A001
Análise quantitativa do nervo maxilar do macaco-prego (Cebus
apella), estudo microscópico.
P. R. BOTACIN*, A. M. GUIOTTI, L. V. M. LUCAS .
Depto de Ciências Básicas
– Fac. Odontologia de Araçatuba
-UNESP - (018) 620-3200.
Neste estudo propôs-se uma
análise quantitativa do nervo maxilar do macaco–prego (Cebus apella). Para isto, cinco animais machos e
adultos foram perfundidos via artérias femurais com solução de formol a 10%
tamponada. A segunda raiz do nervo trigêmeo foi dissecada, em ambos os lados,
desde o gânglio nervoso até o limite mais anterior do forame redondo.
Seccionou–se o coto do nervo exposto no soalho da fossa craniana média, que
media aproximadamente 0,5cm de comprimento. As então incluídos em parafina,
cortados com 5mm de espessura e montados em lâminas amostras foram inicialmente
fixadas em solução de formalina, ph 7.0, por 24 horas e pós fixadas por sete
dias em tetróxido de ósmio aquoso a 1%. Os segmentos de nervos foram de vidro.
A análise morfométrica demonstrou que a área do coto nervoso variava de
8.755,71µm2
a 21.047,00µm2,
sendo que no lado direito a média foi de 11.342,57µm2±1.844,83 e no lado esquerdo, de
12.847,30µm2±4.793,65,
em corte transversal. A contagem do número total de axônios no lado direito
apontou uma média de 29.555,24±9.171,99 e no lado esquerdo 34.528,25±4.811,81
axônios mielínicos. Com relação ao diâmetro mínimo no lado direito
obteve-se uma média de 4,57µm±2,47 e o lado esquerdo 3,66µm±2,85. Estas
medidas demonstraram que a grande percentagem das fibras do nervo pertencia ao
grupo A gama.
A002
Reabsorção de membranas biocompatíveis de cortical óssea
bovina sobre cortical óssea com tecido medular exposto.
T. M. CESTARI*, R. TAGA.
Departamento de Ciências Biológicas da Faculdade de
Odontologia de Bauru - USP, fone: (014) 235-8298.
O objetivo da atual pesquisa foi avaliar o destino de
membranas biológicas de cortical óssea bovina liofilizada (Dentoflex) colocada
sobre cortical óssea com tecido medular exposto, em crânio de 15 cobaias
adultos. Para tanto, após a anestesia, incisão e levantamento do tegumento e
do periósteo, fizemos com uma broca odontológica a exposição da medular dos
ossos parietais e recobrimos toda a superfície cruenta com uma membrana de 10mm2.
Os crânios das cobaias foram coletados em grupos de 5 animais com 1, 3 e 6
meses após as cirurgias e processados histologicamente. A análise microscópica
de secções histológicas frontais mostrou que: a) com 1 mês pós-cirúrgica,
a membrana apresentava quase íntegra, com apenas alguns sinais de reabsorção
em sua superfície por atividade de células mononucleadas e os espaços
perfurados no tecido ósseo subjacente estavam preenchido por tecido conjuntivo
ricamente celularizado e vascularizado e, em alguns casos, exibindo intensa
osteogênese; b) no período de 3 meses pós-cirúrgica, a membrana
apresentava-se parcialmente reabsorvida e, às vezes, fusionada com o tecido ósseo
neoformado de característica trabecular, formado na superfície óssea e c) aos
6 meses pós-cirúrgica havia ocorrido a reabsorção total da membrana, a
reorganização do periósteo e o aumento da espessura da tábua óssea tendendo
a um arranjo compacto e, em alguns casos, pequenos fragmentos de membrana
estavam ainda presentes no periósteo ou inclusas no próprio tecido ósseo
neoformado. Concluímos que a membrana de cortical óssea bovina sobre superfície
óssea com medular exposta é gradativamente reabsorvida por células
mononucleadas, permanecendo por um tempo suficiente para a ocorrência, na área
da reparação, dos eventos celulares e moleculares que levam a formação de um
novo tecido ósseo.
Diâmetro e densidade tubular dentinária em molares decíduos
humanos.
H. C. RUSCHEL * ,
O. CHEVITARESE .
Odontopediatria, U.F.R.J. – RJ; ULBRA – RS , Brasil;
Fone/Fax: 55 051 222-0033
O presente estudo teve como objetivo determinar o diâmetro e
a densidade tubular no terço médio coronário de primeiros e segundos molares
decíduos humanos, bem como averiguar se existiriam diferenças entre ambos no
que dizia respeito a tais variáveis. Para o presente estudo foram utilizados 20
molares decíduos humanos hígidos, dos quais obtiveram-se 96 amostras dentinárias
do terço médio coronário, correspondentes à porção média entre polpa e
junção amelodentinária (35 a 65% de distância pulpar). Foram instituídos
dois grupos de acordo com o tipo dentário:
1º molar decíduo (34 amostras) e 2º molar decíduo (62 amostras). Após
a aplicação do jato de bicarbonato com água (Profilax II – Dabi Atlante)
durante 1 minuto para a remoção da “smear layer” (Ruschel H.C. et al., J.
Dent. Res., 76:165, abstr. 1216, 1997), as amostras foram submetidas ao
ultra-som e metalizadas para análise ao M.E.V., sob aumentos de 2.280x a
2.770x. No que diz respeito aos diâmetros tubulares, seus valores médios foram
de 0,794 µm e 1,0 µm para os primeiros e segundos molares, respectivamente. Já
as médias das densidades tubulares encontradas nos primeiros e segundos molares
foram de 17.997,594 túbulos/mm² e 25.211,317 túbulos/mm², respectivamente.
Os valores do diâmetro e da densidade tubular foram superiores nos segundos
molares em comparação com os primeiros molares decíduos, sendo tais diferenças
altamente significantes (p-valor<0,01; Teste de Mann-Whitney). Este estudo
permite concluir que existem diferenças no diâmetro e densidade tubular entre
primeiros e segundos molares decíduos humanos, o que deve ser levado em
consideração nos procedimentos clínicos odontopediátricos.
A004
Avaliação dos arcos dentários de pacientes com rinite alérgica
perene.
F.C. FREITAS*, E.P. BASTOS, L.S. PRIMO, D.B. SILVA, V.L.
FREITAS.
Departamento de Odontopediatria – UFRJ – UNIG - (021)
391-2302.
O objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre rinite
alérgica perene (RAP) e dimensões do palato, sobressaliência e sobremordida.
A amostra constou de 125 crianças (41 meninas e 84 meninos) de 6 a 12
anos de idade (média 7,9), selecionadas no Instituto de Pediatria e
Puericultura Martagão Gesteira (IPPMG/UFRJ), sendo 56 com diagnóstico de RAP
baseado em teste alérgico cutâneo e exame clínico (caso) e 69 sem qualquer
problema respiratório (controle). As dimensões de palato de ambos os grupos
foram medidas clinicamente com o compasso de Korkhaus. A sobremordida foi
classificada em: aberta (sem transpasse), leve (até 1/3), moderada (>1/3 e
<2/3) e severa (>2/3); a sobressaliência em leve (0 a 2mm), moderada (2,1
a 4 mm) e severa (>4mm). As médias
do palato foram analisadas estatisticamente através do teste de Mann-Whitney, e
as freqüências de sobremordida e sobressaliência atráves do teste do X2.
Não houve diferença significante para a sobremordida e sobressaliência
(p>0,05). As
médias do palato foram:
CASO
CONTROLE
Dimensões de palato
(mm)média (DP)
mediana média (DP)
mediana p-valor
Profundidade do palato
11,96 (±1,5)
11,75
10,23 (±1,4)
10
p<0,001*
Distância intermolares
30,84 (±2,2) 31,50 31,09 (±2,1) 31 p>0,05
Distância intercaninos
25,45 (±2,2)
26
25,61 (±2,0) 25
p>0,05
Como conclusão, foi observado que das características dos
arcos avaliadas nesta amostra, somente a profundidade do palato parece
ter sido influenciada pela presença da RAP.
A005
Comparação da contração muscular do masseter e temporal
através da eletromiografia.
R. S. C. SANTOS*, A. LUSVARGHI, M. C. BOLZAN.
Núcleo de Apoio a Pesquisa em Materiais Dentários – NAPEM,
FOUSP - (011) 889-9542.
Este estudo objetiva a melhor compreensão da influência das
placas oclusais nos músculos temporal anterior e masseter. Foram selecionados
18 pacientes da clínica de Disfunção Temporo Mandibular e Dor Orofacial do
NAPEM USP com até 01 mês de tratamento. Os mesmos tiveram seus músculos
temporal anterior, direito e esquerdo, e masseter direito e esquerdo avaliados
através de um eletromiógrafo da Miotronics Inc. Os dados da eletromiografia
foram tomados entre uma semana e quinze dias de uso da placa, sem a placa e
antes e após o reajuste da mesma, os eletrodos permaneceram na mesma posição
durante a coleta de dados das três categorias. O paciente foi orientado a
apertar os dentes o máximo possível por três segundos, por nove vezes
consecutivas. Das nove medidas tirou-se uma média para cada músculo. Os
temporais direito e masseteres esquerdo foram divididos entre si
respectivamente, o maior pelo menor, para se obter uma equivalência
proporcional entre eles. Tirou-se uma média do resultado desta divisão,
comparada nas categorias sem ajuste, com ajuste, sem placa.
TA s/aj TA
c/aj TA s/pl Mass
s/aj Mass c/aj
Mass s/pl
Média 1.62
1.65
1.57 2.20 1.77 1.89
Desvio p.
0.7
0.95 0.73
1.22 0.97 1.49
Coef. Var.
43.26
57.48 46.57 55.58
54.69
78.67
Através da análise do coeficiente de variação, podemos
concluir que os ajustes da placa afetaram mais os músculos temporais e o uso da
placa equilibrou melhor os músculos masseteres do ponto de vista bilateral.
A006
Biossegurança: PetrifilmTM no exame
microbiológivo da água de equipo odontológico.
I. Y. ITO1,
H. MIAN2,
F. C. PIMENTA1,
M. GONÇALVES2,
A. M. AGOSTINHO2*
1
FCFRP e 2FORP-USP
- (016)626-5860.
Em consultório Odontológico, a boca com biofilme
dental/placa dental e a água com biofilme linha d’água/biofilme mangueira são
consideradas as principais fontes/reservatórios de microrganismos. O objetivo
foi a avaliação de nível de contaminação da água de equipo Odontológico,
com o emprego de PetrifilmTM-AC
(3M, St Paul, MN, USA). Cerca de 15,0mL de água de 39 seringas tríplice,
proveniente de reservatório foram coletadas em tubo de 18X180mm, esterilizado,
na segunda-feira, no período da manhã das 7:30 as 8:30h. A primeira amosta foi
obtida antes e a segunda dois minutos após o acionamento contínuo de jato de
água, da seringa tríplice. Alíquotas de 1,0mL de água foi
depositada, no centro do filme inferior com uma pipeta automática. A seguir foi
recoberto com filme superior, com cuidado, evitando o aprisionamento de bolhas
de ar e a amostra distribuída pressionando o “difusor” por cerca de um
minuto e depois mantido em repouso por pelo menos um minuto para a solidificação
do gel. Estas placas foram acondicionadas em câmada úmida obtida com caixas de
plástico e incubadas a 35ºC por 48h. Nestas placas as bactérias desenvolvem
formando colônias vermelhas em virtude do cloreto de trifeniltetrazólio (TTC),
indicador do potencial de óxido-redução. Todas a amostras de água coletadas,
tanto antes como após o acionamento do equipo continham colônias em número
incontável. Em conclusão o emprego de PetrifilmTM recém-manufaturado
pela 3M será de grande valia na análise de água do equipo odontológico, em
virtude: da facilidade, da rapidez de execução e de contagem de ufc.
A007
Avaliação de tratamento químico da água dos equipos
odontológicos.
C.M. AGUIAR*, J.T. PINHEIRO.
Curso Odontológico-UFPE. cmaguiar@hotmail.com
Testou-se, através de análises bacteriológicas, a eficácia
antimicrobiana das soluções usadas no tratamento de amostras de água (n=300)
procedentes de equipos odontológicos (n=30), Recife, Pernambuco. Os equipos
foram aleatoriamente divididos em três grupos, cada um deles fornecendo 100
amostras de água (50 experimentais e 50 controles). Reservatórios, turbinas de
alta rotação, seringas de ar-água e mangueiras sem a turbina serviram de
locais de coleta. As amostras foram obtidas antes e depois da adição das soluções
antimicrobianas, sendo as análises bacteriológicas realizadas em tempo não
superior a 4 horas após a coleta. As soluções-testes foram: hipoclorito de sódio
a 1% (Roval-Recife) (diluição 1:100); timol a 0,64%, eucaliptol a 0,09% e
salicilato de metila a 0,06% (Listerine™– Warner-Lambert Co.-USA) (diluição
de 2:100); e 0,5 mg de cloreto de cetilperidinium (Cepacol®-Hoechst
Marion Roussel S/A-Brasil) (diluição 2:100). As amostras foram analisadas e
classificadas de acordo com os critérios da American Public Health Association
e da American Dental Association, respectivamente. O método Exato de Fisher foi
usado para comparações múltiplas estatísticas (nível de significância
a=0,05%). Apenas o hipoclorito de sódio reduziu significativamente o número
de microrganismos detectados, proporcionando à água um nível de pureza
semelhante ao da utilizada nos serviços de hemodiálise (200 UFCs/ml).
A008
Desinfecção dos moldes de hidrocolóides irreversíveis:
reprodução de detalhes de superfície e alteração dimensional.
H.C. PUCCI*, E. MEZZOMO, J. F. M. PACHECO, A. J. ANTONIO,
L.A.G. PIRES .
Iniversidade Luterana do Brasil - (051) 339-7850.
Os moldes de hidrocolóides irreversíveis são contaminados
com saliva e/ou sangue que podem transmitir microrganismos, originando infecção
cruzada. O objetivo desse estudo é avaliar a capacidade de reprodução de
detalhe de superfície e alteração dimensional dos moldes de hidrocolóides
irreversíveis tratados com soluções desinfetantes. O hidrocolóide irreversível
(Jeltrate) foi submetido à desinfecção com glutaraldeído 2% e hipoclorito de
sódio 1% em spray e imersão por 10 minutos. Para o teste de reprodução de
detalhes foi utilizado um bloco metálico semelhante à especificação n° 18
da ADA. Realizou-se 60 moldes com uma moldeira perfurada de alumínio e
submetidos aos tratamentos: grupo 1(Controle, sem desinfetante); grupo 2 e 3 (glutaraldeído
2% spray e imersão, respectivamente); grupo 4 e 5 (hipoclorito de sódio 1%
spray e imersão, respectivamente) e grupo 6 Jeltrate Plus (tipo I, dust free,
sem desinfetante). No teste de alteração dimensional utilizou-se um modelo de
arco edentado superior em acrílico com quatro cones simulando preparos totais
no lugar dos dentes 14, 17, 24 e 27. Realizou-se 60 moldes e submetidos ao
tratamento desinfetante como já citado anteriormente. Após 24 horas, nos
modelos em gesso foram medidas as distâncias entre os centros dos cones
utilizando um paquímetro digital Mitutoyo. Os resultados foram avaliados através
da Análise de variância (ANOVA) e teste Tukey com 5% de probabilidade. No
teste de reprodução de detalhes de superfície os grupos 2 e 3 (glutaraldeído
a 2% em spray e imersão, respectivamente) apresentaram os melhores resultados,
aumentando os detalhes de superfície, porém não estatísticamente
significante. O grupo 4 (hipoclorito de sódio a 1% spray) foi inferior estatísticamente
significante em relação aos demais grupos estudados. No teste de alteração
dimensional não houve diferença estatísticamente significante entre os
grupos.
A009
Sensibilidade de Staphylococcus
aureus isolados de estudantes de odontologia frente a diferentes antibióticos.
S. L. SALVADOR*, L. C. FIGUEIREDO.
FCFRP-USP e FOAr-UNESP - (016) 6024160
O objetivo deste estudo foi determinar a ocorrência de Saureus
na saliva e fossas nasais de 238 alunos (1o
Ano) do Curso de Odontologia, e analisar as cepas frente a diferentes antibióticos.
Cerca de 2,0ml de saliva não-estimulada foi coletada em tubos de ensaio,
enquanto que os materiais das fossas nasais foram obtidos pela fricção de
zaragatoas estéreis no vestíbulo nasal. No laboratório, os materiais foram
semeados em placas contendo o meio de cultura ágar hipercloretado-gema de ovo,
sendo incubadas a 37oC
durante 48h em aerobiose. Os resultados demonstraram que 153 (64,3%) dos indivíduos
albergavam o S.aureus, sendo que 65
eram portadores salivares, 38 eram portadores nas fossas nasais e 50 albergavam
o microrganismo nos dois nichos. Realizou-se a prova de sensibilidade aos antibióticos
segundo a técnica de Bauer et al., que consiste na difusão em meio sólido (Mueller
Hinton Agar), utilizando-se discos impregnados com antibióticos. Os resultados
foram interpretados como resistente (R), moderadamente resistente (MR) e sensível
(S). Estes dados foram comparados a resultados anteriores obtidos há 18 anos,
em estudo semelhante. O comportamento das cepas frente aos antibióticos
ampicilina e penicilina permaneceu estável neste período, sendo que 75% das
cepas mostraram resistência. Quanto à eritromicina, os resultados passaram de
64,4%S, 6,2%R e 29,4%MR para 58,6%S, 24,1%R e 17,3%MR, e em relação a
lincomicina passaram de 95,4%S, 2,7%R e 1,9%MR para 60,6%S, 29,1%R e 10,3% MR.
Ainda, 99,5% das cepas demonstraram sensibilidade à cefalotina e oxacilina. Os
dados obtidos indicam uma alteração no comportamento das cepas de S.aureus neste período, sendo possível observar que os
microrganismos tornaram-se mais resistentes aos antibióticos eritromicina e
lincomicina.
A010
Produção de ácido in
vitro por Streptococcus mutans.
G. D. PATTO, A.O.C.JORGE.
Departamento de Odontologia UNITAU – F.O. S.J. Campos UNESP-
(012) 281-1447.
Foi comparada a produção de ácido por cepas de Streptococcus
mutans isoladas de crianças livres de cáries e de crianças que
apresentavam no mínimo CPOD maior ou igual à 1,0. Coletou-se saliva de cada
criança e a partir da mesma realizou-se a contagem de estreptococos do grupo
mutans e a seguir isolamento de culturas puras e identificação das espécies.
Em 45 amostras de Streptococcus mutans
isoladas nas crianças dos dois grupos, verificou-se a produção de ácidos
pela fermentação de sacarose em meio com indicador de pH, realizando-se titulação
do sobrenadante do meio de cultura com NaOH 0,05M após incubação pelo período
de 24 horas a 37ºC.
Os resultados foram expressos em mM de ácido e os dados foram analisados
estatisticamente através do teste t de
Student. Não foi observada diferença estatisticamente significante (p<
0.05) para a produção de ácido nas cepas de Streptococcus
mutans isoladas dos dois grupos, entretanto os resultados demonstraram variação
entre as diferentes amostras do mesmo grupo.
A011
Efeito da sacarina na
atividade antibacteriana de gel de clorexidina.
S. B. FRANCISCO*, E. P. ROCHA, H. KOO, A. A. DEL BEL CURY, J.
A. CURY.
Depto Ciências Fisiológicas, FOP – UNICAMP - jcury@fop.unicamp.br
Embora a clorexidina seja
um efetivo agente contra a cárie dental, esta apresenta um sabor
extremamente amargo. No preparo de formulações é frequente o uso de
flavorizantes e adoçantes, os quais podem inibir o efeito antibacteriano da clorexidina. A sacarina, um agente
adoçante, é considerada uma substância compatível para ser usada no preparo
de enxaguatórios ou
géis de clorexidina, mas o seu efeito
em diferentes concentrações não é conhecido. Desta forma foi avaliado o
efeito de diferentes concentrações de sacarina na atividade antibacteriana do
gel de clorexidina .Géis de hidroxietilcelulose contendo digluconato de
clorexidina a 1,0% e sacarina sódica de 0,0 a 1,0% foram preparados. A
atividade sobre os Streptococcus
mutans IB 1600 foi avaliada utilizando-se
o método de difusão no ágar. As zonas de inibição do crescimento
foram: 5,11±0,53 mm quando
sacarina não foi acrescentada ao gel de clorexidina e 5,03±0,23, 4,90±0,25,
1,16±0,27 quando as concentrações de sacarina nos géis foram
respectivamente: 0,02, 0,10 e 1,0 % . Teste “t” pareado mostrou que sacarina
sódica a 1,0% inibe a atividade antibacteriana do gel de digluconato de
clorexidina a 1,0%. Estes resultados in
vitro sugerem que dependendo da
concentração a sacarina pode inibir a eficácia da clorexidina sobre Streptococcus
mutans .
A012
Estreptococos mutans: prevalência em 93 membros de 6 famílias.
FC PIMENTA*1,
JM MARIN2,
M UZEDA3,
IY ITO2.
UFG,2 USP3, UFRJ - (016)
636-4427.
Vários estudos relatam a prevalência dos estreptococos do
grupo mutans (MS) e a fidelidade da
transmissão intrafamilial. A fidelidade pode
ser devido ao contato materno, fatores imunológicos, amamentação,
entre outros. Entretanto, existem hipóteses de que o MS pode ser origináio não
apenas da mãe, mas do pai, da babá,
etc.. O objetivo deste estudo foi avaliar a presença de MS na saliva de 93
membros de 6 famílias, com no mínimo 3 gerações. Amostras de saliva não
estimulada foram coletadas, diluídas e alíquotas de 50mL de cada diluição
foram gotejadas na suprefície do ágar SB20. As placas foram incubadas em
jarras de anaerobiose (chama de vela) a 37oC
por 72 horas. Colônias com características de MS foram contadas, repicadas em
Tio’s e identificadas bioquimicamente. Os MS foram isolados de 82(88,2%) indivíduos
e as contagens variaram de 1.0x101-1.9x108
(log 8.096) cfu/mL de saliva. O MS não foi detectado em 11(11,8%) crianças. Os
resultados da identificação bioquímica mostraram a presença de Streptococcus
mutans em 80(97,5%) dos indivíduos, sendo 56(70,0%) monocolonizados. S.sobrinus foi isolado em 26(31,7%) e 2(2,4%) estavam
monocolonizados. Vinte e quatro (29,2%) individuos estavam multicolonizados com S.mutans
e S.sobrinus. Na família A o MS foi detectado em 9 indivíduos, sendo
um monocolizado. Na família B o MS também foi isolado de 9 pessoas. O MS na
família C foi detectado em 7 membros, sendo um multiconizado. Na família D 3
pessoas não apresentaram MS e o S.mutans
foi detectado em 13, sendo 3 multicolonizados. Na família E, 10 indivíduos
apresentaram multicolonizados. O MS foi isolado em 21 pessoas na família F,
sendo 6 multicolonizados. O estudo mostra uma elevada prevalência de MS na
saliva dos membros das 6 famílias.
A013
Atividade antibacteriana do óleo de copaíba associado ao Ca(OH)2 e ao óxido
de zinco.
M. F. BANDEIRA*,
M. R. B.
OLIVEIRA, A. C. PIZZOLITTO,
C. BENATTI NTO
Univ. do Amazonas, F.C. FAr e F.O. Ar - UNESP
(016) 232-1233 R. 156.
Os materiais de capeamento pulpar além de biocompatibilidade
devem apresentar atividade antibacteriana, assim, o objetivo deste estudo foi
avaliar a atividade antibacteriana do
óleo essencial e da resina da Copaíba, associados ao hidróxido de cálcio -
Ca(OH)2 -
e ao óxido de zinco, visando sua introdução na Odontologia Restauradora,
tendo em vista as propriedades medicinais deste óleo. A obtenção do óleo
essencial e da resina foi através
de destilação. Pastas de Ca(OH)2 ou
óxido de zinco associados ao óleo essencial ou à resina, foram confeccionadas
na proporção 1:1ou 2:1. A avaliação da atividade antibacteriana das pastas e
seus componentes isoladamente, foi realizada pelo Método de Difusão frente a Pseudomonas
aeruginosa e Streptococcus mutans.
As placas de Petri foram deixadas em temperatura ambiente para permitir a difusão
das substâncias ensaiadas e
posteriormente incubadas a 35-37ºC em estufa bacteriológica por 48 horas. A
leitura dos halos de inibição foi realizada após 24 e 48 horas.
Posteriormente determinou-se a Concentração Inibitória Mínima (CIM) e a
Concentração Bactericida Mínima (CBM) de todos os componentes das pastas
frente aos mesmos microrganismos. As pastas de Ca(OH)2
e óxido de zinco associadas ao óleo essencial e a resina da Copaifera
multijuga apresentaram atividade antibacteriana frente ao S.
mutans; na determinação da CIM e CBM, o óleo bruto de copaíba
foi bacteriostático e bactericida e a resina bacteriostática frente ao S.
mutans; o óleo essencial apresentou
melhor atividade antibacteriana do que a resina quando avaliado isoladamente.
Apoio financeiro: CAPES/PICD.
A014
Contaminação microbiana na linha de água de equipos odontológicos.
M. C. M. SOUZA-GUGELMIN*, S. N. M. LIMA, C. D. T. LIMA, H.
MIAN, I. Y. ITO.
FCFRP-USP e FORP-USP - (016)623-7361.
A qualidade microbiológica da água do equipo odontológico
é de extrema importância, uma vez que os pacientes e a equipe odontológica
estão frequentemente expostos à água e aos aerossóis produzidos pelo alta
rotação e pela seringa-tríplice. Assim, o objetivo deste trabalho foi o de
demonstrar a ocorrência de contaminção microbiana
da linha de água de equipos odontológicos, em virtude da formação
de biofilme microbiano nas tubulações destes. As amostras de água
foram colhidas assepticamente, a partir da linha de água ( reservatório,
seringa tríplice e alta-rotação ) de cada um dos 15 equipos odontológicos
analisados. Estes equipos estavam localizados em 5 clínicas diferentes , e as
colheitas das amostras de água dos diferentes equipos de uma mesma clínica
foram realizadas em dias diferentes. As
amostras foram diluídas e semeadas em Plate Count Agar ( Difco ) pela técnica
de pour-plate. Estas placas foram incubadas em aerobiose, a 32°C por 48 horas.
Decorrido este período, o número total de unidades formadoras de colônias foi
determinado. Verificou-se pela aplicação do teste de Wilcoxon que o nível de
contaminação das amostras de água recuperada , tanto a partir do alta-rotação
como da seringa tríplice era significativamente maior que o nível de
contaminação inicial da água, verificada no reservatório. Este significante
aumento do nível de contaminação da água do alta-rotação e da seringa tríplice,
em relação a contaminação inicial verificada na água do reservatório
ocorreu, respectivamente, em 11 e em 13 dos 15 equipos odontológicos
analisados. Pode-se ainda verificar, por meio do teste de Mann-Whittney que não
havia diferença estatisticamente significante - p(HO) = 40,98% para Z= -
0,2281, entre o nível de contaminação das amostras colhidas a partir do
alta-rotação e da seringa tríplice. Com base nos resultados pode-se
concluir que a água do equipo odontológico possivelmente é contaminada pelo
biofilme microbiano, que com o passar do tempo, se forma em suas tubulações.
A015
Correlação entre manchas dentárias extrínsecas e
estreptococos do grupo mutans na saliva.
D.R. MOMOSE*, A.O.C. JORGE.
Depto Biologia da Fac. Odontologia da UNITAU. (012) 331-1301.
O objetivo da pesquisa foi avaliar o número de estreptococos
do grupo mutans em crianças portadoras de manchas dentárias extrínsecas de
coloração escura. Participaram do estudo 79 crianças de ambos os sexos e
idade entre 5 e 14 anos, média de 9anos. O trabalho quantificou estreptococos
do grupo mutans pelo número de unidades formadoras de colônias(ufc) por
saliva. A partir de amostras, de dentes decíduos esfoliados, observou-se as
características das manchas em microscopia eletrônica, estereoscópia e luz
invertida. A analise química foi por Energia Dispersiva de raios-X(ED-X). A
prova estatística foi realizada através do teste do Qui-quadrado(X²). As
crianças com manchas apresentaram alto número de estreptococos do grupo mutans.
Dentro da faixa de 103 a
104 ufc
por saliva encontrou-se 60% do grupo com manchas e 23% do grupo controle. Os
resultados mostraram diferenças significativas no índice de ceo/CPO-d e da
quantificação de estreptococos do grupo mutans. Os dados do estudo indica uma
necessidade de tratamento preventivo diferenciado para as crianças portadoras
de manchas extrínsecas de coloração escura.
A016
Contagem de estreptococos do grupo mutans e lactobacilos em
espaços interproximais.
J. C. JUNQUEIRA*, A. O. C. JORGE.
Faculdade de Odontologia de S.J. dos Campos - UNESP - (012) 353-4406.
O objetivo do presente trabalho foi comparar a quantidade de
estreptococos do grupo mutans e de lactobacilos, em espaços interproximais de
dentes posteriores, em jovens na faixa etária de 18 a 25 anos. Foram estudados
120 espaços interproximais, classificados em três grupos: 40 espaços sem
restaurações (grupo 1), 40 espaços com uma restauração de Classe II de amálgama
(grupo 2) e 40 espaços com duas restaurações de Classe II de amálgama (grupo
3). Material do espaço interproximal foi coletado com o auxílio de fio dental
esterilizado o qual foi colocado a seguir em solução de NaCl a 0,85%
esterilizada. Após homogeneização, o material foi semeado em placas contendo
meio de cultura mitis salivaris bacitracina sacarose e Agar Rogosa e incubadas a
37°C por 72 horas. A contagem foi realizada observando-se colônias características.
Os dados foram submetidos a análise de variância, teste de Kruskal-Wallis. As
médias do logaritmo do número de ufc/mL de lactobacilos e estreptococos do
grupo mutans apresentaram-se em maior número e com diferença estatística no
grupo 3, seguidas pelas médias do grupo 2 e 1. Esse estudo demonstrou que os
espaços que apresentam restaurações de Classe II apresentaram risco de
recidiva de cárie em relação à microbiota, necessitando portanto, de medidas
preventivas efetivas.
Bolsa: FAPESP.
A017
Determinação da atividade antimicrobiana “in vitro” de
dentifrícios disponíveis no mercado nacional.
R. C. PACAGNELLA*, M. C. CARNEIRO, L. C. FIGUEIREDO, S. L.
SALVADOR.
FCFRP-USP (016)
602.4160.
Algumas substâncias têm sido incorporadas aos dentifrícios
por possuírem propriedades antimicrobianas. O propósito deste estudo foi
determinar a diluição inibitória máxima (DIM) / concentração inibitória mínima
(CIM) de 21 dentifrícios disponíveis no mercado nacional, frente a diferentes
microrganismos indicadores (bactérias Gram-positivas, Gram-negativas e
leveduras) através da técnica de diluição em ágar. Para tal finalidade,
foram feitas diluições decimais, à partir dos sobrenadantes dos dentifrícios,
com água destilada, as quais foram incorporadas aos meios de cultura MHa e BHIa
(dependendo da exigência nutricional de cada microrganismo), homogeneizadas e
depositadas em placas de Petri, sendo que a diluição final variou de 1:5 a
1:40960. Após a solidificação dos meios, procedeu-se a inoculação das 15
cepas indicadoras por meio de um multiaplicador de Steer’s, e à seguir as
placas foram incubadas durante 24-48 horas a 37o C. As placas
foram submetidas a leitura e considerou-se como DIM, a maior diluição e como
CIM, a menor concentração que não permitiu o crescimento visível dos
microrganismos. Os resultados demonstraram que todas as formulações de dentifrícios
testadas exerceram atividade antimicrobiana contra bactérias Gram-positivas. Os
dentifrícios que contêm triclosan em sua fórmula apresentaram atividade
contra bactérias Gram-positivas, Gram-negativas e leveduras (DIM variou de 1:80
a 1:40960, dependendo do microrganismo). Os dados obtidos sugerem que a
incorporação de agentes químicos, como o triclosan, às formulações dos
dentifrícios testados, pode potencializar sua atividade antimicrobiana “in
vitro”
Iniciação Científica: Bolsista PIBIC / CNPq.
A018
Efeito da Melaleuca
alternifolia sobre estreptococos e Staphylococcus
aureus.
J. C. RAMACCIATO*, R. P. SIMÕES, F. M. FLÓRIO,
R. CECANHO, F. C. GROPPO, T. R. M. MATTOS-FILHO.
Dept. de Farmacologia - F.O.Piracicaba - Unicamp. fone (019)
430-5310.
Este trabalho teve por objetivo observar as propriedades
antibacterianas do óleo da Melaleuca
alternifolia sobre estreptococos orais e Staphylococcus aureus, in
vitro. Foram feitos testes de concentração inibitória mínima (CIM),
concentração bactericida mínima
(CBM100)
para todas as cepas e teste de aderência sobre superfície de vidro (AC) para
as cepas do grupo mutans. As cepas
utilizadas foram S. mutans Ingbritt
1600 (Sm), S. sobrinus ATCC 6715 (Ss),
S. cricetus HS-6 (Sc),
S. sanguis II IAL 1676 (S2),
S. sanguis I IAL 1832 (S1),
S. mitis IAL 1828 (Smi), S.
salivarius IAL 1863 (Ssa), S. pneumoniae IAL 1741 (Sp),
S. anginosus IAL 1829 (Sa),
S. intermedius IAL 1827 (Si)
e S. aureus ATCC 25923 (St).
As concentrações do óleo utilizadas variaram de 7 até 0,0125%. Os
estreptococos foram mantidos em estufa a 37oC,
10% CO2 por 24 h (CIM) ou por 18 h (AC) e os tubos contendo S.
aureus a 37oC
durante 24 h (CIM). Após estes períodos, retirou-se 5µL dos tubos que não
mostraram crescimento bacteriano, colocando-as em placas contendo BHI ágar (CBM100).
Os resultados observados para as cepas de estreptococos do grupo mutans
(Sm, Ss, Sc) foram CIM<0,0125%
e CBM100
= 0,2%, para as cepas de estreptococos do grupo oralis
(S2, S1,
Smi, Sp, Sa, Si)
e Ssa foram CIM<0,05% e CBM100 = 0,4%, e
para o S. aureus foram CIM = 0,1%
e CBM100
= 0,2%. O teste de aderência em superfície de vidro mostrou que a concentração
de 0,2% foi suficiente para inibir totalmente a aderência bacteriana. Concluímos
que óleo da M. alternifolia mostrou-se
efetivo contra os microrganismos testados.
A019
Avaliação da atividade antimicrobiana de soluções
irrigadoras usadas em Endodontia.
L.B.GONÇALVES *, R.HIRATA , S.P.TEIXEIRA , R .A . S. FIDEL.
Depart. Proclin, Depart. Microbiologia , FO-UERJ / RJ / Brasil
- (021) 553-5481.
A atividade antimicrobiana de três soluções de diferentes
concentrações de hipoclorito de sódio ( 0,5% , 1,0% e 6,0 % ) e solução de E. D .T. A ( N-Ostby , 1957 ) , foi
avaliada através de teste por contato. Foram utilizadas cepas bacterianas de: Enterococcus
faecalis (ATCC 29212) , Pseudomonas
aeruginosa (ATCC 27853) ,Bacillus
sthearothermophilus (ATCC 10149) e
Staphylococcus aureus(ATCC 25923).As amostras foram cultivadas em Trypticase
Soy Broth (TSB) por 24h a 37°C . As células bacterianas foram então colhidas
por centrifugação , lavadas 3 vezes com solução salina estéril e suspensas
a 109
células/ml em Hanks Balanced Salt solution , contendo 0,1% de soro
albumina-bovina. Suspensão bacteriana de 1ml foi centrifugada
em microtubos, e 1ml de cada solução de hipoclorito de sódio e da solução
de E.D.T.A foram dispensadas sobre
o “pellet”. Alíquotas de 10µl da suspensão bacteriana formada foram
transferidas para 5ml de TSB nos seguintes intervalos de tempo : 0 , 15 e 30 minutos. Feito isso, 10µl dessas suspensões em TSB
foram plaqueadas em Mueller-Hinton
ágar, e incubadas por 48h a 37oC
. Os resultados obtidos mostraram que o efeito antimicrobiano das soluções
de hipoclorito de sódio ocorreu imediatamente após o contato das mesmas sobre
todas as cepas bacterianas testadas, enquanto que
a solução de E.D.T.A não
apresentou qualquer eficácia até 30 minutos após o contato.
A020
Influência de fatores antimicrobianos da saliva na composição
da placa supragengival.
R. C. Rodrigues*, M. K. Okuyama, M.
A. T. Nagao, G. J. M. Rosa, S. Cai .
Departamento de Microbiologia, ICB-USP, Departamento de
Imunologia, ICB-USP, Departamento de Bioestatística,IB-Botucatu - UNESP - (011)
818-7202.
Neste estudo, longitudinal, foram investigadas as possíveis
relações entre IgA salivar e concentrações de proteína total, velocidade de
fluxo salivar, índice de placa, número de bactérias totais e espécies de Streptococcus
presentes na placa supragengival de 16 estudantes, periodontalmente saudáveis e
não portadores de doenças crônicas.Todos os participantes foram informados
sobre a execução do trabalho e
emitiram autorização escrita para a coleta do material. Saliva não estimulada
foi empregada nos ensaios. A concentração de proteína total foi avaliada
segundo o método de Lowry e a dosagem de IgA foi realizada empregando-se o método
de ELISA direto. Um miligrama de placa foi coletado de todos os participantes,
para padronização da contagem do número de bactérias presentes, as quais
foram identificadas através de testes bioquímicos. Após a análise estatística,
foi possível verificar que não houve variações no grupo feminino e no
masculino, e entre eles, em relação à velocidade de fluxo salivar, níveis de
proteína total, índice de placa, número de bactérias totais e estreptococos
totais, presentes na placa. Em relação às concentrações de IgA, não houve
diferenças no grupo feminino e no masculino, porém, quando comparados entre
si, as mulheres apresentaram maior concentração deste anticorpo. Entre as várias
correlações observadas, estatisticamente significantes, concluiu-se que
indivíduos com menor velocidade de fluxo salivar apresentaram maior concentração
de proteína total e IgA salivares, e pessoas com maiores índices de placa, ou
maiores concentrações de proteína total e de IgA, apresentaram baixo número
de S.
mitis 2. Indivíduos com altas concentrações de proteína total possuíam
altas concentrações de IgA e maior número de S. sanguis na placa.
Financiamento: FAPESP- Auxílio à pesquisa - Proc.96/12554-3.
A021
Periodontopatógenos na saliva e placa subgengival em um grupo
de mães.
O.P.S.ROSA*, D.E.LOPATIN, S.M.B.SILVA, S.A.TORRES, B.COSTA,
E.PASSANEZZI.
Depto. de C. Biológicas. FOB-USP. Fone (014)235-8249.
A finalidade do estudo foi verificar a condição periodontal
e a presença de periodontopatógenos em amostras de saliva de mães de crianças
com dentição decídua, visto que elas podem ser fonte de patógenos para a
aquisição pelos filhos. Para isso, além da determinação do índice de placa
(IP), índice gengival (IG) e profundidade de sondagem (PS), quatro amostras de
placa subgengival, colhidas do sítio com maior profundidade de cada quadrante,
e uma amostra de saliva foram colhidas de 30 mães com idades entre 21 e 40 anos
(28,4±4,5) e analisadas pela técnica do “slot immunoblot”, para A.actinomycetemcomitans
(A.a.), P.intermedia (P.i.), P.gingivalis (P.g.) e T.denticola
(T.d.). As médias e desvios-padrão das variáveis clínicas foram: 1,86±0,67,
para o IP; 1,24±0,67, para o IG e 4,03±1,40, para a PS. As prevalências de mães
positivas para as quatro bactérias nas amostras de placa e saliva foram,
respectivamente 93,3% e 100%, para o A a.,
60% e 83,3%,para a P.i., 66,7% e
70%, para a P.g. e 26,7% e 33,3%, para
o T.d. Pelo teste de Wilcoxon, houve
diferença estatisticamente significante (p<0,05) para todas as bactérias,
com a saliva exibindo maior positividade e maiores escores bacterianos. A
saliva é um indicador da colonização oral, podendo ser veículo para a
transmissão de periodontopatógenos para os filhos.
Trabalho financiado pela FAPESP - Proc. 96/7326-1.
A022
Esterilização de limas endodônticas em plasma de oxigênio
a baixa temperatura.
M. UENO, M. W. I.
URRUCHI, A. O. C. JORGE*
Departamento de Odontologia / UNITAU (012-2254150),
Departamento de Física / ITA, F.O.
São José Campos / UNESP
Dentre os diferentes agentes físicos capazes de destruir os
microrganismos, apenas alguns têm sido utilizados para a esterilização de
materiais cirúrgicos médico odontológicos, sendo a temperatura o método mais
utilizado. Uma nova técnica de esterilização de instrumentos médico-odontológicos
utilizando plasma está se desenvolvendo intensivamente. Esta técnica possue
muitas vantagens comparadas com as técnicas de calor seco, autoclave e óxido
de etileno. As principais vantagens são baixo aquecimento dos instrumentos,
menor tempo de esterilização e pureza ecológica. Além de tudo, não deixa
resíduos tóxicos. O presente trabalho descreve uma nova técnica de esterilização
de material odontológico. O processo não requer a utilização de altas
temperaturas como os métodos convencionais. A técnica utiliza jato de plasma
de oxigênio gerado por descargas elétricas. O plasma é constituído de elétrons,
íons, átomos e moléculas no estado excitado, radicais livres ativos, partículas
neutras e radiações (do infravermelho ao ultravioleta). Analisou-se a eficácia
da esterilização de limas endodônticas, contaminadas com Escherichia
coli, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus
aureus em plasma de oxigênio formado através de descarga elétrica contínua
de 75 mA. Os resultados demonstraram efetiva eliminação dos microrganismos
testados, utilizando-se um processo à baixas temperaturas e em tempos menores
que os preconizados para processos convencionais. Microrganismos Gram-negativos
foram destruídos com 1 minuto de exposição e Gram-positivos em 10 minutos.
A023
Candida
sp em saliva total
de pacientes HIV+. Estudo longitudinal.
N R MELO, H C C R SILVA*, O P ALMEIDA, J JORGE
Área de Patologia. - FOP – UNICAMP - (019) 430.5213 –
hannah@merconet.com.br
Desde a caracterização da AIDS, aumentou o número de
pacientes imunossuprimidos com as mais variadas expressões clínicas
associadas. Uma delas, a candidose bucal, infecção fúngica muito comum,
assumiu posição de importância insuspeita até então. O presente estudo teve
por objetivo determinar, longitudinalmente, por um ano, a contagem e identificação
do gênero Candida na saliva total de
pacientes portadores do HIV, correlacionando com aspectos clínicos e parâmetros
laboratoriais. Foram avaliados 93 pacientes portadores do HIV do Grupo de
Pesquisa em DST (GPD) - UNICAMP. O paciente médio desta pesquisa tinha 35,2 ±
8,2 anos, era do gênero masculino (64,9%), leucoderma (82,4%), com instrução
primária (51,6%), e casado (43,6%) ou solteiro (37,2%) e foi classificado no
grupo C3 (36,7%) ou B2 (28,2%). A maioria dos homens foi contaminada por
homossexualismo (37,7%) ou uso de drogas injetáveis (35,2%). Entre as mulheres
predominou o heterossexualismo (98,5%). A densidade de colonização por Candida
mostrou correlação com a contagem de glóbulos brancos (p= -0,0004), dosagens
de TGO e TGP (p= 0,01 e p=0,02) respectivamente. A análise longitudinal
permitiu avaliar a influência das variáveis em questão de forma mais
criteriosa que a análise transversal. A espécie C.albicans
predominou entre as amostras identificadas.
FAPESP.
A024
Avaliação do comportamento eletromiográfico dos músculos
elevadores da mandíbula em pacientes fissurados de lábio e palato.
M. L. TEIXEIRA*, A. S. TRINDADE JUNIOR.
Laboratório de Fisiologia - HRAC-USP – Bauru –
(014)2358137
As maloclusões presentes em pacientes portadores de fissuras
lábio-palatais podem promover com repercussões sobre o estado funcional do
sistema estomatognático. O objetivo deste trabalho foi comparar a função
neuromuscular de pacientes portadores de fissuras lábio-palatais (pré, trans e
pós-forame incisivo, n=7), reparadas cirurgicamente, em relação a um grupo
controle (n=11) de indivíduos normais. Os parâmetros analisados foram: duração
do período de silêncio eletromiográfico provocado pela percussão do mento
(PM) e pela percussão voluntária e rítmica dos dentes (PVRD), duração do
ato (DA) e do ciclo (DC) mastigatório. Os registros do eletromiograma de superfície
dos músculos masséteres e temporais foram realizados em eletromiógrafo DISA
1500 EMG System. O PM foi de 41,36±8,80ms para o grupo de fissurados e de 23,86±1,85ms
para o grupo de normais, o PVRD foi de 28,53±7,23ms para o grupo de fissurados
e de 14,17±2,99ms para o grupo de normais; ambos os parâmetros apresentaram
diferença estatisticamente significante entre os grupos (p<0,05). Os parâmetros
DA e DC apresentaram valores de 359,01±87,08ms e 723,03±82,52ms nos fissurados
e de 315,66±70,74ms e 814,54±158,94ms para o grupo de normais. Os resultados
obtidos permitem concluir que a presença da má-oclusão nos indivíduos com
fissura reparada de lábio e de palato provoca alterações nos reflexos
neuromusculares do sistema estomatognático evidenciadas pelo aumento de duração
do PM e PVRD, não havendo, entretanto, alterações da atividade mastigatória,
comprovado pelo fato das durações do ato e do ciclo mastigatório serem compatíveis
nos dois grupos.
A025
Características morfológicas da cavidade bucal do recém-nascido.
M. G .X. DINIS, A. L. CIAMPONI*, M. S. N. CORRÊA.
Assoc. Bras. Odontologia- Ceará. (011)866-3014
A cavidade bucal dos recém-nascidos apresentam características
próprias que muitas vezes passam desapercebidas por serem efêmeras. O objetivo
da presente investigação foi avaliar as características morfológicas da
cavidade bucal de recém-nascidos. Foram selecionados aleatoriamente 153 recém-nascidos
de 0 a 7 dias em dois hospitais da rede pública da cidade de Fortaleza (
Hospital Geral de Fortaleza e Hospital de Maracanaú ). Os bebês eram nascidos
à termo, de peso normal e sem anomalias aparentes. Foram avaliados, através de
inspeção visual, os rebordos alveolares, freio labial superior e freio lingual,
relação antero-posterior e frontal dos maxilares, presença de cistos da
mucosa oral e dentes natais. Os resultados mostraram que 61,4% dos rodetes
gengivais apresentavam-se irregulares, com identações e flacidez. A inserção
do freio labial superior na papila palatina ou na crista alveolar estava
presente em 92,2% dos recem-nascidos. A anquiloglossia confirmou sua baixa incidência
( 1,0% ). Quanto ao relacionamento inter-maxilar, 96,7% apresentavam retrognatia
mandibular e 70,6 % apresentavam sobremordida em relação frontal. Os cistos da
mucosa oral foram observados em 64 % dos bebês, sendo que 56,9% eram palatais.
Apenas um bebê (0,5%) apresentou dentes natais. Pode-se concluir que a
cavidade bucal dos recém-nascidos apresenta peculiaridades particulares,
consideradas normais, para esta faixa etária.
A026
A prevalência da oclusão dos segundos molares decíduos e a
sua influência sobre a dentadura permanente.
C. M. M. GIMENEZ*, V. C. V. SIQUEIRA, P. E. NEGREIROS
Departamento de Odontologia Infantil - Ortodontia -
Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP - (019) 430-5288.
A ortodontia interceptora baseia-se no conhecimento profundo
dos mecanismos do crescimento craniofacial bem como na biogênese da dentadura
para que jovens com maloclusões incipientes obtenham um tratamento ortodôntico
adequado. No intuito de abordar os aspectos inerentes à biogênese da dentadura
, os autores dessa investigação científica estudaram 50 jovens de 3 a 5 anos
de idade, de ambos os sexos prioritando avaliar a oclusão dos segundos molares
decíduos. Após a análise estatística dos dados, observaram que 18% da
amostra apresentaram oclusão do tipo degrau distal, 24% degrau mesial e 58%
plano reto, dados compatíveis aos de pesquisas anteriores. Concluíram que a
dentadura decídua merece um estudo profundo e acompanhamento longitudinal
durante a fase de transição da dentadura decídua para a permanente no intuito
de conduzir a ortodontia interceptora no tratamento precoce das maloclusões de
Classe II e Classe III de Angle corretamente.
A027
Prevalência
dos defeitos de esmalte em crianças de baixo peso.
M.G.G.C. LIMA*, R.C. DUARTE, M.C.C. SAMPAIO
Mestrado em Odontologia - UFPB - (083) 246-2658.
O nosso trabalho teve como objetivo investigar a prevalência
dos defeitos de esmalte na dentição decídua de crianças nascidas com baixo
peso (< 2.500g) e com peso adequado (³ 3.000g), na faixa etária de 06 a 72
meses da grande João Pessoa (PB). Selecionamos uma amostra com 200 crianças de
creches e escolas públicas, sendo 100 nascidas com baixo peso e 100 nascidas
com peso adequado. As crianças selecionadas tiveram sua história médica pré,
peri e neo-natal avaliadas e depois realizado um exame odontológico anotando
todos os defeitos de esmalte encontrados. Nossos achados atestam uma prevalência
de 43% de defeitos no grupo com baixo peso ao nascer e 7% no grupo nascido com
peso adequado, não havendo diferenças significativas entre os sexos. Os tipos
de defeitos mais freqüentes foram as opacidades branca/creme (43,3%), atingindo
mais comumente a metade incisal (44,2%), na superfície vestibular (90,6%), dos
dentes maxilares (68,3%). Esteve presente um maior número de demarcações
simples (54,8%) e 50% destes defeitos apresentaram necessidade de tratamento. Podemos
concluir que os defeitos de esmalte na dentição decídua é mais prevalente em
crianças nascidas com baixo peso; não havendo diferenças por sexo; ocorrendo
uma maior prevalência na maxila em relação a mandíbula. Os dentes mais
acometidos são os incisivos centrais e 1º molares decíduos, sendo a superfície
vestibular a mais atingida pelos defeitos.
A028
Relação
entre estresse e halitose - um estudo em rato de laboratório.
C. S. QUEIROZ, F. K. MARCONDES*, C. M. TABCHOURY, M. FUJIMAKI,
J. CURY.
Depto Ciências Fisiológicas - FOP/UNICAMP, Piracicaba-SP,
Brasil. jcury@fop.unicamp.br.
Os compostos sulfurados voláteis (VSC) são os principais
componentes do mau hálito. Além das etiologias orais e doenças sistêmicas, o
estresse tem sido proposto como um fator que induz halitose. Entretanto não há
estudos avaliando diretamente a relação entre estresse e halitose. O objetivo
deste trabalho foi investigar a influência do estresse no aumento da concentração
de VSC orais em ratos. Sendo a natação um protocolo experimental usado para
induzir estresse em animais de laboratório, cinco ratos Wistar adultos foram
submetidos a uma sessão diária de 30 min de natação, durante cinco dias,
entre 9:00 e 10:00h. VSC foram medidos antes, 1 e 6h após a 1ª e a 5ª sessões
de natação, e comparados por análise de variância bifatorial seguida do
teste de Tukey. Concentrações de VSC também foram determinadas em 5 ratos
controles, não submetidos a estresse às 10:00 e 16:00h, e comparadas por teste
t de Student para amostras pareadas. Os animais não apresentavam doença
periodontal ou outras alterações na cavidade oral. Houve um aumento na
concentração de VSC 1 e 6 h após (31,0±3,8; 31,2±2,78 ppb, respectivamente)
a 1ª sessão de natação em relação à medida realizada antes da aplicação
do estresse (27,2±1,48 ppb; p<0,05). Após a 5ª sessão de natação, VSC
também se apresentavam elevados 1 e 6h após (43,4±3,05, 47,6±3,36 ppb,
respectivamente) a 5ª sessão de natação em relação aos níveis anteriores
à mesma (39,80±1,92 ppb; p<0,05). No 5º dia, os níveis de VSC foram
maiores do que aqueles observados no 1º dia. Nos animais controle, não houve
diferença nas concentrações de VSC entre os períodos da manhã e tarde. Estes
resultados mostraram que o estresse por natação induziu um aumento na
concentração oral de VSC em ratos. Portanto, estes dados reforçam a hipótese
de que o estresse possa ser um agente etiológico da halitose.
FAPESP-Proc.98/01100-7.
A029
Expressão
de Integrinas Ligadoras de Colágeno Durante a Morfogênese da Glândula
Submandibular de Ratos.
A. C. Fossati*, F. Fava-De-Moraes, M.
F. Santos.
Depto. de Histologia e Embriologia, ICB/USP. E-mail: annafa@usp.br
O objetivo deste trabalho foi investigar quais são as
integrinas mediadoras dos efeitos de diversos tipos de colágeno durante a
morfogênese da glândula submandibular (GSM) de ratos. Foi estudada, por meio
de imunofluorescência, a expressão das subunidades a1, a2 e
a3 de integrinas na GSM de
fetos de ratos Wistar com 14 ,15, 16, 17 e 20 dias (E14, E15, E16, E17, E20),
ratos recém-nascidos (RN) e adultos machos (90 dias). Adicionalmente, a expressão
de colágenos III e IV foi estudada por meio de técnica imuno-enzimática (avidina-biotina-peroxidase).
Para evidenciação de colágenos, as amostras foram fixadas em Metacarn por 3 h
a temperatura ambiente, processadas e incluídas em Paraplast. Para evidenciação
de integrinas, o material foi fixado em solução de paraformaldeído a 4%
durante 24 h a 4°C, congelado e cortado em criostato. Das três subunidades
estudadas, a1 foi a primeira a ser
expressa (em E15), concomitantemente à expressão de grande quantidade de colágeno
III no ectomesênquima. Já a subunidade a3
apareceu aos 17 dias, provavelmente relacionada à formação de um lúmen nos túbulos
terminais, enquanto a2 apareceu
durante um período de intensa citodiferenciação (RN). Na GSM do animal
adulto, as subunidades a1,a2
e a3
foram mais expressas nos ductos intralobulares do que nos ácinos. Nestes,
apenas a2 esteve presente de forma
significativa, na base das células. O colágeno IV esteve associado à lâmina
basal de vasos, ductos e ácinos ao longo do desenvolvimento. Esses
resultados sugerem que integrinas a1b1
e a3b1
são importantes durante a morfogênese da GSM de ratos, provavelmente exercendo
funções diferentes, enquanto colágenos III e IV são expressos ao longo de
todo o desenvolvimento da glândula.
Apoio financeiro: FAPESP
/ CAPES..
A030
Análise
alométrica do desenvolvimento pós-natal da glândula submandibular de rato.
R. TAGA, R. A. BORDIN**, T. M. CESTARI, . K. F. MADI*.
Departamento de Ciências Biológicas da Faculdade de
Odontologia de Bauru - USP, fone (014) 235-8298.
Na presente pesquisa, avaliamos morfometricamente os volumes
absolutos dos ácinos, ductos intercalares, túbulos granulares convolutos,
ductos estriados e ductos excretores de glândulas submandibulares do rato
durante o desenvolvimento pós-natal. Os dados obtidos de massa glandular e
desses volumes compartimentais foram submetidos a análise alométrica em relação
a evolução de massa corporal, pelo método não paramétrico de Wald. O
crescimento alométrico de massa glandular foi monofásico e do tipo negativo
(k<1), com k =0,86. Os volumes compartimentais dos ácinos + túbulos
terminais, dos ductos intercalares, dos ductos estriados e dos ductos excretores
exibiram todos um padrão bifásico, com a 1a
fase entre 2 e 28 dias e a 2a
fase entre 28 e 96 dias. Na 1a
fase, todas essas estruturas exibiram crescimento alométrico tipo positivo
(k>1), com valores de k valendo, respectivamente, 1,09, 1,15, 1,49 e 1,17, e
na 2a
fase, todas do tipo negativo (k<1), com valores de k, respectivamente, de
0,72, 0,33, 0,77 e 0,82. Os túbulos granulares convolutos exibiram uma única
fase de crescimento alométrico do tipo positivo (k>1) entre 28 e 96 dias de
idade, com k=1,28. Por outro lado, o volume estromal, mostrou crescimento alométrico
do tipo negativo (k<1) no período de 14 a 96 dias de vida pós-natal, com
k=0,77. Concluímos que durante o desenvolvimento pós-natal todos os
compartimentos morfológicos da glândula submandibular de rato apresentaram
relação alométrica de crescimento em referência a sua massa corporal.
** Bolsista de Iniciação científica PIBIC/CNPq.
A031
Liberação
de anti-séptico presente no material do cabo da escova.
H. PANZERI**; EHG. LARA*; FC. PIMENTA* e IY. ITO*.
FORP** e FCF* Ribeirão Preto – USP - (016) 602-3973.
A proposta deste estudo foi avaliar a liberação e conseqüente
atividade antimicrobiana do triclosan impregnado, sob forma de Microban®,
ao polipropileno que compõe o cabo de escovas dentais Reach Antibacterial. A
intenção do fabricante é oferecer um meio de proteção às escovas dentais
durante o armazenamento entre os usos da escova. Para realizar o trabalho a
parte correspondente às cabeças das escovas foram separadas do restante
permanecendo com 50mm de tamanho. Elas foram colocadas em placas de Petri com os
orifícios (onde seriam fixadas as cerdas) voltadas para cima e adicionado 15mL
de Agar base, Mueller Hintom e/ou BHIa, quantidade suficiente para não cobrir a
cabeça. Após a solidificação foram adicionados 10mL de camada SEED
inocular com cepas indicadoras (106
UFG por mL) e mantidos à temperatura ambiente durante 2 horas para difusão do
agente antimicrobiano. A seguir as placas de MH foram incubadas em aerobiose e
as de BHIa em microaerofila pelo sistema de chama de vela e incubadas a 37ºC.
Foi avaliada a ação contra: S. aureus
ATCC 25923; E. Coli ATCC 10538 e 25922; S.
aureus produtor da penicilinase; S.
mutans; P. aeruginosa ATCC 2327 e S.
Sobrinus (cepas de campo). Decorridos 24 horas as zonas de inibição
(claras) ao redor das cabeças foram medidas e registradas por meio fotográfico.
O agente anti-séptico triclosan, na forma de Microban®
não evidenciou ação contra S. mutans,
S. sobrinus e P. aeruginosa
mas foi efetivo contra os demais com zonas de inibição de 14,0mm; 10,0mm e
7,0m respectivamente. Podemos concluir que o conteúdo antimicrobiano contido
na escova dental Reach Antibacterial é efetivo para germes específicos quando
comparado a uma cabeça placebo.
A032
Efeito
da Ingestão de Água após Aplicação Tópica de Fluoreto Acidulado.
L. MONTE ALTO *, R.A
CRUZ, D. BASTOS.
UNESA - Tel.
(021) 503-7026.
O objetivo deste trabalho foi verificar a influência da
ingestão de água de beber sobre o fluoreto de cálcio adsorvido ao esmalte
dental humano. Blocos de esmalte de 3os molares
inclusos, extraídos por diferentes razões, foram inseridos num dispositivo
intra-bucal, usado por voluntário e sua superfície tratada com flúor-fosfato
acidulado (FFA), por 4 min. O primeiro grupo foi constituído de amostras
removidas imediatamente, 15 min e 30 min, após a aplicação tópica. No
segundo grupo o voluntário foi induzido a beber água imediatamente, 15 min e
30 min após o tratamento. Foi utilizada a metodologia proposta por CASLAVSKA et
al. para a avaliação do fluoreto de cálcio formado e os resultados foram
submetidos à análise estatística de WILCOXON (p<0,05). Eles não mostraram
diferenças estatisticamente significantes entre os grupos. Pode ser concluído
que a ingestão de água de beber após o tratamento tópico fluoretado do
esmalte não interfere com a deposição do produto reacional em sua superfície.
A033
Efeito
da Arnica montana no edema, trismo e
dor após exodontia de molares inclusos.
S. B. MACEDO*, J. C. T. CARVALHO, L. R. FERREIRA, R.
SANTOS-PINTO.
Instituto de Odontologia
e Farmácia - UNIFENAS - Faculdade de Odontologia - UNESP - Araçatuba -
(035) 291-3252. Objetivos: Avaliar a ação do medicamento homeopático Arnica montana 6 CH sobre o edema, abertura bucal e dor em pacientes submetidos à extração
de terceiros molares inferiores inclusos, bilateralmente simétricos.Métodos e
Resultados: Foi utilizado o medicamento homeopático Arnica montana 6 CH e placebo, preparados segundo as normas da
Farmacotécnica Homeopática Brasileira(1977). Os frascos foram codificados
permitindo desta forma a realização de estudo duplo-cego e cruzado. Foram
selecionados 32 pacientes com idade variando entre 17 e 25 anos, de ambos os
sexos, portadores de terceiros molares inferiores inclusos, bilateralmente simétricos.
A avaliação do edema pós-operatório foi realizada através de Arco Facial
Modificado, e do trismo foi realizada através do uso de paquímetro, em milímetros,
da distância interincisal. Para avaliação da dor utilizou-se três métodos:
1- intensidade da dor, pela escala visual analógica 2- consumo de analgésicos
e 3- tempo isento de dor até a administração do analgésico. Para análise
estatística dos resultados obtidos nas diversas fases do experimento, foi
utilizado o teste “t” de Student. O nível de significância neste teste
foi considerado p<0,05. O edema foi significamente reduzido, enquanto sobre o
trismo e dor a ação da Arnica montana
não mostrou significância estatística.
A034
Avaliação
cardiovascular durante a infiltração local de mepivacaína 2% com adrenalina.
M. A. R. ARAUJO*, J. L. SIMONE, M. S. SOARES, I. P. TORTAMANO.
Estomatologia – FOUSP (011)8187813 p-mantra@siso.fo.usp.br
Foram avaliados os parâmetros cardiovasculares (pressões
arteriais e freqüência cardíaca) durante a infiltração local de soluções
anestésicas com e sem substância vasoconstritora (Scandicaïne 2% especial –
cloridrato de mepivacaína [36mg] associado à adrenalina [18mg] – e Scandicaïne
3% - cloridrato de mepivacaína [54mg]). Foram selecionados 20 pacientes
normotensos na faixa etária entre 18 e 50 anos, de ambos os sexos, com indicação
bilateral de tratamento restaurador (40 dentes superiores posteriores). Os parâmetros
cardiovasculares foram obtidos pelo método oscilométrico e pletismográfico,
de modo contínuo, a cada minuto. Os pacientes foram submetidos a duas sessões
restauradoras, sendo que na 1a
foi utilizado anestésico local com adrenalina no lado direito e na 2a anestésico
sem vasoconstritor no lado esquerdo. A dinâmica do experimento foi dividida nas
seguintes etapas: a) na cadeira odontológica, por 10 minutos, antes de qualquer
procedimento (período controle); b) durante a anestesia local (2 minutos); c)
os primeiros 5 minutos após a anestesia local; d) 10 minutos durante o preparo
cavitário; e) após o término da restauração (10 minutos). De acordo com
os resultados obtidos pela análise de variância, não foram observadas alterações
significativas entre os valores médios das pressões arteriais nos grupos com e
sem adrenalina. Contudo, houve aumento (não significante) na freqüência cardíaca
após a administração de adrenalina.
A035
Avaliação
da biocompatibilidade de materiais retrobturadores.
MANIGLIA *, C A G; SOUZA, C J A; LOYOLA, A M; PASCON, E A .
Univ. de Franca, SP; (016) 722-0040, Univ. Fed. Uberlândia,
MG.
Apesar de prognósticos favoráveis, o sucesso do tratamento
do canal radicular pode não ocorrer e, nestas condições, sugere-se o emprego
de técnicas cirúrgicas que tentam preservar o elemento dental. Grande parte
das intervenções cirúrgicas, conhecidas como paraendodônticas, estão
fadadas também ao fracasso, mostrando resultados insatisfatórios em função
da incompatibilidade do material retrobturador. O propósito deste trabalho foi
avaliar, através de implantes intra-ósseos, a resposta do tecido ósseo a três
compostos resinosos de última geração, Z100, TETRIC, TPH e um composto de óxido
de zinco e eugenol. Foram utilizadas 120 cobaias (+800g cada) que
receberam implantes de teflon, contendo o material, um em cada lado da sínfise
mandibular, segundo as normas propostas pela Technical Report #9, da FDI 1980.
Após 30, 90 e 120 dias de observação, os animais foram mortos por inalação
de CO2 e os espécimes foram processados para exame histológicos
de rotina. Os resultados demonstraram que o Z100 apresentou menor intensidade de
reação inflamatória, seguido do TPH e do TETRIC. O composto a base de óxido
de zinco e eugenol apresentou a intensidade de reação mais severa. De
acordo com os critérios adotados (FDI e ANSI/ADA) pode-se concluir que, dentre
os materiais testados, a resina Z100 foi considerado um material biocompatível
quando em contato com o tecido ósseo.
Apoio: CNPq.
A036
Avaliação
microscópica da polpa dentária após preparo para coroa total e cimentação
com diferentes cimentos.
L. C. Santiago Costa*, L.F. Pegoraro.
UFRJ - (021) 491-2839.
O objetivo deste trabalho foi avaliar microscopicamente a
polpa dentária humana após preparo para coroa total metalo-cerâmica e cimentação
com diferentes cimentos. Foram selecionados 35 pré-molares hígidos que seriam
extraídos por indicação ortodôntica. Cinco desses dentes permaneceram hígidos
para controle (Gr.1). Os outros, receberam preparos para coroa total metalo-cerâmica
e divididos em três grupos de 10 dentes: Gr.2- Life, Gr.3- Panavia Ex Standard
e Gr.4- Panavia Ex 21. Após cimentação, os dentes permaneceram em função
por períodos de 7 e 45 dias, após o que, foram extraídos. Os espécimes foram
fixados, desmineralizados, incluídos, cortados e as lâminas preparadas e
coradas em HE e Brown & Brenn para análise dos tecidos pulpares e para
presença de bactérias no interior dos túbulos dentinários, respectivamente.
O grau de inflamação, aguda ou crônica, foi analisado de acordo com as
características de seus constituintes celulares, como: hiperemia, hemorragia,
alinhamento da camada odontoblástica, presença de bactérias nos túbulos
dentinários e formação de dentina reacional. Os resultados mostraram que a
camada odontoblástica apresentava-se organizada, com discreta vacúolação, não
apresentando ainda, nenhum deslocamento celular intracanalicular, morte celular
e nenhuma formação de dentina reacional, tanto nos grupos de 7 quanto nos de
45 dias. Os resultados não mostraram nenhuma diferença entre os grupos
experimentais e controle e tampouco entre os grupos experimentais. Por este
motivo, nenhum teste estatístico foi aplicado aos resultados. Podemos
concluir que os cimentos Panavia Ex Standard e 21, nas condições estudadas,
mostraram-se biocompatíveis tanto quanto o Life, mesmo quando grandes extensões
de dentina são expostas.
A037
Biocompatibilidade
de materiais endodônticos: resposta do tecido subcutâneo de cobaias à resina
poliuretana.
E. A. PASCON, C. J. A.
Sousa, F. MARTINELLI*.
Univ. Franca, SP; (016) 724-2211, Univ. Fed. Uberlândia, MG,
eapascon@unifran.br
A poliuretana
derivada do óleo de mamona apresenta uma fórmula molecular que tem mostrado
compatibilidade com os tecidos vivos. O propósito deste trabalho foi o de
comparar esse polímero (Poliol) com quatro materiais comerciais – AH26,
Dentinol, Kerr Sealer, e Sealapex – segundo as normas da FDI e ANSI/ADA, com a
finalidade da sua utilização como cimento de obturação de canal. Todos os
materiais foram manipulados de acordo com as instruções dos fabricantes. O método
utilizado foi o de implante subcutâneo de tubos de Teflon® em cobaias. (FDI,
1980; ANSI/ADA, 1982) Foram utilizadas 45 cobaias (+ 800gr cada), que
receberam quatro implantes dorsais com o mesmo material (12 por período) . A
parede externa do tubo serviu como controle da técnica. Após 30, 60, e 90
dias, os animais foram mortos e os espécimes processados para exame histológico
de rotina. Critérios: presença ou ausência de necrose, freqüência e
intensidade de células inflamatórias agudas e crônicas, formação e características
de cápsula fibrosa em torno do tubo de Teflon®, substituição do material por
tecido no tubo, degeneração e desintegração de células inflamatórias,
transporte do material em vasos e células, e alterações em vasos e nervos.
Resultados: 30 dias: Todos os materiais, com exceção do Poliol,
mostraram reação inflamatória severa; 60 dias: Dentinol, Sealapex,
AH26, e Kerr Sealer com as respostas mais severas e o Poliol com reação de
moderada a suave; 90 dias: a resposta inflamatória foi severa para todos
os materiais, com exceção do Poliol, que era suave. De acordo com os critérios
da FDI e ANSI/ADA o Poliol foi considerado um material compatível, devendo sua
utilização como material de obturação de canal ser incentivada.
Apoio CNPq.
A038
Citotoxicidade
e genotoxicidade de 4 soluções de hipoclorito de sódio.
S. M. GAHYVA*, A. FAVIERI, J. F. SIQUEIRA Jr
Departamento de Odontologia, Universidade Estácio de Sá, Rio
de Janeiro, RJ, Brasil - (021) 234-8300.
O hipoclorito de sódio (NaOCl) tem sido amplamente utilizado
em Endodontia como solução irrigadora. Por esta razão, o objetivo deste
estudo foi avaliar os efeitos citotóxicos e genotóxicos diretos de 4 soluções
de NaOCl disponíveis comercialmente e com concentrações variáveis entre 2 e
2,5% por meio de um teste bacteriano colorimétrico para detecção de
genotoxinas – o SOS Cromoteste. Este teste é baseado na observação da indução
de sfiA, um gene controlado pelo
repressor geral do sistema SOS em Escherichia
coli. A expressão deste gene é monitorado pela fusão com lacZ, o gene estrutural para b-galactosidase. O teste foi realizado
de acordo com Quillardet e Hofnung (Mutation Res., 147: 65-78, 1985),
utilizando-se as cepas E. coli PQ35 e
PQ37. Os resultados foram analisados após a incubação das placas de ágar
Cromoteste por 24 horas. Os halos de inibição formados sugerem que todas as
soluções apresentaram citotoxicidade sobre as duas cepas testadas. O produto
Ajax (Colgate-Palmolive, São Paulo, SP, Brasil) apresentou genotoxicidade para
a cepa PQ 35. Com exceção da marca Kokinos (Kokino’s Ind. Com. Ltda.,
D.Caxias, RJ, Brasil), todos os outros produtos testados foram genotóxicos para
a cepa PQ 37. Efeitos mais pronunciados foram observados para o Virex (Ceras
Johnson Ltda., Rio de Janeiro, RJ, Brasil) e Brilhante (Gessy Lever Ltda., São
Paulo, SP, Brasil). No geral, pode-se concluir que as soluções de NaOCl
testadas apresentaram citotoxicidade e genotoxicidade.
A039
Hidróxido
de cálcio em diferentes veículos: pH e liberação de cálcio.
P. A. R. SILVA E SOUZA*, M. V. BEVILAQUA, F. B. A. FERREIRA,
J. M. GRANJEIRO, I. G. MORAES.
Disciplina de Endodontia e Bioquímica, FOB - USP - (014)
234-1287.
As propriedades antimicrobianas e indutoras de mineralização
do hidróxido de cálcio estão associadas com mecanismos de elevação do pH e
liberação de íons de cálcio, que são facilitadas de acordo com o veículo
empregado. Avaliaram-se o pH e a liberação de íons cálcio dos produtos: 1)Calen
com PMCC(S.S.White), 2) pasta de hidróxido de cálcio P.A. com soro fisiológico,
3) pasta L.C (Herpo e 4)cones de guta-percha com hidróxido de cálcio (Roeko).
Estes foram inseridos em tubos de polietileno (1X10mm) vedando-se uma das
extremidades com cimento provisório. Em seguida foram colocados em potes com
10mL de água ultra - pura (Sistema Elga) e o pH medido nos tempos: 40 e 60
minutos, 2, 8, 24, 48 e 72 horas, 1, 2, 3 e 4 semanas, em quintuplicata. A
liberação de cálcio foi avaliada pelo método colorimétrico (Kit Analisa),
utilizando-se alíquotas de 20uL de cada amostra obtida nos mesmos intervalos,
acrescidos dos tempos de 0, 5, 10, 20 minutos, em triplicata. Observou-se que
com 72 horas as pastas 1 e 2 alcançaram um platô nos valores de pH de 11,4 e
11,3 respectivamente, diferentes estatisticamente dos produtos 3 e 4, que
atingiram valores de 6,3 e 6,5. Após 4 semanas estas diferenças permaneceram
praticamente as mesmas. A concentração de cálcio liberado pelos produtos 1,
2, 3 e 4, após 72 horas, foram: 6,54; 4,98; 1,31 e 1,74 mg/dL, respectivamente,
sendo cerca de 2 vezes maior após 4 semanas. A medida de cálcio residual após
trocas sucessivas da água mostra que a mesma é constante, mesmo após 4
semanas, para os materiais 1 e 2. Os materiais 3 e 4 praticamente não liberaram
cálcio após a primeira troca. Assim, os produtos 1 e 2 promoveram a maior
liberação de cálcio e variação do pH.
A040
Avaliação
da permeabilidade dentinária radicular, após uso do laser Er:YAG.
A.L.CUSSIOLI*, A. BRUGNERA JUNIOR, F. ZANIN, R. S. SILVA, J.
D. PECORA
Odontologia Restauradora - Fac. Odontol. de Rib. Preto USP
(016) 602-3982 - cussioli@forp.usp.br
Estudou-se a permeabilidade dentinária da parede do canal
radicular após o tratamento endodôntico e aplicação do laser Er:YAG. Um
total de 25 incisivos superiores humanos extraídos foram divididos em cinco
grupos: Grupo 1 - Usou-se como solução irrigante água destilada deionizada;
Grupo 2- Usou-se como solução irrigante hipoclorito de sódio 1%; Grupo 3 -
Usou-se como solução irrigante a água destilada deionizada e aplicação de
laser; Grupo 4 - Usou-se como solução irrigante hipoclorito de sódio e aplicação
de laser; Grupo 5 - Canal radicular preparado somente com irradiação laser. Os
parâmetros foram 15 Hz, 140 mJ, Energia total de 42 J, 300 Pulsos, (Kavo Key
Laser). A permeabilidade foi evidenciada pelo uso de uma solução de sulfato de
cobre a 10%. A penetração de ions cobre dentro dos canalículos dentinários
foram detectados pelo ácido rubiânico 1% que revela ions cobre formando
composto rubianato de cobre, de cor preto. As raízes dos dentes foram
seccionadas transversalmente com disco de diamante de 500 a 500 micrômetros
desde a região cervical até apical. A permeabilidade dentinária foi avaliada
por meio da análise morfométrica. Os resultados evidenciaram que o uso da
água como solução irrigante mais Er:YAG promoveu o maior aumento da
permeabilidade dentinária. O uso do laser Er:YAG, da solução de hipoclorito
de sódio,e da associação hipoclorito de sodio mais laser evidenciaram uma
capacidade intermediária do aumento da permeabilidade dentinária. A água
promoveu a menor permeabilidade dentinária.
A041
Análise
comparativa da penetração dentinária radicular da clorexidina e do iodo.
C.V.G.AMORIM *; C.C.P.GUIMARÃES, J.L.LAGE-MARQUES
Disc. End., Dep. Dent.., USP - FOUSP - jmarques@mandic.com.br
O principal objetivo da terapia endodôntica é a desinfecção
do sistema de canais radiculares, antes da obturação dos canais. Geralmente, o
preparo químico-cirúrgico não é suficiente para a total erradicação dos
microrganismos do interior dos canais, sendo assim deve-se associar uma medicação
capaz de complementar esta etapa, atuando em locais de difícil acesso aos
instrumentos. Sendo assim, os autores se propuseram a avaliar a capacidade de
penetração dentinária de duas medicações. 20 dentes unirradiculares tiveram
suas coroas seccionadas. O PQC foi realizado acorde PAIVA & ANTONIAZZI com
creme Endo PTC neutralizado pelo líquido de Dakin até a lima tipo K número
50. Como limite de trabalho, foi estabelecido 1 mm além dos ápices. Os espécimes
foram submetidos à irrigação-aspiração final com 6 ml de EDTA-T a 17%. Os
dentes foram divididos em 2 grupos de 10. O Grupo I foi medicado com iodo 4% em
solução de iodeto de potássio, e o Grupo II com clorexidina a 2%, veiculada
em polietilenoglicol 400. As duas medicações foram saturadas pelo corante
Rhodamina B. Os dentes permaneceram em estufa a 37º
por 4 horas. Foram, então, totalmente secados com pontas de papel absorventes.
Os dentes foram incluídos em resina e, realizaram-se cortes transversais de
aproximadamente 2 mm, totalizando 6 cortes. Medidas da área de
infiltração foram realizadas utilizando-se o programa Image Lab.
Estabeleceu-se as porcentagens de infiltraçào por terços em cada grupo.
Utilizando-se de análise de variância, observou-se que houve diferenças
estatisticamente significantes a 5%. O G II obteve maior porcentagem de
penetração, sendo que em ambos grupos o terço cervical teve maior penetração
que o apical, e o terço médio não foi estatisticamente significante entre os
terços cervical e apical.
A042
Avaliação
“in vitro” da atividade antimicrobiana de soluções irrigadoras empregadas
em endodontia.
K.C. BONIFÁCIO*, M.R. LEONARDO, M. TANOMARU FILHO, L.A.B. DA
SILVA, I.Y. ITO.
FOAr – UNESP/ FORP-USP - (16) 222-3781.
Foi avaliada a atividade antimicrobiana das soluções
irrigadoras: Endoquil (Castor oil), Clorexidina alcoólica a 5,0% (CHX 5,0%),
Gluconato de clorexidina a 2% (CHX 2%) e solução de NaOCl 0,5% (FOAr-UNESP),
frente a microrganismos cocos
gram-positivos: M luteus (ATCC
9341), S aureus (ATCC 25923, saliva/penicilinase+
e MRSa), S epidermidis (saliva/penicilinase+),
S mutans (saliva 1, 2 e 3), E faecalis
(ATCC 10541) e S sobrinus (saliva); e bacilos
gram-negativos: E coli (ATCC 25922
e saliva), P aeruginosa (ATCC 2327); e
levedura C albicans (ATCC 1023). A
avaliação foi realizada pelo método de difusão em ágar, pela técnica de
duas camadas. A camada base foi obtida com 10,0mL de Muller Hinton Medium-MH (Difco)
ou Brain Heart Infusion Ágar-BHIa (Difco), a 50°C. Logo após a solidificação,
a camada seed com 5,0mL de MH ou BHIa,
com inóculos na concentração de 106
por mL, foi depositada sobre a camada base. Em seguida, discos de papel
absorvente (6,0mm de diâmetro), embebidos nas respectivas soluções
experimentais foram distribuídos em pontos equidistantes. As placas
permaneceram à temperatura ambiente por período de 2 horas (pré-incubação),
sendo em seguida incubadas a 37°C por 24 horas. As placas com meio BHIa,
utilizou-se a jarra de anaerobiose (sistema de chama de vela). Todos os testes
foram realizados em duplicata. Após incubação, as placas foram otimizadas
pela adição do gel de TTC a 0,05% em 1% de ágar, e os halos de inibição
mensurados. Halos de inibição foram observados com CHX 5,0% e CHX 2,0% frente
a todas as cepas, sendo os maiores valores sobre S mutans (saliva 1, 2 e 3) e S
sobrinus. Bacilos gram-negativos foram resistentes ao Endoquil e à solução
de NaOCl a 0,5%. As soluções irrigadoras de CHX 5,0% e CHX 2,0%
apresentaram atividade antibacteriana in
vitro. A solução de Endoquil foi efetiva apenas frente a microrganismos
gram-positivos.
A043
Infiltração
linear marginal provocado pela desobturação endodôntica no preparo para
retentor intra-radicular.
R. W. J. GABRIEL*, A. C. BOMBANA.
Departamento de Dentística, F.O.U.S.P.-SP/ (011) 818 7642
e-mail: acbomban@siso.fo.br.
Este estudo procurou analisar o grau de desadaptação do
remanescente obturador endodôntico (cones de guta-percha
cimentados com Sealer 26), após a desobturação parcial para confecção
de retentor intra-radicular. Foram utilizados 40 dentes unirradiculares,com
dimensões semelhantes, divididos em 4 grupos de 10 elementos: G-1 desobturação
feita com brocas de gates e G-2, feita com condensadores tipo Paiva, ambos
tardios à obturação (após 7 dias); G-3,
desobturação feita com brocas de gates e G-4, com condensadores tipo
Paiva, ambos imediatamente após a obturação. Nos grupos tardios, após a
obturação endodôntica, os dentes eram selados e mantidos em
estufa à 37°C, com umidade 100% por 7 dias; Cada um dos grupos então
era desobturado endodonticamente no nível para retentor intra-radicular, a
seguir, os passos para todos os grupos foram idênticos: selamento externo com
super-bonder, imersos no azul de metileno por 48 horas em estufa à 37°C,
lavados em água corrente, clivados no sentido longitudinal ao eixo dental e então
avaliados no perfilômetro onde pudemos observar que G-1xG-2 e G-3xG-4 não
apresentavam diferenças significantes entre si e que eram significantes quando
eram comparadas , G-1 ou G-2 com G-3 ou G-4. Encontramos melhores resultados
nos grupos imediatos (G-3/G-4), onde o cimento obturador ainda não havia tomado
presa e o remanescente obturador pôde ser condensado e acomodado após o corte
dos cones.
A044
Avaliação
da efetividade dos instrumentos de níquel-titânio nas paredes dos canais
radiculares.
F. L. M. PEDRO*; C. E. AUN; A. CARRASCOZA; C. L. AZEVEDO
FOUSP – Departamento de Dentística – (011) 9158-8969.
Dentre as etapas que compõe o tratamento endodôntico,
destaca-se o preparo químico-cirúrgico com relevância, uma vez que este rege
princípios terapêuticos tais como a limpeza, sanificação e modelagem do
sistema de canais radiculares. Cientes da variedade de recursos encontrados na
literatura, que se destinam a este fim, é nosso propósito avaliar a competência
dos instrumentos de níquel-titânio acionados mecânica e manualmente em tocar
as paredes do canal radicular, ação esta intimamente relacionada com a
limpeza. Para tal, valeu-se de trinta dentes unirradiculares, pré-molares
inferiores, divididos em três grupos, a saber: G1 – Técnica seriada +
Gates-Glidden; G2 –Profile® 04 - Técnica do Fabricante; G3 - Profile® 04 +
Gates-Glidden. Em seguida, os canais foram preenchidos com tinta nanquim e
instrumentados segundo os grupos supracitados. Posteriormente, as coroas foram
removidas e as raízes clivadas longitudinalmente no sentido vestíbulo-lingual.
As raízes foram digitalizadas por meio de “scanner” com aumento de 100% e
avaliadas por terços atribuindo-se escores de acordo com a remoção do
corante. Os resultados demonstraram que: tanto no G1 quanto no G2, a competência
do instrumento deu-se melhor no terço apical, seguidos do terço médio e
cervical, no entanto, o G3 apresentou competência semelhante nos três terços.
Do exposto, pôde-se concluir que a técnica executada empregando-se o
sistema Profile® 04 + Gates-Glidden (G3), foi o grupo que proporcionou maior
contato dos instrumentos junto às paredes do canal radicular.
A045
Redução
bacteriana em dentina contaminada, irradiada com laser de Ho:YAG.
1Gouw-Soares,S*.,1Eduardo,C.P., 1Matson,E., 2Gutknecht,N., 2Conrad,G., 2Lampert,F.
1Departamento
de Dentística – FOUSP – São Paulo - Brasil. - 2Klinikum
of Aachen University – Aachen - Germany - (011) 535-6291 /533-1946.
As bactérias remanescentes após o preparo bio-mecânico de
canais contaminados podem causar insucesso ao tratamento endodôntico. Este
estudo in vitro avalia o efeito
bactericida em profundidade, da irradiação do laser pulsado de Ho:YAG em
dentina radicular contaminada. 180 amostras dentinárias radiculares de dentes
bovinos com espessuras de 100, 300 e 500 µm, foram esterilizadas e inoculadas
em uma das superfícies com 1 µl de suspensão de Enterococcus faecalis. Em seguida as amostras foram divididas em 6
grupos, sendo 4 grupos teste e 2 grupos controle (um permaneceu sem tratamento e
o outro tratado com NaOCl + H2O2). Nos grupos
teste, a superfície oposta foi irradiada 4 vezes durante 5 segundos, com o
laser de hólmio, emitindo comprimento de onda de 2,10 µm, através de fibra de
quartzo de 320 µm, formando ângulo de 50 com a superfície
dentinária, utilizando 4 parâmetros diferentes de energia: 1W/5Hz; 1W/10Hz;
1.5W/5Hz e 2W/5Hz. A contagem das bactérias remanescentes pós tratamento, foi
realizada a partir do crescimento de colônias em cultura de ágar
correspondente às diluições do meio de transporte contendo a amostra. Nas
condições deste estudo, a redução bacteriana nas amostras tratadas com
irradiação do laser de Ho:YAG, em qualquer das espessuras, foi maior quando
comparada com as amostras do grupo controle. As médias dos valores máximo e mínimo
de redução bacteriana foram 98,46% e 83,65%, respectivamente.
A046
Efeitos
térmicos da irradiação intracanal do Laser de Nd:YAG.
C. Strefezza1*, D. M. Zezell1, L. Bachmann1, S. C. Cecchini2, M. Pinotti3, C. P. Eduardo2
1) IPEN-Inst. Pesq.Energéticas Nucleares, 2) FOUSP - (011)
591-3433, 3) Fac. Engenharia UFMG.
Diversos lasers tem sido estudados como coadjuvantes na
terapia endodôntica, no intuito de promover a redução bacteriana dos canais
radiculares contaminados. Este estudo tem como objetivo determinar o perfil de
temperatura na superfície radicular externa, utilizando o laser de Nd:YAG, com
uma fibra de diâmetro de 300 µm. A determinação do perfil térmico durante
aplicações de laser é necessária para maior eficiência nos procedimentos clínicos.
Foram selecionados 32 dentes unirradiculares preparados à 1 mm aquém do forame
apical até instrumento # 45 tipo K Flexofile, de maneira que a espessura da
dentina na região apical fosse > 1mm..Os dentes foram divididos em 8 grupos
de acordo com os seguintes parâmetros: energia de 60 ou 100mJ/pulso, taxa de
repetição de 10 ou 15 Hz. Os canais radiculares foram irradiados em 4 períodos
de 3 segundos, com intervalo de 20 segundos entre eles, com a fibra em posição
estacionária à 1 mm do forame apical, de acordo com a técnica de Matsumoto,
ou segundo a técnica de Gutknecht, em movimentos helicoidais de apical para
cervical, a uma velocidade de 2mm/s. Utilizando um termopar do tipo T,
posicionado no forame apical, a temperatura foi monitorado. Foram
considerados seguros para aplicação clínica durante o tratamento endodôntico,
os parâmetros de energia que provocaram na superfície radicular externa, um
aumento de temperatura de 1 a 100C.
A047
Análise
crítica dos métodos experimentais de avaliação da superfície do cemento
irradiado com Er:YAG.
A. T. ARAKI*, J. L.
LAGE-MARQUES, Y. IBARAKI.
Endodontia, FOUSP–SP e Health Sciences Univ. Hokkaido –
Japan – (011) 818-7839 - jmarques@mandic.com.br
A realização de estudos “in vitro” antecedendo o uso clínico
das novas tecnologias é primordial. Estes estudos podem ser desenvolvidos em
dentes extraídos de humanos e armazenados por períodos variáveis e
das mais diferentes formas. Cabe aclarar que a literatura atual, não
apresenta dados que identifiquem as variáveis relacionadas ao estado do espécime,
seja ele recém extraído ou armazenado. Assim, neste estudo avaliou-se de modo
crítico os efeitos da irradiação do laser de Er:YAG
no cemento do terço apical de dentes armazenados em ambiente seco e recém
extraídos. Para isso foram selecionados 10 dentes unirradiculares, divididos em
2 grupos: G1(05) dentes armazenados por período indeterminado em ambiente seco
e G2 (05) dentes recém extraídos. Ambos foram irradiados com uma
ponteira experimental de contato (Chisel – Morita Co.), em área previamente
delimitada do terço apical, com energia de potência de 100mJ, 10Hz e com taxa
de repetição de 3 vezes. A análise realizada
em microscopio de luz (ML) nos permitiu avaliar diferenças morfológicas
provocadas pelo estado do espécime (recém extraído ou armazenado). No
que se refere ao estudo em MEV, apenas foram notadas diferenças na alteração
morfológica produzidas pela irradiação em maior profundidade nos túbulos
dentinários nos dentes recém extraídos.
A048
Análise
da microinfiltração de cinco selamentos endodônticos provisórios após
termociclagem.
M.D.A.DEONÍZIO*, D.GEKELMAN, I.PROKOPOWITSCH, L.L.MELO, G.
GAVINI.
Depto. de Endodontia, - FO-PUCPR. Tel.(041) 330-1515
O objetivo deste
trabalho foi comparar in vitro a
microinfiltração de materiais temporários de restauração, executadas com 5
diferentes composições distintas: GI(n=10) IRM+CIMPAT; GII(n=10) CAVIT+CIMPAT;
GIII(n=10) CIMPAT; GIV(n=10) T.E.R.M.+CIMPAT; GV(n=10) IONÔMERO+CIMPAT. As
cavidades foram seladas após manipulação dos materiais de acordo com as
instruções do fabricante. As amostras foram termocicladas (150 ciclos / 5o e
55oC / 60 seg. de imersão), impermeabilizadas com duas
camadas de cianocrilato de etila, exceto a 1 milímetro da interface material de
selamento provisório/esmalte dental, imersos em azul-de-metileno a 0,5%, pH
7.2, e mantidos à temperatura de 37 o C, por 7 dias.
Estas foram lavadas em água corrente, secas em papel filtro, incluídas em
gesso pedra até a superfície oclusal e desgastadas longitudinalmente em
recortador de gesso. A máxima infiltração linear de corante foi mensurada em
cada espécime, por meio de lupa microscópica de um aumento. Também foi medido
o comprimento da parede axial da cavidade de acesso endodôntica, correspondente
à máxima infiltração linear do corante em cada espécime. Calcularam-se as
proporções, em porcentagem, entre as medidas de infiltração de corante e os
comprimentos das paredes cavitárias axiais para cada grupo.Os resultados
mostraram que a microinfiltração de corante foi em média 61,80% para o GI;
39,39% para o GII; 30,47% para o GIII; 53,04% para o GIV e 42,57% para o GV. Após
análise através do Teste de Tukey ,os grupos I e III apresentaram diferenças
significantes ao nível de 5%.
A049
Avaliação
da capacidade de absorção de pontas de papel absorvente.
A.P. LEITE*, C. M. R. S. CARVALHO, C. H. C. SILVA, M. M. A.
SILVA, M.M.A. PONTES, R. M. C. TRAVASSOS , V. RODRIGUES, D. ALBUQUERQUE.
FOP / UPE (081) 4581208
Avaliar a capacidade de absorção de três marcas comerciais
de pontas de papel absorvente. Para a realização do presente experimento
utilizou-se três marcas de cones de papel absorvente, os quais foram divididos
em três grupos: grupo A – TANARI, grupo B – HERPO e grupo C – MAILLEFER,
com o objetivo de avaliar a capacidade de absorção dos mesmos. Utilizou-se um
canal artificial, o qual foi instrumentado seguindo a técnica de Oregon e
preparo apical realizado com lima no
35. Nele foi introduzido o volume de 0,3 ul de fucsina básica. A seguir os
cones, de calibre padronizado, foram introduzidos no interior do corpo de prova
até obter-se a secagem completa, sendo o tempo de permanência de 15 segundos.
Empregou-se um total de 222 cones de papel absorvente, sendo que o grupo A:
composto de 65 cones; o grupo B: 58 cones e o grupo C: 99 cones. Cada
experimento foi repetido 10 vezes Por meio do Teste Estatístico de
Kruskall-Wallis, comprovou-se a diferença altamente significativa entre os três
grupos, em relação ao número de cones para a obtenção da secagem completa.
Pode-se concluir neste trabalho que o grupo C apresentou os piores
resultados.
A050
Avaliação
in vitro da citotoxicidade da solução de mamona.
A. MANTESSOa*;
I. C. FRÖNERb;
G. O. CHIERICEc;
M. M. M. JAEGERa
aPatologia
Bucal FO-USP; bEndodontia
FORP-USP; cIQSC-USP
tel (011) 8187902
Uma nova substância, feita a partir da extração de ácidos
graxos da semente da mamona, foi recentemente desenvolvida. Esta substância tem
propriedades anti-sépticas e detergentes. O objetivo deste estudo foi analisar in
vitro a citotoxicidade deste novo material através da exclusão de células
coradas por azul de Trypan. A solução de mamona foi diluÌda nas concentrações
de 3.3 x 10-3
e 3.3 x 10-4 e
aplicada sobre fibroblastos orais humanos e osteoblastos de calvária de rato. Células
crescidas em DME fresco serviram como controle. Depois de 1, 3, 4 e 6 h
(viabilidade - curto tempo) e 2, 4, 5, 7 e 8 dias (viabilidade - longo tempo) as
células foram contadas. Nos testes de longo tempo as culturas cresceram
igualmente, com exceção das culturas tratadas com solução a 3.3 x 10-3, as quais
apresentaram um crescimento estatisticamente menor do que os outros grupos. A
porcentagem de viabilidade celular ficou entre 75 e 100% em todos os grupos, sem
diferenças estatísticas entre o grupo controle e o tratado com a solução
mais diluída (3.3 x 10-4).
Nos experimentos de curto tempo o grupo controle e o tratado apresentaram a
mesma viabilidade celular variando entre 70 e 100%, sem diferenças estatísticas.
A solução de mamona mostrou-se biocompatível em testes de curto e
longo tempo. Sendo assim, adicionando nossos resultados às propriedades antisépticas
e detergentes do material, nós sugerimos que a solução de mamona poderia ser
utilizada como irrigante com aplicções amplas incluindo o tratamento endodôntico.
A051
Análise
do vedamento de materiais aplicados ao assoalho da câmara pulpar.
M. C. SKELTON MACEDO*, C. V. G. DE AMORIM, J. L. LAGE MARQUES
Disciplina de Endodontia
- FOUSP - SP -
Brasil - e-mail: mmacedo@uol.com.br
O vedamento adequado do assoalho da câmara pulpar após o
tratamento endodôntico também é fator de fundamental importância para o
sucesso da terapia. Os trabalhos que identificaram a penetração marginal
cervical serviram de alerta, lançando a necessidade de um material capaz de
cumprir o papel proposto, impossibilitando a infiltração de fluidos que entrem
em contato com a dentina tratada endodonticamente e, portanto, portadora de
maior permeabilidade. Dentre as propostas apresentadas no mercado odontológico,
foram avaliados, sob infiltração de Rodamina B a 1%, os seguintes materiais:
MTA® (Mineral Trioxide Agregate – veiculado em água destilada) ,
Seal-B e Seal-P Biosynth® (ambos veiculados em água destilada), Histoacryl® e
SuperBonder® (cianocrilato de etila). Para tal, foram utilizados 20 molares
inferiores tratados endodonticamente, que receberam a aplicação dos materiais
supra citados no assoalho da câmara pulpar e entradas dos canais. Os materiais
Seal P e Seal B constituem novas propostas, sendo semelhantes ao MTA®. Os
resultados de dentes que sofreram infiltração, sem se valer da quantidade de
corante infiltrado, foram tabulados e analisados pelo método ANOVA. Foram
analisadas as marcas de infiltração que atingiram o assoalho da câmara pulpar.
Pôde-se concluir que os melhores resultados foram atingidos pelos grupos
tratados com o SuperBonder® e o Seal B como seladores do assolho da câmara
pulpar.
A052
Comparação
da eficiência das técnicas de oregon modificada e movimentos oscilatórios.
R.S. PEREIRA; A. ROLDI; R.A.S. FIDEL; J.B.G. INTRA; D.P.
ROMERO *
UFES - FO-UERJ/RJ - Brasil, Tel. (027) 2250839
Objetivou-se comparar por meio deste estudo, a eficiência e
segurança de duas técnicas de instrumentação de canais radiculares: Grupo I
- Técnica de Oregon Modificada e Grupo II - Técnica dos Movimentos Oscilatórios.
Para tal, utilizaram-se 26 raízes mésio-vestibulares de molares superiores de
dentes humanos extraídos e incluídos em blocos de resina transparente de modo
que a maior curvatura da raiz ficasse paralela a uma das paredes do bloco. Foram
feitas radiografias dos dentes com lima K número 10 e as mesmas, projetadas com
aumento de 10 vezes, em folha branca, para o registro do contorno externo do
dente, câmara pulpar e lima. Os dentes foram distribuídos eqüitativamente
nos grupos I e II de acordo com o diâmetro
e, nível e grau de curvatura (método de Schneider). Após instrumentados, os
dentes foram radiografados novamente, com a lima final e, foi feita a projeção
sobre o desenho inicial correspondente avaliando-se a formação de zip apical,
retificação do canal, desgaste da parede voltada para a furca (zona de perigo
da raiz), redução de odontomentria e sobreinstrumentação. Os resultados
indicaram que 46% dos espécimes do grupo I e 53,8% do grupo II não
apresentaram desvios apicais, sem significância estatística quando aplicado o
t-test (t=0 e p=1,0). A Técnica de Oregon Modificada, apresentou melhor
retificação das paredes dos canais e a Técnica de Movimentos Oscilatórios
mostrou-se mais segura com relação à região de furca mas, apresentou alterações
maiores e mais evidentes do comprimento de trabalho.
A053
Influência
do agente irrigador na limpeza em retropreparo ultra-sônico.
M. A. H. DUARTE*; K. P. D. CONTI; C. M. FERREIRA; M. TANOMARU
FILHO.
Departamento de endodontia da USC- Bauru, Instituíções
participantes: USC-Bauru, FOB-USP-Bauru, F.O. Araraquara-UNESP - (014) 234-6147.
O ulta-som em preparos retrógrados tem demonstrado muitas
vantagens, porém durante seu emprego o soro fisiológico tem sido o agente mais
utilizado, necessitando de substâncias alternativas que favoreçam melhor
limpeza e ação anti-séptica. O objetivo do presente trabalhofoi avaliar a
capacidade de limpeza do gel de papaina, gluconato
de clorexidina 2%, e soro fisiológico retropreparos realizados com ultra-som.
Trinta raízes mesiais de molares superiores tiveram seus ápices seccionados
com o auxilio de broca Zekria, em alta rotação, e então foram divididos em
seis grupos de cinco dentes cada, de acordo com o agente irrigador e preparo
utilizado. Grupo I – preparo com ponta diamantada e irrigação com
digluconato de clorexidina 2%. Grupo II – preparo com ponta diamantada
associada a ponta lisa e irrigação com solução fisiológica. Grupo III –
preparo com ponta diamantada e irrigação com solução fisiológica. Grupo IV
– preparo com ponta diamantada e irrigação com gel de papaina. Grupo V –
preparo com ponta diamantada associada a ponta lisa e irrigação com
digluconato de clorexidina 2%. Grupo VI – preparo com ponta diamantada
associada a ponta lisa e irrigação com gel de papaína.O ultra-som utilizado
foi o ENAC na potência 5. Concluidos os preparos, as raizes foram seccionadas,
metalizadas e observadas em microscopia eletrônica de varredura. Os preparos
foram avaliados por três observadores e classificandos-os em escores. Os dados
obtidos em cada grupo foram confrontados estatisticamente, empregando para
analise global o teste do Kruskal Wallis, e o teste de Miller para comparações
individuais. Foi constatada diferença significante nas comparações entre os
grupos I e III e tambem entre os grupos III e V. Concluiu-se que o preparo
com soro fisiológico e ponta diamantada apresentou a melhor limpeza.
A054
Ação
de quatro solventes sobre os cones de guta-percha.
K. O. N. Oyama*, E. L. Siqueira, M.
Santos
Departamento de Dentística, FOUSP - Telefone: 011 –
279-5613, Fax: 6944-3486, E-mail: oyama@originet.com.br
O principal objetivo de um tratamento endodôntico é a
descontaminação do sistema de canais radiculares e posterior vedamento desse.
Devido, em certos casos, às deficiências técnicas e descontaminação
inadequada, torna-se necessário o retratamento endodôntico. Durante a fase de
desobturação, o uso de solventes têm sido relatados como agentes auxiliares
úteis para reduzir o tempo de trabalho e evitar o “stress” profissional.
Desta forma o presente trabalho visa classificar a ação de solvência de 4
diferentes solventes: Xilol,
Eucaliptol, Óleo de laranja e Halotano sobre os cones de guta-percha. Os cones
de guta-percha foram analisados através de perda de peso após ação dos
solventes nos tempos de 1, 5, 10 e 15 minutos. Utilizou-se 84 cones de
guta-percha da mesma marca e previamente pesados, sendo que 4 cones foram usados
como controle negativo e 80 cones foram divididos em 4 grupos de 20 para cada
solvente e estes foram subdivididos em 4 subgrupos para os tempos. Cada cone foi
centralizado em uma placa de Petri previamente pesada para tareamento. Após o
que, foram inseridos 5 ml de solvente e iniciada a tomada de tempo. Vencidos os
tempos, os cones foram lavados em duas substâncias por um período de 5 minutos
em cada uma, sendo que a primeira em álcool etílico e depois em água
destilada. Posteriormente foram deixados à temperatura ambiente durante 1 hora
para secagem. O Xilol mostrou ser o solvente mais eficaz para o
tempo de 5 minutos, enquanto o Óleo de laranja apresentou melhores
resultados aos 10 e 15 minutos. O Halotano foi o menos efetivo entre as substâncias
testadas. A análise estatística, porém, demonstrou não haver diferença
estatisticamente significante entre as amostras (p³ 0.05).
A análise dos resultados possibilitou concluir que o Xilol, Eucaliptol,
Óleo de laranja e Halotano possuem ação solvente semelhante para os tempos
testados.
A055
Avaliação
pela análise digital de imagens da impermeabilização após preparo
intrarradicular
M. F. Z. SCELZA; J. H. ANTONIAZZI; P. SCELZA*
Endodontia UFF/ USP/ OCEx
- email scelza@rio.nutecnet.com.br
No preparo de retentores intrarradiculares, compromete-se a
vedação dos túbulos dentinários e canais laterais existentes.Este trabalho
objetiva verificar a capacidade de vedação do Prisma & Bond 2.1 e
Histoacryl utilizados no revestimento das paredes de dentina empregando
analisador de imagens como meio de avaliação. Quinze dentes unirradiculares,
sem coroa, foram instrumentados pela técnica telescópica acorde Paiva &
Antoniazzi com lima apical K #50 e para os terços médios e cervical
#70.Empregou-se a broca Largo # 3 no preparo intrarradicular. Os canais
receberam irrigação final com EDTA-T, foram secos e obturados com guta-percha
e N-Rickert pela técnica da condensação vertical. Com calcador tipo Paiva
aquecido removeu-se 2/3 da guta-percha. Impermeabilizaram-se externamente as raízes
com SuperBonder que foram distribuídas aleatoriamente em 3 grupos: GI (5dentes)
grupo controle- sem impermeabilização; GII (5 dentes) paredes receberam Prisma
& Bond 2.1 e, GIII ( 5 dentes) receberam Histoacryl. Aplicou-se Rodamina B a
1% no interior do canal, aguardando 48 horas a 370 C .
As raízes foram clivadas no sentido vestíbulo-lingual e fotografadas, para análise,
através da lupa estereoscópica numa distância e aumento constantes. A análise
de penetração do corante foi realizada pelo Imaging Densitometer Software
Molecular Analyst Concluiu-se que a penetração do corante foi
estatisticamente significante (5%) nos grupos controle (GI) e no que recebeu
Prisma & Bond 2.1 (GII), não existindo diferença entre eles. No grupo que
recebeu Histoacryl (GIII) a penetração do corante não foi observada.
A056
Análise
do vedamento apical de canais tratados com ácidos e obturados com Sealer 26 .
M. R. L. NUNES *; J. CARLIK; J. H. ANTONIAZZI; V. F. P.
CORREIA
Endodontia, Departamento de Dentística, FOUSP – SP - (012)
272-3374.
Analisou-se a influência da aplicação dos ácidos ortofosfórico
e cítrico no vedamento apical de canais radiculares, após seu preparo químico-cirúrgico.
Utilizou-se 21 dentes pré-molares superiores humanos extraídos, portadores de
duas raízes distintas cujos canais radiculares foram preparados pela técnica
de Paiva & Antoniazzi até a lima # 40 a 1 mm aquém do forame e irrigados
com 5,4 ml de Tergentol-Furacin. Os dentes foram separados em 3 grupos, sendo
que no Grupo I (controle) não foi realizado qualquer tratamento adicional em
ambos os canais. No Grupo II os canais vestibulares foram submetidos a repleção
por 15” com ácido ortofosfórico a 25% seguida de irrigação com 5,4 ml de
Tergentol-Furacin e os palatinos por 30” com ácido cítrico a 25% seguida de
irrigação com 5,4 ml de Tergentol-Furacin. No Grupo III empregou-se
inversamente nos canais vestibulares o ácido cítrico e nos palatinos o ácido
ortofosfórico. A seguir, todos canais foram obturados pela técnica de cones múltiplos
e cimento Sealer 26 com condensação vertical. As raízes foram
impermeabilizadas externamente com Super Bonder e imersas em azul de metileno a
0,5% com pH 7,2. Após 72 horas de armazenamento em estufa à 37o
C, foram lavadas, clivadas e medida a maior infiltração marginal de cada
canal. As médias em mm de infiltração foram: Grupo I = 1,07, Grupo ácido
ortofosfórico = 1,28 e Grupo ácido cítrico = 1,02. Não houve diferença
estatisticamente significante ao nível de 5% entre o Grupo I (controle) em relação
aos grupos de canais tratados com os ácidos. Assim, os ácidos ortofosfórico
e cítrico, nas concentrações e tempos utilizados, não determinaram redução
estatística significativa do vedamento apical.
A057
Análise
comparativa de instrumentos para medição do comprimento de trabalho.
D. P. RALDI*, J. L. LAGE-MARQUES
Endodontia, Departamento de Dentística, FOUSP-SP - (012)
341-4034.
A determinação precisa do comprimento de trabalho é
fundamental para o sucesso do tratamento endodôntico. Devido as limitações
existentes, várias técnicas têm sido sugeridas, entretanto, sem a devida ênfase
aos instrumentos utilizados para medição. Constitui proposta do exposto
analisar, in vitro, a precisão de três
instrumentos, empregando-se as técnicas radiográficas da bissetriz e do
paralelismo. Foi determinado o comprimento real (CRD) de
9 dentes humanos unirradiculares com auxílio de paquímetro para
posterior divisão em três grupos experimentais: limas calibradas com menos 4.0
milímetros; com menos 3.5 milímetros e com menos 3.0 milímetros do CRD. Para
cada dente foram realizadas quatro tomadas radiográficas: técnica do paralelismo; da
bissetriz; do paralelismo com tela milimetrada e da bissetriz com tela
milimetrada. Foi confeccionado um posicionador de acrílico com suportes
individuais para os dentes, de modo que houvesse padronização das técnicas e
da incidência dos raios X . Mediu-se a distância entre a guia de penetração
da lima e o vértice radiográfico
com régua metálica da marca Kerr, régua plástica da marca Trident e tela
milimetrada. Observou-se que a régua plástica foi o instrumento que
proporcionou as medidas mais próximas da medida real (3.45 mm), seguida da tela
milimetrada (3.63 mm) e régua metálica ( 3.65 mm). A técnica da bissetriz
apresentou o dobro de distorção para mais (+1.4 mm) do que a técnica do
paralelismo ( +0.7mm).
A058
Avaliação
de três técnicas de obturação de canais radiculares.
W.R. ARAUJO FILHO* , M.E.L. MACHADO.
Departamento de Dentística , Endodontia, FOUSP-SP - (021)
599-9753.
Este estudo comparou três técnicas de obturação do sistema
da canais radiculares, quanto ao selamento marginal apical. Quarenta e cinco
dentes humanos extraídos foram selecionados e instrumentados com instrumentos
manuais ( preparo apical) e rotatórios ( Gattes Gliden )
a 1 mm do ápice. Antes do preparo apical o forame apical foi
ultrapassado com a lima n. 25 para padronizar a abertura foraminal. Os quarenta
e cinco dentes foram divididos em 3 grupos para obturação: G1, método da
Condensação Lateral Convencional; G2, método da Condensação Lateral
utilizando o cone acessório médium, como cone mestre; G3, método utilizando a
técnica da Compressão Hidráulica Vertical. As amostras foram
impermeabilizadas externamente, respeitando o forame apical e armazenadas em
solução de soro fetal bovino e azul de metileno a 1%, durante 7 dias a 370 C.
a qualidade do selamento foi avaliada pela evidência de passagem da solução
corante, via ápice, em leituras lineares efetivadas por computação gráfica(Imagelab).
Os resultados mostraram uma média de 0,59 mm para o G1, 060 mm para o G2 e
0,64 mm para o G3, não sendo significativa a diferença entre eles.
A059
Método
para incluir tecido subcutâneo de rato em glicol metacrilato
J.E. GOMES-FILHO*, G.H. HIOSHYNARI, J.O. VELASCO, P.D.NOVAES,
F.J. SOUZA-FILHO.
Área de Endodontia FOP-UNICAMP (fjsouza@fop.unicamp.com)
O objetivo
deste trabalho, diante das dificuldades técnicas no processamento histológico
de implantes de tubos de polietileno em tecido subcutâneo de ratos com o
objetivo de avaliar a biocompatibilidade de cimentos endodônticos, é
apresentar uma metodologia simples utilizando o glicol metacrilato para
inclusão dos blocos. Tubos de polietileno foram preenchidos com cimento endodôntico
e implantados em tecido subcutâneo de ratos. Decorrido o período pré-determinado,
os animais foram sacrificados e blocos contendo o tecido epitelial, tubo com
cimento, tecido conjuntivo e muscular, foram removidos e fixados em Bouin por 24
horas . Após a desidratação em álcool em concentrações crescentes, as peças
foram imersas em resina ativada por um período de 2 dias, e incluídos em
resina contendo o catalisador. Após a polimerização da resina, os blocos
foram montados e cortados em micrótomo com lâmina de tungstênio na espessura
de 3µm e os cortes foram coradas com hematoxina-eosina e tricrômico de Mallory.
Devido ao método empregado e às características físico-químicas do glicol
metacrilato, as secções puderam ser feitas numa espessura inferior àquela
obtida normalmente em blocos incluídos em parafina, diminuindo a sobreposição
de estruturas. Além disso, as secções mostraram melhor preservação dos
tecidos e morfologia celular, o que proporciona mais detalhes histológicos, que
são importantes para se quantificar o grau de inflamação em microscópio óptico.
Pôde-se concluir que o método de inclusão em glicol metacrilato é muito
eficaz para estudo da biocompatibilidade de cimentos endodônticos em tecido
subcutâneo de ratos, pois propicia melhor qualidade histológica.
Apoio:CAPES.
A060
Avaliação
de duas técnicas de obturação através da diafanização dentária.
G. R. ALVARES*, E. J. L. MOREIRA, S. R. FIDEL, R. A. S. FIDEL,
P. SOTELO.
Departamento PROCLIN. Fac. de Odontologia – UERJ – BRASIL
- (021) 587-6455
O objetivo desse estudo foi o de avaliar, a capacidade de
preenchimento de ramificações que se originam do canal principal, bem como o
ístmo que une os canais das raízes mesiais de molares inferiores, de duas
diferentes técnicas de obturação
através da diafanização dentária. Foram utilizados 26 molares inferiores
humanos extraídos por motivos diversos e conservados em solução de Timol a
0,1%. Os especimens foram instrumentados pela técnica de Oregon modificada,
mantendo-se o limite apical 1mm aquém do ápice radiográfico e batente apical
com instrumento de nº 30. Foi utilizado como substância irrigadora o
hipoclorito de sódio a 4-6% e como toalete final o EDTA 17 % por 5 mim. Os
dentes foram divididos aleatoriamente em 2 grupos: G1 obturados pela técnica da
condensação lateral e G2 obturados pela técnica do System”B” + Obtura II.
Em ambas as técnicas o cimento obturador utilizado foi o Sealer 26 (Dentsply).
Após obturação os dentes foram mantidos em umidificador por 72hs, decorrido
este prazo os espécimens foram diafanizados acorde Fidel e analizados em Lupa
estereoscópica de magnitude 2X. A análise concluiu que a técnica do
System”B” + Obtura II foi capaz de obturar ramificações dos canais
principais em 69% das vezes, preencher os ístmos entre os canais mesiais em 92%
dos dentes e 76% dos ístmos foram preenchidos com cimento e
guta-percha.Utilizando-se a comparação entre duas proporções, portanto foi
possível afirmar que a técnica do System”B” + Obtura II mostrou-se
superior à técnica da Condensação lateral diante as condições do presente
experimento.
A061
Avaliação
comparativa de citotoxidade in vitro do
ácido cítrico a 10% e EDTA-T
M.F.Z. SCELZA*, R. L. D. P. DANIEL , E. M. SANTOS, M. M. M.
JAEGER
Endodontia e Patologia Bucal UFF/ UFRN/ USP
email scelza@gbl.com.br
As soluções de ácido cítrico a 10% e EDTA-T têm sido
indicadas para irrigação final do canal radicular, com o objetivo de remover o
magma dentinário ao término do preparo químico cirúrgico. Com o objetivo de
analisar a citotoxicidade dessas substâncias, realizaram-se ensaios de
viabilidade pela exclusão de células coradas pelo azul de Trypan. Ácido cítrico
e EDTA-T foram diluídos em meio DME, ambos nas concentrações de 1, 0,1 e
0,01%, e aplicados em culturas de fibroblastos NIH-3T3. Células crescidas e
mantidas em meio DME serviram como controle. Após 0, 6, 12 e 24 horas (resposta
celular imediata - curto prazo) e 1, 3, 5 e 7 dias (sobrevivência celular a
longo prazo) foram efetuadas contagens celulares em hemocitômetro. Nos
experimentos de curto prazo as porcentagens de viabilidade celular dos grupos
experimentais se mantiveram entre 85 e 100%, exceto o grupo tratado com EDTA-T a
1%, onde a viabilidade chegou a zero. O número de células viáveis foi
semelhante entre os grupos controle e do ácido cítrico em qualquer das diluições,
no entanto, o EDTA-T a 0,1% e 0,01% apresentou menor número de células viáveis
após 24 horas (P5%). Nos experimentos de longo prazo as culturas cresceram
do primeiro ao último dia, exceto aquelas tratadas com EDTA-T a 1% e com ácido
cítrico a 1%. Concluiu-se que o ácido cítrico mostrou ser biocompatível
nos experimentos de resposta celular imediata independentemente da diluição
testada, enquanto o EDTA-T foi citotóxico após o período de 24 horas. A longo
prazo, essas substâncias na diluição de 1% mostraram ser citotóxicas,
impedindo o crescimento celular.
A062
Utilização
de matriz de colágeno aniônico para reparo de defeitos osseos.
L. B. Rocha*1, M. A. Rossi1, G. Goissis2
1Faculdade
de Medicina de Ribeirão Preto – USP; 2Instituto
de Química de São Carlos – USP. - (016)602-3132, lenaldo@rpa.fmrp.usp.br
Diversas terapias tem sido propostas para o reparo de defeitos
ósseos, incluindo enxerto ósseos, biomateriais, ultra-som, aplicação de estímulos
elétricos. Polímeros eletricamente carregados têm despertado interesse e tido
resultados promissores em tecido mole. Todavia em tecido ósseo os resultados
limitam-se a estudos in vitro, com
resultados ambíguos quanto a resposta celular face a diferentes polímeros com
diferentes cargas elétricas. O colágeno tipo I é eletricamente neutro na sua
forma nativa, contudo, através de hidrólise dos grupos carboxamidas em carboxílicos,
é possível adicionar até 120 cargas negativas por molécula de tropocolágeno.
A capacidade osteocondutora desse material foi avaliada em cavidades preparadas
em tíbias de ratos 7 e 15 dias após o implante, como controle foram utilizadas
cavidades vazias e preenchidas com hidroxiapatita. A análise dos cortes histológicos,
corados com hematoxilina e eosina, mostrou que a matriz de colágeno apresentava
áreas de neoformação óssea extensas, inclusive no interior da matriz, sem
sinais de reabsorção do material e reação inflamatória importante. Em
comparação com a cavidade vazia o retardo no processo foi pequeno, ao contrário
da hidroxiapatita que provocou significativo retardo na regeneração, ocorrendo
apenas na periferia do material. O quadro de reparo observado sugere a matriz de
colágeno aniônico como um material promissor na terapêutica de defeitos ósseos,
pouco interferindo no processo de regeneração e apresentando propriedade
osteocondutora superior a da hidroxiapatita.
inanciamento:FAPESP - Proc. 98/01294-6.
A063
Influência
do preparo químico-mecânico na microbiota de dentes com periodontite apical crônica.
E.T.PINHEIRO*1,
S.A.HOLANDA PINTO2,
M.M.N.P.ROCHA2,
C.B.M. CARVALHO2,
B.P.F.A.GOMES1.
1 FOP-UNICAMP
& 2 UFCE
- (019) 430-5215.
O papel das bactérias na doença pulpar e nos insucessos do
tratamento endodôntico está bem estabelecido. A eliminação de microrganismos
é um dos passos mais importantes da terapia endodôntica. A maioria das bactérias
infectantes podem ser removidas durante a instrumentação e irrigação do
canal radicular. Entretanto certas espécies são mais resistentes aos
procedimentos químico-mecânicos que outras. O propósito desse estudo foi
investigar variações da microflora do canal radicular após a realização do
preparo químico-mecânico. Foram estudados microbiologicamente 20 incisivos
superiores assintomáticos com lesões periapicais visíveis na radiografia. As
amostras foram coletadas antes da instrumentação (1ª amostra) e 72 horas após
a instrumentação usando hipoclorito de sódio a 1% (2ª amostra), e os achados
bacteriológicos foram comparados. Na 1ª amostra foram isoladas 108 espécies
bacterianas compreendendo 69 (64%) bactérias anaeróbias estritas e 30 (28%)
facultativas. A incidência de bactérias Gram-negativas foi de 44% e
Gram-positivas, de 56%. Na 2ª amostra, houve uma redução qualitativa de 58%
de bactérias após o preparo químico-mecânico do canal radicular. Bactérias
Gram-negativas foram mais sensíveis à instrumentação e ao uso de soluções
antissépticas, e as bactérias Gram-positivas foram mais resistentes e
prevalentes (73%) após o preparo do canal radicular. Concluiu-se que o
preparo químico-mecânico reduz o número de bactérias mas não as eliminam
totalmente do canal radicular e que as espécies Gram-positivas são as mais
resistentes .
inanciamento: FUNCAP.
A064
Estudo
da ação do detergente de mamona e gel de papaína sobre a permeabilidade da
dentina radicular.
M. A. MARCHESAN, D. M. Z. GUERISOLI, M. D. SOUZA-NETO, J. D. PÉCORA.
Dep. de Odontologia Restauradora: Endodontia. FORP-USP.
(016)602-3982. pecora@forp.usp.brO presente trabalho estudou as ações das soluções
de detergente de mamona a 3,3%, gel de papaina a 0,4%, hipoclorito de sódio a
0,5% e água destilada como controle sobre a permeabilidade dentinária
radicular, utilizando o método empregado por PÉCORA et al (1997). Nos
experimentos utilizaram-se utilizados 20 caninos superiores humanos extraídos.
Esses dentes foram distribuídos aleatoriamente em três grupos de cinco dentes
Padronizou-se o tempo de instrumentação em um minuto para cada instrumento
utilizando a técnica step-back e, durante toda essa fase, irrigou-se o canal
radicular com 10,8 ml da solução irrigante estudada. Após o término da
instrumentação, os dentes eram secos com cones de papel absorventes, a fim de
adequá-los para receber os reagentes químicos do histoquímico (ácido rubiânico
1% e sulfato de cobre 10%). Após isso as raízes foram seccionadas
transversalmente, por meio de uma máquina de corte dotada de disco diamantado
de 500 micrometros de espessura. Assim obteve-se cortes das regiões apical, média
e cervical. Os cortes foram preparados para montagem em lâminas e realizou-se a
análise morfométrica. As soluções de detergente de mamona a 3,3%, gel de papaína
a 0,4% e a solução de hipoclorito de sódio a 0,5% promoveram aumento da
permeabilidade da dentina radicular de modo semelhante. O terço apical dos
canais radiculares dos caninos superiores é menos permeável que os terços médio
e cervical.
Apoio financeiro: CNPq
A065
Capacidade
de dissolução pulpar do NaOCl em função da concentração.
J. C. E. Spanó *, E. L. Barbin, T.
C. Santos, R. G. Silva, M. A. Marchesan, J. D. Pécora.
Dep. de Odontologia Restauradora: Endodontia - FORP - USP
(016) 602-3982. pecora@forp.usp.br
Estudou-se, “in vitro”, a dissolução do tecido pulpar
bovino promovida pela solução de hipoclorito de sódio nas concentrações de
0,5; 1,0; 2,5 e 5,0% e analisou-se, o potencial hidrogeniônico, a tensão
superficial, a condutividade iônica e o teor de cloro, antes e depois da
utilização destas soluções no processo de dissolução. Seccionou-se 20
fragmentos da porção central da polpa de incisivos centrais inferiores de
bovinos e o peso destes foi anotado. Para a realização do teste de dissolução,
confeccionou-se um dispositivo conectado a uma bomba peristáltica, que promovia
a agitação da solução. O tempo de dissolução era tido como o tempo
decorrido entre a colocação do fragmento de polpa nas soluções e o seu total
desaparecimento (dissolução). Com base no tempo de dissolução da polpa e de
sua respectiva massa calculava-se a velocidade de dissolução. Os dados obtidos
foram submetidos ao tratamento estatístico. A velocidade de dissolução dos
fragmentos de polpa bovina é diretamente proporcional à concentração da solução
de hipoclorito de sódio; a variação porcentual do potencial hidrogeniônico
das soluções de hipoclorito de sódio testada, após a dissolução, é
inversamente proporcional à concentração inicial da solução; as soluções
de hipoclorito de sódio nas concentrações estudadas apresentaram redução
dos valores da condutividade iônica, após o processo de dissolução do tecido
pulpar bovino, de modo estatisticamente semelhante entre si; o estudo da tensão
superficial das soluções, antes e após a dissolução tecidual, evidenciou
que esta propriedade varia de modo diretamente proporcional à concentração; o
teor de cloro remanescente das soluções de hipoclorito de sódio, após o
processo de dissolução do tecido pulpar bovino, apresentou-se de modo
diretamente proporcional em relação à concentração.
A066
Estudo
in vitro da liberação de flúor pelo
cimento endodôntico ionomérico KETAC-ENDO e efeito na desmineralização de
dentina radicular.
Murgel*, C. F., Cury, J. A.
FOP-UNICAMP - (019) 255-8743.
O presente trabalho teve por objetivo avaliar a liberação de
íons flúor pelo cimento endodôntico ionomérico KETAC-ENDO, em diferentes
meios: água destilada desmineralizada; saliva artificial e alternância de soluções
desmineralizante e remineralizante. O
método empregado foi o tamponamento com TISAB II, usando um analisador de íons
e eletrodo específico. Foi também
avaliado, através de uma metodologia de indução de cárie in vitro, a capacidade do cimento endodôntico ionomérico
KETAC-ENDO interferir com o processo de desmineralização da dentina
superficial de raízes bovinas, tendo como controle o cimento endodôntico
FILLCANAL. Para tanto foi empregado
o método da avaliação de microdureza superficial da dentina radicular antes e
depois de um desafio cariogênico, nas distâncias de: 20; 40; 80; 160; 320 e
640µm da parede interna do canal radicular.
Os resultados obtidos para a liberação de flúor, evidenciaram que
ocorreu uma maior liberação de flúor (µgF/cm2)
no meio água (8,86), que diferiu estatisticamente (nível de significância de
5%) de Des+Re (5,01) e saliva artificial (1,16) e esses dois meios também
diferiram significativamente entre si. Os
resultados obtidos na indução de cárie in
vitro, evidenciaram que o KETAC-ENDO produziu uma perda de dureza
superficial (KNOOP) significante (5%) após a obturação dos canais nas 3 distâncias
da parede interna do canal radicular avaliadas 20µm (F.29,75-K.18,34), 40µm
(F.39,94-K.26,45), 80µm (F.38,40-K.30,31), bem como interferir no processo de
desmineralização dentinária após o desafio cariogênico significativamente
(5%) nas distâncias de 20µm (F.5,90-K.8,90) e 40µm (F.6,06-K.8,15), não
havendo diferença significante nas demais distâncias avaliadas.
A067
Análise
da citotoxicidade “in vitro” da Pasta Guedes-Pinto.
E. M. SANTOS*, A. C. GUEDES-PINTO, V. C. ARAÚJO, M. M. M.
JAEGER
Departamento de Patologia e Odontopediatria, FO-USP Fone: 011
8187902
A pasta Guedes-Pinto têm sido utilizado com grande sucesso na
terapia endodôntica de dentes decíduos. Comparamos a citotoxicidade “in
vitro” da pasta Guedes-Pinto, com a de outros fármacos utilizados em terapia
endodôntica de dentes decíduos, a saber: formocresol, glutaraldeído e ácido
fosfórico. Adicionalmente, analisamos a citotoxicidade dos componentes
individuais da pasta, ou seja, iodofórmio, Rifocort® e paramonoclorofenol
canforado. Os materias foram colocados em lamínulas de vidro, que a seguir
foram depositadas sobre células em cultura. Os períodos experimentais
utilizados foram nos experimentos de resposta imediata (curto prazo) 0, 4, 8, e
12 horas; e nos de sobrevivência celular a longo prazo, 1, 3, 5 e 7 dias.
Nesses períodos efetuamos a contagem celular pelo método de exclusão de células
coradas pelo azul de Trypan que forneceram dados para curvas de crescimento e de
viabilidade celular. Para a análise de resposta imediata utilizamos duas
linhagens celulares, a saber: fibroblastos de linhagem permanentes (NIH-3T3) e
fibroblastos de linhagem primária originados de polpa dentária humana (FP1).
Para os experimentos de sobrevivência celular somente foram utilizados
fibroblastos NIH-3T3. Não foram observadas diferenças entre as respostas das
duas linhagens celulares. O paramonoclorofenol canforado foi o componente
individual da pasta mais citotóxico. A pasta Guedes-Pinto é citotóxica
“in vitro”, no entanto, é a substância para tratamento endodôntico de
dentes decíduos menos citotóxica das testadas neste estudo. Essa
citotoxicidade poderia ser devida
à presença de paramonoclorofenol canforado em sua composição.
A068
Avaliação
clínica da eficácia de algumas drogas antimicrobianas no tratamento do
abscesso periapical em evolução. Estudo ïn vivo”.
D.F.
ALVES*.
Faculdade
de Odontologia de Pernambuco - FESP/UPE - (081) 441-4991.
A infecção é uma entidade que acomete a cavidade oral, e quando este processo se instala o organismo responde através de um mecanismo que inclui vasodilatação, aumento do afluxo sanguíneo e da permeabilidade vascular, edema, marginação leucocitária, diapedese e fagocitose, com a finalidade de neutralizar o agente agressor. Quando por qualuqer razão o organismo se encontra impotente para combater por si só o agente etiológico, é necessário a utilização de antibióticos. Dentre as patologias que podem necessitar de tratamento antimicribiano, o abscesso dentoalveolar é uma das mais importantes. Assim sendo, este trabalho avaliou a eficácia clínica da Amoxicilina associada ao ácido clavulânico (grupo 01), fenoximetilpenicilina associada ao metronidazol ( grupo 02), e a Azitromicina (grupo 03), no tratamento do abscesso dentoalveolar agudo na Segunda fase. Para tanto, 49 pacientes foram estudados e divididos em três grupos. Os resultados mostraram que o grupo 01 foi mais eficaz que o grupo 02, o qual foi mais eficaz que o grupo 03.
A069
Limpeza
de instrumentos endodônticos de aço inoxidável e níquel-titânio.
Microscopia Eletrônica de Varredura.
F. R. DAMETTO*, M. TANOMARU FILHO, K. C. BONIFÁCIO
Dep. de Odontologia Restauradora – F. O. Araraquara - Unesp
- FAX: (016)2321438, tanomaru@foar.unesp.br
Tem sido demonstrada a presença de partículas metálicas na
superfície de instrumentos endodônticos de aço inoxidável, bem como a
possibilidade de remoção das mesmas com emprego de ultra-som (Zmener &
Speilberg, Endod. & Dental Traumat. 11: 10-4, 1995). Neste trabalho 20
instrumentos novos de níquel-titânio (Quantec-Tycom e Nitiflex-Maillefer) e 20
limas de aço inoxidável (tipo K Maillefer e tipo K Moyco-Union Broach) tiveram
suas superfícies examinadas em microscopia eletrônica de varredura
imediatamente após a remoção de suas embalagens originais. Uma Segunda avaliação
foi realizada após imersão dos mesmos em aparelho de ultra-som com água
somente ou água e solução desincrustante (Hig-Med, Biomecânica, Jaú-SP).Foram
atribuídos escores de acordo com a quantidade de partículas observadas. Nenhum
dos instrumentos avaliados estava livre de partículas metálicas na primeira análise,
sendo observadas em maior número nos instrumentos Quantec (NiTi). A análise
estatística demonstrou que o uso do ultra-som com ambas soluções testadas foi
efetivo na limpeza dos instrumentos. Conclui-se que instrumentos de níquel-titânio
apresentaram partículas em sua superfície e o emprego de banho em ultra-som
mostrou-se eficiente na limpeza das mesmas.
A070
Selamento
apical imediato e mediato de materiais retrobturadores.
J.M. GUERREIRO*, M. TANOMARU FILHO, L.A.B. SILVA, E.S. BRONZI.
FOAr-UNESP, FORP-USP, (016) 2321233 R 177, tanomaru@foar.unesp.br
A busca de um material retrobturador ideal continua intensa. O
objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade de selamento apical de
diferentes materiais retrobturadores, logo após o preenchimento da cavidade
retrógrada ou 90 dias depois de mantidos imersos em soro fisiológico .
Sessenta caninos humanos extraídos tiveram seus canais radiculares
instrumentados e obturados. Após a secção da porção apical, cavidades retrógradas
foram preparadas e os dentes divididos aleatoriamente em seis grupos.
Nos três primeiros grupos, realizada a impermeabilização da superfície
externa com adesivo à base de resina epóxica e esmalte para unha, as cavidades
preparadas foram preenchidas com cimento de Óxido de Zinco e Eugenol (OZE –
S.S.White, Rio de Janeiro), Sealer 26 (Dentsply,
Rio de Janeiro) ou Sealapex (Kerr
Corp., USA) acrescido de óxido de zinco. Em seguida, foram imersos em solução
de azul de metileno a 2% por 48 horas em ambiente com vácuo. Os três outros
grupos receberam os mesmos materiais, porém foram mantidos em soro fisiológico
por 90 dias antes dos testes de infiltração na solução corante. Após a
imersão em azul de metileno, as raízes foram seccionadas longitudinalmente e a
infiltração analisada. O Sealer 26 e o Sealapex acrescido de óxido de
zinco apresentaram melhor capacidade de selamento em relação ao OZE, com
aumento significante da infiltração após 90 dias (p<0,05).
A071
Ocorrência
de desvio do canal após instrumentação por duas técnicas
R. ZANETTI*, T. COUTINHO, G. DE DEUS, E. GURGEL, R. KREBS, R.
GALINDO
UERJ - (021) 538-2593.
Há muitos anos os profissionais vêm se preocupando com o binômio
limpeza forma-final, visto que dele dependem o bom vedamento do sistema de
canais radiculares e, conseqüentemente, o bom êxito do tratamento. Em seu
consagrado estudo, WEINE et al.(WEINE et
al.,J.Endodon., 1:255-62, 1972), relataram que a maioria das técnicas de
instrumentação em canais curvos resulta em transporte apical. Procurando
melhorar a qualidade do tratamento, alguns conceitos foram mudados e técnicas e
instrumentos introduzidos. Baseado nisto, o presente trabalho se propôs a
comparar “in vitro” a Técnica
Step-Back com a Técnica Anatômica Simplificada – T.A.S. (COUTINHO FILHO et
al., Rev. Bras. Odontol., 54:281-4, 1997) quanto à ocorrência de desvios
após a instrumentação. Para tal, foram utilizadas 20 raízes mesiais de
molares inferiores, fixadas ao centro de uma peça 1 com resina acrílica
autopolimerizável, deixando livre o forame. Um dispositivo foi construído,
através da fixação de uma peça 2 a um posicionador de filmes radiográficos,
de tal forma que as peças 1 e 2 tinham um encaixe perfeito. Assim, as
radiografias iniciais foram tiradas com uma lima #15 até o limite apical. A peça
1 foi removida e o canal instrumentado por uma das técnicas. Com a lima #25, a
peça 1 foi recolocada no dispositivo e uma nova tomada radiográfica foi feita
no mesmo filme. À partir daí, as radiografias foram analisadas no negatoscópio
e no computador. Na Técnica Step-Back, 4 dos 10 dentes instrumentados
apresentaram desvio, o mesmo ocorrendo em 2 dos 10 dentes na T.A.S. Isto porque
esta permite um alargamento maior dos terços cervical e médio, facilitando o
acesso ao terço apical. Além disto, a cinemática de movimentos oscilatórios
tornou a técnica mais segura, o que não ocorre com o movimento de limagem
utilizado na Técnica Step-Back.
A072
Avaliação
da retenção dos núcleos metálicos fundidos quando da impermeabilização das
paredes de dentina
M. F. Z.SCELZA, L. O. BASSILI*, R. L. D. P. DANIEL, P. SCELZA
Endodontia UFF/ UFRN/ OCEx email scelza@rio.nutecnet.com.br
No preparo do canal para colocação de núcleos metálicos
fundidos, cria-se um espaço ou um “tubo oco de dentina. Com a possibilidade
da existência de canais laterais, ocorre o risco da recontaminação do
endodonto. Sendo assim, a impermeabilização das paredes desse tubo de dentina,
poderá impedir a infiltração de agentes contaminantes. O trabalho objetiva
avaliar a retenção dos núcleos metálicos fundidos após a impermeabilização
da dentina com Histoacryl. Trinta caninos humanos, cujas coroas foram removidas,
foram instrumentados pela técnica de Oregon modificada por Berbet et al.,
utilizando durante o P.Q.C., NaOCl a 1% e na irrigação final, ácido cítrico
a 10% e água destilada. Logo após os canais foram obturados com guta percha e
Sealer 26, pela técnica híbrida de Tagger. Em seguida, procedeu-se o preparo
intrarradicular para os núcleos, deixando 5mm apicais de obturação, para
modelagem do canal com resina auto-polimerizável. Na cimentação dos núcleos
metálicos, os dentes foram divididos em 3 grupos da seguinte maneira: Grupo I-
cimentados com cimento fosfato de zinco sem
impermeabilização das paredes, Grupo II- cimentação com fosfato de zinco com
impermeabilização das paredes do canal com Histoacryl e, Grupo III-
impermeabilização e cimentação com Histoacryl. Os corpos de prova foram
tracionados, numa velocidade de tração constante, pela INSTRON. Os resultados
foram avaliados e analisados pelo
teste análise de variância. Concluiu-se que não houve diferença
estatisticamente significante (5%), nos 3 grupos, na retenção dos núcleos metálicos
fundidos.
A073
Estudo
comparativo entre o método de localização apical eletrônica e a técnica
odontométrica convencional.
L. N. CARDOSO*; I. PROKOPOWITSCH; C. L. CALDEIRA; W. B.
ANDRADE
Depto de Dentística / Disc. de Endodontia / FOUSP
(011)818-7839 e-mail: igor@.fo.usp.br
A determinação do comprimento de trabalho endodôntico é
uma etapa sempre acompanhada de dificuldades anatômicas e radiográficas que
dificultam a correta mensuração. Atualmente, vários aparelhos localizadores
apicais tem surgido na tentativa de determinar o limite apical com maior precisão.
Neste estudo, foram selecionados 30 pacientes, dos quais avaliamos as mensurações
odontométricas dadas pelo método convencional (radiográfico com cálculos
matemáticos) e pelo localizador apical (Apex Finder ® – Analytic Technology),
em 15 dentes anteriores e 20 posteriores, de polpa viva ou mortificada. Pudemos
constatar que apenas nos dentes
posteriores ocorreu diferença de 24,9% de erro do aparelho localizador apical
quando comparado ao método convencional.
A074
Avaliação
da infiltração marginal em canais radiculares preparados para núcleo.
L. D. OLIVEIRA*, A. P. M. GOMES, C. H. R. CAMARGO.
Departamento de Odontologia Restauradora, Faculdade de
Odontologia de São José dos Campos - UNESP - (021) 321-8166 R: 1303.
Os dentes tratados endodonticamente e preparados para núcleo
podem permanecer na cavidade bucal por períodos variados de tempo até que
sejam restaurados proteticamente, sofrendo a influência de vários fatores que
podem acarretar falhas no selamento marginal proporcionado pelas restaurações
provisórias. A perda do selamento coronário permite que ocorra a infiltração
de microrganismos através da obturação endodôntica, resultando no insucesso
desse tratamento. O objetivo deste trabalho foi avaliar a infiltração marginal
por corante em obturações de canais radiculares preparados para núcleo, com
ou sem o emprego de um material de preenchimento e outro de impermeabilização
do espaço entre o canal radicular e o remanescente da obturação. Foram
utilizados 45 dentes unirradiculares humanos extraídos que após o preparo
biomecânico, foram obturados e preparados para núcleo, permanecendo apenas 5mm
do material obturador no terço apical. Os dentes foram divididos em três
grupos: 1) o espaço deixado entre o material obturador e o selamento cervical
foi mantido vazio; 2) esse espaço foi preenchido com hidróxido de cálcio; 3)
esse espaço foi impermeabilizado com cianoacrilato. A abertura cervical foi
selada com Cavit e os dentes foram armazenados em saliva artificial por sete
dias. Em seguida, o selamento cervical foi removido e os dentes foram imersos em
corante azul de metileno a 2% durante uma semana. Os dados obtidos foram
analisados estatisticamente e os melhores resultados foram verificados nos
grupos 2 e 3 quando comparados ao grupo 1.
Apoio financeiro: FAPESP - Iniciação Científica -
Proc.98/01552-5.
A075
Análise
da microinfiltração apical em retrobturações com quatro tipos de materiais.
T. C. BERLINCK, S. M. CARVALHO*, K. DIAS, H. ANDRADE FILHO, J.
MACIEL, V. VILANOVA.
Depart. de Procedimentos Clínicos Integrados, FOUERJ - (021)
348-8651.
Diversos materiais têm sido empregados em retrobturações,
sendo de elevada importância na terapia cirúrgica de alterações
perirradiculares. O objetivo deste estudo foi avaliar “in vitro” a
microinfiltração apical em dentes retrobturados com 4 tipos distintos de
materiais. Foram selecionados 40 caninos superiores, que receberam tratamento
endodôntico padronizado, apicetomia e preparo da cavidade apical com 2mm de
profundidade. Foram divididos aleatoriamente em 4 grupos: Grupo I – AristonÒ
(Vivadent); Grupo II – VitremerÒ (3M); Grupo III – SolitaireÒ (Kulzer);
Grupo IV – Amálgama de prata ( Standalloy SF Degusa). Os dentes foram
mantidos por 24 horas após a inserção dos materiais em soro fisiológico. Então,
toda a superfície dentária até 1mm aquém da cavidade foi impermeabilizada
com 2 camadas de esmalte de unha, e foram imersos em solução de nitrato de
prata a 50% durante 24 horas, após as quais foram imersos em solução
reveladora por 1 hora, lavados e secos para serem clivados no sentido vestíbulo-lingual.
Os corpos foram submetidos à leitura por 3 avaliadores calibrados recebendo
escores de 0 a 4, onde 0 corresponde à ausência e 4 à infiltração máxima.
Os resultados foram tratados estatisticamente por ANOVA e testes de Kruskal
Wallis e Mann Whitney, com p£ 0,05. Os postos
médios foram: Grupo I - 39,43; Grupo II - 84,47; Grupo III - 80,30; Grupo IV -
37,80. Concluiu-se que nenhum material apresentou selamento hermético, sendo
que os grupos I e IV apresentaram a melhor performance.
A076
Avaliação
das limas profile durante o retratamento endodôntico.
M.NAVARRO*, A.J.R.CASTRO, C.R.A VALOIS, A.A.RAMOS, S.M.GAHYVA
Depto.Odont.UNESA/UFRJ.Tel/Fax(021)503-7293,antonio.castro@biohard.com.br
O presente trabalho teve como objetivo avaliar a capacidade de desobstrução do canal radicular, in vitro, promovida por dois diferentes instrumentos rotatórios: brocas Gates-glidden e as brocas Profile Taper .04 Série 29, durante o retratamento endodôntico. Foram selecionados 44 primeiros molares inferiores cujas raízes mesiais apresentavam entre 26° e 40° graus de curvatura medidas pelo método de Schneider. A instrumentação foi realizada pela técnica Crown-Down (Oregon) até a lima tipo NitiFlex # 30 sendo a obturação realizada com cones de guta percha e cimento a base de óxido de zinco e eugenol utilizando a técnica da condensação lateral. Os dentes foram divididos aleatoriamente em três grupos para a remoção da guta percha: Grupo I – Gates-glidden n0 2; Grupo II – Profile Taper.04 Série 29 n0 6; Grupo III – Profile Taper.04 Série 29 n0 7. A penetração do instrumento foi medida através de radiografia milimetrada e observação clínica. Os resultados obtidos foram tratados estatísticamente pela análise de variância ANOVA e Teste de Bonferroni (F= 66,00 e p< 0,01), que demonstraram diferença significante quando comparado os resultados entre as brocas Gates glidden e Profile Taper.04 Série 29 não ocorrendo, entretanto, o mesmo entre os grupos das brocas Profile n° 6 e 7. De acordo com os dados analisados os autores concluíram que a utilização das brocas Profile permite uma maior remoção de material obturador do canal radicular em relação à broca Gates-glidden.
A077
Análise
Radiográfica de Tratamentos Endodônticos e suas interações..
A. C. Mercês*, C. M. Santos, H. M.
Casaes, K. S. Paim, M. A. Góes, J. L. LAGE-Marques**.
Núcleodonto - Feira
de Santana - FO-USP - e-mail:
jmarques@mandic.com.br
O presente trabalho tem por objetivo avaliar, em estudo
radiográfico, a incidência e a qualidade dos tratamentos endodônticos em 250
pacientes que compareceram a Clínicas Odontológicas Particulares da cidade de
Feira de Santana no estado da Bahia. Foram selecionados prontuários que possuíam
radiografias periapicais de “boca toda” (com pelo menos 01 dente tratado
endodonticamente), através das quais foram observadas as condições
periapicais, a obturação do canal radicular (tipo de material, preenchimento e
limite apical) e a restauração do dente. Foram analisadas 3.500 radiografias
periapicais pertencentes a pacientes de ambos os sexos e diferentes faixas etárias,
chegando-se aos seguintes resultados: número de dentes tratados por pacientes
foi de 2,61. O índice de tratamento satisfatório foi de 45,28%. A presença de
lesões foi de 32,32%. Quanto ao tipo de material restaurador: RMF 17,92%; PPF
29,76%; amálgama 11,84%; material provisório 9,12%; retentor intrarradicular
28,16%; resina composta 16%. O índice de tratamentos insatisfatórios foi
considerado alto (52,64%), tendo como parâmetros a qualidade e o limite apical
de obturação.
A078
Análise
“in vitro” da infiltração apical frente a diferentes formas de adaptação
do cone principal.
OLIVEIRA, R.A .*; SOUSA-NETO, M.D.; PÉCORA, J.D.; FERRAZ,
J.A.B.; GUERISOLI, D.M.Z.
Departamento de Odontologia, Fac. de Odontologia da Universidade de Ribeirão
Preto - UNAERP - (016) 632-0915.
O selamento apical constitui um dos fatores decisivos no
sucesso da terapia endodôntica. No presente estudo foram analisados “in vitro”
o comportamento de diferentes métodos de se obter o travamento do cone
principal de guta-percha na obturação do canal radicular frente à infiltração
marginal. Foram utilizados quarenta e dois incisivos centrais superiores, sendo
dois dentes utilizados na confecção de controles positivo e negativo e os
dentes restantes divididos em quatro grupos. No primeiro grupo, fez-se a adaptação
do cone principal padronizado ao batente apical; no segundo grupo, a adaptação
do cone principal foi feito através do corte de sua extremidade. O terceiro
grupo recebeu adaptação do cone principal através da moldagem com clorofórmio
e os dentes do quarto grupo receberam um cone principal sem travamento. A obturação
foi feita pela técnica de condensação lateral, utilizando-se um cimento à
base de resina epoxi (Sealer 26). Os dentes foram imersos em nanquim e
submetidos ao processo de diafanização para a visualização do nível de
infiltração marginal. A penetração do corante foi medida na região apical,
através de um microscópio de mensuração e os dados foram submetidos à análise
estatística não paramétrica, que evidenciou não haver diferença estatística
entre os grupos, ou seja, não houve diferença nos níveis de infiltração
marginal. Com base na metodologia empregada podemos concluir que os
diferentes tipos de adaptação do cone principal não interferem na infiltração
apical.
A079
Avaliação
da resistência à torção de dois instrumentos endodônticos rotatórios de níquel-titânio.
C. COSTA*, M. SANTOS
Departamento de Dentística da Universidade de São Paulo -
(011) 4351-3189
Os autores compararam a resistência à torção entre os
instrumentos rotatórios de níquel-titânio
Quantec series 2000 e POW-R, valendo-se de quarenta instrumentos para
cada marca divididos em oito para cada um dos seguintes tamanhos #15, #20, #25,
#35 e #40 com 21mm e conicidade .02. Com a ajuda de um troptômetro modificado
cada instrumento foi fixado em um mandril e preso à 3mm de sua ponta,
previamente marcada com uma caneta de tinta permanente, na base do aparelho por
uma morsa. Em seguida ativou-se que continha a escala em graus até notar-se
sinal característico de fratura do instrumento registrando-se o valor da
quantidade de movimento até este momento. Após tabulação dos dados
procedeu-se a análise estatística de acordo com o teste t de Student com nível
de significância de 1%.Os resultados mostraram haver diferença
estatisticamente significante ao comparar-se limas de mesmo número confrontadas
as duas marcas, favorável para o instrumento POW-R. Os instrumentos POW-R
mostraram maior resistência à torção que os Quantec quando comparados na
mesma numeração.
A080
Beta-adrenoceptores da região AV3V e fluxo salivar.
S. SIMÕES*, W. A SAAD, A
F. PEREIRA, J. E. N. SILVEIRA, R. SAAD
Departamento de Fisiologia F. O. Araraquara UNESP/Departamento
de Odontologia UNITAU - (012) 221-4323.
O presente trabalho tem por objetivo estudar a participacão
dos receptores beta adrenérgicos
da região antero ventral do 3º
ventrículo (AV3V) sobre o fluxo salivar induzido
pela pilocarpina injetada no 3º
ventrículo (3ºV).
Foram utilizados ratos Holtzman com peso variável entre 250 a 300g. Os mesmos
foram implantados com cânulas de demora
no 3ºV,
com a finalidade de se injetar a pilocarpina (40ug/ul), isoproterenol (5umol/ul)
e o propanolol (15umol/ul).
A injecão de pilocarpina induziu um fluxo salivar de
170±8 mg/5min. contra um fluxo de 39±3 mg/5min nos animais controles em
que se injetou 0,15M NaCl. A injecão de isoprote renol no 3ºV
induziu um aumento no fluxo salivar de 80±10 mg/5min. Quando se injetou a pilocarpina e
o isoproterenol houve uma
somacão de efeitos no fluxo salivar
que foi de 232±18 mg/5min. A prévia injecão de propanolol no 3ºV
reduziu o fluxo salivar induzido pela pilocarpina (98±3 mg/5min), e bloqueou o
efeito sialogogo do isoproterenol (37±4 mg/5min). Estes resultados
demonstram claramente a participacão dos beta adrenoceptores da região AV3V no
fluxo salivar induzido pela pilocarpina injetada centralmente.
FAPESP e CNPQ.
A081
Progressão
de cárie em crianças com 12 a 30 meses de idade.
R. O. MATTOS-GRANER*, M. S.N. P. CORRÊA, R.C.S.R. PEREZ, M.
P. A. MAYER.
Dept.
Odontopediatria-FOUSP, ICBII - USP, Dept. Odontopediatria-FOP, UNICAMP.
e-mail:p-graner@siso.fo.usp.brAs lesões iniciais de cárie (MB) são mais
prevalentes do que cavidades (C), mas pouco se sabe sobre a evolução de MB em
crianças. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento e progressão
de lesões de cárie em bebês durante um ano e sua relação com fatores clínicos,
microbiológicos e dietéticos. Participaram do trabalho, 101 crianças com 12 a
30 meses de idade, da cidade de Piracicaba, SP, cujos dentes eram diariamente
escovados com dentifrício fluoretado. No início do estudo, as mães foram
entrevistadas para a análise de hábitos dietéticos. Após consentimentos
esclarecidos das mães, as crianças foram examinadas clinicamente para a detecção
de placa visível nos incisivos superiores e lesões de cárie (MB e C).
Amostras de saliva não estimulada foram coletadas com espátulas de madeira,
para a determinação dos níveis de estreptococos mutans (SM) (Khöler e
Brathall, J Clin Microbiol 9:
584-588, 1979). Após um ano, as crianças foram reexaminadas. Ao início do
estudo, detectaram-se 58 C e 68 MB. Das 68 MB, 36,8% foram registradas como
superfície hígida após um ano, 39,7% mantiveram-se como MB e apenas 23,5%
progrediram para C. 81% das MB que progrediram para C localizavam-se em superfícies
oclusais. Ao todo, 52 crianças desenvolveram novas lesões, somando 125 novas
MB e 50 C. O desenvolvimento e progressão de lesões de cárie esteve
positivamente associado ao consumo de mamadeiras contendo sacarose (Mann-Whitney:p<0,05)
e aos níveis iniciais de SM (p<0,01). Não se observou relação
significativa entre o desenvolvimento e progressão de cárie com a presença
inicial de placa visível. Os dados mostram que as MBs são as lesões mais
prevalentes e que a minoria progride para C em crianças expostas ao flúor.
Sugere-se ainda, que os fatores mais significativos no desenvolvimento e
progressão de cárie, em idade precoce, são o consumo de mamadeira com
sacarose e os níveis de SM.
FAPESP - Proc.97/13597-0.
A082
Análise
“in vitro” da citotoxicidade da clorexidina em cultura celular.
E. M. SANTOS, L. M. M. MODESTO*, S. K. BUSSADORI, M. M. M.
JAEGER
Departamento de Odontopediatria e Patologia, FO-USP Fone: 011
8187902A clorexidina é rotineiramente utilizada em Odontopediatria como agente
antimicrobiano. Nosso objetivo foi avaliar a citotoxicidade “in vitro” de três
tipos de clorexidina, a saber, digluconato de clorexidina a 0,12% (Periogard-Colgate),
solução de clorexidina a 2% (Plak out-Hawenios-Dental Suiça), e clorexidina a
2% associada ao flúor (fórmula laboratorial). Os materiais foram colocados em
lamínulas de vidro, que foram depositadas sobre células em cultura. Foram
utilizados fibroblastos NIH-3T3, plaqueados em 1X104
células por placa de Petri. Nas culturas controle as lamínulas de vidro foram
adicionadas sem substância. Nos experimentos de longo prazo, sobrevivência
celular, os períodos experimentais foram 1, 3, 5 e 7 dias. Nesses períodos
efetuamos a contagem celular, em triplicata para cada substância testada, pelo
método de exclusão de células coradas pelo azul de Trypan. Nesses
experimentos, observou-se que os grupos experimentais nos quais utilizou-se Plak
out e clorexidina associada ao flúor apresentaram morte celular desde o
primeiro dia do experimento. O grupo experimental que utilizou Periogard
apresentou porcentagem de viabilidade celular
entre 80 a 100% do 1º ao 3º dia do experimento, e apresentou decréscimo
na porcentagem de viabilidade celular a partir do 3º. Todas as substâncias
testadas impediram o crescimento celular, porém destas substâncias,
o Periogard apresentou maior número de células viáveis durante todo o
experimento. Nossos resultados suportam a conclusão que o Periogard foi
significativamente menos citotóxico “in vitro” em cultura de fibroblastos
do que as outras substâncias testadas.
A083
Pigmentos
fotoabsorvedores acentuam a ação do laser de Nd:YAG sobre o esmalte dental
objetivando a prevenção de cáries.
Boari, H.G.D. ;
Zezell, D.M. ; Eduardo, C. P.
ipen - (011) 6941-2562.
Foram
estudadas as alterações estruturais que ocorrem na superfície do esmalte dental, quando se aplica o laser de
Nd:YAG1, na presença de pigmentos
fotoabsorvedores. Estes, aumentam
a absorção do laser pelo esmalte dental, com menos alterações nos
tecidos ao redor do tecido irradiado. O principal objetivo deste trabalho foi
encontrar uma substância mediadora fotoabsorvedora que, aplicada antes da
irradiação laser, pudesse
acentuar a fusão do esmalte dental provocada
pelo laser de Nd:YAG, com áreas de
fusão e recristalização características, verificadas
ao microscópio eletrônico de varredura
e que, fosse de rápida e fácil
remoção, quando aplicado sobre os sulcos e fissuras da superfície oclusal dos
dentes molares e pré-molares. Foram testados quatro pigmentos fotoabsorvedores:
tinta nanquim, delineador preto usado em maquiagem de olhos, evidenciador de
placa bacteriana e carvão
pulverizado (granulação de 10mm
de diâmetro) misturado com álcool 99% e água,
em diferentes condições de energia: 60 mJ/10Hz (densidade de energia
84,9 mJ/cm2);
60 mJ/15 Hz (densidade de energia 84,9 mJ/cm2) e 80 mJ/10 Hz
(densidade de energia 113,1 mJ/cm2). O resultado
mais apropriado foi obtido com o carvão pulverizado misturado ao álcool 99% e
água e 60 mJ/10Hz, densidade de energia igual a 84,9 mJ/cm2.
O procedimento de aplicação do pigmento sobre a superfície do esmalte seguido
da aplicação do laser deve ser repetido por três vezes. O
carvão pulverizado mostrou ser o mais fácil de ser removido dos sulcos e
fissuras da superfície oclusal
dos dentes ao exame macroscópico. Ao
exame no microscópio eletrônico de varredura este mediador
apresentou os requisitos necessários de fusão e recristalização do
esmalte para promover a resistência do mesmo ao ataque ácido. O procedimento
descrito neste trabalho está sendo
usado, associado ao flúor, na clínica da
Faculdade de Odontologia da USP em crianças e adolescentes, para a prevenção
de cáries.
A084
Avaliação
de um modelo in situ para estudo de cárie
em dentina radicular.
C. P. AIRES*, C. M. TABCHOURY, A. DEL BEL CURY, J. A. CURY.
Depto Ciências Fisiológicas, FOP – UNICAMP. (jcury@fop.unicamp.br)
Não existe na
literatura uma padronização para estudos in
situ que avaliem cárie em dentina radicular. Isto é relevante do ponto de
vista metodológico em termos de prevenção tendo em vista que com a redução
de cárie coronária e o aumento de expectativa de vida da população, cárie
radicular passa a ser a preocupação no futuro. Desta forma, o objetivo do
presente trabalho foi avaliar o tempo necessário para que a dentina radicular
sofra desmineralização em um modelo in
situ e que a perda mineral possa ser analisada através de microdureza
superficial. Três voluntários adultos, utilizando dispositivo palatino
contendo 6 blocos de dentina bovina (3x3x2mm), participaram deste estudo. Blocos
de dentina de dureza superficial conhecida foram posicionados nos dispositivos
de forma que 3 blocos foram colocados do lado direito e 3, do lado esquerdo.
Cada grupo de 3 blocos do mesmo lado foi submetido a um dos seguintes
tratamentos: I- Solução de sacarose a 1,5% ou II- Água destilada deionizada,
as quais foram gotejadas sobre os blocos 4x/dia. Um bloco de cada grupo foi
retirado dos dispositivos 7, 10 e 14 dias após o início do experimento. Os
voluntários utilizaram dentifrício não fluoretado, não escovaram os blocos
dentais, que estavam recobertos com uma tela plástica, e ingeriram água de
abastecimento fluoretada. Análise de microdureza superficial (Knoop) foi
realizada em todos os blocos, utilizando um microdurômetro Future-Tech FM
acoplado a um software FM-ARS com carga de 10 g por 5 s. A porcentagem de perda
de dureza superficial da dentina (%PDSD) foi calculada para cada bloco, sendo
obtidas as médias e desvio padrão em relação ao tratamento e dia 7, 10 e 14
respectivamente: Grupo I: 20,23±7,41; 36,1±13,26; 42,63±19,78; Grupo II: 4,57±3,65;
4,75±6,72; 3,23±2,82. Conclui-se que é possível avaliar cárie de dentina
através da perda de dureza superficial mesmo quando do acúmulo de placa e
exposição à sacarose por 14 dias.
Iniciação Científica: Fapesp
- Proc.98/11571-7.
A085
Estimativa
da dose total de flúor a que são submetidas crianças em diferentes estações
do ano, em região de água fluoretada.
Y. B. O . LIMA*, J. A . CURY.
FOP – UNICAMP(jcury@fop.unicamp.br)
Há relatos
mundiais do aumento na prevalência de fluorose dental. Sabe-se que a relação
entre dose de exposição ao flúor e índice de fluorose na comunidade (fci) é
linear, então pequenas variações na dose podem acarretar em maior prevalência
e severidade de fluorose dental. Um dos fatores que pode causar variações na
dose é a temperatura, já que quando esta se eleva, o consumo de líquidos (no
caso, água fluoretada) tende a aumentar. Assim, o presente trabalho apresenta
dados de um estudo preliminar onde determinou-se a dose total de exposição ao
flúor por 05 crianças entre 20 e 30 meses de idade, em duas estações do ano
(outono e inverno), bebendo água fluoretada (0,62-0,71 ppm F) e considerando a
dieta (coleta da dieta-duplicada) e a escovação com dentifrícios fluoretados
como fontes de flúor. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética da
FOP-UNICAMP. A extração de flúor dos alimentos foi feita pela técnica da
microdifusão de Taves. A quantidade de flúor ingerido através da escovação
foi calculada subtraindo-se a quantidade de flúor recuperada (expectoração e
lavagem da escova) da utilizada (peso de pasta). As análises de flúor foram
feitas utilizando-se eletrodo flúor-específico. No outono, a contribuição da
dieta na dose foi de 0,0369 mg F/kg (+ 0,0071) e da escovação foi de
0,0492 mg F/kg (+0,0260) totalizando 0,0861 mg F/kg (+ 0,0235). No
inverno, estes valores foram respectivamente 0,0248 mg F/kg (+ 0,0049),
0,0408 mg F/ kg (+ 0,0446) e 0,0656 mg F/kg (+0,0417) . A
análise estatística dos dados apontou diferença significante (p<0,05) na
contribuição da dieta para a dose total entre as estações do ano, mostrando
a influência da temperatura na quantidade de flúor ingerida e sugerindo novos
estudos, principalmente durante o verão.
Apoio: FAPESP proc. nº 98/01709-1
A086
Liberação
de flúor por materiais restauradores e seu efeito na acidogenicidade de S.
mutans.
M. FUJIMAKI*; O.P.S. ROSA1; S.A. TORRES1;
B.COSTA1;
J.A. CURY
Laboratório de Bioquímica Oral - FOP–UNICAMP/ FOB-USP1
jcury@fop.unicamp.br
Dados na literatura não são conclusivos em estabelecer se a
atividade antimicrobiana de materiais restauradores ocorre exclusivamente pela
liberação de flúor (F). Desta maneira, o objetivo deste trabalho foi avaliar
a relação entre a liberação de F por materiais restauradores colocados em
meio de cultura e seu efeito na fermentação bacteriana de açúcares. Seis
corpos de prova (2,42cm2)
confeccionados com os seguintes materiais: I-Fuji Ortho LC; II-Ketac-fill;
III-Vitremer, IV-F 2000 e V-Z100 foram imersos individualmente durante 7 dias em
caldo Mitis Salivarius (contendo glicose e sacarose) inoculados com S. mutans GS-5. Os meios foram trocados a cada 24 horas, nos quais
foram feitas determinações de pH (pHmetro digital - INCIBRAS) e da quantidade
de flúor liberada utilizando um eletrodo flúor específico (ORION 96-09). As médias
e desvios-padrão do pH no primeiro dia e da liberação total de flúor em µg
F/cm2
de cada material foram: I-4,94±0,06B; II-5,06±0,13B;
III-5,31±0,15A;
IV-4,69±0,05C;
V-4,29±0,03D
e I-68,22±11,25b;
II-119,38±13,39a;
III-108,36±18,46a;
IV- 35,23±6,56c;
V-2,99±0,53d,
respectivamente (letras distintas diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%). Os
resultados mostram que não há relação entre inibição da acidogenicidade e
liberação de F. Conluiu-se que a atividade antibacteriana destes materiais
não pode ser atribuída exclusivamente ao flúor, sugerindo que outras substâncias
liberadas podem estar potencializando seu efeito.
FAPESP - Proc.98/00496-4.
A087
Avaliação
da concentração de flúor em chás e risco de fluorose dental.
M. FUJIMAKI; C.P.M. TABCHOURY; J.A. CURY*
Laboratório de Bioquímica Oral - FOP–UNICAMP jcury@fop.unicamp.br
Frente a atual preocupação com o aumento da fluorose dental
constatada mundialmente, toda fonte de ingestão de flúor (F) merece consideração.
Tem sido relatado na literatura que os chás a base de Camellia
sinensis possuem alta concentração de F. Entretanto, não se sabe se isto
também é válido para a grande variedade de chás consumida na atualidade.
Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a concentração de F em chás para
infusão e em chás pronto para beber disponíveis no mercado. Foram adquiridas
59 caixas de chá para infusão, 21 amostras de chá pronto e 11 tipos de chá
importado, sendo estes divididos em 4 grupos: I-Chá de Ervas e Frutas; II-Chá
Preto (Camellia sinensis); III-Chá
pronto e IV–Chá importado (Camellia
sinensis). A extração de F foi feita deixando cada sachet de chá em infusão
por 3 minutos em água destilada fervente. Os chás prontos foram diretamente
avaliados. Todas as amostras foram tamponadas com TISAB II e analisadas
utilizando-se um eletrodo específico para F – ORION 96-09. As médias e
desvios-padrão da quantidade de F (mg F/sachet) em cada grupo (e a sua variação)
foram: I-0,002±0,002 (0-0,003);
II-0,20±0,09 (0,08-0,40); III-0,54±0,66 mgF/unidade (0,01-1,91) e IV-0,30±0,15
(0,08-0,57). Considerando que a dose de segurança para crianças é de
0,04-0,07 mg F/kg peso corpóreo/dia, alguns chás fornecem sozinhos uma
quantidade acima do limite recomendado em termos de fluorose clinicamente aceitável.
Concluiu-se que os chás pretos nacional e importado, assim como alguns chás
prontos, podem contribuir efetivamente para uma dose de flúor de risco com relação
à severidade da fluorose dental.
A088
Elevado
grau de preservação ultra-estrutural de germes dentários usando processamento
rápido com microondas.
L.F. MASSA*
, V.E. ARANA-CHAVEZ,
Deptº.
Histologia ICB/USP, São Paulo, SP. F:(011) 8187308
Os germes dentários
são empregados nos estudos ultra-estruturais do processo de mineralização em
geral. Entretanto, é possível que os primeiros depósitos de mineral possam
ser perdidos durante os processos convencionais de fixação e desidratação
por longos períodos de tempo. No presente estudo foi reduzido significantemente
o tempo de processamento utilizando irradiação com microondas. Germes de ratos
com 2-3 dias foram fixados em 4% de glutaraldeído + 4% de formaldeído em tampão
cacodilato 0,1M e pH7,4, no forno de microondas PELCO 3400 por 2 períodos de 20
segundos, o termostato foi programado para um máximo de 35oC. Depois da lavagem e da pós-fixação convencionais,
os germes foram expostos novamente à irradiação das microondas para desidratação
em crescentes concentrações de etanol, a qual durou 7 minutos e 20 segundos,
em seguida foram infiltrados em resina Spurr. Cortes ultra-finos foram
examinados em microscópio eletrônico Jeol 100CX II ou Jeol 1010. Os
ameloblastos e os odontoblastos em diferenciação apresentaram a membrana plasmática
com sua típica estrutura trilaminar. Mitocôndrias, retículo endoplasmático e
complexo de Golgi, assim como as demais organelas, exibiram um excelente grau de
preservação. Microtúbulos, microfilamentos e vesículas estão bem evidentes
no citoplasma celular. Depósitos de finos cristais em forma de agulha estão
peculiarmente presentes na matriz extracelular da dentina, relacionando-se com
as vesículas da matriz, com as fibrilas colágenas e na matriz do esmalte. Portanto,
espécimes rapidamente fixados e desidratados com a ajuda das microondas
exibiram excelente preservação ultra-estrutural.
Apoio financeiro: FAPESP - Proc.97/07035-0.
A089
Estudo cinético
de F e P na placa dental formada in situ
na presença de sacarose após a interrrupção da utilização do açúcar.
A. S. MARQUES*, C. M. TABCHOURY, A. DEL BEL CURY, J. A. CURY.
Depto Ciênc. Fisiol., FOP – UNICAMP. (jcury@fop.unicamp.br)
A placa dental
formada na presença de sacarose apresenta menor concentração inorgânica (CURY
et al, 1997) para a qual não há uma explicação. Para testar a hipótese de
que esta poderia ser decorrente da acidez do meio, foi realizado um estudo cinético
para determinar as concentrações de flúor (F) e fósforo (P) na placa formada
na presença de sacarose e após a interrupção da exposição. Voluntários
(14) adultos, utilizando dispositivo palatino contendo 08 blocos de esmalte
dental humano, participaram deste estudo cruzado realizado em 02 etapas de 28
dias. Solução de sacarose 20% (GS) ou água destilada (GA) foi gotejada sobre
os blocos 8x/dia. Foram feitas 4 coletas de placa. Ao final dos 28 dias do
estudo e de 12 h após a última exposição, placa dental foi coletada de 2
blocos (1a
coleta). Imediatamente após sacarose foi adicionada ao restante dos blocos de
ambos os grupos e 15 min. após foi feita a 2a coleta. A
seguir durante 48 h o grupo GA passou a gotejar sacarose sobre as placas dentais
8x/dia e o grupo GS, água. Após esta inversão, placa dental formada sobre o
restante dos blocos foi coletada após 24h (3a coleta) e
48 h (4a
coleta). F e P foram extraídos da
placa com HCl 0.5 M e determinados com eletrodo específico e por colorimetria,
respectivamente. As concentrações médias (conc.) de F (mg/g) nas coletas 1,
2, 3 e 4 foram respectivamente: GS
- 1,6a; 2,3ab; 3,4ab; 3,5b e GA - 204,6a; 189,8a; 268,0a; 177,2a. As conc. médias
de P (mg/g) nas coletas 1, 2, 3 e 4 foram respectivamente: GS - 0,34a; 0,23a;
0,22a; 0,35a; e GA - 4,9a; 11,9a; 5,6a; 4,8 a.
Médias seguidas de letras distintas diferem estatisticamente (p<0,05). Os
resultados sugerem que a menor concentração de F e P na placa dental formada
na presença de sacarose é devido a estrutura da sua matriz e não decorrente
da dissolução destes íons pela acidez do meio.
Iniciação Científica: PIBIC / CNPq.
A090
Ação do
peróxido de carbamida a 10% em superficie de esmalte cervical
É. COMPARIN*, F. MENEGAT, D. R. TAMES
Curso de Odontologia Universidade do Vale do Itajaí – SC - (047) 341-7564.
O presente estudo avaliou a perda de cálcio (Espectrofotometria
de absorção atômica) e as alterações morfológicas (M.E.V) de esmalte na
região cervical, de dentes humanos incubados em Peróxido de carbamida a 10% (Opalescence®)
como também a interação do NaF 0,05% e da saliva artificial. Em 18 fragmentos
polidos, de terceiros molares inclusos, foi delimitada uma área experimental de
4 mm2 na região
cervical, a área restante serviu como controle. O Grupo 1 (n=5) permaneceu 12 h
no agente clareador e 12 h em repouso (ambiente úmido); Grupo 2 (n=5)
permaneceu 12 h no agente clareador, 1 minuto em NaF 0,05% e 11 h 59 min em
repouso; Grupo 3 (n=4) permaneceu 12 h no agente clareador e 12 h na saliva
artificial e o Grupo 4 (n=4) permaneceu 12 h no agente clareador, 1 minuto em
NaF 0,05% e 11 h 59 min em saliva artificial. O período de ensaio foi de 4
semanas. A perda de cálcio ocorreu em todos os grupos, porém a incubação em
NaF 0,05% diminuiu significativamente (p<0,05) esta perda. A análise de
morfologia (M.E.V) sugere nos grupos 1 e 2 desmineralização irregular; nos
grupos 3 e 4 ocorreu modificação da morfologia superficial sem recuperar o
padrão de normalidade. O Peróxido de Carbamida mostrou um potencial
erosivo; a utilização de NaF 0,05% e saliva artificial reduziram este
potencial erosivo.
Projeto financiado pelo Programa de Iniciação Científica:
ProBIC/ CNPq.
A091
Avaliação
do potencial remineralizante do diaminofluoreto de prata a 30%.
O. B SOUSA NÉTTO*, I.
C. S. ALMEIDA, J. A. CURY
Curso de Pós-Graduação
em Odontologia - Odontopediatria - UFSC - (048) 282-1340
O objetivo deste estudo foi avaliar o potencial
remineralizante do diaminofluoreto de prata a 30% e do verniz fluoretado a 2,26
aplicados sobre blocos de dentina
bovina artificialmente desmineralizados, que foram posteriormente expostos ao
meio bucal por um período de 15 dias (período in situ). Este potencial foi
avaliado indiretamente a partir de análises de microdureza superficial Vickers
dos blocos hígidos, desmineralizados e remineralizados. As médias e
desvios-padrão das alterações de dureza superficial Vickers mostraram que o
diaminofluoreto de prata provocou as maiores recuperações de microdureza
superficial (Minicial=38,31 ± 2,43 / Mdesmin=14,765 ± 1,08 / Mremin=24,07 ±
2,97), se comparadas com o verniz fluoretado (Minicial= 38,64 ± 2,69 / Mdesmin=14,62
± 1,16 / Mremin= 21,47±2,65) e com o placebo - água deionizada (Minicial=38,44
± 2,74 / Mdesmin=14,60 ± 1,11 / Mremin = 14,51 ± 4,08), confirmados pelo
teste de Análise de variância (ANOVA). Em relação ao percentual de recuperação
mineral, o diaminofluoreto de prata foi superior ao grupo do verniz fluoretado
(M% recuperação - diamino = 40,64 ± 13,53 > M% recuperação - verniz =
28,55 ± 10,07). Pode-se concluir que os dois materiais testados apresentaram
potencial de remineralização da dentina bovina artificialmente
desmineralizada, mas o diaminofluoreto de prata foi superior ao verniz
fluoretado, com “t” = 98,29 (p < 0,0001).
A092
Comparação
clínica da efetividade de duas técnicas de microabrasão do esmalte
F. S. OLIVEIRA*, S. M. B. SILVA, C. R. M. LANZA, M. A. A. M.
MACHADO, S. N. MARTA
Disciplina de Odontopediatria, FOB-USP – Fone: (014) 235
8218
Considerando a alta ocorrência de crianças que apresentam
manchas hipoplásicas ou fluorose nos dentes permanentes, foi comparada a
efetividade da técnica de microabrasão utilizando dois materiais diferentes.
Foram selecionadas 16 crianças entre 8 a 12 anos de idade, que apresentavam no
mínimo dois dentes com manchas hipoplásicas no esmalte. O tratamento só foi
realizado após a explicação do procedimento e o consentimento assinado dos
pais. O estudo incluiu um total de 94 dentes divididos em dois grupos. Destes,
47 foram tratados com o conjunto microabrasivo Prema e seus homólogos com uma
pasta de ácido fosfórico gel a 37% associado a pedra-pomes. Foram realizadas
de 5 a 12 aplicações do material por 10-15 segundos em cada dente,
intercaladas por lavagem abundante com spray de água por 20 segundos. As avaliações
foram feitas por dois examinadores, utilizando escores, pelo método direto e
indireto (visual e fotográfico) imediatamente, após 1 semana, 1, 3 e 12 meses.
Os resultados clínicos mostraram que 70,2% dos dentes que foram submetidos à técnica
de microabrasão, usando os dois materiais, removeram as manchas em toda a sua
extensão e profundidade, 23,4% dos dentes houve alguma melhora, mas não o seu
desaparecimento e 6,4% dos dentes, o defeito permaneceu inalterado. O teste
Wilcoxon mostrou que o número de aplicações do Prema foi significativamente
maior que do ácido fosfórico (P£0,0001). Concluiu-se que tanto a técnica
do Prema quanto a que emprega o ácido fosfórico apresentaram resultados clínicos
satisfatórios imediatos, havendo melhora com o decorrer do tempo, sendo que a
última requer um número menor de aplicações. O aspecto visual obtido
imediatamente ao uso do Prema mostrou uma lisura superficial mais refinada.
A093
Reprodutibilidade
do diagnóstico da presença de cárie após preparo cavitário.
F. C. CARNEIRO*, F. TEIXEIRA, L. GUIMARÃES, K. DIAS, P.
NADANOVSKY
Fac. Odontologia e Instituto de Medicina Social, UERJ, RJ
– Brasil - (021) 254-7452
Os critérios clínicos para diagnóstico de uma cavidade
livre ou não de cárie, são subjetivos e necessitam de treinamento e calibração
dos pesquisadores antes de iniciarem um processo de pesquisa. O presente estudo
piloto, tem o objetivo de testar a reprodutibilidade do critério clínico de
dureza da dentina para o diagnóstico de cavidade livre ou não de cárie - Kidd
et al., Caries Res., 27(5): 402-8, 1993 – entre 2 dentistas (FCC e LPG), após
treinamento clínico. Foram selecionados 10 pacientes com cavidade de cárie
primária em dentina. A remoção parcial ou total da cárie foi realizada por
um terceiro dentista (FT), baseado numa sequência aleatória confidencial,
preestabelecida, de presença ou ausência de cárie. Em seguida, FCC e LG
inspecionavam, separadamente, a cavidade e anotavam seus diagnósticos em dois
envelopes, posteriormente lacrados. Os 2 dentistas concordaram em 9 das 10
cavidades avaliadas. Ao final do estudo, os dados obtidos foram submetidos a análise
estatística para obtenção do índice kappa de concordância entre os 2
dentistas. O resultado obtido foi k = 0.80 (Intervalo de Confiança 95% 0.43 –
1.00). Este resultado sugere que o critério clínico de dureza da dentina
pode ser reproduzível entre dentistas treinados. No entanto, pouco pode ser
concluído com firmeza, devido ao número pequeno de casos e consequentemente um
intervalo de confiança muito amplo.
Este estudo obteve aprovação da Comitê de Ética em
Pesquisa da UERJ.
A094
Avaliação
do uso de dentifrício fluoretado por crianças e a percepção estética
dos pais com relação ao grau de fluorose dental.
S.J. CHEDID*, J.A. CURY
(FO-USP, FOP-UNICAMP) e-mail: chedidsj@netpoint.com.br
As condições habituais de escovação de crianças
residentes em São Paulo (água 0,70 ppm F) e a percepção estética de
fluorose dental por seus pais foram avaliadas. . Pais de Crianças de Alto e
Baixo Nível sócio-econômico (AN and BN) responderam dois questionários sob
supervisão. O primeiro (1) detalhou
a forma habitual de escovação em 444 de 6 meses a 5 anos de idade. O segundo (2) avaliou 223 de 6 a 9 anos
de idade com relação a presença de fluorose dental diagnosticada pelo
pesquisador e a observação desta pelos pais. 1) 93.24% das crianças escovavam
os dentes. 61.32% AN e 38.68% BN começaram a escovar na erupcão do 1º dente;
60.00% AN e 40.00% BN com 1 ano; 38.73% AN e 61.24% BN com 2
anos. 16.71% crianças escovavam seus próprios dentes (46.38% AN e
53.62% BN). 3x/dia (62.73% AN; 37.27% BN), 2x/dia (62.73% AN; 37.27% BN) e
1x/dia (14.43% AN; 85.57% BN). A quantidade de pasta utilizada foi pequena
(66.29% AN; 33.71% BN); metade da escova (42.77% AN; 57.23% BN) e toda a escova
(43.40% AN; 56.60% BN). 2) 75.2% dos pais observavam os dentes de seus filhos e
83.33% consideravam sua coloração normal. O pesquisador diagnosticou
18.4% de crianças com fluorose dental a qual não foi observada pelos pais em
87.8% dos casos. Das crianças com fluorose
30.23% eram AN e 15.56% BN. Os dados sugerem que a precocidade em
escovar os dentes e a frequência de escovação poderiam explicar a maior
prevalência de fluorose dental nas crianças de melhor nível sócio-econômico,
a qual não afetou a estética dental para ser percebida pelos pais ou crianças.
A095
Critérios
no diagnóstico da cárie oclusal
M.MACEDO*, L. DAMASCENO, J.MIASATO
Depto. Odontologia – UNIGRANRIO – D.Caxias – RJ.
(021)671-4251
O objetivo deste trabalho foi conhecer os critérios
utilizados pelos cirurgiões – dentistas (CDs) de Campos dos Goytacazes –
RJ., na avaliação da superfície oclusal. No mês de Abril de 1999, 80 CDs
responderam a um questionário com 6 questões abertas e fechadas. A amostra
apresentou 52,5%(42) do sexo feminino; 81,3%(65) graduados pela Faculdade de
Odontologia de Campos dos Goytacazes - RJ. Em relação ao tempo de formatura,
38,8%(31) com até 10 anos, 36,2%(29) entre 11 e 20 anos e 25%(20) entre 21 a 30
anos de formado. Quanto ao local de trabalho, 66,3%(53) trabalham exclusivamente
no consultório, sendo que, 37,5%(30) possuem especialidade. No exame da superfície
oclusal 73,8%(59) realizam profilaxia prévia e 93,8%(75) realizam a secagem. No
entanto, 95%(76) utilizam a sonda e, destes 71,3%(57) utilizam-na com a ponta
aguda, estando estas sempre presente para 76,3%(58) no exame da superfície
oclusal. A utilização do exame radiográfico para 13,8%(11) dos CDs sempre está
presente, para 57,5%(46) às vezes e para 28,7%(23) ausente no diagnóstico de cárie
oclusal. Em relação aos fatores observados no exame, 15%(12) levam em
consideração a atividade de cárie (AC); 50%(40) consideram a AC e outros
fatores; 1,3%(1) só considera o fator de risco (FR); 6,2%(5) associa o FR com a
extensão da lesão (EL); 20%(16) só considera a EL; 2,5%(2) a localização da
lesão; 2,5%(2) observam outros fatores e 2,5%(2) não responderam. Existe a
necessidade de melhores esclarecimentos aos CDs nos critérios do
diagnóstico da cárie oclusal.
A096
Influência
do quitosano sobre a placa dental bacteriana.
M. S. C. F. ALVES*, J.
A.; TEIXEIRA, A.
MEDEIROS JUNIOR,
M. F.
GINANI.
Departamento de Odontologia da UFRN,
Natal - RN. E-mail: mstodsoc@odonto.ufrn.br.
O quitosano é um polissacarídeo aminado obtido a partir da
desacetilação alcalina da Quitina encontrada abundantemente no exoesqueleto
dos artrópodas. As diversas
propriedades apresentadas pelo Quitosano o tornam aplicável em diversas áreas,
inclusive dentro da Odontologia; seus efeitos antimicrobianos são aproveitados
pela indústria japonesa para o desenvolvimento de dentifrícios, contendo este
biopolímero, visando a inibição da placa dental. Neste trabalho,
desenvolveu-se métodos próprios para o processo de extração da quitina a
partir de matéria prima regional (carapaça de caranguejo e cascas de camarão)
e sua conversão em quitosano que foi utilizado em solução para bochechos diários.
Avaliou-se a influência do colutório, contendo quitosano em concentração de
0,5%, sobre os níveis de S. mutans, capacidade tampão salivar e índice
de placa bacteriana. A amostra
constou de 12 pacientes oriundos da Clínica Integrada da UFRN, distribuídos em
dois grupos, um que utilizou o colutório à base de quitosano em associação
à escovação dentária e outro que utilizou o colutório de forma isolada.
Para a realização do experimento obteve-se os dados de linha base
caracterizados pela deteminação da capacitade tampão, contagem de S.
mutans e índices de placa. Após
o período de 5 dias de uso do colutório, os exames foram repetidos. Os dados
foram analisados através do Teste de Wilcoxon com um nível de significância
da 5%. Constatou-se um aumento
significante da capacidade tampão salivar no grupo que utilizou o colutório não
associado à escovação dentária e um declínio significante nos níveis de S.
mutans e índice de placa no grupo
que utilizou o colutório associado à escovação dentária.
Trabalho premiado no 8º Prêmio Estímulo Kolynos.
A097
Mesa
para corte de tecidos duros – um novo e barato instrumento de pesquisa
D. M. P. PADILHA*, M.
HAMMES
Faculdade de Odontologia – UFRGS d.padilha@pro.via-rs.com.br
O estudo de substâncias/tecidos duros representa uma fonte
inesgotável de informações. A Odontologia é uma das ciências que mais
profundamente estuda substâncias/tecidos duros A literatura tem descrito
sistemas eficientes para os cortes de precisão de tecidos duros que, são
onerosos para a realidade brasileira, o que impele pesquisadores a improvisarem
métodos grosseiros e pouco precisos execução destes cortes. O objetivo deste
trabalho é apresentar a “Mesa milimetrada para corte de tecidos duros”
um novo e barato instrumento de pesquisa que facilita a execução de cortes
sobre tecidos e materiais duros. A mesa é composta por duas bases interligadas
por um sistema de movimentação. Uma das bases é fixa e em forma de “U”. A
movimentação da base móvel é controlada
por uma escala de milímetros. Na base móvel uma caneta reta é fixada e
nela um disco diamantado que pode ser refrigerado com água. Na base do “U”
há uma calha na qual corre uma barra de metal onde são coladas as peças a
serem cortadas tangendo a porção vertical da calha, mais próxima
a peça de mão. Uma vez acionado o motor, a barra de metal é deslocada
lateralmente permitindo a passagem das peças coladas pela zona de corte e então
secções de diversas espessuras podem ser obtidas. Testes preliminares durante
a construção do protótipo demonstraram que o instrumento
é de muito fácil operação e possibilita a obtenção de cortes de até
0,4 mm de espessura, seriados e com a localização bastante precisa em
segmentos dentários, metálicos e plásticos bem como em pequenos segmentos de
estruturas ósseas de animais de laboratório. A”Mesa milimetrada para
corte de tecidos duros” além de
ser pouco onerosa na construção e operação pois utiliza-se de discos de
diamante de baixo custo, facilita a
execução de cortes sobre tecidos e materiais duros.
A098
Contribuição
ao estudo da avaliação da saúde bucal em infantes
S. G. BARROS*, A. CASTRO ALVES, L. S. PUGLIESE, S. R. A. REIS
Depto. de Odont. Social E Diagn. e Terap. da Univ. Fed. da
Bahia E-mail: alvesac@ufba.br
Este estudo
teve por objetivo avaliar as condições de saúde bucal de 340 crianças saudáveis
de 0-30 meses de idade (21,3 ± 5,6), de ambos os sexos (54,5% meninos; 45,6%
meninas), de 20 creches públicas de Salvador, voltando a atenção para as lesões
incipientes (mancha branca ativa – mba). Os exames foram realizados por um único
examinador utilizando-se espelho, sonda e uma lanterna. A criança era examinada
deitada sobre uma mesa, sendo os dentes limpos e secos com gaze. Um questionário
aplicado com os responsáveis avaliava o conhecimento da doença cárie, a
exposição a fatores de risco, grau de instrução, renda familiar e uso de flúor.
Dos 340 questionários enviados,
229 (67,35%) foram incluídos. As lesões foram classificadas de acordo com o
grau de severidade em cinco níveis (C0-C4; ativa/inativa). Foi utilizado o
teste do Qui-quadrado (Epi-info 6.02). Encontrou-se uma prevalência de cárie
de 55,3% quando todos os estágios da lesão foram considerados: 25%,
para as crianças entre 0-12 meses; 51,18%, entre 13-24 meses; 71,03%, entre
25-30 meses (x2=25,31,
p<0,01). Quando avaliou-se apenas mba, 49,7% mostraram-se afetadas e 17,6%,
apenas com lesões cavitadas. Das crianças afetadas, 90,96% apresentavam apenas
lesões nas unidades anteriores: 80% das lesões eram mba e 20%, lesões
cavitadas. Não foi observada diferença estatisticamente significante entre os
sexos. A higiene bucal mostrou-se fator de risco para cárie nesta faixa etária
etária (x2=67,61,
p<0,01) e a porcentagem de crianças afetadas mostrou-se maior na presença
de aleitamento noturno. Foi observado um aumento da prevalência de cárie em
função da idade e com a inclusão da mancha branca ativa, para ambos os sexos.
Sugere-se atenção odontológica precoce, para o diagnóstico inicial de lesões
incipientes e adoção de métodos educativos e preventivos, incentivando mudanças
de hábito de higiene oral e dieta.
Apoio financeiro: CAPES.
A099
Efeito
cariostático de restaurações adesivas em superfícies radiculares: estudo in
vitro
A. T. HARA, C. S. MAGALHÃES*, A. L. RODRIGUES Jr., M. C.
SERRA
FOP UNICAMP / FOAr UNESP - e-mail: mcserra@fop.unicamp.br
Materiais restauradores que liberam íons flúor e/ou promovem
adesão à estrutura dental têm sido relacionados com a inibição do
desenvolvimento de lesões de cárie adjacentes às restaurações. A hipótese
testada através deste estudo in vitro foi
se o uso de resina composta/sistema adesivo dentinário tem efeito cariostático
semelhante a um material adesivo que libera íons flúor - cimento de ionômero
de vidro - sobre superfície radicular adjacente às restaurações. Foram
utilizadas 20 raízes de terceiros molares humanos extraídos, embutidas em
resina de poliestireno, e planificadas em politriz metalográfica. Cavidades cilíndricas
de 1,0-mm de profundidade e 2,0-mm de diâmetro foram preparadas, e restauradas
aleatoriamente com (a) Chelon Fil (Espe) ou (b) Z100/Single Bond (3M) (n=10).
Valores iniciais (Vi) de microdureza
superficial Knoop (10g, 15s) da dentina foram obtidos a 100, 200 e 300-µm da
margem oclusal de cada restauração. Uma área de-2 mm ao redor da restauração
foi delimitada e submetida a um modelo dinâmico para indução de cárie
artificial. Após 3 dias, foram obtidos os valores finais (Vf) de microdureza, nas mesmas condições e localizações da
leitura inicial. As diferenças entre Vi e
Vf foram consideradas para a análise estatística. As medianas de Vi
- Vf nas distâncias de 100, 200 e 300-µm foram para (a): -3,8; -0,3; -1,0;
e para (b): 3,3; 2,5; 1,7. O Teste de Kruskal-Wallis não evidenciou diferença
estatística significativa entre as distâncias dentro de cada grupo estudado.
Às distâncias de 200-µm e 300-µm, não houve diferença estatística
significante entre os materiais avaliados. À distância de 100-mm, o material
(a) diferiu significativamente de (b) (p < 0,05). Sob as condições deste
estudo, o cimento ionômero de vidro apresentou maior potencial cariostático
que a resina composta com sistema adesivo dentinário.
A100
Avaliação
dose-efeito de uma formulação de dentifrício desenvolvida com concentração
reduzida de flúor.
H.M.U. DECICO*, J.A. CURY.
Laboratório de Bioquímica Oral - FOP–UNICAMP (jcury@fop.unicamp.br)
O
desenvolvimento de dentifrício com menor concentração de flúor tem sido
sugerido para diminuir o risco de fluorose dental. Assim, o objetivo deste
trabalho laboratorial foi avaliar o potencial anti-cárie do flúor de uma
formulação em termos de relação dose-efeito e em comparação com um dentifrício
padrão (“Gold Standard”). Foi
desenvolvida uma formulação e preparados dentifrícios com 275, 550 e 1100 ppm
F, contendo NaF/sílica, os quais foram comparados com um placebo e o dentifrício
Crest (padrão). Avaliou-se: 1) A biodisponibilidade
dos dentifrícios, em termos de ppm
de flúor total (FT),
fluoreto de cálcio (“CaF2”) e
fluorapatita (FA) formados no esmalte dental; 2) Utilizando modelos de ciclagens
de pH (Des-Re), foi avaliada a capacidade dos dentifrícios em: A) Inibirem a
desmineralização (Des>Re) do esmalte; B) Ativarem a remineralização
(Re>Des) C) Incorporarem flúor
no esmalte. Após as ciclagens determinou-se no esmalte: 1) A microdureza
superficial, calculando-se a % de perda (%PMDS) ou recuperação da mesma (%RMDS),
respectivamente quando Des>Re ou Re>Des; 2) A dureza interna, também foi
determinada (MDI) após secção
dos blocos 3) Flúor formado no esmalte (ppm F). Os resultados obtidos foram
respectivamente: 1)Biodisponibilidade: FT =71,4+1,7d;180,4+5,2c;
231,1+12,8b;287,9+9,8a; 210,8+5,7b; FA=67,7+1,7c;
97,4+4,4b; 109,1+3,4b,a; 120,2+2,1a; 111,4+3,8a;
“CaF2”=76,7+1,3d;
165,1+7,9c; 224,4+8,9b; 275,1+5,8a; 206,0 +6,4b 2)
Ciclagens de Des>Re: %PMDS=76,7+2,4a; 79,5+3,2a; 74,3+4,19a;
67,2+4,9a; 73,6+3,11a; 3)
Ciclagens de Re>Des: %RMDS= 14,0+1,8c; 20,1+2,7c; 30,5+3,7b;
44,3+2,2a; 48,5+1,2a .Tratamentos cujas médias (+SE) são
seguidas de letras distintas diferem estatisticamente (p<0,05). Através
dos resultados, não é possível concluir por esta avaliação laboratorial que
o dentifrício desenvolvido teria o mesmo potencial anti-cárie que o
convencional.
FAPESP - Proc.96/01826-2.
A101
Ingestão
de flúor através do uso de dentifrícios por crianças em idade de risco de
desenvolvimento de fluorose dentária.
S. M. PAIVA*, J.
A. CURY.
FO-USP, FOP-UNICAMP, Brasil - saul@prover.com.br - (031)
287-8982
Dentifrício fluoretado tem sido considerado um dos responsáveis
pelo aumento da prevalência de fluorose dentária. Assim, o objetivo foi
avaliar a dose (mg F/Kg peso corpóreo/dia) e fatores que contribuem para a
mesma quando da escovação dentária. Participaram da pesquisa 32 crianças de
20 a 30 meses de idade, pesando em média 13,5 Kg, residentes em Ibiá, MG. A
porção de dentifrício colocada sobre a escova dental foi pesada para a
determinação da quantidade de flúor, conhecendo-se a concentração de flúor
solúvel de cada dentifrício. As crianças realizaram normalmente a escovação,
sendo coletados os produtos expectorados e a água utilizada para a lavagem da
escova. Para todas as análises de flúor usou-se um eletrodo específico ORION
96-09. O peso médio de dentifrício utilizado por escovação foi 0,52 g e a
quantidade média do flúor obtida nas escovações diárias foi 1,27 mg sendo
que 0,45 mg (35,6%) foi recuperado e 0,82 mg (64,4%) foi ingerido. As crianças
foram submetidas a uma dose de 0,061±0,008 mg F/Kg (média±dp), com
variabilidade de 0,011 à 0,142. Teste “t” mostrou que esta dose foi
estatisticamente equivalente à dose máxima limite de risco de uma fluorose
dentária clinicamente aceitável (0,07 mg F/Kg peso/dia). Verificou-se correlação
significante (Pearson) entre dose e quantidade de dentifrício usado na escovação
(r=0,60, p=0,0003), bem como com freqüência de escovação (r=0,42, p=0,0182).
Não houve significância na correlação entre dose e idade (r=-0,09, p=0,64) e
dose e peso das crianças (r=-0,10, p=0,58). Concluiu-se que em média as
crianças estão sendo submetidas a uma dose de flúor (ingerido e não
absorvido) cujo risco em potencial é de uma fluorose dental não preocupante.
Entretanto, devido a variabilidade, medidas devem ser tomadas para reduzir a
ingestão de flúor através do uso de dentifrícios.
A102
Relação
entre níveis salivares de Estreptococos do Grupo Mutans e sua presença nas
escovas dentais
S.C. WEYNE*, S.G. HARARI, A.MONNERAT, I.CAMPOS, N.M. MORAES
Departamento de Odontologia Social e Preventiva FO UFRJ- RJ -
(021) 535-0435
As escovas dentais podem apresentar contaminação
por diferente microorganismos, incluindo-se entre eles, bactérias cariogênicas,
fungos, micoplasmas e vírus, mesmo quando são apropriadamente lavadas antes do
armazenamento. Nessa perspectiva, existe portanto a possibilidade da ocorrência
de re-infecção do próprio usuário, no ambiente ecológico bucal, quando em
tratamento com antimicrobianos como a clorexidina, visando a redução temporária
dos níveis de Estreptococos Grupo Mutans(EGM) nos biofilmes bucais. O objetivo
deste estudo foi avaliar a correlação entre a presença de EGM nas escovas
dentais e os níveis salivares desses microorganismos nos
seus usuários. A amostra salivar foi
obtida de acordo com a técnica recomendada pelo fabricante do método semi-quantitativo Caritest-SM ® . O material
proveniente das escovas dentais foi obtido pressionando –se levemente as suas
cerdas contra a superfície do meio
de cultura Mitis-salivarius em Agar, do sistema Caritest. O material obtido foi
incubado em ambiente de microaerofilia (10% CO2) em uma temperatura de 37o
C por um período de 48 horas e mantidos em temperatura ambiente por 24 hs. A
leitura dos resultados foi realizada com auxilio de uma lupa iluminada e
comparados ao modelo padrão do fabricante. A moda da amostra foi de indivíduos
Estreptococos do Grupo Mutans Milionários ( 1x 106 EGM/ml de
saliva ) e a média ponderada dos indivíduos foi de 400.000
EGM/ml de saliva. Foi encontrado presença de EGM nas escovas dentais em 98% da
amostra Existe a tendência
de uma relação positiva entre níveis salivares de EGM e sua presença nas
escovas dentais de seus usuários. Pacientes submetidos a tratamentos
antimicrobianos devem trocar de
escovas dentais ou submete –las a tratamentos químicos.
A103
Estudo
in vitro e in situ do efeito do Nd:YAG laser e flúor na desmineralização do
esmalte.
M. Kuramoto Jr. *; F. A. M. Santos,
E. Matson, J. Nicolau
Univ. São Paulo,Fac.Odontologia,Dep. de Dentística-
(011)818-7841, g-junior@fo.usp.br
Este trabalho procurou avaliar os efeitos do Nd:YAG laser e do
flúor fosfato acidulado na inibição da desmineralização do esmalte. 30
terceiros molares humanos irrompidos, isentos de cáries, foram seccionados de
maneira a se obter 7 cortes de cada elemento, os quais foram submetidos a
procedimentos diferentes, compondo os grupos experimentais deste estudo (n=15)
como se segue: controle (sem tratamento); desmineralizado; irradiado; submetido
a flúor; irradiado e submetido a flúor; submetido a flúor e irradiado;
simultaneamente submetido a flúor e irradiado. Para a verificação dos efeitos
in vitro as amostras foram submetidas
a um processo de ciclagem de pH, enquanto os efeitos in situ foram verificados em um dispositivo intra-oral (28 dias). Após
os tratamentos desmineralizantes, as amostras foram submetidas ao teste de
microdureza Vickers e avaliadas por microscopia de luz polarizada. A microdureza
dos grupos controle (295,83±35,53 in vitro; 320,43±30.18 in
situ) diferiu de maneira estatisticamente significante (ANOVA, p<0,05)
dos outros grupos, sugerindo que os métodos empregados não foram capazes de
inibir de maneira efetiva a desmineralização do esmalte. Os valores mais
baixos de microdureza foram encontrados nas amostras submetidas somente à
irradiação laser (168,06±45,10 in vitro;
209,13±23,12 in situ) e os mais altos
nas amostras submetidas somente ao flúor ou simultaneamente ao flúor e irradiação
laser. Os resultados obtidos nos testes de microdureza são confirmados pela análise
por microscopia de luz polarizada. Os métodos de desmineralização, tanto
por ciclagem de pH quanto por simulação de ambiente cariogênico, demonstraram
eficácia na redução da microdureza do esmalte. As amostras submetidas somente
à irradiação laser demonstraram os valores mais baixos de microdureza
superficial.
A104
Evidenciação
histoquímica (TRAP) de células clásticas em pré-molares humanos movimentados
ortodonticamente.
M.A.CASA*, R.M.FALTIN, K.FALTIN, V.E.ARANA-CHAVEZ.
Depto.
Histologia, USP & Depto.
Ortodontia, UNIP, SP - (011) 818-7308
Após utilização de uma força contínua e precisa de torque
radiculo-palatino, 8 pré-molares superiores, ortodonticamente indicados para
extração, de 4 pacientes (13-16 anos de idade), foram estudados utilizando,
uma reação histoquímica específica para marcar células clásticas,
fostatase ácida tartarato-resistente (TRAP). A força de contínua aplicada a
estes dentes foi de 600cN/mm, utilizando um modelo de biomecânica precisa com
fios superelásticos (NiTi-Se), os quais foram desenvolvidos e calibrados
individualmente na Univ. de Ulm, Alemanha. Os dentes foram divididos em quatro
grupos: Grupo controle, e grupos movimentados 2, 3 e 4 semanas. Após a extração
os dentes foram fixados, descalcificados em EDTA 10% e incluídos em historesina
(JB-4), os cortes com aproximadamente 5mm, foram incubados na solução para
evidenciação do TRAP e contra-corados com hematoxilina. A análise ao microscópio
de luz evidenciou lacunas de reabsorção dentária de vários tamanhos. Foi
observado, que quanto maior o período de aplicação de força, maior foi o número
de lacunas de reabsorção e número de células clásticas encontradas sobre o
cemento. Porém, apartir da terceira semana também foram evidentes células clásticas
multinucleadas afastadas do cemento.
A105
Perfil dos
pacientes da clínica de bebês da Universidade Gama Filho.
M.E.P.R. COSTA*, S.C. CHARLIER, F.S.C. FERREIRA, T.K. CHIANCA, R.B.C. VIANNA
Odontopediatria – Universidade Gama Filho – UFRJ – RJ -
(021)269-5375
O objetivo deste trabalho foi avaliar a prevalência de cárie
em crianças atendidas na clínica de bebês da U.G.F., no período de 1993 a
1996 e o conhecimento das mães e gestantes sobre os cuidados com a saúde bucal
dos bebês. Questões referentes aos hábitos de higiene, dieta e amamentação
foram levantadas através de questionários e entrevistas, respectivamente,
junto a 54 gestantes e 110 mães. Exames clínicos para detectar presença ou
ausência de cárie foram realizados pelos alunos de graduação,
supervisionados por 4 professores, nos 110 bebês incluídos no estudo. O
programa Epi-Info 6.04 foi utilizado para análise estatística dos dados. Entre
as gestantes que responderam ao questionário, 31,48% nunca havia recebido
orientação sobre os cuidados com a saúde bucal de seu bebê. O meio mais
usado para obterem informações foi através de revistas. Entre as gestantes,
77,78% não acreditavam que amamentar poderia causar cárie. O motivo da visita
à clínica de 42,73% das mães, foi devido à presença de cárie. O fato de
80% das mães não terem sido orientadas pelo pediatra, não influenciou a ocorrência
de cárie em seus filhos (OR=1.43; I.C.95%=0,44, 5,45). O uso de antibiótico,
segundo 36,71% das mães é a razão do aparecimento da cárie, enquanto que 5%
achavam que o dente já havia erupcionado com cárie. Os percentuais de bebês
com presença de cárie, segundo a faixa etária foram: 0-12 meses=0%; 13-24
meses=56,25%; 25-36 meses=82,35% e 37-48 meses=84,61%. A prevalência de cárie
encontrada neste grupo foi superior a outros estudos relatados na literatura,
embora ocorresse na mesma progressão em relação à idade. As mães estão
pouco-informadas sobre as condutas que devem ter em relação à saúde bucal
dos bebês.
A106
Mesa
milimetrada para corte de tecidos duros: precisão de localização de cortes
D. M. P. PADILHA,.
M. HAMMES *
Faculdade de Odontologia – UFRGS - d.padilha@pro.via-rs.com.br
O estudo de substâncias/tecidos duros constantes na natureza
representa uma fonte inesgotável de informações. Suas naturezas químicas,
composição, macro e micro estruturas etc. são capazes de fornecer elucidações
importantes no que tange à sua utilização como substâncias, preservação
como tecidos, especificidade biológica e estrutural entre outros. Quando os
tecidos duros precisam ser estudados na sua estrutura microscópica e, por
necessidade metodológica, não podem ser submetidos a descalcificação, lança-se
mão de sistemas de corte, abrasão e polimento. Uma “Mesa milimetrada para
corte de tecidos duros” foi
desenvolvida na Faculdade de Odontologia – UFRGS para facilitar preparos de
tecidos e materiais duros. Uma vez que o equipamento é simples e novo, uma série
de testes são necessários para definir seu grau de precisão. O objetivo deste
trabalho é avaliar a precisão de
localização de cortes isolados sobre corpos
de prova de acrílico. Vinte corpos foram utilizados. Uma vez montados nas
barras de corte da mesa, os corpos foram seccionados a 2mm da extremidade. Após,
estes fragmentos foram medidos com auxílio de um paquímetro digital. Foram
realizadas 3 medidas consecutivas de cada fragmento sendo o paquímetro
reposicionado em cada medida. Os dados foram tabulados e obtidas a sua média e
desvio padrão (1,5697 + 0,058). Uma vez que a distribuição das médias
dos cortes obtidos foi bastante
homogênea e considerando-se a necessidade de desconto no corte, da espessura do
disco diamantado, e ainda o pequeno coeficiente de variação dos cortes obtidos
(3.7%), conclui-se que houve uma excelente precisão na localização de
cortes isolados sobre corpos de prova utilizando-se este equipamento.
A107
Efeitos do
ácido fosfórico sobre a superfície do esmalte dentário
L. A. P .PENNA*, P. I. SERAIDARIAN, A. C. C. NEVES, M. FAVA,
S. I. MYAKI
Depto Mat. Odont. e Prótese da Fac. Odontologia de São José
dos Campos - UNESP. (012) 321-8166, ramal 1305.
O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos e o tempo de
condicionamento do ácido fosfórico, na morfologia do esmalte dentário, na
superfície vestibular da coroa de 18 pré-molares hígidos extraídos de
pacientes com idade variando de 12 a 16 anos. Os dentes foram divididos
aleatoriamente em dois grupos iguais. Cada três dentes do primeiro grupo foram
submetidos a ação do ácido fosfórico a 10% pelos tempos de 15, 30 e 60
segundos, respectivamente. O segundo grupo também foi dividido em três
subgrupos que foram submetidos a ação do ácido fosfórico a 32% por 15, 30 e
60 segundos. Após metalização em ouro, os espécimes foram submetidos a análise
ao microscópio eletrônico de varredura que permitiu aos autores concluírem
que: a) o ácido fosfórico nas concentrações de 10% e 32% promoveu a formação
de microporosidades na superfície do esmalte, com tempos de condicionamento de
15, 30 e 60 segundos; b) houve predominância do padrão de condicionamento ácido
tipo 3 de Silverstone quando se utilizou ácido fosfórico a 10% e a 32% durante
15 segundos e, predominância do padrão 1 quando o tempo de condicionamento ácido
foi aumentado para 30 e 60 segundos; c) quanto maior a concentração e o tempo
de condicionamento, as microporosidades se mostraram mais evidentes.
A108
Prevalência
de cárie em município não fluoretado: zona urbana x rural.
S.C. CHARLIER*, I. CHIANCA, R. VIANNA,
M.E.P.R. COSTA, F.T.S.C.FERREIRA, M.L.A. NEVES
Odontopediatria – UFRJ-UGF. E-mail: charlier@uol.com.br
O estudo verificou a frequência de cárie dentária em
escolares da zona urbana e rural de um município não fluoretado. Foram
examinados 1421 escolares da pré-escola à 4a série do 1o
grau, sendo 857 da zona urbana e 564 da zona rural do município de Carmo de
Minas, MG, Brasil, em 1993. Os índices CPOD e ceo foram levantados, seguindo as
orientações da OMS. Os dados foram armazenados e analisados utilizando o
programa Epi Info 6.04. A média de CPOD aos 12 anos foi de 11,27 (d.p.=4.933).
A diferença entre o CPOD médio da zona rural (12.63) e zona urbana
(9.92) foi estatisticamente significativo (p<0,005). Houve diferenças
estatisticamente significativas entre as distribuições dos componentes do índice
CPOD em função do local de residência: a) dentes cariados – 81,7% (rural) e
72,4% (urbana), p<0,05 (ANOVA); b) dentes perdidos – 12,6% (rural) e 9,5%
(urbana), p<0,005 (ANOVA); c) dentes obturados 5,7% (rural) e 17,7% (urbana),
p<0,01 (ANOVA). Apresentavam-se
livres de cárie na dentição permanente, 26,31% dos escolares da zona rural e
42,45% da zona urbana. Não houve diferenças estatisticamente significantes nas
médias do ceo dos 4 aos 6 anos de idade nas zonas rural (8.38) e urbana (7.25)
p>0,05. Apenas 1,6% dos escolares da zona rural e 7,4% da zona urbana eram
livres de cárie na dentição decídua. Concluiu-se que: (1) há uma prevalência
de cárie no grupo muito acima da encontrada no levantamento epidemiológico de
1996 do Ministério da Saúde e do que é preconizado pela OMS para os anos índices
de 2000 e 2010; (2) a zona de moradia (rural e urbana) influenciou
significantemente a prevalência de cárie, provavelmente pela restrição de
acesso a medidas de promoção de saúde bucal.
A109
Efeito
de diferentes soluções contendo fluoreto de sódio e xilitol no índice de PHP
em humanos.
N.C.V.GONÇALVES*, S.L.S.SALVADOR, A.VALSECK Jr.,
Z.ROTHSCHILD, L.C.FIGUEIREDO, G.C.BERGAMO.
USP-RP / UNESP – Araraquara - SP - (035) 292-5608. O
objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da utilização de solução de
fluoreto de sódio a 0,05% adicionada de 2,5% ou 12,5% de xilitol no índice de
PHP. Participaram do estudo 33 pacientes institucionalizados, com faixa etária
entre 8 e 16 anos. O estudo foi realizado segundo princípio duplo cego, do tipo
cruzado (4X4), onde os pacientes foram distribuídos aleatoreamente em quatro
grupos: grupo placebo- GP; grupo fluoreto de sódio 0,05% - GF; grupo fluoreto
de sódio 0,05% adicionado de 2,5% de xilitol – GFX; e grupo fluoreto de sódio
0,05% adicionado de 12,5% de xilitol -
GFXX. Utilizou-se o índice de PHP (Podshadley & Haley, 1968), que
quantificou a placa bacteriana antes e após a utilização das diferentes soluções
de bochecho, 2 vezes/dia, durante um período de 28dias cada. Os resultados
referentes ao posto médio (anterior e posterior, respectivamente), à utilização
de cada uma das soluções para o GP (32,2 e 34,8); GF (34,3 e 32,7); GFX (35,2
e 31,8); e GFXX (29,1 e 23,8) não apresentaram diferenças significantes
(p>0,05; estatística não paramétrica de Kruskal-Wallis). Em adição, não
houve diferença significante em relação aos valores obtidos nos períodos
posteriores à administração das diferentes soluções quando comparadas entre
sí: GP (76,3), GF (66,7), GFX (62,4), e GFXX (60,5) (p=0,24; estatística não
paramétrica de Kruskal-Wallis). A utilização de solução de fluoreto de sódio
a 0,05% adicionada de 2,5% ou 12,5% de xilitol promoveu uma ligeira diminuição
do índice de PHP, embora estatisticamente não significante. Os resultados
sugerem que a adição de 2,5% ou 12,5% de xilitol à solução de bochecho
contendo fluoreto de sódio 0,05% não alterou a quantidade de placa bacteriana
quando utilizada sob as condições experimentais acima descritas. Este estudo
foi financiado pela CNPq.
A110
Avaliação
do conhecimento da presença de álcool nos enxaguatórios bucais.
M.C.C.DANTAS*, D.F.L. NASCIMENTO, M.V.L.GUIMARÃES,
L.M.CHEVITARESE.
UNIGRANRIO- UFRJ (021) 594-9335
O estudo teve como objetivo analisar, através de pesquisa de
campo exploratória o grau de conhecimento dos usuários a respeito da
presença de álcool em alguns enxaguatórios bucais, o risco destes
causarem lesão bucal e a frequência
de uso. Foi elaborado um formulário
e aplicado pelos pesquisadores em um grupo de 100 pacientes, escolhidos de
maneira aleatória, que aguardavam pelo atendimento na clínica odontológica da
Unigranrio, nos meses de setembro e outubro de 1998.
Os dados obtidos foram tabulados e analisados sob a forma de percentual:
98% desconhecem que a presença constante de álcool na cavidade bucal causa câncer,
96% alegam não ter conhecimento da quantidade de álcool presente nos enxaguatórios
que usam.. Com relação a finalidade do uso dos enxaguatórios
40% usam para higiene bucal, 25% para
combate a cárie, 15% contra gengivite, 13% para frescor, 7% para diminuir a
sensibilidade. Em relação ao tempo de uso da solução: 36% bochecham por 1 minuto, 35% por 30 segundos, 15% por mais
de 1 minuto, 14% por 10 segundos. Quanto a freqüência do uso: 35% usam uma vez
ao dia, 21% menos de uma vez por semana, 17% duas vezes dia, 11% uma vez por
semana, 10% mais de uma vez por semana, 7% mais de duas vezes ao dia. De
acordo com as respostas obtidas, concluímos que os profissionais da área de
odontologia devem orientar a população quanto a maneira correta do uso dos
colutórios, em relação ao tempo e freqüência dos bochechos e a quantidade
de álcool.
A111
Fatores
de risco para cárie em crianças HIV+ e
HIV _.
E. R. BUNDZMAN*, I.P.R. SOUZA, U.V. MEDEIROS.
Odontopediatria - UFRJ - (021) 281-3665
Os objetivos desta pesquisa foram verificar a experiência de
cárie em crianças infectadas pelo HIV (HIV+), investigar marcadores cariogênicos
e comparar esses dados com os obtidos em crianças sem evidência clínica de
imunossupressão (HIV-). Foi realizada anamnese de 63 crianças HIV+ e 61 HIV-,
coleta de saliva para determinação de níveis salivares de S. mutans (SM) e
Lactobacillus (LB), escovação dental supervisionada, aplicação tópica de flúor
e exame oral. Para determinação do índice de cárie, também foram
consideradas lesões sem cavitação. Dados adicionais foram obtidos do prontuário
médico. A experiência de cárie foi alta nos dois grupos, observando-se
semelhanças nos seguintes fatores de risco: nível sócio-econômico-cultural,
hábitos de higiene bucal, acesso a educação e tratamento odontológicos,
consumo de fluoretos e de alimentos cariogênicos, níveis salivares de SM e LB.
As crianças HIV+ apresentaram valores de IHOS maiores, capacidade tampão menor
e consumiam mais e durante mais tempo medicamentos com sacarose e xerogênicos
que as do grupo controle. Foi observada associação positiva
entre os níveis salivares de SM e LB e a prevalência de cárie na dentição
decídua dos dois grupos, bem como dos valores de IHOS e cárie na dentição
decídua das crianças HIV+. Os resultados sugerem a necessidade de programas
de promoção de saúde bucal, junto a Serviços Médicos de Pediatria, no
intuito de proporcionar uma sobrevida com melhor qualidade à população HIV+
pediátrica.
A112
Avaliação
de um programa de promoção de saúde.
J. F. CASALLI* , M. L. M. BONOW
Disc. de Odontopediatria, F.O ., UFPel -RS. F/Fax: (0532)
224429; 226690
Face ao estado precário da condição bucal da população e
à falta de atenção a esse problema, é necessário um programa de promoção
de saúde. Trabalhar com crianças de 4 a 5 anos de idade permite mudar os maus
hábitos precocemente, mantendo a dentição permanente e a gengiva saudáveis.
A receptividade ao atendimento odontológico (ROSSETTI, H. Salud para
Odontologia,p.111-114,1995.) é fator determinante para a motivação e obtenção
de benefícios. Vinte e três crianças de 4-5 anos de idade de uma creche,
foram avaliadas quanto à receptividade ao
atendimento, ao estado da gengiva (sangramento ou não na escovação ) e ao
estado dos dentes. Procedimentos necessários foram planejados e realizados.
Orientou-se a escovação, a cada duas semanas, para cada criança. No grupo
controle, com 25 crianças, realizou-se o exame inicial e o final. Os resultados
foram submetidos ao teste X2.
Ao comparar exame inicial e final, houve aumento de cárie no grupo experimental
e no controle, porém estatisticamente não significante. Quanto ao estado da
gengiva e à receptividade da criança, houve melhora significante no grupo
experimental e não houve diferença estatística no grupo controle. Assim, conclui-se
que este programa foi eficaz para melhorar a receptividade da criança ao
atendimento odontológico e o estado da gengiva, além de promover a adequação
do meio bucal através dos procedimentos realizados.
A113
CD
57 em cisto radicular.
P.R.MOREIRA;* D.F.M.SANTOS; R.D.MARTINS;R.S.GOMEZ.
Departamento de Patologia e Cirurgia - Faculdade de
Odontologia da UFMG - Fone: 55-31-291 119 r:26, Fax: 55-31-292 7282; e-mail:
rsgomez@net.em.com.br
Considerando que o antígeno CD 57 é um importante modulador
do sistema imune, o presente estudo propõe uma comparação da expressão deste
em cistos radiculares com epitélio hiperplásico ou atrófico. Vinte casos de
cisto radicular foram selecionados e classificados como atróficos ou hiperplásicos.
O sistema de amplificação estreptavidina-biotina
foi utilizado para identificação do receptor do CD 57. Os resultados
demonstraram maior percentual de células CD 57 + em cistos radiculares com epitélio
atrófico em relação ao epitélio hiperplásico. Como a expressão do CD 57
é indicativo de imunossupressão, isto pode constituir um imunomodulador
negativo no crescimento epitelial dos cistos radiculares. Outros estudos são
necessários para entender a importância dessas células na atividade ou
inatividade biológica do epitélio dos cistos radiculares.
Apoio: FAPEMIG, PIIC / CNPq.
A114
Estudo
comparativo da recuperação antigênica para técnica da imuno-histoquímica
com Ácido Cítrico e EDTA em Citoqueratinas.
A. P. V. SOBRAL*; A. P. N. GOMES ; E. TODDAI ; S. O. M. de
SOUSA ; V. C. ARAÚJO
Patologia Bucal; FO-USP - tel (011) 8187902
A técnica imuno-histoquímica tem sido utilizada como
auxiliar no diagnóstico diferencial entre tumores e em pesquisa. A
imuno-histoquímica consiste em uma reação antígeno/anticorpo, sendo necessário
para a efetividade da técnica, por vezes a recuperação antigênica;
principalmente quando utilizamos material fixado em formol e incluído em
parafina. As técnicas mais empregadas são: digestão enzimática e microondas.
Preocupados em melhorar e obter resultados mais confiáveis nos propomos neste
trabalho a comparar duas substâncias; o ácido cítrico e o EDTA, cuja utilização
foi recentemente sugerida para a recuperação em microondas. Selecionamos
algumas isorformas de citoqueratina (CK-7/8/10/13/14/19) rotineiramente
utilizadas em nosso laboratório para diagnóstico de tumores de glândula
salivar e neoplasias e/ou alterações do epitélio de revestimento. Foram
selecionados do arquivo do Serviço de Patologia Cirúrgica da Disciplina de
Patologia Bucal da FOUSP, 18 casos de diferentes patologias, com positividade
comprovada para os anticorpos citados. Realizou-se o método da
Estreptavidina-biotina. Nos nossos resultados observamos que entre as CKs
estudadas as CKs 7 e 13 exibiram melhoria na recuperação antigênica quando
utilizamos o EDTA, porém essa diferença foi mais significante na CK 13.
Portanto, recomendamos a sua utilização como recuperador antigênico para esta
CK.
A115
Fibromatose
Gengival Hereditária: proliferação celular e síntese de colágeno.
E. Graner *, R.D. Coletta, O.P.
Almeida, L.Bozzo
Faculdade de Odontologia de
Piracicaba-UNICAMP, Piracicaba-SP, Brasil - (019) 430-5315
Fibromatose gengival hereditária (FGH) é uma rara condição
oral caracterizada por um lento e progressivo enlargamento gengival, podendo
envolver a maxila e mandíbula. Neste estudo fibroblastos gengivais derivados de
quatro pacientes de uma mesma família com FGH e de quatro pacientes com gengiva
clinicamente normal (GN) foram isolados e o índex de proliferação celular e a
produção de colágeno determinada. Fibroblastos de GN e FGH em condições de
subconfluência celular apresentaram típicas características morfológicas,
mas em condições de saturação da densidade, os fibroblastos de FGH foram
menores que células controle. Seis diferentes ensaios de proliferação celular
(análise de crescimento celular, síntese de DNA, ensaio colorimétrico de MTT,
coloração de AgNOR, incorporação de BrdU e análise imunohistoquímica de
PCNA) mostraram que a relação de proliferação foi significantemente maior em
fibroblastos de FGH. A produção de proteína total e colágeno foi também
maior em fibroblastos de FGH que em fibroblastos de GN. Colágeno correspondeu a
19,43% e 7,53% do total de proteína produzida por fibroblastos de FGH e GN
respectivamente. Estes resultados indicam que fibroblastos de FGH apresentam
um maior comportamento proliferativo e uma maior produção de proteína e colágeno
total que fibroblastos de gengiva normal.
A116
Estudo
imunocitoquímico da expressão da enzima óxido nítrico sintase induzível
(iNOS) em granulomas e cistos periapicais humanos.
B.S.ALMEIDA1*,
V.S.LARA2,
C.T.SOARES3.
1aluna
de graduação - FOB-USP, 2Dep.
de Pat.-FOB-USP,3Lab.
de Anat. Patol.-Hospital de Base-Bauru fax:(014)223-4679,e-mail: vanessa@travelnet.com.br
Geralmente, os granulomas e cistos periapicais são constituídos
principalmente por linfócitos T e monócitos/macrófagos e, em menor proporção
por linfócitos B e leucócitos polimorfonucleares; tais lesões resultam de um
processo inflamatório local mediado pela infiltração de células inflamatórias
e fatores como as citocinas, o óxido nítrico (NO) e prostaglandinas. As
citocinas interleucina (IL)-1 e fator de necrose tumoral (TNF)-a induzem o
recrutamento e a ativação de células clásticas, favorecendo a reabsorção
óssea e dentária. O NO tem um efeito inibitório sobre a atividade osteoclástica,
quando em altas concentrações. Entretanto, em baixas concentrações, o NO
estimula o processo de reabsorção óssea. Este reativo é sintetizado a partir
da L-arginina pela ação da enzima NOS, cuja expressão pode ser observada em várias
células, como os macrófagos, quando estimuladas pela IL-1, TNF-a e interferon
(IFN)-g. Neste trabalho, nós avaliamos a expressão de iNOS pelas células
presentes nos granulomas e cistos periapicais, utilizando imunocitoquímica.
Predominantemente, as células mononucleares marcavam positiva e intensamente. Nossos
resultados demonstram a presença significante e local de NO na reação
inflamatória das lesões periapicais. Podemos sugerir que as células com marcação
positiva para a iNOS estão representando macrófagos ativados, provavelmente em
resposta à ação das citocinas inflamatórias liberadas no microambiente. Além
disso, estes dados fortalecem a possibilidade de macrófagos ativados produzindo
NO estarem envolvidos na regulação da reabsorção dos tecidos mineralizados
que podem acompanhar estas lesões.
Apoio financeiro: P.I.B.I.C.
/ CNPq / USP.
A117
Estudo
da expressão da enzima óxido nítrico sintase induzível (iNOS) pelas células
mononucleares na candidose bucal.
E.U.KURIKI1*,
V.S.LARA2, C.T.
SOARES3.
1aluna
de graduação-FOB-USP, 2Dep.dePatologia-FOB,
3Lab de Anat. Patol.-Hospital de Base-Bauru, fax: (014)
223-4679, e-mail:vanessa@travelnet.com.brO fungo Candida albicans faz parte da microbiota das superfícies mucosas
de indivíduos normais. Em determinadas imunodeficiências, a C.
albicans pode causar candidose mucocutânea superficial. A incidência
aumentada das infecções por C. albicans
e de fungos resistentes a antibióticos enfatiza a necessidade de um melhor
conhecimento quanto aos mecanismos imunológicos que controlam as infecções
por este fungo dimórfico. Em camundongos, os mecanismos de defesa contra a
candidose em mucosas estão representados pela imunidade celular e pelos macrófagos,
entretanto pouco se conhece a cerca dos mecanismos imunes que protegem as superfícies
mucosas quanto a infecção. Recentemente, o óxido nítrico (NO) tem sido
considerado uma importante molécula de defesa do macrófago contra a C. albicans e tem um papel importante na defesa contra a candidose
sistêmica. Ainda não se sabe se o NO pode contribuir para a defesa da
candidose em mucosas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de NO
pelas células inflamatórias presentes em lesões de candidose crônica bucal,
em humanos, a fim de se determinar a presença desta via de ativação funcional
celular nesta infecção. A partir da técnica de imunocitoquímica,
aproximadamente 60% das células mononucleares expressaram a iNOS, com
intensidade variável. Nossos resultados sugerem que uma perda parcial ou um
defeito nesta via de ativação do macrófago pode contribuir para o aumento da
susceptibilidade a candidose localizada. É possível que uma inibição deste
mecanismo fagocítico de defesa possa aumentar a susceptibilidade, às infecções
mucosas por C. albicans, dos indivíduos
imunocomprometidos.
Apoio financeiro: P.I.B.I.C. / CNPq / USP.
A118
Interação
entre p73, um homólogo do p53, e da oncoproteína E6 do HPV.
S. BARROS*, M. CHIARIELLO, S. GUTKIND
FOP - UNICAMP - (019) 430-5333
O Papiloma vírus humano (HPV), tem sido detectado em mais de
22% de casos de carcinoma espino celular de boca (Shilitoe et al, 1997). O
produto proteico do gene E6 do HPV é conhecido por interagir com a proteína
supressora de tumor p53. A interação entre a oncoproteína E6 e p53 resulta na
degradação de p53 via ubiquitina. Um gene, recentemente identificado codifica
uma proteína com significante similaridade na sequência de aminoácidos à
p53, essa proteína é denominada p73. P73
tem sido considerada uma proteína supressora de tumor pela sua localização no
cromossomo 1p36, uma região que é deletada em uma variedade de tumores e por
sua similaridade estrutural com p53. Neste estudo nós nos propusemos a
investigar se p73 é também susceptível à degradação induzida por E6 através
de ensaio apoptótico usando o método TUNEL. HPV16E6 foi amplificado por técnica
de PCR e o produto foi clonado no plasmídeo pCEFL-HA. A fim de analisar
o efeito de E6 em células expressando p73, células de rim de hamster
(BHK) foram transientemente transfectadas com p73. Como controle, plasmídeos
contendo p53 foram transfectados nas mesmas condições que p73. Em seguida as células
foram processadas para imunofluorescência usando anticorpo anti-p53 ou anti-HA.
P53 e p73 foram capazes de induzir apoptose nessas células, quando E6 foi
co-transfectado com p53 e p73 pôde-se observar a redução na quantidade de células
com aspecto apoptótico em níveis semelhantes. Esses achados indicam a ocorrência
de uma interação biológica entre p73 e E6 com padrão semelhante ao observado
entre p53 e E6.
Apoio: FAPESP / NIH.
A119
Estudo
histomorfológico de mastócitos da mucosa bucal frente à clorexidina.
M.C.A. e SILVA*, L.P. PINTO, M. B. S. LAGRANGE, L. B. QUINDERÉ,
L. B. DE SOUZA.
Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral/UFRN (084)
222-5578
Em razão da utilização cada vez mais freqüente do
gluconato de clorexidina no âmbito da Odontologia, em diferentes concentrações
e situações, foi objetivo deste trabalho avaliar o seu efeito sobre a população
de mastócitos da mucosa bucal de ratos Wistar, em concentrações de 0,5% e
5,0%. Foram utilizados 30 animais, divididos em 06 grupos de 05 ratos, sendo 04
experimentais que receberam a substância-teste e os 02 controles que receberam
a substância placebo (soro fisiológico a 0,9%) em intervalos de tempo de 15 e
30 dias. Os espécimes foram processados rotineiramente, incluídos em parafina
e obtido os cortes histológicos de 5 mm de espessura e corados pelas
técnicas da Hematoxilina-Eosina e do Azul de Toluidina, sendo esta última
para evidenciação de mastócitos. Pela análise quantitativa verificou-se que
a população de mastócitos decresce sob à ação da clorexidina a 0,5 e 5,0%
nos intervalos de 15 e 30 dias. Conclui-se
que o número de mastócitos diminuiu consideravelmente em função do tempo e
da concentração, sendo bem mais expressiva para o grupo de clorexidina a 5,0%
por 30 dias.
Apoio financeiro: CAPES.
A120
Análise
molecular do gene PTCH no ceratocisto odontogênico.
D.C.B. ARANTES*, L. DE MARCO, R.S. GOMEZ -
Departamento de Clínica, Patologia e Cirurgia Odontológica
da Faculdade de Odontolgia - UFMG - Fone: (031)378-9676/ e-mail:
diele@gold.com.br
Ceratocisto odontogênico (CO) é uma lesão cística benigna
dos maxilares que ocorre esporadicamente ou em associação com a síndrome do
carcinoma basocelular nevóide (SCBN) (Gorlin, Medicine, 16:98-113, 1987.).
Recentemente, o gene responsável pela SCBN foi clonado e identificado como um
gene humano homólogo ao gene Patched de Drosophila
melanogaster (PTCH), um gene suppressor de tumor (Hanh et al., Cell, 85:841-851,
1996; Johnson et al., Science, 272:1668-1671, 1996.). O gene Patched codifica
uma proteína transmembrana que é antagonista à proteína sinalizadora
Hedgehog e controla a determinação, diferenciação e crescimento celular em
numerosos tecidos, incluindo o tecido dental (Hardcastle et al., Development,
125:2803-2811, 1998.). Nós investigamos oito casos de COs esporádicos e três
casos de CO associado com a SCBN em relação à presença de
mutação no gene PTCH. Através das técnicas de polimorfismo de conformação de
fita simples não-radioativa e do sequenciamento direto dos produtos de PCR,
foram identificadas uma mutação em um cisto esporádico, assim como, uma mutação
em um cisto associado com a SCBN. Esse trabalho descreve pela primeira vez
uma mutação somática no gene PTCH
em um CO esporádico e uma nova mutação associada à SCBN.
Apoio financeiro: CNPq / FAPEMIG / FINEP / PRONEX
A121
Prevalência
de Fluorose Dentária em Princesa Isabel - Paraíba.
F.D.S., FORTE*, C.H.S.M.FREITAS, F.C.SAMPAIO, M.C.A.M.JARDIM
Disciplina de Odontologia Preventiva- Depto de Clínica e
Odontologia Social- UFPB - (048) 236-1192
Diversas localidades da Paraíba possuem fluoreto in
natura nas águas de abastecimento. Nas áreas onde os níveis de fluoretos
são considerados ‘ótimos’ para a região (0,6 ppm) já constatou-se uma
moderada prevalência de fluorose dentária (30-40%). O presente trabalho teve
como objetivo observar a prevalência de fluorose dentária na cidade de
Princesa Isabel-PB com níveis ‘sub-ótimos’ de fluoretos (0,4 ppm). Foram
selecionados aleatoriamente 142 escolares de 10 a 15 anos para o levantamento de
fluorose dentária pelo índice TF (Thylstrup & Fejerskov index). Os exames
foram realizados por três examinadores previamente calibrados sob luz natural
indireta e após escovação supervisionada e secagem dos elementos dentários
com gaze. Cerca de 20% dos escolares examinados apresentaram fluorose dentária,
sendo que 70% com TF =1 (leve) e outros 30% distribuídos em diversos graus (2 a
5). Fluorose foi mais prevalente no sexo masculino. Embora a fluorose dentária
observada esteja dentro dos níveis esperados para o teor de fluoretos (0,4
ppm), outras fontes sistêmicas de fluoretos devem ser controladas. A
prevalência de fluorose dentária observada não é problema de saúde pública
nesta população.
A122
Estudo
histológico dos efeitos da própolis no tecido conjuntivo de ratos.
E. BARBOSA e SILVA*, C. M. S. PERUCHI, L. T. O. RAMALHO
Depto. de Morfologia, Odontologia de Araraquara – UNESP
(016) 232-1233
Devido ao poder anti-séptico, cicatrizante e anestésico da
solução de própolis, e da sua ampla utilização pela população para o
tratamento de feridas cutâneas e ou aftas bucais, nos propusemos verificar
histologicamente a ação da solução de extrato alcóolico de própolis em
feridas de dorso e mucosa de ratos após confecção de lesão expondo o tecido
conjuntivo subjacente, em ambas as áreas. Os ratos foram divididos de acordo
com o tratamento recebido em: grupo 1 – controle; grupo 2 – tratamento com
álcool 96º GL, grupo 3 – tratamento com solução alcóolica de própolis a
10% e, grupo 4 – tratamento com solução alcóolica de própolis a 30%. Os
grupos 2, 3 e 4 receberam curativos de 6/6 horas durante 3, 5, 10 e 14 dias,
quando os animais foram sacrificados e as análises realizadas. Analisando-se os
resultados, observamos que a própolis não provoca reação inflamatória,
induz a formação epitelial bem como a neoformação vascular e fibroblástica
do tecido conjuntivo subjacente. Desta forma, concluímos que a própolis
pode ser indicada para o tratamento e reparação de feridas abertas por 2ª
intenção tanto em mucosa como no tecido subcutâneo.
A123
Efeito
do formocresol sobre o LPS bacteriano em tecido subcutâneo de camundongos.
A. T. SANT’ ANNA*, L. T. O. RAMALHO, D. M. P. SPOLIDÓRIO
Depto. de Morfologia, Odontologia de Araraquara – UNESP
(016) 232-1233
Bactérias gram-negativas são os microrganismos freqüentemente
encontrados em canais radiculares de dentes com necrose pulpar. Estes
microrganismos apresentam sua parede celular constituída de um complexo
polissacarídeo (LPS) o qual é liberado durante a multiplicação e lise de
bactérias promovendo uma série de respostas biológicas tais como inflamação
periapical e reabsorção óssea. Por outro lado, o formocresol de Buckley é um
dos tratamentos endodônticos de escolha para dentes decíduos necrosados
contendo bactérias gram-negativas. O propósito deste trabalho é verificar
histológicamente o comportamento do tecido conjuntivo subcutâneo de
camundongos Mus muscullus ao implante
de tubos de polietileno contendo LPS e a mistura de LPS e formocresol.Os períodos de análise foram 7, 15 e 30 dias. Os resultados
parciais no período estudado mostraram que LPS misturado com formocresol não
apresentou reação inflamatória significante quando comparado ao LPS. Este
dados contribuem para a afirmação de que o formocresol é responsável por, no
mínimo, a redução da citotoxicidade da endotoxina liberada pelas bactérias
gram-negativas.
A124
Efeitos
da hidroxiapatita em cultura de macrófagos.
E. A. L. GONÇALVES*, M.
C. C. FELIPPE, S. A. CATANZARO GUIMARÃES
DOD-UEM / FOB-USP - e-mail:ealg@wnet.com.br
Materiais biocompatíveis, não tóxicos e não reabsorvíveis,
como a hidroxiapatita, têm sido amplamente utilizados para auxiliar no reparo
de defeitos ósseos. Estudos in vivo não
são suficientes para elucidar os efeitos no metabolismo das células
relacionadas devido a multiplicidade e complexidade de fatores interferentes. O
objetivo deste trabalho foi observar o efeito da interação da hidroxiapatita
com macrófagos cultivados in vitro.
Macrófagos de camundongos, obtidos por lavagem peritonial com meio de cultura
M199 adicionado de penicilina e estreptomicina (100 unidades/ml) e de heparina
(20 unidades/ml), foram plantados em frascos de cultura contendo lamínulas de
vidro. Após 4 horas, as células não aderentes foram removidas por lavagem com
solução tampão fosfato e as aderentes mantidas por um dia em meio de cultura
adicionado de soro fetal bovino. O meio foi removido decorridas 24 horas, as células
lavadas, e adicionou-se ao meio 0,01 g de hidroxiapatita, prosseguindo-se a
incubação das lamínulas. Após períodos de 24 e 48 horas as lamínulas foram
fixadas e coradas. Observou-se aumento na formação de células gigantes após
48 horas de exposição dos macrófagos à hidroxiapatita. Os dados obtidos
indicam que a hidroxiapatita induz a formação de células gigantes
multinucleadas a partir de cultura de macrófagos in vitro. A fusão celular e
formação de células gigantes multinucleadas, reação característica de
inflamações granulomatosas observadas
neste estudo, sugerem possibilidade
de inflamações crônicas em locais de implante.
A125
Capeamento
pulpar direto: biocompatibilidade do óleo de copaíba associado ao Ca(OH)2.
M. F. BANDEIRA,
M. R. B.
OLIVEIRA*,
C. BENATTI NTO,
R. C. C. LIA
Univ. do Amazonas, F. C. FAr e FOAr- UNESP
(016) 232-1233 R. 156
Um dos objetivos
da Dentística Restauradora é
proteger e recuperar a polpa a fim de manter a vitalidade
da estrutura dental, sendo assim, propusemo-nos a avaliar o óleo
essencial e a resina da Copaifera
multijuga, associados ao hidróxido de cálcio - Ca(OH)2 -
visando sua introdução na Odontologia Restauradora como agente de capeamento
pulpar, tendo em vista as propriedades medicinais deste óleo. O óleo bruto foi
submetido à análise por cromatografia gasosa para conhecimento dos seus
componentes e a obtenção do óleo essencial e da resina
através de destilação. Pastas de
Ca(OH)2 associados ao
óleo essencial ou à resina, foram confeccionadas na proporção 1:1. Pasta de
Ca(OH)2 mais polietileno glicol 400 foi utilizada como
controle. A biocompatibilidade foi analisada utilizando 60 primeiros molares
superiores de 30 ratos, com objetivo de avaliar a reação pulpar das pastas
experimentais, utilizadas como agente de capeamento direto nos períodos de 7,
15, 30, 45 e 60 dias. Analisando comparativamente os eventos histopatológicos
ocorridos com as pastas os quais foram considerados favoráveis, foi possível
sugerir que em todos os períodos, a pasta de Ca(OH)2 mais óleo essencial apresentou ligeiramente melhor
desempenho, seguida das pastas de Ca(OH)2 mais
polietileno glicol 400 e Ca(OH)2 mais resina da
Copaifera multijuga.
Alencar, J. C. Acta Amazônica,
12:75-89,1982.
Stanley, H. R. Am. J.
Dent.,11:17-34, 1998.
Apoio financeiro: CAPES / PICD.
A126
Expressão
alterada de MMP-1 e MMP-2 mas não de TIMP-1 e TIMP-2 em fibromatose gengival
hereditária é mediada por efeito autócrino de TGF-b1.
R.D. Coletta*, O.P. Almeida, M.A. Reynolds, J.J. Sauk
Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP, Piracicaba-SP,
Brasil; University of Maryland Dental School, Baltimore-MD, USA - (019)
430-5318Fibromatose gengival hereditária (FGH) é caracterizada por um
excessivo acúmulo de matriz extracelular (ME), resultando em um fibrótico e
generalizado aumento gengival. Para elucidar algumas das características
regulatórias que resultam nesta condição, quatro linhagens celulares de
fibroblastos gengivais de indivíduos de uma mesma família com FGH foram
examinados para a expressão e produção de metaloproteinases de matriz (MMPs)
e seus inibidores teciduais (TIMPs). A produção de colágeno foi também
determinada utilizando prolina tritiada. A expressão e produção de MMP-1 e
MMP-2, como revelado por semi-quantitativo transcriptase reversa- reação de
cadeia de polimerase (RT-PCR) e enzimografia, foram significantemente menor em
fibroblastos de FGH comparando com fibroblastos de GN. Por outro lado, a expressão
de TIMP-1 e TIMP-2 foi ligeiramente maior em fibroblastos de GN. A neutralização
do fator de crescimento transformante-beta1 (TGF-b1), o qual é produzido em
grandes quantidades por fibroblastos de FGH, com anticorpos específicos elevou
os níveis de expressão e produção de MMP-1 e dramaticamente reduziu os níveis
de MMP-2, enquanto que os de níveis de TIMPs não foram alterados. A produção
de colágeno foi maior em fibroblastos de FGH que em fibroblastos de GN. Estes
resultados de expressão e produção de MMPs e colágeno sugerem que exacerbada
produção de TGF-b1 reduz a atividade proteolítica de fibroblastos de FGH,
favorecendo o acúmulo de ME.
Suportado por CAPES - Proc.BEX2489/97-0.
A127
Efeitos
da clorexidina na mucosa oral de ratos Wistar.
L. B. QUINDERÉ*, L. P. PINTO, M. B. S. LAGRANGE, M. C. A.
SILVA, R. A. FREITAS
Programa de Pós-Graduação
em Patologia Oral/UFRN - (084) 221-2504
A clorexidina consiste em um anti-séptico de ampla utilização
na prática odontológica que vem sendo objeto de numerosos estudos. Com o
objetivo de verificar o efeito tópico da clorexidina sobre a mucosa oral de
ratos, foram utilizados 30 animais, subdivididos em 6 grupos: 4 experimentais
que receberam a clorexidina a 0,5 e 5% e, 2 controles submetidos ao soro fisiológico
por períodos de tempo de 15 e 30 dias. Clinicamente, observaram-se áreas
esbranquiçadas e eritematosas, bem como ulcerações, nos animais que receberam
a clorexidina a 5%. Nos demais animais do experimento estes achados foram
inconsistentes. A análise morfológica revelou alterações epiteliais do tipo
hiperceratose, acantose e ulceração e, no conjuntivo subjacente, infiltrado
inflamatório mononuclear, moderada vascularização e formação de
microtrombos de forma significante, na mucosa dos animais submetidos à
clorexidina a 5%. Nossos resultados indicam que as alterações clinicopatológicas
provocadas pela ação do gluconato de clorexidina foram significantemente mais
frequentes e severas, com o uso deste anti-séptico em elevadas concentrações
(5%) e por maiores períodos de tempo.
Apoio financeiro: CAPES.
A128
Alterações
estereológicas induzidas pelo álcool no epitélio do assoalho de boca em
ratos.
A.R.SILVA JÚNIOR, F.A.S.SILVA*, R.A.LOPES, M.A.SALA,
S.A.LACERDA, A.A. CAMPOS.
Depto. Mofologia, Estomatologia e Fisiologia. Fac. Odontol.de
Ribeirão Preto - (016) 624-2984
A proposta desse estudo foi investigar morfometrica e
estereologicamente as alterações detectadas no epitélio do assoalho de boca
em fetos de rato, cujas mães foram submetidas ao etanol e aguardente de cana,
durante a prenhez. Foi injetado, intraperitonealmente, nas ratas soluções com
0,03 ml/g de peso corporal de etanol a 25%, aguardente de cana ou solução
salina (controle) no 9º, 10º e 11
dia de prenhez. Os fetos foram coletados no 20º dia de prenhez e fixados em
solução de alfac durante 24 horas. Após a fixação, 5 fetos de cada grupo
foram escolhidos, suas cabeças foram separadas dos corpos, cortadas no plano
sagital, embebidas em parafina, cortadas em cortes semi-seriados de 6 mm
de espessura e coradas com hematoxilina e eosina. As lâminas foram
utilizadas para o exame histopatológico, cariometria e estereologia do epitélio.
A análise estatística dos resultados foi realizada pelo teste não-paramétrico
de Mann-Whitney. Os resultados mostraram que a exposição pré-natal ao álcool
afeta diretamente a embriogênese, com retardo no crescimento intra-uterino
evidenciado pelo menor peso dos fetos e placenta e menor cordão umbilical. A
camada basal para os animais tratados mostrou-se maior em relação ao grupo
controle, a camada espinhosa era menor nos animais tratados com núcleos mais
achatados. Esses resultados foram estatisticamente significantes (p<0,01). A
espessura total do epitélio não apresentou significância estatística entre o
grupo tratado e controle. A camada de ceratina esteve ausente e a camada
granulosa apresentou-se com menor diferenciação celular no grupo tratado. Pode-se
concluir que a exposição pré-natal ao álcool durante a gestação causa
retardo no crescimento, menor peso de placenta e cordão umbilical e menor
diferenciação do epitélio
A129
Propriedades
erosivas de sucos de frutas e suas influências nas alterações do pH salivar.
M. M. A. GOUVEIA* , D. R. TAMES,
R. FERREIRA
Laboratório de Pesquisa em Odontologia / Univali - SC
Fone/Fax (047- 341-7564)
O objetivo inicial deste estudo foi investigar propriedades de
sucos de frutas industrializados dos sabores: goiaba, abacaxi, pêssego, maçã,
manga e damasco (Del Valle®), relacionadas com a erosão dental. Nestes, foram
determinados o pH, usando potenciômetro e eletrodo combinado de vidro, a
capacidade tampão, através da determinação do volume de NaOH 1N gasto para
elevar o pH até 5,5, e a concentração de flúor valendo-se de potenciômetro
e eletrodo combinado seletivo para fluoreto. Os resultados mostraram que o pH
dos sucos variou de 3,34 a 3,26, para os sabores de abacaxi e pêssego,
respectivamente. O suco que apresentou maior capacidade tampão foi o de abacaxi
e a menor o de manga. O teor de flúor não ultrapassou 0,527 ppm (maçã). Com
estes dados, determinamos in vivo as
alterações do pH salivar de 33 voluntários (17 a 22 anos) de ambos os sexos,
antes (pH inicial) e nos tempos 0, 1, 5, 10 min após ingestão de 100 ml dos
sucos de abacaxi, manga e pêssego, selecionados entre os demais por possuírem
os valores extremos de pH e capacidade tampão. Os resultados estão contidos no
quadro abaixo, onde os valores seguidos pela mesma letra em cada coluna não
diferem entre si pelo teste de Duncan (p<0,005):
Sucos
PHi (inicial)
PH/Tempo-0
PH/Tempo-1
PH/Tempo-5
PH/Tempo-10
Manga
7,0
± 0,456a 5,47
± 1,059b
6,33 ±
0,76a 6,13 ±
0,691b
6,21
± 0,672b
Pêssego
6,93 ± 0,452a
6,06 ± 0,979a
6,67 ±
0,735a 6,58
± 0,499a
6,56 ±
0,593a
Abacaxi
7,02 ±
0,458a
6,02 ± 0,962a
6,59
± 0,676a
6,56 ± 0,514a 6,56
± 0,511a
Concluimos que não houve dependência direta entre a
capacidade tampão e/ou pH dos sucos com as variações do pH salivar. A saliva
total teve efeito tampão imediato.
A130
Desenvolvimento
pós-natal da glândula submandibular da cobaia (Cavia porcellus).
G. F. ASSIS*, M. A SANTOS**, R. TAGA, A. C. M. STIPP.
Departamento de Ciências Biológicas -Histologia- FOB/USP.
Fone (014) 235-8259.
O desenvolvimento pós-natal da glândula submandibular da
cobaia (Cavia porcellus) foi estudado
por métodos estereológicos e análise alométrica pelo método não paramétrico
de Wald, no período de 2 a 140 dias de vida pós-natal. Os resultados mostraram
que o período de maior desenvolvimento da glândula ocorreu entre 2 e 70 dias.
Nesse período, a massa glandular e o volume absoluto do compartimento dos ácinos
aumentaram, respectivamente, 518% (P<0,01) e 688% (P<0,01). Como os outros
compartimentos ocupam pouco espaço da glândula e aumentaram muito pouco, o
aumento do volume dos ácinos foi o principal responsável pelo crescimento da
glândula submandibular. O número total de células acinosas influenciou pouco
(231%) no aumento do volume dos ácinos. O crescimento diferencial do volume do
sistema de ductos, o volume do estroma e o número total de células
parenquimatosas, possuem um padrão monofásico de relação alométrica em função
da massa corporal, com exceção do volume dos ácinos que apresentou um padrão
trifásico. Os resultados mostraram, portanto, que apesar de aos 2 dias de
vida pós-natal a glândula submandibular da cobaia apresentar-se bem
desenvolvida, ainda cresce substancialmente até 70 dias, como conseqüência
principalmente do aumento do volume dos ácinos.
Bolsista
PIBIC / CNPq.
A131
Saúde
bucal das crianças atendidas na Clínica de Bebês –FO/ UFRJ.
S. PAIM*, A. RIBEIRO, A. MODESTO
Departamento de Odontopediatria – FO/UFRJ -
(021) 560-6137 R: 2101
O objetivo deste estudo foi identificar os fatores de risco à
doença cárie e os hábitos bucais nocivos em crianças cadastradas na Clínica
de Bebês da Odontopediatria da FO-UFRJ. Foram coletados dados do exame inicial
obtidos de fichas clínicas de 386 bebês, com idade entre 1 a 44 meses (média
18,24 + 9,40), de ambos os sexos, sendo 217 meninos. Os critérios para a
classificação do risco à doença cárie foram: - bebês com risco
identificado (RI), aqueles que não recebiam higiene bucal (HB) e/ou que
recebiam aleitamento noturno, e/ou que consumiam sacarose mais de 5 vezes ao dia
e/ou que não tinham contato com fluoreto sistêmico nem tópico (F-), já tendo
dente presente na boca; - bebês com risco não identificado (RNI), aqueles que
não se enquadravam nos critérios acima. Foi considerado hábito nocivo o uso
de chupeta, dedo, sucção de lábio ou língua, após 12 meses de idade. As
freqüências foram obtidas através do Epi Info 6.04. Verificou-se que 119 bebês
(30,8%) não faziam HB e 303 (78,5%) não haviam tido contato com F-.
Em 294 (75,4%), a ingestão de açúcar era inferior a 5 vezes ao dia No que se
refere ao aleitamento noturno dos bebês, 151 (39,1%) faziam o aleitamento
artificial e 61 (15,8%) faziam o natural. Quanto ao risco, 308 (79,8%)
apresentaram RI. Foram identificados 262 bebês (67,9%) com hábitos nocivos,
onde 138 (35,8%) faziam sucção de chupeta, 11 (2,8%) sucção de dedo e 7
(1,8%) de lábio ou língua. Com relação à doença cárie, 74 bebês (19,2%)
apresentavam atividade de cárie. A alta prevalência de bebês apresentando
risco identificado à doença cárie e hábitos nocivos sugere a necessidade de
educação precoce dos responsáveis, quanto as práticas de promoção de saúde
bucal.
A132
Conhecendo
as relações entre Educação e Saúde Bucal no ambiente escolar brasileiro
M. V. GOUVÊA*, M. P. F. CORVINO
Pós Graduação em Odontologia Social / UFF, Niterói, RJ -
(021) 711-1289
Para entender com maior profundidade a questão da Educação
em Saúde Bucal no ambiente escolar brasileiro, se faz necessária uma busca
histórica das abordagens educativas em saúde. A literatura reconhece uma
trajetória de ações educativas em saúde para escolares no Brasil, com duas
concepções básicas: a Educação Sanitária (A) e a Educação em Saúde (B).
O conceito de Educação em Saúde é mais atual, estando vinculado ao conceito
social de saúde, expresso na 8ª
Conferência Nacional de Saúde (1986).O objetivo deste trabalho foi conhecer
com que concepção se identificam os programas ditos de Educação em Saúde
Bucal realizados no país. Para tal partiu-se de um levantamento bibliográfico
de programas de Educação em Saúde Bucal realizados em ambiente escolar,
publicados nacionalmente. Relacionou-se as práticas mais citadas, comparando-as
então, com os fundamentos teóricos de cada concepção(A e B). As atividades
mais relacionadas foram: palestras, técnicas de higiene oral e aplicação de
flúor. Comparando os achados com a base teórica das concepções A e B, pôde-se
observar que tais atividades ressaltam o caráter individual e biológico do
trabalho e refletem uma visão estática do processo educativo se afastando da
concepção de Educação em Saúde (B), que aponta para a necessidade de se
considerar os determinantes sociais do
processo saúde-doença. Concluiu-se que as práticas mais relacionadas na
literatura brasileira como sendo de
Educação em Saúde Bucal, estão mais próximas da concepção teórica de
Educação Sanitária do que propriamente da concepção de Educação em Saúde.
Os resultados apontam para o fato de que tem se trabalhado com Educação/Saúde
Bucal, de forma distanciada do Conceito Social de Saúde.
A133
Confecção
e guarda da documentação odontológica: procedimentos de cirurgiões-dentistas.
m.c.serra*.
Departamento de Odontologia Social FOar-UNESP Fone:(55)(16)232-1233 r.114 Fax:(55)(16)222-4823
e-mail: mcserra@foar.unesp.br
O objetivo deste trabalho foi verificar procedimentos de
cirurgiões-dentistas relativos à confecção e guarda da documentação
odontológica. A relação de confiança outrora existente entre cirurgião-dentista
e paciente está sendo substituída por uma relação contratual. O número de
processos por responsabilidade profissional contra cirurgiões-dentistas aumenta
a cada dia no Brasil. Profissionais que não conseguem provar seus atos devido
à não confecção da documentação necessária não constituem casos raros.
Cuidados adequados com a documentação odontológica protegem tanto cirurgiões-dentistas
quanto pacientes. Foi elaborado e aplicado um questionário em 131 cirurgiões-dentistas,
perguntando sobre suas atitudes relativas à confecção e guarda da documentação
odontológica. Foram questionadas atitudes como a realização de questionário
de saúde, a guarda de cópias de receitas, de atestados, a realização de
contratos escritos, presença da assinatura do paciente em alguns documentos,
qual o tempo de guarda da documentação, etc...Dentre outros dados, verificou-se que somente 48,1% dos profissionais
entrevistados solicitam assinatura do paciente no questionário de saúde, 30,5%
realizam verbalmente a anamnese; 38,9% guardam cópias de receitas, 29,8%
guardam cópias de atestados; 12,2% estabelecem um contrato assinado com seus
pacientes; 31,3% guardarão sua documentação por mais de 20 anos. Verificou-se
também que 55,7% anotam em suas fichas somente os trabalhos a serem realizados,
e 38,2% anotam todos os eventos presentes, independentemente da necessidade de
intervenção clínica. Concluiu-se que os profissionais precisam melhorar
seus cuidados relativos à documentação odontológica, confeccionando-a e
guardando-a adequadamente.
A134
Posicionamento
de gestantes/obstetras
frente alguns
aspectos da
cárie dentária.
B. COSTA*; F. MILANESE, M. R. GOMIDE, L. T. NEVES.
Depto. Odontopediatria - HRAC - USP – Bauru – (014)2358141
– bcosta@usp.br
Este estudo teve como objetivo avaliar o conhecimento de
gestantes, bem como a opinião dos ginecologistas/obstetras em relação aos
fatores que influenciam o estabelecimento e desenvolvimento da cárie dentária.
Foram elaborados dois questionários, sendo um deles aplicado a 115 gestantes e
o outro a 30 médicos obstetras da cidade de Bauru contendo, cada um, 05 questões
com duas respostas fechadas (sim/não). Os resultados percentuais encontrados
foram: um pouco mais da metade dos obstetras (67,85%) considerou a cárie como
doença infecciosa e, somente 48,85% reconheceu o seu caráter transmissível.
Entre as gestantes, apenas 28,94% julgaram a cárie como doença transmissível.
A maioria dos obstetras (96,42%) e das gestantes (86,84%) admitiram ter
conhecimento da progressão da cárie ocorrer em vários estágios, mas
acreditam que a restauração pode curar a cárie (78,07% das gestantes e 64,28%
dos obstetras). Em relação aos hábitos de risco, o efeito deletério do açúcar
sobre os dentes foi um conceito bastante sedimentado entre os obstetras (85,71%)
e as gestantes (98,24%), assim como a correlação positiva entre a higiene
bucal e a prevenção da cárie dentária (100% e 98,24%, respectivamente).
Tais resultados demonstram a importância da integração entre cirurgiões-dentistas
e obstetras com o objetivo de educar e motivar as futuras mães para
desenvolverem hábitos adequados de saúde bucal que visam a prevenção da cárie
dentária em seus bebês.
A135
Avaliação
de um programa de educação e de motivação do paciente para o retorno ao
consultório odontológico.
P. P. N. S. GARCIA*, S. A. M. CORONA, W. DINELLI.
Odontologia Restauradora. F.O.Ar. – UNESP - (016) 271-8867
A implantação de um programa de educação e motivação do
paciente para o retorno, no serviço odontológico da Universidade Federal de São
Carlos, foi avaliada, por meio da análise do nível de conhecimento dos
pacientes, da observação da cooperação com o retorno antes e após o
programa e da verificação da periodicidade de retorno praticada. Para isso
foram selecionados 100 pacientes, funcionários e docentes da Universidade
Federal de São Carlos. No programa aplicado, utilizou-se a orientação direta
associada a recursos audiovisuais. Para a análise do nível de conhecimento dos
pacientes, foi aplicado um questionário, antes do programa, imediatamente após
o final da aplicação inicial, no primeiro retorno e após a sua conclusão. A
observação da cooperação com o retorno pré e pós-programa e a verificação
da periodicidade praticada no pós-programa, baseou-se em um exame criterioso
das fichas clínicas de todos os pacientes participantes, avaliando-se o retorno
destes em dois períodos: de 1o
de janeiro de 1996 a 30 de junho de 1997, e de 1o
de agosto de 1997 a 31 de janeiro de 1999, totalizando 36 meses de observações.
Os resultados submetidos a análise estatística descritiva mostram que o nível
de conhecimento A passou de 12% antes do programa para 89% após o mesmo, a
cooperação completa de retorno de 7% para 85% no pós-programa e 15% não
desenvolveram a periodicidade recomendada. Conclui-se que a implantação do
programa educativo foi realizada com sucesso, uma vez que houve melhora considerável
no nível de conhecimento dos pacientes e a
cooperação completa de retorno aumentou satisfatoriamente.
Apoio financeiro: FAPESP / CNPq.
A136
Doença
cárie: percepção de professores do ensino fundamental na Região do Lagos-
RJ.
P. A. ALMEIDA*, M. A.SENNA, M.T. TRINO, M. V. GOUVÊA, G. S.
OLIVEIRA.
Pós-graduação em Odontologia
Social/UFF-Niterói-RJ - (021) 611-9404
Este estudo foi parte de um curso de capacitação em saúde
bucal para professores de escolas públicas
municipais. Objetivou-se conhecer a
percepção de professores do 1º segmento do
ensino fundamental, com relação à ocorrência da doença cárie dentária no
ambiente escolar bem como quanto a resolutividade
do problema. Para tal, reuniu-se no município de Rio das Ostras, 73 professores
de três municípios da Região dos Lagos no Rio de Janeiro (Búzios, Cabo Frio
e Rio das Ostras). Estes responderam sete questões de um questionário
estruturado ( após
pré-teste do instrumento) nos dias 20 e 21 de novembro de 1998.
Constatou-se que para os professores do estudo a doença cárie foi considerada
muito frequente (87, 67%) e grave (79,45%). No entanto para 61,64%
a doença está em queda. Com relação à resolutividade do problema
observou-se que a maior parte dos professores considerou o
problema de difícil solução (86,30%), exigindo recursos
adicionais(67,13%), sendo que 89,04% relataram dificuldade no acesso aos serviços
de saúde. A análise dos resultados permite concluir que a população em
estudo percebe a gravidade da doença cárie, embora constate que ela está
diminuindo no ambiente escolar, observa a necessidade de uma maior aplicação
de recursos no setor e a necessidade de facilitar o acesso aos serviços, o que
aponta para uma maior integração
com as unidades de saúde próximas.
A137
Análise
do comportamento de bebês durante atendimento odontológico.
D. TORRIANI*, C.
PERCINOTO, M. L. SUNDEFELD
Depto de Odont. Infantil e Social, Fac. Odont. de Araçatuba-UNESP
- (018) 620- 3274. percinot@foa.unesp.br
Foi analisado o comportamento de 786 bebês durante
atendimento odontológico, considerando-se o sexo, a idade e os dentes
irrompidos. A amostra constituiu-se das fichas clínicas que estivessem
totalmente preenchidas, inclusive com autorização do responsável, cujos bebês
tivessem até 18 meses de idade na primeira consulta e comparecido a no mínimo
4 consultas, totalizando n = 254. O
comportamento destes bebês era caracterizado, a partir de escala
comportamental, como colaborador, colaborador com reservas e não-colaborador, e
foi registrado, no momento em que era feita a profilaxia, em
todas as consultas a que compareciam, em arquivo EPIINFO v. 6.2, até que
os bebês completassem 24 meses de idade. A análise estatística foi realizada
com processamento descritivo dos dados, resultando em tabelas e gráficos de freqüência absoluta e percentual, e
a inferência foi feita através do Teste Qui-quadrado e Teste Exato de Fischer,
ao nível de significância de 5%. Os resultados mostraram que, a despeito do
maior número de meninos, não houve diferença significativa no comportamento
entre os sexos. Quanto à idade, até os 8 meses o comportamento colaborador
predominou, mudando para colaborador com reservas até os 22 meses, quando
voltou a ser colaborador. Em relação à presença de dentes, o comportamento
colaborador diminuiu a partir da irrupção dos dentes. Concluímos que as
manifestações comportamentais dos bebês oscilam
sistematizadas com a idade e a irrupção dos dentes, independente do
sexo, sendo o desenvolvimento físico-psíquico o fator decisivo.
A138
Análise
das condutas e percepções de obstetras relacionadas à saúde bucal
F. SILVEIRA*, B.
VOLSCHAN, M. ALMEIDA, E. SOARES, S. FIGARDO
Pós-graduação em Odontologia Social – UFF/ UNESA/UFRJ –
RJ - Brasil - (021) 714-7640
Promover a saúde bucal faz parte da assistência pré-natal de qualidade, sendo fundamental para
proteger a saúde materno-fetal. A proposta deste estudo foi analisar as
condutas e percepções de obstetras frente às necessidades de saúde bucal das
gestantes, confrontando-as com o conteúdo de livros de obstetrícia. Foram
distribuídos 115 questionários para obstetras da cidade do Rio de Janeiro em
1997/1998, obtendo-se o índice de retorno de 65,2 % (n = 75 ). A análise de
conteúdo dos livros didáticos foi realizada nos 12 títulos mais utilizados na
biblioteca de Medicina da Universidade Federal Fluminense ( RJ). Os obstetras
citaram como queixas principais de suas pacientes o sangramento gengival (77,6%)
e o aumento do número de cáries (52,4%); 71,6% consideraram estes sinais e
sintomas naturais durante a gestação; 53,3% não prescrevem flúor; 70,7%
orientam a dieta quanto ao consumo de açúcar, e 64 % sugerem cuidados com a
higiene oral. Dos 12 livros analisados, os aspectos odontológicos são
abordados em 8; em 4 o sangramento gengival é considerado inevitável e causado
por alterações hormonais; nenhum livro faz referência à etiologia da cárie;
dois títulos relatam que “dentistas e leigos consideram que a cada gestação
é um dente que se perde”; dois autores mencionam que não há comprovação
de benefícios na suplementação de fluoretos; três autores citam que deve-se
ter o cuidado com a higiene bucal. Concluiu-se que as condutas e percepções
dos obstetras estão de acordo com as recomendações dos principais livros de
obstetrícia, necessitando revisões em vários aspectos relacionados à saúde
bucal e, ainda, que a integração entre a odontologia e a obstetrícia é
insatisfatória, refletindo a fragmentação do saber no modelo de ensino médico-odontológico.
A139
Considerações
sobre a saúde bucal de um grupo de portadores de síndrome de down.
B. VOLSCHAN*, C. SILVA, P. DUTRA, R. FERREIRA, E. SOARES
Odontologia Social - UFF/UNESA - RJ.
E-mail: bvolschan@openlink.com.br
Esta pesquisa objetiva conhecer as condições de saúde bucal
de um grupo de portadores da Síndrome de Down, correlacionando-as com os
aspectos sociais e os hábitos presentes. A amostra do trabalho consistiu de 25 alunos da Escola Especial Colibri -
RJ, os quais pertencem a duas
turmas do nível mais avançado de aprendizado da escola, que compreende adultos
de idade variável de 18 a 34 anos. Os dados foram coletados através dos índices
CPO-D, de Placa e de Sangramento Gengival, além do fornecimento de um questionário
respondido pelos responsáveis. O questionário abordou perguntas de âmbito sócio-econômico
e hábitos de saúde oral. O exame dos índices foi realizada por 2
examinadores, os quais foram submetidos a aferição interpessoal ( índice de
Spearman 0,987). Os resultados mostraram que o grupo examinado possuia como médias
de indices de placa, sangramento gengival e CPO-D: 77,64%; 32,17% e 7,61
respectivamente. Apenas um participante nunca foi ao dentista. Entretanto,
independente da classe social e da escolaridade, 44% responderam procurar o
dentista somente quando houvesse necessidade. Com relação a rotina de higiene
bucal, 80% da amostra realiza a própria escovação sem supervisão de responsáveis.
E somente 16% faz uso do fio
dental. Não foi verificado correlação de escolaridade e
de renda mensal dos responsáveis com as condições de saúde oral. Conclui-se
que há necessidade de implementar um programa
de promoção de saúde bucal na escola pesquisada, baseado na educação
participativa de profissionais da área odontológica, alunos, responsáveis e
funcionários dessa instituição.
A140
Tratamento
restaurador atraumático: conheciemnto dos cirurgiões-dentistas da XX região
administrativa do RJ.
L. Primo, A.G.L.Ramos-Valente
Odontopediatria – FO-UFRJ
Fax: 560-6137 r. 2101
Este estudo teve como objetivo avaliar o conhecimento de
cirurgiões-dentistas do setor de Saúde Pública da XX Região Administrativa
do município do Rio de Janeiro sobre o Tratamento Restaurador Atraumático
(TRA), correlacionando com sexo e tempo de formado. Foi elaborado um questionário
com 9 perguntas fechadas, sobre o nível de conhecimento a cerca do TRA,
relacionando com indicações e materiais utilizados. Foram distribuídos 180
questionários e 113 foram respondidos. Os dados foram analisados, aplicando-se
o teste Qui-quadrado. Os resultados mostraram que do total de profissionais que
indicaram cimento de ionômero de vidro como material restaurador para o TRA,
72,2% eram mulheres e 78,8% tinham mais de dois anos de formados.
Do total da amostra, 68,3% reconheceram a capacidade do TRA em paralisar
lesões cariosas e 69,2% indicaram a colher de dentina como instrumento
utilizado na técnica. Quanto à percepção sobre a permanência das restaurações
do TRA, apenas 54% consideraram-nas definitivas (72% eram mulheres e 17% recém-graduados).
Somente 7,1% indicaram corretamente o TRA para utilização em Saúde Pública.
Os autores concluem que há falta de
conhecimento dos cirurgiões-dentistas, atuantes em Saúde Pública,
sobre o TRA, o que demonstra a necessidade de reformulação dos currículos nas
universidades, de modo a preparar melhor os profissionais para
lidarem com o quadro da Saúde
Bucal em nosso país.
A141
Programa
de Prevenção de Câncer Bucal no Brasil. Análise de quatro anos consecutivos.
M.R. SPOSTO*, D. THAME, C.M. NAVARRO, M.A. ONOFRE, M.E.S.F.M.
MOTTA, C. SCULLY.
F.O. Araraquara – UNESP, Brasil; Eastman Dental Institute,
London, U.K. - (016) 232-1233 R:260
Os programas de prevenção de câncer bucal têm sido
considerados estratégias de educação em saúde para diagnóstico e proservação
de LEPMs e diagnóstico precoce do câncer bucal. Este estudo visa determinar a
prevalência de LEPMs e câncer bucal em quatro programas consecutivos de prevenção
de câncer bucal realizados na cidade de Araraquara nos anos de 1994 à 1997.
Foram examinados 1571 indivíduos, 402 homens e 1169 mulheres de 15 à 90 anos
dos quais 798 (50,7%) apresentaram lesões bucais. Foram diagnosticados 1056 lesões
assim distribuídas: 17% LEPMs, 0,5% canceres bucais e 82,6% outras lesões. A
prevalência de lesões diagnosticadas na população anualmente não apresentou
modificações significantes, havendo diminuição do número de indivíduos
examinados no período. Concluímos que os programas foram importantes não
somente para a detecção de LEPMs e câncer bucal, como também de outras lesões,
constituindo-se em um método efetivo e abrangente de prevenção e orientação
da população.
Auxílio integrado: CNPq # 523 700/95-4 (NV).
A142
Estudo
longitudinal envolvendo
grupo focal de adolescentes
grávidas durante 18 meses.
M.U.ALVES*, N.A.TATO, M. C.BRANDÃO, E. L SOARES.
Odontopediatria/ UNIG,UNESA, Pós-graduação em Odontologia
Social-UFF. Fax.(021) 239 28 37.
O presente estudo é parte do projeto de Promoção de Saúde
Bucal Materno Infantil com gestantes
adolescentes no IPPMG/UFRJ e aprovado pelo comitê de ética e pesquisa. Os
objetivos do presente estudo foram:1-Analisar as representações iconográficas
sobre saúde/doença da população-alvo; 2- Educar para conscientizar
sobre a importância da saúde da mãe na promoção de saúde bucal do bebê;
3–Atenção primária de saúde bucal às participantes e bebês a partir do
primeiro mês com acompanhamento trimestral.
A metodologia usada no presente estudo foi trabalhar com
grupos focais de 15 adolescentes em reuniões semanais. A amostra foi de
74 adolescentes entre 12 e 21 anos de idade Foram examinadas clinicamente,
orientadas sobre higiene bucal, receberam kit com escova, fio dental e creme
dental (trimestralmente) e atenção primária de saúde bucal. A análise
qualitativa da história de vida dos grupos e análise iconográfica das
representações sobre saúde/doença mostrou
que 85% não haviam concluído o primeiro grau, condições precárias de
vida, baixa auto-estima, desinformação sobre a transmissibilidade da cárie. A
avaliação do projeto após 18 meses evidenciou melhora da auto-estima, das
condições de saúde bucal, bem como interesse na saúde bucal dos bebês.
Conclusões: as adolescentes, devem ser consideradas dentro do contexto
bio-psico-sócio-cultural da comunidade onde vivem. As mudanças no perfil
epidemiológico da população serão possíveis quando esta receber educação,
motivação e se conscientizar de sua importância na manutenção da própria
saúde. Programas de educação e atenção primária devem ser urgentemente
implantados para reverter os problemas que afligem a maioria da população.
A143
Análise
histórica e sócio-econômica do financiamento das políticas públicas de saúde.
S. R. JUNQUEIRA*, M. E. ARAÚJO, I. T. P. CALVIELLI.
Depto. Odontologia Social. FOUSP. (011) 818-7891.
Através de um levantamento histórico sobre o financiamento
da saúde no Brasil, buscou-se avaliar seu aspecto sócio-econômico. Os custos
indicam a efetividade de um programa de política de saúde e, embora seja um
fator limitante, não deve ser o único meio de controle qualitativo dos serviços.
A saúde deve ser pensada dentro do contexto social e econômico em que vive o
país. A acelerada urbanização, o envelhecimento da população e as melhorias
no campo da tecnologia médica são alguns fatores de elevação dos custos da
saúde. Os recursos destinados à Saúde em 1981 foram da ordem de U$ 4,5 bilhões.
A partir da Constituição de 1988, o Sistema Único de Saúde foi implantado e
com ele foram estipuladas novas regras de financiamento para o setor. No
entanto, os recursos destinados à Saúde são insuficientes. No início dos
anos 90 houve uma queda real superior a 40% no orçamento da Saúde (de U$ 13
bilhões em 1990 para U$ 6,6 bilhões em 1992). Para a assistência odontológica,
estima-se que o valor gasto pelo Governo Federal em 1997 foi de apenas R$ 200
milhões. A partir de 1996, houve uma diminuição nos gastos federais com a Saúde,
compensada pelo crescimento da arrecadação da Contribuição Provisória sobre
Movimentação Financeira (CPMF). Para suprir as necessidades de atendimento
da população apurou-se que o Estado precisa triplicar a sua capacidade de
investimento no setor.
A144
Bioética:
atenção odontológica às crianças portadoras da síndrome de Down, uma análise
comparativa.
P. ZARZAR*; A. ROSENBLATT.
Coordenação de Pós-Graduação, FOP-UPE – (081) 4581088
rosen@nlink.com.br
O presente trabalho teve como objetivo avaliar a atenção
odontológica às crianças
portadoras da síndrome de Down, com idade de 3 a 10 anos, de ambos os sexos,
dentro dos princípios da Bioética. A metodologia constou de um estudo
comparativo de 30 crianças portadoras da síndrome de Down
denominadas “grupo de estudo” e de 30 não portadoras da síndrome
denominadas de “grupo controle” na mesma faixa etária e condição sócio-economica,
atendidas no hospital de referências para pacientes especiais, Hospital Geral
de Areias, na cidade do Recife, nos anos de 1997 e 1998. O principio da
autonomia foi avaliado através de um formulário sob a forma de entrevista,
aplicado aos responsáveis e a beneficência através de um exame clínico nas
crianças de ambos os grupos. Concluiu-se que os responsáveis pelas crianças
portadoras da síndrome de Down parecem exercer melhor o princípio bioético da
autonomia em relação ao tratamento odontológico de seus menores, comparados
com o grupo controle. A atenção odontológica aos portadores da síndrome
de Down parece falhar quanto ao princípio bioético da beneficência em relação
ao grupo controle, se considerados os aspectos preventivos do modelo
assistencial vigente. Sugere-se outras
pesquisas quantos aos princípios bioéticos, pacientes especiais e outras
minorias sejam objeto de investigações futuras.
Apoio financeiro: CAPES.
A145
Percepção
dos pais a respeito do tratamento ortodôntico em pacientes Síndrome de Down
T. M. SOARES*, R. B. C. VIANNA, A. S. B.VIEIRA, M. T. F.
SOUZA, C. C. MEDEIROS, K. B. S. L. BATISTA
Departamento de Odontopediatria e Ortodontia - UFRJ Telefone:
560-6137 r.2100
Apesar da alta frequência de maloclusões associada à Síndrome
de Down, sua correção é um tópico controvertido. O objetivo desse trabalho
foi avaliar a percepção dos pais em relação ao tratamento ortodôntico em
pacientes Síndrome de Down. Foi realizado um questionário constando de 12
itens, envolvendo colaboração do paciente frente às situações odontológicas
passadas, percepção dos pais quanto ao tratamento ortodôntico, seu grau de
aceitação e as principais dificuldades relativas ao tratamento. Este questionário
foi aplicado a uma amostra de 35 pais ou responsáveis de pacientes pertencentes
à Uni. Ped. Pac. Esp. da UFRJ e do Centro Dinâmico de Desenvolvimento. Os
resultados demonstraram que 71% dos
pais perceberam dentes fora de posição, porém apenas 63% sugeriam sua correção.
82% consideravam que o paciente aceitaria o tratamento ortodôntico. Quando o
responsável pela indicação do tratamento era o dentista, o nível de concordância
era extremamente elevado (91%). Entre as dificuldades apresentadas, as mais
dominantes foram o aspecto financeiro (63%) e falta de local especializado para
esse atendimento (54%). Podemos concluir que: os pais e responsáveis por
crianças Síndrome de Down estão cientes da presença de dentes fora de posição
e de sua necessidade de correção; posicionam-se favoravelmente ao tratamento
ortodôntico caso indicado pelo dentista e as maiores dificuldades relatadas
foram o aspecto financeiro e falta de local especializado para esse atendimento.
A146
Efeito
da profilaxia profissional e escovação habitual na placa bacteriana dentária.
S. A. S. MOIMAZ*, L. O. C. GUIMARÃES, N. A. SALIBA, O. SALIBA
Departamento de Odontologia Infantil e Social – FOA-UNESP -
(018) 622-8900
O propósito do presente foi avaliar o acúmulo de placa
bacteriana dentária, através do índice de Turesky, em indivíduos submetidos
ou não à profilaxia profissional inicial. Trinta voluntários, de ambos os
sexos foram divididos em dois grupos, sendo que os indivíduos do grupo 1 foram
submetidos à profilaxia profissional inicial, e mantiveram escovação dentária
habitual, durante um período de 28 dias; e os do grupo 2, apenas realizaram
escovação habitual. Os índices de Turesky foram determinados por um único
examinador, devidamente calibrado, no início, aos 7, 14, 21 e 28 dias do período
experimental. Os índices médios de Turesky obtidos foram: 1,71; 1,16; 1,45;
1,60 e 1,60 para o grupo 1, e de 1,57; 1,43; 1,52; 1,63 e 1,67 para o grupo 2,
respectivamente no início e aos 7, 14, 21 e 28 dias. A análise estatística não-paramétrica
foi realizada, utilizando-se os testes de Friedman, Wilcoxon e Mann-Whitney. Não
houve diferença entre os grupos nos tempos estudados, porém o acúmulo de
placa ocorreu de forma mais intensa nos primeiros 7 dias no grupo 1. A
profilaxia profissional pode ser substituída pela escovação habitual nos
programas de saúde bucal, melhorando a relação custo-benefício.
A147
Dentifrícios
fluoretados: hábitos e conhecimentos de mães da rede pública de saúde
K. D. MAIA*, I. C. T. C. SOUZA, T. C. A. GRAÇA, I. C. MATUCK
Pós Graduação em Odontologia Social da UFF - RJ - (021)
625-4839
Os dentifrícios fluoretados constituem uma das armas mais
eficazes no combate à cárie. No entanto, sabe-se que parte do dentifrício e,
portanto, de fluoreto, é ingerida no ato da escovação dental, principalmente
por crianças não supervisionadas. Esta pesquisa exploratória teve como
objetivo verificar os hábitos e conhecimentos das mães de crianças de tenra
idade sobre dentifrícios fluoretados, que freqüentam os serviços de saúde
municipal do Rio de Janeiro. O método utilizado foi o descritivo e a técnica
foi a observação direta extensiva, através de questionários aplicados à 68
mães de crianças na faixa etária de 3 a 11 anos (X= 6,8±3,17), que freqüentavam
uma Unidade de Saúde Municipal e que concordaram em respondê-los. O pré teste
foi utilizado para garantir fidedignidade ao instrumento. As perguntas foram
relacionadas à quantidade aplicada na escova; ao motivo da escolha de uma
marca; à supervisão da escovação e à ingestão do mesmo pelas crianças. Após
observação dos dados, constatou-se que
a maioria das mães comprava o dentifrício pelo hábito (39,7%) e pelo preço
(36,8%), e os mais consumidos são os que contém de 1.000 a 1.100 ppm de flúor.
A quantidade de pasta que cobre todas as cerdas é bastante comum (44,1%), e
apenas 22,2% a utilizam na forma de um borrão. Somente 34,1% das mães de crianças
na faixa etária de 2 à 6 anos costumam supervisionar a escovação de seus
filhos por temerem a ingestão do dentifrício, embora desconheçam seus
efeitos. Já 65,9% delas não vêem problema quanto à sua ingestão, não
supervisionando, assim, sua escovação. Desta forma torna-se evidente que há
um desconhecimento das mães a respeito dos dentifrícios fluoretados, as quais
necessitam ser melhor orientadas.
A148
Avaliação da experiência de APS em escolares - Niterói, RJ.
T.F., Neves*, F.V.G., Abreu, M.U., Alves, W.W., Padilha,
L.E.L.P., Quintanilha, I.C., Matuck.
Pós-Graduação em Odontologia social - UFF, Niterói - RJ -
(021) 719-3996
Este estudo teve como objetivo comparar o produto da estratégia
de Atenção Primária de Saúde
(APS) com o produto do modelo de atenção tradicional (MAT). Os atendimentos do
modelo APS foram realizados no pátio da escola pública IEPIC, Niterói, RJ,
utilizando-se instrumental para exame clínico, colher de dentina e lanterna
comum; de acordo com o empregado na OPYC/FOUBA - Buenos Aires (Bordoni,N.,
1998). As lesões iniciais de cárie e as cavitadas foram tratadas com verniz e
gel fluoretados e a técnica de ART, respectivamente. Os resultados obtidos
(altas e produção) foram analisados no programa EPI-INFO 5.0. O MAT atendeu 88
crianças com índice ceo-d médio de 1,29 ± 1,86, sendo que 55 (62,5%) crianças
tinham necessidade apenas da educação para saúde e aplicação tópica de
fluoreto; 32 (36,4%) necessitavam também de procedimentos restauradores e 1
apenas de tratamento endodôntico. O produto, alcançado num total de 209
consultas, foi de: aplicação tópica de fluoreto em 96,4% e restaurações em
28,1%. Na estratégia de APS foram atendidas 97 crianças com índice ceo-d médio
de 1,59 ± 1,80, sendo que 49 (50,5%) crianças precisavam apenas da educação
para saúde e aplicação tópica de fluoreto; 45 (46,3%) precisavam também de
restaurações e 3 de tratamento endodôntico. O produto alcançado em 109
consultas foi de: aplicação tópica de fluoreto em 95,9% e restaurações em
84,1%. Os casos com comprometimento endodôntico foram derivados em 100% em
ambos os modelos. Para restaurações houve diferença significante (x2
- p<0,01); para o fluoreto não (Teste de Fisher - p>0,05).
A estratégia de APS foi mais eficiente que o MAT, revelando maior
quantidade de restaurações em número muito menor de consultas.
A149
Saúde
bucal dos índios do Xingu.
D. D. L. RIGONATTO & J. L. F. ANTUNES
Departamento de Odontologia Social, Faculdade de Odontologia
da Universidade de São Paulo. -
Tel (011) 8187891. Fax (011) 8187874
A escassez de dados epidemiológicos de saúde bucal
referentes a comunidades indígenas brasileiras nos impede de conhecer a
realidade destas populações e dificulta o planejamento de intervenções
odontológicas nestas regiões. Foi efetuado levantamento epidemiológico da saúde
bucal de índios da região do Alto Xingu, Mato Grosso, pelo método preconizado
pela OMS, englobando a população de quatro aldeias: Yaualapiti, Aueti, Meinaco
e Camaiurá, num total de 494 pessoas. Foram observados elevados indicadores da
experiência de cáries nos índios do Xingu: 7,44 (11 a 13 anos), 12,33 (21 a
25 anos), 19,48 (31 a 40 anos) e 19,33 (mais de 50 anos), em contraste com a
recente redução desses índices observada em outras regiões do território
nacional. Os resultados do levantamento refletem a descontinuidade no
atendimento e a atenção restrita a um enfoque meramente emergencial nas ações
de saúde bucal voltadas a estas comunidades, e são indicativos da necessidade
de se formular políticas de atendimento e promoção de saúde bucal como único
modo de se reduzir os altos índices de prevalência de cáries nesta região.
A150
Saúde
bucal em idosos de Piracicaba.
R TOLEDO*; M. C. LISBOA; M. L. R. SOUSA; M. F. TAGLIETTA.
Depto. Odontol. Social FOP/UNICAMP; Pref. Munic. de
Piracicaba. Fone: (019) 430-5209.
O objetivo deste trabalho foi verificar a prevalência de cárie,
doença periodontal, uso e
necessidade de próteses, bem como de edentulismo em idosos de Piracicaba. A
amostra no grupo geral (GG) foi de
77 idosos (70 anos em média; 28,6% do sexo masculino e 71,4% do sexo feminino),
dos quais 53 participantes de grupos não institucionalizados -GNI (68,3 anos em
média; 32,1% masculino e 67,9% feminino) e 24 institucionalizados (73,9anos em
média; 20,8% masculino e 79,2% feminino)-GI. Dois examinadores calibrados de
acordo com os critérios da OMS realizaram os exames. A prevalência de
edentulismo foi de 57,1% no GG, sendo de 58,5% para o GNI e de 54,2% para o GI.
O número de dentes presentes em média
foi de 11,6; 13,1 e de 8,6, respectivamente. No GG 60,6% dos idosos apresentam
alguma coroa cariada (em média 2 coroas cariadas) e 27,3% alguma raiz cariada
(média de 0,7) no GG; sendo 59,1% e 9,1% no GNI (em média 1,7 coroas cariadas
e 0,2 raízes cariadas) e 63,6% tanto para coroa como para raiz cariada no GI
(em média 2,6 coroas cariadas e 1,8 raízes cariadas). As condições
periodontais mais prevalentes foram o cálculo dental no GG
(36,7%) e no GNI (42,9%), sendo que no GI foram as bolsas de 4 a 5 mm
(33,3%). Para o PIP (Perda de Inserção Periodontal) foram de 66,7% sem perda
de inserção periodontal no GG e 81% no GNI. Já no GI houve 44,4% de perda de
inserção entre 4 e 5 mm. A porcentagem de idosos utilizando próteses superior
e inferior foi de 77,9% e 53,2% no GG, sendo de 86,8% e 66% no GNI e de 58,3% e
25% no GI.A necessidade de uso de próteses superior e inferior foi de
20,8% e 45,5% no GG, sendo de 9,4%
e 30,2% no GNI e de 45,8% e 79,2% no GI. Diante dos resultados, recomenda-se
a implementação de programas de saúde bucal direcionados aos idosos, e
prioritariamente aos idosos institucionalizados de Piracicaba.
A151
Cárie-dentária
e determinantes sócio-econômicos no município do RJ.
V. K. MELLO*; N. M. DIAS; C. R. SOARES;
I. C. SOUZA; K. MAIA; V. OLIVEIRA; A.M.G.
VALENÇA; W.W. N. PADILH A
Pós-Graduação em
Odontologia Social/UFF- Niterói, RJ - (021) 9619-9332
O objetivo deste trabalho foi verificar a existência da
associação entre a prevalência da doença cárie-dentária em crianças de 2
a 3 anos no município do Rio de Janeiro, e a renda familiar nos grupos
pesquisados. Esta pesquisa foi realizada com 120 crianças de 2 a 3 anos e seus
pais (responsáveis) em creches públicas municipais (G1) e creches particulares
(G2). Realizamos um levantamento epidemiológico, utilizando-se o índice ceo-d,
de acordo com a OMS (1993). Obtivemos os seguintes resultados: 51,66% das crianças
do G1 apresentaram o ceo-d igual a
zero. No entanto, neste grupo, em 48,34%, foi observado que o ceo-d variava de 1
a 6. No G2, apenas 1,66% apresentam ceo-d igual a 1 e o restante das crianças,
98,34%, apresentaram ceo-d igual a zero. Concomitantemente, os pais das crianças
examinadas foram questionados sobre o seus grau de instrução formal e renda
familiar. Verificamos que 50,0% dos pais do G1, possuem 1o
grau incompleto, e 90,0% dos pais do G2 possuem 3o grau completo.
Para análise da renda familiar e ceo-d, utilizamos o teste de associação, não
paramétrico, com o emprego do Qui quadrado, na associação do G1 e G2 e livres
de cárie (x2 =34%;
p< 0,01) e associação entre o ceo-d e renda-familiar, (x2
= 40,45%; p< 0,01), observamos que houve diferença estaticamente
significante entre as variáveis analisadas. Concluímos que:
1. A prevalência de cárie-dentária nas crianças do G1 foi
maior do que a prevalência de cárie nas crianças do G2.
2. O nível de escolaridade e a renda familiar dos pais do G1 é menor
que o G2. E, 3. Existe uma associação entre renda familiar e a experiência de
cárie-dentária nos grupos observados, confirmando que as variáveis analisadas
influenciam o estado de saúde bucal das crianças de 2 a 3 anos.
A152
Processamento
da informação a partir de uma atividade educativa em saúde bucal
A.C.T.A.P. BARROS*, M.E.A.AZEVEDO, J.L.G.C.SILVEIRA , F.V.G.ABREU; W.W.N. PADILHA
Pós-Graduação em Odontologia Social-UFF / P.I.D.A. - SMS-RJ
- (021) 719-0608
Esta pesquisa teve como objetivo investigar a capacidade de
processamento da informação recebida por crianças de 6 a 8 anos, a partir de
atividades educativas em saúde bucal, no nível da informação. O método de
abordagem utilizado foi o indutivo com procedimento comparativo e estatístico(teste
X2). Instrumento e técnica: formulário dirigido com 8 questões,
aplicado antes e após o ciclo de atividades educativas. Amostra: 40 crianças
do Programa de Saúde Bucal da Prefeitura do Rio de Janeiro no 2.º sem. de
1998. Q.1-funções dos dentes: no pré-teste nenhuma criança soube relacionar
os dentes à estética, mastigação e fonação, passando para 52,5% de acerto
dessas 3 funções no pós-teste; Q.2-conceito de cárie:7,5% apontaram como
doença, passando para 60%; Q.3-relação cárie/açúcar:90% acertaram no pré-teste
e as respostas erradas reduziram-se de 10% para 2,5%; Q.4-hábitos e higiene:57%
acertaram,passando para 97,5%; Q.5:freqüência de escovação:70% responderam
corretamente, aumentando este número para 82,5%; Q.6-freqüência ao dentista:
77,5% não souberem responder no pré-teste,passando para 57,5% de acertos no pó-teste;
Q.7-formação da P.B.:82,5% não relacionaram restos alimentares, invertendo-se
esta relação para 85% no pós-teste; Q.8-cárie e perda dentária: 100%
relacionaram a cárie à perda dentária nos dois testes. A mudança
observada entre o pré-teste e o pós-teste foi estatisticamente significante em
6 das 8 questões. Parte das crianças demonstrou possuir conhecimentos corretos
da doença cárie, anteriormente concebidas. Atividades educativas podem
modificar noções relacionadas à doença cárie.
A153
Plano
Real: reflexos na situação sócio-econômica dos Cirurgiões-dentistas de
Niterói RJ
E.C. PITARO*; B.S.FERRAZ; C.S.CAETANO; J.H.V.SERRÃO; J.L.G.C.
SILVEIRA; W.W.N. PADILHA
Pós-graduação em Odontologia Social - UFF / F.O.- UFF - RJ
- (021) 610-4655
Este
estudo objetivou avaliar o impacto provocado pelo Plano Real na situação sócio-econômica
dos cirurgiões-dentistas do município de Niterói-RJ. O método de abordagem
foi o Indutivo com procedimento comparativo e estatístico descritivo e analítico
[Teste X2].
Utilizou-se a técnica de Observação Direta Extensiva, através de questionário
estruturado com perguntas abertas e fechadas, aplicado no período de
junho/julho de 1998. A amostra foi estabelecida a partir de critério estatístico,
sendo do tipo estratificada proporcional, compondo-se de 313 profissionais com
mais de 6 anos de formação. Dados apurados:1) materiais:56% aumento elevado,
25%
preços estabilizados, 14% aumento moderado, 3% diminuição de preços;
2) manutenção:25% sem alteração, 71% aumento, 4% diminuição; 3) perfil da
clientela, antes e pós Plano, respectivamente: conveniada - 12% X 36%,
particular - 80% X 58%, semelhante - 5%;
4) procura por emprego:45% sim e 55% não; 5) demanda de pacientes:14%
aumentou e 85% diminuiu; 6) alteração do poder aquisitivo: 18% aumentou, 32%
permanece igual e 48% diminuiu. A análise estatística revelou uma variação
significante ao nível de 1% (P=0,01) nas opiniões quanto: à perda do poder
aquisitivo; ao aumento dos custos de manutenção e de material nos consultórios.
Embora a maioria dos profissionais, que possuem mais de um emprego, não
relacionem este fato ao Plano, a diferença de opiniões, neste caso, foi
estatisticamente não significante (P>0,05). As modificações na
economia, a partir da implantação do Plano Real, repercutiram negativamente
para a maioria da classe odontológica.
A154
Avaliação
da formação profissional com relação ao atendimento odontológico de
pacientes especiais.
R.LIRA*, S. SOUSA, S. FEITOSA, V. COLARES, A. ROSENBLATT, P.ZARZAR, A. SEVERO.
Departamento de Odontologia Preventiva e Social, FOP-UPE, Fone: (081) 4581208
O presente trabalho teve como objetivo a avaliação da formação profissional
com relação ao atendimento odontológico de pacientes especiais. A metodologia
constou da aplicação de um formulário em forma de entrevista por telefone a
50 profissionais da cidade do Recife com até 2 anos de formado inscrito no
CRO-PE ( Conselho Regional de Odontologia de Pernambuco ). Após a análise dos
dados coletados verificou-se que os profissionais pesquisados relataram ter
recebido alguma orientação com relação ao atendimento odontológico de
pacientes especiais, no entanto, a maioria não considerou as informações
satisfatórias. A maioria dos pesquisados afirmaram não ter realizado
atendimento a pacientes especiais durante o curso de graduação. Entretanto, em
suas atividades profissionais, após formado, a maioria relatou ter atendido
algum tipo de paciente especial. Conclui-se portanto que a formação acadêmica
com relação ao atendimento de pacientes especiais não está correspondendo as
necessidades da prática odontológica profissional.
A155
Radioproteção
na prática odontológica.
R. R. S. KNUPP*, N. M. MORAES, M. M. P. RENDEIRO.
Dep. Odont. Soc. Preventiva-F.O. - UFRJ – Tel.:
(021)560-6l37 r-2050
O objetivo deste trabalho é verificar o grau de conhecimento
do profissional de Odontologia que atua na cidade de Niterói, Estado do Rio de
Janeiro, a respeito dos efeitos deletérios dos raios-x odontológicos, ou seja,
dos riscos biológicos que estão expostos e das medidas de radioproteção que
utilizam, pois é notória a importância das radiações ionizantes,
tanto para diagnóstico como
para terapêutica, apesar de seu uso indevido causar sérios danos
somato-genéticos à aqueles que delas se utilizam indiscriminadamente. Por
isso, medidas regulamentadoras nacionais e internacionais de radioproteção
foram instituídas, para minimizar os riscos e maximizar os benefícios desta prática.
Para este estudo foi realizada uma pesquisa em uma amostra ao acaso
composta de 80 (oitenta) cirurgiões-dentistas, de ambos os sexos e diversas
especialidades, que possuem aparelho de raios-x em seus consultórios. Para
avaliar conhecimentos, atitudes e práticas de radioproteção, foi aplicado um
questionário com 10 (dez) perguntas diretas e fechadas.Após análise e discussão
dos resultados concluiu-se que em virtude da reduzida conscientização sobre
os fenômenos relacionados aos perigos das radiações, não estão empregando
adequadamente as normas de proteção, o que é essencial para uma prática
consciente e segura.
A156
Efeito
preventivo e terapêutico do verniz fluoretado: conhecimento dos dentistas.
P. MARQUES*, R. B. SOUZA, M. B. PORTELA, F. FLORIANO, A. C.
ALVES, L. PRIMO.
Odontopediatria - FO - UFRJ/UFBA - (071) 985-0087
Este estudo objetivou relacionar o tempo de formado dos
cirurgiões-dentistas (CD) com seu conhecimento sobre verniz fluoretado (VF) e o
papel deste na prevenção e controle da doença cárie. A amostra constituiu-se
de 562 profissionais que responderam a um questionário, distribuído durante três
Congressos de Odontologia. Os CD foram distribuídos em três grupos de acordo
com o tempo de formatura: A - recém formados; B - 3 a 10 anos de formado; C -
mais de 10 anos de formado; apresentando as seguintes freqüências: 24,2% A,
46,1% B e 29,7% C. Os resultados foram analisados pelo teste do Qui-quadrado (p
< 0,05). A média de idade foi 31,4 ± 8,4 anos, sendo 28% do sexo masculino
e 72% do sexo feminino. Utilizam o produto 58,0% A, 63,7% B e 60,5% C. O VF foi
considerado eficaz na superfície oclusal por 80,9% A, 78,8% B e 67,1% C
(p=0,02); e na superfície lisa por 80,9%
A, 78,8% B e 58,7% C (p<<0,00). As indicações mais apontadas para o
produto foram (p<<0,00):
A (%)
B (%)
C (%)
Prevenção de cárie
73,5
69,5
71,3
Paralisação de manchas brancas
54,4
56,0
37,1
Inativação de manchas brancas
41,9
37,2
34,2
Pode-se concluir que os profissionais recém-formados conhecem
mais sobre o efeito terapêutico e preventivo do verniz fluoretado na doença cárie,
sendo que o efeito preventivo é mais difundido que o terapêutico.
A157
Avaliação
das embalagens de chupetas disponíveis no mercado brasileiro.
E. M. B. COSTA*, J. R. O. BAUER, F. V. G. ABREU, J. A. MIGUEL,
A. HAYASSY
Faculdade de Odontologia - UNESA - RJ- 5521 611-3120.
O presente trabalho teve como objetivo verificar se as
embalagens de chupetas disponíveis no mercado brasileiro apresentam todas as
especificações exigidas pela ABNT - NBR 10334, e norma brasileira para
lactentes. Foram avaliadas 20 chupetas de 8 fabricantes e 13 marcas disponíveis
nas farmácias e lojas do mercado nacional, de acordo com as seguintes características:
tipos, formas e material do bico; indicação da faixa etária; embalagem e as
especificações do fabricante. Das 20 chupetas avaliadas, 50% tinham bicos com
forma ortodôntica/anatômica, 10% forma convencional, 30% baby e 10% não
especificaram a forma do bico. Quanto à indicação para uso por faixa etária,
75% das chupetas não apresentavam esta indicação. Analisando-se o material
utilizado para fabricação do bico verificou-se que 65% eram de látex e 35% de
silicone. Em relação a apresentação das especificações exigidas pelos órgãos
federais de fiscalização e controle de qualidade, obteve-se os seguintes
resultados: 60% estavam de acordo com a ABNT - NBR 10334 e tinham o selo do
INMETRO ou ABRAPUR; 15% estavam de acordo com a ABNT - NBR 10334 mas não
apresentavam os selos do INMETRO ou
ABRAPUR e 25% não continham especificações e nem os selos. Apesar das
fiscalizações feitas pelos órgãos federais para a comercialização destas
mercadorias, ainda hoje, encontra-se no mercado brasileiro algumas chupetas sem
as especificações exigidas por tais órgãos de controle.
A158
A
influência do tempo de escovação na remoção da placa bacteriana.
J.O. MENDONÇA*, R.C. OLIVEIRA e W.W.N. PADILHA
Pós graduação em Odontologia Social - UFF / Niterói - RJ -
(021) 714-5083
Este estudo teve o objetivo de verificar as relações entre o
tempo de escovação e a remoção da placa bacteriana. A metodologia utilizada
constou de um experimento com dois grupos de 48 escolares na faixa etária de 9
a 11 anos. Em ambos os grupos foram registrados os seguintes dados: IHOs inicial
(somente na 1ª sessão), tempo de escovação e IHOs final durante três sessões.
A partir das duas primeiras sessões foram definidos os tempos médios de escovação
para cada participante, sendo este tempo duplicado para a terceira sessão
apenas no Grupo Teste (GT), sendo os demais considerados como Grupo Controle
(GC). Nenhum dos grupos recebeu informações sobre técnicas de escovação
durante o experimento. Na 1ª sessão, ambos os grupos, antes de qualquer escovação,
apresentaram a mesma quantidade de placa, sendo portanto considerados
semelhantes. O GC apresentou um IHOs inicial médio de 1.45 e o GT de 1.28,
esses índices foram submetidos ao teste t (GMC) que confirmou a igualdade das
duas amostras. Na 2ª sessão registrou-se o IHOs final médio do GT que foi
0.98 e do GC 0.93. Na 3ª sessão o IHOs final médio para o GT foi de 0.72 e
para o GC 0.89. A análise estatística (teste
t) indicou significância quando comparou-se o IHOs final da 2ª com o da 3ª
sessão do GT, obtendo-se uma melhoria na remoção da placa ao dobrar o tempo
de escovação. Enquanto no GC obteve-se uma não-significância entre os IHOs
dessas sessões, constituindo-se em amostras iguais, quando não se aumentou o
tempo de escovação.Conclui-se que o incremento do tempo de escovação tem
efeito positivo sobre as quantidades residuais de placa bacteriana. Sugere-se
portanto, maior atenção por parte dos profissionais para o fator tempo de
escovação no planejamento de atividades de educação em saúde.
A159
Saúde
bucal na gravidez: comportamento e conhecimento de gestantes e de dentistas.
M.A. BORSATTI*; M.C.TIRELLI; S.S.PENHA; M.HIRATA;
J.C.S.LEANDRINI, R.G. ROCHA,
Depto.Estomatologia-FOUSP, (011)818-7813, maborsat@
siso.fo.usp.br.
O estudo avalia o conhecimento e práticas de saúde bucal de
gestantes e o conhecimento e condutas de cirurgiões dentistas (CD) frente ao
tratamento odontológico na gravidez. Foram entrevistadas 374 gestantes em
Postos de Saúde (São Paulo/SP) através de um questionário abordando as
percepções do processo saúde/doença bucal, cultura popular e gravidez, hábitos
de higiene bucal e busca de atenção odontológica. Outro questionário,
aplicado a 325 CDs da FDCTO (Fundação para o Desenvolvimento Científico e
Tecnológico da Odontologia) e recém formados em instituições públicas e
privadas, buscou identificar seu conhecimento das alterações fisiológicas na
gestação, suas implicações na conduta clínica, e sua preocupação em
motivar a procura por atendimento odontológico pelas gestantes. A análise
percentual das respostas obtidas demonstrou que 72,6% das gestantes acreditam
que a gravidez provoca alterações bucais que pioram a saúde bucal.
Acredita-se que a gestante não deve ir ao dentista (31%), e por outro lado, há
relatos de resistência dos profissionais em realizar tratamento odontológico
neste período (43%). A maioria das entrevistadas (96%) não recebeu qualquer
tipo de orientação sobre saúde bucal durante o pré-natal, mas mostraram
interesse em recebê-la. Cerca de 84% dos CDs não oferece qualquer informação
de alterações bucais na gestação e como prevenir eventuais problemas. Dos
entrevistados, 78% atendem gestantes apenas para alívio da dor, pedindo para
retornar após o parto. Os CDs demonstraram insegurança em relação ao
tratamento odontológico de gestantes possivelmente em conseqüência da falta
de conhecimentos científicos sobre o assunto. Fica evidente a deficiência
na intercomunicação entre os grupos estudados, provavelmente em decorrência
de insegurança, falta de informação, motivação e tabu de ambos.
A160
Personalidade
de Acadêmicos do Curso de Odontologia, segundo o Teste
M.M.P.I.A. Valsecki Jr. , F. L.
Rosell.
Depto. Odontologia Social,
Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP, e-mail:
avalseck@black.foar.unesp.com.br, tel.:(016)232-1233.
A161
Percepção
social do aluno de graduação das universidades: pública X privada.
A. B. L. MONNERAT*, M. V. GOUVEA, U. V. MEDEIROS, M. I. SOUZA.
Pós-Graduação em Odontologia Social UFF– Niterói, RJ -
(021) 267-2172
O propósito deste estudo foi comparar a percepção do aluno
de graduação da universidade pública e privada, frente a questões sociais.
Foram selecionadas três universidades públicas: UFRJ; UERJ; UFF (G1) e três
universidades privadas: UNESA; UGF; UNIGRANRIO (G2), no Rio de Janeiro. Foram
entrevistados 183 alunos cursando o 1º semestre do último ano de graduação
que responderam a 09 questões de um questionário semi-estruturado. Para análise
dos dados, utilizou-se o teste estatístico Qui-quadrado. Observou-se que G2
mostrou maior preferência pelo serviço público (p<0,05); e que optou por
atualização em materiais e técnicas restauradoras (p<0,05). Ambos os
grupos relacionaram práticas educacionais como sendo capazes de modificar o
perfil epidemiológico das doenças cárie e periodontal (p<0,01). G2
conceituou a Odontologia Coletiva como disciplina que se interliga a outras e
visa conscientização pelo paciente acerca de seus problemas, diferindo do G1,
que acredita que a especialidade visa prevenção das doenças bucais
(p<0,01). Concluiu-se que os alunos das universidades privadas possuem
maior interesse pelo serviço público, apesar de mostrarem preferência pela
atualização técnica em detrimento das questões sociais. Os dois grupos
relacionaram práticas educacionais como medidas únicas e suficientes para
alterar o perfil epidemiológico das principais doenças bucais, não
valorizando a necessidade de se conhecer os grupos de risco social. Nas
universidades públicas, observou-se uma tendência em conceituar a Odontologia
Coletiva apenas sob a ótica da prevenção enquanto que nas particulares os
alunos consideraram a necessidade da integração com outras áreas de
conhecimento.
A162
Substituição
de restaurações plásticas: variação na decisão e nos critérios.
E. T. P. FERNANDES*, E. F. FERREIRA, H. H. PAIXÃO.
Mestrado em Odontologia, Faculdade de Odontologia/UFMG
(Telefax: 031-291-0541).
A falta de calibração no julgamento clínico das restaurações
é um problema que afeta a maioria
dos profissionais, resultando em prejuízos biológico e financeiro. Objetivando
conhecer como e porque decidem pela substituição de restaurações , 10 alunos
e 5 professores do Curso de Odontologia de Governador Valadares
(CENBIOS-UNIVALE) examinaram 15 dentes permanentes extraídos, com restaurações
de amálgama e resina. Foram utilizados os exames visual e radiográfico e cada
examinador anotava em formulário próprio a decisão de não substituir ,
substituir parcialmente (indicando o local do problema) ou substituir
totalmente. Em seguida apontava o critério utilizado na decisão da substituição,
dentre os apresentados. Considerando as decisões substituir ou não substituir,
o teste Kappa apontou concordância de
0,42 entre os professores e 0,32 entre os alunos. Porém, levando em conta a não
substituição total e parcial, a concordância
foi de 0,27 entre professores e 0,26 entre os alunos. Os critérios mais
freqüentes na substituição do amálgama foram valamento marginal, forma anatômica
deficiente e excesso marginal, e para resinas, a descoloração e a cárie
secundária. Concluiu-se que a grande variabilidade existente justifica a
padronização de critérios para substituição de restaurações.
A163
Diabetes
Mellitus: nível de conhecimento dos alunos da FO-UFMG.
M. VASCONCELOS*, V.
A. DINIZ, C. P. GUEDES
Departamento de Odontologia Social e Preventiva/FOUFMG
- Telefax (031) 2210553
A Diabetes Mellitus (D.M.) apresenta manifestações orais de
interesse clínico e o tratamento do paciente diabético requer cuidados
especiais. Sendo assim, a proposta deste estudo foi avaliar o conhecimento dos
alunos da FO-UFMF e identificar os pacientes portadores da doença
diagnosticados ou não. Aplicou-se 112 questionários para alunos do 6º, 7º, 8º
períodos, 238 questionários para pacientes das clínicas:
cirurgia, odontopediatria, periodontia. Os resultados mostraram que 98,2%
dos alunos conhecem a doença, a maioria identifica as principais
manifestações orais da doença e complicações durante o tratamento;
76,7% não sabem como tratar diabéticos e não conhecem todos os
medicamentos contra indicados no tratamento odontológico. Entre pacientes,
58,2% já se submeteram a exame para diagnóstico da D.M., 6,5% apresentam-se
diabéticos, e 10.1% dos entrevistados foram encaminhados para avaliação médica
devido ‘a sintomatologia relatada. Concluiu-se que o conhecimento dos
alunos é razoável, mas insuficiente para tratar
pacientes diabéticos, e o número de pacientes diagnosticados é compatível
com os dados da população relatados na literatura.
Aprovado Comitê de Ética em Pesquisa UFMG/07/04/99.
Apoio: PAD / PROGRAD / UFMG; PIBIC / CNPq / UFMG.
A164
Motivação
dos adolescentes frente ao tratamento odontológico
R. M. CARVALHO*, B. C .RAMOS, L. C. MAIA, E. L. SOARES
Pós-graduação em Odontologia Social, U.F.F. - Niterói - RJ
- (021) 710-5093
Este trabalho tem o propósito de verificar os fatores que influenciam no interesse dos
adolescentes (A) frente ao tratamento odontológico (TO). Para tanto, 262 A de
15 a 19 anos, 138 matriculados em escola Pública (PB) e 124 em escola
Particular (PT) ambas em Niterói – RJ, participaram de um estudo descritivo
de campo onde foram aplicados questionários visando analisar os fatores de
motivação. Após tabulação dos dados, estes foram analisados sob a forma de
percentual relativo e quando possível através do teste não paramétrico do
Qui-quadrado. Todos (100%) os A de PT realizam TO em consultórios particulares,
já em PB este índice é de 81,15%. Em PAR, 99 A (79,83%) tratam com o mesmo
dentista , enquanto em PB, 64 A
(46,37%) têm o mesmo comportamento. Através da análise dos dados coletados
observamos que os fatores que mais influenciam na adesão ao TO são em PT:
localização, aparência, organização e limpeza do consultório (LC) - 79,83%
, seguido por confiança no dentista (CO) – 74,19%; opinião dos pais
(OP) – 71,77%. Já em PB, LC teve 73,91% de votos; uso de equipamento de
biossegurança (SEG) – 65,21%; e CO- 56,52%. Na permanência com o mesmo
dentista, os fatores mais valorizados foram LC (75,80% e 57,97%) e CO (79,03% e
53,62%) respectivamente em PT e em PB (p>0,05). Assim, podemos concluir que, independente de estudar em
escola pública ou particular, os adolescentes levam em consideração, tanto na
adesão quanto na continuação do tratamento odontológico, fatores como a
localização, aparência, organização e limpeza do consultório bem como a
confiança no dentista; sendo também a questão da biossegurança bastante
ressaltada pelos alunos de escola púbica.
A165
Programa
de saúde bucal do erscolar –
Sorriso 2000
I.C.T.C. SOUZA*, N.M. MORAES, R.R.S. KNUPP, M.G.G. SILVA
Departamento de Odontologia Social e Preventiva da FO UFRJ -
RJ - (021) 593-9798
O presente estudo tem como objetivo buscar a formação de
recursos humanos em Odontologia, integrando pesquisa e ensino de Saúde Bucal do
Escolar e desta forma estabelecendo uma nova relação entre saúde e educação.
O programa envolve atividades de educação em saúde, fluorterapia e
atendimentos curativos de baixo custo com uso de TRA, baseado em levantamento
epidemiológico por critério de risco às doenças cárie e periodontal. Os
fatores diferenciadores na abordagem deste programa são a atuação
individualizada do diagnóstico bucal associando ISG, IPV e fatores retentivos
de placa à história de vida para construção de prognósticos
e plano de tratamento atendendo níveis individuais e coletivos da atenção
odontológica. O projeto piloto deste programa compreendeu a amostra de 205
escolares de ambos os sexos da E.M. Rotary (Rio de Janeiro – RJ), com idade
variando entre 4 e 7 anos, onde foram desenvolvidas as etapas estratégicas para
o desenvolvimento em mais escolas do atual programa compreendendo as escolas
municipais Dunshee de Abranches, S.Y.Sen e Orlando Dantas (Rio de Janeiro –
RJ), além da Rotary local do projeto piloto. Medindo-se o índice “ceo”
chegou-se a uma média aritmética de 1,53; sendo que 12 crianças tinham indicação
para a técnica de tratamento restaurador atraumático em 25 dentes. Na avaliação
6 meses após, 23 tratamentos restauradores estavam bons, 1 havia sido perdido e
1 elemento dentário havia esfoliado. Concluindo que o programa poderá ser
aplicado no resto da comunidade com sucesso.
A166
Aspectos
psicossociais das seqüelas do complexo maxilo-mandibular
H.F. CARDOZO*, I.E. MURR, E. G. ALVES.
Departamento de Odontologia Social – FOUSP - (011) 256-3791
O objetivo deste estudo é analisar as conseqüências
psicossociais dos traumatismos faciais e a possibilidade e o grau de dificuldade
do levantamento dessas informações no transcorrer da perícia odonto-legal. A
face é o mais forte instrumento na comunicação interpessoal e, por isso,
qualquer modificação na configuração da harmonia estética e funcional dessa
região é imediatamente percebida, originando diferentes tipos de reações, de
acordo com o grau de severidade da alteração apresentada. A ocorrência de
traumatismos maxilo-mandibulares é um evento que se apresenta com indesejável
freqüência, principalmente em pessoas jovens, como resultado de diferentes
tipos de ação etiológica. Os dado foram obtidos por meio de depoimentos de
oito vítimas de trânsito, com idades variando entre 22 e 45 anos. O tempo
decorrido entre o acidente e o depoimento para este estudo variou de seis meses
a oito anos. O resultado dessa análise confirmou a existência do dano
psicossocial, e também da viabilidade de ser levantado durante a perícia
mediante perguntas direcionadas para esse fim. Claro está que o diagnóstico
e o prognóstico específicos deste tipo de dano não é da competência do
perito odontológico ou médico, ao quais cabe apenas averiguar a possibilidade
da existência de tais alterações e referi-las no seu laudo para que o
paciente seja encaminhado à avaliações específicas. A partir dos
resultados obtidos foi elaborada uma sugestão de protocolo a ser utilizada
quando da realização de perícias envolvendo este tipo de problema.
A167
Estágio
extramuro: avaliação realizada pelos alunos da FOP/UNICAMP.
M. L. R. SOUSA*; R.S.WADA.
Departamento de Odontologia Social FOP/UNICAMP.Fone: (019)
430-5209.
O objetivo deste trabalho foi verificar a opinião dos alunos
de graduação da Faculdade de Odontologia (FOP/UNICAMP) sobre o estágio clínico
extramuro de 160 horas. São realizadas 80 hs no município de Paulínia e as
outras 80 hs em Piracicaba. No estágio os alunos trabalham em serviço público,
auxiliados (trabalho a 4 mãos) e atendem pré-escolares e escolares. Os
questionários foram preenchidos pelos alunos em Paulínia (n=77) e em
Piracicaba (n= 59) no último dia do estágio, sem necessidade de identificação.
Nas questões era solicitado para que o aluno fornecesse notas ou escores que
variavam de 0 a 5. Das notas atribuídas ao estágio, em Paulínia 95%
corresponderam a 5 e em Piracicaba 68%;sendo 29% nota 4. Sobre o trabalho a 4 mãos,
90% dos alunos atribuíram nota 5 em Paulínia, e somente 49% em Piracicaba.
Quanto à aquisição de mais prática nas operações clínicas: em Paulínia
43% respondeu escore 5 e 51% responderam escore 4 .Em Piracicaba foram 36% e
53%, respectivamente. No interesse pessoal pelo estágio 82% respondeu
“totalmente interessado” em Paulínia e em Piracicaba foi 42%; sendo 47%
“muito interessado”. Apenas 16% (n=12) dos alunos haviam participado
previamente de alguma outra forma de estágio, dos quais somente 5% (n=4) com
trabalho a 4 mãos. Os dados evidenciam a satisfação dos alunos com o estágio
extramuro e as diferenças entre Piracicaba e Paulínia devem ser investigadas.
Devido ao baixo percentual de alunos que procuram voluntariamente estágios
extramurais, recomenda-se que eles sejam incluídos nos currículos de
Odontologia, pois os alunos consideram-nos importantes e válidos.
A168
Saúde
Bucal em 7 Municípios da Região de Piracicaba (DIR XV).
M. MEDINA*, M. L. R. SOUSA, R. WADA.
Departamento de Odontologia Social. FOP-UNICAMP/Secretaria da
Saúde. F: (019) 434-0100
Os estudos epidemiológicos aliados ao conhecimento da
atividade das doenças fornecem
dados sobre as necessidades prioritárias que devem ter atendimento precoce. A
educação e a promoção da saúde devem ser também realizadas. Assim, em 1998
um grupo de 10 dentistas foram treinados e calibrados de acordo com os critérios
da OMS para realizarem exames bucais em crianças de 12 anos de idade – idade
índice sugerida pela OMS. Sete municípios foram sorteados dos 25 existentes na
região circunvizinha de Piracicaba, Sudeste do Estado de São Paulo. Rio Claro
(RC) representou os municípios de grande porte com água fluoretada; Leme(LE) e
Rio das Pedras (RP) representaram os municípios de médio porte com e sem água
fluoretada, respectivamente. Os municípios de pequeno porte com água
fluoretada foram representados por Mombuca (MO) e Águas de São Pedro (ASP). Os
de pequeno porte sem água fluoretada foram representados por Corumbataí (CO) e
Ipeúna (IPE). Os resultados de CPO nos municípios onde a água é fluoretada
foram 2,7 para RC; 3,4 para LE; 3,5 para ASP e de 3,7 para MO. Para os Municípios
onde a água não é fluoretada os índices foram: 5,1 para RP; 4,5 para CO e
3,6 para IPE. Nos Municípios de RC e LE a porcentagem de crianças livres de cárie
nos municípios com água fluoretada foi de 31% (RC) e 27%(LE) e de 4%(ASP) e 9%
(MO). IPE apesar de não possuir água fluoretada apresentou 20% de crianças
livres de cárie neste grupo etário. Este estudo mostrou que RC já atingiu
a meta para o ano 2000 da OMS, de CPO £ 3,0 para este grupo etário e
que alguns municípios podem atingir este objetivo para o ano 2000. Além disso,
recomenda-se outros estudos para investigar os diversos resultados de CPO.
A169
Análise
da atual situação curricular da Odontologia Social no RJ.
V.OLIVEIRA*; W.W.N. PADILHA
Pós-Graduação em Odontologia Social/ UFF- Niterói, RJ -
(021) 256-4082
O propósito desta pesquisa foi identificar a sua situação
curricular da Odontologia Social nos Cursos de Graduação em instituições de
ensino odontológico no Estado do Rio Janeiro, através da análise dos currículos:
mínimo e plenos. E verificar a tendência adotada no ensino desta matéria em
relação aos modelo de ensino odontológico, segundo MENDES (1982). Neste
estudo utilizamos o método indutivo, como forma de abordagem. Como métodos de
procedimento empregamos os métodos: histórico e estruturalista. A coleta de
dados foi feita através de entrevistas dirigida, com docentes de Odontologia
Social. Os resultados quanto aos aspectos normativos identificaram a presença
da Odontologia Social nos currículos plenos com atividades extramurais. Quanto
aos conceitos e filosofias verificamos que existe uma tendência a adoção de
medidas preventivas e educativas, em 100,0% das IEOs sob diversos enfoques. Ao
analisamos quatorze elementos da estrutura pedagógica no ensino desta matéria,
obtivemos os seguintes resultados: 57,14% das respostas indicam que seu ensino
encontra-se na perspectiva do modelo transicional; 35,71% seguem os parâmetros
do modelo tradicional, e 7,14% apresentam característica do modelo inovado. Concluímos
que a Odontologia Social integra o currículo pleno dos cursos de graduação em
Odontologia, em acordo com que estabelece o currículo mínimo. Quanto ao
enfoque curricular e a sua estruturação interna, a Odontologia Social
apresenta-se na perspectiva do modelo transicional, onde coexistem práticas do
ensino tradicional com aplicação de conceitos referentes ao paradigma da
Odontologia Científica, onde concomitantemente são utilizados alguns preceitos
do ensino inovado, relacionado às práticas de ações integradas, referentes
ao modelo da Odontologia Integral. Entretanto, verificamos o predomínio dos
aspectos relacionados ao modelo tradicional no ensino desta matéria.
A170
Avaliação
da frequência e qualidade radiográfica de tratamentos endodônticos em
pacientes que procuraram a Faculdade de Odontologia de São José dos Campos.
M.M.A.ARAUJO**, M.C.VALERA, M.A. M.ARAÚJO, M.C.ARMOND,
S.H.SANTOS.
Faculdade de Odontologia de
São José dos Campos -
UNESP - (012) 321-8166 R:1307
O objetivo desta pesquisa,
foi avaliar a frequência e qualidade de tratamentos endodônticos,
correlacionando-os com a presença de alterações periapicais. Foram avaliados
101 pacientes aleatórios que
procuraram o serviço de atendimento odontológico da FOSJC-UNESP. Estes
pacientes foram orientados e assinaram uma ficha de consentimento para a realização
da pesquisa e em seguida foram submetidos
ao exame radiográfico completo , com 14 radiografias
periapicais realizadas, pela
técnica da bissetriz. As radiografias foram analisadas por três profissionais
que observaram a frequência dos
tratamentos endodônticos, o dente mais afetado, o limite e a qualidade radiográfica
das obturações dos canais radiculares e a presença ou não de lesão
periapical. Foram feitas correlações entre a qualidade das obturações e a
presença de lesão periapical . Os resultados radiográficos mostraram que
48,5% dos pacientes apresentavam
pelo menos um tratamento endodôntico;
49,5% dos canais tratados apresentavam-se bem preenchidos radiograficamente;
59,2% dos tratamentos foram em dentes anteriores. Observou-se ainda que canais
mal obturados apresentavam 2.5% vezes mais rarefação óssea periapical do que
os canais bem obturados. Pode-se concluir que a frequência dos tratamentos
endodônticos ainda é muito alta e que os tratamentos , apesar do avanço da
endodontia apresentam altos índices de insucessos, sendo que 50.5% apresentaram
obturações deficientes , levando ao alto índice de fracasso.
A171
Imobilização
maxilo-mandibular com anéis elásticos no tratamento das fraturas faciais
D. N. BARBOZA* I. A. H. GANDELMANN
Doutorado UFRJ
-RJ - posgrad @ odonto.ufrj.br
A imobilização maxilo-mandibular
permanece um método popular
de tratamento das fraturas faciais.
Simplicidade e economia são suas grandes virtudes. Muitas técnicas têm
sido usadas para promover a fixação das fraturas faciais, incluindo a osteossíntese
a fio de aço e a fixação rígida a mini-placas. Contudo, apesar
dos esforços no sentido de
eliminar a imobilização maxilo-mandibular, a necessidade de sua utilização
continua presente, principalmente
através do uso da tração elástica,
objetivando uma oclusão dentária
restabelecida, complementando os fundamentos do
tratamento: :restabelecimento estético e
funcional. No sentido de avaliar a eficácia
da tração elástica intra-bucal,
n o tratamento das fraturas envolvendo a maxila
e a mandíbula, 219 pacientes foram
tratados com diferentes tipos de contenção e imobilização
maxilo-mandibular (IMM); dos quais, 128 com tração elástica
maxilo-mandibular, através de anéis elásticos ortodônticos e odontossínteses
tipo Ivy (nas fraturas posicionadas) e barras de Erich -segmentar (nas fraturas desfavoráveis) e completas (nas fraturas favoráveis)
- com tração elástica
progressiva e direcional, até a oclusão desejável e IMM. Foram investigados
através de exame clínico, usando parâmetros clínicos (abertura máxima de
boca, mordida cruzada, protrusão, retrusão, desvio de linha média e
pseudo-artrose) e de avaliação radiográfica
(redução anatômica ) 60 dias após o tratamento. Os resultados não
mostraram nenhuma diferença estatística significativa ( p< 0,05 ), exceto o parâmetro
clínico ( mordida cruzada, protrusão,
retrusão e desvio de linha média)
em relação ao grupo IMM com fio
de aço, comprovando a necessidade de uma força sempre ativa no
restabelecimento da oclusão dentária, independente do tipo de fixação,
visto que não é somente o aspécto estético
ou a restauração anatômica
(ósseo ) que assegura o
funcionamento adequado.
A172
“Avaliação
da morbidade da região mentoniana como área doadora para enxertos ósseos autógenos.”
R. F. TULER* , H. NARY FILHO.
Departamento de Cirurgia e
Traumatologia Buco-Maxilo-Facial - Universidade do Sagrado Coração - Bauru-SP
- (014) 234-5045
A reconstrução alveolar através de enxertos ósseos autógenos
vem ocupando cada vez mais espaço na Implantologia. Uma das zonas doadoras mais
utilizadas é a região mentoniana. Este trabalho buscou, a luz de estudo clínico,
levantar as consequencias originadas dos procedimentos cirúrgicos de obtenção
de enxertos. Selecionou-se 10 pacientes da clínica de Cirurgia da Universidade
do Sagrado Coração, 6 do sexo feminino e 4 do sexo masculino, com
idade variando de 15 a 46 anos (média de 33,09 anos ) apresentando ausência
de um até três elementos dentários, associada a atrofia de rebordo na região.
Estes submeteram-se a remoção e reconstrução alveolar com enxertos da região
mentoniana previamente colocação dos implantes. Para avaliar a morbidade
levantou-se a ocorrência de complicações transoperatórias, alterações
sensoriais dos tecidos moles e alterações estéticas. Os pacientes foram
observados nos períodos pós-operatórios de 1, 2, 3, e 6 mêses,
quando empregou-se testes de vitalidade, exames radiográficos e obtenção de
dados subjetivos. Como resultados, obteve-se ausência de alterações estéticas
como depressões, sendo que em média, os tecidos moles na região apresentaram
aumento de volume até no período final de avaliação. Houve em todos os
casos, alteração de sensibilidade de tecidos moles, cuja regressão se
observou em média de 5,25% até o 3o
mês , já a sensibilidade pulpar somente normalizou por completo em todos os
casos no último período de controle.
A173
Análise
clínica e microscópica de enxertos ósseos autógenos em reconstruções
alveolares.
M. A. MATSUMOTO*, F. C. G. SAMPAIO GÓES, A. CONSOLARO, H.
NARY FILHO.
Departamento de
Estomatologia-Disciplina de Patologia FOB-USP. Tel. (014) 2358251/Disciplina de
Cirurgia Bucomaxilar da USC – Bauru. Tel. (014)2357074.
A reconstrução de rebordos atróficos para reabilitação
bucal através de implantes osseointegrados pode ser realizada empregando
enxertos ósseos autógenos. Nos procedimentos de duas fases, preconiza-se um
período de quatro meses para a colocação dos implantes após a enxertia.
Neste estudo, objetiva-se, através de análise clínica e microscópica,
avaliar as condições locais e características do enxerto no momento da colocação
dos implantes. Dez pacientes da clínica de Cirurgia e Traumatologia
Bucomaxilofacial da Universidade do Sagrado Coração que submeteram-se a
enxertos obtidos da região de mandíbula e ílio foram selecionados.
Avaliou-se, no momento da colocação dos implantes, as características clínicas
locais como, qualidade e quantidade óssea, além de se obter fragmento
representativo do enxerto para análise microscópica, a qual seguiu os
seguintes critérios: 1) análise da estrutura, morfologia e índice de reabsorção
óssea na região cortical, 2) características das trabéculas, do endósteo e
da medula óssea, 3) índice de reabsorção óssea nas superfícies
trabeculares, 4) presença e intensidade do infiltrado inflamatório. Como
resultados clínicos, observou-se uma boa integração dos enxertos realizados,
com variados graus de reabsorção, sendo os provenientes da região do ílio os
que apresentaram qualidade pouco inferior, fato este que não interferiu com a
colocação do implante. Do ponto de vista microscópico não observou-se
diferenças morfológicas significativas.
A174
Implante
do hemostático de colágeno microfibrilar Avitene® em alvéolos dentais.
N. M. ERNICA*, O. MAGRO
FILHO, A. ARANEGA
Dep. Cirurgia e Clínica Integrada da Fac. Odont. de Araçatuba
-UNESP - (018) 563-1483
Avaliar a reparação do alvéolo dental que recebeu implante
de colágeno microfibrilar Avitene. Carvalho & Okamoto. Rev. Ass. paul. cirurg. Dent., 32: 11-15, 1978. Trinta ratos (Rattus
norvegicus, albinus, Wistar), machos, foram submetidos à anestesia e o
incisivo central superior direito foi extraído. Quinze animais formaram o grupo
controle onde nenhum material foi implantado no alvéolo dental. No grupo
tratado o hemostático foi implantado no terço médio do alvéolo e todos os
animais receberam sutura com ponto interrompido (vicryl 4-0). Cinco animais de
cada grupo foram sacrificados aos sete, vinte e um e vinte e oito dias pós-operatórios.
Após todo processamento laboratorial, a maxila contendo o alvéolo foi corada
pelo Tricrômico de Masson e a análise quantitativa do trabeculado ósseo foi
realizada com o sistema de análise de imagens computadorizado Image Lab 98.
Concluiu-se
que: 1) a área de formação óssea do grupo controle e tratado foi,
respectivamente: 7 dias – 8,1% e 3,3%, 21 dias – 34,4% e 33%, 28 dias –
41% e 41.3%; 2) os grupos
apresentaram diferenças aos 7 dias e a menor formação óssea no grupo tratado
provavelmente se deu pela presença do implante; 3) o colágeno microfibrilar não
interefere no reparo final do alvéolo dental.
Apoio financeiro: PIBIC / CNPq.
A175
Prevalência
de dente intra nasal em fissurados.
L. T. NEVES*, M. R. GOMIDE, B. COSTA, A. S. MEDEIROS.
Depto de Odontopediatria - HRAC – USP - ( 014 ) 2358141
ltneves@hotmail.com
As fissuras lábio-palatais são malformações congênitas
que ocorrem no período embriológico e podem ocasionar diversas alterações no
arco e no elemento dentário. As mais comuns são as de forma, irrupção, número
e posição. A irrupção de dente intra nasal é uma associação de dois tipos
de alteração: de posição e de irrupção. Nos indivíduos normais esse tipo
de irrupção ectópica é rara e são poucos os casos publicados. Alguns
autores tem relatado a presença de dente na cavidade nasal em pacientes
portadores de fissura e nesses trabalhos sugerem prováveis explicações para
essa ocorrência.
O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo retrospectivo
para verificar a prevalência dessa anomalia em crianças com fissura completa
de lábio e palato unilateral ou bilateral. Para a obtenção dos dados foram
analisados 2310 prontuários, destes 815 eram bilaterais e 1945 unilaterais,
esquerdo ou direito, ambos os sexos, sem distinção de raça, com idade entre 5
e 10 anos, regularmente matriculados no HRAC-USP. Nessa análise foram avaliados
o tipo de fissura, técnica utilizada para a cirurgia, presença de dente na
cavidade nasal e os sinais e sintomas relatados quando este estava presente. A
prevalência encontrada foi de 0.48% para o grupo, sendo 0.61% para os
bilaterais e 0.40% para os unilaterais. Aplicado o teste X 2, não houve diferença estatisticamente significante entre os
tipos de fissura. Quando se relacionou sexo ao tipo de fissura houve diferença
estatisticamente significante. Encontrou-se 1.1% para o feminino bilateral
contra 0.36% para o masculino no mesmo tipo de fissura, e 0.73% para o feminino
unilateral contra 0.21% para o masculino unilateral.
A176
Crescimento
facial em ratos jovens com ressecção unilateral completa do arco zigomático.
A. S. F. PROCÓPIO*, J. B. D. LEMOS, E. M. V. F. ROCHA, A. C.
GOULART.
Depto. C.P.T.B.M.F.- FOUSP- 011- 8187887.
Os efeitos decorrentes de uma ressecção unilateral completa
do arco zigomático no crescimento facial em ratos, foram avaliados neste
trabalho através de mensurações cefalométricas. As ressecções do arco
zigomático direito foram realizadas em ratos com um mês de idade, e os mesmos
foram sacrificados com três meses de idade, sendo sua mandíbula desarticulada.
O crânio e hemimandíbulas, foram submetidas a radiografias axiais e laterais,
respectivamente. As mensurações foram feitas através de um sistema de
computador, comparando-se um lado com o outro. Os dados obtidos foram submetidos
ao teste “t” de Student para
verificação da diferença entre os valores médios do lado controle e operado.
Foi fixado o nível de significância de 5% para todas as análises estatísticas.
Nós concluímos que na fossa infratemporal houve aumento significante
da amplitude no sentido antero-posterior,do lado operado, sem alteração na
região anterior da face como um todo.Não houve desvio significante da linha média
do terço médio da face, entretanto houve importante deslocamento posterior do
processo zigomático do temporal, do lado operado. Houve diminuição da altura
do corpo e do comprimento da base da mandibula do lado operado.
A177
Ação
do composto osso bovino liofilizado-hifroxiapatita, com diferentes veículos.
R. Q. Ramos*, M. G. Sanches, E. F.
Moraes Jr., P. N. Hasse
Faculdade de Odontologia do Campus de Araçatuba - (018) 620-3242
A proposta deste estudo foi avaliar microscopicamente a ação
do composto de matriz orgânica de osso bovino liofilizado*
(MOOBL) – hidroxiapatita reabsorvível ** (HAR),
associado a dois diferentes veículos, aglutinante à base de dextrana ##
(AD) e fosfato complexo de tetraciclina ÆÆ (FCT), após implantação em alvéolos
dentais de ratos. Para tanto, foram utilizados 40 ratos (Rattus norvegicus,
albinos, wistar) divididos em dois grupos: grupo G I, controle, onde utilizou-se
o composto MOOBL/HAR associado ao AD e grupo G II, tratado utilizando o mesmo
composto MOOBL/HAR associado ao FCT. *Em
ambos os grupos utilizaram-se 7 partes de MOOBL para 3 partes de HAR
proporcionados em balança de alta precisão#, misturados e
homogenerizados com os aglutinantes específicos de cada grupo: AD para o G I e
FCT para o G II. Nos dois grupos experimentais e material foi introduzido nos
alvéolos por meio de uma seringa para inserção de material, “Centrix”. ###Os
animais foram sacrificados nos períodos de 03, 07, 15, 21 e 30 dias pós-operatórios,
para posterior análise histológica. Os resltados permitiram concluir que:(1)Houve
atraso no processo de reparo alveolar nos dois grupos experimentais;(2)O grupo G
I apresentou resposta inflamatória mais intensa que o G II, inclusive com
presença de polimorfonucleares neutrófilos;
(3)O
material implantado apresentou a compatibilidade biológica e (4)formação de
osso de melhor qualidade no G II.
Apoio financeiro: CAPES.
A178
Fios
de sutura: reações teciduais quando implantados no tecido subcutâneo.
A. C. BATISTA* , H.
NARY FILHO , M. A. MATSUMOTO , L.C.
LOPES , F. C. G.
SAMPAIO GOES, A. CONSOLARO .
Departamento de Cirurgia e T.B.M.F. - Universidade do Sagrado
Coração / Departamento de Estomatologia - F.O.Bauru- USP - (014) 235-8251
Os fios de sutura favorecem o processo de reparo das feridas
cirúrgicas mas, ao mesmo tempo, sua presença por tempo prolongado pode induzir
reações indesejáveis nos tecidos. Na escolha do fio a ser adotado em
cirurgias bucais, seu comportamento biológico deve sempre ser observado. No
intuito de avaliar as reações induzidas por fios de sutura mais recentes lançados
no mercado, idealizou-se este trabalho. Os fios de sutura analisados foram:
poliglactina 910 (Vicryl) , poliglecaprone 25(monocryl) , politetrafluoretileno
(p.t.f.e.). Os três fios foram implantados no subcutâneo de ratos sacrificados
em 4 períodos experimentais pós-operatório: 2, 7, 14 e 21 dias. Os cortes
microscópicos obtidos destas regiões, separadamente, foram analisados sob
coloração H.E. em microscopia óptica Adotando-se como critérios o grau de
fibrosamento, o índice de proliferação angioblástica , fibroblástica
e a severidade do infiltrado inflamatório presente, pôde-se determinar
através dos valores numéricos atribuídos, a intensidade da reação induzida
pelos fios de sutura no tecido circunjacente a eles. Os valores numéricos médios
finais para 2, 7, 14, e 21 dias foram: Vicryl, 0,5 ; Monocryl, 0,35 ; PTFE, 1,9
; respectivamente.
A179
Influência
do açúcar na reparação de feridas cirúrgicas em ratos diabéticos.
F. O. PAGOTO *, C. T. M. H. SAITO, A. ARANEGA, I. OKAMOTO
Dep. Cirurgia e Clínica Integrada da
Fac. de Odont. de Araçatuba- UNESP - (018) 563-1483
O objetivo do trabalho foi avaliar a reparação de feridas
cirúrgicas realizadas em ratos diabéticos e diabéticos controlados. Fahey et
al. Surg. Res. 50: 308-13, 1991. Covington et al. Diab. Res. 23: 47-53,
1993.Foram utilizados 12 ratos (Rattus
norvegicus, albinus, Wistar), machos, com aproximadamente 250g divididos em
três grupos: o Grupo I recebeu estreptozotocina (35mg/kg), o grupo II, recebeu
o diabetogênico e 4 u/dia de insulina e o grupo III, tampão citrato. No 20º dia após as administrações, os
animais foram anestesiados, seus dorsos tricotomizados e 3 incisões elípticas
de aproximadamente 4 mm de diâmetro foram realizadas para receberem curativos
diários de açúcar refinado, açúcar mascavo e soro-fisiológico nas feridas
superior direita, inferior direita e esquerda, respectivamente. No 7º dia os
animais foram sacrificados e suas peças removidas para análise histológica. Clínica
e histologicamente foi possível observar que os animais diabéticos
apresentaram tecido de granulação menos organizado em relação ao controle e
o grupo do açúcar refinado apresentou melhores resultados em relação aos
outros grupos.
A180
Avaliação
do Piroxican em cirurgias de sisos inferiores inclusos.
C. C. COURA*; I. H. A . GANDELMANN
Curso de Doutorado em Clínica Odontológica - FOUFRJ - (021)
447-6859
O edema e o trismo são as mais freqüentes queixas no pós-operatório
em cirurgias de terceiros molares inferiores inclusos. Este estudo visa
avaliar a eficácia do Piroxican na redução destes sintomas. Para
tanto, foram selecionados 20 pacientes adultos, de ambos os sexos, portadores de
sisos inclusos que procuraram a disciplina de Cirurgia Oral da FOUFRJ. As
cirurgias realizadas no lado esquerdo formaram o grupo Testado (38) onde foram
administradas: Amoxacilina, Piroxican, Paracetamol. O lado contralateral, formou
o grupo Controle (48), onde foram administradas: Amoxacilina, Paracetamol. As
medidas utilizadas para avaliação do edema foram: distância do lóbulo da
orelha (LO) a Espinha Nasal Anterior, do LO ao Pogônio, do LO ao Hióide.
Quanto ao trismo, avaliou-se a distância interincisal através de paquímetro
(P<0,05). Os resultados demonstraram que o grupo testado apresentou redução
do pico do edema nas primeiras 24 hs (P<0,05), enquanto que o grupo controle,
obteve declínio após as 36 primeiras horas (P<0,05). Quanto ao trismo,
observou-se redução estatisticamente significante no grupo testado
(P<0,05). Desta forma, recomenda-se a utilização do piroxican nas cirurgias
de terceiros molares inferiores inclusos, no intuito de minimizar o desconforto
causado pelo edema e trismo no pós-operatório.
A181
Anquilose
da ATM: uma análise epidemiológica.
F.RODRIGUES*;I.H.GANDELMANN;M.A.CAVALCANTE;T.L.RODRIGUES
Doutorando em Odontologia / CTBMF - FO/UFRJ - E-mail:
fabianogon@uol.com.br
A anquilose da ATM representa a limitação total ou parcial
da abertura bucal decorrente da união fibrosa ou óssea das superfícies
articulares. Sua incidência e patogenia permanecem controvertidas, porém, há
relatos de que a maioria dos casos ocorre antes dos 10 anos de idade, sem
predileção por sexo, e que o trauma é a principal causa, seja no parto (fórceps)
ou na região mentoniana, causando hemorragia na ATM e posterior formação do
coágulo. A infecção na região bucal ou auricular também é citada como
fator etiológico. Baseados nesta divergência de opiniões, realizamos uma análise
etiológica e epidemiológica com uma casuística de 30 pacientes portadores de
anquilose de ATM, atendidos no serviço de Cirurgia Oral da FOUFRJ. Os
resultados demonstraram maior freqüência de anquilose acima dos 10 anos
(73,3%), com ligeira predileção pelo sexo masculino (56,7%) e pela raça negra
(70%); havendo principalmente, envolvimento unilateral (76,6%). Em 22 casos
(73,3%), a ocorrência foi atribuída ao trauma, sendo destes, 10 casos (33,3%)
congênita, e infecciosa em 8 casos (26,7%). Concluímos, baseados nestes
resultados, que a anquilose da ATM é mais comum em pacientes acima dos 10 anos
de idade, com ligeira predileção pelo sexo masculino, sendo a raça negra mais
freqüentemente afetada. O trauma foi o fator causal de maior expressão
(73,3%), o que sugere que medidas preventivas neste sentido, tais como a não
utilização de fórceps nos partos, bem como o diagnóstico preciso da
hemartrose na ATM decorrente de trauma na região anterior da mandíbula, podem
atuar na redução da ocorrência da anquilose.
A182
Avaliação
da abertura bucal dos pacientes com
fratura condilar.
A.CHAIA *; L.H.A. GANDELMANN
Departamento de Clínica Odontológica - Doutorando UFRJ -
(021) 569-6436
As lesões traumáticas agudas sobre o colo condílico quando
não tratadas adequadamente, podem acarretar distúrbios de ordem funcional ou
estética. Isto se reflete no sistema mastigatório, podendo ocorrer alterações
no desenvolvimento e nos movimentos mandibulares, bem como, ocasionar anquilose
da articulação têmporomandibular. Esse estudo refere-se a avaliação da
abertura bucal máxima (distância interincisal) em 12 pacientes adultos, de
ambos os sexos, portadores exclusivamente de fraturas do colo mandibular,
tratados pelo método conservador. Os referidos pacientes foram atendidos na
disciplina de Cirurgia Oral e Maxilo-Facial da Faculdade de Odontologia da UFRJ,
e para auxiliar no diagnóstico destas, foram solicitadas as seguintes incidências
radiográficas: Panorâmica e Towne. Como tratamento, os pacientes foram
submetidos a bloqueio maxilo-mandibular com barra de Erich e bandas elásticas,
por um período de 4 semanas. Através do uso do paquímetro, foram obtidas as
medidas da distância interincisal do 30º e 60º dias após a remoção do
bloqueio e instituída a fisioterapia mandibular. Os valores de mediana e da média
aritmética oriundo das mensurações de 60 dias foram: Me
= 43 mm e X60
= 42,9 mm. Estes resultados demonstraram que o tratamento conservador,
juntamente com a fisioterapia, foram capazes de restituir a abertura bucal
normal nos pacientes acometidos por fraturas de côndilo.
A183
Avaliação
da abertura bucal após cirurgia da Anquilose da ATM
M. A. A. CAVALCANTE*; I. H. A. GANDELMANN
Doutorado em Odontologia - FO/UFRJ - (021) 558-5007
A limitação da abertura bucal é a principal complicação
nos pacientes portadores de anquilose da ATM devido ao crescimento ósseo que
ocorre entre as superfícies articulares dificultando assim a fonação e a
mastigação. O tratamento preconizado, normalmente é a cirurgia com interposição
de material autógeno ou aloplástico. São vários os materiais preconizados
para interposição, entretanto os mais utilizados são: enxerto ósseo
costocondral, silicone ou tântalo. Neste estudo, objetivamos analisar qual o
melhor destes materiais empregados para o tratamento da anquilose, avaliando a
abertura bucal, distância interincisal, de 30 pacientes portadores de anquilose
atendidos no Serviço de Cirurgia Oral da FO/UFRJ. Esta amostra foi dividida em
3 grupos de acordo com o tipo de material a ser empregado: Grupo I – 10
pacientes com silicone; Grupo II – 10 pacientes com tântalo; Grupo III – 10
pacientes com enxerto costocondral. As mensurações foram obtidas com um paquímetro,
no pré e pós-operatório (imediato, 45 e 90 dias). A media da abertura bucal máxima
dos pacientes no pré-operatório foi de 2mm. Nossos resultados, após 90 dias,
revelaram um valor de média aritmética para o Grupo I de 40,7mm; Grupo II de
36,2mm; Grupo III de 30mm. Concluímos, portanto, que dos materiais
utilizados, o silicone apresentou os melhores resultados com uma média de
abertura bucal de 40,7mm, ou seja, 11,1% a mais que o tântalo e 26,3% a mais
que o enxerto costocondral. Um valor que dá ao paciente a possibilidade
restituir as funções relacionadas com a fonação, deglutição e mastigação.
A184
Emprego
de imagens digitalizadas na confecção das íris.
T.W.F. de AZAMBUJA*, F. BERCINI, A.PERRONE, L. G. SCHROEDER.
Departamento de
Cirurgia e Ortopedia. Faculdade de Odontologia da UFRGS. 051-3312272.
A arte de confeccionar prótese ocular é muito antiga. A história
registra os recursos e materiais usados pelas civilizações na tentativa de
corrigir defeitos do aparelho visual, mostrando o grau de evolução dos povos.
Uma das fases mais delicadas é o da confecção da íris, mais especificamente
da sua pintura, porque os resultados estéticos são fundamentais. A
possibilidade de utilização de técnicas de computação
para a confecção de íris abriu um campo novo nesta área. Koch, R.,
Arch. Chil. Oftalmol., 52:
185-7, 1995. Dias, R. B. et al., Rev. Odontol. Univ. São Paulo, 11:43-8, 1997.
Oliveira, S. et al. Rev. Odontol. UNESP, 26:425-32, 1997.
Os objetivos deste trabalho são: 1) desenvolver a técnica de imagens
digitalizadas para a obtenção de íris; 2) comparar as íris obtidas através
desta nova técnica e pela técnica tradicional de pintura em cartolina, usando
fotografia obtida por microcâmera digital como padrão ouro. As íris obtidas
foram avaliadas por 6 observadores
que atribuíram valores para o grau de semelhança daquelas com as fotografias.
As médias foram calculadas e submetidas ao teste do Qui quadrado. As íris
confeccionadas a partir da digitalização computadorizada de imagens ficaram
mais semelhantes ao modelo natural do que as confeccionadas por pintura em
cartolina.
FAPERGS / PROPESQ.
A185
Dados
obtidos no hemograma e na bioquímica do
sangue de pacientes portadores de fraturas de face.
L. RODRIGUES*, J. G. C. LUZ, C. A. MIORI
Depto. C.T.B.M.F. - FOUSP-011-8187887
Pacientes politraumatizados podem apresentar perda de sangue,
líquidos e eletrólitos que causam comprometimento de seu metabolismo e podem
levar à várias implicações no seu tratamento.
Assim, alterações podem ser observadas no hemograma e na bioquímica do
sangue. Na literatura existe uma
lacuna referente a estas alterações em pacientes com fraturas de face.
O objetivo deste trabalho foi analisar os dados obtidos no hemograma e na
bioquímica do sangue de pacientes portadores de fraturas de face.
Foram avaliados os dados referentes a 30 pacientes consecutivos de ambos
os gêneros , com idade média de 26,8 anos, com diagnóstico exclusivo de
fraturas de face. Do hemograma foram anotados valores referentes à: eritrócitos,
hemoglobina, hematócrito, volume globular, volume globular médio, hemoglobina
globular média, concentração hemoglobínica globular média, leucócitos
totais, neutrófilos (segmentados e bastonetes), eosinófilos, linfócitos e monócitos.
Da bioquímica do sangue foram obtidos: glicose, uréia, creatinina, sódio
e potássio. Os resultados mostraram que no hemograma a principal
alteração foi a leucocitose (50% dos casos) que se deveu a uma
neutrofilia (68,7% dos casos) representada pelo aumento dos segmentados (63,3%
dos casos). Na bioquímica do sangue foi verificada, como alteração
significante, apenas hiperglicemia
(26,9% dos casos). Concluímos que em pacientes portadores de fraturas de
face a alteração mais freqüente do hemograma foi a neutrofilia e da bioquímica
do sangue foi a hiperglicemia.
A186
Análise
histológica da mistura osso liofilizado-hidroxiapatita em ratas
ovariectomizadas.
I. P. DESIDÉRIO*, J. C. ANDREO, T. OKAMOTO, J. L. TOLEDO
FILHO, J. L. TOLEDO NETO, C. C. MAGANHIN,
Departamento de Morfologia
FOB-USP; Universidade de Marilia e Universidade Paulista - Bauru.-
anato.@uol.com.br ; jescandr@usp.br
O conhecimento dos materiais implantares vem despertando
grande interesse entre
pesquisadores e cirurgiões. Novos materiais surgem, porém a eficácia destes
materiais são incertas em casos de pacientes portadores de alterações
hormonais. Sabe-se que a união de dois materiais implantares leva a uma alteração
na neoformação óssea (Zenóbio et al., Rev. Period., 7: 52-8,1998). A análise
histológica da mistura (osso bovino liofilizado e hidroxiapatita) em orifício
realizado em tíbias de ratas ovariectomizadas foi o objetivo deste trabalho.
Para isto foi utilizado 60 ratas ( Rattus
norvegicus) divididos em 3 grupos: O (ovariectomizadas), S (“sham”) e C
(controle). Os cortes longitudinais das tibias descalcificadas foram coradas com
H.E. e Tricromico de Masson. A análise histológica forneceu os seguintes
resultados: progressão da neoformação óssea com o passar do tempo (5, 10, 20
e 40 dias) em todos os grupos. Aos 40 dias os orifícios encontravam-se
totalmente preenchidos por trabéculas ósseas neoformadas bem desenvolvidas e
ausência do material implantar. Estes dados permitiram concluir que: a remoção
dos ovários frente ao uso de materiais implantares interfere de maneira
negativa durante o período inicial de até 20 dias de neoformação óssea, porém
aos 40 dias esta neoformação mostrou-se semelhante aos demais grupos.
A187
Avaliação
de um índice subjetivo das condições bucais em idosos brasileiros.
S. R. C. SILVA.
Departamento de Odontologia Social. Faculdade de Odontologia
de Araraquara – UNESP. Fax: (016) 222-4823. e-mail: srcsilva@foar.unesp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar o desempenho, em idosos
brasileiros, do Geriatric Oral Health Assessment Index (GOHAI) um índice
subjetivo desenvolvido para avaliar os problemas de saúde bucal em idosos. O índice
é composto por 12 perguntas que procuram avaliar a condição bucal em 3
aspectos: problemas físicos, funcionais e de dor ou desconforto. Participaram
do estudo 201 pessoas, com 60 anos e mais de idade que freqüentavam um centro
de saúde em Araraquara, SP. Foi realizado exame clínico e aplicado questionário
com questões sócio-demográficas, de auto-avaliação da condição bucal e do
índice GOHAI. Realizou-se teste de consistência interna e de fidedignidade do
GOHAI através do teste Cronbach’s alpha e o resultado foi satisfatório
(a=0,65). Os testes estatísticos realizados mostraram que o GOHAI está
associado a algumas variáveis clínicas, de auto-avaliação e sócio-demográficas
confirmando sua validade. As pessoas que tinham poucos dentes cariados e
perdidos, maior escolaridade e avaliaram sua condição bucal como “melhor”
apresentavam escores mais altos do GOHAI indicando poucos problemas bucais. O
GOHAI é uma medida subjetiva da condição bucal que tem por objetivo
complementar as informações coletadas no exame clínico e os resultados
sugerem que este índice pode ser útil em estudos descritivos em saúde bucal.
A188
Densidade
mineral óssea de camundongos velhos fêmeas.
E. STUDART-SOARES*, D.M. P PADILHA, A.C. SOUZA
Faculdade de Odontologia UFC e UFRGS / Instituto de Geriatria
e Gerontologia – PUCRS - (085) 983-1944
Muitos
alterações verificadas durante o envelhecimento, ocorrem de maneira semelhante
em animais de laboratório e em seres humanos. Há um grande interesse no
entendimento das modificações que ocorrem no tecido ósseo durante o
envelhecimento e da possibilidade destas alterações ocorrerem concomitantes em
todo o esqueleto. Os objetivos deste estudo foram descrever a possibilidade de
usar a absorciometria duo-energética de raios X para determinação in
vivo da Densidade Mineral Óssea do corpo inteiro e de zonas demarcadas
específicas crânio e mandíbula e verificar a correlação existente entre os
dados de densitometria obtidos nestes segmentos. Camundongos Fêmeas velhas
foram utilizadas neste estudo. Os animais foram submetidos a anestesia inalatória
por éter e posicionados de maneira a serem submetidos ao exame do corpo
inteiro. Num segundo momento, apenas a região do crânio foi submetida a um
“scanning”. A análise para determinação da densidade da zona crânio foi
realizada após delimitação das áreas a serem avaliadas. Os resultados podem
ser vistos como a seguir.
Média - g/cm2
sd
BMD
Total
0,0806
0,0068
BMD
crânio
0,1655
0,0132
BMD
Mandibular
0,1819
0,0234
Os
resultados foram analisados estatisticamente e os dados obtidos apresentaram uma
distribuição homogênea e uma alta correlação (Pearson – 0,99)
Concluiu-se
que o método é viável, simples, acurado e pode ser utilizado em diversos
experimentos relacionando a Densidade Mineral Óssea de corpo, crânio e mandíbula
de camundongos.
A189
Alterações
cromáticas em resina termopolimerizável imersa em diferentes líquidos.
E.D. de CASTILHOS*, D.M.P. PADILHA
Faculdade de Odontologia U.F.R.G.S. ecdickie@voyager.com.br
A higiene de próteses entre idosos incapacitados tem sido
considerada um problema de difícil solução. A incapacidade de auto-higienização
dos aparelhos protéticos e a pouca disposição de cuidadores para executar
estas tarefas tem estimulado o uso de líquidos capazes de remover os depósitos
sobre próteses. O objetivo deste trabalho é realizar uma avaliação de alterações
cromáticas em resina termopolimerizável utilizadas em base de dentaduras
causada por líquidos usados para limpeza de próteses. Os líquidos escolhidos
para o estudo foram hipoclorito de sódio (1%), água oxigenada (10 volumes),
digluconato de clorexedine (0,12%) e soro fisiológico. Foram confeccionados 24
corpos de prova, sendo prensados 8 por vez e divididos em 2 grupos. Os corpos de
prova foram identificados metade como teste e metade como controle. Todos os
corpos controle foram imersos em água destilada. As corpos testes foram
divididos em 4 subgrupos e submersas em quatro diferentes líquidos durante 60
dias. Ao fim de 60 dias colocou-se lado a lado os corpos teste e controle e
obteve-se fotografias com iluminação e distância padronizadas com o intuito
de avaliar alterações cromáticas. À
análise das fotografias, os corpos imersos em água oxigenada apresentaram
acentuada alteração cromática em relação ao seu controle. Os demais
mantiveram-se inalterados. Conclui-se que o uso contínuo de água oxigenada
sobre resinas termopolimerizáveis utilizadas em base de dentaduras altera a
coloração das mesmas estando portanto contra-indicado como agente de higienização
e remoção dos depósitos sobre próteses.
A190
Perfil
de idosos economicamente ativos e sua freqüência em consultórios
L. B. ABREU*, E. F. CORMACK
Depto. de O. Social e preventiva – F. O. – U.F.R.J. -
(021) 560-6137
Os idosos compõem o segmento populacional que mais cresce em
termos proporcionais e estão cada vez mais ativos e interessados em serem
sadios e em terem boa aparência. Isso faz da odontogeriatria um novo e
promissor campo de trabalho na odontologia. No entanto, poucos são os estudos
direcionados especificamente aos problemas bucais dos indivíduos da Terceira
Idade, que requerem uma abordagem diferenciada. Este trabalho tem como objetivo
verificar a importância que os idosos dão para a saúde oral, sua freqüência
em consultórios dentários e seus cuidados com a higiene bucal. Os dados foram
obtidos através de um questionário realizado com 86 idosos economicamente
ativos, selecionados na saída de cursos de informática e de ginástica específicos
para a Terceira Idade, entrevistados de forma aleatória, em Copacabana, Rio de
Janeiro. Contatou-se, que 76,7% dos entrevistados vão, pelo menos, uma vez por
ano ao dentista, 94,2% vão ao consultório dentário particular, apenas 23,3%
usam prótese total removível, 81,4% acreditam que seus dentes podem afetar sua
saúde geral e que idosos edêntulos vão menos ao dentista que os dentados. A
pesquisa demonstrou que um número considerável de idosos utiliza serviços
odontológicos, tornando necessários conhecimentos sobre geriatria e
gerontologia aos cirurgiões-dentistas realizarem um atendimento adequado.
A191
Condutas
odontológicas no indivíduo da terceira idade na cidade do Recife
K. R. VIANNA*, C. F. GUERRA, S. L. GONÇALVES, P. C. MELO, M.
C. MELLO
Departamento de Odontologia Restauradora, Faculdade de
Odontologia da UPE - (081) 326-0190
O Brasil, à semelhança dos diversos países do mundo, está
envelhecendo rapidamente. Verifica-se que na literatura especializada
relacionada à odontologia, poucos
são os estudos direcionados especificamente aos hábitos e condutas odontológicas
dos indivíduos idosos. O objetivo desse trabalho foi avaliar aspectos pessoais,
hábito de frequentar o dentista, freqüência e técnica de escovação entre
os indivíduos da terceira idade atendidos no Serviço de Geriatria do Hospital
Universitário Osvaldo Cruz, para tanto foram selecionados aleatoriamente 50
pacientes. Na metodologia empregada, utilizou-se entrevista associada ao exame
clínico da cavidade oral. Através da análise Estatística Descritiva ( média
de tendência central, dispersão e proporção ) das informações, observou-se
que a média de idade foi 70,4 anos, sendo 56% do gênero masculino e 44% do gênero
feminino; 85,7% não tinham hábito de ir ao dentista; 75% eram edentados
totais, desses 56% usavam prótese total, sendo que 42,9% usavam apenas a prótese
superior; 45% faziam escovação duas vezes ao dia e desses apenas 16% escovavam
a língua; apenas 25% apresentavam dentes naturais, fazendo-se uma média de 8
dentes por indivíduo, sendo que o maior número de dentes (70%) encontrava-se
na arcada inferior e apenas 30% na arcada superior. Concluindo-se que há
necessidade do fortalecimento da conscientização e valorização por parte do
idoso para frequentar com periodicidade o cirurgião-dentista, como parte de um
programa de saúde geral.
A192
Avaliação
clínico-radiográfica e histopatológica comparativa de lesões periapicais.
R.C.C. LIA, P.C. SAQUY, R.H. MARINS*, M.D. SOUSA-NETO, J.M.Q.
GARCIA, A.M. CRUZ-FILHO.
Odontologia UNAERP - (016)
629-8274
As lesões periodontais apicais como evolução de inflamação
endodôntica estão entre aquelas de elevada ocorrência, com definição por
vezes dificultada no diagnóstico clínico radiográfico, confundindo o
profissional na conclusão entre a Periodontite Apical Crônica e o Processo Cístico
Inflamatório. Assim, objetivamos através de análises clínico-radiográfica
versus histopatológica, avaliar a concordância entre essas patologias no
intuito de uma melhor informação quanto o percentual de erro diagnóstico clínico,
conseqüente indefinição terapêutica e evolução reparativa, como também,
caracterizar os aspectos histopatológicos importantes que interferem no
processo de cura. Foram avaliados nestas condições 164 casos de lesões
periapicais crônicas de pacientes procedentes das Clínicas Odontológicas da
Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP. As análises clínico radiográficas
foram efetuadas por docentes especializados e as biópsias excisionais
correspondentes, enviadas ao Serviço de Patologia da mesma entidade para exame
histopatológico. Concluiu-se que 55,49%
das lesões eram Cistos Epiteliais e 44,51% Periodontites Apicais Crônicas.
Destas, houveram 36,96% de discordância clínico radiográfica versus
histopatológico, quanto aos Processos Císticos Inflamatórios e 13,10% quanto
as Periodontites Apicais Crônicas. Foram considerados as condições reacionais
inflamatória ativa e de corpo estranho e, a presença do revestimento epitelial
dos cistos como maiores interferências na evolução reparativa.
A193
Criocirurgia
em lesões benignas da mucosa bucal.
C. A. LEMOS JÚNIOR*, J. GUIMARÃES JÚNIOR
Departamento de
Estomatologia, FOUSP – SP - tel.: (011) 818-7883, e-mail: calemosj@fo.usp.br
Este trabalho tem como objetivo estudar a terapêutica criogênica
em lesões benignas da cavidade bucal e avaliar sua efetividade e
aplicabilidade. Foram selecionados 37 pacientes (20 mulheres e 17 homens com
idade variando de 5 à 77 anos) portadores das seguintes lesões: nove
hemangiomas, seis leucoplasias, seis mucoceles, seis hiperplasias fibrosas
inflamatórias, cinco papilomas, duas rânulas,
um granuloma piogênico, uma queilite actínica e um líquen plano. Após
se estabelecer o diagnóstico clínico eram utilizados exames complementares
para obtenção do diagnóstico final. Cada sessão teve de 1 à 3 ciclos de
congelamento com duração de 20 à 40 segundos. O intervalo entre cada ciclo
foi de um minuto e meio até que toda a área tratada estivesse descongelada. Os
casos eram avaliados 2 semanas após e se necessário novas sessões de
tratamento eram agendadas assim como controles mensais por até 1 ano. Os
seguintes padrões clínicos foram obtidos: RT- remissão total da lesão, RT/R-
remissão total com recidiva, RP – remissão parcial e RP/R- remissão parcial
com recidiva. Dos 37 pacientes tratados, 28 foram classificados como remissão
total (9 hemangiomas, 6 hiperplasias, 5 mucoceles, 4 papilomas,2 leucoplasias,
uma queilite actínica e um granuloma piogênico). Quatro foram classificados
com remissão parcial da lesão (4 leucoplasias), três com remissão parcial da
lesão com recidiva (duas rânulas e um líquen plano), dois casos com remissão
total com recidiva posterior (uma mucocele e um papiloma). Julgamos lícito
concluir que a criocirurgia é um método eficiente,
relativamente barato, de simples execução, não apresentou efeitos
adversos, um método bastante aceito pelo paciente, e as leucoplasias apesar de
poderem ser tratadas pela criocirurgia a chance de recidiva é alta e portanto o
acompanhamento é obrigatório.
A194
Aspectos
clínicos e terapêutica do liquen plano oral: estudo de 52 casos.
A. C. P. Machado*, D. A. Migliari, N.
N. Sugaya, L. C. Figueiredo
Departamento de Estomatologia - FOUSP - nnsugaya@fo.usp.br
O tratamento do liquen plano oral (LPO), em face de sua
etiologia ainda desconhecida, tem se restringido ao controle dos casos sintomáticos. Acompanhamos 52
pacientes, 33 mulheres e 19 homens, com média de 49,7 anos (17 - 75),
portadores de LPO, por período entre 3 meses e 12 anos, média de 1,4
anos, procurando avaliar a resposta terapêutica a corticosteróides. Vinte e um
pacientes eram assintomáticos e foram mantidos sob controle clínico periódico.
Dois pacientes apresentaram lesões associadas a restaurações metálicas,
experimentando regressão da sintomatologia após substituição do material
restaurador. Vinte e nove pacientes sintomáticos receberam tratamento
medicamentoso (56% da casuística), 23 mulheres e 6 homens. A maior parte dos
casos sintomáticos relacionava-se às formas erosiva e atrófica da doença. A
terapêutica iniciou-se pela aplicação
tópica de corticosteróides em forma de pomada ou bochechos (triamcinolona ou
dexametasona) , seguindo-se o uso de corticosteróides sistêmicos (prednisona
20 - 40mg/dia) ou injeções intralesionais (triamcinolona 5 - 10mg/ml), em caso
de resposta insatisfatória. Dezoito pacientes referiram melhora com a
corticoterapia tópica, dois
pacientes melhoraram com o uso de injeções intralesionais, cinco
experimentaram melhora com a associação de corticosteróides por via sistêmica
e quatro permaneceram inalterados. Concluímos que a corticoterapia tópica
é eficiente para controle dos sintomas do LPO, entretanto, apenas o seguimento
prolongado de maior número de casos permitirá melhor compreensão dos fatores
envolvidos na expressão da doença e sua resposta ao tratamento.
A195
Avaliação
da radiopacidade de porcelanas pelos métodos radiográficos convencional e
digital.
M. FENYO-PEREIRA*
Disciplina de Radiologia, Departamento de Estomatologia da
Faculdade de Odontologia da USP - Fone/Fax:818-7831- e-mail:
mfpereir@siso.fo.usp.br
A radiopacidade tem sido considerada como requisito essencial
de um material restaurador. Embora muitos fabricantes anunciem como propriedade
de seu produto, a maioria deles não possui um grau de radiopacidade considerado
suficiente para uma adequada avaliação da restauração no tocante a cáries
reincidentes ou qualidade do preparo. Consideramos como ideal uma radiopacidade
próxima ou igual a do esmalte, para que haja adequada avaliação dos contornos
da restauração, de sua adaptação marginal e de seus contatos proximais. Em
nossa pesquisa, foram estudadas seis diferentes marcas de porcelana —
NORITAKE, VMK 95, DUCERAM LFC, VITADUR ALFA, VITA OMEGA e CERAMCO II — por
meio de dois métodos de leitura de densidade: digital e por fotodensitometria.
Foram confeccionados três corpos de prova com cada uma das marcas de porcelana
avaliadas; os mesmos foram radiografados
pelo método convencional com filme periapical Ektaspeed Plus de fabricação da
Kodak, juntamente com uma secção de um dente na mesma espessura dos corpos de
prova. Posteriormente essas radiografias foram submetidas à leitura em
fotodensitômetro. Em uma segunda etapa, as imagens dos corpos de prova
juntamente com a secção do dente, foram captadas por um sistema de radiografia
digital, compatível com o programa Sens-A-Ray e da mesma forma, submetidos à
leitura da radiopacidade pelo método digital. Nossos resultados apontaram
que tanto as marcas estudadas quanto os métodos utilizados não permitiram a
constatação de grau de radiopacidade semelhante ao do esmalte. A marca que se
apresentou mais radiopaca foi o VMK 95. O método digital é aquele que
possibilita a detecção de imperfeições da restauração associadas à técnica
de preparo do material. Os dois métodos se equivalem em uma relação inversa.
A196
Microbiota
bucal bacteriana em crianças com AIDS, leucemia e seus controles
F. A. GONÇALVES*, V. L. BOSCO, E. G. BIRMAN, E. MAMIZUKA
FOUSP e FCFUSP fone/fax: 011-818 7883
e-mail: egbirman@siso.fo.usp.br
Nosso objetivo foi avaliar o comportamento da microbiota bucal
bacteriana em crianças com AIDS e leucemia comparando-as a controles sadios, em
virtude da semelhança entre vários aspectos que estas doenças apresentam.
Assim, este estudo avaliou gênero, espécie e freqüência de bactérias da
cavidade bucal em 3 grupos de 30 crianças respectivamente com AIDS, leucemias
agudas e controle sadios, com faixa etária entre dois e seis anos, pareados
quanto a idade e sexo. Tanto as crianças com AIDS como as leucêmicas estavam
sob atendimento ambulatorial, sendo que ambos os grupos recebiam tratamento
específico e profilático para infecções. Esfregaços foram coletados da
mucosa bucal com “swabs” estéreis, e as bactérias foram identificadas
segundo a rotina de bacteriologia do Laboratório de Microbiologia da FCFUSP.
Foram isolados os gêneros Streptococcus,
Staphilococcus e bacilos do tipo Diferóide,
entre as bactérias Gram positivas e entre as Gram negativas, os gêneros Neisseria, Escherichia e Pseudomonas. Observou-se predominância de
Gram positivos nos grupos com AIDS e leucemia, sendo Streptococcus mitis e Difteróides
identificados em maior número no primeiro e no segundo grupo
respectivamente. Não foram encontradas diferenças estatisticamente
significantes em relação aos bacilos Gram negativos e Gram positivos entre os
três grupos (Gram-: a=0,05;
t<2,31 e Gram+ a=0,05; t<2,12). Nos controles predominaram cocos Gram
negativos (Neisseria), sem outros
dados relevantes referentes a Gram positivos. Concluiu-se que apesar das
condições imunossupressoras que estas doenças podem acarretar, não foi
observada presença de bactérias potencialmente patogênicas como esperado nos
grupos estudados, sendo que as medidas terapêuticas e preventivas empregadas
para controle de infecções determinaram com algumas exceções (Staphilococcus, Difteróides, Neisseria sp e Neisseria sicca) uma grande semelhança entre os grupos estudados e
os controles.
A197
Criação
e caracterização de banco de dados de diagnósticos histopatológicos emitidos
pelo Serviço de Patologia Cirúrgica da disciplina de Patologia Bucal da FOUSP.
CORRÊA*, L.; SOUSA, S.C.O.M.
Depto. Estomatologia – FOUSP - (011) 818-7884
Este trabalho objetivou a criação e análise de um banco de
dados gerado a partir do arquivo de fichas de solicitação de exame
anatomopatológico pertencente ao Serviço de Patologia Cirúrgica da Disciplina
de Patologia Bucal da FOUSP. Foram registradas 7148 fichas, equivalentes ao período
de 1990 a fevereiro de 1996, utilizando um “software” para criação de
banco de dados e um computador. Coletaram-se os dados referentes a número da
ficha, sexo, raça e idade do paciente, tamanho, aspecto e localização da lesão,
tipo de biópsia, data de solicitação do exame, aspecto do raio X e diagnóstico
histopatológico. Testou-se também a sistemática de codificação de doenças
da Classificação Estatística Internacional de Doenças e de Problemas
Relacionados à Saúde e da Classificação Internacional de Doenças em
Odontologia e Estomatologia. Essa adaptação envolveu a criação de eixos
classificatórios segundo Araújo & Araújo (1984), bem como a adoção de
nomenclatura empregada pelo serviço. Realizou-se também a análise
quantitativa e da evolução terminológica dos diagnósticos emitidos através
da comparação com outro banco de dados gerado por Novelli (1977) a partir do
mesmo serviço abrangendo o período de 1965 a 1974 (7412 fichas). Os resultados
demonstraram que os dois levantamentos mostraram-se semelhantes, com predominância
do grupo das lesões reativas, seguido do grupo das lesões císticas e do das
doenças da polpa e periodontais. Houve diferenças terminológicas entre os
dois banco de dados, denotando uma modificação de tendência de diagnóstico
do serviço. Os dados referentes a sexo, idade e grupo étnico mostraram-se
semelhantes nos dois levantamentos. Concluiu-se que houve uma evolução
terminólogica entre os levantamentos de 1965/74 e 1990/96, mas não houve
diferenças entre os dois levantamentos quanto à freqüência absoluta de ocorrência
dos diferentes grupos de lesões.
A198
Estudo
da micromarsupialização no tratamento de fenômenos de retenção salivar.
A. E. M. VIEIRA*, L. L. G. RIBEIRO, A. C. B. DELBEM, R. F.
CUNHA.
Depto. Odont. Infantil e Social, F. O. de Araçatuba -UNESP
– 018 6203235 – Adelbem@foa.unesp.br
Rânulas e mucoceles são fenômenos de retenção salivar
resultantes da obstrução e/ou ruptura de ductos excretores de glândulas
salivares. O propósito do presente trabalho é enfatizar a técnica da
micromarsupialização como uma alternativa para o tratamento dos fenômenos de
retenção salivar. Foram atendidos, pela Disciplina de Odontopediatria da
Faculdade de Odontologia de Araçatuba, 41 pacientes que apresentavam essa lesão,
no período de 1990 a 1998. Destes, 14 pacientes com idade entre 05 e 09 anos,
foram selecionados para serem tratados pela técnica da micromarsupialização.
A indicação da técnica é feita após criterioso exame clínico da lesão.
Devem ser observadas certas características como a presença de superfície
lisa, mucosa delgada, coloração azulada ou da mucosa, base séssil e consistência
flácida. A técnica está contra-indicada para lesões de consistência
fibrosa, superfície traumatizada e base pediculada ou que apresentem-se
localizadas profundamente nos tecidos. Para a realização da técnica,
procedeu-se a anti-sepsia da área com solução de iodo a 0,1%, utilizou-se um
anestésico tópico cobrindo toda a lesão por aproximadamente 3 minutos,
seguido da passagem de um fio de sutura de seda 4.0 pelo interior da lesão, em
seu maior diâmetro, e realização
de um nó cirúrgico. Após 7 dias o fio de sutura era, então, removido. Todos
os casos tratados foram submetidos a um controle periódico a cada 6 meses. Dos
14 casos tratados pela técnica da micromarsupialização, 12 apresentaram
regressão total após uma semana do tratamento. Houve recidiva em dois casos. A
técnica da micromarsupialização é uma opção bastante favorável,
principalmente em Odontopediatria, por ser procedimento rápido, simples e
apresentar resultados satisfatórios quando bem indicada.
A199
Prevalência
de alterações e patologias na língua de escolares de Araraquara
S.P. E. M. S. MASSUCATO*, I. R. F. RUBIRA.
Depto. Diagnóstico e Cirurgia, Fac. Odont. Araraquara-UNESP/
Univ. Federal da Bahia. e-mail:emaria@foar.unesp.br
Na literatura há poucos estudos epidemiológicos sobre alterações
e patologias em mucosa bucal de crianças. A língua pode apresentar mudanças
relacionadas a doenças locais ou sistêmicas. O objetivo deste trabalho foi
analisar a prevalência das alterações e patologias presentes no dorso da língua
de escolares de Araraquara. Foram examinados 542 escolares, na faixa entre 7 e
15 anos, de ambos os sexos de uma escola pública da cidade de Araraquara –
S.P. Para o exame foi elaborada uma ficha clínica onde foram anotados dados
pessoais e achados clínicos destes escolares. Após a codificação, os dados
foram transferidos para um banco de dados do programa Epi Info 6.04. A maioria
destes escolares eram brancos (94,5%) e pertenciam à faixa etária entre 7 a 9
anos (71,2%). Quanto ao sexo, os percentuais encontrados foram 50,4% masculino e
49,6% feminino, caracterizando uma amostra homogênea neste aspecto. Observou-se
um total de 379 alterações no dorso da língua, representando uma prevalência
de 69,9%. A análise dos resultados indicou que as mais freqüentes
foram: língua fissurada (32,8%), língua saburrosa (17,2%), atrofia de
papilas (11,4%), língua geográfica (8,1%) e glossite rombóide mediana (0,4%).
A distribuição da prevalência de língua fissurada mostrou homogeneidade numérica
de acordo com as faixas etárias. De fato, as anormalidades encontradas na
amostra não são classificadas como doenças ou patologias de língua, mas
podem representar sinais clínicos de doenças sistêmicas e bucais.
Considerando que mais da metade das crianças examinadas apresentaram alterações
no dorso da língua, torna-se importante o conhecimento da etiopatogenia destas
alterações para esclarecimentos no processo diagnóstico. A associação da
história médica com os achados clínicos pode conduzir ao diagnóstico
diferencial de doenças sistêmicas.
A200
Pesquisa
de microrganismos e tratamento de queilite angular em usuários de próteses.
L. T. Aguilar*, N. N. Sugaya, E. G.
Birman, E. Mamizuka, C. R. Paula
Departamento de Estomatologia - FOUSP -( g-lu@fo.usp.br)
As queilites angulares (QA) são lesões uni ou bilaterais
caracterizadas por inflamação, descamação, eritema, formação de crostas
e/ou fissuras na região da comissura labial. Estas lesões tem sido associadas
à perda de dimensão vertical, leveduras do gênero Candida, algumas espécies
bacterianas e outros fatores de ordem sistêmica e local. Propusemo-nos a
pesquisar a presença de Candida sp e Staphylococcus
aureus nos portadores de QA, bem como observar a eficácia da aplicação tópica
de anti-fúngicos. Examinamos 105
pacientes desdentados totais ou parciais que procuraram a FOUSP para tratamento,
dos quais 21 apresentaram lesão ativa de QA, compondo um grupo de 18 mulheres,
três homens e média de 46,6 anos de idade. Coletamos
material para cultura, isolamento e identificação dos microrganismos,
sendo que dez casos foram positivos para Candida
sp e para S.aureus (47,6%), oito
casos positivos somente para Candida
(38%), um caso isolado para S. aureus
(4.8%), e dois casos negativos para ambos (9,5%).
Após o diagnóstico clínico os pacientes foram tratados inicialmente
com Nistatina (4x/dia/1 semana), utilizando-se em seguida o Miconazol, frente a
resultados insatisfatórios. Ambas as drogas mostraram efetividade terapêutica,
observada através da epitelização, ausência de descamação e ardor.
Concluímos que Candida sp é
importante no desenvolvimento da QA e
que a presença de S. aureus merece
melhor avaliação do seu papel no estabelecimento do quadro e resposta terapêutica.
A201
Densitometria
ótica x Intensidade pixel Estudo radiográfico comparativo da radiopacidade de
resinas compósitas.
R.F. COSTA*
Departamento de Odontoclínica. Faculdade de Odontologia da
UFF - Niterói - RJ - (021) 628-6343
O objetivo do presente estudo foi comparar a radiopacidade de
resinas compósitas foto-polimerizáveis, através de dois diferentes métodos
de análise radiográfica: a densitometria ótica e a intensidade pixel, visando
determinar se esse segundo método seria suficientemente confiável de forma a
substituir o primeiro, tendo em vista o seu baixo custo e fácil acesso em
comparação com aquele. Para tanto, utilizamos cinco diferentes marcas de
resina compósita foto-polimerizável e compactamos cada uma delas em um disco
metálico de 10mm de diâmetro por 2mm de altura, num total de três espécimes
para cada resina. Após a tomada radiográfica dos espécimes e a devida revelação,
a densidade da imagem radiográfica dos materiais foi obtida por meio de um
densitômetro. Posteriormente essas mesmas radiografias foram analisadas em função
da intensidade pixel de cada espécime em um microcomputador e o percentual de
cinza de cada material comparado com as leituras obtidas através do densitômetro.
Os resultados foram submetidos à analise estatística de Correlação e Regressão,
obtendo-se um valor de r= -0,9999 para uma curva
exponencial e r= -0,9951 para uma reta. Com esses resultados pode-se
concluir que o método de análise por intensidade pixel é um método confiável
e eficaz que permite aos profissionais da odontologia que se interessam por
pesquisa, verificarem a radiopacidade dos mais variados materiais, bastando para
isso que possuam um microcomputador e um scanner pois, além do baixo custo
comparado com outros equipamentos mais sofisticados e muito caros, nem sempre
estão à disposição de todos para uso rotineiro.
A202
Estudo
longitudinal das alterações citopatológicas do EBV em pacientes HIV positivo.
S.M.S.FERREIRA*,A.SilvaJr,M.V.O.SODRÉ,G.A.C.POLIGNANO,A.S.CARDOSO,
L.H.R.A.CARVALHO, E.P.DIAS.
Depto
de Patologia-UFF & Depto
de Patologia FO-UFRJ - (021) 552-1873
A Leucoplasia Pilosa Oral (LPO) é uma lesão fortemente
associada com a infecção pelo HIV e estudos têm mostrado a sua correlação
com imunossupressão. (MONIACI et al. J Oral Pathol Med, 19(10):477-81, 1990.
LIFSON et al. AIDS, 8(1):73-79, 1994.). Os objetivo deste estudo foram:
a)verificar a correlação das alterações citopatológicas representativas do
efeito citopático do EBV com o estado imunológico, medido pelo CD4 em
pacientes HIV+ b)verificar a sensibilidade, especificidade, valores preditivo
positivo e negativo da LPO como teste diagnóstico de Aids. Trinta e sete
pacientes foram examinados no Hospital-Dia do HUCFF-UFRJ, pelo menos quatro
vezes, por um período de um ano, com raspagem bilateral da borda da língua
(236 esfregaços adequados). A prevalência da LPO foi de 30%. Em um ano,
verificamos que 54% eram LPO- e assim permaneceram(G1), 16% eram LPO-
e positivaram (G2), 16% eram LPO+ e negativaram (G3) e 14% eram LPO+ e
assim permaneceram (G4). Quando esses resultados foram correlacionado com o número
de CD4 no momento da raspagem, verificamos um maior percentual de ganho de CD4
nos seguintes grupos de pacientes: G1 e G3 (p = 0.461); nos que nunca tiveram um
exame positivo (p = 0.22); e no G1/ G3, quando agrupamos G1/G3 contra G2/G4 (p=
0.26). Embora estas diferenças não sejam estatisticamente significativas,
é evidente um maior ganho de CD4 nos pacientes que nunca tiveram LPO ou que
tiveram e depois negativaram. Todos estes pacientes receberam terapia
anti-retroviral combinada, que pode ter contribuído para a grande variação de
ganho de CD4 encontrada. A LPO, como teste diagnóstico para avaliação de Aids
(CD4 < 200), é de baixa sensibilidade (29.1%), boa especificidade (76.2%) e
baixo valores preditivos.
A203
Leucoplasias
bucais: correlação clínico-histopatológica.
T. L. C. RODRIGUES*, L. J. COSTA, M. C. C. SAMPAIO
Departamento de Clínica e Odontologia Social - UFPB - (021)
393-5581
O presente estudo avaliou a correlação entre o aspecto clínico
e as características histológicas das leucoplasias da mucosa bucal, além de
idade, sexo e hábitos dos portadores, tais como o tabagismo e o etilismo. A
casuística foi composta por 28 pacientes adultos, que ao exame clínico
apresentaram-se com lesões leucoplásicas na cavidade bucal. As leucoplasias
foram divididas quanto ao aspecto clínico, em Homogêneas e Não-homogêneas;
subseqüentemente biopsiadas, e segundo suas características, classificadas
histologicamente em: - Hiperceratose com ausência de displasia epitelial; -
Displasia Epitelial Leve; - Displasia Epitelial Moderada; - Displasia Epitelial
Severa; - Carcinoma Espinocelular. Em relação ao aspecto clínico, observou-se
maior ocorrência de lesões do tipo homogêneo (78,6%) do que do não-homogêneo
(21,4%); sendo a mucosa jugal a área mais afetada com 35,7% dos casos.
Microscopicamente, verificou-se que 32,2% dos casos apresentaram hiperceratose
com ausência de displasia epitelial; 53,5% evidenciaram displasia epitelial
(39,3%) - leve; 7,1% - moderada; 7,1% - severa) e 14,3% foram diagnosticados
como carcinoma espinocelular. Quanto as características dos portadores,
verificou-se maior freqüência nos pacientes situados entre a 6ª e 7ª décadas
de vida, tabagistas, de ambos os sexos. Concluiu-se, portanto que existe uma
correlação entre o aspecto clínico da lesão e as características histológicas
apresentadas pelas mesmas, e ainda, que as leucoplasias homogêneas com características
de hiperceratose não revelaram tendência à transformação maligna, enquanto
as lesões não-homogêneas, especialmente aquelas com evidências de displasia
epitelial, apresentaram maior risco de malignização.
A204
Carcinoma
epidermóide oral: estudo retrospectivo de 389 casos.
A. L. L. COSTA*, L. B. SOUZA, M. L. S. ARRUDA, A. A. F. NUNES,
L. P. P. SILVA.
Pós-Graduação em Patologia Oral/UFRN,
mstpator@odonto.ufrn.br
O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência do
carcinoma epidermóide oral de pacientes cadastrados nas fichas ambulatoriais e
prontuários arquivados no hospital do câncer, “Dr. Luiz Antônio-Natal-RN
(Brasil)” durante o período de 10 anos, correspondente a janeiro de 1989 a
dezembro de 1998, considerando-se a localização anatômica da lesão, faixa etária,
sexo, raça, gradação histológica de malignidade e fatores etiológicos.
Selecionamos e analisamos as informações contidas nas fichas e prontuários de
389 casos diagnosticados como carcinoma epidermóide oral. A análise dos dados revelou que 63,75% dos casos foram do sexo
masculino e 36,25% do sexo feminino, a faixa etária mais acometida foi de 61 a
70 anos e a raça branca representou 60% dos casos. A língua foi a localização
mais acometida com 30,85%, seguida por lábio inferior 24,42% e assoalho bucal
11,82%. Quanto a gradação histológica de malignidade, 23,65% dos casos foram
bem diferenciados, 27% moderadamente diferenciados e 9% pobremente
diferenciados, 40,36% dos casos não foram especificados. Os fatores etiológicos
mais comuns foram o hábito de fumar com 32,39% e a associação entre o hábito
de fumar e o consumo de álcool com 20,56% dos casos. Diante destes
resultados concluímos que o carcinoma epidermóide foi mais prevalente nos
pacientes do sexo masculino, raça branca, entre a sétima e oitava décadas de
vida. A localização anatômica mais acometida foi a língua. Os hábitos de
fumar e consumir álcool estavam relacionados com a maioria dos casos.
A205
Avaliação
qualitativa de questionários de saúde utilizados em odontologia.
V. C. VELTRINI*,
A. L. A. CAPELOZZA, J. R. P.
LAURIS, J. H. DAMANTE.
Depto. de Estomatologia – Fac. de Odontologia de Bauru –
USP /SP (014) 235-8254
Avaliar a saúde geral do paciente antes de submetê-lo a um
tratamento odontológico é essencial para que o profissional identifique condições
sistêmicas relevantes, avalie riscos e previna eventuais complicações. Dos
664 cirurgiões-dentistas de Bauru e região contactados por meio de cartas, 152
colaboraram relatando, de forma objetiva, como e quando a saúde sistêmica de
seus pacientes é avaliada, com que frequência os dados são atualizados e
quais as dificuldades encontradas. Noventa e dois deles também enviaram os
questionários de saúde que utilizam no consultório. Os dados foram avaliados,
primeiramente, de forma descritiva e, em seguida, através de um critério onde
a importância do assunto abordado determinava o valor atribuído às questões.
Para isso, elas foram divididas em categorias, conforme envolvessem: risco de
vida; adaptações no tratamento; cuidados ao prescrever; saúde geral e vícios
que atuam como fatores de risco. Dependendo da área de atuação, formação básica
e experiência clínica dos profissionais, a amostra foi dividida em 6 grupos:
clínicos gerais versus especialistas;
ex-alunos da FOB versus ex-alunos de
outras instituições e profissionais formados há menos de 15 anos versus
formados há mais de 15 anos. As pontuações finais dos questionários foram
comparadas entre os grupos antagônicos e os resultados foram submetidos ao
teste não-paramétrico de Mann-Whitney (p £ 0.05). O quesito experiência
clínica foi o responsável pela maior diferença entre grupos, mostrando que
cirurgiões-dentistas formados há menos de 15 anos utilizam questionários de
saúde mais completos (p< 0.06). Os assuntos mais abordados foram:
alergia, diabetes, medicamentos em uso e tratamento médico.
Apoio Financeiro: FAPESP
A206
Expressão
do PCNA em epitélio oral normal, hiperplásico e displásico
R. A. FREITAS*, M. D. C. OLIVEIRA, A. T. N. NOVELLINO
Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral/UFRN mstpator@odonto.ufrn.br
Com o objetivo de observar possíveis diferenças entre o número
de células proliferantes em epitélio de mucosa oral normal, hiperplásico e
displásico, foram selecionados 4 casos de epitélios normais, 7 hiperplasias
epiteliais e 7 displasias. Após a coloração pelo anticorpo PC-10
calculou-se o índice de células PCNA+ dentre 1000 células contadas
aleatoriamente nas camadas basais e parabasais de cada caso. Os epitélios
normais apresentaram uma percentagem média de 34,62% de células marcadas, os
epitélios hiperplásicos, 60,95% e os displásicos, 86,42%. A análise estatística
revelou diferenças significativas entre estas médias (P<0,05). Nossos
resultados sugerem que o número de células PCNA+ e a localização parabasal
destas células são indicadores de displasia epitelial em mucosa oral.
Apoio Financeiro: CNPq
A207
Alterações
morfológicas da glândula parótida do rato durante as 24 horas de um dia de
inverno.
R. M. HASSUNUMA, G. F. ASSIS, J. S. BRAZOROTTO**, T. M.
CESTARI.
Departamento de Ciências Biológicas - FOB - USP, fone (014)
235-8259.
As glândulas parótidas do rato apresenta variações morfológicas
e ponderais durante às 24 horas do dia. Para verificar a influência do volume
das estruturas glandulares nessa variação, foram obtidas glândulas parótidas
de ratos albinos Wistar em intervalos de 4 horas durante as 24 horas de um dia
de inverno. A análise dos resultados mostrou que as maiores variações
ocorreram entre os períodos das 24 e 4 horas. Às 24 horas com a maior massa
glandular aferida as estruturas do parênquima aparecem bem desenvolvidas e as 4
horas com a menor massa aferida, essas estruturas tiveram menor expressãomorfológica
do dia. Pode-se constatar das 24 horas para as 4 horas: a) um acrécimo
significativo (P<0,01) de 32% da massa glandular; b) uma redução
siginificamente (P<0,01) expressiva de 73% no volume do compartimento dos ácinos;
c) um aumento de 46% (P<0,01) no volume do compartimento do estroma; d) uma
redução de 34% (P<0,01) no número total de células acinosas. O sistema de
ductos não apresentou alterações morfológicas significativas no período
estudado. Constatamos, portanto, que as variações da massa glandular da parótida
de rato, principalmente entre 24 e 4 horas de um dia de inverno, foi provocada
pelo volume compartimental dos ácinos.
** Bolsista de Iniciação científica da FAPESP
A208
Carcinoma
de cabeça e pescoço: correlações histopatológicas e de atividade
proliferativa.
M.F.M.PESSOA, M.A.GUZMAN, E.P.DIAS,
Depto de Patologia UFF epd@netgate.com.br
O carcinoma de células escamosas de cabeça e pescoço
(CCECP) é o sexto tumor sólido mais comum do mundo e possui o prognóstico
sombrio, vários estudos vêm sido conduzidos no intuito de se minorar esse
problema (TYTOR et al., Acta Oto-laryngologica, suppl. 492,75-78,1990; ANNEROTH
et al., Scand J Dental Res, 95, 229-49, 1987). Este trabalho se propôs a
analisar 49 biópsias de CCECP, conforme a região anatômica a que pertenciam,
sob o ponto de vista histopatológico e da atividade proliferativa, baseadas na
casuística do Hospital Universitário Antonio Pedro da Universidade Federal
Fluminense (HUAP-UFF). Métodos utilizados: histopatologia, imuno-histoquímica.
O sistema de graduação de malignidade de ANNEROTH et al. (1987) foi modificado
para esse estudo. A atividade proliferativa foi analisada através do índice de
PCNA ( antígeno nuclear de proliferação celular) e pela média de mitoses.
Aos indicadores de proliferação,
foram atribuídos escores, os quais foram utilizados nesse sistema de graduação
de malignidade de forma alternada. Os resultados obtidos, demonstraram que não
houve diferença siginificativa entre os índices de PCNA nas regiões
analisadas ( teste não paramétrico de KRUSKAL-WALLIS ). Do mesmo modo, não
houve correlação entre os índices de PCNA e a média de mitoses na amostra
total, bem como por região anatômica (teste de PEARSON). Entretanto, houve
correlação entre os graus de malignidade, utilizando-se um ou outro indicador
de proliferação ( mitoses vs PCNA) no sistema de graduação de malignidade de
ANNEROTH et al. (1987)(teste de PEARSON r=0,71 p< 0,01). Concluiu-se, que
a média de mitoses é um bom indicador de proliferação em biópsias
incisionais de CCECP. Sugerimos, então a adoção desse parâmetro histopatológico,
já que é eficiente e de menor custo do que a técnica imuno-histoquímica.
Apoio: CAPES/ Mestrado em Patologia Bucal/UFF-RJ
A209
Avaliação
clínica das alterações bucais em crianças leucêmicas submetidas à
quimioterapia.
C.C.C. ALVES, C.E.O. LULA*, E.C.O. LULA
Departamento de Odontologia II - Universidade federal do Maranhão - (098)
235-0121
As alterações bucais decorrentes da leucemia têm sido
observadas por vários pesquisadores (Childers et al., Oral Surg., 75:41-47,
1993; Orbak, R., Orbak, Z., J. Nihon Univ. Sch. Dent., 39: 67-70, 1997) que
relatam ser a presença de hiperplasia gengival, sangramento e infecções
aspectos comuns em pacientes leucêmicos. Este trabalho objetiva observar a
frequência das alterações bucais durante o tratamento da leucemia em crianças
e relacionar os achados estomatológicos com dados do hemograma e com os
quimioterápicos utilizados. Foram examinados 28 pacientes do setor de Pediatria
do Hospital Aldenora Belo com o diagnóstico de LLA(22) e LMA (6). A idade dos
pacientes variou de 2 a 14 anos (m=7,5 anos). Durante o exame eram anotadas as
alterações bucais presentes clinicamente, os níveis de plaquetas e leucócitos
do hemograma e os quimoterápicos empregados. Os resultados evidenciaram que
78,57% dos pacientes apresentaram alterações bucais sendo mais frequentes a
palidez da mucosa bucal (53,57%), petéquias (25%), ulcerações (25%) e
sangramento bucal espontâneo (17,85%). Das ocorrências de plaquetopenia,
52,63% estavam relacionadas com a presença de petéquias ou sangramento espontâneo
enquanto, das ocorrências de leucopenia, 71,42% estavam relacionadas com a
presença de ulcerações. Dos quimioterápicos utilizados a arabinosil
citosina, vincristina e daunorrubicina mostraram relação com a presença de
alterações bucais em 28,57%, 30,95%
e 33,33%, respectivamente. Baseado nos dados obtidos conclui-se que: 1) as
alterações bucais são frequentes durante o tratamento da leucemia em crianças,com
um percentual de 78,57%, 2) ulceração
e petéquias ou sangramento espontâneo estão relacionados com o nível de leucócitos
e plaquetas, respectivamente.
A210
Comparação
entre tratamento ortopédico - ortodôntico
da Classe II.
E.C.A. SANTOS*; J. F.C. HENRIQUES; A.PINZAN.
Departamento de Odontologia Infantil e Social. Faculdade de
Odontologia de Araçatuba–UNESP - (018) 620-3236
Atualmente com tratamento ortodôntico deve considerar a correção
da relação oclusal, uma estética facial harmoniosa, revendo cada caso de
acordo com suas discrepâncias esqueléticas e dentárias. A Classe II, divisão
1, com envolvimento esquelético devem ser tratados com aparelhos ortopédicos
funcionais para melhorar a relação sagital. Neste estudo as alterações
decorrentes dos dois tipos de tratamento da Classe II, divisão 1 foram
comparadas, envolvendo pacientes de ambos os sexos com potencial de crescimento
craniofacial. O grupo I foi composto de 25 pacientes tratados por aparelho fixo
Edgewise combinado com ancoragem cervical. O grupo II constitui de 25 pacientes
tratados inicialmente por um aparelho funcional, AEB com ativador, para corrigir
a relação sagital e, depois desta fase, finalizou-se com aparelhagem fixa
Edgewise. As telerradiografias em norma lateral de cada paciente foram tomadas
no começo ao final do tratamento ativo, sendo avaliadas e comparadas as alterações
cefalométricas entre os grupos. Os resultados não demonstraram alterações
significantes nas estruturas entre os dois grupos. Houve diferença estatística
na posição dos incisivos inferiores. As alterações ocorridas podem melhorar
a estética facial nos pacientes do grupo II, representado pela grande redução
do ângulo GlSn.Pog’.
A211
Xerostomia
em pacientes HIV positivos.
E. M. GIOVANI*, N. S., ARAÚJO, M. H. C. G., MAGALHÃES
Departamento de Estomatologia da FOUSP( 011) 818- 7859/ 818-
7894, e mail mhcgmaga@siso.fo.usp.com.br
A xerostomia tem sido apontada por alguns autores como uma
importante alteração bucal associada à infecção pelo HIV. Porém poucos
estudos têm relacionado a xerostomia com a presença de outras lesões bucais.
Desta forma nos propusemos a pesquisar a relação entre o fluxo salivar e a
presença de lesões bucais em pacientes soropositivos para o HIV. Foram
observados 42 pacientes HIV positivos atendidos no CAPE para tratamento odontológico.
Todos estavam fazendo uso de terapia antiretroviral associada. Os pacientes
foram divididos em 2 grupos O grupo I foi constituido por 15 pacientes que
exibiam algum grau de xerostomia e o grupo II por 27 pacientes sem xerostomia.
Os pacientes foram examinados para a detecção de lesões na mucosa oral. No
grupo I, dos 15 pacientes, 11 ( 73,4%) exibiam lesões bucais sendo a candidíase
e a leucoplasia pilosa, as predominantes. Dos 4 pacientes que não exibiram lesões
bucais, 3 apresentavam xerostomia leve ( 0,5 à 0,7 ml/min) e 1 xerostomia
moderada ( 0,3 à 0,49 ml/min). Do grupo II, dentre os 27 pacientes, 10 ( 37%)
exibiram lesões bucais associadas. Concluimos que a presença de xerostomia
está diretamente relacionada com a presença de outras lesões bucais em
pacientes HIV positivos.
A212
Identificação
do EBV em papilomas, condilomas e hiperplasia epiteliais orais.
S. P. O. AZEVEDO*, A.SILVA Jr, S. M. S. FERREIRA, E. C.
FONSECA, E. P. DIAS
Departamento de Patologia - UFF / RJ epd@netgate.com.br
Sabe-se que mais de 90% da população mundial é infectada
pelo vírus Epstein-Barr (EBV) durante a infância ou adolescência.
Na região da cabeça e pescoço, várias lesões são associadas ao EBV
(Linfoma de Burkitt, Carcinoma nasofaríngeo e Leucoplasia Pilosa Oral).
Alguns estudos demonstraram a presença do EBV em mucosa oral normal de
pacientes HIV+ e pesquisas mais recentes vêm demonstrando a possíbilidade do
EBV estar presente em epitélio normal e em lesões epiteliais proliferativas da
boca (MAO et al. J Oral
Pat Med, 22:12-17,1993. HORIUCHI et al. Oral Surgery,79:57-63,1995.
MIZUGAKI et al. Jpn J Cancer Res. 6: 604-7,1998). Nossos objetivos foram: a)
investigar a presença do EBV no epitélio de dez papilomas escamosos orais, três
condilomas acuminados orais,
duas hiperplasias epiteliais orais e seis fragmentos de mucosa normal; b)
investigar a presença do Papilomavírus humano (HPV) nas lesões epiteliais. O
EBV foi investigado através das técnicas de Imuno-histoquímica (IHQ) com
anticorpo anti-EBV e hibridização in
situ (ISH), com sonda específica para DNA-EBV. O EBV foi identificado por
IHQ e ISH, respectivamente em 80% e 100% dos Papilomas, 100% e 100% dos
Condilomas, 100% e 50% das Hiperplasias epiteliais. Nas mucosas normais
obtivemos positividade em 84 % (IHQ) e 50% ISH). A ISH identificou o HPV em 20%
dos papilomas, sendo negativa nas demais lesões. Controle positivo: leucoplasia
pilosa. O EBV pode estar presente em Papilomas, Condilomas acuminados e
Hiperplasias epiteliais orais, sendo necessários estudos posteriores para
definir se esta associação é etiológica.
Apoio financeiro: CAPES / Mestrado em Patologia Buco-dental -UFF
A213
Determinação
da idade esquelética na telerradiografia cefalométrica em norma lateral.
S.C.B.N.SANTOS*; R.R. ALMEIDA; F.A.BERTOZ; E.C.A.SANTOS.
Faculdade de Odontologia de Bauru - SP - (018) 622-9064
O objetivo desta pesquisa foi o de verificar a confiabilidade
da utilização das alterações morfológicas das vértebras cervicais como um
método de determinação do estágio de maturação esquelética, comparando-o
com os eventos de ossificação que ocorrem na região da mão e punho.
Para tanto, foram selecionadas as telerradiografias em norma lateral e as
radiografias carpais de 77 pacientes de ambos os sexos, com faixa etária
variando dos 8 anos e 5 meses aos 16 anos e 5 meses, todas avaliadas por 6
examinadores. Os resultados obtidos
reveleram que os dois métodos, quando analisados separadamente, apresentaram fácil
aplicação e puderam ser reproduzidos com confiança por todos os examinadores.
Entretanto, quando as telerradiografias laterais e as radiografias
carpais foram comparadas, apesar de demonstrarem uma correlação
estatisticamente significante, não apresentaram um alto índice de concordância
entre os estágios de maturação que haviam recebido em seus respectivos métodos
de avaliação. Conclui-se, desta forma, que as alterações morfológicas
das vértebras cervicais, observadas nas telerradiografias laterais que
rotineiramente compõem a documentação ortodôntica, constituem-se em um método
adicional útil na determinação da idade esquelética de um indivíduo.
A214
Manifestações
orais observadas em crianças com sorologia positiva para HIV.
F.A.C. BOER*, C. PERCINOTO
Depto de Odont. Infantil e Social, Fac. de Odont. de Araçatuba-
UNESP - (018) 620-3235 e percinot@foa.unesp.br
A AIDS pediátrica é uma doença causada pelo Human
Immunodeficiency Virus (HIV) nas crianças menores de 13 anos de idade.
Caracteriza-se pela depressão do sistema imunológico, favorecendo o
aparecimento de infecções oportunistas que podem se manifestar na cavidade
oral e serem os primeiros sinais do avanço da doença. Diante do exposto
verificou-se as necessidades odontológicas e as manifestações orais em
38 crianças de 0-12 anos, com sorologia positiva para o HIV, em acompanhamento
no projeto ID-pediatria no ambulatório do setor de moléstias infecciosas do
Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Londrina, Paraná. As crianças
foram divididas nos Grupos G1(infectadas e sintomáticas); G2 (infectadas e
assintomáticas), e G3 (sem diagnóstico definitivo). Após Consentimento
Informado, foram examinados: os prontuários para identificação, tipo de
transmissão e classificação clínica-imunológica das crianças e os exames
clínicos das estruturas da boca e da face, durante as consultas médicas de
rotina. As manifestações encontradas no Grupo G1 nos 5 exames realizados
foram: placa bacteriana visível, gengivite (1 caso de eritematosa linear), cárie
dentária, candidíase oral (pseudomembranosa, eritematosa e queilite angular),
adenomegalia cervical, parotidite, gengivoestomatite herpética aguda e afta. No
Grupo G2 foram encontradas: placa bacteriana visível, cárie e gengivite, e no
Grupo G3, placa bacteriana visível e candidíase pseudomembranosa, ambos com 4
exames realizados. Concluiu-se que existem necessidades odontológicas
educativas, preventivas e curativas para essa população; que as orientações
de higiene devem ser reforçadas a cada retorno e que as manifestações acima
citadas foram as observadas em todo estudo.
A215
Cartas
de Encaminhamento em Medicina Bucal.
C. M. NAVARRO*, E. M. S. MASSUCATO, M. A. ONOFRE, M. R.
SPOSTO.
Depto. Diagnóstico e Cirurgia, Fac. Odont. Araraquara-UNESP,
e-mail: cnavarro@foar.unesp.br
As cartas de encaminhamento representam importante aspecto
envolvido na comunicação entre os profissionais de saúde, geralmente clínicos
gerais e especialistas. O objetivo deste estudo foi avaliar o conteúdo das
cartas de encaminhamento em relação à história clínica e à razão da
consulta. Foram avaliados consecutivamente 800 prontuários de pacientes
atendidos no Serviço de Medicina Bucal da Faculdade de Odontologia de
Araraquara. Para a análise das cartas de encaminhamento foram considerados ítens-chave
relacionados à identificação do paciente, queixa principal, exames
complementares e uso de medicação para a queixa principal. Foi organizado um
banco de dados (Epi Info 6.04) e o teste Qui quadrado (a=0.05) foi aplicado à
amostra. Dos 800 prontuários, apenas 30% (236) tinham carta de encaminhamento.
Das 236 cartas 67% foram de dentistas, 22% de médicos e 11% de profissionais não
identificados. A idade do paciente não foi citada em 70% das cartas e a queixa
principal foi mencionada apenas em 55%. As cartas não continham detalhes como
descrição da lesão bucal (80%), região anatômica (34%), tamanho (99%),
sintoma (83%) e tempo de evolução (92%). O diagnóstico clínico não foi
incluído em 84% das cartas. Menos de 5% das cartas de encaminhamento
apresentaram relato de consultas anteriores e exames complementares. O teste Qui
quadrado revelou diferença significante entre todas as porcentagens. As
cartas de encaminhamento não continham informações essenciais sobre a história
clínica e a razão da consulta, levando à comunicação inadequada entre
profissionais. Baseados nestes resultados, nós sugerimos a carta padronizada
para melhorar a qualidade dos encaminhamentos.
A216
CPOD
em Campo Redondo, MG, Brasil. Uma população carente.
L. H. Ricardo*, D. Pallos, S.
Cavalca, P. M. Lobo, O. S. Oliveira, J. R. Cortelli
Departamento de Periodontia – Universidade de Taubaté, SP.
(012) 225.4147
Estudos prevalentes de cárie dentária no Brasil em 1986
mostraram que o índice CPOD médio em crianças aos 12 anos foi de 6 a 7.
Estudos semelhantes realizados em 1996 mostraram uma diminuição na prevalência
deste índices. Algumas razões para esta redução podem ser atribuídas à
fluoretação da água e a conscientização da população quanto aos cuidados
preventivos de saúde bucal. Entretanto, ainda existe muitas regiões do país
nos quais os cuidados dentários preventivos ainda não foram totalmente
estabelecidos. O objetivo do presente estudo foi realizar um levantamento do índice
CPOD no distrito rural de Campo Redondo, MG, sem fluoretação da água e
programa preventivo de saúde bucal. A população total deste distrito é de
309 habitantes com idade média de 28.35 ± 19.01. Participaram deste estudo 252
indivíduos (139 mulheres e 113 homens) divididos em 6 grupos. Grupo A / 1-5
anos de idade (3.13 ± 1.45), 8 indivíduos, grupo B / 6-12 anos de idade (9.49
± 1.93), 62 indivíduos, grupo C / 13-18 anos de idade (15.28 ± 1.78), 41
indivíduos, grupo D / 19-30 anos de idade (27.25 ± 2.06), 55 indivíduos,
grupo E / 31-48 anos de idade (39.75 ± 5.10),
53 indivíduos) e grupo F / 49-83 anos de idade (63.52 ± 8.25), 23 indivíduos.
Os resultados deste estudo mostraram que o índice médio de CPOD por grupos
foi: grupo A / 6.2 ± 5.3, grupo B / 8.3 ± 4.3, grupo C / 13.6 ± 5.0, grupo D
/ 21.4 ± 5.0 e grupo E / 24.4 ± 5.3. Os indivíduos de grupo F foram excluídos
da análise do índice CPOD pois neste grupo não foi encontrado nenhum indivíduo
dentado. Os resultados deste trabalho confirmam os achados de outros estudos
no qual evidenciam que a não fluoretação da água e a ausência de programas
dentais preventivos podem ser responsáveis pelos índices elevados de CPOD em
todos os grupos examinados.
A217
Avaliação
da freqüência das injúrias dentárias traumáticas em pacientes do Centro de
Traumatismo Dentário da Faculdade de Odontologia de São José dos Campos
(CETRADE).
M. C. VALERA, M. S. R. DUARTE, T. H. C. PRATA, J. L.
MIQUILITO, M. A. M. ARAUJO.
Faculdade de Odontologia de
São José dos Campos -
UNESP - (021) 321-8166 R:1307
Esse estudo avaliou os dados epidemiológicos e causas das injúrias
dentárias traumáticas dos pacientes que procuraram atendimento no Centro de
Traumatismos Dentários (CETRADE) da Faculdade de Odontologia de São José dos
Campos – UNESP. Foram avaliados os registros de pacientes atendidos no CETRADE
nos anos de 1996 a 1998, observando o trauma mais frequente, as causas, sexo e
idade dos pacientes e dentes mais envolvidos. Os dados foram catalogados e
comparados entre si. Verificou-se que 62,91% dos pacientes eram do sexo
masculino, sendo que a maior incidência dos traumatismos ocorreu aos 9 anos de
idade. A causa mais comum foi queda (48,34%), seguida por queda de bicicleta
(22,52%) e golpe (15,89%). O dente mais afetado foi incisivo central superior
(92,8%). Os traumas mais frequentes foram as fraturas coronárias (42,81%),
seguida de avulsão (25,76%), fratura radicular (7,57%), luxação (7,2%),
extrusão (6,44%), concussão (1,89%), fratura corono-radicular (1,14%) e
subluxação (0,76%). Observou-se alta incidência de traumatismos na idade
escolar, no sexo masculino devido, principalmente, a queda. Portanto, são
necessários programas específicos de prevenção, bem como orientação aos
profissionais que atuam nas atividades voltadas à criança e adultos jovens
para que no caso da ocorrência de trauma, sejam tomadas providências adequadas
visando rápido atendimento.
A218
Avaliação
dos conhecimentos de patologia visando o Exame Nacional de Cursos.
I. WEINFELD, C. F. S. LEITE.
Departamento de Ciências Biológicas – UMESP. (055) (011)
7664-7652
O Exame Nacional de Cursos, implantado como um meio de avaliação
do ensino brasileiro, promoveu uma preocupação por parte das Instituições e
a busca da melhoria do ensino, oferecendo-se aos alunos, em alguns casos, revisões
sobre o conteúdo programático das diferentes disciplinas. Propusemo-nos,
diante de tal situação, a realizar, precedendo a revisão, uma avaliação dos
alunos sobre o conhecimento de conceitos básicos ministrados na disciplina de
Patologia, buscando a análise da retenção ao longo do curso. Assim,
desenvolvemos 20 questões do tipo lacuna, que foram aplicadas em 91 alunos do
último ano do curso de Odontologia e que versavam sobre os seguintes tópicos
da Patologia Geral: generalidades, alterações do crescimento, degerações e
infiltrações, calcificação e pigmentação patológicas e alterações
circulatórias. Foram corrigidas atribuindo-se a pontuação de 0, 0,25, 0,5 ou
1 ponto. A partir do material colhido, realizou-se uma análise estatística
descritiva das notas. A média obtida foi de 2,7 ± 1,024 e a moda 2,0. A nota mínima
foi 1,0 e a máxima 6,0 (de um possível 10,0). Os resultados, tratados por
ANOVA e Tukey (p£ 0,05), evidenciaram uma diferença estatisticamente
significante entre as questões deixadas em branco com as de outras pontuações,
bem como com as questões zeradas. Concluímos que o alto número de questões
em branco, afetou significativamente as médias finais e que o conhecimento dos
alunos mostrou-se limitado, fragmentado e muitas vezes errôneo.
A219
Efeito
da liberação de flúor do ionômero de vidro na microdureza da dentina
adjacente.
A. L. T. O. LIMA*, C. FRANCCI
Universidade de São Paulo - Brasil - NAPEM: Núcleo de Apoio
à Pesquisa em Materiais Dentários – FOUSP - (011) 818-7840
Ionômero
de vidro tem a capacidade de criar uma camada intermediária composta
basicamente por carbonoapatita fluoretada (Geiger, Dent. Mater., 9:33-36,1993).
Esta estrutura pode aumentar a resistência do dente à desmineralização.
Considerando que a liberação de flúor ocorre nas primeiras 24 horas, a hipótese
a ser testada é: a camada intermediária e a liberação de flúor do ionômero
de vidro podem aumentar a microdureza da dentina adjacente. Dezesseis cavidades
circulares foram preparadas em dentina bovina e restauradas com ionômero de
vidro (Fuji IX-GC) ou resina composta (Z100-3M). As superfícies das amostras
foram cobertas com 60µl de água deionizada durante 24 horas. As restaurações
foram seccionadas e medida a dureza Vickers da dentina adjacente à restauração
através de penetrações com intervalos de 100 µm, a partir da superfície da
restauração. Abaixo da mesma, 5 penetrações de 100 µm de distância entre
si foram realizadas. Como controle, foram feitas 5 penetrações semelhantes a
1,0 mm de distância. Os resultados estão expressos na tabela abaixo. O teste
Kruskal-Wallis não indicou diferença significante entre os 5 locais da dentina
adjacente (a > 0,05). O teste t
pareado não mostrou diferença significativa entre as penetrações sob a
restauração e as do grupo controle.
FUJI
IX
Z100
SUPERFÍCIE
SOB RESTAURAÇÃO
SUPERFÍCIE
SOB RESTAURAÇÃO
Teste
Controle
Teste
Controle
55,9
51,4
60,6
50,3
44,0
51,6
59,0
54,0
64,8
60,2
52,9
48,7
58,6
50,5
59,9
59,1
45,5
46,4
59,3
57,6
60,6
61,3
44,1
46,5
60,8
57,1
59,8
58,0
45,4
44,1
A220
Resistência
ao cisalhamento de selante associado a sistemas adesivos, em condições de
contaminação salivar.
M. C. BORSATTO*, Z. M. MUSSOLINO, C. A . PANSANI, L. SANTOS
PINTO, S. ASSED.
FORP-USP - Departamento de Clínica Infantil, Odontologia
Social e Preventiva - (016) 602-4082O objetivo deste estudo foi avaliar “in
vitro” a resistência ao cisalhamento de um selante (White Sealant-Concise),
associado a dois sistemas adesivos (Scotchbond Multi-Purpose Plus-3M e One
Step-BISCO), em condições de contaminação salivar. Superfícies vestibular,
lingual e proximais de 125 terceiros molares humanos, hígidos, recém-extraídos
foram desgastadas e planificadas, e os dentes divididos, aleatoriamente, em 5
grupos experimentais (n=25): material I - primer do SBMPP+selante; material II -
adesivo do SBMPP+selante; material III - primer + adesivo do SBMPP+selante;
material IV - adesivo One Step+selante e grupo V - selante. Os espécimes foram
condicionados com ácido fosfórico durante 30 segundos, contaminados, com
saliva humana fresca, durante 20 segundos e submetidos a 5 tratamentos
diferentes para cada material: A- as superfícies foram secas; B- lavadas e
secas; C- lavadas, secas, recondicionadas; D- não foram secas e E- não houve
contaminação salivar. Após a inclusão em gesso, os corpos de prova foram
termociclados (400 ciclos com temperatura variando entre 5ºC e 55ºC), e
submetidos aos testes de resistência ao cisalhamento. Constatou-se que com a
aplicação do adesivo One Step (material IV), em todas as condições de
tratamento (A-E), os valores de resistência ao cisalhamento foram maiores, com
diferença estatisticamente significante, em relação aos demais materiais. Na
condição D (contaminar e não secar), nos materiais II (adesivo do SBMPP e
selante) e V (selante), houve uma redução significantemente acentuada na
resistência ao cisalhamento.
A221
Resistência
à tração de restaurações em amálgama associadas à retenções auxiliares
em dentina e adesivos.
H. M. S. OSHIMA*; M. F. DE GOES.
Departamento de Odontologia Restauradora - Faculdade de
Odontologia de Piracicaba –
UNICAMP - (019) 430-5345
Este estudo avaliou “in vitro”, a resistência à tração
de restaurações de amálgama de prata unidas à estrutura dental através de
retenções auxiliares em dentina e sistemas adesivos. Cinqüenta terceiros
molares humanos íntegros e recém-extraídos foram incluídos em resina acrílica
e a face oclusal foi desgastada até a obtenção de uma superfície plana em
dentina. Os dentes foram divididos em cinco grupos (n=10) e submetidos aos
seguintes procedimentos: Grupo A – “amalgapins”; Grupo B – Scotchbond
Multi-Uso Plus (3M Co.); Grupo C – Amalgambond Plus (Parkell); Grupo D –
amalgapins e Scotchbond Multi-Uso Plus; Grupo E - amalgapins e Amalgambond Plus.
As amostras dos grupos A, D e E, receberam 4 retenções auxiliares (2mm de
profundidade X 1mm de diâmetro). Os materiais foram manipulados e aplicados de
acordo com as recomendações dos respectivos fabricantes. O amálgama de prata
Permite C (SDI) foi triturado mecanicamente e condensado na superfície da
dentina com o auxílio de um molde de Teflon. Os corpos-de-prova foram
armazenados a 37ºC e 100% de umidade relativa, durante 1 hora, e posteriormente
armazenados em água destilada a 37ºC, por 23 horas. A seguir, foram submetidos
ao ensaio de tração em uma máquina Instron, a velocidade de 1,0mm/min. Os
valores foram submetidos à análise de variância e teste de Tukey (p<0,05).
Os valores médios foram: Grupo A= 12,20 kgf/cm2;
Grupo B: 4,47 kgf/cm2;
Grupo C= 12,98
kgf/cm2;
Grupo D= 15,01 kgf/cm2;
Grupo E= 41,33 kgf/cm2.
O Grupo E foi superior estatisticamente em relação aos demais grupos
(p<0,05). Os Grupos A, C e D não apresentaram diferença estatística entre
si (p>0,05), mas apresentaram diferença estatisticamente significante em
relação ao Grupo B.
A222
Avaliação
da infiltração marginal de um sistema adesivo após clareamento.
M.P SILVA; J. M. FREITAS; L.M. JUSTINO; F.F DEMARCO*.
Faculdade Odontologia – Universidade Federal de Pelotas -
(0532) 226690
O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência do
clareamento na infiltração marginal de um sistema adesivo de Quarta geração.
Trinta incisivos humanos, livres de cáries, foram selecionados. Acesso endodôntico
foi obtido e tratamento do canal radicular foi realizado. Os dentes foram
aleatoriamente divididos em 3 grupos (n=10): Grupo A (controle) – as cavidades
de acesso foram tratadas com Scotchbond Multipurpose de acordo com as instruções
do fabricante, sendo as cavidades restauradas com resina composta (Charisma);
Grupo B – uma pasta de perborato de sódio e peróxido de hidrogênio foi
colocada no interior da câmara pulpar, sendo a cavidade selada com cimento de
ionômero de vidro CIV (Vidrion) por 7 dias. Decorrido esse período, o agente
clareador e a restauração provisória foram removidos e os dentes restaurados
de maneira similar ao Grupo A; Grupo C – após remoção do tratamento
clareador, as câmaras pulpares foram preenchidas com uma pasta de Ca(OH) , sendo a
cavidade selada com cimento ionomérico. Após 7 dias, o selamento provisório
foi removido e os dentes foram restaurados com Scotchbond Multipurpose +
Charisma. Os dentes foram submetidos a ciclagem térmica (entre 5 e 55o
C), por 500 ciclos. Os dentes foram pintados com esmalte, com exceção das
restaurações e 2 mm ao redor das mesmas, sendo então imersos no azul de
metileno por 8 horas. Após lavagem, os dentes foram secionados. Os escores de
infiltração foram avaliados e os dados analisados pelo teste não paramétrico
de Kruskal-Wallis. Os resultados demonstraram que os Grupos A e C exibiram
valores similares de infiltração, os quais foram estatisticamente menores que
os do Grupo B (p<0,05). Foi possível concluir que o tratamento clareador
aumenta a infiltração marginal e um retardo na restauração final deve ser
respeitado.
A223
Efeito
do jateamento do substrato dentinário na resistência adesiva
M. GIANNINI*, J.
FARIA; L. A. M. S. PAULILLO
FOP-UNICAMP – Área de Dentística –( 019) 4305340 –
giannini@fop.unicamp.br
O objetivo desse estudo foi determinar o efeito do jateamento
do substrato dentinário na resistência adesiva. Fotomicrografias foram feitas
para examinar as características dos tratamentos superficiais da dentina e da
interface adesiva. Trinta terceiros molares humanos hígidos recém extraídos
foram selecionados e as superfícies dentinárias planificadas e polidas foram
preparadas nas faces vestibulares e linguais através do desgaste com lixas de
Al2O3.
As amostras foram divididas aleatoriamente em 4 grupos (n= 15): A-
condicionamento com ácido fosfórico a 37% por 15 segundos; B- jateamento com
partículas abrasivas de óxido de alumínio (50 µm) por 10 segundos; C-
A + B; D- B + A. Em seguida foi aplicado o sistema adesivo Prime &
Bond 2.1 associado ao compósito (Z-100). Todas amostras foram armazenados em
100% de umidade relativa por uma semana a 37ºC até o teste de cisalhamento,
realizado com velocidade de 0,5 mm/min. A resistência adesiva foi expressa em
MPa e os dados analisados por ANOVA e teste de Duncan (p<0,05): A- 12,33±6,03;
B- 12,95±5,60; C- 13,48±5,92 e D- 14,79±4,16. Não houve diferenças
estatisticamente significantes entre os valores médios. A análise das
fotomicrografias mostraram diferentes padrões de tratamentos dentinários e
formação de camada híbrida e “tags” de resina em todos grupos. Este
estudo mostrou que o jateamento dentinário não resulta em aumento da resistência
adesiva.
Suporte financeiro - FAPESP processo nº 97/12861-6
A224
Avaliação
“in vitro” da infiltração marginal em restaurações de materiais híbridos
de ionômero e resina.
S.G.MORETTO*;L.A.F.PIMENTA.
Departamento de Odontologia Restauradora– FO de
Piracicaba-UNICAMP - lpimenta@fop.unicamp.br (019)430-5337
O propósito deste trabalho foi avaliar “in vitro” a
microinfiltração em margens de esmalte e dentina em cavidades de classe V
restauradas com materiais híbridos de ionômero quando condicionadas com ácido
fosfórico a 37%(CA). Foram preparadas 112 cavidades de classe V na junção
cemento/esmalte nas superfícies vestibular e lingual de molares humanos extraídos.
As cavidades foram divididas aleatoriamente em 4 grupos (n=28) G1- Vitremer sem
CA (V); G2- Vitremer aplicado após o CA(VCA); G3- Dyract sem CA (D); G4- Dyract
aplicado após CA (DCA). Depois do acabamento e polimento, as amostras foram
armazenadas em ambiente úmido por 24 horas. Os dentes foram em seguida
termociclados por 1000 ciclos a 5±1°C e 55±1°C. Os dentes foram inteiramente
selados com duas camadas de esmalte de unha com exceção 1 mm das margens das
restaurações. Logo após, os espécimes foram imersos solução de azul de
metileno a 2% por 4 horas. Os dentes foram lavados, cortados e analisados em
lupa estereoscópica (25x). Os dados foram analisados pelos testes de Kruskal
Wallis e Wilcoxon (p £ 0,05). Os resultados foram expresso através da soma das
ordens. Esmalte: G1- (V)=2240,5 (c); G2-(VCA)=1576,5 (b); G3- (D)=1644,0
(b); G4- (DCA)=867,0 (a). Dentina:
G1-(V)=2302,0 (b); G2- (VCA)=1341,5 (a); G3- (D)=1460,5 (a); G4- (DCA)=1224,0
(a). Letras diferentes representam diferença estatística significante entre os
grupos. Conclui-se que o condicionamento com ácido fosfórico a 37% pode
reduzir a microinfiltração. O Dyract aplicado após condicionamento ácido
apresentou os melhores resultados.
Financiamento FAPESP - processo: 98/03009-7
A225
Verificação
“in vitro” do tempo que um canal radicular obturado pode ficar exposto ao
meio aquoso.
J. R. R. PINTO*, R. S. SILVA, J. C. E. SPANÓ, E. L. BARBIN,
J. D. PÉCORA
Dep. de Odontologia Restauradora da FORP-USP / Fone/Fax
(019)2414857 / renato@mpc.com.br
Analisou-se o tempo que um canal radicular obturado pode ficar
exposto a um meio aquoso, até o comprometimento da região apical do dente pela
infiltração do corante via câmara pulpar. Utilizaram-se 24 dentes caninos
superiores humanos extraídos, cujo os canais foram instrumentados e obturados
com a técnica de condensação lateral. Os dentes foram aleatoriamente
divididos em dois grupos. Um grupo recebeu o cimento Sealer 26® e o outro,
cimento do tipo Grossman manufaturado no Laboratório da FORP-USP.
Posteriormente, todos os dentes foram selados com Cavit W® e mantidos a 37ºC e
100% de umidade relativa. Após 48 h, o selador provisório foi removido e o
corante (Rodamina B) foi colocado na câmara pulpar e nesse momento iniciou-se a
marcação do tempo. Após 300 dias de experimento, em ambos cimentos, 50% dos
casos apresentaram infiltração de corante até o terço médio e 50% dos
casos, até o terço apical. O grupo obturado com o cimento endodôntico do tipo
Grossman apresentou 3 dentes com infiltração total do corante após 154, 274 e
288 dias e o grupo obturado com o cimento endodôntico Sealer 26®, somente 2
dentes após 279 e 292 dias. Conclui-se:1) O corante infiltra-se pelo canal
tanto com o cimento do tipo Grossman como com o Sealer 26®. 2) O corante
infiltra-se lentamente nos canais radiculares bem obturados e espalha-se pelos
canalículos dentinários. 3) No tempo experimental estudado pode-se verificar:
3.1) A infiltração do corante até o terço médio e até o terço apical dos
canais radiculares obturados com ambos os cimentos foi da ordem de 50%. 3.2)
Somente 16,6% dos dentes obturados com Sealer 26Ò e 25% dos obturados
com o Grossman apresentaram infiltração do corante.
Agência Financiadora: FAPESP - 95/0044-8.
A226
Avaliação
da resistência ao cisalhamento de diferentes sistemas adesivos hidrófilos.
I. N. W. SEGRE*, M. GIANNINI, L. A. PIMENTA.
FOP-UNICAMP - Área de Dentística - (019) 430-5340
- lpimenta@fop.unicamp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a resistência de união
ao cisalhamento de 3 sistemas adesivos com diferentes tratamentos da dentina.
Foram utilizados 45 superfícies vestibulares ou linguais de molares humanos hígidos
recém extraídos que foram divididos aleatoriamente em 3 grupos (n = 15):Grupo
1- Etch & Prime 3.0/Degussa (EP),Grupo 2- Amalgambond Plus/Parkell (AB+) e
Grupo 3- Prime & Bond 2.1/Dentsply-Detrey (PB). Os fragmentos dentais foram
incluídos em cilindros plásticos com resina de poliéster e as superfícies de
esmalte foram desgastadas com lixas de óxido de alumínio até se obter superfícies
lisas e planas em dentina. Em seguida, estas superfícies dentinárias foram
diferentemente tratadas segundo as respectivas instruções do fabricante. A
resina composta Z-100 (3M) foi inserida em um molde de teflon e
fotopolimerizada. Os corpos de prova foram armazenados por 7 dias em ambiente úmido
a temperatura de 37 °C. O ensaio de cisalhamento foi realizado com velocidade
de 0,5mm/min sendo a carga aplicada na base do cilindro de compósito. As médias
obtidas foram analisadas pelos testes
ANOVA e SIDAK (p £ 0,05).Os resultados foram expressos em (MPa): EP- 13,00 ±
4,77(a), AMB+ = 20,26 ± 5,76(b) e PB = 23,61 ± 5,65(b).Mesma letra significa não
haver diferença estatisticamente significante. Este estudo demostrou que a
menor resistência ao cisalhamento observada foi quando utilizou-se o adesivo
auto-condicionante EP. Os valores de união foram significantemente maiores para
os adesivos AMB+ e PB, que condicionam dentina e removem totalmente a smear
layer.
Suporte financeiro FAPESP- processo nº 98/1614
A227
Avaliação
da infiltração marginal em restaurações cervicais com amálgama adesivo.
A.L.F.BRISO*; I.T. CAMPOS; , A. L. RODRIGUES JR.;
L.A.F.PIMENTA;
Departamento de Odontologia Restauradora – UNICAMP – Tel:
(019) 4305340
Para minimizar
a microinfiltração ao redor de restaurações de amálgama, tem-se proposto o
uso de agentes intermediários adesivos, que favorece a união do amálgama à
estrutura dental. A proposta deste trabalho foi avaliar “in vitro”, e
qualitativamente a penetração de corantes em cavidades cervicais restauradas
com amálgama, empregando-se alguns adesivos como agentes intermediários. Para
tanto, foram realizadas 100 cavidades (n=25) nas faces livres dos 50 molares
usados no experimento. Os espécimes foram aleatoriamente divididos em 4 grupos,
que testaram os adesivos: GI, Prime & Bond 2.1 (Dentsply), GII, Prime &
Bond 2.1 Dual (Dentsply), GIII, Scotchbond MP+ (3M), e GIV,
Amalgambond+
(Parkel). Após serem restaurados e polidos, sofreram 1000 ciclos térmicos
em temperaturas de 5oC
± 2oC e 55oC
± 2oC. Em seguida, os dentes foram protegidos com 2 camadas
de esmalte de unha, com exceção do milímetro que circunscrevia as restaurações.
As amostras foram imersas por 4 horas em solução de azul de metileno `a 2%,
sendo em seguida lavadas, secas, cortadas e avaliadas. A avaliação foi feita
com lupa estereoscópica (45X). Os resultados foram analisados pelos testes de
Kruskal-Wallis e de comparações múltiplas, com nível de significância de
5%. Para o fator esmalte, os valores de somas das ordens foram: GI- 65,460b
, GII- 51,340a
, GIII- 34,125a
e GIV- 48,440a . Para margens
cavitárias localizadas em dentina, os valores das somas das ordens foram: GI-
59,920b , GII- 54,160b, GIII- 30,250a
, e GIV- 54,880b.
Concluiu-se que o GIII (3M) proporcionou os menores valores de infiltração
marginal em esmalte e em dentina/cemento, e que os adesivos de dupla polimerização
foram mais efetivos que o adesivo de
frasco único (GI) no controle da microinfiltração.
Apoio- FAPESP: 97/03878-2
A228
Influência
da velocidade de aplicação da força de cisalhamento em testes de adesão em
dentina.
A. T. HARA; L. A. F. PIMENTA*.
Dentística / FOP-UNICAMP - lpimenta@fop.unicamp.br - fone:
(019) 430-5337
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência de
diferentes velocidades de aplicação da força de cisalhamento em testes de
adesão ao substrato dentinário. Foram utilizados 120 dentes bovinos extraídos
que, após seccionamento e descarte da porção radicular, foram incluídos em
resina de poliestireno, de maneira a expor a superfície coronária vestibular.
Esta superfície foi desgastada em politriz giratória refrigerada a água,
utilizando-se lixas de Al2O3 (320, 400 e
600) até exposição e planificação da superfície dentinária. Delimitou-se
uma área circular de 3-mm de diâmetro em dentina, onde aplicou-se o sistema
adesivo Single Bond (3M). Posicionou-se sobre esta área uma matriz de teflon
perfurada bipartida para a confecção de cilindros de resina composta (Z100-3M)
com 3-mm de diâmetro e 5-mm de altura. Realizou-se o ensaio de cisalhamento, em
diferentes velocidades de aplicação da força: G1: 0,5 mm/min; G2: 0,75 mm/min; G3: 1 mm/min e G4: 5 mm/min. As médias
dos valores de resistência ao cisalhamento (MPa ± DP) foram: G1: 11,78 (±
3,91); G2: 11,82 (± 4,78); G3: 16,32 (± 6,45); G4: 15,46 (± 5,94). Através
da ANOVA e do Teste de Tukey (p = 0,05) obteve-se que: G1 = G2 < G3 = G4.
Através de análise visual, em estereomicroscópio (25x), determinou-se o padrão
de fratura de cada corpo de prova. O percentual de fraturas na interface adesiva
foi: G1: 25/27; G2: 22/24; G3: 14/20; G4: 8/17. Aplicando-se o Teste “t” de
Student para porcentagens (p = 0,05), obteve-se que G1, G2 e G3 não diferiram
entre si, G1 e G2 diferiram de G4, e G3 foi igual a G4. Concluiu-se que as
diferentes velocidades de aplicação da força de cisalhamento interferiram na
resistência adesiva e no padrão de fratura obtidos. Testes de resistência ao
cisalhamento utilizando as velocidades de 0,5 mm/min e 0,75 mm/min são preferíveis.
A229
Influência
de um selante de superfície em restaurações de compômeros
K. DIAS, M. S. MIRANDA, A. LAMOSA*, A. D. TEDESCO
Departamento de Clínica Odontológica, UERJ – UFRJ; Fax:
(021) 587-6382
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência de um
selante superficial no controle da infiltração marginal de restaurações
classe V com compômero. Foram utilizados 30 dentes humanos recém - extraídos.
Todos os dentes receberam 2 cavidades classe V, uma na face vestibular e outra
na face lingual ou palatina, com margens em esmalte e cemento. Os dentes foram
separados em 6 grupos. Grupo 1: Dyract (Dentsply), Grupo 2: Dyract + Protect-it
(Jeneric/Pentron), Grupo 3: Photac-fil (Espe), Grupo4: Photac-fil + Protect-it,
Grupo 5: Freedom (SDI), Grupo 6: Freedom + Protect-it. Após restaurado segundo
as especificações dos fabricantes, os dentes foram termociclados ( 500 ciclos
de 0 o a 55 o
C ), imersos em solução de nitrato de prata a 50%, incluídos em resina epoxi
e seccionados. Dois examinadores calibrados avaliaram a infiltração marginal
com lupa, utilizando um escore de 0 a3 , sendo 0- ausência de infiltração, 1-
infiltração até 1/3 da restauração, 2 – infiltração em mais de 2/3 da
restauração, 3 até a parede pulpar da restauração. Os resultados foram
tratados estatisticamente por ANOVA, pelos teste Kruskal-Wallis e Mann-Whitney.,
sendo p£ 0,05. Os postos médios dos resultados foram: Gr.1- 30,00; Gr. 2 –
22,50; Gr. 3 – 25,83; Gr. 4- 27.07; Gr.5- 35,66 e Gr.6 – 35,37. Não foi
possível determinar diferença estatisticamente significante entre os grupos
3,4,5 e 6.Baseados nos resultados os autores concluíram que o selante
superficial teve efeito sobre a superfície do Dyract, reduzindo a microinfiltrção
marginal em margem de esmalte e cemento.
A230
Remoção
do compósito utilizando broca em baixa e alta rotação
L.F.M Frossard, M. A. O. Almeida, O.
Chevitarese, G. Rosenbach*, M. Cardoso.
Departamento de Ortodontia Faculdade de Odontologia da U.E. R.
J. gabizu@cpovo.net
A presente pesquisa teve como objetivo analisar a diferença
entre a remoção do compósito remanescente utilizando a broca de carboneto de
tungstênio n° 1171 em baixa e em alta rotação, após a remoção do bráquete
com o alicate de How reto n° 110. Foram empregados 41 incisivos bovinos com bráquetes
metálicos colados em suas respectivas superfícies vestibulares com compósito.
Os dentes foram divididos em dois grupos de 20, sendo que, no primeiro, a remoção
do compósito remanescente foi feita em baixa rotação, e, no segundo, em alta
rotação. O 41° dente foi utilizado como controle. Na remoção, a perda de
esmalte foi quantificada nos dois procedimentos, através de medições antes de
serem feitas as colagens e medições após descolagem e polimento final. Houve
uma perda média de esmalte de 29,458 micrômetros no grupo em que se utilizou a
baixa rotação e de 37,038 micrômetros no grupo no qual se usou a alta rotação.
A diferença foi estatisticamente significativa ao nível de 1 %. Concluiu-se
que o uso da baixa rotação, foi o método que menos danos acarretou à superfície
do esmalte, tanto em termos de perda de estrutura quanto em termos de qualidade
da superfície após a remoção (MEV).
A231
Análise
do remanescente adesivo de sistemas restauradores em esmalte e dentina
F. S. MORAES*, E. C. LEITÃO, L. C. MAIA,
A. M. G. VALENÇA.
Disciplina de Odontopediatria / Pós-Graduação em
Odontologia Social, UFF, Niterói, RJ.
O presente estudo se propôs a avaliar o remanescente adesivo
presente em esmalte e dentina, quando diferentes sistemas restauradores foram
submetidos à força de cisalhamento. Para tanto, a área de colagem (0,06cm2)
- esmalte (E) e dentina (D), foi obtida a partir do aplanamento de superfícies
vestibulares de incisivos bovinos, totalizando 102 corpos de prova, divididos em
8 grupos, descritos a seguir, segundo a área de colagem, sistema adesivo e número
de amostras, respectivamente: G1(E) TPH - 11; G2(E) Dyract com ataque ácido
(aa.)-12; G3(E) Dyract sem aa.-14; G4(E): Flow-It -11; G5(D) TPH -15; G6(D)
Dyract com aa.-12; G7(D) Dyract sem aa.-15; G8 (D) Flow-It -12. Os bráquetes
foram colados de acordo com as especificações dos fabricantes e a descolagem
realizada em máquina Kratos, sendo a velocidade de aplicação da força de
1,0mm/min. Para a avaliação utilizou-se o Índice de Remanescente Adesivo
(ARI), onde: 0 - superfície dentária totalmente isenta de material; 1- <
50% da superfície recoberta ; 2- > 50% da superfície recoberta; 3- superfície
totalmente recoberta pelo material. Os resultados foram submetidos a análise
estatística, pelo teste não paramétrico de Kruskal-Wallis, havendo diferença
ao nível de 1% (p<0.01), sendo feito o desmembramento dos grupos, dois a
dois. As diferenças entre os grupos mostraram-se significativas (p<0.01),
exceto para: G1 e G2, G1 e G4, G2 e G4, G5 e G6, G5 e G7, G5 e G8, G6 e G7, G6 e
G8, G7 e G8 (p>0.05) Pode-se concluir que a união adesiva é mais
fortemente influenciada pela área de colagem (esmalte e dentina) do que pelo
sistema restaurador, estando o esmalte comente recoberto pelo material, quando
este é submetido ao ataque ácido, enquanto que, para a dentina, independente
do condicionamento ácido, a estrutura dentária mostrou-se frequentemente
isenta de material. Apoio PIBIC/CNPq/UFF.
A232
Resistência
de união entre cimentos e liga de Ni-Cr, por ensaio de tração.
R. R. MARTUCI*, A. MUENCH, J. BIANCHI, L. E. RODRIGUES FILHO
Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia USP-SP
(/Fax (011) 818-7840.
O objetivo da pesquisa foi determinar a resistência de união
entre uma liga de Ni-Cr (Litecast B) e cimentos: um ionomérico convencional
(Ketac Cem); um ionomérico modificado (Vitremer); um resinoso (Enforce). Este
empregado apenas com primer (Enforce
P), com primer e adesivo (Enforce PA)
e adesivo (Enforce A). Pares de pastilhas fundidas da liga com 0,6cm de diâmetro
foram cimentadas entre si para os ensaios. Antes da cimentação, foram lixadas
(no
200), vibradas em ultra-som, desgaseificadas (1.010oC/5min,
sob vácuo) e jateadas com óxido de alumínio (N Martins ek 60 nm). Após a
cimentação os espécimes foram armazenados em água destilada. Metade foi
termociclada (5 e 55oC)
e outra não. Os testes foram feitos com um dia (400 ciclos) e noventa dias
(5200 ciclos). Usou-se a análise de variância e teste de Tukey. Conclusões: O
Ketac Cem apresentou baixa retentividade, superada em muito pelo Vitremer; o
Enforce com primer apenas apresentou
baixa resistência, que tende a melhorar com a armazenagem; o Enforce com
adesivo apenas, conduziu à maior retentividade.
Médias (MPa) de resistência de união (com letras iguais há
semelhança, p<0,05; n=10)
Ciclagem
Idade
Ketac Cem
Vitremer
Enforce P
Enforce PA
Enforce A
Sem
1 Dia 5,6 defg
10,9 abcd 3,3 g
14,6 ab
14,8 ab
Sem
90 Dias 6,0 cdefg
8,9 cdef 7,7 cdefg
6,7 cdefg
9,7 abcde
Com
1 Dia 5,1 efg
11,1 abc
3,9 fg
11,1 abc
15,0 a
Com
90 Dias 3,1 g
9,4 bcde
8,2 cdefg
9,5
bcde
15,0 a
A233
Estudo
do manchamento superficial e topográfico de materiais restauradores estéticos.
F. GULLO *, F. NAMEN, A. SALIM, L. BARROS, S. PINTO
Pós-graduação e Pesquisa da FO-UERJ - (021) 587 6382 -
ggullo@openlink.com.br
Este estudo avaliou 180 corpos de prova de 6 materiais (TPH,
Degufill mineral, Vidrion-R, Dyract, Compoglass e F2000) quanto à topografia e
ao manchamento superficial. 6 corpos de cada material foram tratados com brocas
multilaminadas, Enhance, borrachas abrasivas e Sof-Lex, enquanto 6 corpos
ficaram sem acabamento (grupo controle). Nos testes de manchamento, os corpos
foram imersos em solução de café por 72 horas e avaliados por 2 examinadores
independentes. Os mesmos corpos foram examinados sob MEV. Nenhum dos
materiais estudados, nas condições de acabamento testadas, resistiu à
impregnação do corante. Os manchamentos mais intensos ocorreram no Compoglass,
F2000 e Vidrion-R, com graus 3 e 4. Os agentes de acabamento Enhance, broca e
borrachas abrasivas foram os mais agressivos. O Dyract mostrou menor grau de
manchamento, principalmente quando acabado com Sof-Lex. As resinas TPH e
Degufill mineral foram comparativamente superiores aos compômeros e ionômero,
exceto quando acabados com broca. Quando analisados em MEV todos os materiais se
mostraram rugosos e porosos, mesmo após os agentes de acabamento.
A234
Infiltração
marginal de materiais adesivos após aplicação de evidenciadores de cárie.
L. MEINHARDT*; E. PIVA ; F.F DEMARCO; E. MATSON
Universidade Federal de Pelotas – Universidade de São Paulo
- 90532) 722066
O objetivo deste trabalho foi verificar a possível influência
dos corantes evidenciadores de cárie na microinfiltração de diferentes
materiais adesivos em cavidades classe V preparadas em estrutura dental sadia.
Foram preparadas noventa cavidades de forma cúbica e com margem oclusal em
esmalte e gengival em cemento, em dentes posteriores humanos hígidos,
aleatoriamente divididos em nove grupos. Avaliou-se um cimento de ionômero de
vidro modificado por resina (Vitremer-3M), um compômero (F2000-3M) e uma resina
composta (Z100-3M), ambos utilizados segundo as instruções do fabricante.
Foram utilizados duas marcas comerciais de corantes detectores de cárie uma a
base de vermelho ácido e outra a base de fuscina básica 0,5% em propileno
glicol. Os grupos combinavam os sistemas restauradores e corantes, com exceção
dos grupos de controle. As amostras foram restauradas, sofreram termociclagem e
foram imersas em azul de metileno, sendo finalmente secionadas e avaliadas
quanto ao grau de microinfiltração marginal em margens de esmalte e cemento,
segundo um escore padronizado. Os dados obtidos foram submetidos à analise
estatística, através do teste não paramétrico de Kruskal-Wallis. A análise
estatística demonstrou existirem diferenças significativas (p<0,05) entre
os materiais em cemento (Vitremer=Z100>F2000) e em esmalte
(Vitremer>Z100=F2000), não existindo diferenças significativas entre os
grupos com o uso de corante ou grupos controle. Foi possível concluir que o
uso de corantes não influenciou a
infiltração marginal dos materiais restauradores testados.
A235
Influência
da remoção do colágeno na resistência ao cisalhamento de adesivos frasco único
à dentina.
A.K.B. BEDRAN DE CASTRO*, A.T. HARA, V.P.A. SABOIA, L.A.F.
PIMENTA
Dentística-FOP-UNICAMP - lpimenta@fop.unicamp.br - Fone: 019
4305340
O objetivo deste trabalho foi observar a influência da remoção
do colágeno da dentina na resistência ao cisalhamento da adesivos hidrófilos
de frasco único. Foram utilizados 120 dentes bovinos incluídos em resina de
poliestireno, lixados até alcançar dentina e divididos aleatoriamente em 6
grupos (n=20): G1- NaOCl-10% + Bond 1 (Jeneric/Pentron); G2- Bond 1 aplicado de
acordo com o fabricante; G3- NaOCl-10% + Optibond Solo (KERR); G4- Optibond Solo
aplicado de acordo com o fabricante; G5- NaOCl-10% +
Single Bond (3M); e G6- Single Bond aplicado como recomenda o fabricante.
Em todos os grupos, a dentina sofreu condicionamento com ácido fosfórico à
37% por 15 seg. sendo, em seguida, lavada e secada. Nos grupos(G1,G3,G5) foi
colocada, após condicionamento ácido, uma gota de NaOCl à 10%
por 60 seg., lavando-se subsequentemente por 30s. Os sistemas adesivos
foram aplicados e, após sua polimerização, um cilindro de resina Z-100 (3M)
foi confeccionado utilizando-se uma matriz de teflon bipartida, e
fotopolimerizado. Os espécimes foram armazenados sob umidade em estufa à 37º C por 7 dias.
A resistência ao cisalhamento foi obtida em máquina universal de ensaio, com
velocidade de 0,5mm/min. Os valores em MPa ± DP, em ordem decrescente de
resultado foram: G1 = 13,90 ± 3,16 (a); G5 = 13,90 ± 4,11 (a); G6 = 9,90 ±
2,93 (b); G3 = 9,76 ± 5,66 (b); G4 = 9,29 ± 3,38 (b); G2 = 8.90 ± 3,12 (b).
Os testes estatísticos de ANOVA e SIDAK identificaram diferenças
estatisticamente significantes representadas por letras diferentes (p£0,05). A
remoção do colágeno aumentou significantemente a força de união ao
cisalhameto somente para os adesivos Bond 1 e Single Bond. Conclui-se que a
remoção do colágeno pode ser uma conduta complementar para otimizar a adesão
dos materiais restauradores ao dente, dependendo do sistema adesivo utilizado.
A236
Análise
comparativa da citotoxicidade “in vitro”
de sistemas adesivos.
E. M. SANTOS, S. K. BUSSADORI*, M. M. M. JAEGER
Departamento de Odontopediatria e Patologia, FO-USP Fone:011 8187902
É inegável o papel que os materiais adesivos têm tido na
Clinica Odontopediátrica, sendo importante a avaliação das propriedades
destes materiais. Nosso objetivo foi avaliar a citotoxicidade “in vitro”dos
sistemas adesivos do tipo single, isto é, primer e adesivo juntos (One
step-BI500, Single Bond-3M, Prime Bond 2.1-Caulky/Dentsply), e também com ácido
incorporado ao primer e adesivo (Etch & Prime 3.0- Degussa, Clearfill Liner
Bond 2-J. Morita). Os materiais foram colocados em lamínulas de vidro, que
foram depositadas sobre células em cultura. Foram utilizados fibroblastos
NIH-3T3, plaqueados em 1X104
células por placa de Petri. Nas culturas controle as lamínulas de vidro foram
adicionadas sem substância. Nos experimentos de longo prazo, sobrevivência
celular, os períodos experimentais foram 1, 3, 5 e 7 dias. Nesses períodos
efetuamos a contagem celular, em triplicata para cada substância testada, pelo
método de exclusão de células coradas pelo azul de Trypan. Observou-se que após
o período de 1 dia do contato das substâncias com as células, todos os grupos
experimentais, exceto o Clearfill Liner Bond 2, apresentaram viabilidade celular
entre 80 e 100%, e a partir deste período, as substâncias provocaram redução
da viabilidade celular. Todas as substâncias impediram o crescimento celular,
porém das substâncias testadas, o One Step apresentou maior número de células
viáveis durante todo o experimento. Nossos resultados suportam a conclusão
que o One Step demonstrou ser menos citotóxico em cultura de fibroblastos dos
sistemas adesivos testados, e o Clearfill Liner Bond 2, o mais citotóxico.
A237
Resina
posterior: influência da extensão da cavidade no comportamento clínico.
R.F.PINHEIRO, A.B.D.A. FREITAS*, E.M.SOUZA, M.H.SILVA E SOUZA
JR, M.F.L.NAVARRO
Departamento de Dentística. FOB – USP (014) 235-8265
Buscando-se investigar clinicamente o uso de resina em dentes
posteriores, cem restaurações (classe I e II ) em pré-molares e molares
inseridas entre 6 meses e 7 anos foram avaliadas. Os critérios de avaliação
consideraram extensão da cavidade e localização do término cervical. As
restaurações foram classificadas em satisfatórias, insatisfatórias com
necessidade de reparo ou de substituição. De todas as restaurações avaliadas
neste trabalho 73% apresentavam-se satisfatórias, 14% insatisfatórias
necessitando reparo e 13% necessitando substituição. Quanto a localização do
término cervical, das que apresentavam este em esmalte, 84% do total, 76,2%
eram satisfatórias e 23,8% insatisfatórias. Aquelas com término cervical em
dentina/cemento, 16% das restaurações avaliadas, 62,5% estavam satisfatórias
e 37,5% insatisfatórias. Quanto à extensão das cavidades, 36% eram
conservativas, 26% de média extensão
e 37% extensas. Dentre as conservativas somente 5,5% apresentavam-se insatisfatórias.
Cerca de 78% das restaurações de média extensão estavam satisfatórias. Para
restaurações extensas 51,4% eram satisfatórias e 48,6% insatisfatórias. A cárie
secundária em todos os casos foi a principal causa dos insucessos. Com este
trabalho pôde-se concluir que: as restaurações avaliadas apresentaram um
comportamento clínico compatível com sua utilização clínica; restaurações
com término cervical em esmalte e extensão conservativa tendem a apresentar um
melhor comportamento clínico; a reincidência de cárie foi a principal causa
para indicação de substituição das restaurações.
A238
Avaliação
da resistência de união ao cisalhamento de materiais híbridos à dentina em
função do tratamento da dentina.
L.A.PALOSCHI*; A.L.F.BRISO; L.A.F.PIMENTA,
FOP - UNICAMP - email: lpimenta@fop.unicamp.br
Fone: 019 4305340
O objetivo desse trabalho foi avaliar a resistência ao
cisalhamento de materiais híbridos de ionômero/resina composta, em dentina,
com aplicação ou não de ácido fosfórico previamente à aplicação dos
sistemas adesivos que os acompanham. Foram preparados 76 corpos de prova com
dentes humanos incluídos em resina
de poliestireno. Os corpos de prova foram divididos aleatoriamente em 4 grupos:
Grupo1–Dyract com condicionamento ácido(DCA), Grupo2–Dyract sem
condicionamento ácido(DSA), Grupo3–Vitremer com condicionamento ácido(VCA),
Grupo4–Vitremer sem condicionamento ácido(VSA). Os dentes foram desgastados
com lixa de Al2O3 até
exposição da dentina e depois foram aplicados os materiais com auxílio de uma
matriz de teflon bipartida com auxílio de seringa Centrix. Em seguida, os
corpos de prova foram armazenados por 24 dias em ambiente úmido. O teste de
cisalhamento foi realizado em máquina de Ensaio Universal com velocidade de
0,5mm/min. Os resultados foram (MPa): Grupo1-DCA=15,29 +/- 3,38 (a);
Grupo2-DAS=15,28 +/- 3,81 (a); Grupo3-VCA=7,76 +/- 2,38 (b); Grupo4-VSA=7,00 +/-
2,64 (b). A análise estatística (ANOVA e
SIDAK) ao nível de 5% apontaram diferença estatisticamente significativa entre
os materiais Vitremer e Dyract porém não houve diferença com relação ao
condicionamento ácido da dentina. Conclui-se que a realização ou não do
tratamento prévio com ácido fosfórico, não aumenta a força de união à
dentina dos materiais híbridos testados. FAPESP # 98/2535-7
A239
Avaliação
em MEV e EDX da microinfiltração em preparos com laser de Er:YAG
F. ROBLES*, A. RAMOS, D. ZEZELL, C.P.EDUARDO
Departamento de Dentística – Faculdade de Odontologia da
USP - IPEN - (011) 275-0125
O objetivo deste estudo foi determinar através de
microscopia eletrônica de varredura e análise por energia dispersiva de
raio-x a microinfiltração de cavidades de Classe V preparadas com o laser de
Er:YAG. Foram utilizados 36 terceiros molares extraídos por indicação,
divididos em 3 grupos: G 1 (grupo controle – cavidades preparadas com alta
rotação) e G2 e G3 (cavidades preparadas com o laser de Er:YAG). Após os
preparos todos os dentes foram restaurados seguindo o seguinte protocolo: G1- ácido
fosfórico + adesivo dentinário (Single bond) + resina composta (Z100); G2 –
igual ao G1; e G3 – adesivo dentinário + resina composta, sem utilizar o
condicionamento ácido. Posteriormente os espécimes foram polidos,
termociclados entre 5° e 55° C, por 600 ciclos, com intervalos de 60 segundos,
impermeabilizados com esmalte cosmético vermelho excetuando a região da
restauração e 1,0 mm ao seu redor e imersos em solução de nitrato de prata a
50% por 24 horas em ausência de luz. Após lavagem e secagem, foram imersos em
solução fotoreveladora por 8 horas para promover a redução dos íons de
prata para prata metálica. Sequencialmente, foram incluídos em resina
quimicamente ativada e seccionados com disco de diamante sob refrigeração. Secções
de cada grupo foram secadas, removidas da resina, montadas em stubs
de alumínio, cobertos com ouro e colocados sob vácuo para serem observados.
Pontos na interface dente-restauração foram escolhidos para a análise por
energia dispersiva de raio-x (EDX) com o objetivo de determinar a porcentagem de
peso atômico dos elementos de Ca e P (correspondentes à estrutura dental) Ag
(material traçador – nitrato de prata) e Si (material restaurador). Concluiu-se
que a microinfiltração ocorrer na interface dente-restauração, e progride
para dentro dos túbulos dentinários e, em peso atômico, uma mínima
porcentagem de prata foi encontrada nos Grupos 1 e 2 e uma grande porcentagem no
grupo 3 (Laser de Er:YAG sem condicionamento ácido), indicando que o condicionamento
ácido é fundamental para a redução da microinfiltração, tanto em preparos
realizados com alta rotação, tanto realizados com o laser de Er:YAG.
A240
Resistência
à tração de dois sistemas adesivos dentinários utilizando duas técnicas de
inserção da resina composta.
A. CASSONI*, M.N. YOUSSEF, V.L. MOLDES
Departamento de Dentística, Faculdade de Odontologia da USP -
SP - (011) 3039-0204
Foram confeccionados 60 corpos de prova através do desgaste
vestibular de pré-molares incluídos em resina acrílica. Dois sistemas
adesivos foram utilizados: Prime & Bond 2.1 (Dentsply) que é um sistema
adesivo baseado em acetona, sem água e monocomponente e o Clearfil Liner Bond 2
(Kuraray) que usa um agente condicionante/primer único. Esses 60 dentes foram
divididos em 4 grupos de 15 dentes: no grupo 1 foi utilizado o Prime & Bond
2.1 com a resina composta (Z100 - 3M) inserida através da técnica incremental;
no grupo 2 foi utilizado o Clearfil Liner Bond 2/técnica incremental; no grupo
3 foi utilizado o Prime & Bond 2.1/incremento único e no grupo 4 o Clearfil
Liner Bond 2/incremento único. Para os grupos 1 e 2 a resina composta foi
polimerizada em camadas, em média de 1 mm cada, com tempo de exposição de 40
segundos, até o preenchimento total da matriz cônica de teflon com 3 mm de
altura. Para os grupos 3 e 4 após a inserção da resina composta até que a
matriz fosse completamente preenchida, realizava-se a fotopolimerização
durante 40 segundos. Após o teste de tração, os resultados obtidos para o
grupo 1 foi de 13,22 MPa, para o grupo 2 foi de 16,29 MPa, para o grupo 3 foi de
9,43 MPa e para o grupo 4 foi de 17,37 MPa. Após a análise estatística com o
ANOVA e o teste de Tukey observou-se que os resultados obtidos apresentaram
diferenças estatisticamente significantes entre si, com exceção dos grupos 2
e 4, podendo concluir que não houve diferença entre as técnicas
incremental e única com o Clearfil Liner Bond 2 e houve diferença entre as técnicas
incremental e única com o Prime & Bond 2.1. O sistema adesivo Clearfil
Liner Bond 2 apresentou maiores valores de resistência à tração do que o
sistema adesivo Prime & Bond 2.1.
A241
Avaliação
da profundidade de penetração em
fissuras, de materiais ionoméricos.
K. C . S. ABREU *, M.A.A.M.
MACHADO, B. G. VONO.
Departamento de Odontopediatria. Faculdade de Odontologia de
Bauru / USP. (014) 235 8218
O objetivo deste trabalho foi avaliar a profundidade de
penetração de quatro materiais contendo ionômero de vidro, utilizados como
selante em fissuras oclusais. Foram selecionados 40 pré molares superiores hígidos,
recém extraídos, por indicação ortodôntica, divididos em quatro grupos, de
dez dentes, distribuídos e identificados de acordo com o material selador
correspondente: I- Vidrion C (S.S.WHITE); II- Fuji IX ( GC ); III- Vitremer ( 3M
); IV- Vitro seal alpha ( DFL ). Todos os dentes foram submetidos a um
tratamento da superfície oclusal, através de profilaxia coronária com jato
abrasivo de bicarbonato de sódio e condicionamento ácido com ácido fosfórico
a 37% por 20 segundos. Em seguida, os dentes foram seccionados no sentido vestíbulo-lingual
da coroa dentária, abrangendo toda extensão das fissuras, obtendo-se quatro
fatias de aproximadamente 200 micrômetros de espessura, as quais foram limpas,
regularizadas com lixas d’água de granulações de 320, 600 e 1200. Os espécimes
foram analisados microscopicamente para visualização da profundidade de
penetração dos selantes, atribuindo-se escores de avaliação. A análise
estatística empregando-se o teste de Kruskall-Wallis e Miller, demonstrou haver
diferença significante entre os grupos testados, com um nível de significância
de p< 0,01 apenas para os grupos I x III e II X III. As informações
obtidas, permitem-nos concluir que o material Vitremer, penetrou mais
efetivamente nas fóssulas e fissuras oclusais, quando comparado com o Vidrion C
e o Fuji IX.
A242
Microinfiltração
com/sem camada híbrida em restaurações com resina condensável
K. B. Campos*, R. C. R. Carvalho, E.
M. A. Russo
Departamento de Dentística - FOUSP - Fone/Fax:(011)818-7839
A remoção, através do hipoclorito de sódio, das fibras colágenas
da dentina após sua desmineralização, tem sido proposta na busca por uma
interação maior entre adesivo/substrato dentinário (Vargas et al., Oper.
Dent., 22:159-166, 1997). O uso de uma resina de baixa viscosidade (flow) sob
restaurações de resina composta tem sido indicado para compensar a teoria
“shock absorver” (Perdigão et al., Int. Dent., 44:349-359,1994). Este
trabalho avaliou a microinfiltração em restaurações classe II, quando
removida fibras colágenas e colocada uma camada de resina flow sob a resina
composta condensável. Preparou-se slots verticais mesiais e distais em 16
terceiros molares, e dividiu-se em 4 grupos. Feito o condicionamento com ácido
fosfórico (37%) por 15 seg., lavou-se e secou-se. Seguiu-se os seguintes
tratamentos: G1-Bond-1®/Alert™, G2-NaOCl (10%-1min.)/Bond-1®/Alert™,
G3-Bond-1®/Flow-it®/ Alert™ e G4-NaOCl (10%-1min.)/Bond-1®/Flow-it®/Alert™.
Em seguida, foi dado acabamento, polimento e, na face oclusal, o glaseamento
(Protect-it®). Após a ciclagem térmica, foram imersos em solução de AgNO3 (50%)
por 8hrs. Revelada a substância traçadora, as amostras foram seccionadas mésio-distalmente
e analisadas na parede gengival e axial por
3 examinadores. Com os resultados, foi feita a análise estatística
(Kruskal-Wallis-nível de significância 5%). Na parede axial houve diferença
estatística apenas entre G3 e G4. Na parede gengival não houve diferença
estatística entre G1/G3 e G2/G4, mas sim entre G1/G2 e G3/G4, sendo para G2 e
G4 os menores valores. A microinfiltração não foi reduzida com o uso da
resina flow, entretanto diminuiu com o uso do hipoclorito de sódio.
Financiamento: FAPESP
A243
Resistência
adesiva em dentina aferida por micro-tração, cisalhamento e tração.
P. E. C. CARDOSO; M. R. O. CARRILHO*; R. R. BRAGA
Depto. de Materiais Dentários da FOUSP - São Paulo.
(fax(011)8187840.
O objetivo do trabalho foi comparar as médias de resistência
adesiva obtida pelos testes de micro-tração, cisalhamento e tração. Os
sistemas adesivos utilizados foram Single Bond(3M)a; Scotchbond
Multi-Uso Plusa,
Etch & Prime 3.0 (Degussa). Molares hígidos tiveram dentina exposta em três
de suas faces lisas. Para os testes de tração e cisalhamento, troncos de cone
com 3mm de altura e 3mm de diâmetro foram confeccionados em resina composta
(Z100a)
sobre a dentina, e os corpos-de-prova armazenados em água destilada a 370C
por 24h foram testados numa máquina de ensaios universal (Wolpert). Para
micro-tração, um bloco de resina composta de 5mm de altura foi construído
sobre toda superfície de dentina e o conjunto armazenado como os demais. Então,
através de um disco de diamante, foram obtidos, por cortes perpendiculares à
interface, corpos-de-prova com secção transversal de 0,25mm2 e
10 mm de comprimento, que foram submetidos ao teste. A velocidade utilizada em
todos os testes foi 0,5mm/min.
Micro-tração
Cisalhamento
Tração
Single Bond (SB)
34.60 ± 10.88a
12.96 ± 5.37b
9.34 ± 4.33d
Scotchbond MP(SBMP)
32.74 ± 12.52a
9.65 ± 4.78b,c
6.49 ± 2.85d,e
Etch & Prime3.0 (EP)
27.77 ± 7.88a
6.43 ± 2.8c
4.18 ± 2.09e
Valores marcados pela mesma letra são estatisticamente
semelhantes(p>0.05)(Média±Desvio padrão)
Concluiu-se que: 1) Os três adesivos se comportaram de
maneira estatisticamente semelhante quando submetidos à micro-tração, sendo
as médias maiores do que nos demais testes;2) As diferenças entre adesivos no
teste de cisalhamento também foram verificadas no teste de tração(SB>EP).
A244
Microinfiltração
em cavidades proximais restauradas com cimento de ionômero de vidro.
S.I. MYAKI, P.M. HAYASHI*, M.C. VIEIRA, M. FAVA, I. BALDUCCI.
Disc. Odontopediatria - FOSJC - UNESP. Tel: (012) 321 8166.
O objetivo deste estudo in
vitro foi de avaliar a infiltração marginal em cavidades proximais
restauradas com duas marcas comerciais de cimento de ionômero de vidro
desenvolvidas para a técnica do Tratamento Restaurador Atraumático (TRA).
Foram utilizados 10 pré-molares superiores, clinicamente hígidos, recém-extraídos,
onde foram confeccionados preparos cavitários do tipo “slot” vertical nas
faces mesial e distal. No Grupo 1 (n=10), as restaurações foram realizadas com
o cimento de ionômero de vidro Fuji IX (GC Corporation). No Grupo 2 (n=10),
utilizou-se o cimento de ionômero de vidro Ketac Molar (ESPE). Para ambos os
materiais, seguiu-se as recomendações dos fabricantes. Todos os espécimes
foram termociclados (500 ciclos - 5oC
e 55oC - 30 segundos
em cada banho), impermeabilizados na região radicular e receberam a aplicação
de duas camadas de esmalte de unha, deixando-se um “janela” de
aproximadamente 1 mm na margem cervical das restaurações. A seguir foram
imersos durante 4 horas em solução de azul de metileno a 0,5%. Após, foram
seccionados no sentido mésio-distal e avaliados quanto à infiltração
marginal. Os resultados demonstraram que os dois materiais não foram capazes de
impedir totalmente a microinfiltração na interface dente-restauração. Os
dados foram analisados utilizando-se o Teste de Mann-Whitney (P>0,05). Concluiu-se
que não houve diferença significante na infiltração marginal entre os dois
materiais avaliados.
A245
Avaliação
de resina composta para restaurações como agente cimentante de braquetes ortodônticos
F. NAUFF*, G. M. GARONE, R. S. C. SANTOS, A. TORTAMANO
Depto. de Ortodontia e Odontopediatria, FOUSP-SP Tel: (011)
818-7812
Este estudo teve como objetivo avaliar a possibilidade da
utilização de uma resina composta fotoativada (Z100 - 3M) na cimentação de
braquetes metálicos ortodônticos, comparando sua resistência à tração com
uma resina composta quimicamente ativada, desenvolvida especificamente para este
fim. Foram utilizados 24 dentes pré-molares íntegros, recém extraídos por
motivo ortodôntico, conservados em soro fisiológico e mantidos a 37oC.
Estes dentes foram divididos em dois grupos de 12 cada, nos quais se colaram
braquetes metálicos (Lancer). No grupo I (controle) foi utilizado o cimento
ortodôntico Concise (3M), e no grupo II utilizou-se a resina composta para
restaurações Z100 (3M), conforme as especificações do fabricante.
Os dentes foram incluídos em resina acrílica com a base do braquete
perpendicular à garra de tração e posteriormente submetidos à ciclagem térmica
(700 ciclos, 5oC/55oC,
1 minuto de imersão). Foi aplicado nas amostras o teste de tração (Instron
4400), em seguida o Teste T
(Student) na análise estatística dos dados
obtidos, obtendo os seguintes resultados (Média da Amostra
± Desvio Padrão): Grupo I = 10,9311 ±
3,7184 MPa e Grupo II = 10,1700 ± 1,3053 MPa. Não houve diferença
estatística significante entre as duas amostras. Concluiu-se que a resina
composta fotopolimerizável Z-100 apresenta resistência suficiente como agente
cimentante de braquetes metálicos ortodônticos.
A246
Resistência
ao cisalhamento de amálgama reparado com diferentes ligas e proporções de
mercúrio.
W. T. OLIVEIRA Jr; R. S. NAVARRO; G. V. ESTEVES; M. N.
YOUSSEF.
Dept. de Dentística- Faculdade de Odontologia da USP- S. P.-
Brasil. 011- 818-7843.
O reparo das restaurações de amálgama de prata é um
procedimento cada vez mais realizado na prática clínica; sendo alvo de
diferentes estudos, a viabilidade e a busca de resultados satisfatórios de tal
procedimento. O objetivo deste estudo foi avaliar a resistência ao cisalhamento
do amálgama reparado (Duralloy- proporção liga/mercúrio 1:1) com diferentes
ligas de amálgama (Luxalloy, Velvalloy, Standalloy) em diferentes proporções
liga/mercúrio (1:1 e 1:1,5), não sendo realizado nenhum tipo de tratamento
superficial previamente a reparação do amálgama. Confeccionaram-se 15 corpos
de prova circulares, com 2 mm de profundidade e 5 mm de diâmetro, para cada
grupo, num total de 90 amostras. Após 7 dias de armazenamento em água
destilada a 37°C, com auxílio de uma matriz de teflon, cilindros de amálgama
foram inseridos nos corpos de prova. Após a ciclagem térmica (600 ciclos 5/55°C)
e 30 dias de imersão em água destilada a 37°C, os corpos de prova foram
submetidos ao teste de cisalhamento na máquina de ensaio mecânico Wolpert
-Werke (0,5 mm/min). Os resultados foram submetidos aos testes estatísticos
ANOVA e Tukey (5%), sendo possível concluir que: os tipos de ligas
utilizadas não apresentaram diferenças estatisticamente significantes,
portanto a combinação das ligas não influenciou na resistência do amálgama
reparado; a proporção liga/mercúrio 1:1 apresentou resistência ao
cisalhamento estatisticamente superior a 1:1,5.
A247
A
influência da umidade dentinária na resistência de sistemas adesivos.
G. D. S. PEREIRA*, L.A.M.S. PAULILLO.
Departamento de Dentística – FOP/ UNICAMP. E-mail:
gdspereira@yahoo.com
O objetivo deste estudo foi avaliar a resistência ao
cisalhamento de dois sistemas de adesivos aplicados à dentina, que apresentava
diferentes níveis de umidade. Foram utilizadas superfícies em dentina de
terceiros molares íntegros, armazenados em solução de formol a 10%. Após o
condicionamento com ácido fosfórico a 35% por 15 segundos e lavagem com jatos
de água, foram empregados sete métodos de secagem dentinária: sem secagem
(dentina sobremolhada); jatos de ar por 30 segundos; jatos de ar por 5 segundos;
bolinhas de algodão seco; bolinhas de algodão úmido; pincel “microbrush”
e papel absorvente. O sistema Prime & Bond 2.1 foi aplicado em metade das
amostras e na outra metade utilizou-se o sistema Scotchbond Multi Uso. Cilindros
foram confeccionados com a resina composta Z-100 na área delimitada para a adesão.
Após 7 dias de armazenamento, os corpos-de-prova foram submetidos ao ensaio de
resistência ao cisalhamento. O teste t-Student apontou os resultados:
G9= 23,2 MPa (a), G3= 21,3 MPa (ab), G2= 19,5 MPa (bc), G10= 18,6 MPa
(bc), G14= 16,3 MPa (cd), G8= 16,1 MPa (cd), G4= 14,6 MPa (de), G13= 14,0 MPa
(de), G11= 13,9 MPa (de), G7= 13,5 MPa (de), G12= 12,1 MPa (e), G1= 8,2 MPa (f),
G5= 2,7 MPa (g), G6= 2,4 MPa (g). Através da análise estatística
concluiu-se que os valores de adesão para o sistema Prime & Bond 2.1 foram
estatisticamente maiores quando este adesivo foi aplicado nas superfícies
dentinárias úmidas. Por outro lado, boas médias de resistência ao
cisalhamento para o siatema Scotchbond Multi Uso foram obtidas quando este foi
aplicado ao substrato seco e úmido após sua secagem. Ambos adesivos
apresentaram uma menor resistência adesiva quando aplicados ao substrato
sobremolhado, onde nenhum método de secagem foi empregado.
A248
Resistência
à remoção por cisalhamento de um sistema bioadesivo acrílico intra-bucal.
V. PEDRAZZI1*,
H. PANZERI1,
J.O. DEL CIAMPO2,
EHG. LARA2
1FORP-USP,
2FCFRP-USP
(016) 627-4728
Sistemas bioadesivos acrílicos intra-bucais para a liberação
programada de fármacos podem permanecer aderidos ao esmalte dental e a aparatos
protéticos fixos ou removíveis, com finalidade preventiva e/ou terapêutica,
para um universo de aplicações clínicas. Um sistema à base de PMMA/MMA/HEMA
(polimetil metacrilato/metil metacrilato/2 hidroxietil metacrilato), foi
desenvolvido tendo o fluoreto de sódio como princípio ativo. Este sistema foi
avaliado quanto à sua resistência à remoção por meio de teste físico de
cisalhamento, em um equipamento apropriado semelhante ao recomendado pelo
Boletim ISO/TR 11405:1994(E), Dental materials: 1994, a Máquina Universal de
Ensaios Modelo M.E.M. 2000®,
com célula de carga 50 kgf e à velocidade de t = 50±2 N/min. Dois substratos
(dentes humanos recém extraídos e bases acrílicas de prótese) foram
empregados para a obtenção de 96 corpos
de prova, e quatro sistemas adesivos (éster de cianoacrilato, Sistema de
União ao Esmalte-3M®
com ou sem condicionamento ácido prévio do esmalte, MMA/HEMA ou PMMA/MMA/HEMA)
foram escolhidos para a fixação dos dispositivos acrílicos a um dos
substratos. Saliva artificial ou água destilada foram utilizadas como meio de
conservação dos conjuntos substratos/sistemas bioadesivos bucais até o
momento antecedente aos ensaios. À análise estatística (Análise de Variância),
o conjunto bioadesivo acrílico/base acrílica de prótese/sistema adesivo à
base de éster de cianoacrilato, mostrou ser o mais resistente à remoção física
por cisalhamento, e de mais baixo custo operacional. A forma semi-convexa
inédita dos dispositivos acrílicos
desenvolvida para este trabalho, contribuiu em muito para a comodidade de uso
intra-bucal, sugerindo seu uso sob quase todas as situações clínicas
existentes.
A249
Técnica
da Ativação Simultânea :uma nova alternativa clínica.
S. L. PINHEIRO*, D. A. DUARTE, M. ODA, E. MATSON
Departamento de Odontopediatria - Faculdade de Odontologia da
USP - (011) 549-7389
A proposta do
presente estudo foi avaliar a união entre a Resina Composta fotoativada (Z100)
e o C.I.V. (Vidrion e Vitremer). A Resina Composta fotoativada foi inserida
sobre o C.I.V. sem que este último tomasse presa (Técnica da Ativação Simultânea),
visando a diminuição do tempo de trabalho clínico, meta principal na Clínica
Odontopediátrica. Para o grupo controle foi utilizada a Técnica Sanduíche
(Aust Dent J, 34: 136-146, 1989; Braz Dent J, 8: 73-78, 1997; Biomaterials, 19:
485-494, 1998). Foram utilizados 40 dentes decíduos do Banco de Dentes da USP.
Nestes dentes foram preparadas cavidades de 2mm de diâmetro com brocas
diamantadas (1033) com profundidade de aproximadamente a parte ativa da broca.
Estes dentes foram então distribuídos em 4 grupos (10 dentes em cada grupo), a
saber: Grupo 1: Inseriu-se o Vidrion na cavidade, sobre este foi aplicado o
adesivo (fotopolimerizado-10seg) e colocado a Resina Composta
(fotopolimerizada-40seg). Grupo 2: Foi feita a Técnica Sanduíche
(Vidrion/Resina Composta), que consiste no condicionamento ácido do C.I.V. após
sua presa final. O grupo 3: Foi utilizado o Vitremer com a Técnica da Ativação
Simultânea (Grupo 1). Grupo 4: Foi utilizado o Vitremer com a Técnica Sanduíche
(Grupo 2). Foi feito então o ensaio de tração na Instron 4442. A análise
estatística foi realizada primeiramente através do Teste F, e em seguida
utilizou-se o Teste de Turkey ao nível de 5% de confiança. Podemos observar
que não houve diferença estatisticamente significante entre os grupo 1 e 2; 3
e 4. Portanto, a Técnica da Ativação Simultânea passa ser uma realidade na
Clínica Odontopediátrica, com a redução do tempo de trabalho.
Apoio financeiro: CAPES
A250
Avaliação
clínica de materiais híbridos ionômero/resina
composta utilizados como selantes.
L. R. LUCA-FRAGA*, L. A. F. PIMENTA
Depto de Odontoclínica, UFF Depto de Odontologia, UNICAMP.
Brasil – Fone: 021-711-3896
Os materiais híbridos, denominados ionômero de vidro
modificado por resina composta e resina composta modificada por poliácido,
combinam muitas características dos cimentos ionoméricos e resinas compostas.
Estes materiais não apresentam os aspectos críticos, durante a fase de
manipulação e presa, que é uma característica dos ionoméricos, e apresentam
maior resistência a fratura e ao desgaste (Glass. J dent Res.., 61:1304-83 [Special issue]. 1982.; Mathis &
Ferracane. Dent. Mater
5: 355-8, 1989). O objetivo deste estudo foi avaliar clinicamente os
materiais híbridos Vitremer (3M) e Dyract (Dentsply), quando usados como
selantes de fóssulas e fissuras, utilizando-se a técnica do condicionamento ácido
do esmalte. Os materiais foram aplicados em primeiros molares inferiores homólogos
de 100 crianças na faixa etária de 7-8 anos. Foram realizadas avaliações clínicas
aos 6 e 12 meses, quando foram encontrados índices de
retenção completa de 95.9% e 85.7% para Dyract e Vitremer,
respectivamente, indicando uma diferença estatisticamente significante
(OR=7,83). Os materiais híbridos demonstraram efeito protetor contra a cárie
estatisticamente significante em relação a um grupo controle, aos 6 (OR=18,80)
e 12 (OR=13,43) meses. Pode-se concluir, através deste estudo, que os
materiais híbridos ionômero de vidro/resina composta são eficazes para o
selamento de fóssulas e fissuras, aplicando-se previamente a técnica do
condicionamento ácido do esmalte.
Apoio financeiro: FAPESP
A251
Microinfiltração
em restaurações de cimento de ionômero de vidro híbrido associado ou não a
um adesivo fluoretado.
M.L. TAKEUTI*, C.R.M.D. RODRIGUES, S.I. MYAKI, L.E. RODRIGUES
Fo, T. ANDO.
Disc. Odontopediatria. FOUSP e FOSJC UNESP - (011) 5589-8347
O objetivo deste estudo in
vitro foi verificar a infiltração marginal em dentes decíduos restaurados
com cimento de ionômero de vidro modificado por resina (Vitremer - 3M), com
aplicação prévia ou não de um sistema adesivo monocomponente fluoretado
(Prime & Bond 2.1 - Dentsply). Foram preparadas cavidades classe V em 20
dentes decíduos anteriores, divididos em dois grupos: G1 (n=10): controle, com
as restaurações realizadas seguindo-se as recomendações do fabricante. G2
(n=10): experimental, com condicionamento com ácido fosfórico a 10% e aplicação
do sistema adesivo monocomponente fluoretado previamente à inserção do
Vitremer. Em todas as amostras o cimento de ionômero de vidro modificado por
resina foi inserido com uma seringa Centrix e fotopolimerizado por 30 segundos.
Após o polimento, as amostras foram submetidas a ciclagem térmica (5oC
e 55oC - 500 ciclos), impermeabilizadas e imersos em azul de
metileno 0,5% por 4 horas. Em seguida, os espécimes foram seccionados
longitudinalmente para análise da infiltração do corante. Os resultados
demonstraram altos valores de infiltração marginal, e após submetidos à análise
estatística (Teste de Kruskal-Wallis) observou-se que não houve diferença
estatisticamente significante nos resultados do grupo experimental quando
comparado ao grupo controle.
A252
Avaliação
de restaurações classe II de resina composta pré-existentes.
M. C. PATROCÍNIO*, L. MARCHINI, R. M. F. SAMPAIO, M. A. M.
ARAÚJO, M. C. VALERA
Depto. Odont. Rest., Fac. Odont. UNESP, S. J. Campos, SP -
(12) 221-4581
Devido à discordância existente na literatura sobre a
conveniência ou não do uso da resina composta em restaurações em dentes
posteriores, o presente trabalho teve por objetivo avaliar o estado atual de
restaurações classe II de resina composta em pacientes aleatoriamente
escolhidos no ambulatório da FOSJC-UNESP, de modo a permitir a visualização
da incidência de acertos e erros neste tipo de tratamento. Para tanto, dois
avaliadores foram calibrados no uso dos critérios definidos pelo USPHS em um nível
predeterminado de concordância (mínimo de 85%) inter e intra examinador. Os
dentes a serem avaliados foram submetidos a profilaxia com taça de borracha e
pedra pomes, lavados com spray de água,
secos com jato de ar e examinados visualmente com ajuda de sonda exploradora nº5.
Radiografias interproximais dos dentes foram realizadas para avaliação de cárie
nas regiões mesial e distal. Desta forma, foram avaliadas 65 restaurações, em
34 pacientes com média de idade de 34,11 anos. Com a metodologia empregada,
pode ser observado que as características inaceitáveis apresentaram-se nas
seguintes percentagens para cada item analisado: cor-29,23%; textura
superficial-10,77%; fratura-1,54%; recidiva de cárie-6,15%; infiltração
marginal-15,38%; adaptação marginal-16,92%; coloração marginal-23,08%; ponto
de contato-12,07%; alteração gengival-13,85%; indicação-32,31% e alteração
de contorno-32,31%. Selecionando os fatos mais relevante dentre os resultados
obtidos, pode-se concluir que ocorreu pequena incidência de recorrência de cárie
e fraturas, mas aproximadamente um terço das mesmas possuíam cor e indicação
inadequadas.
A253
Influência
do NaOCl na resistência à tração de adesivos hidrofílicos
C. CASTIGLIA, H. BECK, J. BIANCHI, L. E. RODRIGUES FILHO, P.
F. CESAR*
Materiais Dentários - FOUSP - (011) 818-7842 - email:
p-paulof@siso.fo.usp.br
Algumas dúvidas a respeito da importância da camada híbrida
na resistência da união de adesivos hidrofílicos nos levam a pensar na remoção
da rede de colágeno por meio da aplicação de hipoclorito de sódio (NaOCl)
sobre a dentina. O objetivo deste estudo foi avaliar a resistência à tração
de 2 adesivos: Scothbond Multiuso (SBMU) e One Step (OS), sob 2 condições de
tratamento da dentina: 1. somente condicionamento ácido e 2. condicionamento ácido
seguido de NaOCl. O corpo de prova constituiu-se de um fragmento de dentina
incluído em um cilindro de resina acrílica em que, após a aplicação do
adesivo, foi construído um cone de resina composta (diâmetro da área de
colagem=3mm). Os 40 espécimes foram divididos em 4 grupos sendo que em 2 deles
(controles) foi aplicado somente ácido fosfórico a 37% e nos outros 2, após o
ácido, foi aplicado NaOCl a 10% por 30s. Todos as outras etapas seguiram as
recomendações dos fabricantes. Após a estocagem por 24 horas em água
destilada a 37°C, os corpos de prova foram testados em uma máquina
Wolpert-Werke a uma velocidade de 0,5mm/min. Os resultados, em MPa, foram os
seguintes (média ± desvio padrão): SBMU: 9,6±2,4, OS: 10,3±3,7, SBMU+NaOCl:
4,5±1,2, OS+NaOCl: 10,2±2,6. O teste ANOVA mostrou que o grupo SBMU+NaOCl
apresentou média significantemente menor em relação aos outros 3 grupos. Pode-se
concluir então que a união promovida pelo adesivo que contém água como
solvente (SBMU) foi afetada negativamente pela remoção da rede de colágeno
enquanto que o adesivo que contém acetona (OS) não teve a resistência adesiva
afetada.
A254
Efeito
do clareamento dental caseiro na resistência ao cisalhamento de restaurações
de resina composta.
P.M.R. MORAIS* 1, I. T. CAMPOS2,
L.A.F. PIMENTA2.
1) F.O.UFBA – Salvador, BA - (071) 357-1693
/ 2) F.O. P./UNICAMP –
Piracicaba, SP
O objetivo deste trabalho in
vitro foi avaliar quantitativamente, através de testes de resistência ao
cisalhamento, o efeito do clareamento caseiro com Peróxido de Carbamida a 10%
(Nite-White), em função do tempo, sobre a adesão pré-existente de resinas
compostas ao esmalte dental. Para este estudo foram utilizados 100 fragmentos de
esmalte bovino, incluídos em resina de poliéster e lixados até a exposição
de uma superfície plana de esmalte. Cilindros de resina composta (Z100), com
3mm de diâmetro e 5mm de altura, foram aderidos a essa superfície, e os corpos
de prova divididos em 5 grupos (n=20) de acordo com o tempo decorrido após o
clareamento caseiro: 1- Controle
(grupo não submetido ao clareamento); 2-
T0 (avaliado imediatamente após o término do
clareamento); 3- T7
(7 dias após o término do clareamento); 4-
T14 (14 dias após a conclusão do clareamento); 5-
T21 (21 dias após
o final do clareamento). Para avaliação da resistência ao cisalhamento dos
espécimes, foi utilizada uma máquina de ensaio universal (EMIC–DL 500) a uma
velocidade de 0,5mm/min. Os valores médios obtidos (MPa) para cada grupo foram
respectivamente: 1- Controle: 19,50; 2-T0: 18,55; 3-T7:
16,16; 4-T14:
18,42; 5-T21:
19,05. A análise
dos resultados não mostrou diferença estatisticamente significante entre os
grupos (ANOVA / p>0,05). Logo, pode-se
concluir que o clareamento dental caseiro realizado com Peróxido de
Carbamida a 10% não interferiu na adesão pré-existente de restaurações de
resina composta ao esmalte dental, nos períodos de tempo avaliados.
A255
Retentividade
de resina composta em dentes decíduos, variando o condicionamento.
C. TEBECHRANI*, A. MUENCH, W.G. MIRANDA JÚNIOR, P.E.C.
CARDOSO
Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia USP-SP
(011) 818-7840.
A finalidade da pesquisa foi determinar a retentividade, por
ensaio de tração, de cones da resina composta Z100 (3M) em dentina de dentes
decíduos. Foram usados três tipos de ácido e dois tempos de condicionamento
(5 e 15 seg). Ácidos: fosfórico a 35% (P35); solução de maléico a 10% (M10)
ambos do mesmo fabricante (3M); o 3o foi
o fosfórico a 10%, All-Etch (BISCO). O sistema adesivo foi o 3M ScotchbondMR
Multi-Purpose Plus (3M). Os dentes seccionados foram embutidos, com resina, em
tubos plásticos e a dentina lixada até a granulação 600. Os cones, com área
de fixação de 0,015 cm2,
de resina foram obtidos, por incrementos, em molde de silicone, polimerizados
por 40 seg (lâmpada Optilux-750 mw/cm2).
Após 7 dias de imersão em água destilada, foram feitos os testes de retenção.
A estatística usada foi a análise de variância e teste de Tukey. As conclusões
foram: com o ácido P35 e P10, 15 segundos de condicionamento aumentaram
significantemente a retentividade, o que não ocorreu com o M10; a maior
retentividade foi obtida com o P10, com 15 segundos de condicionamento.
Médias (MPa) de retentividade (com letras diferentes há
diferença, p<0,05;n=16)
Tempo de Condicionamento (seg)
Ácido
P35
M10
P10
5
4,49 c
7,55 b
7,39 b
15
8,94 ab
6,95 bc
10,36 a
A256
Influência
da matriz na resistência adesiva
à dentina.
P. W. R. OSINAGA, P. CHRISTINO NETO, M. F. WITZEL*, A. MUENCH
Materiais Dentários, FOUSP - Fax: 818-7840 / e-mail:
g-witzel@siso.fo.usp.br
Várias metodologias relacionadas aos ensaios de tração de
juntas adesivas são descritas na literatura. O propósito deste estudo foi
comparar a influência de dois métodos de confecção dos corpos-de-prova nos
valores obtidos em ensaio de tração. Trinta molares foram desgastados em lixas
de granulação de 220 a 600 até a obtenção de superfície dentinária plana,
embutidos em anéis plásticos com resina acrílica e divididos em dois grupos
(I e II). Para ambos os grupos foram utilizados o adesivo dentinário OptiBond
FL (Kerr) e a resina composta TPH Spectrum (Dentsply) conforme recomendações
dos fabricantes. A fotoativação foi realizada com um aparelho Demetron-Optilux
(intensidade de 590 mW/cm2).
No grupo I, foi realizado o procedimento adesivo e em seguida uma matriz
bi-partida de poliacetal foi acomodada para a confecção do corpo de resina. No
grupo II, a matriz foi acomodada antes do procedimento adesivo e confecção do
corpo de resina. Os corpos-de-prova foram armazenados em água destilada a 37oC
por 7 dias e submetidos ao ensaio de tração no equipamento Otto Wolpert-Werke
à velocidade de 0,5 kp/min. Os valores médios de resistência à tração
obtidos (grupo I= 18,4±8,5MPa; grupo II= 9,3±5,8MPa) foram submetidos à
ANOVA, apresentando diferença estatisticamente significante (p<0,01). De
acordo com os métodos empregados e os resultados obtidos, pôde-se concluir que
a acomodação da matriz após o procedimento adesivo gerou valores superiores
de resistência à tração.
A257
Influência
do preparo de esmalte na resistência adesiva de compósitos.
A.B. MATOS*; J.M. POWERS; W. TATE.
Depto Dentística da FOUSP, São Paulo-SP e Houston
Biomaterials Research Center, Houston-TX., (011) 8187839TR:42
A influencia dos tratamentos de superfície e do uso de
condicionadores na resistência à tração in vitro de compósitos aderidos ao
esmalte dental foi avaliada utilizando ujm sistema de adesivo de componente único.
Dentes humanos foram divididos em grupos de 3 tratamentos (nenhum, 27 e 50mm Al2O3 – Air Touch)
e 4 condicionadores [nenhum, ácido fosfórico (PA), no-rinse conditioner (NRC)
e PA/NRC]. Sistema adesivo (Prime & Bond NT) e resina composta (TPH
Spectrum) foram utilizados como cones invertidos. As amostras foram imersas em
água por 24 horas a 37oC
e tracionadas a 0.5mm/min em uma máquina de ensaio universal. Médias e
desvio-padrão (n=5) de resistência à tração (MPa) estão apresentadas na
Tabela.
Condicionadores
Nenhum
27-µm Al2O3
50-µm Al2O3
NT
9.3 (3.6)
10.3
(3.9)
14.1 (2.3)
PA, NT
26.2 (7.2)
24.1 (3.0)
17.5 (6.9)
NRC, NT
16.3 (7.1)
12.8
(3.9)
10.4 (3.7)
PA, NRC, NT
20.4 (4.4)
16.6 (3.3)
15.0 (4.2)
Os resultados foram submetidos a ANOVA. Os intervalos
Tukey-Kramer (p=0,05) para as comparações das médias entre tratamentos e
condicionadores foram 1.7 e 2.1 MPa. Sem condicionamento com ácido fosfórico,
a abrasão a ar melhorou a adesão. Com condicionamento ácido, a abrasão a ar
diminuiu a adesão. NRC melhorou a adesão quando a abrasão a ar e o ácido
fosfórico não foram utilizados. Ácido fosfórico e NRC juntos não estão
indicados.
Suportado pela Dentsply.
A258
Avaliação
da infiltração de diferentes associações entre amálgama e adesivo.
G. DOLCI*; R. PIMENTEL; A. LOGUERCIO; P. C. CARSOSO & A.
BUSATO
(Depto.
Odontologia Restauradora FO-UFPEL) ( (0532) 257087 ale@fo.usp.br
O propósito deste estudo foi avaliar, a microinfiltração de
diferentes técnicas associando amálgama com um sistema adesivo de múltipla
indicação. Foram utilizados 24 dentes molares, que após desinfecção foram
armazenados em soro fisiológico. Cada dente recebeu duas cavidades de classe V
padronizadas (4mm x 4mm x 2mm), todas com margens em cemento e em esmalte. Os
dentes foram divididos em 03 grupos (08 dentes cada), e restauradas com o
sistema adesivo Scotchbond Multi-uso Plus (SBMUP) e liga de amálgama Permite C
(PC), de acordo com os seguintes grupos: A – SBMUP fotoativado + PC; B –
SBMUP na forma dual + PC; C – SBMUP
fotoativado e uma 2ª camada na forma dual
+ PC. Os dentes restaurados foram armazenados por 07 dias, e a seguir
termociclados (500 ciclos, 5ºC-55ºC, 15 s. em cada banho) sendo após,
inseridos em azul de metileno à 5%. Após 24 horas, foram lavados e desgastados
no sentido vestíbulo-lingual. Cada restauração foi avaliada por 02
examinadores, sendo atribuídos valores de 00 a 03, através de lupa microscópica,
tanto na parede gengival como na oclusal. Os escores foram compilados e
submetidos a análise estatística (teste Kruskall-Wallis). Tabela abaixo
(sinais iguais = não há diferença, p<0,01). Baseados neste estudo, os
autores concluíram que não houve diferença na parede oclusal e houve diferença
na parede gengival, sendo o grupo B o pior grupo.
Oclusal
00
01 02
03
Gengival 00
01
02 03
A (*)
11
05 00
00
A (*)
08
07
01
00
B (*)
09
04 01
02
B (+)
02
06
02
06
C (*)
10
05 01
00
C (*)
08
07
00
01
A259
Avaliação
clínica do desgaste de restaurações de resina composta em dentes posteriores.
A. S. BUSATO; A. D. LOGUERCIO*; A.N. BARBOSA & P. E. C.
CARDOSO
(Depto. Odontologia Restauradora - FO-UFPEL) - ( 0532) 257087
– ale@fo.usp.br
O propósito deste estudo foi avaliar, in vivo, o desgaste de
restaurações de resina composta em dentes posteriores (classe I e II) após um
período de 06 anos. Foram selecionados 13 pacientes, que apresentavam no mínimo,
03 dentes posteriores a serem restaurados, totalizando 103 restaurações. Cada
paciente recebeu uma restauração com um dos seguintes materiais: 1- Z-100/3M;
2- Charisma/Kulzer; 3- Tetric/Vivadent. As restaurações foram inseridas na
cavidade de acordo com as recomendações dos fabricantes, sendo utilizado para
todas as restaurações o sistema adesivo Scotchbond Multi-uso/3M. Essas foram
acabadas e polidas e após 01 semana foram moldadas com silicona e, logo a
seguir, vazado em gesso especial. Isso foi repetido 06 anos depois, sendo
avaliados 11 pacientes, num total de 90 restaurações. Os modelos obtidos foram
avaliados (baseline e 06 anos) por 02
examinadores previamente calibrados, de acordo com critérios qualitativos de
desgaste através de avaliação indireta. Esses escores foram compilados e
submetidos a análise estatística (teste Kruskall-Wallis). Tabela abaixo
(letras iguais = não há diferença, p<0,05)
Material
Nº de restaurações
Dentes
Classes
Letras
Z-100
29
Pre-molares (13) Molares (16)
I (23) II
(06)
A
CHARISMA 32
Pré-molares (15) Molares (17)
I (24) II (08)
B
TETRIC
29
Pré-molares (14) Molares (15)
I (20) II (09)
A,B
Baseados neste estudo, os autores concluíram que o desgaste
foi maior no material 2 e menor no material 1, tendo o material 3 um desgaste
intermediário e sem diferença em relação a 1 e 2.
A260
Compômeros:
Avaliação in vivo da necessidade ou
não do condicionamento ácido.
C. FRANCCI*, S. GERALDELLI, P.E.C. CARDOSO –
NAPEM: Núcleo de Apoio à Pesquisa em Materiais Dentários -
Univ. de São Paulo, Brasil - (011) 818-7842
Recentemente o compômero tem tomado espaço no mercado
odontológico. Este material consiste de uma fusão de resina composta e ionômero
de vidro, ou melhor, uma resina composta modificada por poliácidos. Como em
resinas compostas, a união ao esmalte, bem como à dentina é proporcionada por
primer/adesivos. Alguns fabricantes preconizam o não condicionamento ácido das
estruturas dentais, mas apenas a limpeza das mesmas. O objetivo deste estudo foi
avaliar in vivo as interfaces compômero-esmalte
e compômero-dentina utilizando-se ou não condicionamento ácido. A hipótese a
ser testada foi que o condicionamento ácido poderia resultar em maior penetração
dos sistemas adesivos nas estruturas dentais e consequente menor formação de
espaços nas interfaces adesivas. Após consentimento dos pacientes envolvidos,
6 pré-molares indicados para extração por motivos ortodônticos tiveram
cavidades Classe V preparadas nas faces vestibular e lingual na forma de caixas,
sendo condicionadas apenas as cavidades vestibulares. Metade dos dentes foram
restaurados pelo sistema (adesivo/compômero) Dyract (Dentsply DeTrey) e a outra
metade pelo sistema Compoglass (Vivadent). Os dentes foram cuidadosamente extraídos
após 5 minutos do procedimento restaurador, raízes removidas e fixados em
glutaraldeído 2,5% por 24 horas. Após fixação, os dentes foram cortados no
sentido vestíbulo-lingual em baixa rotação, desidratados, embebidos em resina
epóxica, polidos, desmineralizados em HCl 6N por 30 seg, desproteinizados em
NaOCl por 10 min e processados para observação sob um MEV Jeol 6300 numa distância
de trabalho de 16mm e aumentos de 50 a 10000 X. As interfaces condicionadas
apresentaram maior penetração do primer/adesivo na estrutura dental e menor
formação de espaços.
A261
Estudo
comparativo de eficácia e retenção de selante oclusal com
um selante resinoso e um cimento de ionômero de vidro.
R.S. CENTENARO, R.M. PUPPIN-RONTANI, S.M. KOMATI, M.E.
BAGLIONI-GOUVÊA
Área de Odontopediatria – FOP/UNICAMP - (011) 459-5846
O objetivo deste estudo foi comparar a eficácia e retenção
do selante oclusal realizado com um selante resinoso (Fluroshield – Dentsply)
e um cimento de ionômero de vidro (Fuji IX – GC). Cinqüenta crianças
com idades de 7 a 9 anos cujos 4 primeiros molares permanentes estavam hígidos
e completamente erupcionados, totalizando 200 dentes foram selecionadas para
este estudo após o consentimento dos pais. Os dentes foram divididos em dois
grupos de acordo com o material: Grupo 1 (dentes16 e 36) selados com
Fluroshield; Grupo 2 (dentes 26 e 46) selados com Fuji IX. A limpeza prévia dos
dentes foi feita com escovas infantis e água. Os dentes foram isolados com
reletes de algodão e os materiais foram aplicados segundo instruções do
fabricante. Realizou-se exame clínico dos dentes após seis meses com o auxílio
de sonda exploradora e refletor de luz. Os resultados após seis meses mostram
respectivamente para Fluroshield e FujiIX: 14% e 12% de perda parcial; 1 e
0% de perda total e 70% e 76% de retençao total do material. Os dados foram submetidos a análises estatísticas
Chi-square e Wilcoxon (p<0,05). Não houve diferença
estatisticamente significativa entre a retenção dos produtos estudados. Embora
os níveis de retenção tenham sido considerados baixos, não houve incremento
no índice de CPOD para ambos os grupos estudados.
A262
Avaliação
da adesão de materiais restauradores em dentes decíduos.
A. D. FREITAS*; L. BITTENCOURT; E. CAVALCANTI; K. DIAS; M. S.
MIRANDA & M. T. FRANÇA
Odontopediatria e Dentística - F.O. UERJ e UFRJ - (021)
287-5165
O objetivo deste estudo foi avaliar, a partir da microinfiltração
(MIC) e da resistência ao cisalhamento (CIS), a adesão em dentes decíduos de
quatro materiais restauradores: Ariston (VIVADENT)-ART, Dyract (DENTISPLY)-DYR,
Vitremer (3M)-VIT e Vidrion (SSW)-VID. Foram selecionados sessenta dentes decíduos,
40 para o CIS e 20 para o MIC. Cada grupo foi subdividido em 4 grupos, para os
respectivos materiais. Para o CIS, foram confeccionados 40 cilindros de 5mm de
altura por 4mm de diâmetro, a partir de matriz de teflon, sobre a superfície
dentinária previamente exposta. Após uma semana de armazenamento em 100% de
umidade, a 37o
C, os corpos de prova foram submetidos ao cisalhamento em
INSTRON a 0,5mm/min. Para o teste de microinfiltração, 20 dentes
receberam 2 preparos cavitários tipo classe V por vestibular e lingual, com
margens em esmalte e cemento/dentina. Após restaurados, os dentes ficaram
estocados sob as mesmas condições do primeiro teste, foram imersos em solução
de Nitrato de Prata durante 24h e após inclusão em resina, os dentes foram
seccionados. Três examinadores calibrados avaliaram a MIC por escores onde
0=ausência de infiltração a 3=infiltração em direção à polpa. Os
resultados do teste de CIS (kgf/mm2) foram
analisados estatisticamente por ANOVA, LSD e Tuckey Contrast (p<0,05):ART=1,15+0,79;
DYR=1,08+0,47; VIT=0,23+0,09 e VID=0,45+0,16. Os resultados
do teste de MIC foram tratados por ANOVA, Kruskal-Wallis e Mann Whitney (p<0,05).Postos
Médios Esmalte: ART= 32,38; DYR= 32,92; VIT= 43,28 e VID= 53,42. Cemento: ART=
48,58; DYR= 18,38; VIT= 52,22 e VID= 42,83. Os autores concluíram que numa
avaliação global os materiais VID, VIT e ART apresentaram comportamento
semelhante e o DYR obteve o pior resultado.
A263
Influência
da umidade na adesão de um sistema auto-condicionante à dentina
F. A. SANTOS, M. KURAMOTO JR., E. MATSON, T. M. SALAMI*
Fac. Odontologia, Univ. São Paulo, Dep. Dentística,
(011)818-7841
O objetivo do trabalho foi avaliar in vitro a influência da umidade na resistência à tração de um
adesivo auto-condicionante (Etch & Prime 3.0, Degussa) aplicado em dentina.
Foram utilizados 36 terceiros molares humanos recém extraídos, divididos em três
grupos distintos. Os dentes foram incluídos em resina acrílica e desgastados
em politriz até a exposição da dentina, seguindo a seqüência de lixas de
granulação 120, 240 e 600. Nas amostras do grupo A (n=12) foram seguidas as
recomendações do fabricante quanto a manutenção da umidade da dentina. Nas
amostras do grupo B (n=12) foi aplicado 0,1 ml de água destilada deionizada com
o intuito de aumentar a umidade da dentina., e em seguida executaram-se os
procedimentos adesivos recomendados pelo fabricante. As amostras do grupo C
(n=12) sofreram um processo de secagem através da manutenção destas em estufa
a 37% durante 24 horas com o intuito de desidratar a estrutura dentinária e em
seguida os procedimentos foram similares aos das outras amostras. As amostras
foram restauradas com resina composta híbrida (Z 100, 3M). Após a estocagem
por 24 horas em água destilada a 37 graus Celsius, as amostras foram submetidas
ao teste de resistência à tração. Os resultados foram submetidos a análise
de variância (F=14,49 e p=0,00003) e teste Tukey (p<0,05), não encontrando
diferença significante entre o os grupos A (12,38 MPa ±4,41) e C (10,21 MPa ±1,49)
e encontrando-se diferença estatisticamente significante entre estes e o grupo
B (5,96MPa ±1,49). Conclui-se que o aumento
da umidade dentinária pode ser prejudicial na resistência adesiva de um
sistema adesivo auto-condicionante.
A264
Avaliação
in vitro da microinfiltração em fóssulas e fissuras seladas.
J. P. ANDRADE; K. DIAS*, H. S. A. MELLO.
Departamento de Odontopediatria e Dentística - FO UERJ. Fax:
(021) 5876382.
O objetivo deste trabalho foi avaliar, in vitro, a ocorrência de microinfiltração em fóssulas e
fissuras seladas com o material resinoso Fluroshield (Dentsply) e o ionômero
Fuji II LC (GC America), após ciclos de desmineralização e remineralização,
simulando condições de alto desafio cariogênico.
Para tal foram utilizados 30 pré-molares clinicamente íntegros.
Os dentes foram distribuídos, uniformemente, em três grupos: Grupo I
(Fluroshield), Grupo II (Fuji II LC) e Grupo III (Controle – sem selante).
Após profilaxia, condicionamento com ácido fosfórico a 37% por 60
segundos e aplicação dos materiais, os dentes foram submetidos às ciclos de
desmineralização e remineralização por 14 dias. A seguir, foram imersos em solução de Nitrato de Prata a
50% por 24 horas, após o que, as coroas foram incluídas em resina e cortadas
longitudinalmente no sentido vestíbulo-lingual, para avaliação do grau de
microinfiltração na interface esmalte/selante.
Para a classificação da microinfiltração foi utilizado um escore em
graus de 0 a 2 sendo o significado do escore 0- ausência, 1- metade do sulco e
2- todo o sulco. Os postos médios
dos resultados foram: G1 = 30,04; G2 = 45,21 e G3 = 77,00.
Os resultados foram tratados estaticamente pelos testes de Kruskal-Wallis
e Mann Whitney (p£ 0,05) e mostraram que os dentes selados com Fluroshield
apresentaram, significativamente menor microinfiltração que os outros dois
grupos. O grupo Controle
apresentou o pior resultado. Assim,
concluímos que o selante Fluroshield pode ser considerado satisfatório quanto
à capacidade de vedação marginal, ao contrário do Fuji II LC, quando
utilizado como selantes de fóssulas e fissuras.
Apoio Financeiro: Capes
A265
Microinfiltração
em resina condensável associada a resina de baixa viscosidade.
T. BRAGA*, E.
THOMAZELLI , M. PARAIZO, K. DIAS.
Departamento de Dentística da UERJ e UFRJ.
Fone: 021 - 587 6382.
O objetivo deste estudo
in vitro foi comparar a capacidade de selamento marginal de um sistema
restaurador adesivo com e sem a aplicação de uma resina intermediária de
baixa viscosidade. Foram preparadas duas cavidades classe V padronizadas em 10
dentes hígidos, recém-extraídos, localizadas nas
faces vestibular e lingual, com uma margem em dentina/cemento, e outra em
esmalte. Todos os materiais foram usados de acordo com as instruções do
fabricante. No Grupo 1, o sistema adesivo Bond-1 (Jeneric-Pentron) foi aplicado.
No Grupo 2, o sistema adesivo + a resina de baixa viscosidade Flow-it
(Jeneric-Pentron). Todas as cavidades foram restauradas com a resina condensável
Alert (Jeneric-Pentron). Os espécimes foram então armazenados em água
destilada à 37°C por 24 horas, isolados com duas camadas de esmalte de
unha, impregnados com uma solução de nitrato de prata à 50%, incluídos em
resina epóxi e seccionados. As restaurações foram avaliadas
por três examinadores calibrados, em uma lupa estereoscópica com
aumento de 25X.. Foi atribuída uma classificação, de acordo com a penetração
do corante, indo de: 0 (ausência de penetração) a 3 (infiltração até a
parede axial). Os resultados foram tratados estatisticamente pelos testes ANOVA,
Kruskal-Wallis e Mann-Whitney (p<
0,05). Os postos médios obtidos foram,
numa avaliação global: GR 1 - 38,94 e GR 2 - 42,06; e numa avaliação por
região: esmalte - 29,19 e cemento/dentina - 51,81. Não foi encontrada diferença
significativamente estatística entre os grupos 1 e 2, e ocorreu maior infiltração
em cemento/dentina do que em esmalte. Baseado
nos resultados, os autores concluíram que a utilização de uma resina
intermediária de baixa viscosidade não foi capaz de reduzir o grau de infiltração
em restaurações de resina composta condensável classe V, com terminação em
cemento.
A266
Estudo
in vitro da efetividade de uma resina “Flow”no controle da microinfiltração.
M. S. MIRANDA, K. DIAS, F. P. BENITEZ
Dentística, UFRJ e UERJ - Fax: (021) 5876382- e- mail-
cervante@uerj.com.br.
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de uma resina
de baixa viscosidade no controle da microinfiltração em restaurações classe
V. Trinta dentes recém extraídos receberam preparos padronizados nas faces
vestibular e lingual, com margem oclusal em esmalte e cervical em
cemento/dentina, com 3 mm de diâmetro. Os dentes foram divididos aleatoriamente
em três grupos e restaurados com: grupo 1–adesivo dentinário Prime Bond 2.1
(Dentsply)+resina TPH Spectrum (Dentsply); grupo 2-adesivo dentinário Prime
Bond 2.1+resina de baixa viscosidade (Flow–it-Jeneric/Pentron); e grupo 3–
adesivo dentinário Prime Bond
2.1+resina de baixa viscosidade Flow–it, associada a resina TPH. Após as
restaurações, os dentes foram submetidos a 500 ciclos térmicos, de 5 e 55ºC
com duração de 30 segundos cada banho, sendo então imersos em solução de
nitrato de prata a 50 % por 24 horas e em revelador (Kodak) por 20 minutos. Em
seguida, os dentes foram incluídos em resina acrílica, seccionados e a
microinfiltração avaliada por 3 examinadores calibrados com uma lupa de 40
aumentos utilizando um score de 0 (ausência de infiltração) a 3 (infiltração
em direção a polpa). Os resultados foram analizados estatísticamente por
ANOVA pelo teste de Kruskall Wallis p<0,05. Os postos médios foram:
global por região-esmalte=41,18 e dentina=79,82 e global por
material-gr.1=56,00; gr.2=77,61 e gr.3=57,81. O grupo 1 foi estatisticamente
semelhante ao grupo 3 e o grupo 2 apresentou diferença
estatística para os grupos 1 e 3. Os autores concluíram que as técnicas
de restauração estudadas foram capazes de controlar a microinfiltração nas
margens de esmalte porém não nas
de cemento/dentina. A resina
Flow-it utilizada isoladamente apresentou
a maior infiltração.
A267
Avaliação
da citotoxicidade de um adesivo dentinário em Escherichia coli.
M. A. MASIOLI*, M. BERNADO-FILHO, C. R. SILVA, K. R. C. DIAS
Dep.s de Biofísica, Biometria IBRAG/UERJ e Dentística
FO-UERJ Tel:(021)587-6382
A biocompatibilidade dos adesivos dentinários ainda não está
bem estabelecida, pois, em algumas situações os mesmos podem ser lesivos as células.
Assim, é nosso objetivo avaliar o potencial citotóxico de um sistema adesivo
monofrasco, Prime e Bond 2.1(P&B)(Dentsply) em culturas bacterianas. Suspensões
bacterianas de Escherichia coli AB1157
(selvagem para mecanismos de reparo de lesões no DNA) na fase exponencial de
crescimento (2 x 108 cel/ml) em NaCl
0,9% estéril, são tratadas com adesivo ou com Etanol 50% (diluente e controle)
por 60 min, a 37o C,
com agitação constante. A cada intervalo de 20 min, alíquotas são retiradas,
diluídas e plaqueadas em meio rico gelosado. Em seguida, as placas são
incubadas em estufa a 37o C,
ao abrigo da luz, por um período de 24h . As unidades formadoras de colônias
(UFC) são contadas e uma vez obtido o número de sobreviventes em cada tempo de
incubação, as frações de sobrevivência (FS) são calculadas, obtendo-se o
grau de inativação provocado pelo produto nos diferentes tempos. Os resultados
obtidos nos tratamentos indicam que o Etanol 50% não causou inativação
celular e o P&B nas concentrações de 5, 20 e 50% foram citotóxicos, visto
que levaram a uma elevada inativação celular. Os valores encontrados
respectivamente para FS nos tempos 0, 20, 40, 60, foram: Etanol 1; 0.95; 0.98;
0.95; P&B 5% 1; 1.09x10-1;
5.81x10-2;
1.10x10-2;
P&B a 20% 1; 3.15x10-4;
8.98x10-6;
1.20x10-7
P&B a 50% 1; 3.60x10-6;
0; 0. Considerando a população celular estudada e os níveis de inativação
celular crescente para as maiores concentrações do P&B 2.1, os autores
concluem que: a citotoxidade observada pode ser atribuida aos componentes do
P&B 2.1 e não ao agente diluente (etanol).
A268
Influência
de diferentes intensidades de luz na microinfiltraçã marginal.
K. DIAS; H. A. FILHO; A. F. MONNERAT ; A. T. MELO*.
Faculdade de
Odontologia –UERJ e Instituto de Odontologia UGF, RJ - (021) 572-4807
O objetivo deste estudo foi comparar a microinfiltração em
esmalte de restaurações de resina composta, utilizando quatro intensidades de
fotopolimerização. Oitenta dentes bovinos incisivos superiores recém
extraidos, foram armazenados em soro fisiológico e subdivididos em 4 grupos, em
cada dente foi confeccionada uma cavidade classe V na face vestibular com margem
apenas em esmalte e posteriormente restauradas com resina composta (TPH
Spectrum,I-B1,Denttsply), o aparelho fotopolimerizador utilizado foi Elipar High
Light II (ESPE), o qual apresenta uma variação na intensidade de luz. Cada
grupo recebeu as respectivas intensidade de luz: Grupo1: 10 seg – 150mW/cm210
+ seg – 150mW/cm2.
Grupo2: 10 seg–150 mW/ cm2 +10
seg -150 mW /cm2 +
20 seg - 550 mW /cm2. Grupo3:10
seg -150 mW /cm2 +
30 seg - 550 mW /cm2.
Grupo4: 40 seg -550 mW/ cm2.
Após restaurados os dentes foram
imersos em solução de Nitrato de Prata a 50% e seccionados mésio-distalmente
Três examinadores previamente calibrados avaliaram a infiltração marginal com
uma lupa (aumento de 40x), atribuindo escores aos dentes inspencionados de
acordo com o grau de infiltração: escore0=ausência de infiltração,
escore1=infiltração em esmalte, escore2=infiltração na junção amelodentinária,
escore3=infiltração além da junção amelodentinária. Os resultados foram
tratados estatisticamente pelo teste Kruskal-Wallis, verificando que não
existiu diferença significante entre os grupos testados, a nível de
mensuramento de escores a maior infiltração foi no grupo 4 e a menor, no
grupo2. Conclui-se que em margens em esmalte, todos os grupos apresentaram
baixa ou nenhuma infiltração marginal.
A269
Avaliação
da resistência à tração de braquetes ortodônticos unidos ao esmalte e à
cerâmica.
N.R. MOREIRA*; M.A.C. SINHORETI; H.M.S. OSHIMA; R.J.
CASAGRANDE
Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP - (019)
430-5348
O número de pacientes adultos que buscam o tratamento ortodôntico
tem aumentado nos últimos anos, e freqüentemente os elementos dentais
portadores de restaurações cerâmicas são utilizados como pontos de ancoragem
para a mecânica corretiva. O propósito deste trabalho foi avaliar a resistência
à tração de braquetes ortodônticos metálicos unidos ao esmalte dental e à
cerâmica. Para a obtenção das amostras foram utilizados 20 pré-molares
humanos hígidos recém extraídos e 20 discos cerâmicos (Duceram, Ducera) para
cada grupo, os quais foram incluídos em resina acrílica autopolimerizável.
Cada grupo foi dividido em dois, de acordo com o procedimento realizado de
cimentação dos braquetes (Dental Morelli), ou seja, utilizando um compósito
odontológico ativado quimicamente (Concise Ortodôntico, 3M) ou um compósito
fotopolimerizável (Transbond XT, 3M). Todos materiais foram manipulados
seguindo as instruções dos fabricantes. Após a cimentação, os
corpos-de-prova foram armazenados em água a 37ºC
por 24 horas, e em seguida levados a uma máquina de testes Instron com
velocidade de 0,5 mm/min. para o ensaio de tração. Os resultados foram
submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey em nível de 5%. Pôde-se
concluir que em esmalte, os materiais Concise Ortodôntico (5,20 MPa) e
Transbond XT (6,08 MPa) não diferiram estatisticamente entre si (p>0,05). Em
cerâmica, o Concise Ortodôntico (4,16 MPa) e o Transbond XT (4,27 MPa) também
não diferiram entre si (p>0,05). Em geral, a resistência à tração em
esmalte (5,46 MPa) foi superior estatisticamente em relação à resistência em
cerâmica (4,22 MPa), independente do material de cimentação utilizado
(p<0,05).
A270
Avaliação
da resistência de união ao cisalhamento de compósitos odontológicos unidos
à estrutura dentinária.
F.G.D. Patrão*, M.A.C.
Sinhoreti, S. Consani, L. Correr Sobrinho.
Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP - (019)
4305348
Recentemente foram introduzidos no mercado odontológico compósitos
chamados condensáveis, considerados substitutos do amálgama de prata e dos polímeros
de alto escoamento, indicados principalmente para restaurações classe V. O
propósito deste estudo foi verificar a resistência da união ao cisalhamento
de cinco compósitos à estrutura dentinária. Os compósitos foram utilizados
em combinação com os sistemas adesivos indicados pelos fabricantes, ou seja,
Z-100 / SBMP (3M), Revolution / Optibond (Kerr), Alert / Bond 1 (Jeneric),
Solitaire / Solibond (Kulzer) e Degufill Mineral / Etch&Prime 3.0 (Degussa).
Foram utilizados 50 molares humanos divididos em 5 grupos, de acordo com a
combinação compósito-sistema adesivo utilizada, cujas raízes foram
seccionadas e as coroas dentais incluídas com resina acrílica autopolimerizável.
Os dentes foram desgastados até obter uma superfície lisa e plana, que foi
delimitada com fita adesiva contendo um orifício de 4 mm de diâmetro. Em
seguida, a superfície da dentina foi tratada com o sistema adesivo, onde
posicionou-se uma matriz de aço inox (4mm de diâmetro e 5mm de altura) para o
compósito restaurador ser aplicado e polimerizado, seguindo as intruções de
cada fabricante. Os corpos-de-prova foram armazenados a 37°C e 100% de U.R. por
24 horas e após levados a uma máquina de ensaio universal Instron com
velocidade de 0,5 mm/min.. Os resultados foram submetidos à análise de variância
e ao teste de Tukey ao nível de 5%. Pode-se concluir que os compósitos
Revolution (10,86 MPa) e Z100 (9,96 MPa) não diferiram estatisticamante entre
si (p>0,05) e foram superiores aos demais materiais (p<0,05). Os compósitos
Alert (6,91 MPa) e Solitaire (6,14 MPa) não diferiram entre si (p>0,05) e
foram superiores ao Degufill Mineral (4,32 MPa), que apresentou os mais baixos
valores (p<0,05).
A271
Avaliação
do efeito da termociclagem na adesão de restaurações compostas
M. PARAIZO*, T. BRAGA, A. LAMOSA, M. MIRANDA, M. A. J. ARAÚJO
Departamento de Dentística
da UERJ - (021) 268-5918 e F.O.S.J.C.
– UNESP
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da termociclagem
na união de restaurações de resina composta à dentina humana, através de
teste de cisalhamento (TC) e infiltração marginal (IM). Foram selecionados 45
dentes hígidos, 30 para TC e 15 para IM. Cada grupo foi subdividido em 3: A-
sem termociclagem; B- 150 ciclos; C- 500 ciclos. Para TC, foram confeccionados
30 cilindros de TPH Spectrum (Dentsply), com 3 mm de altura x 3 mm de diâmetro,
sobre as superfícies oclusais dentinárias previamente expostas, condicionadas
com ácido fosfórico à 37% e contendo duas camadas do sistema adesivo
Prime&Bond 2.1 (Dentsply). Após 1 semana estocados (37° C / 100% umidade),
os corpos de prova foram submetidos ao cisalhamento em uma EMIC à 0,5 mm/min.
Para IM, 15 dentes receberam preparos cavitários classe V, nas faces lingual e
vestibular, com margens em esmalte e dentina/cemento. Os elementos foram
restaurados com o mesmo sistema anterior, estocados nas mesmas condições,
imersos em uma solução de nitrato de prata à 50% por 24 h., incluídos em
resina, e seccionados. Três examinadores calibrados avaliaram IM por escores
onde 0 = ausência de infiltração a 3 = infiltração em direção à polpa.
Os resultados de ambos os testes foram tratados estatisticamente por ANOVA,
Kruskal-Wallis e Mann-Whitney (p < 0,05). Os postos médios obtidos
foram: TC : A = 15,38; B = 17,70 e C = 12,03; e IM : A = 45,58; B = 49,38 e C =
52,15. Não houve diferença estatística entre os grupos com e sem
termociclagem. Os autores concluíram que a termociclagem não alterou a força
de adesão do sistema adesivo à dentina humana.
A272
Efeito
do método de polimerização sobre a resistência da união metal-compósito,
em função da contração de presa.
F.M. Pascon*; M.A.C. Sinhoreti; S.
Consani; M.F. de Goes; L. Correr Sobrinho
Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP - (019)
426-2240
A contração de polimerização é um problema inerente dos
compósitos que pode levar ao fracasso uma restauração. O objetivo deste
estudo foi verificar a influência do método de polimerização do compósito
odontológico Z100 (3M) na contração de presa e sua influência na resistência
de união da interface metal-compósito. Foram confeccionadas 30 matrizes
circulares metálicas de 2 mm de espessura contendo uma cavidade tronco cônica
de 6 mm de diâmetro inferior e 9 mm de diâmetro superior. Essas cavidades
foram jateadas internamente com micro-jateador (Danville Eng. Inc.). Após,
foram divididas em 3 grupos de 10 matrizes, de acordo com o método de
polimerização empregado, ou seja: polimerizados por luz contínua (520 mW/cm2 por 40s.);
polimerizados por dupla intensidade de luz (150 mW/cm2
por 10s. seguido por 520 mW/cm2
por 30s.); e, polimerizados através de luz pulsátil (520 mW/cm2
por 60s.). Após o jateamento, a superfície do metal foi tratada com o sistema
adesivo SBMP Plus (3M), e o compósito Z100 aplicado e polimerizado. Os
corpos-de-prova foram armazenados em água destilada a 37ºC
por 24 horas e levados a uma máquina de ensaio Instron com velocidade de 0,5
mm/min. para o ensaio de resistência de união. Esse ensaio foi feito através
de uma esfera de aço adaptada no mordente superior da máquina que exerceu uma
força na base da restauração até sua remoção. Os resultados foram
submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey em nível de 5%. Pôde-se
concluir que o método de polimerização por luz intermitente obteve a mais
alta média de resistência de união (14,27 MPa) e foi diferente
estatisticamente (p<0,05) dos grupos polimerizados por dupla intensidade
(7,51 MPa) e por luz contínua (6,89 MPa), os quais não diferiram entre si
(p>0,05).
A273
Estudo
da adesão de um sistema adesivo a dentina humana ou bovina, superficial ou
profunda.
E. CELLA; E. FORMOLO*; J.S. BOCANGEL; F.F DEMARCO; E. MATSON.
UFPel - USP - (0532) 782635
O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência do
tipo de dentina e da profundidade da mesma na resistência de união de um
sistema adesivo. Vinte incisivos humanos e vinte incisivos bovinos foram
selecionados. Os dentes foram incluídos em resina acrílica e desgastados em
uma politriz até expor dentina superficial (metade dos espécimes) ou profunda
(outra metade). Os dentes foram divididos aleatoriamente em 4 grupos (n=10):
Grupo 1 – dentina humana superficial; Grupo 2 – dent. humana profunda; Grupo
3 – dent. bovina superficial; Grupo D – dent. bovina profunda. Todas as
superfícies dentinárias foram condicionadas com ácido fosfórico a 35% e
tratadas com Single Bond (3M). Os
corpos-de-prova foram confeccionados com uma matriz padronizada,
incrementalmente preenchida com resina Z100 (3M). A área de adesão foi de
aproximadamente 1 mm (± 0,5 mm). Após 48 horas de armazenagem, os espécimens
foram submetidos ao teste de microtração, usando máquina de ensaios
Mini-Instrom, com velocidade de 0,5 cm/m. Os resultados em MPa para os
diferentes grupos: Grupo 1 – 20,31 (± 5,47); Grupo 2 – 14,69 (± 1,99);
Grupo 3 – 19,08 (± 3,52); Grupo 4 – 8,17 (± 2,78). Os dados foram
submetidos a análise estatística (ANOVA e teste de Tukey), que demonstrou
existirem diferenças estatisticamente entre os grupos (p<0.05), sendo os
Grupos 1 e 3 e 2 e 3 similares entre si, enquanto que o grupo 1 exibiu maiores
valores de adesão que o grupo 2 e o grupo 4 apresentou valores estatisticamente
menores que todos os outros grupos. Foi possível concluir que: a adesão foi
influenciada pela profundidade da dentina, sendo maior a adesão a dentina
superficial, tanto humana quanto bovina. O tipo de dentina mostrou influência
apenas na dentina bovina profunda, a qual demonstrou menores valores de adesão.
A274
Avaliação
clínica de reconstruções de amálgama associado a adesivo dentinário.
S.C.Y. YAMASHIRO*, M.F.R.L. HUHTALA, R.M. ARAÚJO, M.A.M.
ARAÚJO
Dep. Odontologia Restauradora da Fac. Odontologia S.
J.Campos-UNESP. Tel. (012) 321-8166.
O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho de uma liga
não convencional rica em cobre (PermiteC –Southern Dental Industries) em
cavidades extensas, com prévia hibridização da dentina com adesivo dentinário
(Prime &Bond 2.1-Dentsply). Foram
realizadas 24 restaurações em dentes
com cáries extensas e /ou restaurações em mau estado. Após o preparo
convencional para amálgama, o
esmalte e a dentina dos dentes foram condicionados com ácido fosfórico a 37%,
por 30 e 15 segundos respectivamente, lavados
e secos com leve jato de ar. A
seguir foram aplicadas 2 camadas do adesivo dentinário, sendo fotopolimerizadas
por 10 segundos. Realizou-se então a
condensação, brunidura e escultura do amálgama. Nos períodos
inicial (pós-polimento), 3, 6, 12 e 18 meses,
dois examinadores calibrados atribuíram os escores alfa, beta ou charlie, para
as seguintes características: descoloração, textura superficial, integridade
marginal, desgaste a abrasão, contato proximal, reincidência de cárie e
sensibilidade pós-operatória. Nossos resultados demonstraram que após 18
meses 100% dos casos tiveram escore
beta para descoloração e
72,8% escore beta para textura superficial. A sensibilidade pós-operatória
manifestou-se em 29,2% dos casos após 7 dias e persistiu em 4,2% após 3 meses,
desaparecendo após este período. As demais características avaliadas foram
consideradas, em sua maioria, clinicamente satisfatórias (beta) no período
estudado. Observou-se que a liga
de amálgama estudada apresentou um bom desempenho clínico para as características
e tempo estudados, embora tenha-se verificado uma tendência de acentuação das
alterações com o passar do tempo, como descoloração e textura superficial,
Com relação ao agente adesivo, o estudo sugere, que o mesmo pode ter contribuído
para a pequena manifestação de sensibilidade pós-operatória.
A275
Influência
dos agentes desinfetantes na microinfiltração de restaurações de amálgama.
E. PIVA*; J. MARTOS; O. L. V. RAMOS; F.F DEMARCO
Depto. de Odontologia Restauradora , FOUFPel – RS - 0532)
292081
O objetivo deste trabalho foi verificar a influência de 5
agentes de desinfeção cavitária na microinfiltração de restaurações com
amálgama. Confeccionou-se em trinta e seis dentes humanos posteriores extraídos
e hígidos, cavidades classe V de forma cúbica, nas faces vestibular e lingual,
com margem gengival em cemento e oclusal em esmalte. As amostras foram divididas
aleatoriamente em seis grupos contendo seis dentes, de acordo com o agente de
desinfeção cavitário empregado; Grupo I - hipoclorito de sódio a 2,5%, Grupo
II - água de hidróxido de cálcio, Grupo III - flúor a 1,23%, Grupo IV –
solução de digluconato de clorexidina a 2%, Grupo V – solução detergente
de lauril sulfato de sódio a 1,25% e Grupo VI – Grupo controle. Aplicou-se o
agente desinfetante específico, com posterior pincelamento de três camadas
concecutivas de verniz cavitário. As amostras foram restauradas com amálgama
em cápsula GS-80 (SDI). Após acabamento e polimento os dentes foram submetidos
a termociclagem, seguida de imersão em azul de metileno. Depois de secionados
os dentes foram avaliados quanto a infiltração marginal, com base num escore
padronizado. Os dados quando submetidos a análise estatística (teste não
paramétrico de KRUSKAL WALLIS) revelaram
diferença estatisticamente significantes (p<0,05) apontando uma maior
infiltração do hipoclorito em margens de esmalte em relação as demais substâncias
avaliadas. Foi detectada maior infiltração nas paredes de cemento em relação
àquelas em esmalte (p < 0,01). Concluiu-se que os materiais de desinfeção
cavitária utilizados, com exceção do hipoclorito,
não influenciaram a quantidade de infiltração marginal em restaurações
de amálgama.
A276
Estudo
comparativo da textura superficial dos materiais estéticos indiretos
A.H.M.DIAS*,KIMPARA E.T.
Fac. Odont. São José dos Campos - UNESP - (012) 321-8166
R:1305
A necessidade estética da população onde dentes e sorrisos
ocupam lugar de destaque é comum
na odontologia o surgimento de novos materiais, como exemplo recente, estão as
resinas compostas indiretas, também chamadas de cerômeros. Estes materiais estéticos
tem evoluído bastante, influenciados pela necessidade de solucionar a maioria
dos problemas estéticos, porém é válido também ressaltar a importância de
avaliar a rugosidade superficial frente à resposta periodontal, já que de
acordo com a rugosidade da superfície, poderá ou não favorecer a deposição
de detritos, corantes e bactérias, além de menor brilho. Na realização do
estudo foram comparados dois materiais estéticos indiretos, quanto a textura
superficial: a cerâmica - Vita VMK
95 e a resina composta indireta – Solidex, sendo confeccionados 10 corpos de
prova (Cps) de forma cilíndrica de dimensão de 6mm de comprimento x 6mm de diâmetro,
os quais foram submetidos a acabamento e polimento, seguindo às recomendações
do fabricante, e a seguir foi realizado a análise das superfícies, através do
aparelho Hommel Tester T500. Os resultados mostram que a média da rugosidade
máxima (Rmáx) entre os dois materiais, através do teste t´ de student, não
apresentaram diferenças significantes estatísticamente, quanto a textura
superficial.
A277
Ciclo
complementar com microondas em resina à base de Isobutil metacrilato.
T. DE S. MACHADO*; J. A. N. DE MELLO; K. O. BRAUN; A. A. DEL
BEL CURY
Departamento de Prótese e Periodontia, FOP-UNICAMP
(altcury@fop.unicamp.br)
A técnica de reembasamento direto tem se difundido, mas o monômero
residual em excesso pode causar reações inflamatórias na mucosa. O objetivo
desse estudo foi avaliar o efeito de um ciclo complementar no forno de
microondas no nível de monômero residual de uma resina acrílica de
reembasamento direto e sua influência na resistência transversa e na
microdureza superficial. Dois grupos com 12 amostras para cada teste foram
confeccionadas com resina autopolimerizável a base de isobutil metacrilato
KOOLINER. G1) as amostras sofreram polimerização convencional; G2) após a
polimerização, as amostras foram submetido a um ciclo complementar no
microondas de 450 W / 3 min. Os resultados foram submetidos ao teste
KRUSKAL-WALLIS para o monômero e ANOVA e TUKEY para o restante a 5%
(p<0,05). As médias e desvios
padrões da liberação de monômero na água em 24 h em µg / cm² foram:
G1=4,03 ± 1,21 (a); G2=4,25 ± 1,38 (a); resistência transversa (Mpa): teste
imediato - G1=41,14 ± 4,06 (a); G2=46,86 ± 5,13 (a); teste após 48 horas -
G1=43,96 ± 2,93 (a) e G2=45,13 ± 5,40 (a); microdureza superficial
(Knoop): G1=9,77 ± 0,10 (a); G2=9,46 ± 0,09 (a). Conclusão:
O complemento de polimerização de resinas com isobutil metacrilato
em forno de microondas, não diminui o nível de monômero residual e nem
melhora as propriedades mecânicas da mesma.
A278
Micromorfologia
superficial de materiais estéticos frente a soluções para bochecho
C. P. TURSSI*, A. T. HARA, C. S. MAGALHÃES, A. L. RODRIGUES
Jr., M. C. SERRA
FOP Unicamp / FOAr UNESP, mcserra@fop.unicamp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a micromorfologia
superficial de um cimento de ionômero de vidro modificado por resina (Fuji II
LC/GC), de duas resinas compostas modificadas por poliácidos (Dyract/Dentsply e
F2000/3M) e de um compósito microhíbrido (Charisma/Kulzer), frente a
diferentes tratamentos (Listerine/W. Lambert, Periogard/Colgate e água
destilada-controle). Quarenta e cinco corpos de prova de cada material foram
confeccionados de acordo com as instruções dos fabricantes. O
acabamento/polimento foi realizado após uma semana, com discos Sof-Lex (3M).
Avaliou-se a rugosidade superficial, obtendo-se os valores iniciais (Vi)
de Ra (µm). Quinze espécimes de cada material foram tratados com cada uma das
soluções ou água destilada, totalizando 12 grupos. Os tratamentos foram
aplicados 2 vezes ao dia, intercalados por ciclos de des-remineralização,
durante 10 dias. A seguir, as medidas finais de rugosidade (Vf)
foram realizadas. Para a análise dos dados considerou-se Vf-Vi. A tabela expressa as médias (±DP) de cada grupo:
Charisma
Dyract
F2000
Fuji II LC
Controle
0,0093 (±0,016)
0,0068 (±0,009)
0,0149 (±0,020)
0,0273 (±0,024)
Listerine
0,0056 (±0,011)
0,0063 (±0,017)
0,0130 (±0,017)
0,0151 (±0,026)
Periogard
0,0063 (±0,019)
0,0117 (±0,020)
0,0139 (±0,026)
0,0251 (±0,027)
A ANOVA revelou a inexistência de diferença significativa
entre tratamentos, e que a interação material-tratamento não foi
significativa (p>0,05). Houve diferença significativa entre materiais
(p=0,0029), evidenciada pelo teste de Tukey: Charisma(a); Dyract(a); F2000(ab);
Fuji II LC(b). Os tratamentos não apresentaram efeito deletério, e os
materiais restauradores comportaram-se de maneira diferente quanto ao padrão de
rugosidade, em situações simulando alto desafio cariogênico.
A279
Influência
do número de muflas na polimerização de resina no microondas.
D. M. BOTEGA*; T. DE S. MACHADO; J. A. N. DE MELLO; A.A. DEL
BEL CURY
Departamento de Prótese e Periodontia, FOP-UNICAMP
(altcury@fop.unicamp.br)
As resinas acrílicas polimerizadas por energia de microondas
tem sido muito utilizadas, uma vez que torna o processo de confecção de próteses
mais limpo e rápido. Os fabricantes de resina orientam na polimerização de
uma mufla por vez. Este trabalho avaliou o efeito que o número de muflas dentro
do forno proporciona nas propriedades químicas e mecânicas da prótese. Foram
confeccionadas 48 amostras com resina ACRON™ MC para cada teste: liberação
de monômero na água e dureza superficial e polimerizadas das seguintes formas:
G1) polimerizadas com 1 mufla, por vez no forno; G2) 2 muflas no forno de uma só
vez; G3) 4 muflas de uma vez; G4) 6 muflas de uma vez. As amostras foram
submetidas ao acabamento e polimento em politriz. A liberação de monômero em
água foi analisada em espetrofotômetro BECKMAN DU 70, e dureza superficial,
com o auxílio do microdurômetro SHIMADZU HMV 2000. As médias e desvios padrões
para a liberação de monômero na água no 1º dia, em µg/cm2 foram:
G1= 4,14 ± 3,37; G2= 82,13±39,46; G3= 532,77±126,85; G4= 1356,17±525,34;
para dureza superficial: G1= 20,92 e G2= 12,08. Não foi possível a obtenção
das medidas de dureza de G3 e G4, pois não houve polimerização suficiente da
resina, para que se pudesse medí-la. A utilização do teste de Kruskal-Wallis
para monômero e Tukey para dureza mostrou que existe diferença significante
entre os grupos. Podemos concluir que a polimerização da resina em duas ou
mais muflas de uma vez resulta em resina com alta concentração de monômero e
baixa dureza superficial. A polimerização de quatro ou seis muflas de uma vez
impossibilita a leitura de dureza superficial.
FAPESP- Processo nº 98/05560-2
A280
Ciclo
adicional com microondas e água quente em resinas polidas quimicamente.
J. A. N. DE MELLO*; K. O. BRAUN; D. M. BOTEGA; A. A. DEL BEL
CURY
Departamento de Prótese e Periodontia , FOP – UNICAMP
(altcury@fop.unicamp.br)
O polimento químico pode alterar as propriedades mecânicas e
químicas das resinas acrílicas. Esse estudo avaliou o efeito da energia de
microondas e água quente na liberação de monômero, resistência transversa e
microdureza interna da resina autopolimerizável JET CLÁSSICO e polida quimicamente. Foram confeccionadas 10 amostras para
cada teste e submetidas aos tratamentos: G1) polimento mecânico; G2) polimento
químico com fluído para polimento POLI-QUIM; G3) após o polimento químico, a
ciclo complementar no microondas de 450 W / 3 min; G4) após o polimento químico,
ciclo complementar em água a 65ºC / 1 h. Os resultados foram submetidos à
ANOVA e teste de TUKEY a 5% (p<0,05). As médias e desvios padrões para a
liberação de monômero na água (µg / cm²) foram: 24h- G1=136,65±45,56(a);
G2=1315,70±225,50(b);G3=848,21±150,46(c) e G4=295,18±81,67(a); resistência
transversa (Mpa) 48+-2 h- G1=78,15±6,11(a); G2=65,15±7,79(b); G3=70,48±2,96(b)
e G4=67,54(8,05(b); microdureza interna (Knoop): 100 µm - G1=14,71±1,07(a);
G2=12,79±1,54(a); G3=12,90±1,07(a) e G4=11,69±2.51(a); em 700 µm -
G1=16,04(0,96(a); G2=15,43(0,69 (a); G3=15,31±0,74(a) e G4=18,07±0,53(b); em
1500 µm - G1=16,21(1,40(a); G2=15,83(0,70(a); G3=15,56±0,72(a) e G4=18,85±0,73(b).
Conclusão: polimento químico aumenta o nível de monômero residual;
diminui a resistência transversa das resinas; não altera os valores de
microdureza interna. Microondas e água quente reduzem os níveis de monômero
residual no primeiro dia após a cura.
A281
Radiopacidade
e escoamento de cimentos endodônticos resinosos.
C. GIAMPIETRO BRANDÃO*, I. G. de MORAES, A. GIAMPIETRO BRANDÃO
Disciplina de Endodontia, Faculdade de Odontologia de Bauru,
USP (christian@ssnet.com.br)
O sucesso do
tratamento endodôntico está diretamente relacionado a um selamento o mais hermético
possível do sistema de canais radiculares. Os cimentos endodônticos fazem
parte dessa obturação e devem possuir algumas propriedades biológicas e físicas,
dentre estas o escoamento, que deve conferir ao material a capacidade de
preencher o sistema de canais radiculares, e a radiopacidade, que
permita a comprovação radiográfica da qualidade da obturação. Avaliou-se o
escoamento e radiopacidade de três cimentos endodônticos resinosos: Sealer 26,
Sealer Plus e um experimental, comparando-os ao cimento de óxido de zinco e
eugenol (grupo controle), segundo as normas da ISO 6876 – Dental root canal
sealing materials. A radiopacidade foi medida por fotodensitometria de amostras
dos cimento em anéis metálicos com 1 mm de espessura, em radiografias
oclusais. Todos apresentaram radiopacidade equivalente a mais de 3 mm de alumínio,
de acordo com a ISO 6876. O Sealer Plus apresentou melhor radiopacidade, seguido
pelo cimento experimental, Sealer 26 e grupo controle, havendo diferença
estatisticamente significante entre todos os gupos (Teste Kruskal Wallis e
Student-Newman-Keuls). O escoamento foi testado colocando-se 0,5 ml do cimento
no centro de uma placa de vidro e, sobre o mesmo, colocou-se outra placa mais um
peso totalizando 120 g; após 10 minutos mediu-se os discos de cimento,
estabelecendo em milímetros, o valor do escoamento. Todos obtiveram médias acima dos 20 mm exigidos pela ISO
6876. Não houve diferença estatisticamente significante apenas entre o grupo
controle e o Sealer Plus (Teste Kruskal Wallis e Student-Newman-Keuls). O Sealer
26 apresentou melhores resultados. Todos os cimentos testados apresentaram
radiopacidade e escoamento satisfatórios, devendo preencher esses requisitos no
seu uso clínico.
Apoio Financeiro: CNPq
A282
Efeito
do acabamento na rugosidade superficial de resinas condensáveis.
S. R. M. BRAGA*, E. G VALENTE, E M A RUSSO, R C R CARVALHO, A
F PAGLIARI, A M CARNEIRO JUNIOR
Departamento de Dentística,
Faculdade de Odontologia da USP-SP-(011) 818-7839.
A proposta deste estudo foi avaliar a rugosidade superficial
de três tipos de resinas composta: Prodigy-híbrida (Kerr®)-controle, Prodigy
condensável (Kerr®), Alert (Jeneric/Pentron®) submetidos a três técnicas de
acabamento e polimento, como se segue: broca de tungstênio-carbide 12 lâminas
(Maillefer®), Enhance (Dentsply®), Sof-Lex médio e fino (3M®).Os corpos de
prova foram divididos em 3 grupos de 10 amostras, para cada resina composta.Cada
amostra de resina composta foi inserida em tubo plástico utilizando a técnica
incremental em camadas de 2mm de espessura.As leituras foram feitas com rugosímetro
(Surftest-Mitutoyo) para avaliar a rugosidade superficial das amostras sem
acabamento e após cada tipo de técnica de acabamento.Os resultados foram
submetidos ‘a análise de variância e teste de Tukey (p>0,01) concluindo
que no acabamento com broca tungêstenio carbide 12 lâminas houve uma lisura
significante (p>0,01), nas resinas condensáveis e na híbrida. Enhance
mostrou lisura significante (p>0,01) para resina híbrida e uma diferença não
significante na rugosidade superficial das resinas condensáveis.O mesmo
ocorrendo com o efeito dos Sof-Lex na rugosidade superficial das resinas. A
rugosidade inicial apresentou-se em ordem crescente para Prodigy híbrida,
Prodigy condensável e Alert mantendo este padrão até o final das técnicas de
acabamento.
A283
Adição de radiopacificadores na resina acrílica: radiopacidade e alteração na fundição.
J. R. O. BAUER*, A. HAYASSY, M. F. HAYASSY, P. CHRISTINO NETO, J.G.A. ; GUIMARÃES, W. ROMÃO JR.
Universidade Estácio de Sá RJ - USP - (021) 503 7293
O presente trabalho, avaliou a radiopacidade da resina Duralay, através da adição de radiopacificadores, com o intuito de permitir a visualização da adaptação do padrão do núcleo metálico e, concomitantemente, verificar se essas alterações influenciam o processo de fundição. Na primeira parte foram confeccionados corpos de prova cilíndricos de resina Duralay (DU) com 2mm de espessura (N=4), divididos em: Grupo 1 = DU + 20% de Sulfato de Bário-BaSO4, Grupo 2 = DU + 20% de Óxido de Bismuto-Bi2O3 e Grupo 3 = DU + 20% de Fosfato de Zinco -Zn3 (PO4)2 e comparados a um dente humano (controle) com a mesma espessura, sendo radiografados e comparados pelo fotodensitômetro. A média da densidade óptica do esmalte foi de: 0,95 e da dentina: 1,13. Na segunda parte, os mesmos grupos foram comparados a resina DU como grupo controle. Núcleos modelados, num dente bovino foram divididos em quatro grupos (N=4 cada). Os núcleos foram modelados, radiografados isoladamente e fundidos com liga de AgPd e novamente radiografados para verificar a adaptação. Medindo-se após, a desadaptação no interior do canal através de perfilômetro. Os resultados foram analisados usando ANOVA e teste de Tukey ao nível de 5%. As médias e DP para a densidade óptica de cada grupo foram: 1- 1,36 (0,02); 2 - 1,00 (0,02) e 3 - 1,29 (0,01). O Grupo 2 foi estatisticamente superior aos outros grupos. Quanto a adaptação dos núcleos não houve diferença significante entre os grupos teste e controle (p>0,05). Conclui-se que: 1) A associação de Bi2O3 à 20% com a resina Duralay permite a visualização radiográfica do padrão de resina; 2) Essa característica parece ser importante quando se necessita de radiopacidade e 3) Mais estudos devem ser realizados para verificar outras propriedades dessa associação.
A284
Microdureza
convencional e dinâmica de um compósito fotoativado: estudo piloto.
M. DARONCH*, G. PINTAÚDE, R.R.BRAGA, W.G. MIRANDA JR.
Depto. de Materiais Dentários, FOUSP e Depto de Eng. Mecânica,
EPUSP - (011) 818-7840
A técnica da microdureza dinâmica vem sendo utilizada para a
determinação indireta do grau de conversão em resinas compostas (Willems et.
al., J. Biomed. Mater. Res.27:747-55, 1993). . O ensaio dinâmico permite a
monitoração da profundidade de penetração durante a aplicação da carga,
resultando em uma curva, na qual, além do valor de microdureza, podem ser
obtidas informações sobre outras propriedades físicas. Neste trabalho
comparou-se medidas de microdureza Vickers convencional e dinâmica de blocos de
resina composta Z100 em função de diferentes fontes de fotoativação: lâmpada
halógena (600mW/cm2,
40s), lâmpada xenon-halógena, modo “Boost”(1200mW/cm2,
10s) e modo “Ramp” (de 350 a 1000mW/cm2
em 15s) e LASER de argônio (600mW/cm2,
10s). As medidas foram feitas na superfície do corpo-de-prova utilizando-se
carga de 0,25N.
Microdureza [MPa]
Halógena
Boost
Ramp
LASER
Convencional
960,29(±55,6)
938,14(±90,6)
1050,71(±101,6)
1158,57(±34,0)
Dinâmica
1541,27(±61,1)
1407,29(±51,6)
1451,57(±26,5)
1477,00(±57,0)
Os resultados
obtidos foram submetidos à análise de variância. O teste de microdureza
dinâmica forneceu valores estatisticamente maiores e com menor variabilidade do
que a microdureza convencional (p<0,001).
Apoio financeiro FAPESP/proc.98/10584-8.
A285
Otimizando
o teste de resistência flexural em resina composta.
I. C. CORRÊA*, A. MUENCH, M. JOÃO, M. H. SCHROEDER
Materiais Dentários, FOUSP, Instituto de Odontologia da
Universidade Gama Filho - RJ, Brasil. (
(011) 8187840 ivo@fo.usp.br
O teste de dobramento em 3 pontos têm sido largamente
empregado pelos autores na determinação da resistência flexural das resinas
compostas. Porém, há uma grande dificuldade na comparação dos resultados
devido à variações na execução do teste, especialmente na relação da
dimensão do corpo de prova e distância entre os apoios. O trabalho a seguir
visa avaliar o efeito da diminuição dos espécimes nos valores de resistência
flexural. Para este estudo foi idealizado um dispositivo, adaptável à máquina
universal de testes, que permite estabelecer diferentes distâncias entre os
apoios possibilitando a diminuição dos espécimes. Cinqüenta espécimes da
resina composta Heliomolar RO foram obtidos a partir de uma matriz de aço
inoxidável e divididos em 5 grupos, nas seguintes dimensões (mm) e distância
entre os apoios (mm): Grupo I – 25x2x2 e d=20; Grupo II – 12x2x2 e d=10;
Grupo III – 10x2x2 e d=8; Grupo IV – 7x2x2 e d=5; Grupo V – 10x2x1 e d=8.
Fotopolimerizou-se por 40s os 3 terços de cada lado dos espécimes do Grupo I
(ISO 4049), por 40s de cada lado, os espécimes dos Grupos II, III, IV, e por
40s, de um lado os espécimes do Grupo V. Os
espécimes foram submetidos ao teste após armazenamento em água destilada a 37°C
por 24 horas. Após a ruptura, os valores (MPa) foram tratados estatisticamente
pela ANOVA. Não houve diferença significante entre as médias (p=0,307) dos
Grupos: I (92 MPa), II (96 MPa), III (93 MPa), IV (95 MPa) e V (93 MPa). Conclusão:
Com espécimes de dimensões reduzidas, diminuiu-se o tempo e a quantidade de
material gastos na confecção dos mesmos sem comprometer os resultados.
A286
Compatibilidade
entre siliconas de adição de massa e luvas.
L. E. RODRIGUES FILHO*, A. MUENCH, A. K. LOEBKE, A. A. TRAINA
Materiais Dentários, FOUSP -
(011) 818-7840 lerfilho@siso.fo.usp.br
Determinou-se, com base na elasticidade, a compatibilidade
entre siliconas de adição de massa e o uso de luvas para a mistura. Siliconas
usadas: Aquasil (Dentsply); Express STD (3M); President (Coltene); Provil
(Bayer). Luvas usadas: 1 vinílica, Sensitive (Precious Mountain); 1 de borracha
sintética, Safeskin (Safeskin); 3 de borracha natural – Septol (Pierre
Rolland); Safederm (Powercrest); Satari (Siam). Usaram-se as luvas lavadas (cL)
ou não (nL) e uso de espátula (cE) ou não (nE) para a mistura inicial.
Constituíram-se assim 12 grupos: Sensitive (G1/nL/nE); Safeskin (G2/nL/nE);
Septol (G3/nL/nE; G4/cL/nE); Safederm (G5/nL/nE; G6/cL/nE; G7/nL/cE; G8/cL/cE);
Satari (G9/nL/nE; G10/cL/nE; G11/nL/cE; G12/cL/cE). A compatibilidade, com base
estatística, foi classificada em: ótima (Ot); aceitável (Ac); pobre (Po) e
impossível (Im). As conclusões foram: a compatibilidade depende da combinação
silicona/luva; o uso de espátula, para a mistura inicial, sempre conduziu a ótimos
resultados, pelo que deve ser usada em caso de dúvidas.
Resultados da Compatibilidade
Silicona
G01 G02
G03 G04
G05 G06 G07
G08 G09 G10
G11
G12
Aquasil
Ot
Ot Ot
Ot
Ot Ot
Ot
Ot Ot
Ot
Ot Ot
Express
Ot
Ot Ot
Ot
Po Ac
Ot
Ot Ot
Ot
Ot Ot
President
Ot
Ot Ot
Ot
Ot Ot
Ot
Ot Ac
Ot
Ot Ot
Provil
Ot Ot
Ot
Ot Im
Im
Ot
Ot
Im
Im Ot
Ot
A287
Estudo
“in vitro” da resistência à abrasão por escovação de materiais
restauradores utilizados em lesões cervicais.
V. L. Moldes*, A. CASSONI, C. I. Capp, R. S.
Navarro, A. A. Cara, M.
N. Youssef
Departamento Dentística - USP - (011) 444-5846
Este estudo teve por objetivo avaliar a resistência à abrasão
por escovação da resina composta (TPH - Dentsply), cimento de ionômero de
vidro (Ketac-Fil - Espe) e da resina composta poliácido-modificada (Dyract -
Dentsply). Para tanto, foram confeccionados um total de 24 corpos-de-prova
divididos em três grupos e armazenados em água destilada a 37ºC por uma
semana. Antes e após o ensaio de escovação, foi utilizado o projetor de
perfil PJ 300 e com o programa Scanpak 2D foi realizada a medição através da
coleta de pontos em todo o contorno dos corpos-de-prova. Por análise matemática
foi obtida a área desgastada em mm2.
Utilizando creme dental, cada corpo-de-prova foi submetido a um ensaio de escovação
com 10.000 ciclos (equivalente a um ano de escovação). As médias de desgaste
em mm2
para a resina composta foi em 1.306 (± 0,286), para o cimento de ionômero de
vidro 0,743 (± 0,256) e para a resina composta poliácido-modificada 1,084 (±
0,331). Na análise estatística (ANOVA) foram encontradas diferenças
significantes (p<0,01) entre as médias de desgaste dos três materiais,
indicando que houve desgaste. Através do teste de Tukey, foram encontradas
diferenças estatisticamente significantes (p<0,01) somente entre a resina
composta e o cimento de ionômero de vidro. O cimento de ionômero de vidro
apresentou o menor desgaste superficial e a resina composta o maior.
A288
Resistência
ao cisalhamento da adesão de resinas ortodônticas ao esmalte dental.
E. M. O. MARRA*; E. M. A. GIRO, H. GOMIDE.
Depto de Odontologia Infantil - FOAr - UNESP (034) 219-4548; Marra@triang.com.br
A resistência ao cisalhamento da interface de colagem de
resinas ortodônticas convencional e fluoretada ao esmalte dental, em função
do tempo de condicionamento, foi avaliada por meio de testes em Máquina MTS.
Foram utilizados 120 pré-molares extraídos por indicação ortodôntica,
distribuídos em 4 grupos de 30 dentes, segundo tempo de condicionamento do
esmalte e material. As resinas usadas, Concise e Phase II com flúor, foram
aplicadas diretamente sobre o esmalte
condicionado com ácido fosfórico a 37%, por 15 ou 60 segundos. Os ensaios mecânicos
foram realizados, após os corpos de prova terem sido submetidos a 3 condições
diferentes: A-imersão por 24 horas em água destilada, em estufa a 37°C;
B-imersão por 30 dias em água
destilada em
estufa a
37ºC e, C-imersão em água
destilada por 24 horas e em estufa a 37ºC , seguido por ciclagem térmica (300
ciclos com a temperatura variando de 10ºC a 50ºC). A análise estatística dos
resultados mostrou que os tempos de condicionamento não afetaram de forma
significante a resistência ao cisalhamento, que apresentou valores médios de
176.83 Kgf/cm2 para o tempo de 15s e 192.42 Kgf/cm2 para 60s. Da
mesma forma, não houve evidência estatística de diferenças entre os
resultados encontrados para os materiais Concise ortodôntico e Phase II, cujos
valores médios foram de 177,87 Kgf/cm2
e 191,39 Kgf/cm2,
respectivamente. Por outro lado, as condições de armazenamento afetaram
significantemente a resistência ao cisalhamento, tendo 30 dias produzido
maiores valores de
resistência (205,15 Kgf/cm2
) que 24 h (167,63 Kgf/cm2
) e 24 h associado a ciclagem térmica (180,39 Kgf/cm2).
Concluíu-se que condicionamento ácido do esmalte por 15 segundos produz
resultados similares ao tempo de 60 segundos com relação a resistência ao
cisalhamento e que a resina fluoretada apresenta uma adesão ao esmalte
semelhante à resina convencional.
A289
Resistência
à fratura de inlays fixados com diferentes sistemas adesivos.
*N.P.D. CORDEIRO; L.R.M.MARTINS; M.F. DE GOES
FOP-UNICAMP - (061)
248-5109
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do sistema
de cimentação na resistência à fratura de inlays de porcelana. Preparos
padronizados foram confeccionados em cinqüenta molares hígidos, divididos em
cinco grupos de dez dentes cada. Inlays em porcelana foram construídos e
cimentados nos dentes preparados com os seguintes agentes cimentantes: Grupo A-
inlays não cimentados, Grupo B- Fosfato de Zinco, Grupo C- Prime & Bond 2.1
+ Enforce, Grupo D- SBMPPlus + Resin Cement, Grupo E- SBMPPlus + Opal. Os dentes
restaurados foram submetidos à fratura com velocidade de 1.0mm/min. Os valores
médios de resistência à fratura obtidos foram 8.9kg, 143.1kg, 243.1kg,
206.7kg, 201.2kg para os grupos A, B, C, D e E, respectivamente. Análise estatística
revelou que os grupos C, D e E obtiveram os maiores valores de resistência, não
havendo diferenças estatisticamente significantes entre eles. Concluiu-se
neste estudo laboratorial que a resistência à fratura de inlays de porcelana
é dependente do sistema de cimentação utilizado, sendo os sistemas resinosos
de cimentação os mais indicados para este fim. Por não conferir resistência
suficiente à porcelana contra fratura, o cimento de fosfato de zinco não deve
ser utilizado.
A290
Avaliação
do emprego de materiais restauradores em dentes posteriores (estudo preliminar).
E. FORMOLO; L. MEINHARDT; L.M. JUSTINO*; A.N. BARBOSA; F.F.
DEMARCO.
Faculdade de Odontologia - UFPel - RS - (0532) 226690
Restaurações de resina composta têm sido indicadas com mais
freqüência em dentes posteriores, em detrimento do amálgama, principalmente
devido a motivações estéticas. O objetivo do presente estudo foi avaliar o
tipo de material restaurador empregado em dentes posteriores comparando com
diversas variáveis (tipo de dente, face e idade). Foram selecionados
aleatoriamente 86 pacientes das clínicas de dentística e endodontia da
FOUFPel. Foi anotado se os pacientes possuíam restaurações de amálgama,
resina composta, combinação de ambos ou outro material restaurador. Foram
analisadas 436 restaurações. Foi realizada a análise estatística dos dados
(teste de X2).
Com base nos resultados da análise estatística foi possível verificar que os
pacientes apresentavam uma maior proporção de restaurações de amálgama, a
qual se acentuava em pacientes de faixa etária mais elevada (+ 40 anos). Em
pacientes jovens (10-20 anos) houve um aumento da porcentagem de restaurações
de resina composta. A relação restaurações de amálgama/restaurações de
resina foi também diminuída quando avaliadas as restaurações em dentes pré-molares,
em comparação aos molares. Foi observada também uma maior tendência do
emprego de restaurações de resina composta em faces mesial e vestibular. Com
base na metodologia empregada foi possível
concluir que o amálgama é o material restaurador mais empregado nos
dentes posteriores, havendo, no entanto, uma tendência de aumento do emprego de
restaurações de resina composta em regiões onde a estética se torna mais
presente e em pacientes mais jovens.
A291
Reincorporação
de flúor de cimentos de ionômero de vidro restauradores a partir de géis
fluoretados.
L. M. A. TENUTA*, R. C. PASCOTTO, E. M. TAGA, M. F. L. NAVARRO
Dep. Dentística e Bioquímica, FOB – USP. E-mail:
tenuta@blv.com.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade de
reincorporação de flúor de quatro cimentos de ionômero de vidro
restauradores, após tratamento com géis fluoretados. Foram confeccionados 12
discos (11,0 mm x 1,5 mm) para cada material testado: Photac Fil (PF), Vitremer
(VT), Fuji II LC (F2) e Fuji IX (F9). A resina composta Z100 foi usada como
controle negativo. O flúor liberado em água deionizada foi analisado
diariamente durante 7 dias por eletrodo específico (Orion, mod. 96-09). Após
120 dias, os espécimes foram divididos em 3 grupos: controle e imersão por 1
minuto em gel de APF a 1,23% (ácido) ou gel de NaF a 2% (neutro). O flúor
liberado foi analisado diariamente por 7 dias. Os dados foram analisados pelos
testes de Kruskal-Wallis e Student-Newman-Keuls. Ambos os tratamentos elevaram
significantemente a liberação de flúor (p<0,05). O tratamento com APF a
1,23% levou a uma maior liberação de flúor que o tratamento com NaF a 2% em
todos os CIVs.
Liberação de flúor: média ± desvio-padrão (mg F-.mm-2)
Inicial
Controle
APF 1,23% NaF 2%
PF-Espe 2,63 ±0,19
0,12 ±0,01 3,59 ±0,15
1,38 ±0,07
VT-3M 0,94
±0,17 0,06
±0,01 2,42 ±0,30
0,88 ±0,18
F9-GC 0,79
±0,21 0,03
±0,02 2,94 ±0,19
0,58 ±0,08
F2-GC 0,61
±0,06 0,05
±0,00 2,04 ±0,13
0,61 ±0,07
Z100-3M 0,00 ±0,00
0,00 ±0,00 0,11 ±0,11
0,03 ±0,01
A292
Aplicação
tópica de flúor
- efeito sobre a porcelana dental.
C. J.SoarES*, E.
H. SEDIYAMA, S.F. PEDROSA, L.R.M.
MARTINS**.
Universidade Federal de
Uberlândia-MG*, FOP-UNICAMP,SP.** Email:
cjsoares@netyou.com.br
Este trabalho se propôs a avaliar o efeito do flúor neutro,
Nupro Neutro-Dentsply(FN) e flúor
fosfato acidulado, Nupro Acidulado-Dentsply(FFA) na porcelana dental através da rugosidade superficial. 70
amostras foram confeccionadas com as porcelanas VMK-68 - Vita(V) e IPS Classic -
Ivoclar (I). As amostras foram submetidas a análise de superfície em rugosímetro.
Posteriormente foram divididas aleatoriamente
nos grupos de flúor neutro e flúor acidulado nos períodos de 4 minutos,
60 minutos e 24 horas, com 5 repetições por grupo. Em seguida foram lavadas em
ultra-som, secas em estufa e reavaliadas. Os resultados foram submetidos a análise
estatística, aplicando o teste não paramétrico “U de Mann-Whitney”, ao nível
de significância 1% em uma prova bilateral. Foram encontradas diferenças
significantes entre as medidas de rugosidade superficial, quando comparados os
valores iniciais e finais nos tempos de 4 minutos, 60 minutos e 24 horas tanto
para a porcelana Vita quanto para Ivoclar, quando tratadas com flúor fosfato
acidulado - Nupro acidulado a 1,23%. O resultado da variação de rugosidade de
superfície(µm), medida final - medida inicial,
com as respectivas categorias estatísticas foram: VFN4min(-0,01)a,
IFN24h(-0,01)a,
VFN60min(0,01)a,
IFN4min(0,01)a,
IFN60min(0,01)a,
VFN24h(0,03)a,
VFFA4min(0,12)b,
IFFA4min(0,12)b,
IFFA60min(0,37)c,
VFFA60min(0,42)c,
IFFA24h.(1,47)d,
VFFA24h.(1,54)d.
O flúor fosfato acidulado produziu efeito estatisticamente significante no
aumento da rugosidade de superfície em ambas as porcelanas; o fator tempo
produziu efeito cumulativo para o flúor acidulado. O flúor neutro não
produziu efeito sobre a superfície da porcelana dental.
A293
Resistência
à fratura de coroas em porcelana feldspática com diferentes tipos de términos
F. A. M. SANTOS, M. KURAMOTO JR., E. MATSON , A. COGA*
Departamento de Dentística – Faculdade de Odontologia da
USP-SP - (011) 818-7841
O objetivo do trabalho foi avaliar a resistência à fratura
de coroas em porcelana feldspática com dois diferentes tipos de término e
compará-la a resistência de dentes íntegros. Foram incluídos 36 pré-molares
humanos em resina acrílica. Os preparos foram padronizados com 12 graus de
expulsividade; 2 mm de desgaste oclusal; 1,5 mm de desgaste axial,
diferenciando-se o término; constituindo-se o Grupo A (n=12) em forma de degrau
e o Grupo B (n= 12) em forma de chanfro. Os 12 dentes restantes (Grupo C) foram
mantidos íntegros até a execução dos testes mecânicos. Após a confecção
das coroas em porcelana (Noritake EX-3), as mesmas foram cimentadas com sistema
adesivo dual (Scotchbond Multiuso Plus, 3M) e cimento resinoso (Resin Cement,
3M) seguindo as recomendações do fabricante. Todas as amostras foram
fraturadas por força compressiva
em máquina de ensaio universal (0,381 mm/min). Os resultados foram avaliados
estatisticamente por análise de variância (F= 24,40, p= 0,00) e teste Tukey
(p<0,05), não se encontrando diferença estatisticamente significante entre
os Grupos A(92,65 ± 24,39) e B (117,08 ± 26,20) e encontrando-se diferença
estatisticamente significante entre estes e o grupo C (169,52 ± 31,54). Concluiu-se
que: A resistência à fratura das porcelanas não se alterou de maneira
estatisticamente significante nos dois diferentes tipos de términos (chanfro e
degrau), e os dentes íntegros são
mais resistentes à fratura que os dentes restaurados com coroas em porcelana.
A294
Vapor
de Hg em função da liga / técnica de condensação
F. C. CALHEIROS*, R. M. REIS, R. Y. BALLESTER
Materiais Dentários – FOUSP
(/fax 818-7840 ryballes@fo.usp.br
A técnica de condensação e a marca do amálgama poderiam
ter influência sobre a higiene do mercúrio em forma de vapor, liberado durante
a condensação. Foi condensado amálgama em cinqüenta e quatro cavidades de
acrílico de 6mm de diâmetro por 4mm de profundidade e registrado o pico de
vapor de mercúrio produzido nos 15 minutos subseqüentes ao início da trituração.
O experimento foi realizado no interior de uma caixa plástica de 50x50x35cm
dotada de uma bomba exaustora de ar com vazão de 6 l/min. Foram utilizadas as técnicas
manual (MA), mecânica (ME) e ultrassom-Gnatus Jet Sonic (U), com a ponta
ativada durante todo o tempo despendido na condensação. As marcas escolhidas
foram F-400 – aparas (F), Logic+ – esferas (L) e Permit-C – mistura de
partículas (P). Os teores de vapor liberados (µg/m3)
foram: MA=166 ± 41; ME=153 ± 62; U=291 ± 142; F=254 ± 140; L=148 ± 61 e
P=209 ± 94. A análise de variância e o teste de Tukey (5%) revelaram que
U>MA=ME; F>L=P. A interação de fatores não foi significante; apenas a
condição FxU produziu liberação significantemente maior de vapores. Para
uma melhor higiene dos vapores de Hg devem ser levados em consideração a liga
e o modo de condensação, não se recomendando o ultrassom piezoelétrico com
liga convencional.
Apoio financeiro: FAPESP - 97/06710-5
A295
Avaliação
da contração de polimerização volumétrica de materiais resinosos.
M. I. G. FERRERO*, A. A. CASTRO FILHO, M. A. J. ARAÚJO.
Departamento de Materiais
Odontológicos e Prótese, Faculdade de Odontologia de São José dos Campos -
UNESP. (012) 321-8166.
A contração de polimerização representa uma das causas
principais de falhas marginais e subsequentes microinfiltrações,
constituindo-se um dos fatores de relevância na longevidade de restaurações
de resina composta. Para se mensurar a contração de polimerização volumétrica,
foram utilizadas duas marcas comerciais de resina composta fotoativadas condensáveis
(Solitaire/Heraeus Kulzer e Alert/Jeneric Pentron), e uma microhíbrida
(Z-100/3M). Foram confeccionados 30 corpos-de-prova, 10 para cada material,
através de uma matriz metálica. O aparelho para realização do ensaio
consistiu em um picnômetro de vidro com volume de 25ml, contendo um capilar em
seu interior, com diâmetro de 0,8mm, graduado com divisões de 0,0005mm. Após
a confecção dos corpos-de-prova, estes foram colocados no interior do picnômetro
contendo H2O
e todo o aparato, exceto a extremidade do capilar, foi colocado em banho com
temperatura de 25o +
0,5oC. A contração
das amostras resultou em queda das curvas de água nos capilares. Os valores
percentuais médios encontrados foram:
Z-100
Solitaire
Alert
0,0062
0,0072
0,0072
Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variäncia
ao nível de 5% de significäncia.A análise estatística dos resultados
permite concluir que não existe diferença signicante do percentual de contraçäo
de polimerizaçäo entre os tres materiais avaliados.
A296
Influência
do silano na resistência a tração de cimentos resinosos unidos a porcelana.
E. CHAVES*; GÓES, M.S.; M. S. SOARES
Faculdade de Odontologia de
Piracicaba - UNICAMP - (054) 316-8402
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da aplicação do
silano na resistência a tração de três cimentos resinosos. Foram
confeccionados 168 discos de porcelana (Duceram). Os discos de porcelana foram
embutidos, desgastadas com lixas de granulação 220 e 600 e limpos em
ultra-som, sendo divididos em 3 grupos contendo 56 amostras. No Grupo I foi
usado o Cimento Enforce; Grupo II,
Cimento Variolink II; Grupo III,
Cimento Opal.
Metade das amostras de cada grupo recebeu o tratamento proposto, a outra
metade não recebeu tratamento com o silano. A seguir, os pares de discos cerâmicos
foram posicionados com a superfície tratada e fixadas. Todos os corpos-de-prova
foram fotopolimerizados e armazenados por 24 horas a 370
C e 100% de umidade relativa. A
seguir, com o auxílio de uma matriz metálica, foram submetidos ao ensaio de
tração em uma máquina de ensaio universal INSTRON (modelo 4411) a uma
velocidade de 1 mm/min. Os resultados foram submetidos à análise de variância
e ao teste de Tukey. As médias foram: Grupo I, sem silano = 18,17 Kgf; com
silano = 22,64 Kgf; Grupo II, sem silano = 10,87 Kgf, com silano = 17,62 Kgf;
Grupo III, sem silano = 12,85 Kgf; com silano = 18,20 Kgf. Após o ensaio as
amostras de foram examinadas em uma lupa estereoscópica com 25 aumentos. O padrão
de fratura foi documentado através de fotomicrografias. A resistência a tração
dos espécimes tratados com a aplicação do agente de silanização foi
superior (p<0,05) ao grupos que não receberam o tratamento, sendo os valores
médios de resistência obtidos para o grupo I estatisticamente diferentes e
superiores aos dos grupos II e III,
que não apresentaram diferença estatística significante entre si
(p>0,05). O padrão de fratura apresentado pelo grupo I foi coesivo na
porcelana, enquanto que para os grupos II e III foi misto (adesivo e coesivo no
cimento).
A297
Análise
da resistência à flexão de 8 resinas compostas condensáveis e 4 híbridas.
P. E. C. CARDOSO, P. A. BURMANN, L. F. SOARES*, A. MALLMANN,
E. PLÁCIDO
Programa de Iniciação Científica em Odontologia – Convênio
UFSM-USP (capel@fo.usp.br)
Do ponto de vista de resistência à flexão, espera-se que o
material restaurador, sob a ação de cargas mastigatórias, comporte-se de
forma semelhante à estrutura dental. Resultados de resistência à flexão de
resinas condensáveis são ainda escassos. Esta pesquisa avaliou essa
propriedade das seguintes resinas: Z100 -3M (Z1), Alert - Jeneric Pentron (ALE),
Alert (nova fórmula) - Jeneric Pentron (ALN), Solitaire - Kulzer (SOL),
Sculpt-it - Jeneric Pentron (SCU), Definite - Degussa (DEF), Pyramid Esmalte -
Bisco (PYE), Pyramid Dentina - Bisco (PYD), Filtec P60 -3M (P6), Filtec Z250 -3M
(Z2), Surefil - Dentsply (SU) e Prodigy Condensável - Kerr (PRC). Foram
confeccionadas 10 repetições para cada material com dimensões de 10mm x 2mm x
1mm, totalizando 120 corpos de prova (CPs). A matriz de conformação foi
colocada sobre uma lâmina de vidro e a seguir foi preenchida com o material. Os
CPs foram polimerizados por 40 segundos (500 mW/cm2), pela sua porção
superior. Uma vez separados da matriz, os CPs foram armazenados em água
destilada à 37ºC, por 24 horas. Passado este período, os CPs foram submetidos
ao ensaio de dobramento em três pontos em uma máquina de ensaios universal
WOLPERT, a uma velocidade de 0,5cm/min. Após a análise estatística (ANOVA e
Tukey) ficou comprovada diferença na resistência à flexão (MPa) entre os
materiais avaliados (p<0,001).
P6
PYE ALE
Z2 SU PYD
PRC ALN SCU
Z1
DEF SOL
Tukey
183,6 180,8 178,7
174,2
171,7 165,1
154,0 149,5 148,6
125,0 105,9 81,0
29,81
Com exceção da resina Solitaire, de modo geral, as resinas
condensáveis apresentaram resistência à flexão superior às híbridas.
A298
Estudo
da estabilidade dimensional de elastômeros, pela perda de massa.
G. L. ADABO*, R. G. FONSECA, C. R. LELES , CRUZ, C. A. S.
Depto. de Materiais Odontológicos
e Prótese. Fac. Odontol. Araraquara-UNESP, Fone: 55-16–232-1233
E-mail: adabo@foar.unesp.br
Entre as diversas etapas para obtenção de um trabalho protético
a moldagem tem papel fundamental. Em vista disso, decidimos avaliar a
estabilidade dimensional de elastômeros
por meio da medida da perda de massa, em função do tempo. Foram estudados 6
marcas comerciais: Coe-Flex (polisulfeto), Impregun (polieter), Extrude
e Elite (siliconas de adição),
Xantopren e Oranwash (siliconas de condensação). Dez
corpos-de-prova de cada material foram obtidos a partir de matrizes de
PVC. Os materiais foram proporcionados manipulados de acordo com as instruções
do fabricantes e os corpos-de-prova obtidos foram pesados em balança analítica
com sensibilidade de 0,0001g, 10 minutos após a inserção na matriz. Após,
foram pesados novamente nos seguintes intervalos de tempo: 15 , 30 minutos, 1,
4, 12 e 24 horas. Através da diferença percentual entre a pesagem inicial e os
diferentes tempos foram colhidos os dados que foram analisados estatisticamente.
A análise de variância e o teste de Tukey mostraram que houve diferença entre
os materiais, sendo as siliconas de adição mais precisas, seguidas do polissulfeto e polieter, a silicona Xantopren
e a silicona Oranwash. O tempo
influenciou negativamente a precisão a partir de 1 hora, entretanto na
interação, as siliconas de adição permaneceram estáveis durante todo o
tempo (até 24 horas), enquanto as siliconas de condensação perderam a
estabilidade a partir de 30 minutos. Os demais materiais mostraram-se estáveis
até 4 horas. Conclui-se que as siliconas de adição são mais precisas e
podem ser armazenadas por 24 horas, enquanto o polieter e polissulfeto, por até
4 horas. As siliconas de condensação, menos precisas, podem ser armazenadas
por até 30 minutos.
Apoio Financeiro: FAPESP
A299
Resistência
à fratura de coroas em porcelana com diferentes tipos de cimentos
F. A. M. SANTOS*, M.
KURAMOTO JR., E. MATSON, C. P.
EDUARDO
Departamento de Dentística – Faculdade de Odontologia da
USP - (011) 818-7841
O objetivo do trabalho foi avaliar a resistência à fratura
de coroas em porcelana feldspática com dois diferentes tipos de cimentos
resinosos e compará-la a resistência de dentes íntegros. Foram incluídos 36
dentes pré-molares humanos em resina acrílica. 24 destes dentes foram
preparados com 12 graus de expulsividade; 2 mm de desgaste oclusal; 1,5 mm de
desgaste axial e preparo de término em forma de chanfro. Os 12 dentes restantes
(Grupo A) foram mantidos íntegros em água até a execução dos testes mecânicos.
Após a confecção das coroas em porcelana (Noritake EX-3), estas foram
cimentadas seguindo as recomendações do fabricante com sistema adesivo dual
(Scotchbond Multiuso Plus) e dois diferentes tipos de cimento resinoso dual:
Resin Cement utilizado no grupo B (n= 12) e Variolink II utilizado no grupo C
(n= 12). Todas as amostras foram fraturadas
por força compressiva em máquina de ensaio universal (0,381 mm/min). Os
resultados obtidos foram submetidos a análise de variância (F= 27,17, p=0,00)
e teste Tukey (p<0,05), sendo verificada diferença estaticamente
significante entre os grupos A(169,52 kgf ± 31,54 ), B(117,08 kgf ± 26,20 ) e
C (81,16 kgf ± 30,57). Conclui-se que:
Os dentes íntegros são mais resistentes à fratura que os
dentes restaurados com coroas em porcelana feldspática e as coroas onde se
utilizou um cimento resinoso de alta viscosidade (grupo B) apresentaram maior
resistência à fratura que as com cimento resinosos de baixa viscosidade (grupo
C).
A300
Grau
de polimerização de resinas compostas em função da espessura do substrato
E. M. DA SILVA*,C. TEBECHRANI, E. MATSON
Departamento de Dentística, Faculdade de Odontologia da
USP-SP Fone (011) 8187841
O objetivo deste trabalho foi avaliar o grau de polimerização
de duas marcas comerciais de resina composta, através do substrato dentário,
baseado no Número de dureza Vickers. As resinas compostas foram:
Z 100 (3M) e Suprafill (SS WHITE). Foram confeccionados 4 grupos de 10
corpos de prova com dimensões (altura. largura e profundidade) em mm: 4 x 4 x 2
para cada resina composta, divididos de acordo com a espessura do fragmento de
esmalte e dentina colocado entre a superfície da resina e a luz
fotopolimerizadora: GRUPO I (controle): fonte de luz colocada sob o incremento
de resina; GRUPO II, GRUPO III e GRUPO IV: fragmento de esmalte e dentina de
1,0; 2,0 ou 3,0 mm de espessura colocado entre o corpo de resina e a fonte de
luz. Todos os corpos foram confeccionados em incremento único e
fotopolimerizados por 40 segundos com intensidade de luz de 470 µW/cm² . Após
a fotopolimerização, em todos os espécimes, foi obtido o Número de Dureza
Vickers da face mais próxima à fonte de luz, através de um microdurômetro
SHIMADZU HMV 2000 (100g/45s). Metade de cada grupo, 5 espécimes, foram
avaliados imediatamente após a fotopolimerização e a outra metade após 1
semana mantidos em ambiente escuro. Os resultados foram submetidos a análise de
variância e teste de Tukey. O valor médio de dureza da resina Z 100 ( 83,99)
foi superior a Suprafill (36,78).
Houve diferença estatística (p<0,05)entre os valores médios de dureza
obtidos com as diferentes espessuras de substrato quando comparados com o grupo
controle. O fator momento de avaliação da dureza também foi significante
(p<0,05). Baseados nos resultados, os autores concluiram que a existência
de maiores espessuras de substrato dentário entre a primeira camada de resina e
a fonte de luz, pode diminuir o grau de polimerização da resina composta .
A301
Análise
da translucidez de materiais restauradores estéticos. Efeito de agentes
clareadores e tempo.
POZZOBON R.T.*,
CANDIDO,M.S.M., RODRIGUES Jr. A.L.,
Depto
de Odontologia Restauradora, Faculdade de Araraquara - UNESP - SP - Brasil -
(016) 236-1606
Este estudo avaliou “in vitro” o efeito de agentes
clareadores na translucidez de materiais restauradores estéticos, em função
do tempo. Foram utilizadas duas resinas compostas, Z 100 (M1) e Silux-Plus (M2),
um compômero, Dyract (M3) e um cimento de ionômero de vidro modificado por
resina, Vitremer (M4). Foram utilizados também dois Agentes Clareadores:
Opalescence (C1), peróxido de
carbamida a 10%, e Hi - Lite (C2), peróxido de Hidrogênio a 35%, e o meio de
imersão foi saliva artificial.
Foram confeccionados 120 corpos de prova com 10 mm de diâmetro e 2 mm de
espessura. A translucidez foi avaliada através de aparelho de Eletroforese
JOUAN, após 1 hora de confecção; e antes da imersão em saliva artificial
(T0), ao longo de 1(T1), 7 (T2), 15 (T3) e 30 (T4) dias de exposição aos
agentes clareadores. No grupo controle (C0), os corpos-de-prova ficaram somente
imersos em saliva artificial, substituída diariamente. Os dados foram
submetidos à análise estatística de variância (ANOVA) a 5%, ao teste de
Tukey e ao método de regressão. Em face dos resultados obtidos e da
metodologia aplicada, foi possível concluir que: 1- A translucidez dos
materiais restauradores estéticos alterou-se quando expostos a diferentes
agentes clareadores e ao longo do tempo. 2- O material M4 apresentou a maior média
estatisticamente significativa de translucidez, ou seja, 31,851%, seguido pelos
materiais M1, M2 e M3, com respectivas médias, 27,336%, 24,098% e 25,353% 3- O
tempo exerceu influência estatisticamente significativa sobre a translucidez,
representado em ordem crescente por : T1 (25,1226%) < T0 (26,5305%) < T2
(27,2581%) = T3 (27,2693%) < T4.(28,6172%) 4- C1 diminuiu estatística e
significativamente a Translucidez de M2 (21,200%), enquanto C2 aumentou essa
propriedade para todos os demais materiais avaliados.
A302
Influência
do tempo e sistema adesivo sobre a resistência da união porcelana/dentina.
R. R. BRAGA*, R. Y. BALLESTER, M. DARONCH
Depto. de Materiais Dentários, FOUSP
( (011-818-7840) * rrbraga@siso.fo.usp.br
O objetivo do trabalho foi determinar a resistência de uniões
entre porcelana feldspática e dentina bovina com a utilização de cinco
sistemas adesivos, em função do tempo. Os sistemas avaliados foram:
C&B/One-Step, (Bisco), Cement-it/Bond 1 (Jeneric/Pentron),
Enforce/Prime&Bond NT Dual Cure (Dentsply), RelyX ARC/Single Bond (3M) e
Variolink II/Syntac SC (Vivadent). Peças de porcelana tronco-cônicas foram
coladas no interior de perfurações preparadas em cortes com 2,5mm de espessura
de raízes de incisivos bovinos. O teste de cisalhamento por extrusão foi
realizado a 15 minutos, 4 horas, 24 horas e 7 dias, contados a partir do início
da espatulação dos cimentos. Os resultados foram analisados pelo teste de
Weibull. A tabela abaixo apresenta os valores de resistência característica
(em MPa) e, entre parênteses, o parâmetro m
de Weibull.
CB
CI
EN
RX
VL
15min
5,74a (3,1)
6,05c (4,2) 8,02d (9,1)
11,25f (6,1)
8,03h (4,3)
4h
9,03b (4,2)
6,20c (5,8) 8,66d,e (6,9)
11,95f,g (3,5)
8,75h,i (4,7)
24h
10,07b (5,5)
8,10c (4,4) 10,00e (4,8)
10,71f (6,2)
10,10h,i (5,6)
7dias
8,16b (6,9)
7,49c (4,7) 7,72d (6,0)
15,04g (3,8)
11,06i (5,8)
Os sistemas adesivos apresentaram comportamentos diferentes ao
longo dos tempos estudados. Para CI, RX e VL, a resistência aos 15 minutos foi
semelhante aos valores obtidos a 24 horas; Apenas RX e VL mostraram aumento
significante entre 15 minutos e 7 dias. Os valores de m foram estatisticamente
semelhantes para todos os grupos experimentais.
A303
Liberação
e manutenção de flúor na placa dental por cimento ionomérico ortodôntico.
R.C. PASCOTTO*1;
M.F.L. NAVARRO2;
J.A.CURY3;
L. CAPELOZZA FILHO2;
A.L. RODRIGUES Jr.4.
UEM-PR1;
FOB-USP2;
FOP-UNICAMP3;
FOA-UNESP4
- (044) 262-3499
O objetivo deste estudo foi avaliar a liberação de flúor na
placa dental in vivo ao redor de
braquetes ortodônticos cimentados com o ionômero Fuji Ortho LC, GC (1) ou com
a resina Concise, 3M (2), e a capacidade de manutenção de flúor na placa com
o uso de agentes fluoretados. Trinta dias antes do início da terapia ortodôntica,
20 adolescentes foram instruídos a usar um dentrifício sem flúor. Os
braquetes foram fixados em quadrantes opostos na maxila e mandíbula com Fuji
Ortho LC ou com Concise. A placa bacteriana foi coletada antes da fixação dos
acessórios (A), 2 (B), 15 (C) e 30 (D) dias após a instalação do aparelho
fixo, 2 (E) e 15 (F) dias após a aplicação tópica de flúor gel fosfato
acidulado a 1,23% durante 1 minuto, e 15 dias (G) após o início do uso de um
dentifrício fluoretado (1500 ppm F, como MFP). A análise do íon flúor foi
feita por eletrodo específico (mod. 96-09, Orion) após tratamento da placa com
HCl, e tamponamento com TISAB II contendo 20 g NaOH/l. O teste de Wilcoxon
demonstrou haver diferença significativa (p<0,05) entre os períodos
experimentais. Valores de média e desvio-padrão em ppm F: A= 12,94 ± 9,02;
B1= 7.272,54 ± 3.148,03 e B2= 45,49 ± 22,09; C1=2.366,80 ± 1.353,15 e C2=
22,74 ± 11,24; D1= 1.434,24 ± 777,62 e D2= 15,01 ± 7,40; E1= 4.983,26 ±
1.992,47 e E2= 2.202,45 ± 818,87; F1= 1.503,86 ± 613,80 e F2= 15,29 ± 4,88;
G1 = 315,93 ± 163,99 e G2= 22,35 ± 7,67. Na placa ao redor do cimento de
ionômero de vidro houve um aumento significativo na concentração de flúor após
a instalação do aparelho fixo, sendo essa concentração mantida elevada ao
redor desse material após a aplicação tópica profissional de flúor ou uso
de dentifrício fluoretado.
Apoio da Fundação CAPES.
A304
Influência
de três anos de armazenagem na dureza Knoop de resinas compostas.
M. A. MENEZES; A. MUENCH; M. S. MASUDA*; R. H. M. GRANDE.
Depto. Materiais Dentários - FOUSP - SP ( (011) 818-7840
O objetivo do trabalho foi determinar a dureza Knoop de três
resinas compostas, Z100 (3M), Silux Plus (3M) e Heliomolar RO (Vivadent), nas
idades de 1 semana, 1 mês, 1 ano e 3 anos. A resina era colocada em
disco-matriz de poliacetal, com 2mm de espessura, e perfuração central de
2,5mm de diâmetro. A matriz foi posicionada sobre uma placa de vidro, a
“cavidade” preenchida com resina e comprimida com uma tira de poliester. Em
seqüência era feita a ativação de polimerização de intensidade de 300
mW/cm2,
por 40 segundos. As amostras foram armazenados em soro fisiológico. As durezas
foram determinadas na superfície de irradiação (Fr) e na face oposta (Fu). As
repetições foram duas para cada marca comercial. Os dados, por material, foram
submetidos à análise de variância e teste de Tukey. As resinas, Z100 e Silux
conduziram a resultados semelhantes. Não significância para tempo de
armazenagem, significância para superfície (p<0,001) e não significância
para a interação (tempo x superfície). As durezas foram Z100 (Fr, 91,9; Fu,
59,6); Silux (Fr, 40,3; Fu, 27,4). Já a resina Heliomolar RO apresentou
significância para tempo de armazenagem (p<0,05) e para superfície
(p<0,01). As durezas para superfícies foram: Fr, 31,3; Fu, 21,6. No tempo de
uma semana, a dureza foi significantemente menor em comparação a de 1 e 3
anos. Entre 1 mês, 1 e 3 anos, não houve diferenças significantes. (1 sem -
Fr= 26,1; Fu=13,7; 1 mês - Fr= 31,5; Fu=19,4; 1 ano - Fr=33,4; Fu=27,8; 3 anos
- Fr=34,3; Fu=25,4). As conclusões foram: a superfície da irradiação
apresentou dureza significantemente maior, o que continuou até 3 anos; as
resinas Z100 e Silux Plus, em uma semana já apresentaram durezas máximas e
semelhantes às existentes após 3 anos; a resina Heliomolar RO, em maior tempo,
mas chegou à mesma situação.
A305
Resistência
adesiva à tração em dentina previamente tratada com Ag(NH3)2F
P.CHRISTINO NETO; W.ROMÃO JR; J.A.G.GUIMARÃES; A.HAYASSY;
P.E.C.CARDOSO
Departamento de Materiais Dentários – FOUSP -
pcneto@fo.usp.br
Neste estudo foi avaliada a resistência à tração do
sistema restaurador adesivo SingleBond-Z100 com e sem o tratamento prévio na
dentina pelo BIORIDE (Diamino Fluoreto de Prata Ag(NH3)2F.
Foram utilizados 42 molares humanos, tendo sido removida a face oclusal deixando
exposta uma superfície plana de dentina. Os dentes foram embutidos em cilindros
plásticos com resina acrílica e divididos em três grupos: A – controle:
armazenado em água 37ºC por 7 dias, B - BIORIDE aplicado por 3 minutos e
armazenado em água 37ºC por 7 dias e C – idem ao grupo B sendo removida uma
camada superficial de dentina de @ 0,5mm. Após o período de armazenagem, foi
realizado o procedimento adesivo conforme as recomendações do fabricante, em
seguida foi construído um cone de resina composta em três incrementos iguais e
fotopolimerizados por 40s à intensidade de 590 mW/cm2
(DEMETRON-OPTILUX) cada um. A área de adesão foi correspondente a 0,0314cm2.
Os corpos-de-prova permaneceram armazenados em água a 37ºC por 7 dias e
levados ao ensaio de tração no equipamento OTTO WOLPERT-WERKE à velocidade de
0,5cm/min. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística (ANOVA)
que revelou diferença estatisticamente significante (p<0,001) entre as médias
de resistência à tração, A=13,8±2,1MPa; B=4,5±1,5MPa e C=9,5±3,1MPa. O
BIORIDE influenciou negativamente a resistência à tração, apresentando a
menor média. A remoção da superfície impregnada promoveu elevação nos
valores de resistência à tração, embora tenham ficado abaixo das médias do
grupo controle.
A306
Alteração
linear da silicona de condensação por única e dupla impressão
L. C. LOPES*, D. G. BENOTTI, C. P. EDUARDO
Departamento de Dentística, Faculdade de Odontologia da USP
– SP f:(011)818-7841
Os autores se propuseram a avaliar a viabilidade da técnica
de única impressão com silicona de condensação. Utilizou-se as técnicas de
única e dupla impressão em moldeiras de resina acrílica individuais e
perfuradas. Fez-se um total de 80 moldagens, logo 80 moldes de um troquel metálico
simulando um preparo protético para coroa total de um molar e de um pré-molar.
Sendo 40 amostras cada: grupo I para técnica de dupla impressão e grupo II
para única impressão. A deformação em cada molde foi avaliada 30 minutos após
a remoção do mesmo. A alteração dimensional linear foi obtida através da
comparação de uma distância pré-estabelecida entre dois pontos, chamada de
distância mésio-distal, para cada dente, entre o troquel metálico e a mesma
reproduzida no molde. Esta distância no molar é de 7,40mm, sendo 7,33mm para
moldes obtidos por única e 7,27mm por dupla impressão. O valor obtido no pré-molar
é de 4,65mm, da mesma forma, 4,58mm para única e 4,57mm para dupla impressão.
Segundo a análise estatística de “t-Student”, ambas as técnicas não
reproduziram fielmente o troquel padrão. Observou-se, ainda, que a silicona de
condensação apresentou expansão em relação ao troquel metálico. Com
base nos resultados apresentados, os autores concluíram que a técnica de única
impressão é uma opção viável, resultando em moldes com estabilidade
dimensional semelhantes aos obtidos através da técnica de dupla impressão
para silicona de condensação.
A307
Estabilidade
dimensional de siliconas polimerizadas por adição manipuladas com luvas.
J. G. A. GUIMARÃES*; P. CHRISTINO NETO; W. ROMÃO JR; A.
HAYASSY; L. E. RODRIGUES Fº; A. MUENCH
Materiais Dentários – FOUSP ( 011) 818 7840
A finalidade desta pesquisa foi avaliar a estabilidade
dimensional de três siliconas por adição (Aquasil/Dentsply,
Elite/Zhermack/Labordental e President/Coltène/Vigodent), quando o material de
massa é submetido a diferentes condições de manipulação. Utilizou-se 3 métodos
de manipulação: 1-diretamente com luvas de látex (Satari/Siam e Safederm/OON)
por 30s; 2-espatulação inicial (25s) + luvas de látex (5s) e 3-luvas de vinil
(Sensitive/Precious Mountain) por 30s. Foram efetuadas moldagens duplas de um
modelo metálico, de seção tronco cônica com 10º de conicidade. Para
configurar um alívio padrão em todas as impressões, a moldagem com massa
densa foi executada em um modelo com dimensões aumentadas em 1mm. Para cada
elastômero estudado foram realizadas 3 repetições. O diâmetro da base dos
moldes foi medido em um perfilômetro (WERTH) nas idades de 30min, 60min, 24h e
7 dias e comparados ao diâmetro da base do modelo original. Os dados coletados
foram então transformados em %. Os resultados obtidos, através da Análise de
Variância, mostraram que todos os materiais se mantiveram igualmente estáveis
ao longo do tempo (30 min- 0,26; 60 min- 0,28; 24 h- 0,27; 7 dias- 0,27), assim
como as condições de manipulação conduziram a valores semelhantes (Satari-
0,29; Esp+Satari- 0,17; Safederm- 0,33; Esp+Safederm- 0,35; Vinil-0,22). Já com
a interação Idade X Manipulação X Material, houve significância (p<
0,01), que deveu-se, essencialmente, à silicona President, manipulada
diretamente com a luva Safederm, (30 min- 0,61; 60 min- 0,60; 24 h- 0,65; 7
dias- 0,66) porém, os valores referem-se ao desajuste percentual, e que foram
mantidos constantes. Pode-se concluir que: as condições de manipulação
ensaiadas não interferiram na estabilidade dimensional dos materiais, ao longo
do tempo.
A308
Comportamento
de siliconas por adição frente a um duplo vazamento.
W. ROMÃO Jr; J. G. A.GUIMARÃES; P. CHRISTINO NETO; A.
HAYASSY; L. E. RODRIGUES Fº
Depto. de Materiais Dentários – FOUSP
waldyrjr@originet.com.br
O objetivo deste trabalho foi avaliar a possibilidade de três
siliconas por adição permitirem a obtenção de dois modelos de trabalho fiéis
a partir de um mesmo molde. Os seguintes materiais foram utilizados:
Aquasil/Dentsply, Elite/Zhermack/Labordental e President/Coltène/Vigodent. Para
a realização dos testes, um modelo metálico de seção tronco cônica
retentiva com 6º de conicidade foi moldado 5 vezes com cada produto. Em cada
molde obtido foram confeccionados 2 troquéis de gesso (Velmix/Kerr), sendo o 1º
troquel uma hora após a remoção do molde e o 2º troquel uma hora após a
remoção do 1º. Foi utilizado um perfilômetro (WERTH) para analisar a
fidelidade dos troquéis (aumento de 50X). Estes foram acomodados num gabarito
metálico e o desajuste mensurado. Os dados obtidos foram tabulados e submetidos
à analise de variância, não apresentando diferença estatisticamente
significante. A tabela abaixo mostra as médias de desajustes encontrados.
Vazamento
Material
Desajuste (%)
Aquasil
-0,06
1º troquel
Elite
0,04
President
0,19
Aquasil
0,06
2º troquel
Elite
0,05
President
0,19
A309
Avaliação
do desgaste e rugosidade de materiais restauradores estéticos diretos.
F. P. C. FARIA; F. R. BORTOLOTTO*; R. R. BRAGA
Depto. de Materiais Dentários, FOUSP
( (011- 818-7840) * rrbraga@siso.fo.usp.br
O objetivo do presente estudo foi avaliar o desgaste e a
rugosidade superficial de um ionômero de vidro modificado por resina (Fuji II
LC), um compômero (Dyract AP) e um ionômero convencional de presa rápida
(Fuji IX). Como controle, foi usada uma resina composta (Z100). Foram utilizados
16 dentes molares com a superfície oclusal seccionada, incluídos em cilindros
de PVC, nos quais foram preparadas cavidades com 3mm de profundidade por 3,1mm
de diâmetro. Cada material foi aplicado em quatro cavidades. Os corpos-de-prova
foram submetidos a 200.000 ciclos mecânicos em
uma máquina de desgaste desenvolvida por Leinfelder (Matsumura et al.,
J.Prosthet. Dent., 73:233-239, 1995). O desgaste foi determinado com o uso de um
medidor de perfis e a rugosidade (inicial e final) foi avaliada segundo a escala
Ra do rugosímetro.
Z100
Dyract AP
Fuji II LC
Fuji IX
Rugosidade
inicial
0.16(±0.08)a
0.22(±0.13)a
0.53(±0.25)b
0.41(±0.08)b
média(em
µm)
final
0.68(±0.41)a,b
0.79(±0.47)b
3.10(±0.56)c
5.19(±2.98)c
Desgaste
(em µm)
21,0(±44,1)d
54,6(±51,6)d
241,0(±130,9)e
144,1(±86,8)e
O compômero apresentou tendência de maior desgaste e
rugosidade em relação à resina composta. O ionômero modificado e o de presa
rápida apresentaram desgaste e rugosidade maiores do que o compômero e a
resina composta. O ionômero de presa rápida apresentou tendências de menor
desgaste e de maior rugosidade, comparado ao ionômero modificado.
A310
Avaliação
da resistência de união entre acessórios orto-cirúrgicos e o esmalte humano.
M. MORAES*; M.A.C. SINHORETI; J.R. MIKAMI; M.C.A. LOPES; L.
CORRER SOBRINHO
Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP -
(019) 430-5274
Quando é necessário o tracioanamento de um elemento dental
impactado utiliza-se a técnica de colagem de acessórios metálicos à
estrutura dental com materiais resinosos. A proposta deste estudo foi verificar
a eficiência de três acessórios
metálicos e dois compósitos utilizados em procedimentos de colagem, avaliados
através de um teste de tração “in
vitro”. Nas faces vestibulares de 60 dentes molares, realizou-se
condicionamento ácido e lavagem da superfície com água destilada. Em seguida,
a colagem do acessório foi efetuada em 6 grupos de 10 dentes com uma resina
composta fotopolimerizável (Z100, 3M) ou
quimicamente polimerizável (Concise Ortodôntico, 3M), na seguinte maneira: 1)
botão metálico + resina Z-100; 2) botão metálico + resina Concise Ortodôntico;
3) braquete metálico + resina Z-100; 4)
braquete metálico + resina Concise Ortodôntico; 5) tela malha + resina Z-100;
e 6) tela malha + resina Concise Ortodôntico. Os corpos-de-prova foram
armazenados por 24 horas em água a 37ºC e em seguida levados a uma máquina de
ensaio Instron com velocidade de 0,5 mm/min. para o tracionamento até ocorrer
descolagem do acessório. Os resultados foram submetidos à análise de variância
e ao teste de Tukey em nível de 5% de significância Os valores de resistência
à tração do botão metálico (5,73 MPa) foram superiores estatisticamente
(p<0,05) ao braquete (3,10 MPa) e à tela malha (0,80 MPa), independente da
resina utilizada. O braquete diferiu estatisticamente da tela malha (p<0,05).
Além disso, a resina composta quimicamente ativada Concise (3,19 MPa) associada
a qualquer artefato, mostrou significantemente (p<0,05) maior força de união
ao esmalte do a resina composta
fotopolimerizável Z-100 (1,84 MPa).
A311
Influência
do tratamento superficial na resistência à tração do sistema IN CERAM ao
cimento resinoso.
L. A.G. PIRES*; J.F.M. PACHECO; M.F. de GOES; É. MEZZOMO.
Mestrado de Prótese da ULBRA-RS - (051) 222-5205 / 394-4447
O propósito deste estudo foi verificar a resistência de união
promovida por meio de diferentes combinações de tratamento superficiais, entre
o sistema In-Ceram e o cimento resinoso, através de ensaio de tração. Foram
confeccionadas 40 amostras de cerâmica do sistema In-Ceram, e incluídas com
resina acrílica , deixando a superficie da amostra de cerâmica voltada para
cima e exposta. As amostra foram divididas em 4 grupos: GRUPO 1, não recebeu
nenhum tipo de condicionamento superficial; GRUPO 2, as superficies cerâmicas
receberam jateamento com óxido de alumínio de 50 µm; GRUPO 3, as cerâmicas
receberam tratamento superficial com ácido fluorídrico a 10%; GRUPO 4,
receberam jateamento com óxido de aluminio de 50 µm e em seguida
condicionamento com ácido fluorídrico a 10%.Após os tratamentos em todos os
grupos foi aplicado silano(Kerr) e injetado
o cimento resinoso Nexus(Kerr) na superficie das amostras. Teste de tração com
velocidade de 1 mm/minuto. Resultados em Mpa: Grupo 1=(2,01) b; Grupo
2=(6.10) a; Grupo 3=(4.91) ab; Grupo 4=(7.12) a
. O maior valor médio de resistência de união foi obtido com o Grupo 4, no
entanto não diferiu estatisticamente (p<0,05) dos valores obtidos com o
grupo 2 e 3.
A312
Métodos
de condicionamento de superfícies de NiCr para cimentação.
E. G. Mota*. L. A. G. Pires
Materiais Dentários -
Faculdade de odontologia da Universidade Luterana do Brasil - Fone: (055-051)
342-7759 E-mail: edmota@cpovo.net
Este
estudo teve por objetivo avaliar a resistência ao cisalhamento de peças metálicas
cujas superfícies internas foram condicionadas por três métodos diferentes
(desgaste mecânico com tira de lixa, jateamento com óxido de alumínio e
ataque eletrolítico) e unidas por cimento resinoso posteriormente. Assim como,
comparar as técnicas e verificar as microrretenções produzidas na superfície
metálica, através de microscopia eletrônica de varredura. Foram
confeccionados 60 corpos de prova metálicos de NiCr, nas dimensões de 8 mm de
diâmetro, 2 mm de espessura e 7 mm de haste. Tais corpos foram divididos
aleatoriamente em 3 grupos de condicionamentos denominados Grupo 1, 2 e 3
respectivamente. O Grupo 1 sofreu condicionamento de
superfície com tira de lixa n.º 400. O Grupo 2 recebeu jateamento com
esferas de óxido de alumínio com granulação de 50 µm sob pressão de 80 lbs
e limpa com álcool isopropílico em ultra-som por 10 minutos. O Grupo 3 recebeu
condicionamento eletrolítico, o qual se caracterizou pela ação do ácido HNO3 (0,5N) sob o
metal com uma corrente elétrica de 250 mA/cm2 num período de
quinze minutos. Após cada condicionamento, os corpos de prova foram analisados
em microscópio eletrônico de varredura e num levantamento da composição
superficial do metal. Após a cimentação com cimento resinoso os corpos de
prova foram tracionados numa máquina de ensaio universal VERSAT (Panambra
Pantec) numa velocidade de 1,3 mm/min. Os resultados (N) obtidos foram
analisados usando Turkey/ANOVA (P<0,05). As médias foram: Grupo 1 (34,0),
Grupo 2 (274,0) e Grupo 3 (25,0). Há diferença estatística dentre os
resultados obtidos, sendo o Grupo 2 (a) o que apresentou maior força de união,
seguido pelo grupo 1 (b) e, por último, o Grupo 3 (c). Analisando a microscopia
eletrônica de varredura verificou-se que todos métodos promoveram microrretenções
na superfície do metal com topografia correspondente ao grau de embricamento
obtido. Não só isto, mas também através da análise da composição
superficial determinou-se uma contaminação, pelo óxido de alumínio, em 11,1%
do peso na superfície do metal tratado para os corpos de prova do Grupo 2 e
nenhuma contaminação significante nos Grupos 1 e 3. ULBRA.
A313
Avaliação
da degradação hidrolítica de resinas compostas indiretas
A. F. P. CARREIRO *; G.
B. VALVERDE; R. G. FONSECA; C. A. S. CRUZ
Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese -
Faculdade de Odontologia de Araraquara-UNESP (016)2321233 cruz@foar.unesp.br
Recentemente, têm sido lançados no mercado odontológico
materiais especificamente destinados à confecção de restaurações estéticas
indiretas. Todavia, apesar de novas formulações e métodos de polimerização,
tais materiais são ainda constituídos por matriz resinosa e partículas
minerais. Motivados pela evidente ação adversa da absorção da água em polímeros
e compósitos orgânicos ( Söderholm, K. J., J. Dent. Res., 63: 1248-1254,
1984), decidimos avaliar, por meio de testes dureza, a degradação hidrolítica
nos compósitos indiretos Artglass (Heraeus/Kulzer), Solidex (Shofu) e Targis
(Ivoclar), comparando-os a resina composta direta Z100 (3M).
Os ensaios de dureza foram realizados em aparelho VOLPERT, com diamante
Vickers e carga de 50g aplicada por 30 segundos, antes e após 30, 60 e 90 dias
de imersão. Durante o decorrer destes períodos as amostras foram
armazenadas em frascos âmbar contendo água destilada, a temperatura de
37 ± 1ºC. Os resultados mostraram maior valor de dureza para o material Z100 (
89,65 VHN), seguido pelos materiais Artglass (37,96 VHN), Solidex (31,87 VHN) e
Targis (27,57 VHN). Os valores de
dureza após 60 dias de imersão (41,60 VHN) foram estatisticamente inferiores
aos valores iniciais (57, 62 VHN) e semelhantes
aos observados 30 dias após imersão (47, 81 VHN). Não foi observada diferença
estatisticamente significante entre os valores de dureza observados após 60 e
90 dias de imersão. Com base na metodologia empregada e nos resultados
obtidos, podemos concluir que o processo de degradação hidrolítica está
presente em todos os materiais testados, indicando a possibilidade de alteração
de suas propriedades mecânicas no ambiente bucal.
A314
Comparação
da resistência à fadiga entre soldas de prata e elétrica à ponto.
M.B.LOPES*, S.CONSANI, L. CORRER SOBRINHO, R.L.X. CONSANI,
M.A.C. SINHORETI
Departamento de Materiais Dentários – FOP – UNICAMP -
Brasil - (019) 430-5348
O objetivo deste trabalho foi comparar a resistência à
fadiga da solda de prata (Unitek) com a solda elétrica à ponto, variando o
tipo de fio de aço inoxidável a ser soldado. Foram confeccionados 8
corpos-de-prova para cada tipo de solda e de fios, na espessura de 0,021”x
0,025” (Unitek, São Carlos, Lee Orthodontics e Ortho) e controle (sem solda),
totalizando 96 corpos-de-prova. Todas as soldas foram realizadas pelo mesmo
operador. A máquina utilizada para a realização da solda elétrica à ponto
foi a Kernit SMP 3000, enquanto a solda de prata foi realizada com um maçarico
gás-oxigênio (Miniflan) utilizando fundente (Rock Mountain). Os
corpos-de-prova foram submetidos ao teste de fadiga mecânica na máquina
(AMSLER), com uma carga constante de 1 kg e deflexão de 2o para cada lado,
até a ruptura. Os resultados foram analisados estatisticamente pelo teste de
Tukey (5%) e indicaram que: (1) – Os resultados obtidos para o controle com os
fios Unitek, São Carlos, Lee Orthodontics e Ortho foram 5665, 6679, 5679 e 5962
ciclos, para a solda de prata 988, 1423, 1855 e 1073 ciclos e para a solda elétrica
a ponto 322, 700, 522 412 ciclos. Com base nos resultados concluiu-se que: O
controle apresentou valores de resistência à fadiga estatisticamente superior
em relação as solda de prata e elétrica à ponto, para todos os tipos de fio
de aço inoxidável (p<0,05). A solda
de prata apresentou valores estatisticamente superior em relação a solda elétrica
à ponto, para todos os tipos de fio de aço inoxidável (p<0,05).
Apoio financeiro da FAPESP – Proc. 98/03359-8
A315
Influência
do flúor na rugosidade superficial de uma resina composta.
R. F. L. Mondelli*, V. Suedam, E. B.
Franco, M. H. S. Souza Júnior.
Depto de Dentística da Fac. de Odontologia de Bauru -USP.
(014) 235-8265
A aplicação tópica de flúor sobre resina composta pode
atacar as partículas de sílica, aumentando a rugosidade superficial. O
trabalho avaliou a influência da aplicação de agentes fluoretados na
rugosidade superficial de corpos de prova de resina composta (Z-100, 3M),
utilizando-se um rugosímetro Hommel Tester T 1000. Cinqüenta corpos de prova
cilíndricos, 6,5mm de diâmetro e 3,0mm de espessura, foram divididos em dois
grupos com dois tipos de acabamentos: (brocas multilaminadas mais discos
“Sof-Lex” e polimerizados com tira de poliéster). Os agentes analisados
foram: APF a 1,23% por 1 e 4 min.; flúor neutro a 1,23% por 4 min.; verniz
fluoretado por 4 h. e dois grupos controles imersos em água por 4 h.. Cada
corpo de prova foi submetido a 4 leituras de rugosidade inicial após o
acabamento e 4 finais após a aplicação e remoção dos agentes. A análise
estatística (Anova e Tukey) não revelou diferenças significantes entre os
acabamentos. O APF aplicado por 1 min. apresentou alteração na rugosidade de
0,0180µm e 0,0268µm para o
acabamento com brocas multilaminadas - “Sof-Lex” e tira de poliéster,
respectivamente, o APF por 4 min, 0,0186µm
e 0,0246µm, seguido pelo verniz
fluoretado, 0,0134µm e 0,0070µm,
e do flúor neutro, 0,0052µm e 0,0038µm. Os dois últimos agentes não apresentaram diferenças
estatisticamente significantes em relação aos grupos controles 0,0044µm
e 0,0036µm. O acabamento não teve influência na rugosidade superficial.
O APF causou as maiores alterações de rugosidade superficial para os dois
tipos de acabamento, seguido do verniz fluoretado e do flúor neutro.
Apoio: FAPESP – Processo no 97/05899-7
A316
Influência
da umidade do meio na estabilidade dimensional de siliconas.
G. B. VALVERDE*, G. L. ADABO , R. G. FONSECA, C. A. S.CRUZ,
Depto.de Materiais Odontol.
e Prótese. Fac. de Odontologia de Araraquara-UNESP, Fone:55-16–232-1233 –
E-mail: valverde@foar.unesp.br
A estabilidade dimensional dos elastômeros é um aspecto de
fundamental importância na precisão de trabalhos protéticos. Quando a
armazenagem é necessária, é importante conhecermos influência da umidade do meio na estabilidade dimensional do
molde. Em vista do exposto, decidimos estudar a estabilidade dimensional de 2
marcas comerciais de siliconas de
adição (Extrude e
Elite) e em duas de condensação (Xantopren e Oranwash)
pelo método da perda de massa, em função do tempo, em três diferentes
meios (umidificador, dessecador e bancada). Dez
corpos-de-prova de cada material foram obtidos a partir de matrizes de
PVC. Os materiais foram manipulados
de acordo com as instruções do fabricantes e os corpos-de-prova obtidos foram
pesados em balança com sensibilidade de 0,0001g, 10 minutos após a inserção
na matriz. Após, foram pesados novamente nos seguintes intervalos de tempo: 15,
30 minutos, 1, 4, 12 e 24 horas. Através da diferença percentual entre a
pesagem inicial nos diferentes tempos colheu-se
os dados que foram analisados estatisticamente. Os resultados mostraram que para
as siliconas de adição a armazenagem em bancada ou dessecador propiciaram
maior estabilidade, que em umidificador. As siliconas de condensação, ao contrário,
mostraram-se mais estáveis em umidificador, além de mostrarem perda
da estabilidade em função do tempo. A interação mostrou que estes
materiais podem permanecer por até 12 horas em umidificador, enquanto que nos
outros meios apenas 30 minutos. Conclui-se que as siliconas de adição
permanecem estáveis por mais tempo, porém são mais
sensíveis à maior umidade relativa do ambiente, enquanto as siliconas
de condensação, mantém-se mais estáveis no meio úmido, porém,
independentemente no meio de armazenagem são
menos estáveis.
Apoio Financeiro: FAPESP
A317
Avaliação
do efeito do polimento químico sobre algumas propriedades das resinas ativadas
química e termicamente.
K. O. BRAUN*, J.A. N. de MELLO, A. A. DEL BEL CURY
Faculdade de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP -
altcury@fop.unicamp.br
Este estudo
avaliou o efeito do polimento químico sobre a liberação de monômero em água,
a dureza superficial e a textura de superfície (MEV) de resinas auto e
termopolimerizáveis, comparando-o com o polimento mecânico. As amostras foram
divididas em 4 grupos: G1- resina autopolimerizável com polimento mecânico; G2
- resina autopolimerizável com polimento químico; G3 - resina termopolimerizável
com polimento mecânico; G4- resina termopolimerizável com polimento químico.
Após os polimentos as amostras foram imersas em água destilada a 37oC
e as avaliações executadas nos períodos de 1, 2, 8 e 32 dias. A liberação
de monômero foi avaliada em espectrofotômetro; a dureza Knoop foi medida com
microdurômetro SHIMADZU MV 2000 e a superfície pela Microscopia eletrônica de
varredura (MEV).Os resultados foram submetidos a ANOVA (p=5%) e teste de médias
não paramétricas. As médias e desvios padrões: monômero residual(µg/cm2):1odia
G1) 129,71 + 11,75, G2) 1811,98 + 199,04, G3) 3,43 + 0,12,
G4) 704,72 + 60,18; 2o
dia G1) 35,89 +
3,58; G2) 172,24 + 9,78, G3) 1,25+ 0,12; G4) 30,35 + 1,35;
8o
dia G1) 8,42 + 0,50; G2) 19,58 + 0,50; G3)0,47 +
0,05; G4) 5,39 + 0,20; 32o
dia G1) 3,27 + 0,27, G2) 6,13 + 0,22, G3) 0,03 +
0,01, G4) 1,69 + 0,08. Dureza: 1o dia G1)
12,28 + 0,29, G2) 7,83 + 0,40, G3) 17,15 + 0,14, G4) 9,41 +
0,23; 2o
dia G1) 12,82 +
0,23; G2) 8,89+ 0,35; G3)17,13+ 0,18; G4) 10,02 + 0,37; 8o
dia G1)12,77+ 0,16; G2) 10,42 +0,14; G3) 16,51+
0,14; G4)11,79+ 0,36 ; 32o dia
G1)13,11 + 0,26, G2) 12,17 + 0,37, G3) 15,96 + 0,14, G4)
11,79 + 0,36. Concluiu-se que: o
polimento químico aumentou o monômero residual das resinas em todos os períodos
e reduziu a dureza superficial das mesmas em todos os períodos. Pela
avaliação com MEV
verificou-se que o polimento químico altera a camada superficial das resinas
promovendo um aspecto ondulado semelhante, para ambas as resinas estudadas.
CNPq no 142531/98-7
A318
Infiltração
Marginal de Restaurações em Compósitos com Diferentes Viscosidades
A.B. SOARES*, M.F. DE GOES, P.N.R.
Pereira
Fac. de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP – SP - (019)
430-5345Tokio Med.Dent. Univ., Japão.
O objetivo deste estudo foi avaliar a infiltração marginal
de restaurações em compósitos com diferentes viscosidades. Foram avaliados os
compósitos de alta viscosidade Sure Fil (Dentsply), baixa viscosidade
Tetric Flow (Vivadent) e o TPH Spectrum com viscosidade intermediária. Vinte e
uma cavidades classe V (3 mm de diâmetro e 2 mm de profundidade) foram
preparadas em molares humanos recém extraídos e divididas aleatoriamente em 3
grupos com 7 dentes cada. O preparo
cavitário foi delimitado com metade acima e a outra abaixo do limite
cemento-dentinário. Toda superfície da cavidade foi condicionada com ácido
fosfórico a 35%, lavada e o excesso de água removido. O sistema adesivo Prime
& Bond 2.1 (Dentsply) foi utilizado para todas as cavidades de acordo com as
instruções do fabricante. Os compósitos foram inseridos nas cavidades em dois
incrementos de 1mm cada e polimerizados com luz visível (XL 3000-3M), durante
40 segundos. Os dentes restaurados foram armazenados em água destilada a 370 C por 24 horas.
A seguir, as restaurações foram polidas por meio de discos Sof-Lex em granulações
decrescentes. Todos os dentes foram cobertos com esmalte de unha deixando 1 mm
livre ao redor da margem das restaurações. Logo após, os dentes foram imersos
em solução aquosa de nitrato de prata a 50% por 8 horas. Em seguida, lavados
por 1 minuto e imersos em uma solução foto-reveladora por 12 horas. Todos os
dentes foram seccionados
longitudinalmente através do centro das caixas mesial-distal-oclusal da
restauração. As hemi- secções de cada dente foram observadas em uma lupa
esterioscópica e o comprimento de infiltração em cada parede do preparo foi
mensurado. Os valores de infiltração obtidos foram calculados como a
porcentagem total de penetração do nitrato de prata na cavidade da seguinte
forma: % total de infiltração = comprimento de penetração do nitrato de
prata / total das paredes cavitárias x 100. Os valores de infiltração
marginal foram: TPH (29%), Sure Fil (21,6%) e Tetric Flow (15,2%). O compósito
de baixa viscosidade apresentou menor percentual de infiltração marginal.
A319
Avaliação
das alterações dimensionais lineares e de absorção de três materiais de
moldagem submetidas ao processo de desinfecção.
D.F.BALASSIANO
Departamento de Prótese, F. O. da U.E.R.J. Tel-(021) 587 6368
O objetivo deste trabalho foi avaliar alterações
dimensionais lineares e de absorção de três materiais de moldagem( Silicona
de Condensação- Xantopren- G.1, Silicona de Adição- Provil- G.2, Polieter-
Impregum- G.3), submetidos ao processo de desinfecção pelo uso de glutaraldeíodo
à 2.2% (Cidex) em três tempos, sendo o 1o-
após a cura, 2o-
imersão por dez minutos e o 3o
imersão por mais vinte minutos. Foram usados dois tipos de avaliações,
leitura ótica através de um projetor de perfis- (marca Deltronic-US, modelo DB
114 resolução 1 micrômetro) e pesagem com uma balança analítica de precisão
0.0001 ( marca Scientech). Foram obtidos dez corpos de prova para cada material.
Inicialmente, após a cura eram levados em água destilada, secados com papel
absorvente e procedida a primeira medição e pesagem, a seguir imersos por dez
minutos no glutaraldeído à 2.2%, secados, medidos e pesados e finalmente
imersos por mais vinte minutos e o mesmo comportamento era seguido, totalizando
trinta minutos de imersão. Os resultados foram submetidos a análise estatística
pela ANOVA e teste de LSD (p£0.05). Em relação ao peso, os grupos
apresentaram-se diferentes entre si tendo como média e desvio padrão; G.1=
2.1766 / 0.0141, G.2= 2.9009 / 0.1085 e G.3= 2.2428 / 0.0425. Em relação as
medidas, o G.1 apresentou diferença estatística com os demais ,porém os G.2 e
G.3 não apresentaram diferença estatisticamente significante, tendo as médias
e desvio padrão; G.1 = 78.99 / 0.18, G.2 = 79.49 / 0.06 e G.3 = 79.53 / 0.75. Não
foi possível determinar a influência do tempo sobre o peso e a medida. O
Autor pode concluir que numa avaliação global o material do G.1 apresentou o
melhor comportamento, enquanto os materiais do G.2 e G.3 apresentaram
comportamentos semelhantes.
A320
Avaliação
da estabilidade dimensional da silicona de adição em relação ao tempo de
armazenamento.
F.M.FERNANDES*, L.M.O SOTELO, V.Q. PUPPIN, O.A.S. FRAGA
Departamento de Prótese, F. O. da U.E.R.J. Tel-(021) 587 6368
A silicona de adição é um material amplamente utilizado
para moldagens de precisão em prótese. O objetivo deste trabalho foi avaliar
comparativamente “in vitro” a estabilidade dimensional da silicona de adição
em função do tempo de armazenamento anterior ao vazamento. Foram utilizados
trinta corpos de prova, obtidos à partir de moldagens de um troquel mestre em aço
inox, que apresentava duas ranhuras para padronizar as medições. Foi utilizado
a silicona Extrude-Kerr para as moldagens e gesso pedra melhorado tipo IV
Velmix-Kerr para os modelos. Os corpos de prova foram divididos em três grupos,
de dez elementos cada, de acordo com o tempo de armazenamento; G.1- uma hora,
G.2- vinte e quatro horas e G.3- sete dias. As medições foram realizadas no
Projetor de Perfis-Deltronic, modelo DV.114 CNC, resolução 0.001 mm, incerteza
0.001 mm. Em cada corpo de prova foram feitas duas medições, sendo uma à 2 mm
do topo e outra à 2 mm da base. Os resultados foram analisados estatisticamente
pela ANOVA e teste de TUKEY (p£ 0.05%), tendo como média e desvio padrão para
o grupo G.1 = 0.192 e 0.04726, G.2 = 0.324 e 0.1743 e para o G.3 = 0.383 e
0.1244, demonstrando que os grupos foram estatisticamente diferentes entre si (p£
0.000). Baseado nos resultados obtidos, os Autores concluíram que o tempo de
uma hora para o armazenamento de moldagens feitas com silicona de adição, foi
o que proporcionou uma melhor estabilidade dimensional.
A321
“Estudo
comparativo da capacidade de liberação e de recarregamento de fluoretos de
diferentes materiais ionoméricos. ”
J. MACIEL*, K. DIAS, P. BARROS, R. REIS, M. CASTRO.
Depart. de Dentística – UERJ/Unigranrio (
cervante@uerj.br).
Este estudo avaliou comparativamente a capacidade de liberação
e de recarregamento de flúor do cimento de ionômero de vidro convencional
Chelon Fil®
-Espe Dental (CF), cimento híbrido Photac
Fil Aplicap®
-Espe Dental (PF), e o compômero Dyract® -Dentsply
(DY). De cada um destes materiais foram confeccionados três grupos com dez
amostras cada, totalizando 90 amostras. As amostras foram conservadas em água
destilada deionizada, a temperatura média de 37°C, durante 90 dias. Nos
primeiros 30 dias foram feitas medidas diárias da quantidade de íons flúor
liberada na água de estocagem, antes da sua troca diária. As medições foram
realizadas, em um analisador iônico com eletrodo seletivo (Expandable Ion
Analyzer EA 940 – Orion Research Inc.), com precisão de até 0,02 ppm de flúor,
previamente calibrado. Do dia 31 ao dia 60, as amostras receberam os seguintes
tratamentos :Grupo I – exposição a solução de fluoreto de sódio a 0,05% (
Farmácia de manipulação), por 1 minuto; Grupo II – exposição ao fluoreto
de sódio neutro em gel NuproGel®
(Dentsply), por 4 minutos; Grupo III - exposição ao fluoreto de sódio
acidulado em gel NuproGel®
(Dentsply), por 1 minuto. Do dia 61 ao 90, novas leituras da quantidade de íons
flúor liberada na água de estocagem foram realizadas. Os resultados foram
tratados estatisticamente por ANOVA e teste LSD ( p< 0.05 ). A liberação de
flúor cumulativa apresentou as seguintes médias em ppm : PF - 5.18; CF - 5.47;
DY - 2.42. Na avaliação global dos tratamentos as médias em ppm :
sem tratamento - 2.49; Grupo I –1.37; Grupo II –4.82; Grupo III
-4.59. Na liberação e recarga, os materiais PF e CF foram estatisticamente
semelhantes e passíveis de recarrega, apresentando médias superiores ao DY. O
tipo de recarga mais efetivo foi com o uso de géis fluoretados.
A322
Adesividade
de dentes decíduos submetidos a diferentes métodos de esterilização.
E. CAVALCANTI* , R. BRÊTAS. , J.A.M. MIGUEL, A.GIASSONE., K.
DIAS.
Departamento de Odontopediatria e Dentística da Faculdade de
Odontologia da UERJ - (021) 711-8666
O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de
diferentes métodos de esterilização na adesividade de um sistema de união em
molares decíduos. Foram utilizados 65 molares decíduos hígidos, divididos em
5 grupos. No grupo 1, os dentes foram submetidos a esterilização em autoclave
a 1340 C por 17 min. No grupo 2, utilizou-se o óxido de
etileno. No grupo 3, os dentes foram colocados em solução de glutaraldeído a
2 % por 10 horas, e no grupo 4 , em formol a 10% por 2 semanas. No grupo 5
(controle), os dentes não foram submetidos a nenhum tipo de esterilização. Os
dentes foram, então, incluídos em resina epoxi, e, as superfícies dentinárias,
planificadas com lixas d‘água de granulações 400 e 600 e, recobertas com
fita de teflon , contendo uma perfuração de 3 mm. A dentina foi condicionada
com ácido fosfórico a 37% por 15 segundos e aplicado o sistema adesivo
Prime&Bond 2.1( Dentsply). Foi utilizada a resina TPH Spectrum (Dentsply)
sobre a dentina, formando um cilindro de 3 mm de diâmetro. Após 7 dias de
armazenamento em água destilada, à temperatura ambiente, foi realizado o teste
de cisalhamento em máquina Instron, 0,5mm/ min. Os resultados foram tratados
estatisticamente por ANOVA( p < 0,05). Médias e DP em Mpa são: G1=
24,05 + 8,77; G3 = 18,59 + 7,03; G4 = 23,97 + 8,19 e G5 =
20,11 + 6,50. Os dentes do grupo 2 não foram analisados, pois fraturaram
durante o processo de esterilização. Não houve diferença estatisticamente
significante entre os grupos 1,3,4 e 5.Baseados nos resultados, conclui-se
que: 1) os métodos de esterilização testados, exceto o óxido de etileno, não
alteraram a adesão em dentes decíduos; 2) o óxido de etileno está
contra-indicado para a esterilização de dentes decíduos.
Apoio financeiro da CAPES.
A323
Avaliação
da rugosidade superficial de materiais restauradores estéticos
posteriores.
E. F. LOPES*;A. D. TEDESCO; J. DUARTE;P. E. C. CARDOSO; K.
DIAS.
UFRJ e UERJ - Fax:: (021) 587-6382 - cervante@uerj.com.br
A proposta deste trabalho foi avaliar a rugosidade superficial
de seis materiais restauradores estéticos para dentes posteriores, submetidos a
uma técnica de polimento. Foram confeccionadas seis placas de acrílico com 10
perfurações com diâmetro de 3,0 mm. Cada placa teve as perfurações
preenchidas com um material, a saber: Grupo 1- TPH Spectrum (Dentsply); grupo 2-
Solitaire (Kulzer); grupo 3- Alert (Jeneric Pentron); grupo 4- Surefill
(Dentsply); grupo 5- Dyract AP (Dentsply) e grupo 6- Ariston PHC (Vivadent). Foi
utilizada técnica de inserção incremental, sendo cada incremento
fotopolimerizado por 40 segundos com aparelho Optilux 400 - Demetron , 570 mW/cm2.
Os corpos de prova foram armazenados em ambiente com 100% de umidade relativa do
ar (URA) durante 24 horas e, logo após, submetidos a procedimentos padronizados
de acabamento e polimento com ponta de borracha Vicking (KG-Sorensen) seguida de
borracha siliconada Enhance
(Dentsply) e escova de Robbinson com pasta poli 2 (Kota). Após 7 dias
armazenados em (URA), as superfícies dos materiais restauradores foram
analisadas em um rugosímetro Mitutoyo modelo
Surftest 301 parâmetro Ra nos sentidos transversal e longitudinal. Os
resultados foram tratados estatisticamente por ANOVA e teste de Tukey, p<0,05.
As médias obtidas para cada material em microns foram: grupo 1=0,360; grupo
2=0,260; grupo 3=0,918; grupo 4=0,262; grupo 5=0,266 e grupo 6=0,283. Não foi
possível determinar diferença estatisticamente significantes entre os grupos
1;2;4;5 e 6. O grupo 3 foi estatisticamente diferente dos demais. Os autores
concluíram que a resina composta condensável
Alert apresentou maior rugosidade superficial..
A324
Uso
de resinas “flow” na cimentação de laminados de porcelana.
M. O. BARCELEIRO*, K. DIAS,
T. SEKITO JUNIOR.
Faculdade de Odontologia da UERJ - Rio de Janeiro, RJ - (021)
6427920
O objetivo deste estudo foi avaliar “in vitro” as forças
de união de três materiais ao esmalte de dentes bovinos quando estes são
usados na cimentação de facetas laminadas de porcelana, avaliando com isso a
possibilidade destes materiais serem utilizados nesta técnica. Trinta corpos de
prova foram preparados com dentes bovinos recém extraídos seccionados e incluídos
em resina epoxy. Os corpos de prova foram divididos em três grupos: Grupo I –
Porcelana cimentada ao dente com Variolink II (Vivadent), Grupo II – Porcelana
cimentada ao dente com cimento de Ionômero de vidro modificado Geristore
(Den-Mat), Grupo III – Porcelana cimentada ao dente com resina de baixa
viscosidade Natural-Flow (DFL). Os materiais foram utilizados de acordo com as
instruções dos fabricantes. Após a cimentação, os corpos de prova foram
mantidos estocados em água destilada a 37º C durante sete dias. Os corpos de
prova foram submetidos a um teste de cisalhamento em máquina de ensaios mecânicos.
Os resultados foram tratados estatisticamente por ANOVA e teste LSD (p£0,05).A
média e o desvio padrão dos grupos foram respectivamente: Grupo I – 9,66 ±
3,00; Grupo II – 9,67 ± 2,87; Grupo III – 10,53 ± 3,71. Não foi
determinada diferença estatisticamente significante entre os grupos. Baseados
nos resultados os autores concluíram que os materiais testados são adequados
para cimentação de facetas laminadas de porcelana.
A325
Avaliação
da alteração dimensional de três tipos de gesso para troquel.
R.L.L.AGUILAR*, O.A.S. FRAGA, L.M.O SOTELO, V.Q. PUPPIN
Departamento de Prótese, F. O. da U.E.R.J. Tel-(021) 587 6368
A obtenção de um modelo fiel é um procedimento de grande
importância para o êxito de um trabalho protético. O objetivo deste trabalho
foi avaliar a alteração dimensional de três tipos de gesso utilizados para
troquéis; gesso tipo IV, sintético e resinoso. Foi confeccionado um modelo
padrão em metal, com espaçador, cujo o objetivo, foi obter um alívio uniforme
para o material de moldagem. Foram confeccionados trinta casquetes em resina acrílica
para as moldagens. A silicona de adição Extrude foi utilizada e obtidos trinta
troquéis, sendo dez para cada grupo, G.1- gesso tipo IV, G.2- gesso sintético
e G.3- gesso resinoso. Os materiais estudados foram manipulados à vácuo e
vazados com o auxílio de um vibrador. Após sete dias, foram realizadas as medições
dos troquéis em seu diâmetro, tendo como referência 2 mm do topo e 2 mm da
base, com o auxílio do Projetor de Perfis-(Deltronic, modelo DV.114 CNC, resolução
0.001 mm). Os dados foram dispostos em uma tabela, obtido o erro percentual para
cada troquel e analisados estatisticamente pela ANOVA. Sendo para o topo p=
0.703, cujas médias G.1= 0.191, G.2= 0.160 e G.3= 0.102 e para a base p= 0.088,
com médias G.1= 0.194, G.2= 0.182 e G.3= 0.091 demonstrando que os grupos não
foram estatisticamente
diferentes. Após a avaliação dos resultados, os Autores concluíram que os
três materiais estudados, apesar de terem sofrido uma expansão, apresentaram o
mesmo comportamento em relação a estabilidade dimensional.
A326
Avaliação
da profundidade de polimerização das resinas compostas condensáveis.
A. D. TEDESCO, E. VARGAS*, D. F. REGALADO, R. FULGÊNCIO
Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Tel: (021) 5997272 r.6166
As resinas compostas condensáveis diferem das resinas
compostas tradicionais devido ao aumento na quantidade de partículas inorgânicas.
Segundo os fabricantes, o material permite a inserção em um só incremento de
até 5,0 mm. A proposta deste estudo foi avaliar o grau de polimerização de 3
resinas condensáveis: Grupo 1: Solitaire (Kulzer); Grupo 2: Alert
(Jeneric/Pentron) e Grupo 3: SureFil (Dentsply). Foram confeccionados 10 corpos
de prova em resina acrílica cor preta opaca medindo 3,0 x 3,0 x 0,5 cm contendo
uma perfuração central de 0,3 x 0,5 cm, para cada grupo, totalizando 30 corpos
de prova. As perfurações foram preenchidas em incremento único de 5,0 mm e
fotoativadas pelo aparelho Optilux 400 (Demetron) com intensidade média de luz
de 610 mW/cm2 por 40 segundos; segundo as especificações do fabricante. As
amostras ficaram armazenadas em água destilada por 7 dias e temperatura
ambiente. Posteriormente foram seccionadas longitudinalmente na máquina Isomet
(Buehler), e avaliadas a partir de
uma lupa estereoscópica. Através de uma escala numérica contida no visor da
lupa, foram mensuradas 3 medidas de profundidade de polimerização para cada
corpo de prova. Os valores numéricos foram transformados em milímetros e
analisados estatisticamente por ANOVA e teste de Bonferroni (F= 177.76; p <
0.01). A média e o desvio padrão de cada grupo foi respectivamente: Gr 1=
3,221 + 0,1112; Gr 2= 4,309 + 0,1882 e Gr 3= 4,114 + 0,095.
Foi notada diferença estatisticamente significante entre os grupos testados. Os
autores concluíram que a resina Alert apresentou maior profundidade de
polimerização, seguida da resina SureFill. A resina Solitaire apresentou os
piores resultados.
A327
Influência
do flúor na rugosidade superficial de uma porcelana.
R. F. L. MONDELLI, M. G. TICIANELI, L. WANG*, F. C. P. GARCIA.
Depto de Dentística da Faculdade de Odontologia de Bauru
-USP. (014) 235-8265
A presença do ácido fluorídrico na composição de agentes
fluoretados pode atacar as partículas de sílica presentes nas restaurações
de porcelana, causando rugosidade superficial, perda de brilho e manchamento. O
propósito deste trabalho foi avaliar comparativamente o efeito da aplicação tópica
de vários agentes fluoretados na superfície de uma porcelana (DUCERAM),
utilizando-se um rugosímetro (Hommel Tester T 1000). Cinqüenta corpos de prova
com 6,5mm de diâmetro e 3mm de espessura foram divididos em dois grupos com
dois tipos de acabamento (polidos e glazeados). Os agentes analisados para cada
subgrupo de 5 corpos de prova foram: APF a 1,23% por 1 e 4 min., flúor neutro a
1,23% por 4 min., verniz fluoretado por 4 h. e dois grupos controles (4 h. de
imersão em água). Cada corpo de prova foi submetido a 4 leituras de rugosidade
inicial após o acabamento e 4 finais após aplicação e remoção dos agentes.
A análise estatística (Anova e Tukey) não revelou diferenças significantes
entre os acabamentos. A aplicação do APF por 4 min. causou maior alteração
de rugosidade (0,1800µm e 0,2066µm)
na porcelana polida e glazeada respectivamente, seguido do verniz (0,1472µm
e 0,1380µm) e do APF por 1 min.
(0,1550µm e 0,1080µm),
enquanto que o flúor neutro causou menor alteração (0,0406µm
e 0,1020µm) em relação ao grupo
controle (0,0388µm e 0,0604µm). O acabamento da porcelana não influenciou em termos de
rugosidade superficial. A proteção das restaurações previamente á aplicação
dos agentes fluoretados evita alterações superficiais.
Apoio: CNPq– Processo no 105420/97-2
A328
Estudo
da dureza de resinas compostas para
dentes posteriores
D. R. SILVA NETO*; A. F. P. CARREIRO; I. L. SANTANA; C. A. S.
CRUZ; G.L. ADABO
Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese -
Faculdade de Odontologia de Araraquara-UNESP (016)2321233 cruz@foar.unesp.br
Desde sua introdução na Odontologia, as resinas compostas têm
sofrido modificações em sua
composição, com o propósito de aprimorar propriedades físicas e mecânicas e
tornar viável e segura a indicação para dentes posteriores. Novos materiais
tem surgido, sendo colocados, à disposição dos profissionais como solução
“definitiva”. No presente trabalho avaliamos a dureza dos materiais Alert
(Jeneric), Prodigy (Keer), Tetric Ceram (Vivadent),
Degufill Mineral (Degussa) e Solitaire (Kulzer), comparando-os as resinas
compostas Z100 (3M), TPH (Dentsply) e Durafil (Kulzer), respectivamente de alta,
média e baixa concentração de partículas (Willems et al. Quintessence Int.,
24: 641-658, 1993). As amostras foram avaliados 7 dias após a fotoativação,
em aparelho Wolpert, com diamente Vickers e carga de 50 g, aplicada por 30
segundos. Durante este período, os espécimes permaneceram armazenados em
frascos âmbar, a temperatura de 37 ± 1 ºC. Os resultados mostraram valor médio
de dureza estatisticamente superior para o material Z100 (98,77 VHN), seguido
pelo material Alert (83,19 VHN). A seguir, com valores estatisticamente
semelhantes entre si, vieram os materiais TPH (50,29 VHN), Prodigy (48,57 VHN) e
Solitaire (16,29 VHN). Completou a série, com valor médio estatisticamente
inferior, a resina Durafil VHN).
Podemos concluir que apenas o material Alert apresentou dureza próxima a da
resina Z-100, enquanto os demais foram estatisticamente semelhantes a resina TPH
e superiores a resina Durafil.
A329
Efeito
de Cirurgia Ortognática sobre Desordens Craniomandibulares.
R.C.M. RODRIGUES GARCIA*,
A.A. DEL BEL CURY, J.D. RUGH.
Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP - (019)
439-9107 Universidade do Texas-UTHSCSA.
Este estudo verificou a relação entre oclusão e sinais e
sintomas de DCM em 124 pacientes com maloclusão Classe II, antes e dois anos após
cirurgia ortognática com Osteotomia Sagital Bilateral Mandibular (OSBM). Os
sinais e sintomas de DCM foram avaliados através do Índice Craniomandibular
(ICM) que inclui o Índice de Disfunção (ID) e o Índice de Dor Muscular (IM).
A oclusão foi avaliada através do Peer Assessment Rating Index (PAR
Index). Os sintomas subjetivos
foram avaliados através de dois questionários. Os resultados mostraram
significante melhora na oclusão; os scores do PAR Index diminuíram de uma média
de 18.1 antes da cirurgia para 6.1 após a cirurgia (p<0.001). O ICM e IM
indicaram uma melhora significante (p=0.0001) nos sinais e sintomas de DCM antes
(ICM=0.14, IM=0.15) e após a cirurgia (ICM=0.10, IM=0.08).
O ID revelou ligeira melhora, porém estatisticamente não significante
(p=0.13). O número de pacientes com click diminuiu significantemente
de 33 (26.6%) para 13 (10.5%) (p=0.001); porém o número de pacientes com
crepitus aumentou de 5 (4.0%) antes da cirurgia para 16 (12.9%) após a mesma
(p=0.005). Reduções significantes
nos sintomas subjetivos também foram observados após a cirurgia. Embora o ID não
tenha melhorado significantemente, houve pequena mas significante redução na
dor muscular. Os resultados indicaram uma provável relação entre fatores
oclusais e DCM, porém, a magnitude da melhora na dor muscular não foi
relacionada à severidade da maloclusão antes da cirurgia, sugerindo que outros
fatores podem ser responsáveis pela melhora nos sinais e sintomas. Os dados,
com exceção do crepitus, não evidenciam que a cirurgia ortognática
envolvendo OSBM aumente o risco de DCM.
FAPESP Proc. 96/4256-2 e NIDR grant DE09630
A330
Análise
clínica das reações teciduais à erupção dentária forçada simples e
associada à fibrotomia.
U.MEDEIROS, R. GALVÃO*, L.VELMOVITSKY, L. MOTA
D.Period-UGF/ D. Odont. Social e Prev. Dout. Odont-UFRJ
posgrad@odonto.ufrj.br
A erupção dentária forçada tem sido utilizada para aumento
de coroa clínica e tratamento de defeitos ósseos angulares juntamente com a
terapia periodontal. Uma técnica para a erupção dentária associada à
fibrotomia circunferencial supraalveolar tem sido proposta. O presente estudo
analisa as reações dos tecidos periodontais, a erupção dentária forçada e
associada à fibrotomia circunferencial supraalveolar. 17 casos foram tratados,
dos quais em 8 foram realizadas apenas a erupção dentária forçada, e nos
restantes, além desta terapia associou-se a fibrotomia. Aparelhos ortodônticos
parciais fixos foram montados e reativados por um período de 4 semanas de
movimento ativo e a fibrotomia foi realizada imediatamente após a colocação e
duas semanas após. Ao término do período ativo os dentes foram mantidos em
contenção por 8 semanas. Medidas clínicas e radiográficas foram analisadas
antes e após a erupção. A análise radiográfica mostrou um resultado de
t=-12,93** (p<0,01), a profundidade à sondagem apresentou valores t= -2,83*
(p<0,05) e a largura da gengiva queratinizada mostrou resultados de t=1,0ns (p< 0,05). Os
resultados desta investigação demonstram que a erupção dentária forçada de um dente resulta no movimento
coronário dos tecidos gengivais, sem aumento da largura gengival queratinizada,
e no deslocamento da junção mucogengival. A crista óssea alveolar acompanhou
em parte o movimento do dente. Quando a fibrotomia foi associada ‘a erupção
dentária forçada, resultou em um deslocamento coronário de dente, previnindo
a migração coronária dos tecidos gengivais, bem como da crista óssea
alveolar.
A331
Correlação
de dados clínicos e RM de pacientes portadores ou não de disfunção da ATM
S. VACARIUC*, H. K. YAMASHITA, M. C. BOLZAN, M. F. S. M.
PEREIRA
Depto. de Estomatologia, FOUSP - (011) 287-3025
A RM nos permite visualizar estruturas mineralizadas ou não.
Comparamos dados clínicos: de dor posterior da ATM e estalos com as alterações
ocorridas na ATM diagnosticadas pela RM, quanto à: posição e forma do disco;
posição do côndilo com a boca fechada e em excursão. Estudamos 40 indivíduos,
20 clinicamente com disfunção da ATM, e 20 sem, sendo 10 indivíduos do sexo
feminino e 10 do masculino em cada grupo. A idade variou dos 18 aos 53 anos. Os
exames foram feitos em equipamento de RM de 0,5 Tesla, foram adquiridas imagens
no plano sagital da ATM em T1(SE) e T2(EG e SE) com a boca fechada e aberta.
Resultados: dor posterior: em relação ao disco com deslocamento encontramos 6
(31,6%) das ATMs com dor e 13 (68,4%) sem; em relação a forma não bicôncava
9 (31,0%) apresentaram dor e 20 (69,0%) não; em relação a posição do côndilo
com a boca fechada para o côndilo centralizado encontramos 5 (8,9%) com dor e
51 (91,1%), sem, para o côndilo deslocado 16 (66,7%) sem dor, e 8 (33,3%) com
dor. Presença de estalos: em relação ao disco com deslocamento encontramos 9
(47,4%) com estalos e 10 (52,6%) sem; em relação a forma não bicôncava 14
(48,3%) com estalos e 15 (51,7%) sem; em relação a posição do côndilo
centralizado obtivemos 44 (78,6%) sem estalos e 12 (21,4%) com, e com posição
alterada 11 (45,8%) com estalos e 13 (54,2%) sem; em excursão normal 3 (13,0%)
com estalos e 20 (87,0%) sem, com excursão alterada 20 (35,1%) apresentaram-se
com estalos e 37 (64,9%) sem. Conclusões: Pacientes com disfunção tendem a
ter mais dor à palpação e estalos. Pacientes com disco deslocado e forma não
bicôncava na RM tendem a ter mais disfunção, dor posterior e estalos.
A332
Correlação
entre sintomas de disfunção têmporo- mandibular e hábitos parafuncionais.
B. G. P. CAMPOS*, M. C. BOLZAN, M. A. R. GONÇALVES
Núcleo de Apoio à Pesquisa em Materiais Dentários – FOUSP
- (011) 832- 5480
Foram avaliados 43 pacientes da Clínica de dor orofacial do
NAPEM-USP. Placas oclusais foram instaladas em todos e as mesmas foram avaliadas
após 1 semana de uso integral, e assim sucessivamente até 1 mês de uso. As
marcas deixadas na superfície oclusal da placa foram classificadas como fortes,
médias e fracas (sem marcas), após 7 dias e 1 mês de uso. Comparou-se a evolução
dos sintomas e a evolução das marcas, considerando-se as mesmas como um
registro de todo esforço para funcional (apertamento) praticado naquele período
de tempo. Como resultado, 40 pacientes (93%) obtiveram uma remissão total ou
parcial dos sintomas após 1 mês de uso da placa.
Evolução das marcas de apertamento
(medidas após 7 dias e 1 mês) Número de pacientes
marcas mais fortes (piores)
9 (22,5%)
marcas iguais
23 (57,5%)
marcas mais fracas (melhores)
8 (20%)
A maioria dos pacientes que apresentou melhora de sintomas
manteve seus hábitos parafuncionais na mesma intensidade (57,5%) durante o
primeiro mês de tratamento, levando-nos a crer que a remissão de sintomas não
está obrigatoriamente ligada ao decréscimo do hábito parafuncional de apertar
os dentes.
A333
Avaliação
oclusal de pacientes classe II-1 tratados com Bionator.
G. C. DOMINGUEZ, C. R. HIRSCHHEIMER*,
J. W. VIGORITO
Disciplina de Ortodontia – FOUSP –Fone/Fax: (011) 531-0654
O objetivo deste estudo prospectivo foi quantificar as mudanças
oclusais que ocorressem após o tratamento com o Bionator, numa amostra de
pacientes em crescimento com maloclusão de Classe II, divisão 1a,
utilizando o índice PAR. Este índice, desenvolvido por Richmond (Richmond et
al., European Journal of Orthodontics, 14:125-139, 1992) e (Richmond et al,
European Journal of Orthodontics, 14: 180-187, 1992) têm a propriedade de
quantificar, através da soma dos
pontos atribuídos a vários aspectos da oclusão, o grau de severidade de uma
maloclusão medido sobre os modelos. A amostra** constou de 56 modelos (iniciais
e finais) de 28 pacientes em crescimento com maloclusão Classe II, divisão 1a.
A idade média ao início do tratamento era de 10 anos e 7 meses (D.P. +
1,3 meses) e ao término, de 12 anos e 2 meses (D.P. + 1,3 meses). Os
pacientes foram divididos em dois
grupos: o grupo tratado, constituído por 16 pacientes tratados com o Bionator
durante um período de 18 meses, e o segundo grupo, constituído por 12
pacientes, e os dados então foram comparados. Os resultados indicaram que o
grupo tratado melhorou 55,4%, valor este 25,4%
acima do limite de significância do índice PAR e o grupo controle piorou
14,7%, valor este não significante. Porém, as diferenças inter grupos foram
significantes ao nível de 0,1% segundo o teste “t” de Student. Com estes
resultados, conclui-se que do ponto de vista oclusal, o tratamento com Bionator
melhora de forma sigfnificante a severidade da maloclusão de pacientes Classe
II divisão 1a.
** A amostra foi selecionada e tratada em 1992
A334
Prevalência
de apinhamento dental inferior em crianças brasileiras.
M. J. TAVARES*, L. P. BITTENCOURT, A. MODESTO, E. S. BASTOS.
Depto. de Odontopediatria e Ortodontia, Fac. de
Odontologia-UFRJ, Tel.(021)5606137 R2101
O objetivo deste trabalho foi determinar em 82 crianças com
dentição mista, de ambos os sexos, idades
entre 6 e 9 anos, residentes na cidade do Rio de Janeiro, a prevalência do
apinhamento dental inferior, correlacionando-o com algumas características:
sexo, idade, espaços primatas, padrão cefálico, comprimento do arco, hábitos
bucais, discrepância dental e perda precoce de dentes decíduos. Com a permissão
dos pais, os exames clínicos foram realizados por um único examinador em uma
cadeira sob luz ambiente. Para a análise estatística, foi utilizado o teste
Qui-Quadrado através do Epi Info 6.02. O apinhamento foi observado em 50% (41)
da amostra, não havendo diferença estatisticamente significante quando
correlacionado com: sexo (p=0,65); idade (p=0,18), encontrando aos 08 anos a
maior freqüência; presença de espaços primatas (p=0,07); padrão cefálico
(p=0,80), com o tipo mais predominante o mesocefálico com 85,4% (35); diminuição
do comprimento do arco devido à presença de lesões cariosas (p=0,78) e hábitos
bucais (p=1,00). A discrepância dental inferior (Moyers, R. E. Ortodontia. 4.
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991, p. 198-201) foi encontrada em 57,3%
(47) das crianças examinadas, sendo que 32,9% (27) possuíam discrepância
positiva. Também não houve relação estatisticamente significante (p= 0,17)
entre discrepância e apinhamento. Houve significância estatística entre perda
precoce de dentes decíduos e apinhamento (p=0,009). Não houve correlação
entre apinhamento e sexo, idade, presença de espaços primatas, padrão cefálico,
diminuição do comprimento do arco, hábitos bucais e discrepância dental, porém
houve em relação à perda precoce de dentes decíduos.
A335
Influência
dos hábitos de sucção na prevalência da mordida cruzada posterior
L.Bittencourt;
J.Johnsen*; A.Modesto; E.Bastos; R.Gleiser
Odontopediatria FO-UFRJ - (021) 434-8049
O presente trabalho teve como objetivo avaliar a mordida
cruzada posterior em crianças de 4 a 6 anos de idade, determinando a sua prevalência
e relacionando o hábito de sucção como um possível fator etiológico. A
avaliação foi realizada através do exame clínico de 239 crianças de ambos
os sexos, pertencentes à Escola Municipal Tenente Pedro de Lima, no Rio de
Janeiro - RJ; e de entrevistas direcionadas aos seus pais ou responsáveis, após
consentimento e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa - UFRJ. Os
resultados foram analisados pelo teste Qui-quadrado. Constatou-se que 12,13% da
amostra apresentava mordida cruzada posterior, distribuída em unilateral
esquerda (41,4%), unilateral direita (55,2%) e bilateral (3,4%). Quanto ao tipo,
apresentou-se como dentária (20,7%), funcional (75,9%) e esquelética
(3,4%). Ao relacionar o hábito de sucção como fator etiológico no
desenvolvimento da mordida cruzada posterior observou-se que das 29 crianças
que apresentavam mordida cruzada posterior, 24 possuíam hábitos de sucção,
enquanto que das 210 que não tinham a má oclusão, 88 não apresentavam os hábitos
(p=0,0107). Foi observada uma relação direta entre as variáveis hábito e
mordida cruzada posterior, estatisticamente significante , embora esta má oclusão
receba também influência de outros fatores etiológicos.
A337
Prevalência
de mordida cruzada em pacientes examinados na F.O. UERJ.
O.E.B. Carvalho*,
A.C. P. Silva, M.G. Carlini
Departamento de Ortodontia Faculdade de Odontologia da U.E. R.
J. (021)569-3829
O presente trabalho consistiu na avaliação de 1000 fichas de
pacientes examinados na disciplina de Ortodontia da UERJ com idades variando
entre 8 e 15 anos, 513 do sexo feminino e 487 do sexo masculino; sendo 768 da
cor branca , 101 da cor negra e 131 da cor parda, com o objetivo de analisar a
prevalência de mordidas cruzadas anterior e/ou posterior em dentes decíduos e
permanentes, verificando sua presença em relação ao sexo e a cor do paciente,
tipo de mordida cruzada e a classificação de Angle. A mordida cruzada foi
observada mais frequentemente nos pacientes do sexo feminino, de cor parda e
associada à maloclusão de Classe III. A mordida cruzada posterior foi
encontrada em maior número ( 157 pacientes correspondendo a uma percentagem de
41,8%) e a mordida cruzada total em menor número ( 6 pacientes correspondendo a
uma percentagem de 1,6%). Concluiu-se que, dos 1000 pacientes examinados,
37,6% apresentavam algum tipo de mordida cruzada, resultado maior do que todos
os encontrados na literatura.
A338
Prevalência
da disfunção craniomandibular em universitários de Feira de Santana -Ba.
M.R.Coutinho*;
E.S.Silva FILHO; P.V.B.ROCHA;
D.F.MARTINS Jr.
(Área de Clínica Integrada – (075 2248276) UEFS-Ba.
A Disfunção Craniomandibular (DCM) é uma entidade que afeta
as estruturas do Sistema Estomatognático causando dor e limitando suas funções.
Visando conhecer a situação das DCMs no município de Feira de Santana/BA, foi
proposta desse trabalho avaliar sua prevalência em estudantes universitários
da UEFS( Universidade Estadual de Feira de Santana-Ba ). Para tal, utilizou-se
uma amostra composta de 200 universitários, em igualdade de sexo, dos diversos
cursos. Aplicou-se um questionário anamnésico com os seguintes itens:
dificuldade em abrir a boca; dificuldade de movimentação lateral da mandíbula;
dor/cansaço muscular ao mastigar; cefaléia; dores cervicais; dor no ouvido ou
próximo a ele(ATM); ruídos ou estalidos nas ATMs; hábitos parafuncionais;
qualidade do engrenamento dental; tensão ou nervosismo. Cada item possuía três
alternativas de respostas; sim, não ou às vezes. A essas, foram atribuídos
valores respectivos de 10, 00, 05, que
serviram, através de suas somas, para quantificar o nível de disfunção de
cada indivíduo e agrupá-los como: não
portadores de DCM(resultado da soma menor que 20)
e portadores de DCM leve(
resultado da soma entre 20 e 44), moderada(resultado
da soma entre 45 e 69) ou severa
(resultado da soma maior que 70). Após análise em EPIINFO 6.0, foi obtida
uma prevalência de 43% de DCM leve,
6% para DCM moderada e 1% para DCM severa.
No sexo masculino, os valores conseguidos foram de 37% de DCM leve,
3% de DCM moderada e 0% para DCM severa.
No sexo feminino a prevalência foi de 49% para leve,
9% para moderada e 2% para severa.
A339
Estudo
epidemiológico das alterações funcionais do sistema estomatognático.
L. A. OKINO*;W. A. B. SILVA; F. A. SILVA; O. DI HIPÓLITO Jr.
Departamento de Prótese e Periodontia / Faculdade de
Odontologia de Piracicaba UNICAMP
- (019) 430-5211
A interpretação dos sinais e sintomas das alterações
funcionais do sistema estomatognático tem representado um difícil desafio para
a Odontologia devido à sua etiologia multifatorial (Greene, semin. Orthod., 1
(4):222-8, 1995).Esta pesquisa consiste em um estudo epidemiológico da prevalência
de sinais e sintomas e necessidade de tratamento das alterações funcionais do
sistema estomatognático, realizado em 200 pacientes selecionados aleatoriamente
e submetidos a avaliações anamnésicas, clínicas e físicas previstas em
ficha desenvolvida pelo Centro de Estudo e Tratamento das Alterações do
Sistema Estomatognático (CETASE) desta Faculdade. Os resultados demonstraram
que o sintoma com maior frequência foi o ruído articular, relatado por 33% da
amostra. 53% dos pacientes relataram dor nos músculos temporais, porém apenas
32% tiveram resposta dolorosa à palpação destes músculos. Considerando a
condição dental dos pacientes e a presença de dor muscular ao exame físico,
responderam positivamente: 29% dos dentados totais; 66,6% dos desdentados totais
ou parciais com reabilitação protética; e 42,2% dos desdentados sem reabilitação
protética. Concluiu-se que o grupo de portadores de prótese apresentou
maior prevalência de dor, sendo o
temporal o músculo mais afetado. Ao final deste estudo foi observado que
enquanto apenas 11% dos pacientes procuraram tratamento que incluísse as
desordens do sistema estomatognático, 70,2% da amostra necessita de tratamento
para estas desordens (Schiffman et al, JADA, 120: 295-303, 1990).
PIBIC/CNPq - UNICAMP
A340
Fatores
relacionados com hábitos deletérios na infância e adolescência.
R. B. SOUZA*, M. B. PORTELA, L. M. CHEVITARESE, I. P. R.
SOUZA.
Odontopediatria-FO/UFRJ;Dent./Odontop.-FO/UNIGRANRIO.
rbsouza@nitnet.com.br
O presente estudo avaliou fatores relacionados com a presença
de hábitos deletérios (HD), bem como as suas consequências nas arcadas dentárias.
Foram analisados prontuários odontológicos de pacientes atendidos na Clínica
de Odontopediatria para graduados da FO/UFRJ, nos anos de 1988 a 1998. O
universo trabalhado consistiu de 1817 indivíduos, com idade média de 7,3 ±
2,8 anos, sendo 49,3% do sexo feminino A distribuição por faixa etária (FE)
foi: 1-3 anos: 11,3%; 4-6 anos: 25,9% e 7-15 anos: 62,9%. Os fatores analisados
para o relacionamento com HD foram: 1) a ocupação dos responsáveis (OR),
classificada de acordo com o nível médio de renda e instrução dos responsáveis
(MARTINI & PELIANO – adaptado de VALLE, Estudos e Pesquisas/IBGE, n.8,
1981); 2) FE. Com relação às conseqüências, analisou-se a prevalência de
maloclusões (M). Para a análise dos resultados utilizou-se o teste
Qui-quadrado (p<0,05). A prevalência de HD foi: hábitos nutritivos (HN)
5,49%, e não nutritivos (HNN) 44,2%. A OR não apresentou relação
significante com a presença de HN (pai: p=0,86; mãe: p=0,26) e HNN (pai:
p=0,12; mãe: p=0,17). A relação entre HN e a FE foi altamente significante
(p<<0,00), porém entre HNN e FE não (p=0,21); apresentando as seguintes
freqüências: 1-3 anos: 23,2% HN e 52,8% HNN; 4-6 anos: 10,5% HN e 45,1% HNN e
7-15 anos: 1,2% HN e 44,4% HNN. Para HN e M não foi obtido significância estatística
(p=0,77), entretanto HNN e M sim (p<<0,00). Concluiu-se que os hábitos
deletérios, não estão ligados à ocupação dos responsáveis, porém estão
presentes na infância e adolescência, relacionando-se à presença de maloclusões.
A341
Regeneração
óssea vertical em implantes osteointegrados inseridos parcialmente na
tíbia de coelhos.
N.L. MACEDO, Y.R.
CARVALHO*, F.S. MATUDA,
L.G.S. MACEDO
Depts. Cir., Per., Rad. e Biopat. Diagn. -
F.O.S.J.Campos-UNESP - (012) 321-8166 R: 1206
O objetivo deste estudo foi avaliar a possibilidade de obter
regeneração óssea dirigida utilizando-se uma barreira física não-porosa de
PTFE em implantes osteointegrados, parcialmente inseridos na tíbia de coelhos.
Foram também analisadas as características da interface entre implantes de titânio,
revestidos com plasma de titânio ou com a superfície tratada por ácido e o
tecido ósseo regenerado. Vinte implantes Screw-Vent foram instalados nas tíbias
direita e esquerda de cinco coelhos, sendo dois em cada uma delas, emergindo 3,0
mm do topo da crista óssea, criando um defeito ósseo horizontal. No lado
experimental, os implantes e o tecido ósseo adjacente foram cobertos com uma
barreira não-porosa de PTFE. A análise histológica após três meses mostrou
que todos os implantes estavam em contato direto com o tecido ósseo. As medidas
histológicas mostraram um ganho ósseo médio em altura de 2,15 mm e 2,42 mm
nos defeitos com barreira, e de 1,95 mm e 0,43 mm nos controles, com
revestimento de plasma de titânio e com tratamento ácido da superfície,
respectivamente. Os resultados sugeriram que a colocação de implantes
emergindo 3,0 mm do defeito ósseo pode resultar em crescimento ósseo vertical
e que o osso regenerado foi capaz de osteointegrar os implantes. A utilização
da barreira parece ser crítica quando se utiliza o implante de titânio com a
superfície tratada por ácido.
A342
Sobrevivência
a curto prazo de implantes instalados sobre enxertos autógenos.
O. FERREIRA JR.*, E. SANT’ANA, F.P.M. GIGLIO, L.F.M.
SANT’ANA
FOB - USP - (014) 235-8258
O objetivo deste trabalho foi avaliar a sobrevivência a curto
prazo de implantes osseointegrados instalados em áreas reconstruídas com
enxerto ósseo autógeno. Foram avaliados 50 pacientes, com idade entre 13 e 68
anos, tratados com as seguintes técnicas: “onlay” com implantes imediatos;
“onlay” com implantes tardios; “inlay” com Le Fort I; “inlay” sem Le
Fort I e combinado “inlay-onlay” com implantes imediatos ou tardios,
utilizando blocos de osso fresco removidos da crista do ilíaco, tíbia, mento e
linha oblíqua externa da mandíbula. Os pacientes foram avaliados com relação
à sobrevivência dos implantes inseridos no enxerto, de acordo com critérios
de imobilidade, ausência de radiolucidez peri-implantar e sintomatologia
dolorosa. Os resultados obtidos indicam que a técnica “onlay” com implantes
tardios apresentou a maior taxa de sobrevivência dos implantes (100%),
acompanhados pelas técnicas “inlay” sem Le Fort I (92%), “inlay” com Le
Fort I (86,7%) e “onlay” com implantes imediatos (60%). Estes resultados
sugerem que (1) os enxertos ósseos autógenos constituem uma forma de
tratamento viável e adequada para a reabilitação de pacientes com deficiência
de rebordo alveolar; (2) os implantes devem ser instalados em sessão
posterior à colocação do enxerto, visto que os melhores resultados foram
obtidos com essa técnica, e (3) não existem diferenças quanto à
sobrevivência dos implantes em função das áreas doadoras.
A343
Avaliação
clínica e microbiológica comparativa da
periodontite e peri-implantite induzidas. Estudo em cães.
R.T. CESCO*, M. A. N. MACHADO, C. M. STEFANI,
S. R. P. LINE, P. C. TREVILATTO,
R. B. GONÇALVES, F. H. NOCITI Jr.
FOP/UNICAMP - (016) 632-6996
Objetivou-se avaliar comparativamente, em 5 cães, a perda dos
níveis de inserção relativa ao redor de dentes e implantes dentais e a presença
das bactérias P. gingivalis, B.
forsythus, A. actinomycetemcomitans, P. intermedia e P. nigrescens, por meio da
técnica de PCR, anterior e posterior à indução da periodontite e
peri-implantite. Os P2,
P3 e P4
inferiores bilaterais foram extraídos e substituídos por 3 implantes em cada
lado da mandíbula. Após a conexão dos intermediários, submeteu-se os cães
por 15 dias ao controle diário do biofilme por meio da escovação e aplicação
de Gluconato de Clorexidina 0,12%. Em seguida, as doenças foram induzidas por
meio de ligaduras de fio de algodão colocadas e mantidas por um 1 mês ao redor
dos P2 e
P3 superiores e de dois implantes bilaterais. Amostras das
placas subgengivais e as medidas clínicas foram obtidas anterior e posterior à
indução das doenças. Somente após a indução das doenças, foi constatada a
presença de P. gingivalis em 95% dos
implantes e em 85% dos dentes e de B.
forsythus em 80% dos implantes e 85% dos dentes. As demais bactérias
pesquisadas não foram detectadas nesse experimento. A análise clínica revelou
um aumento significativo na perda do nível de inserção relativa dos dentes
(P=6,33X10-18)
e dos implantes (P=1,55X10-16)
após a indução das doenças. Concluiu-se que não existe diferença
significativa (P= 0,7) entre a evolução das doenças periodontal e
peri-implantar induzidas em cães; e os microrganismos P. gingivalis e B. forsythus estão
associados à evolução destas doenças.
A344
Retenção
de vários sistemas de attachments e overdenture sustentados por implantes
C.N. Elias*, L.A.D. Meirelles, J.H.C.
Lima, A. Sehnetzler Neto
Universidade Federal Fluminense, (024) 344-3012,
elias@metal.eeimvr.uff.br
Neste trabalho fez-se a análise comparativa de sistemas de
attachments produzidos no Brasil e importados. Mediu-se a força de retenção
dos sistemas ERA (Star Gold – Implamed) com abutment fêmea de 0o
e machos de nylon nas cores cinza, laranja, branca e azul, sistema O’ring
(Conexão Sistema e Prótese), O’ring da Steri-Oss e barra-clip (Conexão).
Para os ensaios montou-se um sistema em que os machos permaneceram fixos e as fêmeas
deslocadas verticalmente sem ângulo de inclinação. As forças foram medidas
em uma máquina de ensaio de tração com célula de carga de 50N, precisão de
0,1N, leitura digital e acoplada a microcomputador. Foram realizados 14 ensaios
para cada sistema. Mostra-se na tabela os valores obtidos.
Sistema ERA (Implamed)
O’ring
cinza laranja Ranco
Azul
Conexão
Steri-Oss
Barra-Clip
Força média (N)
12,80 12,53 11,22
12,98
11,67
14,40
15,48
Desvio padrão (N)
0,36 0,89 0,17
0,27
1,20
1,07
0,17
Coef variância (%)
2,8
7,1 1,6
2,1
6,8
11,8
1,1
A análise estatística ANOVA e t teste indicam que com a
mudança da cor do macho do sistema ERA apenas o macho branco apresenta diferença
estatisticamente significativa na capacidade de retanção, não há diferença
estatisticamente significativa entre os sistemas ERA e O’ring e, a capacidade
de retenção do sistema barra-clip é estatisticamente maior que a dos outros
sistemas analisados.
A345
Torque
para remover implantes comerciais na forma de parafuso
J.H.C. Lima*, C.N. Elias, C.A.
Muller, M.A. Pinto, M.H. Prado, H. Schechtman
Odontoclínica Central do Exército, (021) 99721217,
caval@iis.com.br
Neste trabalho avaliou-se a fixação de implantes de titânio,
em forma de parafuso, com o tecido ósseo tibial de coelhos machos da espécie
Nova Zelândia com peso 5-6 Kgf. Empregou-se implantes comerciais, mostrados na
tabela, com a superfície descontaminada após a usinagem, exceto os do grupo De
Bortoli-Swede, em que a superfície foi jateada com partículas de Al. Para a
implantação foi seguido o protocolo cirúrgico colocando-se 2 implantes em
cada cobaia, obtendo-se o bicorticalismo em todas as fixações. Após 12
semanas os implantes foram removidos por torção, empregando-se um dispositivo
colocado na máquina de ensaio de tração, com sistema de leitura digital, célula
de carga de 500 N, precisão de 1 N e acoplado a um microcomputador. No gráfico
torque versus ângulo de rotação obtido, observou-se que inicialmente há
crescimento abrupto da torque para remover o implante, o torque atinge um valor
máximo, seguido de queda suave a medida que o parafuso foi extraído. Os
valores médios dos torques para remover os implantes são mostrados na tabela
abaixo e possuem a mesma ordem da grandeza da literatura (A. Wennerberg and col,
Int J Oral Maxillofc Implants 1996 11:38). A análise estatística ANOVA e t
teste indicaram que não há diferença estatisticamente significativa entre os
torques para extrair implantes jateados e descontaminados, bem como não há
diferença na resistência entre implantes da região mesial e distal.
Serson Restore (Lifecore) Bortoli Swede Dentoflex (Odontec) Mesial
67,6
63,7
95,94
93,2
Distal
72,3
66,4
59,9
74,8
A346
Estudo
da proliferação de fibroblastos tratados com laser operando em baixa potência.
L.ALMEIDA-LOPES*; J. N. GUIDUGLI; R. A ZANGARO; M. M. M.
JAEGER
Disciplina de Patologia Bucal -FOUSP (011) 8186902
O laser operando em baixa potência têm sido utilizado em
tratamentos odontológicos visando melhorar a regeneração e cicatrização de
tecidos. Com o objetivo de analisar
a ação desse laser em fibroblastos gengivais desenvolvemos um estudo in
vitro. Utilizamos fibroblastos de gengiva humana (LMF) que foram plaqueadas
em placas de Petri e cultivadas em diferentes concentrações de sfb (0%, 5% e
10%). Após 48 horas as placas foram divididas em 9 grupos: 3
controles; 3 irradiados com diodo laser com comprimento de onda de 692 nm e 3
com diodo laser de 786 nm. Foram
feitas 4 aplicações, de 12 em 12 horas, com uma fluência de 2J para cada
placa, através da técnica puntual. Foram
realizadas curvas de crescimento, mostrando que as células cresceram mais
lentamente nos grupos em baixa concentrações de sfb.
No entanto, células irradiadas mostraram crescimento mais acelerado em
todos os grupos estudados. Adicionalmente,
o número das células crescidas em baixa concentração de sfb (5%) e
irradiadas foi similar ao das células controle crescidas nas condições ideais
(10% sfb). Houve diferença
estatisticamente significante entre a ação dos dois diferentes comprimentos de
onda utilizados, sendo o laser de luz visível o que mais estimulou o
crescimento celular em culturas crescidas em 5% sfb.
Os resultados mostraram que os diodo laser de 692 nm e de 786 nm, na
fluência apropriada, aumentaram a proliferação de fibroblastos in
vitro. Nós sugerimos que a ação desses laseres em cicatrização de
feridas in vivo seja através da
proliferação de fibroblastos.
A347
Osseointegração
de hidroxiapatita porosa implantada em coelhos.
M.M. BELOTI1*,
P.T. OLIVEIRA1,
R. VAN NOORT2,
A.L. ROSA1
1 FORP/USP,
Brasil & 2
The University of Sheffield, Inglaterra. E-mail: adalrosa@forp.usp.br
A
hidroxiapatita (HA) tem sido utilizada como substituto ósseo em várias condições
clínicas por sua biocompatibilidade com o osso, entretanto, ainda permanecem dúvidas
sobre sua osseointegração. O objetivo deste estudo foi avaliar a osseointegração
de HA, medida pela porcentagem da superfície em contato com o tecido ósseo,
implantada em fêmur de coelhos. Cilindros de HA foram fabricados pela técnica
de vazamento em moldes e sinterização, que resultou em amostras puras e
altamente cristalinas com 40% de porosidade. Os cilindros de HA (n=8) foram
implantados bilateralmente em fêmures (dois em cada fêmur) de coelhos sob
anestesia geral. As perfurações para implantação foram feitas com brocas sob
irrigação constante e os cilindros, colocados pela técnica press-fit.
Após 8 semanas os coelhos foram sacrificados, as peças processadas para cortes
histológicos não-descalcificados e coradas com Stevenel’s
blue e Van Gieson/red alizarin. Os
cortes histológicos foram examinados por microscopia de luz e a porcentagem de
osseointegração determinada por meio de análise de imagens. Observou-se que
uma das extremidades de todos os cilindros de HA estava dentro da cortical óssea
e a parte que se extendia para a porção medular se encontrava revestida por
uma camada contínua de endósteo, com a presença de vasos sanguíneos e
segmentos de tecido ósseo em íntimo contato com a HA. Alguns poros foram
preenchidos por tecido conjuntivo e outros, por tecido ósseo e vasos sangüíneos.
A porcentagem da superfície de HA em íntimo contato com o tecido ósseo foi em
média 39%, variando de 20 a 50%. Estes resultados mostram que HA apresentou
significativa porcentagem de osseointegração mesmo após um curto período de
implantação.
Auxílio financeiro: FAPESP e CNPq
A348
Avaliação
histológica de diferentes membranas no tratamento de defeitos ósseos.
R. A. C. MARCANTONIO, M. HOLZHAUSEN, R. MARGONAR*, C. R.
FONSECA, L. C. SPOLIDORO
Dep. Diagnóstico e
Cirurgia, Fac. Odont. Araraquara – UNESP, (016)2321860
e-mail: adriana@foar.unesp.br
O objetivo deste estudo foi avaliar a efetividade de membranas de colágeno e de osso
desmineralizado, no tratamento de defeitos ósseos em mandíbulas de ratos.
Foram utilizados 60 ratos Holtzman machos de 450 a 500g divididos em 3 grupos:
controle( I), membrana de colágeno (II) e membrana óssea (III). Utilizando-se
um trépano de 5mm de diâmetro, foram confeccionados defeitos ósseos (120
defeitos) ao nível de ramo mandibular, que transpassaram o osso no sentido
buco-lingual. A membranas foram posicionadas nas faces bucal e lingual,
recobrindo todo defeito. Os 3 grupos foram divididos em 4 períodos de sacrifício:
7, 14, 30 e 60 dias. Após tramitação laboratorial de rotina, os cortes histológicos
foram analisados descritivamente. De acordo com a metodologia empregada
verificamos que os defeitos tratados com membranas ósseas e de colágeno
apresentaram aos 30 dias um início de formação óssea e que aos 60 dias esta
apresentou-se superior no grupo
tratado com membrana óssea. Observou-se presença de tecido inflamatório nos
três grupos nos períodos iniciais. Concluimos, deste modo, que ambas as
membranas (colágeno e óssea) apresentaram efetividade superior em relação ao
grupo controle no tratamento de defeitos ósseos de ratos, aos 60 dias a
membrana óssea mostrou maior
efetividade em relação a membrana de colágeno.
A349
Efeito
do tratamento térmico nas propriedades mecânicas de ligas básicas para prótese
parcial removível.
R. REIS *,
K. DIAS.
(Dept. Odontologia, UNIGRANRIO–RJ;Programa de Doutorado em
Odontologia UFRJ–(021)6714248- rreis@unigranrio.br)
Este trabalho avaliou o efeito do tratamento térmico nas
propriedades mecânicas e na microestrutura de ligas básicas para próteses
parciais removíveis. Duas ligas de Ni-Cr
(T100 e TH), uma de Cr-Co-Ni (JLG) e outra de Cr-Co (PS) foram selecionadas.
Oito corpos de prova foram confeccionados para cada liga de acordo com a
especificação nº 14 da ADA e submetidos a tratamentos térmicos (tt)
embasados nos seus diagramas de fase. Ni-Cr:1100ºC por 4 horas; Cr-Co e
Cr-Co-Ni: 815ºC por 4 horas e 1225ºC por mais 4 horas. Todas ligas tratadas
sofreram resfriamento brusco. Os ensaios e metodologia metalográfica (160X)
seguiram os padrões da especificação supracitada. O grupo controle (ct)
consistiu de um mesmo número espécimes idênticos testados (sem que fosse
feitos tratamento térmico e resfriamento brusco), comparados ao grupo
experimental pelo teste T de Student para amostras independentes (p<0.05).
Para ligas de Ni-Cr, o tratamento térmico alterou significativamente apenas o
alongamento (T100 ct:7.8%±2.9, tt:35.3%±6.8; TH ct:7.6%±1.8, tt:35.7%±2.1)
além de microestrutura desordenada. Para PS houve um aumento significativo
apenas na resit. tração (ct:650 MPa±64 e tt:789MPa±30.8), sem alterações
nas demais propriedades. Para JLG houve significativo aumento na resist. tração
(ct: 675Mpa±18.8, tt:783Mpa±62.8), alongamento (ct:7.8%±1.7, tt: 11.9%±2.6)
e em limite convencional de escoamento a 0.2% (ct: 427Mpa±19.5, tt:477Mpa±25.4)
e sem alteração no módulo de elasticidade. Os grupos experimentais de PS e
JLG apresentaram microestrutura mais homogênea com grânulos mais finos do que
seus respectivos controles. O tratamento térmico somente foi benéfico para
as ligas de Cr-Co e Cr-Co-Ni.
A350
Influência
do material constituinte do núcleo na infiltração de coroas metálicas.
T.N.Campos; C.K.Arita; R. Missaka; E.
K. Suzuki.
Departamento de Prótese, Disciplina de Prótese Fixa,
Faculdade de Odontologia da USP - (011) 820-1254
Os dentes endodonticamente tratados podem ser restaurados com
coroas protéticas cimentadas sobre retentores intra-radiculares fundidos (RIRF)
ou sobre pinos pré-fabricados acrescidos de preenchimento. Clinicamente,
verifica-se que, ao longo do tempo, ocorre com frequência desprendimento da
coroa, quando cimentada sobre preenchimento de resina composta. Uma das causas
poderia ser a infiltração marginal que as coroas sofrem conforme a variação
dos materiais que constituem o núcleo. Dessa forma, determinou-se três condições
experimentais: 07 dentes com RIRF, 07 dentes totalmente preenchidos com resina
composta fotopolimerizável (RC) sobre pino pré-fabricado e 07 com remanescente
dentinário e preenchimento parcial com a mesma resina composta. Os preparos
foram padronizados e moldados. As coroas foram fundidas em NiCr. Após a cimentação
com cimento de fosfato de zinco, os corpos de prova foram submetidos à ciclagem
térmica e à fadiga mecânica. Em seguida, foram imersos em fuccina básica a
0,05% por 8 horas. Após o seccionamento das coroas, três examinadores aferidos
avaliaram visualmente, com lupa de aumento, o grau de infiltração, segundo uma
escala de valores. Os dados obtidos foram submetidos à análise de intervalos
de confiança, sob nível de 90% de confiança. Concluiu-se que os núcleos de
metal fundido comportaram-se de forma semelhante aos núcleos parciais
(dentina/RC) com infiltração ao nível cervical e os núcleos totalmente em
resina apresentaram maior infiltração, chegando a alcançar o terço médio da
parede axial.
Bolsa de iniciação científica FUNDECTO
A351
Biomecânica
das prótese parciais removíveis de extremidades livres: encaixes intra
/extracoronários.
E. ELVIRO FRONER*; D. CRUZ LAGANÁ; A. LUIZ. ZANETTI.
Depto. de Prótese da FOUSP FONE: (011)818-7886; FAX
(011)818-7888
O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento biomecânico
das próteses parciais removíveis de extremidades livres, quando se empregam
sistemas de retenção por encaixes intracoronários rígidos e extracoronários
semi-rígidos, em relação às tensões que ocorrem no periodonto de sustentação
e proteção dos dentes (1º e 2º
premolares), da fibromucosa e tecido ósseo de suporte. A metodologia empregada
foi a análise fotoelástica. Os corpos de prova possuíam, próteses parciais
fixas associadas à removíveis por meio de encaixes, cujas selas continham 1 pôntico,
1º molar, e 2 pônticos, 1º e 2º molares. Sobre estes foram aplicadas cargas
concentradas nas fóssulas centrais, com valores variáveis, partindo de 1kg até
15kg, em ordem crescente e da seguinte forma: 1. - somente no 1º molar; 2. -
nos dois molares. Os resultados observados foram: 1º - quando aplicadas cargas
sobre os dois pônticos as tensões são melhor distribuídas entre dentes e
fibromucosa; 2º - quando há um aumento no nº de pônticos na sela de
extremidade livre, as tensões sobre os dentes-suportes são mais benéficas com
a indicação de encaixes extracoronários semi-rígidos, o mesmo não ocorrendo
quando há apenas um pôntico; 3º - a região correspondente ao ligamento
periodontal do 2º prémolar, suporte principal, é uma das que mais se mostrou
tensionada nos experimentos. Os encaixes extracoronários semi-rígidos não
parecem preservar os dentes-suportes, finalidade para a qual são indicados.
A352
Desenho
de primer específico para identificação de Actinobacillus
actinomycetemcomitans.
Avila-Campos, M. J.1*;Sacchi, C. T.2;Whitney, A. M.3;Steigerwalt, A. G.3 & Mayer, L. W.3
Universidade de São Paulo1;Instituto
Adolfo Lutz2,SP,Brazil
- (011) 818-7347CDC3,GA,USA.
O método arbitrarily primed polymerase chain reaction
(AP-PCR) foi utilizado para desenhar e construir um par de primers específicos
para identificar Actinobacillus
actinomycetemcomitans. Foram analisadas 25 amostras de DNA de A.
actinomycetemcomitans isolados de pacientes com doença periodontal. De 90
primers arbitrários, um produto de amplificação foi selecionado, clonado em
vector pCRII, e seqüenciado. A seqüência foi usada para desenhar um único
par de primers, e foi comparada com os dados do GenBank usandoBLAST, não se
observando alguma similaridade. A amplificação por PCR usando-se o novo par de
primers (AA1416), produziu uma banda característica de 3.5-Kb em todos os DNA
de A. actinomycetemcomitans testados. O par de primers AA16S não
produziu bandas ou produziu bandas diferentes daquelas de A. actinomycetemcomitans em outras espécies bacteriana. Nosso
resultado mostra que o primer AA1416 pode ser usado em PCR para identificação
de A. actinomycetemcomitans
diferenciando-o de outros organismos periodontais.
Apoio Financeiro: FAPES Proc. No. 96/3115-6
A353
Avaliação
‘in vitro’’ da infiltração e resistência a remoção de coroas fundidas
e cimentadas em dentes naturais por três agentes cimentantes.
M.J.S.ALENCAR*; T.SAITO; W.MIRANDA JR.
Depto. de Prótese, FOUSP, Fone: (021)547-7990
Esta pesquisa estudou à infiltração e resistência a tração
de coroas totais fundidas e
cimentadas por três agentes cimentantes . Sessenta terceiros molares recém -
extraídos foram preparados em torno mecânico sob refrigeração para que se
obtivesse uma padronização dos corpos de prova. A inclinação das paredes dos
preparos foi de 12o e 17o
. Foi usada uma liga de Ag-Pd
(Pors-On 4. Degussa) ,para confecção das coroas metálicas. Os cimentos
utilizados foram o fosfato de zinco, Vitremer Luting Cement e Panavia 21. Após
cimentação metade dos corpos de
prova foram submetidos a ciclagem térmica(
700 ciclos, 5o
C a 55o
C).Em seguida todos foram imersos
em solução de azul de metileno a 0.5% durante 4 horas e submetidos a remoção
por tração em equipamento
Wolpert a uma velocidade de
5mm/min. Os valores obtidos foram submetidos à análise
de Variância. Três avaliadores verificaram
a infiltração segundo
a escala : 0-nenhuma infiltração; 1- infiltração na borda do preparo;
2- infiltração até o terço cervical do preparo; 3- infiltração até o terço
médio do preparo; 4- infiltração até o terço oclusal ,em seguida tratados
pelo teste de Kruskall Wallis . Quanto a resistência a tração os valores
para o Panavia 21 (60,7kgf) foram estatisticamente superiores ao Vitremer Luting
Cement(49,3kgf) e este maior que o fosfato de zinco(15,3kgf). Quanto
a infiltração: fosfato de zinco(1,6) apresentou maior infiltração que os
cimentos Vitremer Luting Cement
(0,3), Panavia 21 (0,2). Não houve diferença significante ,entre os corpos de
prova que foram submetidos à ciclagem térmica ou não.
Processo FAPESP 96/12296-4
A354
Análise
da síntese de proteínas em fibroblastos de mucosa bucal humana tratados pelo
“laser” não cirúrgico.
A. N. PEREIRA*; R. G. JAEGER; F. N. NOGUEIRA; M. M. M. JAEGER
Patologia Bucal e Biologia Oral, FOUSP Tel 8187902
Os “laseres” não cirúrgicos, ou de baixa potência,
apresentam ação analgésica, anti-inflamatória, cicatrizante e mio-relaxante.
Analisamos a produção de proteína por culturas de fibroblastos originados de
mucosa bucal humana tratados com “laser” na densidade de 3 J/cm2.
Culturas mantidas em baixa concentração de soro fetal bovino (5%), em
triplicata, foram centrifugadas e os precipitados tratados ou não (controles)
com uma aplicação de laser. O
aparelho utilizado foi um diodo-Ga-As-SHDL de aplicação puntual, com
comprimento de onda de 904 nm (KLDBiossistemas e Equip. Eletr., Ltda, Amparo,
SP). A seguir, as células foram
replaqueadas e após 3 dias o pró-colágeno foi imunoprecipitado de lisatos das
culturas. O meio de cultivo
condicionado pelas células e concentrado após liofilização teve sua proteína
total mensurada (método de Lowry) e o colágeno tipo I imunoprecipitado.
O colágeno e o pró-colágeno foram aplicados a géis de poliacrilamida
e após eletroforese as bandas de culturas controles e tratadas foram
comparadas. A proteína total
e o colágeno dos meios condicionados por culturas tratadas foram
significantemente menores que os de culturas controle (p = 0,05).
Não houve diferença na quantidade de pró-colágeno.
O “laser” não cirúrgico causou inibição dos fibroblastos de
mucosa humana pela diminuição na produção de proteínas, em especial do colágeno
tipo I.
Trabalho financiado pela FAPESP#1996/1130-8
A355
Estresse
crônico variável e periodontite induzida por ligaduras em ratos.
C. K. Rösing, C. Susin, D. G.
Bassani
Prog. de Pós-Graduação em Odontologia, ULBRA-Canoas-RS
Bassanidr@hotmail.com
O presente estudo tem por objetivo analisar histologicamente o
efeito de um modelo de estresse crônico variável sobre o estabelecimento e
progressão da doença periodontal (DP) em ratos Wistar. Foram utilizados 30
ratos Wistar machos com três meses
de idade no início do experimento. Todos os animais receberam ligaduras de fio
de algodão nos segundos molares maxilares para indução da DP. Os animais
foram divididos em 6 grupos de 5 ratos sendo os grupos I,II e III controles(C),
que não foram submetidos a nenhum tipo de estresse a não ser a limpeza das
caixas e alimentação padronizada, e os grupos IV,V e VI experimentais(E) que
foram submetidos ao modelo de estresse crônico a partir do dia em que recebe
ram as ligaduras, esse modelo constituiu-se da realização de uma das seguintes
atividades atividades uma vez ao dia: natação, imobilização, imobilização
e exposição ao frio (+5oC),
imobilização e exposição ao frio (-50C), luz piscante, isolamento, odor de sangue de rato,
novo ambiente e privação de água ou comida. Os animais foram eutanasiados aos
30, 45 e 60 dias, e foram obtidos os cortes histológicos de suas maxilas para
análise histométrica da distância da junção amelo-cementária à crista óssea
alveolar da face mesial do segundo molar superior. Os resultados foram
analisados estatisticamente pelo teste-t para variáveis independentes. Aos 30
dias o grupo (C) (936,52±84,76µm) diferiu estatisticamente (test t, p=0,02) do
grupo (E) (790,27±77,27µm), o mesmo ocorreu aos 45 dias entre os grupos (C)
(1007,75±83,06µm) e (E) (832,91±111,16µm)(test t, p=0,02). Aos 60 dias não
foram encontradas diferenças (test t, p=0,16) entre os grupos (C/840,35±59,07µm
e E/755,14±106,96µm). Concluiu-se no presente modelo experimental que o
estresse não aumentou a perda óssea após 60 dias, sendo que houve uma perda
óssea menor nos grupos (E) até os 45 dias.
A356
Distribuição
de tensões de pinos intra-radiculares confeccionados com diferentes materiais.
VASCONCELLOS, W. A.*, DUTRA,
R. A., POLLETO, L. T. A., FONTANA, R. H. B. T. S., CIMINI Jr, C. A.,
ALBUQUERQUE, R. C.
Dep. Odontologia
Restauradora da UFMG. (031) 291-1199
O emprego de pinos intrarradiculares pré-fabricados
associados a materiais de preenchimento plásticos tem se mostrado uma excelente
alternativa para restauração de dentes tratados endodonticamente. Nos
propusemos a avaliar o efeito desses pinos, confeccionados em vários materiais,
na distribuição de tensões em incisivos centrais superiores tratados
endodonticamente empregando o método dos elementos finitos (MEF) bidimensional.
Foram utilizados pinos de aço inoxidável, titânio e fibras de carbono em
matriz de Bis-gma. Os modelos foram restaurados com resina composta como
material de preenchimento coronário e recobertos com uma coroa de porcelana. Os
modelos foram submetidos a análise pelo MEF, sendo aplicada uma carga estática
de 100 N com inclinação de 45º
na borda incisal da superfície palatina do dente. Os valores médios das tensões
sy
(MPa), internamente na porção coronária radicular, foram para os dentes
naturais (controle) de 36,8 , para os com pinos de fibras de carbono 4,8 , para
os com pinos de titânio 71,3 e para os com pinos de aço inoxidável 123,2. Concluiu-se
que os pinos de aço inoxidável apresentaram a maior concentração de tensões
seguidos pelos de titânio e, por último, os de fibra de carbono, que
demonstraram a melhor distribuição de tensões, significando menor tendência
à indução de fraturas radiculares.
A357
Influência
de ciclos de polimerização sobre o polimento, rugosidade, porosidade e dureza
superficial da resina acrílica QC-20.
L..H BORGES*, S.S. DOMITTI, S. CONSANI, L.P. BORGES
FOP-UNICAMP , UNIUBE-UNIVERSIDADE DE UBERABA – (034)312-5122
Este
trabalho teve o objetivo de analisar as
condições polimento, rugosidade, porosidade e dureza superficial
da resina acrílica QC-20, sob influência de diferentes ciclos de
polimerização. Para a confecção dos corpos-de-prova foram utilizadas
matrizes retangulares de alumínio (65x10 e 64x9 x 3,5 mm), fixadas com cola
super bonder (Loctite) em um suporte de madeira.
Em seguida, as matrizes foram moldadas com silicona por condensação Zetalabor,
(zhermack spa – Itália, distribuidor no Brasil, Labordental Ltda.) e os
moldes incluídos em muflas metálicas ( DCL
n.º 5,5 ) e muflas com reforço de fibra de vidro (GC), próprias para
utilização em forno de microondas. A proporção pó/líquido e mistura, assim
como a prensagem da resina acrílica QC 20
foram feitas de acordo com as instruções do fabricante. Após a
polimerização nos ciclos de água aquecida a 74ºC por 9 horas; água
em ebulição; e, por energia de microondas, e resfriamento em temperatura
ambiente, os corpos-de-prova foram removidos das muflas e submetidos aos
processos de acabamento e polimento convencional. Posteriormente, os
corpos-de-prova foram submetidos
aos testes de rugosidade, num Rugosímetro Prazis Rug 3; dureza em um Microdurômetro
Future Tech, polimento superficial, utilizando uma lupa estereoscópica
(Carl Zeiss), com aumento de 25 vezes e fotografias de áreas pré-determinadas;
e, porosidade aparente, através da imersão dos corpos-de-prova em tinta Nankin por 2 horas. Os resultados obtidos foram
submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey ao nível de significância
de 5%. Os resultados do teste de
polimento superficial foram avaliados através da comparação fotográfica da
superfície dos corpos-de-prova. Concluiu-se que o método
recomendado pelo fabricante não diferiu estatisticamente dos outros métodos
em dureza, diferiu estatisticamente de ambos
em rugosidade e não apresentou diferença estatística em porosidade.
Para a variável polimento convencional, observou-se que as
superfícies mais lisas e polidas foram devidas ao processamento
recomendado pelo fabricante, seguidos do ciclo convencional e
por energia de microondas.
A358
Efeito
da Forma dos Pinos Intrarradiculares na Distribuição de Tensões em Incisivos.
R. A. DUTRA*, W. A. VASCONCELLOS, R. H. B. T. S. FONTANA, G.
S. F. SODRÉ, C. A. CIMINI Jr, R. C. ALBUQUERQUE
Dep. Odontologia
Restauradora da UFMG. (031) 291-1199
Várias técnicas têm sido indicadas na restauração de
dentes tratados endodonticamente. Esse estudo visa avaliar o efeito de
diferentes formas anatômicas de pinos intrarradiculares pré-fabricados, na
distribuição de tensões em incisivos centrais superiores analisados pelo método
dos elementos finitos (MEF) bidimensional. Utilizamos pinos de geometria cônica,
cilíndrica e cilíndrica de dois estágios. Foi simulada a aplicação de uma
carga estática de 100 N na superfície palatina do dente. Os valores médios
das tensões sy
(MPa), internamente na porção coronária radicular foram para os dentes
(controle) de 36,8 , para os de pinos cônicos 71,2 , para os de pinos cilíndricos
58,6 e para os de pinos cilíndricos de dois diâmetros diferentes 69,5. Já os
valores médios das tensões na região cervical adjacente à crista óssea
alveolar palatina foram para os dentes naturais de 293,0 , para os de pinos cônicos
309,8 , para os de pinos cilíndricos 304,9 e para os de pinos cilíndricos de
dois diâmetros diferentes 302,0. Concluiu-se que em relação às três
formas anatômicas dos pinos intrarradiculares, pouca diferença houve com
respeito à tensão de tração na porção externa da raiz no terço coronário
na região palatina do dente. Em relação à interface pino/dentina
internamente no lado palatino do terço coronário da raiz, os pinos cônicos
apresentaram uma maior concentração de tensão de tração na região,
seguidos pelos pinos cilíndricos de dois diâmetros e, por último, pelos pinos
cilíndricos de diâmetro único com a melhor distribuição de tensões sendo,
portanto, em relação à forma anatômica, os favoráveis.
A359
Efeito
do controle da placa supragengival
na profundidade de sondagem.
S.C. GOMES * , V. MASTALIR , R.V. OPPERMANN,
Programa de Pós-Graduação FO-UFRGS, Porto Alegre- RS. (051)
316 5005.
Foi realizada uma análise retrospectiva do resultado do
tratamento de pacientes periodontais realizado no Curso de Especialização em
Periodontia ABO-UFRGS. Foram analisadas a presença de placa, através do Índice
de Placa Visível (IPV) e Profundidade de Sondagem (PS) registrados no início e
ao final da I Fase do Tratamento. Esta fase inclui o controle de placa
supragengival pelo binômio paciente-profissional. Foram examinados os registros
de 39 pacientes escolhidos entre um total de 126 que os 10 alunos do Curso
trataram a partir do segundo ano de treinamento. Somente fichas completas foram
selecionadas e, destas, uma em cada três foi
selecionada para compor a amostra. Medianas dos percentuais individuais do IPV
foram calculadas. A distribuição percentual por paciente de bolsas com
profundidades 0-3mm, 4-6mm e > 7mm foram comparadas no início e após
o final do controle da placa supragengival. O teste de
Mann-Whitney foi utilizado a 5% de probabilidade.
Os resultados mostraram um significativa redução no IPV tanto para
faces livres (49,9% no início; 9,66% no final) como para faces proximais
(64,28% no início; 11,23% no final). A alteração mais relevante ocorreu nas
bolsas mais profundas onde 35.48 %
de redução percentual foi observado para as faces proximais e 23.65 % para as
faces livres. Os demais intervalos não apresentaram mudanças significativas.
Pode-se concluir que, dentro das características de um estudo
retrospectivo, o controle de placa supragengival diminui marcadamente o número
de bolsas com 7mm ou mais, justamente aquelas que representam a maior
dificuldade de tratamento.
A360
Influência
do tratamento dentinário na cimentação de coroas metálicas fundidas
E. B. FRANCO, J. L. DIAS*, M. C. GALINA, P. M. CARVALHO, P. G.
TAVARES.
Dep. Dentística. Faculdade de Odontologia de Bauru –
FOB/USP - (014) 235-8367
O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do
tratamento da superfície dentinária na resistência à remoção de coroas
totais cimentadas com cimento de ionômero de vidro(CIV) Ketac-Cem (Espe) e
cimento de fosfato de zinco (FZ) SSWhite. Foram utilizados 60 (sessenta)
terceiros molares recém-extraídos que receberam preparos tipo coroa total. Os
dentes foram distribuídos em seis grupos compreendendo: 1-Cavidry/FZ, 2-
Cavidry/verniz/FZ, 3- Ác. Fosf. 10%/Oxagel/FZ, 4- Cavidry/CIV, 5- Cavidry/Ác.
Fosf. 10%/CIV, 6- Ác. Fosf.10%/Oxagel/CIV. Após 24h da cimentação os espécimes
foram submetidos à ciclagem térmica, sendo em seguida realizado o teste de
resistência à remoção por tração das coroas cimentadas utilizando a máquina
de ensaio universal (Kratos). O teste ANOVA mostrou diferença estatisticamente
significante (p<0,001) entre os diferentes grupos.
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
Grupo
5
Grupo 6
15,10 Kgf
14,70
14,40
15,70
30,10
29,20
O tratamento prévio com ácido fosfórico a 10% aumentou de
forma significativa a resistência das coroas cimentadas com cimento de ionômero
de vidro, sendo estatisticamente superior aos demais grupos. O Oxagel não
afetou a resistência das coroas cimentadas com cimento de fosfato de zinco e
cimento de ionômero de vidro. O verniz não influenciou a resistência à remoção
das coroas cimentadas com o cimento de fosfato de zinco.
Apoio: CNPq - Processo: 522332/94-3
A361
Relação
entre faixa de gengiva ceratinizada e placa bacteriana.
N. KONKEWICZ*, M. T. FASOLO,
A. BACCO, D. TEMES, I. SCHNEIDER, G. CHIAPINOTTO, R. OPPERMANN
P.P.G.- Periodontia- ULBRA (051) 3305419
Existem controversias a respeito de um adequado controle de
placa bacteriana em áreas com pouca ou nenhuma gengiva (Wennström, Ann
Periodontol, 1:671-701,1996). O objetivo do estudo foi avaliar a presença de
placa bacteriana em locais com diferentes extensões de gengiva ceratinizada. De
um total de 524 pacientes adultos examinados, foram selecionados 123 pares de
dentes em 108 pacientes com faixa de gengiva ceratinizada (FGC) £ 1.5mm (G1) e
³ 2.5mm (G2) e com recessões gengivais semelhantes. Nestes pares foram
registrados, com uma sonda periodontal TPS, a FGC, a recessão gengival (RG) e o
índice de sangramento gengival (ISG) por um examinador e o índice de placa
Quigley & Hein, mod. Turesky (1970) (QH) por outro, este desconhecendo a
natureza dos pares. Medianas (md) foram calculadas para o QH e o ISG e
comparadas entre os grupos, utilizando-se os testes de Wilcoxon e McNemar (p
< 0,05). A mediana do QH para o G1 e G2 foi de 1 e 0, respectivamente. No
ISG, os percentuais de presença de sangramento foram de 19.5% no G1 e 16.3% no
G2. Em ambos, as diferenças encontradas não foram estatisticamente
significantes. Dos 123 pares, 56 tinham 2mm ou mais de diferença de FGC entre
os dois grupos. Ao comparar o QH nestes 56 pares, as diferenças das medianas
(md=2 no G1 e md=0 no G2) foram estatisticamente significantes. No ISG, as
diferenças nos percentuais para a presença de sangramento (19.6% no G1 e 12.5%
no G2) não foram estatisticamente significantes. A maior quantidade de placa no
G1 destes 56 pares pode ser explicada pela maior presença de RG de 3mm ou mais
nesse grupo (60.7% das RG de 3mm ou mais no G1 contra 39.3% no G2).
Conclui-se que a presença de placa pode estar relacionada com as diferentes
recessões gengivais, independente das diferentes faixas de FGC.
A362
Resistência
à tensão em feridas com diferentes tipos de síntese.
V.A.TRAMONTINA*, M.A.N. MACHADO, G NOGUEIRA-Fº,
S. KIM, F. VITERBO, S.TOLEDO.
Dep. Prótese e Periodontia FOP/UNICAMP – F.M. UNESP /
Botucatu (019) 430-5298
Os adesivos de fibrina são uma alternativa na síntese de
tecidos mas parecem oferecer pouca resistência inicial em áreas de tensão em
feridas com reparação primária (Haukipuro et al., Dis. Col. & Rect.,
31(8):601-4. 1988). O objetivo do presente trabalho foi avaliar a resistência
de feridas com reparação primária em pele de ratos, utilizando-se adesivo de
fibrina (Tissucolâ /
TIS), sutura com fio de seda 4.0 / SUT, adesivo de fibrina (de fração de
veneno de cobra / V.C. / Unesp Botucatu) e cianoacrilato (Periacrylâ /
PER). Para tanto, 25 animais (Rattus
norvergicus , albinus) foram divididos em três grupos GI =V.C/
TIS/Controle; GII=V.C/SUT/Controle e GIII= V.C/ PER/Controle). No dorso de cada
animal três incisões de aprox.
2cm de comprimento foram realizadas até atingir camada muscular e os
tratamentos de cada grupo sorteados. Após 7 dias os animais foram sacrificados
e as amostras analisadas em tensiômetro (INSTROM medida de carga em Kg). Os
resultados foram (teste Tukey , nível de significância 5%):
GI
GII
GIII
VC = 1,258 ± 0,401*
VC = 1.549 ± 0.478*
VC = 1.502 ± 0.472*
TIS -= 1,492 ± 0,504*
SUT = 1.636 ± 0.426*
PER = 1.912 ± 0.378**
Cont. = 1,570 ± 0.337*
Cont.= 1.420 ± 0.520*
Cont. = 1.573 ± 0.461*
*Tukey / dif .estatisc. não signif. *Tukey / dif .estatisc. não sig.
signif
**PER - valores estat. Sign.
Dentro das condições experimentais, podemos concluir que
o Periacrylâ conferiu a
maior resistência à ferida no grupo III enquanto nos outros grupos não houve
diferença significante entre os tratamentos.
A363
Efeito
da cobertura radicular sobre a sensibilidade dentinária.
E.P. ROSETTI*, C. ROSSA JR, R.A.C. MARCANTONIO, E. MARCANTONIO
JR
Faculdade de Odontologia de
Araraquara - Dep. Diagnóstico e
Cirurgia - Fone (016) 2321233
O propósito do trabalho foi avaliar a influência da
cobertura radicular, através de tratamento
cirúrgico da recessão gengival, sobre o grau de sensibilidade dentinária.
Foram utilizadas 24 recessões gengivais maiores ou iguais a 3 mm em caninos e
pré-molares superiores. O exame clínico inicial consistiu na determinação da
altura da recessão gengival e do grau de sensibilidade dentinária (Uchida et
al., J. Periodontol.,51:578-81,1980). Os tratamentos cirúrgicos das recessões
foram realizados utilizando as técnica de enxerto de tecido conjuntivo
subepitelial e regeneração tecidual guiada com membrana de colágeno. Após 18
meses houve novo exame utilizando o mesmo protocolo inicial. Para efeito de análise
dos resultados as recessões gengivais foram divididas em dois grupos: com
recobrimento radicular completo (11 recessões) e com recobrimento radicular
incompleto(13 recessões). Os dados obtidos foram estatisticamente analisados
pelos: Teste estatístico Mann-whitney que demostrou que o tratamento cirúrgico
das recessões gengivais melhora significativamente a sensibilidade dentinária
(p<0,001) e o Teste estatístico
Kruskal-Wallis demonstrou que mesmo nas recessões que houve cobertura radicular
incompleta a melhora da sensibilidade dentinária foi semelhante ao grupo com
cobertura radicular completa (p=0,10).
Pôde-se concluir que o tratamento da recessão gengival é eficiente na
melhora da sensibilidade dentinária e não é necessário um recobrimento
radicular completo para obtenção de tal condição.
A364
RTG
associada a derivado de osso anorgânico bovino em defeitos de furca classe II.
J.J. SIMONPIETRI C., A.B. NOVAES JR., E.L. BATISTA JR., E.J.
FERES-FILHO, S.L.S. SOUZA*.
Fac. Odontologia da UFRJ e Fac. Odontologia de Ribeirão Preto
– USP - (016) 635-6193
A associação de materiais de enxerto com regeneração
tecidual guiada (RTG) em defeitos de furca classe II tem ajudado a melhorar os
resultados das técnicas regenerativas. Este estudo procurou analisar se o uso
de osso anorgânico bovino (OAB) associado a RTG influencia os resultados do
tratamento em lesões de furca classe II mandibulares. Para tal foram
selecionados 14 pacientes, resultando em 15 pares de defeitos periodontais
similares. Cada defeito recebeu, por escolha aleatória, um dos tipos de
tratamento: membrana de celulose combinada a OAB (RTG + OAB) ou apenas membrana
de celulose (RTG). Após a terapia básica, foram feitas medidas “baseline”
dos tecidos moles, envolvendo a profundidade de bolsa à sondagem (PBS), o nível
clínico de inserção (NCI) e a posição da margem gengival (PMG). Durante a
cirurgia, foram realizadas medidas do tecido duro: altura da crista alveolar
(JCE-CA), profundidades vertical (PV) e horizontal (PH) do defeito. As membranas
foram deixadas em posição por no mínimo 4 semanas. Após seis meses foi feita
a reentrada em todos os sítios, sendo tomadas novas medidas de tecidos moles e
duros. Os resultados mostraram que ambos os procedimentos proporcionaram
significantes reduções na PBS e no ganho de NCI, sem que houvesse diferença
entre os grupos. Apenas o preenchimento horizontal da furca (RTG: 2.47 ± 0.99
mm; RTG+OAB: 3.27±1.39 mm) foi significantemente diferente entre os grupos
(P<0,05). Concluiu-se que a associação entre OAB e RTG aumentou o
preenchimento horizontal do defeito em lesões de furca classe II mandibulares,
mas não mostrou resultados superiores em alterações de tecidos moles quando
comparada com o tratamento apenas com RTG.
A365
Avaliação
clínica e radiográfica do tratamento de defeitos intra-ósseos com regeneração
tecidual guiada.
J.C. JOLY*; D.B.PALIOTO; A.F.M. LIMA
Departamento de prótese e periodontia / F.O. Piracicaba -
UNICAMP - (019) 426-4998
.
Este estudo
avaliou o resultado clínico e radiográfico do tratamento de defeitos intra-ósseos
pela técnica da Regeneração Tecidual Guiada com uso de barreira biodegradável,
comparando com defeitos similares tratados sem a colocação de barreira -
delineamento split mouth. Foram
selecionados 30 defeitos com 2 ou 3 paredes ósseas em caninos e pré molares
inferiores em 10 pacientes. Este estudo foi conduzido de acordo com o Comitê de
Ética em Pesquisa da FOP - UNICAMP. No baseline e 8 meses após, durante a reentrada cirúrgica, foram
obtidas imagens digitalizadas e apurados os parâmetros Nível Clínico de Inserção
(NCI), Nível da Margem Gengival (NMG), Profundidade de Sondagem (PS), Nível do
Defeito Ósseo (NDO) e Nível da Crista Óssea Alveolar (NCOA). Foram realizados
retalhos mucoperiosteais para a instrumentação periodontal e os defeitos
aleatoriamente divididos em sítios teste tratados com barreira e controle. As
imagens foram interpretadas por subtração radiográfica digital para determinação
da Densidade Óptica (DO) e Área de Preenchimento (AP). A hipótese de não
diferença entre os valores médios para todos os parâmetros foi testada pela
análise de variância e teste t
pareado de Student. Os resultados
mostraram diferença estatística significativa (P < 0,01) entre o baseline
e o exame final para os parâmetros biométricos NCI, NMG, PS e NDO nos sítios
teste e controle. Houve diferença estatística significativa (P
< 0,01) para o parâmetro clínico NDO e radiográficos DO e AP entre os sítios
teste e controle. Estes achados mostram que ocorre maior preenchimento ósseo
nos sítios tratados seguindo os princípios da regeneração tecidual guiada.
Suporte financeiro FAPESP /
97/01422-1 e 97/01421-5.
A366
Resistência
à fadiga do titânio e Ti-6Al-4V em diferentes meios.
R.A.ZAVANELLI*, G.E.P.HENRIQUES, M.F.MESQUITA, M.A.A.NÓBILO.
Departamento de Prótese e
Periodontia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba.
(019) 430 5295 zavanelli@yahoo.com
A fadiga é
responsável por 90% das falhas de estruturas metálicas, estando relacionada às
alterações superficiais e ocorrendo devido à aplicação de esforços cíclicos.
As PPRs sofrem fadiga devido às constantes inserções e remoções e durante o
próprio ato mastigatório. Devido a propriedades como biocompatibilidade e
resistência mecânica, tem-se introduzido o uso do titânio e suas ligas na
confecção de próteses, sendo consideradas susceptíveis de alterações
superficiais devido ao uso de soluções fluoretadas. Foi propósito desse
estudo avaliar, comparar e analisar a resistência à fadiga do titânio c.p. e
da liga Ti-6Al-4V sob influência de diferentes meios de armazenagem (saliva
artificial, saliva artificial fluoretada e ausência de meios). Trinta amostras
para cada um dos materiais, semelhante a um halteres, contendo 2,3 mm de diâmetro
na porção central, foram obtidas por fundição odontológica (Rematitan –
Pforzhein – Alemanha). O ensaio de fadiga foi conduzido em máquina de ensaios
universal (MTS - Test Star II), usando carregamento 30% abaixo do limite de
escoamento (a 0,2% de deformação). Além do número de ciclos até a fratura,
a superfície fraturada foi analisada sob M.E.V.. Os resultados, após teste de
Tukey a 5% de probabilidade, indicaram que a liga Ti-6Al-4V alcançou 21.269,50
ciclos contra 19.157,60 ciclos para o Ti c.p., sendo que na presença das soluções,
este número diminuiu
drasticamente, fato ilustrado sob M.E.V., pela provável reação dos meios. Verificou-se que: a liga Ti-6Al-4V obteve os maiores
valores médios de resistência à fadiga, porém sem diferença
estatisticamente significante em relação ao titânio c.p., independente da
presença dos meios; a presença das soluções diminuiu a resistência à
fadiga para ambos materiais, com diferença estatisticamente significante em
relação às amostras ensaiadas sem a presença dos meios, não havendo diferenças
entre as soluções.
Apoio financeiro: Fapesp – processo 97/10041-1
A367
Avaliação
do desempenho de sistemas de polimento para porcelana dentária.
R. A VIEIRA*, F. C. RIBEIRO
Departamento de Prótese - FOUSP - (011) 818.78.88
Este trabalho objetivou avaliar quantitativamente a rugosidade
superficial de uma porcelana dentária (NORITAKE) polida por três
diferentes sistemas e o tempo ótimo de eficiência de aplicação para cada
sistema. Foram confeccionadas 20 amostras de porcelana, embutidas em bases de
resina acrílica. Os espécimes foram divididos em 4 grupos: grupo A) superfície
com “glaze” (controle); grupos B, C e D, os quais sofreram desgaste
superficial com pontas diamantadas F e FF + polimento com sistema EXA-CERAPOL (
3 fases - 180 segundos cada), sistema KOMET (2 fases - 180 segundos cada) e
pasta diamantada KG SORENSEN (1 fase - 180 segundos), respectivamente. As
leituras da superfície foram realizadas por meio do aparelho SURFTEST
301-Mitutoyo, a cada 20 segundos de polimento, utilizando os parâmetros Ra, Ry,
Rz e Rp. Os dados obtidos foram submetidos a uma análise estatística (ANOVA e
Tukey ao nível de 5%), permitindo concluir que: Em relação à rugosidade
superficial final - Não houve diferença significativa entre os grupos A
(Ra=0,18±0,06mm; Ry=1,06±0,29mm; Rz=0,9±0,12mm;
Rp=0,44±0,15mm), C (Ra=0,15±0,02mm; Ry=0,94±0,09mm;
Rz=0,48±0,08mm; Rp=0,42±0,08mm) e D (Ra=0,22±0,05mm;
Ry=1,9±0,43mm; Rz=0,98±0,18mm; Rp=0,76±0,15mm),
porém o grupo B (Ra=0,38±0,046mm; Ry=2,84±0,52mm;
Rz=1,98±0,33mm; Rp=1,14±0,15mm) apresentou
rugosidade maior; Em relação ao tempo ótimo de eficiência de polimento
constatou-se que no grupo B este é de 40 a 60 segundos para a fase 1, de 160
segundos para a fase 2 e para a fase 3 não se observou melhora significativa da
rugosidade superficial após 180 segundos; para o grupo C o tempo ótimo é de
40 segundos para a fase 1 e de 20 segundos para a fase 2; finalmente, para o
grupo D o tempo entre 60 e 80 segundos demonstrou ser o ótimo.
A368
Biomecânica
das estruturas de suporte dentes/fibromucosa com encaixes extracoronários.
D. CRUZ LAGANÁ*, A
. CALIL MATHIAS, E. MATSON.
Depto. de Prótese da FOUSP- FONE: (011) 818-7886; FAX (011)
818-7888
O objetivo deste trabalho foi avaliar a distribuição das
tensões nas estruturas protéticas e de suporte, dentes e fibromucosa, quando
da reabilitação de pacientes parcialmente edentados com próteses associadas,
fixa e removível de extremidade livre, com encaixe extracoronário rígido
e semi-rígido. O método empregado para avaliação foi o do elemento finito
bidimensional. Simulou-se uma carga aplicada de 100N nos pônticos da sela da
PPREL, nas diferentes situações a seguir: 1. No
1º molar somente; 2. No 2º molar; 3. Nos 1º e 2º molares.
Os resultados observados foram: 1. Os encaixes rígidos transmitiram as
maiores tensões à prótese fixa nas 3 situações de carga, principalmente no
assoalho do encaixe; 2. As maiores tensões foram transmitidas ao ligamento
periodontal com aplicação de carga no 1º molar (5,5 vezes mais tensões que a
fibromucosa) e as menores quando incidiu sobre o 2º molar apenas no sistema
semi-rígido; 3. O semi-rígido, quando da aplicação sobre os dois pônticos,
transmite mais cargas à fibromucosa, e o rígido, com aplicação de carga no 1º
molar, é o que menos transmite. Os dentes-suportes são mais preservados
quando se empregam encaixes extracoronários semi-rígidos, duplicando, porém, percentualmente as tensões na fibromucosa.
A369
Avaliação
da adaptação cervical de coroas com porcelana de ombro.
I. GIANNINI*; J.
YAMANOCHI; F. C. RIBEIRO;
I. CONTIN.
Dep. de Prótese Dentária; F. de Odontologia; U. de São
Paulo; g-ivangc@siso.fo.usp.br
A adaptação
cervical de coroas metalo-cerâmicas com o ombro cervical vestibular sem metal
foi avaliada, utilizando-se quatro diferentes porcelanas, próprias para este
fim. Confeccionaram-se 60 amostras compostas por dente, pré fabricado em
resina, com preparo para coroa metalo-cerâmica e “coping” metálico de
Ag-Pd, ambos com características próprias para aplicação de porcelana de
ombro. As amostras foram divididas em 6 grupos, a saber: Grupo 1- Controle
positivo, não recebeu nenhum tratamento; Grupo2- Controle negativo, recebeu
processos de cocção em forno, simulando os ciclos de cocção das porcelanas;
Grupos 3, 4, 5 e 6 receberam a aplicação das porcelanas, Noritake, Vita,
Ceramco e Vision, respectivamente, seguindo as especificações técnicas dos
fabricantes. Após a realização das aplicações das porcelanas, as amostras
foram embutidas em blocos de resina epóxica e seccionadas no sentido
longitudinal de vestibular para lingual, perfazendo 120 corpos de prova.
Utilizou-se o microscópio óptico comparador ( Mitutoyo ) para medição da
adaptação cervical em 2 pontos ( X
– borda vestibular e Y – borda lingual do “coping” ) para os grupos 1 e
2, e em 5 pontos ( X e Y para o “coping” e A, B e C – bordas externa, média
e interna, respectivamente, do ombro da porcelana ) para os grupos de 3 a 6. Os
dados obtidos foram submetidos ao teste ANOVA e permitiram as seguintes conclusões:
1. O processo de cocção em forno promove alterações dimensionais no
“coping” resultando em significativo aumento do desajuste marginal nos
pontos X e Y; 2. Em relação à adaptação da margem externa, ponto A, o grupo
3 apresentou o menor desajuste; 3. O menor desajuste médio foi encontrado no
grupo 5 ( A+B+C ).
Apoio Financeiro: Fapesp – Processo No
98/11400-8
A370
Resistência
à tração de reparos em resina composta sobre Artglass
F. C. RIBEIRO, P. M. M. FAARA, P. F. CESAR, R. M. CALDART*, A.
OLIVEIRA
Depto. de Prótese – FOUSP – (011) 818-7888 –
roberta.caldart@uol.com.br
Revestimentos estéticos de trabalhos protéticos podem sofrer
fraturas, sendo necessária a reparação intra-oral do elemento. Assim sendo,
este estudo avaliou a resistência à tração de reparos em resina composta
Charisma (Kulzer) com o adesivo Prime & Bond 2.1 (Dentsply) sobre superfícies
de Artglass (Kulzer) com diferentes tipos de tratamento. Confeccionaram-se 30
espécimes, constituídos por blocos de Artglass embutidos em cilindros de
resina acrílica. As amostras foram divididas em 6 grupos de acordo com o
tratamento de superfície realizado: 1. Ácido fosfórico a 32% por 1 minuto
(controle); 2. Ácido fluorídrico a 10% por 1 minuto; 3. Ácido fluorídrico a
10% por 3 minutos; grupos 4, 5 e 6 foram asperizados com uma ponta diamantada e
então receberam os mesmos tratamentos, como nos grupos 1, 2 e 3,
respectivamente. Após o preparo da superfície, aplicou-se o adesivo e
confeccionou-se, com resina composta, um cone truncado invertido com base de 3mm
de diâmetro em contato com a superfície de Artglass. Após a estocagem em água
deionizada a 37o C
por 24 horas, os corpos-de-prova foram tracionados a uma velocidade de 0,5mm/min
em uma máquina de ensaios universal (Wolpert-Werke). Os resultados, em MPa,
foram os seguintes (média±desvio padrão): Grupo 1: 20,3±5,5; Grupo 2: 14,7±1,5;
Grupo 3: 11,9±1,1; Grupo 4: 22,2±1,7; Grupo 5: 15,4±3,7; Grupo 6: 14,5±0,8.
Os dados foram submetidos ao teste ANOVA permitindo as seguintes conclusões:
1. O uso de ácido fluorídrico, tanto por 1 minuto como por 3 minutos, resultou
em médias significantemente menores quando comparadas com o grupo controle, já
o tempo de aplicação do ácido não promoveu diferença significativa; 2. O
uso de ponta diamantada não resultou em aumento significante da resistência a
tração.
A371
Comparação
entre dois métodos de remoção profissional de placa supragengival.
L. A. MIRANDA*, R. V. OPPERMANN
Programa de Pós Graduação - FO/UFRGS -
(051) 316 5318, lmiranda@vortex.ufrgs.br
A remoção profissional de placa faz parte de procedimentos
preventivos (Axelsson & Lindhe, J. Clin. Periodontol.,18:182-189,1991).
Neste estudo, examinou-se o efeito destes procedimentos na formação de placa e
fluido gengival (FG), quando realizados com instrumentos rotatórios ou escova
dental. Oito alunos participaram como voluntários. Inicialmente, placa e FG
foram registrados, seguidos de uma profilaxia. Após 10 dias, novos registros e
profilaxias com escova (G1) e taça (G2) foram realizadas com pasta profilática.
O controle de placa foi suspenso por 4 dias. Placa foi aferida a cada 24h e no
quarto dia também foi coletado FG. O Índice de Quigley & Hein, Turesky
(QH) foi realizado para aferição da placa revelada com fluoresceína por um
examinador cego. O registro de FG, em mm, foi realizado com papel filtro
estandardizado e ninhidrina. As médias do QH e de FG foram comparadas com ANOVA
de medidas repetidas e as medianas percentuais dos escores 0 e 1, pelo teste de
Wilcoxon, ambos a 5% de probabilidade. O FG aumentou significativamente de
0,18mm para 0,35mm nos sítios do G1 e de 0,10mm para 0,39mm, nos sítios do G2,
não havendo diferença entre os tratamentos nas duas ocasiões.Não houve
diferença estatisticamente significante nas médias do QH entre os tratamentos
nos quatro dias do estudo. A medianas percentuais do escore 0 para G1 e G2
foram, respectivamente, 58,35% e 66,67% no dia 1, 16,67% e 16,67% no dia 2 e 0%
nos dias 3 e 4 em ambos tratamentos. Para o escore 1, foram 33,33% e 25% no dia
1, 50% e 58,33% no dia 2, 16,67% e 8,33% no dia 3 e 0% para ambos no dia 4,
sendo esses resultados estatisticamente semelhantes entre grupos. Conclui-se
que, após procedimentos de remoção de placa profissional com escova ou taça
de borracha, os padrões de formação de placa e FG imediatos foram
semelhantes.
A372
Manutenção
do plano oclusal das próteses totais após a acrilização.
V. P. P. CUNHA*, M. P. NEISSER, M. A. BOTTINO
Departamento de Odontologia, Universidade de Taubaté –
UNITAU - (012) 321-1718
O objetivo deste trabalho foi avaliar a estabilidade do plano
oclusal de uma prótese total
superior e inferior após a acrilização feita com o uso de duas muflas, uma
convencional e outra HH, na qual a prensagem da prótese superior é feita
simultaneamente com a inferior. Para tanto foram usados 40 modelos, 20
superiores e 20 inferiores, que foram montados em um articulador semi ajustável
com angulações de 30º
para a inclinação antero posterior do recorrido condílico e 15º
para o angulo de Bennett. Sobre eles foram montados 8 corpos de prova em forma
de cubo, com 4 pirâmides simulando 4 cúspides, que foram montados nas regiões
de pré-molares e de molares, 4 no rebordo superior e 4 no rebordo inferior,
ocluindo entre si e simulando a montagem de um par de próteses totais. Após o
enceramento, foi feita a medida da
distância de um ponto da base do modelo à ponta da pirâmide, conseguindo
desta forma 4 medidas por corpo de prova, 16 medidas por modelo e 32 por par de
modelos. Esta medida foi obtida através de um metroscópio horizontal, com
precisão de 0,0001 mm. Em seguida os modelos foram incluídos,10 pares em
muflas convencionais e 10 pares em muflas HH, e a acrilização seguiu o padrão
do ciclo longo. Uma vez acrilizados, os corpos de prova foram demuflados sem a
separação do modelo padrão, e os pontos medidos foram novamente mensurados e
analisados em relação às diferenças existentes. Os resultados mostraram
que o plano oclusal se manteve mais uniforme quando os modelos foram acrilizados
nas muflas HH.
A373
Inibição de
MMPs gengivais humanas por sais de zinco e cobre.
A. P. SOUZA*, R. F. GERLACH, S. R. P. LINE
Depto. de Morfologia FOP/UNICAMP - Fax: (019)430-5218 -
e-mail: apsfop@yahoo.com
Vários
estudos demonstraram que as metaloproteases da matrix (MMPs) tem um papel
importante na destruição e regeneração do tecido periodontal. As células da
gengiva podem expressar MMP-1, MMP-2, MMP-3, MMP-8 e MMP-9. Os materiais odontológicos
liberam metais para o ambiente oral e se demonstrou que alguns metais são
capazes de inibir metaloproteases. Não existem dados indicando se metais
liberados de materiais odontológicos interferem com a atividade de enzimas
periodontais. O objetivo deste estudo foi avaliar se sais de zinco e cobre são
capazes de inibir as principais MMPs presentes na gengiva humana: MMP-2 e MMP-9.
As MMPs foram obtidas pela encubação de fragmentos de gengiva humana em D-MEM
a 370C
por 16 horas. A atividade proteolítica do sobrenadante do meio de cultura foi
verificada através de enzimografia em géis de poliacrilamida contendo
gelatina. Quatro bandas mais intensas foram detectadas e caracterizadas como
MMP-2 e MMP-9 por imunoprecipitação. A inibição da atividade destas MMPs foi
avaliada após a encubação (16 horas a 370C)
dos zimogramas em tampão de revelação (Tris/HCl a 50 mM contendo CaCl2 a 5 mM, pH
7,4) contendo diferentes concentrações dos sais de zinco e cobre. Amostras
controle foram encubadas somente em tampão. A atividade destas MMPs foi
totalmente inibida por soluções de ZnSO4 a 3 mM
e CuSO4 a 5 mM. Um
efeito inibitório menos intenso foi observado mesmo quando concentrações tão
baixas quanto 12 µM de ZnSO4
foram testadas. Os resultados indicam que sais de zinco e cobre são capazes
de modular a atividade de MMPs gengivais. Os efeitos biológicos de materias
dentários e dentifrícios podem estar relacionados aos seus efeitos sobre as
enzimas gengivais.
FAPESP,
97/13651-5 e 97/12210-5
A374
Prevalência
de sinais e sintomas de disfunção temporomandibular em crianças.
F.G.CARMAGNANI*, M.B.D.GAVIÃO
FOP - UNICAMP - e-mail:mbgaviao@fop.unicamp.br
A literatura
apresenta vários estudos sobre disfunção da articulação temporomandibular
em adultos. No entanto, é relativamente pequena a informação sobre essa condição
em crianças. Considerando-se que a oclusão decídua encontra-se num estado
contínuo de rápidas mudanças e que padrões funcionais básicos da oclusão são
estabelecidos antes da erupção dos dentes permanentes, o objetivo do nosso
estudo foi avaliar a prevalência de sinais e sintomas de disfunção da
articulação temporomandibular em 99 crianças, de 3 a 5 anos de idade, com
arcos dentários decíduos. Os sinais e sintomas subjetivos foram avaliados
através de questionário dirigido ao responsável pela criança. Os sinais e
sintomas objetivos foram avaliados através do exame clínico extra-bucal e
exame intra-bucal. Os resultados obtidos demonstram que 8,08% das crianças
apresentavam pelo menos um sinal e um sintoma associados. Destas, 37,5% tinham
como sinal a dor de cabeça freqüente, e o desvio mandibular durante a abertura
e fechamento como sintoma. 18,18% apresentaram pelo menos um sinal de disfunção
estando o desvio mandibular presente em 66% destes pacientes, interferências
oclusais em 33,33%; movimento de côndilo assimétrico em 11% e ruído articular
em 5,55%. Os pacientes que somente apresentaram sintomas foram 8,08%. Os
sintomas de maior queixa foram a dor de cabeça constante para 32,4% e dor na
mandíbula para 32,4%, seguidas de dor de ouvido não associada à infecção,
25%, e dificuldade para engolirem 25%. Concluímos que sinais e sintomas de
disfunção da articulação temporomandibular estão presentes em idades
precoces, mesmo em pequena parcela, e que o cirurgião-dentista deve ter em mãos
elementos para diagnosticar essas variáveis precocemente.
Projeto financiado pela FAPESP – Processo 96/0714-6
A375
Incidência
e progressão da doença periodontal em pacientes HIV+.
S. FERREIRA, G. VILLORIA*, R. SILVA, L. CARVALHO, R.G.
FISCHER, L. GONÇALVES
Dep de Periodontia. FOUGF, FOUFRJ, FOUERJ, Rio de Janeiro,
Brasil - e-mail:villoria@openlink.com.br
O objetivo do presente estudo foi avaliar a incidência e
progressão da doença periodontal em pacientes HIV+, e correlacionar esses
achados com a imunidade dessa população avaliada pelos níveis de CD4. 49
pacientes (13 mulheres e 36 homens), idade média de 37,6 anos, variando entre
21- 61, foram examinados no Hospital- Dia do HUCFF-UFRJ, no período de 1 ano.
Os parametros clínicos avaliados incluiram Índice de placa (Sillness & Löe),
Índice gengival (Löe & Silness),profundidade de bolsa
a sondagem (PBS) e nível de inserção a sondagem (NIS). O indivíduo
era considerado com doença periodontal quando apresentasse 1 sítio com perda
de inserção > 4 mm. A progressão da doença periodontal foi avaliada pelo
número de sítios que apresentassem piora no NIS de pelo menos 2 mm, em pelo
menos 1 sítio. Tratamento periodontal incluindo instruções de higiene oral e
raspagem supra e subgengivais foi executado nos pacientes. Os resultados
demonstraram que a incidência de doença periodontal foi de 100%. 78% dos
pacientes com doença periodontal no dia 0 apresentaram progressão da doença 1
ano após. A incidência e progressão da doença periodontal não estavam
relacionadas a uma piora do quadro imunológico. O tratamento periodontal não
evitou a progressão da doença periodontal. Essa piora do quadro periodontal
pode ter ocorrido pela ineficência do tratamento periodontal oferecido e/ou
pelo fato de que a maioria dos pacientes (60%) já serem severamente
imunodeprimidos (CD4 < 200) durante o período de avaliação.
A376
Efeito
da irrigação e do tempo de fresagem na osteotomia.
L. A. P. PINELLI*, P. S. P. CARVALHO
Departamento de Cirurgia e
Clínica Integrada- Fac. de Odontologia de Araçatuba- UNESP. Fone (018)
624-5555 E-mail antunnes@hotmail.com
Foram avaliados os efeitos da osteotomia com e sem irrigação
externa com variação do tempo de fresagem com brocas do sistema VSi®
(Very special implants) através de um estudo in vivo em mandíbulas de cães. Para a realização do trabalho
foram confeccionadas cavidades ósseas nas mandíbulas previamente desdentadas,
utilizando-se a seqüência de brocas lança, 2,5mm, 3,2mm, 3,7mm e laminador de
tecido ósseo. Os animais foram sacrificados imediatamente após o preparo das
cavidades e aos 45 dias. Os cortes histológicos foram obtidos e submetidos à
análise histomorfométrica com o objetivo de avaliar a alteração de tecido ósseo
(sacrifício imediato) e a neoformação de osso (sacrifício tardio) após usar
as fresas com e sem irrigação externa e variando-se o tempo de fresagem.
Observou-se que a alteração óssea foi mais severa nos grupos onde não se
usou irrigação externa.Com relação à neoformação óssea, o grupo com
tempo de fresagem entre 17 e 19 segundos com irrigação externa foi o que
apresentou melhores resultados. Concluiu-se que o uso da irrigação externa
atenuou os danos ao tecido ósseo, independente do tempo de fresagem.
Apoio Financeiro: FAPESP.
A377
Prevalência
de microrganismos superinfectantes na placa supragengival de deficientes
mentais.
C. M. Pannuti1*; R. F. M. Lotufo1; S. Cai2; A. Ferraro1, N.Gnoatto1
1) Periodontia/FOUSP; 2) Microbiologia/ICBUSP,
p-pannut@siso.fo.usp
Enterobacterias, estafilococos e leveduras são microrganismos
superinfectantes encontrados na cavidade bucal, associados à vários tipos de
infecções. Sua ocorrência na microbiota subgengival tem sido associada a
baixa resistência do hospedeiro e condições de higiene inadequadas. No
entanto, existem poucos estudos na literatura a respeito da sua prevalência na
placa supragengival. O objetivo deste estudo foi verificar a prevalência destes
patógenos na placa supragengival de deficientes mentais institucionalizados.
Amostras de placa supragengival foram coletadas de 30 pacientes (18 homens e 12
mulheres), com curetas esterilizadas, e depositadas em frascos contendo meio de
transporte VMGA III. As amostras foram diluídas e semeadas em meios seletivos e
em agar Brucella acrescido de sangue, para contagem de bactérias totais. Testes
bioquímicos foram realizados para identificação presuntiva. Enterobactérias
foram encontradas em 33% dos pacientes, sendo que em quatro indivíduos (13%),
estas consistiam de 3 a 42% da microbiota cultivável. Estafilococos
coagulase-positivos foram isolados de 13% dos indivíduos, representando de 2,2. 10-6 %
a 1,9.10-3 %
da microbiota. Leveduras foram encontradas em 26% dos pacientes (2,1. 10-5 % a 1,3.10-3 %
da microbiota). Os pacientes estudados apresentaram prevalência variável de
enterobactérias (33%), estafilococos (13%) e leveduras (26%) na placa
supragengival. A presença destes patógenos pode apresentar implicações etiológicas
e terapêuticas importantes.
Financiamento: FAPESP – Auxílio à Pesquisa (processo
96/12367.9)
A378
Estudo
ultraestrutural de fibroblastos cultivados sob a ação do “laser” não cirúrgico.
N. A. FUJIHARA*; A. N. PEREIRA; R. G. JAEGER; M. M. M. JAEGER
Disciplina de Patologia Bucal, FOUSP Tel (011) 8187902
Na Odontologia o “laser” não cirúrgico, ou de baixa potência,
tem sido empregado como auxiliar terapêutico em diversas situações clínicas.
O objetivo do trabalho foi analisar a morfologia de fibroblastos de
mucosa bucal humana em cultura, tratados pelo “laser” na densidade de 3 J/cm2.
Culturas crescidas em meio DME contendo diferentes concentrações de
soro fetal bovino (sfb), a saber: 5 e 10%, foram utilizadas. O “laser” foi
aplicado em precipitados celulares. O
aparelho utilizado foi um diodo-Ga-As-SHDL de aplicação puntual, com
comprimento de onda de 904 nm (KDLBiossistemas e Equip. Eletr., Ltda, Amparo,
SP). As células foram replaqueadas e 24 h após foram fixadas em glutaraldeído
a 2%. O material foi processado
para análise em microscopia eletrônica de transmissão. Culturas tratadas,
independentemente da concentração de sfb, apresentaram grande número de células
menores que as controles, exibindo citoplasma eletrondenso e grande quantidade
de vilos. Algumas dessas células
apresentavam polarização de organelas. Diminuição
do complexo de Golgi, desorganização das mitocôndrias e aparecimento de vacúolos
no citoplasma foram observados em algumas células crescidas com 5% sfb e
tratadas. O “laser” de baixa
potência é capaz de causar alterações morfológicas tanto em células
crescidas em condições normais como com deficit nutricional.
Trabalho financiado pela Pró-Reitoria de Pesquisa da USP e FAPESP.
A379
Análise
da dimensão vertical de oclusão em crianças até 12 anos.
E. M. SANTOS, V. P. FREITAS*, M. A. C. BORGES, A. CHELLOTI
Departamento de Odontopediatria, FO-USP Fone: 011 2937794
A determinação da dimensão vertical de oclusão é um
constante desafio na Odontopediatria. Nosso objetivo foi avaliar os valores da
dimensão vertical de oclusão em crianças de 5 a 12 anos. A amostra consistiu
de 89 pacientes, de ambos os sexos, na faixa etária determinada, portadores de
boa oclusão. Desses pacientes foram obtidas duas medidas, a COM-CO (distância
da comissura labial-canto do olho) com o uso de um compasso, e DVO (dimensão
vertical de oclusão), com o uso do compasso de Willis. No registro das medidas,
o paciente estava sentado, com o plano oclusal paralelo ao solo e os dentes em
oclusão. As medidas foram feitas por 3 operadores. A média dos valores
registrados para cada grupo foi determinada em ambos os sexos. Observou-se
alteração dos valores na DVO na faixa etária estudada, e correlação entre
os valores da DVO e da distância craniométrica (COM-CO) utilizada. Nossos
resultados suportam a conclusão que os valores da DVO sofrem alterações em
idades determinadas e em épocas que coincidem com os incrementos de erupção
dental dos dentes permanentes.
A380
Avaliação
da temperatura na remoção de pino intra-radicular com ultra-som
E. YAMAMOTO*, C. UTIYAMA, T. N. CAMPOS, M. MORI
Departamento de Prótese da Faculdade de Odontologia USP-SP
(011) 818-7888
Tendo em vista os efeitos danosos da transmissão de calor aos
tecidos periodontais, este trabalho teve como objetivo avaliar a temperatura
desenvolvida durante a remoção de pino intra-radicular fundido, com uso de
aparelho de ultra-som. Foram utilizados 20 dentes unirradiculares extraídos
divididos em 2 grupos; GI(10), com pinos intra-radiculares em liga de CuAlZn
(Goldent), e GII(10) com liga de PdAg (Pors-On4). Para se obter o registro da
temperatura durante a aplicação do ultra-som,
foram fixados termopares ao redor dos terços médio e apical das raízes,
conectados a um termômetro digital. Através da análise de variância ANOVA,
verificou-se diferença estatisticamente significante à 5%, entre as regiões
medidas, e entre as ligas utilizadas. Observou-se na região mediana, amplitude
média de 10,9ºC, e na região apical de 8,9ºC. A liga de PdAg alcançou
amplitude média maior (10,7ºC), e a liga de CuAlZn(9,0ºC).A literatura mostra
que a temperatura de 47ºC por 5 minutos é capaz de causar danos ao tecido ósseo,
e que a condução de calor dentro desta faixa de temperatura é um processo
linear assim , o aumento de temperatura seria o mesmo caso a temperatura inicial
fosse 36ºC. Assim pode-se concluir que: A remoção de pinos
intra-radiculares por meio de ultra-som, produz variação de temperatura
significante dependendo da liga empregada e da região pesquisada. No entanto, a
implicação clínica destes resultados necessita futuras investigações.
A381
Análise
tridimensional com o Método dos elementos finitos de um pino intraradicular
rosqueado na distribuição da tensão sobre a dentina.
R.S. NISHIOKA, M.A. BOTTINO
Depto Mat. Odont. e Prótese da Fac. Odontologia de São José
dos Campos - UNESP - (012) 321-8166 R:1305
A análise tridimensional com o método dos elementos finitos
foi designada para estudar o papel da tensão produzida na dentina de um pino
intraradicular rosqueado e bipartido (Flexi-post, Essential Dental Systems) em
um dente com tratamento endodôntico. Um modelo tridimensional de uma secção
mesio-distal de um incisivo central superior sem a coroa clínica, foi analisado
em um programa de computador o MSC/ NASTRAN (MacNeal / Schwendler). O modelo foi
subdividido em 48.954 elementos finitos assimétricos e definido por 10.355 nós.
Cada elemento foi designado como sendo uma única propriedade elástica. A
homogeneidade, a isotropia e a elasticidade linear foram adotadas em todos os
materiais. Uma carga estática de 100 N foi aplicada na borda incisal do pino
numa direção de 45 graus. A tensão máxima de von Mises foi calculada.
Utilizando essa análise desse modelo, pode ser concluído a respeito do pino
rosqueado bipartido que: o fechamento da porção apical do pino resultou
numa assimetria de tensão e que a tensão máxima na dentina estava localizada
na porção cervical da raiz.
A382
Avaliação
clínica de lesões de bifurcação grau III tratadas por regeneração tecidual
guiada associada ou não à matriz mineral óssea.
D.B.Palioto*; J.C.Joly, A.F.M.Lima.
Departamento de Prótese e Periodontia FOP - UNICAMP - (019)
873-1506
Este estudo
avaliou lesões de bifurcação grau III provocadas pela doença periodontal
avançada em molares inferiores tratadas por regeneração tecidual guiada (RTG)
associada ou não a enxerto de matriz mineral óssea bovina. Foram selecionados
20 sítios em 18 pacientes de ambos os sexos, com idade variando entre 34 e 75
anos. Este estudo foi conduzido de acordo com o comitê de ética em pesquisa da
FOP-UNICAMP. Os pacientes foram submetidos a detalhada instrução de higiene
oral e tratamento periodontal inicial dois meses antes do procedimento cirúrgico
experimental. No baseline foram
apurados biométricos profundidade de sondagem (PS), nível clínico de inserção
vertical (NCI) e horizontal (NHI), nível da margem gengival (NMG), e os parâmetros
trans-cirúrgicos de nível do
defeito ósseo vertical (NDO) e horizontal (NHD) e nível da crista óssea
alveolar (NCOA). Os parâmetros biométricos foram obtidos utilizando o Sistema
Florida Probeâ. Foram realizados retalhos mucoperiosteais para instrumentação
periodontal e os defeitos foram separados e tratados de forma aleatória em sítios
teste (RTG + enxerto de matriz mineral óssea) e sítios controles (RTG). A hipótese
de não diferença entre os valores médios para todos os parâmetros foi
testada pela análise de variância. Os resultados mostraram diferença
significativa entre baseline e o exame
final para os parâmetros biométricos PS, NCOA (P< 0,01) e NMG (P<0,05)
para o grupo controle e para NDO (P<0,01) no grupo teste. Houve diferença
estatística significativa (P< 0,05) para o parâmetro NCOA entre o sítios
teste e controle. Esses resultados não mostram diferenças sensíveis entre
as técnicas analisadas no tratamento de lesões de bifurcação grau III.
Suporte financeiro FAPESP
97/02800-0 97/02801-6
A383
Comparação
da infiltração apical entre duas técnicas de obturação radicular.
C. M. R. S. CARVALHO*, D. S. ALBUQUERQUE, M. R. LEONARDO.
Depto. Odont.Restauradora.
Facul. de Odontologia de Pernambuco-UPE. (081)- 4581208.
Avaliar comparativamente, in vitro, duas técnicas de obturação:
a nova versão Sistema Maillefer Thermafil e a técnica clássica de condensação
lateral ativa, em relação ao selamento apical radicular, utilizando-se o azul
de metileno a 2% à vácuo. Selecionou-se 70 (setenta) incisivos centrais superiores humanos, realizou-se as aberturas coronárias e as
odontometrias. A instrumentação foi realizada com o Sistema Maillefer Profile 04.06, removeu-se a “smear layer com EDTA, e neutralizou-se com
hipoclorito de sódio a 0,5 %, secou-se com cones de papel absorventes. A impermeabilizacão foi realizada com araldite (exceção ao forame apical e
acesso coronário). Os espécimes foram divididos em 2 grupos:
um grupo controle (I) e outro experimental (II), cada um com 30 dentes cada. No
grupo I obturou-se com a técnica da Condensação lateral ativa, no grupo II utilizou-se a técnica de obturação com o Sistema Maillefer
Thermafil. Antes, porém, o cimento obturador foi levado às paredes do canal radicular. O grupo controle negativo foi obturado pela técnica da
Condensação lateral ativa e o positivo não foi obturado. O cimento utilizado foi o AH plus. Concluída as
obturações, radiografou-se os espécimes.
As coroas foram impermeabilizadas. Os grupos foram imersos em solução aquosa de azul de metileno a 2% num ambiente à vácuo durante 60
min, removeu-se o impermeabilizante. Os espécimes foram secçionados longitudinalmente, realizou-se a mensuração do grau de infiltração apical,
através do aparelho Profile Projetor (modelo 6C). Os resultados
foram submetidos a análise estatística pelo teste não paramétrico (MANN - WHITNEY) com 5% de significância. Concluiu-se não haver diferença
significativa entre ambas às técnicas avaliadas.