1 / 1986
AÇÃO DOS
RAIOS X SOBRE A ODONTOGÊNESE. ESTUDOMORFOLÓGICO.
L. T. O.
Ramalho; L. S. Utrilla; N. C. Roslindo
Departamento
de Morfologia. Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP
A despeito
das inúmeras informações, a respeito da resposta biológica à irradiação, poucas
são aquelas referentes a atuação dos Raios X, incidentes sobre o folículo
dentário.
Em pesquisa
anterior, verificamos que houve comprometimento dentinário nos molares em
desenvolvimento de ratos jovens submetidos aos Raios X.
No presente
trabalho, avaliaremos a ação precoce da irradiação, sobre o dente em formação
de conceptos. Para tanto, irradiamos a rata prenhe, com dose única de 300 R,
incidentes sobre a região abdominal, no 10º dia de gestação.
A ninhada
foi sacrificada em períodos compreendidos entre 5 a 30 dias de idade, sendo o
material submetido a análise histomorfológica, que demonstrou alterações mais
freqüentes nos ameloblastos e esmalte quando comparados com os odontoblastos e
dentina.
Estas
alterações eram principalmente nucleares, perda do alinhamento celular usual e
ausência na produção de matriz do esmalte, o que evidencia a intensidade da
lesão promovida pelos raios X quando aplicados precocemente sobre um tecido em
formação, pois sabemos que o núcleo é a fonte de toda a maquinaria de síntese
celular e de informação genética.
2 / 1986
ALTERAÇÕES
CRISTALOGRÁFICAS E DE DUREZA DAS LIGAS Cu-Al INFLUENCIADAS POR FONTES DE CALOR.
G. S. Veronesi; S. Consani; L A. Ruhnke .
Departamento
de Materiais Dentários. Faculdade de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
Para a
confecção dos corpos de prova foram utilizadas três ligas de composição básica
Cu-Al, conhecidas comercialmente pelas marcas Goldent, Ideolloy e Duracast.
Os padrões
de cera, obtidos em matriz metálica simulando preparo de classe II, foram
incluídos rotineiramente de acordo com a técnica da expansão térmica do
revestimento. Para cada tipo de liga foram incluídos 15 padrões de cera. As
fontes de calor utilizadas para fundição das ligas foram de gás/ar,
oxigênio/gás e eletricidade. Para cada fonte de calor foram obtidos 5 corpos de
prova de cada liga. Após a fundição, os corpos de prova foram removidos do
revestimento, limpos e submetidos ao polimento metalográfico. As superfícies
polidas foram examinadas sob teste de dureza superficial Knoop, com o
penetrômetro calibrado para 100 gramas de carga axial. Em seguida, as amostras
foram analisadas metalograficamente utilizando como reagente a solução de água
oxigenada e amônia (1/1).
Os
resultados obtidos indicam que existe uma influência marcante das fontes de
calor sobre a distribuição e orientação cristalina e sobre a dureza superficial
das ligas.
3 / 1986
ALTERAÇÕES
HISTOMORFOLÓGICAS INDUZIDAS PELA BENZOILMETILECGONINA NA GLÂNDULA SUBLINGUAL DE
CAMUNDONGOS.
A. S.
Martini; R. D. Ribeiro; C. C. A. Reis; R. A. Lopes; L. S. Utrilla
Departamento
de Ciências Biológicas. Faculdade de Ciência Farmacêuticas - UNESP
Departamento
de Ciências Patológicas. Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto
-USP
Departamento
de Princípios Ativos, Nat. e Toxicológicos. Faculdade de Ciências Farmacêuticas
-UNESP
Departamento
de Estomatologia. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto -USP
Departamento
de Morfologia. Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP
As
sublinguais são glândulas mistas que completam sua diferenciação no camundongo
adulto. São estruturas predominantemente mucosas, apresentando-se sob a forma
de ácinos simples em sua maioria e alguns poucos acoplados por células serosas
com disposição destas em formas de meia lua. O presente trabalho tem por
objetivo verificar as alterações estruturais e morfológicas induzidas pela
benzoilmetilecgonina (BME) na sublingual de camundongos jovens. Animais de 27
dias foram tratados com 50 ug de cloridrato de B.M.E. (i.p.) durante 16 dias.
Os resultados obtidos foram: 1) Nos ácinos simples, as células mucosas estão
palidamente coradas e de aspecto bem vacuolar. 2) Nos ácinos mistos, a porção
serosa é mínima freqüentemente constituída por uma única célula cubóide e
acidófila. 3) Os ductos estriados estão revestidos por epitélio prismático
baixo, cujas células apresentam irregularidade nas estrias basais. As
alterações ocorridas principalmente ao nível dos ductos dessas glândulas poderiam
ser justificadas em parte, pelo processo de atuação da B.M.E. que interfere
bloqueando o mecanismo de transporte ativo responsável pela captação neuronal
de catecolaminas.
3 / 1986
ALTERAÇÕES
HISTOMORFOLÓGICAS INDUZIDAS PELA BENZOILMETILECGONINA NA GLÂNDULA SUBLINGUAL DE
CAMUNDONGOS.
A. S.
Martini; R. D. Ribeiro; C. C. A. Reis; R. A. Lopes; L. S. Utrilla
Departamento
de Ciências Biológicas. Faculdade de Ciência Farmacêuticas - UNESP
Departamento
de Ciências Patológicas. Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto
-USP
Departamento
de Princípios Ativos, Nat. e Toxicológicos. Faculdade de Ciências Farmacêuticas
-UNESP
Departamento
de Estomatologia. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto -USP
Departamento
de Morfologia. Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP
As
sublinguais são glândulas mistas que completam sua diferenciação no camundongo
adulto. São estruturas predominantemente mucosas, apresentando-se sob a forma
de ácinos simples em sua maioria e alguns poucos acoplados por células serosas
com disposição destas em formas de meia lua. O presente trabalho tem por
objetivo verificar as alterações estruturais e morfológicas induzidas pela
benzoilmetilecgonina (BME) na sublingual de camundongos jovens. Animais de 27
dias foram tratados com 50 ug de cloridrato de B.M.E. (i.p.) durante 16 dias.
Os resultados obtidos foram: 1) Nos ácinos simples, as células mucosas estão
palidamente coradas e de aspecto bem vacuolar. 2) Nos ácinos mistos, a porção
serosa é mínima freqüentemente constituída por uma única célula cubóide e
acidófila. 3) Os ductos estriados estão revestidos por epitélio prismático
baixo, cujas células apresentam irregularidade nas estrias basais. As
alterações ocorridas principalmente ao nível dos ductos dessas glândulas
poderiam ser justificadas em parte, pelo processo de atuação da B.M.E. que
interfere bloqueando o mecanismo de transporte ativo responsável pela captação
neuronal de catecolaminas.
5 / 1986
ALTERAÇÕES
NO EPITÉLIO PALATINO DE EMBRIÕES DE RATOS, CUJAS MÃES FORAM SUBMETIDAS AO
ALCOOLISMO. RESUL TADOS PRELIMINARES.
G. Maia
Campos; S. O. Petenusci; M. G. C. Mattos; M. G. D. Contrera; L. G. Brentegani;
R. A. Lopes
Departamento
de Estomatologia. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto -USP
Foram
utilizados fetos de ratos albinos, variedade Wistar, cujas mães foram
submetidas ao alcoolismo durante todo o período de gestação. Para tal
empregaram-se aguardente de cana a 20% e etanol a 20% na água do bebedouro. Os animais
controles beberam água pura. Todas as ratas tiveram livre acesso à água ou
mistura alcoólica e à ração triturada. Os fetos foram colhidos, pesados,
fixados em alfac, incluídos em parafina e os cortes sagitais foram corados pelo
HE. Resultados: 1) a quantidade de líquido ingerido foi igual a 31,20 ml/24h
para o grupo controle, 32,52 ml/24h para o do aguardente e 23,70 ml/24h para o
do etanol; 2) a quantidade de alimento ingerido foi igual a 24,15 g/24h para o
controle, 20,77 g/24h para o grupo de aguardente e 15,85 g/24h para o grupo do
etanol; 3) o peso das placentas foram, respectivamente para os grupos controle,
aguardente e etanol, iguais a: 0,55 g, 0,57 g e 0,55 g; 4) o peso dos embriões
foram: 5,56 g, 2,61 g e 4,48 g respectivamente; 5) o volume nuclear das células
da camada basal do epitélio palatino foi igual a 159,92 (m3 + 6,55 para o feto
controle, 134,71 (m3 + 9,04 para o feto do grupo aguardente e 111,89 (m3 para o
do grupo etanol; 6) o volume nuclear das células da camada espinhosa foi igual
a 170,24 (m3 + 7,10 para o controle, 134,62 (m3 + 5,53 para o grupo aguardente
e 114,84l(m3 + para o grupo etanol.
6 / 1986
ALTERAÇÕES
VOLUMÉTRICAS SOFRIDAS POR ALGUNS ALGINATOS FRENTE A DIVERSAS CONDIÇÕES DE
ARMAZENAGEM
J. C.
Battistuzzo; R. S. Filho; L. R. M. Martins; J. R. Lovadino .
Departamento
de Odontologia Restauradora. Faculdade de Odontologia Piracicaba- UNICAMP
O alginato,
material moldador altamente sensível às condições do ambiente, foi estudado,
tendo-se em mira detectar qual a melhor condição de armazenagem. Para tanto, os
autores utilizaram-se de três marcas de alginato (Jeltrate, Jelprint, e
Xantalgin) encontrados no mercado e após manipulação de acordo com as
indicações do fabricante. confeccionaram corpos prova, a partir de matriz cujo
volume é conhecido. Em seguida, cada grupo de 5 corpos de prova de cada um dos
três materiais utilizados era armazenado em: toalha de papel umedecida,
envolvendo o corpo de prova; em refrigerador doméstico; em ambiente com umidade
relativa de 98% (obtido com solução saturada de Carbonato de Sódjo) e exposto
ao meio ambiente.
Utilizando-se
de um dilatômetro de mercúrio desenvolvido pelo autor, foram feitas medições
das alterações volumétricas sofridas pelos corpos de prova, armazenados nas
diversas condições acima descritas, após 15, 30 e 60 minutos do início da
mistura água-pó.
Observou-se
que, na impossibilidade do vazamento do gesso de imediato, o melhor resultado
obtido foi aquele em que os corpos de prova foram armazenados em toalha
umedecida, durante 15 minutos. O segundo melhor resultado, obtivemos após 15
minutos armazenados em ambiente fechado altamente umidificado. Em seguida,
quando o corpo de prova era deixado no ambiente e finalmente quando armazenado
em refrigerador.
Após 30
minutos as alterações volumétricas (contração) cresceram proporcionalmente nos
diversos ambientes.
Pelo
exposto, os autores consideram conveniente o vazamento do modelo imediatamente
após a moldagem, ou quando isso for impossível, deve ser feito armazenagem
envolvendo-se o molde em toalha umedecida ou em ambiente com umidade
controlada, porém, por período não maior do que 15 minutos.
7 / 1986
ALTURA
FACIAL EM PACIENTES COM PERDA DOS PRIMEIROS MOLARES PERMANENTES. ESTUDO
RADIOGRÁFICO.*
S.A.
Torres; T. Sakima; A. Mendes; A. A. Santos
Departamento
de Clínica Infantil. Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP
Departamento
de Ciências Biológicas. Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara-
UNESP
Verificamos
as possíveis alterações da altura facial em pacientes com perda dos primeiros
molares permanentes inferiores em ambos os sexos e em diversas faixa etárias,
por meio de estudo em telerradiografias.
Foram
selecionados 100 indivíduos da Rede Escolar de 1( grau do Município de
Araraquara/SP, compreendidos em dois grupos de 50 elementos cada um (grupo
experimental e grupo controle). Em cada grupo foram selecionados 25 indivíduos
do sexo feminino e 25 indivíduos do sexo masculino, subdivididos em 5 faixas
etárias, variando de 114 a 174 meses, com um intervalo médio entre cada uma
delas de 12 meses.
Dos
traçados cefalométricos foram tomadas três medidas angulares (PHF, PM, ANB,
ENA.Xi.Pm) e três medidas lineares (N-ENA, ENA- Me, N-Me) que, em função dos
dados obtidos nesta pesquisa, podemos concluir que:
1 -A
presença ou ausência dos primeiros molares permanentes inferiores não foi um
fato que houvesse influenciado os dois grupos estudados.
2 -Os
indivíduos do sexo masculino apresentaram valores maiores nas variáveis
estudadas, quando comparados com os do sexo feminino, entretanto, quando
comparamos os indivíduos dentro do mesmo grupo não verificamos uma grande
variação.
3 -Nas
diversas faixas etárias foi observado um aumento na altura facial anterior,
sendo a face inferior a responsável direta pelo mesmo.
4 -Frente à
escassez de informações na literatura sobre os efeitos da perda dos primeiros
molares permanentes na altura facial anterior, acreditamos que estudos
complementares poderiam ser levados em grupos homogêneos, onde se levaria em
consideração além do sexo e faixa etária, outras variáveis, tais como a
classificação de má oclusão e o padrão esquelético
_____________________________
Trabalho
subvencionado pela Capes
9 / 1986
ANÁLISE DE
PROJETOS DE PRÓTESES PARCIAIS REMOVÍVEIS
ELABORADOS
POR 10 LABORATÓRIOS DE PRÓTESES COMERCIAIS.
W.B.
Oliveira.; D. Vinha**
*
Departamento de Odontologia Clínica e Restauradora. Universidade Federal de
Uberlândia
**
Departamento de Odontologia Restauradora. Faculdade de Odontologia de Ribeirão
Preto -USP
Quando se
analisa o desempenho das próteses parciais removíveis, constata-se que parece
existir mais fracassos do que sucesso. Mas estes fracassos não devem ser
imputados às peças protéticas em si. São decorrentes da inobservância de
princípios biomecânicos no seu planejamento. Cada componente da prótese deve
ser cuidadosamente desenhado e projetado, visando obter-se o máximo de
estabilidade da peça e respeito aos tecidos de sustentação. Para isso, há
necessidade de um correto diagnóstico do paciente e de um profundo conhecimento
de anatomia, fisiologia, fonética, oclusão, estética e diversos outros, que só
o Cirurgião-dentista é detentor .
Por
entender que os protéticos, embora importantíssimos auxiliares, nem sempre
conseguem desenhar e projetar, corretamente, uma prótese parcial removível,foi
que o autor se propôs a analisar projetos de próteses parciais removíveis,
elaborados por 10 laboratórios de próteses comerciais.
Selecionou-se
pacientes portadores das 4 classes de dentados parciais de KENNEDY .Os modelos,
com os seus antagonistas, foram duplicados, formando-se 10 "kits" que
continham um modelo superior e inferior de cada classe. Cada "kit"
foi mandado para 1 laboratório, para que sobre eles se projetassem as
estruturas de próteses parciais removíveis.
Os esboços
foram analisados, segundo os itens: apoios oclusais, retentores, conectores
maiores, conectores menores e selas.
Uma última
análise foi feita com relação à eficiência dos laboratórios.
Os
resultados mostraram o que já era esperado: projetos muito díspares, ora com
falta ora com excesso de detalhes e, no geral, com total desrespeito aos
tecidos de sustentação.
10 / 1986
ANÁLISE DO
TEOR DE FLÚOR NO LÍQUIDO AMNIÓTICO EM GESTANTES CLINICAMENTE NORMAIS, NO TERCEIRO
TRIMESTRE DA GESTAÇÃO *
T. G.
Femandes
Departamento
de Odontologia -UFRN
No presente
estudo, em 37 gestantes clinicamente normais, no terceiro trimestre da
gestação, verificou-se o teor de flúor no líquido aminiótico. Para isto, foi
feita uma subdivisão em grupos: controle (GI) e experimentais (GII e GIII). O
GI se constituiu de gestantes que não tomaram flúor; o GII, por gestantes que
beberam água de abastecimento público contendo, 0,7 ppmF- e o GIII, por
gestantes, que além de beberem água a 0,7 ppmF- foram suplementadas com
complexo vitamínico, contendo 1 mg de flúor. Se fez uso do potenciômetro
digital 701 A, da ORION, para determinação do teores de flúor. Nos resultados
apresentados, constatou-se (x =10,7 e sd = 7,3 no GI, (x = 11,0 e sd = 4,0 no
GII, e (x = 11,2 e sd = 4,2 para o GIII. Percebeu-se desse modo, através dos
desvios padrões, que o GI continha flúor, mesmo por incorporação natural; porém
quando comparado com os demais grupos, não apresentou diferença
estatisticamente significativa. Concluindo, se demonstrou, também haver
correlação do teor de flúor no líquido amniótico com a variável idade da
gestante, bem como entre o teor de flúor e a paridade. Não havendo entretanto,
correlação entre a idade da gestação e o teor do íon no líquido amniótico.
* Tese de
Mestrado -Curso de Mestrado em Odontologia Social da UFRN Orientadores: Renato
Leite de Carvalho, Jaime Aparecido Cury, Aldemir José de Albuquerque.
11 / 1986
ANÁLISES DA
VARIAÇÃO DE CONSISTÊNCIA DO ÓXIDO DE ZINCO E EUGENOL UTILIZADOS COMO SELADOR EM
PULPECTOMIAS. ESTUDO HISTOMORFOLÓGICO EM CÃES.
R. C. C.
Lia*; E. Harrán**; C. B. Neto*; E. Martín***; M. R. B. Oliveira
*
Departamento de Fisiologia e Patologia. Faculdade de Odontologia do Campus de
Araraquara -UNESP
**
Cirurgião-Dentista (Endodontia)
***
Departamento de Anatomia e Veterinária. Faculdade de Agronomia e Veterinária da
Universidade Nacional de Rio Cuarto. Argentina
A
preparação biomecânica do sistema de canais radiculares e sua obturação,
significa na maioria dos casos uma agressão física e química para o côto
pulpar, não descartando-se a possível contaminação bacteriana.
O objetivo
desta pesquisa foi avaliar o potencial de irritabilidade de pastas, de óxido de
zinco e eugenol com consistências variadas utilizadas na obturação de canais
radiculares.
Assim
efetuou-se a pulpectomia em 48 canais radiculares de cães adultos jovens, que
em seguida receberam obturação com óxido de zinco e eugenol de consistência
considerada como fluída (0,08 ml de líquido para 0,20 mg de pó) e densa (0,08
ml de líquido para 0,40 mg de pó).
A análise
histomorfológica aos 180 dias mostrou a nível apical e periapical, persistente
infiltrado inflamatório em grau discreto para a consistência fluida e grau não
significante/discreto para a densa, concluindo-se que a maior quantidade de
eugenol livre é responsável por maior irritação.
12 / 1986
Análise
ultraestrutural da participação dos ameloblastos no início do processo de
calcificação da dentina.
A. W.
Almeida; M. L. P. Almeida; E. Katchburian
Departamento
de Histologia e Embriologia. Instituto de Ciências Biomédicas - USP
As
primeiras etapas do processo de mineralização da dentina é assunto muito
controvertido. Discute-se ainda se os primeiros depósitos cristalinos
aconteceriam sobre as fibrilas colágenas ou com a participação das vesículas da
matriz.
Estudando a
ultraestrutura de germes dentais de ratos com 3 a 4 dias de idade (fase de
campânula), verificamos que a temperatura do líquido fixador é fator
fundamental para a melhor preservação de macromoléculas encontradas na matriz
do manto dentinário. .
Utilizando
métodos de preparação do material convencionais, e outros onde se promove a
prévia "coloração" em bloco, coletamos dados que sugerem fortemente
que há uma participação da secreção dos amelobastos na fase de início de
mineralização da dentina. Tal secreção parece ser molde para a deposição de
material mineral.
Os achados
sugerem ainda, que a secreção dos ameloblastos envolve as fibrilas colágenas
secretadas pelos odontoblastos. Assim, acreditamos que nesta fase exista a
participação dos dois tipos celulares na formação da primeira frente de
calcificação que será ulteriormente o limite amelodentinário.
* Trabalho
subvencionado pelo CNPq.
13 / 1986
ANOMALIAS
DENTAIS EM CRIANÇAS. ESTUDO CLÍNICO E RADIOGRÁFICO.
M. R. B.
Oliveira**
*
Departamento de Clínica Infantil- UNESP/Araraquara
**
Departamento de Fisiologia e Patologia -UNESP/Araraquara
As
anomalias dentais são as diversas alterações que podem sofrer os dentes,
determinadas por causas hereditárias, congênitas e por transtornos do
desenvolvimento após o nascimento.
O
desenvolvimento dessas anomalias são detectados freqüentemente durante os
exames normais de rotina.
A maioria
das anomalias dentais evidenciam-se durante a infância.
DAHLBERG
divide os dentes em:
1
-Estáveis: aqueles que embora podendo sofrer anomalias, são menos freqüentes.
2
-Instáveis: sofrem mais comumente anomalias.
Uma
classificação de anomalias da dentição é de grande valor para o clínico que
procura a realização de um diagnóstico.
Em vista
que a maioria dos defeitos dos dentes e das estruturas de sustentação são
consideradas alterações da anatomia normal, utilizamos os constituintes
anatômicos dos dentes e de sustentação como princípios fundamentais da
classificação.
Assim as
anomalias dentais são divididas em cinco categorias relatadas pelo
desenvolvimento deficiente ou excessivo durante os estágios embrionários do
desenvolvimento do dente.
1)Anomalias
de número de dentes
2)Anomalias
de forma de dentes
3)
Anomalias de estrutura e textura dos dentes
4)
Anomalias de erupção e exfoliação dos dentes
5)
Anomalias de posição dos dentes.
O nosso
estudo avalia as variações entre os diversos tipos de anomalias, detectados
clínica e radiograficamente durante os exames normais nas crianças.
Concluimos,
que as anomalias mais freqüentes encontradas em nosso estudo foram as anomalias
de número de dentes (dentes supranumerários e ausência de dentes) acompanhados
pelas anomalias de forma (dileceração, flexão) e defeitos hipoplásicos
resultantes de trauma, doenças exantemáticas ou síndromes genéticos.
14 / 1986
APLICAÇÃO
TÓPICA DE SOLUÇÃO AQUOSA DE NaF A 2%, pH 3.6, SOBRE ESMALTE E DENTINA DE RATO.
R. S. Fillo; S. Consani; M. Goes
Departamento
de Odontologia Restauradora. Faculdade de Odontologia de Piracicaba- UNICAMP
1( M.I.E.,
de ratos adultos, previamente desgastados em sua fase oclusal, sofreram
aplicação tópica de solução aquosa de NaF a 2% pH 3.6, durante 1 minuto. O 1(
M.I.D. sofreu o mesmo tipo de desgaste, porém não recebeu a aplicação tópica.
Os dentes não receberam nenhum tipo de proteção, tendo permanecido, tanto a
dentina como o esmalte, expostos ao meio bucal, durante todo o transcurso do
experimento. Os animais, receberam dieta cariogênica, composta de 80% de ração
para ratos, sem antibiótico, 10% de açúcar refinado, 10% de leite em pó
integral e água fluoretada.
A data do
sacrifício dos animais variou do imediato, 5, 30 e 60 dias. Foram efetuadas
observações -macroscópicas, através de lupa binocular c/ 5x de aumento,
avaliando-se os aspectos: molar cariado (dentina exposta de tonalidade escura),
não cariado (dentina clara e de aparência luminescente) e observações
microscópicas, avaliando-se: exposição pulpar, pulpite, necrose e polpa normal.
Em nível percentual, foram observados os seguintes resultados:
Índice % de cárie Índice % da
vitalidade pulpar
1( MID 1( MIE 1( MID 1( MIE
Imediato 0,00% 0,00%
Imediato 100,00% 100,00%
5 dias 0,00%
0,00% 5 dias 20,00% 100,00%
30 dias 73,33%
13,33% 30 dias 13,33% 73,00%
60 dias 100,00%
20,00% 60 dias 20,00% 80,00%
Obs.: No
primeiro ensaio, foram utilizados 45 animais. Na etapa complementar, 20.
15 / 1986
ASPECTOS DA
SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA EM GRUPO DE 30 PACIENTES.
C. R. Costa
Instituto
Paulista de Odontologia
Tendo em
vista o grande interesse despertado em nosso meio pela Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida (AIDS), temos acompanhado o serviço de rotina do Instituto de Saúde,
realizando exame estomatológico em pacientes de risco. Assim seguimos uma
amostra de 30 pacientes que perfaziam um grupo ARC e AIDS característico com
obtenção de exames comprobatórios. A amostra constitui-se exclusivamente de
homens, sendo 16 homossexuais, 2 heterossexuais e 12 bissexuais com idade de 20
a 45 anos (Idade média 30.5 anos). No decurso do acompanhamento dos pacientes a
história médica revelava linfoadenopatia generalizada, perda de peso, quadro de
diarréia intermitente, febre, além de outros sinais e sintomas.
Ao exame
bucal pudemos observar que 70% apresentaram candidose sob a forma
pseudomembranosa e atrófica (comprovadas por cultura em várias localizações, principalmente
palato, língua e mucosa jugal). Entre as neoplasias destacou-se o Sarcoma de
Kaposi confirmado histológicamente, não tendo neste grupo de pacientes sido
encontrados outros tipos de neoplasia. Associadamente encontramos presença de
lesões sifilíticas e a lesão clinicamente chamada de "leucoplasia
pilosa" (Silvermann84).
Esta
pequena amostra nos induz a discutir os problemas de diagnóstico da AIDS pelo
C.D. tendo em vista principalmente a grande frequência de candidose sem
presença de fatores locais ou independentemente de problemas sistêmicos
expressivos. Ressalta-se a importância dos cuidados gerais do C.D. não só
frente a esta síndrome tão discutida e atual com às demais doenças infecciosas
no nosso meio.
16 / 1986
ASPECTOS
ULTRA-ESTRUTURAIS DO EPITÉLIO SULCULAR ORAL NA GENGIVA HUMANA CLINICAMENTE
NORMAL E NA ALTERADA PELA
DOENÇA
PERIODONTAL, NO MESMO INDIVÍDUO
M. F. M. Grisi; F. E. Pustiglioni; S. Kon; P. A.
Abrahamsohn
Faculdade
de Odontologia -USP
Instituto
de Ciências Biomédicas -USP
A leitura
revelou poucos estudos ultra-estruturais do Epitélio Sulcular Oral na
normalidade e na doença periodontal, não havendo dados comparativos no mesmo
indivíduo.
O objetivo
do trabalho foi, com auxílio da microscopia eletrônica, comparar o Epitélico
Sulcular Oral na gengiva humana clinicamente normal e na alterada pela doença
periodontal crônica.
Na
pesquisa, utilizamos biópsias de 5 (cinco) pacientes, que não haviam sofrido
tratamento periodontal anterior e que apresentavam dentro da cavidade bucal,
áreas clinicamente normais e áreas afetadas pela doença periodontal crônica. As
áreas foram classificadas de acordo com o índice Gengival (IG) de LÖE &
SILNESS (1963).
As biópsias
foram fixadas em glutaraldeído a 2% e processadas histologicamente. Foram
efetuados cortes semi-finos para microscópio óptico e cortes ultra-finos para
microscopia eletrônica.
Os
resultados encontrados revelaram que o Epitélio Sulcular Oral é formado por
três camadas celulares: a basal e a espinhosa bem definidas e a superficial com
indícios de queratinização. Esse padrão foi mantido em casos alterados.
As
alterações mais significativas foram: interrupção da lâmina basal, aumento dos
espaços intercelulares, com grande quantidade de substância eletrondensa amorfa
e células inflamatórias e diminuição no número de desmossomas.
17 / 1986
ASSOCIAÇÃO
DO FLUOR TÓPICO E SELANTE OCLUSAL NA PREVENÇÃO DA CÁRIE DENTAL
A. Valsecki Junior; V. Vertuan
Foram
selecionadas 132 crianças com idade média de 6 anos com 396 primeiros molares
permanentes, que totalizavam 1.980 superfícies dentais, dos quais, 132 dentes
receberam selantes exclusivamente (GRUPO 1 ) e, outros 132 receberam selante
oclusal associado à aplicação tópica de flúor- fosfato acidulado 1,23% (GRUPO
2). Outros 132 primeiros molares permaneciam como grupo CONTROLE.
Após 6 a 12
meses respectivamente, foram observados os seguintes percentuais de eficiência
na redução de cáries nos dois grupos de estudo:
6
meses 12 meses
Grupo1
...................................................................................60% - 94,4%
Grupo2
................................................................................100% - 97,8%
Foi
observada ainda, uma maior retenção do selante nos molares do Grupo 2.
18 / 1986
ATAQUE
ÁCIDO NO DENTE DECÍDUO -ESTUDO ATRAVÉS DO MICROSCÓPIO ELETRÔNICO DE VARREDURA.
F. B.
Araujo; M. A. L. Souza; C. A. Feldens
A
recuperação estética de dentes decíduos anteriores atingidos por cárie continua
sendo uma preocupação constante para o clínico geral, uma vez que é sabido da
existência da camada aprismática no esmalte do dente decíduo, o que implica
numa possível alteração no processo de retenção do material restaurador através
do mecanismo de ataque ácido.
Com o
objetivo de se fazer um esclarecimento ao clínico a respeito do problema, foi
realizado um levantamento bibliográfico, onde são sugeridas algumas
alternativas clínicas de tratamento, como por exemplo o aumento do tempo de
ataque ácido e/ou o desgaste da camada aprismática.
Baseado no
que foi descrito acima, procedeu-se a um estudo preliminar através da
microscopia eletrônica de varredura, objetivando-se esclarecer o melhor
pré-tratamento a ser feito no esmalte do dente decíduo afim de que seja
eliminado o problema da camada aprismática.
A partir de
cavidades simuladas em 2 incisivos decíduos, comparou-se a efetividade do bisel
do ângulo cavo-superficial contra o desgaste homogêneo da camada superficial,
com alta e baixa rotação. Tal comparação foi realizada através de
fotomicrografias dos terço cervical, médio e incisal da face vestibular dos
incisivos decíduos.
19 / 1986
ATIVIDADE
ANTIMICROBIANA DE MATERIAIS ODONTOLÓGICOS À BASE DE HIDRÓXlDO DE CÁLCIO SOBRE
GERMES ALCALIS-RESISTENTES (Str. faecalis)*.
P. A.
Sperança**; R. R. Biral***; L. Valdrighi***; J. Ranali***
**
Faculdade de Odontologia de Pernambuco
***
Faculdade de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
Na presente
pesquisa os autores procuraram avaliar a possível influência que o tempo de
contato exerce na Ação de Materiais Odontológicos à base de Hidróxido de Cálcio
sobre germes de reconhecida resistência a meios de elevada alcalinidade (Str.
faecalis). Foram testados os cimentos Dycal, Life e Rewew, bem como, a
suspensão saturada de Ca(OH)2.
Corpos de
prova dos cimentos foram contaminados com culturas puras de Str. faecalis
durante um contato de 3 minutos. Após isto, foram transferidos para placas de
Petri estéres, onde permaneceram períodos de 2, 4, 6, 8, 24 e 48 horas. A
seguir, os corpos de prova foram transferidos para tubos contendo Tioglicolato,
(BREWER), quando então o meio foi colocado em outro tubo de ensaio estéril,
evitando-se a passagem do corpo de prova, a incubação foi realizada em
condições de aerobiose por 48 horas a 37oC em estufa.
Para o
teste da suspensão saturado de Ca (OH) foram utilizados cones de guta percha
estéreis que após contaminados foram postos em contato com a suspensão nos
mesmos períodos de tempo de experimento anterior. Após, os cones eram levados a
tubos com o meio de Tioglicolato de BREWER e incubados em aerobiose por 48 horas
a 37oC.
Foram
realizadas também contra provas contaminando-se , pequenos pedaços de bastão de
vidro e verificando-se a viabilidade dos microrganismos após 48 horas.
A análise
dos resultados permitiu concluir que o tempo de contacto exerce influência positiva
sobre a atividade dos diversos materiais testado.
*Trabalho
subvencionado pelo CNPq. Proc. 404478-84.
20 / 1986
ATIVIDADE
CARIOGÊNICA NA REGIÃO DE PIRACICABA: FATORES MICROBIOlÓGICOS*
J. F.
Hofling; J. A. Cury; B. H.; W. Moreira; C. P. da Costa; C. F. Peters; A. C.
Usberti
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
Amostras de
saliva de crianças com 6-8 anos de idade foram analisadas do ponto de vista
microbiológico em concomitância com demais fatores salivares, como capacidade
tampão, fluxo salivar, etc., com o objetivo de se relacionar tais índices
cariogênicos antes e após tratamento odontológico específico. A saliva foi
coletada utilizando-se mastigação 1,5 g. de goma base. A saliva produzida dessa
forma, foi coletada (sob gelo) em tubos de ensaio com rosca esterilizados. Após
homegeneização com agitador de tubos tipo Phoenix (mod. A T 56/30 seg.) 0,5 ml
da amostra foi diluída em tampão fosfato 0,05 M, pH 7,0 a 10-1, 10-2 e 10-3.
Para o cultivo de S. mutans 25 µl foi inoculado em placas de Petri contendo
agar mitis-salivarius contendo sacarose e bacitracina. As placas foram
incubadas por 48 h em anaerobiose a 37oC. Para a contagem de lactobacilos 25 µl
da saliva diluída foi inoculada em agar Rogosa pela técnica de "pour
plate". Para a contagem desses microganismos usou-se contador de colônias
PHOENIX -Mod. EC 550A. Das 366 amostras analisadas até o momento, os resultados
demonstram que 51% das crianças apresentaram valores entre 105- 106 de S.
mutans p/ml de saliva e que 22% mostraram valores menores que 105. Somente 15%
das crianças analisadas apresentaram. valores maiores que 106 bact/ml de
saliva. Os resultados de lactobacilos demonstraram que 49% das amostras
analisadas apresentaram valores 104. Apenas 3% das amostras mostraram valores
106 bact/ml saliva. Valores correspondente a 21% e 26%, respectivamente entre
104- 105 e 105- 106 bact/ml de saliva foram detectados para o restante das
crianças analisadas. Concomitante com medidas preventivas, os valores atuais e
após 2 anos, serão correlacionados.
* Trabalho
subvencionado pela FINEP .
21 / 1986
ATIVIDADE
CARIOGÊNICA NA REGIÃO DE PIRACICABA: FATORES SALIVARES*
J. A. Cury;
J. F. Hofling; C. F. Peters; B. H. W. Moreira; C. P. da Costa; A. C. Usberti
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
A
importância da saliva no desenvolvimento da cárie dentária tem sido demonstrada
por uma série de pesquisas e observações clínicas. Dos fatores salivares
relacionados com a prevalência de cárie, o fluxo e a capacidade tampão salivar
apresentam respectivamente envolvimento menor e maior. O objetivo desta
comunicação é apresentar o levantamento dos mesmos feito em 360 escolares de
Piracicaba da faixa etária de 6-8 anos. A saliva foi coletada pela mastigação
de 1,5 g de goma base, a qual foi conservada em banho de gelo até ser levada ao
laboratório da Faculdade de Odontologia de Piracicaba. Mediu-se o volume, o
qual dividido pelo tempo de mastigação forneceu o fluxo salivar em ml/min. A
seguir a capacidade tampão foi determinada, medindo-se clororimétrica e
potenciometricamente o pH final de 0,5 ml de saliva acrescentada a 1,5 ml de
HCI 5mM. Os resultados obtidos mostraram um fluxo salivar médio de 0,79 + 0,48
e cuja distribuição de frequência mostrou uma maior porcentagem de fluxo
considerado baixo. A capacidade tampão mostrou um pH médio final de 5,30 +
0,70, de distribuição de frequência maior para o valor intermediário. Uma
correlação com o estado atual e o incremento de cárie após 2 anos será
realizada, concomitante com medidas preventivas.
*
Subvencionado pela FINEP
22 / 1986
ATIVIDADE
DA CREATINAFOSFOQUINASE (CPK) E DA LACTATODESIDROGENASE (LDH) NO SÔRO E NA
SALIVA DE INDIVIDUOS TREINADOS E NÃO TREINADOS, SUBMETIDOS AO TESTE DE COOPER.
I. L.
Pelegrinotti; A. Guimarães; J. A. Cury; D. Teixeira
Departamento
de Ciências Fisiológicas -UNICAMP
O presente
estudo procurou verificar o comportamento das atividades da
creatinafosfoquinase e da lactatodesidrogenase, antes e após a aplicação do
Teste de Cooper, em indivíduos treinados e não treinados.
As
observações foram realizadas nos seguintes intervalos de tempo: em repouso
(tempo "0"), logo após o teste (13') e três horas após a realização
do esforço.
Utilizou-se
16 esportistas treinados em atletismo, futebol e voleibol e 14 indivíduos
destreinados.
O
procedimento experimental constou de: a) coleta de sangue (5,0 ml a cada
intervalo de tempo estudado e, b) coleta de saliva (salivação normal) por um
período de 6 minutos.
Da análise
dos resultados, pode-se observar que:
a) a
concentração de LDH, no sôro, em todos os tempos estudados, foi maior nos
atletas, em relação aos destreinados;
b) a
concentração de LDH, na saliva, com exceção do tempo 2 (13') também foi mais
elevada nos atletas;
c) a
concentração de CPK, no sôro, foi maior nos treinados, sendo que essa
concentração apresentou valores crescentes à medida que se desenvolveu o
esforço;
d) a
concentração de CPK, na saliva, foi maior nos atletas porém, à medida que se
desenvolveu o esforço ela apresentou valores decrescentes.
Observou-se
ainda que, entre os diferentes esportes, há variabilidade no comportamento
dessas enzimas tudo levando a crer que o grau de treinamento tem uma influência
significativa nas atividades enzimáticas.
23 / 1986
ATUAÇÃO DA
BENZOILMETILECGONINA NO SISTEMA DE DUCTOS DA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR.
L.S
Utrilla; R. A. Lopes; C. C. A. Reis; R. O. Ribeiro; A. S. Martini
Departamento
de Morfologia. Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP
Departamento
de Estomatologia -Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto -USP
Departamento
de Princípios Ativos, Nat. e Toxicológicos. Faculdade de Ciências Farmacêuticas
-UNESP
Departamento
de Ciências Patológicas. Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto
-USP
Departamento
de Ciências Biológicas. Faculdade de Ciências Farmacêuticas - UNESP
Os ductos
salivares não constituem meros condutores de secreção produzida pelos ácinos
mas participam, por mecanismo ativo, no produto final da saliva, isto é, atuam
na regulação da concentração eletrolítica da mesma. Em relação aos ductos
estriados modificados atribui-se grande importância na histofisiologia da
glândula submandibular de roedores, pela presença de inúmeros fatores biológicos
como: a amilase (SMITH et al., 1971), fator de crescimento nervoso
(LEVI-MONTALCINI E COHEN, 1960), fator de crescimento epidermal (COHEN, 1962) e
fator indutor de crescimento de células mesenquimais (ATTARDI et al., 1967).
Estes ductos se diferenciam no rato macho dois meses após o nascimento (JACOBY
& LEESON, 1959), e são estruturas profundamente influenciadas pelas
glândulas endócrinas (BAKER et al. 1964) e pelo sistema nervoso simpático e
parassimpático (WELLS & PERONACE, 1964). O mecanismo de transporte ativo,
responsável pela captação de aminas para as terminações adrenérgicas é
bloqueado pela Benzoilmetilecgonina (B.M.E.), promovendo acúmulo de
neurotransmissores na biofase do órgão efetor. Assim, propusemo-nos verificar o
comportamento morfológico dos ductos da glândula submandibular em camundongos
de 27 dias, tratados pela B.M.E. A B.M.E. interfere na morfogênese e
desenvolvimento dos ductos pois os mesmos apresentaram como característica
comum, paredes finas. Nos ductos estriados, as células continham estrias basais
com arranjo irregular; os ductos estriados modificados se encontravam escassos
e os ductos excretores apresentaram parede com espessura irregular ora mono ora
biestratificada.
24 / 1986
AVALIAÇÃO
CLÍNICA DA UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS ATARÁXICOS EM PACIENTES PORTADORES DE
DISFUNÇÕES DA ARTICULAÇÃO TEMPORO MANDIBULAR*
J. B. D.
Lemos; O. C. Jr.;W. A. Jorge; J. G. C. Luz
Disciplina
de Traumatologia Maxilo-Facial- FOUSP
Foi
efetuada a avaliação clínica de medicamentos ataráxicos como auxiliares no
tratamento de pacientes portadores de síndrome dor - disfunção de A TM. Foram
utilizados no presente estudo 78 pacientes do Ambulatório da Disciplina de
Traumatologia Maxilo-Facial da FOUSP, sendo os seguintes os critérios de
seleção para figurarem no mesmo; -espasmos da musculatura mastigatória
presentes; ausência de contra-indicação físicas para o uso da medicação;
-ausência de tratamento com outras substâncias, que interferissem com a que
seria utilizada; -ausência de sinais radiográficos de lesões ósseas. O
medicamento de escolha foi o Diazepam, tendo sido a posologia fixada com 6
mg/dia, em doses fracionadas de 2 mg cada 8 horas. A indicação de seu uso
prende-se ao fato de termos como fatores etiológicos importantes no
desencadeamento do síndrome, além dos aspectos oclusais, o "stress"
emocional e a presença de espasmos musculares na musculatura mastigatória. A
medicação apresenta eficácia no combate ao stress e no relaxamento muscular. Os
pacientes foram divididos em três grupos a saber: Grupo A: 14 pacientes
submetidos a tratamento clínico {englobando terapia oclusal através de placas
de mordida inferiores totais, fisioterapia com exercícios ativos e passivos e
avaliação fonoaudiológicos) e tratamento medicamentoso com Diazepam; Grupo B: 14
pacientes submetidos à idêntico tratamento clínico e a tratamento medicamentoso
com placebo; Grupo C: 50 pacientes submetidos apenas ao tratamento clínico. A
eficácia do Diazepam foi avaliada por meio de ensaio duplo cego entre os grupos
A e B, sendo a identificação da substância feita após o término do tratamento
através de tabela de randomização. Os resultados dos grupos A e B foram
comparados entre si e também com os grupos C. As avaliações foram de cunho
eminentemente clínico sem o uso de métodos laboratoriais. O estudo compreendeu
um período de 50 dias, as avaliações de melhora da sintomatologia foram feitas
no 14º dia. Para a análise estatística dos resultados foi utilizado o método do
qui-quadrado (X2). Os grupos A e B não apresentaram diferença significativa
entre si quanto à melhora da sintomatologia. Ambos apresentaram melhora
significativa em relação ao grupo C (A versus C, x2 = 15,1 para G.L. = 1;
significante ao nível de 1% e B versus C, x2 = 6,2 para G.L. = 1; significante
ao nível de 5%.
Concluímos,
baseados nos resultados obtidos nas condições de nosso trabalho que: I -O
diazepam mostrou-se de eficácia significativa no tratamento de pacientes
portadores de síndrome dor -disfunção de A TM, na redução do tempo necessário
para a melhora da sintomatologia.II- O relacionamento profissional/paciente é
de fundamental importância para a obtenção do efeito placebo.
* Trabalho
realizado com a cooperação de Produtos Roche Q.F. S/A.
25 / 1986
AVALIAÇÃO
CLÍNICA DE DIFERENTES FIOS DE SUTURA EM FERIMENTOS BUCO-FACIAIS
J. G. C.
Luz; W. A. Jorge; J. B. D. Lemos; O. Crive/1o Jr
Disciplina
de Traumatologia Buco-Maxilo-Facial- Faculdade de Odontologia - USP
Foi feita
uma avaliação clínica do comportamento de alguns fios de sutura frente a
ferimentos contusos de localização intra e extra-bucal. Para este estudo foram
escolhidos tipos de fios disponíveis comercialmente, e utilizados
freqüentemente em pronto-socorros hospitalares. Para os ferimentos extra-bucais
foram comparados os fios de nylon, polipropileno e seda, e para os ferimentos
intra-bucais foram comparados os fios de nylon, seda e categute simples, todos
agulhados. Os pacientes receberam suturas com nós simples.
Os fios de
nylon e polipropileno quando utilizados em ferimentos extra-bucais apresentaram
bons resultados clinicamente evidenciáveis quando comparados ao fio de seda
(significante a nível de 5% para G.L=2). Por outro lado, os fios de nylon, seda
e categute quando utilizados em ferimentos intra-bucais, apresentaram um
resultado clínico que foi considerado semelhante, comparativamente entre si
(não significante a nível de 5%, para G.L.=2).
26 / 1986
AVALIAÇÃO
CLÍNICA DE LIGAS PARA AMÁLGAMA COM BAIXO TEOR DE PRATA: UM ANO DE ESTUDO*
W. G.
Miranda Jr.**; J. F. F. Santos***
** Auxiliar
de Ensino. Departamento de Materiais Dentários. Faculdade de Odontologia- USP
*** Prof.
Adjunto. Departamento de Materiais Dentários. Faculdade de Odontologia- USP
Os diversos
testes laboratoriais de resistência e escoamento do amálgama não conseguem
prever com exatidão o desempenho clínico do amálgama ao longo dos anos. Assim,
o método mais confiável de se obter dados clínicos a respeito de uma liga para
amálgama é o seu desempenho ao longo do tempo de uso na boca.
Os estudos
desenvolvidos no Centro de Pesquisas Clínicas (projeto FINEP) são programados
para uma avaliação semestral durante dois anos de cada restauração feita com as
diferentes ligas. Este trabalho tem o intuito de informar os resultados obtidos
após o primeiro ano de observação de algumas ligas existentes no mercado
brasileiro, principalmente aquelas com baixo conteúdo de prata, de grande
penetração no mercado (devido a seu custo mais baixo), embora ainda faltem
dados relativos a seu comportamento clínico.
As ligas
usadas nesta pesquisa foram: Novaloy, Aristaloy 21, Veraloy e a liga Velvalloy
como controle, já que ela é uma das mais vendidas no mercado odontológico. O
método utilizado para a avaliação das restaurações foi aquele proposto por
Gunnar Ryge, que tem como parâmetros a presença de cárie recidivante, a
integridade marginal, a manutenção da forma anatômica, o brilho superficial e a
textura da superfície.
Foram
colocadas trinta restaurações de cada liga e cada restauração foi analisada,
após um ano, por dois avaliadores devidamente capacitados.
Os
resultados mostram principalmente uma maior descoloração das ligas de baixo
teor de prata, sendo entretanto prematura qualquer conclusão da importância
clínica desse fato. Quanto aos outros parâmetros da avaliação, essas ligas
tiveram desempenho satisfatório.
* Pesquisa
apoiada financeiramente pela FINEP.
27 / 1986
AVALIAÇÃO
COMPARATIVA DA CITOTOXIDADE DO EDTA TRISSÓDICO, ÁCIDO CÍTRiCO A 1% E 10% E
SOLUÇÃO AQUOSA DE HIPOCLORITO DE SÓDIO A 0,5 E 1,0%.
J. Pupo; O.
P. Almeida; R. R.Biral; L. Valdrighi
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
Durante o
preparo químico-mecânico dos canais radiculares geralmente lança-se mão de
algumas substâncias que facilitam a dilatação do canal ou auxiliam na remoção
de raspas de dentina.
A solução
de EDTA -Trissódica a 20% com pH 7,0 tem sido usada em endodontia devido sua
ação desmineralizante fugaz pelo sequestro de íons de cálcio das paredes do
canal.
A solução
de ácido cítrico usado alternadamente com a solução aquosa de hipoclorito de
sódio são considerados agentes efetivos para remover tecido necrótico, dentina
amolecida, substâncias gordurosas, bem como, abrindo os canalículos dentinários
viria a facilitar a penetração dos medicamentos utilizados como curativo e
dando melhor contato entre o material obturador e as paredes do canal.
O presente
estudo teve por finalidade analisar comparativa mente a ação citotóxica destas
substâncias procurando-se estabelecer sua adequabilidade de uso em casos de bio
e de necropulpectomia.
28 / 1986
AVALIAÇÃO
DA EFICIÊNCIA DO ÁLCOOL ETÍLICO A 70% P/V NA DESINFECÇÃO DE SUPORTES
PORTA-FILMES EMPREGADOS NA
TÉCNICA
RADIOGRÁFICA INTRABUCAL DO PARALELISMO.
M. Z.
Denigres*; J. Timenetsky**; A. Freitas*; J. L. Lorenzo**
*
Disciplina de Radiologia do Departamento de Estomatologia. Faculdade de
Odontologia- USP
**
Departamento de Microbiologia. Instituto de Ciências Biomédicas -USP
Considerando
que
a) existe concreta desinformação com respeito
à eficácia do álcool etílico na desinfecção de instrumentais, gerando
discordância de opiniões e dúvidas em sua utilização;
b)
inexistem, na literatura pertinente e até mesmo nas indicações do fabricante,
normas para a desinfecção específica dos suportes porta-filmes empregados na
técnica radiográfica intrabucal do paralelismo que reconhecidamente fornece
melhores resultados em comparação à mais difundida técnica da bissetriz;
c) o álcool
etílico apresenta inúmeras propriedades (ação antimicrobiana, facilidade de
obtenção, preço acessível, etc.) que acarretam vantagens em seu uso,
particularmente em nosso país,
os autores
se propuseram a verificar o comportamento do álcool etílico a 70%, frente à
microbiota salivar, num tempo considerado compatível com o uso desses aparelhos
entre pacientes consecutivos e já considerado suficiente em outros sistemas.
Corpos de prova do mesmo acrílico empregado na confecção desses suportes,foram
naturalmente contaminados pela saliva total e imersos na solução desinfetante,
durante cinco minutos; a incubação foi realizada em meio de tioglicolato, a
37oC durante 48 horas. Os resultados de 16 testes evidenciaram culturas
negativas em 13 deles; nos outros três, houve turvação do meio, devida a bacilo
Gram-positivo esporulado, que desenvolveu-se graças à reconhecida resistência
dos esporos ao álcool.
Num teste
paralelo, afim de verificar se o desinfetante não interfere com as propriedades
do acrílico ou da cola empregada, o aparelho foi imerso no álcool a 70% durante
15 dias, tendo-se constatado apenas discreto amolecimento do excesso da cola,
sem alterar o efeito adesivo da mesma.
Os
resultados permitem sugerir a adoção da desinfecção dos suportes porta-filmes
através da imersão em álcool 70% P/V , durante cinco minutos, na utilização
entre pacientes.
29 / 1986
AVALIAÇÃO
DA PERMANÊNCIA DOS SELANTES PELO USO DA RÉPLICA (MOLDAGEM-MODELO)
A. Ferelle; L. R. F. Wafter; B. Shibayama
Com o uso
de modelos, obtidos por moldagem dos dentes, antes, imediatamente, após seis
meses e um ano, os autores observaram o comportamento dos selantes oclusais em
primeiros molares permanentes inferiores. Com o auxílio de uma lupa
esterioscópia foi desenhada a morfologia do sulco antes da aplicação do selante,
o que serviu de parâmetro para as comparações.
30 / 1986
AVALIAÇÃO
DAS CONDIÇÕES DE HIGIENE ORAL E GENGIVAL NAS DIFERENTES FASE DO TRATRAMENTO
PERIODONTAL
M.I,
Fernandes & R. V. Oppermann
Curso de
Especialização em Periodontia- UFRGS
O presente
estudo tem por objetivo avaliar as condições periodontais de pacientes tratados
no curso de Especialização em Periodontia durante os anos de 1983 à 1985. Neste
primeiro comunicado estão descritas as condições de higiene oral e gengival
iniciais e a sua evolução ao longo do tratamento periodontal.
O material
consistiu de 18 pacientes, com idade média de 42 anos com doença periodontal em
diferentes graus de evolução e que estavam em manutenção por um período mínimo
de 12 meses. Para avaliar o estado periodontal dos pacientes foram utilizados
os seguintes índices: índice de Placa (Silness & Löe), índice Gengival (Löe
& Silness), profundidade de bolsa. O desenvolvimento do tratamento seguia a
seguinte ordem: exame inicial, controle de placa supragengival, controle de
placa subgengival, exame pós raspagem subgengival, nova raspagem subgengival se
necessário (com ou sem acesso cirúrgico), exame controle e exame manutenção.
O tempo
médio de tratamento e manutenção foi de 28 meses. Foram tratados 415 dentes
sendo que 381 dentes sem acesso cirúrgico à placa subgengival (92%) e 34 dentes
com acesso cirúrgico (8%). De acordo com os resultados dos índices de placa e
gengival pode-se observar que as áreas onde foi realizado acesso cirúrgico no
início do tratamento apresentavam mais altos índices que as áreas onde não foi
realizado acesso cirúrgico e que após a fase ativa de tratamento, estes índices
se igualaram e mantiveram-se durante o período de manutenção. Ao longo do
tratamento e durante o período de manutenção houve uma redução dos índices em
relação às condições iniciais e isto pode estar relacionado com a forma como se
desenvolveu o tratamento periodontal. A redução do sangramento gengival
proporcionalmente foi maior ao longo do estudo-faces proximais. Contudo os
níveis de saúde gengival no exame de controle e manutenção são semelhantes em
todas as áreas da boca.
O controle
profissional baseado na divisão da boca em áreas e a prioritação por severidade
na condução do controle de placa supragengival aparentemente foi capaz de
produzir níveis de saúde satisfatórios tanto em áreas de maior como de menor
risco a doença periodontal independente do tipo de tratamento realizado.
31 / 1986
AVALIAÇÃO
DE AGENTES QUÍMICOS UTILIZADOS NA DESINFECÇÃO DO DIQUE DE BORRACHA *
J. I. L.
Teixeira; I.W. Stephan; L. L. Bammann; T. M. Rosa
Curso de
Pós-Graduação em Endodontia e Núcleo de Pesquisas em Odontologia. Faculdade de
Odontologia -UFPEL
O presente
trabalho teve por objetivo determinar a capacidade de cinco agentes químicos,
disponíveis no comércio, em manter o dique de borracha em condições adequadas
da desinfecção. As soluções desinfetantes testadas foram álcool etílico 70%,
álcool isopropílico 70%, álcool iodado, "Timerosal" e
"Zephirol". Assim, recorrendo-se à técnica comum de exames
bacteriológicos, foi colhido material dos lençóis de borracha, com auxílio de
"swabs" esterilizados, em diferentes períodos experimentais; um
imediatamente após a colocação do dique e, outros, através de colheitas
seqüenciais, aos 10, 20, 30 e 40 minutos da aplicação das soluções
desinfetantes. Os testes controle e de atividade foram realizados em
"Brain Heart Infusion", isento ou não de neutralizantes, em ambiente
de aerobiose, a 37oC, durante 48 horas de incubação. A comparação dos resultados
referentes à colheita imediata (0 min.) e às colheitas seqüenciais (10, 20, 30
e 40 min.) permitiu a avaliação dos efeitos imediato e residual dos agentes
químicos selecionados.
Os
resultados obtidos sugerem que o efeito antimicrobiano mais acentuado foi
verificado com a utilização do "Timerosal", que também evidenciou o
melhor efeito residual; efeito intermediário comparável foi observado com o uso
do álcool etílico isopropílico 70% e álcool iodado; finalmente, o
"Zephirol, mostrou discreta ação desinfetante.
* Trabalho
financiado, em parte, pelo Conv. FINEP/UFPEL 43.83.0539.00.
32 / 1986
AVALIAÇÃO
DE ALGUMAS PROPRIEDADES FÍSICAS E BIOLÓGICAS DE CIMENTO ENDODÔNTICO CLÁSSICO
LIVRE DA PRATA.
J.
Magalhães; E. Sato; F. Glezer; J. M. P. Sampaio; E. G. Birman
Faculdade
de Odontologia -USP
A prata
pelas suas características bactericidas, corporificadores e de contraste tem
sido adicionada a muitos cimentos endodônticos. Recentemente um produto
tradicional do mercado foi lançado sem prata (AH.26).
Em face de
ausência de estudos físicos e biológicos, propusemo-nos a estudar suas
propriedades físicas avaliando seu escoamento e adesividade à dentina conforme
especificação de SAMPAIO & SATO, 1984 e SATO,1984.
A
biocompatibilidade foi estudado tendo por base a introdução de lâminúlas de
vidro revestidas pelo cimento e introduzidas no subcutâneo de camundongo
segundo BIRMAN e col., 1983.
O material
foi estudado em vários tempos até 60 dias. As observações histológicas quando
comparados ao cimento clássico não apresentaram grandes modificações, apesar de
resposta inflamatória mais discreta em alguns tempos persistindo grande
atividade macrofágica e difusão do material até o final do experimento.
___________________________
* AH -26 Der
Trey Dentsply
* AH -26 Silver Free
33 / 1986
AVALIAÇÃO
DO GRAU DE INFILTRAÇÃO DA SOLUÇÃO DE AZUL DE TOLUIDINA A 0,5%, EM DENTINA DE
PORCO, SOB DIFERENTES CONDIÇÕES DE SECAGEM.
R. S.
Filho; J. C. Battistuzzo; J. R. Lovadino; L. R. M. Martins
Departamento
Odontologia Restauradora. Faculdade de Odontologia de Piracicaba- UNICAMP
Incisivos,
caninos e molares, removidos de porcos adultos, recém sacrificados e
armazenados em formol a 10%, receberam desgaste do 1/3 incisal (I e C) com: +
3,36 mm2 e PC do tipo C1 I (M) com + 3,6 mm de profundidade. Todos os dentes c/
1/3 apical seccionados, e imersos em solução de formol a 10% permaneceram em
estufa a 37 +1oC, durante todo o tempo do ensaio. Após a secagem os
"PC", segundo as variáveis, algodão, ar comprimido a 10, 20, 30 e 40
Ibs/pol2, durante 30", receberam aplicação generosa de solução de azul de
toluidina a 0,5%. O tempo de aplicação foi de 24 h.
Removidos
da estufa, os dentes foram seccionados longitudinalmente, no sentido VL. As
secções sob observação em lupa, tiveram os níveis de penetração do corante
mensurados: através de compasso de ponta seca (tomada das dimensões) e
paquímetro (mensuração).
Relacionando
área e profundidade do PC, com as variáveis, pudemos concluir, conforme tabela,
que houve um acentuado agravamento da infiltração com o acréscimo da pressão de
ar, tanto para a profundidade do PC e, ainda mais, quanto a sua amplitude.
Variáveis Superfície do PC Profundidade do PC
acréscimo %
cf. variável
acréscimo % cf. variável
I
-Algodão I 335,89%V I 160,00% V
II -10 Ibs/pol2 30" II
258, 10% V II 135,55% V
III -20 Ibs/pol2 30" III
134,48 % V III 76,60% V
IV -30 Ibs/pol2 30" IV
23,18% V IV 10,41% V
V -40
Ibs/pol2 30"
34 / 1986
AVALIAÇÃO
DO NÍVEL DA SOLUBILIDADE, EM SALIVA
ARTIFICIAL
DE DIFERENTES CIMENTOS À BASE DE Ca (OH)2.
J. R.
Lovadino; L. R. M. Marfins; J. C. Battistuzzo; R. Sartini Filho
Departamento
Odontologia Restauradora. Faculdade de Odontologia de Piracicaba- UNICAMP
Foram
realizados 10 cp de 3 cimentos de Hidróxido de Cálcio, "Life",
"Renew" e "Dycals", medindo 3 mm de ø por 1,5 mm de altura.
As técnicas de manipulação utilizadas, foram as indicadas pelo fabricante.
Estes cp foram então armazenados por 30 min. em estufa a 37 + 1° C e depois
pesados.
Cada grupo,
formado pelos cp de um determinado cimento, foi então colocado em recipiente
contendo 300 ml de saliva artificial sob constante agitação, durante 60 min. Os
cp permaneceram estáticos, sobre uma tela de "nylon", não sofrendo,
portanto, durante o tempo de agitação, qualquer avaria. Após este procedimento
os cp novamente armazenados em estufa a 37 + 1° C por 24 e pesados novamente.
Pelos
valores obtidos, quanto à perda de massa, (solubilização) dos cp dos três
diferentes cimentos, poderemos afirmar que o "Renew" foi o mais
solúvel, seguido pelo "Life" e finalmente o "Dical" fórmula
avançada II, que praticamente se comportou como insolúvel nas condições da
pesquisa.
_____________________
cp = corpo
de prova.
35 / 1986
AVALIAÇÃO
DO POTENCIAL IRRITATIVO DE COMPONENTES DAS RESINAS COMPOSTAS, NA FASE
EXSUDATIVA DO PROCESSO INFLAMATÓRIO.
R. S.
Vieira*
T.
Tavares**
*
Departamento de Estomatologia da UFSC. Aluno do Curso de Doutorado em
Odontopediatria da USP
**
Departamento de Ciências Biológicas -UFSC
Reações
pulpares ocorrem a médio e longo prazo, em dentes restaurados com resinas
compostas, nos quais não foi realizada uma proteção adequada. Ainda não foi
possível definir o quanto isto é devido à agressão química do material e como
contribuem para estas reações, os diversos componentes de sua fórmula.
A presente
pesquisa analisou o potencial irritativo de 4 componentes da fórmula das
resinas compostas (BisGMA, 3 metacriloxipropiltri- metoxi silano, éter metílico
de benzoína e silicato de vidro), tecido subcutâneo do rato na fase exsudativa
do processo inflamatório. Foram utilizados 30 ratos machos, adultos pesando em
média 200 a 300 gr. Após o período experimental de 3 horas, os animais foram
sacrificados, o material coletado e os resultados transformados em densidade
óptica e classificados segundo o critério de avaliação do potencial irritativo,
preconizado por NAGEN FILHO & PEREIRA.
Dos quatro
componentes testados, apenas o 3 metacriloxi- propiltrimetoxi silano mostrou
alto grau de irritabilidade-severo. Os demais componentes foram tolerados pelo
tecido, mostrando potenciais irritativos semelhantes, apesar de pequenas
diferenças em suas médias, de magnitude comparável com a dos controles, soro
fisiológico e óleo mineral não significante a discreto.
36 / 1986
AVALIAÇÃO
"IN VITRO" DA CAPACIDADE SELADORA DE DIFERENTES TÉCNICAS DE OBTURAÇÃO
DOS CANAIS RADICULARES FRENTE A INFILTRAÇÃO DA RODAMINA B A 0,2%
I. Bonettí
Filho & J. M. Leal
Disciplina
de Endodontia -UNESP
O objetivo
deste trabalho é avaliar a capacidade seladora produzida por diferentes
técnicas de obturação dos canais radiculares: técnica da condensação lateral
ativa (biológica controlada), condensação lateral ativa (clássica), condensação
lateral passiva, condensação lateral passiva com vibração, McSpadden sem
cimento e McSpadden com cimento obturador, frente a infiltração do corante
rodamina B a 0,2%. Utilizamos 120 incisivos centrais superiores que foram
instrumentados, preparados e obturados pelas técnicas acima mencionadas. Após
as obturações, os dentes receberam uma impermeabilização com esmalte de unha em
toda a sua superfície menos 1 mm da porção apical, sendo estes colocados em
cubas de vidro contendo corante, identificados e permanecendo em estufa por 7
dias a 37oC. Decorrido este período, removemos a impermeabilização, fixamos com
lacre os dentes em um suporte de madeira e cortamos estes no sentido do seu
longo eixo para evidenciar as possíveis infiltrações. Com auxílio de um
aparelho para medir superfície obtemos medidas que foram tabuladas e submetidas
a análise estatística. A técnica da condensação lateral ativa (clássica)
propiciou a menor infiltração seguida da técnica da condensação lateral ativa
(biológica controlada) condensação lateral passiva, condensação lateral passiva
com vibração e McSpadden com cimento obturador que propiciou iguais
infiltrações médias vindo a seguir a técnica de McSpadden sem cimento que
propiciou a maior infiltração média.
37 / 1986
AVALIAÇÃO
MICROBIOLÓGICA DA AÇÃO DAS BROCAS DE GATES-GLIDDEN NO PREPARO QUÍMICO MECÂNICO.
J. C.
Vieira; R. R. Biral; L. Valdrighi; M. Tomazzello; L. Bussacos
Faculdade de Odontologia de Piracicaba
-UNICAMP
Trabalhos
de pesquisa tem demonstrado que tanto a população microbiana, como a contaminação
dos canalículos dentinários são mais intensas nos terços cervical e médio dos
canais radiculares infectados. As Brocas de Gates-Glidden preconizadas nas
técnicas de instrumentação mais recentes, propiciam um significativo desgaste
nestas regiões.
No presente
trabalho investigou-se através de testes bacteriológicos para verificação da
esterilidade dos canais radiculares se este instrumento poderia conduzir a uma
descontaminação mais rápida e eficiente. De 50 dentes monorradiculados, todos
com necrose pulpar e comunicação com o meio bucal. Dois grupos com 25 dentes
cada foram formados: no grupo I, os dentes foram manipulados pelas técnicas
convencionais; no grupo II, durante a exploração e esvaziamento gradual, os
canais eram ampliados com as brocas de Gates-Glidden número 3 ou 4, segundo o
volume do dente.
Em ambos os
grupos, testes bacteriológicos foram realizados e mostraram no grupo I 40% dos
canais contaminados, enquanto que no grupo II não ocorreram contaminações.
Estes dados
permitem inferir que mesmo nos casos de necrose pulpar, com ausência de
sensibilidade dolorosa e exsudato fluente, os tratamentos dos canais, através
da técnica aqui recomendada, poderão ser concluídos em uma única sessão.
38 / 1986
AVALIAÇÃO
RADIOGRÁFICA E HISTOBACTERIOLÓGICA DA CÁRIE DENTAL*.
J. C. G. Biffi & H. H. Rodrigues
Faculdade
de Odontologia de Ribeirão Preto -USP
A
literatura mostra que o diagnóstico clínico/radiográfico da cárie não apresenta
relação com o diagnóstico histológico, particularmente quando se examina a
infiltração de microrganismos na dentina, com técnicas histobacteriológicas e
se compara com o exame radiográfico.
A
controvérsia que esse assunto suscita, motivou-nos a desenvolver a presente
pesquisa.
Utilizaram-se
60 premolares permanentes humanos com cárie proximal e/ou oclusal. A
padronização da técnica radiográfica permitiu eliminar erros de angulagem
próprios da técnica radiográfica "in vivo".
A avaliação
comparativa de dentes inteiros e hemiseccionados, pelas técnicas mencionadas,
revelou que o exame radiográfico é limitado e exige avaliação cuidadosa.
O
diagnóstico radiográfico quando realizado por mais de um operador imprime ainda
maior discordância de resultados.
A alteração
pulpar quando avaliada em cortes seriados representativos de toda a extensão da
cárie e da polpa subjacente, revela intensidade de inflamação muito variável
que depende também da presença ou não de dentina reacional sob a cárie.
* Trabalho
subvencionado pelo CNPq.
39 / 1986
CARACTERÍSTICAS
MORFOLÓGICAS DA FACE OCLUSAL DO PRIMEIRO PREMOLAR INFERIOR HUMANO
E. R.
Villi; W. Silva Júnior**; F. A. R. Franco***
* Prof. Dr.
do Departamento Anatomia, Instituto de Ciências Biomédicas - USP
** Prof.
Dr. do Departamento de Ciências Fundamentais p/Saúde -CEBIM - Universidade
Federal de Uberlância
***
Aluno-monitor do Departamento de Anatomia. Instituto de Ciências Biomédicas-
USP (In Memoriam)
O presente
trabalho visa o estudo da face oclusal do 1º premolar inferior , cuja
morfologia é descrita de modo bastante controvertido pelos diversos autores.
Estudaram-se
inicialmente os aspectos anatômicos da ponte de esmalte, tendo a mesma
evidenciado as seguintes características: desvio para mesial; desvio para
distal; posição central; bifurcada e interrompida.
Foram
examinadas 180 mandíbulas humanas maceradas e identificadas, o que permitiu
estudar 295 primeiros premolares. Os dados, em números, encontrados foram os
seguintes: desvio para mesial -189; desvio para distal- 37; central- 25; bifurcada
-10; e interrompida -34.
Verifica-se,
portanto, que em 295 dentes primeiros premolares inferiores, 189 mostaram a
ponte de esmalte desviada para o lado mesial, determinando um predomínio da
porção distal da face oclusal em relação a porção mesial.
40 / 1986
CISTO
DERMATÓIDE DE OVÁRIO.
M. E. Drouet; L S. Utríl1a; L. T. O. Ramalho
Departamento
de Morfologia. Faculdade de Odontologia de Araraquara -
UNESP
Na
literatura é frequente a presença de odontóides e dentes verdadeiros incluídos
na massa tumoral dos cistos dermóides do ovário. Entretanto não se tem relato
da presença específica de caninos e a quantidade excessiva de estruturas
dentárias por tumor.
Estudo
mesoscópico e radiográfico de três cistos dermatóides ováricos de pacientes
jovens, demonstrou a presença de treze dentes decíduos e permanentes alojados
no promontório com implantação óssea nos respectivos alvéolos e na cápsula sem
implantação óssea.
Nos sete
decíduos encontrou-se todos os tipos de dentes (incisivo central e lateral,
canino, primeiro e segundo molares, todos superiores e um canino inferior).
Em relação
aos permanentes constatou-se dentes do tipo pré-molares e molares, observados
pelo estudo mesoscópico. Incisivos e caninos na cripta óssea de decíduos,
visualizados no exame radiográfico. Salienta-se ainda, no periápice de um
decíduo, estrutura radiopaca com aproximadamente 8 mm compatível com odontóide,
porque pela radiografia não se constata dentina.
Estas
estruturas dentárias apresentaram-se: 1) com coroa anatômica bem definida e a
raiz em seu alvéolo; 2) dentes com rizogênese incompleta num alvéolo primário
semelhante ao dente na fase pré-funcional da erupção; 3) coroa com ausência de
raiz semelhante ao dente na fase de esfoliação e 4) dente com coroa e raiz
encoberta por revestimento fibroso.
41 / 1986
COLAGEM
AUTÓGENA DE FRAGMENTOS -ESTUDO COMPARATIVO DA RESISTÊNCIA EM DIFERENTES TIPOS
DE COLAGENS.
L. R. M.
Martins; R. S. Filho; J. C. Battistuzzo; J. Lovadíno
Departamento
de Odontologia Restauradora. Faculdade de Odontologia de Piracicaba- UNICAMP
O presente
trabalho propõe-se atestar a efetividade da colagem de fragmentos e compará-la
com tipos de "colagens reforçadas", através de testes de resistência
ao cisalhamento. Os dentes após seleção, foram seccionados no terço médio,
sendo que na face palatina (do fragmento e da remanescente coronária)
confeccionou-se um bizel. Para a realização das colagens idealizou-se 5
variáveis, a saber: A. "colagem simples". B. "colagem com
reforço vestibular "(polimerização com luz ultra-violeta). C.
"colagem com reforço em canaleta" (polimerização com luz
ultra-violeta). D. "colagem com reforço vestibular" (polimerização
com luz visível). E. "colagem com reforço em cana- leta" (polimerização
com luz visível).
A tabela
abaixo indica os valores médios de 5 ensaios:
Valores
médios (5 ensaios) da resistência ao cisalhamento
Grupos
A B C D E Tukey 5%
5,7 10,5 7, 1 11,1 8,0 2,2
Através dos
resultados obtidos e da análise estatística, foram obtidas as seguintes
conclusões: o grupo A apresentou a menor resistência, a maior resistência foi
obtida pelos grupos D e B.
42 / 1986
COLAGEM
HETERÓGENA DE DENTES FRATURADOS
F.
Mandarinondarino
Departamento
de Odontologia Restauradora. Faculdade de Odontologia de
Araraquara-
UNESP
Devido às
dificuldades inerentes as restaurações estéticas aumentarem consideravelmente
na ocorrência das fraturas dos dentes anteriores. Várias técnicas têm sido
propostas para suprir estas dificuldades.
O que nós
propomos, é exatamente restaurar um dente fraturado, em que não foi possível
utilizar o próprio fragmento, utilizando-se de um fragmento dentário preparado,
de um dente previamente extraído.
Esta
técnica tem sido considerada clinicamente viável, pois os resultados obtidos
por nós têm sido plenamente satisfatórios; pois estamos substituindo o material
restaurador por esmalte dentário, eliminando-se assim i as impropriedades das
resinas compostas.
O controle
clínico posterior, têm-nos mostrado dentes "colados" sem perder a
forma anatômica, sem alteração de cor, retenção adequada do fragmento.
Contudo,
devido à resina composta e o selante utilizados como elementos de união e
fixação do fragmento, pode ocorrer a visualização do traço de fratura.
43 / 1986
COMPORTAMENTO
CLÍNICO DE ANTIGAS RESTAURAÇÕES QUANDO ACRESCIDAS DE NOVO AMÁLGAMA.
R. B. C.
Vianna; W. Portella; I. P. R. Souza; E. P. S. Bastos; O. Chevitarese
Faculdade de Odontologia da UFRJ
Vários
autores (COWAN, R. D. -J. Prostett Dent, 49 (1 ). 49-51, 1983; JORGENSEN, K. D. et al. Acta. Odont. Scand, 26:605,
1968; TERKLA, M. et al -J. Pros Dent., 11 :947-, 1961) pesquisaram emendas de
amálgama, que é uma prática realizada na dentística operatória sem ser uma
técnica definida.
Esta linha
de pesquisa foi desenvolvida tendo como proposição observar o comportamento
clínico dessas emendas através de observações clínicas utilizando o método de
RYGE (JADA, 87:269-377, 1973) e análise da estrutura utilizando microscópio
ótico, MEV e micro-sonda.
Foram
restaurados e emendados 149 dentes, de clientes da Clínica de Odontopediatria
da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Sob
isolamento absoluto foram feitos preparos cavitários Classe I e II de Black e
restauração de amálgama. Uma semana após a restauração era feito no amálgama
antigo próximo ao sulco central um novo preparo pequeno, cuja profundidade era
semelhante à da restauração. Os dentes restaurados com "CONVENALLOY"
(limalha Convencional) eram emendados com "DISPERSALOY" (limalha com
alto teor de cobre) e vice-versa.
Os
resultados clínicos mostraram que entre 6 e 11 meses dos 86 dentes examinados
quanto às condições de adaptação marginal, 80 (93,02%), obtiveram ALFA
(satisfaz a todos os padrões), 3 (3,48%) obtiveram BRAVO {verifiquem na próxima visita-pequena
fenda), 1 (1,6%) obteve CHARLIE (substituição preventiva), 2 (2,32%) obtiveram
DELT A (substituição imediata: mobilidade ou fratura da restauração ou cárie ou
fratura do dente). Quanto à forma anatômica 80 dentes obtiveram ALFA, 3
obtiveram BRAVO e 3 obtiveram CHARLIE.
No 2º
exame, feito após 12 meses, 31 dentes foram examinados, e 30 (96,77%) obtiveram
ALFA, e 1 (3,23%) obteve CHARLIE, tanto nas condições de adaptação marginal
quanto na forma anatômica.
21 dentes
exfoliados foram embutidos em resina epóxica, seccionados perpendicularmente à
emenda, metalograficamente polidos e com o concurso da micro-sonda verificou-se
a distribuição do cobre nas estruturas respectivas.
44 / 1986
CONTAGEM DE
STREPTOCOCCUS MUTANS NA SALIVA
DE
PAULISTANOS COM IDADE ENTRE 12 E 14 ANOS.
M. P.
Alves; M. R. Lorenzetti; F. Zelante
Vários
autores desenvolveram técnicas de contagem de S. mutans na saliva,
possibilitando correlação entre o número desse microrganismo e o risco à cárie,
bem como avaliação da eficiência de métodos preventivos.
Neste
trabalho realizou-se a contagem de S. mutans na saliva de 95 indivíduos com
idade entre 12 e 14 anos. Para tanto, a saliva foi semeada no meio MSB através
do método da espátula.
Os
resultados revelaram 19 indivíduos (20%) com 0-20 unidades formadoras de
colônias (UFC), 25 (26,31%) com 21-100 UFC e 51 (53,68%) com mais de 100 UFC.
Dada a reconhecida correlação entre o número de S. mutans e a possibilidade de
atividade de cárie, acreditamos ser válida a conclusão de que 20% desses
indivíduos apresentam baixo risco à cárie, 26,31% apresentam médio risco e
56,68%, alto risco.
Esses dados
confirmam observações clínicas que mostram a alta incidência de cárie em nossa
população.
45 / 1986
CONTRIBUIÇÃO
AO ESTUDO ELETROMIOGRÁFICODO MÚSCULO MASSETER EM INDIVÍDUOS PORTADORES DA
SÍNDROME DE DOWN
W. D. N.
Filho* & M. Vitti**
*
Departamento de Morfologia. Faculdade de Odontologia
**
Departamento de Morfologia. Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP
A
musculatura que participa da dinâmica mastigatória, foi estudada inicialmente
por Moyers (1949 e 1950). Desde então, inúmeros trabalhos foram publicados,
enfocando os mais diversos aspectos funcionais da .musculatura que envolve o
sistema estomatognático.
Sabemos nós
que a Síndrome de Down, descrita por Down em 1866 é o padrão mais comum de má
formação genética em humanos, tendo uma incidência de 1 :650 nascidos vivos
(Stewart & Prescott, 1976), tendo além de repercussões crânio-faciais, a
hipotonia muscular generalizada.
Tendo em
vista que a literatura até aqui consultada não faz menção a estudos
eletromiográficos do sistema estomatognático em indivíduos portadores de tal
síndrome, estamos realizando o estudo do comportamento funcional do músculo
masseter nestes indivíduos.
46 / 1986
CONTRIBUIÇÃO
DA MICROSCOPIA ELETRÔNICA NO DIAGNÓSTICO DE TUMORES EM PATOLOGIA BUCAL.
V. C.
Araujo; A. Sesso; N. S. Araújo
Disciplina
de Patologia Buco-Dentária. Faculdade de Odontologia -USP
Não há
dúvida de que a instituição do tratamento adequado e, portanto, do seu sucesso
está na dependência de um correto diagnóstico. Dentro deste contexto a
oncologia tem preocupado os pesquisadores.
Não
obstante, a maioria dos tumores possa ser diagnosticado ao microscópio de luz,
há aqueles em que a identificação é difícil e questionável. Assim por exemplo o
carcinoma indiferenciado, o linfoma, o melanoma amelanótico, o sarcoma
epitelióide entre outros, podem representar um desafio para o
anátomo-patologista.
Colorações
especiais muitas vezes ajudam a concluir o diagnóstico e mais recentemente a
imunohistoquímica e a microscopia eletrônica têm dado uma maior contribuição
nesta área.
O uso da
microscopia eletrônica em oncologia vem sendo enfatizado nos últimos anos e
vários trabalhos têm demonstrado o seu valor pela identificação das
características ultraestruturais da célula neoplásica.
Recentemente
Físcher et al (1985) quantitaram o valor da microscopia eletrônica no
diagnóstico dos tumores na rotina de um laboratório de patologia geral de um
hospital, mostrando que em 64% dos "casos problemas" a microscopia
eletrônica pôde determinar o diagnóstico.
Em
patologia bucal, embora a grande maioria dos tumores pertença ao grupo do
carcinoma epidermóide alguns casos têm se apresentado como problemas. Há alguns
anos a disciplina de Patologia Buco-Dentária do Departamento de Estomatologia
da FOUSP vem colhendo alguma experiência nesta área. Apesar de ser pequeno o
número de casos por ser de uma área especializada. o percentual de "casos
problemas" esclarecidos pela microscopia eletrônica é comparável com o do
trabalho de Fischer et al. Além do mais, há que se ressaltar o valor da
microscopia eletrônica no diagnóstico dos tumores de glândulas salivar, área
bastante carente de subsídios para o correto diagnóstico. A análise da ultraestrutura
propicia o estabelecimento da natureza da célula glandular, contribuindo para o
estudo da histogênese do tumor.
47 / 1986
CONTRIBUIÇÃO
PARA O ESTUDO DO M. LEVATOR VELI PALATINI EM CRIANÇAS.
P. D. A.
Bolíni* & J. C. Prates**
*Departamento de Morfologia. Faculdade de
Odontologia de Araraquara - UNESP
**
Departamento de Morfologia: Escola Paulista de Medicina
Até o
presente momento, existem controvérsias quanto à inserção do m. levator veli
palatini na tuba auditiva.
Procedemos
a um estudo das inserções do referido músculo em 15 hemi-cabeças de crianças de
30 dias a 1 ano.
Após a
fixação em solução de formalina a 10%, fizemos a descalcificação em solução de
ácido clorídrico a 5%.
As peças
foram reduzidas e, em seguida, dissecadas com o auxílio de um microscópio
cirúrgico, propiciando aumento de 6 vêzes.
Segundo
nossas observações, o m. levator veli palatini, após deixar o palato mole vai
em direção à tuba, tornando-se paralelo a ela nas proximidades do óstio
faríngico, acompanhando-a até a sua porção óssea. Nossas observações mostram
que o m. levator veli palatini insere-se nas porções cartilaginosa e membranosa
da tuba, assim como na porção petrosa do osso temporal. A nosso ver, a ação do
m. levator veti palatini sobre a tuba ainda não está bem esclarecida. Segundo
BLAKEWAY, a abertura da tuba auditiva tem mecanismo variável, por compressão e
por tração. Pretendemos aumentar a nossa casuística com novas vias de acesso,
para que venham a fornecer maiores dados sobre a sintopia do músculo em estudo.
48 / 1986
DEGRADATION OF THE PROTEINASE INHIBITORS
ALPHA-1-ANTITRYPSIN and ALPHA-2-MACROGLOBULIN BY Bacteroides gingivalis.
J. Carisson; B. F. Herrmann; J. F. Hofling; G. K.
Sundqvist
Departaments of Oral Microbiology and Endodontics, University
of Umea, Sweden
Various strains of black -pigmented Bacteroides
species were grown on horse blood agar and suspended in humam serum. After
various times of incubation the effect of the bacteria on the serum was
evaluated by polyacrylamide gel electrophoresis and "rocket"
immunoelectrophoresis. The formation of trichloroacetic acid-soluble material
in the suspensions and the capacity of the treated sera to inhibit the activity
of trypsin were also determined. The two tested strains of Bacteroides gingivalis
(W83, H185), degraded most serum proteins, including the plasma proteinase
inhibitors alpha-1- antitrypsin and alpha-2-macroglobulin. They did not,
however, degrade alpha- 1-antichymotrypsin. Bacteroides intermedius NCTC 9336.
Bacteroides asaccharolyticus NCTC 9337, and an asaccharolytic oral strain
different from B. gingivalis (BN11 a-f) did not degrade the plasma proteinase
inhibitors. These strains were, however, able to inactivate the capacity of
serum to inhibit the activity of trypsin.
49 / 1986
DESCOLAGEM
DE BRÁQUETES: INFLUÊNCIA DE MATERIAIS DE COLAGEM AVALIADA ATRAVÉS DE TRAÇÃO E
MOMENTO TORSOR.
E. Bastos;
R. B. C. Vianna; O. Chevitarese
Faculdade de Odontologia da UFRJ
O presente
trabalho tem como finalidade estudar a resistência da colagem direta de
bráquetes ortodônticos feita com quatro produtos comerciais empregados neste
mister quando submetidos à tração e ao momento torsor. Para tal foram
utilizados pré-molares hígidos recém-extraídos, por finalidade ortodôntica, de
pacientes jovens. Das resinas testadas o Concise Ortodôntico e o Adaptic com
ARM apresentaram os melhores resultados. O Simulate, embora semelhante em
comportamento ao Concise Ortodôntico e ao Adaptic com ARM, na tração, foi
significantemente inferior quando submetido ao momento torsor. O Sevriton, em
todas as situações, mostrou-se significativamente inferior. A localização da
fratura de descolagem por tração se deu mais frequentemente a nível do
interface resina/base no bráquete para todos os materiais, exceção feita ao
Concise Ortodôntico, verificada com mais fre- quência a nível esmalte/resina.
Entretanto, quando submetidos ao momento torsor verificou-se que o rompimento
ocorreu com mais frequência a nível da solda com todos; menos o Sevriton, que
se mostrou menos resistente que esta.
50 / 1986
DETECÇÃO E
LOCALIZAÇÃO DOS FRAGMENTOS METÁLICOS MICROSCÓPICOS QUE SE DESPRENDEM DOS
INSTRUMENTOS DE USO INTRA-CANAL
C. A.
Campos
Faculdade
de Odontologia da Universidade Federal de Juiz de Fora
Em
desenvolvimento à pesquisa iniciada com o estudo de desprendimento de
fragmentos metálicos das limas e dos alargadores (Tese de Livre-Docência,
1977), o autor demonstra, através de fotomicrografias, fragmentos metálicos
localizados no interior do canal e periápice bem como no pote Dappen. Enfatiza
o autor a experiência em cães e ratos observando, quando da instrumentação do
canal em toda sua extensão, fragmentos de aço inoxidável levados ao periápice.
A
continuidade desta pesquisa vem se desenvolvendo com o Prof. José Carlos Borges
Teles da UFRJ, estudando a possibilidade de pequenos fragmentos metálicos serem
levados pela corrente circulatória apartes distantes do organismo e as reações
teciduais aos fragmentos metálicos que se desprendem dos instrumentos de uso
intra-canal.
51 / 1986
DISCRIMINAÇÃO
DIAGNÓSTICA DO SANGRAMENTO À SONDAGEM DURANTE A FASE DE MANUTENÇÃO DO
TRATAMENTO PERIODONTAL. *
E. S.
Chaves**; R. G. Caffesse; D. L. Stults
*Departamento
de Periodontia. Universidade de Michigan,
Ann Arbor, Mi, USA
**Prof.
Adjunto de Periodontia. Faculdade de Odontologia Camillo Castelo Branco, São
Paulo, SP
A
frequência de sangramento à sondagem periodontal tem sido considerada como um
sinal clínico que avalia a necessidade de tratamento da doença periodontal. O
propósito deste estudo foi testar a discriminação diagnóstica de sangramento à
sondagem em 71 pacientes que foram trata- cada três meses e avaliações clínicas
anuais. Dentes que foram extraídos ou retratados não foram incluídos e um total
de 1746 dentes foram analisados. A presença ou ausência de sangramento à
sondagem era registrada anualmente para cada dente. A soma da presença de
sangramento em cada avaliação anual durante os cinco anos de manutenção
resultou na frequência de sangramento para cada dente. O nível de inserção
clínica foi sondado anualmente tendo 5 medidas clínicas por dente. Estas
sondagens anuais foram feitas pelo mesmo investigador durante todo o estudo e o
mesmo tipo de sonda periodontal (Marquis M-1) foi usada. A perda de inserção
clínica para cada dente durante os 5 anos de estudo foi calculada fazendo-se a
diferença entre os valores do último ano (quinto ano) e o primeiro ano de
manutenção. Apenas a diferença que apresentava a maior perda de inserção entre
as cinco faces dentais registradas foi selecionada. O dente foi considerado
doente caso este apresentasse pelo menos uma face com uma perda de inserção
igual ou maior que 3 mm após aos cinco anos de manutenção. A prevalência de
dentes doentes usando este critério foi de 19,7% (344) dentes). A sensibilidade
diagnóstica diminuía com o aumento da frequência do sangramento. A
especificidade deste teste mostrou uma associação com o aumento da frequência
de sangramento à sondagem. Sendo assim, a especificidade aumentava com o
aumento da frequência do sangramento. Além disso, a predictabilidade do teste
negativo permaneceu com valores acima de 80%. Os resultados deste estudo
retrospectivo demonstraram que o sangramento à sondagem não substitue os
valores dos níveis de inserção obtidos pela sondagem periodontal quando o nível
de suporte periodontal é avaliado clinicamente. Além disso, demonstra que é
necessário definir melhor a população estudada e os objetivos do tratamento
periodontal.
52 / 1986
EFEITO DA
APLICAÇÃO TÓPICA DE SOLUÇÕES FLUORETADAS SOBRE A PERMEABILIDADE DENTINÁRIA.
G. S. Veronesi; S. Consani; L. A. Ruhnke
Departamento
de Materiais Dentários. Faculdade de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
Foram
utilizados 27 dentes humanos, hígidos e recém-extraídos. Cavidades circulares
medindo 2 mm de diâmetro por 2 mm de profundidade foram preparadas nas faces
vestibulares e linguais dos dentes. Em seguida, os dentes, foram fixados pelas
porções radicular e coronária, por meio de blocos de gesso, afim de manter as
faces contendo os preparos em posição horizontal.
A aplicação
tópica das soluções de fluoretos foi feita nas cavidades vestibulares e os
preparos linguais foram usados como controle. As soluções utilizadas foram:
fluoreto estanhoso (8%), fluoreto de sódio (2%) e fluoreto acidulado. O tempo
de permanência das soluções de fluoretos nas cavidades foi de 1 minuto, fim do
qual as cavidades foram lavadas em água corrente e secas com jatos de ar. Em
seguida, foi feita a aplicação do corante (fucsina, à 0,5%) nos grupos imediato
e com armazenagem de 7 e 90 dias após a aplicação da solução de fluoreto. Todos
os grupos de dentes foram armazenados em estufa, à 37oC e umidade relativa de
100%. Após os períodos de armazenagem, os dentes foram seccionados longitudinalmente
e as hemisecções examinadas numa lupa estereoscópica. A penetração do corante
foi verificada de acordo com os níveis de infiltração: O (nenhuma penetração),
1 (penetração abaixo da parede pulpar) e 2 (penetração até a câmara pulpar).
Foram observados diferentes níveis de infiltração nas cavidades vestibulares,
enquanto que nas cavidades linguais (controle) o corante atingiu nível 2 em
todos os dentes.
A partir
desses achados, foi observado que existe uma leve tendência das soluções de
fluoretos para impedir a penetração do corante no interior dos canalículos
dentinários, exceção feita para o grupo tratado com fluoreto de sódio (2%).
Essa tendência foi mais acentuada no grupo tratado com fluoreto estanhoso (8%),
com aplicação imediata do corante, onde os níveis de infiltração foram 0 e 1 .
53 / 1986
EFEITO DA CASTRAÇÃO NA ATIVIDADE TÓXICA DO
EXTRATO DE GLÂNDULAS SUBMANDIBULARES DE CAMUNDONGOS.
O.
Teixeira; J. A. Cury; C. E. Pinheiro; A. Guimarães; M. C. F. A. Veiga
Departamento
de Ciências Fisiológicas -Faculdade de Odontologia de Piracicaba- UNICAMP
Diversos
pesquisadores têm demonstrado que a castração do camundongo macho adulto, após
30 dias, leva a uma significante redução na quantidade dos ductos granulosos,
atrofia e subsequente diminuição de polipeptídeos biologicamente ativos.
Evidentemente, provoca também, uma queda da testosterona, sem entretanto,
conhecer-se a interação existente entre esse hormônio e a produção dos fatores
ativos produzidos pelos ductos granulosos.
Por outro
lado, sabe-se também, que as glândulas submandibulares de camundongos machos
produzem toxinas com efeito letal com maior sensibilidade para as fêmeas.
Dessa
forma, o presente trabalho tem como objetivo verificar os eventuais efeitos da
castração na atividade tóxica do extrato de glândulas salivares (sialotoxinas)
de camundongos machos.
Foram
obtidos extratos concentrados de glândulas submandibulares de camundongos
machos normais e castrados. Esses extratos, quando administrados intra
peritonealmente nas fêmeas, provocaram uma taxa de 100% e de 0% de mortalidade,
respectivamente. Extratos de fêmeas, quando injetados em outras fêmeas
revelaram 0% de mortalidade.
Ainda, a
determinação das taxas proteicas (LOWRY) dos diferentes extratos mostraram que
existe uma concentração proteica 50% maior nos extratos dos animais normais. O
perfil eletroferético demonstrou modificações quali-quantitativas das proteínas
nos diferentes extratos.
Essas
alterações, possivelmente, indicam serem os ductos granulosos os responsáveis pela
produção das sialotoxinas.
54 / 1986
EFEITO
DETERGENTE DE SOLUÇÕES AUXILIARES EM ENDOOONTIA.
H. H.
Rodrigues
Faculdade
de Odontologia de Ribeirão Preto -USP
A avaliação
quantitativa da ação detergente de soluções auxiliares sido feita de maneira
empírica até nossos dias. Isto porque até o presente momento no elenco de
métodos sugeridos pela FDI não existe um método quantitativo específico para
esse fim. Procuramos desenvolver um método que controlando todos os parâmetros
envolvidos pudesse utilizar hemácias "in vitro". Assim suspensões de
hemácias em PBS em quantidades predeterminadas (10-6 hemácias por tubo de
ensaio) quando hemolisadas resultam em soluções coradas, cuja densidade ótica
varia conforme a capacidade detergente de diferentes soluções auxiliares
endodônticas. Dessa maneira foi quantificada a ação dissolvente de hipoclorito
de sódio a 5%, 2,5%,1% e 0,5% (solução de Dakin). Comparativamente foram também
testadas as soluções de Salvisol, de Wescodine, Chlorhexedine, Tubulicid,
Tergentol, Tergentec, Tergidrox, e os detergentes da linha Extran fabricados
pela Merck brasileira denominados MA-01, e os de origem alemã AP-41 e AP-43.
Além da apresentação de um novo método quantitativo de avaliação da ação
dissolvente, procurou-se demonstrar quantitativamente o nível de toxidez aguda
e ação dissolvente das soluções endodônticas e de laboratório mais em evidência
hoje.
* PBS = Phosphate buffer solutar .
55 / 1986
EFEITO DO
BISELAMENTO EM DENTES RESTAURADOS COM SISTEMAS ADESIVOS DE RESINA COMPOSTA
"IN VITRO" E "IN VIVO".
R. N. Konish*; K. F. Leinfelder**; M. F. C. Konishi*;
R. Abbud***.
*Departamento
de Clínica Integrada da Universidade de Brasília-DF
**
Director of Bio-materials Research. University of Alabama USA.
***
Departamento de Fisiologia e Patologia. Faculdade de Odontologia do Campus de
Araraquara -UNESP.
Com a
utilização do ataque ácido para a retenção das resinas compostas e da
introdução de selantes adesivos dentinários, sugeriu-se alterar os preparos
cavitários destinados às restaurações estéticas.
Dentre as
modificações propostas, teríamos a aplicação de biséis no ângulo cavo
superficial, condicionamento de ambos, esmalte e dentina, ausência de proteção
pulpar em preparos rasos e de média profundidade, da eliminação de retenções
adicionais em dentina, além de preparos atípicos, aonde se remove apenas os
tecidos lesados.
Este estudo
visou analisar o efeito de biséis em esmalte para restaurações estéticas,
através de observação de réplicas de dentes restaurados "in vivo" e
de testes mecânicos de cizalhamento em preparos simulados, com e sem bisel.
Analisou-se também, a morfologia da interfase dente-restauração, através de
microscopia eletrônica de varredura, além de se observar os prováveis fatores
que justificassem ou não, o uso de bisel nas prováveis condições clínicas de
utilização da resina composta.
Dentre os
resultados, foi possível concluir o seguinte:
1) O uso do
biselamento melhora a estética das restaurações.
2) A área
de retenção em esmalte é aumentada consideravelmente com o uso de biséis.
3) O
acabamento das restaurações em preparos biselados é aparentemente mais fácil,
porém o profissional não possui acuidade visual suficiente para a obtenção de
restaurações sem excesso ou falta de material nas margens bi- seladas.
4) Em
dentes posteriores, o desgaste funcional das resinas compostas geralmente
abrange a área biselada, sendo indicado apenas a utilização de biséis em
pré-molares inferiores, aonde o desgaste oclusal é mínimo.
5) Nos
testes mecânicos de cizalhamento constatou-se fratura de esmalte apenas nos
preparos sem bisel, indicando possivelmente uma maior resistência à fratura do
esmalte biselado.
56 / 1986
EFEITO DO
CITRATO DE CÁLCIO A 2% NA INCIDÊNCIA DE CÁRIES EM RATOS
M. C. F.
Moreira; A. A. Garrocho; C. E. Pinheiro; G. R. Melo.
Departamento de Odontopediatria e Ortodontia
-UFMG
Neste
experimento foram utilizados 14 ratos, sendo 7 machos e 7 fêmeas (Rattus
Norvegicus, albinos, Wistar), com 21 dias de idade. Estes animais foram
mantidos em dieta cariogênica (REGOLATI & MUHLEMANN), por um período de 60
dias.
Inicialmente
os animais foram pesados e distribuídos em 2 grupos de 7 animais cada (3 fêmeas
e 4 machos) recebendo o seguinte tipo de tratamento:
GRUPO I
-controle -dieta cariagênica e administração diária de água destilada.
GRUPO II
-dieta cariagênica associada com o citrato de cálcio a 2% e administração
diária de água destilada na água de beber .
Água
"ad libitum" para beber durante todo o período experimental.
Após o
período experimental, os ratos foram anestesiados com éter, sacrificados e suas
mandíbulas e maxilas, removidas, limpas dos tecidos moles e fixadas em formol a
10% por 24 horas. As peças limpas foram fixadas em bloco de madeira com lacre e
seccionadas ao meio no sentido mesio- distal, com um disco de aço serrilhado de
acordo com a técnica descrita por Vono. As hemisecções das mandíbulas e
maxilares foram coradas com o reagente de Schiff e examinadas ao microscópio
estereoscópico sob aumento de 12,5 vezes.
O escore de
cárie, foi feito segundo o método de KEYES, para lesões de sulco, sendo
empregado como método estatístico o não paramétrico de KRUSKAL -WALLIS.
Como
resultado, o citrato de cálcio apresentou-se como uma substância
anticariogênica, reduzindo a incidência de cárie nos ratos em aproximadamente
50%. Isto é justificado por pesquisas bibliográficas, que dizem ser o citrato
de cálcio, um inibidor enzimático da via glicolítica, um regulador metabólico
tipo do flúor, e mais, um elemento de ligação entre o cristal e hidroxiapatita
e as proteínas da matriz orgânica conferindo-lhe pois a função estrutural de
aumentar a resistência do dente, formando uma estrutura calcificada mais coesa.
Tudo isto
leva-nos a acreditar na possibilidade do emprego desta substância como agente
preventivo da cárie dentária em humanos.
57 / 1986
EFEITO DOS
RAIOS X NA GLÂNDULA PARÓTIDA DA PROLE DE RATAS IRRADIADAS NO PERÍODO DE PRENHEZ
L. S.
Utrilla; L.Tr. O. Ramalho; N. C. Roslindo
Departamento
de Morfologia. Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP
No presente
trabalho foram utilizados 24 ratos nascidos de mães submetidas a irradiação
ionizante, no 14º dia de prenhez e na dose única de 300 R sobre a região
abdominal (grupo experimental) e a prole de ratas normais mantidas em gaiolas
individualizadas e bem distante das primeiras (grupo de controle).
Para cada
grupo considerado, foram sacrificados 4 animais nas faixas etárias de 5, 10,
15, 20, 25 e 30 dias num total de 48, os quais tiveram removidas as glândulas
parótidas, incluídas em parafina e submetidas à microtomia. Os cortes obtidos
foram analizados ao microscópio após colorações pelo H/E e tricrômico de
Mallory.
A
irradiação X produz danos na morfogênese da glândula parótida caracterizados
pela: 1) menor atividade proliferativa; 2) hipotrofia acinosa e ductular e 3)
septos finos delimitando mal os lobos e lóbulos.
58 / 1986
EFEITO
INIBIDOR DA SIALOTOXINA I SOBRE A INSULINA NA RESPIROMETRIA CELULAR
M. C. Boaventura; O. Teixeira; J. L José
Departamento
de Ciências Fisiológicas. Faculdade de Odontologia de Piracicaba- UNICAMP
Tem sido
demonstrado por inúmeros pesquisadores através de estudos "in vitro",
que a insulina ativa consideravelmente o consumo de oxigênio celular .
Recentemente,
observou-se que os diferentes polipeptídeos produzidos pelas glândulas
submandibulares de camundongos machos (sialotoxinas) tem um efeito letal (fêmea
1,5m/Kg e macho, 3,7m/Kg) quando injetado intraperitonealmente.
Nesse
estudo, procurou-se analisar o eventual efeito da sialotoxina I sobre a ação
ativadora da insulina no processo de respirometria de tecido adiposo.
Frações de
tecido adiposo do epidídimo foram incubadas em frascos de Warburg pela técnica
convencional. O ensaio biológico constou de glicose, glicose + insulina e
glicose + insulina + sialofoxina
Os
resultados revelaram que na presença da glicose + insulina, houve um aumento
acentuado do consumo de oxigênio, enquanto que em presença de glicose +
insulina + sialotoxina I, ocorreu uma considerável inibição.
59 / 1986
EFEITOS DA
COLCHICINA NA DENTINOGÊNESE DO INCISIVO SUPERIOR DE RATO. ESTUDO
RADIOAUTOGRÁFICO
T. O.
Nogueira
Faculdade
de Odontologia de São José dos Campos -UNESP
O alcalóide
colchicina (CLC) tem sido usado para o estudo da função dos microtúbulos na
secreação de colágeno, durante a dentinogênese. Doses de 0,5mg/kg de CLC foram
administradas ao grupo A e de 1,5mg/kg de CLC ao grupo B. O volume injetado foi
de 0,5ml/200g do peso corporal. Os grupos foram formados por 12 animais cada
um, sendo que cada 3 animais foram sacrificados após 5h, 24h, 3 dias e 7 dias
após a injeção de CLC. Todos os animais receberam injeção intraperitoneal de
prolina triciada 1 :30h antes de serem sacrificados.
A análise
quantitativa do grupo A mostrou aumento da atividade secretora dos
odontoblastos após 3 dias da administração de CLC.
No grupo B
após 5h de observação, houve uma nítida inibição da atividade secretora dos
odontoblastos do lado lingual. No lado labial ocorreu deficiente incorporação
do radioisótopo pelas células da camada odontoblástica, devido à ação da CLC.
Após 24h a
maioria dos odontoblastos estava necrótica tanto no lado labial como lingual.
Alguns odontoblastos, com características morfológicas de normalidade,
incorporaram prolina triciada mas, poucas destas células foram capazes de
secretar colágeno. Aos 3 dias da injeção de CLC, alterações nos setores mais
incisais do dente eram observadas ao passo que os setores mais apicais apresentavam-se
semelhantes ao controle. Do lado lingual, foi observada dentina irregular,
marcada pelo precursor radioativo na sua região mais pulpar.
Após 7 dias
da administração de CLC, o lado lingual ainda apresentava dentina intensamente
irregular e pouca marcação sobre os odontoblastos. Massas de osteodentina foram
observadas na região correspondente à polpa dos setores mais incisais. Grânulos
de prata reduzida distribuíam-se irregularmente ao redor das lacunas com
inclusões celulares presentes neste tipo de dentina.
Todas as
alterações acima mencionadas foram dose-dependentes, variaram segundo os tempos
de observação e segundo os diferentes graus de sensibilidade das células da
camada odontoblástica nos vários setores do dente.
60 / 1986
EFEITOS DA
DESNERVAÇÃO AUTONÔMICA ASSOCIADA COM O TRATAMENTO CRÔNICO COM FENOXIBENZAMINA,
SOBRE A ESTRUTURA DO DUCTO GRANULOSO DA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR DO CAMUNDONGO
MACHO ADULTO
M. G.
Freire & J. A. Bauer
Departamento
de Histologia e Embriologia. Instituto de Ciências Biomédicas. Universidade de
São Paulo. SÃO PAULO (SP), Brasil
Foram
utilizados 30 camundongos machos adultos, divididos em 3 grupos, submetidos à
desnervação autonômica da glândula submandibular esquerda, segundo o esquema
abaixo relacionado:
Grupo 1
-(Sx) Simpatectomia pós-ganglionar;
Grupo 2
-(SxFB) Simpatectomia pós-ganglionar seguida de administração diária de
fenoxibenzamina (0,5mg/10g de peso corporal).
Grupo 3
-(SxPxFB) Simpatectomia pós-ganglionar + parassimpatectomia pré-ganglionar total
e pós-ganglionar parcial, seguidas de administração diária de fenoxibenzamina
(0,5m/10g de peso corporal),
Todos os
animais foram sacrificados 21 dias após a cirurgia. As glândulas
submandibulares esquerdas (desnervadas) e direitas (controles) foram removidas,
pesadas e, cortadas em fragmentos mantidos por 8 horas na mistura fixadora de
Helly. Fragmentos incluídos em parafina, cortados com 7 u de espessura e
corados pelo tricrômio de Mallory.
Além da
análise morfológica, foram calculadas para as glândulas de 6 animais de cada
grupo (desnervadas e controles) as médias das áreas de 50 ductos granulosos
observados em cortes transversais.
Fragmentos
das glândulas dos grupos Sx e SxPxFB também foram congelados em hexana a -70° e
utilizados para a evidenciação histoquímica de catecolaminas e atividade de
acetilcolinesterase, respectivamente. Em nenhum dos grupos estudados foram
observadas alterações morfológicas ou das médias das áreas dos ductos
granulosos. No grupo SxPxFB, a média tanto do peso absoluto como do relativo
das glândulas desnervadas foi estatisticamente significantemente menor do que
as médias das glândulas intactas.
61 / 1986
EFEITOS DA
HEMIDESCORTICAÇÃO NA ERUPÇÃO DE INCISIVOS DE RATOS*
M. C.
Boaventura; G. A. Fernandes; J. Merze/
Departamento
de Morfologia. Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP
Dos vários
fatores sistêmicos que interferem na velocidade de erupção dental, os hormônios
tiroidianos têm um papel preponderante. Para tentar estabelecer e elucidar uma
possível correlação neuroendócrina, utilizamos o rato hemidescorticado (HD),
modelo experimental usado por vários autores na abordagem de problemas
neuroendócrinos, por apresentar uma regulação hipotalâmica alterada sobre a
adeno-hipófise. Num primeiro experimento 34 ratos machos da linhagem Wistar
divididos em 20 HD e 14 controles (C), tiveram a erupção dos incisivos
superiores medida por doze semanas. Os resultados ao final foram, para os
incisivos direitos, de 2,37+0,02mm/semana para C (p < 0,05). Para os incisivos
esquerdos os valores foram de 2,30+0,05mm/semana para HD e de
2,53+0,03mm/semana para C (p<0,05). Num segundo grupo, 19 ratos machos
Wistar, em condições controladas de luminosidade e temperatura, os valores
encontrados para a erupção de incisivos direitos foi de 3,51 +0, 12mm/semana
para 10 ratos H De 3,94 +0,06mm/semana para 9 ratos C (p< 0,01 ). Entre os
incisivos esquerdos os valores foram de 3,37+0,16mmm/semana para HD e de
3,83+0,80mm/semana para C (p < 0,02).
Em um
terceiro grupo de 20 ratos HD foi medida a erupção antes e após a
administração, durante seis semanas, de 100ug/dia/rato do fator liberador TRH,
dissolvido em óleo mineral, por via subcutânea. A velocidade de erupção foi de
2, 10+0,07mm/semana antes do TRH e de 2,26+0,06mm/semana após TRH (p< 0,05).
Os
resultados encontrados nos levam a considerar que a hemidescorticação, ao
produzir uma disfunção do SNC, leva ao retardo na erupção dental por deprimir a
atividade do eixo hipotálamo-hipófise-tireóide. A administração do fator
liberador TRH aumenta a velocidade da erupção, indicando que o rato
hemidescorticado é portador de uma insuficiência hipotalâmica que o torna um
animal hipotireóideo do tipo terciário.
* Trabalho
financiado pela FAPESP (Proc. 81/0566-1) e CNPq (Proc. 40.3421/81 ).
62 / 1986
EFEITOS DA
HEMIDESCORTICAÇÃO SOBRE A TIREÓIDE E O CRESCIMENTO DE DENTES E MANDÍBULAS DE
RATOS*
C. O. G.
Munhoz; D. O. Tosello; M. C. P. Tse; G. A. Fernandes; J. Merzel
Departamento
de Morfologia. Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP
Vários
trabalhos têm revelado que a hemidescorticação (HD) produz alterações no eixo
hipotálamo-hipófise. Com o fim de verificar seus efeitos sobre a tireóide
fez-se uma série de experimentos em ratos Wistar machos jovens. Em 14 ratos
(7HD e 7 Controles) mantidos em dieta normal e temperatura ambiente
determinou-se: a) o peso do corpo, das hemimandíbulas, dos incisivos e da
tireóide; b) o comprimentos dos incisivos; c) o nível de T 3 e T 4 no soro
sanguíneo, por radioimunoensaio. Noutros 19 ratos (10HD e 9C) mantidos em dieta
normal e condições controladas de luminosidade e temperatura dosou-se os níveis
séricos de T 3 e T 4. Em mais de 19 ratos (11 HD e 8C), mantidos em dieta
normal e temperatura ambiente, injetou-se, i.p., 2,5uCi/g de peso corporal de
3H-glicina. Sacrificaram-se os animais aos 20 min., 1,2 e 4 h após a injeção.
As tireóides foram removidas, incluídas em Poly-Bed e cortes de 1 um de
espessura foram radioautografados. Determinou-se a área e a concentração de
grãos de prata em 20 folículos tireoidianos.
Os
resultados dos dois primeiros experimentos mostraram que nos ratos HD houve
sempre uma diminuição em todos os parâmetros (pesos, medidas e dosagens)
examinados, sendo que em condições controladas de luminosidade e temperatura a
queda dos níveis séricos de T 4 (3,45+0,9 para os HD e 4,10+0,143 ug/dl para os
C) foi significativa o mesmo não ocorrendo com o T3. No 39 experimento
observou-se uma diminuição da área folicular média nos HD (5.110um2) em relação
aos C (5.627um2) devido principalmente a redução da área do colóide (HD =
1.492um2 e C= 1.934um2) enquanto que a concentração de grãos de prata no
colóide foi praticamente igual nos dois grupos (HD = 10,85g/100um2 e C=
10,54g/100um2).
Estes dados
são compatíveis com a interpretação de que a HD provoca um discreto
hipotiroidismo.
* Trabalho
financiado pela FAPESP (Proc. 81/0566-1) eCNPq (Proc. 40.3421/81).
63 / 1986
EFEITOS DA
MALNUTRIÇÃO PROTÊICO-CALÓRICA (MPC), SOBRE DESENVOLVIMENTO PÓS-NATAL DAS
GLÂNDULAS SALIVARES SUBMANDIBULARES DO RATO*
A. H. S.
Jofre*; A. M. L. Ferreira***; I. G. Piza***
**
Universidade de Tarapacá (Chile)
***
Universidade Estadual de Londrina -PR
O
desenvolvimento pós-natal das glândulas submandibulares de ratos foi estudado
por métodos ponderais, histológicos e histoquímicos, em animais provenientes de
matrizes alimentadas, desde o 1º dia da gravidez, com ração peletizada contendo
8% de proteína. As matrizes que forneceram os animais controles, receberam
ração com 27% de proteína. Aos filhotes foram ofertadas, a partir do período de
alimentação mista, as mesmas rações que receberam as respectivas mães. Os
animais para estudo, foram sacrificados com zero, 5, 10, 20, 30, 40, 50 e 60
dias de idade.
Os pesos
relativos glandulares dos animais-MPC foram comparáveis aos dos controles, até
os 10 dias de idade, passando a serem significativamente maiores entre os 10 e
os 20 dias, indicando que, a partir desse intervalo de idade, a glândula foi
menos afetada do que o corpo, o que se atribui à hipertrofia do órgão,
conseqüente à alimentação mista e ao desmame.
O
desenvolvimento do parênquima glandular sofreu expressivo atraso,
particularmente evidente quanto à diferenciação dos ácinos e dos ductos
granulosos e, nos ácinos já completamente formados. a concentração de
mucossubstâncias neutras apresentou-se diminuída.
As
alterações observadas evidenciam terem sido afetados os processos de
diferenciação e de síntese celular. corroborando estarem, as glândulas
salivares, implicadas na produção dos efeitos da MPC.
* Trabalho
subvencionado pela FINEP e pela CPG/UEL.
64 / 1986
EFEITOS DA
PLACA LÁBIO-ATIVA SOBRE O COMPORTAMENTO ELETROMIOGRÁFICO DO MÚSCULO ORBICULAR
DA BOCA E SOBRE A ARCADA DENTÁRIA EM INDIVÍDUOS PORTADORES DE MALOCLUSÃO DO
TIPO CLASSE I DE ANGLE
F. A.
Oliveira; M. Vitti; J. A. Oliveira
Departamento
de Morfologia. Faculdade de Odontologia de Araçatuba -UNESP
O propósito
deste estudo foi investigar através da eletromiografia, os efeitos da placa
lábio-ativa sobre o músculo orbicular da boca (porções lateral e medial), após
três meses de uso e sobre a arcada dentária inferior. Foram examinados
indivíduos de ambos os sexos com idades entre 8 e 12 anos, como portadores de
maloclusão do tipo Classe I de Angle, com perda precoce de molares decíduos inferiores.
Todos os
movimentos realizados foram repetidos pelo menos cinco vezes para se assegurar
a sua perfeita reprodutibilidade. Para o registro dos potenciais utilizou-se um
par de eletrodos de superfície do tipo Beckman e um eletromiógrafo TECA, TE-4,
de duplo canal. A calibração de rotina foi de 1000µV/ divisão e a velocidade de
deslocamento dos feixes fixada em 370 mseg/divisão.
Após três
meses de uso da placa lábio-ativa, verificou-se que: 1) ocorrem pequenos
aumentos na dimensão vertical da face (N-Me) e nas inclinações dos dentes
incisivos (IMPA e I-NB); 2) aumento do perímetro da arcada dentária mandibular
pela distalização dos primeiros molares permanentes inferiores; 3) não foram
observadas alterações na atividade eletromiográfica dos músculos orbiculares da
boca durante o repouso, contato labial e deglutição; 4) a porção lateral do
músculo orbicular da boca inferior apresentou majores aumentos de atividade
muscular durante os movimentos de sopro, emissão das consoantes "M" e
.'P", mastigação molar direita e mastigação incisiva.
65 / 1986
EFEITOS DAS
DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DA SIALOTOXINA I NA SOBREVIVÊNCIA DE CAMUNDONGOS
PREVIAMENTE TRATADOS COM ESTRADIOL E PROGESTERONA
S. M.S.
Agostinho; O. Teixeira; C. E. Pinheiro; M. C. F. A. Vieira; J. L. José
Pesquisas
realizadas em nossos laboratórios, têm demonstrado que a sialotoxina I
apresenta um efeito letal (100% de mortalidade) nas concentrações de 3,7 mg/Kg
em camundongos machos e 1,5 mg/Kg nas fêmeas.
O presente
estudo procurou analisar a variação da taxa de mortalidade nos camundongos
machos previamente tratados com estradiol, fêmeas com testosterona e machos
orquidectomizados.
Os machos
foram tratados (grupo I) durante 10 dias com estradiol (2,0 mg/Kg de peso/dia)
em seguida foi administrado I.P. sialotoxina na concentrações de 1,0; 1,3; 1,5;
1,7; 2,0; 2,3 e 2,5 mg/Kg de peso.
As fêmeas
receberam testosterona (grupo II), (2,0 g/Kg de peso/dia) durante 10 dias. A
seguir, administrou-se sialotoxina I, via I.P., nas concentrações de 1,5; 1,8;
2,0; 2,3; 2,5; 2,8; e 3,0 mg/Kg de peso.
Os machos
orquidectomizados (grupo III) receberam sialotoxina I, mesma via, 10 dias após
a cirurgia, nas concentrações de 2,0; 2,2; 2,4; 2,5; e 2,6 mg/Kg de peso.
Os
resultados mostraram que para os animais do Grupo I, já numa concentração de
1,5 mg/Kg de peso, 60% de mortalidade alcançando a taxa de 100% com a
concentração de 2,5 mg. Já para as fêmeas mais testosterona, somente foi
conseguido a taxa de 60% de mortalidade com 2,5 mg e 100% com 3,0 mg/Kg.
Para o
Grupo III a taxa de 60% foi obtida com 2,4 mg e a de 100% com 2,6 mg/Kg,
revelando que as sialotoxinas são andrógenos dependentes.
66 / 1986
EFEITOS DAS
DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE SIALOTOXINA, NO CONSUMO DE OXIGÊNIO DE TECIDO
ADIPOSO
M. C.
Boaventura; o. Teixeira; C. E. Pinheiro; J. L. José
Departamento
de Ciências Fisiológicas. Faculdade de Odontologia de Piracicaba- UNICAMP
Procurando
correlacionar a causa mortis, provocada pelas sialotoxinas, estudou-se o efeito
das diferentes concentrações das mesmas sobre a respirometria do tecido adiposo
da cabeça do epidídimo de ratos normais.
O ensaio
biológico usado foi o metódo convencional de Warburg e era constituído de
glicose, glicose + sialotoxina I nas concentrações de 0,07 mg/ml; 0, 10 mg/ml e
0, 14 mg/ml.
Os
resultados revelaram no meio que continha somente glicose, um consumo médio de
142,4 ul de O2/h. enquanto que na presença de glicose e sialoxotina (0,07
mg/ml) mostrou uma média de 75,4 para as concentrações de O, 10 e 0, 14 mg/ml
um consumo médio de 72,4 e 35,4 ul/ O2/h.
Esses
dados, levam a conclusão de que, efetivamente, a sialotoxina I age inibindo o
processo a respirometria celular, na proporção da dose -resposta.
67 / 1986
EFEITOS DO
LASER CO2 NO ESMAL TE DE DENTES MOLARES PERMANENTES HUMANOS. ESTUDO AO
MICROSCÓPIO ELETRÔNICO DE VARREDURA
I-S.
Watanabe; A. Nutti-Sobrinho; E. A. Liberti; R. A. Azeredo; M. V. Araújo
Departamento de Anatomia. Instituto de
Ciências Biomédicas -USP
Molares
superiores permanentes de morfologia normal foram estudados após a irradiação
pelo laser CO2 nas faces vestibular, lingual, mesial, distal e oclusal. Foram
realizados disparos simples e contínuos com uma intensidade de 10 W.
Em seguida
as peças foram seccionadas, desidratadas em série crescente de álcoois, e
montadas em bases apropriadas para metalização com os íons de ouro. O exame das
peças foi feito em um microscópio eletrônico de varredura, JSM-P15, Jeol.
A
irradiação contínua do laser CO2 provocou a formação de uma superfície apresentando
características de aspecto vitrificado, contendo algumas gotículas sobre as
áreas irradiadas e normal adjacentes. Geralmente, as bordas da superfície
irradiada apresentavam-se bem delimitadas. O esmalte adjacente à área
irradiada, apresentou os mesmos prismas de esmalte alterados. O esmalte
adjacente era separado por uma fenda profunda daquela superfície vitrificada.
Após o
disparo simples, apresentaram-se uma extensa área circular vitrificada. As
bordas laterais são relativamente irregulares, contendo superfície de esmalte
alterado, e mais profundamente, a permanência de prismas de esmalte.
Estruturalmente,
não se observou diferenças significativas quanto à profundidade e extensão das
alterações causadas pela irradiação do laser CO2 em todas as faces de esmalte
analisadas.
68 / 1986
EFEITOS DO
RAIO LASER CO2 SOBRE A MUCOSA PALATINA DO RATO. ESTUDOS AO MICROSCÓPIO ÓPTICO E
ELETRÔNICO.
I-S.
Watanabe.; R. A. Azeredo.; S. Goldenberg.; E. A. Liberti; R. A. Lopes..
*
Departamento de Anatomia. Instituto de Ciências Biomédicas -USP
**
Departamento de Estomatologia. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto- USP
Os autores
estudaram os efeitos de um único disparo de raio laser CO2 (Sharplan 733) sobre
a mucosa palatina do rato. Os animais foram sacrificados O, 1, 3, 5 e 7 dias
após a operação, e os palatos fixados em alfac para a microscopia óptica e em
solução de Karnovsky modificada, para a microscopia eletrônica. Resultados:
logo após a aplicação do raio laser CO2 sobre a mucosa palatina normal,
forma-se uma cratera com material necrótico em suas bordas, além de áreas de
material carbonizado. No 3º dia pós-operatório, observou-se intensa proliferação
de fibras colágenas e poucos neutrófilos polimorfonucleares. No 5º dia
pós-operatório, a cavidade apresentou-se preenchida por um tecido bem
organizado constituído de fibras colágenas, vasos neoformados, linfócitos e
plasmócito; e o epitélio neo-formado mostrou-se íntegro e com aspecto normal.
No 7º dia pós-operatório, o tecido cicatricial mostrou-se bem organizado e o
epitélio regenerado.
69 / 1986
EFICÁCIA
CLÍNICA DA PREDNISONA NO TRATAMENTO DE PACIENTES PORTADORES DE DOENÇAS
INFLAMATÓRIAS ULCERATIVAS BUCAIS: UM ESTUDO DE CINQUENTA E CINCO PACIENTES*
S.
Silverman Jr.; F. Lozada-Nur; C. A. Migliorati
Faculdade
de Odontologia da Universidade da Califórnia - San Francisco, USA. Faculdade de
Odontologia da Universidade de São Paulo
Um estudo
objetivo de 55 pacientes portadores de doenças vesiculoerosivas da cavidade
bucal foi realizado com o objetivo de comparar os efeitos beneficiais e
adversos do tratamento com prednisona. Os pacientes foram divididos em grupos
que recebiam doses altas, médias e baixas de prednisona, bem como em grupos que
recebiam a droga por curtos ou longos períodos. A prednisona beneficiou 49
pacientes apesar de que 55% apresentaram alguns efeitos colaterais adversos. O
tempo de duração da administração de prednisona pareceu ter maior impacto no
aparecimento de efeitos colaterais do que a dosagem diária da droga. Os efeitos
colaterais mais comuns foram os distúrbios gastrointestinais, alteração do
humor, poliúria e insônia. Não ocorreram alterações significantes na pressão
arterial, nível de açúcar sangüíneo, peso e contagem de células leucocitárias.
Este estudo confirma que o uso sistêmico de prednisona é benéfico e de grande
utilidade como modalidade de tratamento para pacientes com doenças bucais
inflamatórias crônicas.
* Este trabalho
foi parcialmente subvencionado pela Bolsa de 05890-01 do
Instituto
Nacional de Pesquisa Odontológica, Instituto Nacional de Saúde - USA.
70 / 1986
ENSAIO
MECÂNICO EM MOLAS ORTODÔNTICAS
(Mola H,
loop Reverso, Bull Loop, Molas para fechamento de espaço tipos I, II e III )
P. C.
Freitas; P. E. Baggio; M. A. S. Almeida; J. W. Santos; J. K. Nabeshía; C. C. A
Quintão; E. Chevitarese; P. S. Neto
Procurou-se
relacionar a Tensão da Ativação de cada Mola com a sua respectiva Abertura
durante o período Elástico, com vistas ao Trabalho clínico a ser desempenhado
por estes dispositivos.
71 / 1986
ESCURECIMENTO
DA RAIZ E COROA PROVOCADO PELO USO DE MEDICAMENTO INTRACANAL DURANTE O
TRATAMENTO ENDODÔNTICO. ESTUDO "IN VITRO".
O. Benattí;
R. R. Bira/; O. Di Hipolito Jr.
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
Esta
pesquisa objetivou estudar os diferentes graus de alterações de cores
verificadas na raiz e coroa de dentes humanos (estudo "in vitro")
provocado pelo uso de algumas substâncias químicas usadas durante a desinfecção
dos canais radiculares.
Após o
preparo biomecânico, 25 canais de dentes incisivos centrais superiores íntegros
e da mesma cor, receberam curativos de: Eugenol, P. monoclorofenol canforado,
Tricresol formalina, Lugol e Fenol. Os curativos foram aplicados a cada 48
horas, por três vezes.
Através de
observações visuais com lupas e fotografias antes e depois da aplicação do
medicamento, comparando-se com o dente controle, pode-se concluir que; o
Eugenol foi a substância que mais induziu modificação na coloração da raiz e
coroa. O Fenol alterou a cor de forma moderada e, sem apresentarem modificações
de cores perceptíveis, portanto, sem prejudicar qualquer efeito estético em
relação ao dente, estariam os medicamentos: P monoclorofenol canforado, Lugol e
Tricresol formalina.
72 / 1986
ESTREPTOCOCOS
MUTANS; LACTOBACILOS E SAÚDE ORAL DE CRIANÇAS DE 9 E 10 ANOS EM BRASÍLIA*
M. Maltz;
F. V. Freitas; J. C. Carvalho
Departamento
de Odontologia. Faculdade de Ciências da Saúde- UB
A
prevalência de Estreptococos mutans e lactobacilos, a experiência de cárie, as
condições gengivais e a higiene oral foram estudadas em 191 crianças de 9 a 10
anos de idade. Das crianças, 1,8% apresentaram menos que 103 S. mutans por ml
de saliva, enquanto que 14,6% apresentaram 106 ou mais. Lactobacilos foram
encontrados em níveis inferiores a 103 por ml de saliva em 38,7% das crianças,
enquanto que 12,5% apresentaram 105 ou mais (somente 1,5% das crianças possuíam
106 ou mais lactobacilos por ml de saliva). A experiência média de cárie foi de
10.3 superfícies; 20% das crianças apresentaram CPOS entre 16 e 24
representando 44,2% da necessidade de trata- mento de todo o grupo. Foi
observada correlação estatisticamente significante entre CPOS e S. mutans, CPOS
e lactobacilos, CPOS e índice de placa, CPOS e índice de gengivite e entre
índice de gengivite e índice de placa.
As crianças
que tinham mais que 10(S. mutans por ml de saliva apresentaram em média maior
prevalência de cárie do que aquelas com menos que 105 (P 0,001).
* Trabalho
subvencionado pelo CNPq.
73 / 1986
ESTUDO
CLÍNICO - PATOLÓGICO DO ODONTOMA.
O. S. Pinto
Jr.; R. C. Jaeger; V. C. Araújo; N. S. Araújo
Departamento
de Estomatologia. Faculdade de Odontologia -USP
O odontoma
é um dos mais freqüentes tumores odontogênicos. É dividido histologicamente em
dois grupos, a saber: um denominado completo, na realidade uma malformação
composta por massas teciduais desordenadas; e o odontoma composto, que seria
uma verdadeira neoplasia derivada da proliferação anormal da lâmina dentária,
formando diversos dentículos.
No presente
trabalho foram levantados 41 casos de odontoma pertencentes à Disciplina de
Patologia Buco Dentária da FOUSP, com o intuito de se fazer uma completa
revisão clínica e histológica dessa entidade.
Foram
encontradas diversas variações nas estruturas odontogênicas que compõem o
tumor, tais como presença de esmalte de transição em proporções consideráveis;
modificações morfológicas importantes na dentina, resultante das alterações de
mineralização. Foram também observados alterações no cemento e áreas de
marcante cementogênese.
Especial
enfoque foi dado, no presente estudo, ao comportamento do epitélio reduzido do
órgão do esmalte, devido às suas carcaterísticas proliferativas, fato que não
está de acordo com a literatura com pulsada. A atividade desse elemento
histológico, levando inclusive à secreção de substâncias de aspecto dentinoíde,
nos faz questionar os aspectos conceituais da entidade.
74 / 1986
ESTUDO
COMPARATIVO DA RESPOSTA DO TECIDO CONJUNTIVO SUB-CUTÂNEO DO RATO AO IMPLANTE DE
TUBOS DE DENTINA, OBTURADOS PARCIALMENTE E COMPLETADOS COM DIFERENTES MISTURAS
DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO.
M. R.
Leonardo*; C. A. S. Cézar**; R. C. C. Lia*** & C. Bonatti Neto***
* Departamento
de Odontologia Restauradora. Faculdade de Odontologia do Campus, de Araraquara
-UNESP
**
Departamento de Dentistica. Faculdade de Odontologia de Diamantina. Minas
Gerais
***
Departamento de Fisiologia e Patologia. Faculdade de Odontologia do Campus de
Araraquara -UNESP
Na
obturação dos canais radiculares, é grande a responsabilidade do endodontista
quanto à seleção e utilização de substâncias que preservem a vitalidade do coto
pulpar, bem como, estimulem a tão desejada neo-formaçâo cementâria nas
biopulpectomias e não se constituam em agente de irritação constante aos
tecidos periapicais, nos casos de necropulpectomias.
A
substância que tem oferecido melhores resultados biológicos, quando colocada em
contato com o tecido pulpar, é o hidróxido de cálcio, por permitir e estimular
a tão desejada neo-formação de barreira mineralizada, corno também por
preservar a vitalidade dos tecidos apicais.
O objetivo
principal dessa pesquisa foi o de observar o com- portamento biológico de
produtos utilizados como veículos do hidróxido de cálcio.
Foi
avaliada comparativamente a resposta de tecido conjuntivo sub-cutâneo de rato
ao implante de tubos de dentina, obturados com cimento N-Rickert, deixando-se
espaços de 1,5 a 2 mm, os quais foram preenchidos com três diferentes pastas de
Hidróxido de Cálcio.
A maior
ação irritante foi observada no grupo em que o lipiodol foi o veículo,
prejudicando a formação de estruturas sugerindo mineralização. Nos grupos em
que o polietileno glicol 400 foi utilizado, estruturas amor- fas basófilas,
como mineralizações, com tendência à formação de barreira, foram visualizadas.
75 / 1986
ESTUDO
COMPARATIVO DO CONSUMO DE OXIGÊNIO ENTRE ANIMAIS DIABÉTICOS E NORMAIS, FRENTE
ÀS DIFERENTES FRAÇÕES DO PAROTIN.
M. C. F. A
Veiga; D. Teixeira; C. E. Pinheiro; A. Guimarães
Departamento
de Ciências Fisiológicas. Faculdade de Odontologia de Piracicaba
O presente
trabalho procurou elucidar o efeito das diferentes frações do Parotin (I, II,
III e IV) caracterizadas por cromatografia em Deae- Celulose por Pinheiro
(1984) sobre o consumo de oxigênio "In vitro" em ratos normais e
diabéticos.
Foram
utilizados 70 ratos machos com 3 meses de idade, distribuídos em dois grupos:
Grupo I -controle (normais) e Grupo 11- Diabéticos Aloxânicos. Os animais foram
sacrificados por decapitação e o tecido adiposo da cabeça do epidídimo foi
retirado e incubado em frascos de Warburg, para determinação do consumo de
oxigênio, durante 90 minutos.
Em presença
das frações II, III e IV, houve um aumento significativo no consumo de O2 pelo
tecido adiposo dos animais diabéticos de 72,7%, 95,7% e 48,7% respectivamente
em relação ao meio contendo apenas glicose. A fração I mostrou ser menos efetiva,
aumentando apenas 8% o consumo.
Nos animais
controles as frações I, II, III e IV aumentaram o consumo em 13%, 16%, 27 ,3% e
26,3% respectivamente como pode ser observado o meio contendo frações do
parotin apresentou maior consumo de O2 J Quando comparados com o meio contendo
apenas glicose tanto nos animais t controles como nos diabéticos. Entretanto
nos animais diabéticos as frações II, r III e IV foram mais efetivas que nos
animais controles. Comparando-se o consumo de oxigênio entre os animais controles
e diabéticos nota-se diferença altamente significativa, sendo que os animais
diabéticos apresentaram em média um consumo de 73,4% maior que 05 animais
normais.
76 / 1986
ESTUDO
COMPARATIVO DO MECANISMO DE PRODUÇÃO E LIBERAÇÃO DE ENZIMAS LISOSSOMAIS POR
CULTURA DE MACRÓFAGOS DURANTE UM PERÍODO DE 24 E 48 HORAS EM PRESENÇA DE PLACA
DENTAL ÍNTEGRA E SUBMETIDA A VÁRIOS TRATAMENTOS DE EXTRAÇÃO.*
S.A.
Catanzaro-Guimarães; A. M. M. Gomes; O. Tárzia: M. E. Taga; L. A. A. Taveira
Departamentos
de Patologia e de Bioquímica da Faculdade de Odontologia de Bauru da
Universidade de São Paulo - Bauru -SP
Em
trabalhos anteriores comprovamos que a presença de placa dental em meio de
cultura de macrófagos é um agente flogógeno capaz de induzir a produção e liberação
de enzimas lisossomais, tendo sido observado um efeito dose - dependente.
Na
tentativa de elucidar quais os componentes da placa dental responsáveis por
este efeito, frações de placa dental esterilizada foram submetidos a
tratamentos extrativos com a finalidade de se remover a maior parte dos
constituintes da matriz.
Após um
período de incubação de 12 horas as culturas de macrófagos foram lavadas com
salina morna, o meio substituído e amostras de placa dental íntegra
esterilizada e placa dental esterilizada tratada foram endo nesta cultura em
diferentes concentrações (10 ml, 25 ml, 50 ml e 100 ml), sendo a cultura
mantida por um período de 24 a 48 horas sob estímulo.
Após os
períodos de incubação de 24 e 48 horas as enzimas lisossomais e fosfatase ácida,
N-acetil-glicosaminidase, beta-galactosidase, beta-glicuronidase e aril-sulfase
foram analisados no meio de cultura e no lisado de células.
Os
resultados obtidos serão descritos e analisados comparativamente em função da
capacidade da placa dental íntegra e tratada agir ativando macrófagos na
produção e liberação de enzimas hidrolíticas lisossomais para o meio de cultura
após 24 e 48 horas de estímulo. O papel da placa dental na destruição tecidual
através da ativação dos macrófagos será discutida em termos da secreção das
enzimas lisossomais pela respectivas células.
* Trabalho
subvencionado pela FAPESP e pelo CNPq
77 / 1986
ESTUDO
COMPARATIVO ENTRE A DOR DENTAL E OUTRAS REGIÕES CORPORAIS.*
L. G.
Brentegani; M. R. Brentegani; M. C. Lico
Departamento
de Estomatologia. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto -USP
Departamento
de Fisiologia. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto -USP
Os autores
estudaram neste trabalho se a aplicação tópica de serotonina (5-HT) no obex
cuja ação é sincronizante, podia modificar a resposta aversiva frente a
estimulação elétrica (E.E) de um dente ou da EE nociva de outra região corporal
(Pata) na cobaia anestesiada superficialmente, registrando a resposta motora de
defesa (RMD) e o eletrocorticograma (ECog). Os resultados mostraram que nos
animais com EE do dente não houve alterações significantes do ECoG e da RMD
após aplicação de 5HT, enquanto que aqueles com EE nociva da pata apresentaram
um traçado eletrocortical sincronizado 20 minutos após a droga e uma diminuição
do RMD, que durava até os 90 minutos aproximadamente após a droga. Esses dados
experimentais parecem , apontar para uma sensibilidade diferencial à dor da
polpa dentária se comparada com outras regiões periféricas, assim como um
efeito de realimentação possivelmente diverso sobre a resposta aversiva
* Auxílio
CNPq e FINEP
78 / 1986
ESTUDO DA
ADAPTAÇÃO MARGINAL DE AMÁLGAMAS DE PRATA SOB A INFLUÊNCIA DE LIGAS, TRITURAÇÕES
E BRUNIDURA.
J. R.
Lovadino
Departamento
de Odontologia Restauradora. Faculdade de Odontologia de Piracicaba
O objetivo
desse trabalho foi verificar o nível de adaptação da superfície da parede
lateral de corpos de prova confeccionados em amálgamas de prata. Foram
realizados corpos de prova através de três ligas de prata diferentes, cujos
nomes comerciais foram Novo True Dentalloy, Novaloy e Sybra- loy.
Essas ligas
foram trituradas mecanicamente e manualmente, conforme Especificação nº 1 da
Associação Dentária Americana e condensadas com condensador tipo Hollemback nº
1, sob pressão de 1 kgf, de maneira convencional e associada à brunidura, em
cavidades preparadas em dentes humanos recém-extraídos e em matriz metálica.
Os corpos
de prova, assim confeccionados, tiveram suas paredes laterais analisadas
através de um rugosrmetro marca JENA, e, então, fotografados. Através das
fotografias, que exibiam pontos claros e escuros, e considerando que os pontos
claros foram representativos das regiões onde o amálgama de prata condensado na
cavidade mais se aproximou da parede, pudemos concluir que a brunidura
proporcionou melhor adaptação do amálgama de prata às paredes laterais das
cavidades. Com exceção da liga Sybra- loy, a trituração mecânica apresentou
melhor adaptação e os amálgamas de prata que melhor se adaptaram às paredes
laterais das cavidades foram, em ordem crescente, os confeccionados com as
ligas Novo True Dentalloy, Nova- loy, e Sybraloy.
79 / 1986
ESTUDO DA
DIREÇÃO DAS ALTERAÇÕES DIMENSIONAIS DOS MOLDES DE REVESTIMENTO UTILIZADOS NA
OBTENÇÃO DE RESTAURAÇÕES METÁLICAS FUNDIDAS.
G. L. Adabo
& F. P. M. Silva Filho
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese. Faculdade de Odontologia de Araraquara
-UNESP
As
dificuldades na obtenção de restaurações metálicas fundidas perfeitamente
adaptadas aos preparos cavitários tem desafiado os pesquisadores e clínicos que
atuam na Dentistica Restauradora e Prótese. Apesar do desenvolvimento de novos
materiais e técnicas, a literatura é rica em observações de autores que citam
as limitações das técnicas disponíveis atualmente.
Assim
sendo, decidimos estudar a direção das alterações dimensionais que se processam
no molde de revestimento expandido. Padrões de cera obtidos a partir de troquei
metálico tipo M.O.D. foram incluídos em dois tipos de revestimento (HIGROTERM e
HI- TEMP). Antes da inclusão, foram realizadas medidas no padrão de cera em
oito regiões pré - determinadas através de projetor de perfis, sensível a
micrômetro e após a inclusão e expansão hidroscópica, o bloco de revestimento
foi seccionado no sentido longitudinal e o molde resultante também foi medido
nas regiões pré-estabelecidas. Através da comparação entre as duas mensurações
realizadas e análise estatística foi possível concluir que as alterações que se
processam nos moldes de revestimento são bastante irregulares, desordenadas e
sofrem influência do tipo de revestimento empregado.
80 / 1986
ESTUDO DA
REAÇÃO INFLAMATÓRIA NO COTO PULPAR DE DENTES DE RATOS APÓS A APLICAÇÃO DE
DEXAMETASONA A 2%.
S.
Lobarinhas; V. C. Araújo; N. S Araújo
Disciplina
de Patologia Buco - Dentária. Faculdade de Odontologia -USP
O presente
estudo teve o propósito de verificar histologicamente a reação inflamatória
pós-pulpectomia em dentes de ratos quando a Dexametasona isoladamente é
utilizada como medicação intra canal.
Para tanto
a seguinte metodologia foi utilizada; Ratos de linhagem Wistar, pesando de 150
a 200 gramas foram anestesiados, radiografados na região de molares superiores
e posicionados na mesa operatória. Segue-se isolamento absoluto do primeiro
molar superior, abertura para acesso ao canal mesial, irrigação com soro
fisiológico e penetração de uma lima tipo "Torpan" nº 08, baseando-se
seu comprimento na radiografia de estudo. A dilatação do canal radicular foi
feita até a lima nº 25, de modo a possibilitar as- sim a remoção total da
polpa.
No grupo
experimental, após a secagem do canal, foi aplicada a dexametasona a 2% em soro
fisiológico. Nos dentes/controles nenhuma substância foi colocada.
Os dentes
foram selados com óxido de zinco e eugenol (Tipo 'I) e os animais sacrificados
nos tempos de 24 horas, 7,14, 2' e 28 dias. A peça obtida foi processada
histologicamente e corada por hematoxilina-eosina. Algumas lâminas no tempo de
28 dias foram selecionadas para receber a coloração de Brown e Breen, para a
pesquisa de microrganismos.
Os
resultados evidenciaram que a utilização da substância corticóide não
acompanhada de anti-microbiano, levou a necrose pulpar com formação de abscesso
periapical e evolução para quadros de osteomielite, sendo possível verificar a
presença de colônias bacterianas na região periapical.
81 / 1986
ESTUDO DE
ALGUMAS PROPRIEDADES FISICAS E BIOLÓGICAS DE CIMENTO OBTURADOR DE CANAIS
RADICULARES A BASE DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO.
J. M. P.
Sampaio; F. Glezer; E. Saio; J. Magalhães; E. G. Birman
Faculdade
de Odontologia -USP
Frente a
novos materiais que vem sendo introduzidos na prática odontológica, procuramos
estudar as propriedades físicas e biológicas de um cimento obturador a base de
hidróxido de cálcio.
Assim foram
avaliados o escoamento e a adesividade à dentina. O primeiro teste utiliza
placa de vidro em posição vertical deixados em es- tufa a 37º2C e U.R. 100%
(SAMPAIO & SATO, 1984) e a adesividade pela utilização de amostra de
dentina radicular, preparadas químico-mecanicamente à semelhança da clínica.
Entre elas
é colocado uma camada de cimento e após 1 hora, 24 horas, 168 horas (tempt.
37ºC e 100% U. R.). O teste de tração com dispositivo adequado é realizado
(SATO, 1984).
A
biocompatibilidade foi avaliado com a introdução de lamínulas de vidro revesti
das pelo cimento no subcutâneo de camundongos em vários tempos até 60 dias.
Os
resultados demonstraram que as propriedades físicas estudadas não são ideais e
biologicamente o cimento induziu uma resposta mais intensa por parte dos
tecidos quando comparado a produto similar sem hidróxido de cálcio
(Tubuli-Seal-Kerr*). Apesar de suas propriedades quanto a calcificação os
aspectos de sua biocompatibilidade ainda devem ser melhor avaliados.
*
Sealapex-Kerr
82 / 1986
ESTUDO DE
PROPRIEDADES MECÂNICAS DE CIMENTOS UTILIZADAS COMO BASE PROTETORA EM
RESTAURAÇÕES.
L R. M.
Martíns
Departamento
de Odontologia Restauradora - Faculdade de Odontologia de Piracicaba- UNICAMP
Para a
realização desta pesquisa foram utilizados 315 corpos de prova (c.p.)
objetivando estudar o comportamento de sete cimentos de diferentes composições
e marcas comerciais ("Fosfato de Zinco SS White",
"Ceramico", "Intermed", "Life",
"Renew", "Dycal", "Pulcap"), quanto à resistência
ao cisalhamento por puncionamento, compressão, e tração diametral. Os períodos
de armazenagem foram de 7 minutos, 30 minutos e 24 horas. Os cimentos foram.
proporcionados e manipulados de acordo com as respectivas recomendações do
fabricante, em ambiente com temperatura e umidade controlados. Levando-se em
consideração e metodologia adotada na prelente pesquisa, os resultados
encontrados e a sua análise criteriosa, foram obtidas as seguintes conclusões:
1. na resistência ao cisalhamento por puncionamento, os cimentos "Fosfato
de Zinco", e "Ceramco" apresentaram os melhores resultados e o
"Intermed" mostrou-se superior aos cimentos de hidróxidos de cálcio;
deles o "life" foi o melhor, sendo que o "Dycal" e o
"Renew" foram semelhantes e superiores ao "Pulpcap". 2. a
resistência à compressão apresentou comportamento na seguinte ordem decrescente
de desempenho: "Fosfato de Zinco", "Ceramco",
"Intermed", e Hidróxido de Cálcio, "Life", "Dycal",
"Renew", "Pulcap. 3. resistência à tração diametral teve a
seguinte ordem decrescente de desempenho: "Fosfato de Zinco",
"Ceramco", "Intermed", "life", "Dycal",
"Pulpac" e "Renew". 4. a resistência de todos os materiais
testados aumentou em função do tempo.
83 / 1986
ESTUDO DO
ALONGAMENTO, DA RESISTÊNCIA ATRAÇÃO E DA DUREZA VICKERS DE DUAS LIGAS METÁLICAS
À BASE DE COBRE. ZINCO, PARA USO ODONTOLÓGICO
M. A. M. R.
Silva*; C. L. A. Porto*
*
Departamento de Odontologia Restauradora. Faculdade de Odontologia de Ribeirão
Preto -USP
**
Departamento de Dentística. Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP
A pesquisa
científica, de um modo geral, tem sido conduzida sempre no interesse da
resolução de problemas que são comuns a diferentes comunidades.
Isto tem
proporcionado o desenvolvimento de novos materiais e novas técnicas na
Odontologia, que buscam melhorar a condição de saúde oral e a própria
satisfação cliente/profissional.
Esta
tendência levou ao desenvolvimento de muitas ligas metálicas de interesse
odontológico. Assim, foram comercializadas ou pelo menos desenvolvidas, ligas
com menor conteúdo de ouro e ligas dos sistemas prata/paládio; prata/estanho;
cobre/alumínio e cobre/zinco.
O uso
destas ligas é questionável: entusiasmados defensores confrontam-se com
rigorosos críticos. Problemas de oxidação, corrosão, dureza e propriedades
mecânicas vêm sendo exaustivamente estudados. E um longo tempo ainda haverá de
passar antes que se possam tê-las totalmente resolvidos. O mesmo pode ser dito
para as ligas do sistema cobre/zinco. O presente trabalho se propõe a ser mais
uma contribuição nesta literatura que promete ser muito extensa.
Estudou-se
o alongamento à resistência, à tração e a dureza Vickers de duas ligas de uso
odontológico, do sistema cobre/zinco; uma experimental (M1) e outra comercial
(M2).
84 / 1986
ESTUDO DO
COMPORTAMENTO BIOLÓGICO DA DENTINA CARIADA DE DENTES PERMANENTES SUBMETIDOS AO
CAPEAMENTO PULPAR INDIRETO. ANÁLISE ATRAVÉS DE MÉTODOS MORFOLÓGICOS,
HISTOQUIMICOS E DA MICROSCOPIA ELETRÓNICADE VARREDURA.
M. M. M.
Jaeger; R. G. Jaeger; V. C. Araújo; N. S. Araújo
Departamento
de Estomatologia -FOUSP
Foram
utilizados no presente trabalho dentes permanentes de humanos com cáries
profundas, que foram tratados pelo método do capeamento pulpar indireto.
Numa
primeira sessão, após remoção da dentina superficial e necrótica, foi removida
a dentina das camadas mais profundas através de cureta afiada, sendo o dente
restaurado provisoriamente em óxido de zinco- eugenol. Numa segunda sessão, 40
dias após, a restauração provisória foi re- movida e foi retirada nova escama
de dentina.
O material
removido em ambas as sessões foi fixado em Bouin e submetido a estudo
microscópico através de hematoxilina-eosina e métodos histoquímicos PAS,
Alcian-blue e Alcian-blue + PAS. O material a ser estudado à luz da microscopia
eletrônica de varredura foi fixado em aldeido- glutárico, submetido a
desidratação em um aparelho de "ponto - critico", recoberto com ouro
observado em um microscópio Siemens-Autoscan, a 25 Kve vácuo de 10-5 TORR.
A coloração
pela hematoxilina-eosina assim como os métodos histoquímicos utilizados
mostraram diferenças marcantes entre o material obtido na primeira sessão e
aquele removido após 40 dias. Merece destaque a verificação da positividade ao
alcian-blue na dentina obtida na segunda sessão, fato indicativo da presença de
glicosaminoglicanas, e de grande importância no processo de remineralização
desse tecido.
O estudo em
varredura nos permite observar as numerosas áreas de destruição dentinária no
material obtido na primeira sessão, sua desorganização, e presença numerosa de
bactérias. O material obtido posterior- mente mostrou uma dentina mais próxima
da normalidade, com esboço de estruturas em favo de mel causado pelo protrusão
dos calcoglóbulos, sem bactérias na camada superficial e evidenciando áreas de
esclerose peritubular .
85 / 1986
ESTUDO DOS
DISTÚRBIOS PROVOCADOS POR TRAUMATISMO MECÂNICO NO DESENVOLVIMENTO DE MOLARES DE
RATOS
R. G.
Jaeger; V. C. Araújo; N. S. Araújo
Departamento
de Estomatologia. Faculdade de Odontologia -USP
Oitenta
ratos recém-nascidos (Rattus norvegicus albinus. Rodentia. Mammalia) foram
submetidos a trauma mecânico na região de molares da mandíbula, realizado
através de agulha hipodérmica 2Sn. Decorridos cinqüenta dias, os animais foram
sacrificados e suas mandíbulas examinadas macroscópica e microscopicamente ao
HE. Dos oitenta animais, sessenta exibiam distúrbios de desenvolvimento
dentários que variavam desde alterações estruturais até anomalias de erupção.
Nas mandíbulas onde verificou-se macroscopicamente ausência de dentes, foi
observada uma grande variedade de distúrbios, representados por dentes
inclusos, quadros compatíveis com o da odontodisplasia regional, malformações
semelhantes a odontomas, lesões císticas e proliferações teciduais sugestivas
de outros tumores odontogênicos.
As
anomalias de erupção dentária provavelmente foram desencadeadas por um dano
direto ou indireto do agente físico em questão, ou mesmo através da quebra do
processo indutivo, acarretando uma interrelação tecidual anômala. É discutida
também a presença, no nosso material, de dentes inclusos, sendo achado marcante
o processo de anquilose dento-alveolar determinado experimentalmente.
A presença
de dentes retidos com aspecto de "dentes fantasma", nunca foi
anteriormente relatada pelos trabalhos experimentais compulsados, assim como a
obtenção de uma lesão semelhante ao mixoma odontogênico e outra idêntica ao
fibroma cementificante central. Outro tumor odontogênico obtido com nossa
metodologia foi o odontoma cujas peculiaridades aqui verificadas nos permitem
questionar a verdadeira natureza da identidade.
86 / 1986
ESTUDO
HISTOMORFOLÓGICO DO TECIDO CONJUNTIVO SUBCUTÂNEO DO RATO AO IMPLANTE DE PASTAS
À BASE DE HIDRÓXlDO DE CÁLCIO, CONTIDAS EM TUBOS DE DENTINA HUMANA
R. C. C.
Lia*; C. V. Mauricio**; M. R. Leonardo***; C. Benatti Neto*; M. R. B. Oliveira
*
Departamento de Fisiologia e Patologia. Faculdade de Odontologia do Campus de
Araraquara -UNESP
*Departamento
de Odontologia Restauradora. Centro de Ciências da Saúde da Universidade
Federal da Paraíba
*.*
Departamento de Odontologia Restauradora. Faculdade de Odontologia do Campus de
Araraquara -UNESP
Em endodontia nas biopulpectomias, uma
instrumentação atraumática, o emprego de soluções irrigadoras e medicamentos
inócuos e o uso de substâncias obturadoras que preservem a vitalidade do côto
pulpar e que estimulem a reparação apical e periapical devem ser os objetivos
do endodontista.
Em relatos
de inúmeros trabalhos experimentais, é sobejamente estudada a ação
osteogenética do hidróxido de cálcio, utilizado puro ou em associação e com
várias indicações em Odontologia. Assim esta pesquisa tem por objetivo analisar
o compor1amento histomorfológico do tecido conjuntivo subcutâneo de ratos
albinos, frente a implantes de tubos de dentina humana, contendo misturas à
base de hidróxido de cálcio.
Foram
utilizados 36 ratos, albinos, machos, adultos jovens, divididos em 3 grupos, de
12 animais cada. Os animais receberam implantes de tubos de dentina humana
contendo as seguintes pastas: Grupo I -Hidróxido de cálcio + Polietileno Glicol
400; Grupo II -Hidróxido de cálcio + Lipiodol {ultra- fluido) e Grupo III
-Hidróxido de cálcio + Paramonoclorofenol canforado 2,5 - 7,5. Decorridos os
períodos de 30, 60, 90 e 120 dias, os animais foram reoperados e as áreas
referentes aos implantes, removidas e preparadas para es- tudo histológico. Os
resultados microscópicos mostraram que as misturas correspondentes aos Grupos
I, II, e III, comportaram-se como irritantes de tecido conjuntivo subcutâneo do
rato, possibilitando no entanto cápsula em colagenização progressiva no
decorrer dos períodos, como também a formação de estruturas como mineralizadas
dispostas regularmente acompanhando a orientação dos feixes de fibras colágenas
nos grupos I e III.
87 / 1986
ESTUDO
IMUNOENZIMÁTICO DAS LESÕES DE BOCA DA LEISHMANIOSE CUTÂNEO MUCOSA.
F. O.
Nunes; M. N. Solto; V. C. Araújo; N. S. Araújo; V. L R. Malta
Departamento
de Estomatologia. Faculdade de Odontologia -USP
A
leishmaniose Cutâneo-Mucosa é uma doença infecciosa, cujo agente etiológico é
leishmaniose brasiliensis entre outras cepas.
Ocorre em
todo o território nacional, principalmente nas áreas de florestas, transmitida
pelas várias espécies do mosquito do gênero Phlebotomus.
As
leishmanias produzem lesões cutâneas únicas ou múltiplas, graves e
desfigurantes, podendo ocorrer envolvimento mucoso ou cutâ- neomucoso.
O quadro
histopatológico não é característico para a lesão, pois é representado
geralmente por resposta inflamatória crônica, com difícil identificação do
parasita. Disto depreende-se que é essencial para o diagnóstico da doença,
métodos de demonstração do protozoário nos tecidos, como as técnicas da
imunoperoxidase e imunofluorescência indireta.
Baseados
nessas considerações propusemo-nos a estudar 9 casos de leishmaniose
Cutâneo-Mucosa com manifestações bucais, recebidas pelo Serviço de Patologia
Cirúrgica da Disciplina de Patologia Buco-Dentária da FOUSP .
Os
fragmentos foram processados pela técnica histológica de rotina e corados pela
hematoxilina-eosina, recebendo o diagnóstico de compatível com Leishmaniose,
confirmado pela reação intradérmica de Montenegro.
A seguir o
material embebido em parafina foi cortado e submetido a técnica imunoenzimática
da peroxidase-antiperoxidase (PAP).
O material
corado pela hematoxilina-eosina foi submetido ao estudo morfológico básico, com
o intuito de se analisar a região tissular do hospedeiro. Dessa forma, especial
enfoque foi dado ao tipo de resposta inflamatória. suas caracteristicas,
celularidade e arranjo, bem como alterações vasculares e regressivas presentes.
O estudo
imunoenzimâtico nos permitiu verificar positividade para o parasita em cinco
dos oito casos avaliados. A presença de padrões amastigotas, celular e vascular
foi pesquisada e analisada perante a literatura Previamente compulsada.
88 / 1986
ESTUDO
"IN VITRO" DE ALGUNS ANTISSÉPTICOS FRENTE A CUL TURAS DE LEVEDURAS
ISOLADAS DE BOCA DE PACIENTES COM CANCER ANTES E DURANTE A RAIOTERAPIA.
A. Cury*;
M. C. C. Sampaio **; C. R. Pau/a ***; E. G. Birman**
* Faculdade
de Ciências Farmacêuticas -USP ** Faculdade de Odontologia -USP
***
Instituto de Ciências Biomédicas -USP
As
leveduras da boca tem sido tratadas com antimicóticos, notadamente, a
nistatina. Muitas drogas, como a violeta de genciana. tem originado o
aparecimento de cepas resistentes. Os antissépticos. por sua vez. apresentam
ação inespecífica sobre leveduras que podem cohabitar como comensais em
indivíduos sadios ou como patogênicos oportunistas em indivíduos
imunodeprimidos. Menos tóxicos para o hospedeiro e mais acessíveis do que os
antimicóticos eles merecem melhores avaliações. Nosso trabalho objetiva o
estudo da sensibilidade "in vitro" de leveduras frente a quatro (4)
anti-sépticos, escolhidos pelo seu difundido uso em estomatologia para vários
problemas bucais. As cepas isoladas em culturas puras foram avaliadas frente a
diferentes concentrações que vão de 0,007 g/l no mínimo a 20,00 g/l no máximo
de cloreto de cetilpiridino, hexaclorofeno, timerosal e violeta de genciana. Os
testes para o estudo da concentração inibitória e da concentração fungistática
mínima foram realizadas em meio sólido e em triplicata para cada levedura.
Vinte (20)
pacientes foram estudados sendo que 5 deles apresentaram culturas negativas,
antes da radioterapia. Nestes foram observados 4 espécies de fungos. a maior
parte representada pela Candida albicans. Durante a radioterapia todas as
culturas dos 20 pacientes foram positivas com 8 espécies de fungos diferentes,
havendo num mesmo pacientes até 3 espécies diferentes, predominando a Candida
albicans da mesma forma que anteriormente. Entre os antissépticos estudados o
cloreto de cetilpiridino mostrou-se o mais efetivo "in vitro'. sobre as
leveduras encontradas devido a elevada atividade fungistática e fungicida em
baixas concentrações antes da radioterapia e um pouco mais alta, durante o
tratamento, evitando assim, o uso de altas concentrações utilizadas para outras
drogas. Estudo em andamento está sendo realizado "in vivo" para
comprovação dos resultados obtidos nesta etapa preliminar.
89 / 1986
ESTUDO
MORFOLÓGICO DA FACE OCLUSAL DOS SEGUNDOS MOLARES INFERIORES, NA ESPÉCIE HUMANA.
W. Silva
Junior*; E. R. Villi*; F. A. R. Franco**
*
Departamento de Ciências Fundamentais para Saúde -CEBIM - Universidade Federal
de Uberlândia
.*
Departamento de Anatomia. Instituto de Ciências Biomédicas -USP
*.*
Aluno-monitor do Departamento de Anatomia. Instituto de Ciência Biomédicas- USP
(In Memoriam)
Os autores
observaram a disposição, em volume, das cúspides presentes na superfície
oclusal dos segundos molares inferiores.
Foram
examinados 154 segundos molares inferiores, encontrados em 103 mandíbulas
humanas maceradas e identificadas, onde estudaram a disposição das seguintes
cúspides: M-V; D-V; M-L; D-L e mediana vestibular.
As
observações mostraram à seguinte ordem, em volume, das cúspides examinadas; MV-
(51,30%); D-V (41,56%); M-L (48,70%); D-L (55,84%) e mediana vestibular
(10,0%).
90 / 1986
ESTUDO
MORFOLÓGICO DE SULCOS E FISSURAS DE PRÉ-MOLARES JOVENS E SENIS.
L. R. F.
Walter; M. J. Foroni; H. C. Scarparo
Utilizando-se
de 585 cortes vestíbulos linguais das superfícies oclusais de pré-molares
jovens e senis, obtidos no aparelho desenvolvido por Walter e Okama em 1976, os
autores observaram os sulcos em lupa esterioscópica.
A avaliação
morfológica foi realizada pelo método de Nagano e a observação da integridade
da desmineralização e da obliteração dos sulcos e fissuras por método visual.
91 / 1986
ESTUDO
MORFOLÓGICO E BIOQUÍMICO DA FLUOROSE EXPERIMENTAL EM DENTES INCISIVOS DE RATOS.
R. L S. BarrichekJ & J. A. Cury
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
O excesso
de flúor provoca alterações morfológicas no esmalte de intensidade proporcional
a dose. O mecanismo pelo qual ocorre o fenômeno é desconhecido. Procurando
estudar o processo, durante 20 dias injetou-se em 15 ratos recém-desmamados 4,0
mgF/Kg de peso. Num mesmo número de animais administrou-se solução fisiológica.
Após este período, os animais foram sacrificados e seus incisivos foram
extraídos. Após uma limpeza com gaze, a matriz do esmalte de duas regiões
distintas foi cuidadosamente raspada. Assim, amostras de esmalte jovem
(cheese-Iike) e parcialmente maduro (chalk-like) foram reunidas. A mandíbula de
2 animais foi fixada para a análise morfológica. A porcentagem de água na
matriz do esmalte foi determinada. Para a análise das proteínas, a matriz do
esmalte foi submetida a diálise em ácido acético 0,5M, a 4oC, durante 5 dias.
Após a remoção do resíduo insolúvel, o extrato foi liofilizado. As proteínas
foram dissolvidas em uréia 6M e analisadas por etetroforese em gel de
poliacrilamida. Os resultados mostraram não haver alteração morfológica dos
ameloblastos, quando observados ao microsópio óptico. O teor de água na matriz
do esmalte dos dentes dos animais tratados com flúor foi bem menor do que do
controle em ambas as frações (13,6 vs 46,2; 5,7 vs 33.8). A análise de protelas
do esmalte jovem mostrou di- ferenças quantitativas, havendo diminuição das de
peso motecular maior com aumento das de menor quando da administração do flúor
.
92 / 1986
ESTUDO
MORFOLÓGICO E MORFOMÉTRICO DA GLÂNDULA
SUBMANDIBULAR DE RATOS COM LESÂO DA REGIÂO ÂNTERO-VENTRAL DO TERCEIRO
VENTRICULO (AV3V).
A Renzi; L
A Camargo; W. A. Saad; J. W. Menani; R. A Lopes
Departamento
de Fisiologia e Patologia. Faculdade de Odontologia de Araçatuba -UNESP
Departamento
de Estomatologia. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto -USP
Foram
utilizados ratos albinos, variedades Holtzman, machos, com peso variando entre
240 e 290 gramas. Um grupo de animais foi lesado estereotaxicamente através de
corrente inidica continua de 1,0 mA, durante 5 segundos. O outro grupo não
recebeu qualquer tratamento e serviu de controle. Os animais foram sacrificados
7 e 15 dias após o inicio do experimento. As glândulas submandibulares foram
retiradas, separadas da sublingual e imersas em alfac, durante 24 horas. Os cérebros
foram imersos em formol a 10% durante 48 horas, posteriormente congelados e
cortados seriada mente.
Cortes
frontais de 15 micrometros de espessura foram corados pelo HE, e comprovaram a
LA V3V. Resultados: 1) Os pesos das glândulas submandibulares dos ratos
controles e submetidos à LAV3V (7 dias) foram iguais 8 0,455 9 :t 0,023 e 0,423
g -010211 respectivamente; para os animais sacrificados após 15 dias esses
valores foram iguais a 0,448 :t 0,022 para o controle e 0,407 g :t 0,027 para o
tratado; 2) Os volumes nucleares das células dos ácinos e ductos granulosos,
estriados e excretores foram iguais a 119,95 (m3 (7,47,119, (m3 (10,07,157,75
(m3 (15,01 e 168,24 (m3 ( 4,83 para os controles (7 dias); 81,58 (m3 (
5125,106,38 (m3 (7,47111,78(m3 ( 8,12 e 132,95 (m3 ( 9,71 para os tratados (7
dias); 112,72 (m3 ( 9,72, 121 ,45 (m3 (6,81,127,19 (m3 ( 7,24 e 185,98(m3 :t
18,25 para os controles de 15 dias; e finalmente 66,48 (m3 ( 1,451 92,04 (m3
(11108, 99,34 (m3 ( 8,52 e 120,07 (m3 14,92 para os tratados de 15 dias.
93 / 1986
ESTUDO
MORFOMÉTRICO DA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR DO CAMUNDONGO. COMPARAÇÂO ENTRE SEXOS.
L C.
Pardini & R. Taga
Departamento
de Estomatologia. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto -USP
Departamento
de Morfologia. Faculdade de Odontologia de Bauru -USP
No estudo
morfométrico foram utilizadas glândulas submandibulares de camundongos albinos
(Mus Musculus), de ambos os sexos. com idade de 120 dias pesando o animal macho
34, 7 g e a fêmea 26,0 g. Resultados: 1) a densidade da glândula, em ambos os
sexos, foi de 1,09 glcmJ. 2) a densidade de volume e o volume total do ducto
granuloso é maior no macho. 3) o volume total do ácino e ducto intercalar é
maior no macho. 4) o ducto estriado exibe maior densidade especifica e volume
total na fêmea. 5) a densidade de superfície do ducto granuloso no macho é de
1.134 cm2/cmJ e na fêmea é de 731,8 cm2/cmJ. 6) a superfície total do ducto
granuloso e do ácino exibem valores mais elevados no macho. 7) a relação
superfície - volume do ducto granuloso é maior no macho. 8) o diâmetro externo
e o comprimento total do ducto granuloso é 37%, 203% maior no macho. 9) o
volume nuclear, o número e a freqüência de células do ducto granuloso é maior
no macho. 10) o número e a freqüência de células do ducto estriado é maior na
fêmea. 11) o comprimento do ducto estriado é 166% maior na fêmea.
94 / 1986
ESTUDO
MORFOMÉTRICO DAS AL TERAÇÕES DA GLÂNDULA SUBLINGUAL DO RATO, DETERMINADAS PELO
ENVELHECIMENTO.
M. C.
Komesu; R. A. Lopes; S. O. Petenusci; C. R. Silva-Netto; O. V. Paula-Lopes
Departamento
de Estomatologia. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto -USP
Foram
utilizados ratos albinos, variedade Wistar, com 3, 6, 12 e 24 meses de idade.
Após o sacrifício, as glândulas sublinguais foram retiradas juntamente com as
submadibulares, separadas uma da outra e imersas em alfac. Os cortes obtidos
foram corados pela hematoxilina e eosina. Com o objetivo de avaliar
percentualmente as estruturas da glândula sublingual, empregou- se a técnica de
Chalkley (1943). Utilizou-se para tal, uma ocular preparada com quatro pontos
padrão e uma objetiva de imersão (100 x). Cada ponto padrão correspondia à
extremidade livre da seta e as estruturas histológicas escolhidas (citoplasma,
núcleo, ductos e tecido conjuntivo) foram registradas individual- mente. Foram
contados 500 pontos, ao acaso, para cada glândula, que, posteriormente, foram
transformados em valores percentuais. Os volumes nucleares foram avaliados com
o emprego da cariometria, de acordo com Valeri et alii (1967). Os valores
percentuais para conjuntivo foram, respectivamente para os ratos com 3, 6, 12 e
24 meses, iguais a: 61,8%, 56,2%, 57 ,7% e 55,5%; os valores para núcleo foram:
19,4%, 19,9o/0, 16,4% e 17,8%; os valores para ductos foram: 5,9%, 5,6%, 6,OOfo
e 5,0%, e, finalmente, os valores para tecido conjuntivo foram: 12,9%, 18,3%,
19,9% e 21,7%. Os valores dos volumes nucleares foram: 104,12 ( 3,62 I((m(,
108,50 (3,18 (m(, 121,08 (3,91 (m( e 106,66 ( 3,18 (m( para as semi-Luas
serosas, 109,88 (3,36 (m(, 109, 43 (5,10 (m(, 118,86 (6,15 (m(e 132,59 ( 4,41
(m( para as células dos ductos estriados; 113,95 ( 10,65 (m( 112,06 (3,46 (m(, 145,03 (4,13 (m(e 140,63
(10,28 (m(para as células dos ductos excretores.
95 / 1986
ESTUDO
ULTRA-ESTRUTURAL DAS CÉLULAS DOS DUCTOS GRANULOSOS DA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR DO
CAMUNDONGO MACHO ADULTO CASTRADO.*
A. ,. Doine
Departamento
de Histologia e Embriologia. Instituto de Ciências Biomédicas - USP
Células dos
ductos granulosos (DG) da glândula submandibular (GSM) de camundongos foram
estudadas 1, 2, 3, 5, 7, 10, 15,20,25,30 e 120 dias após a castração. Sabe-se
que estas células, sob influência dos hormônios testiculares aumentam
grandemente em número e sintetizam quantidades aumentadas de princípios
biológicos ativos, definindo um dimorfismo sexual evidente já no 1º mês de vida
pós-natal. A castração dos animais machos adultos leva à redução morfológica e
funcional dessas células dos DG. A grande maioria dos trabalhos pertinentes ao
assunto mostra modificações morfológicas e bioquímicas dos DG após períodos de
castração longos (30 dias ou mais), sendo escassas as informações acerca das
modificações que possam ocorrer após curtos períodos. Dessa forma, 4 animais de
cada período, acima mencionado, foram utilizados, e fragmentos da GSM foram
processados para microscopia eletrônica. As observações feitas aos microscópio
eletrônico (Zeiss ou Jeol 100 CX-II) podem assim serem resumidas: a)
inicialmente, há um aumento de lisossomos primários e secundários, vacúoloa
autofágicos já nos primeiros 10 dias após a castração; b) frequentemente são
observadas fusão de vesículas e lisossomos com grânulos de secreção; c) dobras
da membrana plasmática na região basal das células aumentam com o decorrer do
tempo de castração, bem como o número e tamanho das mitocôndrias, que passam a
ocupar também esta região celular; d) os corpos residuais aumentam em tamanho e
número nas células dos ductos granulosos. Essas observações indicam que a
regressão das células dos DG são devidas não apenas à extrusão dos grânulos de
secreção, mas também a processos de autofagia (crinofagia).
* Trabalho
subvencionado pela FAPESP, FINEP.
96 / 1986
ESTUDO
ULTRA ESTRUTURAL E CITOQUIMICO DA SECREÇÃO ORGÂNICA DOS AMELOBLASTOS E SUA
RELAÇÃO COM OS PRIMEIROS ESTÁGIOS DE MINERALIZAÇÃO DA DENTINA USO DO VERMELHO
DE RUTÊNIO ASSOCIADO ÀS TEMPERATURAS DE FIXAÇÃO DE 24oC E 37oC.
M. L. P.
Almeida; A. W. Almeida; E. Katchburian
Departamento
de Histologia e Embriologia. Instituto de Ciências Biomédicas - USP
O vermelho
de rutânio é um corante utilizado para a evidenciação de macromoléculas
aniônicas tanto em microscopia óptica como eletrônica. Em microscopia
eletrônica caracterizaria as glicosaminoglicanas, sendo muito utilizado para a
demonstração da existência de glicocálix em certas células. As substâncias
vermelho de rutênio-positivas são fortemente eletrondispersantes ao microscópio
eletrônico.
Estudos
anteriores em germes dentais. utilizando corantes catiônicos, demonstraram que
a distribuição de grânulos evidenciados pelo vermelho de rutênio estava
relacionada com a quantidade de glicosaminoglicanas ácidas encontradas no manto
dentinário.
Associamos
O método citoquímico às temperaturas de fixação mais altas que as convencionais
e acreditamos que isto tenha resultado numa preservação e caracterização mais
apropriada das macromoléculas aniônicas.
Nossos
achados, até o momento, mostraram que o vermelho de rutênio marcou
seletivamente algumas estruturas, destacando-se as vesículas da matriz, as
fibrilas colágenas e um material eletrondispersante associado à membrana
externa das vesículas ou disposto ao longo das fibrilas colágenas.
Acreditamos
que o material aniônico associado às vesículas e fibrilas colágenas venha a
desempenhar funções importantes nas etapas iniciais do processo de calcificação
da dentina, talvez agindo como elemento agregador de íons cálcio, aumentando a
concentração do mesmo em tais pontos.
97 / 1986
EXÉRESE DE
HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA COM PROTEÇÃO POR CONDICIONADOR DE TECIDOS OU
PASTA ZINCO-EUGENÓLICA. AVALIAÇÃO CLÍNICA E HISTOLÓGICA EM PACIENTES
L A.
Passeri.; E. M. Abreu.; A. C. P. Carvalho..; S. R. P. Une...
* Cirurgia
Buco-Maxilo-Facial. F. O. Piracicaba -UNICAMP ** Cirurgia Buco-Maxilo-Facial.
F. 0. Araçatuba -UNESP *** Pós-graduando, Patologia. F.M.V.Z. -USP
Após a
exérese de hiperplasia fibrosa inflamatória foi utiliza- do condicionador de
tecidos (Lynal, The L.D. Caulk Co.) em oito pacientes e pasta zinco-eugenólica
(Pasta Lysanda, Lab. Lysanda Ltda.) em outros oito pacientes, visando a
proteção da área cruenta resultante. As lesões removidas foram submetidas à
biópsia, confirmando o diagnóstico. 0 material protetor foi trocado aos 7 e 14
dias pós-operatórios.
A área foi
examinada e avaliada clinicamente aos 7, 14 e 21 dias após a cirurgia, quando à
dor, odor, hemorragia secundária, supuração, inflamação periférica e aderência
do material à ferida. Biópsias foram realizadas aos 7 e 14 dias pós-operatórios
e os cortes corados pela hematoxilina e eosina para o estudo histológico.
O grupo que
utilizou o condicionador apresentou feixes de fibras colágenas em organização
mais precoce e o grupo de pasta um maior infiltrado inflamatório. O
condicionador de tecidos mostrou-se mais biocompatível.
98 / 1986
FLUORETAÇÃO
DO SAL DE COZINHA PARA PREVENÇÃO DA CÁRIE DENTÁRIA AO NÍVEL FAMILIAR: 111-
ESTUDO METABÓLICO.
P. S. S.
Gil* & J. A. Cury
Bolsista de
Iniciação Científica do CNPq. (Proc. 100797-84)
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
Em trabalho
anterior (CURY e cols. 1983) foi preconizado um método estabelecido em
laboratório para o fluoretação domiciliar do sal de cozinha. Posteriormente
(TEIXEIRA e cols. 1986) demonstrou-se a homogeneidade da mistura quando
preparada por famílias de diferentes níveis de escolaridade. Na presente
comunicação comparou-se a manutenção das condições metabólicas devido a
ingestão de refeições preparadas com sal contendo 250 mgF/Kg, em relação a
ingestão de flúor devido a água fluoretada. Assim, durante 3 dias coletou-se
urina das crianças da creche da Faculdade de Odontologia de Piracicaba as quais
bebem água fluoretada (0,8 ppm). A seguir foi fornecido sal fluoretado para
preparar as refeições e água destilada para o mesmo fim e para as crianças beberem.
Novamente, durante 3 dias coletou-se urina. Os resultados obtidos mostraram que
a fluoretação dos sal de cozinha parece ser capaz de manter as condições
metabólicas estabelecidas pela fluoretação da água.
99 / 1986
AS
GLÂNDULAS CEFÁLICAS DE RÉPTEIS E ANFIBIOS BRASILEIROS. IV. HISTOLOGIA E
HISTOMETRIA DAS GLÂNDULAS LABIAIS, PRÉMAXILAR, DE DUVERNOY E DE HARDER DE
Oxyrhopus trigenJnus (SERPENTES: COLUBRIDAE).
R. A.
Lopes; M. G. D. Contrera; J. R. V. Costa; G. M. Campos, S. O. Petenusci
Departamento
de Estomatologia. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto -USP
Os autores
estudaram morfológica e morfometricamente as glândulas supralabial,
infralabial, prémaxilar, de Duvernoy e de Harder de Oxyrhopus trigerrinus.
Baseados nos resultados concluíram: 1) glândula supra- labial. É uma glândula
do tipo túbulo-alveolar e os ácinos são formados por células mucosas altas, de
cito plasma repleto de grânulos basófilos e com núcleos basais de volume médio
igual a 53,45 (m( + 4,88; além de células muco- serosas mais baixas, de cito
plasma acidófilo e com núcleos maiores de volume médio igual a 117,94 (m( +
9,54. Os ductos são constituídos de células baixas, e basófilas e de núcleos
basais grandes com um volume médio de 187,37 (m( + 14,64. 2) glândula infralabial.
Esta glândula é histologicamente semelhante à supra labial e os volumes
nucleares médios são: 60,07 (m(+ 5,68 para as células acinares mucosas, 114,85
(m(+ 8,00 para as muco-serosas e 106,12 (m(+ 11,37 para as do ducto. 3)
glândula prémaxilar. Esta glândula é constituída por ácinos formados por
células prismáticas baixas, basófilas e com núcleos basais de volume médio
igual a 80,03 (m(+ 5,12. As células dos ductos apresentam núcleo de volume
médio igual a 88,16 (m(+ 6,68.4) glândula de Duvernoy. Esta glândula é
constituída de túbulos formados de células altas, repletas de grânulos
acidófilos, com núcleos basais de volume médio igual a 82,64 (m(+ 5,77; e que
se continuam com ductos formados de células mucosas altas e de núcleos basais
de volume médio igual a 122,30 (m(+ 8,67. 5) glândula de Harder. Esta glândula
é constituída por ácinos pequenos, de células altas, acidófilas, de núcleos
ovóides de cromatina densa e de volume médio igual a 101,30 (m(+ 5,54. Os
ductos são constituídos de células baixas, basófilas, de núcleos basais com
volume médio igual a 78,89 (m(+ 8,17.
100 / 1986
HIPERVITAMINOSE
A EXPERIMENTAL NO EMBRIÃO DO RATO. ALTERAÇÕES NA CAVIDADE BUCAL.
M. G. O.
Contrera; R. Azoubel; R. A. Lopes
Departamento
de Estomatologia. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto -USP
Foram
utilizados fetos de ratos albinos, variedade Wistar, cujas mães foram
submetidas à hipervitaminose A através de uma única injeção intraperitoneal de
150.000 UI de Arovit, ou depois da ingestão de uma única dose de 150.000 U I de
vitamina diretamente no estômago. Os fetos controles receberam salina. Os
animais foram pesados, fixados em alfac, incluídos em parafina e os cortes
corados com HE. Resultados: ao exame macroscópico pôde-se constatar, que quase
todos os fetos tratados apresentavam alguma mal- formação na abertura e na
cavidade bucais. Esses fetos apresentaram astomia, microstomia, que variou
desde uma abertura mínima com fundo cego até quase a normalidade; em algumas
observou-se macrostomia. Histologicamente, o epitélio do lábio e do vestíbulo
apresentou-se espessado obstruindo quase a abertura inteira da cavidade oral. O
vestíbulo bucal estava ausente em muitos casos. Observou-se, ainda, soldadura
precoce dos ossos que formam a boca primitiva, além de fusão dos processos
maxilar e mandibular do primeiro arco branquial. O maxilar mostrou-se mais
curto e com trabéculas pouco calcificadas e com desenvolvimento prejudicado,
dando origem à fenda parcial oblíqua. Houve micrognatia mandibular, com
trabéculas delgadas e pouco calcificadas. Em três casos observou-se fenda
mandibular mediana. Devido ao encurtamento desses ossos a língua fica protrusa.
101 / 1986
HIPERVITAMINOSE
A EXPERIMENTAL NO EMBRIÃO DO RATO. II. ESTUDO VOLUMÉTRICO DO EPITÉLIO DO
PALATO.
M. G. O.
Contrera; R. Azoubel; R. A. Lopes
Departamento
de Estomatologia. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto -USP
Foram
utilizados fetos de ratos albinos, variedade Wistar, cujas mães receberam, no
10º dia de gestação, uma única injeção intraperitoneal de 150.000 UI de
vitamina A sob a forma de palmitato ou então 150.000 UI de vitamina A
diretamente no estômago após canulação. Os animais controles receberam salina.
Os fetos foram pesados, fixados em alfac e submetidos à técnica rotineira para
inclusão em parafina. Os volumes nucleares foram avaliados com o emprego da
cariometria. O palato apresentou epitélio mais delgado e núcleos das regiões
basal e espinhosa, menos volumoso, quando comparado aos controles. A maioria
dos animais apresentou fenda palatina e as glândulas palatinas eram
rudimentares. As médias dos volumes nucleares das células da camada basal do
palato mole foram: 172,60 (m3 + 11,90 nos fetos controles, -0,62 (m3 + 5,16 nos fetos cujas mães receberam a
vitamina por via digestiva, e 76,59 + 4,81 nos fetos cujas mães receberam a
vitamina interperitonealmente. O volume nuclear das células da camada espinhosa
foram: 149,17 (m3 + 6,55 para os controles, 66,51 (m3 + 5,53 para os da via
digestiva, e 72,82 (m3 + 7,02 para os da via intraperitoneal. Os volumes
nucleares das células da camada basal do epitélio do palato duro dos animais
tratados com vitamina A, quer dos da via digestiva (104,36(m3 + 12,76) quer dos da intraperitoneal (75,15
(m3 + 7,44) foram menores que os dos animais controles (179,75(m3 + 12,52). O
volume nuclear das células da camada espinhosa do epitélio dos animais tratados
com a vitamina foi menor (82,94(m3 +
9,07 pela via digestiva e 73,72 (m3 + 6,91 pela intraperitoneal) que o dos animais
controles (138,73 (m3 (7,32).
102 / 1986
HIPERVITAMINOSE
A EXPERIMENTAL NO EMBRIÃO DO RATO. III. ESTUDO VOLUMÉTRICO DO EPITÉLIO LINGUAL.
Mo G. O.
Contrera; R. A. Lopes; R. Azoubel
Departamento
de Estomatologia. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto -USP
Foram
utilizados fetos de ratos albinos, variedade Wistar, cujas mães foram
submetidas à hipervitaminose A recebendo uma única dose de 150.000 UI de
Arovit, por via oral ou intraperitoneal. Os animais controles receberam salina.
Os fetos foram pesados, fixados em alfac, incluídos em parafina e os cortes
sagitais foram corados pelo HE. Os volumes nucleares foram avaliados
empregando-se a cariometria. Resultados: a língua do feto malformado
apresentou-se com tamanho menor (microglossia), com epitélio mais delgado e com
núcleos de menor volume. As fibras musculares estriadas eram mais delgadas e de
núcleos menores. As glândulas linguais são pouco desenvolvidas, em relação às
do feto controle. Em um caso observou-se Língua bífida. As médias dos volumes
nucleares das células da camada basal do epitélio do dorso da língua foram,
para a região anterior: 153,63 (m3 ( 9,27 (controle), 109,15 (m3 ( 7,60 (via
digestiva) 96,23 (m3 ( 6,31 (via peritoneal). Para a região posterior, foram:
158,98 (m3 ( 8,20 (controle), 110,46(m3 ( 11,63 (via digestiva) e 116,06 (m3 (
8,74 (via peritoneal). Para a superfície ventral, foram: 198,04 (m3 ( 310,38
(controle), 92,67 (m3 ( 4,95 (via digestiva) e 109,10 (m3 ( 8,58 (via
peritoneal). As médias dos volumes nucleares das células da camada espinhosa do
epitélio do dorso da Língua, na região anterior, foram: 171,38 (m3 ( 9,07
(controle), 113, 44 (m3 ( 11,97 (via digestiva) e 95,06 (m3 ( 10,14 (via
peritoneal). Para a região posterior, foram: 166,54 (m3 ( 7,87 (controle), 115,25
(m3 ( 7,05 (via digestiva) e 124,58 (m3 ( 10,09 (via peritoneal). Na superfície
ventral, foram: 169,76 (m3 ( 5,01 (controle), 89,90 (m3 ( 5,38 (via digestiva)
e 102,59 (m3 ( 4,76 (via peritoneal).
103 / 1986
HIPERVITAMINOSE
A EXPERIMENTAL NO EMBRIÃO DO RATO. ESTUDO VOLUMÉTRICO DA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR
M. G. D.
Contrera; R. A. topes; R. Azoubel
Departamento
de Estomatologia. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto -USP
Foram
utilizados fetos de ratos albinos, variedade Wistar, cujas mães foram
submetidas à hipervitaminose A recebendo uma única dose de 150.000 U I de
vitamina A, por via oral ou intraperitoneal. Os fetos controles receberam
salina. Os fetos foram pesados, fixados em alfac, incluídos parafina e os
cortes sagitais foram corados pelo HE. Resultados: a glândula submandibular
apresentou-se menos desenvolvida, com botões terminais e cordões celulares
menos desenvolvidos, com células mais baixas e núcleos de menor volume, além de
tecido conjuntivo mais abundante entre os elementos parenquimatosos da
glândula. A média dos volumes nucleares das células dos ácinos (botões
terminais) da glândula submandibular foram: 176,76 (m3 (8,43 aos fetos
controles, 104,01 (m3 ( 2,51 nos fetos cujas mães receberam a vitamina por via
digestiva, e 85,39 (m3 ( 3,56 nos fetos cujas mães receberam a droga
intraperitonealmente. A média dos volumes nucleares das células dos ductos
(cordões celulares) da glândula submandibular foram: 155,91 (m3 ( 2,88 para os
controles, 111,00 (m3 (4,04 para os fetos cujas mães receberam a vitamina A via
digestiva após canulação diretamente no estômago, e 134,23 (m3 ( 4,13 para os
fetos cujas mães receberam a droga intraperitonealmente.
104 / 1986
HIPOALGESIA
DENTAL PRODUZIDA PELA APLICAÇÃO DE NORADRENALINA (NA) EM NÚCLEO DO SISTEMA
NERVOSO CENTRAL*
L. G.
Brentegani; M. C. Lico; M. R. Brentegani
Departamento
de Estomatologia. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto -USP
Departamento
de Fisiologia. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto -USP
Os autores
estudaram neste trabalho se a microinjeção de noradrenalina no núcleo magno da
rafe (NMR), podia modificar a resposta aversiva frente à estimulação elétrica
de um dente na cobaia anestesiada superficialmente, registrando a resposta
motora de defesa (RMD) e o ECoG bilateral. Os resultados mostraram que após a
injeção de NA houve uma diminuição significante da RMD, que durava até os 50
minutos aproximadamente após a droga. Enquanto que o exame qualitativo das
ondas eletrocorticais, fornecida por um analisador de freqüências, demonstraram
uma alteração gradativa no padrão destas ondas, isto é, de alta freqüência
(alerta) para de baixa freqüência (sono) após a aplicação da NA. Estes dados
mostram que este neurotransmissor é de grande importância nos mecanismos tanto
da atividade elétrica cerebral como nas atividades dos neurônios responsáveis
pela transmissão dos impulsos dolorosos.
* Auxilio
CNPq e FINEP
105 / 1986
HORMÂNIO-DEPENDÊNCIA
E CAPACIDADE LIGANTE DE ANDRÓGENOS DA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR: VARIAÇÕES
INTER-ESPÉCIE*
C. A. S. A.
Minetti*; N. M. Moura**; M. M. Oshiro***.; L. B. S. Valle**; R. M. Oliveira
Filho**
*
Departamento de Histologia e Embriologia. Instituto de Ciências Biomédicas- USP
**
Departamento de Farmacologia. Instituto de Ciências Biomédicas -USP
***
Acadêmico da Faculdade de Odontologia -USP
A glândula
submandibular (GSM) de roedores apresenta marcante dependência hormonal,
especialmente no camundongo em relação ao estímulo androgênico (Chrétien M.
Int. Rev. Cytol., 50:333-96, 1977). Reforça este conceito a comprovada presença
de receptores androgênicos nesse tecido (Verhoeven & Wilson J. D.
Endocrinology, 99:79-92, 1976; Minetti C.A.S.A. et al. Archs. Oral Biol.,
30:615-19, 1985a), os quais apresentam características semelhantes às encontradas
em órgãos-alvo clássicos. embora tenhamos demonstrado ser a sua regulação
diferente em alguns aspectos (Minetti C.A.S.A. et al., 1985a op. cit.; Minetti
C.A.S.A. et al. J. Biol. Bucc., 13:205-13,
1985b; Minetti C.A.S.A. et at. Acta Endocrinol., 112, 1986a - no prelo). Na GSM do
rato, a andrógeno-dependência, conquanto presente, é menor que aquela observada
no camundongo.
Neste
trabalho estudaram-se as capacidades ligantes de andrógenos em citosol de GSM
de ratos e camundongos em paralelo com estudo comparativo dos efeitos de
diferentes situações endócrinas: estudo em machos e fêmeas. castração (Cx),
tiroidectomia (Tx) e hipofisectomia (Hx). Para os ensaios de união a receptores
androgênicos. utilizou-se o andrógeno sintético [3H] R1881 adicionado a alíquotas
de citosol de GSM na presença ou ausência de R1881 radioinerte (Minetti
C.A.S.A. et al.. 19BBa - op cit.). A
interferência dos hormônios endógenos foi afastada por castração dos machos uma
semana antes dos experimentos. Efetuaram-se ainda estudos ponderais e
morfométri- cos (cariometria e histometria).
Os
resultados obtidos permitem as seguintes observações: os efeitos de C x e o
dimorfismo sexual são muito mais discretos na GSM do rato; não obstante, H x
afeta drasticamente a histofisiologia deste tecido, fato também observado em
animais Tx. Apesar do diminuto dimorfismo sexual nesta espécie. chama a atenção
a alta capacidade ligante androgênica da GSM do rato (cerca de 10.vezes maior
que a do camundongo) e sua alta suscetibilidade a H x e Tx.
* Trabalho
subvencionado com verbas da FAPESP e FINEP.
106 / 1986
INCORPORAÇÃO
DE 3H-GLICINA NO LIGAMENTO PERIODONTAL DE INCISIVOS DE RATOS HEMIDESCORTICADOS*
M. C. P.
Tse; G. A. Femandes; J. Merzel
Departamento
de Morfologia. Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP
Resultados
anteriores demonstraram que a hemidescorticação produz um retardo na erupção de
incisivos de ratos. Com o objetivo de estudar a biossíntese protêica no
ligamento periodontal (LP) de dentes com erupção alterada, 11 ratos Wistar,
machos, jovens, sendo 6 hBmidescorticados (HD) e 5 controles (C), receberam por
via i.p. uma dose de 2,5(Ci/g de peso corporal de 3H-glicina (Amersham, 12,4
Ci/mol) e sacrificados em 2 lotes, 1 h e 4h após. As hemimandíbulas foram
divididas em 5 segmentos transversais da extremidade apical a incisal dos
incisivos inferiores e incluídas em Poly Bed, sendo cada bloco subdividido em 2
metades- lingual e labial. Cortes de 1 µm das metades linguais foram
radioautografados (emulsão K-5 da Ilford) e a concentração de grãos de prata
foi determinada em cada segmento nas seguintes regiões do LP: junto ao dente,
junto ao osso e na região intermediária.
Não houve
diferença significativa na concentração de grãos de Ag entre os dois tempos e
na média a incorporação do aminoácido foi significantemente maior no LP dos
animais HD (12,25 e 10,96 gr. de Ag/49pm2, respectivamente para os dentes D e
E) em relação aos C (respectivamente 8, 15 e 8,42 gr. de Ag/49~m2), sendo que a
radioatividade foi maior no segmento apical em relação aos demais tanto nos C
como nos HD. Não houve, porém, diferenças significantes entre regiões de cada
segmento. Em experimento à parte, no qual os incisivos superiores dos mesmos
animais foram incluídos em parafina e os cortes submetidos à ação da colagenase
(Serva) antes da radioautografia, observou-se que Somente 30% dos grãos de
prata foram removidos, indicando que cerca de 70% do aminoácido incorporado
corresponde a outras proteínas que não o colágeno.
Estes
resultados são compatíveis com o quadro de hipotireoidismo causado pela HD que
resulta num mixedema e conseqüente aumento de material proteico na substância
fundamental. Este mixedema, alterando a consistência do LP, pode explicar o
retardo na erupção verificado em animais HD. à luz das recentes teorias sobre o
mecanismo da erupção dental.
* Trabalho
financiado pela FAPESP (Proc. 81/0566-1) e CNPq (Proc. 40.3421 /81 ).
107 / 1986
ÍNDICE
SIMPLIFICADO DE HIGIENE ORAL PARA DENTIÇÃO DECIDUA E DENTIÇÃO MISTA
C. R. M. D.
Rodrigues; T. Ando
Faculdade
de Odontologia -USP
Sabe-se que
a placa dental tem papel fundamental no desenvolvimento das doenças bucais,
cáries e doença periodontal, e que seu controle é de vital importância na
prevenção dessas doenças. Em virtude das diferenças anatômicas dos dentes
decíduos e permanentes, faz-se necessário uma diferenciação para a avaliação da
higiene bucal nas diferentes fases do desenvolvimento: dentição decídua, mista
e permanente. Grande parte dos índices de higiene oral fazem referência apenas
à dentição permanente, onde um dos índices mais usados é o índice simplificado
de Green e Vermillion, 1964, que utiliza apenas 6 superfícies dentais.
Baseado nos
poucos dados existentes sobre índice de higiene para dentição decídua e mista,
foram examinadas 420 crianças, na faixa etária de 4 a 10 anos, verificando o
índice de placa de todos os dentes, nas superfícies vestibulares e linguais, de
acordo com os critérios de Green e Vermillion, 1960 e a partir daí tentou-se
obter um índice simplificado de higiene oral para as duas fases de dentição:
decídua e mista.
Na dentição
decídua, tentou-se a simplificação com 4 superfícies: superfícies vestibulares
do 54, 61 e 82 e lingual do 75. Na dentição mista, testou-se a simplificação de
Green e Vermillion e tentou-se uma simplificação ainda major com 4 superfícies:
superfícies vestibulares do 26, 11, 31 e lingual do 46. Em todos os casos,
obteve-se boa correlação com os índices de contagem de placa de todos os
dentes.
108 / 1986
INTERAÇÃO
DE LECTINAS COM GLICOPROTEINAS SALIVARES
C. P.
Costa; J. A. Cury
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
Em trabalho
anterior foi mostrado que extrato bruto (EB) de semente de jaca, interage com
glicoproteínas de saliva e soro, não tendo sido demonstrado especificidade. Em
continuidade foi estudado o efeito da presença de açúcares, pH, osmolaridade e
temperatura na reação de precipitação entre EB e glicoproteínas de saliva e
soro usando a técnica de dupla difusão em gel de agarose a 1%. Vários açúcares
na concentração de 0,4M foram incorporados ao gel. A galactose inibiu
completamente a reação de precipitação com o soro e saliva. Os demais açúcares
testados mostraram alguma alteração nas linhas de precipitação em relação ao
controle. O efeito do pH foi estudado preparando o meio de agarose com tampão
citrato fosfato nos pH 2,2; 3,0; 4,0; 5,0; 6,0; 7,0; 7,4; 8,0; 9,0; 10,0 e
11,0. No pH 2,2 o gel não teve boa solidificação, ocorrendo leve precipitação
apenas com glicoproteínas de saliva; no pH 3,0 não houve precipitação com o
soro, porém ocorreu normalmente com saliva; a partir do pH 4,0 até pH 11,0 a
reação de precipitação foi semelhante ao controle que ocorreu no pH 7,2. O
efeito da osmolaridade foi testado preparando o gel de difusão em água e em
solução salina de cloreto de sódio nas concentrações de 0,0375M, 0,075M, 0,15M,
03M, 06M e 1,2M. Apenas em água que houve desaparecimento de uma linha de
precipitação do soro, nas demais concentrações não houve alteração nem para o
soro ou saliva. A temperatura na reação de precipitação foi analisada e mostrou
que a 4ºC as linhas de precipitação são mais nítidas que a 37ºC.
109 / 1986
ISOLAMENTO
DE ACTINOBACILLUS ACTINOMYCETEMCOMITANS EM DIABÉTICOS MELLITUS INSULINO
DEPENDENTES COM DOENÇA PERIODONTAL
A. C. R.
Feitosa*; M. Uzeda**; A. B. Novaes Jr.*
* Faculdade
de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro ** Instituto de
Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro
O objetivo
do presente trabalho é verificar a ocorrência de " Actinobacillus actinomycetemcomitans
em pacientes com diabetes mellitus inusulino dependentes (DMID) portadores de
doença periodontal.
Um total de
20 pacientes com idades variando de 10 a 25 anos foi incluído neste estudo. Os
pacientes foram selecionados a partir de uma população de diabéticos tratados
no Instituto de Puericultura e Pediatria Marta gão Gesteira -UFRJ.
Seis sítios
subgengivais (num total de 120 sítios) foram selecionados em cada paciente para
amostragem bacteriológica de A. actinomycetemcomitans. A profundidade clínica
do sulco ou bolsa periodontal, exame radiográfico e uma modificação do índice
Periodontal Juvenil (Cianciola & Gols., JADA, 104: 653-660, 1982) foram
determinados para analisar a doença periodontal em diabéticos juvenis. Amostras
de placa dental dos sítios subgengivais dos DMID foram removidas com curetas
periodontais tipo Gracey n2s 11/12, 13/14 e 17/18 e transferi das para um papel
alumínio estéril e pré-pesado. As amostras foram diluídas e homogeneizadas em
agitador Vortex por 20 segundos em solução salina estéril até a diluição 10-4.
Uma alíquota de 0,1 ml de cada diluição foi semeada no meio seletivo TSBV Agar
(Slots, J. J. Clin. Microbiol., I15: 606-609, 1982) com incubação em
microaerofilia (método da vela) à 37ºC durante 5 dias. As amostras suspeitas
isoladas foram submetidas à identificação presuntiva através de sua morfologia
colonial e celular em microscopia ótica, reação de catalase e oxidase. Estas
amostras foram liofilizadas e submetidas à identificação bioquímica de acordo
com o esquema proposto por Slots, J. (Arch. Microbiol., 131: 60-67, 1982). A
sensibilidade dos microrganismos aos
agentes antimicr6bianos será avaliada pelo método do disco no caldo
descrito por Wilkins & Thiel
(Antimicrob. Agents Chemother, 3: 350-356, 1973).
110 / 1986
ISOLAMENTO
E IDENTIFICAÇÃO DE STREPTOCOCCUS MITIS E DOS BIOTIPOS I E II DE STREPTOCOCCUS
SANGUIS COLHIDOS DE PLACA DENTAL HUMANA*
M. R.
Lorenzetti; F. Zelante
Considerando
que existem, na literatura, aspectos extremamentes controversos com relação à
classificação de S. sanguis, com seus 2 biotipos, e de S. mitis, nos propusemos
a realizar um amplo estudo de suas características fisiológicas, com o objetivo
de contribuir para o esclarecimento de algumas dessas dúvidas.
A parte
inicial desse trabalho refere-se ao isolamento e identificação de cepas desses
microrganismos. Foram isoladas 300 cepas de Streptococcus de placa dental de 30
indivíduos em meio M.S. Através de provas de fermentação de lactose, inulinal,
manitol, sorbitol e rafinose, hidrólise de esculina e redução do leite
tornassolado, foram identificadas 45 cepas de S. sanguis biotipo I, 62 de S.
sanguis biotipo II e 20 cepas de S. mitis.
A partir
desse resultado inicial, pretendemos ampliar o número de provas bioquímicas com
a finalidade de verificar se alguma delas se prestará melhor a uma definição
mais adequada dos biótipos. Para tanto, nos valeremos dos recursos de Taxonomia
Numérica, não muito utilizados em Microbiologia.
* Convênio
CNPq - Processo n2 403665/84.
111 / 1986
LEVANTAMENTO
EPIDEMIOLÓGICO DE ALTERAÇÕES BUCAIS EM PACIENTES DA TERCEIRA IDADE
C. R.
Gosta*; M. C. C. Sampaio**; E. G. Birman**
* Instituto
Paulista de Odontologia ** Faculdade de Odontologia -USP
Um levantamento
de 150 pacientes da terceira idade foi realizado no serviço de Geriatria do
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Raros trabalhos
apresentam um quadro real da situação bucal dos pacientes idosos quer em nosso
meio ou em outros países.
Um
questionário bem detalhado acerca da vida familiar, história médica pregressa
bem como um exame minucioso da boca foi realizado por dois observadores
independentemente.
Os achados
mais comuns foram varizes ou varicosidades linguais (54%) seguido por suspeita
de candidose (37%) presença de Grânulos de Fordyce (17%) e hiperplasias
fibrosas (15%). Numerosos pacientes apresentaram em várias localizações
presença de telangectasia (12%) seguido de outras lesões frequentes como
queilites principalmente angular, lesões brancas, língua despapilada, entre
outras.
Associação
de pacientes com tratamento hipertensivo e boca seca, bem como candidose e o
uso de prótese foram significativas sendo o número de pacientes portadores de
prótese (total ou parcial) de 76%. Stress emocional, problemas psicológicos,
medo, fobias eram frequentes mas não puderam ser relacionados com nenhum
problema bucal assim como alterações hormonais ou nutricionais.
Conclui-se
que uma visão mais profunda da saúde bucal de pacientes idosos deve ser
enfocada e que uma patologia específica não pode ser encontrada, com exceção
das varizes linguais e dos problemas associados a próteses como um grande
número de candidose.
112 / 1986
LIGA DO
SISTEMA COBRE-ALUMÍNIO. EFEITO DE TIPOS CAVITÁRIOS E TÉCNICAS DE FUNDIÇÃO NO
DESAJUSTE CERVICAL
F. P. M.
Silva Filho: D. N. Sá: W. C. Rettondini: G. L. Adabo; C. A. S. Cruz
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese. Faculdade de Odontologia de Araraquara
-UNESP
As ligas de
cobre-alumínio, introduzidas no comércio recentemente, para obtenção de
restaurações metálicas fundidas, apresentam entre outros problemas a
dificuldade na obtenção de adequado ajuste aos preparos cavitários devido,
principalmente, ao fato de apresentarem maior concentração de fundição
(comparadas às ligas áureas) e as fundições serem obtidas pelas mesmas técnicas
das ligas de ouro. Preocupados com este problema, os autores estudaram o
desajuste marginal de uma liga do sistema cobre-alumínio (1- DEALLOY) através
da confecção de restaurações metálicas fundidas (Coroa total e M.O.D.) obtidas
por 8 técnicas de fundição diferentes. Após a fundição as peças eram assentadas
nos troquéis metálicos de origem e submetidas a carga de 9 kg por 1 minuto e o
desajuste cervical medido em microscópio comparador .
Os
resultados mostraram que existe grande influência do tipo de técnica empregada,
bem como do tiJX> de preparo realizado. Os menores desajustes marginais
foram encontrados nas restaurações tipo M.O.D. obtidas pela técnica de fundição
que utilizou o revestimento HIGROTERM pela técnica da expansão higroscópica.
113 / 1986
LIGAS
NÃO-PRECIOSAS PARA METALO-CERÂMICA. ENSAIO DE DUREZA SUPERFICIAL EM FUNÇÃO DA
COMPOSIÇÃO
C. Comério;
L. A. Ruhnke; S. Consani
Departamento
de Materiais Dentários. Faculdade de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
Quatro
ligas não-preciosas para metalo-cerâmica, encontradas no comércio
especializado, ligas essas compostas basicamente de níquel- cromo, foram
estudadas em seus aspectos de micro-estrutura e dureza superficial.
A
combinação entre o elevado custo das ligas de ouro com a diferença na densidade
entre as ligas nobres e as não nobres, resulta num fator realmente atrativo
para a utilização cada vez maior das ligas não-preciosas.
É objetivo
desta investigação o conhecimento das características e alguns aspectos da
micro-estrutura de tais ligas.
As ligas
foram fundidas e os corpos de prova obtidos foram incluídos em resina e
submetidos a polimento metalográfico. Em seguida foram feitos ensaios de dureza
Knoop na superfície dos C.P. Finalmente foi realizado o ataque metalográfico
para verificação da cristalização apresentada nas diversas ligas. As ligas
utilizadas foram Nicron's, Durabond-MS, Resistal-P e Unibond. O revestimento
usado foi Multivest da Dentsply-High Heat Casting Investment na proporção
14ml/100g. A fonte de calor foi do tipo oxigênio/gás. As leituras de dureza
foram feitas através de um pequeno escleroscópio marca "leitz" com
ponta de diamante Knoop com uma carga de 100g. Após as leituras da dureza o
C.P. foram submetidos a um ataque eletrolítico para evidenciar os cristais.
114 / 1986
MANIFESTAÇÕES
BUCAIS EM PACIENTES COM AIDS OU DE ALTO RISCO: UM ESTUDO DE 375 HOMOSSEXUAIS DO
SEXO MASCULINO
S.
Silverman Jr.; C. A. Migliorati; F. Lozada-Nur; D. Greenspan; M. Conanti,
Faculdade
de Odontologia e Medicina da Universidade da Califórnia, San Francisco -USA.
Faculdade
de Odontologia -USP
Um total de
375 homossexuais do sexo masculino foram estudados para a verificação de
manifestações bucais, estilo de vida e fatores de risco, por um período de 4
anos. Ao exame inicial, 136 pacientes tiveram o diagnóstico de AIDS, 116 foram
considerados como alto risco para AIDS e 123 foram considerados sadios. Em um
tempo médio de seguimento dos pacientes de 23 meses, 9 pacientes de alto risco
para AI DS e 5 pacientes considerados sadios tiveram o diagnóstico de AIDS.
Sarcoma de Kaposi foi a neoplasia bucal mais freqüente e candidíase foi a
infecção bucal mais encontrada. Leucoplasia pilosa foi encontrada em 28% dos
pacientes ao passo que doença periodontal de avanço rápido foi diagnosticada em
17% dos pacientes. Portadores do vírus da AIDS não são identificados facilmente
e medidas de profilaxia e prevenção devem ser adotadas imediatamente no consultório
odontológico.
115 / 1986
MICROINJEÇÃO
DE XILOCAÍNA NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL E ANALGESIA*
L. G.
Brentegani; M. C. Lico; M. R. Brentegani
Departamento
de Estomatologia. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto- USP Departamento
de Fisiologia. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto -USP
Microinjeções
de carbacol, serotonina e noradrenalina no núcleo trigeminal espinhal (NTE),
inibem ou diminuem a resposta aversiva por uma estimulação nociva da polpa de
um dente. Estes resultados sugeriram que o efeito analgésico obtido, podia
depender de uma via analgésica já conhecida, descendente da rafe magno bulbar,
que poderia estar conectada com o núcleo caudal do trigêmio. Neste trabalho
estudou-se, se o bloqueio químico prévio da rafe com xilocaína, podia modificar
aquela analgesia observada com o carbacol. Foram registradas as respostas
motoras de defesa (RMD) e o eletrocorticograma (ECoG), frente ao estímulo
nocivo dental em cobaias superficialmente anestesiadas. Os resultados mostraram
que a inativação do núcleo magno da rafe (NMR) diminuiu o efeito do carbacol,
pois a RMD não era diferente do controle. A análise qualitativa do ECoG mostrou
uma mundança rápida pra uma atividade de alta freqüência e baixa amplitude
durante 30 minutos, o que é um fato consistente com a reação de alerta à dor
agora presente.
* Auxílio
CNPq e FINEP.
116 / 1986
MODELO DE
CÁRIE EXPERIMENTAL "IN VIVO"
M. C. R.
Witt; R. V. Oppermann
Curso de
Especialização em Periodontia -UFRGS
Este
trabalho objetiva o desenvolvimento de um modelo experimental de cárie dental
em humanos, no qual os vários fatores relativos a evolução do processo cárie e
suas múltiplas formas de prevenção possam ser controlados.
A partir de
modelos experimentais propostos na literatura, elaboramos um aparelho removível
que carrega um pedaço de esmalte e pode ser utilizado por jovens sem falhas
dentárias e sem causar danos a seus dentes naturais. Através deste método,
também é possível controlar variáveis do processo cárie, tais como flúor,
consumo de açúcar e higiene oral, de tal modo que a forma de prevenção a ser
testada possa ser facilmente evidenciada.
O aparelho
é composto por um pedaço de esmalte fixado em uma banda ortodôntica e coberto
por uma lâmina, que é encaixada em dois brackets. Estes brackets são colados
nos dentes 1º pré-molar e 1º molar superior permanente de voluntários jovens. A
peça de esmalte é obtida de dentes permanentes inclusos, que nunca estiveram em
contato com a cavidade oral e que não apresentem nenhuma mancha ou má formação.
O sistema
de encaixe desenvolvido, permite que o aparelho seja facilmente removido
durante a higienização dos dentes do portador. Os participantes são instruídos
para não utilizarem dentifrícios contendo flúor e nem beber água encanada, que
também é fluoretada. O consumo de sacarose é de 4 ou mais ingestões diárias e
nenhum tipo de limpeza é feito no aparelho. Após o período de 30 dias o
aparelho é removido e o bloco de esmalte examinado.
A avaliação
do processo de desmineralização e remineralização é realizado através da
inspeção visual em fotografias e testes de dureza. Também é realizada a
contagem de formas bacterianas em um esfregaço obtido da placa bacteriana sobre
o pedaço de esmalte.
A avaliação
do processo de desmineralização e remineralização da peça de esmalte por
comparação fotográfica tem demonstrado ser método eficaz para avaliação das
alterações ocorridas na superfície do esmalte. O teste de dureza foi
introduzido recentemente e ainda está em desenvolvimento.
117 / 1986
MOLDAGENS
DOS CANAIS RADICULARES DE DENTES USANDO ACETATO DE VINILA
I. C.
Frõner & H. H. Rodrigues
Faculdade
de Odontologia de Ribeirão Preto -USP
O
profissional deverá ter um conhecimento amplo do aspecto anatômico da cavidade pulpar,
e de suas possíveis variações. Ao realizar as intervenções endodônticas para
obter o maior sucesso possível, ele conta apenas com as radiografias e a
experiência clínica. Vários métodos foram utilizados para estudar a topografia
da cavidade pulpar na tentativa de obter mais informações. A presente pesquisa
analisa "in vitro", a morfologia interna de 120 incisivos e caninos
superiores e inferiores humanos permanentes. Foi utilizado o acetato de vinila
(vinilite) para obter moldes da câmara e dos canais radiculares. O aspecto
morfológico dos canais radiculares, seu canal principal, lateral, acessórios e
deltas serão estudados. A técnica é simples, de fácil execução e reproduz
detalhes das paredes dos canais que não são evidenciados nas radiografias. A técnica
consiste na remoção do conteúdo pulpar com hipoclorito de sódio e preenchimento
dos canais com vinilite em consistência pastosa através da seringa Luer-Look. A
seguir os dentes são imersos em ácido nítrico e obtém-se um modelo sólido dos
canais radiculares. A radiografia prévia à moldagem dos canais possibilitou
fazer uma análise comparativa da presença de ramificações do canal principal.
118 / 1986
NECESSIDADES
ODONTOLÓGICAS NOS PRIMEIROS ANOS DE VIDA*
L R. F. Walter; W. T. Gartbelini; A. Ferelle;
N. Hokama; R. Iega; M. P. Franco; V. G.
Pelanda
Após a
instalação da Clínica Odontológica para bebês, na Universidade Estadual de
Londrina, os autores relatam as necessidades odontológicas da população estudada.
Mais de 260 bebês com idade variando de O a 30 meses foram analisados em grupos
de:
0...... 6meses 6...... 12meses
12..... 24 meses 24....... 30 meses
De uma
maneira geral as necessidades odontológicas, nas idades menores, se referem à
aspectos congênitos tais como: presença de dentes natais e neo natais, fissuras
lábio palatais etc, e ou orientação à respeito de anomalias de desenvolvimento
ou à respeito da dentição e seus cuidados. Nas idades maiores, problemas
odontológicos relacionados com traumatismos dos dentes e o aparecimento de
cárie, já se tornam evidentes, e finalmente aquelas cuja idade aproxima-se dos
30 meses possuem em sua maioria necessidades relacionados com tratamento
odontológico.
*Trabalho
financiado pela FINEP.
119 / 1986
OBSERVAÇÃO DA PRESENÇA DE CEPAS HEMOLÍTICAS
DE S. MUTANS EM PAULISTANOS COM IDADE ENTRE 12 E 14 ANOS
M. R.
Lorenzeiti; F. Zelante; M. P. Alves; C Marques :
S. mutans
tem sido comumente relatado como hemolítico ou como anemolítico ( ? ). Raros
trabalhos mostraram a presença de cepas hemolíticas, observadas em cultivo
anaeróbico.
Neste
trabalho, 142 cepas de S. mutans isoladas da saliva de 53 indivíduos entre 12 a
14 anos de idade, foram analisadas quanto à produção de halos de hemólise, sob
condições de anaerobiose, em meios contendo sangues de carneiro, de cavalo e de
coelho. De 22 indivíduos, foram isoladas 37 cepas hemolíticas, sendo que a
atividade hemolítica exerce-se sobre os três tipos de sangue.
Não foi
observada correlação entre o tipo de hemólise e os biotipos de S. mutans, em
quaisquer dos tipos de sangue estudados.
O papel
biológico das hemolisinas de S. mutans permanece desconhecido, mas seu estudo
se torna importante, pela sua implicação como agente de endocardites
bacterianas.
120 / 1986
OCORRÊNCIA
DE BIOTIPOS DE STREPTOCOCCUS MUTANS NA SALIVA DE PAULISTANOS COM IDADE ENTRE 12
E 14 ANOS
M. R.
Lorenzetti; C. Marques; F. Zelante
Estudos
epidemiológicos realizados nas populações de diversos países têm demonstrado
diferenças na ocorrência de sorotipos de S. mutans, sendo o sorotipo C (biotipo
I) o mais incidente. Neste trabalho, foram bioquimicamente tipadas 147 cepas de
S. mutans isoladas de saliva de 53 indivíduos residentes em São Paulo, com
idade entre 12 e 14 anos. A caracterização bioquímica foi realizada através das
provas de fermentação de manitol, com e sem bacitracina, sorbitol, rafinose,
melibiose, hidrólises de arginina e esculina e produção de peróxido de
hidrogênio. O biotipo I, correspondente aos sorotipos C e F, foi o de maior
incidência nesse grupo, seguido do biotipo IV, correspondente aos sorotipos De
G. Verificou-se, por outro lado, que, do total dos indivíduos estudados, 30
(56,60%) albergavam apenas 1 biotipo da bactéria, enquanto que 21 (39,62%)
apresentavam 2 biotipos e 2 (3,77%) apresentavam 3 biotipos.
121 / 1986
PERDA DE
PRIMEIROS MOLARES PERMANENTES INFERIORES E POSICIONAMENTO DOS DENTES
ADJACENTES. ESTUDO RADIOGRÁFICO.*
A. A.
Santos; T. Sakima; A. J. O. Mendes; S. A. Torres
Departamento
de Clínica Infantil. Faculdade de Odontologia de Araraquara -UNESP
Os 1ºs
molares permanentes são os guias de irrupção e de posicionamento do grupo de
molares e devem ser tratados com prioridade. Havendo perda dos 1ºs molares
permanentes danos à oclusão serão notados, especialmente caracterizados no
posicionamento dos 2ºs molares permanentes e 2ºs pré-molares.
Para avaliação
dessas alterações, foram estudadas 72 radiografias ortopantomográficas de
pacientes na faixa etária de 9 a 14 anos, freqüentadores das clínicas de
ortodontia e odontopediatria da Faculdade de Odontologia do Campus de
Araraquara -UNESP.
Através de
medidas angulares e lineares, observou-se o grau de inclinação e migração do 2º
molar e 2º pré-molar inferior quando intra-ósseo ou irrompido, após 6 meses no
mínimo e 5 anos no máximo da extração do 1º molar permanente, assim como o
fechamento do espaço resultante.
Com base
nos dados obtidos e na metodologia empregada concluímos que: 1 -a inclinação
dos 2ºs molares permanentes não se alterou quando intra ósseos, observando-se
acentuada inclinação quando irrompidos; 2 -com relação aos pré-molares não se
verificou qualquer alteração na inclinação; 3 -a migração dos 2ºs molares
permanentes foi observada quando intra ósseos, mas não quando irrompidos; 4
-nos pré-molares não se notou migração quando intra ósseos, mas sim quando
irrompidos; 5 -o fechamento de espaço se deu pela migração mesial dos 2ºs
molares, quando intra ósseos; 6 - o fechamento de espaço foi maior pela
inclinação mesial dos 2ºs molares permanentes e migração distal dos 2ºs
pré-molares quando irrompidos.
* Trabalho
subvencionado pela CAPES
122 / 1986
POROSIDADE
EM RESINS COMPOSTAS: AVALIAÇÃO DO VOLUME DE AR INTRODUZIDO DURANTE A
ESPATULAÇÃO E/OU INSERÇÃO
P. S. L.
Prazeres*; E. Miyashita*; R. Y. Ballester**
*
Acadêmicos do IOP
** Auxiliar
de Ensino. Faculdade de Odontologia -USP
A introdução
de ar na massa plástica durante a manipulação tem sido apontada como uma das
principais responsáveis pelas propriedades indesejáveis de resinas compostas,
tais como a baixa resistência à abrasão e o manchamento.
Os
trabalhos disponíveis na literatura tem se preocupado com a área de bolhas
encontrada em cortes seriados de corpos de prova. Neste trabalho nos propusemos
medir a porcentagem de volume de ar que pode ser encontrado na massa
polimerizada de diversos tipos de resina composta, dependendo do sistema de
ativação (por luz ou duas pastas), plasticidade da resina e variações do
operador. Por extrapolação, foi calculada a porcentagem de volume polimerizado
incompletamente considerando a ação inibitória do oxigênio na reação de
polimerização.
Foram feitos
corpos de prova de sete marcas comerciais comprimindo-se uma quantidade de
resina (o suficiente, segundo critérios clínicos, para restaurar uma cavidade
de classe III de tamanho médio) entre duas lâminas de acetato, até alcançarmos
uma espessura aproximada de O, 1 mm. Utilizando um perfilógrafo e por
transiluminação, foram medidos os diâmetros das bolhas de ar de campos
selecionados, com volumes conhecidos, através de método fotográfico.
Os
resultados permitem agrupar as resinas em três grupos. Existe a tendência
estatística que permite separar as resinas em três grupos de acordo com a
porosidade apresentada e a porcentagem de volume de polimerização incompleta.
Prisma-Fil e Herculite apresentaram ao redor de 0,06% de ar e 1,4% de volume
não polimerizado; P-30 e P-10 incluem-se num outro grupo com até 0,5% de ar e
10% de volume de polimerização incompleta; Estic e Silar, com até 1 ,4% de ar
chegando até 25% de volume de polimerização incompleta.
A
porosidade por manipulação é muitas vezes menor nas resinas fotopolimerizadas.
Por outro lado, não parece depender da plasticidade da massa ou das variações
devidas ao operador. Os casos intermédios de P-10 e P-30 merecem estudos mais
aprofundados: P-30 apresentou mais porosidade do que o esperado (talvez introduzida
nos processos de fabricação) e P-10 menos (talvez pela elevada quantidade de
carga).
123 / 1986
PREPARAÇÃO,
CARACTERIZAÇÃO E COMPOSIÇÃO DA PAREDE CELULAR DE BACTÉRIAS DA PLACA DENTAL
S. A.
Catanzaro; A. M. M. Gomes; T. Akatsu; E. M. Taga; O. Tárzia; R. Taga
Departamentos
de Patologia, de Bioquímica e de Morfologia (Histologia). Faculdade de
Odontologia de Bauru -USP
Em trabalho
anterior, apresentamos o aspecto histopatológico de lesões induzidas pela
injeção de parede celular purificada no tecido subcutâneo de ratos. A evolução
das lesões dérmicas variou em tamanho de um local para outro e de um animal
para outro, mas todos desenvolveram as lesões. O histopatológico destas lesões
evidenciou um granuloma clássico com presença de poucos leucócitos e linfócitos
espalhados com predominância de monócitos e macrófagos.
Seguindo
esta mesma linha de pesquisa descrevemos agora a preparação das paredes celular
de bactérias da placa dental, sua composição em carboidrato, fósforo, proteína
e o perfil eletroforético. Para melhor caracterizar a parede celular
apresentamos também o seu aspecto do microscópio eletrônico.
124 / 1986
PRESENÇA DE
MASTÓCITOS NO EPITÉLIO GENGIVAL
O. P.
Almeida; P. O. Novaes; L. Bozzo; M. R. Vizioli
Departamento
de Patologia. Faculdade de Odontologia de Piracicaba -
UNICAMP
Desde a
descrição de Ehrlich em 1877 os mastócitos têm sido demonstrados em vários
tecidos e órgãos, incluindo as estruturas orais. Estudos quantitativos dos
mastócitos em gengivas normais e inflamadas são contraditórios, e isto
provavelmente é devido aos diferentes métodos usados para a preservação destas
células. Os mastócitos também foram descritos no interior do epitélio de
gengiva normal e principalmente no epitélio funcional. Estudando biópsias
gengivais de Gengivite Aguda Úlcero Necrosante, observamos a presença de
mastócitos intraepteliais. Os mastócitos apresentavam forma irregular e
inúmeros prolongamentos citoplasmáticos sugestivos de desgranulação, não
havendo entretanto descontinuidade da membrana celular. Os aspectos
morfológicos sugerem que os mastócitos intraepiteliais participam das
alterações gengivais que ocorrem na GUNA.
125 / 1986
PREVALÊNCIA
DAS FRATURAS DA FACE EM TRÊS HOSPITAIS DE SÃO PAULO
O. CriveIlo
Jr.; J.B. D.. Lemos; J. G. C. Luz; W. A. Jorge
Disciplina
de Traumatologia Maxilo-Facial. Faculdade de Odontologia -USP
Na
atualidade é significativa a incidência de fraturas que envolvem o complexo
maxilo-mandibular, sendo competência do cirurgião dentista que exerce a
especialidade de cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial tratar todas as fraturas que determinam a disfunção
do aparelho mastigatório.
Utilizando
prontuários de 550 pacientes portadores de fraturas da face tratados em três
Hospitais do Município de São Paulo indistinta mente em relação ao sexo, raça
ou cor, variando a idade entre 02 e 84 anos, analisamos a localização da
fratura, etiologia, e o tratamento associado apresentando-os em tabelas de
contingência.
Os
resultados obtidos nos permitem concluir que o complexo zigomático composto
pelo osso malar e o arco zigomático foi a estrutura de maior frequência de
fratura apresentada; os acidentes automobilísticos foram os maiores causadores
de traumatismos faciais e as técnicas terapêuticas conservadoras predominaram
nos diferentes ossos fraturados.
126 / 1986
PRÓTESE
ADESIVA: TÉCNICA DO SAL PERDIDO.
J. F. F.
Santos & P. E. C. Cardoso
Faculdade
de Odontologia -USP
Devido ao
seu caráter extremamente prático e conservador , as próteses adesivas indiretas
têm se difundido cada vez mais na prática odontológica. O maior problema deste
tipo de aparelho é o sistema de união estrutura metálica/resina composta.
Vários métodos foram propostos desde a perfuração do metal até o ataque
eletrolítico do mesmo. Este segundo método, mais difundido entre nós, tem se
mostrado caro e extremamente crítico durante a sua confecção, envolvendo uma
série de equipamentos e materiais que muitas vezes não são disponíveis nos
laboratórios de prótese, o que limita a sua aplicação. Sob o nosso ponto de
vista além de se obter uma superfície metálica com pequenas retenções, o método
deve ser barato e prático, podendo facilmente ser reproduzido em qualquer
laboratório de prótese. Neste sentido estamos trabalhando com a técnica de
"sal perdido", que em testes laboratoriais na Universidade da
Virginia, mostrou-se adequado para uma aplicação clínica. Em nosso trabalho nos
propomos a mostrar todas as faces de execução da prótese até a sua colocação em
boca, com posterior acompanhamento clínico.
127 / 1986
REAÇÃO DA
POLPA DO MOLAR DO RATO SOB MATERIAIS À BASE DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO (MPD E
HIPO-CAL). ESTUDO HISTOLÓGICO.
R. M. G. V.
Leite*; R. C. C. Lia**; C. B. Neto**; R. Abbud**
*
Departamento de Clínica Infantil. Faculdade de Odontologia de Araraquara -UNESP
**
Departamento de Fisiologia e Patologia. Faculdade de Odontologia de Araraquara-
UNESP
Um número
variável de materiais contendo hidróxido de cálcio tem sido lançado no comércio
especializado. Foram adicionadas substâncias para conferir resistência à
compressão e radiopacidade. Entretanto, a adição dessas substâncias pode
interferir no mecanismo reparador do hidróxido de cálcio.
Em nosso
estudo, foram utilizados 54 ratos (Rattus norvegicus, albinus, Wistar) machos,
com 60 dias de idade, divididos em 3 grupos experimentais. As polpas dos
primeiros molares superiores foram expostas e protegidas com um dos seguintes
materiais: hidróxido de cálcio puro, MPC e Hypo-Cal. Sobre esses materiais foi
colocado um disco de aço inoxidável e as cavidades foram seladas com óxido de
zinco e eugenol. Decorridos 24, 48 e 72 horas e 7, 15 e 30 dias de
pós-operatório, os animais foram sacrificados, e os maxilares removidos e
preparados para estudo histológico. Os resultados mostraram que a resposta
pulpar não diferiu nos períodos curtos de tempo pós-operatório, para os
diferentes materiais testados. Para os períodos mais longos de pós-operatório,
a resposta pulpar diferiu ante os materiais utilizados, sendo que, apenas sob o
hidróxido de cálcio chegou a formar-se completa barreira defensiva, ao nível da
polpa radicular.
128 / 1986
REAÇÃO DO
TECIDO SUBCUTÂNEO DO RATO SOB MATERIAIS À BASE DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO (MPC E
HYPO-CAL). ESTUDO HISTOLÓGICO.
R. M. G. V.
Leite*; R. C. C. Lia** C. B. Neto** R. Abbud**
*
Departamento de Clínica Infantil. Faculdade de Odontologia de Araraquara -UNESP
**
Departamento de Fisiologia e Patologia. Faculdade de Odontologia de Araraquara-
UNESP
A reação do
tecido conjuntivo subcutâneo tem sido o método em nível I de pesquisa, mais
comum para testar a compatibilidade biológica dos materiais dentários. A reação
do tecido conjuntivo subcutâneo do rato caracteriza- se pelas fundamentais
alterações inflamatórias, degenerativas frente a agentes irritantes. Em nosso
estudo, foram utilizados 36 ratos (Rattus norvegicus, albinus, Wistar) machos,
com 60 dias de idade, divididos em três grupos experimentais. Os animais
receberam implantes subcutâneos com os seguintes materiais: hidróxido de cálcio
puro, MPC e Hypo-Cal. Esses materiais foram implantados em tubos de
polietileno, na região dorsal, nos lados direito e esquerdo. Decorridos 2, 16 e
32 dias de pós-operatório os animais foram sacrificados e as áreas
circunjacentes aos implantes, removidas e preparadas para estudo histológico.
Os resultados microscópicos mostraram que o hidróxido de cálcio puro e o
Hypo-Cal foram pouco agressivos ao tecido subcutâneo, e que o MPC provocou
reação mais severa do que os outros materiais.
129 / 1986
REATIVIDADE
DOS DENTIFRÍCIOS FLUORETADOS COM O ESMALTE DENTAL HUMANO
R. N.
Teixeira* & Jaime A Cury
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
A
heterogeneidade química dos dentifrícios fluoretados comercializados no Brasil
foi demonstrada por CURY e cols (1981 ). Uma avaliação (1982) de estabilidade e
de metabolismo também foi realizada. No presente trabalho analisou-se os
produtos formados após a reação com esmalte dental. O sobrenadante da suspensão
de dentifrício (1 :3) foi agitado com pó de esmalte dental humano. A seguir
determinou-se com eletrodo específico as concentrações de flúor total (FT),
fluoreto de cálcio (CaF2) e apatita fluoretada (FA) produzidas no esmalte. Os
resultados obtidos com os diferentes dentifrícios analisados mostraram a
seguinte ordem decrescente de reatividade: X, KG, KSMF, M, CF e S para FT; X,
KG, KSMF, M, CF e S para CaF2; X, KG, M, KSMF, CF e S para FA. Concluiu-se em
função desta reatividade diferencial, que o efeito cariostático dos
dentifrícios não deve ser o mesmo.
* Bolsista
(1982) do Programa Bolsa Pesquisa UNICAMP, como aluna de Graduação da FOP .
130 / 1986
REMINERALIZAÇÃO
DE CÁRIE INCIPIENTE "IN VIVO" E "IN VITRO"
M. G. S.
Silva & J. Nicolau
Instituto
de Química -USP
A saliva é
um fluido que apresenta em sua constituição cálcio e fosfato em concentrações
supersaturantes em relação à hidroxiapatita do esmalte dentário (GRON, Arch.
oral Biol., 18: 1365 e 1385, 1973). Este fato o torna muito importante para o
estabelecimento de um estado de equilíbrio entre o esmalte dentário e o meio
ambiental, visto que, lesões de cáries incipientes podem ser revertidas pela
deposição de sais de cálcio da saliva (BACKER- DIRKS, J. dent. Res., 45: 503,
1966) um processo que se convencionou chamar de remineralização. Desde algum
tempo que os pesquisadores vêm testando soluções artificiais no sentido de
abreviar a reversão da lesão incipiente de cárie. Segundo GELHARD & ARENDS,
1984 (J. biol. Bucalle, 12: 49) "in vivo", a taxa de remineralização
é relativamente rápida nos primeiros 15 dias, tornando-se lenta posteriormente.
Em nosso laboratório estamos testando "in vitro" e "in vivo" uma solução
artificial, contendo além de cálcio e fosfato, zinco, estrônico, alumínio e
flúor. Os testes "in vitro" são realizados com manchas brancas
artificiais (SILVERSTONE, Caries Res., 1: 261, 1967) e remineralizadas em
saliva natural e artificial com aplicações diárias da solução remineralizante.
Os resultados são avaliados através de testes de microdureza (PURDELL LEWIS;
GROENVELD; ARENDS, 10: 201) e microscopia de polarização (SILVERSTONE, Oral
Sci. Rev., 3: 100, 1973). "In vivo", os pacientes portadores de
manchas brancas naturais, realizam auto-aplicações diárias com a solução
remineralizante, e, a avaliação da regressão das lesões são efetuadas por exame
clínico e fotográfico. Até o momento, os resultados dos testes "in
vivo" têm demonstrado satisfatórios, uma vez que, as manchas brancas têm
regredido consideravelmente nos primeiros 15 dias de aplicação e depois lentamente
tendem ao desaparecimento completo da lesão.
131 / 1986
REMINERALIZAÇÃO
DE ESMALTE BOVINO DESMINERALIZADO APÓS APLICAÇÃO DE UM DENTIFRÍCIO FLUORETADO
"IN VIVO"
D,
Korytnicki
.
Faculdade
de Odontologia -USP
Lesões de
cárie incipientes podem ser remineralizadas in vivo sob condições ideais. Este
processo é altamente estimulado na presença de baixas concentrações de flúor. O
propósito deste estudo foi o de investigar
o potencial de remineralização de blocos de esmalte bovino
desmineralizado após aplicações repetidas de um dentifrício à base de NaF in
vivo. Blocos de esmalte de incisivos permanentes de bovinos, foram cortados e
polidos. Os blocos foram desmineralizados utilizando uma solução buffer de
ácido láctico parcialmente saturado para preservar uma camada intacta. Dois
voluntários usaram aparelhos móveis inferiores durante 3 dias nos quais foram
enxertados 16 blocos de esmalte. Um dentifrício contendo 0,243% da NaF foi
aplicado na superfície do esmalte 4 vezes ao dia. A remineralização foi medida
pelo método de microdureza superficial e análise de incorporação de flúor. Os
resultados indicaram um aumento substancial de dureza superficial após
aplicação do dentifrício. Este aumento foi confirmado pela significativa
incorporação de flúor nos blocos experimentais. Foi também observado um alto
grau de resistência ao ataque ácido in
vitro nos blocos experimentais que poderia ser relacionado a formação de uma
nova estrutura cristalina insolúvel.
132 / 1986
REMOÇÃO DA
"SMEAR LAVER" EM ENDODONTIA
M. F. Z. Scelza; O. Chevitareze; P. Scelza
Neto
O trabalho
verificou o efeito de algumas soluções irrigadoras na remoção da "SMEAR
LAYER" em endodontia, buscando
subsídios para melhor saneamento endodôntico e posterior vedamento do canal,
bem como uma melhor fixação de pinos em canais com finalidade protética.
133 / 1986
REMOÇÃO
MONITORADA DA DENTINA CARIADA AVALIAÇÃO CLÍNICO-HISTOBACTERIOLÓGICA
C. M. N.
Lopes; H. H. Rodrigues; R. Vono
Faculdade
de Odontologia de Ribeirão Preto -USP
Faculdade
de Odontologia do Ceará -UFC
Faculdade
de Odontologia de Araraquara -UNESP
A presente
pesquisa, após uma breve avaliação da literatura sobre o tratamento da cárie
dental, mostra que os resultados obtidos através de uma avaliação
clínico-radiográfica não coincidem com a avaliação histobacteriológica. A
dentina remanescente do assoalho cavitário, após a remoção da dentina
fucsinófila desorganizada e amolecida, apresentou micorganismos em 75% dos
casos. A fucsina básica em propileno glicol foi utilizada para evidenciar a
dentina cariada a ser removida, como sugeriram FUSAYAMA e cols. (1972, 1980).
Associado a essa técnica de evidenciação da cárie, na presente pesquisa
utilizou-se também o "Sensor Digital" sugerido por RODRIGUES &
PELÁ (1948), que consiste em um aparelho eletrônico acoplado a escavadores de
dentina munidos de estensômetros, o que permitiu quantificar a pressão de corte
da dentina a ser removida. Objetivou-se dessa maneira, ao remover dentina com
um corante evidenciador de cárie, conhecer também a resistência dessa dentina
desorganizada à pressão de corte controlada clinicamente. Para isso, a amostra
constituiu-se de 52 dentes humanos portadores de cárie de dentina, que após
avulsão foram avaliados clinicamente, e a seguir fixados em formol, processados
rotineiramente em parafina, cortados em série, e corados em hematoxilina-eosina
e coloração de Gram para tecidos modificada por Brown e Brenn. Foram colhidos
valores da pressão de corte de diferentes camadas de dentina fucsinófíla. Tais
valores foram obtidos durante as sucessivas remoções em condições clínicas
ideais in vitro, procurando-se remover a superfície corada do assoalho
cavitário. Será apresentada documentação fotográfica macroscópica ilustrando a
evidenciação da cárie pela fucsina tópica e microscópica mostrando os
microrganismos da dentina remanescente após a remoção do tecido cariado.
. *
Trabalho subvencionado pela CAPES
134 / 1986
RESISTÊNCIA
À COMPRESSÃO DE 3 CIMENTOS DE Ca(OH)2 SOB O EFEITO DO CARREGAMENTO DE
CONDENSAÇÃO DO AMÁLGAMA DE Ag
J. R.
Lovadino; J. C. Battistuzzo; L R. M. Marins; R. Sartini Filho
Departamento
de Odontologia Restauradora. Faculdade de Odontologia de Piracicaba- UNICAMP
Foram
utilizados 10 cp de 3 cimentos de Ca(OH)2 confeccionados em matriz metálica
medindo 3 mm de diâmetro por 1,5 mm de altura. Após aguardar 4 minutos do
início da espatulação, através de um complemento da matriz metálica medindo
internamente 3 mm de diâmetro por 6 mm de altura, foi realizada nesse momento a
condensação de amálgama de prata (Agestan-68-Bayer Dental), proporcionado em 1
:1 e triturado mecanicamente com auxílio de condensador mecânico
(Dabi-Atlante), munido de ponta ativa com corte circular e de 1,5 mm de
diâmetro sob pressão constante (1,5 kgf).
Após uma
hora, a matriz onde foi condensado o amálgama foi separada da matriz que
continha o cimento e foram analisadas por 2 observadores, as condições da
superfície do cimento, sob lupa esteroscópica. Como resultado foi encontrado o
que expressa em porcentagem a tabela Z. .)
Tabela Z .
Situação
observada sob lupa esteroscópica, de aumentos de hidróxido de cálcio após
receberem o carregamento de condensação de amálgama dental.
Cimentos
Trincas
Penetração
Manchamento
utilizados
da base (%)
do amálgama
da base
pelo
da base (%)
amálgama
(%)
Life
25
25
100
Renew
Dycal*
* Fórmula
avançada II
135
RETENÇÃO DO
FLÚOR DA ÁGUA POR FILTROS DE CARV ÃO ATIVADO
P. S. S.
Gil* & J.A. Cury
Faculdade de Odontologia de Piracicaba
-UNICAMP
A
possibilidade dos filtros de carvão reterem o flúor da água é bastante
divulgada no nosso meio. A presente comunicação procurou analisar esta
capacidade de ligação. Filtros de carvão foram equilibrados com água destilada.
A seguir volumes sucessivos de 1 litro de água fluoretada foram filtradas,
sendo colhidas amostras de 100 ml. A concentração de flúor inicial e das
amostras filtradas foi determinada potenciometricamente. Os resultados
mostraram que houve uma diminuição de 90% na concentração de flúor nos
primeiros 100 ml de água filtrada, havendo decréscimo progressivo da retenção
nas filtrações seguintes. Este comportamento, de intensidade decrescente, se
repetiu sucessivamente, de tal maneira que após serem filtrados 6 litros de
água a diminuição de concentração parece não ter qualquer significado em termos
de comprometer o efeito do flúor .
* Bolsista
(1986) do Programa Bolsa Pesquisa UNICAMP. Aluno de Graduação da FOP
136
SIALADENOSE
EXPERIMENTAL: ESTUDO DO CONTEÚDO DE ATP EM
GLÂNDULAS
SUBMANDIBULARES (GSM) DE RATOS SUBMETIDOS A TRATAMENTO COM ISOPROTERENOL (IPR)
E AMPUTAÇÂO DOS DENTES INCISIVOS INFERIORES (AMPT)*
F. D.
Ferrira* & J. Nicolau**
*Instituto de Ciências Biomédicas -USP
** Instituto de Química -USP
O aumento
em peso e volume de glândulas salivares de ratos e camundongos se constitui num
bom modelo biológico para o estudo da sialadenose humana. Esta ocorre
frequentemente em distúrbios pluri-glandulares (diabetes melito, hipofunção das
gônadas), em moléstias deficitárias (beri-beri, Kwashiorkor, deficiência de
vitamina A), em cirrose hepática e alcoolismo crônico (SEIFERT, In: Secretory
Mechanisms of Salivary Glands, 1967, p.191). A sialadenose experimental pode
ser obtida pela injeção crônica de isoproterenol, amputação dos dentes
incisivos e administração de enzimas proteolíticas. Em comunicações anteriores
(Resumos da I Reunião da SBPqO, 1984, p. 27; Arq. Biol. Tecnol., 28 (1):
102,1985), mostramos diferenças na atividade de algumas enzimas em GSM de
ratos, injetados com IPR, e aqueles AMPT. É sabido que o fluxo glicolítico pode
ser inibido por ATP , visto que, existem na via metabólica da glicose, enzimas
sensíveis à variação do conteúdo desse nucleotídeo. Em vista disso, decidimos
estudar comparativamente o conteúdo de ATP no desenvolvimento da sialadenose
experimental em ratos, provocada por IPR e AMPT. Na sialadenose das GSM obtida
pela injeção de IPR, observa-se aumento no conteúdo de ATP , quando comparado
ao do controle, já a partir de 1 dose (2mg/kg peso corporal) enquanto que
naquela obtida pela AMPT, somente com 5 e 6 estímulos foi possível observar
maior conteúdo de ATP nos experimentais.
* Auxílio:
FINEP
137 / 1986
SOROTIPAGEM
DA Candida albicans EM PACIENTES COM CÂNCER DE BOCA. A.NTES E DURANTE O TRATAMENTO RADIOTERÁPICO
A.
Síqueira;* M. C. C. Sampaio**; E. G. Birman**; C. R. Paula***
* Instituto
de Biologia de Alfenas
**
Faculdade de Odontologia -USP .
***
Instituto de Ciências Biomédicas -USP
Atualmente
existe grande interesse no estudo das leveduras e principalmente da composição
e estrutura das várias espécies Candida. As dificuldades encontradas, porém são
muitas, já que a preparação do anti-soro demanda tempo bem como utilização de
técnicas especificas, laboratórios apropriados e por isso pouco utilizadas em
nosso meio.
Não se
conhecem ainda os fatores que facilitam o desenvolvimento de determinado
sorotipo, por isso o conhecimento da estrutura antigênica das espécies de
Candida viria permitir uma melhor compreensão dos fenômenos imunológicos
desencadeados no hospedeiro utilizando-se preparações antigênicas de Candida
albicans para o diagnóstico de infecções graves e progressivas provocadas por
espécies desse gênero.
O objetivo
desse trabalho foi a verificação dos sorotipos encontrados em pacientes com
câncer de boca, portadores de Candida albicans procurando observar se haveria
alguma modificação do sorotipo da Candida antes e durante a radioterapia, se
esta mudança estaria relacionada a patogenicidade da própria levedura ao
tratamento ou se seriam as condições do hospedeiro que induziriam tais modificações
antigênicas.
Utilizando
20 pacientes a Candida albicans foi isolada e sorotipada em 10 pacientes. Antes
da radioterapia 9 amostras apresentaram sorotipo A. Durante a radioterapia os
mesmos procedimentos foram realizados, encontrando-se também somente espécies
com sorotipo A.
A análise
da sorotipagem da Candida albicans nesta amostra vem demonstrar que as
condições prévias do paciente ou o tratamento não modificaram a estrutura
antigênica da Candida albicans, fato este que merece investigações e que tem
sido muito discutido (Odds) frente a condições de cultura em que elas são
realizadas.
138 / 1986
STREPTOCOCCUS
SALIVARIUS; VERIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DE SUBSTÂNCIAS SEMELHANTES À BACTERIOCINA E
SEU ESPECTRO DE AÇÃO*.
V. F.
Dametto & F. Zelante
Departamento
de Patologia. Faculdade de Odontologia de São José dos Campos- UNESP
Departamento
de Microbiologia. Instituto de Ciências Biomédicas -USP
Colheu-se
material de raspado de língua e mucosa de bochecha, de indivíduos sadios, com o
objetivo de isolamento de Streptococcus salivarius. Após semeadura em agar
Mitis-Salivarius e identificação bioquímica, obteve-se 41 cepas pertencentes à
referida espécie. Foram realizados 218 testes para verificação da produção de
substâncias semelhantes à bacteriocina pelas espécies de S. salivarius
isoladas, contra cepas de referência de Actinomyces viscosus, Rothia
dentocariosa, Streptococcus pyogenes e Streptococcus mutans, utilizadas como
indicadoras.
Observou-se
que a maioria das cepas utilizadas como indicadoras mostrou crescimento inibido
em presença de Streptococcus salivarius, sendo que praticamente nenhuma das
cepas de Streptococcus mutans, apresentou o mesmo comportamento. Embora as
demais tenham se mostrado sensíveis, é de se notar que R. dentocariosa e S. pyogenes
mostraram uma sensibilidade maior, visto que dentre as 34 espécies de R.
dentocariosa testadas, 31 evidenciavam-se francamente sensíveis, o mesmo
ocorrendo com 29 dentre 35 de S. pyogenes.
* Trabalho
subvencionado pela FAPESP
139 / 1986
TÉCNICA DE
RESTAURAÇÃO PORCOLAGEM DE FRAGMENTO DE DENTE FRATURADO: 3ANOS DE OBSERVAÇÃO
A.M.Razaboni*;
C.M.C.Bussadori**.
*Departamento
de Odontologia Restauradora. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto - USP
**Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese. Faculdade de Odontologia
de Araraquara-UNESP
As fraturas
dentais ocorrem numa incidência bastante grande em pacientes jovens, trazendo
como consequência problemas estéticos bastante sérios. A colagem de fragmentos
dentais se apresenta como um procedimento restaurador, onde se consegue
devolver ao remanescente uma estrutura igual à que foi perdida: seu próprio
fragmento. Além de extremamente conservadora, a técnica atende a expectativa
dos pacientes com relação a estética.
Os autores apresentam um caso clínico, onde houve uma fratura, no sentido do longo eixo do dente,
envolvendo o terço mesial da coroa clínica e em nível subgengival, no incisivo
central superior esquerdo, de um rapaz de 18 anos, provocada por um trauma
bastante grande. Como consequência, o fragmento perdeu sua porção incisal,
ficando ligeiramente intruído e preso apenas por fibras do tecido periodontal.
Após tratamento endodôntico, foi levantado um retalho para expor o nível da
fratura, onde foi constatada a presença de grande quantidade de tecido de
granulação, inclusive entre o fragmento, e o remanescente, com equivalente
reabsorção óssea. Removido o fragmento, o tecido de granulação foi curetado e a
crista óssea regularizada. sob isolamento absoluto do campo operatório, sendo
constatada a perfeita adaptação do fragmento ao remanescente. Realizou-se a
técnica de colagem através do sistema completo de Resina Composta. Houve
reposição óssea e, após 3 anos de observação, a relação entre fragmento e dente
remanescente apresenta-se sem solução de continuidade. Esses fatos comprovam o
sucesso do procedimento realizado.
140 / 1986
TRANSPLANTES
AUTÓGENOS DE 3º MOLARES COM RIZOGÊNESE COMPLETA, EM HUMANOS. ESTUDO CLÍNICO E
RADIOGRÁFICO.
A. C.
Menezes & P. Marçal.
Faculdade
Federal de Uberlândia -Curso de Odontologia
Nos últimos
anos tem aumentado as pesquisas relacionadas aos transplantes autógenos de
dentes. Segundo (KRISTERSON (1095), os transplantes de órgãos dentários com
rizogênese completa (estágio 7, classificação -MOORRESS podem ser realizados,
quando complementados com tratamento endodôntico. O autor afirma que esta
conclusão está baseada em poucas observações. Assim sendo, decidimos testar em
humanos os transplantes dos 3º molares autógenos com rizogênese completa. De um
grupo de 250 pacientes que se submeteram a transplantes autógenos, selecionamos
33 de ambos os sexos, com idade variando de 21 a 63 anos (média de 32). Foram
transplantados 33 terceiros molares com rizogênese completa (estágio 7), para
substituição de elementos dentários perdidos por cáries, periodontite avançada,
processos apicais e fraturas. A endodontia foi realizada de 25 a 545 dias
(media de 127) após o ato cirúrgico do transplante. Os pacientes foram
examinados semanalmente durante 60 dias. Em seguida foram acompanhados 1 vez
por mês, até completar 12. À partir daí, os casos tem sido avaliados 1 vez por
ano. A avaliação radiográfica seguiu o seguinte critério: -primeira semana após
o transplante; depois com 60, 120, 180, 360 dias e à partir daí, 1 vez por ano.
O exame clínico envolveu a mobilidade dentária, estado gengival e oclusão. O
exame radiográfico compreendeu a avaliação do ligamento periodontal, superfície
radicular e área periapical. Após o tempo de observação, que variou de 2 a 5
anos (média de 3); constatamos quatro casos negativos, de 33 dentes
transplantados, correspondendo a 87% de sucessos.
141 / 1986
O ULTRA-SOM
EM ENDODONTIA -AVALIAÇÃO IN VITRO EM HEMÁCIAS E EM DENTES HUMANOS.
H. H.
Rodrigues
Faculdade
de Odontologia de Ribeirão Preto -USP
Endosonic e
Profiendo são os dois aparelhos de ultra-som já em teste no Brasil. Trata-se de
equipamentos similares e que com cerca de 25.000 ciclos por minuto produzem
vibrações de alargadores endodônticos em canais radiculares, reduzindo o tempo
de trabalho durante a instrumentação mecânica. Limas diamantadas ou do tipo
convencional oferecem capacidade de corte diferentes. É particularmente notável
o conforto que oferecem ao profissional. É discutível entretanto, a sua
efetivação ao nível do terço apical, sua mais efetiva ação de limpeza à nível
de túbulos dentinários, e sua possível ação bactericida. Parece provável a sua
capacidade maior de desintegrar células ou remanescentes de tecido necrótico a
nível de terço cervical e terço médio radicular. Com esse objetivo foi testado
in vitro e de forma comparativa a ação desintegradora do equipamento Endosonic
de origem americana e do equipamento Profiendo de origem brasileira. A alta
ciclagem e consequente vibração das limas produz hemólise que pode ser quantificada
in vitro em hemácias. A temperatura gerada durante a vibração da lima influi na
hemólise in vitro. Um teste comparativo a nível de dentes humanos mostra que a
capacidade de corte a nível de dentina não difere significativamente. A
literatura pertinente a nível internacional já atinge cerca de 40 publicações
apresentando resultados bastante controvertidos. Ressaltamos que o ultra-som
não é uma técnica nova de instrumentação endodôntica e que se iniciou com
RICHMAN (J. Dent. Med., 12 (1 ): 12, 1957), portanto há trinta anos atraz, e
não nos parece válido afirmar que uma nova era surge na instrumentação
endodôntica.
142 / 1986
UTILIZAÇÃO
DO ARQUIVO DE DADOS NA SIMULAÇÃO DE HIPÓTESE DE DIAGNÓSTICO EM PATOLOGIA BUCAL
COM AUXÍLIO DE COMPUTADORES.
M. D..
Novelli
Departamento
de Estomatologia. Faculdade de Odontologia -USP
O trabalho
a ser apresentado relata e discute o resultado de14 anos de acompanhamento dos
arquivos de Patologia do Departamento de Estomatologia, que permitiram o
desenvolvimento de classificações nosológicas e a simulação de hipóteses
diagnósticas, abrindo novos caminhos no campo
Odonto-Estomatológico.
143 / 1986
UTILIZAÇÃO DO COMPUTADOR NA IMPLANTAÇÃO DE UM
SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DOS PACIENTES DA DISCIPLINA DE SEMIOLOGIA.
F. R. X.
Silveira
Disciplina
de Semiologia -Aluno de Pós-graduação em Clínicas Odontológica
(Mestrado)
O trabalho
a ser apresentado discute uma alternativa de utilização do computador na
implantação de um sistema de armazenamento e recuperação de informações
clínicas e cadastrais dos pacientes atendidos pelo Serviço de Diagnóstico Bucal
(Disciplina de Semiologia). Introduz uma nova ficha clínica que se presta, ao
mesmo tempo, como entrada de dados para o computador, via terminal remoto.
O sistema
possibilita a análise completa de toda a casuística da Disciplina (cerca de
4500 pacientes) evidenciando a importância da informática como instrumento que
não pode ser ignorado no auxílio à pesquisa e ensino em Odontologia e
particularmente na área de Diagnóstico.
144 / 1986
VARIAÇÕES
ELETROLÍTICAS DO SÓDIO, POTÁSSIO E CLORO EM TRAUMATIZADOS FACIAIS (PORTADORES
DE FRATURAS DOS OSSOS DA FACE) SUBMETIDOS A TERAPÊUTICA CIRÚRGICA.
W. A.
Jorge; O. Crívello Jr.; J. B. D. Lermos; J. G. C. Luz
Disciplina
de Traumatologia Buco Maxilo Facial. Faculdade de Odontologia -USP
No presente
trabalho os autores pesquisam as alterações eletrolíticas em pacientes
traumatizados de face, portadores de fraturas dos ossos da face, submetidos a
terapêutica cirúrgica.
São
analisados os íons sódio, potássio e cloro, no soro, saliva humana mista e
urina, após o ato cirúrgico, 8 dias após a cirurgia, 5 dias após as remoções
das contenções intermaxilares e 90 dias após o retorno do paciente a sua
bionormalidade.
145 / 1986
VERIFICAÇÃO
DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DOS FACILITADORES DA INSTRUMENTAÇÃO: SOLUÇÕES
AQUOSAS DE EDTA, ÁCIDO CÍTRICO E HIPOCLORITO DE SÓDIO
J. Pupo; O.
P. Almeida; R. R. Biral; L. Valdrighi
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba -UNICAMP
No preparo
dos canais radiculares a irrigação ou lavagem constitui em importante e
indispensável meio auxiliar da instrumentação. A instrumentação e irrigação são
usadas alternadamente e se completam. Detritos, raspas de dentina, restos
orgânicos, microrganismos etc. são removidos pela irrigação. As soluções de
hipoclorito de sódio têm sido, dentre as soluções irrigadoras as mais usadas.
Paralelamente a ação de remoção mecânica, têm sido empregadas em endodontia
algumas substâncias facilitadoras da instrumentação, as quais acumulam alguma
propriedade química desejada.
Os
quelantes são compostos dotados de aprisionar íons metálicos p. ex. íons de
cálcio. As soluções de EDTA foram propostas em endodontia por sua atividade
quelante que originaria ação desmineralizante limitada sobre as paredes do
canal.
O ácido
cítrico tem sido proposto como facilitador por sua propriedade em remover
tecido necrótico, dentina amolecida, gorduras, etc.
No presente
trabalho objetivou-se analisar as propriedades antimicrobianas dessas substâncias
procurando-se esclarecer até que ponto estas substâncias podem atuar na
descontaminação do canal.
146 / 1986
VERIFICAÇÃO
DA DUREZA DOS GESSOS EM FUNÇÃO DA COMPATIBILIDADE COM MATERIAIS DE MOLDAGEM
R. M.
Araujo & F. P. M. Silva Filho
Departamento
de Materiais Odontológicos e Prótese. Faculdade de Odontologia de Araçatuba
-UNESP
O material
mais empregado atualmente na construção de modelos é o gesso que a par de
técnica simples reúne condições bastante satisfatórias com relação à
propriedades mecânicas, físicas e químicas. Porém, a compatibilidade relativa
dos gessos com os materiais de moldagem pode comprometer as qualidades da
superfície do modelo.
Os autores
realizaram este trabalho com a finalidade de verificar se materiais de moldagem
à base de borracha (Xantopren, Permlastic e Provil) têm influência na dureza do
gesso pedra-tipo III (Herodent) e gesso pedra melhorado-tipo IV (Velmix).
Foram
utilizados corpos de prova cilíndricos de gesso medindo 2,5 cm de altura e 2 cm
de diâmetro que tomaram presa em contato com os materiais de moldagem que foram
polimerizados em contacto com a superfície polida de um cilindro de aço. Corpos
de prova controle, onde os gessos tomaram presa em contacto com placas de vidro
foram confeccionados para a verificação de possíveis efeitos dos materiais de
moldagem na dureza superficial dos gessos.
Os corpos
de prova foram armazenados em temperatura de 23 + 2oC e umidade relativa de 50
+ 10% por 30 minutos e a seguir foram transferidos para uma estufa a 50 + 2oC
por 5 horas. Após a armazenagem a superfície dos corpos de prova que tomaram
presa em contacto com os materiais de moldagem, ou com a placa de vidro foram
levadas ao Aparelho Micro Testor Wolpert equipado com diamante Vickers, para a
determinação da dureza.
Pelos resultados obtidos podemos concluir:
1 -O gesso
pedra melhorado-tipo IV apresentou maior média de dureza que a do gesso
pedra-tipo III
2- Todos
materiais de moldagem testados diminuíram a dureza dos dois tipos de gesso
3 -O material
de moldagem Xantopren (silicona) foi a que teve maior influência, reduzindo a
dureza do gesso pedra melhorado tipo IV em cerca de 50%.
147 / 1986
VERIFICAÇÃO DO PERFIL ISOENZIMÁTICO DA
FOSFOFRUTOQUINASE-1 (PFK-1) EM GLÂNDULAS SUBMANDIBULARES DE RATOS TRATADOS COM
PAPAÍNA.
H. R. Martins* & J. Nicolau**
*Fundação Universitária do Rio Grande
** Instituto de Ouímica -USP
Comunicações
prévias deste laborat6rio (Arq. Biol.
Tecnol., 25: 50,1982, Arq. Biol. Tecnol., 27: 164,1984; Arq. Biol.
Tecnol., 28: 102,1985; Anais SBPqO, 1 : 29, 1985) enfatizaram o fato de que os
eventos bioquímicos durante o desenvolvimento da sialadenose experimental,
sofrem variação de acordo com o procedimento utilizado. Foi demonstrado que a
atividade da PFK-1 aumentou na glândula submandibular de ratos submetidos a
amputação dos dentes incisivos inferiores e reduziu naqueles animais que
receberam injeções de isoproterenol. Presentemente estamos estudando a
composição isoenzimátíca da PFK-1 em glândulas salivares de ratos submetidos a
instilação oral de papaína (0,05 mg/100g de peso corporal) através de
eletroforese em gel de poliacrilamida. O desenvolvimento do eletroferograma é
feito de acordo com Kemp, R.G. J. Biol. Chem, 246, 1971. Os resultados mostram
uma redução em cada uma das três enzimas animais submetidas a instilação de
água.
Auxílio:
FINEP
148 / 1986
VARIAÇÃO DO
PERFIL ISOENZIMÁTICO DA LDH EM POLPAS DE DENTES MOLARES DE RATAS DURANTE O
DESENVOLVIMENTO RADICULAR
E. M. LOSSO
& J. Nicolau
Instituto
Química -USP
Em
trabalhos anteriores deste laboratório (Siquara-da-Rocha, M.C.B & Nicolau,
J., J. dent. Res., 59: 762,1980; Martins-da-Silva, A.M. & Nicolau J.,
J.Biol. Buccale, 13: 97,1985), foi demonstrado para polpa de dentes decíduos de
suínos que tanto a atividade de enzimas glicolíticas quanto o metabolismo de
glicogênio variam durante o período de formação radicular e na rizólise. Foi
demonstrado que a atividade da LDH decresce quando a raiz está atingindo a
etapa de raiz completa, e aumenta na etapa de rizólise. O conhecimento da
predominância das formas isoenzimáticas da LDH de um tecido permite que se faça
algumas considerações acerca do tipo de metabolismo predominante. Alguns
trabalhos trataram da descrição do perfil de isoenzimas de LDH em polpas de incisivos
de ratos (Dobrynina, Stomatology, 153: 1,1974; Linde & Ljunggreen, Arch.
oral. Biol., 15: 65,1970). No presente trabalho observamos maior atividade da
LDH na fase de rizogênese do que na de raiz completa. Quanto ao perfil
isoenzimático observamos a presença das cinco isoenzimas da LDH em todas as
idades, com predomínio da forma LDH-1 seguido pela forma LDH-2. As formas
isoenzimáticas LDH-3 e LDH-4 apresentam quantidades relativas, aproximadamente
iguais, porém maior que LDH-5. A LDH-5 representa uma proporção menor em todas
as idades com relação as outras isoenzimas. A LDH-1 aumenta com início da
rizogênese, tem um pico neste estágio, e diminui com a raiz completa. A
variação observada entre as várias isoenzimas estão vinculadas à idade do dente
e não aos diferentes dentes entre si.
149 / 1986
VERIFICAÇÃO
DE BOLHAS NA APLICAÇÃO DE "SELANTES" EM SULCOS E FOSSETAS. INFLUÊNCIA
DE TÉCNICA, MATERIAL E FORMA ANATÕMICA.
R. H.
Sundfeld*; R. H. B. T. S. Fontana*; M. Russo**; U. F. Fontana***; J. Komatsu**
* Alunos do
Curso de Pós-Graduação em nível de Doutorado, na Área de Dentística
Restauradora da Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP
**
Professor Titular da Disciplina de Dentística Restauradora da Faculdade de
Odontologia de Araçatuba -UNESP
***
Professor Titular da Disciplina de Dentística Restauradora da Faculdade de
Odontologia de Araraquara -UNESP
Disciplina
de Dentística Restauradora -UNESP
Os autores
procuraram analisar a presença de bolhas, no interior da massa de
"selantes" quimicamente e fotopolimerizáveis, aplicados nas regiões
de sulcos e fossetas de pré-molares humanos íntegros extraídos. Usaram duas
técnicas distintas de aplicação dos selantes, uma considerada convencional e
outra que era realizada com auxílio de um condensador lateral endodôntico
adaptado para esta técnica, sendo afilado na sua extremidade.
Após
análise microscópica e discussão das observações realizadas, dentro da
metodologia empregada, julgaram válido concluir, entre outras, que
independentemente de material, técnica e forma anatômica, geralmente existia a
presença de bolhas, e também que a técnica de aplicação com auxílio do
instrumento adaptado, reduz um pouco o número de bolhas.