15
INFLUÊNCIA
DA PARTICIPAÇÃO DO FLUORETO DE CÁLCIO NO MECANISMO ANTICARIOGÊNICO DO FLÚOR
ROBERVAL DE
ALMEIDA CRUZ; C.D. , M.C. , L.C.
Disciplina
de Odontopediatria. Departamento de Odontologia Preventiva e Comunitária
Faculdade de Odontologia da U.E.R.J. Av. 28 de Setembro, 157/20 20551-030 Rio
de Janeiro, R.J.
Já foi
previamente demonstrado que o fluoreto de cálcio é o principal produto
depositado no esmalte, após exposição a altas concentrações de flúor. Mas imaginava-se
que este composto era solúvel em saliva, perdendo-se 24 horas depois de sua
formação (Gerould, 1945; Brudevold et al, 1967; McCann, 1968; Baud & Bang,
1970; Saxegaard & Rolla, 1988).
Entretanto,
inúmeras pesquisas têm apoiado o ponto de vista de que, na verdade, o fluoreto
de cálcio tem uma limitada solubilidade na saliva, permanecendo na superfície
do esmalte por semanas e até meses, após uma única aplicação tópica de um
composto fluoretado. A resistência à dissolução do fluoreto de cálcio é presumivelmente
devida à adsorção de íons fosfato secundários nos cristais, com a respectiva
formação de uma fase que limita sua solubilidade (Grobler et al, 1981; Dijkman
et al, 1983; Ogaard et al, 1983).
Desta
maneira, o fluoreto de cálcio pode atuar como reservatório de íons flúor no
esmalte e na placa dental, controlado pelo pH, que ficariam disponíveis durante
os desafios de cárie (Larsen et al, 1981; Chander et al, 1982; Rolla &
Ogaard, 1986; Lagerlof et al, 1988).
Foi
demonstrado recentemente que a presença de uma película na superfície dentária
não interfere com a deposição de fluoreto de cálcio. Assim, o flúor tem a
capacidade de penetrar pela camada orgânica e atingir o esmalte, reagindo com
ele e formando o composto (Cruz & Rolla, 1991) .
O fluoreto
de cálcio também é formado, quando pastas dentifrícias contendo flúor são
aplicadas na superfície do esmalte dentário humano (Cruz et al, 1992a).
Resultados
similares foram também obtidos, quando um verniz fluoretado (Cruz et al, 1992b)
e soluções fluoretadas para bochechos foram aplicados sobre esmalte dentário
humano hígido in vitro. Nesta última situação, mesmo durante períodos curtos de
aplicação,foi promovida a deposição do produto na superfície do esmalte (Cruz
et al, 1991).
17
BIOMINERALIZAÇÃO:
UM PROBLEMA INSOLÚVEL OU DE SOLUBILIDADE?
Eduardo
Katchubirian, D.D.S. , M.D. , Ph.D.
Disciplina
de Histologia e Centro de Microscopia Eletrônica, Escola Paulista de Medicina.
Rua
Botucatu, 740. 04023 São Paulo, S.P.
A
mineralização dos tecidos cujas matrizes orgânicas são fornadas principalmente
por colágeno (dentina, osso, cemento e cartilagem) ocorre pela precipitação de
fosfatos da cálcio nos componentes fibrilares e não fibrilares das matrizes
orgânicas. Os sais minerais derivados dos íons cálcio e fosfato presentes no
fluido extracelular são depositados seletivamente nas denominadas matrizes
"mineralizáveis" desses tecidos. As matrizes de outros tecidos
conjuntivos, constituídos também por colágeno, não mineralizam em condições normais,
embora estarem num meio análogo em composição iônica. Por que e como ocorre
essa exclusiva e seletiva deposição de mineral? Entre as teorias de
mineralização propostas na literatura, existe a idéia que a deposição de
mineral ocorre pela interação entre a fase mineral do fluido extracelular e os
componentes orgânicos da matriz, em particular as fibrilas colágenas (Glimcher,
1959), sendo, portanto, independente de qualquer outra participação celular e
dirigida apenas por parâmetros físico-químicos. Essa idéia, embora baseada em
fortes evidências, não consegue explicar por que a deposição de mineral ocorre
apenas nos tecidos onde ele é requerido. As diferenças observadas entre a
composição e organização das matrizes mineralizáveis e das não mineralizáveis
parecem ser insuficientes para explicar a altamente seletiva precipitação de
mineral.
Tendo em
consideração os conceitos citados, parece razoável considerar a possibilidade
de que as células dos tecidos mineralizáveis possam promover a calcificação. De
fato, as células dos tecidos duros têm demonstrado depósitos de fosfatos de
cálcio no seu interior (Posner, 1978; Manston & Katchburian, 1984). Além do
mais, estudos na cartilagem epifisária (Anderson, 1967; Bonucci, 1967; Ali et
al, 1970), no osso (Bernard & Pease, 1969) e na dentina (Katchburian, 1973)
revelaram que a deposição inicial de mineral é caracterizada pela aparição de
depósitos de fosfatos de cálcio (hidroxiapatita) em associação com uma
população de corpos envolvidos por membrana, as vesículas da matriz.
As
vesículas da matriz são corpos arredondados envolvidos por membrana que estão
presentes no espaço extracelular das matrizes de colágeno que se calcificam.
Elas derivam das células formadoras desses tecidos, aparecem logo após a
deposição do colágeno e rapidamente adquirem inclusões com
18
aparência
de cristais, as quais têm mostrado conter cálcio e fosfato em diversas espécies
(microanálise de energia dispersiva de raios X). Parece, portanto, que as
vesículas da matriz são realmente as iniciadoras da mineralização.
Um estudo
recente usando um traçador eletron-opaco, o nitrato de lantânio, e a
criofratura (Soares et al, 1992), mostrou que a matriz óssea recém-formada está
em continuidade com o restante do espaço extracelular. Isso sugere que existe,
possivelmente, livre acesso de certos materiais para a matriz jovem e
viceversa. Neste estágio, a matriz contém numerosas vesículas da matriz. Em
estágios posteriores, quando as vesículas da matriz cessam de aparecer, o
traçador eletron-opaco não penetra na matriz e junções focais do tipo
"tight" aparecem entre os osteoblastos. Assim sendo, a matriz torna-se compartimentalizada.
Parece, portanto, que as vesículas da matriz formam um microcompartimento, no
qual podem ser alcançadas condições necessárias para a nucleação inicial do
mineral.
A maneira
pela qual o processo de mineralização se "espalha" das vesículas para
o colágeno é um assunto bastante controvertido. Os nossos estudos sobre a
campartimentalização da matriz orgânica do osso em desenvolvimento sugerem que
haveriam duas fases durante o processo inicial
de mineralização: uma primeira, vesicular, na qual as vesículas da
matriz desempenhariam um papel na nucleação inicial e urna segunda, fibrilar,
na qual as fibrilas colágenas em associação, provavelmente, com outras
moléculas da matriz, forneceriam os locais para a continuação do processo. Tem
sido bem estabelecido que o colágeno e/ou moléculas associadas (por exemplo,
fosfoproteínas) são capazes de fornecer a geometria estereoquímica
tridimensional e a distribuição de cargas elétricas necessária: nucleação da
apatita (Christoffersen & Landis, 1991).
19
AVALIAÇÃO
CLÍNICA DO EFEITO DA MAGNETOTERAPIA NOS PACIENTES PORTADORES DE DOR AGUDA OU
CRÔNICA DECORENTES DE DISFUNÇÃO DA ATM.
Ana Claúdia
M. Villela, Oswaldo Crivello Jr. & José R. V. de Rezende.
Disciplina
de Traumatologia Maxilo-Facial do Departamento de Cirurgia, Prótese e
Traumatologia Maxilo-Faciais da Faculdade de Odontologia da USP -Cidade
Universitária -São Paulo -SP.
Um dos
quadros mais difíceis de se resolver nas disfunção da ATM é aquele onde o
paciente apresenta dor aguda na região articular e músculos mastigatórios.
Nessas situações poucos recursos estão à disposição do profissional para o
controle da dor. Os analgésicos normalmente já foram tentados não surtindo mais
efeito. A placa miorrelaxante nem sempre pode ser confeccionada de imediato. As
infiltrações locais de anestésioos ou corticóides não são recursos
justificáveis nos dias atuais. A fisioterapia através de agentes mecânicos,
térmicos ou elétricos apresenta-se como eficiente agente antiálgico.
Apresentamos
aqui os resultados da ação da magnetoterapia em pacientes com sintomatologia
dolorosa aguda ou crônica da ATM resistentes a outras formas de tratamento.
Utilizamos o aparelho "HEALTEC CELULAR" fabricado e vendido no país e que, segundo seu
fabricante, age eficientemente contra a dor. A magnetoterapia se trata de
campos magnéticos de baixa freqüência com atuação sobre tecidos moles, com
efeitos antiálgicos, incremento da irrigação sanguínea e ativação dos processos
celulares.
Avaliamos 2
grupos: um de pacientes com dores agudas e outro com dores crônicas. No
primeiro grupo houve a remissão da dor inicial em 82% do total após 2 aplicações
com 7 dias de intervalo. O segundo grupo foi distribuído em 2 subgrupos: no
primeiro foi aplicado a magnetoterapia 2 vezes por semana durante I mês. No
outro aplicamos 1 vez por semana durante 2 meses. Conseguimos a remissão da
sintomatologia dolorosa em 60% do total. O controle dos pacientes foi de l mês
após o final da dor inicialmente diagnosticada.
Concluímos
que a magnetoterapia apresentou efeitos antiálgicos na dor aguda nos pacientes
com disfunção da ATM mas numa escala menor nas dores crônicas da ATM.
20
AVALIAÇÃO
DO TRATAMENTO PARA DISFUNÇÃO DOLOROSA DA ATM EM PACIENTES PORTADORES DE APÓFISE
ESTILÓIDE ALONGADA E CALCIFICADA
LUCIMAR
RODRIGUES; JOÃO G. C. LUZ; ISRAEL CHILVARQUER
Departamento
de Cirurgia, Prótese e Traumatologia Maxilo-Faciais- FOUSP
A presença
da apófise estilóide alongada e calcificada pode levar a sintomas como otalgia,
cefaléia, dificuldade de deglutição e dores nas regiões cervical e
temporomandibular .A associação destes sintomas indica a síndrome Eagle. Esta
sintomatologia pode ser confundida muitas vezes com a da disfunção dolorosa da
ATM.
Avaliamos
clínica e radiograficamente 6 (seis) pacientes portadores de apófise estilóide
alongada e calcificada com diagnóstico prévio de disfunção dolorosa da ATM.
Foram realizadas incidências radiográficas panorâmica, panorâmica modificada
para ATM e telerradiografia de perfil a 45º. Foi instituído tratamento
convencional para disfunção dolorosa da ATM, através de placa de mordida e
recursos de fisioterapia e fonoaudiologia.
A queixa
principal referiu-se à dificuldade de abertura de boca e dor ATM. O tempo de
evolução da doença foi de 5 a 10 anos. Dificuldade à deglutição, bem como dor
em orofaringe, laringe e região hióidea foram relatadas, sendo que a dor
apresentou relação com tensão emocional. À palpação, houve dor na musculatura
mastigatória, em pelo menos 3 áreas, na região cervical e na ATM, bem como na
região cervical ao movimento. Foram freqüentes os rui dos articulares. Foram
predominantes as apófises alongadas, parcialmente calcificadas ,
bilateralmente, localizadas entre o ponto médio do ramo ascendente e a se da
mandíbula.
Na
avaliação radiográfica, as incidências com melhor visualização da apófise
estilóide alongada e calcificada foram a panorâmica convencional e a panorâmica
modificada para ATM. A telerradiografia de perfil à 45º apresentou excelente
visualização mas apenas para pacientes desdentados totais ou com ausência de
dentes posteriores. No tratamento realizado durante 6(seis) meses obtivemos
como resultado a remissão quase total da sintomatologia nos pacientes, sendo
que apenas l(um) não respondeu à terapia. Podemos concluir que a melhora
ocorreu por se tratar de casos de disfunção dolorosa da ATM.
21
DURAÇÃO DO
ATO MASTIGATÓRIO EM PACIENTES COM DISFUNÇÃO DA ATM.
Francisco
Gouveia Jr., Maria L. Eleutério, Inge
E.K. Trindade & Alceu S. Trindade Jr.
Setor de
Fisiologia, Hospital de Reabilitação de Bauru, USP. Rua Silvio Marchioni 3-20,
CEP 17043, Bauru. SP
O objetivo
do presente trabalho foi determinar em pacientes com disfunção da ATM (n=46) a
duração do ato mastigatório na mastigação unilateral direita (MUD) esquerda
(MUE). Para fins de controle, foram
igualmente avaliados 22 indivíduos normais. Os potenciais bioelétricos dos
músculos masséteres direito (MD) e esquerdo (ME) e dos músculos temporais
direito (TD) esquerdo (TE) foram
captados com eletródios bipolares de superfície. Os
registros
foram realizados em eletromiógrafo DISA (1500
EMG System). Nos indivíduos
normais, os valores (X + DP) da duração
do ato mastigatório na MUD foram de 357 + 125ms para o MD e de 347 + 124ms para o ME. Na MUE foram de 364 +
137ms para o MD e de 343 + 107ms para o ME. Nos pacientes com disfunção da ATM
os valores da duração do ato mastigatório
na MUD foram de 262 + 120ms para o MD e
de 243 + 115ms para o ME. Na MUE foram de 263 + 116ms para o MD e de 260 + 120
para o ME. Nos dois grupos (controle e
com disfunção) e nos dois procedimentos (MUD .MUE) os resultados obtidos para
os músculos TD e TE foram similares aos dos músculos MD e ME. A análise estatística dos dados (test t- Student) mostrou que na MUD e MUE os
valores da duração do ato mastigatório no grupo com disfunção da ATM foram
significantemente menores (p< 0,5) que os do grupo normal. Os resultados
sugerem que a obtenção de menor duração do ato mastigatório ao exame
eletromiográfico pode ser considerada
como um sinal de disfunção da ATM
22
EFEITO DAS
PLACAS OCLUSAIS NA DURAÇÃO DO PERÍODO DE SILÊNCIO ELETROMIOGRÁFICO.
Renato
Fleury, Inge E.K Trindade & Alceu S.Trindade Jr.
Hospital de
Reabilitação de Bauru. USP. Rua Silvio Marchioni 3-20. CEP 17043. Bauru. SP
A placas
oclusais são utilizadas no tratamento de pacientes com disfunção da ATM
causando muitas vezes alívio da sintomatologia dolorosa. Em virtude da grande
freqüência com que são utilizadas por não existirem ainda na literatura dados
suficientes a respeito do papel que elas desempenham sobre a ação dos músculos
elevadores da mandíbula em indivíduos normais, no presente estudo investigamos
os efeitos de placas oclusais posicionadas em máxima intercuspidação habitual
(MIH) e em relação cêntrica (RC) sobre a duração do período de silêncio
eletromiográfico (PS). Em 4 indivíduos normais (2 do sexo masculino e 2 do
feminino, com média de idade de 22 anos) o PS foi induzido por percussão do
mento com o indivíduo em oclusão voluntária isométrica máxima, sem a placa, com
a placa em MIH e com a placa em RC. O PS foi captado dos músculos masséteres
direito (MD) e esquerdo (ME) e dos músculos temporais direito (TD) e esquerdo
(TE) através de eletródios bipolares de superfície e registrado em
eletromiógrafo DISA (1500 EMG- System). Os resultados em ms, (expressos como
média + desvio padrão) foram:
MD ME TD TE X X + DP
Sem
Placa 26,29 26.81
28.69 30,04 27,96 + 1,73
MIH 29,69
28,45 34,59 32,18 31,21 + 2,72
RC 35,14
35,62 31,87 33,36 34,00 +
1,72*
*p<0,05
quando comparado com os valores "sem placa"
A análise
estatística dos dados (teste t pareado ) mostrou que com a placa em RC os
valores da duração do PS foram significantemente maiores que os obtidos sem a
placa oclusal, mostrando que quando se induz uma nova posição mandibular em
indivíduos normais, o PS se prolonga de maneira semelhante ao que se verifica
na disfunção da ATM .
23
EFEITO DO AJUSTE
OCLUSAL SOBRE A DURAÇÃO DO PERÍODO DE SILÊNCIO ELETROMIOGRÁFICO
Fernando H.
Westphalen & Alceu S. Trindade Jr.
Setor de
Fisiologia, Hospital de Reabilitação de Bauru, USP Rua Silvio Marchioni 3-20,
CEP 17043. Bauru. SP
Em estudos anteriores observou-se que a
duração do período de silêncio (PS) eletromiográfico dos músculos
masséteres encontra-se aumentado nos
pacientes com disfunção da ATM em os relação aos indivíduos normais (Trindade
Jr. & cols. , Braz. J. Med. Biol.Res. 24 :261, 1991) Procurou-se, a
partir deste primeiro dado, verificar o
comportamento neuromuscular dos
músculos masséteres direito (MD) e esquerdo (ME) em um grupo pacientes com disfunção da ATM (n = 23),
avaliando a duração do PS
eletromiográfico após o ajuste oclusal. Os registros eletromiográficos foram
feitos com eletródios de superfície colocados sobre os músculos masséteres e os
potenciais
registrados
em eletromiógrafo DISA (1500 EMG-System). Os resultados, expressos em ms
apresentados como média + desvio padrão foram os seguintes 41,46 + 9,75 ms para o MD e 42,84 + 9,52 ms
para o ME antes do ajuste oclusal. Após o ajuste, os valores foram 39,73 +
10,33 ms para o MD e de 41.13 + 10,57 ms, para o ME. Não houve diferença estatisticamente
significante entre esses valores ( teste t pareado ). Esses resultados mostram
que o ajuste oclusal, isoladamente, não foi suficiente para provocar a redução
do PS eletromiográfico dos músculos masseteres em pacientes com disfunção da
ATM.
24
ESTUDO DAS
MALOCLUSÕES E DOS ÍNDICES DE HELKIMO EM PACIENTES PORTADORES DE DISFUNÇÃO
DOLOROSA DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR.
Antonio C.
B. D. Lemos - Francisco A. S. Correia, Antonio S. F. Procópio & José B. D.
Lemos
-
Disciplina de traumatologia Maxilo-Facial - FOUSP - 05508-900 - São Paulo - SP.
Realizamos
uma pesquisa em pacientes portadores de disfunção dolorosa ATM, com vistas à
prevalência de maloclusões morfológicas e dos índices de Helkimo. Examinamos 42
pacientes, independente de idade, sexo e raça e com ausência dentária de no máximo 3 elementos, sendo obtidos
modelos de estudo. Fizemos a
classificação de ANGLE, medidas de sobressaliência e de sobremordida, número de
mordidas cruzadas e de dentes ausentes. À
seguir, classificamos os casos utilizando os índices anamnético de disfunção
(A), clínico de disfunção (D) e de estado oclusal (O). Encontramos
predominância de Classe II, bem como das medidas de sobressaliência e
sobremordida com valores maiores que 2 milímetros. Encontramos 10 pacientes com
mordidas cruzadas e 13 pacientes sem ausência dentária, 10 com falta de 1
dente, 17 com falta de 2 dentes e 2 com falta de 3 dentes. Com relação aos
índices de Helkimo houve predominância dos sintomas de natureza leve (A,I),
tais como ruídos articulares, sensação de fadiga ou rigidez dos maxilares;
disfunção leve (D,I), tais como limitação de movimentos, dor muscular ou
articular e dor ao movimento e distúrbios moderados de oclusão (O,I) , tais
como número de dentes presentes e contatos dentais bem como número de
interferências oclusais.
O resultado
final de nossa pesquisa nos leva à conclusão que as maloclusões de Classe II,
com sobressaliênciaa e sobremordidas aumentadas, bem como os distúrbios
oclusais moderados desempenham papel importantes na ocorrência das disfunções
da ATM.
25
HIPERPLASIA
DO CÔNDILO MANDIBULAR. ESTUDO CLÍNICO, RADIOGRÁFICO E MICROANATÔMICO.
João G. C.
Luz, José R. V. de Rezende, Ruy G. Jaeger, Israel Chilvarquer.
Traumatologia
Maxilo-Facial, Faculdade de Odontologia da USP, 05508-900 São Paulo (SP).
A
hiperplasia unilateral do côndilo mandibular apresenta importante
comprometimento funcional e estético ao paciente. Foram avaliados pacientes com
diagnóstico de hiperplasia do côndilo mandibular. A média de idade foi de 26
anos. A queixa principal foi de
assimetria facial e de maloclusão, sendo que a média de duração dos sintomas
foi de 6 anos. Havia assimetria facial, com maior altura no lado afetado, bem
como mordida aberta unilateral. Radiograficamente foram observados aumento de
volume unilateral do côndilo e alterações na sua forma. A microscopia óptica de
luz mostrou persistência da zona proliferativa e presença de condrócitos
hipertróficos. No interior do osso subcondral havia múltiplas áreas de
cartilagem. A microscopia eletrônica de varredura revelou a presença de feixes
de fibras colágenas entrelaçadas na superfície articular, com ondulações
freqüentes. Foram observadas fendas, com pequenas elevações ao seu redor, bem
como corpúsculos ovóides com diâmetro entre 0,5 a 2um, em determinadas áreas.
26
INCIDÊNCIA
DE DISTÚRBIOS FONOAUDIOLÓGICOS EM PACIENTES PORTADORES DE DISFUNÇÃO NA
ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR.
Francisco
A. S. Correia; Antonio S. F. Procópio &
José B. D. Lemos
-
Disciplina de Traumatologia Maxilo-Facial - FOUSP - 05508-900 - São Paulo -SP .
O estudo
das disfunções da articulação temporomandibular tem sido assunto de inúmeros
trabalhos de pesquisa .
Vários
autores concordam que as disfunções da articulação temporomandibular são
conseqüência de uma somatória de fatores: predisposição, alterações físicas e
alterações psíquicas.Devemos examinar cuidadosamente a musculatura sistema
mastigatório,nos portadores de disfunção da ATM.
Preocupados
em verificar qual a real importância de um tratamento integrado na área de
fonoaudiologia, procuramos pesquisar quais as possíveis relações entre os
distúrbios fonoaudiológicos e as disfunções da ATM.
Foi
examinada, 70 pacientes portadores de disfunção da ATM, a incidência
fonoaudiológicos, chegando-se às seguintes conclusões: foram encontrados 44
pacientes (62,9%) com distúrbios fonoaudiológicos; não há dependência entre
sexos,faixa etária de maior prevalência está entre 21 a 30 anos. O órgão
fonoarticulatório que apresente maior alteração é a mandíbula, referente aos
seus movimentos.
Com referência às alterações fonoaudiológicas
o OFA de maior incidência é a língua. A função reflexo-vegetativa que apresenta
maior porcentagem de incidência de distúrbios fonoaudiológicos é a deglutição.
O tipo respiratório mais encontrado , com distúrbios fonoaudiológicos, é o
costal superior. Dentre as funções do sistema estomatognático, o sistema
fonêmico-fonológico "fala" é o mais alterado.
27
RELAÇÃO
ENTRE MOVIMENTOS MANDIBULARES MÁXIMOS LINEARES E ANGULARES E SINTOMAS EM
PACIENTES PORTADORES DE DISFUNÇÃO DOLOROSA DA ARTICULAÇÃO TEMPORO- MANDlBULAR.
Helcio H.
Uono; Marcos R. Yamamoto & Francisco A. S. Correia
Disciplina
de Traumatologia Maxilo - FOUSP -CEP 05508900 -São Paulo -SP.
A possibilidade de limitação funcional em
pacientes portadores de disfunção dolorosa da articulação temporomandibular
(ATM indica a necessidade de avaliação das excursões mandibulares máximas.
Foram avaliados 20 pacientes com diagnóstico da disfunção dolorosa da ATM com
idade entre 16 a 27 anos (média -23,3) .Os movimentos avaliados foram abertura
máxima, protrusão máxima, lateralidade direita, lateralidade esquerda sob
pressão bidigital. A seguir foi feita uma estimativa do ângulo de abertura
máxima - através de um método geométrixco indireto. Os valores médios e os
respectivos desvios padrões obtidos podem ser observados na figura. A relação
entre determinados sinais e sintomas e a capacidade anormal dos movimentos foi
analizada. Foi utilizado o teste qui-quadrado para análise estatística. Houve
associação significante com os seguintes sinais e sintomas, relacionados a ATM:
padrão de dor relacionada à função, dor relacionada à tensão emocional e ruídos articulares. Por outro lado, houve
somente uma associação com fatores oclusais.
Podemos
concluir que a mensuração dos movimentos mandibulares máximos não e
característica para o diagnóstico
de
disfunção dolorosa da ATM.
Além disso,
observamos uma menor participação de fatores oclusais nas disfunções.
28
TRATAMENTO
ALTERNATIVO DA DOR EM PACIENTES PORTADORES DE DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR.
José R. V.
de Rezende & Antonio C. B. Teixeira.
Departamento
de Cirurgia, Prótese Traumatologia Maxilo-Faciais da Faculdade de Odontologia
da USP -CEP 05508-900. São Paulo -S.P.
A dor na
síndrome de disfunção da ATM tem sido um problema extremamente grave e motivo
de inúmeras pesquisas. Drogas por via sistêmica ou aplicadas intra
articularmente, confecção de aparelho para levantamento e destravamento do
articulado dental representam alguns meios para se obter o alívio da dor.
Preocupados
com este problema procuramos utilizar, métodos, alternativo baseado na medicina
oriental como acupuntura.
Escolhemos
aleatoriamente 41 pacientes portadores de disfunção da ATM com sintomatologia
de dor intensa que procuraram o ambulatório da disciplina de Traumatologia
Maxilo-Facial da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.
Em todos os
pacientes aplicou-se inicialmente aurículo-acupuntura, ativando os seguintes
pontos, segundo o mapa auricular de Nogier modificado: 3 do trigêmio; olho;
auditivo; agressividade; tragus; zero; síntese; estômago e psicológico.
Em 29 casos
obteve-se total alivio da dor após a 3º sessão; sendo que cada sessão de uma
hora repetia-se semanalmente. Os demais 12 pacientes receberam tratamento
complementar por ativação dos seguintes pontos gerais:P-6; IG-4; E-7; E-40;
E-44; ID-5; VG-15; RSN-1 TA-l e VB-43. Após mais duas sessões de uma hora e
meia, obteve-se total alívio da dor em todos os 12 pacientes restantes.
29
"ANÁLISE
DESCRITIVA DE VARIÁVEIS PARA A IDENTIFICAÇÃO DE PACIENTES SEGUNDO O RISCO DE
CÁRIE".
Maria L.R.
Sousa, Marcia P.A. Mayer, Luiz O.C. Guimarães, Flávio Zelante.
Dept.
Microbiologia, Inst. Ciências Biomédicas -USP. São Paulo, SP.
Neste
trabalho procurou-se verificar a possível utilização de procedimentos mais
acessíveis para o cirurgião dentista, na detecção de crianças com alto risco de
cárie. Para tanto, foram amostrados 30 escolares de 11 a 13 anos, sendo
classificados em 3 grupos de risco, conforme níveis salivares de S.mutans. As
variáveis, estudadas foram: pH (através
de fitas de tornassol) ; Velocidade de Fluxo Salivar (VFS, medida através de
coleta salivar em proveta graduada, por 5 minutos) e Capacidade Tampão (CT)
-(kit Dento Buff-Inodon); Número de Superfícies Cariadas (SC) , Perdidas e
Obturadas (Índice CPOS) e Número de
Manchas Brancas (MB) através de exame , clínico, após profilaxia dos dentes;
Velocidade de Formação Placa (verificada 24 horas após a profilaxia, determinando a porcentagem de superfícies
dentárias com placa evidenciada pela fucsina); dieta, através de diário
alimentar por 7 dias. Comparando-se as medianas entre os grupos de risco, através
de gráficos box-splot, observou-se que a variável pH não discriminou os grupos;
já as variáveis MB, CPOS e SC determinaram uma discriminação melhor. A maior
VFS deu-se no grupo de médio risco, seguido pelo baixo risco; a variável CT
apresentou comportamento semelhante. A menor velocidade de formação de placa foi verificada no grupo
de baixo risco, não diferenciando os demais grupos. A dieta mais cariogênica
foi observada no grupo de alto risco. Através desta análise estabeleceu-se duas
equações para a determinação do alto e demais riscos bacteriológicos, onde cada
variável obteve seu peso: Alto risco
(Za) = 0,3075971.SC + 0,1211419.CPOS + 1,126742.MB + 0,2078568.VFS - 6,319352.
Demais
riscos (Zd):.0,1022232.SC + 0,2333341.CPOS + 0,3487696. MB- 0,4014710.VFS -
5,0655077.
Calcula-se
as duas equações, e aquela que fornecer o maior valor classifica o indivíduo no
grupo de risco bacteriológico. Estes resultados clínicos sugerem que os dados
obtidos através de exame clínico e anamnese constituem elementos eficientes
para a determinação do risco de cárie.
Auxilio
financeiro = FAPESP (89/2506-8).
30
EFEITO DE
ADOÇANTES COMERCIAIS NA FORMAÇÃO DE PLACA E PRODUÇÃO DE POLISSACARIDEOS DO
ESTREPTOCOCOS DO GRUPO MUTANS.
Adriana B.Schoenardie, Marisa Maltz, e Maristela G.
de Borba.
Departamento
de Odontologia Preventiva e Social, Faculdade de Odontologia, UFRGS, Rua Ramiro
Barcelos 2492, CEP 90210. PoA -PS.
Os produtos
comerciais a base de esteviosídeo e de aspartame geralmente contém outros
componentes que poderiam modificar efeito destes adoçantes nas bactérias
cariogênicas. O objetivo deste trabalho foi de estudar o efeito de produtos
comerciais a base destes dois adoçantes no metabolismo do estreptococos grupo
mutans IB 1600. Os produtos estudados foram: Stevita, Steviplus, Vitahervas (a
base de esteviosídeo) e Finn, Zero-Cal
(a base de
aspartame). Os diferentes componentes presentes ,na fórmula comercial,foram
usados como controle (Sorbitol, lactose e manitol). Os adoçantes foram
adicionados a um meio de cultura , o Infusion Broth (BBL), com concentração recomendada pelo fabricante.
Foram estudados a formação de placa em fio de aço inoxidável e a produção de
polissacarídeos extracelulares insolúveis, segundo Dubois e colab. (Anal Chem, v.28, p.350, 1956). Não houve
formação de placa para os meios contendo somente aspartame (0,03 mg + 0,06) ou
esteviosídeo (0,07 mg + 0,06). Os
produtos comerciais formaram
pouca placa (0,80 mg + 0,l0 - 3,13 mg + 2,33), não havendo diferença
estatisticamente significante aos outros componentes da fórmula. Na produção de
polissacarídeos, também não houve entre os produtos comerciais (95,44 ug +
22,81 -175,13 ug + 4,26) e os seus outros componentes, mas houve entre eles e
os adoçantes esteviosídeo (15, 74 ug + 4,68) e aspartame (-2,25 ug + 5,85). Os
resultados demonstram que os adoçantes comerciais apresentam um
comportamento mais semelhante aos
outros componentes da fórmula do que ao aspartame e ao esteviosídeo. Isto
poderia indicar que as propriedades não cariogênicas destes adoçantes não devem
ser as mesmas dos produtos comerciais.
31
EFICÁCIA DO
PLAX EM INIBIR A FORMAÇÃO DE ÁCIDO NA PLACA BACTERIANA.
Rosa
H.M.Grande, Julio M.Singer, José F.F.Santos, José Nicolau.
Centro de
Pesquisas Clínicas FOUSP e Instituto de Química - USP. CEP 05508-900, CP 20780,
São Paulo, SP.
O meio mais
efetivo para controlar a placa bacteriana é o mecânico, mas poucos indivíduos
utilizam-no adequadamente. Uma alternativa seria o controle químico, com o uso
de soluções para bochechos comercialmente disponíveis, cujos efeitos têm sido
avaliados através de modificações quantitativas que ocorrem na área e / ou
espessura da placa bacteriana. Como a atividade metabólica da placa pode gerar
produtos lesivos às estruturas dentais, a verificação de mudanças no pH da placa
permite definir o seu potencial acidogênico. O Plax, formado por um complexo
tensoativo, agentes estabilizadores do pH e doadores de viscosidade, corantes,
sacarina e flavorizantes, mostrou atividade antiglicolítica no sedimento
salivar (Emling e colab., J.dent.Res.,65:274, 1986). Face a esse dado, nos
propusemos a investigar se tal efeito ocorreria na placa após bochecho com o produto. A placa foi coletada de 21
voluntários (18-26 anos) após 48 horas sem higiene. Um lado da boca serviu de
controle para o outro lado que foi submetido a bochecho com 10 ml do
enxaguatório por 30 segundos, a cada 7 dias durante 3 semanas. O material
colhido foi suspenso em solução salina, e incubado na presença de substrato
(sacarose ) a 37ºC. O pH foi medido nos
tempos 0, 5, 10,15, 30, 45, 60, 90 e 120 min. A Análise de Variância não
evidenciou diferença estatisticamente significante entre o lado controle e o
lado teste, portanto concluímos que o
Plax não interferiu com o potencial acidogênico da placa.
32
ESTUDO in vitro
DO EFEITO DA RELAÇÃO F /MFP NA REATIVIDADE DE DENTIFRICIOS COM ESMALTE DENTAL HUMANO E SUA INTERFERÊNCIA
COM FENÔMENOS DE DESMINERALIZAÇÃO E REMINERALIZAÇÃO.
Jose Carlos
Silva, Jair A. Silva, Jaime A.
Cury.
Curso de
Pós-Graduação em Biologia e Patologia Buco-Dental, FOP-UNICAMP, C.P. 52.
13.414-018, Piracicaba, SP.
A
possibilidade de avaliação laboratorial de dentifrícios fluoretados deve ser
considerada por razões de seleção, custos, equivalência e éticas. A importância
do F, MFP associação dos mesmos em
temos de eficiência cariostática de produtos comerciais,é assunto
controvertido. O objetivo deste trabalho foi estudar ,in vitro o efeito da
relação F /MPF na atividade de dentifrícios fluoretados. Utilizando-se
metodologias que mostraram correlação com o desempenho clínico de cremes
dentais. Avaliou-se: 1) A reatividade ( "CaFa" e FA) com o esmalte dental humano íntegro em
condições simulando o ato de escovação; 2) A reatividade com o esmalte dental
humano com lesão inicial de cárie
(ugF/cm2) e 3) Mineral perdido (% Min. x um) flúor incorporado (ppm x um) nos
dentes submetidos a ciclagens de pH. Para as determinações de flúor utilizou-se
eletrodo específico ORION, 96,09 e as análises de microdureza foram feitas em
secções longitudinais das áreas submetidas a Des-Re, utilizando microdurômetro
TUKON carga de 25g. Os resultados, de acordo com a tabela abaixo e análise
estatística, mostraram que a atividade do dentifrício tende a aumentar com a
maior proporção de F na mistura F /MFP, entretanto no é obtido um efeito
máximo. Os dados deste trabalho sugerem que o desempenho clínico cariostático
de um dentifrício fluoretado pode ser melhorado pela adição de F ao MFP. [FAPESP 91/200]
RESULTADOS
DENTIFRÍCIOS
(F/MPF) "CaF2" FA ugF/cm2 %
Min.x um ppmf x um
1500/0 220,8 189,9 20,01
632,7 2929,2
1200/300 243,5
174,0 23,91 437,0 2502,2
900/600 206,8
152,5 21,56 765,8 3499,1
600/900.....................203,1 143,8 19,63 652,5 2505,8
300/1200 148,0
128,2 14,13 739,1 2324,3
0/1500 48,6
59,5 12,40 1012,2 1551,9
0/0 14,2 35,0
9,80 2095,8 1191,4
33
ESTUDO in
vitro DO EFEITO DA RELAÇÃO Ca:MFP NA REATIVIDADE DO FLÚOR DE DENTIFRÍCIOS.
MicheI Hyun
Koo; Antônio Luiz Rodrigues Jr. &
Jaime A. Cury.
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba, UNICAMP, 13414-018, Piracicaba, SP.
Um possível
efeito aditivo do cálcio (Ca) na atividade do monofluorfosfato (MFP) é assunto
controvertido. O objetivo deste , trabalho foi estudar o efeito do Ca na reatividade
de dentifrícios com MFP. Foram
formulados três dentifrícios contendo sílica como abrasivo: um deles era
placebo de Ca e MFP, outro continha 1450 ppmF (MFP), sendo placebo de Ca, e o
terceiro continha 0,45% de CaC12 e 1450 ppmF (MFP), relação molar Ca:MFP=0,50.
A atividade destes dentifrícios foi comparada
com creme dental do mercado contendo
apelo neste sentido. Nestes
dentifrícios foram determinadas as concentrações solúveis de Ca e F e
suas reatividades com o esmalte dental humano (partículas de 0,074-0,105 l mm). Cálcio e flúor foram determinados
respectivamente, por absorção atômica e eletrodo específico. No esmalte foram
determinadas as concentrações de flúor na forma de fluoreto de cálcio ("CaF2")
e fluorapatita (FA), após 1 min. de reação com a suspensão de dentifrício
diluído 1:3. Os resultados
obtidos
mostraram que o produto principal formado no esmalte foi "CaF2" sendo
estatisticamente mais ativo o dentifrício experimental com relação Ca:MFP=0,50.
Não houve porém diferença estatisticamente significativa entre a formulação
contendo só MFP e o dentifrício do mercado, no qual a relação Ca:MFP é de
apenas 0,02. Conclui-se que para o Ca ter efeito aditivo significativo na
atividade laboratorial do MFP uma relação Ca:MFP ótima é -necessária.
34
ESTUDO in
situ DO POTENCIAL ANTICARIOGENICO DO CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO.
Elaine H. Benelli, Mônica C. Serra, Jaime A,
Cury & Antônio L. Rodriguês Jr.
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP, 13.414- 018, Piracicaba -SP
O propósito
desse estudo foi comparar a quantidade de flúor na placa dental formada sobre
cimento de ionômero de vidro ou compósito, e avaliar o efeito da liberação de
flúor no crescimento da microbiota cariogênica, na incorporação de flúor no
esmalte e na formação de cárie sob condições in situ de alto desafio
cariogênico. O estudo desenvolvido foi do tipo cruzado, em duas etapas de 28
dias, das quais participaram 10 voluntários adultos. Oitenta blocos de esmalte
dental humano foram casualmente restaurados com cimento de ionômero de vidro
(Chelon -Fill -Espe Gmbh) ou compósito (Silux -3H Co). Quatro blocos de,
esmalte restaurados com ionômero ou compósito foram colocados em dispositivos
intraorais palatinos que foram utilizados pelos voluntários em cada etapa experimental.
Durante este período, os voluntários utilizaram dentifrícios sem flúor e a face
dos dispositivos que continham os blocos de esmalte não foi higienizada, além
disso os dispositivos foram mergulhados 8 vezes ao dia em solução de sacarose
20%. Os níveis de flúor, Streptococus mutans e Lactobacillus foram analisados
na placa dental e a Incorporação de flúor e o perfil de m1crodureza foram
determinados no esmalte ao redor das restaurações. Através do teste não paramétrico de Wilcoxon
observou-se significativamente maiores níveis de flúor (p<0,05) e menores
níveis de Streptococus mutans (p<0,028) na placa dental formada sobre
cimento de
ionômero de
vidro. Pelo teste ANOVA em um modelo Split-plot observou-se que no esmalte ao
redor das restaurações com cimento de ionômero de vidro o flúor incorporado foi
significativamente maior (p<0,025) e perda mineral estatisticamente menor
(p<0,0l). Os resultados mostram que o cimento de ionômero de vidro apresenta
amplo efeito anticariogênico e pode ser importante na prevenção de cáries
secundárias, até mesmo em condições de alto risco de cárie.
35
INFLUÊNCIA
DE CITRATOS NA PREVENÇÃO DA CÁRIE DENTÁRIA.
Márcia C.
Figueiredo Pimenta, Astrid Z. Vono, Olinda Tárzia e Aymar Pavarini.
Departamento
de Odontopediatria, Ortodontia e Bioquímica da F.O.B./USP.
Este trabalho teve como objetivo verificar o
efeito de diferentes citratos na incidência de cárie em ratos. Para tal foram
utilizados 96 ratos (48 machos e 48 fêmeas) com 21 dias de idade e distribuídos em 6 grupos com 16
cada: GI-CONTROLE- dieta cariogênica,
GII-dieta cariogênica + citrato de cálcio 1%, GIII - dieta cariogênica +
citrato de maqnésio 0,9%, GIV- dieta cariogênica + citrato de potássio 0,65%,
GV- dieta cariogênica + citrato am de amônio bibásico 0,45%, GVI-dieta
cariogênica, acido cítrico a 0,38%.
Todos os animais foram pesados inicialmente
com 21 dias de idade e depois semanalmente até atingirem 64 dias de idade,
quando foram sacrificados. Os segmentos ósseos maxilares e mandibulares foram
removidos e hemiseccionados sendo então, preparados para o exame de lesões de
cárie de sulco de molares, segundo o método proposto por Keyes. Os resultados
foram avaliados estatisticamente, permitindo as seguintes conclusões:
1) O Ion citrato apresenta efeito
anticariogênico;
2) O ácido cítrico, demonstrou maior
efeito na redução da cárie dentária quando comparado aos sais de citrato, com
diferenças estatisticamente significantes;
3) Os sais de citrato reduziram a
incidência de cárie,mas quando comparados entre si não houve diferenças
estatisticamente significantes.
36
LIBERAÇÃO
DE FLÚOR DE SELANTE E SUA INTERFERÊNCIA COM O DESENVOLVIMENTO DE CÁRIE
UTILIZANDO-SE MODELO DE CICLAGENS DE pH.
Helena M. U.Decico, Marinês N.dos Santos,
Altair A. D. B. Cury & Jaime A. Cury.
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba, UNICAMP, 13414-018, Piracicaba, SP
O Objetivo
do presente trabalho foi estudar a liberação do flúor de selante e seu efeito
em condições de alto desafio cariogênico. Foram utilizadas 36 secções de 3°
molares retidos extraídos por razões clinicas. As secções foram divididas em 03
grupos, sendo um controle e outros experimentais onde foram aplicados selantes
Fluroshield ou Prismashield na superfície oclusal (área 2,0 mm2 ). As amostras
foram submetidas a ciclagens de pH e térmica. Para tal foram colocados
individualmente em 0,5 ml de solução, permanecendo 6 h na solução Des- (Ca e P
2,0 mM em tampão acetato 0,075M, pH 4,3) e por aproximadamente 17 h na solução
Re (Ca 1,5 mM, P 0,9 mM em tampão Tris 0,lM, pH 7,0). As ciclagens térmicas
(120 ciclos) foram feitas após o desafio de pH. As soluções foram trocadas
diariamente nas quais determinou-se a concentração de flúor através de eletrodo
especifico Orion 96-09. As lesões iniciais de cárie (mancha branca) foram
documentadas fotograficamente (em lupa com aumento 7X). Os resultados mostraram
que a liberação de flúor foi significativa até a 5º ciclagem, sendo maior na
solução remineralizante. Lesões iniciais de cárie foram observadas
principalmente nos grupos controle e com selante sem flúor. Conclui-se que o
flúor liberado do selante foi capaz de interferir com o desenvolvimento de
cárie em condições laboratoriais que simulam condições clinicas de alto desafio
cariogênico.
37
PENETRAÇÃO
EM DENTINA DE ÍONS PRATA PROVENIENTES DE UMA SOLUÇÃO DE DIAMINO
FLUORETO DE
PRATA (CARIOSTÁTICO).
Josimeri H.
Costa; Maria R.B. Oliveira; Raphael C.C. Lia & Carlos Benatti Neto.
Faculdade
de Odontologia de Araraquara -UNESP.
Com o
objetivo de avaliar a penetração em dentina de íons prata que fazem parte da
composição de soluções de Diamino Fluoreto de Prata (cariostáticos) e sua
possível ação sobre o tecido pulpar, cavidades de classe V padronizadas em
profundidade foram preparadas nas superfícies vestibulares de molares decíduos
indicados para extração, utilizando-se fresa cilíndrica diamantada. Os dentes
foram extraídos 7 dias após uma única aplicação de Diamino Fluoreto de Prata a
30% (Safluoride) por 3 minutos como recomendação do fabricante e corados em
H.E. para posterior avaliação em microscopia óptica. Os íons prata foram
perfeitamente visualizados no interior dos túbulos dentinários, ficando
restritos a aproximadamente metade da dentina remanescente entre o fundo da
cavidade e a câmara pulpar. Nos casos avaliados não houve reação pulpar frente
ao produto. Nas condições do experimento, o Diamino Fluoreto de Prata pode ser
utilizado como segurança sobre dentina em cavidades rasas.
38
AVALIAÇÃO
CINTIGRÁFICA SEQUENCIAL DO PROCESSO INFLAMATÓRIO PÓS-EXODONTIAS DE MOLARES
INCLUSOS OU SEMI-INCLUSOS EM MANDIBULA
Oswaldo
Crivello Jr. , Lúcia Cocato*, Joaquim
S. Campos Neto*, Ricardo M. Oliveira-Filho, Carmen Alonso & Pedro F. Lara*.
Disciplina
de Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, Fac. Odontologia USP, 05508-900 S.Paulo
(SP) e *Lab.Radioisótopos, Hospital Beneficência Portuguesa, R.Maestro Cardim
769, 01323-001 S.Paulo (SP).
A resposta
inflamatória decorrente de cirurgia de terceiros molares inclusos ou
semi-inclusos é usualmente intensa. As condições locais exigem, em geral
osteotomias, normalmente realizadas com brocas próprias. A resposta
inflamatória retém polifosfatos os quais, marcados com isótopo adequado (p.ex.
99mTc), permitem obtenção de imagens cintigráficas (em gama-câmara). Não
havendo relatos na literatura sobre a evolução do processo inflamatório sem
intervenção medicamentosa naquela condição clínica, estudamos tal evolução
através de cintigrafias seqüenciais (tomadas no pré-operatório e no 1º, 12º,
22º, 44º dia pós-operatório). Estudaram-se 5 pacientes com indicação clínica
para exodontia mandibular selecionados entre 12 (visto que os outros 7
necessita ram medicação). As imagens cintigráficas das áreas de interesse foram
avaliadas por 11 examinadores em condição "simples-cega", i.e. os
cintigramas eram identificados por códigos ocultando tanto o caso como a época
do exame. Com base na densidade de cor (portanto, na intensidade de
concentração do traçador como medida indireta do grau do processo
inflamatório), atribuíra valores numa escala de 0 a 5. Terminada a análise, os
códigos foram abertos calcularam-se médias e EPM de cada caso, submetendo-as ao
teste do qui-quadrado. Os resultados estão resumidos na figura abaixo. A maior
resposta inflamatória ocorreu no 12º dia PO; esta foi significativamente maior
que 1º dia PO (P<0,01), que no 22º dia (P<0,05) e que no 44º dia P0
(P<0,01).Neste trabalho, em que não se fez uso de qualquer fármaco ou
manobra anti-inflamatória, a análise cintigráfica mostrou que mesmo após 44
dias o
processo
não apresentava resolução adequada. No intervalo de 12-44 dias P0 a curva de
decaimento do processo revelou T1/2 aparente de 65,5 dias.Estão em progresso
estudos para avaliar o efeito de fármacos sobre esse índice.
39
ESTUDO
HISTOMORFOLÓGICO DA CRONOLOGIA DO PROCESSO DE REPARO EM FERIDAS DE EXTRAÇÃO
DENTAL DE RATOS EXPOSTOS À IRRADIAÇÃO X 24 HORAS ANTES DO ATO CIRÚRGICO.
Dirceu
Barnabé Raveli, Deptº de Clínica Infantil, F.O. Araraquara - UNESP, Tetuo
Okamoto, Deptº de Diagnóstico e Cirurgia, F.O.Araçatuba-UNESP , Benedito
Antonio Ferreira, Deptº de Diagnóstico e Cirurgia, F.O. Araraquara- UNESP, Rita
de Cássia Loiola Cordeiro, Deptº de Diagnóstico e Cirurgia, F.O. Araraquara-
UNESP, Carolina Chan, Deptº de Clínica Infantil, F.O. Araraquara-UNESP.
Estudou-se
histomorfológicamente, a influência da radiação X sobre o processo de reparo de
feridas de extração dentária de ratos. Foram utilizados 60 ratos (Rattus norveqicus albinus, Holtzmanl, machos,
adultos jovens. Após as extrações dos incisivos superiores direitos de todos os
ratos, os mesmos foram divididos em 2 ,grupos: Grupo I controle e Grupo II
experimental. Os animais do Grupo II receberam uma dose de radiação X estimada
em 1,74 Gy, 24 horas antes das extrações. Os animais foram sacrificados aos 3,
7, 14,21, 28 e 40 dias pós-operatório. As hemi-maxilas com os alvéolos sofreram
tratamento laboratorial de rotina e assim obtive-se cortes semi-seriados dos
mesmos, com 6 micrômetros de espessura, os quais foram corados pela
hematoxilina e eosina. Para a avaliação do grau de proliferação fibroblásticas,
foi empregado o critério descrito por WOLFSON & SELTZER (1975), modificado
por BERNABÉ (1977). Assim, foi assinalado o número (aproximado) de fibroblastos
presentes em 10 diferentes campos em aumento de 400 X (objetiva 40 X e ocular
10 X). Quando o número de fibroblastos foi inferior a 100, a proliferação foi
considerada pequena; de 100 a 500, moderada e, quando superior a 500, intensa.
Quanto ao grau de ossificação, a avaliação foi feita, projetando o corte em
papel cartolina quadriculada para se conseguir, aproximadamente, a área
ossificada e não ossificada. Nas condições experimentais estabelecidas para
este trabalho e de acordo com os nossos resultados, concluiu-se que houve
retardo no início da proliferação fibroblástica e de vasos sanguíneos no grupo
experimental, e que a irradiação 24 horas antes do "ato cirúrgico provocou
um severo atraso na cronologia do processo de reparo alveolar.
40
RESPOSTA
TECIDUAL FRENTE A HIDROXIAPATITA GRANULAR IMPLANTADA EM DEFEITOS CRIADOS NA
MANDÍBULA DE RATOS .
Marcos K.
Yamamoto, João G. C. Luz, Elisa dos Santos.
Traumatologia
Maxilo-Facial, Faculdade de Odontologia da USP, 05508-900 Sao Paulo (SP)
Foi
realizada avaliação histológica da resposta tecidual frente a hidroxiapatita
(HA) granular implantada em defeitos ósseos criados experimentalmente na
mandíbula. Foram utilizados Rattus norvegicus albinus adultos, machos, pesando
entre 200e 300g. Através de acesso submandibular foi realizada perfuração
bicortical na região de ângulo mandibular, bilateralmente. No do direito foi
implantada HA granular, sendo que o lado esquerdo serviu como controle. Os
animais foram distribuídos em 6 grupos,e sacrificados em períodos de 24 horas,
7 dias, 15 dias, 1 mês
3 meses e 6
meses.
Inicialmente foi observada a presença de
exsudato sero-fibrinoso no local da perfuração, com grande quantidade de
polimorfo nucleares neutrófilos, em ambos os lados. A HA apresentou imagem(
negativa em forma de espaços e de material refringente, sendo observado
pigmento escuro associado. A seguir, ocorreu tecido de granulação rico em
células, bem como osso imaturo nas corticais ao redor da perfuração, com
atividade osteoblástica intensa e osteoclástica. No lado experimental havia
células gigantes multinucleadas ao redor da imagem negativa dos cristais.
Posteriormente foi verificado remodelamento do osso neoformado das corticais,
havendo presença de osso imaturo na extremidade dos cotos no lado experimental. No período final do
experimento, o lado controle apresentou tecido conjuntivo, adiposo ou muscular
no interior, da perfuração, enquanto que no lado experimental havia reação do
tipo corpo estranho e cápsula ao redor da HA, bem como atividade osteogênica.
41
TÉCNICA E
RESULTADO DO TRATAMENTO ORTOPÉDICO-FUNCIONAL NAS SEQUELAS DAS FATRURAS DO
CÔNDILO MANDIBULAR.
Owaldo
Crivello Jr. & Helcio H. Uono.
Disciplina
de Traumatologia Maxilo-Facia1-Faculdade de Odontologia USP. 05503-900 -São
Paulo -SP.
O
tratamento ortopédico clássico para as fraturas do côndilo mandibular , apesar
de atingir resultados terapêuticos satisfatórios na maioria dos casos, apresenta
um grande numero de seqüelas: limitações de movimentos de protrusão
e lateralidade dificilmente melhorados após o
bloqueio intermaxilar. As lesões menisco-capsulo-ligamentos acarretam
aderências fibrosas que dificultam ,mesmo impedem, a mobilizacão secundária
após o sexto dia de fratura. Assim, alguns autores propõem para essas fraturas
o tratamento ortopédico-funcional que objetiva evitar a formação de aderências
fibrosas articulares e restabelecer o equilíbrio muscular existente antes da
fratura. Da mesma forma, s esse tipo de tratamento é indicado para as seqüelas
das fraturas condilianas.
Como
existem poucos relatos dessa forma terapêutica nessas seqüelas resolvemos
aplicá-la e analisar seus resultados. Avaliamos um indivíduo do sexo feminino,
27 anos, que havia sofrido fratura de côndilo unilateral há 8 anos, tratado de
forma ortopédica e que teve como resultado tardio uma disfunção da ATM com
dores articulares, diminuição e desvios do movimento de abertura bucal .
Instituímos o tratamento funcional através de movimentos hiperfisiológicos de
lateralidade e protrusão.
Os
resultados, após 6 meses de tratamento,mostraram a completa remissão dos
sintomas articulares. A abertura bucal passou de 41 para 52mm. A protrusão
máxima passsou de 55 para 70mm. A lateralidade direita passou de 40 55mm e a lateralidade esquerda, integra,
diminuiu de 115 para 85mm. O desvio para direita na abertura bucal persistiu
mas diminuiu de 40 para 2Omm. O desvio em protrusão somente diminuiu 5mm (40mm
-35m m) .
A melhora da
amplitude dos movimentos mostra a eficiência do método aplicado no que diz
respeito ao déficit muscular apresentado. Da mesma forma os movimentos de
lateralidade passaram a ser efetuados com melhor equilíbrio na amplitude. Os
desvios nos movimentos de abertura e protrusão diminuíram mas persistiram após
6 meses de tratamento. Isso demonstra a incapacidade da ação do músculo
pterigóide externo do lado fraturado. Concluímos que o tratamento funcional
pode ser usado nas correções das sequelas e melhorar qualitativamente os
movimentos mandibulares .
42
AVALIAÇÃO
CLÍNICA DE PINOS PRÉ-FABRICADOS INTRARRADICULARES CIMENTADOS COM RESINA
-Kátia R.
H. C. Dias, Carlos E. B. Sabrosa & Ricardo L.Carmo.
Dept. de
Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia -UERJ, RJ.
Estudos
prévios, in vitro, (Dias, K., Nathanson, D. and Ashayeri, N., IADR 1991
Abstracts 2381 and 710) já demonstraram a eficiência da cimentação com resina
de pinos pré-fabricados passivos. O objetivo deste estudo foi avaliar, in vivo,
o desempenho clínico de dois tipos de pinos pré-fabricados passivos: Boston
Post e Filpost, fabricados por Roydent e Vivadent respectivamente. Foram
utilizados 24 pacientes, cada um com um premolar tratado endodonticamente e
obturado com guta percha. Os dentes foram divididos em dois grupos: Grupo A -
Boston Post e Grupo B -Filpost.
Os condutos
radiculares foram preparados uniformemente até uma altura de 9mm com a broca
especifica para cada sistema. Após a preparação os canais foram irrigados com
EDTA a 17% e em seguida com NaOCI a 5,25% para promover a remoção do esfregaço
e a conseqüente abertura dos canalículos dentinários. Após a irrigação os
condutos foram secos cuidadosamente com papel absorvente e ar comprimido. Os
pinos foram então cimentados com resina fluida sem carga autopolimerizável,
Boston Post Resin. Cada dente recebeu um núcleo de preenchimento de resina
composta para dentes anteriores P50 fabricada pela 3M. Os dentes foram
avaliados clínica e radiograficamente aos 3, 6 e12 meses. Dois pacientes do
Grupo A e de um do grupo B não retomaram para avaliação. Os 21 dentes restantes
foram considerados clínica e radiograficamente aceitáveis por não apresentarem
qualquer alteração aos exames clínicos ou radiográficos. Os autores concluíram
que no período de um ano ambos os pinos tiveram um bom desempenho.
Projeto
patrocinado pela FAPERJ Processo E-29-151-007/90
43
AVALIAÇÃO
COMPARATIVA DA MICRO-INFILTRAÇÃO EM RESTAURAÇÕES CLASSE II
DE RESINA COMPOSTA POLIMERIZADA PELOS MÉTODOS DIRETO, INDIRETO.
Olívia A
S.Fraga .Departamento de Odontologia Restauradora,Faculdade de Odontologia da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro. 20551000 Rio de Janeiro(RJ).
As resinas
compostas para dentes posteriores polimerizadas pela luz ganharam popularidade
em função da estética,tempo de trabalho,técnica operatória conservadora e a
capacidade de adesão às paredes da cavidade ; entretanto possuem contração por
polimerização ocasionando uma abertura marginal.O objetivo do autor é através
de três diferentes métodos para restaurar dentes posteriores,avaliar in vitro,a
melhor adaptação marginal.Trinta dentes humanos extraídos e mantidos em soro
fisiológico foram divididos em três grupos para os métodos direto,indireto e
direto-indireto.Foram confeccionados preparos MOD inlay padronizados,com istmo
e profundidade aproximada de 2,5mm, a caixa proximal mesial foi localizada
acima da linha cemento-esmalte e a distal abaixo,os ângulos internos
arredondados e sem bisel cavo superficial.O material utilizado foi a Resina
P-50 para as três técnicas e o cimento Dual para a cimentação nas técnicas
indireta e direta- indireta.Posteriormente os dentes foram submetidos à
termociclagem.,corados,incluídos em resina transparente e cortados.A avaliação
foi feita por dois examinadores calibrados e os resultados tratados
estatisticamente.O autor concluiu que: a adaptação marginal em cemento foi
deficiente nos três métodos e em esmalte apresentou melhor resultado,em ordem
decrescente, no método direto,direto-indireto e o indireto.
44
AVALIAÇÃO
'IN VIVO' DA MICROFENDA EM CAVIDADES DE CLASSE V RESTAURADAS COM ADESIVOS
DENTINÁRIOS/RESINA COMPOSTA.
Delane
Maria Rêgo, Sizenando de Toledo Porto Neto.
Departamento
de Dentística Restauradora, Faculdade de Odontologia de Araraquara-UNESP.
Os adesivos
dentinários constituem hoje dentro da Dentística Restauradora, uma alternativa
viável no melhoramento da adesividade material restaurador/dente. O
condicionamento da dentina com primmer foi testado "in vivo" e
comparado a um grupo controle, o qual recebeu apenas o condicionamento ácido de
esmalte. Foram utilizados para isto 19 dentes maxilares de cães, onde
confeccionou-se cavidades Classe V. O Sistema Prisma Universal Bond III
(Dentsply) foi utilizado e as restaurações realizadas com Prisma Micro Fine
(Dentsply). Os animais foram sacrificados 14 dias após o procedimento
operatório e, as amostras obtidas, seccionadas no sentido vestíbulo-lingual ao
nível central da restauração. As espécimes foram tratadas com EDTA (2 min.) e ácido
fosfórico (2 min.) para limpeza e remoção do "smearlayer" da
superfície seccionada e posteriormente observadas no Microscópio Eletrônico de
Varredura (Jeol - JSM- T 330A Scanning Microscope)*. Os resultados mostram uma
magnitude menor da microfenda nos dentes que tiveram sua dentina tratada com o
Primmer do adesivo.
*Made in Japan.
45
CRIAÇÃO DE
DENTINA ARTIFICIAL EM DENTES POSTERIORES PARA RESTAURAÇÕES EM AMÁLGAMA. DADOS
PRELIMINARES.
Maria A. A. C. Luz, Narciso Garone Netto,
José A. Esteves.
Deptº de
Dentística, Faculdade de Odontologia da USP, Av. Prof. Lineu Prestes, 2227, CEP
05508-900, São Paulo, SP e Faculdade de Odontologia FZL.
Os autores
estudam "in vivo"a resistência à fratura do esmalte de elementos
dentais pré-molares e molares com grande socavamento por cárie, preenchidos com
resina composta associada a sistema adesivo ou com cimento de ionômero de vidro
e restaurados com amálgama. A técnica empregada visa sobretudo a possibilidade
de soluções restauradoras mais conservadoras e economicamente viáveis. Os
elementos dentais são selecionados, através de exame clínico e radiográfico e
devem apresentar lesões cariosas com grande destruição dentária e pequena
destruição de esmalte. Após contorno cavitário econômico, remoção de tecido cariado
e proteção pulpar, executa-se o preenchimento total da cavidade com um dos
materiais citados. Em sessão seguinte, a cavidade é repreparada sobre material
de preenchimento que suporta o esmalte cavo-superficial e restaurada com
amálgama. Dos 60 casos realizados, 31 foram avaliados nos períodos de 5 a 21
meses, sendo que em nenhum deles observou-se fratura de esmalte, seja nos
elementos preenchidos com resina composta adesiva ou nos preenchidos com
cimento de ionômero de vidro. Os resultados preliminares demonstram a
possibilidade de conservação de esmalte sem suporte dentinário em preparos para
amálgama, desde que suportado por materiais compatíveis.
46
OBSERVAÇÕES
AO MICRÓSCÓPIO ELETRONICO DE VARREDUBA DAS SUPERFÍCIES DE RESTAURAÇÕES DE
RESINA COMPOSTA EM DENTES DECÍDUOS (IN VITRO)
Ricardo De
N. Fonoff, Fernanda H. Icibaci, Li-Sei Watanabe.
Dept,
Anatomia, Inst. Ciências Biomédicas USP, 05508-900 São Paulo
A clínica
diária de odontopediatria revela grande número de incidências de cárie em
dentes decíduos. A falta de atenção adequada a primeira dentição, aliada à
falta de higienização correta contribui com a formação de cárie na dentição
temporária. Nos dentes anteriores ocorrem diferentes ataques de cárie. Nestes
casos pode-se indicar a resina composta para restauração da estética
superficial. O objetivo é analisar os aspectos superficiais de restaurações de
resina composta. Examinou-se 8 dentes decíduos anteriores (superiores e
inferiores) que foram mantidos em recipientes adequados logo após a extração
dental por indicação clínica até o momento do preparo. Eram realizadas
cavidades de Classe V para resina composta na face vestibular de maneira
rotineira. Em seguida as cavidades eram restauradas seguindo a técnica de
rotina e o acabamento, era feito com pontas diamantadas douradas de granulação
fina. Após 48 horas, realizou-se o polimento final com tira de lixa de duas
abrasividades, discos de lixa e borrachas abrasivas com lubrificante em baixa
rotação. Foram preparados 4 grupos experimentais utilizando-se as resinas
Concise (grupo I), Adaptic (grupo II), Estilux (grupo III) e Silux (grupo IV).
Os dentes foram examinados ao microscópio eletrônico de varredura.
Evidenciou-se nitidamente a área de separação entre superfície restaurada de
resina e área de esmalte. As eletromicrografias mostraram riscos e diversas
reentrâncias e saliências nas amostras do grupo I, que eram em forma de valas.
As reentrâncias variaram de 5 a 20 µm e com formas irregulares. Partículas
mostraram-se espalhadas na superfície da resina. No grupo II foram notados
aspectos semelhantes ao grupo I. O grupo III mostrou uma superfície ondulada
com partículas arredondadas sobre a superfície, variando de 3 a 30 µm de diâmetro. São observadas reentrâncias na
forma de poros de 2 a 3 µm. O grupo IV revelou um aspecto compacto, entretanto,
em detalhes, mostrou numerosas projeções de partículas caracterizando
saliências e reentrâncias contínuas de cerca de 10 µm de altura.
47
A
UTILIZAÇÃO DE CIANOACRILATOS EM ENDODONTIA.
Jose L.
Lage-Maques , Regina Conti.
ENDODONTIA-
FOUSP Av. Lineu Prestes 2227
A
microbiota oral é uma das mais complexas do Ecossistema humano, possuindo uma
gama variada de espécies, até mesmo desconhecidas. Assim, é com muita
freqüência que ocorre a contaminação ou a recontaminação em locais da cavidade
bucal onde microrganismos consigam invadir, colonizar e proliferar,
determinando um infecção. Fundamentados na problemática do contato dos fluidos
bucais com a dentina remanescente de dentes tratados endodonticamente, os
autores se propuseram a analisar os cianoacrilatos no selamento do assoalho da
câmara pulpar em molares e pré-molares. Dentes recém extraídos foram preparados
e obturados endodonticamente, recebendo o selamento após estes procedimentos.
Seqüencialmente os dentes foram submetidos à aplicação do corante Rhodamina B
na câmara pulpar, permanecendo por sete dias em repouso. Os espécimes foram
então lavados em água corrente. O microscópio comparador auxiliou a verificação
da penetração do agente evidenciador (Rhodamine B) através da dentina,
visualizada pela secção longitudinal dos espécimes. Os resultados demonstraram
que os cianoacrilatos utilizados (cianoacrilato de etila e
n-butil-2-cianoacrilato) foram capazes "in vitro" de impermeabilizar
o assoalho da câmara pulpar em dentes tratados endodonticamente. Isto sugere
que o uso regular destes materiais pode auxiliar no combate à infiltração dos
fluidos bucais, impedindo a invasão microbiana na interface paredes
dentinárias- obturação endodôntica, aprimorando assim, o selamento marginal
cervical.
48
ANÁLISE
"IN VITRO" DO CURATIVO ENDODONTICO NO SELAMENTO MARGINAL APICAL.
José L.
Lage-Marques, Mary C.S. Macedo & Rielson J A. Cardoso.
ENDODONTIA
-FOUSP Av. Lineu Prestes 2227
Considerando
o emprego de, diferentes drogas como curativo endodôntico e os objetivos da
fase de obturação no que se refere ao hermetismo, os autores se propuseram a
analisar a influência do tipo de medicação intracanal no selamento marginal
apical.
Foram
utilizados 40 dentes humanos unirradiculares extraídos e os canais após preparo
químico-mecânico receberam os seguintes curativos:
GRUP01
-Rifocort + Depomedrol
GRUPOS
2,3,4- Hidróxido de cálcio P.A. + água destilada
GRUP05
-Controle (não recebeu medicação)
Uma vez
medicados os espécimes foram mantidos em câmara úmida por sete dias. O conteúdo
dos canais, após este período, foi removido através da manobra de
irrigação-aspiração auxiliada pela utilização de instrumento nº 15 em todos os
grupos. Nos grupos 3 e 4 o mesmo procedimento foi complementado com a lima que
finalizou o preparo do canal. Imediatamente após a obturação foram submetidos à
ação do corante Rhodamine B 1% durante uma semana e trinta dias.
Os
espécimes foram incluídos em blocos de gesso e a leitura da infiltração do
corante deu-se por observação em microscópio comparador.
Os
resultados permitiram concluir que os espécimes medicados com a pasta de
hidróxido de cálcio apresentaram melhor selamento marginal no tempo
experimental de 7 dias, ao passo que no tempo de 30 dias a penetração do
corante foi significativamente maior.
49
AVALIAÇÃO
in vitro DA CAPACIDADE SELADORA DE MATERIAIS OBTURADORES TENDO EM VISTA SUA
UTILIZAÇÃO PARA OBTURAÇÕES RETRÓGRADAS- PASTA HORTA
Hênnio G.P.
Horta; Marcelo D. Naves; Cláudio R. Comunian, Antônio L.Custódio-Neto; Carlos
E.A. Dutra; Geraldo M.F. Vecchio.
Deptº de
Clínica, Patologia e Cirurgia Odontológica, Faculdade de Odontologia UFMG, CEP:
30.380, Cx.P. 359 - Belo Horizonte-MG.
A
Apicectomia com retrobturação é uma modalidade da cirurgia em endodontia que
propõe isolar o sistema de canais radiculares, impedindo assim a sua
comunicação com a região do periápice. Evitar-se-ia, desta forma, que fatores
irritantes contidos no interior deste sistema de canais venham causar lesões
periapicais. Considerando que o sucesso das apicectomias com retroobturação
depende, além de outros fatores, do perfeito isolamento entre os tecidos
periapicais e o sistema de canais radiculares, o presente trabalho procura avaliar
a capacidade seladora de um composto proposto por HORTA (XI Semana Ac. da
FOUFMG-1990) como potencial restaurado provisório, obturador de canais e
retroobturador em apicectomias, frente ao amálgama de prata. Foram feitos
preparos cilíndricos com 4mm de profundidade na face vestibular de 30
pré-molares humanos recém extraídos vedados através da técnica descrita por VAZ
et alii (Arg. do Cent. do Est. da FOUFMG-1992) .A seguir, 15 dentes foram
restaurados com amálgama de prata (Grupo I) e os outros 15 com pasta-Zinco-Enolica
(Grupo II), sendo, após decorridos os respectivos tempos de presa dos
materiais, os dois Grupos de imersão em, corante Azul de Metileno a 2% (PH
7.2).Após 7 das de imersão os dentes foram abertos e examinados com lupa
esterioscópica. No grupo I observou-se penetração de corante na interface
preparo/AMG o que não pode ser observado na Interface pre
paro/Pasta-Zinco-Enólica
do Grupo II. Desta forma, conclui- se que a Pasta Zinco-Enólica permitiu um
selamento efetivo da Interface Dente/Material obturador, o que nos leva a
considerar a utilização da Pasta-Zinco-Enólica como material retroobturador em
Apicectomias.
50
AVALIAÇÃO
MICROSCÓPICA DA REAÇÃO APICAL E PERIAPICAL FRENTE A DOIS CIMENTOS OBTURADORES
DE CANAIS RADICULARES À BASE DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO (CRCS e SEALAPEX) EM DENTES
DE CÃES.
Alceu
Berbert, Alberto Consolaro & Renato T. Leonardo
Dept.
Patologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, USP, 17.043-990- Bauru (SP) .
A obturação
é uma das etapas clínicas mais importantes no tratamento de canais radiculares.
Até hoje ainda não foi formulado um material obturador preenchesse as
propriedades físicas e biológicas. O hidróxido de cálcio devido a excelentes
resultados quanto à biocompatibilidade foi se tornando base de vários materiais obturadores. Dois desses
materiais (CRCS e Sealapex ) foram testados.
Dezesseis
canais de pré-molares inferiores de dois cães de 1 ano de idade foram
utilizados neste trabalho. Estes cães foram anestesiados com Nembutal e os
dentes isolados com lençol de borracha. Após o isolamento foram realizadas
aberturas coronárias com brocas esféricas compatíveis com o diâmetro do dente.
A remoção pulpar foi feita com extirpa nervos. Os ápices foram arrombados 2mm
com um alargador nº 20 para simular um forame apical.O preparo biomecânico foi
feito através da técnica escalonada até o instrumento memória nº 60 e irrigação
com hipoclorito de sódio 0,5%. Os canais foram divididos em 2 grupos. Um
obturado com Sealapex e guta-percha e outro com CRCS e guta-percha. A técnica
de obturação foi a de condensação lateral ativa. Após um ano os animais foram
sacrificados e ao cabo da histotécnica, a análise microscópica realizada.
Os
resultados indicaram que os dois cimentos induziram a deposição de tecido
mineralizado na região apical.
No grupo do
Sealapex notou-se interposição de tecido fibroso entre o material e o tecido
mineralizado, o que não ocorreu no grupo ge CRCS, onde a deposição de tecido
duro foi diretamente feita na sua superfície.
51
AVALIAÇÃO
QUALITATIVA ATRAVÉS DA MICROSCOPIA
ELETRONICA DE VARREDURA, DA OBTURAÇÃO DO CANAL RADICULAR NOS DIFERENTES
PREPAROS APICAIS
Eduardo S.
Kado', Igor Prokopowitsch2 & Li-sei Watanabe' .
Dept. Anatomia', ICB-USP e Dept. Dentística2;
diciplina Endodontia, FOUSP, 05508-900, São Paulo (SP) .
Dada a importância da adaptação do cone
principal no preparo apical para se ter um bom selamento marginal colaborando
com o sucesso da terapia endodôntica, é nosso propósito investigar, "in
vitro", os diferentes preparos apicais, quanto a técnica e o tipo de lima
utilizado, no que diz respeito a sua anatomia e adaptação do cone principal.
Foram
selecionados 45 dentes unirradiculares, divididos em três grupos:
grupo GI,
trabalhados com limas tipo K (MAILLEFER) , 15 dentes;
grupo G2,
trabalhados com limas tipo K (KERR) , 15 dentes;
grupo G3,
trabalhados com limas Trifile (KERR) , 15 dentes.
Esses três
grupos foram subdivididos em três subgrupos dependendo da técnica de
manipulação do preparo apical :
subgrupo A:
penetração com rotação e tração para oclusal ;
subgrupo B:
penetração e tração;
subgrupo C:
última lima do preparo químico-mecânico seccionado a 1 mm de sua extremidade
com penetração/rotação e tração para oclusal. Todos os dentes foram obturados
pela técnica de cones múltiplos e condensação vertical, sendo que 27 dentes
foram fraturados longitudinalmente e 18 dentes foram submetidos a
descalcificação pela técnica de MORSE (1945). Todos os espécimes foram
desidratados, montados em bases metálicas, cobertos com íons de ouro e
examinados ao Microscópio Eletrônico de Varredura.
Os
resultados mostraram que:
a) os
subgrupos C apresentaram um degrau (preparo apical) mais nítido, seguido pelo
subgrupo A e por último o subgrupo B;
b) a
adaptação do cone principal se dá principalmente nas paredes laterais do
preparo apical , ficando geralmente aquém do degrau. Este aspecto foi observado
em todos os dentes;
c)foi
notada a presença de cimento obturador além do limite do preparo em todos os
espécimes.
Bolsista de
Iniciação Científica -CNPq
52.
CANAL
FINDER SYSTEM COADJUVADO À INSTRUMENTAÇÃO MANUAL
Ilan
Weinfeld.
Disciplina
de Endodontia, Faculdade de Odontologia do IMS, R. do Sacramento 230, Rudge
Ramos -09720. São Bernardo do Campo (SP).
A técnica
endodôntica automatizada "Canal Finder System", onde instrumentos são
acoplados ao contra-ângulo e peça de mão em baixa rotação é indicada para
utilização numa forma pura, ou seja, somente mecanizada. No entanto, quando
assim aplicada, a técnica apresenta dificuldades, principalmente na troca de
instrumentos, onde o diâmetro do canal parece não ter sido suficientemente
ampliado e no momento da seleção do cone principal.
Objetiva-se
neste trabalho avaliar a utilização do "CFS" coadjuva à
instrumentação manual e oferecer uma seqüência de trabalho. Com tal finalidade,
selecionou-se 100 dentes na sua maior parte molares de canais finos atresiados
de indivíduos de ambos os sexos, na faixa etária de 30 a 65 anos onde estava
indicado o tratamento endodôntico.
O resultado
da aplicação do sistema híbrido ("CFS" associado à instrumentação com
limas tipo K convencionais), mostra-se altamente eficiente na modelação de
canais, especialmente os atresiados e na estandardização dos procedimentos que
envolvem o tratamento, concluindo-se que a associação tem significância no
resultado final do trabalho.
53
ESTUDO
MICROSCÓPICO E IMUNO-HISTOQUÍMICO DOS CISTOS PERIODONTAIS APICAIS_DE DENTES
TRATADOS OU NÃO ENDODONTICAMENTE. SUA RELAÇÃO COM A REGRESSÃO NÃO CIRÚRGICA.
Maria J.C. Rocha, Alberto Consolaro e
Fernando Schimidt.
Departamento
de Patologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, 17.043- Bauru, (SP).
A resolução
na cirúrgica dos cistos periodontais apicais ainda é
questionável,principalmente porque sua comprovação depende de resultados
obtidos clínica e radiograficamente, não fundamentados em observações
microscópicas.A partir de 348 casos registrados e organizados nos arquivos do
Departamento de Patologia,da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade
de São Paulo,utilizando-se das técnicas de coloração de rotina e de
imuno-histoquímica, propusemo-nos:
1º)a
observar microscopicamente as alterações morfológicas do revestimento
epitelial,da parede conjuntiva e do lume dos cistos periodontais apicais de
dentes tratados ou não endodonticamente e dos cistos periodontais
residuais,para estabelecerem-se padrões morfológicos microscópicos próprios;
2º)
interrelacionar os dados obtidos nos diversos grupos experimentais,a fim de
implicar os aspectos microscópicos que possam sugerir uma regressão não
cirúrgica dos cistos periodontais apicais de dentes tratados endodonticamente;
3º)
analisar as distribuições das células
B,das células T e das células de Langerhans nas estruturas dos cistos
periodontais apicais de dentes tratados ou não endodonticamente e dos cistos
residuais,para estabelecer-se padrões na distribuição das células
imunológicas,marcadas imuno-histoquímicamente,em cada grupo experimental já
mencionados,e,correlacioná-los com os padrões microscópicos próprios para
aferir uma provável regressão não cirúrgica desta periapicopatia. A metodologia
empregada permitiu-nos constatar que: 1º) Existe um padrão morfológico
microscópico próprio para os cistos periapicais incipientes,instalados,
tratados endodonticamente e residuais; 2º) Existe um padrão de distribuição de
células T,B e células de Langerhans,próprio para cada situação de cistos
periodontais apicais acima mencionados; 3º) A interação dos achados
microscópicos e imunocitoquímicos, dentro dos padrões estabelecidos
morfologicamente e de distribuição das células imunológicas, demonstraram que o
tratamento endodôntico permite o desencadeamento de reações teciduais de
natureza imunológica e inflamatória, condizente com sua regressão não
cirúrgica.
54
O ULTRA-SOM
EM ENDODONTIA: AVALIAÇÃO IN VIVO DE SUA AÇÃO ANTIMICROBIANA EM
DENTES
HUMANOS.
Flavio M.
Pinheiro; Izabel Y. Ito; Luiz P. Vansan, Wanderley F. Costa.
Faculdade
de Odontologia de Ribeirao Preto USP, 14040 -904, Departamento de Ciências da Saúde,
Faculdade de Ciências Farmacêuticas Ribeirão Preto USP, 14040-903
O efeito de
duas técnicas de instrumentação e três soluções irrigantes foram avaliados em
33 dentes unirradiculares de 27 pacientes. As técnicas de instrumentação foram
a ultra-sônica e a manual, enquanto que para irrigação, foram utilizadas:
líquido de Dakin, Tergensol a 1:5 e água destilada. Os espécimes foram colhidos
antes e após o tratamento, por meio de cones de papel absorvente providos de
aletas metálicas, e que após dispersão e diluição foram semeados nos meios de
ágar sangue para contagem total (facultativos e microaerófilos) e ágar
bacitracina, para estreptococos do grupo mutans, ágar Mc, Ágar Ni para S.aureus
e ágar SbC para fungos em forma de leveduras. Todas as amostras colhidas antes
do tratamento resultaram em cultura positiva em ágar sangue com uma média de
2,19 x 10 UFC/dente. O grupo mutans foi
detectado em 72,7%, porém em quantidade adnumerável em 54,2%, com uma média de
3,74 x 10 UFC/dente. A freqüência de isolamento de S.aureus e de levedura foi
de 6,0%. Os bacilos gram - negativos aeróbios não foram isolados em nenhum
caso. Após o preparo do canal observou-se que o líquido de Dakin resultou em
redução de UFC em torno de 100;0%, a água destilada em 98,0% e o Tergentol a
1:5 em 93,0%. Quanto a capacidade de redução de UFC, os resultados foram
semelhantes para ambas as técnicas de intrumentação, entretanto, as soluções
irrigantes mostraram diferenças entre si.
55
SIMPLIFICAÇÃO E RACIONALIZAÇÃO DO TRATAMENTO
ENDODÔNTICO DE DENTES UNIRRADICULARES, COM VISTAS AO SEU EMPREGO EM NOSSOS
ÓRGÃOS ASSISTENCIAS
Antonio
Rothier, Teresa C.A.Berlinck, Sandra R.Fidel & Nelson L.Siqueira.
Dept.Clínicas
e Cirúrgicas, Faculdade de odontologia -UERJ, Av. 28 de Setembro, 157- Vila
Isabel -20551 -RJ.
O projeto
de pesquisa denominado Projeto Antares teve como objetivo a sistematização do
tratamento endodôntico de dentes unirradiculares, sempre que possível em sessão
única, mediante a adoção de maior agilidade no atendimento com equipamento
simplificado situado ao redor de módulo sextavado,uso especial de fichas
especiais facilitando o dinamismo do trabalho e com cooperação de pessoal
auxiliar .
No trabalho
foram atendidos 496 pacientes,sendo 256
pacientes divididos em 4 grupos(experimentais):
Grupo I - dentes permanentes,unirradiculares, com
vitalidade ( 119 casos) .
Grupo II -
dentes permanentes,unirradiculares, necrosado sem reação(40 casos).
Grupo III -
dentes permanentes, unirradiculares, gangrena pulpar (7casos) .
Grupo IV -
dentes permanentes,unirradiculares, necrosado com reação periapical crônica (90
casos ).
No grupo
controle tivemos um total de 240 pacientes, divididos em dois grupos:
Grupo A -
dentes permanentes,unirradiculares, biopulpectomias ( 139 casos) .
Grupo B -
dentes permanentes,unirradiculares, necropulpectomias ( 101 casos) .
O grupo
controle foi atendido na Clínica da faculdade de Odontologia (UERJ) , com
modelo convencional,sem delegação de funções e pessoal auxiliar.
No grupo
experimental foram concluídos 256 casos em
467 horas, no controle foram concluídos 240 casos, em 905 horas. Foram
utilizados para a conclusão do tratamento em média 112,38 minutos(grupo
experimental) e 228,1 minutos ( grupo
controle) .Tratamentos concluídos em uma única sessão no grupo experimental I
(55,5 %) e II (65 %) . No grupo IV(44,4
%) em duas sessões. No controle A (40,3 %) em duas sessões e grupo B (35,6 %)
em três sessões. Após a análise dos resultados os autores concluíram que o
método proposto foi eficiente no, aumento de produtividade, estando indicada a
sua utilização em clínicas assistenciais.
Auxilio
Financeiro FINEP Apoio: CEPUERJ /
UERJ.
56
TRAUMATISMO
DENTAL DE PACIENTES TRATADOS NA CLÍNICA DE ENDODONTIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO
PAULO. ESTUDO SOBRE OS FATORES ETIOLÓGICOS, PREDISPOSIÇÃO E OCORRÊNCIA DESSES
TRAUMAS.
Igor
Prokopowitsch & Abílio A. M. DE Moura.
Depto de
Dentística- Disciplina de Endodontia da FOUSP -São Paulo, SP.
Uma
condição ímpar a todos os pacientes acometidos por um traumatismo dental é que
estes sempre nos procuram em regime de emergência pois, além da problemática do
tratamento imediato e suas manifestações futuras desagradáveis, trazem
associado um trauma psicológico do paciente e dos pais. O traumatismo dental é
um dos fatores etiológicos predisponentes na alteração irreversível do tecido
pulpar. Diante dessas condições é propósito deste trabalho, avaliar 108
pacientes tratados desde 1988 a 1991,
frente aos diferentes aspectos da lesão traumática. Dessa forma dos 108
pacientes examinados tivemos 324 tipos de traumatismo dental, sendo 60
pacientes do sexo masculino (56%) e 48 pacientes do sexo feminino (44%). Em
relação a idade tivemos maior ocorrência na faixa etária de 7 a 9 anos (41%),
sendo que a maioria dos acidentes ocorreu dentro de casa com 33% dos casos
(banheiro
22,2%; rede
de balanço 22.2%; cozinha 11,1% e acidentes no quarto com 44,4%) seguido de
acidentes na rua (15%). Dentro da história do acidente 63% dos pacientes
sofreram quedas e 37% sofreram batidas nos dentes. Os dentes que apresentaram
maio predisposição foram os incisivos centrais superiores (58%). Em relação ao
tipo de trauma as fraturas coronárias, sem exposição pulpar tiveram maior
ocorrência com 23% dos casos seguido das avulsões com 21%; 85% desses pacientes
não tinham sofrido traumas anteriores, mas 56% apresentavam Overjet sendo que
33% tinham 4 mm de Overjet. Quanto ao número de dentes envolvidos no acidente
30% apresentaram 5 dentes traumatizados e em relação ao atendimento antes da
consulta na nossa Clínica endodôntica, 69% não tiveram nenhum tratamento
anterior e 31% já haviam recebido algum tratamento.
57
ALTERAÇÕES
HEMATOLOGICAS INDUZIDAS POR DIETAS A BASE DE SOJA E DIETAS ZINCO DEFICIENTES EM
RATOS.
Luiz Carlos_Marque Vanderlei, Maria Cecília
F.A. Veiga, Avany C. dos Santos & João Leonel José.
Dept.
Ciências Fisiológicas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP.
Apesar de possuir alto valor nutricional, a
biodisponibilidade dos oligo elementos parece estar comprometida nas dietas a
base de soja, principalmente o zinco, o ferro e o cobre. Para o presente
trabalho foram utilizados 40 ratos machos (Wistar) com 21 dias de idade,
distribuídos em 4 grupos experimentais submetidos respectivamente as seguintes
dietas: padrão (caseína); deficiente em zinco (caseína lavada com EDTA) ; soja
sem complementação e soja complementada com mistura vitamínica e mistura salina
isenta de zinco.
Após 69
dias de manutenção nas gaiolas metabólicas com suas respectivas dietas, os
animais foram submetidos à análise hematológica. Os valores da eritrometria não
apresentaram diferenças estatisticamente significantes, entretanto os animais
submetidos ,a soja sem complementação apresentaram uma significante redução do
hematócrito e da concentração da hemoglobina, enquanto os animais zinco
deficientes, apresentaram um aumento de 29,3% da hemoglobina em relação ao
grupo controle (tab. 1) .Desta forma os animais submetidos a dieta a base de
soja sem complementação, apesar de apresentarem uma redução drástica do
crescimento semelhante aos ratos deficientes em zinco, parecem apresentar
outras deficiências minerais, como também deficiências vitamínicas. -
Tabela 1-
Valores médios da eritrometria, hematócrito e hemoglobina dos animais
submetidos as dietas A, B, C e D.
Padrão (A)
Def. Zinco
(B)
Soja sem
complem.(C)
Soja com
complem. (D)
Eritrometria
(milhões)
8,86
9,03
8,17
7,67
Hematócrito
(%)
46,66
47,74
43,75
48,5
Hemoglobina
(g%)
16,22
20,98
13,28
16,78
58
COMPARAÇÃO
DOS EFEITOS DE DUAS FORMAS QUÍMICAS DE FLUORETO SOBRE O ESTOMAGO DE RATOS.
Maria
C.Volpato, Pedro L.Rosalen, Albina M.A.M.Altemani, Francisco P.Lima &
Marcelo P.Bisson. Dept. C. Fisiológicas, FOP/UNICAMP, l3414-018 - Piracicaba
(SP).
Há registro
na literatura de que ingestão de grandes quantidades fluoreto (F) de forma
acidental ou intencional causam alterações anatomopatológicas do tipo: lesões
inflamatórias ou corrosivas do estômago e intestino, nefrite aguda e edema de
pulmão, entre outras. O objetivo deste trabalho foi comparar os efeitos do F
nas formas químicas NaF e Na2PO3F(MFP)
sobre o estômago de ratos de linhagens diferentes.
Foram
utilizadas 300 ratas das linhagens Wistar (150) e Sprague-Dawley (150), adultas
jovens (l80-220g), as quais foram distribuídas aleatoriamente em 8 grupos
(doses variando de 10 a 105mgF/Kg e controle), para cada forma química e
linhagem. A administração foi feita por via oral em dose única após jejum de 18h (água ad libitum). A
alimentação foi liberada após 3h da administração. Os animais remanescentes
foram sacrificados 76h após o tratamento, sendo os estômagos fixados em solução
de formol a 10%, incluídos em parafina e corados por HE.
Resultados:
Sprague-Dawley-não houve diferença entre as duas formas químicas nas várias
doses estudadas, sendo que a máxima alteração encontrada foi uma leve congestão
da mucosa e sub-mucosa. Não houve correlação entre dose e grau de alteração,
que sempre se manteve leve. Wistar-ocorreram diferenças entre as formas
químicas, sendo que para o NaF,a partir de 45mgF/kg observou-se um aumento na
severidade das alterações proporcional à dose (de congestão moderada a hemorragia da mucosa e necrose focal do
epitélio),para o MFP também foram observadas alterações proporcionais à dose,
porém as mesmas iniciaram a partir de 60mgF/Kg, sendo que a alteração máxima
encontrada foi uma congestão moderada da mucosa. Concluímos que, dentro das
condições experimentais, as duas formas de F estudadas apenas causaram
alterações que as diferenciam na linhagem Wistar.
59
EFEITOS DO
ANTI-INFLAMATÓRIO DE ORIGEM VEGETAL ESCINA (REPARIL) , SOBRE O TESTICULO DE
CAMUNDONGOS E SUA INTERAÇÃO COM A TESTOSTERONA.
VILSON
TADEU ROCHA PEREIRA, ALCIDES GUIMARÃES, NORAIR SALVIANO DOS REIS & MARIA
CECÍLIA F.A. VEIGA.
Dept. de
Ciências Fisiológicas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP.
O presente
trabalho foi realizado com o objetivo de se verificar os efeitos do
anti-inflamatório, de origem vegetal, Escina (Reparil) , sobre o testículo de
camundongos e sua interação com a testosterona.
Foram
utilizados para o experimento 50 camundongos machos (Mus musculus albinus) com
30 a 45 dias de idade, pesando entre 35 a 45g, em três grupos experimentais:
GRUPO I -CONTROLE (NORMAL) - constituído por 10 animais que receberam
diariamente, durante 20 dias, via I.P., solução de NaCl a 0,9%; GRUPO II-
ESCINA -constituído por 20 animais, redistribuídos em 2 sub-grupos. Sub-grupo
IIa, 10 animais que receberam, durante 20 dias, via I.P., uma dose diária de Escina (1,71 mg/kg de peso) e
sub-grupo IIb, 10 animais que receberam, pelo mesmo período e pela mesma via,
Escina na concentração de 3,42 mg/kg de peso; GRUPO III- ESCINA + TESTOSTERONA
- constituído por 20 animais, redistribuídos em 2 sub-grupos de 10 camundongos
cada. Sub-grupo IIIa, animais que receberam, durante 20 dias, via I.P., dose
diária de Escina (1,71 mg/kg de peso) e dose diária de testosterona (2,0 mg/kg
de peso) e sub-grupo IIIb, animais que receberam, pelo mesmo período e mesma
via, doses de Escina (3,42 mg/kg de peso) e de testosterona (4,0 mg/kg de peso)
.
Face aos resultados obtidos, verificou-se que
a Escina em dose terapêutica provocou atrofia incipiente dos túbulos
seminíferos e parada na diferenciação celular. Em dose dupla provocou atrofia
tubular severa e desaparecimento das células germinativas. A testosterona
administrada impediu a instalação da atrofia e a degeneração dos túbulos
seminíferos. Promoveu também, o desenvolvimento da espermatogênese.
60
TOXICIDADE
AGUDA ORAL DO NaF e Na2PO F EM RATOS - VALOR DA DL50 .
Pedro L.
Rosalen, Maria c. Volpato, Marcelo P. Bisson & Sônia Vieira.
Dept. C..
Fisiológicas, FOP/UNICAMP, 13414-018 Piracicaba, SP.
Os dados da
literatura mostram resultados conflitantes com relação à DL50 para o fluoreto
(F) nas formas NaF e Na2P03F (MFP) em animais. Em trabalhos recentes,
demonstrou-se que o efeito tóxico agudo do F independente da forma química na
qual ele foi administrado. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a
toxicidade aguda do NaF e MFP por meio da determinação e, comparação da DL50
para ambas as formas químicas do F em ratos de ambos os sexos e de diferentes
linhagens (Wistar e Sprague-Dawl.ey) .Utilizou-se 600 ratos (150 machos e 150
fêmeas de cada linhagem), adultos-jovens (180-220g) os quais foram distribuídos
de forma aleatória em 8 grupos (doses variando de 10 a 105 mgF/kg e controle)
para cada forma química, sexo e linhagem. A administração foi feita via
intragástrica, em dose única, após jejum (água ad libitum) de 18h. Alimento foi
fornecido após 3h da administração. Para cálculo da DL50 utilizou-se a análise
de probito e os resultados foram comparados por teste t de Student.
Todas as
mortes ocorreram dentro de 72h. Os valores da DL50 estão expressos na Tabela
abaixo. A análise estatística não revelou diferenças significativas, a nível de
5%, entre os sexos e as formas químicas de F. Porém, verificada diferença ao se compararem todos os valores de DL50
entre as duas linhagens.
Concluímos
que, dentro das condições experimentais, a toxicidade aguda do F é influenciada
pela linhagem animal, mas independe da forma química e do sexo.
Tabela-
Valores de DL50 por análise de probito.
LINHAGEM SEXO
DL50(rngF/kg)
(rato) NaF MFP
Wistar MACHO 50,73
42,69
FEMEA 42,28 40,08
SPRAGUE MACHO 71,81 57,80
Daw1ey FEMEA 66,04 55,76
61
ANÁLISES
HISTOLÓGICAS DAS GLÂNDULAS SUBMANDIBULARES E TESTÍCULOS DE RATOS ALIMENTADOS
COM DIETA DEFICIENTE EM ZINCO E DIETAS A BASE DE SOJA.
Luiz Carlos
Marques Vanderlei, Maria Cecilia Ferraz de Arruda Veiga, Avany C. dos Santos
& Alcides Guimarães.
Dept.
Ciências Fisiológicas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP.
Apesar de
possuir um alto valor nutricional a soja possui muitos fatores antinutricionais
que podem causar efeitos adversos em animais. Foram analisados no presente
trabalho as alterações histológicas das glândulas submandibulares e testículos
de rato, submetidos respectivamente as seguintes dietas: deficiente em zinco
(caseína lavada com EDTA) ; farinha de soja sem complementação e soja
complementada com mistura vitamínica e mistura salina isenta de zinco. Os
animais com 21 dias de idade, foram mantidos com suas respectivas dietas por um
período de 69 dias, a seguir foram sacrificados e as glândulas submandibulares
e os testículos foram retirados para análise histológica. Nos animais
deficientes em zinco as glândulas submandibulares apresentaram proliferação
acentuada de tecido epitelial com conseqüente redução do lúmen ductal e os
testículos mostraram atrofia e hialinização dos túbulos seminíferos, número
reduzido de células germinativas e alterações na espermatogênese com ausência
de espermatozóides maduros. Os animais alimentados com farinha de soja sem
complementação, apresentaram uma atrofia das glândulas submandibu1ares com
pequena proliferação de tecido glandular sem alteração do lúmen dos ductos e a
nível testicular redução e desorganização de células germinativas, com
alterações na espermatogênese e ausência de espermatozóides maduros.
Entretanto, nos animais submetidos à dieta ,composta de farinha de soja com
complementação observamos proliferação de ductos com redução do lúmen como
conseqüência de tumefação de células epiteliais. Os testículos mostraram
hiperplasia das células de Leydig e desorganização celular do epitélio
germinativo, com alterações na espermatogênese e número reduzido de
espermatozóides maduros.
62
ESTUDO
CITOQUÍMICO ULTRA-ESTRUTURAL DO COMPLEXO DE GOLGI E GRÂNULOS DE SECREÇÃO EM
TÓBULOS TERMINAIS DA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR DE CAMUNDONGO.
Maria
Mercedes Fernandes Samperiz & Aurora Isuzu Doine -Departamento de
Histologia e Embriologia, Inst.Clências Biomédicas -USP, 05508-900. São Paulo
(SP).
A glândula submandibular neonatal é
constituída por um sistema de ductos ramificados em cujas extremidades
localizam-se os túbulos terminais, unidades secretoras transitórias. A partir
do nascimento, células acinosas desenvolvem-se ao redor dos túbulos terminais
enquanto estas desaparecem gradualmente da glândula do camundongo macho. Há
controvérsia, na literatura, sobre o destino destas células. Para o estudo
morfológico e citoquímico ultra-estrutural foram utilizadas glândulas de camundongos
machos de 15, 18, 20, 21 e 25 dias de vida pós-natal. Nos animais com idades
entre l5, 21 dias, as células dos túbulos terminais são piramidais, contem
grânulos de secreção localizados no ápice e REG bem desenvolvido. Aos 25 dias,
estas células tornam-se achatadas e mostram diminuição da quantidade de REG e
grânulos de secreção. Aos 18 dias, a atividade da TPPase no complexo de Golgi é
intensa; a reação é vista em vários sáculos empilhados, nos segmentos extensos
da cisterna ultra-trans e nos grânulos de secreção imaturos. A partir dos 20
dias, há diminuição da atividade da TPPase. A reação para CMPase é discreta em
todas as idades estudadas. Estes resultados mostram aceleração da produção de
grânulos de secreção nos túbulos terminais, principalmente aos 18 dias, e
sugerem a possibilidade da conversão destas células em células acinosas durante
o período estudado.
63
ESTUDOS
MORFOLÓGICOS E MORFOMÉTRICOS DAS GLÂNDULAS SUBMANDIBULARES DE FETOS DE RATOS,
CUJAS MÃES RECEBERAM 150.000 U.I. DE VITAMINA A DURANTE A GESTAÇÃO.
Mary G.D. Contrera Depto. de Biologia FFCLRP-USP; Miguel A.S. Di Matteo; Ruberval A.
Lopes,
Depto. de
Estomatologia de FORP-USP & Reinaldo Azoubel , Depto. de Morfologia
FMRP-USP .
INTRODUÇÃO:
Dentre as múltiplas lesões causadas pela administração de doses elevadas de Vi
t. A, destacam-se as malformações congênitas. Os efeitos teratogênicos da Vi t.
A dependem do período ,de prenhez na qual ela é administrada e da respectiva
dosagem. GIROUD (1963) denominou de crítico ou teratogênico o período entre 8º
e o 13º dia de prenhez do animal. O objetivo do presente trabalho é observar
alterações morfológicas e morfométricas provocadas pela hipervitaminose A nas
glândulas submandibulares de fetos de ratos.
MATERIAL E
MÉTODOS: Do acasalamento de 40 ratas (Rattus novergicus, variedade Wistar) ,
foram obtidos 294 fetos dos quais 89 eram de ratas que receberam no 10º dia de
gestação, uma única injeção intraperitoneal de 150.000 U.I. de Vit. A
(Arovit-Roche); 94 fetos eram de ratas que receberam no 10º dia de gestação a
mesma dosagem de Vit. A diretamente no estômago. Os outros 111 fetos eram do
grupo controle cujas mães receberam solução salina. Os fetos foram retirados do
útero materno no 20º dia, secados, pesados, fixados em Alfac e submetidos à
técnica histológica de rotina. Os cortes histológicos foram corados pelo H.E. e
Tricrômico de Masson. e submetidos a estudos histológicos e cariométricos .
RESULTADOS:
0 estudo histopatológico mostrou que as glândulas submandibulares tratadas com
excesso de Vit. A apresentavam pequena quantidade de ductos, ácinos menos
desenvolvidos e maior quantidade de tecido conjuntivo em relação aos dos fetos
controles. A média total dos volumes nucleares dos ácinos controle foi maior
(176,76 m3) que a dos tratados, que receberam vitamina via digestiva (104,01
m3) e intraperitoneal (85,39m3) .As médias totais dos volumes nucleares dos
ductos foram: 155,91m3 para os fetos controles; 111,00 m3 dos fetos via
digestiva e ,134,23 m3 intraperitonealmente .
Giroud, A. période tératogene et son importance. In:
CONGRESS DE L'UNION THERAPEUTIQUE INTERNACIONALE, 8º, Bruxelles, 26 -28 de
setembro, pp. 16-21, 1963.
64
ESTUDO
MORFOMÉTRICO DO CRESCIMENTO DAS CÉLULAS ACINOSAS PARÓTIDAS DE RATO SUBMETIDO A
TRATRAMENTO CRÔNICO COM ISOPROTERENOL.
Mirian Apareccida Onofre; Rumio Taga; Agnaldo
Campos Júnior; Lélia Batista de Souza. Departamento de Histologia, Faculdade de
Odontologia de Bauru - USP, CEP17043, Cx
P. 00073, São Paulo.
O
crescimento das células acinosas da glândula parótida de rato induzido pelo
tratamento diário com isoproterenol, por duas semanas, foi a analisado através
de métodos estereológicos aplicados à microscopia de luz. A massa glandular,
após 14 dias de tratamento, apresenta um crescimento 337,57%, sendo os
primeiros três dias o período de maior crescimento. O volume total do
compartimento acinar apresenta un aumento de 473% em todo o período, enquanto o
volume das células acinosas apresenta um crescimento de 735,95%, sendo os
primeiros três dias de tratamento os de maior crescimento destas células, não
havendo aumento no número absoluto deste compartimento em todo o período. Esses
dados mostram, portanto, que o crescimento celular estimulado pelo I.P.R. nas
condições desta pesquisa é essencialmente pertrófico. No entanto, observou-se,
ainda um aumento significante do número de mitoses bipolares e multipolares,
principalmente no terceiro e quarto dia de tratamento.Como durante o
crescimento não há aumento de número de células acinosas, a presença dessas
mitoses indica que durante o aumento glandular ocorre alta taxa de morte
celular. Deste modo, as mitoses bipolares ocorreriam para repor células que
provavelmente se degeneram durante o tratamento, enquanto as mitoses
multipolares levariam à ocorrência de polipoidia.
65
ESTUDO
MORFOMÉTRICO DO CRESCIMENTO DOS DUCTOS ESTRIADOS DA GLÂNDULA PARÓTIDA DE RATO
SUBMETIDO A TRATRAMENTO CRÔNICO COM ISOPROTERENOL.
Rumio Taga;
Mirian Aparecida Onofre ; Luana Campos de Andrade; Agnaldo Campos Junior.
Departamento
de Histologia, Faculdade de Odontologia de Bauru -USP, Cx. Postal 00073 Bauru
(SP) - CEP 17043
Através de
métodos estereológicos aplicados à microscopia de luz verificou-se a
participação do compartimento de ductos estriados no crescimento da glândula
parótida de rato, induzido pelo tratamento diário com isoproterenol, por duas
semanas. O volume total de ductos decresceu 41% 5 dias após o início do
tratamento , aumentando, e, a seguir, exibindo ao final do período um valor
semelhante ao encontrado no grupo controle. O diâmetro médio do ducto mostra
uma diminuição altamente significante de cerca de 20% nos 3 primeiros dias de
tratamento, enquanto o comprimento total médio do ducto um aumento significante
de cerca de 59% após 3 dias de tratamento, voltando aos valores do grupo
controle no décimo quarto dia. Conclui-se que numa tentativa de adaptação da
glândula, frente a atividade secretora desta e ao aumento do volume dos ácinos,
os ductos estriados se estiram e as células se achatam procurando acompanhar o
crescimento da glândula. Após o quinto dia de tratamento ocorreria uma
adaptação deste compartimento retornando, assim, ao normal. Sendo assim no
período analisado nota-se que não há participação do compartimento de ductos no
crescimento total da glândula.
66
ESTUDO
MORFOMÉTRICO ULTRA-ESTRUTURAL DO DIMORFISMO SEXUAL EM CÉLULAS DE DUCTOS
GRANULOSOS DE GLÂNNDULAS SUBMANDIBULARES DE CAMUNDONGOS.
Gerson F.
de Assis, Dagoberto Sottovia Filho, Antonio Carlos M. Stipp, Rumio Taga. Dept.
Morfologia ,Faculdade de Odontologia de
Bauru USP, 17.043 Bauru (SP).
O
dimorfismo sexual existente na célula secretora do ducto granuloso em glândulas
submandibulares de camundongos adultos foi estudado em nível do microscópio de
luz e eletrônico.Em cortes semifinos determinou-se o volume nuclear, e as
frações de volume celular ocupados pelo núcleo e citoplasma. Em 20
eletromicrografias por animal com aumento final de 15.000x, utilizando o
sistema teste de multiproposição de Weibel et
al (J. Cell. Biol. , 30:23-38. 1966) obteve-se os vários valores
morfométricos relativos, que multiplicados pelo volume citoplasmático,nos
forneceram os respectivos valores absolutos.
Os
resultados mostraram a existência de um dimorfismo sexual em nível subcelular.
A célula secretora do ducto granuloso da glândula submandibular do camundongo
macho é mais alta e mais volumosa que a da fêmea. Observou-se também que o
retículo endoplasmático granular e o complexo de Golgi são mais desenvolvidos
naquelas células do animal macho; bem como os vacúolos de condensação são
maiores, mas em menor número. O volume
total dos grânulos de secreção é marcadamente maior nos animais machos, apesar
de estarem em menor número em relação à célula secretora do camundongo fêmea.
As mitocôndrias possuem um maior volume e uma maior superfície naquele tipo
celular nos camundongos fêmeas.
67
SIALADENOSE
EXPERIMENTAL: ATIVIDADE DE ENZIMAS GLICOLÍTICAS NA FRAÇÃO CITOSÓLICA E NUCLEAR.
Gabriel
Nuñez Burgos e José Nicolau.
Departamento
de Bioquímica, Instituto de Química, USP, Cx Postal, 20.780 - 01498-970 - São
Paulo - SP
Sialadenose
é o termo que se aplica a moléstia não inflamatória da glândulas salivares,
resultando no aumento de peso e volume das mesmas. Nosso laboratório tem
dedicado sua atenção aos eventos bioquímicos relativamente ao metabolismo de
carboidratos durante o desenvolvimento do processo sialadenotrófico (Arch. Oral Biol., 32:499, 1987: Arch Oral Biol.,
34:297,1989; Med.Sci. Res., 19:381,1991). Estendendo aquelas observações, no
presente , investigamos as atividades de algumas enzimas glicolíticas na fração
citosólica e nuclear. Ratas de raça Wistar (180-200g) , foram injetadas com
solução de isoproterenol (5mg/kg peso corporal), dissolvidas em NaC1 a 0,9% e
sacrificadas 24 horas após a injeção, os animais controles foram obtidos e
expressos em mU/mg de Proteína em glândulas submandibular. Na fração
citosólica, hexoquinase (C=31,30+5,40);
E=26,10+3,90), fosfofrutoquinase ( C = 9,30+ 2,50; E = 4,20+0,90) ,
piruvatoquinase ( C = 56,5 +10,2; E = 49,9 +5,7), lactatodesidrogenase ( 127,0
+
9,2; E =
105,3 + 8,0). Na fração nuclear : hexoquinase ( C = 2,80 + 0,90 ; E = 2,20 +
0,93), fosfofrutoquinase ( C = 2,96 + 0,73; E = 3,80 + 3,80 + 0,60) ,
piruvatoquinase ( C = 24,0 + 6,88; E = 27,62 + 4,98) e lactato desidrogenase (
= 61,46 + 9,52; E = 40,0 + 10,80). A
hexoquinase, fosfofrutoquinase e lacto desidrogenase tem sua atividade
aumentada na fração nuclear e LDH reduzida, as outras enzimas não apresentam
diferenças. Portanto, o IPR causa alterações metabólicas em ambos os
compartimentos celulares estudados.
AUXÍLIO
FINANCEIRO: FAPESP E FINEP.
68
AVALIAÇÃO
"IN VITRO" DA RESISTÊNCIA À ABRASÃO DE COMPÓSITOS ODONTOLÓGICOS.
Susana M.W. Samuel & Mário F. Goes. Dept.
Odontologia Conservadora UFRGS, Porto Alegre (RS).
As resinas
compostas vêm sendo cada vez mais oferecidas e promovidas como material
alternativo para restauração também de dentes posteriores. Muitos
aperfeiçoamentos foram introduzidos na
formulação desses materiais, nos últimos anos, afim de melhorar seu desempenho
clínico. Uma propriedade importante a ser considerada é a resistência à
abrasão, que parece ser uma das maiores limitações dos compósitos.
O propósito
deste trabalho foi avaliar a resistência à abrasão de três compósitos
odontológicos indicados para restauração de dentes posteriores. Os corpos de
prova foram submetidos a um teste de escovação com escova extra macia e
dentifrício comum numa máquina de escovação (Equilabor). A velocidade de
escovação foi de 250 ciclos por minuto durante 2 horas com 200g de carga. A
seguir, os corpos de prova foram analisados quanto à rugosidade superficial num
rugosímetro (Pertometer M2P) e foi possível observar que a lisura superficial
inicial dos diferentes materiais não diferia entre eles, mas após a escovação,
houve diferença estatística significativa, sendo que o Herculite X R mostrou-se
mais rugoso, seguido pelo AP.H e, por último P.50.
69
AVALIAÇÃO
DA TRAÇÃO E CORROSÃO QUÍMICA DE LIGAS DO SISTEMA Cu-Al- Zn-Nb, Cu-Al e Cu-Zn.
Lourenço
Correr Sobrinho, Mário Fernando de Goes &Simonides Consani.
Dept.
Materiais Dentários, FOP-UNICAMP, CEP 13400 Piracicaba(SP).
O objetivo
deste trabalho foi avaliar a tração e a corrosão química de uma liga
EXPERIMENTAL baseado no sistema Cu-Al- Zn-Nb e comparar com os resultados
obtidos com duas ligas alternativas comerciais composta à base de cobre (
DURACAST MS e GOLDENT LA ) .
A tração
foi determinada utilizando-se uma máquina de ensaio UNIVERSAL LOSENHAUSEWERK de
acordo com a especificação nº5 da A.D.A., enquanto a corrosão química através
de uma aparelho tipo CORROSCRIPT-TUCUSSEL.
Os
resultados mostraram que: as ligas apresentaram valores com diferença
estatística significativa ao nível de 5% para o ensaio de tração e alongamento.
Com relação atração a liga EXPERIMENTAL apresentou valor superior, enquanto a
GOLDENT valor intermediário e a liga DURACAST MS valor menor, para o
alongamento a GOLDENT apresentou um valor maior, a DURACAST intermediário e a
EXPERIMENTAL um valor menor. Já em relação a corrosão as ligas DURACAST MS e
EXPERIMENTAL apresentaram valores superiores aos da liga GOLDENT LA.
70
COMPATIBILIDADE
BIOLDGICA DA PANÁVIA-EX QUANDO APLICADA SOBRE DENTINA, EM PREMOLARES
PERMANENTES ÍNTEGROS DE HUMANOS.
Carlos A S
Costa; Raphael C. C. Lia; Josimeri H.
Costa; Roberto H. Barbeiro & Luis C. Spolidorio.
Faculdade
de Odontologia de Araraquara - UNESP.
A
Panávia-Ex, é uma resina do sistema pó-líquido, utilizada na Odontologia para a
cimentação de prótese adesiva e mais atualmente como adesivo em restaurações
com amálgama.
Sua
compatibilidade com o tecido Pulpar não havia sido estudado porque este
material é indicado para contactar esmalte. Observando que em muitos preparos
dentais haviam exposições superficiais de,dentina, e que após cimentação da
prótese o paciente relatava dor durante um período de aproximadamente 7 dias,
decidimos realizar este trabalho.
Análise
histopatológica com a finalidade de investigar a irritação pulpar provocada
pela resina Panavia-Ex quando aplicada sobre a dentina, em cavidades rasas
preparadas em primeiros pré-molares íntegros de crianças após intervalos de 7,
15 e 30 dias. Como resultados tivemos que aos 7 dias, a resina promoveu
discreto infiltrado inflamatório focal, localizado abaixo da cavidade, havendo
regressão do quadro com o decorrer dos períodos. Não se observou presença de
dentina reacional.. O material em estudo pode ser aplicado sobre exposições
superficiais de dentina e que não induz por si formação de dentina reacional.
71
DETERMINAÇÃO
DO DESENVOLVIMENTO DAS PROPRIEDADES ELÁSTICAS DOS MATERIAIS DE MOLDAGEM.
Antonio
Muench.
Depto. de
Materiais Dentários da Fac. Odont. USP, Cidade Universitária, CEP: 05508, São
Paulo.
O
conhecimento do surgimento da elasticidade dos materiais de moldagem é de
grande importância clinica. O molde deve estar assentado antes do
desenvolvimento da elasticidade e quando sua recuperação tender, em função do
tempo, a valores constantes estará alcançada a presa clinica; Foi idealizado e
construído, no Departamento de Materiais Dentários da FOUSP, um aparelho de uso
simples para acompanhar o desenvolvimento da elasticidade desde logo após a
espatulação até a presa. os materiais espatulados e colocados no recipiente,
foram deformados, nas idades constantes na tabela I, por 30seg e após mais
30seg registravam-se as deformações permanentes. Os resultados foram: o
aparelho permite acompanhar o desenvolvimento da elasticidade o alginato
apresentou :maior deformação permanente que os elastomeros; aos 2,5 min o
alginato praticamente não apresenta elasticidade, o mesmo não aconteceu com as
siliconas, porem o polieter, nessa idade, ainda estava totalmente plástico; o
tempo de trabalho é razoável para o alginato, bom para o polieter e
inconveniente para as, siliconas, que mesmo,em um minuto já apresentavam
recuperação elástica; aos 8,5 min já eram alcançadas presas clinicas
satisfatórias.
Tabela I
-Deformação (%) permanente em função da idade (deformações provocadas:
alginato, 10%; elastômeros, 12%) -
Idade (min)
1,0
2,5
4,0
5,5
7,0
8,5
10,00
Material
Alginato
10,00
9,69
3,87
3,84
3,80
3,73
3,68
Silicona
Fluída
11,00
9,24
2,83
0,91
0,31
0,10
0,05
Silicona
Pesada
11,20
7,08
1,80
0,41
0,13
0,08
0,06
Polieter
12,00
12,00
7,45
1,73
1,18
0,11
0,04
72
EFEITOS DE
SOLUÇÕES DEGERMANTESS SOBRE A ESTABILIDADE DIMENSIONAL DE MATERIAIS DE
MOLDAGEM.
Célia M.
Rizatti-Barbosa; Antonio Luiz Jr. ; Altair A. DelBel Cury. Faculdade de
Odontologia de Piracicaba. UNICAMP.
Piracicaba. SP.
O potencial
para a transmissão e doenças está aumentando a importância do controle da
infecção nos procedimentos laboratoriais. Os moldes devem ser degermados sem
sofrer alteração em suas dimensões. A finalidade deste estudo foi determinar a
estabilidade dimensional de três materiais de moldagem: ALGINATO;
OPTOSIL-XANTOPREN; PROVIL,. após imersão por 30 minutos em: Hipoclorito de
s6dio 1%; GLUTACID e STERIGARD. Os moldes foram obtidos de um modelo mestre
confeccionado em bronze com marcas nas regiões de caninos a 2º molares e de
canino à canino. Após o período de desinfecção os moldes foram completados com
gesso pedra tipo IV. As medidas foram realizados sobre os modelos nas marcas:
do 2º molar ao canino (C.D) de ambos os lados de canino a canino (B) e de molar
à molar (A). Foram realizados por dois operadores com 4 repetições para cada
medida e uma média foi obtida. Os resultados obtidos, analisados
estatisticamente mostraram que a medida C deferem das das outras medidas para
todos degermantes e materiais estudados. Assim podemos concluir que ocorreu
alguma mudança dimensional nos mesmos, mas sua magnitude não compromete a confecção
das próteses, sugerindo que se faça a desinfecção dos mesmos.
73
ESTUDO
COMPARATIVO ENTRE SELANTES COM FLÚOR, SEM FLÚOR E A BASE DE CIMENTO DE IONÔMERO
DE VIDRO EM RELAÇÃO À PENETRAÇÃO E MICROINFILTRAÇÃO.
Fernanda
Franco, Laura Becker, Maria Antonieta Lopes de Souza, Fernando Borba Araújo,
Ewerton Nocchi Conceição
A
utilização dos selantes de fósssulas e fissuras tem sido objeto de controvérsia
na odontologia. Este trabalho tem por objetivo avaliar o grau de penetração do
selante em fissuras e a microinfilração na interface selante-dente de algumas
marcas comerciais. No experimento foram utilizados como seladores de fissura o
selante Fluro Shield (Dentsply), o selante Delton (Johnson & Johnson) e o
cimento de ionômero de vidro Ketac Cem (Espe) tipo cimentação. Os materiais
foram manipulados de acordo com as instruções de cada fabricante e aplicados
sobre as fissuras de superfícies oclusais de terceiros molares retidos
extraídos, previamente limpas com escovas de Robson e água oxigenada 3% e subseqüentemente
condicionadas com ácido fosfórico 37% por 60 segundos em condições
padronizadas. As peças dentárias seladas foram submetidas a ciclagem térmica de
100 ciclos em temperaturas de 5ºC, 37ºC e 60ºC. Para avaliar a
microinfiltração, foi utilizado o corante azul de metileno 0,5% por 72 horas a
37_7C em 100% de umidade. A seguir, as peças foram cortadas com discos de
diamante no sentido vestíbulo-lingual, perpendicularmente às fissuras. Com
relação a microinfiltração os escores obtidos através do exame com lupa
esteroscópica foram registrados como: 0 -sem microinfiltração, 1- quando
atingia a metade superior da fissura na
interface esmalte-selante, 2-quando atingia o fundo da fissuras na mesma
interface e 3- quando o corante penetrava no esmalte. Os resultados foram
submetidos a análise estatística através do teste Kruskal-Wallis e foram feitas
comparações múltiplas a um nível de significância de 1%. O Delton mostrou
resultados significativamente superiores quando comparado com os demais
materiais estudados no que se refere a qualidade de bloquear a penetração do
corante. Considerando as anatomias extremamente variada das fissuras
analisadas, não foi possível produzir valores mensuráveis de penetração nas
mesmas. No entanto a observação dos gráficos produzidos a partir de fotos e da
projeção de slides e a observação em lupa sobre as fissuras seladas produziu o
quadro que se segue: Delton preencheu totalmente em 47,8% das fissuras, Ketac
Cem preenche 51,1% e o Fluro Shield 40%.
Auxílio
financeiro FAPERGS 91.00552.3
74
MATERIAIS
ODONTOLÓGICOS: AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO MICROBIANA DE HIDROCOLÓIDE
IRREVERSÍVEL.
Selma Siéssere, Simone Bocardo, Sérgio L.
Salvador, Iara A Orsi, Heitor Panzeri. Dept. de Ciências da Saúde, Faculdade de
Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto USP, 14040-903 e Faculdade de
Odontologia Ribeirão Preto USP, 14040-904.
Atualmente
há um grande interesse quanto ao controle de infecção no Consultório
Odontológico. No entanto, são escassos os estudos avaliando, o nível de
contaminação dos materiais odontológicos fornecidos pelos fabricantes.
Considerando esse fato como de relevada importância, foi realizado o presente
estudo com a finalidade de verificar a presença de microrganismos em material
de impressão (hidrocolóide irreversível) utilizados nas Clinicas da
F.O.R.P.-USP, disponível em diferentes condições de armazenamento. Foram
analisados três tipos de embalagens de alginato jeltrate (Dentsply): Refil
lacrados; Porção reembalada (dosagem suficiente para uma única moldagem) e Recipiente
aberto. De cada embalagem, foram retirados e pesados, assepticamente, 3
alíquotas de 0,06 gramas respectivamente, das porções superior, mediana e
inferior. A seguir, as amostras foram semeadas por polvilhamento nos seguintes
meios de cultura Ágar hipercloretado-gema de ovo (Ni); Ágar nutriente (An);
Ágar sangue (As); Ágar Sabouraud (Sb); Ágar Mac Conkey (C), sendo também
inoculados em Caldo nutriente (Cn). Após a incubação, foi efetuada a contagem
de unidades,, formadoras de colônias (UFC) com o auxilio de um microscópio
estereoscópio sob luz refletida. De cada colônia morfologicamente diferente,
foram confeccionadas esfregaços os quais foram corados pelo método de Gram.As
amostras obtidas das porções superior, mediana e inferior de cada um dos tipos
de embalagem, apresentaram os níveis de contaminação aproximadamente iguais em
todos os meios de cultura utilizados. Os meios de cultura que Iproporcionaram o
desenvolvimento de maior número de UFC/grama foram o As e Ni. A média total de UFC (bactérias e fungos) por grama de
alginato foi de 654 (Porçao
reembalada), 901 (Refil lacrado) e 1051 (Recipiente aberto).
Em relação aos diferentes tipos morfológicos
observados após a coloração de Gram verificou-se a presença de Cocos e Bacilos
Gram-positivos, Bacilos Gram-negativos, Fungos filamentosos e em forma de
levedura em todos os tipos de embalagens, com exceção do Refil lacrado no qual
não houve o desenvolvimento, de leveduras.
Os
resultados ora obtidos, demonstram o elevado nível de microrganismos em
alginato, sugerindo novos estudos afim de identificar os agentes contaminantes.
75
RESISTÊNCIA
A TRAÇÃO DIAMETRAL E À COMPRESSÃO DE CIMENTOS DE IONÔMERO DE VIDRO.
Regina G. Palma, Marcia H. Marangoni, Aquira
Ishikiriama, Maria Fidela de L. Navarro.
Depto de
Dentística, FOB-USP, 17045-120- Bauru -SP.
O propósito deste estudo foi testar,
comparativamente as resistências à tração diametral (TD) e a compressão (RC) de
2 marcas comerciais de cimento de ionômero de vidro para forramento: (A) gem
base (Vigodent) e (B) Vidron F (SSWhite). Cada material foi testado de acordo
com as especificações da ISO. Os materiais foram armazenados e testados após 3
períodos de tempo, a saber . 1 hora(I), 24 horas (II) e 1 semana (III). Para
cada período confeccionaram-se 8 corpos de prova (com diâmetro de 6,0mm, raio
3,0mm e altura 12,0mm), em matrizes de aço inoxidável. Utilizaram para cada
corpo de prova 0,64 de pó e 12 gotas de líquido do material B. Os materiais
foram espatulados em placas de vidro resfriados e com temperatura ambiente a
25º C. A manipulação foi realizada de acordo com as especificações do
fabricante e os materiais inseridos nas matrizes com auxílio de seringas
plásticas. Nos testes de 1 hora os corpos foram armazenados nas matrizes em
estufa a 37º C nos outros 2 períodos de tempo os corpos foram condicionados em
recipientes plásticos contendo água destilada e mantidos em estufa à 37º C até
a hora do teste. Os testes foram realizados em uma máquina de ensaio universal
Kratos com velocidade de movimento de 1,0mm/min. Os resultados médios em Kg/cm2
com os respectIvos desvios padrões para os diferentes materiais e períodos
foram: TD - (A): I = 26,17 (3,00), II = 24,71 6,71 ); RC (A): I = 120,27(
16,45) , II = 131,77 (32,42) , III = 201, 63 (28,86) ; (B) I = 304, 39 (87,00)
II = 487,01 (91.47), III = 395,47 (84,06).
A resistência a tração diametral para o Gem
base foi estatisticamente inferior ao Vidron F para os 3 períodos de tempo. Em
relação a resistência a compressão, o gem base apresentou-se estatisticamente
inferior ao vidron F 1 hora.
76
RESISTÊNCIA
À TRAÇÃO DIAMETRAL DE UM CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO CONVENCIONAL COMPARADO AO
CERMENT.
Suzi C. B.
Nakamura , Maria L. Gerdullo, Márcia M.
Marangoni, Regina C. Palma, Ricardo M. Carvalho.
Depto de
Dentística, FOB-USP 17043- 120- Bauru (SP).
O objetivo
deste trabalho foi testar, comparativamente, a resistência à tração diametral
de 2 marcas comerciais de cimentos ionoméricos restauradores Chelon Fill (A),
um cimento convencional, e Chelon Silver (B), um cimento melhorado, ambos da
ESPE.
Todos os testes seguiram as especificações da
ISO e fora realizados após períodos de armazenamento de 1 hora (I), 24 horas
(II) e 1 semana (III).
Foram confeccionadas para cada período, 8
corpos de prova com as seguintes dimensões : diâmetro de 6mm, raio de 3,0mm e
altura de 12,0mm, todo em matrizes de aço inoxidável.
Para cada
corpo de prova utilizou-se 0,80g de pó e 6 gotas de líquido do material (A) e
0,94g de pó e 6 gotas de líquido do material (B). A espatulação se deu em placa
de vidro resfriada a uma temperatura ambiente de 25ºC seguindo-se as instruções
do fabricante. Os materiais eram, então, inseridos nas matrizes por meio de
seringas plásticas.
Para os
testes do período I, os corpos foram armazenados nas matrizes em estufas de
37ºC. Já para os períodos II e III, os corpos foram acondicionados em
recipientes plásticos contendo água destilada e mantidos em estufa a 37ºC.
Os testes
foram realizados em uma máquina de ensaio universal Kiabor, com velocidade de
movimento de 1mm/min.
Os
resultados médio em Kg/cm2, com os respectivos desvios padrão, para materiais e
períodos foram: (A): I= 58,86 (9,22); II= 91,99 (22,93); III= 77,12 (6,72). (B): I= 48,65 (7,48); II: 70, 79 (18,40); III: 114,10
(28,40)
Nossos
resultados mostraram que o material que melhor se comportou quanto a
resistência à tração diametral foi o Chelon Silver no período de 7 dias
equivalendo-se somente ao período de 24 horas do Chelon Fill.
77
RESISTÊNCIA
A TRAÇÃO DIAMETRAL DE CIMENTOS DE IONOMERO DE VIDRO FORRADORES.
Régia
L.Zanata, Suzi C. B. Nakamura, Regina
G. Palma, Maria Fidela L. Navarro, Ricardo Marins de Carvalho.
Depto de
Dentística, Faculdade de Odontologia de Bauru -USP -17043 -Bauru -SP
Este
trabalho testou comparativamente a resistência a tração diametral de 2 marcas
de cimentos de ionômero de vidro forradores (GC Lining, Ketac Bond). Cada
material foi testado de acordo com as especificações da ISO após períodos de
armazenamento de 1 hora, 24 horas e 7 dias.
Foram
confeccionados corpos de prova com 6,0mm de diâmetro e 12,0mm de altura em
matrizes de aço inoxidável. Os materiais foram espatulados em placas de vidro
resfriadas a temperatura ambiente de 25°C. A manipulação, foi realizada de
acordo com as especificações do fabricante e os materiais inseridos com
seringas plásticas.
Os corpos
foram armazenados em estufa a 37°C. Durante a primeira hora nas matrizes e
depois foram a- condicionadas em recipientes plásticos contendo 20ml de água
destilada.
Os testes
foram realizados em máquina de ensaio universal KRATOS com velocidade de
movimento de 1mm/min.
Os resultados médios em Kg/cm2 com
respectivos desvios padrões para os
diferentes materiais foram:
CG Lining Ketac
1
h 27.5 + 3.1 34.1 + 2.8
24 h 38.7 + 11.8 40.7 + 6.1
1 sem. 34.7 + 9.4 26.9 + 5.9
Observou-se
melhor comportamento do Ketac Bond em relação ao CG Lining nos períodos de 1
hora e 24 horas. Houve aumento significativo da resistência do CG Lining de 1
para 24 horas e diminuição significativa do Ketac Bond no período de 24 horas
para 7 dias.
Auxilio
CNPq Processo 500326/88/6
78
RESISTENCIA
A TRAÇÃO DIAMETRAL DE CIMENTOS DE IONOMERO DE VIDRO PARA CIMENTAÇÃO.
Maria
L.Gerdullo, Régia L. Zanata, Suzi C. Nakamura & Maria Fidela de Lima
Navarro.
Depto de
Dentística Faculdade de Odontologia de Bauru -USP -17043-101 -Bauru - SP
Visando
contribuir com os dados relativos aos cimentos ionoméricos indicados para
cimentação, este trabalho foi
idealizado para testar comparativamente, a resistência à tração
diametral de 3 marcas comerciais: (A) Ketac Cem (ESPE): (B) CG Fuji I (CG Dental Industrial Corp. ); (C)
Shofu I (Shofu). Cada material foi testado de acordo com as especificações da
ISSO, ap6s 3 períodos de armazenamento, a saber: 1 hora(I), 24 horas(II) e 1
semana (III). Para cada período confeccionou-se 8 corpos de prova (com diâmetro
de 6mm, raio de 3mm e altura 12,0mm), em matrizes de aço inoxidável.
Para os
testes de 1 hora, os corpos foram armazenados nas matrizes em estufa a 37°C.
Depois para o período II e III
acondicionou-se os corpos de prova em recipientes plásticos contendo água
destilada e mantidos em estufa a 37°C. Os testes foram realizados em uma
máquina de ensaios Kratos com velocidade de movimentos de 1,0 mm/min.
Os
resultados médios em Kg/cm2, com respectivos desvios padrões para os diferentes
materiais e períodos foram:
Ketac Cem Fuji I Sofhu I
1 h 16.2 + 2.8 45.1 + 8.8 40.3 t
5.7
24 h 28.4 + 5.3 47.0 + 8.6 48.7 +
9.4
1 sem 21.5 + 5.7 46.5 + 8.8 51.4 + 11.4
Após a
análise estatística dos resultados observou-se que: 1º ) não houve diferenças
entre Shofu I e Fuji i I que se mostraram superiores a Ketac-Cem;
2º) as
resistência do Shofu I e Fujj I foram estatisticamente semelhantes para os três
períodos de armazenamento;
3º) para o
Ketac-Cem houve diferenças significantes entre os períodos de 1h e 24h e de 24h
e I sem. , sendo que a maior resistência do material ocorreu com 24 h.
Auxilio
Financeiro: CNPq (500326/88/6)
79
RESISTÊNCIA
A TRAÇÃO DIAMETRAL DE CIMENTOS DE IONOMERO DE VIDRO RESTAURADORES
Marcia H
Marangoni, Régia L. Zanata, Maria Ligia Gerdullo, Ricardo M. Carvalho &
Maria Fidela de Lima Navarro.
Depto. de
Dentística, FOB-USP, 17043- 120 Bauru -SP
O objetivo
deste estudo foi avaliar a resistência à tração diametral de 3 marcas
comerciais de cimentos de ionômero de vidro restauradores sendo eles (A) Shofu
II (SHOFU); (B) Chem Fil II (De Trey/Destsply) e (C) Chelon Fil ; (ESPE). Pra
cada material 3 períodos de armazenamento foram estabelecidos :
1 hora (I),
24 horas (II) e 7 dias (III). Os testes foram realizados de acordo com as
especificações da ISO, sendo
confeccionados 8 corpos de prova para cada período (diâmetro de 6,0 mm,
raio 3,0 mm e altura de 12,0 mm) em matrizes de aço inoxidável. Para cada corpo
de prova utilizou-se 1,09g de pó para 7
gotas de liquido do material A; 0,74g de pó para 7 gotas de liquido do
material B e 0,80g de pó para 7 gotas do liquido do material C. Os materiais
foram manipulados de acordo com as especificações do fabricante em placas de
vidro resfriadas e com temperatura ambiente de 25º C, sendo a inserção
realizada com condensadores plásticos.
Para os
testes de 1 hora, os corpos de prova foram mantidos nas matrizes em estufas de
37º. Para os períodos I e II, as amostras foram acondicionados em recipientes
plásticos contendo água destilada e mantidos em estufa a 37º C.
Cada
espécime foi submetida ao teste de tração diametral em uma máquina de ensaio
Kratos com velocidade de movimento de 1,0 mm/min.
Os
resultados médios em Kg/cm2 com os respectivos desvios padrões para os diferentes
materiais e períodos foram: (A): I = 64,14 (13,51), II = 112,82 (21,42) , III =
123,36 (37,03) ; (B): I = 77,84 ( 19,95) , II = 106,98 (7,76) ; III =
72,23
(6,60) e (C): I = 58,86 (9,22), II = 91,99 (22,93) e III = 77, 12 (6,72).
A análise
estatística foi realizada pelos testes ANOVA e Tukey (p 0,05).
A
resistência a tração diametral para Shofu foi considerada estatisticamente
superior do Shem fil II e Chelon fil. Houve diferen1ça entre os 3 períodos de
avaliação sendo que os materiais apresentaram maior resistência à tração
diametral no período de 24 horas.
Auxílio
Financeiro: CNPq (500326/88/6)
80
ANTICORPOS
SÉRICOS IgG anti-Actinobacillus actinomycetemçomitans Y4 EM DIABETICOS
INSULINO-DEPENDENTES.
Elisabete
Moraes, Odila P.S.Rosa2, Regina S.S. Rocha2.
1)
Fac.Odontologia S.J.Campos/UNESP 12245-000 São José dos Campos (SP), 2) Fac.
Odontologia Bauru /USP.
O
Actinobacil1us actinomycetemcomitans (A.A.) tem sido associado a várias doenças
periodontais mais agressivas, como na periodontite Juvenil localizada, na
destruição periodontal rápida e progressiva em adultos jovens e nas lesões
periodontais do diabetes juvenil insulino-dependente.
A
freqüência de detecção e o título de anticorpos séricos IgG específicos para a
cepa Y4 do A.a. foram avaliados pelo método da imunofluorescência indireta.
Foram comparados 4 grupos de indivíduos, a saber: (1) 15 diabéticos
insulino-dependentes (média de idade = 15, 13 anos, 8 do sexo feminino e 7 do
sexo masculino); (2) 20 pacientes menores de 16 anos, sem alteração (média de
idade = 13,1, 12 do sexo feminino, 8 do sexo masculino); (3) 20 adultos com
periodontite (média de idade = 33,75, 11 do sexo feminino e 9 do sexo
masculino) e (4) 20 desdentados (média de idade = 55,3, 12 do sexo feminino e 8
do sexo masculino). Os resultados estão na tabela abaixo:
S.R. 1:1 1:10
1:20 1:40 1:80 1:160
Total
DMIJ 3 -
2 4 6 - - 15
Menor
16 1 9
2 4 1 2
1 20
Periodontite 2 8
2 5 2 1
- 20
Desdentado 6 5
3 3 2 1
- 20
Total 12
22 9 16 11 4 1 75
Não foi
observada diferença estatisticamente significante entre os grupos estudados.
Orgão
financiador: CNPq
81
ASPECTOS
ULTRAESTRUTURAIS DA Candida albicans NO EPITÉLIO BUCAL.
Marilda
A.G.Totti, Antonio O.C.Jorge & Pedro D.Novaes.
Fac.
Odontologia de Piracicaba / UNICAMP .
Aspectos
ultraestruturais de C.albicans foram observadas em microscopia eletrônica de
transmissão, provenientes de 4 situações: I) colônia de C.albicans (F72)
cultivada em ágar Sabouraud dextrose a 37ºC/24 horas, sendo 5 retirada com ágar
ao seu redor; 2) placa bacteriana coletada de paciente com doença periodontal;
3) candidose no dorso da língua de ratos, 24 horas após injeção intraepitelial
de suspensão contendo 108 células viáveis de C. albicans; -4) candidose humana
proveniente de biópsia do dorso da. língua de paciente portador do vírus HIV.
Os espécimes foram fixados em glutaraldeído, pós-fixados em tetróxido de ósmio
e incluídos em araldite. Os cortes ultrafinos foram corados com acetato de
uranila e citrato de chumbo. As observações foram feitas num microscópio Zeiss
EM-I0 da FOP/UNICAMP. A C.albicans "in vitro" apresentou-se com
parede celular formada por porção externa eletron-densa e delgada e interna
homogênea e eletron-lúcida. O núcleo ocupava quase totalmente a levedura, com
citoplasma homogêneo e sem permitir a visualização de organelas. Na placa
bacteriana, as leveduras apresentaram-se entre as bactérias, com morfologia
semelhante à observada "in vitro". Na candidose no rato, observou-se
leveduras e pseudohifas no interior de células epiteliais, formação de micro-
abscessos, geralmente acima da camada espinhosa, contendo fungos sendo, ou já
fagocitados por neutrófilos. Algumas leveduras apresentam citoplasma com
vacuolizações características de necrose. Na candidose humana, as pseudohifas
apresentaram crescimento intracelular, aparecendo perto das junções
intercelulares ou dentro das células, algumas com vacuolizações características
de necrose. Nas candidoses estudadas a penetração de Candida ocorreu geralmente
nas camadas mais superficiais, raramente atingindo as camadas mais profundas do
epitélio. Microabscessos formados por neutrófilos ocorreram, geralmente acima
da camada espinhosa, contendo fungos fagocitados por neutrófilos.
82
AVALIAÇÃO
DE ANTICORPOS SALIVARES ANTI-S.mutans EM CRIANÇAS PORTADORAS DE
IMUNODEFICIÊNCIAS PRIMÁRIAS. CORRELAÇÃO COM CÁRIE DENTÁRIA E NÍVEIS SALIVARES DE
BACTÉRIAS CARIOGÊNICAS.
Flávia R.C.
Fernandes, Flávio Zelante, Magda M.S.C. Sampaio, Aparecida T. Nagao, Márcia
P.A. Mayer.
Deptº
Microbiologia e Deptº Imunologia, Instituto de Ciências Biomédicas, USP.
No presente
trabalho, nos propusemos a avaliar scores de cárie dentária, índice de placa,
níveis salivares de microrganismos cariogênicos e de anticorpos anti-S.mutans
em crianças portadoras deficiência de IgA. O grupo experimental foi. formado
por 9 crianças portadoras de deficiência congênita total de IgA e 3 crianças
com deficiência parcial, com idade entre 4 e 12 anos. O grupo controle
constituiu-se de 15 crianças normais com idade entre 3 e 10 anos.
Analisando
os scores de cárie dos grupos experimental e controle, constatamos diferença
estatística significativa entre os grupos (p< 0,05), sendo que comparadas a
crianças controle, as portadores de deficiência de IgA apresentaram menor
quantidade de cárie. Por outro lado, os níveis salivares de S.mutans e
lactobacillus e o índice de placa bacteriana não diferiram entre os dois
grupos. A pesquisa de anticorpos salivares anti-S.mutans foi realizada pelo
método de ELISA. Verificamos que as crianças com deficiência de IgA
apresentaram concentrações de IgM significativamente mais elevadas do que as
não deficientes. Estes resultados sugerem que o controle da colonização da
cavidade oral por estreptococos cariogênicos não pode ser atribuído a um
mecanismo particular. Tratando-se de respostas imune, crianças portadoras de
deficiência de IgA apresentam mecanismos compensatórios na cavidade oral que
balanceiam esta deficiência.
Auxilio
Financeiro = FAPESP -Proc. Nº 89/2897-7
83
BIOSOROTIPOS
DE CANDIDA ALBICANS EM PACIENTES FUMANTES E ETILISTAS CRÔNICOS PORTADORES DE
CÂNCER BUCAL.
Sérgio
Kignel. Claudete R. Paula & Esther G. Birman.
Faculdade
de Odontologia -Instituto de Ciências Biomédicas -USP.
O papel da
Candida albicans no câncer bucal tem sido objeto de muitas especulações. Para
melhor compreender este fungo frente a fatores etiológicos importantes no
câncer da boca como o tabaco e o álcool. Estudamos 29 pacientes com carcinoma
epidermóide da mucosa bucal comprovado histologicamente, sendo 26 pacientes do
sexo masculino. Todos os pacientes eram etilistas e tabagistas crônicos na
faixa etária de 34 a 81 anos e apresentando lesão úlcero-vegetante
predominantemente no assoalho bucal, palato e língua classificados no estágio I
(TNM) e sem qualquer tratamento anterior. Esfregaços eram realizados e semeados
rotineiramente para estudo micológico, tendo sido efetuados testes de
sorotipagem ,pesquisa de proteinase e sistema "Killer" no material
identificado como Candida albicans.
Os
resultados permitiram observar que só 48,27% dos pacientes (14) apresentaram
cultura positiva para leveduras e destas 50% das amostras (7) foram
identificadas como Candida albicans, todos pertencentes ao sorotipo A. O
sistema "Killer" revelou dois diferentes tipos de Candida albicans:
211 em 71,4% e 611 produzindo proteinase em alto grau (PZ 0,64). Estes
resultados caracterizados pelos tipos predominantes referidos, isolamento do
soro tipo A, produção de proteinase (nível 3) revelaram um maior poder de
virulência embora o biotipo 211 seja o mais freqüentemente encontrado na mucosa
bucal, independente de neoplasia ou outros fatores. Estes dados não permitem
ainda caracterizar um biotipo de Candida albicans associado a fatores
carcinogênicos como o tabaco e o álcool ora ao desenvolvimento da neoplasia
presente.
84
BIOTIPAGEM
E SUSCEPTIBILIDADE A ANTIMICROBIANOS DE CEPAS DE Actinobacillus-
actinomycetemcomitans ISOLADAS DE HUMANOS E DE MICOS Callithrix sp.
Mário_J.
Ávila-Campos, Luiz M. Farias, Maria A. R. Carvalho, Eduardo O. Cisalpino &
Flávio Zelante.
Laboratórios
de Microbiologia Oral, Seção de Anaeróbios, Depto. de Microbiologia, UFMG/USP,
05508-900, São Paulo.
Actinobacillus
actinomycetemcomitan, é um bastonete Gram negativo, micro- aerófilo, indígena
da microbiota oral de primatas humanos e não humanos. Usualmente, no homem, está
associado à periodontite juvenil localizada. No presente trabalho, foram
isoladas, identificadas e biotipadas 52 cepas de A. actinomyce temcomitans, de
placa subgengival (26 de 10 pacientes com doença periodontal e 26 de 4 micos
Callithrix sp.) e determinaram-se as respectivas concentrações inibitórias
mínimas de clindamicina, lincomicina, metronidazol, penicilina G e tetraciclina
para todos os isolados. Todas as cepas foram recuperadas em meio seletivo TSBV,
identificadas por testes bioquímico-fisiológicos e biotipadas pela fermentação
ou não de galactose, maltose, manose e xilose. As concentrações inibitórias
mínimas foram determinadas pelo método de diluição em ágar, com o replicador de
Steers, dando um inóculo final de 105 cêlulas/ml. As cepa humanas
corresponderam aos biotipos 1, 3, 6, 7 e 8 e, as cepas animais aos biotipos 1,
4 e 8. Todas as cepas humanas e animais foram sensíveis à tetraciclina,
mostrando uma susceptibilidade variada para clindamicina, lincomcina,
metronidazol e penicilina G, em relação aos pontos críticos utilizados.
Apoio
FAPESP Proc. Nº91/0483-0
85
EFEITOS DA
APLICAÇÃO DE Candida albicans NA LÍNGUA DE RATOS NORMAIS E
SIALOADENECTOMIZADOS.
Antonio
O.C.Jorgel, Oslei P.Almeida2, Mário T.Shimizul & Vera Fantinatol.
1)
Fac.Odontol.S.J.Campos/UNESP, 12245-000, São José dos Campos (SP); 2)
Fac.Odontol.Piracicaba/UNICAMP, Piracicaba (SP).
A
colonização, permanência e patogenicidadede C.albicans na cavidade bucal de
ratos já foram descritas por diversos autores, entretanto há poucos dados dos
efeitos da xerostomia na candidose bucal em animais. O objetivo deste trabalho
foi verificar os efeitos da xerostomia, provocada pela sialo- adenectomia, na
candidose no dorso da língua de ratos. Cinqüenta ratos normais e 50 sialoadenectomizados
receberam inóculo contendo 108 células viáveis de C.albicans em 3 dias
consecutivos. O inóculo foi feito colocando-se 0,2 ml da suspensão de
C.albicans na boca dos animais com auxílio de seringa de 1 ml e agulha 30x8.
Imediatamente após a inoculação, o material foi espalhado uniformemente pela
mucosa do dorso da língua, com um "mini-swab" esterilizado, que foi
embebido na suspensão. Cinco ratos normais e 5 sialoadenectomizados foram
sacrificados por deslocamento cervical após 1, 2, 4, 6 , 8 e 12 horas e 1, 2, 7
e 15 dias após a última inoculação. As línguas foram retiradas, fixadas em
formol e incluídas em parafina. Foram também utilizados 5 animais controles e 5
sialoadenectomizados, que não receberam inoculações de C.albicans. A presença de
C.albicans foi analisada em 16 cortes histológicos de cada animal, corados pelo
HE, PAS, Gram e Gomori-Grocott. Nos 50 animais observados para cada grupo,
ocorreu penetração de pseudohifas no epitélio do dorso da língua,
caracterizando candidose, em 8% dos normais e em 66% dos xerostômicos. Após a
última aplicação, 20% dos ratos normais apresentaram candidose depois de 24
horas, aumentando para 40% após 2 dias e diminuindo novamente para 20%
decorridos 7 dias. Nos ratos sialoadenectomizados, 40% mostraram candidose após
4 horas, aumentando para 100% depois de 1 e 2 dias, ocorrendo em 80 e 60% após
7 e 15 dias respectivamente.
86
ESTREPTOCOCOS
DO GRUPO MUTANS: AVALIAÇÃO DO EFEITO DA CLOREXIDINA SOBRE 0S NÍVEIS SALIVARES
DE UFC, EM PACIENTES ESPECIAIS.
Paulo
Nelson Filho, Aldevina C.Freitas, Sada Assed, Lea A.B.Silva, Zilda M.Mussolino
& Izabel Y.Ito.
Dept. de
Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto USP, 14040- 904
Ribeirão Preto (SP).
O objetivo
desse estudo foi avaliar o efeito da aplicação associada de um gel de
clorexidina a 1,0% e de uma solução de gluconato de clorexidina a 0,12%
(Periogard), sobre estreptococos do grupo mutans, em 9 pacientes da Clínica de
Pacientes Especiais da FORP-USP, de ambos os sexos, com faixa etária variando
de 5 a 43 anos, considerados de alto risco à cárie (método da espátula de
madeira). Antes de se iniciar qualquer tratamento odontológico, cerca de 2,0ml
de saliva foram coletados e, nos pacientes incapazes de cooperar, utilizou-se
um conta-gotas esterilizado para a coleta. Amostras de saliva não diluída e
diluída (10 -l a 10-4) foram semeadas em meio SB-20 e incubadas pelo método da
chama de vela, a 37ºC por 72 horas. Após esse período foi feita a contagem de
UFC de estreptococos do grupo mutans, seguida da identificação bioquímica.
Depois da primeira coleta (Base Line), foi realizada uma profilaxia dental e
aplicação, com gaze, de 10,0ml de Periogard e de aproximadamente 1,0g de gel de
clorexidina, e o paciente orientado a não ingerir água e alimentos por 60
minutos. Novas coletas de saliva foram efetuadas, semanalmente, durante 5
semanas, até que a contagem de UFC retornasse ou se aproximasse da Base Line.
Os resultados obtidos mostraram que 100,0% dos pacientes abrigavam o grupo
mutans. Essa contagem sofreu uma redução média de 54,2% na primeira semana,
77,0% na segunda, 64,3% na terceira, 23,9% na quarta e 22,6% na quinta semanas,
respectivamente, após a aplicação da clorexidina. As espécies S.mutans e
S.obrinus apresentaram tendência semelhante de retorno aos níveis iniciais de
UFC após 5 semanas. A média de UFC/ml de saliva foi de 3,4 x 106 (log 6,08)
para os estreptococos do grupo mutans, 2,6 x 106 (log 5,98) para a espécie
S.mutans e 1,4 x 106 (log 5,42) para S.sobrinus. Estes dados permitem concluir
que uma únicas aplicação da solução e do gel de clorexidina reduz
significativamente o número de UFC do grupo mutans e mantém em nível aquém da
Base Line por aproximadamente 5 semanas
.
87
ESTREPTOCOCOS
DO GRUPO MUTANS: AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS SALIVARES EM CRIANÇAS, APÓS A APLICAÇÃO
DO GEL E SOLUÇÃO DE CLOREXIDINA.
PatrÍcia S.
Moreira, Sada Assed, Lea A.B. Silva, Rosa V.P. Azevedo, Aldevina C.
Freitas& Paulo Nelson Filho.
Dept. de
Clinica Infantil, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto USP, 14040-904
Ribeirão Preto (SP).
Foram
coletadas amostras de saliva de 10 crianças, de ambos os sexos, pacientes da
clinica de odontopediatria da FORP-USP, com faixa etária de 4 a 9 anos, com
alto risco à cárie, objetivando avaliar o efeito residual do gel e clorexidina
a 1% e da solução de gluconato de clorexidina a 0,12%. A metodologia empregada consistiu em uma
coleta inicial de saliva antes que fosse efetuado qualquer tratamento
odontológico. Amostras de saliva total e após diluições (10-1 a 10-4) foram
semeadas em meio SB-20 e incubadas a 37ºC por 72 horas pelo método da chama de
vela, objetivando a contagem de UFC de estreptococos do grupo mutans e a
identificação bioquímica. Depois da coleta inicial (Base Line), o paciente
recebeu uma profilaxia dental e a aplicação, com gaze, de 10ml da solução de
clorexidina em toda a cavidade oral, durante um minuto e, do gel de
clorexidina, somente nos dente, também por um minuto. Uma semana após, foi
realizada a coleta de saliva para o isolamento e identificação do grupo mutans,
repetida por mais quatro coletas semanais. Os resultados mostraram que 100% dos
pacientes abrigavam o grupo
mutans,
sendo que, após a aplicação do anti-séptico, as contagens foram reduzidas em
82,0% na 1º, 72,0% na 2º, 78,5% na 3º, 88,2% na 4º e 85,3% na 5º semanas,
respectivamente. O S.mutans e o S.sobrinus mantiveram aproximadamente a mesma
porcentagem de redução (85%) durante as cinco semanas de estudo. A média de
UFC/ml de estreptococos na coleta inicial foi de 4,7 x 106 (1og 6,25), 4,3 x
106 (1og 6,20) para a espécie S.mutans e 3,7 x 105(log 5,05) para a espécie
S.sobrinus. Conclusão: uma única aplicação de
clorexidina reduz UFC do grupo mutans em nível 80,0% aquém do valor
inicial (Base Line) por mais de 5 semanas.
88
ESTREPTOCOCOS
DO GRUPO MUTANS: PREVALÊNCIA DAS ESPÉCIES DO GRUPO MUTANS NA SALIVA DE CRIANÇAS
-MÉTODO DA ESPÁTULA.
Rosa
V.P.Azevedo, Aldevina C.Freitas, Sada Assed, Lea A.B. da Silva, Izabel Y.Ito ,
Paulo Nelson Filho
Dept. de
Ciências da Saúde, Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto USP,
14040-903 Ribeirão Preto (SP).
Amostras de
saliva não estimulada, de 193 crianças atendidas na C1ínica Odontopediatria da
FORP-USP, foram coletadas com espátula de madeira esterilizada e semeadas no meio
seletivo SB20, pela técnica de impressão, com incubação em microaerofilia
(chama de vela), durante 72 horas a 37ºC.A contagem do número de Unidades
Formadoras de Colônias (UFC) do grupo mutans foi realizada numa área
quadriculada correspondente a 1,50cm2, com auxílio microscópio estereoscópio,
sob luz refletida. Colônias com morfologia característica foram transferidas
para o meio Tio's, incubado a 37º C-24- 48h, para posterior identificação
bioquímica. Os indivíduos foram agrupados em 3 categorias de risco à cárie, de
acordo com o nível salivar do grupa mutans segundo Köhler & Bratthall
(J.Clin.Microbiol., 9:584, 1979): 0-20UFC( 0.103 estreptococos/ml) -baixo;
21-100UFC (103 -106) -médio e> 100UFC(>106 -alto risco. Das 193 crianças
analisadas 59(30,6%) apresentavam baixo ;58(30,0%) médio e 76(39,4%) alto risco
à cárie. O grupo mutans foi detectado na saliva de 189 crianças (97,9%). Todas
as 189(100,0%) albergavam a espécie S.mutans, sendo que 100(53,8%) estavam
colonizadas pelas espécies S.mutans e S.sobrinus (mu1ticolonizadas). Estes
dados demonstram a ocorrência de 69,4% de crianças com risco de cárie, ou seja,
mutans milionário, bem como, também
indicam a alta prevalência da espécie S.sobrinus.
89
ESTUDO DA
MICROBIOTA FÚNGICA DA MUCOSA VAGINAL DE PARTURIENTES E DA MUCOSA BUCAL DOS SEUS
RECÉM-NASCIDOS.
Dayse
A.Caramalac*; Esther G.Birman**; Claudete R.Paula*.
Deptº de
Microbiologia, Inst.Ciências Biomédicas USP, O5508-900 São Paulo*; Faculdade de
Odontologia -Inst.Ciências Biomédicas USP-05508-900 São Paulo**
A
freqüência de leveduras colonizando a boca de neonatos é bastante controversa,
sendo o canal do parto considerado fonte importante de infecção. Outros nichos
ecológicos e fomites, podem também contribuir para o estabelecimento de fungos
principalmente de espécies de Candida. O potencial patogênico que C.albicans
pode assumir em recém-nascidos, motivou-nos a realizar este estudo.
Procuramos
assim verificar a freqüência de leveduras da boca de neonatos (40) e da vagina
materna, sendo as mães divididas em dois grupos: 20 com parto normal e 20 com
parto cesareana.
"Swabs"
da mucosa oral foram obtidos às 24, 72 horas e 9 dias após o nascimento e
"swabs" da mucosa vaginal coletados antes do parto. Estes materiais
foram semeados em placas de Petri contendo Ágar-sabouraud dextrose com
antibióticos. A identificação das leveduras foi realizada pela metodologia
clássica(Kreger-van Rij,The Yeast.A taxonomic study, 2º ed.,1984). Exame
clínico bucal nos neonatos também foi realizado.
Nossos
resultados demonstraram diferenças entre as culturas do material vaginal(35%) e
oral(l0%), principalmente em relação a C.albicans, com freqüência variável no
período de 24-72 horas (0%)e 9 dias(7,5%) e entre os grupos maternos e crianças
nascidas por parto normal ou cesareana.
Pode-se
concluir que, nesta amostragem, o canal do parto não parece ser a única ou
principal fonte de colonização da mucosa bucal de recém-nascidos.
90
FATORES
ENZIMÁTICOS DE AGRESSÃO PRODUZIDOS POR Candida albicans ISOLADAS DA CAVIDADE
BUCAL.
Mario T.Shimizu, Antonio O.C.Jorge & Vera
Fantinato.
Dept de
Patologia; Disc. Microbiologia, Fac. Odontologia S.J.Campos-UNESP, São José dos
Campos, 12245-000 (SP).
Isolou-se
17 amostras de Candida albicans da cavidade bucal de crianças clinicamente
sadias: para tanto, colheu-se cerca de 2 ml de saliva sem estimulação e após
homogeneização, 0,1 ml da mesma foi semeada em Agar Sabouraud Dextrose. A
identificação foi feita bioquimicamente e pela capacidade da levedura em
produzir tubo germinativo e clamidósporo.
Das
amostras identificadas como C.albicans, pesquisou-se a produção de
hialuronidase, condroitin sulfatase, proteinase e fosfolipase, enzimas essas
que são consideradas importantes fatores de patogenicidade em bactérias. Todas
as 17 amostras produziram todas as enzimas pesquisadas. Cinco dessas amostras
foram inoculadas experimentalmente em camundongos com o objetivo de se
verificar a sua virulência. Inoculou-se grupos de 15 animais, por via
intravenosa, com uma suspensão contendo cerca de 106 células/ml e os mesmos
foram observados por até 60 dias. Todas as cinco amostras mataram 100% dos
animais inoculados sendo que três delas mataram rapidamente os animais, isto é,
entre o 8º e 14º dias após a inoculação e duas delas, matara os animais mais
tardiamente, isto é, entre o 25º e 26º dias. Além dessas amostras,
selecionou-se uma amostra mutante, não produtora de nenhuma das enzimas e
verificou-se que essa amostra mutante não matava os animais inoculados.
Auxílio
financeiro: FAPESP (Proc. Nº 88/3591-6)
FUNDUNESP
(Proc. Nº 3341/88-DFP)
91
HIDROFOBICIDADE
DE Streptococcus mutans E Streptococcus sanguis: INTERFERÊNCIA DE AGENTES
QUÍMICOS.
Silvana Cai
& Flávio Zelante
Laboratório
de Microbiologia Oral - ICB/USP-CEP 05508-900-São Paulo
As ligações
hidrofóbicas entre componentes da superfície bacteriana e proteínas salivares
constituem um dos mecanismos de adesão bacteriana à película adquirida. Neste sentido
foi avaliado o efeito de clorexidine, hexetidine, fluoretos de sódio (NaF) e
amônio (NH4F), lauril sulfato de sódio (SDS) e cloreto de cetilpiridínio, em
concentrações subinibitórias, na hidrofobicidade de S mutans e S. sanguis.
Inicialmente, foram determinadas as concentrações inibitórias mínimas desses
agentes, através do método de diluição em caldo, com modificações. A
hidrofobicidade das células foi determinada empregando-se o método de partição
de fases com adição de n-hexadecano. Quando desenvolvidas em meio isento de
agente químico, 93% das células de S. mutans e 98% das células de
S.sanguis se adsorveram ao
n-hexadecano. Para S. mutans, o clorexidine e o cloreto de cetilpiridínio
diminuíram a hidrofobicidade das células em 6,4% e 3,3%, respectivamente. O
NaF, SDS e hexetidine atuaram no
decréscimo da hidrofobicidade em torno de 1% e o NH4F em 0,4% das
células. Para S. sanguis todos os quimioterápicos diminuíram a hidrofobicidade
das células em, aproximadamente, 1%, e o SDS fez com que 5% das células se
tornassem hidrofílicas.
Apoio CNPq
-Proc. Nº 410059/90-0
92
IMUNOGLOBULINAS
SALIVARES E PREVALÊNCIA DE CÁRIE EM PORTADORES DE DIABETES MELLITUS
INSULINO-DEPENDENTE (DMID)
Odi1a
P.S.Rosa, Regina S.S.Rocha & Eymar S. Lopes.
Disc.Microbiologia
e Imunologia, Faculdade de Odontologia Bauru- USP
Considerando
a escassa literatura sobre alterações produzidas nas glândulas salivares pelo
DMID, traduzidas por variações na concentração dos constituintes salivares que
poderiam influenciar no desenvolvimento da cárie dental, em um grupo de 18
pacientes, com idades entre 10 e 24 anos, foram realizadas a determinação do
índice CPOS, a avaliação da velocidade do fluxo e a quantificação de
imunoglobulinas na saliva total estimulada, empregando a técnica da
imunodifusão radial simples em imunoplacas para baixas concentrações. Como
grupo controle foram selecionados 18 indivíduos; sadios comparáveis aos
pacientes em idade, sexo, raça e condição sócio-econômica.
As médias e
desvios-padrão para as variáveis estudadas foram, respectivamente, para os
grupos do DMID e controle: Índice CPOS -21,06 + 16,69 e 22,70 + 15,24;
velocidade de fluxo salivar - 0,72 + 0,42 e 1,21 + 0,43 ml min; concentrações
de IgA - 4,58 + 2,22
e 4,03 + 2,42 mg/100 ml; IgG - l,85 + 1,53 e 2,35 + 2,68 mg/100 ml e IgM - 0,39 + 0,51 e 0,35 + 0,71 mg/100
ml e taxas de secreção de IgA - 28,23 +12,20 e 43,84 + 23,25 ug/min; IgG -
l2,l4 + 10,75 e 26,40 + 31,43 ug/ min e IgM - 2,02 + 3,00 e 4,21 + 8,82 pg/min.
A comparação entre os grupos, feita através do teste não paramétrico de Mann -
Whitney, realizado a nível de 5%, revelou as seguintes diferenças
estatisticamente significantes para o
grupo dos pacientes: 1. Menor velocidade de fluxo; 2. maior concentração de
IgA, conseqüência de um efeito concentrador do fluxo salivar diminuído, já que
não houve diferença significante na taxa de secreção de IgA e 3. menor taxa de
secreção de IgA a qual não representa prejuízo da função glandular, uma vez que
esta é melhor retratada pela produção normal da IgA.
Neste grupo
de portadores de DMID a prevalência de cárie, semelhante à do grupo controle
apesar da dieta restritiva em sacarose, pode em parte ser atribuída a uma
restrição do fluxo salivar, mas não à composição imunoglobulínica da saliva.
93
SUSCEPTIBILIDADE
DE 41 CEPAS DO GÊNERO Fusobacterium, ISOLADOS DE PLACA DENTÁRIA DE Callithrix
sp. A 12 ANTIMICROBIANOS.
Susana
N.Diniz; Luiz M.Farias; Maria A.R.Carvalho, Leógenes,H.Pereira & Eduardo
O.Cisalpino.
Lab.Microb.
Oral e Anaeróbios do Deptº Microbiologia do Instituto de Ciências Biológicas da
UFMG. Belo Horizonte-MG. Deptº de Parasitologia/Microbiologia do C.C.S. da
FUFPI. Teresina-PI.
O gênero
Fusobacterium inclui diversas espécies de bastonetes Gram-negativos, anaeróbios
obrigatórios, não esporulados, cujo habitat natural são as mucosas, formando
parte da microbiota indígena oral e intestinal humana e animal.
A
ocorrência de espécies deste gênero na microbiota oral de primatas não humanos
é pouco relatada.
Os testes
de susceptibilidade a drogas antimicrobianas de bactérias anaeróbicas não são
rotina na maioria dos laboratórios do nosso país.
Neste
trabalho, mostramos o perfil de susceptibilidade de espécies do gênero
Fusobacterium, isoladas da cavidade oral de saguis, C. penicillata e C.jacchus,
mantidos em cativeiro no Biotério Central do Instituto de Ciências Biológicas
(ICB/UFMG), a 12 drogas antimicrobianas, pelo método de diluição em caldo,
usando-se a técnica de diluição do disco em caldo BHI suplementado (Wilkins &
Thiel, 1973). Dos 41 isolados testados (10 F.nucleatum, 4 F.mortiferum, 1
F.necrophorum e 26 Fusobacterium sp.),
o perfil de susceptibilidade foi bastante homogêneo,
sendo todos
resistentes a Vancomicina, Eritromicina, Norfloxacin; a maioria (32) à Rifampicina,
e todos sensíveis a Tetraciclina, Cloranfenicol, Clindamicina, Metronidazol,
Bacitracina, Ampicilina, Cefoxitina e Penicilina G.
Os
resultados obtidos concordam com os dados da literatura em relação às cepas
isoladas de humanos.
Dada a
importância clínica deste grupo, em termos ecológicos e na patogêneses das
doenças infecciosas, será essencial o estudo de cepas recuperadas também de
animais silvestres, como dado biológico básico e para a Microbiologia comparada
.
Apoio CNPq,
PRPq(UFMG)
94
ANATOMIA DA
REGIÃO LATERAL DA ATM.
Adaah R.
Freire, João Adolfo Caldas Navarro, Carla M. Castro Araújo.
Depto. de
Morfologia. FOB-USP, Bauru.
Nos acessos
cirúrgicos laterais à ATM muitas estruturas anatômicas são envolvidas. Sob o
ponto de vista macroscópicas e por suas disposições complexas.
Com o
objetivo de evidenciar essas formações, os autores realizaram 10 preparos
anatômicos, através da microdissecção, evidenciando, seqüencialmente, todos os
elementos anatômicos interpostos entre a pele e a superfície capsular da ATM,
assim como as suas extensões posteriores e anteriores próximas.
Dentre essas estruturas destacam-se os nervos
facial e auriculotemporal, com suas ramificações e anastomoses; as relações
neurovasculares facial e auriculotemporal e as artérias carótida externa e seus
ramos; a veia retromandibular e suas tributárias, a glândula parótida,
linfonodos e o ligamento temporomandibular, além do músculo masséter e suas
prováveis ligações com a ATM.
Com base
nessas observações os autores sugerem a utilização do microscópio cirúrgico nas
cirurgias da ATM.
95
ANATOMIA
DAS COMUNICAÇÕES NASOMAXILARES E MAXILO-ETMOIDAIS.
Adolfo
Caldas NAVARRO; Regina Papassoni Santos.
Depto.Morfologia,
FOB-USP, Bauru.
As
implicações clínicas e cirúrgicas das comunicações nasosinusais são muito
importantes, devido à variedade anatômica que apresentam, resultando em
múltiplos aspectos anátomopatológicos.
Os autores
realizaram 30 preparos anatômicos observando o seio maxilar, pelo seu interior
através de sua parede medial. Foram observados os óstios do seio maxilar,
quanto à freqüência, número, forma, localização e variações anatômicas.
Os óstios
principais foram encontrados nos 30 casos (100%); um óstio acessório, em 10
casos (30%) ; dois óstios acessórios, em 4 casos (12%) ; em um caso (3%) foi
observada uma comunicação
maxilo-etmoidal.
As formas,
número e diâmetro dos óstios variaram assim como as suas aberturas nasais, com
a presença ou a ausência de canais comunicantes e seus direcionamentos.
Em geral a
abertura nasal do óstio principal ocorreu no canal unciforme, enquanto às dos
óstios acessórios encontram-se em diferentes locais do meato médio.
O volume da
bolha etmoidal também interferiu na abertura nasal do óstio principal. Quando
hipertrofiada, obstruía parcialmente o óstio.
96
ARRANJO
TRIDIMENSIONAL DAS FIBRAS COLÃGENAS DAS FIBRAS MUSCULARES DO TERÇO POSTERIOR DA
LÍNGUA DE COELHOS; TRATADOS COM SOLUÇÃO ALCALINA.
Cristina
Ioshie Mizusaki 1 , ZiIda O. Martin2, Mamie M. Iyomasa2 & Ii-Sei Watanabe
2
Depto. de
Morfologia, EPM e Depto. de Anatomia, Instituto de Ciências Biomédicas da USP2,
05508-900- São Paulo -SP.
As fibras
dos músculos esqueléticos são envoltas por uma delgada camada de feixes de
fibras colágenas constituintes do endomísio. Estes feixes dispõem-se separando fibras musculares
longitudinalmente.
Para
verificar a disposição das fibras colágenas do endomísio e do perimísio em
estado original dos músculos do terço posterior da língua de coelhos
(macho/fêmeas), as peças foram fixadas em solução de Karnovsky modificada
contendo
2,5% de glutaraldeído, 2%de paraformaldeído em solução tampão fosfato de sódio
a 0,lM e pH 7,4 em solução de tetróxido de ósmio a 2% durante 4 h. Em seguida
as peças foram maceradas em solução de hidrõxido de sódio a 10% por 4 à 7 dias,
a temperatura ambiente. Feita a lavagem em água destilada durante 12 h, as
peças foram pós-fixadas em solução tamponada de tetróxido de ósmio a 1 % a 4ºC
durante 2h e desidratadas em série crescente de álcoois a partir de
65% até o absoluto e em solução de
acetato de isoamila durante 3 h. O ponto crítico foi feito em aparelho Hitachi
CPD-2 e cobertura de íons de ouro em Coating System Device (Watford, England).
As amostras foram examinadas em microscópio eletrônico de varredura Hitachi
S-800.
Os
resultados mostraram que a disposição de feixes de fibras colágenas são notadas
em 2 camadas: a mais externa, constituinte
do perimísio, as quais dispõem-se em feixes longitudinais; a mais
interna constituinte do endomísio
formando redes complexas. Aspectos tri-dimensionais das fibras colágenas
resultantes de cortes transversais de músculos podem apresentar espaços
correspondentes às fibras musculares medindo diâmetros variados. Aspectos
longitudinais revelam grupamentos de fibras, constituindo rede complexa de
fibras colágena
97
AÇÃO DO EDTA SOBRE O MANTO DENTINÁRIO NO
INICIO DO PROCESSO DE MINERALIZAÇÃO
Maria
L.P.Almeida; Paula Dechichi; Antônio W.Almeida; Rogério S. Jorge.
Deptº
Morfologia-Centros de Ciências Biomédicas da Universidade Federal de
Uberlândia,Mg. CEP 38405-382.
A faixa de
2(dois) micrômetros de dentina em contato com a junção amelodentinária
constitui a porção inicial da dentina do manto. Esta representa a primeira
deposição de dentina efetuada pelos odontoblastos. Sua matriz orgânica
constituída principalmente por fibrilas colágenas do tipo I, sobre as quais
ocorre precipitação de cristais minerais. O processo inicial de mineralização
da matriz orgânica da dentina permanece em discussão. No presente trabalho,
pretendemos avançar as discussões sobre as interações entre substâncias não
colágenas com tais fibrilas. As
micrografias eletrônicas foram obtidas do lº molar superior de rato albino com
três dias de idade, removido após decapitação e processado segundo técnica de
rotina para microscopia eletrônica. Os cortes ultrafinos do material foram
corados com citrato de chumbo (6 minutos) e acetato de uranila (15 minutos).
Foi estudada a porção secretora dos ameloblastos logo após a ruptura da lâmina
basal. A secreção granular elaborada pelos ameloblastos misturou-se com
material bastante eletrondispersante do manto dentinário. Na região mais
eletrodensa do manto, foram observadas fibrilas colágenas com grau de
polimerização maior do que a das fibrilas das áreas com menor
eletrondispersividade. Após ação do EDTA (ácido etileno diamino tetracético)
durante 30 minutos, observou-se
ausência de "coloração" em áreas do manto dentinário. Estes
cortes ultrafinos foram corados novamente por tempo nunca inferior ao dobro
necessário, antes da ação do EDTA. Foi observado que os grânulos secretados
pelos ameloblastos e as fibrilas pouco mineralizadas do manto dentinário, não
alteraram sua eletrondispersividade.O
mesmo não aconteceu em algumas áreas do manto que, provavelmente,
correspondem á primeira frente de mineralização, após a ação do EDTA.
Observou-se que as áreas de maior eletrondispersividade foram completamente
removidas. Portanto, após a ação do EDTA, as fibrilas permaneceram sem
coloração, pois o material responsável pela captação do "corante"
eletrônico foi retirado. Este material pode ser inorgânico (mineral) e/ou algum
componente orgânico da substância fundamental que participe do processo inicial
de mineralização do manto dentinário.
98
ASPECTOS
ULTRAESTRUTURAIS DO LIMITE AMELODENTINÃRIO NO INÍCIO DO PROCESSO DE
MINERALIZAÇÃO DO ESMALTE.
Paula Dechichi; Antônio W.Almeida; Maria
L.P.Almeida; Rogério S.Jorge.
Deptº de
Morfologia do Centro de Ciências Biomédicas Universidade Federal de Uberlândia,
MG. CEP 38.405-382.
A
micrografia eletrônica mostra a região do limite amelodentinário de germe
dental do primeiro molar superior de rato albino com quatro dias de idade. Na
região do esmalte (E), observa-se a matriz orgânica disposta em feixes de
fitas, cortadas obliquamente na região interprismática e algumas cortadas
transversalmente, na região dos prismas. O início do processo de mineralização
das fitas de matriz orgânica é observado nos cortes oblíquos como espículas
elétron dispersantes, e nos cortes transversais, como estruturas retangulares
apresentando 40 nanômetros de largura e l0 nanômetros de espessura. Tais
estruturas são interpretadas como sendo cristais minerais. Os cortes
transversais permitem observar que permanece um halo com dispersividade
eletrônica menor ao redor do cristal. Tal material poderia representar restos
de matriz orgânica envolvendo as fitas mineralizadas, o que permitiria o
crescimento ulterior das mesmas.
O manto
dentinário mostra-se intimamente associado à superfície do esmalte. No primeiro
micrômetro da região limítrofe, existe mistura da matriz orgânica do esmalte
com a matriz orgânica do manto. Pode-se, portanto, observar na espessura do
esmalte, áreas representadas em N, que apresentam características ultraestruturais
do manto, e no interior do mesmo, fitas que representam a matriz orgânica do
esmalte, mostradas em F. Tal material, em algum; pontos (C), mostra o início do
processo de mineralização do esmalte ,envolvido por áreas que representam o
início do processo de mineralização do manto.
Os três
primeiros micrômetros do manto dentinário apresentam-se com elétron
dispersividade mais acentuada, devido à deposição de maior quantidade de matriz
orgânica do tipo não fibrilar, que se deposita fora e no interior das fibrilas colágenas. A região do manto com
menor intensidade de "coloração" caracteriza-se por apresentar áreas
pouco elétron dispersantes ao nível dos prolongamentos citoplasmáticos (P) dos
odontoblasto e ainda em locais onde as fibrilas colágenas (Co) não foram
"coradas". Tais achados permitem supor que as fibrilas mais próximas
da frente de esmalte já incorporaram maior quantidade de substância não
colágena, que responderia pela maior eletrón dispersividade em tais fibrilas.
99
ASPECTOS
ULTRAESTRUTURAIS DO PROCESSO DE MINERALIZAÇÃO DAS FIBRILAS COLÁGENAS NO MANTO
DENTINÁRIO.
AntônioW.Almeida;Maria
L.P.Almeida;Paula Dechichi,Rogério Jorge.
Deptº de
Morfologia do Centro de Ciências Biomédicas da Universidade Federal de
Uberlândia, MG. CEP: 38.405-382.
A micrografia eletrônica mostra o manto
dentinário do germe dental do primeiro molar superior de rato albino com quatro
dias de idade. Na área superior, indicada pela letra A, percebe-se na região
intertubular (IT) uma maior dispersividade eletrônica. Tal região mostra uma
fase do processo de mineralização mais avançado do que aquela encontrada na
área B. Assim, as fibrilas colágenas encontradas tanto em A como em B, mostram
densidade eletrônica sensivelmente maior na área A. Acredita-se que em A, as
fibrilas colágenas,com 100 nanômetros de diâmetro, incorporam maior quantidade
de substância(s) não colágena (s) que ocupara (m) preferentemente as bandas
escuras, dispostas transversalmente ao longo do eixo maior de tais fibrilas. Na
área B, muitas fibrilas não foram "coradas", o que foi interpretado
como sendo devido à não incorporação da (s) substância (s) não colágena (s).
Nas bandas escuras da fibrila nota-se espículas com elétron dispersividade
muito acentuada algumas das quais,com comprimento aproximadamente igual ao das
referidas bandas. Tais espículas, em alguns locais,apresentam-se empilhadas e
restritas às bandas escuras. Nas fibrilas mais mineralizadas, as espículas
ultrapassam a região das bandas escuras tomando também as claras. Interpretou-se
tais achados, como sendo passos de um processo progressivo nas etapas de
mineralização das fibrilas. Assim, elas devem alcançar o diâmetro de 100
nanômetros, em seguida recebem o material não colágeno que se deposita nas
bandas escuras e só então, a fibrila torna-se
capaz de atrair o íon cálcio, aumentando sua concentração local e
conseqüente mineralização. Os primeiros cristais ocupariam as bandas escuras,
para seguida aumentarem em volume e ocuparem também as bandas claras.Os cortes
transversais das fibrilas (T), indicam que tal processo, acima descrito, ocorre
primeiramente na periferia da fibrila.
100
AVALIAÇÃO
DA ÁREA EM MM2 DA INTERFACE EPITÉLIO/TECIDO CONJUNTIVO DE GENGIVA HUMANA
Antonio
C.M.Stipp e Tânia M..Cestari
Dep.
Morfologia -Faculdade de Odontologia de Bauru -USP.
A
superfície da interface epitélio/tecido conjuntivo está diretamente relacionada
com a forma e o volume das cristas epiteliais; quaisquer alterações em uma ou
outra, conjunta ou independentemente, podem levar a variações na superfície da
interface não perceptíveis através de medidas lineares, mesmo que expressas em
proporção a superfície luminal. As medidas dessa superfície podem ser
realizadas através de modelos tridimensionais obtidos de cortes seriados ou por
imagens também tridimensionais obtidas em computador; a primeira é pouco fiel e
a segunda requer da informática aparelhagem e programas sofisticados.
O método
morfométrico para a determinação de superfície de área descrito por vários
autores (Aherne & Dunnil, Morphometry, 1982 -Ed.Edward Arnold Ltd.) pode
ser utilizado para essas medidas.
Esse método
tem como base o valor médio de intersecções das linhas do retículo em relação à
superfície do objeto, o comprimento total das linhas e volume absoluto do
objeto em questão, independentemente da sua forma ou tamanho. A superfície de
área é dada pela fórmula:S = 2V/L, onde V correspondem ao volume absoluto e L à média de
intersecções lineares, que é dado pelo comprimento total da linha da retículo
dividido pelo número de intersecções, ou nl/I.. Dada a impossibilidade de se
avaliar o volume do epitélio, calculando-se para um mesmo fragmento de epitélio
a sua superfície luminal (S1) e basal(Sb), é possível obter-se a área da
interface por unidade de área da superfície luminal. Para comprovar a
aplicabilidade do método em epitélios utilizou-se de 05 amostras de gengivas
humanas de pacientes de ambos os sexos com idade de 20-40 anos, preparadas
histologicamente para microscopia de luz. Através de amostragem estratificada,
os cortes e campos foram selecionados e a área da interface foi avaliada
utilizando-se três tipos de retículos de interação (retículo de Merz. de Weibel
e de linhas ao acaso). Os resultados comparados aos de outros autores (Karring
& Loe, Acta Odont. Scand.31: 241-8, 1973 demonstraram a fidelidade do
método.
101
CHONDROITIN-6-SULFATE APPEARS TO BE A CONSTlTUENT OF
MATRIX-VESICLES OF EARLY DEVELOPING DENTINE AS DEMONSTRA'I'ED BY IMMUNOCYTOCHEMICAL
LABELING.
Anita H. Strausl; Edna F. Haapalainen2; Victor E.
Arana-Chavez3; Hélio K. Takahashil & Eduardo Katchburian2,4
Dept. Biochemistryl, Electron Microscopy Centre2,
Dept. Histology4, Escola Paulista de Medicina, 04023 São Paulo, S.P. ; Dept.
Histology and Embriology3, I.C.B. , Universidade de São Paulo, 05508 São Paulo,
S.P.
Matrix-vesicles are membrane-bound structures of
cellular origin which are involved in the early mineralizing events of bone,
dentine, and calcifying cartilage. The mechanism by which they acquire their
mineral content remains unclear. However, it has been suggested that
proteoglycans (PGs) of matrix-vesicle membranes may be related to mineral
deposition (Tenório et.al., J.Anat., 169:237, 1990). In the present study we
have investigated the possibility that chondroitin-6-sulfate (C6S), a calcium
binding glycosaminoglycan (GAG) , may be a constituent of matrix-vesicle PGs in
early developing dentine.
Tooth germs
fram 2-3 old days rats were fixed in glutaraldehyde- formaldehyde and
subsequently embedded in LR White resin. Ultrathin sections were blocked with
BSA 5% and incubated sequentially with MoAb ST-2 ( IgM, specifc against C6S. No
cross reactivity with 5 other GAGs, dextran sulfate or DNA), rabbit anti-mouse IgG
and protein A gold (10nm particles) prior to examination in a JEOL 1200 EX II
electron microscope.
Our preliminary results show that gold particles are
present in the peripheral region of dense bodies of the matrix, presumably
matrix-vesicles.
Althoug it has not been possible to visua1ize the
matrix-vesic1e membrane, our results suggest that matrix-vesicles contain PGs
with carbohydrate chains formed by repeating units of GlcAB1-3GaINAc-6-O-SO4.
Supported by
FAPESP and CNPq
102
CONTRIBUIÇÃO
AO ESTUDO ANATÔMICO DO RAMO TEMPOROFACIAL DO NERVO FACIAL.
Andrea F.F.Belone, João A. C. Navarro, Jesus
C. Andreo.
Depto.
Morfologia, FOB- USP, Bauru.
A gravidade
endêmica da hanseníase é evidenciada especialmente quando se tem em conta a
alta porcentagem de incapacidades que ocorrem em áreas de importância
fundamental para a vida social do indivíduo, tais como mãos, pés e face. Estas
incapacidades são, na maioria das vezes, o resultado de um acontecimento quase
que invariável na hanseníase: a lesão neurológica. Desta forma, em virtude da
severidade dessa condição, o lagoftalmo, apesar de pouco freqüente em
hanseníase, deve merecer atenção especial, no que tange a estudos que
possibilitem a compreensão mais detalhada de estruturas anatômicas que possam
por ventura favorecer a sua ocorrência. Nesse sentido, pretendeu-se através da
técnica de mesodissecção, realizar um estudo do ramo temporofacial do nervo
facial e suas relações anatômicas. Foram utilizadas 20 hemi-cabeças de
cadáveres de indivíduos brasileiros, adultos, do sexo masculino, formalizados a
10%. Ao microscópio cirúrgico D. F. Vasconcelos, com objetiva de 100 mm, foram
realizadas dissecções da região média lateral da face, a partir da junção dos
terços posterior e médio da glândula parótida, buscando-se localizar o ramo
temporofacial e suas ramificações temporal e zigomático e relações anatômicas.
Os resultados mostraram.3 tipos diferentes de distribuição do ramo
temporofacial (R.1}. Em 15 casos (75%) classificados como tipo I, R.1
dividiu-se em ramo temporal (R.1.1) e ramo zigomático (R.1.2); em 3 casos
(15%), denominados tipo II, o ramo temporofacial (R.1) dividiu-se em 2 ramos
temporais (R.1.1.1 e R.1.1.2) e um ramo zigomático (R.1.2); em 2 casos (10%)
classificados como tipo III, dividiu-se em um ramo temporal (R.1.1) e 2 ramos
zigomáticos (R.1.2.1 e R.l.2.2). A descrição do ramo temporofacial no interior
da glândula parótida coincidiu com os dados da literatura consultada, mas a descrição
dos ramos terminais (R. l. l. l, R.1.1.2, R.1.2.1 e R.l.2.2) não pôde ser
confrontada com esta literatura uma vez que, normalmente elas não chegam a este
nível.
103
CRESCIMENTO
PRÉNATAL DA MANDÍBULA HUMANA: ALOMETRIA BIVARIADA E MULTIVARIADA COMPARANDO
DIFERENTES MEDIDAS MANDIBULARES.
Maria
Ucrânia -Alves & Carlos A. Mandarim-de-Lacerda.
Disciplina
de Odontopediatria, Fac. Odontogia, e Dept. Anatomia. Inst. Biologia UERJ,
20550 170 RJ (Fax: 021.254.3532) .
Apesar da
mandíbula no adulto ser um osso único, durante o desenvolvimento ela é
divisível em várias subunidades esqueléticas: o corpo mandibular (com a porção
alveolar), os processos coronóide, angular e condilar, e o mento. O presente
trabalho pretende contribuir para o conhecimento do crescimento das diferentes
porções mandibulares nos dois últimos trimestres de gestação. O estudo foi
realizado com 36 fetos humanos (idades entre 13 e 37 semanas gestacionais,
ambos os sexos), através de análises alométricas bivariada e multivariada (análise
dos componentes principais, ACP). Diversas medidas lineares e angulares da
mandíbula foram estudadas e correlacionadas com o peso e a idade fetais. Os
resultados da análise bivariada e a ACP foram similares. Nenhuma dimensão
mandibular cresceu de modo isométrico (similaridade geométrica). A ACP
evidenciou que as seguintes medidas apresentaram alometria negativa:
côndilo-Gnathion (ambos os lados), Gonion-processo coronóide (ambos os lados),
côndilo-processo coronóide (ambos os lados), e Gonion-Gnathion (lado direito).
Por outro lado constatamos crescimento alométrico positivo em: Gonion-Gnathion
(lado esquerdo) e na altura sinfisal (ambos os lados). Houve crescimento mais
acelerado no lado direito nos seguintes parâmetros: Gonion-processo coronóide, e
altura sinfisal. Todas as outras medidas mandibulares apresentaram maior
crescimento no lado esquerdo. Durante o 2º e 3º trimestres de vida intrauterina o crescimento mandibular foi
alométrico, o corpo da mandíbula cresceu com mais intensidade que o ramo, em
comprimento e altura. As maiores mudanças de crescimento foram encontradas na
altura sinfisal. A variação do ângulo mandibular (entre o corpo e o ramo)
apresentou fraca correlação estatística com o crescimento dos parâmetros
lineares da mandíbula durante o período pré-natal.
Auxílio
financeiro: CAPES e CNPq (50.00.427/91.7)
104
DESCALCIFICAÇÃO
DE TECIDOS MINERALIZADOS DA MANDÍBULA DE RATOS COM O AUXÍLIO DO FORNO DE
MICROONDAS.
Miriam R.
Faria, Paula Dechichi & Sigmar M. Rode.
Depto. de
Histologia e Embriologia, I.C.B.-U.S.P. , 05508-900, São Paulo (SP)
Uma das
maneiras de se estudar os tecidos mineralizados é remover seus sais minerais,
ou seja, desmineralizá-los. A vantagem dessa forma de estudo é justamente
preservar suas células, vasos e nervos, mantendo, ao mesmo tempo, situação e
relação desses elementos entre si.
Vários
métodos são usados para tal fim: soluções fracas de ácido, combinações de 2
ácidos ou, mais modernamente, o emprego de quelantes (EDTA). Este método é o
que tem obtido resultados melhores no que diz respeito à conservação das
estruturas histológicas. No entanto sua ação é demorada exigindo atenção
constante na substituição sistemática das soluções empregadas. Daí surgiu a
idéia de associar um quelante às microondas, cuja ação ativadora é dada,
provavelmente, pela intensidade, freqüência e comprimento das microondas, que
excitam as moléculas possibilitando maior difusão da solução nos tecidos.
Para este
estudo foram utilizadas 6 hemi-mandíbulas de ratos adultos (Wistar) fixadas em
etanol 70% por 24h a temperatura ambiente. Após a fixação o material foi
transportado para uma solução de EDTA 7%, pH 7,3 e dividido em 2 grupos. No
grupo controle as hemi-mandíbulas permaneceram na solução de EDTA sob agitação
a temperatura ambiente com trocas semanais da solução. No outro grupo as
hemi-mandíbulas foram colocadas em um becker com solução de EDTA que foi
parcialmente imerso em uma cuba de vidro com água e gelo para retardar o
aumento da temperatura. Este sistema era então colocado dentro do forno de
microondas, regulado para operar em potência maxíma até atingir 40ºC, para
evitar alterações morfológicas teciduais. A solução de EDTA era trocada a cada
nova operação, num total de 4h diárias sendo que no intervalo o material
permaneceu em EDTA.
O grau de
descalcificação das estruturas mineralizadas de ambos os grupos foi testado
através da penetração de uma agulha nestes tecidos. No grupo controle o tempo
de descalcificação foi de aproximadamente 1560h (40 dias) enquanto no grupo sob
ação de microondas foi de 19h distribuídas em 5 dias. Após a descalcificação,
as hemi-mandíbulas seguiram técnica histológica de rotina para parafina e
cortes de 7 µm foram corados por H.E. e tricrômico de Mallory.
A
observação do material a nível de microscopia de luz mostrou o mesmo grau de
preservação morfológica dos tecidos nos 2 grupos sendo que o tempo de trabalho
foi menor quando se usou microondas, em aproximadamente 85%.
Auxílio
FAPESP 91/1594-0
105
DETECÇÃO E
IDENTIFICAÇÃO DE JUNÇÕES ENTRE ODONTOBLASTOS NA DENTINOGÊNESE INICIAL ATRAVÉS
DA MICROSCOPIA EI.ETRÔNICA DE CORTES ULTRAFINOS.
Victor E.
Arana-Chavez1 & Eduardo Katchburian2.
Dept. de
Histologia e Embriologia, I.C.B., Universidade de São Paulo. 05508 são Paulo,
S.P.l e Disciplina de Histologia e Centro de Microscopia Eletrônica, Escola
Paulista de Medicina, 04023 São Paulo,
S.P.2
A presença
de junções entre odontoblastos junto à dentina formada foi extensamente
estudada e descrita por diversos autores. Entretanto, na dentinogênese inicial,
apenas alguns relatos descrevem junções entre essas células. Por outro lado, a
detecção de junções intercelulares ao nível da microscopia eletrônica de cortes
ultrafinos, é freqüentemente dificultada pela superposição das membranas adjacentes
nas áreas de contatos intercelulares.
No presente
estudo examinamos germes dentários de primeiros molares superiores de ratos
Wistar com 2-3 dias de idade. Os espécimes foram fixados numa mistura com 4% de
glutaraldeído + 4% de formaldeído (preparado a partir do paraformaldeído) em
tampão cacodilato 0,1M -pH 7,4 contendo 1% de ácido tânico. Após o
processamento de rotina, o material foi examinado num microscópio JEOL 100 CX
II, utilizando-se o dispositivo ("tilt") que permite a inclinação dos
cortes, para cada região de contato intercelular .
A
utilização do ácido tânico na mistura fixadora melhorou notavelmente o
contraste das membranas plasmáticas e a inclinação dos cortes ultrafinos
permitiu discriminar claramente as unidades de membrana nas regiões de
superposição. Assim sendo, foi possível identificar entre os odontoblastos, nas
primeiras fases da dentinogênese, os três tipos de junções intercelulares
descritos na literatura para outros tipos celulares, isto é, oclusivas,
comunicantes e aderentes .
Auxílio
financeiro: FAPESP (91/3065-5)
106
ESTUDO DE
CANAIS DA FURCA E NO TERÇO CERVICAL DE RAÍZES DE MOLARES PERMANENTES HUMANOS
EMPRREGANDO A MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA.
Cristiane
G. Prada 1, Li-Sei Watanabe2, Brugo Konig Jr.2 & João H. Antoniazzi2
Dept. de
Dentística, Disciplina de Endodontia e Depto. de Anatomia ICB-USP , 05508-900
São Paulo (SP).
A
permeabilidade da dentina radicular é sempre maior no terço cervical da raiz, o
que traduz maior número de canalículos dentinários capazes de alojar
microorganismos. Tal fato aumenta de importância diante da presença de canais
acessórios.
A
existência de canais acessórios comunicando a câmara pulpar com os tecidos
periodontais pode acarretar diferentes formas de comprometimento pulpar e ou
periodontal.
Por
diferentes métodos de estudo, vários autores têm demonstrado a presença e a
incidência dos referidos forames e canais em percentuais variáveis de O a 76%.
No presente
estudo procura-se mostrar as características de forames acessórios na furca e
no terço cervical de raízes de molares permanentes humanos pela microscopia
eletrônica de varredura. Foram utilizados 40 molares permanentes humanos
íntegros, realizando-se fraturas longitudinais em 6 dentes para observar a
superfície lateral externa cervical do canal radicular. Cortes transversais do
terço apical das raízes foram efetuados para examinar a superfície da furca. As
peças colocadas em solução de hipoclorito de sódio a 5% durante 3 a 4 dias
conforme método descrito por Lester et al. (1981).
Em seguida,
os dentes foram desidratados em série crescente de álcoois, montados em bases
metálicas e cobertos com os íons de ouro em aparelho "IONS SPUTTER",
SCD-040 e examinados em microscópio eletrônico de varredura STEREOSCAM, 240
"Cambridge Instruments".
Os forames
observados na furca apresentaram formas circulares, ovaladas ou formas de
fissura sendo que os circulares possuíam diâmetros que variavam de 5 a 120
micrômetros.
Na
superfície lateral existem poucos forames de diâmetros menores (1,2 a 9,7
micrômetros). Houve algumas áreas
contendo depressões profundas e pequenos forames no seu interior que variavam
de 1,2 a 9,7 micrômetros.
Em maior
aumento observam-se nitidamente os espaços correspondentes aos forames na
superfície dentinária do canal radicular (terço cervical).
107
MICROSCOPIA
ELETRÔNICA DE VARREDURA DA DISTRIBUIÇÃO TRI-DIMENSIONAL DAS FIBRAS COLAGENAS
SUB-EPITELIAIS DA MUCOSA GENGIVAL DA MANDIBULA,TRATADA COM SOLUÇÃO ALCALINA:
José O.R.
Morais1,II - Sei Watanabe1, Zilda De O Martin1, Simone M. T. Sabóia
Morais1,Marisa Semprini 2 e Ruberval Lopes 2.
Deptº,
Anatomia e Histologia 1, ICB-USP e Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto2
- USP
A
distribuição estrutural de colágeno na interface epitélio-tecido conjuntivo é
extremamente variável em diferentes áreas da mucosa bucal. Recentemente,com o
desenvolvimento da técnica utilizando a solução alcalina (OHTANI, 1987) para a
remoção dos componentes celulares de diversos órgãos, iniciou-se o estudo do
aspecto tri-dimensional das papilas conjuntivas, em. nível de microscopia
eletrônica de varredura. Para este trabalho utilizou-se de cinco mucosas
gengivais da mandíbula tatú galinha, Dasypus novencinctus, fixadas em solução
de Karnovisky modificada, contendo 2,5% glutaraldeído, 2% paraformaldeido em
solução tampão fosfato de sódio a 0,1M e pH 7.3. Após 48 horas de fixação,
lavou-se em água destilada e tratou-se com solução de NaOH a 10% durante 4
a 7 dias a temperatura ambiente. Em
seguida foi feita a lavagem durante 12 horas e pós-fixadas em solução de
tetróxido de ósmio a 1% durante 2 horas a 4ºC. Foi feita a impregnação em
solução de ácido tânico a 2% (MURAKAMI, 1974). Desidratou-se em série crescente
de álcoois etanol, secagem ao ponto critico Balzers CPD-010 com C02 liquido,
cobertura de íons de ouro em aparelho "IONS SPUTTER" SCD-040 e exame
ao microscópio eletrônico de varredura.
Os
resultados mostraram que a mucosa gengival apresenta numerosas projeções
papilares de formas alongadas e circulares e de volumes variáveis. No espaço
interdental são encontradas papilas conjuntivas de formas filiformes e
aproximadamente 60 um de comprimento. As papilas conjuntivas apresentam
espessos feixes de fibras colágenas dispostas ao longo eixo da papila. Em
eletromicrografias de maior aumento, observa-se nitidamente a rede de fibras
colágenas e a distribuição tri-dimensional das papilas conjuntivas.
108
MORFOMETRIA
E TIPOS HISTOENZIMOLOGICOS DE FIBRAS DO MÚSCULO MASSETER DO MACACO-PREGO (Cebus
apella LINNAEUS, 1758)
Jesus .C. Andreo,
Vitalino Dall Pai, João A. C. Navarro, José A. de Oliveira.
Depto.
Morfologia, FOB- USP, Bauru.
Considerando
a similaridade bioquímica, comportamental e anatômica dos primatas não humanos
com o homem. Considerando também a similaridade entre os padrões
eletromiográficos dos músculos mastigatórios do macaco Rhesus e do homem.
Considerando ainda que as fibras musculares respondem a demanda funcional, que
no caso dos músculos da mastigação é, principalmente a mastigação, resolveu-se
observar as características histoenzimológicas, freqüência e área dos tipos de
fibras encontradas no músculo masseter do macaco-prego. Para isto, duas
amostras foram retiradas das regiões anterior e posterior do músculo masseter
direito, de 4 animais machos adultos e submetidas às reacões m.ATPase. (após
pré- incubação ácida e alcalina), SDH e NADH-TR. As fibras foram classificadas
como tipos FG, FOG e SO, de acordo com PETER et al. (1972), embora não tenha
ocorrido reação de reversão ácida com as fibras do tipo FG. O tipo de fibra
mais abundante foi o FG, o qual também apresentou maior área. Visto que este
músculo é volumoso no Cebus apella, que o arranjo das suas fibras é aquele de
músculo com contração forte, e que as fibras do tipo FG estão também
relacionadas com a força de contração muscular, pode-se afirmar que este animal
tem uma mordida potente.
Auxilio
financeiro: FAPESP (87/3059-0) e CAPES
109
PADRÃO
INTRA-FAMILIAR DE SAÚDE BUCAL: UM ESTUDO EM FAMILIAS BRASILEIRAS.
lsabela A. Pordeus.
Deptº.
Odontopediatria e Ortodontia, Fac. Odontologia/UFMG, BHte. , MG.
Este estudo
avaliou a hipótese de que, por famílias nucleares compartilharem um padrão de
comportamento semelhante, as crianças refletiriam, em seu próprio estado de
saúde bucal, a saúde bucal de seus pais .
A amostra
foi constituída por 164 famílias nucleares brasileiras, escolhidas
aleatoriamente e distribuídas igualmente em 4 classes sociais. Todos os membros
foram examinados clinicamente (CPOS, ODI-S) (861 exames). Aqueles de idade
igual ou superior a 10 anos foram entrevistados sobre o padrão de comportamento
para a saúde (dieta, higiene e atendimento odontológico) (717 entrevistas).
Para a avaliação do padrão intra-familiar foi utilizada, como método
estatístico, a análise do caminho critico'(path analysis).
Observou-se
um forte padrão intra-familiar do estado de saúde bucal e dos comportamentos
relacionados a esse. A análise do caminho crítico revelou que, para as
crianças, a agregação familiar explicou 71% da variação fenotípica ( CPOS ) ,
dos quais 54% foram determinados pela herança biológica e 17% pela herança
cultural. Fatores ambientais fora do âmbito familiar explicaram 29% da variação
fenotípica das crianças. Para os pais, os fatores fora do ambiente familiar contribuíram
com 68% para a variação fenotípica. Agregação familiar explicou 32% dessa
variação, dos quais 15% foram determinados pela herança biológica e 17% pela
herança cultural.
Foi
concluído que a experiência de cárie dentária estava fortemente determinada,
nas crianças, pela agregação familiar. Como os fatores ambientais se
apresentaram homogêneos e não tiveram tempo suficiente para se manifestarem
plenamente, a experiência da cárie dentária foi determinada mais fortemente
pelos fatores biológicos. Para os adultos, os fatores ambientais exerceram
grande influência na experiência de cárie dentária, por terem esses indivíduos
convivido por período suficiente com um ambiente 'hostil' , tornando os fatores
biológicos menos relevantes.
110
PADRÃO DE
SAÚDE BUCAL E COMPORTAMENTO DE SAÚDE EM INDIVÍDUOS DE DIFERENTES NÍVEIS
SÓCIO-ECONÔMICOS.
Isabela A.
Pordeus.
Dept.
Odontopediatria e Ortodontia, FO/UFMG, BHte., MG
O presente
estudo teve como objetivo analisar o padrão de saúde bucal e o comportamento
para saúde em indivíduos de diferentes níveis sócio-econômicos.
A amostra
foi composta por 164 famílias, distribuídas igualitariamente em 4 classes
sociais e selecionadas aleatoriamente. Todos os indivíduos foram examinados
clinicamente (CPOS, ODI-S) (861 exames). Aqueles indivíduos de idade igual ou
superior a 10 anos foram entrevistados (717 entrevistas) e comportamentos
diretamente relacionados com a saúde bucal foram analisados: consumo de
sacarose, freqüência de higienização e atendimento odontológico. Testes
estatísticos (análise de Variância, Tukey, e Kruskal-Wallis) foram realizados
para identificar possíveis diferenças sociais.
Foi
observada uma alta experiência de cárie (CPOS) em todas as classes sociais,
estando as diferenças clínica e estatisticamente significantes presentes
somente quando os componentes (CS, PS, e OS) eram analisados separadamente. Ao
se avaliar o padrão de higienização (ODI-S), foi observado um baixo índice de
placa em todas as classes sociais.
A análise
dos dados comportamentais mostrou um alto consumo de sacarose em todas as
classes sociais, tendo sido relatada uma alta freqüência de higienização. O
padrão de atendimento odontológico refletiu o sistema de saúde atual, quando a
maioria da população relatou freqüentar consultórios particulares. Enquanto que
aqueles indivíduos "mais privilegiados" economicamente procuram o
atendimento regularmente para revisões, os "menos privilegiados"
relataram, em sua maioria, fazê-lo quando da necessidade de tratamento (dor).
Foi
concluído que o padrão de saúde bucal (CPOS,ODI-S) e os comportamentos
diretamente relacionados (consumo de sacarose e freqüência de higienização) não
diferiram, significantemente, nas classes sociais. Ao se avaliar o reflexo do
atual sistema de saúde, concluiu-se que aqueles indivíduos que regularmente
procuram atendimento odontológico (classe social alta) apresentaram um maior
número de dentes restaurados, enquanto que aqueles que o procuram para
emergências apresentaram um maior número de dentes cariados e extraídos.
111
SAÚDE
BUCAL: PREVALÊNCIA DE CÁRIE E ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA EM ESCOLARES DE ÁREA
URBANA E RURAL DO MUNICÍPIO DE ARARAQUARA,SP.
Silvio
Rocha Corrêa da Silva & Ercilia Leal Dini.
Departamento
de Odontologia Social da Faculdade de Odontologia de Araraquara-UNESP, CEP
14.801-903, Araraquara, SP.
O objetivo
deste trabalho foi verificar a prevalência de cárie dentária e o nível de
assistência com relação à doença, na população escolar das áreas urbana e rural
no município de Araraquara-SP.
Os exames
foram realizados por dois examinadores, devidamente calibrados, utilizando o
índice CPO-D. Foram examinados 1.478 escolares da área urbana e 355 da área
rural, na faixa etária de 7 a 12 anos de idade .
Os
resultados mostraram que os valores do índice CPO-D são similares nas duas
áreas; aos 12 anos o CPO-D foi de 3,81 na área urbana e 4,00 na área rural,
considerados moderados de acordo com a classificação da OMS.
Os
componentes do índice CPO-D mostraram que as necessidades de tratamento já
satisfeitas (componentes extraído e obturado) correspondem a 84,43% e 25,97º
nas áreas urbana e rural, respectivamente. Observou-se ainda um percentual de
74,03% de necessidades acumuladas (componentes cariados e extração indicada )
na população rural e de apenas 15,57% na urbana. A assistência odontológica,
observada através destes componentes, mostra duas realidades distintas, pois na
área urbana 83,30% dos dentes atacados pela cárie dentária estão obturados
enquanto que na área rural este percentual é de 23,27%.
A moderada
prevalência de cárie dentária em ambas as populações sugere a eficácia da
utilização dos métodos de prevenção primária, água de abastecimento público
fluoretada e bochechos com soluções fluoretadas, nas áreas urbana e rural
respectivamente .
112
A
UTILIZAÇÃO DA RADIOGRAFIA CEFALOMÉTR1CA DE 45º NA PREDIÇÃO DO DIÂMETRO
MÉSIO-DISTAL DO CANIINO E PRÉ-MOLARES INFERIORES NÃO ERUPCIONADOS (um estudo
longitudinal).
Sandra de
Paula & Marco A. O.Almeida.
Faculdade
de Odontologia -UERJ -Av. 26-de Setembro, 157 Vila Izabel - Rio de Janeiro(RJ).
Face a
importância de se predizer o diâmetro mésio-distal de canino, primeiro e
segundo pré-molares inferiores ainda não erupcionados, foi testada a validade,
de utilização da radiografia cefalométrica de 45º para este propósito,
comparando o valor estimado através deste tipo de projeção radiográfica com o
valor real dos referidos dentes.
A amostra
empregada nesta pesquisa longitudinal, constou de 40 pacientes, igualmente
distribuídos entre os sexos, por ter sido comprovada uma diferença
significativa de tamanho dentário entre os sexos masculino e feminino. Os dados
necessários foram compilados de modelos inferiores e de radiografia
cefalométrica de 45º na fase de dentição mista e posteriormente de modelos
inferiores de dentição permanente, de cada componente da amostra.
Constatou-se
que a medição direta de canino e pré-molares inferiores não erupcionados na
radiografia cefalométrica de 45° era significativamente maior que os valores
reais, sendo estabelecidas equações de regressão linear simples, assim como
tabelas para correção desta ampliação. Comparando-se a medida real destes
dentes com o valor predito corrigido da radiografia cefalométrica de 45° e com
os diâmetros preditos pelos métodos de MOYERS ao nível de 75% de probabilidade,
de TANAKA & JOHNSTON, de CAREY e de BALLARU & WYLIE, evidenciou-se que
o único método de predição dentre estes testados que apresentou forte correlação
com o valor real de canino e, pre-molares inferiores, e que sugere portanto ser
o mais fidedigno, é a radiografia cefalométrica de 45° com sua ampliação
devidamente corrigida através das tabelas ou equações de regressão linear
propostas no estudo, para cada sexo separadamente.
y= 2,09 + 0,845 x sexo masculino
y= 6,39 + 0,646 x sexo feminino
y= valor
estimado para canino e pré-molares
inferiores de um lado do arco
x= valor do
canino e pré-molares inferiores na radiografia cefalométrica de 45°
113
ANÁLISE
INSTRUMENTAL DO MODO RESPIRATÓRIO EM RESPIRADORES NASAIS E RESPIRADORES ORAIS
HABITUAIS.
Fátima
L.D.M Schroeder & Inge E. K. Trindade.
Hospital de
Reabilitação de Bauru, USP- R. Silvio Marchioni 3-20. CEP 17043, Bauru, SP
A obstrução
anatômica ou funcional do nariz determina com freqüência o uso de uma
respiração oral de suplência potencialmente prejudicial à morfologia
dento-facial e à integridade funcional das vias aéreas inferiores é, portanto.
interesse comum às áreas de fisiologia e ortodontia, o estudo da distribuição
oro-nasal do fluxo aéreo respiratório em indivíduos com modo respiratório
normal e anormal através de métodos objetivos de análise. No presente estudo
utilizando a técnica espirométrica, comparou-se o modo respiratório de 2 grupos
de crianças (5-14 anos) clinicamente diagnosticadas como respiradores nasais
(RN,n=9), e como respiradores orais (RO,n=11). O paciente, sem conhecimento
prévio da técnica, era conectado ao bocal de um espirômetro Collins Apex DS com
as narinas abertas em respiração de repouso, sendo o volume corrente (VC)
registrado por 1 minuto. Nenhuma instrução era dada quanto ao modo respiratório
a ser adotado.Nesta situação, a obtenção de um traçado espirométrico plano
(VC=0) era interpretado como respiração nasal e a obtenção de VC=0, como
respiração oral ou oro-nasal. A presença de fluxo nasal era confirmada através
do embaçamento produzido em um espelho de aço posicionado sob as narinas.
Quando analisada a fase expiratória da respiração de repouso, os padrões oral,
oro-nasal e nasal foram constatados em 11%, 33% e 56% das crianças RN e em
27%,45,5% e 27% das crianças RO, respectivamente. Esses resultados mostram que
89% das crianças clinicamente diagnosticadas como RN, habituais respiraram por
via nasal ou oro-nasal, enquanto que 72,5% das diagnosticadas como RO habituais
respiraram por via oral ou oro-nasal, validando o uso da técnica como método
auxiliar de diagnóstico do modo respiratório. Entretanto, é importante destacar
que parte das crianças RN respiraram pela boca, parcial ou exclusivamente, o
que não se verificou em estudo anterior realizado em adultos normais, que
respiraram todos pelo nariz nas mesmas condições experimentais. As causas desta
discrepância observada entre o diagnóstico clínico e instrumental devem ser
ainda esclarecidas.
114
DIAGNÓSTICO
DIFERENCIAL DAS MALOCLUSÕES CL II ESQUELÉTICA E DENTÁRIA USANDO AS ANÁLISES DE
DOWNS E WYLIE.
Vania C. V.
Siqueira, M. Helena C. Almeida, M . Beatriz B. A Magnani, Darcy F. Nouer, Renato C. Almeida. FOP
Dep.
Odontologia Infantil - Cx .Postal 52 - 13400-970 Piracicaba
O sucesso
do tratamento ortodôntico depende de um diagnóstico apurado, que irá auxiliar
na escolha da mecanicoterapia adequada ao caso, bem como do conhecimento dos
fenômenos biológicos envolvidos. O padrão e potencial de crescimento
craniofacial são dados importantes no diagnóstico das maloclusões CI I, CI II,
CI III e principalmente nos casos em que o redirecionamento ou estímulo ao
crescimento se faz necessário.
Deste modo,
um diagnóstico diferencial onde informações sobre o grau e tipo de envolvimento
ósseobasal na etiologia da CI II é importante indicando o uso de um tratamento
ortodôntico fixo convencional ou ortopedia funcional. Este trabalho se propõe
por meio das análises cefolométricas de Downs e Wyllie mostrar as estruturas
dentofaciais que se diferem nas CI II dentária e esquelética. Observou-se que o
eixo Y de crescimento o FMA o ângulo facial, o ângulo da convexidade facial da
análise de Downs e o comprimento da maxila, posição do 1º molar permanente
superior, comprimento da mandíbula, a altura do ramo mandibular, o ângulo
goníaco da análise de Wylie foram os valores mais significativos para o
diagnóstico diferencial.
115
MACRODONTIA
E DENTES SUPRANUMERÁRIOS.
Maria
B.D.Gavião, Regina M.P.Rontani, Hélia C.Boccato, Sérgio B. M. Andrade
Depto. de
Odontologia Infantil FOP)/UNICAMP. Cx. Postal 052.
Macrodontia
e dentes supranumerarios são más-formação hiperplasiantes, cujos fatores
etiológicos são atribuídos, de acordo com a literatura, à hereditariedade e
fatores endócrinos , sendo que a associação das duas anomalias é rara (URSI e
cola, Rev. Fac. Odontol. da USP, 2:109, 1988. Propusemos a demonstrar casos
clínicos de macrodontia e incisivos centrais superiores e de Iºs molares
superiores, e o outro de macrodontia de incisivo central esquerdo e
supranumerário na região anterior, ambos os pacientes do sexo masculino, com 11
anos de idade e portadores de má- oclusão. Realizou-se anamnese minuciosa,
exames clínicos geral e bucal, modelos de estudo, radiografias - periapicais,
panorâmica e telerradiografia. As medidas dos diâmetros mésiodistais dos dentes
foram realizadas com compasso de ponta seca e paquímetro e comparadas com a
tabela de GARN. Realizou-se as análises de Tweed, Merrefield, e Bolton, e as
análises cefalométricas seguiram padrão USP-UNICAMP. No 1º caso constatou-se
fator etiológico hereditário, sendo que o paciente, não apresentava problema
sistêmico ou local. O diâmetro mésio-distal dos incisivos centrais superiores
direito e esquerdo foram, respectivamente 11,48 mm e 11,22 mm e dos 1ºs molares
permanentes, 12,5 mm, sendo que na tabela de referência as medidas máximas são
10,00 para os incisivos, e 11 mm para os molares. Na radiografia panorâmica
observou-se normalidade em relação ao número e desenvolvimento dos dentes. A
análise cefalométrica mostrou protrusão maxilo-mandibular (SNA: 920 e SNB: 86),
sendo que os incisivos estavam bem posicionados na base apical (1. Na=22º). O
plano de tratamento, baseando-se nos dados obtidos, indicar tratamento
ortodôntico corretivo, com extração dos 4, 1ºs pré-molares e desgaste das faces
proximais dos macrodentes.No 2º caso, macrodontia e supranumerário, não se
constatou nenhum fator hereditário, sistêmico ou local que pusessem estar
associados a estas anomalias.O dente supranumerário encontrava-se adjacente ao
incisivo central superior esquerdo, o qual foi considerado macrodente por
apresentar diâmetro mésio-distal de 11,1 mm, enquanto o incisivo central
superior direito estava irrompendo em giroverssão na região palatina. Pela
radiografia panorâmica não se observou presença de qualquer outro dentes
supranumerário e a análise cefalométrica mostrou as medidas dentro da
normalidade, e de acordo com as outras análises, o plano de tratamento
ortodôntico corretivo, sem extração de pré- alares, nas extração de incisivo
central superior direito, devido a sua má-posição e dentisteria estética no
supranumerário, que apresentou boa estrutura coronária e radicular e desgaste
das faces proximais do macrodente.
116
MALOCLUSÃO
CLASSE III
M.H.C. de
Almeida, M.B. B. A Magnani, V.C.V. de Siqueira
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP .
As
maloclusões Classe III verdadeira
oferecem certas dificuldades de tratamento por refletirem discrepâncias entre
ossos basais, limitando o mecanismo da ortodontia corretiva convencional. O
ideal é mover a maxila para frente, através de forças ortopédicas que podem
variar de 500 a 1.000 gr. e pistas oclusal numa idade precoce, provocando o
avanço do ponto A e a retrusão do B; obtendo assim um perfil estético e
harmônico, com a diminuição da concavidade facial.
PRINCÍPIOS
FUNDAMENTAIS: Determinar: oclusão cêntrica
Relação
cêntrica
Natureza
da discrepância
Sistema
de Forças indicado
Estão sendo
estudados 20 indivíduos, na faixa etária de 05 a 12 anos, de ambos os sexos, da
Clínica de Odontologia
Infantil da
Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP.
Inicialmente
utilizando - se aparelhos removíveis associados com tração extra-bucal para
movimentação ventral da maxila. Posteriomente, em alguns casos, adicionou-se
aparelhos corretores de hábitos e exercícios mioterápicos e em outros
tratamento com ortodontia corretiva para acerto de giroversões e pequenos
detalhes.
* Usado
apenas para dormir, em curto espaço de tempo.
*
Verifica-se a perfeita adaptabilidade das suturas.
*
Resultados estáveis, quando terminado com intercuspidação dos pré-molares e
caninos.
* Quando o
paciente ainda apresenta os molares decíduos na cavidade oral e os 1º molares
permanentes em infra-oclusão a correção será deficiente e propicia recidivas.
* A
ortopedia permite alterações a nível esquelético e movimentos dentários, porém
os detalhes somente é conseguido com tratamento ortodôntico corretivo.
117
MANTENEDOR
DE ESPAÇO FIXO - AVALIAÇÃO DE UMA TÉCNICA SIMPLIFICADA UTILIZANDO FIO
ORTODÔNTICO E COLAGEM DIRETA.
Vera Campos
& Marco Antonio de A. Almeida.
Dept.
Odontologia Preventiva e Comunitária, Faculdade de Odontologia UERJ, 20.551.000
Rio de Janeiro (RJ).
O objetivo
do trabalho foi desenvolver um aparelho mantenedor de espaço fixo que
representasse um procedimento de custo e tempo de colocação reduzidos. Foi
preparada uma alça com fio ortodôntico de 0,7mm de espessura, colada com resina
composta foto-polimerizável, em dentes de suporte vizinhos, mesial e
distalmente ao espaço gerado pela ausência precoce de um dente decíduo
posterior. Os aparelhos foram colocados em 36 pacientes da clínica de
Odontopediatria da FOUERJ, sendo 20 do sexo masculino e 16 do sexo feminino, na
faixa etária de 5 a 9 anos, separados em dois grupos: 1) com ausência de
primeiros molares decíduos; e 2) com ausência de segundos molares decíduos. A
observação teve a duração de 6 meses, tendo sido feito controle clínico e
radiográfico a cada 2 meses.
Os
resultados mostraram que 91,7% dos aparelhos cumpriram suas funções,
permanecendo afixados aos dentes de suporte. As diferenças medidas nos espaços,
antes e após a colocação dos aparelhos não foram estatisticamente
significantes.
118
MÉTODO DE
CORREÇÃO DA MALOCLUSÃO CLASSE II DIVISÃO I NA FASE DA DENTIÇÃO MISTA.
M. B. B.
A. Magnani; M. H. C. de Almeida, R. C.
de Almeida
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP
Um dos
grandes objetivos da Ortodontia, consiste da correção de maloclusões na fase de
dentição mista. Isso porque, as desarmonias entre os arcos basais e as oclusais
existentes, quando corrigidas em sua fase inicial, apresenta resultados
bastantes satisfatórios frente ao tratamento ortodôntico. Especialmente a
maloclusão Classe II divisão I, que tem seu tratamento indicado nessa fase,
apresenta a correção da relação molar facilmente, desde que os 2ºs molares
permanentes superiores ainda não tenham irrompido.
Foram
selecionados pacientes da Clínica de Odontologia Infantil da Faculdade De
Odontologia de Piracicaba - UNICAMO, com maloclusão Classe II divisão I.
Dos
pacientes selecionados, foram feitas as tomadas radiográficas cefalométricas e
panorâmicas, bem como os respectivos modelos em gesso, sobre os quais foram
confeccionados os aparelhos extra-bucal conjugado com uma placa expansora de
acrílico; o qual adaptado ao arco superior era tracionado por meio de um
casquete do tipo IHG ligado por elástico 5/16".
O uso
diário recomendado foi de 15 horas.
Pudemos
observar resultados satisfatórios nos pacientes que estão fazendo uso desse
dispositivo, sendo portantyo um método aconselhado para a correção das
maloclusões Classe II divisão I durante a dentição mista, sem a utilização de
bandas metálicas nos molares.
119
RELAÇÃO
ENTRE O ÁPICE RADIOGRÁFICO E ANATÔMICO DE DENTES DECÍDUOS PARA O ESTALECIMENTO
DO COMPRIMENTO DE TRABALHO NA TERAPIA ENDODÔNTICA.
Regina M P
Rontani, Ma. Beatriz D.Gavião, Renata M. Dias
Depto. de
Odontologia Infantil FOP/UNICAMP, 13-414-018 Piracicaba Cx. Postal 052.
A
possibilidade de ultrapassar o ápice dos dentes decíduos durante a
instrumentação dos condutos radiculares, na realização da técnica endodôntica é
a preocupação maior dos Odontopediatras, pois devido à rizólise fisiológica, o
forame anatômico de dente decíduo não coincide com o forame radiográfico,
dificultando a sua localização.
Muitos
trabalhos tem sido realizados com a finalidade de identificar o forame
radicular anatômico e acabou consagrado pela publicação de GACIA-GODOY, 1987,
as melhores indicações para a sua localização.
O objetivo
deste trabalho é buscar identificar em um caso clínico onde extraiu-se os 2ºs.
molares decíduos inferiores por indicação ortodôntica de uma paciente com 10
anos de idade, tendo-se em mãos as radiografias periapicais dos respectivos
dentes.
Após as
exodontias os dentes foram embutidos em resina acrílica com as limas para a
instrumentação colocadas de acordo com a radiografia inicial.
Pode-se
observar clinicamente, que 02 das 04 limas introduzidas nos condutos haviam
ultrapassado o conduto radicular e poderiam estar lesando o germe do dente
permanente em desenvolvimento, durante instrumentação dos condutos.
De acordo
com GARCIA-GODOY, 1987, se observada a posição do dente permanente em erupção,
poder-se-ia se estabelecer o comprimento de trabalho com segurança traçando uma
linha perpendicular ao eixo axial do dente em desenvolvimento, sobre a ponta de
sua cúspide, até a interseção com os condutos radiculares. A odontometria deve
ser medida desse ponto de intersecção, até a superfície oclusal do dente em
questão,diminuindo-se 01 a 02 mm.
Pudemos
verificar que observadas esses preceitos o comprimento de trabalho para a
instrumentação pode ser calculado com segurança, sem prejuízo ao dente
permanente em desenvolvimento.
120
SELANTES DE
FÓSSULAS E FISSURAS EM MOLARES DECIDUOS
Cecilia Gatti, _Cláudia_Cia
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba/UNICAMP
A cárie
dentária em fóssulas e fissuras predomina na maioria das populações. Estudos
epidemiológicos têm demonstrado que a incidência de cárie na dentadura decídua
aumenta com a idade sendo considerada como o principal fator responsável pela
perda prematura dos dentes. Tendo em vista que a integridade dos dentes
decíduos e de fundamental importância para o desenvolvimento da oclusão dos
dentes permanentes e que a utilização dos selantes de fóssulas e fissuras é uma
medida bastante eficiente na prevenção de cáries - oclusais, avaliamos no
presente trabalho a retenção de selantes em molares decíduos, considerando-se
duas técnicas de aplicação: um grupo de dentes receberiam o selante de acordo
com a técnica convencional e o outro grupo teria as superfícies oclusais dos
dentes decíduos submetidos à desgastes superficiais, antes de receber o
selante. A avaliação e classificação da retenção do selante Alpha Seal
fotopolimerizável em: integro(I); parcialmente(PI) íntegro e ausente,(A) foi
efetuada nos tempos de 06 e 12 meses, encontrando-se: nos dentes selados, com
desgaste, para o tempo de:
06 meses -11 1;9 PI e 25A
12 meses -
0 I; 3 PI e 31 A
e nos
dentes selados, sem desgaste, para o tempo de:
06 meses - 6 I; 8 PI e 36 A
12 meses - 0 I; 5 PI e 35 A
o que nos
leva a concluir que houve perda substancial
na maioria das amostras examinadas, que, a nosso ver, deveu-se
principalmente à idade das crianças
estudadas e tipo de isolamento utilizado.
121
AgNOR EM
AMELOBLASTOMA E CARCINOMA BASOCELULAR - ANÁLISE COMPARATIVA.
Luiz
E.B.Rosa, Christiane G. Noronha, Adriana A. H. Brandão, Terezinha O.Nogueira.
Departamento
de Patologia, Fac. Odontologia /UNESP, 12245-000 São José dos Campos (SP) .
Regiões
organizadoras nucleolares (NORs) constituem "loops" do ácido de-
soxirribonucleico ribossomal (rDNA), que são transcritas, sob influência da
enzima RNA polimerase I, para o rRNA e finalmente, para as proteínas, sendo
consideradas, portanto, estruturas de importância fundamental na transcrição do
ácido nucleico para a proteína. Alguns autores vêm relacionando o número e/ou a
configuração das NORs com o nível de atividade celular e nuclear; servindo como
critério de malignidade, uma vez que,prevê o comportamento tumoral das lesões.
A proposição deste experimento é de analisar quantitativamente as NORs do
ameloblastoma, um tumor odontogênico benigno de origem epitelial, no seu padrão
folicular, comparativamente com o carcinoma basocelular, um tumor maligno de
pele. Os dois tumores representam, em última análise , neoplasias de anexos, o
ameloblastoma a partir da lâmina dentária e o carcinoma basocelular do folículo
piloso. Para tanto, foram utilizados 5 casos de ameloblastoma e 5 casos de
carcinoma basocelular, obtidos dos arquivos dos Serviços de Patologia Cirúrgica
das Disciplinas de Patologia Bucal da FOUSP e da FOSJC. As lâminas,
inicialmente coradas em H/E, foram submetidas a estudo morfológico em
microscopia de luz. A seguir, foram obtidos cortes de 5 um para marcação de
proteínas argirofílicas (AgNOR), pela técnica histoquímica proposta por PLOTON
e colab. (HISTOCHEM J 18: 5-14, 1986), otimizada por NUNES e colab. (Anais da
Soc.Bras.Pesq.Odont., 1990). Com objetiva de imersão e aumento final de 1.000
vezes, foi feita a contagem de 100 células da camada basal e 100 células das camadas
internas ao acaso, utilizando-se retículo de contagem, para evitar a
recontagem. O número final das NORs foi expresso como a média de 100 células
por camada por lâmina. Os dados obtidos foram submetidos a análise de
variância. O nível de significação foi fixado em 5%. A contagem foi efetuada de
forma que a margem de variação intra-observador se limitasse a 5%. Os
resultados obtidos nos permitiram concluir que não houve diferença
estatisticamente significante entre as lesões, entretanto, houve diferença
estatisticamente significante entre as camadas dentro dos grupos.
122
ANÁLISE DE
MÉTODOS UTILIZADOS NA CONTAGEM DO AgNOR.
Ana K.M. d
Almeida, Glauco I. Miyahara, Fábio Daumas Nunes & Vera C. Araújo
Depart. de
Estomatologia -Disciplina de Patologia Bucal; Fac. Odont. USP, 05508-900- São
Paulo(SP) .
A técnica
pela prata que evidencia proteínas relacionadas às regiões nucleolares
organizadoras(AgNORs), tem sido ocasionalmente utilizada no estudo de lesões
cancerizáveis ou malignas. Parece haver poucas dúvidas de que a sua avaliação
histológica tenha valor em situações definidas, como a distinção entre
neoplasias benignas e malignas.
Usualmente
se utiliza o microscópio de luz com retículo acoplado para a contagem das
AgNORs. Este método é cansativo demanda tempo prolongado. A mesma contagem pode
ser realizada em monitor de televisão, atenuando estes inconvenientes. Com
finalidade de verificar a acuidade deste último método, propusemo-nos a estudar
oito casos de Carcinoma Epidermóide pertencentes aos arquivos da Disciplina de
Patologia Bucal da FOUSP. O casos foram submetidos à técnica do AgNOR, sendo
contados o pontos arginofílicos de 100 núcleos de células.
A contagem
foi efetuada ao microscópio de luz e ao monitor de televisão, além de ser
realizada por dois observadores. A variação da contagem intra-observador foi
limitada a 5%.
As
contagens obtidas foram submetidas à análise de variância, que mostrou não
haver diferença significativa entre os métodos utilizados, não haver diferença
significativa entre os examinadores e não existir interação examinador X
método.Concluiu-se portanto que para a contagem dos AgNORs, podem se utilizados
tanto o microscópio de luz como o monitor de televisão.
123
ASPECTOS
CLÍNICOS E HISTOPATOLÓGICOS DOS CASOS DE ADENOMA PLEOMÓRFICO DIAGNOSTICADO NA
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, NOS ÚLTIMOS VINTE ANOS.
Mônica
F.Gomes, Terezinha O. Nogueira.
Dep.Patologia,
Faculdade de Odontologia de São José dos Campos- UNESP, 12245 São José dos
Campos (SP) .
Para o
presente estudo foram levantados treze casos de Adenoma Pleomórfico de
glândulas salivares acessórias existentes no arquivo do laboratório de
Patologia, na Faculdade de Odontologia de são José dos Campos, nos últimos 20
anos.
O objetivo
deste trabalho é analisar os aspectos clínicos e histopatológicos do Adenoma
Pleomórfico.
Para
análise histológica, o material foi fixado em formol a 10%, incluído em
parafina e corado por hematoxilina e eosina.Dos casos estudas, observamos maior
prevalência em mulheres, em leucodermas e em indivíduos de 20 a 40 anos. A
região mais acometida foi o palato. Clinicamente, as lesões estudadas eram de
aspecto nodular, consistência firme, assintomáticas e de crescimento lento.
O quadro
histológico mostrou proliferação de células dispostas em cordões, ninhos e
lençóis ou isoladas em meio a estroma. Individualmente as células exibiam
aspecto poligonal, hialino ou plasmocitóide e, por vezes, fusiforme. As células
poligonais a presentaram núcleo oval, de contorno regular e cromatina
uniformemente distribuída. O citoplasma geralmente era escasso, eosinofílico ou
claro e os limites celulares muitas vezes imprecisos. As células do tipo
hialino exibiam citoplasma amplo, eosinofílico e núcleo central ou deslocado
para a periferia, conferindo o as pectoplasmocitóide. Em meio a esta
proliferação celular estavam presentes estruturas ductiformes constituídas por
duas ou mais camadas celulares. As células internas eram cubóides com cito
plasma eosinofílico e núcleo central. As células externas, em geral, se
assemelhavam as internas ou eram mais achatadas. O estroma das lesões era do
tipo fibroso, com áreas mixomatosas, condróides e hialinas. Diante dos
resultados obtidos, os Adenomas Pleomórficos de glândulas salivares menores
estudados são constituídos na sua maior porção por proliferação celular, sendo
escasso o seu estroma. A célula tumoral predominante é do tipo poligonal.
124
CÉLULAS DE
LANGERHANS EM CISTOS PERIODONTAIS APICAIS.
João V.
Silva, Edna Toddai, Ney S. Araújo, Vera C. Araújo.
Depart. De
Estomatologia -Disciplina de Patologia Bucal -Fac. Odont.USP 05508-900- São
Paulo (SP) .
O cisto
periodontal apical, uma das formas mais comuns da patologia periapical de
dentes cariados com envolvimento endodôntico, é uma entidade de natureza
inflamatória que se caracteriza pela presença de infiltrado inflamatório
crônico em sua cápsula. Tem sido aventada, mais recentemente, a possibilidade
da participação imunológica no processo do seu desenvolvimento.
Considerando
o importante papel imunólogico das células de Langerhans, como processadora e
apresentadora de antígeno, resolvemos estudá-las quanto à sua presença no
epitélio de revestimento destes cistos.
Para tanto,
submetemos 17 espécimes de cistos periodontais apicais à técnica da
imunohistoquímica usando Anticorpo anti-proteína S-100.
Por esta
técnica as células de Langerhans, foram evidenciadas em todos os 17 cistos
examinados, tanto no tecido epitelial quanto no conjuntivo subjacente, variando
sua quantidade de acordo com o processo inflamatório presente, e o padrão de
proliferação epitelial.
125
DIAGNÓSTICO,
E INDICATIVA DE TRATAMENTO DA SUPERFÍCIE OCLUSAL. UMA COMPARAÇÃO ENTRE EXAME
VISUAL E COM SONDA EXPLORADORA.
Berenice
Barbachan e Silva, Fernanda C. Franco e Marisa Maltz
Departamento
de Odontologia Preventiva e Social, Faculdade de Odontologia UFRGS, Ramiro
Barcelos 2492, PoA RS. CEP. 90210.
A real
necessidade do uso da sonda exploradora para o exame da superfície oclusal vem
sendo questionada por diversos autores. O objetivo deste trabalho, foi comparar
os resultados obtidos da análise de superfícies oclusais realizada através de
exame visual e com o uso da sonda exploradora. Desta maneira tentamos verificar
a importância do uso deste instrumento muitas vezes considerado iatrogênico.
Dez Cirurgiões Dentistas examinaram 80 superfícies oclusais de molares
extraídos. O exame foi constituído de duas etapas a primeira apenas visual e a
segunda com o uso da sonda.Observou-se uma concordância de dados muito pequena
entre os examina dores. Em relação ao diagnóstico, no exame visual, houve 17
superfícies concordantes ( 21,25% ). Com a sonda exploradora, a concordância
foi de 18 superfícies (22.5%). Ao analisarmos a indicativa de tratamento o
número de superfície concordantes foi de 6, tanto no exame visual quanto no com
sonda( 7,5%). Ao examinarmos a coerência dos dados individuais entre o exame
visual e com sonda constatamos que, de 800 diagnósticos, l57 ( 19,62%) foram discordantes
entre si e, na indicativa de tratamento, a discordância foi de 206 indicativas
(25,62%). Foi investigada, também, a possibilidade de, com o uso da sonda,
detectar-se um número maior de lesões da cárie e a doença em estágios mais
avançados. Conseqüentemente, indicativas de tratamento de maior complexidade.
No diagnóstico, em 9,87% dos casos observou-se este agravante. O tratamento
ficou mais complexo e menos conservador em apenas 14,25% dos casos. Esta
investigação demonstrou uma grande dificuldade de padronização do diagnóstico e
do tratamento da face oclusal. Essa dificuldade e detectada tanto no exame
visual quanto no com sonda. Podemos observar, também uma certa coerência quando
comparamos o exame em suas duas etapas a nível individual.Em relação à hipótese
de que a sonda diagnosticaria melhor não foi sustentada por esta pesquisa, não
justificando seu uso.
126
ESTUDO
IMUNOCITOQUÍMICO DE ADENOMA MONOMORFO.
Pantelis V.
Rados, João J. Barbachan, Manoel Sant'Ana Filho, Luis A.A.Taveira e Fernando
Schimidt.
Departamento
de Patologia, Faculdade de Odontologia de Bauru, 17.043 -Bauru, (SP)
O objetivo
deste trabalho é demonstrar a importância das técnicas de evidenciação
imunocitoquímica para diferentes marcadores celulares, visando diagnóstico mais
preciso dos tumores de glândulas salivares.
A aplicação
de um painel de anticorpos em um caso de adenoma monomorfo com dificuldades em
seu diagnóstico definitivo, tanto clínico como microscópico, evidenciou sua
utilidade para tais situações em um laboratório de anatomia patológica.
A técnica
empregada foi a da avidina-biotina-peroxidase e os marcadores utilizados
apresentavam especificidade para os seguintes componentes celulares:
-AE1: -para
citoqueratina de baixo peso molecular, em diluição 1:100 da HYBRITECH;
-S-100:
-para proteínas S-100 visando a marcação das células de Langerhans, em diluição
de 1:500 da DAKO;
-CEA: -para
antígenos carcinoembônicos em células epiteliais malignas, em diluição de 1:200
da DAKO;
-HHF-35:-
para antígenos de células mioepiteliais, em diluição de 10.000 da ENZO.
Os
resultados obtidos revelaram:
MARCADORES EVIDENCIAÇÃO ANTIGÊNICA
AE-l +
S-100 +
CEA -
HHF-35 -
Os
resultados confirmaram a natureza benigna e a origem glandular da lesão
excluindo-se as demais hipóteses de diagnóstico. Isto permitiu confirmar mais
uma vez que os estudos imunocitoquímicos têm indicação nos diagnósticos
microscópicos após o esgotamento das possibilidades oferecidas pelas colorações
rotina, ou seja, em casos específicos bem selecionados, considerando-se as
relações custo-beneficio.
127
IMPLANTAÇÃO
E FUNCIONAMENTO DO SERVIÇO DE MEDICINA BUCAL DO DEPARTAMENTO DE DIAGNÓSTICO E
CIRURGIA DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARARAQUARA.
Mirian
Aparecida Onofre*; Maria Regina Sposto*; Cláudia Maria Navarro*; Gulnara Scaf*;
Jaqueline Braga Barbosa**.
*Docentes
do Departamento de Diagnóstico e Cirurgia da Faculdade de Odontologia de
Araraquara, Cx.Postal 331,14801-903.Araraquara. **Bolsista Aperfeiçoamento
CNPq.
Em agosto
de 1989, docentes das Disciplinas de Semiologia e Radiologia criaram o Serviço
de Medicina Bucal formando uma equipe multidisciplinar constituída por
docentes, estagiários e alunos de Pós-Graduação visando o diagnóstico,
tratamento, acompanhamento e encaminhamento a outros centros de pacientes
portadores de lesões encaminhados por docentes e profissionais da cidade e
região.
O Serviço
iniciou suas atividades com os seguintes objetivos: a) Proporcionar um
atendimento em nível especializado de Medicina Bucal condizente com as
necessidades da comunidade, o que é impraticável nas clinicas de Graduação; b)
Centralizar os atendimentos junto a uma equipe multidisciplinar evitando
procedimentos isolados; c) Formalizar e revelar a importância da Medicina Bucal
nas áreas de conhecimento em nível de Pós-Graduação e d) Ampliar e direcionar
nossos conhecimentos sobre as necessidades apresentadas pela comunidade
favorecendo a criação de novas linhas de pesquisa em Medicina Bucal. De agosto
de 1989 à dezembro de 1991 foram atendidos pacientes em condições clinicas
variadas. As patologias mais comuns foram Candidíase, Lesões Cancerizáveis e
P.P.N.N., sendo os pacientes enviados por Procura do Serviço,
Cirurgiões-Dentistas e outras Clínicas da Faculdade. Inicialmente foram
detectados dificuldades no auxilio a diagnóstico principalmente relacionado a
exames complementares de laboratório.
Concluímos
após o período de estabelecimento e funcionamento inicial que há a necessidade
da organização de um serviço mais eficiente em nível de armazenamento de
informações e suprimento da necessidade de serviços e técnicas de apoio, dada a
referência dos atendimentos prestados mediante a implantação do Serviço de
Medicina Bucal.
**Auxilio
Financeiro: CNPq Processo 920.142/91-3 (Projeto Auxílio Integrado).
128
NÍVEL DE
INFORMAÇÃO E COMPORTAMENTO DO CIRURGIÃO-DENTISTA BRASILEIRO EM
RELAÇÃO À
AIDS.
Eber Eliud
Feutrim & Cláudia Maria Navarro.
Departamento
de Diagnóstico e Cirurgia, Faculdade de Odontologia de Araraquara-UNESP, 14801-
Araraquara-SP.
Diante do
número elevado e crescente de paciente HIV positivos torna-se dever dos
profissionais da área de saúde, especialmente no caso do C.D. conhecer aspectos
básicos sobre a AIDS. Os conhecimentos, tanto em relação aos meios de proteção
em consultório como a manifestação bucais específicas para a doença devem ser
consideradas na avaliação dos pacientes. No presente trabalho foram
distribuídos questionários a C.D. durante o XV Congresso Paulista de
Odontologia no ano de 1992, os quais foram devolvidos espontaneamente
perfazendo o total de 295 entrevistados provenientes de Brasil. Pode-se
observar que cerca de 70% dos dentistas se utilizam de métodos relativamente
adequados para proteção contra AIDS e outras doenças infecto-contagiosas, sendo
que grande parte dos profissionais intensificou recentemente os cuidados
durante os procedimentos clínicos. Verificou-se ainda que 40% dos entrevistados
não sabem se já atenderam pacientes HIV positivos na clínica e que metade deles
não trataria de portadores de AIDS. Há uma relativa conscientização em relação
à contaminação pelo HIV em consultório, no entanto, aspectos importantes da
Síndrome ainda se mostram obscuros e desconhecidos ao C.D., havendo inclusive
uma parcela de profissionais que desconhecem a etiologia da doença.
129
OVOMUCÓIDE
INSOLÚVEL, UMA NOVA TÉCNICA PARA PURIFICAÇÃO DE LECTINA DE Phaseolus vulgaris
POR CROMATOGRAFIA DE AFINIDADE.
Reginaldo
B. Gonçalves, Celso P. da Costa.
Dept.
Diagnóstico Oral, Faculdade de Odontologia de Piracicaba -Unicamp, 13414-018
Piracicaba (SP).
Lectinas
são proteínas capazes de ligação reversível a carboidratos e com postos
contendo açúcares e de aglutinar células ou glicoconjugados sem induzir
mudanças químicas nos mesmos. Estão presentes em plantas, bactérias, fungos,
vírus, algumas células de mamíferos e outras fontes naturais. São úteis em
estudos de superfície celular, imunohistoquímica de condições normais e
patológicas, provocam estimulação mitogênica de linfócitos e estão envolvidas
no mecanismo de adesão bacteriana.
A lectina
de Phaseolus possue sítios de ligações que têm especificidade por uma estrutura
oligossacarídica, por outro lado o ovomucóide é formado por frações glicídicas
(25,2%) que formam um ou mais oligossacarídeos ligados covalentemente a uma
cadeia proteica.
Neste
trabalho foi utilizada uma técnica simples onde ovomucóide obtido segundo
Lineweaver, foi transformado num gel insolúvel rom uma solução a 20% de
Tris-HCl 0,1M; pH 8,9 em banho de água fervente por 20 minutos, fixado com uma
solução de glutaraldeído a 1% , por 10 minutos, neutralizado os radicais
aldeídos com Glicina-HCl 0,02M; pH 2,8 overnight e desializado por tratamento
com ácido sulfúrico 0,05 N por 1 hora a 90ºC.
Este gel
insolúvel de ovomucóide após lavado e equilibrado com tampão fosfato 0,1 M; pH
7,2 (PBS) foi depositado numa coluna de vidro que foi saturada com extrato
bruto de Phaseolus, lavada com PBS e eluída com tampão formato 0,05 M pH 3,0;
sendo coletadas alíquotas de 1 ml, que foram submetidas a dosagem proteica e
teste de hemaglutinação.
As
alíquotas do 3º ao 10º ml foram as que apresentaram maior teor de proteínas e
hemaglutinação positiva, com um pico no 6º eluato que foi submetido a
eletroforese em gel de poliacrilamida e demonstrou estar puro.
130
PADRÃO DE
MARCAÇÃO DA CÉLULA MIOEPITELIAL PELA ACTINA EM NEOPLASIAS DE GLÂNDULAS
SALIVARES.
Yasmin
R.Carvalhol, Suzana C.0.M.Sousa2, Edna Toddai2, Vera C.Araújo2.
1)
Faculdade de Odontologia de São José dos Campos/UNESP. 2) Faculdade de
Odontologia da Univ. de São Paulo.
A variação
morfológica nos tumores de glândulas salivares é atribuída à participação da
célula mioepitelial na histogênese destas neoplasias. A dificuldade de
visualização destas células em preparações rotineiras levou à utilização de
outros métodos para identificá-las. Por meio de técnica imuno-histoquímica
diversos anticorpos foram testados como marcadores da célula mioepitelial,
entre os quais anticorpo anti-S-l00, vimentina, miosina, desmina e queratina.
Nossa experiência com a vimentina, mostrou ser este um do marcadores mais
precoces da célula mioepitelial neoplásica, embora não marque a célula
mioepitelial da glândula salivar normal (Araújo & Araújo, Eur Arch
Otorhinolaryngol, 247: 252-5, 1990). Recentemente a actina tem sido considerada
um marcador mais específico da célula mioepitelial, tendo sido demonstrada em
glândula salivar normal (Dardick e cols., AJP, 138: 619-28, 1991). Nosso
objetivo foi analisar por meio do método imuno-histoquímico da
peroxidase-antiperoxidase (PAP), alguns tumores de glândulas salivares, nos
quais se postula o envolvimento da célula mioepitelial, utilizando anticorpo
monoclonal anti-actina.
As
seguintes neoplasias foram estudadas: adenoma pleomórfico (AP), adenocarcinoma
polimorfo de baixo grau de malignidade (PBGM) e carcinoma adenóide cístico
(AC). Espécimes de glândula salivar normal foram utilizados como controle. Nos
APs observou-se marcação intensa nas células mais externas das formações
ductais. A maioria das células poligonais, fusiformes e hialinas não exibiu
marcação, tendo raras destas apresentado marcação fraca ou intensa. Nos PBGMs a
marcação das células neoplásicas foi fraca ou ausente. Nos ACs houve marcação
das células da camada externa das áreas tubulares e nas áreas cribriformes
foram marcadas as células externas dos cilindros e por vezes as que limitam os
espaços pseudocísticos. Os resultados mostraram que a actina marca bem a célula
mioepitelial normal de glândulas salivares e também a célula mioepitelial da
camada mais externa das áreas neoplásicas tubulares ou ductais. A célula
mioepitelial poligonal, fusiforme e hialina ou plasmocitóide do AP e a célula
mioepitelial do PBGM raramente exibe marcação, ao contrário do que foi
demonstrado por Araújo & Araújo, utilizando anticorpo anti-vimentina, não
sendo portanto a actina o marcador ideal para a célula mioepitelial neoplásica,
nem mais eficaz que a vimentina.
131
VERIFICAÇÃO
IMUNO-HISTOQUÍMICA DA PRESENÇA DAS CÉLULAS DE LANGERHANS NO EPITÉLIO DA MUCOSA
BUCAL DE PACIENTES SUBMETIDOS A BOCHECHOS COM CLOREXIDINA.
Sylvio
Nosé, Décio dos Santos Pinto Júnior, Fábio Daumas Nunes
Departamento
de Estomatologia Disciplina de Cirurgia Buco Maxilo Facial e Disciplina de
Patologia Bucal, Faculdade de Odontologia USP,05508-900 São Paulo (SP) .
O uso de
antissépticos como forma de diminuir a microbiota bucal tem sido uma
preocupação constante no campo da cirurgia. Estudos recentes tem destacado a
utilidade da clorexidina neste intuito. Uma vez que a maioria dos autores
enfocam sua atividade antisséptica e modo de uso, propusemo-nos a estudar a
ação deste fármaco a nível tecidual, e mais especificamente no componente
imunológico da resposta inflamatória representado pela célula de Langerhans.
Foram
selecionados 14 pacientes voluntários que apresentaram-se à Disciplina de
Cirurgia Buco Maxilo Facial da FOUSP para realização de exodontias.
O critério
de seleção foi a presença de 3 dentes, homólogos, indicados para cirurgia e com
discreto componente inflamatório gengival. Previamente ao ato cirúrgico foi
realizada biópsia gengival em cada dente nos tempos de 0, 7 e 14 dias. Ao 0
dias o paciente não modificou seus hábitos de higiene, utilizando
posteriormente a solução de clorexidina à 0,2% 3 x ao dia, durante 7 e 14 dias.
As biópsias fixadas em formol a 10% tamponado foram processados para a técnica
imunohistoquímica como anti-soro anti-proteína S-l00. As células de Langerhans
marcadas com esta técnica, e localizadas acima da camada basal, foram conta das
e relacionadas ao comprimento do epitélio de superfície a partir do traçado
conseguido com um microscópio de câmara clara.
Os dados
obtidos mostraram uma contagem maior nos dias 7 e 14 com relação ao 0 dia. A
análise de variância seguida do teste de Tukey mostrou diferença significativa
entre os dias 0 e 7, e 0 e 14.
132
ULTRAESTRUTURA
DO TECIDO CONJUNTIVO GENGIVAL NA FIBROMATOSE GENGIVAL HEREDITÁRIA.
Silvana
Barros1, Lourenço Bozzo1, José Merzel 1; Elisa Ap. Gregório2, Vera C. Araújo3.
1-FOP/UNICAMP
2-IB/ UNESP/ BOTUCATU, 3-FO/USP/SP.
Foram
feitas biópsias de 12 pacientes, com diagnóstico de Fibromatose Gengival
Hereditária (F.G.H.) e idade variando entre 11 e 46 anos, nas regiões de
incisivo a molar da maxila e mandíbula. Como controle foram utilizadas biópsias
de gengiva normal nas mesmas condições. O material foi fixado em glutaraldeído
2,5% e pós-fixado em tetróxido de ósmio 1%. Os resultados mostraram, quanto ao
aspecto celular, predominância de fibroblastos que apresentavam núcleo de
contorno irregular, mitocôndrias aumentadas em número e vacuolizadas. O
retículo endoplasmático granular ora apareceu com cisternas bastante
proeminentes e extensivas e ora com cisternas bastante dilatadas assumindo
aspecto de vacúolos, preenchido por material finamente floculado. Em alguns fibroblastos
pôde-se observar características de degeneração onde a membrana plasmática se
mostrou interrompida. Tais alterações celulares têm sido relacionadas, em
outras doenças dermatológicas hereditárias (síndrome de Buschke - Ollendorff,
síndrome de Ehlers-Danlos), com atividade de síntese imperfeita de colágeno no
que se refere à orientação, espaçamento e dissociação das fibrilas, além de
deficiência na produção de fibras elásticas. Achados semelhantes foram
freqüentes no tecido conjuntivo gengival da F.G.H., sendo também registrado um
aumento na quantidade de fibras oxitalânicas. O aumento destas fibras tem sido
interpretado como sendo devido ao estresse mecânico que pode ocorrer na F.G.H.
em razão da hipertrofia gengival, ficando a gengiva mais exposta às forças
mastigatórias. Tais resultados nos levam a incluir a F.G.H. em um grupo de
doenças hereditárias onde as desordens do tecido conjuntivo indicam um aumento
e uma modificação na atividade biossintética dos fibroblastos, condicionados
por um fator de ordem genética, específico para essas células.
133
AVALIAÇÃO
QUANTITATIVA DA EXSUDAÇÃO PLASMÁTICA PROVOCADA POR IMPLANTES DE CIMENTOS
CIRÚRGICOS PERIODONTAIS NO TECIDO CONJUNTIVO SUBCUTÂNEO DE RATOS.
Mary Eleni
S. F. M. Motta, Ricardo S. G.Abi Rached, Elisabete Z. P.Lepera, Rosana F.
P.Silva, Maria do Carmo L.C. Neves.
Departamento
de Nutrição e Alimentos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de
Araraquara-UNESP, Via Acesso-SP- 255, Araraquara-SP.
O cimento
cirúrgico é um tipo de material odontológico que devido as características de
sua aplicação clínica, há interesse em se avaliar o seu comportamento biológico
na fase aguda da inflamação. Neste trabalho estudou-se a compatibilidade
biológica de 5 cimentos cirúrgicos (Barricaid, Duradent, Inodon, Lascala e
Periobond) nas fases imediata (1 hora) e tardia (3 horas) da inflamação aguda,
no tecido subcutâneo de ratos.
O método
empregado foi o proposto por MOTTA em 1982 modificado, o qual usa o corante
Azul de Evans para marcar o exsudato inflamatório extravasado para o tecido. Os
resultados foram submetidos a analise estatística paramétrica, analise de
variância. De acordo com os resultados obtidos concluiu-se que:
1) houve
diferença significante quando os fatores de variação tipos de operação, tempos
e cimentos foram analisados independentemente um do outro. A interação entre
estes fatores foi não-significante; 2- houve diferença significante na
quantidade de corante extravasado entre 1 e 3 horas. A exsudação plasmática foi
mais acentuada em 3 horas; 3- houve diferença significante entre os cimentos
Periobond e Barricaid, sendo que a média de concentração do corante Azul de
Evans foi maior para o Barricaid; 4- os cimentos Duradent, Inodon e Lascala
apresentaram semelhança no grau de compatibilidade biológica e suas médias de
concentração dos corantes ficaram posicionadas entre o Periobond e Barricaid.
134
COMPATIBILIDADE
BIOLÓGICA DE RESINAS PARA PRÓTESE EM TECIDO CONJUNTIVO DE RATOS
Sigmar M.
Rode, Vinícius V. Vignoli, Nelson Villa
-I.C.B.
-U.S.P., CEP 05508-900, São Paulo (SP).
As resinas
são um dos materiais de maior utilização em Odontologia, principalmente para
substituição de estruturas perdidas na cavidade bucal ou na intimidade dos
tecidos. Por isso muito se tem feito para estudar a eficiência clínica e a
biocompatibilidade destes materiais.
Foram
testadas duas resinas acrílicas termicamente ativadas, com pigmento rosa e
incolor, e uma resina fotopolimerizável para base de próteses totais. Estes
corpos de prova foram implantados no tecido subcutâneo dorsal de doze tos da
linhagem Wistar, examinados diariamente até o sacrifício aos sete, quatorze,
vinte e um, e vinte e oito dias de pós-operatório.
O tecido ao
redor dos implantes, fixados em Bouin, seguiu técnica de paro histológico de
rotina. Cortes de 5µm foram corados com hematoxilina- eosina e tricrômico de
Gomori. Para histoquímica usaram-se os métodos do PAS (ácido periódico +
reativo de Schiff) e de azul de Alcian, a pH 2,5.
Morfologicamente,
de uma maneira geral, formou-se uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso com
predominância de fibras colágenas em vários graus de polimerização ao redor dos
corpos de prova, de tal forma que aos vinte e oito dias, as cápsulas foram
semelhantes entre si nos diversos grupos. Nos tempos anteriores do experimento,
a cápsula que atingiu maturação mais rapidamente foi a da resina
fotopolimerizável. Assim, também observou-se uma reação positiva tanto para o
azul de Alcian como para o PAS. O que se verificou é que nos tempos iniciais
houve maior positividade para o PAS, e nos tempos finais predominância para o
azul de Alcian.
Após as
observações macroscópicas e microscópicas, pode-se concluir que os materiais
testados mostraram compatibilidade biológica com o tecido conjuntivo e,
portanto, podendo ser utilizados na intimidade dos tecidos. A resina
fotopolimerizável mostrou ter reação tecidual mais favorável, enquanto que com
as resinas termicamente ativadas, a com pigmento rosa teve a reação menos
favorável.
135
EFEITOS DE
ANTIINFLAMATÓRIOS NA PLEURISIA INDUZIDA PELO MICONAZOL.
Seico
Hanada, Carmen Castilho-Alonso & Seizi Oga.
Depto.
Farmacologia, Inst.Ciências Biomédicas-USP; 05508-900 S.Paulo(SP)
O miconazol
é antimicótico de amplo espectro (Aspergillus, Candida, Paracoccidioides etc.)
que tem mostrado eficácia no tratamento da candidíase oral, com alta
porcentagem de cura. A injeção intrapleural de 1, 2 e 4 mg de miconazol em
ratos (Wistar, machos, 180 +10g)
induziu formação de exsudato pleural dose-dependente, verificando-se, já na
primeira hora de evolução, a ocorrência de 0,35 + 0,04 ml, 0,80 + 0,07 ml e
1,40 + 0,13 ml de exsudato, respectivamente. A exsudação máxima ocorreu na 9º
hora após a injeção intrapleural de miconazol, observando-se, a seguir, redução
gradual da resposta inflamatória. O pré-tratamento com antagonistas de
histamina e/ou serotonina (clorfeniramina, 10 mg/kg; metisergida, 2 mg/kg) não
interferiu na formação do exsudato pleural. O pré-tratamento com anti
inflamatórios esteroidal (dexametasona, 0,2 mg/kg) e não-esteroidal
(fenilbutazona, 100 mg/kg) acarretou inibição significativa da exsudação. Essa
inibição foi muito mais acentuada com o emprego do antiinflamatório esteroidal.
Esses resultados evidenciam a participação de metabólitos das vias
cicloxigenase e lipoxigenase no desenvolvimento da pleurisia. Tendo em vista
que o miconazol induziu pleurisia e outros tipos de inflamação em animais de
experimentação, via formação de prostaglandinas, sugere-se que este fármaco
possa ter efeito inflamatório clinicamente significativo. CNPq.
136
EFEITO DE
MISTURAS DE ÓXIDO DE ZINCO E EUGENOL NAS CONDIÇÕES, FLUIDA E DENSA SOBRE
EXPOSIÇÕES EXPERIMENTAIS EM POLPAS DE MOLARES DO RATO.
Carlos
Benatti Neto; Carlos A. S. Costa; Josimeri H. Costa & Maria R.R. Oliveira.
Faculdade
de Odontologia de Araraquara -UNESP.
O óxido de
zinco e eugenol (OZE) é um cimento utilizado em odontologia para várias
funções, sendo, todavia considerado por alguns pesquisadores como não
compatível em ação direta à polpa, recaindo sobre o eugenol a condição de
componente irritante. Nesta pesquisa procuramos avaliar histopatologicamente a
resposta do tecido conjuntivo pulpar frente a aplicação de misturas de OZE em
exposições pulpares experimentais e observar o grau de irritabilidade delas
como também a possibilidade de indução à formação de barreira mineralizada na
condição: 1- Mistura densa - óxido de zinco 30mg/eugenol 0,03ml; 2- Mistura
fluida -óxido de zinco 18mg/eugenol 0,03ml. Para isto utilizamos 40 ratos divididos
em 2 grupos de 20 animais, distribuídos para períodos de 7, 15, 30 e 45 dias.
Decorridos os tempos experimentais, as peças cirúrgicas após tramitação
laboratorial foram cortadas seriadamente e coradas para análise
histopatológica. Concluímos que o potencial de agressão é maior nos períodos
iniciais no grupo fluido, sendo que a mistura mais densa determina, associada a
menor irritabilidade, maior indução à formação de barreira mineralizada. Na
seqüência dos períodos de análise há em ambos os grupos, progressão na barreira
de quantidade para qualidade.
137
FAGOCITOSE
DE PARTÍCÚLAS DE HIDROXIAPATITA POR MACRÓFAGOS INFLAMATÓRIOS.
Maria
Cristina Z.Deboni, Suzana C.O.M.de Sousa, Ana L. K. M.de Almeida, Fábio T.da
Silva & Ney Soares de Araújo.
Dep. de
Estomatologia - Disc. Patologia Bucal - Fac .Odont .USP ,05508-900 São
Paulo(SP) .
A
hidroxiapatita, um biomaterial degradável, tem sido amplamente empregado em
procedimentos de reconstrução óssea como implante aloplástico. Objetivando
estudar e verificar a atividade fagocitária de macrófagos inflamatórios dos
cristais de HA, utilizamos um estudo "in vivo", no qual as células
foram obtidas pela inserção de lamínulas de vidro no tecido subcutâneo de
camundongos (MARIANO& SPECTOR. J. Path. 113: 1,1974). Uma hora antes do
sacrifício dos animais, no 7º dia pós-operatório, uma solução de HA porosa
granulada, triturada e diluída em solução fisiológica estéril foi injetada nas
cápsulas subcutâneas que envolviam as lamínulas. Após a sua remoção, as
lamínulas foram lavadas em PBS, fixadas em BOUIN, coradas e montadas para
microscopia de luz. Uma das lamínulas foi preparada para microscopia eletrônica
de Varredura.
Os exames
em microscopia de luz e microscopia eletrônica de varredura mostraram células
inflamatórias tanto macrófagos como células gigantes multinucleadas aderidas à
lamínula e poucos cristais de HA fagocitados no interior destas células.
Analisando
estes resultados, concluímos que a fagocitose das partículas de HA realmente
ocorre, porém, em pouca quantidade pois o material se comporta como uma
substância imunologicamente inerte.
138
INFLUÊNCIA
DA IMUNODEPRESSÃO NA FORMAÇÃO DE GRANULOMAS PVC-INDUZIDOS SEM E COM TERAPÊUTICA
ANTIINFLAMATÓRIA.
Luis A.A.
Taveira, Denise T. Oliveira, Antonio C. M. Stipp e Alberto Consolaro.
Departamento
de Patolcgia,Faculdade Odontologia de Bauru, 17.043- Bauru, (SP).
O objetivo
deste trabalho foi estudar a formação de granulomas PVC-induzidos em animais
imunodeprimidos através de análises microscópica e morfométrica e verificar o
efeito da terapêutica antiinflamatória na evolução destes granulomas sob estas
condições biológicas.
Foram
utilizados 60 ratos Wistar divididos igualmente em 3 grupos experimentais:
controle, imunodeprimido e imunodeprimido tratado com diclofenac sódico. A
imunodepressão foi obtida pela administração de ciclofosfamida 8,5 mg em cada
animal, em períodos de 7 dias. No terceiro grupo os ratos, além da
ciclofosfamida também receberam 0,1 mg/100 g de peso corporal a cada 12 horas
de diclofenac sódico durante todo o período experimental. Na região dorsal
destes animais foram implantadas esponjas de PVC de um lado e de outro,
lamínulas circulares de vidro. Os granulomas formados e as lamínulas foram
removidos nos períodos de 7, 14, 21 e 28 dias após a implantação, sendo
submetidos aos procedimentos histotécnicos de rotina. Foi realizada também a
coleta de sangue e contagem de leucócitos sanguíneos de todos os animais.
Os
resultados da análise microscópica quantitativa e morfométrica permitiram
concluir que as reações granulomatosas em animais imunodeprimidos pela
ciclofosfamida tendem a apresentar, por longos períodos, fenômenos
vásculo-exsudativos exuberantes com atraso da maturação do granuloma. Além
disso a admnistração de drogas antiinflamatórias não esteróides, como o
diclofenac sódico, nesses animais, exacerbou os efeitos do atraso da reação
granulomatosa bem como dos fenômenos
reparativos envolvidos nos granulomas de baixa renovação.
l39
AÇÃO DA
POLPA DE MOLARES DE RATOS, EXPOSTA EXPERIMENTALMENTE SOB AÇÃO DE MISTURAS DE
ÓXIDO DE ZINCO E EUGENOL ENVELHECIDOS, CORRELACIONADAS À FLUIDEZ.
Raphael
C.C. Lia; Carlos A.S. Costa; Maria R. B. Oliveira & Carlos Benatti Neto.
Faculdade
de Odontologia de Araraquara -UNESP.
As
substancia que compõem a mistura de óxido de zinco/eugenol-OZE, largamente
empregada em Odontologia, são passíveis de influências do meio sofrendo
alterações, destacando-se fenômenos de oxidação com mudanças no pH.
Em clínica,
essas modificações devem interferir na ação do cimento sobre os tecidos, de
forma diversa. Este trabalho objetivou-se avaliar em exposições intencionais de
polpa, o potencial irritativo de misturas nas condições densa-fluida com
componentes novos e envelhecidos (2 anos expostos ao uso clínico ). Assim,
houve 3 situações experimentais: 1) Mistura densa-novos óxido de zinco
30mg/eugenol 0,03ml (Controle); 2) Mistura densa-envelhecidos óxido de zinco
30mg/eugenol 0,03ml; 3) Mistura fluida-envelhecidos óxido de zinco 18 ml
/eugenol 0,03ml. Os períodos de avaliação histopatológica foram de 7, 15, 30 e
45 dias, com 60 ratos envolvidos. Decorridos os tempos, as peças cirúrgicas
foram tramitadas para cortes seriados de 5 micrômetros corados em H.E.
tricrômetro de Masson. Concluiu-se que os grupos correspondentes a condição
envelhecidos-fluida mostrou-se acentuadamente mais agressiva enquanto a
envelhecidos-densa apresentou-se menos irritante e, permitindo tendência à
formação de barreira mineralizada, todavia não exibindo as mesmas qualidades do
grupo controle (novos-densa).
140
AVALIAÇÃO
CLÍNICA DA AÇÃO DE ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS SOBRE A GENGIVA.
Leny
S.Yvamoto. Paulo C.Cardoso. Esther G. Birman.
Faculdade
de Odontologia -USP -055080-900. São Paulo -SP.
O efeito
sistêmico da ação hormonal sobre a gengiva ainda é um assunto controverso e a
literatura apresenta trabalhos muito discordantes. A presente pesquisa foi
realizada com objetivo de estudar os efeitos dos anticoncepcionais hormonais
(baixa dosagem) em duas diferentes amostras da população. Nossa casuística foi
dividida em quatro grupos: I) estudantes de odontologia e pós-graduandas usando
anticoncepcionais (AC) há, pelo menos três meses, II) estudantes de odontologia
e pós-graduandas que não tomam e nunca tomaram AC, III) operárias de fábrica e
escriturárias que utilizaram AC há pelo menos 3 meses, IV) operárias de
fábricas e escriturárias que à semelhança do grupo II não tomavam AC. Um
protocolo adequado foi desenvolvido para se avaliar as características do grupo
quanto, a faixa etária, hábitos de higiene, visita ao dentista entre outros.O
índice de placa (Loe & Silness. Acta Scand.Odont. 21, 533, 1963) e o
índice, gengival (Silness & Löe, Acta Scand. Odont., 22: 121, 1964) foram
utilizados.
Os resultados
obtidos submetidos a tratamento estatístico utilizando o teste não paramétrico
de Kruskall -Wallis indicam que entre todos os grupos pareados há diferenças
estatisticamente significantes com exceção dos grupos III e IV. Quanto ao
índice gengival, observou-se que não foram significativos os resultados obtidos
entre os grupos I e II e III e IV, tendo todos os demais grupos pareados
revelado significância quanto ao índice gengival. Estes resultados sugerem que
condições locais (índice de placa, hábitos, escovação, cuidados) são fatores
muito importantes quando se avalia o efeito sistêmico de hormônios, sendo a
ação hormonal melhor revelada quando existe uma gengiva modificada por
problemas locais. O papel hormonal parece ter ação sobre a resposta vascular do
processo inflamatório ficando ainda questões sobre a presença de células alvo
ou receptores para hormônios ainda à serem melhor esclarecidos.
141
AVALIAÇÃO
DA SAÚDE PERIODONTAL EM ESCOLARES PORTADORES DA SÍNDROME DE DOWN.
José
Eutáquio da Costa; Rosemeire Ramos dos Santos; Silvia Guzella de Freitas;
Raquel Furletti; Eduardo Dutra Amorim.
Departamento
de Clínica, Patologia e Cirurgia Odontológicas da Faculdade de Odontologia da
UFMG, Rua Conde Linhares, 141 - Cidade Jardim - CEP 30380-030 - Bht. MG.
Síndrome de
Down, ou trissomia do 21, foi primeiramente descrita por Down. Jejeune et al.
1959, varios estudos mostram grande prevalência de doença periodontal
inflamatória em pacientes portadores desta Síndrome ( Down et al. 1955, Brown
et al. 1961, Kibling et al. 1963, Johnson et al. 1963) Baseando-se nesses
estudos, o propósito do nosso trabalho é avaliar a saúde peiodontal de
escolares na faixa etária de 5 a 25 anos subdidvididos nos seguintes grupos:
GRUPO1 -
Escolares portadores da Síndrome de Down
GRUPO2 -
Escolares portadores de outras deficiências mentais não associadas à Síndrome
de Down
GRUPO3 -
Controle - Escolares normais.
Avaliando
os resultados dos exames feitos nos escolares do Grupo 1, verificou-se que 15
indivíduos (75%) mostravam sangramento gengival à sondagem, 11 (55%) possuíam
de 3 a 5 mm e 5 (25%) apresentavam hiperplasia gengival.
Quanto ao
Grupo2, 18 escolares (90%) apresentavam sangramento gengival à sondagem, 5
(15%) tinham bolsa periodontal de 3 a 5 mm e 3 (15%) hiperplasia gengival.
No Grupo 3
verificou-se que 11 escolares (55%) apresentavam sangramento gengival à
sondagem, 5 (25%) tinham bolsa periodontal de 3 a 5 mm e nenhum indivíduo
possuía hiperplasia gengival.
Considerando
os resltados obtidos neste estudo podemos concluir que os escolares do Grupo 1
aresentam maior severidade da doença periodontal se comparado aos Grupos 2 e 3.
142
SIMILARIDADE
DE MICRORGANISMOS PERIODONTOPATOGÊNICOS ENTRE PAIS E FILHOS. RELAÇÃO ENTRE O
TESTE BANA (PERIOSCAN) E SANGRAMENTO À SONDAGEM.
Sérgio L.
Salvador, Raquel G. Romanelli & Marcio F.M. Grisi.
Dept. de
Ciências Saúde, Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto USP,
14040-9 Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto USP, 14040-904 Ribeirão
Preto (SP).
O teste
BANA na fase sólida (PerioScan), foi utilizado para análise da microbiota
subgengival de 56 pacientes e os resultados foram correlacionados com o
critério clínico de presença ou ausência de sangramento à sondagem. Dos 56
pacientes, 28 eram crianças na faixa etária média de 8,6 + 1,5 e 28 eram um de
seus pais na faixa etária média de 34,4 + 3,7 anos. As amostras de placa
subgengival foram colhidas com curetas periodontais de 284 sítios sendo 142
sítios dos filhos e 142 dos pais, com média de 5,07 + 1,21 sítios por paciente.
Os dados obtidos mostraram que existe uma correlação estatisticamente
significante entre a presença de sangramento à sondagem nos pais e filhos. O
Teste BANA detectou a presença de microrganismos periodontopatogênicos em
92,95% dos sítios dos pais e em 92,25% dos filhos estes dados foram
estatisticamente significantes. A presença de áreas com sangramento positivo
nos sítios obtidos dos filhos e nos correspondentes sítios dos pais foi
estatisticamente significante, assim como sítios BANA positivos dos filhos e
dos pais. Da mesma forma, os sítios com sangramento positivo que deram
resultados BANA positivos tanto nos pais como nos filhos, foram também
altamente significantes (a= 1%).
Estes
resultados sugerem que a presença de bactérias periodontopatogênicas nos filhos
está relacionada com as mesmas bactérias nos pais e um possível relacionamento
de alterações periodontais nos pais podem ter um significado importante no
estabelecimento das patologias periodontais nos filhos.
143
ULTRA-ESTRUTURA
DO COMPONENTE FIBRILAR DA MATRIZ EXTRACELULAR DO TECIDO CONJUNTIVO DA GENGIVA
EM HUMANOS.
Alfredo
Gromatzky, Wilson Sendyk, Max Reichhardt, Nelson Santos Pugliesi.
Departamento
de Estomatologia- Disciplina de Patologia Bucal-Fac.Odont.USP, 05508-900 SÃO
PAULO (SP).
No presente
estudo, o componente fibrilar da matriz extracelular tecido conjuntivo gengival
foi analisado morfologicamente por meio de microscopia eletrônica de
transmissão, comparando os resultados encontrados nos espécimes figurativos de
normalidade com os espécimes afetados por doença periodontal crônica.
O exame
clínico foi efetuado em cinco pacientes. Foram obtidas, de um mesmo paciente,
biópsias de áreas com gengiva inserida clinicamente normal e de áreas clinicamente
alteradas pela doença periodontal crônica.
A
utilização do fixador glutaraldeído e do glutaraldeído acrescido de ácido
tânico ou de "corantes" catiônicos,como vermelho de rutênio,
safranina O e azul de Alcian, separadamente em cada espécime, mostrou-se
efetiva na análise diversificada e comprobatória verificada nos resultados
deste trabalho. Modificações evidentes dos componentes fibrilares foram
observadas na comparação entre as condições de normalidade e de patologia
periodontal, algumas comprovando e outras discordando dos trabalhos encontrados
na literatura. Ressaltamos os achados deste estudo na análise dos espécimes pa
patológicos, de uma maior quantidade de feixes menores de fibrilas colágenas em
disposição sinuosa e, angular. Estes pequenos agrupamentos de fibrilas denotam
desorganização, ressaltando-se o espaço aumentando entre as fibrilas colágenas,
como também entre os delgados feixes remanescentes na matriz extracelular. As
fibrilas de ancoragem, assim como a lâmina basal não demonstraram evidências de
alterações nos exemplares afetados pela doença periodontal,em comparação aos da
gengiva clinicamente normal. Em relação ao sistema de fibras elásticas, além de
não terem sido observadas fibras elásticas maduras, somente em um espécime
foram encontradas fibras elásticas imaturas. No entanto, foi observada maior
quantidade de fibras oxitalânicas nos espécimes gengivais alterados pela doença
periodontal, quando comparados aos exemplares de gengiva clinicamente normal.
144
ESTUDO
COMPARATIVO DE DOIS MÉTODOS DE DETERMINACÃO DA DIMENSÃO VERTICAL DE REPOUSO EM
PACIENTES DESDENTADOS TOTAIS.
Sergio S.
Nogueira.
Dept.Materiais
Odontológicos e Prótese, Faculdade de Odontologia de Araraquara UNESP,
14801-903-Araraquara(SP)
A
observação clínica demonstrou-nos que, quando corretamente orientada a
respiração pode levar a mandíbula a sua posição de repouso. Assim,
interessou-nos investigar comparativamente um método por nós desenvolvido, aqui
denominado por método da respiração, e um método já consagrado na determinação
da posição de repouso mandibular- o método de Pleasure. A amostra constou de 20
pacientes desdentados totais e os métodos foram comparados em 3 situações clínicas a saber: 1) paciente
sentado no mocho odontológico sem apoio das costas; 2) paciente sentado na
cadeira odontológica com apoio das costas e sem apoio da cabeça e; 3) paciente
sentado na cadeira odontológica com apoio das costas e da cabeça.
As
mensurações foram realizadas com um paquímetro MAUb com se sensibilidade de 0,1
mm. A menor variação ocorrida entre os métodos, para as três posições estudadas
foi de 0,0mm e a maior de 1,7mm. A variação média ocorrida entre os dois
métodos para a posição 1 foi de 0,4mm, para a posição 2 foi de 0,5mm e, para a
posição 3, O,6mm. Houve variabilidade estatisticamente significante ao nível de
5% entre as posições determinadas pelos métodos em estudo porém em decorrência
dos pequenos valores das variações ocorridas, estas podem ser consideradas
dentro de limites clinicamente aceitáveis. Não se observou variabilidade
significativa para o fator posição do paciente.
145
ESTUDO
LABORATORIAL DAS PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS DAS RESINAS ACRÍLICAS UTILIZADAS
PARA CONFECÇÃO DE BASES DE PRÓTESES.
Altair Del Bel Cury; Antonio Luis Rodrigues Jr. & Heitor
Panzeri.
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba, UNICAMP, 13414.-019, Piracicaba, SP.
As
propriedades físico-químicas das resinas acrílicas dependem das condições de
cura. Assim o objetivo deste trabalho foi estudar as propriedades
físico-químicas das resinas acrílicas sob três condições de polimerização.
Foram utilizadas as resinas LUCITONE 550 (L), PROTHOPLAST (P) , ACRON (A) e
ORTO-CLASS (0) sendo que as duas
primeiras foram polimerizadas em banho de água por 14 horas a 70º C, a terceira
sob ação de microondas e a última uma resina quimicamente ativada, polimerizada
por 1 hora à temperatura ambiente. Corpos de prova (n=50) confeccionados de
acordo com a especificação nº12 da A.D.A. foram analisados quanto a:
Solubilidade em Água (I); Sorção em Água (II); Resistência TransVersal (III);
Flexão Máxima (IV); Resistência ao impacto (V) e liberação de Monômero Residual
(VI). Os resultados obtidos foram analisados estatisticamente, pelos métodos de
KRUSKAL-WALLIS e FRIEDMAN, mostrando que: a) A difere de P e O quanto à solubilidade e difere de L e O quanto a liberação de
monômero residual; b) a resina L difere
de P e O quanto à todos os testes realizados e que a resina P difere de O para
todos os testes realizados.
TRATAMENTOS
GRUPOS
I
II
III
IV
V
VI
A
112,5
256,0
253,0
126,0
246,0
14,0
B
100,5
167,0
160,0
174,5
312,0
38,0
C
252,0
342,0
289,0
334,5
74,5
26,0
D
355,0
55,0
118,0
185,0
187,0
52,0
D.M.S.(5%) 13,45 13,43 13,43 13,43 13,43
17,0
Conclui-se
que as resinas apresentam diferenças entre si quanto as propriedades
físico-químicas, as quais não estão relacionadas com o tipo de polimerização a
que foram submetidas.
146
ESTUDO DA
REPRODUTIBILIDADE DOS POSICIONAMENTOS CONDILAR (PLANO-SAGITAL) E MANDIBULAR
(PLANO HORIZONTAL) DETERMINADOS POR TRÊS MÉTODOS DE REGISTRO DA RELAÇÃO CENTRAL
EM PACIENTES DENTADOS.
Sergio S.
Nogueira.
Depto.
Materiais Odontológicos e Prótese - Faculdade de Odontologia de Araraquara
-UNESP -14.801-903 Araraquara (SP).
Muitos são
os métodos para determinação da relação central e seja qual for o método
utilizado este deve reproduzir um correto posicionamento da mandíbula várias
vezes em uma mesma sessão ou em sessões diferentes. Sob este aspecto, quanto
mais reprodutível, melhor o método. Assim, decidimo-nos investigar
comparativamente a reprodutibilidade dos posicionamentos condilar (plano sagital)
e mandibular (plano horizontal) determinados por três métodos de registro da
relação central: 1) Guiado não forçado; 2) Retrusão da língua e 3) Manipulação
bilateral preconizada por Dawson. A reprodutibilidade destes métodos foi
investigada em duas diferentes situações: 1) em uma mesma sessão clínica e, 2)
em três sessões clínicas diferentes, com intervalo de três dias entre as
mesmas. A amostra constou de 20 pacientes dentados, sendo que para cada um
obteve-se modelos superior e inferior em gesso pedra melhorado que foram
montados em articulador WHIP-MIX, após o que instalamos dispositivos
registradores com princípio de funcionamento semelhante a um Buhnergraph nas
regiões das caixas condilares e mesa incisal do articulador. Com estes
dispositivos registradores demarcamos as variações ocorridas entre 3 registros
em cera obtidos por cada método para uma mesma sessão e entre 3 registros em
cera obtidos por cada método em 3 sessões diferentes (um registro por sessão).
As variabilidades médias observadas no posicionamento condilar para o método
(1) foram: 1 sessão- lado direito 0,471mm e lado esquerdo 0,429mm; 3 sessões-
lado direito 0,444mm e lado esquerdo 0,467mm; para o método (2) foram: 1
sessão- lado direito 0,373mm e lado esquerdo 0,361mm; 3 sessões- lado direito
0,404mm e lado esquerdo 0,391 mm e; para o método (3) foram: 1 sessão- lado
direito 0,481mm e lado esquerdo 0,388mm; 3 sessões- lado direito 0,434mm e lado
esquerdo 0,479 mm. Já as variabilidades médias observadas no posicionamento
mandibular para o método (1) foram: 0,337mm em 1 sessão e 0,368 mm em 3
sessões: para o método (2) foram:0,257 mm em uma sessão e 0,299mm em 3 sessões
e; para o método (3) foram: 0,340mm em uma sessão e 0,365mm em 3 sessões. Estes
dados demonstram terem sido pequenas as variabilidades médias dos
posicionamentos condilar e mandibular dos 3 métodos em estudo, tanto em uma
mesma sessão como em 3 sessões diferentes, sendo ainda que os mesmos não foram
estatisticamente significantes ao nível de 5%.
Concluiu-se
que nenhum dos métodos estudados é superior ao outro no que do respeito a
reprodutibilidade.
147
PRÓTESE
PARCIAL REMOVÍVEL: INFLUÊNCIA DO ANTI-SÉPTICO NOS NÍVEIS SALIVARES DO GRUPO
MUTANS EM PORTADORES DE PRÓTESE.
Raquel B.
Ferrari, Alessandra S. de Oliveira, Maria da G. C. de Mattos, Rosa V. P.
Azevedo.
Departamento
de Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto USP, 14040-
904 e Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto USP, 14040-903.
Objetivando
avaliar a ação de um anti-séptico (Cepacol-Merrel), após a higienização diária
da prótese foram selecionados 10 pacientes da Clínica de Prótese Parcial
Removível da FORP-USP, de ambos os sexos, com média de idade de 44 anos,
portadores de prótese parcial removível a grampos desde 1990. Estes indivíduos,
após a 1º colheita de saliva, foram divididos, ao acaso, em 2 grupos: grupo
controle - higienizar a prótese antes de dormir, com pasta dental de uso
diário, e colocar em um copo contendo água e grupo teste na solução
anti-séptica, também durante o período noturno. Após 7, 14 e 30 dias, foram
coletadas amostras de saliva não estimulada, em tubos esterilizados contendo
pérolas de vidro. Após a homogeneização, as amostras foram submetidas à
diluição decimal seriada em PBS e semeada no meio seletivo SB20, com incubação
a 37ºC, pelo método de chama de vela, durante 3 dias. Efetuou-se a contagem do
número de Unidades Formadoras de Colônias (UFC) do grupo mutans por ml de
saliva, com auxilio do microscópio estereoscópio. Colônias com morfologia
característica foram transferidas para o meio Tio's, incubado a 37ºC por 24
48h, para biotipagem. Os resultados obtidos indicam que 100% dos indivíduos
olbergam o grupo mutans, sendo que a média do total de UFC/ml de saliva foi
(base line) de 6,71 x 106 correspondendo a 6,59 x 106 para a espécie S.mutans e
1,22x 105 para S.sobrinus. Quanto ao grupo teste (4 indivíduos), a média de
UFC/ml foi de 1,14 x 107,sendo 1,13 x 107 para S.mutans e 1,0 x 105 para
S.sobrinus. Em relação ao grupo controle (6 indivíduos) a média de UFC/ml foi
3,58 x 106, subdividindo em 3,4 x 106 e 1,36 x 105 para as espécies S.mutans e
S.sobrinus, respectivamente. Essa contagem sofreu uma redução média do total de
UFC/ml de saliva de 91,43% após 7 dias, 99,54% após 14 e 7,26% após os 30 dias.
A espécie S.mutans reduziu em média, de 81,43%, 99,6% e 87,54% e S.sobrinus de
97,59%, 100,0% e 96,11%, em 7,14 e 30 dias, respectivamente. Nossos dados
indicam que houve uma tendência semelhante de redução do grupo mutans tanto
para o grupo controle bem como para o grupo que usou o anti-séptico.
148
RELAÇÃO
CENTRAL EM DESDENTADOS TOTAIS. ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OS MÉTODOS DA
INCLINAÇÃO DA CABEÇA PARA TRÁS E RETRUSÃO DA LÍGUA.
Sergio S.
Nogueira
Depto de
Materiais Odontológicos e Prótese, Faculdade de Odontologia de
Araraquara-UNESP, 14801-903 Araraquara- SP.
Com a perda
da referência oclusal em decorrência das extrações dos dentes, a mandíbula
geralmente adota posições excêntricas, protusivas ou latero-protrusivas,
posições estas incompatíveis para se estabelecer uma oclusão satififatória.
Torna-se então necessário o posicionamento mandibular em relação central para
que nesta posição seja reabilitado o sistema mastigatório do paciente. Vários
são os métodos de determinação da relação central de que o dentista dispõe e
dos quais deve ter conhecimentos abrangentes visto que em muitos casos
situações clínicas adversas inviabilizam o método em uso, tornando-se então
necessária a sua substituição. Assim, com o intuito de fornecermos maiores informações
à clínica odontológica no que diz respeito aos métodos da inclinação da cabeça
para trás e da retrusão da língua julgamos oportuno investigarmos
comparativamente, no plano horizontal, a capacidade retrusiva do mesmos. A
amostra constou de 20 pacientes desdentados totais sendo que para cada um deles
confeccionamos bases de prova prensadas em resina acrílica termicamente ativada
e arcos de articulação e cera nº7. As bases de prova foram estabilizadas na
boca do paciente com pasta zincoenólica. Na região mediana das bases de prova
foi instalado um dispositivo de registro extra-oral constituído de um estilete
fixado na base de prova superior e de uma plataforma de suporte na inferior.
Uma placa de registros recoberta por uma pasta registradora era posicionada
sobre a plataforma de suporte. Ao aplicarmos os métodos em estudo, o estilete
era abaixado demarcando assim na placa de registros pontos correspondentes às
posições obtidas. Observamos que em oito casos o método da inclinação da cabeça
para trás posicionou a mandíbula em uma posição mais posterior, em um caso
houve coincidência de posicionamento e em onze casos o método da retrusão da
língua posicionou mais posteriormente a mandíbula, demonstrando-se assim, em
número de casos um certo equilíbrio no potencial retrusivo dos métodos
estudados.