-se utilizar filtração adicional do feixe principal de
raios X com o elemento cobre 0,08mm ao invés de 2,00mm de Alumínio. A
utilização de filtração adicional de Cobre quando da exposição de filmes
radiográficos do grupo “E”, depende de uma melhor análise, apesar da sensível
redução da dose de exposição a radiação (28%) em relação ao padrão (Al)
e da avaliação dos examinadores, que não fizeram significativa diferenciação
entre os grupos de filmes que receberam radiação filtrada com Alumínio e com
cobre.
B202
O azul de
toluidina como marcador de áreas para biópsia em lesões brancas da
boca, frente às escolhidas clinicamente.
S. F. BUENO*,
F. R. X. SILVEIRA
Depto. De
Estomatologia - FOUSP - Fone: (011) 818-7901- E-mail: frxsilve@fo.usp.br
O azul de
toluidina (AT) tem sido bastante utilizado
como auxílio diagnóstico em lesões da mucosa bucal com potencial de
transformação maligna. Em tese, células atípicas têm uma maior quantidade
de DNA, permanecendo coradas após a técnica, pela afinidade do AT por ácidos,
evidenciando áreas da lesão que provavelmente apresentam um maior grau de
atipia. Este trabalho avaliou a eficácia da coloração de AT, como marcador de
áreas para biópsias, em lesões brancas da mucosa bucal, frente a áres
escolhidas clinicamente. A técnica foi
utilizada através de swab (solução
aquosa de AT a 1%) em vinte e cinco pacientes portadores de lesões brancas, após
a escolha de uma área clinicamente representativa, Após 30 segundos, foi
removido o excesso com ácido acético a 1%. Onde houve positividade para o
corante, em sítio diferente do escolhido clinicamente, duas biópsias foram
executadas. O material foi analisado histopatologicamente e os resultados foram
comparados: dez lesões não retiveram o corante e destas, três (30%) mostraram
hiperqueratose sem atipia. Uma das lesões foi diagnosticada como carcinoma in
situ. Uma lesão corou totalmente, apresentando hiperqueratose com atipia
discreta. Das 14 lesões que coraram parcialmente, duas mostraram diagnóstico
de hiperqueratose sem atipia, uma carcinoma in
situ e 11 hiperqueratose com diversos graus de atipia. Em relação às duas
áreas biopsiadas da mesma lesão, 50% dos pares de biópsias confirmaram a
propriedade do AT em corar áreas mais atípicas, e nos outros 50%, a parte
corada dos pares de biópsias mostrou atipia menor ou igual à parte não
corada. O AT apresentou sensibilidade de 65% e especificidade de 60%, não
mostrando sensibilidade para detecção de carcinoma
in situ.
B203
Avaliação da
Imagem, Sensibilidade e Latitude de Atuais Sistemas Digitais
A. E.
OLIVEIRA, S. M. ALMEIDA, F. HAITER NETO, F. N. BÓSCOLO
Departamento
de Diagnóstico Oral - Área de Radiologia - Faculdade de Odontologia
Piracicaba - UNICAMP
O objetivo do presente trabalho foi avaliar a qualidade da
imagem, sensibilidade e escala dinâmica de três sistemas digitais
(Sens-A-Ray*, Digora**, CDR***), filme E-speed**** e filme digitalizado. Cinco
foram os objetos de análise, sendo três regiões anatômicas de crânios
macerados, uma escala de densidade de alumínio e um bloco de alumínio com orifícios.
Foram utilizados 50, 60 e 70 kVp, com tempos de exposição de 0.05, 0.08, 0.13,
0.2, 0.4, 0.8 e 2s. Para obtenção das imagens, medições de dose foram
realizadas a fim de se fazer uma avaliação mais objetiva da relação entre
tempo de exposição versus dose. A
qualidade das imagens foi analisada subjetivamente de forma padronizada, em função
do tempo de exposição e kilovoltagem, sendo que a variação destes fatores
propiciou ainda que fossem avaliadas a sensibilidade e a escala dinâmica dos
sistemas. Foram realizadas 525 radiografias (21 doses x 5 objetos x 5 sistemas),
avaliadas por seis avaliadores, que se utilizaram de uma classificação de 0 a
4. Os resultados mostraram que o sistema Digora ofereceu a melhor qualidade de
imagem e escala dinâmica, seguido pelo filme digitalizado, com os sistemas CCD
situando-se no extremo oposto destas condições. O sistema que demonstrou a
maior sensibilidade foi o CDR e em seqüência o Digora. Portanto com base no
conjunto de situações avaliadas, concluiu-se
que o Digora apresentou o melhor desempenho, pela sua boa qualidade de
imagem e sensibilidade, aliadas a sua ampla escala dinâmica.
*Regam Medical
System, Sundsvall, Suécia
** Soredex,
Helsink, Finlândia
*** Schick
Technologies Inc. Long Island City – Estados Unidos
**** (E-speed
Plus EP 21 nº 2) – Eastman Kodak Co., N.Y.
B204
Câncer bucal:
avaliação do tempo decorrente entre a detecção da lesão e o início do
tratamento.
E. G. Costa*, C. A. Migliorati
Departamento
de Estomatologia - FOUSP - camigli@fo.usp.br
Este trabalho
teve o objetivo de determinar o tempo que decorre desde o momento que uma lesão
maligna bucal é detectada até o momento em que o paciente inicia a terapia da
lesão em centro especializado. Para tanto, 15 pacientes consecutivos (9 homens
e 6 mulheres), portadores de lesões malignas da cavidade bucal, encaminhados
para diagnóstico e tratamento à Faculdade de Odontologia da Universidade de São
Paulo (FOUSP), Disciplina de Semiologia, foram acompanhados sem que a rotina de
manejo destes pacientes fosse alterada. Após um ano, observou-se que em média
os pacientes aguardam 19.3 dias para receberem o diagnóstico de câncer. Do
momento do diagnóstico até o início da terapia da lesão decorreram em média
65.7 dias. O tempo médio decorrido entre a primeira visita à FOUSP e o início
do tratamento foi de 84 dias. Baseados no fato de que o diagnóstico precoce
do câncer bucal e o tratamento imediato são fatores importantes na diminuição
da alta morbidade e mortalidade causadas por esta doença, acreditamos que o
serviço de diagnóstico e tratamento de pacientes portadores de câncer bucal
que serve os pacientes da FOUSP deva ser reavaliado.
B205
Candidose em
estomatite protética: avaliação de medicação alopática e fitoterápica.
L. C. S.
VASCONCELOS*, M. C. C. SAMPAIO
Departamento
de Clínica Social e Odontologia
Social - UFPB - (083) 246-4203
Procuramos
avaliar em usuários de próteses, apresentando estomatite protética associada
à candidose, a ação de dois medicamentos, um alopático como o miconazol
(Daktarin gel oral), e outro fitoterápico Punica
granatum L., derivado da romã. Pacientes, após exame e diagnóstico clínico
foram submetidos à coleta de amostras das áreas afetadas, através do uso de
“swabs” para cultura, isolamento e identificação dos fungos presentes,
apresentando positividade para Candida
albicans. Foram divididos em dois grupos de 30. O grupo A medicado com
miconazol e o B com o extrato da romã, ambos na forma de gel. Foram utilizados
por quinze dias, em três aplicações diárias e na mesma proporção. Dois
dias após o término do tratamento, procedeu-se nova coleta para avaliação fúngica
pós tratamento. Pode-se observar clinicamente uma melhor resposta, embora
discreta da alopatia frente a fitoterapia. Em relação à Candida albicans, uma significativa redução foi observada,
diminuindo consideravelmente a positividade de Candida para ambos.(17,7% e 27,7%), embora maior no grupo fitoterápico.
Conclui-se que, no tratamento da candidose associada à estomatite protética,
tanto a alopatia quanto a fitoterapia, apresentaram bons resultados,
necessitando-se porém avaliar as possibilidades, de que ora por maior número
de aplicações ou mesmo um período mais longo de uso, a fitoterapia, por suas
vantagens como preço, inocuidade, fácil aplicação, gosto, possa atingir ou
mesmo superar a droga alopática.
B206
PCNA e p53 em
ameloblastoma e tumor odontogênico adenomatóide.
C. A. G.
BARBOZA*, L. B. DE SOUZA, L. P. PINTO, A. L. L. COSTA
Programa de Pós-Graduação
em Patologia Oral - UFRN - mstpator@odonto.ufrn.br
O
ameloblastoma destaca-se entre os tumores odontogênicos pela sua capacidade
infiltrativa, alto índice de recidiva e pela frequência com que tem sido
relatado nas várias séries estudadas. O tumor odontogênico adenomatóide
(TOA), apesar de compartilhar a origem epitelial com o ameloblastoma,
apresenta-se como uma lesão de comportamento biológico indolente. O objetivo
do presente estudo foi avaliar a expressão do PCNA e da proteína p53, através
da técnica da streptavidina-biotina, em 17 casos de ameloblastoma, sendo 7
casos com predomínio do padrão folicular, 4 casos plexiforme, 3 casos com
associação dos padrões folicular e acantomatoso, 2 casos com predominância
do arranjo basalóide e um caso desmoplásico, e 8 casos de TOA. A análise
quantitativa foi realizada utilizando-se um índice (IP) calculado através da
relação do número de células PCNA e p53 positivas por 1000 células contadas
ao acaso em cada caso estudado, multiplicado por 100. Todas as lesões exibiram
positividade para o PCNA e a proteína p53, sendo que nos casos de ameloblastoma
houve forte marcação para o PCNA e uma marcação de intensidade moderada a
fraca para a p53. Os casos de TOA apresentaram forte marcação para o PCNA e
fraca marcação para a p53. Os índices de positividade foram comparados nos 5
grupos de tumores através da análise de variância. Concluímos que o
ameloblastoma apresentou índice de marcação maior do que o TOA tanto em relação
ao PCNA quanto à p53. Considerando-se os subtipos histológicos do
ameloblastoma, observou-se diferença estatisticamente significativa entre o
padráo folicular e o TOA, na expressão da p53.
Apoio
financeiro: CNPq - CAPES
B207
Prevenção do
Câncer Bucal e Educação da Comunidade.
M.R.S.
QUIRINO*, A.C.P. MACHADO, I.G.C. PRADO, P.G.TAVARES
Fac.
Odontologia - Universidade de Taubaté - Fax: (012) 232 29 47
Campanhas
relacionadas à Prevenção do Câncer Bucal tem sido comentadas e realizadas
atualmente. Pensando nesta problemática, nos adiantamos e já realizamos 15
campanhas em anos consecutivos na cidade de Taubaté; instituindo a distribuição
do “Manual de Auto-Exame” à partir da décima campanha. O objetivo deste
trabalho é apresentar os dados obtidos nos últimos cinco anos, avaliando a
prevalência de lesões da mucosa, bem como os fatores de risco para o câncer
bucal. Após divulgação prévia sobre a campanha, os indivíduos procuraram o
posto de atendimento de forma voluntária; onde além da realização do exame
clinico pelos alunos, sob supervisão dos professores da Disciplina de Diagnóstico
Bucal, receberam orientação e o manual para realizarem o auto-exame e, o que
fazer diante de alterações. Foram examinados 1800 indivíduos, sendo
encontrado 467 (25,9%) casos de lesões com caráter variado, incluindo lesões
potencialmente cancerígenas (10,6%) e casos de câncer bucal (3,1%). Concluimos
portanto, que as campanhas tem contribuido não só para o diagnóstico precoce,
bem como para a conscientização dos indivíduos em relação ao câncer bucal,
visto que a cada ano o número tem aumentado e ainda, dobrado no ano de 1998 em
relação à 1997.
B208
Qualidade
diagnóstica das imagens radiográficas convencional e digitais da cárie dentária.
G. M. TOSONI*,
A. L. A. CAPELOZZA, L. C. M. LOFFREDO, O. TAVANO, G. SCAF
F.O.
Araraquara – UNESP e F.O. Bauru – USP, Brasil - (016) 232-1233 R:224
O objetivo
deste trabalho foi verificar a reprodutibilidade intra e interexaminador e a
validade das radiografias convencional e digital no diagnóstico de cáries
proximais e oclusais. Dezesseis dentes foram montados em um modelo e
radiografados utilizando-se filmes Kodak Ektaplus e a placa de imagem do Sistema
Digora. Dois observadores radiologistas interpretaram as imagens convencionais e
as digitais com os recursos de ampliação, inversão e terceira dimensão.
Classificaram as superfícies dentárias com escores de 0 a 5, determinando a
presença e a extensão de lesão cariosa. Os dentes foram seccionados para
validação em exame microscópico. Foi utilizada a estatística Kappa para
verificar a reprodutibilidade intra e interexaminador. A sensibilidade, a
especificidade e os valores preditivos foram obtidos. Pela radiografia
convencional, a reprodutibilidade intra-examinador foi boa nas superfícies
proximais e oclusais, e a interexaminador foi regular nas superfícies proximais
e boa nas oclusais. Pela digital, a reprodutibilidade intra-examinador foi
distinta para os dois examinadores apresentando valores que variaram entre
regular e ótimo. Nas proximais, a reprodutibilidade interexaminador da
radiografia digital variou de regular a boa e, nas oclusais,
de boa a ótima. Sobre o aspecto de validade não houve diferenças
significativas entre as imagens convencional e digitais.
B209
Manifestações
buco-faciais em crianças com AIDS e controles.
V.L. BOSCO;
E.G.BIRMAN
Faculdade de
Odontologia- USP - egbirman@siso.fo.usp.br (011) 818 7883
O aumento do número
de pacientes pediátricos portadores do HIV em nosso meio, levou-nos a avaliar
as manifestações buco-faciais em
30 crianças entre
dois e seis anos,
de ambos os sexos, contaminadas verticalmente e confirmadas com AIDS,
pelos testes ELISA e Western Blot,
pacientes ambulatoriais
da Santa
Casa de
Misericórdia de São
Paulo-SP. Seus prontuários apresentavam
os dados
globais analisados,
ressaltando-se a avaliação da
imunossupressão
(contagem de CD4), tratamentos
instituídos e condições atuais, além das
demais observações de
interesse geral. Um grupo
controle foi representado pelo mesmo
número de
crianças sadias,
não transfundidas, sem fatores de risco,
pareadas por idade e sexo. Após exame clínico
pudemos detectar
no grupo
teste, 34 manifestações representadas
predominantemente por
linfadenopatias cérvico-faciais em
40% (12/30), gengivites inespecíficas
em 33,3% (10/30), candidíases em
23,3% (7/30), sendo quatro do tipo
pseudomembranoso e três eritematoso, além do aumento da glândula parótida em
13,3% (4/30), com
apenas um
caso de
ulcerações 3,3%
(1/30), frente
a ausência
total de manifestações bucais nos
controles. As lesões
encontradas nestes pacientes diferem das observadas
em trabalhos
anteriores e
em adultos. Foi
verificada maior prevalência
de linfadenopatia nas crianças com imunossupressão mais acentuada (CD4<500
cél/mm3).
Os resultados observados confirmam
a tendência
de que os aspectos bucais vem se alterando frente
aos novos
tratamentos com
as atuais drogas, merecendo ainda maior atenção para o diagnóstico e
tratamento destas lesões.
B210
Diagnóstico
da Lesão Oclusal em Dentina de Molares Permanentes,
A. V.
MASIERO*, A. R. ROMANO, K. K. MARINI, C. RHODEN, A. C. COLPO
Programa
Especial de Treinamento da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de
Pelotas - (0532) 220406
Dentro da filosofia de promoção de saúde o diagnóstico da
lesão de cárie é fundamental, especialmente na superfície oclusal. Assim,
nos podemos avaliar a efetividade “in vivo” dos métodos de diagnóstico:
inspeção visual (V), visual com lupa (VL), radiografia interproximal (RX) e
transiluminação com fibra óptica (FOTI) na detecção de cárie em nível de
dentina na superfície oclusa lde molares permanentes. Foram selecionados 40 sítios
de 30 molares permanentes de 12 pacientes com idade média de 12 anos. Os exames
foram conduzidos na seqüência dos métodos, por dois examinadores calibrados,
chegando a um consenso de diagnóstico: 0-lesão em esmalte, 1-até 1/3 de
dentina, 2-em mais de 1/3 de dentina, 3- em contato com a polpa. De posse do
consentimento esclarecido, os sítios foram fotografados, preparados, avaliados
e restaurados. Os resultados revelaram que 12 sítios eram escore 0, 15 eram 1,
8 eram 2 e 5 eram escore 3. Comparando os dados do diagnóstico com o “Padrão
Ouro”, a sensibilidade/especificidade para diagnóstico de lesão em nível
dentina foram de, respectivamente, 0,89/0,66 tanto para o V como para o VL,
0,64/1,0 para o FOTI e, 0,64/0,92 para o RX. Os valores do V e VL foram
significante em nível de 1% comparado ao FOTI e RX. Considerando
a lesão profunda em dentina (escores 2 e 3) a
sensibilidade/especificidade foram, respectivamente, de 054/0,96 para o V, de
0,77/1,0 para VL, de 0,62/1,0 para FOTI e 0,92/0,96 para o RX. O RX foi
significante ao nível de 5% quando comparado ao V. De acordo com a
metodologia utilizada, podemos concluir que a inspeção visual criteriosa
auxiliada por um RX interproximal nos permitem detectar a grande maioria das lesões
oclusais em dentina de molares permanentes.
Apoio FAPERGS
e CAPES
B211
Tumor Odontogênico
Epitelial Calcificante: estudo comparativo com germes dentários humanos.
B.S.
BEAUCLAIR*, E.P. DIAS.
Departamento
de Patologia - UFF. epd@netgate.com.br
O Tumor
Odontogênico Epitelial Calcificante (TOEC) é uma neoplasia rara caracterizada
por três componentes básicos: células epiteliais, substância amorfa eosinofílica
e calcificações. Apesar de sua natureza reconhecidamente odontogênica e
epitelial, sua origem celular e a natureza da substância amorfa ainda não
foram estabelecidas (Mori et al.,Oral Pathol.,17:236-240,1988; Pindborg et
al.,APMIS Suppl, 23:152-157,1991.). Foi realizado um estudo morfológico
comparativo entre um caso de TOEC e germes dentários humanos em diferentes estágios
da odontogênese. As seguintes técnicas foram utilizadas: HE, PAS, Alcian Blue
pH 2,5, Vermelho Congo, um painel de Citoqueratinas (CKs), Colágeno IV,
Laminina, Vimentina, Proteína S-100 e Actina de Músculo Liso, além de estudo
ultraestrutural do tumor. As células tumorais apresentaram positividade difusa
para Laminina e Ck 8, e positividade focal para Vimentina e Ck 7. No germe dentário
em fase do sino, as células do epitélio interno do órgão do esmalte
apresentaram positividade difusa para Laminina, focal para Ck 7 (região próxima
ao diafragma epitelial), e focal para Vimentina (restrita à região próxima ao
ápice coronário). A substância amorfa demonstrou apenas congofilia à
microscopia de campo claro e birrefringência verde à luz polarizada, sugerindo
natureza amilóide do material. O esmalte dentário apresentou congofilia, mas não
demonstrou propriedades físicas de amilóide. Estes achados sugerem que as células
tumorais do TOEC podem ter origem das células do epitélio interno do órgão
do esmalte, e que sua população celular é heterogênea, sendo composta por células
epiteliais em diferentes estágios de diferenciação. A substância amorfa
apresenta semelhanças histoquímicas (congofilia) com a
matriz de esmalte, o que
deve ser objeto de estudos futuros com técnicas mais sensíveis.
B212
Análise
radiográfica na definição do planejamento pré-cirúrgico em implantes
osseo-integrados em maxila
P. C. SANTOS*,
A. L. T. O. LIMA, R. E. OLIVEIRA
Universidade
de São Paulo - NAPEM: Núcleo de Apoio à Pesquisa em Materiais Dentários –
FOUSP - (011) 818-7840
Condições
patológicas e qualidade óssea são normalmente diagnosticáveis nas
radiografias intra-orais e/ou panorâmicas. Estas técnicas, entretanto,
fornecem dados incompletos à respeito das dimensões volumétricas, sendo então
necessária a tomografia à avaliação da forma do processo alveolar e sua
dimensão vestíbulo-lingual. Informações pré-cirúrgicas precisas da
disponibilidade óssea são decisivas para o prognóstico dos implantes
osseointegrados. O objetivo deste estudo foi avaliar a discrepância entre 153
medidas realizadas entre a crista do rebordo remanescente e o assoalho da fossa
nasal de radiografias panorâmicas e tomografias lineares de 43 pacientes. Foram
consideradas as medidas que possuíssem pelo menos 4,0 mm de distância vestíbulo-palatina,
espessura mínima para instalação adequada do implante. Nas radiografias panorâmicas,
20,9% das medidas foram maiores do que as das tomografias entre 2 e 4 mm, 30,7%
maiores entre 4 e 6 mm, 20,3% maiores entre 6 e 8 mm, 9,2% maiores entre 8 e 10
mm e 2% maiores, acima de 10 mm. Dos resultados podemos concluir que 83% das
medidas das radiografias panorâmicas foram maiores que 2 mm, representando
risco entre planejamento e execução cirúrgica, contra-indicando este exame
para o planejamento definitivo das dimensões dos implantes.
B213
Visualização
Radiográfica da Distância entre o Instrumento Endodôntico e o Ápice Dental
(RDD x convencional).
N.F.
CLASEN*, A. H. F. SILVA, C.E. AUN
Departamento
de Dentística, Disciplina de Endodontia-FOUSP - Fone:(011)818.7839
Desde a
introdução das Radiografias Digitais Diretas (RDD) em Odontologia em 1989,
estas vêm sendo estudadas em Endodontia, visando verificar sua eficácia como
substitutas da película radiográfica convencional. Muitos estudos mostram, porém,
sua limitação na visualização de instrumentos de fino calibre, devido à
baixa resolução. O presente estudo visa avaliar a eficácia das RDD na
visualização de limas #15, em relação à radiografia convencional. Foram
utilizados 5 incisivos centrais, cujas cirurgias de acesso foram previamente
executadas. A odontometria foi determinada pela medida real do dente menos 1 milímetro.
Os dentes foram fixados com silicone em um alvéolo de um crânio seco, e
radiografados com a técnica do paralelismo, tanto para a radiografia
convencional (filme D-speed por 0,8 segundo), como para a digital (Trophy-RVG 97
–FOUSP– por 0,18 segundo). As RDD foram avaliadas usando-se os seguintes
recursos de imagem: natural, zoom, inversão, inversão com zoom, relevo, relevo
com zoom. Cada imagem foi examinada por três endodontistas, que estimaram a
distância entre a ponta das limas e o ápice dentário, através do método
visual. Concluiu-se que a estimação da distância entre a ponta do
instrumento ao ápice dentário, quando avaliada na tela do monitor (RDD), foi
muito semelhante à observada na radiografia convencional, não havendo diferença
estatisticamente significante. No entanto, quando do uso do zoom, a estimação
das medidas foi menos exata, talvez pelo fato da ampliação da imagem fazer com
que o profissional perca suas referências de milímetros.
B214
Influência da
angulagem na qualidade de radiografias periapicais.
V.S. SILVA*,
F.S. MORAES, E. GARRITANO, L.C. MAIA., A.M.G. VALENÇA
Pós-graduação
em Odontologia Social - UFF– Niterói – RJ, Brasil - (021) 712-2974
A proposta do
presente estudo foi avaliar a influência dos erros de angulagem vertical (AV) e
horizontal (AH) na qualidade das radiografias obtidas no período de 1990 a 1996
por alunos da Clínica de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da
Universidade Federal Fluminense. Foram analisadas ao negatoscópio 420
radiografias periapicais realizadas com a técnica da bissetriz, utilizando
filmes Ultra-Speed Kodak sem o auxílio de posicionadores. Os dados foram
tabulados e analisados através do teste não paramétrico do Qui-quadrado com nível
de significância de 1%. Do total de radiografias analisadas, 266 (63,33%) foram
consideradas adequadas quanto à AV, enquanto 154 (36,67%) foram insatisfatórias
(p<0,001). Dentro das radiografias inadequadas, observou-se que 120 (77,92%)
estavam alongadas e 34 (22,08%) encurtadas (p<0,01). Quanto à AH, obteve-se
341 (81,19%) radiografias adequadas e 79 (18,81%) inadequadas, apresentando
sobreposição de faces dentárias (p<0,01). Comparando-se as radiografias
adequadas quanto à AV e à AH , observou-se que o número de acertos (341 –
56, 18%) nesta última foi maior do que na AV (266 – 43,82%), sendo esta diferença estatisticamente
significante (p<0,01). Com relação às radiografias inadequadas, a situação
se inverte, com 154 (66,09%) insatisfatórias para AV e 79 (33,91%) para AH,
sendo (p<0,01). Embora os alunos saibam, na maioria dos casos analisados,
executar as tomadas radiográficas com angulagem vertical e horizontal
adequadas, dentro dos erros encontrados, houve maior dificuldade na angulagem
vertical com tendência em se errar mais por alongamento da imagem do que por
encurtamento, o que influenciou na qualidade das imagens obtidas.
B215
Interferometria
holográfica aplicada ao estudo da distribuição de tensões em dente submetido
a carregamentoL.
R. Batista1*, M.Muramatsu1, M.Mori2, T. N. Campos2, E. Nakao2 , A. Secco31 - Instituto de Física - USP.2
Depto. de Prótese,
FO - USP - 3- Instituto de Ciências Biomedicas - USP - fone +55 011 818-6772
fax +55 011 813-4334 - e-mail: mmuramatsu@if.usp.br
Uma das aplicações
inovadoras na holografia situa se na área de interferometria. Existem alguns métodos
distintos de grande utilidade em ensaios não destrutivos, para deteccão
micrometrica em objetos sujeitos a tensões vibrações, aquecimento ,etc. .No método
de dupla exposição faz se um primeiro holograma do objeto e em seguida antes
de revelar numa mesma placa faz-se uma perturbação. Como resultado obtém-se
duas ondas reconstruídas que se
sobrepõem e interferem, dando origem a um padrão de franjas que traduz o
deslocamento ou deformações dos vários
pontos do objeto. Isto é, as variações de tensões e deslocamento em dentes,
próteses e ossos.No trabalho estudamos alguns efeitos de tensões em dentes
através das franjas obtidas pela dupla exposição pode contas estas franjas e
obter o deslocamento e a tensão no objeto analisado. A forca é perpendicular
as franjas logo podemos mapear as linhas de tensões aplicadas no dente, tendo
assim uma mapa da tensão em três dimensões. Serão mostrados alguns exemplos
de ensaios para diferentes
cargas aplicadas.Utilizou-se alguns exemplos de ensaios para diferentes cargas
aplicadas a um dente cortado transversalmente e fixo num substrato de resina
como objeto de estudo das tensões.Através do arranjo holográfico obtem-se
hologramas de dupla exposição. Estes hologramas são registrados em placas
holograficas de alta resolução (5000linhas /mm). Paralelamente a esse trabalho
estão sendo testados outros meios de registros utilizando cristais
fotorefrativos que tem a vantagem
de não necessitar do processamento fotográfico.Esta técnica pode ser usada
para analise de tensões em prótese , materiais dentários, ortodontia
,endodontia e para registro e documentação em odontologia.
B216
Prevalência e
posicionamento radiográfico de terceiros molares
E. GARRITANO*,
L. C. MAIA, C. M. R. SOUZA, V. S. SILVA, E. L. SOARES
Pós-graduação
em Odontologia Social - UFF - Niterói - RJ, Brasil - (021) 712-2974
O objetivo do
presente estudo foi determinar a prevalência dos terceiros molares e sua posição
intra-óssea. Para tanto, foram analisados 601 laudos radiográficos panorâmicos
obtidos na Clínica Maximagem (Valença - RJ), no período de 1997 à 1998 em
pacientes entre 13 a 70 anos de ambos os sexos. Os resultados foram submetidos
ao teste não paramétrico do Qui-quadrado com nível de significância de 5%.
Quanto ao sexo, homens e mulheres se comportaram de forma semelhante em relação
à proporção de dentes não formados e/ou ausentes, com odontogênese
alterada, erupcionados e retidos (p > 0,05); entretanto no sexo masculino
houve maior propensão a dentes posicionados normais durante a odontogênese (p
< 0,05). Não houve associação estatisticamente significante entre sexo e
hemi-arco dos dentes erupcionados, o mesmo ocorrendo com dentes retidos e
ausentes (p > 0,05). Houve diferença estatística altamente significante
entre posicionamento dos dentes retidos e os arcos afetados (p << 0,001),
com predominância de dentes em posição mésio-angular (68%) no arco inferior
e na posição vertical (39,3%) no arco superior. Não houve associação entre
idade e arco afetado em relação aos dentes ausentes (p>0,05). Conclui-se
que independentemente do sexo, não houve diferença na prevalência
dos dentes ausentes e/ou não
formados, erupcionados e retidos. Não existindo associação entre o sexo e o
hemi-arco dos dentes erupcionados, o mesmo
ocorrendo com dentes retidos e ausentes. O posicionamento dos dentes retidos,
porém está sobre forte influência do arco, fato que não ocorre nos dentes
ausentes, onde o arco e idade do paciente não são fatores associados.
B217
Uso Tópico de
Própolis em Úlceras Aftosas Recorrentes
M. A. LOTUFO*,
E. G. BIRMAN, M. T. SCHIMIZU, P. E. C. CARDOSO
Depto de
Estomatologia FOUSP (011)8187883 e-mail p-monica@siso.fo.usp.br
As úlceras
aftosas recorrentes (UAR) ainda são um desafio para o cirurgião dentista.
Assim visamos avaliar o efeito terapêutico de um produto natural, a própolis,
que apresenta numerosas propriedades, destacando-se, entre outras as
antimicrobianas, antiinflamatórias e imunomoduladoras,
que podem contribuir na redução de alguns problemas associados a UAR. De 70
pacientes examinados, 40 apresentaram
UAR do tipo minor (fator de inclusão) com média de idade de 38,5 (desvio padrão
13,10), sendo 25 mulheres e 15 homens, que freqüentaram a FOUSP, no período de
aproximadamente um ano. O tratamento consistiu do uso tópico de uma solução
de própolis purificada e liofilizada na concentração de 5%, tendo como veículo
propilenoglicol. Os pacientes utilizaram a solução, segundo nossa orientação,
aplicando-a ao primeiro sinal premonitório do aparecimento das aftas e durante
suas recorrências, três vezes ao dia. A sintomatologia e o tamanho das lesões
não foram avaliados devido a sua subjetividade Os resultados indicaram uma redução
do número, freqüência e tempo de duração das lesões, os quais foram
avaliados estatisticamente através do teste do c2, demonstrando
significância ao nível de p<0.01. Frente aos resultados obtidos
consideramos a própolis um produto que possue uma ação medicamentosa eficaz,
sem apresentar efeitos adversos, facilidade de aplicação, beneficiando os
portadores de UAR, merecendo ainda mais estudos para consolidar seu uso para
tratamento destas lesões.
B218
Aferição técnica
da sonda periodontal de 2a geração,
Vivacare TPS.
G. E. RAPP, A
C.F. MOTTA*
Departamento
de Diagnóstico e Terapêutica - Faculdade de Odontologia - UFBA - (071)
336-5976/336-5776
Alguns fatores
influenciam os resultados da sondagem durante o exame periodontal, dentre eles,
a carga de sondagem. Uma carga entre 20 a 25gf (grama-força) tem sido sugerida
como apropriada (Magnusson et al., J. Clin. Periodontol 15 (3): 185-188, 1988).
Sondas de carga controlada foram introduzidas no mercado para reduzir este fator
variabilidade no exame periodontal. A sonda de 2a
geração (Pihlstrom BL, J. Periodontol., 63: 1072-1077, 1992), Vivacare TPS é
bastante eficaz na realização da sondagem (Perry et al., J. Den. Res., 72:
329, 1993) além de apresentar vantagens no que se refere a reproductibilidade,
validade e tactibilidade (Mayfield et al., J. Clin. Periodontol., 23: 76-82,
1996). O objetivo deste estudo foi aferir a sonda periodontal Vivacare TPS
quanto a sua carga. A amostra correspondeu a 150 sondas (Vivacare TPS probe -
Vivadent) sendo 101 do tipo Flexible plastic screening surveyor e 49 do tipo
Reading metal tactily sensor. As sondas foram fixadas em uma prensa de ensaio de
Índice de Suporte Califórnia (ISC), tendo-se o cuidado de manter cada sonda
com a extremidade ativa em seu eixo vertical. Utilizando-se uma balança digital
de precisão acoplada àbase da prensa, foi aplicada uma velocidade lenta
conduzindo, assim, a balança em direção à sonda. A carga foi determinada
quando as 2 linhas indicadoras de carga da sonda coincidiam. Os resultados
absolutos revelaram que, em média, as sondas Vivacare-TPS - Flexible plastic
screening surveyor apresentaram uma carga de 23,52gf enquanto as sondas Reading
metal tactily sensor apresentaram uma carga de 23,55gf. Este estudo
demonstrou que a sonda Vivacare TPS apresenta uma carga dentro do padrão
considerado aceitável mas, entretanto, foge das especificações do fabricante
que corresponde a 20 gf.
B219
Efeito do
tempo de aplicação do adesivo na resistência de união à dentina sem
colágeno.
V. P. A.
SABOIA*1;
L.A.F2.
PIMENTA
Faculdade de
Odontologia da UFC 2-Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP - Brazil -
lpimenta@fop.unicamp.br
O hipoclorito
de sódio a 10% tem sido usado para remover a camada de colágeno da dentina e
aumentar a força de união dos adesivos. Este estudo avaliou o efeito do tempo
de aplicação do adesivo na resistência de união à dentina após a remoção
do colágeno. Cento e vinte incisivos bovinos recém-extraídos
foram preparados e divididos em 8 grupos: G1- Prime & Bond 2.1(Pb)
aplicado seguindo-se as instruções do fabricante(PB); G2– os mesmos
procedimentos do grupo 1 exceto que a dentina foi tratada com NaOCl a 10% por 1
minuto após o condicionamento ácido e o adesivo foi aplicado à superfície úmida
da dentina com um intervalo de 5 segundos (s) entre as aplicações(PBH/5); G3-
Pb com intervalo de 30 s (PBH/30); G4- Pb com intervalo de 60 s (PBH/60); G5-
Single Bond (Sb) aplicado de acordo com as instruções do fabricante(SB); G6–
foram seguidos os os mesmos procedimentos do grupo 2 usando-se Single Bond
(SBH/5); G7- Sb com um intervalo de 30 s(SBH/30); G8- Sb com um intervalo de 60
s; (SBH/60). Foram confeccionados cilindros com resina composta Glacier e os espécimes
estocados por 1 semana em água destilada a 37 OC. O teste de cisalhamento foi realizado à uma
velocidade de 0,5mm/min. Os valores médios obtidos (MPa±DP) foram analisados
estatisticamente (ANOVA e SIDAK; p £ 0,05) e os resultados foram os seguintes:
PB=6,69 ± 2,35(c); PBH/5=11,2± 5,26(ab); PBH/30=12,85± 3,84(ab); PBH/60=14,53±
5,59(a); SB=7,21± 4,04(bc); SBH/5=9,61± 4,83(ab); SBH/30=8,86± 5,87(bc);
SBH/60=10,00±4,70(ab). A remoção do colágeno aumentou a resistência
ao cisalhamento do adesivo à base acetona (Pb).
B220
Avaliação
qualitativa da microinfiltração marginal, utilizando-se três sistemas
adesivos diferentes.
V. G. Arias*, I. T. Campos, L. A. F. PIMENTA
Pimenta
Odontologia Restauradora - FOP/Unicamp (019)
430- 5340 e-mail: lpimenta@fop.unicamp.br
Apesar da grande evolução dos materiais adesivos, um
problema ainda não solucionado é a ocorrência da microinfiltração marginal.
O objetivo deste trabalho “in vitro” foi
analisar qualitativamente através a penetração
de corante, a eficácia de três sistemas adesivos dentinários hidrófilos em
reduzir a microinfiltração na interface de restaurações classe II,
empregando condicionamento total em esmalte e dentina. Foram coletados e
selecionados 60 molares humanos, sendo confeccionadas duas cavidades do tipo “
slot vertical” sob refrigeração constante, nas superfícies mesial e distal
com margem cervical em dentina. As 120 cavidades foram divididas aleatoriamente
em 3 grupos (n=40), empregando-se os adesivos: Grupo1:Optibond Solo (OB);
Grupo2: Amalgambond Plus (AMB+); Grupo3: Etch & Prime 3.0 (EP). Os sistemas
adesivos foram aplicados seguindo as instruções do fabricante e as cavidades
foram restauradas com resina composta Z-100
(3M) em três incrementos polimerizados por 40 s. cada. Após o polimento
destas restaurações, os grupos foram submetidos à termociclagem de 2000
ciclos (5 ± 1 o
C e 55 ± 1 o
C por 1 minuto em cada banho). Em seguida, os dentes foram imersos em solução
aquosa de azul de metileno à 2% durante 4 horas, cortados e analisados em lupa
estereoscópica MEIJI 2000 (35X). Os índices
de microinfiltração foram registrados em escores (0-4) e submetidos à análise
estatística (Kruskall- Wallis e Wilcoxon) , sendo os resultados expressos através
das soma das ordens: grupo1: OB=1994,00(a); grupo2: AMB=2294,00 (b); grupo3:
EP=2972,00 (c), onde letras diferentes representam diferença estatística
significante (p £ 0,05). Conclui-se que o adesivo auto-condicionante EP não
foi tão efetivo no controle da microinfiltração marginal em dentina da mesma
forma que os adesivos OB e AM+. Já o adesivo OB se mostrou mais efetivo no
controle quando comparado com o AMB+. FAPESP
Processo #
98/01536-0
B221
Análise da
rugosidade superficial de amálgama dental submetido a soluções ácidas.
J.I.L.REIS*,
U.F.FONTANA, J.J.MOREIRA NETO, L.MELO SANTOS, L.C.LOFREDO
Depto. de
Odont. Restauradora, FOAr - UNESP-SP - (016) 222-6977
O objetivo
deste estudo foi avaliar a rugosidade superficial do amálgama dental
condicionado com soluções ácidas por diferentes períodos de tempo. O modelo
estatístico utilizado foi o da análise de variância (ANOVA). Noventa
corpos-de-prova em amálgama (Dispersaloy), com 5,30 mm de diâmetro por 1,50 mm
de profundidade, foram utilizados. Estes foram armazenados
por 168 horas, ou 7 dias, em uma estufa regulada a 370
+ 10
C, sob umidade relativa de 950 + 5%. Decorrido esse tempo, foram submetidos ao processo
de acabamento e polimento metalográfico mediato. Concluído o polimento,
procedeu-se à leitura da rugosidade superficial dos corpos-de-prova, sendo três
leituras para cada um. Logo após, foram armazenados em estufa a 370
C + 10
C, durante quatro dias, tendo então recebido tratamento superficial com três
ácidos: nítrico a 30%, fluorídrico a 10% e clorídrico a 18%, com os tempos
de condicionamento: sem tratamento (controle negativo) 30”, 60”, 90”,
300”. Em seguida, foram realizadas novas leituras da rugosidade superficial.
Os resultados mostraram que houve variabilidade não significativa para cada um
dos fatores, ácido e tempo, bem como para sua interação no nível de 5%. Concluiu-se
que as soluções ácidas usadas nesta pesquisa não alteraram a superfície dos
amálgamas quando estas estavam devidamente polidas.
Apoio
financeiro: CAPES
B222
Resistência
à fratura de estruturas dentais com restaurações com “inlays” adesivas.
P. A.
BURMANN*, P. E. C. CARDOSO, L. F. SOARES, L. CASAGRANDE
Programa
Iniciação Científ. Odontologia – Convênio UFSM-USP - pafburma@fatec.ufsm.br
A indicação
de sistemas adesivos e preparos parciais como opção conservadora para restaurações
indiretas pressupõe seu bom desempenho em estudos “in vitro”, tais como a
análise da resistência à fratura do conjunto restauração-remanescente
dental. Desta forma, foi proposta desta pesquisa quantificar a resistência à
fratura de dentes pré-molares superiores restaurados com “Inlays” MOD de
diferentes materiais - 1 liga metálica (Pors-on 4 - Pd-Ag), 1 cerâmica de
baixa fusão (Fortune) e 1 polímero reforçado (Art Glass), cimentadas com os
sistemas Scotchbond Multiuso Plus/Resin Cement (3M) e Bond 1/Cement It (Jeneric
Pentron); também foi avaliado, o desempenho de um grupo de restaurações
diretas de resina composta (Z-100/Single bond 3 M). Como grupo controle positivo
foram usados dentes hígidos, enquanto que o controle negativo era constituído
por dentes com cavidades preparadas e não restauradas. As cavidades MOD
padronizadas, tipo “inlay”, tinham a configuração e dimensões
correspondentes a uma ponta diamantada 4137 (KGS – Brasil). A técnica
restauradora para todos os grupos foi conduzida de acordo com as instruções
dos fabricante dos sistemas utilizados. Todos os corpos de prova foram
submetidos aos ensaios de resistência à fratura em máquina de ensaios Riehle
com velocidade de 0,5 cm/min. A análise estatística dos dados (ANOVA e
Tukey) revelou semelhança entre a média de resistência à compressão do
grupo de dentes hígidos (192,89 Kgf/cm2)
e a obtida nos grupos dos dentes restaurados com os diferentes materiais (de
134,89 à 192,58 Kgf/cm2);
já a resistência à fratura do grupo dos dentes apenas preparados (47,56
Kgf/cm2)
foi estatisticamente inferior aos grupos de dentes hígidos (192,89 Kgf/cm2),
Pors-on 4/SMUP/Resin cement (192,56 Kgf/cm2) e Fortune/Bond
1/Cement It (177,42 Kgf/cm2).
B223
Base de proteção
em dentes tratados endodonticamente submetidos a clareamento.
M. L. PORTES
*, C. ANAUATE NETTO, J. CARLIK, S. OLIVEIRA
Departamento
de Endodontia, Universidade de Mogi das Cruzes (011)4798-1002
A reabsorção
radicular cervical externa pode ocorre após o clareamento de dentes tratados
endodonticamente, por ação de substâncias clareadoras no ligamento
periodontal, passando através dos túbulos dentinários. Para evitar tal
passagem, indica-se o uso de uma base protetora sobre a obturação do canal
radicular, vedando os túbulos dentinários cervicais. Foram utilizados 32
incisivos centrais superiores humanos extraídos, submetidos ao tratamento endodôntico.
Os dentes foram divididos em quatro grupo, sendo um controle e três
experimentais, que receberam como base de proteção um Cimento de Ionômero de
Vidro Convencional, um Cimento de Ionômero de Vidro Híbrido e um Compômero,
respectivamente. Os dentes foram submetidos ao clareamento dental com peróxido
de hidrogênio 30% e perborato de sódio por 5 dias. Decorrido esse período foi
aplicada a solução corante de azul de metileno a 2% para evidenciar uma possível
infiltração do agente clareador nos túbulos dentinários cervicais. Os dentes
foram seccionados longitudinalmente para verificar tal infiltração, que foi
classificada em ausente, leve, moderada e severa. A partir dos resultados
pode-se concluir a real necessidade da colocação de uma base de proteção
sobre a obturação do canal radicular e que o Cimento de Ionômero de Vidro
Convencional apresentou menor infiltração que os demais, com diferença
estatisticamente significante a nível de 1%.
B224
Interface
resina composta- fibra de carbono: estudo da adesão.
A.F.QUINTAS*,
J.BOCANGEL,E.MATSON, M.A.BOTTINO, M.A.J.ARAÚJO.
Materiais Dentários
e Prótese FOSJC- UNESP/ Dentística F.O. -USP- (012) 321-8166 R:1305
A literatura
relata problemas relativos à união entre resinas compostas para núcleos de
preenchimento e pinos lisos de fibra de carbono. Os fabricantes introduziram uma
versão serrilhada desse pino, no intuito de solucionar esse problema, mas esses
pinos têm menor rigidez que a versão lisa. O objetivo desse estudo foi o de
avaliar, em microscopia eletrônica de varredura, o tipo de falha que ocorreu na
interface entre a resina do núcleo de preenchimento e a fibra de carbono. Os
espécimens foram obtidos por meio de quatro tipos de tratamento superficial
sobre pinos de fibra de carbono lisos (C-Post,BISCO) e aplicou-se resina
composta para núcleo de preenchimento (Core-Flo, BISCO) sob pressão; as
amostras foram submetidas a ensaio de tração. A resina dos núcleos de
preenchimento foram removidas, na maioria das vezes, durante o ensaio; parte das
amostras tiveram as resinas removidas manualmente, com a finalidade de permitir
a observação ao MEV. A extremidade coronária dos espécimens foi seccionada e
analisada ao MEV (500X), comparando-se às imagens obtidas dos mesmos pinos após
o tratamento superficial, porém sem a aplicação da resina composta . Comparando-se
as imagens dos quatro grupos, imediatamente após o tratamento e depois da remoção
da resina, verificamos que o Grupo A (jateamento) foi o que apresentou maior
adesão, seguido pelo Grupo B (tratado com pontas diamantadas de granulação média);
nos demais Grupos (C, com pontas diamantadas para facetas laminadas, e D,
usinados), o resultado foi semelhante entre si, porém com muito menor adesão
da resina sobre suas superfícies, quando comparados aos Grupos A e B.
B225
Microinfiltração
in vivo em decíduos: restaurações
ocluso-proximais – Vitremer, Z100.
A. B. FUKS, F.
B. ARAUJO*, A. S. PINTO
Disciplina de
Odontopediatria – FO. UFRGS, Brasil – Hadassah School of Dental Medicine,
Hebrew University of Jerusalem, Israel - (051) 316 5027
A penetração
de um corante, em conjunto com a termociclagem para simular condições bucais,
tem sido amplamente utilizada para avaliar a microinfiltração. Em vista disso,
o presente estudo procurou avaliar, através do significado da penetração do
corante, a microinfiltração in vivo
de restaurações ocluso-proximais em molares decíduos. Foram confeccionadas 85
restaurações, sendo 33 com Vitremer – 3M, 34 com Z100 – 3M e 18 com amálgama
(grupo controle), em 25 crianças. Após 20-22 meses, 18 dentes esfoliaram (7
Vitremer, 9 Z100 e 2 amálgama). Os dentes extraídos foram isolados com cera
utilidade, fixados a um polidor e imersos em azul de metileno. Posteriormente,
foram embebidos em resina acrílica e seccionados através de cortes mésio-distais
e verticais. A infiltração marginal foi avaliada nas margens oclusais e
cervicais, através do grau de penetração do corante. Mínima infiltração
foi encontrada na margem oclusal da maioria dos dentes e somente uma restauração
de Vitremer obteve escore severo. A penetração severa do corante, foi
observada na margem cervical da maior parte de restaurações com Vitremer e
Z100. Nenhuma diferença significante foi encontrada entre os dois grupos
(Fischer Exact probability test p = 0,58). Os resultados obtidos sugerem que
os materiais Vitremer e Z100 não puderam eliminar a microinfiltração na
margem cervical de restaurações ocluso-proximais em molares decíduos.
B226
Análise
morfométrica comparativa, à luz da computadorização, de pontas diamantadas
(estudo in vitro).
A. M. FOSSEN*,
D. M. FICHMAN, M. D. NOVELLI, M. N. YOUSSEF
Dep. Dentística
– Faculdade de Odontlogia – USP-SP - (011) 7396-8349
O trabalho
visa estudar o comportamento das pontas diamantadas, por meio da análise
computadorizada das grandezas área, perímetro e fator de forma. Foram
ensaiados 60 instrumentos divididos em 2 grupos, os quais continham diferentes
tamanhos de partículas de diamante A ¾ (grossa); B (média) ¾, e em 3
subgrupos “a”, “b” e “c”, referindo-se, respectivamente, aos tempos
menor, normal e maior da eletrodeposição. Para cada subgrupo foram utilizadas
10 pontas diamantadas, que receberam avaliação nos
tempos de uso t1
= 0, t2 = 5, t3
= 10 e t4
= 15 minutos. Tanto o perímetro como a área dos instrumentos projetados
diminuíram em função do tempo de uso, o que demonstra um desgaste
progressivo. O fator de forma aumentou já que este é a relação entre área e
perímetro. O fator tempo, ou seja, duração de utilização dos instrumentos
foi sempre altamente significante (nível de 0,1%). Quanto ao fator eletrodeposição,
este mostrou-se altamente significante em nível de 0,1% para perímetro e fator
de forma; para a área, apresentou significância de 5%. O tempo de utilização
das pontas agiu decisivamente para diminuir o perímetro e a área e, conseqüentemente,
para aumentar o fator de forma. O fator tamanho de diamante não foi
significante para o perímetro, mas mostrou-se altamente significante para área
e fator de forma. Estes apresentaram-se maiores para para as partículas de
diamante do grupo A (grossa). Todas as interações em que aparece o fator tempo
foram significantes, com exceção da interação tempo (T) versus
diamante (D) considerando-se o perímetro e o fator de forma. Somente a interação
dupla diamante (D) x eletrodeposição (E) foi significante considerando-se a área.
B227
Microinfiltração
de dois materiais ionoméricos após condicionamento ácido.
M. João, A. F. Monnerat, D. G. Pontes*, F. A. Falcão
Faculdade de
Odontologia UERJ e Instituto de Odontologia UGF – RJ - Brasil - (021) 294-3176
O objetivo
deste estudo foi avaliar se o condicionamento dental com diferentes tipos de ácidos
influenciaria na microinfiltração de restaurações classe V utilizando Ionômero
de Vidro Modificado por Resina (IVMR) e Resina Composta Poliácido Modificada
(RCPM). Foram utilizados 60 dentes bovinos divididos em 6 grupos: 1A: ácido
fosfórico 37% + RCPM; 1B: ácido fosfórico 37% + IVMR; 2A: ácido poliacrílico
40% + RCPM; 2B: ácido poliacrílico + IVMR; 3A: RCPM controle; 3B: IVMR
controle. As cavidades classe V foram preparadas (2mm x 2mm x 2mm)
sobre a junção amelocementária, restauradas de acordo com os grupos e
polidas. Depois de armazenados em água destilada a 37o
C durante 48h, os dentes foram mergulhados em solução de nitrato de prata a
50% por 24 horas e imersas em solução reveladora por 15 minutos. As amostras
foram seccionadas e avaliadas de acordo com o seguinte escore: 0– sem penetração;
1– penetração até 1mm; 2– penetração além de 1mm até parede axial; 3-
penetração além da parede axial.
A análise estatística foi feita por testes ANOVA e Bonferroni, encontrando-se
diferença estatística entre os grupos (p<0,01 para margem em esmalte
e p<0,05 para margem em cemento). Os melhores resultados na margem em
esmalte foram encontrados nos grupos 1A e 2A e, em cemento, no grupo 1A. O
material que promoveu menor microinfiltração foi a Resina Composta Poliácido
Modificada, sendo que em margem de cemento o melhor condicionamento é o feito
com ácido fosfórico a 37%.
B228
Análise sob
MEV dentina de dentes decíduos
condicionada com ácido e microabrasionada.
V. S.
CANTISANO*; M. de W. M. SOUCHOIS;
H.R. SAMPAIO FILHO ; H. S. A. MELLO.
Departamento
de Odontologia Preventiva e Comunitária - FO-UERJ - (021) 294-3176
O objetivo
deste estudo foi avaliar dois tratamentos distintos em três áreas diferentes
de dentina de dentes decíduos extraídos. Selecionou-se três molares decíduos
apresentando uma área de dentina hígida, uma com lesão de cárie e outra com
restauração de amálgama. Eles foram seccionados transversalmente, obtendo-se
seis amostras, uniformizadas com lixas d’água e divididas em
três grupos experimentais - um de dentina hígida, outro de dentina sob
restauração e um terceiro de dentina sob cárie . Das
áreas de dentina hígida separou-se dois terços onde se aplicou ácido
fosfórico a 37% durante sete e quinze segundos. Uma micro-abrasão com
jateamento de carbonato hidrogenado de sódio foi feita nas outras áreas. A análise
sob MEV foi feita por três examinadores calibrados e os resultados submetidos a
tratamento estatístico pelo método KRUSKALL WALLIS, o qual mostrou diferença
entre os grupos: jato de carbonato em dentina hígida versus jato de cabonato em
dentina sob cárie; jato de carbonato em dentina hígida versus jato de
carbonato sob restauração
( H= 35,00;
p< 0,01), e não foi observada diferença estatisticamente significante entre
os grupos; jato de carbonato sob restauração versus jato de carbonato em
dentina sob cárie. Com relação ao grau de limpeza promovido pelo ácido fosfórico,
não foi observado diferença estatisticamente significante. Conclui-se,
assim, que o ácido fosfórico a 37% aplicado por sete ou quinze segundos sobre
dentina de dentes decíduos é capaz de promover uma remoção efetiva da lama
dentinária. A micro-abrasão,
apesar de também ser eficiente nas áreas de maior calcificação dentinária,
ocasiona alterações na superfície
de dentina hígida.
B229
Infiltração
em restauração Classe II com base em resina “Flow” e compômero.
N.B. SOARES* ;
D. PORTO ; G. NEVARES ; M. SANTIAGO
Depto. de Dentística
- FOUERJ. Doutorado UFRJ - (021) 234-1563
O objetivo
deste trabalho foi avaliar IN VITRO a infiltração marginal nas regiões
gengival e oclusal de cavidades Classe II com resina condensável ALERT
(JENERIC/PENTRON), usando-se a resina de baixa viscosidade FLOW-IT
(JENERIC/PENTRON) e o compômero DYRACT(DENTSPLY) como base . Foram utilizados
18 molares recém extraídos, divididos em 3 grupos de 6 dentes, e preparadas
cavidades Cl.II nas faces mesial e distal, totalizando 12 amostras para cada
grupo. Os 3 grupos receberam sistema adesivo de 5ª geração BOND 1
(JENERIC/PENTRON).Grupo I-ALERT; Grupo II-FLOW-IT + ALERT e GrupoIII-DYRACT +
ALERT. Em seguida, os dentes passaram pelo processo de ciclagem térmica (500
ciclos entre 5 - 55º C ), foram impermeabilizados, imersos em solução de
Nitrato de Prata à 50% por 24 horas e incluídos em resina. Após a imersão,
as amostras foram seccionadas, fotografadas e avaliadas por 3 profissionais
devidamente calibrados, usando uma escala quantitativa de 0-3
segundo Retief et al( J. Prost. Dent., 47 : 496-501, 1982 ). Foram
avaliadas as áreas gengival e oclusal e aplicados os testes de Kruskal-Wallis e
Mann-Whitney.
Oclusal %
Gengival %
0
1
2
3
0
1
2
3
Gr I
69,4 11,1
11,1
8,3
0
0
16,6 83,3
Gr II
86,1 13,8
0
0
0
47,2
47,2 5,5
Gr III
88,8 11,1
0
0
25
66,6
8,3
0
Em relação
à gengival, houve diferença significativa entre os grupos (p<0,05). Nenhuma
das técnicas empregadas
foi eficiente para impedir a infiltração marginal na região gengival.
B230
Adesão de
materiais estéticos posteriores.
F. COSTA* ;F.
SILVA ;G. SANTOS ;J. AMARAL e K. DIAS
Grupo PET F.O
.UERJ RJ - TEL./ FAX: (021) 587-
6382.
O objetivo
desse estudo foi avaliar a adesão de três materiais resinosos ao esmalte e
cemento / dentina de dentes humanos permanentes. Trinta molares recém extraídos
e conservados em água destilada foram selecionados para este estudo. Cada dente
recebeu cavidades tipo classe V por Vestibular e por Lingual, com 3 mm de diâmetro
e de profundidade, com o bordo oclusal em esmalte e o bordo cervical em
cemento/dentina. Após o preparo cavitário, os dentes foram separados em 3
grupos: Grupo 1 - Solitaire; Grupo2- Dyract AP; Grupo3- Ariston, restaurados com
os materiais segundo as instruções dos fabricantes e receberam acabamento e
polimento com discos de Soft-lex de duas granulações diferentes 10 segundos
cada, 24 horas após a restauração. Posteriormente, os dentes foram submetidos
a ciclagem química por 7 dias, sendo mantidos em soluções desmineralizantes
por ciclos de 6 horas alternados por soluções remineralizantes por
ciclos de 16 horas. Entre as trocas de soluções, os dentes foram lavados em água
corrente. Posteriormente, os dentes foram imersos em solução de Nitrato de
Prata a 50% por 24 horas, revelados
por 20 minutos e seccionados. A micro infiltração foi avaliada em uma escala
de 0( ausente) a 3 ( máxima) por
dois avaliadores calibrados. Os resultados foram tratados estatisticamente por
Anova e testes de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney (P W 0,05).Os postos médios dos
grupos foram GI 45,50 ;GII 29,73 e GIII 32,89 e os das regiões foram E=29,39 e
D=41,61. O material ARISTON apresentou o pior resultado, e o DYRACT AP e o
SOLITAIRE resultados semelhantes. As margens de esmalte apresentaram menor
infiltração do que as de dentina.
B231
Estudo
comparativo entre procedimentos de lavagem na resistência da união de botão
ortodôntico ao esmalte.
J.R. MIKAMI*;
S. CONSANI; M.A.C. SINHORETI; M.
MORAES
Faculdade de
Odontologia de Piracicaba – UNICAMP - (019) 430-5274
Durante
procedimentos orto-cirúrgicos, muitas vezes o cirurgião-dentista utiliza soro
fisiológico na lavagem do ácido fosfórico no momento da colagem do botão
ortodôntico. Este estudo tem como objetivo verificar o efeito da lavagem da
superfície do esmalte condicionado com soro fisiológico e água destilada, e
além disso, verificar o padrão de condicionamento da estrutura do esmalte em
microscopia eletrônica de varredura. Nas faces vestibulares de 20 dentes
humanos do grupo molar embutidos em resina acrílica, realizou-se
condicionamento com ácido fosfórico a 35% (3M) por 30 segundos. Em metade das
amostras a superfície foi lavada com água destilada e a outra metade lavada
com soro fisiológico. Em seguida, os botões foram colados com a resina
composta Concise Ortodôntico (3M), seguindo as orientações do fabricante. Os
corpos-de-prova foram armazenados por 24 horas em água a 37ºC e em seguida
levados a uma máquina de ensaio Instron com velocidade de 0,5 mm/min. para o
tracionamento até ocorrer descolagem do botão. Os resultados foram submetidos
à análise de variância e ao teste de Tukey em nível de 5% de significância.
Além disso, duas amostras foram condicionadas, lavadas com os dois métodos e
cobertas com uma camada de ouro-paládio para observação em M.E.V. Pode-se
verificar que o método de lavagem com soro fisiológico obteve a média de 9,06
MPa e não diferiu estatisticamente (p>0,05) da água destilada (7,64 MPa).
As fotomicrografias mostraram que os padrões de condicionamento foram
semelhantes, não permanecendo resíduos de sais do soro fisiológica sobre o
esmalte.
B232
Estudo
comparativo ”in vitro” da ação de diferentes soluções de própolis na
superfície dentinária avaliação ultra-estrutural
em M.E.V.
C.A.C.
GERALDINI*, S.M. RODE.
Depto. Mat.
Odontol. e Prótese, Fac. Odontologia de São José dos Campos, UNES P - (011)
448-2286
A própolis é
um produto natural, coletado pelas abelhas, dos brotos de árvores, flores e pólen
e conhecida por suas propriedades biológicas: atividade antibacteriana,
anti-inflamatória, cicatrizante, fúngica, etc. Neste trabalho avaliou-se “in
vitro” o extrato etanólico de própolis como agente de limpeza na superfície
dentinária de 15 dentes, provenientes de um banco de dentes extraídos, que
foram divididos em cinco grupos. Com instrumento diamantado removeu-se o esmalte
e, com brocas carbide, cilíndricas lisas n0
56, cortou-se aproximadamente 1 mm de dentina, em alta rotação sob abundante
refrigeração ar/água, para produzir uma camada de esfregaço. Em seguida
estas superfícies foram tratadas com diferentes concentrações etanólicas de
própolis e com etanol 70% puro, utilizando-se bolinhas de algodão estéril
para aplicação de cada substância esfregando-a por 30 segundos,
considerando-se como controle onde foi apenas utilizado o spray
água/ar. Os espécimes, após serem lavados com água e secos, foram fixados em
um posicionador metálico de alumínio, metalizados com ouro e avaliados em
microscópio eletrônico de varredura, modelo DSM 950-ZEISS, do Centro Técnico
Aeroespacial – CTA, Divisão de Materiais Raros. Observou-se que,
morfologicamente, as soluções estudadas, quando comparadas ao grupo controle,
removeram parte da camada de esfregaço, sem expor os túbulos dentinários. O
extrato etanólico de própolis a 10% promoveu uma camada
regular cobrindo a superfície dentinária e a 20% e 30% apresentou partículas
com formas esferoidais de vários tamanhos que ficaram sobrepostas ao esfregaço
dentinário, o qual se apresentava regular e com poucos detritos, sugerindo ação
de limpeza das substâncias utilizadas.
B233
Adesivos de 5a
geração : condicionamento ácido total
x primers auto-condicionantes.
C. R. G.
TORRES *, M. A. M. ARAÚJO
Dep. de Odont.
Restauradora, F. O. de São José dos Campos – UNESP, (012) 321-8166
A finalidade
deste estudo foi comparar, através da análise da microinfiltração marginal,
o desempenho de quatro sistemas adesivos dentinários de 5a
geração. Foram empregados vinte terceiros molares humanos, divididos em quatro
grupos, nos quais foram realizados preparos cavitários tipo slot
vertical nas faces mesial e distal, com término gengival em dentina/cemento. Os
dentes foram divididos em 4 grupos, de acordo com o adesivo utilizado. Os grupos
I e II receberam os sistemas de frasco único One Step (OS) e Single Bond (SB),
respectivamente. Nos grupos III e IV foram aplicados os sistemas
auto-condicionantes Clearfil Liner Bond 2 (CLB2) e Etch & Prime 3.0
(E&P). Os sistemas adesivos foram utilizados segundo as recomendações dos
fabricantes, sendo então procedida a restauração com resina composta Prisma
TPH. As amostras foram submetidas à termociclagem (500 ciclos a 5oC
+ 5 e 50oC
+ 5) e posteriormente imersas em fluoresceína sódica a 2% por 15 h,
sendo então seccionadas no sentido mésio-distal. A avaliação foi realizada
em microscópio de epifluorescência por dois examinadores, atribuindo-se
escores de 0 a 3 conforme o grau de infiltração marginal. Os dados obtidos
foram submetidos à análise estatística empregando-se os testes de
Kruskal-Walis e Dunn’s. Foram observadas diferenças significantes entre os
grupos (P = 0,018). Baseado na média dos ranks *, foi possível estabelecer a
seguinte ordem crescente de intensidade da microinfiltração : SB (13,2 *) <
OS (16,7 *) < CLB2 (25,1 *) <
E&P (27,0 *). Os sistemas de frasco único/condicionamento total
apresentaram os menores índices de microinfiltração, contudo, somente o SB
exibiu significativamente menos microinfiltração que o E&P.
B234
Modelo estatístico
para pesquisa odontológica: modelo linear generalizado.
MENEZES*,
M.R.A.; CORDEIRO, G.C.; CABRAL FILHO, E.J.
Faculdade de
Odontologia de Pernambuco, FOP / UPE, Recife - PE, Brazil - (081) 231-0005
Os modelos
log-lineares(GLIM) são destinados à análise de dados dispostos sob forma de
frequência, isto é contagens.. A idéia básica é explicar
através as frequências observadas, f’s,
dispostas em uma tabela de contingência caracterizadas por várias variáveis
explicativas. A denominação modelo log-linear deve-se ao fato de usarmos a função
logarítmica para representar a estrutura linear do modelo. O ajustamento do
modelo log-linear aos dados possibilita calcular os efeitos principais e as
interações de todos os fatores.Isto pode ser feito através do “software”
GLIM, versão 3.77.Apartir deste ajustamento pode-se inferir sobre a significância
das variáveis explicativas e suas interações. A escala de interpretações
dos resultados encontrada, bastante consistente, nos permite ampliar as observações
e os resultados dos nossos trabalhos científicos. Neste trabalho tem-se como
variável dependente a frequência de respostas correspondente à associação
entre grau de penetração, tipo de adesivo, examinador e face. Cada variável
foi codificada e caracterizada. O teste do qui-quadrado foi usado para
investigar a veracidade do modelo de interesse.O modelo conteve todos as interações
dois a dois dos fatores e teve 32
parâmetros ajustados aos 72 dados, com desvio de 30.776 com 40 graus de
liberdade. O ponto crítico foi calculado ao nível de significância de 5%. O
desvio sendo superior ao ponto crítico calculado a partir dos graus de
liberdade do modelo, torna o modelo inadequado aos dados em questão. e-mail:
menezesm@hotlink.com.br
B235
Microinfiltração
em resina composta: comparação entre técnicas de fotopolimerização e
armazenagem
TANGO, R N*;
KIMPARA, E T
Depto Mat.
Odont. e Prótese da Fac. Odontologia de São José dos Campos - UNESP - (021)
321- 8166 R:1305
Essa pesquisa
in vitro objetiva comparar níveis de microinfiltração em duas técnicas de
fotopolimerização de resinas compostas e armazenagem. Foram tomados quatro
grupos (A,B,C,D) de dentes premolares humanos extraídos, sendo que cadao era
composto por quatro dentes escolhidos aleatoriamente. Nesses dentes foram
preparadas cavidade Classe II na proximal. Cada preparo foi submetido ao
condicionamento ácido, aplicação de adesivo e receberam cinco incrementos de
resina composta fotopolimerizável. Nos grupos A e B a fotopolimerização foi
feita pela transparência através de esmalte, atentando para a duplicação do
tempo de exposição em relação aos grupos C e D, em que a incidência do
feixe de luz foi realizada diretamente sobre o material restaurador. Após 24
horas os dentes do grupo A e do C foram levados à termociclagem, os dos grupos
B e D foram ao mesmo processo após uma semana, período no qual permaneceram em
água. A seguir os mesmos foram imersos em azul de metileno a 0,5 % por 4 horas,
foram lavados e incluídos em resina acrílica. As peças obtidas sofreram
cortes seguindo-se o longo eixo do dente, nos permitindo observar o limite
restauração-dente, que foram avaliados por 4 observadores calibrados que
atribuíram notas de 0 a 4 conforme grau de microinfiltração e os resultados
submetidos à análise estatística. O teste estatístico realizado foi o não
paramétrico(Kruskal-Wallis) onde não houve diferença significante talvez pelo
pequeno número de amostras, uma vez que as médias apontam uma diminuição da
microinfiltração na técnica direta com armazenagem de 1 semana. Baseados
nos valores mínimos pode-se concluir que o nível de microinfiltração se
mostrou maior na técnica direta termociclada após 24 horas; e quando
armazenados por 1 semana apresentaram melhoras; quanto a técnica da transparência,
a termociclagem após 24 horas ou 1 semana não mostrou grandes diferenças.
B236
Avaliação
da microinfiltração do ionômero, compômero e resina composta. Estudo “in
vitro”.
M.M.A.
PONTES*, R.A. SANTOS
Faculdade de
Odontologia de Pernambuco – Universidade de Pernambuco
- (081)2416805
O tratamento
adequado da lesão cervical, independente de sua etiologia,sempre representa um
desafio aos clínicos. A técnica restauradora é difícil, principalmente pela
pouca profundidade destas lesões, além de que as cavidades estão situadas
junto à gengiva marginal livre, e algumas até estão situadas
subgengivalmente. O objetivo deste estudo foi avaliar a habilidade de selamento
marginal à dentina e ao esmalte de três diferentes sistemas de restaurações
cervical. Foram feitos preparos do tipo classe V em 60 pré-molares recém-extraídos
e divididos aleatoriamente em três grupos de 20, armazenados em solução
salina e restaurados com compósito resinoso de poliácido modificado
(Dyract-Dentsply), compósito resinoso (Z100-3M) ou cimento resinoso modificado
de ionômero de vidro (VITREMER-3M). Foi observada a infiltração marginal
quanto ao grau de penetração do corante (Fucsina básica a 0,5%). Os 60 espécimes
foram submetidos ao processo de termociclagem, correspondendo ao um total de 135
ciclos, com variação térmica de 5ºC a 55ºC, com tempo fixado em 20 segundos
para cada ciclo e cortados com disco de aço. Os três examinadores avaliaram os
espécimes através de uma lupa com 20x, sob os seguintes critérios: grau 0
(ausência de corante), grau 1 (penetração do corante na parede gengival),
grau 2 (penetração na parede gengival e axial) e grau 3 (penetração do corante em direção à parede pulpar). Foi feito o
teste estatístico de Kruskal-Wallis. Os resultados mostraram que houve diferença
estatisticamente significante na habilidade de selamento marginal entre os três
materiais avaliados, sendo o compômero(Dyract) o material que apresentou o
maior percentual de avaliação no grau 0 e menor no grau 3.
B237
Avaliação da
resistência à fratura de raízes debilitadas reconstruídas morfologicamente
com materiais adesivos.
L.R. MARTINS;
G.M. MARCHI
FOP-UNICAMP
(019) 430-5340
O objetivo
desta pesquisa foi avaliar a resistência à fratura de raízes debilitadas
preenchidas com materiais adesivos, empregando-se dentes unirradiculares com núcleos
fundidos cimentados, nas seguintes condições: controle positivo (preparo
convencional), controle negativo (raízes debilitadas), raízes preenchidas com
ionômeros, raízes preenchidas com ionômero fotoativado, raízes preenchidas
com sistemas adesivo/compósito. Os materiais testados foram: ionômero tipo II
modificado (Chelon Silver), ionômero tipo III (Ketac-Bond), ionômero
fotoativado (Vitremer), compósitos (Herculite XRV e Z 100). Após remoção da
coroa clínica dos dentes, eram preparadas as raízes para receberem os devidos
tratamentos. Confeccionados os padrões em resina acrílica, os mesmos eram
incluídos e fundidos. Obtidos os núcleos em liga de Cu-Al, eram adaptados e
cimentados no interior do conduto. Os corpos de prova eram então submetidos a
carregamento em máquina de ensaio universal até ruptura da raiz. Os resultados
foram expressos em kgf, tabulados e analisados estatisticamente. Concluiu-se
que: entre os materiais testados o compósito Z 100 teve melhor desempenho que
todos os demais e inclusive quanto ao controle positivo; o ionômero Vitremer, o
compósito XRV e o Chelon Silver apresentaram resultados semelhantes entre si e
ao controle positivo; o ionômero Ketac-Bond teve comportamento desfavorável em
relação a todos os outros e semelhante ao controle negativo.
B238
Auto-condicionamento:
estudo comparativo da infiltração marginal em esmalte e dentina.
M. N.
CORREIA*, C. H. V. SILVA, J. A. M. JIMENEZ, F. A. BEZERRA Jr, S. L. MOREIRA
Faculdade de
Odontologia de Pernambuco – Universidade de Pernambuco (081)458-1186
A proposta
deste estudo foi avaliar comparativamente o grau de infiltração marginal com o
emprego de um sistema adesivo auto-condicionante em esmalte e dentina. Sessenta
preparos cavitários tipo classe II, mesiais e distais com términos cervicais
em esmalte e dentina respectivamente, foram confeccionados em 30 pré-molares
extraídos de humanos, e restaurados com o emprego do sistema adesivo Prime
& Bond 2.1 (sem condicionamento ácido prévio), e Dyract (Dentspy) até o
ângulo áxio-pulpar, sendo a caixa oclusal restaurada com resina composta TPH
(Dentsply). Os corpos de prova foram termociclados (500 ciclos térmicos de 5ºC-55ºC,
com tempo de imersão de 15 segundos cada banho), imersos em fucsina básica 0,5
por 24 horas, lavados, seccionados para verificar a infiltração marginal através
dos escores de zero (sem infiltração) a 3 (máxima infiltração). Os dados
obtidos evidenciaram melhores resultados para a dentina auto-condicionada que
para o esmalte, quanto a capacidade de selamento marginal. Entretanto, não
houveram diferenças estatísticamente significantes quando foi empregado o
teste de KRUSKALL WALLIS.
B239
Resistência
de colagem com Compósito em esmalte : influência do adesivo. .
I.BARROS*,A.CHEVITARESE,G.QUEIROZ,R.REIS
Universidade
Federal do RiJ - (021) 453-4516
O objetivo do
trabalho foi verificar a resistência ao cisalhamento da colagem de compósito
(Concise Ortodôntico) com a utilização de dois tipos de adesivos: Prime &
Bond 2.1 e o selante do próprio Concise. Vinte incisivos bovinos foram incluídos
com resina acrílica autopolimerizável em anéis de PVC de modo que as faces
vestibulares, planificadas com lixas #120, #400 e #600 respectivamente, ficassem
perpendiculares à base do anel. Pastilhas de Compósito Ortodôntico com 0,4cm
de diâmetro e 0,2cm de espessura foram coladas com Concise Ortodôntico (após
serem lixadas com lixa # 600) sobre a superfície do esmalte. Este foi polido
com pedra pomes e água em taça de borracha por 5 s, lavado por 20s e seco
por15s, seguindo-se o condicionamento ácido com gel de ácido fosfórico a 37%,
lavado por 30s e seco com jato de ar. No grupo 1 (10 dentes), aplicou-se nas
pastilhas de Concise o adesivo do próprio Concise e realizou-se a colagem. No
grupo 2 (10 dentes), aplicou-se sobre as pastilhas de Concise o adesivo Prime
& Bond 2,1 e procedeu-se a colagem. Os resultados da análise estatística
com o teste de Wilcoxon mostraram diferença significativa. Concluímos que a
resistência ao cisalhamento foi superior quando utilizado o adesivo do próprio
Concise.
B240
Microinfiltração
de dois sistemas adesivos em dentes decíduos e permanentes
A . I.F.
SCAVUZZI*, R.B. BEZERRA, P.C.T. DUARTE
Universidade
Estadual de Feira de Santana - UEFS - BA - (071) 342-6320
O propósito
desse estudo “in vitro” foi avaliar a microinfiltração de dois sistemas
adesivos, sendo um monocomponente, Single-Bond - 3M (SB) e outro
autocondicionante, Etch & Prime 3.0 – Degussa (EP), em margens de esmalte
e dentina de dentes decíduos e permanentes. Para tal foram utilizados 56 dentes
humanos, sendo 28 molares permanentes e 28 molares decíduos, os quais receberam
preparos de classe V (V e L), com margem oclusal em esmalte e a cervical em
cemento-dentina, perfazendo um total de 112 preparos. Os espécimes foram
divididos em 4 grupos, a saber: G I – decíduos + SB, G II- decíduos + EP, G
III- permanentes + SB e G IV- decíduos + EP. Os adesivos foram utilizados de
acordo com as instruções do fabricante e a seguir todas as cavidades foram
restauradas com uma resina composta (Z-100/3M). Os espécimes foram armazenados
em solução fisiológica a 37o
C por 24h e após o acabamento e polimento foram submetidos a 800 ciclos térmicos
(5-55o
C) com 10 seg. de imersão em cada banho, corados em solução de azul de
metileno a 2% por 4h, lavados e seccionados. A avaliação foi realizada em uma
lupa esterioscópica (40x) por 3 examinadores calibrados utilizando-se de
escores pré-estabelecidos (0 a 4). Os dados obtidos foram submetidos a análise
estatística através do teste não paramétrico de MannWhitney, onde
concluiu-se que: 1- em esmalte tanto de decíduos como de permanentes o SB
apresentou o menor grau de infiltração marginal; 2- em cemento-dentina de decíduos
o EP apresentou o menor grau de infiltração marginal e 3- em cemento-dentina
de dentes permanentes não houve diferença estatisticamente significante entre
os dois sistemas adesivos.
B241
Ação do TiF4
sobre dentina com e sem “smear layer”. Estudo no MEV.
M.E.O.
SANTOS*, O. CHEVITARESE, N.S. ALMEIDA, P.D.
BECHARA.
Departamentos
de Odontopediatria/Química - UFF/USP/UFRJ - Brasil - (021) 712-6048
Os compostos
fluoretados são os materiais mais utilizados na prevenção da cárie dentária
através de soluções tópicas na superfície do esmalte dentário. Tem sido
recomendados também após a realização dos preparos cavitários antes da
inserção dos materiais restauradores em cavidades envolvendo esmalte/dentina
(ROLLA, SEXAGAARD & ROLLA) proporcionando maior resistência aos tecidos
duros do dente (FEATHERSTONE). O propósito deste estudo foi observar no MEV a
morfologia da superfície da dentina com e sem “smear layer” sob a ação do
TiF4. Um total de 12 dentes decíduos (molares) foram utilizados. As coroas
foram seccionadas abaixo da junção amelo-dentinária transversalmente ao longo
eixo da raiz (2 mm de espessura). As secções foram polidas com lixas d’água
# 600, lavadas e secadas por igual tempo de 30s e divididas em duas metades
(experimental e controle) no sentido M/D por fita adesiva. Dois grupos de 5 secções
cada foram formados. Grupo A: aplicação do TiF4 a 1% por 60s na superfície
das secções. Na superfície do lado experimental, aplicação de H3PO4 gel a
37% por 20s. Grupo B: aplicação de H3PO4 gel a 37% por 20s na superfície de
todas as secções. No lado experimental, aplicação do TiF4 a 1% por 60s. Duas
secções não sofreram nenhum tratamento. A lavagem e secagem após aplicação
dos materiais foi por tempo igual de 20s. As amostras foram preparadas para
observação no MEV. Resultados: Grupo A-não houve diferença na superfície
experimental com a superfície controle, sugerindo que o TiF4 proporcionou
significante resistência à ação do H3PO4; Grupo B- a superfície
experimental apresentou um discreto depósito quando comparada com a superfície
controle, sugerindo uma interação entre o TiF4 e a superfície da dentina.
B242
Efeito do
agente irrigador em dentes inclusos submetidos a tracionamento.
K. S.
MOREIRA*, C. PERCINOTO, A. C. B. DELBEM.
Depto. Odont.
Inf. e Soc.; Fac. Odont. Araçatuba - UNESP %% (018) 620-3235
- E-mail: adelbem@foa.unesp.br
O processo de
lavagem da superfície do esmalte, após o ataque ácido, é um passo importante
para o sucesso da técnica de tracionamento dental através da colagem. Assim, o
objetivo deste trabalho foi comparar duas alternativas de lavagem. Para isto,
foram utilizados 15 dentes pré-molares extraídos, a partir dos quais obteve-se
30 blocos de esmalte (6x6x3mm) da superfície vestibular. A seguir as superfícies
foram condicionadas com ácido fosfórico a 37% por 60 segundos, sendo que
metade dos blocos foram lavados com soro fisiológico e, a outra metade, com água
destilada. Essas metades pertenciam a um mesmo dente, sendo a seguir aplicada a
resina composta. Secções longitudinais medianas foram obtidas de cada amostra
e adelgaçadas a uma espessura aproximada de 100µm. A seguir, realizou-se a
desmineralização das amostras em ácido nítrico a 40% para eliminação da
estrutura dental, restando apenas o adesivo e suas projeções, que foram
examinados em microscopia óptica comum. As médias dos prolongamentos da resina
foram 9,54 e 15,29µm, para a lavagem com soro fisiológico e água destilada,
respectivamente, diferindo significativamente a nível de 5%. Concluiu-se que
a lavagem com água destilada promoveu prolongamentos maiores e mais constantes.
B243
Avaliação in
vitro da microinfiltração marginal de restaurações classe v
de materiais restauradores estéticos.
M.F. AMATO*;
M.A. CHINELATTI; R.G. PALMA DIBB; T. NONAKA
(Depto de
Odontologia Restauradora – FORP/USP f: (016)602-4078)
O propósito
deste estudo foi avaliar in vitro a
infiltração marginal de duas resinas composta modificadas
por poliácido (RCMP) comparando-as com um cimento de ionômero de vidro
modificado por resina (CIVMR) em restaurações classe V.
Foram confeccionados 30 preparos de classe V em pré-molares e
caninos humanos recém extraídos. Os dentes foram divididos
aleatoriamente em 3 grupos, um de cada material testado, com 10 restaurações
em cada grupo. Os preparos cavitários foram restaurados com os seguintes
materiais: Vitremer (V- 3M), F2000 (F2- 3M) e Freedom (F- SDI). Após a restauração
os dentes foram armazenados por 7 dias em 100% de umidade relativa a 37ºC, e
realizado então o acabamento e polimento. Realizou-se então a ciclagem térmica,
em seguida os dentes foram impermeabilizados com esmalte cosmético deixando 1mm
em torno da restauração sem isolar e
imersos em solução de nitrato de prata a 50% durante 8 horas. Os dentes foram
lavados, seccionados longitudinalmente e
avaliados seguindo um escore de 0 a 3. Os dados foram analisados
estatisticamente pelos testes de
Wilcoxon e Kruskal-Wallis. Na análise
dos dados observou-se que o V apresentou melhores resultados
quando comparado ao F2 e ao F. O
Vitremer mostrou melhor vedamento marginal na região cervical em relação aos
outros materiais testados sendo que estes últimos
não apresentaram diferenças estatísticas significativas entre si. Já na região de esmalte todos os materiais
apresentaram bom vedamento marginal não havendo diferenças
significantes entre eles. Concluindo
que o CIVMR é bem indicado para restaurações com término cervical em
cemento/dentina, porém ainda não se tem um material restaurador que promova o
vedamento completo da margem em cemento/dentina.
B244
Efeito do
selamento superficial no vedamento de restaurações classe V com resina
composta.
R.P. Ramos*; D.T. Chimello; M.A. Chinelatti; R.G. Palma Dibb; J.
Mondelli
Depto de
Odonto. Restauradora – Fac. Odontologia de Ribeirão Preto/USP - (016)
610-8386
O objetivo
deste experimento foi avaliar in vitro
a eficácia de três diferentes agentes de cobertura(Fortify, Protect-it! e
Optiguard) no selamento marginal de restaurações classe V com resina composta
fotopolimerizável(Prodigy). Para tanto, foram selecionados vinte dentes pré-molares
humanos, extraídos dentro de um período de seis meses, nos quais foram
preparadas cavidades de classe V com margem oclusal em esmalte e margem cervical
em cemento, nas faces vestibular e lingual. Os dentes, divididos em quatro
grupos com dez restaurações cada
um, foram restaurados recebendo previamente o adesivo dentinário. Após o
acabamento e polimento, cada grupo recebeu a cobertura de um selante específico
de superfície, à exceção do grupo controle que não recebeu selamento. Ao término
dessas fases restauradoras, os corpos-de-prova foram submetidos à ciclagem térmica,
depois imersos em solução de nitrato de prata a 50% (agente traçador) por 8
horas e finalmente seccionados longitudinalmente para posterior análise ao
microscópio óptico, num estudo cego com três examinadores. A infiltração
marginal foi avaliada nas interfaces oclusais e cervicais e comparada entre os
quatro grupos, sendo empregados os Testes Kruskall-Wallis e
Wilcoxon. Na região oclusal houve melhor vedamento marginal, sendo
que nesta região não houve diferença estatisticamente significante entre os
materiais (p> 0,05). Já na região cervical o Fortify e o Protect-it!
apresentaram melhores resultados que o grupo controle, não havendo contudo
diferença entre os três agentes de cobertura. O Optiguard mostrou resultados
semelhantes ao grupo controle(sem selamento).
B245
Infiltração
em restaurações classe II de resina composta.
BISPO, L. B.*;
BRUCOLI, H. C. P.; KAWAGUCHI, F. A.; TANJI, E. Y.
Departamento
de Dentística, Faculdade de Odontologia da USP-SP - (011) 6742-3512
O trabalho
teve como objetivo a avaliação quantitativa da infiltração do corante
Rodamina B a 0,1 % na parede gengival de restaurações
classe II preparadas a 1 mm da junção cemento-esmalte (Coli,P. et al.,
Oper Dent, 18:33-36,1993 e Holan,G. et al., Oper Dent, 22:217-221,1997). Foram
realizadas duas caixas proximais, com suas dimensões padronizadas com paquímetro
e confeccionadas com turbina de alta rotação em 20 pré-molares. Cada cavidade
proximal recebeu um dos seguintes
tratamentos: 1) parede gengival plana, perpendicular ao longo eixo do dente; 2)
parede gengival com uma canaleta realizada; 3) Idem anterior e irradiada com
Nd:YAG laser com energia de 80 mJ e freqüência de 10 Hz. Após aplicação de
adesivo STAINâ, as cavidades foram restauradas com a resina composta GLACIERâ
(SDI). Após 21 dias foi realizado o acabamento e polimento da resina conforme
recomendação do fabricante. Posteriormente, os dentes foram impermeabilizados,
deixando-se somente a parede gengival exposta ao corante. Todos os dentes foram
termociclados e incluídos em resina, desgastados e fotografados. Três
examinadores avaliaram as fotografias através de scores. Pelo teste de
Kruskal-Wallis, não houve diferença estatisticamente significante entre os
grupos analisados.
B246
Desempenho clínico
de restaurações ocluso-proximais – Vitremer, Z100 – em decíduos.
F. B. ARAUJO,
A. B. FUKS, L. B. OSÓRIO, A. S. PINTO*
Disciplina de
Odontopediatria – FO. UFRGS, Brasil – Hadassah School of Dental Medicine,
Hebrew University of Jerusalem, Israel - (051) 316 5027
A literatura
vem discutindo intensamente sobre o material restaurador mais indicado para as
cavidades ocluso-proximais de molares decíduos. Em vista disso, foi avaliado o
desempenho clínico de 85 restaurações ocluso-proximais em molares decíduos
de 25 crianças. Destas, 33 foram restauradas com Vitremer (VTR) – 3M, 34 com
Z100 (CMP) – 3M, e 18 com amálgama (AMG) -grupo controle. Deste total, 8
restaurações não foram avaliadas devido a ausência dos pacientes ao exame e
18 dentes esfoliaram. Assim, este trabalho relata a análise de 59 restaurações
(22 VTR, 23 CMP e 14 AMG) em um período de 12 – 19 meses. A aparência
superficial, coloração, adaptação e descoloração marginal, forma anatômica
e cárie secundária foram avaliadas de acordo com critérios de Cvar &
Ryge. O ponto de contato foi considerado como A (bom), B (falho) ou C (sem
contato). Aos 12 – 19 meses, em relação à aparência, 15 restaurações com
VTR permaneceram com A e 7 baixaram para B, enquanto 21 de CMP apresentaram A e
2 mudaram para B. As restaurações de AMG não demonstraram alterações. Com
relação à coloração, 5 VTR e 1 CMP tiveram análise B e o restante A. A
adaptação marginal foi A para 14 VTR, B para 6 e C para 2. Dezoito (18) CMP
receberam A, 4 B e 1 C, enquanto 12 AMG foram consideradas A, 1 B e 1 C. Quanto
à descoloração marginal, foram consideradas B 2 com VTR e 2 com CMP e a forma
anatômica baixou para B em 8 VTR, 5 CMP e 1 AMG. Cárie secundária esteve
presente em 1 VTR e o ponto de contato foi B para 3 restaurações de VTR. Embora
o CMP tenha apresentado melhor resultado que o VTR em alguns parâmetros, estas
diferenças não foram significantes (p > 0,05). Todos os materiais
apresentaram bom desempenho, mas uma avaliação a longo prazo deve ser
conduzida.
B247
Análise da
umectabilidade e penetração de selantes sobre dentes decíduos.
A. C. C.
ZUANON*, C. A. PANSANI, M. CILENSE.
Depto. Clínica
Infantil, F. de Odontologia de
Araraquara-UNESP.Fone-(016)232-1233.E-mail:infantil@foar.unesp.br
A retenção
dos selantes ao esmalte dental após condicionamento ácido, ocorre devido a
capacidade do material em
“molhar”, adaptar e penetrar na superfície dental, formando tags, os quais promovem união mecânica e contato interfacial íntimo
com esta superfície. Este estudo procurou analisar a correlação entre
umectabilidade e penetração dos selantes FluroShield e SealDent, após 30, 60
e 120 segundos de condicionamento ácido. Após realizada a medida dos tags
por meio de microscopia óptica, e utilizada a análise fotográfica para a
medida dos ângulos de contato entre os materiais e a superfície dental,
observou-se que independente do material, quanto maior o tempo de
condicionamento ácido, maior foi a penetração com tags
de 20.14, 20.83 e 23.47 mm para 30, 60 e 120 segundos de condicionamento
respectivamente. Com relação ao ângulo de contato, foram observados valores
de 24o, 30.9o
e 29.3o para 30, 60 e 120 segundos de condicionamento ácido.
Quando analisados os materiais, o selante FluroShield apresentou média de
penetração de 18.92 mm e ângulo de contato de 50.7o,
enquanto valores médios de 24.27 mm e 5.5o foram
encontrados para o selante SealDent. Os autores puderam concluir que existe
relação direta entre penetração e redução do ângulo de contato, com
conseqüente aumento da umectabilidade a medida em que se aumenta o tempo de
condicionamento ácido.
B248
Microinfiltração
em restaurações de resina composta variando-se o sistema adesivo .
N. GARONE
NETTO; M. G. SANTOS *; M. KURAMOTO JR.; T. N. MACEDO.
Dep. Dentística-
Fac. de Odontologia, Univ. São Paulo, (011)818-7843
O objetivo
deste estudo in vitro foi avaliar a
microinfiltração ocorrida em restaurações de classe V restauradas com resina
composta (Z-100, 3M), utilizando-se sistema adesivo de um passo ou
auto-condicionante. 10 molares humanos íntegros foram divididos em dois
grupos. Preparos de classe V (vestibular e lingual) com margem oclusal
localizada em esmalte e margem gengival em dentina foram executados nestes
dentes. Os espécimes do grupo 1 (n=10) foram restaurados após condicionamento
de esmalte e dentina com ácido fosfórico à 37% por 15 segundos e aplicação
do adesivo de um passo (Single Bond, 3M). Os dentes do grupo 2 (n=10) foram
restaurados após a aplicação do adesivo auto condicionante (Clearfil Liner
Bond 2, J. Morita, EUA). Os corpos de prova foram mantidos em água destilada à
37º
C por 48 horas, e após o polimento foram submetidos a ciclagem térmica (700
ciclos, 5-55oC,
1 min.), seguida de imersão em solução de AgNO3 50% por 8
horas. Foram executados cortes longitudinais e avaliadores calibrados analisaram
os cortes por escores (0-3) para infiltração. Os dados foram submetidos ao
teste estatístico não- paramétrico de Kruskal Wallis (p<0,05). Concluiu-se
que: os adesivos foram efetivos no vedamento das margens de esmalte, apesar das
técnicas de utilização diferentes. Os adesivos utilizados não eliminaram de
maneira eficaz a penetração do corante nas margens em dentina.
B249
Avaliação da
retenção e efetividade de selantes em molares decíduos e permanentes.
C.L.F.
SALLES*; G.A. PUCCA Jr; M.C.T. BORTOLINI; U.S.G. SUGA;
Departamento
de Odontologia/UEM-PR. E-mail: sallesca@sercomtel.com.br.
A superfície
oclusal dos molares apresentam cicatrículas e fissuras de difícil higienização
que podem favorecer a retenção de placa bacteriana, especialmente naqueles
dentes em fase de erupção, aumentando, assim, o risco à cárie. O objetivo
deste trabalho foi avaliar clinicamente a retenção e efetividade de selantes
de fóssulas e fissuras de pacientes da Clínica Integrada Infantil do Curso de
Odontologia da Universidade Estadual de Maringá. Foram avaliados 202 molares
(123 permanentes e 79 decíduos) de 45 crianças que receberam o selamento entre
os anos de 1995 e 1998. Os períodos de controle variaram de 6 a 36 meses.
Empregou-se a inspeção visual da área corada, estando a superfície seca e
bem iluminada, com auxílio de espelho bucal e da sonda exploradora nº 5,
realizada por 2 examinadores calibrados. Os critérios para a avaliação da
retenção do selante foram: totalmente selados, perda parcial ou total, molares
não selados, restaurados ou ausentes. Os dentes com perda parcial ou total do
selante foram avaliados quanto a presença ou não de cáries. Observou-se que
16% dos selantes soltaram no período compreendido de 6 a 12 meses, subindo para
53% no período de 13 a 24 meses; 8,4% dos molares avaliados apresentaram-se
cariados e ou restaurados devido a perda parcial e/ou total do selante. No período
de 6 a 12 meses, um dente apresentou-se
cariado após a perda parcial ou total do selante. No segundo ano de controle
este número subiu para 5 e no terceiro foram 9 os dentes cariados. Baseado
na proposição e metodologia empregadas foi-nos possível concluír que faz-se
necessário um controle clínico e radiográfico mais rigoroso dos dentes
selados em intervalos de tempo inferiores a 6 meses e se indicado reaplicar o
selante. É preciso também melhorar a padronização clínica da técinca pelos
acadêmicos.
B250
Resistência
à fratura, comparativa, de molares decíduos restaurados.
A. P.
CALDEIRA*, A. MUENCH, R. Y. BALLESTER, J. F. F. SANTOS
Materiais Dentários,
Faculdade de Odontologia USP-SP Fax
(011) 818-7840.
Determinou-se
a resistência à fratura de molares decíduos restaurados e íntegros. Dentes
ensaiados: 1os
e 2os
molares inferiores e superiores (1MI, 1MS, 2MI e 2MS). Os preparos cavitários
foram do tipo MOD, com duas distâncias intercuspídicas, DI (1/3 ou 1/2).
Materiais usados: amálgama (Ama), Velvalloy (SS White); inômero de vidro
modificado por resina (Ion), Vitremer (3M); resina composta (Res), Z100 (3M); Os
materiais foram manipulados conforme instruções dos fabricantes e os dentes
restaurados foram imersos em soro fisiológico, por 7 dias. A direção da carga
formava 30o
com o eixo do dente, aplicada, através de uma esfera, em nicho nos limites
dente/restauração; localizado mais medianamente na linha mésio-distal nos
dentes 1MS e 2MI e mais nas cúspides proximais nos dentes 1MI e 2MS. A estatística
usada foi a análise de variância e teste de Tukey. Conclusões: pequenas
perdas de estrutura dental podem ser restauradas, satisfatoriamente, com o amálgama
e iônomero de vidro modificado; mas cavidades extensas devem ser restauradas
com resina composta para reforçar a estrutura dental, como um todo.
Médias (kp)
de resistência à fratura (com letras iguais há semelhança, p<0,05; n=7)
Dente
Integro
DI 1/3 Ama DI
1/3 Ion DI
1/3 Res DI
1/2 Ama DI
1/2 Ion DI
1/2 Res
1MI
71,6 c
16,2
mno
50,9 efg
57,1 efg
17,3
mno 9,9 o
44,7 ghi
2MI
122,8 ab
49,0 fgh
28,1 jklm
112,3 b
16,0 mno 28,3
jklm 62,0
cde
1MS
134,8 a
21,9
klmno
34,2 ijk
59,5 cdef 20,1
lmno 22,4 klmn
48,1 fgh
2MS
69,9 cd
49,4
fgh
37,9 hij
59,1 def
31,4
jkl
13,7 no
60,4 cdef
B251
Influência
dos laseres Nd:YAG e Er:YAG na resistência à tração de compômero.
R. TATEIGI*,
R. A. YATSUDA, E. Y. TANJI, E. MATSON, C. P. EDUARDO
Departamento
de Dentística, Faculdade de Odontologia da USP-SP - (011) 270-4110
O objetivo
deste estudo foi comparar a influência da irradiação de superfícies dentinárias
com os laseres de Nd:YAG (l = 1064 nm) e Er:YAG (l = 2940 nm), através da medição
da resistência à tração de compômero. Trinta terceiros molares humanos
extraídos íntegros tiveram suas superfícies dentinárias das faces
vestibulares expostas e foram divididos aleatoriamente em três grupos. Grupo 1-
Superfícies dentinárias irradiadas com Er:YAG laser com 60 mJ de energia e 2
Hz de frequência, por 20 segundos, com uma fina camada de água sobre a superfície
da dentina, no modo não-contato e focalizado. Grupo 2- Superfícies dentinárias
irradiadas com Nd:YAG laser com 80 mJ de energia e 10 Hz de frequência, por 20
segundos, com iniciador de absorção (tinta nanquim), no modo contato. Grupo 3-
Controle sem irradiação. Aplicou-se o agente de união e o compômero
(Dyract-Dentsply), seguindo as instruções do fabricante, de modo a preparar as
amostras para testes de tração. A análise estatística dos resultados
demonstrou não haver diferença significante entre os três grupos. Os parâmetros
de irradiação dos laseres de Nd:YAG e Er:YAG utilizados neste estudo não
puderam determinar uma diferença na resistência à tração do compômero à
superfície dentinária.
B252
Estudo pela
MEV da interação entre fibrilas colágenas e “tags/microtags” de um
adesivo convencional.
R.
ANDIA-MERLIN*,
N. GARONE-NETTO, M.A.C. LUZ, V.E. ARANA-CHAVEZ.
Deptos. Dentística
e Histologia, USP-SP, Fone (011) 818-7841.
Um dos
aspectos menos conhecidos no que diz respeito a adesão à dentina é a interação
entre as fíbrilas colágenas e os elementos do sistema adesivo. Com o propósito
de estudar esta interação, foram utilizados 15 terceiros molares inclusos hígidos,
extraídos e armazenados em água destilada a 40C. Após inclusão
em resina epóxica; cada dente foi cortado transversalmente ao seu longo eixo
obtendo-se dois discos de dentina de 1mm de espessura. Foi produzido “smear
layer” com lixa de papel de granulação 600 e a seguir, a dentina foi
condicionada com ácido fosfórico a 37%, sendo os discos lavados e secos com
leve jato de ar. Após colocação do “primer” e adesivo (Scotchbond
Multi-Purpose, 3M) e da resina (Z100, 3M), seguindo as instruções do
fabricante, os discos foram armazenados em água destilada a 37oC
por duas semanas e então fraturados em sentido vestíbulo-palatino e
processados para M.E.V, sendo finalmente examinados em microscópio eletrônico
de varredura Jeol 6100. Os resultados mostraram uma camada híbrida com
“tags” de aproximadamente 100mm, e de extensos e finos “microtags”. As
fibrilas colágenas da dentina apresentavam-se em intimo contato com os
“tags” e especialmente com os “microtags” do sistema adesivo.
B253
Microinfiltração
em cavidades Cl II restauradas com
um material “inteligente”
E. M. A.
RUSSO*, R.C.R.CARVALHO, A. P. ANDRADE, A. F. PAGLIARI
M. V. CARDOSO
Dep. de Dentística da Fac. de Odontologia da USP – SP - -0(011)
203-6798
O objetivo
deste trabalho foi avaliar “in vitro” a infiltração marginal em cavidades
de Cl II restauradas com um material restaurador “inteligente” após a
desmineralização e remineralização. Dez molares humanos íntegros
armazenados em solução solução salina a 0,9% receberam preparos de Cl II com
instrumentos diamantados de nº 1093 em alta-rotação. A margem gengival mesial
foi localizada em esmalte e a margem
gengival distal em dentina. Foram inseridos em resina acrílica e divididos em 2
grupos com 5 espécimes cada. As cavidades foram restauradas com Ariston pHc
(Vivadent) seguindo as orientações
do fabricante. Os espécimes do grupo A (controle) foram mantidos em água
destilada a 37º C por 7 dias. Os
espécimes do grupo B foram imersos alternadamente por 2 horas em refrigerante
ácido (coca-cola) e por 2 horas em saliva humana, por 3 vezes
consecutivas perfazendo um total de 12 horas. Em seguida foram armazenados em
saliva humana por 12 horas. Após 7 dias todos os dentes foram cobertos com
esmalte exceto 1mm ao redor das restaurações e imersos em solução aquosa de
AgNO³ a 50%. As restaurações foram cortadas no sentido M-D. O grau de penetração
variou de zero (sem infiltração) a 3 (infiltração máxima). O teste
Kruskal-Wallis mostrou que não houve diferença estatística entre os grupos.
Concluímos que houve infiltração marginal e que entre esmalte e
dentina esta infiltração não apresentou diferenças
estatisticamente significantes quando
as amostras foram imersas em água destilada ou em solução ácida.
B254
Adesão “in
vitro” de restaurações classe V após clareamento dental interno..
M. S.
SHINOHARA*, J.A. RODRIGUES, L.A.F. Pimenta
FOP - UNICAMP
- Fone: 55-19-430-5340 e-mail: lpimenta@fop.unicamp.br
Após o
clareamento, muitos dentes necessitam de novas restaurações estéticas.
Estudos têm revelado alterações na adesão de compósitos em dentes
submetidos à ação de agentes clareadores. Este trabalho realizou uma avaliação
qualitativa, da adesão de compósitos à dentes submetidos ao clareamento
dental interno com a técnica walking
bleach. Foram utilizados 120 dentes bovinos, divididos aleatoriamente em 3
grupos (n=40) 1-pasta de perborato de sódio e água (PS), 2- gel de peróxido
de carbamida 37% (PC) e 3-controle (não clareados). Após 3 semanas de
clareamento, foram confeccionadas cavidades classe V padronizadas, na junção
amelo-cementária, restauradas com sistema adesivo (Singlebond/3M) e compósito
(Z-100/3M). Os grupos foram submetidos à termociclagem de 1500 ciclos (5 ± 1 /
55 ± 1 o
C por 1 minuto em cada banho), imersos em solução de azul de metileno à 2%
durante 4 horas, cortados e analisados em lupa estereoscópica MEIJI 2000 (35X).
Os índices de microinfiltração foram registrados em escores (0-4),
considerando a infiltração nas paredes incisal em esmalte e cervical em
dentina.
Esmalte
P = 0,063
Dentina
P < 0,05
Mediana n
Soma das ordens
Mediana
n
Soma das ordens
Perborato de sódio
0
37
2104,5
a
1
37
2313,5 a
Peróxido de
carbamida
37%
0
35
2200,0
a
1
35
2416,0 a
Controle
0
37
1690,5 a
0
37
1265,5 b
Para a análise
estatística foram usados os testes de Kruskal-Wallis e de Wilcoxon (p£0,05).
Concluiu-se que o uso de PS ou PC interferem na adesão de restaurações classe
V em compósito com margens em dentina, não interferindo em margens em esmalte.
Apoio Fapesp (proc. nº 99/00810-3)
B255
Estudo da
Capacidade adesiva de braquetes metálicos colados em ambiente úmido..
Santos, P.C.F.*; Miranda Jr., W. G., Campos, B.G.P, Santos, H.M.G.
Faculdade de
Odontologia.-USP DDD(011)-818-7812
A partir do
advento da técnica do condicionamento ácido das superfícies dentárias
preconizado por Buonocore em 1955, a colagem direta de acessórios ortôdonticos
se tornou possível. Porém, Swason & Beck ,em 1960, e Newman, em 1966,
citaram os efeitos deletérios da umidade na capacidade adesiva dos braquetes.
Artün & Bergland mostraram os prejuízos da aplicação do ácido fosfórico
a 37% ao esmalte. Adesivos ortodônticos tem sido desenvolvidos para reduzir os
efeitos negativos da umidade e do condicionamento. Este trabalho avaliou a
resistência adesiva à força de tração de 40 braquetes metálicos(Abzil-Lancer)
colados em 40 pré-molares com o adesivo fotopolimerizável associado ao agente
adesivo hidrófilo(Transbond-XT+ Transbond MIP) e com o cimento resinoso
modificado fotopolimerizáveis de ionômero de vidro(CRMFIV) da marca Fuji Ortho
LC que dispensa o ataque ácido, comparando aos valores apresentados pela resina
composta quimicamente ativado(Concise Ortodôntico-3M-Brasil) e pelo adesivo
fotopolimerizável(Transbond-XT-3M-Unitek). A taxa de adesivo remanescente no
dente foi observada através de microscopia ótica. A análise de variância
constatou diferenças estatisticamente significantes entre os grupos, comprovado
pelo teste de Tukey. As amostras coladas com o adesivo quimicamente ativado e
com o adesivo fotopolimerizável associado ao agente adesivo hidrófilo,
apresentaram valores similares, porém estatisticamente superiores aos demais
grupos. A taxa de remanescente de adesivo foi menor para o CRMFIV e maior para a
resina composta. Concluímos que, o adesivo fotopolimerizável associado ao
agente adesivo hidrófilo mostrou elevada adesão, enquanto o CRMFIV mostrou
capacidade de adesão clinicamente aceitável e reduzida taxa de remanescente de
adesivo na superfície dentária.
B256
Efeito da técnica
restauradora e do sistema adesivo na microinfiltração em restaurações de
classe II em compósito.
C. M.
AMARAL*,L. A. F. PIMENTA, A. L. RODRIGUES JR.
Dentística
Faculdade de Odontologia de Piracicaba - Unicamp (019) 430.5340
Uma das
principais falhas das restaurações é atribuida à microinfiltração marginal
devido a contração de polimerização das resinas compostas. O objetivo deste
trabalho foi avaliar qualitativamente a microinfiltração em restaurações
classe II em resina composta, empregando a técnica com incremento único ou com
3 incrementos, e compara dois sistemas adesivos: um de frasco único - Single
Bond (SB) - 3M e um auto-condicionante - Etch
& Prime 3.0 (EP) - Degussa. Cavidades classe II foram preparadas nas
superfícies mesial e distal com a margem gengival em dentina de 60 terceiros
molares humanos recém-extraídos. As 120 cavidades foram divididas
aleatoramente em quatro grupos (n=25). Grupo 1: EP
restaurado com a técnica de incrementos múltiplos (EPM); Grupo 2: EP restaurado com a técnica de incremento único (EPU); Grupo 3:
SB restaurado com a técnica de incrementos múltiplos (SBM) e Grupo 4: SB
restaurado com a técnica de incremento único (SBU). Depois que as restaurações
foram polidas, os dentes foram submetidos a termociclagem com temperaturas de 5
and 55o C
por 1 minuto, por 1000 ciclos. Após a termociclagem, os dentes foram cobertos
com esmalte de unha exceto 1 mm da margem gengival, e em seguida imersos em solução
corante de azul de metileno a 2% por 4 horas. Os dentes foram então seccionados
e as restaurações classificadas de acordo com o grau de penetração de
corante. Os resultados através da soma das ordens foram: Grupo 1 - EPM =
1221.00; Grupo 2 - EPO = 1319.00; Grupo 3 - SBM = 1098.00; Grupo 4 - SBO =
1412.00. A análise estatística de Kruskal Wallis demonstrou não haver
diferenca estatisticamente significante na microinfiltração entre as
diferentes técnicas para restaurar cavidades de classe II ao nível de significância
de p<0.05. A técnica incremental e os sistemas adesivos testados não
foram capazes de eliminar a microinfiltração em margem gengival de restaurações
de classe II em resina composta.
B257
Liberação de
flúor de cimentos de ionômero de vidro com protetores – estudo in
vitro.
I. V. A.
PEREIRA*, O. TARZIA, A. PAVARINI,
P. E. B. C. RIBEIRO
Disciplina de
Odontopediatria, Faculdade de Odontologia de Bauru – USP(014) 235 8218
O objetivo
deste estudo foi quantificar a liberação de flúor de um cimento de ionômero
de vidro convencional (Chelon
Fil-ESPE) e um fotopolimerizável (Vitremer – 3M) nas primeiras horas e
durante 28 dias, e comparar o grau de liberação de flúor dos corpos de prova
recobertos por diferentes materiais protetores. Confeccionou-se 48 corpos de
prova que foram divididos em dois grupos e, cada grupo em quatro subgrupos. O
grupo I do Chelon-Fil foi dividido em GIa (sem proteção-controle), e os que
receberam proteção, GIb (vaselina), GIc (verniz) GId (finish gloss). O grupo
II do Vitremer foi dividido em GIIa (sem proteção-controle), e os com proteção,
GIIb (vaselina), GIIc (verniz), GIId (finish gloss). A liberação de flúor foi
quantificada em fluorímetro (em água deionizada, onde o corpo de prova estava
mergulhado) nos períodos de 1,6,12, 24 horas e 4,7,14,28 dias. Após a
quantificação observou-se ao final de 28 dias os seguintes valores de flúor
acumulado (expresssos em mgF-mm2): GIa (4,99),
GIb (4,32), GIc (2,21), GId (1,52), GIIa (1,67), GIIb (1,26), GIIc (1,28) e GIId
(0,75). Os resultados foram avaliados pela variância a um critério em um nível
P<0,05 e pelo teste Student-Newman-Keuls. Todos os grupos, independente do
material protetor, liberaram maior quantidade de flúor nas primeiras horas. O
grupo GIc e GId liberaram menos flúor quando comparados ao GIa e GIb com
diferenças estatisticamente significante. Os grupos GIIb e GIIc não tiveram
diferenças estatisticamente significantes, sendo que o GIId liberou menos flúor
quando comparado ao GIIa, GIIb e GIIc. O grupo Chelon Fil liberou mais flúor do
que o grupo do Vitremer com todos os protetores testados.
Apoio
Financeiro: Cnpq Processo no 121987/97-3
B258
Resistência
à fratura de dentes tratados endodonticamente.
B. CARLINI Jr.*,
L.A.M.S. PAULILLO
Departamento
de Dentística - FOP/UNICAMP. E-mail:carlinibruno@yahoo.com
O objetivo
deste estudo foi avaliar a capacidade de pinos intra-radiculares pré-fabricados
em reforçar dentes anteriores tratados endodonticamente, sem uma ou duas
cristas marginais, bem como, estudar o padrão de fratura. Oitenta incisivos
centrais foram divididos em oito grupos experimentais - dentes com duas cristas
marginais removidas: restaurados com resina composta (G1), pino pré-fabricado
metálico e resina (G2) e pino de carbono e resina (G3); dentes com uma das
cristas marginais removidas: restaurados com resina composta (G4), pino metálico
mais resina (G5) e pino de carbono mais resina (G6); dentes somente com acesso
endodôntico restaurados com resina composta (G7); e dentes íntegros como
controle (G8). Os espécimes foram submetidos ao carregamento tangencial de
compressão (0,5mm/min), num ângulo de 135o. As médias dos
valores (Kgf) foram: G8=101,80 (±27,81)a; G1=99,09 (±18,57)a;
G7=96,33 (±27,03)a;
G5=93,76 (±6,19)a;
G3=91,88 (±15,98)a;
G4=83,50 (±83,50)a;
G2=80,45 (±15,89)a. A
análise estatística não apresentou diferença significativa entre os grupos
(ANOVA/Duncan; a= 0,05). Nas condições deste estudo, pinos
intra-radiculares não reforçam dentes anteriores tratados endodonticamente. A
variável crista marginal não influenciou na resistência à fratura de dentes
anteriores restaurados com resina composta. A avaliação do padrão de fratura
demonstrou forte correlação entre
presença de pinos intra-radiculares e fraturas radiculares longitudinais
(c2/ f=0,66;
a=0,01).
Apoio
financeiro: FAPESP.
B259
Efeito do
tempo na deposição superficial de corante em compósitos.
P. CHAVES*, J.
R. LOVADINO, M. GIANINNI, L. VALDRIGHI
FOP-UNICAMP -Área
de Dentística (019)430-5340 e-mail:pchaves@yahoo.com
O valor estético
de uma restauração de resina composta depende de seu acabamento/polimento, do
brilho e da cor da mesma. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito do
tempo entre a fotopolimerização e o acabamento e polimento de dois compósitos,
na deposição superficial de corante. Foram confeccionados corpos de prova em
resina composta fotopolimerizável Z-100 (3M) e Charisma (Kulzer). Utilizando
uma matriz individual de aço inox, foram confeccionados quatro grupos, contendo
dez unidades das duas marcas de resina em cada grupo. Todos os corpos de prova
receberam um tratamento inicial com lixas de óxido de alumínio, refrigeradas
com água, ficando posteriormente armazenados durante período pré-
estabelecido (1, 7 ,60 e 120 dias). Em seguida, cinco corpos de prova de cada
grupo e marca de resina, receberam acabamento/polimento com discos de lixas
Sof-Lex (3M), aleatoriamente. Os testes de pigmentação foram realizados com
azul de metileno a 2%. Das soluções obtidas com o pó de cada corpo de prova
triturado e diluído em 3,5 ml de álcool etílico P.A., foram realizadas
leituras em aparelho de espectofotometria (Beckman), previamente calibrado para
o corante. A análise dos dados a partir das leituras de absorbância nos
permitiu concluir que: as variáveis resina (p = 0,0001), tempo (p = 0,0005)e
a interação dessas duas foram
significantes (p < 0,01) pelo teste t-student. Houve diferenças entre as
resinas a partir dos 60 dias, sendo que a resina Charisma apresentou uma
pigmentação estatisticamente maior do que a resina Z-100 e que o
envelhecimento é diretamente proporcional à pigmentação.
Apoio
financeiro: FAPESP - Proc.97/07376-1.
B260
Efeito das técnicas
de secagem dentinária sobre a resistência ao cisalhamento de sistemas
adesivos.
A.N.K.KONNO,
S. CONSANI, M.A.C SINHORETI, L. CORRER SOBRINHO, M.F.DE GOES
Fac.
Odontologia de Piracicaba - UNICAMP - (011) 6950-6339
O propósito
desse estudo foi avaliar a resistência ao cisalhamento de dois sistemas
adesivos sobre a dentina umedecida. Foram utilizados 80 dentes humanos divididos
em 5 grupos, de acordo com o método de secagem da dentina, ou seja, grupo 1 -
jato de ar (controle); grupo 2 - leves jatos de ar por 3 segundos; grupo 3 -
bolinha de algodão (Johnson’s & Johnson’s); grupo 4 - papel absorvente
(Klabin) e grupo 5 - dentina seca pelo processo empregado no grupo 1 foi
reumedecida com o produto Aqua Prep (Bisco). Além disso, cada grupo foi
subdividido em 2 subgrupos de acordo com o sistema adesivo utilizado, ou seja,
One Step (Bisco) ou Scotch Bond Multi-Purpose Plus (3M). Os dentes foram incluídos
em resina acrílica autopolimerizável e desgastados até se obter uma superfície
lisa e plana de dentina. Em seguida, a superfície foi condicionada, seca com um
dos métodos propostos e cada sistema adesivo foi aplicado seguindo as instruções
do fabricante. Logo após, uma matriz de aço inox (4mm de diâmetro e 5mm de
altura) foi posicionada e o compósito restaurador Z 100 (3M) foi aplicado em
camadas polimerizadas por 40 segundos. Os corpos-de-prova forma armazenados a 37o
C e 100% de U.R. por 24 horas e submetidos ao ensaio de resistência ao
cisalhamento em uma máquina Instron, com velocidade de 0,5 mm/min. Os
resultados foram submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey em nível
de 5% de significância. Verificou-se que para o sistema adesivo SBMP Plus não
houve diferença entre os grupos 1 (5,78 MPa), 2 (5,46 MPa), 3 (6,16 MPa), 4
(5,47 MPa), e 5 (5,17 MPa) (p>0,05). Já com o material One Step, os grupos 3
(5,81 MPa), 4 (5,41 MPa) e 5 (5,40 MPa) foram superiores ao grupo 1 (3,11 MPa)
(p<0,05). O grupo 2 (3,95 MPa)foi inferior estatisticamente (p<0,05)
somente ao grupo 3 e não diferiu dos demais (p>0,05).
B261
Resistência
ao cisalhamento da união de uma resina composta às superfícies de porcelana e
liga metálica.
S. E. BERNARDI*,
M. A. M. R. SILVA
Departamento
de Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, USP -
(014) 234-3232
O objetivo
deste estudo foi avaliar a resistência adesiva por meio de ensaios de
cisalhamento da união cerâmica/resina composta e liga metálica/resina
composta, em função da utilização de três diferentes sistemas adesivos.
Foram confeccionados 60 cilindros de uma liga de Ni-Cr (Durabond MS II), sendo
que em 30 deles foi aplicada uma camada de 1,5 mm de cerâmica (Duceram). Todos
os espécimes foram abrasionados com uma ponta diamantada. As superfícies metálicas
foram limpas com ácido fosfórico a 37,5% antes da aplicação do agente
silano, do sistema adesivo e do opacificador e da inserção da resina composta.
Nas superfícies cerâmicas foi realizado o condicionamento com ácido fluorídrico
a 9,5%, a aplicação do agente silano, do sistema adesivo e a inserção da
resina composta. Os corpos-de-prova foram divididos em 6 grupos de 10 espécimes
cada: 1-superfície metálica+Optibond;
2-superfície metálica+Scotchbond
Multi-Uso Plus; 3-superfície metálica+Single
Bond; 4-superfície de
porcelana+Optibond; 5-superfície de
porcelana+Scotchbond Multi-Uso Plus; 6-superfície
de porcelana+Single Bond. Foram armazenados em água destilada a 37oC
durante 24 horas antes da realização dos testes de cisalhamento em uma Máquina
Universal de Ensaios, a uma velocidade de 0,5mm/min. Foram obtidas as seguintes
médias em Kg/cm2:
grupo 1- 41,20; 2- 45,73; 3-
45,37; 4-62,14; 5-63,09 e
6-51,18. A análise de variância permitiu as seguintes conclusões:
a união resina composta/porcelana apresentou resistências adesivas
estatisticamente superiores à união resina composta/metal. Com relação aos
sistemas adesivos utilizados, o Scotchbond Multi-Uso Plus foi o que obteve os
melhores resultados seguido pelo OptiBond e Single Bond. Entretanto, esses
resultados não apresentaram diferenças estatisticamente significantes entre
si.
B262
Substrato dentário
X amálgama-adesivo: resistência adesiva e infiltração marginal.
C. H. V.
SILVA*; M. N. CORREIA; A. L. S. BUSATO
Faculdade de
Odontologia de Pernambuco – Universidade de Pernambuco - (081) 458-1186
A proposta
deste estudo, in vitro, foi verificar
a influência do substrato dentário fisio-patologicamente alterado sobre a união
do amálgama ao dente. 20 molares permanentes inclusos foram selecionados e
utilizados como grupo controle (grupo 1), enquanto o grupo teste foi constituído
por 20 molares e pré-molares humanos com processos patológicos extensos de cárie
(grupo 2). Conservou-se apenas a parede circundante vestibular e o soalho de
cada espécime, dimensionados com 4mm de altura e 6mm de largura, sendo então
restaurados com Sistema de Cimentação
Adesiva Enforce com Flúor (Dentsply) e amálgama GS.80 (SDI).
Os 40 corpos de prova foram termociclados (500 ciclos térmicos de 5ºC-55ºC,
com tempo de imersão de 15 segundos cada banho). 10 espécimes de cada grupo
foram submetidos a teste de cisalhamento em máquina de ensaios universal Kratos (subgrupos 1.B e 2.B) para
verificação da força e tensão máxima de adesão. Os espécimes restantes,
de cada grupo, sofreram teste de infiltração marginal (subgrupos 1.A e 2.A)
com imersão em solução de
fucsina básica por 24 horas, lavagem, secagem e seccionamento longitudinal com
disco diamantado para leitura do grau de penetração do corante (de zero –
sem penetração à 3 – com penetração máxima). Os dados obtidos foram
submetidos aos testes estatísticos: MANN-WHITNEY, KAPPA e t-Student,
mostrando que não houve diferenças estatísticamente significantes
entre os substratos dentários estudados, apesar da resistência adesiva média
encontrada ser de 12,7 MPa e 9,5 Mpa, e o selamento marginal total ser de 90% e
60% para os subgrupos de substrato dentário hígido e alterado
fisio-patologicamente, respectivamente.
B263
Resistência
adesiva à dentina materiais restauradores fotopolimerizáveis empregando duas técnicas
de polimerização.
A. DE ROSSI*;
R.G.PALMA DIBB; T. NONAKA.
Depto
Odontologia Restauradora – FORP/USP, fone(016)602-4078.
O objetivo
deste estudo foi avaliar a resistência adesiva à dentina entre dois compômeros
e uma resina composta fotopolimerizável usando duas técnicas de polimerização.
Foram usados 60 molares humanos que foram incluídos em resina acrílica. Após
a inclusão, os dentes foram desgastados até a exposição da dentina com o
auxilio de lixas d’água de granulação 120 a 600. Os dentes foram
aleatoriamente divididos em três grupos para cada material, F2000 (3M), Freedom
(SDI) e Prodigy (KERR) e em dois subgrupos para cada técnica de polimerização,
única (u) e incremental (i). O sistema adesivo usado foi do kit dos materiais
de acordo com especificações dos fabricantes. Após o tratamento da dentina
foi feito um cone de resina usando matriz de teflon. Para o subgrupo 1 o
material foi incluído em um único incremento e polimerizado por 60 segundos e
para o subgrupo 2, foram inseridos 3 incrementos com cerca de 1 mm
e polimerizado por 40 segundos cada um. Os corpos de prova foram mantidos
em água destilada por 24 horas em estufa a 37°C.
Após o período determinado a resistência adesiva foi testada em Máquina
Instron (0,5mm/min). Os resultados em MPa para os grupos foram: F2000 (i): 16,16
(±2,40) e (u): 13,82 (±2,86);
Freedom (i): 9,30 (±0,93) e (u): 5,32 (±0,95);
Prodigy (i): 19,44 (±4,97) e (u): 9,15 (±4,75). A análise estatística
foi feita usando o ANOVA e teste de Tukey. Com base nos resultados pode-se
concluir que entre as técnicas, a incremental ofereceu melhor resistência
adesiva que a único incremento e entre os materiais, o Prodigy apresentou
resultados estatisticamente maiores que o F2000 e este, superior ao Freedom.
Para o F2000 não houve diferença estatisticamente significativa (p>0.01)
entre as duas técnicas realizadas.
B264
Avaliação da
microinfiltração de resina flowable
em restaurações classe V.
D.T.CHIMELLO*;
R.P.RAMOS; M.A.CHINELATTI; R.G.PALMA DIBB
Depto de
Odontologia Restauradora, FORP-USP, fone: (016)602-4078.
O objetivo
deste estudo foi avaliar a microinfiltração ao redor de restaurações classe
V, utilizando-se uma resina fluida (“flowable composite”) em comparação
com um compósito híbrido e um ionômero de vidro modificado por resina.
Cinquenta cavidades classe V
foram preparadas nas superfícies vestibulares e linguais de 25 dentes humanos
(pré-molares e caninos), estando a margem oclusal em esmalte e a cervical em
cemento. Os espécimes foram divididos em 3 grupos, sendo os grupos 1 e 2
formados por 10 espécimes cada, e o grupo 3 por 5 dentes. Grupo 1: os preparos
vestibulares receberam Paama 2 + Wave; os preparos linguais foram restaurados
com Paama 2 + Glacier. Grupo 2: Optibond Solo + Wave e Optibond Solo + Glacier,
nas cavidades vestibulares e linguais, respectivamente. Grupo 3: Vitremer foi
inserido tanto nas cavidades vestibulares quanto nas linguais. Após 48 horas as
restaurações foram polidas, os dentes foram termociclados, imersos em uma solução
de nitrato de prata a 50%, incluídos em resina e seccionados. A penetração do
traçador foi medida por meio de escores e os resultados analisados através dos
testes de Kruskall-Wallis e Wilcoxon. Os
resultados revelaram que não houve diferença estatisticamente significante
entre a resina fluida e a híbrida, quando o mesmo sistema adesivo foi
utilizado. Porém na comparação entre os sistemas adesivos o Optibond Solo foi
superior que o Paama 2. O Vitremer mostrou um melhor selamento nas margens
cervicais que a Wave e a Glacier, mas o desempenho dos três materiais foi
semelhante nas margens oclusais. Nenhum dos materiais restauradores selaram
completamente a interface dente/restauração nas margens cervicais, porém o
ionômero de vidro modificado por resina mostrou maior eficiência.
B265
Efeito da
radiação gama na força de adesão e na morfologia dentinária.
M. SPERANDIO*;
D.T. OLIVEIRA; J.B. SOUZA; R. ROSSA.
Deptos. de
Estomatologia/Patologia e Dentística – FOB/FO-USP. (014) - 2359515,
sperandiomarcelo@usa.net
A esterilização
pela radiação gama consiste em um método que não necessita de altas
temperaturas, altas pressões, produtos químicos ou gases, sendo por isso muito
usado na indústria de alimentos bem como na clínica médica e na odontológica
para esterilização de dentes humanos extraídos. O objetivo desse estudo foi
avaliar os efeitos da radiação gama na força de adesão de resina composta à
dentina assim como na sua morfologia. Pré-molares humanos íntegros e recém-extraídos
foram divididos em 2 grupos: A - controle
e B – radiação gama. Os dentes
foram seccionados na junção coroa/raiz e apenas as coroas encaminhadas para
esterilização. Em seguida, foram incluídas em resina epóxica e o esmalte da
face vestibular removido expondo a dentina subjacente. O sistema adesivo
SBMPPlus foi aplicado sobre uma área previamente delimitada de 3mm de diâmetro
após 15 segundos de condicionamento com ácido fosfórico 37%. Um cilindro de
3mm de diâmetro de resina composta XRV Herculite foi obtido e os espécimes
foram então armazenados em água destilada a 37°C por 24 horas até o teste de
cisalhamento. Fragmentos dentários de ambos os grupos experimentais foram
preparados para análise em microscopia eletrônica de varredura. Os valores médios
obtidos do teste de adesão dentinária (MPa) foram A – 10,03 ± 2,44 e B =
9,67 ± 5,11 e não houve diferença estatística significante entre os dois
grupos de acordo com o teste Tukey (p<0,05). Nenhuma alteração marcante foi
detectada na morfologia dentinária avaliada ao microscópio eletrônico de
varredura. Os resultados obtidos demonstraram que a radiação gama não
afetou a força de adesão do SBMPPLUS à dentina e também não alterou a
morfologia dentinária, o que reforça sua indicação como um dos métodos para
esterilização de dentes humanos extraídos.
Apoio
financeiro: FAPESP - Processo número 97/11602 – 7
B266
Avaliação
“in vitro” da micro-infiltração das resinas compostas condensáveis.
L.ZITTO M.,
I.G.ROMANI, L.A.G.PIRES
Dept.Materiais
Dentários, Faculdade de Odontologia da Universidade Luterana do Brasil - Email:
liviazitto@netmarket.com.br
Objetivo deste
trabalho foi observar o comportamento das resinas compostas condensáveis quanto
à infiltração. Neste trabalho foram utilizados 40 dentes molares permanentes
hígidos, após a profilaxia, foram confeccionadas 2 caixas nas faces proximais,
com diâmetro de uma ponta diamantada # 2094 ( KG Sorensen), profundidade de 2mm
abaixo da JCE. Os dentes foram divididos em 4 grupos de 10: grupo I: restaurados
com Ariston pHc ( Vivadent); grupo II: com A.L.E.R.T.( Jeneric / Pentron); grupo
III: com Solitaire( Hereaus Kulzer). Nos grupos acima foram realizados
condicionamento ácido com ácido ortofosfórico à 37% e sistema adesivo
Bond-One (Jeneric / Pentron), o grupo IV foi restaurado com Ariston pHc usando o
próprio liner do material. As resinas foram inseridas em incrementos de mais de
2mm, fotopolimerizadas com uma intensidade de luz de 600 m W / cm2,
por 40 s . Após, 700 termociclos ( 5O C, 37O
C e 60O C), as raízes foram seladas com Vitremer ( 3M) e
impermeabilizados, deixando uma área de 2mm
na interface cemento-restauração. As amostras foram imersas em corante
por 48h à 37O
C.Observadas em microscópio ótico de 25x de aumento. Através da análise
estatística (Kruskal Wallis) e comparação múltipla ao nível de significância
de 5% se observou que os grupos I e II tiveram o melhor desempenho quanto à
infiltração ( não havendo diferença estatística entre eles), seguido do
grupo IV, o grupo III mostrou os níveis mais altos de infiltração. Através
dos resultados podemos concluir que estas resinas têm alta capacidade de união
com as paredes da cavidade, podendo serem utilizadas em áreas críticas à
infiltração, a resina Solitaire deve ser utilizada em incrementos de 2mm.
B267
Infiltração
em fissuras seladas com um selante resinoso e um compômero selante.
R.S. VIEIRA*,
J. OLIVEIRA, V.L. BOSCO, M.J.C.ROCHA, I. C. S. ALMEIDA
Departamento
de Estomatologia, Disciplina de Odontopediatria –UFSC - (048) 331-9920
O objetivo
deste trabalho foi o de avaliar a infiltração marginal e a presença de bolhas
em um selante resinoso e num compômero
selante. Foram utilizados 120 dentes, terceiros molares e estes divididos em
dois grupos. No grupo I, com 60 dentes, foi utilizado o selante Vitroseal e no
grupo II, também com 60 dentes, foi utilizado o selante FluroShield. Em ambos
os grupos, os dentes foram limpos com uma pasta de pedra pomes, as superfícies
oclusais condicionadas por 30
segundos com ácido fosfórico a 37%, lavados e secos com jatos de ar. Os
selantes nos dois grupos foram polimerizados por
40 segundos. Após, os dentes sofreram ciclagem térmica (500x, 5oC
– 55oC) e ficaram imersos numa solução de fuccina básica a
5%, por 48 horas. Os dentes a
seguir foram seccionados, num sentido longitudinal, mésio-distal, em três
locais da coroa e as secções analizadas num esteroscópio com 25x de aumento,
para observação da penetração do corante e presença de bolhas de ar na
massa do selante. 40 espécimens (71,4%) do grupo I e 42 (80,7%) do grupo II não
apresentaram infiltração e em 40 espécimens de cada grupo não foram
encontradas bolhas de ar no interior da massa de material. Estes dados foram
submetidos ao teste de Mann Whitney e ao teste de proporções e estes mostraram
não haver diferença estatisticamente significante entre os dois grupos
compararados, em relação à infiltração marginal e presença de bolhas de ar
no interior da massa de material.
B268
Avaliação da
microinfiltração de resinas condensáveis associadas ou não às resinas flow.
A. D.
TEDESCO*, E. VARGAS, P. R. DE CAMPOS.
Univ. Gama
Filho, Rio de Janeiro, RJ, Brasil - Tel: (021) 5997272 r.6166
Este estudo
tem como objetivo avaliar a microinfiltração em restaurações classe II de
resinas compostas condensáveis associadas ou não às resinas flow, utilizando
uma resina convencional como referência. Cavidades padronizadas do tipo
“slot” vertical foram confeccionadas em 50 molares humanos hígidos recém-extraídos,
com término cervical em cemento. As cavidades foram restauradas com: grupo 1-
Bond 1 + Alert (Jeneric/Pentron); grupo 2 - Bond 1 + Flow-it! + Alert
(Jeneric/Pentron); grupo 3 - Prime & Bond NT + SureFil (Dentsply); grupo 4 -
Prime & Bond NT + Dyractflow + SureFil (Dentsply) e grupo 5 - Single Bond +
P60 (3M). Os sistemas adesivos, a inserção dos materiais e o tempo de
polimerização seguiram as especificações do fabricante. Os dentes foram
armazenados em água destilada (24 h / 37ºC) e após acabamento e polimento
(tiras de lixa-3M), submetidos à ciclagem térmica, corados com solução de
nitrato de prata a 50% (24 h) e seccionados no sentido longitudinal. Três
avaliadores calibrados avaliaram a infiltração marginal atribuindo scores de 0
(menor) a 3 (maior) através de uma lupa estereoscópica. Os resultados foram
tratados estatisticamente por ANOVA teste de Kruskal Wallis e Mann Whitney (p <
0,05).Os postos médios obtidos foram: grupo1=220,15; grupo2=199,77;
grupo3=124,17; grupo4=111,20 e grupo5=97,93. Foi notada diferença
estatisticamente significante entre o grupo 1>grupo 2>grupos 3, 4 e 5, os
quais foram estatisticamente iguais. Os autores concluíram que a resina
condensável SureFil associada ou não ao Dyractflow apresenta controle de
infiltração marginal em cemento semelhante à resina convencional P60; e que
a resina condensável Alert associada à Flow-it! apresenta resultados
melhores do que quando utilizada isoladamente, sendo estes inferiores aos da
SureFil e P60.
B269
Avaliação da
microinfiltração em preparos classe V restaurados por compômeros.
M.R. MARTINS
*, A. F. MONNERAT, M. L. SOUZA
Dentística
Restauradora FO-UERJ e Doutorado FO-UFRJ - (021) 575-6362
O objetivo
deste estudo foi avaliar e comparar a microinfiltração em preparos classe V
limitados por esmalte-cemento, restaurados com 4 diferentes compômeros e um
cimento de ionômero de vidro. Duas
cavidades classe V, sendo uma por vestibular e outra por lingual, com 2 mm de
profundidade e 4 mm de dimensão cérvico-oclusal e mésio-distal foram
preparadas em 25 dentes molares e pré-molares recém extraídos, totalizando 50
cavidades. Os dentes foram
divididos aleatoriamente em 5 grupos: G1 - F2000 (3M);
G2 - Freedom (SDI); G3
- Compoglass F (Vivadent);
G4 - Dyracty AP (Dentsply); G5
- Ketac Fil plus (ESPE)). Após
serem restaurados segundo instruções do fabricante, os dentes foram polidos
com discos Sof-Lex (3M). em seguida
os dentes foram estocados a 37o C em 100% de
umidade por 7 dias, corados com nitrato de prata a 50% e seccionados.
A microinfiltração foi avaliada por um escore de 0 a 3 por 2
avaliadores calibrados. Os resultados foram tratados estatisticamente pelos
testes Kruskal-Wallis e Tukey (p<0,01). Os postos médios em esmalte e
cemento foram respectivamente: G1
- 69,8 / 64,95;
G2 - 35,0 / 64,95; G3 - 50,03 / 64,72;
G4 - 48,42 / 28,35; G5 -
49,25 / 66,35. Os autores concluíram
que a microinfiltração em cemento foi superior à do esmalte em todos os
materiais. Os menores valores de
microinfiltração em esmalte seguiram a seguinte ordem G2 < G5 < G4 <
G3 < G1 com diferença estatística entre G2 e G1. E, em cemento seguiram a seguinte ordem:
G4 < G1 < G2 < G3 < G5 com diferença estatística
entre os grupos G5 e G4, G5 e G1, G3 e G4, G3 e G1.
B270
Escolha de
material restaurador estético para pacientes de alto risco - Estudo in vitro
A. CARDOSO; M.
S. MIRANDA*; K. DIAS; A. TEDESCO & E. LOPES
Dentística -
FO. UERJ. & UFRJ Fax: (021)587-6382. e. mail-cervante@uerj.com.br
O objetivo
deste trabalho foi avaliar, in vitro,
a eficiência e três materiais ionoméricos em situações de alto risco de cárie,
simuladas com ciclagens de desmineralização e remineralização. Foram
selecionados para o estudo Trinta dentes permanentes clinicamente livres de
caries e restaurações. Cada dente recebeu dois preparos tipo classe V, com uma
margem em esmalte e outra em cemento/dentina. Os dentes foram distribuídos,
uniformemente, em três grupos: Grupo I (Vitremer–3M), Grupo II
(Dyract-Dentsply) e Grupo III
(Chelon-fil-ESPE)). Após restaurados seguindo as recomendações dos
fabricantes, os dentes foram submetidos às ciclagens de desmineralização e
remineralização por 14 dias. A seguir, foram imersos em solução de Nitrato
de Prata a 50% por 24 horas incluídos em resina e cortados longitudinalmente no
sentido vestíbulo-lingual.. Três examinadores calibrados avaliaram o grau de
microinfiltração ocorrido ao redor da restauração na margem de esmalte e na
margem de dentina ou cemento. Para a classificação da microinfiltração foi
utilizado um escore em graus de 0 a 3 sendo o significado do escore 0- ausência
e 3 infiltração até a polpa. Os
resultados foram tratados estaticamente pelos testes de Kruskal-Wallis e Mann
Whitney (p£0,05). Os postos médios foram: Gr I= 22,55, Gr II= 20,45 e Gr III=
46,00. Os resultados mostraram que os dentes restaurados com Vitremer e Dyract
apresentaram um grau de infiltração significativamente,
menor do que restaurados com Chelon-fil.. Baseados nos resultados os
autores, considerando o controle de microinfiltração, concluíram que o
Vitremer e o Dyract são mais indicados que o Chelon-fil para restauração estéticas
em pacientes de alto risco.
Apoio
Financeiro: Capes
B271
Resistência
ao cisalhamento de diferentes sistemas adesivos hidrófilos sobre esmalte.
A.T. Hara, C.M. Amaral, M.A.C. Sinhoreti*; L.A.F. Pimenta
Faculdade de
Odontologia de Piracicaba – UNICAMP – fone: (019) 430-5340
Sistemas
adesivos de frasco único e auto-condicionantes têm sido desenvolvidos
como sendo uma alternativa mais rápida e fácil em relação aos
sistemas adesivos de vários frascos. No entanto, é importante que eles
promovam uma forte união entre o material restaurador e a estrutura dental. A
proposta deste estudo foi comparar a resistência da união ao cisalhamento
sobre o esmalte bovino de quatro sistemas adesivos hidrófilos: um de “múltiplos
frascos” (Scotchbond Multi-Uso, 3M), dois de “frasco único” (Stae, SDI;
Single Bond, 3M) e um auto-condicionante (Etch&Prime 3.0, Degussa). Cento e
vinte incisivos bovinos foram obtidos, incluídos em resina de poliéster,
polidos com lixas de granulação 600 para padronizar as superfícies de
esmalte, e distribuídas aleatoriamente em quatro grupos (n=30). Cada sistema
adesivo foi usado seguindo as instruções do fabricante. Após foram construídos
cilindros da resina composta Z100 com 3 mm de diâmetro por 5mm de altura sobre
a área tratada. As amostra foram armazenadas em ambiente úmido por uma semana,
e a resistência de união foi determinada usando uma máquina de testes
universal (EMIC), a uma velocidade de 0,5 mm/min.. As médias de resistência de
união foram (Mpa + D.P.): Single Bond: 24,28 MPa + 5,27 (a);
Scotchbond Multi-Uso: 21,18 + 4,35 (ab); Stae: 19,56 + 4,71 (b);
Etch & Prime 3.0: 15,13 + 4,92 (c). A ANOVA revelou diferenças
significantes nas médias (p<0,01) e o teste de Tukey mostrou diferenças
estatísticas, que são expressas pelas diferentes letras em cada grupo. Pode
ser concluído que o sistema auto-condicionante não promoveu uma boa união à
superfície do esmalte, como os de frasco único e multiplos frascos.
B272
Express
apresentou maior capacidade de Propriedades mecânicas de três siliconas em
condições de temperatura/umidade da cidade do Recife.
C. M. F.
GUERRA; S. M. GONÇALVES; V. L. S. PIMENTEL*
Dep. de
Odontologia Restauradora da Faculdade de Odontologia da UPE – PE - (081)
326-6342
As siliconas,
entre os elastômeros, são os materiais de moldagem que mais evoluíram nas
duas últimas décadas. Na procura de uma silicona que melhor se adeqüe a
realidade regional da cidade do Recife, foi que avaliamos comparativamente a
capacidade de alongamento, resistência à tração e estabilidade
morfodimensional de três siliconas (Express da 3M do Brasil, Aquasil da
Dentsply, Silon da Herpo) sob condições extremas, que desafiam as propriedades
divulgadas pelos fabricantes. Para todos os testes realizados, os materiais
foram proporcionados e manipulados de acordo com as especificações do
fabricante e realizados na temperatura ambiente e umidade relativa do ar da
cidade do Recife. Foram confeccionados 30 corpos de prova de cada material,
segundo um modelo padronizado para testes em materiais borrachóides fornecido
pela Fabrica RALL Ltda. A análise estatística para efeito comparativo empregou
o teste qui-quadrado de associação, com nível de significancia de 5%. As
comparações de diferença significativa foi feita através do teste de Kruskal
- Wallis ( P < 0,001), utilizando-se para obtenção dos cálculos estatísticos
o SAS na versão 6.2. Observou-se
que em relação a estabilidade morfodimensional, a silicona Silon sofreu alterações
a partir de 48 horas, tornando-se significante nos sete dias de teste, o que não
ocorreu com as siliconas ess e Aquasil. Na resistência a tração e capacidade
de alongamento, as siliconas Express e Aquasil apresentaram os melhores
resultados, entretanto a silicona alongamento(68,7) do que a Aquasil ( 46,2) e
Silon ( 21,5). Conclui-se que perante as condições ensaiadas a Silicona
Express apresentou melhores propriedades mecânicas.
B273
Infiltração
marginal em restaurações classe V usando diferentes materiais restauradores.
A. SARTORI; E.
FORMOLO; C.S. MOTA*; F. F. DEMARCO
Faculdade de
Odontologia - UFPel – RS - (0532) 226690
A proposta
deste trabalho foi comparar a infiltração
marginal de 5 materiais
restauradores adesivos. Cinqüenta cavidades padronizadas de Classe V foram
confeccionadas em 25 dentes humanos
extraídos e livres de cáries. A parede cervical foi colocada em cemento e a
oclusal em esmalte. Os dentes foram aleatoriamente divididos em 5 grupos (n=10)
e restaurados com os seguintes materiais: Grupo I – cimento de ionômero de
vidro modificado por resina Vitremer (3M); Grupo II – compômero Dyract
(Dentsply); Grupo III – resina flow Flow-it (Jeneric/Pentron); Grupo IV –
compômero F2000 (3M); Grupo V- cimento de ionômero de vidro Vidrion
R (SS White). Os materiais foram usados conforme
a indicação do fabricante.
Após acabamento e polimento os dentes foram submetidos a termociclagem, seguida
de imersão em azul de metileno. Depois de secionados os dentes foram avaliados
quanto a infiltração marginal, com base num escore padronizado. Os dados
quando submetidos a análise estatística (testes não paramétricos de Kruskal
Wallis e Mann-Whitney) demonstraram não
haver diferenças estatisticamente significantes
de infiltração em cemento (p> 0,05). Em esmalte houve diferença
estatisticamente significante, exibindo o Vidrion R maiores valores de infiltração
que os outros grupos ( p< 0,01). A infiltração em cemento foi maior que
aquela em esmalte (p<0,01). Foi possível concluir que os diversos
materiais testados apresentaram valores similares de infiltração, com exceção
do cimento de ionômero de vidro em esmalte.
B274
Condicionamento
ácido X NRC – Efeito no vedamento marginal de materiais estéticos.
K. C. K. YUI*,
R. M. ARAÚJO, S. E. P. GONÇALVES
Dep. Odont.
Rest., Fac. Odont.UNESP, S. J.Campos, S.P. (012) 312-8166 Ramal 1303
A finalidade
desta pesquisa foi a de realizar estudo “in vitro” para avaliar e comparar a
eficiência do vedamento marginal de restaurações estéticas classe V
utilizando no condicionamento de esmalte/dentina um novo material – NRC
(“Non Rinse Conditioner-Dentsply”), e condicionamento com ácido fosfórico
37%. Foram realizados 40 preparos em dentes bovinos recem-extraídos e
armazenados em freezer. Os preparos classe V foram realizados com ponta
diamantada 1092 ((Sorensen) nas faces V e L com as seguintes dimensões: extensão
OG – 2,0 mm, MD – 3 mm e profundidade – 1,5 mm. A parede gengival do
preparo foi feita 1 mm abaixo do limite esmalte/cemento, e a parede oclusal em
esmalte. Os dentes foram divididos em 4 grupos. Grupo 1: NRC + adesivo NT
(“Nano Technology” – Dentsply) + resina composta TPH Spectrum (Dentsply);
Grupo 2: NRC, + NT + Diract AP (Dentsply); Grupo 3: Ácido fosfórico 37%
(Dentsply), + NT + TPH Spectrum; Grupo 4: Ácido fosfórico 37% + NT + Diract
AP. A infiltração foi evidenciada por meio do nitrato de prata 50%, após
ciclagem térmica de 300 ciclos entre as temperaturas 5° C ± 2 e 55° C ± 2;
os dentes foram seccionados no sentido OG em 2 fatias e analisados em Lupa
Estereoscópica Zeiss (10x), atribuindo-se escores de 0 a 4. Os resultados foram
submetidos à análise estatística de Kruskal-Wallis e Teste de Wilcoxon,
sugerindo que: 1) Não houve diferença significante entre as paredes O e G para
os grupos 1, 2 e 3, porém, para o grupo 4 houve menor infiltração na parede
oclusal (p<0,05); 2) Quando se comparou os grupos em relação à parede
oclusal, o grupo 4 apresentou os menores valores (p<0,05); 3) Não houve
diferença significante entre os 4 grupos com relação à parede gengival
(p>0,05). Conclusão: Nenhum tratamento foi efetivo no vedamento marginal.
B275
Microinfiltração
em restaurações de resina composta substituídas após o clareamento dental
caseiro.
I. T. CAMPOS* 1,
A. L. F. BRISO1,
L. A. F. PIMENTA1,
A. L. RODRIGUES JR2
FOP-UNICAMP(019)-4305340;
2-FOA-UNESP - (019) 430-5340
O objetivo deste trabalho in
vitro foi avaliar qualitativamente, através de penetração de corante,
quanto tempo após o término do clareamento caseiro, com gel de peróxido de
carbamida a 10%, deve-se esperar para substituir as restaurações de resina
composta. Foram realizados preparos cavitários padronizados, do tipo classe V,
na junção esmalte-dentina/cemento, de 100 dentes humanos recém-extraídos, e
os mesmos foram restaurados com sistema adesivo/resina composta. Os
corpos-de-prova foram clareados por três semanas e aleatoriamente divididos em
cinco grupos(n=20): restaurações substituídas 21 dias após o término do
tratamento clareador (A-T21),
14 dias após, (B-T14),
7 dias após (C-T7),
imediatamente após o término do tratamento clareador (D-T0),
e um grupo controle (E), no qual as restaurações não foram trocadas. Concluídas
as substituições das restaurações, os corpos-de-prova foram submetidos a
1000 ciclos térmicos(5+/-1oC
a 55+/-1oC).
Os dentes foram imersos em solução de azul de metileno a 2% por quatro horas.
Para a análise qualitativa dos corpos-de-prova, os dentes foram seccionados e a
microinfiltração avaliada em lupa estereoscópica(45X). Para o esmalte, a soma
das ordens foram: grupo A-T21-
768,0; B-T14-1068,0;
C-T7:873,0; D-T0-1296,0;
E-controle-1045,0. Para a dentina, a soma das ordens foram: grupo A-T21-
735,5; B-T14-760,0;
C-T7:1360,0;
D-T0-1292,5; E-controle-902,0. A análise estatística dos
resultados (Kruskal-Wallis e teste de Comparações Múltiplas , p<0,05)
demonstrou que, para a região em esmalte, os menores valores de microinfiltração
foram os do grupo A-T21. Para a
dentina/cemento, os menores valores de microinfiltração foram os dos grupos
A-T21
e B-T14. Concluiu-se que, para a substituição das restaurações
de resina composta com margens tanto em esmalte, quanto em dentina/cemento,
devem-se aguardar 21 dias após o término do clareamento caseiro.
Apoio: FAPESP
Projeto: 97-01121-1
B276
Avaliação da
rugosidade superficial de cimentos de ionômero de vidro.
M. T. SASAKI*,
R. C. S. P. SILVA, M. A. M. ARAUJO, D. F. M. KRABBE, A. J. DAMIÃO
Dep. Odont.
Restauradora, Fac. Odont. – UNESP, São José dos Campos – SP. (012)321-8166
Foi realizado
um estudo experimental onde se avaliou a rugosidade superficial de três
cimentos de ionômero de vidro após acabamento e polimento com dois sistemas
diferentes de polimento, utilizando-se dois tipos de agentes lubrificantes. Os
cimentos utilizados foram: Dyract (Dentsply), Vitremer (3M) e Vidrion R (SS
White). Confeccionou-se 60 corpos de prova (c.p.) de aproximadamente 9x3mm a
partir de tubetes anestésicos e divididos em três grupos de vinte. Após uma
semana de armazenamento em água a 37ºC, todas as amostras tiveram o mesmo
acabamento, realizado com broca de 12 lâminas. O polimento foi realizado da
seguinte forma: dos 20c.p. de cada material, 10 foram polidos com discos SofLex
de granulação fina e extra-fina (3M), sendo cinco c.p. lubrificados com
manteiga de cacau e cinco com ácido poliacrílico em gel; os demais c.p. foram
polidos com pontas siliconadas verde e cinza (K.G.Sorensen), sendo cinco
lubrificados com manteiga de cacau e cinco com ácido poliacrílico em gel.
Mediu-se o parâmetro de rugosidade superficial RA para todos os
c.p., em rugosímetro Perthometer S8P, antes e após o polimento, sendo que para
cada um deles, efetuou-se no mínimo cinco medições para efeito de amostragem
estatística (600 medições ao total). Aplicou-se aos dados obtidos o método
estatístico da análise de variância (ANOVA) e o teste de TUKEY. Conclusões:
Quanto ao material restaurador, o Dyract apresentou menor rugosidade se
comparado ao Vidrion R e Vitremer; em relação ao polimento, os discos SofLex
apresentaram resultados superiores às pontas e quanto aos agentes lubrificantes
, ácido poliacílico em gel e manteiga de cacau, não apresentaram diferenças
significantes.
B277
Avaliação da
resistência à compressão, resina composta e Ionômero de
vidro.
M.M.A. PONTES,
R. BRAZ*
Faculdade de
Odontologia de Pernambuco– Universidade de Pernambuco - (081) 2416805
Nos últimos
anos, modificações radicais ocorreram nos procedimentos restauradores, o que
fez com que o profissional buscasse restituir a forma e a função perdida do
elemento dentário através de um material restaurador estético, resistente à
mastigação, aderente à estrutura dental, com boa adaptação marginal,
biocompatível e, sobretudo, um material que exercesse uma ação terapêutica
como a liberação de fluoretos para o meio bucal. As resinas compostas têm
evoluído para oferecer estas propriedades, assim como outros materiais têm
sido lançado para suprir estas mesmas necessidades. Recentemente o Compômero,
material classificado como uma resina poliácida modificada, passou a ser
indicados para os dentes posteriores. A presente pesquisa foi realizada com o
propósito de analisar comparativamente “in vitro”, a resistência à
compressão entre a resina Composta (TPH Spectrum-Dentsply) e o compômero
(Dyract-Dentsply), tendo como grupo controle o ionômero de vidro híbrido
(Vitremer-3M). Para realização deste estudo foram confeccionados 60 corpos de
prova de 5mm de comprimento, 2mm de largura e 3mm de espessura, a partir de uma
matriz pré-fabricada de metal e previamente isolada com uma fina camada de
vaselina. Os corpos de prova foram divididos em 3 grupos: sendo o grupo
A(DyracT), o grupo B(Resina TPH) e o grupo C(Vitremer), e armazenados em solução
salina por 24 horas a 37ºC
para cura do material, e em seguida submetidos à força compressiva na máquina
Kratus, com capacidade para 200 kg, modelo 175. Os dados obtidos foram
tabulados e analisados estatisticamente pelo teste de Kruskall-Wallis, indicando
diferença de resistência significante do grupo A em relação aos outros dois
gupos.
B278
Estabilidade
dimensional do poliéter relacionada com manipulação e vazagem.
M. JOÃO, A.
F. MONNERAT, C. MADUREIRA*, M. M. SOUZA
Faculdade de
Odontologia UERJ e Instituto de Odontologia UGF – RJ -
(021) 532-1033 / 543-6770
A estabilidade
dimensional é de fundamental importância na qualidade do modelo e, por fim, na
adaptação da restauração. O objetivo deste estudo foi avaliar a estabilidade
dimensional de moldagens realizadas com poliéter (IMPREGUM F -ESPE/DFL) em função
do tempo de vazagem e da técnica de manipulação. Foram obtidas 36 moldagens
(18 por manipulação manual; 18 por manipulação mecânica com PENTAMIX
–ESPE/DFL) de um padrão considerado como controle (2 molares humanos hígidos
fixados com gesso pedra). Este simulou a distância de uma ponte fixa com ausência
de um elemento. A vazagem com gesso tipo IV foi feita 1 hora, 72 horas e 7 dias
após a moldagem. Os corpos de prova e o modelo padrão foram assim divididos:
Grupo 1 - Controle; Grupo 2 - Mecânica / 1hora; Grupo 3 - Mecânica / 72 horas;
Grupo 4 - Mecânica / 7 dias; Grupo 5 - Manual / 1hora; Grupo 6 - Manual / 72
horas; Grupo 7 - Manual / 7 dias. A
deformação das amostras foi avaliada com auxílio de um paquímetro digital
que mediu a distância entre 2 pontos localizados um em cada dente do padrão e
nos respectivos modelos. Na comparação múltipla - testes ANOVA e Tukey –
feita entre os grupos foi encontrada diferença significativa somente entre os
grupo 5 e 1 (controle). O poliéter pode ser vazado até 7 dias após a
moldagem independente do tipo de manipulação, entretanto se a manipulação
for manual, deve-se aguardar um tempo superior a 1 hora para a vazagem.
B279
Efeito de
diferentes soluções de fluoreto de sódio a 0,05% na translucidez do cimento
de ionômero de vidro.
A. B. E.
CATIRSE*, P. P. N. S. GARCIA, S. A. M. CORONA, W. DINELLI
Odontologia
Restauradora. F.O.R.P. - USP - (019) 602-3982
O objetivo
deste estudo foi avaliar “in vitro” os efeitos causados por diferentes soluções
de fluoreto de sódio a 0,05% na translucidez de um cimento de ionômero de
vidro, no que se refere ao número de aplicações. Para isso, utilizou-se o
cimento de ionômero de vidro Chelon Fil. Três diferentes soluções de
fluoreto de sódio a 0,05% foram utilizadas como meio de imersão: Fluordent
reach (S1), Fluorgard (S2) e Oral-B (S3). Cinco
corpos de prova com 10 mm de diâmetro e 2 mm de espessura do cimento foram
preparadas para cada solução. Para a determinação dos valores percentuais de
translucidez foi utilizado o aparelho de eletroforese de JOUAN. Foram realizadas
21 leituras para cada corpo de prova: a primeira antes da imersão na solução
e as outras, a cada 15 minutos após a imersão nas soluções fluoretadas. Os
resultados foram submetidos a análise estatística de variância, onde
observou-se que não houve
diferença estatísticamente significante para a variável estudada.
Concluiu-se que o efeito da translucidez do cimento de ionômero de vidro
(Chelon Fil) imerso em diferentes soluções fluoretadas não foi significante
quando submetidos a 20 aplicações
B280
Estabilidade
de cor de dois compósitos para restaurações indiretas.
D.K.OYAFUSO*,
M.P.NEISSER, M.K.ITINOCHE
Depto. Mat.
Odontol. e Prótese - Fac. Odont. São José dos Campos - UNESP - (011)
3865-5517
Uma nova geração
de materiais, denominada “segunda geração de compósitos para laboratório”,
tem sido introduzida no comércio odontológico, necessitando estudos mais
profundos sobre seu comportamento. Esta pesquisa verificou a estabilidade de cor
de dois materiais, Targis (Ivoclar) e Artglass (Heraeus/Kulzer). Para tanto,
foram confeccionados 15 corpos-de-prova para cada material, com 8,00mm de diâmetro
x 1,00mm de espessura e divididos em 3 grupos com 5 espécimes. O primeiro grupo
(G1) foi considerado controle e permaneceu armazenado em H20
destilada a 37 °C. O segundo grupo (G2) foi termociclado em H20
destilada (1000 ciclos entre 5 e 55 °C). Simultaneamente, o terceiro grupo (G3)
foi termociclado em solução de café. Os registros de cor das amostras foram
obtidos antes e após armazenagem e termociclagem, com auxílio de um colorímetro
(X-Rite 404), utilizando o sistema CMYK que foi, posteriormente, convertido no
sistema CIE Lab a fim de podermos quantificar os dados e compará-los com a
literatura pertinente. Os dados obtidos foram tratados estatisticamente pelo método
ANOVA. Pelos resultados obtidos podemos concluir que o G3 apresentou maior
variação de cor para os dois materiais (p>0,05). Com relação aos compósitos
analisados, Targis apresentou maior variação de cor em relação ao Artglass
(p>0,05).
B281
Termociclagem
e pigmentação de resina composta e híbridos de ionômero e resina composta.
F.M.GOMES*,
J.A. FEIJÓ, J.R.LOVADINO, R.D. MURRER
Depto. de
Odontologia Restauradora, FOP – UNICAMP - jrolo@merconet.com.br
Há uma preocupação cada vez maior do cirurgião-dentista em
manter a mimetização dental conseguida em restaurações estéticas. A
incorporação de pigmentos pelo material restaurador é uma das causas da perda
desta característica. Em estudos de incorporação de pigmentos é muito
utilizada a metodologia de envelhecimento artificial por termociclagens. O
objetivo deste trabalho foi estabelecer quantitativamente o efeito da
termociclagem na incorporação de pigmentos por uma marca comercial de resina
composta, Z100 (3M) e um cimento de ionômero de vidro modificado por resina
composta, Vitremer (3M). Para isto foram confeccionados 80 corpos de prova, para
cada material, medindo 4 mm de diâmetro e 2 mm de altura. Os corpos de prova de
cada material foram divididos em 4 diferentes grupos experimentais (I, II, III e
IV) segundo o número de ciclos térmicos a que seriam submetidos. Estes por sua
vez foram subdivididos em dois grupos: grupo A submetido a termociclagem e grupo
B mantido como controle. Ao final o número de termociclagens para cada grupo
foi: IA=4000 ciclos; IIA=3000 ciclos; IIIA=2000 ciclos; IVA=1000 ciclos. Após a
seqüência de termociclagem os corpos de prova foram corados, triturados e
preparados para leitura em aparelho de espectofotometria. Os dois materiais
responderam semelhantemente à metodologia. A análise de variância e o teste
de Tukey-Kramer não demonstraram diferença significante entre os corpos de
prova do grupo B. No grupo A houve diferença significante quando se aumentou a
quantidade em número superior a 1000. A diferença de 1000 ciclos térmicos não
é suficiente para evidenciar o aumento na incorporação de pigmentos pelo
material testado, o que ocorre quando a diferença de ciclos é igual ou
superior a 2000.
FAPESP proc no
96/07426-6.
B282
Avaliação da
morfologia do esmalte dental após tratamento clareador.
A. D. TEDESCO,
E. VARGAS, M. I. DE C. NUNES*, R. D. BOTTREL, P. R. DE CAMPOS
Univ.Gama
Filho, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Tel: (021)599-7272 r.6166
Este estudo
tem como objetivo avaliar possíveis alterações sofridas na superfície do
esmalte dentário após clareamento com peróxido de carbamida a 10% (Droga André
- SP) por 126 horas. Utilizou-se 30 incisivos humanos recém-extraídos, os
quais foram moldados com silicona de condensação (Optosil / Xantoprem –
Bayer) e vazados em resina epoxy (Araltec). As amostras foram metalizadas e
observadas em MEV para análise inicial. Os dentes foram divididos em 3 grupos
que receberam o seguinte tratamento: grupo 1 - 6 horas de clareamento por 21
dias; grupo 2 - 9 horas (6 horas + 3 horas) por 14 dias e grupo 3 - 18 horas (6
horas + 6 horas + 6 horas) por 7 dias. O tratamento consistiu em manter os
dentes submersos no gel clareador pelas horas descritas, com intervalos de 2
horas entre as trocas de gel para os grupos 2 e 3; e mantidos em água destilada
no restante do tempo. Após completar as 126 horas, os dentes passaram por nova
moldagem e as amostras obtidas em resina epoxy foram observadas em MEV para
comparação com as amostras iniciais. Os
autores concluíram que o tempo utilizado para o clareamento provocou um aumento
dos poros naturais do esmalte, sem comprometimento estrutural, independente dos
grupos analisados.
B283
Polimento de
resinas compostas com a pasta “polident”.
C. MAGNANI*,
F. L. ROSELL, F. M. BEVILACQUA, S. T. PORTO NETO, R. MAGNANI
Departamento
de Odontologia Restauradora – Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP
- (016) 232-1233 / r.123
O objetivo
deste estudo foi comparar a resistência à compressão axial e à tração
diametral de um compômero (Dyract – Dentsply) e três cimentos de ionômero
de vidro, um convencional (Chelon-Fil – Espe), um reforçado por metal
(Chelon-Silver), e um híbrido (Vitremer- 3M). Foram confeccionados vinte corpos
de prova de cada material, com o diâmetro de 6mm e altura de 12mm de acordo com
as especificações ISO-7349, sendo dez destinados ao teste de compressão axial
e dez ao de tração diametral. Logo após sua obtenção foram revestidos com o
agente de união Heliobond, a fim de protegê-los dos fenômenos de embebição
e sinérise, e armazenados em água destilada a 37ºC por 15 dias. Foram então,
ainda úmidos, submetidos aos testes de compressão axial e tração diametral
em uma máquina universal de ensaios Losenhausenwerk (Dusseldorf) numa
velocidade de 1mm/min. No momento da fratura, a carga determinada pela máquina
foi registrada e a resistência à compressão axial e à tração diametral
calculadas em Mpa. Os resultados foram tratados estatisticamente através da análise
de variância (ANOVA) e do teste de comparações múltiplas de Bonferroni e demonstraram
que, tanto com relação à compressão axial quanto com relação à tração
diametral, o Dyract apresentou valores superiores, com diferença estatística
significante (p<0.05) quando comparado aos outros cimentos testados. O
Vitremer mostrou valores significativamente superiores p<0.05) aos do
Chelon-Fil e do Chelon-Silver, não havendo, entre estes dois últimos, diferença
estatística significativa (p>0.05).
B284
Resistência
à compressão axial e tração diametral de materiais ionoméricos.
M. RAMOS*, R.
MUSSEL, F. NAMEN, M. BATITUCCI, K. DIAS
Depto. de Dentística.
Faculdade de Odontologia UERJ. Fax: (021) 568-8192
O objetivo
deste estudo foi comparar a resistência à compressão axial e à tração
diametral de um compômero (Dyract – Dentsply) e três cimentos de ionômero
de vidro, um convencional (Chelon-Fil – Espe), um reforçado por metal
(Chelon-Silver), e um híbrido (Vitremer- 3M). Foram confeccionados vinte corpos
de prova de cada material, com o diâmetro de 6mm e altura de 12mm de acordo com
as especificações ISO-7349, sendo dez destinados ao teste de compressão axial
e dez ao de tração diametral. Logo após sua obtenção foram revestidos com o
agente de união Heliobond, a fim de protegê-los dos fenômenos de embebição
e sinérise, e armazenados em água destilada a 37ºC por 15 dias. Foram então,
ainda úmidos, submetidos aos testes de compressão axial e tração diametral
em uma máquina universal de ensaios Losenhausenwerk (Dusseldorf) numa
velocidade de 1mm/min. No momento da fratura, a carga determinada pela máquina
foi registrada e a resistência à compressão axial e à tração diametral
calculadas em Mpa. Os resultados foram tratados estatisticamente através da análise
de variância (ANOVA) e do teste de comparações múltiplas de Bonferroni e demonstraram
que, tanto com relação à compressão axial quanto com relação à tração
diametral, o Dyract apresentou valores superiores, com diferença estatística
significante (p<0.05) quando comparado aos outros cimentos testados. O
Vitremer mostrou valores significativamente superiores p<0.05) aos do
Chelon-Fil e do Chelon-Silver, não havendo, entre estes dois últimos, diferença
estatística significativa (p>0.05).
B285
Acuidade
dimensional de modelos a partir de diferentes materiais de moldagem.
R.C.S.
RODRIGUES*; R. F. RIBEIRO, R. P. A. ANTUNES, M. G. C. MATTOS
Depto. de
Materiais Dentários e Prótese – FORP-USP – (016)602-4005 -
rribeiro@forp.usp.br
Desde a
introdução de materiais elásticos para moldagens, Sears (1937), vários
estudos foram realizados demonstrando suas qualidades e as dificuldades técnicas
e equipamentos especiais necessários à sua utilização. Novos estudos levaram
à introdução do hidrocolóide irreversível, o qual, embora de fácil
manipulação, não apresentava a mesma qualidade de resultados. Appleby et al.
(1980), Fusayama et al. (1982) e Herring et al. (1984) realizaram estudos que
atestaram a viabilidade da combinação de hidrocolóides reversível/irreversível,
com uma técnica mais fácil e bons resultados. Neste estudo testamos um sistema
combinado de hidrocolóide reversível/irreversível (LBH, Kottler Research Co.,
USA) e outros materiais de moldagem de uso corrente ( mercaptana, Coe-Flex, e
poliéter, Impregum). Moldamos uma matriz metálica de um preparo onlay para um
molar inferior, mantida em estufa a 37o C. Cada
material foi manipulado estritamente de acordo com as instruções dos
fabricantes. Produzimos modelos em
gesso tipo IV (Vel-Mix, Kerr). Sacados, os modelos foram medidos,
determinando-se as dimensões mésio-distal (M-D) e vestíbulo-lingual (V-L),
tendo como referência o ângulo áxio-pulpar interno das caixas preparadas em
cada face, utilizando um paquímetro digital (Mitutoyo). Os dados foram
submetidos à análise estatística (teste de Friedman). Observamos que não há
diferença estatisticamente significante entre modelos obtidos a partir de
moldes de LBH e os demais, e diferença estatisticamente significante a nível
de 5% entre modelos obtidos a partir de moldes de mercaptana e poliéter. Frente
aos dados obtidos neste estudo podemos concluir que o sistema combinado hidrocolóide
reversível/irreversível produz modelos com boa acuidade dimensional,
oferecendo vantagens quanto à facilidade técnica de manipulação
proporcionando, ainda, vantagens econômicas em função do custo inferior em
relação aos demais materiais de moldagem comumente utilizados.
B286
Desajuste
cervical de coroas provisórias obtidas por duas técnicas e resinas.
S. C. Dias*, D. M. Rodrigues, R. C. S. Rodrigues, D. G. Frizzas, R.
F. Ribeiro
Depto. de
Materiais Dentários e Prótese – FORP-USP – (016)602-4005 -
rribeiro@forp.usp.br
A adaptação
de coroas provisórias pode variar de acordo com o tipo de resina e técnica
utilizada na sua confecção. O objetivo deste trabalho foi verificar o
desajuste cervical de coroas de resina acrílica para
provisórias: Duralay (Reliance Dental Mfg.Co.) e Dencor (Clássico)
confeccionadas in vitro simulando a técnica
clínica na qual são obtidas diretamente sobre o dente preparado. Utilizamos
uma matriz metálica com 10mm de diâmetro, 7mm de altura e 0,8 mm de ombro.
Sobre a matriz foi realizado um alívio em resina Duralay vermelha com espaçamento
oclusal de 1,5mm e axial de 0,8mm, seguindo a espessura do ombro cervical. A
seguir moldamos o conjunto com elastômero (Zetaplus-Oranwash, Zhermack) e
alginato (Jeltrate, Dentsply). A matriz foi isolada e a resina manipulada de
acordo com as instruções do fabricante. Atingida a fase plástica o molde foi
preenchido e assentado sobre a matriz. Durante o assentamento, sobre o conjunto,
mantivemos um peso de 500g num período de 7 minutos, até a polimerização da
resina. As coroas foram removidas e os excessos recortados sob lupa (aumento
4X). Foram confeccionadas 05 coroas para cada material e técnica. O desajuste
cervical foi medido com auxílio de uma microscópio de medidas lineares e
angulares (Nikon) em dois lados da matriz, obtendo-se a média dos dois. Os
resultados obtidos demonstram que a associação elastômero-Duralay apresentou
as menores médias de desajuste, sendo a associação alginato-Dencor a de pior
comportamento. Pela análise estatística (Teste de Krusal-Wallis) observamos
diferenças estastisticamente significantes: a nível de 5% entre Duralay-elastômero
X Duralay-alginato e Duralay-alginato X Dencor-alginato, e a nível de 1% entre
Duralay-elastômero e Dencor-elastômero. Para a resina Dencor não houve
diferenças estatisticamente significantes entre as técnicas. Por estes
dados podemos concluir que, embora o desajuste esteja dentro da recomendação
da ADA (<40mm), pela associação molde de elastômero/Duralay
obtivemos coroas provisórias com menor desajuste cervical.
B287
Alterações
dimensionais das resinas acrílicas ativadas termicamente frente a diferentes
ciclos de polimerização e formas de inclusão.
P.I.
SERAIDARIAN*, E.T. KIMPARA, B.N. CAVALCANTI, H. CERVEIRA NETTO
Depto Mat.
Odont. e Prótese da Fac. Odontologia de São José dos Campos - UNESP. - Fone:
321-8166, ramal: 1305
Sabe-se o
quanto é crítica a estabilidade dimensional das resinas acrílicas ativadas
termicamente, principalmente no que diz respeito à adaptação e sucesso das próteses
com apoio em mucosa, uma vez que os princípios de retenção, estabilidade e
equilíbrio oclusal são altamente dependentes desse fator. Por este fato, neste
trabalho procurou-se analisar quais ciclos de polimerização e quais formas de
inclusão que levariam à melhores resultados, provocando menor alteração
dimensional, partindo-se de padrões previamente estabelecidos. Foram realizados
três corpos de prova para cada grupo avaliado, sendo quatro diferentes tipos de
polimerização e três diferentes formas de inclusão, totalizando 36 corpos de
prova. Os resultados foram tabulados e sofreram análise estatística pelo teste
de ANOVA. Concluiu-se que a utilização de um ciclo de polimerização longo
e a inclusão em gesso comum sem muralha de gesso pedra foram as que
apresentaram melhor desempenho, causando menor contração de polimerização
que, segundo os autores, sugeriria um comportamento da resina acrílica ativada
termicamente com gesso comum, semelhante ao processo de expansão do
revestimento e contração da liga em fundições.
B288
Estudo
comparativo do titânio e ligas de Ni-Cr e Co-Cr.
S. CROSARA*;
O. L. BEZZON
Fac. Odont. de
Rib. Preto-USP, olbezzon@forp.usp.br
O objetivo do
presente trabalho foi o de realizar um estudo comparativo entre propriedades físicas
do Titânio puro processado pelo método da cera perdida em relação às ligas
de Ni-Cr e Co-Cr, no que diz respeito à fusibilidade e dureza superficial. No
ensaio de fusibilidade, foram obtidos 8 corpos de prova para cada condição a
ser testada. Foi utilizado o método proposto por Whitlock, que utiliza como
padrão de fundição, uma malha de poliéter contendo 100 espaços vazios, que
depois é fixada em pinos de cera de 2mm de diâmetro e, na união, presos a um
pino formador de canal de alimentação de 3,0mm de diâmetro. A inclusão dos
corpos de prova para as ligas de Ni-Cr e Co-Cr foi feita com revestimento
Termocast, e para a liga de Ti, utilizou-se o revestimento Rematitam Plus. Para
o ensaio de dureza foram obtidos 6 corpos de prova para cada condição. As
medidas de dureza foram realizadas por meio de um aparelho Testor HT1 do
Departamento. de Materiais Dentários e Prótese da FORP-USP, onde uma pré-carga
de 3,0Kg era aplicada e em seguida a alavanca era acionada. Após a retirada
desta carga o valor de dureza era obtido. Após análise estatística pelo
teste de Kruskal-Wallis observou-se que o titânio apresenta uma fundibilidade
inferior às ligas de Ni-Cr e Co-Cr e também uma menor dureza superficial em
relação às mesmas ligas.
APOIO
FAPESP-Processo 96/11874-4
B289
Avaliação da
resistência ao cisalhamento entre metal/polímero
de vidro e metal/cerâmica.
F.E.TAKAHASHI*,
M.K.ITINOCHE, D.K.OYAFUSO, M.A.BOTTINO
Depto. Mat.
Odontol. e Prótese - Fac. Odont. São José dos Campos - UNESP - (021) 322-7269
Com o intuito
de quantificar a resistência ao cisalhamento entre a união de uma liga de NiCr
a um polímero de vidro e a uma cerâmica odontológica, confeccionou-se 20
cilindros de NiCr (Litecast B) de 4 mm de diâmetro por 4 mm de comprimento
divididos em dois grupos com 10 amostras. No primeiro grupo (G1) foi aplicado o
polímero de vidro (Artglass), e no segundo (G2), cerâmica odontológica
(Ceramco II). A superfície das estruturas metálicas a ser aplicada o material
estético, recebeu jateamento com óxido de alumínio de granulação de 250 mm
previamente à inserção do material estético. As amostras concluídas foram
estocadas em água destilada a 37ºC
por 24 horas, e após, foram submetidas à ciclagem térmica (500 ciclos / 5 e
55ºC).
O ensaio mecânico foi realizado por meio da máquina Instron, que apresentou em
Mpa, os valores no momento da ruptura dos materiais. A análise estatística
pelo teste Mann-Whitney revelou diferenças estatisticamente significantes entre
os dois grupos. O G2 foi o que apresentou os maiores valores de resistência ao
cisalhamento (58,69 ± 22,54 Mpa). Entretanto, o G1 exibiu resultados mais estáveis
(14,79 ± 4,29 Mpa).
B290
Microdureza do
amálgama adesivo realizado com ligas esférica e convencional.
M. R. MATSON*,
H. R. LEYGOW, M. L. TURBINO
Departamento
de Dentística da FOUSP – SP - ( 011) 280-3274
Com o
surgimento da técnica denominada de amálgama adesivo, muitos trabalhos sobre o
tema foram desenvolvidos, e alguns aspectos da técnica, como vantagens e
desvantagens já foram documentados por vários autores. Um ponto importante a
ser levantado é quanto ao tipo de liga para Amálgama utilizado nesta técnica.
A quase totalidade dos trabalhos mostram o uso de ligas do tipo esferoidal, mas
no Brasil a grande maioria dos profissionais se utilizam de ligas convencionais
para as restaurações com amálgama de prata. Neste trabalho avaliamos a
microdureza de restaurações de amálgama quando da utilização de dois tipos
de ligas de amálgama de prata, uma esférica (Velvalloy plus) e outra
convencional (Velvalloy), variando-se também a técnica restauradora, ou seja,
técnica convencional e a técnica do amálgama adesivo. Para tal estudo foram
utilizados 12 dentes recém extraídos,
formando-se 4 grupos. Os dentes foram seccionados no sentido axial resultando em
24 corpos-de-prova. Para cada corpo-de-prova foram feitas medições quanto à
microdureza do material restaurador a distancias de 10, 20, 30, 60 e 100
micrometros da parede pulpar do preparo cavitário. Pela análise de variância
verificou-se que a microdureza das restaurações de amálgama nas regiões próximas
às paredes cavitárias foi menor para a técnica adesiva em relação à técnica
convencional, para as duas ligas utilizadas. Na comparação entre as ligas, a
esférica promoveu maior dureza às restaurações nas duas técnicas utilizadas
(p < 0,01).
B291
Avaliação in
vitro da capacidade de liberação e adsorção de flúor de compômeros.
A.C.D.
RAMIRES-ROMITO*; S.I. MYAKI; C.R.M.D. RODRIGUES; L.E. RODRIGUES FILHO
Disc.
Odontopediatria–FOUSP. e-mail:p-anac@siso.fo.usp.br
O objetivo
deste trabalho foi avaliar in vitro a
liberação e recarregamento de flúor em quatro resinas compostas modificadas
por poliácidos – compômeros (Compoglass FÒ - Vivadent; Dyract APÒ - Dentsply; FreedomÒ - SDI e F 2000Ò - 3M).
Para cada material foram preparados 3 discos, seguindo as recomendações dos
fabricantes, de 1.64 cm2
de área. Foram armazenados em 3 ml de água deionizada a 37º C, trocada
diariamente, e a liberação não cumulativa de flúor foi determinada após 1,
2, 7, 14, 21 e 28 dias. Para medição, foi adicionado TISAB II e utilizado um
eletrodo específico de Flúor (Orion 9609). No 30º dia os corpos de prova
receberam aplicação de gel de NaF 2%, por 4 min, sendo realizadas novas análises,
após 1, 2 e 3 dias de imersão em água deionizada, para verificar a capacidade
de “recarregamento” dos materiais. Após realização da ANOVA pôde-se
concluir que o Compoglass FÒ liberou significativamente mais flúor (p
< 0,05) do que os outros materiais (Compoglass FÒ = 4,12 mg/cm2; F 2000Ò
= 2,41 mg/cm2;
FreedomÒ = 2,14 mg/cm2;
Dyract APÒ =
1,78 mg/cm2).
A liberação foi diminuindo gradualmente do 1º ao 28º dia, não havendo
diferenças significativas na comparação entre dias consecutivos. Todos os
materiais mostraram capacidade de liberar flúor, principalmente, no 1º dia após
o tratamento com NaF a 2%, observando-se redução significativa da liberação
nos 2 º e 3º dias.
B292
Avaliação
rugosimétrica de diferentes técnicas de polimento de resinas compostas
indicadas para dentes posteriores.
B. RIBEIRO*,
N. PEREIRA, J. FIGUEIREDO, L. YASSUMOTO, R. NAVARRO, E. MATSON, M. ODA
Dept. Dentística
- FOUSP / UFMS - (011) 818-7843
Novas resinas
compostas para dentes posteriores surgem prometendo aumento da resistência ao
desgaste e estética, sendo cada mais indicadas na substituição de restaurações
de amálgama. O objetivo deste estudo foi comparar a rugosidade superficial (Ra
em mm) entre resinas compostas para dentes posteriores, sendo duas consideradas
condensáveis (Alert e Solitaire) e uma híbrida convencional (Degufil mineral)
submetidas a diferentes técnicas de polimento (discos abrasivos Sof-Lex, Super
Snap, pontas siliconizadas Enhance). Confeccionaram-se 10 corpos de prova
circulares, com 4mm de altura por 6mm de diâmetro, para cada grupo, num total
de 90 amostras, armazenadas em água destilada (24 h) e posteriormente
submetidas aos polimentos. Foram realizadas análises rugosimétricas, através
de quatro leituras de cada amostra, com o aparelho rugosímetro (Surftest 211-
Mitutoyo). Os resultados foram submetidos aos testes ANOVA e Tukey (nível 1%)
concluindo que: não houve diferença estatisticamente significante entre as
resinas Solitaire e Degufill mineral; a resina Alert apresentou uma rugosidade
estatisticamente superior comparada as outras resinas; a rugosidade obtida através
do polimento com as pontas Enhance foi estatisticamente superior ao sistema de
discos abrasivos (Sof-Lex e Super Snap); não houve diferença estatística
entre os sistemas de discos de polimento utilizados.
B293
Estudo da
resistência ao cisalhamento de resinas compostas fotopolimerizáveis indicadas
para dentes posteriores.
N. PEREIRA*,
B. RIBEIRO, J. FIGUEIREDO, L. YASSUMOTO, R. NAVARRO, E. MATSON, A MATOS
Dept. Dentística
- FOUSP/ UFMS- Brasil- 011-818-7843
Muitos
pacientes questionam a realização de restaurações estéticas em dentes
posteriores em substituição ao amálgama. O objetivo deste estudo foi comparar
a resistência ao cisalhamento de três resinas compostas fotopolimerizáveis,
indicadas para restaurações de dentes posteriores, sendo duas utilizadas na técnica
direta (Z-100 e Solitaire) e uma de uso laboratorial (Solidex). Foram
confeccionadas 25 corpos de prova cilíndricos para cada grupo, num total de 75
amostras, mantidas por 24 h em água destilada a temperatura ambiente e
posteriormente submetidas as forças de cisalhamento na máquina de ensaios
universal INSTRON modelo 4442, regulado para uma carga de 50Kgf a uma velocidade
de 0,5mm/min. Os resultados obtidos foram submetidos aos testes estatísticos
ANOVA e Tukey (nível de 1%) concluindo que: as resinas compostas testadas
apresentaram diferenças estatisticamente significantes quanto a resistência ao
cisalhamento; a resina indireta (Solidex) apresentou resistência inferior as
resinas diretas; entre as resinas diretas testadas, a resistência ao
cisalhamento da resina Solitaire foi superior a Z-100.
B294
Sistemas de
opacificação: resistência de união com uma liga de Ni-Cr.
S.DEKON,
M.GOIATO
Departamento
de Materiais Odontologicos e Prótese da Faculdade de Odontologia de Araçatuba
– UNESP - (018) 6203200 r:245 e-mail:
janaina@foa.unesp.br
O sucesso das
restaurações metalo-ceramicas depende da eficiência da união da porcelana ao
metal. Este trabalho teve o objetivo de avaliar a resistência de união
metalocerâmico, comparando dois sistemas de porcelana de opacificação: uma do
tipo tradicional pó/líquido e a outra em forma de pasta. A liga utilizada foi
de Ni-Cr sem berílio. O método
utilizado foi uma modificação do teste de cisalhamento idealizado por SHELL;
NIELSEN, J.Dent.Res.,41(6):1424-37,1962. Os resultados mostraram não haver
diferenças estatísticamente significantes entre os dois sistemas, no entanto
outras propriedades inerentes aos sistemas metalocerâmicas deverão ser
realizados no futuro.
B295
Avaliação de
veículos para pastas de polimento de cerâmicas odontológicas.
G.B.CAMACHO*,
D. VINHA, T. NONAKA, M. GONÇALVES
*Dep. Odont.
Rest. da Fac. Odont. de Pelotas, UFPEL. Dep. Odont. Rest. e Mater. Dent. da Fac.
Odont. de Ribeirão Preto, USP - Email: camacho@forp.usp.br
A estética
tem tido grande ênfase na Odontologia atual. Novas técnicas e materiais
surgiram e continuam a surgir com este propósito como as inlays, onlays e
facetas laminadas cerâmicas. Estas restaurações, apesar dos aparentes bons
resultados estéticos, funcionais e com uma boa resistência necessitam de um
tratamento superficial mecânico adequado após sofrerem algum tipo de desgaste.
Neste trabalho foi realizada uma análise de quatro veículos para pastas de
polimento mecânico (taça de borracha, escova, roda de feltro e disco
SuperSnap) que poderiam ser empregadas sobre porcelanas odontológicas. Foi
feita uma análise superficial das superfícies após terem sofrido a ação dos
veículos associados a duas pastas diamantadas (CrystarPast e Diamond Excel) com
o auxílio de um aparelho rugosímetro. A análise estatística dos dados
originais apontou para uma significância entre os veículos não ocorrendo o
mesmo entre as pastas. Os resultados mostraram que todos os veículos foram
efetivos no polimento. O emprego da roda de feltro, escova e disco SuperSnap
apresentaram desempenhos semelhantes entre si mas superiores à taça de
borracha. Estes resultados sugerem que esses três sistemas podem ser
empregados no Consultório Dentário.
B296
Avaliação da
rugosidade de compósitos fotoativados com laser de Argônio.
M.POLONIATO*;A.MIRAGE;P.E.C.CARDOSO;J.F.F.SANTOS;C.P.EDUARDO
Materiais Dentários,
Faculdade de Odontologia USP-SP - Fone/Fax (011) 818-7840
Este trabalho
tem por objetivo avaliar a rugosidade de compósitos (Prodigy-Kerr; Z100-3M;
Heliomolar Ro-Vivadent; Durafill VS–Kulzer), quando fotoativados com laser de
Argônio (600mw/cm2
por 10 seg com comprimento de onda de 488nm)e luz halógena (600mw/cm2 por 40 seg com
intervalo de comprimento de onda de 400–500nm), em diferentes atmosferas
(normal e saturada de N2).
Para isto, foram selecionados 64 molares hígidos que receberam preparos cavitários
com 3mm de profundidade e 3,1mm de largura. As cavidades foram preenchidas em 3
camadas, seguindo-se os tempos de polimerização de cada fonte fotoativadora.
Nas restaurações realizadas em atmosfera saturada de N2, 10 segundos
antes da fotoativação de cada camada, libera-se o gás na área de emissão de
luz. Então, as restaurações eram submetidas a 1.000.000 de ciclos mecânicos
e a rugosidade avaliada através do rugosímetro (211 série 178-MITUTOYO). Após
a análise estatística dos resultados foi observado que: o compósito
Durafill VS apresentou o maior valor de rugosidade quando fotoativado pelo laser
de Argônio, independente do tipo de atmosfera; já os compósitos Z!00 e
Prodigy tenderam a apresentar os menores valores de rugosidade quando
fotoativados pelo laser de Argônio em atmosfera saturada de N2.
Apoio
Financeiro CNPq
B297
Comparação
da intensidade do feixe luminoso em mW/cm2 em
fotopolimerizadores
H.R.LEWGOY*,
C.ANAUATE NETTO, M.C.ABREU, M.R.MATSON, M.N.YOUSSEF
Departamento
de Dentística, Faculdade de Odontologia da UMC, UnG e USP - SP - (011) 845-9500
Se a potência
das unidades fotopolimerizadoras for afetada pelo envelhecimento dos aparelhos,
pode ocorrer uma deficiência na completa polimerização das resina compostas,
por toda a extensão de uma cavidade. O objetivo deste estudo foi o de
verificar, se a intensidade de luz emitida por aparelhos fotopolimerizadores é
alterada pelo tempo de sua utilização em anos. Os grupos avaliados foram
compostos por vinte aparelhos cada, e divididos da seguinte forma: O grupo 1,
por fotopolimerizadores com até no máximo 1 ano de utilização; O grupo 2,
por fotopolimerizadores com mais de 1 ano e até 5 anos de utilização; o grupo
3, por fotopolimerizadores com mais de 5 anos e até 9 anos de utilização; e o
grupo 4, por fotopolimerizadores com mais de 9 anos de utilização. Foram
realizadas medições, com o auxílio de um radiômetro em 80 aparelhos
fotopolimerizadores, verificando a intensidade da luz emitida em mW/cm2 (micro-Watts
por centímetro ao quadrado). A potência dos aparelhos de fotopolimerização
foi aferida, através de três medições consecutivas, convertidas em
média simples aritmética. A partir desses dados foi realizada a estatística,
pela análise de variância e teste de Tukey a 5%, onde constatou-se existirem
diferenças estatisticamente significantes entre todos os grupos avaliados. Pode-se
concluir que o envelhecimento das unidades fotopolimerizadoras, provoca uma
diminuição estatisticamente significante na potência de emissão do feixe
luminoso dos aparelhos.
B298
Avaliação
comparativa da radiopacidade de cinco cimentos endodônticos .
A. R.
OLIVEIRA*, A. P. MESQUITA, P. SCELZA, C. E. N. OJEDA, R. F. COSTA, M. F. Z.
SCELZA
Endodontia
UFF/OCEx email scelza@rio.nutecnet.com.br
Um dos
requisitos necessários para os cimentos endodônticos é a radiopacidade, a
qual contribui na facilidade de visualização da qualidade da obturação na
radiografia. Este trabalho objetiva averiguar comparativamente, através do
fotodensitômetro, a radiopacidade dos cimentos Sealer plus, Sealer 26,
N-Rickert, Fill Canal, Endomethazone. Confeccionaram-se anéis metálicos de dez
milímetros de diâmetro interno e dois milímetros de altura, para deposição
dos cimentos. Inseriu-se cada material teste em três anéis, que após o seu
endurecimento foram posicionados em um filme EO41 Ekta Speed Plus, juntamente
com um dispositivo metálico utilizado para comparação da escala de
radiopacidade (stepwedge). Radiografaram-se os quinze corpos de prova num total
de três tomadas para cada conjunto, usando o aparelho com 60KVp e 10mA com uma
distância foco-filme de quarenta centímetros e um tempo de exposição de um
segundo. Para a leitura das radiografias utilizou-se o fotodensitômetro Nalumi
co. LTD (Tokio, Japan). As médias dos resultados das leituras foram analisadas
pelo teste Kruskal Wallis, com nível crítico de cinco por cento. Concluiu-se
que, tendo como parâmetro o stepwedge, a ordem crescente de radiopacidade foi:
Sealer 26 que registrou uma radiopacidade igual a 7mm de espessura de alumínio,
Fill canal, Endomethazone, N-Rickert e Sealer Plus que eqüivaleram a uma
espessura maior que 10mm de alumínio. No entanto não houve diferença
estatisticamente significante (5%) entre o Fill Canal e Endomethazone, assim
como entre N-Rickert e Sealer Plus.
B299
Adição de
sulfato de zinco a cimentos ionoméricos.
P.W.OSINAGA;
R.Y.BALLESTER; A.MUENCH; A.C.LASCALA; R.H.GRANDE*
Depto. de
Materiais Dentários, FOUSP – rhmgrand@siso.fo.usp.br
Neste estudo
foram avaliadas cinco propriedades do Ketac-Fil (Espe) e do Vitremer (3M), sem e
com adição de ZnSO4
(5% e 10%). Para os ensaios de solubilização foram obtidos dezoito
corpos-de-prova (c.p.) pela norma ISO 7489 modificada. Trinta e seis c.p. foram
submetidos ao teste de resistência à flexão (método dos três pontos).
Setenta e dois c.p. foram avaliados quanto à liberação de F (eletrodo específico)
e de Zn (espectrometria). A inibição do crescimento de S.
mutans foi mensurada pelos halos formados ao redor de noventa e seis c.p. (1
hora e 15 dias de idade). As três últimas propriedades foram analisadas antes
e após recarga dos c.p. em soluções de NaF (1500 ppm), e NaF (1500 ppm) mais
ZnSO4 (10
mM). Os seguintes resultados (significância a 0,1%) foram obtidos: 1) a
solubilização foi mais acentuada nos cimentos com maior proporção de ZnSO4
(0,58%), porém dentro dos limites aceitos; 2) a resistência à flexão não
foi influenciada pela proporção de ZnSO4, sendo maior
para o Vitremer (63,9 MPa) do que para o Ketac-Fil (29,4 MPa); 3) a liberação
média de Zn (0,446 ppm) e de F (7,1 ppm) foi maior nos cimentos (Ketac-Fil e
Vitremer, respectivamente) com maior proporção de ZnSO4,
e na fase anterior às recargas; 4) as recargas não restabeleceram os níveis
iniciais de F e Zn desprendidos; 5) os halos de inibição só foram
significativamente diferentes de zero para os cimentos com maior proporção de
ZnSO4, especialmente para o Vitremer (2,3 mm), e para os espécimes
com idade de 1 hora. A adição do ZnSO4 não foi prejudicial à solubilização e resistência à
flexão dos cimentos, propiciou maior liberação de flúor, e maior inibição
do crescimento de S .mutans.
B300
Avaliação da
microdureza de resinas compostas condensáveis.
P. A. BURMANN,
L. F. SOARES, A. MALLMANN*, B. SILVEIRA, E. PLÁCIDO
Progr. de
Iniciação Científica em Odontologia– Conv. UFSM-USP -
pafburma@fatec.ufsm.br
Atualmente
existe no mercado Odontológico uma nova gama de resinas compostas “condensáveis”,
que certamente merece maiores avaliações tanto “in vivo” como “in
vitro”. Um dos métodos laboratoriais mais utilizados é o teste de
microdureza superficial. A proposta desse trabalho é avaliar essa propriedade
em diferentes resinas compostas indicadas para restaurações em dentes
posteriores. Foram confeccionados 3 corpos de prova (CP) de cada resina a ser
testada: Z100 -3M (Z1), Alert - Jeneric Pentron (ALE), Alert (nova fórmula) -
Jeneric Pentron(ALN), Solitaire –Kulzer (SOL), Sculpt-it - Jeneric Pentron
(SCU), Definite –Degussa (DEF), Pyramid Esmalte - Bisco (PYE), Pyramid Dentina
–Bisco (PYD), Filtec P60 -3M (P6), Filtec Z 250 -3M (Z2), Surefil - Dentsply
(SU) e Prodigy Condensável –Kerr (PRC). Todos os CPs foram embutidos em tubos
de PVC com resina acrílica e polidos em uma politriz (Struers), com o acabamento final realizado com feltro branco e
pasta de diamante. Os CPs foram armazenados em água destilada à 37oC
por 24 horas antes do teste. Foram realizadas 5 leituras de dureza Knoop em cada
corpo de prova em um microdurômetro (Durimet), totalizando 15 medições para
cada material. Os dados foram analisados estatisticamente pelo teste de ANOVA e
Tukey. Foi constatada diferença estatística (p<0,001) entre os materiais
testados. As médias de microdureza e o Tukey constam na tabela abaixo:
Z 1
ALE
SU
PYE
P6
ALN
DEF
Z2
PYD
SCU
PRC
SOL
Tukey
136,9 130,9
129,6
115,9 113,6
105,7
99,2 90,9
85,9
78,6 68,57
50,8
17,9
Os maiores
valores de microdureza foram obtidos pelas resinas Z100, Alert, e Surefil. A
resina condensável Solitaire apresentou o valor mais baixo de microdureza.
B301
Adaptação
marginal de inlays
de porcelana em função de diferentes cimentos
resinosos.
R.G. FONSECA*,
C. M. BUSSADORI, C. A. S. CRUZ, G. L. ADABO
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese
da Fac. Odontol. Araraquara - UNESP -
55-16- 232-1233
O emprego de
restaurações estéticas em Odontologia tem aumentado gradativamente nos últimos
anos em função da crescente demanda dos pacientes. Entretanto, apesar do avanço
tecnológico, existem ainda alguns fatores, tais como a adaptação marginal
que, além de não ser completamente controlada, exerce uma forte influência na
longevidade das restaurações. O objetivo deste estudo foi avaliar in
vitro a adaptação marginal de restaurações do tipo inlay
de porcelana em molares humanos devidamente preparados, em função do agente de
cimentação. Foram confeccionadas trinta restaurações, cujas adaptações nas
regiões oclusal, proximal e cervical foram analisadas anteriormente à cimentação
em um microscópio de medição Carl Zeiss-Jena. Após a leitura inicial, as
restaurações foram cimentadas, empregando-se três diferentes marcas
comerciais de cimentos resinosos: 1) Variolink (Vivadent); 2) Enforce (Dentsply)
e 3) Cimento Resinoso Dual (3M). A seguir, foi realizada uma nova medida da
adaptação marginal, apenas na região cervical. Os valores de adaptação
obtidos antes e após a cimentação foram analisados estatisticamente. Concluiu-se
que a adaptação marginal na região proximal, anteriormente à cimentação,
foi pior do que na região oclusal e que todos os agentes cimentantes analisados
promoveram um aumento significativo na adaptação marginal após a cimentação,
não tendo havido diferenças significativas de comportamento entre os mesmos.
Apoio
financeiro : FAPESP
B302
Análise da
rugosidade superficial de sete resinas compostas condensáveis e 4 híbridas.
P. E. C.
CARDOSO, A. MALLMANN, B. SILVEIRA*, L. CASAGRANDE
Programa de
Iniciação Científica em Odontologia – Convênio UFSM-USP - capel@fo.usp.br
A utilização
de resinas compostas condensáveis em dentes posteriores constitui-se em forte
tendência atual. É desejável que estas restaurações apresentem-se, após
seu acabamento, com baixa rugosidade superficial. Considerando os efeitos da
rugosidade superficial no resultado final da restauração, esta pesquisa
quantificou os valores de rugosidade de superfície das seguintes resinas: Z100
- 3M (Z1), Alert - Jeneric Pentron (AL), Alert Nova Fórmula - Jeneric Pentron
(ALN), Solitaire – Kulzer (SOL), Sculpt-it - Jeneric Pentron(SCU), Definite
– Degussa(DEF), Pyramid Esmalte – Bisco (PYE), Pyramid Dentina – Bisco
(PYD), Filtec P 60 -3M (P6), Filtec Z 250 -3M (Z2), Surefil – Dentsply (SU).
Para cada resina, foram confeccionados 3 corpos de prova (CP), com dimensões de
5mm x 2mm x 1mm, que após um período de 24 horas em água destilada, foram
embutidos em resina acrílica e regularizados na politriz Struers. Para o
polimento final foi utilizado o sistema Viking (KG Sorensen), seguido de escova
de Robinson com as pastas Poli I, Poli II e Foto Gloss (KOTA). Para a avaliação
da rugosidade foram realizadas 5 leituras para cada CP, em um rugosímetro
(Mytutoyo –Surf Test 301) com escala Ra. Os resultados estão dispostos na
tabela abaixo:
ALE
ALN
SU
PYD
Z 1
PYE
Z2
DEF
SOL
P6
SCU
Tukey
0,7
0,58
0,41 0,25
0,18
0,17 0,15
0,14
0,12 0,1
0,07
0,23
As resinas
compostas condensáveis apresentaram diferentes graus de rugosidade variando
entre 0,7 mm para
a resina Alert e 0,1 mm para o material P60.
B303
Avaliação
comparativa da dureza superficial de três compósitos em função do tempo
decorrido após a polimerização.
M.E.B.
BAGLIONI-GOUVÊA*, P.C. PACINI, R.M. PUPPIN-RONTANI, L. CORRER-SOBRINHO, R.S.
CENTENARO
Áreas de
Odontopediatria e Materiais Dentários – FOP/UNICAMP - (019) 433-3606
O propósito
deste estudo foi avaliar a influência do tempo de armazenamento (24hs e 7 dias)
na dureza superficial de 3 tipos de compósitos fotopolimerizáveis: Z 100 (3M),
TPH (Dentsply) e Helio Progress (Vivadent), através do grau de dureza Knoop
(KHN). Foram confeccionados 10 corpos de prova cilíndricos (diâmetro – 5,0
mm; altura - 2,5 mm), para cada material. A inserção do material foi realizada
em incrementos de volumes iguais, fotopolimerizando cada incremento
individualmente por 40 segundos. Após a inserção do segundo incremento, foi
colocada matriz de poliéster sobre a resina, previamente à polimerização. Os
corpos de prova foram mantidos em água destilada, em estufa a 37oC,
por 24hs e 7 dias. Previamente à análise de dureza, as amostras foram polidas
com lixas (180, 400 e 600 de granulação) e pasta de diamante (3 mm e 1mm).
Foram realizadas 5 penetrações em cada amostra utilizando máquina
Durimet (Leitz Wetzear), com carga de 100 gramas por 30 segundos. Os
resultados foram submetidos à análise
de variância e ao Teste de Tukey (p<0,05). Os autores verificaram diferenças
estatisticamente significantes entre as médias de dureza superficial para os
compósitos Z100 (113,4), TPH (59,9) e Helio Progress (38,2) em 24hs. O mesmo
foi observado para a análise aos 7 dias sendo que o maior número de dureza foi
apresentado pelo compósito Z100(101,5) seguido por TPH (70,8) e Helio Progress
(31,5). Comparando-se a dureza superficial aos 7 dias e 24 hs, observou-se
diminuição nos valores médios para os compósitos Z 100 (101.5) e Hélio
Progress (31.5).Entretanto, o oposto foi encontrado para o compósito TPH, os
valores encontrados após 7 dias
foram maiores que os da primeira avaliação, em 24 horas.
B304
Resistência
da união metaloplástica das resinas artglass e dentacolor.
L. S. A.
TAROZZO*,
M. G. C. MATTOS, R. F. RIBEIRO, O. L. BEZZON, M. SEMPRINI
Departamento
de Materiais Dentários e Prótese / FORP - USP / (016) 602.3000 R:4005
Uma união
segura entre os sistemas resinosos e as estruturas metálicas de próteses é de
total importância para o sucesso dos tratamentos reabilitadores orais (Rothfuss
et al., J. Prosthod. Dent, 79:270-2, 1998). O objetivo deste trabalho foi
analisar a resistência ao cizalhamento da união metal-resina empregando-se 5
tipos de retenção na estrutura metálica: retenção química; retenção mecânica
com esferas 0,4 mm; retenção mecânica com esferas 0,6 mm; associação química/mecânica
com esferas 0,4 mm, associação química/mecânica com esferas 0,6 mm; em 2
ligas comerciais de NiCr: Wiron 99 e Wirocer; e 2 tipos de resinas: Dentacolor e
Artglass. A resistência ao cizalhamento foi realizada em uma amostra contendo
120 corpos-de-prova cilíndricos de resina unidos na extremidade de 1 haste de
metal de 6 mm de comprimento e 3 mm de diâmetro incluídos em 1 anel cilíndrico
de gesso pedra, e levadas até uma máquina universal de teste de cizalhamento.
A técnica utilizada foi a de SHELL & NIELSEN (J. Dent. Res. 41: 6, 1962)
adaptada por BEZZON (Tese Livre-Docência. Ribeirão Preto. FORP-USP, 1995). Os
resultados obtidos foram analisados estatísticamente, com o software GMC, versão
7.1, a análise de variância e o teste de Tukey foram utilizados. A resistência
da união metal-resina mostrou diferença estatisticamente significante entre as
retenções testadas, entretanto, não houve diferença estatisticamente
significante entre as ligas e as resinas, para o nível de significância de 1%.
(FAPESP) – Processo no
98/ 13106-0.
B305
Acuidade
dimensional de modelos obtidos em resina epóxica e gesso.
D. M.
RODRIGUES*; R. F. RIBEIRO, R. C. S. RODRIGUES, D. G. FRIZZAS
Depto. de
Materiais Dentários e Prótese – FORP-USP – (016)602-4005 -
rribeiro@forp.usp.br
Os gessos
odontológicos são o material mais utilizado na confecção de modelos e troquéis
para fabricação de restaurações indiretas. Alguns trabalhos relatam
vantagens da resina epóxica em relação ao gesso: excelente reprodução de
detalhes, alta resistência à compressão, fratura e desgaste. O objetivo deste
estudo foi avaliar a alteração dimensional de modelos de resina epóxica
(Sikadur 32, Sika) e de gesso pedra tipo IV (Vel-Mix, Kerr). Foi obtido um molde
de silicone (Elite Double, Zhermack) de um manequim odontológico com quatro
pilares metálicos sextavados, simulando um arco parcialmente desdentado. A
partir do molde foram obtidos modelos em gesso e resina epóxica, vazados na
região correspondente aos dentes, complementados por uma base em gesso pedra
tipo III. Todos os materiais foram manipulados de acordo com as instruções dos
respectivos fabricantes. Os materiais utilizados foram proporcionados com o
mesmo peso, sendo a resina epóxica preparada com proporção de 2:1 entre base
e catalisador. Para cada modelo foram determinadas 06 medidas, tomadas com paquímetro
digital (Mitutoyo) pelo lado externo dos pilares e denominadas: A-B, A-C, A-D,
B-C, B-D e C-D. Submetendo os dados à análise estatística, análise de variância
complementada pelo teste de Tukey, não foram observadas diferenças
estatisticamente significantes entre os modelos de resina epóxica e gesso.
Destacamos que a resina epóxica determina uma tempo muito maior para sua
polimerização, o que pode acarretar dificuldades quando trabalhamos com
materiais de moldagem que requerem vazamento imediato e condições específicas
de armazenagem. Dentro dos parâmetros utilizados neste estudo podemos
concluir que a resina epóxica constitui material indicado para a confecção de
modelos odontológicos. Novos estudos, no entanto, são necessários para
avaliar outros aspectos que não a acuidade dimensional.
B306
Fundibilidade
de uma liga de cobalto-cromo sob técnica de inclusão mista.
D. G. Frizzas*, A.
F. P. Carreiro, R. F. Ribeiro, M. G. C. Mattos, O. L. Bezzon
Depto. de
Materiais Dentários e Prótese – FORP - USP – (016)602-4005 -
rribeiro@forp.usp.br
Inúmeros
trabalhos foram realizados para melhorar a fundibilidade das ligas de
cobalto-cromo, modificando sua copmosição ou desenvolvendo novas técnicas que
melhorassem o processo de fundição. Carreiro et al. (Rev. Odontol. USP, no
prelo) verificaram a capacidade de reprodução de detalhes e a textura
superficial proporcionada por 3 revestimentos: Knebel (aglutinado por sílica),
Termocast e Wirovest (aglutinados por fosfato), sob duas temperaturas de
aquecimento do molde (900o
e 950o
C). Concluíram que o revestimento de sílica, embora permitisse 100% de
reprodutibilidade da tela, apresentava maior quantidade de nódulos que o
revestimento fosfatado. Neste trabalho objetivamos a experimentação de uma técnica
dupla de inclusão utilizando os 2 tipos de revestimento na busca de uma melhor
qualidade da superfície metálica. Para a realização do ensaio foi utilizado
o método descrito por Hinman et al. (1984). Foram obtidos 24 corpos-de-prova
incluídos totalmente em revestimento fosfatado (Termocast e Wirovest) e 24 numa
inclusão mista de revestimento fosfatado e sílica (Termocast/Knebel e
Wirovest/Knebel). Para a inclusão mista, os corpos-de-prova foram inicialmente
incluídos em revestimento fosfatado dentro de uma matriz de silicone e, após a
presa desse revestimento, a inclusão foi completada com revestimento à base de
sílica. A fundição foi realizada sob chama de gás-oxigênio. Após a
desinclusão os corpos-de-prova foram jateados com óxido de alumínio.
Submetendo os dados à análise estatística não-paramétrica pelo teste de
Kruskal-Wallis foi observada diferença estatisticamente significante ao nível
de 0.1%. A análise dos dados obtidos para este estudo permite concluir que a
técnica de inclusão mista melhora significativamente os resultados de
fundibilidade da liga de cobalto-cromo com boa qualidade superficial.
B307
Influência
dos agentes cimentantes na remoção de coroas fixadas à núcleos metálicos.
L. H. M.
PRATES*, S. CONSANI, M. A. C. SINHORETI, M. F. DE GOES,
UFSC e
Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP - (048) 960-4515
O propósito do estudo foi avaliar o comportamento de 4
cimentos sobre a resistência à remoção, por tração, de coroas totais
fundidas fixadas sobre preparos em núcleos metálicos fundidos. Foram
utilizados 28 preparos padronizados para coroas totais, com expulsividade de 8o,
diâmetro cervical de 9 mm, ombro de 0,75 mm e altura de 5 mm, fundidos em liga
de prata (Pratalloy - Degussa) com técnica padronizada. Os preparos, montados
em tubos de PVC com resina acrílica, foram moldados com silicona por adição
(Express, 3M) e os enceramentos realizados em troquéis de gesso tipo IV (Vel
Mix, Kerr). As coroas totais em liga de paládio/prata (Pors On 4, Degussa)
foram confeccionadas com uma alça oclusal, através de técnica de fundição
padronizada. Após a limpeza das coroas e núcleos com jato de óxido de alumínio
(50 mm), os corpos-de-prova foram divididos em 4 grupos de 7. No Grupo 1 as
coroas foram fixadas com cimento de fosfato de zinco (SS White) (controle). No
Grupo 2 foi utilizado o ionômero de vidro convencional (Ketac Cem, ESPE). No
Grupo 3 foi utilizado o ionômero de vidro modificado por resina (Vitremer, 3M)
e no Grupo 4, cimento resinoso e adesivo (Cimento de Resina e Scotchbond, 3M).
Os materiais foram manipulados de acordo com os fabricantes e após 24 horas a
amostra recebeu 500 ciclos nas temperaturas de 5 e 55o
C. Os testes de remoção, por tração, foram realizados em máquina Instron
com velocidade de 1 mm/min. Os resultados, em Kg, analisados por ANOVA e
teste de Tukey (p £ 0,05) demonstraram semelhança entre os grupos 2
(125,94) e 3 (120,92), o mesmo ocorrendo entre os grupos 3 (120,92) e 4
(106,53). Por outro lado, o Grupo 2 (125,94) foi superior ao grupos 4 (106,53) e
1 (73,05 ).
FAPESP,
Processo no
98/02531.
B308
Grau de
polimerização e dureza Knoop de resinas compostas.
C.M.L.S.
CARVALHO *, M.F. DE GÓES, P.E.C. PERES, M.A
C. SINHORETI
Faculdade de
Odontologia de Piracicaba – UNICAMP – São Paulo - (019) 430-5345
O objetivo do
trabalho foi avaliar a profundidade de polimerização de resinas compostas com
composição orgânica e inorgânica modificadas, através da microdureza Knoop.
Foram confeccionadas 5 amostras para os materiais divididos nos grupos: 1- Z100
(3M), 2- Alert (Jeneric/Pentron), 3- P60 (3M), 4 - Filtek Z250(3M) e
5 – Solitaire ( Kulzer). O material foi inserido em um só incremento
em matriz cilíndrica de 5mm x 5mm e polimerizado com aparelho (XL1000-3M –
500mW) por 40 segundos. As amostras foram armazenadas
ao abrigo da luz a 37 oC em umidade relativa por 24 horas. Em seguida, as
amostras foram fixadas a bases de resina acrílica, desgastadas
longitudinalmente até a região central, polidas com lixas de granulação 400,
600, 1200, panos com pasta diamantada de 6, 3 e 1 mm e limpas em banhos de água
destilada sob ultrassom entre cada procedimento. O ensaio de dureza
Knoop foi realizado com o aparelho Shimadzu HMV – 2000, carga de 25g
com 4 impressões nas profundidades 1, 2, 3 e 4mm com distância de 1mm entre
si. A análise de variância e o Teste de Tuckey foram aplicados ( p< 0,05).
Para o grupo 1, os valores de dureza à 1mm foram estatisticamente diferentes em
relação a 4 mm. Os demais grupos apresentaram diferença nos níveis de
profundidade. Os valores de dureza dos grupos 3 e 4 não foram estatisticamente
diferentes entre si e apresentaram diferença em relação aos demais. Os grupos
1, 2 e 5 são estatisticamente diferentes entre si. A ordem decrescente de
dureza é: Alert > Z100 > P60 = Filtek Z250 > Solitaire. As resinas
compostas mantiveram o valor de dureza nas profundidades de até 4 mm, exceto o
grupo 1.
B309
Avaliação in
vitro de algumas propriedades de cimentos resinosos.
R. C.
FRAGA*,L. R. LUCA-FRAGA, L. A. F. PIMENTA:
Depto de
Odontoclínica, UFF; Depto. de Odontologia Restauradora, UNICAMP. – Brasil -
Fone: 021-711-3896
Os cimentos
resinosos têm demonstrado propriedades superiores aos cimento fosfato de zinco
(Gorodovsky & Zidan. J Prosthet. Dent. 68: 269-74, 1992; Tjan & Li t. J
Prosthet. Dent. 67: 478-84, 1992; Van Meerbeek et al J. Oral Rehabil. 21, 57-66, 1994; White & Yu Z. J.
Prosthet. Dent. 68, 49-52, 1992). Este estudo teve como propósito testar
três cimentos resinosos, utilizando-se um cimento a base de fosfato de zinco
como controle, avaliando-se a capacidade de escoamento(9 repetições de cada
grupo) pelo método de compressão entre duas placas de vidro; a degradação
hidrolítica(12 repetições) através de pesagem antes e após o armazenamento
em água destilada; e a radiopacidade(4 repetições), utilizando-se escores
atribuídos por 3 examinadoresà radiografias em um estudo cego. A análise
estatística dos resultados dos testes de escoamento e de hidrólise foi
realizada através de análise de variância em nível de 5%. O teste de
radiopacidade foi analisado estatisticamente pelo método de Mann-Whitney em nível
de 5%. No teste de escoamento não foi observada diferença significativa entre
os materiais incluídos neste estudo. Com relação à
hidrólise, o cimento fosfato de zinco apresentou um valor
significativamente superior aos cimentos resinosos. O teste de radiopacidade
indicou diferença estatisticamente significante entre todos os materiais
testados, com o cimento fosfato de zinco apresentando um grau superior aos
cimentos resinosos. Apesar da maior radiopacidade do cimento fosfato de
zinco, os resultados dos outros testes sugerem que a aplicação de cimentos
resinosos associados aos sistemas adesivos pode melhorar a performance das restaurações indiretas
B310
Radiopacidade
de materiais restauradores estéticos comparados à estrutura dental.
A. T. HARA*,
M. C. SERRA, F. HAITER-NETO, A. L. RODRIGUES Jr.
FOP UNICAMP /
FOAr UNESP - e-mail: mcserra@fop.unicamp.br
A proposta
deste estudo foi avaliar, quantitativamente, a radiopacidade de treze materiais
restauradores, sendo um ionômero de vidro convencional (A-Ketac-fil/Espe), três
ionômeros de vidro modificados por resina (B-Fuji II LC/GC Corp.;
C-Photac-fil/Espe; D-Vitremer/3M), seis resinas compostas modificadas por poliácidos
(E-Compoglass/Vivadent; F-Dyract/Dentsply; G-Freedom/SDI; H-F2000/3M;
I-Resinomer/Bisco; J-Variglass/Dentsply) e três resinas compostas (L-Durafil
VS/Kulzer; M-Tetric ceram/Vivadent; N-Z100/3M), em relação à estrutura
dental. Confeccionaram-se vinte e um corpos de prova de cada material, com 2-mm
de espessura por 4,5-mm de diâmetro. Utilizou-se um padrão dental nas mesmas
dimensões, apresentando espessura de 1-mm em esmalte e 1-mm em dentina. Essas
unidades experimentais foram aleatoriamente dispostas ao redor de uma escala de
alumínio - com dez níveis de espessura - sobre películas radiográficas, e
posteriormente radiografadas e processadas em condições padrões. A
radiopacidade foi determinada por fotodensitometria. As médias para cada
material foram: A: 1,45; B: 0,30; C: 0,46; D: 0,57; E: 0,25; F: 0,27; G: 0,79;
H: 0,60; I: 1,16; J: 0,02; L: 1,53; M: 0,25; N: 0,47; e para o padrão dental:
0,85. Empregando-se a ANOVA e o Teste de Tukey obteve-se que,
em relação à radiopacidade, J > E = M = F = B > C = N = D = H
> G = padrão dental > I > A = L. Concluiu-se que a radiopacidade de
materiais restauradores estéticos não pode ser atribuída às suas diferentes
classes. Materiais restauradores menos ou tão radiopacos quanto a estrutura
dental devem ser evitados para restaurações em dentes posteriores.
Apoio Fapesp
(proc. nº 97/12862-2)
B311
Avaliação da
rugosidade e placa dental em cerâmicas após polimento.
C. C. L.
MENDONÇA*, L. A. M. S. PAULILLO, J. A. CURY,C. T. DIAS
Departamento
de Odontologia Restauradora – FOP – UNICAMP (019)4305340
Em situações de grandes destruições coronárias, restaurações
do tipo “onlay/inlay” cerâmicas são indicadas, preenchendo os requisitos
estética e função. Porém, ajustes oclusais devem ser realizados após a
cimentação, levando ao maior desgaste nos dentes antagonistas e acúmulo de
placa dental. O objetivo deste trabalho foi avaliar in
vitro a rugosidade, através de rugosímetro(Ra) de cerâmicas submetidas a
acabamento e polimento, e o acúmulo de placa dental in situ em espectrofotometria nessas
mesmas superfícies. Os cilindros cerâmicos foram divididos nos grupos
experimentais: Sistema Kota (SK); Pasta diamantada (PD); Sistema Enhance (SE);
Sistema Viking (VK); Ponta diamantada FF (FF); “glaze” final (C+); Ponta
diamantada 2135 (C-). Os resultados obtidos através do Teste de Duncan para
rugosidade foram: C- 1,185 (a); FF 1,007 (b); SE 0,964 (c); SK 0,937 (c,d); PD
0,912 (d); VK 0,911 (d); C+ 0,794 (e) e mostraram que os procedimentos
realizados não foram capazes de promover a lisura superficial do “glaze”
final. Para o estudo in situ foram
confeccionadas placas palatinas, e posicionadas sete amostras correspondendo aos
grupos experimentais. Nove voluntários utilizaram os dispositivos intra-orais
durante três dias por semana, num total de sete semanas. Os aparelhos foram
imersos em sacarose 20% para estimular a formação de placa dental, e após os
períodos de utilização, esta foi extraída e quantificada. Os resultados
obtidos através do Teste Duncan para oteste in situ foram: C- 0,513 (a); SE 0,512 (a); SK 0,502 (a); C+ 0,500
(a); FF 0,499 (a); PD 0,480 (a); VK 0,474 (a) e portanto não demonstraram
diferença estatistica significativa em relação ao acúmulo de placa dental,
entre os diferentes materiais de acabamento e polimento.
Apoio financeiro FAPESP – Processo 97/05876-7
B312
Efeito do ângulo
de convergência e dos cimentos na resistência à fratura de coroas In ceram.
L. CORRER
SOBRINHO *, J.C. KNOWLES , S. CONSANI, M.A.C. SINHORETI
Departamento
de Materiais Dentários - FOP/UNICAMP,BR e Eastman Dental Institute, UK - (019)
430-5348
O propósito
deste estudo foi comparar a resistência à fratura de coroas In Ceram
confeccionadas com ângulos de 8° e 16° de convergência oclusal total,
fixadas sobre preparos com os cimentos de fosfato de zinco e ionômero de vidro
RGI-Lutrex e Vivaglass Cem. Trinta coroas com 8 mm de diâmetro por 8,5 mm de
altura foram confeccionadas para cada tipo de preparo em troquéis de metal, com
aproximadamente as mesmas dimensões de um premolar. As coroas In Ceram foram
fixadas sobre os troquéis de metal com os cimentos de fosfato de zinco e ionômero
de vidro RGI-Lutrex e Vivaglass Cem. Todas as amostras foram armazenadas em água
destilada a 37°C por 24 horas antes dos testes. Em seguida, as coroas foram
submetidas ao teste de fratura numa máquina de teste universal (Instron) a uma
velocidade de 1,0 mm/min.. Os resultados foram submetidos à análise de variância
e ao teste de Mann-Whitney ao nível de 5% de probabilidade. Os resultados
indicaram que (1) – Não houve diferença estatística nos valores de
resistência à fratura entre os preparos de 8° e 16° usando o
mesmo tipo de cimento (Fosfato de zinco: 8o - 1883 N e 16o
1916 N; RGI-Lutrex: 8o
1145 N e 16o
1156 N; e Vivaglass Cem: 8o
1046 N e 16o
1150 N; (2) – As coroas fixadas com o cimento de fosfato de zinco sobre os
preparos com 8°
e 16° de convergência oclusal total (1883 N e 1916 N) foram
significantemente mais resistentes do que aquelas fixados com os cimentos de ionômero
de vidro RGI-Lutex (1145 N e 1156 N) e Vivaglass Cem (1046 N e 1150 N)
p<0,05.
Apoio
financeiro da FAPESP - Processo 96/4208-8
B313
Tempo de
condicionamento dentinário e sistemas adesivos: influência na microinfiltração
marginal.
A . M. F.
ARANHA* , E. A. CAMPOS, S. T. PORTO NETO, R. MAGNANI
Departamento
de Odontologia Restauradora – Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP
- (016) 232-1233 / r.123
A
microinfiltração marginal é um dos fatores que mais tem chamado a atenção
de pesquisadores e clínicos em Odontologia Restauradora. A adesão dos
materiais restauradores à dentina ocorre através de sistemas adesivos que
penetram no interior da dentina condicionada, com conseqüente obtenção de uma
união micromecânica. O objetivo deste trabalho foi avaliar “in vitro” a
microinfiltração marginal em cavidades classe V, em função de dois sistemas
adesivos e do tempo de condicionamento do esmalte e dentina. Foram preparadas 40
cavidades classe V, nas faces V e L dos molares selecionados, sendo restauradas
por resina composta híbrida TPH, utilizando-se dois sistemas adesivos, Single
Bond e Prime & Bond 2.1 e variando-se o tempo de condicionamento com o ácido
fosfórico 36%, 15s e 30s. Após a conclusão das restaurações, acabamento e
polimento, os dentes foram isolados e submetidos a termociclagem em água e
armazenados, posteriormente, durante 24 h na solução de rodamina B 0,2% a 37ºC.
A microinfiltração marginal foi avaliada por inspeção visual através da
lupa estereoscópica ZEiss (20x).
Os dados foram submetidos à análise estatística não-paramétrica de
Kruskall-Wallis ao nível de significância de 5%.De acordo com os resultados, pode-se
concluir que nenhum sistema adesivo associado a resina composta foi capaz de
evitar a microinfiltração marginal cervical e o sistema Prime & Bond 2.1
apresentou–se com melhor resultado para o tempo de 30s.
Apoio
Financeiro: FAPESP
B314
Influência da
escovação na dureza Knoop e rugosidade de materiais restauradores estéticos.
H. P. O.
BELLOTI*, S. CONSANI, L. CORRER SOBRINHO, M.A.C. SINHORETI
Departamento
de Materiais Dentários – FOP – UNICAMP - Brasil - (019) 430-5348
O propósito
deste estudo foi investigar a influência da escovação mecânica na dureza
Knoop e rugosidade de superfície do Charisma e Artglass sob diferentes
polimerizações. Vinte amostras com 7mm de diâmetro foram feitas em uma placa
de teflon com 2,5mm de espessura, sendo o Charisma
polimerizado por 40 segundos. Dez receberam polimerização adicional
pela água a 100o
C, por 5 minutos. Dez amostras do Charisma e dez do Artglass foram polimerizadas
no forno Uni-XS por 180 segundos. Cinco amostras de cada tratamento receberam
acabamento e polimento e 5 não receberam (controle). A dureza Knoop foi
efetuada no aparelho HMV-2000, com carga de 50 g por 30 segundos. Cinco penetrações
foram feitas em cada amostra. A rugosidade foi verificada com o aparelho
Prazis-Rug, antes e após as amostras serem submetidas a 30.000 ciclos numa máquina
de escovação Equilabor. Os resultados foram analisados estatisticamente pelo
teste de Tukey (5%), e indicaram que: (1)-A rugosidade do Charisma
polimerizado por luz (0,146mm) foi superior em relação ao Charisma com
polimerização adicional pelo calor (0,132mm), Charisma polimerizado no
forno Uni-XS (0,088mm) e Artglass (0,096mm) antes da escovação
sem polimento, enquanto o Artglass foi mais rugoso após a escovação; (2)- A
rugosidade após o polimento (antes e após a escovação) foi significantemente
maior no Artglass (0,358mm) do que no Charisma polimerizado no forno
Uni-XS (0,214mm); (3)-A dureza Knoop para o Charisma-forno Uni-XS (48,84)
e Artglass (42,53) sem polimento antes da escovação foi significantemente
maior do que no Charisma-luz (34,78) e calor (29,04). Após o polimento e escovação,
a dureza do Charisma-forno Uni-XS (54,70) e do Charisma-calor (53,24) foi
significante maior do que o Artglass (45,44) e o Charisma-luz (34,46).
B315
Influência do
tratamento térmico nas propriedades mecânicas de resinas compostas
fotopolimerizáveis.
P. C.
CARDOSO*, P. BURMANN, I. CORRÊA, T. MELLO, L. ANZILIERO
Programa
Iniciação Científica em Odontologia UFSM-USP - capel@fo.usp.br
Novos métodos
para otimizar o grau de polimerização das resinas compostas vêm sendo
propostos. Neste sentido, é possível melhorar as propriedades mecânicas das
resinas compostas através de processos de pós-polimerização, que geralmente
envolvem uma polimerização secundária por calor e/ou por fotopolimerização
intensa. Entretanto, a polimerização complementar nem sempre constitui-se em
alternativa de uso clínico viável. O presente estudo analisou a influência de
um tratamento térmico pós-polimerização (TTP) sobre a microdureza e a resistência
à flexão das resinas compostas: Z100 -3M (Z1), Definite - Degussa (DE), Filtec
Z250 - 3M (Z2), e Heliomolar - Vivadent (HE). Os corpos de prova (CPs), 5 para
cada condição experimental, foram confeccionados para os respectivos ensaios,
de acordo com os padrões correntemente aceitos e discutidos na literatura. A
fotopolimerização seguiu a recomendação dos fabricantes. Metade dos CPs foi
levada à uma autoclave (Dabi Atlante) por 16 minutos à temperatura de 132 o
C, sob pressão de 2,3 Kgf/cm2.
Os ensaios de resistência à flexão e microdureza Knoop foram conduzidos de
acordo com os padrões correntemente aceitos na literatura. A média dos
resultados são encontrados na tabela abaixo:
Z1
Z1+TTP
Z2
Z2+TTP
HE
HE+TTP
DE
DE+TTP
Flexão (MPa)
125,0
175,9
174,2
195,1
92,3
117,2
105,9
162,4
Microdureza
133,6
191,8
86,0
117,7
39,6
61,2
99,3
181,3
A análise
estatística dos dados (ANOVA e Tukey) indicou que o TTP elevou os valores de
microdureza Knoop e resistências à flexão de todos os materiais testados
(p<0,01).
B316
Estudo
comparativo “in vitro” da dureza superficial de um cerômero
(Targis-Ivoclar) frente à ação de soluções ácidas.
J. FALCON,
A. MARTINEZ, M.A. SARAVIA, J. POWERS
Faculdad de
Odontologia, Univ. Per. Gayetano Heredia, Lima-Peru-Centro de Investigações de
Biomateriais de Houston, U.S.A.- (0051) 13365934
O objetivo
deste estudo foi comparar a ação de diferentes soluções ácidas na dureza
superficial do cerômero Targis (Ivoclar). Foram elaboradas 18 espécimes de 16
x 10 x mm, segundo as recomendações do fabricante, foram usados 3 espécimes
para cada grupo. Os espécimes foram submersos em cada solução durante alguns
minutos. Gr. I: Controle (5min.); Gr. II: Sumo de limão (Citrus limonum) (5min.);
Gr. III: Coca Cola (5 min.); Grupo IV: Café (Nescafé) (5 min.); Gr. V: ácido
fluorídrico 7% (Ultra dent); Gr. VI: Flúor fosfato acidulado 1,23% em espuma
(Sultán APF) (4 min.). Os espécimes foram lavados com água, depois se
utilizaram o durômetro de Vickers (10 kg) e se realizaram 15 testes para cada
grupo (n=15).
Os resultados
mostraram x, desvio padrão (DS), coeficiente de variância (CV), ph (_)
Control
G-II (2.47) G-III (2.65)
G-IV (5.12) G-V (2.00)
G-VI (3.00)
X
60.79
60.23
60.65
59.94
57
58.77
D.S.
2.65
1.52
1.29
1.19
1.69
0.92
C.V.
4.37%
2.52%
2.13%
1.98%
2.96%
1.57%
O teste de
Anova mostrou diferenças altamente significativas (p<0.001) entre todos os
grupos. O teste de Scheffe mostrou diferenças estatísticas altamente
significativas entre o grupo V e os grupos II, III e IV. Entre o grupo V e grupo
VI não mostrou diferenças significativas (p< 0.05). O ácido fluorídrico
e flúor fosfato acidulado 1.23% em espuma (Sultán APF) produzem uma diminuição
da dureza superficial neste cerômero.
B317
Remoção de
manchas brancas através da técnica de microabrasão.
L. D. P.
SIMOM*, M. R. C.VARGAS, D. DANTAS, R. UCHÔA, M. N. CORREIA
Odontologia
Restauradora – FOP/UPE - (081) 458 1208
Foi realizado
um estudo clínico comparativo de substâncias (ácido fosfórico a 37% e pedra
pomes extra fina) para tratamento de lesões de manchas brancas em pacientes de
ambos os gêneros na faixa etária de 09 a 15 anos provenientes da clínica da
graduação e da Disciplina de Dentística e Odontopediatria da Faculdade de
Odontologia de Pernambuco – FOP/UPE. O procedimento inicial consistiu da seleção
dos pacientes dentro de critérios pré-estabelecidos, orientação de higiene
bucal e controle da placa bacteriana. As lesões selecionadas foram em número
de 36, divididos em um grupo experimental com 20 lesões e grupo controle com 16
lesões. O tratamento foi comum a ambos os grupos diferindo no grupo controle,
onde foi aplicada uma camada de flúor por 4 minutos a cada sessão enquanto que
no grupo experimental esta etapa ficou por conta da remineralização salivar. O
tempo de tratamento foi de seis sessões. Os dados colhidos a cada sessão eram
codificados em ficha para análise estatística aos quais foram aplicados o
teste de Comparação de Proporção Parcial ou Total, onde os dados estatísticos
na pesquisa suportam as seguintes conclusões, a técnica de microabrasão
associada com ácido fosfórico a 37% é efetiva para o tratamento de lesões de
manchas brancas independente do uso ou não do flúor, sendo que os
procedimentos em que o flúor foi aplicado houve o desaparecimento da lesão
antes do grupo experimental.
B318
Avaliação da
microdureza superficial de resina composta curada por LED 468nm.
C. KURACHI*,
R. F. Z. LIZARELLI, V. S. BAGNATO
Depart. de Física
e Ciência dos Materiais – Instituto de Física de São Carlos (USP) -
Telefone: (016) 271-2012, cristina@ifsc.usp.br
A resina composta dental é um material restaurador de grande
aplicação clínica. Um dos métodos de avaliação do grau de polimerização
da resina composta é o teste de microdureza. Os autores compararam a
microdureza do material curado por um diodo emissor de luz (tipo LED), com um
pico de emissão em 468 nm (azul-violeta), e por um aparelho de fotopolimerização
odontológico (K&M – São Carlos). Os parâmetros de utilização do LED
foram: 3,5 V, 40 mA, resultando em 4,3 mW. Foram confeccionadas 5 amostras (Z100
cor A3 – 3M do Brasil) de cada grupo experimental sendo: I controle (lâmpada
convencional – 40s), II (LED 40s), III (LED 60s), IV (LED 120s), V (LED 180s)
e VI (LED 240s). O teste de microdureza foi realizado no aparelho mhp
Microhardness Tester, aplicando uma carga de 160 g durante 30 s. Em cada amostra
foram feitas 3 identações, após a leitura obteve-se a média das diagonais e
aplicou-se a fórmula: MHV=1854,4xP/d2. A avaliação
da microdureza como função do tempo de exposição demonstra que o LED obtém
MHV dentro da faixa de valores obtidos pela lâmpada, a partir de 125s. A
microdureza média dos materiais curados pelas duas fontes de luz se equivalem
no tempo de 180s do LED. Esse resultado deve-se provavelmente à diferença
entre as potências das duas fontes de luz, a lâmpada com 475 mW/cm2
e o LED com cerca de 11 mW/cm2.
Concluímos que é possível a polimerização da resina composta com o LED
(468 nm). O tempo de cura pode ser diminuído se certos parâmetros de utilização
forem alterados. O uso de LEDs na cura de resinas pode vir a representar grandes
simplificações em custo e instrumental neste tipo de processamento, podendo
levar à outras aplicações para as resinas fotocuradas.
Apoio
Financeiro: FAPESP, PRONEX e PADCT.
B319
A história do
amálgama chegou ao fim?
C. B. B.
FORTES*, S. M. W. SAMUEL
Departamento
de Odontologia Conservadora, Faculdade de Odontologia - UFRGS - (051)328-29-82
fortes@adufrgs.ufrgs.br.
O objetivo
deste estudo foi avaliar a frequência
do uso de restaurações de amálgama na unidade SEDE do SESC de Porto Alegre.
Foram analisadas 23.141 restaurações confeccionadas no segundo semestre de
1998. A análise dos dados mostrou que neste período foram realizadas
9.011(39%) restaurações de amálgama, 12.670 (55%) restaurações de resina
composta e 1.460 (6%) restaurações de cimento de ionômero de vidro. As
restarações de amálgama foram utilizadas em dentes posteriores, tanto em
crianças quanto em adultos, as restaurações de resina composta foram
utilizadas em dentes anteriores e posteriores e as restaurações com cimento de
ionômero de vidro foram utilizadas
basicamente em crianças, tanto em dentes anteriores como em posteriores. Este
resultado contraria a opinião de alguns especialistas de que o amálgama não
sobreviveria até o final do século XX. Apesar da sua falta de estética, da
sua falta de adesão à estrutura dentária, das considerações a respeito da
toxicidade do mercúrio e da versatilidade de outros materiais, o amálgama não
foi eliminado da Odontologia, principalmente devido ao seu baixo custo e
durabilidade. Baseado neste estudo pode-se concluir que o amálgama ainda é
um material restaurador de escolha, pois foi utilizado em 39% das restaurações.
Portanto, este material deve ser ensinado e valorizado, pois ocupa um
importante lugar na Odontologia Restauradora. Os resultados desta pesquisa são
válidos para a amostra descrita (23.141) e não devem ser tomados como
universais, mas podem levantar indícios para amenizar algumas inquietações
abordadas neste trabalho.
B320
Microinfiltração
em restaurações classe V feitas com materiais restauradores híbridos.
M. R. L.
RAGAZZI*; C. C. A. OLIVEIRA; R. R. BRAGA
Materiais Dentários,
Faculdade de Odontologia USP-SP - Fax (011) 818-7840
O
objetivo do trabalho foi avaliar o grau de microinfiltração em restaurações
classe V, com margens em esmalte e dentina, feitas com vários materiais híbridos.
Foram testados dois ionômeros modificados, Fuji II LC (F) e Vitremer (V), e três
compômeros, Dyract AP (D), Compoglass F (C) e F2000 (F2), sendo que estes foram
testados com e sem condicionamento ácido. A resina composta Z100 (Z) foi
utilizada como controle. Foram utilizados 41 molares, nos quais foram preparadas
cavidades nas faces vestibulares e linguais. Os dentes restaurados foram
submetidos a ciclagem térmica (700 ciclos, entre 5oC
e 55oC).
A solução de Ag NO3
a 50% foi usada como traçador. Cada restauração foi seccionada em duas regiões,
fornecendo quatro faces para avaliação. Os graus de microinfiltração atribuídos
variaram entre 0 (ausente) a 4 (traçador atingindo a parede axial).
0
1
2
3
4
0
1
2
3
4
e
d
e
d
e
d
e
d
e
d
e
d
e
d
e
d
e
d
e
d
Z
3
-
5
3
1
3
-
1
-
2
D s/
2
1
7
2
-
-
-
1
-
5
V
1
-
7
6
1
2
-
1
-
-
D c/
4
-
5
2
-
2
-
4
-
1
F
-
-
9
1
-
5
-
3
-
-
F2 s/
3
-
5
1
-
2
1
3
-
3
C
s/
1
-
6
2
-
4
-
-
-
1
F2 c/
5
-
4
6
-
2
-
1
-
-
C
c/
5
-
4
4
-
-
-
3
-
1
Feito
o teste de Kruskal-Wallis, verificou-se que: todos os materiais testados
apresentaram menor infiltração em esmalte do que em dentina. O condicionamento
ácido não alterou o grau de infiltração dos compômeros. O Vitremer
comportou-se melhor em dentina do que o Fuji II LC.
B321
Microdureza e
profundidade de polimerização de resina composta condensável: laser x luz halógena.
F.S. NAUFEL,
M.L. TURBINO, A MIRAGE; E. MATSON
Dentística,
Fac Odontologia–USP–São Paulo-(011)8187839.
A evolução
das resinas compostas levou ao uso de resinas condensáveis para restaurações
de dentes posteriores. Como uma das vantagens desses materiais, os fabricantes têm
apontado a maior profundidade de polimerização, possibilitando o uso de
incrementos de até 5mm de espessura. O uso do laser vem se difundindo
rapidamente, sendo o laser de Argônio o indicado para polimerização de resina
composta. Neste estudo foi avaliada a microdureza Vickers de uma resina condensável
(Alert), comparada com uma híbrida (Z100) polimerizadas com luz halógena a 40
segundos e com laser de Argônio a 10, 20 e 30 segundos. Essas medidas foram
feitas nas profundidades de 0.5, 1.5, 2.5, 3.5 e 4.5mm. Os resultados
mostraram que a resina Alert mostrou redução significativa de dureza a partir
da profundidade de 3.5mm para a luz halógena (40 segundos) e laser a 10
segundos. Para laser a 20 e 30 segundos a redução mais acentuada se deu apenas
a 4.5mm. A resina Z100 apresentou dureza maior que a Alert na profundidade de
0.5mm tanto para luz halógena como laser. Porém com luz halógena a redução
na dureza ocorreu a partir de 2.5mm e com laser a 30 segundos a redução se deu
a partir de 3.5mm.(p<0,05).
B322
Análise da
dureza de diferentes materiais restauradores estéticos em relação a
profundidade de polimerização.
R.G.PALMA
DIBB*§; A.E.PALMA; E.MATSON
Depto de
Odontologia Restauradora – FORP/USP; FDepto de Dentística – FOUSP - (016)
620-5962
O objetivo do presente trabalho foi analisar a dureza em relação
a profundidade de polimerização de diferentes materiais restauradores estéticos.
Foram analisados duas resina compostas modificadas por poliácidos
(Freedom – Fr, SDI e F2000 – F2, 3M), dois cimentos de ionômero de vidro
modificados por resina (Vitremer-Vi, 3M e Fuji IILC-Fu, GC) comparando-os com
uma resina composta microhíbrida (Prodigy – Pr, Kerr).
Foram confeccionados 3 corpos de prova, com matriz preta com 6mm de diâmetro
e 3mm de altura adaptada em uma mesa e com uma lâmina de aço dividindo o
cilindro em dois. Os corpos de
prova foram confeccionados numa única camada e polimerizada por 60 segundos.
Analisou-se a superfície voltada para a lâmina de cada hemi cilindro e
avaliou-se a dureza em diferentes profundidades que foram: 0,4mm, 1,0mm, 2,0mm e
2,6mm da luz da lâmpada, após 24 horas mantidos em água destilada a 37ºC.
Os resultados obtidos foram:
Profundidade
0,4mm
1,0mm
2,0mm
2,6mm
Material
Hv (±dp) Hv (±dp)
Hv (±dp) Hv (±dp)
Freedom
33,78 (3,07) 33,48 (4,09) 28,84
(6,52) 22,15 (4,52)
F2000
50,47 (3,68) 43,07
(8,17) 42,06 (4,41)
37,49 (6,70)
Vitremer
35,66 (4,14) 36,59 (3,17) 34,62
(2,56) 31,48 (3,63)
Fuji II LC
50,13 (8,10) 48,02 (6,36) 50,90
(4,92) 52,41 (8,29)
Prodigy
56,57 (7,09) 49,23
(6,56) 44,27 (7,10)
38,37 (2,41)
Os dados foram
analisados estatisticamente pela ANOVA e o teste de Tukey. A Pr
e o Fu apresentaram os melhores resultados, porém o Fu manteve a dureza
estatisticamente semelhantes mesmo nas diferentes profundidades analisadas.
Podendo concluir que para o Fu a presa do material se da não só pela
luz ativadora.
B323
Avaliação clínica
de restaurações classe V utilizando diferentes materiais restauradores estéticos.
M.A
CHINELATTI*, R.P. RAMOS, D.T.CHIMELLO, R.G.
PALMA DIBB, T. NONAKA.
Depto
Odontologia Restauradora FORP-USP - (016)602-4087
O objetivo
deste estudo foi comparar o comportamento clínico de dois compômeros: F2000 -
3M (F2) e Freedom - SDI (F) com um cimento de ionômero de vidro modificado por
resina: Vitremer - 3M (V) no período de 6 meses. Foram selecionados 19
pacientes com pelo menos 3 cavidades classe V decorrentes de lesões cariosas e
não cariosas (erosão, abrasão e abfração). No total foram realizadas 29
restaurações de cada material em dentes posteriores e/ou anteriores.
Primeiramente realizou-se profilaxia, remoção do tecido cariado nos dentes que
apresentavam cárie, retenção adicional na parede circundante oclusal ou
incisal da cavidade e bisel no ângulo cavosuperficial oclusal ou incisal nas
cavidades restauradas pelos compômeros. Em seguida os materiais foram inseridos
sob isolamento absoluto, seguindo as instruções dos fabricantes. As restaurações
foram acabadas após uma semana e avaliadas por dois examinadores previamente
treinados, no Baseline e após 6 meses usando os critérios da USPHS. As
características analisadas foram: cárie, forma anatômica, alteração de cor,
descoloração marginal, textura superficial, integridade marginal e
sensibilidade pós-operatória. No baseline todas as restaurações foram aceitáveis.
Após 6 meses, retornaram 18 pacientes (26 restaurações de cada material),
mas 4 F2, 3F e 3 V restaurações apresentaram alteração de cor.
Três F2, 3 F e 2V apresentaram perda de forma anatômica. Dois F2 apresentaram alteração na integridade marginal.
Um F teve descoloração marginal e 3F e 2V tiveram alteração na
textura superficial. Após 6 meses pode-se observar que de modo geral todas
restaurações se comportaram adequadamente.
Os resultados foram analisados pelo teste Qui-quadrado.
Não houve diferença estatisticamente significante entre os materiais
restauradores testados nem entre os dois períodos examinados.
B324
Cimentação
de coroas totais e MOD com cimentos ionoméricos.
F. MARTINS*,
S. CONSANI, M. A. C. SINHORETI, l. C. SOBRINHO
Disciplina
Materiais Dentários, F. O. de Piracicaba - UNICAMP - (018) 623-8578
O objetivo
deste estudo foi verificar a resistência à tração de coroas metálicas
fundidas tipo coroa total e MOD, cimentados em dentes humanos, utilizando
cimento de ionômero de vidro convencional Shofu Glasionomer ( grupo controle) e
modificado por resina Vitremer 3M. Foram usados 64 dentes molares humanos hígidos
recém-extraídos. Após a profilaxia, as raízes de cada dente foram incluídas
com resina acrílica quimicamente ativada em tubos de P.V.C.. A coroa de cada
dente foi preparada com broca diamantada em alta rotação refrigerada a jatos
de ar/água, até a obtenção da forma de um preparo cônico para coroa total e
um preparo estilizado tipo classe II de Black para as coroas inlays MOD. Em
seguida, as coroas foram obtidas através da técnica de fundição da liga à
base de Ni-Cr pelo método da cera perdida. Os corpos-de-prova foram divididos
em oito grupos de 8 unidades cada, sendo quatro grupos para os preparos de coroa
total e quatro para os preparos de coroas MOD, ficando metade cimentada com cada
tipo de cimento ionomérico, com e sem ciclagem térmica, antes do teste de
resistência à tração, que foi realizada através de uma máquina de ensaio
universal, 24 horas após a ciclagem. Os autores concluíram que o cimento de
ionômero de vidro modificado por resina composta Vitremer-3M, obteve as maiores
médias de resistências às forças de tração ( 22,59 Kgf/cm2)
em relação ao cimento de ionômero de vidro convencional Shofu Glasionomer,
(19,04 Kgf/cm2)
em todas as situações, exceto quando as coroas MOD sofreram tratamento térmico.
B325
Estudo da
resistência ao cisalhamento entre ligas metálicas e cerômeros.
M.K.ITINOCHE*,
E.T.KIMPARA, M.A.BOTTINO, M.P.NEISSER
Depto. Mat.
Odontol. e Prótese - Fac. Odont. São José dos Campos - UNESP - (011)
3865-5517
O propósito
deste estudo foi avaliar a resistência ao cisalhamento entre ligas metálicas
(Au, NiCr e CoCr) e polímeros vítreos (Artglass e Targis). Para tanto,
utilizou-se vinte estruturas metálicas de cada tipo de liga. Estas foram
divididas em dois grupos: o primeiro para aplicação do polímero de vidro
Artglass, e o segundo o cerômero Targis. A superfície das estruturas metálicas
a ser aplicada recebeu jateamento com óxido de alumínio de granulação de
250mm, antes da aplicação do sistema adesivo do correspondente polímero. Em
seguida, o material estético foi inserido no metal condicionado e polimerizado,
conforme as recomendações do fabricante. As amostras concluídas ficaram
estocadas em água destilada a 37ºC, por 24 horas, e, após, foram submetidas
à ciclagem térmica. O ensaio mecânico foi realizado na máquina de ensaio
universal (Instron) e os resultados foram analisados estatisticamente. Os
resultados mostraram que o tipo de liga utilizada não influenciou nos
resultados e que o cerômero Targis apresentou maior resistência ao
cisalhamento do que o polímero de vidro Artglass, em todas as ligas testadas.
B326
Resistência
à flexão de materiais restauradores estéticos indiretos.
A. A. CASTRO
FILHO*, M. I. G. FERRERO, M. P. NEISSER
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese, Faculdade de Odontologia de São José
dos Campos - UNESP. (012) 321-8166.
A indústria
odontológica tem lançado, nos últimos anos, uma vasta gama de materiais
restauradores que possibilitam ao Cirurgião-Dentista atender os reclamos estéticos
de seus clientes. Com isto, eventualmente, a biocompatibilidade e as
propriedades mecânicas são relegadas a um plano secundário. Esta pesquisa
avaliou a resistência à flexão de dois materiais restauradores estéticos
indiretos, Targis (Ivoclar) e Artglass (Heraeus/Kulzer), visto que os mesmos são
utilizados na confecção de Próteses Parciais Fixas as quais, quando em uso, são
submetidas a cargas complexas. Dentre estas podemos destacar as de compressão
exercidas sobre pônticos intercalados entre retentores, gerando tensões
flexurais. Para tanto, foram confeccionados 18 corpos-de-prova divididos em 2
grupos, um para cada material, a partir de uma matriz metálica com as seguintes
dimensões: 10,00mm x 1,00mm x 2,00mm. A seguir, estes foram armazenados em H20
destilada a 37 °C durante 24 horas, após o que foram submetidos ao ensaio de
resistência à flexão em uma máquina de ensaio universal (Wolpert) à uma
velocidade de 0,5cm.min-1.
Os valores obtidos foram submetidos ao teste t-Student, em nível de 5% de
probabilidade. Os resultados demonstraram que houve diferença
estatisticamente significativa entre Artglass e Targis, sendo que o primeiro
apresentou os maiores valores para a resistência à flexão.
B327
Avaliação da
resistência flexural de materiais restauradores diretos.
L.A. Salvio*; M.A.C. Sinhoreti; S. Consani; L. Correr Sobrinho; M.B.
Cangiani
(Faculdade de
Odontologia de Piracicaba - UNICAMP) ( 021) 430-5348
Uma das
propriedades mais importantes dos materiais restauradores é a resistência à
flexão frente aos esforços mastigatórios ocorridos na cavidade oral. O
objetivo deste estudo foi verificar a resistência fllexural de onze materiais
usados em restaurações estéticas diretas. Foram utilizados os materiais
Solitaire (Kulzer), Revolution (Kerr), Degufill Mineral (Degussa), Z100 (3M),
Prodigy (Kerr), Tetric Ceram (Vivadent), Silux Plus (3M), TPH (Dentsply),
Vitremer (3M), Dyract (Dentsply), Compoglass (Vivadent). Foram confeccionados 10
corpos-de-prova de cada material com 20 mm de comprimento por 2 mm de largura e
2 mm de espessura. A manipulação e polimerização dos materiais foram feitas
seguindo as instruções dos fabricantes. Após a confecção, os
corpos-de-prova foram armazenados em água destilada a 37ºC por 24 horas
e levados a uma máquina de ensaio Instron com velocidade de 0,5 mm/min. para o
ensaio de resistência flexural. Os resultados foram submetidos à análise de
variância e ao teste de Tukey em nível de 5%. Pode-se concluir que os
materiais Tetric Ceram (148,35 MPa), Z100 (136,87 MPa), Degufill Mineral (132,95
MPa), Prodigy (128,85 MPa) e TPH (127,01 MPa) obtiveram os mais altos valores de
resistência flexural, não diferindo estatisticamente entre si (p>0,05) e
foram superiores aos demais materiais (p>0,05). Os produtos Solitaire (113,55
MPa), Dyract (108,97 MPa) e Compoglass (95,21 MPa) não diferiram entre si
(p<0,05) e foram superiores estístiscamente aos produtos Revolution (82,58
MPa), Silux Plus (70,54 MPa) e Vitremer (65,48 MPa), os quais não diferiram
entre si (p>0,05) e apresentaram os mais baixos valores de resistência
flexural.
B328
Avaliação
“in vitro” Infiltração marginal de restaurações “inlays” de cerâmicas
puras utilizando-se dois tipos de cimento resinoso.
P. ROCHA,
C.R.P. ARAUJO,
P.A. ARAUJO
Univ. Est. de
Feira de Santana e Univ. São Paulo - (071) 353-7775
Os materiais
restauradores estéticos têm evoluído, estando disponível a todo momento
novos produtos, para restauração
e cimentação, sugerindo grandes avanços nesta área. O objetivo deste
trabalho foi avaliar a infiltração marginal das incrustações cerâmicas,
utilizando-se dois tipos de cimentos resinosos com distintos sistemas adesivos:
4-Meta (C&B Metabond-Parkell) e resina de carga inorgânica de vidro
(PANAVIA21- J.Morita) Foram confeccionadas 40 incrustações cerâmicas, 20 com
cerâmica DicorÒ e 20 com DUCERAM,
sobre preparos em molares superiores humanos recentemente extraídos. Os espécimes
foram cimentados de acordo com as normas dos fabricantes, em seguida submetidos
a ciclagem térmica (50C
a 550C por 10 s, 1000
ciclos), corados em fuccina básica 0,5% por 16h, lavados em água corrente e
seccionados no sentido mésio-distal, verificando o nível de infiltração. Os
resultados apresentaram baixos índices de infiltração, entretanto aplicado o
teste Mann-Whitney,
verificou-se significância estatística para maior infiltração do Panavia21
em relação ao C&B Metabond.
B329
Comparação
da viabilidade celular após conservação em diferentes líquidos.
J.J. MOREIRA
NETO*, C.A. Pansani, M.S. RADDI,
K. DEVIENNE, C. BONACORSE
Departamento
de Clínica Infantil–UNESP–email: jeomo@techs.com.br
A proposta
desse estudo in vitro foi comparar a
capacidade dos líquidos água, água de coco, água de coco bicarbonatada, solução
fisiológica, leite e leite filtrado na manutenção da viabilidade de
fibroblastos humanos, após vários períodos de tempo. A linhagem celular
utilizada nos experimentos foi a McCoy e três métodos de análise foram
realizados: azul de tripan que determina a viabilidade celular a partir da
integridade da membrana plasmática, e os testes colorimétricos MTT-tetrazólio
e vermelho neutro que analisam a capacidade de manutenção da viabilidade
celular de acordo com o metabolismo das células a nível mitocondrial e
lisossomal. Todos os testes foram acompanhados por controles positivo e
negativo. De acordo com a análise de variância ANOVA e o Teste Least
Significant o leite filtrado e não filtrado foram os meios que tiveram a maior
capacidade de manutenção da viabilidade celular seguidos da solução salina
fisiológica, água de coco bicarbonatada, água de coco e água. Nesse
trabalho pode-se concluir que dos meios estudados o leite é o mais indicado
para a manutenção de dentes avulsionados.
Apoio
financeiro : CAPES
B330
Análise da
relação côndilo/fossa mandibular no tratamento protético reabilitador.
V.C.P.
AMORIM*; D. CRUZ LAGANÁ; A. L. ZANETTI
Depto. de Prótese
da FOUSP – FONE: (011) 818-7886; FAX (011) 818-7888
Este estudo
analisou a posição dos côndilos em relação às respectivas fossas
mandibulares de doze pacientes portadores de Próteses Totais Superiores com
mais de cinco anos de uso e parcialmente edentados no arco inferior (Classe I de
Kennedy) não portadores de Próteses Parciais Removíveis, com o auxílio da
tomografia lateral corrigida, anterior e posterior à reabilitação protética,
por meio de novas Próteses Totais Superiores e Próteses Parciais Removíveis
Inferiores. Foram usados três métodos para avaliar as imagens tomográficas:
método A (técnica de Eduardo, 1996); método B (medida do menor espaço
articular anterior e posterior,por avaliação subjetiva) e método C (baseado
em Kamelchuk, 1996). Verificou-se que na ausência dos dentes posteriores
inferiores, os côndilos apresentaram posições mais posteriores nas
respectivas fossas mandibulares e após o tratamento protético reabilitador
ocorreu um reposicionamento condilar com uma predominância de posições concêntricas,
sugerindo que a reposição dos dentes ausentes, por meio da Prótese Parcial
Removível seja importante para a manutenção da harmonia do sistema estomatognático
e também para se obter posições condilares mais fisiológicas.
B331
Uso
supervisionado de escova e fio dental em adolescentes.
R. HALLA JÚNIOR*,
R.V. OPPERMANN
Programa de Pós
graduação em Periodontia -ULBRA-RS. F: (O51)4774000
Este estudo
teve por objetivo avaliar o efeito do uso do fio dental sobre a presença de
placa visível e gengivite em um grupo de escolares que realizaram higiene bucal
supervisionada. A partir de um levantamento periodontal realizado em 154
estudantes, foram selecionados 14 meninas e 19 meninos (14 a 19 anos), com os
percentuais de sangramento gengival mais elevados e que não eram usuários
declarados do fio. O estudo foi dividido em uma fase preliminar de 21 dias,
seguida de 2 fases experimentais de 21 dias, intercaladas por um interstício
também de 21 dias. O estudo foi cruzado com 2 grupos sendo que o uso adicional
do fio à escovação foi designado a um dos grupos em cada fase. Instruções
para escovação e uso do fio foram realizadas no início de cada fase, com
reforços 2x por semana. A presença
de placa no início e no final de
cada fase foi determinada pela presença de placa visível (escores 2 e 3 do IPl
de Silness & Löe, 1964) e a presença
de gengivite pelo ISG (Ainamo & Bay, 1975). Os resultados foram
analisados pelo testes de Wilcoxon e Mann-Whitney para um nível de significância
de 5%. Na 1a
fase, a mediana do percentual de sangramento gengival proximal reduziu de 62,1%
para 17,9% com o uso do fio e de 59,3% para 22,2% sem o uso do fio. Na 2a fase, as
medianas do percentual de sangramento também se reduziram de 31,9% para 17,3%
sem uso do fio e de 26% para 8,9% com o fio. A mediana do percentual de placa
visível proximal, na 1a
fase, reduziu de 29,8% para 6,1% com o uso do fio e de 35,7% para 14,8% sem o
uso do fio. Na 2a
fase, as medianas do percentual de placa visível também
se reduziram. As faces livres tiveram o mesmo comportamento das
proximais. Conclui-se, através deste estudo que a inclusão do fio dental ao
regime de escovação não representou melhoras significativas dos parâmetros
avaliados tanto em faces proximais como livres.
B332
Regeneração
tecidual guiada em retrações gengivais. Estudo histométrico em cães.
M. Z. CASATI*,
E. A. SALLUM, S. L. S. PEREIRA, A. W. SALLUM
Departamento
de Prótese e Periodontia/Faculdade de Odontologia de Piracicaba–UNICAMP
- (011) 7223 - 5154, Fax (011) 7223-3983, e-mail: casati@tavola.com.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar, histometricamente, o
processo de cura de defeitos periodontais tipo retrações gengivais, criados
cirurgicamente nos caninos superiores de cinco
cães, após serem tratados pela técnica de regeneração tecidual guiada
utilizando-se de membranas reabsorvíveis de ácido poliláctico. Após a criação
cirúrgica, os defeitos ficaram sujeitos a acúmulo de placa por três meses.
Terminado este período, os defeitos bilaterais semelhantes foram aleatoriamente
designados a receber os tratamentos: regeneração tecidual dirigida (Grupo
teste) e retalho reposicionado coronariamente (Grupo controle). Após três
meses de cicatrização, os animais foram sacrificados e os espécimes foram
processados para análise histológica. Foram avaliados os seguintes parâmetros
histométricos: cobertura radicular, extensão do epitélio sulcular e
juncional, adaptação conjuntiva, novo cemento, novo osso e extensão do
defeito. A porcentagem de recobrimento radicular observada nos grupos teste e
controle foram similares, 93,7% e 95,6%, respectivamente. Foi encontrado maior
quantidade de novo cemento no grupo teste (3,8 + 1,5mm) do que no
controle (2,4 + 0,3mm). A extensão do epitélio sulcular e juncional foi
superior para o grupo controle (3,0 + 0,9mm) do que no teste (1,9 +
0,8mm), o mesmo ocorrendo com a adaptação conjuntiva (0,8 + 0,5mm –
grupo controle, 0,1 + 0,1mm – grupo teste). Em relação ao novo osso,
houve similaridade nos resultados observados no grupo teste e no grupo controle,
1,1 + 0,5mm e 1,4 + 0,2mm, respectivamente. Não foram encontradas
diferenças estatisticamente significantes em nenhum dos parâmetros avaliados. Diante
dos limites deste estudo pode-se concluir que ambos os procedimentos resultaram
numa resposta favorável, quanto ao recobrimento radicular, sem diferenças
estatisticamente significantes entre os tratamentos.
Apoio
Financeiro FAPESP 97/04251-3
B333
Comparação
entre instrumentações manual e ultra -sônica no tratamento da periodontite.
A.
CHAPPER*,V.V. CATÃO, V. MORAES ,
R. OPPERMANN
Mestrado em
Periodontia da Universidade Luterana do Brasil - (051) 280-1049
A instrumentação
manual é tida como capaz de produzir uma raspagem e alisamento radicular mais
eficaz que os instrumentos ultra-sônicos. O objetivo do presente trabalho foi
comparar a eficácia no tratamento da periodontite por meio de raspagem e
alisamento manual (G1) e por meio de instrumentos ultra-sônicos (G2). Dentes
monoradiculados de 20 pacientes com periodontite de adulto, após controle de
placa supragengival, foram aleatoriamente distribuídos para receber uma das
duas abordagens subgengivais. Os parâmetros clínicos, profundidade de sondagem
(PS), nível de inserção clínica(NIC) e esxudato periodontal(SS),
avaliados antes e 90 dias após o tratamento foram realizados por uma
examinadora calibrada e cega quanto aos grupos experimentais. Médias foram
calculadas e as diferenças testadas por ANOVA (p<0,05). Medianas dos
percentuais de distribuição das estratificações 4-5mm e 6 ou + mm também
TTforam examinadas utilizando-se teste Kruskal-Wallis(p<0,05).Resultados
mostram uma redução significativa na PS, NIC e SS em ambos os grupos para as
faces livres e proximais: PS das faces livres do G1 e G2 , antes e após os
tratamentos, foram 2,71/1,79mm e 2,85/1,85mm e das faces proximais 4,65/3,55mm e
4,47/3,21mm respectivamente; NIC das faces livres do G1 e G2, antes e após os
tratamentos, foram 3,65/2,83mm e 3,40/2,97mm e das faces proximais4,48/3,75mm e
4,59/3,99mm respectivamente; SS das faces livres, antes e após os tratamentos,
foram 46,96/16,62% e 44,29/23,83% e proximais 70,46/45,45% e 75,79/51,54%
respectivamente.Pôde-se concluir que as duas modalidades terapêuticas de
instrumentação subgengival, dentro do modelo de estudo proposto, foram
igualmente eficazes no tratamento da periodontite.
B334
Avaliação clínica
de uma hidroxiapatita reabsorvível no preenchimento de defeitos ósseos
periodontais.
M. HOLZHAUSEN*, E. MARCANTONIO Jr., C. ROSSA Jr., A O. BOSCHI, L.A.
SANTOS
Dep. Diagnóstico
e Cirurgia, Fac. Odont. Araraquara – UNESP, (016)2321860.
A presente
investigação teve como objetivo avaliar a efetividade clínica de uma
hidroxiapatita produzida pelo DEMA
(HAF) no tratamento periodontal cirúrgico de bolsas infra-ósseas,
utilizando-se como controle uma hidroxiapatita comercial (Osteogen®). Foram
selecionados 10 pacientes que apresentavam bolsa periodontal profunda com
defeito ósseo de 2 ou 3paredes. 90 dias após o término do tratamento
periodontal básico os pacientes foram avaliados quanto a profundidade de
sondagem (PS) e nível de inserção (NI) e realizado o procedimento cirúrgicocom
r implante de um dos dois materiais (HAF ou Osteogen®). Durante 1 ano foi
realizado controle de placa periódico destes pacientes e, a cada três meses os
casos foram novamente avaliados quanto a PS e NI. Os dados obtidos foram
analisados aplicando-se o teste t pareado para verificar a influência do
tratamento realizado sobre os parâmetros clínicos após 12 meses, observou-se
melhora significativa tanto para PS quanto para NI nos defeitos tratados com HAF
(p<0.05), enquanto no grupo que recebeu Osteogen® apenas a PS foi reduzida
significativamente (p=0.03). Para verificar a influência do tipo de
hidroxiapatita sobre o percentual de melhora nos 3 períodos de avaliação foi
utilizado o teste de Kruskal-Wallis. O resultado desta análise demonstrou que não
houve diferenças significativas para PS e NI entre os defeitos tratados com HAF
ou Osteogen® (p>0.05). Além disso, foi observado que para ambos os
materiais não houve diferenças significativas na PS e no NI entre os 3 períodos
de avaliação. Portanto a HAF apresentou resultados clínicos similares aos
do Osteogen® em defeitos ósseos periodontais de 2 ou 3 paredes.
B335
Desajuste
marginal de coroas totais submetidas a três diferentes cimentos.
J. DUARTE*, P.
L. A. SCABELL, M. A. MASIOLI, O. A.
FRAGA
Departamento
de Dentística, FO- UERJ - odonto@uerj.br
A viscosidade
e capacidade de escoamento de um agente cimentante são aspectos fundamentais no
assentamento de coroas totais. O objetivo desse trabalho foi avaliar o desajuste
marginal de coroas totais, submetidas a 3 diferentes tipos de cimento, sendo
eles: Cimento de Fosfato de Zinco (S.S. White), Cimento Compômero (Principle -
Dentsply) e Cimento Resinoso (Enforce - Dentsply). Foram simulados em barras de
latão, 30 preparos coroas totais com base de 7 mm de diâmetro, 8 mm de altura
e 6 graus de conicidade. Os casquetes foram fundidos em Ni-Cr. Os corpos de
prova foram divididos em 3 grupos de 10. Grupo I – Cimento Fosfato de Zinco;
Grupo II – Cimento Compômero , e Grupo III - Cimento Resinoso. O desajuste
marginal dos casquetes sobre os preparos foi medido (aumento de 100x) em um
microdurímetro HMV 2000 (Shimadzu), antes do uso dos agentes cimentantes
(controle). Os cimentos foram manipulados e utilizados conforme recomendações
dos fabricantes. Os corpos de prova foram mantidos em temperatura ambiente por
24 horas e novamente examinados com
o mesmo equipamento utilizado na medida inicial. Os resultados foram tratados
estatisticamente por ANOVA e teste de Tukey p£ 0,05. Quanto à análise dos
dados antes da cimentação (AC) e depois da cimentação (DC), houve diferença
estatisticamente significante entre os resultados, sendo AC=13,74 ± 5,86 e DC=
34,57 ± 18,51. Quanto aos materiais, a média e o desvio padrão dos grupos
foram respectivamente: Gr I = 32,90 ± 20,70 ; Gr II = 29,60 ± 16,00 e Gr III=
13,96 ± 9,77. Não houve diferença estatisticamente significante entre os
grupos I e II. O grupo III mostrou o melhor resultado.
B336
Influência de
técnicas de polimerização sobre a adaptação das bases de prótese total.
R.L.X.
CONSANI*, M.H.W.ALMEIDA, S.S. DOMITTI, S. CONSANI
Faculdade de
Odontologia de Piracicaba, UNICAMP, Brasil - (019) 433-0930
Este estudo
verificou a adaptação das bases de prótese total, sob a influência de 3 técnicas
de cura (convencional, calor seco e energia de microondas). Foram confeccionados
30 modelos em gesso pedra representando uma arcada superior desdentada,
divididos em 3 grupos de 10 elementos e incluídos pela técnica
convencional, com os tratamentos: 1–resina Clássico e cura em água a 74o
C, por 9 horas; 2–resina Clássico e cura por calor seco a 74o
C, por 9 horas; e, 3–resina Acrom MC e cura em formo de microondas a 800 W,
por 3 minutos. As bases foram fixadas nos modelos e confeccionados
3 cortes látero-laterais nas regiões correspondentes à distal de
caninos (A); mesial dos primeiros molares
(D); e, região “pos-dam” (C), e 3 cortes ântero-posteriores, nas cristas
dos rebordos direito (A) e esquerdo (C) e região mediana do palato (B). A
alteração dimensional foi avaliada com microscópio comparador em 5 pontos em
cada tipo de corte. Os resultados submetidos à análise estatística e ao teste
de Tukey (5%) indicaram que: Grupo
1- não houve diferença estatística
significante entre os cortes látero-laterais (A-0,024 mm, B – 0,060 mm e
C– 0,080 mm). Grupo 2 – o corte A (0,012 mm) foi semelhante ao B
(0,036 mm) e o B ao C (0,054 mm), enquanto no Grupo 3, os dados monstraram o
mesmo comportamento estatístico entre os cortes B (0,076) e C (0,092 mm),
diferentes do A (0,000 mm), com melhor adaptação. Nos ântero-posteriores, o
corte B (Grupo1- 0,104 mm; Grupo 2 – 0,120 mm e Grupo 3 – 0,142 mm) foi
diferente estatísticamente dos cortes A e C, com maior desajuste. Independente
da técnica e da localização dos cortes, não houve diferença estatística
entre os cortes látero-laterais (0,054 mm) e ântero-posteriores (0,058 mm).
Apoio FAPESP,
Processo 96/3664-0.
B337
Tensões
internas em prótese parcial fixa – método dos elementos finitos.
A.B.
VASCONCELLOS*, M. MORI
Departamento
de Prótese Dental da Faculdade de
Odontologia da USP - SP - (021)
6204248
O objetivo
desse estudo foi analisar a distribuição de tensões internas de von Mises, em
uma prótese parcial fixa (PPF) metalocerâmica de três elementos, cujo pôntico
é um 1o
molar inferior, e em suas estruturas de suporte, através de carregamento estático
aplicado em 2 modelos matemáticos bidimensionais obtidos pelo método de
elementos finitos. Em um modelo, foram utilizados retentores intra-radiculares
fundidos (RIRF) em ouro e, no outro, pinos pré-fabricados (Flexi-FlangeÒ /
EDS) com núcleos em resina composta. A partir da imagem impressa de uma peça
anatômica de estudo, digitalizada diretamente em um “scanner”, os desenhos
foram confeccionados e suas imagens vetorizadas foram “exportadas” para o
programa MSC/PATRAN 8.0, onde foram realizados o pré e pós-processamento,
enquanto que a análise foi feita no MSC/NASTRAN 7.5, utilizando-se um
carregamento de 100N distribuídos em 10 pontos das superfícies oclusais dos
modelos. Os resultados mostraram que o RIRF em ouro desenvolveu uma menor
concentração de tensões nos conectores da PPF, principalmente no conector
mesial, enquanto que o pino pré-fabricado com núcleo em resina composta gerou
maiores tensões de tração na região mésio-cervical do pré-molar,
favorecendo `a falha marginal.
B338
Avaliação da
condição clínica periodontal de um grupo de mulheres fumantes e não fumante.
A.L.
C.CHASSOT; D.B. PAGLIOSA; V.B.MORAES*; M.P.DE AZEVEDO; R.V.OPPERMANN
Curso de
Graduação e Pós-Graduação em Periodontia -
ULBRA - (051) 328-1551
O objetivo do
presente estudo foi o de comparar a condição clínica periodontal entre
funcionárias do setor de limpeza da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA)
fumantes e não fumantes. Foram examinadas 40 funcionárias, sendo 20 fumantes e
outras 20 não-fumantes, com idade superior a 35 anos, sem alterações sistêmicas,
sem história de tratamento periodontal no último ano, nem uso de
antibiótico nos últimos
seis meses. A análise da condição clínica periodontal foi realizada através
dos índices de placa visível, sangramento gengival, profundidade de sondagem e
perda de inserção por examinador cego e previamente calibrado. Os resultados
encontrados mostraram menores valores de sangramento marginal em fumantes e ausência
de diferença estatisticamente significativa quanto aos demais parâmetros clínicos
periodontais (teste t de Student para amostras independentes, com nível de
significância de 95%). Conclui-se que no presente
estudo o
fumo não foi
caracterizado como fator capaz
de modificar
a severidade da doença periodontal.
Trabalho
Vencedor do 8° Prêmio Estímulo Kolinos da ULBRA
B339
Análise
microscópica da adaptação da região posterior de resinas acrílicas.
A A DEL BEL
CURY*; GANZAROLLI, S. M.; RODRIGUES GARCIA
Prótese e
Peridontia-Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP - (019) 433-4736 -
altcury@fop.unicamp
Uma adequada
adaptação da região posterior das próteses é que garante uma retenção
satisfatória e melhor restabelecimento das funções mastigatórias do
paciente. O objetivo deste trabalho foi avaliar a adaptação da região
posterior de 72 bases de prótese, confeccionadas com resina acrílica
termopolimerizável convencional Clássico (C) (controle) e resinas para cura em
forno de microondas, Acron-MC (A) e Onda Cryl, (O). O método utilizado para
verificação da desadaptação foi a medida do espaço (mm) entre o interior da
base de resina e a superfície do modelo de gesso, em 09 pontos (P) diferentes
do rebordo. Foram encontrados os seguintes resultados: Ponto 5 (linha média):
Resinas C: 0,10 a (±0,007); A: 0,18 b (±0,02); O: 0,10 a (±0,007); Pontos 1 e
9 (fundo de sulco): Resinas C: 0,13 a (±0,003); A: 0,17 b (±0,03); O: 0,17 b (±0,01);
Pontos 2 e 8 (médio-vestibular): Resinas C: 0,07 a (±0,02); A: 0,08 b (±0,01);
O: 0,09 b (±0,01); Pontos 3 e 7 (crista do rebordo): C: 0,07 a (±0,01); A:
0,13 b (±0,08); O: 0,07 a (±0,004); Pontos 4 e 6 (médio-palatino): C: 0,10 a
(±0,01); A: 0,14 b (±0,02); O: 0,10 a (±0,02). Os resultados obtidos foram
submetidos ao teste de Tuckey, com nível de significância de 0,05 (p<0,05). Os autores concluíram que: 1) As resinas Clássico e
Onda Cryl apresentaram melhor adaptação que a resina Acron, com exceção dos
pontos 2 e 8; 2) Os pontos de maior
desadaptação foram: Pontos 5, 1 e 9; 3)
Os resultados obtidos na microscopia, apesar de apresentarem diferenças
estatisticamente significantes, quanto as medidas, podemos afirmar que não
possuem significância clínica..
Apoio
financeiro: FAPESP - Processo 97/01380-7
B340
Alteração linear
de fundições em NiCr com 2 revestimentos fosfatados.
C. M. GOSHI*,
F. E. TAKAHASHI
Disciplina de
Prótese Parcial Fixa, Faculdade de Odontologia de S. J. Campos – UNESP -
(012) 321-8166R:1305
Dentre os
requisitos para o sucesso de uma fundição, Custer et al. (J. Prosthet.
Dent.,19:273-280, 1968)destacam a fidelidade dimensional como essencial, porém
nem sempre obtida. A literatura apresenta vasta gama de trabalhos explorando o
comportamento dos materiais utilizados no processo de fundição, buscando obter
fundições cada vez mais exatas. O objetivo deste trabalho foi verificar a
alteração linear de fundições com liga de NiCr (Verabond II) obtidas com
dois revestimentos fosfatados, sendo um com carga refratária a base de cerâmica
granulada (Microfine), que permite a introdução do anel após a presa
diretamente em um forno pré aquecido (750º C) e outro a base de cristobalita
(Bellavest) de procedimento convencional. Corpos de prova em cera medindo
20x5x1,5 mm foram obtidos através de moldagem direta de uma placa de aço
inoxidável, com características semelhantes às preconizadas nas especificações
11, 18, 19 da A.D.A para reproduções de detalhes. Dez corpos de prova foram
incluídos com Microfine e 10 com Bellavest. Com o auxílio de um projetor de
perfil com precisão de 0,001 mm, mediu-se a distância entre 2 pontos
preestabelecidos na matriz. Os mesmos 2 pontos foram posteriormente medidos na
peça metálica. reproduzida em
liga de NiCr, obtendo se assim, as medidas das possíveis alterações
dimensionais. Os resultados mostram que a média da alterção linear das
fundições com os 2 tipos de revestimento em relação a matriz, através do
teste de Mann-Whitney, não apresentaram diferenças significante
estatisticamente ao nível de 5%. Com isso se estabelece que o revestimento
Microfine leva vantagem laboratorial, pois este dispensa o ciclo de expansão térmica,
obtendo uma expansão desejada, em um curto espaço de tempo.
B341
Estudo das áreas
dos contatos oclusais com sistema “Dental Prescale”.
H. S. TIBA*,
H. SHIONO, K. ISHIGAMI, T. IGARASHI
Depto.Prótese
- FOUSP - SP e NUSD Tokyo-Japão - (011) 818-7888
Este trabalho
avaliou a influência de três silicones (alta, média e baixa viscosidade) para
registro oclusal na extensão das áreas dos contatos oclusais(em mm2),
tanto em “in vivo” (indivíduos do sexo masculino - classe I de Angle, sem
sinais e/ou sintomas de disfunção das ATMs), como“in vitro” (dente
artificial em resina) utilizando o filme DENTAL PRESCALE (DP). No estudo“in
vivo”,registros interoclusais em DP foram tomados em 8 indivíduos,configurando
4 grupos experimentais: Grupo1-registros interoclusais em DP sem uso de silicona
(controle);Grupo2-registros em DP+silicona de alta viscosidade;Grupo3-registros
em DP+silicona de média
viscosidade;Grupo 4-registro em DP+silicona de baixa viscosidade.No estudo“in
vitro”,foram tomados registros de contato oclusal em DP de um dente(molar)
artificial em resina, variando-se a carga(0,48, 1, 2, 5 e 10kgf)e a viscosidade
com o uso das três siliconas para registro oclusal.Os dados referentes às áreas
de contato oclusal foram obtidos por meio da leitura no analisador de contatos
oclusais OCCLUZER FDP 703(Fuji Photo Film Co)e tratados estatisticamente(ANOVA e
teste de Tukey).Os resultados permitiram concluir que houve diferença
significativa nas áreas de contato oclusal quando do uso da silicona de baixa
viscosidade(7,26mm2)
em relação às de médias e alta viscosidade(20,02 e 19,98mm2respectivamente)
no estudo “in vivo”.A variação
das cargas determinou um significante aumento das áreas de contato(0,38, 0,51,
0,55, 0,91e 1,09mm2),
enquanto a variação da viscosidade das siliconas para registro não promoveu
diferença significante nas áreas de contato oclusal no estudo “in vitro”.
B342
Músculo
pterigóideo lateral e ATM. Estudo macroscópico e microscópico de luz.
K. R. S.
ZORZETTO*, C. MIZUSAKI, M. IYOMASA, F. B. OLIVEIRA, I. WATANABE, R. A. LOPES, A.
M. de OLIVEIRA
Dep. Morf.
Estomatol. Fisiol. FORP-USP -
(55-016)602-3975 / 633-0999, crismizu@usp.br
Os músculos
da mastigação têm recebido atenção especial quanto à morfologia e à função.
Langenbach et al., Anat Rec., 203:406-16, 1991, pesquisando no sistema mastigatório
de coelhos, verificaram que o aumento na força dos músculos da mastigação
ocorre à custa de restrição no grau de excursão mandibular. Bertilsson,
Strom, J. Oral Pains, 9(1):17-23, 1995,
fizeram uma coletânea de 100 anos sobre o músculo pterigóideo lateral,
contribuindo de forma relevante para a interpretação dos exames complementares
em casos de disfunção da ATM. Com o propósito de fornecer dados morfológicos
que favoreçam a compreensão do funcionamento do sistema estomatognático aos
pesquisadores que utilizam o gerbil Mongolian gerbillinae como animal experimental, estudamos a
morfologia do músculo pterigóideo lateral
e da ATM neste animal empregando os métodos macroscópico e microscópico
de luz em 10 animais. Para o estudo macroscópico, dissecamos a área, removemos
o ramo da mandíbula e as observações foram
feitas na face medial e lateral. Para o estudo microscópico, fixamos em solução
formolina 10% tamponada em solução tampão fosfato de sódio (pH 7,4). Foram
processados pela técnica histológica rotineira e corados em HE. Nossos
resultados permitiram concluir que o músculo pterigóideo lateral não
apresenta fusos musculares. A ATM apresenta forma elipsóide
com longo eixo no sentido ântero-posterior. O disco articular
apresenta-se bilaminar nas regiões posterior e laterais e, medialmente, a lâmina
inferior do disco relaciona-se com a inserção do músculo pterigóideo
lateral.
Financiado pôr
FAPESP / processo de número 97/10472-2.
B343
Determinação
da força de mordida na dentadura decídua.
A.M. RENTES*,
M.B.D. GAVIÃO
Departamento
de Odontologia Infantil - Faculdade de Odontologia de Piracicaba/UNICAMP -
e-mail: alerentes@yahoo.com
A força de
mordida é um componentes da função mastigatória, sendo necessário o
conhecimento dos seus valores normais e os fatores responsáveis por sua
variabilidade. O objetivo deste estudo foi determinar a força de mordida na
dentição decídua em 30 crianças com oclusão normal (grupo I), mordida
cruzada (grupo II) e mordida aberta (grupo III). A magnitude da força de
mordida foi determinada através de
um tubo transmisssor pressurizado (sensor de pressão MPX 5700 Motorola),
conectado a um circuito eletrônico com conversor analógico/digital. As crianças
morderam o tubo com o máximo de força 3 vezes consecutivas, por 10 segundos,
com 5 segundos de intervalo entre as avaliações, e o sinal foi transmitido
diretamente ao computador. Foram obtidos o mínimo e o máximo valor,
correspondentes à pressão inicial do tubo pressurizado e ao valor máximo da
força de mordida, respectivamente, e as diferenças calculadas, sendo o maior
valor considerado. A análise de variança e o teste de Tukey avaliaram as
diferenças entre as médias. As médias da máxima força de mordida foram de
208,94 N, 246,80 N e 239,08 N para os 3 grupos respectivamente e não houve
diferença estatisticamente significativa (p>0,05) pelo Teste de Tukey. A análise
de correlação mostrou que o peso e a força de mordida apresentaram forte
correlação positiva, enquanto a altura e a força de mordida, correlação
positiva mais fraca, pelo teste de Pearson. Concluiu-se que o tipo de oclusão
na dentição decídua não afeta a magnitude da força de mordida e o peso foi
um fator de influência nesta magnitude.
Apoio
financeiro FAPESP e FAEP.
B344
Relação da
Classificação de Angle com a severidade das más oclusões.
J.A.M. MIGUEL,
D.L. CUNHA*
Disciplina de
Ortodontia - Faculdade de Odontologia – UERJ/UNESA/UFRJ - jmiguel@trip.com.br
A Classificação
de Angle tem sido o índice oclusal mais usado, embora seja incapaz de
identificar o grau de necessidade para tratamento ortodôntico. O objetivo do
presente estudo foi estimar o grau de severidade das más oclusões em pacientes
da Clínica de Ortodontia da FO-UERJ utilizando o Componente de Saúde Dental
(DHC) do IOTN (Brook PH, Shaw WC; Eur. J. Orthod., 11:309-32, 1989) e avaliar
sua relação com a Classificação de Angle. Os escores do DHC representam uma
escala crescente de severidade, variando de 1 (sem necessidade) a 5 (muita
necessidade para tratamento ortodôntico). As avaliações foram feitas por um
operador, em 271 modelos iniciais disponíveis, a partir de 300 pacientes
consecutivos tratados ortodonticamente. O teste Qui quadrado foi utilizado para
testar a hipótese de diferença significativa de severidade entre as Classes de
Angle.
DHC
Cl. Angle
1
2
3
4
5
Total
Cl. I
0
2
10
48
17
77
Cl. II
0
2
8
71
71
152
Cl. III
0
2
6
25
9
42
Total
0
6
24
144
97
271Pode-se concluir que 56,1% da população estudada era Classe II de
Angle e que 93,4% destes estavam incluídos nos níveis de maior necessidade
para tratamento ortodôntico (DHC 4 e 5). A diferença dos níveis de severidade
entre as Classes de Angle foi considerada significativa (p=0,001), sugerindo que
os casos de severidade máxima (DHC 5) eram em sua maioria Classe II (73,2%).
B345
Prevalência
de características da oclusão normal na dentição decídua.
R. I.
FERREIRA*, A. C. ALVES, A. K. BARREIRA, C. D. SOARES
Depart. de
Odont. Social da Fac. de Odonto. Univ. Fed. da Bahia- 0712645377
O objetivo
deste estudo foi verificar os padrões oclusais normais da dentição decídua
em crianças pré-scolares brasileiras. A amostra foi constituída por 356 crianças,
de ambos os sexos (52% meninas e 48% meninas), selecionadas de um total de 693
examinadas, na faixa etária de 3-5 ½ anos (4,05±0,77), estudantes de 14
escolas particulares de Salvador. Crianças apresentando restaurações ou cáries
proximais, dentes ausentes, mordida aberta anterior ou mordida cruzada anterior
ou posterior foram excluídas. O exame de oclusão foi realizado na sala de
aula, por dois examinadores utilizando uma espátula de madeira. Os dados foram
analisados pelo EPI-INFO 6.02, usando o c 2. A freqüência
do arco tipo I foi 43,3% para o superior e 46,3%, para o inferior. O arco tipo
II esteve presente em 56,7% dos superiores e em 53,7% dos inferiores,
entretanto, sem diferença entre sexos. A distribuição dos espaços primatas
foi de 89,9% para o arco superior e 67,1% no arco inferior, diminuindo
significativamente tal prevalência com o aumento das idades (p<0,01). A relação
canina normal foi encontrada em quase 60% para ambos os lados. Nos 712 lados
avaliados, 55,9% apresentaram plano terminal mesial para os segundos molares decíduos;
37,9% plano terminal reto e 6,2% degrau distal. Os resultados permitem
concluir que a presença dos espaços inter-incisais, comumente relatados por
outros autores, não foi o mais freqüente para ambos os arcos nesta amostra,
entretanto, os espaços primatas foram os mais prevalentes. Os freqüentes padrões
normais de oclusão para as relações canina e molar foram os de Classe I.
B346
Avaliação da
eficiência mastigatória em crianças com oclusão decídua.
V.G.
RAYMUNDO*, M.B.D. GAVIÃO
Departamento
de Odontologia Infantil- FOP - UNICAMP - E-mail: vaneska_r@hotmail.com
A eficiência mastigatória é a medida da capacidade de
fragmentação dos alimentos. Está relacionada com as condições da dentição
e é quantificada pela determinação do tamanho das partículas trituradas. O
objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência mastigatória em 30 crianças
de 3 a 5,5 anos de idade, com oclusão normal (grupo I), mordida cruzada (grupo
II) e mordida aberta (grupo III). O material teste foram tabletes de silicona
(Optosil - Bayer), os quais foram mastigados em 20 ciclos. As partículas foram
expectoradas, peneiradas e o fluído residual evaporado e foram pesadas para
avaliar se nenhum material havia sido perdido. O perímetro e a área das partículas
foram mensurados por análise digital. Foram transferidas a uma base sem
sobreposição das partículas e fotografadas por uma câmera. Utilizou-se o scanner
(HP-SCANJET 4C/T) para as imagens as quais foram analisadas pelo Software
Image Lab (Softium Informática Ltda-ME). Através dos pontos de referência
nas fotos o sistema foi calibrado para transformar as dimensões das imagens
digitalizadas (pixel) em dimensões reais (cm). Análise de variança e o teste
de Tukey avaliaram as diferenças entre os grupos. As dimensões das partículas
e as variáveis corporais (peso e altura) foram correlacionadas pelo teste de
Pearson. Os resultados mostraram que as médias da área e perímetro das partículas
foram 0,17cm e 2,33cm para o grupo I, 0,34cm e 2,34cm para o grupo II e 0,34cm e
2,23cm para o grupo II, com diferenças estatisticamente significantes: o grupo
I apresentou maior quantidade e menores partículas que os outros dois grupos.
Houve fraca correlação entre variáveis corporais e a área e o perímetro das
partículas. Concluiu-se que a eficiência mastigatória foi dependente da
oclusão e que as variáveis corporais não foram fatores de influência.
Apoio
financeiro FAPESP - Processo 97/12112-3.
B347
Tempo
de serviço e estimativa de durabilidade de próteses totais.
C. R. LELES*,
R. G. FONSECA, L. A. P. PINELLI, M. A. COMPAGNONI
Fac. de
Odontologia de Araraquara (Unesp) – Depto de Materiais Dentários e Prótese
(016)2321233
O objetivo do
presente trabalho foi avaliar a longevidade e estabelecer os períodos críticos
que interferem no tempo de serviço de próteses totais. Foram entrevistados 103
pacientes, usuários de próteses totais duplas, tratados na Faculdade de
Odontologia de Araraquara (Unesp), 70 do sexo feminino e 33 do sexo masculino
(idade média = 65±11 anos). O tempo decorrido a partir da instalação das próteses
variou entre 1 e 11 anos (média = 4,8 anos). Questionou-se a respeito do uso ou
não das próteses e, em caso negativo, quanto tempo depois da instalação o
paciente deixou de utilizá-las. A análise dos resultados foi realizada pelo método
de Kaplan-Meier. Verificou-se que a estimativa do tempo médio de serviço das
próteses foi de 7,5 anos, sendo de 8,1 anos para a superior e de 7,0 anos para
a inferior. Verificou-se que 17,48% dos pacientes deixaram de utilizar a prótese
superior antes do primeiro ano após sua instalação, enquanto 26,21% dos
pacientes deixaram de utilizar a prótese inferior nesse mesmo período. No
entanto, entre o primeiro ano de utilização até o final do período de
observação de 11 anos, a porcentagem de durabilidade foi reduzida para 55,39%
para a prótese superior e para 46,20% para a prótese inferior. Além disso,
houve uma menor durabilidade das próteses nos pacientes do sexo masculino em
comparação com o sexo feminino. Concluiu-se que o período mais crítico em
relação à aceitação da prótese total é o da adaptação funcional,
imediatamente após a instalação da prótese e que o tempo de serviço da prótese
superior é maior que da prótese inferior, durante e após o período de adaptação
funcional.
Apoio
financeiro: FAPESP
B348
Avaliação da
Estabilidade Dimensional de Siliconas em Função da Técnica de Moldagem.
G. PEDRAZZI*,
S. SIÉSSERE, I. A. ORSI, O. ZANIQUELLI
Depto. de
Materiais Dentários e Prótese- Fac. de Odontologia de Ribeirão Preto - USP -
(016) 602-4007
O objetivo
desse trabalho foi avaliar a estabilidade dimensional de siliconas de condensação
e adição em função da técnica de moldagem (única e dupla) em vários
intervalos de tempo. Para a confecção dos moldes foi utilizada uma matriz metálica,
que era moldada com moldeiras individuais. Os materiais utilizados foram:
Optosil - Xantopren, Speedex e Silon (siliconas de condensação) e Provil,
Extrude, Aquasil e Express (siliconas de adição). Cada material era manipulado
de acordo com as instruções do fabricante. Para efetuar a técnica de moldagem
única, o material pesado era colocado na moldeira e sobre ele e na matriz, o
material leve. Essa moldeira era levada à estufa (37°C) e colocada sobre a
matriz, que estava posicionada em um dispositivo que simulava a pressão
digital. Decorrido o tempo de polimerização, a moldeira era sacada e levada ao
perfilômetro Nikon para a realização da 1a mensuração.
Para a técnica de dupla moldagem era colocado um alívio sobre a matriz e
realizada a moldagem com o material pesado; após a polimerização o alívio
era removido e efetuada a moldagem com o material leve. Foram confeccionados 5
corpos-de-prova para cada material e para cada técnica e 3 mensurações em
cada um. As mensurações seguintes foram realizadas após 15, 30 e 45 minutos,
1, 2, 3, 4 e 5 horas da obtenção dos moldes. Pelo teste t (student) na técnica
de dupla moldagem, o material Aquasil (5h) mostrou o menor valor de alteração
dimensional (p<0,01), com uma diferença em relação à matriz de 11,4µm,
seguido pelo Extrude (inicial, p<0,01,11,5µm). Para a técnica de moldagem
única os materiais que apresentaram menor alteração foram Speedex (5h),
Provil (15 min), Silon (inicial) e Optosil-Xantopren (inicial). Conclui-se
que para a técnica de moldagem única deve-se utilizar Speedex, Provil,
Silon e Optosil-Xantopren e para a técnica de dupla moldagem, Aquasil e
Extrude.
B349
Fóvea
palatina: sua importância na confecção de próteses totais.
K. M. Freitas*, R. A. Sousa, H. F. O. Paranhos, M. Semprini, M. G. C.
Mattos
Faculdade de
Odontologia de Ribeirão Preto – USP; Depto. de Mat. Dentários e Prótese -
(016) 602 4006 (016) 602 4015
O objetivo
deste trabalho é analisar, por meio de modelos de estudo, a presença das fóveas
palatinas e a influência que estes
acidentes anatômicos apresentam na confecção de moldeiras individuais para
pacientes desdentados. Tal análise é de grande importância na confecção de
próteses totais, pois envolve a região de linha vibratória, considerada como
uma referência na delimitação da zona de travamento posterior da área chapeável
e, conseqüentemente influenciando na retenção da prótese. Esta região é
delimitada , principalmente, pela vibração do palato mole quando o paciente
emite o fonema “ah”. No entanto, quando outros fatores podem contribuir para
a melhor delimitação desta área, estes devem ser levados em consideração.
Foram utilizados para esta análise 80 modelos de gesso de pacientes dentados e
80 de desdentados, estes últimos com suas respectivas moldeiras individuais
recortadas posteriormente no limite da linha vibratória, obtidos pelos alunos
do curso de Odontologia da FORP-USP para confecção de próteses ou não. A análise
dos resultados revelam que a fóvea palatina foi encontrada em 13,75% dos
modelos de pacientes dentados e 42,50% dos desdentados. A maior incidência foi
observada em modelos de pacientes dentados do sexo masculino que apresentavam
palato tipo II, enquanto que para o grupo dos desdentados a maior incidência
foi em pacientes do sexo feminino que apresentavam também palato tipo II. Nos
pacientes desdentados que apresentavam fóveas palatinas, estas estavam
situadas, em sua maioria, 1 milímetro
posteriormente à linha vibratória. Pode-se concluir, portanto, que as fóveas
palatinas, quando existentes, podem ser uma referência anatômica para a
delimitação da zona de travamento posterior da área chapeável.
B350
Precisão
dimensional de técnicas de transferência em sistemas de implantes.
M.A.A.NÓBILO*,
G.E.P.HENRIQUES, M.F.MESQUITA, R.A.ZAVANELLI, J.L.L. SANCHEZ
Departamento
de Prótese e Periodontia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba - SP - (019)
430 5211
O sucesso na reposição de dentes naturais perdidos por meio
de implantes representa um grande avanço no tratamento clínico. Porém, um dos
desafios da implantologia oral é a obtenção de uma precisa transferência de
moldagem e modelo de gesso. Foi propósito deste estudo avaliar a influência de
alguns materiais de moldagens (silicona por adição Express -3M; silicona por
condensação 5900 - 3M; e, poliéter - Impregum F – Espe) e dois diferentes
sistemas de transferência: transferentes
quadrados unidos com resina acrílica Duralay e técnica de transferentes cônicos,
sobre uma matriz em resina de poliestireno, representando uma mandíbula edêntula,
contendo 5 implantes dispostos simetricamente na região inter-forâmes. Os
centros geométricos dos implantes foram tabulados da A a E e três leituras
lineares foram usadas como medidas originais. A alteração dimesional linear
foi avaliada usando cinco moldes para cada material de moldagem com uma das técnicas
de transferência e modelos foram obtidos em gesso tipo IV contendo os análogos
respectivos. As leituras dos análogos foram realizadas num microscópio
comparador (Leitz), comparando-as com as medidas originais. Os resultados após
teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade mostrou que para a distância
A-C todos os três materiais de moldagem reproduziram os pontos referenciais da
matriz, com valores sem diferença estatisticamente significativa entre si, nas
duas técnicas de transferência. Para a distância A/E, com o material silicona
por adição e com diferenças estatisticamente significativa entre si, a técnica
dos transferentes quadrados evidenciou uma expansão e a técnica dos
transferentes cônicos uma alteração
dimensional de contração. Para a distância B/D, com o material silicona por
condensação foi encontrado um comportamento semelhante ao da distância A/E. Conclui-se
que não houve diferenças significativas entre os materiais de moldagem, porém
houve quanto à técnica de tranferência.
Apoio
financeiro: Fapesp – processo 98/02514-0
B351
Reabilitação
oral com prótese parcial removível, nível de infecção por mutans e seu
controle.
E. P. ROCHA*,
S. B. FRANCISCO, A. A. DEL BEL CURY , J. A. CURY
FOP - UNICAMP
- SP- altcury@fop.unicamp.br
Estudos
relacionam o uso da prótese parcial removível (PPR) com índices diferenciados
de Streptococcus do grupo mutans
(SM). O objetivo do presente trabalho foi avaliar a influência da PPR no índice
de SM na saliva e verificar o resultado da aplicação do gel de clorexidina a
1%(CHX). Amostras de saliva de 32 pacientes foram coletadas imediatamente antes
da instalação da PPR (baseline=T0), 8 dias após (T8), (T48), (T92), (T140) e
(T189). As amostras foram homogeinizadas e diluições seriadas de 10-1 a 10-6
foram realizadas em solução estéril de tampão fosfato, 0,05 M, pH 7,0. Em
duplicata, alíquotas de 25 mL foram semeadas em placas de petri com MSB. A
seguir, as placas foram incubadas em estufa de CO2 (5,0%), a 370C,
por 72 horas. Os resultados apresentaram diferença estatística (Test t,
p<0,05) entre os valores de T0 e T48, respectivamente: (média ± d.p., em
CFU de SM/mL de saliva) 2,26±4,43 x 106 e 0,47±1,48 x
108. A CHX foi aplicada em 29 voluntários, não reduzindo
o índice de SM na saliva. Uma nova amostra foi testada “in vitro” pelo método
de difusão em ágar, e aplicada em 15 voluntários. A seguir, amostras de
saliva foram coletadas nos períodos: antes da aplicação da clorexidina
(baseline=T0), 24 horas após (T24h) e 82 dias após (T82). Os resultados
apresentaram diferença estatística (Sgn Rank, p<0,05) entre os valores de
T0 e T24h, respectivamente: (média ± d.p., em CFU de SM/mL
de saliva) 6,64±8,47 x 106
e 3,20±4,27 x 105.
O índice de S. mutans na saliva
retornou aos valores iniciais após 82 dias (T82). Concluiu-se que o uso da
PPR promoveu aumento significativo de SM e
que o gel de clorexidina a 1% foi eficaz na redução de SM durante 82 dias.
B352
A progressão
da dureza de resinas para reembasamento imediato.
A. AZEVEDO*,
A. L. MACHADO, E. T. GIAMPAOLO, A. C. PAVARINA, C. E. VERGANI
Dep.Mat.Odont.Prótese.
F.O. Araraquara–UNESP. Fax (016)2224823.
Considerando-se que o grau de polimerização pode exercer
efeito nas propriedades físicas das resinas para reembasamento imediato, o grau
de conversão pode ser um fator importante no sucesso final obtido. Neste
estudo, o grau de polimerização de duas resinas (Duraliner II e Kooliner) foi
avaliado, indiretamente, pela mensuração da dureza Vickers. Os corpos-de-prova
foram preparados com a forma de discos com 13 mm de diâmetro e 8 mm de altura.
De acordo com o fabricante da resina Duraliner II, após o reembasamento, o
material pode ser colocado em água a 550 C por 10
minutos, para reduzir o monômero residual. Assim, neste estudo, os
corpos-de-prova do material Duraliner II foram divididos em dois grupos, sendo
um deles submetido ao tratamento térmico descrito acima. Os testes de dureza
foram realizados após o armazenamento dos corpos-de-prova a seco à temperatura
ambiente por 1, 24, 48 horas, 7, 30 e 60 dias. Oito valores foram registrados em
cada intervalo de tempo, nos cinco corpos-de-prova dos três grupos avaliados.
Os resultados submetidos à análise de variância, seguida pelo teste de Tukey
ao nível de 95%, indicaram que: 1) Os valores Vickers para o material
Duraliner II diminuíram de 1 hora para 48 horas e, a partir desse período,
aumentaram até o tempo de 60 dias, nas duas condições em que foi testado; 2)
Para o material Kooliner, a dureza aumentou gradualmente até 30 dias, período
em que houve estabilização; 3) O material Kooliner
apresentou os maiores valores de dureza entre os períodos de 48 horas até
30 dias; 4) Não houve diferenças estatisticamente significantes na dureza das
resinas para reembasamento após 60 dias de armazenamento a seco.
Apoio Financeiro: FAPESP.
B353
Disfunção de
ATM em crianças de 04 a 07 anos.
G. R. CIRANO*,
C. R. M. D. RODRIGUES, M. D. M. OLIVEIRA, L. F. LOPES
Depto.
Odontopediatria, Faculdade Odontologia da USP – SP – Fone: (011) 818-7835
A proposta
deste estudo foi efetuar análise da prevalência de sintomas sugestivos de
disfunção de ATM, fatores predisponentes e a correlação entre estes em crianças,
em relação ao sexo e faixa etária. Os dados utilizados foram obtidos através
da análise de questionários, os quais foram respondidos por responsáveis
pelos participantes da amostra, sendo esta constituída por 180 crianças com
idade entre 04 e 07 anos. A prevalência de sintomas foi de 32,2%, enquanto que
os fatores predisponentes estiveram presentes em 80,6% da amostra. Para a análise
dos resultados, foram utilizados os Testes de Correlação de Pearson, com teste
de significância para coeficiente de correlação, e de Diferença de Duas
Proporções (Teste “Z”). Não foram comprovadas diferenças significantes
entre os sexos ou faixa etária para qualquer dado pesquisado (p>0,05). O
sintoma mais comum foi a dor de cabeça freqüente (19,4%), seguido pela dor de
ouvido (11,7%). Foi verificada uma alta prevalência de hábitos parafuncionais
(72,2%), principalmente respiração bucal (41,1%) e bruxismo (33,9%). A
prevalência de sintomas e fatores predisponentes de disfunção foi alta,
observando-se existir uma correlação significante entre o número de sintomas
e o número de fatores, em todas as faixas etárias, com exceção da idade de 7
anos, principalmente no sexo masculino; não foi comprovada a correlação de um
fator predisponente isolado com o distúrbio articular, representado pela prevalência
de sintomas.
B354Resistência
da união entre resina acrílica e materias reembasadores resilientes.
J. L. L.
SANCHES*, M. F. MESQUITA, G. E. P. HENRIQUES, M. A. A. NÓBILO, R. A. ZAVANELLI
Departamento
de Prótese e Periodontia - FOP - UNICAMP.
(019)4305211
Este trabalho teve por objetivo comparar a capacidade de adesão
entre bases resilientes (Dentuflex, Ufi-Gel e Eversoft) e resina acrílica (QC
20), submetidas ou não à termociclagem. Foram confeccionadas 20 amostras para
cada base resiliente. Metade das amostras recebeu termociclagem (1 minuto em água
a 5oC
e 1 minuto em água a 65oC),
e a outra metade não. Para a confecção das amostras, incluímos matrizes metálicas
em muflas, e o molde resultante foi preenchido com resina acrílica, dividida ao
meio por um espaçador. Após a polimerização da resina, o espaçador foi
retirado e as partes unidas com material resiliente. Metade das amostras foram
submetidas a 3.000 ciclos, e a outra metade não recebeu tratamento. Em seguida,
as amostras foram submetidas ao ensaio de resistência à tração da união em
uma máquina de ensaio universal (EMIC-DL500MF), com velocidade de 5mm/min. Os
dados obtidos foram submetidos à análise estatística através do teste de
Tukey, ao nível de 5% de probabilidade. As maiores médias foram apresentadas
pelo Dentuflex (3,32 MPa), e as menores pelo Ufi-Gel (0,18 MPa), ambos
submetidos à termociclagem. Com base nos resultados obtidos, pudemos
observar que: O material Dentuflex apresentou os maiores valores de resistência
à tração da união, independentemente do tratamento recebido, apresentando
diferença estatística em relação ao Eversoft e ao Ufi-Gel. O material
Eversoft quando submetido à termociclagem apresentou valores estatisticamente
superiores ao Ufi-Gel. Para os materiais Dentuflex e Eversoft, a termociclagem
elevou os valores de resistência à tração da união, apresentando diferença
estatística em relação ao controle, e para o material Ufi-Gel, a
termociclagem teve efeito inverso.
Apoio
financeiro: Capes
B355
Regeneração
tecidual guiada no tratamento de lesões de bifurcação.
P.
R. CURY*,
NASCIMENTO, L.M.C., E. A. SALLUM, A. W. SALLUM
Departamento
de Periodontia - FO de Piracicaba
-UNICAMP - (014) 351-2390
Objetivou-se
comparar clinica e radiograficamente a regeneração tecidual guiada (grupo
teste), utilizando-se membranas reabsorvíveis de ácido poliláctico, com o
tratamento cirúrgico convencional (grupo controle), em lesões de bifurcação
classe II. A amostra consistiu de 9 pacientes, totalizando 19 lesões, 2 em cada
um de 8 pacientes, 3 em um outro, determinadas aleatoriamente para os grupos
teste e controle. Radiografias e parâmetros clínicos pré-cirúrgicos foram
comparados aos obtidos 6 meses pós-cirurgicamente. Não houve diferença
estatisticamente significante entre os grupos (p>0,05) quanto ao ganho de
inserção clínica vertical (controle: 1,16 mm, teste: 0,75 mm) e horizontal
(teste: 2,5 mm, e controle: 1mm), redução da
profundidade de sondagem (controle: 2,51 mm, teste: 1,61 mm), recessão
gengival (teste 0,85 mm, e
controle: 1,24 mm). No grupo teste, 3 lesões fecharam totalmente. Verificou-se
perda de densidade óssea em ambos grupos: -2,38 (teste) e -13,11 (controle);
p=0,043. No grupo teste a área de
ganho de densidade foi maior (42,19%) que no grupo controle (21,91%). Concluí-se
que o tratamento de lesões de bifurcação classe II através da RTG, foi
clinicamente similar ao tratamento convencional, porém proporcionou possibilidade de fechamento de algumas
lesões, menor perda de densidade e maior área de ganho de densidade que o
tratamento cirúrgico convencional.
Apoio FAPESP:
Processo 97/06492-8
B356
Avaliação de
pacientes portadores de disfunção velofaríngea tratados com prótese de
palato.
J. H. N.
PINTO*, M. I. PEGORARO-KROOK
Setor de Prótese
de Palato- HRAC-USP – Bauru – (014)2358086.
Este trabalho
teve como objetivo avaliar, por meio de um questionário, o julgamento de
pacientes portadores de disfunção velofaríngea, tratados com prótese de
palato, em relação à mastigação, à fala, à estabilidade, à estética, à
comodidade e à qualidade de vida. Além disto, o trabalho também comparou a
inteligibilidade de fala nas condições, com e sem a prótese de palato, pelo
julgamento de 5 fonoaudiólogos. A amostra consistiu em 48 pacientes, com idades
variando entre 8 e 74 anos (X = 31,47+16,03), sendo 42 com insuficiência
velofaríngea devido à fissura palatina congênita operada ou não, 2 com
insuficiência velofaríngea devido à ressecção total ou parcial do palato
(casos que tiveram câncer) e 4 com incompetência velofaríngea devido à
paralisia total ou parcial do palato mole. Os resultados do questionário
mostraram que: (1) a maioria dos pacientes referiu se alimentar usando a prótese
(81,2%); (2) a maioria relatou melhora da fala com a prótese (85,4%); (3) a prótese
ficou estável para a maioria dos pacientes, tanto na alimentação (75%),
quanto na fala (91,7%); (4) a maior parte dos pacientes (79,2%) sentiu-se
confortável em usar a prótese; (5) a estética com a prótese foi satisfatória
para a maioria dos pacientes (97,9%); (6) a qualidade de vida da maioria dos
pacientes (85,4%) melhorou com o uso da prótese. Em relação ao julgamento
da inteligibilidade de fala pelos 5 fonoaudiólogos, concluiu-se que os
resultados na condição, com prótese de palato, foram estatisticamente
melhores que os resultados na condição, sem prótese, concordando com o
julgamento dos próprios pacientes.
B357
Análise de três
técnicas de moldagem.
C.A.ANDRADE*,
F.A.SILVA, W.A.B.SILVA, F.A.PEIXOTO SILVA
Departamento
de Prótese e Periodontia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba.(019) 430
5292 wilkens@fop.unicamp.br
O objetivo
desse trabalho foi analisar três técnicas de moldagem: casquete (T1);
massa-reembasamento (T2); moldagem simultânea (T3), utilizando-se a silicona
por adição Express da 3M (M1), a silicona de condensação da 3M (M2) e a
silicona de condensação Optosil-Xantopren da Bayer (M3).O corpo de prova foi
confeccionado utilizando-se um modelo padrão onde dois elementos foram
preparados, utilizando-se oito pontos de referência: O 2º PMI (pontos A,B,C e
D) e o 2º MI (pontos I,J,K e L). O alívio para a moldagem foi padronizado em
2mm para T2 e T3, e em 0,3mm para T1. A pressão de moldagem foi de 400g para T1
(materiais de baixa viscosidade) e 1500g para T2 e T3 (materiais de alta
viscosidade). Para cada técnica e material foram realizadas 10 moldagens,
totalizando 120 modelos. Os moldes foram vazados em gesso tipo IV. Foram
realizadas mensurações lineares nos modelos entre os elementos preparados, em
oito pontos específicos: A-I(17,47mm); B-J(15,81mm); C-K(16,64mm); D-L(16,71),
utilizando-se um microscópio comparador Leitz
Os resultados foram submetidos ao teste de Tuckey ao nível de 5% de
probabilidade, sendo os mais precisos; T1 com M2 (A-I, 17,50mm; B-J, 15,80mm;
C-K, 16,69mm e D-L, 16,72mm). De acordo com estes resultados os autores puderam
concluir que, o material M2 obteve as melhores médias independentemente da técnica
utilizada; a técnica T1 obteve os melhores resultados independentemente do
material.
B358
Etiologia das
perdas de globos oculares.
V. R. CÔAS*,
A. C. C. NEVES, S. M. RODE
Depto Mat.
Odont. e Prótese da Fac. Odontologia de São José dos Campos - UNESP. - (012)
321-8166, ramal 1305
Este trabalho
estudou a etiologia das perdas de globo ocular de pacientes atendidos no ambulatório
do curso de pós-graduação em odontologia, área de concentração em prótese
buco maxilo facial da Faculdade de Odontologia do Campus de S. José dos Campos
- UNESP e do Departamento de Odontologia da Universidade de Taubaté, no período
de março de 1988 a dezembro de 1998. A prótese ocular é uma modalidade da prótese
facial que visa à reparação das perdas ou deformidades do bulbo ocular, sejam
elas totais ou parciais. O conhecimento da etiologia e da incidência das perdas
dos globos oculares é de grande importância até no sentido de permitir uma
orientação preventiva à sociedade. Após a coleta de dados em ficha
apropriada como: idade da perda ou atrofia do globo ocular, etiologia (congênita,
adquirida não esclarecida, adquirida traumática e adquirida patológica), sexo
e tipo de cirurgia, os mesmos foram transcritos para uma folha de codificação
e análise estatística pelo teste do Qui-quadrado foi realizada no sentido de
verificar as freqüências em números e porcentagens das variáveis tratadas. A
partir da avaliação das 171 fichas clínicas pudemos observar que as perdas de
globos oculares de etiologia traumática são as mais freqüentes (53,80%),
seguidas pelas patológicas (37,42%) e congênitas (6,43%). De acordo com os
resultados obtidos nesta pesquisa concluímos que: as perdas de etiologia
traumática são as de maior incidência, seguidas das patológicas e com menor
incidência para as congênitas; com relação ao sexo houve predominância do
masculino; a faixa etária mais freqüentemente atingida foi a 21 a 40 anos em
todas as etiologias estudadas; a cirurgia mais empregada para remoção do globo
ocular foi a enucleação; houve predominância da perda de globo ocular do lado
esquerdo embora não apresentasse significância estatística.
B359
Adaptação de
bases de prótese, segundo diferentes tipos de resfriamento.
S. M.
GANZAROLLI, A. A. DEL BEL CURY, R.C.M. RODRIGUES GARCIA
Dep. Prótese
e Peridontia-Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP
- (019) 893-1054
A adaptação
das bases de prótese evita a formação de hiperplasias, e mantém uma adequada
função mastigatória. Foi propósito deste trabalho
avaliar a adaptação de 72 bases de prótese, confeccionadas com resina
acrílica termopolimerizável convencional Clássico (C) e resinas para cura em
forno de microondas, Acron-MC (A) e Onda Cryl, (O) quando submetidas aos
procedimentos de resfriamento brusco (RB) e convencional (RC) (grupo controle)
das mesmas após polimerizadas. A avaliação foi realizada imediatamente após
a demuflagem (TI) e após um período de armazenagem dessas bases em água, por
30 dias (AA). O método utilizado para verificação da desadaptação foi: a)
Peso em gramas (g) da silicona de adição (Express-3M) interposto entre a base
de resina e o modelo metálico, e pesada em balança de precisão de 0,001g.
Foram encontrados os seguintes resultados: Independente da armazenagem em água:
Resina C-RB: 1,00 a (±0,11); Resina C-RC: 0,72 a (±0,03); Resina A-RB: 1,00 a
(±0,12); Resina A-RC: 0,70 b (±0,03); Resina O-RB: 0,95 a (±0,10); Resina
O-RC: 0,76 c (±0,04). Os resultados obtidos foram submetidos ao teste de
Tuckey, com nível de significância de 0,05 (p<0,05).
Os autores concluíram que: 1) A resina Acron-MC apresentou melhor adaptação
quando comparada com a resina Clássico, polimerizada em banho de água, e esta
última mostrou-se melhor adaptada quando comparada com a resina Onda-Cryl,
polimerizada por energia de microondas. 2) O resfriamento brusco potencializou a
desadaptação das 03 resinas testadas. 3) A armazenagem em água não interfere
nos resultados.
Apoio
financeiro: FAPESP - Processo 97/01380-7
B360
Regeneração
óssea dirigida com dois tipos de barreiras físicas.
F. S. MATUDA*,
N. L. MACEDO, Y. R. CARVALHO, L. G. S. MACEDO
Fac. Odont. São
José dos Campos - UNESP - (012) 321-8166 R: 1305
Este trabalho
avaliou comparativamente a neoformação óssea com a utilização de dois tipos
de barreiras físicas no tratamento de defeitos ósseos produzidos na tíbia de
coelhos, mediante o uso da técnica de regeneração tecidual dirigida. Foram
utilizados quatro coelhos adultos, nos quais executamos dois orifícios de 8.0mm
de diâmetro em cada uma de suas patas posteriores, com brocas cirúrgicas e
irrigação abundante com cloreto de sódio estéril a 0.9%. Na pata direita os
defeitos foram recobertos com a barreira de politetrafluoretileno(PTFE) e na
pata esquerda com a membrana Gengiflex. Os animais foram sacrificados após três
meses para a análise histológica dos resultados. Os defeitos com barreira de
PTFE apresentavam-se preenchidos completamente por tecido ósseo. Já nos
defeitos com a membrana Gengiflex notou-se um preenchimento ósseo lamelar
incompleto com áreas mostrando falta de continuidade das margens ósseas e
algumas depressões. Dentro dos limites deste estudo experimental podemos
concluir que a barreira não porosa de politetrafluoretileno cumpriu os
objetivos e requisitos necessários para permitir a neoformação óssea
natural, mostrando-se mais efetiva que a membrana Gengiflex no tratamento dos
defeitos ósseos.
B361
Alterações
periodontais após tratamento ortodôntico.
M. B. C.
RIBEIRAL* , A. M. BOLOGNESE, E. J.
FERES FILHO
Periodontia,
F.O. da UFRJ, Rio de Janeiro, (021)560-6137/R2034
Em estudo prévio
comparando pacientes de 17 a 26 anos ortodonticamente tratados há pelo menos 2
anos (experimental, N=53) ou não tratados (controle, N=51), foram observadas
alterações periodontais (Ribeiral et al., SBPqO, 1998 #A148). O objetivo deste estudo foi, avaliar o
controle de placa, idade, sexo, duração e tempo após o tratamento, tipo de
maloclusão e tratamento com ou sem extrações dentárias, como fatores
associados à profundidade de bolsa à sondagem (PBS) ³ 5mm. Esta condição
foi 4 vezes mais frequente nos molares superiores do que nos inferiores e só
foi observada no grupo experimental, de acordo com a seguinte prevalência:
67,9% dos pacientes sem bolsas, 13,2% com 1 a 3 sítios e 18,8% com mais de 3 sítios.
Dentre as variáveis analisadas, somente o tratamento ortodôntico com extrações
dentárias apresentou associação estatísticamente significante com a presença
de PBS ³ 5 mm (p = 0,018, c2
= 4,27). Além disso, esta estava associada à defeitos ósseos, geralmente
pequenos e de difícil identificação radiográfica. O tratamento ortodôntico,
com extrações dentárias, pode predispor à ocorrência de sítios com
profundidade de bolsa aumentada, principalmente nos sítios proximais de molares
superiores. Há necessidade de
estudos para avaliar outras variáveis, que possam explicar tais alterações
periodontais.
B362
Permeabilidade
dentinária em função do tratamento com oxalato de potássio.
E. B. FRANCO,
J. L. DIAS, M. C. GALLINA*, P. M. CARVALHO, P. G. TAVARES
Depto. Dentística.
Faculdade de Odontologia de Bauru – FOB/USP. (014) 235-8265.
Tendo em vista
a possibilidade da permeação do componente líquido durante procedimento clínico
de cimentação, principalmente com cimento de fosfato de zinco, o objetivo
deste trabalho foi avaliar a condutância hidráulica da dentina após o
tratamento prévio com verniz (Copalite) e gel de oxalato monopotássio
monohidratado (Oxa-gel). Foram utilizados 10 (dez) terceiros molares recém-extraídos
que receberam preparos tipo coroa total. Os dentes foram distribuídos em dois
grupos. No primeiro grupo a condutância hidráulica, dos cinco dentes
preparados, foi avaliada primeiramente com a presença da smear layer, em seguida pelo condicionamento com EDTA a 0,5M (pH
7,4) (permeabilidade dentinária máxima) e por último pela aplicação do
(Oxa-gel) por 3 minutos. No segundo grupo os dentes preparados receberam a
aplicação de duas camadas de verniz a base de resina copal. A condutância
hidráulica foi estabelecida em dispositivo similar ao utilizado por Pashley et
al. (Dent. Mat. 1988: 4: 60-63). A média (em milímetros) da permeabilidade
dentinária dos espécimes preparados foi:
Smear layer EDTA
Oxagel
Copalite
13,30
28,0
10,20 1,25
A utilização
do verniz a base de resina copal (Copalite) mostrou uma redução significativa
quando comparado ao Oxa-gel e pode representar um método mais efetivo no
bloqueio dos túbulos dentinários previamente à cimentação de coroas totais.
Apoio: CNPq -
Processo: 522332/94-3
B363
Atividade
antimicrobiana do extrato de Punica
granatum Linn na placa bacteriana .
J.V.PEREIRA,
S.C.SILVA, L.J.COSTA, M.C.SAMPAIO*
Mestrado em
Odontologia/UFPB - (083) 216-7409
A placa
bacteriana (PB) é um fator determinante da doença periodontal, sendo seu
controle indispensável para a saúde do periodonto. O controle mecânico é o
mais eficiente, mas existem condições em que apenas este procedimento não é
satisfatório, sendo necessário controle químico, onde, por exemplo a
clorexcidina tem uma ótima ação. Propusemo-nos avaliar a eficácia in
vitro da Punica granatum (romã)
frente a três espécies do gênero Strectococcus,
S. mitis, S.mutans e S.sanguis, comparandoe ao digluconato de clorexidina
(clorexidina). O estudo foi realizado utilizando-se técnicas bacteriológicas,
sendo a ativação das espécies bacterianas feita por inoculação em caldo
tioglicolato de sódio e incubadas a 370C
durante 18hs. O teste foi feito através da técnica de inundação na superfície
do meio de cultura com a suspensão bacteriana e o extrato e clorexidina ambos
colocados posteriormente. Para a clorexidina foi realizado o mesmo procedimento.
Observou-se ação inibitória tanto da Punica
granatum quanto da clorexidina, verificando-se inibição homogênea de
acordo com o grau de concentração do extrato da planta. O extrato da Punica granatum apresentou in
vitro atividade antibacteriana sobre as espécies bacterianas semelhante a ação
da clorexidina, indicando boa respostas nos testes, merecendo no entanto,
estudos in vivo para ser usado como
uma terapêutica barata, acessível e que não traz contra-indicação.
B364
Efeito do
estresse moderado num modelo de doença periodontal induzida por ligadura.
C. SUSIN*,
C.K. RÖSING
Programa de Pós-Graduação
em Odontologia/Periodontia - ULBRA-Canoas (051) 224-3986
O objetivo do
presente estudo foi avaliar o papel de um modelo de estresse crônico variável
de intensidade moderada na perda óssea alveolar induzida pela colocação de
ligaduras em ratos. Foram utilizados 40 ratos wistar, que após estratificação
por peso, foram distribuídos aleatoriamente cinco a cinco entre oito grupos
experimentais. As ligaduras de fio de algodão foram colocadas nos segundos
molares superiores no primeiro dia do experimento. O modelo de estresse
constituiu-se na exposição dos animais a seis agentes estressores: luz
piscante, isolamento, imobilização, imobilização com exposicão ao frio,
exposição ao odor de sangue de rato, exposição a um novo ambiente. Com o
objetivo de diminuir a adaptação dos animais ao modelo, o estresse era
realizado em diferentes períodos do dia, sendo sua seqüência semanalmente
alternada. Os animais foram sacrificados nos tempos de 30, 45 e 60 dias. Os
grupos I, II e III receberam apenas ligadura. Os grupos IV, V, VI receberam
ligadura e foram estressados a partir do primeiro dia de experimento. Os grupos
VII e VIII receberam ligaduras e foram estressados apenas a partir do 29 dia,
sendo sacrificados, desta forma, apenas nos dias 45 e 60. Análise histométrica
da distância entre a junção amelocementária e a crista óssea foi realizada
após o processamento das peças. Aos 30 dias, os grupos I (936,53 ± 84,77mm) e
IV (796,36 ± 119,74mm) não diferiram estatisticamente (teste t independente,
p=0,07). Dos grupos sacrificados aos 45 dias o grupo II (1007,75 ± 83,07mm)
diferiu estatisticamente dos grupos V
(740,67 ± 67,36mm) e VII (823,24 ± 188,96mm) (ANOVA uma via, p=0,02). Os
grupos III (840,35 ± 59,07mm), VI (784,10 ± 89,11mm)e VIII (863,65 ±
164,06mm) que foram sacrificados aos 60 dias não diferiram estatisticamente
(ANOVA uma via, p=0,59). Conclui-se que os grupos submetidos ao modelo de
estresse não diferiram do grupo controle, aos 30 e 60 dias, sendo que aos 45
dias apresentaram perdas óssea significantemente menores.
B365
Estudo
comparativo da rugosidade radicular produzida por vários instrumentos
periodontais.
E. O. B.
MARTINS*, A. W. SALLUM, S. CONSANI
Departamento
de Prótese e Periodontia, Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP. -
Fone: (018) 623-8578 / 986-2408; e-mail: martinsf@infocenter.com.br
O objetivo
deste trabalho é avaliar, in vitro, o
grau de rugosidade radicular deixado pelos vários tipos de instrumentos
utilizados durante o processo de instrumentação radicular. Foram selecionados
90 (noventa) dentes unirradiculares, extraídos de pacientes que manifestavam
periodontite avançada e indicados para exodontia. Em seguida, foram divididos
aleatoriamente em nove grupos experimentais (dez dentes por grupo),
instrumentados com os vários tipos de instrumentos: grupo1 - curetas manuais;
grupo 2 - aparelho sônico; grupo 3 - aparelho ultrasônico; grupo 4 - ponta
diamantada extrafina, em caneta de alta-rotação; grupo 5 - ponta diamantada
extrafina, em caneta de baixa-rotação; grupo 6 - broca carbide multilaminada
de 12 lâminas, em caneta de alta-rotação; grupo 7 - broca carbide
multilaminada de 12 lâminas, em caneta de baixa-rotação; grupo 8 - broca
carbide multilaminada de 30 lâminas, em caneta de alta-rotação; e, grupo 9 -
broca carbide multilaminada de 30 lâminas, em caneta de baixa-rotação. Em
seguida foram confeccionadas amostras de cada raiz, as quais foram submetidas à
análise rugosimétrica, obtendo-se o “grau de rugosidade de cada raiz” ( Gr
). Estes dados foram submetidos à análise estatística. Os resultados
mostraram que as rugosidades foram diminuídas significantemente após a
instrumentação em todos os grupos (antes 1.7702; após 0.9223). Os autores
concluíram que as curetas (1.011) apresentaram os menores valores de rugosidade
residual mas não diferindo estatisticamente das brocas de 12 lâminas em alta
(1.157) e baixa-rotação (1.228) , das brocas de 30 lâminas em alta-rotação
(1.306) e das pontas diamantadas em baixa rotação (1.226). O uso das pontas
diamantadas extrafinas em alta-rotação (1.462) apresentaram a maior rugosidade
residual entre os grupos de brocas e não diferiram estatisticamente do uso de
brocas de 30 lâminas em baixa-rotação (1.346). Mas a maior rugosidade
residual foi encontrada no uso de aparelho ultrasônico (1.787) e este não
diferiu estatisticamente do uso do aparelho sônico (1.593).
B366
Avaliação
radiográfica do efeito da ciclosporina-A em ratos com doença periodontal
induzida.
C.A. NASSAR*,
P. OEHLMEYER, E. MARCANTONIO JR., R.A.C. MARCANTONIO, L.C. SPOLIDÓRIO, R.S.G.
ABI RACHED
Dep. de Diagnóstico
e Cirurgia - F.O.Ar. - UNESP. Fone: (016) 2321233
A
ciclosporina-A (CsA) é uma droga imunossupressora muito utilizada em pacientes
transplantados. Além de seus efeitos terpêuticos, a CsA apresenta alguns
efeitos colaterais, dentre eles o crescimento gengival. Além disso, atua
principalmente na diminuição da reação imunológica, particularmente em linfócitos,
diminuindo assim, a reação inflamatória no local. Foi objetivo deste estudo
avaliar a influência da CsA no desenvolvimento da perda óssea proximal em
dentes de ratos com doença periodontal induzida por ligaduras. Foram utilizados
25 ratos, divididos em 3 grupos: G I (sem qualquer tratamento); G II (ligadura
com fio de algodão nos 1os. Molares
inferiores por 30 dias) e GIII (ligadura nos 1os. Molares inferiores por 30 dias
e ciclosporina administrada a partir do 15o. dia). Os
animais foram sacrificados no 300 dia, as peças
removidas e radiografadas. A análise radiográfica demonstrou uma menor perda
óssea proximal no GIII em relação
ao GII. O G I (controle) não apresentou perda óssea significativa. Pode-se
concluir que o uso da CsA, influencia no desenvolvimento da doença
periodontal, resultando em menor intensidade de perda óssea.
Auxílio Capes.
B367
Contribuição
dos microrganismos periodontopatogênicos para o malodor oral.
S. L.
SALVADOR, L. C. FIGUEIREDO*, E. MARCANTONIO JR., R. A. MARCANTONIO, E. P.
ROSETTI.
FCFRP-USP e
FOAr-UNESP. (F: 016-602.4160).
A halitose é
decorrente de compostos sulfurados voláteis (CSV) resultantes da decomposição
de proteínas, peptídeos e mucinas por microrganismos putrefativos que residem
na língua e bolsas periodontais. O objetivo deste estudo foi obter informações
a respeito dos níveis de CSV e reação da hidrólise de BANA em indivíduos
com profundidade à sondagem-PS > 3mm (Grupo I) e PS < 3mm (Grupo
II-controle), e comparar esses valores com medidas organolépticas e condição
gengival. Foram selecionados 40 indivíduos, sendo 20 do Grupo I (21-59 anos) e
20 do Grupo II (20-58 anos). A qualidade do hálito foi verificada
organolepticamente e através de um monitor portátil (Halimeter™) capaz de
medir em ppb a concentração de CSV. Os parâmetros clínicos (Índice de
Placa-IP e Índice Gengival-IG) foram obtidos de seis dentes referência (16,
11, 26, 36, 31, 46). Amostras para o Teste BANA foram colhidas da superfície
dorsal da língua, saliva e dos seis dentes referência. O Grupo I demonstrou
valores significativamente maiores para os parâmetros: IP, IG, medidas organolépticas,
CSV e resultados positivos para a hidrólise de BANA por amostras de placa
subgengival (Teste U Mann-Whitney, p<0,01). Em indivíduos com PS>3mm,
observou-se uma correlação entre os resultados da hidrólise de BANA por bactérias
da placa subgengival e superfície dorsal da língua (p<0,01), e entre IG
(p<0,01) e CSV (p<0,01), através da Correlação de Pearson. No Grupo II,
observou-se uma correlação entre os resultados da hidrólise de BANA por bactérias
da placa subgengival e profundidade à sondagem (p<0,05) e entre IP
(p<0,05). Os resultados sugerem que as bolsas periodontais que albergam
bactérias capazes de hidrolizar o substrato BANA podem ser consideradas
reservatórios para a produção de CSV.
Apoio:
Interscan Corporation.
B368
Estudo
comparativo da influência da ansiedade/depressão na progressão da doença
periodontal.
L.CARVALHO*,
S.FERREIRA, G. VILLORIA, R. SILVA, M. TOSTES, R. GALVÃO.
FOUGF, FOUFRJ
- Rio de Janeiro. e-mail: luciah@webcorner.com.br
O objetivo do presente trabalho foi avaliar se os transtornos
afetivos (ansiedade/depressão) influenciam no processo de progressão da doença
periodontal após intervalo de reavaliação. 71 pacientes HIV+/aids (28
mulheres, 43 homens) com idade variando entre 19-60 anos foram examinados no
Hospital-Dia do HUCFF-UFRJ, sendo esta amostra retirada do Estudo Longitudinal
da Doença Periodontal em Pacientes Infectados pelo HIV. Todos dentes presentes
na boca foram avaliados com sonda periodontal PCP-15 (HuFriedy), por um único
examinador que fez medidas de profundidade de bolsa e nível de inserção à
sondagem. A escala “Hospital Anxiety and Depression scale” (Zigmond, AS e
Snaith, RP. Acta Psychiat. Scand. 1983: 67, 361-370) foi utilizada para estimar
a presença de transtornos afetivos (ansiedade/depressão). Um questionário foi
aplicado para avaliar o nível sócio-demográfico da amostra. Foram
realizados os testes do X² e Kruskal-Wallis para análise estatística.
Dos 71 pacientes estudados, 65 (91,5%) apresentavam doença periodontal (pelo
menos 1 sítio com perda de inserção ³ 4mm) no exame inicial, sendo que 28
(43,1%) apresentavam sinais de ansiedade e/ou depressão. Houve piora da doença
periodontal (perda de inserção ³ 1mm) em
63 dos 65 pacientes no intervalo do exame inicial e a primeira reavaliação 4
meses após. Dos 28 pacientes com doença periodontal e sinais de ansiedade e/ou
depressão, 27 (96,4%) pioraram, e dos 37 pacientes sem sinais de transtornos
afetivos, 36(97,3%) pioraram. A
prevalência de doença periodontal foi alta. Comparativamente não houve
diferença estatisticamente significativa na proporção de sítios com piora clínica,
do total de sítios reavaliados após 4 meses, nos pacientes com e sem
transtornos afetivos.
Apoio
financeiro do Ministério da Saúde, Brasil.
B369
Determinação
do biotipo periodontal delgado e espesso.
M.K.
SONOHARA*, S.A.B. NISHIYAMA, P. BASSO
Departamento
de Odontologia/UEM. - E-mail: mksonohara@wnet.com.br.
As características
morfológicas dos tecidos periodontais estão relacionadas à anatomia dentária,
principalmente à forma anatômica dos incisivos centrais superiores. O objetivo
deste trabalho
foi determinar os biotipos periodontais delgado e espesso, mediante a
proporção largura/comprimento (L/C) das coroas clínicas dos incisivos
centrais superiores, relacionando-a à prevalência da recessão gengival. A
amostra consistiu de 38 indivíduos voluntários, acadêmicos do curso de
Odontologia da Universidade Estadual de Maringá-UEM. Cada indivíduo foi
submetido ao exame periodontal de medida de profundidade de sondagem e recessão
gengival, seguida pela determinação do comprimento (C) e largura (L) da coroa,
estabelecendo-se uma relação L/C para cada incisivo central, e posteriormente,
os valores médios para cada indivíduo. A definição do biotipo periodontal
baseou-se na forma da coroa, localização das áreas de contato proximal e
arquitetura do tecido gengival. A partir dos dados clínicos, foram
identificados 20 indivíduos com biotipo periodontal espesso (relação L/C
>0,73) e 18 indivíduos com periodonto delgado (relação L/C £0,73). A
prevalência de recessão gengival foi maior nos indivíduos com biotipo
periodontal delgado (83,3%) comparado ao biotipo periodontal espesso (45%). Os
autores concluíram que a forma das
coroas clínicas dos incisivos centrais superiores podem auxiliar na caracterização
dos tecidos periodontais em espesso e delgado.
B370
Expressão do
antígeno CD26 e atividade periodontal destrutiva.
P. Mª
A. L. MANNA*, J. E. COSTA, R. S. GOMEZ
Departamento
de Cirurgia, Patologia e Clínica / FOUFMG - Telefone (031) 291-1199
Trabalhos
recentes tem demonstrado que o anticorpo MIB-DS2/7 contra o antígeno CD26
reflete a produção de interferon gama e o fenótipo Th1 de linfócitos T. O
objetivo deste estudo foi avaliar o percentual de células CD26 em bolsas
periodontais com e sem atividade de perda de inserção. Dezessete pacientes com
periodontite de início precoce foram submetidos a tratamento com instruções
de higiene bucal, raspagem e alisamento radicular e avaliação do índice de
placa. Após 45 dias, houve um acompanhamento por 09 meses com reavaliações
mensais englobando medidas de profundidade de sondagem, perda de inserção clínica
relativa e sangramento à sondagem através de sonda computadorizada. Biópsias
de sítios com e sem perda de inserção com indicação cirúrgica foram
coletadas e submetidas a processamento imunohistoquímico para identificação
do antígeno CD26. Os resultados não mostraram diferenças com relação à
expressão deste antígeno nos dois grupos de avaliação. Isto sugere que
variações na percentagem de células CD26 não influenciam a atividade biológica
de bolsas periodontais.
B371
Avaliação da
padronização de sondas periodontais.
P. M. DUARTE*, G. R. NOGUEIRA-FILHO, V.A. TRAMONTINA, J.B. CÉSAR
NETO, F.H. NOCITI Jr.
Departamento
de Prótese e Periodontia – FOP/UNICAMP - Tel: (019) 4306631/Fax:
(019)4305208, e-mail: getuliog@yahoo.com
O objetivo
deste trabalho foi avaliar a marcação milimetrada e o diâmetro da ponta de 3
marcas comerciais de sondas periodontais disponíveis no mercado brasileiro
(Williams – Neumar/Brasil, Williams – Golgran/Brasil e WHO - Hu Friedy/USA).
Para isso foram utilizadas 120 sondas novas, sendo 50 Golgran, 35 Neumar e 35 Hu
Friedy. Imagens digitais foram obtidas por um “scanner” (Deskscan HP 3000),
medidas pelo programa “Corel Draw 6.0” e por um paquímetro digital (diâmetro
das pontas). Os resultados (P<0,005) demonstraram que quanto a calibração
da marcação milimetrada, todas as sondas nacionais tipo Williams apresentaram
a 1a
marca maior que 1mm, cuja distorção de calibração foi também observada nas
outras marcações (3º, 5º, 7º e 10º milímetros); observou-se maior distorção
nas pontas das sondas Neumar, sendo que as sondas WHO -Hu Friedy foram as que
apresentaram medidas mais precisas. Concluiu-se
que não existe uma padronização das marcações das sondas periodontais tipo
Williams na amostra analisada, sendo necessária uma maior precisão por parte
dos fabricantes no controle destas distorções, haja vista a importância das
sondas periodontais na mensuração do nível de inserção periodontal para o
diagnóstico e plano de tratamento periodontais.
B372
Análise de
alterações dos cristais de gesso IV após desinfecção do alginato.
M.P. de MENDONÇA*,
A.P. MENDONÇA, E.M.B. TINOCO**
Depto. de Clínica
Integrada, FO - UGama Filho, RJ. **FO- U Estácio de Sá. FO-Unigranrio -RJ.
Tel/fax: (021)392-8815. E-mail: mportesm@rio.nutecnet.om.br
A contaminação
dos materiais de moldagem por fluidos da cavidade bucal possibilita a contaminação
cruzada de indivíduos que manipulem a moldagem e o modelo sem as devidas
barreiras de proteção. Por este motivo diversos métodos vêm sendo propostos
para efetuar a desinfecção de alginatos, dentre eles a utilização de soluções
de hipoclorito de sódio em spray e imersão. No entanto os alginatos são sensíveis
ao tratamento químico e apresentam alterações de superfície após a utilização
de certos métodos de desinfecção. O
aspecto da superfície e a reprodução de detalhes em troquéis de gesso
obtidos por moldagens de alginatos, após desinfecção com hipoclorito de sódio,
mostraram degradação na superfície (Hutichings, M.L. et al., Int.J. Prosth.
v.9, n.3, p. 223-229, 1996). Objetivo deste trabalho é comparar as superfícies
de três gesssos tipo IV após o contato com três alginatos (Jeltrate-Dentsply,
LD Caulk, RJ, Brasil; Hydrogum-Zhemark Impression Materials, Italy; Greengel-
Herpo Prod. Dent. Ltda, Brasil) tratados por 2 diferentes métodos de desinfecção.
A análise das superfícies foi feita utilizando-se imagens com aumentos de x
100 e x 1000 geradas através de Microscopia Eletrônica de Varredura (Zeiss,
Germany). Três examinadores analisaram vinte e sete amostras, representando as
combinações dos gessos com os alginatos, que passaram pelos tratamento de
spray ou imersão por 10 minutos em hipoclorito de sódio à 5,23% na diluição
de 1:10, e grupo controle. Os tratamentos por spray e imersão utilizando
hipoclorito de sódio demonstraram alterações no número e forma dos cristais
de gesso na superfície das amostras quando comparadas ao grupo controle.
B373
Soldagem a laser
em prótese sobre implantes; estudo metalúrgico e de corrosão em Ti cp.
J.C. DINATO,
M.P NEISSER*, M.A. BOTTINO, R.M. BEZERRA, P.C. SOUZA, A.C. GUASTALDI
Depto Mat.
Odont. e Prótese da Fac. Odontologia de São José dos Campos - UNESP - (012)
321-8166 R:1305
Uma prótese
sobre implante suportada por um ou mais pilares, deve apresentar uma distribuição
uniforme de forças e uma adaptação o mais perfeita possível, para que haja
um assentamento passivo. As fundições em monobloco não permitem um
assentamento passivo perfeito, motivo que nos leva a utilizar soldagem para
unirmos os elementos das prótese. O processo de soldagem a laser é empregado nas próteses odontológicas em titânio
comercialmente puro (Ti cp), por produzir um feixe de luz coerente, monocromático
e concentrado de alta energia. Nesta pesquisa estudou-se a microestrutura e a
resistência à corrosão do Ti cp., utilizado na confecção de próteses
odontológicas aplicadas sobre implantes, após ser submetido ao processo de
soldagem a laser, realizada em
atmosfera de argônio, com impulsos de 270 v durante 12 ms. Foram feitas análise
da composição química do Ti cp, estudo da microestrutura utilizando-se MEV,
difração de raios X e medidas de dureza. A junta soldada apresentou três regiões
distintas: metal base, zona afetada pelo calor (ZAC) e zona do cordão de solda.
O metal base apresentou uma microestrutura granular, e o cordão de solda
mostrou uma microestrutura mais refinada, do tipo martensítico e de maior
dureza do que o metal base. Pela análise de dureza observou-se uma ZAC
relativamente pequena quando comparada com outros processos de soldagem, como o
de brasagem. Os ensaios eletroquímicos realizados em solução de NaCl 0,15
molL-1
à temperatura ambiente, para o metal base e cordão de solda, mostraram que a
região da solda apresentou menor resistência à corrosão.
B374
Avaliação da
efetividade do método de Tanaka-Johnston – considerando sexo e raça.
V. M. T.
MARCHIONNI*, T. M. ARAÚJO, S. R. A. REIS, M. C. A. SILVA, D. N. REBELLO
Faculdade de
Odontologia-UFBA, Departamento de Odontologia Social, Disciplina de Ortodontia.
Tel: (071) 336-6973.
A importância
de se observar, na dentadura mista, a relação entre o diâmetro mesio-distal
da coroa de caninos e pré-molares não irrompidos e o espaço presente na
arcada dentária para acomodação e alinhamento destes, deve-se à
possibilidade de se interceptar uma maloclusão em desenvolvimento. No presente
estudo, os autores avaliaram o método de predição de Tanaka-Johnston, com o
objetivo de verificar sua efetividade para ambos os sexos e para diferentes raças
na cidade de Salvador. Foram medidos o diâmetro mesio-distal dos incisivos
inferiores, caninos e pré-molares já irrompidos na cavidade oral de 98
pacientes. Comparou-se os resultados obtidos a partir da aplicação das fórmulas
de Tanaka-Johnston, com os valores reais, avaliando separadamente os sexos e as
raças. A efetividade do referido método foi comprovada para as arcadas dentárias
superior e inferior. Ao analisar os resultados, observou-se que os coeficientes
de correlação foram maiores para o sexo feminino que para o sexo masculino. Em
relação a raça, a correlação entre os valores previstos pelo método
de Tanaka-Johnston e os valores reais foi satisfatória para todas as raças,
sendo maior na arcada superior para a raça mulato escuro (0,67), e na arcada
inferior para a raça mulato claro
(0,74. Após a análise dos dados pode-se concluir que o método de
Tanaka-Johnston é efetivo para predição do diâmetro mesio-distal de caninos
e pré-molares não irrompidos para ambos os sexos e para as raças branca,
mulato claro, mulato médio, mulato escuro e negra.
B375
Análise geométrica
do posicionamento dos modelos em articulador semi-ajustável.
R. S. M.
FERNANDES*, L. J. NUNES, M. A M. R. SILVA
Departamento
Odontologia Restauradora, FORP / USP (5516 - 602 40 17)
O arco maxilar
apresenta uma definida relação tridimensional com a base do crânio, que
necessita ser transportada para o articulador, substituto mecânico da boca, de
maneira a facilitar o estudo, planejamento e execução dos trabalhos odontológicos.
O objetivo deste trabalho foi verificar a validade do dispositivo auricular de
quatro arcos faciais e a técnica de montagem que melhor reproduz as relações
maxilares. Foram utilizados os arcos faciais dos articuladores Artex Girbach
Dental, Gnatus 8600, Gnatus modificado, Whip-mix 2240, e comparou-os com as
cefalometrias lateral e com o valor real de cada paciente, obtido por cálculos
geométricos. Od dados obtidos foram analizados pelo teste estatístico de
Kruskal-Wallis, onde verificou-se que todos os arcos testados apresentavam uma
pequena compensação nos dispositivos auriculares, levando ao posicionamento
incorreto dos dentes do arco superior no articulador. Nenhuma das técnicas de
montagem utilizadas reproduziu o relacionamento dos dentes ao eixo de rotação
do paciente, para o articulador. Modificações nos arcos faciais necessitam
ser realizadas, para que se obtenha um melhor desempenho destes instrumentos no
transporte das relações maxilares para o articulador.
B376
Viabilidade
dos enxertos autógenos obtidos com a utilização de coletores para osso.
Estudo histológico e microbiológico..
A. BLAY*, W.
R. SENDYK, S. TUNCHEL, M. V. LIMA, C. M. OLIVEIRA, M. FARIA
Depto de
Periodontia e Implantodontia – UNISA –SP tel:212-0509
A utilização
de enxertos autógeno é considerada a melhor opção nos tratamentos cirúrgicos de reconstrução óssea . Na
literatura periodontal a utilização de coágulo ósseo foi sugerida no final
da década de 60. O objetivo deste estudo é de se considerar a utilização de
coletores para osso como um método alternativo de se obter osso autógeno, no
preenchimento de defeitos ósseos como fenestrações e deiscência. Trinta
amostras foram obtidas durante a perfuração do tecido ósseo durante a instalação
de implantes em pacientes que foram
submetidos ao Disciplina de Periodontia e Implantodontia de nossa Universidade.
Estas amostras foram fixadas em solução de formol neutro a 10% por 24 horas
para serem analisadas histologicamente, com o intuito de avaliar a presença de
osteoblastos viáveis. Além disso, o material foi transportado em um meio de
Tioglicolato e incubado por 24 horas a
36 ± 1°C em aerobiose e anaerobiose. A avaliação do crescimento bacteriano
foi feita através de seis meios seletivos de cultura ( Agar MacConckey , Agar
Sangue, Agar Manitol, Meio Anaerokit LTD ,
Meio Anaerokit LTD – Bile e Anaerinsol ). Os resultados mostraram
que se forem tomados certos cuidados para prevenir a contaminação com saliva
durante o procedimento cirúrgico, este método de coletar osso autógeno pode
ser potencialmente útil em situações aonde pequenas quantidades de osso sejam
necessárias.
Suporte: UNISA
B377
Distribuição
das tensões nos implantes osseointegrados e estruturas de suporte - análise não
linear em função do diâmetro do implante.
C. L. Sendyk*, W. R. Sendyk, E. Matson
Depto. de Prótese
Dental, Fac. de Odontologia, Universidade de São Paulo, Brasil - (05511)
883-5800
Utilizando uma
imagem radiográfica de um modelo da região posterior de mandíbula
analisou-se, através de análise não linear pelo método do elemento finito
bidimensional, a distribuição interna e nas estruturas de suporte das tensões
percebidas em uma prótese fixa unitária composta por um implante
osseointegrado e sua respectiva coroa. Utilizamos implantes de 10 mm de
comprimento e as coroas foram construídas em próteses metalocerâmicas com
porcelana feldspática da Vita. Foi aplicada uma carga de 100 N na cúspide
vestibular nas seguintes condições: (1) carga axial implante osseointegrado de
3,75mm de Æ; (2) carga axial implante osseointegrado de 5,00mm de Æ; (3) carga
horizontal implante osseointegrado de 3,75mm de Æ; (4) carga horizontal
implante osseointegrado de 5,00mm de Æ. As observações foram realizadas nas
regiões referentes aos tecidos de suporte, coroa protética e estruturas
internas que constituem o sistema de implante. Os resultados mostraram que
existe grande tensão no pescoço do parafuso de ouro que suporta a coroa protética;
concentração de tensões elevadas no pescoço do parafuso de titânio que
prende o pilar intermediário ao implante; implantes de maior diâmetro melhoram
a distribuição das tensões geradas e diminuem seu valor; as porções do osso
cortical que envolvem o pescoço dos implantes foram as mais solicitadas; quanto
maior for o diâmetro de um implante menor será o valor das tensões geradas no
tecido ósseo cortical.
B378
Influência da
preparação de leitos receptores na incorparação de enxerto ósseo autógeno.
Estudo em cães.
P.S.P Carvalho, L W.
Vasconcellos, J.P Urgell, A.P F
Bassi*, V.C. Mendes
Faculdade
de Odontologia de Araçatuba –UNESP - (018) 620-3242
As mandíbulas
edêntulas apresentam uma atrofia progressiva em 50% de seu volume original com
o passar do tempo, havendo casos de maior severidade, sendo que esta redução
poderá evoluir persistindo apenas o osso basal. Assim realizou-se o estudo da
influência na preparação dos leitos receptores na incorporação de enxertos
ósseos autógenos em mandíbula, sendo utilizados seis cães com diferentes
tipos de leitos receptores: corticalizados, perfurados e decorticalizados.
Depois de 45 dias e 60 dias, os animais foram sacrificados, foram removidos
blocos de tecido contendo o enxerto e tecido ósseo adjacente. As peças foram
preparadas em laboratório e coradas com hematoxilina e eosina, e tricrômico de
Masson. Os resultados obtidos mostraram que os enxertos de osso autógeno
foram integrados aos leitos receptores, principalmente nos grupos perfurados e
decorticalizados, sendo que os piores resultados ficaram com o grupo onde o
enxertos foram realizados em corticais.
B379
Reparação óssea
em áreas doadoras de enxerto. Um estudo comparativo.
Vera L. G. Scanavacca*, Wilson
R. Sendyk, Regina H. G. Dottori, P. c. GASTALDO, A. SORATTO
FO - U de
Santo Amaro - (013) 358-2889O
uso de materiais para proteger a ferida cirúrgica em pacientes submetidos a
enxertos de osso autógeno foi sempre uma preocupação em Implantologia. Esses
materiais devem possuir algumas características ideais , tais como,
biocompatibilidade, reabsorção e baixo custo .Alguns estudos nos mostram a
eficiência e vantagens do agente hemostático
em serem reabsorvidos dando espaço a formação óssea no local de sua implantação .Este estudo tem
como objetivo avaliar e comparar o potencial de crescimento ósseo em locais
doadores de blocos ósseos, na presença dos materiais: Celulose oxido regenerada (Surgicel)* e a combinação de
Osso Alógeno Desmineralizado Seco-Congelado ( DFDBA) ** e Membrana bovina de
colágeno (Collacote)***. Dez pacientes
entre 30 e 65 anos foram tratados na Universidade de Santo Amaro. Todos possuiam
boa saúde geral e necessitavam
de aumento de espessura óssea na maxila ou levantamento do assoalho do seio
maxilar, por meio de enxertos ósseos
que foram
removidos da região de mento ou ramo ascendente da mandíbula. Foram
divididos em dois grupos; A e B .Grupo A: em
5 pacientes o local doador foi preenchido com DFDBA** e Collacote*** . Grupo
B: nos outros 5 pacientes
o local doador foi preenchido com Surgicel*. Análises
radiográficas foram feitas
antes da cirurgia
e depois de 6 meses, antes da reabertura.
Depois de 6 meses amostras foram coletadas do local doador , com trefinas de
menor diâmetro para análises histológicas.
Os pacientes do grupo A
revelaram formação óssea com evidências de algumas partículas do
material enxertado. A análise histológica
dos pacientes do grupo B mostrou que havia formação de osso
trabecular maduro com total
reabsorção do material enxertado, com ausência de respostas inflamatórias
.Zonas radiopacas foram observadas
em ambos os grupos, sendo mais densa no grupo B . Ambos os
materiais apresentaram
biocompatibilidade, com nenhuma interferência no potencial de crescimento ósseo
do local doador.
B380
Alterações
gengivais induzidas por ciclosporina A em camundongos irradiados ou não.
A.T. MELLER*,
C. SANSONE, J.L. FUSER, S. ALLODI, J.C.A. QUEZADA, V.M. RUMJANEK
Periodontia/Hist.e
Embr./Bioq.Méd.-UFRJ e Clín.São Carlos, RJ
- (021) 547-1140
Estabeleceu-se um modelo utilizando camundongos para estudar o
aumento gengival por Ciclosporina A(CSA) para verificar se os animais depletados
de linfócitos pela irradiação e reconstituídos com células hematopoéticas
se comportariam como não irradiados após o tratamento com CSA. Os animais
receberam uma dose diária i.p. de CSA 25mg/kg ou 40mg/kg (5 dias/semana) e
foram observados clinicamente por até 22 semanas. Os não irradiados
apresentaram modificações gengivais na 1a semana
(40mg/kg) ou na 2a
semana (25mg/kg) referentes a mudança de cor do róseo para o vermelho. A
partir da 4 a
semana detectamos alterações de volume. Por análise histológica verificou-se
aumento de colágeno e fibroblastos, proliferação de vasos sangüíneos e em
alguns casos infiltrado celular inflamatório. Animais irradiados e reconstituídos
com células de baço de animais isogênicos, tratados com CSA(40mg/kg),
tardaram a apresentar sinais de alteração gengival, somente vistos a partir da
4 a
semana e em menor intensidade em relação ao grupo não irradiado. A mudança
de volume só foi verificada a partir da 7a semana. Foi possível mimetizar em camundongos o
aumento gengival induzido por CSA em pacientes tratados com esta droga.
Semelhante ao verificado com pacientes transplantados, animais irradiados e
reconstituídos com células linfóides apresentaram uma resposta menos intensa
à droga que a observada em animais não irradiados. Estes experimentos sugerem
a participação do sistema imune intacto na indução do aumento gengival.
Apoio
Financeiro: CAPES, CNPq.
Agradecimentos:
Sebastião Francisco Costa -Dep. Bioq. Médica UFRJ; José Alcântara Melo e equipe da Clínica São Carlos
B381
Efeito da
“Aloe Vera” na formação de placa in
vivo.
E. PINHEIRO,
S. TRIERWEILER, C.K. RÖSING, R.V. OPPERMANN
Departamento
de Odontologia Conservadora, FOUFRGS, Porto Alegre, RS - ckrosing@zaz.com.br
O objetivo do
presente ensaio clínico cruzado controlado é verificar a eficácia de um gel
de “Aloe Vera” a 98% sobre o padrão de formação de placa bacteriana in
vivo. Para a realização do estudo,
10 acadêmicos de odontologia voluntários foram selecionados, e, deixando de
realizar medidas mecânicas de controle de placa supragengival nos dentes ântero-inferiores,
participaram de um desenho experimental cruzado, cada grupo começando com um
agente. Os agentes aplicados foram o gel de Aloe Vera a 98% para o grupo
experimental (E) e soro fisiológico para o grupo controle ( C). O experimento
durou 21 dias com uma fase inicial experimental de 7 dias, 7 dias de interstício
e 7 dias para a segunda fase. No início de cada fase, os voluntários receberam
polimento dental. O parâmetro de análise ao final das fases experimentais foi
o Índice de Placa de Silness & Löe (IPl). A análise dos resultados foi
realizada através da distribuição de freqüência de escores 0, 1, 2 e 3 do
IPl, sendo posteriormente aplicado o teste de Wilcoxon para um nível de
significância de 5%. Os resultados demonstraram que a frequëncia de escores 0
foi de 36,6% para ambos os grupos, a freqüência de escores 1 foi de 55% e
50,8% e a de escores 2 foi de 8,33% e 12,6% para os grupos E e C,
respectivamente. Estes resultados não diferiram estatisticamente, nem quando a
estratificação por faces livres e proximais foi realizada. Pode-se concluir
que, com o presente desenho experimental, a utilização do gel de “Aloe
Vera” foi semelhante à utilização da substância placebo.
B382
Movimentação
dos dentes de próteses totais diante da técnica de processamento.
G. R.
ZANETTI*, C. M. R. BARBOSA, P. S. NADIN, E. CARRILHO
Depto de Prótese
e Periodontia, FOP - Unicamp - (019) 430 5295 / grzanetti@uol.com.br
A utilização
de siliconas como material de inclusão e da energia de microondas na polimerização
de próteses em resina acrílica facilitam e aceleram os procedimentos
laboratoriais. Este estudo avaliou a influência do material de inclusão (gesso
tipo III (G), silicona densa OptosilÒ Confort (O) e silicona densa LabormassÒ
(L)) e da consistência da resina acrílica no momento da prensagem (fase
filamentosa (F) e fase plástica (P)), na alteração das distâncias entre os
dentes artificiais (17-27 (D1), 14-24 (D2), 17-21 (D3) e 27-11 (D4)) de próteses
totais superiores, após polimerização por energia de microondas. Foram
confeccionadas 60 amostras padronizadas com a resina Onda-Cryl®,
divididas em 6 grupos. Os valores (%) das distâncias foram submetidos à ANOVA
(p<0,05), e diante dos resultados (Grupo 1 (GF) D1=0,97±0,52; D2=0,77±0,19;
D3=0,44±0,14; D4=0,58±0,40; Grupo 2 (GP) D1=0,99±0,70; D2=0,62±0,22; D3=0,58±0,47;
D40,65±0,66; Grupo 3 (OF) D1=0,65±0,66; D2=0,50±0,28; D3=0,50±0,36; D4=0,71±0,63;
Grupo 4 (OP) D1=0,64±0,20; D2=0,68±0,81; D3=0,38±0,20; D4=0,33±0,21; Grupo 5
(LF) D1=1,03±0,43; D2=0,93±0,43; D3=0,56±0,17; D4=0,67±0,49; e Grupo 6 (LP)
D1=0,84±0,31; D2=0,62±0,35; D3=0,52±0,17; D4=0,42±0,12), observou-se que: não
houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos; o material de
inclusão e a fase de prensagem da resina acrílica não influenciaram nas
alterações das distância entre os dentes artificiais.
B383
Níveis de ruído
produzido por turbinas em consutório odontológico.
H. M. M. R.
SOUZA
Departamento de Prótese - FO - UERJ - (021) 413-5750
Este trabalho
tem como objetivo analisar experimentalmente
os níveis de ruído produzidos por turbinas em consultório odontologico. Também
pretende apresentar e aplicar uma metodologia alternativa nas pesquisas
direcionadas para as relações saúde x trabalho, um delineamento experimental
conhecido como delineamento de sujeito único.
Cumpridas as etapas formais da pesquisa, foram iniciados os procedimentos
observacionais. Cada profissional agendou 15 consultas para realização de
preparos cavitários tipo classe I ou II, alternado a turbina “A” e a
turbina “B”. O consultório odontológico foi equipado com uma câmera vídeo- gravadora, monitor de televisão com videocassete,
para que o momento de utilização da turbina pudesse ser devidamente registrado
para futura análise, especialmente relacionando o seu uso à alteração do nível
de ruído ambiental, demonstrado pelo dosímetro. Com uma duração média de
utilização de 2 m. e 25s. no primeiro participante e de 3 m. e 21 s. no
segundo, as duas turbinas observadas foram responsáveis pelos valores máximos
de ruído detectados. Estes níveis situaram-se entre 74,4 dB(A) e 95,7 dB(A),
com uma média de 79,82 dB(A) para a turbina “A” e 84,69 dB(A) para a
turbina “B”. A análise estatística mostrou uma diferença estatisticamente
significativa (p < 0,05), tanto
em relação aos valores máximos quanto aos valores médios, com a turbina
“A” apresentando os valores menores. Os dados observados apontam
dois caminhos principais : a necessidade de se implementarem mudanças
tecnológicas no equipamento analisado , e a implementação de um trabalho de
conservação auditiva na tentativa de se oferecer uma melhor qualidade de vida
aos profissionais de odontologia.