1
ANÁLISE
ELETROMIOGRÁFICA DOS M. omohyoideus venter superior E M. digastricus venter anterior.
HELOISA
A.L. CASTRO-TORETTA, FAUSTO BÉRZIN, BRUNO KÖNIG JR.
Dept.
Morfologia, Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP.
Os
músculos, ventre superior do omo-hioideo e ventre anterior do músculo
digástrico foram analisados eletromiograficamente em 20 voluntários em
movimentos da língua e da cabeça. Foram
analisados os seguintes movimentos: movimentos da língua: propulsão,
lateralidade à direita e à esquerda, retropulsão, colocar a ponta da língua no
palato duro e mole, e no assoalho da boca. Movimentos da cabeça: flexão,
extensão, rotação à direita e à esquerda, inclinação à direita e à esquerda. Os
resultados permitiram observar que:
Movimentos
da língua: O ventre anterior do M. digástrico, apresenta 65% de atividade
eletromiográfica no movimento de propulsão, lateralidade à direita 70% e à
esquerda 40%. No movimento de retropulsão este músculo apresenta-se inativo.
Apresenta uma atividade eletromiográfica de 85% quando coloca-se a ponta da
língua no palato duro e no palato mole 55%. Quando colocamos a língua no
assoalho da boca, a atividade é de 50%.
O ventre
superior do M. omo-hioideo, apresenta uma atividade eletromiográfica de 75% no
movimento de propulsão, lateralidade à direita 70% e à esquerda 90%.
No
movimento de retropulsão, este músculo apresenta-se inativo. Nos movimentos de
colocar a ponta da língua no palato duro a atividade eletromiográfica
apresentada foi de 75%, no palato mole 50%, colocar a ponta da língua no
assoalho da boca 80%.
Observamos
então que, ambos os músculos apresentam atividade em quase todos os movimentos,
exceto na retropulsão da língua.
Na
cinesiologia da cabeça, os resultados permitiram concluir que, os referidos músculos
não apresentam atividade eletromiográfica.
2
ANATOMIA DO
RECESSO FRONTO-ETMOIDAL
Palio L.
Navarroo; Janir M. Gonzales & João A. C. Navarro.
Depto do
Anatomia Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Londrina-PR e
FOB-USP, 17043-101, Bauru-SP.
A região do
recesso fronto-etmoidal apresenta grande complexidade em sua anatomia. Por ser
área comum de drenagem de células etmoidais anteriores e do seio frontal, nela
encontram-se patologias que podem requerer intervenções cirúrgicas seletivas.
Assim, o conhecimento dessa anatomia das regiões do "AGGER NASI" e do
infundíbulo, torna-se cada vez mais importantes às micro-cirurgias.
Em 30 hemi-cabeças
de cadáveres de indivíduos adultos, dissecados ao microscópico cirúrgico, foi
observada a disposição anatômica das células etmoidais anteriores em relação ao
seio frontal e seu óstio ou canal de drenagem.
Em 21 casos
encontrou-se o canal frontonasal abrindo-se no infudíbulo; em 9 casos, mais
abaixo, no canal semilunar; em 25 casos o canal apresentou-se amplo; em 5 casos
havia estreitamento do canal por célula etmoidal em sua trajetória frontonasal;
em 4 casos, uma célula etmoidal projetava-se no assoalho do seio frontal como
"bolha frontal"(célula de Boyer); verificou-se que a anatomia do
complexo etmoidal-fronta1 apresenta um caráter individual e também difere de um
lado para outro, no mesmo indivíduo.
3
ASPECTOS
ANATÔMICOS CRANIAIS DAS CÉLULAS ETMOIDAIS.
João A.C.
Navarro & Regina P. Santos
Depto de
Morfologia. Faculdade de Odontologia de Bauru, USP, 17043-101, Bauru-SP.
Na
literatura tem-se registro do comportamento anatômico da células etmoidais como
muito complexo e difícil sistematização.
Genericamente,
as células etmoidais são classificadas em anteriores, com maior número, porém
menos volumosas e as posteriores em menor número porém mais volumosas. Quanto
as aberturas nasais das células, as posteriores teriam seus óstios no meato
superior e as anteriores, no meato médio.
O
comportamento sistemático das células pela suas faces superiores ou craniais é
muito variável, com possibilidade de grandes expansões supra-orbitais.
Verificamos
através de 30 dissecações ao microscópio cirúrgico (D.F. Vasconcelos), que a
anatomia das células etmoidais observadas pelo lado cranial é muito variável,
apresentando-se dispostas regularmente, cuboidais, ao longo do espaço
orbitonasal, em 5 (16%) casos; com regular expansão supra-orbital,
principalmente das células anteriores, em 17 (56%) casos; gandes expansões
foram observadas em 8 (26%) casos; nos quais havia células cobrindo totalmente
o espaço supra-orbital, até a proximidade parietal.
As
expansões bilaterais, concentraram-se tanto nas células anteriores quanto nas
posteriores.
4
CRESCIMENTO
DE OSSOS DO CRÂNIO HUMANO NO SEGUNDO E TERCEIRO TRIMESTRES GESTACIONAIS.
Maria
Urânia Alves & Carlos Alberto Mandarim-de-Lacerda.
Dep.
Anatomia, Fac. Odontologia UERJ, 20551-030 RJ (Fax: 21 254-3532).
Com o
objetivo de comparar os crescimentos dos ossos da face e do crânio na vida
pré-natal, o incremento do peso de alguns ossos foi estudado em 30 fetos
humanos com idades entre 17 e 41 semanas gestacionais, ambos os sexos. Usou-se
análise multivariada (análise dos componentes principais, ACP) com base em
matriz de covariância com os pesos dos ossos transformados em seus logaritmos
naturais. Os cálculos foram realizados com o auxílio dos programas Excel e
Statgraphics em computador compatível IBM PC. O primeiro componente principal
apresentou 92,12 % de variância total, e todos os caracteres foram
positivamente correlacionados com este componente. O autovalor z-1/2 foi 0,302
indicando a isometria dos parâmetros analisadas com índice de significância a =
0,05. A ACP evidenciou o crescimento ósseo na seguinte seqüência: a) com
alometria negativa: vômer, palatino, mandíbula e maxila; b) com isometria:
zigomático; c) com alometria positiva: esfenóide, etmóide, frontal, ocipital,
temporal e parietal. Durante os dois últimos trimestres gestacionais o crânio
mostrou taxas de crescimento diferentes, considerando separadamente ossos da
face e do crânio. Os ossos da face apresentaram autovalores menores que os dos
ossos do crânio (da base do crânio inclusive). Isto se relaciona,
provavelmente, com o fato dos ossos do crânio serem afetados pelo aumento do
volume do cérebro ainda durante a vida pré-natal, enquanto os ossos da face o
são, principalmente, pelo desenvolvimento de suas matrizes funcionais na vida
pós-natal. Apesar do presente estudo analisar apenas o aumento ponderal da
matriz desidratada de ossos da cabeça, pode-se considerar os resultados como
uma aproximação do fenômeno de crescimento pré-natal destas estruturas no
indivíduo vivo.
Auxílio
financeiro CNPq (50.04.27 /91.7) e CAPES
5
DISTRIBUIÇÃO
DAS FIBRAS ELÁSTICAS NO DISCO ARTICULAR DA ATM HUMANA.
Ana M.
Minarelli & Edson A. Liberti
Depto.de
Anatomia, Instituto de Ciências Biomédicas / USP
Av. Prof.
Lineu Prestes, 2415- BIO III - FAX : 5511 813 0845
A
distribuição das fibras elásticas no disco articular da ATM foi verificada em
oito fetos de 3 a 6 meses de V.I.U. e em oito adultos dentados com idade
compreendidas entre 30 e 39 anos. O material foi processado de acordo com
técnica histológica rotineira em cortes sagjtais e transversais semi-seriados
de 8µm corados segundo o método de WEIGERT.
O disco foi
dividido em três regiões - anterior, central e posterior, sendo que os
resultados encontrados foram:
a) maior
concentração de fibras elásticas na região anterior, em ambos os grupos,
principalmente na periferia próximo à cápsula, onde feixes espessos foram
notados;
b) a
densidade das fibras diminuiu na região posterior, sendo que a menor quantidade
foi verificada na região central;
c)
comparativamente, o grupo de fetos apresentou uma maior quantidade de fibras em
relação ao grupo de adultos.
6
ESTUDO
ANATÔMICO DA LOCALIZAÇÃO DOS FORAMES REDONDO E PTERIGÓIDEO, NA PAREDE POSTERIOR
DA FOSSA PTERIGOPALATINA.
João A. C.
Navarro; Jesus C. Andreo & Andrea F. F. Belone.
Faculdade
de Odontologia de Bauru, USP, 17043-101, Bauru, SP.
Anatomia
cirúrgica da fossa pterigopalatina e das regiões adjacentes tem merecido
crescente interesse dos pesquisadores com o advento das micro-cirurgias, em
especial das neurectomias.
A parede
posterior da fossa pterigopalatina está formada pela face anterior do processo
pterigóide, do osso esfenóide. Nela localizam-se as aberturas anteriores dos
canais redondo e pterigóide, por onde transitam o nervo maxilar, artérias e
veias do canal redondo e nervos, artérias e veias do canal pterigóide,
respectivamente. Esses elementos fazem parte do complexo vasculonervoso que
alcança a fossa e mantém, importantes relações anatomofuncionais com o gânglio
pterigopalatino.
O
direcionamento daqueles canais e suas perspectivas aberturas na fossa são de
grande importância ao direcionamento das estruturas anatômicas neles contidas.
Através da
observação direta de 30 fossas pterigopalatinas, sendo 5 bilaterais e 20
unilaterais, em crânios de adultos exumados, pode-se observar a localização do
forame redondo à lateral e superior do forame pterigóideo.
Estando
este num plano horizontal mais inferior encontrou-se uma crista óssea vertical
ou oblíqua, simplesmente uma tuberosidade, separando dois forames.
Mesmo em se
tratando de duas formações em superfície óssea única, observaram-se variações
anatômicas em suas localizações e também na parede óssea que os separa.
7
ESTUDO
ELETROMIOGRÁFICO DA POSIÇÃO POSTURAL DA MANDÍBULA.
CLAUDIA
R.S. FARIA; FAUSTO BÉRZIN
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP.
Os mm.,
temporal (porção anterior), masseter (porção superior e inferior) e
suprahioideos do lado direito e esquerdo eram estudados concomitantemente em 10
voluntários adultos jovens com oclusão normal (Classe I de Angle) sem evidência
clínica disfunção do sistema estomatognático. Nenhum dos voluntários submeteu a
tratamento ortodôntico. Para este estudo nós usamos um eletromiógrafo
NICOLET-VIKING II de 8 canais com eletródos de superfície (BECKMAN).
Os
voluntários permaneceram sentados, em posição postural normal e foram
analisadas as seguintes situações: sem nenhum estímulo; ouvindo música suave;
em situação de stress; usando placa de mordida; sem placa de mordida; alterando
a pressão endobucal e com respiração bucal.
Não foram
observadas contrações sincrônicas de unidades motoras que caracterizassem
presença de tônus muscular mantendo a mandíbula contra a força da gravidade.
8
ESTUDO
ELETROMIOGRÁFICO DOS MÚSCULOS ORBICULARES DA BOCA E MENTONIANO EM INDIVÍDUOS
COM MALOCLUSÕES E DEGLUTIÇÃO ATÍPICA
*DARCY DE
OLIVEIRA TOSELLO, *MATHIAS VITTI, *FAUSTO BÉRZIN e **MARIA BEATRIZ B.A.
MAGNANI.
*Deptos. de
Morfologia e **Odontologia Infantil da Faculdade de Odontologia de
Piracicaba-UNICAMP.
A função e
o nível de atividade dos músculos orbiculares da boca (superior e inferior) e
do mentoniano, foram verificados eletromiograficamente em vários movimentos e
levados a efeito em 15 crianças com idades entre 8 e 12 anos, portadoras de
maloclusão Classe II de Angle, divisões 1 e 2, com deglutição atípica e/ou
lábios incompetentes, sem tratamento ortodôntico. Observou-se que na posição de
repouso com os lábios separados, não houve atividade em nenhum dos músculos.
Quando o contato labial ocorria, registrou-se potenciais de ação nos músculos
estudados, nos indivíduos com lábios incompetentes. Nos movimentos de sucção de
canudo; de chupeta; do dedo polegar; de soprar canudo livremente; de insuflar
as bochechas; de projeção dos lábios; de compressão dos lábios contra os dentes
e entre si, foi notada grande atividade dos músculos orbiculares da boca, sendo
maior no m. orbicular inferior, seguido do m. orbicular superior e do m.
mentoniano. Quando comparados aos registros de crianças com oclusão
clinicamente normal, constatou-se que a atividade eletromiográfica dos
referidos músculos é maior nos indivíduos com maloclusões e lábios
incompetentes e/ou deglutição atípica.
9
GLÂNDULAS
SALIVARES DE DIFERENTES ANIMAIS DE LABORATÓRIO,
MICROSCOPIA
ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO E VARREDURA
Bruno König
Jr., Teima S. Masuko e li-Sei Watanabe
Departamento
de Anatomia, ICB/USP
A presente
pesquisa trata da análise comparativa de diferentes glândulas salivares de
alguns animais de laboratório. Comparação também foi feita com glândulas
salivares obtidas de humanos em casos de cirurgia. A finalidade da pesquisa é
também a de analisar as propriedades de técnicas diversas, usadas durante
nossos estudos. Os procedimentos para obtenção de nosso material para ser
observado no MEV e MET foram os de rotina usando tampão cacodilato e
completando o preparo com ácido tânico. Foram empregados diferentes tipos de
colagenase para provocar a digestão do tecido conjuntivo e melhorar o visual
das estruturas de origem epitelial. Colagenases de tipos II, III, IV e V, das
firmas Hoechst e Sigma, foram empregadas. Em caráter experimental também foi
empregada a colagenase II em material preparado para a MET. Verifica-se que em
um mesmo tipo de glândula (parótida, submandibular ou sublingual), o tamanho dos
ácinos e túbulos quase não varia, pelo menos nos animais pesquisados (rato,
gato e cão). Variação foi verificada no tamanho dos grânulos de secreção e no
seu conteúdo de saliva serosa e/ou mucosa. Os grânulos em sua grande maioria
são mistos mas sua estruturação e conteúdo de tipo de saliva varia. Os cães têm
uma saliva de parótida praticamente serosa enquanto que os outros animais
apresentam grânulos mistos. Mesmo nas glândulas submandibulares os cães
apresentam um conteúdo de saliva serosa bastante expressivo. Os grânulos podem
ser de forma esferóide ou ovóide e podem ser por exemplo mucosos com um centro
seroso. Podem ter forma irregular e ter uma porção central mucosa e a periferia
serosa. Também são encontrados grânulos de natureza principalmente mucosa, que
podem se fusionar formando os denominados lagos de saliva. A variação do tipo
de saliva e da estrutura dos grânulos pode estar relacionada com os diferentes
hábitos alimentares dos animais. A saliva do cão é aparentemente mais fluida do
que a do gato e do rato. Glândulas salivares de pacientes operados só são
observadas a título de curiosidade pois o material obtido pode estar afetado
por algum fator patogênico que desencadeou a necessidade de uma intervenção
cirúrgica.
Pesquisa
feita no Departamento de Anatomia do ICB/USP e financiada pela Alexander von
Humboldt-Stiftung.
10
MICROSCOPIA
ELETRÔNICA DE VARREDURA SOBRE O TRAUMA PERIODONTAL EM GERMES DENTAIS A SEREM
TRANSPLANTADOS
Bruno König
Jr.,*CIóvis Marzola,** e li-Sei Watanabe
*Departamento
de Anatomia, ICB/USP. **Departamento de Cirurgia Buco Maxilo Facial
FO/USP/Bauru.
Os
primeiros trabalhos científicos para transplantes dentais foram defendidos por
Fuchard, Burdet e Richter entre 1600 e 1700. Dentre os diferentes tipos de
transplantes, os autógenos são os que vêm apresentando os melhores resultados.
Para maior sucesso na cirurgia, é necessária a preservação da integridade da
membrana periodontal baseada em princípios biológicos.
Os germes
dentários foram obtidos de pacientes com idade variando entre 16 e 18 anos
sendo que o ápice da raiz ainda não estava completo. O método de extração
variou para que fosse definido o melhor procedimento.
Após
processamento para microscopia eletrônica de varredura, isto é, fixação em
solução de Kamovsky e OsO4, desidratação em série de álcoois e ponto crítico,
seguida de metalização por ouro/paládio durante 90seg, no Departamento de
Anatomia do ICB da USP, o material foi fotografado em MEV no Departamento de
Anatomia Patológica da FMUSP (serviço do Prof. Dr. A. Sesso) e no Instituto de
Anatomia da Universidade de Medicina de Lübeck/Alemanha (serviço do Prof. Dr.
W. Kühnel).
As
ilustrações mostraram que a trama de fibras colágenas é muito complexa e
constituída de diferentes camadas que se distribuem da superfície do periodonto
até a superfície da raiz do dente. Os diâmetros maiores e menores das malhas da
rede colágena vão diminuindo à medida que se aprofundam em direção a raiz
dentária. Portanto, quanto mais próxima do dente, mais fechada é a trama e maior
a superfície de aderência. O traumatismo desse tecido periodontal e de partes
duras do dente, pode levar a um desarranjo na rede de microvascularização (em
estudo) do alvéolo e conseqüente absorção de tecido radicular. Os movimentos de
extração de germes para transplantes devem ser feitos a nível da coroa dentária
e a membrana do saco dental deve ser dissecada cuidadosamente.
Projeto de
Pesquisa CNPq 50.0142/92 e Alexander von Humboldt-Stiftung.
11
TÉCNICA
PARA QUANTIFICAÇÃO DE ESTRUTURAS BIOLÓGICAS ATRAVÉS DA ANÁLISE DO COMPRIMENTO
DE ONDA DA LUZ TRANSMITIDA PELAS MESMAS.
Mario A. M.
Perito, Arthur E. B. Secco, Ricardo Forensis, Edson A. Liberti, Ana M.
Minarelli
Departamento
de Anatomia - ICB - USP
Av. Prof.
Lineu Prestes 2415, BIO III - Fax 55 11 813-0845
O objetivo
do presente trabalho é apresentar uma técnica para a quantificação de quaisquer
estruturas biológicas através da análise do comprimento de onda da luz
transmitida pelas mesmas. Para tanto foram analisadas experimentalmente as fibras
colágenas do disco da articulação temporomandibular (ATM).
O disco da
ATM é formado por feixes de fibras colágenas que de acordo com sua espessura
constituem o colágeno Tipo I e o colágeno Tipo III. A coloração dessas
estruturas pela técnica do Picro-Sirius permite identificar sob luz polarizada
o colágeno Tipo I corando-se em vermelho, laranja, verde claro e amarelo, e o
colágeno Tipo III corando-se preferencialmente em verde escuro.
Muito
embora se tenha uma noção da distribuição das fibras colágenas no disco da ATM,
a quantidade dos tipos de colágeno é difícil de se determinar.
No presente
trabalho foram digitalízadas imagens de cortes histológicos com o auxílio do
sistema DCS 200 Kodak*, e analisadas em microcomputador através de um programa
desenvolvido para processamento de imagens, tornando-se possível quantificar os
tipos de colágeno quando observados sob luz polarizada, uma vez que cada tipo
de colágeno emite luz de comprimento de onda diferente.
*Sistema
Profissional para Digitalização de Imagens KODAK - DCS 200
BIOQUÍMICA
13
ANÁLISE DA
CONCENTRAÇÃO E TIPO DE AÇÚCAR PRESENTE EM PRODUTOS ALIMENTÍCIOS GULOSEIMA5) E
MEDICAMENTOS (XAROPES E PASTILHAS) ENCONTRADOS NO MERCADO NACIONAL.
Jaime
Aparecido Cury & Michel Hyun Koo
Depto. de
C1ências Fisiológicas Laboratório de Bioquímica Oral, Faculdade de Odontologia
de Piracicaba da UNICAMP(SP). CEP 13414-900.
O potencial
cariogênico de alimentos tem sido relacionados com a concentração de diversos
açúcares, principalmente a sacarose. Segundo um estudo realizado por Mc Donald
& Stookey (J.Cent.Res. 56:l00l-l0O6, 1977), a relação entre o conteúdo de
sacarose dos alimentos e cárie, apesar de não linear, era direta. Assim,
analisamos a concentração e o tipo de açúcar em 30 produtos, que foram
divididos em 5 grupos. Doces, chocolates, bebidas, balas e medicamentos, além
do grupo controle(solução de sacarose a 10%), adquiridos em 3 pontos de vendas
diferentes. A extração do açúcar foi feita em água destilada e deionizada em
embulição, sob agitação até a dissolução total. A dosagem do açúcar redutor foi
determinada de acordo com SOMOGYI & NELSON, utilizando-se para a leitura
dos dados um espectofotômetro digital Spectronic 20, Beuschilomb. Para
determinação da sacarose, foram realizadas em 2 etapas: 1- Hidrólise da
sacarose presente nos produtos através de HCl concentrado, 2 -Dosagem do açúcar
hidrolisado (sacarose) pelo método de SOMOGYI & NELSON. Os resultados
obtidos reveleram menor concentração de sacarose em refrigerantes como guaraná
(3,5%) e Coca Cola (4,2%) ao contrário nas bebidas TANG (66,8%) e altas
concentrações em doces populares como paçoca (45,5%), doce de abóbora (67,7%)
assim como em pirulitos SINGS (62,8%), balas SOFT (45,3%) além dos xaropes como
AEROLIN e MUCO?AN (37,3% e 42,1% respectivamente) e principalmente em glóbulos
homeopáticos (84,7%) e pastilhas VALDA (35,4%). Concluímos que concentrações
altas de açúcar cariogênico são encontradas não só em guloseimas como também em
medicamentos incluindo pastilhas para garganta a glóbulos homeopáticos.
14
ESTUDO DE
CONDIÇÕES DE ENVELHECIMENTO PRECOCE DE DENTIFRÍCIOS PARA PREVER O COMPORTAMENTO
DO FLÚOR EM CONDIÇÕES AMBIENTAIS.
Cínthia
Pereira Machado & Jaime A. Cury.
Dept.
Ciências Fisiológicas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, UNICAMP ,
13.414-018 Piracicaba (SP).
O objetivo
do presente trabalho foi estabelecer uma condição laboratorial que
correspondesse ao armazenamento a temperatura ambiente após 1 ano. Para tal, foram utilizados dentifrícios
contendo 1200 ppm F, um deles na forma
de NaF e o outro na forma de MTP. Contendo carbonato de cálcio como
abrasivo. Bisnagas destes dentifrícios
foram armazenadas a temperatura ambiente (média de 22,2 °C) ou submetidas a
45°C (envelhecimento precoce). Os
dentifrícios à base de MFP também foram armazenados a 55°C. Os dentifrícios armazenados a temperatura
ambiente foram analisados após 44, 90, 179, 358 dias, e aqueles armazenados a
45 e 55°C, 24, 48, 96, 192 e 384 horas após. Assim que formulados, analisou-se
nos dentifrícios as concentrações de flúor solúvel na forma iônica e ionizável
e o total (solúvel + insolúvel). Determinou-se também a capacidade dos mesmos em reagir com o
esmalte dental humano, avaliando-se o flúor total. Para as análises de flúor utilizou-se eletrodo específico ORION
96-09. Os resultados mostraram que a
concentração de flúor iônico nos dentifrícios à base de NaF decresceu (549,7 a
362,3 ppm F) em função do tempo, aumentando a de flúor insolúvel (612,3 a 867,7
ppm F). Nos dentifrícios à base de MFP houve decréscimo de flúor ionizável
(981,4 a 432,4 ppm F) e aumento de flúor iônico (103,4 a 346,6 ppm F) e
insolúvel (59,3 a 337,6 ppm). Estes resultados refletem o armazenamento a
temperatura ambiente. Com relação a
reatividade, esta aumentou nos dentifrícios à base de MFP em função do
tempo. Utilizou-se o Teste Bilateral de
Dunnett, considerando o tempo de 358 dias como testemunha e comparando com este
os diversos tempos de armazenamento a 45 e 55°C. Através da análise estatística, conclui-se que para os
dentifrícios à base NaF, o armazenamento
a 45°C durante 192 horas corresponde ao armazenamento a temperatura
ambiente por 1 ano. Para os
dentifrícios à base de MFP, o armazenamento a 55°C durante 348 horas
corresponde ao armazenamento a temperatura ambiente por um ano. Em relação à reatividade, pode-se concluir
que o teste in vitro com partícula de esmalte não é método adequado para se
avaliar a diminuição da atividade de dentifrícios com MFP após seu envelhecimento.
15
ESTUDOS
HISTOLÓGICOS E BIOQUÍMICOS DE GRANULOMAS PROVOCADOS POR IMPLANTES DE
HIDROXIAPATITA, ESMALTE E CARVÃO ATIVADO EM TECIDO SUBCUTÂNEO DE RATOS.
Luciane
Maeda, Fernando C. Buttignol, Denise T. Oliveira. José M. Granjeiro, José R.
Kina & Eulazio M. Taga.
Departamento
de Bioquímica. Faculdade de Odontologia, de Bauru-Universidade de São Paulo.
A análise
de diversos biomateriais passa pela avaliação dos efeitos provocados pela
implantação destes em tecido subcutâneo de ratos com o objetivo de verificar a
reação tecidual do ponto de vista histológico e bioquímico. Um total de 72
ratos Wistar, machos, com pcso de 160 gramas foram divididos em grupos de 9
animais os quais receberam implantes (30 mg) de partículas de esmalte dentário
humano, carvão ativado e hidroxiapatita microgranular (BioHapatita) na região
dorsa1 subcutânea. Ao final de 12, 24 e 48 horas e 3, 7, 21, 30 e 60 dias os
animais foram sacrificados e as regiões dos implantes removidas para análise
histológica (ME) e bioquímicas usando p-nitrofenilfosfato como substrato da
fosfatase ácida e alcalina. A unidade enzimática é definida como micromol
(umol) de p-nitrofenol liberado por minuto. A atividade específica é definida
como UE por miligrama de proteína.
A
quantificação da fosfatase ácida expressa em atividade específica mostrou um
perfil enzimático semelhante para ambas as enzimas até o 21º dia, após o qual
apenas o esmalte mostrou um comportamento diferente. O esmalte foi totalmente
reabsorvido ao final do experimento, o granuloma provocado pela hidroxiapatita
mostrou sensível redução em suas dimensões enquanto o carvão manteve-se
inalterado. O granuloma induzido pelo esmalte apresentou uma redução na
atividade específica da fosfatase ácida, até níveis próximos aos iniciais, ao
contrário dos induzidos pelo carvão e hidroxiapatita. O granuloma induzido pelo
carvão apresentou elevação do nível de fosfatase alcalina nos 3 primeiros dias
e estabilização a partir do 7º dia em níveis iguais ao inicial. 0 esmalte
mostrou uma segunda elevação no 30º e a hidroxiapatita no 60º dia. Os
resultados sugerem a possibilidade de utilização do perfil enzimático de
enzimas para O estudo da biocompatibilidade dos biomateriais para uso
odontológico e médico.
Auxílio
Financeiro: USP
CARIOLOGIA
17
AVALIAÇÃO
CLÍNICA DE SELANTES OCLUSAIS APÓS 12 MESES.
Paula F.
Nóbrega; Valdemar Vertuan
Departamento
de Odontologia Social. Faculdade de Odontologia de Araraquara-UNESP. 14.801-903
- Araraquara-SP.
Selantes de
fissuras têm demonstrado ter bom efeito preventivo contra cáries de fissuras em
dentes recém-erupcionados, principalmente. O objetivo desse estudo é avaliar
clinicamente a retenção e eficácia de 3 marcas comerciais de selantes oclusais
fotopolimerizáveis (Delton-Johnson & Johnson, Concise - 3M e
Fluroshield-Dentisply) nos primeiros molares permanentes hígidos de 74 escoares
de 6 a 9 anos de idade. Três dentes eram selados e um permanecia como controle.
Após 12 meses, avaliou-se a presença do selante através de exame clínico direto
com sonda clínica e espelho onde viu-se que o percentual de retenção completa
foi maior para o selante Fluroshield(68,3%) seguido do Concise e Delton, embora
não tenha havido estatisticamente diferença entre as três marcas de selantes
quanto à retenção. Os selantes Fluroshield e Concise mostraram_uma_eficácia
preventiva semelhante, medida através do percentual de cáries prevenidas quando
comparados os grupos de estudo e controle, embora estatisticamente as três
marcas tiveram o mesmo comportamento preventivo. A importância na aplicação de
selantes oclusais para prevenir cáries de sulcos e fissuras pode ser vista
quando se comparam os grupos de estudo e controle pois, os dentes que receberam
selantes permaneciam hígidos 83,3% contra apenas 41,4% do grupo controle .
Auxílio
Financeiro: FAPESP ( 91/1606-8 )
18
EFEITO DE
FORMULAÇÃO COM CLOREXIDINA E FLÚOR NA FORMAÇÃO E COMPOSIÇÃO DA PLACA DENTAL E
NA INCORPORAÇÃO DE FLÚOR NO ESMALTE.
Altair A.
D. B. Cury, Maria A. B. Rebelo, Jaime A. Cury.
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba, UNICAMP, 13414-018 Piracicaba (SP).
Em
condições de alto risco de cárie o uso isolado de flúor é incapaz de controlar
totalmente o desenvolvimento de cárie, sugerindo a necessidade do controle
químico da placa dental. Entretanto a formulação deve ser compatível em termos
de atividade antiplaca e anticárie. Assim, avaliou-se uma formulação
experimental contendo NaF a 0,05% e clorexidina a 0,12% em comparação com
placebo. O estudo foi do tipo cruzado, com oito voluntários, em duas etapas de
03 dias. Antecedendo as etapas os voluntários escovaram os dentes com
dentifrício não fluoretado. Após uma profilaxia os voluntários foram divididos
em 02 grupos de quatro e foram instruídos para paralisar a escovação e
bochechar 2x/dia as formulações experimental ou placebo, utilizando-se volume
de 10 ml. Para estimular a formação de placa foi feito bochecho com 10 ml de
sacarose a 20%, 5x/dia. Os voluntários também faziam uso de dispositivo
intraoral palatino contendo 04 blocos de esmalte dental humano de 3x3 mm. No
quarto dia avaliou-se nos voluntários o índice de SILNESS & LÖE de placa
(I.P.), após o que toda placa formada foi coletada para análise. Na placa
determinou-se a concentração (ppm) de flúor solúvel (F.P.) em HCl 0.5 M e as
concentrações (ug/mg) de polissacarídeos solúvel (P.S.) e insolúvel (P.I.)
(extraído com NaOH M). Nos blocos de esmalte determinou-se flúor total (F.E.)
incorporado (ppm) através de remoção de camadas com HCl 0,5 M. Os resultados
das médias e desvio padrões nos grupos placebo e experimental foram
respectivamente de:
I.P. (1,90
± 0.20; 0,40 ± 0,15}; F.P. (18,4 ± 9,5 j 126,4 ± 82,4}
P.S. (7,37
± 1,64; 14,67 ± 6,78); P.I. (14,71 ± 1,47; 7,08 ± 4,00);
F.F.
(1.233,8 ± 328,6 ; 1.862,5 ± 880,2).
Conclui-se
que a formulação contendo clorexidina-flúor é compatível, reduzindo
significativamente a formação de placa dental, modificando sua composição e
incorporando flúor no esmalte.
19
ESTUDO
COMPARATIVO DE DIFERENTES MÉTODOS DE EXAME, UTILIZADOS EM ODONTOLOGIA, PARA O
DIAGNÓSTICO DA CÁRIE DENTÁRIA.
Antonio C.
Pereira e Ben-Hur W. Moreira.
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba, UNICAMP.
O objetivo
deste trabalho foi comparar a eficiência e confiança de 3 tipos de exames, ou
seja, exame clínico I (sonda exploradora, espelho bucal, cadeira comum e luz
natural), exame clínico II (sonda exploradora, espelho bucal, cadeira
odontológica e luz artificial) e exame III com a utilização de meios auxiliares
de diagnóstico, ou seja, radiografias interproximais nas superfícies proximais
de dentes posteriores e a fibra ótica por transiluminação (FOTI) em superfícies
proximais de dentes anteriores. Foram utilizados 121 escolares da cidade de
Piracicaba, Estado de São Paulo, 12 anos de idade, de ambos os sexos.
Utilizaram-se classificações para o diagnóstico de cárie em relação aos exames
clínico, FOTI e radiográfico. Foram realizados diagramas demonstrando as
diferenças nos números de superfícies diagnosticadas pelos exames clínicos I e
II em relação ao R-x e o FOTI, além de se obter os valores de sensibilidade e
especificidade destes exames clínicos. Os resultados deste estudo mostraram que
o exame III aumentou as médias do índice CPOS em 35,7% em relação ao exame
clínico I e 15% em relação ao exame clínico II, enquanto o exame radiográfico
diagnosticou 109% e 101% de cáries adicionais em superfícies de dentes
posteriores, em relação aos exames clínicos I e II, respectivamente. O FOTI
diagnosticou adicionalmente 100% e 136% de cáries em superfícies proximais de
dentes anteriores em relação aos exames clínicos I e II, respectivamente.
Conclui-se
que a utilização de instrumentos auxiliares de diagnóstico (radiografias
interproximais e o FOTI) aumentou significativamente o número de superfícies
cariadas diagnosticadas em relação aos exames clínicos I e II.
20
PREVISORES
DO INCREMENTO DE CÁRIE EM CRIANÇAS BRASILEIRAS.
José C.C.
Gavazzi, José F. Höfling, Ben-Hur W. Moreira, Clotildes F. Peters, Antônio C.
Usberti e Jaime A. Cury.
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba, Depto. de Diag. Oral - UNICAMP. Cx. Postal 052,
13.414-018, Piracicaba- SP.
A
finalidade desta pesquisa foi avaliar os parâmetros clínicos, salivares e
microbiológicos empregados na tentativa de se identificar pacientes de alto
risco de incremento de cárie na dentição permanente. Desta forma, 356 escolares
brasileiros, de ambos os sexos, com idades entre 06 e 08 anos no início da
pesquisa, foram divididos em dois grupos: grupo Controle e grupo Tratado.
Inicialmente foi feito exame clínico de cáries nos dentes decíduos e
permanentes e também uma análise salivar, com relação ao fluxo salivar,
capacidade tampão e contagens de S. mutans e Lactobacillus. O grupo Tratado foi
submetido à aplicações tópicas de fluoreto e selante, com revisão semestral. Os
exames salivares e clínico de cárie em dentes molares permanentes foram
repetidos após 02 anos. Os resultados mostraram, respectivamente para os grupos
Controle e Tratado, que entre os diversos previsores empregados para se
identificar pacientes de alto risco para desenvolver atividade cariogênica,
apenas o ceo-s (4,11 ± 5,68 e 5,51 ± 6,01) mostrou uma diferença
estatisticamente significante (P>0,0082% e P>0,38%) dentro do incremento
de cárie na dentição permanente (2,06 ± 2,37 e 1,53 ± 1,92), sendo o único
índice com alguma confiança para se prever o risco de desenvolvimento de cárie.
(Projeto apoiado pela FINEP, Proc. 04/03/85/0521/00).
21
RELAÇÃO
ENTRE O TESTE SIMPLIFICADO DA RESAZURINA E A INCIDÊNCIA DE CÁRIE EM ESCOLARES
BRASILEIROS.
M. Luz R.
Sousa1, Márcia P. A. Mayer2 , Luis O. C. Guimarães1 , Flávio Zelante2.
1-Faculdade
de Saúde Pública da USP, 2- Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de
São Paulo, São Paulo.
O teste de
resazurina é um teste simplificado, vendido comercialmente no Japão (RD-test,
SHOWA), para análise de atividade de cárie. O objetivo do presente estudo foi o
de verificar a relação entre os resultados obtidos com o RD-test e a progressão
de cárie. Para exame de prevalência de cárie inicial e aplicação do teste de
resazurina foram amostrados 97 escolares com idade entre 11 e 13 anos. Após 2
anos, foi realizado um novo exame de cárie em 55 crianças do mesmo grupo, e
calculada a incidência de cárie no período. A análise estatística segundo
Kruskal-Wallis, (Tab.l) seguida de comparações múltiplas não paramétricas
revelou diferenças significativas na progressão de cárie entre os grupos de
alta e baixa atividade de cárie detectados pelo teste da resazurina. No
entanto, o grupo de média atividade determinado pelo RD-test não mostrou
diferenças significativas com os outros dois grupos. Estes dados revelaram uma
associação entre a progressão de cárie e os resultados obtidos com o teste de
resazurina, em uma população com alta prevalência de cárie, mas não recomendam
o uso do RD-test como o único parâmetro para acessar o risco de cárie.
Tab.l -
Análise de Kruskal-Wallis dos resultados do teste da resazurina em relação à
progressão de cárie após 2 anos.
Níveis do
teste números de média de novas
da
resazurina
indivíduos
lesões de cárie
BAIXO 10 18,6*
MÉDIO 31 28,1
ALTO 14 34,5*
* Diferença
estatisticamente significativa (Q > 2,394)
22
SISTEMA DE
AÇÕES DE NATUREZA COLETIVA - UM NOVO MODELO DE ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO PARA O
ESCOLAR.
Elisabete
Moraes, Carlos Botazzo, Laura Covello, Olga M.P. Dias.
Faculdade
de Odontologia de S. J. Campos, Dept. Patologia, 12245-000, São José dos Campos
(SP) .
O Sistema
de Ações de Natureza Coletiva propõe a adequação do meio bucal e controle da
placa e da cárie por meio de uma fase inicial, envolvendo toda população
estudada, que compreende escovação supervisionada, aplicação tópica de flúor e
restaurações provisórias em decíduos e permanentes previamente à fase curativa
definitiva. O sistema proposto foi testado em crianças de uma escola do Embú-SP
por um período de 30 meses. A avaliação parcial aos 6 meses mostrou que 95% das
crianças tinham sido atendidas contra 30,16 de escolares atendidos pelo Sistema
Incremental Convencional. O custo por tratamento completado no novo sistema foi
de 46,98 unidades contra 75,11 unidades para o Sistema Incremental. Após 30
meses, a avaliação epidemiológica demonstrou que, embora o índice CPOD
apresentasse uma redução moderada, é no seu componente cariado que se observou
a maior alteração, sendo praticamente zero. Além disso, ao se avaliar o
incremento anual médio de cárie verificou-se que: pelo Sistema Incremental é de
1,06 dente cariado/ano, pelo Sistema de Ações de Natureza Coletiva, quando
estão incluídas todas as crianças ao longo do período de 30 meses, é de 0,52
dente cariado/ano e quando são analisadas as crianças que permaneceram por
todos os 30 meses no sistema é de 0,25 dente cariado/ano. O aumento da
cobertura, a redução na relação custo/benefício, a diminuição acentuada no
componente cariado do índice CPOD e principalmente a redução no incremento
anual médio de cárie mostram que o Sistema de Ações de Natureza Coletiva é
eficiente e eficaz no atendimento de escolares.
CIRURGIA E
TRAUMATOLOGIA
BUCO
MAXILO-
FACIAL
23
A
NASOMETRIA COMO MÉTODO DE AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA CIRURGIA ORTOGNÁTICA SOBRE A
FALA DE FISSURADOS DE PALATO: VALORES NORMATIVOS DE NASALÂNCIA.
Inge E. K.
Trindade¹; Rodger M. Dalston²; Katia F. Genaro¹; Jacilene F. Si1va¹; Alceu S.
Trindade Jr.¹; Donald W. Warren².
1 Setor de
Fisiologia Hospital de Reabilitação de Bauru, USP, 17043-900 Bauru, SP; 2
Craniofacial Center. University of North Carolina, USA.
A
hipernasalidade é uma das características da fala de fissurados de palato que
apresentam inadequação velofaríngea após a cirurgia corretora primária. Dentre
os instrumentos que tem sido desenvolvidos para identificar e quantificar o
grau de nasalidade inclui-se o nasômetro, por meio do qual mede-se a
nasalância. Este índice representa a quantidade relativa de energia acústica
nasal na fala e mostra boa correlação com a nasalidade, avaliada
perceptualmente. Como parte de um estudo mais amplo no qual pretende-se
investigar se a cirurgia ortognática (CO) altera a nasalidade de fissurados de palato
operados, determinamos no presente trabalho os valores de nasalância (energia
acústica nasal/energia acústica oral+nasal x 100)em 51 indivíduos normais de
ambos os sexos, com idade entre 6 e 30 anos, na produção de textos orais
padronizados com e sem consoantes pressóricas (OP e OSP, respectivamente). Para
tanto utilizou-se um nasômetro computadorizado Kay Elemetrics 6200. Os valores
encontrados (X±DP) foram de 11±5%(OP) e 13±6% (OSP). Não foram observadas
diferenças significantes entre sexos, idades e textos. Resultados preliminares
obtidos em 6 pacientes submetidos à CO, envolvendo avanço da maxila, não são
ainda conclusivos quanto ao efeito da CO sobre a nasalância. Entretanto,
aumentos significativos foram observados em 3 pacientes, 40 dias após a
cirurgia. Essas observações deverão ser extendidas para uma amostra maior e
confirmadas para diferentes etapas do pós-operatório. Considerando que a CO
pode modificar a posição relativa das estruturas velofaríngeas e interferir com
as características físicas da cavidade nasal, o conhecimento dos valores
normativos estabelecidos no presente estudo permitirá caracterizar as
distorções de ressonância do fissurado de palato e as modificações de
nasalidade eventualmente induzidas por esse procedimento.
APOIO FINANCEIRO: CNPq, NIH-USA
24
ANÁLISE DA
INCIDÊNCIA DOS SINTOMAS DAS DISFUNÇÕES DA ATM E SUA CORRELAÇÃO COM SEXO E FAIXA
ETÁRIA.
Francisco
A.S. Correia, Antonio S.F. Procópio, José B.D. Lemos.
Depto. de
C.P.T.M.F. da FOUSP, 05508-900 São Paulo (SP).
Sendo as
disfunções da ATM tão bem discutidas e pesquisadas, nossa atenção foi
despertada para alguns pontos ainda obscuros. Com intuito de contribuir para
seu esclarecimento, propusemo-nos estudar a prevalência dos mesmos, diante das
variáveis sexo e idade. Anotando estas variáveis, iremos verificar sua
correlação com os sintomas dolorosos, musculares e regiões relacionadas com
ela. Propusemo-nos avaliar estes sinais e sintomas em dois grupos de pacientes,
cruzando as informações obtidas percentualmente. Foram avaliados duzentos e
sessenta e sete pacientes, em tratamento no ambulatório da Disciplina de
Traumatologia Maxilo-Facial da FOUSP. Os pacientes foram escolhidos
aleatoriamente e divididos em dois grupos, no intuito de pesquisar a prevalência
das disfunções da ATM, quanto ao sexo e idade, relacionando estas variáveis com
sinais, sintomas, musculatura estomagnática e zonas afins. Os dados coletados
durante o exame clínico foram registrados e analisados estatisticamente.
Frente à
criteriosa avaliação, concluímos que a maior incidência de disfunções de ATM,
nos dois grupos em estudo, aconteceu no sexo feminino 83%, faixa etária de 20 a
29 anos 39,6% dos pacientes sendo que ocorreu grande incidência de sintomas
dolorosos de 61,8%, em ambos os grupos, bem como limitação funcional 45,3%. O
sintoma dor foi o mais referido como queixa principal de 61,8%, sendo o sinal
clínico "estalo" o de maior incidência 43,7%, dos pacientes, e com
limitação funcional apresentaram maior incidência de dor localizada unilateral
de 19,3% e o sintoma dor espontânea foi o mais referido como queixa principal,
ocorrendo na forma bilateral em 23,1% dos pacientes.
A região
mais comprometida pela mialgias foi a cervical posterior 50,9% e os músculos
mais comprometidos: o temporal anterior 72,8%, masséter profundo 70,9% e
pterigóideo interno bilateralmente 63,6%. Os sintomas dolorosos, dor localizada
ou irradiada superpõem-se à região anatômica dos músculos envolvidos.
25
ANÁLISE DA
ORTOPEDIA MAXILAR PRÉ-CIRÚRGICA-LABIAL EM PACIENTES PORTADORES DE FENDA
UNILATERAL COMPLETA DE LÁBIO E PALATO.
Marcia
André, Beatriz S. C. Mattos e Dorival P. Silva.
Depto. de
C.P.T.M.F. Faculdade de Odontologia da USP, 05508-900 São Paulo (SP).
Em fendas
unilaterais de lábio e palato, a maxila do lado lesado é separada do
septo-nasal e assim o segmento menor é privado do impulso de crescimento, o que
o torna pequeno e retroposicionado. A região pré-maxilar tende a crescer para
fora e sofrer rotação para o lado não fissurado em conseqüência do
desequilíbrio das ações musculares.
A intenção
deste trabalho é apresentar e analisar os efeitos da ortopedia maxilar
pré-cirúrgica-labial, através de um estudo comparativo em recém-nascidos, com
fendas unilaterais completas e amplas de lábio e palato submetidos à utilização
de uma placa palatina concomitante a uma contenção extra-oral por 3 meses
consecutivos desde as primeiras semanas de idade.
Observou-se
após medições estabelecidas, que o grupo de estudo evoluiu diferentemente do
grupo controle.
Em relação
à largura posterior da fenda encontramos que a redução foi de 39,27% no grupo
de estudo, contra 14,25% no grupo controle. Com a finalidade de comprovar que
essa redução foi obtida sem a alteração da largura posterior do arco maxilar
tomamos essas medidas nas fases inicial e final do tratamento de ambos os
grupos e verificamos que no grupo de estudo a alteração da largura posterior do
arco foi pequena (3,15% de redução).
Quanto à
fenda alveolar nossos resultados comprovam a eficácia do tratamento ortopédico
pré-cirúrgico-labial, com a redução de 65,46% no grupo de estudo contra 8,95%
no controle.
A relação
ântero posterior foi reduzida significantemente no grupo de estudo sem provocar
o colapso do arco maxilar.
Submetendo
os resultados obtidos à análise estatística, concluímos que a ortopedia maxilar
pré-cirúrgica labial promove uma redução da largura da fenda, além de
proporcionar um melhor alinhamento do arco maxilar, sem contudo alterar sua
largura posterior.
26
ANOMALIAS
DE DESENVOLVIMENTO DA MANDÍBULA PELA REMOÇÃO DO CÔNDILO MANDIBULAR - ESTUDO EXPERIMENTAL EM RATOS
LUCIMAR
RODRIGUES; JOÃO G. C. LUZ; HELCIO H. UONO; MARCO K. YAMAMOTO
Depto. de
Cirurgia, Traumatologia Buco Maxilo Facial - Faculdade de Odontologia - USP
A mandíbula
tem como principal centro de crescimento a fibrocartilagem que recobre o
côndilo mandibular. Por ser aposicional cartilaginoso, explica as
características de independência da mandíbula no processo de maturação
morfo-dimensional da face. São freqüentes pacientes com alterações de
desenvolvimento mandibular decorrente de traumas da articulação
temporomandibular (ATM). Tendo em vista a grande freqüência de traumas a esta
articulação, tais como fraturas de côndilo, consideramos importante avaliar
experimentalmente o efeito da remoção do côndilo mandibular.
Foram
utilizados Rattus norvegicus albinus, com idade do um mês, parte submetida ao
experimento representado pela condilectomia unilateral sob anestesia geral e
parte como grupo controle, não sofrendo portanto qualquer procedimento.
Inicialmente, os animais receberam ração particulada por 2 semanas e a seguir
ração granulada. Os animais foram sacrificados ao completarem 3 meses de idade.
Foi realizado exame radiográfico através de incidência axial da cabeça do
animal, num regime de 50 Kv, 10 mA, 0,4 s, com filme do tipo periapical. Na avaliação radiográfica, foi traçada uma
linha imediatamente anterior à bula timpânica "L" e determinado o
ponto mediano, a seguir foi mensurado o ângulo entre o ponto médio dos
incisivos inferiores e a linha "L", denominado ângulo "A",
permitindo quantificar o desvio da linha média.
No estudo
macroscópico foi observada importante assimetria mandibular na maioria dos
animais operados, com desvio de linha média para o lado da condilectomia. Havia
menor volume do músculo masseter no lado operado. A análise estatística,
através do teste "t" de Student, revelou diferença significante
(p< 0,02) entre os ângulos "A" obtidos para o grupo dos animais
experimentais quando comparados com os do grupo controle. A condilectomia em
ratos jovens promoveu uma importante anomalia do lado operado, com desvio de
linha média para este mesmo lado.
27
AVALIAÇÃO
CINTIGRÁFICA SEQÜENCIAL DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA ARTICULAR, APÓS CIRURGIA DE
TERCEIROS MOLARES INFERIORES, EM PACIENTES COM DISFUNÇÃO DA ATM.
Oswaldo
Crivello Jra, Maria Lúcia Cocatob, Fabíola M. Watanabec, Pedro F. Larab,d,
Joaquim S. Campos-Netob & Ricardo M. Oliveira-Filhod.
(a) Disc
Traumatologia Maxilo-Facial, Fac. Odontologia USP, 05508-900 S. Paulo; (b)
Serv. Radioisótopos, Hosp. Beneficência Portuguesa. S. Paulo; (c)Acad. Fac.
Odontologia UMC, Mogi das Cruzes; (d)Dept. Farmacologia, Inst. Ciências
Biomédicas USP, 05508-900 S. Paulo (SP).
Os
portadores de disfunção da ATM são particularmente sensíveis a tratamentos
odontológicos, sendo aconselhável que estes se façam em sessões curtas,
minimizando assim a sobrecarga articular. Isto é particularmente difícil em
cirurgias de terceiros molares, inclusos ou semi-inclusos, onde o ato operatório
é demorado e traumático para a ATM.
Neste trabalho, estudou-se a resposta inflamatória articular, em
pacientes com disfunção da ATM, após essa cirurgia. A resposta foi rastreada
com 99mTc-MDP, conforme descrito anteriormente (Anais da SBpqO 8:38, 1992).
Estudamos tal evolução através de clntlgrafias seqüenciais de crânio,
realizadas no pré-operatório e no 1°, 12°, 22º e 44º dias pós-operatório. Foram
selecionados 10 pacientes com indicação de remoção dos terceiros molares
inferiores, inclusos ou semi-inclusos; em nenhum deles foi necessário uso de
fármacos antiinflamatórios no pré- ou pós- operatório. Retângulos de 10x40
mm.mm focalizando a área de interesse foram recortados das respectivas
cintigrafias.
As imagens
cintigráficas da ATM ipsi-lateral à intervenção (Op) e da contra-lateral (NOp)
foram centradas em anteparo vazado com janela circular de 4 mm de diâmetro, e o
coeficiente de extinção óptica (E) determinado em espectrofotômetro Beckman a
640 nm. Retângulos similares, .tomados
na periferia de cada respectiva clntlgrafia, foram ajustados para E640 = 0,
como controle. Os resultados estão
resumidos na figura. A análise
estatística mostrou que as duas curvas não são significativamente diferentes.
Não houve, também, aumento da concentração do traçador nas ATM, ao longo do
tempo de observação. Os resultados sugerem que o ato operatório realizado não
agravou a disfunção articular preexistente.
28
AVALIAÇÃO
CINTIGRÁFICA SEQÜENCIAL DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA LOCAL, APÓS CIRURGIA DE
TERCEIRO MOLAR INCLUSO OU SEMI-INCLUSO. EFEITO DA HlDROXIAPATITA.
Oswaldo
Crivello Jra, Fabíola M. Watanabeb, Maria Lúcia Cocatoc, Pedro F. Larac,d,
Antonio S. Noséa, Joaquim S.
Campos-Netoc
& Ricardo M. Oliveira-Filhod
(a)Dept.
Cirurgia, Prótese e Traumatologia Maxilo-Faciais, Fac. Odontologia USP,
05508-900 S. Paulo; (b)Acad. Fac. Odontologia UMC, Mogi das Cruzes; (c)Serv.
Radioisótopos, Hosp. Beneficência Portuguesa, S. Paulo; (d)Dept. Farmacologia.
Inst. Ciências Biomédicas USP, 05508-900 S. Paulo (SP).
A cirurgia
dos terceiros molares inclusos ou semi-inclusos é ato operatório que
freqüentemente exige osteotomia, resultando lojas cirúrgicas extensas. Vários
autores preconizam o preenchimento dessas lojas com hidroxiapatita (HA),
visando melhor reparação óssea e mesmo sugerindo ocorrência de ósteo-integração
em função da biocompatibilidade da HA. A par disto, a HA é considerada por
alguns como bom 'substituto ósseo'. Entretanto, principalmente em relação à HA
granular, relatam-se problemas como migração dos grânulos de HA para tecidos
moles circunjacentes, gerando inflamação. Neste trabalho, estudamos a reação
inflamatória pós cirurgia de terceiros molares inclusos ou semi-inclusos, sem
indicação para uso de fármacos antiinflamatórios no pré- ou pós-cirúrgico, com
e sem inclusão de HA na loja óssea cirurgicamente criada. A obtenção das
imagens cintigráficas denunciando inflamação baseou-se no tropismo de
polifosfatos conforme descrito anteriormente (Anais da SBPqO 8:38, 1992), e foi
realizada com 99mTc-MDP. Selecionaram-se 10 pacientes com indicação clínica de
exodontia de terceiros molares inferiores; em 5 casos preencheram-se as lojas
ósseas criadas com HA granular (HA-40(r), Lab.Humus). Nos demais seguiu-se
rotina cirúrgica convencional. A evolução do processo inflamatório foi estudada
através de cintigrafias de crânio seqüenciais (pré-operatório e 1º, 12º, 22º e
44° dias pós-operatório).
Retângulos
de 10x40 mm.mm focalizando a área de interesse foram recortados dos cintigramas
e o coeficiente de extinção óptica (E)
a 640 nm foi determinada conforme descrito (Crivello Jr et al., este
Congresso). Os resultados estão resumidos na figura A maior resposta
inflamatória em ambos os grupos ocorreu entre o 12° e o 22º dias
pós-operatório. O grupo controle apresentou resposta inflamatória
significativamente menor do que o observado no grupo HA, evidenciada pela
diferença nos T1/2 de recuperação. A
curva de decaimento no grupo HA mostra T1/2
de 97 dias, significativamente maior que o do controle (T1/2 = 61,3
dias). Isto pode ser explicado por provável reação de rejeição à HA usada.
Nossos resultados corroboram os encontrados por Yamamoto et al. (Anais ds SBPqO
8:40, 1992).
29
AVALIÇÃO
CLÍNICA DO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA "DOR DE ATM" (DOR E DISFUNÇÃO
MIOFASCIAL).
Silvia
Adler & Ricardo S. Goldman.
Serviço de Cirurgia e Traumatologia
Buco-Maxilo-Facial do Hosp Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, 05403-010
S. Paulo (SP).
Este
trabalho foi desenvolvido com 40 pacientes encaminhados ao Serviço para
tratamento da Disfunção Temporomandibular (ATM). Os pacientes foram
selecionados independente do sexo, com idade entre 18 e 20 anos, sem nenhuma
cirurgia na ATM. Estes pacientes foram avaliados de forma global, procurando
relacionar vários fatores com a queixa principal, levando em consideração os
aspectos físicos (cabeça e pescoço) e emocionais, sendo que, na literatura,
encontramos quase que a totalidade dos autores descrevendo o diagnóstico e o
tratamento "fragmentando o paciente" e dando destaque muito grande à
oclusão. Dentro do protocolo, foi elaborada uma ficha clínica para diagnóstico
e evolução, além da avaliação odontológica. Estes pacientes foram examinados
clínica e radiograficamente em conjunto com médicos ortopedistas e fisiatras,
para avaliação da coluna cervical,
cintura escapular e seus músculos. Com
o diagnóstico fechado das alterações músculo-esqueléticas associadas da cabeça
e do pescoço, estes pacientes retomam para tratamento assistIdo, que
compreende: conscientização e correção da postura e dos hábitos mandibulares
(que produzem hiperativldade muscular), ao lado de exercícios isométricos e
isotônicos. Durante todo o tratamento não foi executado nenhuma intervenção
oral, como próteses, restaurações ou placas miorrelaxantes, nem se fez uso de
medicamentos ou qualquer outra conduta visando correção da oclusão. Os dados
obtidos antes, durante e depois foram tratados estatisticamente pelo método de
McNemar para amostras independentes, adotando-se o nível de significância de
5%. Os resultados mostraram-se extremamente positivos, havendo melhora clínica
considerável e conseqüente melhora do quadro emocional. Este tipo de tratamento
apresenta melhora linear dos níveis de dor de 1,73% ao dia (Tabela 1), o que
nos leva a acreditar na eficiência deste tipo de tratamento, onde o paciente é
tratado de forma global, e que existe a necessidade de uma equipe
multidisciplinar para que o paciente seja melhor evoluído e tratado.
30
AVALIAÇÃO
DAS PROPRIEDADES FÍSICAS DE DUAS NOVAS SILICONAS PARA USO EM PRÓTESE FACIAL.
José C. M.
Carvalho; Reinaldo B. Dias & Beatriz S. C. Mattos.
Depto. de
C.F.T.M.F. da Faculdade de Odontologia da USP, 05508-900 São Paulo (SP).
Os autores
fizeram uma avaliação das propriedades físicas das duas primeiras siliconas
nacionais RTV, para uso em prótese facial, a Facsil L (lenta polimerização) e a
Facsil R (rápida polimerização), além da silicona de procedência norte americana MDX4-4210 e da resina resiliente
nacional, Rapidaflex.
Os
materiais, foram estudados em seu estado original, bem como submetidos ao
envelhecimento artificial por 70 horas à 70°C e levados aos ensaios no que diz
respeito às seguintes propriedades: alteração dimensiona1; alongamento de
ruptura; resistência à tração; dureza Shore A e resistência ao alongamento.
Após
avaliação individual, fizeram um estudo comparativo dos quatro materiais frente
aos resultados obtidos:
1. As
siliconas MDX4-42l0 e Facsil L e R, não apresentaram alterações dimensionais. O
Rapidaflex sofreu uma contração de 0,5%;
2. O
MDX4-4210 apresentou um alongamento de ruptura de 559%, contra 392% do Facsil
L, 317% do Facsil R e 120% do Rapidaflex;
3. O MDX4-4210
apresentou uma resistência à tração em Kgf/cm2 de 56,4 contra 12,6 do Facsil L,
l0,6 do Facsil R e 75,0 do Rapidaflex;
4. O
MDX4-4210 apresentou uma dureza Shore A de 30 unidades contra 21 do Facsil L,
22 do Facsil R e 84 do Rapidaflex;
5. O MDX4-4210
apresentou uma resistência ao rasgamento em Kgf/cm de 35,7 contra 9,4 do Facsil
L, 9,1 do Facsil R e 55,9 do Rapidaf1ex.
Concluíram
que, de modo geral, as siliconas nacionais, se comportam similarmente, mesmo
quando submetidas ao envelhecimento artificial. Entretanto, apresentam valores
inferiores das suas propriedades físicas, quando comparadas às do MDX4-4210,
exceto quanto à alteração dimensional. Este fato não inviabiliza a sua
uti1ização em próteses faciais, sendo que a adição de novos componentes ou
associação com outros materiais devem ser pesquisadas com a finalidade de
melhorar suas propriedades físicas e consequentemente seu desempenho c1ínico.
Quanto ao
Rapidaflex, constataram que e1a suplantou as siliconas no que diz respeito às
resistências à tração e ao rasgamento, tendo um comportamento inferior nas
outras três propriedades estudadas.
31
AVALIAÇÃO
DO ÍNDICE DE HELKIMO NA CLASSIFICAÇÃO DE PACIENTES PORTADORES DE DISFUNÇÃO DA
ATM.
José
Benedito Dias Lemos; Francisco Antonio S. Correira; Antonio S. F. Procópio.
Deptº de
C.P.T.M.F. da Faculdade de Odontologia da USP, 05508-900 São Paulo (SP)
Os autores
analisam o uso dos índices clínicos de Helkimo para a classificação inicial de
pacientes portadores de disfunção da ATM (articulação temporomandibular). Foram
avaliados 55 pacientes, sem distinção de idade ou sexo, atendidos no
Ambulatório da Disciplina de Traumatologia Maxilo Facial da Faculdade de
Odontologia da Universidade de São Paulo. Foram levantados a queixa principal,
os padrões de ocorrência de dor, os músculos mastigatórios e posturais
envolvidos, a sensibilidade da articulação e os ruídos articulares, sendo os
pacientes enquadrados nos índices anamnésico (I - disfunção leve II - intensa)
e clínico(I - disfunção leve, II-moderada, III, IV e V intensa) de Helkimo. De
acordo com a indicação de Helkimo, os pacientes dos grupos III, IV e V foram
agrupados em um único grupo de disfunção intensa, para análise de resultados. O
índice que ofereceu melhores parâmetros de análise foi o clínico. Foi observada
uma relação positiva do mesmo, quanto ao envolvimento muscular( 30,2% no grupo
I, 52,9% no grupo II e 62,8% no grupo III), dor relacionada à função (50% no
grupo I,76,5% no grupo II e 80% no grupo III) e dor à palpação da região posterior
da ATM (37,5% no grupo I, 47,1% no grupo II e 83,3% no grupo III). Tendo em
vista a importância destes fatores na disfunção dolorosa da ATM, e a relação
positiva entre eles e os índices clínicos, justifica-se seu emprego na
classificação inicial de pacientes ambulatoriais. Os autores concluem ainda que
os Índices Anamnésicos não devem ser empregados nessa classificação inicial e
que os Índices Clínicos devem ser utilizados apenas em três níveis: I(disfunção
le), II (disfunção moderada) e III (disfunção intensa).
32
AVALIAÇÃO
IMEDIATA DA PRÓTESE OBTURADORA FARÍNGICA NA FALA E VOZ DE PACIENTES PORTADORES
DE INSUFICÊNCIA VELOFARÍNGICA.
Beatriz S.
C. Mattos; Marcia André & Reinaldo B. Dias.
Deptº de
C.P.T .M.F. da Faculdade de Odontologia da USP 05508-900 São Paulo (SP).
A
terapêutica protética para indivíduos portadores de insuficiência velofaríngica
constitui uma abordagem empregada em programas de reabilitação, tendo se
revelado valiosa para a mioestimulação da musculatura do esfincter veloraríngico.
Por isto mesmo vem sendo utilizada temporária e concomitantemente à terapia
fonoaudiológica.
Para
avaliar o efeito imediato da prótese obturadora faríngica na fala e voz destes
pacientes elaboramos um trabalho onde se observou os aspectos nasalidade e
escape de ar nasal durante o sopro e a fala e comportamento de articulações
compensatórias.
Após a
seleção inicial foi confeccionado para cada paciente uma prótese obturadora
faríngica empregando-se a moldagem funcional do esfincter valofaríngico, em sessão
clínica sob a orientação fonoaudilógica.
Verificada
a adequação da porção obturadora os pacientes foram avaliados nas condições sem
e com a prótese e os resultados obtidos permitiu concluir que a prótese
obturadora faríngica:
1- eliminou
a hipernasalidade, melhorando a qualidade da voz.
2- promoveu
uma redução quantitativa do escape de ar nasal durante o sopro e durante a
fala.
3- não
interferiu na ocorrência das articulações compensatórias golpe de glote e de
fricativa faríngica, mas eliminou a ocorrência de sigmatismo nasal.
4- reduziu
portanto a insuficiência velofaríngica, criando condições mais
favoráveis à terapia fonoarticulatória.
33
ELEVADORES
ANGULADOS DE SELDIN. MENSURAÇÃO DAS VARIAÇÕES DO TRABALHO MECÂNICO DESENVOLVIDO
PELAS SUAS LÂMINAS.
Antonio C.
de Campos; Tomie N. de Campos; Toshi-I, Tachibana; Edilson H. Tamai.
Depto.
Cirurgia Fac. Odont. USP. 05508-900 São Paulo (SP).
O objetivo
foi obter uma mensuração acurada do trabalho mecânico desenvolvido pela lâmina
de elevadores de Seldin angulados, de números 1R e 1L, portadores de dimensões
- procedências diferentes. Vinte e seis elevadores dentais: quatro americanos,
quatro alemães e dezoito nacionais de três marcas diferentes, foram submetidos
a um dispositivo de ensaio de elevadores (DEE). Após colocação do modelo da
arcada dentária mandibular no DEE, posicionamos a ponta da lâmina do elevador
no espaço existente entre a raiz de resina e o modelo suporte, e acionamos a
manivela do DEE, imprimindo um movimento de rotação na lâmina do elevador,
resultando no desalojamento da raiz. Os registros gráficos da força e
deslocamento angular permitiram-nos calcular o trabalho mecânico. Os valores
médios do trabalho mecânico em Joules desencadeado pela ação da lâmina de
elevadores angulados de Seldin, de números 1R e 1L (Tabela I), permitiu-nos
concluir, que existem variações do trabalho _mecânico presente na lâmina destes
elevadores, que pela procedência
diversificada
apresentam diferentes dimensões, sendo os elevadores alemães e nac. B os que
apresentam diferenças significantes (teste Mann-Whitney) p < 0,05. Os
elevadores alemães são os mais precisos p < 0,01 e os americanos os que
apresentam maior variabilidade que os nac. B e C.(Tabela 2).
Tabela I -
Trabalho Mecânico e Desvios Padrões (DP).
Procedência
N
Valores
Médios (J.)
DP
Americana
(Am)
4
0,4028
0,3108
Alemã (Al)
4
0,1387
0,0173
Nac. A (A)
6
0,2533
0,1382
Nac. B (B)
6
0,3150
0,1281
Nac. C (C)
6
0,1636
0,0781
Tabela II -
Comparação de Variância dos Elevadores dois a dois (Teste F).
Al
C
B
A
Am
Am
**
**
*
A
B
C
Al
**
**
**
** p < 0,01
* p < 0,05
Aux. Fin. CNPq (405501)
34
ESTUDO
COMPARATIVO DE REIMPLANTE DE INCISIVO SUPERIOR DE RATO APÓS OBTURAÇÃO DO CANAL
COM PASTA DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO (VEÍCULO OLEOSO).
Celso K.
Sonoda, Tetuo Okamoto & Wilson R. Poi.
Deptº de
Diagnóstico e Cirurgia. Fac. Odontologia de Araçatuba -UNESP-Cx. Postal 533 -
Cep - 16001-970 - Araçatuba - SP.
Este
trabalho tem como objetivo estudar novos meios de estocagem que possam manter a
integridade do ligamento periodontal e diminuir notadamente a reabsorção
cemento dentinária em reimplante dental. Para isso, foram utilizados 24 ratos
albinos, divididos em dois grupos de 12 animais. No grupo controle, os
incisivos centrais superiores direito foram extraídos e conservados em soro
fisiológico por 48 horas, enquanto no grupo experimental, após a extração,
esses dentes foram mantidos imersos em solução de fluoreto de sódio a 2% pelo
mesmo período. Após o tratamento endodôntico e colocação de curativo de
hidróxido de cálcio os dentes de ambos os grupos foram reimplantados e após
períodos de 20 e 60 dias, os animais foram sacrificados, e as peças obtidas,
submetidas a análise histológica. Aos 20 dias observamos em ambos os grupos um
estreitamento de espaço do ligamento periodontal. Esta característica se
manteve no grupo II aos 60 dias, enquanto no grupo I, ocorreu em alguns
espécimes, preenchimento completo desse espaço com tecido ósseo. Com relação a
reabsorção cemento dentinária, o efeito do flúor pode ser observado já aos 20
dias, onde a incidência de reabsorção radicular é menor no grupo II. Esses
resultados persistem no período de 60 dias, onde também foi observado reparo
por cemento neo formado em algumas áreas reabsorvidas no grupo II. Concluímos
assim que a solução de fluoreto de sódio a 2% não impediu o aparecimento, mas
promoveu uma redução na incidência de reabsorção cemento dentinária em
comparação com o grupo controle.
35
Estudo da
Reparação Óssea em animais de laboratório após a inclusão de Osso Inorgânico e
Colágeno Bovinos.
Marcelo J.
Santos, Maria Cristina Z. Deboni, Décio S. Pinto Jr., Kátia I. Moreira e
Antonio C. Campos.
Faculdade
de Odontologia da U.S.P., Departamento de Cirurgia, Prótese e Traumatologia
Maxilo-facial, Cidade Universitária, São Paulo.
Nossa
proposição foi estudar comparativamente a reparação óssea, através de
microscopia de luz, em ratos quando incluíamos em perfurações ósseas padrão,
cirurgicamente criadas, osso inorgânico e este mesmo biomaterial associado ao
colágeno, tendo como padrão, a reparação óssea fisiológica que ocorre em uma
idêntica perfuração padrão, sem o uso desses materiais.
No
experimento utilizamos seis ratos Wistar fêmeas que foram divididos em três
grupos: l(uma semana), 2(duas semanas) e 3(quatro semanas). No fêmur do lado
direito de cada um deles incluímos Osso+colágeno (B). No fêmur do lado esquerdo
incluímos apenas Osso (C) e na outra perfuração não houve inclusão de nenhum
dos materiais ( Controle - A).
Após o
processamento e análise histológica por observação através de microscopia de
luz as amostras obtidas revelaram os resultados transcritos na tabe1a abaixo:
Grupo
Tipo de
Material
Processo Inflamatório
Presença de
Material
Osteogênese
Observações
1A (7 dias)
Controle
+ +
-
-
Perfuração
visível
1B (7 dias)
BB + COL
+ + +
+
-
1C (7 dias)
BB
+ + + +
+
-
2A (15
dias)
Controle
+
-
+ +
2B (15
dias)
BB + COL
+ + +
+
-
Células
Gigantes
2C (15
dias)
BB
+ + + +
+
-
Células
Gigantes
3A (30
dias)
Controle
-
-
+ + + +
3B (30
dias)
BB + COL
-
-
+
3C (30
dias)
BB
+
-
+
Onde: ( + )
significa observação positiva e sua quantidade relativa
(- )
significa observação negativa.
Observamos
que ocorreu a formação óssea no grupo 3(B) e 3(C), 30 dias onde houve a
inclusão dos rnateriais, após sua completa fagocitose. Tecido ósseo imaturo já
estava presente no grupo 2A, 15 dias grupo controle. Assim, os materiais pareceram não ser osteoindutivos, pois em um
primeiro tempo se comportaram como corpo estranho no interior do leito
receptor, enquanto que a reparação óssea fisiológica, neste mesmo tempo, já
estava se processando no grupo controle.
36
ESTUDO
EPIDEMIOLÓGICO COMPARATIVO DE FRATURAS DO CÔNDILO MANDIBULAR EM DUAS AMOSTRAS
HOSPITALARES.
Oswaldo
Crivello Jr. & José R. V. de Rezende.
Disciplina
de Traumatologia Maxilo-Facial da Faculdade de Odontologia da USP, 05508-900
São Paulo {SP).
As fraturas
do côndilo mandibular são, entre as fraturas maxilo-faciais, as que despertam
grande interesse e muitas controvérsias. Os estudos epidemiológicos dessas
lesões são de grande importância para que se possa promover medidas preventivas
e que compreendamos as técnicas diagnosticas e terapêuticas e são importantes
referências de estudos nos diferentes países, dessa importante doença chamada
trauma.
Nessa
pesquisa mostra-se os resultados de dois estudos epidemiológicos sobre fraturas
condilianas: uma realizada em São Paulo {Brasil) e outra em Clermont-Ferrand
{França). Num total de 70 casos hospitalares tratados em São
Paulo e 115
tratados em Clermont-Ferrand, analisou-se as frequências dos seguintes fatores:
sexo, faixa etária, tipo de fratura, osso mais associado às fraturas condilianas,
etiologia e tratamento.
Ambas
pesquisas mostraram que essas lesões são mais freqüentes no sexo masculino (74%
em São Paulo e 73% em Clermont-Ferrand) e na população jovem {entre 11 e 30
anos), (59% em São Paulo e 66% em Clermont-Ferrand). Quanto ao tipo de fratura,
se isolada ou associada à outra fratura maxilo-facial, a pesquisa de São Paulo
mostrou predominância de fraturas associadas {6l%) enquanto a pesquisa em
Clermont-Ferrand mostrou o contrário; as fraturas condilianas isoladas
predominaram {57%). A mandíbula em ambas pesquisas foi a estrutura óssea mais
fraturada {em outra região) com a fratura condiliana {68%) em São Paulo e {69%)
em Clermont-Ferrand indicando claramente o mecanismo indireto dessa lesão. A
etiologia predominante nessas fraturas nos dois países, como em todo mundo, foi
o acidente automobilístico, (47%) em São Paulo, {42%) em Clermont-Ferrand. O
tratamento orotopédico foi o mais utilizado, confirmando a tendência mundial:
99% em Clermont-Ferrand, (46% bloqueio bimaxilar e 54% tratamento funcional) e
96% em São Paulo {80% bloqueio bimaxilar e 20% tratamento funcional).
Concluímos que, entre os fatores pesquisados, os resultados foram semelhantes
em ambas cidades, à exceção do tipo de fratura o que se leva a hipótese de
melhor eficiência diagnostica na França. Também confirma-se a tendência da
total predominância do tratamento não-cirúrgico para essas lesões.
37
ESTUDO
EXPERIMENTAL DA REPARAÇÃO DAS FRATURAS DE CONDILO - DADOS PRELIMINARES.
Antonio C.
B. Teixeira, João G. C. Luz, Ney S. Araújo.
Depto. de
C.P.T.M.F. da Faculdade de Odontologia USP, 05508-900 Sâo Paulo (SP).
As fraturas
de côndilo mandibular são freqüentes e existem controvérsias quanto ao método
de tratamento; podendo ser cruento ou incruento. Assim, torna-se importante o
estudo do processo de reparação óssea que se segue à fratura.
Foram
utilizados Rattus norvegicus albinus adultos, pesando em média 195 gramas. Os
animais foram submetidos a procedimento cirúrgico sob anestesia geral. O acesso
foi pré-auricular visando a realização da fratura do côndilo direito, que foi
rodado no sentido medial. O lado esquerdo serviu como controle. Os animais
foram sacrificados em períodos de 24 horas, 1 semana, 2 semanas, 3 semanas e 1
mês. Foram obtidos blocos contendo a ATM direita e esquerda. Após a
descalcificação, o material foi processado e corado com H.E.
Os cortes
mostraram inicialmente exsudação neutrofílica e vasos congestos junto à cápsula
articular e musculatura associada, bem como a presença de exsudação serofibrinoso
no espaço articular. Após 1 semana áreas de osso desvitalizado nos cotos com
sinais de reabsorção; proliferação cartilaginosa e óssea ao redor do traço de
fratura; infiltrado linfoplasmocitário junto à cápsula e musculatura associada
e tecido de granulação no espaço articular foram observadas. A seguir, ocorreu
a formação de calo ósseo exuberante e regressão do processo inflamatório. Após
1 mês houve grandes áreas de osso neoformado e tecido cartilaqinoso, bem como
focos remanescentes de osso desvitalizado. Tecido conjuntivo no espaço
articular e escasso infiltrado linfoplasmocitário junto à cápsula compuseram o
quadro histológico. O côndilo continuava deslocado até o período final do
experimento.
Concluímos
que a reparação das fraturas de côndilo produzidos experimentalmente em ratos
apresentam reparação através da formação de calo ósseo.
38
ESTUDO
HISTOMORFOLÓGICO SOBRE REIMPLANTE DE INCISIVO SUPERIOR DE RATO. EFEITOS DA
CONSERVAÇÃO DO DENTE EM GLICERINA.
Cristiane
M._R. Sousa; Tetuo Okamoto -
Departamento
de Diagnóstico e Cirurgia - F.O.Araçatuba-UNESP- Cx.Postal 533- Araçatuba - SP.
Em
reimplantes dentais, os índices de sucesso são menorss à medida que aumenta o
tempo de permanência do dente fora do alvéolo. A situação clínica mais comum é
o reimplante mediato. Além disso, o dente avulsionado pode ter sofrido trauma
mecânico e químico acentuado por falta de armazenamento adequado durante o
período extra-bucal. Tendo em vista as boas propriedades da glicerina na
preservação de tecidos, avaliou-se os efeitos desta substância sobre
reimplantes dentais mediatos. Foram empregados 24 ratos machos (Wistar)
divididos em dois grupos de 12. No primeiro (controle), o incisivo superior
direito, após a extração, foi mantido durante 48 horas em soro fisiológico.
Decorrido este período, o dente após remoção da polpa e obturação da cavidade
pulpar com hidróxido de cálcio, foi reimplantado em seu respectivo alvéolo. No
segundo grupo (experimental), o incisivo após a extração foi mantido em
glicerina a 98% por 48 horas. A remoção da polpa e a obturação da cavidade
pulpar, bem como o reimplante foi realizada de forma semelhante aos animais do
grupo 1. 0s ratos, em número de 6 para cada grupo, foram sacrificados após 20 e
60 dias do reimplante. As peças, após processamento laboratorial de rotina
foram incluídas em parafina. Os cortes obtidos foram corados em hematoxilina e
eosina e pelo tricrômico de Masson para estudo histomorfológico. Os resultados
obtidos no grupo experimental, quando comparados ao controle, permitem concluir
que: 1) ocorreu menor migração da aderência epitelial aos 60 dias; 2) ocorreu
menor reabsorção cemento-dentinária e; 3) o ligamento periodontal encontrava-se
mais desenvolvido e organizado após 60 dias. Tais resultados mostram a
viabilidade do uso da glicerina como meio de conservação do dente antes do
reimplante.
Auxílio
Financeiro: FAPESP Proceeso No. 92/1213-0
39
MPLANTE DE
TISSUCOL EM CAVIDADE ÓSSEA PREPARADA EM TÍBIA DE RATO. ESTUDO HISTOMORFOLÓGICO.
Inês A.
Buscariolo, Tetuo Okamoto, Maria C. R. Alves-Rezende.
Departamento
de Diagnóstico e Cirurgia da Faculdade de Odontologia do "Campus" de
Araçatuba, UNESP, Rua José Bonifácio, 1193, Araçatuba, SP, CEP.16015-050.
O
"Tissucol", sistema adesivo fibrínico de origem biológica tem sido
indicado para o tratamento de hemorragias intra-ósseas em estruturas bucais,
mostrando eficiente controle clínico nas hemorragias microvasculares e
capilares, particularmente em pacientes afetados por discrasias sanguíneas ou
em pacientes ou sob terapia anticoagulante. O material é fornecido em estojos
com os seguintes componentes: fibrinogênio, trombina, aprotinina, cloreto de
cálcio e água destilada. No presente trabalho foram utilizados 25 ratos, e os
defeitos ósseos realizados experimentalmente em suas tíbias com o auxílio de
uma broca de fissura nº701, montada em micromotor. O material foi implantado
nas tíbias direitas, enquanto que as esquerdas serviram como controle. 0s
animais foram sacrificados às 24 horas, 3, 7, 14 e 21 dias pós-operatórios(p.o.),
e as peças obtidas coradas por hematoxilina-eosina para estudo histológico. No
grupo controle às 24 horas p.o. observamos coágulo sangüíneo organizado, também
evidente aos 3 dias p.o., ao lado de invasão capilar e fibroblástica. Aos 7
dias p.o., o fundo da cavidade cirúrgica é preenchido por tecido ósseo
neoformado, que ocupa toda a cavidade aos 14 dias p.o. Aos 21 dias p.o. a
cavidade óssea mostra-se totalmente preenchida por tecido ósseo maduro. Já no
grupo experimental (Tissucol), observamos: coágulo sangüíneo organizado nas
malhas do material às 24 horas p.o.; proliferação fibroblástica e capilar na
intimidade do material bastante absorvido aos 3 dias p.o.; tecido ósseo
neoformado aos 7 e 14 dias p.o. com fragmentos do material, o tecido ósseo
maduro preenchendo toda a cavidade aos 21 dias p.o. Com isso concluímos que os
tecidos conjuntivo c ósseo se desenvolveram na intimidade do material
demonstrando sua biocompatibilidade; o material é paulatinamente absorvido ao
longo da reparação óssea, não interferindo nos momentos histológicos desta
reparação.
*APOIO
FINANCEIRO DA FAPESP - PROCESSO 91/3910-7
40
IMPLANTE DE
TISSUCOL EM CAVIDADES ÓSSEAS IRRIGADAS COM ÁCIDO ÉPSILON-AMINOCAPRÓICO. ESTUDO
HISTOMORFOLÓGICO EM RATOS.
Ana C.
Okamoto, Tetuo Okamoto, Maria C. R. Alves-Rezende.
Departamento
de Diagnóstico e Cirurgia da Faculdade de Odontologia do "Campus" de
Araçatuba, UNESP, Rua José Bonifácio,1193, CEP 16015-050, Araçatuba, SP.
Estudos
realizados em alvéolos dentais mostraram que o "Tissucol" sofre
absorção mais rápida quando o implante e associado à irrigação prévia do
alvéolo com solução a 5% de EACA(ácido épsilon-aminocapróico). No presente
trabalho foi realizado estudo histomorfológico em cavidades preparadas em tíbia
de rato(área de osteogênese a(?)iva)que sofreram irrigação com solução a 5% de
EACA, seguida de implante de "Tissucol". Para tanto foram empregados
25 ratos machos, com peso entre 200 e 250 gramas, os quais tiveram suas tíbias
direitas e esquerdas expostas cirurgicamente para a confecção das cavidades.
Nas tíbias direitas as cavidades foram irrigadas com solução de EACA a 5%
previamente ao implante de "Tissucol" ; nas esquerdas as cavidades
foram apenas preenchidas com "Tissucol". Em grupos de cinco, os animais
foram sacrificados às 24 horas, 3,7,14 e 21 dias pós-operatórios(p.o.) e as
peças obtidas coradas com hematoxilina-eosina. No grupo controle(Tissucol) às
24 horas p.o. observamos coágulo sanguíneo organizado nas malhas do material, o
qual foi substituído por fibroblastos e capilares aos 3 dias, tecido ósseo neoformado aos 7 e 14 dias e tecido ósseo
maduro aos 21 dias p.o., sempre na intimidade de fragmentos do material. Já no
grupo experimental(Tissucol-EACA) pudemos observar também coágulo sanguíneo
organizado na intimidade do material às 24 horas p.o., porém com crescente
absorção do mesmo aos 3,7,14 e 21 dias p.o.,com padrão histológico de
proliferação fibroblástica e capilar, tecido ósseo neoformado, tecido ósseo
maduro em 2/3 da cavidade e tecido ósseo maduro em toda a cavidade,
respectivamente. Com estes resultados concluímos que o EACA favoreceu a
absorção mais rápida do "Tissucol", e que os tecidos conjuntivo e
ósseo se desenvolveram na intimidade do material em ambos os grupos,
demonstrando sua biocompatibilidade
*APOIO
FINANCEIRO DA FAPESP :Processo nº 91/4640-3.
41
IMPORTÂNCIA
DOS HÁBITOS PARAFUNCIONAIS (BRUXISMO E APERTAMENTO) NA SINTOMATOLOGIA DA
DISFUNÇÃO TEMPORO MANDIBULAR.
Marcelo
Bolzan.
Deptº de
Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia da USP, Cidade Universitária,
CEP: 05508-900, São Paulo/SP.
Foram
distribuídos 400 questionários aos alunos da FOUSP, com 20 perguntas cada,
relativas aos sinais e sintomas da disfunção temporo mandibular e hábitos
parafuncionais da boca. As respostas foram analisadas individualmente (cada
questão) em relação ao total de respostas, e também, cruzadas entre si. O
cruzamento das respostas foi realizado, somando-se respostas positivas e
negativas de duas ou mais questões em relação ao total. Foram obtidos 331
questionários (100%), destes, 47% afirmam apertar os dentes nos momentos de
tensão, 16% tem conhecimento sobre o próprio bruxismo; 10% tem dificuldade ao
abrir a boca, 6% tem dificuldade em protusão e lateralidade, 13% tem algum tipo
de travamento, 40% ouve ruídos no ouvido quando em função, 20% tem dores no
rosto ou na cabeça e assim por diante. As questões acima citadas foram
analisadas em conjunto (cruzamento); 6% das pessoas que responderam ao
questionário, tem dificuldade para abrir a boca, e apertam os dentes, 3% tem
dificuldade em levar a mandíbula para frente e para os lados e também range os
dentes (bruxismo), 20% ouve ruídos ao mastigar e aperta os dentes, e segue-se
assim cruzamentos entre as questões mais relativas para o trabalho. Concluiu-se
desta 1ª parte, que os hábitos de apertar e ranger os dentes, tem bastante
influência sobre os sinais e sintomas da disfunção temporo mandibular.
42
INFLUÊNCIA
DA ANTISSEPSIA INTRA-BUCAL COM DERMOIODINE TÓPICO (PVPI) NA RKPARAÇÃO DE
ALVÉOLO DENTAL. ESTUDO HISTOLÓGICO EM RATOS.
Alcione
Gofet ; Osvaldo Magro-Filho.
Departamento
de Diagnóstico e Cirurgia - F.O.Araçatuba - UNESP - Cx.Postal 533. Araçatuba -
S.P.
O
dermoiodine vem sendo largamente utilizado na preparação pré-operatória em
cirurgia geral e bucal. Sua efetividade na prevenção da bacteremia pós
operatória tem sido constatada por vários autores, em índices de
aproximadamente 28%.
Sabendo que
fatores gerais e locais influem no processo de reparação alveolar, o propósito
deste trabalho é analisar histologicamente o papel da antissepsia intra-bucal
com dermoidine tópico na reparação de alvéolo dental após a exodontia. Foram
empregados 45 ratos machos (Wistar), com 160 a 220 gramas, divididos em 3
grupos : 1 ) Controle: nos quais não foi realizado nenhum procedimento de
antissepsia. 2) Soro Fisiológico: antissepsia por 1 minuto. 3) Dermoiodine
tópico: antissepsia por 1 minuto. Em seguida, procedeu-se a extração dos
incisivos superiores direitos dos ratos e o sacrifício deu-se aos 3, 10 e 21
dias pós-operatórios, sendo 5 ratos de cada grupo.
Foi
analisado o terço médio do alvéolo, considerando-se o grau de proliferação
fibroblástica e ossificação.
Os
resultados mostram que o dermoiodine não causa nenhum atraso ou modificação na
reparação alveolar. Não há presença de inflamação, os graus de proliferação
fibroblástica e ossificação deram-se em tempos normais não havendo diferença de
padrão histológico entre os 3 grupos.
Auxílio
Financeiro : CNPq Processo No. 102304/92-0
43
PRÓTESE
OCULAR LEVE: CONTRIBUIÇÃO PARA A CONFECÇÃO.
Reinaldo
B.Dias; José C. M. Carvalho & Dorival P. Silva.
Depto. de
C.P.T.M.F. da Faculdade de Odontologia da USP, 05508-900 São Paulo (SP).
Os autores
propõem uma variação da técnica de confecção de próteses oculares para
cavidades anoftálmicas amplas, introduzindo o poliestireno expandido (isopor) à
resina acrílica, no momento da confecção da esclera protética.
Tem por
objetivo a diminuição de peso das peças maciças em resina acrílica, visando a
mobilidade, a estética e a retenção dessas próteses oculares. Comparam corpos de prova confeccionados em
resina acrílica ativada quimicamente, resina acrílica ativada termicamente e
resina acrílica de cadeia cruzada, pela técnica proposta e pela técnica de
prótese ocular oca, segundo a diferença de peso, absorção de água a resistência
à ruptura por pressão hidrostática.
1. Quanto à
variação de peso, nota-se que, pela técnica proposta, as peças são ligeiramente
mais pesadas do que pela técnica de prótese ocular oca em 5,7% (3,32/3,14g =
1,057g) .
2. Na
técnica proposta, observa-se uma menor absorção de água em 0,1%, levando-se em
consideração ambas as técnicas, 0,03 na proposta contra 0,04 na oca.
3. Quanto à
resistência à ruptura por pressão hidrostática, a 100 Kgf/cm², os corpos de
prova da técnica proposta e da técnica oca com camada final de revestimento não
se romperam. A ruptura ocorreu com os corpos de prova da técnica oca sem a
camada final de revestimento em torno de 86 Kgf/cm².
Com base
nos resultados dos ensaios a técnica proposta é vantajosa à da prótese oca,
seja no tempo de confecção, bem como no manuseio do material, e na sua
resistência, sendo sua utilização indicada como rotineira na confecção de
próteses oculares, principalmente em cavidades anoftálmicas volumosas.
44
RELAÇÃO
ENTRE ABUSO DE SUBSTÂNCIAS E COMPLICAÇÕES DE FRATURAS MANDIBULARES.
Luis A.
Passeri; Edward Ellis, III, Douglas P. Sinn.
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP, 13414-018 - Piracicaba- SP.
Este estudo
retrospectivo analisou a relação entre complicações e o abuso de substâncias
após fratura mandibular. Em um período de dois anos, os prontuários de 352
pacientes, com 589 fraturas mandibulares, foram revistos, quanto aos métodos de
tratamento e outras variáveis, incluindo o uso crônico de drogas. Foi
encontrado um índice geral de complicações de 18,5%. Associações entre
complicações e o uso crônico de álcool, drogas não endovenosas, e drogas
endovenosas foram encontradas. Usuários de drogas endovenosas tiveram uma
incidência de complicações de 30%, aqueles que usavam drogas não-endovenosas
tiveram 19% de complicações, e usuários crônicos de álcool tiveram 15,5%. Os
pacientes que não faziam uso crônico de qualquer droga tiveram 6,2% de índice
de complicações. Os resultados deste estudo mostram que o uso crônico de
substâncias pode afetar significativamente o resultado dos tratamentos das
fraturas mandibulares.
Auxílio
Financeiro FAPESP (90/0565-4).
45
REPARAÇÃO
DE FERIDAS DE EXTRAÇÃO DENTAL SUBMETIDAS À AÇÃO DO RAIO LASER. Estudo
histológico em ratos.
Valdir G.
Garcia & Renata G. Fonseca.
Faculdade
de Odontologia do Câmpus de Araçatuba -UNESP- Rua José Bonifácio 1193.
Araçatuba (SP).
A
literatura tem demonstrado que a reparação alveolar poderá sofrer a
interferência de fatores locais e/ou sistêmicos. Desta forma, com o advento do
Raio Laser, surgiu uma nova forma terapêutica não só na árca médica quanto na
odontológica. Assim constitui propósito do presente trabalho avaliar, histologicamente
em ratos, o processo de reparo de feridas de extração dental submetidas ao
tratamento com Raio Laser.
No presente
estudo foram utilizados 32 ratos que, após anestesia por inalação de éter
sulfúrico, foram submetidos à exodontia do incisivo superior do lado direito.
Os animais foram divididos em 2 grupos. No grupo I (controle) após a exodontia,
as bordas alveolares foram aproximadas e mantidas com sutura. No grupo
II(experimental) após a exodontia e sutura das bordas alveolares, os animais foram
submetidos à exposição única com Raio Laser (infra-vermelho, 904 nanômetros de
comprimento de onda, Arsênio e Gálio como meio ativador) com frequência de
pulso de 2.100 Hertz, potência de 2.00mW e tempo de exposição de 3 minutos. O
Raio Laser foi aplicado de forma pontual, externamente sobre a mucosa e na
altura do terço médio alveolar.
Decorridos
3, 7, 14 e 21 dias do ato cirúrgico, os ratos, em número de 4 para cada grupo
foram sacrificados, e a peça contendo o alvéolo dental estudado retirada para
sofrer os procedimentos laboratoriais de rotina para a análise histológica.
Nossos resultados permitiu-nos concluir que: I) as feridas experimentais,
mostraram processo de reparação mais acelerado; 2) houve formação mais precoce
e em maior extensão de tecido ósseo alveolar nas feridas experimentais; 3) Os
eventos histológicos foram mais evidentes nas feridas de 3 e 7 dias.
Auxílio
Financeiro: FAPESP - processo nº 92/0119-0
46
TRATAMENTO
ALTERNATIVO DA DOR POR CROMOPUNTURA EM PORTADORES DE DISFUNÇÃO DA ATM.
José R. V.
Rezende & Antonio C. B. Teixeira.
Depto. de
C.P.T.M.F. da Faculdade de Odontologia da USP, 05508-900 São Paulo (SP).
A tentativa
da eliminação da dor nas disfunções da ATM tem sido motivo de inúmeras
pesquisas na administração de drogas por via sistêmica ou intra articularmente,
confecção de aparelhos, uso de ondas eletromagnéticas, etc.
Temos
utilizado métodos alternativos baseados na medicina oriental, especificamente a
acupuntura. Causou-nos interesse a verificação da eficácia do método
desenvolvido por Peter Mandel na Alemanha e na Suíça de cromopuntura, visto
ainda não ter sido utilizado nestas disfunções. As cores são ondas
eletromagnéticas que podem influenciar no nosso organismo através de sensores
cutâneos que levam informações recebidas ao nosso cérebro e este responde
direta ou indiretamente nos órgãos ou locais específicos. A base da
cromopuntura está em se utilizar o estímulo da onda eletromagnética da cor em
pontos específicos dos meridianos orientais ou de outros constatados como
eficientes.
Para
execução da pesquisa atendemos 28 pacientes com disfunção da ATM com dor
intensa que procuraram o ambulatório da Disciplina de Traumatologia
Maxilo-Facial da FOUSP. Após o exame clínico e o fichamento, aplicamos em todos
os casos, as cores com o aparelho de cromopuntura, o esquema de cores inicial
preconizado por Mandel. A seguir utilizando o mapa de Nogier modificado de
aurículo, aplicamos a cor verde nos 3 pontos do trigêmeo e a cor azul nos
pontos do olho, da agressividade, zero, psicológico, e o ponto She Men chines,
por 30 segundos. Nos casos de dores mais fortes localizadas utilizamos o
"Losango de Mandel" com azul básico e laranja nos 3 outros vértices,
por 1 minuto. Os resultados foram: eliminação total da dor em 18 casos após a
primeira aplicação. Alívio quase total da dor nos demais 10 casos. Repetindo-se
a aplicação após 7 dias obtivemos, eliminação total da dor nos 9 casos e após a
terceira sessão no casos restantes também foi superada a dor. Estes pacientes
foram encaminhados para o devido tratamento dental, agora sem dor. Esperamos
com nossas pesquisas estar contribuindo para o problema doloroso das disfunções
da ATM.
47
TRATAMENTO
CIRÚRGICO DA LUXAÇÃO RECIDIVANTE DA ATM.
EVOLUÇÃO E
AVALIAÇÃO CLÍNICA.
Marcelo M.
Soares, Ricardo Martins, Marcia M. Gouveia & Waldyr A. Jorge.
Serviço de
Urgência Buco Maxilo Facial Hospital
Universitário-USP, 05508-900 - São Paulo (SP).
A
proposição deste trabalho é definir um protocolo para o tratamento das luxações
recidivantes da ATM.
MATERIAIS E
MÉTODOS
Vinte e
cinco pacientes foram selecionados para esse estudo, de acordo com os seguintes
critérios:
Mais de um
episódio mensal de luxação de ATM nos últimos 6 meses; dores articulares e
musculares, acompanhadas de distúrbios
oclusais.
Todos os
pacientes utilizaram placa de mordida e foram submetidos a fisioterapia para
reeducação dos movimentos articulares,
associando-se a antinflamatórios não hormonais e miorrelaxantes. Após 3 meses de tratamento, os pacientes que
não apresentaram melhora do quadro, foram submetidos a intervenção cirúrgica de
aumento de eminência articular.
RESULTADOS
No período
compreendido entre 6 e 36 meses, os resultados obtidos foram:
76% (19)
dos pacientes tiveram remissão da dor e luxação da ATM sem intervenção
cirúrgica.
24% (06)
foram submetidos a ato cirúrgico, com remissão dos quadros de luxação
recidivante em 100% (6) e de dores articulares e musculares em 83% (05).
48
TRATAMENTO
DA PSEUDO-ARTROSE MANDIBULAR.
Nicolas
Tenorio-Cabezas & Luiz C. M. Souza.
Setor de
Cirurgia Buco-Maxilo Facial. Departamento de Cirurgia, Faculdade de Ciências
Médicas da Santa Casa de São Paulo, R. Cesário Motta Jr, 112, 01332-000 - São
Paulo (SP).
Realiza-se
um estudo retrospectivo de 18 pacientes com diagnóstico de pseudo-artrose
mandibular, durante os anos de 1990 e 1992; a revisão compreende
características clínicas os fatores que afetam adversamente a reparação óssea e
o tratamento realizado. As características clínicas apresentadas são: dor,
assimetria facial, disfunção da ATM, limitação da abertura bucal e má oclusão
dentária. A pseudo-artrose mandibular é causada principalmente por redução
incorreta, inadequada ao tempo de estabilização e quando o tratamento foi
retardado após o trauma inicial. O tratamento foi dividido em casos não
infectados e infectados; no primeiro caso realizado o avivamento dos fragmentos
ósseos e quando da impossibilidade de contato ósseo foi aplicado um enxerto
córtico-medular de crista ilíaca e fixação de fio de aço e/ou mini placa; nos
casos infectados, realizou-se primeiro a identificação do microorganismo
causador da infecção e a terapia antibiótica específica, remoção dos corpos
estranhos, drenagem e posteriormente aguardou-se a resolução do mesmo, após
este procedimento continuou-se como os casos não infectados. 0 acompanhamento
dos pacientes teve uma média de 24 meses e os resultados obtidos após a
tratamento foram: ausência de assimetria facial, ausência de dor, abertura
bucal mínima de 35 mm e sem desvio, mandíbula firme e oclusão satisfstória.
Conclui-se que a pseudo-artrose mandibular é causada por falhas técnicas, o
tratamento indicado foi avivamento ósseo e/ou enxerto de crista ilíaca e
fixação com fio de aço e/ou mini placa,permitindo a reabilitação do paciente.
49
USO DE
MICROPLACA EM CIRURGIA ORTOGNÁTICA.
Ricardo
Martins, Celso L. Ferraz, Augusto F. Schulz, & Waldyr A. Jorge.
Serviço de
Urgências Buco Maxilo Facial Hospital Uniiversitário-USP, 05508-900 - São Paulo
(SP) .
O
desenvolvimento e aplicação da fixação interna rígida em cirurgia maxilo-facial
revolucionaram o conceito da osteossíntese.
Até o ano
de 1988, o uso da microplaca de Titânio, era restrito à cirurgia pediátrica
crânio facial. Atualmente, sua aplicação clínica resumi-se a fraturas do terço
médio e superior da face (adultos e crianças) e onde as forças mastigatórias
possuem pouco efeito.
MATERIAIS E
MÉTODOS - foram analisados dezenove pacientes (12 femininos e 07 masculinos)
portadores de retrusão da maxila, com
média de idade em torno de 26 anos.
Como proposta cirúrgica, os pacientes foram .submetidos a osteotomia Le
Fort I combinada com ostetomia sagital da mandíbula, permanecendo de 4 a 6
semanas de bloqueio intermaxilar. As osteotomias Le Fort I foram fixadas com 4
a 5 microplacas e parafusos de titânio grau 2 de maleabilidade. As osteotomias
sagitais da mandíbula foram contidas com fixação semi-rígida.
RESULTADOS
- Após a avaliação num período compreendido entre 3 a 12 meses, 01 (5,2%)
paciente evolui com pseudoartrose da maxila.
CONCLUSÃO
Para
pacientes submetidos ao bloqueio intermaxilar, o sistema microplaca/parafuso
apresentou bons resultados com baixo índice de complicações.
50
VARIAÇÃO DE
CORES EM DIFERENTES TINTAS COM VISTAS AO EMPREGO EM PINTURAS DE ÍRIS PARA
PRÓTESE OCULAR.
Dorival P.
Silva, José C. M. Carvalho, Marcia André.
Dept.
Cirurgia, Prótese e Traumatologia, Fac. Odontologia USP, 05508- 900 São Paulo
(SP).
Os autores
preocupados com a qualidade da estética das próteses oculares realizaram
pesquisa com tintas facilmente disponíveis no comércio, visando o seu emprego
futuro em pintura de íris protética; para tanto estudaram a estabilidade dessas
tintas frente à irradiação ultravioleta, submetendo-as à testes de envelhecimento
acelerado em um aparelho denominado C-UV. Ultra- violeta
"B"/Condensação. Os tipos de tintas estudados foram: Tinta aquarela
sobre cartolina, Pigmentos puros em meio monômero polímero, Tintas para
modelismo, Tintas automotivas. Após avaliação visual individual, os dados
obtidos foram anotados em uma ficha de avaliação seguindo orientação proposta
por Turner e colaboradores onde: grau "0" sem alteração, grau
"1" alteração leve, grau "2" alteracão moderada. Obtivemos
assim, como resultado, alteração leve em todos os brancos pesquisados,
alteração moderada do azul e do marrom das tintas para modelismo, e nenhuma
outra alteração nas outras cores utilizadas na pesquisa. Concluindo que as
tintas testadas exceto algumas cores das tintas para modelismo, resistiram bem
à ação da irradiação ultravioleta, as tintas automotivas necessitam maiores
pesquisas em relação à toxicidade, as tintas aquarelas sobre cartolina e os
pigmentos puros em meio monômero polímero foram as mais indicadas para a
pintura de íris protética. Complementando o trabalho os autores comparam a
pesquisa com a prática apresentando casos clínicos reabilitados utilizando as
tintas pesquisadas.
DENTÍSTICA
51
AMÁLGAMA
DENTAL - INFLUÊNCIA DE DIFERENTES
TÉCNICAS DE POLIMENTO QUANTO A OXlDAÇÃO E CORROSÃO DA SUPERFÍCIE.
Maria S.M.
Cândido, Eliana P. Molina, Welingtom Dinelli, Denise Pedrini.
Dept.
Odont. Rest. Fac. Odont. Araraquara, UNESP. 14801-903 Araraquara (SP).
Para o bom
desempenho clínico do amá1gama, não só é necessário uma melhoria em suas
propriedades, mas também atenção deve ser dada às técnicas manipulativas do
mesmo, onde encontramos falhas ligadas ao acabamento e polimento das
restaurações (SCRUGGS, Dent. Hyg., 56:30-4, 1982). O objetivo deste estudo foi
analisar "in vitro" o comportamento de duas ligas de amálgama: a)
Dispersal1oy (L1) e Velvalloy (L2) quanto a oxidação e corrosão, quando
submetidas a duas diferentes técnicas de polimento (TS1 - convencional e TS2 -
Econômica). Confeccionou-se então pares
eletroquímicos (Am + CoCr). Após a condensação do amálgama, os pares foram
imersos em saliva artificial onde permaneceram em estufa a 37°C por um período
de 7 dias, após o qual efetuou-se o polimento do amálgama de acordo com a
condição experimental desejada. O efeito de oxidação e corrosão foi medido,
através de tomadas da intensidade de corrente através de Multímetro com amplo
fundo de escala na condição de 10 µA, em 7 tempos distintos 15, 30 minutos e 1,
2, 6, 12 e 24 horas após polimento (DINELLI, Tese Doutoramento, 1970). Os
resultados obtidos referentes a intensidade de corrente elétrica foram
submetidos a Análise de Variância a dois critérios fixos ou seja, analisou-se o
comportamento de duas ligas (L1 e L2) frente a diferentes técnicas (TS1 e TS2).
Deste modo para o fator Liga evidenciou-se comportamento diferente entre ambas,
ou seja, a Liga L apresentou valor médio de 17,14 µA enquanto que a liga L2,
31,59 µA. Com relação ao fator Técnica houve variabilidade não significativa ou
seja, as técnicas levaram a resultados semelhantes independentes do tipo de
liga utilizada TS1 (22,67 µA) e TS2 (24,55 µA). Quando se considera o fator
Tempo observou-se que nos tempos iniciais (15, 30 minutos, 1 e 2 horas)
ocorreram reações eletroquímicas entre a solução e a superfície do amálgama
enquanto que nos tempos mais avançados (6, 12 e 24 horas) não ocorreu
significância estatística em função da formação da película de oxidação e
corrosão com consequente redução ou com comportamentos semelhantes nestes
períodos. Diante da diferença entre técnicas frente a oxidação e corrosão,
nossos resultados sugerem ser possível a utilização da Técnica-Econômica para o
polimento de restaurações de amálgama.
52
VARIAÇÃO
CLÍNICA DE RESINA COMPOSTA EM CAVIDADE DE CLASSE II DE PRÉ-MOLARES DURANTE 3
ANOS.
Maria
Filomena R. L Huhtala & José
Benedicto de Mello.
Departamento
de Odontologia Restauradora. Faculdade de Odontologia. 12245-001. São José dos
Campos-UNESP.
Devido a
ocorrência de muitos fracassos nas restaurações com resina compostas
posteriores, vários profissionais não admitem o seu uso em dentes
posteriores. O objetivo dessa
investigação foi estabelecer alguns critérios técnicos que poderiam ser de
importância clínica e afetar a durabilidade da restauração. Após exames clínico
radiográfico, foram selecionados 27 pré-molares (de 7 mulheres; idade 18-20
anos). Foram feiras restaurações de classe II com resina composta para dentes
posteriores nos casos que apresentaram cárie ou restauração de amálgama
insatisfatória. Os dentes foram restaurados pela técnica incremental com a
resina composta Adaptic IIP (J&J). As cavidades pequenas receberam uma base
de CaOH(Lige-Kerr) quando necessário; uma camada de adesivo dentinário
(ARMD-J&J) e a restauração em resina composta. As cavidades profundas e
extensas receberam um preenchimento com um cimento ionomérico com prata (Chelon
Silver, ESPE), antes da restauração com a resina composta; e os outros passos
seguidos foram os mesmos acima mencionados. Após 36 meses, 25 dentes restaurados
não apresentaram cárie secundária, fratura, perda de contato proximal e/ou
oclusal, ou queda da restauração. Duas
restaurações foram consideradas como fracassos: um dente apresentou
sensibilidade pós-operatória e outro fratura da crista marginal. Nossos resultados sugerem que a resina
Adaptic IIP pode ser usada como um material confiável na restauração de
pré-molares se a técnica utilizada for correta e específica.
53
AVALIAÇÃO
CLÍNICA DE RESTAURAÇÕES COM CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO.
Eliza M. A.
Russo & Narciso Garone Netto.
Deptº de
Dentística da Faculdade de Odontologia da USP,
05508-900 São Paulo, (SP) .
O cimento
de ionômero de vidro apresenta compatibilidade biológica, capacidade de liberar
íons flúor e adesividade às estruturas dentais. Isso permite que esse cimento
ocupe um lugar de destaque entre os
materiais restauradores estéticos, preenchendo uma lacuna, onde outros
materiais não se mostram tão eficientes. Está
especialmente indicado em lesões cervicais de cárie ou erosão ou
abrasão, onde, muitas vezes, o preparo cavitário torna-se dispensável. Foi
realizada uma pesquisa clínica, onde avaliamos a capacidade deste cimento de
evitar o aparecimento de cáries secundárias em lesões cervicais, localizadas
totalmente em esmalte ou em esmalte e dentina. Foram utilizadas três marcas
comerciais de cimento de ionômero de vidro: Ceramfil (DFL), GlassIonomer Cement
II (Shofu) e Vidrion R (S.S.White), para restaurar 150 restaurações cervicais
de cárie, erosão ou abrasão, com profundidade de, pelo menos, 1mm.
As
restaurações foram realizadas no período de 18 meses.
Após
isolamento absoluto, era selecionada uma matriz cervical pré-fabricada
(Hawe-Neos). A seguir, era realizada uma profilaxia com pedra pomes e água e
limpeza com Tergentol. Após lavar e
secar a "cavidade", o material era inserido, permanecendo imobilizado
por 4 minutos. Após esse tempo, eram removidos os excessos, mantida a matriz e protegido por verniz e vaselina,
além da mesma. O acabamento final foi realizado 7 dias depois. Após 5 anos,
foram avaliadas 126 restaurações que apresentavam no máximo 5 anos e no mínimo
3 anos e meio. Não foi observada a presença de cárie ao redor de nenhuma das
restaurações avaliadas. O cimento de ionômero ee vidro, através da liberação de
íons flúor, foi capaz de evitar a recidiva de cárie, inclusive na região
cervical, tão propensa à recorrência de cárie. Pudemos, portanto, confirmar com
esta pesquisa clínica o que autores
como, p.ex., Brandau e colab. (1984),
Brackett & Meltz e Dijken (1990) já haviam apresentado.
54
COMPARAÇÃO
DO EXAME CLÍNICO E DA RADIOGRAFIA "BITEWlNG" NO DIAGNÓSTICO DA CÁRIE
OCLUSAL EM DENTES DECÍDUOS E PERMANENTES.
Márcia C.
Figueiredo, Regina G. Palma, Maria Lígia Gerdullo, Ana Lúcia A. Capelozza &
Sérgio F. T. Freitas.
Depto.
Dentística, Faculdade de Odontologia de Bauru, USP, 17043-101, Bauru (SP).
Tradicionalmente
a radiografia "bitewing" tinha pouco valor em relação ao diagnóstico
da cárie oclusal. Entretanto hoje, com a não indicação de técnicas invasivas,
consequentemente destrutivas e prejudiciais à estrutura dentária como é o caso
do uso da sonda exploradora como meio de diagnóstico de cárie oclusa1, a
radiografia "bitewing" destacou-se, tornando portanto, indispensável
para tal fim.
O objetivo
deste experimento foi avaliar a
eficiência da radiografia "bitewing" no diagnóstico de cárie oclusal
de dentes permanentes e decíduos comparando-se os achados clínicos com os
radiográficos. Para tal foram tomadas radiografias pela técnica
"bitewing" em 80 alunos matriculados numa E.E.P.S.G. da cidade de
Bauru -SP, de ambos os sexos na faixa etária de 6-16 anos. Já a realização do
exame clínico por visualização direta procedeu-se à profilaxia prévia dos
dentes e a secagem da superfície oclusal a ser examinada por dois
examinadores perfeitamente calibrados,
que adotaram uma conduta sistemática segundo a estandardização de códigos
propostos pela O.M.S. em 1979.
Os
resultados obtidos foram transportados para uma ficha clínica específica para
serem analisados estatisticamente, obtendo os seguintes resultados:
Diagnóstico Dentes(%)
P D
Apenas Rx 51,80 42,16
Apenas
clínico 12,06 16,88
Ambos 36,14 40,96
O exame
radiográfico interproximal é importante meio de diagnóstico da cárie oclusal:
comparando-se os achados clínicos com os radiográficos observamos discrepâncias
apenas em relação ao diagnóstico da cárie oclusal dos dentes permanentes (o
exame clínico permitiu uma subestimação do diagnóstico).
55
CONTRIBUIÇÃO
AO ESTUDO DA PRESENÇA DE CAIXAS OCLUSAL E PROXIMAIS PARA AS RMF COM LIGAS DE
Cu-Al.
Claudia M.
Bedinelli & Edmir Matson
Depto. Dentística da Fac. Odontologia da USP,
Av. Prof. Lineu Prestes nº 2227, 05508-900 - S.Paulo -SP.
O desenho
de uma cavidade tipo "onlay" é regido pelas condições do remanescente
dental e material utilizado. Originalmente este desenho foi executado para
ligas áuricas. As ligas alternativas, como Ni-Cr e Cu-Al, possuem propriedades
diferentes das ligas áuricas.
Sabe-se que
a principal função da caixa oclusal é evitar a deflexão da RMF, frente a forças
oclusais. Sabe-se também que as ligas alternativas apresentam dureza maior do
que as ligas áuricas usadas para RMF, e portanto não apresentam o fenômeno da
deflexão. Baseados neste fato, nos propusemos a pesquisar a presença de
deformação permanente em três tipos de preparos para RMF "onlay" em
liga Cu-Al, frente a ação de carga oculsal.
Foram
estudados os seguintes desenhos cavitários:
GRUPO 1:
Preparo MOD "onlay" padrão
GRUPO 2:
Preparo MOD "onlay" sem caixa oclusal
GRUPO 3:
Preparo MOD "onlay" sem caixa oclusal e sem caixas proximais
As RMFs
tiveram sua distância mésio-distal medida antes e depois da aplicação da carga
oclusal. A análise dos resultados permitiu concluir que os três tipos de RMF
apresentam deformação permanente quando comparados entre si.
Concluiu-se
não haver diferença estatisticamente significante entre o grupo 1 e o grupo 2,
já o grupo 3 apresentou o maior valor de deformação permanente.
56
CONTRIBUIÇÃO
AO ESTUDO "in vitro" DA MICROINFILTRAÇÃO DOS PREPAROS DE CLASSE V
RESTAURADOS COM RESINA COMPOSTA FOTOATIVADA.
Adriana B.
M. Kehdi & Edmir Matson.
Depto.
Dentística da Fac. Odontologia da USP, Av. Prof. Lineu Prestes, 2227, 05508-900
- São Paulo - SP.
No presente
trabalho experimental, foi feito um estudo sobre a microinfiltração que ocorre
em preparos de classe V restaurados com resina composta fotoativada. O tipo de
acabamento do ângulo cavo-superficial foi realizado de diferentes formas: sem
bisel, com bisel curto, com bisel longo e com bisel côncavo. Este trabalho tem
como objetivo avaliar a forma do ângulo cavo superficial e a sua influência, na
microinfiltração.
Foram
selecionados 48 dentes extraídos, em cujo terço médio da face vestibular foram
preparadas cavidades Classe V. Foi feito condicionamento ácido de esmalte,
aplicação do sistema adesivo e restauração dos preparos com resina composta
fotoativada, do tipo híbrida.
De posse
dos corpos de prova devidamente restaurados partimos para os procedimentos de
ciclagem térmica e técnica de infiltração com nitrato de prata a
50%.(J.Biomed.Mat.Res.,15:343, 1981). Em seguida, as amostras foram examinadas
por meio de fotos e os resultados foram submetidos ao teste estatístico de
Kruskal-Wallis. A média dos postos assumidos para a penetração do traçador na
cav. com bisel longo(15,4583)foi menor que a media da cavidade sem
bisel(33,5833). Na cavidade com biseI concavo(22,7083) também menor que a média
da cavidade sem bisel e com bisel curto(25,2917). Mediante estas observações e
considerando uma probabilidade de 95%, percebemos que a penetração do traçador
nas cavidades obedeceu a seguinte ordem: bisel longo, côncavo, curto e sem
bisel, considerando a menor infiltração para cavidade com bisel longo e a maior
para as sem bisel.
57
DIAGNÓSTICO
CLÍNICO E RADIOGRÁFICO DE LESÕES DE CÁRIES INTERPROXIMAIS.
Regina G.
Palma, Márcia C. Figueiredo, Maria Fidela L. Navarro, Maria Lígia Gerdullo
& Ana Lúcia A. Capelozza.
Depto.
Dentística, Faculdade de Odontologia de Bauru, USP, 17043-101, Bauru (SP).
Tradicionalmente
o meio de diagnóstico de cárie interproximal, mais intensamente utilizado, principalmente para diagnóstico
de cavitações incipientes é a radiografia "Bitewing". A utilidade das
radiografias para essa finalidade têm sido questionada em vários trabalhos.
O objetivo
desta pesquisa foi comparar a avaliação de cáries proximais através da
radiografia "bitewíng", e inspeção visual direta.
Foram
examinados 80 indivíduos cujas idades variavam entre 6 e 16 anos, selecionados
em uma escola estadual de primeiro e segundo grau da cidade de Bauru - SP.
Foram tomadas radiografias "bitewing" das regiões de molares e
pré-molares de todos os pacientes. O exame clínico foi realizado após a
profi1axia, separação dos dentes obtida
por argolas ortodônticas colocadas por 24 horas e secagem da área. A
avaliação foi realizada por 2 examinadores calibrados, adotando a estandardização dos códigos propostos pela
O.M.S. em 1979.
Os dados
foram inseridos numa ficha específica e depois de tabulados, foram analisados
estatisticamente, obtendo os seguintes resultados:
Diagnóstico Dentes (%)
P
D
Apenas Rx 71,6
48,2
Apenas
clínico 11,12
3,2
Ambos 17,28
48,6
Nos dentes
permanentes o exame radiográfico mostrou uma alta incidência de lesões de cárie
que não foram visualizadas ao exame clínico.
Consequentemente podemos reafirmar que a visualização da superfície
interproximal é fundamental para o correto diagnóstico da cárie interproximal.
58
EFEITO DA
APLICAÇÃO DE SOLUÇÃO DE IODO NA CONTAGEM DE ESTREPTOCOCOS DO GRUPO MUTANS E DE
LACTOBACILOS EM PACIENTES DE ALTO RISCO À CÁRIE DENTÁRIA.
Stefânia C.
Kanô, Luciane Maeda, Odila P. S. Rosa,. Regina Stella S. Rocha & Maria
Fidela L. Navarro.
Dept. de Dentística e Microbiologia. FOB-USP,
17043-101, Bauru(SP).
O emprego
da solução de iodo por indivíduos com baixas contagens de estreptococos mutans
revelou-se bastante eficiente na redução dessas bactérias da cavidade oral
(Caulfield & Gibbons. J. Dent Res.
58:1317, 1979). A finalidade desse trabalho é verificar o efeito da mesma
solução em indivíduos com alta contagem de estreptococos mutans e lactobacilos.
Dez
crianças na faixa etária de 10 a 14 anos, de baixo nível sócio-econômico e sem
presença de cavitações foram selecionadas de acordo com o risco à cárie
pré-determinado: mínimo de 3 lesões de mancha branca ativas e contagem mínima
de 500.000 UFC/mL de saliva de estreptcocos mutans. Inicialmente realizou-se
uma profilaxia com taça de borracha, fio dental e pedra-pomes, com subseqüente
aplicação de solução contendo 2,0% de I2 e 2.0 de KI(p/v) em 53% de glicerina,
durante 5 minutos. Duas aplicações adicionais foram feitas 3 e 5 dias depois,
sem a profilaxia. A contagem microbiana foi realizada 24 e 48 horas, 7 e 30
dias após a última aplicação, através do método da micropipeta, utilizando os
meios seletivos SB-20 e Rogosa. Obteve-se as contagens médias de 4,2 x 105; 1,0
x 106; 1, 3 x106 e 1, 6 x 106 UFC de estreptococos mutans/mL de saliva para os
períodos de 24 e 48 horas, 7 e 30 dias, respectivamente. Já as contagens médias para os lactobacilos
foram de 3,6 x104; 5,1 x 104; 1,2 x 105 e 1,1 x 105 UFC/mL de saliva,
respectivamente para os mesmos períodos citados. Para ambos os microorganismos observou-se grande flutuação nos
resultados.
Conclui-se
que, para pacientes de alto risco, é limitada a ação da solução de iodo sobre
as contagens dos microorganismos cariogênicos, e detectável principalmente nas
primeiras 24 horas após a aplicação.
Auxílio financeiro:
FAPESP(92/0830-5)
59
ESTUDO DA
RESISTÊNCIA À TRAÇÃO DE RESTAURAÇÕES COM AMALGAPIN: EFEITOS DO DIÂMETRO E
PROFUNDIDADE DAS PERFURAÇÕES.
Sillas
L.L.Duarte Jr., Aldimir F. Henriques, José R. C. Saad, Wellingtom Dinelli &
Leonor C. M. Loffredo.
Depto. de
Dentística Restauradora - Faculdade de Odontologia de Araraquara - Unesp - R.
Humaitá, 1680 - CEP 14.800 Araraquara -SP
O amálgama
de prata é um dos materiais mais comumente usados na odontologia, sendo
responsável por grande parte das restaurações realizadas diariamente na clínica
odontológica. Um grande número de profissionais e pesquisadores têm voltado sua
atenção para as restaurações extensas de amálgama. devido ao sucesso clínico
alcançado com estes tipos de
restaurações, por isso várias técnicas com intuito de aumentar a resistência e
retenção para estas restaurações.( ROODY, J.W. e cols., Oper. Dent.l2:2-9, 1987).
Assim interessou- nos analisar "in vitro" a influência do
diâmetro e profundidade das perfurações, bem como a presença ou não de
chanfrado ao redor dos orifícios onde será alojado o amálgama. Para tal estudo
foram selecionados 50 molares humanos recém extraídos isentos de cárie, os
quais foram divididos em nove grupos com cinco réplicas para cada, seguindo o
teste preliminar. Grupo A (controle): amálgama retido a pino ( Minin pins -
Whaledent), Grupo B: amalgapin, fresa 330, 1,0 mm profundidade sem chanfrado;
Grupo C: amalgapin, 330, 1,0mm, com chanfrado; Grupo D: amalgapin, 330, 2,0 mm.
sem chanfrado; Grupo E: amalgapin, 330, 2,0 mm, com chanfrado; Grupo F:
amalgapin, 1157, 1,0 mm, sem chanfrado; Grupo G: amalgapin, 1157, 1,0 mm, com
chanfrado; Grupo H: amalgapin, 1157, 2,0 mm, sem chanfrado; Grupo I: amalgapin,
1157, 2,0 mm, com chanfrado. Os corpos de prova foram envolvidos na sua porção
radicular em resina acrílica quimicamente ativada. Para cada dente foi
confeccionada uma matriz soldada, adequadamente adaptada. O amálgama (
Dispersalloy - Johnson &. Johnson) foi triturado e condensado manualmente
em primeiro lugar nas perfurações para amalgapin, e em seguida toda
restauração. Após a condensação os dentes eram armazenados em estufa a 37°C por
7 dias, e em, seguida os dentes eram posicionados na máquina Instron ( Instron
Corporation). Os resultados obtidos no teste mecânico foram submetidos a
tratamento estatístico onde observou-se variabilidade significativa a nível de
5%, desta forma as médias dos valores, segundo os grupos, pode ser assim
descrita: Grupo A: 2,27, Grupo B: 1,45, Grupo C: 1,51, Grupo D: 3,85, Grupo E:
4,29, Grupo F: 1,74, Grupo G: 2,14, Grupo H: 4,59, Grupo I: 3,76 Kg/cm2. De
acordo com a metodologia proposta. com resultados obtidos e análise estatística
efetuada, julgamos lícito concluir que: os. maiores níveis de resistência à
tração foram apresentados pelos grupos E.H: que correspondem as perfurações com
as fresas 330, 330 com chanfrado e1157, ambos com 2,0 mm de profundidade. Os
menores níveis de resistência a tração foram obtidos para os grupos B,C e F,
que correspondem as perfurações com as fresas 330, 330 com chanfrado e 1157,
todas com 1,0 mm de profundidade. E os
valores intermediários foram encontrados, e ordem crescente, para os grupos G,A
(controle), em seguida para os grupos I, D
AUXÍLIO
FINANCEIRO: FAPESP
60
ESTUDO EM
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA DA REMOÇÃO DA CAMADA DE ESFREGAÇO EM DENTES
HUMANOS.
Maria
Auxiliadora J. Araújo & Sigmar M. Rode.
Dept.
Materiais Odontológicos e Prótese da F.O. São José dos Campos, UNESP, Av. Francisco José Longo, 777, 12245-000
S.J. Campos-SP.
Quando
qualquer instrumento abrasiona ou corta e dentina, produz na superfície uma
camada de esfregaço ou "smear". Dependendo do agente de união
indicado em Odontologia adesiva, há a necessidade ou não da remoção da camada
de esfregaço da superfície dentinária.
Com a
finalidade de verificar a ação de diferentes substâncias para a limpeza
dentinária, utilizamos 10 dentes pré-molares superiores íntegros, mantidos em
soro fisiológico, nos quais as coroas foram seccionadas ao meio no sentido
mésio distal com um disco de carborundum em peça de mão. Com instrumento
cortante rotatório diamantado removeu-se o esmalte da porção vestibular e da
porção lingual da coroa.
Com um
instrumento rotatório de carbide tronco cônico liso nº 56, cortou-se
aproximadamente 2mm de dentina com alta rotação sob refrigeração ar/água, para
produzir a camada de esfregaço, de tal forma que cada broca passasse por
somente um dente (vestibular e lingual).
Em seguida
esta superfície, com esfregaço, foi limpa através de uma bolinha de algodão
friccionando por 30 segundos com seis diferentes substâncias. Em seguida a
superfície foi lavada por 30 segundos com spray ar/água. No controle foi
simplesmente utilizado o spray ar/água.
Os
espécimes foram montados em suportes metálicos, preparados e visualizados em
microscopia eletrônica de varredura no microscópio DSM950 da Zeiss, do Setor
I.A.E. do Instituto de Aeronáutica e Espaço, Divisão de Atividades de Materiais
Raros (AMR) , São José dos Campos-SP, em aumentos que variaram de 100 a 5.000
vezes.
Os
materiais que mais removeram a camada de esfregaço foram em ordem decrescente:
1) ácido fosfórico 10%, 2) ácido poliacrílico 25%, 3) flúor acidulado 4) água
oxigenada 3%, 5) associação alternada de dakin/tergensol, 6) fluoreto de sódio
2%, 7) spray ar/água.
61
ESTUDO
"in vitro" DA RUGOSIDADE SUPERFICIAL DA PORÇÃO PROXIMAL DE AMÁLGAMAS
CONDENSADOS CONTRA TIRAS MATRIZES DE AÇO DE DIVERSAS PROCEDÊNCIAS.
Camillo
Anauate Netto & Dan M. Fichman.
Depto.
Dentística da Fac. Odontologia da USP, Av. Prof. Lineu Prestes, 2227, 05508-900
- S. Paulo - SP.
O objetivo
deste trabalho foi o de estudar rugosimétricamente "in vitro" a
porção proximal de corpos de prova de amálgama, visto que estas regiões são de
difícil acesso às manobras de acabamento e polimento. Foram testados quatro
tipos de ligas para amálgama de características diferentes, condensadas contra
matrizes de quatro marcas distintas, sendo duas nacionais e duas importadas.
As
superfícies obtidas, não sofreram nenhum tratamento superficial e foram
armazenadas de modo a não sofrerem riscos e lidas com a idade de 72 horas.
Procedeu-se
a leitura dos 48 corpos de prova obtidos, através da ponta palpadora de um
rugosímetro "Surftest" modelo
211 série 178 da marca Mitutoyo, que processa os dados colhidos e possibilita a
leitura imediata ( C.L.A.- Center Line Average ) em micrômetro.
Cada corpo
de prova foi alvo de três leituras na porção inferior média e superior,
totalizando 144 dados.
Da análise
dos resultados obtidos concluímos que: 1) Dentro das condições experimentais
utilizadas o fator limalha foi altamente significante, a superfície menos
regular foi apresentada por um amálgama obtido de uma limalha pré amalgamada A
(Agestan) 1,22µ e as mais regulares apresentadas pelas limalhas S (Standalloy
F) 0,86µ , V (Velvalloy ) 0,89µ e K
(Kertyn) 1,03 µ que tiveram comportamento semelhante estatisticamente. 2) As
limalhas de partículas finas mostraram-se menos rugosas do que a limalha
esférica e estas por sua vez tiveram comportamento melhor do que a limalha pré
amalgamada. 3) A posição da leitura e o tipo de matriz não foram significantes.
62
REMINERALIZAÇÃO
DE LESÕES CARIOSAS INCIPIENTES.
Urubatan V.
Medeiros & Maria Isabel de Castro de Souza.
Dep. Odont.
Preventiva e Comunitária, Fac. Odontologia UERJ. Boul. 28 de Setembro, 157,
20541-010, V. lsabel, RJ(RJ) .
A primeira
evidência clínica da cárie dentária é o surgimento da mancha branca e sua
evolução pode ser paralisada neste período. O objetivo deste trabalho foi
determinar o efeito de dois tratamentos com flúor para o esmalte
desmineralizado, de forma a observar qual dos dois é mais eficiente. Os
tratamentos utilizados foram representados pelo tratamento remineralizador
usual, acrescido por bochecho diário com solução de f1uoreto de sódio (0,05%) e
escovação, em quatro momentos do dia, com dentifrício contendo fluoreto de
sódio (0, 1%) .
A amostra
foi representada por dez indivíduos, de
ambos os sexos, com idades entre 23 a 30 anos, com lesão branca sem cavitação e
de extensão semelhante na face vestibular dos dentes molares, próxima à região
cervical. A amostra possuía hábitos
alimentares semelhantes e foi educada para controlar placa e dieta.
O efeito do
tratamento remineralizador acrescido de escovação com dentifrício fluoretado
(grugo A) foi comparado ao efeito deste mesmo tratamento acrescico de bochecho
com solução fluoretada.
Os
resultados indicaram que o dentifrício fluoretado associado ao tratamento
remineralizador convencional foi mais eficaz do que a associação do mesmo
tratamento a bochechos com solução fluoretada. Observou-se, no grupo A, que a
média obtida para remineralização foi de oito semanas, onde se obteve nove
lesões completamente remineralizadas e três com diferença na coloração. No
grupo B, a rnédia obtida para a remineralização foi de 10,4 semanas e
observou-se quatro lesões completamente remineralizadas, cinco com diferença na
coloração e três com diferença de textura.
Este estudo
contribui para entender os efeitos marcantes que o hábito da escovação pode ter
na eficiência clínica dos dentifrícios fluoretados.
63
RESISTÊNCIA
AO CISALHAMENTO DO VITREBOND: EFEITO DO TRATAMENTO DA DENTINA COM ÁCIDO
POLIACRÍLICO.
Luiz A.F.
Pimenta ; Silvio J. Mauro; Ueide F. Fontana.
F.O.
Piracicaba - UNICAMP; F.O. Araçatuba - UNESP; F.O. Araraquara - UNESP.
O objetivo
deste trabalho foi avaliar o efeito do pré-tratamento da dentina com ácido
poliacrílico a 25% na resistência ao cisalhamento de um cimento de ionômero de
vidro fotopolimerizável, Vitrebond. A superfície dentinária de 20 terceiros
molares humanos recém extraídos foram preparadas em lixas Al2O3 de granulações
150; 320 e 600. Os dentes foram divididos em dois grupos de 10 dentes sendo:
Grupo 1 - Controle: no qual a dentina não recebeu pré-tratamento; grupo 2: a
dentina foi tratada com ácido poliacrílico a 25% por 15 segundos, lavada e seca
por 15 segundos. Corpos de prova cilíndricos de Vitrebond foram preparados na dentina
e fotopolimerizados por 90 segundos, uma camada de adesivo Scotchbond 2 foi
aplicado sobre a superfície do cimento e polimerizado por 30 segundos, sobre o
adesivo, uma camada de resina Silux Plus foi colocada e polimerizada por 40
segundos. Os corpos de prova foram removidos da matriz, estocados em águas
destilada a 37°C por 24 horas e submetidos ao teste de cisalhamento e os
resultados expressos em MPa. Os dados foram analisados através do teste Student
T. Os corpos de prova fraturados foram examinados em microscópio eletrônico de
varredura (MEV) para determinar o padrão de fratura. As médias ± DP em MPa
foram: Grupo 1: 8,56 ± 1,66; Grupo 2: 9,44 ± 1,77. A diferença entre os dois
grupos não foi estatisticamente significante (p < 0,05). Fraturas adesivas
foram observadas na maioria dos corpos de prova, no entanto, em 2 corpos de
prova observou-se fratura coesiva em dentina.
A aplicação
de ácido poliacrílico em dentina não aumenta significantemente a resistência ao
cisalhamento do Vitrebond em dentina.
ENDODONTIA
65
ANÁLISE DA
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE AÇOS INOXIDÁVEIS DE BROCAS
GATES-GLIDDEN
DE DIFERENTES PROCEDÊNCIAS
CARLOS
ESTRELA; MARCELO DOS SANTOS; ANTÔNIO C.BOMBANA; HILDEBERTO F. PESCE.
Depto.
DENTÍSTICA, FACULDADE DE ODONTOLOGIA-USP, 05508-900 SÃO PAULO-SP
As brocas
Gates-Glidden são bastante empregadas em Endodontia. A razão e a importância deste fato, deve-se à obtenção inicial de
uma forma capaz auxiliar significativamente a completa limpeza e modelagem
do canal radicular.
A presente
pesquisa, objetivou, através da utilização de Microscópio Eletrônico de
Varredura equipado com sonda EDAX, analisar a composição química de aços
inoxidáveis de brocas Gates-Glidden, das marcas comerciais Maillefer,
Meissinger e FKG.
A análise
foi realizada em dois pontos distintos: entre o corpo e a haste {cabo) e entre
o corpo e a guia helicoidal {parte ativa da broca).
Frente a
análise da composição química obtida nas brocas Gates-Glidden, foi possível
classificá-las como ligas de aço inoxidável de elevado teor de ferro (acima de
80%), como demonstrou as Tabelas I e II. Tendo por base
os valores
médios de ferro (85,54%) , cromo (13,49%), níquel (0,5%), e molibdênio (0,27%)
, sendo que estas ligas ficam sediadas dentro das características de aços
inoxidáveis ferríticos, em coerência com a série 430.
66
ANÁLISE
HISTOPATOLÓGICA COMPARATIVA EM POLPA DE DENTES DE CÃES, APÓS PULPOTOMIA E
UTILIZAÇÃO DE PASTAS À BASE DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO EM DIFERENTES VEÍCULOS.
Elisa M. A.
Giro, Helda I. Iost & Raphael C. C. Lia.
Dept.
Clínica - Infantil, Fac. de Odontologia de Araraquara - UNESP. 14801-903 -
Araraquara (SP) .
Em dentes
permanentes jovens com polpas vitais expostas, o capeamento pulpar direto e a
pu1potomia são considerados os procedimentos mais indicados e, o hidróxido de
cá1cio permanece como a material mais aceito para a proteção do tecido pulpar
remanescente, devido à sua propriedade biológica indutora de formação de
barreira minera1izada, somada ao seu efeito bactericida. Nesta pesquisa,
avaliou-se comparativamente, a reação do tecido pulpar de dentes permanentes
jovens de cães, após pulpotomia e utilização de diferentes pastas à base de
hidróxido de cálcio: Grupo I-hidróxido de cálcio (0,5g) + polieti1eno g1ico1
400 (0,3m1); Grupo II-hidróxido de cálcio (0,5g) + óxido de zinco (0,25g) +
po1ietileno g1icol 400 (0,3m1); Grupo III - hidróxido de cá1cio (0,5g} +
carboximeti1ce1u1ose 1,66% (0,5m1) e Grupo IV- hidróxido de cálcio (0,5g) +
óxido de zinco (0,25g) + carboximeti1celu1ose 1,66% (0,5m1}. A análise
histopatológica nos períodos pós-operatórios de 45, 90 e 150 dias, mostrou que
todas as pastas induziram resposta tecidual satisfatória, possibilitando
evolução reparativa, com formação de barreira mineralizada, desenvo1vendo-se em
quantidade e qualidade, desde a condição de massa amorfa, contendo resíduos
diversos e grupamentos pulpares, até barreira completa com esboços de
canalículos dentinários e tendência à ortodentina. Os melhores resultados foram
observados no Grupo II, seguido dos Grupos I, IV e III.
67
ANÁLISE
RADIOGRÁFICA DA QUALIDADE DO TRATAMENTO ENDODÔNTICO E SUAS INTERAÇÕES
José Luiz
Lage Marques; Marlene Fenyo Pereira; Luciana M. L. Safiotio.
Faculdade
de Odontologia da U.S.P. São Paulo. Brasil. CEP 05508-900
A análise
da qualidade do tratamento do sistema de canais radiculares de parte da
comunidade que freqüenta o Serviço Odontológico da Universidade de São Paul,
constitui dado importante para a determinação do estado atual da endodontia
executada.
Conscientes
de que a endodontia divide-se claramente nas fase de execução e avaliação de
resultados, este experimento através da seleção aleatória de prontuários, se
propôs avaliar radiografias de "boca toda" de pacientes que procuram
o serviço pela primeira vez foram observadas as condições de preenchimento do
canal radicular, presença e ausência de rarefação óssea periapical, material
utilizado para o preenchimento da câmara pulpar e tipo de restauração dental,
pretendendo com isto, estabelecer índices de qualidade no que se refere ao
tratamento endodôntico e suas interações.
Isto posto,
foram analisadas, em negatoscópio e lupa 8 dioptras, 2800 radiografias
periapicais totalizando 4800 dentes pertencentes a 200 pacientes de ambos os
sexos e diferentes faixas etárias chegando aos seguintes resultados:
Número de
dentes com tratamento endodôntico -795
Número de
dentes tratamentos endodônticos por paciente - 3,96
Quanto ao tipo de material restaurador
dental foram observados os seguintes resultados: 22,1% de material provisório,
12,3% resina composta, 20,1% sugerindo amálgama de prata, 20,5% sugerindo
restaurações metálicas fundidas, 4,2% suporte de prótese, 17,8% portanto
núcleos e 22,1% pinos intra-radiculares.
No que se refere a qualidade das
restaurações dentais, 47,5% foram consideradas adequadas enquanto 63,5%
inadequadas.
68
APLICAÇÃO
DO LASER CO2 NA LINHA DE FRATURA VERTICAL DE DENTES HUMANOS EXTRAÍDOS, SOB
DIFERENTES CONDIÇÕES EXPERIMENTAIS.
Carlos E.
Aun & Luciana X. Silva.
Dept.
Dentística, Fac. Odontologia USP. 05508-900 São Paulo (SP).
A fratura
radicular vertical é um problema clínico de difícil diagnóstico e prognóstico
sombrio. A terapêutica aplicada tem sido radical, optando-se entre exodontia ou
hemissecção radicular. Algumas tentativas conservadoras, aplicando-se cimentos
e ionômero de vidro, têm sido propostas em relatos clínicos esporádicos
(STEWART, F., J. Endodon., 14, 1988).
Outros relatos descrevem o Laser CO2 como capaz de vaporizar a dentina,
reorganizando-a com novas características, mais mineralizada (KANTOLA, S., Acta
Odontol. Scand., 31:381, 1973). Com intuito de observar a atuação do Laser CO2,
nas fraturas dentárias por si só ou associado, 40 caninos recém extraídos
tiveram suas raízes fraturadas de modo uniforme. No Grupo A aplicou-se Laser
CO2 (PFIZER SYSTEM, mol. 10C), 5W, 1,5 mm de área focal e pulso 20/50,
desfocado a 2 mm, mantendo-se estas características de uso para os grupos
subsequentes Grupo B: Laser aplicado com pó de dentina como fundente; Grupo C:
Laser, recobrindo-se a área tratada com cimento de ionômero de vidro (Vitrebond
3M); Grupo D: ionômero recobrindo a área fraturada; Grupo E: controle. Os
grupos foram imersos no corante azul de metileno (5%,pH 7) por 48 horas, sendo
em seguida lavados e seccionados transversalmente para análise no microscópio
comparador (Carl Zeiss). Em nenhum grupo ocorreu o vedamento total da fratura.
O Grupo C foi aquele que menor infiltração apresentou. O Laser CO2 parece
favorecer o vedamento na linha de fratura. Ocorreram diferenças significantes
em nível de 1% entre todos os grupos estudados (teste Kruskal - Wallis).
69
AVALIAÇÃO
DA METODOLOGIA DE IMPERMEABILIZAÇÃO RADICULAR EXTERNA COM VISTAS AO ESTUDO DA
PERMEABILIDADE DENTINÁRIA E MARGINAL.
JOSÉ LUIZ
LAGE MARQUES; JOÃO HUMBERTO ANTONIAZZI; JOSÉ MARIA P. SAMPAIO
DEPARTAMENTO
DE DENTÍSTICA DISCIPLINA DE ENDODONTIA, FOUSP. 05508-900. SÃO PAULO (BRASIL).
O avanço
das pesquisas tem demonstrado que a sanificação e modelagem do canal,
conseguidas pela ação conjunta de substâncias químicas e instrumentos
endodônticos, aumentando a permeabilidade dentinária, são fatores fundamentais
para o sucesso da intervenção.
O mesmo
acontece com os estudos do selamento marginal apical e cervical que impedem a
infiltração de fluido oral e microrganismos pela interface parede do
canal-obturação, favorecendo desta forma a cura definitiva.
Dada a
importância dos estudos da permeabilidade dentinária e do selamento no que
refere à metodologia empregada com vistas à obtenção da melhor relação entre a
ciência endodôntica e a prática clínica, o presente experimento analisa a
capacidade de impermeabilização de alguns adesivos e agentes químicos pelo
método de avaliação por submersão em corante Rhodamine B e método
microbiológico.
Os
resultados permitiram inferir que:
a-) todos
os agentes testados mostraram-se capazes de impermeabilizar a superfície dental
exceto a resina poliester.
b-) as
resinas epóxi e o esmalte de unhas sofreram altos níveis de impregnação
superficial pelo corante.
c-) o
cianoacrilato de etila e o n-butilcianoacrilato constituíram-se nos melhores
agentes pela condição homogênea de impermeabilização dos espécimes testados,
apresentando a superfície externa livre de impregnação.
d-) para o
obtenção de uma análise mais fiel no que se refere à mensuração da infiltração
do corante, a remoção da película do agente é fator fundamental para a execução
de uma leitura isenta de erro sistemático.
e-) os
resultados obtidos pelo método microbiológico foram semelhantes ao do método do
corante quando da utilização do n-butilcianoacrilato.
70
AVALIAÇÃO,
DO PONTO DE VISTA MACROSCÓPICO, DA PERMANÊNCIA DE RESÍDUOS DE HIDRÓXIDO DE
CÁLCIO APÓS SEU USO COMO MEDICAÇÃO INTRACANAL.
Antonio C
Bombana, Miguel P. A. Zinet, João Humberto Antoniazzi.
Disc. de
Endodontia. Fac. Odont. USP - São Paulo.
Av. Prof. Lineu Prestes,2227 - CEP 05508-900.
O uso do
hidróxido de cálcio, como medicação intracanal, tem mostrado efeitos benéficos
em determinadas situações clínicas. As formas de inserção (fluida ou
condensada) e o veículo empregado na instalação do "curativo"
intracanal variam conforme a situação clínica e em função das propostas de autores
diversos. A despeito disso, em momento oportuno, necessita-se obturar o canal,
impondo-se por tal a remoção de todo seu conteúdo a fim de garantir adequado
selamento final. O intuito deste
trabalho foi o de quantificar, do ponto de vista macroscópico, a permanência de resíduos do
"curativo", tendo como fonte de variação: as condições de inserção
(fluido ou condensado); o veículo utilizado e os procedimentos de esvaziamento.
Vinte e sete dentes humanos unirradiculados foram preparados acordo técnica de
Paiva & Antoniazzi (1988), recebendo em seguida medicação intracanal, como
segue: I- 95%* de Ca(OH)2 + 5% de iodofórmio veiculados em solução anestésica;
II- 95% de Ca(OH)2 + 5% de iodofórmio veiculados em P.M.Cl.Fenol Canf.; III-
95% de Ca(OH)2 + 5% de iodofórmio veiculados em óleo mineral (Lujol); IV-
apenas Ca(OH)2 veiculado em solução
anestésica; V- apenas Ca(OH)2 veiculado em polietileno glicol (P.M. 800).
(* proporções em peso de pó). Após a
instalação do "curativo" os dentes tinham suas câmaras pulpares seladas,
eram radiografados e levados à estufa a 37°C e 100% de umidade realativa, onde
permaneciam por uma semana. Decorrido
esse prazo os canais foram esvaziados por uma das seguintes formas: A)
irrigação/aspiração simples, com 1,8 ml de solução detergente/furacin; B)
inserção de detergente/furacin na luz do canal, agitação do meio com uma lima,
seguida de irrigação/aspiração, consumindo-se nessas manobras 1,8 ml da mesma
solução; C) reinstrumentação com Endo-PTC e líquido de Dakin, seguido de
irrigação/aspiração com 1,8 ml de solução detergente/furacin. Concluído o esvaziamento os dentes eram
radiografados novamente e clivados no sentido longitudinal, conforme proposta
de Aun(1985). Cada uma das hemipartes foi fotografada em distância focal fixa e
seus dispositivos, bem como as radiografias, submetidas à projeção em distância
padrão, observando-se a proporção de produtos remanescentes no interior do
canal. Diante do exame visual da luz do
canal foi possível verificar: 1. independentemente do veículo utilizado, a
inserção condensada de Ca(OH)2 oferece maiores dificuldades de remoção; 2. os
maiores volumes remanescentes de Ca(OH)2
foram vistos nos terços médio e apical; 3. associar ao Ca(OH)2 um agente
radiopaco, como o iodofórmio, auxilia na verificação radiográfica da qualidade
do esvaziamento; 4. o esvaziamento mostrou-se qualitativamente melhor quando do
uso de veículos não aquosos, provavelmente dada a ausência de interações
físico/químicas do Ca(OH)2 com a água; 5. A efetiva remoção de toda a medicação
intracanal, do ponto de vista macroscópico, só foi manifesta diante da
reinstrumentação do canal com substância química auxiliar, seguida de
irrigação/aspiração com 1,8 ml de solução detergente/furacin.
71
BACTEREMIAS
DURANTE O TRATAMENTO ENDODÔNTICO
Waldocyr
Simões; .João H. Antoniazzi; José Luiz Lage Marques.
Faculdade
de Odontologia da U.S.P. São Paulo. CEP 05508-900
Foi
estudada a ocorrência de bacteremias transitórias durante o tratamento endodôntico,
com coletas de material do canal radicular para cultura , sangue para a
hemocultura antes e imediatamente após a odontometria.
Para tanto,
foram selecionados vinte incisivos superiores portadores de polpa necrosada e
rarefação óssea apical difusa (recente), estratificando os pacientes (amostras)
em duas variáveis, uma com penetração desinfetante prévia a odontometria e
outra sem penetração. Tomou-se como parâmetro de medida inicial para a
odontometria, a mesma apresentada na radiografia, levando-se o instrumento até
o limite apical do dente.
Os
resultados das culturas demonstraram elevada porcentagem de bacteremias no
grupo onde não foi realizada a penetração desinfetante, com 50 % dos casos
dando positivo, enquanto no grupo que foi realizada a penetração prévia, apenas
30 % apresentaram-se positivos. Os microrganismos mais encontrados nas culturas
dos canais radiculares e na hemocultura foram os estreptococos alfa hemolítico.
unitermos:
Bacteremias, Tratamento endodôntico, infecção focal, penetração desinfetante.
72
COMPORTAMENTO
DOS CIMENTOS OBTURADORES DE CANAL RADICULAR FRENTE AO TESTE "SKIN
WINDOW".
Christiane
C. Villela Berbert; Alberto Consolaro.
Faculdade
de Odontologia de Bauru-Alameda Octávio Pinheiro Brisola 9-75. CEP: l7.043. Bauru
S.P.
O teste
"skin window" preconizado por Rebuck em 1955 e adaptado para testar
materiais odontológicos, foi aplicado em dez voluntários. Quatro testes foram
realizados na região ventral do ante-braço esquerdo de cada pessoa, visando
comparar a biocompatilidade dos cimentos obturadores Sealapex, CRCS, ZOE; tendo
como controle, a vaselina sólida. O número de PMNs neutrófilos, bem como sua
morfologia em relação aos materiais foram avaliados. Os resultados demonstraram diferenças qualitativas e quantitativas
nos grupos experimentais; quantitativamente, quanto à migração celular tiveram
a seguinte ordem crescente em relação aos materiais: Vaselina, Sealapex, CRCS,
ZOE. Quanto à injúria celular, em ordem decrescente tivemos os cimentos
Sealapex, CRCS, ZOE e a Vaselina. Pelos
resultados obtidos, constatou-se que o teste "skin window" pode ser
um modelo experimental viável para testar a biocompatibilidade da materiais
odontológicos. I
73
ESTUDO DE
ALGUNS FATORES QUE PODERIAM INFLUENCIAR A EFICIÊNCIA DO SELAMENTO MARGINAL
OBTIDO COM UM NOVO MATERIAL OBTURADOR DE CANAL À BASE DE IONÔMERO DE VIDRO.
Martha S.
Sakashita.
Fac. Odont.
Araçatuba - UNESP - R.. José Bonifácio 1193 - CEP 16015-050 - Araçatuba (S.P.).
É
inquestionável a necessidade das obturações dos canais radiculares
proporcionarem selamento apropriado, que não permita solução de continuidade
com os tecidos periapicais. Seria muito bom que o material obturador tivesse
poder de adesão às paredes do canal, oferecendo dessa forma. uma obturação mais
efetiva. Surgiu no comércio um novo cimento obturador de canal à base de
ionômero de vidro, o Ketac Endo (ESPE), com o propósito de cumprir esse
objetivo. É propósito deste trabalho estudar esse novo cimento, comparativamente
ao Sealapex e óxido de zinco e eugenol (OZE). Assim, dentes humanos extraídos
foram submetidos à preparo biomecânico e posteriormente obturados pela técnica
de condensação lateral, empregando-se ou não, antes da obturação, o EDTA e
curativos de Ca(OH)2 e p-monoclorofenol canforado. Os dentes foram imersos em
azul de metileno a 2%, em ambiente com vácuo, e a infiltração marginal
dimensionada com o auxílio de ocular micrometrada e lupa esterioscópica. A
infiltração marginal média observada com o Ketac Endo foi de 2,46 mm, não
evidenciando diferença significativa em relação ao OZE (2,85 mm). Essas médias
foram diferentes (p < 0,0l ) da observada com o Sealapex (0,35 mm). O
tratamento do canal com os produtos mencionados determinou significativa (p
< 0,0l) redução da infiltração marginal observada com o Ketac Endo (1,26 mm)
e com o OZE (1,5 mm), fato não notado com o Sealapex (0,34 mm). Esses
resultados permitem concluir-se que a qualidade do selamento marginal observada
com o Ketac Endo é inferior à notada com o Sealapex, porém igual à obtida com o
OZE. O emprego do EDTA, Ca(OH)2 e p-monoclorofenol canforado não prejudica a
qualidade do selamento marginal observada com os três cimentos obturadores
estudados.
74
INFLUÊNCIA
DO EMPREGO DO VÁCUO NA AVALIAÇÃO DA INFILTRAÇÃO MARGINAL EM DIFERENTES
MATERIAIS SELADORES TEMPORÁRIOS. ESTUDO "IN VITRO".
ELOI DEZAN
JÚNIOR & ROBERTO HOLLAND
(
Disciplina
de Endodontia - Faculdade de Odontologia de Araçatuba -UNESP-).
Trabalhos
recentes chamam a atenção para o fato de os testes de infiltração marginal,
realizados com soluções traçadoras, evidenciam dados apenas qualitativos e não
quantitativos, em função do fato que o ar aprisionado na falha do selamento
impediria a completa penetração do elemento traçador. Considerando esse ponto
de vista e considerando a necessidade de reavaliar-se os trabalhos no gênero,
até então realizados, objetivamos observar a qualidade do selamento marginal
passível de ser obtido com diferentes seladores temporários utilizados em
endodontia, bem como observar se o emprego do vácuo determinaria a obtenção de
resultados mais eficientes. Assim, 120 dentes humanos unirradiculares tiveram
suas coroas eliminadas, após o que preparou-se, junto ao canal radicular do
terço cervical do dente, cavidades padronizadas. Estas foram seladas com a)
óxido de zinco e eugenol; b) guta-percha; c) guta-percha e óxido de zinco e
eugenol; d) Zoecim; e) Lumicon e f) Cimpat. Após os espécimes terem sidos
submetidos a ciclos de alteração de temperatura, durante 7 dias, foram
mergulhados em solução de azul de metileno a 2% em ambiente com vácuo. A
mensuração das infiltrações ocorridas, independentemente do material obturador
empregado, mostrou 2,75 mm quando o vácuo não foi empregado, e 3,70 mm quando o
vácuo foi utilizado. A diferença entre esses dados foi significativa ao nível
de l%. Por outro lado, a média das infiltrações marginais observadas com o
Lumicon e o Cimpat (1,06 mm) foram estatisticamente diferentes (p < 0,01) da
observada com os demais materiais testados (4,31 mm). Esses resultados permitem
concluir-se que com o emprego do vácuo ocorre maior penetração do elemento
traçador. Além disso, conclui-se também
que os materiais Lumicon e Cimpat foram os que exibiram melhor propriedade
seladora.
75
OBSERVAÇÃO
in vitro DA INFILTRAÇÃO MARGINAL DE OBTURAÇÕES RETRÓGRADAS EM DENTES
APICETOMIZADOS COM E SEM APLICAÇÃO DO LASER CO2.
Carlos E.
Aun & Luciana X. Silva.
Dept.
Dentística, Fac. Odonto1ogia USP. 05508-900. São Paulo (SP).
Os
insucessos da cirurgia apical estão diretamente associados com a infiltração de
irritantes do interior do canal para a região periapica1 e da estagnação de
exsudados provenientes do periápice alojados junto à obturação retrógrada com pobre capacidade de vedação.
Justifica-se as muitas sugestões de materiais de obturação retrógrada, tais
como amálgama, cimentos de ionômero de vidro, resinas (FRIEDMAN et alii, Endod.
Dent. Tracmatol, 7: 19,1991). A infiltração pode ocorrer também via túbulo
dentinário, e o laser CO2 tem sido sugerido para ocluir estes túbulos, após a
fusão e recrista1ização da superfície dentinária, configurando-a a um aspecto
madreperoláceo (MELCER et alli, Odontoestomatol Implantoprotesi, l:85, 1985). O
propósito deste estudo é avaliar a infiltração marginal de obturações
retrógradas em seis diferentes grupos experimentais: a) só amálgama; b)
amálgama após aplicação de laser; c) só ionômero de vidro; d) ionômero de vidro
após aplicação de laser; e) controle positivo; f) controle negativo. Para tal,
48 dentes caninos humanos extraídos foram apicetomizados e obturados via
retrógrada, após preparo cavitário padronizado, de modo a constituírem-se 6
grupos de 8 espécimes. Após imersão no azul de metileno (5%, pH 7,0 ) por 48
horas, foram lavados, seccionados no sentido longitudinal e avaliados com
auxílio do microscópio óptico comparador. Em todas as retro-obturações,
observou-se infiltração do corante. O laser seguido de amálgama (grupo B) foi o
de maior infiltração. O laser seguido de ionômero pareceu ser uma barreira mais
eficiente contra a penetração do corante. Não houve diferença estatística entre
os grupos A e C, sendo que os demais apresentaram diferenças em nível de 1%
(teste Kruskal-Wal1is).
76
REIMPLANTE
MEDIATO DE DENTES IMERSOS EM TIMEROSAL INCOLOR POR 45 E 90 MINUTOS, TRATADOS OU
NÃO, ENDODONTICAMENTE, COM PASTA DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO. ESTUDO HISTOLÓGICO.
(Rattus Norvegicus, Albinus, Holtzman).
Cyneu
Aguiar Pansani, Elcio Marcantonio, Michel Saad Neto & Tetuo Okamoto.
Departamento
de Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de Araraquara-UNESP, 14.800-903 -
Araraquara-SP.
O presente
trabalho analisou histopatologicamente, em ratos, o periodonto e a polpa de
incisivos superiores, reimplantados tardiamente após serem mantidos em
timerosal por 45 e 90 minutos e terem o canal radicular obturado com pasta de
hidróxido de cálcio. Utilizamos para este trabalho 192 ratos (Rattus,
norvegicus, albinus, Holtzman) machos, com peso variando entre 100 e 120
gramas, divididos em 8 grupos de 24 animais. O dente escolhido para reimplante
foi o incisivo superior direito. Seis animais de cada grupo foram sacrificados
aos 10, 20, 30 e 60 dias de pós-operatório e a hemimaxila direita foi preparada
para estudo histológico. Os resultados observados foram: A) aumentando-se o
tempo de imersão em timerosal de 45 para 90 minutos: 1- os resultados foram
semelhantes; 2- o ligamento periodontal cementário desapareceu antes do 10º
dia; 3- as reabsorções e anquilose alvéolo-dental estavam presentes. B) quando
emprega-se o timerosal e compara-se com solução de cloreto de sódio a 0,9%,
independente do tempo de imersão: 1- diminui o infiltrado inflamatório na área
do ligamento periodontal cementário; 2- favorece a proliferação e a
diferenciação de trabéculas ósseas, na área do ligamento periodontal; 3- atrasa
a desorganização e lise da polpa; na ausência de infiltrado inflamatório no
tecido pulpar, permite a proliferação de tecido conjuntivo com diferenciação
óssea no seu interior; 5- e superior à simples hidratação. C) quando emprega-se
timerosal e trata-se o canal radicular, comparando-o com o grupo controle: 1-
ocorre menor reabsorção cemento-dentinária e maior área de anquilose
alvéolo-dental.
77
SELAMENTO
MARGINAL APICAL APÓS O PREPARO PARA PINO EM DENTES COM CANAIS RADICULARES
OBTURADOS COM CIMENTO À BASE DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO.
Cristina A.
Santos.
Fac. Odont.
Araçatuba - UNESP - R. José Bonifácio 1193 - CEP 16015-050 - Araçatuba (S.P.).
A
infiltração marginal após o preparo para receber pino tem sido objeto de
algumas investigações. Os resultados obtidos, no entanto, exibem grandes
divergências. Além disso, não há na literatura, ainda, dados referentes ao
preparo para pino em canais radiculares obturados com cimentos à base de
hidróxido de cálcio, cujas marcas comerciais tem aumentado em número, mais
recentemente. Sendo assim, foi objetivo deste trabalho analisar a qualidade do
selamento marginal após o preparo para pino em canais radiculares obturados
pela técnica da condensação lateral, empregando-se os cimentos Sealapex, Sealer
26, Apexit e óxido de zinco e eugenol (OZE). Após a obturação, foi realizado
preparo para pino com o auxílio de brocas Gates ou condensadores aquecidos,
deixando-se um remanescente do material obturador de 3 ou 5 milímetros. Os
espécimes foram mergulhados em solução de azul de metileno a 2%, em ambiente
com vácuo. Os dentes foram posteriormente partidos e as infiltrações marginais
dimensionadas. A média das infiltrações marginais ocorridas nos grupos
controles (1,15 mm) não foram significativamente diferentes (p>0,05) das
notadas após os preparos para pino (0,95 mm). Os cimentos à base de hidróxido
de cálcio revelaram infiltração marginal média (0,56 mm) significantemente
menor (p<0,01) que a observada com o OZE (2,32 mm). Os resultados obtidos
permitem concluir-se que os dois procedimentos de preparo para pino, bem como
os dois diferentes remanescentes de material obturador, não evidenciam
diferenças significantes entre si. Dentre os materiais obturadores estudados,
os cimentos à base de hidróxido de cálcio foram mais eficientes seladores que o
OZE.
Auxílio
Financeiro: FAPESP (92/5145-9)
78
TÉCNICA DE
REMOÇÃO DO HIDRÓXIDO DE CÁLCIO DO INTERIOR DOS CANAIS RADICULARES E SUA INFLUÊNCIA
NA QUALIDADE DO SELAMENTO MARGINAL APÓS A OBTURAÇÃO.
Ângela C.
Alexandre.
Fac. Odont.
Araçatuba - UNESP - R. José Bonifácio 1193 - CEP 16015-050 - Araçatuba (S.P.)
Resíduos de
curativo de demora à base de hidróxido de cálcio melhoram a qualidade do
selamento marginal após a obturação de canal. Houve preocupação em remover-se
de modo adequado esses resíduos por temer-se que esse efeito fosse temporário.
Considerando esse fato e considerando a necessidade de conhecer melhor o
mecanismo que produz o efeito mencionado, desenvolvemos o presente trabalho.
Assim, dentes humanos extraídos foram preparados com movimento de alargamento
até a lima tipo K nº 35, recebendo ou não, posteriormente, um curativo de
hidróxido de cálcio. Na sequência, esse curativo foi removido através de
irrigações e movimentos de alargamento com limas tipo K nº 40 a 70,
constituindo diferentes grupos experimentais, conforme a dimensão do último
instrumento utilizado. Todos os dentes foram obturados pela técnica da
condensação lateral com cones de guta-percha e cimento de óxido de zinco e
eugenol. Os espécimes foram mergulhados em azul de metileno a 2%, em ambiente
com vácuo, e as infiltrações marginais avaliadas. A média da infiltração
marginal dos grupos que receberam hidróxido de cálcio foi de 1,13 mm, e
portanto, significantemente menor (p<0,0l ) que a observada nos grupos
controles (2,69 mm). Esses dados permitem concluir que, mesmo removendo 300
micrômetros de dentina das paredes do canal, o efeito do hidróxido de cálcio persiste.
Assim, o hidróxido de cálcio que penetra em profundidade no interior dos
túbulos dentinários é suficiente para produzir o efeito em estudo.
Auxílio
Financeiro: FAPESP (93/0402-6)
79
TÉCNICA
IMEDIATA SIMPLIFICADA E TEMPORÁRIA DE TRATAMENTO DE CANAIS RADICULARES EM SAÚDE
PÚBLICA E COMUNIDADES CARENTES.
ROBERTO S.
CAMILLO; HÉLIO P. LOPES; EDUARDO V. VALLE; NICOLA TANCREDO.
FACULDADE
DE ODONTOLOGIA DA U.F.R.J., RIO DE
JANEIRO - RJ, BRASIL.
A
Odontologia Social no Brasil é praticamente mutiladora, a instituição desta
técnica, tem como objetivo, adotar-se uma conduta alternativa e conservadora
com a esperança de se manterem os dentes nas arcadas de uma forma saudável por
tempo indeterminado.
Foram
tratados endodonticamente 83 dentes da bateria labial de canino à canino, com
ou sem vitalidade pulpar, sem o uso de RX
e com odontometria
pré-estabelecida de 21 mm, obturados com hidróxido de cálcio em veículo oleoso
e proservados por 24 meses.
Ao
correlacionarmos os casos de sucesso ao limite apical alcançado pelas
obturações e ao estado bio1ógico das polpas, observamos os seguintes
resultados:
Aquém
---> 9
dentes (56,2% de sucesso).
No Limite
---> 36 dentes (94,7% de
sucesso).
Sobreobturado
---> 23 dentes (100% de
sucesso).
Bio --->
46 dentes (86,7% de
sucesso).
Necro
---> 22
dentes (91,6% de sucesso).
Após a
avaliação dos resultados obtidos com o controle de 24 meses, através da
avaliação clínica e radiográfica dos dentes tratados endodonticamente pela técnica
proposta, concluiu-se que: 88,3% (68 dentes) dos dentes puderam ser mantidos
nas arcadas com sucesso.
EPIDEMIOLOGIA
81
APLICAÇÃO
DO ÍNDICE DE NECESSIDADES DE TRATAMENTO PERIODONTAL COMUNITÁRIO
("CPITN") EM POPULAÇÃO QUE DEMANDA ATENDIMENTO EM CLÍNICAS DE ENSINO
DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARARAQUARA - UNESP, 1991.
Andreia
A.B. Montandon; Luiz A. Sampaio; Leonor C.M. Loffredo.
Departamento
de Odontologia Social. Faculdade de Odontologia-UNESP. 14801-903.
Araraquara-SP.
O Índice de
Necessidades de Tratamento Periodontal Comunitário (CPITN) foi aplicado em 775
pacientes dentados, de ambos os sexos, e com idades a partir dos 7 anos, que
procuraram atendimento nas clínicas de ensino da Faculdade de Odontologia de
Araraquara-UNESP, no período de março a novembro de 1991. Os critérios que
definiram o CPITN, sua metodologia de aplicação e de apresentação dos
resultados, adotados estes pela OMS, foram aqueles relatados detalhadamente por
Cutress et al. (Int.Dent.J. 37:222,1987). Assim, o método epidemiológico (exame
de dentes-índice) foi utilizado para exame dos indivíduos de 7 a 19 anos,
desconsiderando-se a presença de bolsas (códigos 3 e 4) entre as idades de 7 a
14 anos, enquanto para os indivíduos com idades acima de 19 anos, optou-se pela
realização dos exames com base no método clínico do CPITN (Croxson Int.Dent.J.
34:28,1984). O levantamento, realizado por um único examinador, teve por
finalidade o conhecimento das condições e necessidades de tratamento
periodontal da população. Os resultados mostraram: 1. alta prevalência de
doença periodontal desde a infância, pois, 99,5% das crianças de 7-11 anos e
100% dos demais pacientes apresentaram algum grau de doença periodontal; 2.
entre as idades de 7 a 29 anos, o código 2 (cálculo) foi o de maior freqüência,
enquanto entre as idades de 30 a 64 anos foi o código 3 (bolsa rasa), e no
grupo de 65 anos ou mais, o código 4 (bolsa profunda) foi o mais freqüente; 3. o número médio de
sextantes excluídos variou de 0,1 no grupo de 15-19 anos para 3,1 no grupo de
65 anos ou mais; 4. 99,9% dos pacientes necessitaram também de raspagem e
polimento dental, e 12,3% em 0,2 sextantes, em média, de tratamento complexo.
Auxílio
Financeiro: FAPESP (90/1293-8)
82
AVALIAÇÃO
DAS NECESSIDADES DE TRATAMENTO PERIODONTAL E ÍNDlCE DE PLACA EM USUÁRIOS DE
DROGAS.
Laima
Remencius; Ruth Helena S. Pedreira; Nilce E. Tomita; Sérgio F. T. Freitas &
Maria Fidela L. Navarro.
Depto
Dentística. Faculdade de Odonto1ogia de Bauru, USP, 17043-101, Bauru-SP.
A carência
de trabalhos na Odontologia que relacionem drogadição e condições bucais
motivou o planejamento e a realização deste trabalho. Os objetivos foram
avaliar os índices PHP (Padsladly&Halley) e ICNTP (Índice Comunitário das
Necessidades de Tratamento Periodontal) correlacionando-os a diferentes tipos de drogas para tentar verificar se a
drogadição constitui fator adicional de risco para doenças bucais.
Foram
examinados 40 indivíduos do sexo masculino, com idade entre 18 à 54 anos,
ex-usuários de drogas, internos em uma instituição de recuperação localizada em
Bauru-SP. O tempo de drogadição variou
de 1 à 38 anos com predomínio do uso freqüente das mesmas.
Os
pacientes foram subdivididos em 6 grupos conforme o tipo de droga: grupo I
álcool, grupo II maconha, grupo III maconha + álcool, grupo IV cocaína
associados, grupo V crack associados, grupo VI heroína e associados. Em local aberto sob luz natural foram
anotados os índices ICNTP (utilizando-se a metodologia preconizada pela OMS) e
PHP. Dois examinadores devidamente
calibrados verificaram o ICNTP e um o PHP, com o auxílio de dois
anotadores. A tabela a seguir expõe os
dados obtidos:
Grupos ICNTP PHP
I 2,97 3,72
II 2,34 4,00
III 2,79 3,70
IV 2,67 3,20
V 3,30 2,83
VI 1,30 3,00
Os
diferentes grupos apresentaram resultados estatisticamente significativos
quanto a relação com as condições de saúde periodontal e condições cuidado em
saúde.
Para todos
os grupos verificou-se condições insatisfatórias de higiene bucal e remoção de
placa bacteriana, constatando-se que a drogadição é um fator adicional de risco
para doenças bucais.
Auxílio
financeiro: CNPq 501484/91-4
83
CÁRIE
DENTÁRIA E CONHECIMENTO RELACIONADO À DOENÇA EM IDOSOS ATENDIDOS EM UM CENTRO
DE SAÚDE DE SÃO PAULO.
Roberto A.
Castellanos, Marlívia G. C. Watanabe, Mário L. R. Matildes, Antônio C. Pereira,
Sílvio C. R. Silva e Maria F. N. Marucci.
Faculdade
de Saúde Pública da USP - Av. Dr. Arnaldo 715 - S.Paulo-SP - 01255-000
A
Odontologia está recentemente direcionando seu foco de atenção para o
conhecimento da ocorrência e tratamento das doenças que afetam a população
adulta e idosa, devido principalmente às alterações na composição da população
mundial que vêm ocorrendo, resultando em um aumento significativo do número de
pessoas nesta faixa etária. Portanto, realizou-se um estudo com o objetivo de
conhecer a prevalência de cárie dentária e cárie de superfície radicular, e o
conhecimento sobre a doença em um grupo de pessoas com idade igual ou superior
a 60 anos. Foram examinadas 104 pessoas, após o que aplicou-se um questionário.
Os resultados mostraram um valor para o CPO médio de 28,77, com 88,6% dos
dentes já extraídos, sendo 47,1% das pessoas totalmente desdentadas em ambas as
arcadas.
A proporção
de pessoas exibindo pelo menos uma lesão de cárie radicular entre as que
possuíam dentes naturais foi 61,8%. No que diz respeito ao que as pessoas
conheciam sobre a doença, 77,9% não souberam explicar o que é placa dental e
78,8% acham que a extração é evitável, desde que seja possível o tratamento.
Pôde-se concluir que as condições de saúde bucal da população idosa examinada
não são satisfatórias do ponto de vista da ocorrência da cárie dentária e em
relação à cárie de superfície radicular especificamente, a prevalência é alta e
comparável à de países considerados " desenvolvidos".
84
CONDIÇÕES
BUCAIS DE ESCOLARES DE 7 a 12 ANOS DE IDADE, APÓS 20 ANOS DE FLUORETAÇÃO DAS
ÁGUAS DE ABASTECIMENTO PÚBLICO EM PIRACICABA, SP.
Antonio
C.Pereira; Eduardo Hebling e Ben-Hur W. Moreira.
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba, UNICAMP.
A
Epidemiologia da cárie dentária tem sido uma preocupação constante dos
profissionais da área de Odontologia em Saúde Pública, pois o conhecimento da
situação bucal da população traz benefício no que concerne ao planejamento e
posterior avaliação de programas preventivos e de tratamento odontológico
propriamente dito. O presente estudo comparou as prevalências de cárie
dentária, na cidade de Piracicaba, em escolares de 7 a 12 anos de ldade, em
quatro cortes no tempo, ou seja, em 1971 (antes da fluoretação das águas} e nos
anos de 1977, 1981 e 1992 (após a fluoretação das águas). A amostra do estudo
referente ao ano de 1992, constou de 818 escolares, ambos os sexos, residentes
na zona urbana, distribuídos nas áreas periférica e central da cidade.
Apresentam-se os dados relativos ao Levantamento Epidemiológico de cárie do ano
de 1992, com relação as médias e percentagens dos componentes do índice CPOS,
estado dos 1ºs molares permanentes e distribuição de ocorrência da cárie
dentária por superfície. Verificou-se que houve uma queda progressiva nas
prevalências de cárie dentária no período compreendido entre os anos de 1971 e
l992, o qual pode ser observado pela redução do índice CPOS em 56,2% e do CACS
(Coeficiente de ataque de cárie por superfície) em 54,1%, relacionando-se este
fato à fluoretação das águas de abastecimento durante 20 anos, acrescido da
utilização de outros métodos preventivos (pastas fluoretadas e programas de
bochechos), além de uma maior conscientização em relação à saúde bucal e a
ênfase à Educação para a Saúde.
Conclui-se
que as diferenças nas prevalências de cárie dentária em Piracicaba, nos anos de
1971 e 1992, medidas através do índice CPOS e o CACS foram estatisticamente
significantes ao nível de 1%.
85
ESTUDO DAS
CONDIÇÕES DE SAÚDE BUCAL E SUA RELAÇÃO COM A DROGADIÇÃO.
Ruth He1cna
S. Pedreira; Laima Remencius; Nilce E. Tomita &. Sérgio F. T. Freitas.
Depto.
Dentística. Facu1dade de Odontologia de
Bauru, USP, 17043-101, Bauru-SP .
Tendo por
objetivo estudar as condições de saúde buca1 de um grupo de drogadição,
utilizou-se a avaliação do fluxo salivar, capacidade tampão da saliva e
história de cárie, correlacionando-os aos diferentes tipos de drogas
utilizadas.
Foram
examinados 40 indivíduos do sexo
masculino, com idade entre 18 à 54 anos, ex-usuários de drogas, internos em uma
instituição de recuperação localizada em Bauru-SP. O tempo de drogadição variava de 1 à 38 anos com predomínio do
uso freqüente das mesmas. Os pacientes
foram subdivididos em 6 grupos conforme o tipo de droga utilizada: grupo I
álcool, grupo II maconha, grupo III maconha + álcool, grupo IV cocaína
associados, grupo V crack associados, grupo VI heroína e associados. Em local aberto sob luz natural dois
examinadores devidamente calibrados realizaram à análise do fluxo salivar,
capacidade tampão e CPOS, auxiliados
por dois anotadores. Para a análise do
fluxo salivar e capacidade tampão da saliva utilizou-se o kit DentoBuff,
seguindo a uma metodologia. Logo após à
avaliação do fluxo salivar e capacidade tampão os pacientes passaram pela
análise do CPOS. Quanto ao fluxo
salivar os dados mostraram que os 6
grupos apresentaram baixo fluxo salivar, inferindo uma correlação positiva
entre a drogadição e o fluxo salivar, embora nos grupos I, III e V a média da
capacidade tampão apresentou-se normal enquanto nos grupos II, IV e VI a média
da capacidade tampão tivesse sido baixa.
Os
resultados observados permitiram inferir uma correlação positiva entre a
drogadição e a história de cárie dentária, registrando-se um nível
significativo de perdas dentárias.
Conclui-se,
portanto, a importância do modus vivendi na determinação das condições de saúde
bucal.
Grupos x x CPOS(%)
Fluxo Tampão C P O
I 0,83 5,67 6,31 34,52 3,45
II 0,5 5,00 2,86 67,86 7,86
III 0,64 5,71 14,69 23,47 4,80
IV 0,94 5,45 10,71 14,64 7,61
V 0,76 5,67 7,62 19,05 20,71
VI 0,8 4,00 4,29 16,07 14,29
Auxílio financeiro:
CNPq 501484/91- 4
86
USO DE
PRÓTESE DENTAL, ÍNDICE DE PLACA E CONDIÇÕES PERIODONTAIS.
Ercilia L.
Dini; Sílvio R. C. Silva.
Departamento
de Odontologia Social. Faculdade de Odontologia UNESP. 14801-903.
Araraquara-SP.
O presente
estudo foi realizado com o objetivo de verificar a associação entre o uso de
prótese dental, índice de placa e condições periodontais, em população de
trabalhadores de Usinas de Açúcar e Álcool de Araraquara, SP, Brasil. Uma
amostra de 528 trabalhadores, com idades entre 18 e 64 anos foi examinada por
uma única examinadora, previamente calibrada, usando o CPITN. Os dados sobre
uso de prótese dental (fixa e/ou removível) foram obtidos por exame clínico e o
índice de placa de acordo com os critérios de SlLNESS & LOE
Os
resultados mostraram associação positiva e estatisticamente significante entre
o uso de prótese dental e as condições periodontais (OR= 4,95) e entre índice
de placa e as condições periodontais (OR=21,58). O odds ratio* das usuários de
prótese apresentarem uma ou mais bolsas periodontais foi de 5,30, quando a
variável índice de placa foi controlada.
Das análises dos resultados conclui-se que os indicadores de risco
clínicos estudados podem ser coletados durante os levantamentos epidimiológicos
das condições periodontais e utilizados para a identificação dos indivíduos de
maior risco, quando do planejamento dos programas de prevenção primária e
secundária.
*odds
ratio= relação entre o odds (probabilidade) de ser um caso e o de não ser um
caso para aqueles apresentando o indicador de risco e o odds de ser um caso e o
de não ser um caso para aqueles que não apresentam o indicador de risco.
FISIOLOGIA,
FARMACOLOGIA,
TERAPÊUTICA
87
ATIVIDADE
ANTIINFLAMATÓRIA DE DROGAS EM DILUIÇÕES HOMEOPÁTICAS.
Carla C.
Fernandesa, Cláudio Mü1ler & Ricardo M. Oliveira-Filhob
(a)Acad. Fac. Odontologia USP; (b)Dept. Farmacologia,
Inst. Ciências Biomédicas USP, 05508-900 S. Paulo (SP).
Em vista do
crescente interesse em formas terapêuticas menos ortodoxas como alternativas no
atendimento odontológico (acupuntura, homeopatia, hipnose etc), procuramos
investigar o eventual efeito antiinflamatório de alguns medicamentos
homeopáticos mais freqüentemente utilizados com este propósito, frente à dose
clássica de dexametasona (200 µg/kg, v.o.) em ratos albinos Wistar, nos quais
foram implantados chumaços de algodão (4 por animal, num total de 160 mg de
implante) no espaço subcutâneo ventral. A dexametasona foi administrada por via
oral (sonda gástrica) 2 vezes por dia (às 10:00 e 16:00 h) durante 5 dias.
Silicea (S) e Belladonna (B) (0,05 ml, solução alcoólica 10%) foram
administradas v.o. 1 vez por hora nas 6 primeiras horas após os implantes e 1
vez a cada 2 horas nas 6 horas subseqüentes. Posteriormente, S e B foram
administradas a intervalos de 8 horas, completando o total de 5 dias de
tratamento. Ensaiaram-se também Thuya occidentalis (T), Arnica montana (Ar) e
Apis mellifica (Ap) (0,15 ml, solução alcoólica 30%), administradas v.o. 3 vezes
por dia (8:00, 13:00 e 18:00 h) durante 8 dias, com início do pós-operatório
imediato. As diluições homeopáticas foram todas CH6 (6ª potência centesimal
hahnemanniana). Os grupos controle foram: CD (salina fisiológica, do grupo D);
C10 (álcool 10%, dos grupos S e B) e C30 (álcool 30%, dos grupos T, Ar e Ap).
Os animais foram sacrificados com éter; os algodões (junto com o tecido
granulomatoso aderente) foram removidos, limpos de tecido não-inflamatório,
levados a estufa a 60°C durante 24 horas, até secura completa, e pesados com
precisão de 0,1 mg; do resultado obtido subtraíram-se 160 mg (v.acima). No
grupo D a formação de granuloma foi, como esperado, menor que no grupo CD
(ANOVA, P<0,001); o ganho de peso corporal também foi afetado pelo
corticosteróide (P<0,001), o que não ocorreu nos demais grupos. Os
resultados mostram que Ap, B e T inibiram a formação de granuloma de corpo
estranho, com potências aparentes em tomo de 50% inferiores à da dexametasona;
as demais não exibiram efeito antiinflamatório. Este trabalho mostra ser
possível a experimentação laboratorial da atividade farmacológica de drogas
homeopáticas usando modelos animais bem estabelecidos.
Grupo
(5
animais/grupo)
Peso
corporal
Inicial (g)
Peso
corporal
Final (g)
Peso do
granuloma
Absoluto (mg)
Peso do
granuloma
Relativo
(mg/kg)
Contr.
Salina
118.8 ± 4.3
141.0 ± 5.8
305.6 ±
13.9
2167.5 ±
45.7
Dexametasona
117.0 ± 4.9
114.4 ± 4.8
118.6 ±
6.8*
1037.2 ±
40.4**
Contr.
Álcool 10%
118.0 ± 1.2
131.4 ± 2.3
285.6 ±
15.4
2178.1 ±
128.8
Silicea
116.0 ± 1.9
130.0 ± 1.1
238.1 ±
10.9
1832.3 ± 87.9
Balladonna
110.0 ± 2.2
126.6 ± 2.5
197.4 ±
12.2+
1557.5 ±
82.2*
Contr.
Álcool 30%
156.5 ± 2.2
164.5 ± 1.2
357.2 ± 9.6
2172.5 ±
62.9
Thuya
occidentalis
170.2 ± 2.3
173.6 ± 3.4
284.6 ± 14.3*
1641.1 ±
85.9*
Arnica
montana
162.0 ± 3.5
169.0 ± 3.6
322.6 ±
31.4
1911.8 ± 185.8
Apis
mellifica
177.0 ± 2.1
180.4 ± 3.7
287.8 ±
15.7*
1597.7 ±
88.8**
Os símbolos indicam diferença significativa
em relação aos respectivos controles: +P<0,05; *P<0,01; **P,0,0001.
Agradecimentos:
a L.Frigo (Ac. FOUSP) por auxílio na análise histopatológica; aos Drs.
O.Dulcetti Jr, L.S. A. Amaral e O.R.Gonçalves Martins, por assessoria quanto
aos princípios homeopáticos; a M.Usim Taha (Ac. FOUSP) e a Alex G.Mazzella,
Esther G.Rezzetti e Valderez A. Santos (ICB-USP), por eficiente auxílio
técnico.
88
AVALIAÇÃO
CLÍNICA E TERAPÊUTICA DE PACIENTES PORTADORES DE DISFUNÇÃO DE ATM.
Célia M.
Rizzatti-Barbosa, Denise A. Martinelli e Altair A. D. B. Cury.
Deptº de
Prótese e Periodontia, Faculdade de Odontologia de Piracicaba UNICAMP,
CEP:13416-018 - Piracicaba-SP
Uma das
características sintomatológicas predominantes nas disfunções da ATM é a dor
miofuncional recorrente de cabeça e pescoço, normalmente associada à situações
anormais de atividade dos músculos da mastigação. Nos Estados Unidos, 30% da
população de mulheres jovens apresentaram esses sintomas, onde 6% requeriam
tratamento sintomatológico (1). Propostas terapêuticas como: uso de
medicamentos, fisioterapia, biofeedback, acupuntura, hipnose, placas de
desoclusão, etc, têm sido descritas. O objetivo do presente estudo foi
diagnosticar e analisar os pacientes portadores de disfunção da ATM da
Faculdade de Odontologia de Piracicaba - Unicamp, e submetê-los à terapêutica
sintomatológica com o uso de medicamentos e placas de desoclusão, para
posterior avaliação dos resultados clínicos obtidos. Após o primeiro dia de uso
da placa de desoclusão, 76,9% dos
pacientes relataram o desaparecimento completo da dor. Quando analisado o uso
de medicamentos, 46% dos pacientes relataram o desaparecimento do sintoma
doloroso após o uso de miorrelaxante ( Dipirona/Citrato de Orfenadrina/Cafeína
- Dorflex* ) e 23% relatou o desaparecimento do sintoma doloroso após o uso de
ansiolítico (Diazepam -Valiun* ).Considerando o uso dos medicamentos descritos,
o grau de diminuição da dor foi mais pronunciado com o uso do miorrelaxante.
Dos pacientes observados, 15,3% relataram permanência do sintoma de dor com o
uso do medicamento ansiolítico. A utilização da placa de desoclusão permitiu
uma resposta terapêutica maior do que o uso do medicamento miorrelaxante, e
este permitiu uma resposta terapêutica maior do que o medicamento ansiolítico.
(1)
Dent.Clin.North.Am., 35(1): 75,1991.
* = Nome
comercial.
89
AVALIAÇÃO
FARMACOLÓGICA E TERAPÊUTICA DO CIRURGIÃO-DENTISTA NA CIDADE DE PIRACICABA(SP).
Luiz
francesquini Jr., Pedro L. Rosalen, Maria C. Volpato & Antonio L. Rodrigues
Jr.
Depto. C.
Fisiológicas. FOP/UNICAMP. 13414-900 Piracicaba (SP).
A importância
do uso de medicamentos na prática odonto1ógica é inquestionável, porém o uso
racional dos mesmos é uma fonte de constante preocupação devido ao excesso de
especialidades farmacêuticas no país e à propaganda não ética. O objetivo deste
trabalho foi avaliar o grau de informação farmacológica e terapêutica dos
cirurgiões-dentistas(CD), bem como obter subsídios para a discussão do ensino
destas áreas a nível de graduação. Utilizou-se como instrumento para coleta de
dados um questionário contendo 10 perguntas estruturadas, semi-estruturadas e
abertas, o qual foi distribuído aos 515 CD em exercício clínico na cidade de
Piracicaba(SP) no período de setembro/92 a janeiro/93. Dos questionários
enviados, retornaram 92 e destes 56,5% estavam completamente respondidos. Com
relação à área de conhecimento em farmacologia básica, o estudo mostrou um
índice de acerto de 63,8%. Na área de conhecimento em terapêutica observou-se
que dos medicamentos mais prescritos, 61,4% pertencia ao grupo dos
analgésicos/antinflamatórios, contra 32,4% de antimicrobianos e 6,2% de outros
grupos, sendo que 93,1% de todas as prescrições são provenientes de
laboratórios farmacêuticos multinacionais, o que está em conformidade com os
dados da literatura. Com re1ação ao uso de antimicrobianos em 3 casos clínicos
específicos, observou-se um índice de acerto de apenas 15,4%. Aproximadamente
27% dos CD prescrevem ansiolíticos, e destes 64,3% o fazem corretamente. Quanto
ao uso de f1úor 42,9% dos CD indicam-no de forma racional, ou seja, de acordo com
o grau de risco à cárie. O estudo demonstrou ainda que 53,7% da literatura
consultada era proveniente de material de divulgação de laboratórios, o que
também foi observado em trabalhos semelhantes a este. Concluímos que o grau de
informação farmacológica e terapêutica na população estudada é insuficiente,
caracterizando um despreparo profissional nestas áreas, tendo-se sugerido um
ensino mais objetivo e voltado à realidade da clínica odonto1ógica.
observando-se os aspectos técnicos, sociais e políticos que envolvem o
medicamento.
90
DETERMINAÇÃO
DA GLICOSE SANGUÍNEA EM RATOS NORMAIS E DIABÉTICOS ALOXÂNICOS APÓS
ADMINISTRAÇÃO DE ANESTÉSICOS LOCAIS CONTENDO VASOCONSTRUTORES.
Luis A.
Esmerino, José Ranali & Antonio L. Rodrigues Jr.
Área de
Farmacologia, Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP-C.P.52,
13414-900-P1RAClCABA (SP).
Com a
finalidade de se melhorar a eficiência dos anestésicos locais é prática comum a
associação de substâncias vasoconstritoras nas soluções anestésicas locais,
como adrenalina ou outra substância tipo catecolamina (JASTAK & YAGIELA,
J.Am. dent.Ass., 07:623, 1983). Todavia as catecolaminas produzem um conjunto
de alterações metabólicas entre elas a hiperglicemia (SHERWIN & SACCA, Am.
J. PHYSIOL., 247: E-157, 1984). O presente trabalho tem por objetivo avaliar os
efeitos de soluções anestésicas locais, com diferentes vasoconstritores, sobre
a glicemia de ratos normais e diabéticos aloxânicos. Bupivacaína 1,28 mg/Kg com
adrenalina 0,0012 mg/Kg (B) e Lidocaína 5,14 mg/Kg com noradrenalina 0,005
mg/Kg (L) foram administradas através de injeções submucosas na região
posterior da maxila de ratos normais e diabéticos aloxânicos. No grupo controle
e administrou-se soluções de NaCl 0,9% (C). Taxas glicêmicas foram determinadas
pelo sistema Haemo-Glukotest (BRODRICK et alii, Prat.Diabetes, 4:170, 1987)
antes da administração (tempo 0) e 30, 60, 120, 180 e 240 minutos após
administração. Foram obtidos os seguintes resultados para os ratos normais: No
tempo 0 (B.:78,2±6,4; L:82,8±11,3; C:84,3±9,3); no tempo 30 (B:82,0±13,7;
L:75,8±7,9; C:76,8±7,0); no tempo 60 (B:85,2±7,6; L:73,9±11,1; C:69,7±6,4); no
tempo 120 (B:75,5±8,2; L:77,5±13,7; C:71,5±7,3); no tempo 180 (B:71,9±6,8;
L:71,7±9,2; C:65,0±6,6). Para os ratos diabéticos: No tempo 0 (B:253,6±110,0;
L:252,6±84,7; C:275,6±84,5); no tempo 30 (B:296,4±88,7; L:280,4±87,8;
C:301,3±73,9); no tempo 60 (B:281,7±95,0; L:273,9±76,7; C: 297,5±112,1); no
tempo 120 (B:280,2±80,8, L:292,2±81,7; C:315,6±83,7}; no tempo180
(B:3l0,0±94,5; L:320,7±68,3; C:324,4±80,1);
no tempo 240 (B:35l,7 ±104,9; L:335,4±70,3; C:341,8±89,3). Pelos
resultados obtidos e submetidos a análise estatística (ANOVA e teste de Tukey
5%), pode-se afirmar que os ratos normais a Bupivacaína com adrenalina induziu
um aumento significante do nível glicêmico somente no tempo de 60 minutos,
enquanto que a Lidocaína com noradrenalina não alterou o nível glicêmico desses
animais. Nos ratos diabéticos aloxânicos não houve diferenças estatisticamente
significantes, entre os tratamentos e nos diferentes tempos de estudo. Assim
pode-se concluir que as soluções anestésicas nas doses utilizadas, não
interferem significativamente na glicemia de ratos normais e diabéticos
aloxânicos.
Auxílio
Financeiro : CAPES (02022392)
91
EFEITO DA ANDROGENIZAÇÃO
NEONATAL SOBRE O ÍNDICE DE CÁRIE DENTAL EM RATAS.
Cristiane
M. R. Souza, Danie1a A. Brandini., Maria T. B. Bedran de Castro e João C.
Bedran de Castro.
Departamento
de Ciências Fisiológicas, Facu1dade de Odonto1ogia do Campus de Araçatuba,
UNESP, Araçatuba, SP, 16015-050.
A
androgenização neonatal (A) em ratas, induzida pe1a injeção de testosterona,
provoca alterações importantes no comportamento sexua1, na liberação de
hormônios gonadotróficos e no desenvolvimento da hipertensão arterial. O
objetivo do presente trabalho foi estudar o efeito da A de ratas (testosterona,
s.c. 100 ug, nos 5 primeiros dias de vida) sobre o índice de cárie dental
(ICD). A evolução do peso corporal e o peso dos ovários, hipófise, adrenais, glândulas submandibu1ares
e sublinguais foram também estudados. Aos 21 dias de vida as ratas foram
separadas das mães e a1imentadas com dieta normal (DN) (ração balanceada
Anderson-C1ayton) ou dieta cariogênica (DC), na forma de pó. O controle do peso
corporal foi feito semanalmente e os animais sacrificados aos 56 dias de vida
quando foram pesadas as glândulas e analisado o ICD (método de Keyes). Nas 3
primeiras semanas de vida as ratas A ganharam peso mais rápido do que as ratas
contro1e (C) (11 ± 0,3; 15 ± 1 e 23 ±1 g vs 10 ± 0,1; 11 ± 1 e 18 ± 1 g/semana) contudo, após o desmame, o ganho
de peso foi igual nos grupos C e A a1imentados com dieta norma1 (23 ± 1; 25 ±
1; 8 ± 2 e 10 ± 2 g vs 23 ± 2; 25 ±
1; 11 ± 2 7 ± 3 g/semana). Ratas C ou A, alimentadas com a DC, tiveram um
retardo no desenvolvimento do peso corporal quando comparadas com ratas
a1imentadas com DN (18 ± 2; 13 ± 1; 14 ± 1; 14 ± 3 g e 18 ± 1; 12 ±2; 12 ± 2 e
6 ± 6 g/semana, respectivamente). Não
foram encontradas diferenças significativas no peso dos ovários (0,054 e 0,046
g/100g), hipófise (0,01 e 0,004 g/100g); adrenais (0,035 e 0,034 g/100g);
glându1as submandibulares (0,14 e 0,014 g/100g) e glândulas sublinguais (0,04 e
0,042 g/100g) entre ratas C ou A. A análise do ICD mostrou que as ratas A alimentadas
com DN são menos susceptíveis à cárie (14 ± 3 vs 20 ± 3); que ratas A ou C
apresentam cáries mais profundas quando alimentadas com DC e que todos os
animais apresentam maior quantidade de cárie em dentes inferiores. Os
resultados demonstram que a exposição neonatal à testosterona determina: 1)
alterações estruturais no sistema nervoso central que afetam a evo1ução do peso
corporal, pelo menos nas primeiras semanas de vida; 2) redução significativa do
ICD em ratas.
92
EFEITO DE
UM ANTIFÚNGICO DERIVADO IMIDAZÓLICO-CETOCONAZOL, SOBRE O PERFIL ENZIMÁTICO DA
ASPARTATO-AMINOTRANSFERASE E ALANIMA-AMINOTRANSFERASE NO SORO DE RATOS
PARCIALMENTE HEPATECTOMIZADOS.
Carlos E.
P. Araujo; Thales R. Mattos Fi1ho.
Dept.
Ciências Fisiológicas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba UNICAMP, 13414 -
900 Piracicaba (SP) .
O propósito
do presente trabalho foi o de avaliar a influência do pré-tratamento como o
fármaco antifúngico Cetoconazol, sobre o perfil de atividade enzimática de
asparto aminotransferase (AST) e alanina-aminotransferase (ALT) em ratos
parcialmente hepatectomizados. Para
tanto, foram utilizados 105 ratos (Rattus norvegicus albinos, Wistar), machos
com 120 dias de idade, divididos em 5 grupos: Grupo 1, os 25 animais foram
previamente tratados com Cetoconazol na dose de 20 mg/kg/dia (i.p.), durante 3
dias, imediatamente após a última administração hepatectomia parcial (Higgins
& Anderson, Archs. Path. 12:186,1931), Grupo 2, os 25 animais foram
previamente tratados com solução de NaCl 0,9% em volume equivalente ao Grupo 1,
durante 3 dias, imediatamente a última administração hepatectomia parcial;
Grupo 3, os 25 animais foram tratados previamente com Cetoconazol na dose de
20mg/kg/dia (i.p.), durante 3 dias, imediatamente após a última administração
falsa cirurgia; Grupo 4, os 25 animais foram tratados previamente com solução
de NaCl 0,9% em volume equivalente ao
grupo 3, durante 3 dias, imediatamente a última administração falsa cirurgia e
Grupo 5, com animais, que não receberam qualquer tratamento medicamentoso ou
cirúrgico. Foi medida a atividade
enzimática da Aspartato-aminotransferase (AST) e Alanina-aminotransferase (ALT)
no soro dos animais pertencentes aos grupos de nº 1, 2, 3 e 4 em intervalos de
tempo 12h, 24h, 48h, 72h e 7 dias, sendo que para o Grupo 5 não houve
cronometragem.
Os
resultados obtidos mostraram que não houve alterações séricas significantes
estatisticamente (p< 0,05) nos níveis de atividade enzimática da AST e ALT
em ratos parcialmente hepatectomizados nos horários estudados.
CONCLUSÕES. O cetoconazol administrado em doses únicas
diárias de 20mg/kg, não altera a atividade sérica da AST e ALT em ratos
parcialmente hepatectomizados quando comparados aos animais controle que
receberam solução de NaCl 0,9%.
Auxílio financeiro: CNPq (830385/9l-l5)
93
EFEITOS
CARDIOVASCULARES DO USO DE FIOS DE AFASTAMENTO GENGIVAL CONTENDO EPINEFRINA
RACÊMICA A (?) % (GINGI-PAN) EM CÃES.
MARIO
SÉRGIO SOARES & NICOLAU TORTAMANO
DEPTO. DE
ESTOMATOLOGIA, FAC. ODONTOLOGIA DA USP, 05508-900, SÃO PAULO (SP).
O método
químico-mecânico de afastamento gengival com fios contendo epinefrina racêmica
é o preferido entre os clínicos, pois proporciona bom deslocamento lateral e
apical. Danos locais e efeitos
sistêmicos sobre o sistema cardiovascular, notadamente sobre a pressão arterial
e freqüência cardíaca tem sido relatados.
Estas possíveis alterações foram
estudadas em 24 cães submetidos a preparos dentais com finalidade protética na
forma de degrau bizelado(?) e que receberam; GRUPO A-3 (?) de fio com
r-epinefrina a 8% (GINGI-PAK). GRUPO B
- idem grupo A, associando-se anestesia infiltrativa correspondente (?) 2
tubetes de lidocaina+norapinefrina (XYLOCAINA) e GRUPO C - idem grupo A, com os
fios embebidos em 1-epinefrina 1:1000, nas seguintes etapas: 1-controle; 2-
final da colocação dos fios; 3,4 e 5-respectivamente 1,5 e 10 minutos de
permanência dos fios e 6-cinco minutos após sua remoção.
A análise estatística utilizada
foi a de perfil global e em cada grupo na variável analisada. Quando a estatística F era significante
aplicou-se a análise de comparações múltiplas de NEWMAN-KEULS. O nível de significância foi de 0,05.
As variações da pressão arterial
sistólica e freqüência cardíaca não foram significantes. A pressão arterial diastólica apresentou
variações significantes apenas no grupo A entre as etapas 4 e 6 (5 minutos da
permanência e 5 minutos após a remoção do sulco) com média de 119,25 e 114 e
desvio padrão de 13,13 e 15,98 respectivamente.
A epinefrina contida nos fios de
afastamento gengival segundo nossos resultados, parece não influir nas
respostas hemodinâmicas, admitindo-se que reflexos de compensação possam ter
impedido respostas mais acentuadas.
94
EFEITOS DAS
HEMIDESCORTICAÇÃO NA ERUPÇÃO DENTAL E NÍVEL DE CORTICOSTERONA EM RATOS EM
CONDIÇÕES DE ESTRESSE.
Miriam
Ribeiro Campos; José Merzel; Gilberto D'Assunção Fernandes e Roberta C.
Ferreira -
Depto. de
Morfologia - FOP - UNICAMP. Depto. de Patologia Clínica - FCM - UNICAMP;
(Bolsista FAPESP, 89/3717-2)
Com o
objetivo de estudar os efeitos da hemidescorticação na erupção dental impedida
e desimpedida de incisivos superiores de ratos em condições de estresse,
animais hemidescorticados (HD) e sham - operados (SH) foram distribuídos em 3
grupos experimentais: Basal (12 animais, mantidos em gaiolas individuais e não
manipulados); Não-estressado (20 animais, mantidos em gaiolas individuais e
manipulados); Estressado (24 animais, mantidos em gaiolas coletivas e
manipulados). A manipulação consistiu na secção do incisivo superior esquerdo a
cada 48h para que erupcionasse de modo desempedido e na medida da erupção,
ambas exigindo anestesia superficial com éter etílico. As medições da erupção dental e coletas de
sangue foram feitas semanalmente. Para
determinação da taxa de erupção dental foram feitos sulcos na superfície labial
do dente, medindo-se semanalmente a distância entre os sulcos e a borda
gengival, sendo a taxa expressa em mm/semana.
O sangue, coletado em tubos de centrifugação, após 1 a 2h de repouso,
foi centrifugado a 2.000 rpm por 10 min., sendo o soro separado e armazenado a
-18°C. O nível sérico de corticosterona
foi dosado através de radioimunoensaio. Os resultados relativos à erupção
dental foram: 1) Na condição sem estresse, a taxa de erupção dos animais HD foi
menor que a dos animais SH; (2,47 ± 0,40 e 2,54 ± 0,43 mm/semana,
respectivamente). 2) A análise de variança mostrou que no conjunto a taxa de
erupção dos animais estressados foi maior que a dos não-estressados (2,55 ±
0,36 e 2,47 ± 0,45 mm/semana, respectivamente) porém houve uma interação entre
estresse e erupção impedida diferente da interação estresse e erupção
desimpedida. Nos animais estressados, a taxa de erupção desimpedida foi menor
que a dos não-stressados (2,68 ± 0,34 e 2,74 ± 0,38 mm/semana,
respectivamente), ocorrendo o contrário na erupção impedida (2,41 ± 0,33 e 2,20
± 0,35 mm/semana, respectivamente). 3) Os níveis de corticosterona foram
maiores nos animais estressados (Basa1: HD - 88,16 ± 24,94, SM - 68,67 ± 33,32;
Não-estresssado:HD - 195,51 ± 53,65, SH - 162,44 ± 67,81; Estressado: HD -
270,43 ± 76,12, SH - 282,29 ± 95,56
mg/ml).
Estes
resultados sugerem que o estresse, ao provocar um aumento de glicocorticóides
circulantes, pode ser o responsável pela "normalização" da erupção
dental ou seja, o retardo na erupção provocado pela hemidescorticação foi
anulado pelo efeito estresse provocado pelo agrupamento dos animais, explicando
assim a variabilidade verificada em experimentos anteriores efetuados neste Depto.
(Boaventura, 1981; Tse, 1986).
Auxílio:
FAPESP (88/3043-9)
95
ESTUDO DE
DUAS FORMAS COMERCIAIS (ALVEOSANR E OMCILON-A EM ORABASE EM FERIDAS DE EXTRAÇÃO
DENTAL COM REPARO PERTURBADO. ESTUDO HISTOLÓGICO EM RATOS.
Francisco
C. Groppo, Ennes M.. Abreu, Eduardo D. Andrade.
Depto.
Ciências Fisiológicas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP,
1314-900- Piracicaba (SP).
A alveolite
é uma complicação relativamente comum após as exodontias, incidindo em até 25%
nos casos de extrações de terceiros molares mandibulares. Os fatores
predisponentes, bem como a etiopatogenia das alveolites parecem estar bem
esclarecidos, ao contrário, não existe um concenso na literatura sobre a
medicação intraalveolar empregada para o alívio da dor além de, ao mesmo tempo,
interferir o mínimo possível no processo de reparo do alvéolo dental. Em função
disso, o objetivo deste trabalho foi estudar comparativamente o efeito de duas
preparações farmacêuticas (ALVEOSANR e OMCILON-A em OrabaseR) na reparação de
alvéolos dentais, em ratos, para tal foram utilizados 96 ratos a1binos,
submetidos à exodontia do incisivo superior direito e a uma subsequente indução
experimental de alveolite. Uma vez constatada a alveolite, os animais foram
divididos em quatro grupos de estudo, cada um com 24 ratos. Um dos grupos não
recebeu nenhum tratamento, sendo considerado como CONTROLE. Os demais grupos
foram tratados com ALVEOSAN, OMCILON-A em Orabase e com a ORABASE
exclusivamente. Nos tempos de 1, 3, 6, 9, 13, 17, 21 e 28 dias, 3 animais de cada grupo foram sacrificados,
fornecendo material para estudo. Este material foi processado de acordo com
técnicas histológicas de rotina e corados com H.E.. Verificou-se através de
análise histológica que houve uma intensa infiltração neutrofílica em todos os
grupos, sendo que a partir do período de 9 dias, essa característica nãos
estava presente nos animas do grupo CONTROLE e ALVEOSAN. Restos necróticos e de
material implantado foram observados para os grupos tratados com ORABASE e
CORTICÓIDE até o último período de estudo. Nesse período, os animas do grupo
CONTROLE e tratados com ALVEOSAN exibiam neoformação óssea nítida, fato que não
ocorreu com os dois outros grupos que apresentavam-se ainda com tecido
conjuntivo em estágio inicial de formação. Conclui-se que, dos medicamentos
utilizados, apenas o ALVEOSAN pode-se equiparar histologicamente ao grupo
CONTROLE, sendo que os grupos tratados com o CORTICÓIDE e ORABASE inibiram a
formação de trabéculas ósseas nos períodos estudados.
Auxílio
Financeiro - CNPq (830682/90-2)
96
EVIDENCIAÇÃO
DE ANTIBIÓTICO EM TECIDOS DE GRANULAÇÃO.
Thales R.
Mattos-Filho, José Ranali, & Pedro P. Barros,
Farmacologia
FOP/UNICAMP, Av. Limeira, 901 - 13414-900 PlRACICABA (SP) .
O objetivo
do trabalho foi evidenciar a presença de Penicilina G-Potássica administrada
isoladamente e em associação com tripsina e a-quimiotripsina, em tecido de
granulação induzido experimentalmente em camundongos (Mus-muscullus Swiss).
Para tanto foram constituídos três grupos experimentais: GRUPO OONTROLE (P) -
Constituido de 16 animais divididos em
4 sub-grupos de 4 animais, nos quais foi implantado subcutaneamente, no dorso,
um disco de esponja de PVC medindo 5 mm de diâmetro por 2 mm de espessura, estéril.
O tecido de granulação foi retirado aos 8º, 15º. 22º e 28º dias após o
implante, cada período constituindo um sub-grupo. imediatamente após retirado o
tecido de granulação era seccionado ao meio e 1 parte colocada em placa de
petri em meio de Agar tripticaseina soja, semeada com S. aureus e a outra
metade em outra placa semeada com S. mutans, e ambas levadas à estufa a
37°C, por 48 horas; GRUPO C -
Constituído de 16 animais que foram submetidos ao mesmo procedimento do GRUPO
P, aos quais foi administrado Penicilina G-Potássica (5 mg/Kg - IP), uma hora
antes da retirada do tecido de granulação; GRUPO D - Constituído de 16 animais
que foram submetidos ao mesmo procedimento do GRUPO P, aos quais foi
administrado Penicilina G-Potássica (5mg/Kg), associada a tripsina
(1177,14UNF/Kg - IP) e a-quimiotripsina (235,14 UNF/kg - IP), uma hora antes da
retirada do tecido de granulação. Os resultados mostraram que: GRUPO P houve
desenvo1vimento normal de microorganismos; no GRUPO C, com exceção do período
de 28 dias, ocorreu o aparecimento de halo de inibição no meio semeado com S.
aureus em todos os outros períodos, não ocorrendo inibição no meio com
S.mutans.; no GRUPO D - ocorreu aparecimento de halo de inibição no meio
semeado com S.aureus em todos os períodos, também não ocorrendo inibição no
meio com S .mutans.,
Conclusões:
l- a
metodologia empregada mostrou-se útil para testar a presença de antibiótico em
tecido de granulação induzido experimentalmente .
2- na dose
empregada a Penicilina G não foi capaz de alcançar concentração suficiente no
tecido de granulação para inibir o crescimento de S.mutans.
3- na dose
empregada a Penicilina G alcançou concentração suficiente, no tecido de
granulação, para inibir, o crescimento de S.aureus.
4- Com
exceção do período de 28 dias de desenvolvimento, as enzimas proteolíticas não
inf1uenciaram as difusibilidade da Penicilina G no tecido de granulação.
Auxílio
FAPESP - Processo nº 87/3587-6
97
GLÂNDULA
SALIVAR: UM ÓRGÃO ENDÓCRINO NO CONTROLE DO PEPTÍDEO ATRIAL NATRIURÉTICO?
Marta S.
Piovesan; Jarbas A. Bauer; Marina Q. A. Turrin; José A. Rodrigues
Depto de
Farmacologia e Histologia - Instituto de Ciências Biomédicas USP, 055008-900 S.
Paulo, SP. Dep. Fisiologia Fac. Medicina de Ribeirão Preto USP, 14049.
O peptídeo
atrial natriurético (ANP) contribui para a regulação do compartimento extra
celular e balanço hidroeletrolítico, aumentando a eliminação de água e sais A
glândula salivar submandibular do rato é um órgão alvo para ação do ANP, sendo
também capaz de produzir o peptídeo. Estímulos neurais, humorais e mecânicos
podem induzir a secreção do ANP produzido pelo coração, pulmão e sistema
nervoso central. Nosso objetivo foi verificar se a estimulação parassimpática
da glândula submandibular promoveria secreção sistêmica de ANP. Protocolo
utilizado - 28 ratos machos linhagem Wistar, pesando entre 210-300g, divididos
em 4 grupos: um grupo controle (n=7), e três outros grupos que receberam
estimulação nervosa parassimpática, realizada no nervo corda lingual através de
um eletrodo bipolar de platina, que desferia estímulos de 2msec a 10hz e 12V,
durante os tempos de 8min.(n=6), 20min.(n=6), e 32min(n=9). Após estimulação,
os animais foram sacrificados e seu sangue coletado em solução tampão-ANP
contendo inibidores de proteases. Após centrifugação o ANP foi extraído do
plasma através de método específico (Vycor-glass) e submetido a
radioimunoensaio Os grupos estimulados durante os tempos de 8 e 32 min.
mostraram aumento dos níveis plasmáticos de ANP quando comparados com o grupo
controle (Kruskal-Wallis, p=0,05). O resultados obtidos são compatíveis com a
hipótese de que a glândula submandibular do rato, através de estimulação
nervosa parasssimpática colinérgica contribui para os níveis de ANP
circulantes, atuando como órgão secretor endócrino para este peptídeo.
Agradecimentos
a Marina Holanda - técnica do Laboratório de Fisiologia FMRP-USP
98
IMPORTÂNCIA
DO FATOR EMOCIONAL NA REDUÇÃO DO FLUXO SALIVAR OBSERVADA EM ESTUDANTES
UNIVERSITÁRIOS EM DIA DE PROVA - RESULTADOS PARCIAIS.
Fernanda P.
Montanha, Adriane Y. Togashi e Olinda Tárzia.
Depto. de
Bioquímica da Faculdade de Odontologia de Bauru - USP, Caixa Postal 73, Bauru -
SP, CEP 17 043-101.
O fluxo
salivar normal é um dos requisitos para se manter a saúde da cavidade bucal.
Vários fatores podem alterar o fluxo, entre eles o uso de medicamentos
xerostômicos, radioterapia, quimioterapia. síndrome de Sjogren e a tensão
emocional. A vida urbana nos expõe a uma carga muito grande de tensões. Isto se reflete na alteração do fluxo
salivar (e composição química da saliva), desde que a função das glândulas
salivares é controlada pelo sistema nervoso central.
Este
trabalho tem por finalidade identificar a influência da tensão representada
pela prova a que os estudantes se submetem com certa frequência na função da
glândula salivar indiretamente avaliada pelo teste do fluxo salivar.
Para tal
fim foi realizado em estudantes universitários (faixa etária entre 17 e 25
anos) o teste do fluxo salivar por estimulação mecânica durante 5 minutos. O
volume coletado neste período de tempo foi utilizado para o cálculo do fluxo em
termos de ml/minuto, sendo considerados normais os valores iguais ou superiores
a 0,7 ml/minuto. Os testes foram realizados nos mesmos grupos de estudantes num
dia qualquer e no dia de uma prova preocupante.
Os
resultados obtidos foram utilizados para o cálculo do percentual de
xerostômicos e normais masculinos e femininos nas duas condições do teste (dia
qualquer e dia de prova). Podemos perceber que ocorre um aumento muito grande
da xerostornia, de 28,5% para 58,1% no dia de prova e que há predominância de
xerostornia no sexo feminino, cerca de cinco vezes maior que no masculino.
Dos 28,5%
de xerostômicos observados num dia qualquer de não prova, considerados
controle, 77% faziam uso de antihistamínicos; 53,3% apresentaram saburra
lingual e 16,5% sofriam de gastrite. Os resultados mostram claramente a
importância do fator emocional na redução do fluxo salivar.
99
INFLUÊNCIA
DAS GLÂNDULAS SUBMANDIBULARES NA SECREÇÃO GÁSTRICA DO RATO.
Cláudia H.
Tambeli e Carlos E. Pinheiro.
Depto.
Ciências Fisiológicas. Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP.
13.414-018 Piracicaba (SP) .
Inúmeras
substâncias com atividade biológica foram isoladas das glândulas salivares de
camundongos e ratos. Algumas destas substâncias são secretadas na saliva e
consequentemente mantém contato com a mucosa gastro-intestinal, onde podem
atuar diretamente sobre as células alvo. Alguns peptídeos isolados da saliva e
da mucosa gástrica apresentam a composição molecular da urogastrona. As
urogastronas salivar, gástrica e urinária são molecularmente semelhantes ao
Fator de Crescimento Epidermal (EGF) .O EGF, por sua vez, é um potente inibidor
da secreção gástrica. Tendo em vista o provável papel biológico das glândulas
salivares na secreção gástrica, realizamos este trabalho com o objetivo de se
avaliar a influência da saliva e/ou das glândulas sub-mandibulares na secreção
gástrica do rato, considerando-se os seguintes parâmetros: pH, volume, acidez
livre e total e atividade péptica do suco gástrico in vivo. Trinta ratos machos
adultos foram divididos em três grupos: controle (C), sialoadenectomizados (S)
e ductos glandulares seccionados (DGS). Após 15 dias da cirurgia os ratos foram
deixados em jejum por 48 horas, anestesiados e ligados os piloros para coleta
de suco gástrico durante 4 horas. Os resultados obtidos demonstraram que tanto
os ratos sialoadenectomizados quanto os dos ductos seccionados secretaram menos
suco gástrico que os controles (C= 5,30; S= 2,04; DGS= 2,08 ml), como também
apresentaram uma diminuição na concentração de HC1, avaliada pelas medidas de
pH(C= 1,22; S= 2,32; DGS- 2,00), acidez livre(C= 416,5; S= 107,4; DGS= 108,9 µEq/4h)
e acidez total (C= 597,2; S= 181,8; DGS=199,4 µEq/4h) ; o mesmo ocorreu com a
concentração de pepsina (C= 7,93; S= 4,20; DGS= 4,17 unidades enzimáticas).
Avaliação histológica demonstrou uma reação hiperêmida com ulcerações na mucosa
gástrica dos ratos sialoadenectomizados e nos dos ductos seccionados.
Concluindo, pode-se dizer que a remoção das glândulas submandibulares e/ou a
secção de seus ductos produziu alterações funcionais e histológicas da mucosa
gástrica do rato.
100
LEVANTAMENTO
EPIDEMIOLÓGICO DO FLUXO SALIVAR DA POPULAÇÃO DA CIDADE DE BAURU, NA FAIXA
ETÁRIA DE 3 A 90 ANOS - RESULTADOS PARCIAIS.
Adriane Y.
Togashi, Fernanda P. Montanha e Olinda Tárzia.
Departamento
de Bioquímica da Faculdade de Odontologia de Bauru - USP, Caixa Postal 73,
Bauru - SP, CEP 17043-101.
A medida do
fluxo salivar estimulado pode, por indicar a capacidade de produção de saliva
pelas glândulas sa1ivares, refletir sua condição de saúde ou doeença. O fluxo
salivar nornal garante as condições de saúde bucal relacionadas com a cárie,
doença periodontal, halitose e conforto do paciente (ardência, perda do
paladar, dificuldade de fonação, mastigação, deglutição e o uso de prótese).
A
finalidade deste trabalho foi identificar o percentual de indivíduos com
redução de fluxo salivar e que desconhecem o fato e por esta razão se acham
sujeitos ao agravamento do problema.
É
importante salientar que dos indivíduos amostrados nenhum tinha procurado
auxílio profissional anteriormente. Todos os indivíduos responderam a um
questionário onde constavam informações pessoais, de interesse
médico-odontológico e relativas ao uso ou não de medicamentos. Em primeiro
lugar foi realizada a medida do pH colocando fita de papel indicador (Merck)
sobre o dorso da língua e em seguida a medida do fluxo salivar através de
estímulo mecânico (durante 5 minutos), sendo considerados normais os valores
iguais ou superiores a 0,7 ml/minuto.
Embora
muitas vezes assintomática, observou-se que a redução do fluxo salivar ocorre
em no mínimo 30% da população, sendo superior em crianças e adultos com mais de
50 anos (nestes associada ao uso de medicamento xerostômico). Não se observa
relação direta entre o pH medido e o fluxo salivar. A xerostomia ocorre com
maior frequência no sexo feminino e na raça negra. Embora elevada em adultos,
chegando a 85% em idosos, o percentual de reclamação não ultrapassa a 12
%. Levando-se em conta a importância de
um fluxo salivar normal e a facilidade de realização do teste no consultório,
este procedimento deveria ser rotina durante a consulta.
Bolsa de
Iniciação Científica: CNPq.
101
MEDIDA DA
DOR PRODUZIDA POR DIFERENTES TÉCNICAS ANESTÉSICAS.
Adalberto
L. Rosa; Geovani L. Pandolfo, Graziela C. Lollato, Fernando S. Bueno.
Departamento
de Cirurgia, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto USP 14040-904 Ribeirão
Preto, SP.
A execução
de uma. técnica anestésica resulta em dor que e, em grande parte, produzida por
um aumento de pressão nos tecidos, o qual depende da velocidade de injeção, do volume
injetado e da distensibilidade dos tecidos. Uma vez que a importância de cada
um desses fatores depende de em qual sítio é feita a injeção, este estudo foi
feito para comparar a intensidade e determinar a causa da dor produzida por
diferentes técnicas. Cento e vinte voluntários sadios foram aleatoriamente
divididos em 6 grupos (10 homens e 10 mulheres por grupo) e foram anestesiados
pelas seguintes técnicas: infiltração maxilar no 1º molar, intraligamentar
mandibular no lº molar e bloqueio dos nervos palatino anterior, nasopalatino,
alveolar inferior e incisivo. Todas as injeções foram feitas pelo mesmo
investigador, utilizando solução de lidocaína 2% com noradrenalina 1:50.000 em
temperatura variável entre 21 e 25°C, após aplicação tópica de lidocaína 10%
por 2 min., e registrando a velocidade de injeção em que cada técnica foi
feita. Uma escala visual análoga de 100 mm foi usada para medir a dor. Os
bloqueios dos nervos palatino anterior (59,4 ± 6,0 mm), Nasopalatino (55,4 ±
5,6 mm) e alveolar inferior (48,4 ± 6,0 mm) produziram mais dor, enquanto a
infiltração maxilar no 1º molar (17,0 ± 4,3 mm) produziu menos dor. Somente
para os bloqueios dos nervos palatino anterior e nasopalatino e, para a técnica
intraligamentar, foi encontrada uma correlação positiva entre dor e velocidade
de injeção. A dor produzida pelo bloqueio do nervo alveolar inferior parece ser
em razão do volume de solução anestésica injetado. Portanto, entre algumas
técnicas existem diferentes causas para a dor, o que possibilita utilizar para
cada técnica a estratégia adequada para reduzir a intensidade da dor.
102
EFEITO
ANTIEDEMOGÊNICO DA TALIDOMIDA PELO TESTE DO AZUL DE EVANS.
Alberto
Consolaro, Raquel M. Rosa, Luis A A Taveira, Ruth H S Pedreira, Cássia G Móris,
Maria Cristina C Felippe.
Departamento
de Patologia - Faculdade de Odontologia de Bauru - USP -
Caixa Postal 73 - 17043-10l - Bauru
-SP.
A
talidomida, a partir de 1965, passou a ser empregada na terapêutica de
determinadas condições patológicas, entre as quais o eritema nodoso hansênico,
o lupus eritematoso, as aftas bucais e, mais recentemente, nas lesões afóides
da AIDS. O mecanismo de ação antiinflamatória e imunossupressora da talidomida
ainda é controvertido pela amplitude dos estágios no processo inflamatório.
Propusemo-nos assim, estudar o efeito antiinflamatório da talidomida em ratos
machos (Rattus norvegicus), avaliando sua interferência na formação do exsudato
inflamatário, utilizando o teste edemogênico do azul de Evans. Estabeleceram-se
2 grupos com 60 animais cada: grupo controle com administração de placebo;
grupo talidomida, administrando-se a droga a cada l2 horas, 0,4mg/100g de peso
corporal, com início 2 dias antes do teste, via intubação gástrica. O agente
flogógeno escolhido foi a carragenina, 2ml em concentração de 0,8mg/0,2ml de
solução de Hanks, com injeção subcutânea na região dorsal. Os períodos
experimentais determinados foram: 30 minutos, 1, 2, 3 e 6 horas, com 12 animais
em cada período. A quantificação do exsudato inflamatório marcado pelo azul de
Evans foi determinado pela leitura espectrofotométrica, após a remoção do mesmo
pela formamida. A metodologia empregada permitiu verificar que a talidomida tem
um efeito antiedemogênico moderado apenas nas fases iniciais da exsudação
plasmâtica inflamatória.
Auxílio
financeiro: CNPq
processo
500884/91-9 (NV)
103
PERÍODO DE
SILÊNCIO ELETROMIOGRÁFICO EM PACIENTES COM FISSURA DE LÁBIO E DE PALATO.
A1ceu S.
Trindade Junior¹; Inge E. K. Trindade²; Anália A. Dias¹; Francisco Gouvêa Jr.³
1
Departamento de Fisiologia, Faculdade
de Odontologia de Bauru, USP; 2 Setor de Fisiologia, Hospital de Reabilitação
de Bauru, USP. Rua Silvio Marchioni 3-20, 17043-900 Bauru, SP; 3 Departamento
de Fisiologia, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, UNICAMP.
O objetivo
do presente trabalho foi avaliar, por meio da duração do período de silêncio
eletromiográfico (PS) induzido pela percussão do mento (P. mento) e pela
percussão voluntária dos dentes (P. dentes), o estado funcional do sistema
estomatognática de pacientes com fissura de lábio e de palato (FLP, n=32),
portadores de grandes desarmonias oclusais, e de pacientes com fissura de lábio
(FL, n=11). Os mesmos procedimentos foram realizados em um grupo de normais
(n=27) para fins de controle. A
atividade elétrica dos músculos masséteres e temporais de ambos os lados
foi captada por meio de eletródios bipo1ares de superfície e os registros foram
feitos em eletromiógrafo DISA (1500 EMG-System). Os valores da duração do PS
(em ms) foram os seguintes:
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
P. mento P.
dentes
FLP 48,78 ± 11,56* 30,56 ±
5,67*
FL 26,85 ± 3,83 20,34
± 3,78
Normais 24,44 ± 3,35 (29,95) 16,49 ± 3,70 (22,58)
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
*p
(0,05 FLP x FL e FLP x normais
( ) limite superior de normalidade
A análise
de variância mostrou que os va1ores do grupo FLP foram significantemente
maiores que os do grupo FL e do grupo de normais, não havendo diferença entre
os dois últimos. Os resultados corroboram a observação clínica de que na fissura
de lábio não existe comprometimento funciona1 do sistema estomagnático,
contrariamente ao que se verifica quando a fissura envolve também o palato.
HISTOLOGIA
E
EMBRIOLOGIA
105
ANÁLISE
MORFOMÉTRICA DA INTERFACE EPITÉLIO/TECIDO CONJIINTIVO DAS MUCOSAS HUMANAS
GENGIVAL E PALATINA
Antonio
C.M. Stipp, Gerson F. Assis, Tania M. Cestari e Fabia M. Souza.
Dept.
Morfologia - Histologia -Fac. Odontologia de Bauru -USP.
No presente
estudo buscou-se a interface epitélio/tecido conjuntivo das mucosas gengival e
palatina de humanos, em termos de superfície expressos em mm2. Para tanto foram
utilizadas cinco amostras de mucosas gengivais e palatinas clinicamente normais
de pacientes (25-48 anos de idade) com indicação de transplante gengival. Do
material fixado em líquido Bouin e processado histologicamente para microscopia
de luz. Obteve-se corte semi-seriado de 7 micrômetros de espessura
perpendiculares a superfície luminal da mucosa. Ao microscópio com objetiva 10X
e ocular Kpl 12.5 X com retículos de integração Merz e linhas ao acaso,
avaliou-se as transecções das linhas nas superfícies luminal e basal do
epitélio das mucosas, em 50 cortes escolhidos casualmente. A utilização de dois
tipos de retículos visou testar a validade do método. Os valores obtidos foram
utilizados na fórmula (Aherne & Dunnil, Morphometry, 1982-Ed. Edward Arnold
Ltd.):
S Sb ou SI
= 2IV/ n.I
.
I = número
de intersecções
V = volume
n = número
de campos avaliados
L =
comprimento total da linha do retículo
Resultados
expressos em mm2 de superfície basal do epitélio (mm2 Sb) por mm2 de superfície
luminal (mm2 S1), demonstraram que a superfície de interface da gengiva é cerca
de 38% maior que a do palato (com valores médios de 2,12 mm2 + 0,210 para a gengiva
e 1,54 mm2 + 0,233 para o palato). Os resultados obtidos com os dois tipos de
retículos foram semelhantes.
106
ASSOCIAÇÃO
DE PROTEOGLICANAS COM AS FIBRILAS DE COLÁGENO E SUA PARTICIPAÇÃO
NO PROCESSO
DE MINERALIZAÇÃO DA DENTINA.
Antonio W.
Almeida; Maria L.P.Almeida & Paula Dechichi.
Depto.
Morfologia, Centro Cien. Biomédicas, 38405-382 Uberlândia-(MG).
O germe
dental do primeiro molar superior do rato albino com três dias de idade, mostra
o processo de mineralização progressivo do manto dentinário, a partir do topo
das cúspides prosseguindo ao longo das vertentes da coroa. Os cristais minerais
estão embebidos na matriz orgânica que é secretada previamente ao aparecimento
das primeiras espículas. O colágeno polimerizado sob a forma de fibrilas com
diâmetro entre 50 a l00 nm, responde por 90% do volume da matriz orgânica,
sendo o restante preenchido por outras proteínas (não colágenas) lipídios e
carboidratos. Vários autores (Linde, A; Termine, J.D.; Butler, W. T. e,outros),
acreditam que as fibrilas colágenas associam-se a outras macromoléculas não
colágenas para que seja desencadeado o processo de mineralização nas mesmas. Em
trabalhos anteriores, submetemos cortes ultrafinos do germe dental à ação do
vermelho de rutênio e do EDTA. Nossos achados corroboravam com os de Linde e
Scott, indicando substâncias com carga elétrica negativa como prováveis
macromoléculas que estariam associadas ao colágeno no início do processo de
mineralização da dentina. Para estudarmos esta provável associação submetemos
cortes ultra finos do material à ação das enzimas condroitinase AC e
condroitinase ABC, com e sem prévia ação do EDTA. Nas áreas que mostram as
fibrilas de colágeno com um grau de eletron dispersividade que segundo a literatura,
caracteriza a incorporação de cristais minerais, notamos a ação das enzimas,
particularmente da condroitinase ABC. Quando submetemos os cortes à ação
combinada do EDTA e condroitinase ABC, as regiões sofreram a digestão
enzimática, são encontradas ao longo das fibrilas, colágenas mostra um padrão
de bandeamento, com áreas claras e escuras. As áreas claras, provavelmente se
devem a retirada de condroitn sulfato e tem o dobro de comprimento das escuras,
ou seja 60 nanômetros. Nas regiões onde as fibrilas foram cortadas transversal
ou obliquamente um halo claro aparece envolvendo o eixo das mesmas. Nossos
resultados permitiram supor que exista uma associção entre proteoglicanas e
fibrila de colágeno, onde a porção globular protéica estaria na superfície e as
glicosaninoglicanas mergulhadas na espessura da fibrila.
107
BIOCOMPATIBILIDADE
DE RESINA ACRÍLICA INCOLOR, TÉRMICA E QUIMICAMENTE ATIVADA. TESTE BIOLÓGICO EM
TECIDO ÓSSEO DE CALOTA CRANIANA EM COELHO.
Sigmar H.
Rode, Nestor E. Oliveira, Yasmin R. Carvalho & Rolf Rode.
Fac.
Odontologia de São José dos Campos, UNESP, Av. Francisco José Longo, 777,
12245-000,S.J.Campos -SP.
O objetivo
deste trabalho foi estudar comparativamente o comportamento tecidual frente a
resina acrílica incolor, térmica e quimicamente ativada, em substituição ao
tecido ósseo da calota craniana de coelhos, à semelhança de próteses cranianas.
Foram utilizados 30 coelhos adultos, pesando em média 3 kg, divididos aleatoriamente em 6 grupos. Cada animal
recebeu um corpo de prova de cada resina e um sítio de controle, distribuídos
na calota craniana. O corpo de prova constituiu-se de um disco de resina
medindo aproximadamente 0,5 cm de espessura.As resinas utilizadas foram: a
termicamente ativada incolor para base de prótese total da Clássico, e a
quimicamente ativada ativada Cranioplastic.
Os animais
foram sacrificados com 1, 3, 7, 15, 30 e 60 dias, quando foram removidas
secções ósseas incluindo a região peri-implantar. Estas peças foram fixadas em
formol a 10% e seguiram processo rotineiro para descalcificação em E.D.T.A.,
inclusão em parafina e cortes histológicos de 5 µm, com coloração pela
hematoxilina e eosina para observação em microscopia de luz.
De uma
maneira geral, ambas as resinas apresentaram reações teciduais semelhantes. Com
60 dias ambas apresentaram uma cápsula fibrosa com áreas de calcificação na
interface/tecido, demonstrando sua biocompatibilidade e possibilidade de
utilização na intimidade de tecidos.
108
COMPORTAMENTO
DO IMPLANTE DE CEMENTO DESMINERALIZADO NO SUBCUTANEO DE RATO.
Oswaldo A.
Mora & Eduardo Katchburian.
Escola
Paulista de Medicina -Disciplina de Histologia -Rua Botucatu, 740- CEP:
04023-900- São Paulo (SP).
A1guns
autores têm estudado o comportamento do cemento frente à diversos experimentos.
PITARO & "ELCHER (87) puderam verificar em culturas de cemento de
raízes desmineralizadas o aparecimento de fibroblastos e de fibras colágenas
orientadas perpendicularmente à sua superfície. IRVING & BOND (66)
realizaram transplantes de dentes molares desmineralizados no subcutâneo de
ratos e verificaram que após 14 dias ocorria uma grande concentração de células
mononucleares, tanto na superfície quanto na profundidade dos túbulos
dentinários, associados a grandes lacunas de reabsorção. YAMAMOTO (86)
verificou a presença de uma camada forrada por proteoglicanas e uma pequena
porção de fibrilas colágenas admitindo ser esta camada um cemento especializado
entre a dentina e o cemento, servindo de conexão para os dois tecidos. No intuito de estudar o comportamento da
superfície interna (em contato com a dentina) e a superfície externa (em
contato com o ligamento periodontal) do cemento quando implantado em subcutâneo
de rato, desenvolvemos uma técnica para obtenção dessas duas superfícies bem
delimitadas e esse material após descalcificação com EDTA a 7% -pH 7.3. foi
implantado no dorso de ratos adultos onde permaneceram por um período de 3
semanas e 6 semanas, respectivamente. Diante dos resultados por nós obtidos
podemos concluir que realmente existem diferenças entre as duas camadas
(interna e externa) do cemento. A presença de células, fibras e processo de
fagocitose revestindo a superfície externa, mostra que esta devido sua
configuração morfológica e bioquímica, representa a primeira área de remodelação
tecidual, enquanto que na camada interna parece ocorrer estímulos de células
mesenquimais indiferenciadas a formar um tecido frouxo vascularizado do tipo
"pulp-like".
109
CRIOFRATURA
DA MATRIZ DO OSSO E DA DENTINA NOS ESTÁGIOS INICIAIS DO DESENVOLVIMENTO.
Victoc E.
Arana-chavez (1); Edna F. Haapalainen (3); Eduardo Katchburian (2, 3)
Departamento
de Histologia e Embriologia, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de
são Paulo. 05508-900 São Paulo, S.P. (1) & Disciplina de Histologia (2) e
Centro de Microscopia Eletrônica (3), Escola Paulista de Medicina. 04023-900
São Paulo, S.P.
Nos
estágios iniciais da osteogênese e da dentinogênese, osteoblastos e
odontoblastos recém-diferenciados sintetizam e depositam os constituintes da
matriz orgânica. Além do colágeno, glicoproteínas, glicosaminoglicanas e outros
componentes, essas células produzem também as vesículas da matriz. Esses
eventos, os quais parecem ocorrer simultaneamente, são seguidos pela
precipitação de cristais de fosfatos de cálcio. Para entender o processo de
mineralização da matriz é necessário conhecer a organização molecular e
estrutural dos seus componentes orgânicos .
No presente
trabalho, calvaria de embriões de rato com 17-18 dias e germes dentários de
ratos com 2-3 dias foram examinados pelo método da criofratura. Os espécimes
foram fixados numa solução contendo 4% glutaraldeído e 4% formaldeído em tampão
cacodilato 0,1M -pH 7.4. Posteriormente, o material foi crioprotegido com
soluções tamponadas de glicerol a 15% e 30% antes do congelamento em nitrogênio
líquido ( -196ºC) . As fraturas foram feitas num aparelho Balzers BAF 301 e as
réplicas de platina e carbono obtidas, examinadas num microscópio eletrônico de
transmissão JEOL 100 CX II ou JEOL 1200 EX II.
O osso e a
dentina em desenvolvimento mostram fibrilas colágenas, numerosas estruturas
menbranosas e um "background" granular. As fibrilas colágenas, quando
observadas longitudinalmente, parecem seguir um curso "retorcido" em
relação ao longo eixo fibrilar. Algumas das estruturas membranosas são
identificadas como processos celulares, enquanto que outras, as quais são
arredondadas ou ovóides, apresentam partículas intramenbrana ( IMPs ) e
representam as vesículas da matriz. Em estágios avançados de mineralização da
matriz, não são visualizadas as vesículas, sendo observados apenas os processos
celulares percorrendo a matriz calcificada.
Auxílio
financeiro: FAPESP (91/3065-5 e 91/2512-8).
110
EGEITO DA
VIMBLASTINA NA INCORPORAÇÃO DE 3H-GLICINA EM PROTEÍNAS DO LIGAMENTO PERIODONTAL
DE INCISIVOS DE CAMUNDONGOS EM ERUPÇÃO NORMAL E DESIMPEDIDA.
MARIA LUIZA
O.POLACOW & José Merzel
Dep.t
Morfologia, FOP -UNICAMP
O efeito da
vimblastina sobre o metabolismo das proteínas do ligamento periodontal (LP) de
incisivos de camundongos foi estudado radioautograficamente, através da
incorporação de 3H-glicina.
Camundongos
machos adultos, com os incisivos inferiores esquerdos em erupção desimpedida e
os direitos em erupção normal, receberam, intraperitonealmente, dose única de
vimblastina (2mg/kg de peso} , e os controles, volume equivalente de soro
fisiológico. Num 1º experimento, 2h após, os animais T e C receberam
intraperitonealnente, 5µCi/g de peso de 3H-glicina e foram sacrificados em
vários intervalos de tempo de 1 a 96h. Num 2º experimento, o mesmo procedimento
anterior foi feito, 24h após a administração da vimblastina. Após perfusão com
fixador de KARNOVSKY as hemimandíbulas foram removidas e desmineralizadas em
EDTA.
Depois de
incluídas em Poly Bed, cortes de 1 µm de espessura da porção basal dos
incisivos foram radioautografados e corados com azul de toluidina. A
concentração de grãos de prata reduzida foi determinada no LP junto ao dente,
ao osso e na matriz dentinária. Os resultados obtidos mostraram que: 1) Nos
intervalos de 1 a 12h, não houve diferenças entre os animais T e C, indicando
que a droga não alterou a biossíntese de proteínas. 2) Nos tempos mais longos a
concentração de grãos foi significantemente maior, tanto no LP junto ao dente
como no junto ao osso nos animais T, revelando um acúmulo de proteínas
marcadas, provavelmente por inibição de sua exocitose e/ou degradação. 3) Não
houve diferenças significantes na concentração de grãos de prata entre o LP de
incisivos em erupção normal e desimpedida, tanto nos animais T como nos C. 4) A
matriz dentinária mostrou uma provável reutilização maior do aminoácido marcado
em animais T. A natureza destas proteínas foi estudada num 3º experimento onde
o tratamento foi igual ao 1º. As hemimandíbulas foram fixadas em Carnoy e
desmineralizadas em ácido fórmico/citrato de sódio, incluídas em parafina ,
após o que alguns cortes foram tratados com colagenase (T) e outros por salina
(C) , sendo em seguida radioautografados e corados. A quantidade de material
marcado removido pela colagenase não foi diferente entre animais T e C. Já a
concentração de grãos correspondentes às proteínas não-colágenas, apresentou-se
significantemente maior nos animais tratados com vimblastina.
Não foi
possível, por enquanto, inferir se este acúmlo de proteínas não-colágenas
provocado pela vimblastina é causa do retardo da erupção, ou se é um
epifenômeno. Porém estas proteínas, entre as quais devem estar a fibronectina e
proteoglicanas, podem estar associadas a um ou mais fatores dos quais depende o
processo eruptivo.
Auxílio:-FAPESP
(88-0147-0) E CNPq (303435/87-9)
111
EFEITO DE
DESMINERALIZADORES SOBRE OS COMPONENTES PROTEICOS DO PÂNCREAS E DA GLÂNDULA
SUBMANDIBULAR DE CAMUNDONGOS INJETADOS COM 3H-GLICINA.
Luiz F.
Beraldo & Cássio O.G. Munhoz.
Depto. de
Morfologia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP.
Em certos
estudos histológicos de tecidos duros existe a necessidade destes passarem,
previamente, por um processo de desmineralização. Para resolver este problema,
inicialmente foram usados ácidos orgânicos, porém, mostraram-se inadequados
para o estudo dos componentes químicos dos tecidos e células. Por isso, estudos
foram realizados com o objetivo de se avaliar outros compostos que pudessem substituí-los.
Dos vários agentes avaliados, o sal sódico do ácido diamino tetracético (EDTA)
e o ácido tricloro acético (TCA) foram os que menos provocaram efeitos
secundários sobre os compostos orgânicos dos tecidos. Com o objetivo de se
avaliar comparativamente estes dois agentes desmineralizadores, com relação a
preservação de proteínas em tecidos após o seu tratamento, foi proposto este
trabalho. Para isto, três camundongos albinos machos, Swiss, foram injetados ,
i.p., com 3H-glicina na dose de 5 µC/g de peso corporal, e sacrificados uma
hora após a injeção, então removidos o pâncreas e as glândulas submandibulares
e fixadas em glutaraldeído a 2,5%. Os fragmentos dos tecidos foram divididos em
3 grupos, sendo que um, logo após a lavagem do fixador, foi imediatamente
incluído e serviu como controle; os outros dois foram tratados um com EDTA (pH
7,4) por 11 dias e o outro com TCA à 5% por 5 dias (tempo determinado por
tíbias tratadas paralelamente com as mesmas soluções). Após inclusão em
Araldite, foram escolhidos ao acaso dois blocos de cada tecido por animal,
feito cortes de 0,5 µm de espessura, cobertos com emulsão radioautográfica,
expostos, revelados e corados. A análise quantitativa dos radioautogramas foi
feita através da contagem dos grãos de prata reduzida (AgBr). O tratamento
estatístico das concentrações de grãos de AgBr não mostrou diferenças
significantes entre os três grupos, o que indica que nenhum dos
desmineralizadores causa perda significante de proteínas durante o tratamento
dos tecidos analisados.
112
EFEITO DO
PERÓXIDO DE CARBAMIDA A 10% -AGENTE DE CLAREAMENTO DE DENTES VITAIS SOBRE OS
TECIDOS ORAIS.
Maria
Antonieta L. de Souza & Anna Christina Fossati
Faculdade
de Odontologia. Universidade Federal do Rio Grande do Sul 90035- 003(PoA).
O peróxido
de carbamida passou a ser utilizado intensamente como agente clareador de
dentes a medida que a Odontologia Estética foi ganhando importância. O objetivo
deste estudo é verificar se o contato desta substância com os tecidos moles
bucais é capaz de produzir alterações microscópicas na mucosa oral. Para tal
foram selecionados 16 ratos de 21 dias de ambos os sexos que foram submetidos a
aplicações diárias de gel clareador (Opalescence -Ultradent Products, Inc,
Utah) sobre o sulco gengival do lado direito enquanto que o lado esquerdo
manteve-se como controle. Após cada aplicação os ratos foram privados de água e
alimento por 12 horas. Os ratos foram sacrificados após 2, 7, 14, e 21 dias e
foram feitas biópsias da mucosa vestibular tanto do lado tratado quanto do lado
selecionado como controle. Os cortes histológicos estudados incluíram
unicamente a mucosa oral do lado vestibular, desde a zona de lábio até a região
retro molar e neles pôde ser observado que não houve o aparecimento de infiltrado
inflamatório no córion em qualquer dos períodos analisados. Foram encontradas,
no entanto, algumas diferenças entre o grupo controle e o grupo experimental no
que diz respeito ao epitélio pois este mostrou aumento de espessura naquelas
áreas de mucosa que sofreram a ação tópica do gel clareador, além de terem sido
observadas discretas modificações no padrão morfológico das projeções
epiteliais quando estas eram comparadas com aquelas do grupo controle, o que
sugere a existência de um processo hiperplásico com alterações celulares
incipientes. Em todos os espécimes foi encontrada hiperortoceratose embora esta
fosse mais proeminente nos cortes de mucosa tratada.Os achados encontrados na
mucosa destes animais experimentais sugerem que maior cuidado deva ser tomado
quando da indicação de uso de géis clareadores em humanos, pois que o peróxido
de hidrogênio não mostrou-se tão inócuo em relação aos tecidos moles orais
quanto muitos trabalhos científicos sugerem.
113
EFEITOS DA
ZIDOVUDINA (AZT) SOBRE O DESENVOLVIKENTO INTRA-OCULAR DE GERMES DENTAIS. ESTUDO
HISTOLÓGICO EM CAMUNDONGOS.
Nelson C.
Roslindo, Sebastião Hetem, Eleny B. Roslindo & Lizeti T.O. Ramalho.
Depto
Morfologia, Faculdade de Odontologia de Araraquara- UNESP . 14801-903
Araraquara -SP.
Foram
utilizados germes dentais de molares inferiores de fetos de camundongos
sacrificados no 149 dia de prenhes, os quais foram transplantados para a câmara
anterior do olho de camundongos hospedeiros. Os fetos tiveram suas idades
confirmadas pelos critérios morfológicos descritos por GRUNEBERG (1943). Os
animais do grupo tratado receberam por via oral, durante 10 dias, doses diárias
de 30 mg/kg de peso corporal de zidovudina (AZT) enquanto que os controles,
receberam pela mesma via, um volume equivalente de água destilada. Os animais
de ambos os grupos foram sacrificados no 1º dia após a administração da última
dose e os olhos contendo os germes dentais processados para análise
histológica. Os germes dentais, de ambos os grupos, apresentaram o órgão do esmalte
constituído por poucas fileiras de células achatadas e a camada de ameloblastos
formada por células altas, com núcleo basal e citoplasma basófilo, camada de
esmalte espessa, adelgaçando-se em direção cervical ou às áreas carentes de
esmalte, camadas de dentina e pré-dentina bem desenvolvidas, odontoblastos
típicos revestindo as demais células da polpa que estavam uniformemente
distribuídas e estavam presentes vasos sanguíneos. Fibras e células do saco
dental circundavam o órgão dental e separavam-no de trabéculas ósseas situadas
mais externamente. Em alguns espécimes ocorreram áreas de osteodentina.
Verificou-se que a Zidovudina não interfere no desenvolvimento do germe dental
transplantado para a câmara anterior do olho de camundongos hospedeiros; uma vez
que aspectos semelhantes de desenvolvimento, diferenciação celular e deposição
dos tecidos mineralizados ocorreram de forma semelhante nos germes dentais de
ambos os grupos.
114
EFEITOS DO
EGF E DO TGF-B SOBRE O DESENVOLVIMENTO DO GERME DENTAL DE MATRIZ DO CONJUNTIVO
in vitro.
Sebastiao
Hetem
-Depto
Morfologia, Faculdade de Odontologia UNESP, 14.801-903 -Araraquara -SP.
Germes
dentais de primeiros molares inferiores de fetos de camundongos foram
cultivados em meio controle ou em meio acrescido de EGF (10 ng/ml) ou de TGF-B
(1 ng/ml). As peças foram congeladas em nitrogênio líquido, cortadas (7 µm) e
os cortes fixados em acetona a submetidos a reações específicas para laminina,
fibronectina e colágeno tipo I para análise em microscópio de fluorescência.
Alguns espécimes foram fixados com paraformaldeído a 4% por 24 h, incluídos em
parafina e corados com H.E.
Em meio
controle, os germes dos fetos com 14 dias evoluíram em relação ao aspecto
encontrado quando de sua obtenção. Com EGF ou EGF-B, particularmente as
estruturas epiteliais estavam desenvolvidas, sem alcançarem o mesmo grau de
diferenciação ou de aspecto morfológico. Os germes dos fetos com 16 dias
cultivados com EGF mostraram melhor evolução que os cultivados com TGF-B. Os
germes com 17 dias, na presença do EGF, apresentaram características evolutivas
marcantes, sem alcançarem a mesma fase de evolução dos animais controle; Com
TGF-B, ocorreu evolução apenas aos 2 dias de cultivo. A laminina foi
identificada em todos os germes, ao nível da junção epitélio-mesenquimal
(epitélio gengival e tecido da lâmina própria e epitélio do órgão do esmalte e
tecidos conjuntivos da papila e do saco dental) e em áreas circunscritas dos
tecidos conjuntivos. A fibronectina, identificada no interior da papila dental
e do saco dental foi pouco evidente nos germes dos animais com 14 dias, porém,
estava uniformemente distribuída nessas áreas nos germes de mais idade. Essa
substância estava presente entre o órgão do esmalte e a papila e faltava entre
o órgão do esmalte e saco dental. O colágeno tipo 1 foi encontrado entre o
epitélio do órgão do esmalte e os tecidos conjuntivo, da papila e do saco
dental, além de aparecer em áreas circunscritas dos tecidos conjuntivos.
Assim, os
fatores de desenvolvimento interferem no desenvolvimento do germe dental porém,
não produzem alterações nos componentes da matriz extra-celular e a
fibronectina está presente entre o órgão do esmalte e a papila dental e ausente
entre o órgão do es malte e o tecido conjuntivo do saco dental.
Auxílio
financeiro: FAPESP -Proc. 90/3422-0
115
EFEITOS DO
IMUNOMODULADOR SB-73 SOBRE O DESENVOLVIMENTO DE GERMES DENTAIS EM TRANSPLANTE
INTRA-OCULAR.
Sebastião
Hetem*; Cláudia M, Kanno & Maria T. C. Matheus.
Dept.
Morfologia. Fac. Odontologia de Araçatuba -UNESP Cx. Postal 533 Cep 16001-970
Araçatuba (SP).
O objetivo
do presente trabalho foi verificar os efeitos do SB-73 sobre o desenvolvimento
de germes dentais em transplante intra.ocular. O imunomodulador, uma forma
polimérica do fosfato de amônio magnésio associado ao ácido linoleico e a uma
proteína básica, já foi testado em pacientes aidéticos e está sendo proposto
para ser testado em fase clínica III.
Foram
utilizados germes dentais de molares inferiores de fetos de camudongos de 14 e
de 16 dias. Os germes dentais foram transplantados para a câmara anterior de
olhos de hospedeiros adultos que receberam diariamente, por via
intraperitoneal, a dose de 30 mg/kg de peso corporal de SB-73. No grupo
controle, foi administrada água destilada, por mesma via e em volume
equivalente ao grupo tratado. Depois de 8 dias, os animais foram sacrificados e
seus olhos foram processados para análise histológica.
Os germes
de 14 dias do grupo tratado mostraram uma camada de células odontoblásticas
diferenciadas nas áreas oclusais. Pôde-se verificar uma fina camada de dentina.
Os germes dentais de 16 dias do grupo tratado mostraram uma fina camada de
dentina e esmalte. Foi observada uma quantidade razoável de tecido ósseo ao
redor do dente. Todos os germes dentais mostraram todas as suas estruturas
características, conforme a idade. Os resultados mostraram um ligeiro efeito
anabolizante da droga; sem efeitos citostáticos, a despeito da alta dose
utilizada.
116
ESTUDO
COMPARATIVO ULTRA-ESTRUTURAL DA MATRIZ EXTRACELULAR DO TECIDO CONJUNTIVO PULPAR
DE DENTES HUMANOS CARIADOS E RESTAURADOS.
Sigmar M.
Rode; Nelson Villa.
Depto. de
Histologia e Embriologia do Instituto de Ciências Biomédicas -U.S.P. CEP
05508-900. São Paulo -SP.
Considerando
o papel fisiológico e biológico da matriz extracelular na polpa, que é composta
pela porção fibrilar. basicamente de natureza colágena, e pela porção amorfa,
composta principalmente por macromoléculas como as glicosaminoglicanas (GAGs),
que podem estar covalentemente ligadas a proteínas, formando proteoglicanas
(PGs) Propomo-nos a estudar, por comparação, as alterações estruturais da rede
de GAGs e PGS no tecido conjuntivo de polpas humanas. Utilizamos polpas de 7
dentes molares de pacientes entre 20 e 30 anos hígidos e afetados por cárie
oclusal, rasa para média, e restaurados a pelo menos 3 anos somente por oclusal
e sem cárie recidivante, todos com vitalidade pulpar. Imediatamente à extração,
clivou-se o dente, e a porção que continha a polpa foi mergulhada em
glutaraldeído 2% em tampão cacodilato de sódio 0,05M acrescido de cloreto de
cálcio 0,05% pH 7,3 por 5 minutos. Após, a polpa foi removida e seccionada
longitudinalmente em 2 fragmentos que foram fixados na mesma solução de
glutaraldeído citada acima acrescida com vermelho de rutênio 0,2% ou tetróxido
de ósmio reduzido. Os fragmentos foram desidratados por concentrações
crescentes de etanol (70 a 100%) e incluídos em resina Spurr. O estudo
ultra-estrutural foi feito em microscópio JEOL CX-l00 II.
Foram
observadas alterações ultra-estruturais da matriz extracelular de tal forma que
mesmo após a restauração do dente, a polpa não retornou à situação de
normalidade. A rede de GAGs e PGs da polpa de dentes hígidos era constituída
por grânulos e filamentos dispostos numa extensa malha uniforme, contínua e
compacta, com nítido inter-relacionamento com a estrutura e posicionamento das
fibrilas colágenas. Na polpa de dentes cariados esta rede dispõem -se
irregularmente com amplos espaços. Na polpa dos dentes restaurados notou- se
alteração traduzida por áreas homogêneas entremeadas com áreas irregulares e
com abundantes fibrilas colágenas .
117
ESTUDO DA
SUPERFÍCIE DE INTERFACE EPITÉLIO-TECIDO CONJUNTIVO DA MUCOSA GENGIVAL DE Calomys
callosus.
Marcia C.
Kronka, Luciane Y. Koga, Cássia Utiyama & Austregésilo V. Costa-Sobrinho.
Dept.
Anatomia, Inst. Ciências Biomédicas USP. 05508-900 São Paulo (SP).
Estruturas
da mandíbula e da maxila de cinco Calomy callosus, adultos de ambos os sexos,
foram fixadas em solução de Karnovsky modificada contendo glutaraldeído 2,5%,
paraformaldeído 2% em solução tampão fosfato de sódio a 0,lM e pH 7,4. Peças
para microscopia de luz e microscopia eletrônica receberam tratamentos
diferenciados. Para a microscopia de luz, as peças foram fixadas em solução de
Bouin durante 12 horas, lavadas em água corrente, descalcificadas, desidratadas
e então incluídas em parafina, para serem submetidas a cortes frontais de 10
micrômetros Para a coloração, utilizou-se o método Azo-Carmin. Para microscopia
eletrônica, três peças, fixadas em solução de Karnovsky modificada e lavadas em
solução tampão fosfato de sódio 0,1 M, foram pós-fixadas em tetróxido de ósmio
Duas peças sofreram tratamentos convencionais para exame de superfície da
mucosa gengival, enquanto a peça restante foi tratada com solução de NaOH a 10%
durante 3 a 5 dias para remover as estruturas celulares. Tais peças foram
desidratadas em série crescente de etanol, secas ao ponto crítico, cobertas com
íons de ouro e examinadas ao microscópio de varredura JEOL, JSM-T330A. Ao
microscópio de luz, a mucosa gengiva! revela uma camada epitelial espessa
queratinizada contendo papilas conjuntivas maiores e menores. Ao microscópio
eletrônico de varredura, observa-se que a camada epitelial é constituída por
células epiteliais poligonais dispostas em diferentes planos. A superfície de
interface epitélio-tecido conjuntivo revela as projeções de papilas conjuntivas
em aspectos tridimensionais.
Auxílio
pesquisa CNPq ND. 301425/88-4
118
ESTUDO EM
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA DA MUCOSA LINGUAL DE Calomys callosus
Cássia
Utiyama, Luciane Y. Koga, Marcia C. Kronka &. Li-Sei Watanabe.
Dept.
Anatomia, Inst. Ciências Biomédicas USP ,05508-900 São Paulo, (SP).
A
superfície dorsal da língua de diversos mamíferos apresenta diferentes formas
de papilas (Iwasaki &. Sakata, Okaj. Folia Anat. Jpn. 61: 437, 1985), sendo
que as papilas fungiformes, valadas e foliadas contém corpúsculos gustativos.
No presente trabalho, utilizamos o método de microscopia eletrônica de
varredura para estudar as características ultraestruturais das células
epiteliais e das diferentes papilas da superfície da língua de Calomys callosus
adultos de ambos os sexos. As peças foram fixadas em solução de Karnovsky
modificada e pós-fixadas em solução tamponada de tetróxido de ósmio,
desidratadas em série crescente de etanol, secas ao ponto crítico, metalizadas
com íons de ouro e examinadas ao microscópio eletrônico de varredura JEOL,
JMS.-T330A Os resultados mostraram que a superfície dorsal da língua de Calomys
callosus apresenta numerosas papilas filiformes entremeadas por papilas
fungiformes. O terço posterior apresenta uma papila vaiada de forma alongada,
circundada por papilas filiformes. As papilas fungiformes possuem poros
gustativos que são delimitados por células epiteliais queratinizadas,
poligonais ou irregulares. As micropregas de superfície são nitidamente notadas
A superfície da mucosa inferior da língua revela, no terço anterior, numerosas
papilas fungiformes contendo corpúsculos gustativos; revela também algumas
papilas filiformes. As pregas da mucosa da superfície inferior da língua foram
evidenciadas, mostrando um epitélio do tipo pavimentoso escamoso.
Auxílio
pesquisa CNPq No. 301425/88-4
119
ESTUDO
ESTEREOLÓGICO DO CRESCIMENTO DO COMPARTIMENTO DOS ÁCINOS DE GLÂNDULAS
SUBMANDIBULARES DE RATOS SUBMETIDOS A TRATAMENTO COM ISOPROTERENOL
Luana C.
Andrade*, Mirian A. Onofre e Rumio Taga.
Dept.
Morfologia -Histologia/ Faculdade de Odontologia de Bauru.
O objetivo
desta pesquisa foi de verificar, através de quantificações estereológicas ao
microscópio óptico, a participação dos processos hiperplásico e hipertrófico do
crescimento do compartimento dos ácinos de glându1as
submandibulares
de ratos, induzidas por injeções diárias de cloridrato, de isoproterenol por 2
semanas. A análise dos dados obtidos mostrou que:
a) a massa
g1andular aumentou de 135,8% entre 0 a 14 dias, sendo que entre 0 e 3 dias foi
observado a maior velocidade de crescimento; b) a densidade de vo1ume, ou
seja,o percentual de volume glandular ocupada pelos ácinos aumentou nos
períodos de 0 a 3 e 5 a 7 dias, respectivamente de 1,33 e 1,l0 vezes; c) o
vo1ume absoluto desse compartimento passou de 131,9 mm3 aos 0 dias para 522,5
mm3 aos 14 dias de tratamento, o que representou um aumento de 296,1%; d) o
vo1ume celular médio exibiu um soberbo crescimento de 585,4% após 14 dias de
tratamento, sendo que entre 0 a 3 e 5 a 7 dias os aumentos foram
respectivamente 286,3% e 45,0% e e) o número absoluto de células acinosas não
exibiu aumento estatisticamente significativo durante todo o período analisado.
Esses resultados apresentados mostram que o crescimento do volume tota1 do
compartimento acinar de glândulas submandibulares de ratos induzidos pelo
isoproterenol, se dá essencialmente por um mecanismo hipertrotófico.
* Bolsista
da FAPESP ( Proc. Nº91/4457-4)
120
ESTUDO
ESTEREOLÓGICO DOS ÁCINOS DE GLÂNDULAS SUBLINGUAIS DE RATOS JOVENS E ADULTOS
Renato
Hernandes*, Wilmar E. Bassi*, Gerson F. Assis, Antonio C. M. Stipp e Rumio
Taga.
Dept. de
Morfologia -Histologia -Fac. Odontologia de Bauru -USP.
Em
glândulas sublinguais provenientes de ratas com 60 e 140 dias de idade,
avaliamos as dimensões dos ácinos e dos seus constituintes celulares. Nos
animais jovens os ácinos exibiram um volume total de 36,89 + 1,278 mm e uma
superfície total de 23,24 + 0,965 cm2, e estavam constituídos por 263,96 +
16,499 x 105 células mucosas com volume celular médio de 942,25 + 69,568 µm3 e 155,91 + 5,510 x 105 células serosas,com volume
celular médio de 633,33 + 26,017 µm3. Por outro lado, as dimensões
morfométricas obtidas nos animais de 140 dias, foram: volume e superfície
totais de 51,61 + 3,131 µm3 e 34,84 + 1,838 cm2 , número absoluto de células
mucosas e serosas de respectivamente 318,98 + 27,960 x 105 e 220,29 + 9,554 x 105 e volume celular médio de
1002,83 + 89,062 e 661,29 + 37,342 µm3 para as células mucosas e serosas. Esses
resultados mostraram que o volume total dos ácinos cresceu, no período
estudado, exclusivamente por atividades proliferativa, tanto de células mucosas
como de células serosas.
* Bolsista
da FAPESP (Proc. Nº 90/2759-0 e 90/2758-4)
121
ESTUDO
HISTOL6GICO DO PERIODONTO DE SUSTENTAÇÃO DE RATO SUBMETIDO À HIPOFUNÇÃO.
Eleny
Balducci Roslindo, Nelson C. Roslindo, Paulo S. Cerri & Jaqueline B.
Barbosa.
Depto
Morfologia, Faculdade de Odontologia de Araraquara -UNESP, 14.801-903-
Araraquara -SP.
Com o
propósito de analisar possíveis alterações morfológicas provocadas no
periodonto de sustentação dos molares inferiores de rato, quando submetidos à
hipofunção em decorrência da extração dos dentes antagonistas, foram utilizados
30 ratos machos. Após anestesia intraperitoneal com Thionembutal, l5 animais
tiveram os molares superiores direitos extraídos e os outros ratos que não
receberam tratamento, serviram como controle.
Decorridos
os períodos de 2, 8 e 16 dias, todos os animais foram sacrificados e as
hemi-mandíibulas direitas removidas, fixadas e submetidas à metodologia para
inclusão em parafina. A Análise dos resultados revelou a ocorrência de
alterações a nível de osso alveolar, ligamento periodontal e cemento,
podendo-se concluir que o periodonto de sustentação sofre atrofia por desuso; as
fibras do ligamento periodontal apresentam-se em quantidade e densidade
reduzidas, mostram-se desorganizadas e o espaço periodontal encontra-se
estreito, formado por uma faixa de tecido conjuntivo com densidade inferior à
normal.
122
INFLUÊNCIA
DO DIABETES NA RESPOSTA INFLAMATÓRIA DOS RATOS SUBMETIDOS A IMPLANTES DE
FIBRINA BOVINA NO ALVÉOLO DENTÁRIO.
Lizeti T.O.
Ramalho, Cláudia R.A.T. Penteado, Fernanda L. Rossel & Cláudia F. Santos.
Depto de
Morfologia. Faculdade de Odontologia de Araraquara- UNESP, 14801-903-
Araraquara -SP.
O objetivo
desse trabalho foi avaliar a resposta inflamatória de ratos diabéticos
submetidos à extração dentária e posterior implante de fibrina bovina
(Fibrinol). Para isso, o diabetes foi induzido em um grupo através de droga
(Alloxana) injetável que tem como alvo as células beta do pâncreas, e um grupo
controle injetado com soro fisiológico. Após a instalação do diabetes foram
realizadas extrações dos incisivos centrais superiores tanto no grupo
experimental como controle, deixando alguns animais dos grupos controle e
experimental sem o implante.
Após 4 dias
constatamos que os alvéolos dos animais diabéticos com e sem Fibrinol
apresentavam infiltrado inflamatório, vasos sanguíneos dilatados e áreas de
reabsorção óssea na parede alveolar, enquanto que para os animais sadios não
diabéticos nesse mesmo período havia certa reorganização tecidual no grupo sem
fibrinol. Aos 8 dias percebemos a presença de pequenas ilhas de matriz osteóide
no tecido conjuntivo que preenchia os alvéolos dos ratos diabéticos com
fibrinol ao passo que persistia certa desorganização tecidual nos alveólos de
animais diabéticos sem fibrinol.
Aos 12 e 16
dias constatamos tecido ósseo esparso em meio ao conjuntivo denso nos
diabéticos com fibrinol enquanto que para os diabéticos sem fibrinol persistia
tecido conjuntivo frouxo no interior do alvéolo, acompanhado de grande número
de macrófagos , plasmócitos e pequenos pontos de ossificação. Desta forma
concluí mos que no grupo controle com implante, o Fibrinol age como um corpo
estranho, atrasando o processo reparativo, e nos grupos experimentais com
implante foi comprovada aceleração do processo, além da ação hemostática
apresentada.
123
INTERAÇÃO
ENTRE MICROSCOPIA ELETRONICA DE VARREDURA E MICROSCOPIA DE LUZ NO ESTUDO DE
REABSORÇÕES CEMENTARIAS DO TERÇO APICAL DE DENTES HUMANOS COM DIFERENTES
CONDIÇÕES PULPARES.
Joana L.
Paula & João H. Antoniazzi
-Depto de
Dentística 05508-900 FOUSP São Paulo-SP
Este
trabalho analisa reabsorções cementárias do terço apical de 19 dentes humanos
através da microscopia eletrônica de varredura (M.E. V.). As condições
pulpares, avaliadas através de exames radiográficos e testes clínicos de
vitalidade, variaram de polpa viva não inflamada até a necrose pulpar com lesão
periapical. Depois da análise das raízes pela M.E.V., alguns espécimes foram
submetidos à microscopia de luz (M.L), removendo-se a camada de ouro e
descalcificando-os, para serem processados para tal fim.
Foi
verificado que é possível utilizar-se do mesmo espécime para uma observação
conjugada das duas técnicas de microscopia. O uso simultâneo das duas
metodologias para o estudo das reabsorções cementárias mostrou-se mais
abrangente pois a M.E.V. permite avaliar melhor a extensão superficial e a
textura das lesões enquanto a microscopia de luz pôde identificar lesões de
cemento em processo de reparação e dimensiona melhor a profundidade das
reabsorções cementárias.
ESPÉCIME
DIAGNÓSTICO
CLÍNICO PROVÁVEL
CARACTERÍSTICAS
DAS ÁREAS REABSOPRVIDAS
FUNDO
PROFUNDIDADE
TAMANHO
7
8
18
Polpa viva
sem inflamação
Polpa viva
sem inflamação
Polpa viva
sem inflamação
-
Rugoso
Rugoso
-
Média
Rasa
-
-
40µm
3
6
12
13
14
15
16
Polpa viva
com inflamação reversível
Polpa viva
com inflamação reversível
Polpa viva
com inflamação reversível
Polpa viva
com inflamação reversível
Polpa viva
com inflamação reversível
Polpa viva
com inflamação reversível
Polpa viva
com inflamação reversível
-
Rugoso
-
Rugoso
Rugoso
-
-
Sulcos
Média
-
Profunda
Média
-
-
50µm x 20µm
300µm
-
200µm
500µm
-
-
1
2
4
Polpa viva
com inflamação em fase de transição
Polpa viva
com inflamação em fase de transição
Polpa viva
com inflamação em fase de transição
Liso
Rugoso
Liso
Rasa
Média
Média
500µm x
150µm
200µm x
50µm
40µm
9
Polpa viva
com inflamação irreversível
-
-
-
11
Polpa morta
sem lesão
-
-
-
5
10
17
19
Polpa morta
com lesão
Polpa morta
com lesão
Polpa morta
com lesão
Polpa morta
com lesão
Rugoso
Rugoso
Rugoso
Rugoso
Rasa
Média
Média
Profunda
200µm
500µm
+ 1mm
+ 1mm
124
O PERÓXIDO
DE CARBAMIDA A 10% E A POROSIDADE DO ESMALTE DENTÁRIO.
Maria
Antonieta L. de Souza, Roselene B. R. Della Meã; João J.Cunha Filho, Susana W,
Samuel, Everton N. Conceição.
Faculdade
de Odontologia. Universidade Federal do Rio Grande do Sul 90035- 003(PoA).
Entre os
procedimentos em crescente utilização na Odontologia Estética figura o
clareamento de dentes com vitalidade pulpar. A técnica de clareamento caseiro
vem ganhando terreno por sua eficiência e pelo fato de exigir menos tempo de
atendimento em consultório. Porém muito se especula sobre seus efeitos sobre a
estrutura dentária. O objetivo deste estudo foi averiguar o efeito do agente de
clareamento - Peróxido de Carbamida a 10%- sobre o esmalte dentário humano com
relação à porosidade. Para tal foram selecionados 15 (quinze) terceiros molares
retidos que foram divididos em 3 grupos. Um grupo permaneceu como controle
enquanto que 5 dentes foram tratados continuamente (24 horas/dia) por 10 dias
num total de 240 horas, os restantes 5 dentes foram tratados intermitentemente
(12 horas em contato com ge1 e 12 horas de descanso em água destilada) por 20
dias -total de 240 horas de contato com agente clareador. O produto clareador
utilizado foi Opalescence (Ultradent Products Inc., Utah), Após o tratamento as
coroas dos dentes foram mergulhadas em azul-de-metileno por 48 horas e os
dentes foram seccionados para a avaliação da penetração do corante em
profundidade. As peças assim obtidas foram examinadas por três examinadores
distintos em lupa estereoscópica com 25 aumentos sendo atribuídos os seguintes
valores:-valor 0 quando não houve penetração do corante, valor 1 quando o
corante atingiu o esmalte, valor 2 quando atingiu a dentina e valor 3, quando
atingiu a câmara pulpar. Os resultados encontrados foram:
dente
1 dente 2 dente 3 dente 4 dente 5
Grupo
controle
0 0 0 0
0
Grupo
intermitente
1 0 0 2
0
Grupo
contínuo
2 0
2 2 2
Como os
resultados refletem o grau de penetração em profundidade deduz-se que houve
diferença entre os grupos experimentais e o
controle.Estes resultados indicam que a exposição do esmalte dentário ao
gel clareador utilizado alteram a permeabilidade tecidual.
125
O USO DE
MICROONDAS PARA A DESCALCIFICAÇÃO DE TECIDOS MINERALIZADOS DE CAMUNDONGOS PARA
MICROSCOPIA ELETRÔNICA.
Miriam R.
Faria; Victor E. Arana-Chavez & Sigmar M. Rode.
Depto. de
Histologia e Embriologia, Instituto de Ciências Biomédicas, U.S.P. 05508-900
São Paulo, S.P.
O estudo
histológico de tecidos mineralizados tais como osso e dente, requer a sua
descalcificação sem prejuízo da preservação morfológica. Em trabalho anterior
(Faria et al. Rev.Paul.Med. .110:283. 1992), verificamos a eficácia da
associação de microondas ao E.D. T .A. na descalcificação de tecidos
mineralizados de ratos processados para microscopia de luz, com substancial
redução do tempo em aproximadamente 85% .Neste trabalho nos propomos a estudar
a utilização de microondas associadas ao E.D.T.A. para a descalcificação de
tecidos mineralizados para microscopia eletrônica. Utilizamos 4 hemi-mandíbulas
de camundongos Mus musculus variedade Suiço albino, jovens (cerca de 3 meses de
idade) .Os animais foram perfundidos via aurícula direita, com cerca de 50 ml
de glutaraldeído 2.5% em tampão fosfato 0.1M -pH 7,2. O material permaneceu na
mesma solução fixadora por 24 h. Após o período de fixação, as hemi-mandíbulas
foram transportadas para um becker com 80 ml de uma solução de E.D.T.A. a 7% em
água destilada, pH 7.3. e submetidas à ação de microondas. Para isto, este
becker foi parcialmente imerso em uma cuba de vidro com água e gelo picado para
retardar o aumento da temperatura da solução de E.D.T.A. e, conseqüentemente,
incrementar o tempo de atuação das microondas. Este sistema foi então colocado
dentro do forno de microondas regulado para operar em potência máxima até
atingir a temperatura de 40ºC para evitar alterações morfológicas teciduais. O
forno de microondas utilizado foi o de cozinha Sharp, modelo MW615A, operando
na freqüência de trabalho de 2450 MHz. correspondendo a uma freqüência de onda
no nácuo de 12,2 cm, potência máxima nominal de 700 W e com termômetro próprio
removível para controle de temperatura. A solução de E.D.T.A. foi trocada a
cada nova operação. Após a descalcificação o material foi lavado sucessivas
vezes e recortado em fragmentos de cerca de 1 mm2, pós-fixado em tetróxido de
ósmio 1%, desidratado em uma série crescente de álcool e de acetona, infiltrado
e incluído em resina Spurr. Os cortes ultrafinos foram examinados e
fotografados em um microscópio eletrônico JEOL 100 CX II.
A
descalcificação associada às microondas das mandíbulas de camundongos levou 9 h
e mostrou ser uma técnica passível de ser utilizada para estudo a nível
ultra-estrutural, pois não danificou a morfologia tecidual.
126
OBSERVAÇÕES
PRELIMINARES SOBRE IMPLANTES AUTÓLOGOS DE RAÍZES DE MOLARES DE RATOS NO
SUBCUTÂNEO.
Paulo S.
Cerri, Edna Haapalainen & Eduardo Katchburian.
Disciplina
de Histologia e Centro de Microscopia Eletrônica - Escola Paulista de Medicina
-R. Botucatu, 740 Ed. Lemos Torres 2º andar, 04023-900 São Paulo (SP).
Diversos
procedimentos, principalmente transplantes e tratamentos da superfície
radicular por ácidos, continua sendo objetivo de intensa investigação na busca
da neo-formação, ou seja, a reconstrução dos elementos que compõem o periodonto
de sustentação. Sabe-se que para tal, há necessidade da existência de células
progenitoras capazes de gerar fibroblastos ligamentais, osteoblastos e
cementoblastos. Com o propósito de estudar a influência dos diversos elemntos
que compões o periodonto de sustentação - células e constituintes da matriz de
cemento, realizou-se implantes autólogos de raízes de molares de ratos adultos
e machos, no tecido subcutâneo sob três condições: (I) as raízes com
remanescentes do ligamento periodontal foram imediatamente implantadas; (II)
raízes desvitalizadas pelo tratamento "freeze- thawing" e (III)
raízes após desvitalizadas - "freeze- thawing"- foram tratadas pelo
ácido cítrico pH 1,0. Após 4 e 8 semanas, os fragmentos foram removidos,
fixados em Karnovsky (4:4), descalcificados em EDTA 7% (pH 7,2) e processados
de acordo com técnica de rotina para inclusão em historesina. Os resultados
mostram que nos implantes realizados imediatamente após sua remoção, ocorre a
formação de matriz adjacente ao cemento; nos espécimes submetidos ao
"freezind- thawing"( grupo II e III) não existe tal evidência. Outro
achado refere-se ao aparecimento de células multinucleadas associadas à
depressões na superfície do cemento, provavelmente áreas de reabsorção. Estas
células apresentam uma morfologia semelhante aos odontoclastos ( e
osteoclastos) nas raízes do grupo I, enquanto que nas raízes desvitalizadas (
grupo II e III) observa-se, na maioria das vezes, extensas células gigantes de
corpo estranho. Presentemente, o
material está sendo examinado por microscopia eletrônica de transmissão e
varredura.
127
OBSERVAÇOES
ULTRAESTRUTURAIS DE GLICOSAMINOGLICANAS, REVELADAS PELO VERMELHO DE RUTÊNIO, EM
LIGAMENTO PERIODONTAL DE MOLARES DE RATOS.
Silvana
Barros & José Merzel.
Dept.
Morfologia, Fac. Odont. Piracicaba-UNICAMP.13.414-018.
Foram
observadas amostras de ligamento periodontal de molares de ratos jovens
perfundidos durante 20 minutos à temperatura ambiente com solução de
glutaraldeído 2,5% em tampão cacodilato 0,lM pH 7,4 contendo 0,5 mg/ml de
vermelho de rutênio. As mandíbulas foram removidas e separadas em
hemimandíbulas mantidas no mesmo fixador por 3 horas a 4ºC. Após lavagem em
tampão cacodilato o material foi descalcificado em solução de EDTA 10% e pós
fixado com tetróxido de ósmio a 1% em tampão cacodilato 0,lM contendo 0,5 mg/ml
de vermelho de rutênio. Seguiu-se a desidratação por soluções crescentes de
acetona e inclusão em araldite.
Ao M.E.
observou-se que as fibras colágenas apresentam-se unidas entre si por finos
filamentos, ora paralelos entre si, ora ramificados, ancorados a massas
esféricas distribuídas ao longo das fibras.
Ambos,
massas esféricas e filamentos, foram evidenciados por 10 vermelho de rutênio
indicando a presença de glicosaminoglica nas em sua constituição.
Tais estruturas
foram também observadas por Plecash (1974 MSc Thesis, Univ. A1berta), na região
de fibras gengivais supraalveolares do ligamento periodontal de molares de
ratos que utilizou metodologia semelhante porém em material não descalcificado.
Na literatura
há sugestões de que estas estruturas, descritas também na membrana sinovial e
tendões, teriam função de orientação e estabilização das fibras colágenas e
seriam um importante auxiliar na resistência do tecido às forças.
128
PROCESSO DE
MINERALIZÇÃO DA DENTINA -PROPOSTA DE UM MODELO.
Maria
L.P.Almeida ; Antonio W.Almeida & Paula Dechichi
Depto.
Morfologia, Centro Cien.Biomédicas, 38405-382, Uberlândia (MG).
A aná1ise
de cortes ultrafinos do 1º mo1ar siperior do rato albino com dois, três e quatro
dias de idade, submetidos à ação de vermelho de rutênio, acido tanico, EDTA
(acido etilenodiaminotetracetico), enzimas condroitinase AB e condroitinase
ABC, além de associações destas substâncias, nos permitiram propor um modelo
que correlacione nossos achados ultraestruturais com os dados encontrados na
literatura. O processo de mineralização da dentina mostra os primeiros sinais a
partir do topo das cúspides do primeiro molar superior do rato com três dias de
idade. Nesta fase do desenvolvimento do manto dentinário, observa-se que as
fibrilas de colágeno, com cêrca de 20 a 100 nanômetros de diâmetro, estão
mergu1hadas na matriz orgânica sem disposição definida. Destas, alguns grupos
de fibrilas associam-se em agregados com alto grau de eletrondispersividade o
que seria ditado pela presença dos primeiros núcleos de mineralização em
associação com as mesmas. Estudando tais fibrilas, verificamos que apresentam
reação positiva ao vermelho de rutênio que indica a presença de cargas
negativas. Contudo, apesar da marcação evidente dos grânulos do corante ao
longo do eixo maior, o grau de definição molecular é pequeno. Reação positiva
foi também encontrada na presença das enzimas condroitinase AB e condroitinase
ABC. Neste caso, percebe-se a ação das duas enzimas restritas à fibrilas de
colágeno que mostram alto grau de eletrondispersividade. Esta ação é evidente
apenas nas áreas muito eletron dispersantes das fibrilas que estão iniciando o
processo de mineralização. Como a ação da condroitinase ABC foi a mais evidente,
tal resultado falaria a favor do dermaten sulfato com a glicosaminoglicana
componente da proteoglicana que se associaria às fibrilas quando do inicio do
processo de mineralização. A ação isolada do EDTA, ou do EDTA associado a
condroitinase ABC mostra um nível de definição molecular da relação entre
fibrila e proteoglicana algo melhor . Assim, fibrilas com 50 (cincoenta)
nanômetros de diâmetro parecem estar envolvidas por grupos de 12 (doze) porções
globulares de proteínas com 15 nanômetros de diâmetro. De cada proteína
partiriam radialmente glicosaminoglicanas em direção a um eixo central da
fibrila. Tais glicosaminoglicanas, ricas em resíduos de ácido idurônico e
N-acetilgalactosamina, mergulhadas na espessura da fibrila, atraíriam íons
cálcio de maneira regular que responderiam pelos primeiros núcleos de
mineralização no interior das mesmas .
129
TIPOS DE
FIBRAS DO MÚSCULO TEMPORAL DO MACACO-PREGO ( Cebus apel1a Linnaeus, 1758).
J.C.ANDREO,
V. DALL PAI, J.A.C. NAVARRO, J.A. DE OLIVEIRA
USP -BAURU-
DEPTO DE MORFOLOGIA
Foram
retiradas amostras das porções, anterior e posterior, da região superficial do
músculo temporal, de 4 macacos-prego ( Cebus apel1a ) adultos e machos, as
quais foram submetidas a reações de m-ATPase ( com pré-incubações ácida e
alcalina), SDH e NADH-TR, além de HE.
Baseado nos resultados obtidos com essas reações as fibras musculares puderam
ser classificadas como FG, FOG e SO, de acordo com Peter et al. 1972, embora
não tenha ocorrido a reversão ácida na reação m-ATPaBe. O tipo de fibra
encontrado com maior freqüência e com maior área foi o FG, seguido de FOG e SO.
Os resultados obtidos não mostraram diferença significativa entre as porções,
anterior e posterior da região superficial deste músculo. Considerando que a camada
superficial, deste músculo, deste tipo de animal. é bipenado e que o tipo de
fibra encontrado com maior área e quantidade é o FG, seguido de FOG, que são
fibras de explosão muscular, pode-se considerar que o músculo temporal do
macaco-prego tem capacidade para movimentos rápidos e aceleração, bem como
capacidade para desenvolver tensão.
Auxílio
Financeiro: FAPESP Proc. -87/3059-0.
MATERIAIS
DENTÁRIOS
131
ADAPTAÇÃO
CERVICAL DE RESTAURAÇÕES METLOCERÂMICAS DEPROVIDAS DE COLAR METÁLICO NA MARGEM
VESTIBULAR.
Regina M.
Fernandes, Geraldo M. Campos & Gilberto H.S. Fernardes.
Departamento
de Materiais Dentários e Prótese da FORP/USP.
As coroas
metalocerâmicas visam a reduzir o risco de fratura da cerâmica, pois a
estrutura metálica interna lhe confere maior resistência. Porém isso sacrifica
a estética na margem cervical, pela alta reflectividade da cerâmica opaca, e
pela transparência do tecido gengival, que permite entrever o colar metálico
subjacente .As coroas metalocerâmicas sem colar metálico surgiram em razão da
crescente exigência estética dos pacientes. O objetivo deste trabalho era medir
(em microscópio de mensuração linear) o desajuste marginal ao 40 coroas
construídas a partir de um troquel-padrão, combinando duas aplicações de
cerâmica (direta e com platina), dois desenhos da face vestibular total ou
parcialmente metálica) , e três pontos de medida (mesial, central e distal). Os
120 valores numéricos obtidos foram submetidos à análise de variância. O
desajuste cervical médio para as restaurações com a estrutura vestibular
totalmente metálica foi de 30,6 ( 1,9 micrômetros, abaixo, do limite máximo
fixado pela especificação no 8 da ADA (40 micrômetros) para a espessura da
película de cimento. Para o desenho parcialmente metálico o desajuste cervical
foi de 72,2 ( 4,4 micrômetros. Considerando a interação Desenho/técnica, para a
técnica com platina/desenho total, o desajuste foi de 28,5 ( 3,0 micrômetros.
Por sua vez, o maior desajuste foi com a técnica com platina e desenho parcial
(77,6 ( 7,0 micrômetros).
132
ADESIVIDADE
DO IONÔMERO DE VIDRO A LIGAS ODONTOLÓGICAS
Maria de L.
Rodrigues e Antonio Muench
Depto de
Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia da USP, Cidade Universitária.
CEP: 05508-900, São Paulo/SP
A
finalidade da pesquisa é investigar a resistência de união entre dois ionômeros
e duas ligas metálicas. Discos providos de presas, centradamente localizadas.
foram com suas faces opostas, rugosas ou lisas. cimentadas entre si e depois
separadas por ensaio,de tração. Os ensaios feitos após imersão a 37oC em soro
fisiológico: um dia após imersão sem ciclagem térmica e 25 dias com esta
intercalada, perfazendo 560 ciclos. Os resultados permitiram concluir que: em
todas as demais condições experimentais, a armazenagem com ciclagem térmica
diminui numericamente, embora não significativamente, a adesividade nas
superfícies rugosas e a diminuição foi sjgnificante nas superfícies lisas,
chegando em muitos casos a zero; o ionômero Ketac-Cem, em geral, apresentou maiores
retentividades; mesmo com ciclagem térmica, a liga Ni-Cr com superfície lisa
mantém a adesividade a um valor razoável.
Médias de
resistência de união (MPa)* entre ligas e ionômeros
Liga
Marca de
Ionômero
Superfície
Condição de
armazenagem imersa
1 dia sem
ciclagem térmica
25 dias com
ciclagem
Ni-Cr
Ketac-Cem
Rugosa
Lisa
4,34
4,33
3,90
2,46
Vidrion-C
Rugosa
Lisa
3,86
2,04
2,66
0,10
Al-Cu
Ketca-Cem
Rugosa
Lisa
3,47
2,85
2,47
0,04
Vidrion-C
Rugosa
Lisa
2,90
1,86
1,74
0,00
* Valor crítico
pelo teste de Tukey (5%) = 1,581
133
ALTERAÇÕES
PRODUZIDAS NO PREPARO DE SUPERFÍCIES DE CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO (CIV) PARA
ANÁLISE EM MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA (MEV).
Lourdes Ap. M. Santos Pinto; AngelaCristina
Cilense Zoanon & Mário Cilense.
Departamento de Clínica Infantil. Faculdade
de Odontologia de Araraquara-UNESP. 14.801-903- Araraquara-SP.
Os CIV
devem ser protegidos após a reação de presa inicial para se evitar perda de
água e remoção da cadeia de poliacrilato de cálcio e consequentemente,
alterações nas suas propriedades físicas (Garcia-Godoy e Perez. Pedia tric
Dent., 17(2): 83-7. 1993). Um dos métodos utilizados para exame topográfico da
superfície deste material tem sido a MEV. no entanto. este tipo de análise requer
desidratação da amostra. Neste trabalho procurou-se avaliar as alterações da
superfície de CIV em função do tipo de proteção de superfície. Foram preparadas
32 amostras utilizando o CIV Shofu Tipo II. divididas em três grupos onde se
variou a proteção de superfície: O grupo I não recebeu nenhum tipo de proteção.
o grupo 2 recebeu verniz especial e o grupo 3 selante (Fluoroshield). Análise
fotográfica obtidas em Microscopia ótica de Reflexão e MEV nos mostrou que a
desidratação sofrida pelo material. provoca fendas na superfície. que variam em
forma e intensidade, de acordo com o tipo de proteção recebida. sendo estas
fendas mais evidentes quando da ausência de proteção de superfície. Estas
alterações podem dificultar a interpretação de detalhes topográficos que devem
ser avaliados criteriosamente. uma vez que determinadas alterações podem estar
presentes antes da desidratação.
134
AVALIAÇÃO
CLÍNICA DE RESTAURAÇÕES DE RESINA COMPOSTA EM MOLARES DECÍDUOS: DOIS ANOS DE
ACOMPANHAMENTO
Ana Lídia
Ciamponi & José Fortunato F Santos.
Depto de
Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia da USP Cidade Universitária CEP
05508-900 São Paulo/SP
O objetjvo
desta pesquisa foi avaliar clinicamente, durante dois anos, restaurações de
resina composta (Adaptic II) em preparos classe II de molares decíduos, tendo
como variáveis bisel empregado na superfície oclusal e grupos de dentes
restaurados. Métodos: Foram realizadas 45 restaurações, distribuídas em 22
crianças de idades de 4 a 8 anos. Os procedimentos restauradores incluíam
preparo cavitário conservador, base de ionômero de vidro, inserção da resina
composta segundo Lutz e colab (1966), acabamento e polimento. O desempenho
clínico das mesmas foi avaliado aos 6, 16 e 24 meses, através de método direto
pela avaliação "in situ" das restaurações, segundo Ryge e Cyar
(1971), e métodos indiretos, utilizando modelos de gesso, diapositivos e
radiografias. Resultados: Pode-se observar que 1) Estabilidade de cor 72,4% das
restaurações obtiveram Alpha na avaliação direta, no método indireto esse valor
foi de 40,9% 2) Descoloração Marginal: na avaliação direta foi observada maior
incidência no lado de trabalho, o que não foi confirmado no método indireto: 3)
Desgaste: 75,9% das restaurações tiveram Alpha na avaliação direta nos modelos
de gesso, o desgaste médio calculado foi de 87,6 (m; 4) Integridade Marginal:
foi influenciada pelo bisel cavo-superficial, bem como sua localização (lado de
trabalho ou balanceio) 5) Cárie Secundária verificou-se sua incidência em 64%
dos dente restaurados: 6) Sensibilidade Pós-Operatória não ocorrida Pelos
resultados derivados da avaliação direta, concluiu-se que a grande maioria das
restaurações apresentou coloração satisfatória; maior descoloração marginal
ocorreu do lado de trabalho; uma quantidade significativa das restaurações
apresentou forma anatômica ideal, pouca incidência de cárie secundária e
nenhuma ocorrência de sensibilidade pós-operatória. Pela avaliação indireta,
concluiu-se que maior porcentagem de restaurações apresentou diferenças
significativas de coloração; desgaste médio de
87,6 (m;
deterioração das margens depende do bisel cavo-superficial e lado de trabalho
ou balanceio.
135
AVALIAÇÃO
CLÍNICA EM RESTAURAÇÕES DIRETAS DE UMA LIGA DE GALIO: UM ANO DE ACOMPANHAMENTO
Jose
Fortunato F Santos & Paulo Sergio L. dos Prazeres
Depto de
Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia da USP Cidade Universitária CEP
05508-900 São Paulo/SP
O objetivo
deste pesquisa é o de avaliar clinicamente restaurações de liga de gálio,
"GALLIUM ALLOY GF" As restaurações foram feitas em dentes molares e
pré-molares permanentes. Foram executadas 18 restaurações de um total de 35
programadas. em 12 pacientes, alunos do Curso de Graduação de Odontologia A
seqüência dos procedimentos restauradores foi preparo cavitário, forramento com
cimento de ionômero de vidro, adesivo universal sobre as paredes dentinárias.
restauração com GALLIUM ALLOY GF, acabamento e polimento após sete dias As
restaurações foram avaliadas segundo os critérios de cárie recidivante,
integridade marginal, forma anatômica, brilho e textura, de acordo com as
normas do Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos, por três avaliadores
devidamente calibrados. em inspeção visual, com auxilio de espelho e
explorador. Os dados foram interpretados e os resultados apresentados na Tabela
I
Tabela 1-
Avaliação clínica de restaurações de Gallyum Alloy GF, após 1 ano de
acompanhamento (valores em %)
CLASSIFICAÇÃO/CRITÉRIOS
A
B
C
D
Cárie
recidivante
100
-
-
-
Integridade
Marginal
44
56
-
0
Forma
Anatômica
56
33
11
-'
Brilho
0
56
44
0
Textura
0
56
44
-
Conclusões:
As restaurações com liga de gálio apresentaram desempenho muito pobre
relativamente à Integridade Marginal, Forma Anatômica, Brilho Superficial e
Textura. A pesquisa clínica foi interrompida devido .elevada incidência de
sensibilidade pós-operatória. O material em estudo não se recomenda como
material restaurador
136
AVALIAÇÃO
DA INFILTRAÇÃO "IN VITRO" EM CAIXAS PROXIMAIS RESTAURADAS COM RESINAS
COMPOSTAS E IONÔMERO DE VIDRO.
Walter G. Miranda Jr.
Depto de
Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia da USP, Cidade Universitária,
CEP: 05508-900, São Paulo/SP.
Várias
técnicas restauradoras foram comparadas quanto ao grau de infiltração nas
paredes gengivais de preparos tipo MOD em premolares humanos. Cinco técnicas
utilizaram uma resina composta fotopolimerizável (P50 -3M), uma resina
autopolimerizável. (P10 - 3M) e,duas com ionômero de vidro restaurador
(Chelon-fil, Espe), Nas técnicas onde usou-se resinas compostas, os dentes
foram tratados previamente com ácido fosfórico (30 segundos) e agente de união
(Scotchbond II, 3M). Após a restauração, os dentes foram imersos em água
destilada a 37oC por uma semana, seguido de ciclagem térmica (5-55oC/
700ciclos). Posteriormente imersos em azul de metileno a
0,5% por 4
horas cortados e fotografados. Três avaliadores estabeleceram seis graus de
infiltração e os resultados foram analisados estatiscamente (Kruskal-Wallis).
Não houve diferença entre as caixas mesiais e distais, que foram consideradas
independentes. Todas as técnicas sofreram algum grau de infiltração, sendo a
técnica do ionômero restaurador com menor grau, e a de Lutz e colab. e do
Menisco modificado apresentaram grau máximo em todas as réplicas.
Técnicas
Grau médio
de infiltração
Convencional
Incremental P50
4,05
Lutz e
colab. P50
5,00
Menisco P50
4,50
Convencional
Incremental P10
4,70
Convencional
incremental s/esmalte
4,95
Menisco
Modificado
5,00
Ionômero c/
esmalte
0,70
Ionômero s/
esmalte
3,90
Auxílio
Financeiro: FAPESP/proc. no 90/4423
137
AVALIAÇÃO
DA INFILTRAÇÃO MARGINAL DE MATERIAIS ADESIVOS EM LESÕES DE ABRASÃO.
Diego A.B. Manfredi, João Felipe M. Pacheco
& Ewerton N. Conceição
Dept..
Odont. Conservadora. Faculdade de Odontologia. UFRGS. Rua Ramiro Barcelos.
2492. POA -RS -90035-003
As lesões
de abrasão são geralmente acompanhadas de dor e prejuízo da estética podendo
levar a dano pulpar (JADA 121:694, 1990); sendo necessária a restauração. o que
elimina a sintomatologia. Em face da existência de uma série de novos materiais
introduzidos recentemente no mercado nos propusemos a avaliar a capacidade de
selamento marginal de estes materiais restaurando lesões de abrasão. Quarenta
caninos humanos foram preparados simulando lesões de abrasão e restaurados com
os Materiais: GRUPO A. ionômero de vidro (Chelon-Fil/ESPE); GRUPO B ionômero de
vidro resinoso (Variglass/Dentsply) e adesivos dentinários associados a resina
composta GRUPO C, All Bond 2 + Sílux Plus; GRUPO D, ScotchBond Multi-Uso + Z100
seguindo as recomendações do fabricante. Logo. foram submetidos a ciclagem
térmica e a testes de infiltração marginal classificando com os seguintes
critérios os níveis de infiltração: Nível 0. não houve penetração de corante;
Nível 1.quando houve penetração de corante até a metade da parede cervical do
preparo; Nível 2. quando o corante penetrou em toda a extensão da parede
cervical do preparo; Nível 3. quando o corante penetrou em toda a extensão da
parede cervical do preparo e se estendeu até a câmara pulpar.
NÍVEIS DE INFILTRAÇÃO
GRUPOS
0
1
2
3
A
0
0
6
4
B
0
6
3
1
C
4
3
0
3
D
6
2
0
2
Os
resultados foram submetidos a análise estatística através do teste de
Kruskal-Wallis e comparações múltiplas ao nível de 5% de significância. Houve
diferença estatisticamente significante apenas entre o material ionômero de
vidro (Chelon-Fil/ESPE) e o sistema adesivo (ScotchBond Multi-Uso/3M +
Z100/3M).
138
Avaliação
da infiltração marginal em restaurações tipo classe V com resina composta e
amálgama de prata.
Katia R. H.
C. Dias; Nilda B. Soares; Teresa C. A Berlink; Patricia Coelho e Rosimar
Dionízio
Departamento
de Odontologia Restauradora -Faculdade de Odontologia -Universidade do Estado
do Rio de
Janeiro.
A
infiltração marginal e a conseqüente recidiva de cárie sempre foram preocupação
constante da classe odontológica. O advento das novas técnicas de restauração
com resina composta utilizando adesivos dentinários de nova geração associados
à técnica incremental de inserção do material restaurador tem demonstrado
considerável diminuição da fenda ao redor das restaurações. O objetivo deste
trabalho é avaliar e comparar, "in vitro", a infiltração marginal de
restaurações de resina composta e amálgama de prata em dentes submetidos a ciclagem
térmica, bem como a influência do cimento de ionômero de vidro quando utilizado
como material de forramento.
Cinquenta
dentes humanos posteriores recém extraídos foram armazenados em soro
fisiológico à temperatura ambiente. Cada dente recebeu após profilaxia com
pasta de pedra pomes e água, uma cavidade padronizada tipo Cl. V no terço médio
da face vestibular com aproximadamente 3 mm de diâmetro e 3mm de profundidade.
Os dentes -serão separados em grupos de acordo com a técnica restauradora a que
serão submetidos: Grupo 1- ataque ácido do esmalte, selante e resina composta;
Grupo 2- forro com ionômero de vidro, ataque ácido do esmalte, selante e resina
composta; Grupo 3- ataque ácido do esmalte, adesivo dentinário, resina
composta; Grupo 4- forro com ionômero de vidro ataque ácido do esmalte adesivo
dentinário, resina composta e Grupo 5 - verniz, amálgama e
Todos os
dentes foram recobertos com uma camada de esmalte de unha, exceto a restauração
e 1mm do esmalte circundante. Os dentes foram submetidos à ciclagem térmica.
Após a ciclagem os corpos de prova foram armazenados por 7 dias em soro
fisiológico à temperatura ambiente, e 24 horas em solução de azul de metileno a
5%, incluídos em resina epoxy e cortados longitudinalmente no sentido VL para
obtenção das amostras. A avaliação foi efetuada em microscópio óptico, por 3
profissionais independentes devidamente calibrados. Os resultados tratados
estatisticamente pela ANOVA mostraram com 2% de significância que os resultados
doe grupos são diferentes entre si bem como os resultados das regiões. O teste
de Tuckey mostrou que não há diferença entre os grupos na região do esmalte e
que no cemento o grupo 5 teve a maior infiltração sendo diferente do demais. Os
autores concluíram que o amálgama de prata foi o material que teve o melhor
comportamento de à nível de cemento, seguidos dos grupos que combinaram
adesivos dentinários ou adesivos dentinários e ionômero de vidro com resina
composta, o grupo que associou ataque ácido do esmalte, selante e resina
composta mostrou a maior infiltração marginal.
Avaliações
Médias
Grupo
Esmalte
Cemento
1
1,45
2,29
2
0,29
2,71
3
1,71
2,00
4
0,29
2,00
5
0,43
0,87
Apoio CNPq
Processo 501997/91-1.
139
AVALIAÇÃO
DA LIBERAÇÃO DO FLÚOR DOS CIMENTOS DE IONÔMERO DE VIDRO PARA FORRAMENTO.
Kátia R. H.
C. Dias; Nilda B. Soares; Maria L. Souza; Adriana Manera e Eduardo, Valle.
Faculdade
de Odontologia Departamento de odontologia Restauradora Universidade do Estado
do Rio de Janeiro
A
capacidade de liberação de flúor nos Cimentos de Ionômero de Vidro para
restauração já foi estudada
e
comprovada por diversos autores. Mais recentemente. surgiu no mercado
odontológico, o Ionômero de Vidro para forramento. Os objetivos deste estudo
são avaliar a liberação de flúor dos cimentos de ionômero de vidro para
forramento e fazer um estudo longitudinal desta liberação.
Cento e
vinte dentes molares humanos permanentes recém extraídos foram selecionados e
armazenados em solução diluída de etanol. Cada dente recebeu um preparo
cavitário tipo classe V de Black na região cervical da face vestibular com
diâmetro e profundidade de 3 mm e com todas as margens localizadas em esmalte.
Após o preparo os dentes foram separados em grupos que diferiam quanto a
técnica de restauração.
Grupo 1
(controle) -cimento de hidróxido de cálcio, verniz cavitário e amálgama de
prata.
Grupo 2
.cimento de ionômero de vidro VIDRION C. Condicionamento dentinário feito
durante 10 segundos seguido de lavagem e secagem, verniz cavitário e
restauração com amálgama de prata.
Grupo 3
-cimento de ionômero de vidro VITREBOND, verniz cavitário e restauração com
amálgama de prata
Os dentes
foram armazenados em soro fisiológico à temperatura ambiente e submetidos à
ciclagem térmica. Aos 30, 60 e 90 dias dez dentes de cada grupo foram armazenados
em solução de M KOH por 24 horas, para dissolução de. CaF2, f1úor solúvel em
álcali, e posterior análise através do método de Caslavska et al.
PPM de
Flúor
Idade do
Corpo de Prova
Grupo
30 dias
60 dias
90 dias
1
0,13
0,11
0,15
2
0,49
0,47
0,44
3
0,45
0,46
0,44
Os
resultados obtidos foram tratados estatisticamente por análise de variância e
evidenciaram diferenças significativas entre os grupos experimentais e o grupo
controle. Baseados nos resultados os autores concluíram que houve incorporação
de flúor nos dentes dos grupos experimentais
Apoio CNPq
processo 501997/91-1
140
AVALIAÇÃO
DA RESISTÊNCIA À TRAÇÃO E AO CISALHAMENTO DE BRAQUETES DE SOLDAGEM JATEADOS, E
DE TELA, CIMENTADOS COM RESINAS COMPOSTAS
Mônica L.
Moraes & Walter G. Miranda Jr.
Depto de Materiais Dentários. Faculdade de
Odontologia da USP, CEP: 05508-900 São Paulo/SP.
Foram
utilizados 80 prémolares superiores humanos divididos em 4 grupos (I- controle
= braquete de tela + concise ortodôntico; II- braquete de soldagem jateado com
óxido de alumínio + concise ortodôntico; III- braquete de soldagem jateado com
óxido de alumínio + comspan; IV- braquete de soldagem jateado com óxido de
Aluminio + Panavia). Após a limpeza, o ataque acido por 1 minuto, lavagem e
secagem, os dentes receberam os braquetes com as respectivas resinas, e foram
armazenados a 37oC por 24 horas, antes de passar pela ciclagem térmica
(5-55oC/700 ciclos). os resultados dos testes de tração e cisalhamento sofreram
análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey (Tabela).
O teste de resistência ao cisalhamento apresentou valores significantemente
maiores que o de tração, e no primeiro não foi possível detectar diferenças
significantes entre os materiais. O teste de tração evidenciou que os valores
de Panavia + braquete jateado foram semelhantes aos apresentados pelo braquete
de tela + concise ortodôntico, e estes foram maiores que os apresentados por
braquetes jateados cimentados com comspan ou com concise ortodôntico.
Médias de
resistência à tração e ao cisalhamento e valores de Tukey para contraste
Teste Mat.
(kg/cm2)
Panavia
Comspan
Concise
Ortodôntico
Concise (
tela)
Tukey (5%)
tração
0,39
0,16
0,19
0,35
0,157
cisalhamento
0,63
0,39
0,52
0,50
0,336
141
AVALIAÇÃO
DA RETENÇÃO DE SELANTES DE FÓSSULAS E FISSURAS EM RELAÇÃO AO TIPO DE MATERIAL,
TEMPO DE CONDICIONAMENTO ÁC1DO DO ESMALTE E CONTAMINAÇÃO DA SUPERFICIE: 1 ANO
DE OBSERVAÇÃO.
Paulo, E. Capel Cardoso & Marcelo
Poloniato
Depto de
Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia da USP, Cidade Universitária,
CEP 05508-900, São Paulo/SP.
Este
trabalho tem por objetivo estudar os índices de retenção de selantes "in
vivo" em função do tempo decorrido (12 meses) na de pendência das
seguintes variáveis: modo de ativação do selante (fotoativado e quimicamente
ativado); tempo de condicionamento ácido do esmalte (30 e 60 seg.) e
contaminação ou não da superfície com saliva após o condicionamento do esmalte.
Para isso, foram selecionados 449 primeiros molares permanentes íntegros de
crianças com idade de 6 e 7 anos. Todos os dentes sofreram profilaxia com pedra
pomes e água e isolados com rolos de algodão. A partir disto, foram
condicionados com ácido fosfórico a 37% na forma de solução por 30 ou 60 seg. e
lavados por 30 seg. Então, novo isolamento era feito e a superfície oclusal
seca com jatos de ar. Aí, parte da amostra foi contaminada com saliva durante
10seg. e em seguida lavada por 30 seg. sendo refeito o isolamento relativo e a
secagem da superfície oclusal. Em seguida, o selante, quimicamente ativado ou
fotoativado, era aplicado sobre esta superfície de forma uniforme. Para a
avaliação dos 12 meses cada dente recebeu uma nota para facilitar o critério de
avaliação e posterior tratamento estatístico, onde a nota zero representava o
selante totalmente ausente, a 1 o selante parcialmente presente e a 2 o selante
totalmente presente. Após esta avaliação se verificou que as variáveis: tipo de
selante, tempo de condicionamento ácido e contaminação determinaram índices
médios de retenção estatisticamente semelhantes como se segue:
Variável
Tipo de
Selante
Tp. Cond.
Ac.
Contaminação
Índice
médio de retenção
Fotoat.
Quim. At.
30
60
Não contam.
Contam.
1,58
1,60
1,59
1,58
1,57
1,60
142
AVALIAÇÃO
DA RUGOSIDADE SUPERFICIAL DE MATERIAIS RESTAURADORES SUBMETIDOS A UM ENSAIO DE
ESCOVAÇÃO "IN VITRO"
SusanaM.W.
Samuel, Mário F. de Goes.
Dept.
Odontologia Conservadora, Fac. de Odontologia, UFRGS, Porto Alegre -RS90035003
.
O objetivo
deste trabalho foi avaliar a rugosidade superficial de três compósitos
(Herculite XR, Prisma APH, P50), dois ionômeros de vidro (Vidrion R e Chelon
Fil) e um amálgama (Dispersalloy), submetido a ação do dentifrício Kolynos
Super Branco, um ensaio de escovação "in vitro". Foram confeccionados
oito amostras de cada material em matrizes de "plax-glass", com
dimensões de 20x10x2mm. Escovas extra-macias (Prevent 30) foram adaptadas à
máquina de escovação (Equilabor) para agir sob uma carga de 200g, numa
velocidade de 250 escovações/min. durante 2 horas. A leitura da rugosidade foi
obtida com o Perfilômetro Perth-O-MeterM2p, utilizando o parâmetro Ra. Os
resultados mostraram que o Dispersalloy apresentou a superfície-controle mais
rugosa (0,6394 (m), seguido pelo Vidrion R (0,3696 (m), Chelon Fil (0,1760 (m),
Herculite X R (0,0491 (m), P50 (0,0342 (m)e o Prisma APH (0,0338 (m). Após a
escovação, o Vidrion R apresentou a maior rugosidade ( 1, 2508 (m) seguido pelo
Herculite X R ( 1,0300 (m), Chelon Fil (0,63l0 (m), Prisma APH (0,4542 (m),
Dispersalloy (0,4082 (m) e P50 (0,2754 (m).
Com base
nos resultados, podemos concluir que:
1. Não
houve alteração da textura _superficial dos materiais submetidos a escovação,
com água destilada, sem o dentifrício.
2. Todos os
materiais sofreram alterações na textura superficial quando submetidos a
escovação com dentifrício;
3. Ocorreu
um aumento da rugosidade superficial de todos os materiais, exceto do amálgama,
que reduziu a rugosidade para níveis mais baixos;
4. Não
houve diferenças estatísticas significativas ao nível de 5% entre a rugosidade
superficial do amálgama quando comparada com aquelas dos materiais que
mostraram a menor rugosidade após a escovação ( Prisma, APH e P50).
143
AVALIAÇÃO
DE QUATROS SISTEMAS DE ADESIVO, UM ESTUDO IN VITRO
Katia R. H.
C. Dias, Olivia A. S. Fraga, Carlos E. B. Sabrosa e Rogério L. O. Mussel
Faculdade
de Odontologia - Departamento de Odontologia Restauradora Universidade do
Fstado do Rio de Janeiro
.
O propósito
deste estudo foi avaliar, in vitro, a influência de quatro sistemas de adesão
na magnitude da micro-infiltração marginal em restaurações de resina composta.
Quarenta molares humanos recém extraidos foram divididos em quatro grupos. Em
cada um dos dentes foram preparadas duas cavidades Classe V, uma no esmalte,
outra no cemento. As cavidades de cada grupo receberam diferentes adesivos
antes da restauração: 1 - Scotchbond II (3M), 2- Scotchbond Multiple Pulporse
(3M), 3- All Bond Tech A (Bisco) e 4- All Bond Tech B (Bisco). Os. dentes foram
restaurados com resina composta .Silux (3M) pela técnica incremental. Os
sistemas de adesão e a resina composta foram manuseados de acorde com as
instruções dos fabricantes. Após restaurados os dentes foram armazenados em
água à temperatura ambiente por sete dias, termociclados, corados com solução
de violeta de genciana, incluídos em resina epoxi seccionados. Três avaliadores
calibrados uti1izaram um microscópio de luz visível para avaliar a
microinfiltração de cada dente de 0 a 3.
Avaliações
Grupo
Esmalte
Cemento
Média
D. Padrão
Média
D. Padrão
1
0,1
0,3
2,8
0,4
2
0,0
0,0
0,3
0,5
3
0,0
0,0
0,4
0,5
4
0,0
0,0
1,2
1,0
Não houve
infiltração marginal nas cavidades de controle e Scotchbond Multiple Purpose
deu os melhores resultados no cemento seguido por All Bond Tech A, All Bond
Tech B e Scotchbond II. Estes resultados foram estatisticamente significantes
quando testados por ANOVA Os autores concluíram que, sob as condições.deste
estudo: 1) os sistemas de adesão são mais efetivos no esmalte do que no cemento
e 2) os sitemas de adesão tem diferentes
eficiências quando utilizados no cemento.
144
CIMENTOS
ADESIVOS - AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA DA UNIÃO AO METAL E À DENTINA.
Paulo A. Burmann; Tetsuo Sajto; Jose
Fortunato F. Santos
Depto de Materiais Dentários, Faculdade de
Odontologja da USP, Cidade Universitária, CEP: 05508-900, São Paulo/SP.
O crescente
uso de agentes cimentantes adesivos tem originado questionamentos em relação a
sua efetividade adesiva. A maioria das pesquisas têm se fundamentado em testes
de cisalhamento, o que pode mascarar o real efeito adesivo do cimento. Em face
destas constatações, nos propusemos realizar um teste de adesão pura, entre
superfície metálica e dentinária,.planas. Para tanto, foram preparados 30
corpos de prova, constituídos de uma pastilha metálica, Ni-Cr-Be e um dente
molar humano extraído, com a superfície oclusal cortada de forma a oferecer um
plano em dentina, correspondente à área da pastilha metálica, coladas entre si
através de um cimento adesivo (Fig. 1). A amostra geral era composta de três
grupos .1) 10 corpos de prova com cimento resinoso Panavia Ex associado ao
adesivo Prisma Universal Bond III; 2) 10 corpos de prova com cimento resinoso
All Bond 2, e o 3° grupo com 10 corpos com cimento de ionômero de vjdro Ketac
Cem. A superfície metálica foi micro-jateada com óxido de alumínio (70-104() e
a dentina foi condicionada conforme instruções da bula do produto. Após a
ciclagem térmica 95 corpos de prova foram submetidos a tração (WOLPERT).
Através de uma análise de variância (ANOVA) dos resultados observou-se que o
Ketac Cem proporcionou uma união /m2 ), que foram semelhantes.
145
COMPARAÇÃO
DA RESISTÊNCIA À TRAÇÃO ENTRE SOLDAS ELÉTRICA Á PONTO E DE PRATA.
Lourenço C. Sobrinho, Marcos R. de Mendonça,
Simonides Consani.
Área de
Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP, CEP
13414-018 PIRACICABA (SP).
O objetivo
deste trabalho foi comparar a resistência à tração de uma solda de prata com a
solda elétrica à ponto, variando a espessura do fio a ser soldado.
Foram
confeccionados 6 corpos de prova para cada tipo de solda, com variadas
espessuras de fios, totalizando 48 corpos de prova. Todas as soldas foram
realizadas pelo mesmo operador. Os fios de aço inoxidável apresentavam
espessura variando de 0,017", 0,018", 0,020", 0,021" x
0,027". A máquina utilizada para a realização da solda elétrica à ponto
foi a KERNIT 2700, enquanto a solda de prata foi realizada com um maçarico
gás-oxigênio (Miniflan) utilizando o fluxo (ROCKY MOUNTAIN). Os corpos de prova
foram tracionados em uma máquina de tração (OTTO WOLPERT - WERK) a uma
velocidade de 0,5 m/s até a ruptura da solda-
Os
resultados médios obtidos para a solda de prata com fios 0,017",
0,018", 0,020" e 0,021" foram respectivamente 16,14 Kgf, 17,75
Kgf, 19,60 Kgf e 21,76 Kgf e para a solda à ponto 14,69 Kgf, 15,05 Kgf, 17,03
Kgf e 17,33 Kgf.'
Com base
nos resultados, os autores concluíram que: A solda de prata apresentou
resistência à tração superior quando comparadas com a solda elétrica à ponto,
com diferença estatística significativa ao nive1 de 5%.
146
CONTRIBUIÇÃO
PARA O ESTUDO DA RESISTÊNCIA DE UNIÃO ENTRE PORCELANAS E LIGAS DE NIQUEL-CROMO.
Ricardo M.
Scaranelo & Antonio Muench.
Depto de Materiais Dentários. Faculdade de
Odontologja da USP, Cidade Universitária, CEP: 05508-900, São Paulo/SP.
0 trabalho
aborda a pesquisa de resistência de união, por esforços essencialmente de
tração, entre ligas de níquel-cromo e porcelanas. Cinco fatores, cada um com
dois níveis, foram estudados: 2 ligas (Durabond II e Resistal P); 2 porcelanas
(Vita VMK e Duceram) jateamento entre pré-aquecimento e aplicação da porcelana
(sem e com); mistura (opaco e opaco + dentina); uso de vácuo durante a cocção
(sem e com). Os corpos de prova eram pastilhas.obtidas por fundição das ligas,
com perfuração central cônica. Essas eram preenchidas com porcelana e a sua
remoção, após cocção, era no sentido do diâmetro menor para o maior e as forças
de ruptura referidas a área lateral do cone. Os dados foram submetidos à
análise de variância e contrastes estabelecidos pelo teste de Tukey {5%). Na
tabela encontram-se as médias correspondentes a interação significante dos 5
fatores. Foram significantes ainda outras interações e os fatores principais.
As principais conclusões foram: as maiores resistências de união obtidas nos
fatores principais, foram com os níveis: liga Durabond II; com jateamento;
mistura opaco + dentina; porcelana Duceram; uso de vácuo. A tabela mostra que:
as maiores resistências foram obtidas com a Durabond II e jateamento, com o
opaco da Duceram e opaco + dentina da Vita VMK, esta com vácuo; em geral a liga
Resistal P é menos sensível frente às demais variáveis; a porcelana Vita VMK,em
geral, apresentou menor resistência que aumentou com o uso de opaco + dentina e
vácuo.
Médias de
resistência de união (Kp/cm2) -Tukey (5%) = 97,5
Liga
Jateam.
Porcel.
Vita VMK
Duceram
Mist.
Opaco
Op (Dent
Opaco
Op (Dent
Vac.
Sem
Com
Sem
Com
Sem
Com
Sem
Com
Durabond II
Sem
Com
56
78
70
85
60
101
122
290
141
279
164
379
149
181
287
215
Resistal P
Sem
Com
74
61
134
101
62
122
201
110
100
82
143
124
98
74
144
136
147
CONTRIBUIÇÃO
PARA O ESTUDO DAS ALTERAÇÕES DIMENSIONAIS DOS GESSOS
Paulo E.
Capel Cardoso.
Depto de
Materiajs Dentários da Faculdade de Odontologja da USP; Cidade Universitária,
CEP: 05508-900,
São
Paulo/SP.
Tendo sido
verificada em trabalhos anteriores a existência e magnitude da expansão
higroscópica tardia de materiais à base de gesso, torna-se do maior interesse
estudar o que acontece com a expansão do gesso quando, em estágios iniciais de
presa, entra em contato com gessos recém, espatulados: as porções de gesso
crescido poderiam fornecer água para provocar o fenômeno da expansão tardia.
Foram utilizadas três marcas de gesso, representando os tipos II, III e IV da
especificação n o 25 da ADA. Foram realizadas medidas-controle da expansão
normal de presa e da expansão higroscópica tardia do gesso tipo IV provocada
pelo contato com excesso de água após decorridos 10, 30 e 60 minutos do início
da espatulação. Foram também realizadas medidas de expansão de gessos que, após
os mesmos tempos, entraram em contato com outra porção recém espatulada,
simulando situações clínicas: gesso tipo
acrescentando
tipo IV; tipo IV acrescentando tipo III; tipo IV acrescentando tipo II. A
análise dos resultados permitiu concluir que: a expansão normal de presa do
gesso tipo IV ficou dentro dos limites da especificação; a adição de água
produziu expansões além do permitido, em todos os casos, ocasionando expansões
ainda maiores do que a água em excesso, mesmo quando acrescido aos minutos.
148
CONTRIBUIÇÃO
PARA O ESTUDO DOS FATORES QUE DETERMINAM A RESISTÊNCIA DA UNIÃO METAL/CIMENTO
RESINOSO.
Roberto R.
Braga & Rafael Y. Ballester.
Dept. de
Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia da USP. 05508-900 São Paulo (SP).
Estudos
anteriores mostraram haver queda na resistência ao cisalhamento de uniões
obtidas pela colagem de peças de Níquel-Cromo com um cimento adesivo (Panavia
Ex) após ciclagem térmica. O objetivo do presente trabalho e determinar o
mecanismo que origina essa diminuição da resistência. Para tanto, foram
confeccionados corpos de prova, divididos em 4 grupos: 1) colados com Panavia
sem ciclagem térmica; 2) Panavia, com ciclagem térmica; 3) colados com Comspan
(cimento controle, não adesivo), sem ciclagem térmica; 4) Comspan, com ciclagem
térmica. A resistência intrínseca dos dois materiais também foi testada. Após o
ensaio de, resistência ao cisalhamento, pudemos concluir que a ciclagem térmica
deteriora a união entre o Panavia Ex e o Niquel-Cromo, o mesmo não ocorrendo
com os espécimes colados com Comspan. Esta queda parece estar relacionada com a
queda da resistência na área do embricamento (interface cimento/metal), haja
visto que não houve deterioração nas ligações químicas (evidenciado pela
utilização de corpos de prova polidos), o mesmo ocorrendo com a resistência
intrínseca dos cimentos testados.
Média de
resistência das colagens
(Kg/cm2)
Cimento
Cicl.
Trat. Sup
Tukey 5%
Jat.
Polido
Panavia
Sem
Com
226,3
146,8
66,5
54,5
24,4
Comspan
Sem
com
121,7
134,8
6,9
2,2
Resistência
intrínseca
Cimento
Resistência
(Kg/Cm2)
Panavia
399,1
Comspan
553,0
AuxIlio
Financeiro: FAPESP (90/2173-6)
149
DESAJUSTE
DE COROAS FUNDIDAS COM LIGA DE NÍQUEL-CROMO.
Tito
Ghersel & Waldir Isaac Maluf.
Depto de
Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia da USP, Cidade Universitária,
CEP: 05508-900 São Paulo/sp.
A presente
investjgação é relativa ao estudo dos desajustes, de coroas fundidas com liga
de níquel-cromo, cimentadas sobre troquéis metalizados e seccionados, em funçao
da forma de alívio, do número de tiras de amianto, do preparo dos ombros e da
posição medida. Os alívios feitos sobre os troquéis antes da colocação da cera
foram: nenhum (sem); esmalte de unha (Esm.); uma e duas camadas de tinta de
pintura (Ti.1 e Ti.2, respectivamente). O f.orramento do anel de fundição foi
feito com uma ou duas tiras de amianto. Os ombros preparados foram: biselado;
arredondado; reto. As medidas da espessura de película foram determinadas nas
posições: gengivo-proximal ou desajuste marginal (Gp); gengivo- medial (Gm);
gengivo-axial (Ga); axial (Ax); oclusal (Oc). Os dados foram submetidos à
análise de variância, complementada pelo teste de Tukey. Os resultados
permitiram concluir: os fatores principais, ombro, alívio e posição foram
significantes, não tendo sido numero de tiras de amianto; o preparo com ombro
biselado apresentou o menor desajuste marginal; ao contrário, o ombro reto
apresentou maior; o desajuste na posição axial depende do tipo de alívio, ele
foi menor sem alívio; o alívio mais intenso tende a um desajuste margjnal
menor; o alívio, também, diminui o desajuste oclusal.
Desajuste
(micrômetro) correspondentes às interações ombro x posição e alívio x posição e
valores de Tukey (5%)
Posição
Ombro
Alívio
Bis.
Arr.
Ret,
Tukey
Sem.
Esm.
Ti.1
Ti.2
Tukey
Gp
Gm
Ga
Ax
Oc
40
45
46
50
70
61
58
57
52
60
74
93
102
46
61
17,2
69
77
79
38
85
56
63
69
48
61
57
57
61
49
60
52
64
63
63
48
20,8
150
EFEITO DO
IONÔMERO DE VIDRO NA MANUTENÇÃO E REFORÇO DA ESTRUTURA DENTÁRIA ASSOCIADO AO
AMÁLGAMA
Angelo S.
Secco - Ewerton N. Conceição
Dep. de
Odont Conservadora, F.O.UFRGS Ramiro Barcelos, 2492 - Porto Alegre - RS -
90035-003
Vinte e
cinco dentes foram incluídos por suas raízes até o nível cervical um milímetro
aquem da função cemento esmalte, com resina de estireno, contida por um anel de
PVC. Então foram confeccionados preparos cavitários do tipo MO delxando-se
esmalte sem apoio de dentina. Os dentes preparados foram divididos
aleatoriamente em 5 grupos, num total de 5 dentes para cada grupo, conforme a
técnica restauradora utilizada.
Grupo 1-
Controle - Dentes hígidos sem preparo cavitário. Grupo 2 - Dentes com preparo
cavitário, porém não restaurados. Grupo 3 - Os dentes foram forrados com
ionômero de vidro (Chelon Silver) na região de esmalte sem apoio e restaurados
com amálgama persalloy (Johnson & Johnson) Grupo 4 - Os dentes foram
forrados com ionômero de vidro (Chelon Silver Espe) na região de esmalte socavado
e parede pulpar. Sendo a seguir restaurados com amálgama Dispersal1oy da
(Johnson & Johnson). Grupo 5 - Os dentes foram forrados com cimento de
ionômero de vidro fotopolimerizável (Vitrebond 3M) na região de esmalte sem
apoio e parede pulpar sendo a seguir restaurados com amálgama Dispersalloy.
Após a
confecção e restauração das cavidades, os dentes foram armazenados em estufa a
37 graus centígrados, a 100% de umidade por 7 dias. Então, os corpos de prova foram submetidos ao carregamento axial
de compressão em uma máquina de ensaio universal (Losenhausenwerk), com
velocidade de 1.0mm/min. Uma esfera de aço de 4.0mm de diâmetro alojada no
cilindro da máquina tocando apenas nas cuspides transmitindo o carregamento aos
dentes até a fratura, os valores de resistência a compressão, foram submetidos
a análise estatística pelos testes de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
RESULTADOS
A tabela
mostra os dados de resistência a fratura e os valores referentes a fratura do
esmalte socavado e Teste de Tukey para as medias de resistência à fratura.
Grupos
Condições
Médias/força
Fratura
dente
Fratura
Esmalte
5%
1
- Dente
hígido
115.2 kgf
-
A
3
- Cermet
suportando esmalte
87.0 kgf
20%
Ab
4
- Cermet
como suporte e base
74.2 kgf
60%
Bc
5
2
- Vitrebond
como suporte e base
- Esmalte
sem suporte-não restaurado
62.0 kgf
49.8 kgf
60%
100%
Bc
C
Médias seguidas por letras distintas diferem
entre si ao nível de significância de 5% D.M.S. 5%=34.54540
CONCLUSÕES
A) O
preparo cavitário diminui a resistência dos dentes. B) O cermet suportando
esmalte associado a restauração de amálgama manteve a resistência do dente
restaurado igual a do dente hígido. C) Os ionômeros independente da técnica
utilizada, suporte ou reforço aumentaram a resistência do dente restaurado em
relação ao não restaurado. D) O cermet apenas como suporte, duplicou a
resistência do esmalte socavado.
151
EFEITO DO
PERÍODO DE ARMAZENAGEM E DO CONDICIONAMENTO ÁCIDO SOBRE A RESISTÊNCIA À TRAÇÃO
DA UNIÃO CIMENTO DE IONÕMERO DE VIDRO-RESINA COMPOSTA.
Autores:
Marcelo F. Mesquita, Simonides Consani e Mário F. de Góes.
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP: Av. Limeira, s/nº. Piracicaba -S.P. CEP:
12.414-900.
O objetivo
deste estudo foi avaliar "in vitro", o efeito do período de
armazenagem e do condicionamento ácido sobre a resistência à tração da união
entre o cimento de ionômero de vidro e a resina composta. Os materiais
utilizados neste estudo foram a resina composta Herculite XR, o agente de união
XR Primer e XR Bond, e os cimentos de ionômero de vidro forradores Vidrion F e
Ketac Bond. Foram utilizadas 100 amostras, divididas em 4 grupos de variáveis,
com 5 repetições cada variável, da seguinte maneira: 1- Vidrion F condicionado,
2- Vidrion F não condicionado , 3- Ketac Rond condicionado 4- Ketac Bond não
condicionado. Cada uma das variáveis foram sujeitas aos seguintes períodos de
armazenagem: 1 hora, 1 dia, 1 semana, 1 mês e 3 meses, em uma estufa a 37ºC e
100% de umidade relativa. Decorridos os períodos de armazenagem, as amostras
foram submetidas ao teste de resistência à tração da união em uma máquina de
testes OTTO Wolpert-Werke. Os produtos Vidrion F e Ketac Bond apresentaram
valores diferentes de resistência à tração (P<0,05) em todos os períodos de,
armazenagem, com o condicionamento ácido. Sem o condicionamento, o produto
Vidrion F apresentou valores superiores (P<0,05) em relação ao produto Ketac
Bond, nos períodos de armazenagem de 1 hora, 1 dia, 1 semana e 1 mês. Para o
produto Vidrion F, o condicionamento ácido diminuiu os valores de resistência à
tração da união (P<0,05) no período de armazenagem de 1 semana, e no período
de 3 meses , estes valores foram aumentados, sendo equivalentes nos demais
períodos de armazenagem. Para o produto Ketac Bond, o condicionamento ácido
diminuiu os valores de resistência a tração (P<0.05) nos períodos de
armazenagem de 1 hora, 1 semana e 3 meses, não alterando estes valores nos
demais períodos.
152
EFEITOS DA
FONTE DE CALDR E TRATAMENTO TÉRMICO SOBRE A DUREZA SUPERFICIAL E RESISTÊNCIA À
CORROSÃO DE LIGAS METÁLICAS ALTERNATIVAS PARA USO ODONTOLÓGICO
Paulo A.D.
Francisconi, José Mondelli & Aquiria Ishikiriama,
FOB-USP,
Al. Otavio Pinheiro Brisola nº 9-75; 17043-101-Bauru-SP
Desde fins
do século passado, as restaurações metálicas fundidas são uti1izadas em
odontologia. Os processos de fundição dessas restaurações vem evoluindo com o
tempo, e hoje, dispõe-se de recursos que possibilitam a obtenção de
restaurações mais precisas. Por outro lado, com as ligas metálicas alternativas
usadas para as fundições, parece não haver um consenso entre os pesquisadores
quanto as suas propriedades, não existindo ainda uma liga que possa substituir
com vantagens as ligas áureas. Com o intuito de se verificar algumas
propriedades, e tentar extrair melhorias das ligas metálicas alternativas, este
trabalho observou a dureza superficial e resistência à corrosão de algumas
ligas metálicas experimentais e comerciais à base de cobre. As fundições dos
corpos de prova foram feitas por meio de duas formas: maçarico gás/ar e
indução. Uma vez obtidos os corpos de prova, estes sofreram três tipos de
tratamentos térmicos, a saber: T0 - após a fundição aguardou-se o seu
resfriamento até a temperatura ambiente; T1 - homogeneização por 24 horas a
500°C e aquecimento por 3 horas, a 900°C seguido de resfriamento brusco em água
gelada; T2 -igual ao T1, só que, com resfriamento lento dentro do forno. Após a
realização dos testes, concluiu-se quanto à dureza superficial, a liga P (156,6)
(experimental) apresentou resultados significantemente maiores que as demais;
Goldent (150,4) apresentou resultados significantemente maiores que a liga
Duracast (106,4) e as ligas Cu/Be1 (114,9) e Cu/Be2 (139,0) (experimentais)
apresentaram resu1tados intermediários e seme1hantes. Quanto a corrosão, a liga
P (experimental) apresentou a melhor resistência (média 0,3) e a liga Duracast
MS (média 5,0) (comercial) a pior. Quanto às formas de fundição e aos
tratamentos térmicos, influenciaram somente a liga P (experimental). Quanto à
dureza, porém, não influenciaram na resistência à corrosão, e nem na dureza das
demais ligas.
153
ESTUDO DA
REAÇÃO TECIDUAL AO IMPLANTE SUBCUTABEO DE DOIS TIPOS DE PARTÍCULAS DE
HIDROXIAPATITA EM RATOS.
MACEDO.N.L..
JARDINI, M.A.N. CARVALHO, Y.R.
Departamento
Periodontia. Faculdade de Odontologia UNESP S.J.Campos. Caixa Postal 314- SP.
O principal
objetivo do tratamento periodontal para os pacientes com doença periodontal
avançada é a regeneração dos tecidos peridontais. A hidroxiapatita (MA) tem
sido um dos materiais sintéticos mais estudado para substituir o tecido ósseo
perdido. Neste estudo dois tipos de HA -hidroxiapatita coral e HA40 -foram
implantadas no subcutâneo de 12 ratos para se avaliar a reação tecidual destes
materiais. Os animais foram sacrificados após 7, 14, 21 e 30 dias. O tecido
conjuntivo juntamente com o material implantado foram removidos e analisados
através de microscopia óptica. Um infiltrado inflamatório composto
principalmente por macrófagos foi observada ao redor dos dois tipos de HA.
Células gigantes multinucleadas também foram observadas sendo que algumas delas
apresentaram vacúolos claros no citoplasma sugerindo atividade fagocitária. A
reação inflamatória foi mais severa nos períodos iniciais e menos distinta
durante as observações posteriores. A reação inflamatória com HA coral foi mais
circunscrita devido a ma fibrose em todo o período do experimento. Pigmentos
negros foram vistos ao redor de todos os grânulos de HA40. Concluiu-se que os
dois tipos de HA induzem uma reação inflamatória que persiste durante todo o
período experimental e que ambos os tipos de H.A. estudados não mostraram
potencial osteoindutivo, não justificando portanto seu uso como material de
implante para substituir o tecido ósseo.
154
ESTUDO DAS
ALTERAÇÕES DE COR DE RESINAS COMPOSTAS SUBMETIDAS À AÇÃO DE SOLUÇÕES
NORMALMENTE USADAS COMO ALIMENTOS.
Joel
Bianchi & Leonardo Eloy Rodrigues Filho.
Depto de
Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia da USP. Cidade Universitária.
CEP 05508-900. São Paulo/SP.
Uma das
grandes expectativas com o uso de resinas compostas, como material restaurador,
é seu comportamento estético no decorrer do tempo. Os fabricantes têm se
preocupado com a obtenção de resinas compostas, alterando cargas e matrizes,
com o intuito de conseguirem materiais que sofram menor alteração de cor. À
vista do exposto, propõe-se estudar a estabilidade de cor de alguns tipos de
resinas compostas quando submetidas a produtos de consumo corrente: café e
coca-cola. Para isso, foram usadas 7 marcas de resinas fotoativadas: Herculite
XR, P50, Estilux posterior CVS, Adaptic II P, Adaptic II A, Helio Progress e
Durafill. De cada marca foram feitos 5 corpos de prova (c.p.), que polidos
foram identificados e submetidos à medida numérica da aparência de cor em um
espectrofotômetro. A seguir, os c.p. foram submetidos à ciclagem térmica em
banhos de café a 50°C por 1,5 min e, em seguida, em coca-cola a 5°C por 1,5
min, até completar 500 ciclos, quando então foram novamente levados para
leitura de cor no mesmo espectrofotômetro e utilizando-nos da memória e
programa do computador anexo, para cada c.p. já nos era fomecido o ?E, isto é,
a variação de cor para cada amostra (unidade de cor do "National Bureau of
Standards"). Lembrando que diferenças de cor menores que duas unidades são
pouco notadas quando observadas visualmente, constatou-se que todas as marcas
de resina apresentaram alteração de cor. As resinas do tipo
"microfill" apresentaram, em média, as menores alterações (Durafill,
Helio Progress e Adaptic II A). Materiais como Herculite X R e Adaptic II P
também apresentaram alteração de cor relativamente pequena, formando um grupo
semelhante com as "microfill", conforme tabela I.
Tabela I -
Médias de diferença de cor (Unidade NBS) de marcas e valor crítico para
contraste
MARCA
Herc.
Dura
Est.
P50
He. Prog.
Adap.IIP
Adap.IIA
Tukey (5%)
5,39
4,94
7,00
9,25
4,25
4,16
4,35
1,736
155
ESTUDO DE
MICROINFILTRAÇÃO EM RESTAURAÇÕES DE AMÁLGAMA REALIZADA EM CAVIDADES COM ESMALTE
SOCAVADO SUPORTADO POR RESINA COMPOSTA.
Carlos Eduardo Francci.
Depto de
Materiais Dentários da Fac. De Odontologia da USP, Cidade Universitária CEP
05508-900, São Paulo/SP.
Este estudo
abrange a avaliação de microinfiltração em restaurações classe II feitas com
amálgama e/ou resina composta sempre terminadas a nível de cemento. Cavidades
do tipo MOD, com terminação em cemento radicular, foram confeccionadas em
dentes recém-extraídos. As cavidades foram divididas em 2 grupos, sendo um de
cavidade com esmalte socavado e outro de cavidades clássicas. As cavidades
foram limpas com detergente aniônico e hipoclorito de sódio a 0,5% e lavadas
com água, As cavidades com esmalte socavado foram restauradas segundo dois grupos:
(G-I) Totalmente com resina composta e (G-2) Resina composta nas áreas de
esmalte socavado, adesivo experimental para metais e amálgama. As cavidades
clássicas foram restauradas segundo 3 grupos:(G-3) Agente de união e
amálgama;(G-4) Agente de união,adesivo experimental e amálgama e (G-5) só
amalgama. Os dentes após serem restaurados, foram armazenados em solução de
NaCl a 1% em estufa a 37°C, sofreram ciclagem térmica (300 ciclos cm 20 dias,
de 8 a 57°C) e avaliada a infiltração marginal por solução corante de azul de
metileno a 0,5%, pH 7,2. O índices de
infiltração marginal variaram a nível proximal de 0 a 5 e a nível oclusal de O
a 4, sendo que os níveis mais altos representaram infiltração da solução corante
desde a superfície proximal ou oclusal da restauração até a parede pulpar da
caixa oclusal.Os resultados obtidos estão na tabela abaixo, e foram submetidos
a tratamento estatístico, tipo análise de variância chegando-se aos seguintes
resultados.
Grupo de
Restaurações
Média de
Infiltração de Corante
Proximal
Oclusal
G-1
4,25
0,32
G-2
3,00
0,00
G-3
3,40
0,20
G-4
3,17
0,00
G-5
4,08
2,17
Em
cavidades com esmalte socavado, as restaurações de amálgama com "dentina
artificial" de resina composta e o uso do adesivo experimental, para
metais apresentaram microinfiltração marginal a nível de esmalte e cemento,
respectivamente igual e menor em relação às restaurações de resina composta
apenas. A microinfiltração que ocorre a nível de cemento, em restaurações de
resina composta é estatisticamente semelhante à ocorrida em restaurações de
amálgama sem material interposto. O uso de agente de união, sob restaurações de
amálgama, resultou em menor infiltração, principalmente a nível de cimento. O
uso ou não do adesivo experimental para metais foi indiferente.
156
ESTUDO
HISTOLÓGICO DE UM NOVO MATERIAL BIOLÓGICO (BIOBONE) PARA USO NA REPARAÇÃO
ÓSSEA.
Ilan
Weinfeld, Lamartine..V. Magalhães & Nelson Villa.
Departamento
de Histologia, Instituto de Ciências Biomédicas - USP - 05508 900 - S. Paulo
(SP).
Face às
necessidades de um biomaterial adequado e efetivo à reparação óssea nos casos
onde são indicados enxertos ósseos autógenos ou exógenos, os autores desenvolveram
um material constituído basicamente de colágeno desnaturado e osso inorgânico
bovino (fosfocarbonatos de cálcio e magnésio naturais), isento de proteínas e
fatores antigênicos em geral face ao processamento instituído. À base de
colágeno acrescentaram-se íons sulfidrílicos,
importantes na formação de pontes de ligação de enxofre, fator
fundamental na estimulação e facilitação da reparação óssea.
Para este
estudo ratos (rattus norvegicus) foram utilizados divididos em dois grupos:
experimental onde procedeu-se o implante do material em cavidades realizadas na
tíbia de 18 animais e controle onde 18 animais não receberam implante de
qualquer material. Após 7, 14, 21, 28, 45 e 60 dias os animais foram
sacrificados, sendo removida a tíbia e descalcificada (EDTA) e o osso com
material (experimental) ou sem o material foi delimitado e sujeito ao
processamento histológico rotineiro.
O material
incorporou-se ao tecido ósseo atuando como uma matriz óssea, promovendo a
remodelação da estrutura original e sendo reabsorvido pelo organismo na mesma
proporção em que novo osso foi formado.
Nossas
conclusões indicariam nesta etapa a aplicabilidade deste novo material na
manutenção e restauração de rebordos alveolares, preenchimento de cavidades
ósseas, reparação de defeitos periodontais bem como auxiliar à neoformação
óssea ao redor de implantes e cirurgias ortopédicas em geral.
157
INFLUÊNCIA
DA DISTÂNCIA DA FONTE DE LUZ, POLIMERIZAÇÃO ADICIONAL E POLIMENTO NA DUREZA DE
COMPÓSITOS
Susana W.M.
Samuel. Angelo S. Secco, Leo W. Suffert, João F. Pacheco .
Dep. de
Odont. Conservadora, Faculdade de Odontologia, UFRGS, Rua Ramiro Barcelos, 2492
.Poá-RS .90035.003
Uma grande
vantagem dos materiais fotopolimerizáveis é o longo tempo de manipulação e a
relativa rapidez de polimerização quando ativados. Algumas das desvantagens
estão associadas com a polimerização incompleta abaixo da superfície, e a taxa
de polimerização dependente da concentração do ativador e da intensidade da
fonte de luz.
O objetivo
deste trabalho foi verificar a influência da distância da fonte de luz
polimerizadora, de uma polimerização adicional e do polimento superficial na
dureza dos compósitos Sillux Plus e P50. Foram confeccionadas 20 amostras, com
2.5mm de espessura, de cada material e divididas em 4 grupos de acordo com a
distância da ponteira da fibra óptica: 0,0 mm, 5,0 mm,10,0 mm e 15,0 mm Foram
feitas medidas de dureza de superfície das amostras após a polimerização por
60s, após realizado o polimento superficial e após uma polimerização adicional
de 60s, sendo então, também medida a dureza do fundo da amostra.
Os
resultados estão apresentados nos gráficos com valores médios de dureza Knoop
Com base nos resultados podemos concluir que:
1. O
aumento da distância da fonte de luz polimerizadora diminui a dureza
superficial e de fundo destes compósitos.
2. O
polimento aumentou a dureza superficial destes compósitos.
3. A
associação polimento mais polimerização adicional produziu maior dureza
superficial.
158
INFLUÊNCIA
DE AGENTES PROTETORES NA SOLUBILIDADE DE CIMENTOS DE IONÔMERO DE VIDRO
RESTAURADORES.
Renata C.
M. Rodrigues & Mário F. Goes.
Depto. de
Prótese e Periodontia e Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia de
Piracicaba - UNICAMP Piracicaba (SP)
Os cimentos
de ionômero de vidro restauradores são vulneráveis à contaminação pela umidade
e ao contato com o meio externo seco durante a reação de geleificação e logo
após as primeiras horas da confecção da restauração. Assim, este estudo se propôs
a verificar a influência de materiais protetores sobre a solubilidade em água
de cimentos de ionômero de vidro restauradores, empregando o teste gravimétrico
indicado pela A.D.A., esp nº09. Foram confeccionadas 30 amostras de cimentos
Vidrion-R e Chelon Fil, com as seguintes dimensões de 20 mm de diâmetro por 5
mm de espessura. Grupos experimentais de 5 amostras de cada cimento foram
protegidos com resina fotoativada Scothbond e Verniz-V, sendo que um grupo
permaneceu sem proteção (controle); e foram mantidos imersos em água destilada
durante l h e 24h; após o tempo de geleificação inicial. Os resultados foram
submetidos a análise estatística (ANOVA - Teste Tukey} e demostraram que,
independente do tempo e materiais utilizados, as amostras que não receberam
proteção apresentaram elevados índices de solubilidade e aquelas protegidas com
Verniz-V foram as menos solúveis (Tabela}. Desta forma, ficou claro que os
cimentos ionoméricos restauradores necessitam de proteção superficial para
evitar a solubilidade precoce, e o Verniz-V foi o material mais efetivo nesta
função.
Materiais
Chelon -
Fil
Vidrion - R
Tratamento/Tempo
1 Hora
24 Horas
1 Hora
24 Horas
Sem
Proteção
42.44(A)
36.84(A)
24.48(A)
36.98(A)
Scotchbond
6.84(B)
5.96(B)
5.72(B)
10.50(B)
Verniz V
0,06(C)
0,08(C)
0,12(C)
0,34(C)
* MÉDIAS
SEGUIDAS DE MESMA LETRA NÃO DIFEREM ESTATISTICAMENTE AO NÍVEL DE 5% DE
PROBABILIDADE, PELO TESTE DE TUKEY
Auxílio
Financeiro: FAPESP (92/2462-3)
159
INFLUÊNCIA
DE SISTEMAS ADESIVOS SOBRE A RESISTÊNCIA À TRAÇÃO DA UNIÃO AMÁLGAMA DE
PRATA-CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO.
Mauro
Antonio de Arruda Nóbilo, Simonides Consani e Mário Goes.
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP
O objetivo
deste estudo foi avaliar in vitro a resistência à tração da união amálgama de
prata-cimento de ionômero de vidro sob influência de sistemas adesivos. Foram
confeccionadas matrizes cilíndricas de Teflon, possuindo na região central uma
cavidade de formato tronco-cônico retentivo. A base ionomérica foi confeccionada
com cimento de ionômero de vidro VIDRION F e, após o uso de um sistema adesivo
e perfeita estabilização da matriz e contra-matriz, foi condensado o amalgama
de prata TRUE DENTALOY II de alto teor de cobre. As amostras foram divididas em
3 grupos, contendo cada um 20 repetições, sendo o grupo I forradas com cimento
adesivo Panavia Ex; o grupo II, aplicada uma fina camada de cimento de ionômero
de vidro não geleificado, e o grupo III, pincelada selante autopolimerizável.
Metade das amostras foi submetida ao condicionamento ácido por 60 segundos e,
após o preparo, as amostras permaneceram 24 horas a 37ºC e 100% de umidade
relativa, e então ensaiadas em uma máquina de tração universal com velocidade
de 6 mm por minuto. Igual número de amostras, confeccionadas de maneira
idêntica às primeiras, foram produzidas e ensaiadas após um tempo de
armazenagem de 30 dias, perfazendo-se um total de 120 amostras. Os resultados,
submetidos à análise estatística pelo teste de Tukey ao nível de 5% de
probabilidade foram: 1) os adesivos Massa recém-manipulada e Panavia Ex foram
superiores ao selante autopolimerizável, com o tempo de 24 horas e sem
condicionamento ácido, alcançando a média estatística de 20 Kg/cm2 2) Panavia
Ex foi superior estatisticamente (30,36 Kg/cm2 )no armazenamento de 24 horas e
condicionamento ácido; 3) em 30 dias e condicionamento ácido não houve
diferença significativa entre os adesivos, e; 4) em 30 dias sem o
condicionamento ácido o sistema Massa recém-manipulada apresentou maior
resistência á tração da união com valores próximos a 38 Kg/cm2.
160
RESISTÊNCIA
À TRAÇÃO DE NÚCLEOS METÁLICDS FUNDIDOS APÓS TRATAMENTO DA SUPERFÍCIE DENTINÁRIA
E CIMENTAÇÃO COM CIMENTO IONÔMERO DE VIDRO.
JOÃO I. P.
DUARTE, LAURA M. O. SOTELO
Dept. de
Odonlogia Restauradora. Inst. Ciências Biomédicas UERJ 20551-030, Rio de
Janeiro (RJ).
O presente
trabalho tem por objetivo pesquisar
diferentes técnicas de cimentação de núcleos metálicos fundidos.
Neste
trabalho os autores empregam quatro diferentes técnicas para a cimentação e
procurou avaliá-las comparativamente.
Grupo I -
Irrigação com EDTA, lavagem com hipoclorito de sódio e cimentação com cimento
fostato de zinco.
Grupo II -
Irrigação com EDTA. Lavagem com hipoclorito de sódio e cimentação com cimento
ionomero de vidro cermet.
Grupo III -
Irrigação com ácido poliacrílico, lavagem com água destilada e cimentação com
cimento ionomero de vidro cermet.
Grupo IV -
Irrigação com ácido poliacrílico, lavagem com água destilada e cimentação com
cimento ionomero de vidro. Este estudo
foi feito em laboratório utilizando-se raízes de dentes humanos
unirradiculares.
Na
observação dos autores baseando-se nos testes de resistência à tração feitos
através da Máquina Universal de Ensaios LOSENHASENWERK UHP 6, a técnica que
ofereceu melhor resultado foi a cimentação com cimento fosfato de zinco após
ataque com EDTA e hipoclorito de sódio.
161
RESISTÊNCIA
À TRAÇÃO NAS DIFERENTES TÉCNICAS DE CIMENTAÇÃO DOS NÚCLEOS METÁLICOS FUNDIDOS.
Laura M. O.
Sotelo, João L. P. Duarte, Márcia M. da Silva, Alfredo Schnetzler, Suely
Zeitoune.
Dept. De
Odontologia Restauradora. Inst. Ciências Biomédicas UERJ 20551-030 Rio de
Janeiro - RJ
Neste
trabalho, os autores tiveram como objetivo avaliar comparativamente 3 técnicas
diferentes de cimentação dos núcleos metálicos fundidos, procurando a que
oferecesse maior resistência à tração.
Para isto,
foi utilizado como cimento o fosfato de zinco e como recursos adicionais, a
confecção de canaletas nos pinos e o ataque à superfície do conduto com EDTA à 17%
com pH 7,5 e hipoclorito de sódio à 5,25%.
Os testes
foram realizados na máquina universal de Ensaio Losenhausenwerk (Instituto de
Engenharia Mecânica da UERJ). Nesta observação, tivemos como melhor técnica
aquela que associamos os dois recursos, ou seja, os núcleos com canelatas e a
utilização do ataque com EDTA e hipoclorito de sódio à superfície dentinária.
162
RESISTÊNCIA
DA UNIÃO DE RESINAS COMPOSTAS SUBMETIDAS OU NÃO AO TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE.
Paulo E.
Capel Cardoso; Roberta Bertachini; Joel Bianchi.
Deptº de
Materiais Dentários da FOUSP, Cidade Universitária, CEP: 05508-900, São
Paulo-SP
Na clínica
diária, frequentemente o profissional se depara com restaurações de resinas
compostas que necessitam serem trocadas, ora por manchamento, fraturas e
outros. Visando uma técnica odonto1ógica conservadora, foi desenvo1vida uma
pesquisa relacionada com a união das resinas, preservando assim a estrutura
denta1. Foram estudadas as seguintes resinas compostas: Adaptic II P, APH, P-50
e Charisma. As resinas compostas foram unidas a elas mesmas variando na
interface de união segundo os tratamentos de superfície: sem tratamento,
somente uso do agente de união, condicionamento com ácido fosfórico a 37%
seguido do uso do agente de união condicionamento com ácido fluorídrico a 10%
seguido do uso do agente de união. Foram confeccionados. Foram confeccionados
20 corpos de prova para cada tipo de resina, divididas em grupos de 5 para cada
modalidade de tratamento. Os corpos de prova foram imersos em água destilada a
37°C durante 1 semana antes da união e 2 semanas após a união, sendo esta
intercalada por 716 ciclos térmicos. Os resultados de união foram obtidos
através de testes mecânicos envolvendo força de cisalhamento e analisados
estatisticamente. A maior resistência da união foi observada com o ataque ácido
fluorídrico a 10%, e a de menor união foi a condição sem tratamento, sendo que
as resinas Charisma e Adaptic II P, apresentaram as maiores médias de união.
Médias da
resistência da união entre resinas compostas em função da interação resina x
tratamento de superfície e valor crítico para contraste (valores em kgf/cm2)
Resinas
Tratamentos
Adaptic
II P
APH
P-50
Charis.
Tukey
5%
Sem
tratamento
28,20
30,40
42,60
49,00
Agente de
união
63,20
135,20
91,00
214,00
77,69
Ácido
fosfórico
80,40
78,80
69,20
214,80
Ácido
fluorídrico
164,40
92,00
102,20
182,20
Auxílio
Financeiro: FAPESP (Proc. nº 92/1136-5)
163
RESISTÊNCIA
DE UNIÃO DA RESINA COMPOSTA AO ESMALTE DENTAL EM FUNÇÃO DA CARGA EMPREGADA NO
CONDICIONAMENTO ÁCIDO.
Saulo
Geraldeli , & Antonio Muench.
Depto de
Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia da USP, Cidade Universitária,
CEP: 05508-900, São Paulo/SP.
Existe no
meio profissional um certo consenso de que durante o condicionamento ácido do
esmalte dental, esse deve ser aplicado suavemente a fim de não danificar a sua
estrutura que poderia influir na retentividade. A fim de dirimir duvidas sobre
este assunto propomo-nos a pesquisar a influência, do esforço empregado sobre o
cotonete durante esse condicionamento, na resistência de união entre resina
composta e esmalte dental, por ensaios de tração. "Botões" de resina
composta, por meio de moldes de silicona foram fixados sobre o esmalte dental
condicionado sob carga de 0, 500, 1000 e 1500g, por períodos de tempo de 30 e
60 segundos. Os ensaios foram conduzidos com a força aplicada
perpendicularmente à superfície de fixação dos "botões", ou seja, por
ensaios de tração. Os resultados obtidos e estatisticamente analisados
mostraram que: a variação de cargas empregadas, de 0 a 1500g não influi
significantemente na resistência da união; o tempo de condicionamento ácido de
30 segundos já foi o suficiente para se obter alta resistência de união,
havendo mesmo uma tendência de obtenção de maior resistência de união com 30seg
do que com 60 segundos; a não significância da interação mostrou a
independência entre carga e tempo de condicionamento ácido.
Médias de
resistência de união (MPa), por ensaio de tração
Tempo de
condicionamento (seg)
Carga de
Condicionamento
0
500
1000
1500
30
18,02
17,92
18,36
17,04
60
15,07
16,02
16,20
16,92
164
RESISTÊNCIA
FLEXURAL DE LIGAS DO SISTEMA Co-Cr, ANTES E APÓS A REFUSÃO, SUBMETIDAS OU NÃO À
SOLDAGEM.
Guilherme
E. Pessanha-Henriques, Simonides Consani.
Depto.
Odonlogia Restauradora, Faculdade de
Odontologia de Piracicaba - UNICAMP, 12414 - Piracicaba (S.P.).
O objetivo
deste trabalho foi avaliar a resistência flexural das ligas de Co-Cr Dentorium,
Duracrom e Steedent, submetendo-as ou não aos procedimentos de soldagem e
refusão. Foram confeccionadas vinte amostras com formato em halteres, para cada
uma das ligas avaliadas, divididas em quatro grupos, seguindo o critério a
seguir: liga nova sem solda; mistura de iguais proporções de liga
nova/refundida com solda; liga nova com solda; e liga nova/refundida com solda,
utilizando-se fonte elétrica de arco voltaíco de carbono para a fundição e
chama redutora de maçarico de oxiacetileno para a soldagem. No ensaio de
resistência flexural, as amostras foram adaptadas a uma máquina de teste
universal que que fornecia carga perpendicular de compressão com velocidade de
200 Kgf/cm2 .A superfície de fratura das amostras foi analisada sob microscopia
eletrônica de varredura e os resultados obtldos foram submetidos a uma análise
estatística mediante a utilização do teste Tukey a nível de 5% de
probabilidade.
Verificou-se,
independentemente do procedimento de soldagem que os valores numéricos médios
de resistência flexural das ligas refundidas, foi de 340 Kg/cm2, havendo
comprometimento do desempenho da liga Duracrom, que mostrou médias de 273,74
Kg/cm2, talvez devido a alterações no conteúdo de carbono ou devido a inclusões
não metálicas provenientes de vestígios de revestimento, fato sugerido pela
análise fractográfica. Os valores de resistência flexural médios obtidos para
as três ligas metálicas, independentemente do procedimento de refusão, foi de
505,58 kg/cm2, enquanto que as amostras soldadas mostraram valores de 178,25
Kg/cm². Esta redução na resistência talvez seja devido a inclusões de
partículas de fundente, idéia reforçada pelas fotomicrografias das superfícies
de fratura.
Concluiu-se
que: a) as ligas Dentorium e Steeldent, tanto na condição de novas, quanto na
condição de refundidas, não mostraram diferenças estatisticamente
significativas, em termos de resistência flexural; b) a liga Duracrom registrou
redução nos valores de resistêcia flexural para a condição de misturada; e, c)
o procedimento de soldagem provocou redução de aproximadamente 1/4 nos valores
de resistência flexural para as três ligas avaliadas em ambas as condições
testadas.
Auxílio
financeiro - Convênio UNICAMP/PRPG/CAPES/DS-38/92
165
RESTAURAÇÕES
DE AMÁLGAMA TRANSCIRÚRGICAS.
Mauricio
Conti; Sonia M. Conti; Ruy E.T. Paula.
Depto de
Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia da Universidade São Francisco,
Bragança Paulista (SP).
Tanto a
dentística como a periodontia estão preocupados com a manutenção do espaço
biológico por ocasião de intervenções cirúrgico-restauradoras. A invasão
inadvertida deste espaço leva a perda de tecidos periodontais de suporte devido
ao acumulo de placa bacteriana. Neste trabalho, mostramos a associação de um material
restaurador (amalgama Dispersalloy) com uma técnica adequada de abordagem do
preparo cavitário, através de recursos cirúrgicos periodontais, na tentativa de
manter este sulco sadio. O material restaurador eleito para estes casos, parece
ter importância fundamental nestas situações. Se os amalgamas com alto teor de
cobre fossem bactericidas o suficiente, e pudessem manter este sulco sadio,
mesmo que com placa bacteriana, este material seria o de escolhido para esses
casos porque a avaliação da qualidade da restauração em si é comprovadamente
satisfatória. O acompanhamento clínico das restaurações efetuadas para este
trabalho, por um período de dois anos e meio, nos mostra seu estado aceitável,
mesmo estando em contato intimo com o tecido gengival e, quando os pacientes
apresentaram uma higiene oral deficiente. Essas restaurações mantiveram suas
formas anatômicas, apesar da perda de brilho inicial, e não sofreram valamento
marginal ou recidiva de cárie. Porém, como resultado da pesquisa obtivemos que
apesar do procedimento transcirúrgico adequado e da confecção da restauração
sob isolamento absoluto, o contorno do tecido gengival, em grande parte das
restaurações, não foi capaz,de se manter estável no que se refere ao
posicionamento coronário.
166
SILICONAS
DE CONDENSAÇÃO: COMPORTAMENTO DIMENSIONAL.
SÉRGIO
NAKAZONE JR., PAULO S.P.FERRAZ, FERNANDO C.RIBEIRO, TETSUO SAITO.
Dept.
Prótese Dental-Dic.Prótese Fixa F.O.U.S.P. (05508-900)SP
A silicona
de condensação é um material de moldagem com finalidade protética amplamente
utilizado. O objetivo da pesquisa foi avaliar o comportamento dimensional de
três marcas distintas, em três requisitos: comportamento em áreas expu1sivas e
retentivas, tempo de vazamento (30 min. e 24 hs. após a moldagem) , e técnica
de moldagem (dupla moldagem com e sem alívio). Fez-se análise de precisão
através da comparação entre medidas de um padrão metálico, desenhado para a
pesquisa, e dos modelos de gesso obtidos a partir de moldagens com as siliconas
pesquisadas. As medições foram realizadas à temperatura controlada (22 + 2°C)
na máquina de medição tridimensional BHN-1325 (Mitutoyo Corporation). Foram
realizadas três medições para cada segmento estudado em cada uma das três
réplicas de cada condição experimental, perfazendo 36 modelos. Para análise
estatística foi utilizado o teste "t de Student", associado ao nível
de significância de 5%. Dentre os resultados obtidos foi possível avaliar como
satisfatórios, segundo as especificações da A.D.A., os resultados dos três
materiais estudados, desde que utilizada a técnica de dupla moldagem com alívio
e vazado no período de 30min., tanto em áreas expulsivas como em retentivas.
Dentre os materiais, Optosil/Xantoprem e Coltex/Coltoflax apresentaram
uniformidade de comportamento entre si e menor variabilidade de comportamento
em relação ao Silon, que se apresentou instável na técnica sem alívio.
167
TD-65: NOVA
TÉCNICA DE PROCESSAMENTO DE RESINA "DE RÁPIDA" SOB PRESSÃO, USANDO
COMPRIMIDOS EFERVESCENTES.
Eduardo Y.
Suzuki, Rafael Y. Ballester; Jorge Abrão.
Depto de
Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia da USP, Cidade
Universitária,CEP:05508- 900, São Paulo/SP.
A técnica
TD-65, preconizada pelos autores, utiliza-se de comprimidos efervescentes
comuns (4g) e recipiente hermético alimentício a fim de promover, sob pressão,
o processamento das resinas autopolimerizáveis com redução da porosidade
interna. Possibilita a confecção de aparelhos ortodônticos removíveis com baixo
custo, pois dispensa o uso de dispositivos caros e sofisticados. O C02
resultante da reação de efervescência é utilizado para pressurizar O
recipiente. Uma curva de pressão alcançada dentro do recipiente hermético, em
função do tempo, foi levantada a fim de se terminar a menor quantidade de
comprimidos efervescente capaz de fornecer um valor de pressão igual ou maior
que a preconizada pelo fabricante de panela de pressão hidráulica (25psi).1/4
de comprimido efervescente foi suficiente para alcançar este valor apos 50
segundos e mantê-lo durante todo o processo de polimerização. 30 corpos de
prova foram processados, 10 sob pressão atmosférica (a), 10 com a técnica TD-65
(b) el0 com o uso da panela de pressão hidráulica (c) e submetidos aos testes
de densidade e resistência ao dobramento em três pontos (Mr). Não houve
diferenças significantes nos valores obtidos pelos métodos (b) e (c).
Concluímos que o método de polimerização proposto permite obter corpos de prova
com densidade e resistência ao dobramento semelhante ao método tradicional em
panela de pressão hidráulica. A polimerização sob pressão atmosférica produz
corpos de prova de menor densidade e resistência.
Método de
polimerização
Densidade
(g/cc)
Tukey
0,1%
Módulo de
resist
(kp/cm2).102
Tukey
1%
Pressão
hidráulica
1,1870
7,70
TD-65
1,1869
0,0099
8,19
1,12
Pressão
atmosférica
1,1725
6,27
METODOLOGIA
CIENTÍFICA
169
A
ESTATÍSTICA KAPPA. I. COMPARAÇÃO DE DUAS SITUAÇÕES.
Leonor C.H.
Loffredo, Lúcia H. M. Neves, Luiz J. Moura.
Bioestatística,
Departamento de Odontologia Social, Faculdade de Odontologia- UNESP, 14.801-903
Araraquara (SP).
No Informe
Técnico nº 472, da OMS, é salientada a necessidade de que os indicadores de
saúde apresentem identidade de resultados: "o indicador terá resultados
idênticos, ainda que se empreguem especialistas diversos..."
Para se
estimar o grau de concordância de dois pesquisadores ao classificar um
indicador de saúde bucal, propõe-se que seja empregada a estatística Kappa
segundo Light, denotada por KL dada por:
KL =Po -Pe
1 -Pe
onde:
P0 = 1 C nii; P0 = 1 C
ni.ni
n S n2 S
i=1 i=1
Foi aplicada a estatística Kappa (KL ) no
estudo da reprodutibilidade do indicador de saúde periodontal de Russel1,
admitindo-se que a condição para que fosse considerado reprodutível resultaria
em grau de concordância mínimo de 80%.
TABELA 1.
Atribuições feitas por examinadores (El e E2 ), segundo critério proposto por
Russell.
E1/ E2
0 1 2
6 8
TOTAL
0
1
2
6
8
348 72 4
- -
84 519 91
- -
2
97 207 1
-
1 2 3 -
-
- -
- -
424
694
307
6
-
TOTAL
434 689 304
4 -
1431
KL -0,61 ;
lim.inf. KL .0,57 ; lim.sup. KL -0,65
A
concordância entre examinadores foi de 0,61, sendo que o próprio limite
superior do intervalo ficou aquém de 0,80. Fica, assim, rejeitada a hipótese de
que o índice de Russell seja reprodutível, ao nível de significância de 5%.
170
AVALIAÇÃO
DO Al(OH), NOS SINTOMAS RELACIONADOS À INGESTÃO DE FLÚOR GEL: DELINEAMENTO
"CROSS-OVER" BINÁRIO.
Pedro L.
Rosalen¹, Jaime A. Cury¹ & Antonio L. Rodrigues Jr.².
Dept. C.
Fisiológicas, FOP/UNICAMP¹ e Dept. Odonto. Social. FO-Araraquara/UNESP². C.P.
52, CEP 13414-900. Piracicaba (SP).
A aplicação
tópica de fluoreto (F*) em gel é um dos métodos mais utilizados clinicamente na
prevenção da cárie dental. É sabido que o paciente ingere, involuntariamente,
uma parcela do gel, podendo resultar em sensação de desconforto após o
procedimento clínico, como: náuseas e vômito. O objetivo deste trabalho é
avaliar probabilisticamente os relatos de sintomas relacionados à ingestão de
F* em diferentes situações de biodisponibilidade. Participaram 10 vo1untários,
aleatorizados em 2 grupos, que mastigaram e deglutiram 2 comprimidos placebo
(controle) ou de Al(OH) (cada comprimido continha 230 mg de hidróxido de
alumínio) antes da aplicação tópica. Numa etapa subsequente, os grupos recebiam
o "tratamento experimental" inverso ao da etapa precedente, caracterizando
o delineamento "Cross-Over" (2x2) e duplo cego, observando o período
de .'Wash-Out" de 7 dias. Os vo1untários relataram a presença ou ausência
da sensação de mal-estar, náuseas, diarréia e outros sintomas. Os relatos foram
avaliados estatisticamente, verificando a probabilidade das respostas binária
serem casuais. Os resultados de observação dos relatos de toxicidade de
ingestão de F* mostraram que 70% dos indivíduos do grupo controle mencionaram
um ou mais sintomas após aplição tópica, como: sensação de mal-estar
(p=0,1719), náuseas (p=0,3770) e outros (azia, enjôo e cefaléia/ p=0,1719).
Estes sintomas ocorreram nos primeiros 25 minutos após a aplicação do gel. Não
houve relato de intoxicação entre os indivíduos no grupo tratado com Al(OH),. O
teste binomial aplicado a estes resultados indica que não existem diferenças
estatisticamente significativas (p < 0,05), entre o relato de presença ou
ausência de sintomas. Estes resultados mostraram que o Al(OH), eliminou os
sintomas toxicológicos relacionados à ingestão de gel fluoretado, nestes
vo1untários.
171
ESTUDOS
CLÍNICOS COM DELINEAMENTO "CROSS-OVER" DE RESPOSTAS BINÁRIAS
-CONCEITOS.
Antonio
L.Rodrigues Jr', Luis J. De Moura
Faculdade
de Odontologia de Araraquara -UNESP
Os
delineamentos tipo "Cross over" são aqueles em que as unidades
experimentais são reutilizadas, fazendo com que cada uma receba todos os
tratamentos em períodos diferentes.
Este tipo de delineamento é atualmente empregado em estudos farmacológicos de
biodisponiblidade e de bioequivalência, sendo também utilizado em estudos
clínicos ("Clinical Trial"). Nele, a variabilidade
"intra-unidades"é praticamente eliminada, o que implica dizer que a
precisão dos testes estatísticos efetuados é maior, isto é, diminui a probabilidade
de "falso-negativo". Assim, como conseqüência do aumento de precisão,
há uma diminuição do número de repetições, possibilitando situações em que o
tamanho da amostra num delineamento tipo "Cross-Over"chega a ser 14
(catorze) vezes menor que num experimento convencional.
O objetivo
deste trabalho é conceituar o delineamento "Cross-Over" e definir os
efeitos por ele estimados, tais como tratamentos, períodos e
"Carry-Over", demonstrando seu emprego aos experimentos com respostas
qualitativas dicotômicas ( binárias).
Um software
(XOVER) foi desenvolvido para facilitar a execução dos cálculos estatísticos,
na avaliação de dados binários, emitindo os resultados dos testes mais
utilizados: modelagem logística de Zimmermann & Rahlfs, tabela de
contingência de Gart, modelo logístico de Cox e teste não paramétrico de Mc
Nemar.
MICROBIOLOGIA
E
IMUNOLOGIA
173
AÇÃO
ANTIMICROBIANA DO HIPOCLORITO DE SÓDIO EM DIFERENTES CONCENTRAÇÕES E TEMPOS DE
CONTATO.
Marcelo M. Souza; Maria C. M.Souza-Gugelmin
,Paulo C. Saquy & Jesus D. Pécora.
Dept. de
Ciências da Saúde. Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto-USP.
Av. do Café. s/nº. Ribeirão Preto-SP.
Avaliou-se
a atividade antimicrobiana do hipoclorito de sódio em diferentes concentrações
(1.0%.0.5%. 0.25% e 0.12%) e em diferentes tempos de ação (15, 30, 45, 60 e 75
segundos). Com essa finalidade, cones de papel absorvente eram contaminados com
Streptococcus faeca1is ou com Candida albicans e expostos às diferentes
concentrações de hipoc1orito de sódio em diferentes intervalos de tempo. Os
cones eram transferidos para tubos de ensaio contendo Tiog1icolato (Difco) e
incubados a 37 graus _centígrados por 72 horas. As soluções de hipoclorito de
sódio nas concentrações de 1.0% e 0.5% foram ativas contra os microrganismos
testados a partir de 15 segundos, enquanto que na concentração de 0.25%
apresentou atividade a partir de 45 segundos de contato sobre a Candida
albicans e não apresentou ação sobre o Streptococcus faeca1is. Na concentração
de 0.12% a solução de hipoc1orito de sódio não reve1ou qualquer atividade
antimicrobiana nos intervalos de tempo estudados. Com base nos resultados
obtidos concluiu-se que: as soluções de hipoclorito de sódio com concentrações
abaixo de 0.5% não devem ser utilizadas para rea1izar a desinfecção do canal
radicular, pois não atuam sobre os microrganismos testados.
TABELA
1.AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE
HIPOCLORITO DE SÓDIO, EM DIFERENTES TEMPOS DE CONTATO, FRENTE AO Streptococus
faecalis ATCC 19433 E À Candida albicans (ISOLADA DE CANAL RADICULAR) .
_____________________________________________________________________
TEMPO DE CONCENTRAÇAO DE
CLORO ATIVO
CONTATO 0.12% 0.25% 0.5% 1.0% CONTROLE
(SEGUNDOS) S C S C S C S C
S C
_________________________________________________________________________________________
15 + + + + - - - - +
+
30 + + + + - -
- - +
+
45 + + + - - -
- - + +
60 + + +
- - - -
- + +
75 + + + - - -
- - + +
__________________________________________________________________________________________
Legenda: +,
presença de desenvolvimento microbiano; -.ausência, de desenvolvimento
microbiano; S, Streptococcus faecalis; C, Candida a1bicans.
174
Actinobacillus
actinomycetemcomitans: CURVA DE CRESCIMENTO X PRODUÇÃO DE BACTERIOCINA.
Cristina M.
S. Miranda, Elizabeth S. A. Moreira & Maria Auxiliadora R. Carvalho.
Deptº de
Microbiologia, Inst. Ciências Biológicas UFMG, 31270901 Belo Horizonte (MG).
Os fatores
de ordem mitodológica que podem interferir na expressão das atividades
metabólicas bacterianas e na leitura das provas para avaliação dessas
atividades têm sido motivo de muitas pesquisas. Contudo, poucos trabalhos têm procurado discutir a expressão de
certas habilidades em função do momento metabólico da cultura microbiana.
Assim, pelo destaque que se dá hoje ao A. actinomycetemcomitans, indígena da
cavidade oral e de reconhecido potencial agressor, que certamente tem na
produção de substâncias antagonistas um de seus determinantes ecológicos mais
significativos, procurou-se determinar
a sua curva de crescimento e a produção de bacteriocina ao longo dessa trajetória,
como dado biológico básico e essencial para outros estudos. Utilizando-se a
cepa de referência Y4, e uma cepa de mico (M2-2), acompanhou-se a produção de
bacteriocina ao longo da curva de crescimento dos microrganismos,
demonstrando-se que o pico produção desta substância antagonista está em torno
de 33 horas, sendo detectada até 52 horas, aproximadamente. Por tanto, a produção de bacteriocina pelo
A. actinomycetemcomitans ocorre em sua fase estacionária. Confirma-se, assim,
que no metabolismo microbiano, a produção de metabólicos solúveis pelas
bactérias não se faz de maneira contínua ao longo das diferentes fases do ciclo
vital dos microrganismos. Considerando-se que a bactericiona pode contribuir
para a regulação intra e interespecífica da microbiota oral, e pode estar
relacionada à virulência dos microrganismos, o estudo desta propriedade é de
extrema importância para o compreensão dos fenômenos biológicos que envolvem o
A. actinomycetemcomitans.
Auxílio
Financeiro: CAPES, CNPq, FAPEMIC e PRPq/UFMG.
175
ADESÃO IN
VITRO DE S.mutans E S.sanguis:INTERFERÊNCIA DE ANTISSÉPTICOS.
Silva- na
Cai, Márcia P.A.Mayer, Maria R.L.Simionato, Neil F.Novo & Flávio Zelante
Laboratório
de Microbiologia Oral -ICB/USP -CEP 05508-900 -São Paulo, SP.
Muitos
estudos tem enfatizado a interferência na adesão bacteriana aos dentes, como
forma de controlar o desenvolvimento da placa dental. O objetivo deste trabalho
foi o de verificar o efeito de antissépticos, presentes em concentrações
subinibitórias(CSI)em culturas de S.mutans 2-1 e S.sanguis 4-1,em relação à
adesão in vitro destas espécies bacterianas. Os agentes químicos estudados
foram: digluconato de clorexidina(Cx), hexetidina(Hx), cloreto de
cetilpiridínio (Cc), lauril sulfato de sódio(SDS), fluoretos de sódio(NaF) e
amônia (NH4F)e cloreto de sanguinarina
(SG) .As células foram cultivadas em caldo TSB contendo metil-timidina 3H e um
antisséptico, na CSI selecionada. Para o controle (CT), as cepas se
desenvolveram no mesmo caldo acrescido apenas de metil-timidina 3H. A seguir,
as suspensões bacterianas foram adicionadas à pérolas de hidroxiapatita
recobertas com saliva (HA-S). Após incubação, foi avaliada a radioatividade
específica em cintilador. Os resultados foram submetidos à análise de variância
por postos de Kruskal-Wallis (tabela I) .
Tabela I.
Média das porcentagens de adesão à HA-S para as cepas de S.sanguis 4-1 e
S.nutans 2-1.
Experimento
CT
Cx
Hx
SDS
Cc
NaF
NH4F
SG
Cepas
bacterianas
4-1
2-1
17,07
11,85
15,54
23,21
11,41*
17,57
14,74
18,09
15,99
15,49
23,18
34,26*
19,47
35,22*
10,21*
32,87*
*
estatisticamente significante em relação ao controle
Hx e SG
reduziram, significantemente, a adesão de S.sanguis 4-1 à HA-S. No entanto, a
adesão de S.mutans 2-1 foi significantemente aumentada por NaF , NH4F e SG. Os
resultados sugerem que os antissépticos estudados em CSI podem influenciar o
processo de adesão de bactérias aos dentes.
Auxílio
financeiro: FAPESP -Proc. Nº 91/3865-1
177
ATIVIDADE
ENZMÁTICA DE CANDIDA ALBICANS E HABITO DE FUMAR DOS PORTADORES: UM SISTEMA DE
TIPAGEM PARA RASTREAMENTO EPIDEMIOLÓGICO.
Fernando R.
X. da Silveira Claudete R. Paula, Esther G. Birman e Jéssica M. Batista.
Faculdade
de Odontologia USP e Instituto de Ciências
Biomédicas USP, São Paulo (SP).
A tipagem
de amostras de Candida A1bIcans tem sido utilizada em estudos epidemiológicos,
com o intuito de verificar características da levedura (morfológicas,
fisiológicas, genotípicas, entre outras), que possam balizar sua interação quer
com hospedeiros saudáveis ou doentes. Propusemo-nos a estudar a interação de
características, tanto da levedura quanto do hospedeiro, que pudessem
proporcionar uma tipagem para rastreamento epidemiológico. Para tanto,
estudamos 30 amostras de Candida albicans isoladas da mucosa bucal de
portadores saudáveis, dentados, fumantes e não fumantes, quanto à atividade
enzimática (proteinase e fosfolipase) e sua correlação com o hábito de fumar
dos portadores. A classificação dos Índices de atividade de proteinase (Prz) e
fosfolipase (Pz) (PRICE et al Sabouraudia 20: 7-14, 1982) foi por nós
modificada, para o estabelecimento de um sistema numérico de codificação para a
classificação das amostras. Dentre os 12 tipos diferentes obtidos, o mais
prevalente referiu-se a amostras isoladas de fumantes e com nível intermediário
de atividade de proteinase e fosfolipase (Prz e Pz entre 0,30 e 0,69). Os
resultados permitiram-nos concluir que o perfil das amostras foi compatível com
o padrão de comensalismo, indicando a ação do fumo como um possível mediador na
atividade enzimática de Candida albicans, embora não tenha sido verificada uma
maior freqüência de isolamento de portadores fumantes.
179
AVALIAÇÃO
HISTOPATOLÓGICA DA PRESENÇA DE BACTÉRIAS EM LESÕES PERIAPICAIS PELO MÉTODO DE
COLORAÇÃO DE BROWN &. BRENN
Sonia
A.P.Bohorques A.; Regina S.S.Rocha; Odila P.S.Rosa; Alberto Consolaro
Disc.Microbiologia
e Imunologia, Faculdade de Odontologia de Bauru -USP 17043-10l Bauru (SP)
As lesões
periapicais crônicas estão intimamente associadas às bactérias,
consistentemente detectadas nos canais radiculares com polpas necróticas, mas,
com resultados conflitantes quanto à sua presença nos tecidos periapicais.
O objetivo
deste estudo foi avaliar se bactérias Gram positivas e negativas estão
presentes ao nível de lesões periapicais crônicas de origem endodôntica, por
meio da coloração de Gram para tecidos, introduzida por Brown &. Brenn
(Bull. Johns Hopkins Hosp., v.4B, n.2: p.69-73, 1931), e ligeiramente
modificada por nós. Para tanto, foram selecionadas do arquivo do Departamento
de Patologia da FOB-USP, 9 amostras de dentes humanos apresentando exposição
pulpar por cárie e lesão periapical, previamente diagnosticada
histopatologicamente como cisto (5 casos) ou granuloma (4 casos). O
processamento prévio das amostras foi o de rotina: fixação em formol a 10%,
descalcificação em EDTA a 5% e inclusão em parafina. Cortes seriados de 5
micrômetros de espessura foram realizados através do longo eixo do dente, de
modo a incluir o canal radicular em continuidade com a lesão periapical. Após a
remoção da parafina, os cortes foram corados pela HE e pela técnica de Brown
&. Brenn modificada para a visualização de bactérias nos tecidos. As
alterações introduzidas na técnica consistiram de padronização dos tempos na
seqüência de coloração, e alteração na concentração de algumas soluções de
trabalho.
Os
resultados obtidos pela análise em microscopia ótica demonstraram:
*
agrupamentos bacterianos com predomínio de cocos Gram positivos na lesão de
cárie e na luz dos canais radiculares, por vezes em íntimo contato com a parede
dentinária. Embora em menor número, também foram observados bacilos Gram
positivos, cocos e bacilos Gram negativos;
* a
presença de bactérias, especialmente Gram positivas, em apenas 1 cisto e em 1
granuloma em proximidade ao forame apical;
* a
adequacidade da técnica empregada, pela intensa coloração da placa bacteriana
supra- e subgengival para microrganismos Gram positivos e negativos.
Pode-se
concluir, que bactérias Gram positivas e negativas podem ser detectadas em
cortes de tecidos obtidos de lesões periapicais crônicas, pela técnica de
coloração de Brown & Brenn levemente modificada. Este achado assume
importância em virtude da simplicidade e rapidez de execução do método,
permitindo resultados reproduzíveis.
180
AVALIAÇÃO
PELO IMUNO "SLOT-BLOT" DA PRESENÇA DO Actinobacillus
actinomucetemcomitans (Y4) NA PLACA SUBGENGIVAL DE INDIVÍDUOS NORMAIS E COM
PERIODONTITE.
Izabel R.F.
Rubira, Dennis Lopatin, Odila P.S. Rosa, Regina S.S. Rocha.
Depto
Microbiologia. Faculdade de Odontolog1a Bauru-USP. CP 73. 17043-101 Bauru-SP.
A
composição microbiana da placa subgengival associada à presença e/ou severidade
da doença periodontal tem sido alvo de constantes pesquisas.
O
Actinobacillus actinomucetemcomitans (A. a. ) é uma das bactérias implicadas na
doença periodontal e freqüentemente isolada das bolsas periodontais. Para
testar essa associação em brasileiros, 148 amostras de placas subgengivais (4
por indivíduo) foram obtidas com cureta de 10 indivíduos saudáveis e de 27 com
periodontite do adulto (bolsa periodontal > 4mm). As placas foram mantidas
em meio de manutenção e processo das em membranas de nitrocelulose segundo Van
Poperin & Lopatin1, usando soro de coelho anti-A. a. (Y4). Os resultados comparados
a um padrão, foram classificados em "scores": 0 e 1 negativos; 2 e 3
positivos. Mostraram-se positivos para o A.a., 81,5% dos sítios doentes, contra
22,5% dos sítios normais, com apenas 9 sítios (8,3%) e 2 sítios (0,5%)
respectivamente, com "score" igual a 3. Pelo teste de Man-Whitney,
usando a média dos quatro "scores" encontrados para cada indivíduo,
foi verificada uma diferença estatisticamente significante entre os dois grupos
(p=0,0003). Os resultados indicam, pela técnica empregada, que as bolsas
periodontais tendem a ser colonizadas pelo A.a.
1- J. Clin.
Microbiol., vol.29, n.ll, p.2554, 1991. (Suporte CAPES)
183
ESTREPTOCOCCUS
DO GRUPO MUTANS: PREVALÊNCIA DAS ESPÉCIES NA SALIVA DOS PARES MA E/FILHO.
Rosa V.P.
Azevedo; Paulo Nelson F.; Sada Assed; Izabel Y.Ito.
Deptº de
Ciências da Saúde da FCRP-USP, CEP:14040-903.
Objetivando
determinar a prevalência das espécies do grupo mutans, amostras de saliva foram
coletadas das mães, com média de idade de 35 anos, e das crianças, com faixa
etária variando de 3 a12 anos ( média= 7 anos e 8meses), atendidas na Clínica
de Odontopediatria da FORP-USP (50 pares - mãe/filho). Alíquotas de saliva,
pura e após diluição decimal seriada em PBS, foram semeadas no meio SB20
modificado, com bastão angulado em L esterilizado, incubado em microaerofilia
(chama de vela), durante 72 horas a 37ºC. Após a contagem do número de UFC/ml
do grupo mutans, as colônias características foram transferidas para o meio
T10'S, incubado a 37ºC - 24h, para posterior biotipagem. As provas de
fermentação, hidrólise da esculina e produção de peróxido de hidrogênio foram
efetuadas em meios sólidos distribuídos em placas de Petri, que permite a
semeadura simultânea de 25 cepas por meio multiaplicador de Steers, seguido de
incubação, em microaerofilia, por 30 horas a 37ºC, com exceção da esculinase
detectada após 10 a 12 horas. O grupo mutans foi detectado na saliva de 47
(94.0%) das crianças e de todas (100.0%) as
mães. 31 (62.0%) dos filhos apresentavam a(s) mesma (s) espé3
(6,0%)espécie(s)
que as mães (TabelaI). Verificou-se que 29 (58.0%) crianças e 26 (52,0%) mães
estavam monocolonizadas, respectivamente, e 15 (30%) crianças e 24 (48.0%)
mães, multicolonizadas (S mutans e S. sobrinus). A espécie S.sobrinus isoladamente
só foi detectada em 3 (6%) das crianças. Em conclusão, 31 (62,0%) pares
mãe/filho albergavam a(s) mesma (s) espécie (s).
TABELA 1
Prevalência das espécies dos streptococcus do grupo mutans, na saliva, dos
pares mãe/filho
FILHO
ESPÉCIE
S. mutans e
S.sobrinus
S. mutans
S. sobrinus
Negativo
Total
MÃE
S. mutans e
S.sobrinus
19
(38,0%)
10
(20,0%)
2
(4,0%)
0
31
(62,0%)
S. mutans
3
(6,0%)
12
(24,0%)
1
(2,0%)
3
(6,0%)
19
(38,0%)
Total
22
(44,0%)
22
(44,0%)
3
(6,0%)
3
(6,0%)
50
185
1MUNNOGLOBUllNA
G e IMUNOGLOBULINA A anti- T. gondii EM AMOSTRAS DE SORO E SALlVA HUMANAS.
Adriano M
Loyola, Antônio F. Durighetto Jr., Deise A.G. Oliveira & José R. Mineo.
Depto de
Odontologia Social e Preventiva c Laboratório de Imunología do Depto. Médico de
Patologia -UFU 38400 Uberlandia (MG).
Recentemente,
tem sido verificado um significativo incremento no número de investigações
relativas a presença de anticorpos salivares específicos em diferentes doenças
infecciosas. Estas observações têm permitido uma avaliação da viabilidade de se
utilizar a saliva como fluido alternativo para o diagnóstico destas infecções.
O presente trabalho teve por objetivo a detecção de IgG e IgA específicas
anti-T. gondii no soro e saliva, procurando discutir o significado e a
correlação entre as respostas nos dois fluidos a partir dos anticorpos
mencionados. Para tanto, foi utilizado um grupo aleatório de 60 amostras
pareadas individuais de soro e saliva. A pesquisa,a de IgG e IgA anti-T.
gondii, em ambos os fluidos foi desenvolvida a partir de ensaio imunoenzimático
(ELISA), pela técnica indireta. Foram empregados extrato antigênico salino,
conjugados imunenzimáticos anti-IgG e anti-IgA- Humana-Peroxidase e substrato
contendo H2O2 e cromógeno 1,2 orto-fenilenodiamino (OPD). As leituras foram
feitas em microleitor de ELISA, à 492 nm, sendo a reatividade das amostras
determinada em ÍNDICES ELISA. Dos resultados não se observou correspondência
integral de reatividade entre IgG e IgA séricas específicas. Notou-se baixa
prevalência de reatividade para anticorpos específicos na saliva. A IgG salivar
refletiu melhor a presença de IgG específica no soro. Não foi observado correlação entre IgA e IgG séricas
específicas bem como da IgG c IgA salivar com a IgG sérica específica.
187
INFLUÊNCIA
DE LECTINAS VEGETAIS NA ADESÃO DE S. salivarius ÀS CÉLULAS EPITELIAIS BUCAIS.
Maria R_L
Simionato; José L. De Lorenzo; Marcia P.A. Mayer; Silvana Cai; Flavio Zelante.
Dept.
Miorobiologia, Instituto de Ciências Biomédicas, USP. CEP 05508-900, São Paulo
(SP).
S.
salivarius é considerado o colonizador pioneiro das mucosas orais. Desempenha
uma função protetora por toda a vida do individuo, através da produção de
substâncias antimicrobianas que impedem ou dificultam a colonização das mucosas
por bactérias potencialmente patogênicas. Lectinas são proteínas amplamente
distribuídas na natureza que apresentam afinidade por carboidratos. Quando
bivalentes ou polivalentes, podem interferir na adesão de bactérias a
superficies, favorecendo ou dificultando a ligação. Neste estudo, avaliou-se,
in vitro, a influência de preparações comerciais purificadas de lectinas
extraídas de amendoim, feijão-de-porco (concanavelina A), soja, lentilha,
tomate, abacate, feijão, ervilha, batata e germe de trigo na adesão de S.
salivarius às células epiteliais bucais. O pré-tratamento das células
epiteliais com as lectinas, na concentração final de 25 µg/ml durante 30
minutos, promoveu, na maioria dos casos, diferentes níveis de favorecimento na
posterior adesão de S. salivarius, sendo que o maior aumento do número de
bactérias aderidas foi causado pela lectina de feijão (287,65% em relação ao
controle). A lectina de batata foi a única que inibiu a ligação (redução de
37,01% em relação ao controle). Esses dados suugerem que as lectinas
provenientes da dieta do hospedeiro podem desempenhar um importante papel na
cavidade oral, tanto estimulando como inibindo a aderência de S. salivarius.
Auxílio
financeiro: FAPESP (90/0650-1)
189
PRESENÇA DE
LEVEDURAS DO GÊNERO Candida NA CAVIDADE BUCAL DE PACIENTES SECRETORES E
NÃO-SECRETORES DOS ANTIGENOS SANGUINEOS ABO(H) NA SALIVA.
Eliane O.
Nery*. Célia R.Gonçalves*. Mario T .Shimizu** & Antonio O.C.Jorge**.
* UNITAU.
Dept. Odontologia. 12020-270, Taubaté (SP)
** UNESP.
Campus de S.J.Campos, Dept. Patologia, 12245-000, S.J.Campos (SP)
Os
antígenos dos grupos sanguíneos do sistema ABO(H) não estão confinados apenas
aos eritrócitos humanos, mas estão presentes na membrana de muitas outras
células, incluindo epitélio das mucosas. Estas substâncias também podem ser
encontradas na saliva como glicoproteínas solúveis em água. A inabilidade em
secretar estes antígenos (não-secretores) tem sido associado às candidoses
bucais e ao estado de portador de candida na saliva. O objetivo deste estudo
foi correlacionar a secreção ou não dos antígenos do sistema sanguíneo ABO(H)
na saliva com a presença do gênero Candida na cavidade bucal de indivíduos
saudáveis. A presença de candida e a secreção dos antígenos ABO(H) na saliva
foi pesquisada em 216 alunos da Universidade de Taubaté, que não apresentavam
qualquer outro fator predisponente às candidoses. As leveduras foram isoladas e
caracterizadas segundo Sandvén (Acta Odontol. Scand., 48:27, 1990) e o estado
de secretor foi reconhecido por reação de inibição de aglutinação. A quantidade
de leveduras isoladas foi maior nos pacientes não-secretores (40%) em relação
aos secretores (35,9%), porém esta diferença não foi significativa. A espécie
predominante nos secretores foi a C.a1bicans (77.21%), seguida pela
C.tropicalis (15.19%), C.guilliermondii (3.8%), C.kefyr (2.53%) e C.1usitaniae.
Dos 10 pacientes não secretores de antígenos na saliva, 4 apresentaram
leveduras, sendo dois portadores de C. a1bicans, 1 de C.tropicalis e 1 de C.guilliermondii.
Seis pacientes não tinham leveduras na cavidade bucal. Nossos resultados
sugerem, portanto, que o estado de não-secretor interfere com a quantidade e as
espécies do gênero candida na cavidade bucal.
191
PRDUÇÃO DE
HIALURONIDASE, CONDROITIN SULFATASE, PROTEINASE E FOSFOLIPASE POR DIFERENTES
ESPÉCIES DE Candida ISOLADAS DA CAVIDADE BUCAL.
MarioTr.
Shimizu, Neide Q.Almeida, Vera Fantinato & Antonio O.C.Jorge.
Faculdade
de Odontologia de São José dos Campos-UNESP, 12245-000. S.J.Campos (SP).
Analisou-se
a produção de hialuronidase, condroitin sulfatase, proteinase e fosfolipase em
amostras de C. albicans, C.parapsilosis, C. krussei, e C. guilliermondii,
isoladas de saliva de indivíduos sadios. Com o objetivo de correlacionar a
produção dessas enzimas com a patogenicidade, inoculou -se cerca de 106 células
de cada amostra em grupos de 15 camundongos por via intravenosa. Os animais
foram observados por até 35 dias para verificar a mortalidade dos mesmos. Das 8
amostras de C.albicans estudadas. 5 produziram todas as enzimas analisadas e
mostraram alta virulência; as demais amostras deixaram de produzir uma ou mais
enzima e mostraram menor virulência ou forem avirulentas quando inoculadas nos
animais. As 4 amostres de C. parapsilosis e as 5 de C.krusei estudadas,
deixarem de produzir fosfolipase e/ou hialuronidese e mostraram ser avirulentas
para os animais inoculados. Das duas amostras de C.guilliermondii estudadas,
uma não produziu condroitin sulfatase e fosfolipase e e a outra condroitin
sulfatase, fosfolipase e hialuronidase e ambas foram avirulentas para os
camundongos inoculados intravenosamente. A partir desses resultados conclui-se
que apesar das amostras de C.albicans terem sido isoladas de saliva de indivíduos
sadios, são potencialmente patogênicas e que a produção das 4 enzimas
concomitantemente aumenta a virulência das mesmas. A falta de uma ou mais
enzima faz com que a amostra diminua ou perca a virulência.
Auxilio
financeiro: FAPESP (88/3591-6) e FUNDOUNESP (334/68)
193
SUSCEPTIBILIDADE
DE ISOLADOS CLÍNICOS DE Actinobacillus actinomycetemcomitans PARA OITO AGENTES
ANTIMICROBIANOS.
Mário J.
Ávila- Campos, Maria A. R. Carvalho & Flávio Zelante.
Depto. de
Microbiologia, ICB-USP, 05508-900,São Paulo.
Este
trabalho mostra os padrões de susceptibilidade de 80 cepas de A.
actinomicetemcotans isoladas de 15 pacientes com doença periodontal, mostrando
evidências clínicas e radiográficas de perda óssea e, apresentando bolsas
periodontais com profundidades maiores de 5mm, selecionados nas clínicas de
periodontia da FOUSP. As cepas foram isoladas e identificadas segundo Slots (J.
Clin. Microbiol.15:606, 1982). Os testes de susceptibilidade foram realizados
determinando-se as concentrações inibitórias mínimas de oito antimicrobianos
pelo método de diluição em ágar, usando-se o ágar Wilkins & Chalgren. As
placas, em duplicata, com diferentes concentrações de droga, foram inoculadas
com o replicador de Steers, dando um inóculo final de 105 células/spot.Todas as
cepas testadas foram sensíveis para cefoxitina, imipenem e tetraciclina,
enquanto que a resistência para clindamicina, eritromicina, lincomicina,
metronidazol e penicilina G foi 61%, 58%, 64%, 66% e 36%, respectivamente.
Auxílio
Financeiro: FAPESP Proc. Nº 91/0483-0
ODONTOLOGIA
PREVENTIVA
195
AVALIAÇÃO
CLÍNICA DOS TEORES DE FLÚOR LIBERADOS POR UM SELANTE FLUORETADO.
Regina G.
Palma; Nilce E. Tomita; Ana Lúcia Onishi & Selma Pazanesi.
Depto de
Odontologia Social, Faculdade de Odontologia de Bauru, USP, 17043-101, Bauru,
SP.
O selante
fluoretado possui a propriedade de selar cicatrículas e fissuras da oclusal dos
dentes e liberar flúor ao meio bucal. O intuito dessa investigação foi quantificar
e qualificar a liberação de flúor de um selante fluoretado, o Fluroshield.
Participaram dessa pesquisa 21 crianças de uma Escola Municipal da cidade de
Bauru-SP com idade entre 7 a 8 anos, com baixa incidência de cárie e com os
primeiros molares livre de cárie. Os primeiros molares foram selados com um
selante fluoretado, o Fluroshield, seguindo as especificações do fabricante.
Após o selamento dos quatro molares foi colhida a saliva imediatamente após,
uma semana e duas semanas após e analisado a concentração de flúor na saliva
com a ajuda de um fluorimetro. Observou-se que houve uma ótima liberação de
flúor na primeira hora (1,06 ppm F), após uma semana os níveis de flúor na
saliva decresceu de forma significativa (0,232 ppm F) e após duas semanas a
medição dos níveis de flúor indicou valores muito próximos ao grupo controle
(sem aplicação do selante) sendo 0,161 ppm e 141 ppm F, respectivamente.
Através desses resultados pode-se concluir que o selante fluoretado deve ser
entendido como um método que faça parte de um conjunto de medidas preventivas.
197
AVALIAÇÃO
QUANTITATIVA "IN VITRO" DA FORMAÇÃO DE FLUORETO DE CÁLCIO SOBRE
SUPERFÍCIES HÍGIDAS DE ESMALTE, EM FUNÇÃO DO TEMPO DE APLICAÇÃO DE FLÚOR
FOSFATO ACIDULADO.
Josimeri H.
Costa, Lourdes Ap. M. dos Santos Pinto & Jaime A. Cury.
Departamento
de Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de Araraquara-UNESP, 14.801-903 -
Araraquara-SP.
A aquisição
"in vitro" de flúor na forma de fluoreto de cálcio foi avaliada
variando-se o tempo de aplicação de flúor fosfato acidulado na forma de gel
sobre superfícies hígidas de esmalte humano, em três períodos experimentais de
1, 4 e 60 minutos. Foram utilizados 16 terceiros molares inclusos para análise
química, divididos em dois grupos de 8 dentes cada (A e B), e 2 dentes para
análise em microscopia eletrônica de varredura. A análise química foi realizada
segundo método descrito por Caslavska e cols. (Arch Oral Biol. v. 20, p. 333,
1975). Os produtos avaliados possibilitaram a formação de fluoreto de cálcio
sobre a superfície de esmalte, sendo que os fragmentos que receberam a
aplicação do produto A apresentaram valores médios de concentração de íons
f1úor sempre menores quando comparados aos que receberam o produto B,
independente do tempo de aplicação para o produto A, as s foram de 8,68UgF/cm², 10,41UgF{cm²,
24,54 UgF/cm² para os períodos de 1,4 e 60 minutos respectivamente, enquanto
que para o produto B foram de 13,67UgF/cm², 18,61UgF/cm² e 28,47UgF/cm². Estas
concentrações foram estatisticamente iguais nos períodos de 1 a 4 minutos e
menores do que aos 60 minutos para os dois produtos. A microscopia eletrônica
de varredura não pode ser conclusiva a respeito da influência do tempo de
aplicação dos produtos fluoretados, mas evidenciou que a formação dos glóbulos
de fluoreto de cálcio não ocorreu de forma homogênea sobre toda a superfície de
esmalte, independente do tempo e do produto utilizados.
199
MÉTODO
ANALÍTICO-APLICATIVO DE UM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO EM HIGIENE ORAL DIRECIONADO A
ESCOLARES DO 1° GRAU.
Aylton
Va1secki Júnior, Patricia Petromilli Nardi & Silmara Ap. Milori.
Depto.Odontol.Social,
Fac.Odontol.Araraquara-UNESP.
A motivação
de crianças para com os cuidados com a higienização oral tem sido a tônica de
diferentes programas educativos no contexto de saúde coletiva. O presente
estudo procurou estabelecer uma método de ensino que produzisse um impacto
educativo com apenas uma apresentação do sistema, com a promoção e fixação de
conceitos e técnicas relativas aos cuidados com a saúde oral. Tal método
fundamentou-se nos conceitos de psicologia aplicada e odontologia preventiva.
Na psicologia aplicada foram trabalhados os fundamentos da aprendizagem sob a
ótica da Programação Neuro-Linguística (PNL), da Análise Transacional (AT) e da
Atividade Lúdica (LUDO). No PNL as vias de aprendizado foram os sistemas
auditivo, visual e cinestésico. Na AT trabalhou-se a relação CD-criança
(comunicação e carícia) e, na LUDO elaborou-se brincadeiras e descontração.
Esses elementos foram integrados as informacões sobre o surgimento da cárie,
suas conseqüências e as maneiras possíveis de previni-la. O desenvolvimento
dessa método ocorreu em três etapas informativas: sala de aula, clínica e
teatro. A avaliação da sistemática deu-se através de palavras-chaves indicadas
nas redações escritas pelas crianças, decorridos 15 dias após a sua
participação no programa. As crianças não receberam qualquer informação extra
ou foram lembradas do ocorrido, simplesmente pediu-se que escrevessem sobre o
título "O que aprendi na faculdade". Como resultados observou-se a
total aprovação dos 2 mil escolares participantes no programa (ciclo básico e
3ª/4ª séries), sendo que um índice superior a 80% mencionou a maneira indicada
de se escovar os dentes e as suas implicações na prevenção da cárie. Pouco mais
que 70% elogiavam a atenção dos CDs. Ao final, foi possível concluir que o
método utilizado, a qual integra diretrizes psicológicas de natureza direta à
simplicidade de conceitos de saúde oral, foi extremamente eficaz na
determinação e sustentação do aprendizado, em se tratando de crianças em
processo de alfabetização.
ODONTOPEDIATRIA
E
ORTODONTIA
201
A INTERFACE
SELANTE-ESMALTE EM FISSURAS PRÉ-MOLARES EMPREGANDO A TÉCNICA INVASIVA E NÃO
INVASIVA: ESTUDO AO MICROSCÓPIO ELETRÔNICO DE VARREDURA.
Marcelo
Fava* Ii-Sei Watanabe**; Flávio FAVA-DE-MORAES** & Miaki Issao***.
*Deptº
Clínica Infantil, Fac. Odontologia S. J. Campos UNESP. 12245-000 S. J. Campos
SP,
**Instituto
de Ciências Biomédicas-USP.
***Faculdade
de Odontologia-USP.
No presente
trabalho, empregando a técnica de microscopia eletrônica de varredura, foram
estudadas as características de interface esmalte-selante em dentes pré-molares
submetida a técnica invasiva ou não invasiva. Os dentes foram extraídos (por
indicação clínica) e mantidos em solução de álcool a 70 por cento,
procedendo-se em seguida fraturas longitudinais no sentido vestíbulo-lingual ou
tratamento em solução de ácido nítrico a 20 por cento para obtenção de
amostras. Todas as amostras foram desidratadas em série crescente de álcoois,
montadas em bases metálicas para a cobertura de íons de ouro em aparelhos
"IONS SPUTTER" e examinadas em microscópio eletrônico de varredura
"Stereoscan" 240, Cambridge. De acordo com os resultados obtidos na
presente pesquisa podemos concluir que: As peças fraturadas no sentido
vestibulo-lingual e examinadas ao microscópio eletrônico de varredura revelaram
nitidamente os detalhes de interface esmalte-selante das diferentes regiões
analisadas. As partículas inorgânicas da matriz do selante Sealite não
interferem na penetrabilidade e no embricamento do selante com a superfície do
esmalte. Observou-se a presença de m1croprojeções resinosas "tags" em
todas as amostras de selantes preparadas pela técnica invasiva evidenciando um
comprimento que variou de 4,239 a 13,953 micrometros. A aná1ise de variância
revelou que existe uma diferença estatisticamente significante no comprimento
das microprojeções do selante quando comparadas as regiões cavo-superficial,
superior, média, inferior e fundo de fissura na técnica invasiva, com maiores
valores na região do fundo. A análise de variância revelou que existe uma
diferença estatisticamente significante no comprimento das microprojeções do
selante quando comparadas às regiões cavo-superficial com superior, média e
inferior da fissura e não significante entre as comparações das regiões
superior, média e inferior na técnica não invasiva, com maiores valores na
região cavo-superficial. Tanto nas técnicas invasiva como na não invasiva,
apresentaram projeções resinosas de formas predominantemente cônicas e de
tamanhos variáveis.
Auxílio
financeiro: FAPESP (91/4670-0).
203
"AVALIAÇÃO
CLÍNICA DA REAÇÃO DE HIPERSENSIBILIDADE AO NÍQUEL NOS PACIENTES EM TRATAMENTO
ORTODÔNTICO".
Guilherme
R.P. Janson, Eduardo A. Dainesi, Ana Carla P. Junqueira.
Departamento
de Ortodontia, Faculdade de Odontologia de Bauru - USP. 17.043-101. Bauru (SP).
A prática
ortodôntica utiliza fios e acessórios de diferentes composições químicas. O
níquel é um metal muito empregado na composição destes materiais, sendo um
potente sensibilizador biológico. Questiona-se, portanto, a possibilidade deste
metal provocar gengivites de origem alérgica, nos pacientes em tratamento. Este
estudo, por meio de anamnese e exame clínico de 248 pacientes, 147 do sexo
feminino e 101 do sexo masculino, em tratamento ortodôntico corretivo nos
cursos de especialização da FOBUSP, visou relacionar o histórico de reações
alérgicas decorrentes do uso de brincos, anéis, relógios e outros com a
presença de gengivite. Os pacientes mantinham uma boa higiene bucal e
observou-se que 82 (33%) destes, 68(83%) do sexo feminino e 14(17%) do sexo
masculino, apresentavam algum tipo de reação alérgica, baseado nas informações
obtidas pelo questionário. Ao exame clínico desses pacientes, 43(52,4%) não
apresentavam nenhum grau de gengivite, enquanto que 39(47,6%) apresentavam
diferentes graus, provavelmente de origem alérgica, sugerindo que os materiais
utilizados na Ortodontia podem provocar um quadro alérgico, em pacientes com
histórico de sensibilidade ao níquel e esta parece ser mais comum no sexo
feminino e que os profissionais devem lembrar da possibilidade de uma gengivite
ser de origem alérgica e não somente causada pelo acúmulo da placa bacteriana.
205
AVALIAÇÃO
ESTÉTICA DO PERFIL NASOFACIAL TEGUMENTAR.
Ives M. L.
Cardoso & Frab N. Bóscolo
Deptº de
Odontologia Infantil, Disc. de Ortodontia, FOP-UNICAMP, Piracicaba-SP.
O nariz,
por se encontrar no centro do terço médio da face, influencia sobremaneira no
equilíbrio e na harmonia do perfil facial, fato que torna importante sua
avaliação estética na elaboração de plano de tratamento em rinoplastia,
perfiloplastia, cirurgia ortognática e correção ortodôntica, pois tais
procedimentos podem repercutir de forma direta ou indireta sobre a morfologia
nasal. Esta pesquisa teve o objetivo de evidenciar as características de 8
medidas do perfil nosofacial tegumentar e de verificar a existência de
dimorfismo sexual no tocante às grandezas estudadas.
Foram
utilizadas 80 telerradiografias em norma lateral da cabeça, obtidas de
indivíduos adultos brasileiros, leucodermas, na faixa etária entre 18 a 26
anos, divididos igualmente em relação ao sexo, dotados de "oclusão
normal" e de dorso nasal de variadas formas.
Traçou-se
um cefalograma simplificado da região nasofacial cutânea, onde foram analisados
e obtidos os valores médios e os desvios-padrões, respectivamente, para o sexo
masculino e o sexo feminino, das seguintes variáveis cefalométricas a saber:
ângulo nasofrontal, 127,60º±7,63 e 133,77º±7,20; ângulo nasofacia1, 31,18º±3,01
e 30,58º±2,73; ângulo da projeção nasal, 20,99º±2,35 e 21,18º±1,89; ângulo da
convexidade nasal, 76,70º±7,87 e 78,34º±6,16; ângulo nasolabial, 109,53º±9,72 e
108,77º±9,66; altura nasal, 59,09mm±4,48 e 56,59mm±4,97; profundidade nasal,
25,48 mm ± 3,08 e 24,89 mm ± 2,68; comprimento nasal, 53,20mm±4,59 e
50,74mm±5,34. Aplicando o teste "t" de Student, evidenciamos
dimorfismo sexual significante ao nível de 5% para o ângulo nasofrontal, altura
nasal, profundidade nasal e comprimento nasal.
Com base
nestes resultados, podemos concluir que: 1. o ângulo nasofrontal mostrou-se, em
média, maior para o sexo feminino que para o sexo masculino, confirmando o
aspecto mais proeminente da "glabela" nos homens; as demais medidas
angulares não evidenciaram dimorfismo sexual; 2. as medidas lineares - altura.
nasal, profundidade nasal e comprimento nasal - mostraram-se, em média, maior
para o sexo masculino que para o sexo feminino. .
207
COMPARAÇÃO
DE ESCOVAS DENTÁRIAS, COM VARIAÇÃO NO DIÂMETRO DAS CERDAS, UTILIZADAS POR
PACIENTES PORTADORES DE APARELHO ORTODÔNTICO FIXO.
Arnaldo
Pinzan, Julio A. Gurgel, Luciane Maeda, Ana Carla J. Pereira.
Departamento
de Ortodontia, Faculdade de Odontologia de Bauru, USP. Cx. Postal 73. CEP
17043-101, Bauru - SP
No
transcorrer do tratamento ortodôntico a escova tem papel fundamental na
manutenção da integridade dentária e periodontal. A instrução e motivação da
higiene bucal podem ser incrementadas pelo uso de instrumentos auxiliares como
escovas dentárias com variações no desenho. Em estudo prévio da eficácia de
escovas que auxiliam a higiene bucal em pacientes ortodônticos (Pinzan, A.
Ortodontia, 25(3), 1992), a escova bitufo apresentou resultados insatisfatórios
em conseqüência da rápida deterioração de suas cerdas. Antecipando esta
pesquisa o fabricante preocupado com os resultados iniciais propôs apresentar
três espessuras diferentes de cerdas (0,15mm/0,17mm/0,19mm) para testes
clínicos. Variando o diâmetro foram distribuídas 30 escovas (10 de cada tipo)
para 30 pacientes da Faculdade de Odontologia de Bauru, submetidos ao
tratamento ortodôntico com aparelho fixo. Foi verif1cada a presença de placa
pelo Bonded Bracket Index (Ciâncio) e aplicado novamente após 7 dias de uso da
escova. Ficaram evidentes os melhores escores apresentados na 2ª sessão
atribuídos as escovas com 0,17mm de diâmetro das cerdas, sendo que os piores
resultados foram encontrados pelas escovas com 0,15mm de diâmetro das cerdas.
Estas mesmas apresentavam suas cerdas revertidas com apenas uma semana de uso
(semelhante ao estudo anterior). Nossos resultados, portanto ratificam a
necessidade de não só do uso de escovas auxiliares durante o tratamento
ortodôntico, como também a importância da escolha da escova com diâmetro de
cerda apropriada, alertando o fabricante para a inclusão de maiores informações
nas embalagens das escovas.
209
COMPORTAMENTO
DOS ÂNGULOS SNA, SNB, FMA. FMIA, IMPA, INTERINCISIVOS E Z, EM JOVENS
BRASILEIROS LEUCODERMAS DOS 7 AOS 10 ANOS DE IDADE;
VÂNIA C.V. SIQUEIRA, NORMA S. PRATES.
Dept.
Odontologia Infantil, Faculdade de Odontologia de Piracicaba - 13400 -
Piracicaba - SP.
Na
transição da dentadura decídua para a dentadura permanente, devido ao processo
dinâmico do crescimento e desenvolvimento do complexo craniofacial, as bases
ósseas alteram-se em forma, tamanho e posição espacial conduzindo à mudanças
nas posições dentárias. Com o objetivo de observar o comportamento dos ângulos
SNA, SNB, ANB, FMA, FMIA, IMPA, INTERINCISIVOS E Z, durante a fase da dentição
mista, realizou-se um estudo cefalométrico transversal em 78 jovens brasileiros
de ambos os sexos, leucodermas, com oclusão normal, dos 7 aos 10 anos de idade.
Propôs-se investigar se ocorreria dimorfismo sexual, se os valores encontrados
para as medidas estudadas equiparavam-se aos da literatura compulsada, se
ocorriam alterações espaciais das bases ósseas em relação ao crânio, se durante
o crescimento e desenvolvimento craniofacial o posicionamento dos incisivos
alterava-se, bem como o comportamento do perfil facial. Foram tomadas
telerradiografias em norma lateral e efetuadas as análises cefalométricas
preconizadas por DOWN'S, TWEED, STEINER e MERRIFlELD. Os resultados após
análise estatística, indicaram que para a faixa etária investigada: 1- quanto
ao dimorfismo sexual não foram observadas diferenças estatisticamente
sjgnificantes; 2- o ângulo SNA apresentou valores próximos a 82°, com exceção
para a idade de 10 anos onde observou-se um aumento suave para 83°. O ângulo
SNB manteve-se em torno de 78° elevando-se para 80° na idade de 10 anos. O ANB
permaneceu estável em 3°; 3- O ângulo FMA variou em torno de 27° sendo discretamente
maior do que preconizado por TWEED; 4- os ângulos FMIA, IMPA e INTERINCISIVOS
comportaram-se dentro dos valores preconizados por TWEED e DOWN'S
respectivamente, apresentando valores suavemente maiores. 5- O ângulo Z apresentou variações próximas ao
valor preconizado por MERRIFIELD. Concluiu-se que as medidas cefalométricas
referentes aos ângulos SNA, FMA, IMPA, INTERINCISIVOS e Z mantiveram-se dentro
dos valores preconizados pelos autores consultados, porém, o ângulo SNB
apresentou valores menores. Já os ângulos relativos ao FMA e ANB mostraram-se
maiores. Deduz-se que, no período estudado, os jovens apresentaram-se com uma
discreta retração mandibular e protação dos incisivos. Este fato pode ser facilmente compreendido,
considerando que o crescimento mandibular estende-se por um período mais
prolongado em relação ao da maxila.
211
ERRO DA
REPRODUTIBILIDADE DAS MEDIDAS DAS ANÁLISES CEFALOMÉTRICAS DE STEINER E RICKETTS
PELOS MÉTODOS CONVENCIONAL E COMPUTADORIZADO*.
Lidia P.
Martins, Joel Claudio da Rosa Martins, Ary dos Santos Pinto.
Dept.
Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia - UNESP, 14801-903, ARARAQUARA-SP.
Foi
realizado em estudo em 30 telerradiografias para determinar o erro do método
cefalométrico em traçados convencional e computadorizado para as análises de
Steiner e Ricketts. Os traçados e mensurações foram realizados por um
professor, e um aluno de Pós-Graduação, em duas oportunidades (traçado
replicado), com intervalos de tempo de 1 mês para cada conjunto de traçados.
Neste estudo foi determinador o erro sistemático aplicando-se um teste
t-Student para uma média ao conjunto das diferenças entre as primeiras e
segundas mensurações de cada traçador, nos dois métodos e para as duas análises
estudadas. Como critério para determinação do erro casual, se utilizou o valor
de erro de Dahlbergh e se considerou os valores das respectivas variâncias. Foi
ainda aplicada a estatística F de Snedecor, com nível de significância de 0,95
para comparar o desempenho dos dois traçadores. Método computadorizado: O teste
t para uma medida mostrou que o traçador experiente cometeu erros sistemáticos
nas medidas 1.NA, 1.NB e 1.1 (p=0,00l, 0,017 e 0). O traçador iniciante errou
em SNA, 1.NA, l-NA e 1.1 (p=0,049, 0,028, 0,017 e 0,050). Com relação aos erros
casuais que se referem aos erros intrinsicamente ligados às mensurações do
valor de cada réplica, notou-se que os valores de estatística Fo foram não
significantes. Os erros cometidos pelos dois traçadores foram iguais na Análise
de Steiner (p>0,05). O erro de Dalberg foi alto (> 1mm e 1,5 graus) em l.NA, 1.NB e 1.1. Para a análise de
Ricketts o teste t mostrou que o traçador experiente errou em ENA.XiPm (p=0),
Ii-APg (p=0,028), IiApg (p=0,034) e Li-PLE (p=0,015) e o iniciante errou em FMA
(p=0,006) e Ii-Apg (p=0,043). A estatística F-Snedecor apontou que os
examinadores cometeram erros casuais diferentes apenas em Li-PLE (p=0,019).
Nele o erro do experiente foi o dobro do iniciante (Ve=1,093 e Vi=0,497). 0
erro de Dalberg foi alto para PG.XiPm, Ii.Apg destacando os erros casuais
cometidos pelos dois traçadores. Método convencional: o traçador experiente
cometeu erro sistemático na análise de Steiner nas medidas 1.NA e 1.1 enquanto
o iniciante errou em SNA e SNB. A estatística F mostrou que os traçadores
apresentaram erros casuais diferentes em SNA, SNB, 1-NB e Ns.GoGn. Nas demais
os erros foram iguais. O erro de Dalhberg foi alto para as medidas 1.NA, 1.NB e
1.1 evidenciando erros casuais. Na análise de Ricketts o traçador iniciante
errou sistematicamente em BaN.PtvGn, PHF.Npg, ENA.XiPm e DC.XiPm, enquanto o
traçador experiente não apresentou erro. Quanto ao erro casual, a estatística F
mostrou que nas medidas BaN.PtvGn, PHF .NPg, 6Ptv e IiAPg iniciante e
experiente erram diferente. O erro de Da1hberg foi alto para o experiente em
PHF.NPg, 6-Ptv e Ii.Apg enquanto que o iniciante não apresentou erro causal.
Este estudo mostrou que o erro em cefalometria é uma constante, mesmo quando o
traçador é experiente e, como conseqüência, se evidenciou a necessidade de
replicar as mensurações com finalidade de diagnóstico, plano de tratamento ou
de pesquisa científica. O uso do computador não reduziu significantemente os
erros sistemáticos ou casuais que ocorreram nas duas análises estudadas. A
pesquisa evidenciou erros siqnificantes, cometidos pelos traçadores com ambos
os métodos, principalmente com medidas que envolvem os traçados dos incisivos.
* Projeto
subvencionado pela FAPESP
212
ESTREPTOCOCOS
DO GRUPO MUTANS: CORRELAÇÃO DO RISCO À CÁRIE ENTRE MÃES E FILHOS.
Pau1o
Nelson Fo.; Caro1ina Chan; Rosa V.P. Azevedo; Zilda M. Mussolino; Izabel Y. Ito
Depto de
Clínica Infantil -FORP/USP -Ribeirão Preto -CEP: 14040-903.
Este
trabalho teve como objetivos correlacionar o risco de cárie nos pares mãe/filho
e a existência de correlação entre tal risco e o índice ceos na criança. A
população estudada se constituiu de 86 crianças da Creche Carochinha do Campus
da USP -Ribeirão Preto. SP, na faixa etária de 1 a 6 anos e 6 meses, de ambos
os sexos, e de 69 mães. Após a pesquisa de cárie, realizada com espelho e
explorador, amostras de saliva foram coletadas com espátula de madeira
esterilizada e semeadas pela técnica de impressão de KÖHLER & BRATTHALL (J.
C1in. Microbiol. 9:584. 1979), no meio seletivo SB20 modificado, com incubação
a 37ºC, durante 3 dias, em microaerofilia, para a contagem das Unidades
Formadoras de Colônias (UFC) de estreptococos do grupo mutans. De acordo com os
níveis salivares de UFC, verificou-se que 33.3% das mães apresentavam-se com
baixo risco ã cárie (0 -20 UFC), 29.0% com médio (21- 100 UFC) e 37.7% com alto
risco ( > 100 UFC) . Entre as crianças. 47.7% apresentavam-se com baixo,
38.4% médio e 13.9% alto risco de cárie. Analisando 64 pares mãe/filho(s),
observou-se que 35,9% apresentavam um risco de cárie semelhante; 45,3% (29) a mãe com maio risco e 18,8% (12)
menor risco que o filho. Foi observada
uma correlação positiva entre o risco à cárie e o índice ceos, sendo que as
crianças com baixo risco apresentavam índice ceos médios de 1,66; as de média
2,36 e as de alto risco 4,08.
213
ESTUDO
CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DA PREVALÊNCIA DE CÁRIE EM CRIANÇAS PRÉ-ESCOLARES DE 12
A 48 MESES DE IDADE.
Ana C.B.
Bezerra & João B.R. Sa1omon.
Dept.
Odontologia. Fac. Ciências Saúde UnB. 70910-900 Brasília (DF).
Com a
finalidade de analisar a freqüência de cárie dentária em pré-esco1ares do
Distrito Federal, em função de condições sócio-econômicas-culturais, do estado
nutricional e de hábitos alimentares, foram examinadas 200 crianças de ambos os
sexos, com idade compreendida entre 12 e 48 meses, selecionadas entre aquelas
que recebiam leite materno e/ou mamadeira, com ou sem sup1ementação alimentar.
A prevalência de cárie foi avaliada pelo índice ceo-s. A variável
sócio-econômica-cultural foi estimada com base na renda familiar e nível de
educação formal das mães. O estado nutricional foi avaliado através do
crescimento físico, tomando como referência medidas antropométricas que
permitiram a classificação das crianças em nutridas e desnutridas. Os hábitos
alimentares foram estudados através de inquérito dietético de consumo que
incluiu informações sobre a freqüência das refeições e a ingestão de açúcares.
Os resultados foram analisados estatisticamente e foi possível concluir, em
relação à amostra estudada: A prevalência de cárie aumentou em função da idade,
e foi maior em crianças de níve1 sócio-econômico considerado alto. A
escolaridade materna mais elevada correspondeu a um índice ceo-s mais baixo,
com exceção das crianças cujas mães situavam-se no nível de educação formal de
segundo grau. Não ficou evidente a relação do ceo-s com o estado nutricional. O
aleitamento natural prolongado além de 12 meses mostrou-se como fator
determinante de maior prevalência de cárie. O maior número de refeições diárias
determinou aumento significante do índice de cárie, assim como a maior
freqüência de açúcares ingeridos.
214
ESTUDO DE
PLACA SUBGENGIVAL:POR MEIO DO TESTE BANA E PRESENÇA DO ESTREPTOCOCOS DO GRUPO
MUTANS NA SALIVA DE PACIENTES COM APARELHO ORTODÔNTICO.
Luiza
Fonseca, Denise M.K.S. Campos, Marly A.S. do Vale, Maria Helena Miotto, Ana M.
Elias & Izabel Yoko Ito.
Departamento
de Clínica Odontológica, Centro Biomédico da Faculdade de Odontologia da
Universidade Federal do Espírito Santo.
As
observações clínicas demonstram que dentes mal posicionados podem dificultar o
procedimento de uma higiene bucal, facilitando o acumulo de placa e subseqüente
inflamação gengival. Amostras de saliva, não estimulada, foram coletadas e após
homogeneização, submetidas a diluição decimal em salina tamponada. esterilizada
e semeadas em placas de vidro (10 x 50 mm) contendo meio de cultura SB20,
seletivo para estreptococos do grupo mutans. Logo após a coleta da saliva. a
placa subgengival. dos sítios pré-selecionados, foram removidas por meio de
cunha de madeira e colocadas em tubo contendo 0,5 ml de tampão fosfato e
submetidas ao teste BANA de acordo com Fonseca et al. (1990). Dos 15 pacientes
avaliados antes do início do tratamento (baseline) 7 (sete) abrigavam uma média
de 1,49 x 106 UFC/ml de estreptococos do grupo mutans; 7 (sete) 5,54 x 105 e 1
(hum) paciente 1 x 104 UFC. No entanto, dos 17 pacientes com um ano de
tratamento ortodôntico ativo, 8 (oito) albergavam uma média de 1,78 x 106 ; 8
(oito) 6,85 x 105 e 1 (hum) 1 x 104 . Por outro lado, dos 9 pacientes com 2
(dois) anos de tratamento ativo, 7 (sete) apresentavam uma média de 1,6 x 106 ;
1 (hum) 1 x 105 e 1 (hum) 1 x 104 UFC do grupo mutans. Quanto ao teste BANA doe
104 sítios examinados, 6 (seis) foram BANA fracamente positiva e 98 BANA
negativa. Esses dados demonstram que o
uso de aparelho ortodôntico por 2 (dois) anos ocasiona aumento de UFC de
estreptococos do grupo mutans em 77,8% dos pacientes.
Auxílio
financeiro: SRPPG/UFES
215
ESTUDO
MORFOLÓGICO PELA M.E.V., DA DENTINA CARIADA DE DENTES DECÍDUOS, ANTES E APÓS
CAPEAMENTO PULPAR INDIRETO.
Célia
R.M.D. Rodrigues, Tadaaki Ando, Décio P. Santos Jr. & Ana L.K.M. Almeida.
Disciplina
Odontopediatria. Fac. Odontologia USP. 05508-900 são Paulo (SP).
A eficácia
do capeamento pulpar indireto é conduta plenamente aceita em dentes pernanentes
jovens desde que o diagnóstico da condição pulpar seja correto e os
procedimentos operatórios, cuidadosos. Em dentes decíduos, embora este
tratamento também seja utilizado, desperta algumas controvérsias, sendo que
alguns pesquisadores contra-indicam sua realização. Estas dúvidas são
decorrentes do diferente ciclo vital dos dentes decíduos, na fase de
rizogênese, raiz completa e rizolise. Assim, procuramos verificar a eficácia
deste, procedimentos nestas fases, utilizando 10 segundos molares decíduos. Na
1ª consulta foi removida a dentina amolecida superficial e quando esta começou
a sair em escamas, uma delas foi removida para análise, e o dente foi fechado
com óxido de zinco eugenol tipo II (IRM) por 60 dias aproximadamente. Na 2ª
consulta, o dente foi reaberto e após irrigação com tergentol nova escama de
dentina foi removida para análise, após o que, foi feita remoção da dentina
eventualmente amolecida e realizada a restauração definitiva. Na observação
através da microscopia eletrônica de varredura observa-se que o tratamento foi
eficaz, pois as amostras da 1ª consulta mostram dentina infectada com presença
de grande número de microorganismos e após o tratamento, na maioria dos casos,
não se observa infecção. Apenas um caso mostrou penetração bacteriana nos
túbulos dentinários na reintervenção. Todos os dentes apresentaram sucesso
clínico e rad1ográfico no controle após 12 meses, evidenciando a possibilidade
de indicação deste tratamento em casos selecionados.
216
HERANÇA E O
DIAGNÓSTICO ORTODÔNTICO
Maria
Beatriz B.A. Magnani, Maria Helena Castro de Almeida, Renato Castro de Almeida.
Departamento
de Odontologia Infantil, Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP.
13.418-018 - Piracicaba-SP.
Dentre os
fatores etiológicos das maloclusões, estão os fatores ambientais e os fatores
hereditários, podendo se manifestar isoladamente ou associados uns com os
outros. Por existir inúmeros transtornos monogenéticos, poligenéticos e outros
múltiplos fatores ambientais que atuam na área buco-facial, o diagnóstico
precoce é muito importante, a fim de possibilitar uma previsão clínica de cada
caso da maloclusão. Dificilmente as características morfológicas do complexo
craniofacial são influenciadas somente por fatores hereditários e/ou por
fatores ambientais, sendo o fenótipo de um organismo o resultado da interação
entre ambos. O objetivo do presente trabalho foi analisar cefalometricamente
grandezas maxilares e mandibulares em 25 famílias caucasóides, verificando-se a
relação existente entre os valores dos pais com os respectivos filhos, com
vistas ao diagnóstico ortodôntico. Após análise estatística, através do teste t
dos dados coletados de ambos os grupos, concluiu-se que o fator herança foi
significativo tanto para o grupo paterno como para o grupo materno,
contribuindo de maneira marcante para a determinação das características tanto
maxliares como mandibulares dos filhos, a partir dos dados dos pais.
217
INFLUÊNCIA
DO DESEQUILÍBRIO HIDROSSALINO E DA DENERVAÇÃO SOBRE O CRESCIMENTO DE DENTE EM
RATOS.
Rossana A.
Cabrera, Marília A. Cabrera, Tetuo Okamoto, C. Cabrera Peralta.
Fac. Odont.
De Lins, S.p. e Fac.Odont. de Araçatuba - UNESP (Cx.P. 118 - CEP:16400-000 -
Lins, S. P.)
Nos ratos o
crescimento dentário é contínuo, com variação diária de X=0,48 + 0,02 mm. O
processo é regular e sustentado por alta taxa metabólica do epitélio
odontogênico. O ciclo de crescimento envolve complexos mecanismos que determinam
a proliferação e diferenciação celular, a formação e calcificação da matriz
orgânica, que são susceptíveis à ação de agentes locais e sistêmicos.
Analisa-se neste trabalho a influência do desequilíbrio hidrossalino e da
denervação sobre o ritmo de crescimento do incisivo superior de ratos albinos
de 60 a 87 dias de idade, através de desidratação de 72 h (GII), denervação
(GIII) e denervação + desidratação (GIV). Os resultados mostram redução no
ritmo de crescimento dentário em todos os animais experimentais. No GII, o
incremento do desequilíbrio hidrossalino alterou mais intensamente a formação
do dente. No GIII, o efeito mais evidente ocorreu após 24h da denervação; não
houve diferença significativa entre os animais denervados química e cirurgicamente.
O efeito no GIV não foi estatisticamente diferente do GII e GIII. Conclui-se
que o crescimento dentário em ratos é afetado pelo desequilíbrio hidrossalino e
pela interrupção da inervação, evidenciando a sensibilidade funcional do
epitélio odontogênico e sugerindo uma possível influência neurotrófica.
Auxílio
financeiro: FAPESP (90/1023-0).
218
MUDANÇAS NA
RELAÇÃO MOLAR ENTRE AS DENTADURAS DECÍDUA E MISTA -UM ESTUDO LONGITUDINAL.
Marcoeli S.
Moura, Alexandre H. M. Simplício & Lúcia D. Moura.
Dept. Pat.
Clin. Odontológica. UFPI. 64051-300- Teresina (PI).
O
estabelecimento e subsistência de uma oclusão normal constitui um dos mais
importantes objetivos do tratamento ortodôntico, seja preventivo,
interceptativo ou corretivo, sendo que o entendimento das mudanças
anteroposteriores que ocorrem na oclusão entre a dentição decídua e permanente
é essencial para o diagnóstico e tratamento precoce de maloclusões. A proposta
deste estudo foi descrever as mudanças na relação molar entre as dentaduras decídua
e mista em 145 crianças (81 meninas e 64 meninos). Elas foram examinadas em
dois estágios do desenvolvimento dentário; (I) dentadura decídua completa (3-6
anos -média 4.36) e (II) dentadura_mista (6-9 anos -média 8.04). No primeiro
estágio, foi observado a re1açao terminal dos segundos molares. Dos 290 lados
examinados, 81% apresentavam plano terminal reto; 13.5% degrau mesial e 5,5%
degrau distal. Na dentadura mista a relação dos molares permanentes
apresentou-se assim distribuída: 30,3% dos lados em topo; 60,7% em Classe I.
6,6% em Classe II e 2,4% em Classe III. Todos os lados que apresentavam degrau
distal desenvolveram uma relação molar de Classe II, demonstrando uma condição
que não se auto corrige com o crescimento . Dos lados com plano terminal reto
37,4% progrediram para relação em topo;
6l,7% para Classe I e 0,9% para Classe II na dentadura mista. A evolução
do plano terminal reto, dentre as várias opções observadas, está na dependência
de fatores como tendência de crescimento crânio-facial, perímetro do arco ou
uma combinação de ambos. Dos lados com degrau mesial 82,1% entraram em Classe I
e 17,9% desenvolveram Classe III, mostrando que um degrau mesial na dentadura
decídua indica uma grande probabilidade para uma relação molar de Classe I e uma
pequena probabilidade para uma relação molar de Classe III.
Auxilio
Financeiro: CNPq (800846/86-9) 1 etapa de levantamento de dados .
219
PADRÃO DE
ERUPÇÃO DE OENTES DECÍDUOS EM CRIANÇAS COM FISSURA DE LÁBIO E/OU PALATO.
Márcia V.
Kawáuchi; Márcia R. Gomide.
Setor de
Odontopediatria. Hos- pital de Pesquisa e Reabilitação de Lesões Lábio-Palatais
-USP 17043.101 Bauru -SP
Inúmeros
problemas funcionais e de desenvolvimento associam-se a má formação
lábio-palatal, necessitando de uma terapia complexa para a sua completa
reabilitação. De interesse para a Odontologia, apresenta-se o desenvolvimento
dentário, cujos distúrbios tornam-se visíveis e preocupantes aos pais. Por
isso, e devido a dificuldade de obtenção de dados na literatura especializada,
propôs-se a verificação da cronologia e da seqüência de erupção de dentes
decíduos nos pacientes com esta má formação.Para tanto, foram examinados 1023
crianças, sendo 587 do sexo masculino e 436 do sexo feminino, leucodermas, com
idades variando de 3 meses a 42 meses. Os dentes presentes eram anotados em
ficha própria juntamente com outros dados. Submetidos à análise estatística
pelo método de Karber e pelo test "t" de Student (p<0,05),
apresentou-se, então, uma tabela da época média de erupção de cada dente. Numa
comparação com dados obtidos de uma população "normal' (Vono. A.Z. -Tese
(doutorado) -FOB-USP) observou-se diferença significante somente com relação
aos incisivos laterais superiores sem a ocorrência de dimorfismo sexual.
Tabela
(resumida)
Média e
desvio padrão da idade de erupção (em anos)
Dentes Masculino
Feminino
Média D.P. Média D.P.
Inc.Cent.Sup.Dir. 0,82 0,34 0,86
0.26
Inc.Lat.Sup.Esq. 1,96* 0,91 1,96* 1.05
Canino
Inf.
1,70 0,36 1,69 0.37
1º Molar
Sup.
1,28 0,20 1.31 0.29
2º Molar
Inf.
2,27 0.39 2,25 0,45
*Significante
220
PREVALÊNCIA
DE MALOCLUSÕES EM ESCOLARES DE PIRACICABA. SANDRO L. BÍSCARO
Maria B.
Magnani, Antonio C. Pereira.
Departamento
de Odontologia Infantil, Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP.
Um dos
grandes objetivos da ortodontia consiste na avaliação dos prováveis fatores
etiológicos das maloclusões, como parte integrante do diagnóstico e do plano de
tratamento ortodôntico. Entretanto, é muito importante que se tenha em mente,
avaliações dos diversos tipos de maloclusões em uma determinada população para
que se criem métodos de prevenção e programas sociais de atendimento
ortodôntico que possam contribuir para melhoria da saúde bucal da população em
geral.
Os autores
procuraram no presente trabalho verificar a prevalência de maloclusões em
escolares de Piracicaba e utilizar os dados encontrados para analisar a
necessidade e o planejamento do tratamento ortodôntico, com vistas a um
provável programa de prevenção.
Foram
examinadas 891 crianças de 8 escolas da rede publica estadual de Piracicaba, na
faixa etária dos 7 aos 12 anos de idade, residentes na zona urbana,
distribuídos pela área periférica e central da cidade. Analisaram-se as
seguintes características: relação incisiva, relação canina, relação molar,
tipo de maloclusão, mordida cruzada e presença de diastemas. com o intuito de
conhecer com mais propriedade as condições ortodônticas da população.
Os seguinte
resultados foram verificados:
a) A
percentagem de desvios da normalidade foi de 97,7 %..
b) A
prevalência de máloclusão CI de Angle foi de 68,8%, CII divisão I foi de 17,8
%, CII divisão II encontrou-se 6,0% e C III constatou-se 5,2%.
c) Apenas
2,3% das crianças analisadas apresentaram oclusão clinicamente normal, enquanto
22% apresentaram cruzamentos e 10,1 % diastemas.
Conclui-se
que o desvio da normalidade é uma çonstante e que procedimento
221
PREVENÇÃO
DA CÁRIE DENTÁRIA PELA DETERMINAÇÃO E CONTROLE DOS FATORES DE RISCO NO PRIMEIRO
ANO DE VIDA.
Luiz R. F.
Walter , Ricardo K. Nakama.
Dept.
Medicina Oral e Odontologia Infantil, Universidade Estadual de Londrina, CX
Postal 6001, CEP86051- 970, Londrina (PR) .
O objetivo
deste trabalho foi o de analisar em crianças livres de cárie, qual a eficácia
do método educativo/preventivo adotado pela Bebê-Clínica da Universidade
Estadual de Londrina/FINEP na manutenção da saúde bucal. O método baseia- se na
educação aos pais a fim de se controlar os fatores de risco, na atenção precoce
antes dos 12 meses de idade, e no aumento da resistência dos dentes pelo uso de
soluções fluoretadas caseiras, sendo os padrões de risco determinados nas
anamneses e exames clínicos a partir da análise de fatores ambientais como a
higienização bucal e hábitos alimentares, com destaque à amamentação noturna.
(Walter & Nakama, L. , Atualização na clínica odontológica. 251, 1992). De
uma população de 2191, selecionou-se una amostra aleatória de 412 crianças, com
as seguintes características: a) sem cárie inicial; b) não possuíam defeito
congênito; c) terem sido acompanhadas por, no mínimo, 6 meses. Os dados foram
avaliados nos aspectos: 1) incidência ou não da cárie dentária; 2) idade
inicial do paciente; 3) risco; 4) tempo de reversão e 5) tempo de
acompanhamento da criança. Os resultados mostram claramente que o método é
eficaz, pois determinou uma média geral de 93,5% na manutenção da saúde,
com valores variando de 100% (bebês que
iniciaram o acompanhamento no 1º ano de vida e sem risco), a 61,5% (bebês que
iniciaram após 12 meses de idade, e não apresentaram reversão de risco).
Bolsa de
Iniciação Científica CNPq (Processo 800241/90-8)
222
REMOÇÃO DE
PLACA NA DENTIÇÃO DECÍDUA: UM ESTUDO SOBRE O DESEMPENHO CLÍNICO DAS ESCOVAS DE
DENTES INFANTIS PRODUZIDAS NO BRASIL- 1a. PARTE.
Heliana D.
Mestrinho. Joana C. Carvalho, Cláudia S. Figueiredo.
Depto. de
Odontologia -UNB, 70910-900 Brasllia (DF).
O objetivo
do estudo foi avaliar o desempenho clínico de 16 escovas de dentes infantis
nacionais com relação à habilidade em remover placa dental na dentição decídua.
Os preços médios das 16 escovas variaram de 0,50 a 3,50 US$. Oito crianças de
4-6 anos de idade com índice ceos igual a zero e sem sinais clínicos de
gengivite foram examinadas 4 vezes durante o estudo. As crianças não tiveram
seus dentes escovados nas 48 horas que precediam cada exame. A placa corada foi
registrada nas superfícies lisa e oclusal em duas etapas: 1) ocorrência e
distribuição da placa de 48 horas com escores variando de sem placa a um
acúmulo de placa espessa; 2) placa remanescente após escovação profissional.
Esta foi realizada pelo método de Bass modificado sem o uso de dentifrício. Um
estudo piloto, realizado em 3 crianças, sobre a remoção de placa através da
escovação profissional não observou diferença entre as quatro hemi-arcadas
(p> 0,30- Friedman two-way analysis of variance). Baseado nesse resultado as
16 escovas foram numeradas aleatoriamente e utilizadas em grupo de quatro a
cada escavação profissional, uma em cada hemi-arcada. Os resultados
demonstraram que a ocorrência e distribuição da placa de 48 horas não foram
diferentes nas hemi-arcadas nem nos quatro exames (p> 0,30 -teste do Qui-
quadrado). Nenhuma escova causou traumatismo gengival que resultasse em
sangramento durante a escovação. Foi observado uma diferença significativa na
redução de placa após a escavação (p< 0,001). A remoção de placa não foi
diferente entre as escovas utilizadas numa mesma hemi-arcada, entre os grupos
de escovas utilizadas nas quatro hemi-arcadas e entre todas as escovas
utilizadas independente da hemi-arcada escovada (p> 0,10). Os resultados do
estudo revelaram que independente da marca e preço as escovas foram eficientes
em remover placa na dentição decídua. As escovas estudadas não apresentaram
diferenças no que diz respeito à habilidade em remover placa.
PATOLOGIA,
PATOLOGIA
EXPERIMENTAL,
DIAGNÓSTICO
223
A
OSTEOINDUTIBILIDADE DA MATRIZ DE DENTINA AUTOGÊNICA DESMINERALIZADA.
Sérgio A.
Catanzaro Guimarães; Vanessa S. Lara; Eneida F. Véncio.
Departamento
de Patologia -Faculdade de Odontologia de Bauru -USP -Caixa Postal 73 -
17043-101 -Bauru -São Paulo.
Com o
propósito de estudar a capacidade osteoformadora da matriz dentinária em
defeitos ósseos, analisamos o padrão de regeneração óssea com implantes de
matriz dentinária na forma de partículas e na forma de fatias finas. A matriz
dentinária implantada na forma de partículas sofre reabsorção gradativa à
medida que novo tecido ósseo é formado no local. O comportamento da matriz
dentinária osteogênica implantada como fatias finas é completamente diferente.
O fenômeno de reabsorção não parece ocorrer nesta espécie do implante, a matriz
permanece inalterada mostrando intensa atividade osteoindutora. A regeneração
óssea é bem rápida e a maior parte das fatias é incorporada dentro do novo osso
formado. A regeneração óssea é atribuída à co-atuação da proteína morfogenética
óssea e dos fatores de crescimento liberados pela matriz dentinária. Tanto os
fatores que estimulam a síntese de matriz óssea como os mitogênicos, estão
presentes na matriz óssea e dentinária. Estes fatores são liberados da matriz
implantada na forma de partículas durante o processo de reabsorção. Nos
implantes de matriz dentinária na forma de fatia finas, a liberação destes
fatores ocorre sem a reabsorção concomitante.Nossos resultados indicam que a
matriz dentinária autogênica, na forma de fatias delgadas, comporta-se como um
excelente material estimulador da neoformação óssea local. Na forma de fatias
delgadas, a matriz dentinária adapta-se em qualquer superfície sendo, portanto,
aconselhável sua utilização na restauração dos defeitos ósseos.
224
ACTINA
MÚSCULO LISO VERSUS PAN-ACTINA MÚSCULO ESPECÍFICO COMO IDENTIFICADORES DA
LINHAGEM MIOEPlTELlAL NAS NEOPLASIAS DE GLÂNDULA SALIVAR.
Suzana O.
M. de Sousa. Yasmin R. Carvalho, Ney S. de Araújo e Vera C. de Araújo.
Disc. de
Patol. Bucal FOUSP e UNESPSJC. 05508-900 São Paulo.
É conhecido
que a actina músculo-específico está presente na célula mioepitelial normal ,
revelando que a mesma é uma célula híbrida, de natureza epitelial e miogênica.
Estudos imunohistoqufmicos mostram que tanto a actina músculo liso específico
(MSA) bem como a pan-actina HHF35 que reconhece músculo liso, esquelético e
cardíaco vem sendo enfocadas para a identificação da célula mioepitelial normal
bem como na tentativa de identificação da célu1a mioepitelial tumoral. Com o
intuito de verificar qual das duas actinas é mais eficiente na .demonstração da
linhagem mioepitelial nas neoplasias de glândulas salivar, propusemo-nos a
estudá-las em 27 tumores de glândula salivar nos quais a participação da célula
mioepitelial como componente tumoral tem sido postulada - dois adenomas de
células basais, um adenoma canalicular, sete adenomas pleomórficos, dois mioepiteliomas,
um adenoma epitelial- mioepitelial, oito carcinomas adenóide císticos, cinco
adenocarcinomas polimorfos de baixo grau de malignidade e um carcinoma
epitelial-mioepitelial. A reação imunohistoquímica foi realizada em tecido
fixado em formalina a 10% e incluído em parafina, dos quais foram obtidos
cortes de 3 µm que foram submetidos à técnica da avidina-biotina, utilizando-se
os anticorpos actina anti- músculo liso e actina HHF35 anti-músculo.
Diamino-benzidina foi utilizada como cromógeno. Dois tumores -um adenoma
pleomórfico e um mioepitelioma -foram fixados também em Carnoy modificado (90%
metanol e 10% ácido glacial acético) e submetidos à mesma técnica
imunohistoquímica para avaliação da importância do fixador na detecção da
actina, como vem sendo preconizado por alguns autores.
Nossos
resultados mostraram que as áreas tubulares e cribriformes dos carcinomas
adenóide císticos eram fortemente positivas para ambos os tipos de actina,
enquanto nos demais tumores a marcação não foi consistente, com exceção do
adenoma de células basais, adenoma epitelial-mioepitelial e mioepitelioma, nos
quais não houve marcação. A utilização do metanol como fixador não influiu na
positividade dos tumores à actina, apenas notou-se uma marcação mais intensa
nas estruturas normais.
Parte deste
trabalho foi realizado com auxílio-FAPESP, proc. n. 91/5218-3.
225
ADERÊNCIA
DE C.albicans NAS PAPILAS DO DORSO DA LÍNGUA DE RATO.
Elizabete
B:Santos; Valdir S. Ito; Marilda A.G.Totti
Depto
Diagnóstico Oral, Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP Cx Postal:
52 CEP: 13414-018- Piracicaba-SP. -
Bactérias
aderem-se preferencialmente na superfície convexa das papilas filiformes do
dorso da língua de ratos formando placas bem organizadas. Esta seletividade
está associada a composição da queratina. Para analisar a seletividade da
aderência de C.albicans no dorso da língua de ratos, foi feita inoculação única
de 0,2ml de suspensão de C.albicans contendo 108 células/ml na cavidade bucal.
Grupos de 6 animais foram sacrificados após 1, 4, 8 horas, a língua fixada em
formol 10% e processada histologicamente. Os resultados mostraram que as
leveduras aderiram preferencialmente sobre as placas bacterianas das papilas
linguais, particularmente na região do tubérculo intermolar. Quando as
bactérias das papilas linguais foram removidas através do uso tópico de
tetraciclina e clorexidina, as células de C.albicans aderiram preferencialmente
nas regiões acima citadas. Estes dados sugerem que a C.albicans tem maior
afinidade pela queratina de dureza média, da superfície convexa das papilas
filiformes verdadeiras e gigantes.
226
AMELOBLASTOMA:
QUERATOCISTO X CISTO DENTÍGERO. ESTUDO CDMPARATIVO DA ATIVI DADE CELULAR,
ATRAVÉS DA CONTAGEM DAS NORs.
Luiz E.B.Rosa;
Ana L.S.Machado & Aydé G.Alves.
Depto de
Patologia, Faculdade de Odontologia S.J.C. UNESP.12245 -000, São José dos Campos (SP).
Inúmeros
trabalhos têm relacionado a origem do ameloblastoma a partir do cisto dentígero
e do queratocisto, através de avaliações clínicas e histopatológicas, pela
utilização de variada metodologia. Nesse contexto, temos observado que a
marcação das regiões organizadoras nucleolares (NORs) pela prata, tem sido
considerada de fundamental importância pois relaciona o nível de atividade
celular e nuclear, prevendo desta maneira o comportamento tumoral das lesões. O
presente trabalho tem por objetivo analisar a atividade proliferativa do
queratocisto e do cisto dentígero comparativamente com a do ameloblastoma. Para
tanto, foram utilizados 10 ameloblastomas 10 quaratocistos e 10 cistos
dentígeros obtidos dos arquivos de Disciplina de Patologia Bucal de F.O.S.J.C..
As lâminas, inicialmente coradas em H/E, foram submetidas a estudo morfológico
em microscopia de luz. A seguir, foram obtidos cortes de 5 µm de espessura para
marcação pelo AgNOR otimizado por NUNES e colab. (Anais de
Soc.Bras.Pesq.Odont.,1990). Com objetiva de imersão e aumento final de 1.000
vezes, foi feita a contagem de 100 células epiteliais ao acaso, utilizando-se
retículo de contagem. O número final das NORs foi expresso como o número médio
NORs/núcleo de 100 células por lâmina. Os dados obtidos foram submetidos a
tratamento estatístico pela análise de variância e teste de Tukey. O nível de
significação e a margem de variação intra-observador foram fixados em 5%. Os
resultados obtidos mostram que o nível de atividade proliferativa do epitélio
do queretocisto (2,19), medido pelo número médio NORs/núcleo, é semelhante ao
encontrado no ameloblastoma (2,15), médias maiores as que encontrada no cisto
dentígero (1,53). Podemos concluir que através da metodologia pelo AgNOR, o
queratocisto apresenta comportamento de crescimento celular semelhanhte ao
ameloblastoma.
227
ANÁLISE DA
EXPRESSÃO DA LAMININA E DO COLÁGENO NA MATRIZ EXTRA- CELULAR DE GLÂNDULAS
SALIVARES ATRÓFlCAS.
Alexandre
A. Zaia; Sérgio R.P. Line; Sandra R.T. Domingues.
Depto
Diagnóstico Oral;- Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP; Cx Postal 52
13414-018- Piracicaba-SP.
Atrofia
experimental de glândulas salivares maiores através da ligadura de seu ducto
excretor principal tem sido exaustivamente estudado. Vários trabalhos mostram
alterações na expressão de diversas proteínas celulares (J.Oral Pathol. Med.,
21: 214, 1992) .No entanto, pouca importância tem sido dada aos componentes da
matriz extracelular durante atrofia glandular. Neste trabalho investigamos em
glândulas submandibulares atróficas de camundongos, nos períodos de 2, 8, 14 e
28 dias pós-ligadura, a expressão do colágeno e laminina. O colágeno foi
estudado através de análise histoquímica pelo método de Picrosirius-polarizacão
e a expressão da laminina por análise imunohistoquímica (técnica de
Avidina-Biotina-Peroxidase). Foi observado intenso acúmulo de colágeno nas
regiões intersticiais a partir do 3º dia aumentando progressivamente até o 28º
dia. As reações imunohistoquímica para laminina não mostraram diferenças
significativas na presença desta molécula nos diversos estágios de atrofia
glandular quando comparado com glândula normal. Os resultados sugerem que
durante a atrofia glandular as células epiteliais secretam fatores que
estimulam a proliferação e síntese de colágeno pelos fibroblastos intersticiais
e que apesar das modificações metabólicas pelas quais as células passam a
síntese e distribuição da laminina não é significativamente alterada.
228
ASPECTOS DO
TECIDO GENGIVAL DE RATOS TRATADOS COM CICLOSPORINA.
Luís CARLOS
SPOLIDORIO; MÁRIO R. VIZIOLI & SÉRGIO R. P. LINE.
Depto
Diagnóstico Oral, Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP Cx Postal
52; CEP: 13414-018- Piracicaba-S.P.
A
ciclosporina e uma droga imunossupressora usada clinicamente na profilaxia e
tratamento da rejeição de órgãos em transplantes alogênicos, e atualmente
também em doenças autoimunes. O mecanismo de ação da ciclosporina ainda não
está completamente esclarecido, mas parece comprometer a proliferação de
linfócitos T, inibindo a produção de interleucina 2. A ciclosporina causa
vários efeitos colaterais, como: nefrotoxidade, hepatotoxicidade, hirsurtismo e
aumento gengival.
Neste
trabalho procurou-se determinar os efeitos da ciclosporina (dose de 10
mg/kg/dia. administrada por via subcutânea, durante 60 dias), sobre o tecido
gengival de ratos albinus Wistar. Foram utilizados 60 ratos, distribuídos em 6
grupos de 10 animais:
1.Controle
que recebeu solução salina
2. Tratados
com ciclosporina
3. Tratados
com ciclosporina e submetidos à dieta cariogênica
4. Tratados
com ciclosporina e submetidos à xerostomia
5.
Submetidos à dieta cariogênica
6.
Submetidos à xerostomia
Todos os
animais tratados com ciclosporina (grupos 2, 3 e 4), apresentaram aumento
gengival, independente de ser só tratado com ciclosporina, xerostômicos ou
tratados com dieta cariogênica. Isto não exclui a participação desses fatores,
que eventualmente ficaram marcados devido a alta suscetibilidade de ratos
Wistar aos efeitos da ciclosporina. Esses dados também indicam que este modelo
pode ser útil para o estudo dos aspectos moleculares da ciclosporina sobre
fibroblastos gengivais.
229
ASPECTQS
EPIDEMIOLÓGICOS E ETIOLÓGICOS NA LÍNGUA GEOGRÁFICA.
Heron F.S.
Gonzaga; Luis C. Spolidório & Carlos A. S. Costa.
Dept. de
Patologia, F. O. Ar. UNESP, 14.891-903 Araraquara (SP)
Os autores
apresentam os resultados do estudo clínico realizado em125 pacientes portadores
de língua geográfica Quarenta e oito pacientes eram do sexo Masculino e
cinqüenta e dois do Sexo feminino. Com relação a raça 92% era da raça branca,
4,8% da raça negra e 4% da raça amarela. Suas idades variavam de 2 a 81 anos,
com média de 21,3 anos. Os pacientes foram submetidos a exame clínico geral e
estomatológico completo. A sintomatologia estava presente em 45.6% dos
pacientes, e consistia no ardor, especialmente desencadeado por alimentos
condimentados, quentes e frutas cítricas. No relato de antecedentes pessoais
verificou-se doenças anteriores
(45,6%), tabagismo (10,4%), etilismo (24%) e atopia (38,4%). Observou-se ao
exame físico geral, psoríase em 14,4% dos pacientes. Em 38,4% dos casos, foi
detectado antecedentes familiares para língua geográfica. Em 3 pacientes, sem
nenhuma alteração cutânea, havia antecedentes familiares para psoríase. A
associação língua geográfica e língua fisurada foi observada em 38,4% dos
casos. Em um paciente, observou-se além das lesões linguais, lesões nas mucosas
jugais direita e esquerda.
230
CANDIDÍASE
EXPERIMENTAL EM CAMUNOONGOS IMUNOSSUPRIMIDOS POR TRATAMENTO COM DOSE ÚNICA OE
DEXAMETASONA 50 mg/Kg.
Adriana
A.H.Brandão, Elisabete Moraes, Carmelinda S. Unterkircher & Luiz E.B.Rosa.
Faculdade
de Odontologia de São José doe Campos-UNESP, 12245-000. São José dos Campos
(SP).
A
dexametasona é um hormônio corticosteróide sintético, usado como agente
terapêutico no controle de diversas doenças, devido a suas potentes ações
anti-inflamatórias e imunossupressoras. No entanto, a inibição ou simples
diluição de intensidade dessas respostas reacionais defensivas do organismo
pode torná-lo mais vulnerável à ação de agentes infecciosos. O uso de dose
única, mesmo em dosagem alta, é tido como praticamente destituído de efeitos
colaterais prejudiciais. Nosso objetivo foi verificar se uma única dose da 50
mg/kg de Dexametasone provoca imunossupressão e modifica a suscetibilidade à infecção.
Inoculamos Candida albicans 0.5 ml de solução conc. 1,106) na veia caudal de
camundongos, 2 dias após tratamento com essa dose de corticóide e em
camundongos controle não tratados. Fizemos observação clínica diária e análise
microscópica de órgãos linfóides (timo, baço, linfonodos) e de órgãos do
sistema urinário (rins, ureteres, bexiga) durante 20 dias. Nos animais
tratados, os órgãos linfóides apresentaram depleção linfocitária temporária,
mais intensa no timo, seguida de repovoamento linfocitário e a evolução de
candidíase foi mais longa e com maior proliferação de fungos, porém nenhum
animal morreu. No grupo controle o curso da candidíase foi mais curto e houve
menor proliferação do fungo, porém a infecção foi mais grava ocasionando a
morte da alguns animais. Verificamos também que Candida albicans provocou curta
depleção linfocitária no timo. Concluímos que uma dose única de Dexametasona 50
mg/kg tem atividade imunosspressora e anti- inflamatória em camundongos. que
permite maior proliferação de Candida albicans e duração mais longa da
infecção, porém diminui sua letalidade e que este fungo tem atividade
imunossupressora, independente do corticóide.
231
CITOLOGIA
ESFOLIATIVA COMO MÉTODO DIAGNÓSTICO EM ODONTOLOGIA.
Janete
O.Almeida, Luiz A.G.Cabral & Adriana A.H.Brandão.
Depto.
Diagnóstico e Cirurgia. Faculdade de Odontologia de S.J.Campos-UNESP,
12245-000, São José dos Campos(SP )
A citologia
esfoliativa é um método diagnóstico, amplamente utilizado na prática médica
geral, de baixo custo, rápido resultado, fácil realização, não traumatizante e
de eficiência comprovada, porém pouco difundida na Odontologia. Nossa proposta foi verificar sua utilidade
no diagnóstico de três tipos de lesões bucais, comparando quatro métodos
tintoriais. Selecionemos 5 casos de Carcinoma Epidermóide, 5 casos de Herpes e
5 casos de Paracoccidioidomicose. Colhemos 4 esfregaços de cada caso e coramos
pelos métodos de Papanicolaou. H.E, P.A.S. e Leishman. A coloração de
Papanicolaou corou com grande nitidez es células epiteliais e inflamatórias,
dando riqueza de detalhes nos aspectos morfológicos nucleares e
citoplasmáticos, assim como corou as estruturas fúngicas de Paracoccidioides e
de Cândidas, flora bacteriana, muco. O H.E. apresentou resultados semelhantes
ao Papanicolaou, porém com menor nitidez nos detelhes morfológicos celulares. O
Leishman corou bem es células epiteliais e inflamatórias, entretanto as mesmas
aparecem com uma só tonalidade de cor, com aspecto "nublado", sem
detalhes, mas evidenciou bem e flora bacteriana, até mesmo em casos em que esta
era pouco evidente no H.E. e no Papanicolaou, sendo ineficiente na coloração de
fungos. O P.A.S. mostrou com detalhes apenas pseudomicolios e esporos de
Cândida, não sendo de muita utilidade para observar as estruturas do
Paracoccidioides, das bactérias e das células. Concluímos assim que o método
tintorial de escolha é o Papanicolaou pois oferece o maior espectro
diagnóstico, seguido pelo H.E. Os métodos de Leishman e do P.A.S. mostraram-se
apenas complementares, melhorando a capacidade diagnóstica em relação a
flora bacteriana e de Candida.
232
COMPARAÇÃO
DE MÉTODOS DE OBTENÇÃO DE CULTURA PRIMÁRIA DE OSTEOBLASTOS.
Maria
Cristina Z. Deboni, Fábio D. Nunes, Ana M. Castrucci.
Disciplina
de Patologia Bucal FOUSP e Inst. de Biociências USP. 05508-900 São Paulo.
Vários
métodos tem sido propostos para o isolamento de células ósseas normais e para a
sua manutenção em meio de cultura. No presente trabalho propusemo-nos a
comparar três métodos apresentados na literatura para a obtenção de cultura
primária de osteoblastos.
O primeiro
método (MANIATOPOULOS e colab., Cell. Tissue Res. 254: 317, 1988) consistiu na
irrigação, com meio DME (Dulbecco's Modified Eagle's Medium) da medula óssea do
fêmur de seis ratos Wistar adultos de 40 a 45 dias. Após cinco irrigações o
material foi mantido em frascos de cultura contendo meio DME acrescido de 10%
de soro fetal bovino e de antibióticos. No segundo método, modificado de LUBEN
e colab. (Endocrinology 22: 526, 1976) fragmentos de calvária de ratos Wistar
recém-nascidos (3 a 4 dias) desprovidos de periósteo, foram submetidos à
digestão enzimática com tripsina a 0,25% em cinco passagens de cinco minutos. O
material obtido foi então centrifugado a 200 xg por três minutos e mantido em
frascos com o meio de cultura. No terceiro método, (MATSUDA & DAVIES,
Biomaterials 8: 275, 1987) os fragmentos de calvária foram transferidos
diretamente para o meio de cultura sem digestão enzimática. Nos três métodos as
células e fragmentos em cultura foram mantidos à 31°C e atmosfera de 5% de
CO2-95% ar. As culturas foram observadas diariamente através de microscópio de
luz invertido, trocando-se o meio cada 48 horas.
Após 30
dias somente os frascos obtidos pelo segundo método mostraram células em
confluência. A digestão enzimática, da matriz extracelular mineralizada,
empregada no segundo método forneceu melhores resultados para a obtenção de
células ósseas viáveis.
233
COMPATIBILIDADE
BIOLÓGICA DA RESINA RESORCINA- FORMALDEÍDO. AVALIAÇÃO HISTOLÓGICA DE SEUS
EFEITOS EM TECIDO SUBCUTANEO E DENTINA DE RATOS.
Carlos A.S.
Costa, José Merzel; Maria Rita B. Oliveira & Luís C. Spolidório.
Dept.
Patologia. F.O.Ar. UNESP. 14.801-903 Araraquara (SP).
Á
biocompatibilidade de uma resina composta de resorcina e formaldeído foi
estudada através de implantes subcutâneos e aplicação em cavidades dentais de
ratos. Os implantes foram feitos através de tubos de polietileno preenchidos
com resina - polimerizada ou estado pastoso -inseridos em bolsas cirúrgicas no
dorso dos animais. Em cavidades preparadas em primeiros molares superiores, a
do lado esquerdo foi preenchida pela resina e polimerizada e a do lado direito,
usada como controle, foi forrada com hidróxido de cálcio (Dycal) e restaurada
com amálgama. Os animais foram sacrificados em períodos pós- operatórios de 7,
15, 30 e 60 dias. Cortes de pele ou de dentes incluídos em parafina foram
corados com H.E. e revelaram no caso do tecido subcutâneo, um intenso
infiltrado inflamatório e necrose nos períodos iniciais e tendência a reparação
nos períodos posteriores com a formação de uma cápsula fibrosa isolando a
resina. Sempre que houve extravasamento de resina, o que ocorreu com maior
freqüência quando implantada em estado pastoso, houve uma intensa reação de
células gigantes ao redor do material. No caso do material aplicado em
cavidades com uma barreira de dentina entre a resina e a polpa, a reação
inflamatória nesta última foi geralmente acompanhada de dentina reacional. Na maioria
dos casos a formação de dentina reacional foi intensa, chegando por vezes a
obliterar a cavidade pu1par do primeiro molar e em alguns casos também, em grau
decrescente, as cavidades pulpares dos segundos e terceiros molares do mesmo
lado. Como este quadro também ocorreu em um caso controle, isto foi
interpretado como um efeito traumático causado por excesso de material, uma vez
que a resina não pode ser esculpida. Os resultados sugerem que a resina, desde
que haja uma barreira dentinária, tem sobre o tecido pulpar uma reação
discreta.
234
COMPATIBILIDADE
BIOLÓGICA DO FORRADOR DE CAVIDADE TIME LINE, QUANDO APLICADO SOBRE DENTINA EM
PRÉ-MOLARES HUMANOS.
Raphael
C.C.Lia; Carlos A.S.Costa; Josimeri H. Costa & Elisa M.A. Giro
Departamentos
de Patologia e de Clinica Infantil, F.O.Ar. -UNESP. 14801-903- Araraquara -SP.
A ação
direta de forradores cavitários tem motivado inúmeras pesquisas, sobre tudo no
que se concerne a resistência, adesividade, impermeabilização, compatibilidade
biológica, entre outras. A direta e intima relação deles com o complexo
dentina-polpa tem levado a constante preocupação. Assim objetivou-se avaliar o
potencial irritativo sobre essas estruturas do cimento Time Line como forrador
em cavidades rasas, comparado nas mesmas condições com o cimento de hidróxido
de cálcio -DYCAL (controle). Para tanto operou-se "in vivo" em 18
primeiros pré-molares superiores íntegros de 9 crianças, na faixa etária de 13
a 15 anos confeccionando-se por alta rotação, refrigeração exuberante Água/ar,
fresa cônica invertida 33.5, cavidades oclusais de classe I, rasas, com 1,5 mm
de profundidade, para 1,0 mm de largura e 3,0 mm de comprimento mésio-distal.
Sob isolamento absoluto após anti-sepsia convencional, foram forradas na parede
pulpar em seus grupos com os materiais propostos. Após respectivamente
polimerização e presa dos materiais, aplicou-se verniz (copaline) e finalmente
restauração de amálgama. Decorridos intervalos de 3, 7 e 15 dias os dentes
foram avulsionados (finalidade ortodôntica) e devidamente preparados para
análise microscópica. Os resultados obtidos nos períodos propostos revelaram
estrutura pulpo-dentinária preservada todavia com moderado infiltrado
inflamatório mononuclear focal na polpa subjacente correspondente à cavidade
aos 3 dias, decrescendo progressiva e acentuadamente aos 7 e 15 dias. Camada
odontoblástica normal, não detectando-se dentina racional. Concluiu-se que
embora houvesse irritabilidade inicial, o material- apresentou condição
satisfatória de uso.
235
DETERMINAÇÃO
DA PRESENÇA E QUANTIFICAÇÃO DE Cândida sp EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS DE
PIRACICABA-SP.
Jacks Jorge
Junior; Márcio A. Lopes; Márcio de Moraes.
Depto
Diagnóstico oral, Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP, Cx Postal 52,
CEP: 13414-018- Piracicaba -SP.
Foram
avaliados 78 idosos do "Lar dos Velhinhos de Piracicaba", escolhidos
ao acaso, por coleta de saliva total não estimulada de acordo com técnica
previamente padronizada. Do total 37 pertenciam ao sexo masculino e 41 ao
feminino sendo a média de idade 73,5 + 7,1 anos. Doze internos não foram
incluídos no estudo pois não tinham saliva suficiente ou estavam sem condições
mentais. A saliva foi coletada sempre, no inicio da manhã, por dez minutos em
frascos estéreis sendo em seguida quantificada e homogeneizada. Alíquotas de
0,1 ml de saliva pura, 10-1 e 10-2 foram semeadas em duplicata, em placas de
ágar sabouraud-dextrose com cloranfenicol e incubadas por 48 horas a 37ºC. As
amostras positivas foram quantificadas por contagem direta das UFC nas duas
placas da diluição escolhida. Dos 66 idosos analisados 16 (24,2%) não tinham C.
sp na saliva coletada, enquanto 50 (75,8%) tiveram culturas positivas e destes
30 (45,5%) estavam com candidose. As contagens de UFC/ml variaram de 5 a
1.306.000 com uma média de 50.731 UFC/ml. A idade não mostrou influência
significativa, tanto para altas contagens quanto para culturas negativas de
C.sp na saliva. O sexo influenciou a prevalência de C. sp na saliva, com maior
número de mulheres com altas contagens de UFC/ml. Dos 16 idosos negativos para
C. sp, 10 (62,5%) eram homens e 6 (37,5%) eram mulheres. Dos idosos com
candidose,12 (40%) eram homens e 18 (60%) mulheres. O uso de prótese total
influenciou a contagem de C. sp. Dos 16 idosos que não tinham C. sp na saliva,
14 (87,5%) não usavam prótese total. Dos idosos com candidose.15 (50%) usavam
prótese total. Concluiu-se que a idade e o uso de prótese total foram fatores
importantes na determinação da presença de C. sp na saliva.
236
DISQUERATOSE
FOCAL ACANTOLÍTICA NA MUCOSA BUCAL DE RATOS NORMAIS E SIALOADENECTOMIZAOOS
TRATADOS COM 4NQO.
Claudia M.
Navarro & Oslei P. Almeida.
Depto.
Diagnóstico Oral. Faculdade de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP 13414018.
Piracicaba (S.P.)
A disqueratose
focal acantolítica (D.F.A.) ocorre nas fases iniciais do processo de
carcinogênese bucal de ratos tratados com óxido de nitroquinolina (4NQO). Não
estão estabelecidos os fatores que determinam o desenvolvimento da O.F.A. ou se
a lesão é cancerizável. O objetivo deste trabalho foi determinar a ocorrência
de D.F.A. em ratos normais e sialoedenectomizados tratados com 4NQO durante l,
2, 3 e 6 meses. As observações forem feitas em cortes histológicos da língua e
palato corados com HE. Após 2 meses de aplicação de 4NQO não observou-se
alterações do tecido epitelial. Após 2 meses, típicas áreas de D.F.A. ocorreram
apenas nos animais xerostômicos. No período de 3 meses, regiões de D.F.A. foram
encontradas nos dois grupos, mas com maior incidência nos ratos sialoadenectomizados.
Após 6 meses, D.F.A. estava freqüentemente associada e áreas de carcinoma.
Concluiu-se que e saliva retarda, mas não impede o desenvolvimento de D.F.A. .
237
EFEITO DE
CIMENTOS À BASE DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO. FOTOPOLIMERIZÁVEIS À LUZ VISÍVEL, SOBRE
A POLPA DE MOLARES DE RATOS EXPOSTAS EXPERIMENTALMENTE. ESTUDO HISTOPATOLÓGICO
COMPARATIVO.
Carlos
Benatti Neto; Maria Rita B. Oliveira & E1isa M. A. Giro.
Dept. de
Patologia e Dept. de Clínica Infantil. F.O.Ar. UNESP, 14.801-903 Araraquara
(SP).
A
manutenção do potencial reparativo pulpar está diretamente relacionada a
preservaçaão de seu estado de saúde em condições favoráveis, bem como no
potencial de irritabilidade dos materiais usados como protetores e ou
capeadores. A realização desta pesquisa está ca1cada nas dúvidas existentes
sobre a ação e conseqüência das diversas formulações no processo de reparo
pulpar. Para tanto, analisamos histopatologicamente em períodos de 3, 7, 15, 30
e 45 dias, a reação da polpa de molares de rato, expostas experimentalmente e
sob a ação de cimentos a base de. hidróxido de cálcio: cavilite, Renew Light,
tendo como controle a pasta de hidróxido de cálcio + po1ieti1eno g1icol 400.
Concluiu-se que:
- Renew
Light apresentou menor agressividade, me1hores qualidade e velocidade de
formação de barreira minera1izada, acompanhando o grupo controle.
- A
presença de barreira comp1eta, regular, com disposição canalicular associada a
camada odontoblástica e pa1icada foram. mais freqüentes nos grupos III (contro1e)
e II (Renew Light) e esporádica. no grupo I (cavi1ite).
238
EFEITOS DA
AGUARDENTE NO DESENVOLVIMENTO DE LESÔES DE BOCA E DE ESTÔMAGO CAUSADOS EM RATOS
PELO 4-NQO.
Fabiana
F.Casarotti*, Enilson A Sallum: Alexandre A. Zaia.
Depto
Diagnóstico Oral, Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP, C x Postal 52
- CEP: 13414-018- Piracicaba-SP.
Está bem
estabelecido que o álcool e tabaco, são os principais fatores associados ao
câncer bucal. Neste trabalho procurou-se determinar os efeitos do álcool no
desenvolvimento de lesões causadas em ratos pelo óxido de nitroquinolina
(4-NQO).Grupos de 20 animais foram tratados com aguardente de cana, 4-NQO ou
ambos. A aguardente a 30ºGL foi fornecida "ad libiturn", em
substituição a água de beber. O 4-NQO a 0,5% foi pincelado no palato três vezes
por semana durante o período experimental. Após 3, 4, 5 e 6 meses os animais
foram sacrificados, e o palato, língua e estômago examinados com auxílio de
lupa estereoscópica. Os animais tratados apenas com aguardente mostraram a boca
e o estômago com aspectos normais. Os dois grupos tratados com 4-NQO
apreentaram na língua e palato áreas de leucoplasia, ulcerações e hiperplasias,
principalmente nos períodos de 5 e 6 meses. Entre tanto a incidência destas
lesões foi semelhante nos dois grupos. Apenas o grupo tratado com 4-NQO e
aguardente simultaneamente desenvolveu hiperplasias e ulcerações gástricas.
Concluiu-se que c álcool potencializou drasticamente a ação do 4-NQO no
estômago, tem pouco ou nenhum efeito no desenvolvimento das lesões bucais.
239
ESTUDO
CLÍNICO PATOLÓGICO DO LINFOMA TIPO BURKITT.
Cláudia
Roberta Leite V. Figueiredo, Roseana de Almeida Freitas, Leão Pereira Pinto.
Disciplina
de Patologia Bucal FOUSP. 05508-900, São Paulo.
O trabalho
teve como proposta efetuar um estudo clínico-patológico do linfoma tipo
Burkitt, neoplasia de natureza linfóide, etiologia controvertida,
características clínicas e histológicas peculiares e prognóstico bastante
diverso. Foi realizado o estudo retrospectivo de onze casos da entidade
registrados no arquivo geral do Hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa-PB,
no período compreendido entre os anos de 1980 a 1992, onde, se considerou:
loca1izacões anatômicas mais freqüentes e análise histológica da lesão, bem
como a faixa etária e sexo dos pacientes. Observou-se que a localização nos
ossos maxilares surgiu com mais freqüência. Houve predomínio de ocorrências da
maxila sobre a mandíbula. A faixa etária mais atingida situou-se na primeira
década de vida e os pacientes do sexo masculino foram os mais acometidos.
Verificou-se, ainda, a descrição do quadro histológico com o aspecto de
"céu estrelado", considerado pela literatura pertinente ao assunto
como característico para a condição.
240
ESTUDO COMPARATIVO
DA DISTRIBUIÇÃO DE COLÁGENO IV NAS MEMBRANAS BASAIS DE FOLÍCULOS
PERICORONÁRIOS, CISTOS DENTÍGEROS E QUERATO CISTOS ODONTOGÊNICOS.
Pantelis V.
Rados, Alberto Consolaro, João J.D. Barbachan, Fernando C. Schmitt.
Faculdade
de Odontologia UFRGS, Cx. Postal 1118, Porto Alegre, CEP 90035-003, RS, Brasil.
Este estudo
tem como objetivo, apresentar os padrões de distribuição do Colágeno IV nas
membranas basais de Folículos Pericoronários, Cistos Dentígeros e Queratocistos
Odontogênicos. Foram selecionados dos arquivos do Lab. de Patologia da FOB/USP
10 casos de cada condição a ser estudada. Realizou-se novos cortes com 5µm de
espessura que foram submetidos a evidenciação imounocitoquímica do Colágeno IV
utilizando-se a técnica da avidina-biotina peroxidase. Anticorpo primário
monoclonal (DAKO) 1:20. Os resultados demonstraram positividade constante para
o Colágeno IV junto a membrana basal dos vasos. Na junção epitélio/conjuntivo,
a marcação estava presente em todos os casos estudados de folículos pericoronários
(10/10 casos). Sendo que em 9 esta marcação era contínua e em 1 caso
apresentou-se em pontos isolados. Nos Cistos Dentígeros a marcação estava
presente nos 10 casos estudados mas de forma descontínua. Nos Queratocistos
Odontogênicos a marcação foi positiva em 6/10 casos e era descontínua.
Provavelmente a descontinuidade vista nos Cistos Dentígeros seja devida a
presença do processo inflamatório. No Queratocistos Odontogênico a positividade
menor pode ser explicada pela atividade colagenolítica das células do
revestimento epitelial destas lesões.
241
ESTUDO DA
PREVALÊNCIA DA LÍNGUA GEOGRÁFICA E LÍNGUA FISSURADA EM ESCOLARES DE ARARAQUARA.
Heron F. S.
Gonzaga; Maria Rita B.Oliveira; Josimeri H. Costa; Patricia P. Nordi; Renata H.
Pires; Silmara A. Milori & Wi1son
Afonso Jr.
Dept. de
Patologia e Dept. de Clínica Infantil, F. O. Ar. UNESP. 14.801-903 Araraquara
(SP).
Os autores
apresentam o estudo da avaliação bucal, com ênfase para determinar a
prevalência da língua geográfica e fissurada, realizado em 808 escolares da
cidade de Araraquara. Os pacientes foram submetidos a exame estomatológico completo. A língua.
geográfica foi observada em 4,3% da população, a língua fissurada em 9,6% e a associação das duas condições em 1,6%.
Com. relação ao sexo feminino, a prevalência da língua geográfica foi maior no
sexo feminino (5,6%) do que no sexo masculino (3,3%). A prevalência da língua
fissurada não apresentou diferenças significativas quanto o sexo feminino e
masculino (10,0% e 9,3%, respectivamente).
242
ESTUDO DA
PREVALÊNCIA DOS TUMORES DE ORIGEM EPITELIAL DE GLÂNDULAS SALIVARES[EM SERVIÇOS
DE ANATOMIA PATOLÓGICA DAS CIDADES DE BAURU E JAÚ-SP.
Luiz
E.M.Chinellato; Iris M.Marquez; Raul N. Fleury; Francisco C.Quevedo.
Faculdade
de Odontologia de Bauru-USP, Depto. Estomatologia, Caixa Postal 73, 17043-101
Bauru-SP.
Este estudo
foi desenvolvido com o propósito de verificar a prevalência de tumores
epiteliais das glândulas salivares em Serviços de Anatomia Patológica de 2
cidades de porte médio do Estado de são Paulo. Foram consultados os arquivos de
Laboratórios de Anatomia Patológica de Bauru e Jaú, durante um período de 23
anos (1963 a 1986) e coletados dados referentes à identificação dos pacientes,
localização e diagnóstico anátomo-patológico das neoplasias de origem epitelial
em glândulas salivares maiores e menores. Após análise dos dados obtidos,
tornou-se possível concluir que: a) Os tumores epiteliais em glândulas
salivares acometeram 46,18% pacientes do sexo masculino e 53,01% do feminino.
b) A idade média dos pacientes do grupo estudado foi 50,37 anos sendo que, no
sexo masculino, as neoplasias foram mais freqüentes na 5º década e no feminino,
na 4º década. c) As glândulas salivares maiores foram sede de 74,30% neoplasias,
a glândula parótida representou 66,48%, a glândula submandibular 21,08% e a
glândula sublingual, 0,54%. D) os tumores benignos foram os prevalecentes,
constituindo 69,08% e os malignos representaram 30,92%. e) Nas glândulas
salivares maiores os tumores benignos tiveram freqüência igual a 75,67% e os
malignos 24,32%. Nas glândulas menores houve equivalência entre tumores
benignos e malignos (50%). f) Em relação aos tipos histológicos benignos o
adenoma pleomórfico foi o mais comum, representando 83,57% dos casos em
glândulas salivares maiores e 87.50% entre as glândulas menores.
243
ESTUDO DAS
FIBRAS OXITALÂNICAS EM HIPERPLASIAS GENGIVAIS INDUZIDAS POR
DIFENIL-HIDANTOINATO E CICLOSPORINA A.
Hudi H. S.
Shugair, Renata E. Nhoncanse, Décio S. Pinto Jr. & Suzana O. M. de Souza.
FOUSP -
05508-900 - São Paulo (SP).
Foram
estudadas as fibras oxitalânicas de gengivas humanas afetadas por hiperplasias
provocadas pelo uso de difenil-hidantoinato e ciclosporina A. Cinco portadores
de hiperplasia gengival dilantínica e um portador de hiperplasia induzida por
ciclosporina A. provinientes do Centro de Atendimento a Pacientes Especiais
(CAPE) da FOUSP. foram submetidos a gengivectomias. Utilizou-se como controle
biópsias de gengivas normais do Arquivo de Serviço de Patologia Cirúrgica. O
material foi incluído em parafina; cortes de 6µm de espessura foram corados por
aldeído-fucsina precedida pela oxidação por ácido peracético (técnica
específica para a evidenciação de fibras oxitalânicas preconizada por Fullmer
em 1958, essas fibras evidenciam-se pela coloração púrpura). A observação dos
cortes foi realizada por meio de microscopia de luz em aumento de mil vezes,
por dois observadores, simultaneamente, fixando-se cinco campos diferentes da
região papilar da lâmina própria. Para a avaliação da quantidade de fibras
oxitalânicas, os casos foram classificados segundo os critérios: Escassa (+);
Moderada (++) e Abundante (+++). Os resultados obtidos encontram-se na Tabela
I. A análise comparativa da proporção de fibras oxitalânicas entre as amostras
de gengiva normal e afetada, mostrou, em geral, uma maior quantidade destas
fibras em gengivas afetadas.
Tabela 1:
Quantidade de fibras oxitalânicas.
gengiva
normal + a
++
Ciclosporina ++ a +++
Dilantina +++
244
ESTUDO
HISTOLOGICO COMPARATIVO DA REAÇÃO PULPAR FRENTE A ASSOCIACÃO DE HIDRÓXIDO DE
CÁLCIO p .A. COM ÁGUA DESTILADA E COM SORO FISIOLÓGICO EM POLPA DF RATOS FÊMEAS
Fábio
T.Silva, Nelson S. Pugliesi, João V.Silva e Hudi Hud S. Shuqair.
Disciplina
de Patologia Bucal da FOUSP, 05508-900. São Paulo(SP).
O presente
estudo tem por finalidade a observação da reação inflamatória da polpa quando
da associação do hidróxido de cálcio P.A. com água destilada, e com o soro
fisiológico; observação de formação de ponte dentinária, nos tempos de
7,14,21,28 dias. Aa ratas foram imobilizadas pela técnica de Araújo e colab.
(J.Path.,132: 32-41,1980), e o primeiro molar superior do lado direito e o do lado
esquerdo foram isolados com dique de borracha e com motor em baixa rotação
associado com broca nº 1/2 foi feita uma cavidade na superfície oclusal em
direção à polpa expondo-a. No molar direito foi colocado em íntimo contato com
a polpa exposta hidróxido de cálcio P.A. associado a soro fisiológico e a
cavidade obturada com óxido de zinco tipo II e eugenol, o mesmo procedimento
foi efetuado no molar esquerdo, só que agora o hidróxido de cálcio P.A.
associado à água destilada. Nos tempos pré determinados os animais foram
sacrificados e as peças cirúrgicas coradas pela técnica de H/E. Nos espécimes
de 7 dias tanto do lado direito como no esquerdo, observa-se na interface
medicamento/polpa, uma área de necrose com presença de infiltrado inflamatório
polimorfonuclear e,adjacente a esta área, ausência de odontoblastos. No
remanescente pulpar observam-se características de normalidade. O periodonto
apical apresenta-se normal. Nos espécimes de 14 dias, tanto do lado direito
como no esquerdo, observa-se na interface medicamento/polpa uma área de necrose
com presença de infiltrado inflamatório mononuclear e, adjacente a esta área
presença de tecido de granulação e formação de ponte dentinária. No
remanescente pulpar observam-se características de normalidade, o mesmo
acontecendo com o periodonto apical. Nos espécimes de 21 dias, tanto do lado
esquerdo como no direito, observa-se na interface medicamento/polpa uma área de
necrose com discreta presença de infiltrado inflamatório mononuclear e,
adjacente a esta área presença de tecido de granulação e formação de ponte
dentinária. O remanescente pulpar e a região periapical estão preservados,
guardando características de normalidade. Nos espécimes de 28 dias, tanto do
lado direito como no esquerdo, revelam na interface medicamento/polpa uma área
de necrose com presença de raras células inflamatórias. Pode-se observar a
formação de ponte dentinária isolando o remanescente pulpar coronário e
radicular com características de normalidade. O periodonto apical apresenta-se
normal.
245
ESTUDO
HISTOLÓGICO E BIOQUÍMICO EM RATOS WISTAR SUBMETIDOS A DESNUTRlÇÃO PROTEICA.
Lélia
Batista de Souza, Leão Pereira Pinto, Roseana de A1meida Freitas,
Disciplina
de Patologia Oral - Eda Lisboa Leite,
Deptº de Bioquímica -UFRN.
Os nutrientes
provenientes dos a1imentos, incorporam-se às células do organismo durante os
períodos pré e pós-natal, promovendo seu desenvolvimento e diferenciação.
Sabe-se que em condições de carência nutricional, os órgãos e tecidos formam-se
deficientes, provocando danos, por vezes irreversíveis, ao desenvolvimento
orgânico.
Constitui
objetivo deste experimento, a avaliação histo1ógica e bioquímica da gengiva, do
fígado e do sangue de 24 ratos Wistar, divididos em 3 grupos, submetidos
durante parte do seu desenvolvimento pós-natal (21 a 51 dias de vida) , a
diferentes tratamentos nutricionais, assim constituídos: l) Grupo Desnutrido
-dieta com 2% de proteína; 2) Grupo Subnutrido - dieta com 10% de proteína; e
3) Grupo Nutrido - dieta com 20% de proteína.
A análise
bioquímica mostrou que na amostra de sangue, a dosagem de proteínas séricas foi
baixa nos desnutridos, regular nos subnutridos e aumentada nos nutridos. As
amostras de gengiva exibiram dosagens baixas nos desnutridos e mais ou menos
equilibrada, nos subnutridos e nutridos.
A dosagem
de lipídeos no fígado, mostrou-se alta nos desnutridos, regular nos subnutridos
e baixa nos nutridos.
Os
resultados morfo1ógicos exibiram esteatose no fígado dos animais desnutridos,
ausência no grupo nutrido e presença em alguns animais do grupo subnutrido. O
grupo desnutrido mostrou hepatócitos degenerados em toda a extensão do lóbulo,
núcleos com perda da regularidade morfológica e outros, em estado necrótico. Em
relação à análise histológica da gengiva, esta encontra-se, ainda, em
andamento.
Projeto
financiado pelo CNPq - Proc. 402325/84-CL
246
ESTUDO
IMUNOCITOQUÍIMICO DAS CÉLULAS DE LANGERHANS E ANÁLISE COMPARATIVA DO QUADRO
MICROSCÓPICO NO LÍQUEN PLANO DA PELE E DA MUCOSA BUCAL.
Edmar J.
B. Santana, Alberto Consolaro, Denise T
Oliveira, Fernando Schmitt.
Departamento
de Patologia -Faculdade de Odontologia de Bauru -USP.C.Postal 73- 17.043-101
-Bauru -SP.
Com a
finalidade de determinar a existência ou não de um quadro histopatológico
especifico para o líquen plano bucal e determinar comparativamente a fração de
volume e a distribuição morfológica das células de Langerhans nestas lesões,
foram avaliadas 66 biópsias, sendo 28 de líquen plano da mucosa bucal e 38 da
pele. Os cortes de 6µm, obtidos de cada lesão incluída em parafina, foram
corados pelo HE. PAS, tricrômico de Masson -Goldner e técnica imunocitoquímica
com peroxidase S-lOO.
A partir
dos resultados obtidos, conclui-se que:
a) existe
um padrão de quadro microscópico próprio para as lesões de líquen plano da
mucosa bucal;
b) Entre as
lesões de líquen plano da mucosa bucal e da pele, quanto à fração de volume, as
células de Lagerhans não apresentaram diferença estatisticamente significante à
análise de variância a um critério.
247
ESTUDO
IMUNOHISTOQUÍMICO DAS GENGIVITES DE PACIENTES HIV POSITIVOS.
Ricardo
S.Gomez, José E. Costa, Vera C. Araújo e Ney S. Araújo.
Disciplina
de Patologia Bucal da FOUSP, CEP 05508-900, SP.
Alterações
na resposta imune do tipo celular estão relacionadas com a progressão da doença
periodontal inflamatória crônica. A diminuição do número de linfócitos CD4+ no
sangue periférico estão relacionadas com a severidade da doença periodontal em
pacientes infectados pelo vírus HIV. Considerando a importância das células apresentadoras
de antígenos no desenvolvimento da resposta imune, os autores propõem avaliar
quantitativamente o número de células de Langerhans e macrófagos na
gengivite-HIV. Dez pacientes em diferentes estágios da infecção pelo vírus HIV
e apresentando gengivite e dez pacientes HIV-negativos com gengivite
inespecífica foram selecionados. As lesões foram biopsiadas no momento das
cirurgias periodontais e/ou extrações dentárias. As amostras foram fixadas em
formol a 10% antes da inclusão em parafina. Secções seriadas foram feitas para
coloração em hamtoxilina e eosina e para investigação imunohistoquímica de
células CD68(macrófago) e S-l00(Células de Langerhans) positivas pelo método da
spreptavidina-biotina. Nossos resultados demonstraram a diminuição do número de
células CD68 e das células epiteliais S-100 positivas na gengivite-HIV. Estes
achados podem estar relacionados com a severidade da doença periodontal em
pacientes H IV positivos.
Auxílio
Financeiro: FAPEMIG.
248
ESTUDO IN
VITRO DA EROSÃO CAUSADA POR REFRIGERANTES E SUCO DE LIMÃO NO ESMALTE DE DENTES
DECÍDUOS HUMANOS -ANÁLISES MORFOLÓGICAS.
Liliane J.
Grando, David R. Tames, Antonio C. Cardoso, Nelson H. Gabilan.
Pós-Graduação
em Odontopediatria, Centro de Ciências da Saúde -UFSC. Campus Universitário,
Florianópolis, SC.
A erosão
dental provocada in vito por refrigerantes (Coca-Cola e Guaraná) e por um Suco
de Limão (produto comercial), sobre o esmalte de dentes decíduos humanos foi
analisada sob parâmetros morfológicos. Dentes decíduos humanos (108) foram
divididos em grupos A, B e C, de acordo com os tempos de incubação de 15 e 45
minutos e 12 horas, respectivamente. Cada um dos grupos foi subdividido 3
sub-grupos da 12 dentes cada, correspondendo aos 3 produtos testados. As
incubações ocorreram à temperatura ambiente e sob agitação mecânica constante.
Os pHs médios dos produtos foram respectivamente 2,60, 3,30 e 2,50, os quais
não sofreram modificação pela incubação dos dentes. Após a incubação foram
realizadas as análises morfológicas do tipo Estereomicroscopia e Microscopia
Eletrônica de Varredura. Através da Estereomicroscopia observou-se perda do
brilho e alteração da coloração normal do esmalte, com perdas irregulares
superficiais em graus variáveis, em todos os dentes incubados. Microscopicamente
observou-se diferentes graus de solubilização dos cristais de esmalte, afetando
inicialmente as bainhas e cabeças dos prismas e posteriormente as caudas dos
mesmos.
Todos os
produtos testados mostraram-se prejudiciais ao esmalte decíduo humano; o Suco
de Limão foi notadamente o produto mais erosivo, seguido pela Coca-Cola e
depois pelo Guaraná. As lesões de erosão agravaram-se com o aumento do tempo de
incubação dos dentes.
249
ESTUDO
MORFOLÓGICO DO TECIDO PULPAR PELA PROTEÇÃO DIRETA COM HIDRÓXIDO DE CÁLCIO P.A.
E HIDROXIAPATITA SINTÉTICA.
Leão
Pereira Pinto, Lêda Bezerra Quinderé Cardoso, Lélia Batista de Souza, Maria
Sueli M. Soares, Flávia Andréa B. de Medeiros
Disciplina
de Patologia Oral - Deptº de Odontologia - UFRN.
Freqüentemente,
o tecido pu1par sofre injúrias das mais variadas naturezas e, na tentativa de
sua recuperação, diversas substâncias químicas têm sido utilizadas
empregando-se variadas metodologias.
Conhecendo-se
as propriedades biológicas do Hidróxido de Cálcio P.A. e da Hidroxiapatita
Sintética, utilizamos estas duas substâncias para avaliar os seus efeitos sobre
o tecido pulpar em proteção direta visando conhecer o poder das substâncias no
reparo das polpas dentárias.
Utilizou-se
48 dentes hígidos de humanos na faixa etária entre 8 a 15 anos, por indicação
ortodôntica para exodontias.
O estudo
foi dividido em 3 etapas: a lª consistiu na avaliação histológica das polpas
dentárias, no 2º e 3º dias após a aplicação dos materiais; a 2ª aos 60 e 90
dias e, a 3ª, aos 120 e 180 dias.
Os
primeiros resultados mostraram que no grupo de 2 dias não houve evidências de
mineralização na área. Aos 30 dias, os espécimes com Hidróxido de Cálcio
exibiam formação mineral sem evidências flogísticas. O gripo protegido com
Hidroxiapatita Sintética exibiu reação tecidua1 do tipo inflamatória e formação
colagênica. Em apenas um caso houve formação mineral. As duas outras etapas
estão em andamento.
250
EXPRESSÃO
DO ANTÍGENO CD 68 NAS LESÕES DE CÉLULAS GIGANTES DOS MAXILARES.
Adriano M.
Loyoa. Ricardo S. Gómez, Renato S. Videira, Suzana O. M de Souza.
Disc.
Patologia Bucal -FOUSP -05508-900 -São Paulo (SP).
As lesões
de células gigantes periférica e central são processos patológicos relativamente comuns nos maxilares, cuja
natureza ainda permanece indefinida. Vários estudos têm sugerido uma linhagem
macrofágica/monocítica para o componente celular básico da lesão.
O objetivo
do presente estudo foi avaliar a expressão do CD 68, um antígeno citoplasmático
associado a macrófagos, recentemente caracterizado. Para tanto foram utilizados
14 casos de lesões de células gigantes, sendo 9 de localização periférica e 5
centrais. Secções de tecido foram obtidas pela técnica de rotina e coradas pela
hematoxilina e eosina e pela técnica imuno-histoquímica da
streptavidina-biotina. O anticorpo monoclonal utilizado foi o KPl. Observou-se
que as células gigantes foram marcadamente positivas para o CD 68. Número
significativo de células mononucleares do tecido lesional demonstrou o mesmo
padrão de imunoreatividade. Estes achados, reforçam a hipótese da linhagem
macrofágica/monocítica para os elementos celulares das lesões de células
gigantes dos maxilares.
251
FIBROMATOSE
GENGIVAL HEREDITÁRIA: POTENCIAL DE PROLIFERAÇÃO CELULAR.
LOURENÇO
BOZZO; ROY C. PAGE & KATIA B. L. VIEIRA.
DEPART.
DIAG. ORAL - ÁREA DE PATOLOGIA - FAC. ODONTOLOGIA DE PIRACICABA-UNlCAMP.
13414-018 - PIRACICABA - SP
Fibromatose
gengival hereditária (FGH) é uma patologia oral relativamente incomum,
identificada clinicamente por um crescimento exagerado da gengiva e por um
caráter hereditário. Os mecanismos biológicos envolvidos nestas manifestações
clínicas não estão ainda bem definidas, mas parecem resultar de um
comportamento anormal dos fibroblastos devido a um defeito na capacidade destas
células em controlar a síntese de colágeno, a proliferação celular. O objetivo
desta pesquisa foi avaliar "in vitro" o potencial de proliferação dos
fibroblastos obtidos de pacientes portadores de FGH. Biópsias foram feitas em
áreas representativas da gengiva de quatro pacientes, com FGH, com diferentes
idades, e em quatro indivíduos, usados como controle, com gengiva sadia,
clinicamente normal (GCN). As culturas foram realizadas, usando as técnicas
estandartizadas para cultura de células. Para avaliação da proliferação dos
fibroblastos, as células foram colhidas a seis diferentes períodos de tempo: 2
horas (identificado como dia zero) , e dias 2, 4, 7, 9 e 11. A cada tempo, as
células eram colhidas e contadas. A proliferação dos fibroblastos da FGH, foi
sempre maior que da GCN, (tabela), tanto a cada intervalo como, em todo o
período. Os resultados mostraram que os fibroblastos da FGH proliferam a uma
velocidade muito maior que os fibrob1astos da GCN.
PERÍODOS DE
TEMPO (DIAS)
0 2
4 7 9 11
0 11
FGH 74% 213%
94% 32% 18% 1556%
GCN 64% 173%
81% 34% 17% 1164%
252
INFLUÊNCIA
DA SIALOADENECTOMIA NA RECUPERACÃO DE C.albicans, C.tropicalis E C.parapsilosis
DA CAVIDADE BUCAL DE RATOS.
RILDA
A.G.TOTTI*; ANTONIO O. C. JORGE & ELIZABETE B. DOS SANTOS.
Depto
Diagnóstico Oral, Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP. Cx Postal
52; CEP 13414-018 PIRACICABA-SP.
Ratos
normais e sialoadenectomizados (remoção cirúrgica das glândulas salivares
maiores) foram inoculados por 4 dias consecutivos, com 0,2 ml de suspensão
contendo 108 células/ml de C.albicans, C.tropicalis e C.parapsilosis. Após 1,
2, 3, 5, 8, 15 e 30 dias da última inoculação, a saliva foi coletada e
determinado o volume salivar (mg) , a partir do qual foi feita a quantificação
das três espécies, sendo os resultados expressos em UFC/ml. Os ratos
xerostômicos revelaram mucosa bucal bastante ressecada, alta viscosidade da
saliva presente, com diminuição de cerca de 5 vezes na secreção salivar. A
quantidade de C.a1bicans recuperada foi maior no grupo sialoadenectomizado
durante todo o experimento, apresentando valores significativos até o 8º dia de
coleta. C.tropicalis foi recuperada em número semelhante após 1 dia e em maior
quantidade após 2, 3 e 5 dias nos normais, não se observando mais sua presença
nos períodos subseqüentes. Após 1 dia da inoculação, a quantidade de
C.parapsilosis foi similar em ambos os grupos, sendo significantemente maior no
5º dia de coleta no grupo sialoadenectomizado. Os dados mostram que a xerostomia
permite crescimento acentuado e mais prolongado de C.albicans na boca de ratos,
porém parece não ser fator importante na recuperacão de C.tropicalis e
C.parapsilosis. Tais resultados sugerem que a xerostomia intensifica os
mecanismos de patogenicidade da C.albicans, possivelmente interferindo na sua
adesividade, não influenciando porém na permanência da C.tropicalis e
C.parapsilosis na cavidade bucal de ratos.
253
INFLUÊNCIA
DO DIÂMETRO DO CANAL NO DESENVOLVIMENTO DE LESÕES PERIAPICAIS EM MOLARES DE
RATO.
Márcio A.
Lopes*; Francisco J. Souza Filho; Jacks Jorge Junior.
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP; CEP: 13414-018-Piracicaba-SP.
O primeiro
molar inferior de rato tem quatro raízes: mesial, médio-vestibular, médio
lingual e distal. O diâmetro do forame apical destas raízes são variáveis,
provocando lesões periapicais de intensidades diferentes quando da necrose da
polpa. A câmara pulpar da raiz mesial dos primeiros molares inferiores direito
e esquerdo foi exposta ao meio bucal com auxílio de broca nº 33 1/2. Após 28
dias os animais foram mortos e os dentes processados histologicamente no
sentido vestíbulo-lingual. A polpa estava necrosada em todas as raízes,
geralmente com aspecto hialino sugestivo de necrose por coagulação. No
periápice da raiz mesial predominou tecido fibroso rico em fibroblastos e
discreto infiltrado inflamatório na região adjacente ao forame apical. Nas
raízes mediais invariavelmente houve a formação de microabcesso. Na raiz distal
a inflamação foi mais intensa, com formação de abcesso em 4 casos.
De acordo
com os resultados obtidos concluiu-se que há correlação entre o diâmetro do
canal e intensidade da inflamação periapical. Nos casos de abcesso, a via de
dreganem foi a gengiva.
254
PAPILOMATOSE
ENDÊMICA NA MUCOSA BUCAL DE CRIANÇAS INDÍGENAS DE RONDÔNIA, BRASIL.
PERCY
SMPAIO CAMARGO, RICARDO M. PALMA & MAURÍLIO SEBASTIÃO DE MELO.
DEPTD. DE
PATOLOGIA DA FAC. DE ODONTOLOGIA, UNESP, ARAÇATUBA, SP.
Papiloma
vírus podem infectar as mucosas dos órgão genitais, aparelho respiratório,
cavidade bucal e conjuntiva. Eles infectam as células do epitélio escamoso,
provocando proliferações celulares nos pontos de entrada do corpo humano.
Estudos baseados na hibridização de ácidos nucléicos permitiram reconhecer
vários clones ou genótipos de papilomavírus humano (HPV). As pesquisas
epidemiológicas têm demonstrado que cada tio de HPV manifesta nítida
especificidade com relação às características morfológicas e a localização das
lesões. O HPV13 tem sido encontrado
exclusivamente na mucosa bucal. Esse vírus está associado com lesões nodulares
múltiplas da mucosa bucal, diagnosticadas como hiperplasia epitelial focal.
Essa virose, também conhecida como doença de Heck, tem um caráter benigno,
evoluindo, após certo tempo, para a cura espontânea. A maioria das lesões
exofíticas, diagnosticadas como Condilomas, que ocorrem nos órgãos genitais e
cavidade bucal, estão associadas com os HPVs 6 e 11. Os HPVs 6, 11, 16, 18 e 31
são responsáveis pela maioria das lesões dos órgãos genitais. Os HPVs 16 e 18
estão associados com lesões cancerosas invasivas das partes genitais baixas.
Como membros da equipe do Instituto de Antropologia e Meio Ambiente, que presta
serviços de saúde para várias etnias indígenas da região de Ji-Paraná/RO, fomos
solicitados pela direção regional da FUNAI, para colaborar no levantamento
epidemiológico e esclarecimento de um quadro endêmico de Papilomatose que
estaria ocorrendo nas crianças de algumas comunidades indígenas. Foram
examinados 125 pacientes, 65 do sexo masculino e 60 do sexo feminino. Como não
conhecíamos profundamente os valores étnicos e culturais da comunidade em
questão e havia inicialmente suspeita e possibilidade de tratar-se de Condiloma
acuminado, doença sexualmente transmissível (DST), redobramos nossa atenção com
relação à abordagem antropológica para evitar pânico, preconceitos e outros
problemas que as "DST" costumam desencadear. Além do exames de
cavidades bucal de todos os pacientes, os pais de crianças com lesões manifestas
de hiperplasia de mucosa bucal foram encaminhados para exames ginecológicos
e/ou urológicos e pesquisa de "DST". De alguns pacientes, com lesões
bem típicas, foram colhidas biópsias para exames anatomopatológicos. Os
resultados foram analisados considerando-se o sexo e grupo etário. Quinze dos
125 pacientes examinados, 8 masculinos e 7 femininos, a maioria do gurpo etário
entre 4 e 20 anos, apresentaram lesões hiperplásicas da mucosa bucal. 4,5%
(1:22) pertencia ao grupo entre 0-4 anos; 24% (6:25) entre 5-10 anos; 24,1%
(7:29) entre 11-19 anos; 3,6% (1:20) entre 20-40 anos e nenhuma (0:21) com 41
anos ou mais. Nenhum adulto examinado apresentou sinais ou história de
"DST". As características morfológicas, localização e evolução das
lesões, grupo etário e origem étnica dos pacientes, ausência de história e/ou
outros sinais de "DST", são dados sugestivos e significativos para
fechar o diagnóstico clínico da hiperplasia epitelial focal (Doença de Heck).
Esse
levantamento epidemiológico foi possível graças ao apoio do Instituto de
Antropologia e Meio Ambiente, Rua Afonso Vaz, 454- CEP 05580-001 São Paulo SP
Fon. (011) 814-2499 Fax (011) 210-133B -Modem IAMA.
255
PRESENÇA DE
MACRÓFAGOS EM CISTO PERIODONTAL APICAL.
João V.
Silva, Ricardo S. Gomez, Fábio T. Silva e Décio S. Pinto Jr.
Disciplina
de Patologia Bucal - Faculdade de Odontologia USP,05508-900, São Paulo - SP.
O cisto
periodontal apical é uma lesão de natureza inflamatória e de origem
odontogênica bastante freqüente na cavidade bucal.
Diferentes
achados evidenciam a participação dos fenômenos imunológicos na formação desta
entidade patológica. Entre eles, podem ser citados as células secretoras de
IgG, IgA e IgE; mastócitos, imunoglobulinas no conteúdo cístico, células de
Langerhans no revestimento epitelial e fragmentos de proteínas do
complemento.
A
caracterização dos componentes inflamatórios podem favorecer o entendimento da
dinâmica do processo inflamatório na formação do cisto.
O objetivo
deste trabalho foi identificar a presença de macrófagos em cistos periodontais
apicais através da pesquisa do antígeno citoplasmático CD68.
Para tanto,
secções de tecido de 17 espécimes fixados em formol e incluídos em parafina,
diagnosticados como cistos periodontais apicais pela técnica de HE, foram
preparados para estudo imunohistoquímico, utilizando-se a técnica da
Streptavidina-Biotina.
Os
resultados obtidos mostraram positividade para o anticorpo utilizado em todos
os espécimes. Os macrófagos estão presentes no conteúdo cístico, no epitélio de
revestimento, e no conjuntivo da cápsula cística, sendo mais marcante tal
presença em regiões com intenso infiltrado inflamatório mononuclear ou
polimorfonuclear e em menor intensidade nas regiões com escassa inflamação.
Nossos
resultados, aliados a estudos complementares de outros componentes
inflamatórios nestas lesões císticas, nos permitirá melhor conhecimento da
contribuição do sistema imune no seu desenvolvimento.
256
PREVALÊNCIA
DE CÂNCER BUCAL NO SERVIÇO DE MEDICINA BUCAL DA FACULDADE ODONTOLOGIA DE ARARAQUARA- UNESP
Mirian
Aparecida Onofre, Maria Regina Sposto, Guinara Scaf, Luis Augusto Ferreira.
Departamento
de Diagnóstico e Cirurgia, Faculdade de Odontologia de Araraquara, UNESP,
Cx.Postal 331, Araraquara (SP), CEP: 14801-903.
O objetivo
do presente trabalho foi analisar a prevalência de câncer bucal no Serviço de
Medicina Bucal da Faculdade de Odontologia de Araraquara: período de 1989 à
1992, sua freqüência quanto ao sexo, idade, raça, classificação histológica e
localização anatômica.
Foram
atendidos 810 pacientes portadores de lesões bucais, sendo diagnosticados 33
casos (4,07%) com câncer bucal. A faixa etária mais atingida foi entre 50 e 60
anos, sendo predominante no sexo masculino (72,7%), numa proporção de 3:1 em
relação ao sexo feminino. Entre os grupos étnicos, a maior freqüência foi na
raça branca (87,8%). As regiões bucais mais afetadas nos indivíduos do sexo
masculino foram o soalho de boca (41,66%) e língua (25%) e no feminino soalho
de boca (33,3%) e rebordo alveolar (33,7%). Os carcinomas representaram 96,96%
das neoplasias da cavidade bucal.
O número de
casos atendidos é pequeno, quando comparado aos dados provenientes de hospitais
ou departamentos de oncologia, uma vez que este Serviço atende pacientes
portadores dos mais variados tipos de lesões bucais e, sendo que muitos dos
casos de câncer são encaminhados diretamente aos Serviços Especializados.
257
REAÇÃO DE
DENTISTAS BRASILEIROS PARA TRATAMENTO DE PACIENTE HIV-POSITIVO.
M. Regina
Sposto*; Fabiane Gonçalves*; Adriana Ferracioli*; Wilson Afonso Jr.**; Críspian
Scully**.
Fac.
Odontologia Araraquara-UNESP/Br.* & Centre for the Study of Oral
Disease-Bristo1/U.K.
A
quantidade de pessoas doentes com AlDS e HIV-Positivas tem crescido com a
epidemia e, a necessidade de tratamento odontológico para esta popu1ação têm-se
tornado problemática.
A
receptividade e atitude dos dentistas para tratar pessoas doentes com AIDS ou
HIV-positivo ainda é duvidosa na literatura e na prática quando ocorre
solicitação aos profissionais.
O
comportamento dos dentistas frente a esta problemática têm sido analisado em
vários países porém, até a presente data, não temos conhecimento de dados
correlatos no Brasil.
O objetivo
deste estudo é determinar a reação de dentistas brasileiros, ao serem
solicitados para atendimento de dor de dente, em paciente adulto jovem, sexo
masculino, infectado pelo HIV porém sem sinais da doença.
Uma
população de 363 dentistas de 3 cidades do estado de São Paulo foi consultada
via telefone. Uma estudante de graduação, agindo como irmã do paciente
requisitou atendimento de emergência para resolução de dor de dente e posterior
tratamento de rotina.
Foi
realizada análise das respostas dos 363 dentistas e pessoal auxiliar
contatados.
Há
indicação pela World Health Organization (Sheutz, F. & Pindborg, J. J. -
Aust.Dent.J., 32: 298-299, 1987) que os dentistas tem uma responsabilidade
ética de prover atendimento odontológico à paciente HIV positivos.
A recusa
dos profissionais para tratamento do paciente neste estudo representa 36% do
total, em paralelo com, 30% dos dentistas que recusaram e sugeriram outro local
onde o paciente deveria encontrar atendimento.
A conc1usão
principal, demonstra que 34% dos dentistas brasileiros estão dispostos a
oferecer tratamento dentário a paciente HIV-positivo com dor de dente.
CNPq -
500285/91-8
FUNDAP -
2072/61
258
REGULAÇÃO
DA TRANSCRIÇÃO DO COLÁGENO II POR HORMÔNIOS ESTERÓIDES.
Sergio R.
P.Line: Craig Rhodes; Pierre Savagner; Jeff. Liebman; Yoshi Yamada.
Depto
Diagnóstico Oral, Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP Cx Postal 52
CEP: 13414-018 Piracicaba-SP.
A
cartilagem é um tecido especializado que desempenha papel importante na
formação da face. A matriz cartilaginosa é constituída por um complexo
molecular onde destacam-se os proteoglicanos, a proteína de ligação da
cartilagem, ácido hialurônico e colágeno II. Estudos recentes têm mostrado que
s transcrição do colágeno II é regulada por três elementos básicos, que são:
a) região
silenciadora, que inibe a transcrição do gene em células que normalmente não
expressam esta molécula; b) região promotora, localizada logo acima do primeiro
exon; c) região "enhancer" localizada no primeiro intron. O objetivo
deste trabalho é de estudar, em condócitos de embrião de externo de galinha, a
influência de hormônios esteróides na regulação da transcrição do colágeno II.
Para tal finalidade condrócitos de embriões de 16 dias foram transfectados com
l5 µ de DNA plasmideano contendo as regiões reguladoras do colágeno II
dirigindo a transcrição da enzima cloranfenicolacetiltransferase. Após 48 horas
as células foram lisadas e a atividade da enzima determinada (Nuclei, Acids Res.
19: 1933-1939. 1991). Os resultados mostraram que a dexametasona (l0-7M) e o
ácido retinóico (l0-6M) são capazes de inibir a transcrição do colágeno II,
enquanto que a vitamina D (l0-8M) possui um efeito positivo sobre a transcrição
deste gene. Deste modo, conclui-se que a expressão do colágeno II pode ser
regulada a nível transcripcional por fatores exógenos presentes no ambiente.
259
RESPOSTA
"IN VITRO" DE DUAS CULTURAS DE ADENOMA PLEOMÓRFICO A DIFERENTES
CONCENTRAÇÕES DE SORO FETAL BOVINO, FATORES PEPTÍDICOS DE CRESCIMENTO E
HORMÔNIOS.
Fabio D.
Nunes; Mari C. S. Armelin*; Vera C. de Araújo.
Disc.
Patologia Bucal, Fac. Odontologia USP.05508-900 São Paulo, SP. *Inst.Química
USP.
O adenoma
pleomórfico é o tumor de glândula salivar mais comum. Os métodos de cultura de
células e tecidos são muito importantes no estudo do comportamento
proliferativo e da citodiferenciação destes tumores. O objetivo deste estudo é
definir melhor os requisitos destas células para crescimento e diferenciação.
Dois adenomas pleomórficos de parótida (FMS e GAAL) foram retirados
cirurgicamente e divididos em duas partes: uma foi processada para coloração de
rotina em H&E, e a outra foi colocada em meio de cultura estéri1 (DME,
contendo 10 mM de tampão Hepes). Histologicamente o tumor FMS é mais celular,
com um estroma mixóide, enquanto a GAAL mostrou um estroma misto. Amostras dos
tumores foram fragmentados assepticamente em pequenos fragmentos e submetidos a
desagregação mecânica e enzimática, com tripsina, colagenase ou ambos. A
suspensão celular foi colocada em frascos de cultura e mantidas em DME
suplementado com 10% de soro fetal bovino (FCS) com antibióticos, a 37°C e
atmosfera de 5% CO2-95% ar. O meio foi trocado cada 3-4 dias, até as células
atingirem a confluência. As culturas foram então tripsinizadas e as células
plaqueadas numa bandeja de 24 poços em 10% FCS-DME. As culturas foram
submetidas à carência de soro (0.2% FCS-DME por 24h) antes da adição de
diferentes concentrações de FCS (0.5; 1.0; 1.5; 2.5; 4.5 e 8.5%), fatores
peptídicos de crescimento (10 ng/ml EGF: 10 ng/ml FGF) e hormônios (0.1 µg/ml
Hidrocortisona, Hi; 1 µg/ml Insulina, I), ou a combinação destes diferentes
reguladores. Timidina tritiada. (3H-TdR, 0.25 µCi/ml; 10-7 M) foi adicionada às
culturas 12h mais tarde e deixadas para incorporação ao DNA por mais 12h. As
células foram estão fixadas em 10% de ácido tricloroacético (TCA), e
dissolvidas em 0.5 N NaOH. O lisado de células foi então precipitado com TCA, e
a 3H-TdR incorporada ao DNA (CPM) foi contada, usando um Contador de líquido de
cintilação. Os resultados mostraram que a FMS e a GAAL cresceram melhor a 2.5%
de soro. Enquanto GAAL mostrou maior resposta proliferativa ao EGF, a FMS
necessita de uma combinação de fatores de crescimento para um crescimento
ótimo.
Apoio
financeiro: FAPESP, CNPq, Fundação Banco do Brasil e ICGEB-UNIDO.
PERIODONTIA
261
ANÁLISE
COMPARATIVA DA BIOCOMPATIBILIDADE DE MATERIAIS CERAMICOS DIVERSOS EM TECIDO
CONJUNTIVO SUBCUTÂNEO DE RATOS (Rattus Norvegicus-var. Albinus Rodentia
Mammalia).
Sebastião
L. A. Greghi, Luis F. N. Ruiz, Deoclécio Nahãs.
Depto de
Periodontia, Faculdade de Odontologia de Bauru-USP, 17043-101
Vários
materiais foram implantados no tecido conjuntivo de 50 ratos, para análise das
respostas biológicas. Três dos materiais eram cerâmicas fosfato de
Ca(hidroxiapatitas):INTERPORE-200,BIOAPATITE e uma HA elaborada na FOB-USP;
dois eram esmalte dental humano, na forma particulada e pó; e o último material
foi esponja de PVC como um controle positivo de granuloma. As HA foram
analisadas após 1,2 e 12 meses, enquanto os demais após 1 e 2 meses, por
análise qua1itativa (histopatológico) e quantitativa (volumetria de pontos) sob
microscopia ótica, e os resultados avaliados estatisticamente pelo Teste de
Tukey, análise de variância e média de porcentagem.
Observou-se
que com 1 mês, houve inf1amação crônica variando de discreta à moderada, exceto
para o PVC(média de linfócitos=1,49% e plasmócitos=0,76%) e para o esmalte
pó(média de macrofagos=54% onde os quadros foram intensos. Após 2 meses o
infiltrado regrediu embora para a BIOAPATITE ainda havia muitas células
gigantes (média=31,48%) quando comparada às outras cerâmicas. Para o PVC e
esmalte pó, o quadro ainda permaneceu intenso.
Após 12
meses havia um fibrosamento intenso para as HA(médias entre.62 e 71%), poucos
macrófagos(0.5%) e poucas células gigantes (média entre 8 e 10%).
Os dados
demonstraram que as .HA testadas foram biocompatíveis, sendo que o tamanho das
partículas e a composição influíram na resposta tecidua1 inicial.
262
ANÁLISE DA
EFETIV1DADE DE UM PROGRAMA PREVENTIVO DE MANUTENÇÃO PROFISSIONAL SIMPLIFICADO
SOBRE OS ÍNDICES DE PLACA E DE GENGIVITE, EM CRIANÇAS
Andréa M.
C. Joaquim, Adriano M. Corrêa; Aguinaldo Campos Jr.
Dept. de
Prótese, Discipl. de Periodontia, Faculdade de Odontologia de Bauru (SP).
A fim de
avaliar o efeito de controle de placa bacteriana sobre a gengivite, com retornos
quizenais ao consultório odontológico, 87 crianças de 7 a 10 anos de idade
foram divididas em dois grupos. Os dados foram obtidos através de exames
bimensais, utilizando os índices de Placa (Silness & Löe, 1964) e o de
gengivite (Löe e Silness, 1963). O Grupo Experimental era formado por 46
escolares que quizenalmente recebiam instruções de higiene oral, seguidas de
revelação de placa bacteriana por pastilhas evidenciadoras. Os depósitos moles
presentes eram removidos pela escovação manual profissional com pasta brasiva
especial à base de Carbonato de Cálcio. O Grupo Controle compreedeu , 41
escolares que após a revelação de placa bacteriana eram submetidos a profilaxia
oral com duas pastas abrasivas diferentes, usando taça e cone de borracha, além
de escova de Robinson, em baixa rotação. A variação do índice de Placa para o
Grupo Controle foi de 1.691 no primeiro exame para 1.248 no quarto exame; para
o grupo Experimental, a variação foi de 1.659 para primeiro exame e 1.231 para
o quarto exame. Em relação ao Índice de Gengivite, para o Grupo Controle, esta
variação foi de 1.622 no primeiro exame para 1.295 no quarto exame. Já no Grupo
Experimental, a redução foi de 1.566, no primeiro exame, para 1.262 no quarto
exame, sendo todas estas reduções estatisticamente significantes.Assim sendo,
os dois programas preventivos apresentaram resultados finais equivalentes, em
relação aos dois índices, demonstrando que é possível um controle de placa
bacteriana sem o aparato odontológico convencional, mas utilizando apenas
escovas de dentes e uma pasta profilática com maior abrasividade.
263
ANÁLISE
MORFOMÉTRlCA DO TECIDO CONJUNTIVO DA FIBROMATOSE GENGIVAL HEREDITÁRIA E GENGIVA
CLINICAMENTE NORMAL - ESTUDO COMPARATIVO.
Enilson A.
Sallum; Lourenço Bozzo & Márcio A. Lopes.
Depart.
Diag. Oral - Área de Patologia - Fac. Odontologia de Piracicaba-UNICAMP.
13414-018 - Piracicaba-SP
A
fibromatose gengival hereditária (FGH) é uma patologia bucal de natureza
hereditária, transmitida, na maioria das vezes, por um gen autossômico
dominante. Caracteriza-se clinicamente por um aumento de volume do tecido
gengival, provocando alterações morfológicas, funcionais e estéticas nas
estruturas envolvidas. O fenômeno patológico fundamental que envolve os
componentes teciduais, na manifestação clínica desta alteração, não está
claramente estabelecido na literatura. O objetivo deste trabalho foi
identificar morfometricamente possíveis diferenças na densidade celular e de
substância intercelular na FGH em comparação à gengiva clinicamente normal
(GCN). Biópsias de 10 indivíduos com GCN e l0 pacientes portadores de FGH,
retiradas de áreas clinicamente isentas de inflamação, fixadas em formol,
cortadas em secções de 5 micrômetros e coradas pela hematoxilina e eosina,
foram analisadas morfometricamente com auxílio de uma lente ocular integradora
Zeiss (kpl-w 10x) de 25 pontos, com objetiva de imersão (l00x). Os dados
obtidos (tabela) mostraram que o tecido conjuntivo da FGH apresentou uma
população de fibroblastos maior, por campo (2,37 ± 0,776 ou 9,48% em volume),
que o tecido conjuntivo da GCN (2,063 ± 0,109 ou 8,25% em volume) , com grau de
significância de 5%. Da mesma forma, o tecido conjuntivo fibroso foi mais denso
na FGH que na GCN, com significância ao nível de l% (tabela). Comprova-se
morfometricamente resultados prévios em cultura de tecido, que o fenômeno
patológico fundamental da FGH é uma hiperplasia qengival.
gengiva
normal FGH
componentes impactos Vvi impactos Vvi
fibroblastos 2,063 ± 0,109 8,25 2,370 ± 0,077 9,48 *
s.interc. 18,983 ± 0,240 75,93 20,512 ± 0,235 82,04
**
Outros 3,944 ± 0,249 15,77 2,109 ± 0,206 8,43
**
TAB: MÉDIA
GERAL DE IMPACTOS POR CAMPO E PROPORÇÃO EM VOLUME (Vvi) DE FIBROBLASTOS,
S.INTERC. E OUTRAS ESTRUTURAS.
*S1G. A
NÍVEL DE 5% / ** SIG. A NÍVEL DE 1%.
264
ANÁLISE
RADIOGRÁFICA DA REABSORÇÃO DA CRISTA ÓSSEA EM CRIANÇAS DE 6 A 12 ANOS.
Cassiano K.
Rösing, Benedicto E. C. Toledo, Natalie C. Jarrim T., Rita C. L. Cordeiro.
Faculdade
de Odontologia de Araraquara - UNESP, Rua Humaitá nº 1680.
O objetivo
do presente trabalho é verificar a nitidez de imagem obtida em radiografias
periapicais de molares de crianças de 6 a l2 anos, bem como o grau de
reabsorção inicial de crista óssea. Para a realização deste estudo, foram
utilizadas 1872 radiografias periapicais de primeiros molares permanentes
obtidas de 234 pacientes de 6 a 12 anos. Primeiramente a nitidez para
observação foi avaliada em função da superposição de imagens e posteriormente,
com auxílio de um paquímetro a reabsorção na crista foi verificada pela
distância entre a mesma e a junção amelo-cementária, considerando-se presente quando
maior ou igual a 2 mm. Os dados foram totalizados em função da nitidez e do
grau de reabsorção das faces mesiais e distais de molares superiores e
inferiores, e a estatística do quiqradrado aplicada às freqüências absolutas de
reabsorção avaliada. Os resultados demonstram uma nitidez deficiente
principalmente nas faces distais de molares superiores (48,3%) seguida das
mesiais dos mesmos dentes (248%) e, com melhor nitidez nos molares inferiores
(8,1% e 2,1%) de deficientes, Quanto ao grau de reabsorção óssea, observou-se
um risco maior nos dentes inferiores: faces distais (10,9%), mesiais (9,0%),
seguido dos molares superiores: distais (7,3%) e mesiais (6,0%). Com os dados
obtidos, conclui-se que a técnica radiográfica periapical do paralelismo, nas idades
em estudo, apresenta deficiências quanto à nitidez, porém, dentre as
superfícies passíveis de análise, o grau de reabsorção precoce da crista óssea
foi igualmente elevado, demonstrando que ênfase deve ser dada à prevenção da
doença periodontal na criança.
265
AVALIAÇÃO
DA COMPATIBILIDADE BIOLÓGICA DE TRÊS CIMENTOS CIRÚRGICOS PERIODONTAIS COM
EUGENOL, NA FASE AGUDA DA INFLAMAÇÃO.
Mary Eleni
S. F. Motta*, Rosana F. P. Silva**, Elisabete Z. P. Lepera**, Iguatemy
Brunetti**, Alice O. Lorenzoni**.
Depto.
Diagnóstico e Cirurgia. F.O.Ar.-UNESP (14801-903) e Faculdade de Ciências
Farmacêuticas de Araraquara-UNESP (14801-902)**.
O estudo da
compatibilidade biológica do cimento cirúrgico na fase aguda da inflamação
reveste-se de importância devido as características de sua aplicação clínica.
Neste
trabalho estudou-se o efeito de três cimentos cirúrgicos periodontais contendo
eugenol (Duradent, Inodon e Lascala) nas fases imediata e tardia da inflamação
aguda. Para o controle utilizou-se corpo-de-prova de Parafina.
O método
empregado foi o proposto por MOTTA em 1982 modificado, que usa o corante Azul
de Evans para marcar o exsudato inflamatório extravasado para o tecido
conjuntivo subcutâneo.
Os dados
obtidos foram submetidos à Análise Estatística não-paramétrica, Teste U de
Mann-Whintney e à Análise dos Percentuais das Médias.
Os
resultados mostraram que: 1) ao se estudar o fator de variação tipos de
operação notou-se que nos tempos de 1 e 3 horas, a quantidade de corante
extravasado nos tecidos apresentou a seguinte ordem decrescente: cimentos,
controles e falso-operados. Mas as diferenças, ainda que presentes, não foram
estatisticamente significativas para os cimentos Duradent e Lascala, quando
comparados com os seus controles, no tempo de 3 horas; 2) a interação entre os
cimentos, excluindo-se os valores relativos aos falso-operados, mostrou que as
diferenças das quantidades de corante extravasado nos tecidos, só foram
estatisticamente significativas quando se comparou o Duradent com o Lascala, no
tempo de 3 horas; 3) pela análise dos percentuais das médias, os cimentos
Inodon e Lascala apresentaram valores de quantidades de corante extravasado nos
tecidos maiores no período de 1 hora do que no de 3 horas. O cimento Duradent
mostrou valores muito próximos em l hora (156,8%) e em 3 horas (157,52%); 4)
ainda, pela análise dos percentuais das médias constatou-se que no período de l
hora houve diferença pequena entre os valores apresentados pelo Duradent e
Inodon, referentes às quantidades de corante extravasado nos tecidos, esta
diferença foi maior no período de 3 horas. O cimento Lascala apresentou valores
bem menores do que os outros dois cimentos, tanto em 1 como em 3 horas .
Portanto,
concluiu-se que o cimento Lascala foi o que apresentou maior grau de
compatibilidade biológica, seguido pelo lnodon e este pelo Duradent.
266
AVALIAÇÃO
DA NECESSIDADE DE TRATAMENTO PERIODONTAL ATRAVÉS DO CPITN DE PACIENTES DE UMA
CLÍNICA DE GRADUAÇÃO.
Cincinato
R.Silva-Netto, Sergio Polloni e Marcio F.Moraes Grisi
Disciplina
de Periodontia, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto,USP.
O índice
CPITN, proposto pela OMS tem sido largamente utilizado para analise da
necessidade de tratamento periodontal. Com o objetivo de avaliar a população
que tem acesso aos serviços de clínicas da FORP/USP, examinou-se 319 pacientes
de ambos os sexos (l00 M e 219 F). Os pacientes foram divididos em faixas
etárias: de 15 a 20, de 21 a 30, de 31 a 40, de 41 a 50, de 51 a 60 e de 61 ou
mais. Para cada paciente foram avaliados os sextantes superiores e inferiores,
anotando-se os valores determinados pelo índice, ou seja, de O (zero) a 4
(quatro), bem como o sextante ausente. Foram analisados 1667 sextantes. Os
resultados obtidos demonstraram que dos totais dos sextantes examinados, 84,97%
apresentaram índices 1, 2 e 3 nos pacientes do sexo masculino e 82,03% nos
pacientes do sexo feminino. Com relação a sextantes ausentes 37,78% dos
pacientes masculinos e 20,24% dos pacientes do sexo feminino apresentaram essa
situação clínica, ambos na faixa etária de 51 a 60 anos. A necessidade de
tratamento complexo foi de 9,05% nos pacientes do sexo masculino e 8,03% nos
pacientes do sexo feminino. Nenhum paciente do sexo masculino e apenas 2 (dois)
pacientes do sexo feminino apresentaram todos os sextantes
com saúde
(índice Zero). Do presente estudo pôde-se concluir que: 1. há uma necessidade
de programas efetivos de tratamento periodontal a grupos populacionais que
procuram os serviços de clínicas e de ambulatórios de Graduação: 2. as
necessidades de tratamento, em porcentagens significantes, situam-se em
atendimentos preventivos, orientações de controle de placa e procedimentos de
raspagem e alisamento radicular (índices 1, 2 e 3).
267
AVALIAÇÃO
DO COMPORTAMENTO TECIDUAL DE MEMBRANA DE COLÁGENO NO PERIODONTO DE CÃES.
ANÁLISE HISTOLÓGICA.
Delane M.
Rêgo, Elcio Marcantonio Jr., Raphael C. C. Lia, Gilberto Góissis,
Dept. de
Diagnóstico e Cirurgia, F.O.Ar. UNESP, 14801-903 - Araraquara-SP
A
regeneração tecidual guiada fundamenta-se na colocação de uma barreira mecânica
entre o tecido gengival rebatido e a superfície radicular. A utilização de
membrana reabsorvíveis não implicaria em um segundo tempo cirúrgico para sua
remoção. entre outras vantagens. O nosso objetivo foi testar uma membrana
experimental à base de colágeno bovino, em periodonto de cães para observar
reação tecidual e seu padrão de reabsorção e interação. Para isso foram
realizados defeitos periodontais cirúrgicos do tipo deiscência na face
vestibular da raiz distal de doze pré-molares inferiores, divididos em dois
grupos (teste e controle), ava1iados em dois períodos pós-operatórios (20 e 45
dias). Os resu1tados histo1ógicos mostraram um infiltrado inflamatório de
prevalência mononuclear difuso aos 20 dias, exibindo-se em concentrações junto
à membrana de colágeno interada com o tecido conjuntivo, em áreas de arranjo
frouxo e/ou em reabsorção. Notou-se também fagócitos mononuc1eares junto à
superfície da membrana. Aos 45 dias o infiltrado inflamatório de prevalência
mononuclear foi discreto e o grau de interação e/ou reabsorção apresentou-se
irregu1ar. A membrana utilizada apresentou perda de sua estrutura por
reabsorção e tendência de interação com o colágeno tecidual, caracterizando boa
aceitação biológica do mater1al. De acordo com a metodologia empregada,
concluiu-se que:
1. A
membrana de colágeno mostrou baixo padrão de irritabilidade tecidual.
2. A
reabsorção foi parcial aos 20 dias e total em alguns casos, aos 45 dias
3. Houve
interação progressiva com o colágeno tecidual.
Apoio
financeiro: FAPESP
CNPq/PADCT-2, Proc. nº 620228/91-1
268
AVALIAÇÃO
HISTOLÓGICA DE UM COMPLEXO DE HIDROXIAPATITA EM FORMA DE PASTA PARA
PREENCHIMENTO ÓSSEO. ESTUDO EM RATOS
Elcio
Marcantonio Junior; Júlio Vargas Neto; Francisca H. Marzola; Rosemary Adriana
C. Marcantonío; Raphael Carlos Comelli Lia; Gilberto Goissis & Ana Maria G.
Plepis.
Departamento
de Diagnóstico e Cirurgia, Faculdade de Odontologia de Araraquara UNESP,
14801-903.
O objetivo
deste trabalho foi avaliar, comparativamente, o comportamento histológico, em
tecido ósseo, de uma hidroxiapatita comercialmente disponível (Interpore 200) e
de uma hidroxiapatita associada a colágeno sintetizada por métodos
convencionais e caracterizada por D.S.C., infravermelho, difração de RX e
microscopia eletrônica de varredura. Foram criados 72 defeitos ósseos na região
do arco zigomático de ratos, brancos Wistar, com fresas nº 699 e implantados:
Interpore 200 (GI), HA/colágeno (GII) e não implantado (GIII). Após 7, 15, 30 e
60 dias os animais foram sacrificados . Os resultados demonstraram: aos 7 dias
encontrou-se intensa proliferação fibroangioblástica, infiltrado inflamatório
intenso para o GI e moderado parã GII e GIII, com atividade macrofágica para GI
e GII. Aos 15 dias houve o preenchimento da cavidade por tecido conjuntivo, com
colagenização variável e presença de osteoblastos em maior número no GII. A
atividade macrofágica, exercida por fagócitos mononucleados e células gigantes
foi semelhante para os grupos I e II, vista em todos os períodos experimentais.
Com 30 dias a neoformação óssea era intensa, com os osteoblastos no Grupo II
demonstrando maior volume e núcleos hipercromáticos. Aos 60 dias não houve
diferenças significativas, com as cavidades quase totalmente preenchidas por
tecido ósseo.
Desta forma
pudemos concluir: 1) os dois materiais testados mostraram baixo potencial de
irritação tecidual permitindo evolução reparativa no decorrer dos períodos; 2)
O Grupo II mostrou maior atividade osteogênica ; 3) houve reparação com
formação de osso novo nos três grupos.
269
AVALIAÇÃO
HISTOLÓGICA DOS CRITÉRIOS DE UM ÍNDICE DE PLACA CORADO.
Rosemary
Adriana C. Marcantonjo, Elcio Marcantonio Junior, Mirian Aparecida Onofre,
Benedicto Egbert C. de Toledo, Ricardo Samih G. Abi Rached.
Dept. de
Diagnóstico e Cirurgia. Fac. Odontologia de Araraquara-UNESP. 14801-903,
Araraquara (SP).
A
correlação entre um índice de Placa Corado e as condições histológicas
gengivais foi avaliada em 40 pacientes, de ambos os sexos, que procuraram
tratamento periodontal. Os critérios do Índice foram aplicados nas regiões
vestibulares dos dentes anteriores, de onde foram removidas biópsias,. de forma
a se obter 10 espécimes para cada um dos quatro graus. Os cortes foram
analisados morfometricamente e sua correlação com os resu1tados clínicos
avaliada estatisticamente através do modelo estatístico Kappa. Os resultados
demonstraram uma correlação de K = 0,6 entre os critérios utilizados no Índice
de Placa Corado e os graus de inflamação tecidual mensurados pela análise
histológica, sendo a correlação de 60% para os graus 0 e 1 de Placa Corada e de
90% e 70% para os graus 2 e 3. De acordo com a metodologia empregada e os resultados
obtidos pode-se concluir que: existe uma correlação positiva entre as condições
histológicas e os critérios utilizados no Índice de Placa Corado mas que ainda
não é um meio ideal para se monitorar as condições gengivais.
270
AVALIAÇÃO
HISTOPATOLÓGICA DA RESPOSTA TECIDUAL DA MOCOSA MASTIGATÓRIA HUMANA FRENTE A
DIFERENTES FIOS DE SUTURA.
José
Eduardo Cezar Sampaio*, Ricardo Samih Georges Abi Rached*, Benedicto Egbert C.
de Toledo*, Carlos Benatti Ne to**
Departamento
de Diagnóstico e Cirurgia*, Departamento de Patologia**, Faculdade de
Odontologia de Araraquara-UNESP .
A avaliação
da resposta tecidual frente aos diferentes fios de sutura, foram realizadas em
10 pacientes de ambos os sexos com idade variando de 18 a 45 anos que
apresentavam indicação de cirurgia periodontal tipo cunha.
Empregou-se
3 tipos de fios disponíveis no comércio especializado: a seda preta trançada
siliconizada, o nylon preto monofilamento e a poliglactina 910, todos com
diâmetro 4-0, 45 cm de comprimento e encastoadas com agulha de 1/2 circulo de
1,5 cm com ponta triangular.
Foram
realizadas suturas prévias do tipo interrompido, obtendo-se no ato cirúrgico,
biópsias de tecido com 3 e 7 dias de observação e os espécimes submetidos a
tramitação laboratorial de rotina com cortes de 6 micrometros de espessura,
corados pela Hematoxilina e Eosina e Tricrômico de Masson.
Os
resultados revelaram que: a seda e o nylon apresentaram resultados semelhantes
provocando reação inflamatória mais intensa: o Poly Vicryl foi o material que
provocou a menor reação inflamatória; o orifício produzido pela passagem do fio
foi revestido parcial (3 dias) ou totalmente (7 dias) por epitélio, nos três
fios estudados.
271
AVALIAÇÃO
LONGITUDINAL DE UM GRUPO DE PACIENTES PERIODONTAIS TRATADO COM E SEM TERAPIA DE
MANUTENÇÃO.
Issac S.
Gomes Filho, Aguinaldo Campos Jr, Sérgio L. S. de Souza.
Disciplina
de Periodontia Fac. Odontologia de Bauru. Cx. Postal 73, 17043-101, Bauru -SP.
A presente
investigação propõe-se a avaliar um grupo de pacientes tratados com e sem
terapia de manutenção durante dois anos. Esses pacientes foram selecionados nas
Clínicas de Periodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru - USP. No 1º ano do estudo, os 40
pacientes foram incluídos em um programa de manutenção com rechamada a cada 3
meses para profilaxia, motivação, instrução de higiene bucal e análise de
parâmetros clínicos. Desde o início do
estudo ele foram avaliados quanto à profundidade de sondagem de bolsa, nível de
inserção, índice de sangramento à sondagem, índice de placa e índice de
mobilidade. Ao final de um ano os
pacientes foram excluídos do programa de manutenção e após dois anos do início
do estudo foram reavaliados quanto aos mesmos parâmetros clínicos já citados. Após análise estatística dos dados obtidos,
os resultados mostraram que independente da terapia de manutenção houve perda
de inserção em um pequena porcentagem do total de faces. Ao analisar o 1º ano da pesquisa (SIT 1.0),
verificou-se que apenas 15,90% das faces perderam inserção, sendo que destas
apenas 2,05% com uma perda de inserção >=2 mm. Na avaliação do 2º ano do estado (SIT 2.1), verificou-se também
uma perda de inserção de 11,45% do total das faces estudadas, sendo que apenas
1,19% com perda de inserção >=2mm. Houve significância estatística, (análise
de regressão múltipla) dos parâmetros clínicos de valor de profundidade de
sondagem residual e valor de nível de inserção inicial (faixa de 1-3 mm),
quando relacionados à perda de inserção adicional tanto >= 2mm quanto >=
3mm (p=0,000), porém pode-se concluir que não houve diferença em relação ao
número de faces com perda adicional de inserção nos grupos sem e com manutenção
profissional.
272
CONCORDÂNCIA
FAMILIAR DE INDICADORES MICROBIANOS EM AMOSTRAS DE PLACA SUBGENGIVAL.
Walter
Bretz, Raquel Romanelli, Márcio Grisi, Dennis Lopatin, Nicholas Schork, Antony
Schork, Sérgio Salvador.
Deptº de
Ciências da Saúde - FCFRP/USP - CEP: 14040-903 e School of Dentistry - Univ. of
Michigan-USA -48109-1078.
O objetivo
da presente investigação foi o de verificar se determinados microrganismos periodontopatogênicos poderiam ser
simultaneamente detectados em 22 pares de mãe x primeiro filho (M-PF); 6 pares
de mãe x segundo filho (M-SF) e em 6 pares de primeiro x segundo filho (PF-SF)
. Assim, cada par contribuiu, respectivamente, com 112, 29 e 29 de amostras de
placa subgengival. A maioria da população examinada ( > 95%), apresentou
sinais ou sintomas de alterações periodontais, tais como: sangramento à
sondagem e aumento da profundidade à sondagem. De cada paciente, foram obtidas
amostras de placa bacteriana subgengival de 6 dentes referência, as quais foram
colocadas em tubos contendo solução tampão Serensen, adicionada de inibidor de
protease e de 0,5% de forma1deído. Após a sonicação por 10 segundos, as
amostras foram testadas frente a anticorpos policlonais altamente específicos
para T.denticola, P.gingiva1is e B.forsythus pela técnica de "Slot
immunoblot". A análise do conteúdo de carboidratos e de proteínas das
amostras revelou que havia suficiente quantidade de p1aca bacteriana
subgengival para a execução do teste. A fim de determinar a simi1aridade de
microrganimos periodontopatogênicos entre os pares, foram utilizados os testes do quiquadrado de McNemar, a
porcentagem de concordância e o teste de simetria binomial. Desse modo, foi
verificada uma moderada concordância (no mínimo 25% e no máximo 75%) para a
presença de T.dentico1a nos pares M-PF, M-SF e PF-SF. Essa concordância não foi
observada para o microrganismo P.gingiva1is. No entanto, o B.forsythus foi
consistentemente detectado na maioria (80-100%) das amostras dos pares
examinados. Em estudo anterior já havíamos relatado a simii1aridade de parâmetros clínicos e de infecções anaeróbias
detectadas pelo PerioScan, entre mães e filhos (J.Dent.Res. v.72, Spec.Issue,
1993).
Os
resu1tados obtidos demonstram que a presença intrafamilial de determinados
espécies periodontopatogênicas, se deve primordialmente a pais portadores da
doença periodontal.
273
EFEITOS DAS
TÉCNICAS DE BASE E UNITUFO, ASSOCIADAS OU NÃO AO FIO DENTAL, NOS ÍNDICES DE
PLACA E GENGIVITE.
Gisela E.
Rapp; Benedicto Egbert C. Toledo; Ricardo S. G. Abi Rached & José Eduardo
C. Sampaio
Departamento
de Diagnóstico e Cirurgia - Faculdade
de Odontologia de Araraquara - UNESP.
Verificou-se
a efetividade na remoção da placa e na obtenção de saúde gengiva1, das técnicas
de escovação de Bass e Unitufo, associadas ou não ao fio dental. 32 pacientes,
entre 16-60 anos de idade, foram divididos em 4 grupos instrucionais equiparados
de acordo com o índice inicial de placa: 1- Técnica de Bass; 2- Técnica
Unitufo; 3- Bass associada ao fio dental e 4- Unitufo associada ao fio dental.
Todos os
pacientes, após terem recebido profilaxia, receberam instrução individual
quanto à técnica de escovação, que foi reforçada no 7 e 28 dia. Os índices de
placa e gengivite foram aplicados nos dias 1, 14, 28 e 56.
A análise
de variância a nível de 0,05% revelou que; os 4 grupos reduziram
significativamente os 2 índices a partir do 14 até o 56 dia: nas regiões
vestibular e lingual não houve diferença significativa entre os grupos: nas
regiões proximais a diferença foi significativa ficando os melhores resultados
para o índice de placa com os grupos 3 e 4 e para o índice de gengivite com os grupos
1 e 4.
O uso das
técnicas de Bass e Unitufo mostrou que: 1- associadas ou não ao fio reduziram
significativamente os índices de placa e gengivite; 2) foram igualmente
eficientes nas regiões vestibulares e linguais; 3) associadas ao fio foram mais
eficientes no controle da placa interproximal; 4- a de Bass e a Unitufo
associada ao fio, tiveram melhor desempenho na redução da inflamação
interproximal.
274
IDENTIFICAÇÃO
DE GRUPOS E DE MODELOS MATEMÁTICOS DE RISCO À DOENÇA PERIODONTAL.
Aguinaldo
Campos Júnior, Euloir Passanezi, Sérgio L. S. de Souza.
Faculdade
de Odontologia de Bauru - USP, Dept. de Prótese, Caixa Postal 73, 17001-970,
Bauru (SP).
O
conhecimento atual da doença periodontal demonstra que uma pequena parcela da
população concentra a maior quantidade da perda de inserção, sendo denominados
indivíduos de risco. Neste trabalho
foram avaliados a existência de uma população de maior risco à doença
periodontal, bem como os modelos matemáticos de análise de risco, em uma amostra
composta de 1354 pacientes da clínica de Periodontia da Faculdade de
Odontologia de Bauru. Todos os pacientes sofreram minucioso exame
periodontal, complementado pelo preenchimento de ficha apropriada. Os dados foram armazenados em um banco de
dados da Disciplina de Periodontia. Os campos do banco de dados pertinentes a
este trabalho foram: a) idade; b) sexo; c) profundidade de bolsa, medida em 6
faces ´pr dente, a partir da margem gengival; d) recessão, medida em 6 faces
por dente, ou seja, a distância da junção cemento-esmalte à margem. No caso de hiperplasia, considerou-se
matematicamente como recessão negativa; e)
nível de inserção; que é a somatória de recessão + bolsa. No caso de
hiperplasia, caracterizou-se pela subtração do valor da recessão na
profundidade de sondagem da bolsa; f) índice de placa, medido pela porcentagem
de faces com placa em relação ao total de faces mensuráveis na boca. Foram
anotados quatro valores dicotômicos por dente; g) índice de sangramento à
sondagem, medido da mesma forma que o índice da placa. Todos os parâmetros
utilizados foram gerados a partir de
programa especialmente desenvolvido para este fim. Os principais resultados
foram: a quantidade e percentual de faces seriamente afetadas é muito baixa,
todas as faixas etárias (para bolsas maiores que 7 mm é de 1,32% em indivíduos
de 55-64 anos, por exemplo); poucos indivíduos são responsáveis pela maior
parte das doenças (menos de 20% dos indivíduos apresentam mais de 40% de faces
com perda óssea >= 7mm, em todas as faixas etárias); os parâmetros que
apresentaram maior significância em relação à previsão de perda de
inserção, através de regressão
logística, foram a idade, o índice de placa e o índice gengival. Assim sendo,
os modelos matemáticos de risco sugeriram duas abordagens para a realização de
análises transversais de risco periodontal: a) a obtenção de variáveis
ajustadas pela idade da coorte, com medianas para variáveis discretas e
ordinais, e médias (com desvio-padrão ) para variáveis contínuas; b) a utilização
de percentuais indicadores de risco, como número relativo de faces com nível de
inserção maior ou igual a 4 mm, por exemplo.
275
QUANTIFICAÇÃO
DA EXSUDAÇÃO PLASMÁTICA INDUZIDA PELO IMPLANTE DE DOIS CIMENTOS PERIODONTAIS,
COM E SEM EUGENOL, NO TECIDO SUBCUTÂNEO DE RATOS.
Mary Eleni
S. F. M. Motta
Depto. de
Diagnóstico e Cirurgia, Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP, CEP.
14801-903.
O cimento
cirúrgico periodontal. ao proteger a porção cruenta da ferida cirúrgica, guarda
íntima relação com os tecidos no momento em que estes se preparam para o
desenvolvimento da inflamação asséptica no processo de reparação.
Neste
trabalho estudou-se o efeito de dois cimentos cirúrgicos periodontais, um com
eugenol (Odahcam) e outro sem eugenol (Periobond), nas fases imediata (uma
hora) e tardia (três horas) da inflamação aguda, no tecido subcutâneo de ratos.
Para o controle utilizou-se corpo-de-prova de Silicone.
O método
empregado foi o proposto por MOTTA em 1982 modificado, que usa o corante Azul
de Evans para marcar o exsudato inflamatório extravasado para o tecido
conjuntivo subcutâneo.
Os dados
obtidos foram submetidos à Análise Estatística não-paramétrica teste U de
Mann-Whitney e à Análise dos Percentuais das médias.
Os
resultados mostraram que: 1) na interação dos fatores de variação tipos de
operação e cimentos em 1 e 3 horas, a diferença das quantidades de corante
extravasado nos tecidos seguiu a escala decrescente: cimentos, controles e
falso-operados para os dois cimentos estudados. Esta diferença foi
estatisticamente significativa para todas as interações, menos para a do
Periobond com seu controle em l hora; 2) no estudo da interação dos fatores de
variação tipos de operação e tempos constatou-se que os 2 cimentos apresentaram
diferenças estatisticamente significativas em l e em 3 horas. As concentrações
do corante, para o cimento Odahcam, foram maiores no tempo de 1 hora e para o
cimento Periobond as maiores concentrações ocorreram em 3 horas; 3) a interação
dos fatores de variação cimentos e tempos mostrou que em 1 e 3 horas houve
diferença na concentração do corante para os dois cimentos, mas que esta só foi
estatisticamente significativa no período de l hora.
Considerando
os resultados obtidos neste experimento, concluímos que se tivéssemos que fazer
uma escolha para aplicação clínica entre os cimentos estudados, não
hesitaríamos em afirmar que os dois estariam igualmente indicados, uma vez que
estatisticamente seus comportamentos biológicos estão muito próximos.
276
TRATAMENTO
DE LESÕES DE FURCA PELA TÉCNICA DA GTR ASSOCIADA OU NÃO AO ENXERTO ÓSSEO EM
NEOFORMAÇÃO.
Marcelo G.
d Fonseca, Euloir Passanezi, Mário Taba Jr.
Fac. de
Odontologia de Bauru - USP, Caixa Postal 73, 17001-970, Bauru- SP.
As lesões
de furca constituem um dos quadros nos quais os tratamentos ou são de
prognóstico duvidoso, ou implicam em procedimentos restauradores subsequentes
que podem comprometer a sobrevivência do elemento dental. As técnicas regenerativa, por não exigirem
necessariamente tratamentos complementares e principalmente por propiciarem
reconstrução funcional da área, o objetivo mais desejado, constituem-se
importante opção de tratamento.
Participaram desse estudo dez pacientes, de ambos os sexos com idade
entre 30 e 68 anos, totalizando doze dentes (molares inferiores), apresentando
lesão de furca. Analisou-se o
comportamento clínico destas áreas (profundidade de sondagem, recessão,
inserção à sondagem e penetração horizontal da sonda na furca), divididas em
dois grupos, controle e experimental.
No grupo controle, tratou-se as áreas com aplicação de ácido cítrico (pH
1,0) mais a colocação do filtro (Millipore) e no grupo experimental associou-se
estas técnicas com a utilização de enxerto de tecido ósseo em
neo-formação. Os valores obtidos foram
analisados com testes não paramétricos de Wilcoxon e Mann-Whitney. Os principais resultados, em valores médios,
foram: no grupo experimental observou-se redução da profundidade de sondagem
(1,667mm), aumento da recessão (1,889mm), perda de inserção (0,612mm), e
pequena redução na sondagem horizontal na área de furca (0,5 mm). O grupo controle apresentou redução de
profundidade de sondagem (0,994mm), aumento da recessão (0,944mm), discreto
ganho de inserção (0,167mm), e redução significativa na sondagem horizontal na
área da furca (1,666mm). Baseado nestes
resultados pode-se concluir que o enxerto ósseo neo-formado, mesmo associado
com outras técnicas, não apresentou resultados compatíveis com aqueles já
obtidos no tratamento de lesões verticais puras. Pela dificuldade de nutrição da área, os resultados clínicos
apresentaram-se inferiores àqueles obtidos com a combinação de tratamento ácido
e colocação de barreiras mecânicas.
PRÓTESE
277
ANÁLISE
COMPARATIVA DA IMAGEM RADIOGRÁFICA DE UNIÕES SOLDADAS EM QUATRO LIGAS
ALTERNATIVAS, UTILIZANDO-SE DUAS TÉCNICAS DE SOLDAGEM: NO FORNO E CONVENCIONAL.
Lucimar
F.Vieira, Antonio Augusto Gomes, Eid M.Asckar.
Deptº de
Prótese, Fac. Odont. Bauru-USP, 17043-101 Bauru-SP.
Para
atingirmos os objetivos propostos neste trabalho utilizamos 120 corpos de prova
obtidos a partir de 4 ligas alternativas (Duracast MS, Goldent L.A. e 2 ligas
experimentais) e 2 soldas (Duracast MS e Goldent L.A.) utilizando 2 técnicas de
soldagem: no forno e convencional.
Os corpos
de prova foram confeccionados de forma padronizada. O espaço para solda foi de
0,2mm. As uniões soldadas foram torneadas para um diâmetro de 2,3mm.
Para a
realização das radiografias utilizamos aparelho de raios X Nanomobil 2 regulado
para 90Kvp e 125mAs, distância foco/filme de 100cm e o filme Kodak Ektaspeed.
Para o exame das radiografias utilizou-se uma lupa com aumento(10x)
SOLDA
DURACAST MS
GOLDENT
L.A.
LIGA
DURACAST MS
II
GOLDENT
L.A.
XIII
CORPO DE
PROVA TÉC.
SOLDAGEM
FORNO
CONV.
FORNO
CONV.
CONV.
CONV.
MÉDIA
3,80
2,35
3,20
1,15
1,30
2,0
DESVIO
PADRÃO
0,40
1,09
0,69
0,80
0,86
1,12
Nº amostra
= 20 corpos de prova
A avaliação
radiográfica evidenciou que o menor número de defeitos está relacionada com a
técnica de soldagem. Como os achados de STAFFANOU et al (1981), PASSOS (1983),
a soldagem no forno foi que apresentou melhores resultados.
278
ANÁLISE DO
RELACIONAMENTO ENTRE AS POSIÇÕES CÊNTRICAS, OS CONTATOS OCLUSAIS E OS TIPOS DE
OCLUSÃO COM OS SINAIS E SINTOMAS DE DESEQUILÍBRIO DA ATM.
Gastão S.
Moura Filho, Silas C. Ribeiro & Alênio C. Mathias.
Faculdade
de Odontologia da U.S.P., Disciplina de Prótese Parcial Fixa. Av. Prof. Lineu
Prestes,2227, CEP 05508-900.
Neste
trabalho os autores apresentam os valores percentuais obtidos para: a relação
RC x OC, interferências oclusais em RC por grupos de dente ( anteriores e
posteriores ) e os tipos de oclusão segundo Angle, relacionando estes três
fatores com a presença ou não de sintomatologia na ATM. Foram analisados 25
casos, de estudantes e funcionários da F.O.U.S.P., da faixa etária entre 20 e
35 anos, que responderam a um questionário sobre alguns sinais e sintomas de
desequilíbrio da ATM e cujos modelos foram montados em articulador
semi-ajustável. Os resultados obtidos estão contidos nas Tabelas I, II e III.
RUÍDOS
NA ATM
DOR
ARTICULAR
DOR
MUSCULAR
SEM SINAIS/
SINTOMAS
DESVIO
13
pacientes
34,8%
(8)
13,0%
(3)
21,7%
(5)
21,7%
(5)
DESLIZE
10
pacientes
17,4%
(4)
13,0%
(3)
13,0%
(3)
21,7%
(5)
Tabela I - RELACIONAMENTO ENTRE RC x OC
ASSOCIADO COM OS SINAIS
RUÍDOS
NA ATM
DOR
ARTICULAR
DOR
MUSCULAR
SEM SINAIS/
SINTOMAS
INTERFERÊNCIAS
25
pacientes
56%
(14)
28%
(7)
36%
(9)
40%
(10)
Tabela II -
RELACIONAMENTO ENTRE INTERFERÊNCIAS EM RC E OS SINAIS E SINTOMAS DA ATM
TIPOS DE
OCLUSÃO
(ANGLE)
COM SINAIS
E
SINTOMAS DA
ATM
SEM SINAIS
E
SINTOMAS DA
ATM
CLASSE I
32%
(8)
40%
(10)
CLASSE II
12%
(3)
__
CLASSE III
15%
(4)
__
Tabela III
- RELACIONAMENTO DO TIPO DE OCLUSÃO (SEGUNDO ANGLE) COM OS SINAIS E SINTOMAS DA
ATM.
Observando as Tabelas I e II
notamos que os ruídos articulares apareceram como o sinal mais comum de
desequilíbrio da ATM e que as dores musculares apresentaram uma maior
incidência que as dores articulares. Na
Tabela II, observamos que todos os pacientes apresentaram algum tipo de
interferência oclusal e, na Tabela III, 60% dos pacientes apresentaram algum
sinal ou sintoma de desequilíbrio da ATM, sendo que a classe I de Angle foi a
mais observada. Pelo trabalho podemos
concluir: a) todos os pacientes analisados apresentaram algum tipo de
interferência; b) os pacientes que possuíam desvio, da passagem de RC para OC,
apresentaram mais sintomatologia que os pacientes com deslize; e c) 40% dos
pacientes, mesmo possuindo algum tipo de interferência, não apresentaram sinais
e sintomas de desequilíbrio da ATM.
279
ESTUDO
COMPARATIVO ENTRE RETENTORES DIRETOS DE PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL CLASSE I.
Wellington
C. Bonachela, Armando João Antonio, Eid M. Asckar.
Dept.
Prótese, Fac. Odont. Bauru-USP, 17043-101 - Bauru-SP.
Os autores
avaliaram seis sistemas retentivos para P.P.P. classe I (grampo T apoio e
lâmina, 1/2 T apoio e lâmina, T apoio incisal, 1/2 T apoio incisal , sistemas
APA e API), em função da capacidade retentiva e do tempo (5 anos).
Neste
estudo foram obtidas réplicas metálicas de dentes naturais incisivos central,
lateral e canino inferiores com os preparos efetuados para construção de
prótese parcial removível. Foram confeccionadas armações em Co-Cr-Mo, sendo
estas testadas sobre as réplicas em máquina de ensaio a qual provia a entrada e
remoção dos sistemas de grampos.
A partir
das avaliações estatísticas foi possível concluir que:
O sistema
grampo T apoio e lâmina inter-proximal apresentou uma capacidade retentiva mais
regular que os demais, apresentando também menor perda de retenção; Três
sistemas retentivos ainda apresentaram alguma resistência ao desalojamento após
um período equivalente a 5 anos.
Salientaram
ainda que não foi possível correlacionar a resistência inicial ao desalojamento
a final.
280
ESTUDO DA
TRANSMISSÃO DE FORÇAS AOS DENTES PILARES DE PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL (P.P.R.) DENTO SUPORTADA, ATRAVÉS DE APOIOS
OCLUSAIS COM DIFERENTES EXTENSÕES, POR MEIO DA ANÁLISE FOTOELÁSTICA.
Eid M.
Asckr, Antonio C. Cardoso , Lucimar F. Vieira.
Dept.
Prótese, Fac. Odont. Bauru-USP, 17043-101 Bauru-SP.
Para
avaliar quantitativa e qualitativamente, os efeitos produzidos por apoios
oclusais com extensão mésio-distal diferente em prótese parcial removível a
grampo, realizou-se este trabalho, empregando a análise fotoelástica
bidimensional. Foi utilizado um articulador
Dentatus ARL, com placas de montagem especial, onde cinco modelos superiores do
hemi-arco superior foram montados em gesso tipo IV e os inferiores em resina
Sylgard 182, empregando-se dentes de resina acrílica auto-polimerizável. Quinze corpos de prova foram confeccionados,
divididos em três grupos, A, B e C, que possuíam respectivamente próteses
parciais removíveis com os apoios oclusais na extensão de 1/3, 1/2 e 2/3. Os testes realizados em um fotoelasticímetro
de transmissão, aplicando cargas nos padrões fotoelásticos de três tipos: carga
uniformemente distribuída nos dentes pilares e artificiais da prótese parcial
removível; carga concentrada nos dentes artificiais e carga concentrada no
centro de cada apoio oclusal. Os
resultados obtidos permitiram observar que, sob o ponto de vista quantitativo,
normalmente necessitou-se maior quantidade de carga para obtenção de uma franja
quando utilizou-se apoio oclusal com extensão de 2/3. Observado qualitativamente, os apoios oclusais com extensão de 2/3
e 1/2 permitiram melhor distribuição de esforços aos dentes pilares. Pode-se concluir através destes resultados
que, os apoios oclusais em dentes pilares de uam prótese parcial removível, com
inclinações mésio-distal e vestíbulo-lingual normais, necessitam idealmente ter
de 1/2 a 2/3 de extensão para direcionar as forças oclusais o mais
paralelamente possível ao longo eixo dos dentes pilares.
281
INFLUÊNCIA
DA LINHA INTERMAXILAR NA CURVA DE COMPENSAÇÃO (ESTUDO NO ARTICULADOR TOTALMENTE
AJUSTÁVEL).
Carlos P.
Souza.
Dept.
Prótese Dental. Fac Odontologia USP. 05508-900. São Paulo (SP).
O autor
estudou "in vitro" a influência da variação angulagem das linhas
intermaxilares na formação da curva de compensação pela técnica de
Paterson. Para tanto utilizou o
articulador totalmente ajustável, Tadachi Tamaki, com valores fixos e,
modificou somente a angulagem da linha intermaxilar de 80,0º para 90,0º e
100,0º. As médias aritméticas dos
resultados obtidos, apresentados nas tabelas I e II, permitem observar uma
diferença mínima entre os valores referentes a inclinação ântero-posterior, e
com relação a inclinação vestíbulo-lingual houve uma diminuição dos valores
médios em relação ao aumento da inclinação da linha intermaxilar. Os resultados obtidos demonstram uma
estreita relação entre a linha intermaxilar e a curva de compensação no sentido
vestíbulo-lingual.
TABELA I
Valores médios das inclinações
ântero-posteriores resultantes das variações da angulagem da linha intermaxilar
(em graus)
Linha
Intermaxilar
Inclinação
ântero-posterior
da curva de
compensação
D
E
Média
80,0º
2,75
2,85
2,80
90,0º
2,40
3,05
2,72
100,0º
2,55
3,10
2,82
TABELA II
Valores médios das inclinações
vestíbulo-lingual resultantes da variação da angulagem da linha intermaxilar
(valores médios)
Linha
Intermaxilar
Inclinação
vestíbulo-liongual
da curva de
compensação
D
E
Média
80,0º
5,70
5,05
5,37
90,0º
4,75
5,25
5,00
100,0º
3,90
4,55
4,22
282
REPRODUTIBILIDADE
DO REGISTRO "PUPILA DO OLHO - rima oris" PELO COMPASSO DE WILLIS.
Kátia M. B.
Burgos & Sérgio Sualdini Nogueira.
Dpto. de
Materiais Odontológicos e Prótese, Fac. Odontologia de Araraquara-UNESP,
14801-903 - Araraquara-SP.
O método de
Willis para a determinação da dimensão vertical de oclusão tem recebido algumas
críticas e, entre elas, a dos pontos de referência não serem precisos por
estarem localizados em tecidos moles ou sob os mesmos. O nosso objetivo neste
traba1ho foi verificar a reprodutibilidade das mensurações realizadas por
intermédio do compasso de Willis da distância entre a pupila do olho e a
"rima oris" observando-se assim a confiabilidade destes pontos de
referência. Foram utilizados 50 pacientes dentados com contenção cêntrica e em
cada um realizamos 3 mensurações, com intervalos de 5 minutos entre as mesmas ,
da distância em questão. Durante as mensurações os pacientes permaneceram em
oclusão habitual e sentados em mocho odontológico com o tronco ereto.
Calculamos então, para cada paciente, as variações entre as la. e 2a., la. e
3a., e 2a. e 3a. mensurações e extraímos a média aritmética destas. Com as
médias aritméticas das variações ocorridas para cada paciente obtivemos a
variação média da mensuração da distância entre a pupila do olho e a "rima
oris" para a amostra, que apresentou um resultado de 1,0mm, valor es- te
que aliado ao fato dos valores obtidos nas 1as. mensurações terem apresentado
média de 69,6 ± 4,3mm, nas 2as. 69,7 ± 4,2mm e, nas 3as. 69,6 ± 4,2mm e, ainda
do teste estatístico de Friedman não ter demonstrado diferença estatisticamente
significante a um nível de 5% entre as las., 2as., e 3as. mensurações, nos
permite concluir ter sido clinicamente aceitável a reprodutibilidade do
registro da distância pupila do olho -"rima oris" e que, portanto, o
fato em si dos pontos de referência estudados estarem localizados em tecidos
moles não traz alterações significativas à distância mensurada. Entretanto,
devemos estar atentos para a característica de nossa amostra ter-se constituído
de pacientes dentados, os quais possuíam uma dimensão de oclusão definida. Uma
nova pesquisa que estude, em pacientes desdentados, a influência das bases de
prova superior e inferior sobre o posicionamento da "rima oris" é
indicada.
* Iniciação
Científica - CNPq
RADIOLOGIA
283
ANÁLISE DAS
RADIOGRAFIAS OBTIDAS COM A UTILIZAÇÃO DO DISPOSITIVO PADRONIZADOR DE
RADIOGRAFIAS INTERPROXIMAIS ODONTOLÓGICAS. EFEITO DE OPERADOR E TEMPO.
Osmir B.
Oliveira JR; Marcus B. Alves; Adriana V. Ferracioli; Rita C. L. Cordeiro &
Érico B. Lima.
Depto.
Odontologia Restauradora - R. Humaitá, 1680, CEP 14801-903 - Araraquara-SP.
Os
conhecimentos sobre a etiologia e progressão da cárie permitem a realização de
técnicas não invasivas como a remineralização de lesões iniciais. Como
resultados de tais procedimentos só poderão ser observados a médio ou longo
prazo, novas técnicas e instrumentos devem ser desenvolvidos a fim de
viabilizar o monitoramento da evolução de tais lesões. As técnicas
convencionais de radiografias interproximais não permitem este acompanhamento,
uma vez que não padronizam as imagens obtidas. Desta forma, os autores
desenvolveram e pretendem apresentar os resultados da análise comparativa de
radiografias obtidas com a utilização do dispositivo padronizador de
radiografias interproximais odontológicas (R) quando realizadas por operadores
diferentes em momentos diferentes. Cada operador realizou 14 tomadas
radiográficas que foram analisadas através da mensuração realizada em quatro
regiões diferentes pré-determinadas, afim de se analisar o grau de padronização
obtido. Os resultados foram analisados estatisticamente através do teste t de
TUKEY e estão apresentados na tabela 1:
TABELA 1
Identificação da amostra: OPERADORl x OPERADOR2
Resultados
do teste t:
Valor
calculado de t - 0,66
Graus de
liberdade - 54
Probabilidade
das amostras serem iguais - 52, 16%
Conclusão:
Não significantes ( amostra estatisticamente iguais)
Analisando
a tabela, podemos concluir que a utilização do dispositivo proposto permite a
padronização das radiografias, viabilizando o acompanhamento das lesões
proximais.
284
EFEITOS DE
BAIXAS DOSES DE RADIAÇÃO SOBRE A GÊNESE E EVOLUÇÃO DO TECIDO DE GRANULAÇÃO.
ANÁLISES QUANTITATIVA E QUALITATIVA.
Plauto C.
A. Watanabe, Mário R. Vizioli & Frab N. Bóscolo.
Dept.
Estomatologia-Fac.de Odontologia de Rib.Preto-USP.14049.904 Rib.Preto-S.P.
O presente
trabalho teve por finalidade pesquisar a gênese e evolução do tecido de
granulação induzido experimentalmente em ratos, sob a ação local de baixas
doses de radiação X, comparando-se os possíveis efeitos produzidos quando da
aplicação em dose única e em dose dividida, com o tecido de granulação sadio. O
tecido de granulação foi estudado aos 2, 4, 7, 11, 14, 21 2 28 dias de
evolução. Realizou-se os seguintes estudos: morfológico; histofotométrico e
estudo do dicroísmo entre as fibras colágenas e a consequente organização
macromolecular do tecido de granulação.
Os animais
foram divididos em três grupos experimentais, sendo eles: Controle, Dose
Única(7R), e Dose Dividida(7R, divididos igual mente em três frações).Os
resultados apurados mostraram evidente atraso da gênese e evolução do tecido de
granulação, observado pela análise histológica(morfológica), principalmente no
grupo de animais que receberam a dose de radiação de forma dividida. Os outros
métodos de análise não mostraram diferença significativa entre os grupos
estudados. Estes resultados permitem-nos concluir que existem apenas efeitos
quantitativos(retardo), e não qualitativos sobre a gênese e evolução do tecido
de granulação para esta dosagem utilizada. Este efeito de retardo mostrado em
ambos os grupos tratados pareceu ser temporário e não definitivo.
285
ESTUDO DA
ATIVIDADE ENZIMÁTICA EM TECIDOS DE GRANULAÇÃO DE RATOS SUBMETIDOS A BAIXAS
DOSES DE RADIAÇÃO.
Guilherme
Monteiro Tosoni & Frab Norberto Boscolo.
Dept. de
Diagnóstico Oral da Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP..
O presente
trabalho teve a finalidade de pesquisar a atividade das enzimas fosfatase
alcalina, 5'nucleotídeo fosfodiesterase e adenosina trifosfatase (ATPase) no
tecido de granulação induzido por implantação de esponjas de policlorovinil
(PVC) no tecido subcutâneo de ratos submetidos a 7,14R de raios X.
Cento e
quatorze ratos Wistar foram divididos em 3 grupos: Grupo I, que serviu como
controle; Grupo II, que recebeu 7,14R de raios X de uma única vez, logo após a
implantação da esponja; Grupo III, que recebeu os 7,14R de forma dividida, logo
após a implantação da esponja e nos 3º e 4º dias após o implante.
Os tecidos
foram removidos e mediu-se a atividade das 3 enzimas nos dias 2, 4, 7, 11, 14,
21 e 28 de desenvolvimento do tecido. Estipulou-se para a fosfatase alcalina e
5'nucleotídeo fosfodiesterase que uma unidade de atividade enzimática é a
quantidade de enzima capaz de liberar 1 umol de produto por minuto, a uma
temperatura de 30°C; para a ATPase é a quantidade de enzima capaz de liberar 1
ug de fósforo por minuto, a uma temperatura de 30°C. A atividade específica das
três enzimas foi expressa em unidade de enzima por mg de proteína.
Os dados
foram submetidos a uma análise de variância, ao nível de 5% de significância e
suas médias foram comparadas através do Teste de Tukey. Observou-se, como
resultado, que a enzima fosfatase alcalina no Grupo II mostrou maior atividade
(1,013) no 14º dia de evolução do tecido, em relação aos Grupos I (0,782) e III
(0,662).
A atividade
da enzima 5'nucleotídeo fosfodiesterase no Grupo I foi semelhante em todos os
dias estudados, porém, no Grupo II, a enzima mostrou-se com maior atividade
(0,707) no 7º dia e menor atividade (0,438) no 21º. No Grupo III, a atividade
foi mais alta nos dias 14 (0,814) e 07 (0,687) e mais baixa nos dias 28 (0,495)
e 21 (0,352).
Não houve
alteração no comportamento da atividade da enzima adenosina trifosfatase,
quando os 3 grupos foram comparados.
286
MANEQUIM
ODONTOLÓGICO ESPECÍFICO PARA AS TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS.
Luiz C.
Pardini,
Depto. de
Estomatologia da Fac. Odont. Rib. Preto-USP l4040-904, Ribeirão Preto (SP)
Os raios X
utilizados em Odontologia para auxiliar o diagnóstico de inúmeras patologias da
cavidade bucal. Na graduação o aluno, após receber as considerações teóricas
relacionadas a execução da técnica radiográfica periapical, pelo método da
bissetriz, aplica estes conhecimentos radiografando as arcadas dentais do
paciente ou do próprio colega de turma. Tem sido verificado grande quantidade
de erros radiográficos associados com a incorreta execução da técnica, tais
como alongamento, encurtamento e apinhamento dental. A ocorrência destes erros,
implica na necessidade de repetições das técnicas, expondo novamente o paciente
a radiações X. Para tentar diminuir os erros radiográficos e aprimorar o ensino
da Radiologia Odontológica, desenvolveu-se um manequim (INPI-PI 9003.176). O manequim
específico para técnica radiográfica é confeccionado em material que permite a
passagem dos raios X. Possui arcada superior e inferior articu1adas entre si.
Sobre o rebordo apresenta orifícios que simulam os alvéolos dentais para alojar
dentes naturais, que são fixados com uma massa de partes iguais de gesso comum
e serragem, misturados com água. Na região correspondente ao palato e assoalho
da boca existem sulcos apreensores onde os filmes periapicais serão encaixados
na posição das regiões dentais, de incisivos, caninos, pré-molares e molares.
Portanto, antecedendo a execução de técnicas radiográficas periapical no
paciente, pratica-se no manequim. Cumpre salientar que este manequim pode
auxiliar no aprendizado prático da Endodontia, Dentística e Prótese.
287
TÉCNICA
PARA MELHORIA DA QUALIDADE DE IMAGENS RADIOGRÁFICAS E POSTERIOR ANÁLISE E
MEDIÇÕES COMPUTADORIZADAS
Carlos E.
Fonseca, Arthur E. B. Secco, Ricardo Forneris
Depto de
Ortodontia, Fac. de Odontologia - ICS - UNIP - Rua Dr. Bacelar, 1212, CEP 04026
- São Paulo - SP
A qualidade
das imagens radiográficas obtidas, tanto em consultórios odontológicos como em
centros de radiologia é muitas vezes insatisfatória. Este fato deve-se
basicamente a dois fatores: o grande número de variáveis inerentes ao processo
de obtenção (ângulo de tomada, fonte de Radiação, processamento químico,
habilidade do técnico ou profissional). e a sobreposição das estruturas ósseas
devido à complexa arquitetura do crânio. Em estudos onde é necessária a
identificação de estruturas ósseas específicas como fissuras, pontos
craniométricos, contornos ósseos e etc (cefalometria), os métodos
convencionalmente utilizados oferecem um grau de definição muito baixo.
Neste
trabalho apresentamos uma técnica onde através do processamento digital das
imagens radiográficas (com o auxílio do computador), é possível melhorar a
qualidade destas, realçando estruturas anatômicas de interesse e possibilitando
assim uma melhor visualização para posterior análise e medição. Através da
utilização de filtros Passa-alta, pode-se separar as freqüências espaciais que
representam contornos ósseos, tuberosidades, fissuras, fraturas, perfis e etc;
facilitando a sua identificação e localização.
Desta
forma, utilizando-se os recursos de processamento digital de imagens pode-se
melhorar a precisão e visualização dos dados a serem analisados e
consequentemente aumentar a confiabilidade das análises realizadas
(cefalometria, diagnósticos).
FÓRUM
CIENTÍFICO
289
AVALIAÇÃO
HISTOLÓGICA DO PERIODONTO DE SUSTENTAÇÃO DO MOLAR DO RATO, SUBMETIDO A
MOVIMENTAÇÃO ORTODÔNTICA, SOB A AÇÃO DO ULTRA-SOM.
Luiz G.
Gandini Jr., Joel Cláudio R. Martins, Lizete Toledo O. Ramalho & Carolina
Chan.
Departamentos
de Clínica Infantil e de Morfologia, Faculdade de Odontologia UNESP, 14801-903
Araraquara (SP)
O objetivo
do presente trabalho foi identificar evidências histológicas da movimentação
ortodôntica em molares de ratos sob a ação do ultra-som. Trinta ratos Holtzman
receberam uma força padronizada entre o primeiro e o segundo molares inferiores
do lado esquerdo. Quinze deles constituíram um grupo controle, e quinze outros
receberam estimulação ultrassônica de 100 Hz de freqüência e 200 µs de largura
de pulso durante 20 minutos diários. Cinco animais de cada grupo foram
sacrificados nos períodos de 1 dia, 4 dias e 7 dias. Após o sacrifício, foram
obtidos cortes histológicos com coloração de hematoxilina e eosina e tricrômico
de Mallory para análise de microscopia óptica. Diferenças de respostas
teciduais foram evidenciadas entre o grupo de animais que receberam estimulação
com ultra-som e o grupo controle, submetido à força ortodôntica sem aplicações
de ultra-som. Os animais estimulados responderam com intensa neoformação
celular e vascular no ligamento periodontal e osso alveolar adjacente, bem como
uma reorganização mais efetiva das fibras colágenas e menor reabsorção de
cemento, evidenciando uma menor injúria, associada a uma resposta de reparação
mais rápida. Esta investigação mostrou que o ultra-som pode ser um método de
estimulação da resposta tecidual na movimentação dentária.
290
EFEITO DE
TRATAMENTOS TÉRMICOS SOBRE A MORFOLOGIA DAS PARTÍCULAS DE PÓ E CURVAS DE CREEP
EM FUNÇÃO DO CONTEÚDO DE MERCÚRIO, EM QUATRO LIGAS COMERCIAIS PARA AMÁLGAMA.
Rafael Y.
Ballester.
Deptº de
Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia da USP, Cidade Universitária,
CEP:05508-900, São Paulo/SP.
Três ligas
comerciais para amálgama, com alto teor de cobre e baixo de prata (Sybraloy -
partículas esféricas; Duraloy - corte fino DFL-Alloy- corte fino), e uma de
corte fino e composição convencional (Velvalloy), receberam tratamentos
térmicos a 600°C, durante dez minutos, seguidos de resfriamento rápido ou
lento. Os pós originais e os tratados foram observados ao microscópio
eletrônico de varredura e comparados, foram confeccionados corpos de prova para
obtenção de curvas de creep, em função da porcentagem final de mercúrio. Os
resultados permitiram concluir que os tratamentos térmicos não produziam
alterações importantes na morfologia da liga Sybraloy, mas produziam a completa
esferulização da liga Velvalloy. As ligas Duraloy e DFL apresentaram parte das
partículas esferulizadas e parte com arestas arredondadas, após os
tratamentos. A liga Duraloy, quando
resfriada lentamente, apresentou exagerado aumento do tamanho de suas
partículas. As curvas de creep, em função da porcentagem de Hg, mostraram que
os tratamentos produziam marcadas alterações em todos os amálgamas;
excetuando-se os da liga DFL foi observado um aumento do creep, mais acentuado
quando o resfriamento era lento. Os amálgamas da liga DFL mostraram uma
diminuição do creep, mais acentuada quando o resfriamento foi lento, bem como
uma menor variação do creep em função da porcentagem final de Hg.
291
HIDROXIAPATITA
MICROGRANULAR EM PULPOTOMIAS DE DENTES PERMANENTE DE HUMANOS.
Águedo
Aragones, José E.O.Lima, Alberto Consolaro.
Faculdade
de Odontologia de Bauru-USP. 17043-101-Bauru-SP.
O objetivo
desta pesquisa foi verificar o comportamento biológico da polpa dental após a
pulpotomia e a proteção dos remanescentes pulpares com hidroxiapatita
microgranular sintetizada no Departamento de Bioquímica, na forma de pó e de
pasta. Foram utilizados 40 dentes pré-molares de pacientes com idade entre 10 e
16 anos. Decorridos os períodos de observação de 7 e 40 dias, os dentes foram
extraídos e submetidos às análises radiográfica e microscópica.
Os
resultados obtidos, segundo as condições experimentais em que foi realizado
este trabalho, pudemos verificar que:
*Os dentes
submetidos à pulpotomia não mostraram qualquer sintomatologia dolorosa
pós-operatória;
*A presença
de barreira neoformada detectada no exame microscópico não foi verificada no exame
radiográfico;
*A reação
inflamatória evoluiu para o processo de reparo;
*Os dentes
tratados com hidroxiapatita na forma de pasta apresentaram barreiras
neoformadas com matriz orgânica mais regular, homogênea, e uniforme, quando
comparada à matriz formada com o material utilizado na forma de pó.
Os
resultados permitiram concluir que a hidroxiapatita microgranular apresentou
biocompatibilidade com os tecidos pulpares, constituindo-se uma alternativa nas
pulpotomias de dentes permanentes.
292
PRESENÇA DE
LAMININA E COLÁGENO TIPO IV NO EPITÉLIO JUNCIONAL E PAPILA CIRCUNDENTAL DO
INCISIVO DE RATO.
Edgard
Graner; Oslei P. Almeida; Sérgio R. P. Line.
Deptº
Diagnóstico Oral, Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP Cx Postal 52,
CEP: 13414-018 - Piracicaba -SP.
A adesão
entre os tecidos epitelial e conjuntivo é feita através de desmossomos e da
membrana basal, que contém laminina e colágeno tipo IV. Ainda não é bem
conhecida a composição da membrana basal que une o epitélio juncional ao dente.
Este trabalho descreve os aspectos ultraestruturais e a presença de laminina e
colágeno tipo IV na junção dento-gengival e papila circundental na face distal
do incisivo inferior de ratos. No epitélio juncional, através de anticorpos
policlonais e imunoperoxidase, não detectou-se a presença de laminina e
colágeno tipo IV. As células justapostas ao cemento são ricas em
hemidesmossomos, com material granular e fibrilar fazendo união com s
superfície do cemento. Na papila circundental a reação para laminina e colágeno
tipo IV foi mais intensa nas faces externa e terço mais profundo da interna, e
negativa ou fracamente positiva no terço mais próximo ao epitélio juncional. Nas
áreas positivas para laminina e colágeno tipo IV a lâmina basal apresentava-se
na microscopia eletrônica com estrutura normal, com as lâminas lúcida e densa
características. Nas regiões onde a positividade foi menor ou ausente foram
observados hemidesmossomos sem a correspondente lâmina basal ou com pequenos
segmentos de estrutura compatível com lâmina basal. As células epiteliais
destituídas de lâmina basal apresentavam projeções digitiformes em relação ao
conjuntivo adjacente. Estes dados indicam que no incisivo inferior de rato
laminina e colágeno tipo IV não participam da junção dento-gingival, e que a
lâmina basal está ausente ou fragmentada nas células da papila circundental
adjacentes às áreas de reabsorção de colágeno do ligamento periodontal.