1
ESTUDO
ELETROMIOGRÁFICO DO MÚSCULO MASSETER NAS REGIÕES SUPERIOR, MÉDIA E INFERIOR EM
INDIVÍDUOS PORTADORES DE MALOCLUSÃO.
E.
T.Palomari & M. Vitti
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
A vasta
literatura sobre as funções do músculo masseter tem ainda vários pontos que
merecem estudos no sentido de se esclarecer a real participação do mesmo em
seus vários segmentos. Um destes pontos é se o músculo funciona nos movimentos
mandibulares como um todo ou se sua porção superficial nas suas várias regiões
tem o mesmo comportamento. O objetivo deste trabalho é reestudar
eletromiográficamente o músculo masseter em sua porção superficial considerando
uma região superior, uma média e uma inferior, em movimentos mandibulares e, em
indivíduos portadores de maloclusão. Foram analisados até o presente, 12
indivíduos adultos jovens de ambos os sexos, e, cuja oclusão foi classificada
de acordo com Angle. Um par de eletrodos de superfície tipo beckman* foi
posicionado, unilateralmente, sobre cada região muscular, intercalando as
regiões superior e média, média com inferior, e os indivíduos se mantiveram
sentados com a cabeça orientada segundo o plano horizontal de Frankfort durante
todo o experimento.
Até o
presente, os dados obtidos tem mostrado o músculo masseter inativo nos
movimentos de abertura, lateralidade à direita, lateralidade contra-resistência
à direita, lateralidade com contato oclusal à direita, retrocesso da propulsão,
deglutição de saliva e deglutição de água. Uma participação moderada do músculo
masseter foi obtida nos movimentos de fechamento livre, fechamento
contra-resistência, lateralidade à esquerda, lateralidade contra-resistência à
esquerda, lateralidade com contato oclusal à esquerda, propulsão livre e
propulsão com contato. Por outro lado, nos movimentos de mastigação incisiva,
mastigação molar direita, mastigação molar esquerda e oclusão cêntrica forçada
as regiões superior, média e inferior mostraram maior intensidade de ação. É
importante ressaltar que estas considerações são preliminares e que o trabalho
continua em andamento, paro melhor diferenciação do comportamento do músculo
nas diferentes classes de maloclusões.
2
INTERAÇÃO
ENTRE JACALINA E GLICOPROTEÍNAS SALIVARES
NJ.Moral;
C. Paulino da Costa,. J.A. Cury
Faculdade
de Odontologia de Pircicaba - UNICAMP
Em
trabalhos anteriores, mostramos que a jacalina (lectina extraída de sementes de
Artocarpus-integlifolia), não reage exclusivamente com IgA -(sérica e salivar),
e sim com várias glicoproteínas humanas. Entretanto, pouco se tem feito no
sentido de se conhecer melhor a interação dessa lectina com as glicoproteínas
salivares e, sendo ela não específica para IgA, com quais outras glicoproteínas
a jacalina reagiria, o que, sem dúvida é de interesse para a área odontológica.
Um volume de saliva humana normal-SaHN colhida sem estímulo (pool) foi incubado
com extrato proteico bruto de sementes de jaca (EB), no ponto de equivalência,
previamente determinado, por uma hora à temperatura ambiente e doze horas à
4ºC. O material foi centrifugado a l0.000g por 15 minutos, obtendo-se um
sobrenadante que foi congelado para posterior análise eletroforética. O
precipitado (EB+glicoproteínas salivares) foi lavado três vezes em tampão PBS
0,l5M pH 7,2 à 4ºC (l0.000g) por 15 minutos cada vez; sendo em seguida eluído
no mesmo tampão contendo agora galactose O,8M. O eluato proteico
(EB+glicoproteinas + galactose) foi então aquecido à 56ºC durante uma hora,
sendo em seguida novamente centrifugado e armazenado nas mesmas condições do sobrenadante
inicial. Saliva humana e EB separadamente foram também submetido à temperatura
de 56ºC por uma hora e processados e armazenados nas mesmas condições
(controle).
A
eletroforese em gel de poliacrilamida do eluato proteico (EB +glicoproteínas +
galactose) mostra claramente que a proteína precipitada pelo calor é a
Jacalina, enquanto que as glicoproteínas sa/ivares que reagiram com a lectina
resistiram ao tratamento térmico permanecendo em solução, sendo que, nossa
próxima etapa será a caracterização dessas glicoproteínas.
3
AUTOMEDICAÇÃO
EM UNIVERSITÁRIOS: FAIXA ETÁRIA DE 19 ANOS.
C.R.Silva-Netto;
M.F.Silva,. S.O. Petenusci
Faculdade
de Odontologia de Ribeirão Preto, USP.
A
preocupação com o crescente consumo de medicamentos prende-se ao fato de que a
grande maioria, causa efeitos colaterais muitas vezes mais grave do que a
própria doença original. Tem sido mostrado que no Brasil, como em qualquer país
subdesenvolvido, a indústria farmacêutica visa muito mais o lucro do que a necessidade
primária do homem, ou seja, a superação da doença. Com o propósito de avaliar o
consumo de medicamentos em jovens estudantes, realizou-se um estudo em alunos
do 1º ano dos Cursos de Farmácia e de Odontologia de Ribeirão Preto, USP , num
total de 219 acadêmicos, sendo 85 do sexo masculino e 134 feminino. Constatou-
se que para o sexo masculino: 42% utilizaram medicamentos nos últimos 15 dias,
67% raramente sentem dores, 13% tem dores freqüentes e 20% nunca sentiram
dores; 42% utilizam Aspirina, 14% AAS e Novalgina e 18% outros medicamentos
(Dorflex, Anador), sendo a cabeça (36%) e o estômago (6%) os órgãos mais
afetados pela dor; 78% dos entrevistados automedicam-se, fazendo uso de
antitérmicos, analgésicos, anti- sépticos, descongestionantes nasais, vitaminas.
Para o sexo feminino: 45% utilizaram medicamentos nos últimos 15 dias, contudo,
77% raramente sentem dores, 14% têm dores freqüente e9% nunca sentiram dores;
29% utilizaram Aspirina, 17% Buscopan, 14% Novalgina e 12% outros medicamentos
(Ponstan, Neosaldina), sendo a cabeça (37%), o aparelho genital feminino (14%)
e o estômago (9%) os órgãos mais afetados pela dor; 75% das entrevistadas
automedicam-se, fazendo uso de analgésicos, antitérmicos, descongestionantes
nasais, anti-sépticos, antiinflamatórios, vitaminas.
Os
resultados demonstram que, em ambos os sexos, a cabeça é o órgão mais afetado
pela dor seguida de estômago e o aparelho genital feminino. Para aliviar a dor
os medicamentos preferidos são: Aspirina, Buscopan, AAS. Novalgina, Dorflex, Anador,
Neosaldina e Ponstan. Esses produtos são utilizados por automedicação. Além
disso, quando se automedicam, as drogas utilizadas se diferem quanto à
preferência com relação ao sexo. Ainda, não há consumo de medicamentos para os
sistemas nervoso, cardiovascular e hormonal.
4
O
TRATAMENTO FUNCIONAL DAS FRATURAS DO CONDILO MANDIBULAR
O.
CrivelloJr.
Faculdade
de Odontiologia -USP
A fratura
do côndilo mandibular é um tema pouco estudado nos países subdesenvolvidos.
Seus sinais e sintomas, ainda que estabelecidos há quase duzentos anos, são
ainda poucos observados no momento do exame clínico. O tratamento dessas
fraturas sempre alterou-se entre duas escolas: a ortopédica e a cirúrgica.
Enquanto a primeira defende o dogma da oclusão como objetivo primário do
tratamento, a segunda, defende a necessidade da redução anatômica do osso para
a perfeita consolidação óssea. Aqui apresentamos uma variante do tratamento
ortopédico: o tratamento ortopédico funcional; usado no início do século na
França e Alemanha essa técnica só passou a ser utilizada de forma sistemática
no início da década de setenta. A aplicação de trações horizontais de forma a
produzir a protrusão e a lateralidade mandibular o mais precocemente possível é
o objetivo do método apresentado.
As
vantagens deste método: o completo restabelecimento da função articular,
respeitando-se a oclusão sem deixar as seqüelas funcionais das outras formas de
tratamento.
5
AVALIAÇÃO
CLÍNICA DE REIMPLANTES APÓS AVULSÃO TRAUMÁTICA - ESTUDO PRELIMINAR.
M.I.S.Côrtes;
J. V. Bastos
Faculdade
de Odontologia da UFMG
A grande
freqüência de avulsão traumática dente nossos pacientes nos encoraja, cada dia
mais, a realizar o reimplante dental, já que podemos nos fundamentar em técnicas
científicas adequadas e criteriosas para seleção dos casos. A compreensão dos
fenômenos tissulares que envolvem a cura após o reimplante e a orientação
adequada ao paciente sobre a conduta a ser tomada no momento da avulsão são
fatores de fundamental importância para o êxito do tratamento. Acreditamos que,
a orientação ao paciente sobre a sua conduta no momento do acidente, é de
fundamental importância, já que os dados da literatura ressaltam que o maior
número de reimplantes bem sucedidos foram aqueles realizados por outras
pessoas, que não o dentista. A nossa conduta clínica é compatível com os
princípios que determinam a cura após o reimplante: não manusear a superfície
radicular; não curetar as paredes do alvéolo, recomendar terapia antitetânica, quando
necessário, e antibioticoterapia sistêmica durante uma semana; realizar
contenção semi-rígida, utilizando fio para osteossíntese torcido, fixado com
resina fotopolimerizável ou químicamente ativada, por um período mínimo de 15
dias; instituir a terapia endodontica, o mais breve possível.
Os
resultados preliminares demonstram que não podemos determinar o período de
permanência do elemento reimplantado na cavidade oral. Entretanto, achamos
válida qualquer tentativa de reimplante, principalmente, em se tratando do
paciente infantil. A reabsorção por substituição subseqüente, proporciona uma
deposição de tecido ósseo, que evita defeitos de cicatrização do processo
alveolar, comuns na ausência do elemento dental. Além disso oferecemos ao
paciente um período de adaptação psicológica paro a perda definitiva do dente.
6
CUIDADOS E
ORIENTAÇÃO EM TRAUMATISMO DENTÁRIO -UMA PROPOSTA DE ABORDAGEM PARA A COMUNIDADE
LEIGA.
J.V.Bastos;
M.I.S. Côrtes
Faculdade
de Odontologia da UFMG
Temos
observado na Clínica Odontológica um crescente número de pacientes vítimas de
traumatismo dentários. As crianças em idade escolar, entre 7 e 11 anos,
caracterizam uma das faixas etárias mais susceptíveis aos traumatismos, já que
vivem uma fase de intensa atividade física que as predispõe a isto -prática de
esportes, uso da bicicleta, "skate", patins e outras brincadeiras.
Esse risco é intensificado por características anatômicas peculiares a idade,
como por exemplo, a fase do "patinho feio" -protrusão fisiológica dos
incisivos centrais superiores durante A a erupção dos caninos permanentes.
Entendemos que a falta de informações da comunidade leiga impede a busca do
atendimento odontológico imediato. Por outro lado, o conhecimento precário do
profissional de odontologia, em geral, leva a condução inadequada do
tratamento. Ambos podem resultar na perda do elemento, dental ou mesmo em
outras consequências para os tecidos pulpares, periapicais e periodontais,
comprometendo, assim a estética e a função do aparelho estomatognático, além de
determinar um desequilíbrio de ordem emocional e/ou psíquico para o paciente
infantil. Sendo assim, voltamos nossa atenção para essa faixa etária, que
representa a maioria das vítimas dos traumatismos, através da "Campanha
Cuidados e Orientação em Traumatismos Dentários". O nosso projeto
constitui-se de: palestras a pais, professores e alunos das escolas de I e II
graus contendo informações, sobre causas, freqüencia, cuidados e orientação
relacionados aos traumatismos dentários; cartazes e folhetos educativos
contendo as mesmas informações das palestras, a serem distribuídos em escolas,
parques e clubes.
O nosso
objetivo é levar uma informação básica, porém, fundamental para transformar o
atual perfil do problema relacionado aos traumatismos dentários.
7
RADIOPACIDADE
DE MATERIAIS RESTAURADORES FOTOPOLIMERlZÁVEIS
J.Bianchi,
S.M.Rode, M.Fenyo-Pereiro, J.F.F.Santos
Faculdade
de Odontologia da Universidade de São Paulo
A
radiopacidade é uma característica de interesse para os materiais dentários
restauradores, por diversas razões, dentre as quais podemos destacar: avaliação
de contornos, excessos, detecção em casos que possa ter havido aspiração,
porosidades, distinção entre restauração e cáries recorrentes, etc. O objetivo
deste trabalho foi apresentar um estudo comparativo quanto ao nível de
radiopacidade de algumas resinas restauradoras e ionômeros de vidros
fotopolimerizáveis, comparados ao nível de radiopacidade do amálgama. Em um
placa de resina de 60x80x.3 mm. foram executadas 24 perfurações de 1 mm de
profundidade por 2 mm de diâmetro. Os orifícios foram preenchidos com 19
resinas compostas e 4 ionômeros de vidro, de diversas marcas comerciais. A
perfuração restante foi completada com amálgama, para servir como padrão de
radiopacidade. Foi obtida uma radiografia oclusal da placa, a distância dde 20
cm e 0,64 segundos de exposição, com aparelho heliodent (56 Kv, 7 mA) e 1
minuto de revelação sob condições controladas. A radiopacidade foi medida em um
fiotodensitometro Macbeth modelo m 528, que mede a quantidade de luz barrada
pela radiografia.
Nenhum
material estudado apresentou a radiopacidade do amálgama, sendo possível
identificar 3 grupos com rodiopacidade similar, classificados em radiopaco (11
materiais), intermediário (5 materiais) e radiolúcido (7 materiais).
8
ALTERAÇÕES
DA PRESSÃO ARTERIAL E FREQUÊNCIA CARDÍACA PRODUZIDAS PELA INJEÇÃO ENDOVENOSA E
SUBCUTÂNEA DE ANESTÉSICO LOCAL COM OU SEM VASOCONSTRITOR EM RATOS ACORDADOS.
R.T.Hernandez,
A. Renzi. W.A.Saad, L.A.A.Camargo, L.A.De Luca Jr; J.E.N.Silveira, J. V.Menami.
Departamento
de Ciências Fisiológicas, Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP .
A
associação de um vasoconstritor tem a capacidade de potencializar os efeitos
dos anestésicos locais, mas também podem provocar aumento de pressão arterial.
O objetivo desse trabalho foi o de estudar as alterações da pressão arterial
(PA) e frequência cardíaca (FC) quando se injeta anestésicos com ou sem
vasoconstritror em ratos acordados. Foram utilizados ratos com peso entre 250 e
300 g. - Foram injetados Novocal (Lidocaína + Vasoconstritor), xilocaína (sem
vasoconstritor) e solução fisiológica (controle). As soluções foram injetadas a
partir de cânulas colocadas no tecido subcutâneo do pescoço e na veia jugular
numa quantidade equivalente a 2 tubetes de anestésico (3,6 mil de solução de
anestésico a 2% ) para um homem (70 kg). A pressão arterial média (PAM) e a FC
foram registradas em ratos acordados por meio de canulação da artéria femoral.
O registro foi feito em polígrafo (Physiograph Narco Bio System). A injeção
endovenosa de Novocal produziu um potente aumento da PAM (53 + 4 nnHf) que foi
acompanhado de queda da FC (-64 + 13 bpm). A injeção subcutânea de Novocol não
produziu mudanças significantes da PAM (7 + 2 mmHg) ou da FC (12 + 11 bpm). A
xilocaína tanto endovenosa como subcutânea não alterou a PAM (4 + 2 mmHg) mas
produziu da FC (27 + 15 e 41 + bpm, respectivamente). Não houve mudanças na PAM
(2 + 2 mmHg) ou na FC (0 bpm) após injeção endovenosa ou subcutânea de solução
fisiológica.
O
resultados mostrarom que ocorre um grande aumento da PAM apenas quando o anestésico com vasoconstritor foi injetado
endovenosamente. O anestésico sem vasoconstritor não alterou a PAM quando
injetado por via endovenosa ou subcutânea em ratos, mas produziu aumento da FC.
9
AVALIAÇÃO
DA EFICÁCIA DE BOCHECHOS COM PLAXR NA FORMAÇÃO E NO METABOLISMO DA PLACA DENTÁRIA.
C.E.Pinheiro,
M.I.F. Poletto e C.F. Pinheiro
Faculdade
de Odontologia de Bauru -USP
O controle
mecânico e químico da placa bacteriana é de relevante :a importância na
prevenção da cárie e da doença periodontal. A associação da remoção mecânica
através da escovação, complementada com a utilização de um agente químico
eficaz, facilita grandemente a higiêne bucal. O propósito deste estudo foi o de
avaliar a formação e o metabolismo da placa de indivíduos que fizeram bochechos
com PLAX, em condições de restrição de higiêne oral. Trinta e dois pacientes
entre 7 e 12 anos, foram divididos em dois grupos e avaliados antes e depois de
bochechos com placebo e com Plax, quanto ao índice de placa (PHP) por um
período de 5 dias. Os pacientes foram instruídos a realizar 3 bochechos diários
após as refeições por 30 segundos, sem a utilização de qualquer outro método de
higiêne e fisioterapia oral. Amostras de placa, obtidas dos dois grupos, foram
utilizadas para a determinação do peso úmido, fermentação e síntese de
polissacarídeos extracelulares insolúveis. Os resultados obtidos, quanto ao
índice de placa e peso úmido, mostraram, respectivamente, uma redução de 15,2%
e 10,6% para o grupo PLAX sendo que esta diferença não foi estatísticamente
significante quando comparada ao grupo Placebo. No que diz respeito ao
metabolismo da placa, isto é, fermentação e síntese de polissacarídeos
extracelulares insolúveis, não houve diferença entre o grupo do Plax e Placebo.
Para as
condições em que este trabalho foi realizado, pode-se concluir que o emprego do
PLAX não altera nem a formação e nem o metabolismo da placa bacteriana em indivíduos sem a higiene oral.
10
AVALIAÇÃO
DA ASSOCIAÇÃO DE ADRENALINA E FELIPRESSINA A BUPIVACAÍNA SOBRE O SISTEMA
CARDIOVASCULAR DE CÃES.
E.D.
deAndrade,J. Ranali, M.C.Volpato eP.L.Rosalen.
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
A combinação
de Felipressina e adrenalina em uma solução anestésica local tem sido utilizada
na tentativa de melhorar a qualidade e duração da anestesia e diminuir sua
toxicidade. Como existem controvérsias sobre a segurança da utilização - desta
combinação em portadores de cardiopatias, o objetivo do experimento foi
verificar se a associação adrenalina e felipressina interfere de modo
significativo sobre o sistema cardiovascular de cães, através da análise das
pressões sistólica (PS), diastólica (PD) e média (M) em mmHg. Foram utilizados
11 cães, adultos, ambos os sexos, com peso médio 9,5 Kg, os quais foram
anestesiados com pentobarbital sódico, IV
(3Omg/Kg) e submetidos a preparo de rotina para determinações de PS, PD
e PM em eletrofisiografo (NARCO BIO-SISTEMS). Após a estabilização dos
registros das pressões, iniciou-se a administração das drogas, na sequência:
(1) Adrenalina 1:200.000 (IV); 2(2) Bupivacaína 0,5% + Adrenalina -1:200.000
(IV); (3) Bupivacaína 0,25% + Adrenalina
1:200.000 + Felipressina 0,03UI/ml (IV); (4) Bupivacaína 0,5% + Adrenalina
1:200.000 (1 Bucal); (5) Bupivacaína 0,25% + Adrenalina 1:200.000 +
Felipressina 0,03UI/ml (I Bucal); (6) Adrenalina 1:200.000 (IV) e (7)
Felipressina 0,03UI/ml (IV). A cada administração observou-se as variações de
pressão por 5 min., sendo a subsequente realizada apenas quando os registros
retomavam aos valores do repouso. As PS e PD foram obtidas (mmHg) através de
gráfico em papel milimetrado e a PM calculada pela fórmula de Ganong (1983). A
síntese dos resultados observados foi: PS (mmHg) para as administrações
1,2,3,6, e 7 teve pequena variação apenas no 1° min. com valores de 138,0
146,6; 143,3; 140,0; 136,7; respectivamente, quando comparados ao repouso de
130,4; já as administrações 4 e 5 não apresentaram alteração; PD (mmHg) para as
administrações 1,2,3,6 e 7 também variou apenas no 1° min. com, valores de
83,4; 83,0; 88,8; 84,1; 100,4; respectivamente, quando comparados ao repouso de
99,5; sendo que as administrações 4 e 5 tiveram pequena variação no 3º min.,
90,5 e 98,7; respectivamente, quando comparadas ao repouso de 100,3; PM (mmHg)
para as administrações 1,2,3,6 e7 apresentaram pequena variação apenas no 1°
min. com, valores de 102,2; 107,2; 107,0; 102,7; 112,5; respectivamente, quando
comparadas ao repouso de 109,8 e as administrações 4 e 5 não apresentaram
variação.
Concluímos que associações usadas em 3 e 5 não
mostraram alteração significativa no sistema cardiovascular de cão quando
comparada com a 1, portanto esta associação é compatível com o modelo biológico
proposto.
11
BIOSOROTIPAGEM
DE CÂNDIDA ALBICANS DA MUCOSA BUCAL DE INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS, DENTADOS, FUMANTES
E NÃO FUMANTES.
F.RX. da
Silveira, E.G.Birman; C.R. Paula.
Faculdade
de Odontologia da USP e Instituo de Ciências Biomédicas da USP:
Neste
trabalho, foram analisadas, frequência e biosorotipagem de Candida albicans da
mucosa bucal de portadores sadios, dentados, fumantes e não fumantes.
Utilizou-se a metodologia desenvolvida pelo ICVB-USP, para identificação e
biosorotipagem de C. Albicans (Departamento de Microbiologia -Seção de
Micologia). O sorotipo A foi o mais prevalente, com maior frequência para
indivíduos de sexo masculino e igual distribuição para fumantes e não fumantes,
sendo o sorotipo B, mais frequente no sexo feminino e nos não fumantes. As
características morfofisiológicas, mostraram um padrão uniforme, com exceção de
3,7% das amostras, que fermentaram sacarose e assimilaram celobiose. Para ambos
os sorotipos puderam ser individualizados biotipos. Nos mais prevalentes, houve
concomitância de produção de exoenzimas, (proteinase e fosfolipase), em nível
intermediário de atividade. Houve significância estatística para a produção de
proteinase, em nível intermediário, entre as amostras de sorotipo A.
Assim o
conjunto dos resultados obtidos, permitiu configurar um padrão compatível com
interação saprofítica, possibilitando uma melhor compreeensão da patogenia de
Candida albicans, ainda pouco elucidada.
12
REDUÇÃO DA
MICROBIOTA GERAL E DA POPULAÇÃO ESTRETCÓCICA DE MUCOSA ORAL APÓS APLICAÇÃO DO
IODO-POVIDONA (PVP-I)
J.L.De
Lorenzo: M.R.L. Simionato; M.P .A. Mayer; S.CJ. Timenetsky.
Instituto
de Ciências Biomédicas- USP
A
antissepsia de mucosas requer a utilização de germicidas potentes e com o
mínimo de toxicidade para os tecidos, sendo que iodo-povidona ou iodo-
polivinilpirrolidona (PVP-I) tem sido apontado como a droga ideal para esse
propósito. Neste trabalho, os autores testaram a eficiência desse produto na
descontaminação da superfície mucosa oral, através da comparação entre o número
de unidades formadoras de colônias (UFC) de bactérias anaeróbias facultativas
em geral e, em particular, de estreptococos instalados na mucosa julgal
clinicamente sadia de 10 indivíduos adultos. A fim de padronizar a área das
regiões de colheita e, consequentemente, de uniformizar os resultados, foi
usado em retângulo de papel alumínio previamente esterilizado e vazado na zona
central, de modo a expor uma superfície de 6cm2. Os cultivos das amostras
coletadas foram realizados em ágar BHI e em MS.
Os
resultados obtidos permitem concluir que: 1. o PVP-I; aplicado durante um
minuto, causa reduções estatisticamente significantes (99,38% a 100%) no número
geral de bactérias implantadas na mucosa jugal; 2. o PVP-I causou redução total
do número de estreptococos dessa área. Consequentemente, o PVP-I mostrou-se um
antisséptico eficaz e de ação rápida na descontaminação da mucosa oral.
13
CARACTERIZAÇÃO
DE CEPAS ORAIS DE STREPTOCOCCUS MUTANS, POTENCIALMENTE CARIOGÊNlCAS. ASPECTOS
MICROBIOLÓGICOS E DE ELETROFORESE EM POLIACRILAMIDA. ESTUDO PRELIMINAR.
D.M.Paloman.
e J.F. Hofling.
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
Embora as
espécies de S. Mutans constituam um grupo heterogêneo de microrganismos, vários
métodos de estudo têm sido utilizados para sua diferenciação e classificação,
com ênfase na sistemática, baseando-se na presença de antígenos específicos,
experimentos de reassociação de DNA, provas bioquímicas e de eletroforese em
poliacrilamida. Assim, esse trabalho se propõe a dar uma contribuição aos
estudos de classificação e caracterização de Streptococcus da cavidade oral, do
ponto de vista da técnica de eletroforese em poliacrilamida. Amostras de
culturas de S.mutans isoladas e identificadas bioquímicamente, estão sendo
estudadas, utilizando-se a técnica de eletroforese em gel de poliacrilamida. Na
preparação das amostras, dois métodos foram utilizados para o estudo de
S.Mutans: (1) culturas de 48 hs, são lavadas em 0.15MTris HCl e submetidas à
centrifugação. O precipitado obtido, é ressuspendido em sacarose à 20% e
mantido por 20 min. em banho de gelo. Após centrifugação, o precipitado final é
solubilizado em SDS. (2) Culturas bacterianas de 48 hs, são lavadas e
centrifugadas. O precipitado resultante é ressuspendido e 0.15g de pérolas de
vidro são adicionados à suspensão. As células são rompidas por agitação por
períodos de 5 min. A eletroforese se processa em corrente constante de 20 mA a
150v. Para detecção das bandas, o gel é fixado em TCA e corado posteriormente
em comassie Blue-G-250.
Embora os
resultados obtidos até o momento, não permitam conclusões definitivas, pode-se
observar em pelo menos uma das técnicas empregadas, que dentro da espécie
"mutans", todas as cepas mostrarom padrões de eletroforese
semelhantes, diferindo paro a espécie "rattus, sobrinus" e para as
cepas não identificadas bioquimicamente. A técnica de coloração para proteínas,
revelou a presença de 18 bandas para a espécie "mutans", 16 bandas
para a espécie "rattus", 20 para a espécie "sobrinus" e de
15 a 26 bandas para as espécies não identificadas bioquimicamente, quando
processada a eletroforese de proteína solúveis das cepas bacterianas.
14
PADRÃO DAS
CONEXÕES SINÁPTICAS ESTABELECIDAS POR FIBRAS SENSITIVAS PRIMÁRIAS DENTAIS NO
SUBNÚCLEO INTERPOLAR DO RATO
JA.BauereR.C.R.S.
Lapa
Instituto
de Ciências Biomédicas -USP
É sabido
que as fibras sensoriais primárias que suprem o complexo polpa- dentina estão
relacionadas a uma modalidade sensorial única (dor) enquanto que o nervo
alveolar inferior carreia, além dessas, outras fibras relacionadas a outras
modalidades sensoriais (tato, pressão e temperatura). Empregando a técnica da
degeneração tranfanglionar subsequente, em uma etapa inicial, à lesão do nervo
alveolar inferior e, em uma segunda etapa, a remoção da polpa coronal,
propusemos neste estudo: a) quantificar os bulbos sinápticos em degeneração; b)
identificar os elementos pós-sinápticos e c) comparar os resultados obtidos nos
2 tipos de experimentos. Utilizando 8 ratos machos, adultos, sendo 4 submetidos
à lesão do nervo alveolar inferior e 4 submetidos à pulpotomia do 1° e 2°
molares inferiores esquerdos. Entre 9 a 20 dias após a cirurgia os animais
foram anestesiados e perfundidos com a mistura fixadora de Karnovsky. Os
céfalos foram removidos e o tronco encefálico foi cortado em secções
transversais de 1 mm de espessura as quais foram separadas em 2 metades
(esquerda e direita). As duas fatias que continham o suvbnúcleo interpolar
foram pós-fixadas em tetróxido de ósmio e embebidas em resina Spurr. Secções
com 250mm de espessura foram coradas e estudadas em microscopia de luz para
identificação precisa do subnúcleo interpolar .Secções ultrafinas da região
dorso-medial desse subnúcleo foram coradas e analisadas ao microscópio
eletrônico ZEISS EM9.
Os
resultados das contagens dos bulbos sinápticos em degeneração mostraram,
independentemente do tipo de experimento, que estes estabeleciam contatos
sinápticos simples preferencialmente com segmentos dendríticos intermediários
(49,8%, no experimento com a polpa dental; 46,4%, no experimento com o nervo
alveolar inferior) e , distais (20,3% no experimento com a polpa dental; 22,1%
no experimento com o nervo alveolar inferior). Além disso foram observados em
menor quantidade contatos sinápticos duplos e múltiplos ou glomerulares.
15
ESTUDO
HISTOMORFOLÓGICO DA MUCOSA DO SULCO GENGIVAL APÓS A APLlCAÇÃO DE ALGUMAS
SOLUÇÕES EVIDENCIADORAS DA PLACA BACTERIANA DENTAL.
N.
C.Roslindo, E.B.Roslindo. LS.Utrilla, P.S.Cerri, B.E. C.Toledo
Universidade
Federal de Uberlândia -UFU
Foi
estudada a reação dos tecidos epitelial e conjuntivo, a nível de sulco gengival
no rato, após a aplicação tópica de seis soluções evidenciadoras de placa
bacteriana dental. As soluções de fucsina básica, Marron de Bismark, Replamic,
Replak, Verde malaquita e Plak-lite foram aplicadas na área do sulco gengival
na região lingual dos molares superiores, diariamente por uma semana, de 2 em 2
dias a partir do 7º dia e de 4 em 4 dias a partir do 15° dia até o 31° dia,
sendo utilizada como substância controle, a água destilada. Os animais,
distribuídos em 7 grupos de 15 animais cada, foram sacrificados aos 8, 16 e 32
dias do início do experimento e os segmentos interessados da maxila, após fixação,
descalcificação e inclusão, forneceram cortes semi- seriados de 6 micrômetros
que foram corados pela hematoxilina e eosina.
Os
resultados da análise histológica mostraram que, as soluções não promoveram
qualquer alteração a nível dos epitélios sulcular e juncional ou conjuntivo
subjacente e portanto podem ser indicadas no uso clínico de evidenciação de
placa em condições de normalidade gengival.
16
ALTERAÇÕES
MORFOLÓGICAS DOS AMELOBLASTOS E DO MANTO DENTINÁRIO NO GERME DENTAL DE
RATO-FASE EM CAMPÂNULA-PARTE II
M.L.P
Almeida. A. W Almeida, E.Katchburian.
Universidade
Federal de Uberlândia -UFU
Apresentação
da área em estudo:
O germe
dental do rato é um excelente material para estudos sobre a secreção das
matrizes orgânicas que se mineralizam no caso esmalte e dentina, bem como para
análiser dos eventos que ocorrem quando do início dos processos de
mineralização. Num mesmo germe podemos observar estágios diferentes da
progressão da diferenciação dos ameloblastos e dos odontoblastos. Podemos também
acompanhar os eventos que ocorrem quando do início da secreção das duas
matrizes orgânicas, bem como a deposição dos primeiros elementos cristalinos,
até a formação dos centros de mineralização no interior do manto. Com auxílio
de ampliações de micrografias eletrônicas que mostram segmentos escolhidos do
germe dental, pretendemos mostrar algumas etapas dos eventos iniciais da
odontogênese no primeiro molar superior do rato. Esta fotomicrografia mostra
parte do germe no início da fase em campânula. Nela notamos áreas da papila
dental onde os odontoblastos estão se aproximando para formar a figura em
paliçada característica. Separando os odontoblastos dos ameloblastos existe uma
faixa clara que as micrografias eletrônicas subsequentes mostrarão estar preenchida
por material orgânico onde se destacam as fibrilas: colágenas e os
prolongamentos citoplasmáticos dos odontoblastos. O órgão do esmalte mostra o
retículo estrelado, o estrato intermediário e uma camada de ameloblastos em
diferentes fases do processo de diferenciação.
Notamos
evidências morfológicas, ao microscópio óptico, de áreas mais escuras que são
descritas como em inicio de processo de mineralização. Ao microscópio
eletrônico, contudo, os primeiros depósito minerais são evidenciados em fases anteriores
aquelas mostradas pelo microscópio óptico.
17
ALTERAÇÕES
MORFOLÓGICAS DOS AMELOBLASTOS E DO MANTO DENTINÁRIO NO GERME DENTAL DE
RATO-FASE EM CAMPÂNULA-PARTE II.
M.L.PAlmeida.
A.WAlmeida, E.Katchhurian
Universidade
Federal de Uberlândia -UFU
-Quadro
morfológico antes da desagregação da membrana basal.
Micrografia
eletrônica mostrando vários ameloblastos com seus polos secretores voltados
rara o manto dentinário. Tais células encontram-se unidas em toda a extensão,
formando uma estrutura em paliçada típica. Próximo ao rolo secretor notamos
figuras de adesão unindo células vizinhas. Nesta fase, a superfície secretora
dos ameloblastos mostra a membrana citoplasmática com perfil pouco recortado.
Com a progressão do processo de diferenciação celular, as saliências e
reentrâncias da membrana tendem a aumentar. Alguns núcleos, ainda próximos do
polo secretor, durante as etapas subsequentes deverão migrar para o polo
oposto, aproximando-se consequentemente da região onde se encontra o estrato
intermediário. Uma membrana basal relativamente bem estruturada separa o polo
secretor dos ameloblastos, das outras estruturas do manto. Agregam-se à
membrana basal fibrilas colágenas não estriadas. Fibrilas com estriação
características encontram-se pouco mais afastadas, espalhando-se por toda a
extensão do manto. Sua concentração, no entanto, é maior nas áreas próximas aos
ameloblastos. Os prolongamentos citoplasmáticos do odonloblaslos ainda são
múltiplas projeções curtas e irregulares, mostrando vesículas revestidas
("coated vesicles") junto à membrana citoplasmática em algumas delas.
Certos prolongamentos se aproximam muito da membrana basal e parecem tocá-la.
Katchburian & Burgess sugerem que tais aproximações poderiam desempenhar
importante função nas fases ulteriores do processo de diferenciação. Nas
proximidades da membrana celular dos ameloblastos notamos várias vesícula, não
só junto ao seu polo secretor como nas paredes laterais. Grânulos de secreção
com diferentes graus de eletrondispersividade são vistos no interior do
citossol em diferentes regiões da célula. O retículo endoplasmálico rugoso é
exuberante e múltiplos ribossomos livres encontram-se espalhados pelo citossol.
Assim tais
aspectos morfológicos, sugerem alta atividade de síntese protéica visando a
produção de proteínas exportáveis e não exportáveis.
18
ALTERAÇÕES
MORFOLÓGICAS DOS AMELOBLASTOS E DO MANTO DENTINÁRIO NO GERME DENTAL DE
RATO-FASE EM CAMPÂNULA-PARTE III.
A.W.Al.meida
M.L.P.Al.emida, E.Katchburian.
Universidade
Federal de Uberlândia -UFU
-Quadro
morfológico após a desagregação da membrana basal:
Esta
ampliação mostra uma fase de diferenciação do germe dental um pouco mais
avançada do que a mostrada na ampliação anterior. A membrana basal, que mostrava-se
contínua, encontra-se desestruturada, aparecendo apenas em algumas áreas, ainda
assim mal determinada. Paralelamente à tal desagregação, o ápice dos
ameloblastos torna-se recortado. A membrana citoplasmática, nesta região mostra
superfície irregular com saliências e reentrâncias recobertas por fibrilas
colágenas sem as bandas características. No citoplasma apical dos ameloblastos
não observamos os núcleos que, já migraram para o pólo oposto. As organelas
citoplasmáticas presentes no polo secretor, descritas na ampliação anterior,
continuam presentes aqui. Notamos múltiplas vesículas em processo de fusão com
a membrana citoplasmática dos ameloblastos, algumas nitidamente do tipo
revestido. Destaca-se o sistema de membranas, com a forma de túbulos, aos quais
associam-se várias vesículas, algumas do tipo revestido e que estariam
mostrando os primeiros estágios da formação do endossomo. Ns região do manto
dentinário, as fibrilas colágenas espalham-se com maior homogeneidade no seio
da matriz. Os prolongamentos citoplasmáticos dos odontoblastos mostram-se com menor número de ramificações.
Nesta fase
são observadas as primeiras vesículas da matriz. Nesta ampliação presenciamos
várias delas mostrando graus diversos de eletrondispersividade. A descrição da
presença de tais vesículas de origem celular no manto dentinário, pela primeira
vez por Katchburian, veio fortalecer a hipótese de que a mineralização está sob
controle dos odontoblastos.
19
ALTERAÇÕES
MORFOLÓGICAS DOS AMELOBLASTOS E DO MANTO DENTINÁRIO NO GERME DENTAL DE
RATO-FASE EM CAMPÂNULA-PARTE IV.
A.W.
Ahneida, M.L.P Almeida, E. Katchburian.
Universidade
Federal de Uberlândia -UFU
-O início
do processo de mineralização
As etapas
iniciais dos processos que levam à mineralização da dentina e do esmalte é
assunto bastante controvertido. Os ameloblastos ainda se encontram em pleno
processo de diferenciação quando sua secreção orgânica já é visível ao nível do
polo secretor, ou mesmo misturando-se com outros constituintes do mamo
dentinário Esta ampliação mostra o polo secretor de ameloblastos. O método de
preparação do, material -"coloração" com acetato de uranila em bloco
e a temperatura da primeira etapa da fixação a 37ºC, permite uma melhor
definição das diferentes matrizes orgânicas. A secreção orgânica dos
ameloblastos se apresenta sob a forma de agregados granulares característicos.
Os grânulos são homogêneos no seu diâmetro e envolvem as fibrilas colágenas.
Tais fibrilas, quando cortadas obliquamente mostram a estriação característica,
porém seus cortes transversais não sofrem "coloração" mostrando uma
imagem negativa. É possível que, nesta fase do desenvolvimento do germe dental,
este seja o primeiro contacto entre as duas matrizes orgânicas, o que deu-se
graças ao desaparecimento da membrana basal. Nas etapas que antecedem a
desagregação da membrana basal não temos mistura das duas secreções, nem
tampouco figuras de mineralização. Após seu desaparecimento, com o contacto
entre as secreções, aparecem paralelamente os primeiros depósitos minerais.
Estes são observados associados à secreção orgânica do esmalte e ao longo das
fibrilas de colágeno polimerizado. No citoplasma dos ameloblastos, a presença
de vesículas revestidas associando-se a um sistema de membranas, sugere a
existência de um mecanismo de transporte entre os meios extra e intracelular.
20
ALTERAÇÕES
MORFOLÓGlCAS DOS AMELOBLASTOS E DO MANTO DENTINÁRIO NO GERME DENTAL DE
RATO-FASE EM CAMPÂNULA-PARTE V.
E.Katchburian.
A. W .Almeida, M.L.P .Almeida.
-O polo
secretor dos ameloblastos.
A
micrografia eletrônica mostra a região distal de um ameloblasto em
diferenciação inicial. Nesta fase, a superficie distal do ameloblastos
apresenta-se extremamente ondulada e com numerosas projeções invadindo o manto dentinário
que, encontra-se em fase de pré-calcificação A membrana basal está se
desintegrado, provavelmente devido à ação de enzimas elaboradas pelos
ameloblastos. O citoplasma mostra um extenso sistema de membranas lisas
polimorfas. Acredita-se que nesta fase o ameloblasto esteja absorvendo
substância que seriam produto da degradação da membrana basal, além de outras
provenientes da região limítrofe com o manto. É provável que os produtos
absorvidos via vesículas recobertas (coated vesícles) sigam um roteiro
intracelular que envolve o sistema de membranas que se denomina de endosoma, à
semelhança do que ocorre em outras células. O sistema endosômico ocupa-se da
triagem e distribuição dos componentes absorvidos (inclusive membranas,
receptores) dentro da célula, enviando alguns para os lisosomas e outros
devolvendo (receptores, por exemplo) para a membrana plasmática. .
Acreditamos
que o sistema de membrana lisa presente na região distal do ameloblasto em
diferenciação, como mostra a micrografia, representa o sistema endosômico
periférico do ameloblasto que estaria fazendo a triagem e distribuição de
substâncias internalizadas através de vesículas recobertas. A razão pela qual o
ameloblasto absorve substâncias na superfície distal antes de começar a depositar
a matriz do esmalte ainda não está totalmente esclarecida. Os microtúbulos
presentes em, quantidade, em diferentes áreas da ampliação, mostram-se bem
evidentes nesta fase do processo de diferenciação. Provavelmente desempenham
função estrutural e quiçá atuem no deslocamento das vesículas. Mitocondrias,
ribossomos e microfilamentos estão espalhados nesta área do citoplasma apical.
21
ALTERAÇÕES
MORFOLÓGICAS DOS AMELOBLASTOS E DO MANTO DENTINÁRIO NO GERME DENTAL DE
RATO-FASE EM CAMPÂNULA-PARTE VI.
E.
Katchburian, A. W Almeida, M.LP Almeida.
-Formação
dos primeiros núcleos de mineralização.
Nesta
ampliação, o polo secretor do ameloblasto encontra-se no quadrante inferior
direito. Notamos, junto à membrana citoplasmática, o material granular típico
que compões a matriz orgânica do esmalte. O manto ocupa a maior parte da
ampliação, o que nos permite observar melhor a mistura das duas secreções
orgânicas. O material granular, secretado pelos ameloblastos, envolve as
múltiplas fibrilas colágenas formando um amalgamado nítido. Junto à membrana
citoplasmática notamos fibrilas colágenas não estriadas. Pouco mais afastadas
estão presentes as fibrilas mostrando a estriação transversal característica,
em vários locais. A secreção granular dos ameloblastos, em vários locais da
ampliação, mostra-se associada a figuras que são consideradas depósitos de
mineral. As fibrilas colágenas polimerizadas também se associam aos cristais
minerais que dispõem preferencialmente ao longo de seu eixo maior. Embora o
papel do material granular presente em "close association" com
colágeno não seja conhecido, não podemos descartar a hipótese de que a
associação possa estar relacionada ao processo de calcificação. As vesículas
revestidas estão bem evidentes, associando-se à membrana citoplasmática para
formarem as "coated pits", ou situando-se no seio do citoplasma
formando as "coated vesicles", ou integrando-se ao sistema de túbulos
membranoso que formam o endossoma. Estas imagens indicam que o ameloblasto está
absorvendo material da zona limítrofe.
22
PREVALÊNCIA
DE LESÕES BUCAIS EM PACIENTES PORTADORES DE PRÓTESE TOTAL
S.S.Penha.
N.N.Sugaya, E.G.Bmnan
Faculdade
de Odontologia -USP
Variado
número de lesões crônicas e agudas têm sido relacionadas ao uso de 4 prótese
totais. Assim realizamos pesquisas clínica para avaliar em nosso meio a
prevalência de lesões de mucosa bucal em desdentados portadores de prótese
total. Cem pacientes usando prótese total bimaxilar foram estudados. Um exame
clínico detalhado foi realizado para avaliar as condições da prótese, tempo de
uso da mesma, fatores de estabilidade, dimensão vertical, entre outros aspectos
em como detecção de lesões presentes na mucosa bucal. Exames complementares
como biópsia, citologia esfoliativa e cultura foram solicitados. Os resultados
demonstraram que no grupo estudado houve predominância do sexo feminino (90%)
na faixa etária de 41 a 50 anos. A lesão mais comumente observada foi a
Hiperplasia Fibrosa inflamatória (66%) ocorrendo em 22% como lesão não isolada.
A Hiperplasia Papilomatosa foi observada associada a câmara de vácuo das
próteses superiores em 12%. A segunda lesão mais frequente foi a Candidose
Eritematosa Crônica (34%) localizada no palato duro. Úlceras traumáticas foram
observadas em 12% dos pacientes e queilite angular em 11 %, associados a
candidose em muitos casos. Não foi observado nenhum caso de Carcinoma
Epidermóide e das chamadas Leucoplasias.
Apesar da
importância que se tem dado às condições e doenças sistêmicas influenciando a
mucosa bucal, acreditamos que a ação de fatores crônicos irritativos
representados por prótese inadequadas, são os responsáveis pelo desencadeamento
das principais lesões observadas nestes pacientes.
23
AVALIAÇÃO
DOS EFEITOS TERAPÊUTICOS DO BCG ORAL NAS ÚLCERAS AFTOSAS RECORRENTES
N. N.Sugaya, DA.Migliari
Faculdade
de Odontologia da USP
As
ulcerações aftosas recorrentes, já conhecidas há longo tempo, ainda hoje
desafiam clínicos e pesquisadores no esclarecimento de sua etiopatogenia e
controle terapêutico adequado. Na literatura recente, vários trabalhos têm
demonstrado a participação de respostas imunes tanto humorais quanto celulares
na etiopatogenia das UAR e efeitos terapêuticos variáveis com o uso de
imunomoduladores. Procuramos avaliar o efeito da comprovada ação
imunopotenciadora do BCG no comportamento clínico das ulcerações aftosas
recorrentes. Utilizamos o onco BCG-oral fornecido pelo Instituto Butantan de
São Paulo, para tratamento de 24 pacientes; 13 homens e 11 mulheres; não
fumantes, que apresentavam quadros severos de UAR, com períodos não superiores
a 15 dias livres de lesão. Obtivemos cerca de 30% de remissão completa das
lesões e outros 30% de melhora acentuada dos quadros ulcerativos. Os efeitos
benéficos foram mais acentuados nas mulheres (81% de bons resultados), não se
observando outras relações
significantes com respeito à Idade dos pacientes, desencadeantes ou história
familiar positiva para a doença.
Conclui-se
que o medicamento promoveu melhora significativa sem provocar qualquer efeito colateral indesejável na
casuística estudada, necessitando ainda outras investigações.
24
ALTERAÇÕES
PRESENTES NO EPITÉLIO LINGUAL DE FETOS DE RATAS SUBMETIDAS AO EXERCÍCIO
FORÇADO. ESTUDO ESTEREOLÓGICO.
CA.L.Ribejro.
M.S.Melis, G. Maia Campos, MA. Sala, RA. Lopes.
Faculdade
de Filosofia, Ciências e Letras de RIbeirão Preto -USP; Faculdade de
Odontologia de Ribeirão Preto -USP
Ficou
demonstrado, em animais de laboratório, que o exercício forçado durante a
gestação poderia provocar efeitos adversos no feto, tais como: peso fetal
diminuído e grande mortalidade na ninhada. Tendo em vista que a sociedade dá
ênfase aos beneficios advindos do exercício e que essa atitude tem se expandido
progressivamente até incluir as gestantes nos programas de ginástica que
promovem o exercício durante a gravidez, o presente trabalho foi planejado com
os objetivos de caracterizar as alterações presentes no feto, placenta e cordão
umbilical de animais submetidos ao exercício físico forçado; e de estudar
quantitativamente as alterações ocorridas no epitélio lingual. Foram utilizadas
ratas albinas variedade Wistar ( + 170 g), as quais foram submetidas a um
programa de treinamento prévio, constante de natação em recipiente apropriado
durante 1 hora, 5 dias por semana. Após o acasalamento e constatada a prenhez,
os animais foram submetidos a 1 hora diária de natação durante toda a gestação.
No 21º dia de prenhez as ratas foram sacrificadas e os fetos, placentas e
cordões umbilicais foram colhidos, pesados, imersos em fixador (alfac) durante
24 horas, incluídos em parafina, cortados com 6 micrometros de espessura e
corados pelo HE. Foi possível observar: pesos corporal, placentário e do cordão
diminuídos; língua menor quando comparada à do controle; o epitélio lingual dos
fetos exercitados evidenciou na região dorsal um maior número de células, as
quais eram de menor volume. e as papilas linguais apresentaram menos
diferenciadas; na região ventral o epitélio apresentou-se com espessura diminuída
e com células de núcleos de menor volume; as fibras musculares eram mais
delgadas e os núcleos mais evidentes; as glândulas linguais posteriores estavam
menos diferenciadas, sendo constituídas somente de cordões celulares. Essas
alterações foram avaliadas morfométrica e estereológicamente.
Os autores
concluíram que na fase dorsal da língua o epitélio exibe um quadro de
hjperplasia nos fetos do grupo exercitado, já que o volume celular é menor (426
um3), o número de células/mm3 é maior (2.033.700 vs 1.486.177), enquanto que a
espessura é semelhante. Na fase ventral, entretanto, o epitélio exibe um quadro
de hipertrofia, já que no grupo tratado o volume celular é menor (529 um3 vs 690 um3), o número de células/ mm3 é
maior (1.917.389 vs 1.476.319), enquanto que a espessura está diminuída (19 um
vs 24 um).
25
ALTERAÇÕES
NAS TRABÉCULAS ÓSSEAS DOS MAXILARES DE FETOS DE RATAS SUBMETIDAS AO ALCOOLISMO.
ESTUDO ESTEREOLÓGICO.
MC.Gaglianone.
RA.Lopes., G.M.Campos, MA.Sala, S.O.Petenusci, M.G.D. Contreta.
Faculdade
de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto -USP, Faculdade de
Odontologia de Ribeirão Preto -USP .
Foram
utilizados fetos de ratos Wistar, cujas mães receberam 0,03ml/g de etanol ou
aguardente de cana a 25%, via intraperitoneal, no 10º dia de gestação, ou
solução salina servindo de controles. As ratas foram sacrificadas no 20+0 dia
de gestação e os fetos colhidos foram imersos em alfac. As cabeças foram
separadas dos, corpos e cortadas longitudinalmente e incluídas em parafina. Os
cortes de 7 micrometros foram corados pelo HE. Os ossos maxilar superior e
mandíbula foram submetidos à contagem de pontos utilizando-se uma grade de
Merz. O índice trabecular foi determinado pela técnica de Merz & Schenck
(1970), empregando-se a fórmula: U = (P.100)/f. 36, onde P= número de pontos na
área, F = número de campos e 36 = número de pontos da grade.
Os
resultados foram, respectivamente paro os fetos controles, tratados com etanol
e tratados com aguardente de cana, iguais a 0,4275, 0,3411 e 0,3064 para o
maxilar superior; 0,4289, 0,3647 e 0,2894 paro a mandíbula.
26
EFEITO DA
XEROSTOMIA NA PLACA DENTAL DE RATOS.
V.S. Ito,
A.O.C. Jorge, P.D. Novaes, O.P. Almeida.
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
A saliva
tem importante-função na manutenção do equilíbrio da flora bucal e da saúde das
estruturas orais, estando a xerostomia nos seres humanos, associada à maior
incidência de cárie e doença periodontal. Em ratos está bem estabelecido-que a
sialoadenectomia é seguida de aumento na incidência da cárie dental. O
propósito deste trabalho foi avaliar os
efeitos da xerostomia na placa bacteriana de incisivos e molares de ratos. A
xerostomia foi provocada pela retirada cirúrgica das glândulas parótida,
submandibular e sublingual, e o fluxo salivar quantificado 10, 50 e 120 dias
após a sialoadenectomia, com ou sem a estimulação pela pilocarpina. A placa
bacteriana foi quantificada nas faces vestibulares e lingual dos molares e na
distal dos incisivos superiores e inferiores de ratos normais e
sialoadenectomizados. Ratos normais apresentaram fluxo salivar de 29,9 ml e de
599,5 ml/15 minutos antes e após a injeção de pilocarpina respectivamente,
enquanto que os ratos xerostômicos tiverem valores de 4,8 ml e de 174,8ml/15
minutos.
A placa dental
nos molares dos ratos apresentou-se em quantidade semelhante nos grupos normal
e experimental; entretanto, nos incisivos houve diminuição da placa dental nos
animais xerostômicos, sugerindo que a saliva é importante para a formação e
manutenção deste tipo de placa.
27
ESTOMATITE
POR PRÓTESE TOTAL -PRESENÇA DE BACTÉRIAS E FUNGOS.
A. O.
C.Jorge J. Jorge Jr., O.P. Almeida.
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
A presença
de fungos e bactérias foi estudada em 26 pacientes portadores de estomatite, e
os resultados comparados com os obtidos de mucosa normal de 45 pacientes
desdentados, usuários ou não de prótese total. Os pacientes foram examinados clínicamente e a severidade das
lesões correlacionadas com a quantidade de fungos e bactérias em esfregaços
corados pelo Gram e pelo PAS. O uso de prótese provocou aumento na quantidade
de fungos, havendo correlação com a severidade da estomatite. Em todos os
grupos predominaram cocos e bacilos Gram-positivos, sendo que na presença de
estomatite houve aumento de filamentosos Gram-positivos e de cocos e bacilos
Gram-negativos.
Estes
resultados sugerem que além dos fungos, a modificação da microbiota bacteriana
deve ser relevante no desenvolvimento da estomatite provocada por prótese total
superior.
28
HIPERSENSIBILIDADE
RETARDADA COM DNCB EM RATOS
L.C.Spolidorio.
M.R.Vizioli, O.P .Almeida, C.P.Costa.
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -S.P.
O DNCB (2,4
dinitroclorobenzeno) é bastante usado para o estudo da hipersensibilidade retardada
em camundongos, o que não ocorre em ratos. O objetivo deste trabalho foi
verificar se o rato responde ao teste com DNCB, e determinar as doses
sensibilizantes mais adequadas. Setenta ratos Wistar machos, pesando em média
200g foram divididos em sete grupos de dez animais sendo um o grupo controle, e
os restantes receberam doses sensibilizantes de DNCB nas concentrações de
10,20,30,50 e 100mg/ml respectivamente. Após cinco dias a reação foi
desencadeada aplicando-se 5 ul das mesmas soluções em toda extensão da orelha
esquerda, e após 24 horas os animais foram sacrificados e as orelhas retiradas
e pesadas. Houve correlação entre concentrações de DNCB e resposta imunológica,
concluindo-se que a melhor dose sensibilizante e desencadeante foi de 50mg/ml.
Estes dados
permitem concluir que embora o rato seja mais resistente que o camundongo,
exigindo doses mais altas de DNCB, pode também ser usado com sucesso nestes
animais.
29
AVALIAÇÃO
DA CONTAGEM DO NÚMERO DE MITOSES EM CARCINOMAS EPIDERMÓIDES DE BOCA.
D. S.Pinto
Jr., S.C.O.M.Souza, V.C.Araujo, N.S.Araujo.
Faculdade
de Odontologia da USP .
É
preocupação constante dos patologistas fornecer ao clínico, dados referentes ao
grau de agressividade dos carcinomas epidermóides de boca, com o intuito de
promover ao doente tratamento adequado. Um dos parâmetros utilizados com este
objetivo é a contagem do número de mitoses destas lesões, correlacionando a uma
maior ou menor atividade biológica das mesmas. Entretanto, este método tem
recebido várias críticas, pois uma ampla variação dos resultados tem sido
observada e relatada pelos autores. Entre as razões propostas para esta gama de
variação -falha na localização da região mais ativa do tumor; confusão entre
figuras e picnose nuclear; variação dos campos estudados e o próprio
microscópio utilizado -é fundamental ressaltar a influência da espessura do
corte na avaliação da figura de mitose. Com esta finalidade, nos propusemos a
estudar o número de mitoses ocorridas em carcinomas epidermóides de boca,
utilizando 10 casos dos Arquivos de Patologia Cirúrgica da Disciplina de
Patologia Bucal do Departamento de Estomatologia da FOUSP. Estes casos foram
submetidos a 3 observadores, que se utilizaram do mesmo microscópio. Blocos
destes casos foram cortados a uma espessura de 3 um e corados pela hematoxilina
de Mayer , que confere um padrão mais homogêneo de coloração, e observados
pelos mesmos observadores, no mesmo microscópio.
Os
resultados obtidos foram bastante elucidativos no que diz respeito à espessura
de corte, tendo sido observado pelos 3 observadores, sempre uma maior contagem
nos cones mais finos e corados pela hematoxilina de Mayer.
30
A
UTILIZAÇÃO DA IMUNO-HISTOQUÍMICA PELA TÉCNICA DA IMUNOPEROXIDADE EM CORTES
PREVIAMENTE CORADOS EM HE.
E. Todai.
V.C.Araújo, N.S. Araújo.
Faculdade
de Odontologia da USP
A
microscopia eletrônica e a imuno-histoquímica representam atualmente dois
auxiliares no aprimoramento do diagnóstico histopatológico; Neste contexto tem
papel importante a técnica da imunoperoxidase pois permite a utilização do
material já emblocado em parafina e estocado por longo período, favorecendo ao
patologista estudos retrospectivos. Ocasionalmente ops blocos de material de
biópsia, em patologia bucal, usualmente de pequenas dimensões, já se esgotaram,
ou a área de interesse já foi ultrapassada. Recentes relatos têm demonstrado a
possibilidade de serem usados cortes previamente corados em HE, para a
utilização de imunohistoquímica no sistema avidina-biotina. Com o intuito de testar
esta metodologia no sistema avidina-biotina (ABC) e no sistema
peroxidase.-antiperoxidase (PAP), foram selecionados blocos pertencentes aos
arquivos do Serviço de Patologia Cirúrgica da Faculdade de Odontologia da
Universidade de São Paulo. Dois cortes de 3 um foram obtidos e seguindo os
procedimentos usuais, foram corados por HE. As lâminas foram deixadas ao ar por
uma semana. Em seguida as lamínulas foram removidas com xilol e os cortes foram
desidratados em uma série crescente de etanol e descorados em solução de ácido-
álcool a 1% por 5 minutos. Os dois cortes consecutivos foram separados por uma
muralha de esmalte e a seguir individualmente submetidos à técnica do PAP para
a queratina e ABC para a vimentina.
Em ambas as
técnicas estudadas os resultados foram positivos.
31
ESTUDO
MORFOLÓGICO DE OTIMIZAÇÃO DA TÉCNICA AgNOR
F. D.Nunes
D.S.Pinto-Junior, N.S.Araújo, V.C.Araújo.
Faculdade
de Odontologia da USP .
O estudo de
neoplasias pelos histopatologistas, em grande parte se prende ao esforço de
encontrar variáveis mensuráveis, que reflitam o padrão de proliferação tumoral.
Entre os métodos utilizados para verificação do comportamento celular podemos
citar o índice de mitose, a marcação pela timidina, a bromodeoxiuridina, a
citometria de fluxo e as regiões nucleolares organizadoras (NORS). As NORs são
os sítios onde os genes rDNA (ácido desoxirribonucléico ribossoma 1) estão
localizados, e onde o rRNA é codificado. Elas podem ser localizadas pela
coloração pelo nitrato de prata, e quando assim demonstrada é denominada AgNOR.
No entanto, esta técnica não identifica nem o rRNA nem o rDNA, mas proteínas
ácidas, não histonas, associadas com sítios de transcrição do DNA. O estudo do
número e do padrão de distribuição das NORs no nucléolo da célula, é
considerado um parâmetro útil do grau de malignidade, como ressaltam diversos
autores. Nesta, como nas mais diferentes técnicas, o processamento técnico é
crítico na obtenção dos resultados finais. Em vários trabalhos publicados
recentemente, observamos diferenças na metodologia, principalmente referentes
ao tempo de incubação de nitrato de prata. Assim propusemo-nos a estudar as
metodologias encontradas para material parafinado, introduzindo variáveis com a
finalidade de otimizar o uso desta técnica em nosso laboratório. As variáveis
introduzidas compreenderam o tempo de exposição ao corante, temperatura,
habilidade de contracoloração e pós-ionconclusão em cloidina. O melhor
resultado foi obtido no material submetido à 35 minutos de reação, a 40C com
pós-fixaçao em celoidina.
32
LESÕES
BUCAIS EM PACIENTES COM INFECÇÃO PELO HIV
M.M.M.Jaeger,L.E.B.Rosa, D.S.Pinto-Junior,
N.SAraújo.
Doenças
infecciosas, neoplásicas e de etiopatogenia inespecífica, são descritas em
associação à infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). As
manifestações bucais destas doenças, muitas vezes são as primeiras a aparecer
e, portanto, cabe ao cirurgião dentista a responsabilidade pelo seu diagnóstico
e tratamento. Num levantamento feito no Centro de Atendimento a Pacientes
Especiais (CAPE) da Disciplina de Patologia Bucal da FOUSP, pudemos observar
que as doenças infecciosas foram as mais prevalentes. Entre elas a mais
freqüente foi a candidíase bucal, lesão causada por fungo do gênero Cândida. As
formas mais observadas foram a eritematosa e a queilite angular. A candidiase
pseudomembranosa aguda apresentou-se com maior raridade, em especial nos
pacientes terminais. A gengivite e a periodontia em pacientes com infecção pelo
H IV também foram freqüentes, chamando atenção o fato de muitas vezes
encontramos grandes exposições radiculares, mesmo em pacientes com boa higiêne
bucal. A gengivite úlcero-necrotizante aguda (GUNA) apesar de ser freqüente em
pacientes aideéticos, não foi observada no nosso meio. Caso de molusco
contagioso, infecção causada por protozoário, foram encontradas em mucosa
bucal, localização bastante incomum. Infecções pelo vírus do grupo papiloma,
também foram observadas. A leucoplasia pilosa, resultante da infecção pelo
vírus Epstein-Barr, apresentou-se com frequência moderada, predomintemente em
bordo lateral de a língua e bilateralmente. Essa lesão foi estudada em
microscopia de luz e eletrônica de transmissão, bem como sob seus aspectos
imun-histoquímicos. Embora com menor frequência, lucoplasias e neoplasias
também foram encontradas. Leucoplasia foi observada em um caso e estudada
histologicamente. Sarcoma de Kaposi foi encontrado no palato, e um caso de
linfoma não-Hodgkin, nesta mesma localização foi estudado histológicamente e
por métodos imunohistoquímicos.
33
PRESENÇA DO
CEA EM TUMORES DE GLÂNDULAS SALIVARES
R.A.Freitas.
S.C.O.M.Souza, N, S. Araújo, V. C.Araújo.
Faculdade
de Odontologia da USP
Tumores de
glândulas salivares têm sua nomenclatura e classificação estabelecidas com base em seus aspectos
histológicos e comportamento biológico, entretanto, métodos imuno-hitoquímicos
vêm sendo utilizados a fim de se estabelecer histogêneses e prognósticos mais
definidos. Nos últimos anos, estudos imuno- enzimáticos em carcinomas de mama,
intestino e glândula parótida, dentre outros, vêm relacionando o padrão de positividade expresso por estes tecidos
ao antígeno carcinO- embriônico (CEA) como um fator de prognóstico. Com este
objetivo foi realizada a análise do padrão de distribuição do CEA em uma série
de 10 tumores de glândulas salivares
menores e 1 em glândulas parótida assim constituída: adenoma pleomórfico (5), carcinoma
adenóide cístico (4), adenocarcinoma (3), carcinoma muco-epidermóide (4),
carcinoma de células acinares (2), carcinoma em adenoma pleomórfico (1) e
carcinoma de células claras ( 1).
Após a
análise microscópica,observou-se que indiferentemente ao tipo tumoral,
positividade ao CEA foi evidenciada na maioria dos casos, preferentemente na
porção luminal das células constituintes de estruturas acinares e ductiformes. Embora não seja
específico o suficiente para ser usado
como indicador do prognóstico tumoral, foi evidenciado que a reação ao CEA só
demonstrava positividade evidente onde se observava diferenciação glandular.
34
VERIFICAÇÃO
DO PERFIL IMUNOENZIMÁTICO DE TUMORES NEURAIS PERIFÉRICOS BENIGNOS.
R.A.
Freitas; F.D. Nunes; N.S. Araújo; V.C. Araújo
Faculdade
de Odontologia da USP.
As lesões
originárias dos nervos periféricos são relativamente incomuns na cavidade bucal
e em algumas circunst6ancias, podem apresentar características histológicas
semelhantes, dificultando, assim, seu diagnóstico. As lesões mais
freqüentemente encontradas são o neurofibroma e o neurilemoma. O neuroma
traumático, embora represente uma tentativa exagerada de reparação de um nervo,
será também considerado neste estudo Foram estudados 4 casos de neurilemomas,
12 neurofibromas e 6 neuromas traumáticos de boca, pela técnica imunoenzimática
da peroxidase-antiperoxidase (PAP) e da avidina-biotina (ABC) para localização
da proteína S-100, antígeno de membrana epitelial (EMA) e neurofi1amento (NF)
com base nos achados previamente relatados na literatura.
Os
resultados obtidos demonstraram positividade dos neurilemomas unicamente para
proteína S-1OO o que confirma a provável origem da célula de Schwann. Os
neurofibromas mostraram positividade variável para proteína S-1OO e ema, indo
de encontro a achados prévios que apresentavam positividade ou do EMA para
fibroblastos perineurais ou da proteína S-1OO para células de Schwann. Os
neuromas traumáticos expressaram positividade para os 3 anticorpos de forma
específica para o tipo celular.
35
LEUCOPLASIA
PILOSA: ESTUDO MICROANATÔMICO E SUBCELULAR
B.G Jaeger;
M. M. M. Jaeger; V. C. Araújo; N.S. Araújo
Faculdade
de Odontologia - USP
A
leucoplasia pilosa foi descrita em 1984, por Greenspan e colab e apresenta-se
clinicamente como lesão branca, geralmente assintomática, com superfície
corrugada, localizada principalmente em bordo de língua, bilateralmente. É
causada pelo vírus Epstein-Barr e ocorre na maioria absoluta em pacientes
infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). As leucoplasias pilosas
estudadas foram obtidas através de biópsia de língua de pacientes aidéticos
atendidos no Centro de Atendimento a Pacientes Especiais (CAPE) da disciplina
de Patologia Bucal da FOUSP. Parte do material foi fixado em formol a 10% e
seguiu para exame histológico, corado pela hematoxilina e eosina. Parte foi
fixado em glutaraldeido 2% em tampão fosfato de sódio 0,1 M, sendo a seguir submetido
ao processamento de rotina para estudo em microscopia eletrônica de transmissão
(MET) e varredura (MEV). A MET mostrou células balonizantes com núcleo
retraído, com indentações e presença de miríades de partículas virais, medindo
agregadas aproximadamente 800 nm. No citoplasma foi observada área perinuclear
pobre em organelas e foram identificadas partículas virais com capsídeo
hexagonal e core eletrondenso central, medindo no todo 500 nm de diâmetro.
A MEV
mostrou superfície epitelial composta por células poligonais, justapostas, com
cerca de 10 a 15 um no seu maior diâmetro. Esses elementos possuíam
especializações de membranas, na forma de micropregas com 0,1 a 0,3 um de
espessura, no todo possuindo arranjo paralelo ou vorticilar. Nos espaços entre
as micropregas foram observadas bactérias, em especial formas cocóides com
diâmetros variados. Hifas septadas e estruturas sugestivas de blastosporos do
gênero Cândida constituiu achado conspícuo.
36
CARCINOMA
ADENÓIDE CÍSTICO: ESTUDO SUBCELULAR.
R.G.
Jaeger; M. M. M. Jaeger; S. C. O. M. Souza; V. C. Araújo
Faculdade
de Odontologia da USP
O carcinoma
adenóide cístico (CAC), ou cilindroma, descrito por Billroth em 1895, é uma
neoplasia maligna que ocorre com grande freqüência em glândulas salivares
maiores e menores. Dando seqüência à linha de pesquisa realizada na Disciplina
de Patologia Bucal da FOUSP, que busca esclarecer o perfil imunohistoquímico e
aspectos subcelulares dos componentes dos tumores de glândulas salivares no
intuito de determinar a sua linhagem celular, serão estudados dois casos de CAC
através da microscopia eletrônica de transmissão. Os resultados referentes ao
padrão imuno-enzimático desta entidade foram apresentados em congresso anterior
(SBPqO/1988). O material a ser estudado foi fixado em aldeído glutárico 2%
tamponado em fosfato de sódio 0,1 M, pH 7,3, por 2 horas, sendo posteriormente
imerso em solução sacarose-fosfato. Em seguida foi realizado processamento
usual para estudo em microscopia eletrônica de transmissão (MET). O estudo
ultraestrutural revelou a presença de ilhotas compostas por células exibindo
dois padrões morfológicos. A região central exibia elementos de núcleo claro,
com numerosos perfis de REG dilatado. Por vezes estas células delimitam espaços
luminais contendo microvilosidades. A periferia da ilhota era representada por
camada única de células de citoplasma escasso e núcleo denso. Entremeado aos
dois tipos celulares anteriormente descritos, espaços pseudocísticos achavam-se
presentes, muitos deles contendo densidades focais, interpretados pela
literatura como agregados de proteog1icanas. No todo as ilhotas eram revestidos
por lâmina basal, em múltiplas áreas replicada.
Baseados
nos achados imuno-enzimáticos e na MET é sugerida a linhagem mioepitelial para
o tumor, mostrando as células mioepiteliais variações ultraestruturais.
37
CANDIDÍASE
BUCAL EM PACIENTES COM AIDS. CASUÍSTICA DO CENTRO DE ATENDIMENTO A PACIENTES
ESPECIAIS (CAPE)
M. M. M.
Jaeger; D. S. Pinto-Júnior; L. E. B. Rosa; N. S. Araújo
Faculdade
de Odontologia da USP
Num período
de dez meses o Centro de Atendimento a pacientes Especiais da Disciplina de
Patologia Bucal da FOUSP, recebeu para tratamento odontológico 45 pacientes com
a Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) ou simplesmente infectados pelo
vírus da imunodeficiência humana (HIV). Estes pacientes apresentaram diversos
tipos de neoplasias e doenças infecciosas, que estão sendo estudadas por vários
métodos. Chamou-nos especial atenção a alta freqüência da candidíase bucal
(48,9%). A doença manifestou-se com diversos aspectos clínicos, sendo o seu
diagnóstico confirmado através de citologia esfoliativa. Das quatro formas
clínicas de candidíase bucal conhecidas, a eritematosa foi a mais observada
(50% ), acometendo principalmente o palato. A maior parte dos pacientes
portadores deste tipo de candidíase eram apenas infectados pelo HIV ou estavam
nos estágios iniciais da AIDS. A segunda forma encontrada na nossa amostra foi
a pseudomembranosa (40,9% ), geralmente acometendo ao mesmo tempo vários sítios
bucais. Ela foi mais observada nos pacientes debilitados nos estágios avançados
da AIDS. A queilite angular apareceu numa freqüência menor (13,6%), e a forma hiperplásica
não foi observada. O estudo microscópico dos casos se deu em lâminas coradas
pelo PAS e Grocott e mostraram a presença de grande número de hifas e
blastosporos do gênero Cândida. Os fungos foram observados com facilidade até
em pequenos aumentos, dando a impressão que as hifas apresentavam-se aumentadas
em tamanho, fato que será motivo de pesquisas futuras. Na grande maioria dos
pacientes a candidíase mostrou-se rebelde à terapia com antifúngicos.
O presente
trabalho lenta alertar os cirurgiões dentistas, que candidíase em pacientes
jovens, multifocais, sem causa local ou geral aparente e rebeldes à terapia
antifúngica convencional, podem denotar estado de imunossupressão, sendo muitas
vezes os primeiros sinais da infecção pelo HIV .
38
ESTUDO
IMUNOENZIMÁTICO DA CÉLULA DE LANGERHANS POR MEIO DA PROTEÍNA S-100, EM
PACIENTES PORTADORES DE GENGIVITE CRÔNICA
M. Reichhardt; R. G. Jaeger; N. S. Araújo; V. C. Araújo
Faculdade
de Odontologia da USP.
Com o
intuito de analisar o papel da imunidade local no processo inflamatório sediado
na gengiva, foi estudada a participação da célula de langerhans (CL) em
pacientes portadores de gengivite crônica. Nossa amostra constou de biópsia de
pacientes portadores de gengivite crônica, graus I, II e III, bem como material
do arquivo do Serviço de Patologia Cirúrgica da FOUSP, de casos diagnosticados
como gengivite, moderada e intensa. Os espécimes foram estudados pela
microscopia de luz e através da técnica imunoenzimática da peroxidase-antiperoxidase
(PAP) para detecção da proteína S-100. No grupo classificado como processo
inflamatório discreto as CL estavam localizadas na camada supra basal, em áreas
focais, enquanto que no grupo moderado, esses elementos foram evidenciados em
maior número e localizados nas regiões espinhosas e subra-basal. No grupo
intenso, as CL foram reveladas em maior quantidade, distribuídas por toda
espessura do epitélio. Vale ressaltar que o aumento do número de células
dendrísticas marcadas pela proteína S-100 foi proporcional ao índice de
inflamação verificada.
Nossos
resultados mostram a importância das CL no desencadeamento da doença
periodontal inflamatória. Antígenos presentes na placa bacteriana, entrariam em
contato com esse elemento celular, causando posterior interação com linfócitos
presentes e ativação da resposta imune como um todo. Esse trabalho enfatiza
a resposta do hospedeiro como fator
modificador básico das etapas educativas da doença periodontal.
39
TROPISMO
TISSULAR DE DIFERENTES CEPAS DO TRYPANOSSOMA CRUZI. III. PRESENÇA DE
AMASTIGOTAS NAS GLÂNDULAS SALIVARES LINGUAIS DE CAMUNDONGOS INFECTADOS COM A
CEPA BOLÍVIA.
R. D.
Ribeiro; R. A. Lopes; S. Albuquerque;, T. L. Lamano Carvalho; A. A. Carraro; I.
Watanabe
Faculdade
de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto -USP, Faculdade de Odontologia de
Ribeirão Preto -USP, Instituto de Ciências Biomédicas -USP.
Desde Viana
(1911), foram reconhecidas numerosas cepas do T.cruzi com tropismo por
diferentes tecidos. Os autores estudaram histológicamente o parênquima das
glândulas de von Ebner e de Weber de camundongos infectados com a cepa Bolívia
do T.cruzi. Camundongos albinos machos foram injetados intraperitonealmente com
2x104 tripomastigotas da cepa Bolívia. A cepa Bolívia, que apresenta
características polimórficas e cujas formas sangüíneas são predominantemente
largas, foram isoladas das fezes de Triatoma infestans, capturadas em Vitichi,
Bolívia (Funayama & Prado, 1974). Os animais foram sacrificados na fase
aguda da infecção (14° dia). A língua foi dissecada e imediatamente imersa em
alfac. Após a fixação, as peças foram incluídas em parafina e os cortes obtidos
foram corados com HE.
Foram
observados amastigotas nas células acinares e ductulares das glândulas de von
Ebner e de Weber, no tecido conjuntivo
intralobular, dentro da /uz dos ductos
excretores e parasitando as fibras musculares da língua.
40
VÊNULA DE
ENDOTÉLIO ALTO-SIMILE NA DOENÇA PERIODONTAL
M. C.
Mautoni; V.C. Araújo, N. S. Araújo
Faculdade
de Odontologia da USP
A
circulação dos linfócitos é realizada através das paredes de vênulas
pós-capilares, que por exibirem morfologia peculiar são chamadas vênulas de
endotélio alto (HEV na Língua inglesa). As HEV expressam receptores específicos
que permitem o seu reconhecimento pelos linfócitos. Inicialmente as HEV foram
observadas em nódulos linfáticos, placas de Pevers e nas amígdalas. Mais
recentemente têm sido descritas em outros locais, sedes de inflamação crônica,
de reações de hipersensibilidade tardia e, na gengiva exibindo doença
periodontal. Nestas patologias, outros vasos com células endoteliais de mesma
morfologia e mesmo perfil histoquímico têm sido observadas, diferindo no fato
de serem responsáveis também pela passagem de polimorfonucleares. São chamados
vênulas de endotélio alto-simile (HELV na língua inglesa). Marcação
imuno-histoquímica da superfície luminal do vaso especializado pela IhH tem
sido mencionada por alguns autores, marcação essa não encontrada em outros
vasos sangüíneos. Com a finalidade de se verificar a possibilidade de
reconhecer esses vasos em gengivites e periodontites, crônicas, 20 casos dessas
lesões pertencentes aos Arquivos do Serviço de Patologia Cirúrgica da FOUSP
foram reexaminados.
Nesses foi
possível identificar HELV em 10 casos. Desses espécimes foram feitos cortes de
3 um e submetidos à coloração pelo azul de toluidina, para melhor apreciar a
morfologia dessas vênulas. Marcação pela IgG, utilizando-se a técnica de
peroxidase-anti- perioxidase (PAP), foi também realizada.
41
O EFEITO DO
TRATAMENTO ODONTOLÓGICO CONVENCIONAL SOBRE AS TAXAS SALIVARES DE STREPTOCOCCUS
DO GRUPO MUTANS
R. D. de
Assis; B. Q. Souki; E. M. Guimarães; S. M. C. Souza; M. L. A. Massara; G. R. de Melo
Faculdade
de Odontologia -UFMG
O
tratamento odontológico convencional, basicamente restaurador não tem
colaborado com a redução do risco de cárie dos pacientes. Desta fonna, o
presente trabalho tem como objetivo determinar os níveis salivares de
Streptococcus do grupo mutans (MS) de pacientes odontopediátricos que se
submeteram a tratamento odontológico na Clínica de Odontopediatria da FOUFMG.
Amostras de saliva de 85 crianças (4-11 anos) foram coletadas antes, durante e
após o tratamento, sendo inoculadas em placas de petri contendo ágar SB-20,
pelo método da espátula. As placas foram incubadas por 72 horas a 37ºC em
microaerofilia. As tabelas abaixo mostram os resultados obtidos, permitindo
concluir que o tratamento odontológico,
como é oferecido na Clínica de Odontopediatria da FOUFMG, não reduz o nível de
infecção por este microorganismo.
Antes Após 6 meses Após 12 meses *\* 6
meses 12 meses
37% 36% 40%
sem
alter. 47,6% 60%
36% 44% 40%
aumento
26,3% 25%
27% 20% 20%
Redução
26,3% 15%
*Tempo de
tratamento
**Nível
salivar de MS
A partir
dos resultados encontrados, bem como das observações clínicas, podemos afirmar
que o tratamento apenas restaurador, como é oferecido na maioria das
instituições de ensino odontológico, não contribui de uma maneira efetiva na
redução do risco de cárie de seus pacientes, sugerindo a necessidade de
mudanças quanto à filosofia de atendimento.
42
RETENÇAO
INTRA-CORONÁRIA EM PRÓTESE ADESIVA
T. A. A. M.
Cipriano; P. E. C. Cardoso; H. F. F. Santos
Faculdade
de Odontologia da USP
Estudos
anteriores relativos à retenção em prótese adesiva têm sugerido a necessidade
de recursos adicionais para maior efetividade do sistema de fixação. Isto é
fundamentalmente importante nos casos em que os dentes posteriores de suporte
apresentem restaurações oclusais ou próximo-oclusais em amálgama, o que prejudicaria
a fixação do sistema convencional de retenção. Foram selecionados casos no
Centro de Pesquisas Clínicas do Departamento de Materiais Dentários da FOUSP,
onde a indicação de prótese adesiva estava adequada, nos quais procuramos
buscar, na caixa oclusal, um auxílio retentivo adicional, introduzindo no seu
interior um prolongamento horizontal da aleta de retenção. Isto tem permitido
maior eficiência na estabilização da prótese, bem como resultados estéticos
mais favoráveis, uma vez que tais prolongamentos ficaram embutidos no interior
da caixa oclusal, posteriormente restaurada com resina composta. Na aleta
horizontal intra-coronária, outros
recursos podem ser praticados com o objetivo de aumentar ainda mais a retenção
da estrutura metálica nos dentes suporte.
Baseando-se
nos resultados clínicos até agora acompanhados, este recurso adicional tem se
mostrado eficiente funcional e esteticamente, sem restrições.
43
HIGIENE
BUCAL EM UNIVERSITÁRIOS: FAIXA ETÁRIA DE 19 ANOS
Silvia
Neto; C. R. M. F. Silva; S. O.
Petenusci
Faculdade
de Odontologia de Ribeirão Preto -USP
Um dos
grandes anseios da classe odontol6gica é o de descobrir uma maneira adequada e
eficiente de promover uma boa higiene bucal. Até o momento, o procedimento
clínico mais utilizado com tal objetivo é através de meios mecânicos, dentre os
quais destacamos a escovação dentária. É sabido que para a obtenção de uma boa
limpeza da cavidade bucal, além das escovas, outros fatores devem ser também
considerados, tais como: freqüência e técnica de escovação, bem como habilidade
manual e fundamentalmente motivação. Infelizmente, a maioria das pessoas
pratica uma escovação mais ou menos negligente, insuficiente para manter um
controle adequado da placa. Esse estudo foi realizado em alunos do 1° ano dos
Cursos de Farmácia e de Odontologia de Ribeirão Preto, USP, sendo 85 do sexo
masculino e 134 do sexo feminino, na faixa etária de 19 anos. Foi avaliado a
freqüência de escovação, o tipo de cerda da escova, quem orienta a higiene, o
uso de meios auxiliares para higiene bucal, ou seja: palito, fio ou fita
dental, hidroterapia e agentes químicos. Verificou-se que para o sexo
masculino: 37% escovam os dentes três vezes ao dia e 45% quatro; usam cerda
macia 54% e média 45%; a orientação é feita pelo próprio paciente em 73% dos
entrevistados e pelo dentista 27%; usam dentrificio 98%; 62% não tem placa e
100% não demonstram gengivites, 96% não usam aparelho ortodontico; não se
utilizam de palito, fio ou fita dental, 79%, 12% e 82%, respectivamente; 68% se
alimentam no refeitório e 19% na residência. Para o sexo feminino: 56% escovam
os dentes quatro vezes ao dia, 21% cinco e 22% três; 53% usam escova de cerda
média e 45% macia; a orientação é feita pelo paciente em 65% dos entrevistados
e 35% pelo dentista; usam dentrifício, 96%; 65% não tem placa dental e 96% não
tem gengivite; 97% não usam aparelho ortodontico; 66% não usam fita dental; 63%
se alimentam no refeitório e 28% na residência; uma curiosidade é que 94% dos
homens e 96% das mulheres não são fumantes.
Os
resultados demonstram que o sexo feminino cuida melhor de sua higiene bucal,
preferindo a escova de cerda média, se utilizam de fio dental (89%), porém
nenhuma delas faz uso de palito ou de hidroterapia. Ambos os sexos apresentam
placa dental, talvez pelo fato de mais de 60% se alimentarem no refeit6rio,
todavia vale lembrar que a placa bacteriana se forma mesmo que a pessoa não se
alimente. De ambos os sexos, poucos são os que se utilizam de agentes químicos,
sendo que os utilizados são Xili-f1uor e Cepacol.
44
INFLUÊNCIA
DO TEOR PROTÉICO DA DIETA, SOBRE A GÊNESE DO TECIDO DE REPARO EM RATOS
C. H.
Tambelli; M. C. F. A. Veiga; A. C. S. D. Teixeira; J. L. José
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP, Departamento de Nutrição - ESALQ
-USP-PIRACICABA.
A
deficiência protéica pode desencadear urna série de alterações teciduais e
orgânicas, incluindo diminuição da síntese protéica e de DNA, como também causar
deficiente cicatrização com redução da formação de fibras colágenas. O presente
trabalho, teve por objetivo verificar se o teor de proteínas da dieta afeta a
gênese dos tecidos de reparo e a síntese de mucopolissacarídeos ácidos
(glicosaminaglicans), durante a evolução do tecido de granulação em animais que
sofreram implantes de esponjas de policlorovinil (PVC). Foram utilizados 45
ratos machos, recém desmamados subdivididos em 3 grupos de 15 animais cada.
GRUPO A - submetidos à dieta hiperprotéica (40% de proteína); GRUPO B -dieta
hipoprotéica (6% de proteína) e GRUPO C - dieta normoprotéica (15% de
proteína). Após 69 dias de manutenção das dietas, 3 animais de cada grupo foram
sacrificados aos 4,7, 10, 15 e 20 dias após o implante. de esponja de PVC. Para
estudo da síntese de mupolissacarídeos ácidos (glicosarninoglicanos) foi
utilizada a técnica da Reação Metacromática do Azul de Toluidina. As lâminas
foram levadas ao histofotômetro, realizando-se 30 leituras em absordância por
animal. Os valores médios destas medidas, foram submetidos à análise de
variância e ao teste de Tukey, que permitiu concluir que os animais submetidos
à dieta hipo-protéica apresentaram uma significativa redução na síntese de
mucopolissacarídeos ácidos nos períodos de 4, 7 e 10 dias de desenvolvimento do
tecido de granulação. Por outro lado as medidas histofotométricas apresentadas
pelos animais do grupo A( dieta hiperprotéica) não diferiram significativamente
daquelas apresentadas pelos animais do grupo C ( dieta normoprotéica).
Podemos
concluir que a deficiência protéica retarda a formação de tecido de granulação,
que se processa de forma incipiente, apresentando um número reduzido de
fibroblastos de capilares neoformados,
principalmente nos primeiros 10 dias de desenvolvimento.
45
ALTERAÇÕES
DOS NÍVEIS DE CÁLCIO, FÓSFORO E FOSFATASE ALCALINA INDUZIDAS PELA INGESTÃO DE
ALTAS CONCENTRAÇÕES DE FLÚOR
M. C. F.
Arruda; J. A. Cury; J. L. José; D. Teixeira e A. Guimarães
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
Tem sido
amplamente demonstrado que a ingestão de água fluoretada na concentração de 1,7
à 15 ppm, reduz a cárie dental. Entretanto, doses maciças causam significantes
e profundas alterações no crescimento e mineralização do osso e na homeostase
de Ca e fósforo. Essas alterações dependem da dose e duração da ingestão de
flúor e da espécie de animal utilizado. Resultados conflitantes são comumente
encontrados em muitos estudos indicando que tanto a formação como a reabsorção óssea
são aumentadas, enquanto o nível sérico de Ca é mantido normal. Este trabalho
teve por objetivo determinar as possíveis alterações nos níveis séricos de Ca,
fósforo e fosfatase alcalina, como também nos níveis de Ca e fósforo ósseo, em
ratos recém desmamados submetidos durante 69 dias a ingestão diária de
respectivamente 50 e 70 ppm de flúor na água. Foram utilizados 18 ratos machos,
com 21 dias de idade, subdivididos em
grupos de 6. GRUPO A -70 ppm de flúor;
GRUPO B -50 ppm de flúor e GRUPO C - controle.
Os dados
apresentados, foram submetidos a análise de variância e ao teste de Tukey e
permitiram concluir que: 1- Houve significante redução do Ca plásmático (mg%) e
ósseo (mg/g) tanto no grupo A quanto no B quando comparados ao grupo controle,
apresentando uma diferença mínima significativa à nível de 1% respectivamente
de: 2,07 e 11,26. 2- Houve
significante redução do fósforo a nível ósseo (mg/g) nos grupos A e B,
apresentando uma DMS à nível de 1% de 5,79, o mesmo não ocorrendo com o fósforo
plasmático. 3- Houve significante aumento da fosfatase alcalina (UI) - nos
grupos A e B apresentando uma DMS à nível de 1% de 10,37. 4 - Houve
significante aumento do flúor (mg/ml) e ósseo (ug/g) nos grupos tratados,
apresentando uma DMS à nível de 1% respectivamente de 99,01 e 309,12
46
PURIFICAÇÃO
E CARACTERIZAÇÃO DE PROTEÍNA TÓXICA, ISOLADA DE GLÂNDULAS SUBMANDIBULATES DE
CAMUNDONGOS MACHOS
M. I. F.
Poleto; C. E. Pinheiro
Faculdade
de odontologia de Piracicaba - UNICAMP
O estudo de
substâncias biologicamente ativas isoladas das glândulas salivares reveste-se
de grande importância, não somente para a compreensão do papel biológico das
glândulas salivares, como também para o estudo do mecanismo de ação de
substância biologicamente ativas. Várias substâncias tóxicas foram isoladas das
glândulas submandibulares de camundongos machos e caracterizadas quimicamente.
O objetivo deste estudo foi o de isolar e caracterizar uma proteína tóxica
isolada de glândulas submandibulares de camundongos. O extrato glandular foi
obtido com 35 g de glândulas submandibulares de camundongos machos,
homogeneizadas em Tampão Tris HCl 0,05M pH=7.6. Em seguida, o extrato foi
aplicado a uma coluna de DEAECELULOSE e eluido seqüencialmente com Tampões de
força iônica diferentes, obtendo-se desta maneira, as frações tóxicas. As
frações de proteínas, após concentração por ultrafiltração, foram injetadas
subcutaneamente em ratas adultas para avaliação da atividade tóxica. A
atividade enzimática, foi avaliada pela hidrólise de ésteres sintéticos
(BAPNA).
Pela
extração com DEAE-CELULOSE, foram obtidas 3 frações tóxicas: I, II e III.. A
fração II, apresentou sintomas de toxidade mais acentuadas: constricção
pilórica, pancreatite e edema pulmonar:
Todas as frações apresentaram atividade esterásica sendo que esta ação
foi de maior intensidade também na fração II. Esta fração foi, em seguida,
passada em coluna de DEAE-SEPHADEX, obtendo-se uma fração tóxica com maior
atividade específica de esterase. Eletroforese em gel de acrilamida apresentou
quatro bandas de proteína. Maior grau de pureza deverá ser obtida pela
filtração molecular em gel SEPHADEX G-1OO.
47
EFEITO DE
AGENTE DE AÇÃO DE SUPERFÍCIE NA REATIVIDADE DO FLÚOR COM ESMALTE
M. Nobre
dos Santos; A. A. D. B. Cury; J. C. Gavazzi; J. A. Cury
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
O declínio
de prevalência de cárie dental no mundo desenvolvido é atribuído principalmente
ao aumento do uso tópico do flúor, que reagindo com esmalte dental determina a
formação de dois produtos, fluoreto de cálcio (CaF _2) e apatita fluoretada
(AF). Pesquisas tem sido realizadas no sentido de avaliar os fatores que possam
interferir com a formação destes dois compostos. Assim, o objetivo deste
trabalho foi examinar in vitro a reatividade do flúor com esmalte dental
integro e desmineralizado após bochechos com NaF 0,05% em água, com flúor
veiculado em cloreto de cetilpiridinio amônio (Cepacol) e água bidestilada como
controle. Para isto, utilizamos 62 pré-molares extraídos por razões
ortodônticas, metade dos quais desmineralizados in vitro, em condições
simulando o processo de cárie dental. Para determinação das concentrações de
flúor nas formas de CaF 2 e AF foi
utilizado um eletrodo para íon flúor. Os valores médio das concentrações de
fluoreto de cálcio em esmalte integro e desmineralizado após reação com solução
de NaF 0,05%, Cepacol e água
bidestilada, expressas em ugF/cm2, foram de 1.3; 1.57; 0.46 e 24.8; 20.6 e 3.9
respectivamente. Podemos assim observar que houve um aumento significativo da
concentração de CaF2 no esmalte integro e desmineralizado quando comparados o
grupo controle com os experimentais. No entanto, não foram observadas
diferenças significativas quando os dois grupos experimentais foram comparados.
Com relação às concentrações de apatita fluoretada no esmalte integro e
desmineralizado, não foram obtidas diferenças significativas entre os grupos
experimentais e quando comparados com o controle.
Pelos
resultados deste trabalho podemos observar que o principal produto formado foi
um composto tipo fluoreto de cálcio e que a associação do detergente catiônico
ao flúor (Cepacol) não apresentou efeito sinérgico.
48
EFEITO DE
BOCHECHO PRÉ-ESCOVAÇÃO NA REATIVIDADE DO FLÚOR COM O ESMALTE DENTAL HUMANO
E. M.
Franco; J. A. Cury
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
O esmalte
dental apresenta afinidade por flúor, quer este esteja na forma iônica (F) ou
ionizável (MFP). Entretanto, esta afinidade não é exclusiva do flúor e outras
moléculas poderão, através de um mecanismo de competição, interferir com este
fenômeno, diminuindo a reatividade e por conseguinte reduzindo o efeito do
flúor. Este é o caso, por exemplo, de substâncias aniônicas, como o detergente
dodecilsulfato de Sódio (SDS), o pirofosfato (PPi), etc. Na composição do
"PLAX" há SDS e o objetivo desta comunicação foi estudar seu efeito
na reatividade do flúor com o esmalte dental humano. Esmalte dental humano foi
purificado de 0,074-0,105mm foram utilizadas. Amostras de 25,0mg de esmalte
foram colocadas por 1 minuto em contato direto com 25,0ml de H2O, NaF (250
ppmF) e MFP (250 PPMf) ou tratados previamente por 1 minuto com 25,0ml de
"PLAX". As soluções foram f1ltradas e no esmalte recuperado foram
determinadas concentrações de flúor total (FT), flúor fracamente ligado (CaF2)
e flúor fortemente ligado (AF). Os resultados mostraram que o tratamento prévio
do esmalte com "PLAX" interfere com a reatividade do flúor, sendo que
a inibição de flúor incorporado no esmalte é maior par o MFP (80% ).
Conclui-se
por este estudo in vitro que o "PLAX" reduz a atividade do flúor, o
que sugere a necessidade de estudo in vivo para uma definição
49
AVALIAÇÃO
METABÓLICA DA ADIÇÃO DE FLÚOR A MEDICAMENTOS PRÉ- NATAIS
L. A. M.
Gadelha Fernandes; A. J. Albuquerque;
J. A. Cury
Pós
Graduação em Odontologia Social, UFRN; Faculdade de Odontologia de Piracicaba
-UNICAMP
O uso do
flúor tem sido a principal medida pela qual a cárie dentária é controlada. No
entanto, sua administração preventiva para o feto durante o período pré-natal é
assunto questionável, por uma série de aspectos. O objetivo deste trabalho foi
estudar a interferência da associação de sais minerais/vitaminas na
biodisponibilidade do flúor. Oito voluntários adultos ingeriram comprimidos de
fluoreto de sódio {F1uomatriun) ou fluoreto de sódio associado a sais
minerais/vitaminas {natalins-F1úor). Saliva foi coletada nos tempos zero, 15,
30, 45, 60 e 120 minutos e a urina das 24 horas correspondentes ao dia do
experimento e dia anterior, nos quais íon flúor foi determinado. Os resultados
mostraram redução da absorção de flúor quando associado a sais
minerais/vitaminas e uma conseqüente menor quantidade de íon flúor excretado,
resultado este estatísticamente significativo a nível de 1 %.
Considerando
as dúvidas a respeito da eficiência do flúor pré-natal, e que a redução do
aproveitamento do f1úor na forma de complexos é possivelmente devido ao cálcio,
elemento essencial aos fetos em desenvolvimento, sugere-se, portanto que esta
associação seja contra-indicada.
50
SOFTWARE
UTILIZADO EM ROTINAS DE DOSAGEM DE ÍONS FLÚOR
A.L.
Rodrigues Júnior; J. A. Cury
Curso de Mestrado
em Estatística ESALQ/USP-Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP
O Software
desenvolvido destina-se a agilizar os cálculos de estimação da concentração de
íons Flúor, em soluções submetidas a análises potenciométricas. Os passos de
programação estão adaptados aos procedimentos laboratoriais de coleta de dados
de acordo com a metodologia de pesquisa utilizada pelo Laboratório de
Bioquímica Oral da Faculdade de Odontologia de Piracicaba. As estimativas de
concentração de íons Flúor são feitas através de uma equação linear, obtida
pelo método estatístico de Regressão Linear Simples, associando-se a
transformação logarítmica dos dados. A "aceitação" ou
"rejeição" da equação estabelecida é feita através do Coeficiente de
Correlação (r). Com este procedimento, substitui-se os traçados manuais das
curvas de calibração, eliminando-se a subjetividade das interpolações das
estimativas de concentração de íons Flúor nas amostras. Através da equação
estabelecida, o Software processa os resultados de dosagens de Flúor em
Esmalte, Dentina, Saliva, Sangue, Água, Produtos Odontológicos fluoretados,
assim como Reatividade do Flúor com Esmalte, Dentina, Cemento e osso.
Especificamente no caso de dosagens em água, pode-se emitir um laudo para
documentar as concentrações de Flúor encontradas.
Os
resultados são mostrados pelo monitor, havendo opções de imprimi-los ou,
arquivá-los em memória auxiliar, em padrão ASCII, que podem ser utilizados por
qualquer software gráfico ou estatístico.
51
EXCREÇÃO
URINÁRIA COMO INDICADOR DE EXPOSIÇÃO A FLÚOR
C. A.
Biazio Sanches e J. A. Cury
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
Durante
muito tempo o flúor agregado ao tratamento de água foi a única fonte
significativa de flúor, em termos de riscos-beneficios. Atualmente o uso de
flúor tópico se expandiu, principalmente na forma de dentrifícios fluoretados.
A análise de flúor na urina tem sido
utilizada como indicador de exposição e o objetivo deste trabalho é a avaliação
crítica da dosagem em populações ingerindo ou não água fluoretada. Urina foi
coletada de 98 adultos residentes em Limeira - SP (H2O com 0.07ppmF) e de 99 de
Piracicaba - SP (H2Ocom 0.70 ppmF). As amostras foram coletadas em jejum, sendo
determinadas nas urinas as concentrações de íon flúor e creatinina, para
expressar os resultados de miligrama de íon flúor (mgF) por litro de urina ou
por grama de creatinina. Observou-se na urina dos residentes em Limeira uma
concentração média de íon flúor de 0.27mgF/litro e de 0.24 mgF/g creatinina e nos residentes em Piracicaba 0,669
e 0,671 respectivamente. Um coeficiente de correlação de 0.5 entre os
procedimentos de expressar as concentrações de íon flúor foi constatado.
Conclui-se
que a concentração de íon flúor na urina dos residentes em Piracicaba reflete a
de uma população que ingere água fluoretada, não mostrando evidências da
exposição a outras fontes, não havendo portanto preocupação quanto ao aumento
dos riscos.
52
PREVALÊNCIA
DE ALONGAMENTO E CALCIFICAÇÃO DO COMPLEXO ESTILOHIOIDEO EM PORTADORES DE
DISFUNÇÃO DOLOROSA DA ATM
L.
Rodrigues; J. G. C. Luz; I. Chilvarquer
Faculdade
de Odontologia da USP
O complexo
estilo-hioideo compreende a apófise estilóide, o pequeno corno do osso hióide e
o ligamento estilo-hioideo. Este ligamento pode sofrer calcificação que se
manifesta como o alongamento da apófise estilóide, podendo levar a sintomas
como otalgia, cefaléia, dificuldade de deglutição, dores na região cervical e
temporomandibular, por muitas vezes confundidos com a sintomatologia da
disfunção dolorosa da ATM. Foram analisados 500 prontuários de pacientes
portadores de disfunção dolorosa da ATM, atendidos no período de 1986 a 1989,
sendo coletados dados referentes à sintomatologia apresentada. Foi utilizada a
radiografia panorâmica para a verificação das alterações da apófise estilóide,
sendo analisados 3 aspectos: forma; calcificação e localização por área do
alongamento. De acordo com a forma foram considerados: alongado;
pseudo-articulado e segmentado. No aspecto calcificação foram classificados:
contorno calcificado; parcialmente calcificado; nodular e completamente
calcificado. Em relação à localização definiu-se 5 áreas: acima ou ao nível da
chanfradura sigmóide abaixo da chanfradura sigmóide até o ponto médio entre
esta e a borda inferior do ângulo da mandíbula; abaixo do ponto médio até a
borda inferior do ângulo da mandíbula; abaixo da borda inferior do ângulo da
mandíbula até o pequeno corno do osso hióide; contínuo com o pequeno corno do
osso hióide.
Foram
encontrados 20 casos com apófise alongada e calcificada (4%), dos quais 17 do
sexo feminino (85%) e 3 do sexo masculino (15%), não havendo uma faixa etária de maior ocorrência. A história da
doença variou de 1 a 8 anos, com maior número de casos em torno de I ano. A
sintomatologia apresentada mais freqüente foi de associação de dor na ATM, cefaléia e sintomas auditivos. A
localização por área mais freqüente foi a que se estende do ponto médio do ramo
mandibular até a borda inferior da
mandíbula. A forma mais comum foi a alongada, o aspecto de calcificação
mais freqüente o parcialmente calcificado. Foi observada uma tendência de
ocorrência bilateral.
53
ESTUDO
RADIOGRÁFICO DE PEÇAS CIRÚRGICAS DE LESÕES DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR DE
ORIGEM TRAUMÁTICA
L. G. C.
Luz; I. Chilvarquer
Faculdade
de Odontologia -USP
Lesões da
articulação temporomandibular (ATM) apresentam características especiais que
dificultam sua interpretação em incidência radiográficas convencionais. Diante
disto, o objetivo deste trabalho foi estudar radiograficamente peças cirúrgicas
de lesões da A TM de origem traumática. Foram selecionadas peças obtidas das
seguintes lesões: anquilose, osteoartrite e hiperplasia do côndilo mandibular.
As peças foram radiografadas nos sentidos axial e lateral, sendo utilizado
filme oclusal. Foi empregado cone localizador de paralelismo, sendo a distância
foco-filme de 40cm. Um gabarito foi desenvolvido para a obtenção de radiografias
iguais em tempos diferentes. O regime de trabalho foi de 56KVp e 7 ma, sendo a
revelação realizada pelo método tempo-temperatura previamente padronizado. Nos
casos de anquilose foi observada massa óssea com variações na radiopacidade,
apresentando maior volume no sentido medial que no lateral. Essa massa
apresenta tendência de preenchimento da chanfradura sigmóide, bem como a
apófise coronóide se mostra alongada. No sentido axial amassa óssea apresenta
forma circular, com trabeculado raiado de forma centrífuga, sendo que o
diâmetro das peças variou de 23x28 a 26x33 milímetros. Os casos de osteo
artrite revelaram sinais de achatamento na superfície articular, com maior
condensação óssea nesta superfície e focos de menor condensação no osso subcondral.
No sentido axial foram observadas irregularidades no contorno anterior do
côndilo, havendo tendência de formação de osteofitos no polo lateral. O
diâmetro das peças variou de 8x18 a 13x20 milímetros. Nos casos de hiperplasia
do côndilo foi detectado aumento de volume significante e alterações na sua
forma característica, com superfícies achatadas. No sentido axial foi observada
maior radiopacidade no centro da lesão, sendo que no sentido lateral foram
detectadas linhas radiopacas radiais dispostas do colo em direção à superfície
articular. O diâmetro das peças variou de 15x19 a 31x30 milímetros.
54
ESTUDO DA
RELAÇÃO ENTRE MALOCLUSÃO E DISFUNÇÃO DOLOROSA DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR
A. C. B.
Teixeira; J. G. C. Luz; A. S. F. Procópio
Faculdade
de Odontologia -USP
A
finalidade desta pesquisa foi verificar uma possível relação entre disfunção
dolorosa da articulação temporomandibular (ATM) e maloclusões. Foram estudadas
as incidências das maloclusões morfológicas em pacientes com disfunção dolorosa
da ATM e em indivíduos normais. Foram examinados 63 pacientes portadores de
disfunção dolorosa da A TM com dentição completa ou ausência de até 3 dentes e
como grupo de controle 50 indivíduos adultos e sãos. Em ambos os grupos, foram obtidos
modelos de estudo, através dos quais se fez a classificação de ANGLE, medidas
de sobressaliência e sobremordida, número de mordidas cruzadas e de dentes
ausentes. No grupo de pacientes portadores de disfunção dolorosa da ATM,
encontramos uma predominância de Classe II, bem como de medidas de
sobressaliência e de sobremordida com valores maiores que 2 ml. Foram
encontrados apenas 13 casos de mordidas cruzadas. Havia 30 pacientes sem
ausência de dentes, 11 com falta de 1 dente, 14 com falta de dois e 8 com falta
de 3 dentes. No grupo de controle, encontramos uma predominância de Classe I,
bem como de medidas de sobressaliência e de sobremordida com valores maiores
que 2 ml. Foram encontrados apenas 8 casos de mordidas cruzadas. Havia 46
indivíduos sem ausência de dentes, 2 com falta de 1 dente, 1 com falta de 2 e 1
com falta de 3 dentes. Para verificação da correlação entre cada tipo
específico de maloclusão foi aplicado o teste do X2 na comparação do grupo com
disfunção e o controle. Houve significância para sobressaliência com X2=7,1
para P > 0,05. A seguir, foi aplicado o mesmo teste para cada grupo
individualmente, havendo diferença significante a níveis, respectivamente, de
X2 =7,7 para P > 0,025 e X2=17,9 para
P > 0,005.
Podemos concluir
que a instabilidade oclusal, advinda dos valores significantemente alterados
das sobressaliências obtidos em nosso estudo, tenha um papel de destaque na
gênese das disfunções dolorosas da ATM.
55
ESTUDO
COMPARATIVO DOS MOVIMENTOS MANDIBULARES OBSERVADOS EM PACIENTES COM DISFUNÇÃO
DOLOROSA DA ATM E EM INDIVÍDUOS ASSINTOMÁTICOS
M. K.
Yamamoto; J. G. C. Luz; H. H. Uono
Faculdade
de Odontologia da USP
A limitação
dos movimentos mandibulares é um evento esperado diante do espasmo muscular que
ocorre nas disfunções dolorosas da articulação temporomandibular (ATM). Nossa
proposta foi avaliar quantitativamente os movimentos mandibulares máximos em
pacientes com disfunção dolorosa da ATM e em indivíduos assintomáticos. Foram
avaliados 58 pacientes com disfunção dolorosa da ATM sendo 8 do sexo masculino
e 50 do sexo feminino. O grupo de indivíduos assintomáticos foi composto por 80
estudantes de odontologia, sendo 40 do sexo masculino e 40 do sexo feminino,
que não apresentavam história ou queixa de disfunção dolorosa da ATM. Foram
mensuradas a abertura máxima de boca, a lateralidade direita e a esquerda e a
protrusão máxima. Os valores dos trespasses verticais foram utilizados para a
correção da abertura máxima e dos trespasses horizontais para a correção da
protrusão máxima. Medidas repetidas para cada movimento foram feitas 3 vezes,
sendo que com a aplicação do teste "t" de Student para dados pareados
não foi observada diferença significante entre os registros obtidos em cada
grupo. A seguir, para o grupo assintomático, os valores obtidos em cada
movimento para o sexo masculino foram comparados com os obtidos para o sexo
feminino. Através do teste "t" de Student foi encontrada diferença
significante para o movimento de abertura máxima, com p > 0,001. Com base
neste dado, para o sexo feminino, foram, comparados os valores encontrados para
os portadores de disfunção dolorosa de ATM com os encontrados para os
indivíduos assintomáticos. O teste "t" de Student para dados não
pareados foi aplicado, não sendo detectada diferença significante em nenhum dos
movimentos.
Podemos
concluir que uma medida apenas é necessária para avaliação dos movimentos
mandibulares, havendo necessidade de comparação diferenciada em relação ao
sexo. Fica em aberto a utilização exclusiva da mensuração dos movimentos
mandibulares máximos como fator de
diagnóstico das disfunções dolorosas da ATM.
56
AVALIÇÃO
CLÍNICA DE DOIS MÉTODOS DE SELEÇÃO DE COR DE DENTES ARTIFICIAIS EM DESDENTADOS
TOTAIS.
S. Russi;
M. A. Compagnoni; J. G. Lombardo S. S. Nogueira
Faculdade
de Odontologia de Araraquara -UNESP
Um dos
principais objetivos das próteses totais é a recuperação estética dos pacientes
e nesse aspecto a correta seleção da cor dos dentes artificiais é fundamental.
O propósito deste estudo foi verificar: 1) se os métodos pela cor da pele e
intra-oral, utilizados na seleção da cor dos dentes artificiais promoveriam a
mesma cor para cada paciente, nos dois grupos de examinadores, docentes e
alunos e, 2) se a experiência clínica dos examinadores influiria na cor final
selecionada. Foram utilizadas duas escalas de cores dos dentes plásticos
Trubyte Biotonme, marca DENTRON uma para cada método; os números originais
foram substituídos por letras de A a I e na outra, por números de 01 a 09,
procedimentos estes usados para evitar que os examinadores ficassem
condicionados durante os experimentos. Obtidas as cores dentro da metodologia,
as mesmas foram decodificadas e analisadas. Verificou-se que os métodos
isoladamente não forneceram a mesma cor para um mesmo paciente, porém, notou-se
que as cores selecionadas permaneceriam dentro de faixas, claras, médias ou
escuras.
Conclui-se
que cada método, isoladamente, para os dois grupos de examinadores e para o mesmo paciente conduza cores que se
situam dentro da mesma faixa e que a cor final a ser selecionada sofre a
influência da experiência clínica do examinador.
57
RELAÇÃO
CENTRAL NO PLANO SAGITAL. PARTE I - ESTUDO COMPARATIVO DOS MÉTODOS GUIADOS NÃO
FORÇADO E DA WSON
S. S.
Nogueira; M. A. Compagnoni; S. Russi; J. G. Lombardo; F. A. Mollo Jr.
Faculdade
de Odontologia de Araraquara -UNESP
Com o
objetivo de se estudar comparativamente os posicionamentos condilares no plano
sagital em função de três métodos de determinação da relação central (guiado
não forçado, Dawson e Retrusão da língua seguida do fechamento da boca), foi
realizada uma pesquisa utilizando-se trinta pacientes dentados, dos quais
obteve-se registros de mordidas em cera refinados com pasta zincoenólica das
posições de relação central. Através destes registros, de um articulador
Whip-Mix e de instrumento semelhante a um Bunergraoph demarcou-se os pontos referentes
aos posicionamentos condilares determinados pelos métodos estudados, que foram
então comparados dois a dois. Para a comparação guiado não forçado x Dawson.
Conclui-se
que: 1 - Em sentido ântero-posterior as posições condilares determinadas pelos
dois métodos podem ser considerados iguais; 2 - Em sentido infra- superior
forte tendência do método Dawson em produzir posições condilares superiores à
produzidas pelo método guiado não forçado; 3 - Os afastamentos condilares
ocorridos entre os métodos estudados não foram simétricos paro os lados direito
e esquerdo, existindo variações nos sentidos ântero-posterior e infra-superior.
58
ESTUDO DO
POSICIONAMENTO CONDILAR EM RELAÇÃO CENTRAL. PARTE I, II e III. MÉTODOS GUIADO
NÃO FORÇADO x ESTIMULAÇÃO BILATERAL POSTERIOR.
S. S.
Nogueira; J. G. Lombardo; S. Russi; M. A. Compagnoni
Faculdade
de Odontologia de Araraquara - UNESP
Os autores
realizaram uma pesquisa comparativa das posições condilares no plano Sagital,
determinadas por três métodos de registro da relação central (guiado não
forçado; estimulação bilateral posterior e inclinação da cabeça para trás) em
trinta pacientes dentados. A demarcação dos pontos correspondentes aos posicionamentos
condilares determinados por registros em cera foram realizadas por um
instrumento semelhante a um Buhnergraph, adaptado a um articulador Whip-Mix. Os
métodos estudados foram comparados dois a dois, sendo que para a comparação
guiado não forçado X estimulação bilateral posterior concluiram:
Em sentido
ântero-posterior houve tendência do método da estimulação bilateral posterior
em produzir posições condilares mais posteriores; 2 - Em sentido infra-superior
não houve predomínio de posicionamentos condilares de um método sobre outro; 3
- Os afastamentos condilares ocorridos entre os métodos estudados não foram
simétricos para os lados direito e esquerdo, existindo variações nos sentidos
antero-posterior e infra-superior.
59
INFLUÊNCIA
DA UNIÃO PRÉVIA DOS DENTES ARTFICIAIS NA CONFECÇÃO DAS PRÓTESES TOTAIS.
M. A.
Compagnoni; S. S. Nogueira; S. Russi; J. G. Lombardo; P. C. P. Pereira
Faculdade
de Odontologia de Araraquara -UNESP
As alterações
sofridas no posicionamento dos dentes artificiais após a confecção das Próteses
Totais é fato comprovado por vários autores. Face a existência de tais
alterações foi realizado um trabalho onde procurou-se verificar
comparativamente as alterações do posicionamento dos dentes artificiais no
sentido horizontal utilizando-se a fixação dos dentes posteriores com resina
acrílica antes da prensagem e a não fixação. Procurou-se também observar em que
fase laboratorial (inclusão, polimerização e demuflagem) possíveis alterações
de posicionamento dental possam ocorrer.
Mediante os
resultados obtidos conclui-se que a fixação ou não dos dentes artificiais antes
da prensagem das próteses não impedem a movimentação dos mesmos, bem como
durante a fase de inclusão tais movimentos também podem ocorrer.
60
AVALIAÇÃO
DOS AGENTES ESCLEROSANTES NA TERAPÊUTICA DE LESÕES VASCULARES E CLÍNICO
PRELIMINAR.
V.
L. Fagará; N. Sugaya; E. S. Birman
Faculdade
de Odontologia -USP
Em vista
dos problemas clínicos e principalmente estéticos que os hemangiomas, quer como
distúrbios de desenvolvimento de vasos ou mesmo neoplasias "de novo",
trazem aos pacientes procuramos avaliar o uso de agentes esclerosantes como
forma terapêutica adequada para certos tipos, e localização destas lesões. Seu
uso pouco difundido no meio odontológico chamou-nos a atenção, realizando-se
então protocolo clínico para analisar as
lesões indicadas para este tipo de tratamento observando-se sua
evolução. O agente esclerosante utilizado foi o oleato de monoetanolamina* em
dosagens iniciais de 0,02 ml intra-lesional, em aplicações com intervalos
quinzenais. Variações conforme tamanho da lesão podiam ser feitas
gradativamente, sempre tendo-se em mente contra-indicações como reações
alérgicas, risco de infecção e estado geral do paciente.
Os
resultados iniciais indicaram uma evolução satisfatória das lesões, com redução
clínica da lesão atingindo alguns casos aspectos muito semelhantes a mucosa
normal. A indicação correta da técnica em casos de hemangiomas capilares e de
tamanho adequado pode levar ao uso do agente esclerosante como uma alternativa
a mais para o tratamento dos hemangiomas bucais.
61
INFLUÊNCIA
DA CENOURA ADICIONADA À DIETA CARIOGÊNICA NA
OCORRÊNCIA DE CÁRIE EM RATOS
A.O. C.
Jorge; N. Q. Almeida; T. O. Nogueira; E. B. Santos; M. T. Shimizu
Faculdade
de Odontologia de São José dos Campos - UNESP
Os autores
procuraram verificar a influência da cenoura (Daucus carrota) quando adicionada
à dieta cariogênica para ratos, em relação à ocorrência de cáries. Ratos com 20
dias de idade, divididos em três grupos, foram alimentados com as seguintes
dietas: os controles receberam ração triturada; o segundo grupo, dieta cariogênica,
e o terceiro, dieta cariogênica contendo 18% de cenoura.
O grupo
alimentado com dieta cariogênica apresentou número de faces cariadas (CPOF)
significativamente maior do que o grupo submetido à dieta cariogênica
adicionada de cenoura. O grupo controle, alimentado com ração convencional
triturada, não apresentou lesões de cárie. A análise histopatológica revelou a
presença de cáries mais profundas e extensas no grupo alimentado com dieta
cariogênica.
62
ADSORÇÃO DE
Streptococcus mutans PELA CENOURA - OBSERVAÇÕES EXPERIMENTAIS EM RATOS
A.O. C.
Jorge; N. Q. Almeida; M. T. Shimizu; V.
Fantinato
Faculdade
de Odontologia de São José dos Campos -UNESP
Os autores
procuraram verificar a influência da cenoura (Daucus carrota), quando
adicionada à dieta cariogênica para ratos, em relação ao número de S.mutans e à
quantidade de placa bacteriana. Ratos com 20 dias de idade, divididos em três
grupos, foram alimentados durante 90 dias com as seguintes dietas: os controles
receberam ração triturada; o segundo grupo, dieta cariogênica, e o terceiro,
dieta cariogênica contendo 18% de cenoura.
A avaliação
quantitativa revelou aumento de S.mutans nos animais alimentados com dieta
cariogênica e dieta cariogênica
contendo cenoura, em relação aos controles. Contudo, o aumento de
S.mutans nos ratos alimentados com dieta cariogênica em relação à dieta
cariogênica contendo cenoura, não foi significativo. Apesar disso, a formação
de placa bacteriana nos animais submetidos à dieta cariogênica foi mais intensa
do que nos animais cuja dieta foi a cariogênica adicionada de cenoura.
63
Staphylococcus
aureus MULTIRRESISTENTES NO NASOFARINGE PORTADORES SÃOS
A.M. P.
Elias; A. L. L. C. Hallal; G. F S. Oliveira; M. L. Moraes; M. R. Suárez;L. L.
Bammann
Instituto
de Biologia, UFPEL
O controle
das infecções hospitalares é uma questão prioritária, uma vez que esses
processos estão diretamente ligados a patologias infecciosas adquiridas, de
caráter muitas vezes severo. A nível de prevenção primária, uma das estratégias
válidas é a identificação de possíveis fontes de infecção. Assim, a presente
investigação teve por objetivos isolar Staphylococcus aureus do nasofaringe dos
funcionários de áreas hospitalares críticas e avaliar sua sensibilidade a 13
agentes antimicrobianos. Com este propósito, material foi colhido das fossas
nasais e faringe de 21 indivíduos e semeado na superfície do Ágar Manita-Sal Vermelho de Fenol,
processando-se a caracterização das amostras através do teste da coagulase,
conduzido em lâmina e/ou tubo. Assim, na totalidade, 89 amostras derivadas dos
indivíduos selecionados, foram submetidas ao teste de sensibilidade a
penicilina, oxacilina, tetraciclina, cloranfenicol, kanamicina, cefaclor,
cefoxitina, ampicilina, eritromicina, Sulfazotrin, gentamicina e amicacina,
pela técnica da difusão em meio sólido; a Miocamicina, um novo macrolídio, foi
avaliada pela técnica das diluições, objetivando a determinação da
"minimal inhibitory concentration" (MIC).
A grande
maioria das amostras testadas evidenciou resistência a penicilina e ampicilina,
sendo que 50 das 89 amostras ensaiadas apresentaram resistência a 3 ou mais
antimicrobianos e, então, foram classificados como multirresistentes. Por outro
lado, a avaliação feita através da técnica das diluições mostrou que 6 amostras
eram resistentes à Miocamicina, sendo que, em relação às outras, o MIC para
este novo macrolídio variou entre 50 e 0, 781 ug/ml.
Trabalho
financiado pela MERCK SA. Indústrias Químicas
64
PESQUISA DE
ANTICORPOS SÉRICOS Anti-actinobacillus actinomycetemcomitans (CEPAS Y4 E ATCC
29523) EM DESDENTADOS TOTAIS
O. P. S.
Rosa; R. S. S. Rocha; M. P. Reis.
Faculdade de Odontologia de Bauru - USP
Primariamente
isolado de lesões actinomicóticas ou semelhantes à actinomicose e do sangue de
pacientes com endocardite, o Actinobacillus actinomycetemcomitans (A.a.) tem
sido associado à patologias sistêmicas e bucais. Na boca, seu nicho ecológico
parece ser a placa dental e bolsas periodontais de pacientes de periodontite juvenil
localizada/(PJL), e essa associação com a PJL tem sido confirmada
sorológicamente, com títulos elevados de anticorpos IgG para a cepa Y 4
definindo o quadro clínico. Estudos sorológicos feitos anteriormente, com
vistas a levantar o grau de infecção pelo microorganismo em brasileiros com
diferentes condições periodontais, indicaram alta freqüência de soros positivos
(90 a 95% ), permanecendo indefinido, porém, o significado dos títulos, 87% dos
quais situados entre 1:1 e 1:40. A fim de verificar se a presença de anticorpos
séricos para A.a. está. associada ou não à infecção de sítios gengivais,
pesquisou-se em 30 indivíduos normais, desdentados totais há mais de 5 anos
(com tempo de extração variando de 6 a 33 anos), anticorpos séricos para duas
cepas de A.a., a Y4, representante do sorotipo b, cepa leucotóxica e a ATCC
29523, do sorotipo a, não leucotóxica, através da técnica de imunofluorescência
indireta, utilizando soro de coelho anti-IgG humana conjugado ao isotiocianato
de fluorescencia. Vinte quatro dos soros mostraram-se positivos para Y4, com
títulos de 1:1, 10 soros; 1:10, 1:20 e 1:40, 4 soros cada um e de 1:80, 2
soros, enquanto para a cepa ATCC 29523, 25 soros foram positivos, com títulos
de 1:1, 20 soros, 1:10,4 soros e 1:40, 1 soro.
Esses dados
permitem concluir, que títulos de anticorpos de até 1:80, com a técnica de
imunofluorescência utilizada, encontrados em portadores de gengivite,
periodontite ou periodonto normal, não constituem um indicador seguro de
infecção atual ou passada por A.a. no sulco gengival.
Trabalho
subvencionado pela FAPESP.
65
AVALIAÇÃO
DA PRESENÇA DE ANTICORPOS ESPECÍFICOS PARA O Actinobacillus
actinomycetemcomitans na GENGIVA DE PORTADORES DE GENGIVITE E PERIODONTITE
R. S. S.
Rocha; O. P. S. Rosa; P. A.. Silva; A. S. M. Chaves; V. Papoti; A. Campos; E.
Passanezi
Faculdade
de odontologia de Bauru -USP
No
periodonto a primeira linha de defesa está representada pelo epitélio sulcular,
que se exposto continuamente às bactérias da placa e seus produtos torna-se
vulnerável à penetração desses antígenos para a intimidade do tecido
conjuntivo. O efeito resultante pode ser o desencadeamento de uma resposta
imune local e/ou sistêmica, implicada na patogênese e progressão da doença
periodontal inflamatória. Estudos anteriores evidenciaram imunoglobulinas no
tecido gengival, havendo forte indicação que parte da sua produção é local e
com especificidade para muitas das bactérias da placa. Nosso propósito foi
averiguar a especificidade anticórpica da IgG presente no tecido gengival de
portadores de doença periodontal inflamatória para o periodontopatógeno
Actinobacillus actinomycete-mcomitans (A.a.) cepas Y4 e ATCC 29523. Para tanto,
foram utilizados sobrenadantes de homogeneizados de tecido gengival de 76
indivíduos de ambos os sexos, apresentando gengivite (19) ou periodontite (57),
com idades variando entre 12 e 74 anos (X=36,18 anos). A análise dos
sobrenadantes para a presença de anticorpos específicos foi conduzida através da
técnica de imuno-fluorescência indireta e, os resultados foram os seguintes: a)
17 (22,36%) extratos (sobrenadantes) de tecido gengiva! apresentaram anticorpos
específicos para o A.a. cepa Y4, em baixo título (1:1); 15 eram de portadores
de P. b) 13 (17,10% ) dos extratos de tecido gengival apresentaram anticorpos
específicos para o A.a. cepa ATCC 29523 também em baixo título (1:1); 11 eram
de portadores de P. c) num mesmo
indivíduo podem ser encontrados anticorpos para a cepa leucotóxica (Y4) e não
leucotóxica (29523) do A.a. d) os anticorpos estavam presentes mesmo após 180
dias da raspagem e polimento radicular, o que sugere que em alguns casos apenas
esse procedimento clínico não é suficiente para erradicar o periodontopatógeno
da área.
Os resultados
confirmam os achados sorológicos averiguados e apresentados por nós
anteriormente. Uma resposta imune local, mesmo em baixo título, pode ser
indicadora da presença passada ou atual desse microorganismo na microbiota
subgengival dos indivíduos.
Trabalho de
pesquisa subvencionado pelo CNPq.
66
ESTUDO DA
MlCROBIOTA FÚNGICA BUCAL DE PACIENTES SOROPOSITIVOS PARAO HIV.
M.F.P.Costa;
S.F.B. Orosco; C.R.Costa; E.G.Birman
I-Adolpho
Lutz; Secret. Saúde S.P.-Fac. de odontologia USP.
Esfregaços
obtidos de 219 amostras de pacientes soropositivos para o HIV, classificados em
diversos grupos quanto a doença (classificação OMS) foram estudados por exame
direto e cultura (Agar-Sabourand plus cloroanfenical 200mg/I). Após 7 dias a
25ºC as culturas foram examinados sendo as positivas identificadas de acordo
com as técnicas micológicas usuais. O material foi obtido de lesões clínicas
que apresentam variados aspectos que levam a suspeitar lesões produzidas por
fungos. Nossa amostra foi representada em 65,3% por Candida albicans 11,6%
foram negativas para fungos e 14,28% representadas por outros fungos isolados
ou associados a Candida albicans. Estes foram representados por Rhodotorula
cubra e variadas espécies de Candida a como: C.Famata, C. Kefyr, C. Krusii,
C.Tropicalis.C.Glabrata.C.Ingens tendo sido 5,9% das culturas desprezadas por
contaminação. Nosso estudo permitiu isolar ainda o fungo Fonsecae pedrosi
nestes pacientes que se revelaram ainda como oportunistas. Apesar da
prevalência da Candida albicans em níveis elevados, não podemos desprezar
nestes pacientes a associação de outros fungos oportunistas que podem tornar-se
patogênicos, merecendo uma melhor avaliação clínica e laboratorial mais precisa
bem como estudos terapêuticos mais adequados já que nem sempre estes respondem
da mesma forma ao tratamento convencional para Candida albicans.
67
PREVALÊNCIA
DE ESTREPTOCOCOS MUTANS E LACTOBAClLOS NAS LESÕES DE CÁRIE RADICULAR ATIVAS E
INATIVAS.
M.Maltz,
S.L. Henz,. C.N. Portugal.
Faculdade
de Odontologia da UFRGS
A
prevalência de estreptococos mutans e lactobacilos foi analisada na placa de
superfícies radiculares de 37 pacientes com lesões de cárie radicular e idade
variando de 21 a 86 anos. Foi avaliada a percentagem de estreptococos mutans e
lactobacilos nas superficies radiculares hígidas (nº 30). Placa dentária
retirada das superfícies radiculares expostas com ou, sem lesão, foram
colocadas em meio de transporte reduzido (RTF) diluídas, e cultivadas em meio
de cultura específico para estreptococos mutans (MSB- ágar), para lactobacilos,
(Rogosa SL-ágar) e BHI com sangue para contagem, total da microflora).
Estreptococos mutans esteve presente na maioria das superfícies radiculares
estudadas, tanto hígidas (58%) como nas lesões inativas (53% ) é ativas (623%).
A percentagem desta bactéria nas superfícies com lesões de cárie ativa foi 70%,
maior do que nas superfícies hígidas e de cárie inativa (4,11% e 1,24%)
respectivamente.
Observou-se
uma frequência de, isolamento maior de lactobacilos (83%) nas superfícies com
cárie radicular ativa quando comparadas com as superfícies de cárie inativa
(68%) e superfícies hígidas (65%). A percentagem de lactobacilos presentes em
superfícies com lesões de cárie radicular ativa foi 68% maior que nas lesões de
cárie radicular inativa (0,670% e 0,22%) respectivamente.
68
SUSCEPTIBILIDADE
"IN VITRO" AO IMIPENEM DE CEPAS DE Actinobacillus (Haemophilus)
actinomycetemcomitans ISOLADAS DE PRIMATAS HUMANOS E NÃO HUMANOS.
MJ.Avila-Campos;
M.A.R.Carvalho; N.LS. Raymundo; LM.Farias; C.A.V. Damasceno; E. O. Cisalpino.
Instituto
de Ciências Biomédicas -Universidade Federal de Minas Gerais.
O imipenem
é um novo antibiótico beta-lactâmico, produzido por fermentação pelo Streptomyces
cattleya. É um representante de uma nova classe de antibióticos, os
carbapenêmicos. O imipenem apresenta uma potente atividade antimicrobiana "in vitro" contra
vários patógenos Gram-positivos e Gram-negativos, aeróbicos e anaeróbicos. O
A.actinomycetemcomitans é um bastonete Gram-negativo, microaerófilo ou
facultativo, recuperando usualmente em anaerobiose, indígena da cavidade oral
humana e tem sido associado a diferentes quadros clínicos de doença
periodontal, particularmente a periodontites em crianças e adultos jovens, além
de ser , isolado de outros processos patológicos, como abscesso cerebral e
endocardites. Como parte da linha de pesquisa do nosso laboratório,
Microbiologia de Primatas Humanos e não humanos, foram examinadas as
concentrações inibitórias mínimas de imipenem, para cepas de
A.actinomycetemcomitans isolados da microbiota oral de humanos (26) e de
Callithrix penicillata (5), pelo método de diluição em ágar, usando-se o agar.
Wilkins , & Chalgren. Foi usada a cepa padrão ATCC 29522, como controle. As
placas com o meio foram inoculadas com o replicador de Steers. A leitura foi
realizada após 48h. de incubação, a 37ºC, em microaerofllia. A CIM foi
determinada como a menor concentração do antibiótico que inibiu o crescimento
bacteriano. A análise dos resultados mostra que a faixa da CIMs para as cepas
testadas foi de 0.125 a 1ug/rnl do antimicrobioano, para um
"breakpoint" de 16ug/rnl. 90% das cepas animais, apresentaram valores de CIMs duas vezes
menores que o das cepas humanas (0.25 e 0.5ug/ml, respectivamente).
Esses dados
são importantes paro o levantamento do espectro de atividade desses novos e
potentes antimicrobianos em relação a microrganismos de reconhecido potencial
agressor, e que apresentam resistência ao B-lactâmicos. Com esses resultados só
se pretende sugerir, essas novas drogas para a rotina odontológica, que conta
com outras opções terapêuticas. Deve-se ter em mente, tendo em vista o amplo
espectro de ação desses novos antimicrobianos, que o seu uso abusivo poderá interferir
de forma drástica no equilíbrio da microbiota residente, com conseqüências
óbvias.
69
ESTUDO
COMPARATIVO ENTRE O TESTE DA RESAZURINA E NÍVEIS SALIVARES DE s.mutans.
M.LR.Souza,.
M.PA.Mayer;. F.Zelante; LO.C.Guimarães.
Faculdade
de Saúde Pública - USP, Instituto de Ciências Biomédicas -USP .
O teste da
resazurina (RD-Showa) é rápido, de custo reduzido e de fácil aplicação, para o
diagnóstico da atividade de cárie; desenvolvido e comercializado no Japão. O
teste baseia-se na mudança de cor do disco de resazurina, alteração esta que
ocorre mediante reação das bactérias na saliva com este indicador.
O objetivo
foi comparar o nível salivar de s.mutans com os diferentes graus apresentados
por este teste simplificado. Os testes de resazurina e a contagem de S.mutans
foram aplicados a 97 escolares com idade entre 11 e 13 anos. Visando a possível
utilização deste teste simplificado na clínica odontológica, o grau de
concordância foi avaliado em ambos testes.
70
EFEITO DOS
ADOÇANTES: ESTEVIOSÍDEO, ASPARTAME, XILTOL E SACARINA SOBRE A FERMENTAÇÃO E
SÍNTESE DE POLISSACARÍDEOS EXTRACELULARES INSOLÚVEIS PELA PLACA DENTÁRIA
"in vitro".
SJ.Chedid e
C.E.Pinheiro.
O controle
da cárie dentária tem sido objeto de grande parte das pesquisas odontológicas.
Uma vez que a sacarose tem sido amplamente relacionada com o desencadeamento do
processo carioso, a procura por substitutos para a sacarose com sabor
satisfatório e baixa ou nenhuma atividade cariogênica poderia ser um agente
eficaz na prevenção da cárie. Assim, nos propusemos a avaliar os adoçantes:
esteviosídeo, aspartame, xilitol e sacarina quanto ao seu papel dentro de
processo bioquímicos de fermentação e de síntese de PEI pelos microorganismos
da placa bacteriana "in vitro". Para tanto, de crianças entre 7 e 11
anos de idade, 20mg de placa bacteriana era coletada e homogeneizada em 1,0ml
de tampão fosfato 0,01M e a produção de ácidos era avaliada segundo FROSTELL,
1964. O sistem de incubação para a síntese de PEI consistiu de 0,2ml de
sacarose; 0,25ml de solução teste; 0,05ml de tamção fosfato e 0,5ml de
suspensão de placa num volume final de 1,0ml e incubadas a 37ºC por 18 hs. Após
incubação, o sistema era centrifugado, os sobrenadantes desprezados e os
precipitados ressuspensos em 1,0ml de água destilada e centrifugadas novamente.
Os precipitados era, então, suspensos em 0,05m1 de solução de KOH lN e
centrifugados para a posterior coleta de 0,l ml de solução alcalina para
dosagem de PEI pelo método de DUBOIS e colab. 1956. Os resultados obtidos demonstraram
que nenhum dos adoçantes estudados foi metabolizado pelos microrganismos da
placa bacteriana e que também não interferiram na fermentação e produção de
ácidos quando associados com a sacarose. Para síntese de PEI, a associação de
sacarose com esteviosídeo inibiu em 56,35% a produção de carboidratos
insolúveis para placa, bacteriana. A associação de sacarose com sacarina também
reduziu em 22,29% a síntese de PEI para a placa bacteriana.
Desta
maneira, podemos concluir que o esteviosídeo e a sacarina apresentam
propriedades antiplaca e devem ser considerados como mais uma medida de
controle e prevenção da cárie dentária.
71
AVALIAÇÃO
BIOLÓGICA DE FIOS DE SUTURA INABSORVÍVEIS. ESTUDO HISTOLÓGICO.
P.S.Cerri;
E. Sant'ana,. LS.UtrilIa.
Faculdade
de Odontologia de Araraquara -USP.
O
comportamento dos tecidos frente aos diversos tipos de materiais para síntese
cirúrgica é muito importante na magnitude do processo de reparo. Os autores
avaliaram histológicamente a resposta do tecido conjuntivo subcutâneo de ratos
a quatro diferentes fios de sutura: 1) Seda cirúrgica preta trançada e
siliconizada, 2) Surgilene Verde-poliester trançad e siliconizada, 3) Superlon
Preto-nylon monofilamentar, 4) Sipramid Perlon monomultifilamentar, nos
períodos de 3, 7,14 e 21 dias.
Conclusão:
O nylon foi o fio que apresentou melhores condições do ponto de vista
biológico, seguido pelo de poliester que permitiu a boa reparação apesar da
reação inflamatória. O fio de seda, por se tratar de um material de origem
natural e multifilamentar, promoveu intensa reação inflamatória, enquanto o fio
de Perlon foi o mais agressivo, retardando o processo de reparo.
72
ESTUDO DA
LOCALIZAÇÃO DO FORAME DA MANDÍBULA, ATRAVÉS DE MANDÍBULAS MACERADAS DE
CRIANÇAS.
A.M.MinareIli;
L.R. T. Ramalho e C.Chan.
Faculdade
de odontologia de Araraquara - UNESP .
O
atendimento do paciente infantil exige um constante aprimoramento do
Cirurgião-Dentista, principalmente nas intervenções que envolvem a anestesia
local. Na criança encontramos uma cortical óssea mais porosa e uma densidade
maior de tecido ósseo esponjoso, o que leva muito a utilizarem anestesias
locais infiltrativas com ótimos resultados. Mas, casos de cirurgias maiores,
restaurações na região de molares inferiores, ..., a anestesia infiltrativa nem
sempre satisfaz clinicamente, e a alternativa é o uso de anestesia por bloqueio
ou troncular do nervo alveolar inferior, ramo terminal do nervo mandibular
.Para realização desta anestesia, o profissional deve conhecer a região
pterigo-mandibular, quanto às suas relações anatômicas e especificamente o
forame, a língua e a porção inicial do canal da mandíbula, onde se depositará
o, conteúdo anestésico. Neste trabalho propusemo-nos verificar a posição do
forame da mandíbula em crianças, no sentido horizontal e vertical do ramo e em
relação ao plano oclusal; para isso utilizamos 36 mandíbulas maceradas de
crianças na faixa etária de 2 a 9 anos, pertencentes aos Museus Osteológicos da
Escola Paulista de Medicina e da Faculdade de Odontologia da USP-SP e dos
laboratórios de Anatomia das Faculdades de odontologia de Araraquara e
Araçatuba (UNESP).
Através das
mensurações e análise estatística, concluímos que o forame se localiza no meio
do ramo, sentido vertical e no final do terço médio, sentido horizontal,
independente do lado do ramo ou idade analisada. Em relação ao plano oclusal,
abaixo do plano sendo que a distância varia com a idade (diminue com o aumento
da idade) mas é independente em relação ao lado do ramo analisado.
73
ESTUDO
MORFOMÉTRICO DE MUCOSA PALATINA COM ALTERAÇÕES PROVOCADAS POR PRÓTESE TOTAL COM
CÂMARA DE SUCÇÃO.
A.C.M.Stipp;
C.B.F.Rodrigues.
Faculdade
de Odontologia de Bauru -USP.
A
estabilidade e a retenção da prótese total maxilar sempre foi tema de debates
entre protesistas, patologistas e cirurgiões-dentista, em especial pelas
sequelas iatrogênicas que decorrem ante o uso de câmara de sucção. Muitos
autores ressaltam o papel vital desempenhado pela irritação mecânica crônica na
etiologia do câncer bucal. Lembrando-se que na maioria dos programas de estudos
epidemiológicos de prevenção e de detecção precoce do câncer bucal, a irritação
crônica consta como um dos tópicos sempre considerado e verificado. As alterações
sofridas pela mucosa palatina, em contato com as próteses totais, mais
especificamente em próteses com câmara de sucção nunca foram estudados sob o
aspecto morfométrico. O objetivo deste trabalho, visou estudar
morfométricamente a mucosa palatina descrevendo as possíveis diferenças sob o
ponto de vista quantitativo em seres humanos de ambos os sexos portadores de
próteses totais com câmaras de sucção. Foram utilizados biópsias de 6 pacientes
portadores de prótese com câmara de sucção. Em todos foram realizados cirurgias
de exerese total da lesão e abrangendo uma área fora da câmara: a que
denominou-se de (A) mucosa palatina em contato com a prótese, (B) mucosa
palatina em contato com a câmara de sucção e (C) região em contato com as
bordas da câmara de sucção. Após todo o processamento histológico realizou-se a
análise morfométrica da mucosa a nível de microscopia de luz, comparando-se
estatisticamente os resultados entre as regiões objeto de estudo.
Em base a
esses resultados observou-se que o epitélio em contato com a prótese nas
regiões (A) e (B) apresenta um aumento considerável em sua espessura devido a
um processo hipertrófico. Na região (C) onde a pressão é maior o epitélio se
mostra extremamente espesso em consequência ao desenvolvimento de um processo
hiperplásico. Na lâmina própria a região (C) apresentou menor densidade de
volume de fibras em re/ação a outras estruturas, inclusive substância amorfa, o
que deixa transparecer que o aumento de volume na área da câmara de sucção
observado clinicamente se deva a um processo hiperplásico principalmente
edematoso.
74
ANÁLISE
MORFOMÉTRICA DA VERTENTE ORAL E GENGIVA MARGINAL PALATINA ADJACENTE A COROAS
DENTAIS RÍGIDAS E A COROAS METALO - CERÂMICAS.
A.C.M.
Stipp; L.C.F. Frasca.
Faculdade
de Odontologia de Bauru -USP
Atualmente,
os efeitos biológicos em tecidos dentais e periodontais causados por
restaurações tem sido amplamente discutida e analisada; sendo o fator biológico
fundamental para o sucesso dos procedimentos restauradores, estes se realizados
de forma inadequada, podem contribuir como causa ou agravamento da doença
periodontal. Considerando que quaisquer procedimentos restauradores com prótese
fixa possam afetar em maior ou menor grau a gengiva marginal, buscou-se
estudá-la quantitativamente comparando aquelas adjacentes a coroas hígidas e a
coroas metalo- cerâmicas. Para tanto, utilizou-se de cinco pacientes portadores
de prótese unitária fixa em primeiro ou segundo molar em um dos lados da
maxila, com término cervical de 0,5mm abaixo da margem gengival. Na análise
morfométrica, à nível da microscopia de luz, avaliou-se o epitélio, em termos
de espessura (mm), volume absoluto e relação núcleo/citoplasma das células da
camada basal e espinhosa; na lâmina própria avaliou-se a população de fibroblastos
e células imigrantes, além da densidade de volume de fibras colágenas e outras
estruturas figuradas.
Através da
análise dos resultados, verificou-se que, afora o número de células imigrantes
ser maior estatisticammte na gengiva junto a prótese, não existe diferença
clínica e histológica entre a gengiva marginal palatina adjacente a coroas
protéticas devidamente construídas e a coroas de dentes hígidos. Assim, a
prótese de cobertura total, confeccionada em metalo-cerâmica e com profundidade
intro-sulcular ao redor de 5 mm é um
meio de tratamento, que preenche os requisitos biológicos de uma prótese fixa.
Através da análise dos resultados, verificou-se que, afora o número de células
imigrantes ser maior estatisticamente na gengiva junto a prótese, não existe
diferença c1ínica e histológica entre a gengiva marginal palatina adjacente a
coroas protéticas devidamente construídas e a coroas de dentes hígidos. Assim,
a prótese de cobertura total, confeccionada em metalo- cerâmica e com
profundidade intra-sulcular ao redor de 5 mm é um meio de tratamento, que
preenche os requisitos biológicos de uma prótese fixa.
75
ANÁLISE
ELETROMIOGRÁFICA DO M.ESTERNO-HIOIDEO EM MOVIMENTOS DA LÍNGUA E DA CABEÇA.
F.Bérzin;
C.R.H.Fortinguerra
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
O M.
estemo-hioideo esquerdo foi estudado eletromiográficamente em 20 voluntários
jovens, em movimentos da língua e da cabeça, através de um eletrodo monopolar
de agulha fina, construído especialmente para esse músculo. Foram estudados os
seguintes movimentos: 1) Movimento da língua: 1.1. Propulsão; 1.2. Lateralidade
à direita; 1.3. Lateralidade à esquerda; 1.4. Retropulsão da língua; 1.5.
Colocar a ponta da língua no palato duro; 1.6. colocar a ponta da língua no
palato mole; 1.7. Colocar a língua no assoalho da boca. 2) Movimentos da
cabeça: 2.1. Flexão; 2.2. Extensão; 23. Rotação à Direita; 2.4. Rotação à
esquerda; 2.5. Inclinação à Direita; 2.6. Inclinação à Esquerda. Nos movimentos
da língua, com exceção da protusão, o M. esterno-hioideo apresentou atividade
elétrica consistente em todos os movimentos estudados, apresentando sua maior
atividade no movimento de colocar a ponta da língua no palato mole, o qual
coincide com o maior deslocamento da língua a hioideo. Como o osso é
considerado o esqueleto da língua seria ação do M.esterno-hioideo em movimentos
da língua seria estabilizar o O.hioideo para a ação dos músculos da língua que
direta ou indiretamente se relacionam com esse osso. Nos movimentos da cabeça
não foram observados potenciais de ação do M.esterno-hioideo em todos os
movimentos estudados.
De acordo
com o exposto podemos concluir que o M.esterno-hioideo apresenta uma contração
isotônica durante os movimentos da língua estabilizando o O.hioideo e não tem
participação na cinesiologia da cabeça.
76
INCORPORAÇÃO
"IN VITRO" DE 125I-AMELOGENINA EM MATRIZ E ORGÃO DO ESMALTE DE
INCISIVOS DE RATOS, VISUALIZADA ; RADIOAUTOGRAFICAMENTE.
G. Blumen; C. Robinson*; J.Merzel; T.L.S. Barrichello;
J.A. Cury.
FOP/UNICAMP
(*Dept.Oral Biology -Universidade de Leeds -England)
Foi
demonstrado que proteínas de vários pesos moleculares podem penetrar no
esmalte, por via sistêmica ou por embebição de incisivos de ratos livres de seu
órgão do esmalte. Raciocinou-se que se as amelogeninas tivessem comportamento
semelhante, sua degradação e destino poderiam ser seguidos
radioautograficamente e/ou bioquímicamente. O objetivo desta comunicação é
descrever como foi feita esta incorporação "in vitro" diretamente no esmalte,
preservando-se o órgão do esmalte. Anmelogeninas foram extraídas de esmalte
jovem de incisivo de rato e iodinadas com 125I. A fração de 25 KDa com AE
1,8uCi/ml foi coletada, diluída em volume igual com meio de Eagle e para cada
0,3ml desta solução foi adicionado 0,lml de uma solução de penicilina +
estreptomicina. Sob anestesia com éter, hemimandíbulas de ratos foram removidas
e os incisivos inferiores foram extraídos mantendo-se intacto o órgão do
esmalte. Com uma lâmina de bisturi nº 10, o esmalte e órgão do esmalte foram
removidos numa extensão de + 8mm da base do dente, compreendendo toda a zona
secretora mais os primeiros 2mm da zona de maturação. A peça foi imediatamente
transferida para uma tira de papel de filtro cobrindo o poço de uma lâmina de
microcultura contendo a solução nutriente com 125I-Amelogenina de modo a
umedecer a tira e com o esmalte faceando o papel. A lâmina foi colocada em uma
placa de Petri, em um meio úmido e incubada a 37ºC. Após 1h., algumas amostras
foram lavadas em meio de Eagle frio (3x), fixadas em glutaraldeído a 2,5%, pH
7,4 por 6h e processadas para inclusão em resina epoxi. Outras amostras
juntamente com a tira de papel foram transferidas para meio nutriente frio
permanecendo nas mesmas condições de 1 a 10h, sendo em seguida fixadas e
incluídas. Cortes de lum foram coberto com emulsão I1ford K5D, revelados após
50 dias e corados com Azul de Toluidina a 0,5%. Os radioautogramas mostraram a
penetração do material marcado no esmalte com um gradiente de concentração de
grãos de Ag decrescendo da junção amelo-dentinária em direção a superficie
externa e uma quantidade menor de grãos foi observada sobre os, ameloblastos,
estrato intermédio e camada papilar.
Praticamente
não houve diferenças entre os vários intervalos de tempo e entre as zonas de secreção e maturação. Estes
resultados indicam que as amelogeninas são capazes de se difundir através do
esmalte e que uma pequena fração do material marcado,em, intervalos de tempos
curtos, para os ameloblastos e outras células do órgão do esmalte.
77
EVOLUÇÃO DE
CÉLULAS E MATRIZ DA CARTILAGEM CONDILAR DA MANDÍBULA DE RATO JOVEM.
F. Marchi; C.P.Leblond; H. Luder.
Faculdade
de Odontologia de Araçatuba -UNESP (Depto de anatomia), Universidade Mc Gill,
Montreal (P.Q.) -Canadá.
Além de uma
camada fibrosa em contacto com a cavidade articular e conhecida como
"camada articular" , a parte superior do côndilo consiste de várias
camadas de células correspondendo a estágios na diferenciação de condrócitos.
Subjacente a camada articular está a "camada de células polimórficas"
composta de condroblastos que se dividem ativamente. Eles produzem 2 tipos de
grânulos de secreção, uns cilíndricos contendo colágeno tipo I e outros
esféricos contendo proteoglicanas. Em concordância a matriz mostra fibrilas
colágenas do tipo I e uma delicada rede de proteoglicanas. O aumento numérico
de condroblastos e a deposição gradual de matriz intercelular faz com que
alguns deles sejam empurrados para a "camada de células achatadas".
Na parte mais profunda desta camada, as células produzem além dos dois tipos de
grânulos de secreção acima mencionados, um terceiro tipo de forma ovóide e cujo
conteúdo é uma mistura de colágeno tipo II e proteoglicanas. Na matriz
correspondente aparecem umas poucas finas fibrilas colágenas do tipo II ao lado
das espessas fibrilas colágenas do tipo I; a concentração de proteoglicanas
aumenta. A produção de colágeno tipo II por estas células, as caracteriza como
condrócitos. A adição continua de matriz empurra alguns condrócitos da camada
de células achatadas para dentro da "camada de células hipertróficas
superior", onde assumem uma forma arredondada, aumentam continuamente em
volume ao mesmo tempo que produzem um maior número de grânulos de secreção
ovóides; a produção de matriz é máxima, predominando as fibrilas colágenas do
tipo II e uma concentração acentuada de proteoglicanas. Finalmente, os
condrócitos alcançam a "camada de células hipertróficas inferior"
onde produzem um novo tipo de grânulo de secreção, cilíndrico, de conteúdo
compacto e muito eletrondenso (especulamos que o conteúdo seja de colágeno tipo
X). Simultaneamente à mineralização da matriz, os condrócitos sofrem
degeneração gradual e eventualmente morrem, enquanto a invasão vascular se
processa.
Na
cartilagem do côndilo mandibular de rato jovem, as células das diferentes
camadas podem modular suas atividades secret6rias, produzindo sucessivamente ou
simultaneamente 3 ou talvez 4 diferentes tipos de grânulos de secreção, cujos
conteúdos uma vez liberados determinam as propriedades da matriz.
78
SIGNIFICAÇÃO
CLÍNICA DA INERVAÇÃO SUPALEMENTAR DE DENTES INFERIORES. ESTUDO ANATÔMICO DO
NERVO LINGUAL.
RJ.Cruz
Rizzolo; A.M.Minarelli, LR.T: Ramalho; M.C.Madeira.
Faculade de
Odontologia de Araçatuba -UNESP, Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP
.
Problemas
clínicos de se conseguir anestesia completa após o bloqueio do nervo alveolar
inferior têm levado alguns autores a suspeitar que o nervo lingual fornece
suprimento adicional à polpa de dentes inferiores. Os ramos nervosos entrariam
, na mandíbula através de pequenos forames de sua superficie lingual.
Dissecções anatômicas foram feitas para comprovar se a suposição é correta ou
não. O trabalho foi realizado em 30 cadáveres, sob microscópio anatômico.
Notou-se que o ponto em que o nervo lingual alcança o lado da língua, entre o
musculo hioglosso e a glândula submandibular, ele envia vários ramos à gengiva
lingual dos dentes molares inferiores. Enquanto que o tronco principal corre em
direção à língua, seu ramos sublingual divide-se em outros pequenos ramo
gengivais que se dirigem à região dos dentes anteriores e premolares. Minuciosa
inspeção revelou que os ramos mais delgados dividem-se na gengiva ou a
atravessam para alcançar o periósteo. Alguns forames foram identificados na
mandíbula, alguns dos quais ocupados por vasos sanguíneos; mas, em nenhum caso
foi visto um forame dar passagem a um ramo nervoso proveniente do lingual. Do
ponto de vista clínico, se a dor persiste após injeção de rotina do nervo
alveolar inferior, uma anestesia complementar que aparentemente envolva o nervo
lingual pode ser útil. Na realidade, a infiltração anestésica pode alcançar
outros nervos que não sejam ramos do lingual ou então penetrar na mandíbula via
forames vasculares e alcançar o nervo alveolar inferior que não havia sido
bloqueado efetivamente.
De acordo
com os resultados, pode-se concluir que a hipótese que o nervo lingual
participa da inervação de dentes inferiores é infundada.
79
ASSOCIAÇÃO
DAS GLICOSAMINOGLICANAS COM AS FIBRILAS DE COLÁGENOS, NOS PROCESSOS DE
MINERALIZAÇÃO DO MANTO DENTINÁRIO.
P.Dechichi;
A. W de Almeida.
Universidade
Federal de Uberlândia.
O manto
dentinário sofre alterações morfológicas na medida que se prepara para receber
os primeiros depósitos minerais no seu interior. Nas primeiras etapas de sua
formação, quando ainda existe uma nítida membrana basal a separar os
ameloblastos dos odontoblastos, encontramos, entre outros constituintes, grande
quantidade de fibrilas colágenas no espaço entre o polo secretor destes dois
tipos celulares. Os primeiros sinais de depósitos minerais na espessura das
fibrilas, mostra área eletrondispersantes bem determinadas ao longo das mesmas.
Tal material tem sido referido na literatura ou como áreas de deposição mineral
ou ainda, como agentes com ação nucleadora, ou seja, que teriam a capacidade de
atrair íons que precipitariam especificamente em tais locais. Na tentativa de
verificarmos qual o material que estaria agregado às fibrilas colágenas, em
vias de receberem os cristais minerais, submetemos os cortes à ação do EDTA
(ácido etileno diamino tetracético). Este promoveu pronta desmineralização dos
tecidos, porém as áreas eletrondispersantes ao longo das fibrilas colágenas
permaneceram intactas. Noutro experimento observamos que tal material
revelou-se positivo ao tratamento com rutênio vermelho, sendo provavelmente
portador de cargas negativas. Tais achados indicavam que junto às fibrilas
colágenas prestes a sofrerem mineralização, poderia estar presente uma
substância orgânica que seria o agente nucleador. Dentre as substâncias
orgânicas que podem ser eleitas para desempenhar tal papel, optamos pelas
glicosaminoglicanas. Estas foram estudadas com auxílio de enzimas específicas,
à saber: condroitinase AC com sulfatase e condroitinase ABC com sulfatase.
Os
resultados, nesta fase do trabalho, mostram que houve ação dos dois grupos de
enzimas. Contudo a condroitinase ABC teve ação bem mais enérgica do que a
verificação após a ação do condroitinase AC. Tais achados sugerem a
participação do dermatam sulfato no processo de mineralização das fibrilas
colágenas.
80
ESTUDO
ULTRAESTRUTURAL DO PROCESSO INICIAL DE MINERALIZAÇÃO DO COLÁGENO TIPO I EM
DENTINA DE RATO.
P.
Dechichi; A.W de Almeida
Universidade
Federal de Uberlândia.
No manto
dentinário encontramos, nas fases iniciais do processo de mineralização, grande
quantidade de fibrilas colágenas. Ao conduzirmos experiências onde a
temperatura do líquido do fixador foi de 37ºC, notamos que outras substâncias
elétron dispersantes estavam agregadas às fibrilas de colágeno. Parte deste
material com aspecto granular típico aparece por entre os ameloblastos assim
que há a ruptura da membrana basal. Acreditamos que tal maneira tenha a
capacidade de sofrer,mineralização atuando como agente nucleador. Este
mistura-se à fibrilas de colágeno, previamente elaboradas pelos odontoblastos
compondo uma região onde a secreção dos, amelo envolve-se com a secreção dos
odonto. Está se formando o limite amelo dentinário. Após a mineralização de tal
região cria-se uma barreira a separar o esmalte da dentina. A partir desta fase
notamos, do lado da dentina, que as fibrilas colágenas recebem os cristais de
hidroxiapatita no seu interior. Após tratarmos tais locais com EDTA verificamos
que o material eletrondispersante dito como cristal mineral, permaneceria na
espessura das fibrilas. Isto fez-nos propor a hipótese de que havia uma,
substância orgânica associada às fibrilas de colágeno do manto dentinário. A
constatação de que tal material apresentava cargas negativas, após
apresentar-se rutênio vermelho positivo fez-nos pensar que tal substância seria
um atrator de Ca2 + .
Dentre as
substâncias orgânicas que podem ser eleitas paro desempenhar tal papel,
resolvemos optar pela caracterização de glicosaminoglicanas nesta primeiro
etapa do trabalho. Para estudá-las pretendemos colocar os cortes previamente
tratados com EDTA a flutuarem numa solução contendo condroitinase AC e outra a
condroitinase ABC.
81
ESTUDO
HISTOPATOLÓGICO EM MOLARES DECÍDUOS DE CÃES, COM POLPAS VITAIS, SUBMETIDOS À
PULPOTOMIA E PROTEÇÃO COM HIDRÓXIDO DE CÁLCIO, FORMOCRESOL E GLUTARALDEÍDO.
E.M.A.
Giro*; H. I.I.Bauslls; C.Percinoto**
Fac.de
Odontologia de Araraquara - UNESP, ..Fac.de Odontologia de Araçatuba -UNESP
Foi
avaliada histopatológicamente a polpa de dentes decíduos de cães,
pulpotomizados e capeados com pasta de hidróxido de cálcio p.a e pasta de óxido
de zinco e eugenol contendo formocresol e glutaraldeído, após curativo por 5
minutos.
Após
períodos de 15,30 e 45 dias,
concluiu-se que existem vários fatores que podem modificar a resposta tecidual;
os materiais testados foram agressivos aos tecidos pulpares, provocando
alterações caracterizadas por necrose de coagulação, inflamação aguda e crônica
de intensidade variada e áreas de reabsorção interna e externa, o hidróxido de
cálcio foi o único material a induzir a formação de barreira mineralizada,
embora tenha sido incompleta e irregular.
82
ANÁLISE DO
ÂNGULO DA MANDÍBUI.A NAS IDADES DE 7 A 18 ANOS, UTILIZANDO RADIOGRAFIAS
CEFALOMÉTRICAS.
E.H.
Vieira; D.CJ. Cancian; G.R.Honda e A.M- Minarelli
Faculdade
de Odontologia de Araraquara -UNESP
O ângulo
formado entre a base da mandíbula e a margem posterior do ramo é denominado de
ângulo da mandíbula ou ângulo gônio. Os fatores: raça, sexo, idade, presença de
dentes ou alterações na oclusão, segundo alguns autores, podem justificar a
alteração deste ângulo. Neste trabalho, propusemo-nos verificar a ocorrência de
mudanças significativas no ângulo da mandíbula em relação à idade e ao sexo,
para isso, utilizamos 240 radiografias cefalométricas de indivíduos da raça
branca, dentados, nas idades de 7 a 18 anos.
Sobre os
valores obtidos nos traçados, fizemos o análise da variância a um critério
fixo, a nível de significação a 5% e concluímos que não houve alteração nos,
valores do angulo em relação à idade e nem ao sexo.
83
ESTUDO DO
EFEITO DO TRATAMENTO ODONTOLÓGICO INTEGRAL NA QUANTIDADE DE BACTÉRIAS
CARIOGÊNICAS EM CRIANÇAS DE 2-6 ANOS.
S.C.Scherer;
M.M. Turkienicz; F.B. Araujo
Fac de
Odontologia da Univer. Federal do Rio Grande do Sul.
O objetivo
do presente estudo foi estudar o efeito de um tratamento odontológico integral
na redução do nº de bactérias cariogênicas (estreptococos mutans e
lactobacilos) da cavidade oral. Foram estudadas 12 crianças de 2 a 6 anos, com
alta atividade da doença cárie, que apresentavam uma média de 30,0 + 16,5
superficies com lesões cariosas ativas e/ou lesões de cárie inicial. Para avaliação
do número de bactérias cariogênicas utilizou-se o método de epátula: 0,1-20,
21-100 e 100 UFC/1,5 cm2 espátula o que equivale a 0, 1-105, 105-106, 106
UFC/rnl de saliva. O número inicial de colônias de estreptococos mutans e
lactobacilos determinado no início do experimento foi 148,8 + 41,8 e 1,4 + 1,5
UFC/1,5cm2 espátula respectivamente (no grupo teste). O grupo controle, com 16
crianças, também foi submetido ao teste da espátula durante 30, 60 e 90 dias.
Depois do exame inicial no grupo teste, foi realizada adequação do meio bucal
(exodontias, terapia pulpar, remoção de tecido cariado com selamento das
cavidades e selantes de fóssulas e fissuras). Urna semana após o término da
adequação de meio bucal, os responsáveis pelas crianças foram orientados quanto
ao controle dos fatores determinantes da doença (dieta e higiene oral), e os
pacientes receberam aplicações tópicas de flúor (FFA 1,23% ) nas consultas de
manutenção.
Os
resultados demonstraram que houve uma diminuição acentuada no número de estreptococos
mutans após uma semana do término da adequação, para 80,0 UFC/l,5 cm2 espátula.
Constatou-se uma adicional diminuição do número de estreptococos mutans após o
controle dos fatores determinantes da doença e aplicações tópicas de f1úor para
17,5 UFC/l,5cm2 espátula. O grupo controle manteve estável o número de
bactérias cariogênicas durante os 3 meses. Durante o experimento, as criança
apresentaram um número baixo de lactobacilos na saliva.
84
MANCHAS
BRANCAS E CÁRIES EM ESCOLARES DE RAFARD, CIDADE COM ÁGUA DE ABASTECIMENTO NÃO
FLUORETADA.
J.P.Silva;
C.F.Peters.
Fac. de
odontologia de Piracicaba -UNICAMP
A mancha
branca como sinal de desmineralização e início do processo carioso já é a
tempos estudada. Os dados coletados neste trabalho referem-se a escolares de 7
a 9 anos da cidade de Rafard; onde foram feitos exames clínicos para análise
dos molares decíduos e primeiros molares permanentes. Foram escolhidos esses
dentes pela sua anatomia e localização, por serem os mais atacados pela cárie e
por ser também de extrema importância a sua preservação e manutenção.
Os dados
mostraram uma mensuração da mancha branca quanto a sua severidade em resistente ou não resistente a
penetração da sonda exploradora e formação de cavidade, observando-se que a
mancha resistente possui porcentual mais elevado, e a relação desta severidade
com o índice de cárie cujo porcentual é elevado em relação aos hígidos, além da
real necessidade de tratamento dos escolares da referida cidade.
85
AVALIAÇÃO
DA AÇÃO DE SEI.ANTES OCLUSAIS SOBRE BACTÉRIAS PRESENTES EM SULCOS E FISSURAS
IMPLANTADOS ARTIFICIALMENTE
F.Zelante;
P.F.Kramer; M.R.L Simionato.
Faculd. de
Odontologia da Universidade de São Paulo.
A constante
preocupação em achar-se um método de prevenção das cáries de fóssulas e
fissuras, tão eficaz como é o flúor para superficies lisa, vem conduzindo à
pesquisas e ao uso dos selantes oclusais. Todavia, a preocupação com a presença
de cárie em pontos mais profundos, não visíveis clinicamente foi apontada como uma
das razões pelas quais os selantes não são mais largamente empregados.
Acompanhado as eventuais alterações que possam ocorrer na microbiota
normalmente presente em sulcos e fissuras, submetidos ou não à uma
ameloplastia, nos propomos a verificar, em corpos de prova constituídos de
fissuras oclusais de terceiros molares inclusos extraídos cirurgicamente e
cimentados em restaurações oclusais de voluntários, qual o efeito do ataque
ácido e do selante oclusal 30,60 e 120 dias após sua aplicação sobre a população
desses microorganismos considerados como indicadores.
Os
resultados demonstraram que o condicionamento ácido reduz a microbiota da
fissura em aproximadamente 75%, e que a posterior colocação do selante tende a
reduzir ainda mais o número de microorganismos viáveis, indicando que o selante
pode vir a ser usado terapeuticamente em cáries incipientes. O alargamento das
fissuras com uma broca favoreceu a ação do ácido sobre os microorganismos e o
acesso do selante do fundo desses locais, aumentando, assim, a segurança nos
casos de cáries mais profundas não viáveis clinicamente.
86
DIAGNÓSTICO
RADIOGRÁFICO DA CÁRIE DENTAL. EFICIÊNCIA DO USO DE SELANTE E APLICAÇÃO TÓPICA
DE FLUOR.
C.M.D.Sewell e J.A.Cury.
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
O objetivo
deste estudo foi avaliar a eficiência na diminuição do índice de cárie , dental
da aplicação tópica de flúor e de selante, pelo exame radiográfico, em
primeiros molares permanentes. Foram tomadas radiografia interproximais da
região de molares de, 137 escolares de Piracicaba, de ambos os sexos, na faixa
etária de 6 a 8 anos, durante três anos consecutivos. As crianças foram
divididas em grupos experimental (64) e controle (73), sendo que no grupo
experimental foram feitas aplicações de selante e fluor. A interpretação
radiográfica foi feita por um único examinador, com negatoscópio, lupa e
máscara, num ambiente escuro. .
Os
resultados estão expressos na tabela abaixo.
1º ano 2º ano 3º ano
dentes C E C
E C E
íntegros 288 248 266
232 228 214
cariados ou
restaurados 04 08 25
24 63 24
perdidos ou
extraídos - - 01
- 01 -
total
examinado 292 256 292
256 292 256
Pela
análise dos resultados obtidos pode-se concluir que as aplicações de selante e
flúor são eficientes na diminuição do índice de cáries.
87
ESTUDO DO
DIMORFISMO SEXUAL EM NISEIS E SANSEIS UTILIZANDO MEDIDAS LINEARES DA MANDÍBULA
OBTIDAS EM PANTOMOGRAMAS
M.Fenyo-Pereira
& A.Freitas
Faculdade
de Odontologia da Universidade de São Paulo
Foram
estudados 80 indivíduos niseis e sanseis, divididos em 40 homens e 40 mulheres
de idades entre 20 e 35 anos. O objetivo do presente trabalho é o de observar a
existência de dimorfismo sexual em indivíduos do grupo étnico japonês, por meio
de traçados denominados pantomogramas, obtidos a partir de
Elipsopantomografias, empregando-se medidas lineares da mandíbula. Após a
obtenção da radiografia panorâmica pelo princípio da elipsopantomografia,
procedemos à mensuração das distâncias Côndilo (C) -Gônio (Go) e Gônio (Go)
-Mento (M). analisando-as pelo teste "t" de Student.
Concluímos
que existe dimorfismo sexual, quanto a distância CGo, no grupo étnico estudado,
não ocorrendo o mesmo com a distância GoM, que não apresenta dimorfismo sexual.
Os autores atribuem uma interferência fenotípica racial nos dados apresentados,
que pode ser observada quando comparam os resultados obtidos com aqueles
encontrados em um grupo leucodermas.
88
A
INFLUÊNCIA DO SELAMENTO EM MASSA SOBRE OS NÍVEIS SALIVARES DE STREPTOCOCCUS DO
GRUPO MUTANS.
B.Q.Souki;R.V.P.
Azevedo; I. Y. lto; L.F.C.Batista; A.PA. Canhoto; Z.M.Mussolino.
Faculdade
de Odontologia de Ribeirão Preto -USP
Os
Streptococcus do grupo mutans, considerados como um dos principais agentes
etiológicos da cárie dentária, colonizam com maior facilidade os sítios
retentivos dos dentes, tais como fossas e fissuras e, as superficies proximais,
nos pontos de contato. Deste modo, os níveis salivares destes microrganismos se
relacionam também com a presença de outros sítios de retenção como próteses
removíveis, dentes em erupção, bandas e brackets ortodônticos, bem como lesões
cariosas abertas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da
curetagem das lesões de cárie, seguida do selamento das cavidades com um
cimento a base de óxido de zinco-eugenol, sobre os níveis salivares de
Streptococcus do grupo mutans. Amostras de saliva não estimulada, de 15
pacientes na faixa etária de 7-8 anos, com lesões cariosas abertas, foram
coletadas antes do selamento das cavidades e após 48 horas, 7 e 30 dias; sendo
diluídas e semeadas no ágar SB-20, com incubação em anaerobiose (GasPak),
durante 72 horas a 35ºC. Verificou-se
uma redução drástica nos níveis salivares de Streptococcus do grupo mutans, no
período de 48 horas; ocorrendo um aumento gradual até obter-se níveis
semelhantes aos encontrados antes do selamento, após 30 dias.
Os
resultados indicam que o selamento das lesões cariosas com um cimento a base do
óxido de zinco-eugenol tem efeito limitado sobre os níveis salivares de
Streptococcus do grupo mutans.
89
ESTIMATIVA
DE RISCO RADIOBIOLÓGICO DAS TÉCNICAS RADIOGRÁFlCAS ODONTOLÓGICAS
I.Chilvarquer;
T.E.Undehil; R.P.Langlais; WD.Mc David; J.WPreece; G.Bamwell; K.Kimura.
Faculdade
de Odontologia da Universidade de São Paulo.
O objetivo
deste estudo foi a obtenção de dados consistentes para a avaliação e comparação
dos riscos radiobiológicos de diferentes técnicas radiográficas odontológicas.
Os dados foram obtidos através da análise das doses de absorção medidas em 14
sítios anatômicos de: 1) Cinco aparelhos pantomográficos diferentes usando
ecrans de terra rara, 2) Um conjunto de boca toda usando 20 filmes periapicais
"speed E", cone longo circular, 3) Um conjunto de boca toda usando 20
filmes periapicais "speed E", cone longo retangular, 4) Um conjunto
de 4 radiografias interproximais com filmes "speed E", cone longo
circular, 5) um conjunto de 4 radiografias interproximais usando filmes
"speed E", cone retangular longo. As doses para glândula tireoide, medula
óssea, cérebro e glândulas salivares foram avaliadas pela exposição de
dosímetros de fluoreto de lítio (TLD) colocados nestas áreas de um phantom tipo
RANDO. Os riscos estimados foram expressos de 2 maneiras: 1) probabilidade de
indução de câncer em órgãos específicos por milhões de exames; 2) probabilidade
de expressão de um câncer fatal por milhão de exames.
Os maiores
riscos calculados foram encontrados no conjunto de boca toda usando colimação
circular. Os menores riscos calculados foram obtidos de radiografias panorâmicas
e de 4 radiografias interproximais usando colimação retangular.
90
ESTUDO
MORFOLÓGICO DE PRESENÇA DE BACTÉRIAS NO MAGMA INTRA E EXTRA TUBULAR DENTINÁRIO
APÓS PREPARO QUÍMICO-MECÂNICO DOS CANAIS RADICULARES DE DENTES COM POLPAS
NECROSADAS. CONTRIBUIÇÃO , AO ESTUDO.
W.Simões;
F.Zelante; N.Villa; H.Davidowicz.
Faculdade
de Odontologia da Universidade , de São Paulo. ;
A presença
de anaeróbios como patógenos causais de uma série de infecções dentárias vem
trazer esclarecimentos e preocupações na terapia endodôntica, justificando
inclusive a dificuldade encontrada pelos profissionais para promoverem a cura
de alguns processos patológicos "residuais". Assim, apesar de
encontrarmos na literatura pertinente, trabalhos mostrando microrganismos no
canal radicular, a nosso ver é importante a identificação morfológica da
possível presença de bactérias no magma intra e extra tubular, dentinário, após
o preparo do cana1, acorde técnica de Paiva & Antoniazzi. O presente ,
trabalho está sendo realizado "in vivo", tendo-se utilizado dez
dentes uni-radiculados com indicação para extração. Após a comprovação da
presença de bactérias no canal através de cultura e bacterioscopia, efetuamos o
preparo do canal, irrigação/aspiração, secagem do, canal e obturação provisória
da coroa, para em seguida extraírmos o dente. Os dentes, foram descalcificados
em EDTA para processamento histológico da técnica de inclusão em parafina para
o estudo do terço apical.
Os
resultados (parciais) mostrarom a presença de microorganismos no magma.
91
VERIFICAÇÃO
DE ALGUMAS PROPRIEDADES FÍSICAS DO CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO USADO COMO
MATERIAL OBTURANTE DO CANAL RADICULAR, QUANDO COMPARADO AO CIMENTO DE
N-RICKERT.
W.Simões;
J.M.P.Sampaio; S.Geraldeli; J.HAntoniazzi
Faculdade
de Odontologia da USP.
Na terapia
endodôntica a fase da obturação do canal radicular é tida como uma das mais
importantes. Considerando-se que o material usado para este fim deverá
apresentar uma série de requisitos e que até a presente data não encontrou-se o
material ideal, propusemo-nos verificar "in vitro" algumas
propriedades físicas com o cimento de ionômero de vidro com prata, quando usado
como obturante de canal radicular, acorde técnica de Paiva & Antoniazzi. O
presente trabalho foi realizado em dentes caninos recém extraídos que, após
radiografia recebiam preparo e obturação do canal. A seguir, foram
impermeabilizados externamente e imersos em solução de azul de metileno a 0,5%
por 24 horas e lavados em água corrente para serem incluídos em gesso,
recebendo cortes longitudinais para estudo em microscópio comparador. Foram
efetuados, ainda, testes de adesividade e escoamento, de acordo com técnicas
desenvolvidas por Sampaio & Sato.
Os
resultados (parciais) mostraram que o Cimeno de ionômero de vidro com prata
apresenta boas propriedade físicas prestando-se para ser utilizado como
material obturante de canal radicular. Ressalte-se no entanto a necessidade de
complementação da pesquisa para verificar-se biocompatibilidade com o tecido conjuntivo
periapical.
92
SOLUÇÕES
ESTÉTICAS ADESIVAS EM DENTES DECÍDUOS
A.L.
Ciamponi; M.S.N.P. Correa; J.F.F. Santos
Faculdade
de Odontologia de São Paulo -USP
A resolução
de casos clínicos com materiais estéticos adesivos em Odontopediatria tem se
tomado dia a dia mais comum no consultório odontológico. Tem se feito,
basicamente, uso das resinas fotoativadas associadas ao condicionamento ácido e
adesivos de dentina e esmalte, ou, ainda, cimentos de ionômero de vidro. É
demonstrada a aplicabilidade destes materiais através da realização de alguns
casos clínicos desenvolvidos no Centro de Pesquisa Clínicas do Depto de
Materiais Dentários da FOUSP, que se encontram em fase experimental de
avaliação. Estão sendo avaliados o emprego de facetas estéticas em dentes
anteriores decíduos, bem como restaurações do tipo classe II, túnel e
INLAY/ONLAY em molares decíduos.
Pelas
observações clínicas até o momento, estes procedimentos têm apresentado
resultados satisfatórios quer seja do ponto de vista funcional ou estético.
Pesquisa
apoiada pela FDCTO -FOUSP.
93
PROCEDIMENTOS
TERAPÊUTICOS NAS PERFURAÇÕES RADICULARES COM DIVERSOS MATERIAIS: ESTUDO
HISTOLÓGICO EM DENTES DE CÃES.
J. A.,Di
Girolano Neto: M. Santos; H.Davidowicz; I. Propokopowitsch; J.L.L. Marques;
V.G.P. de Carvalho.
Faculdade
de Odontologia -USP.
Muitos
estudos têm sido evidenciados no que tange os tratamentos das perfurações
radiculares, tanto a nível dos canais como na bifurcação. De prognóstico difícil,
condicionado muitas vezes a extensão da lesão e a presença ou não de infecção
vem determinando a utilização de diversos materiais com o objetivo de se obter
a reparação tecidual da região, seja através da neo-formação de cimento e osso,
ou mesmo um tecido cicatricial compatível com o binômio dentina- cemento e com
o tecido ósseo. Assim, consta da proposta do presente estudo, a utilização de 4
cães para a fase experimental, que serão anestesiados para o devido tratamento
endodôntico, segundo nossa técnica, dos 2°s, 3°s e 4°s pré-molares inferiores,
direitos e esquerdos, que posterionnente sofrerã perfuração padronizada ao
nível da bifurcação, que será preenchida com os seguintes materiais: Lumicon,
Cavit, Hidróxi-apatita, Ionômero de vidro e um cimento a base titânio metálico.
A seguir, os dentes serão fechados com amalgama de prata, ficando um dos dentes
como controle, sem que nenhum material fosse utilizado para fechar a
perfuração. Os períodos do experimento serão de 30 dias (2 animais) e 90 dias
(2 animais). Cumpridos os períodos os animais serão perfundidos com formol
tamponado, e as amostras serão descalcificadas, incluidas em parafina para
efetuar os cortes no sentido mésio-distal e ocluso-apical, deixando em
evidência o assoalho da câmara pulpar, a perfuração, o material de
preenchimentos e osso adjacente.
Selecionados
os cortes seriados, três de cada amostra, nos níveis desejados, serão corados
com hematoxilina eosina para análise histológica e conclusão dos resultados.
94
TÉCNICA DE
CONFECÇÃO DE PROTETORES INTRA-BUCAIS INDIVIDUALlZADOS COMO MEIO DE PREVENÇAO
DOS TRAUMATISMOS DENTAIS.
I.
Prokopowitsch; H. Davidowicz; M. dos Santos; J.H. Antoniazzi
Faculdade
de Odontologia da USP
O
traumatismo dental é, dentre as diferentes causas de mortificação pulpar, dos
dentes da bateria anterior, um dos fatores etiológicos predisponentes ao
tratamento endodôntico. Os acidentes automobilísticos, de bicicleta, as lesões
causadas por quedas na rua ou nos pátios escolares todos podem levar a traumas
nas coroas e/ou raízes como também, nos tecidos de suporte ou ambos. Tendo em
vista, os múltiplos fatores etiológicos dos traumatismos dentais, fica fácil
entender a dificuldade de estabelecer medidas preventivas contra esses danos.
Não obstante, é possível em certos pacientes. Os esforços direcionados para
proteção, concentram-se no uso de capacetes, ombreras, joelheiras ou ombreiras
mas, não se preocupam no uso de algum dispositivo protetor para os dentes e
estruturas de suporte de seus praticantes.
Um protetor
intra-bucal individualizado previniria, reduzindo em muito, os danos às
estruturas dentais e periodontais. Pensando nisso, desenvolvemos uma técnica
laboratorial para a confecção de protetores intra-bucais, para a maior proteção
dos dentes e estruturas de suporte, ou para a utilização dos pacientes que
praticam qualquer atividade desportiva que, em virtude do esporte praticado,
possam levar ao contato físico ou o uso em pacientes propensos à traumatismos
dentais.
95
RESTAURAÇÃO
DE DENTES SEVERAMENTE DESTRUÍDOS POR TÉCNICAS ADESIVAS NÃO CONVENCIONAIS.
S.M.Rode;
L.E. Rodrigues; J. Bianchi; J.F.F.Santos
Faculdade
de Odontologia da USP
Em casos de
grandes destruições coronárias, a Odontologia convencional pode lançar mão de
técnicas complexas e materiais diversos, como: preparo cavitário apurado,
materiais de moldagem e modelo, ceroplastia de precisão, resinas, ligas
metálicas, cerâmica, cimentos, etc. Muitas vezes estes procedimentos resultam
em uma destruição ainda maior das estruturas dentárias para se obter os
princípios mecânicos de retenção e estabilidade. De qualquer maneira, não
ocorre uma íntima integração da prótese com os tecidos. Assim sendo, no Centro
de Pesquisas Clínicas do Depto de Materiais Dentários da FOUSP, foi
desenvolvida uma técnica alternativa e mais conservadora, que utiliza a
capacidade adesiva das resinas compostas e agentes de união, combinados com
fragmentos de dentes extraídos (do próprio paciente ou não), e com um mínimo ou
nenhum preparo cavitário do remanescente dentário, devolvendo ao dente sua
condição anátomo-fisiológica. Após a fixação destes fragmentos, completa- se a
restauração do dente com resina composta fotopolimerizável, se necessário. É
feito acompanhamento clínico e radiográfico.
Até o
presente momento, essa técnica tem se mostrado efetiva e vantajosa, porque
permite uma restauração mais natural, estética, conservadora e economizando
tempo de trabalho e fases laboratoriais.
Pesquisa
apoiada pela FDCTO- FOUSP.
96
RECURSOS
FISIOTERÁPICOS NO TRATAMENTO DA DISFUNÇÃO DOLOROSA DA ARTICULAÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR
J.B.D.Lemos:
A.R.F.Soares; O.Crivello Jr; P.H.G.Nassri
Faculdade
Odontologia da USP
A
importância da musculatura racial no âmbito da disfunção dolorosa da ATM é um
fato comprovado. Assim sendo, encontra-se amplo suporte para a. aplicação de
recursos fisioterápicos dentro do tratamento a ser ministrado ao paciente. Este
projeto visa avaliar e acompanhar os resultados apresentados por 2 grupos de
pacientes que receberão tratamento disioterápico, sendo que um deles receberá,
além disso a instalação de placa de mordida convencional. Serão avaliados 40
pacientes do ambulatório da Disciplina de Traumatologia Maxilo Facial da FOUSP,
portadores de disfunção dolorosa da ATM, obedecendo aos seguintes critérios de
inclusão no estudo: dor uni ou bilateral correspondente a um mínimo de 5, em
uma escala analógica visual graduada de 0 (nenhuma dor) a l0 (dor intensa).
Dentição completa ou ausência de no máximo 3 dentes. Sensibilidade à palpação
em um número mínimo de 3 músculos.Faixa etária de 20 a 40 anos. Serão
utilizados os seguintes aparelhos fisioterápicos: Aparelho de estimulação
elétrica nervosa transcutânea (TENS). Aparelhos de raios infra- vermelhos. O
Acompanhamento se fará com o auxilio de ficha clínica contendo escala ana1ógica
visual de dor, registro de músculos sensíveis à palpação, índice anamnético de
Helkimo. Os pacientes serão divididos em dois grupos, recebendo o primeiro,
tratamento protético com placa de mordida inferior em resina acrílica e
tratamento - fisioterápico (raios infra vermelhos por 15 minutos, massoterapia
e aplicação do TENS por 20 minutos). O segundo grupo receberá apenas o
tratamento fisioterápico descrito acima.
Os
pacientes serão avaliados nos 7º, 14º, 21º e 28º dias de tratamento. Os
resultados serão submetidos à análise estatística.
97
CÂMARA DE
ANESTESIA PARA ANIMAIS
J.A.. de
Oliveira; P.R.Botacin; J.A.G. Junqueira
Faculd. de
Odontologia de Araçatuba - UNESP
Muitos dos
animais eleitos como mais adequados para determinados experimentos não são de
manejo fácil. Isto é particularmente crítico na indução anestésica, onde o
animal pode ser submetido a alto grau de estresse e onde ocorre um desgaste
desnecessário dos operadores e grande consumo de tempo. Esta etapa do
experimento pode ser crítica o suficiente para inviabilizá-lo se o animal tiver
que ser anestesiado repetidas vezes. Os autores propõem a utilização de uma
câmara de anestesia, de fabricação fácil, de baixo custo, portátil e que
possibilita avaliar o peso do animal para dosar adequadamente a quantidade de
solução anestésica. Tem sido utilizada com muito sucesso na Faculdade de
Odontologia de Araçatuba (UNESP), para anestesiar macacos-prego (Cebus apella),
em experimentos que resultaram publicações de natureza aplicada no campo
odontológico. É também apropriada para outros animais de pequeno porte (gambás,
gatos, coelhos, ratos adultos, etc...).
Os
laborot6rios que utilizam ou utilizarão animais experimentais de pequeno porte
(principalmente macacos) deveriam possuir uma câmara semelhante à proposta
neste trabalho, pois sua manipulação será certamente segura e facilitada.
98
PROGRAMA DE
EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE BUCALPARA O ENSINO PÚBLICO:UMA EXPOSIÇÃO EM BELO
HORIZONTE, M.G.
R.N.Costa, U.L.Kirchner, R.R.Santos,
B.Messmann & A.A. Fonseca
UFMG -Belo
Horizonte
O método da
educação para a saúde bucal proposto neste trabalho faz parte do projeto de
pesquisa denominado possibilidades a limites da prevenção da cárie estratégicas
de intervenção em áreas metropolitanas. Neste sentido o presente projeto
constitui-se no programa de educação para a saúde bucal, implementado durante 1
ano em escolas da rede municipal de educação de Belo Horizonte. Serão abordados
tanto os aspectos teóricos do método proposto bem como sua implementação
prática considerados em três etapas: 1. Etapa Odontologica formal -refere-se
aos conteúdos específicos relacionados às condições anatômicas, fisiológicas e
patológicas e das doenças mais comuns desenvolvidas em sala de aula junto aos
escolares. 2. Etapa Pedagógica formal -refere-se às intervenções propostas e
incorporadas ao currículo formal da escola, nos aspectos diretamente ligados à
prevenção das doenças mais comuns da boca. 3. Etapa Demonstrativa -refere-se
aos programas propostos e desenvolvidos com os escolares e comunidade no
sentido de divulgar e multiplicar os resultados alcançados dentro da escola, em
especial pelos escolares.
Com a
exposição do método, seus princípios e técnicas de implementação explicitadas
em passos a metas espera-se que esta experiência possa ser utilizada por
profissionais de outros Instituições, devido tanto pela importância do
conhecimento transmitido, quanto pela importância da educação na criação de uma
nova consciência em saúde, se desenvolvida junto à criança e próximo de seu
imaginário cultural.
99
PROGRAMA
ODONTOLÓGICO, EDUCATIVO, PREVENTIVO E CURATIVO A NÍVEL DE PRÉ-ESCOLARES (3 A 6
ANOS) -"ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL MARIA ROSA DA CONCEIÇÃO LIMA
-BAURU/SP"
M.C.F.Pimenta;
M.F.T.B. Bijel1a; I.C.S. Almeida; C.L. F. de Sal1es
Faculdade
de Odontologia de Bauru-SP
Há muito
tempo que a formação e a prática dos profissionais de saúde, brasileiros estão
voltados para o aspecto curativo. A própria população do País tem arraigado o
hábito de só procurar um profissional de saúde para curar doença já instalada,
sem se preocupar com a prevenção, colocando o País na incômoda posição de um
dos líderes da cárie no mundo. Baseados nestes fatos, realizar "Programas
odontológicos educativos, preventivos e curativos para pré-escolares"
tornou-se algo de extrema importância e necessidade uma vez que, como meta
principal destes programas está a mudança de comportamento das crianças e de
seus pais e/ou responsáveis no que se refere aos problemas de saúde bucal. O
programa em questão terá como população alvo, 70 (setenta) crianças na faixa
etária de 4 a 5 anos de idade, matriculadas na Escola Municipal de Educação
Infantil Maria Rosa da Comceição Lima, da cidade de Baurú, SP. Na questão
EDUCATIVA, as crianças participarão de palestras mensais, sendo que os
conhecimentos aqui recebidos, serão todas as vezes avaliados através de
pequenas tarefas, preparadas previamente para tal fim. Os pais e/ou responsáveis
pelas mesmas, também participarão de palestras e debates mensais. Será
PREVENTIVO, porque terá uma escovação semanal supervisionada por uma técnica de
higiene bucal, assim como também, a aplicação trimestral do diamino fluoreto de
prata à 12%, realizada pelo cirurgião dentista envolvido no programa.
Finalmente CURATIVO, porque receberão tratamento odontológico curativo todas as
crianças que o necessitarem.
Deste modo,
ao final de 6 meses, tempo mínimo que deverá durar o programa, os resultados
serão considerados satisfatórios se 75% da população alvo tiver uma redução de
60% do índice de higiêne bucal (PHP) obtido no exame inicial e as crianças
demonstrarem em média, o mesmo nível de retenção de conhecimentos oferecidos na
primeira avaliação periódica.
100
BRUXISMO EM
CRIANÇAS
J.E.Nor;
E.A.Martins; R.Nunes; F.B.Araújo
Faculdade
de Odontologia da Universidade de R. Grande do Sul.
A busca de
sinais e sintomas de bruxismo em crianças é um procedimento inserido numa
conduta. integral de prevenção, que rege a filosofia atual do atendimento
odontopediátrico. O diagnóstico de disfunções do sistema estomatognático na
criança possibilita ao clínico uma intervenção precoce, através de atitudes que
visam a orientação e, eventualmente, o tratamento dos fatores etiológicos do
bruxismo. Este trabalho tem como objetivo: a) Elaborar um roteiro para exame do
sistema estomatognático, direcionado ao paciente odontopediátrico. b)
Determinar a incidência , do bruxismo em 150 crianças, com idade varindo entre
3 e 11 anos, que procuraram atendimento na clínica de graduação em
Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da UFRGS, no ano de 1989. C)
Analisar a relação entre os sinais e sintomas , encontrados e seus prováveis
fatores etiológicos.
101
ESTUDO HISTOLÓGICO
DA AÇÃO DO FIO DENTAL NO EPITÉLIO SULCULAR E/OU EPITÉLIO JUNCIONAL DE CÃES.
J.CA.Lopes*; R.L.Grein*; S.Kon*; Nelson Villa**
Faculdade
de Odontologia -USP, ..Inst. de Ciências Biomédicas -USP.
Desde a
década de 60 ficou comprovado haver intima relação entre presença de Placa
Bacteriana e Desenvolvimento de Inflamação Gengival. A partir destas
investigações, a saúde gengival passou a ser diretamente relacionada a remoção
de depósitos moles e duros das superfícies dentárias, principalmente a nível de
Sulco Gengival. Dentre os recursos de controle mecânico da Placa, a escova e o
Fio dental se completam e juntos são os mais efetivos. O objetivo deste
trabalho é avaliar a capacidade do Fio Dental em lesar o epitélio sulcular e/ou
Epitélio Juncional de cães. No plano piloto cães com faixa etária de 5 a 7 anos
pesando cerca de 9 kg foram utilizados preferindo-se a região de canino dado
ao: contorno, forma, cor e ausência de exsudato purulento.
Três grupos
foram analisados: 1) Grupo controle; 2) Grupo no qual o foi introduzido e
deixado no interior do sulco gengival; 3) Grupo no qual o fio foi utilizado de
maneiro cotidiana ou seja com movimentos verticais e laterais (vaivem). Os
animais eram sacrificados e obtidos os blocos. Esses foram fixados e estudados
histológicamente (estudo preliminar).
102
MODELO PARA
ESTUDO MORFOLÓGICO DA REPARAÇÃO ÓSSEA
J.Guidugli Neto; J.Magalhães; I. Weinfel,
Fac. de
Odontologia -USP
Os
trabalhos de estudo morfológico da reparação óssea utilizam geralmente costelas
de coelhos, ratos ou cobaias, sendo uma fratura executada em uma ou mais delas.
Na organização dessa fratura o osso permanece com movimentação, além do fato de
tratar-se de osso chato. O desenvolvimento do presente trabalho é resultante da
falta
que os
autores sentiram de um modelo para estudar regeneração óssea como um fenômeno
isolado, num local imobilizado e em osso longo sem interferência de fratura ou
hematoma. Foram utilizados 24 ratos adultos, sendo 3 animais para cada um dos
seguintes tempos experimentais: 3,7,15,21,28,45,60 e 90 dias. O modelo
baseia-se na realização de lesão cilíndrica por meio de broca esférica no 168
de aço em baixa rotação na cortical da tíbia e estendendo-se em profundidade
até a medula. No processamento do material foram realizadas secções
semi-seriadas até representarem a parte mediana, do ponto da lesão e coradas
pela técnica HE. A forte proliferação fibrosa observada até, o 7° dia dá lugar
à ossificação com o passar dos períodos de observação.
Os
resultados permitem concluir sobre a total substituição da área do defeito por
osso de tipo compacto. A organização, em osso sem movimentação, permite o
acompanhamento do processo em período de tempo longo o suficiente para
observação de suas peculiaridades. Para o estudo de biocompatibilidade de
materiais o modelo presta-se adequadamente, desde que a simples lesão constitui
o controle da reparação; presta-se igualmente ao estudo do comportamento da
reparação óssea frente a agentes com ação local e sistêmica.
103
ESTUDO
MORFOMÉTRICO E BIOQUÍMICO DA ATROFIA DA GLÂNDULA PARÓTIDA DO RATO PROVOCADA POR
LIGADURA DO DUCTO EXCRETOR PRINCIPAL.
L. B.Souza.
E.M. Taga; R. Taga
Faculdade
de Odontologia de Bauru -USP
Foi
estudada a influência da ligadura do ducto principal da glândula parótida de
ratos albinos, machos, adultos, nos período de 1,7,15,21,30 60 dias após
obstrução através de métodos morfológicos e morfométricos aplicados a
microscopia de luz e bioquímicos de dosagem de conteúdo de proteína total e de
fosfatase ácida das glândulas contralaterais. A análise morfológica mostrou que
a partir do 7º dia houve atrofia das células acinosas e intensa infiltração de
macrófagos entre estas. Os ductos estriados estavam dilatados, contendo em sua
luz, neutrófilos polimorfonucleares. Os ductos intercalares eram ratos. A
cápsula e os septos interlobulares se apresentavam mais espessos e com
infiltrado de células mononucleares. Nos períodos mais tardios, houve intensa
atrofia dos constituintes intralobulares, representados por estruturas
ductiformes. Houve substituição das estruturas parenuimatosas por tecido
conjuntivo fibroso. Morfometricamente, foi verificada diminuição do volume
glandular ocupado por tecido intralobular, o qual foi substituído, gradativamente,
por tecido conjuntivo fibroso interlobular. A análise da evolução do número
absoluto de células de cada categoria permitiu evidenciar que o número absoluto
de células acinosas diminuiu sensivelmente do 1º ao 60º dia. Para os ductos
intralobulares, o número absoluto aumentou a partir do 1º dia, tendo valores
máximo no 15° e 21º dia, embora se mantivessem elevados até o 60º dia do
experimento. Os macrófagos se destacaram, atingindo o pico aos 21 dias do
estudo. Os fibroblastos aumentaram, gradativamente, atingindo uma média máxima
no 30º dia do experimento.
Os
resultados mostraram atrofia e desaparecimento das células acinosas; aumento
das estruturas ductiformes; substituição de estruturas epiteliais
intralobulares por tecido conjuntivo fibroso e participação de células
inflamatórias, particularmente macrófagos, nos fenômenos de atrofia g/andular.
Bioquimicamente, o conteúdo de fosfatase ácida aumentou nos lº e 2lº dias do
experimento, sendo que no lº dia o fato deveu-se ao acúmulo de secreção ocasionada
pela ligadura e no 2lº dia, provocado pela maior atividade de macrófagos,
resultados estes que coincidiram com os obtidos na análise morfométrica.
104
INTERFERÊNCIA
DA CORTISONA SOBRE A POPULAÇÃO DE MASTÓCITOS NO PROCESSO CICATRICIAL DE RATOS ALBINUS SUBMETIDOS À PRIVAÇÃO
CRÔNICA DE ALIMENTOS.
H.C.Galvão;
L.Pereira Pinto; LB.Souza -UFRN
Estudo para
avaliar a interferência da corticoterapia e subnutrição na população de
mastócitos no processo cicatricial em animais submetidos à incisão cirúrgica. O
procedimento de privação alimentar consistiu em restringir o oferecimento de
ração para os animais por 35 dias após o desmame, de maneira tal, que o peso
médio desses animais fosse mantido em 70% do peso dos outros animais que
receberam ração e água "ad libitum" durante todo o experimento. Cada
um dos ratos submetidos à ação da cortisona, recebeu durante 15 dias,
metilprednisolona por via subcutânea, aplicada 2 vezes por semana.
Inicialmente, cada injeção continha 6 mg de metilprednisolona por kg/peso,
sendo progressivamente diminuída até chegar à dose de manutenção de 3 mg por
kg/peso. Completados 15 dias, os animais foram submetidos à incisão cirúrgica.
Os 4 grupos experimentais denominados: nutrido com cortisona, nutrido sem
cortisona, subnutrido com cortisona, subnutrido sem cortisona.
No grupo
subnutrido sem a ação da cortisona, evidenciou-se maior quantidade de
mastócitos no 3º dia e decreéscimo pronunciado e progressivo no 7º e 15º dias.
Esses resultados são atribuídos ao efeito da subnutrição de retardar, sem
contudo, impedir a fase inicial do processo com posterior participação dessas
células, e à incapacidade do organismo de renovar a população mastocitária. O
grupo nutrido com cortisona, no 3º dia Imanteve quantidade aproximada aos nutridos
sem cortisona, aumentado, consideravelmente, no 7º dia e com tendência à
normalidade no 15º dia. Acredita-se que, isso ocorre em função da redução da atividade biológica conferida pela
subnutrição e corticoterapia. A
cortisona não povocou alterações significativas na quantidade de mastócitos no tecido cicatrical de ratos
nutridos no 3º dia pós-operatório, mas promoveu considerável aumento dessas
células, no 7º dias, embora com tendência a sua normalidade numérica no 15º
dia. É provável que isso se dê em virtude da ação anti- inflamatória da
cortisona, que prolonga a permanência dessas células a nível tecidual pela não
degranulação das mesmas. Consideramos também a influência da variável tempo
sobre a quantidade de mastócitos, visto gue todos os grupos, mostraram
tendências à normalidade poulacional na área de agressão com o transcorrer de maior período de tempo.
105
ANÁLISE
MORFOLÓGlCA E MORFOMÉTRICA DE GLÂNDULAS PARÓTIDAS DE RATOS SUBMETIDOS A
DIFERENTES GRAUS DE DESNUTRIÇÃO PROTEICA.
R. A. Freitas;
L.B.Souza; L.Pereira Pinto -UFRN
Estudo da
influência da nutrição no desenvolvimento das glândulas parótidas de ratos
albinos machos da linhagem "Wistar", submetidos aos 25 dias de vida
pós-natal, a uma dieta hipoproteica, os animais foram divididos em 3 grupos de
8 ratos, mantidos 30 dias, sob diferentes condições nutricionais. As dietas
continham 20%, 10% e 2% de proteínas, correspondendo, respectivamente, aos
grupos nutrido, subnutrido e desnutrido. Após 30 dias, foram analizadas as
glândulas dos animais, do ponto de vista macroscópico, microscópico, além da
análise morfométrica e estatística. A massa corporal média alcançou nos animais
nutridos, 205,6 g., nos animais subnutridos, 86 g. e nos animáis destrunidos,
41,8 g. Quanto a massa glandular, seus valores médios corresponderam a 0,479 g.
(grupo nutrido), 0,381 (grupo subnutrido) e 0,078 g. (grupo desnutrido). O
grupo subnutrido demonstrou aumento no tamanho das células acinosas; no grupo
desnutrido, houve diminuição no tamanho das células acinosas em comparação com
as do grupo nutrido. Não houve diferença estatísticamente significativa entre a
densidade de volumes do tecido intralobular e do estroma interlobular, entre os
grupos. Quanto aos volumes nuclear, citoplasmático e celular das células acinosas,
não foram: verificadas diferenças estatísticamente significativas entre os
grupos. Quanto às células dos ductos intercalares, somente no grupo desnutrido,
o volume nuclear apresentava-se estatísticamente diminuído em relação aos
grupos nutrido e subnutrido. Nos volumes nuclear, citoplasmático e celular das
células dos ductos estriados, foram observados diferenças estísticamente
significativas quanto aos volumes citoplasmáticos e celulares, os quais no
grupo desnutrido, apresentavam-se diminuídos em comparação com o grupo nutrido.
Morfológica e morfometricamente, houve, no grupo subnutrido, aumento no tamanho
das estruturas acinosas e no desnutrido, discreta atrofia destas estruturas,
quando comparados com o grupo nutrido.
Foi
constatado que os animais desnutridos exibiam um tamanho corporal final
diminuído, queda de pêlo e inércia comportamental e ausência de edema.
Evidenciou-se, também, que suas glândulas parótidas tiveram seu desenvolvimento
pós-natal influenciado pela deficiência proteica verificando-se como resultado
uma glândula macroscopicamente atrófica.
106
DIGITAÇÃO
DE IMAGENS E ANÁLISE DOS TONS DE CINZA NA PADRONIZAÇÃO DAS VARIÁVEIS
BIOLÓGICAS.
M.D.Novelli,
R.C.Borra
Faculdade
de Odontologia -USP
Apresentação
de uma metodologia de análise das variáveis histopatológicas através da
quantificação de 64 níveis de cinza obtidas em microscopia óptica. As imagens
são digitalizadas por meio de uma câmara de TV e um circuito eletrônico
desenvolvido no Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) da Escola
Politécnica. Estas imagens são tratadas numericamente e quantificadas segundo
tons de cinza. As informações obtidas puderam ser padronizadas e os diferentes
níveis de cinza associados a estruturas histológicas, permitindo traçar um
contorno diferencial das mesmas.
Aberto o
campo da biologia teórica, buscamos comprovação biológica de células tumorais
em animais de laboratório analisando material de tumor de Erlich. O novo método
de estudo permite quantificar variáveis histológicas por comparação, das
estruturas reconhecidas como cromatina, membrana celular, líquido linfático,
subtância intersticial, colágeno, fibras musculares e outros. Esta
quantificação é feita pela contagem de "pixels" representados pelos
64 tons de cinza em um campo microscopio, independente, da resolução óptica
utilizada.
107
NÍVEIS DA
IgA SECRETÓRIA (IgA-S) NA SALIVA TOTAL NÃO-ESTIMULADA DE INDIVÍDUOS FUMANTES E
NÃO-FUMANTES
DA.Migliari
& N.N.Sugaya
-Faculdade
de Odontologia -USP
Diversos
estudos têm demonstrado que produtos da combustão do tabaco exercem uma ação
imunossupressora no organismo. Este efeito, tomando como referência o princípio
da imunovigilância, pressupõe-se que indivíduos fumantes tomam-se mais
suscetíveis em desenvolver vários tipos de doenças, sobretudo as de caráter
maligno. A presente investigação reflete essa expectativa. Utilizando o método
da imunodifusão radial simples, este estudo foi desenvolvido em 32 indivíduos
(24 homens e 8 mulheres) sendo distribuídos em três grupos, assim
caracterizados: grupo 1 - não fumantes (grupo controle: 13 indivíduos); grupo 2
-fumantes moderados(10 indivíduos) consumidores de 20 a 30 cigarros por dia;
grupo 3 -fumantes de alto consumo (9 indivíduos) consumidores de 40 cigarros ou
mais, diariamente.
Os
resultados obtidos mostraram que os valores médios da concentração da IgA-S do
grupo 1 e 2 não apresentaram diferenças estatisticamente significantes; entre
as médias do grupo 1 e 3, entretanto, a análise estatística revelou diferença
significante a nível de 0,1%, indicando que a média dos valores da concentração
da IgA-S, nas amostras de saliva do grupo 3, foi em termos estatísticos, mais
baixa do que a verificada no grupo controle. Com base nesses resultados,
foi-nos licito concluir que o tabagismo, em consumo elevado, pode produzir um
efeito imunodepressor sobre os níveis da IgA-S na saliva.Constam também nesse
estudo, aspectos relacionados ao significado biológico da IgA secretória.
108
IMUNIZAÇÃO
CONTRA HEPATITE-B EM DENTISTAS BRASILEIROS.
A.A.Zaia;
E.Groner; J. Jorge Jr.; O.P.de Almeida
-Faculdade
de Odontologia de Piracicaba
Dentre os
vários tipos de hepatite, a de maior relevância ao Cirurgião Dentista é a do
tipo B, pois além de ser transmissível durante a prática odontológica, , pode
causar sérias complicações como hepatite crônica, cirrose e carcinoma hepático
primário. Na Europa e nos Estados Unidos, onde a incidência de hepatite B é bem
menor que no Brasil, cerca de 80% dos dentistas já foram vacinados. Num estudo
preliminar realizado em 143 dentistas da região de Piracicaba, apenas 5% tinham
sido , vacinados. Durante o último Congresso Paulista de Odontologia realizado
em São Paulo 947 dentistas com idade média de 32,1 anos, sendo 564 do sexo
feminino e 383 do sexo masculino, preencheram um formulário contendo questões
referentes a hepatite B. Os resultados obtidos mostraram que apenas 8,9% dos
dentistas brasileiros foram vacinados, embora 93, 7% conheçam o risco de
contágio pelo HBV durante a prática odontológica. 22,3% desconhecem a
existência de vacina segura e efetiva para prevenção de hepatite B, 63,8% não
sabem das suas possíveis complicações crônicas, talvez devido a AIDS, a maioria
dos dentistas (80,1%) passaram a usar luvas e máscaras - durante a prática
odontológica, sendo também útil, mas não suficiente para prevenção da hepatite.
Estes dados
permitem concluir que é necessário maior divulgação no Brasil da necessidade de
vacinação contra hepatite B em Cirurgiões Dentistas.
109
EFEITO
ANTIMICÓTICO DAS DROGAS ANTIINFLAMATÓRIAS NÃO- ESTERÓIDES IBUPROFEN, NAPROXEN,
SULINDAC E GLUCAMETACINA, EM RATOS.
S.A.Catanzaro
Guimarães; T Akatsu; E.M. Taga,. O. Tárzia; M.C.C.Felippe; M.L.A.B.Negrato; J.
do Nascimento
Devido à
escassez de informações com relação às propriedades antimitóticas das drogas
anti-inflamatórias não-esteróides, resolvemos investigar o efeito antimitótico
, dos anti-inflamatórios não-esteróides Ibuprofen, Naproxen, Sulindac e
Glucametacina na cinética da proliferação celular das células epiteliais da
mucosa duodenal de ratos. O
teste foi
desenvolvido em períodos experimentais de 4, 6 e 8 dias, tendo sido utilizados
45 animais no total, 15 para cada período experimental (animais do grupo teste
e controle). Os medicamentos, foram preparados diariamente e administrados por
intubação gástrica em doses diárias de 33,34; 80; 13,34 e 14 mg/kg
respectivamente para o Naproxen, Ibuprofen, Sulindac e Glucametacina. Para cada
animal do grupo teste, os medicamentos foram administrados em 3 doses diárias
do 1º ao 5º dia, em doses diárias no 6º dia e apenas um dose diária do 7º até
o final do período experimental. Os animais do grupo controle receberam apenas
água destilada em substituição às drogas. A proliferação celular foi avaliada
através da incorporação da timidina triciada ao DNA das células duodenais. A
atividade específica do DNA foi avaliada pelo método de Scott et al. modificado
por Catanzaro Guimarães e Baserga. A incorporação da timidina-H3 foi avaliada
pelo método da espectrometria de cintilação líquida.
Os
resultados foram expressos em contagem de pulsos por minuto (cpm) e
posteriormente calculada a atividade específica do DNA de cada amostra. Nas
condições experimentais em que o trabalho foi desenvolvido pode-se concluir
que, em todos os períodos de tratamento (4, 6 e 8 dias), todas as drogas
estudadas demonstraram efeito antimitótico na cinética da proliferação celular
das células e epiteliais da mucosa duodenal de ratos, tendo sido o Sulindac a
droga de maior efeito antimitótico, em todos os períodos experimentais.
110
INTERFACE
DE COMUNICAÇÃO ENTRE O CIRURGIÃO-DENTISTA E O COMPUTADOR.
M.D.Novelli
& J.R.M.Correia
Faculdade
de Odontologia da USP
A
necessidade de introduzir os sistemas de computação em Odontologia levou-nos a
desenvolver uma interface de comunicação entre o Cirurgião Dentista e o
Computador em substituição ao teclado convencional. Através de um monitor
repetidor de microprocessador incrementado por uma máscara de infra-vermelho e
colocado na cabeceira das cadeias odontológicas permite que o Cirurgião
Dentista faça as suas anotações clínicas sem o uso do teclado ou qualquer outro
instrumento mecânico ou eletrônico. As anotações são feitas pelo simples ato de
apontar com o dedo a opção desejada podendo isto ser feito com as luvas
calçadas, em qualquer momento operatório.
O
equipamento desenvolvido permite fazer anotações sem o uso de quaisquer
instrumentos e em ambientes asséptico. O tempo de anotação é de aproximadamente
3 a 5 vezes mais rápido do que qualquer outro método usualmente utilizado. O
sistema permite modificação do "software" personalizando-o às
necessidades do usuário, principalmente,em função de sua especialidade.
111
ALTERAÇÕES
DO CEMENTO CELULAR EM DENTES DE RATO COM CANAL OBTURADO E CONTAMINADO.
MA. Lopes;
F.F.Casarotti; O.P Almeida
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP
Os molares
de rato têm sido usados como modelo experimental para o estudo do desenvolvimento
das alterações periapicais, não só por razões econômicas, mas também pela
semelhança de suas estruturas com o dente humano. O comprimento da raiz mesial
do molar de rato é de 3,0-4,0 mm, e o terço apical formado por abundante camada
de cemento celular, que sofre necrose após pulpectomia. evidenciada por perda
das estruturas nucleares dos cementócitos. Esta necrose, quando da exposição
pulpar ao meio bucal, está associada a presença de bactérias. Nas áreas de
comunicação pulpo-periodontal há acúmulo de neutrófilos polimorfonucleares no
ligamento periodontal subjacente, sem envolvimento do tecido ósseo. Quando o
canal está adequadamente obturado, radiograficamente não há evidencias de
destruição óssea, e microscopicamente o cemento celular, após 10 dias, apresenta-se
sem vitalidade. Estes dados sugerem que além das bactérias, a ausência da
nutrição oriunda dos vasos pulpares compromete a vitalidade do cemento celular
de molares de rato.
112
ESTUDO
"IN VITRO" DA TRANSMISSÃO DE TEMPERATURA PELA DENTINA E ESMALTE
QUANDO DA UTILIZAÇÃO DE DUAS FONTES DE CALOR UTILIZADOS EM TÉCNICAS DE
CLAREAMENTO DENTAL.
M.E.L,Machado;
M.R,Tocci; C.E.Aun
Faculdade
de Odontologia -USP
As
substâncias químicas utilizadas nas técnicas de clareamento dental são por
vezes potencializadas por fontes de calor: que podem ser instantâneas, exemplo:
calcador aquecido ao rubro ou contínua como lâmpada e pirógrafo modificado. No
primeiro caso a dissipação de calor é extremamente rápida, já nos casos de
fontes contínuas a alimentação é constante. Algumas patologias radiculares,
tais como reabsorção, têm sido atribuída como seqüelas quando da utilização de
técnicas de clareamento que utilizam fontes de calor. Svec e colab. em trabalho
realizado acreditam não ser o calor o responsável por tais patologias.
Visando
contribuir à temática, os autores neste trabalho se propuseram a analisar "in vivo" a transmissão
de calor pelas estruturas dentais coronárias da câmara pulpar até o terço
cervical a nível de sulco gengival quando da aplicação de fontes instantâneas e
contínuas.
113
PERÍODO DE
SILÊNCIO ELETROMIOGRÁFICO EM CRIANÇAS E JOVENS NORMAIS .
M.L.Eleutério.
I. E.K. Trindade; R.L.Maringoni; A. G.Atta; A.S. Trindade Ir.
*Hospital
de Pesquisa e Reabil. de Lesões Lábio-Palatais -USP, **Faculdade de Odontologia
de Bauru-USP, ***Faculdade de Ciências em Bauru -UNESP
O objetivo
do presente trabalho foi determinar a duração do período de silêncio (PS)
eletromiográfico nos músculos masséter direito (MD) e esquerdo (ME) de criança
e jovens normais (n=19), com idade entre 7 e 15 anos, o que se justifica pela
inexistência de dados a respeito da duração do PS em uma amostra de indivíduos
de nossa população na referida faixa etária. Para o registro do eletromiograma
foram utilizados eletródios bipolares de superfície (DISA-13L26) acoplados a um
eletromiógrafo DISA-l500 EMG-System. O paciente era instruído a ocluir
maximamente os dentes em habitual, e nesta situação percussões eram aplicadas
ao mento do paciente, de cima para baixo, com um martelo de teste de reflexos.
Os
resultados foram os seguintes: 28 + 3,24ms para o MD e 28,98 + 3.40 ms para o
ME. Esses valores não diferiram estatisticamente entre si. O limite superior de
normalidade calculado a partir desses dados foi: 33ms para o MD e 34 ms para o
ME. Os valores médios da duração do PS obtidos na presente investigação foram
significantemente maiores (p<0,01) que os obtidos para adultos normais em
estudo anterior de nossos laborot6rio (25,46 +
4,19 ms para o ME e 25,33+ 4,18ms para o ME). Os valores médios da
duração do PS eletromiográfico obtidos nas crianças do presente trabalho
provavelmente devem-se ao desequilíbrio oclusal decorrente das alterações
dentárias características da faixa etária estudada
114
IRRUPÇÃO ECTÓPlCA
DO PRIMEIRO MOLAR PERMANENTE SUPERIOR EM PACIENTES PORTADORES DE FISSURA DE
LABIO E PALATO.
M.V.P de
AIbuquerque; O.G. da Silva Filho
Hosp. de
Pesquisa de Reabil. de Lesões Labio-Palatais -USP -Baurú-SP
A irrupção
ectópica do primeiro molar superior permanente consiste em distúrbios no padrão
de irrupção deste dente que resulta em uma reabsorção atípica na superfície
distal do segundo molar decíduo adjacente. A prevalência da irrupção ectópica
do primeiro molar superior permanente foi estudada em 184 pacientes portadores
de fissura completa de lábio e palato unilateral, matriculados no Hospital de
Pesquisa e Reabilitação de Lesões Lábio-Palatais, da Universidade de São Paulo.
O diagnóstico da ectopia foi concluído através de radiografias ortopantomográficas
obtidas com os pacientes ente 6 e 8 anos de idade. Dos 184 pacientes, 36
mostraram um ou ambos os primeiros molares superiores permanentes impactados
(19,57%) não havendo dimorfismo sexual estatísticamente significante
(teste-Qui-quadrado). A irrupção ectópica do tipo reversível foi mais
encontrada (72,22% ).
Dentre os
36 pacientes portadores da irrução ectópica, encontrou-se 18 casos bilaterais e
18 unilaterais. Foi aplicado o teste de distribuição da amostra e não foi
confirmada relação direta entre o lado em que o molar encontra-se com irrupção
ectópica e o lado da fissura.
115
MORFOLOGIA
DOS ARCOS DENTÁRIOS EM PACIENIES ADULTOS PORTADORES DE FISSURA DE LÁBIO E
PALATO, NÃO OPERADOS.
O.G.da
Silva Filho; A.L. Ramos.
Hosp. de
Pesquisas e Reabil. de Lesões Lábio- Palatais -USP -Bauru/SP
Este estudo
foi realizado com a finalidade de se determinar as alterações nos arcos
dentários de pacientes com fissura lábio-palatal sem a interferência das
cirurgias reparadoras. Para tanto, foram determinados, através de um programa
computadorizado, os diagramas médios representativos dos arcos dentários de
pacientes adultos portadores de fissura transforame incisivo unilateral não
operados, com e sem bandeleta de Simonart, e de pacientes não fissurados com
oclusão normal. Foi utilizada uma amostra de 97 pacientes fissurados e 47
normais, com idades médias de 22,6 e 19,5 anos, respectivamente.
As
superposições dos diagramas de cada grupo amostral nos permitiu concluir que
houve alterações no posicionamento dos segmentos, maior e menor; dos arcos
dentários dos fissurados quando comparado ao grupo normal e que a bandeleta de
Simonart influenciou a faixa da extremidade anterior do segmento maior.
116
AVALIAÇÃO
DO PERÍODO DE SILÊNCIO ELETROMIOGRÁFICO DOS MÚSCULOS MASSÉTERES EM INDIVÍDUOS
PORTADORES DE MÁ-OCLUSÃO CLASSE II DIVISÃO 1.
**T.Okada;
L.Capelozza Filho;I.E.K Trindade; R.L.Maringoni, A.G.Atta. A.S. Trindade Jr.
Faculdade
de odontologia de Bauru -USP, Hosp. Pesquisas e Reabil. de Lesões Lábio
Palatais -USP -Bauru, SP, Faculdade de Ciências -UNESP, Bauru.
A Classe II
divisão 1 é uma má-oclusão que se caracteriza por uma discrepância esquelética
entre o tamanho da maxila e da mandíbula, com a maxila sempre posicionada à
freme da mandíbula. O objetivo primordial do presente trabalho foi avaliar a
duração do período de silêncio (PS) eletromiográfico dos músculos masséteres
direito e esquerdo (ME e ME, respectivamente), provocado pela percussão do
mento, em pacientes com este tipo de má-oclusão, nos quais o trespasse
horizontal entre os incisivos superiores e inferiores (overjet) variava de +
5,0 mm a + 14,8mm e o trespasse vertical *(overbite) de -4,0 mm a + 7,0 mm.
Grande parte da amostra (90%) apresentava o trespasse horizontal tão acentuado
que os incisivos inferiores ocluíam na região da papila incisiva. Foi avaliada
uma amostra de 19 pacientes portadores de má- oclusão do tipo Classe II divisão
1, com deficiência de crescimento mandibular, sendo 8 do sexo masculino e 11 do
sexo feminino A faixa etária variou entre 9 a 16 anos no sexo masculino e entre
8 a 14 anos no sexo feminino. Os potenciais de ação musculares foram captados
com eletródios bipolares de superfície (DISA, tipo 13L26) e registrados em
eletromiógrafo DISA (1500 EMG-System). Após o registro, a duração do PS (em ms)
foi medida com o auxílio de uma mesa digitadora HOUSSTON acoplada a um
microprocessador da linha Apple
Os
resultados foram os seguintes: para o MD o PS foi de 37,12 + 13,23 ms e para o
ME foi de 35,21 + 11,50 ms. Não houve diferença estatisticamente significante
entre esses valores. Observou-se uma tendência de os valores de duração do PS
serem maiores nos pacientes com overjet mais discrepantes. Os valores da duração
do PS obtidos nos músculos masseteres da presente investigação não diferem
estatisticamente dos obtidos nos mesmos músculos em indivíduos portadores de
disfunção da ATM e são significantemente maiores que os valores obtidos em
indivíduos normais (Westphalen. F.H., 1989. Tese, FOB-USP). Os dados permitem
concluir que indivíduos portadores de má-oclusão Classe II divisão 1 têm a
duração do PS significantemente aumentada em relação a indivíduos normais,
havendo também a tendência da duração do PS estar relacionada com a gravidade
da discrepância esquelética e dentária.
117
AVALIAÇÃO
DO PERÍODO DE SILÊNCIO ELETROMIOGRÁFICO DOS MÚSCULOS MASSÉTERES EM INDIVÍDUOS
COM ATRESIA MAXILAR
*G.
Almeida;***L. Capelozza Filho, **,***I.E.K.Trindade,*R.L.Maringoni, *A.G.Atta,
*A.S. Trindade Jr.
*Faculdade
de odontologia de Bauru, USP, **Hosp. de Pesquisa e Reabil. de Lesões
Lábio-Palatais, USP, Bauru, ***Faculdade de Ciências, UNESP, Bauru.
O objetivo
principal do presente trabalho foi determinar a duração do período de silêncio
(PS) eletromiográfico dos músculos masséteres direito (MD) e esquerdo (ME) em
17 indivíduos (11 do sexo feminino e 6 do masculino) com idade entre 11 e 17
anos, portadores de mordida cruzada posterior, resultante de atresia maxilar.
PS eletromiográfico foi induzido por percussão do mento, aplicada de cima para
baixo com um materlo de teste de reflexos, estando os indivíduos ocluindo
maximamente os seus dentes em habitual. O eletromiograma foi registrado em
eletromi6grafo DISA (1500 EMG-System) dotado de 2 canais de amplificação e
registro em papel. Foram utilizados, para a Captação dos potenciais de ação
musculares, eletródios bipolares de superfície (DISA, tipo 13L26). O valor
médio da duração do PS eletromiográfico para o MD foi de 42,78 + 15,56 ms e
para o ME de 42,24 + 14,66 ms. Não houve indiferença estatísticamente
significante entre esses valores. Os mesmos valores foram significantemente
maiores (p<0,01) do que os obtidos em indivíduos normais em estudo anterior
de nossos laboratório (25,46 + 4,19 ms para o ME e 25,33 + 4,18 ms para o ME) e
estão acima do limite superior de normalidade (33,68ms para o MD e 33,52 ms
para o ME).
Os
resultados da presente investigação permitem concluir que a medida da duração
do PS eletromiográfico do MD e do ME pode ser usada como método auxiliar de
diagnóstico em pacientes portadores de mordida cruzada posterior.
118
AVALIAÇÃO
DO PERÍODO DE SILÊNCIO ELETROMIOGRÁFICO DOS MÚSCULOS MASSÉTERES EM INDIVÍDUOS
PORTADORES DE FISSURA LÁBIO- PALATAL.
*I.Maia de
Oliveira; *** R.Mazzottini; *** H.B.Brosco; ** F.H. Westphalen; *, ***I.E.K
Trindade; ** R.L Maringoni;**.A.G. Atta, A.S. Trindade Jr
*Hospital
de Pesquisa de Reail. de Lesões Lábio-Palatais, USP, Bauru; **Faculdade de
Odontologia de Bauru, USP; Faculdade de
Ciências, UNESP .
Recentes
dados de nosso laboratório mostraram que, em indivíduos normais, a duração do
período de silêncio (PS) eletromiográfico dos músculos masséteres, provocado
pela percussão do mento, foi de 25,46 + 4,19 ms para o masséter direito (MD) e
de 25,33 + 4,18 ms para o masséter esquerdo (ME). O limite superior de
normalidade para esse grupo de normais foi de 33,68ms para o MD e de 32,52 ms
para o ME. Observou-se também que indivíduos portadores de disfunção a ATM apresentava,
valores de duração do PS de 41,89 + 12,94 ms para o MD, e de 42,40 + 12,99 ms
para o ME. Esses valores foram significantemente maiores (p<0,01) que os
obtidos nos indivíduos normais, indicando que a medida da duração do PS
masseterino poderia ser utilizada como método auxiliar no diagnóstico da
disfunção da ATM. O objetivo do presente trabalho foi determinar a duração do
PS dos músculos masséteres em um grupo, de pacientes fissurados de lábio e
palato (n = 10), sem sinais e sintomas de disfunção da ATM, portadores de
grandes desarmonias oclusais com indicação de cirurgia ortognática para a sua
correção primária. Eletródios bipolares de superfície (DISA, tipo (13L26) foram
fixados sobre o MD e o ME e conectados a um eletromiógrafo DlSA (1500 EMG-System).
O PS foi induzido por percussão do mento, estando os pacientes ocluindo
maximamente os seus dentes em habitual. A duração do PS foi de 41,43 +10,38 ms
para o MD e de 43,11 + 19,78 ms para o ME, valores significantemente maiores
(p<0,01) que os anteriormente relatados para indivíduos normais.
Esses
resultados permitem concluir que a medida de duração do PS pode ser usada como
método auxiliar no diagnóstico do estado funcional do sistema estomatognático
de indivíduos fissurados de lábio e palato portadores de grandes desarmonias
oclusais.
119
ESTUDO DA
ATIVIDADE ELETROMIOGRÁf41CA DO MÚSCULO ORBICULAR DO LÁBIO SUPERIOR DE
INDIVÍDUOS COM FISSURA LABIAL OPERADA.
*
KF.G.Caldeiro; *,** I.E.KTrindade; * J.A.Souza-Freitas; *** R.L.Maringoni; ***
A.G.Atta; *** A.S. Trindade Jr.
*Hosp.de
Pesq. e Rabil. de Lesões-palatais, USP, ** Fac. de Ciências, UNESP, Bauru, ***
Fac. de Odontol. de Bauru, USP.
O objetivo
do presente trabalho foi avaliar a atividade eletromiográfica do músculo
orbicular do lábio superior (m.OLS) em 18 indivíduos com fissura labial
unilateral operada (12 homens e 6 mulheres, com média de idade de 17 anos),
durante a emissão dos fonemas plosivos bilabiais p, b, e m, combinados com a
vogal a. Para fins de controle, um
grupo constituído por 24 indivíduos não fissurados (12 homens e 12 mulheres,
com média de idade de 21 anos) foi estudado. Os potenciais de ação musculares
foram captados através de eletródios bipolares de superficie (DlSA, 13L26),
posicionados nos lados direitos e esquerdo do lábio superior, acoplados a um
eletromiógrafo DISA (1500 EMG-System). No eletromiograma mediram-se os
parâmetros amplitude máxima e média (expressos em uV /div).
Os
resultados expressos como X + DP foram os seguintes:
Amplitude Máxima
Amplitude Média
Emissões F NF F NF
p 109,81+
64,16 92,17+ 23,08 52, 04+ 27,07 42,80 + 10,96
b
101,38+53,36 73,04 +
33,00* 47,89 +
24,17 35,94 + 13,51*
m 98,18 +
59,64 75,10 + 32,88 45,19 + 23,07 35,31 + 12,67
F- Grupo
fissurado NF-
Grupo não fissurado
*p<0,05
(não fissurado x fissurado)
Os
resultados mostram que: 1) não houve diferença estatisticamente significante na
atividade eletromiográfica (amplitude máxima e média) das três emissões
estudadas tanto no grupo F como no NF; 2) o grupo F apresentou tendência a
maior atividade eletromiográfica do que o grupo NF, só demonstrada
estatisticamente na emissão da
plosiva b .
120
ESTUDO
COMPARATIVO DAS FORÇAS DE BRÁQUETES ORTODÔNTICOS COLADOS COM RESINAS FOTO E
QUIMICAMENTE ATIVADAS.
R.Cipriano:
W.G.Miranda Jr.; R. Y. Ballester; A.Muench
Faculdade
de Odontologia -USP
As resinas
compostas quimicamente ativadas para a colagem direta de braquetes ortodônticas
têm sido largamente utilizadas. A grande problemática verificada quando de sua
utilização é a dificuldade do operador em administrar o tempo de polimerização
dessas resinas. Com a introdução das resina foto-ativadas, o tempo de trabalho
pôde ser controlado, podendo o operador remover excessos e checar a posição do
braquete antes da polimerização da resina, o que é especialmente vantajoso em
colagens linguais e em dentes com difícil visualização e acesso. O propósito
deste estudo foi comparar a força de retenção de alguns materiais restauradores
foto-ativados, com a de um material ortodôntico largamente difundido. Para a
elaboração deste trabalho foram utilizados 20 premolares superiores extraídos com
finalidade ortodôntica e mantidos em solução fisiológica. Os dentes foram
divididos em 4 grupos, de acordo com o compósito utilizado para a colagem dos
braquetes: Grupo I, colados com Concise Ortodôntico (quimicamente ativado);
Grupo II, com Silux (foto-ativado); Grupo III,com Silux diluído em seu agente
de união e Grupo IV, colados com Durafil Flow (foto- ativado).
Os
resultados dos testes de cizalhamento mostraram que as forças de retenção dos
braquetes colados com resinas foto}-ativadas foram significantemente menores
que com a resina quimicamente ativada, porém, com resistência suficientes para
suas indicações em colagens ortodônticas.
121
MODIFICAÇÕES
LINEARES E ANGULARES DA MANDÍBULA E DA FOSSA ARTICULAR EM FUNÇÃO DA IDADE
AVALIADAS EM RADIOGRAFIAS ORTOPANTOMOGRÁFICAS .
L.W.Chilvarquer:
I.Chilvarquer
Faculdade
de Odontologia -USP
Os
objetivos deste estudo foram o registro de medidas lineares e angulares da
mandíbula e da fossa articular em radiografias panorâmicas; a construção de um
traçado para esta técnica radiográfica, a análise estatística para verificar se
havia variação entre os diferentes sexos, lados e idades. Estes dados foram
obtidos para se avaliar se esta técnica seria fiel para a detecção de crescimento
da mandíbula e da região têmporo-mandibular .
Através dos
dados obtidos pelos traçados de radiografias de crianças entre dois e doze anos
de idade, concluiu-se que a técnica panorâmica pode ser usada para a detecção
de tendências de crescimento paro as seguintes medidas: parte posterior da
crista alveolar; largura do processo coronóide, altura e largura do ramo
ascendente, ângulo mandibular e ângulo da cabeça do côndilo. Esta técnica não
mostra nenhuma tendência paro o segmento correspondente à região anterior, para
a altura do processo coronóide, paro o ângulo da chanfradura sigmóide e paro o
ângulo da fossa articular. As médias e os desvios padrão das diferentes medidas
analisadas podem ser usadas como um instrumento extra para a análise da criança
em desenvolvimento.
122
INCORPORAÇÃO
DE FLÚOR EM ESMALTE DE DENTES DECÍDUOS E PERMANENTES APÓS APLICAÇÃO DE SOLUÇÕES
FLUORETADAS.
C.Percinoto;
A.C.B.Delbem; R.F.Cunha.
Faculdade
de Odontologia de Araçatuba - SP
O objetivo
deste trabalho foi estudar comparativamente a quantidade de flúor incorporada
in vitro ao esmalte de dentes decíduos e permanentes jovens, após aplicações
tópicas de duas soluções fluoretadas, e verificar qual método empregado é o
mais eficiente. Foram utilizados 36 pré-molares e 36 dentes decíduos hígidos de
crianças com idade entre 8 e 11 anos. Após as extrações, as raízes foram
separadas das coroas e receberam a aplicação tópica de solução de fluoreto de
sódio neutra a 2% e de solução de fluoreto de sódio acidulada a 1,23%. As
coroas pertencentes ao grupo controle não receberam tratamento. A determinação
do flúor foi realizada utilizando-se os métodos de destilação de Scott-Sanchis,
do eletrodo específico para ion flúor e associado ao Tisab III com CTDA. O
cálcio foi determinado pelo método de GOLBY et aI. (J.Lab.Clin.Med..
50:498-500, 1957) e o fósforo pelo método de RUSSEL & ALLEN (J.Biochem..
34:858-65, 1940).
Verificou-se
maior incorporação de f1úor ao esmalte dos dentes decíduos trtados com solução
de fluoreto de sódio neutro a 2%. E que a liberação do cálcio e do fósforo foi
maior no grupo controle do que nos
grupos tratados com as soluções fluoretadas. O método do eletrodo específico
adicionado o Tisab III com CDTA apresentou-se como o mais efetivo na detecção
do f1úor.
123
AVALIAÇÃO
CLÍNICA E RADIOGRÁFlCA DA HIDROXIAPA11TA EM CIRURGIAS PARENDODÔNTICAS
M.C.Kuga;
N. Tanomaru Filho; J.M.Granjeiro; E.M. Taga
Faculdade
de Odontologia de Bauru
A
utilização de substâncias que favoreçam ou estimulam o processo de reparo
ósseo, após cirurgias parendodônticas, tem sido preconizadas. Nota-se o emprego
de diversos materiais, dentre eles a hidroxiapatita tem demonstrado ser
efetiva, substancialmente em situações com comprometimento periodontal. Através
destas premissas, vislumbrando a possibilidade de seu uso como implante em
cavidade cirúrgica, com o intuito de um restabelecirnento precoce da estrutura
dental envolvida no sistema estomatognático, propomos-nos a avaliar
clinica-radiográficamente cirurgias parendodônticas submetidas a àquelas. Para
tanto, vinte casos com indicações cirúrgicas foram executadas conforme normas
de BERBERT et al (1974). Posteriormente, analisou-se clinicamente e
radiograficamente os casos aos períodos de 7, 30 e 45 dias e após 6 meses.
Os
resultados serão expostos durante a apresentação, bem como as conclusões
pertinentes à pesquisa.
124
CORRELAÇÃO
DO COMPRIMENTO DOS DENTES INCISIVOS CENTRAIS SUPERIORES PERMANENTES COM A
DISTÂNCIA NÁSIO-PRÓSTIO (FACE SUPERIOR) EM TIPOS FACIAIS DE LEUCODERMAS
BRASILEIROS.
W. Simões;
M.Silva; E. R. Villi; J.H. Antoniazzi
Faculdade
de Odontologia -USP
As
características que distinguem os incisvos centrais superiores permanentes e
sua possível harmonização com a face reveste-se de importância para a clínica.
Segundo BERARDINELLI existe um princípio de biotipologia mostrando correlação
entre as diversas partes e funções do indivíduo. Assim, devido a carência de
trabalhos de pesquisa nesta área e a dificuldade no Brasil, dada a
miscigenação, de mostrar esta, harmonia, fica justificado nosso trabalho em
leucodermas brasileiros entre 20 e 25 anos, estratificando a amostra em tipos
raciais. Empregamos no trabalho 354 incisivos, "íntegros" que
provinham de 248 tipos faciais leptoprosopos e 106 mesoprosopos. Destes, vinte
e sete foram extraídos, recebendo medicação direta compaqímetro e o restante,
medicação direta na coroa e indireta na raiz de radiografias e lupas de origem
japonesa. A classificação usada para tipagem facial foi a proposta por MOUCDCY;
enquanto que a metodologia estatística empregada foi a da medida da tendência
central, aplicando-se o coeficiente de correlação de PEARSON.
Os
resultados (parciais) mostraram não haver correlação nos segmentos
estudados.
125
ANÁLISE
"IN VITRO" DO pH DE DIVERSOS MEDICAMENTOS UTILlZADOS NAS TÉCNICAS DE
CLAREAMENTO DENTAL
C.E. Aun;
J.L.L Marques; S.S.Donatelli
Faculdade
de Odontologia -USP
As técnicas
de clareamento dentário, descritas na literatura, têm alcançado elevado índice
de sucesso independentemente de suas múltiplas variações. Recentemente alguns
autores vêm observando reabsorções cervicais em dentes submetidos a clareamento
associado ou não a traumatismos dentários e uso de aparelho ortodôntico. Sob
esse aspecto muitas são as interações envolvendo fenômenos químicos e físicos
possíveis de ocorrer no transcorrer da técnica, porém o real fator
desencadeante das seqüelas relatadas, ainda não pode ser identificado. Em vista
disso, os autores se propuseram a avaliar as verificações de pH das substâncias
utilizadas no clareamento dental à temperatura ambiente e a 57ºC. Assim foram
utilizados o Peridrol, Perborato de Sódio, e também o Endo-PTC, a água
destilada e o Hipoclorito de Sódio 0,5% e 1,0% que são os fármacos de eleição
nas manobras de clareamento.
Essas
substâncias foram divididas em grupos, combinadas de diferentes formas e
durante a reação da combinação entre elas foi medido o pH, primeiramente à
temperatura ambiente e depois a 57ºC,
já que a variável temperatura tem fundamental significado na catalização
dos agentes branqueadores.
126
CAPACIDADE
DE PENETRAÇÃO DENTINÁRIA DE ALGUNS FÁRMACOS UTILIZADOS NA MEDICAÇÃO INTRA-CANAL
(ANÁLISE "IN VITRO")
J.L.L.Marques;
I. Prokopowitsch; J.H.Antoniazzi; I.M.Frois.
Faculdade
de Odontologia - USP.
A
desinfecção do canal radicular tem sido uma preocupação constante da parte de
vários pesquisadores. Os estudos da anatomia interna dental e da histologia
dentinária, mostram ser este tecido, através da sua permeabilidade, vulnerável
à contaminação em toda a sua extensão. A par disto, inúmeros autores
desenvolveram substâncias químicas com o intuito de aumentar este índice de
permeabilidade, de modo a favorecer a ação dos fármacos da fase de medicação
intra-canal. Com o objetivo de avaliar a capacidade de penetração dentinária
radicular de alguns fármacos após o processo químico-mecânico acorde técnica de
PAIVA & ANTONIAZZI, foram testados os seguintes medicamentos corados com
Rhodamina-B a saber: solução fisiológica, Polietileno-glicol, Rifocorte D.P. e
Calcitonina.
Foi
avaliada a penetração percentua/ de cada um dos medicamentos de modo a
esclarecer os índices de penetração dentinária.
127
ANÁLISE
COMPARATIVA DE ALGUMAS SOLUÇÕES ARMAZENADORAS USADAS PARA A ESTOCAGEM DE DENTES
DE CÃES SUBMETIDOS À AVULSÃO DENTAL E POSTERIOR REIMPLANTE. UMA AVALIAÇÃO
RADIOGRÁFlCA.
I.Prokopowitsch;
J.LL. Marques; M.Santos; H.Davidowicz; J.A. Digirolamo Neto; V.G.P. Carvalho
Faculdade
de Odontologia -USP
Este
trabalho teve, por objetivo, estudar a ação conservadora de três diferentes
soluções armazenadoras, sobre as células das fibras periodontais, em dentes
avulsionados, até o momento do reimplante, avaliando radiográficamente o grau
de reabsorção radiculares externas das amostra do experimento. Para isso, foram
selecionados três cães, que foram mantidos em condições ambientais normais,
recebendo água e alimentação "ad libitum". Os animais foram
anestesiados e radiografados inicialmente. Em seguida, procedeu-se a antissepsia
dos dentes selecionados e passamos a promover a sindemotomia, luxação e
extração dos incisivos centrais e primeiros laterais inferiores. Em
prosseguimento, dividimos os dentes em quatro grupos. Os dentes do Grupo I foi
mantido em uma gase seca; os dentes do Grupo II foram imersos em solução
fisiológica; os dentes do Grupo III foram imersos em leite, da marca Parmalat;
os dentes do grupo IV foram imersos em calcitonina sintética da marca Miacalcic
(Sandoz). Todos os dentes foram mantidos por uma hora nas condições
experimentais até o momento do reimplante. Após o tempo experimental, os dentes
foram reimplantes e urna segunda radiografia foi tomada. Com os dentes em
posição fizemos uma contenção com resina fotopolimerizável e fio de aço e
tomamos uma radiografia final.
Os animais
foram radiografados, para controle, 30, 60 e 90 dias após o reimplante, sendo
que nesses tempos pudemos observar radiograficamente que o grau de reabsorção
externa radicular foi mais acentuada no Grupo I e II.
128
ESTUDO
COMPARATIVO "IN VITRO" DE DUAS TÉCNICAS ESCALONADAS DE PREPARO DO
CANAL.
M.E.L
Machado; J.HAntoniazzi; M.L.B.Britto
Faculdade
de Odontologia -USP
Na fase do
preparo mecânico dos canais radiculares, quando uma lima tipo K é posicionada
no seu interior, sua ação passa a ser influência pelas variações anatômicas
presentes, e pelas propriedades físicas do instrumento em especial, a
flexibilidade. Assim sendo efetividade foge do controle do operador, ficando
apenas na expectativa a qualidade final do preparo do canal radicular. Os
preparos tipo escalonados foram introduzidos a fim de eliminar essas
consequências indesejáveis às estruturas cérvico-apicais remanescentes Das
inúmeras técnicas de preparo escalonado encontradas na literatura, podemos dividi-las
basicamente em dois grupos, os ápico-cervicais e os cérvico-apicais. Machado e
colab., em estudo realizado "in vivo" em dentes indicados para
cirurgia, observaram que o preparo escalonado ápico-cervical apresenta as
mesmas tendências no instrumento presente na instrumentação seriada
convencional quando observada histologicamente. Estes achados demonstram a
necessidade da realização de experimentos visando a busca de uma técnica que
seja adequada ao preparo mecânico do canal radicular.
Neste
trabalho os autores realizam um estudo comparativo "in vitro" entre o
preparo mecânico escalonado ápico-cervical e o cérvico-apical, sendo este
último realizado com limas tipo K e brocas Gates, objetivando analisar a
qualidade do preparo no sentido transversal longitudinal, com metodologia a ser
demonstrada.
129
VARIAÇÃO
DAS RESPOSTAS PULPARES AOS TESTES TÉRMICOS DE DENTES PORTADORES DE BOLSA
PERIODONTAL
A.C.Bombana;
H.F.Pesce; R.S. Couto
Faculdade
de Odontologia da USP
Objetivamos
com este trabalho verificar, do ponto de vista clínico, quais influências podem
derivar sobre a saúde pulpar quando o dente encontra-se envolvido por doença
periodontal grave. Foram avaliados 119 dentes de pacientes portadores de bolsa
periodontal de profundidade variável, porém sempre superior a 3 milímetros e
que não tivessem estado sob tratamento periodontal de nenhum tipo nos últimos
12 meses. A análise da sensibilidade pulpar foi desenvolvida através de testes
térmicos valendo-se de bastão de gutapercha aquecida, para o teste ao calor e
lápis de gelo para o teste ao frio. Ambos testes eram conduzidos sobre a
superfície vestibular dos dentes, próximo ao colo cervical e observava-se, com
auxilio de um cronômetro, o tempo decorrido entre a aplicação do estímulo e a
resposta, considerando-se RI-resposta imediata, quando a dor surgia no instante
em que o estímulo era aplicado (tempo inferior ou igual a um segundo) ou NR-
quando decorridos 10 segundos não se obtinha resposta aos estímulos. Todos
dentes foram radiografados com técnica de paralelismo e as bolsas periodontais
medidas em sua profundidade. Considerava-se também, para o critério de exame,
que os dentes não fossem portadores de tecido cariado ou restaurações extensas.
Durante a condução dos exames pode-se observar concentração de respostas mais
rápidas em função de: a) idade do paciente, b) presença de mobilidade, c)
presença de interferências oclusais, d) presença de retração gengival. De modo
geral os dentes mostraram-se mais sensíveis ao frio que ao calor, não notando-se
porém nenhum tipo de resultado predominante capaz de sugerir, do ponto de vista
clínico, alteração pulpar de caráter inflamatório agudo.
Diante das
condições deste experimento clínico os resultados indicam não ser possível
estabelecer uma relação entre o grau de envolvimento inflamatório pulpar e
severidade da doença periodontal.
130
ESTUDO
COMPARATIVO "IN VITRO" DA DISTÂNCIA ANATÔMICA APICAL REAL DO DENTE
COM A RESPECTIVA IMAGEM RADIOGRÁFICA.
L Roskamp;
H.F.Pesce; A. C. Bombana.
Faculdade
de Odontologia -USP
Esta
pesquisa foi desenvolvida com intenção de comparar a distância anatômica apical
real do dente com a respectiva imagem radiográfica. Pra tanto, 27 dentes
humanos extraídos foram medidos de um ponto de referência oclusal ou incisal
até o fim da raíz, anotando-se cada uma das medidas reais assim obtidas. A
seguir os dentes foram montados em um manequim endodôntico e tiveram suas
câmaras pulpares e entrada de canais preparadas. Da medida real anteriormente
obtida subtraiam-se 2mm e a extensão longitudinal obtida era então transferida
a um instrumento endodôntico com auxílio de limitadores. O instrumento assim
calibrado era introduzido no canal e a seguir radiografava-se o conjunto às
expensas de um posicionador modificado para tomadas radiográficas com técnica
de paralelismo diante da presença de isolamento absoluto. De posse da
radiografia procediam-se os ajustes necessários de modo a lograr que da ponta
do instrumento ao ápice radiográfico houvesse uma distância radiográfica de 2
milímetros. Com limas tipo K (nos canais retos) e limas Flexo-File nos canais
curvos procedeu-se à instrumentação mantendo-se a medida radiográfica
anteriormente obtida. Todos instrumentos utilizados tiveram suas guias de
penetração seccionadas afim de propiciar o preparo de uma superfície plana na
porção terminal do preparo. Concluída a instrumentação os dentes foram
incluídos em blocos de gesso pedra em posição horizontal e sentido vestíbulo
palatino. Posteriormente desgastava-se o bloco e o dente afim de obter-se a
exposição do preparo radicular. Com auxílio de um microscópio comparador
procedeu-se às medidas reais do final do preparo ao ponto terminal da
superfície radicular.
Os
resultados obtidos permitem inferir, nas condições deste tralbalho, que em
94,12% das vezes a radiografia de odontometria não corresponde à realidade
anatômica apical, sendo que em 88,24% dessas ocasiões a imagem rodiográfica
mostrou-se maior do que era na realidade e em 5,88% foi menor do que o real.
Quando o instrumento situava- se a 2 milímetros do ápice rodiográfico
averiguamos, neste experimento, estar na realidade em um intervalo compreendido
entre 1,01 a 1,50 milímetros.
131
AVALIAÇÃO
DO NÍVEL DE ADESIVIDADE PROPORCIONADA POR QUATRO DIFERENTES CIMENTOS DE OBTURAÇÃO
DE CANAL
D.BA. de
Castro; A.C. Bombana; H. F. Pesce
Faculdade
de Odontologia -USP
Quatro
cimentos comumente empregados em obturação de canal (cimentos de: Rickert;
N-Rickert; Diaket e AH-26) foram submetidos a testes de tração com vistas a
avaliar o potencial de adesividade que oferecem. Valendo-se hastes pliadas de
aço inoxidável e tubos de vidro foram criados 60 cones negativos, de 15 mm de
profundidade, em corpos de prova equivalentes a um preparo radicular onde se
tenha empregado uma, lima nº 35. Para a confecção dos cones negativos, os tubos
de vidro eram preenchidos com resina Orto-2272 quírn1camente ativada, em meio a
qual inseria-se uma haste polida de aço inoxidável, que aí permanecia até a
polimerização completa da resina. Removendo-se a haste metálica obtinha-se um
molde em resina de paredes totalmente lisas e absoluta estabilidade química e
dimensional. Os 60 corpos de prova foram divididos em 4 lotes de 15,
empregando-se um grupo para cada tipo de cimento. Os grupos de 15 foram redivididos
em sub-grupos de 5 para testes em 2, 24 e 168 horas, permanecendo as amostras
armazenadas em ambiente de 37ºC e 100% de umidade relativa. Os cimentos de
obturação foram manipulados de acordo com as especificações dos fabricantes.
Uma vez preparada uma porção de cimento, envolvia-se cerca de 10mm da ponta de
uma das hastes metálicas e esta era inserida em um dos cones negativos, aí
permanecendo até o momento do teste de tração. Concluído o tempo experimental o
tubo de vidro era preso em um suporte sustentado por duas hastes verticais e à
haste metálica cimentada no cone de resina acoplava-se uma bandeja onde pesos
de 10 gramas eram acrescentadas até ocorrer a separação da haste metálica do
cone de resina por ruptura da união haste metálica/cimento/cone de resina.
Os
resultados obtidos permitiram verificar que a maior adesividade se deu, para
todos os cimentos, no tempo de 24 horas. Após 168 horas todas amostras
demonstraram perda no índice de adesividade em comparação com os grupos de 24
horas e ganho de adesividade em relação aos grupos de 2 horas. O cimento AH-26
foi o que apresentou adesividade máxima no tempo de 24 horas e o cimento de
Rickert, seguido pelo N-Rickert, foi o mais adesivo para 2 e 168 horas.
132
AVALIAÇÃO
DAS MODIFICAÇÕES ANATOMICAS INTRODUZIDAS EM CANAIS RADICULARES CURVOS
PREPARADOS COM DIFERENTES INSTRUMENTOS.
A.C.
Bombana; H.F. Pesce; R.D. Volpe.
Faculdade
de Odontologia -USP
Foram
selecionados 30 dentes humanos recém extraídos, com raízes curvas, que foram
divididos em dois grupos de 15. Um grupo foi destinado à instrumentação com
limas de secção quadrangular (Tipo K -maillefer) e o outro com limas de secção,
triangular (Tipo Flexo-File -Maillefer). Todos dentes tiveram suas coroas seccionadas
e uma lima 15 introduzida no canal radicular até que seu extremo ativo fosse
visível através do forame apical. Conferida a posição do instrumento com
auxílio de lente de aumento de 10 dioptrias, diminuía-se no comprimento obtido
cerca de 1m/m. A seguir preparava-se uma pequena porção de resina acrílica
autopolimerizável que era depositada em uma lâmina plástica plana,
comprimindo-se o dente sobre o conjunto, de modo a criar-se um
"chassis" radiográfico destinado à idênticas tomadas radiográficas.
Desta forma os dentes eram inicialmente radiografados sob condições de absoluto
paralelismo. Após o processamento das radiografias, estas eram projetadas sobre
uma tela padrão graduada em centímetros e dividida em terços (cervical, médio e
apical) onde media-se a distância da lima à porção externa da raiz, anotando-se
os dados. O projetor de slides utilizados foi sempre mantido em distância
padrão, afim de propiciar o mesmo aumento em todas as projeções. Estes
procedimentos foram repetidos em todos os dentes, submetendo-os posteriormente
ao preparo do canal auxiliado por (creme de Endo-PTC, solução de Milton e
irrigação final dos detergente/furacin, limitando-se os preparos à lima de nº
35 para ambos grupos. Uma vez concluída a instrumentação, os dentes retomavam
ao "chassis" e novamente eram radiografados, as radiografias
projetadas na tela padrão e novas medidas tomadas. Para cada raiz subtraiu-se o
resultado obtido com as medidas da lima 35 dos resultados anotados na
radiografia inicial, cujo valor reflete o quanto de dentina foi consumido pela
instrumentação.
Os
resultados permitiram verificar que os maiores desgastes se deram, em ambos os
grupos, nas regiões médias e cervical e que variações na forma anatômica (
desvios em relação à posição original do forame) ocorreram em 26,6% dos dentes
instrumentados com limas tipo K e 13,3% dos dentes instrumentados com limas
Flexo-File.
133
EFEITOS DO
JATO DE BICARBONATO DE SÓDIO E DA TAÇA DE BORRACHA SOBRE OS TECIDOS GENGIVAIS
EM FUNÇÃO DO TEMPO PÓS-OPERATÓRIO - ANÁLISE CLÍNICA E HISTOLÓGICA.
E.Marcantonio
Jr.; B.E.C.Toledo; R.A.C.Marcantonio;R.C.Comelli Lia; A.J.D.Mendes
Faculdade
de Odontologia de Araraquara
Foi
avaliado, clínica e histologicamente, o efeito do jato de bicarbonato de sódio
e da taça de borracha sobre os tecidos gengivais em função do período após a
aplicação. Para isto foram selecionados 36 pacientes com indicação de
gengivectomia/gengiplastia e aplicados índice de Placa e Índice Gengival. Em um
dos lados foi aplicado o jato de bicarbonato de sódio e do outro o sistema
laça/pasta. Os pacientes foram divididos em 6 grupos, sendo realizados novos
exames de Índice de Placa e Índice Gengival e biopsiados em um dos períodos
seguintes: imediatamente, 1, 2, 3, 5 ou 7 dias após as aplicações.
Os
resultados mostraram que: 1) O jato de bicabornato de sódio, imediatamente após
sua aplicação, provocou maior redução do índice de placa e maior aumento do
índice de gengivite do que o sistema taça/pasta. 2) A partir do primeiro dia
pós a aplicação do jato de bicabornato de sódio ou da taça/pasta, não foram
encontradas diferenças significativas em re/ação à variação dos índices de
placa e gengivite, observando-se uma tendência de retomo aos níveis iniciais, a
partir do terceiro dia. 3) O jato de bicarbonato de sódio causou maiores danos
aos tecidos gengivais do que o sistema taça/pasta, levando ao aparecimento de
erosões epiteliais intensas e ulcerações, às vezes total do epitélio sulcular e
juncional. 4) Foram encontradas partículas de material no interior dos tecidos
epitelial e conjuntivo, quando da utilização do jato de bicarbonato de sódio,
que diminuíram em quantidade e volume no decorrer dos períodos analisados. 5) O
processo de reparo se mostrou mais rápido quando se utilizou o sistema
taça/pasta do que o jato de bicarbonato de sódio sendo completado aos 1 e 3
dias respectivamente.
134
ESTUDO DAS
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DAS CERDAS DE DIFERENTES TIPOS DE ESCOVAS DENTÁRIAS
NACIONAIS E ESTRANGEIRAS.
C.L.Sonoda;
R.L. Tagliavini; E. M.S. Zanoni; AJ.D. Mendes
Faculdade
de Odontologia de Araçatuba.
Dentre
todos os aparelhos projetados para a remoção da placa bacteriana, nenhum
alcança mais alto grau no arsenal odontológico do que a escova dental.
Entretanto, segundo alguns pesquisadores, há arbitrariedade de critérios, ainda
hoje, na confecção das escovas, parecendo prevalecer o aspecto comercial, com
pouco cuidado em relação ao científico. Diante do exposto, achamos oportuno,
realizar um estudo para a obtenção de informações em relação a algumas
características físicas das cerdas de todas as escovas nacionais encontradas no
comércio na atualidade (11 manchas) e de (4marcas) norte-americanas. Os ítens
analisados foram: a forma de acabamento das pontas, o diâmetro e comprimento
das cerdas, o número total de cerdas e por tufos, e o número de tufos. Foram
examinadas 3 escovas de cada tipo, dentre as 11 marcas nacionais e das 4 marcas
norte-americanas, perfazendo um total de 126 escovas, sendo suas cerdas de
dureza extra-macia, macia e média (adulto e infantil ). Todas as escovas
estudadas apresentavam as seguintes características: cabeça reta, cerdas do
mesmo comprimento e mesma textura. As cerdas inicialmente foram examinadas em
uma lupa estereoscópica tipo Wild M7, para o exame da forma de acabamento de
suas pontas e posteriormente fotografadas em um fotomicroscópio Zeiss III
através de epi e trans- iluminação. A seguir 8 cerdas de cada escova foram
separadas levadas ao projetor de perfil Nikon, modelo 6C, para a determinação
do seu comprimento e diâmetro. As mensurações obtidas foram tabeladas de acordo
com o tipo e, analisadas estatísticamente. A contagem do número de tufos, bem
como, o número total de cerdas e por tufos, foi realizada com o auxílio da lupa
Wild M7.
Avaliando
todas as características físicas em conjunto, observou-se que nenhuma das
escovas estudadas preencheu totalmente os requisitos preconizados pelos
autores. Todavia, podemos considerá-las como dentro de um padrão aceitável,
sendo que a Oral B-40 e a Py-copay (USA), preencheram quase todos os requisitos
básicos exigidos.
135
FIOS E
FITAS DENTAIS: ESTUDO DA RESISTÊNCIA À ROPTURA, DA ELASTICIDADE E DO PODER DE
ABSORÇÃO.
D. Pedrini; LA. Milanezi
Faculdade
de Odontologia de Araçatuba -UNESP
Numa
análise ampla da literatura odontológica específica, observamos que inexistem
estudos sobre as características físicas dos fios e fitas dentais, relegando a
plano secundário a sua qualificação. Assim, o Cirurgião-Dentista tem-se baseado
na oferta do produto e na publicidade à sua proposta de indicação do uso do fio
ao paciente. Portanto, é objetivo deste, analisar algumas propriedades f'ísicas
dos fios dentais Johnson's, Johnson's extrafino, Oral B e Colgate e das fitas
dentais Johnson's York e Kolynos com o intuito de avaliar a resistência destes
à ruptura e à elasticidade, bem como o poder de absorção dos mesmos. Para os
testes de resistência à ruptura e de elasticidade, utilizamos uma balança
simples com dois pratos, onde fixamos no braço esquerdo uma haste, a qual era
paralela a uma outra fixada sobre uma plataforma, existindo entre ambas uma
distância de 11,2cm. Os fios e fitas dentais foram fixados nas hastes através
de nós, com a mesma tensão.Para a realização dos testes de elasticidade,
padronizamos um peso de 2 quilogramas, o qual foi colocado sobre o prato
direito da balança. Após a estabilização da mesma, com uma régua graduada em
milímetros, efetuamos as medidas das distâncias entre as superfícies de relação
das hastes. Foi realizado um total de 08 testes para cada fio ou fita dental e
os resultados relacionados. Para os testes de resistência à ruptura, após
medidas efetuadas anteriormente, novos pesos foram gradualmente acrescidos e ao
ocorrerem as rupturas dos fios e fitas dentais, os pesos eram somados, e os
resultados relacionados. Para o desenvolvimento do teste de absorção, os fios e
fitas foram fixados contornando as lâminas de vidro para histologia, as quais
foram colocadas em cubas para coloração de lâminas. Solução de fucsina foi
despejada nas cubas até a altura de 1 cm. Após 5 minutos, as lâminas foram
retiradas e colocadas para secar. A partir daí, foi feita a leitura das medidas
dos fios e fitas dentais impregnadas pela solução evidenciadora.
Os dados
foram submetidos à análise de variância e os resultados obtidos mostraram que
existem variações significantes nas médias dos valores referentes aos vários
tipos de fios e fitas dentais utilizados.
136
EFEITO DA
SALIVA ARTIFICIAL NA INGESTÃO LÁCTEA DE RATOS JOVENS SIALOADENECTOMIZADOS .
E.C.P. Book,. D. Teixeira; A.C. Ramalho e M.A.
Areas
-Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
A saliva
artificial tem sido usada em pacientes idosos portadores de xerostomia fisiológica
e, especialmente, em pacientes submetidos a radioterapia para o tratamento de
tumores carcinoma espino-celular ou epidermoides de cabeça e pescoço, cuja a
irradiação atinja as glândulas salivares. Estudos anteriores sobre a
importância , vital das glândulas submandibulares e sublinguais em ratos
recém-nascidos demonstraram que animais sialoadenectomizados apresentaram uma
acentuada redução de ingestão láctea, possivelmente por falta de selamento da
rima Oral dos filhotes junto as tetas maternas, alterando o processo de sucção.
Diante disso, propusemo-nos estudar, os eventuais efeitos da saliva artificial
(V A. Oralube -Medicamenta) sobre a ingestão de leite em ratos recém-nascidos
sialoadenectomizados. .Foram utilizados 300 ratos (Rattus norvegicus, albinus,
Wistar) de ambos os sexos, oriundos de 50 ninhadas e de 6 fIlhotes cada e
distribuídos em dois grupos: GRUPO A -CONTROLE -CIRURGIA SIMULADA -composto de
60 ratos, os quais sofreram cirurgia simulada aos 4, 7, 10, 13 e 16 dias de
idade, permanecendo como controle para ingestão láctea materna. GRUPO A2
-SIALOADENECTOMIZADOS -constituído por 60 ratos, nos quais foram removidos as
glândulas submandibulares e sublinguais com as idades de 4, 7, 10, 13 e 16
dias. GRUPO B -oriundos de 30 ninhadas de 6 ratos cada e redistribuídos em 3
subgrupos. GRUPO B1- constituído de 60 animais com as idades de 4, 7, 10, 13 e
16 dias, sendo que cada grupo etário era constituído de 12 animais, os quais
sofreram cirurgia simulada. GRUPO B2 -SIALOADENECTOMIZADO + SALIVA - composto
de 60 ratos com a idade de 4, 7,10, 13 e 16 dias, os quais sofreram extirpação
bilateral das glândulas submandibulares e sublinguais e administração de 3
gotas de saliva artificial na rima oral. GRUPO B3 -formado por 60 animais, com
as mesmas idades do grupo anterior, recebendo o mesmo procedimento cirúrgico e
substituindo a
saliva por
vaselina líquida.
Os animais
de todos os grupos foram separados 12 horas das mães, durante o período noturno
e colocados para a amamentação por 1 hora no dia seguinte e em seguida eram
sacrificados e analisado o conteúdo estomacal. Os resultados revelaram que a
saliva artificial restabelece parcialmente a ingestão láctea.
137
ESTUDO
COMPARATIVO DO EFEITO DA BROMELINA, ESCINA E PAPAINA NA VELOCIDADE DE
MINERALIZAÇÃO DE INCISIVOS SUPERIORES E INFERIORES DE RATOS.
L.F.L.
Teixeira,. D. Teixeira; J.L.José; A. Guimarães
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP
Estudos
realizados em nossos laboratórios, sobre o efeito desses antiinflamatórios no
processo de mineralização da dentina de incisivos superiores e inferiores, têm
demonstrado resultados diferentes dependendo do tempo ou período de
administração das drogas. Foram utilizados 40 ratos machos com a idade de 60
dias e distribuídos em 4 grupos experimentais de 10 animais. GRUPO I -CONTROLE
- NORMAL -os quais receberam doses diárias de solução fisiológica no período de
60 a 80 dias de idade e aos 70, 75 e 80 dias solução de Alizarina Red's na
concentração de 100 mg/kg de peso corporal. GRUPO II -BROMELINA -esses animais
receberam Bromelina na concentração de l0mg/kg de peso corporal durante 20 dias
(60 a 80 dias de idade) e 3 doses de alizarina aos 70, 75 e 80 dias de idade
respectivamente. GRUPO III -ESCINA -composto de 10 ratos, os quais receberam
Reparil (labor. BYK Química e Farmacêutica) na concentração de 1,71 mg/kg de
peso corporal durante o período experimental (20 dias) e alizarina à semelhança
dos grupos anteriores. GRUPO IV - PAPAINA- os ratos receberam Tromasin (Park
Davis) na concentração terapêutica de 0,25 mg/kg de peso durante o período
experimental e também alizarina nos mesmos dias e na mesma concentração dos
grupos anteriores. Os animais dos quatro grupos foram sacrificados 48 horas
após a última dose de alizarina e extraídos os incisivos centrais superiores e
inferiores, incluíndo em metil metacrilato (Yeager, 1968), cortados e
desgastados transversalmente e as distâncias entre as faixas de alizarina foram
medidas com a ocular integradora micrométrica de LEITZ e objetiva 10/0,22 em
luz fluorescente. A análise de variância demonstrou que existem diferenças
significantes entre todos os grupos tanto ao nível de 5% quanto ao nível de
1,0% de probabilidade. O teste de Tukey revelou que a escina acelera o processo
de mineralização no período compreendido entre a distância da 1a e 2a fixa (15
dias) em todas as faces dos incisivos superiores e inferiores e para o 2°
período houve marcada diminuição nos inferiores.
Os efeitos
da Papaina mostraram-se invertidos aos da Escina, ou seja, diminui significantemente
no 1º período e aumenta também significantemente no 2º em todas as faces de
ambos os dentes. A bromelina exceção feita as faces mesial e /ateral dos
incisivos superiores, que apresentaram aumento no 1º período, as demais faces
mostraram redução no processo de mineralização tanto no 1º período quanto no 2º
período em ambos os dentes.
138
EFEITO DA
PAPAÍNA NA VELOCIDADE DE MINERALIZAÇÃO DA DENTINA DE INCISIVOS INFERIORES E
SUPERIORES DE RATOS.
L.F.L.
Teixeira, D. Teixeira, J.L José
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP .
As
propriedades proteolíticas e mucolíticas da papaina enzima extraída da Carica
papaya, planta dicotiledônea, conhecida também pelo nome de mamão (CHOPRA,
1958), são de há muito conhecidos pela sua capacidade de lisar tecidos
necrosados e exsudatos purulentos resultantes de cirurgia ou traumatismo. Por
outro lado, inúmeras alterações têm sido descrito no desenvolvimento de ossos
longos e curtos, envolvendo modificações na matriz orgânica, dissociação do
condroitin sulfato e lisão sobre a cartilagem, alterando a zona de crescimento
epifisial, mostrando um fechamento prematuro em cães, ratos e cobaias. Desse
modo, propõe-se no presente trabalho estudar o efeito da Papaina na velocidade
de mineralização da dentina de incisivos inferiores e superiores de ratos.
Foram utilizados 20 ratos machos, com 60 dias idade e distribuídos em 2 grupos:
GRUPO I -CONTROLE -NORMAL -os quais beberam doses diárias de solução
fisiológica (IP) e doses do corante vital Alizarina Red's, 100 mg/kg de pêso
aos 70, 75 e 80 dias de idade. GRUPO II- PAPAINA -10 ratos que receberam
Tromasin (Parke-Davis) na concentração de 0,25 mg/kg de pêso e Alizarina na
mesma concentração e nos mesmos dias do grupo I. A seguir, 48 horas após a
última dose de alizarina, todos os animais foram sacrificados e extraídos os
incisivos centrais superiores e inferiores, fixados em formol à 10%. As peças
foram incluídas em metil metacrilato, cortadas e desgastadas transversalmente
(300 u) e as distâncias entre as faixas foram medidas com auxílio da ocular
integradora micromética LEITZ e objetiva 10/0,22 em luz fluorescente nas faces
labial, lingual, mesial e lateral. A análise de variância demonstrou que existe
diferenças significantes ao nível de 5 e1,0%.
O teste de
Tukey revelou que a distância entre a 1º e ,2º faixa foi menor que o controle,
ou seja, os animais que receberam papaina no período de 15 dias apresentaram a
inibição no processo de mineralização nos incisivos superiores e inferiores de
todas as faces. Todavia, os animais que receberam papaina no período de 20
dias, distância entre a 2º e 3º faixa de alizarina, receberam um aumento
significante, tanto a nível de 5% quanto de 1,0% para os incisivos superiores e
inferiores em todas as faces estudadas quando comparados com o controle ou
mesmo com distância entre a 1º e 2º faixa.
139
EFEITO DA
BROMELINA NA VELOCIDADE DE MINERALIZAÇÃO DA DENTINA DOS INCISIVOS SUPERIORES E
INFERIORES DE RATOS.
L.F.L.
Teixeira; J.L José; D. Teixeira.
Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNI CAM P
A bromelina
tem sido descrita como uma enzima proteolítica do abacaxi "ananás
Comusus", é do tipo sulfidril e usada com algum sucesso no tratamento de
diversos processos inflamatórios (tromboflebites, adenites = , tubercolos,
meningocefalites agudas, abcessos, infecções do trato-urinário, ferimentos
traumáticos na resolução do edema, etc.). Por outro lado, estudos recentes têm
demonstrado que a Bromelina administrada em doses terapêuticas, reduz o
comprimento e largura total do crânio, comprimento da face, promove redução e
mal formação das colunas vertebrais e diminui o crescimento dos fêmures de
ratos. Diante disso, propusemo-nos a estudar os eventuais efeitos da bromelina
na velocidade de mineralização da dentina dos incisivos superiores e inferiores
de ratos adultos jovens. Foram utilizados 20 ratos machos com 60 dias de idade
e distribuídos em 2 grupos experimentais: GRUPO I -CONTROLE- NORMAL -
constituídos de 10 animais, os quais receberam a partir de 60 dias de idade,
doses diárias de solução fisiológica e doses de corantes vitais (Alizarina
Red's 100 mg/kg de pêso corporal) aos 70, 75 e 80 anos de idade. GRUPO II
-BROMELINA (laboratório Sintofarma) na concentração de 10 mg/kg de pêso
corporal a partir de 60 dias de idade, durante 20 dias e Alizarina nos dias 70,
75 e 80 dias de idade. A seguir todos os animais foram sacrificados e extraídos
os incisivos centrais superiores e inferiores e fixados em formol à 10% durante
24 horas. As peças foram incluídas em acetil metacrilato, cortadas e
desgastadas transversalmente (300 u) e as distâncias entre as faixas foram
medidas com a objetiva 10/0,22 e ocular integradora micrométrica de LEITZ nas
faces labial, lingual, mesial e lateral.
A análise
de variância demonstrou que existe diferenças significantes, tanto a nível de
5% quanto ao nível de 1%. O teste de Tukey revelou que houve marcada diminuição
no crescimento dos dentes inferiores dos animais do Grupo II, em ambas medidas
e em todas as faces. Com relação dos superiores, exceção feita às faces mesial
e lateral de 1ª medida, as demais mostraram também uma acentuada diminuição.
140
EFEITO DA
ESCINA NA VELOCIDADE DE MINERALlZAÇÃO DA DENTINA DE INCISIVOS SUPERIORES E
INFERIORE DE RATOS.
L.F.L
Teixeira; D. Teixeira; J.L. José; M.C.F. Arruda Veiga. Faculdade de Odontologia
de Piracicàba -UNICAMP .
A escina é
uma mistura de glucosídeos e raninonídeos obtida do "Aesculus
Hippocastanum", vulgarmente conhecida como castanha da Índia. Sua ação
antidematose, antiflogística, analgésico e fibrinolítica têm sido largamente
difundida, principalmente nas intervenções cirúrgicas da articulação temporo
mandibular e deformidades faciais. Estudos recentes têm demonstrado que a
Escina promove atrofiamento dos ossos longos e ossificação retardada do crânio.
Assim sendo, propusemo-nos a estudar as eventuais alterações na velocidade de
mineralização da dentina de incisivos superiores de mineralização da dentina de
incisivos superiores e inferiores de ratos jovens. Foram utilizados 20 ratos
machos com 60 dias de idade e distribuídos em 2 grupos: GRUPO I- CONTROLE
-NORMAL - os quais receberam , doses diárias de solução fisiológica I.P., e
doses de corante vital (Alizarina Red's, 100 mg/kg de pêso corporal) aos 70, 75
e 80 dias de idade. GRUPO II -ESCINA constituído de 10 ratos, os quais
receberam REPARIL (laboratório BYK) na concentração de 1,71 mg/kg de pêso
corporal durante o período experimental de 20 dias. Os animais receberam também
Alizarina Red's na mesma concentração e nos mesmos dias do Grupo I. A seguir,
os animais foram sacrificados e extraídos os incisivos centrais superiores e
inferiores e r\Xados em formol à 10% durante 24 horas. As peças foram incluídas
em metil metacrilato (Yeager, 1958), cortadas e desgastadas transversalmente e
as distâncias entre as faixas foram mensuradas com auxílio de uma ocular
integradora micrométrica de LEITZ, com a objetiva 10/0,22 nas faces labial,
lingual, mesial e lateral. A análise de variância demonstrou que existem
diferenças significantes a nível de 5% e 1,0% entre os grupos.
O teste de
Tukey revelou que a escina durante as doses de 15 dias promoveu um aumento na
velocidade de mineralização e no crescimento dos incisivos superiores e inferiores em todas as faces analizadas.
Todavia, para o período de 20 dias houve redução significativa 5% e 1,0% em
todas as faces dos dentes inferiores e na lingual dos superiores. As faces
labial, mesial e lateral superior não apresentaram alteração significativa nas distâncias entre 2ªs faixas quando
comparados com o grupo controle, porém reduziram significativamente quando
comparados com a distância das 1ªs
faixas.
141
EFEITOS DA
SIALOTOXlNA I SOBRE O HEMOGRAMA E ORGÃOS HEMATOPOIÉTICOS DE CAMUNDONGOS FÊMEAS
L.A.L
Almeida; A. Guimarães; D. Teixeira; C.E. Pinheiro; N.S. dos Reis
- Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
As
glândulas submandibulares de camundongos machos contém várias substâncias
tóxicas. Algumas dessas substâncias que apresentam baixo peso molecular e
estruturas químicas ainda não elucidadas, denominadas sialotoxinas, foram
isoladas das citada glândulas. Neste trabalho, procurou-se verificar a
"causa mortis" de camundongos fêmeas, injetadas I.P. com doses diárias
de sialotoxina I, cuja DL50 para esses animais é igual a 44,1+ 2,52 ug/kg de
pêso (concentração em radicais fenólicos). Para tanto, propusemo-nos a estudar
os possíveis efeitos da Sialotoxina I sobre o hemograma bem como observar a
ocorrência de alterações histológicas em órgãos hetopoiéticos (fígado, baço,
timo e medula óssea). Foram utilizados 30 camundongos fêmeas, pesando entre 25
e 35g, divididos em 3 grupos -CONTROLE - NORMAL - 10 animais que receberam
durante 10 dias seguidos uma dose I.P. de NaCI 0,09%; II - CONTROLE - 10
animais que receberam doses diárias de
NaCI 20% pela mesma via e III - SIALOTOXINA I - 10 animais que
receberam, pela mesma via e nos mesmos dias, uma dose de Sialotoxina I na concentração
de 20ug/kg de pêso.
Da análise
dos resultados, observou-se, no grupo III em relação aos outros, uma diminuição
do número de eritrócitos ( 17% para o grupo I e 13% paro o grupo II), um
aumento do número de /eucócitos ( 117% para o grupo I e 69% para o grupo II) -
com aumento do número de neutrófilos, linfócitos e monócitos. O exame
histológico do fígado demonstrou arquitetura do órgão preservada, porém com
infiltrados celulares periportais,
hepatócitos nas trabéculas de REMAK, núcleos com cromatina condensada
evidenciando sofrimento celular e citoplasma vacuolizado exibindo possível
degeneração hidrópica.
142
ALTERAÇÕES
DO NÍVEL DE PROTEÍNA DAS GLÂNDULAS SUBMANDIBULARES E SUBLINGUAIS DE CAMUNDONGOS PORTADORES DO TUMOR DE EHRLICH.
M.M.El-Guindy,
S.Molina; D. Teixeira; L.F.L. Teixeira
- Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP .
Estudos
realizados em nossos laboratórios têm revelado que o tumor de EHRLICH promove
profundas alterações no quadro protéico sangüíneo. Com o objetivo de
utilizar-se as eventuais mudanças na composição da saliva, como manifestação
precoce desse tumor, propomos a verificar as alterações do nível protéico das
glândulas submandibulares e sublinguais de camundongos portadores do tumor de EHRLICH.
Para o presente trabalho foram utilizados 40 camundongos machos, pesando entre
25 e 30 gramas, mantidos com ração balanceada padrão e água "ad
libitum". Os animais foram divididos em 2 grupos experimentais: GRUPO A -
CONTROLE - NORMAL constituído de 20
camundongos os quais não sofreram nenhum tipo de intervenção. GRUPO B -TUMOR DE
EHRLICH - formado de 20 animais os quais receberam via I.P. a quantidade de
4x106 de células tumorais. Os animais de ambos os grupos foram sacrificados em
lotes de 10 camundongos aos 5, 10, 15 e 20 dias após o início do experimento. A
seguir glândulas submandibulares e sublinguais foram removidas e preparado um
extrato com solução Tampão Tris 0,1M,
pH 7,4, EDTA e Mercaptanol. As dosagens de proteína total foram realizadas
seguindo a técnica de LOWRY.
Os
resultados obtidos revelaram uma diminuição significante no conteúdo de proteín
das glândulas submandibulares e sublinguais dos animais portadores do tumor
(GRUPO B), quando comparado com os animais normais do GRUPO A.
143
RECUPERAÇÃO
DO NÍVEL DE PROTEÍNA TOTAL DAS GLÂNDULAS SUBMANDIBULARES E SUBLINGUAIS DE
CAMUNDONGOS PORTADORES DE TUMOR DE EHRLICH E SUBMETIDOS A AÇÃO DE DROGAS
ANTINEOPLÁSICAS.
M.M.El-Guindy;
S.Molina; J.L. José; D.Teixeira
- Faculdade
de Odontologia de Piracicaba- UNICAMP.
A
inoculação I.P. de células tumorais de Ehrlich em camundongos machos provocam
uma acentuada diminuição da concentração de proteínas totais das glândulas
submandibulares e sublinguais. Propusemo-nos no presente trabalho a estudar a
possível recuperação do nível protéico dessas glândulas salivares em
camundongos submetidos a ação da droga ME-1N. Foram utilizados 60 camundongos
machos adultos com peso variando entre 25 e 30 gramas, mantidos com ração
balanceada padrão e água "ad libitum". Os animais foram divididos em
3 grupos experimentais: GRUPO A - CONTROLE - NORMAL - constituído de 20
camundongos, os quais não sofreram nenhum tipo de tratamento. GRUPO B -TUMOR DE
EHRLICH - formado de 20 animais, os quais receberam inoculação I.P .de 4x106 de
células tumorais. GRUPO C - TUMOR DE EHRLICH + ME-1N - formado de 20
camundongos os quais receberam células tumorais 4x106 e a droga antineoplásica
ME-1N na concentração de 20 mg/kg de pêso corporal diariamente. Os animais
pertencentes aos 3 grupos foram sacrificados em lotes de 15 animais, cinco de
cada grupo, aos 5, 10, 15 e 20 dias após o início do experimento. A seguir
removeu-se as glândulas submandibulares e sublinguais e foram preparados
extratos com solução Tampão Tris, EDTA e Mercaptanol. As dosagens de proteína
total das glândulas salivares foram realizadas segundo a técnica de LOWRY.
Os
resultados demonstraram que os animais do grupo B, apresentam uma significante
diminuição do nível protéico, e que os do grupo C atingiram um patamar de
proteína total semelhante ao do grupo A revelando a eficiente ação da droga
ME-1N na recuperação glandular.
144
AVALIAÇÃO
CLÍNICA DE SELANTES PARA FÓSSULAS E SULCOS - EFEITO DE MATERIAL, TÉCNICA DE
PROFILAXIA E TÉCNICA DE APLICAÇÃO
U.F.
Fontana; C.L. de A. Porto; S.R.G. da Silveira; S. Cardamone; E.B. Lima
-Faculdade
de Odontologia de Araraquara -UNESP
Os
objetivos principais do trabalho além de avaliar o comportamento clínico de
selantes para fóssulas e sulcos quando aplicados associados a diferentes
técnicas de profilaxia e de colocação na superfície dental, são também de
demonstrar as dificuldades encontradas nos preparos preliminares do desenvolvimento
do trabalho, bem como na técnica agulhada de colocação. Usando diferentes
técnicas de profilaxia da superfície oclusal dos dentes para aplicação do
material foi avaliado o comportamento clínico de vários selantes de sulco e
fóssulas, que se diferenciam pela composição e sistema de polimerização. Foram
selecionados pacientes na faixa etária de 9 a 13 anos, principalmente em função
da higiene bucal, condição periodontal e índice cariogênico dos dentes molares
e pré-molares permanentes. Após verificação de ótima manutenção da condição de
higiene bucal e de acordo com sorteio aleatório, nos pacientes selecionados
foram realizados profilaxias pelas técnicas convencional ou pelo jato abrasivo
de bicarbonato de sódio, sendo os selantes Denton, Concise, Sealite, Degufill e
Prisma Shield, aplicados nas técnicas convencional ou agulhada por
profissionais previamente treinados e calibrados. A avaliação clínica está
sendo realizada através de exames clínicos objetivos, em períodos de 6 meses,
por profissionais também calibrados.
Após
apresentação do material e método, cometam as dificuldades encontradas para
calibragem e desenvolvimento, principalmente da fase clínica, concluído, entre
outras, que a técnica agulhada é de simples e fácil execução, possibilitando
maior controle e certeza na aplicação;
que a manutenção da boa higiene oral nesta faixa etária só é possível
com controles periódicos e que a calibragem dos profissionais é mais fácil
quando já trabalham juntos e dentro de uma mesma filosofia.
145
ESTUDO
COMPARATIVO DA DUREZA SUPERFICIAL E RESISTÊNCIA À CORROSÃO DE LIGAS
ALTERNATIVAS À BASE DE COBRE EFEITO DE TIPO DE LIGA, CONDIÇÕES DE FUNDIÇÃO, E
MEIOS DE IMERSÃO
M.F. de
Andrade; W. Dinelli
- Faculade
de Odontologia de Araraquara.
O objetivo
desse trabalho foi estudar a microdureza e a resistência à corrosão de quatro
ligas alternativas à base de cobre, duas comerciais (Duracast e Goldent) e duas
Experimentais. Utilizaram-se essas ligas no seu estado bruto de fusão, fundidas
e refundidas, e para os testes de corrosão foram armazenadas em duas soluções,
sulfeto de sódio a 1% e salival artificial. Para confecção dos corpos de prova,
os padrões de cera foram obtidos numa matriz especialmente torneada em latão,
que tem, no centro, uma cavidade de forma circular, de um cm de diâmetro. Os
padrões de cera foram incluídos e, assim, procedeu-se ao processo de fundição
convencional e a seguir as ligas metálicas fundidas foram embutidas numa base
de resina acrílica ativada quimicamente, de tal forma que somente uma de sua
superfície ficasse exposta. Para o teste de dureza Vickers, foram realizadas
doze marcas em cada um dos 72 corpos-de-prova, enquanto que para o teste de
corrosão foram pré-determinados níveis de oxidação, que variaram de 0 a 7 e a
avaliação foi realizada nos tempos de I hora, 24 horas, 48 horas, 7 dias e 15
dias.
Através da
análise dos resultados, de um modo geral, pode-se verificar e concluir
que: a) Os processos de .fundição e
refundição das ligas metálicas propiciaram aumento dos valores médios de dureza
Vickers. b) O processo de refundição das ligas metálicas acelerou o processo de
corrosão. c) As ligas metálicas armazenadas em solução de sódio à I% foram mais
atacadas, principalmente as que foram submetidas ao processo de fundição e
refundição.
146
AVALIAÇÃO
DA EFICIÊNCIA DO ISOLAMENTO ABSOLUTO DO CAMPO OPERATÓRIO COMO BARREIRA CONTRA
DIFUSÃO DE MICROORGANISMOS DURANTE O TRATAMENTO DENTAL
O.B.
Oliveira Jr.; F. Mandarino; U.F. Fontana; A.C. Pizzolitto
- Faculdade
de Odontologia de Araraquara -UNESP
Procurando
avaliar a possível contaminação produzida pelos aerosóis criados pelo uso dos
instrumentos de alta e ultra-velocidades, realizamos estudo com a intenção de
determinar qual a proteção fornecida pelo isolamento absoluto do campo
operatório, durante a confecção de preparos cavitários. Como método de
trabalho, em ambiente padronizado, distribuímos estratégicamente placas de
Petri contendo meio de cultura apropriado, em distâncias que variaram de 15
centímetros a 2 metros da cavidade bucal. Foram realizados simulações de
preparos cavitários na região anterior superior e no hemi-arco inferior
esquerdo de dez pacientes. As amostras foram obtidas antes e durante a
simulação dos preparos, realizados inicialmente sem o isolamento absoluto do
campo operatório e posteriormente com o dique de borracha devidamente
instalados nas duas regiões já descritas.
Nestas
condições foi possível concluir que a contaminação do ambiente restringiu-se a
área próxima a cavidade bucal e que o uso do isolamento absoluto do campo
operatório reduz a contaminação do ambiente de trabalho, protegendo deste modo
o profissional e a auxiliar odontológica durante as fases de uma restauração.
147
ESTUDO DA
INFLUÊNCIA DO PRÉ TRATAMENTO SUPERFICIAL DA DENTINA NA RESISTÊNCIA À TRAÇÃO
ENTRE DENTINA E CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO.
L.A.M.S.
Paulillo; J.R. Lovadino; L.R.M. Martins
- Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
A adesão do
cimento ao esmalte e a dentina é um dos fatores determinantes no êxito de uma
restauração com cimentos de ionômero de vidro, o aumento de propriedade de
adesão tem sido alvo de estudo e pesquisa. O propósito deste estudo foi
verificar a resistência à tração na união dentina e cimento de ionômero de
vidro, segundo diferentes tratamentos de superfície. Utilizou-se para os teste
"in vitro" a face vestibular de caninos e os tratamentos empregados foram
profilaxia com pedra-pomes e água destilada por 10 segundos e a mesma
profilaxia mais a aplicação de ácido poliacrílico a 40% por 10 segundos. A
superfície foi preparada com uma lixa nº 320 até a exposição da dentina e o
acabamento foi realizado com uma lixa d'água nº 600. Após este acabamento foi
aplicado um dos tratamentos e em seguida uma matriz de nylon, que possuia na
sua porção central uma cavidade tronco-cônica, foi justaposta à superfície com
a base menor voltada para a mesma. Então o cimento de ionômero de vidro foi
inserido nesta cavidade e protegido com uma tira de celulóide. Encerrado o
tempo de presa inicial do cimento o conjunto foi levado a uma estufa à 37ºC com
100% de umidade relativa, onde permaneceu por 24hs. Decorrido este tempo o conjunto
foi levado a "Maquina Universal de Testes" ajustada a uma velocidade
de 0,5mm por segundo, onde realizou-se os testes de tração. Foram
confeccionados dez corpos de prova para cada condição de teste.
A análise
dos resultados nos revelou que não houve diferença estatística entre os dois
tratamentos o que nos leva a concluir que a profilaxia com pedra-pomes e água
destilada possibilita o surgimento de uma superfície apta a realizar a união
com o cimento de ionômero de vidro. O cimento Chem-Fil II alcançou as maiores
médias dos resultados (em MPa) entre os cimentos testados.
148
A LIBERAÇÃO DE FLÚOR DE CIMENTOS DE IONÔMERO
DE VIDRO USADOS PARA ClMENTAÇÃO
R.S. Suga;
R.B. Del'Hoyo; R.M. Carvalho; M.F. de L. Navarro
- Faculdade
de Odontologia de Bauru -USP
A
utilização dos cimentos de ionômero de vidro para cimentação de elementos
protéticos teria como principais vantagens a melhoria da retenção, diminuição
da infiltração marginal e potencial anticariogênico. Dada a existência de
cimentos dessa natureza, específicos para cimentação, o presente estudo
procurou avaliar os seus padrões de liberação de flúor. Foram analisados os
cimentos Ketac-cem (ESPE) (K); G.C. Fuji I (G.C.Dental) (F) e Ceram-cem (DFL)
(C) em períodos de 24 horas, 07 dias e 28 dias, confeccionou-se 06 corpos de
prova para cada material e para cada período de teste, medindo 08mm de diâmetro
por 1,5mm de espessura, utilizando-se matrizes de Teflon. As amostras eram
mantidas suspensas em 18 ml de água destilada deionizada a 37ºC. As leituras
realizadas a cada 06 horas para o período de 24 horas, a cada 24 horas para o
período de 7 dias e a cada 7 dias para o período de 28 dias, foram feitas em
aparelho medidor de flúor por íon especifico (PROCYON, SA 720).
Os resultados, expressos em valores
acumulativos, foram os seguintes: 24
horas: C=0,92ugF'/mm2. K=0,65F'/mm2. F=0,62ugF'/mm2. 07 dias: C=1,50ugF'/mm2. K=1,42ugF'/mm2. F=1,38ugF'/mm2.
28 di.as: K=3,63ugF'/mm2; F=3,08 ugF' /mm2 ; C=2,97ugF'/mm2
.Dentro da metodologia proposta, todos os materiais testados apresentaram
liberação de flúor em curtos e longos períodos de tempo, sendo essa decrescente
e com valores semelhantes.
149
PADRÃO DE
LIBERAÇÃO DE FLÚOR DE CIMENTOS DE IONÔMERO DE VIDRO FORRADORES.
R.B.
Del'Hoyo; R.S. Suga; R.M. Carvalho; M.F. de L. Navarro
- Faculdade
de Odontologia de Bauru - USP.
Devido as
suas características de adesão e biocompatibilidade, foram desenvolvidas
cimentos de ionômero de vidro específicos para forramento ou base de
restaurações. Essa associação teria como vantagem a proteção pulpar ,
diminuição da infiltração marginal, ganho de retenção adicional e potencial
anticariogênico. O presente estudo procurou avaliar o padrão de liberação de
flúor desses materiais em períodos de 24 horas, 07 dias e 28 dias. Foram
empregados os cimentos Ceram-Lin (DFL) (C), Liner (3M) (L) e Ketac-Bond (ESPE)
(k). Confeccionou-se 6 corpos de prova para cada material e para cada período
de teste, medindo 8mm de diâmetro por 1,5mm de espessura, utilizando-se
matrizes de Teflon. As amostras foram mantidas suspensas em 18ml de água
destilada deionizada a 37ºC. As leituras realizadas a cada 06 horas para o
período de 24 horas, a cada 24 horas para o período de 07 dias e a cada 07 dias
para o período de 28 dias, foram feitas em um aparelho medidor de flúor por íon
específico (PROCYON, SA 720).
Os
resultados em valores acumulativos e expressos em ugF/mm2 foram os
seguintes: 24 horas: C=2,56;
K=1,67; L=0,97. 07 dias: K=3,57; C=2,73; L=1,1. 28 dias: K=4,56; C=4,06 e L=2,23. Conclui-se que os materiais
testados apresentaram um padrão semelhante de liberação de flúor e decrescente
com o passar do tempo. A liberação perdura por períodos prolongados de tempo.
150
ALTERARAÇÃO
DIMENSIONAL V-L DOS BORDOS DE COROAS METALO- CERAMICAS EM FUNÇÃO DO TIPO DE
LINHA DE TERMINAÇÃO.
L. Gutiérrez; C.P. Eduardo; L. Kian
-Faculdade
de Odontologia da USP
Muitas
vezes se observa clinicamente que a adaptação do coping metálico não se mantém
após os ciclos térmicos para a confecção das coroas metalo-cerâmicas. O
objetivo desse estudo foi verificar a alteração dimensional sofrida pelo bordo
do coping metálico (distância vestíbulo-lingual) após os ciclos térmicos
(inicial, desgaseificação e queima de
opaco, queima da porcelana e glaje) em 3 diferentes tipos de linhas de
terminação (chanfro Ve L; ombro com bisel Ve L; ombro com bisel V e chanfro L)
e com materiais disponíveis no mercado brasileiro. Foi empregado o metal
Durabond II (MS) (Odonto Comercial e Importadora Ltda) e a cerâmica Vita VMK
68. (Vita , Zahnfabrik). Em 3 pré-molares superiores foram feitos os 3 tipos de
preparo com uma marca V e uma L. Para cada preparo foram feitas 8 réplicas num
total de 24 coroas metalo-cerâmicas seguindo rigorosamente os padrões de
técnica de fundição e cocção , da porcelana. Após cada uma das fases do ciclo
térmico, fez-se as leituras num microscópio comparador marca Zeis no seu eixo X
e Y para obtenção das distâncias V-L. A análise de variância mostrou que não
houve alteração significante a nível de 5% cada ciclo térmico para os 3 tipos
de linha de terminação.
Concluínos
que para o metal e a cerâmica empregados, o tipo de linha de terminação não é
fator determinante da alteração dimensional que pode ocorrer durante os ciclos
térmicos.
151
RELAÇÃO
CÊNTRICA -ESTUDO COMPARATIVO: CERA E O SISTEMA LEAF- GAUGE E LEAF-WAFER.
J.F.Pantaleão*;
L.J. Nunes**; C.R.Silva-Netto***
-Faculdade
de Odontologia da . Universidade de Uberaba -MG, --Faculdade de odontologia de
Ribeirão Preto, USP.
O principal
fator etiológico da patologia funcional do sistema estomalognático reside nas
alterações da oclusão. O desrespeito ou o desconhecimento dessa etiologia
conduzirá, inexoravelmente, à falência do sistema. Tendo em vista as enormes
dificuldades em registrar a exata relação maxilo-mandibular em posição estável,
compatível com a tonicidade muscular, oferecendo o máximo conforto com o mínimo
consumo de energia, das estruturas envolvidas no sistma gnatológico,
desenvolveu-se este estudo, fundamentalmente com a preocupação primária de
oferecer ao clínico uma metodologia simples e efetiva na obtenção da relação
cêntrica. O presente trabalho teve como objetivo comparar o registro da relação
cêntrica por meio do emprego da Cera preparada e do sistema Leaf Gauge-Leaf
Wafer. Foram utilizados 1 indivíduos de ambos os sexos cujas idades variaram de
20 a 29 anos, nos quais se registrou a relação cêntrica, empregando-se a Cera e
o sistema Wafer. Em cada indivíduo foi obtida a inclinação sagital da cabeça da
mandíbula por meio da telerradiografta da articulação temporomandibular.
Também, nesses indivíduos foi tomada a impressão dos arcos dentários superior e
inferior com hidrocolóide irreversível, para a obtenção dos modelos de estudo.
Esses foram montados no articulador semi-ajustável GNATUS 8600, tendo como guia
de posicionamento a Cera preparada e o sistema Wafer, para o registro das
inclinações das guias condilianas e dos ângulos de Bennet. Nesse estudo
comparativo com a Cera preparada e o sistema Wafer, para o registro da relação
cêntrica, obteve-se como resultado os seguintes valores: a angulação sagital da
cabeça da mandíbula foi de 39.36 + 1,79; a inclinação condilar com a Cera foi
de 47,68 + 0,63; e com o sistema Wafer de 43,08 + 0,71; o desvio clínico da
mandíbula foi igual a 3,77 + 0,05 e, para o desvio no modelo, com a Cera e o
sistema Eafer, foram iguais a: 4,32 + 0,08 e 4,25 + 0,07, respectivamente; para
o registro em lateralidade, que compreende os ângulos de Bennet, encontrou-se
com a Cera um ângulo de 16,31 + 0,41 e com o sistema Wafer 15,59 + 0,95.
Pelos
resultados do presente trabalho, ficou demonstrado que os valores obtidos com o
sislema Wafer foram coerentes com a sua proposição de registro da relação
cêntrica, sem a necessidade de guiar a mandíbula do paciente. Observou-se ainda
que, as inclinações condilares registradas com o sistema Wafer forom inferiores
aos demais registros, sugerindo portanto, cúspides mais baixas e ,fossas mais
rasas na construção das reabilitações oclusais, favorecendo-se uma desoclusão
mais rápida, menos traumática e consequentemente fisiológica. Assim sendo,
parece prudente recomendar esses dispositivo
152
ESTUDO DA
RUGOSIDADE-SUPERFICIAL DA RESINA COMPOSTA, SUBMETIDA À AÇÃO DO JATO DE
BICARBONATO DE SÓDIO. EFEITOS DE DISTÂNCIA DE APLICAÇÃO, MATERIAL E ÂNGULO DE
APLICAÇÃO.
O. B.
Oliveira Jr; U. F. Fontana; J. R. C. Saad.
Faculdade
de Odontologia de Araraquara.
O sistema
de profilaxia baseado em jato abrasivo de bicarbonato de sódio, ar e água,
limpa eficientemente a superfície dental, no entanto têm condicionado
diferentes problemas com sua utilização, entre outros, alterações na superfície
dos materiais restauradores. Foram utilizados 5 marcas comerciais de resina
composta, a saber: Adaptic, Herculite, Estic Microfill, Silux e P-3-. Os
corpos-de-prova foram obtidos com, o auxílio de matriz circular de bronze e de
tiras matrizes de poliester, possibilitando obter superficies mais lisas e
regulares, cada corpo-de-prova também recebeu acabamento superficial com discos
sof-Iex obtendo desta forma duas hemi-superficies com acabamentos distintos, o
jato abrasivo incidiu sobre a superficie dos corpos-de- prova em ângulos de 45°
e 90° e em distâncias de 2,00mm e 4,00mm, durante o tempo de 20 segundos, as
leituras da rugosidade superficial inicial condicionada pela tira matriz e pelo
sistema sof-lex e obtida após a aplicação do jato abrasivo foram realizadas com o auxílio do rugosímetro Talysorf-l0, os
dados obtidos foram catalogados em tabelas apropriadas e submetidos a
tratamento estatístico.
153
ESTUDO
SOBRE A MICROINFILTRAÇÃO MARGINAL DE RESINAS COMPOSTAS EM DENTES
POSTERIORES.
E.Araujo;
A.B.Matos; M. Oda,. E.Matson
- Faculdade
de Odontologia da USP
Neste
trabalho os autores se propuseram a estudar, através de método comparativo, a
quantidade da microinflltração marginal que ocorre em dentes posteriores
rstaurados com resina composta e resina composta mais ionômero de vidro. O
estudo realizado utilizando-se prémolares que foram preparados com cavidades
Classe II do tipo MOD, padronizadas com 1/3 do istmo oclusal e igual proporção
da distância vestíbulo-lingual para as caixas proximais. Os dentes após serem
restaurados foram submetidos posteriormente a termociclagem com variação de
temperatura de 4ºC a 58ºC, utilizando solução corante de azul de metileno. Em
seguida os dentes foram seccionados e analisados os resultados Estes resultados
foram obtidos analisando-se o grau de penetração da solução corante utilizada.
154
AVALIAÇÃO
DA ALTERAÇÃO DIMENSIONAL DE MATERIAIS DE MOLDAGEM DA RMF
E.D. B.
Groth; M.Oda; E.Araújo; E.Matson
Faculdade
de Odontologia -USP
Neste
trabalho, os autores fazem um estudo das alterações dimensionais de materiais
de moldagen: comumente utilizados para moldagem da RMF .São Silicona de
condensação utilizada com a técnica da dupla moldagem sem alívio; -
Hidrocolóide irreversível ou alginato; -Polissulfeto ou mercaptana utilizada
com casquetes acrílicos individuais. Para tanto, foi utilizado troquel metálico
que reproduzia preparos tipo coroa total em 1° pré-molar e 1° molar. Foram executadas
três moldagens com cada material de impressão, cada uma delas vazada
imediatamente com gesso pedra especial, pesado em balança de precisão e
espatulado a vároo. As réplicas foram medidas em microscópio comparador, e os
resultados submetidos à análise estatistica.
155
ESTUDO DA
RUGOSIDADE DA RESINA COMPOSTA, SUBMETIDA À AÇÃO DO JATO DE BICARBONATO DE
SÓDIO, EFEITOS DE PRESSÃO DE VAZÃO DE ÁGUA, MATERIAL E TEMPO DE APLICAÇÃO.
J.R.C.Saad;
U.F.Fontana
-Faculdadc
de Odonlologia de Araraquara.
Foi
realizado estudo comparativo da rugosidade superficial de cinco marcas
diferentes de resinas compostas: Adaplic, Herculile, Eslic-micrortll, Silux e
P-30, submetidas à ação do jato de bicarbonato de sódio do Aparelho Profidenle,
nas velocidades de vazão de água, mínima e máxima e nos tempos de 30 e 60
segundos de aplicação do jato abrasivo. Os corpos-de-prova foram confeccionados
com auxílio de uma malriz circular, e as alterações superficiais foram
analisadas no aparelho Hommel Tester T.1000 para medir as rugosidades inicial e
após o tratamento com o jato abrasivo. Os dados obtidos foram submetidos a
tratamento estatístico que, após análise e discussão, permitiram, em função da
nossa metodologia experimental concluir, entre outras, que: I) A aplicação do jato
de bicarbonato de sódio altera a superficie das resinas compostas, deixando-a
mais rugosa. 2) Os materiais estudados exerceram níveis diferentes de
rugosidade. O Herculite apresentou a superficie mais lisa e o Adaptic a mais
rugosa, ficando os materiais P-30, Silux e Estic-micro-fill numa posição
intermediária. 3) O tempo de ação do jato abrasivo influencia a rugosidade da
superficie da resina composta, a qual aumenta de forma marcante de 30 segundos
para 60 segundos de aplicação.
156
ESTUDO
HISTOLÓGICO EM RATOS DO PROCESSO DE REPARO EM FERIDAS DE EXTRAÇÃO DENTAL, APÓS
IMPLANTE DE COLÁGENO LIOFILIZADO.
R.Mazzonetto;
J.R.de Albergaria-Barbosa
-Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -, UNICAMP
Atualmente
são muito bem conhecidas, inclusive a nível histológico, as fases evolutivas do
processo de reparo em feridas de extração dental. Vários são os estudos sobre a
influência de substâncias colocadas diretamente no interior do alvéolo, no
processo de reparo alveolar em ratos. Os autores estudaram histológicamente, o
processor de reparo alveolar em ratos cujos alvéolos pós-extração foram
preenchidos com fragmentos de colágeno liofilizado. Foram utilizados 48 ratos,
separados em 2 grupos: um grupo controle e um grupo tratado com colágeno liofilizado.
Os animais de a ambos os grupos, em número de 3 para cada período experimental
(1, 3,6, 9, 15, 21 dias , após-operatórios) foram sacrificados por inalação de
éter sulfúrico.
Pela
análise histológica, nas condições de metodologia utilizada, concluiu-se que:
1) é rapidamente absorvido pelo organismo, 2) não altera significantemente o
tempo de reparo do processo alveolar.
157
ENZIMAS
LISOSSOMAIS EM GRANULOMAS INDUZIDOS PELA PAREDE CELULAR DAS BACTÉRIAS DA PLACA
DENTAL. INFLUÊNCIA DE ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO-ESTERÓIDES.
SA.
Catanzaro Guimarães; E.M. Taga,. T Akatsu; O.Tárzia,. M.C.C. Felippe; M.A.B.
Negrato; J. do Nascimento.
Os
granulomas induzidos pela infecção da parede celular de bactérias da placa
dental no tecido subcutâneo do rato foram cuidadosamente removidos em
diferentes períodos de tratamento com quatro antiinflamatório não-esteróides. O
extrato foi obtido através da centrifugação do homogenado dos granulomas em
tampão Tris-HC1 0,05M a 3000 rpm, durante 10 minutos. No extrato obtido foram
analisadas as seguintes enzimas: Fosfatase Ácida, Aril Sulfatase e
Beta-Hexosaminidase.
Os
resultados mostraram que o nível das enzimas variou de acordo com os
antiinflamatórios não-esteróides utilizados: NAPROXEN, SULINDAC, IBUPROFEN E
GLUCAMETAClNA. Outro aspecto interessante foi a variação do perfil enzimático
de acordo com a enzima analisada, demonstrando que a liberação das enzimas
lisossomais é bastante complexa.
158
EFEITO DOS
CITRATOS NA PREVENÇÃO DA CÁRIE DENTÁRIA EM RATOS
M.C.F. Pimenta; A. Z Vono; C.E. Pinheiro
-Faculdade
de Odontologia de Baúru
A tendência
atual no campo da saúde é dar ênfase à prevenção, procurando assim, evitar
manobras terapêuticas futuras muito mais dificeis, dispendiosas e de resultados
duvidosos. Em se tratando especificamente da cárie dentária, fato de ser a
moléstia de maior prevalência entre os seres civilizados, apesar do grande
número de métodos preventivos vigentes, usados isoladamente ou em combinação e
reforçando-se mutuamente, não há ainda um que seja totalmente eficaz. Segundo
KEYES, para que ocorra a cárie dentária, é necessário que haja um hospedeiro
susceptível, uma microbiota bucal cariogênica e um substrato adequado. Desta
maneira, para prevení-la, teremos que atuar nos três fatores, através de
métodos eficazes de prevenção. De todos os métodos existentes, apenas aquele
que aumenta a resistência do hospedeiro não depende tnto da participação ativa
do indivíduo para sua eficácia. Por isso, tem recebido especial atenção dos
pesquisadores as substâncias ou compostos que atuam nas estruturas duras do
dente, aumentando sua resistência à cárie dentária. Várias substâncias e
elementos têm sido ampla e exaustivamente pesquisados as últimas décadas
(flúor, fosfatos, ácido graxo, cloro, molibdênio, ítrio). Contudo, apesar de
terem demonstrado ação anticariogênica, a toxicidade dos mesmos impedem seu uso
indiscriminado na população humana.
Deste modo,
o citrato, por ser uma substância comun das frutas cítricas e por estar
presente nos tecidos mineralizados, em particular nos dentes, está sendo
estudado nesta pesquisa, associado a diferentes cátions (zinco, magnésio,
potássio e amônio bibário), cmno agentes redutores da cárie dentária em animais
de laboratório, (Rattus Norvegicus albinus ), constituindo portanto, subsídios
para uma possível aplicação futura na população humana.
159
UTILIZAÇÁO
DE CORTICOSTERÓIDE (DEXAMETASONA) APÓS CIRURGIAS DE DENTES RETIDOS
L.E.P. Carvalho;
E.F.Moraes Jr.
Faculdade
de Odontologia de Bauru -USP
Intervenções
cirúrgicas bucais geralmente provocam um pós-operatório com dor, edema, trismo
e certo desconforto para o paciente, manifestações estas, características de
uma reação do organismo frente a qualquer agressão. Cirurgias de terceiros
molares retidos são consideradas muito traumáticas devido ao tipo de
intervenção, pois estas apresentam vários fatores que contribuem para uma
resposta inflamatória mais acentuada. Com objetivo de rninimizar a extensão
desta resposta inflamatória, várias drogas foram utilizadas, entre elas a
Dexametasona, e que melhor resultado obteve. Este esteróide sintético apresenta
um poder antiinflamatório 25 a 30 vezes mais efetivo que os naturais. Presente
trabalho foi baseado em estudo realizado pelo Prof. Dr. Clóvis Marzola
(USP-BAURU), com aplicação intra-muscular de Dexametasona em 79 pacientes
submetidos a diversos tipos de intervenções cirúrgicas, num total de 95,
obtendo bons resultados, com redução considerável do edema e dor
pós-operatórios. Para este trabalho foram utilizados pacientes que
submeteram-se a duas intervenções cirúrgicas. Estes foram selecionados de modo
que apresentassem retenção, número e posições anatômicas dos terceiros molares
retidos simétricos do lado esquerdo e direito, proporcionando-se, assim
parâmetros de comparação; bem como excluídos pacientes com quaisquer alterações
sistêmicas. Finalizada a cirúrgia, infiltrou-se 2,5ml de Decadron 4mg/ml ou
2,5ml de soro fisiológico nos músculos adjacentes ao local operado.
O
pós-operotório da cirurgia realizada com posterior aplicação de Decadron foi
comparado com o pós-operotório da ciurgia com posterior aplicação do placebo.
Foi realizado um estudo duplo-cego. As medidas faciais foram obtidas com um
paquímetro modificado, em posicionamento padronizado para todas as mensurações
e pacientes, visando verificar aumento volumétrico da área operada e abertura
de boca. Os pacientes foram avaliados antes, imediatamente após, 24, 48, 72
horas e 7 dias pós-operotório, observando-se edema, sintomatologia dolorosa,
abertura de boca e aspecto clínico da área operada.
161
REPARAÇÃO
DE ALVÉOLO DENTAL E DE FEERIDA CUTÂNEA APÓS IRRIGAÇÃO COM SOLUÇÃO DE PRÓPOLIS.
ESTUDO HISTOLÓGICO EM RATOS.
O. Magro
Filho; A.C.P. de Carvalho
-Faculdade
de Odontologia de Araçatuba
A medicação
natural tem sido muito cogitada em nossos dias e publicações de ronho popular e
científico têm atribuído algumas propriedades medicinais à própolis. Em
odontologia este apiterápico tem sido utilizado em inúmeras áreas, tais quais:
endodontia, periodontia e cirurgia. Assim, em vista da inexistência de estudos
histológicos, analisando-se fenômenos cicatriciais sob os efeitos do tratamento
com extrato hidro-alcóolico de própolis, o objetivo deste trabalho foi analisar
histológicamente, em ratos albinos, os efeitos da irrigação com solução
hidro-alcóolica de própolis, sobre a cicatrização de feridas cutâneas
experimentais e sobre a cronologia do processo de reparo em feridas de extração
dental. Dentro das condições experimentais deste trabalho, foi possível
concluir que:
a) a
solução hidro-alcóolica de própolis não acelerou a cronologia da reparação das
feridas de extração dental; b) a epitelização ocorreu de fonna mais acelerada
nas feridas cutâneas tratadas com solução hidro-alcóolica de própolis.
162
CONTRIBUIÇÃO
CLÍNlCA DO ESTUDO DO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DAS FRATURAS DO COMPLEXO
ZIGOMÁTICO.
W.A.Jorge;
N.Tenório; R.Martins
-Faculdade
de Odontologia da USP
Os autores
realizam um estudo retrospectivo de pacientes traumatizados de face, com
diagnóstico de fraturas do complexo Zigomático, atendidos no Serviço de Buco
Maxilo Facial do Hospital Universitário da USP, no período do ano de 1987. São
revisados 31 casos de fraturas do complexo zigomático, a distribuição por
idade, sexo e agentes etiológicos são descritos, a maioria das fraturas foram
encontradas na terceira década de vida, pertencem ao sexo masculino e são
resultantes de acidentes de trânsito respectivamente. As fraturas do complexo
zigomático foram classificados de acordo com KNIGHT & NORTH demonstrados
pela rdiografia em posição de Waters, este tipo de classificação é o mais
adequado, porque dão uma orientação de tratamento de acôrdo com o tipo de
fratura. O tratamento cirúrgico quando indicado consistiu na redução da fratura
e fixação se fosse necessário, recomendando-se que a fratura do arco zigomático
deverá ser reduzido com a técnica de Gillies com acesso tempora; o osso malar
se reduz com a técnica de tração com gancho de Ginestet, e aquelas fraturas não
estáveis se fixa com O fio de Kirschener segundo a técnica de Matsunaga, e/ou
osteossíntese em dois pontos segundo Karlan & Cassisi. Para a exploração do
assoalho de órbita se levou em consideração os critérios de Fisher
&Dielert.
As
complicações ocorrentes mais frequentes foram a assimetria facial, e
peristência da parestesia do nervo infra-orbitário.
163
ESTUDO
HISTOLÓGICO EM RATOS DA REAÇÃO DO TECIDO CONJUNTIVO SUBCUTÂNEO APÓS IMPLANTE DE
COLÁGENO
C.M.Rizzatti-Barbosa;
J.R.Abergária-Barbosa
-Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
O estudo de
implantes de substâncias aloplásticas, após intervençâo cirúrgica na cavidade
bucal vem sendo realizada por inúmeros autores. Seu principal objetivo tem sido
selecionar alguns materiais que não só ocasionem um mínimo de reação tecidual
mas, também, estimulem a reparaçâo tecidual, possibilitando o seu emprego
clínico. A reação do tecido conjuntivo subcutâneo de ratos, após implantação de
colágeno (microlágeno) sob a forma de esponja foi estudada histológícamente.
Para tanto, foram empregados 30 ratos, os implantes de fragmentos de colágeno
foram realizados no dorso do animal e o estudo foi feito nos períodos de 1, 3,
6, 9 e 12 dias pós-operatórios.
Dentro das
condições estabelecidas podemos conduir que o material utilizado: 1) ocasiona
reação tipo corpo estranho, bastante intensa nos estágios inciais; 2) é
rapidamente absorvido pelo organismo; 3) permite o desenvolvimento de tecido
conjuntivo em suas proximidades.
164
REAÇÃO DO
TECIDO CONJUNTIVO SUBCUTÃNEO DE RATO AO IMPLANTE DE CIMENTOS FOTOPOLIMERIZÁVEIS
(CAVILITE E DYCAL VLC)
M.R. B.
Oliveira; M. Jacobovit.z,. R.C.C. Lia.
-Faculdade
de Odontologia de Araraquara - UNESP
O presente
trabalho teve como objetivo analisar a compatibilidade biológica em tecido
conjuntivo subcutâneo de rato, o potencial irritativo de dois materiais
odontológicos veiculados em tubos de polietileno, em 5 situações experimentais:
Grupo I -Cavilite polimerizado; II Cavilite sem polimerização; III -Dycal VLC
polimerizado; IV -Dycal VLC sem polimerização; V -controle (laterais do tubo de
polietileno). Utilizou-se 96 ratos, divididos em 4 animais para cada período em
cada situação experimental de 3, 7, 14, 28, 60 e 90 dias. Efetuou-se 4
implantes dorsais em cada animal. Após os períodos pós-operatórios, realizou-se
biópsias incisionais e os fragmentos foram tramitados para avaliação em
microscopia ótica.
Os
resultados obtidos, permitiram as seguintes conclusões: I) Todos os materiais
testados apresentaram-se como initantes ao tecido conjuntivo subcutâneo do
rato, sendo apenas variável seu grau entre os grupos. 2) Há evolução para o
tecido de granulação em áreas justa tubulares, região principal de análise em
todos os grupos experimentais, crescente aos 7 dias. 3) Nos grupos I, III e IV
já se observa evolução do tecido de granulação por colagenização aos 7 dias e
para 14 dias. No grupo II periste menor colageneização, persistencia do tecido
de granulação e intensa infiltração inflamatória. 4) Nos períodos analisados,
em grau decrescente de irritabilidade temos: Grupo V- Controle; III Dycal VLC
polimeizado; I -Cavilite polimerizado; IV- Dycal VLC não polimerizado; II
Cavilite não polimerizado 5) o potencial irrtativo do cavilite não polimerizado
é destacadamente mais elevado. 6) A atividade macrofágica é evidente em todos
os grupos experimentais, sobre partículas que lembram material, sendo menor nos
grupos correspondentes aos materiais polimerizados. 7) Massas amorfas basófilas
que sugerem mineralização foram encontradas nos grupos III e IV (correspondente
ao Dycal VLC) em áreas supracapsulares junto ao material implantado.
165
TRATAMENTO
MIOTERÁPICO DA SÍNDROME DOR-DISFUNÇÃO MIOFACIAL
C.M. de
Felício; MA.M. da Silva
-Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto
-USP
O termo
Síndrome Dor-Disfunção Miofacial engloba um conjunto de sintomas associados com
distúrbios estruturais e funcionais de músculos faciais e da articulação
têmporo-mandibular (A.T.M.), tais como alterações de tonicidade e postura da
musculatura cervical e orofacial e hábitos orais crônicos. O objetivo do estudo
foi detectar a incidência de alterações miofuncionais nos portadores da Síndrome
Dor- Disfunção e a efetividade da terapia miofuncional associada a outras
terpêuticas (placas oclusais, mioestimulação, elétrica, laserterapia e
aparelhos ortopédicos funcionais). O trabalho foi desenvolvido com 51
(cinquenta e um) pacientes da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, que
procuraram a Clínica de Oclusão n no ano de 1989 devido a dores e ruídos na
articulação têmporo-mandibular, dores faciais, cervicais, cefálicas, distúrbios
auditivos e outros. A terapia enfoca é a fonoaudiologia, que nesse contexto tem
como objetivo a reeducação miofuncional à fim de eliminar hábitos para
funcionais e desenvolver os padrões adequados de respiração, mastigação,
deglutição e fonação. Da avaliação dos 51 ( cinquenta e um) sujeitos obtivemos
o seguinte percentual de alterações: Deglutição atípica -84,3%; Mastigação
unilateral -52%; Respiração mista -43,1%; Alterações fonoarticulatórias
(audíveis ou não) -84,3%. A alta incidência, assim como a relação causal entre
as alterações miofuncionais e a Síndrome Dor-Disfunção apontada pela
literatura, deu-nos suporte para a inclusão da mioterapia no tratamento e após
este constatamos: eliminação dos pontos desencadeantes de dor, maior mobilidade
e motricidade das estruturas orofaciais (incluindo grau de abertura bucal),
mudanças de postura e consequentemente diminuição da sintomatologia.
Confirma-se
então, que a oclusão dentária é um aspecto fundamental para o equilibrio da A.
T.M., mas esse fator não pode ser considerado isoladamente, sendo necessário,
que se teve em conta o aspecto mio funcional.
166
TRATAMENTO
SINTOMATOLÓGICO DA SÍNDROME DA ARTICULAÇÃO TÊMPORO-MANDIBULAR ATRAÉS DA
ELETROESTIMULAÇÃO E LASER TERAPIA.
P,N. Fracon
e MA.M.R. da Silva
Faculdade
de Odontologia de Ribeirão Preto -USP , .
Uma das
modalidades mais recentes de tratamento sintomatológico para a modulação
sensitiva neural constitui-se na eletroestimulação e no uso do lASER, os Soft
Lasers. A estimulação transcutânea consiste numa ativação temporária dos .
aferentes nervosos, com o intuito de controlar a dor. A eletroestimulação
transcutânea de alta frequência vai estimular os aferentes cutâneos, provocando
uma atividade neurofisiológica que por sua vez vai ativar um mecanismo
inibitório descendente, sua , ação analgésica é imediata, reduzindo a dor de 50
a 70% mas desaparece muito rapidamente. Ao contrário, a baixa freqüência. A
ação se faz sentir após um período de indução maior, com a analgesia atingindo
porções segmentais ou gerais do corpo. O alívio da dor se dá devido a liberação
das endormorfinas (secretadas pela glândula pituitária e levadas pela corrente
sanguínea). Nós usamos em nosso trabalho um aparelho com alta e baixa
freqüência, que são aplicadas simultaneamente por 30 minutos durante 5 sessões.
O laser tem ação analgésica, pois estimula a liberação de substancias
neurotransmissoras, como as sorotoninas, ação antinflamatória provocando a
vasodilatação periférica e estimulando as mitocondrias a produzirem mais ATP,
provocando a revitalização celular e controlando a desporalização das células
nervosas ~ (neurônios). Nós usamos um aparelho de soft laser com Hélio-neônio,
GA-AS são aplicadas as radiações nos pontos gatilhos de dor ou pontos de
acupuntura. As, aplicações são feitas por 7 dias com duração de 2 minutos. Nosso
trabalho foi feito em pacientes que apresentavam dores agudas na articulação
têmporo-mandibular e músculos. Um grupo de pacientes recebeu a
eletroestimulação e outro grupo laserterapia, na sintomatologia dolorosa
obtivemos 76% de sucesso no 1° grupo (eletroestimulação ) e no 20 grupo 82% de
alívio de dor.
Podemos
concluir, após este trabalho que tanto a eletroestimulação como a Laserterapia
em casos sintomatológicos, exerceu ação efetiva no tratamento.
167
ALTERAÇÕES
MORlFOLÓGlCAS DA SUPERFÍCIE METÁLICA DA UNIÃO MÉTALO-CERÂMlCA
C.
Comércio- Klinikum Der Albert -Ludwigs Universitat. Al.oc.
O presente
estudo teve por objetivo a análise das alterações micromorfológicas que ocorrem
na superfície metálica da união metalocerâmica após os procedimentos de
oxidação da estrutura metálica e cocção da porcelana. Foram selecionadas três
ligas representativas do grupo de ligas nobres: Degudent-U (liga áurea);
Bond-on 4 (cobre-paládio); Pors- on 4 (prata-paládio). Do grupo de ligas não
nobres foram selecionadas: Wiron-88 (níquel-cromo), Unibond 2000
(cromo-cobalto) e Dentitan (cobalto-titânio). Os corpos de prova duram fundidos
segundo as instruções dos fabricantes, procedendo-se em seguida a cocção da
cerâmica VITA VMK 68. Em desacordo com os procedimentos rotineiros de
laboratório, os corpos de prova foram submetidos após a fundição a um polimento
metalográfico, para que fosse possível uma visão melhor das alterações
micromorfológicas que têm lugar na estrutura metálica após o processo de
oxidação. Esse polimento especial facilitou também a documentação fotográfica
no microscópio eletrônico de varredura e no microscópio óptico. Pata análise da
união metalo-cerâmica os corpos de prova foram seccionados no sentido
transversal, de modo que, após o ataque ácido fosse possível visualizar a
extensão das alterações morfológicas na superfície interna do metal após o
processo de oxidação. Na segunda etapa do trabalho, após a remoção da cerâmica
através de testes de cizalhamento e resistência à tração, analisou-se as alterações
morfológicas da superfície metálica em contato direto com a cerâmica.
Os
resultados mostraram que para a liga Degudent-U, é evidente uma correlação da
superfície submetida à ataque ácido com o processo de difusão nos limites
granulares da superfície metálica em contato com a cerâmica. A superficie
oxidada apresenta um modelo de microretenções ao longo dos limites granulares
através da formação de poros e fendas que possibilitam após a cocção da
cerâmica uma melhor imbricação mecânica. O processo de oxidação extende-se até
2,5 um na superfície interna da liga. O mesmo modelo de microretenções, porém
de forma não tão marcante, apresentam as ligas Bond- on 4 e Pors-on 4. No caso
das ligas não preciosas, a superfície metálica em contato com a porcelana mostra-se
menos alterada e a oxidação dá-se na forma de ilhas irregulares, oferecendo
assim uma reduzida chance de microretenção mecânica satifatória. Como resultado
deste estudo, ficou evidente que paro as ligas não-preciosas o jateamento com
óxido de lumínio antes da aplicação da cerâmica faz-se necessário, procedimento
que no caso das ligas áureas pode ser dispensável.
168
RESISTÊNCIA
DE PREMOLARES ENDODONTICAMENTE TRATADOS, RESTAURADOS COM MATERIALES ADHESIVOS
RL.Macchi;
P.F. Abate*; M.A.Capurro; C.L.Herrera; E. Artale; S.Kohen.
Facultad de Odontologia, UBA.
EI comportamiento biomecánico de los dientes
tratados endodonticamente suele experimentar cambios debido a la perdida de
elementos estructurales y a modificaciónes histoquímicas de los tejidos. El
objetivo de este trabajo fue evaluar a la resistencia a la fractura de
premolares superiores endodónticamente tratados y restaurados o no con
distintas técnicas y materiales adhesivos. Se seleccionaron premolares
superiores sanos extraídos, divididos en cuatro grupos. Grupo A: dientes
indemnes (control absoluto). Grupo B: dientes con preparaciones endodónticas y
cavidades no restaurados (control). Grupo C: piezas con acceso endodóntico y
cavidades restauradas con tecnologia adhesiva y resinas reforzadas (sistema
Photo, Clearfil A). Grupo D: premolarescon preparaciones endodónticas y
cavidades restauradas con cemento de ionómero vítreo tipo II (shofu ) y
composite. Los grupos B, C y D fueron divididos en subgrupos: 1, cavidad de
acceso endodóntico; 2. cavidad de acceso con falta de reborde marginal y 3.
preparacion endodóntica y cavidad MOD. Los conductos fueron obturados con conos
de gutapercha y cemento de hidróxido de calcio (Dycal). Se obtuvieron
radiografias pre-operatorias (frente y perfil) y postoperatorias. Se
registraron datos correspondientes a diámetros y medidas de los dientes. Las
piezas fueron sometidas a ensayos bajo cargas compresivas (2,5 kg./3 seg). Los
valores de tension de ruptura (mpa) se obtuvieron relacionando la fuerza
de ruptura (N) en función de la
superficie del diente considerada (mm).
Los resultados fueron sometidos a análisis de
variancia. Se encontró diferencia significativa entre el grupo control y el
resto (B, C y D). El comportamiento mecânico de los premolares sonos fue
significativamente superior a los tratados endodónticamente, independientemente
de si estaban o no retaurados (P <0.005). En los premolares tratados
endodónticamente, el comportamiento mecánico fue superior cuando se conservaba
el reborde marginal (uno o los dos) independientemente de si estaban o no
restaurados. El comportamiento mecánico de los premolares tratados y
restaurados con ionómero-composite, tuviesen o no rebonie marginal, resulto
significativamente superior al de los restaurados con composite.
169
SOLUBILIDADE
DE MATERIAIS A BASE DE HIDRÓXlDO DE CÁLCIO EM ÁGUA E ÁCIDO FOSFÓRICO À 37%
(p/P)
S.M. Werner; M.A.C.Sinhoretti; M.F.Goes.
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP
Os
materiais a base de hidróxido de cálcio são muito usados como agentes
capeadores diretos e indiretos do tecido pulpar .A solubilidade em água e ácido
desses materiais é uma propriedade muito importante pois os procedimentos
técnicos de condicionamento ácido do esmalte dentário e sua posterior lavagem
com água são muito utilizados para aumentar a retenção de materiais
restauradores resinosos em dentes onde o forramento pode ser um material a base
de hidróxido de cálcio. Assim sendo, o propósito deste trabalho foi verificar a
solubilidade em água e solução de ácido fosfórico a 37% (P/p) de três produtos
a base de hidróxido de cálcio. As especificações número 8 e 9 da Associação
Dentária Americana foram usadas com algumas modificações para estudar a
solubilidade dos materiais Dycal, Recal e Life. Todos os materiais utilizados
foram manipulados de acordo com as instruções do fabricante e proporcionados
por peso (1/1). Foram confeccionados 15 amostras de cada material, sendo 5 para
solubilidade em água, 5 em ácido e 5 como controle.
Os
resultados estão dispostos na tabela 1.
Tabela 1.
Valor médio da solubilidade dos produtos a base de hidróxido de cálcio.
PRODUTOS SOLUBILIDADE
EM SOLUBILIDADE EM
ÁGUA APÓS 24 HS ÁCIDO APÓS 60 SEG.
(%) (%)
DYCAL 1,65 (0,72)* 8,30 (1,35)*
RECAL 5,28 (0,52)* 2,44
(0,33)*
LIFE 3,51
(0,27)*
0,30 (0,05)*
( ) Desvio
Padrão *Significância à nível de 5%. Pode-se concluir que o material menos
solúvel em ácido foi o Life e o mais solúvel foi o Dycal. Em água a
solubilidade foi menor para o Dycal e maior paro o Recal. Os valores de
solubilidade dos materiais são estatisticamente diferentes entre si a nível de
5%.
170
ESTUDO
COMPARATIVO ENTRE SELANTES OCLUSAIS FOTOPOLIMERIZÁVEL
E
AUTOPOLIMERIZÁVEL EM RELAÇÃO À RETENÇÃO.
M.R.E.A.S. Gandini; V. Vertuan
Faculdade
de Odontologia de Araraquara -UNESP
Esse estudo
comparou a retenção de dois selantes fotopolimerizável (Concise 3M e
Sealite-Kerr) com um autopolimerizável (Delton J&J). O grupo de estudo
consistiu de 62 crianças, 35 meninos e 27 meninas, entre 6 e 11 anos de idade.
Foram seladas 229 superficies oclusais de primeiros molares permanentes sendo
118 superficies superiores e 111 superficies inferiores. A aplicação dos
selantes foi realizada de forma padronizada e de acordo com as especificações
de cada fabricante e foi utilizado isolamento relativo com rolos de algodão.
Após 24 meses, 211 superficies tratadas com os selantes foram avaliadas em 58
crianças.
Dentre os
resultados encontrados concluiu-se que em relação à retenção completa, não
foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre os se/antes,
Concise e Delton para os arcos superior e inferior o mesmo acontecendo no arco
inferior quando comparou-se os selantes Sealite e Delton e diferenças
estatisticamente significantes foram observadas entre os selantes Sealite e
Concise para os arcos superior e inferior,o
mesmo ocorrendo para o arco superior quando comparamos os selantes
Sealite e Delton. Não foram notadas diferenças estatisticamente significantes
quando realizou-s comparações entre os arcos superior e inferior, utilizando-se
um mesmo tipo de se/ante.
171
EFEITO DE
UM PROGRAMA ODONTOLÓGICO INTEGRAL NA SAÚDE DE ESCOLARES
M. Maltz*;
R.B.Gazzola**; A.Brianchi**; M.S. Pakualotto**; ,A.B.Schoenardie*
Faculdade
de Odontologia -UFRGS. **Secretaria de Educação de Caxias do Sul -RS.
O objetivo
do presente trabalho foi o de controlar as doenças cárie e periodontal em
crianças de 6 -9 anos, matriculados em escolas estaduais de Caxias do Sul.
Foram examinadas 333 crianças, 182 pertencentes ao grupo teste e 151, ao grupo
controle. As crianças do grupo controle estudavam em duas escolas diferentes:
uma das escolas tinha em atividade um cirurgião-dentista realizando atendimento
odontológico segundo programa convencional da Secretaria de Educação e, outra
escola, não havia cirurgião-dentista. As crianças do grupo teste participaram
de um programa odontológico onde foi ministrado instrução e motivação de
higiene oral, remoção de fatores retentivos de placa, aplicações periódicas,
com escova de flúor fosfato acidulado 1,23% e controle periódico dos
procedimentos preventivos. No início do programa e depois, em diferentes
oportunidades, foram realizadas palestras e discussões com pais e professores,
no sentido de integrar a escola e os pais no controle das doenças bucais. Após
dois anos do início do programa, observou-se diferença nas condições de saúde
bucal do grupo teste quando comparadas com as do grupo controle. Em relação às
condições gengivais, houve uma melhora de 63% no índice de sangramento do grupo
teste. O controle também apresentou uma diferença, porém inexpressiva (11% ). A
incidência de cárie, medida pelo CPOS, foi de 0,96 no teste e de 4,45
superficies no controle. O grupo teste apresentou uma diferença de 78,4% de
redução de cárie quando comparada ao grupo controle.
O presente
trabalho demonstrou que as doenças cárie e periodontal são controláveis com
medidas relativamente simples e que uma reorganização dos serviços
odontológicos escolares poderiam resultar na diminuição da alta prevalência
destas doenças na nossa população escolar.
172
ESTUDO
SÓCIO-EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE DENTAL. BELO HORIZONTE -MG
M.M.Guimarães;
B. Marcos
Faculdade
de Odontologia da UFMG
Estudo
sócio-epidemiológico realizado na cidade de Belo Horizonte, com o objetivo de
avançar na compreensão da mortalidade dental em relação à doenças bucais,
dentro de uma dimensão social. A amostra consistiu de 357 indivíduos na faixa
etária de 11 a 70 anos, que procuraram os diversos serviços odontológicos, para
serem submetidos a alguma exodontia. Antes da extração foram aplicados nos
indivíduos, pelo mesmo pesquisador, um questionário, para determinar a classe
social do indivíduo, tendo sido utilizado um modelo dicotômico de classificação
social, onde apenas os extremos da estratificação forem considerados -classe
alta e baixa. Após os questionários, os indivíduos foram examinados em relação
ao número de dentes presentes, extraídos, ausentes e com extração indicada.
Estes últimos foram analisados quanto as causas biológicas de extração e se
tinham ou não condições biológicas (técnicas) de recuperação. Do total da
amostra, a cárie e a doença periodontal foram as causas mais importantes da
perda dental, mas nas duas classes sociais foi observada uma diferença
significativa, sendo a cárie a principal causa de extração na classe baixa -45%
e as outras causas como ortodôntica, erupção traumática e outras, as principais
causas na classe alta -51 %. Na classe baixa, a cárie mais a doença periodontal
foram responsáveis por 70% da perda dental, enquanto na classe alta -47%. Ao
somar os dentes com extração indicada (Ei) com os dentes extraídos (E), foi
observado que estes dentes aumentam com a idade e se alteram com a classe
social, sendo que três vezes maior na classe baixa -15,29 do que na classe alta
-6,14.
Em relação
à recuperação biológica, na classe alta não se perdem dentes passíveis de
recuperação, enquanto que na classe baixa metade dos dentes são extraídos ainda
com possibilidade de recuperação. A mortalidade dental por doenças bucais é
determinada e dimensionada pela questão social, que interfere, decisivamente,
na expectativa de vida dos dentes, atuando de maneiro diferenciada em relação
às doenças bucais, levando à perda dental por condição não biológica.
173
ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO
DO POTENCIAL HIDROGENIÔNICO DA PLACA DENTÁRlA EM ESCOLARES DE 14 ANOS DO SEXO
MASCULINO.
T.M. Drehmer;** A.R. Viegas
Faculdade
de Odontologia -UFRN, Faculdade de Saúde Pública -USP
Esta
pesquisa teve como proposição verificar, por meio de um estudo epidemiológico,
a distribuição do potencial hidrogênico da placa e de possíveis variáveis que o
influenciam, em escolares de 14 anos, do sexo masculino. Foram coletadas
informações sobre o potencial hidrogênico da placa em repouso e aos 5 e 20
minutos após um bochecho com solução de sacarose a 10%, a ingestão usual de
alimentos, o índice de placa, os índices de cárie, as práticas preventivas
relacionadas à saúde bucal e a ocupação e o nível educacional dos pais, ou
responsáveis, dos escolares.
Analisados
os dados, pôde-se verificar que nas condições deste estudo não se observaram
associações que permitissem detectar influências das variáveis estudadas em
relação ao potencial hidrogeniônico da placa dentária.
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EFEITO DO
CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO NO DESENVOLVIMENTO DE CÁRIES SECUNDÁRIAS
ARTIFlCIAIS
M. C. Serra
& J.A.Cury
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
O objetivo
deste trabalho foi avaliar as diferenças no desenvolvimento de cáries
secundárias, induzidas in vitro por um modelo dinâmico de ciclagens de
desmineralização e remineralização. Foram utilizados 21 pré-molares humanos
seccionados longitudinalmente. Cada metade dental teve sua face preparada e
casualmente restaurada com cimento de ionômero de vidro (Ceram-/Fi1) ou resina
composta (Herculite), enquanto a face lingual serviu como controle. O efeito
dos materiais restauradores no desenvolvimento das lesões artificiais
subsuperficiais foi analisado quantitativamente, através de testes de microdureza,
as medidas de dureza Knoop foram tomadas em 3 posições, denominadas A, B e C,
localizadas respectivamente a 30, 130 e 230 um da superfície do esmalte. As
médias dos valores de dureza Knoop, referentes às diferentes posições dentro de
cada tratamento, foram: Controle A =356.8, B=352.8, C=353.1; Resina Composta
A=200.4, B=349.7, C=346.8; Cimento Ionomérico A=331.4, B=367.1, C=350.2. A
análise estatística destes dados mostrou que na posição A as médias dos
tratamentos entre si, ao nível de 1% de probabilidade, enquanto nas posições V
e C não houve diferença significativa entre as médias.
Com os
resultados obtidos neste estudo pode-se concluir que a presença de restaurações
de cimento de ionômero de vidro foi capaz de diminuir a instalação e/ou
progressão das cáries artificiais em esmalte, mesmo em situações que simulam um
alto desafio cariogênico.
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FLÚOR
FIRMEMENTE E FRACAMENTE LIGADOS NO ESMALTE E SUA CORRELAÇÃO COM A COMPOSIÇÃO
DOS DENTIFRÍCIOS FLUORETADOS
JA.Cury
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
Quando o
flúor reage com o esmalte formam-se dois tipos distintos de produtos, Um deles
é solúvel em KOH, sendo chamado de fracamente ligado e tem uma composição
semelhante a fluoreto de cálcio -F(CaF2)-. O outro está firmemente associado ao
esmalte, tendo uma composição de apatita fluoretada (AF). Atualmente maior
importância tem sido atribuída ao F(CaF2) do que a AF e o objetivo deste
trabalho é mostrar as condições de formação dos dois produtos no esmalte a
partir de diferentes fluoretados. Foram utilizados 18 dentifrícios fluoretados
e um "placebo". Nestes foram determinadas as concentrações de flúor
total (FTP) e as solúveis na forma iônica (F-) e ionizável (MFP). Para o teste
de reatividade foi utilizado esmalte dental humano purificado (partículas de
0,074-0.105mm). Para a reação, 25.0mg de esmalte foi tratado por 1 minuto com a
solução sobrenadante da suspensão de dentrificios em saliva (1:3). No esmalte
foram determinadas as concentrações de flúor total (FTE), de F(CaF2) e AF, e na
solução de reação as de F- e MFP. Para as dosagens utilizou-se eletrodo
específico ORION 96-09.
Os
resultados mostraram que o principal produto de reação foi o F(CaF2).
Observou-se uma pequena correlação entre os produtos formados no esmalte com
FTP da pasta, mas uma alta correlação com o F na pasta ou solução. Concluiu-se,
neste estudo in vitro, que a atividade de um dentifrício f1uoretado pode ser
estimada pela concentração de f1úor iônico solúvel presente no dentifrício.
176
EFEITO DO
HIDRÓClDO DE ALUMÍNIO NA REATIVIDADE DO FLÚOR COM O ESMALTE DENTAL
P.L Rosalen; M.C.Serra,. J.A.Cury
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP
Durante a
aplicação tópica de flúor em gel com moldeiras são ingeridos aproximadamente
20.0mgF , com relatos clínicos de náuseas e vômitos pelos pacientes. Em
comunicação anterior, relatamos que a ingestão prévia de antiácido a base de
hidróxido de alumínio reduz a absorção de flúor, não sendo relatado pelos
voluntários nenhuma sintomatologia de toxicidade aguda. Por outro lado,
relata-se que sais de alumínio aumentam a retenção de flúor no esmalte. Nosso
objetivo foi avaliar o efeito do alumínio na reatividade do flúor com o
esmalte, quando de pré-tratamento a aplicação tópica de flúor em gel. O
experimento clínico (duplamente cego) foi realizado em 10 voluntários adultos,
os quais receberam 2 aplicações tópicas de flúor em gel (2.5mgF /kg -Fluoride
GelR -Kerr; 1.1% F), num espaço de 7 dias cada, obedecendo procedimentos
clínicos de rotina. Uma das aplicações foi procedida da mastigação de
comprimido de hidróxido de alumínio (Pepsamar ) e a outra de placebo. Biópsias
no esmalte por ataque ácido foram realizadas, antes de cada aplicação,
imediatamente após e 7 dias após, tanto no grupo tratado quanto no controle. A
análise de íon flúor nas biópsias foi feita por potenciometria com eletrodo
específico. A camada de esmalte removida foi determinada pela dosagem de
fósforo nas biópsias. As concentrações
médias de flúor no esmalte (ppmF) foram: antes da aplicação tópica 1801.2
(Placebo) e, 1512,0 (Tratado); logo após a aplicação 8304,1 (Placebo) e 6874,8
(Tratado); sete dias após a aplicação 2121.2 (Placebo) e 1773.1 (Tratado). A
profundidade média das biópsias foi de 2.97 um.
Nas
condições em que foi conduzido o experimento, pode-se concluir que o
pré-tratamento com hidróxido de alumínio não interferiu significativamente em
termos de flúor incorporado no esmalte logo após a aplicação nem no retido após
7 dias, quando comparados com os grupos submetidos ao placebo.
177
ANÁLISE DOS
MOTIVOS DA CONSULTA PARA TRATAMENTO PERIODONTAL
A.A.B.Montandon; R.A.C.Marcantonio; B.E. C. de
Toledo
Faculdade
de Odontologia de Araraquara
Os motivos
que levam à procura do tratamento odontológico geralmente estão associados à
presença de sintomas dolorosos, pelo menos na grande maioria da população
brasileira, onde existe uma falta de conscientização da importância da saúde
dental. Esse fato torna-se muito importante no atendimento do paciente
periodontal, uma vez que a doença periodontal tem uma evolução lenta e cíclica,
embora progressiva, com o aparecimento de sintomatologia em fase avançada, com
maiores dificuldades de tratamento. Assim sendo, toma-se importante uma análise
dos motivos da consulta para o tratamento periodontal, afim de que o
periodontista possa avaliar a situação real e adequar a sua forma de atuação em
relação ao problema. Para essa finalidade foram analisadas as respostas de 210
pacientes das clínicas das Faculdades de Odontologia de Araraquara, Araras e do
Curso de Especialização em Periodontia da APCD -Regional de Araraquara, em
ficha especialmente elaborada com 35 possíveis de queixa principal do paciente
que procurou o atendimento periodontal e os resultados serão apresentados em
forma de tabelas e gráficos.