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A001

Ação do TiF4 e APF sobre materiais odontológicos. Estudo no MEV.

M.E.O. SANTOS*; G.O. SANTOS; O. CHEVITARESE; A.C. GUEDES-PINTO

Departamentos de Odontopediatria UFF/UFRJ/USP - Brasil

Os fluoretos são os materiais mais utilizados em aplicações tópicas na superfície do esmalte dentário proporcionando maior resistência à este. O flúor fosfato ácido à 1,23% ainda é o mais amplamente usado e contém na sua formulação o ácido fluorídrico e/ou o ácido fosfórico, os quais condicionam ou reagem com os materiais dentários como demonstram diversos estudos "in vitro". O propósito deste trabalho foi observar no Microscópio Eletrônico de Varredura a morfologia da superfície de alguns materiais quando da utilização dos APF e TiF4, que também tem revelado resultados satisfatórios na proteção do esmalte contra a cárie. Os materiais utilizados foram cimentos de ionômero de vidro convencional VIDRION R e resinoso (compômero) DYRACT; resina composta ADAPTIC e selante de cicatrículas e fissuras DELTON. Os fluoretos foram aplicados por 1 min. seguidos de lavagem e secagem por igual tempo de 30 seg.. Os corpos de prova foram preparados em lâminas de periglass (1,0 x 0,3cm) com cavidades de 4mm de diâmetro. Os materiais foram manipulados e inseridos como mandam os fabricantes, polidos com lixas d’água # 1000 e 1200 em máquina politriz ECOMET III e divididos em três grupos. Grupo I - controle; grupo II - APF e grupo III - TiF4. Após aplicação dos fluoretos, lavados e secados, os corpos de prova foram preparados mecanicamente para observação no MEV. Os resultados mostraram que os dois fluoretos produziram alterações nas superfícies dos materiais, sendo que o mais atacado foi o VIDRION R seguido do DYRACT, ADAPTIC e DELTON. O APF provocou maior alteração nas superfícies dos materiais do que o TiF4, principalmente na matriz, apresentando inclusive remoção nas partículas de carga.

A002

Resistência à compressão de gessos em função do proporcionamento e da manipulação.

W. G. MIRANDA Jr.; M. POLONIATO; P. A. BURMANN; A. M. A. VEIGA; G. CARLI*.

Dep. de Odontologia Restauradora UFSM/Dep. de Mat. Dentários-FOUSP. (011-8187842).

O presente estudo avaliou a resistência à compressão dos gessos tipo IV e V, quando manipulados sob diferentes proporcionamentos (aleatório e recomendado pelo fabricante) e por operadores diversos (cinco Cirurgiões Dentistas, cinco Técnicos de Laboratório e cinco Estudantes de Odontologia). Cada operador confeccionou 12 corpos de provas (CPs) em cilindros metálicos padronizados, de forma manual, por 45 segundos e sem vibração. Destes, 3 foram confeccionados com gesso tipo IV segundo orientação do fabricante e 3 com o mesmo tipo de gesso de forma aleatória. Outros 6 CPs foram obtidos com gesso tipo V seguindo as proporções anteriormente descritas. Ao final da manipulação de todos os operadores obteve-se 180 corpos de prova (CPs). Os testes de resistência à compressão foram realizados em uma máquina de ensaios universal após sete dias da confecção dos corpos de prova (resistência seca). A análise estatística foi obtida através da Análise de variância e os resultados nos permitiram concluir que quando analisado isoladamente, o fator tipo de gesso não mostrou diferença na resistência mecânica à compressão. O fator manipulador também não apresentou influência na resistência dos gessos. Já a proporção aleatória (639,9 Kgf/cm2), fez com que a resistência à compressão dos materiais fosse inferior à resistência da proporção preconizada pelo fabricante (731,6 Kgf/cm2).

A003

Método mensurador da contração de polimerização linear em materiais foto-ativados.

A.B. VASCONCELLOS*; E. MATSON

Departamento de Dentística da Faculdade de Odontologia da USP - SP (011) 818-7843

A contração de polimerização representa, ainda hoje, um fator de grande relevância no insucesso das restaurações diretas de resina composta. Com o objetivo de simplificar outros dispositivos anteriormente utilizados na medição desta propriedade, foi desenvolvida uma metodologia para se quantificar os valores de contração de polimerização em 2 marcas de resina composta (Solitaire/Kulzer e Suprafill/SSWhite) e um compômero (Dyract AP/Dentsply) e compará-los entre si. A partir de uma matriz de teflon, foram confeccionados 15 corpos de prova (piloto), com todas as dimensões apresentando 2mm (5 amostras para cada material). Em cada amostra foram realizadas 2 marcações, cuja distância entre os referidos pontos era medida antes e após a fotopolimerização (XL 1500 curing light / 3M) em um perfilômetro (Profile Projector/Mitutoyo) conectado ao "software" do mesmo fabricante (Geopack v.1.9), que fornecia os valores já calculados. Obtidos os resultados, aplicamos o teste "t"de Student pareado, ao nível de 0,05 de confiança, onde a resina Solitaire apresentou uma média de 1,911mm(+/- 0,162) antes da polimerização e 1,882mm (+/- 0,162) após, e a Suprafill 2,013mm(+/- 0.178) antes e 1.993mm(+/- 0,175) após, constatando-se que houve diferença estatisticamente significante, enquanto que no Dyract AP esta mesma diferença não foi encontrada. Em seguida, a análise de variância para as porcentagens de contração de polimerização das 3 marcas estudadas foi realizada. Pôde-se concluir então, que nos produtos Solitaire e Suprafill houve contração de polimerização, entretanto tal afirmação não pôde ser aplicada ao Dyract AP. Podemos também afirmar que não existe diferença significante no percentual de contração de polimerização entre as 3 marcas avaliadas.

A004

Rugosidade superficial de CIV convencional e híbridos x acabamento e polimento.

S.K. SAITO*; J.R. LOVADINO; L.B. KROLL.

Dep. Odontologia Restauradora, FOP-UNICAMP – fone (019) 4305338.

O objetivo deste trabalho "in vitro" foi verificar a lisura superficial de um CIV convencional (Chelon fil) e dois híbridos (Dyract e Vitremer), quando submetidos à diferentes tratamentos superficiais de acabamento e polimento. A medida da rugosidade superficial (Ra, mm) foi realizada em cada espécime através de um perfilômetro (Mitutoyo surfetest). Foram realizadas 4 leituras em locais diferentes para cada corpo de prova. Os dados foram analisados pelo ANOVA. Verificou-se que o Chelon fil apresentou a maior rugosidade superficial seguidos do Vitremer e Dyract, respectivamente (p< 0,05). A tira matriz de poliéster foi o tratamento que apresentou os melhores resultados para o Chelon fil e Vitremer (p< 0,05), seguidos dos sistemas de acabamento com discos Sof-Lex e brocas carbide 12 e 30 lâminas, respectivamente. Entretanto, para o Dyract não houve diferenças significantes entre os 3 tratamentos. Tendo em vista os resultados deste trabalho, pode concluir-se que as brocas carbide de 12 e 30 lâminas deixam uma superfície irregular sobre os CIV convencional e híbridos e que a tira de matriz produziu a melhor lisura superficial seguido dos discos Sof-Lex.

A005

Avaliação da metodologia in situ de quantificação de placa dental

C.C.L.,MENDONÇA; L.A.M.S.,PAULILLO; J.A.,CURY; C.T.,DIAS.

Departamento de odontologia restauradora-FOP-UNICAMP (019) 430-5340

Porcelanas utilizadas na confecção de restaurações do tipo inlay/onlay necessitam de ajuste oclusal após a cimentação, o que pode levar ao acúmulo de placa. Modelos intra-orais podem ser utilizados, para verificar este acúmulo, sobre materiais odontológicos. O objetivo deste trabalho foi avaliar, através de um estudo piloto, a efetividade da metodologia de se quantificar placa in situ. Para isto foram utilizadas placas acrílicas palatinas, contendo os corpos de prova cerâmicos (5x2mm) que foram submetidos a diferentes tratamentos superficiais: Sistema Kota (SK); Pasta Diamantada (PD); Sistema Enhance (SE); Sistemas Vikings (SV); Pontas Diamantadas FF (PFF); ("glaze"final) Controle Positivo (PO) e ( Ponta Diamantada 1014) Controle Negativo (NE). Para quantificar a placa, a mesma foi extraída em solução de NaOH. Após a centrifugação o sobrenadante foi utilizado para leitura no espectofotômetro com o comprimento de onda de 280hm, visto que existe correlação linear r = 0.99 entre a quantidade de placa formada in vivo e in situ. A análise de variância apresentou os seguintes resultados médios: SK(0.881); PD( 1.037); SE( 1.221); SPV( 0.705); PFF(0.931); PO( 0.911); NE( 1.190), não apresentando diferença estatística entre as médias pelo teste t-student. Concluindo, o estudo piloto comprovou a eficácia do método utilizado na quantificação de placa bacteriana acumulada sobre corpos de prova cerâmicos.

Apoio financeiro da FAPESP - Processo 97/05876-7.

A006

Método de avaliação da dureza de resinas compostas.

M. T. BARBOSA*; M. POLONIATO.

(Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas-EFOA) - (FOUSP-SP) - (011) 818-7817

Este trabalho tem como finalidade o desenvolvimento de um dispositivo simples para a verificação, pelo clínico, da dureza das resinas compostas ativadas pela luz halógena com filtro para a luz azul. Desta forma, o dispositivo proposto presta-se a identificar não somente a dureza de variadas cores e tipos de resinas compostas, mas também a eficiência do aparelho fotopolimerizador. Esse dispositivo é composto de três partes: primeiramente um reservatório no qual é colocada a amostra de resina composta fotoativada; uma segunda parte é composta por uma ponta ativa associada a uma mola e por fim um micrometro que fornece a medida do deslocamento da ponta ativa, e consequentemente a dureza da resina. A penetração se dava pela torção de uma rosca fina que pressionava a haste pontiaguda tencionada pela mola. Para avaliar a possível eficiência do dispositivo utilizou-se um teste comparativo com o tradicional teste de dureza (Durimet), usando a resina composta APH (Dentsply) e a fonte de luz halógena emitida pelo aparelho Optilux 400 (Demetron). Para um determinado grupo de corpos-de-prova a exposição à luz foi por 20 segundos, para os dois outros grupos, 30 e 40 segundos. Após a obtenção dos resultados observou-se que a dureza da resina composta mensurada pelo método tradicional aumentava com o aumento do tempo de fotoativação e quando se utilizava o dispositivo proposto, o deslocamento da ponta ativa medido se tornava menor a medida que se aumentava o tempo de fotoativação. Assim pudemos concluir após a análise estatistíca dos resultados, que o dispositivo proposto parece ser um método rápido e clinicamente viável para se obter uma noção do comportamento da resina composta quanto à dureza.

A007

Avaliação da adaptação marginal de coberturas temporárias submetidas a duas técnicas de polimento.

J. DUARTE*; L. PEREIRA; F. TEXEIRA; O. FRAGA; A. MOREIRA.

Fac. Odontologia UERJ e Grupo PET-UERJ. Fax.: (021) 587-6382

O objetivo deste estudo foi avaliar a influência de dois tipos de polimento na adaptação marginal de coberturas temporárias. Foram confeccionados 33 coberturas temporárias com resina acrílica Duralay (Reliance Dental MFG. CO.) sobre um troquel metálico, a partir de um molde padrão de silicone Elastosil M426 (Siligel). A proporção polímero/monômero foi de 1,4g/ml. Todas as coberturas foram reembasadas e submetidas a um acabamento com broca de tungstênio de corte fino. Onze espécimes escolhidos aleatoriamente, Grupo 1, receberam polimento mecânico com disco de granulação fina Sof-Lex (3M). Outros onze espécimes, Grupo 2, foram tratados em uma Polidora Química PQ 9000 (Termotron), por 8 segundos. Antes porém foram protegidas internamente com silicona de condensação Coltoflax (Coltene) para evitar o contato com o monômero da polidora. Os onze restantes, Grupo 3, foram submetidos a polimento em uma Polidora Química PQ 9000 (Termotron), por 8 segundos sem proteção com a silicona. A adaptação, em mm, de todos os espécimes foi medida em 3 pontos em um Microdurímetro HMV 2000 (Shimadzer) com aumento de 100X antes (controle) e após o polimento. Os resultados foram tratados estatisticamente por ANOVA. As médias e DP. foram: Grupo 1 = -0,54+5,70; Grupo 2 = 2,06+10,75 e Grupo 3 = 11,95+17,28. O Grupo 3 forneceu os piores resultados em relação aos grupos 1 e 2, os quais não foram estatisticamente diferentes. Os autores concluíram que os polimento mecânico e o químico com proteção não são diferentes em relação à adaptação marginal. O proteção prévia da provisória com silicona se faz necessária para a utilização do polimento químico.

A010

Avaliação "in vitro" da rugosidade produzida por escovas dentais e dentifrícios em resina para base de prótese.

F. G. D. PATRÃO; S. CONSANI; M. A . C. SINHORETI; L. CORRER SOBRINHO.

FO – Piracicaba – UNICAMP

A proposta deste estudo foi verificar a rugosidade superficial produzida pela associação escova dental-dentifrício sobre corpos-de-prova de resina acrílica. A partir de uma matriz metálica com 47x20x2 mm, foram confeccionadas 48 placas de resina acrílica ativada termicamente (Clássico) com o auxílio de muflas metálicas (Safrany). As amostras foram acabadas com lixas de granulação 180 e 600 e polidas com pedra pomes e branco de espanha. Em seguida, foram divididas em 4 grupos de acordo com o dentifrício utilizado, ou seja, Sorriso ( Anakol ), Lique Fresh ( Gessy Lever ), Experimental ( Stafford-Miller, específico para próteses ) e água ( controle ). Cada grupo foi dividido em 3 subgrupos de acordo com a escova utilizada: Deture ( Anakol, específica para próteses ), Doctor ( Anakol ) e Oral – B ( Gillete do Brasil ). As amostras foram fixadas num recipiente da máquina de escovação ( Equilabor ) e, em seguida, as escovas foram posicionadas com o auxílio de um dispositivo porta-escova, exercendo uma carga axial estática de 200g. A máquina foi calibrada com velocidade constante de 250 ciclos por minuto e mantida por 2 horas, totalizando 30000 ciclos de escovação. Foram feitas 3 leituras da rugosidade em cada amostra com um rugosímetro ( Prazis Rug-03 ), totalizando 12 leituras por grupo. Os resultados foram submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey em nível de 5% de significância. O dentifrício experimental ( específico para próteses ) obteve a maior média de rugosidade ( 9,34 µm ), seguido pelo dentifrício Sorriso ( 3,72 µm ), Liqui Fresh ( 2,00 µm ). Porém não apresentando diferenças estatísticas entre si ( p<0,05 ). Não houve diferença estatística entre as escovas dentais ( Denture, 3,88 µm; Doctor, 3,76 µm e Oral – B 3,85 µm ).

A011

Influência do polimento químico sobre a resistência transversa das resinas acrílicas

K.O. BRAUN*; J.A.N. DE MELLO; E.M. FRANCO; A.A. DEL BEL CURY

Departamento de Prótese e Periodontia, FOP – UNICAMP (altcury@fop.unicamp.br)

O polimento químico é um dos métodos utilizados para o polimento das resinas acrílicas. Recentemente, foi lançada no mercado a polidora PQ-9000 cuja proposta é a utilização de um líquido especial à temperatura de 75oC, em 10 segundos. Assim foi objeto deste trabalho investigar o efeito do polimento químico sobre a resistência transversa das resinas acrílicas termo e autopolimerizáveis. Foram confeccionadas 48 amostras segundo a especificação No 12 da ADA (65x10x 2,5 mm), e divididas em 4 grupos com 12 repetições: G1-resina autopolimerizável polida mecanicamente, G2-resina autopolimerizável polida quimicamente, G3–resina termopolimerizável polida mecanicamente, G4-resina termopolimerizável polida quimicamente. Todos os espécimes foram mantidos em água destilada a 37 + 2 oC por 48 + 2 h., e submetidos ao teste de resistência transversa em uma máquina de ensaio EMIC DL 500. Os resultados obtidos quanto a tensão de ruptura em MPa foram: G1-73,58; G2-73,30; G3-87,46; G4-80,53. A análise estatística (teste F) mostrou que não houve interação significativa (p<0,05) entre o tipo de resina e polimento. A resina termopolimerizável apresentou a maior resistência a fratura independente do tipo de polimento, e todas as resinas polidas mecanicamente, apresentaram maior resistência a fratura independente do tipo utilizado. Também foi observado que algumas amostras não fraturaram, então pelo teste exato de Fisher, verificou-se que a resina autopolimerizável apresentou menor porcentagem de ruptura 79,2% (P<0,05). Assim concluiu-se que: a) a resina termopolimerizável apresenta maior resistência transversa que a autopolimerizável independente do tipo de polimento a que tenha sido submetida; b) o polimento químico interfere na resistência transversa das resinas acrílicas estudadas.

A012

O efeito do calor no nível de monômero residual em uma resinas quimicamente polida.

J. MELLO*; K. BRAUN; S. GANZAROLLI; D. BOTEGA; A.A. DEL BEL CURY

Departamento de Prótese e Periodontia, FOP – UNICAMP (altcury@fop.unicamp.br)

O monômero residual em excesso pode causar reações inflamatórias na mucosa. O objetivo desta trabalho foi avaliar o efeito de um ciclo complementar com energia de microondas e banho de água quente na redução no monômero residual de resinas acrílicas autopolimerizadas. Quatro grupos com 10 amostras semi-cilindricas (Ø 3cm x 3,5 mm) foram confeccionadas com resina autopolimerizável JET CLÁSSICO, de acordo com as recomendações do fabricante. G1) sofreu polimento mecânico; G2) sofreu polimento químico; G3) após o polimento químico, foi submetido a um ciclo complementar no microondas de 450W/3min.; G4) após o polimento químico sofreu um ciclo complementar em água a 65ºC/1h. Os corpos de prova foram colocados em tubos de ensaio com 17,5 ml de água e conservados em estufa a 37ºC. Após 24 h., era verificada a quantidade de monômero liberado através de um espectrofotômetro BECKMAN DU-65. Em seguida, as amostras eram acondicionadas em novo tubo de ensaio com água. O processo foi repetido durante 13 dias. As médias no 1º dia em µg/cm² foram: G1=136,65 ± 45,56 (a); G2=1315,70 ± 225,50 (b); G3=848,21 ± 150,46 (c) e G4=295,18 ± 81,67 (a). Para o 13º dia: G1=4,59 ± 1,62 (a); G2=11,33 ± 3,19 (bc); G3=9,69 ± 1,52 (b) e G4=12,31 ± 1,70 (c). A análise de variancia (Teste F) mostrou diferença entre os grupos e as médias seguidas de mesma letra não mostraram diferença significativa (a=5%). Diante desses resultados conclui-se que: ambos os métodos complementares reduzem o nível de monômero liberado no primeiro dia de uso, sendo que o banho de água reduziu a níveis semelhantes ao polimento mecânico.

A013

Avaliação "in vitro" da fenda marginal de restaurações "Inlays" de cerâmicas puras.

P.V.B. ROCHA*; C.R.P.ARAUJO; P. A. ARAUJO

Área de Prótese, Dep de Saúde, UEFS – Ba e USP.

A demanda por restaurações com aspecto natural tem aumentado, tanto para coberturas totais como parciais. As resinas compostas apresentam ainda severas limitações quanto ao prognóstico, necessitando avanços nos aspectos de resistência ao desgaste e microinfiltração. As cerâmicas evoluíram significativamente quanto ao processo de fabricação, oferecendo possibilidades de construção das peças protéticas livres das infra-estruturas metálicas. O objetivo deste trabalho é avaliar a adaptação marginal de estruturas puras de cerâmicas fabricadas a partir de dois sistemas distintos: cerâmica de vidro fundido (DicorÒ) e sistema hidrotermal de cerâmica dental (Cerâmica Feldspática - DUCERAM). Foram confeccionadas 20 incrustações cerâmicas com DicorÒ e 20 com DUCERAM, sobre preparos em molares superiores humanos recentemente extraídos, de idade indefinida. A adaptação marginal foi avaliada na parede gengival das duas faces proximais, uma em esmalte e outra terminando um milímetro abaixo da união amelocementária. Os resultados apresentaram para desadaptação marginal, 68,27mm com DUCERAM e 69,76mm com DicorÒ, mostrando-se equivalentes estatisticamente (ANOVA).

A014

Resistência à corrosão e citotoxicidade de um sistema magnético para ortodontia

M.N. SEGURADO; M.A.O. ALMEIDA; O. CHEVITARESE; M.D. WIGG; M.L.N.P.C. REAL*.

UERJ - Departamento de Ortodontia Tel: (021) 587-6390.

Ligas magnéticas utilizando elementos de terras raras (Samário-Cobalto) têm-se mostrado um recurso em potencial no tratamento ortodôntico.A presença de um revestimento envolvendo o magneto é necessária para o seu uso clínico, prevenindo a corrosão e os possíveis efeitos dos produtos corrosivos. Este trabalho objetiva verificar a eficácia do revestimento de resina epoxídica biocompatível dos ímãs de Samário-Cobalto contra o ataque de meios corrosivos, identificar os elementos contidos nos produtos da corrosão deste material e avaliar a citotoxicidade destes magnetos. Os elementos dos produtos da corrosão foram identificados através da análise qualitativa da presença de metais por espectrometria de fluorescência de raio-X, após teste de corrosão com saliva sintética. Os ensaios de citotoxicidade foram realizados após a imersão de dois ímãs por 72 horas em meio mínimo essencial de Eagle- MEM (1 ml) e em solução de fosfato tamponada- PBS (10 ml). Após este período os meios foram diluídos e colocados em microplacas de 96 cavidades, contendo uma suspensão de células Hep-2, linhagem epitelióide proveniente de carcinoma de laringe humana, 2 vezes concentrada. A toxicidade destes magnetos foi avaliada através das alterações ocorridas na morfologia celular, assim como o impedimento da formação da monocamada.. Os produtos liberados em ambos os meios somente provocaram alterações na linhagem celular empregada quando não diluídos. A partir da primeira diluição, mostraram-se atóxicos. Observou-se corrosão no ímã imerso em MEM (microscopia óptica invertida). Concluiu-se que o revestimento proposto pelo fabricante não foi capaz de inibir completamente a liberação de produtos da corrosão nos 3 meios utilizados.Foram identificados como produtos da corrosão Samário e Cobalto.Tais produtos mostraram baixa citotoxicidade às células Hep2.

A015

Avaliação das propriedades do alginato submetido a tratamento de desinfecção.

S. M. W. SAMUEL; U. B. CAMPREGHER*; C. C. FATTURI; A. N. SCHWALM

Materiais Dentários; Faculdade de Odontologia-UFRGS e-mail susanaws@adufrgs.ufrgs.br

Os procedimentos de moldagens estão sujeitos à contaminação com saliva e, eventualmente, com placa bacteriana e sangue, que podem conter microorganismos patogênicos. Em vista da necessidade de adoção de um método rotineiro de desinfecção para os moldes de alginato, o objetivo deste trabalho foi avaliar três requisitos da Especificação nº18 da ANSI/ADA, após imersão em solução de glutaraldeído, a fim de verificar a viabilidade deste procedimento na prática clínica: I) Recuperação da Deformação (mínimo 95%); II) Deformação sob compressão (entre 5% e 20%); III) Resistência à compressão (mínimo 0,35 MPa). Foram confeccionados cinco corpos de prova de alginato (Jeltrate/Dentsply), para cada um dos quatro grupos, para cada ensaio: 1) controle; 2) exposto ao ar; 3) imerso em água; 4) imerso em glutaraldeído 2% (Cidex/J&J). O grupo 2 foi exposto ao ar por 10min enquanto os grupos 3 e 4 ficaram imersos por 10min. Os valores médios obtidos para cada grupo foram, respectivamente: 1) 95,62%; 2) 97,37%; 3) 97,12%; 4) 96,60%, para o primeiro ensaio, 1) 13,82%; 2) 12,73%; 3) 13,56%; 4) 13,60%, para o segundo, e 1) 0,48MPa; 2) 0,58Mpa; 3) 0,70Mpa, 4) 0,71MPa, para o terceiro. Os resultados mostraram que o material de impressão testado atendeu aos requisitos avaliados, da Especificação nº18 da ANSI/ADA, quando submetido ao processo de desinfecção por imersão em solução de glutaraldeído.

Bolsa - PIBIC/CNPq/UFRGS

A016

Efeito da pigmentação intrínseca sobre resina acrílica para microondas

F.A.PEIXOTO SILVA*; R.N.RACHED; W.A.B.SILVA; A.A.DEL BEL CURY

Departamento de Prótese e Periodontia. FOP-UNICAMP (altcury@fop.unicamp.br)

Várias substâncias têm sido associadas às resinas acrílicas para se obter pigmentação policromática da base da dentadura, tornando-a mais natural. Este trabalho avaliou o efeito isolado da adição de um corante acrílico (CA) (Corante Clássico-Clássico Art. Odont. Ltda) e de fibras de lã acrílica (FA) (Mollet-Linhas Círculo) na resistência transversa de uma resina acrílica para microondas (Onda Cryl, Clássico Art. Odont. Ltda.). Foram confeccionados 40 espécimens (ADA-especificação nº 12) , divididos igualmente em 05 grupos: GI-controle (sem pigmentação); GII-CA a 0,5%; GIII-CA a 1,5%; GIV-FA a 0,5%; GV-FA a 1,5%, por peso. Os espécimens foram polimerizados em forno de microondas por 03 minutos a 360W, mantidos a frio por 04 minutos, sendo irradiados novamente por 03 minutos a 810W. Após 48±2h de armazenamento em água destilada à 37±1ºC foram realizados os testes em uma máquina de ensaio EMIC-DL 500, com velocidade de 5mm/min, tendo-se a ruptura do espécime como padrão para finalização do ensaio. A tensão gerada nas fibras do espécime foi obtida em MPa: GI=86,09(±7,93); GII=86,04(±9,81); GIII=86,6(±7,69); GIV=84,87(±5,35); GV=84,99(±5,19). Os resultados mostraram não haver diferença estatisticamente significante entre os grupos estudados (two-way ANOVA; a=0,05). Os autores concluem que a adição de corante acrílico ou fibra acrílica nas concentrações de 0,5 ou 1,5% não afetou a resistência transversa da resina acrílica polimerizada por energia de microondas.

A017

Avaliação in situ da microdureza de híbridos de ionômero de vidro/resina composta

R.T.BASTING*; M.C.SERRA; A.L.RODRIGUES Jr.

FOP - UNICAMP / FOAr – UNESP – Fones: (019) 430-5340/ (016) 232-1233

Propriedades dos materiais híbridos de ionômero de vidro/resina composta têm sido extensamente analisadas, podendo-se observar que os testes laboratoriais são os mais utilizados como metodologia de pesquisa. O objetivo deste trabalho foi avaliar a dureza superficial in situ de materiais híbridos de ionômero de vidro/resina composta em função do tempo após a fotopolimerização, através de uma metodologia que possa predizer o desempenho clínico dos materiais. Foram analisados quatro materiais híbridos: A) Fuji II LC / GC Corporation; B) Vitremer / 3M; C) Freedom / SDI; D) Dyract / Dentsply. Um compósito foi utilizado como controle: E) Z 100 / 3M. Um dispositivo acrílico intra-bucal palatal foi confeccionado para cada um dos 24 voluntários participantes do experimento, no qual foi fixado um corpo de prova de cada material. Os tempos estudados foram: 30 min, 1 h, 2 hs, 4 hs, 8 hs, 24 hs, 48 hs, 7 dias, 10 dias, 14 dias, 17 dias e 21 dias. A Análise de Variância, seguida do teste de Tukey, mostrou diferenças significativas de dureza entre todos os materiais (A<B<C<D<E) até 48 horas. A partir do sétimo até o décimo quarto dia, não se verificaram diferenças estatísticas entre os materiais C e D (A<B<C=D<E). No décimo sétimo e vigésimo primeiro dias, os materiais B, C e D apresentaram igualdade estatística, diferindo dos demais (A<B=C=D<E). A regressão polinomial mostrou um aumento de dureza em função do tempo para cada um dos materiais híbridos (A, B, C e D), exceto para o compósito (E). A metodologia in situ utilizada permitiu concluir que houve um aumento da dureza superficial dos híbridos de ionômero de vidro/resina composta testados em função do tempo após fotopolimerização, havendo diferenças de dureza entre esses materiais.

Apoio financeiro da FAPESP – Processo 97/03327-6 e 1997/6816-8

A018

Método de remoção do mercúrio dos resíduos de amálgama odontológico.

R.A SOUZA*; M. A. MARCHESAN; J. C. E. SPANÓ; R.S. SILVA; J.D. PÉCORA.

Depto. de Odontologia Restauradora, FORP-USP, e-mail: spano@forp.usp.br

O amálgama odontológico apresenta 50% de seu peso constituído de mercúrio metálico. Estudos têm demonstrado que o amálgama de prata, quando armazenado à temperaturas acima de 20(vinte) graus Celsius, libera vapores de mercúrio, substância química tóxica e extremamente prejudicial ao meio ambiente. O objetivo deste trabalho é apresentar um sistema de reciclagem do mercúrio presente nos resíduos de amálgama, evitando, com isso, a contaminação do meio ambiente. Para tanto, utilizou-se a destilação à vácuo dos resíduos de amálgama. Tais resíduos eram colocados em um frasco de kijdal conectado à porção superior de um kitassato contendo água destilada e deionizada, o qual conectava-se a um segundo kitassato contendo ácido nítrico. Este, por sua vez, conetava-se à uma bomba de vácuo. Aquecia-se o amálgama colocado no frasco de kejdal e coletava-se o mercúrio condensado no primeiro kitassato. Os vapores do mercúrio que não se condensavam no primeiro kitassato, reagiam com o ácido nítrico do segundo kitassato. Pode-se concluir que o processo de reciclagem do mercúrio dos resíduos de amálgama é eficaz, evitando-se a maior contaminação do meio ambiente.

A019

Avaliação clínica de um localizador apical eletrônico empregado para a odontometria.

M.C.VALERA; R. KRÄFT*; M. M. ARAUJO.

Depart. Odontologia Restauradora da Fac. Odont. São José dos Campos/UNESP - SP. Fone (012)321-8166.

Este trabalho avaliou "in vivo" a eficiência de um localizador apical eletrônico (Endosonic - Videotek sistemas eletrônicos Ltda), na determinação do comprimento real de 36 dentes humanos unirradiculares e que apresentavam indicação prévia para exodontia. Após abertura coronária e isolamento absoluto do campo operatório, os canais radiculares foram inundados com solução de hipoclorito de sódio 0,5% e, uma lima tipo K, conectada ao aparelho localizador apical eletrônico foi introduzida no canal radicular. O instrumento endodôntico foi ajustado ao comprimento do dente determinado pelo Endosonic, e após a realização de uma radiografia foi feita a exodontia. Foram realizadas comparações entre o comprimento real do dente e o comprimento obtido com o localizador apical eletrônico. Os resultados mostraram não haver diferenças clinicas entre o comprimento real do dente e aquele obtido com o localizador apical eletrônico, em 84% dos casos. As diferenças clinicas avaliadas pelo Método Bland & Altman Plot foram consideradas aquelas que apresentaram valores acima de 0,5mm em relação ao forame apical .

A020

 

Avaliação da penetração e infiltração do fuji IX em sulcos e fissuras de terceiros molares. Estudo in vitro.

M. Monico*; M.Tostes*.

Disciplina de Odontopediatria – FO-UFF, Niterói, RJ

Este trabalho de pesquisa avaliou o grau de penetração e infiltração do cimento de ionômero Fuji IX nas diferentes formas de fissuras de terceiros molares humanos. Foram utilizados 20 dentes extraídos recentemente e mantidos em formol a 1 %. Nas superfícies oclusais, após prévia profilaxia com pedra-pomes e água, foi aplicado o material Fuji IX, seguindo as recomendações do fabricante. A seguir os dentes foram mantidos em 100% de umidade por 24 horas e imersos em solução de azul de metileno a 5% por mais 24 horas. Após esta etapa, os dentes foram seccionados no sentido longitudinal de v/l, incluídos em resina, lixados com lixa # 600 e polidos metalograficamente. As amostras foram então observadas ao Microcópio Óptico com 50x (Olympus) para a avaliação da forma e profundidade das fissuras, e penetração do CIV, ao Microscópio Óptico com 10x (UNION) para avaliação do grau de infiltração, onde dois avaliadores deram escores de 0 a 12. Os dados obtidos foram analisados pelos testes Kruskal-Wallis e Mann Whitney. Este trabalho confirmou a hipótese de que o grau de infiltração e penetração do CIV difere nas diferentes formas de fissuras (p<0,05). Maior penetração foi encontrada nos grupos de fissuras em V e U, e menor no grupo das fissuras em I (V=U>I- p<0,05. O grau de infiltração foi maior nas fissuras em V e U, e menor nas fissuras em I. (I<V=U p<0,05);

A021

Avaliação in vitro da microinfiltração marginal de quatro materiais restauradores.

M.L.G. PIN*; M.A.A.M. MACHADO; R.C.C. ABDO; M.F.T.B. BIJELLA

Disciplina de Odontopediatria, FOB -USP Fone: (014) 235 - 8218

Partindo-se do princípio de que a microinfiltração marginal ao redor de restaurações dentárias constitui-se em um sério problema para a odontologia, este trabalho avaliou, in vitro, a capacidade de selamento marginal de um cimento de ionômero de vidro convencional (Fuji IX), de dois cimentos de ionômero de vidro modificados por resina (Fuji II LC e Vitremer) e de uma resina composta modificada por poliácidos (Dyract). Cavidades classe II modificadas foram preparadas nas superfícies M e D de 40 pré-molares hígidos, com a parede gengival se estendendo 1mm abaixo da junção cemento-esmalte. Após a etapa restauradora, os espécimes foram submetidos à termociclagem nas temperaturas de 5ºC e 55ºC, durante 500 ciclos e imersos em solução de fucsina básica a 0,5% em 37ºC durante 24h, antes de serem seccionados. A microinfiltração na interface dente-restauração foi avaliada através da medida linear em µm, da penetração do corante ao longo da parede gengival, sob aumento de 30 vezes. As medidas médias obtidas foram as seguintes: 35,0 (Vitremer / n=78); 103,70 (Fuji II LC / n=76); 108,60 (Dyract / n=88) e 605,10 (Fuji IX / n=79). Os dados foram submetidos à análise estatística através do teste não paramétrico de Kruskal-Wallis e do teste de comparações múltiplas pelo método de Dunn com nível de significância a 0,05. Vitremer demonstrou significantemente melhor capacidade de selamento marginal. Fuji II LC e Dyract mostraram um padrão de infiltração semelhante entre si, enquanto que o Fuji IX mostrou os piores resultados frente aos testes.

Apoio financeiro do CNPq - Processo 133995/95-0

A022

Avaliação da microinfiltração na cimentação de retentores intra-radiculares fundidos

F.J.B. OLIVEIRA*; P. SHIU; F.A.M. SANTOS; C.P. EDUARDO

Departamento de Dentística, Faculdade de Odontologia da USP-SP Tel.(011)818-7841

O trabalho teve como objetivo avaliar in vitro a microinfiltração de dois agentes cimentantes (cimento de fosfato de zinco e cimento resinoso dual) na fixação de retentor intra-radicular fundido. Para tanto, foram utilizados 20 dentes unirradiculares anteriores extraídos mediante indicação profissional, que posteriormente foram submetidos a tratamento endodôntico. Procedeu-se o preparo para os retentores e a modelagem dos condutos radiculares, obtendo-se os padrões em resina acrílica (Duralay). Preparou-se a terminação em chanfro e, os padrões foram fundidos em liga metálica de cobre-alumínio. Os 20 espécimes foram divididos aleatoriamente em dois grupos, sendo que em um deles 10 núcleos metálicos foram cimentados com cimento de fosfato de zinco (S.S. White) e, no outro, com cimento resinoso (Dual Cement). A parede externa das raízes foi impermeabilizada, ficando somente a abertura cevical isenta. Os dentes foram imersos em corante azul de metileno por 72 h. a 37°C e, a seguir, foram desgastados longitudinalmente no sentido vestíbulo-lingual. Verificou-se a infiltração do corante através da interface cimento/dentina, tanto no sentido cérvico-apical da raiz, como no mésio-distal. Para se saber se havia coerência entre os examinadores, aplicou-se a análise não-paramétrica de Kruskal-Wallis, ao nível de 0.05 de confiança, verificando-se não haver diferença estatisticamente significante entre os examinadores. De posse dessa conclusão, fizemos a moda entre os examinadores e aplicou-se o teste Mann-Whitney (p<0,05), concluindo-se que:

A microinfiltração no cimento de fosfato de zinco foi estatisticamernte maior que no cimento resinoso.

A023

Dureza Knoop de resinas compostas e compômeros.

P. E. C. CARDOSO; P. A. BURMANN; A. MALMANN; M. BORTOLINI; A. M. VEIGA*.

Departamento de Odontologia Restauradora, UFSM/Depto. Materiais Dentários FOUSP (011-187842).

Atualmente os compômeros têm conquistado grande espaço na Odontologia Restauradora. Embora apresentem maior quantidade de desgaste em relação às resinas compostas, estes materiais apresentam como vantagens: liberação de flúor e fácil manipulação. Um dos métodos de avaliar em laboratório o comportamento de materiais restauradores é o teste de dureza superficial. O presente estudo avaliou a dureza superficial de um compômero convencional (Dyract), de um compômero reforçado (Dyract AP) e de uma resina composta (Z100). Foram confeccionados 10 corpos de prova (cps) por material. Os cps tiveram sua superfície polida em uma politriz (Struers) sendo o acabamento final realizado com feltro branco e pasta de diamante. Todos os cps foram armazenados em água destilada à 37oC por 24 horas antes do teste. Os resultados, registrados em dureza Knoop, foram os seguintes: Z100: 99,3, Dyract: 43,0 e Dyract AP: 52,2. Após a análise estatística dos resultados, pode-se concluir que a resina composta Z-100 apresentou maior média de dureza em relação aos dois compômeros. O novo compômero reforçado Dyract AP mostrou dureza estatisticamente semelhante à composição anterior (Dyract).

A024

Ação antibacteriana in vitro de materiais restauradores e forradores.

C.A.T. CARVALHO*; R.D.M. MELHADO; M.T. SHIMIZU; C.S.UNTERKIRCHER; M.A.M. ARAÚJO.

Depto. Odont. Rest, Fac, Odont. S. J. C. Campos/UNESP - SP.

Quatro cimentos de ionômero, uma resina composta e dois compômeros: Vidrion N; Vidrion R; Vitremer; Fuji II LC; Tetric Ceram; Dyract e Compoglass foram analisados quanto à sua capacidade de inibição de crescimento bacteriano. Essa capacidade foi avaliada medindo-se, com uma régua milimetrada, o halo de inibição formado pelos 140 corpos de provas no meio de cultura. Para a realização dos testes, utilizou-se cinco espécimes bacterianas encontradas na microbiota bucal humana: Streptococos mutans; Streptococcus salivarius; Streptococcus pyogenes; Stafilococcus aureus e Streptococcus sobrinus. Dos materiais analisados, somente o Vitremer apresentou atividade inibidora de crescimento bacteriano contra os microrganismos testados,.sendo que este potencial apresentou-se variável, maior contra Streptcoccus pyogenes e menor contra Streptococcus sobrinus

A025

Influência de diferentes meios de armazenamento de dentes extraídos na infiltração marginal.

R.M. ARAÚJO*; M.A.M. ARAÚJO; R.C.S.P. SILVA; S.E.P. GONÇALVES; M.F.R.L. HUHTALA; J.R. RODRIGUES.

Depto. Odont. Rest., Fac. Odont.UNESP, S. J.Campos, S.P.

A finalidade deste estudo foi a de comparar o efeito de diferentes meios de armazenamento de dentes humanos recém-extraídos e de bovinos na infiltração marginal gengival de restaurações de resina composta. Foram selecionados 30 dentes terceiros molares humanos extraídos hígidos e 20 dentes bovinos, divididos em 8 grupos e armazenados nas seguintes condições: Grupo I – dentes humanos em freezer até 20 dias; grupo II – dentes humanos em formol a 10% em geladeira; grupo III – dentes humanos em azida sódica 0,02% em geladeira; grupo IV – dentes humanos em soro fisiológico em geladeira; grupo V – dentes humanos em água destilada à temperatura ambiente; grupo VI – dentes humanos deixados secos durante 2 meses e rehidratados 1 semana em água comum à temperatura ambiente; grupo VII – dente bovino em freezer por 1 ano; grupo VIII – dente bovino em freezer por 20 dias. Foram realizados preparos classe V em esmalte nas faces V e L de cada dente humano e na face V do dente bovino com a ponta diamantada 1092 (KG Sorensen), num total de 80 preparos. Os preparos foram restaurados com o sistema Single Bond e a resina composta Z100 (3M). Os dentes foram submetidos à termociclagem de 300 ciclos entre ± 5oC e 55oC. O corante utilizado foi a Rodamina B - 0,2% e o grau de infiltração marginal foi analisado em Lupa Estereoscópica utilizando escores de 0 a 4. Foi aplicada a análise estatística de Kruskal-Wallis. Conclusão: Dentes bovinos armazenados em freezer por 20 dias mostraram o menor grau de infiltração marginal; dentes humanos armazenados em água destilada e dentes secos rehidratados induziram o maior grau; os demais meios de armazenamento mostraram desempenho intermediário.

A026

Profundidade de polimerização em cimentos de ionômero de vidro modificados por resina e resinas compostas modificadas por poliácidos. C.A.S. CRUZ*; G.L. ADABO.

Depto. Mat. Odontológicos e Prótese. Fac. de Odontologia de Araraquara – UNESP

Os cimentos de ionômero de vidro modificados por resina e as resinas compostas modificadas por poliácidos têm, como característica comum, a fotoativação. Embora outras reações possam estar presentes, a luz é a maior responsável pelo endurecimento imediato desses materiais. No presente trabalho, por meio de ensaios de dureza, em camadas sucessivas e equivalentes a 1mm de cada material, foi avaliada a profundidade de polimerização nos produtos Vitrebond, Vitremer, Fuji II LC, Variglass e Dyract, após 40 segundos de exposição. Os resultados mostraram, para os materiais Variglass e Dyract, profundidade de polimeização progressivamente decrescente, com valores de dureza estatisticamente inferiores, a cada milímetro do material (Variglass forramento, 16,00 e 6,85 VHN; Variglass restaurador, 29,21 e 10,79 VHN; Dyract, 23,34; 21,14; 17,26 e 11,33 VHN). Para os materiais Vitrebond, Vitremer e Fuji II LC, entretanto, ao menos duas camadas apresentaram-se estatisticamente iguais entre si, a partir da fonte de luz (Vitrebond, 16,39; 16,82 e 9,36 VHN; Vitremer, 24,07; 22,53; 21,10 e 10,12 VHN; Fuji II LC, 26,75; 25,45; 24,27 e 24,92 VHN). Esse estudo evidenciou diferenças na profundidade de polimerização para os dois grupos de materiais estudados, com redução progressiva de dureza, em todas as camadas, apenas nas resinas compostas modificadas por poliácidos.

Apoio financeiro: CNPq.

A027

Estudo da interface amálgama/cimento de ionômero de vidro.

M.F.R.L. HUHTALA*; M.A.M. ARAUJO.

Depto. Odont. Restauradora da Faculdade de Odontologia de São José dos Campos/UNESP-SP. Fone (012) 321-8166 (Ramal 1303).

A falta de união entre os materiais restauradores e entre estes e a estrutura dental pode levar à microinfiltração, com conseqüentes danos ao dente. Nos propusemos a avaliar a interface amálgama/cimentos de ionômero de vidro (CIV), através de teste de infiltração marginal. Foram confeccionados 80 discos compostos de uma metade em amálgama e a outra de um dos seguintes CIV: Vitrebond (3M), Vitremer (3M), Vidrion N (S.S. White) e Vidrion R (S.S.White). As amostras foram divididas em grupos, de acordo com o CIV empregado. Nas matrizes idealizadas para a confecção dos discos, primeiro era confeccionada a metade em CIV, para então ser feita a outra metade em amálgama, seguindo duas técnicas distintas: (1) convencional, amálgama condensado após a geleificação do CIV; ou (2) adesiva, interposição de uma camada de CIV não geleificado entre o CIV e o amálgama, imediatamente antes da sua condensação. Os espécimes foram estocados por 24hs em condições de 100% de umidade e então termociclados por 300 ciclos (± 4oC - ± 55oC) e expostos à solução de fluoresceína sódica a 2%, por 24 horas. Foram seccionados e as interfaces amálgama/CIV analisadas em microscópio de epifluorescência (Tecnival - Carl Zeiss - Jensen). Os dados obtidos foram analisados estatisticamente pelos testes de Kruskal-Wallis e de Múltipla Escolha de Dunn. Os resultados demonstraram que com a técnica convencional, houve menor infiltração entre o amálgama e o CIV quimicamente ativado. A técnica adesiva apresentou baixos índices de infiltração marginal, não havendo diferença estatísticamente significante entre os CIV empregados.

A028

Resistência ao cisalhamento na interface polímero de vidro e liga áurica

M.K. ITINOCHE*; M.A.BOTTINO; F.E.TAKAHASHI; T.KIMPARA, R.Q.PADILHA

Departamento de Prótese e Materiais Dentários da F.O.S.J.C. UNESP / C.T.A.

Em 1995, surgiram materiais para restaurações protéticas sobre estrutura metálica ou não denominados polímeros de vidro os quais possuem micropartículas de vidro, proporcionndom melhores características fisiológicas semelhando-se ao dentes naturais. Este estudo verificou o comportamento de dois polímeros de vidro (Artglass - Heraeus/Kulzer e Targis - Ivoclar) aplicados sobre uma liga áurica (Degulor-M - Degussa) submetidos ao teste de cisalhamento. Vinte corpos de prova foram fundidos, usinados e torneados. Em seguida receberam jateamento com óxido de alumínio (250 micrometros) durante 15 segundos. A seguir, os materiais a serem ensaiados foram aplicados de acordo com as recomendações dos fabricantes, obtendo-se cilindros de 8 mm de comprimento por 4 mm de diâmetro e submetidos à ciclagem térmica (500 ciclos de 5 e 55°C) durante 9 horas. Os corpos de prova foram posicionados para o teste de cisalhamento em máquina de ensaio universal (Instron). Os resultados foram análisados estatísticamente pelo teste t (Student) ao nível de significância de 5%, verificando a possibilidade de rejeitarmos a hipótese de igualdade das tensões médias entre os dois grupos. O grupo do material Targis apresentou uma resistência ao cisalhamento (21,57 MPa) maior do que o grupo do Artglass (15,29 MPa).

A029

Corrosão de ligas de níquel-cromo e de cobre-alumínio.

O.E.M BENATTI; W.G. MIRANDA Jr.; A. MUENCH; R.de O. FRANÇA*

Depto. Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia da USP-SP, F/F (011) 818-7840.

Estudou-se a corrosão "in vitro" e "in vivo" de ligas a base de níquel-cromo e de cobre e alumínio. Ni-Cr (Durabond MS); Cu-Al (Duracast); Cu-Al-Zn (Goldent LA). Blocos fundidos e polidos de 10x2x1mm foram suspensos em soluções de corrosão (saliva artificial, NaCl a 0,9% e Na2S 1,0% ), ou embutidos em dentaduras a serem trocadas, nas regiões do palato (junto à mucosa), para a cavidade oral (local de auto limpeza) e, no fundo desta, onde por um túnel circulava-se saliva (local sem auto-limpeza). Para avaliação usou-se escores desde 0 (polido) até 7 (preto com degradação), feita após um e três meses de colocação. A análise foi pelo teste de Kruskall-Wallis e estabelecimento de contrastes. A liga de Ni-Cr praticamente não se alterou. As ligas de cobre e alumínio se corroem muito no meio sulfídrico e no local sem auto-limpeza. A tabela contém as médias após três meses de uso clinico. As conclusões foram: a liga de Ni-Cr apresentou ótima resistência à corrosão; as ligas de cobre e alumínio no meio sulfídrico se corroem intensamente e no local de auto limpeza aparentam pouca alteração, mas no local sem auto-limpeza a alteração foi grande.

Médias (escore) de corrosão após 3 meses de uso clínico (letras diferentes, diferenças significantes, no mínimo p< 0.05, n=5)

Local Ni-Cr Cu-Al Cu-Al-Zn

Mucosa 0.4 ab 3,6 kl 1,8 efg

Auto-limpeza 0,2 ab 2,0 fgh 1,4 de

Sem auto limpeza 0,4 ab 5,0 lm 4,6 lm

A030

Avaliação da rugosidade superficial de porcelana feldspática.

E. CHAVES*; M. F. DE GOES; M.B.CANGIANI; H.M.S.OSHIMA

Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP.

O propósito deste estudo foi avaliar métodos de acabamento e polimento usados sobre a superfície de porcelana feldspática. Foram confeccionados 24 corpos-de-prova usando porcelana DUCERAM (Degussa) e 24 com a porcelana VITADUR–N(Vita), medindo 6mm de diâmetro e 2 mm de espessura, seguindo as recomendações de sinterização de cada fabricante. Os corpos-de-prova de cada porcelana foram divididos em 4 grupos contendo 6 espécimes cada e receberam os seguintes tratamentos: Grupo I– glazeamento natural; Grupo II – glazeamento artificial;Grupo III – polimento com pasta diamantada Crystar (Kota Ind. e com.) e Grupo IV – polimento com pasta diamantada Insta-glaze(George Taub Co.). Após o processo de sinterização os corpos-de-prova foram submetidos a mensuração da rugosidade de superfície usando o aparelho PRAXIS-Rug 3 e os valores obtidos foram considerados como controle. Em seguida, as superfícies dos corpos-de-prova foram desgastadas usando disco de silicone diamantado, limpos em água distilada sob ultra-som e efetuados os tratamentos específicos para cada grupo. A seguir, foram obtidas novas leituras das superfícies dos corpos-de-prova e os resultados submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey (p£ 0,05). Os resultados em (µm) foram para Duceram: Grupo I: 2,24 – 0,86; Grupo II: 1,78 – 0,95; Grupo III: 2,19 – 0,72 e Grupo IV: 1,49 – 0,63. E para Vitadur – N: Grupo I: 1,59 – 0,76; Grupo II: 1,54 – 0,65; Grupo III: 2,02 – 0,53 e Grupo IV: 2,20 – 0,56. Todos os grupos apresentaram valores de rugosidade menor e diferentes estatisticamente em relação ao controle, tanto para a porcelana Duceram como Vitadur-N. A rugosidade média da superfície da porcelana Duceram não foi estatisticamente diferente em relação à porcelana Vitadur-N.

A031

Influência da hidratação na microinfiltração em restaurações de resina composta.

E.M.A. RUSSO; R.C.R. CARVALHO; A.F. PAGLIARI*; M.L. TURBINO, F. NAUFF; M.V. CARDOSO

Depto. de Dentística, Fac. de Odont. da USP-SP

A proposta deste estudo foi avaliar a influência da hidratação e do glazeamento em restaurações de resina composta. Vinte e cinco molares humanos íntegros receberam 50 preparos Classe V (V e L) com a margem oclusal em esmalte e a margem gengival em dentina. Os preparos foram restaurados com resina composta Z100 (3M) com o sistema adesivo Scotch Bond Multi Uso Plus (3M). As restaurações foram divididas em cinco grupos com dez amostras cada, variando-se o período de hidratação, material glazeador e seqüência de glazeamento, como mostra a tabela:

Grupo Material Glazeador Hidratação Glazeamento

I Delton 7 dias Pré e pós acabamento e polimento

II Fortify — Pré acabamento e polimento

III Fortify — Pré e pós acabamento e polimento

IV Fortify 10 min Pré e pós acabamento e polimento

V Fortify 7 dias Pré e pós acabamento e polimento

Os espécimes ficaram imersos em AgNO3 a 50% por 8 horas, cortados longitudinalmente e analisados por avaliadores calibrados através de scores para microinfiltração que variaram de 0 a 3. Os dados foram submetidos ao teste não paramétrico de Kruskal Wallis, realizado pelo programa GMC 7.1 (p>0,001). De acordo com os resultados obtidos concluiu-se que a hidratação de 7 dias com glazeamento pré e pós acabamento e polimento reduziram consideravelmente a microinfiltração. Com hidratação de 7 dias, não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos que receberam agente glazeador ou selante.

A032

Material para moldagem em bebês: avaliação clínica e laboratorial.

P.CHRISTINO NETO*; J.G.GUIMARÃES; I.CORREA; R.H.GRANDE; A.MUENCH

Materiais Dentários da FOUSP e Universidade Estadual de Londrina – Bebê-Clínica

Com o desenvolvimento da odontologia para bebês surgiu a necessidade de introduzir novos produtos e/ou mudanças nas técnicas tradicionalmente empregados. Um aspecto diz respeito a realização de moldagens para obtenção de modelos que possibilitem a confecção de mantenedores de espaço, férula de Anke e outros dispositivos. Os objetivos deste estudo foram os de comparar dois alginatos (Hydrogum e Orthoprint, Zhermack) e uma silicona por condensação (Silon, Herpo) quanto à: facilidade de manuseio e conforto na moldagem e alteração dimensional. A avaliação clínica foi realizada com 33 crianças menores de 36 meses moldadas por 04 profissionais estagiários, após a obtenção de consentimento do responsável, segundo protocolo da instituição. Foram realizadas 11 moldagens com cada produto, e os profissionais responderam a um questionário baseado em escores. As respostas coletadas foram submetidas ao teste de Kruskal-Wallis. Não foi observada diferença significativa entre os produtos, do ponto de vista clínico. Para a avaliação laboratorial, um modelo metálico de forma tronco-cônica foi moldado com cada produto (05 repetições), e as réplicas obtidas em gesso tipo IV (Durone, Dentsply) aferidas num perfilômetro (Werth). Os resultados médios da alteração dimensional linear foram: Hydrogum (-0,17%), Orthoprint (0,03%) e Silon (-0,35%). Através do teste de Kruskal-Wallis observou-se diferença (p<0,05) entre Orthoprint e Silon. Com base nos resultados clínicos e laboratoriais, pode-se concluir que os produtos suprem os requisitos analisados estando indicados para uso em crianças de baixa faixa etária; a menor alteração dimensional foi apresentada pelo Orthoprint.

A033

Resina composta: análise da microinfiltração em restaurações Classe II.

A.U. TAVARES*; S.K. MOURA; P.E.C. CARDOSO.

Depart. de Mat. Dentários, Faculdade de Odontologia da USP- SP

A contração de polimerização das resinas compostas impede uma perfeita adaptação marginal, condição desfavorável em preparos proximais, aumentando o risco de recidiva de cárie e sensibilidade pós-operatória. A proposta deste trabalho é avaliar a microinfiltração em restaurações de resina composta em função da técnica de inserção, tempo de fotopolimerização, tipo e cor do material. Cavidades MO e OD do tipo "slot" vertical (3mm X 5mm e 1mm de profundidade) foram confeccionadas em 60 molares humanos hígidos. Após profilaxia e condicionamento ácido total, foi aplicado o sistema adesivo Scotchbond Multi Uso Plus e as cavidades foram restauradas com as resinas Z-100 (cores A2/A4) e Silux Plus (cores U/DY) da seguinte maneira: uma face proximal em incrementos horizontais (1mm), fotopolimerizados por 20, 40 ou 60 seg. cada., a outra em inserção única, fotopolimerizada por 100, 200 ou 300 seg. respectivamente (Optilux 400 - Demetron). Os dentes foram armazenados em água destilada (24 h./ 37oC) e após o polimento, submetidos à ciclagem térmica (700 ciclos - 5/55ºC - 1min. de imersão). Foram então impermeabilizados , imersos em solução de azul de metileno ( 0,5% - 4h) e cortados no sentido longitudinal com disco diamantado. A microinfiltração foi avaliada segundo a escala 0-3 e submetida ao teste estatístico KrusKall-Wallis. Concluiu-se que tanto o tipo quanto a cor do material influenciaram negativamente na microinfiltração, enquanto que a técnica de inserção e o tempo de fotopolimerização influenciaram a microinfiltração dependendo do tipo de resina composta.

Apoio financeiro CNPq – Processo 105069/97-3.

A034

Avaliação da resistência à tração de pinos pré-fabricados, cimentados passivamente.

E. B. KLAUTAU*; P. E. C. CARDOSO; E. PLÁCIDO; T. SAITO.

Departamento de Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia da USP-SP.

A grande demanda de pinos pré-fabricados fixados através de agentes cimentantes, desenvolve a necessidade do conhecimento comportamental dos materiais cimentantes e de seu desempenho frente à resistência à remoção por tração. Para tanto, foram utilizados os pinos Flexi-Post e C-Post cimentados em 80 raízes de caninos e incisivos superiores hígidos por meio dos cimentos Fosfato de Zinco, Panavia 21, Vitremer Luting e Advance, após a cimentação a metade de cada grupo foi submetida a ciclagem térmica, sendo posteriormente tracionados em uma máquina Wolpert-Werke. Os resultados foram então coletados obtendo-se as seguintes médias para os cimentos e pinos: Panavia 21–34,12; Fosfato de Zinco–30,22; Vitremer Luting-33,17; Advance- 68,94; C-Post- 42,62; Flexi-Post- 40,61. Os valores individuais foram coletados e analisados estatisticamente através da análise de variância e teste de Turkey. Em vista dos resultados concluímos que entre os pinos Flexi-Post e C-Post não houve diferença estatisticamente significante, assim como entre os corpos de prova submetidos ou não à ciclagem térmica. Em relação aos cimentos utilizados, o Advance demonstrou-se estatisticamente superior ao Panavia 21, Fosfato de Zinco e Vitremer Luting, enquanto estes não demonstraram diferença significante.

Auxílio à pesquisa fornecido pela FAPESP – Processo 96/12297-0

A035

Efeito dos tempos de contaminação salivar e recondicionamento do esmalte na resistência ao cisalhamento do Helioseal

F. R. M. PUPPIN-RONTANI; F. GARCIA-GODOY; D. JACKSON.

Dep. Odontopediatria. FOP/UNICAMP, Brasil; UTHSCSA, USA. rmpuppin@fop.unicamp.br.

Com objetivo de avaliar o efeito dos tempos de contaminação salivar e recondicionamento do esmalte sobre a resistência ao cisalhamento do Helioseal F, 90 terceiros molares extraídos foram usados neste estudo, cujas superfícies vestibulares foram desgastadas horizontalmente, com lixa de carbeto de Silício. Os dentes foram distribuídos em 9 grupos. Após os dentes terem sido limpos com pedra-pomes e água, foram condicionados por 20 seg com ácido fosfórico 35%, lavados e secos com ar comprimido por 20 seg. Um molde cilíndrico de teflon foi adaptado à superfície vestibular. O selante foi aplicado pelo mesmo método em todos os grupos e fotopolimerizados por 20 seg. Os dentes receberam contaminação por saliva fresca e completa que foi coletada durante o experimento. Os tempos de contaminação e recondicionamento salivar foram diferentes para cada grupo: (1) sem recondicionamento, o selante foi aplicado imediatamente após o esmalte ter sido condicionado, lavado e seco. Os grupos restantes foram contaminados por: 30 seg. (2), 60 seg (3), 30 seg e recondicionados por 2 seg (4), 30 seg e 5 seg (5), 60 seg e 2 seg (6), 60 seg e 5 seg (7), 30 seg e 30 seg (8), 60 seg e 30 seg (9). Após a contaminação os dentes foram lavados por 15 segundos antes do recondicionamento, foram secos, e o selante aplicado como no grupo 1. Os dentes foram armazenados em água destilada à temperatura ambiente por 72 horas e termociclados por 1.000 ciclos. Os resultados foram submetidos aos teste estatísticos ANOVA e Student-Newman-Keuls (p=0,05). Os resultados mostraram não haver diferença estatisticamente significativa entre os grupos. (p>0,05). Concluiu-se que os tempos de contaminação e recondicionamento não influenciaram a resistência ao cisalhamento do Helioseal F.

A036

Resistência à tração entre amálgama-resina em diferentes condições de oxidação.

H.R.LEWGOY*; M.R.MATSON; F.PEREIRA; C.ANAUATE NETTO, M.N.YOUSSEF

Departamento de Dentística, Faculdade de Odontologia da UMC e USP - SP

Este trabalho estuda "in vitro" a resistência à tração de corpos-de-prova de amálgama-resina composta unidos pelo adesivo dental Scotchbond Multi-Uso Plus. Os corpos-de-prova foram divididos em três grupos de dez, sendo que cada corpo era o resultado da união de dois discos, um de amálgama e outro de resina composta. Estes discos foram obtidos dentro de cilindros de baquelite e sofreram acabamento superficial com lixa d’água de grana 600. Pretendeu-se simular a técnica do amalcomp e verificar a resistência à tração entre o amálgama e a resina composta em diferentes condições de oxidação do amálgama. Dos resultados obtidos e mediante análise de variância e teste de Tukey à 5 %, pôde-se concluir que: o grupo 3, que ficou na saliva artificial por trinta dias e portanto sofreu maior oxidação, apresenta resistência à tração superior e estatisticamente significante em relação aos grupos 1 e 2; o grupo 2, que ficou na saliva por sete dias e sofreu menor oxidação, não apresenta resistência à tração estatisticamente superior ao grupo 1 de amálgama recém condensado.

A037

Microinfiltração de restaurações classe V em resina composta usando oito novos adesivos hidrofílicos

P.E.C. CARDOSO; E. PLACIDO*

Departamento de Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia da USP- SP

O teste de microinfiltração tem sido muito utilizado para avaliar a eficiência dos materiais restauradores utilizados. O objetivo deste estudo "in vitro" foi avaliar a microinfiltração de oito novos adesivos universais introduzidos no mercado – Scotchbond MP Plus(SMP), Permaquick(PER), Optibond Fl(OFL), One Step(OS), Clearfil LB II(CLII), Prime Bond 2(PB2), Solist(SOL) e Single Bond(SB), usando um adesivo hidrofóbico (ARM) como controle. Cavidades classe V foram preparadas em molares humanos hígidos com margens oclusais em esmalte e gengivais em dentina. Os adesivos foram aplicados de acordo com as instruções dos fabricantes. Todas as cavidades foram restauradas com resina composta Heliomolar RO. Os espécimes foram armazenados em água a 37°C por 24 horas, e após o acabamento e polimento submetidos a ciclagem térmica 700x (5°-55°C, 1 min. de imersão), seccionados e avaliados quanto à infiltração. A penetração foi avaliada segundo escala de 0-3 e analisada segundo testes estatísticos não paramétricos. Nenhuma infiltração foi evidente nas margens em esmalte. Nosso grupo controle (ARM) teve os piores valores em relação à margens em dentina. OS e SOL foram os mais efetivos, seguidos pelo SB, OFL, PER, SMP e PB2. O CLII foi o menos efetivo ,sem diferença estatística com o ARM. Estes dados sugerem que estes novos sistemas adesivos são efetivos em selar as margens em esmalte, mesmo com técnicas diferentes e outros tipos de ácidos. Entretanto, nenhum deles eliminou completamente a infiltração nas margens em dentina, com exceção do One Step.

Este estudo teve apoio da FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo processo 96/09754-0.

A038

Estudo da recuperação elástica de alginatos durante a presa.

A. MUENCH; J. BIANCHI*; M. BIANCHI; A.C. LASCALA.

Depto de Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia da USP-SP. Fone/Fax: (011) 818-7840

A finalidade da pesquisa foi determinar o tempo de presa de alginatos, por meio da recuperação elástica máxima e constante, empregando o elasticímetro de Muench. Variáveis: 3 materiais (Jeltrate, Tipo II; Jeltrate Plus, Tipo I; Avagel); 3 temperaturas da água de manipulação (5, 23 e 50°C); 3 proporções água/pó (ml/g: 3/2; 4/2; 6/2). Usou-se a análise de variância e teste de Tukey. Material e proporção não foram significantes mas o foi a interação material x proporção (p < 0,001). A temperatura da água foi significante (p < 0,001). Os tempos (min) foram: a 5°C, 5,56, a 23°C, 4,87, a 50°C, 3,44. As médias da tabela mostram que o aumento da proporção água/pó age diferentemente, conforme o material. Conclusões: quanto maior a temperatura da água de manipulação menor o tempo de presa; a proporção água/pó quanto maior, dependendo do material, acelera, retarda ou não influi no tempo de presa.

Tempo (min) para alcançar recuperação elástica máxima e constante (médias com as mesmas letras são semelhantes, p < 0,05; n = 9)

Material Proporção (ml/g)

3/2 4/2 6/2

Jeltrate 4,11 a 4,89 abc 5,33 c

Jeltrate Plus 4,11 a 4,72 abc 4,44 ab

Avagel 5,17 bc 4,67 abc 4,17 a

A039

Avaliação dos efeitos da esterilização nas propriedades adesivas da dentina

E.D.B. GROTH *; F. A. M. SANTOS; M. KURAMOTO JR.; E. MATSON – 818-7841

Universidade de São Paulo, Faculdade de Odontologia, Departamento de Dentística

O ensino e a pesquisa em odontologia dependem da utilização de elementos dentários humanos extraídos, que podem ser portadores de microorganismos patógenos, sendo de extrema importância a prévia esterilização destes. Este trabalho propõe-se a avaliar a resistência à tração da adesão entre uma resina composta e dentina esterilizada por diferentes métodos, comparando-se com um grupo controle não estéril. Foram utilizados quarenta e oito terceiros molares humanos recém extraídos, divididos em quatro grupos de doze dentes, onde o grupo 1 não foi submetido à esterilização; o grupo 2 foi esterilizado por calor seco; o grupo 3 foi esterilizado por calor úmido e o grupo 4 foi esterilizado por solução de glutaraldeído. Os dentes foram então incluídos em resina e desgastados em politriz até a completa exposição dentinária. Sobre a dentina condicionada com ácido fosfórico a 37%, foi aplicado um sistema adesivo (Prime & Bond 2.1), seguindo as instruções do fabricante e em seguida restaurados com resina composta híbrida (TPH Spectrum). As amostras foram submetidas ao teste de resistência à tração. Após análise de variância e teste de Tukey (p<0,05), as médias estatísticas obtidas foram de 10,05 MPa para o grupo 1; 10,85 MPa para o grupo 2; 5,52 MPa para o grupo 3 e 17,61 MPa para o grupo 4. Assim, concluiu-se que:

A estufa diminuiu de forma estatisticamente significante a resistência à tração da dentina, enquanto que a solução de glutaraldeído aumentou a resistência à tração da dentina. Não podemos afirmar haver diferença significante entre o grupo controle e o grupo submetido a ciclo em autoclave.

A040

Resistência à tração de sistemas adesivos convencionais e um sistema auto-condicionante

F. A. M. SANTOS *; M. KURAMOTO JR.; E. MATSON – (011)818-7841

Universidade de São Paulo, Faculdade de Odontologia, Departamento de Dentística - (011)818-7843

 

 

O objetivo do trabalho foi avaliar a resistência à tração in vitro da adesão entre resina composta e dentina, utilizando-se diferentes sistemas adesivos. Foram utilizados 51 terceiros molares humanos recém extraídos, divididos em três grupos distintos. Estes dentes foram incluídos em resina, e desgastados em politriz, até a exposição da dentina. As amostras do grupo A (Pro Bond) foram condicionadas com ácido fosfórico a 37% e em seguida aplicados primer e adesivo , em passos distintos e contínuos, segundo as instruções do fabricante . As amostras do grupo B (Prime & Bond 2.1) foram igualmente condicionadas, e em seguida submetidas à aplicação de sistema adesivo monocomponente, segundo instruções do fabricante. Nas amostras do grupo C (Etch & Prime 3.0) aplicou-se unicamente o sistema adesivo auto-condicionante , sem condicionamento ácido anterior. As amostras foram restauradas com resina composta híbrida (TPH Spectrum, cor A1). Após a estocagem por 24 horas em água deionizada a 37 graus Celsius, as amostras foram submetidas ao teste de resistência à tração. Os resultados foram avaliados em análise de variância e teste de Tukey (p < 0,05), não encontrando-se diferença significante entre os dados do grupos A (8,9 ± 2,4 MPa) e B (9,4 ±1,8 MPa) e encontrando-se diferença significante entre estes e o grupo C (12,6 ± 4,24 MPa). Assim, concluiu-se que:

O sistema adesivo Etch & Prime mostrou-se superior em relação a resistência à tração quando comparado com os adesivos Pro-Bond e Prime & Bond.

A041

Resistência da união adesiva relacionada ao substrato e ao condicionamento

J. BIANCHI; L.E. RODRIGUES FILHO; P.F.CESAR*; W.G. MIRANDA JR.

Departamento de Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia da USP – SP - (011) 818-7817

A evolução dos materiais adesivos vem acontecendo no sentido de se obter o máximo de simplicidade no seu uso clínico. Recentemente, surgiu no mercado o adesivo Etch & Prime 3.0â (Degussa) que apresenta em sua composição ácidos condicionadores de esmalte e dentina juntamente com elementos resinosos. O objetivo deste material é facilitar o procedimento adesivo, já que requer a aplicação de um único produto no dente, eliminando a fase de condicionamento com ácido fosfórico. O presente estudo comparou a resistência à tração deste adesivo em esmalte e dentina em duas situações diferentes: fazendo condicionamento ácido prévio (contrariando, portanto, as recomendações do fabricante) e não fazendo este condicionamento. Foram confeccionados 40 corpos de prova que consistiram de um pedaço de dente incluído em um cilindro de resina acrílica. Em uma das extremidades, ficou exposta uma área de esmalte ou a dentina onde se colou um botão de resina composta que foi posteriormente tracionado em uma máquina Wolpert-Werk com velocidade de 0,5mm/min. Foram feitas 20 réplicas para esmalte e 20 para dentina, sendo que em uma metade de cada grupo realizou-se a colagem com condicionamento ácido prévio enquanto na outra parte seguiram-se as recomendações da bula do material. Os dados obtidos foram analisados através do teste de Kruskal-Wallis onde constatou-se que o condicionamento ácido prévio não aumentou significantemente a resistência adesiva em esmalte e dentina.

A042

Resistência à tração de materiais restauradores híbridos em dentina

R.R.BRAGA*; D.KORYTNICKI; M.R.O.CARRILHO; M.F.NUNES

Depto. de Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia da USP-SP (011- 818-7840)

Este trabalho avaliou a resistência à tração de dois materiais restauradores híbridos quando aplicados sobre dentina. Foram utilizados o Fuji II LC (GC) e o Dyract (Dentsply), sendo que para este último foi observada também a influência do condicionamento da superfície dentinária com ácido fosfórico a 37%. Os resultados foram comparados ao obtido com a utilização do adesivo Single Bond (3M). Dentes molares embutidos em resina acrílica tiveram uma de suas superfícies lisas cortadas por disco diamantado, expondo-se uma área de dentina suficiente para permitir a confecção de um tronco de cone com 3mm de diâmetro na base menor e 3mm de altura. Foram feitas 5 repetições em cada situação experimental. Os corpos de prova foram testados após 24 horas a 37oC, em ambiente úmido. Feito o teste de Kruskal-Wallis, não foi detectada diferença estatisticamente significante entre as colagens utilizando Dyract + condicionamento (2,13±1,02MPa), Dyract (3,32±0,83MPa) e Single Bond. (3,21±1,35MPa). O material Fuji II LC, entretanto, mostrou menor força de união à dentina, quando comparado aos outros três materiais (0,65±0,45MPa). Desta forma, podemos concluir que o ionômero modificado por resina foi o material híbrido que proporcionou a colagem menos resistente; pela metodologia utilizada, o compômero forneceu colagens com resistência equivalente àquela obtido com o uso do adesivo dentinário, independente da realização de condicionamento ácido.

A043

Adesão à dentina: Comparação entre um adesivo Produzido no Brasil e seu similar produzido nos Estados Unidos.

BOCANGEL JS; SILVA AR*; BELSUZARRI AO; KRAUL AS; MATSON E.

Universidade de São Paulo. Departamento de Dentística.

O objetivo do estudo foi avaliar as diferenças no que diz respeito à adesão de um adesivo dentinario de Quarta Geração, na versão produzida no brasil com a versão produzida nos Estados Unidos. O adesivo testado foi o Prime & Bond 2.1; PB2.1 (Caulk Dentsply). Para esta pesquisa foram utilizados 16 dentes terceiros molares. Estes dentes foram incluídos em resina epoxica transparente. Os dentes foram desgastados, criando uma superfície de dentina onde foi delimitada a área de adesão com a ajuda de uma broca cirúrgica. Os dentes foram aleatoriamente divididos em 2 grupos de 8 dentes cada. Grupo 1: PB2.1 Brasil, Grupo 2: PB2.1 USA. Os adesivos foram aplicados na dentina seguindo as instruções do fabricante. Foi condicionada a dentina com ácido fosfórico à 35% por 20 segundos, lavada com jato de ar-água. A dentina foi secada com ajuda de algodão, e depois aplicado o adesivo em duas camadas, sendo cada camada fotopolimerizada por 20 segundos. Foi criado um cone de resina (Z100), com ajuda de uma matriz de teflon. A resina foi colocada em 3 incrementos. Depois de aplicada a resina, os dentes foram armazenados em água destilada por 24 horas à 37CO . Os testes de tração foram realizados numa maquina de ensaios Mini Instrom. As médias dos resultados em MPa e o desvio padrão par cada grupo foram: Grupo 1: 4.10 +/-1.23, Grupo 2: 12.93 +/- 5.09. Os dados foram submetidos a analise estatística U Mann Whitney onde foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os dois adesivos (p.0.05). Resultado: O adesivo produzido no exterior obteve melhores resultados no que diz respeito à adesão na dentina.

A044

Estudo do acúmulo de placa bacteriana em vários materiais odontológicos

F.R.L. BUZON; E. PALOMO; R.C.STEGUN*

Departamento de Prótese, Faculdade de Odontologia da USP-SP

Procuramos analisar o desenvolvimento de placa bacteriana em diversos materiais odontológicos usados em restaurações diretas e indiretas. Com isto, queremos verificar qual material retém mais placa e que poderá provocar um maior risco de cárie ao paciente. Os materiais utilizados foram: R.A.A.Q., Ionômero de Vidro, Resina Composta fotoativada, Amálgama de prata, 2 ligas de NiCr e 2 ligas de CoCr. Foram selecionados pacientes com idade variando de 15 a 30 anos, e instaladas placas de mordida com diversos materiais restauradores. Esses pacientes usaram a placa por 20 dias e foram aconselhados a não removerem nem escovarem a placa durante o período de teste, a não ser para alimentação. Após esse prazo, a quantidade de placa bacteriana em cada corpo de prova foi colhida e pesada. Foi feita também cultura específica para Streptococcus mutans e Lactobacillus dando os resultados em U.F.C.(Unidades Formadoras de Colônia). Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e Teste de Tukey. Estes resultados nos levaram a uma relação de retenção de placa e desenvolvimento de microorganismos (S.mutans e Lactobacilus) entre os materiais restauradores, da seguinte forma: RAAQ(Jet)> Ionômero(Vidrion)> Res.Composta(TPH)> Amálgama(Standalloy)> CoCr(Modell)> NiCr(Verabond)> NiCr(Durabond)> CoCr(Vera PDS). Concluímos que os materiais restauradores diretos propiciam um maior risco de cáries se comparados aos materiais restauradores indiretos; e que os metais utilizados nas restaurações indiretas dificultam o acúmulo de placa bacteriana, principalmente em relação a S.mutans e Lactobacillus.

A045

A influência da microdureza da resina composta na sua resistência de união à dentina

M.L.TURBINO; E. MATSON.

Departamento de Dentística, Faculdade de Odontologia da USP.

Os materiais restauradores estéticos e adesivos são alvo de grande número de pesquisas atualmente. Neste trabalho avaliou-se in vitro a microdureza de duas resinas compostas quando aderidas à dentina com uso de 2 sistemas adesivos. As resinas foram inseridas e fotopolimerizadas pela técnica incremental e do incremento único. Também foi avaliada a resistência de união dessas resinas à dentina e a correlação com a sua microdureza. Os testes de microdureza foram realizados a uma distância de 0.4mm da área de união, com o microdurômetro SHIMADZU-HMV 2000. Os testes de tração foram realizados numa máquina de ensaios Universal Mini-Instron 4442. Os valores de microdureza apresentaram correlação direta (r = 0,95) pelo teste de correlação de Pearson (p<0.01) com os valores de resistência de união. O grau de polimerização (técnica incremental X único) e o tipo de resina composta (híbrida X micropartícula) tiveram influência na resistência de união. Mesmo com o grau máximo de polimerização (técnica incremental), a resina Z100 (híbrida) apresentou maior resistência de união que a resina Silux plus (micropartícula). As duas resina apresentaram maior resistência de união quando inseridas pela técnica incremental do que com a técnica do incremento único (p<0.01).

Apoio financeiro da FAPESP – Processo 96/4519-3

A046

Influência do adesivo com carga na resistência de união da resina composta à dentina

J.A. YOUSSEF; M.L.TURBINO; M.N. YOUSSEF; E. MATSON.

Departamento de Dentística, Faculdade de Odontologia da USP.

Este trabalho analisou in vitro duas marcas de adesivos de quarta geração do sistema simplificado (OPTISOLO-KERR/com carga e SINGLE BOND-3M/sem carga) e duas marcas de resinas compostas (PRODIGY-KERR e Z100-3M), com o objetivo de verificação da adesividade na dentina. Oitenta corpos-de-prova, confeccionados a partir de molares humanos extraídos, foram incluídos em resina acrílica e desgastados até exposição de dentina no sentido longitudinal, e divididos em 4 grupos. Cones de resina composta foram aderidos a estes corpos-de-prova precedidos dos sistemas adesivos, seguindo a orientação dos fabricantes. Os corpos-de-prova foram submetidos a teste de tração numa máquina de ensaios Universal Mini-Instron 4442, a uma velocidade de 0,5mm/min. Os resultados obtidos foram transformados em MPa de acordo com a área de adesão e submetidos a análise estatística pela ANOVA. Pelos resultados obtidos, concluiu-se que houve diferença estatísticamente significante (p<0,01) entre os adesivos (F=7,24), sendo que o adesivo OPTISOLO (m=11,03±4,23) apresentou maior resistência de união que o SINGLE BOND (m=8,37±4,54). Entre as duas resinas (F=0,43) não foi detectada diferença estatisticamente significante (p<0,05).

 

A047

Microinfiltração: estudo comparativo entre dois métodos de avaliação.

M.F. WITZEL*, M.D. NOVELLI; L.P.SACARDO; R.H.M. GRANDE

Materiais Dentários e Estomatologia, FOUSP; Estatística, IMEUSP - Fax: 8187840

Vários métodos para avaliar infiltração em procedimentos adesivos têm sido citados na literatura. No entanto, devido à subjetividade inerente a cada um, não há evidências da superioridade de um sobre os demais. O intuito deste estudo foi comparar o sistema de escores com o de imagens digitalizadas. Witzel et al.(RPG, 4: 313, 1997), num estudo anterior, aplicaram adesivos multi-uso (AllBond 2, OptiBond e Scotchbond MP) para selamento de 72 dentes, com ou sem contaminação da superfície oclusal condicionada. Os espécimes foram armazenados em água a 37°C durante 72h ou submetidos à ciclagem térmica ou à térmica + mecânica. Empregou-se o AgNO3 para evidenciar a presença de infiltração na interface. Após o secionamento dos corpos-de-prova, 3 avaliadores aferiram a penetração do corante, através de uma lupa estereoscópica (Zeiss) nas 432 superfícies obtidas. Foram aplicados escores de 0 a 4 de acordo com a profundidade da penetração do corante. Métodos de ANOVA aplicados aos escores médios obtidos, detectaram superioridade significativa do Optibond em todas as situações. Utilizando as mesmas 432 superfícies, através de câmara digital acoplada a um microscópio óptico e do "software" DIRACOM, mediu-se o comprimento das fissuras e respectivas infiltrações (mm), que foram convertidos em percentuais médios. O teste de ANOVA revelou resultados idênticos aos anteriormente obtidos. O coeficiente de Pearson mostrou correlação positiva de 0,60 entre os métodos. Pode-se inferir que o emprego de metodologia mais sofisticada, para este tipo de análise, nem sempre indica a obtenção de resultados mais confiáveis.

FAPESP: processos 96/49000-9 e 96/6216-8.

A048

Infiltração marginal em dentes decíduos restaurados pela técnica convencional ou do amálgama adesivo.

S.I. MYAKI; C.R.M.D. RODRIGUES*; D.P. RAGGIO; T.A.P. FLORES, M.R. MATSON.

Disc. Odontopediatria - FOSJC UNESP e FOUSP.

O objetivo deste estudo foi de avaliar in vitro a infiltração marginal em restaurações classe V em dentes decíduos restaurados com amálgama, utilizando-se três técnicas restauradoras. Foram utilizados 30 dentes decíduos anteriores superiores, clinicamente hígidos, esfoliados naturalmente. No G1 (n=10) aplicou-se 2 camadas de verniz (Cavitine-SS White). No G2 (n=10) utilizou-se o sistema adesivo Scotchbond Multi Uso Plus (3M), do modo dual, segundo as recomendações do fabricante. No G3 (n=10) utilizou-se o sistema adesivo One-Step (Bisco) e após uma resina composta de baixa viscosidade (Resinomer-Bisco) segundo as recomendações do fabricante. Todas as amostras foram restauradas com amálgama (GS 80-SDI) de alto teor de cobre. Após o procedimento restaurador as amostras foram armazenadas em solução fisiológica a 37oC durante 72 horas. Depois, foram polidas com pontas de borracha abrasiva, termocicladas (500 ciclos - 5o e 55o C) e impermeabilizadas com esmalte de unha, deixando-se uma janela de 1mm nas margens das restaurações. A seguir foram imersas em solução de azul de metileno a 0,5% durante 4 horas. Finalmente as amostras foram seccionadas e avaliadas quanto à infiltração marginal. Os resultados obtidos após submetidos à análise estatística (Teste de Kruskal-Wallis a 1%) demonstraram que o G3 apresentou os melhores resultados quanto à infiltração marginal. Não houve diferença estatisticamente significante entre o G1 e G2.

A049

A influência do substrato na adesão à dentina

E.M. DA SILVA*; A. MUENCH

Departamento de Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia da USP-SP

A obtenção de dentes humanos hígidos, recém-extraídos, constitui-se em uma das várias dificuldades de caráter técnico na realização de testes de materiais adesivos à dentina in vitro. O objetivo deste trabalho foi avaliar a possibilidade da utilização de dentes de cadáveres, secos e reidratados, como substrato nos testes in vitro de resistência adesiva à dentina. Para verificação da proposição, foram preparadas superfícies planas com lixas d’água de granulação 220, 400 e 600 até que houvesse exposição de dentina nas superfícies oclusais de 30 molares humanos hígidos recém-extraídos, 30 molares de cadáveres mantidos em condição de ressecamento total pelo prazo de 6 meses e nas superfícies vestibulares de 30 incisivos bovinos. Para cada substrato, foram separados 3 grupos de 10 dentes, nos quais foram aplicados os sistemas adesivos Prime & Bond 2.1, Single Bond e Etch & Prime 3.0, seguindo-se as recomendações dos fabricantes. Após o procedimento adesivo, foram confeccionados em cada superfície, um cone de resina composta - TPH Spectrum A3,5- com as seguintes medidas: base maior 4,0 mm, base menor 2,0 mm e altura 4,5 mm. A base menor foi colocada sobre a superfície dentinária. Após a confecção dos cones de resina, os corpos de prova, foram armazenados em água destilada a 37ºC por 2 semanas e submetidos a teste de resistência adesiva por ensaio de tração à velocidade de deslocamento de 0,5 cm/min, em máquina de ensaio mecânico Wolpert-Werke, modelo E2R. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância. Os valores médios de resistência adesiva apresentados pelos três substratos: dentes humanos recém-extraídos-13,5 MPa, dentina bovina-12,47 MPa e dentes reidratados-13,00 Mpa, não apresentaram diferença estatística significante. Baseados nos resultados, os autores concluíram que tanto a dentina bovina, como dentes de cadáveres reidratados, podem ser utilizados como substrato em testes in vitro de resistência de materiais adesivos à dentina.

A050

Influência do eugenol na microdureza da resina composta utilizando adesivos atuais

A.R.SOUZA*; F.B.MELLO; M.L.TURBINO; M.N.Youssef.

Departamento de Dentística, Faculdade de Odontologia da USP-SP/Fone:818-7443

O cimento de óxido de zinco e eugenol ainda é largamente utilizado como material restaurador provisório. Porém, acredita-se haver interferência na polimerização da resina composta quando utiliza-se este cimento como restaurador provisório. No entanto, com a evolução dos sistemas adesivos dentinários, utiliza-se atualmente o condicionamento ácido total para remoção ou tratamento do smear layer antes das restaurações com resina composta. Em vista do exposto, o objetivo deste trabalho foi avaliar se a utilização do cimento de óxido de zinco e eugenol exercia influência na microdureza da restauração de resina composta(Z 100) realizada com dois sistemas adesivos(Scotchbond Multi Purpose Plusâe o Clearfil Liner Bond 2â). Para isto, foram utilizados 40 molares íntegros que foram divididos igualmente em 4 grupos. Para cada adesivo havia um grupo controle(sem óxido de zinco e eugenol) e outro onde foram realizadas e removidas as restaurações provisórias com cimento de óxido de zinco e eugenol. Após sete dias de armazenamento em estufa a 37o C, os dentes foram cortados e mediu-se a microdureza da resina composta na região a 0,3 mm da interface dente-restauração em um microdurômetro SHIMADZU HMV 2000, com ponta penetradora Knoop de 50 g. por 45 segundos. Os resultados obtidos foram analisados estatisticamente pela ANOVA(a=1%), onde verificou-se não haver diferença estatisticamente significante na microdureza da resina composta entre os grupos estudados.

Grupo controle Grupo com cimento provisório

Scotchbond M.P.Plus 74,72±3,30 71,48±3,20

Clearfil Liner Bond 2 75,04±4,43 72,23±4,35

Apoio financeiro da FAPESP- Processos 97/01516-6 e 97/01517-2.

A051

Flúor no material restaurador: efeitos na dentina e nas bacterias

C. FRANCCI*; J. F. F. SANTOS

Departamento de Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia da USP – SP

Nos últimos anos a Odontologia conservadora demonstra uma forte tendência na utilização de material adesivo. Mais recentemente, nota-se um direcionamento do mercado em lançar produtos adesivos e com capacidade de liberar flúor. Este estudo objetiva avaliar a liberação de flúor de alguns sistemas restauradores, e sua ação sobre a dentina e o metabolismo bacteriano. Foram confeccionadas 288 cavidades circulares (1,8mm de diâmetro) em 144 dentes bovinos com exposição da dentina na face vestibular. Uma das cavidades de cada dente foi restaurada por um dos sistemas restauradores: a) Single Bond (SB)+Z100 (Z); b) SB+Tetric Ceram(TC); c)Fuji Bond LC (FB)+(Z); d) FB+TC; e) Fuji II LC; f) Fuji IX GP. A outra cavidade (controle) foi restaurada com cera. Em 12 dentes de cada grupo restaurador foi avaliada a liberação de flúor nas primeiras 24 h e, em seguida, submetidos ao ácido lático (pH 4.3) por 3 h para mensurar a liberação de cálcio. Os outros 12 dentes de cada grupo foram imersos por 24 h em água deionizada; colocados em contato com S. mutans (1:1 THB/água + 50mM glicose, A660=0.2) por 6 h; a fim de medir a liberação de cálcio e definir o pH. O Fuji IX GP liberou significativamente mais F- que os demais sistemas (p> 0.0001), mas ele e o Fuji II LC aumentaram a resistência à desmineralização dentinária. Apenas o Fuji IX GP atingiu níveis suficientes para afetar o metabolismo bacteriano. Os demais sistemas não apresentaram influências significativas na dentina ou no S. mutans. Conclui-se que as novas resinas compostas e adesivos dentinários, apesar de possuirem flúor em suas composições, não apresentaram comprovada eficiência terapêutica nos parâmetros avaliados neste estudo.

A052

Avaliação in vitro da microinfiltração marginal em restaurações de amálgama adesivo

E.S. PEREIRA JÚNIOR*; M.F.T.B. BIJELLA; S.M.B. SILVA; M.A.A.M. MACHADO

Disciplina de Odontopediatria, Faculdade de Odontologia de Bauru – USP – SP.

O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro a efetividade na prevenção da microinfiltração do sistema adesivo All Bond 2 associado ao Resinomer (Bisco), e do cimento de ionômero de vidro Vitrebond (3M), sem polimerização, em amálgama adesivo classe II, restauradas com Dispersalloy (Dentsply). No grupo controle utilizou-se o verniz cavitário Copalite (Cooley & Cooley). Para tanto, 45 pré-molares humanos íntegros e extraídos, com finalidade ortodôntica, receberam cavidades classe II, sendo uma na face mesial e outra na face distal de cada dente, com a parede cervical localizada a 1mm além da junção cemento-esmalte, sendo 30 cavidades em cada grupo. Após as restaurações os dentes foram estocados em água destilada por 24 horas, sofreram termociclagem em água destilada com 500 ciclos à temperatura de 5o C e 55o C, sendo de 15 segundos em cada banho. Após o selamento dos ápices e raízes, os espécimes foram imersos em solução de fucsina básica a 0,5%, à temperatura de 37o C por 24 horas, lavados em água corrente por 24 horas e sofreram o seccionamento. A microinfiltração marginal na parede cervical foi avaliada através de medidas em micrometros e obteve-se de média os seguintes valores: Copalite (1035,14); All Bond 2/Resinomer (273,6) e do Vitrebond (442,14). Os resultados foram analisados estatisticamente pelo teste de Kruskal-Wallis e de Dunn com p = 9,92.10-53 . Os testes estatísticos demonstraram que houve diferença estatisticamente significante entre os grupos experimentais e o grupo controle (Copalite), e entre o grupo do All Bond 2/Resinomer e grupo do Vitrebond. O sistema adesivo dentinário All Bond 2 associado ao Resinomer obteve porcentagem menor de microinfiltração marginal quando comparado ao cimento de ionômero de vidro Vitrebond.

Apoio financeiro: CAPES

A053

Influência dos pontos de solda na área retentiva dos bráquetes metálicos

C. A. L. P. CÂMARA; J. CAPELLI; O.CHEVITARESE; R. H. W. TIBANA*

UERJ - Departamento de Ortodontia Tel: (021) 587-6390/587-6388

O processo de soldagem a ponto é bastante utilizado para a união da tela à base de bráquetes metálicos fabricados no Brasil. Este trabalho visa investigar a influência dos pontos de solda nas áreas retentivas das bases dos bráquetes e seu possível efeito na resistência de colagem ao cisalhamento. Foram utilizados cem bráquetes metálicos (Morelli-S2-02Z ICS). As bases dos cem bráquetes foram eletromicrografadas (MEV) e foram calculadas suas respectivas áreas totais de colagem e áreas retentivas. Os bráquetes foram então divididos em: grupo 1 (treze bráquetes com a maior área retentiva) e grupo 2 (treze bráquetes com a menor área retentiva) e estes foram submetidos a um teste de resistência ao cisalhamento (máquinq "EMIC", velocidade de deformação de 0,5 mm/min), após terem sido colados com compósito (Concise -3M) em dentes bovinos, de acordo com a técnica convencional de colagem. O teste de Mann-Whitney-não paramétrico foi utilizado para comparação dos grupos 1 e 2, buscando observar a existência de diferenças estatisticamente significativas entre os grupos, com relação à área de retenção e à resistência ao cisalhamento. A partir dos dados obtidos, pode-se concluir que houve diferença estatisticamente significativa (p<<0,01)) entre as áreas retentivas dos dois grupos de bráquetes (1: 0,0182 cm2; 2: 0,0148 cm2), o mesmo tendo ocorrido quanto à resistência de colagem ao cisalhamento entre os dois grupos (1:15,02 MPa; 2:12,16 MPa – p<<0,01) caracterizando uma correlação positiva entre as duas séries de variáveis (área de retenção/resistência ao cisalhamento) nos dois grupos estudados (1:r=0,272211; 2:r=0,383296).

A054

Avaliação "in vitro" da microinfiltração marginal de sistemas adesivos hidrófilos

A.T. Hara; C.M. Amaral*; L.A.F. Pimenta; A.L. Rodrigues Jr.

FOP UNICAMP / FOAr UNESP - fone: (019) 430-5340 / e-mail: haraat@yahoo.com

Dentes bovinos vêm sendo utilizados para a avaliação "in vitro" da microinfiltração marginal de restaurações, não diferindo dos humanos e apresentando a vantagem de serem facilmente obtidos e manuseados. O propósito deste trabalho foi avaliar qualitativamente o grau de microinfiltração de quatro sistemas de adesão hidrófilos, sendo dois de frasco único (A-Single Bond/3M; B-Stae/ SDI), um de múltiplos frascos (C-Scotchbond Multi Purpose/3M) e um auto-condicionante (D-Etch & Prime 3.0/Degussa), em margens de esmalte e dentina. Utilizaram-se 120 incisivos inferiores bovinos, que após limpeza e armazenamento em solução de formol tamponado 4%, foram preparados (cavidades classe V na junção cemento-esmalte) e então restaurados com os sitemas adesivos associados a um compósito micro-híbrido (Z100/3M), apresentando parede incisal em esmalte e cervical em cemento/dentina, nos quatro diferentes grupos (n=30). Após 1000 ciclos térmicos (5±2 / 55±2 ºC), os dentes foram corados em solução de azul de metileno a 2% por 4 horas, lavados e seccionados. A avaliação foi realizada sensorialmente por três examinadores previamente calibrados, que se utilizaram de escores pré-estabelecidos (0 a 4). Os valores das medianas para esmalte foram: A (1), B (1), C (1), D (1,5); e para dentina: A (1), B (4), C (3), D (2). Na análise estatística os Testes de Kruskal-Wallis e de Comparações Múltiplas revelaram que, em relação ao grau de microinfiltração, não houve diferenças entre os adesivos para a superfície de esmalte, e que B = C > D = A, na margem cervical. Nenhum adesivo foi totalmente efetivo no controle da microinfiltração. Em esmalte os valores de microinfiltração foram similares e, em dentina/cemento os adesivos A e D demonstraram os melhores resultados.

A055

Influência dos agentes de limpeza na microinfiltração de um sistema adesivo.

E. PIVA ; J. MARTOS; F.F DEMARCO

Departamento de Odontologia Restauradora , Faculdade de Odontologia UFPel – RS

O objetivo desse trabalho foi verificar a influência de quatro agentes de limpeza cavitários na microinfiltração de restaurações com resina composta. Confeccionaram-se em cinqüenta dentes humanos extraídos e livres de cáries, cavidades classe V retangulares, nas faces vestibulares e lingual, com margem gengival em cemento e oclusal em dentina. As amostras foram divididas aleatoriamente em cinco grupos de dez, de acordo com o agente de limpeza cavitário empregado; Grupo I - hipoclorito de sódio a 2,5%, Grupo II - água de hidróxido de cálcio, Grupo III - flúor a 1,23%, Grupo IV – solução de digluconato de clorexidina a 2% e Grupo V – grupo de controle. Os preparos cavitários foram lavados por 10 s e secos com ar por 15 s, foi aplicado agente de limpeza por 20 s, novamente lavados e secos, com posterior condicionamento ácido. As amostras foram restauradas com sistema adesivo SCOTHBOND MULTIPURPOSE (3M) e resina composta microhíbrida GLACIER (SDI). Após acabamento e polimento os dentes foram submetidos a termociclagem, seguida de imersão em azul de metileno. Depois de seccionados os dentes foram avaliados quanto a infiltração marginal, com base num escore padronizado. Os dados quando submetidos a análise estatística (teste não paramétrico de KRUSKAL WALLIS) não demonstraram diferenças estatisticamente significantes entre as substâncias de limpeza avaliadas. Foi detectada maior infiltração nas paredes de cemento em relação àquelas em esmalte (p < 0,01). Concluiu-se que os materiais de limpeza cavitários utilizados não influenciaram a quantidade de infiltração marginal .

A056

Avaliação do efeito de diferentes tratamentos de paredes cavitárias sobre a camada de esfregaço. Estudo através do MEV.

M.A.A.C. LUZ*; N. GARONE NETTO; V. ARANA-CHAVEZ; J.M. SINGER.

Dep. de Dentística, FOUSP-SP -Fone: 818-7841

Considerando a evolução dos materais adesivos à dentina e esmalte acreditamos que o tratamento da camada de esfregaço assume novamente um papel de destaque na finalização dos preparos cavitários. Sendo assim, estudamos o efeito de tratamentos não desmineralizantes ou levemente desmineralizantes sobre a camada de esfregaço de dentina e esmalte, em paredes cavitárias de preparos mesio-ocluso-distais, realizados em molares humanos in vitro, através do microscópio eletrônico de varredura. Empregamos: spray ar/água (controle positivo), ácido fosfórico a 37% (controle negativo), ácido tânico a 5%, Tergensol, Líquido de Dakin, machado para esmalte isoladamente ou associado à estas substâncias. Os tratamentos de modo geral, promoveram uma leve remoção da camada de esfregaço quando comparados com o efeito do ácido fosfórico a 37%. A análise estatística dos resultados das observações demonstraram comportamentos diferentes sobre as paredes cavitárias analisadas. O tratamento com Tergensol produziu melhor efeito sobre a dentina das paredes laterais e o machado para esmalte associado ao ácido tânico a 5% sobre dentina das paredes pulpares. Sobre o esmalte, das paredes gengivais, o efeito dos tratamentos aplicados foram bastante semelhantes entre si. Há indícios de que a ação mecânica de fricção com bolinha de algodão, empregada para algumas substâncias, e a ação do machado para esmalte foram responsáveis pelos diferentes efeitos entre as paredes de dentina.

A057

Efeito de um sistema adesivo na microinfiltração de selante contaminado por saliva

P.B.L. NASCIMENTO*; V.A. MENEZES
Depto. O.P.S. Faculdade de Odontologia FOP-UPE /Pernambuco Fax:(081)4581208

O objetivo deste trabalho foi analisar a efetividade de um sistema adesivo (S.A.), Scotchbond Multi-Purpose Plus, em reduzir ou eliminar o efeito negativo provocado pela contaminação salivar do esmalte condicionado (ainda molhado por saliva), para aplicação de selante, Fluroshield, com relação à microinfiltração na interface esmalte / selante. Cem molares íntegros foram divididos aleatoriamente em cinco grupos: (A) - selante (controle); (B) - S.A. (primer e adesivo) / selante; (C) – contaminação / selante; (D) – contaminação / S.A. (primer e adesivo) / selante; (E) – primer / contaminação /adesivo/selante. Os espécimes foram submetidos à termociclagem em temperatura variando de 50C-550C totalizando 500 ciclos para posterior imersão em solução de nitrato de prata a 50% de peso. Em seguida os dentes foram cortados em três segmentos, resultando em seis faces, as quais foram observadas com lupa esterioscópica de 20X de aumento. Os resultados foram analisados estatisticamente utilizando o teste do c2. Os grupos (A), (B) e (D) obtiveram bom desempenho em impedir a microinfiltração, com valores estatisticamente semelhantes entre si, enquanto que o grupo (E) não foi capaz de preveni-la da mesma forma, ao passo que no grupo (C) todos os espécimes infiltraram. Concluiu-se que quando a contaminação ocorre antes da aplicação do primer, o S.A. é capaz de eliminar o efeito negativo da contaminação, entretanto quando a contaminação ocorre após o primer, o S.A. não é capaz de eliminar totalmente este efeito, porém, de maneira geral, a utilização do S.A. interfere positivamente na técnica de aplicação do selante, seja em condições de isolamento adequado ou de contaminação salivar.

Apoio financeiro da CAPES.

A058

Selantes foto-ativados contendo fluoreto: resistência ao cisalhamento e IRA.

L. PRIMO*; L. M. CHEVITARESE; R. B. SOUZA; O . CHEVITARESE.

Disc. de Odontopediatria da FO- UFRJ – WHO Coll. Ctr. – Brasil - lprimo@pobox.com

Este trabalho objetiva avaliar a resistência ao cisalhamento de dois selantes contendo fluoreto e determinar o Índice de Remanescente Adesivo (IRA). Foram utilizados 20 incisivos bovinos, planificados e fixados em anéis de PVC com gesso tipo IV. Após profilaxia, lavagem e condicionamento ácido convencionais, os dentes foram distribuídos em 2 grupos de 10 cada. Sobre cada face condicionada foi disposta uma arruela de borracha cujo orifício central (0,380 cm de diâmetro e 0,2 cm de altura) foi preenchido com Alpha Vitro Seal / DFL (Grupo I) e Fluroshield / Dentsply (Grupo II). Polimerizados os produtos, as arruelas foram removidas e os conjuntos armazenados em água a 37+ 1º C, por 7 dias. Decorrido este tempo, os corpos de prova foram submetidos a ensaio de cisalhamento em máquina Instron 1125, a uma velocidade de 0,5 mm/min. Após o ensaio, a superfície do esmalte foi avaliada sob 15X quanto a remanescentes resinosos (escores: 1 - nenhum remanescente; 2 - menos de 50% de remanescente; e 3 – mais de 50% de remanescente). Os resultados do cisalhamento em Kgf/cm2 (DP) foram: 143,07 (+ 45,48) e 100,18 (+ 32,25), respectivamente para os Grupos I e II. Os valores do IRA para Grupo I foram: escore 1 – 0/9, escore 2 – 4/9 e escore 3 – 5/9. E, para o Grupo II: escore 1 – 2/10, escore 2 – 8/10 e escore 3 – 0/10. Os valores obtidos no cisalhamento foram analisados através do teste t de Student, (p=0,0286), não se encontrando diferença estatística entre os grupos.

A059

Resistência de reparos em resina composta utilizando diferentes tratamentos superficiais.

A.B.D.A. FREITAS*; M.H. SILVA E SOUZA JÚNIOR.

Faculdade de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo

Este estudo foi realizado visando a importância clínica dos procedimentos de reparo em restaurações de resina composta. Propôs-se avaliar a influência de diferentes tratamentos de superfície na resistência de adesão dos reparos. Noventa pastilhas (10 para cada grupo) foram confeccionadas com o Restaurador Z-100 (3M) e armazenadas em água por oito meses a 37ºC, para simular envelhecimento. Após este período cada grupo recebeu tratamento específico: A- H3PO4+SBMP adesivo (3M); B- H3PO4+Activator (Bisco)+SBMP adesivo; C- H3PO4+Ceramic Primer (3M)+SBMP adesivo; D- HF 10% (Dentsply)+SBMP Adesivo; E- HF 10%+Activator+SBMP adesivo; F- HF 10%+Ceramic Primer+SBMP adesivo; G- Jateamento (Al2O3)+SBMP adesivo; H- Jateamento+Activator+SBMP adesivo; I- Jateamento+Ceramic Primer+SBMP adesivo. Então, as pastilhas foram reparadas com auxílio de uma matriz dividida de teflon e submetidas ao teste de cisalhamento, em uma máquina de ensaios universal. Os resultados obtidos (média ± DP em Mpa) foram: A-13,991±3,576; B-10,208±4,010; C-13,982±3,960; D-22,241±7,813; E-13,508±6,271; F-17,539±7,813; G-17,664±4,492; H-15,807±4,782; I-20,247±3,652. Para análise estatística foi empregado o teste de variância a dois critérios (ANOVA) e o teste de Student – Newman – Keuls. Os resultados deste estudo indicam que os tratamentos de superfície que promoveram maior rugosidade superficial tiveram melhor desempenho e, ainda, que a utilização do adesivo isoladamente, ou associado ao agente silano mostrou-se mais efetiva que a utilização do ativador de superfície, qualquer que fosse o tratamento prévio proposto.

A060

Correlação entre microinfiltração e resistência à tração.

Suzuki, R.M.*; Gonzatto, D.; Samuel, S.M.W.

Departamento de Odontologia Conservadora, Faculdade de Odontologia, UFRGS Fone: 316-5198

Um dos maiores desafios da Odontologia é a perfeita união do material restaurador às estruturas dentárias. Tradicionalmente, esta propriedade tem sido avaliada independentemente, utilizando ensaios de força de tração ou microinfiltração. O objetivo deste trabalho foi avaliar a correlação entre os testes. Vinte molares humanos hígidos, extraídos e autoclavados foram seccionados no sentido transversal ao seu longo eixo. Os fragmentos foram incluídos separadamente em tubos de PVC. A seguir os fragmentos foram unidos com resina composta Concise (3M) e Z100 (3M) com o sistema adesivo indicado. Após a união, os corpos de prova foram submetidos a 100 ciclos térmicos e imersos em solução aquosa de azul de metileno a 0,5%. Vinte quatro horas após, os corpos de prova foram submetidos ao ensaio de tração em uma máquina de ensaio universal (EMIC DL-2000). Após a separação dos fragmentos, os níveis de microinfiltração foram analisados com o auxílio de um microscópio. Os resultados dos dois ensaios foram submetidos ao teste de correlação de Spearman. Os valores para Concise e Z100 foram, respectivamente, -0,709 e –0,874, mostrando uma forte correlação negativa entre os testes, ou seja, quanto maior a força de união, menor o nível de microinfiltração.

A061

Avaliação clínica de restaurações em cavidades de classe V com diferentes materiais.

A.D. LOGUERCIO*; A.L.S. BUSATO & A.N. BARBOSA

(Depto. Odontologia Restauradora - FO - UFPEL) - FONE (0055) 0532257087

O propósito deste estudo foi avaliar clinicamente, restaurações com um cimento de ionômero de vidro modificado por resina (VITREMER - VT) e de uma resina poliácido modificada (DYRACT - DY), após um período de 02 anos. 32 cavidades de classe V (origem não-cariogênica, localizadas na face vestibular, cavidades com total falta de retenção e margem cervical sem esmalte) foram restauradas em 12 pacientes (média de idade de 40 anos). Cada paciente recebeu, no mínimo, um par de restaurações (uma de cada um). Os materiais foram manipulados de acordo com as instruções dos fabricantes, e inseridos sob isolamento absoluto. As restaurações foram acabadas/polidas 01 semana após e foram avaliadas por 02 examinadores (baseline), sendo repetida também após 02 anos, usando o critério USPHS modificado. Após 02 anos, 08 pacientes (24 restaurações) foram avaliadas. Resultados indicaram 100% de retenção. Houve diferença estatística (Fisher’s exact, p>0,05), nos ítens descoloração de corpo (o VT recebeu "bravo", em 07 restaurações, enquanto o DY, recebeu "alpha" em todas as restaurações), e no ítem desadaptação marginal (07 restaurações do DY receberam "bravo", enquanto todas com o VT receberam "alpha"). Não houve diferença estatística entre os ítens manchamento do cavo-superficial e perda anatômica (DY/VT tiveram 03 e 02 restaurações com perda anatômica e, 02 e 00 restaurações com manchamento da interface, respectivamente). Estes resultados permitiram concluir que o DYRACT teve melhor performance clínica que VITREMER, após 02 anos, em restaurações de classe V.

A062

Efetividade do er:yag laser no condicionamento do esmalte dental: estudo "in vitro".

A.L.A. SOUZA, M.R.A. MENEZES*, A.F. MENEZES

Depto.Dentística–Faculdade Odontologia FOP-UPE/Pernambuco Fax:(081)4581208

O objetivo deste estudo foi avaliar a efetividade do laser de Er:YAG no condicionamento do esmalte dental. Para tal, foram confeccionadas cavidades classe V na superfície vestibular de trinta pré-molares humanos recém extraídos e livres de cárie que foram divididos em 3 grupos de 10 elementos e restaurados com sistema adesivo Prime & Bond 2.1 (DENTSPLY) e resina composta TPH Spectrum (DENTSPLY) da seguinte maneira: no Grupo 1 os preparos cavitários foram executados com fresa diamantada em alta rotação e o condicionamento de esmalte foi feito com ácido fosfórico a 37% por 20 segundos; no Grupo 2 tanto os preparos cavitários quanto o condicionamento do esmalte foi executado com laser de Er:YAG operado a uma freqüência de 3Hz e energia de 126mJ; no Grupo 3 o preparo cavitário foi executado com laser de Er:YAG operado a uma frequência de 3Hz e energia de 122mJ e o condicionamento do esmalte foi feito com ácido fosfórico a 37% por 20 segundos. As amostras foram então submetidas ao processo de termociclagem, correspondente a um total de 500 ciclos, com variação térmica de 5 a 55º, com tempo fixado de 20 segundos para cada ciclo. Após armazenamento em solução aquosa de fucsina básica a 0.5%, as amostras foram seccionadas no sentido vestibo-lingual e o grau de penetração do corante foi analisado por três examinadores devidamente calibrados, segundo critério pré-estabelecido. Foi observado presença de infiltração em todos os grupos, sendo decrescente na seguinte ordem: grupo 1 > grupo 2 > grupo 3. Os resultados do teste de Kruskal – Wallis ( p = 0.001) indicaram que o grupo 3 foi estatisticamente superior aos demais. Através dos resultados, concluiu-se que o laser de Er: YAG é efetivo no condicionamento do esmalte dental.

A063

Avaliação clínica, radiográfica e microscópica da utilização do Single-Bond em decíduos. CORSETTI, L.O.*; ARAUJO, F.B.; GARCIA-GODOY, F.; PALMINI, A.L.; BARATA, J.S.; WEIDNANTS, P. - Disciplina de Odontopediatria, Faculdade de Odontologia da UFRGS - Porto Alegre / RS. - Dep. of Pediatric Dentistry, Health Science Center, Univ.of Texas - San Antonio / TX .

Os sistemas adesivos simplificados têm recebido considerável atenção na Odontologia pela redução no número de passos operatórios, diminuição do tempo de trabalho e da possibilidade de possíveis erros referentes ao operador. No entanto, sua eficácia clínica ainda não está completamente comprovada na literatura. O objetivo deste estudo foi avaliar clinica e radiograficamente após um ano, o comportamento de 20 molares decíduos de crianças entre 6 e 11 anos, submetidos a técnica do condicionamento ácido total em esmalte e dentina, no mínimo de profundidade média, e subsequente aplicação de um sistema adesivo simplificado. Os procedimentos operatórios (remoção de tecido cariado de lesões oclusais) foram realizados sob isolamento absoluto, sendo que o sistema adesivo empregado foi o Single-Bond (3M), utilizado após prévio condicionamento ácido com H3PO4 a 10% (BISCO) durante 15 segundos. O material restaurador utilizado foi a resina composta Z 100 (3M), inserida incrementalmente nas cavidades oclusais, com resselamento periódico semestral realizado com Fortify (BISCO). Três dentes foram submetidos à análise em microscopia eletrônica de varredura e demonstraram a formação de uma camada híbrida com a utilização deste adesivo, similar à encontrada com os adesivos convencionais de última geração. Os resultados clínicos e radiográficos positivos, obtidos de forma absoluta neste trabalho até então, sugerem a utlização deste sistema adesivo simplificado na clínica odontopediátrica, com base na ausência de dor ou sensibilidade pós-operatória, ausência de fratura ou perda da restauração e normalidade radiográfica em região de furca, tecidos periapicais e polpa.

Apoio financeiro CNPq

A064

Estudo comparativo entre Fortify® e laser de Nd:YAG como selador marginal em restaurações de compósitos.

R.S. NAVARRO; G.V. ESTEVES; W.T. OLIVEIRA Jr*; M.L. TURBINO; M.N. YOUSSEF; E. MATSON.

Dept de Dentística-FOUSP-S.P.Brasil. (011) 818-7443

O laser de Nd:YAG promove a fusão, resolidificação e aumento da resistência ácida do esmalte dental. O objetivo deste estudo foi comparar a microinfiltração na interface das restaurações com resina composta submetidas a tratamentos marginais com o laser Nd:YAG na forma pulsada (1.064 µm), fibra óptica (300 µm) em contato, por 30s, com refrigeracão a ar e o selante de superfície (Fortify® – Bisco). Dezoito cavidades classe V por V e L, em esmalte, de PM humanos hígidos extraídos foram preparadas e restauradas com sistema adesivo Scotchbond Multipurpose (3M) e resina composta Z 100 (3M), após 48 h em água destilada as restaurações foram polidas com discos Sof-Lex (3M).Os dentes foram divididos aleatoriamente em seis grupos : G1.- Controle ; G2.- Tratamento marginal com selante; G3- Nd:YAG: 25Hz, 80mj, 2w; G4- 20Hz, 100 mj, 2w; G5- 30Hz, 60mj, 1.2w; G6- 30Hz, 40mj, 1.8w. Os dentes foram impermeabilizados com esmalte para unha excetuando-se sobre as restaurações e 2mm aquém destas e imersos em corante (Rodamina B) por 24h a 37°C, posteriormente seccionados e analisados por três examinadores sob microscopia óptica (aumento de 4x) seguindo uma escala de escores. Os resultados foram analisados através do teste Kruskal-Wallis (p=0.05) mostraram que: houve diferença significante entre os tratamentos marginais realizados; não houve diferença significante entre os grupos 1, 2 e 4 e entre os grupos 3, 5 e 6; os menores valores de microinfiltração foram observados nos grupos 3, 5 e 6. O laser de Nd:YAG, nos parâmetros utilizados, promoveu efetivo vedamento marginal e menor microinfiltração nas restaurações de resina composta.

A065

Efeito de dessensibilizadores dentinários na força de adesão

N.B. SOARES*; D.P. SOUZA; M. SANTIAGO.

Deptº de Dentística, Faculdade de Odontologia da UERJ-RJ - Tel/fax (021) 587-6382

Este estudo, IN VITRO, teve o objetivo de avaliar o efeito de dois dessensibilizadores dentinários, Gluma (Kulzer) e Pain-Free (Parkell) na adesão de uma resina restauradora e no vedamento dos túbulos dentinários. Foram utilizados 30 dentes molares humanos recém-extraídos, divididos em 3 grupos de 10 dentes. Os dentes foram desgastados até a dentina e incluídos em resina epóxi. Foi feito condicionamento ácido e a utilização do sistema adesivo Scotchbond MP (3M) em todas as amostras, seguido da aplicação da resina restauradora (Z100-3M). O 1º grupo foi o grupo controle. No 2º grupo, após o condicionamento ácido, foi aplicado o Gluma, e no 3º grupo, o Pain-Free. Os corpos de prova ficaram em água a 37oC por 48h e então foram submetidos a teste de tração em uma máquina universal de ensaios (MOD. EMFC DL 2000) e levados ao MEV. Os resultados obtidos no teste de tração foram analisados estatisticamente pela ANOVA, onde p>0,05, demonstrando não haver diferença significativa entre os três grupos estudados.

Grupo I Grupo II Grupo III

Média (Mpa) 19.29 21.66 22.92

D.P. (± 10.67) (± 6.96) (± 8.02)

Baseados nos resultados obtidos, concluiu-se que 1) Não houve alteração na força de adesão da resina restauradora, quando foram usados o Gluma e o Pain-Free; 2) O Gluma e o Pain-Free não interferiram nos processos de adesão ao substrato dentinário; 3) O 3º grupo (Pain-Free) mostrou ao MEV melhoria no vedamento dos túbulos dentinários.

A066

Associação entre fluorose e cárie dental em escolares de 07 anos

S.R.A. REIS; L.L. MENDONÇA; M.B.B.S. CABRAL; I.C. FRAGA; F.M. SOUZA; A.M.T. MARCHIONNI; M.G.S. ANDRADE

Departamento de Diagnóstico e Terapêutica da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal da Bahia - FAX: (071) 332-6832

Este trabalho objetiva avaliar os índices de cárie e fluorose dental em escolares, bem como verificar a existência de relação causal entre fluorose dental e desenvolvimento da doença cárie, em virtude da inexistência de dados epidemiológicos acerca da prevalência de cárie e fluorose dental na cidade de Salvador, Bahia, Brasil. A amostra randomizada constituiu-se de 303 estudantes de escolas públicas e privadas, de 7 anos de idade, de ambos os sexos, residentes em diferentes áreas denominadas A, B e C. A coleta ocorreu entre julho e outubro de 1997. Foram utilizados o índice de Dean, o índice ceo, e a relação peso/altura para avaliar o estado nutricional. Para verificação da relação de causalidade entre as variáveis, utilizou-se o modelo da regressão múltipla e ANOVA. As diferenças entre os grupos foram analisadas com o uso do teste x2. A fluorose acometeu igualmente meninos e meninas, ocorrendo em 19,6% do total da amostra. A variação na ocorrência da fluorose entre diferentes setores é significativa (p=0,03) e o tipo "moderada" teve maior prevalência. Dentre os setores estudados, o setor A apresentou a maior prevalência (47,8%) e o C a menor (25,6%). A diferença de distribuição de cárie dental nos diferentes setores é significativa (p=0,00), sendo que o setor C deteve a menor prevalência (ceo=2,13). O setor A apresentou a maior prevalência de fluorose dental e a menor prevalência de cárie dental, entretanto essa relação não foi comprovada estatisticamente (p=0,23). O estado nutricional não constituiu um fator de risco para a ocorrência da fluorose (p=0,96). As prevalências aqui encontradas, ainda que baixas, servem de alerta para a necessidade de monitorar o desenvolvimento da fluorose dental em Salvador, visto que na época do desenvolvimento da dentição decídua dessas crianças, a água de abastecimento público dessa cidade não era fluoretada.

A067

Estudo da cárie em crianças que recebem atenção odontológica precoce

F.C. FRAIZ*; L.R.F. WALTER.

Departamento de Estomatologia, Universidade Federal do Paraná

Esta pesquisa estudou os fatores associados com o desenvolvimento de cárie dental em pré-escolares que recebem acompanhamento e intervenção odontológica constante, com amplo envolvimento dos pais em ações educativas e preventivas. O estudo abrangeu 200 crianças de 24 a 48 meses de idade, que participavam do programa da BEBÊ-CLÍNICA (Universidade Estadual de Londrina) à pelo menos 12 meses. Foi realizada uma avaliação clínica nas crianças e um questionário foi aplicado às mães. A partir do exame clínico foram constituídos um grupo com experiência de cárie ( 65 crianças) e outro sem experiência de cárie ( 135 crianças). A análise entre os grupos não apresentou diferenças estatisticamente significantes com relação aos hábitos de higiene bucal avaliados através do relato da mãe, no entanto a presença de placa visível nos incisivos superiores esteve fortemente correlacionada com a presença de cárie dental. Outros fatores significantemente associados com a presença de cárie dental foram a baixa instrução formal dos pais, uso da mamadeira associada ao sono e alto consumo de açúcar. Os autores concluem que, na população estudada, o padrão dietético continua sendo o principal responsável pela desenvolvimento de lesões de cárie sendo que a presença de placa visível nos incisivos superiores deve ser considerada um fator de risco nesta faixa etária.

A068

Incremento de cárie após dois programas de prevenção em crianças HIV+.

C.C. ESTEVES*; G.F. CASTRO; A.C. FERNANDES; I.P. SOUZA; C. NISHIO Odontopediatria - F.O./IPPMG/NESC/UFRJ. Fax: (021)560-6137 r.2101

O objetivo deste estudo foi comparar o incremento de cárie entre 2 programas de prevenção (PV e PMI) realizados em 16 crianças com diagnóstico definitivo para a infecção pelo HIV, pacientes do IPPMG-UFRJ, entre 2 e 13 anos, de ambos os sexos, todos com autorização de participação por parte dos responsáveis. O exame bucal para obtenção dos índices ceo/CPOD foi realizado por um único examinador. O PV, realizado em 1996, constou da aplicação simultânea de 2 vernizes (Cervitec e Fluorprotector) em intervalos regulares determinado de acordo com o risco. O PMI, realizado em 1997, constou da motivação individual do paciente com realização de escovação supervisionada, aplicação de fluoreto à 1,23% na escova dental, instruções de higiene bucal com auxílio de modelos, aconselhamento de dieta e exames periódicos de revisão, toda vez que o paciente comparecia ao ambulatório para consulta médica de rotina. Os incrementos de cárie a nível de indivíduo (incremento CPOD) e a nível de dente (percentual de incremento de dentes cariados) dos PV e PMI registrados ao final de 1 ano foram então comparados. A média de idade inicial foi 6,63(±2,60). As médias de incremento do CPOD nos PV (1,0) e PMI (0,12) tiveram diferença significante (Yates‘ p=0,02). Não houve diferença estatística entre os percentuais de dentes decíduos e permanentes afetados por cárie em 1 ano comparando-se o PV (6,67% e 11,96%) e PMI (4,90% e 8,93%). (Qui2 p>0,05), apesar dos valores terem sido menores no PMI. Houve um menor incremento de cárie durante o Programa de Prevenção com ênfase na motivação individual do paciente.

CNPq–520419/97-1 PIBIC–UFRJ 350204P105-1

A069

Efeito erosivo de refrigerante no esmalte-dentina e capacidade de reversão pela saliva e flúor.

C.E. FUSHIDA; J.A. CURY*.

Faculdade de Odontologia de Piracicaba, UNICAMP (JCury@fop.unicamp.br)

Avaliou-se in situ o efeito erosivo de refrigerante no esmalte-dentina e a capacidade da saliva e flúor em reverter as alterações, considerando a adequação do modelo e a inexistência de pesquisas em relação a dentina. Nove voluntários, utilizando dispositivos intra-orais palatinos contendo 04 blocos de esmalte e 04 de dentina radicular de incisivos bovinos, participaram deste estudo de 05 etapas nas quais Coca-Cola (coca) foi ingerida de 01 a 08x/dia. Foram feitas determinações de microdureza superficial (Knoop) utilizando-se cargas de 50,0 e 15,0 g, respectivamente para o esmalte e dentina. As análises foram feitas após 2h de uso dos aparelhos, imediatamente após a última ingestão de coca e 24h após ação salivar. O efeito do flúor foi avaliado bochechando-se NaF a 0,05% após 2 ingestões de coca. Os resultados mostraram, que em função da freqüência de ingestão de coca, a porcentagem de perda de dureza (%PDS) foi de 18,7 a 27,9 para o esmalte e de 24,6 a 32,6 para dentina. Estas reduções foram estatisticamente significativas a 5% (teste "t" pareado). A porcentagem de recuperação de dureza (%RDS) pela ação da saliva foi parcial, porém significativa (p<0,05) variando de 43,6 a 35,6 para o esmalte e de 40,5 a 34,6 para dentina. A %RDS pelo flúor foi de 57,2% para esmalte e 67,2% para dentina , com significância (p<0,05) para o primeiro em relação a saliva. Houve também uma correlação significativa entre freqüência de ingestão de coca e %PDS, sendo de 0,97 para o esmalte e de 0,72 para a dentina. Por outro lado, em termos de %RDS a correlação foi negativa, -0,70 para o esmalte e -0,74 para dentina. Concluiu-se que em função da freqüência de ingestão de Coca-Cola há perdas proporcionais e irreversíveis da estrutura superficial tanto do esmalte como da dentina (FAPESP – Proc. 96/04639-9)

A070

Estudo in situ do esmalte dental humano, após aplicação de tetrafluoreto de titânio

A.P. MORAIS*; I.P.R. SOUZA; O. CHEVITARESE.

Dep. Odontopediatria, Faculd. Odontol. / IQ / NESC – UFRJ (021- 5606137)

O objetivo deste trabalho, cruzado, duplo-cego, realizado in situ, foi avaliar através de microdureza transversal Knoop(MDT) e microscopia eletrônica de varredura (MEV), o esmalte dental humano, decíduo e permanente, submetido a um grande desafio cariogênico após aplicação de tetrafluoreto de titânio (TiF4). Para isso, 5 voluntários utilizaram dispositivos intra-orais superiores contendo 80 fragmentos dentais durante 2 etapas (TiF4 e controle) de14 dias cada, gotejando 8 vezes ao dia glicose 25%. Após o uso, o esmalte foi submetido a análise ao MEV e a MDT em 5 posições até a profundidade de 100µm da superfície anatômica do dente. Os resultados não revelaram diferença significativa entre esmalte decíduo e permanente. Os dados da MDT também não revelaram efeito significativo do TiF4 (Análise de Variância Multifatorial), porém, ao MEV verificou-se diferença entre TiF4 e controle (Teste do Qui-quadrado) com p=0,027, como na tabela abaixo.

HÍGIDO LESÃO BRANDA LESÃO SEVERA

CONTROLE 10(26,3%) 10(26,3%) 18(47,4%)

TiF4 20(52,6%) 10(26,3%) 8(21%)

Os dados permitem sugerir que o TiF4 modifica o padrão da lesão formada amenizando-a, sendo necessário novos trabalhos definindo esse efeito em termos de profundidade.

A071

Análise histológica da osteogênese na superfície de copos de teflon, implantados em mandíbulas de cobaias.

P. DECHICHI*; A.W. ALMEIDA; J.C.G. BIFFI; C.J.A. SOUSA; E.A. PASCON; C.A.G. MANIGLIA DEMOR;

Un.Fed.Uberlândia, MG(034)218-2240.

O objetivo deste trabalho foi avaliar, a nível de microscopia de luz e eletrônica de transmissão, o tecido ósseo formado na superfície de copos de teflon, implantados em cobaias. Utilizou-se 5 cobaias adultas, que receberam 2 implantes intra-ósseos de copos de teflon vazios. Os animais foram sacrificados 30 dias após a cirurgia e os implantes, juntamente com o tecido ósseo adjacente, removidos, fixados e desmineralizados em EDTA. Os 10 espécimes obtidos, foram divididos em dois grupos iguais, um processado para análise em microscopia de luz (ML) e o outro para análise em microscopia eletrônica de transmissão (MET). Os espécimes para o ML foram fixados por imersão em formaldeído a 4%, tamponado com cacodilato de sódio 0,1M, pH 7,4 a 4oC e, em seguida, processados para inclusão em resina hidrossolúvel. Para a análise ao MET, os espécimes foram fixados em glutaraldeído 4% e formaldeído 4%, tamponado com cacodilato de sódio 0,067M, pH 7,4 à 4oC e pós fixados com tetróxido ósmio 1%, em seguida, foram processados para inclusão em resina tipo Epon 812. A análise ao ML mostrou que o tecido ósseo formou-se em toda a superfície do copo de teflon, inclusive preenchendo as depressões da espiral externa. Ao MET, osbservou-se osteoblastos íntegros revestindo a superfície do osteóide e, na matriz óssea, a maioria das fibrilas colágenas apresentaram-se em coloração negativa. Observou-se também aglomerados eletrondensos em grande quantidade na matriz mineralizada e um limite bem definido e eletrondenso separando esta matriz do osteóide. Os resultados confirmam a nível de ML e MET a biocompatibilidade do teflon e sugerem que os aglomerados eletrondensos, observados ao MET, sejam proteoglicanas.

Apoio: Capes - Bolsa de estudo de Capacitação Profissional - UFU

A072

Estreptococos do grupo mutans e atividade de glicosiltransferase na incidência de cárie dental.

R.O. Mattos-Graner*; W.F. King; M.P.a. Mayer; d.j. Smith.

FO/ICB-USP, São Paulo-SP, Brasil; Forsyth Dental Center, E.U.A. Tel/Fax: 011-8187835

A síntese de glucanos insolúveis em água (GI) por glicosiltransferases (GTF) aumenta o acúmulo de estreptococos do grupo mutans (SM) e modifica as propriedades da placa bacteriana. O objetivo deste trabalho foi estudar a relação entre os níveis bucais de SM e síntese GI com a incidência de cárie em crianças de 1 a 2,5 anos de idade. Estudamos também a associação entre acúmulo de placa nos incisivos superiores (AP) e risco de cárie. O número de lesões de cárie, AP e níveis de SM foram analisados ao início do estudo. Estimaram-se os níveis de SM (UFC) em amostras de saliva não estimulada inoculadas em agar MSB. O diagnóstico de cárie foi realizado pelo mesmo examinador em 101 crianças após um ano de acompanhamento. A síntese de GI foi comparada entre cepas de SM de 9 crianças sem cárie e 10 com incidência ³1 cavidade de cárie. Estas cepas foram desenvolvidas em meio quimicamente definido por 24h a 37oC. Após centrifugação das culturas, os sobrenadantes com GTF foram dializados, concentrados e separados em géis de poliacrilamida-SDS a 8% em duplicata. A produção de GI foi detectada pela incubação dos géis por 5h em 5% de sacarose e dextrano T70 a 37oC e bandas de GTF reveladas por coloração com Coomassie Blue. Bandas de GI e GTF foram analizadas densitometricamente. Não houve associação entre AP e número de novas lesões (p>0,05). A incidência média de cárie em crianças com 100 ou mais UFC de SM (4,0 ±5,39) foi maior do que naquelas com <100 UFC (0,39 ±1,07) (p<0,01). Incidência de cárie correlacionou-se positivamente com DO de GI (r=0,66; p<0,01) e com a razão de DO GI/GTF (r=0,52; p<0,05). Os resultados sugerem que o maior risco de cárie está associado não apenas com os níveis bucais de SM, mas também com a atividade de GTF. (Subvencionado por FAPESP e NIDR, DE-06153).

A073

Avaliação da remoção de cárie - preparos túnel - estudo in vitro

L.H.S. GONZAGA*; J.L. CORADAZZI.

Depto de Dentística, Faculdade de Odontologia de Marília e FOB - USP

Entre as técnicas restauradoras conservativas no tratamento de lesões cariosas proximais, destaca-se o preparo cavitário tipo túnel. Em função da importância deste preparo na preservação da estrutura dentária e demais vantagens, pudemos planejar este trabalho para avaliar a efetividade da remoção da cárie in vitro. Estabeleceram-se dois grupos de estudo, constituídos por dois operadores, cirurgiões-dentistas, com experiência clínica, mas sem treinamento prévio, para execução da técnica operatória, bem como dois tipos de instrumentos que se diferenciavam em seu formato (pontas diamantadas de formato esférico e cone invertido). Estes preparos foram realizados na superfície proximal de 48 dentes pré-molares (24 superiores e 24 inferiores), sendo que cada operador realizou 24 preparos (12 com instrumento esférico e 12 com cone-invertido). Utilizou-se um modelo in vitro que pudesse corresponder a uma situação clínica encontrada na prática odontológica. Posteriormente, os preparos foram avaliados por outros dois cirurgiões-dentistas. Os dados obtidos neste trabalho permitiram-nos as seguintes conclusões: 1) O preparo cavitário tipo túnel in vitro não possibilitou a remoção total das lesões cariosas, artificialmente produzidas, mas 50% dos preparos tinham cárie em apenas um quadrante do dente. 2) Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os preparos com os instrumentos utilizados (ponta diamantada de formato esférico e cone invertido); 3) Não houve diferenças estatisticamente significativas na remoção da cárie quanto ao posicionamento dos dentes (arcada superior e inferior); 4) Não houve diferenças estatisticamente significativas na remoção da cárie quanto à atuação dos operadores.

Apoio Financeiro: CAPES.

A074

Efeito da própolis no desenvolvimento de cárie em rato dessalivado.

P.L. ROSALEN; H. KOO; J.A. CURY; Y.K. PARK.

Depart. Ciências Fisiológicas da Fac. de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP

O objetivo deste trabalho foi analisar o conteúdo de flavonóides aglicona de própolis de Apis melifera coletada em 2 regiões brasileiras e observar seus efeitos sobre o desenvolvimento de cárie em rato dessalivado. Amostras de própolis foram coletadas nas regiões Sudeste (Minas Gerais-MG) e Sul (R.G. do Sul-RS) e extraídas com etanol (80%) para obter o extrato etanólico de própolis (EEP). Os EEPs foram analisados por cromatografias: HPTLC e HPLC. Para o estudo animal, 30 ratas Wistar spf foram infectadas com Streptococcus sobrinus 6715, dessalivadas cirurgicamente e colocadas em uma máquina de alimentação programada (König-Höfer), recebendo 17 refeições diárias de dieta 2000 em intervalos de 1h. Etanol a 80% - Grupo Controle (1), EEP de MG (2) e EEP de RS (3) foram aplicados sobre os molares das ratas (25mL sobre molares de cada quadrante) 2 vezes ao dia usando seringas graduadas. Após 21 dias, os animais foram decapitados, as mandíbulas dissecadas e os dentes preparados para realização do índice de cárie (Keyes 1958). Os padrões e perfis de HPTLC e HPLC demonstraram que a qualidade e a quantidade de flavonóides aglicona de EEP de MG foram diferentes do EEP do RS; este continha maiores concentrações de pinocembrina, galangina (flavonóides antimicrobianos) e crisina. O grupo tratado com EEP do RS mostrou o menor índice total de cárie de superfície lisa (65,60+13,81) e severidade (3,20+1,62 para Dm), assim como total de sulco (47,10+2,85) e severidade (4,80+1,81 para Dm), dados estatisticamente diferentes do controle (p<0,01). O grupo tratado com EEP de MG demonstrou diferença significativa na severidade de lesões de sulco quando comparado ao controle (p<0,01). Concluímos que a composição de flavonóides aglicona de própolis difere entre as regiões de coleta, influenciando seus efeitos cariostáticos em ratos.

A075

Composição bioquímica e cariogenicidade da placa dental formada na presença de sacarose

ou glicose+frutose – Estudo in situ. M.A.B. REBELO*1; A.A. DEL BEL CURY1; M.T.C. DERBYSHIRE2; J.A. CURY1.

FOP-UNICAMP1 ; CENA-USP2

A maior cariogenicidade da sacarose tem sido atribuída a porosidade da placa, mas poucos estudos tem dado atenção à concentração inorgânica e para as proteínas da matriz. Doze voluntários adultos, utilizando dispositivo palatino contendo 04 blocos de esmalte dental humano, participaram deste estudo cruzado realizado em 03 etapas de 28 dias. Solução de sacarose 20%(Sac) ou glicose 10% + frutose 10% (Gluc+Frut) foi gotejada sobre os blocos de esmalte 8x/dia, enquanto no gupo controle (C) nada foi utilizado. Os voluntários utilizaram dentifrício não fluoretados, não escovaram os blocos dentais e ingeriram água a 0,60 ppm F. Análises de cálcio (Ca), fósforo (P), flúor (F), polissacarídeo solúvel em álcali (PSA) e proteínas (eletroforese) foram feitas na placa dental após cada fase. Nos blocos dentais analisou-se a concentração de flúor (ppm F), perda de microdureza superficial (%PDS) e dureza interna (KHN x µm) do esmalte. Os resultados da análise do esmalte nos grupos C, Gluc+Frut e S foram respectivamente: 1)%PDS=3,4+0,60A;44,2+7,21B e 73,4+6,9C; 2)KHNxµm= 27021,7+394,2A; 20159,5+2213,4B e 12414,4+2419,4C; 3)ppm F =2847,8+307,6A; 3812,0+250,0B e 4060,7+241,3B. Na placa dental: 1)PSA=6,5+1,0A; 11,8+1,9A e 35,0+7,8B; 2)Ca=17,03+2,75A;1,86+0,69B e 0,65+0,08B; 3)P=11,52+2,08A;0,51+0,14B e 0,30+0,04B; 4)F=140,0+30,8A;27,7+15,9B e 5,6+2,2B. O perfil eletroforético das proteínas da matriz da placa foi distinto nos três grupos. Os resultados sugerem que embora os polissacarídeos contribuam de maneira significativa (p<0,05) para a maior cariogenicidade da sacarose, a menor concentração inorgânica da placa e o perfil proteico distinto da sua matriz devem ser considerados

CNPq – Proc. 520763/94-7

A076

Avaliação da liberação de flúor in vitro de ligaduras elásticas ortodônticas

M. HAMMES*; L.K. ZANINI; M. MALTZ; J.R. PRIETSCH.

Faculdade de Odontologia - UFRGS Fone: (051)316-5003 Fax: (051)330-2951

Áreas de descalcificação observadas na superfície dentária em torno de bráquetes ortodônticos são um problema freqüente durante tratamento ortodôntico fixo. O objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro a liberação de flúor de ligaduras elásticas ortodônticas (Ortho-Arch Company Inc., Hoffman States, III). Dois grupos experimentais (ligaduras elásticas fluoretadas) e dois grupos controle (ligaduras elaásticas convecionais), constituídos por 7 dispositivos de fio de aço com 12 ligaduras cada foram colocados em potes plásticos contendo 1,5 mL de água deionizada ou saliva artifiicial e mantidos em estufa a 37oC. Tais soluções foram trocadas em intervalos pré-deterninados (1, 12 e 36 horas; 1, 2, 3 e 4 semmanas). Para a mensuração do conteúdo de flúor liberado nos diferentes intervalos foi utilizado um eletrodo combinado para flúor (9609 BN-Orion) acoplado a um aparelho analisador de íons (SA-720 Procyon). A liberação de flúor das ligaduras elásticas fluoretadas foi, após 1 hora e 4 semanas, 13.79 + 3.74 ppm F and 4.43 + 1.49 ppm F (em saliva) and 13.26 + 2.94 ppm F and 7.25 + 1.38 ppm F (em água) respectivamente. A liberação de flúor foi maior em água deionizada do que em saliva nos períodos de 36 horas, 2, 3 e 4 semanas. Após análise estatística (Mann-Whitney U. Test), os resultados mostraram uma liberação de flúor significante de ligaduras elásticas fluoretadas em ambas as soluções (p<0,01). Não houve evidência de liberação de flúor no grupo controle. As ligaduras elásticas fluoretadas apresentaram liberação de flúor significante, comparadas ao grupo controle. Estudos clínicos longitudinais estão indicados.

Apoio financeiro da FAPERGS - Processo 96/60481.5

A077

Evidenciador de cárie-Avaliação do diagnóstico de cárie por alunos de odontologia.

F.W. CARNEVALE F*; E.M. ADACHI; M.N. YOUSSEF; L.K. ADACHI; T.N. CAMPOS.

Depto.Dentística, Fac.Odontologia USP-SP/ Fac.Odontologia UnG.Tel. (011) 818-7841

O aluno de graduação apresenta muitas dificuldades em estabelecer o diagnóstico da dentina sadia, e conseqüentemente na remoção do tecido cariado. O objetivo desse trabalho é avaliar o diagnóstico de cárie por alunos de graduação, utilizando método de coloração com o uso de evidenciador de cárie a base de vermelho ácido 1,0% em propilenoglicol (Cáries Detector - Kuraray Co.).

Preparos cavitários terminados após colocação do isolamento do campo operatório, efetuados por alunos do terceiro ano da Clínica de Dentística do curso de graduação da Faculdade de Odontologia da Universidade de Guarulhos, tiveram a dentina corada com evidenciador de cárie. Foram utilizados 101 elementos dentais com preparos considerados de profundidade rasa (até 1mm da junção amelo-dentinária) e média (de 1 a 2 mm da junção amelo-dentinária). Foi efetuada em cada dente uma única aplicação de evidenciador de cárie por 10 segundos, feita a lavagem com água e secagem com jatos de ar. Os elementos dentais foram classificados em grupos corados (cariados) e não corados (não cariados), e identificados os tipos de preparos cavitários. Dos preparos verificados, 51 (50,49%) apresentaram-se corados (cariados) . Dos preparos oclusais, 47,92% apresentaram cáries, assim como 52,83% dos outros tipos de preparos. Os resultados foram submetidos a testes estatísticos de ANOVA . Concluiu-se que para os alunos de graduação, é evidente a dificuldade de se verificar a presença de tecido cariado. O uso de evidenciador de cárie auxilia no diagnóstico e remoção do tecido cariado. O evidenciador é um elemento didaticamente importante no diagnóstico de cárie para os alunos de graduação.

A078

Avaliação da prescrição de suplementos de flúor em Manaus -AM e análise dos produtos do mercado brasileiro.

S.A. HANAN*; M.A.B. REBELO; J.A. CURY2.

Faculdade de Ciências da Saúde,U.A.1; Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP2.

O flúor tem sido amplamente utilizado como meio eficaz de prevenção e controle da doença cárie. Apesar do conhecimento científico atual quanto à eficácia do método tópico, sua forma de administração sistêmica, especialmente na forma de suplementos pré-natal ainda tem sido discutida. Sendo assim o objeto deste trabalho foi avaliar a prescrição de suplementos de flúor em Manaus, bem como determinar a concentração de flúor em medicamentos do mercado brasileiro. Para tal foram distribuídos questionários para pediatras e ginecologistas -obstetras. Também foram adquiridos suplementos de flúor pré-natal e pós-natal no mercado, em triplicata, nos quais foram analisadas, potenciometricamente, as concentrações de flúor total e solúvel. Com relação ao retorno dos questionários , apenas 35,9% e 37,5% dos pediatras e ginecologistas-obstetras, respectivamente, os responderam. Quanto à razão para prescrever , 42,8% dos pediatras atribuíram à não fluoretação da água em Manaus e 69,2% dos ginecologistas -obstetras ao aumento da resistência à cárie dos dentes em formação. A análise de flúor nos produtos mostrou: 1) quantidade solúvel em HCl 0,01 M ("suco gástrico") variando de 24 a 100% do total relatado pelo fabricante (p<0,05); 2) quantidade de flúor em alguns produtos com posologia indicada que sujeitaria crianças a uma sobredosagem em termos de fluorose dental (p<0,05); 3) quantidade de flúor em alguns produtos com posologia indicada inferior à recomendada, em função da idade da criança, em termos de prevenção da cárie. Concluiu-se que há necessidade de atualização da área médica quanto à posologia correta na prescrição de flúor na forma de suplementos. Com relação aos produtos do mercado, recomenda-se uma revisão de normatização quer seja em termos de benefício como de risco. (Apoio: Curso de Mestrado em Patologia Tropical e Sub-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade do Amazonas e Laboratório de Bioquímica Oral da FOP- UNICAMP).

A079

Microdureza de esmalte e dentina cervicais submetidos ao clareamento caseiro.

É. COMPARIN*; F. MENEGAT; D.R. TAMES.

Faculdade de Odontologia da UNIVALI - Itajaí - SC Fax: (047) 341 7564

Este estudo tem a finalidade de avaliar o efeito do peróxido de carbamida a 10% (PC), com carbopol, associado à saliva (S) e ao flúor (F) na região cervical de dentes humanos. Foram utilizados 18 fragmentos obtidos de terceiros molares, divididos em 4 grupos, contendo uma janela de 4 mm2 , na região cervical, isolada do restante da amostra, que serviu de controle. O clareamento em cada grupo foi feito durante 12 h, por 4 semanas; em 3 dos grupos foram utilizados além do clareador, flúor, saliva e flúor/saliva. A dureza da amostra foi medida em unidades Vickers:

ESMALTE DENTINA

TRATAMENTOS CONTROLE EXPERIMENTAL CONTROLE EXPERIMENTAL

média SD média SD média SD média SD

PC (n=5) 309 29,5 271,8 9,3 38,6 3,8 33,9 2,7

PC+ S (n=4) 263 15,7 273,2 23,7 16,3 1,3 16,7 1,6

PC+S+F (n=4) 294 25,6 308,2 46,8 16,4 3,7 19,9 2,7

PC+F (n=5) 290 30,8 315,2 21,2 15,8 1,7 16,4 1,4

O grau de significância das diferenças de valores foi analisado pelo teste "t" de Student. Observou-se que o agente clareador isoladamente diminui significativamente a dureza de esmalte e dentina. Para os demais grupos não se observou diferença estatística entre os tecidos antes e após o tratamento. Tais resultados indicam que o clareador aplicado isoladamente diminui a dureza de esmalte e dentina e que tanto a saliva quanto o flúor restituem a tais tecidos a dureza original quando associados ao tratamento.

Apoio financeiro da Pró-reitoria de pesquisa pós-graduação e extensão - PROBIC.

A080

Confiabilidade de teste microbiológico simplificado para estreptococos do grupo mutans

C. PINELLI*; L.C.M. LOFFREDO; M.C. SERRA.

Depto. Dentística - FOP/ UNICAMP - (019)4305340/ camilapinelli@yahoo.com

Com o desenvolvimento de testes microbiológicos salivares simplificados tornou-se mais prático o diagnóstico de pacientes com baixa atividade, porém com alto risco de cárie. O propósito desta pesquisa foi avaliar a reprodutibilidade do CARITEST-SM®, um teste específico para estreptococos do grupo mutans. Catorze pacientes de 9 a 13 anos participaram do estudo. A produção de saliva foi estimulada com uma goma de mascar inerte e coletada até a obtenção do volume suficiente para a execução de dois testes - pertencentes a dois conjuntos de lotes diferentes de kits CARITEST-SM® (1 e 2) - aplicados para um mesmo indivíduo. Dois examinadores calibrados realizaram a leitura de forma independente e cega, classificando os resultados de duas maneiras: escores de 1 a 6, conforme recomenda o fabricante, e escores de acordo com o risco de cárie, alto ou baixo. Foi aplicada a estatística Kappa, segundo Light. Os resultados de reprodutibilidade, conforme 6 escores, mostraram valores distintos para o conjunto dos kits 1 e para o conjunto dos kits 2, valendo, respectivamente, 0,57 e 0,21. Em relação à classificação do risco de cárie em dois escores, alto e baixo, os resultados foram 1,00, para o conjunto dos kits 1, e 0,55, para o conjunto dos kits 2. Assim, quando se analisou a reprodutibilidade inter-examinador, observou-se que a diferença no lote exerceu uma variabilidade no resultado. Além disso, houve maior concordância inter-examinador quando o risco de cárie foi classificado em alto ou baixo, mostrando que é preferível utilizar apenas dois escores.

Apoio financeiro da FAPESP - Processo 97/04921-9 e 1997/10116-1

A081

Efeito de materiais restauradores fluoretados na remineralização de lesões incipientes de cárie.

D.M. BUENO; J..M. GUIMARÃES; L.M. MORAES*; E.L. SOARES; A.M.G. VALENÇA; P.J.S. FILHO.

Pós-Graduação em Odontologia Social, UFF-Niterói-RJ-Brasil

O presente trabalho se propôs a avaliar a ação remineralizadora de ionômero convencional - Vidrion R (G1) e Vidrion N (G2), ionômero resinoso - Vitremer (G3) e compômero - Variglass (G4) e Dyract (G5) em lesões incipientes de cárie em esmalte. Como grupo controle, utilizou-se o compósito Charisma (G6). A amostra foi composta por 120 secções de esmalte de incisivos bovinos. Em 60 delas produziu-se lesões artificiais de cárie com área padronizada (12,6mm2), e nas 60 restantes foram confeccionadas restaurações com os diferentes materiais selecionados, tendo a cavidade dimensões padronizadas. A área com lesão de cárie foi posicionada em íntimo contato com a área restaurada, sendo o conjunto mantido em posição através da colagem das duas secções de esmalte com compósito. Na avaliação macroscópica verificou-se a ocorrência de remineralização parcial, total ou a ausência da mesma. Após 14 dias de ciclagem de pH (16 horas em remineralização e 08 horas em desmineralização) constatou-se que, macroscopicamente, não houve diferença estatisticamente significativa apenas entre os diferentes grupos (Kruskal-Wallis T=10,2 ; p=0,06). Para a avaliação microscópica em luz polarizada utilizou-se como parâmetro os achados de SILVERSTONE (1967, 1968), ocorrendo a permanência da área de corpo da lesão em todos os grupos. Em função dos resultados obtidos pôde-se concluir que, no período de 14 dias de ciclagem, macroscopicamente e microscopicamente, não foram observadas diferenças entre os diferentes materiais restauradores fluoretados, quanto ao seu efeito remineralizador, nestas condições experimentais.

Apoio PIBIC - CNPq - 523691/94-7

A082

Potencial cariogênico e erosivo de isotônicos e cervejas

F.N. NOGUEIRA*; Y.O. PRESTO; D.N. SOUZA; C.R.M.D. RODRIGUES; J. NICOLAU.

Centro de Pesquisa em Biologia Oral, FOUSP – SP. Tel/Fax: (011) 818-7840

O objetivo do presente estudo é o de examinar o potencial cariogênico e erosivo de cervejas e isotônicos encontrados no comércio da cidade de São Paulo. Para isso, em amostras dessas bebidas, foram determinados o pH e quantidade titulável de acidez, por pHmetria; detecção qualitativa de açúcares, por cromatografia em papel; concentração de flúor, por eletrodo íon seletivo; concentração de cálcio (Patrick et al. 1957, Am. J. Oral Pathol. 28:208) e capacidade desmineralizante. Para este último parâmetro, uma quantidade de pó de dente (0.42 a 0.177 mm de tamanho de partícula) foi incubado com a bebida a 37ºC durante tempos variados. Decorrido o tempo de incubação, determinou-se a concentração de cálcio (Patrick et al 1957). O pH das cervejas (Antárctica, Brahma, Schincariol e Skol) variou de 3,79 a 4,11; o pH dos isotônicos (Energil C, Marathon, Sportade, Frutorade, e Gatorade) variou de 2,70 a 3,10. A quantidade de ácido titulável (do pH inicial até o pH 7,0) em cervejas variou de 8,4 a 9,9 ml de NaOH 0,1N, enquanto dos isotônicos variou de 7,8 a 12,1 ml de NaOH 0,1N. Relativamente a açucares, somente maltose foi detectada em cervejas, enquanto em isotônicos foram detectados sacarose, glicose e frutose. A concentração de flúor das cervejas variou de 0,1 a 0,5 ppm, dos isotônicos de 0,05 a 0,5 ppm. A concentração de cálcio das cervejas variou de 17,1 a 63,2 mg/ml e dos isotônicos de 17,3 a 61,4 mg/ml. Foi verificada capacidade descalcificante tanto em cervejas quanto em isotônicos. Os resultados sugerem que tanto as cervejas quanto os isotônicos analisados podem ser potencialmente cariogênicos e erosivos.

F.N.N., bolsa de I.C. CNPq; J.N., bolsa de produtividade CNPq.

Y.O.P., bolsa de I.C. FDCTO da FOUSP.

A083

Efeitos dos laseres de CO2 contínuo e superpulsado em esmalte de dentes decíduos.

D.G. BORGES*; I. WATANABE; A. BRUGNERA.

Depto. Odontopediatria, FOUSP; Depto. Anatomia, ICB-USP, São Paulo, Brasil.

O estudo comparou os efeitos de um novo aparelho de laser CO2 (Sharplan 40C, Tel Aviv, Israel) no esmalte de dentes decíduos nos modos contínuo e superpulsado. Na literatura há trabalhos com laser de CO2 superpulsado principalmente em tecido ósseo, e apenas dois estudos em dentes permanentes. Caninos decíduos esfoliados foram fraturados mésio-distalmente com o auxílio de morsa. Foram selecionados 8 fragmentos, onde 4 sofreram aplicação da irradiação contínua focalisada de laser CO2 de 2 W de potência, pelo tempo de 1 s, resultando numa energia de 2 J. Os outros 4 fragmentos receberam a mesma potência, pelo mesmo tempo em pulsos de 90 microsegundos. Nenhum dos grupos recebeu refrigeração. Os espécimes foram desidratados, recobertos com ouro e examinados no microscópio eletrônico de varredura JEOL 6100. Os resultados mostraram efeitos característicos de cada grupo, sendo que a contínua revelou efeitos muito mais acentuados de fusão e recristalização, com presença de ondas concêntricas de esmalte mais pronunciadas, fendas, formação de gotículas de esmalte, perfurações e até perda de material, com formação de rugosidades em menor frequência. A aplicação superpulsada mostrou características mais tênues de efeito de fusão e recristalização, com ondas concêntricas de esmalte menos pronunciadas, presença de vazios, fendas e gotículas de esmalte. Além disso, percebemos outras regiões que lembravam em muito o efeito do laser de Er:YAG, com presença de lascas e escamas, perda de material com formação de rugosidades, e evidenciação de prismas de esmalte em várias direções. Conclui-se que os efeitos da irradiação do laser CO2 nos modos contínuo e superpulsado mostraram aspectos distintos que devem ser analisados numa futura aplicação em preparos cavitários.

A084

Exame ultra-estrutural do início de mineralização da dentina após fixação e desidratação rápidas com microondas.

L.M. MASSA*; V. E. ARANA-CHAVEZ.

Depto. de Histologia/ ICB / FOUSP, São Paulo, S. P. Fone: (011) 818 7308

Apesar de ter sido estabelecido que a deposição dos primeiros cristais de mineral na dentina ocorre nas vesículas da matriz (VMs) e que, posteriormente, o processo avança para as fibrilas colágenas (FCs), alguns cristais poderiam ser diluídos nos procedimentos convencionais utilizando soluções aquosas. Por esta razão, no presente estudo encurtamos significantemente o tempo de processamento de germes dentários com o auxílio de microondas. Para tanto, germes de molares de ratos com 2-3 dias foram fixados em glutaraldeído 4% e formaldeído 4% diluídos em tampão cacodilato 0,1M,pH 7,4, em forno de microondas PELCO 3440, duas vezes, por 20 segundos, com um intervalo também de 20 segundos. A lavagem com tampão e a pós-fixação com ósmio foram convencionais. A desidratação com concentrações crescentes de etanol foi feita com o auxílio do microondas, tatalizando 440seg. A diminuição do tempo tornou possível a visualização de VMs com 1-2 cristais no seu interior, não havendo nenhum nas FCs adjacentes. Em fases mais avançadas, quando as VMs apresentam-se totalmente mineralizadas, os primeiros cristais de mineral foram observados nas FCs. Os resultados mostram que com a diminuição significativa dos tempos de processamento, são evidenciados finos cristais de mineral, sugerindo que sua diluição é evitada ou diminuída. Em geral, os resultados confirmam a seqüência de mineralização inicial na dentina, isto é, começando nas VMs e progredindo para as FCs e o restante da matriz.

Auxílio financeiro: FAPESP Nº 97/07035-0

A085

Citoquímica ultra-estrutural da associação proteoglicanas/vesículas da matriz durante o início de mineralização da dentina.

L.S. CASTRO; V.E. ARANA-CHAVEZ*; E. KATCHBURIAN.

Dept. Histologia/ICB/USP, São Paulo, SP. Fone: (011) 818-7308

Como as vesículas da matriz (MVs) são os locais onde os primeiros cristais de mineral são depositados na dentina e as proteoglicanas (PGs) têm sido associadas à mineralização, no presente estudo examinamos, através de citoquímica ultra-estrutural e criosubstituição, a associação entre esses dois constituintes. Germes de molares de ratos com 2-3 dias foram fixados em glutaraldeído a 2,5% contendo azul de cuprolínico (CB) a 0,05% em acetato de sódio 25mM, pH 5,6 e MgCl2 0,3M por 36 hs. Os espécimes foram crioprotegidos com sacarose 2,3M, congelados em N2 líquido e criosubstituídos em etanol absoluto a -80oC por 7 d., -35oC por 48 hs e 4oC por 2 hs, sendo infiltrados e incluídos em resina Spurr. Cortes ultrafinos contrastados com uranila e chumbo, ou sem contrastar, foram examinados em microscópio eletrônico Jeol 100 CX II. Os resultados mostraram numerosas fitas elétron-opacas irradiando finos filamentos (complexos CB-PGs). Uma rede de complexos CB-PGs foi observada em associação com a membrana das MVs não mineralizadas. Quando os primeiros depósitos de mineral apareceram nas MVs, diminuíram os complexos CB-PGs. Em estágios de mineralização avançada das MVs, quando o processo estava começando nas fibrilas colágenas, os complexos CB-PGs não mais eram observados em associação com as MVs. Assim, os resultados mostram que a diminuição das PGs coincide com a mineralização das MVs, sugerindo que, devido à sua natureza acídica, as PGs estocariam íons cálcio antes das MVs mineralizarem. Quando as Pgs são degradadas e removidas, os íons cálcio ficariam disponíveis para deposição dos primeiros cristais de mineral nas MVs

Auxílio financeiro: FAPESP Nº 96/8868-2.

A086

Efeitos de diferentes agentes condicionadores e tempos de aplicação sobre o esmalte de dentes decíduos.

M. FAVA; S.I. MYAKI; R.S. NAVARRO*.

Disc. Odontopediatria FO-UNESP - São José dos Campos e Depto. Dentística – FOUSP – São Paulo

O objetivo deste estudo in vitro foi de avaliar ao microscópio eletrônico de varredura, os efeitos de dois diferentes agentes condicionadores (ácido fosfórico a 10% - Bisco ou 35% - 3M) com variação do tempos de condicionamento (7, 15, 30 ou 45 segundos) sobre o esmalte de dentes decíduos. Foram utilizados 24 dentes decíduos anteriores, clinicamente hígidos, esfoliados naturalmente que foram armazenados em solução fisiológica à temperatura ambiente. As amostras sofreram limpeza coronária com pasta de pedra-pomes e água em baixa-velocidade e foram divididas aleatoriamente em 8 grupos experimentais, com 3 dentes em cada grupo. G1 recebeu a aplicação do H3PO4 a 10% durante 7s; G2 (H3PO4 a 10% - 15s.); G3 ( H3PO4 a 10% - 30s.); G4 ( H3PO4 a 10% - 45s.); G5 ( H3PO4 a 35% - 7s.); G6 ( H3PO4 a 35% - 15s.); G7 (H3PO4 a 35% - 30s.); G8 ( H3PO4 a 35% - 45s.). Os espécimes foram lavados com "spray" de ar-água durante 15 segundos. Finalmente foram desidratados, montados em bases metálicas, cobertos com ouro e examinados em um microscópio eletrônico de varredura JEOL, JSM – 6.100. A análise das fotomicrografias revelou que entre 7 e 45 segundos de condicionamento ácido, diferentes características são claramente observadas ( padrão Tipo I ou Tipo II como relatado por Silverstone et al. Caries Res, 9: 373-387, 1975). Quando a concentração do ácido e o tempo de aplicação são aumentados, o padrão de conducionamento induzido pelo ácido tornou-se mais pronunciado.

A087

Avaliação da perda de estrutura dentária na remoção de restaurações.

A.M. ABUD*; M.A.J. ARAÚJO; I. BALDUCCI.

FO Taubaté – UNITAU – FO S. J. Campos FO-UNESP – SP

Na odontologia restauradora tradicional, a troca de restaurações representa grande parte dos procedimentos realizados durante o tratamento. A partir do momento em que o ciclo de troca de restaurações se estabelece, as cavidades tornam-se maiores e mais complexas. Este trabalho tem como objetivo quantificar a perda de estrutura dentária durante a remoção de restaurações plástica, amálgama e resina composta, realizada por dois operadores. Foram utilizados 40 pré-molares divididos em quatro grupos. Em cada grupo, foi realizado preparo cavitário Classe II. A diferença entre as pesagens feitas, após o preparo cavitário e após a remoção das restaurações, permitiu avaliar a perda da estrutura dentária. Os resultados foram analisados pelo teste ANOVA, significante em nível de 5%. A remoção de restauração de resina composta levou a uma maior perda de estrutura dentária que a remoção de restauração de amálgama. Houve diferença na quantidade de estrutura perdida entre operadores. Baseados nos resultados, os autores concluíram que a remoção de restaurações plásticas, resina composta e amálgama, resultou em perda significativa de estrutura dentária.

A088

Avaliação dos efeitos do laser Nd:YAG na remineralização de lesões incipientes de cárie

M. KURAMOTO JR.*; J. NICOLAU; E. MATSON; C.P. EDUARDO.

(011)818-7843 - Univ. de São Paulo, Fac. de Odontologia – Dep. Dentística, Dep. Mat. Dentários

O emprego do laser Nd:YAG tem se mostrado eficaz tanto na prevenção de lesões de cárie como também na remineralização de estados incipientes. O presente estudo tem por objetivo, utilizando-se da microscopia de luz polarizada, avaliar in vitro a influência da aplicação do laser Nd:YAG sobre o processo de remineralização de lesões incipientes de cárie. Vinte terceiros molares humanos não irrompidos, extraídos mediante indicação, foram submetidos a processo de ciclagem desmineralização/remineralização. Quatro grupos foram formados: 1. Controle (submetido somente ao processo de ciclagem); 2. Submetido a ciclagem e aplicação de irradiação laser (30 s, 10 Hz, 0,4 W, 4 J); 3. Submetido a ciclagem e remineralização por solução remineralizadora por 22 dias a 37ºC; 4. Submetido a ciclagem, aplicação de irradiação laser (conforme parâmetros aplicados ao grupo 2) e remineralizados por solução (conforme parâmetros aplicados ao grupo 3). A análise por microscopia de luz polarizada permite concluir que:

Houve remineralização das lesões nos grupos 3 e 4, com melhor padrão no grupo submetido à aplicação de laser Nd:YAG e solução remineralizadora.

A089

Avaliação morfológica do efeito de substâncias na dentina: estudo em MEV

A.B. MATOS*; M. ODA; E.A. LIBERTI.

Departamento de Dentística, Faculdade de Odontologia da USP-SP

A hipersensibilidade dentinária é uma ocorrência clínica comum, dolorosa, de difícil tratamento, e de recidivas constantes. Tem-se procurado um tratamento que seja eficaz de longa duração. Neste trabalho nos propomos a observar, através de microscopia eletrônica de varredura, as alterações morfológicas que são causadas na superfície dentinária quando são utilizadas substâncias para tratamento da hipersensibilidade. Utilizou-se discos de dentina sobre os quais foi preparado "smear layer" padronizado e aplicadas substâncias, uma à base de glutaraldeído e outra de oxalato, conforme instruções dos fabricantes. Manteve-se discos sem tratamento e em outros foi aplicado ácido fosfórico a 35%, como grupo controle. Dos resultados obtidos concluiu-se que os espécimes: sem tratamento mantiveram a camada de "smear layer"; tratados com ácido mostraram exposição dos túbulos dentinários; tratados com as substâncias dessensibilizantes mostraram formações semelhantes a cristais causando obstrução da entrada dos túbulos dentinários.

A090

Destino de membrana de cortical óssea bovina colocada em posição subperióstica na calvária de cobaia.

C.Y. HASSUNUMA*; T.M. CESTARI; T.L. SILVA; R.TAGA.

Departamento de Morfologia - Histologia - FOB/USP (014) 235-8259.

Na atual pesquisa, avaliamos o destino de membranas biológicas da cortical óssea bovina colocadas em posição subperióstica no crânio de cobaias machos adultos. Utilizamos um total de 12 animais, que foram divididos em 3 grupos de 4 animais. Em cada animal foi realizada a cirurgia junto à região fronto-parietal do crânio com a colocação de membrana de cortical óssea bovina sobre a superfície óssea desnuda. Os crânios de cobaia de cada grupo foram coletados decorridos 1, 3 e 6 meses após as cirurgias. Após sofrerem descalcificação, as peças foram processadas para inclusão em Paraplast, e cortes histológicos frontais semi-seriados de 6 µm de espessura foram obtidos. A análise histológica dos cortes mostrou que a membrana é lentamente reabsorvida da superfície óssea por atividade de células mononucleadas. Muito raramente, observou-se células multinucleadas em sua superfície. E, em alguns casos, verificou-se junto às faces tegumentar e óssea da membrana, a formação de uma fina camada de tecido ósseo, no qual era a seguir reabsorvida conjuntamente com a matriz implantada.

Projeto financiado pelo PIBIC/CNPq.

A091

Incidência de Helicobacter pylori na placa dentária e mucosa gástrica

G.A.S. PEREIRA*; M.C.C. SAMPAIO; L.J. COSTA; R.C. BARRETO; H.A.C. ROCHA.

Departamento de Odontologia Clínica e Social da UFPB-PB.

A Placa Dentária(PD) é composta de inúmeros microrganismos, entre eles Helicobacter pylori, possivelmente responsável por algumas patologias gástricas. As vias de contaminação fecal-oral e oral-oral direcionam pesquisas atuais, buscando evidenciar H.pylori na PD. Métodos de identificação foram propostos, entre eles o teste da urease, baseado na propriedade desta bactéria produzir esta enzima. Ancorado em estudos que afirmam envolvimento desta bactéria com afecções gástricas e a possibilidade da placa dentária (PD) atuar como reservatório para infecção ou reinfecção, propusemo-nos verificar presença do H.pylori, na mucosa gástrica (MG) e PD. A amostra constou de 80 pacientes que foram submetidos a endoscopia. A evidenciação da PD foi realizada através do "Plaque Testâ" da Vivadent e removida com pinça tipo "Glacey", sendo o fragmento da MG removido através de pinça endoscópica. Os materiais eram adicionados em tubetes específicos com leitura realizada após 24hs. A alteração de coloração do meio, sugere presença do H.pylori, tanto na PD (64 casos), quanto na MG (65 casos). Presença simultânea do H.pylori, ocorreu em 56 casos, dos quais 48 pacientes apresentavam lesões gástricas. Nos 20 pacientes com exame endoscópico normal, 8 testes foram positivos simultaneamente. Conclui-se que tanto a PD quanto a MG podem funcionar como possíveis reservatórios para H.pylori.

A092

Atividade antimicrobiana de diferentes diluições de solução de polímero vegetal: estudo preliminar.

L.B. GARCIA; S.A.C. GUIMARÃES; E.A.L. GONÇALVES*.

Dep. Análises Clínicas / Dep. Odontologia – UEM. ealg@wnet.com.br

Diversas soluções irrigadoras são utilizadas no tratamento de canais radiculares infectados, visando reduzir ou eliminar microrganismos, principal causa de pulpopatias e periapicopatias. O sucesso terapêutico dependerá da eliminação de bactérias remanescentes na dentina e tecidos periapicais. Neste estudo objetivou-se avaliar in vitro os efeitos antimicrobianos de diferentes concentrações de solução de polímero vegetal, derivada de Ricinus communis, para possível uso como solução irrigadora. Dezesseis amostras bacterianas, Gram-positivas e negativas, e uma amostra de levedura, ativadas em caldo BHI e mantidas em placas TSA, e em ágar sangue com base de BHI, foram analisadas em testes de difusão do extrato em ágar, e em teste de diluição do extrato em caldo. Os resultados das medidas dos halos de inibição do crescimento microbiano, utilizando Müeller Hinton ou BHI e discos de papel filtro com 10ml do extrato puro e diluído, demonstraram atividade inibitória para bactérias Gram-positivas, e ausência de atividade nas amostras Gram-negativas e de leveduras. No teste de diluição do extrato em caldo, todas as amostras testadas foram inibidas nos meios de cultura preparados com diluição equivalente a 1:32, ou 1:16 (S. mutans), exceto a E. coli, resistente as diluições do extrato. Os dados obtidos demonstram atividade inibitória sobre o crescimento de algumas espécies nos testes de difusão e diluição, sugerindo sua eficácia como irrigante antimicrobiano. Estudos complementares em andamento poderão indicar o potencial de seu uso no tratamento endodôntico.

A093

Análise comparativa in vitro da ação de antissépticos orais

J.B. BEYRUTH*; K.C. LIMA; M. UZEDA.

Instituto de Microbiologia, Laboratório de Microbiologia Oral-UFRJ

Diversas soluções ditas antimicrobianas vêm sendo usadas indiscriminadamente visando prevenir algumas doenças orais. Dentre os microrganismos envolvidos com estes processos, destacam-se os S.mutans, S.sanguis, S.sobrinus, L.casei e C.albicans. O objetivo deste trabalho foi avaliar comparativamente o efeito das soluções Periogardâ, Duplakâ,Cepacolâ, Cepacol-Flúorâ, Plaxâ, Listerineâ, NaF 0.05%, 0,2%, 1%, H2O2 10v e a 10V 1:3 sobre a microbiota representativa da saliva total estimulada e isoladamente sobre os microrganismos supracitados. A saliva total estimulada de 10 pacientes foi semeada através de swab em placas de TSA enriquecido. As bactérias e a levedura foram crescidas por 24/48 horas em BHI e semeadas através de swab em TSA enriquecido e em agar dextrose-Sabouraud, respectivamente. Discos de papel de 6mm foram imersos nas soluções e dispostos nas placas tendo sempre um controle com salina estéril. A medição dos halos foi feita 48h após incubação em aerobiose a 37°C. Os dados foram analisados mediante ANOVA e teste de Tukey ao nível de 5%. Os resultados demonstraram que os produtos diferem significativamente entre si, quando analisados em relação à saliva total, microrganismos isoladamente e em conjunto. Para saliva total, S.sanguis e C.albicans, a H2O2 10V teve ação superior aos demais produtos. Em relação à análise dos microrganismos em conjunto e para L.casei, observou-se que a H2O2 10V não diferiu significativamente do Periogardâ e Duplakâ. Para S.mutans e S.sobrinus, a H2O2 10V não diferiu significativamente do Periogardâ e Cepacolâ e Plaxâ e Periogardâ, respectivamente. Tais resultados sugerem ser a H2O2 10V o produto de melhor desempenho frente a microbiota isolada da saliva, bem como para os microrganismos testados separadamente, sendo seguida do Periogardâ.

A094

Verificação de ácido siálico em Candida albicans de pacientes xerostômicos

R. COLLAZO; W. ALVIANO*; M. RODRIGUES; S. TORRES; M. UZEDA; C. ALVIANO.

Instituto de Microbiologia Prof Paulo de Goes, UFRJ e.mail:collazo@pcshop.com.br

A candidíase é uma doença oportunista que surge em função da alteração do equilíbrio do hospedeiro, sendo a Candida albicans o seu principal agente etiológico. Dentre outros fatores, o aumento da susceptibilidade à candidíase oral deve-se à diminuição do fluxo salivar. Portanto, este trabalho teve como objetivo avaliar a presença de ácido siálico na superfície celular de Candida albicans isoladas de pacientes que apresentavam quadro de xerostomia. Este açúcar quando expresso na superfície celular de vários microrganismos está associado com sua patogenicidade e virulência. Foi estudado a expressão de ácido siálico em C.albicans obtidas de 04 (quatro) pacientes com diferentes doenças de base, mas todos apresentando xerostomia. A determinação de ácido siálico de superfície celular foi realizada pela interação de células fúngicas com lectinas ácido siálico e galactose específicas. Células controles ou tratadas com neuraminidase e lectinas foram analisadas por microscopia ótica , de fluorescência e por citometria de fluxo. Distintos perfis de ligação da lectina a células fúngicas foram verificados quando comparados os 04 (quatro)isolados. A diferente expressão de ácido siálico em C.albicans pode ser associada a diferentes doenças de base apresentadas pelos pacientes.

A095

Pesquisa de urease pré-formada em microrganismos da cavidade bucal.

E.A. SCHWARTZ*; H.O. SCHARTZ FILHO; V.A. KOZLOWSKI Jr.; E.B. SANTOS.

Depto. Odontologia, Fac. Odont. Ponta Grossa, UEPG

A urease é uma enzima produzida por microrganismos, que degrada a uréia em amônia e CO2, causando aumento de pH, que pode ser detectado pela mudança de cor em gel teste. Sua produção pode estar relacionada com a etiopatogenia das infecções bucais e à sucessão microbiana nos sítios infectados. A produção de urease por microrganismos bucais foi verificada em material coletado dos seguintes sítios: placas supra e subgengival, palato, bochecha, saliva, cálculo dental, exudato periodontal e dorso de língua. Parte do material foi semeado no Teste de urease pré formada (TUPF- Laborclin), realizado esfregaço para coloração de Gram e suspenso em 1 ml de solução fisiológica, homogeneizado, diluído até 10-3 e semeado em ágar sangue. As placas foram incubadas a 370C por 48h. Após o crescimento, foram feitas contagens de UFC/ml de cada sítio. As colônias foram isoladas e após crescimento, foram feitas a descrição dos caracteres morfológicos, semeadura no teste TUPF e coloração de Gram. O dorso da língua apresentou maior número de UFC/ml, 15,0x105 e o menor, 0.80x104, foi observado no exudato periodontal. 78.57% das amostras da placa supra gengival, 75% do cálculo, 71.42% do dorso da língua, 40% das de placa sub-gengibval, 33.33% das do exudato periodontal e 0% das amostras de saliva, palato e bochecha foram positivas para o teste de urease pré-formada. Foram isoladas 111 colônias diferentes de microrganismos e 36 (32.43%) apresentaram TUPF positivo. Microscopicamente, 28 (25.2%) foram cocos Gram positivos, 7 (6.31%) cocos Gram negativos e 1 (0.9%) bacilo Gram positivo. Os resultados demonstram que diferentes tipos morfológicos de microrganismos produzem urease e sua presença pode estar relacionada à etiopatogenia das infecções na cavidade bucal.

A096

Ação Imediata de Diferentes Substâncias Sobre a Microbiota das Mãos

H. F. WERNECK, K.C. LIMA*, M. UZEDA.

Instituto de Microbiologia Prof. Paulo de Góes. linke@cyberhome.com.br

O uso de sabões e/ou anti-sépticos para a lavagem das mãos é uma prática corriqueira para qualquer profissional clínico da área de saúde. Entretanto, a despeito de seu largo uso, não há um consenso sobre qual substância teria melhor eficiência para este fim. O objetivo deste trabalho foi avaliar, comparativamente, a eficiência imediata de alguns produtos de larga abrangência e tidos como eficazes, quais sejam, Hibitaneâ (clorexidina a 4%); Soapexâ (irgasan DP-300); Sabão de Coco Cariocaâ (óleo de coco de babaçu, hidróxido de sódio, carbonato de sódio, carbonato de cálcio, cloreto de sódio e água); Antibacâ (propileno glicol, EDTA, cloroxilenol 0,3%, triclosan); Povidineâ (polivinilpirrolidona-iodo ativo a 10 %); Álcool Isopropílico a 70%. Para tanto, fez-se a contagem do número de unidades formadoras de colônia (UFC), em ágar de soja e tripticaseína (TSA), das mãos de 10 voluntários na linha base e imediatamente após o uso dos produtos supracitados. Os dados foram analisados mediante ANOVA e teste de Tukey. Os resultados desta análise demonstraram que Hibitaneâ, Povidineâ e álcool isopropílico 70% obtiveram redução estatisticamente significativa em relação à linha base, sendo portanto considerados os únicos produtos eficientes, dentre aqueles testados, na redução quantitativa da microbiota das mãos.

A097

Ação antimicrobiana da soluções hidroalcóolicas de Própolis sobre Candida-sp.

S.M.D. DIAS*; W.K. SANTIAGO; V.R. SANTOS; R.S. DIAS.

D.C.C.P.O. da Faculdade de Odontologia-UFMG/ S.M.A - FUNED/MG - Tel: (031) 291-1199/371-0274

Os microrganismos do gênero Candida responsáveis pela Candidose oral estão presentes na flora normal de 40 a 60% da população e sua patogenicidade está relacionada com estado imunológico e fatores predisponentes dos indivíduos. As soluções hidroalcóolicas muitas vezes são utilizadas indiscriminadamente pela população como medicamento, na tentativa de eliminar as infecções orais, dentre elas a Candidose. Este trabalho objetivou avaliar a possível ação antifúngica de cinco soluções hidroalcóolicas de própolis sobre C. albicans, C. glabrata, C. guillermondii, C. Krusei, C. parapsilosis, e C. tropicalis baseando na metodologia descrita pela Portaria 04/94 da Secretaria de Saúde-DF "Padronização do Teste de Sensibilidade à Antimicrobianos". Discos estéreis embebidos com 20mL de solução hidroalcóolica foram distribuídos na superfície de ágar Saboraund dextrosado previamente inoculado com as diferentes espécies. Como controle positivo utilizou-se discos de Nistatina (100UI) e como controle negativo discos estéreis embebidos com 20mL de água destilada estéril. O diâmetro das zonas de inibição foi medido após incubação. Nenhuma das amostras testadas apresentou perfil de inibição estatisticamente semelhante ou superior ao controle positivo. Conclui-se que as soluções hidroalcóolicas testadas não foram eficientes na inibição dos microrganismos utilizados, isto provavelmente se deve à baixa concentração de substâncias ativas, devido ao processo de diluição.

Apoio: CNPq/PRPq/BIOBRAS/CECON-SP

A098

O tabagismo como fator de risco para doença periodontal.

J.M.D. BOSCO*; E. GAETTI-JARDIM Jr.; D. PEDRINI.

Faculdade de Odontologia de Araçatuba -UNESP. Fone: (018)6245555.

O fumo é considerado importante fator de risco para as periodontopatias. O objetivo deste estudo foi avaliar a freqüência de isolamento de 3 periodontopatógenos em indivíduos com diferentes condições periodontais e níveis de higiene, fumantes ou não; verificar a relação entre o número de microrganismos produtores de sulfeto de hidrogênio em fumantes e não fumantes e sua condição clínica; avaliar a relação entre fumo e quantidade de placa e número de bactérias aderidas às células epiteliais dos voluntários. Foram examinados 189 pacientes, dos quais 60 foram selecionados. O índice de placa utilizado foi o de O’Leary e os espécimes de placa subgengival foram coletados e processados de acordo com Slots, J. Clin. Microbiol., 15:606-609, 1982. Verificou-se que a freqüência de isolamento dos bastonetes anaeróbios produtores de pigmento negro, Fusobacterium nucleatum e bactérias produtoras de sulfeto de hidrogênio foi similar entre fumantes e não fumantes, sendo mais elevada nos pacientes com doença periodontal, já Actinobacillus actinomycetemcomitans foi isolado mais freqüentemente em sadios fumantes do que não fumantes. O fumo não aumentou o número de bactérias aderidas às células epiteliais e o acúmulo de placa. O fumo pode interferir na prevalência de A. actinomycetemcomitans embora não interfira significativamente com o acúmulo de placa e os demais parâmetros microbiológicos.

 

A099

Concentrações subinibitórias de antimicrobianos: influência sobre virulência de Fusobacterium nucleatum.

A. C. OKAMOTO*; E. GAETTI-JARDIM Jr.; V.E. ARANA-CHAVEZ; M.J. AVILA-CAMPOS.

ICB, USP. okamoto@usp.br

Fusobacterium nucleatum, bastonete Gram-negativo anaeróbio obrigatório, é considerado a espécie anaeróbia mais freqüentemente isolada de processos infecciosos em humanos, particularmente de abscessos e das periodontopatias. O objetivo deste estudo foi verificar a influência de concentrações subinibitórias de clorexidina, triclosan, penicilina G e metronidazol sobre a hidrofobicidade, adesão às células epiteliais bucais, atividade hemolítica, produção de substâncias antagonistas tipo bacteriocinas e ultra-estrutura de 20 isolados de F. nucleatum. Os microrganismos foram isolados a partir de 20 pacientes com periodontite do adulto e utilizou-se 3 cepas de referência, F. nucleatum ATCC 10953, F. nucleatum ATCC 25586 e Bacteroides fragilis ATCC 23745. A determinação da concentração inibitória mínima dos antimicrobianos foi realizada pelo método de diluição da droga em caldo. Concentrações subinibitórias dos antimicrobianos não alteraram a hidrofobicidade, com exceção de três que se tornaram hidrofóbicas quando foram cultivadas em concentração subinibitória de penicilina G, a a adesão às células epiteliais bucais foi diminuída, a atividade hemolítica não foi alterada, a produção de substâncias antagonistas foi aumentada quando os testes foram realizados sob pressão seletiva dos antimicrobianos e a ultra-estrutura das cepas testadas sofreu alterações quando cultivadas com clorexidina ou penicilina G. Esses resultados sugerem que concentrações subinibitórias de antimicrobianos interferem em alguns fatores de virulência de F. nucleatum, favorecendo ou não a expressão destes, e dependendo do antimicrobiano a ultra-estrutura é alterada.

Apoio financeiro da FAPESP - Processo 96/2475-9

A100

Efeito dos extratos de própolis sobre Streptococcus cariogênicos e Candida-sp

W. K. SANTIAGO*; S. M. D. DIAS, V. R. SANTOS, R. S. DIAS.

Faculdade de Odontologia-UFMG/ Fundação Ezequiel Dias-MG - TEL: (031) 291-1199/ 371-0274

A Própolis é considerada um antibiótico natural e utilizada como agente terapêutico na medicina popular. Vários estudos têm demonstrado a eficácia do extrato etanólico de própolis como agente antibacteriano e antifúngico. O objetivo deste trabalho foi avaliar "in vitro" a atividade antimicrobiana de 14 amostras de extrato etanólico de própolis sobre Streptococcus mutans (IM/UFRJ), Streptococcus sanguis (ATCC 10557) e seis diferentes espécies de Candida, através do Teste de Sensibilidade à Antimicrobianos baseado na Portaria 04/94 da Secretaria de Saúde-DF "Padronização do Teste de Sensibilidade à Antimicrobianos". Discos estéreis embebidos com 20mL de extrato de própolis foram distribuídos na superfície de ágar MSB e Saboraund dextrosado previamente inoculados com Streptococcus e Candida respectivamente. Como controle negativo utilizou-se discos contendo 20mL de água destilada; como controle positivo para Streptococcus utilizou-se discos de Tetraciclina (30mg) e para as cepas de Candida discos de Nistatina (100UI). Das amostras testadas 92,9% foram eficientes na inibição do crescimento de. S mutans e S. sanguis (Teste de Kruskal-Wallis, p<0,01); 75,5% foram eficientes na inibição das espécies de Candida (Teste de Kruskal-Wallis, p<0,01). Os resultados revelaram um possível efeito antibiótico dos extratos etanólicos de própolis reforçando dados da literatura sobre seu efeito terapêutico na medicina popular.

Apoio: CNPq/PRPq/Biobras/Cecon-SP.

A101

Detecção de portadores de Staphylococcus aureus entre acadêmicos da Área da Saúde

L.C. FIGUEIREDO; S.L. SALVADOR*.

Depto. Ciências da Saúde - Fac.Ciências Farmacêuticas Rib.Preto-USP, F:016-6024160

Na vasta literatura científica mundial acumulam-se publicações referentes à importância do Staphylococcus aureus na área da saúde. Sendo assim, o propósito deste estudo foi determinar a ocorrência de Staphylococcus aureus na saliva, mãos e fossas nasais de 171 indivíduos sadios, acadêmicos do primeiro ano dos Cursos de Odontologia, Nutrição e Fisioterapia, perfazendo um total de 513 amostras. Cerca de 2,0mL de saliva não estimulada foi coletada em tubos de ensaio com pérolas de vidro, enquanto que os materiais das mãos e fossas nasais foram obtidos pela fricção de zaragatoas estéreis, respectivamente, nos espaços interdigitais e vestíbulo nasal. No laboratório, os materiais foram semeados em placas de Petri contendo o meio de cultura ágar hipercloretado - gema de ovo, sendo posteriormente incubadas a 37oC, durante 48 horas em condições de aerobiose. Tal procedimento permitiu evidenciar que 117 (68,4%) indivíduos examinados eram portadores de Staphylococcus aureus. Entre esses indivíduos, 69 (59,0%) eram portadores em um dos nichos, 36 (30,8%) em dois nichos e 12 (10,2%) albergavam o Staphylococcus aureus nos três nichos (saliva, mãos e fossas nasais). A ocorrência de portadores salivares (89 estudantes) foi maior que a de portadores nas fossas nasais (63 estudantes) e nas mãos (25 estudantes). Os resultados obtidos confirmaram a importância da cavidade oral como armazenadora e possível disseminadora de estafilococos patogênicos.

A102

Fatores envolvidos na virulência de Fusobacterium nucleatum.

E. GAETTI-JARDIM Jr.*; M.J. AVILA-CAMPOS.

Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP e Instituito de Ciências Biomédicas - USP. Fone: (018)6245555.

O objetivo deste trabalho foi estudar os fatores de virulência de 49 F. nucleatum obtidos de pacientes com periodontite, 21 obtidos de sadios e 10 de primatas Cebus apella. A virulência dos isolados foi determinada pela produção de hemolisinas, capacidade de aglutinar eritrócitos, adesão às células epiteliais bucais, resistência ao soro e testes de patogenicidade em camundongos. Verificou-se que a virulência dos isolados de F. nucleatum não mostrou diferenças significantes. A maioria produziu hemolisinas, foi sensível ao soro e mostrou-se letal para camundongos. Todos os isolados aglutinaram eritrócitos e aderiram às células epiteliais bucais, não tendo sido detectada, pela microscopia eletrônica, a presença de fímbrias ou de outras estruturas de superfície capazes de mediar a adesão às células humanas. Concluiu-se que, independentemente da origem, F. nucleatum pode produzir fatores de virulência capazes de lesar o hospedeiro.

A103

Prevalência de reações urease positivas em amostras de placa dental.

G.L. PILATTI*; F. ZARDO.

Depto de Odontologia-Universidade Estadual de Ponta Grossa - PR

O Helicobacter pylori é um microrganismo que não toma parte da etiopatogenia da doença periodontal, mas está relacionado como fator etiológico de algumas doenças gastroduodenais. Pelo fato de já ter sido isolado na saliva e também na placa dental, alguns pesquisadores vêm sugerindo a possibilidade da placa dental atuar como um sítio de reinfecção do trato gastrointestinal em pacientes tratados. Dentre as várias metodologias empregadas na detecção do Helicobacter pylori, o teste rápido da urease, pela facilidade de leitura dos resultados e baixo custo tem sido utilizado para pesquisa dessa bactéria, principalmente em biópsias gástricas, assim como em placa dental. O objetivo deste trabalho foi verificar a prevalência de reações urease positivas em amostras de placa dental de 103 pacientes, com idade entre 16 e 54 anos, com e sem dispepsia (teste e controle, respectivamente), assim como entre pacientes com dispepsia, cuja biópsia gástrica apresentou resultado positivo ou negativo ao teste rápido da urease. Os resultados demonstraram 94% de reações urease positivas em placa dental de pacientes do grupo controle, e 83% de reações urease positivas em placa dental de pacientes do grupo teste, não havendo diferenças estatísticas entre os dois grupos (teste exato de Fisher -a > 0,05). Da mesma forma, não houve diferenças significantes entre a prevalência de reações urease positivas na placa dental de pacientes do grupo teste, com biópsia gástrica positiva e negativa (83,3% e 82,6%, respectivamente – teste exato de Fisher -a > 0,05), o que sugere a ocorrência de reações falso positivas por outros microrganismos, sendo necessários estudos adicionais para a eleição de uma metodologia mais específica para a detecção do Helicobacter pylori na placa dental.

A104

Perfil de sensibilidade ao oxigênio atmosférico de amostras de Fusobacterium sp. isoladas da cavidade oral.

F.F. FARIAS*; L.M. FARIAS; F.L. LIMA; V.L. SILVA; H. HOUW; J.E. COSTA Jr.; NICOLI, MAR CARVALHO.

Depto. Microbiologia/UFMG/031 4992730.

O gênero Fusobacterium é constituído por bacilos Gram negativos anaeróbios clinicamente relevantes. Este estudo avaliou o perfil de sensibilidade ao oxigênio atmosférico de amostras de Fusobacterium sp. recém-isoladas (n = 17) e estocadas em nitrofreezer (n = 32). As amostras foram cultivadas em Caldo Infuso de Cérebro-Coração suplementado com L-cisteína e extrato de levedura (BHI-S), por 48 horas, em câmara anaeróbica (CO2 5%, H2 10% e N2 85%), a 37ºC. Duas metodologias foram utilizadas: 1) as amostras, em BHI-S, foram expostas, por, até, 30 horas, à atmosfera ambiente, e inoculadas, de 1 em 1 hora, com auxílio de replicador de Steers, em Ágar BHI suplementado com L-cistina, extrato de levedura e sangue de carneiro (BHIA-S); 2) as amostras foram inoculadas em BHIA-S e as placas foram expostas à atmosfera ambiente por, até, 30 horas, sendo incubadas de 1 em 1 hora. A incubação foi realizada em câmara anaeróbica, por 48 horas. As amostras recém-isoladas mostraram-se mais sensíveis ao oxigênio atmosférico. Após 8 horas de exposição em BHI-S, 90,6% e 47,1% das amostras estocadas e recém-isoladas, respectivamente, permaneciam viáveis. As amostras demonstraram maior sensibilidade ao oxigênio atmosférico quando expostas a ele em meio líquido. As porcentagens de viabilidade encontradas para as amostras recém-isoladas foram de 5,9% e 17,6%, após exposição ao oxigênio por 30 horas, em meio líquido e sólido, respectivamente. As amostras estocadas não demonstraram perda de viabilidade após exposição ao oxigênio por 30 horas em meio sólido; após exposição em meio líquido, a viabilidade foi de 25%. Demonstrou-se a ocorrência de um perfil heterogêneo de sensibilidade ao oxigênio atmosférico entre as amostras de Fusobacterium e a influência da manipulação e estocagem nesta característica, o que pode sugerir adaptação ou seleção. Esses dados têm implicações na sistemática e na prática bacteriológica.

Apoio financeiro: CNPq, FAPEMIG, CAPES e PRPq/UFMG.

A105

Estrutura do promoter de leucotoxina de A. actinomycetemcomitans isolados de individuos com periodontite e sadios.

M.P.A. MAYER1,2; J.M. DiRIENZO.1

Dept. de Microbiologia, Univ. Pennsylvania, USA ; 2ICB-USP, Brasil 11 8187348.

A leucotoxina é um dos principais fatores de virulência de Actinobacillus actinomycetemcomitans. Cepas que contém uma deleção na região do promoter do operon para a leucotoxina exibem correlação com o estabelecimento da PJL (Bueno, Mayer, DiRienzo,J.Periodontol 1998). Esta deleção no operon de lkt é característica de alta expressão da toxina. Para examinar a disseminação de variantes com o promoter lkt com a deleção em pacientes com periodontite e indivíduos saudáveis no Brasil, uma coleção de 29 cepas isoladas em São Paulo foi examinada através de PCR. Após a extração do DNA, a região do promoter de leucotoxina foi amplificada usando os primers 5’-GGAGTCGACTTGAGAAATATGACAGT-3’ (LKTP-1) e 5’-GGCGAATTC TCTATGCAAAGGAGAAT-3’ (LKTP-2). Os produtos de PCR foram examinados através de eletroforese em gel de agarose e os produtos de 560 pb ou 1050 pb detectados. Cinco entre nove cepas de pacientes com PJL continham a deleção no promoter da leucotoxina. Todas as cepas isoladas de indivíduos saudáveis (n=7) e de pacientes com outras periodontites (n=13) continham o promoter do operon da leucotoxina com o comprimento total. Estes resultados demonstram que variantes contendo a deleção na região do promoter do operon da leucotoxina existem no Brasil e que estas variantes altamente virulentas relacionam-se à ocorrência de PJL.

FAPESP 1996/3328-0; NIH DE/OD10891.

A106

Influência de vernizes fluoretados na contagem de Lactobacillus spp. presentes em saliva e placa dental.

A.M.R. GUIMARÃES*; M.R.L. SIMIONATO.

Departamento de Prática de Saúde Pública, Faculdade de Saúde Pública da USP-SP

Os vernizes fluoretados são considerados agentes preventivos da cárie dental e apresentam propriedades importantes como a concentração relativamente alta de flúor e o maior tempo de contato com a superfície dentária, assegurando dessa forma alta concentração do íon flúor no interior do esmalte. O objetivo deste trabalho foi avaliar, em 64 escolares de 7 a 10 anos, a interferência dos vernizes fluoretados (Duraphat Woelm, Duraflur, Fluorniz e Duraphat) sobre a população de Lactobacillus spp. das amostras de saliva e placa dental, após 2 e 7 dias de sua aplicação. Os resultados obtidos indicaram ao nível de 95% de confiança, que ocorreu aumento nas contagens de Lactobacillus spp. da saliva, após 2 e 7 dias em 37,50% e 40,63% dos indivíduos respectivamente para todos os vernizes fluoretados. Na placa dental não houve redução nas contagens de Lactobacillus spp. e o aumento foi mínimo entre os momentos cujos valores em percentagem foram respectivamente 4,69% e 6,25% dos indivíduos. O número de indivíduos nos quais não foram detectados esses microrganismos é muito elevado principalmente para placa dental. Concluindo, pudemos observar que os vernizes fluoretados não foram eficientes na redução de Lactobacillus spp. presentes em saliva e placa dental.

Este estudo foi financiado pela FAPESP (91/5064-6).

A107

 

 

Avaliação clínica e radiográfica da reparação pulpar em dentes pulpotomizados.

J.B.G. INTRA*; M.D.C. LOSS; S.R. FIDEL; D.J.S. COSTA; L.M. SASSONE.

Dep. Clin. Odont./Dep. PROCLIN, FO-UFES-ES/FO-UERJ-RJ.tel:(021)587-6455

O tratamento conservador da polpa dental, através da pulpotomia, tem se constituído uma realidade na Odontologia por sua aplicabilidade social como uma alternativa conservadora à exodontia de dentes permanentes jovens.

O objetivo do presente trabalho foi analisar clínica-visual e radiograficamente a reparação pulpar através da formação de uma barreira de tecido duro em pacientes com idade entre 07 e 28 anos, submetidos à pulpotomia pelas técnicas imediata e mediata com curativo de demora com Otosporin e proteção do remanescente pulpar com hidróxido de cálcio p.a. por um período entre 40 e 60 dias. Cinquenta e oito dentes foram investigados sendo que 31 pela técnica imediata e 27 pela técnica mediata. Todos os dentes submetidos à pulpotomia, para a realização dessa pesquisa, apresentavam lesões cariosas profundas e sintomatologia dolorosa provocada e/ou espontânea. Alguns apresentavam radiolucências periapicais, rizogênese incompleta e/ou pólipos pulpares. Após a inspeção clínica e a análise radiográfica, admitimos a obtenção de um índice de 100% de sucesso, nas condições em que este trabalho foi realizado. Em vista dos resultados, parece-nos lícito concluir que a pulpotomia é plenamente indicada para a recuperação da polpa dental com algum grau de inflamação, podendo apresentar altos índices de sucesso.

A108

Análise do vedamento apical de canais radiculares tratados com substâncias ácidas

J. CARLIK*; M.R.L. NUNES; J.H. ANTONIAZZI; C.E. AUN.

Endodontia, Departamento de Dentística, FOUSP – SP (011) 818-7839

Analisou-se a influência da aplicação dos ácidos ortofosfórico e cítrico no vedamento apical de canais radiculares, após seu preparo químico-cirúrgico. Foram utilizados 21 dentes pré-molares superiores humanos extraídos, portadores de duas raízes distintas cujos canais radiculares foram preparados pela técnica de Paiva & Antoniazzi até a lima # 40 a 1 mm aquém do forame e irrigados com 5,4 ml de Tergentol-Furacin. Os dentes foram separados em 3 grupos, sendo que no Grupo I (controle) não foi realizado qualquer tratamento adicional em ambos os canais. No Grupo II os canais vestibulares foram submetidos a repleção por 15" com ácido ortofosfórico a 25% seguida de irrigação com 5,4 ml de Tergentol-Furacin e os palatinos por 30" com ácido cítrico a 25% seguida de irrigação com 5,4 ml de Tergentol-Furacin. No Grupo III empregou-se inversamente nos canais vestibulares o ácido cítrico e nos palatinos o ácido ortofosfórico. A seguir, todos canais foram obturados pela técnica de cones múltiplos e cimento N-Rickert com condensação vertical. As raízes foram impermeabilizadas externamente com Super Bonder e imersas em azul de metileno a 0,5% com pH 7,2. Após 72 horas de armazenamento em estufa à 37o C, foram lavadas, clivadas e medida a maior infiltração marginal de cada canal. As médias em mm de infiltração foram: Grupo I = 0,49, Grupo ácido ortofosfórico = 1,16 e Grupo ácido cítrico = 1,04. Houve diferença estatisticamente significante ao nível de 5% somente entre o grupo I em relação aos canais tratados com os ácidos (Tukey = 0,18). Assim, os ácidos ortofosfórico e cítrico, nas concentrações e tempos utilizados, determinaram redução estatística significativa do vedamento apical.

A109

Apicectomia e tratamento endodôntico via retrógrada. Influência da "Smear Layer".

A.E. KRÖLING*; M. ZARDO; P.F.E. BERNABÉ; R. HOLLAND; E. DEZAN Jr.

Dep. de Odont.Restauradora, Fac.Odont.Araçatuba-Unesp. U.Est. Ponta Grossa -Brasil

A presença da "Smear Layer", formada sobre a superfície dentinária apicectomizada devido à ação de fresas, tem sido questionada. Investigações científicas demonstram que a sua remoção poderia favorecer o processo de reparo periapical. Nesse sentido, muitas soluções ácidas têm sido empregadas. Dentre as mais utilizadas, no momento, estão o EDTA e o Ácido Cítrico. No entanto, existe contovérsia quanto à eficiência dessas soluções, além do que se questiona o seu comportamento biológico, pois, no caso do ácido cítrico, ele possui um pH bastante baixo, considerado incompatível com a vida celular. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar , histopatologicamente, o comportamento da superfície dentinária apicectomizada, bem como dos tecidos periapicais, após a aplicação de substâncias descalcificantes sobre a mesma. Foram utilizadas 33 raízes de dentes de cães em que se fez a retroinstrumentação dos canais, após apicectomia , e retrobturação desses, com cimento de óxido de zinco e eugenol consistente, a 1 mm aquém da superfície dentinária apicectomizada. Foram constituídos 3 grupos experimentais. Grupo I - controle, sem a aplicação de qualquer substância ; Grupo II - foi aplicado o EDTA, por um tempo de 3 minutos, sobre a superfície dentinária apicectomizada ; Grupo III - foi aplicado o ácido cítrico a 50%, durante 2 minutos, sobre a superfície apicectomizada. Pôde-se concluir, pelos resultados obtidos, 6 meses após o tratamento, que a remoção da "Smear Layer"não contribuiu para a ocorrência de melhor reparo periapical.

A110

Análise comparativa da instrumentação endodôntica com limas de diferentes materiais

L.A. PORTO CARVALHO*; I. BONETTI FILHO; M.A.G. BORGES.

Endodontia, Universidade Federal de Uberlândia - MG. - (034) 2182209 laporto@ufu.br

Nos recentes anos uma variedade de instrumentos endodônticos foram introduzidos para o preparo de canais curvos com maior eficiência. As limas de níquel e titânio demonstraram possuir uma flexibilidade duas a três vezes maior do que as limas de aço inoxidável (Walia et al.,J.Endod.,14:346-51,1988). O propósito deste trabalho foi comparar a instrumentação com diferentes limas utilizando o método de Bramante para a avaliação (Bramante et al., J. Endod., 13:243-5, 1997). Cinquenta e quatro molares inferiores humanos extraídos foram imersos em resina acrílica e seccionados ao nível apical e cervical da raíz. As secções dos dentes foram reposicionadas em uma mufla e as raízes mesiais foram instrumentados pela técnica de limagem anti-curvatura (Abou-Rass et al., J.Am.Dent.Assoc., 101:792-4,1980). Os canais mésio-vestibulares e mésio-linguais foram distribuídos aleatoriamente em três grupos de trinta e seis canais radiculares. No Grupo I foram utilizadas limas K de aço inoxidável Flexofile. No Grupo II foram utilizadas limas K de níquel e titânio Mity, e no Grupo III limas K de níquel e titânio Nitiflex. As imagens das secções transversais das raízes foram ampliadas e capturadas antes e após o preparo com uma câmera de vídeo acoplada a um estereomicroscópio, e transferidas para o computador para análise. A extensão e a direção do transporte do centro axial do canal radicular foram os parâmetros avaliados. Não houve diferença significativa entre os grupos quanto à direção do transporte dos canais ao nível apical das raízes. Nas secções cervicais, houve transporte dos canais no sentido disto-lingual. A extensão do transporte do centro axial dos canais radiculares no terço cervical não foi significante nos três grupos de limas. Ao nível apical os melhores resultados foram obtidos com as limas Nitiflex.

A111

Desenvolvimento de lesões periapicais em cães normais e imunossuprimidos.

E.B.S.ARAÚJO*; A.A. ZAIA; B.P.F.A. GOMES; E. GONDIM Jr.; F.J. SOUZA FILHO.

Endodontia – FOP/UNICAMP (019) 430-5215.

As bactérias e seus produtos exercem um papel fundamental na iniciação e manutenção das infecções periapicais. Além disso, fatores locais e sistêmicos também infuenciam o desenvolvimento das lesões periapicais. Atualmente, atenção especial tem sido dada à imunossupressão (fator sistêmico), devido ao aumento do número de pacientes transplantados ou com doenças auto-imunes. O objetivo deste trabalho foi avaliar histologicamente o desenvolvimento de lesões periapicais em cães normais e imunossuprimidos. Utilizou-se 12 cães divididos em 2 grupos, sendo 6 normais e 6 imunossuprimidos. Um total de 96 canais foram instrumentados, onde 48 tiveram ampliação dos forames apicais. Ciclosporina A foi utilizada como medicação imunossupressora. Os animais foram sacrificados nos períodos de 30, 60 e 90 dias. Os achados histológicos foram analisados por 5 examinadores através de análise semi-quantitativa. Não houve diferenças significativas entre os grupos e períodos em relação à intensidade de células inflamatórias. Respostas inflamatórias da região periapical frente a infecção do canal radicular, parecem não sofrer influências do efeito de drogas imunossupressoras. Investigações futuras, com a utilização de técnicas mais precisas são necessárias para avaliação da qualidade celular do processo inflamatório.

Apoio financeoro FAPESP - Processo 96/5597-8.

A112

Característica do preparo apical para obturação retrógrada realizado com ultra-som

L.V. BETTI*; C.M. BRAMANTE; A. BRAMANTE; N. BERNARDINELI.

Departamento de Endodontia, Faculdade de Odontologia de Bauru-USP

Dentro da cirurgia parendodôntica, destaque têm sido dado à obturação retrógrada. Todavia, dependendo do dente e da área verificam-se dificuldades para a realização do preparo apical. Visando minimizá-las surgiram pontas especiais para uso no ultra-som. Assim sendo, o objetivo deste trabalho é analisar a característica do preparo apical feito com pontas lisas e diamantadas do ultra-som. Foram selecionados 98 pré-molares unirradiculados, sendo que 49 apresentavam o canal em forma circular e 49 ovalados. Todos os ápices foram seccionados a 3 mm e então cada um desses dois grupos foram subdivididos em 7 para a utilização das pontas S12, S12D, S13, S13D, P15 e P15D da Gnatus e DF3,5 90° do ENAC. Os aparelhos utilizados foram o Multisonic da Gnatus e o ENAC da Osada. Após o preparo, a parte da raiz que continha a cavidade era cortada e montada em base para metalização, a fim de se fazer a leitura em microscópio eletrônico de varredura. As cavidades foram fotografadas com aumento de 50x, e então foram analisadas quanto à forma e lisura das paredes. Em ambos os tipos de canais as pontas lisas propiciaram preparos mais regulares que as diamantadas. Com relação às pontas diamantadas, os preparos foram mais regulares nos canais ovalados e analisando ambos os tipos de canais, a ponta da Gnatus promoveu um preparo mais regular. Verificando a efetividade, as pontas diamantadas apresentaram um maior poder de corte. Com base nestes resultados, pode-se concluir que pelo fato das pontas diamantadas deixarem as cavidades irregulares, quando necessária a sua utilização, principalmente pelo seu maior poder de corte, é recomendável fazer o acabamento final com as pontas lisas.

A113

Estudo radiográfico da incidência de bifurcações no canal radicular de incisivos inferiores

S.H.G. OLIVEIRA*; H. FAIG-LEITE.

Disciplina de Anatomia, Faculdade de Odontologia de São José dos Campos – UNESP – horacio@fosjc.unesp.br

Uma das principais razões do insucesso da terapia endodôntica dos incisivos inferiores é a falta de conhecimento da anatomia da cavidade pulpar. A morfologia dos canais radiculares de incisivos inferiores tem sido estudada por muitos autores. Vários métodos tem sido usados para esta investigação, como a observação direta com auxílio de microscópio, técnicas de secção, técnicas de obturação ou modelagem do sistema de canais com material inerte, técnicas de diafanização e técnicas radiográficas. O estudo da literatura indica uma divergência de resultados que varia entre 53% de canais duplos nos achados de Fischer (1907), e 11% de canais duplos encontrados por Madeira (1973). A origem destas discrepâncias estão relacionadas com os diferentes métodos utilizados. Nos estudos radiográficos a variação na incidência de canais duplos nos incisivos inferiores foi de 13% encontrada por Nattress (1991) à 44,1% encontrada por Laws (1971). No presente trabalho utilizamos 1081 incisivos centrais e 1034 incisivos laterais. Estes foram dispostos lado a lado sobre filmes para radiografias panorâmicas e radiografados no sentido vestibulo-lingual e mesio-distal. As radiografias foram analisadas em um negatoscópio e encontramos uma incidência de 11,6% de canais duplos nos incisivos centrais e 9,9% nos incisivos laterais. Concluímos que neste estudo radiográfico 10,7% dos incisivos inferiores apresentam duplicação de seu canal radicular. O clínico deve fazer um exame radiográfico em várias angulações para detectar a duplicação do canal de incisivos inferiores antes de iniciar a terapia endodôntica.

A114

Estudo comparativo entre as limas de aço inoxidável e NiTi GT em canais curvos

A.J.A. PEREIRA*; S.R. FIDEL; G.R. ALVARES; H.C. UTRINI; T.A. BERLINCK.

Departamento PROCLIN. Fac. de Odontologia - UERJ - (021) 587-6455 - BRASIL

O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da instrumentação manual utilizando-se limas de aço inoxidável tipo K e um novo instrumento ( limas de níquel-titânio GT) em canais radiculares curvos. Um total de 20 canais mesiais de primeiros e segundos molares inferiores foram aleatoriamente divididos em dois grupos. As curvaturas dos canais variavam entre 19 e 25 graus. Um grupo recebeu instrumentação com limas tipo K, e o outro com limas GT empregando-se a técnica de "forças balanceadas". A secção transversal de cada canal em três diferentes níveis ( a 1, 4 e 8mm do ápice) foi avaliada por três examinadores que não tinham informações a respeito dos instrumentos empregados. Eles avaliaram as formas para cada secção transversal em, circular, oval ou irregular. Em todos os níveis, o grupo GT promoveu maior incidência de canais circulares quando comparado ao grupo das limas tipo K: Canais circulares no nível 8 mm: (lima GT = 70,00%; lima K= 33,33%). Canais circulares no nível 4 mm: (lima GT = 43,33%; lima K= 26,66%).Canais circulares no nível 1 mm: (lima GT = 73,33%; lima K= 50,00%). A análise final dos resultados mostrou que os canais curvos instrumentados com as limas GT apresentaram mais formas circulares do que aqueles instrumentados pelas limas tipo K utilizando-se o movimento de "forças balanceadas", com diferença estatística significativa (teste Kruskal-Wallis: p< 0,001)

A115

Análise em M.E.V. da presença de microfraturas após apicectomias e preparo de cavidades apicais.

R.J.A. CARDOSO; J.L. LAGE-MARQUES; I. PRADO*.

Faculdade de Odontologia da USP–SP - e-mail: jmarques@mandic.com.br - tel. 818 7839

 

 

Várias são as possibilidades para a ocorrência de microfraturas radiculares durante a execução de cirurgia parendodôntica envolvendo apicectomia e retrobturação. Ultimamente, alternativas para uso de instrumentos movidos à alta e baixa velocidade, cobertas com diamante de fina espessura, irradiação laser e Ultra-som vem sendo intensamente avaliadas. A proposta desse experimento foi comparar a freqüência de microfraturas após a apicectomia e preparo de cavidades apicais para receber obturações retrógradas. Vinte dentes humanos unirradiculares, recém-extraídos, foram submetidos a terapia endodôntica do sistema de canais e tiveram o terço apical amputado e preparado como segue : Grupo 1 (Corte MKS 3195F – caixa apical Ultra-som ), Grupo 2 ( Corte MKS 3195F – caixa apical broca esférica ), Grupo 3 ( Corte FG531 – Maillefer – caixa apical Ultra-som ), Grupo 4 ( FG531 – Maillefer – caixa apical broca esférica ). Após seleção aleatória, as amostras foram preparadas para observação em microscopia eletrônica de varredura buscando verificar o resultado final da execução dos procedimentos. A análise em microscopia eletrônica de varredura possibilitou concluir que todas as amostras analisadas apresentavam microfraturas na superfície apical, porém os espécimes cujo preparo da cavidade foi realizado com equipamento de Ultra-som , o dano mostrou – se significativamente maior.

 

 

A116

 

 

Análise espectofotométrica da alteração cromática de dentes tratados endodonticamente.

F. GUIRADO*; F.C. CALHEIROS; A.M.S.L. SILVA; J.L. LAGE-MARQUES/

Departamento de Dentística, Faculdade de Odontologia da USP – SP - 818 7839

 

 

A estética é um importante fator de integração do indivíduo na sociedade em qualquer das faixas etárias. Dentes bem contornados, alinhados e portadores de uma harmonia cromática constituem fatores importantes e por isso definem os padrões exigidos pela sociedade. A endodontia possui uma parcela de responsabilidade frente a estética pois a negligência dos princípios básicos durante a execução de técnica ou o emprego de alguns tipos de materiais podem promover a alteração cromática das coroas de dentes tratados. Assim constituiu como proposta do presente experimento a análise da alteração cromática de coroas dentais, em diferentes tempos experimentais, após a obturação endodôntica do sistema de canais empregando os cimentos de N-Rickert e Sealer Plus. Foram utilizados 36 dentes extraídos de humanos para compor cinco grupos experimentais: Grupo I (8 dentes) obturados com cimento de N-Rickert e correta limpeza final da câmara pulpar, Grupo II (8 dentes) obturados com cimento Sealer Plus e correta limpeza final da câmara pulpar, Grupo III (7 dentes) obturados com cimento de N-Rickert deixando resíduo na câmara pulpar; Grupo IV (7 dentes) obturados com cimento Sealear Plus deixando resíduo na câmara pulpar, Grupo V (6 dentes) controle sem obturação. As análises realizadas por espectofotometria nos tempos experimentais de 15, 30 e 60 dias, evidenciaram alterações cromáticas em todos os espécimes e a análise estatística realizada pelo teste de Kruskal Wallis mostrou diferença a nível de 1 % entre os Grupos II e III.

 

 

A117

 

 

Avaliação estereomicroscópica de diferentes técnicas de obturação dos canais radiculares

L.M. SASSONE*; J.B.G. INTRA; R.A.S.FIDEL; R.A. AZEREDO; A.J.A. PEREIRA.

Dep. PROCLIN, FO - UERJ / RJ - Brasil. Tel :(021) 587-6455

 

 

O propósito do presente trabalho foi comparar as técnicas de obturação da Compressão Hidráulica e da Compactação Vertical da Guta-percha aquecida de Schilder com e sem o auxílio do transmissor de calor elétrico (Touch’n Heat) quanto a compactação e homogeneidade do material obturador nos terços médio e apical. Foram utilizadas 20 raízes mesiais de molares inferiores as quais apresentavam, cada uma, 2 canais radiculares. Os dentes foram instrumentados pela técnica de Movimentos Oscilatórios (DeDeus) e irrigados com hipoclorito de sódio a 5% e, em seguida divididos em 4 grupos com 5 dentes cada, sendo eles: G1 (Compressão Hidráulica), G2 (Compactação Vertical), G3 (Compressão Hidráulica com transmissor elétrico) e G4 (Compactação Vertical com transmissor elétrico). Finda a fase de obturação, procedeu-se a hemisecção, diafanização e análise estereomicroscópica dessas raízes. Foram designados 3 diferentes escores (0,1 e 2) que foram atribuídos por 3 avaliadores. Os resultados foram tratados estatisticamente pelos testes de Kruscal Wallis e Student-Newman-Keuls e indicaram haver diferença estatisticamente significante entre os grupos (p < 0.05) e que o G4 apresentou os melhores resultados. Baseados nesses resultados, parece-nos lícito concluir que quanto a compactação e homogeneidade do material obturador, a técnica da Compactação Vertical da Guta-percha aquecida de Schilder com o auxílio do transmissor de calor apresentou melhor desempenho.

 

 

A118

 

 

Selamento apical de um adesivo dentinário utilizado em obturações endodônticas.

C.H.R. CAMARGO*; J.F. RIBEIRO; M.C. VALERA.

Depart. Odont. Restauradora, Fac. de Odontologia da UNESP, São José dos Campos, S.P. Fone (012)321-8166.

 

 

A busca de um cimento obturador capaz de selar completamente o sistema de canais radiculares, permitindo o pronto restabelecimento dos tecidos apicais e periapicais, tem sido o objetivo de inúmeras pesquisas. Porém, até o presente momento não existe um cimento capaz de preencher completamente este requisito. Com o advento dos sistemas adesivos dentinários, que vem mostrando excelente desempenho em Dentística, surgiram alguns trabalhos verificando boas propriedades seladoras destes sistemas como materiais auxiliares em obturações endodônticas. Este trabalho têm como objetivo, avaliar o selamento apical de um adesivo dentinário acrescido ou não de hidróxido de cálcio na obturação de canais radiculares. Foram utilizadas sessenta raízes de dentes humanos que tiveram seus canais preparados pela técnica escalonada e obturados pela técnica da condensação lateral de cones de guta-percha, utilizando três agentes seladores: grupo 1 - Sistema Adesivo Scotchbond Multi-Adesão Plus acrescido de hidróxido de cálcio, grupo 2 - Sistema Adesivo Scotchbond Multi-Adesão Plus e grupo 3 (controle) - cimento Sealer 26. As raízes foram imersas em solução aquosa de azul de metileno a 2% e em seguida partidas ao meio para verificação da infiltração linear apical. As médias de infiltração foram: grupo 1 = 2,88mm; grupo 2 = 1,87mm; grupo 3 = 0,56mm. Não foram observadas diferenças estatísticas significantes entre os grupos 1 e 2. As infiltrações observadas no grupo 3 foram estatísticamente menores e diferentes das observadas nos grupos 1 e 2 (p<0,05).

 

 

A119

 

 

Efeitos da autoclavação em cones de papel absorvente para Endodontia.

C.H. KUBO*; A.P.M. GOMES; A.O.C. JORGE. - Departamento de Odontologia Restauradora da Fac. Odont. São José dos Campos/UNESP-SP. Fone (012) 321-8166 (Ramal 1303).

 

 

A presença de umidade no interior do sistema de canais radiculares, após o preparo biomecânico e sua desinfecção, é um dos fatores que pode influenciar no selamento apical, e, consequentemente, no êxito da obturação endodôntica. Para tanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do número de esterilizações em autoclave sobre a capacidade e velocidade de absorção dos cones de papel empregados em Endodontia. Foram analisados 440 cones de papel número 40, das marcas Tanari, Tanari cell pack, Diadent cell pack e Conne. Dez cones de cada marca comercial receberam de zero à dez ciclos de esterilização em autoclave (134°C/15psi/15 minutos). Após cada ciclo de esterilização, os cones foram avaliados quanto à capacidade e velocidade de absorção à solução de hipoclorito de sódio a 1%. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente pelo Teste Tukey. Pôde-se concluir que, quanto à capacidade de absorção, os cones que sofreram menor influência dos diversos ciclos de esterilização em autoclave foram, em ordem decrescente: Tanari, Tanari cell pack, Conne e Diadent. Quanto à velocidade de absorção, os cones que obtiveram os melhores resultados foram: Tanari cell pack, Tanari, Conne e Diadent. A autoclavação demonstrou-se um procedimento viável, em 10 ciclos, para a esterilização de cones de papel absorventes utilizados em Endodontia.

 

 

A120

 

 

Avaliação da microinfiltração em obturação retrógrada com ENDOSEL

J. L. LAGE MARQUES1; J. ENNES2*.

Endodontia FOUSP1, DMF UFMS2 (011) 818-7839

 

 

O insucesso na terapia endodôntica convencional está relacionado, na maioria das vezes, com o inadequado selamento do canal radicular. Na persistência do insucesso após o retratamento, o tratamento cirúrgico é a opção. Buscando materiais que proporcionem um bom selamento apical, foram testados, in vitro o Cimpact-N, o IRM, o ENDOSEL (carbonato de cálcio), o amâlgama, a gutapercha termoplastificada e o cianoacrilato+ENDOSEL em retrobturações de dentes humanos. Seis diferentes grupos de 10 dentes unirradiculares, totalmente formados, extraídos por razões diversas e armazenados em meio ambiente sem qualquer cuidado especial tiveram seus 3mm apicais amputados, em ângulo de 90º, após a eliminação da coroa e a obturação do canal. A cavidade retrógrada foi preparada com 3 mm de profundidade, obturada, a raiz impermeabilizada e submersa em Rodamina B 1%. A microinfiltração foi observada em microscopia óptica. A análise dos resultados permitiu concluir que o Cimpact-N e o Cianoacrilato+ENDOSEL apresentaram desempenho aceitável em todos os espécimes, constituindo-se boas opções para a realização de retrobturações.

 

 

A121

 

 

Avaliação in vitro da capacidade seladora do Histoacryâ como protetor de retroobturações endodônticas.

A.P.M.A.S. ISAAC*; A.C. BOMBANA.

Dpto. Odontologia II, F. O. UMESP-SP tel./fax 011-5338545 apaula@apcd.org.br

 

 

A existência de espaços não preenchidos, sediados entre a parede dentinária e o material retroobturador, podem criar condições desfavoráveis à reparação apical. O presente estudo teve como objetivo avaliar in vitro os níveis de impermeabilização propiciados por retroobturações protegidas ou não por n-butil-2-cianoacrilato (Histoacrylâ). Após hidratação em solução fisiológica, 91 dentes humanos unirradiculares foram impermeabilizados com cianoacrilato, e sofreram apicectomia horizontal 2mm aquém ápice. Todos os dentes foram preparados com uma caixa apical tipo classe I, 2mm de profundidade, e divididos em 7 grupos que tiveram suas cavidades preenchidas conforme segue: grupo 1 - N-Rickert; grupo 2 - Sealer 26â; grupo 3 - Super EBAâ; grupo 4 - Histoacrylâ; grupo 5, 6 e 7 – respectivamente N-Rickert; Sealer 26â e Super EBAâ recobertos por Histoacrylâ. Todos os dentes foram imersos em solução aquosa de azul-de-metileno a 0,5% (pH 7,2) por 72 horas e clivados no longo eixo, procedendo-se à leitura linear da infiltração marginal apical com auxílio de um projetor de perfil. Os dados foram estatisticamente avaliados pelo teste de Kruskal-Wallis, e os resultados evidenciaram que os materiais testados, quando protegidos pelo Histoacrylâ, apresentaram melhora na qualidade de seu selamento marginal apical. Em vista dos resultados os autores concluíram que o Histoacrylâ, quando usado isoladamente ou protegendo o cimento Sealer 26â, mostrou menor índice de infiltração marginal apical, seguido respectivamente pelo Super EBAâ protegido pelo Histoacrylâ, N-Rickert protegido pelo Histoacrylâ; Super EBAâ, Sealer 26â e N-Rickert sem a proteção do Histoacrylâ.

 

 

A122

 

 

Influência do agente irrigador no selamento apical em obturações retrógradas.

M.T.A.A. BASTOS; M.A.H. DUARTE; K.P.D. CONTE; E.C.G. OLIVEIRA; C.M. FERREIRA*.

Departamento de Endodontia, USP-Bauru / USC-Bauru - Fone: (014)-234-1405 / e-mail: manigliaf@hotmail.com

 

 

Avaliou-se a influência da irrigação com soro fisiológico, gluconato de clorexidina a 2,0% e gel de papaína a 0,8% durante a retropreparação no selamento apical em obturações retrógradas. Foram empregados 30 incisivos inferiores, que foram instrumentados e obturados de maneira convencional. Posteriormente os dentes tiveram seus ápices seccionados com auxílio de uma broca carbide, tronco-cônica em alta rotação. Após a secção, os dentes foram impermeabilizados e divididos em três grupos em função do agente irrigador utilizado no preparo retrógrado com ultra-som ENAC e a ponta DF 3.5 60, obedecendo a seguinte ordem: Grupo I – irrigação com soro fisiológico (controle); Grupo II – irrigação com gluconato de clorexidina a 2,0%; Grupo III – irrigação com gel de papaína a 0,8%. Após o preparo, os dentes foram retrobturados com óxido de zinco e eugenol consistente e então imersos em solução aquosa de azul de metileno a 2,0% na temperatura de 37ºC por 7 dias. Concluído esse período, os dentes foram removidos do corante, lavados em água corrente, e então seccionados no sentido vestíbulo-lingual. A análise das hemisecções quanto à magnitude de infiltração foi feita com auxílio de um perfilômetro. Os resultados foram submetidos à análise estatística pelo teste de Kruskal-Wallis e verificou-se que não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos estudados, apesar da irrigação com gel de papaína apresentar ligeira superioridade.

 

 

A123

 

 

Profile system x instrumentação manual: Capacidade de limpeza das paredes do canal radicular, variando a solução irrigadora

S.C.C. CAMARGO*; J.COIL**; AK.W.WANG**; G. GAVINI*; C.E.AUN*.

Endodontia - FO-USP, São Paulo, Brasil - **Endodontic Division, Univ.of British Columbia-UBC Canada

 

 

O objetivo do presente estudo foi avaliar a limpeza das paredes do canal radicular, frente a instrumentação manual (técnica step back) e mecânica (Ni-Ti profile system) alterando a substancia química utilizada para irrigação final. Para tal utilizou-se 40 caninos humanos que após acesso a câmara pulpar, foram divididos em 5 grupos experimentais relacionados na tabela:

 

grupos n técnica de instrumentação substância química irrigação final

auxiliar na instrumentação

grupo 1 7 instr. manual - step back solução salina solução salina

grupo 2 7 instr. manual - step back NaOCl 1% - 15ml NaOCl 1% - 20ml

grupo 3 7 instr. manual - step back NaOCl 1% - 15ml EDTA 17% - 20ml

grupo 4 7 instr. mecânica - profile NaOCl 1% - 15ml NaOCl 1% - 20ml

grupo 5 7 instr. mecânica - profile NaOCl 1% - 15ml EDTA 17% - 20ml

A seguir os espécimes foram separados longitudinalmente e preparados para análise em microscópio de varredura. Foram obtidas fotomicrografias dos terços médio e apical a 750x magnitude e avaliadas por 2 examinadores, os quais observaram a limpeza das paredes do canal. Após análise estatística dos resultados, concluiu-se que o sistema de instrumentação mecânica PROFILE, proporcionou melhor limpeza nos terços médio e apical quando comparados a instrumentação manual, independente da solução irrigadora utilizada, e que a irrigação final valendo-se do EDTA 17% propicia uma melhor qualidade de limpeza quando comparada a irrigação com NaOCl a 1%.

 

 

A124

 

 

Diafanização: um método simples para avaliação da microinfiltração apical.

J.O. VELASCO*; E. GONDIM JR.; G.H. YOSHINARI; J.E. GOMES-FILHO; F.J. SOUZA-FILHO.

Endodontia, FOP-UNICAMP.(fjsouza@fop.unicamp.com)

 

 

O objetivo deste trabalho é apresentar um método de diafanização de dentes , para avaliação de microinfiltração apical, através de um processo relativamente simples e que não necessita de instalações e aparelhagens complexas. As raízes foram separadas, limpas externamente por raspagem e escovação e mergulhadas em solução de hipoclorito de sódio a 2,5% por 12 horas. Após a lavagem em água corrente por 4 horas foram conservadas em soro fisiológico. As raízes foram tratadas endodonticamente e a superfície externa, com exceção dos 3 mm apicais, impermeabilizada com 2 camadas de esmalte para unha.e mantidas por 24 horas a temperatura ambiente para secagem. As raízes foram imersas em tinta Nankin, num ambiente a vácuo por 7 dias, lavadas em água corrente e mantidas por 12 horas a temperatura ambiente para completa secagem do marcador. Para a descalcificação, a camada de esmalte foi removida e as raízes imersas em ácido clorídrico a 5% por 3 dias, com trocas a cada 24 horas. Em seguida, foram lavadas em água corrente por 8 horas e desidratadas numa bateria de álcoois em escala ascendente. Para completar a diafanização, os especimes foram imersos em salicilato de metila. Os autores concluíram que este método de diafanização é de simples execução, atingindo toda a expectativa quanto à qualidade de transparência e definição da obturação dos canais e das áreas de infiltração apical do marcador.

 

 

A125

 

 

Avaliação do escoamento de um cimento híbrido para obturação de canais radiculares.

A.D. VERARDI*; J.H. ANTONIAZZI; C.E. AUN.

Endodontia, Departamento de Dentística, FOUSP – SP.

 

 

O bom escoamento do cimento obturador é importante para facilitar sua inserção no canal radicular. Buscou-se comparar o escoamento do N-Rickert ( controle ) e de um cimento resultante da utilização do pó de Fillcanal e do líquido do R-Rickert ( Híbrido ). Inicialmente determinou-se a proporção pó/líquido ideal para clínica a partir da manipulação realizada por sete especialistas clínicos, resultando para o N-Rickert 0,55 mg/0,1 ml e para o Híbrido duas proporções: 0,55 mg/0,1 ml e 0,75 mg/0,1 ml. Foram realizados 5 testes de cada proporção, segundo o modelo Sampaio & Sato ( Rer . Inst. Odont. Paulista, 2 (1): 1-5, 1984 ). Na leitura de uma hora, as médias foram: N-Rickert = 54,6 mm, Híbrido 0,55 = 66,0 mm e Híbrido 0,75 = 61,7 mm. A análise estatística mostrou que não há diferença significante. Conclui-se que o escoamento foi maior para o cimento Híbrido 0,55 porém sem significância estatística.

 

 

A126

 

 

M.E.V. de canais radiculares irradiados com Er:YAG e Nd:YAG laseres

E.Y. TANJI*; S.C.G. SOARES; C.P. EDUARDO.

Departamento de Dentística, Faculdade de Odontologia da USP – SP

 

 

A irradiação laser surge como um auxiliar no tratamento endodôntico, com a finalidade de promover a redução bacteriana. O objetivo deste estudo in vitro é analisar, por microscopia eletrônica de varredura, a alteração da superfícies dentinárias de canais radiculares irradiados com os laseres de Er:YAG, Nd:YAG e Er:YAG + Nd:YAG. Trinta premolares humanos unirradiculares foram utilizados neste estudo, seccionando-se as coroas. Os canais foram instrumentados seguindo a técnica preconizada por Paiva & Antoniazzi, secos com cones de papel e divididos em 3 grupos de 10 dentes: Grupo 1: Irradiado com o laser de Er:YAG ajustado em 54 mJ de energia e taxa de repetição de 15 Hz, em movimentos circulares da fibra dentro do canal radicular, de apical para cervical, durante 10 segundos, repetindo o procedimento 4 vezes. Grupo 2: Irradiação com 100 mJ e 15 Hz do laser de Nd:YAG, utilizando o mesmo método de irradiação descrito no Grupo 1. Grupo 3: Irradiado com o laser de Er:YAG como no Grupo 1 e subsequentemente com o laser de Nd:YAG como no Grupo 2. Em microscopia eletrônica de varredura observou-se túbulos dentinários abertos resultantes da ablação com o laser de Er:YAG. Nos espécimes irradiados com o laser de Nd:YAG, houve fusão e recristalização da dentina, com obliteração de alguns túbulos dentinários. A irradiação com o laser de Nd:YAG após a irradiação prévia com o laser de Er:YAG também apresentou obliteração de alguns túbulos dentinários. Os resultados indicaram que a irradiação com o laser de Nd:YAG poderia obliterar alguns túbulos dentinários abertos pela ablação promovida pelo laser de Er:YAG.

 

 

A127

 

 

Infiltração marginal em relação ao preparo e moldagem intra-radicular de redentores.

I. POLO*; J.H. ANTONIAZZI; J.L. LAGE MARQUES; R.J.A. CARDOSO.

Depto. de Dentística.- Disc.Endod.- FOUSP-SP/( 818 7839

 

 

Constituiu objeto deste experimento avaliar a capacidade de selamento marginal cervical obtido pela confecção e cimentação de retentor intra-radicular. Sessenta dentes humanos uniradiculares extraídos tiveram suas coroas cortadas no limite esmalte/cemento no sentido mésio-distal. Após a limpeza e reidratação, todos os espécimes foram esvaziados, modelados e obturados, obedecendo aos princípios da técnica proposta por Paiva & Antoniazzi. O preparo intracanal para retentor intra-radicular foi realizado de duas formas diferentes: exclusivamente com brocas do tipo Batt ou com brocas do tipo Batt complementada por brocas multilaminadas. As moldagens para obtenção dos retentores foram realizadas sob a forma direta (moldagem com resina acrílica quimicamente ativada) ou indireta ( moldagem com silicona). Os retentores foram confeccionados em liga metálica para uso odontológico e cimentados com cimento de fosfato de zinco. Após a impermeabilização externa, os espécimes permaneceram submersos em solução de azul de metileno na concentração de 0,5% e pH 7,2, durante 72 horas. A análise da penetração do corante indicou que a maior média de infiltração ocorreu nos espécimes cujo preparo intra-radicular foi realizado com broca tipo Batt e moldado pela técnica indireta com silicona, enquanto a menor ocorreu quando o preparo foi realizado com broca tipo multilaminada e moldagem radicular pela técnica direta com duralay, sendo estes resultados suportados estatisticamente ao nível de 1%.

 

 

A128

 

 

Bactérias nas estruturas de dentes com necrose pulpar e granulomas apicais

F.C. RIBEIRO*; A. CONSOLARO.

Patologia - Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB-USP), fone: (014) 235-8251

 

 

O trabalho objetiva observar a presença de bactérias no sistema de canal radicular e no interior de granulomas apicais, correlacionando-as com eventuais áreas de reabsorções radiculares externas. O material deste estudo constituiu-se de 32 raízes dentárias com granulomas apicais firmemente aderidos a seus ápices, de pacientes adultos, ambos os sexos, entre 21 e 72 anos de idade, procedentes da Clínica de Cirurgia da Faculdade de Odontologia de Bauru e de consultórios particulares, e de 16 lâminas, em cortes obtidos para fins de diagnóstico microscópico, selecionadas nos arquivos do Laboratório de Anatomia Patológica do Serviço de Patologia da Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, cujos diagnósticos foram compatíveis com granulomas apicais. Os espécimes foram analisados pela microscopia óptica empregando as técnicas de coloração Hematoxilina-Eosina de Harris e de Brown e Brenn. Os resultados evidenciaram grande quantidade de bactérias no lume do canal principal, como também nos canalículos dentinários, mas não necessariamente em todos. Observamos também áreas de reabsorção de cemento e/ou dentina na região periapical contendo bactérias em seu interior, bem como biofilmes representando colônias bacterianas. Concluímos que bactérias localizadas em áreas inacessíveis, como canais acessórios, túbulos dentinários, lacunas de reabsorções radiculares externas, cementárias e/ou dentinárias oferecem dificuldades para a terapia endodôntica.

 

 

A129

 

 

Ataque ácido direto sobre exposições pulpares.

E.A. PASCON*; C.J.A. SOUSA; D.M.SILVA; K.C.M. AZEVEDO.

DEOCR, Universidade Federal de Uberlândia, MG (034) 218-2209, eapascon@ufu.br

 

 

O ataque ácido sobre polpa exposta, durante o tratamento de cárie profunda, tem sido recomendado sem qualquer consideração às condições preexistentes do tecido pulpar. Nossos trabalhos anteriores demonstraram reações inflamatórias severas na polpa de dentes intactos de macaco. O propósito deste trabalho foi o de estudar o efeito do ácido maleico a 10%, Scotchbond e resina Z100, em polpa de premolares humanos a serem extraídos por razões ortodônticas. Nos controles foi usado o Ca(OH)2 e, dentes humanos com cárie profunda, foram extraídos e usados para comparação das reações pulpares. Após profilaxia e isolamento absoluto, foram preparadas cavidades de Classe V na face vestibular dos dentes experimentais, e exposição pulpar com uma broca esférica #2 em baixa rotação, no centro da cavidade. Após hemostasia espontânea, o ácido foi aplicado por 30 seg. e as cavidades seladas com o sistema de resinas. Após um período de 30 a 45 dias, que variou de acordo com o tratamento ortodôntico, as extrações foram efetuadas e todos os dentes preparados para exame histológico de rotina. Os resultados mostraram necrose e reação inflamatória severa na área de contato material/tecido, e espículas de dentina na polpa, em todos os casos experimentais. A pré-dentina e a camada de odontoblastos foram eliminadas na parte pulpar dos canalículos envolvidos. Houve reação tecidual com deposição progressiva de tecido duro nos dentes controle. Os processos patológicos nos dentes com cárie profunda tinham diferentes graus de intensidade, com a dentina remanescente e a reacional invadidas por bactérias. Concluiu-se que a aplicação de ácido diretamente sobre polpas estressadas, em dentes com cárie profunda, aumentará, consideravelmente, os fenômenos patológicos pulpares presentes, podendo levar à necrose total.

Apoio CNPq e UFU

 

 

A130

 

 

Expressão da tenascina, fibronectina e colágeno III em polpas dentárias humanas

E.F. MARTINEZ*; V.C. ARAÚJO.

Departamento de Estomatologia, Faculdade de Odontologia da USP - SP

 

 

A polpa dental é constituída de um tecido conjuntivo frouxo histologicamente formada por células e matriz. Fibronectina e colágeno III são moléculas desta matriz extracelular, distribuídas amplamente não só na polpa dentária, mas também em outros tecidos conjuntivos. A tenascina, também componente desta matriz, tem uma distribuição muito mais restrita, estando evidentemente expressa nos tecidos embrionários. Sendo a polpa dentária um tecido bastante solicitado, tanto na embriogênese para a formação dos tecidos dentais, como na vida adulta, em resposta a diversos estímulos agressores do meio, nos propusemos a estudar a expressão destas moléculas neste tecido. Para tal, selecionamos polpas dentárias humanas normais e com diferentes diagnósticos histopatológicos e realizamos a técnica imunohistoquímica da estreptoavidina-biotina para evidenciação da tenascina, fibronectina e colágeno III. Tenascina, fibronectina e colágeno III se expressaram em todos os tecidos estudados. A periferia das polpas dentárias apresentaram uma intensa positividade para a tenascina e fibronectina, diferentemente do colágeno III que se mostrou ausente nesta região. Em áreas de hialinização, somente o colágeno III se mostrou presente. Nenhum dos anticorpos estudados foram observados em regiões de infiltrado inflamatório. Através dos resultados obtidos, concluímos que é mantida a expressão da tenascina, colágeno III e fibronectina na matriz extracelular de polpas dentárias humanas normais, evidenciando-se diferentes padrões de expressão nos tecidos alterados patologicamente.

 

Apoio financeiro da FAPESP - Processo 97/04805-9

 

 

A131

 

 

Avaliação da eficácia de três substâncias no tratamento da hipersensibilidade dentinária.

Z. CARVALHO*; K. DIAS.

Departamento de Clínica Odontológica UFRJ e UERJ. Fax.: (021) 560-6137

 

 

O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia de 3 substâncias no tratamento da hipersensibilidade dentinária cervical. 45 pacientes foram selecionados e divididos em três grupos : Gr 1 Fluor Gel Tópico Acidulado Sultan DFL; Gr 2 Oxagel ( Art. Dent. ) e Gr 3 Arnica 10% em Orobare ( Farmaciência ). Na primeira seção todos os pacientes receberam instrução de higiene oral, profilaxia e tiveram a hipersensibilidade dentinária avaliada através de uma ficha clínica. Os pacientes retornaram após 7 dias, durante 4 semanas, para reaplicação das soluções. Novas avaliações da hipersensibilidade foram realizadas 30 e 60 dias após as 5 aplicações. Os resuldados foram tratados por ANOVA KRUSKAL WALLIS (p < 0,05). Os postos médios dos grupos foram : Gr 1 = 215,67; Gr 2 = 96,38 e Gr 3 = 94,45. O grupo 1 teve o pior resultado e não foi possível determinar diferença estatisticamente significante entre os grupos 2 e 3. Baseados no estudo, os autores concluíram que a ARNICA e o Oxagel foram dessensibilizantes dentinários mais eficazes que o flúor.

 

 

A132

 

 

Biodisponibilidade da amoxicilina. Estudo in vivo em ratos.

F.C. GROPPO; S. BAGLIE*; T.R. MATTOS-FILHO.

Faculdade de Odontologia de Piracicaba - Unicamp.

 

 

As normas para profilaxia da endocardite bacteriana da American Heart Association mostram a importância clínica da amoxicilina. Poucos são os dados a respeito da concentração tissular que a amoxicilina atinge, uma maior ênfase sempre é dada aos níveis séricos da droga. Este trabalho teve por objetivo estudar a concentração tecidual da amoxicilina. Utilizou-se 60 ratos, nos quais foram implantadas quatro esponjas de PVC. Após decorridos 14 dias da implantação, os animais receberam uma suspensão de amoxicilina, por via oral, na dose de 40mg/kg. Decorridos 15 e 30min, 1, 1 1/2, 2, 4, 6, 8, 10 e 12 horas após a administração, as amostras de sangue, bem como os tecidos granulomatosos foram colhidos. As amostras de sangue foram centrifugadas e 10 µL dos soros obtidos foram distribuídos em discos de papel e, assim como os tecidos, foram dispostos em placas de Petri, contendo ágar Mueller Hinton previamente inoculado com 108 u.f.c. de Staphylococcus aureus (ATCC 25923). Após um período de incubação de 18 horas, os halos de inibição foram medidos e anotados para posterior análise. Previamente, foi construída uma curva de regressão, com o halo de inibição em função dos logaritmos de concentrações conhecidas da droga. Observou-se que o fármaco atingiu níveis acima das concentrações inibitória e bactericida mínimas, no período compreendido entre 30 min e 8 horas após a administração, tanto no sangue (0, 6, 23, 28, 26, 3, 3, 3, 0, 0 µg/mL, nos períodos respectivos) quanto no tecido (0, 17, 38, 103.3, 164.7, 4, 2.67, 2, 0, 0 µg/g, nos períodos respectivos). Os resultados levam a crer que, para a dose estudada, esquemas posológicos de 6/6 horas ou 8/8horas seriam válidos para manter as concentrações antimicrobianas em níveis suficientes.

Apoio CAPES proc. no 04972/96

 

 

A133

 

 

Atividade antimicrobiana de soluções anestésicas tópicas comerciais. Estudo in vivo.

R.S. SILVA*; F.C. GROPPO; M.C. VOLPATO; J. RANALI; J.R. PLÁCIDO.

Faculdade de Odontologia de Piracicaba - Unicamp.

 

 

O objetivo deste trabalho foi verificar as propriedades antimicrobianas de preparações comerciais de anestésicos locais sobre a microbiota oral de voluntários. Colheram-se amostras bacterianas da mucosa oral de 10 voluntários em 3 situações: sem qualquer intervenção (controle), após aplicação de gaze esterilizada e anestesia tópica com 7 diferentes marcas comerciais de anestésicos tópicos (grupo 1) e após aplicação de um jato de ar comprimido, dos mesmos anestésicos e um jato de água (grupo 2). Cada voluntário recebeu, em diferentes sessões, cada um dos anestésicos, sendo os valores basais (controle) obtidos nas mesmas sessões. Após distribuição das amostras em ágar sangue a 5% e Mitis Salivarius ágar, foram obtidas a contagem total de microrganismos e diferencial para estreptococos. Foram obtidas as porcentagens de redução ocasionadas pelos grupos 1 e 2 com relação ao controle, para cada voluntário. Estes dados foram comparados através de análise de variância e pelo teste Wilcoxon/Kruskal-Wallis (p<0,05). Observou-se redução significativa, para a maioria dos anestésicos tópicos, do número de microrganismos totais (entre 55,4 e 83,8% para o grupo 1; 34,8 e 94,9% para o grupo 2), quando comparados ao controle (gaze=56,1%, ar comprimido e água=50,1%) e do número de estreptococos (entre 64,5 e 98,3% para o grupo 1; 29,4 e 98,2% para o grupo 2), quando comparados ao controle (gaze=43,9%, ar comprimido e água=50,1%). O efeito bactericida dos anestésicos tópicos pode ser suficiente para prevenir a introdução de microrganismos no interior dos tecidos. Este fato pode tornar o uso racional e sistemático da anestesia tópica uma arma a mais na prevenção de doenças infecciosas.

Apoio financeiro – SAE/UNICAMP – Proc. no 129.

 

 

A134

 

 

Efeito do diazepam prévio à bupivacaína sobre o sistema cardiovascular.

M.A. BORSATTI*; R.G. Rocha; M. Hirata; F.E.G.Perez; I.P.Tortamano.

Depto.Estomatologia, FO-USP, (011- 818-7813)

 

 

Este estudo duplo-cego cruzado avaliou os efeitos cardiovasculares decorrentes da administração oral de diazepam (Valium®, 10 mg de diazepam), placebo (V2) ou sem pré-medicação (V3-controle) antes da anestesia local para procedimento restaurador. Vinte pacientes normorreativos deambulantes sofreram 3 procedimentos restauradores bilateralmente (6 dentes posteriores inferiores), conforme o esquema: para 3 dentes foi utilizado bupivacaina isolada (18 mg/ 3,6 ml) e para os outros 3, associada a epinefrina (18 mg/3,6 ml) (ensaio aleatório). A pré-medicação era tomada 1 hora antes de cada consulta com apenas um procedimento clinico (2 semanas de intervalo). As pressões sistólica (PS), diastólica (DP) e média (PM) e frequência cardíaca (FC) foram obtidas através de método oscilométrico e fotopletismográfico. Os valores médios foram registrados a cada minuto seguindo a sequência: (1) na sala de espera (5 min.); (2) na cadeira odontológica (5 min.); (3) 2 minutos durante a 1ª AL; (4) 10 minutos após a remoção da agulha; (5) 2 minutos durante a 2ª AL; (6) próximos10 minutos, antes do tratamento da cárie. De acordo com teste ANOVA, não houve diferença significativa entre os grupos de pré-medicação V1, V2 e V3. Levando em conta apenas o fator vasoconstritor durante as fases clínicos encontramos através de teste ANOVA, ausência de significância em relação a FC e, uma diferença significante estatisticamente (<1%) para PS, PD e PM, embora sem manifestações clínicas. Considerando as vias de administração e doses utilizadas, concluímos que a administração prévia de diazepam à anestesia local de bupivacaína mostrou ausência de efeito cardiovascular.

Apoio FAPESP – Proc.96/12564-9

 

 

A135

 

 

Concentrações de fluoreto no plasma, na urina e na saliva de indivíduos com insuficiência renal crônica compensada.

R.A. RIBEIRO*; C.R.M.D. RODRIGUES; T. ANDO; H. ABENSUR.

FO-USP; HCFM-USP - Fone: (032) 212-8840.

 

 

O presente estudo determinou e comparou as concentrações de fluoreto no plasma sangüíneo e na urina de adultos e crianças, bem como na saliva de crianças, com insuficiência renal crônica compensada e com função renal normal. O esquema do estudo incluiu a participação de voluntários residentes em São Paulo ou região, onde fluoreto é adicionado à água de abastecimento. Os indivíduos foram divididos em quatro grupos, a saber: Grupo I - 11 adultos com insuficiência renal crônica compensada; Grupo II - 10 adultos com função renal normal; Grupo III - 11 crianças com insuficiência renal crônica compensada; Grupo IV - nove crianças com função renal normal. As concentrações de fluoreto no plasma sangüíneo, na urina e na saliva foram determinadas utilizando-se um eletrodo específico de fluoreto (ORION - modelo 96-09), através do método de adição conhecida. A análise de covariância não demonstrou uma diferença significante na concentração plasmática de fluoreto (p=0,082), que poderia ser influenciada pela idade do indivíduo. Demonstrou, contudo, um aumento significante na concentração de fluoreto na saliva (p=0,009), bem como uma diminuição significante da concentração de fluoreto na urina (p=0,004), a qual poderia ser influenciada pela gravidade da doença ou pela idade do indivíduo. Pôde ser concluído que insuficiência renal crônica compensada não está associada a um aumento estatisticamente significante da concentração plasmática de fluoreto e coincide com uma diminuição da concentração de fluoreto na urina e com um aumento na concentração de fluoreto na saliva, confirmados estatisticamente, em comparação com função renal normal.

Apoio financeiro CAPES-PICDT-MEC.

 

 

A136

 

 

Ausência de efeitos cardiovasculares induzidos pelo diazepam (IV) prévio à Xylocaínaâ (IV).

I.P. TORTAMANO*; P.L. ARMONIA; M.A. BORSATTI; J.L. SIMONE.

Depto Estomatologia, Faculdade de Odontologia da USP-SP.

 

 

As drogas ansiolíticas têm sido usadas na prevenção das alterações cardiovasculares induzidas pelo tratamento odontológico. Na literatura, os efeitos farmacodinâmicos do diazepam utilizados para este fim é controverso. Assim, foram investigadas as alterações da pressão arterial (PA) e da freqüência cardíaca (FC) provocadas pela administração IV da lidocaína a 2% (0,51 mg/Kg) associada a noradrenalina 1:50.000 (0,51mg/Kg)-Xylocaínaâ precedida ou não pela administração IV de diazepam (0,071 mg/Kg) em 10 cães (Canis familares) sob efeito de anestesia geral (33 mg/Kg de pentobarbital sódico). Os valores da pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM) e da FC foram obtidos continuamente (minuto a minuto durante 105 minutos) por meio de método invasivo e registro eletrocardiográfico (eletrofisiógrafo Beckman - Dynographâ). Foram estabelecidos como valores controle aqueles imediatamente anteriores à 1a e à 2a administração da Xylocaínaâ. O intervalo entre as administrações da Xylocaína® foi de 70 minutos. A administração IV de diazepam ocorreu 60 minutos após a 1a administração da Xylocaína®. Os valores foram submetidos à análise estatística utilizando-se testes "t" de Student (a=0,01). A Xylocaína® provocou aumentos significantes da PAS (21,69%), PAD (14,92%) e PAM (16,49%) quando não foi precedida pela administração de diazepam e aumentos também significantes da PAS (24,92%), PAD (20,94%) e PAM (21,72%) quando foi precedida pela administração de diazepam. Ocorreram diminições significantes da FC de 13,47% e de 12,43% para as respectivas situações. Conclui-se que, se benéfico, o uso dos benzodiazepínicos como coadjuvante nos esquemas posológicos para o combate das alterações cardiovasculares está intimamente relacionado com a sua ação no Sistema Nervoso Central e não por ação direta sobre o Sistema Cardiovascular.

 

 

A137

 

 

Avaliação da força de adesão dentinária em dentes humanos esterilizados com óxido de etileno.

M.S. MIRANDA; K. DIAS; E.F. LOPES*; A.D. TEDESCO; B.L. SILVA.

Depart. de Clínica Odontológica da Fac. de Odontologia da UFRJ e UERJ. Fax.: (021)560-6137

 

 

Dentes humanos extraídos, disponíveis em bancos de dentes, são largamente utilizados em pesquisas e na Dentística para restaurações biológicas. A preocupação com o controle de infeção levou a avaliar dois métodos de esterilização em dentes humanos, e concluíram que estes prejudicaram a adesão. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da esterilização de dentes humanos com óxido de etileno na força adesão de um adesivo dentinário. Foram utilizados 20 terceiros molares hígidos, recém-extraídos, armazenados em água destilada à temperatura ambiente e divididos em 2 grupos: o grupo 1 foi submetido à esterilização física com óxido de etileno e o grupo 2, controle, que não recebeu qualquer tratamento. Logo após, os dentes foram secionados longitudinalmente, e incluídos em resina. As superfícies dentinárias foram planificadas com lixas d’água 400 e 600 e recobertas com uma fita de teflon contendo uma perfuração de 3mm. A dentina foi condicionada com ácido fosfórico a 37% (Dentsply) por 15 segundos e aplicado o sistema adesivo Prime&Bond 2.1 (Dentsply), conforme especificações do fabricante. A resina TPH Spectrum (Dentsply) foi aplicada sobre a dentina, formando um cilindro de 3mm de diâmetro. Após o armazenamento de 7 dias em água destilada à temperatura ambiente foi realizado o teste de cizalhamento em máquina de ensaios, Instrom, 0,5mm/min. Os resultados foram tratados estatisticamente por ANOVA. Médias e DP em Mpa são: Grupo 1 = 15,06+5,98 e Grupo 2 = 10,71+4,19. Não houve diferença estatisticamente significante entre os 2 grupos. Baseado nestes resultados os autores concluíram que a esterilização de dentes humanos com óxido de etileno não prejudicou a adesão dos sistema adesivo testado.

 

 

A138

 

 

Esterilizador de bolinhas: efeito sobre limas edodônticas contaminadas in vitro.

K.C. Bonifácio*; I. Boneti Filho; M. Tanomaru Filho; L.A.B. Silva; K. Sanches; E. mian; I.Y. Ito.

FCFA-UNESP, FORP-USP, FCFRP-USP

 

 

O objetivo do presente estudo foi avaliar o esterilizador de bolinhas na esterilização de limas endodônticas com o emprego de cepas padrão ATCC, cocos gram-positivos: M.luteus #9341, S.aureus #25923, E.faecalis #10541; e bacilos gram-negativos: E.coli #25922 e P.aeruginosa #27853. Os inóculos foram colocados em frascos de Borrel de 25 x 30mm em volumes de 4,0mL, suficientes apenas para recobrir a parte ativa das limas. O teste foi realizado em duas posições, ou seja, no centro e na periferia/borda do aparelho, e em três tempos: 5, 15 e 30 s de exposição. Nove limas tipo K (Maillefer, Suiça) autoclavadas foram mantidas por cerca de 2 minutos para contaminação. A seguir, cada uma das limas foram removidas com pinças esterilizadas e expostas à ação de esterilização, por tempo específico, quando então foram introduzidas em tubos de 18 x 180mm com cerca de 15,0mL de Tioglycolate medium W/O indicator or dextrose (Difco) e incubados a 37ºC. O desenvolvimento bacteriano foi observado a cada 24 ou 48 horas durante 20 dias. Os casos positivos foram submetidos a teste de recuperação das cepas indicadoras, pela semeadura em meios adequados. Os procedimentos foram realizados em câmara de fluxo laminar. Nos casos onde as limas foram colocadas na periferia/borda obteve-se apenas esterilização sobre E.coli em todos os tempos. Nos casos onde as limas foram colocadas no centro, ao contrário, obteve-se casos onde nenhuma esterilização foi observada, isto é, crescimento bacteriano em 100% dos casos (S.aureus nos tempos 5 e 15s e P.aeruginosa no tempo 5s). Conclui-se que nos tempos preconizados pelo fabricante não se consegue uma efetiva esterilização das limas endodônticas.

 

 

A139

 

 

Avaliação do potencial antimicrobiano do hemostático subgalato de bismuto

M.A.N. MACHADO*; S.H. KIM; E.R. ROSA; C.V. PEREIRA; F.H. NOCITI Jr.

V.A.TRAMONTINA. FOP / UNICAMP e-mail danelon@fop.unicamp.br

 

 

O subgalato de bismuto (SGB) é um hemostático local utilizado em tonsilectomias e atualmente também indicado para hemostasia em áreas doadoras de enxerto gengival livre (Kim et al., J bras. Odont. Clin, 1(1):31-4.1997), havendo citações de que os compostos de bismuto teriam ação direta sobre bactérias, bem como interferindo sobre a aderência do microrganismo ao epitélio. O presente trabalho buscou avaliar a formação de halos de inibição de crescimento, para diferentes formulações de géis de SGB, contra gram positivos (Staphylococcus aureus ATCC 25925), gram-negativos (Escherichia coli ATCC 25922) e leveduras (Candida albicans CBS 562). Foram inoculados sobre a superfície de meios de cultura suspensões dos microrganismos, de modo a obter-se uma camada confluente de células. As diferentes formulações dos géis de SGB foram aplicadas no interior de tubos de aço inoxidável (10mm X 6mm) dispostos perpendicularmente sobre as superfícies dos meios de cultura. Um controle positivo (gel de clorexidina 0,12%) foi aplicado, além das bases dos géis sem o hemostático. As diferentes montagens foram incubadas a 370C e a leitura, feita após 48 horas. Não foram observados halos de inibição ao redor de nenhuma das aplicações dos géis de SGB, bem como de suas respectivas bases. O controle positivo forneceu halo de inibição de crescimento para todas as linhagens ensaiadas. O SGB na forma de gel não apresenta eficiência como antimicrobiano, sendo necessário a avaliação desse hemostático, sob outras formas farmacêuticas.

 

 

A140

 

 

Efeito do hemostático subgalato de Bismuto no processo de reparação.

V.A. TRAMONTINA*; M.A.N. MACHADO; G.R. NOGUEIRA-FILHO; S. TOLEDO.

FOP/UNICAMP e-mail: danelon@fop.unicamp.br

 

 

O subgalato de bismuto (SGB) é um hemostático local de efeito adstringente e acelerador da cascata de coagulação pela ativação do fator XII, sendo amplamente utilizado na área médica para tal fim (Maniglia et al., Archs. Otolar., 115(1):92-4. 1989), porém não há relatos do efeito do SGB no processo de reparação. Foram utilizados 55 ratos Wistar no dorso dos quais realizou-se feridas padronizadas pelo uso de um bisturi circular (3,5 mm X 2,0 mm). Uma das feridas foi tratada com SGB e a outra, com solução fisiológica 0,9%. Os períodos avaliados foram de 01, 04, 07, 11 e 18 dias. Foi realizada avaliação histológica qualitativa (H.E.) e microscopia de polarização para avaliação da birrefringência de fibras colágenas. Realizou-se avaliação histométrica através das imagens histológicas digitalizadas e também avaliação macroscópica através de fotografias padronizadas. Os resultados mostraram histologicamente não haver diferenças relevantes entre teste e controle, com síntese de colágeno discretamente maior para grupo controle; macroscopicamente não houve diferença significativa (ANOVA) no padrão de contração lateral das feridas e histometricamente, os parâmetros avaliados mostraram números significativamente maiores para as feridas tratadas com SGB. (ANOVA dias 01 e 04; teste t, p<0,05 nos dias 07,11 e 18). Conclui-se que o SGB é biocompatível aos tecidos, apresentando uma área maior de tecido de granulação pela presença física do material, podendo ser indicado como hemostático, sem efeito inibidor significado sobre o processo de reparação.

Apoio FAPESP processo nº: 95-1623-1

 

 

A141

 

 

Avaliação do efeito de três dentifrícios brasileiros contendo triclosan e associações no desenvolvimento da gengivite experimental em humanos. - G.R. NOGUEIRA-FILHO*, S. TOLEDO; J.A. CURY.

( FOP – UNICAMP).

 

 

O objetivo deste trabalho foi verificar a efetividade clínica das associações entre Triclosan-Gantrez-Zinco-Pirofosfato (dentifrício B), Triclosan-Gantrez (dentifrício C), Triclosan-Zinco (dentifrício D) presentes em três dentifrícios do mercado brasileiro, através do modelo da gengivite experimental, pela comparação destes dentifrícios entre si e com um placebo (dentifrício A). Foi realizado um estudo cruzado, duplo cego, de quatro etapas, numa amostra de 25 voluntários, onde a escovação dental do quarto quadrante da boca foi suprimida pôr 21 dias. Em cada etapa, os voluntários aplicaram um dos dentifrícios na região teste três vezes ao dia, com o auxílio de uma matriz individual de polivinilacetato, isolando esta área da escovação, a qual era realizada no restante da boca com o mesmo dentifrício. Intervalos de dez dias foram respeitados entre as etapas, onde a higiene bucal habitual era realizada com o dentifrício placebo e uma escova dental nova. Após 21 dias, foram avaliados, na região não escovada, os índices de placa ( IP ) de SILNESS & LÖE, de gengivite ( IG ) de LÖE e de sangramento gengival ( IS ) de AINAMO & BAY. Os resultados obtidos ( média ± erro padrão ) após, respectivamente, os tratamentos com os dentifrícios A, B, C e D foram: IP = 1.53± 0.09 a ; 1.09 ± 0.06b; 1.48 ± 0.08 a ; 1.34 ± 0.08 a ; IG= 1.28 ± 0.07 a ; 0.82 ± 0.07b; 1.34 ± 0.08 a ;1.27± 0.07 a ; e IS= 0.56 ± 0.04 a ; 0.39 ± 0.04b; 0.60± 0.05 a ; 0.55 ± 0.04 a ,sendo que médias seguidas de letras distintas diferem estatisticamente (p<0.05). Concluiu-se que a associação Triclosan-Gantrez-Zinco-Pirofosfato foi mais eficiente ( teste "t" ) que o placebo e as demais associações na redução da formação da placa, da gengivite e sangramento gengival.

( FAPESP – Proc. 96/2122-9)

 

 

A142

 

 

Necessidade de tratamento periodontal associada ao acabamento cervical de restaurações.

C.M. STEFANI*; G.R. NOGUEIRA FILHO; F.H. NOCITI JÚNIOR; S. TOLEDO.

Departamento de Prótese e Periodontia – FOP – UNICAMP

 

 

Irregularidades do acabamento cervical de restaurações constituem fatores de retenção de placa bacteriana dos mais freqüentes, dificultando o controle de placa pelos procedimentos habituais de higiene bucal e favorecendo o desenvolvimento da doença periodontal. O objetivo deste estudo foi avaliar as condições periodontais e a necessidade de tratamento ( aplicando os critérios do CPITN ) em função do acabamento cervical de restaurações dentais. Foram examinados 367 elementos dentais restaurados com classes II e V de amálgamas; classe III em resina, restaurações metálicas fundidas e próteses unitárias. Utilizando-se uma sonda periodontal preconizada pela OMS, verificou-se a posição do término cervical da restauração ( supragengíval, subgengival ou ao nível da margem gengival); a presença de defeitos nas restaurações ( falta ou excesso de material restaurador ) e a presença de Grau 2 do CPITN. Após a análise dos dados, foi possível concluir que: 1) o término supragengival ofereceu melhor adaptação marginal e menor freqüência de Grau 2 do CPITN; 2) tanto a falta como o excesso de material restaurador favorecem o desenvolvimento de Grau 2, independente do material utilizado; e 3) nos términos cervicais subgengivais foi maior a freqüência de adaptação marginal incorreta, principalmente casos de excesso de material restaurador, sendo estes os casos de maior ocorrência de Grau 2 do CPITN.

 

 

A143

 

 

Avaliação radiográfica da ação da ciclosporina na evolução da doença periodontal.

P.J. DUARTE*; F.F. DUARTE; A.W. SALLUN; E.A. SALLUN

Departamento de Prótese e Periodontia, FOP - UNICAMP

 

 

Doenças periodontais são lesões que afetam os tecidos que protegem e sustentam os dentes em seus alvéolos e são as principais causas das perdas dos dentes após os 35 anos. Uma vez que a patogênese da doença periodontal ainda não é totalmente conhecida, mas um dos principais fatores responsáveis pela destruição das estruturas de suporte é a participação do sistema imunológico, este estudo teve como objetivo avaliar, através de radiografias, o efeito da ciclosporina (imunossupressor seletivo para linfócitos T) na evolução da doença periodontal induzida em ratos. Foram utilizados 31 ratos, machos (Rattus Norvergicus, Albinus, Wistar, SPF) com peso inicialmente variando de 200 a 240 g e com aproximadamente 2 meses de idade divididos em 2 grupos: Grupo I recebeu sacarose + irritante; Grupo II, sacarose + irritante + ciclosporina. As interpretações das imagens radiográficas, das áreas inter-radiculares, foram realizadas através de microcomputador, software Auto Cad Versão 12 for MS-DOS (CAD OVERLAY versão GSX 4.1). Os resultados obtidos mostraram que radiograficamente houve uma redução na perda óssea do grupo II, quando comparado ao controle, embora não detectada por testes estatísticos. Isto não descarta a possibilidade da ciclosporina participar, em algum grau, nos mecanismos de destruição periodontal.

Apoio financeiro: CNPq, proc. 132497/92-1

 

 

A144

 

 

Tratamento de furca classe II com membrana de colágeno. Estudo clínico em humanos.

J.A. CIRELLI*; E. MARCANTONIO Jr.; C. ROSSA Jr.; R.A.C. MARCANTONIO

Depart. de Diag. e Cir. - F.O.Ar.- UNESP - fax:(016)2224328

 

 

O presente estudo teve por objetivo avaliar clinicamente, em humanos, a eficiência de uma membrana absorvível de colágeno bovino tipo I (Grupo Teste) no tratamento de defeitos de furca grau II, em molares inferiores, pela técnica de Regeneração Tecidual Guiada (R.T.G.), comparando-a a uma membrana de copolímero de glicolídeo e lactídeo (Grupo Controle). Foram tratadas 24 lesões em 16 pacientes, divididas aleatoriamente para os dois grupos. Quatro semanas após o tratamento básico, foram obtidas medidas clínicas iniciais de nível clínico de inserção (NCI), profundidade de sondagem vertical e horizontal (PSV e PSH) e recessão gengival (RG) e em seguida realizado o tratamento cirúrgico dos defeitos pela técnica de R.T.G.. Após 6 meses, os dentes foram reavaliados clinicamente, sendo encontrados os seguintes resultados para os grupos Teste e Controle, respectivamente: ganho de NCI de 0,65mm e 0,74mm, redução de PSV de 1,31mm e 1,66mm, redução de PSH de 2,09mm e 2,40mm, RG de 0,65mm e 0,92mm. A avaliação estatística dos dados clínicos foi realizada através do teste t-Student não tendo sido observado diferença significante entre os dois grupos. De acordo com os resultados podemos concluir que ambas as membranas apresentam eficiência semelhante no tratamento de lesões de furcas grau II em molares inferiores.

Apoio financeiro - CNPq

 

 

A145

 

 

Influência da condição gengival sobre a profundidade de sondagem.

R. CONSUELO; M.m. holzhausen*; E. MARCANTONIO Jr.; R.A.C. MARCANTONIO.

Depart. de Diag. e Cir.–FOAr – Unesp – fax (016)2224328

 

 

O objetivo deste estudo foi avaliar a influência das condições clínicas periodontais sobre a profundidade de sondagem com sonda periodontal computadorizada de pressão controlada (SC) e sonda manual (SM). Foram avaliados 405 dentes, totalizando 2430 sítios de acordo com os parâmetros clínicos de índice de placa (IPl), índice gengival (IG) e profundidade de sondagem. O exame clínico foi realizado em dois momentos distintos onde inicialmente foram realizados os IPl, IG e profundidade de sondagem com sonda manual todos por um mesmo examinador previamente calibrado. Após 7 dias novo exame foi realizado que consistiu em sondagem dos mesmos pontos com sonda computadorizada de pressão controlada, feito por outro examinador (diferente do primeiro). Os dados obtidos foram analisados estatisticamente através de análise de variância a um critério fixo. Os resultados obtidos demonstraram que para SC e SM houve um aumento estatisticamente significante da profundidade de sondagem quanto maior foram os graus de IG e IPl. A diferença entre as duas sondagens também foi maior com o aumento do IG e IPl, embora não tenham apresentado linearidade no aumento. Baseado nos resultados obtidos, pôde-se concluir que o grau de IG e IPl podem influir na medição da profundidade de sondagem utilizando-se de sonda manual ou computadorizada de pressão controlada.

Apoio financeiro da CAPES

 

 

A146

 

 

Avaliação do aprendizado de sondagem periodontal na graduação da FOUSP.

L. LIMA*; F. CIRANO; G. ROMITO; F. PUSTIGLIONI; J.H. TODESCAN.

Univ. de São Paulo

 

 

Procurou-se verificar a variabilidade e a reproducibilidade da profundidade clínica de sondagem realizada por alunos do curso de Periodontia. Foram examinados 97 pacientes por 69 alunos. Os alunos receberam orientação sobre como realizar os procedimentos de sondagem. Examinou-se dois dentes de cada grupo dentário: anteriores (A), pré-molares (P) e molares (M). Obteve-se 6 medidas de cada dente: MV, ML, CV, CL, DV e DL. Os dados foram anotados e arquivados pelos autores de modo que os alunos não tivessem acesso. Uma semana após a primeira coleta de dados (M1,M3), os alunos repetiram a sondagem nos mesmos sítios (M2,M4). Nenhum tipo de tratamento foi realizado no intervalo entre as medidas (M1-M2, M3-M4). A primeira etapa (M1-M2) foi realizada no início do semestre e a segunda (M3-M4), ao final. A análise dos resultados verificou as diferenças entre M1-M2 e M3-M4. Um percentual das medidas foi reproduzido "sem diferença" (S), 36-61% para (A), 29-58% (P) e 31-44% (M). A ANOVA não mostrou diferenças entre os resultados (S) obtidos para A, P e M respectivamente (Fcalc= 2,81<Fcrítico=3,68). As medidas que variaram "para cima" (C) representaram 18-26% para A, 20-38% para P e 20-31% para M. A ANOVA não mostrou diferenças entre os resultados (C) obtidos para os A, P e M respectivamente (Fcalc= 1,19<Fcrítico=3,68). As medidas que variaram "para baixo" (B) representaram 15-25% para A, 11-28% para P e 20-27% para M. A ANOVA não mostrou diferenças entre os resultados (B) obtidos para A, P e M respectivamente (Fcalc= 0,72<Fcrítico=3,68). A análise estatística utilizou o nível de significância de 5%. Nossos resultados indicaram que a distribuição das medidas entre os resultados (S), (C) e (B) não mostrou diferenças significantes, sugerindo que a reproducibilidade da sondagem independeu do grupo de dentes analisado.

 

 

A147

 

 

A Doxiciclina no Tratamento da Periodontite de Progressão Rápida.

E. DIAS DA ROCHA*; W.A.S. MACHADO; R.G. FISCHER.

Departamento de Periodontia, FO-UERJ, Rio de Janeiro. e-mail: edurocha@barralink.com.br

 

 

Este estudo teve como objetivo verificar a eficácia da administração da doxiciclina em conjunto à raspagem subgengival no tratamento da periodontite de progressão rápida. Doze pacientes (3 homens e 9 mulheres) com periodontite de progressão rápida foram tratados num estudo duplo cego. Seis pacientes (grupo-teste) receberam raspagem subgengival e alisamento radicular concomitante à administração de doxiciclina por via sistêmica (200mg iniciais no primeiro dia + 100mg/dia por mais 14 dias), e os outros seis (grupo-controle) tiveram a raspagem subgengival adjunto ao placebo prescrito da mesma forma. Os parâmetros clínicos (índice de placa, índice gengival, sangramento à sondagem, profundidade de bolsa e nível de inserção) foram examinados antes do tratamento, aos 28 dias, aos três meses e aos seis meses. Todos os pacientes receberam reforço de métodos para higienização mensalmente. Os resultados demonstraram que o grupo-antibiótico teve uma maior redução no índice de placa em relação ao placebo, principalmente aos 28 dias e aos 3 meses. Os dois grupos obtiveram redução semelhante no índice gengival e sangramento à sondagem. A diminuição de profundidade de bolsa foi cerca de 10% maior para os que tomaram a doxiciclina, tendo sido acentuada em bolsas profundas. O ganho de inserção para o grupo-antibiótico (28,1%) foi quase o dobro do placebo (15%) aos 28 dias, com significância estatística, vantagem que se manteve até os 6 meses. Em ambos os grupos a doença continuou a progredir no período do estudo. Conclui-se que a doxiciclina sistêmica demonstrou ser benéfica quando utilizada junto à raspagem subgengival em pacientes com periodontite de progressão rápida.

 

 

A148

 

 

Avaliação periodontal após tratamento ortodôntico

M.B.C. RIBEIRAL*; A.M. BOLOGNESE; E.J. FERES FILHO.

Disciplina de Periodontia, Faculdade de Odontologia da UFRJ

 

 

Há controvérsias entre os autores quanto à ocorrência de alterações periodontais após o tratamento ortodôntico. O objetivo deste estudo foi avaliar a situação periodontal de pacientes com 17 a 26 anos, ortodonticamente tratados há pelo menos 2 anos, em comparação a pacientes de idades semelhantes, não tratados. O grupo experimental foi constituído de 53 pacientes e o grupo controle, de 51 estudantes de odontologia. Foram avaliados os índices de placa e gengival, além da profundidade de bolsa à sondagem, o nível clínico de inserção e a retração gengival. Todos os pacientes apresentaram mais de 91% dos sítios com placa dental ausente ou não visível e ausência de sangramento à sondagem. A presença de sangramento à sondagem foi 5,4% mais frequente no grupo experimental, com as principais diferenças observadas nos segmentos póstero-superiores. Alterações visuais de inflamação foram frequentes no segmento ântero-inferior devido à presença do retentor fixo tipo barra lingual. Os pacientes ortodonticamente tratados apresentaram maiores valores médios, estatisticamente significantes (p<0,01 Mann-Whitney), em relação aos não tratados quanto à profundidade de bolsa à sondagem, nível clínico de inserção e retração gengival. Perda de inserção igual ou maior que 3 mm e profundidade de bolsa igual ou maior que 4 mm foram mais frequentes no segmento póstero-superior. O tratamento ortodôntico, na adolescência, pode constituir um fator de risco para a ocorrência de alterações periodontais.

 

 

A149

 

 

Relação entre status gengival, imunossupressão e leucopenia em crianças HIV+.

M.B. PORTELA*; I.P. SOUZA; G.F. CASTRO; C. NISHIO; C.C. ESTEVES.

Odontopediatria F.O./IPPMG/ UFRJ. Fax: 560-6137 r.2101

 

 

O objetivo dete estudo é apresentar o status gengival de 35 crianças com diagnóstico definitivo para a infecção para o HIV, entre 2 -12 anos (6,68 + 2,52), de ambos os sexos, pacientes do Ambulatório de Aids Pediátrica IPPMG/UFRJ, e sua relação com o n° de leucócitos (L) e imunossupressão (CD4). Após o consentimento assinado por parte dos responsáveis, o exame oral foi realizado por um únivo examinador. Utilizou-se o índice gengival (IG) descrito por Loe & Silness (1967) modificado, para que as crianças fossem classificadas em S= sem alteração gengival (IG=0); GL= gengivite leve (IG= 0,1 a 1,0); GM= gengivite moderada (IG= 1,1 a 2,0); GS= gengivite severa (IG=2,1 a 3,0); G= apenas 1 dente com alteração (IG< 0.1). O CD4 e L foram coletados a partir dos prontuários médicos. A frequência de crianças com e sem alteração gengival foi 80% e 20% respectivamente. Apenas 2 crianças tiveram GM e nenhuma teve GS. Para as correlações utilizou-se o teste do Qui-quadrado.

S (n=7) GL (n=20) G (n=6)

% CD4 23,8 ± 10,7 20,0 ± 12,5 18,7 ± 9,7

Imunossupressão grave 14,3% 35% 33,3%

Leucopenia 0 25% 16,7%

Três crianças (8,6%) tinham eritema linear gengival e todas (100%) apresentaram imunossupressão grave (GI) (CD4= 4,0%) e leucopenia, assim como aquelas com GM (CD4=3,5%). Apesar de não haver diferença estatisticamente significante entre os grupos, a frequência de pacientes com leucopenia e GI é maior naquelas crianças com alguma alteração gengival, principalmente quando esta é mais severa.

CNPq-104907/97-5

 

 

A150

 

 

Influência da Ansiedade e Depressão na Doença Periodontal em pacientes HIV/AIDS.

L.CARVALHO*; S.FERREIRA; R.G. FISCHER; G. VILLORIA; R. SILVA.

FOUGF, FOUFRJ, FOUERJ, Rio de Janeiro. e-mail: luciah@webcorner.com.br

 

 

O objetivo do presente trabalho foi avaliar a influência da ansiedade e depressão na Doença Periodontal em pacientes HIV/AIDS. 79 pacientes (28 mulheres, 51 homens) com idade variando entre 19-60 anos foram examinados no Hospital-Dia do HUCFF-UFRJ. Esta amostra foi retirada de um estudo longitudinal da doença periodontal em pacientes infectados pelo HIV. Todos apresentavam CD4 £ 500 cels/mm³. Um examinador fez a avaliação periodontal que incluia profundidade de bolsa à sondagem e nível de inserção a sondagem. Todos dentes presentes na boca foram avaliados com uma sonda periodontal PCP-15 (HuFriedy). A escala "Hospital Anxiety and Depression scale" (Zigmond, AS e Snaith, RP. Acta Psychiat. Scand. 1983: 67, 361-370) foi utilizada para estimar a presença de transtornos afetivos (ansiedade/ depressão). Um questionário foi aplicado para avaliar o nível sócio-demográfico da amostra. Foram realizados os testes do X², Kruskal-Wallis para análise estatística dos dados. Dos 79 pacientes estudados, 73 (92,4%) apresentavam doença periodontal (pelo menos 1 sítio com perda de inserção £ 4mm) sendo que 24 (30,4%) apresentavam sinais de ansiedade e 14 (17,7%) sinais de depressão. Ansiedade e depressão não influenciaram estatisticamente a doença periodontal. Sexo, idade, contagem de CD4, escolaridade, renda familiar e estado civil não foram estatisticamente significantes em pacientes com doença periodontal ansiosos e/ou deprimidos. A prevalência de doença periodontal foi alta. No entanto, ansiedade e/ou depressão parecem não influenciar na prevalência da doença periodontal em pacientes HIV/AIDS.

Apoio financeiro do Ministério da Saúde, Brasil.

 

 

A151

 

 

Secreção de fluido crevicular gengival relacionada ao tabagismo

D.G. BASSANI*; C.K. RÖSING.

Deparatmento de Odontologia Conservadora, Faculdade de Odontologia da UFRGS -RS (051) 316 5318

 

 

O objetivo do presente estudo foi avaliar o estado inflamatório dos tecidos gengivais de indivíduos fumantes(F), ex-fumantes(EF) e não fumantes(NF) a partir da análise de secreção de Fluído Crevicular Gengival (FCG) correlacionada à presença ou não de sangramento à sondagem(SS). A amostra constituiu-se de 75 pacientes, os quais perfizeram 375 sítios subdivididos em três grupos iguais (n=25) de F, EF e NF. Cinco sítios de cada paciente foram examinados para a presença de SS. O exame de secreção de FCG foi realizado com tiras de papel filtro padronizadas introduzidas 1mm na entrada do sulco/bolsa gengival por três minutos e foram coradas com nihydrina. As porções coradas das tiras foram medidas com espessímetro. Os resultados foram avaliados por médias e analisados em função da presença de SS por análise de variância (ANOVA p<0,05). Observou-se que em F com SS a média dos níveis de FCG foi de 2,37mm (+1,64) sendo este valor significativamente menor que no grupo dos NF com SS (3,04mm+2,62). Em EF não houve diferenças significativas da média dos níveis de FCG(2,57mm+2,41) quando comparadas a F e NF. Nos sítios sem SS não foram observadas diferenças estatísticas significativas para F, NF e EF os quais apresentaram médias de níveis de FCG respectivamente de 1,46mm+0,90 ; 1,60mm+1,11 e 1,50mm+1,13. Nos pacientes F, quando se estratificou a amostra em função do número de cigarros consumidos por dia e do tempo de uso de cigarros constatou-se não haver diferença estatisticamente significativa na média dos níveis de FCG. Conclui-se portanto que na ausência de SS não houve diferenças no padrão inflamatório gengival determinado pela secreção de FCG. Entretanto, onde a doença está instalada (SS) existe menor secreção de FCG nos pacientes F, seguidos pelos EF e com maior secreção nos pacientes NF.

 

 

A152

 

 

Estudo clínico-microbiológico da doença periodontal em portadores de Síndrome de Down.

L.C. FIGUEIREDO*; B.E.C. TOLEDO; L.C. PARDINI; S.L. SALVADOR.

Dep. Diagnóstico e Cirurgia, Fac. Odontologia Araraquara-UNESP / F: 016-232.1233.

 

 

O Teste BANA (PerioscanÒ) é um método diagnóstico capaz de detectar a presença T.denticola, P.gingivalis e B.forsythus, bactérias anaeróbias associadas à periodontite de adulto. Estudos prévios têm demonstrado maior severidade da doença periodontal em pacientes com Síndrome de Down, entretanto a composição desta microbiota subgengival não tem sido determinada. Neste estudo, avaliou-se a capacidade da hidrólise do substrato BANA, pelas bactérias da placa subgengival de pacientes com Síndrome de Down, em refletir parâmetros clínicos periodontais. A população de estudo consistiu de 50 pacientes institucionalizados: 25 portadores de Síndrome de Down-SD (23,1 ± 7,3 anos) e 25 portadores de Retardo no Desenvolvimento Neuro-Psico-Motor-RDNPM (20,9 ± 7,3 anos) considerados como grupo controle. Os parâmetros clínicos (Profundidade à Sondagem-PS, Sangramento à Sondagem-SS, Escore de Sangramento Papilar-PBS, Perda Óssea Alveolar-PO) e as amostras de placa bacteriana subgengival foram coletadas em seis dentes referência (16, 11, 26, 36, 31, 46). Nos pacientes com SD, a capacidade da placa subgengival em hidrolizar o substrato BANA estava significativamente associada aos parâmetros clínicos: PS, SS e PBS (p<0,05), e nos pacientes com RDNPM estava associada à PS e SS (p<0,05) como observado pela estatística de quiquadrado. A PO foi mais severa nos pacientes com SD do que no grupo controle (p<0,05). O teste BANA pode ser utilizado como adjuvante aos parâmetros clínicos no diagnóstico de infecção periodontal anaeróbia em pacientes com SD.

Apoio financeiro da FAPESP - Processo 96 / 03414-3.

 

 

A153

 

 

Estudo epidemiológico da doença periodontal em crianças e adolescentes escolares.

G.L. PILATTI; I.C. MERÍSIO; E. BELUZZO; J. VERONA*.

Departamento de Odontologia, UEPG - Pr - (042)223- 9355, ramal 53.

 

 

O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência e a severidade da doença periodontal em crianças e adolescentes escolares da rede municipal de Ponta Grossa - Pr. Participaram deste estudo 605 pacientes de ambos os sexos, na faixa etária de 7 à 16 anos, utilizando-se o índice CPITN (Community Periodontal Index of Treatment Needs). A cavidade bucal foi dividida em seis sextantes e todas as faces dos dentes 16, 11, 26, 36, 31 e 46 foram examinadas, utilizando-se uma sonda periodontal desenvolvida pela OMS. Foram atribuídos os seguintes escores: 0 (periodonto normal); 1 (sangramento após sondagem); 2 (sangramento à sondagem e presença de fatores retentivos de placa); 3 (profundidade de sondagem - PS - entre 4-6 mm); 4 ( PS superior à 6 mm). Dos 3629 sextantes examinados pode-se observar maior prevalência dos escores: 1 (n=2087 - 57.5%); seguido de 0 (n=826 - 22.7%); 3 ( n=447 - 12.3%); 2 (n=266 - 7.3%); e 4 (n=3 - 0.08%).Os escores mais altos encontrados em cada paciente foram: 3 (n=270 - 44.6%); 1 ( n= 244 - 40.3%); 2 (n=87 - 14.3%); 4 ( n=3 - 0.5%); e 0 (n=1 - 0.16%). As necessidades de tratamento (NT) mais frequentes para a amostra estudada foram instruções de higiene oral (n=244 - 40.3%) e raspagem e alisamento radicular (n=357 - 59%) (NT I e II). As formas mais avançadas da doença mostraram-se menos frequentes na faixa etária estudada, sendo que a alta prevalência do escore 3 é atribuído à presença de falsas bolsas em dentes em erupção.

Apoio financeiro PIBIC/ CNPQ.

 

 

A154

 

 

Periodontite Juvenil e Presença de Actinobacillus actinomycetemcomitans

J.R. CORTELLI*; S. CAVALCA; D. PALLOS; A.O.C. JORGE.

Departamento de Odontologia, UNITAU/ F. O. São José dos Campos, UNESP

 

 

O objetivo do presente estudo foi avaliar, através de levantamento epidemiológico, a prevalência de Periodontite Juvenil (PJ) como também a presença de Actinobacillus actinomycetemcomitans em indivíduos jovens que procuraram a clínica da Faculdade de Odontologia da UNITAU-SP. Foram examinados 553 indivíduos de 15 a 25 anos de idade (idade média de 19.6 ), 323 do sexo feminino e 230 do sexo masculino. Foram realizados exame clínico periodontal para avaliação de profundidade de bolsa e perda de inserção em 28 dentes (excluiu-se os 3 molares) e exame radiográfico do tipo periapical para avaliar a quantidade de osso alveolar remanescente nos dentes que se apresentaram com perda de inserção clínica ³ 4mm de profundidade. Exames microbiológicos foram realizados em 61 dos 553 pacientes, incluindo-se 11 com características clínicas e radiográficas de PJ, 20 que apresentaram perda de inserção clínica ³ 4mm de profundidade em ao menos 2 dentes e 30 controles. Os resultados encontrados mostraram uma prevalência de 2% (11 pacientes afetados). Nos exames microbiológicos, dos 61 pacientes examinados, somente 4 dos 11 afetados com PJ apresentaram sítios periodontais positivos para Actinobacillus actinomycetemcomitans. Os dados prevalentes encontrados neste trabalho estão de acordo com outros estudos realizados na América do Sul, todavia, a presença de Actinobacillus actinomycetemcomitans detectada em apenas 4 pacientes foi significantemente menor do que as relatadas nos mesmos estudos

Auxílio Financeiro: FAPESP, processo 96/4335-0

 

 

A155

 

 

Biofilme dentadura: detecção de leveduras pela técnica de impressão.

D.M. RODRIGUES*; H.F.O. PARANHOS; R.C. CANDIDO; I.Y. ITO.

FORP-USP e FCFRP-USP.

 

 

A instalação de próteses totais em pacientes desdentados totais pode levar à estomatite protética. Um dos agentes etiológicos mais comuns são as leveduras. O objetivo deste trabalho foi a detecção de leveduras por meio da técnica de impressão da dentadura. Vinte e dois pacientes usuários de prótese total com estomatite foram selecionados na clínica de Prótese Total da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – USP. Após evidenciação do biofilme dentadura com solução glicerinada de fluoresceína sódica a 0,75%. As dentaduras foram levadas ao laboratório de Microbiologia em condições assépticas, transferidas para placas de alumínio e submetidas a encaixamento com cera 7 (Probem), em fluxo laminar. A seguir, adicionou-se o meio de cultura CHROMagar® Candida à cerca de 50ºC e resfriado em geladeira. Passados, aproximadamente, 10 minutos os modelos de meio de cultura eram removidos e colocados em placas de vidro e incubados a 32ºC por 48h em câmara úmida. As colônias com diferentes morfotipos foram isoladas, contadas e as suas localizações anatômicas/geográficas anotadas. A seguir os modelos foram fotografadas. As leveduras foram detectadas em todas(100,0%) próteses, destes 16(72,7%) albergavam duas ou mais espécies e 6(27,3%) apenas uma espécie. Quanto à prevalência a espécie C.albicans foi isolada de 20(90,9%) próteses, C.glabrata de 15(72,3%) e C.tropicalis de 10(48,7%). No que diz respeito a localização anatômica das leveduras, houve predominância do desenvolvimento na área da superfície interna da prótese correspondente a crista do rebordo alveolar residual. A técnica de impressão permite detectar a área da colonização de levedura e o uso de CHROMagar® candida facilita a identificação presuntiva da Candida em cada uma das áreas.

 

 

A156

 

 

Avaliação ultra-estrutural do desgaste de instrumentos cortantes rotatórios diamantados

K.M. RODE*; M.C. VALERA; S.M. RODE.

Depto Materiais Odontol. e Prótese da F. Odontologia de São José dos Campos - UNESP.

 

 

Os instrumentos cortantes diamantados (brocas) tem grande emprego em odontologia devido a sua capacidade de corte. Entretanto, esta eficácia diminui de acordo com o desgaste a que vão sendo submetidos. Este trabalho avaliou comparativamente a eficiência de instrumentos cortantes rotatórios diamantados de diferentes marcas comerciais de fabricação nacional. Para isto foram feitas avaliações do desgaste ocorrido com o tempo, através de análise por microscopia eletrônica de varredura (M.E.V.) e da perda de peso destes instrumentos. Foram utilizadas pontas cônicas invertidas das marcas: K.G. Sorensen, M.K.S., Fava e pontas experimentais de diamante C.V.D.(Chemical Vapour Deposition). Cada uma das pontas foi submetida a uma seqüência de dez perfurações, em lâminas de vidro para microscopia, até totalizar cinqüenta perfurações, sendo pesadas em balança semi-analítica após cada seqüência, sendo a primeira pesagem com a broca nova. Três brocas de cada marca, de cada seqüência, foram metalizadas por ouro, montadas em suporte metálico e analisadas e fotografadas em M.E.V. Jeol 6100. Na análise por M.E.V., observou-se que todas as marcas, após dez perfurações, apresentaram grande perda de diamantes, aumentando com o número de perfurações, com exceção da marca C.V.D. Quanto a análise por perda de peso, não verificou-se diferenças significativas entre o peso inicial e o final nas marcas avaliadas. Os resultados comparativos mostraram que as brocas que apresentaram melhor desempenho foram, em ordem decrescente: C.V.D., M.K.S., Fava e K.G.Sorensen.

FAPESP 97/00808-3

 

 

A157

 

 

Avaliação da ação antimicrobiana de evidenciadores de biofilme em dentaduras.

C.H. LOVATO*; I.Y. ITO; H.F.O. PARANHOS.

Departamento de Materiais Dentários e Prótese, FORP - USP - Fone: (016) 602-4006

 

 

Na literatura, alguns métodos de quantificação do biofilme para avalição de materias de higienização de dentaduras citam o uso de evidenciadores de biofilme dental. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo "in vitro" da atividade antimicrobiana de 24 evidenciadores em concentrações diferentes aplicados em próteses totais. A determinação da atividade antimicrobiana dos evidenciadores foi efetuada pelo método de disco. As placas para o teste foram obtidas pela adição do inóculo em câmara de fluxo laminar vertical. Os discos foram embebidos em soluções evidenciadoras e aplicados em pontos equidistantes. As placas foram mantidas em temperatura ambiente por cerca de 2 horas para difusão. Depois deste período foram incubadas a 37°C por 24 horas. Decorrido o período de incubação, os diâmetros dos halos de inibição e a largura dos aros foram medidos em milímetros. Como resultados, não obtivemos ação antimicrobiana das soluções de fluoresceína sódica a 0,75 e 1,0% e fluoresceína básica a 0,75%, e ainda do vermelho neutro a 1,0%. Estes resultados foram importantes pois, os evidenciadores sem ação inibitória podem ser usados para quantificação do biofilme e depois, em uma mesma sessão, podem auxiliar a remoção do biofilme para cultura microbiana.

Apoio financeiro da FAPESP.

 

 

A158

 

 

Níveis salivares de Streptococcus do grupo mutans após instalação de PPR.

E.P. ROCHA; S.B. FRANCISCO; A.A. DEL BEL CURY; J.A. CURY.

Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP.(altcury@fop.unicamp.br)

 

 

Há na literatura relatos do aumento significativo nos níveis salivares de Streptococcus do grupo mutans (SM) em usuários de prótese parcial removível (PPR). O objetivo da presente pesquisa foi avaliar os índices de SM na saliva de pacientes submetidos à reabilitação oral com PPR. Para tanto, e após a assinatura do termo de consentimento e aprovação do Comitê de Ética, coletou-se amostras de saliva (2,0 ml) estimulada de 30 voluntários, estando os mesmos em jejum e sem realizar qualquer tipo de higiene bucal, em 3 períodos: período 1 (T0): imediatamente antes da instalação da PPR; período 2 (T8): 8 dias após a instalação da PPR; período 3 (T48): 48 dias após a instalação da PPR. Antes de cada visita os voluntários preencheram um diário dietético de 3 dias. Realizou-se diluições seriadas de 10-1 a 10-6 em tampão fosfato, 0,01M, pH 7,4. Alíquotas de 0,05 ml de cada diluição foram semeadas em duplicata em placas de petri contendo ágar mitis-salivarius bacitracina (MSB). As placas foram incubadas em estufa de CO2, à 37 oC, por 72 horas. A identificação dos espécimes foi realizada segundo características morfológicas em aparelho contador de colônias PHOENIX. Os resultados (média e desvio-padrão) obtidos para cada período foram: T0: 1,90 x 106 ± 4,02 x 106 UFC/ml, T8: 9,96 x 106 ± 2,29 x 107 UFC/ml, T48: 3,84 x 107 ± 1,33 x 108 UFC/ml. Realizou-se análise estatística pelo teste t, p<0,05, não havendo diferença estatisticamente significante entre os três períodos analisados. Em vista dos resultados, os autores concluíram que houve aumento no índice de SM na saliva após a instalação da PPR, porém sem diferença estatisticamente significante.

CAPES – Processo 44/97-0

 

 

A159

 

 

Estudo Comparativo da adaptação cervical em coroas totais cimentadas por três técnicas.

O.A.S. FRAGA*; D.L. CUNHA; L. SOTELO; D.F. BALASSIANO; A.B. CRUZ. FERREIRA.

Departamento de Prótese, F.O.U.E.R.J. Tel / Fax- (021) 587 6362

 

 

O vedamento marginal das restaurações merece uma atenção especial, manobras clínicas e laboratoriais devem ser conduzidas de forma a obter uma linha de cimento próxima à 25 micras. O objetivo deste trabalho é avaliar "in vitro", a adaptação marginal de coroas totais cimentadas por três diferentes técnicas. Foram utilizados trinta dentes humanos hígidos, de forma e tamanho aproximados, nos quais foram confeccionados preparos para coroa total, com término cervical em chanfro, mantendo a mesma inclinação das paredes axiais, o diâmetro e a altura cérvico oclusal. Foram confeccionados casquetes em liga de prata para todos os dentes. Posteriormente foram divididos, aleatoriamente, em três grupos. O G-1 para a cimentação pela técnica do pincel em toda a extensão interna do casquete, o G-2 colocação do cimento com pincel apenas na região cervical e o G-3 colocação do cimento com espátula. Foi realizado a leitura da margem cervical, em quatro pontos, antes e após a cimentacão, em um Microdorímetro HMV 2.000(Shimadzu). A cimentação foi realizada com o cimento de Fosfato de Zinco, seguindo as recomendações do fabricante. Com o objetivo de manter uma pressão constante durante cinco minutos, foi utilizada uma pinça calibrada para exercer uma força de 5,0 kg. Os resultados foram analisados estatisticamente pela ANOVA onde p> 0,05 para as medidas antes da cimentação e p<0,05 após a cimentação e o Teste de Tukey que determinou diferença estatística entre os grupos 3 e 2 e 1 e 2, e sem diferença para os grupos 3 e 1. Pode ser concluído que a cimentação pela técnica do pincel na porção cervical foi a que ofereceu uma melhor adaptação, e a colocação do cimento pelas outras técnicas, não apresentaram diferença.

 

 

A160

 

 

Levantamento da confecção das estruturas metálicas de próteses parciais removíveis.

E. PALOMO*; R.C. STEGUN.

Departamento de Prótese – Faculdade de Odontologia da USP – SP – 011-8187883

 

 

Um levantamento foi feito com a maioria dos laboratórios de prótese dental do estado de São Paulo com o objetivo de verificar as técnicas e os materiais que estes usam na confecção da estrutura metálica das próteses parciais removíveis, pois essa é uma parte da odontologia muito trabalhada e com poucos conhecimentos do que realmente se faz fora do meio acadêmico. A metodologia empregada foi a de enviar um questionário de perguntas objetivas para sabermos como é confeccionada a prótese nos laboratórios. Os resultados obtidos demonstraram uma grande variabilidade de respostas e de técnicas diferentes empregadas para a mesma função. Com os dados obtidos parece lícito supor que: 1) haveria necessidade de uma maior padronização entre as diversas técnicas; 2) a variabilidade de liga, técnica de inclusão e materiais é muito grande: 3) o técnico de laboratório que executa os procedimentos é formado em escolas técnicas e 4) de acordo com os dados, os cirurgiões dentistas não enviam desenho de planejamento da estrutura metálica das próteses parciais removíveis.

 

 

A161

 

 

Analise sob microscopia eletrônica de varredura da superfície cerâmica vitrificada e polida.

R.S. NISHIOKA*; M.A. BOTTINO.

Depto Mat. Odont. e Prótese da Fac. Odontologia de São José dos Campos - UNESP.

 

 

Os materiais cerâmicos são largamente utilizados na odontologia restauradora pois preenchem três critérios critérios principais: resistência, adaptação e estética. Uma singularidade é realizar o ajuste oclusal nas restaurações cerâmicas após a cimentação, porém esses ajustes removem a vitrificação o que resulta numa superfície rugosa e isso provoca uma abrasão acentuada no dente antagonista (Monasky & Taylor 1971). O propósito deste estudo foi comparar a eficiência de sete combinações para polimento de uma superfície de porcelana Corologic, após receber a vitrificação convencional, comumente denominada de "glaze". Amostras com 10mm de diâmetro e 2mm de largura foram abrasionadas com uma broca de diamante e as diferentes combinações de polimento foram empregadas. Clinicamente verificou-se que todos os sistemas utilizados proporcionaram uma superfície brilhante, mas a microscopia eletrônica de varredura mostrou que não são capazes de remover as ranhuras da superfície abrasionadas. A amostra que recebeu a vitrificação convencional, produziu uma superfície mais lisa do que qualquer sistema de polimento. Os sistemas de polimento utilizados nesse estudo, não conseguiram reproduzir a superfície original vitrificada

 

 

A162

 

 

Análise dos diferentes métodos de higienização de próteses parciais removíveis

D.C. LAGANÁ; N. SESMA; K.S. TAKADA.*

Departamento de Prótese, Faculdade de Odontologia da USP-SP-Fone:(011)818-7886

 

 

É de indubitável importância a limpeza mecânica e/ou química das próteses parciais removíveis e próteses totais para evitar lesões de mucosa bucal como a estomatite protética. Trinta amostras foram coletadas de dez pacientes orientados a utilizar diferentes métodos de higienização de suas próteses. Eles utilizaram escova de dentes e dentifrício numa primeira etapa, escova de dentes e dentifrício associados à imersão das próteses em solução com limpador efervescente da farmácia de manipulação Fórmula e Ação numa segunda etapa e escova de dentes e dentifrício associados à imersão das próteses em clorexidine na última etapa. Após o prazo de uma semana utilizado em cada etapa, foram retiradas amostras das próteses para avaliação em microscopia eletrônica de varredura. Nas amostras da primeira etapa verificou-se a presença de uma placa bacteriana bem estruturada e espessa. Naquelas da segunda etapa verificou-se que a placa encontrava-se com espessura menor. Já nas amostras da terceira etapa, a placa apresentava-se bem mais delgada que nas demais etapas. Concluiu-se, então, que nenhum dos métodos apresentou-se eficiente a ponto de eliminar completamente a placa bacteriana das próteses. Porém, observou-se que o segundo método foi mais eficiente que o primeiro e que o terceiro foi mais eficiente que os demais.

 

 

A163

 

 

Rugosidade superficial de porcelana feldspática com diferentes tipos de acabamento.

M.T. KAWAGOE*; R.S.A. SHINKAI; F.C. RIBEIRO.

Depto. Prótese - FOUSP-SP e FOP-UNICAMP - (011) 818-7888

 

 

As restaurações em porcelana freqüentemente são ajustadas após sua instalação, gerando a necessidade de se obter uma superfície polida, esteticamente aceitável e inerte aos dentes antagonistas e tecidos gengivais. O objetivo deste trabalho foi avaliar a rugosidade superficial de uma porcelana feldspática submetida a alguns sistemas de acabamento. Foram confeccionadas 60 amostras cilíndricas com a porcelana NORITAKE SUPER PORCELAIN EX-3, Japão, as quais foram planificadas com lixa grana 300, autoglazeadas e aleatoriamente divididas em 6 grupos (n=10 cada) conforme o tratamento superficial: 1) Autoglaze (controle); 2) Desgaste: ponta diamantada FG3098F e FG3098FF (KG Sorensen); 3) Polimento: discos de carbeto de silício KG Sorensen; 4) Polimento: discos 3M Sof-Lex; 5) Polimento: discos KG Sorensen + Pasta diamantada KG Sorensen; 6) Polimento: discos 3M Sof-Lex + Pasta diamantada KG Sorensen. Antes do polimento dos Grupos 3, 4, 5 e 6, a superfície foi desgastada como no Grupo 2. Após o tratamento, a rugosidade superficial foi mensurada com o aparelho SURFTEST 301 (MITUTOYO Co., Japão) através dos parâmetros Ra, Ry e Rz. Os dados foram analisados por ANOVA e Teste de Tukey ao nível de 5%. Para os 3 parâmetros não houve diferença significante entre o Gr. 1 (Ra=0,17± 0,05 mm) e os demais, com exceção do Gr.2 (Ra=1,15±0,14 mm), que foi diferente de todos. Os Gr. 5 e 6 apresentaram os menores valores de rugosidade (Ra5=0,08±0,02 mm e Ra6=0,12±0,08 mm), sendo estatísticamente diferentes dos Gr. 3 e 4 (Ra3=0,23±0,07 mm e Ra4=0,23±0,11 mm). Os resultados sugerem que uma lisura superficial semelhante ao autoglaze pode ser conseguida com os procedimentos de polimento, após simulação de ajuste da porcelana testada.

 

 

A164

 

 

Materiais dentários utilizados em Prótese: pesquisa entre protesistas brasileiros.

R.S.A. SHINKAI; R.A. ZAVANELLI*; F.A. SILVA; G.E.P. HENRIQUES.

Disc. Prótese Parcial Fixa/ FOP-UNICAMP / Tel: (019) 430 5293.

 

 

A longevidade clínica e a relação custo-benefício são aspectos importantes na seleção de materiais dentários e de técnicas restauradoras em Prótese. O objetivo deste trabalho foi avaliar a preferência de protesistas em relação a alguns materiais frente à crescente introdução de novos produtos no mercado. Durante o "Meeting of the Masters"/ 1o. Congresso Internacional em Prótese Dentária/ 1o. Symposium Quintessenz em São Paulo, em setembro de 1997, 400 questionários foram aleatoriamente distribuídos. A maioria dos 76 respondentes, com tempo de graduação variando de 6 meses a 43 anos, exercia atividade clínica (n=71), sendo que destes, 36 (47%) também eram docentes e/ou pesquisadores. Para a cimentação de P.P.F. convencional, o cimento de fosfato de zinco foi o mais citado (79%), seguido pelos cimentos resinoso (25%) e de ionômero de vidro (20%). Entre as ligas metálicas foram listadas: NiCr (n=42), ligas áuricas (n=32), AgPd (n=31) e CuAl (n=2). O material estético mais utilizado foi a porcelana (n=73), seguido pela resina (n=29) e pelo "cerômero" (n=21). Como material oclusal para sua própria boca, a ordem de preferência foi metal (n=54), porcelana (n=36), "cerômero"(n=10) e resina (n=8). P.F. adesivas eram confeccionadas por 66% dos respondentes, e as ligas mais citadas foram NiCr (n=39) e AgPd (n=10). Para "inlay/onlay", o material mais utilizado foi o metal (79%), seguido por porcelana (64%), resina (35%) e "cerômero" (24%). Os resultados sugerem que os entrevistados foram mais conservadores na escolha de materiais dentários, independentemente do tempo de graduação e tipo de atividade (clínica, docência ou pesquisa). Em geral, os materiais de escolha foram os mais tradicionais, os quais apresentam acompanhamento clínico há mais tempo.

 

 

A165

 

 

Interface cerômero-metal: análise microscópica e avaliação da microinfiltração marginal.

V. GIANINNI*; A.F. QUINTAS; D.A.R. FIGUEIREDO; M.A. BOTTINO.

Depto. de Materiais Dentários e Prótese- UNESP – S. J. dos Campos 012-3218166

 

 

O objetivo deste trabalho foi analisar a adaptação cervical entre um cerômero (Targis, IVOCLAIR), e uma liga áurica (Degulor M, DEGUSSA) Em próteses metaloplásticas. Foram executados 10 corpos de prova, na forma de cone, 5 dos quais com retenção mecânica. A fundição foi feita em laboratório comercial, de forma padronizada através de injeção de cera em molde de silicone, seguindo-se a desinclusão e acabamento com brocas de óxido de alumínio. Após fervura em água destilada durante dez minutos, os corpos de prova receberam o Targis conforme as especificações do fabricante. Foi feita a ciclagem térmica (600 ciclos, de 5 e 55º C) e então os corpos foram seccionados ao meio e embutidos em resina; quando do seccionamento, dois corpos sem retenção foram descartados. O espaço existente entre o cerômero e o metal foi mensurado com o auxílio de um microscópio ótico (Hardness Microscope). A análise de infiltração foi realizada pelo método do líquido penetrante. Os resultados foram submetidos ao teste de Mann-Whitney e representados pelo diagrama box-and-whisker-plot. Na estatística o valor mediano do espaço foi de 1,5mm para os corpos com retenção e 6,4mm nos sem retenção. O teste exato de Fisher revelou ausência total de infiltração em 26% dos corpos com retenção e 50% dos corpos sem retenção mecânica.

 

 

A166

 

 

Diminuição da retenção de próteses removíveis, correlacionada à abertura do grampo.

C.A. MUZILLI*; A. MUENCH; M.A. MELONCINI.

Depto de Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia da USP-SP. Fone/Fax: (011) 818-7840.

 

 

A pesquisa, utilizando grampos a barra "I" de Roach, teve por objetivo determinar a diminuição de sua força de retenção e abertura, e correlacioná-los, após 20 mil ciclos de inserção e remoção. Foram ensaiadas 2 ligas a base de Co-Cr (Vera PDI e Wironit) e 4 tipos de grampos (CF, curto- fino; CG, curto-grosso; LF, longo-fino e LG, longo-grosso). Com os dados foram feitas as análises de variância, e teste de Tukey, em separado para diminuição e abertura, e correlação. Quanto à abertura, ligas e grampos não foram significantes. Quanto à diminuição da retenção, as ligas foram semelhantes e grampos foram significantes (p < 0,01). A tabela mostra as médias, para grampos, de diminuição de retenção e abertura, bem como sua correlação. As conclusões foram: as ligas apresentaram comportamento semelhante; os tipos de grampos sofreram aberturas semelhantes, mas a diminuição da retenção do longo-fino (LF) foi a menor; a correlação entre diminuição de força e abertura dos grampos não foi significante.

Médias dos testes de abertura (µm) e diminuição de retenção (g) dos grampos e sua correlação (letras diferentes significam diferenças significantes, p < 0,01, n = 24)

Teste Grampos Correlação

CF CG LF LG

Abertura 13 a 11 a 21 a 23 a r = -0,468

Dimin. retenção 108 b 153 c 79 b 129 b n.s.

 

 

A167

 

 

Evidenciação de fibras e terminais nervosos NADPHd na articulação temporomandibular do rato.

A. SANTOS NETO*; J.P. DAMICO1; M.T. ARROYO1; C.A. CASATTI2; J.A. BAUER1

ICB-USP; 2FO Araçatuba -UNESP F: 818-7261.

 

 

O óxido nítrico é um neuromediador distribuído no sistema nervoso central e no sistema nervoso periférico. Recentemente, tem sido demonstrado nos territórios orofaciais, a presença de fibras e terminais nervosos contendo atividade de uma das enzimas envolvidas na síntese de óxido nítrico, denominada de nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato diaforase reduzida (NADPHd). O propósito do presente estudo foi verificar se fibras e terminais nervosos na articulação temporomandibular (ATM) do rato apresentam atividade da enzima NADPHd. Para isto, ratos Wistar adultos-jovens foram submetidos a perfusão transcardíaca de solução salina, seguido de solução fixadora de paraformaldeído a 4% em tampão fosfato de sódio 0,1 M, pH 7,4. As ATMs foram coletadas e descalcificadas em EDTA a 10%. Cortes histológicos com 40mm de espessura foram obtidos em micrótomo de congelação, submetidos a reação histoquímica para revelar a NADPHd, e depois analizados em microscopia de luz. Os resultados demonstraram a presença de fibras e terminais nervosos NADPHd, principalmente associadas a vasos sangüíneos, distribuídas em todas as regiões da ATM com exceção da porção central do disco articular. Desse modo, pode-se concluir que a ATM do rato é um órgão-alvo de fibras e terminais nervosos NADPHd. Baseado nesses resultados, poderemos desenvolver

 

 

A168

 

 

Prevalência de mordida cruzada em escolares do Rio de Janeiro

J.A.M. MIGUEL; J.P. ANDRADE*.

Mestrado de Odontopediatria - F.O- Universidade do Estado do Rio de Janeiro- UERJ - "jmiguel@trip.com.br"

 

 

A mordida cruzada representa uma das má oclusões mais comumente encontradas na clínica infantil, sendo sua correção indicada precocemente na dentição decídua e mista. Este estudo teve como objetivo avaliar a prevalência da mordida cruzada no período final da dentição mista ou início da dentição permanente, assim como o tipo de mordida cruzada mais freqüente. Para isso foram examinados de maneira aleatória 1250 alunos de 12 anos de idade oriundos de 50 escolas Municipais do Rio de Janeiro. Das 1180 crianças que relataram nunca terem utilizado nenhum tipo de aparelho ortodôntico, 21,5% apresentavam algum tipo de mordida cruzada, sem diferença significativa entre os sexos (p=0,48122934). O teste chi quadrado foi também utilizado para testar a hipótese de diferença significativa entre os sexos quanto ao tipo de mordida cruzada encontrada.

Feminino Masculino Total

Tipo de m.cruzada n % n % n %

Posterior 85 59,8% 52 46,4% 137 53,9%

Anterior 32 22,5% 40 35,7% 72 28,3%

Posterior + Anterior 25 17,6% 20 17,8% 45 17,7%

Total 142 100,0% 112 100,0% 254 100,0%

Pode-se concluir que 21,5% da população estudada apresentaram algum tipo de mordida cruzada aos 12 anos de idade. A mordida cruzada posterior foi a mais prevalente, não havendo diferença significativa entre os sexos (p=0,051488).

Apoio financeiro CNPq.

 

 

A169

 

 

Valores normais da amplitude do movimento mandibular em crianças

C.R. LELES*; J.J.S. MOREIRA NETO; E.M.A. GIRO.

Departamento de Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de Araraquara-UNESP

 

 

A restrição da mobilidade mandibular é um dos principais sinais clínicos de problemas disfuncionais e a medida dos limites de movimento mandibular é uma importante variável na avaliação do estado funcional do sistema mastigatório. Desta forma, medidas de referência da amplitude mínima e máxima destes movimentos devem ser definidos de acordo com as várias faixas etárias. O objetivo deste trabalho foi propor limites de valores normais de mobilidade na avaliação clínica da amplitude de movimento mandibular em crianças. Foram avaliadas 37 crianças com idade de 3 a 11 anos (média de 6,7 anos), sendo 18 do sexo feminino e 19 do sexo masculino. Nenhuma criança apresentava sinais e sintomas relacionados a desordens funcionais, de acordo com os índices anamnético e disfuncional de Helkimo. Com o auxílio de uma régua milimetrada foram obtidas medidas da amplitude de abertura máxima voluntária (AMV), abertura assistida (AA) e movimentos excursivos (ME – lateralidades e protrusão). Posteriormente foram estabelecidos os valores limites associados à distribuição normal (probabilidade de 95%). Houve correlação entre as medidas de movimento mandibular e a idade das crianças e as médias da amplitude normal de mobilidade mandibular foram: AMV= 41,9 (+/-4,7)mm; AA= 44,6 (+/-4,7)mm; ME = 6,9 (+/-1,5)mm. De acordo com os resultados obtidos, os limites de valores normais do movimento mandibular foram estabelecidos em: 33>AMV<51mm e 35>AA<54mm e 4>ME<10mm.

 

 

A170

 

 

Estresse: na etiologia da dor e disfunção da articulação temporomandibular

A .P.S. CASTRO; C.M.F. GUERRA; S.L.M.B. GONÇALVES*; M. KOMINSKY.

Dept. de Odonto. Restauradora, Fac. de Odontologia da UPE-PE Fax: 5581 458 1456

 

 

Um dos assuntos de especial interesse na área de oclusão é a disfunção temporomandibular (DTM). Das diversas teorias sobre a etiologia da dor e disfunção dessa articulação, tem sido extensivamente pesquisada a do conceito psicológico, baseada numa etiologia emocional. Isto posto, os autores se propuseram a avaliar a relação entre fatores considerados estressantes e a ocorrência de distúrbios craniomandibulares. Para tal, foi elaborado um questionário levantando informações, e aplicado nas clínicas integradas e Centro de Controle da Dor Oro-Facial da Faculdade de Odontologia de Pernambuco – FOP-UPE. O questionário abordou situações prováveis que pudessem ter ocorrido na vida dos pesquisados durante os últimos dois anos. A amostra constituída por 200 pacientes, foi dividida em dois grupos: Grupo I (100 pacientes com DTM cadastrados no Centro de Controle da Dor Oro-Facial) e Grupo II (Controle 100 pacientes inscritos nas clínicas integradas). Na análise estatística dos resultados foram utilizados, o teste não paramétrico de Mann-Whitney, o teste qui- quadrado de homogeneidade e, o teste de comparação de proporções. O nível de significância apresentado nas decisões de todos os testes foi de 5% (o "software" utilizado nos cálculos foi o SAS, versão 6.2). Baseado nos resultados, os autores concluíram que houve predominância de respostas relativas as questões de maior impacto emocional como morte, para o Grupo I(63%) em relação ao Grupo II(5,1%); dificuldade sexual, Grupo I(16,1%) e Grupo II(1,1%) e desentendimento conjugal, Grupo I(12,5%) e Grupo II(2,3%) A ocorrência de fatores estressantes que provocaram forte tensão emocional, incidiram com mais predominância nos pacientes do grupo I, do que do grupo II.

 

 

A171

 

 

EMG dos músculos mastigatórios no repouso em pacientes com mialgias.

D.A. BIASOTTO*; R.V. BUZINELLI; F.BÉRZIN.

Dep. Morfologia, Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP.

 

 

Buscou-se no presente estudo investigar a correlação entre dor muscular e atividade eletromiográfica (EMG) nos músculos temporais anteriores e masséteres, bilaterais e suprahióideos, em 62 pacientes com queixas de dor nos músculos mastigatórios, com a mandíbula em posição postural de repouso. A atividade postural foi registrada com o paciente sentado confortavelmente em uma cadeira, empregando-se para captação do sinal um eletromiógrafo computadorizado NICOLET VIKING II com eletrodos bipolares de superfície posicionados no ventre muscular. Quarenta e dois pacientes (67,7%) apresentaram atividade aumentada nos músculos estudados. Foi registrado aumento da atividade no músculo temporal anterior (45,2%) e no músculo masséter (45,2%), bilateralmente e paradoxalmente nos músculos suprehióideos (47,6%). Pelos resultados obtidos houve relação entre aumento de atividade elétrica e dor nos músculos mastigastórios em repouso, embora também seja importante notar que 32,3% dos pacientes não apresentaram aumento da atividade elétrica dos músculos estudados.

 

 

A172

 

 

Contribuição ao estudo da prevalêcia de mordida aberta e mordida cruzada na dentadura decídua

E. AZEVEDO*; A.K. BARREIRA; C.D. SOARES; R.I. FERREIRA; A.C. ALVES.

Departam. Odont. Social. Fac. de Odont.da Univers. Federal da Bahia. % 071-2454154

 

 

O controle das anormalidades oclusais por meio de novos elementos de ação e medidas preventivas só é possível a partir do conhecimento do problema e sua quantificação. Seiscentos e trinta e seis crianças de ambos os sexos, na faixa de 3 a 5 ½ anos de idade, estudantes de escolas particulares na cidade de Salvador, foram examinadas com a proposta de avaliar as possíveis alterações da normalidade na dentadura decídua. Os exames foram realizados nas salas de aula das escolas por duas Cirurgiãs-Dentistas, previamente calibradas, utilizando uma espátula de madeira. Os dados foram analisados pelo programa EPI-INFO 6.02, usando o teste Qui-Quadrado. Foi verificado 234 (36,79%) crianças apresentando algum tipo de maloclusão, com a média de idade de 3,9 anos, não sendo entretanto encontrada diferença entre sexos. A maloclusão mais freqüente foi a mordida aberta anterior (71,8%), sendo mais prevalente na idade de 3 anos (p<0,05). A mordida cruzada posterior apresentou uma freqüência de 30,8% e a mordida cruzada anterior foi encontrada em 9,8% das crianças portadoras de maloclusões. A presença da mordida aberta anterior foi comum em 25 crianças (10,7%) apresentando mordida cruzada posterior, por outro lado, este tipo de oclusão foi encontrada em apenas 2 crianças (0,85%) com alteração de mordida cruzada anterior. Após tais resultados pode-se concluir ser a mordida aberta anterior uma maloclusão muito freqüente em pré-escolares, sendo sugerida a presença dos hábitos de sucção como fator etiológico. Ressalta-se, ainda, a importância do diagnóstico precoce para a interceptação da maloclusão.

 

 

A173

 

 

Avaliação das dimensões do palato em respiradores bucais e nasais.

F.C. FREITAS*; E.P. BASTOS; A. MODESTO; D.B. SILVA; M.C.R. LIMA

Departamento de Odontopediatria e Ortodontia - UFRJ

 

 

O objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre o modo respiratório e as dimensões do palato de 71 crianças (35 meninas e 36 meninos) de 6 a 9 anos de idade (média 7,1). As avaliações clínicas foram feitas em uma escola primária na cidade do Rio de Janeiro. As crianças foram observadas em posição de repouso e constatado se os lábios eram ou não competentes, um espelho resfriado foi usado para atestar o modo respiratório. Baseado no modo respiratório observado, a amostra foi dividida em 2 grupos. As dimensões do palato de ambos os grupos (G1 e G2) foram medidas com compasso tridimensional de Korkhaus. A respiração nasal (G1) foi observada em 54 crianças (76,1%) e a respiração bucal (G2) em 17 (23,9%). Os resultados foram comparados através do teste de Qui-quadrado. Foi observada uma diferença estatisticamente significante para a profundidade do palato quando comparados os 2 grupos: 94,1% do G2 X 66,7% do G1 apresentavam a profundidade do palato maior ou igual a 9 mm (p=0,03). Porém, não foram observadas diferenças significantes para a distância intermolares: 18,8% do G1 X 41,2% do G2 foi menor que 32mm (p=0,08) ou intercaninos: 33,4% do G1 X 29,5% do G2 foi menor que 24mm (p=0,76). Pode-se concluir que apesar dos respiradores bucais apresentarem palato significativamente mais profundo, não houve diferenças significantes nas distâncias intermolares e interaninos.

 

 

A174

 

 

Influência de hábitos parafuncionais na dor facial e disfunção articular.

J.A. SOUZA Junior*; C. M. CAMPARIS; L. BUSO; D. J. MANSUR.

Dep.de Mat. Odont. e Prótese, Faculdade de Odont.de Araraquara - UNESP -Tel.: 55-016-2321233

 

 

O desconhecimento dos aspectos parafuncionais do sistema estomatognático tem provocado grandes frustrações nos profissionais da Odontologia na tentativa de tratar as desordens temporomandibulares, pois a detecção dos hábitos parafuncionais e o seu controle são importantes não só para o diagnóstico, mas também para o prognóstico dessas desordens. Este trabalho avaliou a relação entre hábitos parafuncionais, dores faciais e disfunção articular. Os indivíduos com dor facial e sem dor (controle) foram definidos através de uma questionário auto-aplicável, assim como a freqüência diária de cinco hábitos, durante sete dias: apertamento dos dentes, apoio do queixo na mão, onicofagia, morder os lábios e protrusão do queixo. Esses indivíduos foram submetidos a um exame físico, realizado sem que se soubesse as respostas dos questionários, para determinar a presença ou ausência de disfunção articular. Foram encontrados como resultados significantes uma maior freqüência média de apertamento dental nos indivíduos com dor facial que naqueles sem dor e uma menor freqüência média de onicofagia nos indivíduos com disfunção articular que naqueles do grupo controle.

Apoio financeiro da FAPESP - Processo 96/12047-4

 

 

A175

 

 

Avaliação clínica e radiográfica dos distúrbios de erupção dos caninos superiores

D.N. de SOUSA*; R.A. da SILVA; C.M.C. ALVES.

Departamento de Odontopediatria, UFMA

 

 

Os distúrbios de erupção dos caninos superiores são frequentes em crianças na faixa etária de 11 a 13 anos. Realizou-se uma pesquisa com 500 escolares de ambos os sexos, na faixa etária acima citada afim de se verificar através de exames clínicos e radiográficos a ocorrência de anomalias de erupção dos caninos superiores permanentes levando-se em consideração o tipo, a idade e o sexo. De acordo com os resultados obtidos do total de crianças examinadas, 23,4% apresentou algum tipo de distúrbio. Considerando o sexo e a idade, os meninos de 11 anos de idade apresentaram maior número de casos. As anomalias mais frequentes em ordem decrescente foram: caninos vestibularizados seguidos por apinhamento dental dos caninos superiores e impacção.

Com base nos resultados desta pesquisa, pôde-se concluir que: 1-o percentual de distúrbios de erupção de caninos superiores é bastante elevado em nosso meio. 2-comparando o sexo não houve diferença significante entre eles quanto a ocorrência de anomalias dos caninos superiores permanentes. 3-os fatores etiológicos mais apontados foram espaço insuficiente no arco oclusal devido a uma má posição dos dentes adjacestes, retenção prolongada dos caninos decíduos e cisto dentígero.

 

 

A176

 

 

Padrão eletromiográfico em crianças brasileiras na fase de dentadura decídua

F. G. CARMAGNANI*; M.B.D.GAVIÃO.

Departamento de Odontologia Infantil, Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP/e-mail: mbgaviao@fop.unicamp.br

 

 

O objetivo do presente trabalho foi avaliar a atividade eletromiográfica dos músculos masséter e temporal em 9 crianças brasileiras de 3 a 6 anos, com oclusão morfo-funcional considerada clinicamente normal, portanto sem sinais e sintomas de disfunção. Utilizou-se o eletromiógrafo Nicolet Vicking de 8 canais, eletrodos bipolares de superfície, e analisou-se a atividade eletromiográfica em posição postural (PP), em máxima abertura (MA), em contração voluntária máxima (CVM), em mastigações direita (MD), esquerda (ME) e bilateral (MB). As eletromiografias foram analisadas através do software Origin vs. 3.5, padronizando-se os dados pela retificação, normalização e filtragem dos mesmos e normalização do tempo. O índice de comparação utilizado foi o coeficiente de variabilidade (CV). Os resultados mostraram que os valores do CV foram de 12,98% a 39,54%, Os valores da razão[sinal(EMG)média do sinal] em relação a porcentagem de atividade muscular, para os 4 músculos, na PP, na MA e na CVM, foram em média 1,0; na MD o valor máximo para o masséter direito foi de 2,75 e para o esquerdo 2,25; para o temporal direito de 2,3 e o esquerdo de 2,5; na ME estes valores foram, respectivamente, 2,25, 2.4, 2,5 e 2,5; na MB foram, respectivamente 2,3, 2,25, 2,4 e 2,3. Concluiu-se que na PP e nas posições de MA, e CVM, todas as crianças apresentaram atividade muscular semelhante. Nas MD e ME, para os músculos masséteres houve maior atividade no lado correspondente à mastigação, enquanto que os temporais tiveram atividade elétrica semelhante. Na MB, os músculos temporais de ambos os lados apresentaram maior atividade que os masséteres.

Apoio financeiro da FAPESP - Processo no. 96/07631-9

 

 

A177

 

 

Dor bucofacial em pacientes do Serviço de Medicina Bucal da Faculdade de Odontologia de Araraquara.

C.M. NAVARRO*; M.A. ONOFRE; G. SCAF; M.R. SPOSTO.

Depto. Diag. Cir., Fac. Odont. Araraquara-SP, Fax: (016) 222- 4823

 

 

A dor bucofacial representa um desafio para os dentistas, exigindo ampla experiência clínica para o diagnóstico e tratamento. As dificuldades para se estabelecer a conduta adequada devem-se, algumas vezes, à complexidade clínica e à etiologia multifatorial da dor. O objetivo deste estudo foi avaliar as características de uma população com queixa dolorosa e os tipos de dores bucofaciais, incluindo a ardência bucal. Foram analisados 100 prontuários, selecionados por amostragem sistemática, de pacientes que buscaram atendimento no Serviço de Medicina Bucal da Faculdade de Odontologia de Araraquara, de setembro de 1996 a fevereiro de 1998. As informações foram coletadas dos prontuários por um único examinador e registradas num banco de dados criado no programa Dbase III Plus. Dos 100 pacientes, 59% apresentaram dor (idade média 46,4 anos), sendo 80% mulheres e 20% homens. Na amostra havia solteiros (22%), casados (63%), viúvas (9%) e separados (6%). 66% das viúvas (idade média 67 anos) apresentavam dor. Dentre os tipos de dor as sensações de ardência e queimação representaram 30%. A duração média foi de 13,8 meses, variando de 1 a 384 semanas. Quanto ao curso clínico, 49% eram crônicas. Dor contínua foi observada em 72% dos relatos. Havia sinais físicos compatíveis com a dor em 86% dos casos. Dos pacientes com dor crônica, somente 12% relataram tratamento prévio. Concluímos que fatores como sexo, estado civil e idade podem influenciar os índices de prevalência da dor. Queixas de ardência e queimação, foram mais freqüentes em mulheres. Além disso, a etiologia da dor deve ser prontamente identificada para aliviar o sintoma, pois em quase metade da amostra a dor impedia atividades da vida diária.

 

 

A178

 

 

Prevalência de carcinoma de células escamosas no HUAP – Niterói (R.J.)

N.J.F.GRAÇA*; M.F.M.PESSOA; I.C.MATUCK; T.C.A.GRAÇA; E.P.DIAS.

Pós-Graduação de Patologia Buco Dental / Pós-Graduação de Odontologia Social UFF

 

 

O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência de carcinoma de células escamosas em cabeça e pescoço encaminhados ao Departamento de Patologia do Hospital Universitário Antônio Pedro – Niterói (R.J.) – no período de 1990 a 1997. Através da consulta às requisição de exame histopatológico e dos resultados destas, obteve-se uma prevalência de 81 casos. A idade dos pacientes variou de 26 a 85 anos ( média igual a 55,6 e d.p. igual a 13), pertencendo ao sexo masculino 61,4 % (51), ao sexo feminino 24,6 % (20) e em 12 % (10) não foi possível determinar estes ítens por não constarem das fichas. Os resultados obtidos revelaram que o local de maior prevalência foi a língua (31,3%), seguido pelo palato (16,9%) e o lábio (15,7%). Corresponderam à classificação moderadamente diferenciada 47 % (38), bem diferenciada 36 % (29), sendo importante ressaltar que apenas 2,2 % (2) foram in situ. Este estudo sugere através do teste não paramétrico de Qui-quadrado (p<0,01) que as regiões de língua e de palato apresentam maior prevalência de carcinoma de células escamosas moderadamente diferenciado no sexo masculino, assim como a região de lábio, o tipo bem diferenciado.

 

 

A179

 

 

Estudo epidemiológico de lesões bucais no Serviço Público de Santos

I. WEINFELD*; A. F. A. MORAES; R. K. WEINFELD.

Depto de Ciências Biológicas - UMESP e UMC - SP (011(818-7895)

 

 

Frente a falta de informações em relação ao tipo e à freqüência de lesões bucais no Serviço Público de Santos, propusemo-nos a avaliar a sua prevalência. Analisamos os aspectos clínicos, radiográficos, anátomo-patológicos e laboratoriais de 1280 casos do Serviço de Diagnóstico Bucal de Santos de 1990 a 1997. As alterações observadas foram classificadas como: 1) processos proliferativos não neoplásicos, 2) lesões ulcerativas e vésico-bolhosas, 3) lesões pigmentadas (brancas ou negras), 4) doenças infecciosas; 5) lesões de origem odontogênica, 6) tumores benignos (tecido mole), 7) tumores malignos, 8) glândulas salivares e 9) outras. Observou-se predominância do sexo feminino - 60,5% e 39,5% masculino, sendo leucodermas - 60,4% e média de idade 48,1 ± 20,5 anos (D.P.). As alterações mais significativas, em ordem decrescente, foram: 1o) processos proliferativos não neoplásicos - 19,29% (247/1280), destacando-se hiperplasias fibrosas com nítida associação clínica a indivíduos portadores de próteses mal adaptadas; 2o) tumores benignos - 14,1% (180/1280), principalmente fibromas; 3o) lesões ulcerativas e vésico-bolhosas - 9,4% (120/1280), na maior parte úlceras traumáticas, associadas também a próteses inadequadas; 4o) patologias das glândulas salivares - 9,1% (117/1280), principalmente mucoceles; 5o) tumores malignos - 6,1% (78/1280), predominantemente carcinomas epidermóides. Concluímos que maiores cuidados no diagnóstico preciso das lesões bucais são necessários, considerando-se o alto número de lesões proliferativas e ulcerativas relacionadas freqüentemente a iatrogenias, além da importância do diagnóstico precoce do câncer bucal, que ainda apresenta altos níveis.

 

 

A180

 

 

Modelo para o aprendizado da semiologia estomatológica utilizando tecnologia multimídia

A.A. SHIGEOKA; R.A. HIRATA*; M.C.A. BAIDA; F.R.X. SILVEIRA.

Depto. de Estomatologia, FO – USP, SP. E-mail: frxsilve@siso.fo.usp.br - Fone: 818-7901

 

 

A metodologia de ensino em Semiologia Odontológica utilizada até os dias atuais não consegue suprir totalmente os anseios dos alunos, no que se refere ao equilíbrio dos conteúdos, teórico e clínico. Este trabalho objetivou a criação de um modelo didático para o aprendizado da semiologia estomatológica através da aplicação de tecnologia multimídia em CD-ROM. Neste, são apresentados ao aluno casos clínicos, acompanhados de dados de identificação, sintomatologia, resultados de exames e imagens de casos clínicos, de modo que o graduando, possa, por si só, formular um provável diagnóstico. É importante frisar que o intuito não foi o de editar um livro em CD-ROM e sim, propiciar ao aluno desenvolver a visão clínica de forma a tornar o seu aprendizado mais didático e realista. Os softwares utilizados foram: ALDUS Photo Styler para o tratamento e edição de imagens; Microsoft Office 95; ADOBE Premiére para a edição e criação de vídeo; MACROMEDIA Director 6.0 para a programação multimídia. A lesão escolhida para se realizar o modelo de diagnóstico diferencial foi o Mucocele. Os textos conceituais a serem confrontados são os das lesões: Mucocele, Herpes Simples Recorrente, Eritema Multiforme, Pênfigo Vulgar, Penfigóide Benigno de Mucosa e Síndrome de Stevens-Johnson. Nestes textos há ainda palavras em link (ou hotwords) remetendo o usuário para sub páginas com informações detalhadas . Os autores concluíram que o uso de tal tecnologia é de grande viabilidade e possui grande potencial na criação de instrumentos de aprendizado sob abordagens Construtivistas e Problem Based-Learning, conforme preconizado nos periódicos de educação universitária (J Dent Educ v.61, n.5, p.407-411, 1997 ).

Apoio financeiro da FAPESP - Processos: 96/12060-0; 96/12061-7; 96/12062-3.

 

 

A181

 

 

Avaliação ortopantomográfica das alterações dentoalveolares da síndrome de Down

A.G. ACERBI*; M.H.C.G. MAGALHÃES.

Departamento de Estomatologia, Faculdade de Odontologia da USP - SP

 

 

Dentre as manifestações bucais da síndrome de Down (SD), destacamos os distúrbios de desenvolvimento dos dentes, o mal alinhamento e espaçamento dental. O reconhecimento precoce destas alterações favorece a intervenção terapêutica, principalmente ortodôntica. Dada a praticidade do uso de radiografias panorâmicas no exame destes pacientes, o presente estudo avalia através destas, a qualidade, extensão e prevalência das alterações dentoalveolares da SD. Foram analisadas 64 radiografias de pacientes portadores da SD e 46 de pacientes cromossomicamente normais, seguindo-se a análise estatística. Os resultados obtidos revelam a presença de anodontia parcial em 59% dos pacientes sindrômicos e em 6,5% dos pacientes normais. Os dentes mais freqüentemente ausentes são os incisivos laterais superiores, segundos pré molares superiores e incisivos laterais inferiores. Alterações morfológicas da coroa como dentes conóides, microdontia coroas bulbosas, taurodontia e macrodontia foram observadas em 36% dos pacientes com SD e 4% dos pacientes normais. Quanto à morfologia radicular, 10% dos pacientes de ambos os grupos apresentam alterações sendo a dilaceração a mais comum. O espaçamento dental foi visto em 48% dos pacientes com SD e 20% dos pacientes normais, sendo que este é geralmente localizado na região anterior (superior ou inferior). Espaçamento generalizado foi visto em 5 casos de SD. A giroversão de algum elemento dental está presente em cerca de 40% dos pacientes de ambos os grupos. Concluímos que os pacientes portadores da SD apresentam maior prevalência de anodontias parciais, alterações morfológicas da coroa e espaçamentos dentais quando comparados à população normal, sendo a pesquisa através de radiografias panorâmicas importante para detecção precoce destas alterações.

 

 

A182

 

 

Avaliação do tratamento endodôntico em radiografias periapicais e panorâmicas

C.M.D. SEWELL*; M. FENYO-PEREIRA; J.L. LAGE MARQUES; J. PANELLA

Depto. de Estomatologia, Disciplina de Radiologia, FOUSP – SP (011) 818.7831

 

 

Radiografias periapicais e panorâmicas, com aparelho elipsopantomográfico, são comparadas na avaliação do tratamento endodôntico. Com este objetivo, radiografias realizadas nestas duas técnicas, em 200 pacientes, com pelo menos um dente com tratamento endodôntico, foram analisadas por três examinadores, levando-se em consideração as condições apicais (lesões periapicais), a obturação do canal radicular (tipo de material, preenchimento e limite apical), a restauração do dente e o preenchimento da câmara pulpar. Os resultados, avaliados por análise de variância, mostram que a radiografia periapical define melhor a presença de rarefação óssea periapical difusa, obturação do canal radicular com guta-percha, tratamento endodôntico inadequado, justaposição do material restaurador inadequada para a região anterior e a presença de restauração metálica fundida na região posterior. Para os demais itens avaliados os resultados da análise estatística não são significantes. A concordância de diagnósticos entre examinadores, avaliada pelo teste "t" ao nível de 1%, se mostra superior nas radiografias periapicais. Conclui-se que para a região posterior, tanto as radiografias periapicais como as panorâmicas, podem ser utilizadas na avaliação de dentes com tratamento endodôntico.

Apoio financeiro da FAPESP – Processo 94/4296-9

 

 

A183

 

 

Estudo radiográfico das imagens convencionais e digitalizadas do tecido ósseo frente à mamona.

M.J.A SILVA*- FOUSP; O TAVANO; S.A C.GUIMARÃES; M.F.GOMES

FOB-USP.

 

 

Este trabalho mostra um estudo radiográfico das imagens convencional e digitalizadas do comportamento do osso frente a um polímero derivado da mamona, como substituto ósseo, em cirurgias experimentais, em coelhos. A amostra foi obtida dos segmentos radio-ulnar dos membros apendiculares anteriores, direito e esquerdo, de 12 coelhos, machos, brancos, New Zeland. As tomadas radiográficas foram feitas em aparelho de raios X Dabi Spectro 70X,Dff 40cm, regulado para 70kVp, o tempo de exposição do filme Agfa-M2, foi de 4mAs (8mA x 0,52s) e para a placa de imagem fósforo-fotoativa ( Digora) foi de 2mAs (8mA x 0,26s). As imagens digitalizadas foram processadas pelo sistema de obtenção direta da imagem radiográfica, utilizando um sensor de imagem e manipuladas pelo programa "Digora for Windows", expondo imagens comprimidas (x 0,5), padrão (x 1,0), ampliada (x 2,0), em relevo (3D- terceira dimensão) e com inversão de contraste ( Negativa padrão), além do cálculo de densidades radiográficas computadorizada da área de interesse. As convencionais foram reveladas na máquina Perio-ProII. Pelos resultados do estudo radiográfico das imagens convencionais e digitalizadas, controle e teste, conclui-se que pelas análises quantitativa das radiopacidades pré-estabelecidas, as imagens convencionais e digitalizadas mostram similar desempenho, servindo ainda de critério de padronização e reprodutilidade para avaliação do processo de reparo ósseo e relações de interface na pesquisa de materiais aloplásticos substitutos ósseos biocompatíveis.

 

 

A184

 

 

Comparação e aplicação diagnóstica dos filmes Ultraspeed e Ektaspeed Plus

W.H.SHINTAKU*; M. FENYO-PEREIRA.

Depto. de Estomatologia, Disc. de Radiologia da FOUSP

 

 

Neste trabalho foram comparados os filmes "Ultraspeed" (1941) e "Ektaspeed Plus" (1994) através de fotodensitometria afim de definir qual destes filmes é a melhor alternativa para o uso do C.D. no que se refere à qualidade de diagnóstico. A fotodensitometria, método utilizado para análise e comparação dos filmes radiográficos, mede o grau de transmitância da luz que atravessa uma radiografia. Quanto maior a intensidade de luz que a atravessa, maior será o grau de mineralização do dente, isto é, a estrutura apresenta maior grau de calcificação. O estudo foi feito em dois tempos, num total de 44 tomadas radiográficas, utilizando-se cortes de dentes, variando-se o tempo de exposição (de 0,2 a 2,5 segundos) e o tipo de filme (Ultraspeed e Ektaspeed Plus). Com os dados densitométricos, foi feito estudo estatístico utilizando-se o teste "t de Student" que mostrou uma maior média para o "Ektaspeed Plus" (m=2,09), ou seja, este filme necessita menor tempo de exposição do paciente aos raios-X, que o "Ultraspeed" (m=1,66); e a "análise de ANOVA" que demonstrou a superioridade do "Ektaspeed Plus" diante do "Ultraspeed" nas leituras para o esmalte e dentina. Portanto constatou-se que o "Ektaspeed Plus" é superior ao "Ultraspeed" na análise fotodensitométrica tanto do esmalte quanto da dentina e também necessita de menor tempo de exposição do paciente aos raios-X.

Aluno bolsista CNPQ

 

 

A185

 

 

Lesões bucais em pacientes infectados pelo HIV-Ribeirão Preto

M.C. KOMESU*; D. GREENSPAN; L.A. MacPHAIL; J.S. GREENSPAN

Faculdade de Odontologia de R.Preto-USP/Brazil and University of California San Francisco

 

 

Ribeirão Preto/Brazil tem cerca de 500.000 habitantes e está classificada entre as 5 cidades do país com maior prevalência de casos de AIDS. Nosso estudo utilizou 288 pacientes atendidos na UETDI-HCRP (Unidade Especial de Tratamento das Doenças Infecciosas do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto). 66.7% dos pacientes eram homens, com uma relação homem/mulher de 2/1. A idade média foi de 33 anos (variando de 19 a 80). 66.6% das mulheres se contaminaram através de contato sexual, e entre os homens, o uso de drogas endovenosas foi apontado como o meio mais comum de contágio (21.4%), seguido do grupo relacionado a contatos homo-/bissexual (18.2%). Entre os pacientes clinicamente examinados, 60.1% apresentavam lesões bucais no momento do exame clínico. A lesão bucal mais comumente observada foi a candidíase (37.8%); seguida da leucoplasia pilosa (HL)(12.8%); alterações periodontais (6.1%) e úlceras bucais (3.4%). Não foi observada diferença na freqüência de candidíase em relação ao sexo ou modo de contágio, porém fumantes tendem a apresentar maior freqüência do da lesão (42.2%) quando comparados aos não fumantes (22.5%). HL foi observada mais nos homens (15.1%) que nas mulheres (9.1%), e foi também associada a pacientes com contágio por via sexual. Entre as doenças sistêmicas observadas nos nossos pacientes, as mais comum foram as respiratórias (49.7% dos pacientes); seguida das dermatológicas (42.4%), neurológicas (35.1%) e gastrintestinais (29.5%). Muitos dos pacientes estavam fazendo uso de alguma medicação (90.3%), incluindo antivirais, sulfas, antibióticos e antifúngicos). Concluindo: a população infectada pelo HIV em Ribeirão Preto se constitui basicamente de homens usuários de drogas endovenosas, homo/bissexuais e mulheres contaminadas por contato heterosexual com idade média de 33 anos. A identificação desses pacientes como portadores do HIV se dá tarde no curso da doença, o que nos leva a concluir que uma grande porcentagem da população contaminada ainda não tem consciência da sua condição de portadores do vírus.

 

 

A186

 

 

Comparação entre os filmes "ultra speed D" e "ekta speed E+" na avaliação de densidade óssea mandibular digitalizada de mandíbulas.

R. MANSINI*; I. CHILVARQUER. - Departamento de Estomatologia, Fac de Odontologia da USP-SP.

 

 

Atualmente a manipulação de imagens dentárias digitalizadas é um instrumento para a documentação de alterações do osso alveolar durante o tratamento periodontal e terapias como implantes osseointegrados. Imagem dentária digitalizada de 2 tipos diferentes de filmes intra-orais foram utilizadas para determinar a quantidade óssea mandibular. Uma escala de resina "epoxy" foi posicionada na porção superior de cada radiografia. Essa escala foi utilizada para calibrar a densidade e contraste para todos os filmes intra-orais e também utilizada para a determinação da densidade mineral óssea .A fim de obter a densidade mineral óssea mandibular, os valores médios dos "pixels" dessas imagens digitalizadas foram analisados com o programa Image Pro Plus, versão 1.3 para "Windows". Cada valor de "pixels" da área de interesse teve um valor correspondente em uma determinada área da escala de resina "epoxy". Usando uma equação de regressão, previamente determinada, foi obtida a densidade óssea mandibular através dos valores dos "pixels". A análise estatística consistiu de uma análise de variância analisando a diferença de densidade óssea obtida através dos diferentes tipos de filmes radiográficos "D" e "E+" e entre 3 diferentes posições anatômicas. Não houve diferenças significantes na mensuração da densidade mineral óssea entre os diferentes tipos de filme e diferentes localizações anatômicas (p>0,01). Desde que qualquer um dos filmes testados nesse estudo fornece valores de densidade óssea similares, a avaliação clínica (in vivo) da densidade óssea da mandíbula pode ser estudada reduzindo o tempo de exposição à radiação, utilizando o filme "E+" que é mais sensível, seguindo o princípio ALARA..

Apoio financeiro da FAPESP – Processo 98/00220-9

 

 

A187

 

 

Carcinoma espinocelular bucal: adesão ao tratamento, proservação e mortalidade.

L.J.COSTA*; P.A.S.M.A. CUNHA; M.C.C. SAMPAIO; M.N. XAVIER.

Mestrado em Odontologia/Estomatologia - UFPB - PB.

 

 

A mortalidade por câncer vem sofrendo alterações em vários Estados brasileiros nos últimos quarenta anos. Analisando-as por regiões observa-se freqüência diferente, mas sempre incluída entre as quatro primeiras causa mortis. Propusemo-nos avaliar a adesão ao tratamento, proservação e mortalidade entre portadores de carcinoma espinocelular(CEC) bucal, atendidos no Hospital Napoleão Laureano, João Pessoa-PB. A amostra constou de 108 pacientes, cujo exame anátomo-patológico revelou CEC. Os pacientes foram selecionados a partir de prontuários referentes aos anos 1991/1996, nos quais foram observados os itens citados. Os pacientes foram submetidos a inquérito epidemiológico e convidados a retornar para exame e avaliação clínica. Dos prontuários selecionados, 53 pacientes faleceram; 28 encontravam-se vivos; 27 não localizados. 70% completaram tratamento; 13% realizaram incompletamente e 17% não o realizaram. Entre os pacientes que tiveram seu endereço localizado, ocorreram 64,5% óbitos. Quanto à proservação observou-se tendência a não realização do controle periódico, de forma que apenas 4% retornaram ao serviço. Um número significante de pacientes não realizou o tratamento indicado na época e fez a proservação deficitária, dados estes que interferiram na taxa de mortalidade, enquanto que aqueles que realizaram o tratamento completo a taxa foi consideravelmente baixa.

 

 

A188

 

 

Repercussões bucais da quimioterapia antineoplásica: suporte terapêutico e controle

M.C.T.M.HONORATO*; L.J.COSTA; M.N.XAVIER; M.C.C.SAMPAIO.

Mestrado em Odontologia/Estomatologia - UFPB-PB

 

 

Aproximadamente 40% dos pacientes submetidos à quimioterapia antineoplásica apresentam problemas bucais conseqüentes à ação indireta das drogas quimioterápicas. Objetivamos avaliar e controlar as alterações bucais decorrentes do tratamento antineoplásico. A amostra constou de 10 (dez) mulheres portadoras de câncer de mama submetidas à quimioterapia. Realizou-se avaliação clínica e laboratorial das pacientes durante três ciclos de quimioterapia. Antes do tratamento, foi instituído um suporte terapêutico a base de vitaminas, visando melhorar as defesas orgânicas, e um antidiarréico para minimizar esta reação. Realizou-se ainda, preparo bucal eliminando-se focos de infecção pré-existentes, além do tratamento da candidose eritematosa, observada em 70% (7/10) das pacientes. As alterações bucais encontradas durante a quimioterapia foram: abscesso gengival (10%), estomatite herpética recorrente (10%), xerostomia (10%) e candidose eritematosa que persistiu em 20% das pacientes, mesmo após tratamento antifúngico. 30% das pacientes apresentaram leucopenia e 40% do grupo desenvolveu alterações bucais moderadas não comprometendo o estado geral das pacientes. O preparo bucal prévio à quimioterapia, bem como a aplicação de suporte terapêutico nestas pacientes minimizaram a instalação de candidose e outras alterações bucais.

 

 

A189

 

 

Aspectos citopatológicos da fase subclínica da Leucoplasia Pilosa Oral.

E.P.DIAS*; G.A.C. POLIGNAMO; E.C. FEIJÓ; A. SILVA Jr.; S.M.D. FERREIRA; V.C.F.C. GONÇALVES.

Depto.de Patologia/UFF-RJ.Depto. de Oral Diagnóstico/UFRJ-RJ Email:epd@netgate.com.br

 

 

A Leucoplasia Pilosa (LP) é considerada uma lesão de valor prognóstico na AIDS. Atualmente, a histopatologia e a citopatologia oferecem um diagnóstico preciso da LP, com bases em critérios nucleares indicativos da infecção pelo vírus Epstein-Barr (EBV). A detecção da LP ainda numa fase subclínica pode representar um marcador precoce de imunodeficiência. O objetivo deste estudo foi demonstrar a sensibilidade da Citopatologia no diagnóstico da LP subclínica. Loning et al.,Virchows Arch A,412:127,1987. Fraga-Fernández et al, Am J Clinic Pathol,97(2):262,1992. Leonard et al., J Oral Pathol Med,26:244,1997. Mabruk et al., J Oral Pathol Med,24(3):109,1995. Este foi um estudo prospectivo de 137 pacientes com AIDS ou soropositivos para o HIV, sem lesão clinicamente detectável. Realizou-se colheita bilateral da borda da língua e os 274 esfregaços foram corados pela técnica de Papanicolaou. O principal aspecto investigado foi a presença de alterações nucleares (inclusão Cowdry A, vidro fosco e núcleo em colar). Do total dos pacientes, 39 (28%) exibiram alterações compatíveis com a infecção pelo EBV, sendo 47 mulheres (com 23% de positividade) e 90 homens (com 31% de positividade). A Candida sp. esteve presente em 12% dos casos. Considerando a prevalência máxima de 43%, identificada na literatura para a LP clínica e os nossos resultados, concluímos que: a) a LP é mais freqüente que o relatado na literatura; b) a citopatologia pode fornecer o diagnóstico da LP também nas fases subclínica ou incipiente; c) a citopatologia da borda da língua deve ser incorporada à rotina laboratorial da investigação do diagnóstico da AIDS, bem como do acompanhamento de pacientes soropositivos.

Apoio:Capes/CNPq/Curso de Pós-graduação de Patologia-UFF.

 

 

A190

 

 

Avaliação radiográfica da mistura osso liofilizado-bioapatita em ratas ovariectomizadas.

I.P. DESIDÉRIO*; J.C.ANDREO; A.J.PAVAN; O. TAVANO.

Depto de Morfologia – USP Bauru – jescandr@usp.br.

 

 

A avaliação radiográfica da retirada dos ovários de ratas foi o objetivo deste trabalho, para isto utilizamos 40 ratas(Rattus novergicus): grupo "O" com retirada dos ovários e grupo"E" sem retirada de ovários, controle. Os animais após anestesiados e submetidos à cirurgia tiveram uma perfuração com broca esférica nº 4, na tíbia direita (controle) e outra de igual tamanho na esquerda, preenchida com uma mistura de osso liofilizado com biohapatita. Os animais foram sacrificados nos períodos de 5, 10, 20 e 40 dias, para retirada das tíbias, mantidas em formol a 10% durante um período de 10 dias. As tíbias foram radiografadas em aparelho Dabi Atlante 70X , dff 40cm, 70kV e 4 mAs sobre um filme Agfa M2 e processados na Peri Pro II. A neoformação óssea foi analisada visualmente, com auxílio de um negatoscópio e lupa, (aumento de 2X), em sala obscurecida. Os resultados obtidos mostraram que a neoformação óssea foi maior nos animais do grupo "E" (controle), quando comparada com os animais do grupo "O" (ratas ovariectomizadas). Esses dados permitiram concluir que: a retirada dos ovários interfere de maneira negativa na neoformação óssea.

 

 

A191

 

 

Avaliação da pressão arterial frente a procedimentos odontológicos.

H.C. GALVÃO*; L. PEREIRA PINTO; D.F.S. PACHECO.

Pós-Graduação em Patologia Oral/UFRN.

 

 

A hipertensão é uma patologia de natureza multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados da pressão arterial. O objetivo do nosso trabalho foi verificar a variação da pressão arterial em pacientes submetidos a diferentes procedimentos odontológicos, relacionando também à quantidade de anestésico utilizado. Foram avaliados 80 pacientes, entre 12 e 60 anos de idade, através de um questionário, onde foi investigada a história médica familiar e sinais clínicos sugestivos da doença, bem como registrado o procedimento executado e a quantidade de anestésico utilizado. A mensuração da pressão foi realizada 10 minutos antes e 10 minutos após o tratamento e os resultados, em se tratando de uma pesquisa observacional, foram expressos em percentuais. A exodontia foi o procedimento que demonstrou a maior variação da pressão arterial perfazendo a 59% dos pacientes submetidos a este tratamento, independente da quantidade de anestésico utilizado. A história médica familiar foi o fator de maior significado clínico, tendo em vista que dos 33 pacientes que relatavam a ocorrência da doença nos seus antecedentes, 90% destes demonstraram variação da P.A. no transcorrer do atendimento. Baseado nos dados obtidos, os autores concluíram que a variação da P.A. evidenciada neste estudo foi resultante da liberação de vasoconstrictores endógenos induzidos pelo estresse durante o tratamento odontológico.

Financiado pelo Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral/UFRN

 

 

A192

 

 

Prevalência de hiperostoses maxilomandibulares no município de Piracicaba

T. A. SEMEghini*; O. DI Hipólito Jr.; V. Monteiro - Pedro.

Depto. de Morfologia, FOP/UNICAMP – tulipa@correionet.com.br

 

 

As hiperostoses maxilomandibulares, ou tórus, são formações sésseis ósseas de natureza benigna. Têm a sua prevalência variável de acordo com raça, sexo, hereditariedade e padrões de desenvolvimento ósseo(Hrdlicka, A et al., Am J Phys Antropol; 27:1-67, 1940). Raramente são encontrados antes da primeira, ou após a quinta década de vida ( Eggen, S. et al., Comm Dent Oral Epidemiol; 19: 32-5, 1991).Os tórus palatinos são mais freqüentes em pacientes do sexo feminino (Seah, D.S. et al., Indian Dent J Res; 3: 107- 10, 1992). Entretanto, em relação aos tórus mandibulares, existe uma controvérsia na literatura sobre sua maior incidência quanto ao sexo (Pinn, B. R. et al., J Can Dent Assoc; 61: 1057 - 8; 1063 - 6, 1995; Alvesalo, L., Human Genet; 101:1 - 5, 1997). A proposta deste estudo foi investigar a prevalência das hiperostoses maxilomandibulares no município de Piracicaba, Estado de São Paulo, analisando as fichas de Triagem realizadas no ano de 1997, no Departamento de Patologia e Semiologia da FOP/ UNICAMP. Do total de 1137 fichas observadas (pacientes com idade de 2 a 80 anos), 590 situavam - se na faixa etária entre 20 a 60 anos, na qual observou – se a presença de hiperostoses maxilomandibulares. A análise estatística descritiva dos dados mostrou que 95,56% dos pacientes do sexo feminino e 93,20% dos pacientes do sexo masculino não apresentavam quaisquer hiperostoses; 1,86% dos pacientes do sexo feminino e 5,5% dos pacientes do sexo masculino apresentaram tórus mandibulares; 2,57% dos pacientes do sexo feminino e 1,23% dos pacientes do sexo masculino apresentaram tórus palatinos. Os dados desta pesquisa permitem concluir, nas condições experimentais utilizadas, que no município de Piracicaba a prevalência de tórus palatino é maior nos pacientes do sexo feminino, e a prevalência de tórus mandibular, é maior em pacientes do sexo masculino.

 

 

A193

 

 

Análise quantitativa de células PCNA+ em carcinoma epidermóide oral

A.T.N. NOVELLINO; R.A. FREITAS*.

Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral/UFRN

 

 

A identificação da fração proliferativa dos tumores vem sendo utilizada como indicativo do comportamento biológico de várias neoplasias humanas, influenciando nos seus prognóstico e tratamento. A detecção desta fração tumoral pode ser estimada através de diversas metodologias. O antígeno nuclear de proliferação celular (PCNA), é uma proteína auxiliar da DNA polimerase-d, relacionada à replicação de DNA, sendo assim um potente marcador de proliferação celular. Nosso trabalho tem como objetivo estudar a expressão de PCNA em 10 casos de carcinomas epidermóides orais, sendo 5 de baixo escore (1,8 a 2,4) e 5 de alto escore (2,8 a 3,2), de acordo com sistema proposto por Anneroth et al. (1987), com omissão do parâmetro estágio de invasão por se tratarem de biópsias incisionais. O cálculo do índice de células marcadas pelo PCNA foi obtido através da relação do número de células PCNA+ por 1000 células contadas aleatoriamente em cada caso e multiplicado por 100. Para tal, utilizou-se um retículo para estereologia a fim de se evitar recontagem de estruturas. No grupo dos carcinomas de baixo escore obteve-se o índice de 52,3% de células PCNA+, enquanto que no de alto escore, 81,8%. A análise estatística (teste "t" de student) revelou diferença significativa (p< 0,05) entre os dois grupos estudados. Com base nestes resultados, concluímos que há correlação entre o número de células PCNA+ e a gradação histológica do carcinoma epidermóide oral.

 

 

A194

 

 

Prevalência de fluorose em uma cidade brasileira com água fluoretada, em 1987 e 1997.

M. Maltz; B.B. Silva*; A. Schaeffer.

DOPS Faculdade de Odontologia - UFRGS

 

 

O objetivo deste trabalho foi comparar a prevalência e grau de severidade da fluorose dentária em uma localidade com água artificialmente fluoretada (desde 1976) em um intervalo de 10 anos (1987 e 1997). Foram examinadas 117 crianças com de 8-9 anos em 1987 e 135 em 1997, todas pertencentes à rede escolar pública de Porto Alegre (RS). Foi avaliada a concentração de flúor na água de abastecimento de 1979 à 1996, período de formação e maturação do esmalte dentário da dentição permanente das crianças estudadas. A classificação dos sinais clínicos de fluorose foi feita de acordo com o índice de Thylstrup & Fejerskov (Commun. Dent. Oral Epidemiol., 6: 315-28, 1978), após a remoção da placa e secagem dos dentes. Houve uma grande variação na concentração de flúor na água variando de 0,13-1,11 ppm F de 1979-1987 (10 meses sem fluoretação) e de 0,10-1,02 ppm F de 1988-1996 (8 meses sem fluoretação). A prevalência de fluorose dentária encontrada em 1987 foi de 9% e em 1997, 33%. Quanto ao grau de severidade, em 1987, observou-se 8% das crianças com TF1 e 1% com TF2. Em 1997 o grau de severidade aumentou, 28,15% das crianças apresentaram TF1, 3,71% TF2 e 0,74% TF3. Não houve mudança considerável na concentração de flúor na água de abastecimento neste período de 17 anos. O aumento da prevalência e severidade da fluorose de 1987 à 1997 é, provavelmente, resultado do uso intensivo de diferentes métodos de aplicação tópica de flúor acrescentados à água de abastecimento fluoretada.

 

 

A195

 

 

Efeitos das extrações dos primeiros pré-molares sobre angulação dos terceiros molares

M. G. Carlini; J. J. Capelli; A. C. P., Paiva*

UERJ - Departamento de Ortodontia Tel: (021)587-6388/ 587-6390

 

 

O propósito deste estudo foi avaliar as mudanças no posicionamento dos terceiros molares superiores e inferiores, em pacientes tratados com e sem extração. Foram selecionados quarenta indivíduos brasileiros. Todos os pacientes foram tratados ortodonticamente pela técnica "edgewise", na Clinica de Especialização em Ortodontia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (U.E.R.J.). A amostra foi dividida em dois grupos : a) Grupo 1: 20 pacientes foram tratados com extrações de primeiros pré-molares, b) Grupo 2: 20 pacientes foram tratados sem extrações de primeiros pré-molares. Em cada grupo, haviam 12 meninas e 08 meninos, com uma média de idade de 12 anos e 08 meses no início do tratamento e 17 anos e 04 meses no final do tratamento. A avaliação da angulação do terceiro molar e do crescimento facial foi realizada através de medidas angulares e lineares de 80 radiografias cefalométricas laterais, que foram realizadas nas fases pré e pós-tratamento. Para comparação das medidas no início e no final do tratamento foi aplicado o test "t" pareado de Student. Quando os valores apresentavam grande variabilidade foi utilizado o teste não-pareado de Wilcoson. Nos casos tratados com extrações houve melhor posicionamento dos terceiros molares, com espaço mais favorável à erupção, quando comparado com os casos tratados sem extrações. Uma tendência vertical de crescimento facial, trouxe maiores riscos de impacção dos terceiros molares. Os resultados sugerem que quanto menor a angulação formada entre o longo eixo do terceiro molar e a perpendicular traçada ao longo eixo do segundo molar, maiores serão as chances para os terceiros molares superiores e inferiores , tornarem-se impactados.

 

 

A196

 

 

Avaliação do surto de crescimento puberal através da radiografia dentária.

M.E.L. MORAES*; E. MEDICI FILHO; L.C. MORAES.

Dpto. de Cirurgia, Periodontia e Radiologia, Faculdade de Odontologia de S.J.Campos - UNESP Tel.: 012 321-8166 Ramal 1307

 

 

A avaliação do surto de crescimento puberal (SCP) é fundamental no planejamento dos tratamentos ortodônticos. O objetivo deste trabalho é estabelecer meios para sua avaliação através da radiografia dentária, sem utilizar a radiografia de mão e punho, usada convencionalmente. Com uma amostra de 244 pacientes, sendo 112 meninos e 132 meninas, com idades de 7 a 15 anos, estudamos pelo método radiográfico, a relação entre as fases da mineralização dentária dos caninos, pré-molares, segundos e terceiros molares. Estudamos também a correlação entre as idades cronológica, dentária e óssea quando agrupadas de acordo com as fases do SCP. Para calcular a idade dentária, utilizamos radiografias panorâmicas, aplicando a Tabela de Nicodemo et al. e para calcular a idade óssea, utilizamos radiografias carpais, aplicando o método de Eklöf & Ringertz, pelo "Software" Radiocef. A partir dos resultados obtidos foi possível criar um gráfico no qual relacionamos o SCP com a mineralização dentária, evidenciando que as fases da mineralização dentária acompanham as fases da curva do surto de crescimento. Concluímos que existe correlação positiva alta entre as médias das idades estudadas, quando agrupadas de acordo com as fases do SCP. Com relação ao SCP, concluímos que a curva de crescimento elaborada nesta pesquisa mostra que a mineralização dentária acompanha as fases do SCP, indicando que a relação entre elas é válida, e desse modo, a radiografia dentária pode ser utilizada clinicamente para verificar a época do SCP.

 

 

A197

 

 

Análise da radiopacidade de diferentes substâncias para estudos radiográficos de canais radiculares.

E. Hatanaka; S.M.S. Lamarão*; M. Santos; J.H. Antoniazzi.

Depto de Dentística, Endodontia-FOUSP 818.7839

 

 

Procurou-se determinar o grau de radiopacidade de associações de substâncias, possíveis de serem empregadas em estudos radiográficos de canais radiculares in vitro. As diversas substâncias foram combinadas e manipuladas em grau e pistilo para melhor homogeneização, em seguida a mistura foi vertida em pequenas cubetas transparentes de acrílico e radiografadas padronizando-se o tempo de exposição, revelação e distância focal. Análise da radiopacidade foi realizada no fotodensitômetro. Os resultados mostraram que a maior radiopacidade de 0,48 foi obtida no Grupo I (óxido de bismuto, iodofórmio e glicerol), seguindo-se em ordem crescente Grupo III com 0,57 (óxido de bismuto, dióxido de titânio e glicerol), Grupo II com 0,60 (carbonato de calcio, iodofórmio e glicerol) e Grupo IV com 0,65 (óxido de zinco, dióxido de titânio, iodofórmio e glicerol). Ao aplicar-se o teste de Tukey houve diferença estatística significante ao nível de a=5% entre a radiopacidade das substâncias do GrupoI com os Grupos II, III, e IV. Assim, o Grupo I (óxido de bismuto 1 parte, iodofórmio 2 partes e glicerol 1,0ml) apresenta a associação de substâncias com maior radiopacidade entre as estudadas.

 

 

A198

 

 

Estudo comparativo sobre a halitose em dois grupos etários distintos.

R. TORRES*; R. VIANNA.

Odontopediatria / CEDROS - F.O. UFRJ

 

 

O objetivo deste estudo foi comparar o conhecimento dos usuários do serviço de odontologia (G1 -idade de 19 a 54 anos) e do grupo da Terceira Idade (G2 - a partir de 55 anos) do SESC (centro de atividades/Engenho de Dentro) da cidade do Rio de Janeiro sobre halitose. Foram aplicados 80 questionários, abertos quantitativo e qualitativo, em uma amostra representativa da população alvo versando sobre : ocupação produtiva remunerada, faixa salarial, idade, conhecimento sobre halitose, suas causas, se posui o problema, se o sente ao acordar, se já procurou algum tipo de ajuda profissional, qual a sua frequencia de alimentação,hábitos de higiene oral como escovação dos dentes e da língua, uso de fio dental, bohechos, uso de prótese, sensação de boca seca, prolemas de saúde, uso de algum medicamento e se fumava. A análise dos dados não apresentou diferenças significantes entre os dois grupos, apesar de G1 apresentar maior conhecimento de adjuntos que auxiliam em uma higiene oral apropriada e G2 apresentar uma menor incidencia de tabagismo.Podemos concluir pelo teste de T que não existe uma diferença estatísticamente significante entre os dois grupos e, coincidindo com a literatura, existe um conhecimento relativo sobre a halitose, a maioria acha que não a possui sendo da responsabilidade do dentista o tratamento da mesma.

 

 

A199

 

 

Lesões da mucosa bucal em idosos da cidade de Salvador

C. F. BRANDÃO*; M. A. OLIVEIRA; E. J. B SANTANA; M. C. AGUIAR

Depart. Diagnóstico e Terapêutica - UFBA - TEL/FAX: (071) 336-9479

 

 

O envelhecimento é um processo natural, que resulta em alterações físicas e, às vezes psíquicas, levando os idosos a estado de obsolência para o trabalho do ponto de vista produtivo. Com os avanços da idade, as funções do organismo são comprometidas em menor ou em maior grau, sendo que a maioria das alterações tornam-se crônicas. Em relação a cavidade oral, estas alterações podem ter ou não significado patológico. A mucosa oral do idoso perde em elasticidade, ficando mais susceptível a lesões traumáticas e/ou irritativas. O objetivo do trabalho foi avaliar as condições da mucosa bucal de pacientes da terceira idade em instituições asilares da cidade de Salvador através do estudo clínico das alterações mais freqüentemente encontradas no exame intra-bucal. Para tanto, foram selecionados 674 idosos de instituições asilares de média de idade 75,2 anos, sendo 28,9% homens e 71,1% mulheres. No exame intra-bucal foi observado a presença de lesões em todas regiões da boca. As informações obtidas foram tratadas através do instrumental da Estatística Descritiva, ou seja, medida de tendência central, dispersão e proporções. As lesões mais prevalentes foram Varicosidade Bucal (42,5%), Queilite Angular (35 %), Hiperplasia Papilar Inflamatória (30%), Hiperplasia Fibrosa Inflamatória (22%), Estomatite por Prótese (20%) e Glossite Migratória Benigna (19%). Em vista dos resultados, pode-se observar que a maioria das lesões estão associadas ao uso da prótese.

 

 

A200

 

 

A cirurgia buco-maxilo-facial como especialidade na visão da classe odontológica.

A. C. BREITHAUPT*; R. F. H. MELANI; O. CRIVELLO Jr.

Dpto. de CPTMF, FOUSP - SP.

 

 

A cirurgia buco-maxilo-facial, engloba um conjunto de atuações que vão desde a remoção de dentes inclusos, passa pelas diversas lesões de tecidos moles e duros e chega as decorrentes de trauma, sequelas e deformidades maxilo-mandibulares. Nos dias atuais, ela se encontra em difícil situação pois especialidades médicas avançam de maneira agressiva sobre seu campo de atuação. Pelo acima exposto, despertou-se o interesse em pesquisar qual é a opinião da classe odontológica em relação à especialidade cirúrgica buco-maxilo-facial. Os autores elaboraram um questionário, compreendendo 8 questões: 4 sobre a especialidade e 4 sobre sua formação universitária. As respostas eram discursivas com ampla liberdade de expressão aos entrevistados. Foram distribuídos 250 questionários entre cirurgiões-dentistas não especialistas, sendo que 150 foram analisados. As respostas demonstraram que o especialista em cirurgia buco-maxilo-facial possui um bom conceito na classe odontológica e ficou realçado-se que este profissional necessita de conhecimentos médicos mínimos para sua atuação. Constatou-se que 54,4% dos interrogados já haviam indicado pacientes a este especialista e que 69,7% do total analisado nunca haviam tido qualquer experiência profissional hospitalar. Em relação à formação acadêmica, ficou claro que ela precisa melhorar, sendo muito citado a necessidade de dupla formação: Odontologia e Medicina. Concluímos que a atuação do especialista é respeitada no meio odontológico mas que existe a necessidade do fortalecimento da formação médica geral, não somente para o futuro especialista, mas também, para o futuro cirurgião-dentista.

 

 

A201

 

 

Reposicionamento cirúrgico de segundos molares inferiores usando

R.G. TEIXEIRA*; E.S. BASTOS; B.C. VIDAL

Uniararas- SP- Disciplina de Odontopediatria - Faculdade de Odontologia - UFRJ - RJ

 

 

Segundos molares inferiores permanentes impactados não ocorrem frequentemente. Quando isto acontece, torna-se um sério problema uma vez que o tratamento ortodôntico convencional muitas vezes indica a extração destes dentes. Impacção do segundo molar é geralmente um problema de espaço insuficiente no arco dental. O objetivo deste estudo foi comparar 3 técnicas de reposicionamento de 2ºs. molares inferiores : G1 (inclinação sem enxerto); G2 (inclinação com enxerto e G3 (mobilização corporal com enxerto). O grupo de estudo consistiu de 23 pacientes com 25 segundos molares inferiores impactados ( 20 mediais, 4 verticais e 1 horizontal ) reposicionados. No G1, 11 dentes; no G2 10 dentes e no G3 4 dentes. No G2 utilizou-se um complexo de colágeno tipo I com hidroxiapatita. Os pacientes foram avaliados clínica e radiograficamente por pelo menos 2 anos, no seguinte critério: 1- continuação do crescimento radicular, 2- normalidade pulpar, 3- normalidade da altura da crista óssea adjacente, e 4- patologias em áreas anexas. Os resultados foram 70% de sucesso no G1, 88,89 % de sucesso no G2 e 75% de sucesso no G3. Conclui-se que o material de enxerto utilizado (G2 e G3), gradualmente foi sendo substituído por osso do paciente preenchendo portanto sua função biomecânica e osseoindutiva.

 

 

A202

 

 

Fratura bilateral do arco zigomático em ratos jovens. Efeitos no crescimento facial.

F.C. RABEQUE*; A.A. BITTAR; M.D. NOVELLI; J.G.C.LUZ; F.A.S. CORREIA.

Depto C.P.T.M.-FOUSP.

 

 

Fraturas do arco zigomático são relativamente freqüentes na população em geral. Porém, pouco se conhece sobre sua influência no crescimento facial. Estudo prévio mostrou, que a fratura unilateral do arco zigomático em ratos jovens promove alterações significantes a menor na altura mandibular (FERNANDES et al., Anais SBPqO, v.14, p.164, 1997). Os efeitos da fratura bilaleral do arco zigomático no crescimento facial em ratos jovens foram avaliados através de mensurações cefalométricas. Foram utilizados 30 ratos com um mês de idade. O grupo experimental foi submetido a procedimento cirúrgico sob anestesia geral, sendo realizada fratura bilateral do arco zigomático. O grupo controle não foi operado. Os animais foram sacrificados após período de dois meses e macerados. O crânio foi submetido à tomada radiográfica axial e as hemimandibulares à norma lateral. As mensurações foram realizadas através de um sistema computadorizado e foi utilizado o teste "t" de student para as análises estatísticas. No grupo experimental houve encurtamento do terço médio da face, bem como no ramo mandibular, em ambos os lados. Não houve diferença significante para as diversas mensurações entre os lados direito e esquerdo. Concluímos que a fratura bilateral do arco zigomático no período de crescimento promoveu alterações significantes, com diminuição do comprimento do terço médio da face e da altura do ramo mandibular.

 

 

A203

 

 

Reimplante dental mediato após o tratamento da superfície radicular.

A. ARANEGA*; C.K. SONODA; T. OKAMOTO.

Departamento de Diagnóstico e Cirurgia da FOAraçatuba- UNESP.

 

 

O objetivo deste estudo foi avaliar o reimplante dental mediato em cães após o tratamento da superfície radicular com solução de hipoclorito de sódio a 2% e solução de fluoreto de sódio a 2%, fosfato acidulado pH 5,5. Foram utilizados os segundos incisivos superiores e inferiores de 6 cães adultos jovens sem raça definida. Após a anestesia, os animais tiveram os canais radiculares instrumentados e obturados com cone de guta percha e pasta para obturação. Duas semanas depois, foram realizadas as extrações dos dentes e estes foram mantidos em uma gaze estéril durante 60 minutos. Posteriormente os dentes foram divididos em quatro grupos de 6 dentes e suas superfícies foram tratadas mantendo-os nas seguintes soluções: Grupo I: soro fisiológico por 85 minutos. Grupo II fluoreto de sódio a 2% fosfato acidulado pH 5,5, por 85 minutos. Grupo III: hipoclorito de sódio a 2%, por 60 minutos e em seguida, soro fisiológico por 25 minutos. Grupo IV: hipoclorito de sódio a 2%, por 60 minutos , lavados em soro fisiológico por 5 minutos e mantidos em fluoreto de sódio a 2% fosfato acidulado pH 5,5 por 20 minutos. Após o tratamento da raiz os dentes foram reimplantados e fixados através de colagem de fio ortodôntico e resina composta. Aos 120 dias os animais foram sacrificados e as peças obtidas foram processadas pela técnica de hematoxilina e eosina para estudo histomorfológico. Concluiu-se que: 1) O grupo tratado com flúor apresentou maior quantidade de áreas anquilosadas. 2) O tratamento dos dentes em hipoclorito e/ou fluoreto de sódio reduziu mas não eliminou a reabsorção radicular e anquilose. 3) O grupo Hipoclorito/Fluoreto apresentou menor quantidade de reabsorção radicular e anquilose do que os demais grupos.

 

 

A204

 

 

Análise lexicográfica de um questionário com pergunta aberta

R.W.F. MOREIRA¹; E.C. NOGUEIRA¹; G.M.B. AMBROSANO¹*; J.E. CORRENTE².

¹Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP- SP - ²ESALQ – USP - SP

 

 

A pergunta aberta em um questionário é raramente utilizada devido a grande dificuldade da exploração e análise dos resultados, mas existem casos em que é inevitável por motivos técnicos ou pela própria natureza da pesquisa. Assim, um questionário aberto foi aplicado em 71 cirurgiões dentistas, 60 alunos de Odontologia, 60 médicos e 64 pessoas de outras profissões, num total de 255 pessoas, sobre a função de um cirurgião buco-maxilo-facial. A pergunta foi: o que você acha que um cirurgião buco-maxilo-facial faz? As 255 respostas foram então transformadas em tabelas de distribuição de freqüência (de acordo com a Análise Lexicográfica) dividindo as respostas em: o que faz, qual a região do corpo e o motivo para a procura desse especialista. Entre os médicos, nenhum respondeu a questão em termos de reabilitação, reconstituição ou reparação, havendo uma diferença significativa entre médicos e os outros profissionais. Com relação à região do corpo, existiu diferença significativa entre estudantes de odontologia e pessoas de outras profissões, quando a resposta foi "a boca". Quanto ao motivo para se procurar esse especialista, as respostas dos estudantes e outros profissionais diferiram significativamente dos médicos e dentistas para a resposta "acidente". A resposta "câncer" não foi dada por nenhum médico, não havendo diferença significante entre as profissões. Para problemas de ATM (Articulação Temporomandibular) também não houve diferença significativa na resposta entre as profissões. Todas as comparações foram feitas usando o teste exato de Fisher a nível de 5%. Concluiu-se que a análise lexicográfica e o teste exato de Fisher permitiu analisar um questionário com pergunta aberta, comparando o nível de conhecimento de profissionais a respeito da especialidade cirurgia buco-maxilo-facial.

 

 

A205

 

 

Efeito do jato de bicarbonato de sódio na microbiota cariogênica.

C.R.M. LANZA; J.E.O. LIMA; S.A. TORRES; M.A.A.M.MACHADO.

Depto de Ortodontia e Odontopediatria, FOB-USP.TEL: (014) 2358218

 

 

A profilaxia dentária profissional é importante medida no controle da placa bacteriana e para este fim, o jato de bicarbonato de sódio tem sido usado com eficiência e segurança. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito imediato da profilaxia dentária profissional com o jato de bicarbonato de sódio, na contagem salivar de estreptococos do grupo mutans e de lactobacilos e na recolonização destes microrganismos após 30 dias. Coletou-se 5mL de saliva total estimulada em 32 crianças entre 7-10 anos de idade, em três ocasiões: antes do procedimento, imediatamente após e decorridos 30 dias, sendo o número de UFC/mL saliva destes microrganismos detectado através do sistema Caritest SM e LB em 6 níveis de infecção: 10.000; 50.000; 100.000; 250.000; 500.000 e 1.000.000. Os valores quantitativos obtidos, analisados pelo teste t de Student mostraram que houve uma redução imediata, estatisticamente significativa nos níveis salivares de ambos microrganismos, sendo de 50% para os estreptococos do grupo mutans ( P=0,049; t=1,753) e de 27% para os lactobacilos (P= 0,047; t=1,719). Para os estreptococos do grupo mutans a redução persistiu pelo período de 30 dias, em torno de 27% (P=0,047; t=1,726) o mesmo não ocorrendo para os lactobacilos, que retornaram aos seus valores iniciais. Concluiu-se que a profilaxia dentária com jato de bicarbonato de sódio foi efetiva em promover uma supressão imediata na contagem salivar destes microrganismos, maior e mais duradoura para os estreptococos do grupo mutans que para os lactobacilos.

Apoio financeiro: CAPES

 

 

A206

 

 

Amiloidose secundária na língua e nas glândulas salivares de pacientes com hanseníase virchowiana.

M.R.S.N.COSTA*; G.F. ASSIS; R. N. FLEURY.

Departamento de Morfologia -FOB-USP. Fone Fax: (0l4) 223-0415.

 

 

Algumas patologias de longa duração apresentam como conseqüência a deposição de substância amilóide nos tecidos. Na hanseníase virchowiana um percentual importante de indivíduos desenvolvem amiloidose secundária. Para verificar a intensidade e o padrão de distribuição da substância amilóide na língua e nas glândulas salivares maiores, foram examinadas 40 necrópsias de pacientes do Instituto Lauro de Souza Lima(Bauru-S.P.-Brasil), falecidos com diagnóstico de hanseníase virchowiana e amiloidose secundária. Fragmentos representativos das necrópsias, foram processados para inclusão em parafina e os cortes histológicos corados pelas técnicas de vermelho congo, azul de toluidina e cristal violeta e examinados no microscópio óptico comum e de polarização. Os exames mostraram que do total de necrópsias examinadas em 35% observou-se comprometimento da língua e em 89% das glândulas salivares. Na língua observou-se deposição linear fina de amilóide praticamente só visível pela polarização, principalmente nos vasos sanguíneos. Nas glândulas salivares maiores tanto os vasos, quanto os ductos e ácinos apresentaram focos múltiplos de substância amilóide distribuida em faixas espessas periferifericamente e em pelo menos 5 casos praticamente todos os vasos sanguíneos apresentavam atrofiados com massas grosseiras de amilóide. Concluímos que o maior envolvimento das glândulas salivares se deve ao maior número de estruturas possíveis de deposição amilóide e ao tipo de capilar sanguíneo, que permite a passagem extravascular da proteína SAA(amilóide) de alto peso molecular com mais facilidade do que nos capilares encontrados em orgãos musculares como a língua.

 

 

A207

 

 

Capacidade da calmodulina de se ligar à hidroxiapatita

D.MIGLIARI; D.N.SOUZA; F.N.NOGUEIRA; J. NICOLAU*

Centro de Pesquisa em Biologia Oral, FOUSP – SP. Tel/Fax: (011) 818-7840

 

 

A calmodulina (CaM) é uma proteína acídica presente em todas as células de eucariontes e em muitos flúidos extracelulares. Na saliva, a função desempenhada pela CaM é um tema de especulação. Foi relatada literatura uma certa relação entre o seu conteúdo e a susceptibilidade à cárie (Freund et al. 1983 Dev. Bioquem. 25, 71), bem como relação com disfunção de odor ou de gustação (Law & Hankim 1986 Biochem. Med. Metab. Biol. 36, 118). Proteínas da saliva podem interagir eletrostaticamente com a hidroxiapatita (HÁ), para formar a película adquirida. A finalidade da presente pesquisa é o de verificar se a CaM é capaz de se ligar à HÁ. CaM (Sigma) foi incubada com HA durante 2 horas e centrifugada. O sedimento foi dissolvido em EDTA, dializado e aplicado a uma coluna de octyl-sepharose (1 x 6 cm). Após eluição da CaM usando-se tampão Tris HCl, 20mM, pH 7,4, contendo NaCl 200 e 400 mM, determinou-se a presença da proteína pelo método de Chock & Huang, 1984 (Anal. Biochem, 138, 34). Foi verificada a presença da CaM, adsorvida à HA, indicando uma possível capacidade dessa proteína de participar na formação da película adquirida.

F.N.N., bolsa de I.C. CNPq; J.N., bolsa de produtividade CNPq.

 

 

A208

 

 

Efeito da fumaça de cigarro no desenvolvimento da cartilagem de Meckel.

D. A. BRANDINI*; M. A. SALA; R. A. LOPES.

Departamento de Estomatologia, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto-USP.

 

 

Existem no mundo cerca de 1,1 bilhão de fumantes, consumindo em torno de 6 trilhões de cigarros por ano. O aumento no consumo de cigarros tem incidido também entre as mulheres. Cerca de 30% destas mulheres continuam a fumar durante a gravidez. Além dos problemas cardiovasculares, respiratórios, neoplasias, etc.; o fumo pode provocar na gestação maior incidência de prematuridade, abortos, mortalidade perinatal e neonatal, hipóxia fetal, baixo peso ao nascer e malformação fetal. Assim sendo, trabalhos que venham comprovar a ação do cigarro sobre o concepto, podem ser utilizados para ajudar às mães a mudarem seus hábitos e até mesmo parar de fumar. Nesta pesquisa foi realizado o estudo histológico e morfométrico da cartilagem de Meckel de fetos de ratas (Rattus norvegicus, variedade Wistar) tratadas com fumaça de cigarro. No estudo histopatológico e estereológico observou-se que nos fetos tratados a cartilagem de Meckel apresentava-se pouco desenvolvida, constituída por pequenos condroplastos, ocupando um volume relativo (43,6%) menor que no grupo controle (63,1%). A matriz era mais densa e abundante no grupo tratados (56,4% vs 36,9%). O estudo morfométrico revelou que os condroplastos eram menores nos animais tratados (78,7 mm3) que nos controles (87,6 mm3), sem apresentar, entretanto, alteração de forma. A análise estatística, mediante o teste de Mann-Whitney, revelou a existência de diferenças significativas. Os resultados obtidos permitem concluir que a fumaça de cigarro inalada pela rata grávida durante o período de organogênese tem influência na divisão e diferenciação celular, causando retardo do crescimento e no amadurecimento da cartilagem de Meckel.

 

 

A209

 

 

Biocompatibilidade de dois cimentos dentários no tecido subcutâneo de ratos.

J.CHIBEBE JR*; J.R. MOURA Jr.; A.P.M. GOMES; M.A.C. SALGADO.

Depto de Ciências Básicas, Fac. de Odontologia/UNESP-SJC-012-3218166

 

 

Novos materiais têm sido utilizados para cimentação de restaurações metálicas e de porcelana, como os cimentos de resina composta e os ionoméricos reforçados com monômeros resinosos. Entretanto, por apresentarem ainda pouca longevidade clínica, pouco sabemos sobre suas reações biológicas, já que quando da sua utilização se encontram próximos aos tecidos pulpares e periodontais. Este trabalho teve como objetivo avaliar a reação tecidual de 2 tipos de cimentos implantados na região subcutânea de ratos, a saber: um cimento resinoso (Duo Link - Bisco) e um cimento de ionômero de vidro reforçado com resina (Vitremer Luting Cement - 3M), ambos de dupla cura, os quais foram apenas manipulados e não fotopolimerizados. Foram utilizados 7 ratos machos, 6 do grupo experimental e 1 espécime como controle. O grupo experimental foi dividido em 3 subgrupos de 2 animais para cada período de observação (7, 14 e 21 dias). Em cada rato foram feitos 4 implantes, sendo 2 de cada material testado. No animal do grupo controle, os tubos de polietileno foram implantados vazios. As áreas de tecido peri-impante foram avaliadas em microscopia óptica, sendo classificadas como tendo uma reação discreta, moderada ou grave, de acordo com o número de células inflamatórias e vasos sanguíneos neoformados. Nos resultados obtidos, pode-se notar que em todos os períodos de observação o Duo Link apresentou uma reação discreta semelhante àquela do espécime controle. Já o Vitremer aos 7 dias apresentou uma reação moderada, aos 14 dias uma reação grave que se manteve aos 21 dias. Diante desses resultados, concluiu-se que a reação tecidual foi mais favorável com o Duo Link e a resposta inflamatória foi mais intensa com o Vitremer.

 

 

A210

 

 

Paracoccidioidomicose: perfil epidemiológico nas Faculdades de Odontologia de Belo Horizonte.

R.N. BICALHO*; M.F. ESPÍRITO SANTO; V. R. SANTOS.

DCPC, Faculdade de Odontologia UFMG - Fone: (031)-2911199 R. 19/26

 

 

A paracoccidioidomicose, cujo agente etiológico é o Paracoccidioides brasiliensis, afeta primariamente os pulmões e pode acometer as mucosas oral e nasal. É micose endêmica em alguns países das Américas do Sul e Central, sendo que no Brasil há uma maior ocorrência nos Estados de Minas Gerais e São Paulo. No estudo realizado, procurou-se analisar as principais características clínicas e epidemiológicas de pacientes com manifestações secundárias na mucosa oral. Foram analisadas 64 fichas nos laboratórios de patologia das faculdades de odontologia de Belo Horizonte, sendo 56 fichas pertencentes à UFMG e 8 fichas pertencentes à PUC-MG. Foi constatado que o número de pacientes do sexo masculino foi significantemente maior: 93.75%. Foram encontrados casos da doença em todas as faixas etárias entre 9 e 70 anos, mas observou-se uma concentração entre 31 e 50 anos de idade (60,95%). 50% dos casos se originaram do interior de Minas Gerais e constatou-se que 23,4% dos pacientes eram trabalhadores rurais. Entre as regiões bucais mais atingidas por lesões únicas ou múltiplas, destacaram-se gengiva, lábios e palato. Esses resultados permitem traçar um perfil epidemiológico parcial da paracocidioidomicose no Estado de Minas Gerais no período de 1955 a 1997.

Apoio: PRpQ/CNPQ.

 

 

A211

 

 

Tratamento com amlodipina atrasa o reparo ósseo alveolar de rato.

J. M. TEÓFILO*; L. G. BRENTEGANI; T. L. LAMANO CARVALHO.

Laboratório de Patologia, Faculdade de Odontologia Ribeirão Preto - USP, tllc@forp.usp.br

 

 

O cálcio, além de ser o principal constituinte mineral do tecido ósseo, controla vários processos metabólicos, dentre eles a coagulação sangüínea. Os antagonistas de cálcio, ao bloquear o influxo transmembrânico do íon, podem interferir com quaisquer destes processos. O uso dos bloqueadores de canais de cálcio no tratamento da hipertensão e angina, no entanto, supõe uma ação específica na musculatura lisa arteriolar. O presente trabalho investigou se o tratamento crônico de ratos com amlodipina, um anti-hipertensivo antagonista de cálcio, interfere com o reparo ósseo alveolar. Ratos tratados (0,04 mg amlodipina/rato/dia, via oral) e controles foram sacrificados 1, 2, 3 e 6 semanas após a extração dos incisivos superiores direitos. As hemi-maxilas foram processadas para inclusão em parafina e análise histométrica (contagem diferencial de 1.500 pontos por alvéolo, aumento de 400 x) para avaliação da densidade volumétrica dos elementos reparacionais: coágulo e vasos sangüineos, tecido conjuntivo e trabéculas ósseas. Os ratos tratados apresentaram diminuição de 20 – 30% na fração de volume de osso neoformado, a partir da Segunda semana, ao lado de aumento de 17-32% na fração de volume de tecido conjuntivo e de 1-2 vezes no volume relativo de coágulo sangüineo. O tratamento com amlodipina, portanto, provocou retardo significativo na neoformação óssea reparacional após a extração dental, associado a atraso na remissão/organização do coágulo sangüíneo.

Apoio Financeiro FAPESP ( Processo 97/07619-1)

 

 

A212

 

 

Jacaré: modelo experimental para estudo filogenético da reabsorção dentária.

F.C.G. SAMPAIO GÓES*; S.Q.C. LOURENÇO; N.S. MELO; M.A.MATSUMOTO; A. CONSOLARO.

Dep. de Patologia, Fac. de Odont. de Bauru – USP, Tel. 014-235 8251

 

 

Os mamíferos e os répteis pertencem ao mesmo "philo chordata" apresentando características comuns, preservadas ao longo do processo evolutivo permitindo estudos comparativos. Nos répteis, a articulação dentária se dá por anquilose, exceto a espécie crocodilia que apresenta união dentoalveolar por gonfose, como os mamíferos. Neste trabalho procurou-se estudar a dentição da espécie crocodilia, usando como modelo o jacaré, enfocando a morfologia da linha amelocementária e o padrão de reabsorção dentária. Foram utilizados dois espécimes de jacaré, na forma de esqueleto seco e empalhado. Os aspectos morfológicos foram obtidos por visualização direta, estereomicroscopia, fotografias e radiografias intra e extrabucais. Na análise da dentição dos jacarés viu-se dentes simples, cônicos e pontiagudos, próprios para apreensão, situados em alvéolos e em processo contínuo de reabsorção e substituição. Observou-se também a semelhança entre as morfologias da junção amelocementária dos jacarés e do homem, bem como o mesmo padrão de reabsorção dentária. Possíveis fenômenos atávicos no homem motiva-nos a analisar a evolução da dentição nos animais, buscando as reminiscências e o ponto de intersecção entre elas, para entendermos as reações dos tecidos dentários frente às agressões e terapêuticas empregadas.

 

 

A213

 

 

Expressão das citoqueratinas no componente epitelial de neoplasias odontogênicas.

M.M. CRIVELINI*; V.C. ARAÚJO; S.O.M. SOUSA; M. DOMINGUES.

Departamento de Estomatologia. Faculdade de Odontologia da USP - SP (011)818-7912

 

 

As neoplasias e tumores relacionados com o aparato odontogênico podem ser constituídos unicamente por tecido epitelial ou em associação com ectomesênquima. As citoqueratinas (CK) são filamentos intermediários citoesqueletais típicos das células epiteliais, e sua detecção imuno-histoquímica tem colaborado para a melhor compreensão da histogênese de várias entidades patológicas. Neste trabalho estabeleceu-se a expressão imuno-histoquímica das CK7, 8, 10, 13, 14, 18 e 19, além da vimentina, em cinco tipos de tumores odontogênicos com componente epitelial, e comparou-se com os achados no epitélio de germe dental e reduzido do órgão do esmalte. Foram obtidos resultados positivos com as CK7, 13, 14, 19 e vimentina. No germe dental a CK14 esteve presente em todas as células, sendo substituída gradualmente pela CK19 nos pré-ameloblastos e ameloblastos secretores. A CK7 foi encontrada principalmente na baínha de Hertwig e retículo estrelado. A lâmina dentária foi a única estrutura a exibir CK13. No epitélio reduzido do órgão do esmalte as células expressaram CK14 e eventualmente CK13. O ameloblastoma e o componente epitelial do fibroma ameloblástico contiveram CK13 nas células semelhantes ao retículo estrelado de algumas áreas, indicando natureza distinta do retículo do germe dental normal. A CK14 esteve presente na maior parte das células. Sugeriu-se origem destes tecidos a partir da lâmina dentária. As células do tumor odontogênico adenomatóide foram consideradas análogas ao epitélio reduzido do órgão do esmalte pela expressão exclusiva de CK14 e considerações ultraestruturais. O tumor odontogênico epitelial calcificante seria composto por células tipo primordiais oriundas da baínha de Hertwig devido à expressão de vimentina, além das CK7 e 14. O odontoma exibiu perfil imuno-histoquímico semelhante ao germe dental.

 

 

A214

 

 

Avaliação citopatológica: gengiva de pacientes sadios e com doença periodontal

T.A. SOARES PINTO*; P.V. RADOS.

Laboratório de Patologia Bucal - Faculdade de Odontologia UFRGS Tel.(051)316-5023

 

 

A doença periodontal é uma infecção multifatorial complexa e refere-se ao espectro completo de doenças inflamatórias do periodonto. O ataque etiológico, definido principalmente pela ação dos microrganismos presentes na placa dental, sobre o hospedeiro resulta num processo de destruição tecidual, tornando esta doença bastante prevalente. A citopatologia é um método laboratorial de exame que fundamenta-se na possibilidade da análise microscópica de células obtidas mediante raspagem da susperfície da mucosa. Dessa forma, tem-se por objetivo observar o aspecto citopatológico da mucosa gengival sadia e do tecido gengival portador de doença periodontal, com a finalidade de evidenciar-se os padrões celulares presentes e analisar-se as alterações decorrentes da instalação de um processo de doença à nível gengival. Para isso, selecionou-se 10 pacientes representantes para o grupo "sadio" entre os alunos do oitavo semestre do curso de Odontologia da UFRGS e 10 representantes para o grupo "portador de doença periodontal"entre os pacientes encaminhados para tratamento no setor de Periodontia da FO-UFRGS, utilizando-se como critérios de seleção fatores relacionados à presença de incisivos inferiores, placa e cálculo visível, sangramento à sondagem e aspecto gengival. A partir do processo de identificação e contagem referente aos tipos celulares superficial anucleado, superficial nucleado e intermediário e da análise estatística dos dados obtidos, segundo o teste "T"de Student, concluiu-se que a variação entre o número médio de células, comparando-se grupo sadio e com doença periodontal, foi significativa (p<1%) para o tipo celular superficial nucleado.

 

 

A215

 

 

Expressão do PCNA, Ki-67, c-erbB-2 e p53 em tumores de glândula salivar

L.M.G. QUEIROZ*; V.C. ARAÚJO.

Patologia Bucal, FOUSP

 

 

O objetivo do presente estudo foi avaliar a expressão dos antígenos PCNA, Ki-67, do oncogen c-erbB-2 e da proteína p53 em nove casos de carcinoma adenóide cístico, sendo 03 tubulares, 03 cribriformes e 03 sólidos e 03 casos de adenocarcinoma polimórfico de baixo grau de malignidade localizados em glândulas salivares menores; utilizando-se a técnica da imuno-histoquímica da streptavidina-biotina. Com finalidade comparativa foram analisados 03 casos de adenoma pleomórfico. Todos os tumores foram positivos para o PCNA, sendo possível a realização de uma análise quantitativa, entretanto, não houve diferença estatisticamente significante entre o índice de PCNA (IP) e os tumores avaliados; fato demonstrado pelo teste de análise de variância. Com relação ao Ki-67, sua expressão foi observada apenas nas células periféricas dos ninhos do carcinoma adenóide cístico sólido. Enquanto a expressão do c-erbB-2 e da proteína p53 foi negativa nos tumores avaliados. Concluímos que o índice de PCNA (IP) não permite diferenciar com relação à atividade proliferativa os tumores de glândula salivar analisados. A expressão do Ki-67 no carcinoma adenóide cístico sólido parece fornecer informações úteis sobre o prognóstico deste tumor.

 

 

A216

 

 

Cultura primária do mixoma odontogênico produz matriz extracelular.

J.N. SANTOS*; R. JAEGER; R. RUANO; M.D. GALLICHIO; N.S. ARAÚJO; M.M.M. JAEGER.

Disciplina de Patologia Bucal, FOUSP (011) 8187902

 

 

Mixoma odontogênico é uma neoplasia benigna rara, localmente invasiva, que produz grande quantidade de matriz extracelular. Nós apresentamos a primeira linhagem celular derivada de um mixoma odontogênico humano. Essa linhagem celular, denominada MIX1, mantém todas as características imunocitoquímicas e ultraestruturais das células tumorais. Células Mix 1 são positivas para vimentina, além disso expressam e sintetizam proteínas da matriz extracelular, especialmente colágeno tipo I, fibronectina e tenascina. A análise ultraestrutural das células tumorais e das cultivadas demonstraram que ambos os tipos celulares são similares. Ambas são ricas em organelas produtoras de proteínas, tais como aparelho de Golgi, retículo endoplasmasmático rugoso e mitocôndrias. Matriz extracellular, representada por fibrilas apareceram como feixes no estroma do tumor e como fibrilas irregulares nos cultivos com mais de 60 dias. A linhagem celular MIX1 por manter todas as características do mixoma odontogênico é um modelo excelente para a investigação da interação célula-matriz extracelular, assim como a possível implicação dessa relação na invasão local do tumor.

 

 

A217

 

 

Cultivo primário do adenoma pleomórfico humano de glândular salivar menor.

V.M. FREITAS; R.G. JAEGER; K. ORTEGA*; N.A. FUJIHARA; V.C. ARAÚJO; M.M.M. JAEGER.

Disciplina de Patologia Bucal, FOUSP Tel (011) 8187902

 

 

Com o diagnóstico clínico de adenoma pleomórfico uma lesão localizada no palato de uma paciente de 19 anos foi biopsiada. Parte do material obtido foi fixado em formol 10% para análise em microscopia de luz, parte em aldeído glutárico para análise em microscopia eletrônica de transmissão. O restante do tumor foi imerso em meio de cultura. Os exames histopatológico e ultraestrutural da lesão confirmaram o diagnóstico clínico. O adenoma pleomórfico foi cultivado primariamente pela técnica do "explant". Após uma semana células epitelióides vindas dos fragmentos do tumor aderiram `a superfície de cultivo. Após 9 passagens a linhagem celular, denominada AP4, foi analisada por imunofluorescência, microscopia de luz e eletrônica de transmissão e curva de crescimento. As células exibiram inibição de contato e expressaram vimentina e citoqueratina 14. Apesar do tumor ser composto por dois tipos celulares, células mioepiteliais e células epiteliais, após 9 passagens, apenas um tipo celular se perpetuou na cultura. A linhagem AP4 não apresentou características de células totalmente diferenciadas, nem no sentido epitelial, nem no mioepitelial. Essas células perderam uma série de induções do estroma do tumor, portanto, podem ter sofrido deadaptação. Nesse caso, a linhagem servirá como modelo para a análise dessas induções que poderão ser reintroduzidas ora isoladamente, ora em conjunto no ambiente de cultivo.

 

 

A218

 

 

Gel 3D de colágeno I modula o fenótipo de células cultivada de cilindroma humano

E.A. MIADAIRA*; N.A. JÚNIOR; A.P. TANAKA; M.M.M.Jaeger; R.G. JAEGER.

Oral Pathology, School of Dentistry, University of São Paulo, phone 55-11-8187912

 

 

Adenoma pleomórfico, mioepitelioma e carcinoma adenóide cístico (cilindroma) são neoplasias derivadas do ducto intercalado de glândula salivar. Nós demonstramos que o arranjo tridimensional da membrana basal é um modulador chave de células cultivadas de adenoma pleomórfico humano (Jaeger et al, Virchows Archiv, 1997). Atualmente, estamos estudando o efeito de outras proteínas da matriz extra-celular em linhagens celulares derivadas do adenoma pleomórfico (células AP4), do mioepitelioma (células M1), e do cilindroma (células CAC2). Todas essas linhagens foram estabelecidas no nosso Laboratório. Nossos resultados preliminares são sobre o efeito do colágeno I em células AP4, M1, e CAC2. Colágeno I foi extraído da cauda do rato, segundo protocolo bioquímico padrão, com o intuito de preparar um gel. Células AP4, M1, e CAC2 foram crescidas dentro desse gel de colágeno I, enquanto que células crescidas sobre vidro foram utilizadas como controles. Depois de 7 dias em cultura, a matriz de colágeno foi seletivamente digerida pela colagenase I, para expor o arranjo das células AP4, M1, e CAC2. Em seguida, essas células foram fixadas em glutaraldeido 2% em 0.1M tampão fosfato e submetidas a protocolo de rotina para microscopia eletrônica de varredura. Não foram observadas diferenças entre as células AP4 e M1. O fenótipo dessas duas linhagens foi na sua maioria composto por células fusiformes semelhantes às controles. Entretanto, células CAC2 mostraram diferenças no arranjo tri-dimensional, caracterizado pela formação de pseudo-cisto semelhantes àqueles observado nos tumores de humanos. Nosso resultados preliminares sugerem que o colágeno I é um potencial modulador do fenótipo de células cultivadas de cilindroma humano.

Apoio CNPq (PIBIC), e FDCTO

 

 

A219

 

 

Colágeno I é fator de crescimento células cultivadas a partir de cilindroma humano

V.M. FREITAS*; M.M.M. JAEGER; A.C.T. CAPUANO; R.G. JAEGER.

Disciplina de Patologia Bucal FOUSP, tel 55-11-8187912

 

 

O carcinoma adenóide cístico (cilindroma) é uma neoplasia derivada do ducto intercalado de glândula salivar. Tem sido especulado que a matriz extracelular poderia ter um papel importante no fenótipo e padrões de crescimento do cilindroma. Para analisar essa hipótese, estabelecemos linhagem celular derivada de cilindroma humano (células CAC2). Essa linhagem celular foi crescida em contacto com colágeno I, proteína importante da matriz extracelular. Células CAC2 foram crescidas ou em placas de Petri cobertas com colágeno I (tratadas), ou em placas sem nenhuma cobertura protéica (controles). As diferenças fenotípicas foram analisadas em microscopia de contraste de fase. Curvas de crescimento das amostras tratadas e controles foram obtidas após 2, 5, 9 e 10 dias do plaqueamento. Não foram observadas diferenças no fenótipo entre células tratadas e controles. Entretanto, células CAC2 crescidas sobre colágeno I apresentaram padrão de crescimento maior que o das células controles (p<0.05). Concluímos que o colágeno I é um fator de crescimento para células cultivadas de cilindroma humano.

Apoio FAPESP (# 97/11026-6)

 

 

A220

 

 

Aparecimento de células de Langerhans no epitélio em desenvolvimento- Análise imunohistoquímica

A.F. Giovanini*; M.G. Domingues; S.C.O.M. Souza; E. Santos; V.C.Araújo.

Patologia Bucal-FOUSP

 

 

Células de Langerhans são células derivadas da medula óssea, que migram para o tecido epitelial formando aproximadamente 3 a 8% de todas as células contidas neste tecido, tendo a participação efetiva na apresentação de antígenos. Com o objetivo de caracterizar o aparecimento das células de Langerhans no epitélio em desenvolvimento e comparar o grau de maturação epitelial pesquisou-se a expressão da proteína S-100 e citoqueratinas 13 e 14 (CK13 e CK14), respectivamente. O material foi obtido através de biópsias incisionais realizadas em lábio, mucosa jugal, palato, soalho, língua e mandíbula de fetos humanos (material de autópsia) variando entre 13 e 29 semanas de Vida Intra Uterina (V.I.U.). Cortes seriados de 3mm foram submetidos à técnica de imuno-histoquímica da strepto-avidina biotina peroxidase. As células de Langerhans foram observadas nos períodos de 13-14, 21 e 29 semanas de V.I.U. A mucosa labial do feto com 13-14 semanas de VIU foi a primeira a exibir as células de Langerhans dentre os fetos estudados. Estas células foram observadas tanto no epitélio exibindo CK13 e CK14 nas camadas supra basais, assim como, no epitélio expressando CK 14 nas células basais e CK13 nas camadas superiores. Os resultados sugerem que o aparecimento das células de Langerhans no epitélio bucal independe do grau de maturação epitelial.

 

 

A221

 

 

Expressão do colágeno do aumento gengival de ratos tratados com ciclosporina

D.M.P. SPOLIDÓRIO*; L.C.SPOLIDÓRIO; M.R.B. OLIVEIRA; C. BENATTI NETO; C.A.S. COSTA.

Dept. Fisiologia e Patologia, Fac. Odontologia, UNESP, Araraquara, SP

 

 

O aumento gengival pode ser decorrente de várias etiologias, incluindo aquelas relacionadas aos efeitos colaterais de drogas como a ciclosporina. O colágeno é a principal proteína do tecido conjuntivo, é sintetizado pelos fibroblastos e requer precisa regulação entre síntese e degradação. A patogênese do aumento gengival induzida por drogas é incerto e conflitante, entretanto, muitas teorias são propostas. O objetivo desse trabalho foi avaliar através da histoquímica e da estereometria o aumento gengival induzido pela CSA em ratos. Dez ratos foram tratados com 10 mg/kg de peso corporal/dia, diariamente, durante 60 dias por via subcutânea e 10 ratos receberam o mesmo volume de solução salina 0,9%. Cortes de 5mm da região de primeiros molares inferiores foram corados com Picrosirius -red e HE. A densidade de volume (%) feita usando retículo quadriculado (kpL 10X , Zeiss 25 pontos). Pouca variabilidade foi observada na distribuição e características, mas a densidade de fibras colágenas aumentaram. A administração da CSA não alterou a qualidade e distribuição do colágeno e sim sua quantidade.

 

 

A222

 

 

Avaliação da biocompatibilidade de um sistema adesivo e do HEMA.

C.A.S. COSTA; H.M.TEIXEIRA*; A.B.NASCIMENTO; J.HEBLING; L.RAMALHO.

F.O. Araraquara-UNESP & F.O. Pernambuco-UPE. hebcosta@umich.edu

 

 

O objetivo do trabalho foi avaliar a biocompatibilidade de um sistema adesivo e do 2-hidroxietil metacrilato (HEMA) quando implantados no tecido conjuntivo subcutâneo de ratos. Vinte esponjas embebidas com: Scotchbond MP-Plus (SBMP-Plus/3M – Grupo A) e HEMA (Grupo B), foram implantados no tecido subcutâneo dorsal de 20 animais. Após 7, 15, 30 e 60 dias do procedimento, os animais foram sacrificados, os implantes excisionados e imersos em formalina a 10% por 24 horas. Os espécimes foram processados através de técnica histológica de rotina, sendo corados com H & E. A análise histológica dos espécimes revelou que ambos os materiais promoveram aos 7 dias, intensa reação inflamatória com predomínio de neutrófilos e macrófagos. Com o decorrer dos períodos, a intensa reação inflamatória do tecido conjuntivo foi substituída por resposta fibroblástica associada com macrófagos e células gigantes, caracterizando uma reação do tipo corpo estranho. A persistente reação inflamatória adjacente a fragmentos dos materiais implantados, foi mais intensa e ampla para o Grupo B, quando comparada com o Grupo A. Ambos os materiais testados não apresentaram biocompatibilidade aceitável com o tecido conjuntivo subcutâneo de ratos. O HEMA promoveu maior área de reação inflamatória persistente quando comparado ao SBMP-Plus.

Apoio financeiro do CNPq

 

 

A223

 

 

Efeitos do peróxido de carbamida em mucosa bucal de ratos.

R.C. ALBUQUERQUE; R. A. DUTRA*; W. A. VASCONCELLOS; R.A. MESQUITA; R.S. GOMEZ.

Dep. de Odontologia Restauradora e de Clinica, Patologia e Cirurgia da F.O. - UFMG. Telefone: 031- 2911199 - e-mail: rsgomez@net.em.com.br

 

 

O clareamento de dentes vitais é uma técnica comumente usada em odontologia. Existem, entretanto, controvérsias sobre os riscos que os agentes clareadores podem causar sobre a mucosa bucal quando em contato direto com a mesma. O antígeno nuclear de proliferação celular (PCNA) é uma proteína nuclear que apresenta-se correlacionada com proliferação celular. O propósito deste presente estudo é avaliar o efeito do agente clareador sobre a proliferação celular da mucosa lingual de ratos, através da expressão imunohistoquímica do PCNA. Quatro ratos Wistar pesando entre 190 e 255 g foram usados nos experimentos. Os animais foram anestesiados através de injeção intraperitoneal de ketamina com xylazina. Aproximadamente 189 mg de peróxido de carbamida a 10% ( Opalescence Ultradent Products, USA ) foi aplicado sobre metade da superfície dorsal da mucosa lingual dos animais durante 20 minutos. Estes procedimentos foram repetidos 7 e 14 dias após a primeira aplicação. Após a última aplicação os animais foram sacrificados, removidos os orgãos linguais e fixados em formol tamponado a 10% durante 24 horas. Os tecidos foram incluídos em parafina, cortados a 3mm e submetidos a técnica imunohistoquímica do complexo streptavidina-biotina-peroxidase para detecção do PCNA. A média do percentual de células positivas para o PCNA na camada basal no lado tratado (69.7) foi estatisticamente superior à média do lado não tratado (50.1) da mucosa dos ratos, quando analisados pelo teste de Mann-Whitney (a:0.014). Estes dados sugerem que o uso tópico de peróxido de carbamida a 10% induz aumento do índice de proliferação celular da mucosa bucal.

 

 

A224

 

 

Efeito da vimblastina na taxa de erupção de incisivos de ratos em diferentes condições de erupção.

R.F. UMEKITA*; P.D. NOVAES; J. MERZEL.

(Departamento de Morfologia - FOP/UNICAMP). Fax: (019) 4305218

 

 

A vimblastina retarda a velocidade de erupção de dentes de crescimento contínuo, porém este efeito só foi determinado em incisivos hipofuncionais (ou desimpedidos) de ratos (Chiba et al, Arch. Oral Biol., 25: 113, 1980). De acordo com Burn-Murdoch (Arch. Oral Biol, 35: 801, 1990) a ciclofosfamida, uma droga citotóxica, só diminui a erupção de incisivos desimpedidos não tendo efeito em dentes impedidos ou seja em oclusão. Neste estudo, 16 ratos machos adultos tiveram seus incisivos inferiores esquerdos seccionados à altura da papila gengival, a cada 2 dias, mantendo-os em hipofunção, enquanto os dentes contra-laterais permaneceram em oclusão, o que, devido a sobrecarga, os torna hiperfuncionais. Outros 16 animais permaneceram com os incisivos em condições normais de erupção durante o experimento. Sete dias após o início da desoclusão, metade dos animais de cada grupo recebeu uma única dose de vimblastina (2,5 mg/kg) por via intraperitoneal, e a outra metade, usada como controle, recebeu pela mesma via salina em volume equivalente ao da vimblastina. As medidas da taxa de erupção foram feitas através de marcas na face labial dos dentes, tomando-se como referência a margem gengival, e usando uma ocular milimetrada acoplada em uma lupa estereoscópica. Essas medidas foram repetidas a cada dois dias até o final do experimento.

Os resultados mostraram que a vimblastina só retardou a taxa de erupção nos dentes hipofuncionais, com um pico em 96h após a injeção, não afetando dentes normo e hiperfuncionais.

*Bolsista SAE - Proc. No. 350/1997

 

 

A225

 

 

Estudo preliminar do potencial cariogênico de preparações da merenda escolar

C.P. LÁZARO*; C.C.J. CHIAPPINI; A.M.G. VALENÇA.

Depto. de Nutrição e Dietética, Facul. de Nutrição UFF, Pós-Graduação em Odont. Social UFF-Niterói- RJ

 

 

Com o objetivo de fornecer dados para um melhor planejamento da merenda escolar, foram estudadas as preparações gelatina, leite aromatizado com groselha e doce de leite em pasta para avaliar o seu potencial cariogênico. Para os testes, foram selecionadas 52 crianças eutróficas, sadias, sem uso de medicamentos que alterassem o fluxo e a composição da saliva e com baixo e alto risco de cárie. Neste grupo, 40% das crianças apresentavam idade até 7 anos, 54% apresentavam de 7 ‘a 10 anos e 6% tinham idade acima de 10 anos. Foi medido o pH da saliva, com fitas indicadoras, antes e após o consumo destas preparações, em um intervalo de 10, 20, 40 e 60 minutos. O tratamento estatístico foi realizado através do "software" Epinfo e foram realizados os testes de Qui-Quadrado e "t" de Student. Nenhuma das curvas de pH da saliva, para todas as preparações testadas e grupos de risco, atingiram valor de pH considerado crítico (5.3 -5.5). As curvas de pH médio da saliva para todas as preparações testadas oscilaram em valores de pH mais elevados para o grupo de baixo risco de cárie, e em valores mais baixos para o grupo de alto risco de cárie. As curvas de pH médio da saliva do grupo de baixo risco demonstraram queda mais lenta e recuperação mais tardia, enquanto que o grupo de alto risco a queda e a recuperação do pH foi mais imediata. A partir dos resultados obtidos pode-se concluir que a consistência das preparações foi preponderante sobre o teor de glicídios. O planejamento da merenda escolar deve levar em consideração a consistência pegajosa das preparações doces servidas.

 

 

A226

 

 

Padrão de erupção de dentes decíduos em crianças HIV+

L. C., SANTOS*; I. P. R., SOUZA; M. B., PORTELA; C. C., ESTEVES; L.F., TURA

Odontopediatria - FO / NESC / IPPMG: UFRJ carvalho@plugue.com.br

 

 

O objetivo deste trabalho foi comparar a média de dentes decíduos erupcionados em 30 crianças HIV+(G+), pacientes do Ambulatório de AIDS Pediátrica(IPPMG/UFRJ) e 56 crianças sem evidências de imunossupressão(G-), pacientes da Clínica de Bebês da Odontopediatria(FO/UFRJ), divididas em 3 grupos etários de 6-12, 13-24 e 25-36 meses. O número de dentes decíduos erupcionados, a idade e o grau de imunossupressão (GI) foram obtidos dos prontuários do Projeto AIDS em Odontopediatria para G+ e da Clínica de Bebês para o G-. Para a análise estatística foi utilizado o teste t de Student.

Grupo/Faixa etária G+/6-12 G+/13-24 G+/25-36 G-/6-12 G-/13-24 G-/25-36 Total de crianças 6 20 4 14 24 18

Média de idade(dp) 9,5 (2,2) 18,2 (3,6) 32,7 (4,6) 8,7 (4,1) 18,8 (9,8) 31,1 (3,4) Média de dentes 5,8* 12,9** 19,5*** 3,4* 15,8** 18,7***

G+ (13-24) GI Grave GI Moderado GI Ausente GI Indeterminado

Total de crianças 15% (3) 30% (6) 45%(9) 10% (2)

Média de dentes 13,0@ 11,8@ 13,3@ 14,0@

* p = 0,22 ** p = 0,01 *** p = 0,53 @ p = 0,91

Nesta amostra podemos concluir que G+, entre 13-24meses, possui atraso na erupção de dentes decíduos em relação a G-(p = 0,01); sem apresentar diferença estatisticamente significante quando se compara as médias de dentes erupcionados pelo GI (p = 0,91).

Apoio Financeiro: CNPq/PIBIC

 

 

A227

 

 

Erupção dental decídua, aleitamento natural e hábitos em crianças paralíticas cerebrais

R.O. GUARÉ*; I.A.A. GOMES; A.L.C.F. MARTINS; L.O. HONDA.

Departamento de Ortodontia e Odontopediatria, F.O.U.S.P.- SP Tel:(011) 5589-6908

 

 

Alguns pacientes portadores de paralisia cerebral apresentam baixo peso ao nascer, prematuridade, problemas endócrinos e incoordenação motora para o aleitamento natural, o que pode alterar o padrão de erupção dentária permanente. O objetivo deste estudo foi observar o comportamento de crianças com paralisia cerebral em relação à erupção dental decídua, aleitamento natural e hábitos bucais. Foram avaliadas, em um estudo transversal, 67 crianças portadoras de paralisia cerebral de 9 a 41 meses de idade, de ambos os sexos, pertencentes a Associação de Assistência à Criança Defeituosa (A.A.C.D). Os grupos foram divididos em 9 a 17 meses e 17 a 41 meses que foram separados de acordo com o peso da criança ao nascer (< 2500g e ³ 2500g). Foram registrados o número de dentes presentes, realização de aleitamento natural e hábitos bucais, de acordo com a faixa etária e grupo ao qual a criança pertencia. As crianças com paralisia cerebral e peso ao nascer < 2500g não apresentaram atraso estatisticamente significante no número de dentes erupcionados quando comparado com as de peso ³ 2500g. O aleitamento natural não ocorreu em 68% das crianças com baixo peso ao nascer e em 35.55% das crianças com peso ³ 2500g. Os hábitos bucais estavam presentes em 64.28% das crianças, sendo que a chupeta foi relatada em 66.66%. Podemos inferir que os hábitos bucais estavam presentes em muitas crianças portadoras de paralisia cerebral. O aleitamento natural não ocorreu na maioria das crianças com baixo peso ao nascer e na "minoria" das crianças com peso ³ 2500g. O número de dentes decíduos, entre crianças portadoras de paralisia cerebral, não depende do peso da criança ao nascer.

 

 

A228

 

 

Estudo longitudinal da cronologia e seqüência eruptiva da dentição em bebês

M.J.S. BÖNECKER; S.T. MATUSAKI*; D.A. DUARTE.

Depto. Odontopediatria, Fac. de Odontologia UCCB – SP- Tel (011) 2050099

 

 

Este estudo longitudinal teve como objetivo a observação clínica da cronologia e seqüência de erupção da dentadura decídua. Foram acompanhadas 118 crianças de ambos os sexos, de 4 a 30 meses de idade em duas creches públicas de São Paulo, durante 50 semanas. As avaliações foram feitas quinzenalmente através de exame clínico-visual e o irrompimento do elemento dentário na cavidade bucal foi anotado em fichas especificamente elaboradas para o estudo. Os resultados demonstraram que o dente decíduo irrompe na cavidade bucal antes dos 6 meses de idade e a completa erupção da dentadura decídua ocorre após os 24 meses. Existe diferença entre os sexos. Houve a tendência do sexo masculino apresentar a erupção dos primeiros dentes decíduos antes que o sexo feminino, porém o sexo feminino completa a dentadura decídua antes do sexo masculino. A seqüência de erupção dos dentes decíduos, independente do sexo, geralmente apresenta a seguinte ordem: incisivo central inferior, incisivo central superior, incisivo lateral superior, incisivo lateral inferior, primeiro molar superior, primeiro molar inferior, canino superior, canino inferior, segundo molar inferior e segundo molar superior. Em relação a população não há estudos similares. O odontopediatra em posse do conhecimento de nossos resultados poderá na prática clínica planejar e monitorar o crescimento e desenvolvimento da oclusão decídua, e consequentemente intervir quando necessário.

 

 

A229

 

 

Estudo comparativo de implantes de Ti cp. com diferentes tratamentos superficiais

K. B. MEIRA; L. C. GENTILE*; A. CAMPOS Jr.

NAPIO - Núcleo de Apoio à Pesquisa em Implantes Odontológicos - F.O.B. - U.S.P.

 

 

A proposta deste trabalho foi avaliar a interrelação de implantes de titânio cp., em forma de parafuso, com o tecido ósseo da tíbia de coelhos. Buscou-se, através de análise histomorfométrica, após 12 meses de implantação, determinar a porcentagem média de contato da superfície metal-osso; a densidade óssea nas três primeiras roscas dos implantes; e a resistência ao torque de remoção. Foram inseridos 40 implantes de Ti. cp. na metáfise tibial de 20 coelhos brancos adultos, de ambos os sexos, divididos em dois grupos: Grupo I - implantes tratados com ácido sulfúrico a 10%; e Grupo II - implantes tratados com óxido de titânio.

Para a implantação, foi seguido o protocolo cirúrgico, colocando-se 2 implantes em cada animal, conseguindo o bicorticalismo em todas as fixações. As porcentagens médias de superfície osseointegrada foram para o grupo I de 51.999 + 8.639% e para o grupo II de 47.230 + 13.493%. Quanto à densidade óssea, observamos 67.034 + 5.050% para o grupo I e 52.724 + 18.928% para o grupo II. E as médias de remoção ao torque: 92.513 + 26.656 Ncm para o grupo I e 87.430 + 38.354 Ncm para o grupo II.

Pudemos observar que as diferenças nos resultados não são significantes, e os diferentes tratamentos de superfície propiciam resultados idênticos.

 

 

A230

 

 

Enxerto autógeno de sínfise mandibular em implantodontia.

E. W. MATTE*; A. CAMPOS JUNIOR.

NAPIO (Núcleo de Apoio a Pesquisa em Implantes Odontológicos) – FOB/USP

 

 

Para a obtenção de um tratamento integral satisfatório com implantes osseointegrados um planejamento multidisciplinar é fundamental, onde deve-se avaliar o estado periodontal e protético do paciente, além de espessura e altura óssea remanescente nos sítios que receberão implantes. Locais com dimensões inferiores a 4 milímetros de espessura e 7 milímetros de altura impossibilitam a ancoragem dos implantes, exigindo a realização de enxerto ósseo para recuperação da anatomia original. A pesquisa, cujo objetivo foi quantificar a reabsorção óssea durante o período de cicatrização, foi realizada em cinco (5) pacientes do NAPIO, com idades entre 30 e 45 anos, que necessitavam de enxerto para aumento de espessura em maxila, em áreas de no máximo quatro (4) dentes, para posterior colocação de implantes osseointegrados. A área doadora escolhida foi a sínfise mandibular, a qual foi enxertada em bloco. Nesse momento foram realizadas medidas de espessura em dois pontos pré determinados no espaço de cada dente ausente, através de espessímetro manual, o que resultou em um ganho médio de 95,93%. Após um período de três (3) meses a área foi reaberta, novas medidas realizadas nos mesmos locais anteriormente medidos e os implantes colocados. A análise estatística dos resultados obtidos mostrou um índice médio de reabsorção de 5,95%, sendo que apenas 2 pacientes mostraram índice maior que 0%, o que viabilizou a colocação adequada de implantes osseointegrados em todos os locais planejados.

 

 

A231

 

 

Reparação de defeitos ósseos protegidos por membranas bioreabsorvíveis e não bioreabsorvíveis.

A.V.IMBRONITO*; J.H.TODESCAN; V.E.ARANA-CHAVES; C.V.CARVALHO; G.C. TRISTÃO.

Discipl. de Periodontia, FO, Depto. de Histologia, ICB, USP-SP tel: 818-7833

 

 

A regeneração óssea guiada baseia-se no princípio da exclusão de células não osteogênicas do processo de reparação de um defeito ósseo, empregando-se membranas com permeabilidade definida e compatibilidade tecidual. A proposição deste estudo foi: avaliar histometricamente a área de tecido ósseo neoformado 2 e 4 meses após procedimentos regenerativos empregando-se membrana não-bioreabsorvível (grupo1) (GTAM® -Gore-TexTM) e bioreabsorvível (grupo 2) (GUIDOR®), comparando-se ao grupo controle (sem membrana). Foram extraídos os dentes P2, P3 e P4 inferiores em ambos os lados de 4 cães. Após 3 meses de reparação, 2 defeitos ósseos com dimensões de 8mm apico-coronal, 12mm mesio-distal and 10mm buco-lingual foram criados em cada lado da mandíbula. 2 defeitos foram recobertos com GUIDOR®, 1 com GTAM® e 1 não foi recoberto (controle). 2 cães foram sacrificados após 2 meses e 2 cães após 4 meses. O processamento histológico foi feito sem descalcificação e os espécimes foram corados com azul de toluidina. Análise histológica foi feita em microscopia óptica e as medidas histométricas foram feitas no programa NIH Image. Foi feita análise estatística através de medidas repetidas. Foram observadas diferenças significativas (p<0.05) das médias das áreas de osso neoformado e áreas de espaços medulares entre os tratamentos. O grupo controle apresentou área de tecido ósseo neoformado significantemente menor que dos grupos 1 e 2. As médias de área dos grupos 1 e 2 não foram estatisticamente diferentes entre si. Não houve diferença estatisticamente significante de tecido ósseo neoformado, comparando-se 2 e 4 meses.

 

 

A232

 

 

Oxidação e corrosão na união dos implantes osseointegrados com diferentes metais

M.M. GUIMARÃES*; V. COSTA; C.A. QUERIDO; M.A. BOTTINO; D.R. SANTOS.

Dep.de Mat. Dent. e Prótese, Fac. Odonto. S.J. Campos – UNESP (012)3218166

 

 

O desempenho funcional, a durabilidade e a biocompatibilidade dos materiais de implante são decorrência de vários fatores, dentre eles a sua resistência à oxidação e corrosão no . meio bucal. Diferentes biomateriais foram estudados e experimentados com esta finalidade. Propomo-nos a analisar, in vitro, os efeitos da oxidação e corrosão na unidade implante – abutment – cilindro de ouro, com o uso de estruturas metálicas fundidas em prata paládio e ouro. Estas estruturas metálicas foram adaptadas sobre implantes do sistema Brånemark, com os respectivos abutments e cilindros de ouro, sendo posteriormente colocadas em solução de NaCl 0,15 mol L-1, pH=6. As amostras foram classificadas em dois grupos: Grupo I - prata - paládio; Grupo II - ouro, e depois divididas em dois subgrupos, de acordo com o tempo de permanência na solução, 336 horas e 1008 horas, respectivamente. Após a remoção da solução, as amostras foram submetidas à análise em microscopia eletrônica de varredura (MEV) e espectroscopia de energia dispersiva (EDS). Pela microscopia de varredura (MEV) foram observadas alterações superficiais sugestivas de oxidação. Com o EDS, foi observado uma maior intensidade relativa em função da energia no Cl e Na, quando a liga era de prata-paládio, sugerindo a possibilidade de ataque corrosivo. Baseados nos resultados obtidos, concluímos, portanto, a possibilidade da ocorrência de ataque corrosivo com o uso das ligas de prata – paládio, nos tempos acima referidos, o que sugere uma limitação para seu uso clínico.

 

 

A233

 

 

Limpeza e análise da superfície de implantes osseointegráveis após a usinagem

J.H.C. LIMA*; C.N. ELIAS; R.C. ALBA.

Odontoclínica Central do Exército, (021) 99721217, caval@iis.com.br

 

 

Este trabalho tem por objetivo avaliar a influência do tempo de desengraxe e analisar a qualidade do acabamento superficial de implantes osseointegráveis submetidos ao tratamento com soluções ácidas. Os especímenes foram imersos entre 5 e 20 minutos em solução (a) ferricianeto de potássio, hidróxido de potássio e hidróxido de sódio, (b) ácido clorídrico e fluorídrico, (c) ácido nítrico e fluorídrico, e (d) ácido cítrico, fluorídrico e clorídrico. As amostras foram observadas em microscópio eletrônico de varredura antes e após os tratamentos, avaliando-se as alterações morfológicas. As análises metalográficas foram complementadas pela medida das dimensões na região sextavada de cinco implantes de cada condição e microanálises com microsonda acoplada ao microscópio eletrônico para verificar as variações dimensionais e a presença de possíveis contaminações remanescentes, respectivamente. Os resultados mostraram que após o desengraxe em ultrasom e ataque com solução de ácido nítrico durante cinco minutos, os implantes apresentaram a superfície isenta de materiais orgânicos e com o melhor acabamento superficial, devendo-se controlar o tempo de imersão no ácido para se evitar alterações dimensionais indesejáveis. A. Bloyce, ASM Handbook Vol5 835 1990.

Apoio Financeiro FAPERJ Processo E26/171.179/95.

 

 

A234

 

 

Avaliação histológica de biomateriais em defeitos ósseos associados implantes osseointegrados.

P.S.P.CARVALHO; E.F.MORAES JÚNIOR; E.T.CAMARINI*.

Departamento de Cirurgia e Clínica Integrada, FOAraçatuba, UNESP, SP.

 

 

Os implantes osseointegrados utilizados para a reabilitação de pacientes parcial ou totalmente desdentados são colocados no tecido ósseo seguido a princípios de técnica cirúrgica preconizados por BRANEMARK et al (1985). Entre os fundamentos a serem respeitados, estão a qualidade e a quantidade ósseas. No entanto, existem situações clínicas que, durante o ato cirúrgico pode haver a fenestração da tábua óssea vestibular e, em caso de pequenos defeitos ósseos, pode-se utilizar alguns biomateriais para corrigir o defeito ósseo, melhorar as condições de contorno da vista alveolar além de proteger o implante evitando que este fique em contato direto com o tecido mole. Com o objetivo de avaliar o polímero de mamona e a membrana de Teflon, foram realizados implantes osseointegrados do sistema T.F. em tíbia de cães com defeitos ósseos confeccionados experimentalmente. Após a coloração dos implantes, pode-se observar pequenos defeitos ósseos que foram protegidos com o polímero de mamona e com membrana de Teflon. Decorridos 180 dias, os animais foram sacrificados e após a microtomia realizada pelo micrótomo EXAKT, as lâminas foram coradas pelo azul de Toluidina sendo que após a análise histológica, pode-se observar além da interface osseointegrada, a neoformação óssea em ambos os grupos devendo-se ter o cuidado de quando se indicam as membranas, elas deverão ser fixadas e respeitando-se um espaço biológico entre o implante e a membrana.

 

 

A235

 

 

Biocompatibilidade da canasite em cultura de células de medula óssea.

A.L.ROSA*; P.V.HATTON; R.VAN NOORT2 1

Fac. Odontologia de Ribeirão Preto-USP (Brasil). 2 University of Sheffield (UK). e-mail: adalrosa@forp.usp.br

 

 

Alguns biomateriais a base de SiO2 têm mostrado biocompatibilidade com tecido ósseo. Recentemente, foi desenvolvida uma nova classe de silicatos, canasite, que apresenta excelentes propriedades mecânicas, mas sua bicompatibilidade ainda não foi avaliada. O objetivo do presente estudo foi avaliar a biocompatibilidade da canasite utilizando cultura de células de medula óssea de ratos. As células foram cultivadas, a 37° C e 5% CO2, em meio essencial mínimo suplementado com soro bovino fetal, antibióticos, dexametazona, ácido ascórbico e b-glicerofosfato na presença de discos (12x2mm) de canasite na forma de vidro (GL) e vidro-ceramizado (CG). Discos de hidroxiapatita densa (HA) foram utilizados como controle. Foi avaliado o número de células viáveis após 7 dias em cultura e medidos o conteúdo de proteína total e a atividade de fosfatase alcalina após 7 e 21 dias. Os dados foram comparados pelo teste de Kruskal-Wallis. Não houve diferença entre os materiais para a viabilidade celular. A quantidade de proteína total após 7 e 21 dias apresentou a seguinte ordem HA>CG>GL. Após 7 dias a atividade de fosfatase alcalina das células apresentou a seguinte ordem GC>GL>HA, entretanto, após 21 dias não houve diferença entre os materiais. Nossos resultados sugerem que canasite tem biocompatibilidade ligeiramente inferior a HA mas parece favorecer o aparecimento mais cedo do fenótipo osteoblástico em cultura de células.

Apoio financeiro: FAPESP (Processo 95/3190-5)

 

 

A236

 

 

Microscopia eletrônica de varredura de mandíbula de fetos humanos com 20 semanas gestacionais.

M.U.Alves; I.Watanabe; N.A.Tato; C.A.Mandarim-de-Lacerda; A.J.N.S.Neto*.

UNESA, Depto. de Anatomia, ICB-USP, UERJ. Odont. Social. UFF.

 

 

As características da face lingual da mandíbula de fetos humanos com 20 semanas de idade gestacional foram estudadas no corpo, ramo e processo alveolar. A mandíbula foi obtida de feto natimorto prematuramente, preparadas por método de maceração em água corrente, clareadas com peróxido de hidrogênio, desidratada à temperatura ambiente e coberta metalizadas com ouro. As amostras da mandíbula foram examinadas ao microscópio eletrônico de varredura JEOL JSM-6.100. Observou-se que, no corpo mandibular as trabéculas ósseas apresentam formas laminares, justapostas, oblíquas no sentido ântero-posterior e unidas por "pontes mais mineralizadas. Podem ser notadas fibras colágenas em grande quantidade com a mesma orientação do trabeculado ósseo, numerosos forames vasculares similares a "favos de mel, bem como lacunas de osteócitos. No ramo foram observadas trabéculas ósseas justapostas com arranjo em forma de triângulo, com a maior base voltada para o processo condilar. Na superfície da porção alveolar, observou-se numerosos espaços de osteócitos, assim como a presença de espaços vasculares dispersos regularmente com grande frequencia, e trabéculas concêntricas, justapostas com convexidade voltada para a base da mandíbula. Nesta idade gestacional, os resultados do exame por microscopia eletrônica de varredura sugerem intensa neoformação óssea por aposição, compatível com a ossificação do tipo membranosa , bem como grande aporte sanguíneo a esta região. A continuação do estudo em outras idades gestacionais indicará as principais tendências desses tecidos no crescimento mandibular humano.

Financiado pelo CNPq e FAPESP.

 

 

A237

 

 

Estudo comparativo da evolução de enxerto ósseo autógeno e alógeno colocado em defeito perene na calvária de cobaia.

T.M. CESTARI*; O. TAVANO; R. TAGA.

Depto. de Morfologia-Histologia, FOB-USP, fone-fax:(0142) 23-0415.

 

 

Foram estudados os eventos celulares e teciduais que ocorrem durante o reparo de defeitos ósseos de tamanho crítico submetidos a enxerto ósseo autógeno e o alógeno. Defeitos de 12mm de diâmetro foram realizados na calvária de 50 cobaias, sendo 25 preenchidos com tampão ósseo autógeno e 25 com tampão ósseo alógeno desmineralizado. As calotas cranianas foram coletadas 1, 2, 4, 8 e 12 semanas após enxerto, radiografadas e submetidas a processamento histológico. A análise dos resultados mostrou que: o enxerto autógeno a partir da 2a semana exibia na sua superfície dérmica e epidural, periósteo bem organizado e intensa neoformação óssea e no seu interior canais nutritivos revascularizados e canais neoformados. Na borda do defeito, foi observado osteogênese com preenchimento total ou parcial do espaço entre a lesão e o enxerto. No período da 2a a 12a semana, ocorreu remodelação do tecido ósseo trabecular neoformado para um tecido compacto e o aumento da sua espessura final. O enxerto alógeno na 2a semana exibia os canais medulares e nutritivos preenchidos por tecido conjuntivo e reabsorção interna. No final da 12a semana os espaços internos apresentavam ainda intensa reabsorção e, em alguns casos, pequena quantidade de osso neoformado delimitando os canais nutritivos. Na sua superfície dérmica e epidural imagens de reabsorção e, às vezes, de formação de uma fina camada óssea eram observadas, mas ainda ocorria o predomínio de matriz óssea desmineralizada. A borda do defeito apresentava neoformação óssea provocando, na maioria dos casos, fusão com a borda do enxerto. Os resultados mostraram que enquanto o enxerto autógeno, assumia ao final da 12a semana característica do osso retirado do leito receptor, o enxerto de matriz óssea desmineralizada exibia pouco tecido neoformado e grande quantidade de matriz enxertada, ainda em processo de reabsorção.

 

 

A238

 

 

Estudo da inserção dos músculos Pterigoídeo lateral superior e inferior

A.L.FANTIN; D.I.A. PACHECO*; C M. MARTINS FILHO; D.R.TAMES.

UNIVALI - fax: 047 341 7564

 

 

Analisando a biomecânica da articulação têmporo-mandibular, constata-se a significância funcional do músculo pterigoideo lateral na dinâmica mastigatória, pelo fato de estar intimamente relacionado com o complexo côndilo-disco articular.Com a finalidade de estudar as possíveis variações da inserção dos músculos Pterigoideo Lateral superior e inferior neste complexo , 5 A.T.Ms.pertencentes aos laboratórios de anatomia da UNIVALI e UFSC, foram dissecadas, refixadas em Bouin, desmineralizadas em ácido fórmico 5% e divididas igualitariamente em 3 terços: Lateral, Mediano e Medial e analisados em estereomicroscópio. Cada um dos terços foi subdividido, com o mesmo critério, em três porções; estas foram incluídas em parafina, obtidos os primeiros 15 cortes com 7mm de espessura, corados pelo H.E. e tricrômico de Gomory e analisados microscopicamente as inserções das fibras musculares. Nossos resultados mostraram que: os músculos pterigoideo, superior e inferior, são separados por tecido conjuntivo denso. O superior insere-se no disco articular e na fóvea pterigoídea através de tendão e diretamente em periósteo; em 2 ATMs ocorreu também inserção no liagamento ântero-inferior do disco articular e em 2 não ocorreu inserção direta em periósteo. Todas as fibras do inferior inseriram-se diretamente em periósteo na porção inferior da fóvea Pterigoídea, não sendo observada nenhuma variação

 

 

A239

 

 

Experiência de cárie em crianças com alterações sistêmicas e em crianças saudáveis.

V.M. SOVIERO*; L.M. CHEVITARESE; L. MONTE ALTO; M.E. RAMOS.

UERJ/UFRJ/UNESA - (024) 242 6098.

 

 

O objetivo deste trabalho foi avaliar a experiência de cárie em crianças sistemicamente comprometidas (SC), em tratamento ou internadas, e em crianças saudáveis (S), em consulta de rotina, atendidas na Pediatria HUPE-UERJ. As informações sobre o estado de saúde foram obtidas durante a anamnese. Foram examinadas 318 crianças, de ambos os sexos, com idade média de 5,9 (s 2,9): 164 (44,9%) SC e 154 (42,2%) S. Dentre as alterações sistêmicas, observou-se: doenças respiratórias (45,7%), internação para cirurgias (19,5%), alterações intestinais (7,3%), cardiopatias (6,7%), entre outras. A distribuição da amostra nos dois grupos foi similar em relação ao sexo e idade. O exame dos dentes foi realizado em consultório odontológico, com espelho bucal e sonda exploradora, após secagem com ar comprimido. Os índices ceo-s e CPO-S foram avaliados segundo os critérios da OMS, modificados pela inclusão de mancha branca como cárie. Os dados foram analisados, aplicando-se o teste Qui-quadrado. As crianças SC apresentaram prevalência de cárie de 65,7% para dentes decíduos (dd) e 59,8% para dentes permanentes (dp), com média de ceo-s de 5,4 e de CPO-S de 2,8. As crianças S apresentaram prevalência de cárie de 63,6% para dd e 54,2% para dp, com média de ceo-s de 4,1 e de CPO-S de 2,3. Não houve diferença significativa entre os grupos (p>0,05). A amostra apresentou alta prevalência de cárie e não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos. Tais achados, sugerem a necessidade do estabelecimento de programas de prevenção e tratamento odontológico junto a Serviços Médicos de Pediatria, enfatizando a importância da saúde bucal no contexto de saúde geral.

 

 

A240

 

 

O manejo da criança no tratamento dentário.

S.C.CHARLIER*; R.B.C.VIANNA; M.E.P.R. COSTA; F.T.S.C.FERREIRA.

Departamento de Odontopediatria e Ortodontia, UFRJ

 

 

Embora o avanço da psicologia tenha crescido ao longo dos anos, através de pesquisas, o que sabemos em relação ao comportamento emocional da criança no tratamento dentário, é muito pouco, daí realizarmos essa pesquisa com o objetivo de analisarmos as diversas técnicas de controle de comportamento utilizadas por dentistas que atendem crianças. Foi elaborado um questionário com 20 perguntas, referentes aos métodos e recursos empregados para auxiliar no manejo da criança durante o atendimento clínico. Os questionários foram respondidos por 145 dentistas durante a realização de cursos de Odontopediatria, na cidade do Rio de Janeiro. Tabelas e gráficos foram feitos comparando os resultados dos métodos utilizados no controle do comportamento relacionados com o tempo de exercício da Odontopediatria e a qualificação profissional do dentista. Verificamos também o grau de ansiedade do dentista durante os procedimentos operatórios. Concluímos de acordo com a análise dos resultados um percentual maior de dentistas com especialidade em odontopediatria (45,52%); e em relação a prática de mais de dez anos, 66,67%; o momento de maior ansiedade do profissional foi relatado durante a aplicação da anestesia com um percentual de 37,24%. Quanto a utilização das técnicas, dizer-mostrar-fazer, foi a mais empregada com 42,07%, seguida do controle da voz com 22,07%; o método do paciente observando outro ser atendido mostrou ser bem utilizado em casos selecionados com 41,38%. A contenção física (18,62%) e a mão sobre a boca (17,24%) mostraram ser utilizadas em crianças histéricas.

 

 

A241

 

 

Necessidades de saúde Bucal percebidas por pacientes infectados pelo HIV

S.M. FERREIRA*; R.C. FERNANDES; M.PEREZ.

FO (D. de Patologia e Estomatologia), NESC\UFRJ, FOUGF Fax: 021 285 3846

 

 

O objetivo do trabalho foi avaliar as necessidades de Saúde Bucal percebidas pelos pacientes HIV +, e suas relações com a prevalência de Cárie. Para isto, 36 mulheres e 83 homens, envolvidos no estudo longitudinal da doença periodontal, com idade entre 19-60 anos, foram entrevistados e examinados no período de outubro\1977 a abril de 1998, no Hospital-Dia do HUCFF/UFRJ. A maioria tinha CD4 menor ou igual a 500 cels/mm³. Os pacientes foram posteriormente divididos em baixa e alta percepção, e comparados com relação à idade, sexo, renda familiar, contagem de CD4 e índice de CPO (Klein-Palmer). Foram realizados os testes do X² e Kruskal-Wallis para análise estatística dos dados ( Epi-info 6.03). A maioria só procura o dentista quando sente dor ( 57,4%) e apenas 15,6% o procuraria para avaliação de lesão de boca. Eles não alteraram suas atitudes de saúde bucal após ter conhecimento de sua soropositividade, e 72,3% abandonaram o tratamento. A maioria tinha baixa percepção (80%), e sexo, idade, renda familiar e contagem de CD4 não foram estatisticamente significantes. O CPO médio foi de 19.6 ± 6.4 e estava estatisticamente relacionado com a renda familiar. A associação entre CPO e percepção (p=3,17,p<0,05) era oposta ao esperado. Os resultados sugerem que estes pacientes não percebem a importância do cirurgião dentista na sua saúde e reforçam a necessidade desta conscientização para promoção de saúde destes pacientes.

Apoio financeiro do Ministério da Saúde do Brasil no 022/97

 

 

A242

 

 

Perfil e duração do aleitamento de crianças na primeira infância.

A. MODESTO; L.H. SOUTO*; L.R. SQUEFF; A.R. VIEIRA.

(Odontopediatria-UFRJ. modesto@acd.ufrj.br)

 

 

Este estudo teve como objetivo verificar o perfil e a duração do aleitamento de crianças na primeira infância. Foram entrevistadas 150 mães de crianças que foram atendidas em 3 Postos de Saúde e 3 Hospitais Infantis do Rio de Janeiro. Os resultados obtidos foram analisados estatisticamente (Qui-quadrado). Verificou-se que 87,3% das mães amamentavam, sendo que 87% o faziam exclusivamente (15,8% por 4 meses [m] e 16,7% por 6 m). 46,7% das mães foram orientadas quanto à época do desmame e as razões do desmame foram: criança largou (30,5%), leite secou (23,7%), trabalho (9,2%), mãe doente (3,1%) e outras razões (33,6%). As mães que trabalhavam fora amamentavam mais do que as que não trabalhavam (p<0,05). A renda familiar (até R$520,00 x mais de R$520,00) e o fato de estar ou não de licença maternidade não interferiram na freqüência da amamentação (p>0,05). O fato de serem dadas orientações sobre a importância da amamentação determinou um número maior de mães que amamentou (p<0,05). A mamadeira foi utilizada por 86% dos bebês, sendo introduzida em 74,6% antes dos 6 m e 25,4% após 6 m. Quanto à suspensão da mamadeira, apenas 15,4% das mães foram orientadas. As mamadeiras diurna e noturna foram retiradas, respectivamente: 6,2% e 16,2% até 6 m, 3,1% e 3,1% até 12 m, 17,7% e 16,2% até 24 m, 30,8% e 25,4% até 36 m, 42,3% e 39,2% após 36 m. Pode-se concluir que apesar de muitas crianças terem recebido o aleitamento natural, a mamadeira é frequentemente utilizada e tardiamente retirada, sugerindo a necessidade de orientação às mães sobre o padrão adequado de aleitamento e a época adequada para o desmame.

 

 

A243

 

 

Obtenção de mercúrio e uma liga de prata a partir de resíduos de amálgama

J.Y.P. LEITE*; C.P. SOUZA; M.J.V.F.LEITE; M.S.C.F.ALVES; H.C.S.MEDEIROS.

Departamento de Odontologia - UFRN; ETFRN E-mail jypleite@edl.com.br

 

 

O resíduo de amálgama é um problema ambiental provocado pela prática odontológica. Leite et alii [510 Congresso da ABM, 4:225-234, 1996], estudou os resíduos de amálgama provenientes do porta amálgama, na clínica odontológica da ETFRN. Identificou que estes resíduos eram da ordem de 27,90% e que existe uma quantidade significativa de resíduos que são destinados às cuspideiras. É conhecido que, no Brasil, a legislação avança no sentido de que estes sejam coletados seletivamente, o que a grande maioria dos profissionais tem realizado. No entanto, as autoridades sanitárias não conhecem técnicas para a reciclagem deste material. Este trabalho apresenta uma técnica de baixo custo para a obtenção de mercúrio metálico e uma liga de alto teor de prata. Os resíduos de amálgama coletados seletivamente foram secados, pesados, colocados em cadinhos de porcelana e introduzidos em uma retorta aquecida a 9000C. A liga começa a liberar o Hg, na forma gasosa, na direção de um condensador que transforma o Hg para o estado líquido. O Hg líquido é coletado na descarga da retorta e acondicionados em recipientes fechados. O sistema deve ser montado em ambiente com exaustão, tipo capela. O resíduo da separação do Hg, que fica no cadinho de porcelana, é misturado com fundentes (bórax e carbonato de sódio) e introduzidos em cadinho de ferro. Os fundentes tem como objetivo reduzir a temperatura de fusão da liga. A mistura, resíduos e fundentes, são colocados em mufla, a temperatura de 10000C, até fundir. Posteriormente, o material resfriado é acompanhado da vitrificação dos fundentes, que são quebrados, obtendo-se assim uma liga com alto teor de prata no formato do cadinho. Este processo tem baixo custo de instalação, é de fácil operacionalização e minimiza a poluição ambiental por metais pesados praticados pelos profissionais da odontologia.

Apoio: ETFRN

 

 

A244

 

 

Características epidemiológicas dos pacientes do Serviço de Emergências da FOP/UNICAMP.

R.B.BRITO JR.*; J. JORGE JR.; M. A. LOPES.

Área de Patologia, FOP/UNICAMP (jacks@fop.unicamp.br).

 

 

Os serviços de emergências odontológicas são realizados por várias instituições brasileiras. Entretanto poucos estudos descrevem as características epidemiológicas dos pacientes que procuram este tipo de atendimento. Os autores se propuseram determinar e descrever tais características do Serviço de emergências da FOP/UNICAMP. Foram utilizadas 22.424 fichas de pacientes atendidos no serviço de emergências da FOP/UNICAMP entre 1989 e 1997. Os dados foram digitados em programa construído com base no EPI-INFO®. O paciente padrão era mulher (61,6%), entre a segunda e terceira décadas de vida (50,3%), solteiro (27,6%) e branco (63,3%). A maioria dos pacientes era de Piracicaba (89,5%), de bairros de classe média e populosos como São Dimas e Vila Rezende. Queixavam-se em sua maioria de "dor de dente" (26,8%) e os principais diagnósticos encontrados foram cárie (34,1%), pulpite (7,7%) e necrose pulpar (5,2%). Restaurações provisórias e definitivas (30,4%), curativos intracanais (8,0%) e exodontias (11,3%) foram os procedimentos mais realizados e envolveram principalmente os primeiros molares inferiores permanentes (15,0%). A análise dos dados permite concluir que houve prevalência do gênero feminino sobre o masculino. O predomínio de solteiros está relacionado com a faixa etária jovem. A distribuição por bairros mostrou que o fator distância do local de atendimento foi importante na determinação das regiões mais representadas. Houve certa harmonia entre procedimentos realizados, queixa e diagnóstico dos problemas dos pacientes e os dentes receberam inclusive tratamentos definitivos como restaurações e tratamentos endodônticos.

Apoio financeiro da FAPESP – Processo 96/04754-2.

 

 

A245

 

 

Percepção do paciente com relação à AIDS e ao controle de infecção no consultório odontológico.

I.A. PORDEUS*; H.H. PAIXÃO; A.C. ALVES; C.CUNHA.

Deptos. Odontopediatria e Ortodontia e de Odontologia Social e Preventiva, FO/UFMG.

 

 

As novas questões trazidas pela AIDS requerem novas obrigações profissionais e estabelecem inevitáveis desafios éticos. Objetivou-se verificar a percepção do indivíduo sobre a infecção cruzada no consultório odontológico, seus sentimentos em relação aos pacientes e profissionais portadores do HIV. Após o estudo piloto, foram realizadas 640 entrevistas em Belo Horizonte (erro amostral de 5%, nível de confiança 95%). Através do teste qui-quadrado, verificou-se a influência das variáveis idade, sexo, grau de instrução, descrição do usuário sobre a higiene do consultório e sobre os itens de paramentação usados pelo profissional. Das pessoas que possuiam pelo menos o 3º grau incompleto, 46.4% achavam fácil pegar AIDS no consultório odontológico. Este número subiu para 63.4% no grupo de pessoas com 1º grau incompleto (c2=14.70; p=0.14). Aquelas pessoas que consideraram insatisfatória a higiene do consultório mais frequentemente reportaram (60%) que não iriam a um dentista que atendesse pacientes com AIDS (c2=4.98; p=0.02). Em torno de 60% dos entrevistados entre 18 e 35 anos e 40% acima de 45 anos iriam a um dentista com AIDS (c2=28.27; p=0.00). Apesar de 71.4% considerarem que o dentista portador do vírus da AIDS deveria continuar trabalhando, 50.2% não tratariam com um dentista HIV positivo. Pode-se verificar uma falta de conhecimento em relação às formas de transmissão do HIV e um preconceito em relação ao dentista HIV positivo e ao profissional que atende pacientes portadores do vírus.

Apoio financeiro: FAPEMIG.

 

 

A246

 

 

Prevalência de gengivite em escolares que recebem atendimento odontológico.

C.M.C.* ALVES; M.S.S. CARVALHO; A.L.A. PEREIRA; A.F.V. PEREIRA.

Disciplina de Periodontia, Fac. de Odontologia da Univ. Federal do Maranhão.

 

 

Muita ênfase têm sido dada à prevenção em Periodontia, embora a prevalência de gengivite encontrada nas pesquisas em todo o país na grande maioria, foi muito alta. Muitas destas pesquisas entretanto foram em escolares ou crianças que não recebem nenhum tipo de atendimento ou tratamento por parte do profissional de Odontologia. Por este motivo, os autores se propuseram a estudar a prevalência de gengivite em escolares de 6 a10 anos da Unidade Estadual Sotero dos Reis, onde os alunos são orientados sobre higiene bucal, recebem escovas e também tratamento odontológico. Utilizou-se o Índice Gengival de Loe & Silness, 1963 e o Índice de Placa de Silness & Loe, 1964 e os valores obtidos foram registrados em ficha individual. O exame foi feito por um mesmo examinador. Os resultados mostraram que a prevalência foi de 100% para o sexo feminino e 98,15% para o sexo masculino. A distribuição do índice gengival foi a seguinte: Grau 0 (1,85%), Grau 1 (88,89%) e Grau 2 (9,26%) para o sexo masculino e Grau 0 (0%), Grau 1 (95,65%), e Grau 2 (4,35%) para o sexo feminino. Com base nos resultados acima descritos, podemos concluir que: 1- A prevalência de gengivite foi muito alta, sendo maior na faixa etária de 10 anos, 2- Houve uma predominância de gengivite leve (92%), 3- A orientação sobre higiene bucal recebida pelas crianças, bem como o tratamento odontológico não têm sido eficazes para prevenir a gengivite.

 

 

A247

 

 

Uso de drogas entre estudantes de Odontologia.

M.A.Onofre*;C.C.Rizzi; E.M.S.Massucato; C.M.Navarro; M.R.Sposto.

Depto. Diag. e Cir.,Fac. de Odont. Araraquara-UNESP,Fax (016) 222-4823

 

 

Preocupadas com os altos índices de consumo de drogas entre os estudantes, as universidades paulistas vêm realizando pesquisas para avaliar a extensão do problema entre os universitários. O objetivo deste estudo foi avaliar a freqüência do uso de drogas entre estudantes da Faculdade de Odontologia de Araraquara. Foi entregue um questionário, com testes de múltipla escolha abordando aspectos sobre uso de drogas, aos 297 estudantes que freqüentaram o curso de graduação em 1997. A participação dos estudantes foi voluntária. Utilizou-se o programa Epi-Info versão 6.03 para elaboração do banco de dados e obtenção dos resultados. Do total de estudantes, 77,8% (231) responderam ao questionário, sendo 54,1% do sexo feminino, 37,3% do sexo masculino e 8,6% não identificados. Desses, 74% (171) declararam uso de bebidas alcoólicas; 15,1% (35) de éter; 11,2% (26) de maconha; 10% (23) de tabaco e 5,2% (12) de anorexígenos ou tranqüilizantes. O sexo masculino apresentou maior consumo de drogas, sendo o uso de bebidas alcoólicas, éter e maconha maior entre os estudantes do 4o ano. O consumo de maconha e éter foi mais freqüente entre os estudantes que moravam em repúblicas. O uso diário de drogas foi constatado em 66,7% dos estudantes que consumiam anorexígenos ou tranqüilizantes, em 15,4% dos que consumiam maconha, em 8,6% dos que usavam éter e em 4,1% dos que consumiam bebidas alcoólicas. Constatamos que, 6,9% dos estudantes consumiam diariamente algum tipo de droga, excluindo o tabaco. Esta situação confirma a necessidade de se estabelecerem ações de educação e prevenção do uso de drogas nas universidades.

Apoio financeiro CNPq - Processo 52.3164/96-3 e FAPESP processo 96/5927-8.

 

 

A248

 

 

Cronologia de erupção de dentes permanentes em idade pré-escolar.

N.E. Tomita*; L. KAMIYAMA; J.A.s. freitas; E.S. Lopes; l.j. franco.

Faculdade de Odontologia de Bauru-USP, HPRLLP-USP, Escola Paulista de Medicina-UNIFESP. Fax: (014) 223-4679

 

 

O popularmente denominado "molar dos seis anos" tem levado à interpretação que sua erupção nos arcos dentários ocorra apenas a partir desta idade cronológica. A literatura apresenta uma tendência histórica à redução da idade observada para a erupção dos primeiros dentes permanentes, em especial o primeiro molar permanente. Observar o período de irrompimento dos dentes permanentes tem seu valor elevado em termos de prevenção da cárie dentária, devido à maior suscetibilidade apresentada pelos dentes no período de maturação pós-eruptiva do esmalte. Tendo por objetivo verificar a prevalência de dentes permanentes erupcionados em pré-escolares, foi realizado um estudo de delineamento transversal em uma amostra de 2408 crianças na faixa etária de 3 a 5 anos, matriculadas em instituições públicas ou particulares do município de Bauru-SP-Brasil. Para tanto, foi realizada a inspeção visual da cavidade bucal dessas crianças, visando detectar a presença de dentes permanentes nos arcos dentários. Entre os meninos, 9,8% apresentavam-se na fase da dentadura mista, o mesmo ocorrendo com 11,3% das meninas, sem diferenças estatisticamente significantes entre os sexos. Observou-se uma precocidade na erupção de dentes permanentes em crianças de escolas públicas, quando comparadas às matriculadas em escolas privadas (p<0,0001), em ambos os sexos. Essa tendência de precocidade na erupção dos dentes permanentes em crianças em idade pré-escolar aponta para a importância de implantação de programas preventivos em Saúde Bucal Coletiva, direcionados para esta faixa etária.

 

 

A249

 

 

A aplicação da Arbitragem como instrumento de solução dos conflitos na área odontológica

I.T.P.CALVIELLI; V.M.MODOLO*.

Departamento de Odontologia Social, Faculdade de Odontologia da USP – SP

 

 

Embora a arbitragem já estivesse prevista na legislação brasileira desde 1850 como instrumento legal para a solução de conflitos na área comercial, apenas com a edição da Lei 9.307, de 23 de setembro de 1996 (Lei de Arbitragem), iniciaram-se as discussões sobre a efetiva utilização desse instrumento para a solução dos conflitos de interesses que versam sobre os bens disponíveis. Tradicionalmente os conflitos que se estabeleciam entre os cirurgiões-dentistas e seus pacientes eram encaminhados ao Judiciário com os ônus processuais decorrentes, fazendo com que, após a edição do Código de Defesa do Consumidor, a instância do PROCON fosse buscada na tentativa de minimização dos custos e celeridade na solução. Porém, em decorrência da disposição inserta no § 4º, do artigo 14 do referido CDC estabelecendo que "a responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação da culpa" as instituições de proteção ao consumidor não são competentes para a solução desses litígios. As autoras realizaram a análise dos requisitos legais para a utilização da arbitragem com a finalidade de verificar a possibilidade de sua adoção como instrumento de conciliação dos conflitos na área odontológica. Conclusão: As autoras concluiram que a arbitragem pode constituir-se em eficiente instrumento para a conciliação e solução dos conflitos na área odontológica.

 

 

A250

 

 

Resultados preliminares de um ano de atendimento na clínica de bebês da PUC-PR.

R. Fonseca*; A.J. Brenner; M. Gomes; L.E. Rodriguez.

Disc. Odontopediatria, Clínica Bebês, Fac. Odontologia, PUC–Pr - Brasil

 

 

Este trabalho faz parte do projeto Zero-dente desenvolvido no Curso de Odontologia da PUC-PR

No período de abril de 1997 a abril de 1998, foram atendidos 112 bebês de ( 0-41 ) meses de idade (19,46 + 10,48 ) de ambos os sexos ( 58% meninos e 42% meninas ). Informações sobre anamnese, hábitos alimentares, uso do flúor, motivo pelo qual procurou este centro e outras, estão contidas em um amplo questionário aplicado junto as mães após a palestra inicial. Observou-se que as razões pelas quais a Clínica de bebês era procurada foram: Orientação (54,2% ), cárie ( 19,3%), traumatismo ( 10, 1% ), dor de dente ( 1,8%) e o restante pela combinação destes. Consta que a prescrição de flúor pelos médicos pediatras da cidade de Curitiba foi em torno de 12,5%. As crianças com Risco respondem por 66,7% enquanto 33,3% delas não apresentam risco. Tal resultado pode advir pela maneira como utilizam-se os adoçantes: açúcar ( 51,9% ) mel ( 2,8% ) açúcar e mel ( 4,8% ) adoçantes não calóricos ( 13,0% ) e ( 26,9% ) não adoçam. A mamadeira foi o meio mais utilizado para amamentação ( 29,6% ) a combinação peito e mamadeira ( 38,0%), só peito ( 17,6%). Importante salientar que 75% das crianças atendidas possuem idade superior a 12 meses. Quando comparado os resultados da relação do consumo do açúcar ( eventos por dia ) por meio dos teste das diferenças de proporções, obteve-se uma diferença estatística significativa com ( p< 0,01 ) .Estes são alguns dos primeiros resultados neste 1 ano de atendimento. O interesse despertado nos responsáveis já demonstra resultados satisfatórios e nos encorajam a continuar passando as idéias da prevenção e educação como forma de se obter que uma parte da população venha atingir melhores condições de saúde.

 

 

A251

 

 

Comportamento da equipe odontológica frente às dificuldades no tratamento pediátrico

VJ.PAVAN*; MLR.SOUSA; AB.MORAES; R.WADA.

UNICAMP/UNESP.fone (019)-433-9868

 

 

A psicologia contribui no atendimento odontológico, em especial em odontopediatria. Assim, verificou-se o comportamento dos membros que atuam no programa extramuro da Faculdade de Odontologia de Piracicaba ao atenderem escolares de 5 anos. A amostra (n=34) foi composta de estudantes de graduação (CD) e de estudantes de Auxiliar de Cirurgião Dentista e de Técnico de Higiene Dentária (ACDs/THDs). Utilizou-se a técnica projetiva, em que desenhos padronizados, com espaços a serem preenchidos de acordo com o que pensariam e como agiriam mediante uma situação difícil de atendimento, foram preenchidos pelos alunos. Utilizou-se o Teste do Chi-quadrado com 5% de significância. As respostas foram classificadas em três "categorias de ação"— "tentativas de acalmar a criança"(A1); "explicações para a criança sobre algum procedimento ou utilização de algum instrumento"(A2); "transferência da responsabilidade" (A3) — e quatro "categorias de pensamento"—"necessidade de acalmar a si mesmo e à criança" (T1); ïrritação" (T2); "adivinhar a razão do choro da criança" (T3) e "não saber o que fazer" (T4). As respostas dos CDs foram A1 (73,9%), A2 (17,3%) e A3 (8,7%); as ACDs/THDs relataram A1 (90.9%), A2 (1,1 %) e A3 (0,0%). Quanto ao pensamento, os CDs caracterizavam-se por T1 (47,8%), T2 (30,5 %), T3 (13,0%) e T4 ( 8,7%) , os ACDs e THDs por T3 (36,4%) e T4 (36,4 %), T1 (18,2 %) e T2 (9,1%). Não houveram diferenças estatisticamente significantes entre como os CDs e ACDs/THDs agem (p=0,81) e como os CDs e ACDs/THDs pensam (p=0,25). Tendo em vista que a resposta predominante foi "tentativa de acalmar a criança" sugere-se a importância de um treinamento prático e constante no campo da psicologia nos cursos que formam CDs e ACDs/THDs.

 

 

A252

 

 

Levantamento epidemiológico da perda precoce do 1º molar permanente.

J.M.R.VIEIRA*; M.A.B.REBELO; R.C.P.PARENTE; S.A.HANAN; T.J.C.C.PAIVA.

Universidade do Amazonas, BRASIL.

 

 

Na literatura odontológica, são inúmeras as citações referidas ao primeiro molar permanente, devido a importância que o mesmo tem no sistema estomatognático. Simultaneamente, o problema da perda precoce do primeiro molar permanente vem sendo abordado em razão de uma série de alterações que ocorrem na cavidade bucal. Assim, apresentou-se um trabalho sobre levantamento epidemiológico de prevalência da perda precoce do primeiro molar permanente em 610 escolares, de um universo 1.130 crianças, de ambos os sexos, na faixa etária de 06 a 12 anos, da Escola Municipal Leonor Uchôa de Amorim, zona leste da cidade de Manaus. Utilizou-se a técnica de amostragem denominada Amostra Simples ao Acaso e o teste estatístico empregado foi o c2 (qui-quadrado). Nos resultados encontrados, o sexo masculino teve maior porcentagem de perda do 1º molar permanente, quanto a quantidade de dente perdido a maior porcentagem foi para perda de apenas 1 (um) dente. O 1º molar permanente inferior esquerdo foi o que obteve maior porcentagem de perda e verificou-se que 23% dos escolares examinados, tiveram perda do dente em questão. Finalizando, estimou-se com uma confiança de 95% que dos escolares examinados, no mínimo 237 e no máximo 282 destes, já perderam o 1º molar permanente e sendo este dente um parâmetro de avaliação do nível de saúde bucal, faz-se necessário uma reavaliação das ações de saúde bucal nesta comunidade.

 

 

A253

 

 

Avaliação do conhecimento sobre saúde bucal em escolares adolescentes da cidade de Araraquara-SP.

A.VALSECKI Jr.; A.A.SANTOS*; F.L.ROSELL; W.C.GIORGIANI.

Depto. Odonto.Social, FOAr-UNESP. (016) 232-1233. e-mail: aleema@sunrise.com.br

 

 

A faixa etária dos 11 aos 17 anos preconizada pela OMS como adolescência, é marcada pela alta prevalência de cárie, em função da maior dificuldade para o diálogo e baixa disposição em procurar o cirurgião dentista; fatores estes que podem ser resultantes de experiências desfavoráveis anteriores. Diante destes dados foi realizada uma avaliação do nível de conhecimento sobre saúde bucal em adolescentes de 5ª a 8ª séries de 3 escolas da cidade de Araraquara-SP, tendo como objetivo verificar a necessidade de programas educativos de saúde bucal abrangendo essa faixa etária. A amostra constituiu-se de 541 adolescentes divididos em 03 grupos em função do nível sócio-econômico das escolas: baixo-escola pública de periferia, médio-escola pública do centro da cidade e alto-escola particular; os quais foram submetidos a um questionário constando de 53 questões sobre saúde bucal e geral. A análise do mesmo se deu através de tabulação e correlação das respostas. Observou-se diferenças no nível de conhecimento sobre saúde bucal e geral dos escolares, em uma escala decrescente de classe sócio-econômica, onde os de padrão sócio-econômico alto apresentaram maior conhecimento sobre flúor, importância da higiene bucal, hábitos alimentares e saúde gengival. Em relação às técnicas de escovação os resultados foram semelhantes nos grupos estudados. Conclui-se que existe a necessidade de programas educativos para adolescentes adequando aos diferentes níveis sócio-econômicos, com o intuito de instruir, motivar e promover a saúde bucal.

 

 

A254

 

 

Relação entre ingestão de dentifrício fluoretado e risco de fluorose.

L. T. TEÓFILO*; E. M. A. GIRO.

Depto de Clínica Infantil - Odontopediatria FOAr - UNESP - Fone: (062) 210-1421

 

 

Pesquisas recentes demonstram que a ingestão de dentifrício fluoretado pode representar um fator de risco no desenvolvimento da fluorose dental. Com o objetivo de determinar a quantidade de dentifrício usado e ingerido por escovação, bem como a quantidade diária de flúor ingerido, o presente estudo foi realizado com uma amostra de 58 crianças com idade entre 2 e 7 anos. Foi direcionado aos pais um questionário e realizada sessão única de escovação com as crianças. Os resultados demonstraram que as crianças analisadas usaram em média 0,6339 g de dentifrício por escovação e que 50% delas ingeriram flúor além da dose recomendada. Conclui-se portanto, que existe uma forte correlação entre a quantidade de dentifrício usado e a quantidade de flúor ingerido, podendo esta contribuir para uma ingestão excessiva de flúor e determinar um maior risco de fluorose nos dentes permanentes.

Trabalho vencedor do VII Prêmio Estímulo Kolynos.

 

 

A255

 

 

A odontologia e sua inserção no Sístema Único de Saúde: representações e práticas no município de Niterói/RJ.

M.A.A. SENNA*; M.V.GOUVÊA; J.L.S.HURST; L.C.H.MOREIRA.

Pós-graduação em Odontologia.Social - UFF. Niterói,R.J., Brasil.

 

 

Após 8 anos de implantação da Lei que regulamentou o Sistema Único de Saúde (SUS), inicia-se no âmbito odontológico, programações locais vinculadas a alguns princípios e diretrizes deste sistema. Este trabalho objetivou conhecer a opinião dos Cirurgiões-Dentistas da Secretaria Municipal de Saúde de Niterói sobre o SUS, avaliando sua prática com relação a três princípios: Integralidade, Hierarquização e Regionalização. Trabalhou-se com o universo de 50 profissionais, realizando entrevistas semi-estruturadas (após pré-teste do instrumento), nos postos de saúde, entre 1 e 30 de março de 1998. Para 79.54% dos entrevistados o usuário não tem noções dos princípios, embora 100% destes, tenha relatado ser estes conhecimentos importantes para a resolutividade dos serviços; 68,18% apontou a necessidade de um aprimoramento na prática do SUS, sendo que para 43.18% a odontologia não está inserida adequadamente no sistema. Com relação à prática, 68.13% aplica a Integralidade. Destes, apenas 36.66% relacionou práticas efetivas, em relação ao conceito. Quanto a Hierarquização, 72.72% aplica na unidade, no entanto, 100% relatou dificuldades no sistema de referência-contra referência. Em relação a Regionalização 75% disse não aplicar. Destes 45.45% apontou a grande demanda como barreira à adscrição de clientela. Conclui-se que as dificuldades com relação aos princípios da Regionalização e Hierarquização não são inerentes à prática e sim à capacidade de resolução da rede. Apenas o princípio da Integralidade, não é aplicado em função do desconhecimento de sua amplitude, sugerindo a necessidade de capacitação profissional.

 

 

A256

 

 

Avaliação clínica da placa bacteriana antes e após escovação dentária

A.E.M. VIEIRA*; .S.A.S. MOIMAZ; N.A. SALIBA; O. SALIBA.
Departamento de Odontologia Social - FOA-UNESP

 

 

Foi avaliada a placa bacteriana através do Índice de Turesky, antes e após a escovação dentária, utilizando-se como evidenciadores a fucsina básica e a solução de vermelho neutro. A amostra foi composta por 30 indivíduos, entre 14 e 16 anos. Os exames foram realizados por um único examinador no consultório odontológico. O período experimental foi de 4 semanas, com intervalos de 7 dias entre elas. Na 1a semana utilizou-se como corante a fucsina e a escovação foi a habitual. Na 2a. semana os procedimentos foram repetidos, porém com a utilização do vermelho neutro. Nas 3a e 4a semanas, os indivíduos foram treinados para a realização da técnica de Bass e as avaliações foram feitas com a fucsina e o vermelho neutro respectivamente. Para a escovação foi estipulado um tempo máximo de 2 minutos. Os índices médios de placa antes e após a escovação habitual foram 2,77 e 2,19 com a fucsina e 2,23 e 1,48 com o vermelho neutro. Após o treinamento, os índices médios foram 2,67 e 2,17 com a fucsina e 2,49 e 1,84 com o vermelho neutro. De acordo com a análise estatística as diferenças antes e após escovação foram significativas a nível de 5% pelo teste de Wilcoxon para todos os períodos experimentais. Pelo teste de Mann-Whitney, comparando-se a escovação habitual e a técnica de Bass houve diferença significativa no índice de placa utilizando-se o vermelho neutro, o que não ocorreu com a fucsina. Pode-se concluir que a fucsina é mais eficaz como corante de placa bacteriana, e que há necessidade de um maior tempo de treinamento para aquisição de habilidade motora.

Apoio Financeiro: CNPq

 

 

A257

 

 

Prevalência de maus-tratos em crianças e adolescentes.

F.V.G.ABREU; A.M.G.VALENÇA*.

Pós-Graduação em Odontologia Social, UFF Odontopediatria FO.UFRJ e FO.UNESA- Rio de Janeiro, Brasil

 

 

O presente trabalho se propôs a investigar a ocorrência de casos de maus-tratos (MT) à crianças e adolescentes, na faixa etária de 0 a 18 anos. Para tanto, foram analisados 2.035 prontuários de atendimentos realizados pelo Conselho Tutelar da cidade de Niterói (RJ), entre os anos de 1993 à 1997. Foi observado que do total de ocorrências registradas naquela instituição, 84 delas eram relativas a MT, sendo que 47 (56%) das crianças e adolescentes pertenciam ao sexo feminino e 37 (44%) ao masculino. 71 (84,5%) dos casos de MT ocorreram na residência da vítima. Quanto ao tipo de injúria, a de maior prevalência foi a violência física, observada em 68 (82,9%) dos registros, enquanto o abuso sexual ocorreu em 14 (17,1%) dos casos. Em relação à violência física, a ecmose foi o achado mais frequente, sendo relatada em 57 (83,9%) das crianças e adolescentes, seguida da laceração, presente em 5 (7,3%) das observações. Como local da injúria, 19 (22,6%) envolviam a região de cabeça, sendo que houve apenas em relato de injúria acometendo a área bucal, com luxação do elemento 51 e laceração labial. Do total de 84 ocorrências de MT, 28 (33%) crianças e adolescentes foram submetidos à exame clínico, sendo que apenas 3 casos foram avaliados pelo cirurgião-dentista. Através dos resultados obtidos, pôde-se concluir que a violência doméstica contra crianças e adolescentes é um achado frequente em situações de MT, sendo as injúrias físicas a forma mais comum de agressão. Embora as injúrias também envolvam a região de cabeça, poucas crianças foram examinadas por cirurgiões-dentistas.

 

 

A258

 

 

Conhecimentos dos dentistas quanto ao uso de soluções fluoretadas para bochecho.

L. C. MAIA*; C. P. M. SENA; E. C. PENHA; W. W. N. PADILHA.

Pós-Graduação em Odontologia Social UFF/Niterói, RJ - Brasil

 

 

O presente estudo se propôs a avaliar os conhecimentos dos dentistas frente ao uso de soluções fluoretadas para bochecho (SFB). Para tanto, foram entregues 97 questionários a dentistas com consultórios situados em Niterói – RJ, contendo perguntas relacionadas à prescrição de SFB, suas indicações e possíveis riscos inerentes ao seu uso. Os resultados foram expressos na forma de percentual relativo e utilizou-se o teste não paramétrico do X2 para a análise estatística dos dados. Pôde-se observar que 95 (97,98%) dos dentistas consultados prescreve fluoretos tópicos, e destes, 52 (54%) utiliza SFB. Destes profissionais, 37 (71%) possuem especialização e 15 (29%) apenas a graduação. Quanto às SFB 16 (16,84%) dos dentistas acertaram totalmente suas indicações, enquanto 23 (24,21%) deixaram de assinalar um ou mais itens e 56 (58,95%) erraram uma ou mais indicações. Dos que acertaram tudo, 12 (75%) têm especialidade, e 4 (25%) não a têm. Já no grupo que errou uma ou mais indicações, 40 (71,43%) são especialistas e 16 (28,57%) não. Não houve diferença estatística entre estes valores (p>0,05). 36 (38,29%) dentistas desconheciam a relação idade do paciente x risco de intoxicação, enquanto 58 (61,70%) conheciam. Sobre possíveis distúrbios devido à ingestão freqüente de SFB, 15 (17,44%) acertaram totalmente, 69 (80,23%) acertaram parcialmente e 2 (2,33%) erraram. Dos que acertaram tudo, 11 (73,33%) têm especialidade e 4 (26,67%) não. Dos que acertaram parcialmente, 46 (66,67%) têm especialidade, e 23 (33,33%) não. Não houve diferença estatística entre estes valores (p>0,05). Como conclusão pode-se observar que, independente de ter especialidade, ainda existe certo desconhecimento por parte dos dentistas quanto às indicações e os riscos relacionados ao uso de SFB.

 

 

A259

 

 

Avaliação das orientações do ensino em Clínica Integrada.

W.W.N. PADILHA*.

Pós-Graduação em Odontologia Social - UFF - Niterói - RJ - Brasil

 

 

Este estudo teve como objetivo analisar a evolução das propostas sobre integração em clínica odontológica e identificar tendências no ensino de Clínica Integrada. A metodologia científica utilizada foi a abordagem indutiva com método de procedimento do tipo histórico. Como técnica de pesquisa foi empregada a documentação indireta através de pesquisa documental e bibliográfica. Compuseram a base de dados documentos institucionais, publicações científicas e de divulgação sobre integração clínica e clínica integrada. A partir destes, as propostas de integração foram analisadas e sistematizadas em três grupos conforme o procedimento histórico: científico-social, epidemiológico e organizacional. Foram consideradas também as relações entre a prática profissional, a evolução da profissão e aparelho formador de recursos humanos a partir do referencial teórico contido em MENDES, E.V. (PUC-MG/FINEP,1985), composto pelos paradigmas flexneriano (tradicional) e inovador. Os resultados obtidos foram: a) a identificação de três grupos de propostas denominadas como "artesanal-empírico", "técnico-científico" e "eficácia-social", e b) o reconhecimento de que o conteúdo predominante nas propostas evoluiu do caráter biológico para o compromisso social e, c) a identificação do desenvolvimento da prática profissional como fator de influência nas formulações de propostas de integração clínica e da clínica integrada. Da análise dos resultados concluiu-se que: 1 - a evolução da prática profissional identificada não está contida no referencial teórico existente em MENDES e 2 - o ensino de clínica integrada é socialmente orientado.

 

 

A260

 

 

Educação e saúde: contribuição de um grupo focal de adolescentes.

M.U.ALVES*; N.A.TATO; M.P.F.CURVINO; E.L.SOARES; U.V.DE MEDEIROS.

Pós-Graduação em Odontologia Social, UFF-RJ e UFRJ - RJ

 

 

Este trabalho integra o projeto de Promoção de Saúde Bucal Materno Infantil voltado à gestante adolescente, em acompanhamento no Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira, UFRJ. É faz parte da tese para o doutorado em Odontologia Social na UFF. Como premissa, adotou-se uma concepção holística de saúde, ou seja,"o estado completo de bem estar físico, social e mental,"o qual requer estudos interdisciplinares e aprofundados para gerar soluções factíveis aos problemas encontrados no cotidiano. O grupo pesquisado, através da técnica de grupos focais de trabalho, se constituiu de 80 adolescentes entre 12 e 21 anos de idade. Teve como objetivo informar para educar esse segmento populacional, a tornar-se amostra contaminante de conscientização da importância e co-responsabilidade no processo saúde/doença. O conjunto de métodos quanti-qualitativos, utilizando análise de representações sobre o conhecimento do binômio saúde/doença, caracterizou o estudo como uma pesquisa-ação participativa .através da técnica de grupos focais de trabalho entre a equipe e o grupo de adolescentes participantes. A avaliação dos dados levantados por meio da história de vida e das representações iconográficas das adolescentes, mostrou desinformação a respeito de como manter as condições mínimas de saúde. Constatou-se ainda que, a maioria das adolescentes usa a mesma escova dental de outro membro da família, ignorando a transmissibilidade da cárie e os hábitos de higiene preventiva. As conclusões parciais apontam que as necessidades de saúde e bem estar não podem ser consideradas isoladamente, e sim sob um contexto familiar e cultural, retratando a realidade e o reflexo das contradições economico-políticas do país. Esta metodologia proporcionou uma visão mais abrangente e correta do que seja a noção de saúde entre a população estudada.

 

 

A261

 

 

Educação e Saúde - Uma proposta participativa com a comunidade de Surdos/RJ.

V.OLIVEIRA*; M.I.G.SANTOS; J.A. CABRAL.

Departamento de Pós-Graduação em Odontologia Social - UFF/Niterói. Tel.(021) 620-2828 Ramal:141.

 

 

Este trabalho tem o objetivo de identificar o interesse de desenvolver um grupo de trabalho junto à comunidade de Surdos-RJ na formação de agentes de saúde para a divulgação através do uso da língua brasileira de sinais(LIBRAS), trocando informações relacionadas à promoção e medidas preventivas relativas à saúde bucal. A pesquisa foi realizada na Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos-RJ(FENEIS). A amostra foi do tipo intencional, onde foram escolhidos instrutores da LIBRAS (23 alunos) em dois grupos matriculados em um curso de aperfeiçoamento de metodologia de ensino. Utilizamos como técnica de pesquisa , um formulário que permite a observação extensiva, onde o investigador deve estar em contato com o investigado. (Lakatos& Marconi, Metodologia Científica, Atlas, S.P, 1982).Obtivemos os seguintes resultados: 18 formulários foram respondidos, (78,26%). Dentre os profissionais que os atenderam (91,35%) não sabiam LIBRAS; 4,25% sabiam LIBRAS; e 4,30% sabiam o mínimo necessário para a comunicação, o que não era satisfatório. Em relação ao interesse em participar de um projeto de educação em saúde; 60,87% responderam estarem interessados. Destes 43,75% mencionaram temas relacionados à AIDS; doenças periodontais ; cuidados com os dentes; tratamento da água e questões relacionados à biossegurança. Enquanto 17,12 % não mencionaram nenhum tema. Concluiu-se que comunidade apresenta receptividade para a proposta de um projeto de natureza participativa; devido à carência de informações nesta área destinada a este grupo especificamente.

 

 

A262

 

 

Grau de informação em saúde bucal versus CPO-D: um paradoxo sugestivo.

A.T. TRINO*; F.S. MELLO; E.F. CORMACK.

Pós-Graduação em Odontologia Social - UFF / SMS-RJ-CSB

 

 

O presente trabalho tem o objetivo de detectar o perfil do conhecimento de métodos de prevenção em relação à cárie dentária do 30 famílias residentes em Paquetá, RJ, inscritas no projeto Dentista de Família, bem como relacionar o grau de informação acerca de saúde bucal com o índice CPO_D conseguido através do levantamento epidemiológico. Foram respondidos prontuários com perguntas que relacionavam o papel da alimentação na etiologia da cárie, bem como o grau de informação quanto a métodos preventivos desta doença, lembrando que as comunidades não haviam recebido nenhum tipo de educação em saúde bucal pelo nosso projeto. Dos 30 responsáveis das respectivas famílias, 70% já tinham recebido orientação com relação a métodos de prevenção à cárie. Referente à relação causal da cárie com a alimentação foi verificado que 73,3% associavam a alimentação como fator etiológico, sendo que destes, 50% especificavam a dieta cariogênica (açúcar, amido). Não detectaram relação da cárie com a alimentação 26,7 % das famílias. Com relação aos métodos mais eficazes para a prevenção da cárie dentária, 60% citaram a escovação e 46,7% a educação em saúde bucal, seguido de aplicação tópica de flúor (30%), um bom dentista (30%) e 6,7% restaurações dentárias. Do universo pesquisado conclui-se que a maior parte das famílias já haviam sido informadas quanto aos cuidados de prevenção à cárie dentária, sabendo também do papel da dieta na etiologia desta doença, e relacionando-se os dados citados com o CPO-D global das famílias (12,6 - muito alto), conclui-se que o teor da informação existente em relação à prevenção da cárie não é suficiente para debelar a prevalência da doença. Com isto torna-se relevante afirmar: informar não é suficiente, é preciso educar e motivar.

 

 

A263

 

 

Índice de Higiene Oral Simplificado como avaliador do processo educativo

K.D. MAIA*; I.C.T.C. SOUZA; T.C.A. GRAÇA; I.C.MATUCK.

Departamento de Pós-Graduação em Odontologia Social da U.F.F. - R.J.

 

 

O processo educativo em saúde é utilizado, visando obter mudanças comportamentais. Os indivíduos aprendem quando conseguem reformular hábitos, aceitar novos valores e exercitar a sua criatividade, através das informações e experiências proporcionadas pelos agentes educadores. Com este objetivo, a Disciplina de Odontologia Social I, integrada ao curso de Pós-Graduação em Odontologia Social da UFF, realizou um programa de educação para a saúde na E.E. Ismael Coutinho , Niterói - RJ, em 1997, que compreendeu escovação dentária supervisionada, fluoretação tópica, instruções sobre o uso de fio dental e da dieta , palestras e atividades lúdicas, nas quais se procurou englobar os pais e professores dos alunos envolvidos. Foram examinadas 198 crianças na faixa etária de 8 a 10 anos (X = 9,1 + 0,72) , sendo 124 do sexo feminino e 74, do masculino. Verificou-se o I.H.O-S na primeira consulta e, após doze semanas de execução do Programa, foi tomado novo índice a fim de verificar se houve alteração significativa da quantidade de placa bacteriana. Na análise dos dados obtidos, a mediana verificada no início da avaliação foi de 33,33%, passando ao final para 16,66%. Os dados iniciais e finais foram submetidos ao teste t de Student, obtendo-se um resultado de t = 10,13** (p<0,01). Concluiu-se que houve uma redução estatisticamente significativa no I.H.O-S destes escolares após a sua participação no Programa.

 

 

A264

 

 

A importância da anamnese no atendimento de bebês

D.A. SALIM*; M.E. CASTRO; A.P. MENEZES; A.R. ROMANO; A.S. BUSATO.

Depart. Odontologia Social e Preventiva, Faculdade de Odontologia da UFPel, RS

 

 

Dentro da filosofia de promoção de saúde, a anamnese exerce um papel importante no diagnóstico da condição da cavidade bucal, principalmente no atendimento de bebês. O objetivo deste trabalho foi relacionar os dados obtidos com a anamnese ao quadro inicial de saúde bucal dos bebês. Para tal, foram selecionados 54 prontuários de crianças com idades entre 0-36 meses que procuraram atendimento na clínica odontológica materno-infantil da UFPel. Os dados da história médica revelaram que 29% das crianças haviam sido hospitalizadas por diferentes motivos e que 69% delas tomaram antibiótico por longos períodos. A história odontológica evidenciou dados relevantes, principalmente relacionados ao uso de sacarose, mostrando que 31% usaram chupeta adocicada com mel ou açúcar. Com relação ao aleitamento, observamos que 86,4% utilizaram mamadeira, principalmente a noturna. A grande maioria ralatou acesso a alguma forma de flúor. Quanto aos índices ceod e ceos, os valores encontrados, incluindo mancha branca, foram, respectivamente, de 0,71 e 1,29 na idade de 0-12 meses; 5,24 e 11,29 nos 13-24 meses e de 7,16 e 15,63 nos 25-36 meses. Diante deste quadro e sabedores que a doença cárie dentária em bebês é resultante de hábitos bucais e comportamentos nocivos desenvolvidos no núcleo familiar, entendemos que a mudança dele passa, necessariamente, pela educação dos pais e/ou responsáveis, com ênfase para que o primeiro contato com o dentista seja antes dos 12 meses de vida. Neste contexto, concluímos que anamnese tem papel de destaque, não só no diagnóstico, como no planejamento e prognóstico de um atendimento odontológico voltado para promoção de saúde

 

 

A265

 

 

Aspectos éticos das pesquisas com seres humanos em publicações odontológicas

N.T. MARUYAMA*; V.M. MODOLO; D.L.P. RAMOS.

Departamento de Odontologia Social da Faculdade de odontologia da USP-SP

 

 

Frente a um momento de desenvolvimento cultural vivido pelos profissionais da área biomédica, principalmente devido aos estudos da Bioética, este trabalho tem como objetivo, fazer um levantamento nas revistas de Odontologia de maior circulação do Brasil nos anos de 1996 e 1997, para verificarmos se os pesquisadores têm aplicado estes princípios, principalmente no que envolve os aspectos éticos relacionados à preservação da identidade dos pacientes que participaram como sujeitos da pesquisa. Analisaremos também qual é a exigência destas revistas analisadas com relação a estes aspectos. Nosso levantamento tem demonstrado que embora muito já se tenha discutido sobre estas questões, poucos são os pesquisadores e as revistas que têm demonstrado preocupação com os aspectos éticos dos seus artigos publicados, havendo a necessidade de um reforço por parte do corpo editorial das revistas científicas odontológicas para que se façam cumprir estas exigências, não apenas para um cumprimento de uma formalidade burocrática, mas principalmente para que possa servir de educador na retomada de uma moralidade verdadeira, tendo como objetivo principal o benefício do ser humano.

 

 

A266

 

 

Estudo exploratório da atuação profissional do Cirurgião-Dentista

E.T. MIDORIKAWA*; S.S.YOKOI; N.T.MARUYAMA; V.M.MODOLO; M.E.ARAÚJO

Departamento de Odontologia Social, Faculdade de Odontologia da USP - SP

 

 

O Cirurgião-Dentista tem uma atuação profissional que envolve riscos ocupacionais à sua saúde e o mercado profissional está em crise. Esta pesquisa tem o propósito de coletar dados sobre este aspecto. Foram colhidos 293 questionários sobre a situação ergonômica, de atuação no mercado e os sintomas de LER, esta última que será analisada em trabalho posterior, respondidos por Cirurgiões-Dentistas (CDs) que participaram do 18º CIOSP (Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo) de 26/01/98 à 30/01/98. Resultados da amostra: 97 CDs do sexo masculino (33,1%) e 196 do sexo feminino (66,9%), idades variando de 21 a 65 anos. Nota-se que 45% estão entre 25 a 34 anos, a média de tempo de formado foi de 11 anos e 43,5% está entre 5 a 14 anos de formado. Em média, trabalham 40 horas semanais. A maioria trabalha na posição sentado (90,1%) e 62,5% afirmam trabalhar na posição 9 horas. Com relação ao equipo, 60,8% trabalham na posição 1/ e 29,7%, na posição 3/. Os que trabalham com auxiliares somam 163 (55,6%). Há 199 (68,4%) CDs exclusivamente clínicos gerais, 45 (15,5%) especialistas e 47 (16,1%) que possuem especialidade, mas fazem clínica geral também. Os autores concluíram que os CDs estão trabalhando com as posições mais recomendadas (sentado e equipo na posição 1/ e 3/) e 55,6% com auxiliares, o que reforça a importância do ensino da Ergonomia nos cursos de graduação. Quanto ao mercado deve-se direcionar o ensino da graduação para a formação de um bom clínico geral, pois a maior parte dos CDs atuam fazendo clínica geral (84,5%) e apesar de 31,6% dos CDs possuírem alguma especialidade, somente 16.1% vivem exclusivamente como especialistas. Esses resultados subsidiarão futuras pesquisas para a adoção de medidas preventivas com o propósito de melhorar as suas condições.

 

 

A267

 

 

Aspectos bioéticos do exercício profissional por dentistas portadores do HIV

PATRÃO, M.T.*; MIGLIORATI, C.A.; MAGALHÃES, M.H.C.; BERTAZZOLI, R.; COSTA, C.R.; RAMOS, D.L.; MARUYAMA, N.T. Dep. de Odont. Social, FOUSP. E-mail: dalton@siso.fo.usp.br

 

 

A infecção ocupacional é aquela adquirida pelo profissional de saúde, no caso o Cirurgião-Dentista, no ambiente de trabalho. No caso específico do HIV, o sangue representa a fonte mais comum desse vírus, ao lado da saliva e do fluido gengival. Uma vez contaminado, existe o risco teórico, segundo alguns autores, de o profissional contaminar seus pacientes. Coloca-se, então, a questão de como deve se portar eticamente o profissional que se encontra nessa situação. Para a presente pesquisa foram consultados primeiramente, diferentes especialistas na área de Estomatologia, buscando-se levantar o estado atual da questão e, num segundo momento, manifestaram-se especialistas na área da Bioética, para uma reflexão sobre a conduta a ser adotada quanto ao exercício profissional por parte desses dentistas. Considera-se, então, que tais profissionais podem continuar exercendo atividades clínicas, desde que suas condições de saúde (física e psicológica) assim o permitam, sendo controverso o tema da informação ao paciente quanto à sua condição de soropositividade.