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B001

Avaliação da deformação permanente em materiais de moldagem elastomérico e alginato.

R.S. NUNES*; M.A.C. SINHORETI; S. CONSANI; L. CORRER SOBRINHO.

Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP.

O propósito deste estudo foi avaliar a deformação permanente de materiais de moldagem elastoméricos e alginato. Para a confecção das amostras utilizou-se uma matriz cilindríca (12,7 de diâmetro por 19,0 mm de altura), que foi preenchida com os seguintes materiais de moldagem: Jeltrate (alginato), Jeltrate plus (alginato "dust free"), Coe-flex (polissulfeto), Xantopren (silicona por condensação), Express (silicona por adição) e Impregum (poliéter). Os materiais foram manipulados de acordo com as instruções dos fabricantes em ambiente de umidade e temperatura controlados (25 ± 1oC e 50 ± 5% de U.R.), sendo confeccionadas 10 amostras para cada material. Após 15 minutos do início da manipulação as amostras foram levadas num aparelho para mensuração de deformação permanente descrito na especificação no18 da A.D.A., sob carga compressiva de 50 gramas por 30 segundos. Os resultados foram submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey ao nível de 5% de significância. Pode-se verificar que os materiais Coe-flex (0,47%), Xantopren (0,43%), Express (0,39%) e Impregum (0,33%) obtiveram médias de deformação permanente estatisticamente iguais entre si (p>0,05), mas foram diferentes (p>0,05) dos materiais Jeltrate plus (1,87%) e Jeltrate (1,51%) que tiveram as mais altas médias de deformação permanente.

B002

Avaliação de resistência flexural de materiais restauradores estéticos diretos.

B. SILVEIRA; P. E. C. CARDOSO; C. COSTA; L. CASAGRANDE*.

Depart. de Odontologia Restauradora/UFSM; Dep. Mat. Dentários (FOUSP) São Paulo/SP, Brasil. (011-8187842)

A resistência flexural representa a resistência máxima ao dobramento de um material antes que ocorra fratura. A relevância clínica desta propriedade se faz presente, sobretudo, no ato da mastigação, quando ocorrem diferentes esforços mastigatórios, que induzem variadas tensões, tanto no dente quanto na restauração. O presente estudo avaliou a resistência flexural (resistência a tensão diametral) de diferentes materiais restauradores estéticos diretos (Z 100, Dyract e Dyract AP). Para isto, foram confeccionado 27 corpos de prova (CPs), com dimensões de 1 mm X 2 mm X 10 mm, os quais foram distribuídos em três grupos de nove CPs cada: 1) Z100, 2) Dyract e 3) Dyract AP. Após a fotopolimerização, os CPs foram armazenados em água destilada à 37ºC, por um período de 24 horas. Na seqüência, foram submetidos ao ensaio de resistência flexural em uma máquina de ensaio universal WOLPERT à velocidade de 0,5 cm/min. Os valores médios de resistência a flexão (MPa) foram:

Z-100 Dyract Dyract AP

143,5 126,7 128,1

A análise estatística dos resultados permite concluir que, embora exista tendência de maior resistência flexural para a resina composta Z-100, não há diferença estatística entre os três materiais avaliados.

 

 

B003

 

 

Avaliação da estabilidade dimensional de uma silicona de condensação.

T.E. Valle*; M.A. Sousa; C. P. Eduardo.

Departamento de Dentística, Faculdade de Odontologia da USP-SP, ( 8187841

 

 

O desenvolvimento dos materiais de moldagem tem sido direcionado à obtenção de propriedades ideais, dentre elas uma estabilidade dimensional ótima. Entre os materiais atualmente disponíveis com tal característica, as siliconas de adição constituem a principal opção. Como alternativa de menor custo, surgem as siliconas de condensação de alta estabilidade dimensional, que podem ser vazadas em até 7 dias. O presente estudo visa avaliar a estabilidade dimensional de um destes materiais (Speedex®-Coltène). Para tanto, foram realizadas 30 moldagens de um troquel metálico, simulando um preparo dentário de um pré-molar para coroa total, considerado como controle. Em seguida, com o auxílio de um perfilômetro, foram realizadas mensurações para avaliação da distorção dos moldes nos tempos de 30 minutos, 1, 3 e 7 dias após a moldagem. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e teste de Tuckey, ao nível de 5% de significância. Na amostra avaliada, não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos de 30 minutos, 1, 3 e 7 dias; no entanto todos eles apresentaram dimensões significantemente menores em relação ao troquel. Conclusões: 1) Houve diferença dimensional significante entre o troquel e as moldagens; 2) O material se manteve estável entre os tempos de 30 minutos, 1, 3 e 7 dias.

TROQUEL 30 MINUTOS 1 DIA 3 DIAS 7 DIAS

MÉDIAS (mm) 4,634 4,479 4,416 4,471 4,459

 

Tabela 1 - Médias (mm) dos valores obtidos

 

 

B004

 

Efeito dos corantes na resistência à compressão do gesso pedra.

I.C. CORRÊA*; J.G. GUIMARÃES; P.CHRISTINO NETO; A. MUENCH; L.E.RODRIGUES FILHO.

Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia da USP, Brasil. F/F (011) 8187840.

 

Na tentativa de aumentar a resistência à compressão dos gessos, vários métodos têm sido descritos, porém, na maioria das vezes, são caracterizados como um pós-tratamento na superfície. O trabalho que será descrito abaixo, visa aumentar a concentração dos corantes inorgânicos (óxidos metálicos) na composição química dos gessos tipo III, e avaliar a diferença nos valores obtidos no teste de compressão. Vinte espécimes cilíndricos, com base de diâmetro de 1,50 cm e 3,00 cm de altura, foram divididos em duas amostras de gesso tipo III branco da marca Herodent (Vigodent ) – dez de gesso branco e dez de gesso branco+1% de óxido de ferro vermelho (Ferrit Y-25-OFS Vermelho, Bayer). Depois do tratamento em estufa a 50°C por 2 horas e posteriormente 30 minutos de espera à temperatura ambiente, os espécimes foram submetidos ao teste de compressão em máquina de teste RIEHLE com velocidade de 0.5 mm/min. Após a ruptura, os valores aferidos foram estatisticamente tratados pela análise de variância. A média de resistência para o gesso branco com corante (25 MPa), foi maior (p<<0.01) do que a média para o gesso branco puro (22 MPa). Conclusão: A adição de 1% óxido de ferro vermelho aumentou significativamente a resistência à compressão do gesso pedra.

 

 

 

B005

 

 

Estudo do efeito da esterilização, por calor seco, na reciclagem de fios de níquel-titânio.

G.L. ADABO*; C.A.S. CRUZ.

Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese-Faculdade de Odontologia de Araraquara-UNESP

 

 

Os custos dos tratamentos ortodônticos tem sido reduzido pela reciclagem de braquetes e alguns fios ortodônticos. Os fios de Niquel-Titânio tem sido esterilizados e reutilizados por serem relativamente caros e por não sofrerem deformações permanentes significantes após o uso clínico. Este procedimento é comum porém pouco estudado. Por isso, nos propusemos avaliar a resistência à tração e módulo de elasticidade de dois fios de níquel-titânio (Nitinol e Titanal), redondos e de calibre de 0,020". Os fios foram deformados em um artefato que simulava a aplicação clínica e armazenado , nesta situação, em estufa a 37oC, durante 4 semanas. Após este período, os fios foram esterilizados por calor seco, em estufa (Olidef) a temperatura de 160oC por 60 minutos. O teste de tração foi feito na máquina de esnaios mecânicos MTS 810, a velocidade de 1,5mm/min, e dos dados gerados tratados pelo programa TestWorks acoplado à ,máquina. A resistência à tração (MPa) foi ligeiramente afetada pelo seguido uso e esterilização para ambas as ligas, sendo para o fio Nitinol, como segue: controle- 1629.12; 1 ciclo- 1594.37; 2 ciclos- 1615.95; 3 ciclos- 1576.44, e para o fio Titanal: controle- 1484.25; 1 ciclo- 1523.76; 2 ciclos- 1506.20; 3 ciclos- 1495.95. O módulo de elasticidade (MPa) não foi modificado para o fio Nitinol (controle- 22473.54; 1 ciclo- 22691.55; 2 ciclos- 22318.64 e 3 ciclos- 22743.71) enquanto o fio Titanal foi ligeiramente alterado (controle- 19366.00; 1 ciclo- 20504.17; 2 ciclos- 20116.01 e 3 ciclos- 20387.39). Os fios de Niquel-Titânio estudados parecem suportar até três reciclagens sem efeitos mecânicos significativos.

Apoio Financeiro - CNPq

 

 

B006

 

 

Infiltração marginal de selantes de fóssulas e fissuras após técnica invasiva

M.A.REGO*; M.A.M.ARAÚJO.

UNICID/UMC e F.O. São. José dos Campos/UNESP - Fone: 012-3218166

 

 

O uso da técnica invasiva propicia maior retenção dos selantes e segurança ao profissional, principalmente quando de fissuras com diagnóstico de cárie questionável. O objetivo do presente trabalho foi realizar estudo in vitro da infiltração marginal após técnica invasiva e selamento com diferentes materiais. A infiltração marginal foi avaliada após aplicação de selante resinoso com carga e flúor (FluroShield, Dentsply), cimento de ionômero de vidro (Vitremer, 3M Dental Products) e adesivo dentinário (One Step, Bisco) seguido de selante resinoso com carga e flúor. Foram utilizados 30 premolares íntegros, extraídos por motivos ortodônticos nos quais foi realizada técnica invasiva, aplicação dos materiais e termociclagem. A seguir os espécimes foram imersos em fluoresceína por 24 horas e cortados no sentido VL com discos de carburundum. A visualização foi realizada em microscópio de epifluorescência de luz ultra-violeta e foram atribuídos escores de 0 a 6 conforme os graus de infiltração. Os resultados foram submetidos a análise estatística não-paramétrica ANOVA, teste Kruskal-Wallis. As médias dos escores obtidos na análise de infiltração marginal foram de 3,00+2,62 para o selante resinoso, 10,10+1,85 para o ionômero de vidro e 2,00+1,89 quando do uso de adesivo e selante resinoso. A aplicação de selante resinoso, assim como sua associação com adesivo dentinário, no selamento de fóssulas e fissuras, após técnica invasiva, apresentaram grau de infiltração menor e significativo em relação ao uso do cimento de ionômero de vidro.

 

 

B007

 

 

Métodos de avaliação dos equipamentos de proteção individual e fotopolimerizadores.

S.E.P. GONÇALVES; K.C.K. YUI*; R. BRAYNER; A.J. DAMIÃO.

Deptº. Odont. Rest. F. O. S.J.Campos/UNESP. Tel (012) 321-8166.

 

 

A intensidade de luz emitida pelos fotopolimerizadores (F) tem gerado preocupação quanto à bio-segurança e qualidade de polimerização. Este trabalho teve como objetivos avaliar o uso e qualidade dos equipamentos de proteção individual (EPI) e F, bem como fornecer critérios simples de monitorização desses equipamentos. Foram medidas as intensidade de luz dos F de 50 cirurgiões-dentistas em radiômetro (Model 100-DFL), seguido da coleta de 8 tipos de EPI. A eficácia de proteção desses EPI foi testada utilizando-se F de baixa, média e alta intensidade (150; 450 e 700mW/cm2), interpondo-se os EPI entre o radiômetro e os F (método A). O mesmo procedimento foi repetido interpondo-se os EPI entre os F e porções de 2mm das resinas compostas (método B). A avaliação da qualidade dos F foi realizada em função da relação profundidade/intensidade de luz/área, colocando-se os diferentes F diretamente sobre a embocadura das bisnagas de 3 marcas de resina composta, sendo ativados por 40 s. Foram feitas 10 medidas para cada aparelho e marca de resina composta, totalizando 90 corpos de prova, cuja profundidade de endurecimento foi medida em paquímetro . Os resultados mostraram que 20% dos profissionais não utilizam EPI e 36% possuem aparelhos com intensidade de luz inferior a 200 mW/cm2; o método B mostrou maior sensibilidade que o método A; alguns EPI disponíveis no mercado não oferecem proteção total contra a luz emitida pelos F. ANOVA e Tukey mostraram diferenças significantes entre todos os grupos quanto a profundidade de endurecimento. Os métodos experimentais foram eficazes na monitorização da intensidade de luz dos F e da qualidade dos EPI.

 

 

B008

 

 

Espessura de película e morfologia das partículas inorgânicas de cimentos resinosos.

A.B. SOARES*; M.F. DE GOES; M.A.C. SINHORETI; S. CONSANI

Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP - SP.

 

 

O objetivo deste estudo foi avaliar a espessura de película, segundo a ISO 9917, e a morfologia das partículas inorgânicas de cimentos resinosos. Foram avaliados os cimentos resinosos Variolink, nas consistências "High" e "Low" (Vivadent), Enforce (Dentsply), Opal Luting Cement e Resin Cement (3M), Resinomer e Duoolink (Bisco). Os materiais foram manipulados de acordo com as instruções dos fabricantes. Uma porção (0,1 ml) do cimento misturado foi colocada entre duas folhas de polietileno e posicionadas entre duas placas de vidro planas com área superficial de 2 cm2. Uma carga de 15 Kg foi aplicada verticalmente sobre as placas de vidro durante 10 minutos. Decorrido este tempo, foram feitas 4 mensurações em cada amostra com o auxílio de um paquímetro digital (Starrett) com precisão de 10 µm e escala de 150 mm. Foram confeccionados três corpos-de-prova para cada produto. Para observação da morfologia das partículas inorgânicas, 0,5g dos cimentos resinosos foi dissolvido em 2,0 ml de acetona, agitado e centrifugado por 30 minutos a 3000 rpm. O sobrenadante foi descartado e o procedimento acima descrito foi repetido. Após a centrifugação, a solução foi descartada e o precipitado foi seco a 370C por 12 horas. Em seguida, as partículas inorgânicas foram observadas em um microscópio eletrônico de varredura (Jeol JXA-840A). Os valores de espessura de película obtidos foram submetidos a análise de variância e ao teste de Tukey (p £ 0,05). Os valores apresentados pelo Variolink "High" (60µm) e Enforce (53µm) não diferiram estatisticamente entre si (p< 0,05), assim como o Resinomer (34µm) e Duoolink (32µm) e Resin Cement (17µm) e Opal (15µm). O cimento Variolink Low (42µm) foi estatisticamente diferente em relação aos demais. A análise por microscopia eletrônica de varredura demonstrou partículas inorgânicas nas formas angulares, esféricas ou arredondadas e em tamanhos diferentes. Os materiais Opal Luting Cement e Resin Cement apresentaram valores compatíveis com a especificação para cimentos tipo I (£ 25µm ).

 

 

B009

 

 

Liberação e manutenção de flúor na saliva por cimento ionomérico ortodôntico.

R.C. PASCOTTO*; M.F.L. NAVARRO; J.A.CURY; L. CAPELOZZA FILHO2; A.L. RODRIGUES Jr.4.

UEM-PR1; FOB-USP2; FOP-UNICAMP3; FOA-UNESP4.

 

 

A quantidade de flúor liberada por materiais ionoméricos diminui com o tempo, entretanto eles podem se recarregar quando do uso de flúor tópico.O objetivo deste estudo foi avaliar a liberação de flúor na saliva de voluntários com braquetes ortodônticos cimentados com Fuji Ortho LC (GC) e a capacidade de manutenção salivar por flúor tópico. Trinta dias antes do início da terapia ortodôntica, 20 adolescentes foram instruídos a usar um dentrifício sem flúor. Saliva não estimulada foi coletada antes da fixação dos acessórios (A), 2 (B) e 30 (C) dias após a instalação do aparelho fixo. Nessa ocasião, realizou-se uma aplicação tópica de flúor gel fosfato acidulado a 1,23% durante 1 minuto, e 2 dias após (D) nova coleta de saliva. Quinze dias após a aplicação tópica de flúor gel, dentifrício fluoretado (1500 ppmF, como MFP) passou a ser utilizado. Nova coleta de saliva foi feita após 15 dias (E). A análise do íon flúor foi feita por eletrodo específico (mod. 96-09, Orion) após tamponamento de 2 ml de saliva com 0,2 µl de TISAB III. O teste não paramétrico de Kruskal-Wallis demonstrou haver diferença significante (p<0,05) entre os períodos de análise.

A B C D E

Média (ppm F) 0,02585 a 0,04265 c 0,03005 b 0,07840 d 0,04230 c

Variância (D.P.) 0,00011 0,00014 0,00009 0,00010 0,00010

O cimento de ionômero de vidro utilizado para a fixação de braquetes demonstrou apresentar a capacidade de liberação de flúor, sendo esta concentração mantida alta na saliva quando da aplicação tópica profissional de flúor ou uso de dentifrício fluoretado.

 

 

B010

 

 

Polimerização de cimentos resinosos através de esmalte/dentina e porcelana.

P.S. GUIMARÃES*; E. CHAVES; M.F. DE GOES; J.A.CURY.

Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP

 

 

O propósito deste estudo foi avaliar a transmitância de luz visível através do esmalte/dentina e porcelana e, associá-la ao grau de dureza Knoop de cimentos resinosos. Dentes molares e pré-molores hígidos foram usados para obtenção de 10 amostras de esmalte com espessura de 1mm e 10 de esmalte/dentina com 2 mm de espessura. Dez amostras de porcelana feldspática Duceram (Degussa) foram confeccionadas com espessura média de 0,6 mm, de acordo com as recomendações do fabricante. As leituras de intensidade de luz foram realizadas interpondo as secções de esmalte/dentina e porcelana entre a ponta ativa do fotopolimerizador (XL 3000-3M) e a área de leitura do radiômetro (Demetron) delimitada por um fita adesiva escura. No grupo controle a leitura foi realizada sem a interposição de qualquer substrato. Amostras do cimento resinoso Opal Luting Cement (3M), na forma de ativação física e dupla ativação (física/química) foram polimerizadas (40s) pela exposição à luz visível através dos substratos, tendo como base uma secção de dentina de 3 mm de espessura. A dureza Knoop do cimento nas duas formas de aplicação foi avaliada usando um microdurômetro –Shimadzu (50g durante 5s). Foram confeccionadas quatro amostras de cimento, com espessura média de 1mm, para cada grupo e realizadas 10 mensurações por amostra. Os resultados foram submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey (p£0,05). A intensidade de luz foi reduzida em 60% para esmalte-1mm e porcelana. No entanto, o grau de dureza Knoop não foi diferente estatisticamente em relação ao controle nas duas formas de ativação do cimento. Para a espessura de 2mm de esmalte/dentina, houve redução de 80% na intensidade de luz e a dureza Knoop foi estatisticamente inferior em relação ao grupo esmalte-1 mm. A análise específica do fator cimento resinoso mostrou que a forma de ativação por luz visível apresentou valores de dureza Knoop estatisticamente superior em relação à forma de dupla ativação.

 

 

B011

 

 

Resistência a fratura de dentes tratados endodonticamente restaurados com diferentes materiais.

M. YAMATO*; A. B. MATOS; A.C. BOMBANA

Depart. de Dentística, FOUSP ( (011) 818-7642

 

 

Este estudo teve como objetivo medir e comparar a resistência à fratura de molares inferiores endodonticamente tratados e restaurados com diferentes materiais. Foram utilizados 30 molares inferiores de dimensões semelhantes divididos em 3 grupos de 10 dentes: Grupo 1- restaurados com RMFs com recobrimento de cúspides; Grupo 2 – restaurados com amálgama adesivo; e Grupo 3 – restaurados com resina composta fotopolimerizável. As restaurações, independente do seu tipo, foram realizadas com máximo rigor de técnica, obedecendo as instruções dos fabricantes dos materiais utilizados. Os corpos de prova foram ciclados termicamente em um total de 700 ciclos entre 5 e 550C, e em seguida, imersos em água destilada a 370C por 24 horas. O teste de fratura foi realizado na máquina de ensaio Riehle, com velocidade de 0,015 pol/min. Os resultados obtidos em Kgf foram submetidos a análise de variância (ANOVA) mostrando haver diferença estatisticamente significante entre os grupos testados, com as seguintes médias: G1=142,20; G2=197,90; e G3=488,60. Ao teste de Tukey, podemos observar que a comparação G1XG2 não foi estatisticamente significante. As comparações G1XG3 e G2XG3, forneceram resultados estatisticamente significantes ao nível de 1%. Podemos concluir que os dentes tratados endodonticamente são mais resistentes à fratura quando restaurados com RMFs com recobrimento de cúspides. As restaurações com amálgama adesivo ou resina composta oferecem o mesmo padrão de resistência à fratura.

 

 

B012

 

 

Avaliação da rugosidade superficial de compósito polido com três polidores.

M. João; A. F. Monnerat*; A. T. Melo.

Doutorado em Odontologia FO UFRJ - RJ e Instituto de Odontologia UGF - RJ

 

 

Ao se realizar uma restauração com resina composta, uma etapa fundamental para o seu sucesso é a obtenção de uma superfície bem lisa, implicando assim na redução do acúmulo de placa e melhor resultado estético. Um grande número de polidores siliconizados para polimento de compósitos tem sido utilizados pelos dentistas. Este trabalho teve como objetivo comparar, quanto a rugosidade superficial média (Ra), três tipos de polidores distintos (IDENTOFLEX - DFL, ENHANCE - DENTSPLY, VIKING - KG SORENSEN) sobre um mesmo tipo de resina composta microparticulada (DURAFILL VS- cor incisal - KULZER). Foram confeccionados 40 corpos de prova que foram divididos em quatro grupos : A - controle (sem polimento, apenas com a lisura obtida com a matriz de poliéster); B - Identoflex; C - Enhance; e D - Vicking. O polimento foi em baixa rotação. Os corpos de prova, após serem polidos, foram analisados por um rugosímetro (Surftest 211, Mitutoyo) e a análise estatística foi feita através de teste não - paramétrico de Friedman. Os resultados mostraram: Ra = 2,07 µm para o grupo A, Ra = 2,23 µm para o grupo B, Ra = 2,27 µm para o grupo C e Ra = 2,28 µm para o grupo D, o que não significou diferença estatística com p > 0.05. Baseados nos resultados, os autores concluem que os três polidores produzem rugosidade superficial semelhantes à tira de poliéster sobre o compósito microparticulado.

 

 

B013

 

 

Resistência transversa de seis resinas para base de prótese

S.M.GANZAROLLI*; J.A.N. DE MELLO; E. CARRILHO; A.A. DEL BEL CURY

Departamento de Prótese e Periodontia, FOP – UNICAMP (altcury@fop.unicamp.br)

 

 

A resistência da resina utilizada na confecção de bases de prótese é um fator importante para a sua durabilidade. O objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência transversa de seis resinas acrílicas termopolimerizáveis encontradas no mercado nacional divididos em 3 grupos: G1-resinas convencionais: Clássico (C) e Lucitone 550 (L), G2-resinas de rápida polimerização: Triplex (T) e QC-20 (Q) e G3-resinas polimerizadas com microondas: Acron MC (A) e Onda Cryll (O). Todas as resinas foram curadas seguindo as instruções dos fabricantes. G1: ciclo de 65ºC/90 min.+100ºC/90 min.; G2: ciclo de 100ºC/20 min. e G3: resina A-500W/3 min e O-360 W/3 min + 0 W/4 min. + 810 W/3 min. respectivamente. Foram confeccionados 12 corpos de prova de cada resina segundo a especificação Nº 12 da ADA( 2,5 x 10 x 65 mm). Após 48 horas em água, a temperatura de 37±2oC, os espécimes foram avaliados para a resistência à flexão de três pontos na máquina de ensaios EMIC-DL500, aplicando-se uma carga de 10 Kg, com velocidade de 5 mm/min. As médias de tensão à ruptura em MPa encontradas foram: C=83,61 ±4,66 (ab); L=85,42 ±4,91 (a); T=76,86 ±5,29 (bc); Q=72,41 ±10,02 (c); A=93,7 ±5,63 (d) e O=75,04 ±5,77 (c). Em relação aos grupos, as médias foram: G1=84,51 ±4,77 (a); G2=74,73 ±8,06 (b) e C3=84,37 ±11,04 (a). A análise de variancia (Teste F) mostrou diferença entre os grupos e as médias seguidas de mesma letra não mostraram diferença significativa (a=5%). Diante desses resultados conclui-se que: a resina A obteve o melhor desempenho diferenciando significativamente das demais. Dentro dos grupos G1 e G2, não houve diferença significativa, no G3 a resina A apresentou maior média com diferença significativa. Em relação ao método de polimerização, o G2 obteve significativamente o pior desempenho.

 

 

B014

 

 

Resinas acrílicas para microondas e silicona de inclusão.

A.A.D.B.CURY; R.N.RACHED*; S.M.GANZAROLLI; R.C.M.R.GARCIA; E.M.FRANCO.

Dep.de Prótese e Periodontia. FOP, UNICAMP (altcury@fop.unicamp.br).

 

 

O efeito das siliconas para inclusão sobre as propriedades das resinas acrílicas polimerizadas em microondas é pouco conhecido. Este estudo avaliou a influência de dois materiais (Gesso pedra tipo III (G) e silicona para inclusão (S) ) sobre a dureza Knoop (MD), resistência transversa (RT) e monômero liberado (ML) de duas resinas (Acron MC (A) e OndaCryl (O)) polimerizadas com microondas. Foram confeccionadas 144 amostras, divididas em quatro grupos (AG, AS, OG e OS), cada um contendo 12 amostras para cada análise. A RT foi avaliada segundo a especificação nº 12 da ADA. A MD foi mensurada nos tempos 24, 48, 72 horas e 30 dias e o ML em períodos de 24 ou 48 horas, num total de 288 horas. As resinas foram polimerizadas segundo as instruções dos fabricantes. Os resultados obtidos foram submetidos à ANOVA (p=5%). Os grupos AS e OS apresentaram os maiores valores(p<0,05) de ML (µg/ml) apenas nos períodos de 24h (AS=56,84±27,39; AG=7,51±5,75; OS=3,59±1,60; OG=1,02±0,3), 48h (AS=28,99±9,35; AG=2,65±2,17; OS=2,37±0,84; OG=0,68±0,49) e 72h (AS=15,98±9,01; AG=1,40±0,57; OS=1,87±0,52; OG=0,75±0,44). O grupos AS e OS apresentaram os maiores valores (a<0,02) de MD no período de 24 h (AS=18,69±2,3; AG=17,79±0,7; OS= 18,41±1,0; OG=16,04±0,6); no tempo de 48 h, apenas os grupos OS e OG diferiram (p<0,03) entre si (OS=18,67±0,8; OG=16,75±0,8). Nos demais períodos, não houve diferenças estatísticas (p<0,05) de MD entre os grupos estudados. Tanto G quanto S não afetaram (p>0,05) a RT das duas resinas estudadas. Os autores concluem que a utilização da silicona possibilitou uma polimerização aceitável das resinas estudadas.

 

 

B015

 

 

Incorporação de fluoreto por esmalte humano adjacente ao dyract - estudo in vitro.

M. Tostes* ; M. Monico.

Disciplina de Odontopediatria – FO-UFF, Niterói, RJ

 

 

O objetivo deste trabalho, in vitro foi verificar o potencial do compômero Dyract (DYR) na prevenção da desmineralização do esmalte. Foram utilizados 10 dentes, terceiros molares humanos hígidos, extraídos por razões clínicas, divididos em 4 fragmentos, sendo um para cada grupo, onde canaletas com brocas # 229 foram realizadas e posteriormente restauradas da seguinte forma: Grupo1- DYR com condicionamento ácido; Grupo 2-DYR sem condicionamento ácido; Grupo3-TPH; e Grupo 4- sem restauração, controle. Os materiais foram manipulados segundo as recomendações do fabricante, e o adesivo utilizado para todos os grupos foi o Prime&Bond 2.1(Dentsply). Após permanecerem por 9 dias em ciclos de des-remineralização (Forss; Sëppa, 1982), os fragmentos foram cortados no sentido longitudianal, incluídos em resina e preparados metalograficamente. Análise de dureza foi realizada ao longo da interface dente/restauração (longitudinal), e nas margens das restaurações na superfície externa do esmalte (transversal). Os valores de dureza obtidos de cada grupo foram então convertidos em volume de mineral (Fethestone et al,1983), e posterior teste t pareado foi realizado nas diferentes distâncias. A perda total de mineral foi comparada ao grupo controle. Com relação ao grupo controle todos os 3 grupos teste perderam mineral. Nos grupos 1 e 2 houve menor desmineralização do esmalte, quando comparado ao 3 (p<0,05). O grupo 1 foi mais efetivo do que o grupo 2 nas distâncias de 75mm e 150mm na análise transversal, e a 50mm, 75mm e 100mm para a longitudinal (p<0,05)

 

 

B016

 

 

Liberação de flúor por resinas compostas contendo hidroxiapatita: estudo longitudinal

M.A.R. BUZALAF*; E.M. TAGA; E.C. SOUTO

Dep. Bioquímica, Fac. Odontologia Bauru–USP. e-mail: buzalaf@techno.com.br

 

 

O objetivo deste estudo foi comparar a liberação de flúor a partir de resinas compostas com e sem adição de hidroxiapatita (HA) na concentração de 10mg/g de resina, pressupondo-se que o F se adsorveria à HA e seria liberado por mais tempo. As resinas usadas foram Z-100 e Alpha-Plast, às quais foram adicionados F na concentração de 12 mg/g de resina (controle) e F mais HA (experimental), e Heliomolar com e sem HA. Foram confeccionados 6 espécimes para cada condição experimental, os quais foram armazenados em água deionizada a 37°C durante todo o período experimental. A concentração de F liberado foi medida diariamente por 2 semanas, semanalmente até 56 dias e então mensalmente até 6 meses, através de um eletrodo específico para o F, acoplado a um analisador de pH/íons. Os dados foram submetidos ao teste "t" de Student. A adição de HA à Z-100 causou uma liberação de F significantemente maior até a 7a semana, quando a liberação passou a ser menor em relação ao controle (até o 3° mês). Para a Alpha-Plast, quando se adicionou HA, houve uma liberação de F significantemente maior nas 2 primeiras semanas e da 7a semana ao 5° mês. A adição de HA ao Heliomolar causou uma liberação de F significantemente maior nas 2 primeiras semanas, quando a liberação passou a ser menor em relação ao grupo controle. Nos demais períodos não houve diferenças significantes (p<0,05). Assim, concluiu-se que a adição de HA e F a resinas compostas poderá vir a ser uma alternativa viável para se aumentar o tempo de liberação de F. Seria interessante fazer estudos em que a adição de HA fosse feita pelo próprio fabricante, o que poderia levar a uma melhor interação entre o F e a HA.

 

 

B017

 

 

Adaptação marginal de diferentes porcelanas utilizadas na confecção de "onlays"

M. GIANNINI*; L.R.M. MARTINS; R. ORTEGA; C.T.S. DIAS

Área de Dentística, FOP - UNICAMP - fone (019) 4305340 / fax (019) 4305218

 

 

O objetivo deste estudo foi avaliar, quantitativamete a adaptação marginal de 3 marcas comerciais de cerâmicas: Colorlogic (De Trey/Dentsply), Duceram LFC (Ducera) e Fortune (Willians). Em um primeiro molar permanente inferior humano extraído foi confeccionado um preparo MOD com proteção de cúspide do tipo "onlay" para porcelana pura. Através deste preparo foram obtidos 30 modelos nos quais foram confeccionadas as peças protéticas em cerâmica. Com o auxílio de microscópio, com nicrômetro acoplado e precisão de 1µm, as discrepâncias marginais foram medidas nas quatro faces do dente. Os resultados obtidos para cada porcelana em µm, através da média das quatro faces foram: Duceram LFC - 172,95 ± 56,84; Fortune - 239,15 ± 63,28 e Colorlogic - 241,95 ± 68,30. As médias obtidas de cada face, envolvendo as três cerâmicas foram (em µm): vestibular - 191,07 ± 74,67; lingual - 206,43 ± 55,07; mesial - 250,17 ± 73,97 e distal - 224,40 ± 62,60. A porcelana Duceram LFC pode produzir restaurações com melhor adaptação marginal quando conparados as cerâmicas Fortune e Colorlogic. As faces livres, onde o término do preparo apresenta formato de chanfrado profundo, apresentou discrepancia marginal com menores valores comparados com as faces proximais, as quais se apresentam com formato de ombro.

Suporte financeiro - FAPESP, Pocesso nº 95/4748-0

 

 

B018

 

 

Avaliação da radiopacidade de compômeros e resinas de alta fluidez.

M.C.M.S. SANTOS; S.R.S.BEZERRA; K.K.ASFORA; C.M.AGUIAR; H.KHOURY; R.BRAZ*.

FOP/UPE

 

 

Tendo em vista que a radiopacidade é uma propriedade importante dos materiais odontológicos, este estudo foi realizado com o objetivo de avaliar a radiopacidade das resinas Follow It, Wave, Aelite Flow, Natural Flow e dos compômeros Dyract AP, Dyract, Freedom e Compoglass, a fim de verificar se atendem às especificações da ISO 4049. Para tanto foram confeccionados, de cada material, cinco corpos de prova de 10mm da diâmetro e de 1,6mm de espessura. Um corpo de prova de cada material foi posicionado sobre um filme oclusal junto com o penetrômetro da alumínio e radiografado com aparelho de raio X (70KVp, 10mA, 0,4seg.). Este procedimento foi repetido diariamente, ao longo de um período de uma semana. As leituras das densidades ópticas (DO) foram efetuadas utilizando-se o densitômetro Macabeth modelo TD 931. A média das DO dos cinco corpos de prova de cada material foi relacionada com a espessura de alumínio de DO equivalente. Os resultados mostraram que todas as marcas de resina atenderam a determinação da ISO 4049, destacando-se com maior radiopacidade a marca Follow It. No grupo dos compômeros todos preencheram a exigência da ISO 4049, mantendo a radiopacidade média em torno de 5mm de Al , execto o Freedom que apresentou radiopacidade mais baixa, semelhante ao grupo das resinas. O estudo da variação da DO ao longo do tempo mostrou uma alteração cresente da radiopacidade para as resinas diferente dos compômeros, que apresentaram uma estabilidade.

 

 

B019

 

 

Influência da distância da ponta do fotopolimerizador no grau de dureza Knoop de compósitos odontológicos.

S. CONSANI *; L. CORRER SOBRINHO; A.A. LIMA; M.A.C. SINHORETI

Faculdade de Odontologia de Piracicaba, UNICAMP, Brasil

 

 

O propósito deste estudo foi estudar a influência da distância da ponta ativa do fotopolimerizador no grau de dureza Knoop, em diferentes profundidades de dois compósitos odontológicos (Silux Plus e Z100). Corpos-de-prova com 5 mm de diâmetro por 2,5 mm de espessura foram preparados num molde de latão, coberto com uma tira de poliéster e polimerizados por 40 segundos, em três distâncias diferentes a 0 mm (superfície de contato), 6 e 12 mm (da superfície do compósito), utilizando um aparelho XL 3000, com 750 mW/cm2 e armazenados por 24 horas a 37°C . As medidas de microdureza Knoop foram obtidas com o aparelho Microhardness Tester FM, usando carga de 50 gramas e 30 segundos de penetração. Dezoito penetrações foram efetuadas em cada corpo-de-prova, sendo que um total de 4 corpos-de-prova foram confeccionados para cada distância e compósito. Os resultados foram submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Os resultados indicaram que (1) – Para o compósito Z100, quanto maior a distância da ponta ativa do fotopolimerizador em relação ao compósito, menores os valores de dureza; (2) – O aumento da distância da ponta ativa não produziu diferença estatística no número de dureza na superfície para o compósito Silux Plus. Com a ponta distanciada 6 e 12 mm, a camada mais profunda apresentou menor valor de dureza em relação a superfície; (3) – O compósito Z100 apresentou valores de dureza Knoop estatisticamente superiores em relação aos do compósito Silux Plus nas três distâncias diferentes da ponta ativa do fotopolimerizador e em todas as profundidades (p<0,05).

 

 

B020

 

 

Alteração dimensional de cimentos resinosos unidos à porcelana.

C.M.L.S.CARVALHO*; M.F.DE GOES; M.A C.SINHORETTI

Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP - SP

 

 

O objetivo deste estudo foi avaliar a alteração dimensional de cimentos resinosos unidos à porcelana sob armazenagem em água a 37o C. Foram usados os cimentos Resin Cement (3M) e Variolink (Vivadent). Três amostras em forma de disco (20mm de diâmetro x 1 mm de espessura) foram confeccionadas para cada tipo de cimento utilizando-se matriz metálica de forma tal que uma das faces das amostras fosse marcada em baixo relevo por duas retas paralelas entre si. Discos em porcelana foram confecionados (20mm de diâmetro e 1,5mm de espessura), condicionados com ácido fluorídrico por 4 min, silanizados e aplicado sobre esta superfície o adesivo. Em seguida, o cimento resinoso foi dispensado no interior da matriz e sobre ele foi posicionado o disco de porcelana e mantido sob pressão. A polimerização foi feita sobre as duas faces da amostra de acordo com as instruções do fabricante. As amostras foram divididas em quatro grupos de três amostras cada: Grupo A- Resin Cement (3M), Grupo B- Variolink (Vivadent), Grupo C- Resin Cement (3M) aplicado sobre disco cerâmico, Grupo D – Variolink (Vivadent) aplicado sobre o disco cerâmico. As amostras foram armazenadas a 37o C e a distância entre as retas foi medida com o auxílio de um microscópio comparador em diferentes intervalos de tempo. Os resultados foram submetidos a Análise de Variância e Teste de Tukey ( p£0,05), e mostraram que não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos.

Grupo A Grupo B Grupo C Grupo D

3 dias 0.55 0.56 0.57 0.27

7 dias 0.28 0.55 0.75 0.74

14 dias 0.45 0.39 0.36 0.46

A alteração dimensional dos cimentos resinosos estudados parece estabilizar a partir do 14o dia.

 

 

B021

 

 

Correlação da abrasividade com forma e tipo das partículas de dentifrícios comerciais.

G.C.F.PACHANE*; M.F.DE GOES; M.A.C.SINHORETI; S. CONSANI

Depto. de Odontologia Restauradora - Área de Materiais Dentários - FOP-UNICAMP

 

 

A proposta deste estudo foi correlacionar o grau de abrasividade com a forma e o tipo de partículas usadas em 11 dentifrícios comerciais. No ensaio de abrasão, a ponta ativa de escovas dentais Prevent (Kolynos) foi fixada no dispositivo porta-escova de uma máquina de escovação contendo 8 recipientes que alojavam corpos-de-prova em acrílico. Um volume de 4,6ml (6g) de dentifrício foi misturado a 6 ml de água destilada (6g) e vertido nesse recipiente. Seis corpos-de-prova foram submetidos a cada amostra de dentifrício. Outros dois foram usados como controle. Os corpos-de prova foram submetidos a 250 movimentos lineares de escovação/min. durante 2 horas., sob carga estática axial de 200g colocada sobre o suporte do dispositivo porta-escova. Um ml de dentifrício foi misturado a 5ml de água destilada, submetido à ação ultrasônica e seco sob vácuo por 24 hs. Parte da mistura foi recoberta com ouro/paládio para observação em microscópio eletrônico de varredura(MEV) e outra parte foi recoberta com carbono para análise por Energia Dispersiva de raios -X (EDX). As médias de rugosidade (mm) obtidas em um aparelho PRAZIS-RUG 3 foram: Kolynos Brite 10,97; Sorriso7,85; Colgate MFPCa 6,35; Sygnal Bic.Sódio 5,94; Kolynos Bic.Sódio5,51; Colgate Bic.Sódio 4,91; Gessy4,86; Emoform Medicinal 4,63; Sygnal Ação Global 4,25; Sensodyne Cool Gel 4,15; Sensodyne Bic.Sódio 3,80; Controle 0,13. Os maiores índices de rugosidade foram observados nos dentifrícios que continham Ca(carbonato de cálcio) e Al(alumina) e os menores índices foram obtidos com os dentifrícios que continham Na (bicarbonato de sódio) e Si(dióxido de silício). Os dentifrícios com bicarbonato de sódio apresentaram partículas arredondadas, os demais apresentaram partículas com variação na forma, tipo e tamanho.

Apoio FAPESP-97/00516-2.

 

 

B022

 

 

Influência da convergência axial na adaptação e infiltração marginal de coroas totais.

C. FIGUEIRÓ*; F. A. SILVA; W.A.B. SILVA; S. CONSANI.

Depto. de Prótese e Periodontia, Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP - SP.

 

 

Este estudo avaliou a influência da convergência axial na adaptação e infiltração marginal de coroas totais fixadas com cimentos de fosfato de zinco (S.S. WHITE), ionômero de vidro (VITREMERTM) e resinoso (PANAVIA 21EX). Foram realizados preparos padronizados do tipo coroa total em 60 dentes molares recém extraídos, nos quais foram confeccionadas coroas metálicas. Foram formados 12 grupos de acordo com: o agente cimentante utilizado, a convergência axial de 24º e de 32º, e a utilização de ciclagem térmica. As coroas foram cimentadas utilizando uma carga estática de 9 Kg durante 7 minutos. Os grupos que sofreram ciclagem térmica foram submetidos a um regime de 1500 ciclos (10ºC-50ºC). Todos os grupos foram imersos em corante azul de metileno a 1%. A adaptação e a infiltração foram medidas utilizando um microscópio comparador (LEITZ), com um aumento de 40x. Os resultados foram agrupados, e suas médias submetidas a uma análise de variância e ao teste de Tukey, ambos ao nível de 5% de significância. Concluiu-se que: 1) A Adaptação das coroas foi melhorada com o aumento da convergência, para os cimentos de ionômero de vidro e resinoso. 2) A ordem de classificação dos agentes cimentantes avaliados quanto à adaptação foi: fosfato de zinco, ionômero de vidro, resinoso, da maior para a menor discrepância. 3) A infiltração não sofreu alteração em relação ao grau de convergência das paredes axiais. 4) O cimento resinoso apresentou a menor infiltração entre os agentes cimentantes avaliados, sendo que os cimentos de fosfato de zinco e ionômero de vidro não apresentaram diferença em relação à infiltração. 5) A utilização da ciclagem térmica aumentou a infiltração, contudo não alterou a classificação dos agentes cimentantes.

 

Apoio Financeiro da FAPESP - Processo 96/0641-9.

 

 

B023

 

 

Avaliação da rugosidade superficial de resinas compostas e compômeros.

J. C. PITHAN; P. A. BURMANN; L. RESTLE; P. CASTRO; J. GAZOLLA; A. S. PINTO*.

Dep. Odontologia Restauradora, UFSM - RS/Dep. Materiais Dentários-FOUSP. (011-8187842)

 

 

Dentre os requisitos básicos de um material restaurador estético encontra-se a necessidade de uma baixa rugosidade superficial. Dois são os fatores que influenciam a maior ou menor rugosidade superficial: composição do material restaurador e material de acabamento e polimento. Foi objetivo deste estudo avaliar in vitro a rugosidade superficial de dois compósitos (Z100 e Silux Plus) e um novo compômero reforçado (Dyract AP), submetidos a três diferentes sistemas de acabamento e polimento (Enhance, Sof-Lex e Trial) . A amostra constituiu-se de 27 corpos de prova (CPs) por material restaurador. Na seqüência, 9 CPs de cada material restaurador foram submetidos ao sistema de polimento/acabamento Enhance, 9 CPs ao sistema Sof-Lex e 9 CPs ao sistema Trial. Para a leitura da rugosidade foi utilizado um rugosímetro (Mytutoyo) na escala de ra. Após análise estatística dos dados, verificou-se que o material de acabamento Sof-lex proporcionou o melhor resultado, independente do tipo de material restaurador. Verificou-se também que a resina composta Silux apresentou maior valor de rugosidade quando recebeu acabamento com o sistema Enhance.

 

 

B024

 

 

Avaliação da estabilidade dimensional de um novo elastômero para moldagem.

J.G. GUIMARÃES*; P.CHRISTINO NETO; I. CORRÊA; A. MUENCH; R. GRANDE

Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia da USP, S.P., Brasil. Fax: 0118187840

 

 

A formação de subproduto na reação de polimerização inerente às siliconas por condensação, é responsável pela sua estabilidade dimensional inferior à das siliconas por adição. Recentemente, foi introduzida no mercado uma nova marca comercial de silicona por condensação (Speedex, Coltène), com citação do fabricante sobre a possibilidade de vazar o gesso no molde em até 7 dias. O objetivo deste estudo foi observar a alteração dimensional apresentada por este produto em função do tempo. Duas siliconas por adição (Aquasil, Dentsply e Elite H-D, Zhermack) foram também analisadas para fins comparativos, dentro da mesma metodologia. Para realização dos testes foi moldado, com os produtos citados, um modelo metálico de seção cônica com 6°, reproduzindo um preparo para coroa total. Gesso tipo IV (Durone, Dentsply) foi vazado nos moldes em 4 tempos distintos: 30 e 60min, 24h e 7 dias. Para cada idade estudada, foram realizadas 3 repetições. As medidas, obtidas através de um perfilômetro (Werth), foram submetidas à análise de variância e teste para contraste de Tukey. As duas siliconas por adição mostraram boa estabilidade dimensional em qualquer tempo de vazamento. A silicona por condensação, até 60min, manteve uma estabilidade razoável, mas em 24h a contração já foi bem acentuada (p < 0,05). Houve diferença estatisticamente significativa favorável às siliconas por adição, nos tempos de 24h e 7 dias (p < 0,01). Conclusões: Os moldes das siliconas por adição Aquasil e Elite H-D podem ser armazenados, sem alterações, até 7 dias. Os moldes do material Speedex devem ser obtidos até 60min.

 

 

B025

 

 

Avaliação da rugosidade de superfície de materiais restauradores.

H.M.S. OSHIMA*; M.F. DE GOES; M.A.P. SILVA; M.A.C. SINHORETI.

Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP / IFSC- USP.

 

 

O propósito deste estudo foi avaliar a rugosidade produzida pelos procedimentos de acabamento e polimento sobre a superfície de materiais restauradores resinosos. Foram utilizados a resina composta Z100 (3M) e as resinas modificadas por poliácidos, F2000 (3M) e Compoglass (Vivadent). Os corpos-de-prova foram confeccionados inserindo o material no interior de moldes plásticos com 8mm de diâmetro e 2mm de altura. Em seguida, uma fita de poliéster foi posicionada sobre a superfície do material e pressionada com o auxílio de uma lâmina de vidro. A seguir, todo o conjunto foi polimerizado pela ativação por luz visível, durante 40 segundos, utilizando um aparelho XL 3000 (3M). Foram obtidos seis corpos-de-prova para cada material e armazenados em 100% de umidade relativa, a 37ºC, por 24 horas. Os corpos-de-prova de cada material foram divididos em dois grupos: Grupo 1 - controle (tira de poliéster) e Grupo 2 - acabamento com pontas diamantadas (SKF) e polimento com sequência de discos Sof-lex (3M). A rugosidade da superfície dos corpos-de-prova foi mensurada através de um rugosímetro Prazis-Rug3. Em seguida, as superfícies foram observadas em Microscopia de Força Atômica. Os resultados foram submetidos à análise de variância e teste de Tukey ao nível de 5% de significância. Os valores médios de rugosidade foram: Grupo 1- Z100= 0,08µm, F2000= 0,16µm, Compoglass= 0,14µm; Grupo 2 – Z100= 0,13µm, F2000= 0,44µm, Compoglass= 0,14µm. Os materiais Z100 e Compoglass não apresentaram diferenças estatisticamente significantes após acabamento e polimento, quando comparados com os respectivos grupos controle. O material F2000 apresentou rugosidade maior e diferiu estatisticamente após o polimento em relação ao material Z100 e Compoglass.

 

 

B026

 

 

Avaliação da resistência flexural, dureza e desgaste de resinas compostas.

M. POLONIATO*; P.E.C.CARDOSO; A. MIRAGE; C.P. EDUARDO; J.F.F. SANTOS

Depto. de Materiais Dentários da FOUSP. (( (011) 818-7840/ 818-7842

 

 

Este trabalho tem por objetivo avaliar a resistência flexural, dureza e desgaste de resinas compostas: Prodigy, Z100, Heliomolar RO e Durafill VS, fotoativadas com laser de Argônio (600mw/cm2 por 10 seg.) e luz halôgena (600mw/cm2 por 40 seg.). Para o teste de resistência flexural foram confeccionados corpos de prova de 10mm de comprimento, 2mm de largura e 1mm de profundidade e submetidos à máquina de ensaios mecânicos Wolpert. Para o teste de dureza Knoop, os corpos de prova foram embutidos em resina acrílica e então submetidos à máquina Durimet. Por fim, o teste de desgaste foi realizado utilizando: o dispositivo Leinfelder et al., J.Dent.Res., 70: 345, 1991 e molares hígidos, que foram embutidos e receberam um preparo cavitário de 3mm de profundidade e 3,1mm de diâmetro. As cavidades foram preenchidas em 4 etapas: a camada do adesivo e três camadas semelhantes de resina composta. Os corpos de prova foram submetidos a 1.000.000 de ciclos mecânicos e a análise de desgaste foi realizada de forma indireta. Após a obtenção dos dados, estes foram submetidos à análise de variância e então pode-se concluir que: em relação ao teste de resistência flexural, as resinas compostas fotoativadas pelo laser de Argônio apresentaram menores médias do que quando fotoativadas pela luz halôgena. Em relação ao teste de dureza, as maiores médias foram obtidas quando utilizado o laser de Argônio. Já o desgaste foi mais acentuado quando a fotoativação era realizada com o laser de Argônio.

 

 

B027

 

 

Avaliação da resistência flexural de diferentes materiais restauradores estéticos.

P.S.L. PRAZERES*; P.E.C.CARDOSO; M. POLONIATO; J B.C. MEIRA.

Depto. de Materiais Dentários da FOUSP. (( (011) 818-7840/ 818-7842

 

 

Dentre as várias propriedades utilizadas para prever o comportamento clínico dos materiais restauradores, quando colocados em dentes posteriores, está a resistência flexural. Esta mede indiretamente a resistência de um material em áreas de grande "stress" como, por exemplo, as cristas marginais. O objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência flexural de 16 materiais restauradores estéticos fotopolimerizáveis. O material era inserido em um único incremento em uma matriz desmontável de poliacetal e fotopolimerizado, colocando a ponta da lâmpada (450mW/cm2) sempre no centro geométrico do mesmo. Para cada material foram realizadas 10 amostras, sendo que 5 foram polimerizadas por 40 segundos e 5 por 80 segundos. Os corpos de prova de 10mm x 2mm x 1mm foram armazenados em água destilada à 37oC por 24 horas, e posteriormente submetidos ao ensaio de dobramento em 3 pontos. Os valores de resistência flexural foram submetidos à análise de variância, através da qual foram constatadas diferenças entre os materiais testados. Os maiores valores foram obtidos com as resinas: Fill Magic, Alert, TPH e Prodigy. Valores intermediários foram obtidos com as resinas Surefil, Degufill Mineral, Z100, Ariston, Charisma, Glacier, Heliomolar; e pelo compômero Dyract AP. Os valores mais baixos foram obtidos com o compômero Compoglass, o ionômero Fuji II e as resinas Silux e Solitaire. Os resultados sugerem cautela na indicação dos últimos materiais para restaurações em dentes posteriores.

 

 

B028

 

 

Avaliação da microinfiltração e dureza superficial de uma nova resina composta condensável.

L.T. POSKUS*; J.B.C. MEIRA; P.E.C. CARDOSO.

Depto. de Materiais Dentários da FOUSP

 

 

Recentemente surgiu no mercado uma nova gama de resinas compostas apresentando, segundo os fabricantes, possibilidade de condensação semelhante ao amálgama e grande profundidade de polimerização, até 5mm. A proposta deste trabalho foi analisar o grau de polimerização e a qualidade da união ao dente de uma resina do tipo condensável, tendo como controle uma resina tradicional. Foram utilizados pré-molares humanos hígidos, nos quais foram realizadas cavidades proximais padronizadas. Metade das cavidades foram restauradas utilizando a resina condensável Alert® (A) e a outra metade, a resina Z-100®-3M (Z). Duas técnicas de inserção foram utilizadas: incremental(I) e incremento único(U). Posteriormente os corpos de prova foram submetidos à ciclagem térmica e imersos em solução de azul de metileno 0,5% por 4 horas. Após a análise do grau de infiltração os corpos de prova foram embutidos e polidos para análise da microdureza Vickers, nas camadas oclusal e cervical das restaurações. Os resultados de microinfiltração foram submetidos ao teste de Kruskall Wallis que demonstrou diferença estatísticamente significante entre o grupo A-U (maior infiltração) e Z-I (menor infiltração) e, A-I(menor infiltração) e A-U(maior infiltração), os demais grupos obtiveram valores semelhantes. Os resultados de microdureza foram submetidos à análise de variância, na qual não houve diferença entre as resinas estudadas, ou seja, a Alert não permite uma maior profundidade de polimerização, como alegam os fabricantes. Em ambas resinas a camada cervical exibiu valores menores de dureza que a oclusal.

 

 

B029

 

 

Cimentação adesiva: adesão à dentina e à liga não nobre.

P. A. BURMANN; P. E. C. CARDOSO; L. CASAGRANDE; B. SILVEIRA; F. S. SIQUEIRA*.

Depto. Materiais Dentários–FOUSP/Dep. Odontologia Restauradora. (011-8187842).

 

 

Os materiais e técnicas adesivas atuais consolidam a era da Odontologia Restauradora Adesiva. Apesar dos estudos avançados, a base do mecanismo de união parece estar baseado em retenção micromecânica tanto à nível de estrutura dental quanto de substrato restaurador. Na estrutura dental a hibridização é a chave do processo adesivo. Este estudo avaliou a resistência de união, proporcionada por cinco sistemas cimentantes adesivos (Resinomer/All Bond 2, Panavia Ex/ED Primer, Panavia Ex/Etch & Prime, Cement-It/Bond 1 e Resin Cement/Scotch Bond Multi Uso Plus) entre uma superfície dentinária plana e as superfícies, também planas, de uma liga alternativa (Ni-Cr-Be - Co-Span 13.5). A parte metálica dos corpos de prova (botão metálico) recebeu microjateamento com óxido de alumínio e foi cimentada à superfície dentinária. Os 25 CPs foram submetidos a ensaio de tração (Wolpert) 24 horas após a colagem. Os resultados de resistência adesiva apontam para um melhor desempenho dos sistemas Panavia Ex/ED Primer, Panavia Ex/Etch & Prime, com valores de 5,5 e 4,3 MPA, respectivamente, sem diferença estatística.

 

 

B030

 

 

Comparação de quatro elastômeros para técnica de moldagem com casquete

D.G.BENOTTI*; L.C.LOPES; C.P.EDUARDO

Departamento de Dentística, Faculdade de Odontologia da USP – SP f:(011)818-7841

 

 

O trabalho se propôs a avaliar a fidelidade de reprodução de moldagens obtidas pela técnica do casquete individual e os seguintes materiais elastoméricos: polissulfeto, poliéter, silicona de condensação e de adição. Foram realizadas 48 moldagens, sendo 12 para cada material, a partir de um troquel metálico simulando um preparo cavitário para coroa total de um molar. Cada molde apresentou uma espessura de 0,8mm. Após o tempo preconizado ideal para cada material, foram obtidos os respectivos modelos de gesso. A deformação das amostras foi avaliada comparando-se uma distância entre dois pontos diametralmente opostos do troquel metálico e sua reprodução nos moldes e modelos de gesso. Além disso, calculou-se a deformação final percentual de cada amostra. Segundo a análise estatística de "t-Student", o material que apresentou a menor deformação linear foi o polissulfeto. Por outro lado, a silicona de condensação foi o que apresentou a maior deformação. Na comparação entre modelo de gesso e molde obtidos através do mesmo material, a silicona de adição se apresentou como o mais estável. Com base na metodologia e materiais utilizados, os autores concluíram que o uso do casquete permitiu a uniformidade e espessura mínima do molde e, com isso, o polissulfeto, que não possui as melhores características entre os outros elastômeros, se apresentou como o melhor material para esta técnica de moldagem.

 

 

B031

 

 

Avaliação da infiltração em incrustações de porcelana ou resina composta.

W.G.MIRANDA Jr.; W. ROMÃO Jr.*; J.F.F. SANTOS

Departamento de Materiais Dentários, FOUSP, S.P., Brasil. Fax: 8187840.

 

 

O objetivo deste estudo foi avaliar a infiltração marginal em incrustações de porcelana (Colorlogic, Dentsply) ou resina composta indireta (Artglass, Kulzer). Foram confeccionadas 30 cavidades classe II, MOD, em terceiros molares hígidos. Em uma das faces proximais, o término do preparo foi em esmalte, e na outra face em dentina. Os cimentos resinosos utilizados para cimentação foram: Duolink (Bisco), Enforce (Dentsply), e Variolink (Vivadent). Os espécimes foram armazenados em água destilada a 37° C, por uma semana; e submetidos à ciclagem térmica (700x/5 e 55°C/60s). A seguir os dentes foram impermeabilizados e submersos em solução de azul de metileno a 0,5% por 4 h, e seccionados. Os corpos-de-prova foram avaliados por 3 examinadores calibrados, segundo uma escala de 0 a 3 de acordo com a penetração do corante. Os dados assim obtidos foram analisados através de testes de aderência à curva normal e ANOVA. Concluiu-se que: ocorreu maior infiltração em dentina do que no esmalte (p < 0,01); maior infiltração com o Colorlogic (p < 0,01) do que para o Artglass; uma leve diferença entre os cimentos resinosos (p < 0,05), sendo que apenas o Duolink apresentou maior média de infiltração em relação ao Enforce, tendo o Variolink apresentado valor intermediário e semelhante estatisticamente em relação aos outros cimentos.

 

 

B032

 

 

Avaliação de resinas compostas e sistemas adesivos através da dureza Knoop e microinfiltração.

J.B.C. MEIRA*; P.E.C.CARDOSO

Depto. de Materiais Dentários da FOUSP. (( (011) 818-7840/ 818-7842

 

 

Dentre os testes "in vitro" mais utilizados para avaliar as resinas compostas e os sistemas adesivos, se destacam respectivamente o teste de dureza e o de microinfiltração. O objetivo deste trabalho foi avaliar a dureza Knoop e o grau de microinfiltração da resina composta Z100 em função da fonte de ativação (Optilux® ou Translux®), técnica de inserção (incremental ou incremento único) e sistema adesivo (Single® ou Scotchbond MP®). Foram confeccionadas 40 cavidades classe II em dentes humanos hígidos, os quais foram divididos em 8 grupos. As restaurações foram realizadas de acordo com as condições especificadas para cada grupo. Após ciclagem térmica os dentes foram imersos em solução de azul de metileno 0,5% por 4 horas e secionados para avaliação do grau de infiltração. Após isto, as fatias foram então embutidas e polidas para leitura de dureza, a qual foi realizada nas camadas oclusal e cervical. Os resultados da microinfiltração foram submetidos ao teste de Kruskall-Wallis e os da dureza, à análise de variância. Pôde-se perceber que a intensidade de luz utilizada é o fator que mais influi tanto na microinfiltração quanto na dureza. O adesivo Scotchbond MP® foi o mais sensível aos fatores técnica de inserção e intensidade de luz. A técnica incremental por si só não garante uma menor infiltração nem maior grau de polimerização.

 

Apoio financeiro FAPESP – Processo 97/06920-0

 

 

B033

 

 

Dureza Knoop de compósitos relacionada à irradiação, espessura e idade.

M.S. MASUDA*; W.I. MALUF; A. MUENCH.

Depto. Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia da USP - SP; F (011) 818-7840

 

 

O objetivo da pesquisa foi a determinação da dureza Knoop de duas resinas compostas: Degufill H (Degussa, Alemanha); Z100 (3M, USA). Outras variáveis estudadas foram: tempo de irradiação (40 e 80 seg); tipo de camada (com 6mm de profundidade, a inserção das camadas foi: 1) 1° 2mm e depois 4mm; 2) 1° 4mm e depois 2mm); idade na determinação da dureza, com armazenagem em soro fisiológico a 37°C (1 semana, 1 e 2 meses); profundidade (em relação ao topo de irradiação: 0,2mm e de 0,4 em 0,4 mm até 5,8mm). Em cada espécime (n=2) foram feitas 15 leituras em profundidade. A intensidade de luz foi acima de 450 mW/cm2. A estatística usada foi análise de variância e teste de Tukey. A diferença das durezas das duas resinas é alta (no topo, Degufill H cerca de 54 e Z100 85), pelo que foram analisadas separadamente. Para a resina Degufill H foi significante tempo de irradiação (p<0,05), de maior dureza com 80 seg, camada (p<0,05), idade (p<0,001 - aumento até um mês e diminuição para 2 meses), e profundidade (p<0,001 - no fundo de 4mm a dureza era 11,9% menor e no fundo de 2mm era 7,5% menor). A resina Z100, que conhecidamente contem alto número de radicais livres comportou-se bem diferente da Degufill H. O tempo de irradiação e tipo de camada não influíram. A dureza diminuiu continuamente de uma semana até 2 meses (p<0,001). Profundidade foi significante (p<0,001), com diminuição gradativa (no fundo de 4mm a dureza era 12,3% menor e no fundo de 2mm 8,0% menor). As conclusões foram: maior tempo de irradiação aumentou a dureza da Degufill H e não da Z100; a dureza diminuiu com a profundidade e no fundo da camada de 4mm era menor do que na de 2mm.

 

 

B034

 

 

Microinfiltração em função de materiais restauradores e condicionamento ácido.

S.K. BUSSADORI*; A. MUENCH.

Depto. Materiais Dentários, FOUSP. ( (011) 818-7840.

 

 

A investigação teve como objetivo avaliar a microinfiltração em dentes decíduos restaurados com 4 materiais: Dyract (Caulk/Dentsply); Vitremer (3M); Z100 (3M); Fuji II LC (GC), realizando ou não condicionamento ácido. As restaurações (OP) foram feitas conforme instruções dos fabricantes e armazenadas em água destilada por 7 dias. Fez-se ciclagem térmica (700 ciclos em 5 e 55ºC, com um minuto em cada banho. A coloração foi com azul de metileno a 0,5%, pH 7,2, por 4 horas. Aos graus de infiltração foram atribuídos os escores: 0 (nenhuma); 1 (esmalte ou 1/3 em dentina); 2 (junção amelodentinária ou 2/3 em dentina); 3 (toda a parede gengival); 4 (difusão em direção à polpa). Para a análise dos dados empregou-se o teste de Kruskall-Wallis e contrastes. Foi grande a diferença de infiltração entre materiais (p < 0,001). A tabela mostra os resultados com os contrastes. As conclusões foram:

Médias (escore) de microinfiltração. (letras diferentes mostram diferenças significantes, p < 0,05, n = 10)

Material Condicionamento

com sem

Dyract 0,1 a 0,1 a

Vitremer 1,6 b 1,4 b

Z100 1,7 b 1,5 b

Fuji LC 2,9 c 4,0 d

com o Dyract a micro infiltração foi mínima; com o Vitremer e Z100 a microinfiltração foi intermediária; com o Fuji II LC a microinfiltração foi grande e só com ele o condicionamento ácido influiu.

 

 

B035

 

 

Avaliação do efeito da termociclagem na adesão de adesivos dentinários de 5a geração.

K. DIAS*; M. MIRANDA; D. L. NASCIMENTO; A. LAMOSA; T. BRAGA

Departamento de Clínica da UERJ e UFRJ, - Rio de Janeiro, - RJ.-Fax.(021) 560-6137

 

 

O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da termociclagem na adesão de um adesivo dentinário de 5a geração (Prime Bond 2.1 Dentisply) à dentina de dentes humanos através da medição da resistência ao cizalhamento e da infiltração marginal. Para o teste de cizalhamento foram preparados vinte corpos de prova com dentes incluídos em resina epoxi, Grupos 1A e 1B. Imediatamente antes da aplicação do adesivo os corpos de prova foram desgastados com lixa d’água até a exposição da dentina. O adesivo foi aplicado de acordo com as instruções do fabricante sobre o qual um botão cilíndrico padronizado de 3x3 mm de resina fotopolimerizável TPH (Dentisply) foi construído com auxílio de uma matriz de teflon. Para o teste de infiltração marginal, Grupos 2A e 2B, vinte dentes receberam cavidades padronizadas do tipo classe V e foram restaurados, com os mesmos materiais, pela técnica incremental. Após a polimerização da resina, os corpos de prova foram estocados por sete dias em água à temperatura ambiente. Metade dos corpos de prova de cada grupo sofreu termociclagem de 150 ciclos, Grupos 1B e 2B. Nos corpos de prova dos Grupos 1A e 1B a força de adesão foi testada em uma maquina de ensaios mecânicos. Os corpos de prova dos Grupos 2A e 2B foram corados por solução de nitrato de prata a 50% e a infiltração marginal avaliada por dois avaliadores utilizando um score de 0 (menor) a 3 (maior). Os resultados foram tratados estatisticamente por ANOVA e testes de Tukey (p<0,05) e de Mann Whitney. As médias e DP. dos Grupo 1A e 1B foram 15,38+8,21 e 17,70+6,74 e os postos médios dos Grupo 2A e2B foram 28,19 e 30,56. Não foi possível determinar diferença estatística entre os Grupos com e sem termociclagem. Os autores concluíram que a termociclagem não alterou a força de adesão do sistema adesivo à dentina humana.

 

 

B036

 

 

Resistência à compressão e à tração diametral de amálgama e liga de gálio, com e sem adesivos.

ABREU, P. H.*; MONDELLI, J.

Faculdade de Odontologia de Bauru USP

 

 

Avaliou-se a resistência à compressão e à tração diametral de três tipos de ligas, DFL Alloy (alto conteúdo de cobre), Velvalloy (composição convencional) e Galloy (liga de gálio) associadas ou não a sistemas adesivos atuais, All-Bond 2, PAAMA-2 e Resinomer.

Seguindo-se a Especificação no 1 da A.D.A. (American Dental Association), confeccionou-se cinco corpos de prova para cada condição específica e testados em duas idades (1 e 48 horas), armazenando-os em estufa seca e regulada a 370C, até que os ensaios fossem realizados. Decorridos os intervalos de tempo acima mencionados, os espécimes submeteram-se a forças de compressão e de tração diametral na máquina de ensaio Kratos, com velocidade de 0,5 mm/min. Os valores foram registrados e submetidos à análise de variância a três critérios e ao teste estatístico Tukey-Kramer.

Dos resultados obtidos, concluiu-se que o aumento da idade elevou os níveis de resistência; houve diferença estatística significante entre as ligas sem adesivo e com adesivo, tanto quanto à resistência à compressão e quanto à tração diametral. Nas duas situações a liga de gálio Galloy comportou-se melhor, comparável a liga Velvalloy, enquanto que a liga DFL Alloy apresentou os piores resultados.

 

 

B037

 

 

Efeito da remoção do colágeno na adesão à dentina

V.P.A. SABOIA*; L.A.F. PIMENTA

Departamento de Odontologia Restauradora, FOP – UNICAMP– fone (019)426-49-98

 

 

O objetivo deste trabalho foi verificar os efeitos remoção do colágeno na resistência ao cisalhamento de dois sistemas adesivos de frasco único. Foi usado como substrato dentina planificada de profundidade média de 3os molares recém-extraídos e armazenados em formol a 10% (pH neutro). Foram usados os adesivos Prime & Bond 2.1(PB-Dentsply) e Single Bond (SB-3M). Nos grupos controle (1 e 3) os adesivos foram aplicados de acordo com as instruções do fabricante, enquanto que nos grupos experimentais (2 e 4), após o condicionamento com ácido fosfórico a 37%, foi aplicada uma solução de hipoclorito de sódio a 10% (H) por 1 minuto para remover o colágeno exposto pelo condicionamento ácido. Foram confeccionados cilindros de 3 mm de diâmetro por 5 mm de altura com resina composta Z-100 (3M). Após 24 horas em ambiente úmido a 37 0C foi realizado o teste mecânico de cisalhamento com velocidade de 0,5 mm/min. Os resultados exploratórios e do Teste de Kruskal-Wallis podem ser observados na tabela abaixo.

Grupo n mediana média variância Soma das ordens

1-PB 15 15,02 17,59 39,20 481,5 b

2-PBH 19 21,84 21,83 42,37 857,5 a

3-SB 17 15,99 15,85 18,48 484,0 b

4-SBH 15 13,82 15,32 21,66 388,0 c

Foi concluído que a remoção do colágeno aumentou a resistência de união para o adesivo a base de acetona (PB), e diminuiu a resistência adesiva quando foi usado um material a base de água (SB). A manutenção do colágeno resultou em resistências adesivas semelhantes para os materiais testados.

 

 

B038

 

 

Infiltração em restaurações classe II, em resina composta, em molares decíduos.

F.P. Rastelli; R.S. Vieira; M.C.S. Rastelli.

Departamento de Estomatologia. Universidade Federal de Santa Catarina.

 

 

Estudou-se o comportamento clínico, radiográfico e o grau de infiltração marginal de restaurações de classe II, em molares decíduos. Foram utilizadas três técnicas de inserção e polimerização da resina composta: inserção em um único incremento, inserção em três incrementos horizontais e inserção em três incrementos com um insert de resina pré-polimerizada. Realizou-se 90 restaurações classe II, em molares decíduos de 27 crianças de 08 a 11 anos de idade. Após 12 meses, 55 restaurações foram avaliadas clínica e radiograficamente, quanto a perda da restauração, desgaste oclusal, alteração de cor e contorno e presença de lesão de cárie nas margens das restaurações, utilizando-se critérios estabelecidos pelo USPHS. Para a análise da infiltração marginal, avaliou-se 62 restaurações, após a esfoliação. A análise da penetração de corante foi realizada segundo critérios propostos por Lutz et al. Como resultados encontrou-se que as restaurações executadas pela técnica de inserção única apresentaram resultados superiores em relação à retenção total, alteração de cor e presença de cárie, principalmente nas margens oclusais.Todos os três grupos estudados porém, mostraram algum grau de infiltração e desgaste oclusal sem diferenças estatisticamente significantes entre os mesmos. Em vista dos resultados os autores concluem que nenhuma das três técnicas foi efetiva no controle da infiltração cervical e que a técnica de inserção única deveria ser sugerida para crianças devido a um menor tempo de trabalho e maior simplificação técnica.

 

 

B039

 

 

Resistência ao cisalhamento de um adesivo monocomponente sobre dentina tratada com jateamento e ácido fosfórico a 37%.

A.N.SOUZA*; H.R. SAMPAIO FILHO; L.R.M. MARTINS.

Depto. Dentística Restauradora. UNICAMP/ UERJ.

 

 

O objetivo deste trabalho, foi comparar os valores de resistência às forças de cisalhamento de um adesivo monocomponente aplicado à dentina. Sessenta amostras foram preparadas através das faces lingual e vestibular de terceiros molares humanos recentemente extraídos, limpos e mantidos em solução de Timol a 1%. O esmalte foi removido com o auxílio de um disco diamantado dupla-face e as superfícies de dentina expostas foram polidas com lixas de óxido de alumínio com granulação variando de 220 a 600, em politriz refrigerada. Metade das amostras( G1) recebeu um jateamento com carbonato hidrolizado de sódio sob uma pressão de 50Psi durante um minuto, enquanto a outra metade( G2) sofreu um ataque com ácido fosfórico em gel a 37% por 15 segundos. Após as lavagem e secagem das superfícies dentinárias, aplicou-se sobre elas um adesivo monocomponente( Prime & Bond – Dentsply) com a técnica recomendada pelo fabricante. A seguir foram feitos usando-se uma matriz de teflon, cilindros de compósito( TPH-Spectrum; Dentsply) com 3mm de diâmetro e dois mm de altura e os corpos de prova foram armazenados em umidificador a 37oC por uma semana. O teste foi realizado numa máquina universal de ensaios EMIC, modelo MF-500 com célula de força de 100Kg e velocidade de carregamento de 0,5mm por min revelando uma média de 8,63 MPa para o G1 e 7,56 MPa para o G2. Submetendo-se estes resultados à análise estatística(Teste t de Student), concluiu-se que não houve diferença estatisticamente significante entre os dois grupos comparados.

 

 

B040

 

 

Resistência ao cisalhamento de diferentes sistemas restauradores ao esmalte e à dentina.

E. C. LEITÃO*; F. S. MORAES; L. C. MAIA; A. M. G. VALENÇA.

Faculdade de Odontologia- UFF, Niterói – RJ, Brasil.

 

 

O presente trabalho se propôs a comparar a resistência da união entre o esmalte (E) e a dentina (D) quando utilizado resina (TPH - Dentsply e FLOW IT - Jeneric/Pentron) e compômero (DYRACT – Dentisply). Para tanto, 120 incisivos bovinos foram desgastados em suas faces vestibulares de forma que, em 60 deles ficasse exposto o E e nos 60 restantes a D. Dividiram-se os 120 dentes em 8 grupos contendo 15 elementos cada: G1- TPH em E; G2 – Flow it em E; G3- Dyract em E sem ataque ácido; G4 – Dyract em E com ataque ácido por 15 seg.; G5- TPH em D; G6- Flow it em D; G7- Dyract em D sem ataque ácido; G8 – Dyract em D com ataque ácido por 15 seg.. A área de colagem possuía 0,06 cm2, na qual foram colados os braquetes, sendo a inserção e polimerização dos materiais feitas de acordo com as especificações dos fabricantes. Os corpos de prova foram armazenados em umidade relativa 100%, por 5 dias, findos os quais realizou-se a descolagem dos braquetes em máquina Kratos, sendo a velocidade de aplicação da força de 1,0mm/min. Para análise estatística dos dados, utilizou-se os testes não paramétricos Mann-Whitney e de Kruskal-Wallis e, quando significativo o seu valor, utilizou-se as comparações múltiplas. Os valores encontrados em Kgf/cm2 no E foram: G1- 49,69 (30,43-88,83); G2– 36,75 (22,06-67,88); G3– 28,08 (10,03-56,65); G4– 21,20 (7,28-46,90), havendo diferença significativa entre todos os grupos (p<0,01). Quanto à D, registraram-se os valores : G5– 33,47 (11,87-66,18); G6– 14,14 (8,33-27,65); G7- 29,31 (9,18-47,55) e G8-35,96 (13,38-47,86), havendo diferença significativa entre todos os grupos. Pôde-se concluir que, nas condições experimentais do estudo, em E como na D, a adesão foi maior com o compômero associado ao condicionamento ácido.

 

 

B041

 

 

Avaliação da microinfiltração de restaurações estéticas em dentes decíduos.

B. OLIVEIRA*; K. DIAS; M. S. MIRANDA.

Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Fax.: (021) 587-6382

 

 

É fato notório que nos serviços de saúde pública os profissionais utilizam a resina composta Adaptic para restauração de dentes anteriores. O objetivo deste estudo foi avaliar a adesão de três materiais restauradores estéticos em dentes decíduos. Quinze dentes decíduos foram utilizados neste estudo. Cada um recebeu duas cavidades Classe III, ambas com uma margens em esmalte. Os dentes foram divididos em três grupos de cinco dentes cada, correspondentes ao material utilizado: Grupo 1- adesivo Prime Bond 2.1 e resina TPH (Dentsply); Grupo 2 - resina Adaptic e adesivo ARM (J&J) e Grupo 3 - ionomero Fuji IX (Fuji). Após a restauração, os dentes foram termociclados, corados com solução de nitrato de prata a 50% e então secionados. Três avaliadores calibrados avaliaram a infiltração marginal de 0 (menor) a 3 (maior), com uma lupa estereoscópica. Os resultados foram estatisticamente tratados por testes ANOVA de Kruskal-Wallis e de Mann-Whitney (p < 0.05). Os postos médios obtidos foram: Grupo 1= 17,77; Grupo 2= 16,50 e Grupo 3= 35,54. Foi notada diferença estatisticamente significante entre o Grupo 3 e os Grupos 1 e 2, os quais foram estatisticamente iguais. Os autores concluíram que as restaurações com resinas associadas aos adesivos testados ofereceram a melhor adaptação as paredes dos preparos em esmalte decíduo.

 

 

B042

 

 

Avaliação dos métodos de secagem na técnica de adesão úmida

R. BRAZ; C. M. R. S. Carvalho; P. O. B. Porto *

Depto. de Odontologia Restauradora, Fac. de Odont. de Pernambuco - FOP/UPE

 

 

A natureza hidrofílica da dentina necessitou que fossem desenvolvidos agentes de união com propriedades hidrófilas, e para isso é necessário que a mesma permaneça úmida. Em vista do exposto, avaliou-se o grau de microinfiltração marginal em cavidades classe V vestibulares padronizadas, preparadas pela técnica de adesão úmida, utilizando vários métodos de secagem. Foram selecionados 50 dentes humanos extraídos (pré-molares e molares) divididos aleatoriamente em 5 grupos de 10 espécimes cada. Os preparos foram condicionados com ácido fosfórico a 37% por 15 segundos, seguido por lavagem com o mesmo tempo de aplicação do ácido. Grupo I: secagem com pelotas de algodão (Sussex); Grupo II: secagem com filtro de papel (Coabem Ind. e Com. Ltda.); Grupo III: secagem com jato de ar por 2 segundos; Grupo IV: secagem com pincel Bendabrush; Grupo V: secagem com pincel Microbrush. Os espécimes foram restaurados com resina composta (Z100, 3M Co.), seguindo as instruções do fabricante, imersos em solução de fucsina básica a 0,5% e seccionados. Três examinadores calibrados avaliaram a infiltração do corante numa escala de escores de 0 a 3, utilizando lupa com 20 vezes de aumento. Ao dados foram analisados utilizando-se o teste de Kruskall-Wallis considerando-se o nível de significância de 5% e baseando-se nos escores medianos dos três examinadores. Os resultados não comprovaram diferença estatisticamente significante entre os grupos, entretanto, para os dados obtidos, verificou-se que os grupos I e V tenderam a apresentar graus menos elevados de infiltração.

 

 

B043

 

 

Estudo in vivo da micro-morfologia de um novo adesivo Self-etch-primer. Análise em M.E.V.

P.E.C. CARDOSO*; P.A BURMANN; N. AZAMBUJA Jr.; J.F.F. SANTOS.

Depto. de Materiais Dentários da FOUSP

 

 

A utilização de adesivos hidrofílicos nos processos restauradores revolucionou a Odontologia nos últimos anos. Esta constatação tem sido acompanhada do lançamento de um grande número de produtos que apresentam técnicas de aplicação que podem chegar até 3 passos (ex: Scotchbond Multiuso Plus). Esta quantidade de manobras traz como inconvenientes o aumento do tempo de aplicação e maior possibilidade de erro durante a execução do processo adesivo. Recentemente, foi introduzido um novo material (Etch Prime 3.0) cujo ácido, primer e adesivo se encontram em um só frasco, tornando a técnica de aplicação rápida e simples. Foi proposta deste trabalho comparar a micro-morfologia dos "tags" formados em esmalte e dentina por 2 adesivos (Scotchbond Multiuso Plus e Etch Prime 3.0). Foram realizadas restaurações de resina composta (Heliomolar RO) tipo classe V em dentes periodontalmente comprometidos. Após a realização das restaurações, os dentes foram extraídos e descalcificados em ácido clorídrico. O conjunto adesivo-resina composta foi preparado para microscopia eletrônica de varredura. A morfologia dos "tags" criados pelo Etchpirme 3.0 em esmalte apresentou menor relevo quando comparado ao Scotchbond Multiuso Plus. Com relação ao aspecto dos "tags" em dentina, o Etchprime 3.0 apresenta "tags" mais delgados quando comparados ao Scotchbond Multiuso Plus. Entretanto, essas diferenças morfológicas ainda não podem ser relacionadas com a capacidade adesiva comparada dos produtos analisados nesta investigação.

 

 

B044

 

 

Retenção à dentina relacionada à face e uso de ar.

P.W.R. OSINAGA*; A. MUENCH.

Departamento de Materiais Dentários, Faculdade de odontologia da USP-SP, Fone/Fax (011) 818 – 7840.

 

 

Nosso propósito é o de avaliar a resistência de união à dentina de resina composta Z100 (3M), por meio de um sistema adesivo Scotch Bond Multi-Purpose Plus Dental Adhesive System (3M), aplicando ou não jato de ar sobre o adesivo. Foram utilizados 20 dentes molares, cujas faces oclusais e proximais desgastadas até expor dentina e formando 90° entre estas. Os dentes foram incluídos em blocos de resina acrílica, deixando expostas as faces de colagem, divididos em grupo A (10) que recebeu aplicação de jato de ar por 6 segundos e o grupo B (10) sem a mesma. A seguir foi confeccionado o "botão" de resina composta, em forma de cone invertido, com 2 mm de diâmetro no lado da fixação. A obtenção do cone de resina foi obtida por meio de um molde de silicona. Sendo primeiramente feita a colagem nas faces oclusais, e sendo os mesmos dentes usados para a colagem nas faces proximais. Os corpos de prova prontos foram armazenados em solução de cloreto de sódio a 0,9% por dois dias, a 37°C para efetuar-se o arrancamento, por ensaio de tração.Os dados submetidos à análise de variância, demonstraram significância quanto a faces (p< 0,01), embora não para a aplicação de jato de ar. A interação também não foi significante. As médias para faces (n=20) foram 12,99 MPa para a oclusal e 7,01 MPa para a proximal. Conclue-se que: o uso ou não de jato de ar, não influência a retenção apresentando a face oclusal retentividade maior do que a proximal.

 

 

B045

 

 

Sistemas adesivos usados como selantes: efeitos do primer e termociclagem.

R.H.M.GRANDE*; J.M.SINGER; J.A.OLIVEIRA; L.T.AGUILAR; N.P.REZENDE

Materiais Dentários FOUSP e Estatística IMEUSP, SP, Brasil. Fax O11 8187840

 

 

Dando continuidade a uma linha de pesquisa sobre o emprego de adesivos multiuso no selamento de fissuras (Grande et al., J Dent Res, 75:1087, 1996), este estudo avaliou o desempenho de 4 sistemas adesivos, quanto à microinfiltração. Noventa e seis primeiros pré-molares inferiores, extraídos por indicação ortodontica, foram selados de acordo com a orientação dos fabricantes. O grupo amostral foi dividido em 16 subgrupos, os quais receberam uma das 16 combinações de tratamento: adesivos (OptiBond, OptiBond FL, AllBond 2 ou Scotchbond MP), primer (com ou sem), e estresse térmico (3.000 ciclos /60s /5-37°C e 37-55ºC) ou armazenagem em água a 37ºC pelo mesmo período da ciclagem. Os espécimes foram imersos numa solução a 50% de AgNO3 durante 2 h em ambiente escuro, lavados e imersos em revelador fotográfico sob luz fluorescente por 8 h. Os corpos de prova foram secionados sob refrigeração num micrótomo (Labcut 1010, Extec). Um avaliador definiu a penetração do corante segundo uma escala de 0 a 3, em 315 superfícies, através de um estereomicroscópio 25x (Carl Zeiss). Os fatores principais (adesivo, primer e ciclagem) foram avaliados através de ANOVA. Só houve efeito significativo para adesivo (p=0,0007); os outros fatores principais e suas interações não foram significativos (p>0,1894). O escore médio de infiltração para o OptiBond (0,81±±0,17) foi significativamente menor (p=0,0002) do que os escores médios dos outros 3 adesivos (1,51±±0,11) que podem ser considerados iguais (p=0,5226).

Apoio financeiro: FAPESP (96/05748-6; 96/6216-8) e NAPEM.

 

 

B046

 

 

Microinfiltração de restaurações de Cl V submetidas à ciclagem térmica e mecânica.

E.M.A. RUSSO*; N.GARONE NETTO; E. MATSON; R.C.R. CARVALHO; R.S.C. SANTOS.

Dep. de Dentística da Fac. de Odontol. da USP – SP Fone (011) 8187841

 

 

O objetivo deste trabalho foi avaliar "in vitro" a infiltração marginal em cavidades de Cl V restauradas com resina composta, cimento de ionômero de vidro resino-modificado e compômeros, utilizando diferentes técnicas restauradoras, quando submetidas à ciclagem térmica e mecânica. Trinta e seis molares humanos íntegros receberam 72 preparos de Cl V nas faces V e L. A margem oclusal foi localizada em esmalte a gengival em dentina. Os dentes foram divididos em 9 grupos de 8 espécimes cada. As cavidades foram restauradas com: I-Dyract (Dentsply); II-Compoglass (Vivadent);III-Vitremer (3M); IV-Dyract, após retenção; V-Compoglass após retenção; VI-Z100 (3M) após retenção;VII-Dyract com adesivo SBMPP(3M);VIII-Compoglass com adesivo SBMPP; IX-Z100 com adesivo SBMPP. Os espécimes dos grupos I,II,IV e V não receberam condicionamento ácido. As amostras foram mantidas em água a 37º C por 24 horas, submetidas à ciclagem mecânica, ciclagem térmica, cobertas com verniz exceto 1 mm ao redor das restaurações e imersas em Rodamina B. As restaurações foram cortadas no sentido V-L. O grau de penetração variou de zero (infiltração) a 3 (infiltração máxima). O teste Kruskal-Wallis mostrou diferenças estatísticamente significantes entre as técnicas restauradoras (p<0,05). Os compômeros quando utilizados sem condicionamento ácido da estrutura dental apresentaram a maior infiltração, tanto na margem oclusal quanto na margem gengival. Na margem gengival a resina composta apresentou infiltração marginal menor que os compômeros e CIVRM. Tanto a retenção adicional quanto o condicionamento ácido mais adesivo foram foram capazes de reduzir a infiltração marginal em restaurações de compômeros, tanto na margem gengival quanto na margem oclusal, quando submetidas à ciclagem térmica e mecânica.

 

 

B047

 

 

Avaliação da força de união da resina composta à porcelana

A.M.CARNEIRO JUNIOR*; R.C.R. CARVALHO; M.L. TURBINO

Departamento de Dentística, Faculdade de Odontologia da USP - SP

 

 

Na busca da reprodução do aspecto dental, a porcelana se destaca entre os materiais restauradores. Desse modo, a utilização do material vem crescendo cada vez mais atualmente e, com ela, a probabilidade de fraturas. Porém, uma falha nem sempre exige a troca da restauração: existe a possibilidade de um reparo com resina composta. Este trabalho se propôs a avaliar, in vitro, a força de união da resina composta à porcelana feldspática, quando efetuados os seguintes tratamentos superficiais na porcelana: asperização com instrumento cortante rotatório diamantado ou jateamento com óxido de alumínio de 50 micra, em aplicação isolada ou associada a condicionamento com ácido fosfórico, por 15 segundos, ou com ácido fluorídrico, por 1 ou por 4 minutos. Todos os espécimes foram previamente regularizados com lixa n.º 220. Após os tratamentos superficiais, receberam o sistema de união adesivo para porcelana Scothbond Multi-Purpose Plus Dental Adhesive System (3M). Feita a união com a resina composta (Restaurador Z100, 3M), foram armazenados em água destilada a 37ºC, em estufa, por 7 dias, e termociclados (600 ciclos de 1 minuto, entre 5 e 55ºC), sendo então submetidos a teste de tração. Pelos resultados obtidos, pôde-se concluir que ocorreu uma melhora na resistência à tração com todos os tratamentos propostos (em comparação ao observado no grupo-controle, sem nenhum tratamento superficial). O jateamento produziu maior resistência de união que a asperização com instrumento cortante rotatório diamantado; mas, quando associados ao condicionamento com qualquer dos ácidos selecionados, independente do tempo de aplicação, não houve diferença estatística entre esses tratamentos.

 

 

B048

 

 

Utilização da clorexidina como desinfetante cavitário previamente à utilização de compômeros.

RUANO, P.*; CIAMPONI, A. L.

Dep. de Ortodontia e Odontopediatria da Fac.de Odontologia da USP, SP.

 

 

Considerando-se todo o esforço em se obter um grau máximo de selamento marginal nos procedimentos restauradores e relacionar a influência de outros fatores, como por exemplo agentes desinfetantes, o objetivo deste estudo foi incluir os compômeros recentemente lançados (Dyract e Compoglass) nesta análise pela qual já passaram vários outros materiais. A nossa intenção foi avaliar a influência da pré-desinfecção cavitária com solução de clorexidina a 2% em restaurações realizadas com compômeros. Para tanto, confrontamos os grupos controle de ambos os materiais com os grupos que sofreram a desinfecção prévia numa análise de microinfiltração marginal. Foram preparadas cavidades Classe II em 20 pré-molares extraídos por razões ortodônticas, os quais foram divididos em quatro grupos. Os materiais já mencionados foram avaliados a cada dois grupos variando a presença ou não do pré-tratamento com solução de clorexidina. Os dentes sofreram o processo de termociclagem num total de 700 ciclos com variação de temperatura de 5°C e 55°C nos banhos. Posteriormente foram corados com solução de nitrato de prata a 50% e na seqüência incluídos em resina acrílica. Cada dente recebeu um corte longitudinal no sentido mésio-distal na porção central da restauração e os valores de microinfiltração foram avaliados mediante avaliação da profundidade de penetração do nitrato de prata na parede gengival, num sistema de análise morfométrica. Os autores concluíram que a pré-desinfecção teve efeito positivo na redução da microinfiltração para o Dyract, mas efeito inverso para o Compoglass.

 

 

B049

 

 

Avaliação clínica de dois tipos de selantes oclusais.

S.A.L.O. MOREIRA*; M. FAVA; S.I. MYAKI

Disc. Odontopediatria, Fac. Odontologia da UNESP - São José dos Campos

 

 

O objetivo deste estudo foi de avaliar a retenção de dois selantes de fossas e fissuras, um autopolimerizável sem carga (Alpha Seal - DFL) e outro fotopolimerizável com carga (Fluroshield - Dentsply), após 18 meses de acompanhamento clínico. Foram selecionados 14 indivíduos na faixa etária de 6 a 8 anos de idade, com 4 primeiros molares permanentes clinicamente hígidos e totalmente irrompidos, totalizando 56 dentes. Os dentes 16 e 46 receberam a aplicação do selante Fluroshield e os dentes 26 e 36 foram selados com o Alpha Seal. Todas as amostras receberam limpeza coronária com pasta de pedra pomes e água em baixa rotação, lavados com água e secados. Foram condicionados com ácido fosfórico a 37% durante 30 segundos. A aplicação dos selantes foi realizada com pincel descartável sob isolamento relativo a quatro mãos. A avaliação foi realizada por um único avaliador através de exame visual e táctil seguindo-se a escala do material totalmente retido, parcialmente perdido e totalmente perdido. Os resultados obtidos demonstraram alto grau de retenção de ambos os materiais e após submetidos à análise estatística (Teste exato de Fisher) não observou-se diferença entre os dois materiais (p>0,05).

 

 

B050

 

 

Resistência à tração de dois sistemas adesivos dentinários.

A. CASSONI*; M.N. YOUSSEF; V.L. MOLDES

Departamento de Dentística, Faculdade de Odontologia da USP - SP

 

 

O objetivo desse estudo foi determinar a resistência a força de tração de dois sistemas adesivos em dentina. Foram confeccionados 30 corpos de prova através do desgaste vestibular de premolares incluídos em resina acrílica. A superfície dental foi desgastada com lixas de carboneto de silício de granulação 220 até 600, em politriz refrigerada a água ECOMET 6 ( BUEHLER). Foram utilizados dois sistemas adesivos, a saber: Prime & Bond 2.1 ( Caulk- Dentisply) que é um sistema adesivo baseado em acetona, sem água e monocomponente e o Clearfil Liner Bond 2 ( Kuraray Co) que usa um agente condicionante/ primer único. As superfícies dentinárias foram tratadas de acordo com a orientação dos fabricantes. Um molde de teflon de 3mm de diâmetro e altura de 3mm, foi adaptado para a colocação da resina composta Z 100 (Prod. Dent. 3 M do Brasil) que foi fotopolimerizada durante 40 segundos com o auxílio de um fotopolimerizador OPTLIGTH II (GNATUS). Os corpos de prova foram armazenados em água destilada a 37 oC durante 24 horas, a seguir foi realizado o teste de tração, na máquina de ensaio universal Instrom, com velocidade de 0.5 mm/min. Os resultados obtidos para o Prime & Bond 2.1 foram de 9.43 MPa e para o Clearfil Liner Bond 2 de 17.37 MPa. Após a análise estatística ( teste-t de Student) conclui-se que a força de adesão à dentina do Clearfil Liner Bond 2 foi significantemente maior do que a do Prime & Bond 2.1.

 

 

B051

 

 

Infiltração marginal em cemento com o uso de diferentes materiais.

C.S. MOTA; E. FORMOLO; L.C.M. JUSTINO; O.L.V. RAMOS; F.F. DEMARCO*

Dep. Odontologia Restauradora , Faculdade de Odontologia UFPel – RS

 

 

O objetivo desse trabalho foi avaliar a microinfiltração em cavidades de Classe II terminadas em cemento e restauradas com diferentes técnicas e materiais. Foram preparadas 30 cavidades proximais, na mesial e distal, de 15 molares humanos hígidos, com tempo de extração recente. A parede cervical foi estabelecida em cemento a 1,5 mm da junção amelo-cementária. Para as restaurações matrizes metálicas foram utilizadas. Todos as cavidades foram condicionadas com ácido fosfórico a 37%, por 20 segundos. As cavidades foram aleatoriamente divididas em 3 grupos e restauradas como segue: Grupo 1 – Scothbond Multipurpose Plus fotoativado + resina Z100, incrementalmente colocada (Grupo controle); Grupo 2 – Scotchbond fotoativado + resina quimicamente ativada (BisFil 2B – Bisco) como primeiro incremento + Z100; Grupo 3 – Scothbond Multipurpose Plus dual + amálgama como primeiro incremento + ácido = Scotchbond dual + Z100. Os dentes foram imersos em água destilada, sendo, após o acabamento e polimento, submetidos a ciclagem térmica. Os dentes foram imersos em azul de metileno a 2% por 24 horas. Após lavagem e secagem, os dentes foram seccionados e os escores de infiltração anotados. Os dados foram submetidos a análise estatística (Kruskal-Wallis), a qual permitiu verificar que os Grupos 1 e 2 tiveram resultados similares, sendo que ambos apresentaram valores de infiltração estatisticamente maiores que aqueles do Grupo 3 (p < 0,05). Foi possível concluir que a técnica do amalcomp (Grupo 3) apresentou menor infiltração que as resinas compostas nas cavidades terminadas em cemento.

 

 

B052

 

 

Avaliação com microscopia eletrônica de varredura da interface dente/restauração preventiva em molares decíduos.

R.D.N. FONOFF*; I. WATANABE.

Dep. Odontopediatria - FOUSP; Dep. Anatomia - ICB - USP., São Paulo, Brasil.

 

 

Através da microscopia eletrônica de varredura foram avaliadas a interface de restaurações preventivas de resina composta e de ionômero de vidro em dentes decíduos. Foram utilizados 24 molares decíduos, sendo 12 primeiros molares superiores e 12 segundos molares inferiores, esfoliados ou extraídos por indicação ortodôntica, de crianças de 9 a 12 anos, de ambos os sexos. Todos os dentes foram restaurados de acordo com as duas técnicas preconizadas. Posteriormente, os dentes foram termociclados entre 5ºC e 55ºC, por 700 ciclos, com intervalos de 60 segundos. Os dentes foram, então, fraturados com o auxílio de uma morsa no sentido vestíbulo-lingual, desidratados, secados, cobertos com ouro e examinados ao microscópio eletrônico de varredura. Os resultados revelaram, com nitidez, os materiais restauradores – resina composta (Z 100®), ionômero de vidro (Vitremer®), selante (Delton®) e adesivo (Scotchbond®) e os tecidos dentais – esmalte e dentina. Observou-se a união entre os materiais restauradores. A região superior exibiu adaptação entre selante e esmalte em todas as áreas analisadas. A região média mostrou claramente a interface dentina/resina composta e dentina/ionômero de vidro e a região inferior evidenciou adaptação variável entre os materiais restauradores e o fundo da cavidade, exibindo, em algumas áreas, microespaços entre 1mm e 5mm. Concluiu-se que a interface dente/restauração preventiva mostrou aspectos variáveis de adaptação no terço inferior, exibindo, entretanto, boa adaptação nos terços superior e médio da cavidade; o que confere à técnica o bom desempenho clínico relatado na literatura.

 

 

B053

 

 

Efeito do bisel cavo-superficial na microinfiltração em restaurações com resinas

T.C. COUTINHO*; M.F.T.B. BIJELLA; M.A. TOSTES

Disciplina de Odontopediatria, FOB-USP, Bauru-SP Fone: (014) 235-8218

 

 

O objetivo deste estudo in vitro foi comparar o efeito do preparo cavitário com bisel reto e côncavo na microinfiltração marginal de restaurações de resina Classe V em molares permanentes. Para tanto, foram utilizados 20 terceiros molares humanos inclusos, hígidos, estocados em solução de formol a 10%. Restaurações Classe V padronizadas foram realizadas na face vestibular (margens em esmalte) e na lingual (margem oclusal em esmalte e cervical em cemento) e os dentes divididos em 2 grupos. No grupo I foi realizado bisel côncavo (broca n° 04) e no grupo II, bisel reto (broca n° 556). A seguir, os dentes foram restaurados com sistema adesivo Prime & Bond 2.0 e resina TPH (Dentsply-Caulk) através da técnica incremental, polimerizados com Optilux 403 (Demetron) segundo recomendações do fabricante. Após 24 horas foi realizado acabamento com broca n°7901 e polimento com discos Soflex (3M). Os dentes foram imersos em solução de nitrato de prata 50%, seccionados longitudinalmente e avaliados por dois investigadores calibrados usando estereomicroscópio (30x) para análise da microinfiltração marginal em uma escala de 0 (nenhuma infiltração) a 4 (infiltração na parede pulpar). Os resultados foram tratados estatisticamente pelos testes de Mann-Whitney, Kruskall-Wallis e Dunn. Concluiu-se que, nas margens em esmalte não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos, que as paredes oclusais em esmalte, em ambos os grupos, exibiram menor microinfiltração do que as paredes cervicais em cemento e que o grupo I obteve resultados superiores do que o grupo II na redução da microinfiltração em cemento.

 

 

B054

 

 

Microinfiltração marginal de dois materiais restauradores associados a sistemas adesivos.

V. SALLES*; M.A.A.M. MACHADO; R.C.C. ABDO; S.M.B. SILVA

Departamento de Odontopediatria e Ortodontia, FOB – USP/ (014) 2358218

 

 

O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro a microinfiltração marginal de restaurações realizadas com um cimento de ionômero de vidro modificado por resina (Vitremer/3M) e uma resina composta modificada por poliácidos (Dyract/Dentsply) associadas a dois sistemas adesivos (All Bond 2/Bisco e One Step/Bisco). Cavidades classe II modificadas foram preparadas nas superfícies M e D de 40 pré-molares hígidos, com a parede gengival 1 mm abaixo da junção cemento-esmalte. Os espécimes foram divididos em 4 grupos, sendo: 1) One Step + Dyract; 2) One Step + Vitremer; 3), All Bond 2 + Dyract, e 4), All Bond 2 + Vitremer. Os espécimes foram submetidos à termociclagem nas temperaturas de 50C e 550C, e submersos em fucsina básica a 0,5% em 370C por 24 horas. Os dentes foram seccionados e a microinfiltração marginal na interface dente/restauração foi avaliada em micrometros ao longo da parede gengival. O valor médio de infiltração para cada grupo foi: 1) 356,166 (N = 90); 2) 149,387 (N = 90); 3) 381,77 (N = 76); 4) 155,661 (N = 75). Aos dados obtidos, aplicou-se a estatística não paramétrica de Kruskall-Wallis e o teste de comparações múltiplas de Dunn (P<0,05). Os resultados deste estudo demonstraram que nenhum dos materiais testados foi capaz de eliminar completamente a microinfiltração marginal, onde a associação dos materiais restauradores aos sistemas adesivos não influenciou de maneira significativa a capacidade de selamento das restaurações avaliadas. O Vitremer mostrou ter capacidade de selamento superior quando comparado ao Dyract.

Apoio financeiro do CNPq – Processo 133994/95-3

 

 

B055

 

 

Resistência à micro-tração de três sistemas adesivos

P.E.C. CARDOSO; R.R. BRAGA; M.R.O. CARRILHO*

Depto. de Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia da USP-SP (011-818-7840)

 

 

Recentemente, Sano et al. (Dent.Mat.,10:236-240,1994) propuseram um novo teste para determinação de resistência mecânica denominado micro-tração. Este ensaio tem-se mostrado uma alternativa importante aos testes convencionais de tração e cisalhamento. O objetivo deste trabalho foi determinar a resistência de três sistemas adesivos à dentina, através do teste de micro-tração. Os materiais utilizados foram: Single Bond (3M), Scotchbond Multipurpose Plus (3M) e o Etch&Prime 3.0 (Degussa). Trinta molares íntegros foram cortados em uma de suas faces lisas com disco diamantado, expondo uma área de dentina de aproximadamente 25mm2. Após a aplicação do adesivo, acrescentava-se resina composta Z100 (3M) até uma altura de 5mm. Após 24 horas de armazenagem em água destilada a 37oC, os dentes eram cortados com disco diamantado em um aparelho Labcut 1010 (Extec, USA), obtendo-se corpos de prova de secção transversal retangular com cerca de 0,25mm2 e 10mm de altura (sendo metade correspondente a dentina, metade a resina composta). O teste foi feito em uma máquina Kratos (Kratos Dinamômetros, São Paulo), com velocidade de 0,5mm/min.

Adesivo média (MPa) D.P. C.V.

Single Bond 34,60 10,88 31,45

Scotchbond Plus 32,74 12,52 38,36

Etch&Prime 3.0 27,77 7,88 28,38

Feita a análise de variância (p<0,05), podemos concluir que não houve diferença estatística dentre as médias obtidas pelos três sistemas adesivos testados.

 

 

B056

 

 

Microinfiltração marginal de restauração de amálgama associada a adesivos dentinários

F.S. OLIVEIRA*; S.M.B. SILVA; M.F.T.B. BIJELLA; R.C.C. ABDO

Disciplina de Odontopediatria, FOB-USP, Bauru-SP - Fone: (014) 235-8218

 

 

A microinfiltração marginal de restaurações de amálgama classe II (Dispersalloy) associadas ao verniz convencional (Copalite) e a dois adesivos dentinários (Scotchbond Multi-uso Plus – SMP e Multi Bond Alpha – MBA) foi avaliada e comparada in vitro através de dois métodos: escores e medidas lineares. Foram utilizados 45 pré-molares hígidos que receberam duas cavidades independentes M e D, realizadas com broca n°245 (Jet Beavers). Após a restauração, os ápices foram selados com amálgama (Velvalloy – S.S. White), e todo o dente foi recoberto com esmalte de unha com exceção de 1mm em torno da restauração. Os espécimes foram submetidos à termociclagem (5° e 55°C), durante 15 segundos em cada banho, num total de 500 ciclos e armazenados em uma solução de fucsina básica a 0,5% durante 24 horas a 37°C, e pelo mesmo período mantidos em água corrente, seccionados longitudinalmente resultando em 3 fatias em média, para avaliação em microscópio óptico. Para o método de escores realizou-se o teste de Kruskal-Wallis (P=2.00x10-25) e de Dunn e para o de medidas lineares executou-se ANOVA (P=1,67x10-31) e o teste de Student-Newman-Keuls. A análise da infiltração do corante, permitiu concluir que nenhum dos três sistemas restauradores foi capaz de eliminar a microinfiltração marginal. No entanto, ela foi menor e estatisticamente significante para as restaurações associadas aos adesivos dentinários (valores médios: SMP=1,78 e 660,50mm e MBA=1,62 e 554,88mm) quando comparadas àquelas com o verniz cavitário (2,68 e 1036,40mm). O método das medidas lineares foi mais sensível do que o de escores.

 

 

B057

 

 

Avaliação da infiltração marginal de diferentes materiais adesivos que doam flúor.

K.C. MAZZOCCO*; A.D. LOGUERCIO; A.N. BARBOSA; A.S. BUSATO

Depto. Odontologia Restauradora - FO - UFPEL - FONE (0055) 0532257087

 

 

O propósito deste estudo foi avaliar, "in vitro", a infiltração marginal de restaurações em cavidades de classe V com diferentes materiais adesivos que doam flúor. Foram utilizados 48 dentes molares, que após desinfecção foram armazenados em soro fisiológico. Cada dente recebeu duas cavidades de classe V padronizadas (2mm x 2mm x 3mm), todas com margens em cemento e em esmalte. Os dentes foram divididos em 04 grupos (12 dentes cada), e restauradas de acordo com as recomendações de cada fabricante, a saber: 01 - Chelon-fil (CF); 02 - Vitremer (VT); 03 - Dyract (DY); 04 - Tetric Ceram (TC). Os dentes restaurados foram armazenados por 07 dias, e a seguir termociclados (500 ciclos, 5ºC-55ºC, 30 seg. em cada banho) sendo após, inseridos em azul de metileno à 5%. Após 24 horas, foram lavados e desgastados no sentido vestíbulo-lingual. Cada restauração foi avaliada por 02 examinadores, sendo atribuídos valores de 00 a 03, através de lupa microscópica, tanto na parede gengival como na oclusal. Os escores foram compilados e submetidos a análise estatística (teste Pearson chi2). Tabela abaixo (letras iguais = não há diferença, p<0,05)

Gengival

CF (A)

VT (a)

DY (a)

TC (A)

 

 

 

 

B058

 

 

Compósitos: Tempo de Armazenamento x resistência à compressão.

P.F. MENEZES F’*; C.H.V. SILVA; M. N. CORREIA

Faculdade de Odontologia de Pernambuco, Universidade de Pernambuco (081)458-1476.

 

 

O objetivo deste estudo foi verificar se existe influência do tempo de armazenamento ap6s polimerização de compósitos sôbre a resistência à-compressão. Foram utilizados os seguintes materiais restauradores dividdos por grupos: Gupo I - Resina Natural Flow (DFL), Grupo 2 - Resina Flow-it (Jeremeric / Pentron) e Resina Z - 100 (3M). Foram confeccionados 60 corpos de prova cilíndricos (h = 3mm; d = 5m) a partir de uma matriz metálica e radiografados para verificar a não inclusão de bolhas. Foram, então, armazenados em solução fisiológica à 37ºC por 24 hs e 10 dias, e submetidos a força compressiva em máquina universal de testes Kratos (Dinamômeto Kratos do Brasil Ltda. São Paulo / Brasil) até fratura de seu corpo de acordo com metodologia proposta por SILVA E CORREIA, anais do 3º Encontro Científico de Pós-Graduação da FOB-USP, p.45, 1997. Os resultados obtidos e submetidos ao teste não paramétrico de Kruskal Wallis e o teste de Mann - Whiteney, com nível de significância de 5%, onde os materiais foram subdivididos igualmente em 3 grupos com dois tempos de armazenagem para se avaliar a resistência à compressão, mostraram não existir diferença estatisticamente significantes entre os tempos estudados.

Apoio Financeiro FOP / UPE.

 

 

B059

 

 

Avaliação da infiltração marginal em restaurações de amálgama sobre adesivos

M.R.A. MENEZES*; R.A. SANTOS; G. CORDEIRO

Depto.Dentística–Faculdade Odontologia FOP-UPE/Pernambuco Fax:(081)4581208

 

 

A proposta deste estudo foi avaliar comparativamente três sistemas adesivos (Dyract-PSA - Dentsply, Optibond - Kerr - e Panávia 21-EX - Kuraray -), inseridos em preparos classe II (Tipo Almquist), confeccionados nas faces mesial e distal ultrapassando a junção amelo-cementária. Foi observada a infiltração marginal nas faces mesial e distal quanto ao grau de penetração do corante (fucsina básica a 0,5%). As sessenta amostras restauradas com amálgama (Permite C - SDI) foram submetidas ao processo de termociclagem, correspondente a um total de cento e trinta e cinco ciclos, com variação térmica de 5ºC a 55ºC, com tempo fixado de vinte segundos para cada ciclo. As amostras foram cortadas em uma máquina de alta precisão (LOGITECH-MODEL 15 SAW), com disco de diamante (0,04 mm de espessura), e em seguida catalogadas. Os três examinadores, com domínio prévio desta metodologia, avaliaram as amostras, através de uma lupa com 20 vezes, sob os seguintes critérios: Grau 0 (ausência do corante), Grau 1 (penetração do corante na parede cervical), Grau 2 (penetração do corante na parede cervical e axial), Grau 3 (penetração do corante em direção a parede pulpar). Utilizou-se Análise de Regressão a fim de interrelacionar as variáveis, através do MODELO LOG-LINEAR, em um software, adaptado para microcomputadores 486, chamado de G.L.I.M. A partir da análise estatística concluiu-se que o grau 0 de infiltração foi mais observado, seguido do grau 1, grau 3, sendo o grau 2 o menos observado no estudo em pauta. Não existiram diferenças estatisticamente significantes entre os três adesivos quanto ao grau de penetração do corante. As faces mesial e distal foram consideradas homogêneas. Os autores sugerem nova terminologia para restauração à amálgama: RESTAURAÇÕES À AMÁLGAMA SOBRE ADESIVO

 

 

B060

 

 

Estudo clínico comparativo de três sistemas restauradores adesivos.

M.H. SILVA e SOUZA Jr.; M. YAMAUTI*.

Departamento de Dentística, FOB-USP - SP myamauti@starnet.com.br

 

 

Diante do grande número de materiais estéticos adesivos, deve-se ter cautela em relação às indicações corretas de cada material em função de suas propriedades e desempenho clínico, especialmente na região dos dentes posteriores. Objetivou-se a avaliação clínica, em um ano, de restaurações em dentes posteriores de classe I e II com três sistemas restauradores adesivos que empregam diferentes tratamentos dentinários. Foram selecionados 19 pacientes jovens que apresentavam, no mínimo, com 3 dentes posteriores a serem restaurados. Foi obtido um total de 105 restaurações, distribuídas em 4 grupos: G1-Scotchbond Multi-Uso / Z-100 (3M), G2-Optibond / Herculite XRV (Kerr), G3-Probond / TPH (Dentsply), e G4-controle com Dycal, Copalite e Dispersalloy (Dentsply). As restaurações foram avaliadas por dois examinadores, que utilizaram os critérios modificados de Ryge para avaliação e a sensibilidade pulpar foi verificada através de testes térmicos. Os dados obtidos foram submetidos ao teste z de proporção. Houve diferença estatisticamente significante para todos os fatores analisados, com maior porcentagem do escore alfa, exceto para o grupo G3, em que não houve diferença significante para o fator "manchamento marginal", apresentando tendência ao manchamento. Para o fator sensibilidade pulpar, as proporções de dentes sensíveis foram expressivas (cerca de 20%), embora tenha havido diferença estatisticamente significante entre a normalidade e a sensibilidade, com maior proporção da normalidade. Foi considerado satisfatório o desempenho clínico das restaurações com sistemas adesivos; e foi expressiva a proporção de dentes sensíveis nos quatro grupos.

Apoio financeiro do CNPq – Processo 522333/94-0

 

 

B061

 

 

Influência do tipo de carregamento sobe a resistência da união ao cisalhamento da iteface dentina-resina.

M.A.C. SINHORETI; S. CONSANI; M.F. de GOES; L. CORRER SOBRINHO.

Fac. de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP

 

 

O popósito deste estudo foi comparar a influência dos sistemas fio ortodôntico, fita de aço inoxidável e cinzel usados em testes de união ao cisalhamento para verificar a resistência na interface dentina. Foram utilizados 48 dentes humanos divididos em 3 grupos, cujas raízes foram seccionadas e as coroas detais incluídas com resina acrílica atopolimerizável. Os dentes foram desgastados até obter uma superfície lisa e plana, que foi delimitada com fita adesiva cotendo um orifício de 4 mm de diâmetro. Em seguida, a suprefície da dentina foi tratada com o produto Scotchbond MuIti Purpose (3M) e o compósito restaurador Z-100 (3M) foi aplicado em camadas, através de uma matiz de aço inox (4mm de diâmetro e 5mm de alturaa), e polimerizadas durante 40 segundos. Os corpos-de-prova foram armazenados a 37ºC e 100% de U.R. por 24 horas e, em seguida, submetidas à 500 ciclos térmicos. Após, foram levadas a uma máquina de ensaio universal Otto Wolpet para os ensaios de resistência ao cisalhamento com velocidade de 6 mm/min.. Os resultados foram submetidos à análise de variância ao teste de Tukey em nível de 5% de significância. Pode-se concluir que pequenas variações nas metodologias dos testes produzem valores estatisticamente diferentes de resistência ao cisalhameto (fita metálica, 4,87 MPa, cinzel, 7,81 MPa e fio metálico, 13,33 MPa). Os valores de desunião dependem de uma complexa combinação de esforços produzidos durante o carregamento das amostas.

Apoio financeiro da FAPESP - Processo - 06P - 10593/97

 

 

B062

 

 

Reparo com compósito em metalo cerâmica : tratamento superficial.

R.S. MAMEDES *; O. CHEVITARESE; R. MAMEDES

Dept°.de Dentística da FO-UERJ/ Dept°. Odontopediatria e Ortodontia da FO-UFRJ

 

 

Os trabalhos de metalo-cerâmica estão sujeitos à fratura. O presente trabalho objetiva comparar o efeito de diversos tratamentos dispensados à porcelana sobre a união desta com o compósito. Sessenta fundições (Litecast B, Williams) (10 x 10 x 2 mm) foram obtidas e após tratamento convencional, cada fundição recebeu cerca de 2mm de porcelana ( Will Ceram, Williams ) foram fixadas pelos respectivos sprue e botão com gesso ( Durone, Dentsply ) em anéis de PVC, após acabamento com lixa d’água 120, 400 e 600, de tal modo que esta superfície ficasse perpendicular a base do anel. Foram formados 4 grupos com 15 espécimes cada. Grupo A: adesivo (Prime & Bond 2.0, Dentsply); B: adesivo após jateamento (Microetcher II, Danville Eng. Inc.) por 15s a 2mm da superfície; C: solução de HF a 10% (Condicionador de Porcelana, Dentsply}, por 60 segundos, lavagem e secagem seguido de adesivo e D: jateamento, solução de HF a 10% como em C e adesivo. Um disco de borracha com orifício de 3,55mm de diâmetro e 2mm de altura foi apoiado na área central de cada espécime e o orifício preenchido com Z-100 (3M) e fotopolimerizado. Após 10 minutos, cada espécime foi armazenado em água a 36 ± 1°C por 12 dias. Teste de cisalhamento com velocidade de 0,5mm/min. Foi realizado. Resultados em Mpa (DP): A=2,93 (0,97); B=3,55(1,01); C=5,15 (1,48); D=5,92 (1,63). Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos A e B e os grupos C e D (Anova e Teste LSD, p£0,05). Para o reparo de porcelana WC o presente trabalho aponta o tratamento do grupo C e D como o mais efetivo

Apoio financeiro Capes

 

 

B063

 

 

Avaliação in vitro da camada híbrida de dois sistemas adesivos.

C.A.S. COSTA; C.T. HANKS; J. HEBLING; A.B.L. NASCIMENTO*; C.A. EDWARDS

F.O.Araraquara-UNESP-Brasil & Universidade de Michigan-E.U.A.hebcosta@umich.edu

 

 

O objetivo deste estudo foi avaliar a formação da camada híbrida após o condicionamento ácido da dentina, e aplicação de sistemas adesivos os quais foram fotopolimerizados imediatamente ou 60 segundos após 60 segundos da aplicação. Vinte discos de dentina com 0,5mm de espessura obtidos de terceiros molares humanos íntegros foram armazenados em etanola a 70% por 5 dias e lavados 3 vezes em PBS. Após o posicionamento na Câmara Pulpar In Vitro (CPIV), as superfícies oclusais dos discos de dentina foram condicionados com ácido fosfórico a 37% por 15 segundos. Os espécimes foram divididos aleatoriamente em quatro grupos: Grupo 1) Optibond-Solo (KEER) – fotopolimerizado imediatamente após a aplicação (FIAA); Grupo 2) Optibond-Solo – fotopolimerizado 60 segundos após a aplicação (F60AA); Grupo 3) Single Bond (3M) – FIAA; Grupo 4) Single Bond – F60AA. Todos os espécimes foram avaliados através do Microscópio Eletrônico de Varredura (M.E.V.). Nos grupos 2, 3, e 4, as imagens M.E.V. revelaram uma intima adaptação dos sistemas adesivos a ao tecido dentinário. A área de dentina descalcificada foi ocupada pelos sistemas adesivos e tags de resina puderam ser observados. No grupo 1, apesar da formação dos tags de resina, a região mais profunda da área descalcificada não foi completamente preenchida pela resina. Este achado caracterizou a formação incompleta da camada híbrida. O sistema adesivo Single Bond apresentou um melhor desempenho na dentina do que o Optibond Solo quando fotopolimerizado imediatamente após a aplicação. Entretanto, ambos os sistemas apresentaram a completa formação da camada híbrida quando fotopolimerizado 60 segundos após a aplicação.

Apoio financeiro do CNPq

 

 

B064

 

 

Resistência a tração de restaurações de amálgama aderido à estrutura dentinária

M.R. MATSON*; H.R. LEWGOY; C. ANAUATE NETTO; M.N. YOUSSEF

Departamento de Dentística, FOUSP – FOUMG

 

 

Este estudo compara a adesão do amálgama à dentina através do uso de um cimento resinoso e de um cimento de ionômero de vidro, simulando a técnica do amálgama adesivo. Foram confeccionados 20 cilindros de baquelite com um disco de amálgama no centro (Velvalloy Plus) que sofreram acabamento com lixa grana 600. Vinte dentes 3os molares recém extraídos foram cortados, incluídos em cilindros de baquelite, e através de um rebaixe foram confeccionados botões de dentina com o mesmo diâmetro dos discos de amálgama. Os discos de amálgama foram unidos aos botões de dentina através de um cimento resinoso (Panavia 21) e de um cimento de ionômero de vidro (Vidrion F) divididos em dois grupos de dez espécimes. Os corpos-de-prova foram tracionados em uma máquina de Teste Universal modelo MEM 3000 a uma velocidade de 0,5 mm/min. Os resultados receberam tratamento estatístico (teste "t" de Student à 5%), e verificou-se que não existe diferença estatisticamente significante entre as amostras comparadas.

 

 

B065

 

 

Influência dos solventes utilizados em adesivos na união da resina à dentina.

L.H.M. PRATES*; M.F. DE GOES; M.A.C. SINHORETI; S. CONSANI.

UFSC, Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP.

 

 

O propósito deste estudo foi avaliar a influência dos solventes de adesivos de 4a e 5a gerações, após exposição ao ar, na resistência de união da resina à dentina. Oitenta pré-molares humanos foram utilizados. As raízes foram seccionadas e as coroas incluídas em gesso pedra tipo IV. As faces vestibulares foram desgastadas com lixas de carboneto de silício de granulações 180, 320, 400 e 600. Após limpeza em água, uma fita adesiva com abertura de 3 mm de diâmetro foi aplicada no centro da superfície da dentina exposta. Os dentes foram divididos aleatoriamente em 8 grupos de 10 dentes cada. Os grupos 1, 3, 5 e 7 receberam aplicação imediata dos adesivos Scotchbond MP (3M), Single Bond (3M), All Bond 2 (Bisco) e One Step (Bisco), respectivamente, após condicionamento ácido recomendado pelos fabricantes. Para os grupos 2, 4, 6 e 8, os adesivos e os primers (grupos 2 e 6) foram dispensados em recipientes plásticos, deixados expostos ao ar durante 10 min. e, então, aplicados sobre a dentina. Após aplicação, os adesivos da 3M e o One Step foram polimerizados por 10 s. e o All Bond 2 por 20 s., usando aparelho XL-3000 (3M). Sobre o adesivo foi aplicada a resina Z100 em 3 incrementos, com auxílio de uma matriz de aço inoxidável (3 mm de diâmetro x 5 mm altura). Cada incremento de resina foi polimerizado por 40 s. A seguir, os corpos-de-prova receberam 500 ciclos nas temperaturas de 5 e 55o C. As amostras foram submetidas a ensaios de cisalhamento, em máquina de ensaio universal Instron, com velocidade de 1 mm/min. Os resultados foram analisados usando ANOVA e teste de Tuckey (p £ 0,05). As médias em MPa foram: Grupo 1: 22,03 (3,45); Grupo 2: 14,26 (1,68); Grupo 3: 14,66 (3,54); Grupo 4: 12,21 (4,81); Grupo 5: 14,11 (2,99); Grupo 6: 17,12 (3,11); Grupo 7: 12,81 (5,69) e Grupo 8: 11,22 (3,61). O valor obtido para o Grupo 1 foi significantemente maior que os valores dos grupos 3, 5 e 7. O Grupo 6 foi estatisticamente superior aos grupos 4 e 8. O Grupo 2 foi estatisticamente superior ao Grupo 8. Apenas o Scotchbond MP apresentou redução na resistência de união à dentina após ser exposto ao ar.

 

 

B066

 

 

Eficácia do Cervitec na inibição da cárie oclusal.

C.R. RODRIGUES; V. KABAKURA*; A. MIYAMURA; S.I. MYAKI; R.H. GRANDE.

Odontopediatria e Materiais Dentários, FOUSP. S P, Brasil. Fax:0118187840

 

 

Este estudo foi elaborado para verificar a eficiência do uso bimensal do Cervitec (verniz com clorexedina e timol a 1%, Vivadent) no controle da ocorrência de lesões de cárie nas superfícies oclusais de primeiros molares permanentes. Na fase preliminar participaram 72 crianças de ambos os sexos, com idade entre 6 e 8 anos, estudantes de uma escola municipal de São Paulo, cujos pais assinaram um termo de consentimento (Resolução 01/88, CNS, MS). Nesta etapa foram determinados os índices CPOS, ceos, de placa; a fase eruptiva dos primeiros molares, e o nível de S. mutans na saliva (Dentocult SM Strip mutans, Orion, Vivadent). Foram então selecionadas 57 crianças (155 molares sem lesões de cárie), aleatoriamente definidos os lados da cavidade bucal que receberiam o verniz controle (Vivadent) ou o experimental (Cervitec), aplicados segundo recomendações do fabricante. Previamente a cada aplicação dos vernizes era executada profilaxia com pedra-pomes. Os dados coletados no início do estudo, após 8, e 12 meses foram analisados através do teste de correlação de Spearman. Não houve diferença significativa entre os vernizes. A não eficácia do verniz experimental pode ser devida à baixa concentração de clorexedina, ao intervalo entre as aplicações, à uma única aplicação inicial, ao fato do verniz ter sido usado apenas nos molares permanentes. Detectou-se leve associação entre ceos, CPOS + ceos e o nível de S.mutans (p££0,05), e evidência que os indivíduos com alto risco (nível de S.mutans) mostraram maior percentual de lesões iniciais.

Apoio: NAPEM, Vivadent, e Johnson & Johnson.

 

 

B067

 

 

Influência dos dentifrícios fluoretados na prevalência de cárie e fluorose dentária,em comunidade sem

flúor nas águas de abastecimento. F.L. CUNHA*; M.C. MENEGHIM ; A.C. PEREIRA.

Depto Farmacol./Depto Odontol. Preventiva, Fac.Odontol.Piracicaba, UNICAMP, Piracicaba

 

 

Atualmente, discute-se largamente a queda da prevalência de cárie dentária, bem como, o aumento das formas leves de fluorose dentária, em áreas fluoretadas e não-fluoretadas, . Os objetivos deste estudo são determinar a prevalência e severidade da fluorose dentária e cárie dentária, em uma cidade não –fluoretada, no período entre 1991 e 1997 e identificar a possível associação entre consumo de dentifrícios fluoretados e prevalência de fluorose dentária. As amostras consistiram de 200 , 160 e 314 escolares (11-12 anos de idade) de Iracemápolis-SP(<0,2 ppm F na água de abastecimento), nos anos de 1991, 1995 e 1997, respectivamente. A escolha de crianças foi obtidas através de amostra de conveniência e escolhida de forma casual simples nas listas dos escolares cedidas pelas Escolas. As crianças foram examinadas em cadeiras escolares, dispostas nos pátios das escolas, com luz natural, utilizando-se sonda exploradora e espelho bucal. Os índices utilizados foram o CPOD, CPOS e T-F. Houve um período de calibração (24 horas) para cada examinador, respectivo a cada problema estudado. Foram reexaminadas 10 % das crianças pelo mesmo examinador, e estes dados foram utilizados para o cálculo do erro intra-examinador, verificando-se que o valor de KAPPA foi substancial (>0,85). Concluiu-se que: a) Houve queda de 56,7% na prevalência de cárie e aumento de 80,1% da prevalência de fluorose entre 1991/1997, b)Os dentifrícios mais consumidos no mercado foram KOLYNOS (41,4 %) e COLGATE (17,7%); c)Há probabilidade de 75% que crianças que apresentam sinais definitivos de fluorose, não desenvolvam nenhuma superfície cariada; d)Há probabilidade 4,43 vezes maior para crianças que iniciaram o uso de dentifrício fluoretado antes ou com 3 anos de idade, apresentem sinais de fluorose, quando comparados com as crianças que iniciaram o uso em idades posteriores;e)O uso de dentifrício fluoretados antes dos 3 anos pode ser um fator para aumento da prevalência de fluorose dentária, porém observou-se somente graus leves da mesma, sem comprometimento estético. Assim, pode-se afirmar que os dentifrícios fluoretados são instrumento poderoso e seguro na prevenção da cárie dentária.

 

 

B068

 

 

Traumatismos dentários em pré-escolares no Distrito Federal, Brasil

H.D. MESTRINHO*; A.C. BEZERRA; J.C. CARVALHO.

Departamento de Odontologia, Universidade de Brasília, UNB.

 

 

O objetivo da pesquisa foi verificar a prevalência de traumatismos dentários em crianças de 1 a 5 anos de idade de creches públicas no Distrito Federal. A amostra incluiu 1.853 pré-escolares e os traumatismos dentários foram clinicamente classificados como: 1) dentes anteriores com fratura coronária, 2) dentes anteriores com descoloração coronária, indicando dano pulpar, 3) dentes anteriores em infra-oclusão, provavelmente traumatizados, 4) dentes anteriores em sobre-oclusão, provavelmente traumatizados, 5) dentes anteriores perdidos precocemente e 6) dentes anteriores com mobilidade aumentada. Os resultados mostraram que 10% (<2 anos), 12% (3-4 anos) e 20% (5 anos) das crianças tinham sofrido um ou mais tipos de traumatismos. Meninos e meninas foram igualmente afetados e 88% dos traumatismos atingiram praticamente os incisivos centrais superiores. Traumatismo em um único dente predominou em todas as faixas etárias. Os tipos de traumatismos mais comuns no grupo mais jovem foram fratura coronária (69%) e descoloração coronária (18%), entretanto, a partir de 3 anos, a porcentagem de descoloração e de fratura coronária variou de 41% a 47%. Avulsão ocorreu em 11% das crianças de 5 anos. O aumento da prevalência de traumatismos dentários com a idade indica a existência de necessidades acumuladas de tratamento devido ao limitado acesso da população estudada aos serviços de atendimento odontológico.

Apoio financeiro do CNPq-Processo 520519/96-5.

 

 

B069

 

 

Efetividade de métodos de diagnóstico de lesões cariosas oclusais e correlação entre os métodos de validação.

M.R. GONÇALVES*; C. PERCINOTO; D.R. TAMES; S.F.M. GONÇALVES

Departamento de Odontologia Infantil e Social, Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP

 

 

Considerando-se que possíveis variações poderão ocorrer na validação de lesões cariosas oclusais conforme o método histológico utilizado, alterando assim, a precisão dos métodos clínicos de diagnóstico, foi objetivo deste estudo avaliar a efetividade de três métodos de diagnóstico de lesões cariosas oclusais frente a quatro métodos de validação: estereomicroscópio (ESTEREO), microscópio de luz refletida (MLR), microscópio eletrônico de varredura (MEV) e microdurômetro (MD); e analisar a correlação entre os mesmos. Foram utilizados 28 dentes molares e premolares permanentes cujos aspectos das superfícies oclusais variavam de sadio a cavidades. Os dentes foram submetidos à IV, RXC e DIGORA, sendo que após, foram secionados, preparados e examinados por dois observadores pelos quatro métodos de validação. Os resultados obtidos permitiram concluir que: a) a sensibilidade, a acurácia e o valor de predição negativo da inspeção visual apresentaram maiores valores do que os outros métodos de diagnóstico frente a todos os métodos de validação; b) todos os métodos de validação obtiveram uma correlação positiva entre si, sendo que as relações entre o ESTEREO e MD, ESTEREO e MLR, ESTEREO e MEV, e MLR e MEV diferiram significativamente de zero a nível de 5%.

 

 

B070

 

 

Comparação do status do 1° molar permanente em diferentes décadas

L. POMARICO*; A. MODESTO; I. P. R SOUZA.

Odontopediatria. FO-UFRJ

 

 

Este estudo teve como objetivo comparar o status do 1° molar permanente (1°MP) em crianças atendidas na Clínica de Odontopediatria da FO-UFRJ cuja primeira consulta foi entre 1/1981 – 1/1990 (G1:n=1715); entre 2/1990 – 3/1998 (G2:n=356) e em Clínica Particular (Zona Sul – Rio de Janeiro) entre 2/1990 – 3/1998 (G3:n=363). A idade das crianças de G1 foi de 8 a 12 anos, e G2/G3 de 8 a 13 anos (média 9,7 + 1,2), sendo 50,8% do sexo feminino. Foram comparados: a perda de 1° MP entre G1/G2/G3; o status do 1°MP entre G2 e G3, relacionando com sexo, idade, n° de irmãos e motivo da consulta. Os dados foram coletados a partir dos registros clínicos e radiográficos dos prontuários e analisados estatisticamente (Qui-quadrado). O percentual de pacientes com perda do 1°MP foi 10,20% no G1; 1,68% no G2 e 0% em G3. A condição em G2 e G3 foi respectivamente – hígido (H):45,1% e 88,63%; cariado (C):47,36% e 7,78%; obturado (O):7,02% e 3,44%; perdido (P):0,49% e 0% (0,13% em G3 não tinham irrompido). Em relação ao sexo, não houve diferença significante. Em relação à idade (8-9 x 10-13), os percentuais em G2/G3 foram – H:50,42 x 39,97/90,30 x 87,24 (p<0,01); C:44,85 x 49,79/7,27 x 8,20; O:4,57 x 9,40/2,12 x 4,54; P:0,14 x 0,82 (p<0,05). Quanto ao n° de irmãos (0-1 x 2-9), os percentuais em G2/G3 foram – H: 50,25 x 33,71/89,02 x 87,62; C: 41,06 x 58,95/7,25 x 9,15 (p<0,05); O: 8,29 x 6,55/3,53 x 3,21; P: 0,38 x 0,77 (p<0,05). Em relação ao motivo da consulta, 55,1% de G3 e 16,6% de G2 foi prevenção. Levando-se em consideração o parâmetro 1°MP, houve uma melhora nas condições de saúde bucal dos pacientes da FO-UFRJ em relação aos anos 80; e melhor status nos pacientes da Clínica Particular.

 

 

B071

 

 

Ação de condroitinases nas fibrilas e vesículas da matriz do manto dentinário

A.W. ALMEIDA*; P. DECHICHI

Depto. de Morfologia, Universidade Federal de Uberlândia, MG. (034) 232-9871

 

 

O processo de mineralização, em condições fisiológicas, ainda é assunto controvertido. O esmalte, derivado da superfície ectodérmica do embrião, bem como a dentina, osso e cemento, derivados do mesênquima, apresentam em condições fisiológicas, o cristal de hidroxiapatita como produto final do processo de mineralização. Os cristais derivam de matrizes extracelulares. Nos tecidos derivados do mesênquima, as matrizes apresentam fibrilas colágenas do tipo I associadas a outras proteínas ou proteoglicanas para levarem a cabo tal processo. Tais substâncias atuam como nucleadoras organizando as moléculas de forma estequiométrica ímpar, para promover a deposição da hidroxiapatita. Até hoje ainda se discute a participação e o possível mecanismo de ação, das vesículas da matriz na mineralização do manto dentinário. Neste estudo, comparamos a nível ultraestrutural, a ação de diferentes condroitinases sobre as fibrilas colágenas e as vesículas da matriz. Foram utilizados germes dentais de primeiros molares de ratos com 3 dias de idade. Os fragmentos foram fixados em uma solução de glutaraldeído/formaldeído em tampão cacodilato. Após embebição em Epon 812, os cortes foram contrastados com acetato de uranila e citrato de chumbo. As áreas selecionadas foram analisadas com auxílio do EM-109 da Carl Zeiss. Após 1 hora de contato com as enzimas, foram comparadas micrografias eletrônicas obtidas antes e após a ação das condroitinases. Os cortes que sofreram a ação enzimática apresentaram eletronluscência nos locais onde o condroitin foi retirado. Algumas fibrilas colágenas mostraram áreas bem marcadas. Outras não foram afetadas, bem como as vesículas da matriz.

Financiado pelo CNPq, Processo 300615/96.

 

 

B072

 

 

Efeito das xantinas sobre desenvolvimento de cárie dental em ratos.

P.L. ROSALEN; A.P.D.B. RUENIS; M.C. VOLPATO; F.C. GROPPO*.

Dep. Ciências Fisiológicas, Fac. Odontologia de Piracicaba/Unicamp

 

 

O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da cafeína e teofilina, duas xantinas amplamente utilizadas, sobre o desenvolvimento de cárie dental, em ratos submetidos a desafio cariogênico segundo Bowen et al, J. Am. Dent Ass, 100:677-81, 1980. Seis ratas Wistar (spf), com seis filhotes machos cada, foram infectadas com Streptococcus sobrinus 6715, divididas em três grupos que receberam durante o período de lactação: dieta 2000; (2) dieta 2000 mais cafeína (2mg/100g p.c.); (3) dieta 2000 mais teofilina (0,57mg/100g p.c.). Após o desmame, os filhotes foram infectados por S. sobrinus 6715 e colocados na máquina programadora de alimentação König-Höfer, recebendo 17 refeições diárias, a cada hora, tendo a mesma dieta que suas mães por 5 semanas. Dados foram analisados por ANOVA A porcentagem de S. sobrinus foi significativamente maior no grupo da teofilina: (1) 69,55; (2) 78,77; (3) 88,06. Os resultados para lesão leve (Ds) e moderada [Dm] de dentina para o grupo da teofilina foram maiores e estatisticamente diferentes dos demais grupos, com valores de: (1) 8,0 [0,5]; (2) 6,91 [0,5]; (3) 14,0 [3,5] para superfície lisa e (1) 25,5 [3,5]; (2) 19,66 [2,41]; (3) 32,83 [9,33] para sulco. Os valores de pH e [capacidade tampão] foram: (1) 9,23 [8,37]; (2) 9,41 [8,13]; (3) 9,25 [8,55]. Os resultados de fluxo salivar, expressos em ml/min e [índice de úlcera] foram: (1) 0,065 [0,5]; (2) 0,040 [3,0]; (3) 0,048 [2,0]. Os índices de úlcera nos grupos cafeína e teofilina foram significativamente maiores que o grupo controle. Concluiu-se que a teofilina proporcionou aumento no potencial cariogênico da sacarose no modelo proposto, efeito possivelmente relacionado a alterações orgânicas da saliva.

Apoio financeiro CAPES DS-44/97-0.

 

 

B073

 

 

Relação entre dieta, composição bioquímica-microbiológica da placa dental e padrão de cárie em pré-escolares.

L. MELO dos SANTOS*; S.B. FRANCISCO; J.A.CURY; M. NOBRE dos SANTOS.

FOP-UNICAMP (nobre@fop.unicamp.br)

 

 

A relação entre dieta, composição da placa dental e o padrão de cárie na dentição decídua é desconhecida. Sessenta pré-escolares (idade de 18 a 36 meses) foram avaliados: a) 20 com cárie de mamadeira (CM); b) 20 com cárie em dentes posteriores (CP); c) 20 sem cárie (SC). Placa dental foi coletada e pesada para as análises. Flúor (F), cálcio (Ca) e fosfato (P) foram extraídos com HCL 0,5M e polissacarídeo solúvel em álcali (PSA) com NaOH 1,0N, a partir da placa seca. Para a contagem de estreptococos do grupo mutans (log UFC/mg) foram utilizadas as placas de dentes anteriores (DA) e posteriores (DP), sendo a cultura feita em meio seletivo. O padrão de freqüência de ingestão de açúcar pelas crianças foi estimado por questionário, sendo dividido em total (AT), líquido (AL) e retentivo (AR). O índice de cárie (ceos) nos dentes decíduos foi quantificado. Os resultados (médias+dp) obtidos para os grupos CM, CP e SC foram respectivamente: 1) ceos = 5,6+3,4a; 2,4+0,9b; 0,0. 2) F (µg/mg) = 6,2+2,9a; 32,5+13,6b; 58,1+21,3c. 3) Ca (µg/mg) = 3,3+1,1a; 7,9+4,3b; 10,6+5,4b. 3) P (µg/mg) = 2,6+1,3a; 4,0+1,9a; 6,1+2,9b. 4) PSA (µg/mg) = 55,6+17,6a; 47,4+8,9a; 39,2+7,4b. 5) log UFC/mg em DA = 14,3+0,6a; 11,3+1,4b; 8,6+2,0c. 6) log UFC/mg em DP = 12,6+1,7a; 12,0+1,9a; 9,8+2,2c. 7) AT = 5,3+0,8a; 3,9+0,4b; 2,9+0,2c. 8) AL = 1,4+0,3a; 1,0+0,2b; 0,4+0,3c. 9) AR = 3,9+0,6a; 2,9+0,4b; 2,5+0,3c. Médias seguidas de letras distintas diferem estatisticamente (p<0,05). Os resultados sugerem que a dieta altera a composição inorgânica, orgânica e microbiológica da placa dental explicando o padrão de cárie na dentição decídua.

(FAEP-UNICAMP – Proc. 0194-210063)

 

 

B074

 

 

Efeito de dentifrício fluoretado e/ou aplicação tópica de flúor profissional no esmalte dental desmineralizado.

A.F. PAES LEME*; C.M. TABCHOURY; J.A. CURY .

FOP- UNICAMP - (JCury@fop.unicamp.br)

 

 

A aplicação tópica de flúor profissional (ATF) forma mais "CaF2" no esmalte que dentifrício fluoretado (DF). Entretanto o efeito destes métodos na superfície do esmalte desmineralizado é desconhecido. Blocos (48) de esmalte dental bovino foram divididos em 04 grupos de tratamentos: 1)Dentifrício placebo de flúor (DP); 2)DF (1100 ppm F); 3)ATF (12.300 ppm F, pH 3,5)+DP e 4)ATF+DF. Os blocos foram parcialmente desmineralizados em lactato 0,05 M, pH 5,0, 50% saturado de esmalte bovino, sendo feita ATF f por 4 min. Os blocos foram submetidos por 12 dias a uma ciclagem de pH, permanecendo diariamente 22h na saliva humana estimulada e 02 h na solução desmineralizante (Des), sendo tratados com os dentifrícios 4x/dia. A saliva foi trocada 2x/dia e a solução Des após o 6o dia. Microdureza superficial do esmalte foi determinada nos blocos dentais antes, após a desmineralização e terminadas as ciclagens, sendo calculada a porcentagem de recuperação (%RDSE). A concentração de flúor (ppm F) foi determinada nas salivas diurnas (SD), na noturna (SN) e nas soluções Des. As médias e seus desvios para os tratamentos DP, DF, ATF+DP e ATF+DF foram respectivamente: 1) %RDSE = 40,0+2a; 54,1+3,4b; 23,3+2,2c; 18,7+2,0c; 2) SD (10dia) = 0,04+0,001a; 0,12+0,006a; 3,68+0,27b; 3,34+0,24b; 3) SN (10 dia) = 0,04+0,001a; 0,03+0,0004a; 0,11+0,01b; 0,12+0,02b; 4) Des (6o dia) = 0,035+0,006a; 0,055+0,002a; 1,11+0,13b; 1,24+0,09b; 5) Des (12o dia) = 0,035+0,0007a; 0,074+0,002b; 0,05+0,002c; 0,10+0,06d, sendo que médias seguidas de letras distintas diferem significativamente (p<0,05). Concluiu-se que o DF foi capaz de reendurecer o esmalte, o que não ocorreu com a ATF devido a dissolução dos produtos formados na superfície dental.

(SAE-UNICAMP Proc. 346/1997)

 

 

B075

 

 

Avaliação in situ de uma formulação de dentifrício com concentração reduzida de flúor

P.E.C. PERES*; A. A. DEL BEL CURY; A. KLEINE; J.A. CURY

FOP-UNICAMP (JCury@fop.unicamp.br)

 

 

A preocupação com o aumento da prevalência da fluorose dental é mundial e já atingiu o Brasil. Assim, o desenvolvimento de um dentifrício fluoretado com menor concentração, porém a mesma eficiência que um convencional a 1100 ppm F aumentaria a segurança com relação a fluorose dental. Com o objetivo de avaliar a capacidade de uma formulação com concentração reduzida de flúor em remineralizar o esmalte dental, quinze voluntários adultos (50±12), utilizando prótese parcial removível inferior contendo 02 blocos de esmalte dental bovino com lesão artificial de cárie, participaram deste estudo cruzado, duplo cego, em 05 etapas de 15 dias. Os voluntários foram submetidos aos seguintes tratamentos com dentifrícios: I= Não fluoretado; II=275 ppm F; III=550 ppm F; IV= 1100 ppm F; V= Crest ( "Gold Standard", 1100 ppm F), todos a base de sílica e NaF. Nos blocos dentais foram feitas análises de microdureza (Knoop) superficial do esmalte antes, após provocar cárie e depois dos tratamentos, utilizando um microdurômetro SHIMADZU HMV-2000 e carga de 50 g/5 seg. A porcentagem de recuperação da dureza superficial do esmalte (%RDSE) foi calculada para cada bloco, sendo obtidas as seguintes médias e seus desvios em relação aos tratamentos: I= 10,9 ± 1,02a; II=14,3 ± 1,15a; III= 25,8 ± 2,501b; IV= 27,1± 2,77b; V=27,2 ± 3,08b, sendo que médias seguidas por letras distintas diferem estatísticamente (p<0,05) pelo teste de Tukey. Concluiu-se que a formulação com 550 ppm F mostrou relação dose-efeito e foi equivalente em efeito ao dentifrício padrão com 1100 ppm F.

(CNPq – Proc: 522679/96-0)

 

 

B076

 

 

Atenção odontológica em bebês: prevalência de cáries

A. AVILLEZ*; M.I. SOUZA; U. MEDEIROS

Clínica de Bebês/ IPPMG- UFRJ, Depto.OdotologIa Social - UFRJ - RJ

 

 

O objetivo deste estudo foi o de avaliar a prevalência de cáries em bebês levando em consideração a educação e o controle desses pacientes. Uma pesquisa epidemiológica dirigida a crianças da Clínica de Bebês do IPPMG da UFRJ com idade entre 1 e 36 meses foi efetuada; nesta, foram analisados, através de questionário misto e exame clínico: dentes erupcionados, hábitos de higiene e de alimetação. Depois a classificação quanto ao risco de cáries, os pacientes foram divididos em 5 grupos: 1 a 6 meses; de 7 a 12 meses; de 13 a 18 meses; 19 a 24 meses, e 25 a 36 meses, sendo que cada paciente recebeu então tratamento específico de acordo com sas necessidades e acompanhamento. Os resultados obtidos, através da análise dos dados, demonstraram que houve uma prevalência de cárie em 16,7% e que o grupo mais atingido foi aquele com pacientes entre 25 e 36 meses (55%). Os autores concluiram de que a adoção de medidas para cuidados precoces com pacientes bebês é necessária para a interrupção da doença principalmente durante a gravidez, incentivando a mãe para mudanças dos hábitos de higiene oral e de alimentação.

 

 

B077

 

 

Avaliação clínica de selantes em saúde pública

REZENDE D.*; CAMPOS V.; LOPES J.; MEDEIROS U.; MORAES N.; SOUZA M.

Departamento de Odontologia Preventiva e Comunitária da FO UERJ - RJ

 

 

Em Saúde Pública, tradicionalmente utilizam-se métodos visando melhorar a condição do hospedeiro humano em relação à doença cárie na forma de aplicações de fluoretos, visto ser difícil o controle da dieta e dos ecossistemas microbianos bucais. Entretanto, modernamente existem tentativas de trazer para a Odontologia Coletiva outros procedimentos dentre os quais a utilização de selantes de sulcos e fissuras oclusais. O presente estudo objetivou a avaliação da integridade desses materiais, utilizando uma técnica simplificada que não pressupõe o isolamento absoluto do campo. O material utilizado foi o Fluroshieldâ (Dentisply), fotopolimerizável. A avaliação da integridade do material foi realizada após 3 anos de aplicação, observando-se a integridade total (100 % ), parcial (<100% ) ou a perda total ( com exibição ou não de novas lesões da doença ). Foram avaliados 136 pacientes de faixa etária compreendida entre 6 e 16 anos, que frequentam a Clínica de Saúde Bucal Coletiva da Escola Municipal República Argentina - UERJ. Foi avaliada a relação entre tempo de aplicação x integridade do material selador; incidência de cárie em dentes selados; dentes com selantes fraturados e perda total do selante, e os resultados mostraram que 81,21% dos selantes estavam íntegros, 8,49% dos selantes haviam fraturado e os dentes estavam cariados, 6,67% dos selantes haviam fraturado, porém os dentes não estavam cariados e 3,63% dos selantes haviam sido perdidos. A partir desses resultados concluímos que a utilização de selantes de sulcos e fissuras constitui-se num método adequado para aplicação em Saúde Coletiva e que a técnica simplificada oferece bons resultados desde que haja critério em sua execução.

 

 

B078

 

 

Epidemiologia da doença cárie em pacientes bebês

M.I.C. SOUZA*, U.V., MEDEIROS, C.F.,TEIXEIRA

Departamento de Odontologia Social, Faculdade de Odontologia UFRJ - RJ

 

 

Tendo em vista que a cárie dentária constitui-se numa doença dependente da colonização microbiana, e que esta pode ocorrer a partir da erupção da dentição decídua, e que o seu controle está condicionado a diversos fatores incluindo a educação do paciente acerca de seus hábitos dietéticos e de higiene bucal, os autores realizaram uma investigação epidemiológica visando determinar a prevalência desta doença em pacientes de 06 a 36 meses de idade. A amostra constou de 726 pacientes inscritos no Programa Ação Global ( Fundação Roberto Marinho, SESI-RJ, FUJB-UFRJ ), que foram submetidos a exame clínico, e seus responsáveis questionados a respeito de atitudes comportamentais adotadas no ambiente doméstico. Após o tratamento estatístico dos dados obtidos observou-se um percentual de 0,62%, 3,16% e 8,30% de dentes cariados e de 1,57%, 13,46% e 35,0% de bebês com a doença cárie respectivamente nas faixas etárias de 6-12, 13-24 e 25-36 meses. Um percentual acima de 60% dos responsáveis entrevistados mostrou desconhecimento sobre as questões relativas aos cuidados domésticos para a manutenção da saúde bucal do bebê. A partir desses resultados concluiu-se que existe uma menor prevalência da doença na faixa de 06-12 meses devido ao menor número de superfícies colonizáveis por EGM, ocorrendo um aumento entre 13-24 meses causada pelo aumento de superfícies colonizáveis,introdução de maiores quantidades de sacarose na dieta e socialização do bebê e atingindo o seu ponto máximo entre 25-36 meses pelo incremento do consumo de sacarose e maior exposição ao risco.

 

 

B079

 

 

Avaliação do padrão de cárie em crianças de 0-30 meses de idade: estudo piloto

S. G. BARROS *; L. S. PUGLIESE; A. C. ALVES; S. R. A. REIS

Depart. de Odont. Social e Diagn. e Terapêutica. Univ. Federal da Bahia % 071 235-5377

 

 

O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de cárie em infantes, voltando a atenção para as lesões incipientes (mancha branca ativa – mba). A amostra consistiu de 98 crianças saudáveis de 0-30 meses (20,2 ± 5,6), de ambos os sexos, de 7 creches de Salvador. O exame foi realizado por um único examinador utilizando espelho, sonda e uma lanterna. A criança permanecia deitada em uma mesa, sendo os dentes secos com gaze. As lesões foram classificadas pela severidade em cinco níveis (C0-C4; ativa/inativa). Os dados foram analisados pelo teste do Qui-Quadrado. A prevalência de cárie foi de 41,8% quando registrou-se todos os estágios da lesão. Quando avaliou-se apenas a mba, 36,6% mostraram-se afetadas e 13,3% apenas com lesões cavitadas. 91 crianças apresentavam os 4 incisivos superiores irrompidos; 10,3% (9 crianças) com, ao menos, 1 lesão cavitada e 39,6% (36 crianças) com ao menos 1 mba. Não houve diferença significante entre sexos. A freqüência do padrão das lesões x número de dentes erupcionados foi:

no de dentes no de crianças crianças com crianças sem crianças com pelo crianças com pelo menos

Erupcionados cárie (%)* cárie (%)* menos uma mba (%) uma lesão cavitada (%)

2-8 24 4 (16,6%) 20 (83,4%) 4 (16,6%) 2 (8,3%)

9-12 25 7 (28%) 18 (72%) 6 (24%) 2 (8%)

13-20 49 30 (61,2%) 19 (38,8%) 26 (53,1%) 9 (18,4%)

* X2 = 15.78; p < 0.01

A prevalência de cárie aumentou com a inclusão da mba e com o número de dentes irrompidos, para ambos os sexos, em todas as idades. Os incisivos superiores apresentaram maior risco para todos os graus de lesão, principalmente mba. Sugere-se programas de educação e fluorterapia.

 

 

B080

 

 

Diagnóstico visual de cáries oclusais in vivo e por fotografias.

DF CÔRTES*1; MFL NAVARRO2; JB SOUZA2; M COUTINHO2; RC PASCOTTO2; EH VERDONSCHOT3

1) Inst. Odontologia, Universidade Gama Filho, RJ; 2) Fac. Odontologia Bauru, USP; 3) Universidade de Nijmegen, Holanda

 

 

O objetivo deste estudo foi comparar o diagnóstico clínico visual de cáries em oclusais realizado in vivo com a análise de fotografias. Molares permanentes foram diagnosticadas em 36 pacientes (11 a 21 anos) por 2 examinadores calibrados a(JBS e MC) e a seguir fotografadas. As oclusais foram posteriormente diagnosticadas nos diapositivos pelos mesmos examinadores. Os escores de diagnóstico incluíam: ausência de lesão e mancha pigmentada ("0"); mancha branca e cavidade em esmalte ("1"); cárie dentinária < 2mm ("2A"); cárie dentinária > 2mm ("2B"); envolvimento pulpar ("3"). Dentre as 150 superfícies com escores de cárie ou saudáveis nos exames in vivo e fotográfico, 60% (JBS) e 70% (MC) apresentaram o mesmo diagnóstico. De 24% (JBS) a 17% (MC) mostraram discordância entre os escores "0" e "1".

Examinador JBS Examinador MC

Exame In vivo Exame de Fotografias Exame de Fotografias

0 1 2A 2B 3 0 1 2A 2B 3

0 78 21 8 3 87 11 2 1

1 15 1 5 14 7 4

2A 1 2 7 1 1 7 6 1

2B 3 3 2 1 1 3

3 1 4

Os dois examinadores repetiram o mesmo diagnóstico nos exames in vivo e por diapositivos em cerca de 2/3 da amostra, com predominância de concordância em superfícices saudáveis. O maior percentual de discordância ocorreu entre oclusais consideradas saudáveis em um dos exames e com cárie de esmalte no outro. O exame fotográfico não se mostrou um método alternativo útil para o diagnóstico de oclusais cariadas in vivo. (Pesquisa financiada por Bolsa de Doutorado CNPq).

 

 

B081

 

 

Prevalência de cárie dentária e fluorose em escolares de áreas fluoretadas e não fluoretadas.

A.C. PEREIRA*; F. L. CUNHA; M. C. MENEGHIM.

FOP/UNICAMP FOA/UNESP/SP

 

 

A queda da prevalência de cárie e o aumento das formas leves de fluorose dentária têm sido foco de discussão atualmente. O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência e severidade da fluorose dentária e cárie dentária, em uma cidade fluoretada e outra não fluoretada, no período entre 1991 e 1997. As amostras consistiram de 200, 160 e 314 escolares, provenientes da cidade de Piracicaba (0,7 ppm F), examinados nos levantamentos de cárie e fluorose dentária em 1991, 1995 e 1997. A faixa etária de estudo foi de 11 a 13 anos de idade, obtidas através de amostra de conveniência e escolhidos por amostra casual simples através das listas dos escolares cedidas pelos diretores das escolas. Nos três levantamentos, as crianças foram examinadas em cadeiras escolares, dispostas nos pátios das escolas, com o auxílio de luz natural, utilizando-se sonda exploradora e espelho bucal. Somente um (1) examinador efetuou os exames, em cada problema estudado. Os índices CPOD e CPOS para cárie dentária e o índice T-F para fluorose. Houve um período de calibração (24 horas) para cada examinador. Foram reexaminadas 10% das crianças da amostra, sendo então calculado o erro intra-examinador, verificando-se que o valor de KAPPA foi substancial (>0,85). Os resultados foram: a) Houve uma diminuição da prevalência de cárie da ordem de 54,5% e 57,4% respectivamente para as cidades de Piracicaba e Iracemápolis e b) um aumento da prevalência de fluorose dentária em 51,9% e 40,5% em Piracicaba e Iracemápolis, respectivamente. Conclui-se que houve uma mudança no perfil epidemiológico nas duas cidades em relação à cárie dentária e fluorose, sendo extremamente importante acompanhar esta tendência.

 

B082

 

 

Morfologia e microdureza do esmalte incubado em suco de laranja.

M.M.A.GOUVEIA*, D.R.TAMES (1)

Faculdades de Odontologia da UFSC* e da UNIVALI (1)

 

 

O consumo descontrolado de bebidas ácidas, como alguns sucos de frutas, aumentam a prevalência da erosão dental em crianças ( Downer, Br. Dent. J, 178:407-12, 1995). Com a finalidade de estudar o potencial erosivo de um suco de laranja, comercialmente obtido e indicado como suplemento alimentar para crianças, superfícies de esmalte levemente aplainados de 30 dentes decíduos, foram divididos em 4 grupos: I (N=10) submetidos a banhos alternados de suco (5min.) e saliva artificial (15min.) até completar 10 ciclos; II (N=10) incubados em suco (50min.) e saliva artificial (2:30hs.); III (N=5) incubado em suco (50 min.); IV (N=5), controle, submersos em água destilada (2:30hs). Nos grupos I e II, em todas as amostras foram medidas suas microdurezas antes e após os respectivos tratamentos. A diferença de seus valores, expressos em unidades Vickers, foi analisada pelo teste de Tukey para estabelescer os graus de significância, por outro lado, 3 amostras de todos os grupos, aleatoriamente escolhidos, foram analisadas, em M.E.V., a morfologia superficial. Através de espectroscopia de dispersão de energia, identificados os elementos cálcio e fósforo. A microdureza do grupo I de 370,30 (S=9,78) baixou para 175,7 (S=16,08) após o tratamento; no grupo II de 370,96 (SD=13,05) baixou para 131,56 (S=5,36); em cada grupo a diferença de valores foi significante (P<0,005). A morfologia superficial das amostras dos grupos I, II e II (incubados em suco) mostram-se alteradas em relação ao grupo controle e apresentam-se cobertos em diversos graus com depósitos globulares de fosfato de cálcio amorfo. Conclui-se que: o suco de laranja promove erosão com episódios de reprecipitação de fosfato de cálcio amorfo e que a saliva utilizada não foi eficiente na sua redução.

 

 

B083

 

 

Comparação entre os exames radiográficos convencional e digitalizado em relação ao plano de tratamento

de superfícies oclusais. - D.D. TORRIANI *; M.R. GONÇALVES; J.B. VIEIRA

Departamento de Odontologia Infantil e Social, Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP

 

 

O objetivo deste estudo foi comparar as decisões de tratamento restaurador de superfícies oclusais, sem cavitação, quando realizadas através dos aspectos clínicos e radiográficos, convencional e digitalizado. Foram examinados, 33 sítios das superfícies oclusais de 30 molares permanentes extraídos, com e sem pigmentação. O plano de tratamento para cada região era realizado por 5 cirurgiões-dentistas, professores universitários, utilizando dois tipos de exames: exame visual de fotografias e radiografia interproximal convencional (IV+RXC); e exame visual de fotografias e radiografia digitalizada (IV+DIGORA). O padrão de validação para os planos de tratamento foi realizado através do aspecto histológico. A sensibilidade em determinar a não necessidade de tratamento restaurador foi, em média, tanto para a IV+RXC quanto para a IV+DIGORA, de 0,23. A especificidade foi, em média, de 0,83 e 0,86, para a IV+RXC e IV+DIGORA, respectivamente. Quando comparou-se os planos de tratamento intra-examinadores, não foi encontrada diferença estatisticamente significante à nivel de 5%. Baseado nestes dados, pode-se concluir que os métodos radiográficos, convencional e digitalizado, não demonstraram diferenças na efetividade da determinação do plano de tratamento de superfícies oclusais sem cavitação.

 

 

B084

 

 

Influência do chumbo no efeito cariostático do flúor em ratos dessalivados.

C.M. TABCHOURY*2; S.K. PEARSON1; W.H. BOWEN1

(Univ. Rochester, NY, USA1; FOP – UNICAMP2) cinthia@fop.unicamp.br.

 

 

Resultados de estudos anteriores mostraram que exposição pré- e pós-natal ao chumbo aumenta a suscetibilidade à cárie dental em ratos. Um possível mecanismo para este efeito pode ser que o chumbo se complexaria com o flúor e o tornaria insolúvel e menos disponível para seus efeitos cariostáticos. Então, 48 ratos Sprague-Dawley dessalivados foram infectados oralmente com uma cultura em crescimento ativo de S. sobrinus 6715 e colocados em uma máquina de alimentação programada König-Höfer. Estes animais receberam 17 refeições diárias como descrito a seguir: grupo (1) sacarose pura e água destilada estéril (ADE); (2) 15 ppm F sacarose e ADE; (3) 15 ppm F sacarose e 10 ppm Pb ADE; (4) 15 ppm F sacarose e 25 ppm Pb ADE. Ao final de 3 semanas, os animais foram sacrificados, decapitados e a mandíbula inferior esquerda foi preparada para análise microbiológica. Os dentes foram preparados para índice de cárie de acordo com a técnica de Keyes modificada por Larson. Índices de cárie de superfície lisa e de [sulco] para os grupos foram: (1) 86,9±18,7a [51,9±3,7a]; (2) 61,4±17,5b [49,6±3,1a,b]; (3) 57±11,9b [48,2±3,2b]; (4) 56,6±12,6b [47,2±4b]. Os índices mais altos de severidade também foram observados no grupo 1. Contagem de S. sobrinus (106) para os grupos foram: (1) 1,0±0,6a; (2) 0,95±0,8a; (3) 0,64±0,5a; (4) 0,7±0,3a. Médias seguidas de letras distintas diferem significativamente (p<0,05). Chumbo não interferiu com o efeito protetor do flúor nas condições do presente estudo. Estes resultados sugerem que outros mecanismos, através dos quais o chumbo age, estão envolvidos e estudos adicionais são necessários.

(CNPq – Proc. 20135995/2)

 

 

B085

 

 

Potencial cariostático de materiais restauradores contendo flúor

M.C.SERRA*; A.L.RODRIGUES JR.

FO Piracicaba-Unicamp, FO Araraquara-Unesp e-mail: mcserra@yahoo.com

 

 

O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial cariostático de materiais restauradores com flúor. Em fragmentos de esmalte dental humano, cavidades padronizadas foram preparadas para receber, aleatoriamente, 9 tratamentos: Z-100 (Ze), Heliomolar (He), Tetric (Te), Variglass (Vg), Dyract (Dy), Vitremer (Vm), Photac-fil (Pf), Ketac-fil (Kf) e Controle (Ct). Após serem restaurados, todos os fragmentos – exceto os do grupo Controle – foram submetidos a 10 ciclos de desmineralização (Ca and P 2mM, pH 4,3, por 6h) e remineralização (Ca 1,5mM, P 0,9mM, pH 7, por 18h) e a 200 ciclos térmicos, simulando alto desafio cariogênico. A presença e a severidade das lesões de cárie secundárias artificiais foram avaliadas sensorialmente por 9 examinadores independentes e calibrados, que atribuiram às lesões escores de 0 a 3. Para analisar as diferenças estatísticas entre as medianas das respostas qualitativas ordinais, foi empregado o teste de Kruskal-Wallis, seguido do cálculo da diferença mínima significativa, para a comparação pareada das somas das ordens.

 

 

 

 

 

O cimento ionomérico e os ionômeros modificados por resina apresentaram maior potencial cariostático. As resinas modificadas por poliácidos mostraram moderado e os compósitos nenhum efeito anticariogênico.

Apoio: Fapesp processo no 96/6794-1

 

 

B086

 

 

Estudo pela MEV da reabsorção radicular de pré-molares durante força contínua de torque em humanos.

M.A. CASA*; V.E. ARANA-CHAVEZ; R.M. FALTIN; K. FALTIN

Depto. Histologia, USP & Depto. Ortodontia, UNIP, SP - F: (011) 818-7308

 

 

Com o intuito de analisar a superfície radicular após aplicação de uma força continua e precisa de torque radiculo-palatino, dezesseis primeiros pré-molares superiores, ortodonticamente indicados para extração em 8 pacientes (13-16 anos de idade) foram estudados pela microscopia eletrônica de varredura. A força aplicada foi de 500cN/mm, utilizando um modelo de biomecânica precisa com fios superelásticos (NiTi-Se), os quais foram desenvolvidos e calibrados individualmente na Univ. de Ulm, Alemanha. Foram divididos em 1 grupo controle com quatro pré-molares não movimentados de 2 pacientes e em 3 grupos experimentais, distribuídos intra-individualmente como segue: o primeiro pré-molar direito de 6 pacientes foi extraído após uma semana de movimentação; os primeiros pré-molares do lado esquerdo foram extraídos com 2, 3 e 4 semanas. Após a extração, os dentes foram fixados, tratados com hipoclorito de sódio a 2% por 6 horas, para remoção da porção orgânica, desidratados e metalizados com ouro em aparelho Balzers SCD 050. A análise ao microscópio Jeol 6100, operando a 10-15 kv, revelou numerosas concavidades (lacunas de reabsorção), as quais foram mais evidenciadas na face palatina do terço apical das raízes, porém também eram presentes na face vestibular do terço cervical. Todos os dentes movimentados neste experimento apresentaram reabsorção radicular. Aqueles que foram movimentados mais tempo apresentaram maior grau de reabsorção, tanto em extensão quanto em profundidade, proporcionando até exposição de túbulos dentinários, evidenciando reabsorção radicular irreversível.

 

 

B087

 

 

Estudo citoquímico ultra-estrutural revela uma camada livre de proteoglicanas entre dentina radicular e cemento.

S.A. TOMAZELA-HERNDL*; V.E. ARANA-CHAVEZ

Depto. Histologia, ICB/USP, São Paulo, SP. Fone/Fax (011) 818-7308.

 

 

Tem sido relatado que na dentinogênese radicular, a camada mais superficial permanece não mineralizada enquanto as camadas subjacentes mineralizam. Essa camada mineralizaria apenas após a formação do cemento da região correspondente. Entretanto, outros autores sugerem que essa camada é formada após a mineralização da dentina, talvez pelas células epiteliais da bainha radicular de Hertwig. Como a matriz não mineralizada de dentina é rica em proteoglicanas (PGs) e estas moléculas diminuem durante a mineralização da matriz, no presente estudo examinamos o início da dentinogênese radicular através de citoquímica ultra-estrutural para PGs sulfatadas. Germes de molares de ratos com 10-16 dias foram fixados em glutaraldeído a 2,5% contendo azul de cuprolínico (AC) a 0,05% em acetato de sódio 25mM, pH 5,6 e MgCl2 0,3M por 36 h. Após descalcificação, os espécimes foram processados para citoquímica. Outros germes foram fixados e processados convencionalmente. Os espécimes foram examinados em microscópio eletrônico Jeol 100 CX II ou Jeol 1010. Os resultados mostraram na formação de matriz de dentina radicular, numerosos complexos AC-PGs, que apareciam como fitas elétron-opacas irradiando finos filamentos. Após a mineralização dessa matriz, os complexos AC-PGs ficaram restritos à pré-dentina. Nessa fase, entre a dentina superficial mineralizada e as células da bainha radicular de Hertwig, foi observada uma fina camada de natureza não fibrilar, de aproximadamente 0,5-1mm, desprovida de complexos AC-PGs. A ausência de PGs sulfatadas nessa camada sugere que esta não possui origem ectomesenquimal, não sendo, portanto, parte da dentina radicular.

 

 

B088

 

 

Corportamento biológico da polpa e periodonto em dentes reiplantados de ratos.

J. A. LISBOA NETO; R. A. CARVALHO*; L. PEREIRA PFNTO; L. B. SOUZA.

Programa de Pós-graduação em Patologia Oral/UFRN

 

 

O objetivo deste trabalho foi a análise do comportamento biológico dos tecidos periodontal e pu1par em incisivos reimplatados de ratos. Vinte incisos superiores foram divididos, formando dois grupos de 10 dentes. Nos grupos 1 e 2, os dentes foram extraídos e estocados no soro fisiológico por 30 minutos e posteriormente reimplantados e esplintados. Nos grupos 3 e 4, os dentes pós extração foram mantidos no leite por 30 miutos, reimplantados e esplintados. Após um período de 7 e 20 dias, os ratos foram sacrificados, tomadas radiografias das cabeças de cada animal e as peças removidas, fixadas e processadas histologicamete para leitura morfológica através das colorações da hematoxilina - eosina e tricômico de Gomori. As análises dos resultados pode-se concluir que o leite demonstrou os melhores resultados através das preparações tissulares, embora não sendo evidenciada qualquer alteração radiográfica digna de nota.

 

 

B089

 

 

Decisão de selar molares permanentes – um estudo in vitro

M. CARDOSO*; L. N. BARATIERI

Departamento de estomatologia, Faculdade de Odontologia da UFSC – SC

 

 

O objetivo deste trabalho foi determinar quais os métodos que os profissionais de odontologia utilizam para o diagnóstico da presença de cárie incipiente em lesões de cicatrículas e fissuras, determinar a influência do tempo de exercício profissional no diagnóstico de cárie e na decisão de selar molares permanentes e determinar quais os critérios que os profissionais de odontologia utilizam para indicar o uso de selante de cicatrículas e fissuras. Para isso, foram selecionados 11 dentes terceiros molares totalmente inclusos. Estes dentes foram extraídos, devidamente limpos e fixados em blocos de resina acrílica opaca, de modo que não fosse possível observar o grau de desenvolvimento das raízes. Então, os 11 dentes devidamente preparados, foram apresentados a 30 examinadores, os quais foram orientados a realizar o exame da forma que achar mais conveniente e utilizando os mesmos critérios que utilizam rotineiramente na clínica, devendo responder para cada dente o seguinte questionário: (1) Na sua opinião, este dente tem cárie de cicatrícula e fissura?; (2) Na sua opinião, este dente deveria ser selado?; (3) Caso a resposta seja sim, qual o motivo?/ Caso a resposta seja não, qual o motivo? Os examinadores desconheciam qual o objetivo do estudo. Os resultados foram comparados e analisados utilizando o Teste de Proporções (Z) e o Qui-Quadrado (x2). 23% das respostas foram positivas em relação ao diagnóstico de cárie e em 52,53% das respostas foi indicado o uso de selante.

 

 

B090

 

 

Avaliação do gênero Candida ssp em diabéticos mellitus compensados/não compensados.

G.S.S.SOUTO; M.C.C.SAMPAIO*; L.J.COSTA; MODESTO FILHO, J.

Mestrado em Odontologia/Estomatologia

 

 

Diabetes mellitus (DM) é uma síndrome heterogênea caracterizada por anormalidades endócrino-metabólicas com repercussão bucal. Propusemo-nos estudar a presença de Candida ssp em portadores de DM compensados e não compensados, através do exame clínico e laboratorial, segundo a metodologia clássica. Foram selecionados 89 pacientes do setor de diabéticos do Hospital Universitário/UFPB para pesquisa. Os pacientes foram submetidos a exames para verificação de glicemia de jejum, hemograma, colesterol total, C-LDL, C-VLDL, C-HDL, triglicerídeos, uréia, creatinina e ácido úrico. Os resultados demonstraram que os portadores de DM não compensados apresentaram 43,39% dos exames de cultura positivos para Candida ssp, enquanto nos compensados 27,7 foram positivas, sendo a C. albicans a espécie mais freqüente representando 87,87% dos exames. Outras espécies como C.tropicalis, C.guilliermondi, C.parapsolisis foram identificadas, principalmente em usuários de aparelhos protéticos. Pacientes não compensados mostraram-se susceptíveis à sintomatologia, como ardor e xerostomia. Portadores de DM não compensados apresentaram maior freqüência de Candida ssp além da sintomatologia associada.

 

 

B091

 

 

Atividades antimicrobianas da Arnica montana e própolis sobre patógenos orais.

B.P.F.A. GOMES1*; H. KOO2; P.L. ROSALEN2, J.A. CURY2

1Endodontia & 2Departamento de Ciências Fisiológicas, FOP-UNICAMP.

 

 

O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro a atividade antimicrobiana-AAM, inibição da aderência-IAd dos estreptococos do grupo mutans e a inibição de formação de glucanos insolúveis em água-GIA dos extratos de Arnica e de própolis. Arnica montana (5; 10%) e própolis (10%) proveniente de Minas Gerais foram comparados com seus controles (+) e (-). Quatorze microrganismos foram usados: C. albicans-NTCC3736; A. naeslundii–ATCC12104, W1053, M104; S. aureus-ATCC25923; E. faecalis-ATCC29212; S. sobrinus 6715; S. sanguis-ATCC10556; S. cricetus-HS-6; S. mutans-Ingbritt 1600; S. mutans–OMZ175; sendo P. gingivalis; P. endodontalis e P. denticola isolados clinicamente. AAM foi realizada pelo método de microdifusão e os halos de inibição medidos. Para observar a aderência celular, os microrganismos foram cultivados em tubos inclinados em 30o, por 18h, a 37oC. Para avaliar a formação de GIA, uma mistura de glicosiltransferase e 0,125M de sacarose foi incubada em tubos em 30o, por 18h, a 37oC. Os extratos de Arnica e de própolis (20µL) foram adicionados a estes tubos para avaliar a % de IAd de célula e a formação de GIA. A própolis inibiu todos os microrganismos testados, demonstrando uma inibição acentuada no crescimento de Actinomyces spp. principalmente do A. naeslundii W1053 (8,00±0,50). Os extratos de Arnica demonstraram fraca AAM. A aderência celular e a formação de GIA foram completamente inibidos pela própolis numa concentração final de 400 e 500mg/mL, respectivamente. Porém, a Arnica mostrou uma pequena IAd no crescimento (16,9%) e na formação de GIA (32,2%). Concluímos que o extrato de própolis mostrou atividades antimicrobianas, inibição da aderência celular e da formação de glucanos insolúveis em água, enquanto que os extratos de Arnica demonstraram uma pequena atividade para estes três testes. Apoio FAEP / FAPESP.

 

 

B092

 

 

Ação antimicrobiana de um extrato hidroalcoólico de Zizyphus Joazeiro, Martius.

MOLLO, V. M. H. *; ALCALÁ, A. L.; FERREIRA, V. Jr.; LIMA, G. S. F.

Departamento de farmácia. Universidade Bandeirante de São Paulo (UNIBAN).

 

 

Zizyphus Joazeiro, Martius árvore, bastante disseminada no Nordeste brasileiro, utilizada como agente de higienização bucal, em substituição aos produtos comerciais, utilizando-se folhas e fragmentos de casca do caule, que são mastigados ou friccionados contra os dentes. Essa operação produz abundante quantidade de espuma, devido ao elevado teor de saponinas presente nessa espécie. Testou-se a ação antibacteriana de um extrato bruto, frente a cepas de Shiguela flexineri (ATCC12022), Staphylococcus aureus (ATCC6538P) e Streptococcus mutans (ATCC2937). 30 g de folhas secas e previamente tratadas foram submetidas a refluxo com 100 ml de solução hidro-etanólica (70% v/v), por um período de 6 horas a 60ºC. O extrato obtido foi, em seguida, evaporado e resuspendido em água estéril, e colocado frente às cepas padrões em diferentes tempos segundo normas da A. O. AC. As contagens lidas (UFC) indicaram efeito bactericida para as cepas de Shiguela flexineri conseguindo-se redução crescente do n.º de colônias de 59% para 97%, do primeiro para o décimo minuto. No mesmo intervalo de tempo a redução de colônias de Streptococcus mutans variou-se de 45% a 97%. O mesmo extrato apresentou menor ação bactericida sobre microorganismos de gênero Staphylococcus aureus, evidenciando-se redução significativa somente após 5 minutos de exposição, quando ocorreu uma redução de 39% do total inicial de colônias, já para 10 minutos essa redução eleva-se para 78%. Pode-se notar que a cinética de destruição dos microorganismos variou muito nos primeiros cinco minutos, porém para 10 minutos de exposição a redução da carga microbiana das bactérias gram-positivas foi praticamente a mesma, o que não ocorreu com as bactérias gram-negativas. A redução superior para a cepa de Shiguela flexineri em relação às gram-positivas do gênero Staphylococcus aureus e Streptococcus mutans deve-se, provavelmente, ao caráter lipídico da última camada das bactérias gram-negativas. O trabalho com Zizyphus Joazeiro, Martius terá continuidade visando a utilização de extratos em produtos de higienização bucal.

 

 

B093

 

 

Incidência de grupo mutans na saliva antes e após a anti-sepsia.

IY ITO1*; RFG ANDRÉ2; H MIAN2; MC SOUZA2; K SANCHES2; RF ALBUQUERQUE Jr.2.

1FCFRP-USP,2FORP-USP.

 

 

Os estreptococos do "grupo viridans" são os principais agentes causadores da endocardite bacteriana seguida pelos S.aureus e S.epidermidis. Grupo viridans compreende os estreptococos, hoje identificados como: estreptococos do grupo mutans, grupo sanguis, grupo gordonii, e outros. Assim, propono-nos a avaliar a virulência de grupo mutans na saliva: antes e após a anti-sepsia com Periogard. Foram avaliadas as salivas de 60 pacientes, atendidos na Clínica Integrada da FORP-USP. A anti-sepsia foi realizada com bochecho de 15mL de Periogard (Colgate-Palmolive Ltda, SP) por um minuto. Cerca de 2mL de saliva, não estimulada, foram coletadas em tubos de ensaio dotado de cânula de plástico esterilizados, antes e um minuto após a anti-sepsia. Imediatamente, ainda na clínica, 1,0mL da saliva foram transferidos, para tubo contendo 1,0mL de soluÇão salina tamponada adicionada de Tween 80 (PBST) e pérolas de vidro esterilizados, em condiÇões assépticas. Após agitaÇão foram submetidas à diluiÇão decimal em PBST até 10-5 e semeadas em ágar SB20 e incubados pelo sistema chama de vela por 48hs a 37oC. As colônias suspeitas de grupo mutans foram isoladas e submetidas a identificão como preconizado por ITO et al. (1993). Os estreptococos do grupo mutans foram identificados em 55 pacientes (91,7%) antes da anti-sepsia. Destes (55) após a anti-sepsia apenas 13(23,6%) albergavam o grupo mutans. Quanto à prevalência das espécies 38(69,1%) eram monocolonizados e 17(30,9%) albergavam as espécies S.mutans e S.sobrinus. Após a anti-sepsia de 38 colonizados pelo S.mutans 11(20,0%) e dos 17 multicolonizados (S.mutans e S.sobrinus) apenas 2(11,8%), respectivamente, mostraram-se positivos. Em conclusão o bochecho por um minuto com 15,0mL de Periogard reduz o grupo mutans em 76,4%.

 

 

B094

 

 

Freqüência de fungos em crianças HIV positivas.

V. Bosco; C.R. Paula; E.G. Birman.

Fac. Odontologia e ICB. Universidade de São Paulo. e-mail: egbirman@siso.fo.usp.br - 011-818-7883

 

 

Entre as manifestações bucais de crianças HIV infectadas pelo HIV, a candidíase é uma das mais importantes , sendo que raras pesquisas identificaram os fungos mais prevalentes. Assim , avaliamos a freqüência de fungos em 30 crianças HIV +, entre dois e seis anos, de ambos os sexos, verticalmente infectadas que estavam sendo tratados ambulatorialmente na Santa Casa de Misericórdia de S.P., e um grupo controle de 30 crianças clinicamente saudáveis não transfundidas, de mães HIV -, pareadas por sexo e idade. Utilizando-se "swabs" , coletamos por raspagem material da mucosa bucal(3 sítios) para cultura de fungos e posterior identificação das espécies presentes, baseados na rotina micológica do Dept. de Microbiologia da USP. Das 30 amostras do grupo HIV analisadas, 83.3% (25/30) foram positivas para fungos, representados predominantemente por C.albicans (96%), com apenas uma associação representada por C. tropicalis, e uma única amostra isolada de C. parapsilopis (4%). O grupo controle apresentou apenas 33.3% de positividade para fungos (10/30) representada por C. guillermondi (30%),C. albicans, (20%); Rhodotorula rubra (20%); C. lusitanea(10%); C.sp (10%) e Aereobasidium pullulans (10%). Proteinase e fosfolipase apresentaram altos níveis de produção. O achado de uma espécie (C.albicans) no grupo em estudo contrasta com a diversidade de espécies observadas no grupo controle. A maior freqüência e predominância de C. albicans, a alta atividade enzimática, combinadas às condições imunológicas presentes nas crianças HIV +, contrastam com a diversidade de espécies observadas no grupo controle, podendo determinar uma maior patogenicidade da espécie isolado no grupo de estudo .

 

 

B095

 

 

Presença de Enterobacteriaceae e Pseudomonadaceae na cavidade bucal humana

S.S.F. SANTOS*; A.O.C. JORGE

Departamento de Odontologia - UNITAU -SP

 

 

As bactérias das famílias Enterobacteriaceae e Pseudomonadaceae, antes não consideradas patogênicas na cavidade bucal, passaram, após estudos, a serem consideradas agravantes de alguns tipos de doenças periodontais. Além disto, a cavidade bucal pode servir como reservatório destes microrganismos, podendo comprometer indivíduos debilitados. No presente trabalho, estudou-se a presença destas bactérias na cavidade bucal de cem indivíduos que procuraram a clínica odontológica da Faculdade de Odontologia da Universidade de Taubaté, em amostragem aleatória e heterogênea. Foram coletadas amostras de saliva dos pacientes, as quais foram semeadas em ágar MacConkey e as amostras isoladas foram identificadas pelo sistema API 20E (Bio-Mérieux). Procurou-se correlacionar a presença de Enterobacteriaceae e Pseudomonadaceae na cavidade bucal com índice CPOD, índice periodontal de Russel, idade, sexo, raça, presença de próteses, doenças sistêmicas, uso de medicamentos e horário de coleta do material. Os dados foram analisados estatisticamente considerando-se significante quando p £ 0,05. Dos indivíduos estudados, 51% apresentaram Enterobacteriaceae e/ou Pseudomonadaceae na cavidade bucal, demonstrando uma prevalência elevada, sendo Enterobacter cloacae, Klebsiella pneumoniae e Klebisiella oxytoca as espécies mais freqüentes.

 

 

B096

 

 

Avaliação de desinfetantes de superfície utilizados em odontologia

GONÇALVES, C.R.; KOGA-ITO, C.Y.; UENO, M; JORGE, A.O.C.

Departamento de Odontologia UNITAU e F.O. São .José dos Campos/UNESP.

 

 

Desinfecção de superfície é um procedimento utilizado em odontologia para desinfetar partes externas do equipamento e demais áreas do consultório. O objetivo deste trabalho foi analisar a ação de três desinfetantes de superfície utilizados em odontologia: álcool etílico a 70%, composto fenólico (Duplofen) e iodóforo (PVP-I, Iodo Povidine). Foram utilizados 40 equipamentos da Clínica do Departamento de Odontologia/UNITAU, divididos em 4 grupos de 10, nos quais foram testados os desinfetantes e no grupo controle no qual foi usado água destilada esterilizada. Foram desinfetados 4 pontos em cada equipamento: carter, pia, encosto da cabeça da cadeira e superfície frontal externa do refletor, utilizando-se a técnica spray-wipe-spray. Para cada ponto, foram coletadas amostras utilizando-se placas de superfície (tipo Rodac) contendo ágar Mitis Salivarius bacitracina sacarose, ágar Sabouraud dextrose, ágar MacConkey e ágar sangue para contagem de estreptococos do grupo mutans, fungos, coliformes e contagem total respectivamente (ufc/mL). Os resultados foram analisados estatísticamente utilizando-se o teste t de Student para comparação entre as médias de ufc/mL. Na contagem total, o composto fenólico foi o mais eficiente na redução de microrganismos, sendo os resultados significativos em todas as contagens e todos os pontos. O álcool 70% e o iodóforo apresentaram redução em quantidades semelhantes. Todos os desinfetantes testados apresentaram resultados semelhantes nas contagens nos meios seletivos. Os resultados demonstraram diferença significativa nas contagens de microrganismos após uso de desinfetantes de superfície, sendo o desinfetante a base de composto fenólico o mais eficaz.

 

 

B097

 

 

Ocorrência de Actinobacillus actinomycetemcomitans em diferentes condições periodontais e higiene.

L.L.G. RIBEIRO*, E. GAETTI-JARDIM JR., D. PEDRINI.

Faculdade de Odontologia de Araçatuba -UNESP. Fone: (018)6245555.

 

 

Actinobacillus actinomycetemcomitans é o microrganismo mais freqüentemente associado às periodontites de início precoce. Pouco se conhece sobre a ocorrência desse microrganismo em populações brasileiras e suas correlações com diferentes níveis de destruição periodontal e de higiene, de forma que o presente estudo objetivou obter informações sobre esses parâmetros. Inicialmente procedia-se a triagem dos pacientes com periodontite e indivíduos sadios com exame clínico e radiográfico. A seguir, amostras de placa subgengival foram obtidas do sulco gengival de 34 sadios e das bolsas periodontais com mais de 5mm e inflamação de 29 pacientes com doença periodontal. O nível de higiene dos participantes foi registrado de acordo com o índice de O’Leary. O isolamento bacteriano foi realizado em ágar TSBV, em anaerobiose, após 4 dias de incubação a 37oC. A identificação dos isolados foi realizada de acordo com suas características fenotípicas. A. actinomycetemcomitans foi isolado de 35,29% dos sadios e de 58,62% dos pacientes com doença periodontal, tendo se verificado maior prevalência em indivíduos mais jovens e com pouca higiene. Assim conclui-se que A. actinomycetemcomitans foi freqüentemente isolado de sadios e pacientes com doença periodontal, particularmente daqueles com higiene bucal precária.

 

 

B098

 

 

Sensibilidade de amostras de bucais de Candida às toxinas killer

A.O.C. JORGE; M.M. ROMERO, J.G. CAMPOS; C.A.P. MARTINS

F.O. São José dos Campos/UNESP e Departamento Odontologia/UNITAU

 

 

O objetivo deste trabalho foi isolar e identificar leveduras do gênero Candida da cavidade bucal de pacientes com saúde e com candidose e verificar o fenômeno killer nestas leveduras. Amostras de saliva foram semeadas em ágar Sabouraud dextrose com cloranfenicol e a partir das colônias foram isoladas culturas puras, as quais foram identificadas através de formação de tubo germinativo em soro estéril, produção de clamidósporos e hifas em microcultivo, assimilação e fermentação de açúcares. Após identificação, as amostras foram classificadas em biotipos considerando-se a sensibilidade às toxinas killer (método de Polonelli et al., J.Clin.Microbiol., v.17, p.774-80, 1983). A presença de leveduras foi observada em 260 indivíduos com saúde bucal (idades de 17-23 anos), sem fatores predisponentes à presença de leveduras, dos quais 100 amostras (38,46%) apresentaram o gênero Candida na saliva. Os 42 pacientes com candidose eram usuários de prótese total superior e apresentavam evidências clínicas de candidose eritematosa crônica. De todos os pacientes recuperou-se Candida na boca, sendo 97% C.albicans. A análise estatística foi realizada através do teste exato de Fisher, para comparação da presença de diferentes biotipos killer isoladas de pacientes com saúde e candidose. O emprego do sistema killer possibilitou diferenciar 16 biotipos de Candida nos pacientes com candidose, diferença significativa em relação ao número (4 biotipos) encontrado nos pacientes com saúde bucal.

 

 

B099

 

 

Crescimento e identificação dos microorganismos prevalentes no ambiente clínico.

T.R. MATTOS FILHO; A.B.N.D. PACHECO*; F.C. GROPPO

Faculdade de Odontologia de Piracicaba - Unicamp.

 

 

O cirurgião dentista é um agente e também alvo potencial para a transmissão de doenças infecciosas, principalmente aqueles pertencentes as faculdades, onde, por existir um grande número de profissionais e pacientes, torna-se necessário um sistema de supervisão efetivo e controle rigoroso de assepsia. Com o intuito de alertar o cirurgião dentista quanto aos riscos da contaminação cruzada, avaliamos o padrão de crescimento e a identificação dos microorganismos no ambiente clínico da Faculdade de Odontologia de Piracicaba. Para avaliar a contaminação foram utilizadas 60 placas de Petri (quinze centímetros de diâmetro), contendo ágar-soja-tripticase (TSA), colocadas entre os consultórios, no corredores e na sala de esterilização da clínica, durante (G) e na ausência (C) de atividade clínica. As placas foram abertas durante sessenta segundos, fechadas e levadas à estufa à 37oC, 1 atm, por 48 horas. Após este período, as Unidades Formadoras de Colônias (UFC) foram contadas, fotografadas e classificadas pela coloração de Gram. A análise de variância revelou: diferença de crescimento entre os grupos G e C, maior crescimento nas placas da sala de esterilização e predomínio de colônias brancas frente as amarelas. Portanto pode-se concluir que: 1. A contaminação pode acontecer freqüentemente na prática diária; 2. A desinfecção do ambiente de Clínica com muitos consultórios deve ser muito bem feita para que realmente impossibilite ao máximo a existência de microrganismos.; 3. Um ambiente de clínica climatizado (T=22oC) diminui a chance de contaminação cruzada; 4. Predominam cocos, seguidos por bacilos e fungos, respectivamente, na clínica da Faculdade de Odontologia de Piracicaba.

 

 

B100

 

 

Sondas de DNA de bactérias subgengivais na análise da placa supragengival.

C. GONÇALVES*; L.A. XIMENES; A. HAFFAJEE; S.S. SOCRANSKY; E.J. FERES FILHO.

Fac. de Odontologia da UFRJ e Forsyth Dental Center, U.S.A.

 

 

O emprego de sondas de DNA nos estudos microbiológicos da placa subgengival tem possibilitado a determinação mais eficiente da sua composição. Embora a placa supragengival abrigue o maior número de microorganismos da placa dental, informações sobre seus componentes ainda são limitadas. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia de sondas de DNA, geradas a partir de microorganismos subgengivais, na identificação da microbiota supragengival. Amostras combinadas de 4 sítios supragengivais (n = 48) de 12 pacientes foram dispersadas e diluídas em meio pré-reduzido (PRAS) e semeadas em placas de agar sangue ("Trypticase soy", 5% sangue de carneiro). Após encubação em anaerobiose e aerobiose, colônias escolhidas aleatoriamente de cada placa, totalizando 1188 (anaeróbicas, anaeróbicas facultativas e aeróbicas), foram testadas contra sondas de DNA para 40 espécies rotineiramente encontradas na microbiota subgengival e para 36 espécies adicionais, utilizando-se a técnica de "Checkerboard DNA-DNA hybridization". 91% das espécies cultiváveis encontradas na microbiota supragengival corresponderam a anaeróbios facultativos e 0,9% a aeróbios estritos. 85% das colônias foram identificadas com as 40 sondas de DNA de rotina, 5,4% com sondas de DNA adicionais e 9,6% não foram identificadas. As sondas de DNA, utilizadas rotineiramente para microorganismos subgengivais, cobriram aproximadamente 85% da microbiota cultivável da placa supragengival.

 

 

B101

 

 

Análise da leucotoxicidade de Actinobacillus actinomycetemcomitans isolados de pacientes com periodontites.

V.H.GUAZELI-AMIN; E.G.JARDIM JR; M.M.HIDALGO*; M.J.AVILA-CAMPOS; D.S.BARBOSA; E.N.ITANO.

Dep.PAT-UEL, UNESP, UEM, USP. e-mail: itano@sercomtel.com.br

 

 

Actinobacillus actinomycetemcomitans (Aa), cocobacilo Gram-negativo associado a Periodontite Juvenil Localizada (PJL), produz vários fatores de virulência capazes de inibir os mecanismos de defesa do hospedeiro, entre eles, a leucotoxina que destrói polimorfonucleares, monócitos e macrófagos humanos. O objetivo do presente trabalho foi analisar a atividade leucotóxica dos isolados de Aa comparada a da cepa de referência FDC Y4. Foram isoladas 31 amostras, sendo 9 provenientes de pacientes com PJL e 22 de pacientes com doença periodontal associada à síndrome de imunodeficiência adquirida. Os monócitos de sangue periférico humano foram separados por Ficoll-hypaque (D 1.076) e por aderência ao vidro. As células obtidas (1x106/mL) foram incubadas com 700mg/mL de extrato de Aa (previamente estabelecida como sendo capaz de lisar 50% de monócitos) e a lise celular foi avaliada pela dosagem de lactato desidrogenase (LDH). Como liberação mínima, as células foram incubadas com PBS e como liberação máxima, com triton 0,05%. Os resultados da média das duplicatas de três experimentos foram expressos em unidade internacional (U/L). Todas as amostras analisadas demonstraram liberação de LDH maior que o controle tratado com PBS (p<0.01), cujo valor foi de 10± 3, porém, somente dois isolados: Aa 24 (36± 2,6) e Aa 35 (56± 19,3) pertencentes aos isolados de PJL, demonstraram liberação semelhante ao da cepa de referência FDC Y4 (47,6± 0,3). O controle de liberação máxima foi igual a 91,5 ± 2,2. Assim, neste trabalho foram identificados dois isolados com atividade leucotóxica semelhante à da cepa de referência FDC Y4.

Apoio financeiro: CPG/UEL.

 

 

B102

 

 

Avaliação antimicrobiana de soluções para higiene oral de bebês.

A. MODESTO*; K. C. LIMA; M. UZEDA

(Odontopediatria/Microbiologia-Oral-UFRJ, modesto@acd.ufrj.br)

 

 

O objetivo deste trabalho foi avaliar comparativamente in vitro a ação antimicrobiana de soluções utilizadas para limpeza da cavidade oral de bebês sobre a microbiota representativa da saliva não estimulada (S) e da placa dental (P). Foram incluídos no estudo 20 bebês (idade média=16,6 meses) que apresentavam uma boa saúde geral, não utilizaram qualquer antibiótico local ou sistêmico nos últimos 3 meses, atendidos na Clínica de Bebês da Odontopediatria da FO-UFRJ e cujos responsáveis assinaram o termo de consentimento. Na primeira fase, foi realizada a coleta da saliva não estimulada com um swab estéril para semeadura em placas de meio BHI (Brain Heart Infusion) em triplicata. Na segunda fase, foi coletado com cureta estéril um pool padronizado de placa (4,2mg±1,1) que foi homogeneizado em 0,5 ml de salina (DO=1,57±0,50/660 nm) para semeadura em placas de meio BHI em triplicata. Em cada meio de cultura foram colocados 5 discos de papel estéreis de 6 mm embebidos com: C=Controle (Salina estéril); 1=Água bicarbonatada (1:5); 2= H2O2 (1:4); 3= Camomila (infusão); 4= NaF 0,02%. Após 48 horas de incubação, a 370C, em jarra de anaerobiose, foi realizada a leitura dos halos de inibição (mm) e os resultados foram analisados por Análise de Variância e Teste de Tukey: S e P: C, 1, 3=0; S: 2=16,56±2,54; 4=13,17±2,56; P: 2=16,32±5,43; 4=12,03±1,73. As soluções 2 e 4 diferiram das soluções C, 1 e 3 (p<0,01) e a 2 da 4 (p<0,01), tanto na saliva como na placa. Das soluções testadas, apenas a H2O2 (1:4) e o NaF a 0,02%.apresentaram ação antimicrobiana in vitro sobre a microbiota de bebês, sendo que a da H2O2 (1:4) foi superior à do NaF 0,02%.

 

 

B103

 

 

Ação antimicrobiana da própolis sobre patógenos periodontais.

E. C. E. GEBARA*; M. P. A. MAYER

Depart. de Microbiologia, Inst. de Ciências Biomédicas, Univ. de São Paulo, Brasil. 55 11 818 7348.

 

 

As propriedades antimicrobianas da própolis associadas a sua inocuidade aos tecidos humanos são bem conhecidas. O objetivo do nosso estudo foi investigar a atividade antimicrobiana "in vitro" de um extrato de própolis (extrato com etanol a 70%) contra vários patógenos envolvidos na periodontite bem como microrganismos superinfectantes. As Concentações Inibitórias Mínimas (CIM) foram determinadas através do método de diluição seriada do extrato de própolis no meio de cultura. Foi utilizado etanol nas concentrações correspondentes como controle. O Ágar Infuso Cérebro Coração (BHI) enriquecido e acrescido de diferentes concentrações de própolis foi usado na análise da atividade antibacteriana. Candida albicans foi testada em Ágar Saboraud. Os microrganismos foram inoculados na superfície do ágar com auxílio do replicador de Steer, e incubados em anaerobiose, microaerofilia ou aerobiose. Todos os testes foram feitos em quadruplicata. As CIM foram de: 0,25 m g/ml para Fusobacterium nucleatum (ATCC-10953), Porphyromonas gingivalis (33277), Prevotella intermedia (33563) e Prevotella melaninogenica (25845); 1 m g/ml para Actinobacillus actinomycetemcomitans (29523 e 29522), Bacteroides fragilis (25285), Veionella parvula (10790) e Capnocytophaga gingivalis (33624); 12 m g/ml para Candida albicans (10231 IAL 1611) e; 14 m g/ml para Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Escherichia coli (tipo selvagens). Esses resultados demonstram a atividade antimicrobiana do extrato de própolis contra microrganismos envolvidos na etiologia das doenças periodontais. Entretanto, outros experimentos, incluindo testes "in vivo" são necessários para confirmar sua efetividade.

 

 

B104

 

 

Freqüência e atividade enzimática de Candida albicans em diabéticos tipo I.

M.R.S. Quirino*; E.G.Birman; C.R.Paula.

Dept.Estomatologia, FO e ICB-USP (011-8187883)

 

 

C. albicans é habitante comum da cavidade bucal, tendo sido associada a candidose em diabéticos. Dentre as exoenzimas, destacam-se a proteinase e fosfolipase, considerados fatores de virulência. Assim, buscamos avaliar a freqüência e atividade enzimática das amostras de C.albicans isoladas da cavidade bucal de 25 diabéticos insulino-dependentes (Tipo I), comparando à 65 controles saudáveis. Após a cultura e identificação de C. albicans, foi verificada a produção e atividade enzimática da proteinase e fosfolipase, classificadas de acordo com o índice Pz (Price et al., Sabouraudia, 13:110-5, 1975; Silveira et al., Rev Iber Micol, 10:105-8, 1993). Nenhum paciente apresentou qualquer lesão clinicamente compatível com candidose. A freqüência de culturas positivas para leveduras foi de 80% para os diabéticos e 35,38% para os controles; sendo C.albicans a espécie mais comum. Produção de proteinase foi observada em 94,10% das amostras isoladas dos diabéticos (50% em alto nível e 50% em nível intermediário) e, para os controles em 60% das amostras em nível intermediário. A produção e nível de atividade da fosfolipase foram semelhantes em ambos os grupos (88,24% e 90% respectivamente). Os diabéticos apresentaram uma maior produção de proteinase, estatisticamente significante (c2 / P < 5) em relação aos controles, sugerindo os resultados, que as amostras de C. albicans presentes na cavidade bucal dos diabéticos apresentam um maior potencial patogênico que o dos controles.

 

 

B105

 

 

Efeitos da luz LASER na viabilidade de Streptococcus mutans

L.S.KFOURI*; A.M.R.GUIMARÃES; C.P.EDUARDO; M.R.L.SIMIONATO

Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas da USP-SP

 

 

Em 1960, a luz laser foi desenvolvida por Maiman, e a partir deste momento vários pesquisadores passaram a buscar possíveis aplicações em odontologia, dentre elas a redução da microbiota bucal responsável pelas patologias mais freqüentes. Nesse estudo foram empregadas culturas em caldo de Streptococcus mutans, padronizadas em espectrofotômetro irradiadas por laser de baixa potência (Arseneto de Gálio Alumínio) e alta potência (Neodímio:YAG). As amostras foram testadas comparando-se com os controles que não foram irradiados: o laser de baixa potência foi aplicado por contato com as culturas na presença ou não de sensibilizante (nanquim) e durante 10, 20 e 30 segundos. O laser de alta potência foi usado variando-se a potência (1,5 e 3 W), freqüência (15 e 30 Hz), tempo de irradiação(10, 20 e 30 segundos) e contato. Após a irradiação, foram efetuadas diluições decimais das culturas e a avaliação do número de unidades formadoras de colônias foi realizada em placa de TSA ágar. Os resultados nos mostraram, pela técnica empregada, redução não significante na viabilidade das culturas testadas. Dessa forma, verificou-se que o laser de baixa e alta potência não promoveram a redução de Streptococcus mutans e que o sensibilizante não promoveu alteração na absorção da irradiação sobre as bactérias.

 

 

B106

 

 

Identificação de microorganismos em brinquedos utilizados em consultório odontológico

D.S.V. BARBIERI*; D.A. DUARTE; I.H. HIGUTI; V.A. VICENTE

Pontifícia Universidade Católica de Campinas, E. P. O., Tel. (041) 263.2257

 

 

A presente pesquisa teve como objetivo, reconhecer os riscos de infecção, ao se oferecer brinquedos às crianças menores durante consultas odontopediátricas, que ao manipulá-los, freqüentemente os levam à boca ou os deixam cair. Para se avaliar a presença de bactérias em brinquedos utilizados em consultório odontológico durante o atendimento clínico, foram analisados 50 brinquedos de borracha. Essas amostras foram divididas em grupos de brinquedos oriundos de clínicas particulares e públicas. A avaliação do crescimento bacteriano foi estudada nos seguintes meios de cultura (ágar sangue, ágar Chapman e ágar Teague), e posteriormente foram realizadas provas bioquímicas e microscopia. Os microrganismos detectados nas amostras analisadas foram bacilos Gram positivos esporulados e não esporulados, cocos Gram positivos (estafilococos), e bacilos Gram negativos do grupo coliformes. Estes resultados nos permitem afirmar que a prática de se fornecer brinquedos durante o atendimento odontopediátrico, principalmente para crianças de faixa etária menor, as quais ainda estão caminhando para um amadurecimento imunológico, deve ser revista, já que esses brinquedos, da forma como são manipulados, sem uma rotina pré-estabelecida de limpeza ou desinfecção, tornam-se reservatórios de agentes infecciosos que poderão infectar uma criança num momento de baixa resistência imunológica.

 

 

B107

 

 

Clareamento dental: avaliação in vitro da difusão dos fármacos utilizados.

A.D.S. SOUZA*; G. GAVINI; M.BERTOTTI

Departamento de Dentística, Faculdade de Odontologia da USP - SP

 

 

A despeito dos excelentes resultados conseguidos com o clareamento intra-coronário, muitos profissionais ainda relutam na sua utilização, devido à probabilidade do aparecimento de reabsorções cervicais externas após sua realização. Muitas hipóteses foram levantadas para tentar explicar esse processo, embora nenhuma delas tenha sido totalmente comprovada. Neste estudo, avaliou-se a passagem do peróxido de hidrogênio e do hidróxido de cálcio através das paredes dentinárias, na presença ou ausência do cemento a nível cervical, quando da realização do clareamento intra-coronário. Pôde-se verificar, através da análise do pH do meio externo, que este atinge valores mais elevados quando se empregou o hidróxido de cálcio como curativo no grupo sem cemento (9.17) e no grupo com cemento (8.26). Quando se manteve na câmara o perborato de sódio associado ao Peridrol, este fato também pôde ser verificado, ainda que com valores menores ( 7.76 no grupo com cemento e 8.12 no grupo sem cemento). Evidenciou-se por método espectrofotométrico, a presença de peróxido de hidrogênio no meio extra-radicular, sendo a concentração desta substância, maior no grupo sem cemento (13.35mM X 6.48mM). Mediante o exposto, conclui-se que o cemento radicular constitui barreira à difusão de agentes químicos aplicados no interior da câmara pulpar. Concluiu-se também que não houve queda de pH nos dentes submetidos ao clareamento com Perborato de Sódio e Peridrol, demonstrando que esta técnica não torna o meio externo ácido. Ao contrário, verificou-se uma elevação de pH em alguns casos bastante próxima dos dentes que receberam a medicação à base do hidróxido de cálcio e apresentavam o cemento íntegro.

 

 

B108

 

 

Análise quimica de quatro marcas de hidróxido de Cálcio p.a encontradas no mercado.

M.D.B.MANGELLI*; L. B.GONÇALVES; R.A S. FIDEL; S.R.FIDEL

(Laboratório de endodontia, Dep. PROCLIN, Faculdade de Odontologia da UERJ.)

 

 

O hidróxido de cálcio é amplamente utilizado em endodontia , principalmente na sua forma p.a. associada, ou não, a diversos veículos, a fim de inibir atividade osteoclástica, neutralizar lipopolissacarídeos bacterianos e promover atividade antibacteriana. Sendo assim, o presente trabalho visa qualificar e quantificar 4 marcas de hidóxido de cálcio p.a. encontradas no mercado (HERPO,VIGODENTE,BIODINÂMICA e BAKER/ENDODENT). Foi realizada uma análise quanto à forma,cor, e identificação de cálcio e hidróxido,solubilidade e presença de impurezas (carbonatos e substâncias insolúveis em ácido).Todos os testes foram feitos de acordo com a farmacopéia americana página 214 (U.S.P.) Os resultados encontrados foram os seguintes:

a) cor e forma: branca e pó, respectivamente.

b) identificação: positiva

c) solubilidade:levemente solúvel em água e insolúvel em etanol 96°.

d) carbonato: reação com ácido clorídrico 3N.

e) substâncias insolúveis em ácido: reação com ácido clorídrico concentrado.

f) dosagem de Cálcio: (padrão=95-101,5%), sendo HERPO-97,70%,

VIGODENTE-97,43%, BIODINÂMICA-98,21% e BAKER-96,24%.

Os autores concluíram que as substâncias testadas estão de acordo com as especificações para utilização e comercialização.

 

 

B109

 

 

Avaliação de duas soluções irrigantes na remoção de smear layer

D.M.Z. GUERISOLI*; A.D. WALMSLEY; P. LUMLEY; J.D. PÉCORA

Dep. de Odontologia Restauradora, Fac. de Odontologia de Ribeirão Preto - USP

 

 

Para uma obturação hermética em endodontia, é importante que as paredes do canal estejam livres de restos pulpares e smear layer, o que pode ser conseguido valendo-se de soluções irrigantes adequadas. O hipoclorito de sódio (NaClO) e o EDTA possuem propriedades altamente desejáveis quando utilizados alternadamente. Os autores se propõem a avaliar a capacidade de remoção de smear layer destas soluções.

Vinte incisivos inferiores unirradiculares foram divididos em quatro grupos experimentais sofrendo tratamentos distintos. Os 3 primeiros grupos receberam instrumentação manual e irrigação com: água (controle negativo), NaClO 1% e NaClO 1% alternado com EDTA 17%, respectivamente. O grupo restante recebeu irrigação com NaClO 1% alternado com EDTA 17%, sem instrumentação (controle positivo). Os dentes foram fotografados no microscópio eletrônico de varredura, obtendo-se 3 fotos de cada dente (terços cervical, médio e apical). As fotografias foram avaliadas e receberam diferentes escores quanto à quantidade de smear layer encontrado. Os resultados mostram haver semelhanças entre o controle negativo e o grupo que recebeu irrigação somente com hipoclorito de sódio. O grupo controle positivo teve semelhança com o grupo que recebeu irrigação com NaClO associado a EDTA. O hipoclorito de sódio a 1% associado ao EDTA 17% mostra-se eficiente na remoção de smear-layer, o que não acontece quando utiliza-se somente o hipoclorito de sódio ou água. Não há diferença entre os terços radiculares.

Apoio financeiro: CNPq (processo n. 520168/94-1)

 

 

B110

 

 

Método de avaliação do preparo de canais radiculares a partir de cortes transversais

M.C. SKELTON*; R.J.A. CARDOSO; A.C. BOMBANA

Disciplina de Endodontia - FOUSP - SP - Brasil - E-mail: mmacedo@uol.com.br

 

 

A avaliação do preparo químico-cirúrgico dos canais radiculares é de grande importância na atual fase de pesquisas que envolve a Endodontia. Os novos instrumentos e técnicas de preparo exigem um recurso confiável de verificação do resultado de sua aplicação, que envolva uma confecção fácil e segura. Um recurso que possibilite a avaliação anterior e posterior ao preparo tem a capacidade de fornecer dados a respeito da mudança de posição original do canal, desgastes inadequados das zonas de risco, alteração da forma original do canal, e etc. Bramante et al., J Endod, v.13, n.5, p.243-245,1987 e McCann et al., J Endod, v.16, n.3, p.114-115, 1990 apresentaram um método que pôde satisfazer essas exigências, e nós o modificamos para torná-lo ainda mais simples para a aplicação geral na avaliação do preparo do canal radicular em quaisquer uma de suas fases. Esse método é constituido por blocos de resina que contém os dentes a serem estudados e guias metálicas que auxiliam sua remontagem. Os blocos são cortados, em cortador para tecido duro, em dois ou mais segmentos que podem ser avaliados antes do preparo sob microscopia ótica. Em seguida podem ser remontados para a aplicação da técnica e instrumentos escolhidos para, logo após, serem desmontados a fim de que se realize nova avaliação microscópica. Nesse método, a perda de material dental é mínima, ditada pela espessura do disco de corte utilizado (no caso, 0.3 mm), e a remontagem do elemento dental é segura, permitindo a avaliação de quaisquer técnicas de preparo químico-cirúrgico de canais radiculares quanto aos aspectos de interesse em Endodontia.

 

 

B111

 

 

Efeito antimicrobiano do ácido cítrico, EDTA e hipoclorito de sódio

R.CONTI1*; J.L.LAGE-MARQUES1; B.P.F.A.GOMES2; C.C.R.FERRAZ2

Endodontia, 1FO-USP – SP, 2FOP-UNICAMP, Brasil - e-mail: prevot@usp.br

 

 

Agentes quelantes, como EDTA e ácido cítrico têm sido utilizados como substâncias auxiliares na irrigação durante a fase de limpeza e modelagem da terapia endodôntica, removendo o componente inorgânico do magma dentinário. O objetivo deste estudo foi investigar, in vitro, a atividade antimicrobiana do hipoclorito de sódio (NaOCl) 1% e 4% de cloro ativo, EDTA 16%, ácido cítrico 10% e 50 %, água estéril e salina estéril como controles negativos – frente aos seguintes microrganismos: Actinomyces naeslundii genus species I (W1053), Bacillus cereus (B 213), Candida albicans (NTCC 3736), Enterococcus faecalis (ATCC 29212), Staphylococcus aureus (ATCC 25923), Streptococcus sanguis (ATCC 10556). Uma suspensão de cada microrganismo foi semeada individualmente em profundidade (Pour Plate) no meio BHI Agar (Difco), depositado sobre uma camada de MH Agar (Difco) já solidificado. As substâncias testadas foram dispensadas dentro de tubos de aço inoxidável (8,0 x 1,0 x 10 mm), já distribuídos uniformemente nas placas. Após incubação a 37oC, os resultados foram mensurados pelo halo de inibição. Os irrigantes avaliados aptresentaram uma atividade antimicrobiana, sendo que o EDTA, o ácido cítrico 50% e o hipoclorito de sódio 4% foram mais efetivos contra a maioria das cepas (ANOVA). As diferentes concentrações de ácido cítrico foram ineficazes para inibir o crescimento de C.albicans, entretanto o ácido cítrico 10% não teve efeito sobre S.aureus. As soluções de NaOCl não mostraram atividade antimicrobiana frente a A.naeslundii, B.cereus e E.faecalis. Concluímos que, in vitro, alguns irrigantes são mais eficientes que outros contra certos microrganismos e diferentes concentrações da mesma substância produzem efeitos antimicrobianos diferentes.

Apoio FAPESP - processo no 1996/05584-3

 

 

B112

 

 

Avaliação da limpeza comparando-se duas técnicas de instrumentação através de M.E.V.

G. DE DEUS*; T. COUTINHO; E.D. GURGEL; R.L.KREBS.

Departamento de clínicas cirúrgicas, F. de Odontologia da UERJ - RJ. Tel: 021-5876373

 

 

Diversas técnicas e conceitos consagrados juntamente com inovadores recursos tecnológicos regem atualmente o preparo dos canais radiculares. O saneamento e debridamento do sistema de canais radiculares constitui etapa de suma importância o sucesso do tratamento, segundo a maioria dos autores. Vários trabalhos vêm questionando a eficácia das técnicas de instrumentação em relação ao grau de limpeza atingido, principalmente em canais curvos. Em vista do exposto, os autores propuseram-se a comparar a limpeza alcançada no terço apical após o preparo por duas técnicas diferentes. Para tanto, foram utilizados 24 dentes, divididos em dois grupos de 12, sendo um para cada técnica. As técnicas de instrumentação utilizadas foram a técnica Step-Back e a Técnica Anatômica Simplificada (FO.UERJ). As amostras foram devidamente tratadas e levadas para análise ao MEV, onde foram tiradas as fotomicrografias da superfície dentinária. Debris e smear-layer foram previamente definidos e portanto analisados distintamente, por 3 avaliadores calibrados. Os resultados demostraram não haver diferença estatística entre os dois grupos analisando smear-layer (teste de ANOVA - F=2,55, P=0,125 - ao nível de significância de 5%). Já em relação aos debris, a análise estatística (teste de ANOVA - F= 10,58, P=0,004 - ao nível de siginificância de 1%) demostrou que a técnica anatômica simplificada obteve os melhores resultados. Embasados nos resultados alcançados, os autores puderam concluir que a técnica anatômica simplificada é mais eficaz na remoção de debris no terço apical de canais curvos que a técnica Step-Back, enquanto que na remoção do smear-layer as duas técnicas se equivalem.

 

 

B113

 

 

Estudo da microinfiltração de materiais restauradores provisórios usados em Endodontia.

A.M. URIZZI*; M.C. VALERA

Depart. Odontologia Restauradora da Fac. Odont. São José dos Campos/UNESP - SP. Fone (012)321-8166.

 

 

Os procedimentos endodônticos que requerem mais de uma sessão de atendimento, necessitam da colocação de um material restaurador provisório que apresente um selamento marginal satisfatório. Este selamento torna-se crítico nos casos de clareação de dentes não vitais onde o agente clareador, libera gases dificultando a inserção do material restaurador provisório na cavidade, prejudicando o seu vedamento marginal pós-endurecimento. Este trabalho avaliou a capacidade seladora de 3 materiais restauradores próvisórios. Foram utilizados 40 molares íntegros, extraídos, que após a abertura coronária foram divididos em três grupos experimentais, de acordo com o cimento selador a ser avaliado: IRM, Cavitec e Cimpat; e 2 grupos controle, (controles positivo e negativo). Todos os dentes receberam procedimentos simulando a terapia endodôntica de clareação dentária e, sobre a guta-percha foi realizado um tampão com cimento de fosfato de zinco e colocação do material clareador, perborato de sódio e peróxido de hidrogênio. Sobre o agente clareador foi colocado o material selador a ser avaliado, numa espessura de 4mm. O grau de infiltração foi verificado, após ciclagem térmica, através da penetração do corante azul de metileno e os resultados avaliados estatisticamente. Verificou-se que o Cimpat apresentou melhor capacidade de selamento, e estatisticamente diferente do Cavitec, que apresentou os piores resultados. Pela média das infiltrações pode-se indicar o Cimpat como material selador provisório nos casos de clareação dentária.

Apoio financeiro da FAPESP- Processo 97/14616-9

 

 

B114

 

 

Análise do limite de penetração das brocas de Gates Glidden

T. BERLINCK*; G. DE DEUS; T. COUTINHO; E. GURGEL; R. KREBS; R. GALINDO

Departamento de Clínicas Cirúrgicas, F. de Odontologia da UERJ - RJ. Tel: 021-58763

 

 

Diversas técnicas modernas de preparo dos canais radiculares aproveitam os beneficios do uso das brocas de Gates Glidden na instrumentação dos terços médio e cervical. A principal preucupação em torno de sua utilização é o nivel de penetração atingido quando usadas em canais curvos e achatados, visto que neste ponto encontra-se a zona de perigo (Abou-Rass et al., Amer. Dent. Ass. J., 101:792-4, 1980). Em vista disso, os autores propuseram-se a determinar através de estudo in vitro o limite de penetração destas brocas, não utilizando qualquer controle de medida. Para tal, foram utilizados 100 canais mesio-vestibulares de primeiros molares inferiores, possuindo curvaturas entre 20º e 40º. Radiografias iniciais periapicais de cada amostra foram tiradas utilizando-se uma tela milimetrada objetivando facilitar a determinação do início da curvatura. Os dentes foram usando as brocas de Gates Glidden de acordo com técnica utilizada no curso de especialização em Endodontia da F.O-UERJ (Técnica Anatômica Simplificada). Findo o seu uso a radiografia final foi tirada com a broca de nº2 ainda localizada no interior do canal e sua profundidade de penetração fora determinada pelo seu travamento no interior do canal radicular. As radiografias inicial e final foram de cada amostra foram realcionadas e analisadas. Os resultados mostraram que em 94 canais analisados as brocas de Gates Glidden terminaram seu trajeto coicidindo com o início da curvatura, representando um índice percentual de 94%. Os autores concluíram que o operador pode pré-determinar o incio de seu preparo anatômico manual, na maioria dos casos em que as brocas de Gates Glidden foram utilizadas sem controle de penetração, obedecendo assim a anatomia original do canal radicular.

 

 

B115

 

 

Avaliação comparativa da toxicidade tecidual frente a três cimentos endodônticos

R.A.S. FIDEL; I.C. RIBEIRO; A.P. CAVALCANTE*; M. MANGELI; R. KANO

Departamento PROCLIN, Faculdade de Odontologia da UERJ - (021) 587-6455

 

 

Teve como objetivo o presente trabalho a comparação histológica, sob microscopia óptica, da toxicidade tecidual de três cimentos endodônticos, em tecido conjuntivo subcutâneo de 20 ratos (Rattus norvegicus). Os cimentos Sealer 26 (Dentsply), Pulp Canal Sealer (Kerr) e Vidrion Endo (S.S. White) foram acondicionados em tubos de teflon politetrafluoretano e inoculados na superfície dorsal dos animais, nos períodos de 7 ,14 , 30 , 60 e 90 dias. O exame histológico mostrou que os 3 cimentos provocaram reação inflamatória aguda, nos períodos de 7 e 14 dias. Aos 30 e 60 dias, todas as amostras apresentavam cápsula fibrosa, colagenizada. Grânulos enegrecidos estavam presentes nas amostras dos cimentos Pulp Canal Sealer e Vidrion Endo, inclusive no tecido conjuntivo pericapsular deste. Os aspectos histológicos do restante das amostras, permaneceram inalterados até o período de 90 dias. Os autores concluíram que o Sealer 26 (Dentsply) foi o menos agressivo dos cimentos testados, enquanto que o Vidrion Endo (S.S.White) foi o que mais apresentou toxicidade tecidual.

 

 

B116

 

 

Er:YAG e Nd:YAG laseres em apicectomia. Análise morfológica/permeabilidade dentinária.

S.GOUW-SOARES*; E.TANJI; E.MATSON; J.L.LAGE-MARQUES; C.P.EDUARDO.

Departamento de Dentística, Faculdade de Odontologia da USP-SP.

 

 

Este estudo in vitro tem como objetivo analisar a alteração morfológica através do MEV e a permeabilidade da superfície dentinária de corte após apicectomia com o Er:YAG laser seguida de irradiação do Nd:YAG laser. Trinta dentes, humanos, extraídos, uniradiculares, tratados endodonticamente, cujos ápices foram cortados com o Er:YAG laser e divididos em 3 grupos. O Grupo I após apicectomia foram retro-obturados com amálgama. O Grupo II após apicectomia e retro-obturação com amálgama, a superfície dentinária foi irradiada com o Nd:YAG laser. O Grupo III, de controle, não foi retro-obturado após a apicectomia. O Er:YAG laser (2,94 mm) foi utilizado nas apicectomias no modo não contato, pulsado, com 450 mJ de energia e 4 Hz de frequencia. O laser de neodímio (1064 nm), modo contato, com fibra ótica, pulsado, com 100 mJ de energia, 15 Hz de frequencia e 1,5 W de potência. Os dentes foram imersos durante 48 horas em Azul de Metileno a 0.5%. O corte seriado da raíz permitiu com auxílio do microscópio ótico avaliar a infiltração do corante através da dentina. A microscopia eletronica de varredura mostrou que o laser de érbio deixa superfície limpa sem lama dentinária, túbulos dentinários abertos, e que após irradiação com o laser de neodímio ocorre alteração com fusão e recristalização da dentina. A análise estatística mostrou que houve uma infiltração significantemente maior no Grupo III e que o Grupo II apesar de apresentar uma menor infiltração que o Grupo I, não houve diferença significante. Nestas condições, este estudo mostrou a viabilidade de empregar a associação dos dois lasers em apicectomias como uma alternativa no tratamento cirúrgico.

 

 

B117

 

 

Análise sob M.E.V. do cimento obturador e técnica de desobstrução no retratamento endodôntico.

A.J.R.CASTRO*; R.A. FIDEL

U.G.F. , U.E.R.J. , U.F.R.J. antonio.castro@biohard.com.br

 

 

O presente trabalho é um estudo "in vitro" da capacidade de limpeza de duas diferentes técnicas de desobstrução do canal radicular, empregadas no retratamento endodôntico em dentes obturados pela técnica de condensação lateral, utilizando-se três diferentes tipos de cimentos. Sessenta premolares inferiores foram tratados endodonticamente com a técnica de instrumentação step-back e obturados pela técnica de condensação lateral, utilizando-se os cimentos: Ketac-Endo, Sealer 26 e Fill-Canal. Após seis meses os dentes foram retratados, utilizando a técnica manual e a técnica manual associada ao ultra-som. As raízes foram seccionadas e preparadas para a observação em M.E.V. Foram feitas duas eletrofotomicrografias, a aproximadamente 1 mm do comprimento de trabalho de cada espécime, com um aumento de 350X,. Estas receberam escores de 0 (sem material obturador) a 5 e os resultados analisados estatisticamente pelo teste Kruskal-Wallis e Tukey (H=94,074; p<0,01). Foram feitas análises comparando-se os cimento entre si, e as técnicas de instrumentação como um todo e seus resultados em cada um dos cimentos. Os resultados demonstraram que apesar de nenhuma das técnicas utilizadas terem conseguido limpar completamente as paredes do canal radicular, aquela que obteve melhor resultados foi a técnica manual associada ao ultra-som e que o cimento Sealer 26 é o apresenta maior dificuldade de remoção.

 

 

B118

 

 

Desvio apical após instrumentação ultra-sônica, empregando limas de ponta ativa.

F. L. C. V. BERBERT*; A. P. C. OLIVEIRA; M. TANOMARU Fo; A. BERBERT

Departamento de Odontologia Restauradora- F. O. Araraquara-Unesp. F: 016-2321233

 

 

No preparo biomecânico, a manutenção da forma e direção originais do canal radicular é de fundamental importância. Em canais curvos, a violação desse princípio pode resultar em alguns acidentes, a começar pelo desvio apical. No intuito de minimizar esse efeito, surgiram limas com ponta inativa. São limas cuja extremidade encontra-se destituída de arestas cortantes, diferentes das limas tipo K (convencional), e das derivadas, empregadas na instrumentação ultra-sônica, onde o desvio apical evidencia-se devido à maior vibração de sua extremidade. Este trabalho foi desenvolvido a fim de verificar comparativamente o desvio apical decorrente da instrumentação empregando limas de ponta ativa (Flexofile de lotes antigos) e de ponta inativa (Flexofile de lotes atuais) acopladas a um sistema ultra-sônico (ENAC). Foram utilizadas 30 raízes mésio-vestibulares de primeiros molares superiores que foram submetidas a radiografias padronizadas e seus respectivos canais radiculares preenchidos com contraste, antes e após a instrumentação até as limas de número 25. Radiografias de uma mesma raiz foram sobrepostas sob aumento de vinte vezes, reproduzidas em papel milimetrado e comparados os traçados. Os resultados mostraram desvio apical significantemente superior com limas de ponta ativa (p<0.01). Concluimos que o emprego de limas de ponta inativa é fator importante na instrumentação ultra-sônica.

 

 

B119

 

 

Resposta pulpar ao emprego de materiais forradores precedidos de corticosteróide-antibiótico.

A.C.B. DELBEM*; C. PERCINOTO

Depto de Odont. Infantil e Social, Fac. de Odont. de Araçatuba-UNESP - (018) 624-5555 e ALROB@foa.unesp.br

 

 

Durante a restauração de um dente, o complexo dentino-pulpar pode ser injuriado através do preparo cavitário e da toxicidade do material restaurador. Os materiais forradores e os corticosteróides podem ser utilizados para minimizar a ação dos irritantes. Com o objetivo de avaliar essa propriedade, e seguindo as normas do Código de Ética Profissional da Resolução 196 do Conselho Nacional de Saúde, foram confeccionadas cavidades de classe I profundas em 96 dentes pré-molares humanos hígidos. As cavidades foram forradas com cimentos à base de ionômero de vidro (XR-Ionomer), hidróxido de cálcio (Dycal) e óxido de zinco e eugenol (OZE), e em metade da amostra, antes da inserção dos materiais, foi aplicada solução à base de corticosteróide-antibiótico (Otosporin) por 5 minutos, e depois restauradas com amálgama. Após os períodos experimentais de 2, 7, 15 e 30 dias, os dentes foram extraídos e processados em laboratório para a obtenção de cortes histológicos, corados com HE e Brown e Brenn. A avaliação histopatológica demonstrou que o OZE foi mais irritante do que o XR-Ionomer e Dycal. Com a utilização prévia do Otosporin verificou-se a presença de células inflamatórias mononucleares, enquanto que, sem o uso prévio deste medicamento notou-se um infiltrado de polimorfonucleares neutrófilos. Exceção foi observada para o Dycal, não havendo diferença na reação inflamatória com ou sem a aplicação do Otosporin. Concluiu-se que o Dycal foi o material que apresentou melhores resultados para o complexo dentino-pulpar e o Otosporin reduziu a inflamação inicial com o uso do XR-Ionomer e OZE.

 

 

B120

 

 

Capacidade seladora dos cimentos de Rickert e de ionômero de vidro.

FONSECA, A. M. A *; JANSEN, W. C.; BAHIA, M. G. A ; HORTA, H. G. P.

Depto. de Odont. Restauradora, Faculdade de Odontologia da UFMG, Depto de Odont. Pontifício da Universidade Católica.

 

 

A recente introdução do cimento de ionômero de vidro como material de obturação do sistema de canais radiculares, e as controvérsias quanto à sua capacidade de selamento apical, foram o objetivo do presente estudo. Foi avaliado o grau de infiltração apical in vitro em canais radiculares, obturados pela técnica de condensação lateral com cones de guta-percha associados aos cimentos de ionômero de vidro (Ketac-Endo) e de Rickert (Pulp Canal Sealer), em presença e ausência da smear layer. Cento e vinte e cinco dentes humanos unirradiculares recém-extraídos foram instrumentados pela técnica de Oregon Adaptada até uma lima # 35, no comprimento de trabalho, com irrigações de hipoclorito de sódio a 2,5%. Os dentes foram divididos aleatoriamente em quatro grupos experimentais (25 dentes cada) e um grupo controle composto de: treze dentes representando o controle positivo e doze dentes o controle negativo. A impermeabilização foi realizada, seguida de imersão no corante azul-de-metileno a 2% por um período de sete dias. As infiltrações apicais ocorridas foram avaliadas no sentido longitudinal, através de lupa estereomicroscópica. A medida linear de penetração máxima de corante foi registrada, com a seguinte classificação: ausente, leve, moderada e intensa. Os resultados foram avaliados radiograficamente. Conclui-se que não existe diferença estatisticamente significante entre os grupos de dentes obturados com os cimentos Ketac-Endo e Pulp Canal Sealer, no que diz respeito à ocorrência de infiltração do corante no canal, em ambas situações experimentais. Além disso, não se contatou influência significativa da smear layer sobre a qualidade do selamento da obturação, com os dois cimentos de interesse.

Apoio Financeiro da FAPHEMIG - Processo no.CBS - 1995/95

 

 

B121

 

 

Análise da instrumentação mecânica de duas seqüências do Quantec 2000

E. TANAKA DE CASTRO*; A.L.A. CAPELOZZA; C.M. BRAMANTE

Departamento de Endodontia, Odontologia Bauru – USP / etcastro@starnet.com.br

 

 

Analisamos qual das duas seqüências preconizadas pelo fabricante mantinha a curvatura original do canal, após a instrumentação com limas de níquel-titânio rotatórias de maior conicidade. Utilizou-se 20 raízes mésio-vestibulares, as quais foram incluídas em blocos de resina para a sua fixação em um padronizador radiográfico. Tomou-se uma radiografia inicial com uma lima tipo K número 15 no comprimento de trabalho e calculamos o grau de curvatura, segundo o método descrito por Berbert e Nishiyama em 1994, por meio da projeção das radiografias em uma folha de papel com aumento de 10 vezes. As raízes tinham uma curvatura média de 30 graus. No grupo I as raízes foram instrumentadas com a seqüência completa das limas (limas de número 1 a 10). Já no grupo II utilizou-se outra seqüência com um reduzido número de limas (limas de número 4, 8 e 9). Após a instrumentação, foi realizada outra radiografia com o último instrumento que confeccionou o degrau apical, projetamos a radiografia e calculamos novamente o grau de curvatura. A análise dos resultados nos mostra que a instrumentação com a seqüência completa e a seqüência reduzida das limas não teve diferença estatística significante (p<0.01). Conclui-se que o emprego da seqüência completa e da seqüência reduzida das limas do sistema Quantec 2000 mantém a curvatura original do canal radicular.

 

 

B122

 

 

Apicectomia em dentes com lesão periapical persistente. Microscopia Eletrônica de Varredura

M.TANOMARU FILHO*; M.R.LEONARDO; L.A.B.SILVA; M.A.ROSSI; I.Y.ITO - Departamento de Odontologia

Restauradora – F.O.Araraquara-UNESP FAX: (016)2321438, Departamento de Patologia – F.Med.Ribeirão Preto-USP

 

 

A persistência de reações periapicais crônicas após a realização de tratamento endodôntico tem sido atribuída à presença de bactérias nas áreas de reabsorções cementárias apicais. Na impossibilidade de realização do retratamento, a cirurgia parendodôntica está indicada. O objetivo do presente estudo foi analisar por meio de microscopia eletrônica de varredura ápices radiculares de dentes humanos portadores de tratamentos endodônticos e lesões apicais persistentes. Foram selecionados na clínica de Endodontia da Faculdade de Odontologia de Araraquara pacientes de ambos os sexos com indicação cirúrgica. Durante a realização das cirurgias parendodônticas a porção apical radicular foi removida com broca número 699. Aspeças obtidas foram fixadas em solução de Karnowsky e processadas para análise microscópica. Foram avaliados 10 ápices nos aumentos de 1000 a 5000 vezes. Os resultados mostraram que em todos os casos ocorreram áreas de reabsorção próximo ao forame apical formando crateras de reabsorção cementária. No interior destas áreas e nas paredes do forame apical foram observadas bactérias (biofilme apical). De acordo com os resultados obtidos, conclui-se que dentes com reação periapical crônica persistente apresentam reabsorção cementária e presença de bactérias na região apical radicular.

 

 

B123

 

 

Análise físico-química do NaClO 2,5% e apresentação de um método de diluição simplificada para obtenção do NaClO 1,0%.

M.A. Marchesan*; E.L. Barbin; R.A. Souza; R.S. Silva; D.M.Z. Guerisoli, J.D. Pécora.

Dep. O. Restauradora, FORP-USP

 

 

BARRETT, em 1917, introduziu o hipoclorito de sódio na odontologia e devido as suas propriedades terapêuticas teve aceitação mundial. Muitas vezes, esses produtos são de difícil aquisição ou não apresentam concentrações de cloro ativo confiáveis. Mediante a isso, propõe-se analisar as propriedades físico-químicas: pH, condutividade molar e teor de cloro dos hipocloritos de sódio a 2,5% encontrados no mercado brasileiro e apresentar um método simplificado de obtenção do hipoclorito do sódio a 1,0%. Obteve-se 33 medidas de pH e condutividade molar utilizando-se um medidor de pH DMPH-2 Digimed nacional e um condutivímetro C-701 Analion nacional, respectivamente. Na titulação, utilizou-se o método da titulometria e iodometria obtendo uma amostra de 99 dados. Determinou-se o fator de diluição para a obtenção de hipoclorito de sódio a 1,0% pelo método da tentativa e erro seguido da determinação de cloro ativo. Sob os aspectos físico-químicos analisados é viável a utilização dos hipocloritos de sódio a 2,5% testados no método simplificado de diluição. Pode-se concluir que o processo é de baixo custo e de simples realização; é uma alternativa para locais do poucos recursos e o teor de cloro a ser utilizado é mais confiável, desde que, observada a data de validade do hipoclorito de sódio a 2,5%.

 

 

B124

 

 

Avaliação da infiltração apical após três técnicas de obturação.

M.C. ROMANI *; A.A. ZAIA; F.J. SOUZA FILHO; F.B. TEIXEIRA.

Endodontia, FOP-UNICAMP, Brasil. Fax: (019) 430-5218

 

 

O objetivo da obturação dos canais radiculares é adaptar todo o material provocando um selamento do sistema em três dimensões. A técnica da condensação lateral tem provado ser popular e clinicamente eficaz. Contudo, Schilder (Schilder H.Dent Clin North Am.,11:723-44,1967.) relatou o resultado final da condensação lateral forma uma massa não homogênea com muitos cones separados. O autor mostrou preferência pelas técnicas de termoplastificação. A proposta deste estudo foi comparar a infiltração apical de nanquim usando duas técnicas de termoplastificação de guta-percha (Sistema Microseal Técnica híbrida de Tagger) com a técnica da condensação lateral como grupo controle. Quarenta e cinco canais palatinos e distais de raízes de molares foram igualmente divididos para cada grupo. As raízes foram radiografadas e o comprimento de trabalho foi determinado 1 mm aquém do forame apical. As raízes foram limpas e preparadas usando a técnica "step-back" Os grupo foram obturados assim: grupo1, Sistema Microseal, grupo 2, Técnica híbrida de Tagger e grupo 3, técnica da condensação lateral. Após o armazenamento em 100% de umidade a 37°C por 48 horas, as superfícies radiculares foram seladas com duas camadas de esmalte e parafina. Todas as amostras foram totalmente imersas em solução de nanquim por uma semana, diafanizadas e examinadas com um microscópio com x20 de magnificação. A extensão linear de penetração de corante foi medida e analisada estatisticamente. O teste ANOVA mostrou que não ocorreu diferença entre nenhum grupo estudado.

 

 

B125

 

 

Uma investigação na morfologia dos canais radiculares dos molares inferiores

I. QUADROS*; R. NAKAGAWA; B.P.F.A. GOMES; A.A. ZAIA

Endodontia, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, UNICAMP.

 

 

O sucesso do tratamento endodôntico depende do conhecimento da morfologia interna dos canais radiculares. O tratamento pode falhar se o operador não identifica a presença de um canal adicional. Além disso, canais na região da furca de molares, canais laterais e deltas apicais são importantes vias de comunicação entre a polpa e o periodonto. O presente estudo visa investigar in vitro a anatomia interna de molares inferiores usando a técnica de diafanização. Trinta e um molares foram descalcificados em uma solução de ácido clorídrico a 5%. Os dentes foram então lavados em água corrente por 12 h e desidratados em bateria ascendente de álcóois a 75, 85, 96 e 100oGL, por um tempo de 4 h em cada álcool. A seguir os dentes receberam injeção de gelatina corada com tinta nanquim. Os dentes foram então colocados em álcool absoluto por mais 4 h. Finalmente os dentes foram imersos em salicilato de metila para diafanização e os achados morfológicos anotados. A frequência de 2 canais na raíz mesial e distal foi de 93,5% e 26% respectivamente. Dos dentes estudados, 26% apresentaram deltas apicais, sendo que o número médio de canal lateral por dente foi de 1,7. Nenhum canal foi encontrado emergindo da câmara pulpar. Anastomoses transversas entre os canais principais e colaterais (canais intercondutos) foram encontradas em alguns casos. Estes pequenos canais, com diferentes diâmetros, apareceram principalmente no terço médio das raízes. Os resultados demonstraram que os molares inferiores apresentam anatomia interna complexa, a qual exerce um papel fundamental no sucesso do tratamento endodôntico.

 

 

B126

 

 

Influência da instrumentação mecânica rotatória na qualidade final da obturação de canais radiculares

M.E.BRZOZOWSKI*; M.B LAURETTIl J. H. ANTONIAZZI; C. E. AUN.

Endodontia, Departamento de Dentística, FOUSP - SP

 

 

Este trabalho tem o objetivo de analisar a qualidade do vedamento marginal das obturações de canais que sofreram instrumentação mecânica rotatória comparada à manual. Foram selecionados 3 grupos de 8 dentes caninos superiores. O grupo M recebeu instrumentação manual pela técnica de Paiva & Antoniazzi. Os outros dois grupos Qsc e Qcc foram instrumentados com aparelho mecânico rotatório Quantec com limas tipo Lx (ponta sem corte) e Sc (ponta com corte), respectivamente. Todos os canais foram obturados pela técnica de cones múltiplos de guta-percha, cimento N-Rickert e condensação vertical. As raízes foram impermeabilizadas externamente com Super Bonder e imersas em solução de azul de metileno a 0,5% com pH 7,2. Após 48 horas em estufa à 37º C foram lavadas, clivadas e medida a maior infiltração marginal de cada espécime. Os dados, submetidos à análise de variância e valor crítico de Tukey calculado igual a 0,67, indicaram que não houve diferença estatisticamente significante ao nível de 5% entre os grupos, cujas médias em mm foram M = 1,00, Qsc = 1,08 e Qcc = 1,40. Através, dos resultados obtidos foi possível concluir que a realização do preparo químico-cirúrgico do canal radicular com o auxílio de instrumentos mecânicos rotatórios, não interfere na qualidade do selamento marginal das obturações dos canais radiculares.

 

 

B127

 

 

Avaliação das distorções radiográficas na determinação do comprimento de trabalho.

E.A.F. ARAUJO*; A.P.M. GOMES. - Departamento de Odontologia Restauradora da

Fac. Odont. São José dos Campos/UNESP-SP. Fone (012) 321-8166 (Ramal 1303).

 

 

O objetivo deste trabalho foi avaliar as distorções radiográficas ocorridas durante a determinação do comprimento de trabalho em Endodontia, utilizando a técnica do paralelismo. Para tanto, foram utilizados 30 dentes unirradiculares humanos extraídos (incisivos inferiores com raízes retas ou curvas), divididos em três grupos: posição do instrumento endodôntico 1mm aquém, ao nível e 1mm além do forame apical. Os dentes tiveram suas coroas seccionadas e foram fixados num articulador simulando a prática clínica. Os canais radiculares foram explorados inicialmente com limas tipo Kerr números 10 e 15, sendo radiografados com limas nº 20, nas três posições pré-determinadas. As radiografias foram realizadas com um posicionador radiográfico pela técnica do paralelismo e posteriormente ampliadas 20 vezes, com projetor para slides sobre papel milimetrado, para a realização das medições. Os resultados foram analisados estatisticamente pelo teste não paramétrico da ANOVA de Kruskal-Wallis. Pôde-se concluir que, ocorreru alongamento nas imagens radiográficas dos dentes em cerca de 13% nas raízes curvas e 11% nas raízes retas, em relação a imagem real. Houve encurtamento nas imagens radiográficas dos instrumentos de aproximadamente 1% nas raízes retas e curvas, com diferenças estatísticamente significantes apenas no grupo de raízes retas, onde o instrumento endodôntico estava 1mm aquém do forame apical.

 

 

B128

 

 

Compatibilidade biológica de alguns medicamentos intracanais quando implantados em mandíbulas de ratos

M.F.Z. SCELZA*; V.C. ARAÚJO; J.H. ANTONIAZZI; J.G.C. LUZ

Endodontia UFF/USP

 

 

O presente trabalho estudou a biocompatibilidade do NDP, PRP, CFC, e Rifocort, em 53 ratos Wistar (Rattus novergicus albinus) nos períodos de 1, 7, 14, 21, 28 e 60 dias.. A inserção de cada medicamento deu-se por meio de um material carreador (Fibrinol) colocado em perfurações bicorticais realizadas em ambos os lados da mandíbula. Estabeleceu-se 10 ratos (R) para os 5 primeiros períodos de tempo: RI- PRP e Fibrinol; RII- CFC e PRP; RIII- PRP e CFC; RIV- Fibrinol e CFC; RV- CFC e PRP; RVI- NDP e Fibrinol; RVII- Fibrinol e Rifocort; RVIII- NDP e Rifocort; RIX- NDP e Rifocort; RX- NDP e Rifocort. Para o período de 60 dias, utilizaram-se 3 animais assim distribuídos: RXI- CFC e PRP; RXII- FIBRINOL e PRP; RXIII- NDP e Rifocort. Os resultados demonstraram quadros semelhantes entre o grupo controle (somente com fibrinol) e os com medicamentos PRP e CFC relativos ao processo de reparação da loja cirúrgica e reabsorção do material implantado com pequenas variações na intensidade do processo inflamatório. Com relação ao NDP e Rifocort observou-se um atraso no processo de reparação bem como a presença de seqüestros ósseos e focos de microrganismos.

 

 

B129

 

 

Ação do laser de Er:YAG no biofilme bacteriano periapical.

A.T,ARAKI*1; J.L.LAGE MARQUES1; Y.IBARAKI2; K.KAWAKAMI2.

Endodontia, FOUSP-SP e Health Sciences Univ. Hokkaido-Japan - (011)818-7839

 

 

A problemática dos casos envolvendo pacientes portadores de lesões periapicais resistentes, é a eliminação da contaminação que atinge a região periapical. Esta contaminação é composta por microrganismos e seus subprodutos alojados no cemento e dentina do 1/3 apical, sob a forma de biofilme bacteriano. A execução da cirurgia parendodôntica com vistas a promoção da saúde do periápice, invariavelmente resume-se em remover mecanicamente os agentes causadores da doença, com objetivo de proporcionar a reparação. Assim parece oportuno avaliar o resultado da irradiação do laser de Er:YAG no terço apical de dentes recém extraídos com relação à contaminação microbiana na superfície do ápice radicular. O laser Er:YAG foi empregado para irradiação dos ápices (10), com a ponteira experimental de contato - (chisel, Morita Co.), utilizando energia de potência de 100mJ, 10Hz, por três vezes em área delimitada no terço apical das raízes. Os resultados do estudo em microscopia eletrônica de varredura (MEV), mostraram a eliminação de parte do cemento na área irradiada, com formação de pequenas rugosidades. Observou-se também a eliminação do tecido periodontal remanescente juntamente com quantidade significativa de microrganismos. Portanto, pode-se concluir que o laser de Er:YAG nas condições experimentais mostrou-se efetivo na remoção de microrganismos do tecido periodontal contaminado e do cemento (curetagem laser) sem expor a dentina subjacente.

 

 

 

B130

 

 

Alterações de pH de anestésicos comerciais sob três condições de armazenamento.

M.C. VOLPATO; V. ROCHA-LIMA*; F.C. GROPPO; P.D. NOVAES; J. RANALI

Faculdade de Odontologia de Piracicaba - Unicamp.

 

 

O objetivo deste trabalho foi avaliar as mudanças de pH de 17 soluções comerciais de lidocaína, prilocaína, mepivacaína e bupivacaína, com e sem associação de vasoconstritor ao longo do tempo (durante 8 meses), sob três condições de armazenamento: expostos à luz, mantidos em suas embalagens ao abrigo da luz e armazenados nas embalagens em geladeira com uma temperatura média de 5°C. Foi avaliada também a migração leucocitária após injeção de 0,1mL das soluções de anestésicos locais com pHs variando entre 6,3 e 2,5, no tecido subcutâneo de ratos machos adultos. Os dados de pH e os logaritmos dos valores de contagem de neutrófilos foram comparados por análise de variância e teste de Tukey/Kramer (p<0,05). Observou-se que as soluções sem vasoconstritor e aquela com felipressina, independente do sal anestésico, apresentaram pH mais estável ao longo do tempo. As soluções com aminas simpatomiméticas sofreram maior queda de pH quando expostas ao calor ou ao calor com luz. Na análise histológica foi observada uma reação inflamatória maior nos grupos injetados com soluções de pH mais baixo em relação ao grupo controle (solução de soro fisiológico), embora este último tenha apresentado uma pequena alteração já que a própria injeção pode ser um agente irritante. A análise histomorfométrica não revelou diferenças estatisticamente significantes entre soluções de mesmo agente anestésico com diferentes pHs. Conclui-se que, apesar de muitos fabricantes não especificarem a forma de armazenamento e de não haver diferença estatisticamente significante na migração leucocitária com anestésicos de distintos pHs, o ideal é manter o produto na embalagem original, em geladeira, com temperatura ao redor de 5oC.

Apoio SAE/UNICAMP–Proc. 356/97

 

 

B131

 

 

Comparação da dieta e dentifrício fluoretado para a dose de risco de fluorose dental.

Y.B.O. LIMA*; J.A. CURY.

FOP-UNICAMP (JCury@fop.unicamp.br)

 

 

Um aumento da prevalência de fluorose dental tem sido constatado mundialmente. A contribuição relativa da dieta (água + alimentos) e dentifrícios para a dose total de flúor é assunto internacional controvertido, além de nada ser conhecido no Brasil. Neste estudo preliminar, aprovado pelo Comitê de Ética local, foi analisada a ingestão de flúor por 05 crianças (idade de 20 a 30 meses; peso 10,5-15,5 Kg) da creche da FOP. Elas estavam bebendo água fluoretada (0,62 ppm F), ingerindo alimentos preparados com a mesma e escovando os dentes com dentifrício fluoretado (1100 ppm F). Os alimentos sólidos e líquidos ingeridos durante três dias foram coletados pelo método da "dieta duplicada". A quantidade de flúor da dieta foi isolada pela técnica de microdifusão de Taves. O flúor ingerido pelo dentifrício foi determinado pesando-se a quantidade colocada na escova e subtraindo-se da não deglutida. O resultado foi multiplicado pela freqüência de escovação diária. A dosagem de flúor no dentifrício e o não ingerido foi determinado após tamponamento com TISAB . Para as análises de flúor utilizou-se eletrodo específico. A quantidade ingerida pela dieta (D), pasta dental (P) e a total (T) foi dividida pelo peso das crianças obtendo-se a dose em mg F/Kg. As doses (média+dp) T, D e P foram respectivamente: 0,086+0,024 ; 0,037+0,007 e 0,049+0,026. Em média, a dieta contribuiu com 46%(28 a 73,5%) e o dentifrício com 54%(26,5 a 72,0%) para a dose total. Considerando ser 0,07 mg F/Kg a dose limite em termos de uma fluorose clinicamente aceitável, concluiu-se que, em média (variabilidade: 0,059 - 0,118), as crianças estão sendo submetidas a uma dose de risco quando da ingestão de flúor pela dieta+dentifrício.

(FAPESP – Proc: 98/01709-1)

 

 

B132

 

 

Uso de sulfato de cobre: análise da saúde de ratos

C. SUSIN; M.P. AZEVEDO*; C.K.RÖSING; M.B.C. FERREIRA

Dep. Odont. Conservadora-UFRGS; Dep. Farnacologia-UFRGS (051)316-3121

 

 

O objetivo do presente estudo foi avaliar, a partir de parâmetros de saúde geral, memória e nocicepção, possíveis alterações decorrentes do uso crônico, por via oral, de sulfato de cobre. A amostra consistiu de 29 ratos Wistar, adultos, fêmeas, que foram divididos em três grupos: um grupo controle (GI), que recebeu água, e dois grupos experimentais, que receberam sulfato de cobre a 0,04 (GII) e 0,08% (GIII) como única fonte líquida. As ingestões líquida e sólida foram ad libidum. Os parâmetros de peso corporal, ingestões sólida e líquida foram avaliados por um período de 30 dias. O desempenho nas tarefas de esquiva inibitória e resposta a estímulo térmico nociceptivo (Tail Flick) foi avaliado após o término desse período (30o e 31o dias). Apesar de ter havido diferenças de ingestão líquida em alguns dias durante o tratamento, ao final do estudo não houve diferença significativa entre os grupos (207,50 ml ± 45,96 para GI, 252,50 ml ± 3,54 para GII e 235 ml ± 21,21 para GIII, ANOVA de uma via, p>0,05). Para peso corporal (GI 197,44g ± 19,70; GII 189,80g ± 14,71 e GIII 187,00g ± 17,45), ingestão sólida (GI 168,00g ± 28,28; GII 169,50g ± 9,19 e GIII 175,50g ± 0,71) e nocicepção (GI 2,38seg ± 0,62; GII 2,69seg ± 0,34 e GIII 2,46seg ± 0,42) não se observou diferenças estatisticamente significantes (ANOVA de uma via, p>0,05). O mesmo ocorreu com os parâmetros de memória (teste de Kruskall-Wallis, p>0,05). Conclui-se, portanto, que o sulfato de cobre não ocasionou alterações significativas dos parâmetros de saúde geral, memória e nocicepção em ratos, após 30 dias de uso como única fonte de ingestão líquida.

 

 

 

B133

 

 

Dentifrícios fluoretados em baixa concentração na infância: praticidade e segurança.

C.C. DEZAN*; C. PERCINOTO; L.R.F. WALTER

Curso de pós-graduação em Odontopediatria (nível mestrado) UNESP/Araçatuba.

 

 

Diante dos aumentos observados na prevalência da fluorose dentária, tem sido proposta e estudada a utilização de dentifrícios fluoretados em baixa concentração para crianças de pequena idade. Porém, quase todos os estudos até agora realizados se destinavam a avaliar a sua eficiência, diante disso, o presente trabalho tem como objetivo avaliar a praticidade e a segurança do uso "ad libitu" de dentifrícios fluoretados em baixa concentração por crianças menores de 36 meses. Foram utilizados dois dentifrícios, um fluoretado em baixa concentração (250ppmF) e o outro não fluoretado, ambos de sabor infantil, durante uma semana. Para se avaliar a praticidade, foi realizado um teste hedônico e, para determinar a segurança, foram empregados testes clínicos e exames laboratoriais de urina e sangue. O teste hedônico, mostrou uma alta aceitação do produto e que este funcionava como um estimulo para a prática da higiene oral. Com relação a segurança, não foram registrados nenhum sinal ou sintoma sugestivos de intoxicação aguda por flúor. Os exames laboratoriais de urina, mostraram uma grande variação interindividual, embora não se constatassem diferenças estatisticamente significantes (p < 0,05); por outro lado, os exames sangüíneos produziram resultados mais uniformes, dentro dos valores de referência, portanto, conseqüentemente mais confiáveis, sugerindo assim que as determinações sangüíneas são mais eficientes que as urinárias para se detectar alterações metabólicas decorrentes de uma exposição excessiva ao halogênio.

 

 

B134

 

 

Análise comparativa da citotoxicidade entre 4 clareadores dentais em sistema bacteriano.

S.ZOUAIN FERREIRA*; K. DIAS; C.SILVA; A. C. ARAÚJO; M. BERNARDO FILHO

Deptos.: Dentística, F.O. UERJ / Biofísica e Biometria, UERJ - RJ Fone: (021) 587-6466

 

 

O objetivo do presente estudo foi avaliar comparativamente o potencial citotóxico de 4 agentes clareadores dentais: Karisma, Whiteness, Opalescence e o Insta-Brite, todos com peróxido de carbamida a 10%, em sistemas bacterianos. Nas últimas décadas, acumulou-se inúmeras evidências experimentais sobre os efeitos mutagênicos, oncogênicos e teratogênicos de muitas substâncias às quais os homens estão expostos. Com a grande utilização destes compostos em Odontologia, torna-se importante estudar seus efeitos biológicos. Assim, analisamos a capacidade destes clareadores de induzirem lisogenia (capacidade de lesar o DNA da célula) em culturas de Escherichia coli GY 5027. Para tanto, incubava-se a cultura lisogênica E. coli GY 5027, na ausência de luz, por 25 min., a 37oC, com os clareadores dentais, plaqueando-se posteriormente com cultura E. coli GY 4015 (ampR), indicadora para fago l. Após 18 horas, verificou-se a formação de plaques, utilizando-se 384 placas de experimento, sendo 32 para o controle negativo. De acordo com a literatura, o fator de indução deve ser no mínimo, de 2 vezes o valor de indução lisogênica espontânea. Baseado nos resultados encontrados, verificou-se que o Karisma (10 microgramas) foi o que apresentou maior potencial de indução, 7 vezes; o Whiteness (2,5 miligramas), aproximadamente 3 vezes; o Opalescence (5 miligramas), aproximadamente 2 vezes, e o Insta-Brite (2,5 miligramas), aproximadamente 1,5 vezes, sendo que este não apresentou indução. Os resultados obtidos mostram que o uso inadequado e excessivo desses agentes, tanto pelo profissional como pela população, leva-nos a refletir sobre a necessidade de projetos educativos mais amplos para diminuir o potencial de risco tóxico.

Apoio financeiro: CAPES E UERJ

 

 

B135

 

 

Influência da Rifocina M® no processo de reparo ósseo.

F. TESSAROLLO*; P. B. HAUBERT; D. R. TAMES.

Faculdade de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí. Fax : 047 3417564

 

 

Com objetivo de evitar necrose óssea, promover limpeza cirúrgica e favorecer a cicatrização, surgiram as soluções irrigadoras. Esta pesquisa teve por objetivo avaliar o efeito da solução irrigadora, Rifocina M®, no processo de reparo ósseo, através de uma análise morfométrica e morfológica. Tíbias de 20 cobaias (Hartley Cavia porcellus) foram cirurgicamente perfuradas, sendo que a loja cirúrgica da tíbia esquerda sofreu irrigação com soro fisiológico (controle) e a da direita com Rifocina M® (experimental). 7, 14, 21 e 28 dias do pós-operatório foram realizadas as avaliações. Os dados morfológicos mostram que no período de 7 dias, em ambos os grupos, evidenciamos três formas de reparo (com comprometimento medular, sem comprometimento e parcialmente comprometido) e três áreas distintas (de coágulo, de tecido de granulação e de osteogênese) . Neste período efetuamos a coloração de Gram, onde foi constatado maior número de bactérias no controle, confirmando a atividade antibacteriana da Rifocina M®. No período de 14, 21 e 28 dias, em ambos os grupos, o mecanismo de reparo restringiu-se a uma área de osteogênese. Os valores histométricos foram estatisticamente tratados pelo teste de Mann Whitney para estabelecer o grau de significância das diferenças. De todos os parâmetros estudados, somente os valores para osteócitos e colágeno aos 7 dias, foram estatisticamente significantes. Nesse estudo não foi encontrado interferência da Rifocina M® no mecanismo de reparo ósseo.

Apoio financeiro da Pró-reitoria de pesquisa pós-graduação e extensão - PROBIC.

 

 

B136

 

 

Avaliação da integridade das luvas de procedimentos utilizadas em endodontia

S.R.S. BEZERRA*; J.T. PINHEIRO

FOP - UPE Fone/Fax - 4581208

 

 

O objetivo deste trabalho foi avaliar a integridade das luvas de procedimentos de cinco diferentes marcas comerciais, utilizadas durante o tratamento endodôntico. Foram avaliadas 200 luvas tipo látex e divididas em cinco grupos: I- Dermaplus; II- Examglo; III- JMS; IV-Sauro Ambi; V- Krammer. Cada par de luvas foram distribuídas a 100 estudantes que as utilizaram durante o atendimento por um período máximo de duas horas. Após o uso todas as luvas foram recolhidas e verificadas a presença de perfurações através de corante. Foi utilizado o teste das proporções para a comparação dos percentuais de luvas que apresentaram furos entre os grupos, utilizando-se o nível de significância de 5,0%. Vinte luvas apresentaram 21 furos e os testes estatísticos não indicaram diferença significativa entre cada par nos grupos. De acordo com os resultados os autores concluíram que: os grupos com maiores quantidades de luvas com furos foram o I e o IV; dos 21 furos observados, 17 foram localizados nos dedos e apenas 4 no centro das mãos; deve-se aumentar a atenção com o uso de luvas na clínica endodôntica, principalmente quando usadas em procedimentos de rotina.

 

 

B137

 

 

Avaliação da eficácia de duas terapêuticas no tratamento de alveolite

L.P.ZAMBOLIN*; J.R.BARBOSA; E. BASTOS; R.MOREIRA; R. MAZZONETTO

Área de Cirurgia Buco Maxilo Facial, FOP - UNICAMP Fone (019) 430-5274

 

 

Dentre as complicações que ocorrem após a extração dental, a alveolite é sem dúvida, por suas implicações clínicas, a que mais tem sido objeto de pesquisas. Neste contexto foi comparada a eficácia da Rifamicida B Dietilamida (Rifocina M-75mg) e da Fita Radiopaca a Base de Eugenol 20% (Mini-D.S. Dressing, Canfield Inc., MN, USA) no tratamento de alveolite. Foram selecionados 20 pacientes da Clínica Integrada da FOP - UNICAMP com o diagnóstico de alveolite divididos em dois grupos de 10 pacientes cada sendo o grupo A, com os que receberam tratamento com Rifocina M e o grupo B, com os que receberam tratamento com a Fita Radiopaca. Os pacientes foram acompanhados com exames clínicos realizados em 1, 2, 7 e 14 dias pós operatórios, sendo que a mensuração da dor foi feita através da escala visual analógica. A análise estatística da variância mostrou a existência de diferença estatisticamente significante decorrente da variação do tempo em relação à dor em pelo menos dois tempos avaliados. Feito o teste de Tukey, conferiu-se que o tempo 1 apresenta média de dor significativamente superior a todos os demais tempos. A média de dor no 2º dia apresentou-se inferior a dor no 1º dia mas ainda significantemente superior a dos dias 7 e 14 que não diferem entre si. Não houve indícios de que o tratamento ou a relação tratamento*tempo afetem significativamente a dor. Feita a análise dos resultados, os autores concluíram que as duas terapêuticas se mostraram clinicamente eficazes, porém, o tratamento com irrigação de Rifocina M mostrou-se mais prático e confortável em relação a Fita Radiopaca.

Apoio Financeiro do SAE - UNICAMP ( Serviço de Apoio ao Estudante)

 

 

B138

 

 

Avaliação da intensidade de contaminação bacteriana de seringas tríplices.

J.L.DE LORENZO*; E.M.A. RUSSO; R.C.R. CARVALHO; N. GARONE NETO.

Depto. Microbiologia-ICBUSP; Depto. Dentística-FOUSP.

 

 

A metodologia global de controle de infecção cruzada em Odontologia inclui cuidados especiais com a seringa tríplice, acionada constantemente no tratamento odontológico. Os autores pesquisaram a intensidade de contaminação dessas pontas por bactérias anaeróbias bucais, durante o atendimento de 30 pacientes de Dentística Restauradora. Cinqüenta pontas descartáveis (Riskcontol) foram avaliadas: 10 imediatamente após a abertura da embalagem, 30 após uso em pacientes e 10, após o uso, desinfetadas por álcool 70% P/V friccionado durante um minuto. Em câmara de fluxo laminar, as pontas foram roladas sobre a superfície de Tryptic Soy Agar suplementado com 5% de sangue desfibrinado de carneiro. Após incubação anaeróbica durante 96 horas, procedeu-se à contagem das unidades formadoras de colônias (ufc) desenvolvidas. Confirmando a informação do fabricante, as pontas estavam estéreis quando retiradas da embalagem. Em todas as pontas usadas em pacientes, constatou-se um número incontável de ufc, revelando intensa contaminação. Nas pontas usadas em pacientes e desinfetadas com álcool 70%, verificou-se apreciável redução na contagem de colônias, mas incompatível com a segurança biológica. Os resultados sugerem, como condição ideal, o uso de pontas descartáveis nas seringas tríplices odontológicas.

 

 

B139

 

 

Raspagem dental sobre superfícies radiculares empregando instrumentos rotatórios e manuais.

R.A.YATSUDA*; E. MATSON; C. FERRAZ

Departamento de Dentística, Faculdade de Odontologia da USP-SP.F:55-011-8187841

 

 

A proposta do experimento foi comparar superfícies radiculares envolvidas por doença periodontal avançada instrumentadas com brocas multilaminadas e limas periodontais tipo Hirschfeld. Foram utilizados vinte dentes condenados periodontalmente. Dez dentes receberam na face mesial raspagem radicular através de brocas multilaminadas e na face distal foram empregadas limas Hirschfeld. Os dez dentes restantes receberam tratamento inverso, i.e. brocas multilaminadas na face distal e limas na face mesial. Após a instrumentação os dentes foram extraídos, lavados com jato de ar e água, e os corpos de prova obtidos através de seccionamento radicular. Em seguida os corpos de prova foram fixados para posterior preparação visando observação em microscopia eletrônica de varredura. Na análise visual de superfície foram observadas a quantidade de cálculo e placa remanescentes, e a perda de estrutura dental. Foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis em nível de significância de 0,05. As brocas conduziram a uma maior perda de estrutura dental. Entretanto cálculo e placa bacteriana remanescentes foram observados em menor quantidade nas limas Hirschfeld. Os dados permitiram concluir que houve: a) menor quantidade de cálculo e placa remanescentes nas faces mesiais quando comparadas às distais utilizando-se limas; b) menor quantidade de cálculo e placa remanescentes nas faces mesiais utilizando-se limas quando comparadas às distais com broca; c) menor quantidade de cálculo e placa remanescentes nas faces mesiais utilizando-se brocas quando comparadas às distais com lima.

 

 

B140

 

 

Avaliação clínica e microbiológica da irrigação subgengival com gel de metronidazol 20%

P. C. GONÇALVES*; R. A. C. MARCANTONIO; A. H. C. VINHOLIS; L. C. FIGUEIREDO; S. L. SALVADOR.

Depto. de Diag. E Cirurgia. F. O. Ar.- UNESP. Fax: (016) 222-4823

 

 

O propósito do presente estudo foi avaliar clinica e microbiologicamente os efeitos da irrigação subgengival com metronidazol a 20% em pacientes com periodontite de adulto. Os pacientes apresentavam bolsas periodontais com profundidade de sondagem entre 5 a 8 mm e positividade ao teste BANA. Após a raspagem e alisamento radicular, os sítios selecionados foram distribuídos em três grupos: I. somente Raspagem e Alisamento Radicular (R.A.R) (10 sítios), II- R.A.R + irrigação com gel placebo (10 sítios), III- R.A.R + irrigação com gel de metronidazol a 20% (12 sítios). As irrigações subgengivais foram realizadas durante um mês, uma vez por semana. Os parâmetros clínicos avaliados foram índice de placa (I.Pl.), índice gengival (I.G), profundidade de sondagem (P.S.), nível de inserção clínica (N. I.) e sangramento à sondagem (S.S.), registrados no início do experimento, 60 e 90 dias após. A análise microbiológica foi realizada através do teste BANA (PerioscanTM), no início e 90 dias após a raspagem. Os dados obtidos foram avaliados estatisticamente utilizando o teste ANOVA e teste de igualdade de proporções. Os resultados demonstraram que não houve diferença significante entre os grupos I, II e III para os parâmetros de I.Pl., I.G., S.S. Para os parâmetros de P.S.,N.I. e o teste BANA houve redução estatisticamente significante no grupo III, após 90 dias. Em conclusão, os resultados deste estudo indicam que a aplicação local do gel de metronidazol a 20% promove efeitos benéficos adicionais à raspagem e alisamento radicular no tratamento da doença periodontal.

Apoio financeiro: CNPq

 

 

B141

 

 

Resposta à terapia periodontal básica em pacientes infectados pelo HIV

L. GONÇALVES*; S.FERREIRA; G. VILLORIA; R. FERNANDES; E. FERES FILHO

FOUFRJ(D. de Patologia e Estomatologia \ Periodontia), FOUGF Fax: 021 285 3846

 

 

Os objetivos deste estudo foram avaliar se a terapia periodontal básica apresenta resultados satisfatórios em pacientes infectados pelo HIV e se a deficiência imunológica interfere na resposta clínica. Para isto, examinamos 34 pacientes (14 mulheres e 20 homens, com idade entre 20 a 60 anos) com doença periodontal (1 ou mais sítios com nível de inserção maior ou igual a 4mm), envolvidos num estudo longitudinal, divididos em dois grupos (contagem de CD4 < 200 cels\mm3 e entre 200 e 500 cels\ mm3). Os parâmetros clínicos foram avaliados pelo mesmo examinador, em duas ocasiões com intervalo de 4 meses, e consistiram de índice de placa, índice gengival, profundidade de sondagem e nível de inserção. Todos os pacientes receberam raspagem e alisamento radicular e controle de placa pelo mesmo operador. A resposta à terapia periodontal foi considerada satisfatória quando, ao final de 4 meses o paciente demonstrasse média geral de ganho de inserção clínico e nenhum sítio com perda de inserção > 2 mm. Vinte e um pacientes tinham CD4 < 200 cel\mm3 e treze entre 200 e 500 cel\ mm3. Destes, apenas 6 (17,7%), distribuídos igualmente nos dois grupos, responderam satisfatoriamente à terapia básica. A imunodeficiência parece influenciar nesta resposta, não havendo diferença (N.S., teste de Fisher) seja esta severa (CD4 < 200 cel\mm3) ou moderada (CD4 entre 200 e 500 cel\ mm3 ). Dentro dos limites desse estudo, estes resultados sugerem que pacientes HIV\AIDS, com deficiência imunológica, não respondem satisfatoriamente à terapia periodontal básica.

Apoio financeiro do Ministério da Saúde do Brasil no 022/97

 

 

B142

 

 

Necessidade de Tratamento Periodontal em crianças da cidade do Rio de Janeiro.

R.M. BRETAS*; R. G. FISCHER.

Departamento de Odontopediatria e Periodontia da FOUERJ, Rio de Janeiro. e-mail: fischer@uerj.br

 

 

O objetivo do presente estudo foi avaliar a necessidade de tratamento periodontal nas Escolas Municipais da cidade do Rio de Janeiro. Foram examinadas 1250 crianças com 12 anos de idade em 50 escolas selecionadas proporcionalmente entre as regiões norte, sul, centro e oeste. Todas as crianças responderam a um questionário, incluindo dados sobre frequência com que escovavam os dentes e com que visitavam o dentista. Para a avaliação da doença periodontal foi utilizado o índice ICNTP (Índice Comunitário de Necessidade de Tratamento Periodontal). As crianças foram examinadas com sonda periodontal da Organização Mundial de Saúde e espelho bucal. O ICNTP para dentes hígidos foi 1,4%, para sangramento 67,8%, tártaro 29,8%, e bolsa 4-5mm 1,0%. Bolsa 4-5mm foi mais frequente no sexo masculino e não foi influenciada pelo número de visitas ao dentista. Crianças que escovavam os dentes mais de três vezes ao dia e iam ao dentista mais de uma vez ao ano apresentaram menos tártaro que crianças que escovavam uma vez ao dia e nunca tinham ido ao dentista. O sextante mais frequentemente hígido foi o 11, o sextante com maior frequência de sangramento foi o 16, o sextante 26 apresentou mais frequentemente tártaro, enquanto o sextante 36 apresentou mais frequentemente bolsa de 4-5mm. Os resultados demonstraram que a necessidade de tratamento periodontal nas Escolas Municipais do Rio de Janeiro é simples, baseada no controle de placa supra-gengival. No entanto, a parcela de crianças com bolsa de 4-5mm pode demonstrar uma tendência a doença mais severa em uma faixa etária reduzida.

 

Apoio financeiro CAPES.

 

 

B143

 

 

Superfície radicular – instrumento manual, aplicação do jato de bicarbonato de sódio e polimento.

F.L.ROSELL*; J.E.C. SAMPAIO; B.E.C. TOLEDO.

Depto. Diag. Cirurg.; FOAr – UNESP. (016) 232-1233 r. 119. e-mail: rosell@techs.com.br

 

 

O objetivo deste estudo foi avaliar através da microscopia eletrônica de varredura o efeito do polimento com pastas de diferentes abrasividades, sobre superfícies radiculares após instrumentação manual associada a aplicação do jato de bicarbonato de sódio. Utilizou-se 39 superfícies radiculares que foram divididas em 5 grupos: I - controle (somente raspagem), II - raspagem e aplicação de jato de carbonato de sódio, III - raspagem, aplicação de jato de bicarbonato de sódio e polimento com pasta de granulação fina, IV - raspagem, aplicação de jato de bicarbonato de sódio e polimento com pasta de granulação grossa e V - raspagem, aplicação de bicarbonato de sódio e polimento com pasta de granulação grossa seguida com pasta de granulação fina. A raspagem foi realizada com curetas de Gracey nº5-6, com 40 movimentos de tração e o jato de bicarbonato de sódio como as pastas foram aplicados por 10 segundos. Os grupos I, IV e V apresentaram graus intermediários de irregularidade de superfície, enquanto que o grupo II - maiores graus e o grupo III - menores graus. 1 - Todos os grupos de tratamento apresentaram irregularidades na superfície radicular; 2 - A utilização de jato de bicarbonato de sódio após instrumentação manual com curetas proporcionou uma superfície radicular com maiores graus de irregulariedade, com aspectos rugosos e pontilhado; 3 - O polimento da superfície radicular com pasta de granulação fina após a aplicação do jato de bicarbonato de sódio proporcionou uma superfície radicular com menores graus de irregularidades, com aspectos mais uniforme e liso; 4 - Existe a necessidade de polimento da superfície radicular após instrumentação manual, devido aos sulcos e ranhuras deixados por este procedimento ou mesmo para remover o aspecto pontilhado deixando após a aplicação do jato de bicarbonato de sódio.

CAPES.

 

 

B144

 

 

Diferentes tempos de permanêcia de membranas na regeneração periodontal.

Z.A. FERREIRA*; A. MARCONTONIO **; M. F. M. GRISI ***

UNAERP, UNESP, USP - S.P.

 

 

0 presente trabalho teve por objetivo avaliar a influência dos diferentes tempos de permanência de membranas ePTFE, em defeitos de furca tipo grau II, em cães, pela técnica de Regeneração Tecidual Guiada (R.T.G). Foram criados defeitos de furca nos 2º, 3º e 4º pré-molares inferiores de ambos os lados, de 8 cães. As cavidades forarn preenchidas corn material à base de boracha (Impregnum F®, Espe), e os dentes permaneceram por 3 meses sem tratanento. Posteriormente, os dentes receberam raspagem e alisamento radicular, foram divididos em dois grupos: grupo controle - cirurgia e retalho convencional; grupos experimentais - tratamento pela ténica de R. T. G. com membranas ePTFE (Gore-Tex). Nos cinco grupos experimentais, deu-se a retirada da membana após 1, 2, 3, 4, e 6 semanas, depois da colocação das mesmas. Decorridas 8 semanas de cada tempo cirúrgico, os animais foram sacrificados. Realizou-se análise histológica descritiva e análise histológica dos grupos experimentais, medindo-se a etensão do tecido epitelial e neoformação de cemento e osso. Os resultados demonstraram valores estatisticamente diferentes para o comprimento do epitélio e para a formação de cemento novo. A distância do epitélio variou desde 4,067mm para 1 semana a 1,800mm para 6 semanas de permanência da membrana. O cemento novo formado corn 1 semana, teve um posto médio de 24,2; seguindo ao de 6 semanas corn 19,7. Com 4 semanas foi de 15,8; o tempo de 2 semanas foi de 8,9, e, após 3 semanas, com valores de 8,7. A formação óssea não foi estatisticamente significante entre os grupos, porém a análise histológica mostrou discreta fomação no período de 6 semanas.

Apoio financeiro da FAPESP - Processo 94/01705-5

 

 

B145

 

 

Ativação perióstica do leito receptor de enxertos autógenos livres gengivais

P. S. MACÊDO*; E. PASSANEZI; D. NAHÁS

Departamento de Periodontia, Faculdade de Odontologia de Bauru-Universidade de São Paulo Brasil

 

 

Devido à necessidade de se realizar enxerto autógeno livre de gengiva com largura maior do que a requerida, resolveu-se empreender a colocação do mesmo sobre leito receptor recoberto por periósteo ativado 12 a 14 dias antes. Foram selecionados 18 dentre 200 pacientes examinados, tendo indicação precisa para criação de mucosa ceratinizada, com situações semelhantes nas duas hemi-arcadas. Em um dos lados realizou-se o procedimento proposto e no outro o convencional. Os enxertos seguiram os princípios de Sullivan & Atkins, obtendo-se os resultados de 12 pacientes em períodos de 1, 2, 3, 4, 5 e 6 meses pós-operatórios, além dos pré e trans-operatórios. Foram obtidas mensurações das distâncias Referência(R)-margem gengival, R-fundo do sulco gengival, R-junção mucogengival e R-base apical do enxerto, identificando-se o grau de imobilização do enxerto. A avaliação estatística e clínica dos resultados mostrou que o comportamento da margem gengival é semelhante para ambos os procedimentos. O fundo do sulco se comporta semelhante, com migração para coronal, havendo tendência de diminuição da profundidade clínica do sulco gengival de maneira significante para ambas as técnicas em relação ao nível inicial, porém não entre técnicas. A análise do comportamento dimensional dos enxertos mostrou que ambas as técnicas permitem a criação de mucosa ceratinizada, porém, embora as duas tenham apresentado perda em altura da dimensão ápico-coronal do enxerto durante o período estudado, a diferença da perda entre técnicas é significante, sendo que a perda produzida pela técnica desse enxerto sobre leito de periósteo ativado é cerca de 32,2% menor que aquela com enxerto sobre leito perióstico sem ativação. Portanto, a técnica proposta permite reduzir a quantidade de tecido a ser transplantado.

Apoio: CAPES

 

 

B146

 

 

Análise em microscopia eletrônica de varredura do efeito do HCl tetraciclina

J.C. JOLY*; F.M.C. DELAZARI; R.F. GERLACH; A.F.M. LIMA

Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP afmlima@fop.unicamp.br

 

 

O objetivo deste trabalho foi analisar em microscopia eletrônica de varredura as características da superfície radicular de dentes humanos comprometidos pela doença periodontal após instrumentação periodontal e aplicação de solução de cloridrato de tetraciclina (HCL TTC). As amostras foram aleatoriamente divididas em 4 grupos: instrumentação periodontal (controle 1); instrumentação e aplicação de HCL TTC (teste 1); instrumentação e banho com tripsina após a extração (controle 2); instrumentação, aplicação de HCL TTC e banho com tripsina após extração (teste 2). Foram selecionados vinte e dois dentes humanos unirradiculares, tratados sob retalhos mucoperiosteais. Após o tratamento mecânico e químico, os retalhos foram reposicionados e mantidos em posição durante 20 minutos. Em seguida os dentes foram extraídos, lavados e armazenados em PBS. Os grupos controle 2 e teste 2 foram tratados com solução de tripsina. As amostras foram analisadas em microscopia eletrônica de varredura. Os resultados sugerem que HCL TTC, pH 1,6 aplicada por 4 minutos, remove o smear layer, promove exposição de túbulos dentinários, mas não favorece a formação da rede de fibrina.

 

 

B147

 

 

Reproducibilidade de sondagem periodontal na graduação da FOUSP.

F. CIRANO*; L. LIMA; G. ROMITO; J.H. TODESCAN

Univ. de São Paulo

 

 

A proposta deste estudo foi verificar a reproducibilidade da profundidade clínica de sondagem realizada por alunos do curso de Periodontia. Um total de 97 pacientes foram examinados por 69 alunos participantes do estudo. Todos os alunos receberam orientação sobre como realizar os procedimentos de sondagem. Foram examinados dois dentes de cada grupo dentário (anteriores, pré-molares e molares). Seis medidas foram obtidas de cada dente: MV, ML, CV, CL, DV e DL. Todos os dados foram anotados e arquivados pelos autores de modo que os alunos não tivessem acesso aos mesmos. Uma semana após a primeira coleta de dados (M1,M3), os alunos repetiram a sondagem nos mesmos sítios anteriormente examinados (M2,M4). Nenhum tipo de tratamento foi realizado nestes sítios no intervalo entre as medidas (M1-M2, M3-M4). Esta primeira etapa (M1-M2) foi realizada no início do semestre e a segunda (M3-M4), da mesma maneira, ao final do semestre letivo. A análise dos resultados procurou verificar as diferenças entre as medidas M1-M2 e M3-M4. A análise de variância por grupo de dentes demonstrou que as medidas "sem diferença" (A=461) foram significantemente maiores que as medidas que variaram "para baixo"(B=175) ou "para cima" (C=192) para os dentes anteriores(Fcalc= 93,90>Fcrítico=3,68). Para o grupo dos pré-molares observamos que as medidas (A=432) foram significantemente maiores que as (B=153;C=225) (Fcalc= 47,46>Fcrítico=3,68). A análise dos molares demonstrou que as medidas (A=391) foram significantemente maiores que as (B=175;C=208) (Fcalc= 77,81>Fcrítico=3,68). Esta análise estatística utilizou a ANOVA com nível de significância de 5%. Dentro das limitações deste estudo, nossos resultados indicaram que o maior percentual dos resultados foi encontrado no grupo sem diferenças (S), independentemente do grupo dentário.

 

 

B148

 

 

Efeito clínico de quatro dentifrícios na formação da placa bacteriana.

F. L SAFFER; G. DOMENEGHINI; G. D. VANZIN; R.V.OPPERMANN*

Faculdade de odontologia UFRGS – RS F 316 5318

 

 

O objetivo deste estudo foi comparar o efeito sobre a formação da placa bacteriana de bochechos realizados com suspensões preparadas a partir de 4 dentifrícios. Seu protocolo foi aprovado pelo Comitê de Ética da FO-UFRGS e os voluntários consentiram por escrito com sua participação. Seis alunos, após profilaxia inicial, suspenderam por 4 dias o controle mecânico da placa realizando 3 bochechos diários de um minuto com suspensões de 1g em 10ml de água de dentifrícios contendo: DI = triclosan, DII = fluoreto estanhoso, DIII = juá, DIV = nenhum princípio ativo anti-placa. O Índice de Quigley & Hein modificado por Turesky foi utilizado para aferir a presença de placa. Teste t pareado foi utilizado para examinar as diferenças nas médias enquanto que os percentuais do somatório de escores 0, 1, 2 foram comparados pelo teste do X2 , ambos com um alfa de 0,05. As médias observadas para DI (2,53) e DII (2,69) foram semelhantes entre si. A média observada para DIV foi 2,95, valor este semelhante ao observado para DIII (2,83). DI e DII apresentaram resultados estatísticamente diferentes de DIV porém, somente DI foi significativamente diferente de DIII. DI apresentou 52,51% de escores 0+1+2 enquanto DII apresentou 46,93% das superfícies nesta situação. Estes resultados foram estatísticamente semelhantes porém, significativamente melhores do que aqueles obsevados após o uso de DIII e DIV, 34,22% e 25,96% respectivamete. Pode-se concluir que DI e DII foram superiores ao DIV na redução da média do índice de placa e superiores a DIII e DIV na menor distribuição superficial da placa presente.

 

 

B149

 

 

Função de polimorfos nucleares neutrófilos em diabéticos com doença periodontal

M. REICHHARDT*; A . Y. FUJIMURA; P. C. CARDOSO; E. G. BIRMAN

FOUSP- ( 818-7883 – e-mail: egbirman@siso.fo.usp.br

 

 

A influência do diabetes na doença periodontal ainda permanece não bem definida. Propusemo-nos avaliar algumas características de polimorfos nucleares neutrófilos (PMN) dado o seu importante papel nos processos inflamatórios e sua capacidade de defesa. Assim, PMN de pacientes adultos diabéticos (tipo II) e não diabéticos, de ambos os sexos, apresentando doença periodontal, foram avaliados quanto a fagocitose, função "killing" e produção de ânion superóxido, importantes aspectos dos mecanismos de defesa destas células. Suspensões de cepas de Candida albicans foram utilizadas tanto para o teste de fagocitose como para função "killing", avaliando-se o número de fungos fagocitados segundo Zeligs,B.J. Bactericidal and fungicidal assay. In: Herscowitzx, H.B. et al. Manual of macrophage methodology , NY. p.123-9,1981, bem como o número de células mortas ou vivas, caraterizando após coloração vital os fungos fagocitados vivos ou mortos. A produção do anion superóxido foi realizada segundo técnica modificada de Bellavite, P. et al. Eur J Clin Invest,13:363-68,1983. Os resultados demonstraram que não houve diferença estatisticamente significante entre os dois grupos, em relação a capacidade "killing" e atividade fagocitária, embora o nível de produção do ânion superóxido apresentasse diferença estatisticamente significante a nível de 5% ( Anova, Tukey). Concluimos que os mecanismos de defesa avaliados não foram isoladamente responsáveis pelos níveis de doença periodontal observados nos diabéticos, sugerindo a necessidade de investigar outros aspectos dos PMN e o papel de outros fatores locais associados, que possam influenciar e agravar os problemas periodontais.

 

 

B150

 

 

Estudo da prevalência da doença periodontal em pacientes da FOP-UNICAMP.

F.A. ALVES*; O. DiHipólito Jr.; M.A. LOPES; J. Jorge Jr, W. SALLUM.

Área de Semiologia da FOP-UNICAMP. e-mail: malopes@fop.unicamp.br

 

 

Vários índices periodontais foram criados com o objetivo de diagnosticar as lesões periodontais. O índice CPITN (Índice Comunitário de Necessidade de Tratamento Periodontal) foi muito utilizado na década de 80 e início da década de 90, no entanto, recentemente vários trabalhos estão discutindo sua confiabilidade. O índice W.S. FOP-UNICAMP (Wilson Sallum Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP) está sendo utilizado há 5 anos nas Clínicas de Graduação e Pós-graduação em Periodontia. O objetivo deste trabalho foi avaliar a prevalência da doença periodontal, em pacientes da Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP. Os índices acima foram aplicados em 400 pacientes voluntários, acima de 19 anos, que foram atendidos na Triagem da FOP-UNICAMP. O código "0" do CPITN foi presente em apenas 2,2% dos sextantes. Houve um certo equilíbrio entre os códigos "1", "2" e "3" apresentando 22, 25,8 e 25,5% respectivamente. O código "P0" (perda de inserção-PI < 3mm) do W.S. FOP-UNICAMP foi presente em 8,8% dos sextantes, os códigos "P1" (PI ³ 3 e < 5mm) e "P2" (PI ³ 5 e < 7mm) foram os mais freqüentes correspondendo a 30,9 e 29,8% respectivamente. O código "P3" (PI ³ 7 e < 10) foi freqüente em 12% dos sextantes. Analisando os resultados, concluímos que em ambos os índices a doença periodontal foi altamente freqüente, e que o W.S. FOP-UNICAMP, por analisar perda de inserção periodontal, nos dá maiores detalhes sobre o estado periodontal dos indivíduos. Entretanto, mais trabalhos são necessários para uma melhor avaliação entre estes índices.

Apoio financeiro da FAPESP-Processo 96/03348-0.

 

 

B151

 

 

Estudo histoquímico das atividades de fosfatase alcalina e fosfatase ácida em bolsas periodontais de humanos.

V.R.SANTOS; J.C.SILVEIRA

DCPC, Faculdade de Odontologia UFMG, FAX: (031) 291-1199

 

 

Na Doença Periodontal Inflamatória Crônica, a presença da placa microbiana induz alterações teciduais e metabólicas no periodonto. Fosfatases alcalina (ALP) e ácida (AcP) são enzimas encontradas em áreas de metabolismo elevado. O objetivo desse trabalho foi verificar a presença, comparar e relacionar essas enzimas com o processo inflamatório e outras alterações teciduais que ocorrem na parede da bolsa periodontal supra-óssea de humanos. Também verificar se a idade, o sexo e a localização das bolsas periodontais interferem na intensidade de reação de ALP e AcP. Para isso, 30 fragmentos de gengiva foram obtidos através de gengivectomia em 30 pacientes, 08 homens e 22 mulheres com idade entre 21 e 74 anos, todos portadores de doença periodontal do adulto. Todos os fragmentos foram processados pelos métodos histotécnicos de rotina e por métodos histoquímicos para evidência da atividade enzimática. Os resultados mostraram que a atividade de ALP foi fortemente positiva na vertente interna da bolsa e foi observada exclusivamente no tecido conjuntivo. AcP foi observada tanto no epitélio como no conjuntivo. Na vertente interna da bolsa AcP apresentou-se fortemente positiva no epitélio somente em casos de metaplasia. No tecido conjuntivo, AcP mostrou estar relacionada à intensidade da reação inflamatória. Em conclusão, esses resultados mostraram que na parede não mineralizada da bolsa periodontal essas duas enzimas estão diretamente ligadas ao processo inflamatório. Em relação ao sexo, idade e localização das bolsa nas faces dos dentes, não se anotou qualquer alteração, seja na intensidade das reações para ALP e AcP, seja na densidade do processo inflamatório.

Apoio: FAPEMIG

 

 

B152

 

 

Agregação plaquetária em pacientes diabéticos com doença periodontal.

A .Y. FUGIMURA; M. REICHHARDT; E. G. BIRMAN*

Fac. de Odont. e de Ciên. Farmac. da USP-Fax: (011) 8187883, e-mail: egbirman@siso.fo.usp.br

 

 

Já é bem conhecido que as plaquetas tem um importante papel na micro-circulação vascular, principalmente em pacientes diabéticos. A associação destes aspectos vasculares com a doença periodontal ainda permanece controversa. Assim, comparamos a função plaquetária de diabéticos e não diabéticos, ambos apresentando vários níveis de doença periodontal. Testes de agregação plaquetária foram realizados utilizando-se plasma rico em plaquetas (PRP) estimulado por agonistas como ADP (Difosfato de adenosina), colágeno, PAF-Acether (Fator ativador de plaquetas) e serotonina (5HT) num agregômetro (Chronolog), medindo-se a velocidade da reação de agregação. Nossos resultados não revelaram diferenças entre as respostas de agregação aos agonistas testados entre ambos os grupos e sua provável influência na resposta periodontal. Apesar da importância das plaquetas relativamente aos problemas vasculares ser reconhecida, não pudemos observar diferenças entre os grupos, em relação a função plaquetária e nem a uma possível associação destas com um quadro mais grave do estado periodontal. Nos diabéticos, os problemas periodontais indicam a atuação de múltiplos fatores, dificultando concluir quando se estudam alguns aspectos isoladamente, fazendo-se necessária a avaliação globalizada de vários fatores locais e gerais.

 

 

 

B153

 

 

Fumo fator de risco no desenvolvimento de bolsas periodontais profundas.

E.P.ROSETTI; R.A.C.MARCANTONIO; E.MARCANTONIO JR; D.C.J.CANCIAN*, A.L.RODRIGUES Jr

Dep. de Diagnóstico e Cirurgia, FOAr -UNESP Fax: (016) 222 4328

 

 

O hábito de fumar causa uma série de alterações ao organismo humano, inclusive na cavidade oral que o primeiro orgão a entrar em contato com os produtos do tabaco. Este estudo retrospectivo teve como propósito avaliar a influência do fumo na ocorrência de bolsas periodontais profundas (maior que 5 mm). Foram utilizados todas as fichas dos pacientes que apresentassem profundidade de sondagem maior que 5 mm atendidos na clínica de periodontia da Faculdade de Odontologia de Araraquara no primeiro semestre de 1997, perfazendo um total de 197 pacientes. Somente as fichas com presença de pelo menos um sítio com profundidade de sondagem maior que 5 mm foram utilizadas neste estudo. Estes pacientes foram separados em dois grupos: os fumantes e os não fumantes. O número de fichas de cada grupo foram avaliados estatisticamente através do Teste de Homogeneidade (Agreste, 1990). O resultado obtido foi significante estatisticamente com OR (odds ratio) = 2,5873, o que significa que o hábito de fumar aumentou o risco de ocorrência de bolsas periodontais em 2,5873 vezes . Pôde-se concluir que a ocorrência de bolsa periodontal é maior em indivíduos que tem o hábito de fumar.

 

 

B154

 

 

Análise descritiva da saúde periodontal de jovens adultos universitários.

ROMILDA SIMON*; RUI VICENTE OPPERMANN.

FO-UFRGS , PORTO ALEGRE - FONE 051-3381049

 

 

B155

 

 

Radiografia transcraniana da ATM e índice de Helkimo:estudo comparativo.

A.R. FIGUEIREDO; F.E. TAKAHASHI*; I. BALDUCCI.

Depto. de Mat. Odontol. e Prótese, Fac. Odonto. S. J. Campos - UNESP.

 

 

Dentro do quadro clínico das Disfunções Craniomandibulares (DCM) observamos, em muitos casos, o envolvimento direto ou indireto das Articulações Temporomandibulares (ATM) dos pacientes. Diversas formas de exame, desde anamnésico, passando pelo clínico, por imagens e modelos de estudo, têm sido desenvolvidos para definir diagnóstico e elaborar planos de tratamento. A inexistência da correlação entre índices de disfunção do sistema estomatognático com imagens das ATM levaram os autores a associarem os índices de disfunção do sistema mastigatório elaborado por Helkimo, que estabelecem escores para anamnese, exame clínico e estado oclusal, com imagens da ATM obtidas pela técnica radiográfica transcraniana. Observou-se, a posição relativa do côndilo da mandíbula na fossa mandibular, além, da forma e do contorno dos mesmos em 100 ATM de 50 pacientes do sexo feminino, com idades variando entre 20 e 39 anos, divididos em 2 grupos de 25 baseados na presença ou ausência de sinais básicos de DCM. Posteriormente, esses grupos foram classificados de acordo com os índices de Helkimo, sendo os dados cruzados entre si. Os resultados foram agrupados em Tabelas e Figuras, e analisados pelo teste exato de Fischer. Da comparação dos dados os autores concluiram que: os indivíduos do grupo disfunção apresentavam, nos achados radiográficos, maior percentual da alterações de posição do côndilo mandibular, assim como, da forma e contorno do côndilo e ou da fossa mandibular que os indivíduos do grupo controle; a diferença entre os 2 grupos não foram estatisticamente significativos; o índice de disfunção oclusal foi o que melhor traduziu os achados radiográficos.

 

 

B156

 

 

Avaliação clínica dos preparos axiais de dentes pilares em prótese removível.

A.L.M. CUCCI; C.E. VERGANI; A.C. PAVARINA; E.T. GIAMPAOLO.

Depto. de Mat. Odontol. e Prótese, Fac. de Odontologia de Araraquara – UNESP.

 

 

Este estudo avaliou clinicamente a efetividade de quatro técnicas de preparo de superfícies axiais (para planos guias e grampos de oposição), de dentes pilares de prótese removível. Na técnica T1, os preparos foram realizados tomando-se como orientação apenas os modelos de estudo analisados em delineador. Nas técnicas T2 e T3, foram utilizadas guias de resina, aplicando-se verniz somente na T3. As guias da técnica T4, foram confeccionadas em metal. As superfícies dentais preparadas foram divididas em terços e analisadas por meio de um instrumento que permitiu verificar se esses terços tornaram-se paralelos ao eixo de inserção e remoção da prótese. Além disso, nos casos em que o paralelismo não foi obtido, foi analisado se as superfícies tornaram-se expulsivas ou retentivas, bem como a magnitude dos desvios em relação ao eixo de inserção e remoção selecionado, registrada em milímetros. Os resultados foram submetidos à análise de variância evidenciando que as superfícies preparadas sem a utilização de guias apresentaram-se expulsivas, enquanto as demais técnicas proporcionaram superfícies retentivas (p<0,05). Além disso, todas as superfícies apresentaram o terço oclusal expulsivo e os terços cervical e médio retentivos (p<0,05). Para todas as técnicas, os menores valores de desvio foram observados nos terços médios. Esses resultados permitiram concluir que nenhuma das técnicas proporcionou superfícies paralelas. O terço médio foi considerado como o mais favorável para a localização tanto dos planos guias como dos grampos de oposição. Todos os terços das superfícies preparadas apresentaram desvio dentro do intervalo de mobilidade dental considerado fisiológico.

Apoio: CNPq.

 

 

B157

 

 

Reconstrução mandibular

ROMUALDO ROSSA*; GISELE ELMADJIAN.

Depto de Cirurgia, Prótese e Traumatologia Buco Maxilo Facial - USP - São Paulo.

 

 

A reconstrução de defeitos mandibulares pós trauma ou pós ressecção de tumores é um desafio aos pesquisadores cirurgiões buco maxilo faciais, dedicados às cirurgias reconstrutoras. As funções de mastigação, deglutição, fonação e competência respiratória também devem ser observadas. O intento maior do cirurgião buco maxilo facial é devolver ao paciente todas as funções prévias pré operatórias ou seja, restaurar a continuidade da mandíbula, manter o contorno facial, manter a mobilidade lingual e realizar uma reabilitação dental. Procuramos neste trabalho apresentar uma prótese mandibular por nós elaborada, onde utilizamos dois biomateriais, Titânio e polietileno poroso. A prótese mandibular desenvolvida, possui uma característica única, que é a conjugação de dois biomateriais altamente compatíveis e integráveis com os tecidos humanos, o Titânio e o Polietileno Poroso, o Titânio, que além de leve, possui a rigidez necessária para manter a forma da mandíbula e o Polietileno Poroso que reveste a prótese de mandíbula, permite que os tecidos circundantes penetrem nos seus poros, fazendo com que ela se estabilize. A prótese de mandíbula da maneira como foi projetada, com a união destes dois biomateriais, Polipore por não induzir à formação de cápsula fibrosa e o Titânio por sua leveza sugerem uma melhor abordagem ao cirurgião em reconstruções do contorno mandibular.

 

 

B158

 

 

Avaliação do uso de espaçadores para a adaptação de grampos fundidos.

R.C.S. RODRIGUES*; S. CROSARA; R.F. RIBEIRO; M.G.C. MATTOS; O.L. BEZZON.

Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – USP – rribeiro@forp.usp.br

 

 

Atualmente as ligas de cobalto-cromo são utilizadas na produção da maioria das estruturas metálicas de prótese parcial removível. Um dos problemas associados ao seu uso é a dificuldade de adaptação, freqüentemente observada, que ocorre em função da contração de fundição apresentada pela liga em função, em grande parte, das altas temperaturas necessárias à fundição. Este trabalho avaliou o uso de espaçadores para a melhor adaptação dos grampos. Utilizamos a matriz metálica de um primeiro molar inferior direito recortada de maneira a evidenciar a relação entre o bordo superior dos braços do grampo e a superfície dental. A matriz foi duplicada e foram obtidos 40 modelos em gesso, divididos em 04 grupos: 01 controle (sem espaçador) e 03 com espaçadores (Esmalte, Liqui-Base e Monopoly). A seguir os modelos de gesso foram duplicados em revestimento fosfatado (Termocast) manipulado de acordo com as instruções do fabricante. Os grampos foram confeccionados a partir de padrões pré-fabricados e fundidos sob chama de gás-oxigênio, como na maioria dos laboratórios comerciais. Os grampos fundidos foram jateados com óxido de alumínio e adaptados à matriz apenas com a remoção cuidadosa de possíveis nódulos, sem qualquer acabamento ou polimento. A leitura foi executada num microscópio para medidas lineares e angulares Nikon em 06 pontos (03 por vestibular e 03 por lingual). Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e foi detectada diferença estatisticamente significantes entre os grupos estudados. O teste de Tukey a nível de 5% de probabilidade evidenciou as diferenças. De maneira geral os espaçadores resultaram em menores médias de desadaptação, com o esmalte proporcionando os melhores resultados. Em função dos dados obtidos podemos concluir que o uso de espaçadores é um alternativa viável para melhorar a adaptação dos grampos de prótese parcial removível.

 

 

B159

 

 

Avaliação do ultra-som na remoção de pinos pré-fabricados.

M.R.S.OLIVEIRA*; J.C.G. BIFFI; A.S.MOTA.

Universidade Federal de Uberlândia, jcgbiffi@ufu.br.

 

 

Existem na literatura vários métodos citados com a finalidade de se remover pinos intra-radiculares. Atualmente tem-se utilizado o aparelho de ultra-som com esta finalidade. A vibração ultra-sônica tem sua ação direcionada ao agente cimentante, causando microfratura no mesmo, além de evitar, quando usado com critérios, o risco de danos ao elemento dental. O presente trabalho se propôs a avaliar a efetividade da vibração ultra-sônica na remoção de pinos intra-radiculares pré-fabricados cimentados com fosfato de zinco. Para a primeira etapa experimental utilizou-se 40 corpos de prova, composto por dentes incisivos centrais superiores, sendo 20 destinados ao grupo controle, onde não se utilizou de vibração ultra-sônica, e 20 ao grupo experimental que fez uso da vibração ultra-sônica. Numa segunda etapa, estes espécimes foram utilizados de maneira inversa. Assim, após nova cimentação dos pinos, cada espécime foi igualmente submetido a duas condições: (1) remoção do pino sem vibração, e (2) remoção do pino com vibração prévia. Os testes de tração foram realizados na Máquina de Ensaio Universal EMIC. Para a análise estatística dos resultados foi aplicada a "Prova de Wilcoxon", sendo que os resultados dos Grupos Controles foram significativamente superiores aos do Grupo Experimental. Da análise dos dados pode-se concluir que, na condição experimental descrita, o ultra-som aplicado ao pino previamente à remoção é um procedimento eficiente.

 

 

B160

 

 

Estudo clínico comparativo entre cirurgia convencional e à laser de CO2 na remoção da

hiperplasia fibrosa inflamatória associada à vestibuloplastia.

L.A.P. PENNA*; A.C.C. NEVES; P.I.SERAIDARIAN; S.M. RODE; W.D.N. FILHO - Universidade Metropolitana de Santos-Unimes

 

 

A cirurgia convencional para remoção de hiperplasia inflamatória (HFI) associada à vestibuloplastia visando perfeita adaptação das próteses totais, pode levar a complicações pós operatórias do tipo edema, dor e/ou hemorragia. Com o advento do laser de CO2 este tipo de cirurgia tem sido beneficiado pelas qualidades intrínsecas deste tipo de radiação. Os autores compararam clinicamente, cirurgia convencional e a laser de CO2 para remoção da HFI associada à vestibuloplastia. Foram selecionados 21 pacientes portadores de prótese total superior e/ou inferior, as quais se apresentavam instáveis devido à má adaptação ao rebordo remanescente. Os rebordos alveolares além de reabsorção acentuada, exibiam um cordão fibroso que se estendia por todo o vestibulo da mucosa jugal superior e/ou inferior. Cinco pacientes foram submetidos à remoção de HFI utilizando-se a técnica convencional e 15 pacientes à técnica de laser de CO2, usado em modo contínuo, com foco de 1,0mm e 10 watts de potência. Após planejamento cirúrgico e protético minucioso, utilizando-se as técnicas convencionais e a laser CO2, as HFI foram removidas. Imediatamente após o ato cúrgico, em todos os casos, foi realizado o reembasamento das próteses com resina resiliente. Em nenhum caso tratado com laser de CO2 houve necessidade de sutura ou do uso de medicação sistêmica, e a ausência de sangramento foi evidente quando comparado com os pacientes tratados com a técnica cirúrgica convencional. Uma desvantagem da cirurgia à laser e que a regeneração epitelial é mais demorada, embora isto não tenha sido observado clinicamente nos nossos pacientes.

 

 

B161

 

 

Biomecânica da prótese removível com extremidade livre e encaixe semi-rígido.

D.C. LAGANÁ*; A.C. MATHIAS; A.L. ZANETTI; E. MATSON.

Departamento de Prótese Dentária, Fac. de Odontologia da USP- SP

 

 

As próteses parciais removíveis de extremidades livres inferiores são as mais prejudiciais às estruturas de suporte dentes e fibromucosa, devido ao seu funcionamento biomecânico. Assim, é importante observar como estas se comportam sob a base da prótese, a fim de que seja possível realizar um melhor planejamento para que cause menores danos a estas estruturas. Uma das soluções é o emprego de encaixes semi-rígidos, os quais acredita-se, minimizam as tensões sobre os dentes suportes. São várias as controvérsias e diferentes as filosofias no que se refere à indicação e ao uso destes dispositivos. Para melhor análise, escolheu-se o método do elemento finito bidimensional, que permite visualisar e quantificar a ocorrência destas tensões. Para tanto, aplicou-se sobre um modelo matemático de um hemiarco de extremidade livre da arcada inferior, sob uma prótese com sistema de encaixe extracoronário semi-rígido com dois pônticos na sela, onde simulou-se 3 situações de aplicação de carga = 100N: 1º) sobre o 1º molar; 2º) sobre o segundo molar; 3º) sobre ambos os molares. Foram avaliadas as estruturas das próteses parciais fixa e removível, a do encaixe e as do suporte dental (ligamento) e da fibromucosa. Os resultados mostraram que no sistema de encaixe semi-rígido a distribuição mais eqüitativa das tensões ocorreu quando a carga foi aplicada sobre os dois pônticos, onde tanto dentes como fibromucosa receberam a mesma quantidade de tensões.

 

 

B162

 

 

Aumento do espaço alveolar mandibular com o aparelho de distração osteogênica.

M.M. SOARES; J.A. BAUER; F. INTERLANDI; W.A. JORGE.

Serviço de Urgências Buco-Maxilo-Faciais do Hospital Universitário - USP

 

 

Pacientes parcialmente ou totalmente edentados podem ser reabilitados com prótese convencional ou suporte de implantes. Quando o espaço alveolar está atrofiado, o suporte da mucosa pode mostrar uma pobre estabilidade e a instalação de implantes requer cirurgias de grande morbilidade como uma derivação de nervos ou enxerto para preencher o espaço alveolar. O comprimento dos ossos longos por distração osteogênica é usado desde os anos 50, no entanto desde os anos 70 é usado no tratamento de malformações mandibulares. Esse estudo foi dividido em duas fases com o propósito de desenvolver uma aplicação interna do aumento do espaço alveolar usando a distração osteogênica. Fase1: Seis coelhos adultos machos foram usados. Os animais foram anestesiados com Ketalar (20mg/kg) e Rompum (15mg/kg) e o corpo da mandíbula foi exposto por uma incisão submandibular. Na osteotomia quadrangular, foi feito uma base de mandíbula e um aparelho osteogênico foi inserido. O aparelho fica no lugar por 5 dias quando iniciar a ativação de 0,5mm 2 vezes ao dia. Um não recebeu a ativação e foi sacrificado depois de 5 semanas e a área alongada foi avaliada clinicamente e histológicamente. A medida aumentada da área foi 4,8mm e foi possível anotar um processo ativo de regeneração óssea. Fase 2: Foram selecionados 12 pacientes com o rebordo atrofiado e aparelho foi adaptada para uso humano. O aparelho de distração foi instalado na base da mandíbula. A proporção do processo de ativação foi 0,5mm duas vezes ao dia para o tempo necessário a cada caso. O aumento obtido fica de 5mm a 10mm com uma média de 7mm. O movimento lento e progressivo da área osteotomizada pode ser considerado com uma alternativa para usar no enxerto de reabilitação ou nos espaços de atrofia mandibular.

 

 

B163

 

 

Estudo microbiológico de condicionadores teciduais em prótese total.

A.G.A.C. Lima*; N.F. D’Almeida; M.P. NEISSER; M.T. Shimizu.

Depto.M.O.P. e Depto.Pat. da F.O.S.J.C. - UNESP. fax (012) 321-2036

 

 

Condicionadores teciduais e bases macias para reembasamento parcial visam melhorar as condições da fibromucosa e a adaptação da prótese sobre os rebordos, porém possuem a desvantagem de serem facilmente colonizáveis por microrganismos, principalmente leveduras do gênero Candida albicans. Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar os efeitos do uso de dois condicionadores teciduais sobre tais leveduras e a contagem total de bactérias aeróbias. Foram utilizados 12 pacientes da clínica de prótese total da F.O.S.J.C./ UNESP que foram divididos em 2 grupos. No 1o., foi utilizado Coe Comfort (GC) e no 2o., FITT (KERR) apenas nas próteses totais superiores. Os materiais foram utilizado durante 7 dias, sendo posteriormente substituídos por nova camada e utilizados por mais 7 dias. Para a avaliação microbiológica, a saliva foi coletada antes do 1o. condicionamento, aos 7 e aos14 dias de uso. Para o isolamento de leveduras do gênero Candida, a saliva foi diluída e semeada em ágar Sabourand dextrose acrescido de cloranfenicol e as colônias contadas e identificadas. Para a contagem total de bactérias, a saliva diluída foi semeada em ágar sangue. Verificou-se que apesar dos resultados clínicos satisfatórios de ambos os materiais, o grupo testado com FITT apresentou uma diminuição no número de leveduras e bactérias totais, durante o período testado enquanto o grupo tratado com o Coe Comfort apresentou número variável de microrganismos em relação ao período anterior ao condicionamento. Concluiu-se que ambos os materiais apresentaram bom desempenho clínico, sendo que FITT apresentou melhores resultados do que Coe Comfort em relação à não colonização de leveduras do gênero Candida e bactérias.

 

 

B164

 

 

Estudo microbiológico em pacientes portadores de próteses oculares acrílicas.

N.F. D’Almeida*; A.Galati; P.A. Moroni; S.M. Rode; C.S. uNTERKIRCHER; M.T.Shimizu.

Depto.M.O.P. e Depto.Pat. da F.O.S.J.C. - UNESP. fax (012) 321-2036

 

 

Os pacientes portadores de prótese ocular estão sujeitos a infecções, traumas, inflamações entre outros. Estes quadros ocorrem em função de modificações fisiológicas e morfológicas da cavidade anoftálmica ou por uso de próteses inadequadas, tanto nos aspectos estético, funcional como de confecção. A perda do brilho e da lisura superficial da prótese pode levar a uma redução na mobilidade da prótese ocular e acúmulo de secreção, gerando desconforto ao paciente. Em casos mais graves ocorre a conjuntivite crônica superficial, usualmente de origem bacteriana, provocada principalmente pelo Staphylococcus aureus e outros organismos como B. coli, Pneumococcus e B. pyocyaneus. O objetivo deste trabalho foi de avaliar a microbiota bacteriana e fúngica das secreções encontradas nas cavidades anoftálmicas e nas superfícies das próteses oculares de acrílico, como também a sensibilidade das espécies bacterianas isoladas por meio de antibiograma, utilizando-se discos de antibióticos. As coletas de secreção foram realizadas por meio de swab estéril. O material coletado foi semeado em ágar sangue, ágar MacConkey e ágar Sabouraud dextrose acrescido de cloranfenicol. Isolou-se bactérias em todos os casos, tanto da cavidade anoftálmica quanto da superfície da prótese ocular. Não foram isolados fungos filamentosos ou leveduras em nenhum dos casos. As bactérias presentes na cavidade anoftálmica e superfície da prótese ocular foram, em ordem de prevalência, S. epidermidis, S. aureus, Klebsiella ozenae, Serratia sp e Streptococcus sp. Os microrganismos isolados apresentaram resistência múltipla aos antibióticos testados.

 

 

B165

 

 

Análise de modelos obtidos após revazamento em moldes de silicona

H.C.P. BRUCOLI*; F.A. KAWAGUCHI; L.B. BISPO.

Departamento de Dentística, Faculdade de Odontologia da USP-SP

 

 

A proposta deste trabalho é verificar diferença de dimensão, no plano horizontal, dos modelos de gesso obtidos antes e após o revazamento em moldes de silicona de adição e de condensação. Para isso, os modelos de gesso obtidos foram medidos através de um projetor de perfil. Para obtenção dos modelos de gesso, foram moldados dois pinos tronco-cônicos de alumínio, confeccionados de forma a simular um preparo para coroa total com ombro, margens arredondadas e área de "undercut". Para padronização das moldagens, foram utilizadas moldeiras perfuradas, cujas dimensões permitiram espessuras máximas de 4mm das siliconas e uma guia metálica para inserção das moldeiras. Os modelos de gesso obtidos foram medidos com auxílio de marcas diametralmente opostas, situadas nas margens do ombro, copiadas pela silicona e reproduzidas no gesso. As medidas obtidas foram analisadas estatisticamente pelo teste "t" de Student, ao nível de 0,05% de confiança. Para a silicona de adição, encontramos uma media de 9,731mm antes do revazamento e uma media de 9,684mm após o revazamento, sendo que o "t" no valor de 1,54 não mostrou diferença significante entre elas. Para a silicona de condensação, as medias encontradas foram 9.702mm antes e 9.696mm depois do revazamento, sendo que o "t" no valor de 0,481 também não mostrou diferença significante entre elas. Concluímos, dessa forma, que não houve diferença significante da dimensão horizontal dos modelos de gesso obtidos após o primeiro vazamento, em relação aos mesmos obtidos depois do revazamento, tanto para as moldagens com silicona de adição como para as de condensação.

 

 

B166

 

 

Análise química, microestrutural e dureza de ligas para prótese sobre implantes

J.C. DINATO*; M.P. NEISSER, M.A. BOTTINO; R.M. BEZERRA; P.C.R.D. SOUZA; A.C.GUASTALDI.

Fac. Odont. São José dos Campos e Instituto de Química - UNESP

 

 

A utilização de implantes osseointegrados em substituição a dentes perdidos é uma técnica cientificamente comprovada, sendo confiável e segura. A prótese fixa a ser colocada sobre implantes deve preencher vários requisitos, entre os quais, a adaptação passiva sobre os pilares, não induzindo tensões. Várias técnicas têm sido desenvolvidas com esta finalidade; entre estas o método de soldagem a laser de Nd-YAG mostra-se adequado por produzir um feixe de luz concentrado de alta energia, minimizando distorções e, desta forma, melhorando a adaptação das próteses e ainda dispensando a adição de outra liga metálica (solda). O objetivo deste trabalho foi avaliar a microestrutura de duas ligas metálicas: titânio comercialmente puro ( Ti cp ) e prata paládio ( Palliag M ), utilizadas na confecção de prótese sobre implantes, quando submetidas ao processo de soldagem a laser. A soldagem foi realizada em atmosfera de argônio, com impulsos de laser de 270 V e 12 ms para Ti cp e de 310 V e 14 ms para Palliag M. Foram realizadas análises químicas das ligas, observação da microestrutura por microscopia óptica e microscopia eletrônica de varredura (MEV), e medidas de dureza Vickers. Em vista dos resultados obtidos pode-se concluir que a microestrutura das ligas ensaiadas apresentou três regiões distintas: cordão de solda (CS), zona afetada pelo calor (ZAC) e metal base (MB).O Ti cp apresentou microestrutura granular, sendo que a microestrutura do CS e ZAC apresentaram estrutura mais refinada e maior dureza. Para a liga Palliag M observou-se aparecimento de estrutura dendrítica no CS, sendo sua dureza semelhante à ZAC e menor do que MB

 

 

B167

 

 

Desordem Cranomandibular-Prevalência de sintomas analisados no NED-FOP/UNICAMP.

M.L. CASTRO; D.B. GROSSO*; I. GIL; C.M.R BARBOSA; M.S.A. MOURA; V.M. PEDRO.

Depto. de Odont. Social FOP/UNICAMP- vanessa@power.ufscar.b

 

 

A Desordem Craniomandibular (DCM) apresenta uma etiologia multifatorial e diferentes sintomas. No entanto, não está bem estabelecido a prevalência dos mesmos (Schoroeder et al, J. Oral Rehabilitation., 18:301-310,1991; McNEILL C., Oral Surg. Oral Med. Oral Radiol. Endod., 83:51-60, 1997) especialmente nos centros de atendimento multidisciplinar. Desta forma a proposta do presente estudo foi investigar a sintomatologia dos pacientes atendidos no Núcleo de Estudos da Dor (NED) FOP/UNICAMP, no período de 1993 a 1996. Para tanto foram analisadas 33 fichas dos pacientes, todos do sexo feminino, submetidos ao tratamento multidisciplinar proposto pelo NED (Gil et al., J. Cranio. Pract., 16:17-25,1998), com idade entre 17 a 67 anos. A freqüência do aparecimento dos sintomas listados na fichas, foram categorizadas e organizadas como variáveis, num banco de dados (EPI-INFO/OMS.5.0). A freqüência de aparecimento das variáveis foi obtida pela análise estatística descritiva (SAS - 6.08). Os resultados desta investigação mostraram que a queixa de dor articular representou 69% da amostra; as dores de cabeça 72,7%, destas 57,6 nos músculos temporais; 27,3% dos pacientes referiram dor orbicular; as dores de ouvido acometeram 42,4% da amostra, enquanto que as queixas de zumbido nos ouvidos foram encontradas em 15% dos pacientes. Os dados desta pesquisa evidenciaram que os pacientes com DCM, tratados neste período no NED-FOP/UNICAMP apresentaram maior incidência de dores de cabeça, especialmente nos músculos temporais.

 

 

B168

 

 

A relação dor e fatores oclusais nas disfunções da atm

S. VACARIUC*; J.R. V.REZENDE; O. CRIVELLO JR.

Depto. de Estomatologia – Disciplina de Radiologia – FOUSP tel. 287.3025

 

 

Pesquisamos a presença de dor,tipo de mordida e as interferências oclusais nos movimentos excursivos mandibulares. Foram examinados 51 pacientes adultos de ambos os sexos, não portadores de próteses que apresentavam disfunção da ATM. Foi feita palpação da região da ATM para detectarmos a ocorrência de dor.As interferências oclusais em lateralidade e protrusão, foram detectadas usando-se uma tira de poliéster colocada entre as faces oclusais antes da realização dos movimentos excursivos.Analisando a oclusão verificamos a presença ou não de maloclusão.Os tipos de maloclusões encontradas foram:mordida aberta (19,60%),mordida profunda (17,64%),mordida em topo a topo (15,68%) e finalmente mordida cruzada em (13,72%).Em movimentos de lateralidade observamos se apresentavam interferência bilateral ou unilateral.Nossos resultados mostram que: dor a palpação foi relatada em (80,39%) dos pacientes, (66,64%) dos pacientes apresentavam maloclusão, a mordida aberta foi a mais encontrada(19,60%) entre os diversos tipos,a maioria apresentava interferência oclusal (58,16%), e (64,70%) dos pacientes apresentavam dor coincidindo com o lado de interferência oclusal. Concluímos pêlos resultados obtidos que os fatores oclusais desempenham importante papel na presença das dores associadas as disfunções da ATM.

 

 

B169

 

 

Severidade das más oclusões em escolares do Rio de Janeiro

J.A.M. MIGUEL* & M.A.O. ALMEIDA.

Disciplina de Ortodontia - F.O- Universidade do Estado do Rio de Janeiro- UERJ - "jmiguel@trip.com.br"

 

 

O objetivo do presente estudo foi avaliar o grau de severidade das más oclusões em escolares da Rede Municipal do Rio de Janeiro com 12 anos de idade. O Índice de Necessidade para Tratamento Ortodôntico, ou IOTN (Brook PH, Shaw WC; Eur. J. Orthod., 11:309-32, 1989), foi utilizado em um levantamento epidemiológico em 50 escolas aleatoriamente selecionadas. Os escores do Componente de Saúde Oral (DHC) representam uma escala crescente de severidade, variando de 1 (sem necessidade) a 5 (muita necessidade para tratamento ortodôntico). O teste chi quadrado foi utilizado para testar a hipótese de diferença significativa entre os sexos.

 

 

 

 

 

 

 

Pode-se concluir que aproximadamente metade da população estudada (51,1%) apresentou pouca ou nenhuma necessidade de tratamento ortodôntico. Um quarto (26,7%) do grupo (Escores 4 e 5) foi avaliado como prioritário para receber tratamento, enquanto 22,2% ficaram em nível intermediário. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os sexos (p=0,274866).

 

 

B170

 

 

Prevalência de maloclusões em bebês de 06 a 24 meses.

M.L. KASHINOKI*; M.J.S. BÖNECKER; D.A. DUARTE.

Depto. Odontopediatria - Assoc. Bras. Ensino Odonto. - SP - (011) 5314645

 

 

Os objetivos desta pesquisa consistiram em determinar a prevalência de maloclusões em crianças com idade entre 06 e 24 meses correlacionando-a com hábitos de sucção não nutritiva. Este estudo transversal foi conduzido através de um questionário preenchido em entrevista direta com os pais, e exame clínico. Foram examinadas 70 crianças que freqüentaram duas creches da região central do município de São Paulo. Dos 22 bebês com idade entre 6 e 12 meses 24% possuiam hábitos de sucção não nutritiva e 7% apresentavam maloclusão sendo a mais frequente a mordida cruzada anterior. Dos 16 bebês com idade entre 12 e 18 meses 18% possuiam hábitos e 8% maloclusão sendo o trespasse horizontal >3mm e sobremordida as mais frequentes. Dentre as 32 crianças com idade entre 18 e 24 meses 30% possuiam hábitos e 36% maloclusão, sendo as mais frequentes a mordida aberta anterior e trespasse horizontal >3mm. A ocorrência de algum hábito de sucção não nutritiva foi verificada em 72,86% das crianças. Ao final do estudo foi constatado que entre as crianças com hábitos de sucção não nutritiva a prevalência de maloclusões foi maior do que entre aquelas sem hábitos. Bebês que dispuseram de aleitamento materno por um período igual ou superior a 5 meses apresentaram uma baixa frequência de hábitos. A prevalência de maloclusão aumenta de acordo com a idade. Isto indica que a descontinuidade do hábito contribuiria para diminuir a possibilidade de instalação futura de maloclusão antes dos 18 meses.

 

 

B171

 

 

Alteração na expressão do CGRP durante processos inflamatórios na articulação temporomandibular de ratos.

J.P. DAMICO*; C.A. CASATTI; M.T. ARROYO1; J.A. BAUER.1

Depto. de Histologia/USP; 2FOAraçatuba-UNESP. F:(011) 818-7261.

 

 

As fibras e terminações nervosas sensitivas imunorreativas ao peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP) presentes nas articulações tem sido relacionadas com a modulação dos processos inflamatórios articulares. O objetivo do presente trabalho é avaliar, no rato, o comportamento da expressão do CGRP nos pericários alojados no gânglio trigeminal que enviam fibras nervosas para a ATM com processo inflamatório induzido experimentalmente. Para isso, ratos (Rattus novergicus) adultos machos foram submetidos ao implante do neurotraçador retrógrado "fast blue" no espaço supradiscal da ATM e divididos em três grupos experimentais: a) controle; b) inflamação agúda na ATM (deposição intra-articular de 2 mg de carragenina, 2 dias antes do sacrifício); c) inflamação crônica na ATM (deposição intra-articular de 2 mg de carragenina, 15 dias antes do sacrifício). Após 15 dias do implante do neurotraçador, os animais foram perfundidos transcardiacamente com solução salina, seguida de solução fixadora (paraformaldeído 4% em tampão fosfato de sódio 0,1M, pH 7,4). Os gânglios trigeminais foram coletados, cortados com 30mm de espessura, submetidos a técnica de imunofluorescência indireta para detecção do CGRP, e analizados em microscópia de epifluorescência. Os resultados demonstraram que da população de pericários que enviam fibras nervosas para a ATM: a) no grupo controle, 31±2,7% são imunorreativos ao CGRP; b) no grupo agudo, 54±2,3%; c) no grupo crônico, 49±3,3%. Concluímos que os neurônios trigeminais que enviam fibras nervosas para a ATM alteram a expressão do CGRP no decorrer dos processos inflamatórios instalados nessa articulação.

 

 

B172

 

 

Força de mordida em pacientes com disfunção craniomandibular

I.K. TRINDADE*; P.C.R. CONTI; A.C. SAMPAIO; A.S. TRINDADE JR.

Depto.de Fisiologia/Depto.de Prótese, Faculdade de Odontologia de Bauru, USP. (014)235-8275

 

 

A disfunção craniomandibular (DCM) caracteriza-se por dor espontânea e à palpação dos músculos elevadores da mandíbula, o que pode resultar em diminuição da força desenvolvida durante a mastigação. O presente trabalho teve por objetivo quantificar a força de mordida isométrica máxima em um grupo de indivíduos com DCM. O estudo foi conduzido em 16 pacientes da FOB-USP, sendo 13 mulheres e 3 homens com idade entre 16 e 65 anos. Para fins de controle foram, também, analisados 11 indivíduos normais, com idade entre 19 e 24 anos, sendo 5 mulheres e 6 homens, livres de sinais e sintomas de DCM e sem desarmonias oclusais significantes. A força de mordida foi determinada na região de molares nos dois lados da arcada dentária utilizando um gnatodinamômetro tipo célula de carga, à base de "strain gage", tipo coluna. No grupo com DCM, os valores médios da força de mordida isométrica máxima obtidos nos lados esquerdo e direito foram, respectivamente, 31,31±19,82 e 30,50±23,60 Kgf. No grupo controle, os valores foram, respectivamente, 48,55±19,33 e 51,09±22,18 Kgf. A análise dos dados demonstrou que as diferenças entre o grupo com DCM e o grupo controle foram estatisticamente significantes (p<0,05). Não foram encontradas diferenças de força de mordida entre os grupos do sexo masculino e feminino e, também, entre o lado direito e esquerdo da arcada dentária. Os resultados sugerem que pacientes com DCM apresentam redução da força de mordida comparativamente a indivíduos normais provavelmente em consequência do processo doloroso característico da DCM.

 

 

B173

 

 

Freqüência e características de hábitos parafuncionais em pacientes com disfunções da articulação temporomandibular.

L. RODRIGUES*;J.B.D. LEMOS; M. TOKURA; J.G.C. LUZ.

Depto.C.T.B.M.F.-FOUSP e Oclusão e ATM-UNICID.

 

 

Os hábitos parafuncionais são considerados um fator importante na gênese das disfunções da articulação temporomandibular. Entretanto, poucos estudos os têm relacionado com disfunções temporomandibulares. Foi avaliada a freqüência e as características de hábitos parafuncionais num grupo de 43 pacientes com disfunções temporomandibulares. Destes, 32(74,4%) relataram hábitos parafuncionais durante o exame subjetivo. Houve uma predominância do gênero feminino (87,5%) e da faixa etária de 21-40 anos (65,6%). Os hábitos parafuncionais foram, em ordem decrescente, briquismo, isolado ou associado a outros hábitos, apertamento dental, onicofagia, morder objetos e morder a língua. Sinais clínicos como hipertrofia da linea alba jugal (43,7%) e língua crenada (37,5%) foram observados. Facetas de desgaste foram freqüentes em dentes anteriores, em especial caninos (28,1% a 43,7%). Concluímos que a frequência de hábitos parafuncionais em disfunções temporomandibulares é alta, com predomínio do briquismo, enquanto evidências clínicas destes são observadas apenas em parte dos pacientes.

 

 

B174

 

 

Distribuição das tensões internas em incisivo central superior sob força de inclinação

A. Tortamano; F. Nauff*; J.W. Vigorito.

Depto. de Ortodontia e Odontopediatria, FOUSP – SP Tel: (011) 818-7812

 

 

Os autores se propuseram a estudar as tensões internas desenvolvidas em um incisivo central superior e seu periodonto de sustentação durante o movimento ortodôntico de inclinação. Para tanto foi desenvolvido um modelo bidimensional de elementos finitos, a partir de um corte sagital de pré-maxila humana, envolvendo o incisivo central, da qual foi obtido um desenho bidimensional que foi submetido ao programa MSC/NASTRAN resultando num modelo matemático de 573 elementos e 346 nós no qual foi aplicado uma carga horizontal de 1N na face vestibular no sentido ântero-posterior. Analisando a representação gráfica da distribuição das tensões no modelo matemático, observou-se que as tensões de compressão se localizaram com maior predominância no lado posterior do modelo e as de tração no lado anterior; no ligamento periodontal as tensões concentraram-se mais na região lingual e apical da raiz, e no osso, as tensões concentraram-se mais no osso cortical do que no esponjoso, sendo que a maior concentração de tensões ocorreu no osso cortical, lado lingual na altura do ápice radicular. Concluiu-se que o movimento de inclinação, apesar de tecnicamente simples, apresenta uma complexidade de tensões de tração e compressão, sendo observada a presença desses dois tipos de tensão em locais nos quais se imaginava a ocorrência de apenas uma delas.

 

 

B175

 

 

Comparação entre diferentes métodos de registro da trajetória condilar sagital.

P.R.J. ZUIM*; A.A.D.B. CURY; V. SOUSA.

Depto de Periodontia e Prótese, F. O. P. - UNICAMP, Fone:(019)430 5294

 

 

A determinação da trajetória sagital da cabeça da mandíbula (TSCM) têm sido exaustivamente pesquisada e os achados têm demonstrado controvérsias evidenciando ainda a necessidade de maiores estudos. A TSCM pode ser determinada utilizando-se os métodos intra e extra orais, e também o radiográfico; acredita-se que, no intra-oral, o emprego de articuladores com diferentes mecanismos ("arcon" e "não-arcon") resulta em resultados diversos, bem como é possível utilizar métodos extra orais e/ou radiográfico no ajuste destes aparelhos, o que os autores se propuseram a verificar. Para isso, foram selecionados 22 pacientes dentados e sem desordens craniomandibulares, para os quais os três métodos foram utilizados. Para o intra-oral foram empregados os dois tipos de articuladores e o mesmo registro protrusivo, verificando-se a correlação (teste de "Pearson") entre os grupos de resultados e observando-se as diferenças entre as amostras (teste "t"). As médias foram de 40,33º ("arcon") e 42,05º ("não-arcon"), para o método intra-oral; 44,4º e 52,49º para os métodos extra-oral e radiográfico respectivamente. Observou-se correlação positiva somente entre os dados de ambos articuladores, ou seja, no método intra-oral. Não houve diferenças estatisticamente significantes entre eles. Em razão dos resultados obtidos os autores concluíram que métodos extra orais e radiográficos não devem ser utilizados para o ajuste de articuladores e ainda que os do tipo "arcon" e "não-arcon" não diferem entre si em relação aos ângulos obtidos para a trajetória condilar sagital.

 

 

B176

 

 

Tratamento adjuvante com T.E.N.S. nas incoordenações do complexo côndilo-disco.

ARANA, A. R. S.*; RIZZATTI-BARBOSA, C. M.; BÉRZIN, F.

Depto. de Prótese e Periodontia da FOP-UNICAMP – SP. Fone: (019) 430-52 11

 

 

As desordens internas da articulação temporomandibular (ATM), constituem um subgrupo dentro das DCMs, resultando de uma disfunção do complexo côndilo-disco. Como tratamento uns indicam um aparelho plano oclusal (APO) e/ou um aparelho reposicionador de disco (ARD). Outros elegem a neuroestimulação elétrica transcutânea (TENS) como o método de tratamento das DCMs. Neste estudo, os autores propuseram avaliar a influência da TENS no tratamento das incoordenações do complexo côndilo-disco das ATMs. Para tanto, selecionaram 10 pacientes mulheres com características homogêneas e após o consentimento das mesmas – no início da pesquisa em janeiro de 1996, ainda não havia comitê de ética – todas fizeram o exame de eletrovibratografia (EVG) para mensuração das condições intraarticulares pré-tratamento. Iniciou-se o uso do APO do 0 (zero) ao 30o dia. Em seguida passou-se ao ARD do 31o ao 60o dia, quando fizeram a EVG para estabelecer o controle do experimento. Após isso, iniciou-se o uso da TENS do 61o ao 90o dia quando foi feita a última EVG. Devido as características dos dados obtidos, foi aplicado o Teste de Sinais, para representar as mudanças ocorridas durante o tratamento, sendo apresentados na forma de sinais matemáticos: (-), (+) ou (++). Verificamos que para o lado esquerdo, 08 pacientes melhoraram no segundo período de análise enquanto que para o lado direito, 9 apresentaram sinal (++) de melhora no mesmo período em relação ao período controle, (60 dias). Concluiu-se que a TENS quando associada aos aparelhos oclusais planos e reposicionadores de disco, melhora a coordenação do complexo côndilo-disco.

Apoio financeiro da FAPESP – Processo número 95/7065-0

 

 

B177

 

 

Radiopacidade de cimentos endodônticos avaliados pelo sistema de radiografia digital

F.B.A. FERREIRA*; M.V. BEVILAQUA; O. TAVANO; P.A.R. SILVA E SOUZA.

Departamento de Estomatologia (Radiologia) – Faculdade de Odontologia de Bauru

 

 

Radiopacidade é uma das propriedades físicas requeridas para os cimentos endodônticos pela qual se avalia o preenchimento do sistema de canais radiculares. Rotineiramente utiliza-se o fotodensitômetro para a leitura de densidades em filmes radiográficos. A finalidade deste trabalho foi utilizar o sistema de imagem digital DIGORA, para determinar a radiopacidade de cinco cimentos endodônticos. Confeccionou-se 11 corpos de prova de 1,5 mm de espessura e 5 de diâmetro dos cimentos com e sem cones de guta-percha, que foram radiografados no sensor do DIGORA em 3 aparelhos de raios x : Dabi 50kV/4mAs; Siemens 60kV/3mAs e Dabi 70kV/2mAs, a uma distância de 40 cm. Após a leitura da placa de imagem no escaner a laser, o software do DIGORA 1.51 determinou a radiopacidade das áreas padronizadas fornecendo a média e desvio-padrão da densidade radiográfica (níveis de cinza). Com os valores obtidos, a ordem dos cimentos do mais radiopaco para o menos foi: Vidrion, N-Rickert, Sealer 26, Endomethasone e Sealapex. Nos cimentos Sealer 26, Endomethasone e Sealapex a adição de guta-percha aumentou a radiopacidade (em torno de 12%), enquanto que nos outros dois houve a diminuição (em torno de 3%). Os números da densidade radiográfica com 50kV foram mais altos que com 60 e 70kV devido a menor discriminação dos níveis de cinza nesta quilovoltagem.

 

 

B178

 

 

Avaliação da recidiva da sobressaliência: a influência do tratamento ortodôntico.

V. C. V. SIQUEIRA*; M. R. FREITAS.

Departamento de Odontologia Infantil FOP UNICAMP e FOB - USP, Brasil – 55 19 4305289

 

 

Investigou-se a recidiva da sobressaliência, utilizando-se uma amostra de 144 telerradiografias obtidas de 48 jovens, apresentando maloclusão do tipo Classe II, 1ª divisão, tomadas antes, após e 5 anos pós tratamento ortodôntico. Dividiu-se a amostra em quatro grupos: I (controle) 5 jovens do sexo feminino sem recidiva; II (experimental) 18 jovens do sexo feminino com recidiva; III (controle) 13 jovens do sexo masculino sem recidiva e IV (experimental) 12 jovens do sexo masculino com recidiva. Os valores de 6-PP; 1-PP; 1-ENAperp; 6-GoMe; 1-GoMe; 6-Pogperp; 1-Pogperp; SN.PO; PO.GoGn; PP.PO; 1.PP; IMPA e 1.1 foram avaliados pela análise multivariada e pela regressão logística. Os resultados indicaram que os grupos III e IV mostraram valores para 6-PP maior que os grupos I e II, os molares superiores e inferiores mesializaram; o valor de 1.PP aumentou indicando uma inclinação para palatino; os grupos I e II demonstraram estabilidade e os grupos II and IV recidiva; o valor de

1-GoMe apresentou estabilidade e o IMPA verticalizou durante o tratamento ortodôntico, mas os grupos I, III e IV mostraram recidiva; a inclinação dos incisivos superiores e inferiores aumentou em todos os grupos durante a terapia, mas os grupos II e IV apresentaram recidiva; os valores para

1-ENAperp mostraram diminuição em todos os grupos, mas 5 anos após o tratamento os grupos II, III and IV demonstraram recidiva. Ocorreu dimorfismo sexual para essa medida cefalométrica, as jovens apresentaram índices de recidiva maiores do que os jovens; o valor de SN.PO diminuiu durante o tratamento e mostrou estabilidade até 5 anos após a terapia; o valor de PP.PO diminuiu em todos os grupos, os grupos I and II apresentaram recidiva mas os grupos III and IV estabilidade, o valor de PO.GoGn aumentou em todos os grupos, mas apresentou uma pequena diminuição 5 anos após o tratamento, sem significância estatística. O sexo feminino apresentou um índice de recidiva da sobressaliênca quatro vezes e meia maior do que o masculino. Financiado parcialmente pela CAPES.

 

 

B179

 

 

Relação entre lesões bucais e progressão da infecção pelo HIV em crianças.

G.F. CASTRO*; C. NISHIO; A.C. FERNANDES; M.B. PORTELA; R. HUGO

Odontopediatria - F.O./IPPMG/UFRJ Fax: 560-6137 r.2101

 

 

Manifestações bucais são consideradas marcadores da progressão da infecção pelo HIV em crianças. O objetivo deste trabalho é comparar a evolução clinica e imunológica de crianças infectadas pelo HIV (HIV+) que apresentaram lesão bucal de tecidos moles no primeiro exame com aquelas que não apresentaram nenhuma lesão. Após consentimento assinado pelo responsável, 62 crianças HIV+, pacientes do IPPMG/UFRJ - RJ foram examinadas no período de 1995-97 por um único examinador. As lesões bucais foram diagnosticadas de acordo com o EEC-1993. Após o exame, as crianças foram divididas em dois grupos: C (quando da presença de alguma manifestação no 1° exame) (n=25) e S (sem manifestação) (n=37). Através da pesquisa aos prontuários médicos foram anotados os estágios clínico e imunológico correspondentes a data do 1° exame e após 1 ½ ano. Durante este período, as crianças receberam acompanhamento periódico com instrução de higiene bucal, dieta e aplicação de fluoreto. Os resultados mostram que 44% das crianças do grupo C e 13,5% do S evoluíram para o óbito (Qui2 p=0,007). No grupo C, 72% e 64% das crianças tiveram progressão da doença em relação ao estágio clínico e imunológico respectivamente, enquanto no grupo S esses valores foram de 38% e 27% (Qui2 p<0,01). Quando avaliado somente o grupo C observou-se que das crianças com lesão de candidíase (n=14), 93% agravaram seu quadro clínico sendo que 79% delas morreram, enquanto apenas 45,5% das que tinham outras lesões tiveram avanço da doença (Yates’s p<0,05) e nenhuma delas morreu. A infecção pelo HIV progrediu mais severa e rapidamente em crianças que apresentaram manifestação bucal, principalmente naquelas com lesão de candidíase. CNPq-520419/97-1

 

 

B180

 

 

Estudo epidemiológico do carcinoma espinocelular da cavidade bucal.

R.V. BELTRÃO*; M.C.C. SAMPAIO; M.N. XAVIER; R.C. DUARTE; L.J. COSTA

Mestrado em Odontologia/ Estomatologia - UFPB-PB

 

 

O carcinoma espinocelular bucal tem sido uma das grandes preocupações dos cirurgiões dentistas devido à sua alta incidência. Daí a necessidade de estudos epidemiológicos sobre este tipo de câncer. Propusemos analisar a freqüência por sexo, raça, idade e grau de diferenciação do tumor, através de prontuários de pacientes do Hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa-PB, no período entre 1987/1997. Foram analisados 1055 prontuários de registro hospitalar acompanhados dos respectivos laudos histopatológicos. A amostra foi limitada aos pacientes com diagnóstico de CEC bucal como tumor primário. Constatou-se que a presença do tumor ocorreu em 64,18%(677/1055) no sexo masculino, sendo a faixa etária com maior freqüência (29% - 306/1055) compreendida entre 71/80 anos; 67,39%(711/1055) foram da raça branca sendo a língua e lábio inferior as regiões com maior número de casos. Quanto à diferenciação histológica predominaram as lesões com grau de diferenciação moderada. Pacientes do sexo masculino, com idade avançada acima dos 70 anos e da raça branca foram mais susceptíveis e regiões como língua e lábio inferior apresentaram maior freqüência.

 

 

B181

 

 

Estudo morfológico e imunohistoquímico da membrana basal em diversos padrões histológicos do ameloblastoma.

L.B. de SOUZA*; C.V.C. SOUSA; L.P. PINTO.

Pós-Graduação em Patologia Oral/UFRN

 

 

O ameloblastoma é o tumor odontogênico de origem epitelial mais freqüente, podendo exibir diversos arranjos histológicos e apresentando características clínicas, tais como alto índice de recidiva e agressividade local que o faz objeto de constantes estudos. No presente trabalho foi realizado estudo morfológico e imunohistoquímico, objetivando analisar a distribuição e o comportamento da membrana basal em 18 casos de ameloblastomas, sendo 02 casos predominantemente de padrão histológico folicular, 03 plexiformes, 03 de células basais, 01 do padrão de células granulosas, 01 ameloblastoma unicístico, 05 casos exibindo características do padrão folicular juntamente com o plexiforme e 03 casos apresentando o arranjo acantomatoso em conjunto com o folicular. Foram utilizados como marcador de matriz extracelular os anticorpos anti-colágeno tipo IV e anti-laminina. Constatamos a coexistência de mais de um padrão histológico numa mesma lesão e não foi encontrada diferença na expressividade de marcação para os dois anticorpos utilizados, apresentando-se positiva em todos os arranjos histológicos estudados. O padrão histológico folicular apresentou a membrana basal quase sempre contínua e bem delimitada, enquanto nos demais tipos histológicos a mesma apresentou-se, principalmente descontínua. Concluímos que utilizando-se desta metodologia não foi possível correlacionar o comportamento clínico desta entidade com os diversos arranjos histológicos por ela apresentados.

Apoio financeiro do Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral/UFRN

 

 

B182

 

 

Avaliação radiográfica da localização do forame mental na implantodontia

R.H.R. PINTO*; M. FENYO-PEREIRA; J. PANELLA.

Depto. de Estomatologia, Disc. de Radiologia da FOUSP-SP tel. 011 818.7831

 

 

Quando o paciente vem em busca dos serviços profissionais de um cirurgião-dentista, deve-se traçar um plano de tratamento adequado às suas reais necessidades e que possibilite uma intervenção clínica e/ou cirúrgica segura. Para atingir esse objetivo são necessários exames clínicos e complementares, dentre eles o radiográfico. Nesse estudo procurou-se verificar a eficiência de diferentes técnicas de uso odontológico, comumente empregadas em Implantodontia para identificação e localização do forame mental e posteriormente determinar qual destas técnicas forneceria valores mensuráveis mais próximos do real. Com esta finalidade, foram utilizadas 31 mandíbulas e 01 hemi-mandíbula, totalizando 63 regiões de pré-molares, onde foram tomadas as medidas da distância do forame mental ao rebordo alveolar nas radiografias periapicais pelo paralelismo com e sem tela milimetrada e panorâmica, sendo depois comparadas com aquelas encontradas nas peças anatômicas. Desta forma, procurou-se estabelecer qual técnica ou quais técnicas são mais confiáveis para o planejamento cirúrgico de implantes dentários. Frente aos resultados encontrados, concluí-se que não há diferença que justifique o emprego de qualquer uma delas quando o objetivo é a observação do forame mental, porém em relação às mensurações, as radiografias periapicais pelo paralelismo com e sem tela milimetrada foram as que apresentaram valores mais fidedígnos, ao passo que as radiografias panorâmicas apresentaram imagens ampliadas, dificultando uma correta avaliação das mensurações.

 

 

B183

 

 

Associações de filtros metálicos e filmes dos grupos D e E.

L.C. PARDINI*; P.C.A. WATANABE.

(Laboratório de Análise e Controle da Imagem Radiográfica Odontológica). FORP-USP, Brasil. Fax (016) 6330999.

 

 

Em radiologia odontológica o filtro de Alumínio (z=13) é um dos principais meios de radioproteção. Existe a necessidade da procura da melhoria da qualidade radiográfica e a diminuição da dose de exposição do paciente. Sabendo que quanto maior o número atômico (z) do metal maior poder de filtração da radiação X, a finalidade desta é demonstrar a aplicação clínica da associação do filtro de Zinco (z=30) com o filme radiográfico do grupo E e D. Utilizou-se como material: Aparelho de raios-X (70 kVp, 10 mA, DFF de 40cm), soluções processadoras e filmes periapicais (Kodak) sendo 4 (EP-21) e 4 (DF-21), tempo de exposição recomendado pelo fabricante e a medição da dose de exposição (mR). Como variáveis utilizou-se 1) Filtro de Zinco (0,15 mm) e Filtro de Alumínio (2 mm), associados com filmes dos grupos D e E. A metodologia compreendeu a exposição de "phantom" simulando as condições clínicas (região de premolares e molares inferiores) utilizando as combinações de filtros (Alumínio-Al e Zinco-Zn), e os filmes (D e E) com os códigos AlD, AlE, ZnD, ZnE. As imagens radiográficas do "phantom" foram avaliadas por 60 cirurgiões-dentistas (10 clínicos, 10 endodontistas, 10 periodontistas, 10 ortodontistas, 10 radiologistas, 10 odontopediatras) que atribuíram valores de 1 a 5 para a qualidade das radiografias (contraste e densidade). Os valores atribuídos foram submetidos à análise de variância. Os resultados mostraram as seqüências de associações filtros/filmes com as seguintes médias e as respectivas doses de exposição: 4,4 (AlD-43 Rm); 4,2 (AlE-21mR); 3,3 (ZnD-23mR); 3,1 (ZnE-11mR) e as diferenças estatísticas foram significantes (p<0.01). Conclui-se que o uso da associação AlD apesar de ser o preferido pelos profissionais expõe o paciente a maior quantidade de radiação. (CNPq - Processo: 301042/94-2)

 

 

B184

 

 

Levantamento epidemiológico de lesões bucais X conteúdo programático de Semiologia.

S.A. LACERDA; R.A. LEITE; M.V. OLIVEIRA*

FAX(016)6330999 - Fac. de Odontologia de Rib. Preto/USP -BRASIL.

 

 

O diagnóstico eficaz é o início e o embasamento da terapêutica e o ensino de graduação em Odontologia, na área de diagnóstico, deve atender às necessidades da comunidade. Assim, devemos atualizar permanentemente os conteúdos programáticos considerando as doenças regionais e/ou sazonais. Para isto é necessário que as diversas Universidades realizem levantamentos epidemiológicos e publiquem em periódicos especializados, no intuito de preparar os alunos para atuar em qualquer região do país. É objetivo deste trabalho apresentar as doenças mais comuns demonstrando a necessidade de atualização dos conteúdos programáticos. Como material utilizou-se o levantamento epidemiológico da Clínica de Atendimento Especializado em Diagnóstico Oral (CAEDO), da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (311 pacientes). Os resultados deste levantamento mostraram que doenças sistêmicas mais comuns foram cardíacas (30,3%) e neurológicas (13,6%), a procedência dos pacientes cobria um raio de 500 quilômetros; a raça branca (66,7%) e o sexo feminino (66,7%) foram predominantes; o vício mais comum foi fumo (21%) e fumo/ álcool (6,5%); as regiões da boca mais atingidas por lesões foram palato (26,2%), língua (14,3%), dentes (12,2%), mucosa jugal (11,6%) e lábios (8,8%); as patologias mais comuns foram candidíase (19,7%), hiperplasias por prótese (11,9%), lesões crônicas do periápice (6,1%), hiperceratoses (5,1%), carcinoma espinocelular (2,7%) e paracoccidioidomicose (2,0%). Podemos concluir que, para a nossa região, devemos enfocar preferencialmente alterações cardíacas e neurológicas, lesões hiperplásicas, carcinoma, lesões pré-malignas e infecções fúngicas e que cada Universidade deve procurar conhecer o seu universo.

 

 

B185

 

 

Leucoplasia Pilosa: aspectos histopatológicos da fase subclínica.

K.S. SPYRIDES*; A. SILVA Jr.; M.L.ROCHA; E.C. FONSECA; E.P. DIAS.

Depto.de Patologia/ UFF-RJ E-mail: epd@netgate.com.br

 

 

 

A Leucoplasia Pilosa Oral (LPO) é uma manifestações comum na AIDS, com valor diagnóstico e prognóstico. A LPO está associada ao Epstein-Barr vírus (EBV), com características clínicas e histopatológicas definidas. Já existem relatos de uma fase subclínica da LPO, porém sem caracterização histopatológica (Mabruk et al., J.Oral Pathol. Med., 24(3):109-12,1995). Os objetivos deste estudo foram: a) descrever os aspectos histopatológicos da fase subclínica; b) correlacionar os critérios histopatológicos específicos com a identificação do EBV; c) realizar uma análise comparativa entre as fases subclínica e clínica da LPO. É um estudo retrospectivo de 11 casos, obtidos a partir de cinco biópsias realizadas em pacientes com lesão e da borda de seis linguas sem lesão macroscopicamente detectável, provenientes de necropsias. Métodos utilizados: histopatologia, Imuno-histoquímica e Hibridização in situ. Os aspectos histopatológicos que caracterizaram a fase subclínica da LPO foram: ausência de paraceratose e papilomatose, acantose leve, células claras e alterações nucleares (inclusão tipo Cowdry A, núcleo em "vidro fosco" e núcleo "em colar"). A identificação do EBV foi correlacionada às alterações nucleares observadas na histopatologia. Concluiu-se, com fundamentos na identificação do EBV nas alterações nucleares, que a LPO em sua fase subclínica, da mesma forma que na lesão clínica, apresenta características histopatológicas específicas e suficientes para um diagnóstico definitivo, independente da identificação do EBV. Sugerimos estudos posteriores utilizando a citopatologia como possível método de diagnóstico para detecção da fase subclínica da LPO.

Apoio: CAPES/Mestrado em Patologia Bucal / UFF - RJ.

 

 

B186

 

 

Identificação do Papilomavírus humano em carcinomas de cabeça e pescoço.

B.S. DE BEAUCLAIR, BS*; E.P. DIAS.

Mestrado de Patologia Bucal & Depto. de Patologia UFF- RJ - E-mail:epd@netgate.com.br

 

 

O presente trabalho se propôs a investigar a presença de DNA do Papilomavírus humano em carcinomas de células escamosas com localização em região de cabeça e pescoço, através da técnica de hibridização in situ. (GONZÁLEZ-MOLES, MA et al., Bull Group Int Rech Sci Stomatol et Odontol., 37(3-4):79-85,1994. McCNICOL, AM & FARQUHARSON, MA., J Pathol., 182:250-261,1997. VAN RENSBURG, EJ et al., SAMJ., 85(9):894-896,1995.). Realizou-se um estudo retrospectivo dos casos de carcinoma de cabeça e pescoço do Serviço de Anatomia Patológica do Hospital Universitário Antônio Pedro - UFF. Foram selecionados, aleatoriamente, 38 casos apresentando a seguinte localização anatômica: laringe (12), língua (11), amígdala (06), mucosa bucal (02), palato (03), assoalho de boca (02) e lábio inferior (02). Os carcinomas apresentavam os seguintes graus de diferenciação: bem diferenciado (14), moderadamente diferenciado (23) e pouco diferenciado (01). Os casos foram submetidos a técnica de hibridização in situ com sonda biotinilada. O controle positivo utilizado foi um condiloma acuminado de pênis. O HPV não foi detectado em nenhum dos casos pesquisados. Este fato sugere a possibilidade do HPV não estar associado ao desenvolvimento dos carcinomas de células escamosas de cabeça e pescoço.

Apoio financeiro da CAPES/ Curso de Pós-Graduação em Patologia - UFF.

 

 

B187

 

 

Avaliação da sensibilidade e especificidade de exame clínico e radiográfico.

C.R.S. PEREIRA*; I.A. PORDEUS; E. SAKURAI.

Faculdade de Odontologia PUC/MG, Faculdade de Odontologia da UFMG

 

 

Objetivando verificar a validade e reprodutibilidade dos testes-diagnóstico aplicados em cicatrículas e fissuras de molares permanentes jovens, através dos métodos de inspeção visual, radiografia bitewing e o método combinado (inspeção visual e radiográfico), foram examinadas 25 crianças ( 6 a 12 anos) que apresentavam lesões cariosas questionáveis. Adotaram-se como parâmetro clínico os diagnósticos esmalte hígido, "lesão de esmalte", "mini-cavidade" e "pequena cavidade". A concordância intra-examinador para os métodos visual, radiográfico e combinado foram ótima (0,84), boa (0,76) e ótima (0,88), respectivamente. Considerando os aspectos éticos envolvendo a abertura de dentes hígidos, a estimativa de validade foi obtida considerando os resultados positivos do teste combinado e utilizando-se a projeção de valores de predição negativa para os resultados negativos. Os valores encontrados de sensibilidade do teste combinado foram 0,92 e de 0,45 a 0,56 para valores projetados. A especificidade dos testes foi alta (0,95). O valor preditivo negativo variou de 0,87 a 0,92, sendo o valor preditivo positivo de 0,58 a 0,70. O teste combinado apresentou limitações para diagnosticar as lesões questionáveis, posto que, de um total de 72 dentes, 26 foram submetidos ao teste de cavidade e constatado que 30% das lesões se encontravam paralisadas (falso-positivos). Assim, a presença de "mini-cavidade" e "pequena cavidade", apesar de terem obtido o melhor resultado de limiar de definição de doença na curva ROC, não constituem em indicadores válidos para uma abordagem cirúrgico-restauradora. Na dúvida, prorrogue a intervenção cirúrgico-restauradora, registre o estágio da doença e verifique por meio de reexames a atividade das lesões.

 

 

B188

 

 

Avaliação do diâmetro do feixe útil de aparelhos de raios X odontológicos.

A.L. CUSSIOLI*; A.A. CAMPOS; L.C. PARDINI; P.C.A. WATANABE; L.M.C. CUSSIOLI.

(LACIRO FORP-USP, Brasil.) Fax (016) 6330999.

 

 

Com a crescente preocupação em relação a proteção do paciente ao excesso de radiação ionizante, normas e leis têm sido estabelecidas para restringir a área de tecidos irradiadas pelo feixe útil. A proposta desse trabalho é verificar o diâmetro do feixe útil de radiação de 16 aparelhos de raios X odontológicos de consultórios e clínicas particulares dos alunos de Pós-graduação em Endodontia da FORP-USP. Para avaliar diâmetro do feixe util empregou-se como metodologia filmes radiográficos extra-bucais (24x30cm) em chassis com ecran intensificador. Em cada aparelho a fonte de radiação foi incidida perpendicular ao filme (cilindro localizador sobre o chassis), o tempo de exposição foi de 0,5 seg. As radiografias foram processadas e os diâmetros do feixe útil (diâmetros ortogonais dos círculos radiolúcidos) foram medidos sobre o negatoscópio com o auxílio de um paquímetro digital em uma sala escura. Como resultado pode-se verificar que 68,7% dos aparelhos apresentavam-se dentro das normas e padrões estabelecidas (Diâmetro médio do feixe útil £ 7,0 cm tendo área £ 38,5 cm2), entretanto 31,3% dos aparelhos estavam fora dos padrões e apresentavam área de radiação excedida em até 4x (156 cm2). Pode-se concluir que o diâmetro do feixe útil de 11 aparelhos avaliados apresentou-se dentro dos padrões, entretanto, cumpre ressaltar que 5 profissionais endodontistas, em função de sua área de atuação expõe excessivamante seus pacientes quando da execução de procedimentos endodonticos, há a necessidade de um esclarecimento com relação a calibragem de seu aparelho.

 

 

B189

 

 

Análise da radiopacidade de alguns materiais usados em odontologia

R.F. COSTA*.

Departamento de Odontoclínica. Faculdade de Odontologia da UFF - Niterói - RJ

 

 

O objetivo do presente estudo foi avaliar, a radiopacidade de alguns materiais usados na clínica odontológica, para auxiliar o cirugião-dentista na sua identificação, quando usados como forradores, bases e restaurações. Para a verificação da radiopacidade dos materiais estudados, usou-se uma cunha em degraus de alumínio puro (99,5%) com 10 degraus de 3mm x 1mm para servir de padrão, bem como seis anéis, também de alumínio, com 10mm de diâmetro por 2mm de altura onde foram compactados os referidos materiais. Após a tomada radiográfica do padrão de alumínio e dos discos contendo os materiais estudados e a devida revelação, a densidade da imagem radiográfica dos materiais foi comparada a do dispositivo metálico (cunha em degraus), por meio de um densitômetro, determinando-se a espessura de alumínio equivalente ao corpo de prova, em termos de radiopacidade. Entre os materiais estudados, o cimento fosfato de zinco, o cimento reforçado de óxido de zinco e eugenol e o amálgama de prata registraram a maior radiopacidade, > 10mm de alumínio. O cimento de ionômero de vidro registrou uma radiopacidade entre 2mm e 3mm de alumínio, enquanto as resinas compósitas registraram radiopacidade menor, entre 1mm e 2mm de alumínio. A diferença de radiopacidade entre as resinas e os cimentos foi estatísticamente significante, pelo teste t de Student (p <0,05 - n=3), enquanto o amálgama de prata foi o material de maior radiopacidade observada. Pelo presente estudo é lícito concluir que todos os materiais analisados apresentaram diferentes graus de radiopacidade, variando consideravelmente entre as resinas e os cimentos.

 

 

B190

 

 

Influência da gestação na prevalência de cárie e doença periodontal

A.I.F. SCA VUZZI*, M.C.B.S. da ROCHA, M.I.P. VIANNA

Colegiado de Pós-graduação, Faculdade de Odontologia da UFBA

 

 

Com o objetivo de estudar a prevalência de cárie dentária e da doença periodontal por trimestre de gravidez e número de gestações, foram examinados 204 gestantes (idade média 24 anos, d.p. ±5,27), da cidade de Salvador-BA, com nível sócio econômico baixo. Para o exame clínico, utilizou-se os índices CPOD e ICNTP, segundo os critérios da OMS. 89 gestantes eram primípares, 54 tinham 1 filho, 34 tinham 2 filhos, 22 tinham de 3 a 5 filhos e 5 tinham 6 ou mais filhos. Ao aplicar o teste de Correlação Bivariada de Spearmann, para a relação entre o índice CPOD e número de gestações, observou-se uma fraca correlação (0,1700; p<0,05) como também entre o ICNTP e o número de gestações (0,2774; p<0,01). Do total da amostra, 21 encontravam-se no 1º trimestre de gravidez, 90 no 2º trimestre. Foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis, para que fossem testadas as diferenças das médias do CPOD e seus componentes, nos subgrupos divididos por trimestre de gravidez e, considerando-se p<0,01, nenhuma diferença pôde ser considerada estatisticamente significante. Através da análise dos intervalos de confiança a 95% também não observou-se diferenças, do ponto de vista estatístico, para a condição periodontal, pela análise dos escores do ICNTP, quando comparados os subgrupos por trimestres de gravidez. Concluí-se que, na amostra estudada, um maior número de gestações não implicou numa maior prevalência de cárie dentária ou doença periodontal na mulher; assim como, não houve evidências de incremento da prevalência de cárie ou doença periodontal no período gestacional para o grupo estudado.

 

 

B191

 

 

Prevalência das Neoplasias Benignas e Malignas de Glândulas Salivares menores na FOA-UNESP.

M.H. CANTISANO*; N.P. MORAES.

FO-UERJ/FOA-UNESP - Brasil - Tel. (021) 239.0276

 

 

Na literatura mundial, são vários os trabalhos que estudaram a prevalência das neoplasias de glândulas salivares, entretanto, poucos são os que se referem ao estudo conjunto da prevalência da lesão elementar, sintomas e localização destas patologias. Portanto, este trabalho teve como objetivo, realizar um estudo da prevalência das neoplasias de glândulas salivares menores, quanto a sua benignidade ou malignidade, aparência clínica, lesão elementar, sintomas associados e localização principal, visando, sobretudo, auxiliar o profissional no diagnóstico clínico. A amostra foi constituída dos dados de 60 pacientes registrados nos arquivos das Disciplinas de Estomatologia e Patologia da FOA-UNESP, no período de 1966 a 1997. Os resultados obtidos foram: 51,66% de lesões benignas e 48,34% de lesões malignas com ocorrência maior de Adenoma Pleomórfico (77,4%) e Adenocarcinoma Polimorfo de Baixo Grau de Malignidade (34,48%), respectivamente. As principais lesões elementares foram nódulo, tumefação, úlcera superficial e pápula, e os sintomas mais prevalentes foram dor, parestesia, desconforto e dificuldade de se alimentar. Na amostra estudada pode-se concluir que: 1) As lesões neoplásicas benignas são mais comuns que as malignas; 2) A lesão elementar nodular foi a mais comum dentre as neoplasias benignas e a úlcera, dentre as malignas; 3) O Adenoma Pleomórfico foi a neoplasia benigna mais comum, e o Adenocarcinoma Polimorfo de Baixo Grau de Malignidade foi o neoplasma maligno mais freqüente; 4) Os sintomas mais comuns foram dor e desconforto. 5) O estudo da prevalência destas neoplasias auxiliou o profissional no diagnóstico diferencial das lesões dos tecidos moles da boca.

 

 

B192

 

 

Carcinoma espinocelular: retrospectiva de 20 anos

M.C. AGUIAR*; E.J.B. SANTANA; S.F. OLIVEIRA; C.F. BRANDÃO.

Departamento de Diagnóstico e Terapêutica - UFBA - FAX/TEL: (071) 336-9479

 

 

O câncer bucal constitui um problema de saúde pública em decorrência dos altos índices de mortalidade e morbidade observados em todas as partes do mundo. O Carcinoma Espinocelular é a neoplasia maligna mais freqüente e importante da cavidade bucal constituindo mais de 90 % das lesões malignas da boca. O objetivo desse trabalho foi analisar retrospectivamente em um Hospital Especializado os casos diagnosticados microscopicamente como Carcinoma Espinocelular, ocorridos num período de vinte anos. A avaliação foi realizada através de fichas de biopsia e livros de registros do Hospital Aristides Maltez, Salvador -Bahia. Os aspectos avaliados incluíram gênero, raça, localização da lesão, procedência do paciente, idade subdividida em décadas, vícios relacionados ao fumo e tabaco e tempo de evolução da lesão. No total foram analisados 2.440 casos ocorridos no período entre 1971 a 1991, sendo que 700 registrados no sexo feminino (28,7%) e 1740 no masculino (71,3%). Os resultados demostraram que: a raça mais afetada foi a parda ( 65,4%); a língua foi a localização de maior ocorrência ( 32,8%); a maioria dos pacientes procedia do interior da Bahia ( 80,9%); a faixa etária entre 60 e 69 anos foi a mais comprometida (27,6%); 62,3% eram tabagistas; entre 3 e 4 meses foi o período de evolução mais freqüente (23,9%).

 

 

B193

 

 

Carcinoma epidermóide de boca: um estudo retrospectivo de 740 casos.

S.M.A. TARTAGLIA*; O.L.A.S. GERVÁSIO; R.A. DUTRA; W.A. VASCONCELLOS; M.C.F. AGUIAR.

Depto de Clínica Patologia e Cirurgia, FO-UFMG-( (031) 291.5600

 

 

O objetivo deste estudo foi avaliar, retrospectivamente, as características de pacientes com carcinoma epidermóide de boca encaminhados a dois hospitais de Belo Horizonte (MG), entre 1986 e 1996 com suspeita de malignidade. Os prontuários médicos de 740 pacientes acometidos por carcinoma epidermóide de boca foram revisados em detalhe e a classificação TNM, assim como idade, sexo, raça, ocupação, localização primária do tumor foram registrados. Houve predominância para pacientes homens, com uma razão homem-mulher de 4.8:1. A idade média foi de 58.6. Muitos dos pacientes estavam na sexta década de vida. A língua foi o local mais acometido e a ocupação mais freqüente foi a dos lavradores. Pôde ser estabelecida íntima relação entra alguns hábitos (tabagismo e etilismo) e o desenvolvimento do carcinoma epidermóide de boca. A maioria dos pacientes procurou ajuda médica no primeiro ano após o surgimento dos sintomas, mesmo que metade deles já apresentasse lesões em estágio T4. A identificação das características específicas dessa população pode refletir a situação atual no controle de câncer bucal e pode viabilizar o desenvolvimento de programas de prevenção primários para o carcinoma epidermóide de boca.

 

 

B194

 

 

Diagnóstico oral em Odontologia: Aprendizado baseado em problemas.

S.A. LACERDA*; L.C. PARDINI; G.M. CAMPOS.

Fax (016) 633-0999 - Fac. de Odontologia de Rib. Preto/USP e Universidade de Franca - Brasil

 

 

O ensino da Odontologia, especialmente em relação as disciplinas de radiologia, semiologia e patologia bucal, comumente utiliza aulas expositivas. Essas disciplinas dão ênfase a seu área, deixando para o aluno realizar a integração dos conteúdos programáticos. Pode-se citar, como exemplo, o tema "Granulomas e Cistos Dentais". Cada disciplina ministrada separadamente (radiologia, semiologia e patologia bucal) discorrem sobre sua área de atuação, no entanto nem sempre o aluno consegue fundir as informações adquiridas construindo uma linha de raciocínio íntegra e completa. Assim, a proposta deste objetiva apresentar um modelo de ensino integrado já utilizado no Departamento de Estomatologia da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto e também em aplicação no Departamento de Odontologia da Universidade de Franca (SP). Este tipo de ensino é fundamentado no aprendizado baseado em problema. Como metodologia são utilizadas as técnicas de: 1) Primeiro encontro; 2) Ensino individualizado e 3) Pequenos grupos. Por exemplo, em aulas teóricas, um grupo de aluno apresenta o quadro clínico de um paciente supostamente com sinais e sintomas de "Hipertensão" e relatando todos os detalhes da avaliação clínica aos demais alunos que, por sua vez, tentam chegar ao diagnóstico. O encerramento conta com os comentários dos professores pertinentes ao caso. Na prática, o aluno faz o atendimento clínico e entrevista o paciente para detectar as doenças. Em situação oportuna cada um apresenta o caso de seu paciente para os outros aluno, para discutirem junto com os professores sua conduta de tratamento. Portanto, pode-se concluir que o exercício dessa atividade integrada dará formação crítica ao aluno (futuro profissional) capacitando-o para atuação na comunidade.

 

 

B195

 

 

Campanha de prevenção de câncer de boca em Pelotas/RS.

E.R.C. RIVERO, F.V. BORCHHARDT, G. GHISLENI, A. ETGES, A.P.N. GOMES, S.B.C. TARQUINIO*, L.M.A. ARAÚJO.

FO-UFPel-Pelotas/RS.

 

 

O câncer constitui-se num problema social para a humanidade, sendo no Brasil, responsável pela segunda causa de morte por doença, antecedido apenas pelas doenças cardiovasculares. O objetivo deste trabalho, é reportar os dados epidemiológicos obtidos durante a campanha ¨Boca à Vista¨, realizada na cidade de Pelotas/RS. Houve a participação de 227 alunos de graduação que trabalharam na divulgação da campanha e na realização dos exames clínicos, sob supervisão dos professores da disciplina de Patologia Bucal da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Pelotas. Foram examinados 440 pacientes, dos quais 276 apresentaram lesões bucais. O grupo das lesões para-protéticas, constituído pela candidíase atrófica crônica, hiperplasia fibrosa inflamatória e úlcera traumática, foi o mais freqüente em nosso estudo. Foram detectadas 3% de lesões malignas e 14,8% de lesões pré-malignas, as quais estavam entre as mais prevalentes. Os dados levantados nesta campanha demonstram a importância da detecção precoce das lesões pré-malignas, como forma de prevenção do câncer bucal, através de um exame clínico apurado feito pelo cirurgião dentista e da conscientização da população quanto à existência dessas lesões e para a realização do auto-exame .

 

 

B196

 

 

Importância da anamnese no reconhecimento de pacientes de risco.

B.C. RAMOS*; L.C. MAIA; D.N. SARRUF.

FO-UFF/CEEO – Niterói – RJ, Brasil.

 

 

O objetivo deste estudo foi identificar pacientes com risco de eventuais distúrbios emergenciais, durante as consultas odontológicas. Para tanto, foram selecionados 289 prontuários de pacientes, em tratamento no Centro de Estudos de Especialidades Odontológicas – Niterói – RJ, dos quais foram levantados dados relacionados ao estado geral de saúde do paciente. Do total de 268 pacientes, 143 (53,36%) tinham algo relevante na história familiar e 81 (30,22%) estavam em tratamento médico. Dos 289 pacientes, 64 (22,15%) tinham alergia a substâncias químicas, e 3 (1,06%) já tiveram reação alérgica aos anestésicos locais. Houve 203 (22,48%) relatos de problemas cardiovasculares, sendo 7 (3,45%) de lesões congênitas ou adquiridas, 27 (13,30%) de hipertensão, 12 (5,91%) de angina pectoris e/ou dores pré-cordiais. Verificou-se 415 (45,96%) relatos no sistema endócrino. O mais frequente foi a presença de diabéticos na família (25,54%), sendo 4 (0,96%) pacientes diagnosticadamente diabéticos. Além disto, 25 (6,02%) tiveram hepatite e 5 (1,20%) icterícia. No sistema digestivo houve 46 (5,09%) de citações, sendo as dores epigástricas as mais comuns (34,78%); as úlceras apareceram em 6 (13,04%) citações. O sistema genito-urinário teve 36 (3,99%) queixas, sendo os cálculos renais as mais comuns (27,77%). Um (2,77%) dos pacientes tem insuficiência renal. No sistema otorrinolaringológico houve 132 (14,62%) queixas, mas nenhuma mostrou-se relevante. O sistema respiratório teve 71 (7,86%) citações, 2 (2,81%) pacientes tiveram tuberculose, e 24 (33,80%) têm dificuldade respiratória. Em conclusão, uma anamnese bem feita é fundamental para o reconhecimento de pacientes de risco para tratamento odontológico.

 

 

B197

 

 

Expressão dos exons variantes do CD44 em carcinomas espinocelulares bucais primários e metastáticos.

D.T. OLIVEIRA*; E.W. ODELL. Depto de Patologia, Faculdade de Odontologia de Bauru USP, Brasil

e Dept.Oral Medicine and Pathology, UMDS Guy’s Hospital, London SE1 9RT.

 

 

Os carcinomas espinocelulares bucais expressam múltiplas combinações do receptor de superfície celular CD44, que contém os exons variantes v2-v10. A expressão desses exons individuais específicos confere habilidades metastáticas em diversos tumores malignos, mas a relação com o carcinoma espinocelular não está clara. O objetivo deste estudo foi caracterizar a expressão do CD44 em uma série homogênea de carcinomas espinocelulares com e sem metástases, em tecidos fixados em formalina e congelados, correlacionando-os com a localização e o estágio de evolução tumoral. Onze carcinomas espinocelulares sem metástases e 9 carcinomas primários com 19 metástases foram corados imunohistoquimicamente para CD44H e os produtos dos seus exons variantes v3, v4/5, v6 e v9. Os padrões de coloração dos carcinomas espinocelulares foram comparados estatísticamente com o comportamento e as graduações do fronte de invasividade tumoral. A maioria dos carcinomas coraram positivamente para todos os exons testados, mas uma significante minoria demonstrou perda de expressão para os exons v4/5. A perda da expressão foi mais intensa nas metástases, mas não houve correlação desta com o comportamento ou graduação histológica. A superfície das células epiteliais neoplásicas voltadas para o estroma sempre expressaram produtos dos exons variantes refletindo a perda da polaridade. A perda extensa e altamente seletiva dos exons variantes 4 e 5 em carcinomas primários e as perdas intensas nas metástases sugerem que o CD44 desempenha alguma função nas metástases dos carcinomas espinocelulares bucais.

Apoio financeiro: CNPq ( 201317/95-8)

 

 

B198

 

 

Terapêutica fitoterápica versus alopática em idosos portadores de candidose bucal.

M.N. XAVIER*; M.C.C. SAMPAIO; A.T.X. TORRES; L. XAVIER FILHO.

Mestrado em Odontologia/Estomatologia - UFPB - PB

 

 

A terapêutica antifúngica das micoses da cavidade bucal representam um desafio, podendo a fitoterapia ser utilizada neste contexto. Procuramos comparar o uso da nistatina (composto poliênico) e nhandiroba (Fevillea trilobata L). Foram avaliados 114 idosos (acima de 60 anos) de Instituições Geriátricas de João Pessoa-PB, sendo selecionados 40 portadores de candidose bucal pseudomembranosa diagnosticada clinicamente. Efetuaram-se duas coletas, uma antes e outra depois do tratamento com ambas as drogas. O material coletado com "swab" estéril foi semeado em placas de Petri contendo ágar Sabouraud dextrose para cultura, isolamento e identificação de acordo com metodologia micológica rotineira. As medicações eram respectivamente aplicadas com cotonetes, sendo a nhandiroba duas vezes ao dia e a nistatina quatro vezes, durante 15 dias. Todos os pacientes foram avaliados clinicamente por um único examinador sem conhecimento do medicamento utilizado durante o tratamento. Resultados demonstraram que a nhandiroba foi mais efetiva que a nistatina comprovada pela negativação de culturas em 90%(18/20), enquanto a nistatina apresentou efetividade em 10%(2/20). Conclui-se que o fitoterápico demonstrou mais eficácia, propiciando uma alternativa a mais para o tratamento desta micose, com menor número de doses, melhor tolerância e baixo custo.

 

 

B199

 

 

Avaliação da influência de fatores socioeconômicos e culturais em pacientes idosos: considerações odontogeriátricas.

V.C. VELTRINI; L.F. de GODOY; O. FERREIRA JR.

Depto. de Estomatologia – Fac. de Odontologia de Bauru – USP /SP (014) 235-8254

 

 

Com o avanço da medicina, a expectativa de vida aumentou e a população idosa ficou mais numerosa. No âmbito odontológico, a queda sensível no índice de edentulismo e a crescente aplicação dos conceitos de saúde e estética na terceira idade tendem a aumentar a procura por serviços de boa qualidade, ao mesmo tempo em que cresce a expectativa em relação ao tratamento odontológico e seus resultados. Para suprir adequadamente as necessidades dessa população é fundamental conhecê-la melhor. Este estudo utilizou uma amostra de 40 indivíduos entre 50 e 79 anos. Através de entrevista direta, determinou-se o grau de satisfação com as próprias condições bucais, as desordens sistêmicas presentes, os medicamentos em uso, vícios, queixas funcionais, estéticas ou associadas a sintomatologia dolorosa, frequência de visitas ao dentista e nível de informação quanto à saúde bucal. A amostra foi dividida conforme à idade, condição financeira e nível de escolaridade dos participantes, em: grupo I (50-59 anos) e grupo II (60-79 anos); grupo a (renda mensal < 5 salários mínimos) e grupo b (renda mensal > 5 salários); e grupo A (1ograu incompleto), grupo B (1ograu completo) e grupo C (2o e 3o graus completos). Os grupos pertencentes à mesma categoria tiveram seus dados percentuais comparados entre si e as diferenças foram submetidas ao teste-z. Embora muitos dados confirmem achados da literatura, as diferenças não foram estatisticamente significantes, exceto entre os grupos B(26,31%) e C(77,77%), quando se investigou a ausência de desordens sistêmicas (p<0,05). Isso mostra que o nível de saúde geral do idoso se correlaciona positivamente com o grau de escolaridade.

 

 

B200

 

 

Análise da reparação pós-exodôntica de pacientes com AIDS utilizando medicação intra-alveolar.

K. ORTEGA*; N.S. ARAÚJO; R.G. JAEGER; M.H.C.G. MAGALHÃES.

Disciplina de Patologia Bucal e CAPE, FOUSP

 

 

Este trabalho teve como objetivo verificar a reparação alveolar pós-exodôntica de pacientes imunodeprimidos pelo HIV sob a ação da pasta composta por Rifocort®, paramonoclorofenol canforado e iodofórmio. Foram triados 40 pacientes soropositivos para o HIV com CD4 abaixo de 200 céls/mm3, necessitando de exodontias de dentes posteriores multirradiculares, que foram divididos em dois grupos. Foram excluídos do estudo pacientes usuários de drogas, psicológica ou neurologicamente comprometidos e pacientes que estivessem sob radioterapia ou antibioticoterapia sistêmica. O grupo experimental (grupo I) recebeu a pasta composta por Rifocort®, paramonoclorofenol canforado e iodofórmio como medicação intra-alveolar e o grupo II não recebeu medicação no alvéolo. Ambos foram submetidos aos mesmos procedimentos cirúrgicos, seguindo sempre os protocolos do CAPE de esterilização e desinfecção. Após a cirurgia, os pacientes foram acompanhados clínica e radiograficamente, em períodos de 2, 7, 14 e 30 dias. Os resultados obtidos permitiram concluir que o uso da droga acelerou o quadro de reparação, levou a menor sintomatologia dolorosa e edema pós-operatório, apresentou baixa toxicidade, foi eficaz na prevenção da alveolite seca, é de fácil execução, economicamente viável e radiograficamente foi completamente reabsorvida pelo tecido ósseo.

 

 

B201

 

 

Ultra-sonografia como método auxiliar de diagnóstico nas infecções odontogênicas

F.M. ELIAS; W.A. JORGE; C.L. FERRAZ*.

Serviço de Urgências Buco-Maxilo-Faciais do Hospital Universitário da USP - SP

 

 

As infecções odontogênicas, quando acometem os tecidos moles da face, podem se manifestar sob a forma de celulite e/ou abscesso, dependendo do tempo de evolução da doença, região anatômica envolvida, agressividade dos microrganismos infectantes e resistência do hospedeiro. Quando houver formação de abscesso, deve-de indicar drenagem cirúrgica como principal medida terapêutica. Às vezes, no entanto, pode haver dificuldade na detecção clínica de abscesso, principalmente quando este estiver localizado abaixo de músculos espessos ou associado a celulite extensa. Nesses casos, temos utilizado a ultra-sonografia para auxiliar na detecção de possível coleção purulenta, permitindo indicação precoce de drenagem cirúrgica. Nesta pesquisa, foram submetidos a ultra-sonografia 34 pacientes portadores de infecções odontogênicas com aumento de volume dos tecidos moles da face sem evidência clínica de abscesso. Dos 34 pacientes, em 15 houve sugestão da presença de coleção purulenta, sendo que 13 foram submetidos a drenagem cirúrgica. Os demais 2 pacientes apresentaram melhora com tratamento clínico e drenagem intra-oral espontânea através da região posterior do assoalho bucal. Dos 19 pacientes nos quais os exames não sugeriram abscesso, 8 apresentaram melhora com tratamento clínico e 11 tiveram que ser submetidos a drenagem cirúrgica durante o curso da doença. Os autores concluíram que: a ultra-sonografia é útil na detecção precoce de abscessos dos tecidos moles da face decorrentes de infecções odontogênicas; as informações obtidas na ultra-sonografia não devem ser analisadas isoladamente para indicação ou não de intervenção cirúrgica, mas sim em conjunto com a evolução do processo infeccioso e quadro clínico do paciente.

 

 

B202

 

 

Resposta ao osso liofilizado e ao aglutinante de ácido poliglicólico implantados em defeitos na mandíbula de ratos.

J.G.C. LUZ; R.S. JORGE*; J.L. SANTIAGO; E. SANTOS.

Depto. C.P.T.M.F.-FOUSP.

 

 

O osso liofilizado de origem bovina é um enxerto xenógeno muito utilizado na odontologia. Entretanto os resultados de estudos experimentais e clínicos são controversos. Recentemente , um aglutinante de ácido poliglicólico tornou-se disponível comercialmente. A resposta ao osso bovino liofilizado granulado, isolado ou associado ao aglutinante de ácido poliglicólico, foi avaliada em defeitos criados experimentalmente na mandíbula de ratos. Os animais de estudo foram 15 ratos adultos com peso médio de 275 g. Estes foram submetidos a cirurgia sob anestesia geral. O ângulo mandibular foi acessado por incisão submandibular e um defeito bicortical foi preparado com o uso de uma trefina. O lado direito foi preenchido com osso liofilizado enquanto que o lado esquerdo foi preenchido com osso liofilizado associado ao aglutinante de ácido poliglicólico. Os animais foram sacrificados após 24 horas, uma semana, duas semanas, um mês e três meses. Os espécimes foram descalcificados e os cortes corados com hematoxilina e eosina. Não foram observadas diferenças entre os lados direito e esquerdo. Os dados histológicos mostraram uma reabsorção progressiva do osso liofilizado, sem proliferação óssea no interior do defeito e uma reação do tipo corpo estranho posterior. O osso liofilizado não induziu reparação óssea, e a adição de aglutinante de ácido poliglicólico não alterou a resposta tecidual.

 

 

B203

 

 

Estudo comparativo do trismo em dois tipos de retalho mucoperiósteo para terceiros molares inferiores.

P.J.A. MEDEIROS; V.F. BARROS*; M.S. MIRANDA; D.P.B. RIBEIRO.

Dept. de Estomatologia da FO-UERJ Fax:5876382

 

 

A remoção do terceiro molar inferior normalmente é seguida por reação inflamatória caracterizada por dor, edema e trismo mandibular. A dificuldade de abertura de boca interfere nos hábitos normais de higiene e alimentação do paciente. O tempo de duração da cirurgia e o tamanho do retalho mucoperiósteo parecem afetar intensamente no pós-operatório. Neste estudo foi proposto avaliar a diminuição da abertura de boca no pós-operatório de cirurgias de terceiros molares inclusos. Foram realizadas exodontias bilaterais utilizando de um lado, retalho por descolamento de papilas e de outro, retalho em "L"(com incisão relaxante), em treze pacientes saudáveis com a faixa etária de 15 a 20 anos. Os referidos pacientes apresentavam os terceiros molares com a mesma classificação de posição em ambos os lados. A abertura de boca foi medida antes da cirurgia (padrão) e o trismo foi avaliado 24h, 48h e uma semana respectivamente, após a cirurgia; utilizando-se um medidor melimetrado padronizado. Os dados obtidos foram submetidos a análise estatística pelo Teste de Friedman (p<0.05) e de Comparações Múltiplas (Student- Newman-Keuls). Concluiu-se que: o trismo foi maior 48h após a cirurgia, em ambos os lados; não ocorreram variações significativas no trismo ao se comparar a medida padrão com a medida de uma semana, bem como entre os períodos de 24h e 48h após a cirurgia. Estatísticamente os dois tipos de retalhos não apresentaram diferenças quanto a melhora do trismo.

Apoio financeiro: FAPERJ- Processo nº E-26/150.309/97

 

 

B204

 

 

Interpretação radiográfica de lesões por acadêmicos e dentistas clínicos

I.H. GANDELMANN; R. PRADO*; E. PINTO; R. FONTOURA; M. SALIM; E. ROSA.

Departamento de clínica odontológica, disciplina de cirurgia oral, FOUFRJ

 

 

O objetivo do trabalho é avaliar a acuidade da interpretação radiográfica de lesões ósseas comuns na clínica odontológica e traçar quadro comparativo entre três grupos: acadêmicos de último período de faculdade de odontologia, recém-formados até 5 anos e dentistas com mais de 5 anos de formatura. Foram selecionadas cinco radiografias panorâmicas com diagnósticos definitivos de Ameloblastoma, Ceratocisto Odontogênico, Cisto de Stafne, Tumor Odontogênico Adenomatóide e Displasia Óssea Florida, respectivamente numeradas de 1 a 5; e confeccionado questionário com três sugestões de diagnóstico para cada caso, que foram distribuídos para a interpretação radiográfica dos três grupos relacionados. Foram consultados 28 cirurgiões-dentistas com mais de 5 anos de formatura, com percentual nulo de 5 acertos, 7% com 4 acertos, 14% com 3 e 2 acertos, 36% com 1 acerto e 52% com nenhum acerto; 24 cirurgiões-dentistas com menos de 5 anos de formatura, sendo 6,25% com 5 e 4 acertos, 12,5% com 3 acertos e 25% com 2, 1 e nenhum acerto. Dos 30 acadêmicos de odontologia consultados, 20% tiveram 5 acertos, 40% com 4 acertos, 30% com 3 acertos, 15% com 2 acertos, e percentual nulo com 1 e nenhum acerto. Com base nos resultados obtidos, chegamos à conclusão que os acadêmicos de último período obtiveram resultados satisfatórios, os dentistas recém-formados tiveram uma redução dos acertos em relação aos acadêmicos, e os cirurgiões dentistas com mais de 5 anos de formatura obtiveram resultados insatisfatórios em diagnóstico radiográfico; evidenciando a falta de estudo continuado e atualização profissional.

 

 

B205

 

 

Avaliação de fatores salivares em asmáticos sob 3 situações experimentais: período basal, durante e 30 dias após o tratamento com aerossol.

MEDEIROS Jr,ª ALVES, M.S.C.F.ª

 

 

Ao longo de 7 meses, os parâmetros salivares pH, capacidade tampão(CTS), velocidade do fluxo (VFS)e o percentual do cálcio foram monitorados, a cada 30 dias, em 14 crianças na faixa etária de 7-13 anos, submetidas ao tratamento da asma brônquica com antiinflamatórios inalatórios dos tipos diproprionato de beclometasona ( DPB ) e cromoglicato de sódio ( CGD ), sob a forma de aerossol, utilizados com espaçadores de 700 mL. O objetivo do presente estudo consistiu em avaliar alguns fatores de proteção salivares durante o tratamento por 90 dias com o DPB e CGD e, compará-los aos valores obtidos no período basal e, 30 dias após a suspensão dos medicamentos. De início, 7 crianças usaram o DPB por 90 dias; os outros 7 usaram o CGD por igual período. A seguir, os medicamentos foram suspensos por 30 dias. Após esse intervalo ocorreu a inversão dos medicamentos por 90 dias. Os resultados foram tratados estatisticamente através de testes T para amostras dependentes. Pode-se concluir que, durante o uso do DPB o pH, a capacidade tampão e o fluxo salivar estimulados apresentaram-se significativamente menores. Por outro lado, apenas o pH salivar esteve estatisticamente diminuído durante o tratamento com o CGD. Diferenças estatisticamente significativas da CTS e VFS também foram encontradas na comparação entre os períodos basal e 30 dias após o uso das medicações. Os resultados sugerem que, algumas medidas odontológicas profiláticas deverão ser intensificadas durante o tratamento da asma brônquica com aerossol, quando realizado por um período prolongado de tempo.

 

 

B206

 

 

Composição iônica e enzimática da saliva e placa dental e a relação com a atividade de cárie.

M.N.G. MANCINI*; C.D. ROSA.

Departamento de Ciências Básicas, Faculdade de Odontologia de S.J.Campos - UNESP

 

 

Foram avaliados o pH, concentração de cálcio, fósforo e as atividades das enzimas fosfatase alcalina (ALP) e lactato desidrogenase (LDH) na saliva total e placa dental com o objetivo de estabelecer a correlação destes fatores na saliva/placa com a atividade de cárie. Os estudos foram realizados com 18 adolescentes na faixa etária de 14-18 anos divididos em grupo de alta (A) (CPO-D=11,4±3,4) e baixa (B) atividade de cárie (CPO-D=0,44±0,72). As concentrações de cálcio e fósforo foram determinadas espectrofotométricamente, atividade da ALP medida usando p-nitrofenilfosfato como substrato e a atividade da LDH determinada em tampão fosfato contendo piruvato de sódio e NADH. Os valores médios e desvios padrão obtidos foram: GRUPO A - saliva pH= 7,15±0,10, Ca=17,64±5,39mg/ml, P=139,7±19,58mg/ml, ALP=0,038±0,020U/mg prot, LDH=0,070

±0,002U/mg prot e placa pH=6,29±0,12, Ca=1,82±0,80mg/mg, P=3,45±1,31mg/mg, ALP=0,080 ±0,026U/mg prot, LDH=0,203±0,058U/mg prot e GRUPO B - saliva pH=7,37±0,17, Ca=26,37± 4,23mg/ml, P=165,8±13,10mg/ml, ALP=0,007±0,002 U/mg prot, LDH=0,065±0,018 U/mg prot e placa pH=6,71±0,26, Ca=3,04±0,93mg/mg, P=4,52±1,09mg/mg, ALP=0,024±0,011U/mg prot e LDH=0,133±0,052U/mg prot. Os resultados mostraram que o grupo A apresenta, na saliva e placa, menores valores de pH, concentração de cálcio, fósforo, maior atividade das enzimas ALP e LDH e os coeficientes de correlação entre os componentes da saliva e placa são não significativos, exceto para o pH, o que sugere que as placas dos indivíduos com maior atividade de cárie apresentam menor permeabilidade e trocas com a saliva.

Apoio Financeiro: FUNDUNESP.

 

 

B207

 

 

Estudo morfométrico das influências sazonais no ciclo diário da glândula submandibular do rato.

G.F. ASSIS*; T.M. CESTARI; R.M. HASSUNUMA; R. TAGA.

Depto. de Morfologia - Histologia, FOB-USP. Fone-fax: (014) 223-0415.

 

 

A glândula submandibular do rato sofre influências sazonais no seu ciclo biológico diário. Com objetivo de verificar essas influências em têrmos numéricos, foram coletadas glândulas submandibulares de ratos albinos Wistar em intervalos de 4 horas durante um dia de verão e um dia de inverno e processados para inclusão em Paraplast. As análises ponderal e morfométrica demonstraram que: a) a massa glandular sofreu maior variação(P<0,01) no inverno(37%) do que no verão(13%); b) o volume absoluto dos ácinos diminuiu 73%(P<0,01) entre 24 e 4 horas no inverno e 38%(P<0,01) entre 20 e 24 horas no verão; c) o volume absoluto do estroma aumentou cerca de 164%(P<0,01) entre 24 e 4 horas no inverno e 10%(P<0,01) entre 20 e 24 horas no verão; d) o volume absoluto do sistema de ductos manteve-se mais ou menos constante durante os vários horários analisados, enquanto que no inverno apenas os ductos granulosos reduziram significantemente 44%(P<0,01) entre 24 e 4 horas; e) o volume absoluto dos ductos intercalares, apesar de manter-se constante dentro das 24 horas de um dia nas duas estações, mostrou-se cerca de 49%(P<0,01) menor no inverno. Baseado nesses resultados, concluímos que a grande alteração na massa glandular foi provocada principalmente pela variação no volume dos ácinos, ductos granulosos e estroma e que no inverno as variações morfológicas são bem mais acentuadas que no verão.

 

 

B208

 

 

Laser e reparo alveolar em ratos. Avaliação histométrica.

R.F.Z. LIZARELLI*; T.L. LAMANO-CARVALHO; L.G. BRENTEGANI.

Departamento de Estomatologia, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da USP.

 

 

O objetivo do presente trabalho foi avaliar histometricamente o efeito da irradiação com o laser de baixa densidade de potência cujo meio ativo é o GaAlAs, na cronologia do reparo alveolar de ratos. Os lasers de baixa intensidade possuem um efeito eminentemente analgésico, antinflamatório e bioestimulante, produzindo um aumento da microcirculação local e na velocidade do reparo. Grupos de cinco animais tiveram seus incisivos superiores direitos extraídos sob anestesia e a mucosa suturada; três grupos receberam irradiação imediatamente após a extração com uma aplicação com luz laser varrendo a área operada. Após isso, os animais foram sacrificados no período de 7, 14 e 21 dias após a extração dental. O material foi descalcificado e processado para inclusão em parafina. Foram feitas secções longitudinais com 7 micrometros de espessura e coradas com HE. A análise histométrica foi realizada com uma grade de Merz, e 2000 pontos foram contados nos terços cervical, médio e apical do alvéolo, calculando a porcentagem do tecido ósseo. Os resultados mostram que o laser de baixa densidade de potência produziu aceleração na formação óssea (10%) em alguns períodos.

 

 

B209

 

 

O esmalte e a dentina humanos: indutores da ativação funcional de macrófagos.

V.S. LARA1*; F. FIGUEIREDO; F.Q. CUNHA3

1Dep. de Patologia, FOB-USP, fax: (014) 223-4679; 2Dep. de Patologia, FMRP-USP; 3Dep. de Farmacologia, FMRP-USP.

 

 

Os aspectos morfológicos da reabsorção dentária indicam a participação de eventos inflamatórios com migração e diferenciação de células do sistema fagocítico mononuclear (SFM). O objetivo desse estudo foi examinar a participação de constituintes dentários na indução de resposta inflamatória, possibilitando uma associação importante entre os mesmos e o processo de reabsorção. A partir da cultura de células peritoneais de camundongos isogênicos BALB/c, tratadas com suspensões de esmalte e de dentina humanos (5mg/ml), bem como com as suas respectivas frações solúveis, avaliou-se a ativação funcional por meio da produção de óxido nítrico (NO), peróxido de hidrogênio (H2O2) e de fator de necrose tumoral (TNF)-a. A partir de métodos colorimétricos, verificou-se que as suspensões completas bem como as frações solúveis induziam a produção de NO, 24 e 48 horas após a estimulação ou não com Interferon (IFN)-g e ou lipopolissacarídeo (LPS). A produção de H2O2 foi observada apenas quando as células eram tratadas com as suspensões completas de esmalte ou de dentina. Pelo método imunoenzimático (ELISA), 24 e 48 horas após a estimulação ou não com IFN-g associado ao LPS, as células tratadas com esmalte ou com dentina são capazes de produzir TNF-a. O esmalte e a dentina podem ser considerados indutores de eventos inflamatórios nas células do SFM, promovendo sua ativação funcional caracterizada por produção de NO, H2O2 e TNF-a. Esses produtos têm sido relacionados com o recrutamento e a ativação das células clásticas. Sendo assim, tais constituintes poderiam influenciar a manutenção e a modulação do processo de reabsorção dentária inflamatória.

Apoio financeiro do CNPq - Processo 93.1.5972.25.0

 

 

B210

 

 

Avaliação radiográfica da bioapatita em ratas ovariectomizadas.

C.C. MAGANHIN*; J.C.ANDREO; A.J.PAVAN; O. TAVANO; J.A.C. NAVARRO.

Depto de Morfologi – USP Bauru – jescandr@usp.br.

 

 

A avaliação radiográfica da retirada dos ovários de ratas foi o objetivo deste trabalho. Para isto utilizamos 40 ratas(Rattus novergicus): grupo "O" com retirada dos ovários e grupo"E" sem retirada de ovários, controle. Os animais após anestesiados e submetidos à cirurgia tiveram duas perfurações com broca esférica nº 4, na tíbia direita, a inferior ficando vazia e usada como controle e a superior preenchida com biohapatita. Os animais foram sacrificados nos períodos de 5, 10, 20 e 40 dias, para retirada das tíbias, mantidas em formol a 10% durante um período de 10 dias. As tíbias foram radiografadas em aparelho Dabi Atlante 70X , dff 40cm, 70kV e 4 mAs sobre um filme Agfa M2 e processados na Peri Pro II. A neoformação óssea foi analisada visualmente, com auxílio de um negatoscópio e lupa, (aumento de 2X), em sala obscurecida. Os resultados obtidos mostraram que a neoformação óssea foi maior nos animais do grupo "E" (controle), quando comparada com os animais do grupo "O" (ratas ovariectomizadas). Esses dados permitiram concluir que: a retirada dos ovários interfere de maneira negativa na neoformação óssea.

 

 

B211

 

 

Estudo morfológico e histométrico de lesões fibro-ósseas benignas dos maxilares.

R.L.C. ALBUQUERQUE Jr*; L.B. SOUZA; C.R.L.V. FIGUEIREDO.

Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral/Departamento de Odontologia - UFRN

 

 

As lesões fibro-ósseas benignas dos maxilares constituem um grupo de patologias que apresentam características microscópicas comuns, refletidas na substituição da arquitetura óssea normal por tecido conjuntivo fibroso associado a deposição de material mineralizado. Em virtude das dificuldades geradas quando da necessidade de se realizar corretamente o diagnóstico diferencial destas lesões, os autores se propuseram a analisar, microscopicamente, 44 casos de lesões fibro-ósseas benignas dos maxilares buscando identificar critérios confiáveis para o estabelecimento seguro deste diagnóstico. Foram estudados 23 casos de fibroma ossificante, 12 casos de displasia fibrosa, 03 casos de osteoblastoma, 03 casos de cementoblastoma e 03 casos de fibroma ossificante juvenil. As variáveis microscópicas avaliadas constaram da morfologia do tecido mineralizado depositado, grau de colagenizaçãodo tecido conjuntivo fibroso e ósseo, observado por intermédio da técnica do tricrômico de Masson, e o índice de celularidade média dessas lesões. O teor de colágeno do tecido conjuntivo fibroso e ósseo revelou-se um bom indicador do diagnóstico diferencial entre o fibroma ossificante e a displasia fibrosa. O índice de celularidade média representou um relevante critério de diagnóstico diferencial entre as patologias analisadas. Os autores concluíram que a análise do teor de colágeno do tecido conjuntivo fibroso e ósseo, bem como o índice de celularidade média, podem constituir parâmetros microscópicos importantes para o estabelecimento do diagnóstico diferencial entre as lesões estudadas.

 

 

B212

 

 

Influência da proporção pó:líquido na avaliação biológica de cimento endodôntico.

L.M.P. RAMALHO*; E.J.B. SANTANA, M.J.P. RAMALHO.

Departamento de Diagnóstico e Terapêutica, Faculdade de Odontologia da UFBA.

 

 

As propriedades biológicas dos cimentos endodônticos são fundamentais para o sucesso da terapia endodôntica devido ao contato direto destas substâncias com os tecidos apicais e periapicais. O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento do tecido conjuntivo subcutâneo ao implante de tubos de polietileno contendo proporções variadas de um cimento endodôntico à base de óxido de zinco e eugenol, a fim de verificar a relação entre as características da reação inflamatória tecidual e a proporção de eugenol no cimento. Com este propósito, 20 ratos Wistar foram divididos em grupos de 4 animais, relativos aos tempos experimentais de 3, 7, 15, 30 e 60 dias. Cada animal recebeu implante de um tubo sem cimento correspondente ao controle e três tubos contendo cimento nas proporções pó:líquido de 0.550mg:0.500ml, 0.550mg:0.250ml, 0.550mg:0.125ml referentes aos grupos experimentais I, II, III, respectivamente. Observou-se ausência de resposta inflamatória no controle a partir dos 30 dias. Em relação aos grupos experimentais, a presença de células inflamatórias agudas e crônicas, necrose, assim como do cimento no interior de macrófagos e células gigantes demonstrou o seu potencial irritante em todas as proporções empregadas, porém houve evidências da capacidade de reparo tecidual a longo prazo. A intensidade da resposta inflamatória tecidual foi diretamente proporcional à quantidade de eugenol na mistura. Aos 60 dias, o grupo experimental III apresentou a menor intensidade de resposta inflamatória dentre todos os grupos experimentais, sendo esta diferença estatisticamente significante (Mann Whitney p<0,001). Estes dados contribuem para a afirmação de que o eugenol é responsável por, no mínimo, parte da citotoxicidade dos cimentos endodônticos à base de óxido de zinco e eugenol.

 

 

B213

 

 

Aspectos morfológicos miroscópicos dos biofilmes bacterianos na osteomielite crônica supurativa.

A. MATSUMOTO*; F.C.G. SAMPAIO GÓES; F.C. RIBEIRO; A. CONSOLARO.

Dep. de Patologia, Fac.de Odont. de Bauru - USP Tel.014-2358251

 

 

À partir da análise microscópica óptica procurou-se detectar e mensurar a presença de biofilmes bacterianos nas osteomielites crônicas supurativas para estabelecer uma provável correlação com a persistência do quadro infeccioso e da dificuldade da antibioticoterapia ser eficiente, requerendo alta especificidade e longa duração nos tratamentos empregados. A casuística empregada consistiu de 10 casos diagnosticados no Serviço de Anatomia Patológica da Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, compreendendo o período de 1963 a 1998. Os cortes obtidos foram corados pelas técnicas de Hematoxilina e Eosina de Harris e de Brown e Breen. Na análise microscópica dos biofilmes bacterianos procurou-se analisar a sua localização nos espaços medulares, nas superfícies ósseas, nas anfractuosidades decorrentes da reabsorção. A afinidade tintorial das bactérias também foi registrada a partir de sua classificação em Gram positivas e Gram negativas. Observou-se ainda, a relação da presença dos biofilmes e colônias bacterianas com o exudato e as células inflamátorias. Os resultados permitiram sugerir que a dificuldade terapêutica medicamentosa encontrada nas osteomielites crônicas supurativas de mandíbula está provavelmente relacionada com a presença de biofilmes bacteriano na região óssea acometida.

 

 

B214

 

 

Efeitos da ciclosporina - A sobre a expressão e atividade das metaloproteinases de matriz por fibroblastos gengivais.

G. BOLZANI*; R.D. COLETTA; C.W. YORIOKA; E. GRANER.

Disciplina de Patologia Bucal-FOP/UNICAMP. email: egraner@fop.unicamp.br

 

 

A ciclosporina A (CSA) é uma droga imunossupressora usada na prevenção da rejeição de transplantes, tendo sua atividade imunossupressora relacionada com a inibição da síntese de interleucina- 2 pelos linfócitos CD4+. O crescimento gengival é o principal efeito colateral da ciclosporina- A nas estruturas bucais, afetando tanto a gengiva da maxila como da mandíbula. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da CSA sobre a expressão e atividade das metaloproteinases de matriz (MMPs) e sobre a síntese de colágeno tipo I por fibroblastos gengivais de ratos e humanos. Para isto, ratos Wistar foram tratados diariamente com 10 mg/kg de peso corporal com CSA para induzir o aumento gengival, sendo a análise do efeito da CSA na expressão das MMPs feita através de zimogramas e a síntese de colágeno tipo I estudada em géis de poliacrilamida - SDS. Culturas primárias de fibroblastos gengivais de molares de rato e de gengiva humana clinicamente normal foram estabelecidas e tratadas com CSA, sendo as MMPs secretadas no meio de cultura analizadas em zimogramas e western blots. A atividade gelatinolítica da colagenase de fibroblasto (MMP1) foi reduzida devido ao tratamento com CSA, tanto "in vivo" como nos experimentos realizados em cultura celular, enquanto que a quantidade de colágeno tipo I no tecido gengival hiperplásico foi maior que nos animais controles. Western blots utilizando anticorpos policlonais específicos contra colagenase de fibroblasto (MMP1) evidenciaram uma acentuada redução na síntese desta enzima a medida que a concentração da ciclosporina-A variou de 50 a 250 ng/ml de meio de cultura. Concluímos que a atividade gelatinolítica e a expressão de MMP1 são reduzidas pela ação da CSA e que há uma maior quantidade de colágeno tipo I na gengiva de ratos tratados com esta droga, quando comparados com animais normais.

FAPESP 97/10038-0 e 97/06364-0

 

 

B215

 

 

Estudo Morfológico do aumento e regressão gengival causado pela Ciclosporina em ratos.

H. VILLALBA*; L.C. SPOLIDÓRIO, V.S. ITO; O.P. de ALMEIDA.

Área de Patologia da FOP-UNICAMP, e-mail: fornasia@fop.unicamp.br

 

 

A ciclosporina (CsA) é um potente agente imunossupressor muito utilizado para prevenir rejeições de transplantes, entretanto, ìnduz efeitos indesejáveis importantes. Na boca o sinal mais evidente é o aumento gengival. O objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento gengival em ratos tratados com CsA e a regressão gengival após a interrupção do tratamento. Sessenta ratos Norvergicus albinus, wistar, machos, pesando 50g, foram igualmente distribuídos em doze grupos. Os ratos receberam 10mg/kg de peso corporal de CsA diariamente, durante 60 dias. Os animais do grupo controle receberam volume igual de NaCl 0,9%. Seis grupos (3 tratados e 3 controle), foram sacrificados nos períodos de 2, 4, e 8 semanas e após a interrupção do tratamento, 6 grupos restantes foram sacrificados nos períodos de 5, 10, 15, 30, 60 e 90 dias. Todos os ratos tratados com CsA desenvolveram aumento gengival, sendo mais evidente na região vestibular do que na lingual dos molares e mais proeminente na região do primeiro molar. Houve uma progressiva redução do volume gengival, após interrupção do tratamento durante o período de 5 para 90 dias. Concluiu-se que o aumento gengival está intimamente relacionado com a dosagem de CsA. Com a interrupção do tratamento, houve regressão do aumento gengival, porém, não voltando à condição original. Faz-se necessário avaliar causa e efeito.

 

 

B216

 

 

Comparação da mistura osso liofilizado-bioapatita e bioapatita em ratas ovariectomizadas.

A.J. PAVAN*; I.P. DESIDÉRIO; C.A. MAGANHIN; J.C. ANDREO; O. TAVANO.

Depto de Morfologia – USP Bauru – jescandr@usp.br.

 

 

A avaliação radiográfica da retirada dos ovários de ratas foi o objetivo deste trabalho. Para isto utilizamos 20 ratas(Rattus novergicus), com ovários retirados. Os animais após anestesiados e submetidos à cirurgia tiveram uma perfuração com broca esférica nº 4, nas tíbias, a direita foi preenchida com biohapatita e a esquerda com uma mistura de osso liofilizado-biohapatita. Os animais foram sacrificados nos períodos de 5, 10, 20 e 40 dias, para retirada das tíbias, mantidas em formol a 10% durante um período de 10 dias. As tíbias foram radiografadas em aparelho Dabi Atlante 70X , dff 40cm, 70kV e 4 mAs sobre um filme Agfa M2 e processados na Peri Pro II. A neoformação óssea foi analisada visualmente, com auxílio de um negatoscópio e lupa, (aumento de 2X), em sala obscurecida. Os resultados obtidos mostraram que a neoformação óssea foi igual entre os orifícios que usaram apenas biohapatita e a mistura de osso liofilizado-biohapatita. Esses dados permitiram concluir que os resultados obtidos com biohapatita e a mistura osso liofilizado-biohapatita, na neoformação a são semelhantes, nas ratas ovariectomizadas.

 

 

B217

 

 

Associação entre ciclosporina ( CsA) e nifedipina (nif) na indução do aumento gengival em ratos

L.C. SPOLIDÓRIO*; D.M.P. SPOLIDÓRIO; M.R.B. OLIVEIRA; C. BENATTI NETO; C.A.S. COSTA.

Dept. de Fisiologia e Patologia, Faculdade de Odontologia, UNESP - Araraquara, SP

 

 

O aumento gengival pode ser decorrente do efeito colateral de várias drogas, inclusive CsA e bloqueadores do canal de cálcio (Nif). Alguns trabalhos mostram que a associação entre CsA e Nif, aumentam a incidência do aumento gengival. O objetivo deste trabalho foi avaliar a incidência do aumento gengival em ratos Norvergicus albinus, wistar, machos, pesando em média 50g. Os ratos foram tratados diariamente com 10mg/kg de peso corporal/dia de CsA (n=10), ou tratados com 10mg/kg de peso corporal/dia de Nif (n=10), ou tratados com CsA + Nif (n=10), durante 60 dias. Depois da observação macroscópica as peças foram desmineralizadas em EDTA e processadas em parafina. Cortes de 6 mm da região de primeiros molares foram corados em HE.A análise morfométrica (mm) foram feitas utilizando-se um softwere (Mocha Jandel Scientific San Rafael, Ca, USA) e a densidade de volume foi feita utilizando-se uma ocular com retículo quadriculado ( KpL 10 x, Zeiss, 25 pontos). 40% dos ratos tratados com Nif e todos os ratos tratados com CsA desenvolveram aumento gengival. O crescimento foi mais severo na face vestibular da região de molares inferiores. Microscópicamente houve aumento da espessura do epitélio bucal, da altura e largura do tecido conjuntivo, e da densidade de fibras colágenas e fibroblastos. A administração da Nif não potencializou a ação da CsA na indução do aumento gengival.

 

 

B218

 

 

Avaliação histológica e imunohistoquímica de folículos pericoronários.

R.C.C. LIA; R.H. MARINS*.

Departamento de Patologia, FMRP-USP

 

 

Cem folículos pericoronários de terceiros molares inclusos e semi-inclusos foram analisados histologica e imunohistoquimicamente, provenientes aleatoriamente dos departamentos de cirurgia das Faculdades de Odontologia de Araraquara (UNESP) e de Ribeirão Preto (UNAERP). Após a remoção cirúrgica dos dentes e seus respectivos folículos pericoronários e, tramitação laboratorial pertinente, estes foram submetidos a coloração HE e Tricrômico de Masson e reações de imunohistoquímica, utilizando-se: AE1/AE3; EMA30; 34bE12; MNF116; CK1; CK20 e M70/20 (vimentina). A escolha dos reagentes baseou-se no potencial odontogênico conferido aos folículos pericoronários, que são marcadores diferenciais de tumores epiteliais e um marcador mesenquimal. Os resultados histológicos demonstraram padrão variável na morfologia dos folículos pericoronários. A avaliação imunohistoquímica demonstrou marcação de diferentes ceratinas no revestimento epitelial e nas ilhotas epiteliais, conferindo persistência do potencial odontogênico. Sendo assim, na remoção de dentes inclusos e semi-inclusos cuidados especiais devem ser tomados quanto aos resíduos, e a necessária avaliação histopatológica de rotina.

 

 

B219

 

 

Película de cimentação: ionômero de vidro e fosfato de zinco

C.A. PAVANELLI*, J.E.J. ARAÚJO, L. NOGUEIRA JÚNIOR, M.A.M. ARAÚJO

Depto Mat. Odont. e Prótese da Fac. Odontologia de São José dos Campos - UNESP.

 

 

O objetivo desta pesquisa foi analisar a espessura da película de cimentos de ionômero de vidro (Vidrion C, SS WHITE, Brasil; Ketac Cem, ESPE, Alemanha) in vivo, comparando os resultados com um cimento de fosfato de zinco (Lee Smith, TELEDYNE WATER PIK, USA), na cimentação de coroas totais metálicas. Foram utilizados 21 dentes íntegros, com exodontia indicada para fins ortodônticos, preparados para receber coroa total metálica. O processamento laboratorial das fundições, foi feito em laboratório comercial, de forma padronizada. As cimentações, foram feitas, inicialmente sob pressão digital, seguida por pressão de assentamento pela oclusão, com um mordente de madeira de laranjeira. Os dentes foram extraídos e cortados ao meio no sentido vestíbulo lingual. As medições da espessura da película dos cimentos foram realizadas com o auxílio de um aparelho projetor de perfís, MP320 - CARL ZEISS - JENA. Os resultados mostraram, pelo teste estatístico ANOVA, valores semelhantes para os três cimentos, ao nível de 1%. Uma avaliação através de representação gráfica (diagrama, do tipo BOX-PLOT), do cimento em função da posição de mensuração, mostrou, no caso do cimento de fosfato de zinco, uma tendência de distribuição dos valores, por toda a faixa compreendida entre o valor máximo e o valor mínimo da película. Os cimentos de ionômero de vidro, tenderam a concentrar seus valores, em relação à faixa de distribuição, a níveis mais baixos que o cimento de fosfato de zinco. O Vidrion C, em particular, foi o que mais mostrou essa tendência.

 

 

B220

 

 

Prevenção de manifestações orais em crianças leucêmicas submetidas à quimioterapia.

E.M.M.B. COSTA; L. PEREIRA PINTO*; M.Z. FERNANDES; A.L.L. COSTA.

Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral/UFRN

 

 

Tendo em vista as alterações orais que o paciente leucêmico pode apresentar, seja em decorrência do tratamento instituído ou em conseqüência da própria doença, nos propomos a desenvolver um trabalho preventivo, com avaliações clínicas e citológicas da mucosa oral, em crianças com leucemia linfoblástica aguda, na faixa etária de 2 a 10 anos, submetidas à quimioterapia, através do bochecho diário com a solução de clorexidina a 0,12%. A amostra foi representada por 14 crianças, sendo 7 do grupo controle e 7 do experimental. Das 7 crianças do grupo controle, 5 desenvolveram manifestações orais representadas por mucosite e ulceração, enquanto que das 7 crianças do grupo experimental, apenas uma desenvolveu mucosite. Os achados citológicos não revelaram modificações nas células epiteliais da mucosa oral e as observações clínicas demonstraram resultados satisfatórios quanto ao aspecto preventivo das alterações na mucosa oral com o uso da clorexidina. Concluímos que a clorexidina é uma substância eficaz na prevenção das manifestações orais, tais como mucosite e ulcerações, que comumente se desenvolvem em crianças leucêmicas durante o tratamento quimioterápico.

 

 

B221

 

 

Cultivo primário do adenoma pleomórfico humano de glândular salivar menor.

V.M. FREITAS; R.G. JAEGER; K. ORTEGA; N.A. FUJIHARA; V.C. ARAÚJO; M.M.M. JAEGER.

Disciplina de Patologia Bucal, FOUSP Tel (01 1) 8187902

 

 

Com o diagnóstico clínico de adenoma pleomórfico uma lesão localizada no palato de uma paciente de 19 anos foi biopsiada. Parte do material obtido foi fixado em formol 10% para análise em microscopia de luz, parte em aldeído glutárico para análise em microscopia eletrônica de transmissão. O restante do tumor foi imerso em meio de cultura. Os exames histopatológicos e ultraestrutural da lesão confirmaram o diagnóstico clínico. O adenoma pleomórfico foi cultivado primariamente pela técnica do "explant". Após uma semana células epitelióides vindas dos fragmentos do tumor aderiram a superfície de cultivo. Após 9 passagens a linhagem celular, denominada AP4, foi analisada por imunofluorescência, microscopia de luz e eletrônica de transmissão e curva de crescimento. As células exibiram inibição de contato e expressaram vimentina e citoqueratina 14. Apesar do tumor ser composto por dois tipos celulares, células mioepiteliais e células epiteliais, Após 9 passagens, apenas um tipo celular se perpetuou na cultura. A linhagem AP4 não apresentou características de células totalmente diferenciadas, nem no sentido epitelial, nem no mioepitelial. Essas células perderam uma série de induções do estroma do tumor, portanto, podem ter sofrido deadaptação. Nesse caso, a linhagem servirá como modelo para a análise dessas induções que poderão ser reintroduzidas ora isoladamente, ora em conjunto no ambiente de cultivo.

 

 

B222

 

 

Identificação imunohistoquímica das células de Merkel em mucosa bucal em desenvolvimento.

A.A. de CARVALHOSA*; M.G. DOMINGUES; S.V.L. LODUCCA; V.C. ARAÚJO; E. TODDAI.

Patologia Bucal, FOUSP

 

 

As células de Merkel, consideradas como mecanoreceptores de origem neuroendócrina, são encontradas em pele, anexos cutâneos e mucosas. Diversos estudos vêm preconizando o uso de técnicas imunohistoquímicas para a demonstração destas células. Em particular, a citoqueratina 20 (CK20) tem sido utilizada como o marcador específico para a evidenciação das células de Merkel nas diversas fases do desenvolvimento epitelial e no epitélio adulto. O objetivo deste estudo foi identificar, através da técnica imunohistoquímica, a presença das células de Merkel na mucosa bucal de fetos humanos, utilizando anticorpos contra CK20. Biópsias incisionais foram realizadas em lábio, mucosa bucal, palato, soalho, língua e mandíbula de fetos humanos, (material de autópsia) variando de 13a a 29a semanas de vida intra uterina (V.I.U). Cortes seriados de 3mm foram submetidos à técnica imunoihistoquímica da strepto avidina biotina peroxidase. As células de Merkel foram identificadas apenas na semi–mucosa de transição de lábio inferior em fetos com 21 semanas (VIU) e, em fragmentos de pele incluídos na biópsia, maior número destas células pôde ser observado. Conclui–se, portanto que as células de Merkel estão presentes somente em semi–mucosa e pele de fetos com 21 semanas, mostrando-se ausente em todos os outros sítios da mucosa bucal nos tempos estudados.

 

 

B223

 

 

Efeito do óxido nítrico na erupção dentária de ratos

A C PEREZ*.

depto. de Ciências Básicas, UNESP, S. J. Campos (012) 3218166

 

 

O Óxido nítrico, uma molécula sintetizada a partir do amino ácido L-arginina (L-arg), está envolvido na regulação do tono vascular. O fluxo sanguíneo dental também é regulado pelo pathway L-arg-óxido nítrico. Ratos neonatos (n=6/grupo) receberam NW-nitro-L-arginina metil éster (L-NAME) ou L-arg dissolvidos na água de beber (60-70 mg/100 mL) por 63 dias (ingestão diária de 60 mg/Kg). As mães receberam as mesmas doses desses compostos durante a gravidez. O grupo controle recebeu somente água. Iniciando-se no 320 dia, a taxa de erupção dentária foi determinada semanalmente pela marcação da margem gengival da superfície labial do incisivo superior, com um pequeno disco de diamante. A distancia entre duas linhas consecutivas representa a taxa de erupção num período de sete dias. O inibidor do óxido nítrico, (L-NAME) dado diariamente na água de beber, diminuiu a taxa semanal de erupção dentária em 56%. L-arg não teve nenhum efeito na taxa de erupção. Concluímos que o óxido nítrico tem um importante papel na erupção dentária devido ao seu papel regulador no tono vascular.

 

Apoio financeiro: FUNDUNESP.

 

 

B224

 

 

Estado nutricional de crianças relacionado à cárie e hábitos de escovação.

F.V.G. ABREU*; I.P.R. SOUZA; E.P.S. BASTOS; L.A. ANJOS.

Odontopediatria - FO -UFRJ e FO-UNESA, IN - UFF. Tel (021) 611-3120.

 

 

Este estudo visou avaliar a correlação entre a experiência de cárie e o estado nutricional, associados aos hábitos de escovação das crianças. Para a análise do estado nutricional utilizou-se o indicador altura/idade de acordo com o padrão do NCHS-OMS. Foram examinadas 158 crianças (3-5 anos) (Santos Dumont,MG), sendo que 14 (8,9%) tinham o indicador altura para idade abaixo do percentil 3 do NCHS - desnutridas (GD) e 144 estavam acima do percentil 3 - eutróficas (GE). Para o exame dental utilizou-se o índice ceo-d (critério da OMS) e a freqüência e início da escovação foram determinados em entrevista orientada. O teste de Kruskal-Wallis revelou uma diferença estatisticamente significante (p<0,005) entre GD (ceo-de médio=8) e GE (ceo-d médio=4) em relação ao índice ceo-d, sendo que a porcentagem de crianças decresceu no GE conforme aumentava-se o valor do índice ceo-d e no GD esta relação foi inversa. 96,5% das crianças que eram livres de cárie pertenciam ao GE. A média da freqüência diária de escovação foi 3 para os dois grupos. Quanto ao início da escovação, 97,9% das crianças que começaram a escovar os dentes antes dos 3 anos eram do GE. O teste de Fisher mostra uma diferença estatisticamente significante entre os 2 grupos em relação ao início da escovação (p<0,001). Dentro do GD 77,7% das crianças iniciaram a escovação após os 3 anos e tiveram maior ceo-d; no GE 77,5% das crianças começaram a escovação antes dos 3 anos, e a maioria destas crianças foi livre de cárie ou teve índice ceo-d abaixo de 4. As crianças com déficit de altura para idade apresentaram maior experiência de cárie que as eutróficas, sendo que estas iniciaram o hábito de escovação antes dos três anos de idade.

 

 

B225

 

 

Avaliação do estresse como fator etiológico da halitose através da análise dos compostos sulfurados voláteis (CSV).

C.S. QUEIROZ*; C.M. TABCHOURY; M. FUJIMAKI; J.A. CURY.

FOP – UNICAMP (jcury@fop-unicamp.br)

 

 

A halitose é uma condição humana de interesse público, pois pode interferir no comportamento social das pessoas. O mau hálito pode ser detectado pela alta concentração de CSV (H2S e CH3SH) presentes no ar bucal. Os fatores etiológicos da halitose são de várias naturezas, entretanto com relação ao estresse nada está estabelecido. Para tal, foram selecionados 36 voluntários, não apresentando patologias orais, alterações naso-faríngeas, e que não estavam utilizando nenhuma substância antimicrobiana. A condição estressante avaliada foi a realização de provas de Bioquímica e Fisiologia ( Projeto aprovado pela Comissão de Ética da FOP). Uma semana antes da prova (Situação II) e no dia da prova (Situação IIII), os voluntários apresentaram-se sem higienização bucal e em jejum, sendo quantificados os CSV (ppb) presentes no ar bucal utilizando um aparelho sensível a estes gases (Halimeter, Interscan Co.). Em seguida foi feita a coleta de saliva não estimulada para determinar o fluxo salivar (ml/min). As médias e os desvios-padrão dos CSV e fluxo salivar foram respectivamente: a) Situação II: 59,03±±41,17 e 0,55±±0,31; b) Situação IIII: 87,32±±50,42 e 0,41±±0,24. A análise estatística (teste "t" pareado) mostrou aumento significativo de 47,9% dos CSV (p=0,00081) e diminuição de 25% do fluxo salivar (p=0,0012), quando das realizações das provas. Os resultados sugerem que o estresse pode ser um dos fatores etiológicos da halitose.

 

(FAPESP– Proc.98/01100-7)

 

 

B226

 

 

Cárie dentária e estado nutricional

E.A. SILVA*; D.M. SIGULEM.

Departamento de Pediatria - UNIFESP/EPM Fax: (011) 570-0370

 

 

A Comunidade científica tem pouco conhecimento sobre a cárie dentária e o estado nutricional alterado, quer seja, por desnutrição ou obesidade. O objetivo deste estudo foi conhecer a prevalência da doença cárie dentária e o estado nutricional de 119 pré-escolares, residentes em favelas de Vila Mariana, São Paulo. Para a avaliação do estado nutricional, utilizou-se os indicadores Estatura/Idade e Peso/Estatura, usando-se como padrão de referência o NCHS (National Center for Health Statistics). O exame clínico destas crianças foi realizado por um único examinador. O índice utilizado de ataque à cárie foi ceo-s (superfícies cariadas, extraídas e obturadas), com critérios da Organização Mundial da Saúde (1987). Desta amostra, 56,3% apresentavam-se eutróficos, 26,0% com algum grau de desnutrição e 17,7%, sobrepeso e obeso. Neste estudo observou-se que dos desnutridos, 48,4% estavam livres de cárie, enquanto os eutróficos apresentavam-se 38,8% e apenas 19,0% dos obesos não apresentavam nenhuma superfície atacada pela cárie. Utilizando-se a análise de variância por postos de Kruskal-Wallis, verificou-se uma estatística significante quanto ao número de superfícies atacadas pela cárie dentária, nas crianças obesas na idade de 4 anos de idade (p<0,05). As conclusões deste estudo indicam a necessidade de uma atenção precoce aos pré-escolares, com a interação do pediatra e o cirugião-dentista objetivando a prevenção da cárie e da própria obesidade.

 

Apoio financeiro: CAPES

 

 

B227

 

 

Observações ultraestruturais dos tecidos de suporte do dente do ouriço do mar (Lytechinus variegatus)

P.D. NOVAES*; E.N. ROMANI; M.J. SILVA

Departamento de Morfologia - FOP/UNICAMP. Fax: (019) 430-5218

 

 

O aparelho mastigatório (lanterna de Aristóteles) do ouriço do mar Lytechinus variegatus localizado no hemisfério oral voltado ao substrato marinho é formado por 5 dentes. Cada dente está preso em placas calcáreas chamadas pirâmides, e pode ser dividido em 3 partes ao longo de seu eixo: parte madura, que se projeta para fora da boca; parte intermediária que está unida a pirâmide; e a zona de crescimento chamada também de plúmula.

O objetivo deste estudo é descrever a ultraestrutura dos tecidos de suporte estes dentes. Cinco dentes foram fixados em Karnovsky, dos quais três foram incluídos em araldite. Com uma cortadeira de disco diamantado, obtivemos fatias transversais do dente, com mais ou menos 1 mm de espessura que foram descalcificadas em EDTA 5%. Este procedimento mostrou-se necessário para que não houvesse distorção dos tecidos, que são altamente mineralizados. Após a descalcificação, a fatia do dente foi pós-fixada em ósmio 1% e reincluída em resina para obtenção de cortes ultra-finos. Os outros 2 dentes não descalcificados, foram processados para microscopia eletrônica de varredura (MEV). A MEV revelou que o dente em sua face externa apresenta 2 ranhuras longitudinais paralelas que percorrem as porções intermediária e madura do dente, medindo aproximadametne 11 mm de comprimento por 0,35 mm de largura. Essas ranhuras apresentam na porção intermediária do dente, projeções calcificadas semelhante a pilares, que se unem formando pontes. No início da porção madura, aparentemente, as pontes se quebram permanecendo apenas os pilares, que desaparecem gradativamente no sentido da borda livre. As pirâmides apresentam na parte relacionada com a porção intermediária do dente, perfurações que se ramificam em seu interior. Na microscopia eletrônica de transmissão (MET) observou-se espessas fibras colágenas envolvendo compactamente os pilares e dirigindo-se para dentro das citadas perfurações, formando uma rede de fibras intra-placa. Sob as pontes no dente e nas cavidades da placa encontrou-se células em degeneração. Em resumo, o tecido de suporte é formado por feixes de colágeno que ligam os pilares das ranhuras encontradas na face externa do dente às cavidades da pirâmide sem se apresentarem imersas na matriz calcificada como fibras de Sharpey.

 

 

B228

 

 

Cronologia e sequência de erupção dos dentes decíduos em crianças de 0 a 36 meses.

HADDAD, A.E.*; CORREA, M.S.N.; MOREIRA, M.

Depto de Ortodontia e Odontopediatria FOUSP / Disciplina de Odontopediatria Univ.Guarulhos.

 

 

O presente trabalho teve por objetivo verificar a cronologia e sequência de erupção dos dentes decíduos em crianças de 0 a 36 meses, no município de Guarulhos, São Paulo. Foram examinadas 908 crianças, distribuídas pelas quatro regiões da cidade, durante a Campanha de Multivacinação, em 1996. A amostra foi dividida em crianças nascidas de peso normal e nascidas de baixo peso e também de acordo com o sexo. Foi calculada a idade média, desvio padrão, erro padrão e intervalo de confiança 95% para a erupção de cada dente decíduo. Foi determinada a sequência de erupção esperada, bem como as variações desta sequência. Não houve diferença estatisticamente significante para a idade média de erupção dos dentes decíduos entre os sexos. Os dentes que mostraram maior variação na época de erupção entre meninos e meninas foram o incisivo central e lateral inferiores e o canino superior. A erupção ocorreu significantemente mais tarde no grupo de crianças nascidas de baixo peso. Com base na metodologia utilizada, estimou-se que 85,1% das crianças que compuseram a amostra apresentavam a sequência esperada de erupção dos dentes decíduos. A análise da sequência de erupção por dente mostrou que a variação é mais frequente para diferentes dentes ao compararmos os sexos e o grupo das crianças nascidas de peso normal e de baixo peso.

Apoio Financeiro: CAPES

 

 

B229

 

 

Estudo clínico, radiográfico, histológico de implantes submetidos a carga funcional.

P.S.P. CARVALHO; E.T. CAMARINI; E.F. MORAES Jr.*.

Departamento de Cirurgia e Clínica Integrada, FOAraçatuba, UNESP, SP.

 

 

Estudo histológico em cães para verificar a característica da interface formada ao redor do implante do sistema T.F. (Tissue Functional) com prótese fixa parafusada e carga funcional; e avaliar clínica e radiograficamente os efeitos da função mastigatória no osso alveolar. Realizou-se exodontia dos pré-molares inferiores do lado direito. Após 75 dias foram realizados os implantes do sistema T.F. A prótese confeccionada em níquel-cromo. Após 360 dias de instalação da prótese os animais foram anestesiados e nesta oportunidade foi realizada avaliação clínica e radiográfica. Após esses procedimentos os cães foram sacrificados. Após 180 dias de uso das próteses foi possível concluir: ao exame clínico não foi observada mobilidade nos implantes; ao exame radiográfico, a imagem demonstrava uma perfeita adaptação do implante ao tecido ósseo; ao exame histológico (microscopia óptica) apresentado nos resultados havia uma conexão direta entre o osso e o implante sem interposição de tecido não mineralizado. De acordo com as conclusões acima, o uso de prótese sobre implantes, além de promover o preenchimento do espaço protético, não prejudica a interface osseointegrada e evita as reabsorções ósseas presentes em áreas desdentadas.

 

 

B230

 

 

Implantes osseointegrados em uma ou duas corticais ósseas

L.C. ARGENTA*; E.W. MATTE; A. CAMPOS Jr.

NAPIO (Núcleo de Apoio a Pesquisa em Implantes Odontológicos) – FOB/USP

 

 

Os cuidados com os passos cirúrgicos, bem como o correto posicionamento dos implantes, são passos fundamentais para o sucesso dos Implantes Osseointegrados. Além disso, a existência de um osso de boa qualidade tem relação direta com a estabilidade inicial do implante, no momento da sua colocação, bem como com o prognóstico a longo prazo desse implante. Porém, não raras vezes o local a receber implantes não apresenta boa qualidade óssea, tornando-se imprescindível o travamento do implante em duas corticais ósseas. Para isso, normalmente usam-se as corticais de seio maxilar, assoalho de fossa nasal e base de mandíbula para região anterior, evitando-se porém o bicorticalismo em posterior de mandíbula pelos riscos oferecidos pela proximidade do canal mandibular. Para a realização do trabalho foram utilizados 5 coelhos adultos (4 meses de idade), os quais receberam dois implantes NAPIO de 10 mm na tíbia direita. O implante mais próximo à articulação ficou ancorado em uma cortical, enquanto que o mais distal teve ancoragem em duas corticais. Após um período de 9 semanas os animais foram sacrificados, suas tíbias removidas e os implantes submetidos ao exame de torque, onde observou-se um torque médio de 26,66 N.cm (Newton X centímetro) para implantes colocados em uma cortical, contra 120,64 N.cm para implantes em duas corticais. Como conclusão mostrou-se que o travamento de implantes em duas corticais ósseas é importante para aumentar o prognóstico do tratamento.

 

 

B231

 

 

Estudo da composição química da superfície de implantes osseointegráveis de titânio por

meio da espectroscopia por energia dispersiva. P.C. dos SANTOS; J.F.F. SANTOS.

Depto de Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia da USP-SP.

 

 

A avaliação de diferentes materiais resultou no titânio para utilização como implante metálico em função da propriedade de se combinar com o oxigênio do ar e formar uma película de óxido responsável por sua biocompatibilidade. Vários investigadores relataram a grande variabilidade de componentes orgânicos e inorgânicos encontrados na superfície desses implantes em função dos processos de manufatura, limpeza, tratamento de superfície, embalagem e esterilização. O objetivo deste trabalho foi caracterizar quimicamente a homogeneidade dos implantes osseointegráveis por espectroscopia. Foram analisados seis implantes de nove marcas comerciais de lotes de fabricação diferentes e comparados com o grupo controle da marca Nobelpharma. Dos resultados, comparativamente à marca Nobelpharma, foi possível concluir que nas marcas Implamed, Restore, INP e Intralock o número de leituras de elementos químicos diferentes de titânio é semelhante; nas marcas comerciais 3I e De Bortoli o número de elementos químicos diferentes de titânio é maior, significante ao nível de 5% e nas marcas S, SR e HT, é maior significante ao nível de 1%.

 

 

B232

 

 

Estudo histológico e biomecânico entre duas superfícies de implantes de titânio

TOREZAN, J.F.R; ALBERGARIA-BARBOSA, J.R.

Fop-Unicamp. 019-4305274

 

 

Esse trabalho teve como objetivo a comparação histológica e biomecânica de dois tipos de superfícies de implantes cilindricos de titânio comercialmente puros. Para esse estudo foram implantados cilindros de titânio de 6 mm de comprimento e com 3 sulcos regulares em forma de V, na metáfise tibial de 08 coelhos da raça Nova Zelândia. A tibia esquerda de cada animal recebeu dois implantes com superfície usinada e a tibia direita recebeu dois simplantes com superfície rugosa induzida por jateamento. Os animais foram sacrificados e analisados nos períodos de 21 e 42 dias pós-operatório. Os testes de torque foram realizados em 6 animais e após o sacrifício foram retirados os fragmentos ósseos contendo os implantes, para que as peças fossem descalcificadas e analisadas por microscopia óptica. Os outros 2 animais não foram submetidos ao teste de torque com a finalidade de manter a interface intacta, pois essas peças foram preparadaspara obter cortes não descalcificados. Os resultados mostraram que não houve diferenças histológicas, nos dois tipos de superfícies analisadas e nos dois períodos estudados, mostraram sinais de terem áreas osseointegradas. Concluiu-se também, que o torque necessário para o desrosqueamento dos implantes aumentou em função do tempo.

 

 

B233

 

 

Biomateriais para elevação de seio maxilar. Avaliação histológica em humanos.

R.J. BOECK NETO*; M.F.R. GABRIELLI; E. MARCANTONIO Jr; R.C.C. LIA; E. MARCANTONIO; R.A.C. MARCANTONIO.

Dept. Diag. e Cir. da FOAr – UNESP – fax (016)2224328

 

 

O objetivo deste estudo foi avaliar, histologicamente, o comportamento de 2 biomateriais, utilizados para aumento de altura óssea em cavidade sinusal, associados a enxerto ósseo autógeno. Para tanto, foram selecionados 10 pacientes divididos em dois grupos: Grupo GI, pacientes que receberam uma associação de partes iguais de enxerto ósseo autógeno, obtido de sínfise mentoniana (OA) e osso homógeno desmineralizado, liofilizado e congelado (Dembone®) e Grupo GII, OA e uma hidroxiapatita reabsorvível (Osteogen®). Decorrido 10 meses, no momento da colocação dos implantes dentais, os pacientes foram biopsiados através de fresa com diâmetro compatível com o dos implantes. A análise histológica descritiva mostrou formação de tecido ósseo maduro, compatível com a região, para os dois grupos, embora com remanescentes de material. De acordo com os resultados pôde-se concluir que os dois grupos apresentaram formação óssea suficiente para ancoragem de implantes osseointegrados, não houve reabsorção total dos materiais implantados e ambos os grupos apresentaram resultados semelhantes.

 

 

B234

 

 

Análise longitudinal de implantes osseointegrados tratados com ácido

F. V. R. BASTOS NETO*; L. C. GENTILE; A. CAMPOS Jr.

Núcleo de Apoio à Pesquisa em Implantes Odontológicos - NAPIO - FOB - USP.

 

 

Foi desenvolvido no Núcleo de Apoio à Pesquisa em Implantes Odontológicos (NAPIO) - F.O.B. - U.S.P. um sistema de implantes baseado em implantes tipo parafuso e componentes. Existem evidências bem documentadas comprovando que o aumento da rugosidade superficial é um fator de sucesso para os implantes. No sistema NAPIO foi utilizado um tratamento com ácido nítrico e sulfúrico para aumentar a rugosidade superficial e a possibilidade de maior contato com as células ósseas. Para comprovar o efeito deste tratamento foi realizado um levantamento longitudinal da sobrevivência dos implantes. Foram instalados 1116 implantes com comprimentos de 7mm, 8.5mm, 10mm, 11.5mm, 13mm, 15mm e 18mm e diâmetro de 3.75mm, em 282 pacientes, sendo 104 (36,88%) homens e 178 (63.12%) mulheres obtendo uma média de 3.96 implantes por paciente. Os pacientes foram acompanhados clinicamente por um período de 3 anos após a instalação da prótese. Do total foram perdidos 39 implantes (3.49%) sendo 10.25% sobre enxertos de osso liofilizado e 18.94% sobre enxertos de osso autógeno, obtendo-se uma taxa de sucesso de 96.51%. Os dados obtidos permitiram concluir que os implantes do sistema NAPIO tratados com ácido apresentam taxa de sucesso bastante aceitável se comparada à literatura mundial, oferecendo prognostico bastante previsível.

 

 

B235

 

 

Análise do comportamento de implantes com diferentes tratamentos de superfície

L.C.A. ARAGONES; L.P.A. MAGALHÃES*; A. CAMPOS Jr.

NAPIO - FOB - USP

 

 

Devido à necessidade de se obter superfícies de implantes que induzam a uma melhor resposta óssea, foi desenvolvido esse trabalho com o propósito de testar diferentes tipo de tratamentos superficiais , para uma análise histológica e mecânica. Para isto foram utilizados 28 coelhos machos albinos adultos, nos quais foram inseridos 2 implantes, sendo 1 usado para análise histológica e outro para análise mecânica de interface. A amostra foi dividida em 4 grupos: 1 - limpeza com detergente; 2 - limpeza com detergente + tratamento com ácido sulfúrico; 3 - os tratamentos anteriores + jato de óxido de alumínio; 4- limpeza inicial + passivação com ácido. nítrico. Após 12 semanas os animais foram sacrificados e as peças foram removidas para análise. A porcentagem de contato linear entre osso e implante foi avaliada nas 2 primeiras e 2 últimas roscas, enquanto o outro implante foi submetido a teste de remoção ao torque. Os resultados demonstraram maior porcentagem de osseointegração para os grupos 2 (58,28%) e 4 (51,59%), utilizando-se testes paramétricos (p<0,05) e melhores valores de remoção ao torque para o grupo 3 (147,2 Ncm) e piores para o grupo 2. Além disso, os implantes do grupo 3 apresentaram a maior média de densidade óssea no interior das roscas. Os dados obtidos indicaram que os implantes tratados superficialmente apresentaram os melhores resultados, sugerindo que o aumento da rugosidade superficial parece favorecer o sucesso a longo prazo dos implantes.

 

 

B236

 

 

Osteogênese imperfeita leve associada com hiperflexibilidade e dentinogênese imperfeita.

PALLOS, D*; CORTELLI. J.R.; WRIGHT, T; HART, T.

Departamento de Odontologia, Unitau, University of North Caroline, Wake Forest University School of Medicine,NC.

 

 

A Osteogênese Imperfeita (OI) é o resultado de uma anormalidade do colágeno do tipo I e é caracterizada por fragilidade óssea, hiperflexibilidade, pele frágil, defeitos cardíacos e anomalias dentais( Dentinogênese Imperfeita -tipo I). As manifestações clínicas específicas e sua gravidade na Osteogenêse Imperfeita são altamente variáveis. Os autores identificaram uma família Brasileira com três gerações( n=55, 36 examinados, 15 afetados), apresentando hiperflexibilidade das articulações, dores articulares e dentinogênese imperfeita. A herança da condição desta família é consistente com uma transmissão autossômica dominante. Dentes opalescentes e/ou evidências radiográficas de dentinogênese imperfeita foram encontrados em todos os indivíduos afetados. Após exclusão do cromossomo 4, nós obtivemos evidências conclusivas do estudo de ligação para esta síndrome com marcadores genéticos no cromossomo 17q21 ( DLX-3, Zmax=5.33, theta=0.00). A análise dos haplotipos sugere que o lócus responsável esta em uma região candidata de 5 cM entre D17S806 e D17S943, um intervalo genético que contem o lócus do colágeno 1A1. Os indivíduos afetados não apresentam esclera azul ou susceptibilidade aumentada a fraturas ósseas. A associação de hiperflexibilidade articular, dores articulares e dentinogênese imperfeita sem esclera azul ou alta incidência de fraturas ósseas pode ser uma nova variação clínica da síndrome de OI. Baseado neste resultado de estudo de ligação parece que uma mutação do gene do colágeno 1A1 é responsável por esta condição.

 

 

B237

 

 

Avaliação do tipo facial de adolescentes tratados com Bionator

P.C.F. SANTOS*; G.C. DOMINGUEZ; J.W. VIGORITO,

Departamento de Ortodontia, FOUSP 011- 818-7812

 

 

No intuito de descrever as características faciais de um indivíduo, vários autores propuseram diversas formas para classificar os diferentes tipos existentes, considerando três tipos básicos: dolicofacial, mesofacial e braquifacial. A identificação do Tipo Facial é importante porque descreve o crescimento individual e para o tratamento ortodôntico, este conhecimento permite aproveitar de forma vantajosa as suas características. Ricketts afirma que o Tipo Facial permanece inalterado durante o crescimento, independente do grau da gravidade da maloclusão, enquanto que outros autores sugerem que pode comportar-se de diferentes maneiras durante o tratamento ortodôntico, podendo permanecer inalterado (Robertson), favorecer a resposta do tratamento (Fischbach) ou piorá-lo (Scanavini). Com o objetivo de observar as mudanças do tipo facial, realizamos um estudo prospectivo em 36 adolescentes com maloclusão de Classe II, divisão 1a e retrognatismo mandibular divididos em dois grupos, 15 pacientes não tratados, pertencentes ao grupo controle e 21 pacientes tratados durante 18 meses com Bionator de Balters, constituindo o grupo tratado. Nas telerradiografias laterais, iniciais e finais de todos os pacientes, foi determinado o tipo facial através do índice VERT de Ricketts e comparadas e analisadas as variações. Os resultados indicaram que o tipo facial foi alterado em 6,7% do grupo controle e em 18,9 % do grupo tratado, não sendo estatisticamente significante. Desta forma concluímos que com este tipo de tratamento houve controle favorável do tipo facial, sem piorá-lo.

 

 

B238

 

 

Alterações longitudinais na altura do perfil facial tegumentar, no sexo masculino, dos 13 aos 18 anos de idade.

H. SCAVONE JR.*; D.R. MARTINS.

Disciplina de Ortodontia, FO - UNICID, São Paulo e FOB-USP. Fone: (011) 201-7046

 

 

O conhecimento sobre o crescimento vertical da face é essencial para o planejamento de tratamentos ortodônticos, ortopédicos e/ou cirúrgicos. Assim, esta pesquisa visa: 1) quantificar as alterações longitudinais na altura do perfil facial tegumentar e, 2) analisar se existem diferenças quanto à intensidade do crescimento entre as regiões analisadas. A amostra englobou 63 telerradiografias cefalométricas, em norma lateral, de 21 jovens brasileiros do sexo masculino, leucodermas, com oclusão normal e nunca tratados ortodonticamente. Para cada jovem foram estudadas três telerradiografias, obtidas longitudinalmente, em oclusão habitual, com os lábios em suave contato, nas idades médias de 13a.7m., 15a.9m. e 17a.11m. O método cefalométrico consistiu na mensuração das seguintes alturas faciais: N’-Me’ (total), N’-Sn (nasal), Sn-Me’ (ântero-inferior), Sn-St (lábio superior) e St-Me’(lábio inferior e mento). Os incrementos médios (em mm) e os desvios-padrão para estas variáveis, no período dos 13a.7m. aos 15a.9m. foram de, respectivamente: 5,17 + 2,59; 1,83 + 1,05; 3,33 + 1,78; 0,67 + 0,73 e 2,67 + 1,55, enquanto que no período dos 15a.9m. aos 17a.11m., foram de 4,67 + 3,75; 1,31 + 1,58; 3,36 + 2,26; 0,71 + 0,67 e 2,64 + 1,92. O período total investigado, dos 13a.7m. aos 17a.11m., revelou os seguintes resultados: 9,83 + 3,80; 3,14 + 1,55; 6,69 + 2,49; 1,38 + 0,96 e 5,31 + 1,94. O teste "t" de Student evidenciou significância estatística (p<0,01) para todos estes resultados. Constatou-se ainda que o crescimento vertical não ocorreu de modo uniforme no perfil facial tegumentar, pois os maiores incrementos ocorreram na região do lábio inferior e do mento, enquanto que o lábio superior exibiu as menores alterações.

Apoio financeiro do CNPq (bolsa de estudos para Doutorado).

 

 

B239

 

 

Avaliação dos atendimentos odontológicos para as gestantes nos serviços públicos de Porto Alegre, R.S. durante o seu pré-natal. - M.C. FIGUEIREDO*; CORSETTI, L.O.; DUTRA, C.A.V.

Disciplina de Odontopediatria da F.O. da UFRGS, Porto Alegre.

 

 

A abordagem atual do tratamento odontológico está fundamentada no "Modelo de Promoção de Saúde Bucal" que busca o tratamento integral do indivíduo, baseado principalmente na adoção de medidas educativas e preventivas. Dentro deste novo contexto, a existência de programas odontológicos voltados para as gestantes é fundamental para que se possa precocemente esclarecê-las, do quanto também é importante manter a sua saúde bucal, uma vez que será benéfico à saúde bucal de seu futuro bebê. Assim sendo, a proposta deste estudo foi avaliar os atendimentos odontológicos instituído para as gestantes nos serviços públicos de Porto Alegre/RS durante o seu pré-natal, bem como o grau de informação dos CDs envolvidos nesse atendimento. Para tanto, foram avaliados todos os 42 Postos de Saúde Municipais de Porto Alegre que possuem o serviço de pré-natal, através de um questionário respondido pelos CDs que trabalham nestas instituições .Os resultados mostraram que poucos dos Postos de Saúde avaliados possuem um programa odontológico instituído para as gestantes (24,4%), sendo que na maioria destes (75,6%) somente 64% das gestantes são atendidas, porque elas os procuraram. Apenas em 27,9% destes postos existem ou está em fase de implantação o acompanhamento odontológico pós-natal da mãe e do bebê. 100% dos CDs consideraram o atendimento odontológico de natureza educativa, preventiva e restauradora importante nesse período. 95,3% dos CDs fazem a recomendação para que as futuras mães levem os seus bebês ao dentista e destes, 70,4% indicam a idade de 0-3 anos. Concluímos que não existe na prática atual, um atendimento odontológico " pré-natal " como exige o conceito atual da doença cárie, apesar dos cirurgiões dentistas estarem sensíveis da importância dessa iniciativa.

 

 

B240

 

 

Avaliação sócio-econômica e prevalência de cárie em crianças atendidas em hospital.

M.E. RAMOS*; L.A. PINTO; G. CASTRO; M.P. GOMES.

UERJ/UFRJ/UNESA - (021) 295 7011.

 

 

Levantamentos epidemiológicos são fundamentais para planejar e avaliar ações de saúde. Com a hipótese de que fatores sócio-econômicos afetam a saúde e no intuito de implantar um serviço odontológico ligado ao Ambulatório de Pediatria HUPE-UERJ, objetivou-se avaliar a prevalência de cárie e a condição sócio-econômica, em 365 pacientes de 1 a 12 anos. Através de entrevista, analisou-se a renda familiar, moradia e nível de escolaridade. A prevalência de cárie e os índices ceo-s e CPO-S foram obtidos após exame dentário realizado em consultório, segundo normas da OMS. Os dados foram analisados no EpiInfo e o teste Qui-quadrado foi utilizado. A renda mensal familiar mais frequente foi de 3 salários mínimos (SM) (61,6%), sendo que 34,2% ganhavam 4 ou mais SM e 14,7%, até 1 SM. De toda a amostra, 87,7% residiam em bairros afastados do Hospital. O 1o grau predominou entre as mães (72,2%) e apenas 2,3% tinham 3o grau. A prevalência de cárie foi de 64,7% para dentes decíduos e de 57,1% para dentes permanentes e o índice médio de ceo-s foi de 4,8 e de CPO-S, 2,6. A associação entre renda familiar e ceo-s foi significante (p<0,05), das crianças com 1 SM, 75,7% tinham cárie contra 49,1% daquelas com renda de 3 SM. A associação entre escolaridade materna e ceo-s foi significante (p<0,01), o grupo de 1o grau apresentou mais crianças com ceo-s mais alto. O mesmo não foi observado em relação ao CPO-S (p>0,05). Foi detectada alta prevalência de cárie e o índice ceo-s teve relação estatisticamente significativa com a condição sócio-econômica. Os dados obtidos sugerem a necessidade da implantação de um programa odontológico que inclua, além de procedimentos curativos, procedimentos educativos direcionados ao nível sócio-econômico da população alvo.

 

 

B241

 

 

Análise dos ambientes odontológicos privados, em relação à contaminação mercurial – Natal/RN

M.S.C.F. ALVES*; M.J.V.F. LEITE; J.Y.P. LEITE; H.C.S. MEDEIROS.

Departamento de Odontologia - UFRN E-mail mstodsoc@adonto.ufrn.br

 

 

A contaminação do ar por vapores de mercúrio (Hg), constitui um risco ocupacional aos profissionais da Odontologia. Essa contaminação provém de manipulações inadequadas do amálgama e são ampliadas, a partir de um ambiente que favoreça a retenção desses agentes. Este estudo teve como objetivo identificar possíveis fontes de retenção do Hg nos ambientes odontológicos. A amostra aleatória estratificada, com grau de confiança de 92,1%, constou de 140 consultórios privados, dentre o universo de 1.190 pertencentes a cirurgiões-dentistas inscritos no CRO – Natal/RN. Os dados foram coletados através de um questionário e analisados a partir da estatística descritiva, com base na revisão da literatura. Constatou-se que 94,3% dos consultórios possuem condicionadores de ar e tem seus filtros limpos semanalmente (45%), quinzenalmente (16,4%) e mensalmente (15%); 97,8% dos pisos são de material cerâmico; 53,6% usam cortinas tipo persianas (PVC), 100% nunca foram analisados quanto à presença do Hg volátil no ambiente. 85% dos consultórios possuem estufa à uma distância média respectivamente de 2,68 (±1,73) e 1,5 (±1,64) em relação ao amalgamador e local de armazenamento do Hg. A análise desses dados mostrou que os consultórios tem padrões ambientais aceitáveis em relação ao não favorecimento de retenção de mercúrio, sendo necessário desenvolver estudos de análise química do Hg volátil nos consultórios, para comprovação desses padrões. Conclui-se que os ambientes odontológicos estão nos padrões indicados pelos órgãos de vigilância sanitária, no entanto sugere-se a verificação dos níveis de Hg volátil.

 

Apoio: PIBC/CNPq, ETFRN, UFRN

 

 

B242

 

 

Prescrição em Odontologia no Setor Público: Abordagem Técnica e Social.

V.F.VIANNA*; A. HAYASSY; P.R.P. SALGADO; S.F. COSTA; M. MORI; M.F. HAYASSY.

Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense-RJ

 

 

A prescrição de medicamentos no exercício profissional da Odontologia apresenta finalidades específicas como: dor, inflamação e infecção. Seja qual for a situação, a opção medicamentosa deverá variar de acordo com critérios estipulados pelo profissional, incluindo desde a farmacocinética, aspecto geral do paciente(físico, psíquico e social) até o custo do fármaco. Os objetivos do presente estudo foram verificar se os profissionais têm a preocupação com algum aspecto social no ato da prescrição de medicamentos, observar a influência dos representantes de laboratórios farmacêuticos sobre os profissionais e analisar a relação entre a formação acadêmica e a prática da prescrição. Sendo assim, visamos contribuir no sentido de sensibilizar o profissional que atende diretamente a Comunidade num Sistema de Saúde unificado e universalizado. Os Acadêmicos bolsistas aplicaram questionários a 102 Cirurgiões Dentistas que atuam no S.U.S.-R.J(Sistema Único de Saúde do Rio de Janeiro). Observou-se que somente 22% dos profissionais entrevistados demonstrou sensibilidade social no exercício da prescrição dos medicamentos, citando custo como único fator social a ser considerado. Já 72% recebe visitas constantes de representantes de laboratórios farmacêuticos e são influenciados na prescrição das marcas dos medicamentos representados, enquanto 93% dos profissionais relatou que a formação universitária foi bastante deficiente na área de farmacologia, tanto no aspecto técnico como no social. Há pouca concientização social no exercício da prescrição de medicamentos, uma vez que uma grande parcela dos profissionais são influenciados a prescrever as marcas de medicamentos dos laboratórios que visitam seus locais de trabalho, o que também reflete uma formação acadêmica deficiente.

 

 

B243

 

 

A práxis educativa em saúde bucal: uma experiência em pesquisa participante.

M. V. GOUVÊA*.

Pós-graduação em Odontologia Social - Universidade Federal Fluminense . Niterói, RJ, Brasil (021) 620-2828 r:141

 

 

Profissionais de educação são agentes transformadores ao disporem de instrumentos práticos e teóricos que podem contribuir na reversão de um determinado quadro social. Com o objetivo de investigar a dificuldade de envolver professores de ensino fundamental em programas de saúde bucal destinado à escolares, optou-se por criar um grupo de discussões envolvendo a pesquisadora e alunos de um instituto de formação de professores em Niterói, na área metropolitana do Rio de Janeiro, no sentido de estimular a reflexão crítica. A pesquisa qualitativa do tipo participante procurou durante o ano de 1997, interpretar no conflito do cotidiano escolar a percepção do processo saúde-doença, buscando mais a compreensão do sentido da experiência humana segundo suas próprias perspectivas, do que a sua explicação pela descoberta de eventuais relações de causa e efeito. Procedeu-se análise de conteúdo dos relatos registrados (Bardin, Análise de conteúdo,ed70, Lisboa,1979) a partir de três categorias básicas: 1)A Cavidade Bucal - Partindo do Biológico; 2) A Saúde - Um Conceito em Construção; e 3) Saúde Bucal é Saúde - Revelando Dissociações. Num contexto de carência generalizado é um desafio enfrentar isoladamente os problemas que se apresentam. Neste sentido, a autora conclui que a universidade poderá desempenhar sua função junto à coletividade de forma mais efetiva, se trabalhar a saúde bucal na formação do professor, sem dissociá-la de questões básicas em saúde e cidadania, capacitando profissionais da educação para a realização de trabalho crítico e consciente em saúde bucal.

 

 

B244

 

 

Avaliação do programa integrado de educação e saúde escolar de Paulínia (PIESE).

P.R.GOMES*; M.L.R.SOUSA; R.WADA.

Departamento de Odontologia Social. Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP. luzsousa@fop.unicamp.br

 

 

O PIESE iniciou em 1983 resultado do convênio entre Paulínia e UNICAMP, objetivando proporcionar melhor atenção à saúde dos escolares de Paulínia-SP. Conta com uma equipe multiprofissional, sendo que neste trabalho foi avaliada a saúde bucal dos escolares. Há uma equipe de dentistas que atua no programa preventivo e através de levantamentos epidemiológicos, os escolares foram classificados nos grupos de risco de acordo com os seguintes critérios: Alto Risco (AR): CPO/ceo>ou=4 e/ou com lesão ativa de cárie, Médio Risco (MR):CPO/ceo entre 2 e 3 inclusive e/ou lesão crônica de cárie, 1 ou 2 molares em irrompimento, uso de aparelho, perda precoce de decíduo, respirador bucal e Baixo Risco (BR):CPO/ceo entre 0 e 1 inclusive e/ou sem atividade de cárie por um ano. No programa utiliza-se 01 ATF semestral para o grupo de Baixo Risco (BR); 01 ATF bimestral para o Médio Risco (MR) e ATF semanal por 4 semanas e reavaliação mensal para o Alto Risco(AR). Em 1994 haviam 111 crianças AR(43,9%); 94MR(37,2%) e 48BR(18,9%);sendo 416(48,1%), 309(35,8%) e 139(16,1%), respectivamente em 1995. Em 1996 haviam 733 crianças AR(33,3%), 964MR(43,7%) e 507AR(23,0%); sendo para 1997: 1330 AR(34,7%), 1731MR(45,1%) e 775BR(20,2 %). Pode-se apontar mudanças nos grupos de risco com diminuição gradual de crianças para o grupo de AR cuja diferença foi de 14,8% de 95 para 96, tendo um decréscimo de 30,8% em relação ao valor percentual apresentado em 95. Para a categoria BR houve um aumento de 22,1% e para o MR um aumento de 42,9%. Os resultados indicam que os procedimentos preventivos estão produzindo um efeito bastante positivo, sugerindo-se a continuidade dos programas, ampliando-se a sua avaliação, a partir dos critérios adotados para a classificação dos escolares quanto aos grupos de risco.

 

 

B245

 

 

Incremento de cárie em crianças que tiveram cárie de amamentação.

M.P. GOMES*; I.P.R. SOUZA; E.P.S. BASTOS.

Odontopediatria – F.O. / UFRJ – RJ

 

 

O objetivo do trabalho foi verificar o incremento de cárie (IC), hábitos de dieta, higiene bucal e uso de fluoretos em crianças que apresentaram cárie de amamentação no passado. A amostra foi composta por 70 crianças, de ambos os sexos, de 5 a 10 anos de idade (média = 7.47 ± 1.78), que fazem parte do Projeto Renascer (Niterói – RJ - Brasil). Formulou-se um questionário contendo perguntas fechadas, referentes ao consumo de açúcar, freqüência de escovação, uso de fio dental e fluoreto, que foi respondido pelas mães das crianças. A experiência de cárie atual (ceo2/CPOD2–OMS-m) foi determinada em exame clínico bucal, com espelho e sonda exploradora "romba", e foi comparada com a experiência pregressa de cárie (ceo1/CPOD1–OMS-m), obtida dos prontuários dos pacientes. Essas crianças receberam tratamento odontológico, que variou de 2 a 6 anos. A média do IC foi 0,12. O IC foi estatisticamente significante comparado ao número de escovações dentárias (teste de Kruskal-Wallis, p= 0.044). Verificou-se persistência de dieta cariogênica em 70% das crianças (ingestão de açúcar ³ 5x/dia). No entanto, a maioria (78.6%) modificou seus hábitos de higiene bucal, escovando seus dentes mais do que 3 vezes ao dia (teste de Mann-Whitney, p=0.0003), além de todas (100%) terem recebido aplicação de fluoreto tópico profissional (gel) a cada 3 meses quando retornavam para as consultas de revisão. Como no passado, esse grupo ainda é considerado de alto risco à cárie. Portanto, programas especiais de promoção de saúde bucal deveriam ser desenvolvidos para atender a esta população, a fim de reverter o alto risco de cáries dessas crianças.

 

 

B246

 

 

A educação em saúde para pacientes com síndrome de down

P. ZARZAR*; V. COLARES; T. COSTA; E. VALE.

Departamento de Odontologia Preventiva e Social , FOP-UPE

 

 

Os pacientes especiais são um grupo diferenciado que necessitam de maior atenção profissional para viabilizar seu atendimento, sendo a prevenção fundamental para minimizar a necessidade de tratamento. Os responsáveis pelos pacientes são essenciais na manutenção de uma conduta preventiva e educativa , onde o objetivo maior é propocionar uma saúde satisfatória e melhor qualidade de vida. Esse estudo procurou conhecer e avaliar os conhecimentos com relação a saúde oral através da aplicação de um questionário com 29 responsáveis por crianças com síndrome de Down na cidade de Recife. Através da análise dos dados coletados verificamos que a maioria dos responsáveis já recebeu alguma informação sobre saúde oral, sendo a fonte de informação mais frequente o dentista . Porém, a maioria não considera seus conhecimentos satisfatórios e todos os entrevistados gostariam de receber maiores informações. A maioria dos pacientes não são levados para visitas regulares ao dentista, tendo sido relatado dificuldades para obter atendimento para pacientes especiais, falta de tempo e considerarem não ser necessário. Verificamos que a maioria dos responsáveis não possuem conhecimentos corretos com relação à doença cárie ( %) e doença periodontal (%) .

 

 

B247

 

 

Nível informativo e comportamental da população frente ao câncer bucal

A. HAYASSY*; V.F. VIANNA; P.R.P. SALGADO; S.F. COSTA; M. MORI; M.F. HAYASSY.

 

 

O câncer bucal é uma patologia reconhecida como sendo problema de saúde pública e o SUS-RJ ( Sistema Único de Saúde do Rio de Janeiro acredita que a prevenção e o diagnóstico precoce são as únicas condições capazes de permitir a redução da morbidade e da mortalidade decorrentes dessa patologia. Sendo assim, fica claro que cabe aos profissionais da área de saúde e, principalmente ao CD, examinar, reconhecer e diagnosticar. Além disso, é importante informar a população que a identificação de uma lesão em fase inicial é uma circunstância de alta positividade já que aumenta a possibilidade de cura, diminuindo o grande pavor que as pessoas sentem em relação ao câncer. Diante do exposto, os autores se propuseram a investigar se a população está bem informada e qual é o seu comportamento em relação ao câncer bucal, uma vez que através de uma boa orientação, informação e conscientização a patologia torna-se previnível e curável. Como instrumento de coleta de dados foram realizadas entrevistas com 193 usuários de diversas unidades de saúde do SUS-RJ. Com base nos resultados observamos que apenas 3% dos entrevistados recebeu algum tipo de informação e/ou orientação de médicos ou dentistas em relação ao câncer bucal; 27% já viu algum tipo de propaganda de prevenção em hospitais e postos de saúde. Em relação aos fatores causais do câncer bucal, somente 13% relatou pelo menos um fator e o fumo apareceu com maior frequëncia. Sobre o ponto de vista comportamental em relação a patologia, 36% dos entrevistados apresentou preocupação em procurar imediatamente um dentista ou médico em casos suspeitos. Conclui-se que, os usuários não possuem informações suficientes para apresentar um comportamento adequado de modo a reduzir o quadro dramático de morbidade e mortalidade relacionado ao câncer bucal.

 

 

B248

 

 

Perfil de escolares isentos de cáries

D.P. QUELUZ*.

Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP- (019)5305209

 

 

Este trabalho tem como objetivo conhecer o perfil dos escolares isentos de cáries. Para tanto, foram utilizados 925 escolares de ambos os sexos, na faixa etária de 12 e de 18 anos, pertencentes à escola pública (n=700) e à particular (n=225). Inicialmente foi aplicado um questionário e após, procedeu-se ao exame clínico de cárie na dentição permanente (CPO-D). Os resultados obtidos mostraram que o CPO-D variou em média de 3,4 aos 12 anos e de 7,6 aos 18 anos, sendo que 18,2% (n=168) apresentavam-se livres de cárie. Analisando-se os escolares isentos de cárie, verificou-se que a porcentagem é maior nas escolas particulares (32,9%) do que nas escolas públicas (13,4%). Sendo 53% do sexo feminino e 47% do sexo masculino; 79,7% na faixa etária de 12 anos e 20,2% na faixa etária de 18 anos; freqüentam mais o CD de 6 em 6 meses (29,5%) do que anualmente (9,5%. Se o escolar não trocar de CD é maior a porcentagem de escolares isentos de cárie (85,1%). Em relação ao ensino da escovação dental 42,9% dos escolares foi a mãe quem o fez e 25,6% foi o CD. Em relação aos métodos preventivos: ATF, bochecho com flúor e uso de fio dental, uma minoria (23%) não utilizou nenhum desses métodos. Pode-se concluir que: a utilização de métodos preventivos é alta nos escolares isentos de cárie; a mãe é uma grande educadora em relação aos hábitos de higiene; os escolares que não trocam de CD apresentam maior porcentagem de isenção de cáries do que os que trocam de CD; e quanto mais regularmente freqüentar o CD maior é a porcentagem de escolares isentos de cárie.

 

 

B249

 

 

Hábitos orais entre crianças HIV+ e sem evidências de imunossupressão.

E.R. BUNDZMAN*; C. NISCHIO; M. MAGNANINI; U.V. MEDEIROS; A. RIBEIRO; I.P.R. SOUZA.

Odontopediatria -FO/NESC:UFRJ.

 

 

O objetivo desta pesquisa foi comparar a prevalência de hábitos orais viciosos entre crianças infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e crianças sem evidências de imunossupressão. Participaram deste estudo 63 crianças com diagnóstico definitivo de infecção pelo HIV (HIV+) (33 do sexo feminino e 30 do sexo masculino; média de idade 57,34 meses) e 61 crianças sem evidências clínicas de imunossupressão (HIV-) (22 do sexo feminino e 39 do sexo masculino; média de idade 62,38 meses), pacientes de dois hospitais públicos do Rio de Janeiro. Após aprovação do Comitê de Ética e consentimento por escrito dos responsáveis, estes responderam um formulário com perguntas fechadas sobre história médica pregressa e hábitos orais viciosos das crianças. Foram questionados os seguintes hábitos: uso de chupeta, amamentação natural e/ou artificial; sucção de lábio, língua e/ou digital, onicofagia, respiração bucal ao dormir e bruxismo. Para análise estatística dos dados foi empregado o Teste Qui-quadrado. Não houve diferenças significativas na prevalência de hábitos viciosos entre o grupo HIV+ e HIV- (p=0,3692). Dos hábitos bucais viciosos pesquisados, somente o de respiração bucal durante o sono apresentou diferença significante (33,3% HIV+, 51,7% HIV-; p=0,0406). Neste estudo, a prevalência de hábitos orais viciosos não diferiu entre as crianças HIV+ e as sem evidências de imunossupressão.

 

 

B250

 

 

Aspectos psicoemocionais dos pacientes portadores de deficiências neurológicas

C.R. ARAÚJO*; C.M.C. ALVES; A.L.A. PEREIRA; A.F.V. PEREIRA.

Departamento de Periodontia, UFMA

 

 

Diante dos problemas gerados pelas alterações comportamentais dos pacientes especiais, os autores se propuseram a avaliar os aspectos psicoemocionais destes portadores de distúrbios neurológicos, seu comportamento, capacidade de assimilação e fixação frente aos estímulos aos quais foram submetidos. Foram analisadas 83 crianças da APAE-MA, sendo: 28 pacientes com síndrome de Down, 43 com deficiência mental e 12 com paralisia cerebral. A análise foi feita em duas fases: antes e após receberem estímulos. Observou-se a presença ou ausência de características como: agressividade, evitação, passividade, indiferença, depedência e grau de concentração. Os estímulos foram classificados em auditivos, visuais e cinestésicos. Em relação à reação ao tratamento dentário, foi observado, igualmente para os três distúrbios, participação coletiva amigável quando em primeiro contato ou contatos subsequentes sem trauma e evitação/fuga ou agressividade/hostilidade quando em consultas posteriores à consulta prévia que produziu algum tipo de trauma. No item motivação falada de higiene bucal observou-se: deficiência mental e síndrome de Down–assimilação parcial, paralisia cerebral–não assimilação. No item higienização bucal observou-se: paralisia cerebral–dependentes totais, síndrome de Down e deficiência mental – dependência parcial. Concluiu-se que os métodos de abordagem para motivação mais adequados são: paralisia cerebral-método visual, síndrome de Down-cinestésico e deficiência mental-auditivo, visual e cinestésico.

 

CNPq/PIBIC

 

 

B251

 

 

Hábitos e prevalência de lesões em um programa de prevenção de câncer bucal.

S.A.S. MOIMAZ*; C.A. SALIBA; E.R. BIAZOLA; N.A. SALIBA; R.M. ARCIERI.
Departamento de Odontologia e Social - FOA-UNESP

 

 

O objetivo do presente trabalho foi avaliar a prevalência e características de lesões bucais em indivíduos participantes de um programa de prevenção de câncer bucal, bem como verificar os hábitos relativos ao uso do fumo, bebida alcoólica e protetor solar. Foram examinadas 738 pessoas, 354 do sexo feminino e 384 do sexo masculino, trabalhadores rurais e urbanos do município de Valparaiso, SP, Brasil. Foram elaborados, para a entrevista, um questionário, contendo informações sobre os hábitos, e características das lesões; e para distribuição, um folheto explicativo sobre o auto-exame e os cuidados para a prevenção do câncer bucal . Os dados coletados mostraram que 11% das pessoas examinadas apresentaram lesões, sendo 13,58% extra-bucal, e 86,42% intra-bucal, principalmente localizadas na mucosa jugal, rebordo alveolar e assoalho de boca. Esses indivíduos foram encaminhados ao Centro de Oncologia Bucal da Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP . Quanto aos hábitos, 24,7% dos entrevistados fumam, e 21,4% usam bebida alcoólica freqüentemente, e dos indivíduos que fumam, 57,7% utilizam mais de 10 cigarros por dia. Apenas 4,3% usam protetor solar. De acordo com os resultados, há necessidade de conscientizar a população sobre os riscos do uso do cigarro e do álcool, e a importância do diagnóstico precoce de lesões, para a prevenção do câncer bucal.

 

 

B252

 

 

Contribuições da Psicologia para o desenvolvimento profissional do cirurgião-dentista.

M.E.S. CAETANO*; A.M. TOREZAN; A.B.A. MORAES.

Cepae-Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP - E-mail: xcaetano@zaz.com.br

 

 

Este trabalho visa contribuir para a formação do cirurgião-dentista (CD), utilizando o processo interativo entre a CD e a pesquisadora como objeto de estudo. Participaram uma CD, com 32 anos de idade e 10 de atuação profissional (especialização - Odontopediatria FOP-UNICAMP-1991); uma psicóloga (pesquisadora), com 44 anos de idade, formada há 20 anos, atuando há 5 anos no Cepae e cursando o doutorado na UNICAMP; e, dois pacientes especiais, sendo um não colaborador e, outro, deficiente mental; com 66 e 76 meses de idade, respectivamente. Os atendimentos odontológicos (AO) foram realizados no Cepae-FOP-UNICAMP e todas as sessões foram observadas, registradas por escrito e filmadas. Entre uma sessão de AO e outra, a CD e a pesquisadora encontravam-se, assistiam juntas ao vídeo-tape e discutiam a relação profissional-paciente, frente as práticas clínicas e comportamentais realizadas e planejavam a sessão seguinte. Esses encontros foram gravados em fitas K-7 e, posteriormente, essas fitas foram transcritas. Os resultados parciais referente a leitura do material (transcrições das fitas e registros por escrito) e a realização das categorias de analise, de um dos pacientes, parecem demonstrar que as exigências clínicas sobrepõem-se as necessidades de lidar com o comportamento do paciente e o CD parece não valorizar indicadores precoces de não-colaboração. Por outro lado, o psicólogo exerce, preponderantemente, sua influência sugerindo ações que o CD tem dificuldades em viabizar. Assim parece que ao dar oportunidade para o CD rever sua atuação e falar de seus sentimentos e inseguranças favorece seu desempenho técnico ao longo do AO, bem como contribui para seu equilíbrio emocional, criando na relação profissional - paciente um vínculo de segurança e confiabilidade recíproca.

Apoio financeiro da FAPESP- Processo 97/01733-7

 

 

B253

 

 

Observando o comportamento de alunos de graduação da FO/UFMG em relação ao controle de infecção

na prática odontológica. D.N. FREIRE*; I.A. PORDEUS; H.H. PAIXÃO.

Faculdade de Odontologia UFMG.

 

 

Para alcançar o sucesso na incorporação das medidas de controle de infecção em Odontologia, é essencial que os alunos de Graduação estejam preparados e esclarecidos quantos aos métodos existentes. Estudos têm avaliado o relato de profisionais e estudantes, método este questionável. Assim, objetivou-se verificar, através da observação do comportamento, como alunos realizavam as medidas básicas de controle de infecção na clínica e averiguar quão real é o relato dos alunos em relação à sua prática. Oito alunos último-anistas da FO/UFMG foram observados em três clínicas: Odontopediatria, Cirurgia e Clínica Integrada de Atenção Primária. Os alunos não sabiam quais estavam sendo observados e desconheciam também o motivo da observação. Em seguida, todos os vinte alunos daquela sub-turma de prática responderam a um questionário pré-testado. A análise estatística envolveu os testes qui-quadrado e de Fischer. Setenta e dois contatos com pacientes foram observados. Verificou-se que o relato dos vinte alunos se assemelhava. Observou-se que os alunos sempre consideraram relevante o uso de paramentação e proteção de superfícies. A intenção reportada sobre a utilização dos ítens de paramentação após a formatura foi inferior ao relato de relevância. Apesar do comportamento observado nas três clínicas ter sido satisfatório, quando comparado à freqüência de relato sobre uso correto dos ítens de paramentação, observou-se que o relato era sempre mais positivo que o comportamento. Conclui-se que, apesar dos alunos estarem cientes da relevância do controle de infecção na prática, o relato da intenção de utilização dos ítens e, principalmente, o comportamento observado durante as atividades práticas necessitam ser aprimorados.

Apoio financeiro: PRPq/UFMG, CNPq.

 

 

B254

 

 

A participação da Clínica Integrada nos currículos odontológico do Brasil.

J.H.V. SERRÃO*; J.L.G. SILVEIRA; W. PADILHA; R.G. ROCHA; N. TORTAMANO.

Pós-Graduação Odontologia Social/UFF - Pós-Graduação em Clínica Integrada - USP/SP

 

 

Este estudo teve o objetivo de verificar a situação da Clínica Integrada, matéria obrigatória dos currículos odontológicos plenos no Brasil. A metodologia utilizada foi a indutiva, com procedimento estatístico descritivo, a técnica de pesquisa foi a observação indireta documental. Como universo deste estudo foram considerados os cursos de graduação de odontologia no Brasil. Foi solicitado aos coordenadores dos cursos o envio do currículo, grade e ementa dos respectivos cursos, obtendo-se uma amostra de 25 (30,4%) dos 82 cursos de odontologia. Os resultados obtidos foram: 1) a carga horária curricular total média é de 4.367 h/a, variando de 3.600 h/a a 5.508 h/a; 2) a carga horária média do ciclo básico foi de 1.046 h/a, variando de 780 h/a a 1.620 h/a; 3) a carga horária profissionalizante média foi de 3.321 h/a, variando de 2.340 h/a a 4.410 h/a; 4) a carga horária semestral média foi de 498 h/a; 5) a clínica integrada teve como carga horária total média 433 h/a, variando de 68 a 1.140 h/a; 6) a mesma disciplina, em cursos diferentes, pode apresentar uma carga horária até 16,7 vezes maior; 7) a clínica integrada corresponde ao equivalente a 9,9 % do currículo total, 13,0 % do profissional e 86,9 % da média semestral; 8) os cursos têm em média 8,7 semestres e a clínica integrada distribui-se por 2,3 semestres. Concluiu-se que: a) existe desproporcionalidade entre as cargas horárias curriculares totais e entre as cargas horárias da clínica integrada; b) as diferentes concepções curriculares podem explicar as distorções encontradas, pois o currículo tradicional centrado na técnica, não enfatiza a integração tanto quanto o currículo inovado, centrado na promoção de saúde.

 

 

B255

 

 

Subsídios para a integração da prática odontológica no Mercosul

I.T.P. CALVIELLI*; M.E. ARAÚJO; J.L.F. ANTUNES; E.C.R. MELLO.

Departamento de Odontologia Social, Faculdade de Odontologia da USP – SP

 

 

Um grande contingente de brasileiros tem se matriculado em faculdades de países vizinhos, com a perspectiva do exercício profissional no Brasil ou de transferência para instituições nacionais de ensino. Essa constatação sublinha a importância de estudos sobre a formação profissional do cirurgião dentista nos países latino americanos. Em especial, dado o avançado estágio de consolidação do Mercosul, é necessário conhecer as condições de ensino e da profissionalização da prática odontológica nos países que já aderiram ao tratado, em função da expansão do mercado de trabalho projetada pela suspensão das barreiras alfandegárias. Nesse sentido, o presente estudo se propôs levantar a infra estrutura institucional de ensino de graduação em odontologia na Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, reconstituindo suas diretrizes curriculares, para a prospeção de deficiências e de perspectivas comuns. Além disso, procurou-se reconhecer o campo institucional de acompanhamento e apoio ao exercício profissional nos países membros (sindicatos, conselhos, associações de especialistas, etc.), apontando para a integração de suas atividades, estabelecendo sistemática de estudo que possa ser ampliada para os países que venham a se incorporar ao Mercosul. Foi sistematizada a experiência européia na formação de seu Mercado Comum, com a fixação de parâmetros para o reconhecimento internacional da titulação profissional, enquanto parâmetro para os países sul americanos evitarem problemas futuros. Os estudos realizados apontam a inexistência de integração do ensino e das condições de apoio e acompanhamento ao exercício profissional da odontologia nos países que compõem o Mercosul.

 

 

B256

 

 

Preferência por açúcar e cárie dentária em pré-escolares

N. TOMITA; P. NADANOVSKY; A.L.F. VIEIRA*; E.S. LOPES.

Faculdade de Odontologia de Bauru-USP e Instituto de Medicina Social-UERJ

 

 

O objetivo deste trabalho foi de avaliar a preferência por açúcar de pré-escolares de diferentes níveis socioeconômicos do município de Bauru-SP-Brasil e sua associação com a prevalência da cárie dentária. A amostra foi composta por 571 crianças entre 4 e 6 anos, matriculadas em pré-escolas de um bairro central (Cassab), um periférico (Gasparzinho) e do programa de Desfavelamento do município. A preferência por doce foi avaliada através do Sweet Preference Inventory modificado. Cada criança experimentou 5 soluções de um suco de uva comercial, com variação na concentração de açúcar entre 0 a 1,17 M (0 a 400 g de açúcar/litro). A prevalência de cárie foi avaliada pelo ceos. No geral, 80% das crianças preferiram o suco mais doce (1,17 M). No grupo menos favorecido (Desfavelamento) 88,8% preferiram o suco mais doce, o mesmo ocorrendo com 73,3% (Cassab) e 81,3% (Gasparzinho) dos grupos mais favorecidos. A porcentagem de crianças livre de cárie no grupo menos favorecido foi de 20,7% enquanto que nos mais favorecidos a prevalência foi de 50% (Cassab) e 42,5% (Gasparzinho). As variações na preferência por açúcar foram muito pequenas, a maioria das crianças preferiu a solução mais doce. Isto reduz a capacidade desta variável explicar a variação na prevalência de cárie. Apesar desta limitação, nossos resultados mostraram que o nível socioeconômico influenciou a preferência por açúcar, que por sua vez foi associada à prevalência de cárie.

 

 

B257

 

 

Promoção de saúde: declínio dos procedimentos restauradoes, cirúrgicos e endodônticos.

FARIA, G*; NELSON FILHO P.; ASSED S; BORSATO M.C.; SILVA L.A.B.

Departartamento de Clínica Infantil, FORP-USP.

 

 

O objetivo do pesente trabalho foi avaliar se a adoação de uma mentalidade preventiva, devido à mudança no paradigma de uma Odontologia "Restauradora" para uma Odontologia de "Promoção de Saúde", alterou de forma significativa ou não os tipos de procedimentos clínicos, efetuados no período compeendido entre os anos de 1980 a 1996, na Clínica de Odontopediatria da FORP-USP. Utilizando-se os relatórios anuais do Departamento de Clínica Infantil, obtidos a partir, do prontuário de todos os pacientes atendidos, realizou-se um levantamento dos procedimentos clínicos efetuados pelos alunos da graduação no período em questão. Analisou-se os seguintes procedimentos, realizados em dentes decíduos e permanentes de crianças de 0 a 12 anos: higiene bucal supervisionada, orientação dietética, aplicação tópica de fluor, aplicação de selantes, restaurações de amálgama de prata, tratamentos endodônticos e avulsões dentais. Os valores obtidos para cada procedimento foram transformados em percentagens, observando-se a ocorrência de um aumento considerável nos percentuais de aplicações tópicas de flúor, (9,72%) e aplicações de selantes (14,78%). Por outro lado, os percentuais de realização de restaurações de amálgama de prata, tratamentos endodônticos e avulsões mostraram declínios expressivos de 18,28 5,24 e 7,79%, respectivamente. Os procedimentos de orientação dietética e de higiene bucal surpevisionada não sofreram alterações. Os resultados revelam o declínio dos procedimentos restauradores, cirúrgicos e endodônticos com cocomitante aumento dos procedimentos preventivos. Isto demonstra o impacto da adoação de uma mentalidade peventiva, associada à utilização dos fluoretos, nas suas mais diversas formas, sobe a incidência de cárie dental em crianças.

 

 

B258

 

 

Levantamento estatístico de dez anos do carcinoma epidermóide no HUPE.

S. CARVALHO*; T. BERLINK; I. CABRAL; V. VILANOVA; F. TEIXEIRA; L. GUIMARÃES; J. TELES.

Grupo PET, Faculdade de Odontologia da UERJ-RJ.

 

 

De acordo com a literatura atual, vem sendo observado um aumento na incidência de câncer bucal e de algumas outras lesões na cavidade oral. É de grande interesse conhecer o percentual dessas lesões e verificar se tem ocorrido aumento significativo das mesmas. O objetivo deste trabalho é contribuir como fonte de dados para divulgação estatística da incidência das diversas patologias bucais e alertar para a importância do diagnóstico precoce como forma mais evidente de se obter um melhor prognóstico. A coleta de dados para o levantamento estatístico foi realizada no serviço de Anatomia Patológica do Hospital Universitário Pedro Ernesto, incluindo pacientes biopsiados nos setores de Cirurgia Buco-maxilo-facial, Otorrinolaringologia, Dermatologia e doenças infecto-contagiosas, no período de 1986 até 1996. Os resultados foram tratados segundo a incidência das diversas patologias encontradas neste período, incidência de tumores malignos destacando a do Carcinoma epidermóide em relação às regiões da boca e ao sexo. Dentre as diversas localizações, encontrou-se 13% dos casos de carcinoma em língua, 12% em lábio inferior e 10% em palato. Do total de 161 casos 65.9% ocorreram em homens e 34.1% em mulheres. Concluiu-se que: quanto à localização das diversas patologias encontradas, o lábio inferior é o que mais se destaca; dentre os tumores malignos, o Carcinoma epidermóide foi o mais evidenciado, sendo a língua a região mais acometida; nos últimos três anos em relação ao Carcinoma epidermóide não houve grandes aumentos percentuais; os homens apresentaram uma casuística maior do que as mulheres.

 

Apoio financeiro da CAPES.

 

 

B259

 

 

Opinião e aceitação dos pais sobre Banco de Dentes

R.S.GAMA*; U.V.MEDEIROS; J.M.MASSAO; A.HERDY.

Escola de Odontologia – UNIGRANRIO-RJ, OASD - MAer, UFRJ

 

 

A nova Lei no Brasil sobre doação de órgãos gerou gerou uma polêmica nacional. O objetivo deste trabalho é avaliar a opinião das pessoas sobre a doação e recebimetos de órgãos e de dentes. Foram realizadas, 104 entrevistas estruturadas, com os pais de pacientes que frequentaram a Bebê-Clínica da UNIGRANRIO nos meses de março e abril de 1998. A entrevista consistiu das seguintes perguntas: É a favor da doação de órgãos?; Doaria os órgãos?; Conhece Banco de dentes? Caso negativo, era explicado o funcionameto; Doaria os dentes de leite de seu filho quando "caísse" ? e, se aceitaria a doação de dente de leite, de um banco de dente, caso seu filho necessitasse? Os resultados foram expressos em percentuais. 82,7% eram favoráveis à doação de órgãos, 83,7% doariam seus órgãos, apenas 12,5% conheciam banco de dentes, 91,3% aceitariam doar os dentes de leite e 20,2% não aceitariam receber dentes do banco de dente, os principais motivos da recusa eram a cotaminação (71,4%) e a falta de iportância dos dentes de leite (28,6%). Estes resultados sugerem uma necessidade de campanhas educativas para orientação à população em relação ao banco de dentes.

 

 

B260

 

 

Freqüência de manifestações bucais em crianças infectadas pelo HIV

G.F. CASTRO; I.P.R. SOUZA*; R. FONSECA; L. SANTOS; R. HUGO.

Odontopediatria-F.O./IPPMG/UFRJ

 

 

O objetivo deste trabalho é mostrar as freqüências de lesões bucais (LB) em crianças HIV+, observadas em vários períodos de tempo. Fez parte do estudo o universo de crianças HIV+ pacientes do Ambulatório de AIDS Pediátrica (IPPMG/UFRJ), que são atendidas pela equipe do Projeto AIDS em Odontopediatria iniciado em 1993. Os dados foram obtidos dos prontuários onde foram registradas as lesões observadas na época dos exames. A seguir a freqüência de candidíase pseudomembranosa (CPM), hipertrofia de parótidas (HP), gengivite (G), herpes labial (HL), leucoplasia pilosa (LP) e eritema linear gengival (ELG) em três diferentes períodos.

PERÍODO LB%(n) CPM%(n) HP%(n) G%(n) HL%(n) LP%(n) FLG%(n)

1993-94(n-51) 50,91(26) 19,61(10) 19,61(10) — — 1,96(1) 1,96(1)

1995-96(n-80) 37,5(30) 16,5(13) 8,8(7) 17,5(14) 1,3(1) 1,3(1) —

1997-98(n105) 22(23) 5,7(6) 8,7(9) 11,4(12) 1,0(1) — 1,9(2)

Observa-se que o número de crianças atendidas pelo Projeto vem aumentando ao longo dos anos. No entanto, a freqüência de manifestações bucais vem diminuindo principalmente em relação às lesões de candidíase pseudomembranosa, que são as mais associadas ao avanço da doença. Outras análises são necessárias para saber se estes resultados estão associados à terapia combinada de medicamentos que vêm sendo utilizados recentemente, melhorando o prognóstico da infecção pelo HIV nestas crianças.

CNPq-520419/97-1

 

 

B261

 

 

Medo, ansiedade e controle relacioados ao tratamento odontológico

K. SINGH*; A. B. A. MORAES.

Faculdade de Odontologia de Araraquara, E-mail: kira_singh@yahoo.com

 

 

O objetivo deste trabalho foi avaliar medo, ansiedade e controle relacionados ao tratamento odontológico. Os sujeitos foram 364 crianças a faixa etária de 7 a 13 anos. Três questionários com questões de múltipla escolha foram aplicados em grupos de 35 crianças. O pesquisador lia as questões e as crianças assinalavam suas respostas. O primeiro questionário possuía 15 itens relacionados a medo do dentista e outras situações; o segundo 20 itens relacionados as situações produtoras de ansiedade; e, o terceiro 40 itens sendo 20 relacioados ao controle percebido e 20 relacionados ao controle desejado. Em relação ao medo, as meninas se mostraram mais temerosas que os meninos e crianças de 9 a 13 anos revelaram mais medo que as de 7 a 9. Os itens de medo mais assinalados foram: "a sensação de asfixia" e "injeção". Itens de ansiedade, mais assinalados foram: " percebo que meu coração bate depressa", e "no íntimo sinto medo". Quanto ao controle pecebido, as situações mais assinaladas foram: "na ú1tima sessão o dentista disse que tudo daria certo", "na última sessão o dentista pediu para relaxar durante a anestesia" e "na última sessão o dentista me disse o que iria acontecer". No controle desejado foram: "na próxima sessão quero que o dentista me peça para relaxar durante a anestesia", "na próxima sessão quero que o dentista me diga que tudo vai dar certo" e "na próxima sessão se passar mal vou querer ir embora". Os resultados do trabalho fortalecem a hipótese de que escores mais altos de controle percebido correlacionam-se com escores mais baixos de medo. Este trabalho representa uma contribuição na procura de medidas que auxiliem na identificação de fatores de riscos relacionados ao tratamento odontológico de crianças.

 

Bolsa de Mestrado-Capes

 

 

B262

 

 

Avaliação dos hábitos de higiene bucal em crianças

A.T. HOSHI*; L. WANG; S.M.B. da SILVA.

Departamento de Odontopediatria e Ortodontia, FOB - USP

 

 

A prevalência de fluorose dentária sofreu um grande aumento tanto em áreas com ou sem água fluoretada, pela diversidade cada vez maior de fontes de flúor acessíveis à população. A ingestão de dentifrícios fluoretados durante a escovação pode representar um risco para a sua ocorrência. O presente trabalho visou avaliar os hábitos de higiene bucal de 90 crianças de 3 a 8 anos de idade, que estavam em tratamento na clínica de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Bauru, e estimar a quantidade de dentifrício ingerida durante a escovação dentária. Realizou-se uma entrevista com os pais, que foi dividida em 3 partes: A- hábitos de escovação iniciais; B- hábitos de escovação atuais; C- medidas de prevenção recebidas pela criança. Os dados coletados foram analisados através de valores médios e porcentuais, de acordo com cada idade, totalizando 6 grupos. Verificou-se que, inicialmente, a maioria das crianças utilizava 0,30g (26,6%) do dentifrício Kolynos Super Branco (34,2%), 2 vezes ao dia (35,5%). Quanto aos hábitos atuais, a maioria relatou escovar 3 vezes ao dia (52,2%), com 0,30g (35,5%) do dentifrício Tandy (37,2%). Considerando-se dados da literatura sobre a porcentagem de dentifrício ingerida nas diferentes idades, avaliou-se, por estimativa, uma ingestão média de dentifrício de 0,13g por escovação para todas as crianças. Houve, contudo, uma maior ingestão nas crianças de menor idade. Apesar da possibilidade de ocorrência de fluorose dentária, apenas 22,2% dos pais estavam cientes dos riscos de ingestão de dentifrício. Este fato alerta a necessidade de melhores informações a eles sobre os cuidados com a higiene bucal, principalmente das crianças pré-escolares.

 

 

B263

 

 

Indivíduos HIV positivos: revelação de soropositividade e negação de atendimento odontológico

V.S.LOPES*; I.A. PORDEUS; H.H. PAIXÃO; J.A.C. DISCACIATTI.

Faculdade de Odontologia da UFMG.

 

 

Os profissionais de Odontologia estão envolvidos, consciente ou inconscientemente, no atendimento de indivíduos HIV positivos assintomáticos e sintométicos. Objetivando verificar as experiências odontológicas de HIV positivos, foi realizada uma pesquisa nos 3 maiores centros médicos de Belo Horizonte e no maior centro de apoio a essa população. Através de um formulário de entrevista pré testado, 222 indivíduos sabidamente HIV positivos foram entrevistados (erro amostral de 6%, nível de significância 95%). Dos entrevistados, 48,2% tiveram experiências odontológicas fora de centros especializados. Desses, 46,2% não revelaram sua soropositividade, principalmente por medo de recusa de tratamento (66,6%). Dos que não revelaram, 20,4% só não o fizeram porque já haviam tido tratamento negado anteriormente. Daqueles que revelaram sua soropositividade, 55,2% tiveram tratamento negado. Observou-se que a forma provável de contágio não interfere na negação de atendimento (X2=2,83, p=0,42). A principal justificativa dos dentistas para o não atendimento, segundo os entrevistados, foi o fato de não serem especialistas no atendimento a HIV positivos. Dos pacientes que procuravam dentista antes do diagnóstico, a maioria (73,6%) fazia tratamento com um único dentista. Desses, 60,4% trocaram de profissional após o diagnóstico sendo que 27,8% tiveram tratamento negado após a revelação. Conclui-se que um grande número de indivíduos HIV positivos não revela seu estado sorológico e que são freqüentes os casos de negação de atendimento. Isto é alarmante posto que revela indiretamente um preconceito social em relação a esta infecção vivenciado por dentistas e que dentistas não se sentem confiantes em relação às medidas de controle de infecção adotadas em suas práticas.

Apoio financeiro: PRPq/UFMG, FAPEMIG.

 

 

B264

 

 

Avaliação de Higiene Bucal em Crianças de 1 a 12 anos de idade.

L. CHEVITARESE*; L. MONTE ALTO; V.M. SOVIERO; M.E. RAMOS.

UERJ/UFRJ/UNESA - (021) 238 9952.

 

 

O objetivo deste trabalho foi avaliar os hábitos de higiene bucal e o Índice de Higiene Oral Simplificado (IHOS). A amostra constou de 350 crianças (42,9%-feminino e 57,1%-masculino) com idade média de 5,9 anos atendidas no Ambulatório de Pediatria - Hospital Pedro Ernesto-UERJ. Foi realizada uma entrevista com os responsáveis, sobre horário e frequência de escovação e utilização de dentifrício. O IHOS foi avaliado após evidenciação de placa, em consultório odontológico. Utilizou-se o teste Qui-quadrado para análise estatística. Apenas 3 (0,9%) crianças não escovavam os dentes. A frequência de escovação foi de 2,3 por dia, em média, sendo que quase a metade (43,5%) escovava pela manhã, após o almoço e antes de dormir. A maioria das crianças (98%) utilizava dentifrício. O IHOS, de 295 das 350 crianças, encontra-se na Tabela.

IHOS Frequência Percentagem

0 3 1%

0,1 a 1 35 11,9%

1,1 a 2,0 113 38,3%

2,1 a 3,0 144 48,8%

A associação entre a frequência de escovação e o IHOS não foi estatisticamente significativa (p>0,05). Existe a necessidade de orientação profissional sobre os métodos de higiene bucal para remoção da placa bacteriana para estas crianças e seus responsáveis, já que o IHOS foi alto mesmo naquelas que escovavam os dentes 3 vezes ou mais por dia.

 

 

B265

 

 

Conhecendo as expectativas dos usuários de um Centro Municipal de Saúde

COSTA, R.A.H.; NOGUEIRA, T.C.M.*; OLIVEIRA, L.A.; RODRIGUES, A.M.

Pós-Graduação em Odontologia Social - UFF/RJ e SMS do Rio de Janeiro

 

 

Objetivando conhecer a expectativa dos usuários em relação aos serviços prestados pelo Setor Odontológico do Centro Municipal de Saúde (CMS) Manoel José Ferreira, na cidade do Rio de Janeiro, foram realizadas entrevistas com uma amostra composta por 72 (45,00%) dos 160 responsáveis por crianças em tratamento, presentes na unidade quando da visita dos autores. Entre os entrevistados, observou-se que 25 (34,72%) associam saúde ao bem estar físico, 28 (38,88%) às condições básicas de vida como alimentação e higiene e 6 (8,33%) à presença de ambos, os outros 14 (19,44%) não souberam responder. 12 (16,66%) esperam que as crianças recebam tratamento preventivo e educativo, 18 (25,00%), exclusivamente curativo e 24 (33,33%) a conjugação dos dois anteriores, os outros 18 (25,00%) não responderam. 64 (88,90%) afirmaram que o estado de saúde das crianças melhorou, sendo que destes, 29 (45,31%) associam a melhora ao tratamento dos sintomas, 16 (25,00%) às práticas de educação para saúde, 13 (20,31%) a ambos fatores e 6 (9,37%) não justificaram. Os 8 (11,11%) que não perceberam melhora afirmaram que suas crianças ainda estavam no início do tratamento. 71 (98,60%) se dizem satisfeitos com os serviços oferecidos pelo CMS. Destes, 8 (11,27%) associam sua satisfação às boas instalações da unidade, 24 (33,80%) aos bons profissionais, 26 (36,62%) a ambos fatores e 5 (7,04%) aos bons resultados do trabalho. Os usuários do CMS em questão percebem a importância das condições básicas de vida como determinante de saúde, almejam atenção integral (preventiva, educacional e curativa), associam a melhora do estado de saúde ao tratamento dos sintomas e estão satisfeitos com as instalações e com os profissionais que ali trabalham.

 

 

B266

 

 

Avaliação clínica do perfil das crianças atendidas pela Bebê Clínica da Fac. de Odontologia UFRGS - Porto Alegre. 1998

D.B. ROSITO; M.C. FIGUEIREDO; J.A. MICHEL.

FO-UFRGS ( (051) 316.5027

 

 

O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil de 334 crianças de 0 a 45 meses cadastradas na Bebê Clínica da FO-UFRGS, bem como os resultados do tratamento realizado. A metodologia empregada neste estudo foi a coletânea de dados obtidos de fichas clínicas que abordavam exame clínico, controle de placa, avaliação inicial e final da atividade de cárie e distribuição do motivo da consulta por faixa etária. Ao final do tratamento os pacientes foram novamente submetidos aos mesmos exames para determinar-se a repercussão do tratamento empregado. Os principais resultados obtidos foram que o mais prevalente motivo da consulta verificado foi a cárie dentária em 55,5% dos casos, concentrando-se principalmente na faixa etária de 2 a 3 anos ( 62,3% ); no início das avaliações houve um predomínio de pacientes com atividade cariosa ( 64,67% ) sobre os pacientes sem atividade ( 34,13% ); após o tratamento verificou-se a inversão dos resultados onde 67,66% estavam sem atividade e apenas 30,23% com atividade de cárie. O estudo concluiu que toda vez que for permitido ingresso de para Bebê Clínica sob forma de demanda espontânea, o perfil predominante é o cariativo acima de 2 anos de idade. Estes resultados despertaram a necessidade da implementação de uma estratégia de risco que aborde o atendimento no primeiro ano de vida.

 

 

B267

 

 

Avaliação ergonômica das clínicas do curso de graduação da FOP/UPE.

N.R.M. LORETTO*.

FOP/UPE Fone/Fax : (081) 458-1208 E-mail : voogd@elogica.com.br

 

 

O ensino prático da Odontologia deve ocorrer em ambiente ergonomicamente planejado com dupla finalidade : garantir ganhos de produtividade ao aluno e antecipar-lhe a real situação de consultório particular.. Desta forma, nos propusemos a avaliar o ambiente físico de trabalho das cinco clínicas do curso de graduação da FOP em dupla perspectiva - 1) efetuando a medição dos níveis de iluminamento ambiental e de refletores com luxímetro Panlux Electronic 2 ; dos níveis de ruído ambiental com decibelímetro Brüel & Kjaer 2236 ; da temperatura ambiental com termômetro de coluna de mercúrio Nikkei com variação de escala de -5 a 50ºC ; e registro das cores predominantes na estrutura física de cada ambiente (paredes, teto e piso) e no mobiliário ; e 2) aplicando questionário aos alunos-usuários das clínicas para saber suas avaliações acerca dessas variáveis. Os dados coletados foram sistematizados e analisados estatisticamente com a utilização dos testes de quiquadrado de homogeneidade e de associação, o teste exato de Fisher, e o teste de razão de verossimilhança. Os resultados permitiram concluir que, apesar do conjunto das variáveis ter merecido conceito "bom" da maioria dos 304 alunos, cada condição quando considerada isoladamente mostra a necessidade de correção com base na literatura especializada.