APRESENTAÇÃO ORAL

1.

 

EFEITO DE ANTI-INFLAMATÓRIOS ENZIMÁTICOS (BROMELINA, ESCINA E PAPAÍNA) NO DESENVOLVIMENTO DE COLUNA VERTEBRAL DE RATAS

 

LURDES CATARINA DA SILVA; SAMIR TUFIC ARBEX; ANTONIO CARLOS NEDER; JOÃO LEONEL JOSÉ

 

Departamento de Ciências Fisiológicas - FOP/UNICAMP

 

                O presente trabalho foi desenvolvido com uma utilização de anti-inflamatórios de origem vegetal: Bromelina, Escina e Papaína, em doses terapêuticas e que são largamente utilizados em Odontologia.

                Os anti-inflamatórios foram injetados intraperiotonialmente em ratas prenhas, com a finalidade de verficarmos os possíveis efeitos sobre o desenvolvimento ósseo das colunas vertebrais.

                Os resultados obtidos segundo as condições de nossa pesquisa, foram:

1. As três drogas anti-inflamatórias de origem vegetal - Bromelina, Escina e Papaína - causaram redução do crescimento das colunas vertebrais de ratas.

2. O grupo onde só as mães tomaram Papaína durante a prenhez, foi o mais atingido no crescimento da coluna vertebral, e o grupo onde as mães e os filhotes tomaram Papaína, foi o menos atingido.

3. Quanto ao crescimento, o grupo composto por animais que tomaram Escina durante a prenhez, apresentou um aumento de peso significativo em relação ao grupo controle.

4. Quanto a má formação da coluna vertebral, todos os grupos apresentaram leves deformações em relação ao grupo controle, sendo que o grupo onde as mães e os filhotes tomaram Escina, foi o que apresentou maior deformação na estrutura da coluna vertebral.  

 

 

 

 

 

 

2.

 

EFEITO DE ANTI-INFLAMATÓRIOS ENZIMÁTICOS (BROMELINA, ESCINA E PAPAÍNA) NO DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL DE RATAS

 

SAMIR TUFIC ARBEX; MARA S.S. BUSATO; LURDES CATARINA DA SILVA; ANTONIO CARLOS NEDER

 

                No presente trabalho verificamos o efeito de anti-inflamatórios enzimáticos de origem vegetal (Bromelina, Escina e Papaína), no desenvolvimento ósseo crânio-facial de ratos.  Foram utilizadas 20 ratas divididas em quatro grupos que receberam as respectivas drogas durante a prenhez.  Os filhotes ao nascerem foram divididos em sub-grupos (B) que continuaram recebendo a droga até a idade adulta e sub-grupos (A) que não receberam droga.  Após o sacrifício dos animais para obtenção dos crânios e utilizando a estatística sobre as várias medidas efetivadas no esqueleto crânio-facial, pudemos constatar a significância na redução das medidas quando comparamos cada droga entre si e com o grupo controle.  Concluímos que: houve significante redução quanto ao comprimento total do crânio nos sub-grupos da Bromelina, Escina e Papaína.  Também houve redução para altura de crânio, os sub-grupos da Bromelina IIA e IIB.  Para comprimento da face somente o sub-grupo da Escina IIB e para largura do crânio, o sub-grupo IIB da Bromelina.  Para as medidas de comprimento da base do crânio não foram encontradas reduções significantes em todos os animais em experiência.

 

 

 

 

3.

 

INFLUÊNCIA DA NOR-ADRENALINA CONTIDA NOS ANESTÉSICOS ODONTOLÓGICOS SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL EM PACIENTES NORMO TENSOS.  ESTUDO CLÍNICO.

 

CRESO JOSÉ TUCCI; MARIA REGINA SPOSTO &  ARY JOSÉ DIAS MENDES

 

Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP.

 

                Na Odontologia Moderna é de fundamental importância o papel do Cirurgião-Dentista na interpretação e definição de fenômenos sistêmicos que, porventura, ocorram durante os procedimentos odontológicos.  Freqüentemente as manipulações odontológicas podem produzir tensão emocional e a conseqüente elevação da pressão arterial, fato este que poderá ser atribuído, erroneamente, aos vaso-constritores contidos nas soluções anestésicas de amplo uso em Odontologia.

                Proposição: verificar as possíveis variações da "pressão arterial" em pacientes normo tensos segundo os fatores de variância:

1. Verificar se ocorrerá alteração significante na pressão arterial, máxima e mínima, em pacientes normo tensos, quando transferidos do ambiente não cirúrgico para o cirúrgico.

2. Verificar se ocorrerá alteração significante na pressão arterial, máxima e mínima, quando da aplicação dos volumes de 1,8 ml e 7,8 ml de anestésico.

3. Estabelecer a equação de regressão da pressão arterial em função do tempo de cirurgia.

MATERIAIS E MÉTODOS: Foram feitas medidas da P.A. de pacientes normotensos da Clínica de Cirurgia da F.O.A. em diferentes situações, e submetidos a injeções infiltrativas de 1,8 ou 7,2 ml de anestésico com nor-adrenalina.

CONCLUSÕES: Não houve alteração da P.A. quando os pacientes foram transferidos de um ambiente para outro.  A aplicação de 1,8 ou 7,2 ml de anestésicos alterou as pressões arteriais dos pacientes analisados.  A aplicação de 7,2 ml de anestésico ocasionou aumento da P.A.

                O ato de aplicação de 4 injeções infiltrativas (7,2 ml), pelo próprio ato operatório, acreditamos seja o causador do aumento da adrenalina endógena e conseqüentemente da P.A.

 

 

4.

 

"AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA DE DENTES COM TRATAMENTO ENDODÔNTICO".

 

PEDRO ANTONIO ACETOZE*; MARIA REGINA SPOSTO*; DALTON G. GUAGLIANONI**; MARIA TEREZA M. GARDIN***, SILVANA LAFFI***

 

*Docentes da Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP.

**Docente I.C.L.S.E. - UNESP

***Estagiárias Disciplina Semiologia Fac. Odontologia Araquarara - UNESP

 

                Ainda é controvertida a determinação do sucesso ou insucesso do tratamento endodôntico.  É importante definir sobre uma ou outra situação, assim como, buscar as falhas, para que, aliados ao progresso das pesquisas endodônticas, consigamos oferecer para nossos pacientes cada vez mais, sucessos.

                Comumente utiliza-se avaliação radiográfica e clínica para determinação do sucesso ou insucesso ou, associamos ainda achados histopatológicos.

                Entre outras aplicações, no Campo da Endodontia, a radiografia colabora na constatação final do selamento adequado dos condutos, bem como é de grande importância na avaliação periódica pós-tratamento realizado e na verificação da integridade da periápice.

                Neste estudo procuramos verificar a correlação entre o insucesso no tratamento endodôntico devido a obturação parcial do canal e aparecimento de reatividade periapical, através exclusivamente de análise radiográfica.

RESULTADOS:

                De um total de 14.000 radiografias periapicais, técnica da bissetriz, examinadas encontramos 2.529 mostrando dentes com canais obturados.  Destas temos 1.525 radiografias com canais parcialmente obturados e 1.004 com canais totalmente obturados.

                Das 2.529 radiografias mostrando canais obturados encontramos 847 canais radiculares sem reação periapical e 1.682 com reação periapical sendo que, não constatamos variação significante entre os dentes que apresentavam reatividade com o número de raízes.

                Analisando a reatividade periapical comparada à variável classe etária, pudemos constatar que esta freqüência é maior nas idades inferiores a 29 anos, passando por valores estatisticamente equivalentes nas faixas de idades mais avançadas.

 

 

 

5.

 

ANÁLISE HISTOPATOLÓGICA COMPARATIVA DE MATERIAIS À BASE DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO EM POLPAS DE DENTES DE CÃES, EXPOSTAS EXPERIMENTALMENTE

 

Autores: Helda Ilka Iost Bausells, Rita de Cássia Loiola Cordeiro; Raphael Carlos Comelli Lia; Roberto Miranda Esberardi

 

Foi avaliado histopatologicamente o comportamento da polpa de dentes de cães exposta experimentalmente e capeada com produtos comerciais à base de hidróxido de cálcio (Life, Calvital e Renew), sendo comparados ao hidróxido de cálcio p.a. em períodos de observação de 30, 60 e 120 dias.

                Utilizou-se em 6 cães jovens (1 a 3 anos de idade), 12 dentes em cada um, abrangendo os caninos, segundos e terceiros pré-molares e primeiros molares superiores, quartos pré-molares e primeiros molares inferiores, de ambos os lados, num total de 24 dentes para cada período.

                Concluiu-se que: nas condições esperimentais desse estudo:

1- Todos os materiais estudados caracterizaram-se como irritantes, quando em contacto direto com polpas coronárias de dentes de cães, principalmente nos períodos iniciais.

2- No período inicial (30 dias) a resposta inflamatória foi maior, tendendo a diminuir com o decorrer do tempo (60 e 120 dias), sendo evidente que o Hidróxido de Cálcio p.a. mostrou comparativamente melhores resultados, seguido do Calvital - Life e Renew.

3- Todos os produtos estudados induzirem a formação de barreira mineralizada, com variações na quantidade e qualidade, na seguinte ordem decrescente: Hidróxido de Cálcio p.a., Renew-Calvital e Life.

4- As diferenças quanto à inflamação não foram significantes entre os produtos Calvital, Life e Renew para o período final de 120 dias.  Da mesma forma o Calvital e o Renew apresentaram resultados similares em todos os períodos de observação quanto à formação de barreira mineralizada.  Para o Life, as barreiras apresentaram-se em alguns casos ainda como incompletas, mesmo aos 120 dias.

 

 

 

 

 6.

 

AVALIAÇÃO DA COMPATIBILIDADE BIOLÓGICA DE CIMENTOS À BASE

DE ÓXIDO DE ZINCO E EUGENOL SOBRE A POLPA DENTÁRIA DE CÃES, EXPOSTA EXPERIMENTALMENTE.

 

Autores: Helda Ilka Bausells; Rita de Cássia Loiola Cordeiro; Carlos Benatti Neto; Roberto

   Miranda Esberardi.

   Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP         

 

                Foi avaliado histopatologicamente o comportamento da polpa de dentes de cães esposta experimentalmente e capeada com produtos comerciais à base de óxido de zinco e eugenol (cimento de óxido de zinco e eugenol; pulpo-san e IRM), sendo comparados ao hidróxido de cálcio p.a.

                Utilizou-se em 6 cães jovens (1 a 3 anos de idade), 12 dentes em cada um, abrangendo os caninos, segundos e terceiros pré-molares e primeiros molares superiores, quartos pré-molares e primeiros molares inferiores, de ambos os lados, num total de 24 dentes para cada período.

                Após anestesia geral, foram preparados, sob isolamento absoluto, cavidade classe V de tamanho pré determinado,e, em seguida à exposição da polpa foi inserido o material capeador e os dentes selados com IRM.

                Decorridos os períodos pré determinados de 30, 60 e 120 dias, os animais foram sacrificados, as peças removidas com serra para osso, fixadas em formalina a 10% por 48 horas lavadas em água corrente por 24 horas, reduzidas com separações dos dentes.  Após a tramitação laboratorial de rotina, os cortes foram corados pela H.E., permitindo análise pela microscopia ótica comum.  Estudamos, assim, histologicamente os efeitos dessas substâncias sobre a polpa exposta experimentalmente.

                Os resultados variaram para os materiais testados.

 

 

 

 

7.

 

ESTUDO DA SUPERFÍCIE DA RESINA COMPOSTA ATRAVÉS DE RUGOSIMETRIA E MICROSCOPIA ELETRÔNICA.  EFEITO DE MATERIAL E TÉCNICA DE ACABAMENTO.

 

REGINA HELENA B.T.S.FONTANA; UEIDE FERNANDO FONTANA; FAUSTO GABRIELLI; RUY BARBOSA ROSELINO £ MARCELO OLIVEIRA MAZZETTO

 

Deptº de Materiais Odontológicos e Prótese - UNESP         

 

 

                                               Avaliamos comparativamente a superfície de três tipos de resina composta, uma de macro partículas (Adaptic), outra de micropartículas (Esticmicrofill) e a última fotopolimerizável (Durafill), realizando acabamento com pontas de diamante especiais, (D 15 e D 46), borrachas abrasivas e discos de lixa (Sof-Lex).

                                               O grau de rugosidade resultante de cada corpo de prova foi medido por um rugosimetro, o Talysurf  10, que fornece o perfil efetivo (registro gráfico), em papel milimetrado especial, da superfície varrida pela ponta palpadora.  Paralelamente estes corpos de prova foram analisados e fotografados em microscópia eletrônica.

                                               Os dados obtidos serão analisados, discutidos e possíveis conclusões serão estabelecidas. 

   

 

 

 

 

 

8.

 

ESTUDO FOTOMICROGRÁFICO COMPARATIVO, DAS CARACTERÍSTICAS DE SUPERFÍCIE DE INSTRUMENTOS ROTATÓRIOS DE CARBETO DE TUNGSTÊNIO E DIAMANTE.  EFEITO DE TEMPO E PROCEDÊNCIA DO INSTRUMENTO.

 

REGINA HELENA B.T.S.FONTANA; UEIDE F.FONTANA; WELLINGTON DINELLI; FAUSTO GABRIELLI & M.D.FERRI ANGELIERI

 

Deptº de Materiais Odontológicos e Prótese - UNESP

 

 

                                                               Os resultados avaliam comparativamente por método fotomicrográfico, as características de instrumentos rotatórios de diamante e carbeto de tungstênio, para alta velocidade, de fabricação nacional e estrangeira, em função do tempo.  Os resultados mostraram defeitos de fabricação, os quais se acentuaram com a utilização.

                                                               As menores alterações foram observadas para os instrumentos I1  (KG. SORENSEN) entre os de diamante e o I3  (Maillefer), entre os de carbeto de tungstênio.

 

 

 

 

 

 

 

 

9.

 

ULTRA-ESTRUTURA DAS TERMINAÇÕES NERVOSAS LAMELARES DA MUCOSA GENGIVAL.

 

Watanabe, Ii-Sei

 

Departamento de Anatomia.  Instituto de Ciências Biomédicas.  Universidade de São Paulo.  São Paulo, SP.

 

                As características ultra-estruturais dos corpúsculos lamelares sensitivos da mucosa gengival foram estudadas através da microscopia eletrônica.  Os corpúsculos lamelares são localizados na porção subepitelial da mucosa gengival e possuem formas ovaladas ou circulares.  As células lamelares que envolvem a terminação nervosa demonstram modificações na sua configuração com a disposição de várias camadas de lâminas citoplasmáticas.  Estas lâminas são caracterizadas pela presença de numerosas "caveolae", pequenas mitocôndrias, retículo endoplasmático granular, microfilamentos e microtúbulos.  Entre a membrana da terminação nervosa e a lâmina citoplasmática da célula adjacente e entre as lamelas, notam-se as junções do tipo desmosomos.  O axônio terminal contém grande quantidade de mitocôndrias, neurotúbulos e pequenas vesículas claras.  As protusões citoplasmáticas de diferentes extensões penetram nos espaços adjacentes à lamela.  O espaço interlamelar é ocupado por uma substância amorfa e alguns feixes de fibrilas colágenas.

 

 

 

 

 

 

10.

 

IDENTIFICAÇÃO DE CÉLULAS MONONUCLEARES EM LESÕES BUCAIS DE PRÉ-CÂNCER E CÂNCER UTILIZANDO ANTICORPOS MONOCLONAIS.

 

CESAR, A. MIGLIORATI, SOL SILVERMAN e JOHN S. GREENSPAN

 

FOUSP / UCSF

 

                Com a finalidade de analisar a importância de células mononucleares de diferentes fenótipos em pré-câncer e câncer da cavidade bucal, biópsias com o "punch" de 5 mm foram obtidas de 21 lesões brancas e/ou vermelhas posteriormente diagnosticadas como 06 casos hiperqueratose, 03 casos de displasia mínima, 04 casos de displasia severa e 08 casos de carcinoma epidermóide.  Sangue periférico de 04 indivíduos sadios e 05 linfonodos foram utilizados como controle.  Todas as biópsias e linfonodos foram congelados imediatamente em nitrogênio líquido e cortes seriados de 5 micromêtros foram obtidos e armazenados para imunocíto química.  Células mononucleares do sangue periférico foram separadas em Ficol-Hypaque e esfregaços foram feitos.  Os cortes seriados e esfregaços foram submetidos à reação com cortes seriados e esfregaços foram submetidos à reação com diversos tipos de anticorpos monoclonais disponíveis comercialmente e corados pela reação com o complexo de avidina-biotina-peroxidase.  Várias populações celulares foram identificadas sendo as de fenótipo T 11 + as predominantes (74-78%).  Diferenças estatísticas entre populações celulares com o fenótipo T4 + T8 + e entre índices T4 / T8 foram encontrados.  Estes resultados suportam a hipótese sugerindo a atuação de respostas imunológicas em pré-câncer e câncer bucal.  Variações fenotípicas em populações de células mononucleares podem ter valor diagnóstico.

 

 

 

 

 

 

 

 

11.

 

ESTUDO DAS LESÕES BUCAIS NA PARACOCCIDIOIDOMICOSE.

 

MARIA RITA BRANCINI DE OLIVEIRA*, FAUZE LAUAND* & RAPHAEL CARLOS COMELLI LIA*

 

*Deptº de Fisiologia e Patologia - FOA/UNESP.

 

                O presente relato, é um estudo minucioso e criterioso onde se procura ressaltar os aspectos das lesões bucais mais encontradiços na Paracoccidioidomicose com a finalidade de alertar os profissionais de possíveis confusões diagnósticas e procedimentos inadequados, trazendo como conseqüência o agravamento do caso.

                Necessário se faz salientar que a ignorância desse assunto traz conseqüências altamente desastrosas para o enfermo e a literatura registra os mais variados diagnósticos, que conduzem a graves erros terapêuticos.  Os autores concluem que:

1) A Paracoccidioidomicose afeta preferentemente a cavidade bucal e o periodonto foi a via de penetração mais freqüente em nossas observações;

2) Hábitos rudimentares de nossa população rural e atividades constantes com a fonte dos parasitas, solo e vegetais, tornam o habitante da zona rural presa fácil dessa endemia;

3) Geralmente o trabalhador rural, apresenta condições de higiene precárias, bem como cáries de diferentes graus, raízes residuais, tártaro, matéria alba e periodontopatias freqüentes, constituindo terreno excelente para a instalação da doença;

4) Os Cirurgiões-Dentistas devem estar atentos para as confusões do quadro clínico da enfermidade em questão, com outras entidades patológicas, desde as lesões inflamatórias, como as degenerativas e neoplásticas, sendo a biopsia ponto fundamental para a definição do processo, e

5) Em nossas observações, a estomatite moriforme constituiu o aspecto lesional mais encontradiço, com menor freqüência observamos também, aspecto ulcerativo, úlcero crostoso e vegetante.

              

 

 

12.

 

TÉCNICAS AURO-ARGÊNTICAS DE RIO HORTEGA E SEU EMPREGO PARA A EVIDENCIAÇÃO DO Paracoccidioides brasiliensis  NOS TECIDOS BUCAIS.

 

MARIA RITA BRANCINI DE OLIVEIRA*, FAUZE LAUAND*, CARLOS BENATTI NETO*, RAPHAEL CARLOS COMELLI LIA*  &  JOÃO ROBERTO GONÇALVES**

 

*Deptº de Fisiologia e Patologia - FOA/UNESP.

**Estagiário de Deptº de Fisiologia e Patologia - FOA/UNESP.

 

                Os autores estudam o agente etiológico da Paracoccidioidomicose nos tecidos bucais, dando ênfase às diferentes variantes auro-argênticas de Rio Hortega, ao carbonato de prata amoniacal, para evidenciar todos os aspectos, tanto morfológicos como reprodutivos, do fungo da referida micose.

                Concluem que:

1. As impregnações argênticas, particularmente as variantes Rio Hortega, constituem excelentes técnicas para a evidenciação do Paracoccidioides brasiliensis nos tecidos.

2. Elegemos a variante de Rio Hortega para colágeno-retículo, como sendo a técnica de escolha para o estudo do parasita, principalmente no que diz respeito aos aspectos morfológicos e reprodutivos.

3. Os parasitas mostram, nos tecidos bucais, todos os tipos morfológicos, esféricos, piriformes, ovóides, tijela, alongados, etc.

4. As formas reprodutivas foram freqüentíssimas, predominando o brotamento múltiplo com formação de cadeias laterais, de numerosos elementos.

5. A técnica em apreço, realçou formas anômalas e bizarras do parasita.

 

 

 

 

 

 

 

13.

 

LOCALIZAÇÃO DE COMPONENTES DA MEMBRANA BASAL EM PENFIGÓIDE DE MEMBRANA MUCOSA.

 

CESAR, A. MICLIORATI, JOHN R. MEYER, TROY E. DANIELS e JOHN S. GREENSPAN

 

FOUSP / UCSF

 

                Foi examinada a distribuição de lâminina, colágeno do tipo IV e fibronectina em vesículas sub-epiteliais de penfigóide de membrana mucosa na cavidade bucal.  Dez biópsias congeladas de penfigóide de membrana mucosa da cavidade bucal foram submetidas à reações de imunofluorescência indireta.  Foi encontrado o colágeno do tipo IV no assoalho das vesículas, unido ao tecido conjuntivo enquanto que a laminina foi localizada no teto dessas lesões.  O resultado desta pesquisa sugere que a agressão inflamatória que ocorre nas lesões de penfigóide de membrana mucosa da cavidade bucal teria a capacidade de provocar a separação da interação existente entre a laminina e colágeno do tipo IV na zona da membrana basal.

 

 

 

 

 

 

14.

 

ESTUDO DA ALTERAÇÃO DIMENSIONAL DE RESINAS PARA FACETAS ESTÉTICAS DE PRÓTESES FIXAS EM FUNÇÃO DE MATERIAL, PROPORÇÃO, CONDIÇÃO E TEMPO DE ARMAZENAMENTO.

 

CINARA MARIA CAMPARIS BUSSADORI  &  PAULO LEONARDI

 

Deptº de Materiais Odontológicos e Prótese

 

 

 

                                               Foi avaliada a influência de três diferentes proporções monômero/polímero na alteração dimensional de duas resinas com microcarga de sílica pirolítica para facetas estéticas de próteses fixas, quando submetidas a condições de armazenamento a seco e imersas em água destilada.  As mensurações foram feitas imediatamente após a polimerização e a intervalos de 24 horas, durante duas semanas.  Os resultados mostraram que a resina PALAPONT MICROFILL, quando utilizada na proporção P2 e armazenada imersa em água, apresentou menor alteração dimensional. 

 

 

 

 

 

15.

 

OCORRÊNCIA DE LEVEDURAS EM PACIENTES COM CARCINOMA EPIDERMÓIDE DE BOCA, ANTES E DURANTE O TRATAMENTO RADIOTERÁPICO.

 

MARIA CARMÊLI CORREIA SAMPAIO*, ESTHER G. BIRMAN

 

                A radioterapia é responsabilizada por inúmeras modificações teciduais da mucosa bucal que clinicamente podem se traduzir por "esbranquecimento" ou pela presença de áreas avermelhadas.  Tais quadros clínicos denominados de mucosite devem ser diferenciados de outras lesões, principalmente as causadas por leveduras, que apresentam aspectos clínicos semelhantes, embora de difícil diagnóstico diferencial.

                Assim, em estudo em andamento, 30 pacientes com neoplasias malígnas de boca foram antes de qualquer tratamento submetidos a um exame clínico detalhado das condições bucais principalmente para evidenciar lesões que clinicamente se assemelhassem a candidose.  Após exame loco regional, o material de área pré-determinada, na ausência de lesão, era colhido para realização de esfregaços para citologia exfoliativa (corados pelo Papanicolaou, PAS e Gram).  Removia-se também material que era semeado em placas no meio AGAR-SABOURAUD (+ Cloroanfenicol) para sua identificação.  Os mesmos procedimentos clínicos e laboratoriais foram repetidos na fase final do tratamento radioterápico.

                Os resultados observados até o momento mostram uma maior freqüência de pacientes que não apresentavam lesão suspeita de candidose antes da radioterapia ao passo que durante o tratamento o número de lesões e de culturas positivas aumentaram.  A maior freqüência das leveduras após tratamento foi de Candida albicans embora maior número de outras espécies foram também isoladas.

                Alterações clínicas observadas na quantidade e viscosidade da saliva, bem como quanto ao gosto e sintomatologia dolorosa também são discutidos.

 

 

*Aluna do Curso de Pós-Graduação em Clínicas Odontológicas a nível de Doutorado, FOUSP.

 

 

 

 

 

16.

 

AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO TECIDUAL DAS REAÇÕES APICAL E PERIAPICAL EM DENTES DE CÃES A MATERIAIS OBTURADORES DE CANAL RADICULAR.

 

CARLOS BENATTI NETO*, ROBERTO M. ESBERARD**, RAPHAEL C. C. LIA*  &  CLÓVIS M. BRAMANTE***

 

*Deptº de Fisiologia e Patologia - FOA/UNESP.

**Deptº de Odontologia Restauradora - FOA/UNESP.

***Deptº de Odontologia Restauradora - FOB/USP.

 

                Para avaliação comparativa do comportamento tecidual das regiões apical e periapical, entre o Endomethasome, AH26, Fill Canal e Óxido de Zinco e Eugenol, utilizamos os 3º e 4º pré-molares inferiores e 2º e 3º  pré-molares superiores de ambos os lados de 4 cães adultos, jovens.  Os resultados obtidos pela análise histopatológica após período experimental de 90 dias permitiu-nos concluir que:

- Todos os materiais estudados determinaram necrose superficial, variando de grau não significante a discreto.

- O Fill Canal apresentou-se mais agressivo à região periapical quando comparado com o Endomethasone.

- O Óxido de Zinco e Eugenol e o AH26 apresentaram os melhores resultados, com resposta inflamatória de grau não significante para os dois materiais.  

 

 

 

 

17.

 

POTENCIAL IRRITATIVO DE DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE HIPOCLORITO DE SÓDIO EMPREGADOS NA IRRIGAÇÃO DE CANAIS RADICULARES.  ESTUDO HISTOMORFOLÓGICO.  COMPARATIVO DE DENTES DE CÃES.

 

RAPHAEL CARLOS COMELLI LIA*, IRACI DE MELO SALMITO NÔLETO** & CARLOS BENATTI NETO*

 

*Deptº de Fisiologia e Patologia - FOA/UNESP.

**Ex-aluna do Curso de Pós-Graduação - nível de Mestrado em Odontopediatria - FOA/UNESP.

 

                Analisou-se histomorfologicamente o comportamento dos tecidos apicais e periapicais de dentes de cães, pela ação do hipoclorito de sódio a 1,0%, 2,5% e 4,8% como solução irrigadora e o efeito dessa substância em associação a posterior "curativo de demora" em aplicação tópica de hidróxido de cálcio mais Macrogol 400.

                Transcorridos os períodos experimentais de 72 horas e 7 dias e após a preparação histológica e análise dos resultados pode-se concluir que:

1. As soluções de hipoclorito de sódio avaliadas apresentaram-se como irritantes em intensidade variável, na dependência direta da concentração utilizada.

2. A tendência reparativa, atestou o efeito agressivo imediato das soluções de hipoclorito de sódio e, protetor do "curativo de demora" empregado.

3. A necrose superficial do conjuntivo das ramificações do delta apical presenciadas no grupo A (controle), deveu-se ao trauma cirúrgico e sobretudo à ação de contato da mistura hidróxido de cálcio + Macrogol 400.

4. A mistura de hidróxido de cálcio + Macrogol 400, utilizada como "curativo de demora", apresentou comportamento compatível com o tecido conjuntivo das ramificações do delta apical.

 

 

 

 

 

18.

 

AVALIAÇÃO COMPARATIVA DO POTENCIAL IRRITATIVO DE MISTURAS DE PARAMONOCLOROFENOL CANFORADO UTILIZADAS COMO "CURATIVO DE DEMORA" NO TRATAMENTO DE CANAIS RADICULARES.  ESTUDO HISTOPATOLÓGICO EM DENTES DE CÃES.

 

REJANE ANDRADE DE CARVALHO*, RAPHAEL CARLOS COMELLI LIA**  &  CARLOS BENATTI NETO**

 

*Ex-Aluna do Curso de Especialização - Nível de Mestrado em Dentística Restauradora - FOA/UNESP.

**Deptº de Fisiologia e Patologia - FOA/UNESP.

 

                Na presente pesquisa analisou-se histomorfologicamente o comportamento dos tecidos apicais e periapicais de dentes de cães, após biopulpectomia, quando do emprego como curativo de demora do paramonoclorofenol canforado, nas proporções 3,5:6,5 e 2,5:7,5 , tendo como controle o Macrogol 400.

                Após período experimental de 3 e 7 dias, a avaliação dos resultados permitiu-nos concluir que:

1. A utilização de substâncias líquidas missíveis nos fluídos intersticiais, ainda que consideradas inócuas, deve ser contra-indicada como "curativo de demora" por permitir efeito de "espaço vazio".

2. A proporção comercial do paramonoclorofenol canforado (3,5:6,5) determinou extensas necroses e intenso quadro reacional inflamatório, chegando a formação de micro-abcessos apicais e periapicais em alguns casos.

3. A persistente necrose e a reação inflamatória mesmo que com intensidade reduzida aos 7 dias demonstraram efeito sequente das misturas de paramonoclorofenol canforado.

 

 

 

 

 

19.

 

REPARAÇÃO APICAL E PERIAPICAL PÓS-

TRATAMENTO ENDODÔNTICO, DECORRENTE

DA AMPLIAÇÃO DO FORAME APICAL.

 

 

BENATTI, O.; VALDRIGHI, L.; BIRAL,

R.R. (Faculdade de Odontologia de

Piracicaba - UNICAMP).

 

                Esta pesquisa objetivou estudar a ampliação do diâmetro do canal na porção apical pós-tratamento de canais radiculares, em biopulpectomias em dentes de cães.  Após sobreinstrumentar 134 canais, 2 milímetros além do forame, ampliou-se os canais a calibres variáveis, correspondentes às limas de número 40, 60 e 80.  Depois de assim preparados os canais foram obturados até o limite de 1 a 3 milímetros aquém do forame e controlados readiograficamente.  Os cães foram sacrificados 3 - 7 - 30 e 120 dias, e os resultados evidenciaram, invariavelmente, a invaginação do tecido conjuntivo da região do ligamento periodontal para o interior do canal.  Este tecido sofreu uma série de modificações com o passar do tempo até formar uma espessa camada de cemento junto às paredes do canal na altura do ápice, chegando-se à conclusão que a ampliação do diâmetro da porção apical cria condições para o espaço apical não obturado do canal durante o processo de reparação pós-tratamento endodôntico.

 

 

 

 

 

               

 

20.

 

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE CIMENTOS, SOLUÇÃO E

                SUSPENSÃO SATURADA DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO.

 

                SPERANÇA, P.A.; BIRAL, R.R.; PUPO, J.  &  VALDRIGHI, L.

(Faculdade de Odontologia de Piracicaba UNICAMP)

 

Com o objetivo de avaliar o potencial antimicrobiano de preparações odontológicas à base de hidróxido de cálcio, foram utilizados no presente estudo três cimentos, a suspensão e a solução saturada.  Estes materiais foram testados numa primeira fase através de provas de difusão em gel de Ágar frente aos microrganismos: B. subtilis, P. aeruginosa, Staph. epidermides, Str. faecalis var. liquefaciens, Str. salivarius, Str. mutans, C. albicans e contra um coquetes de microorganismos provenientes de raspas de dentina colhidas de cavidades de cárie profunda.  Numa Segunda fase procurou-se caracterizar a ação dos diversos materiais, ou seja, se os mesmos mostravam características bactericidas sobre o microorganismo mais resistente, revelado pelo estudo anterior,  (Str. faecalis var. liquefaciens).  Numa terceira fase verificou-se a condição microbiológica das folhas dos blocos de manipulação dos cimentos.

A análise dos resultados permitiu concluir que: 1º) Os materiais testados possuem diferentes potenciais antimicrobianos; 2º) a suspensão e a solução possuem um efeito de característica bacteriostática; 3º) os cimentos não são capazes de se autoesterilizar após quinze minutos de contato com Str. faecalis var. liquefaciens; 4º) os blocos de manipulação que acompanham os produtos mostraram-se contaminados, permitindo inferir uma possível quebra da cadeia asséptica, quando se faz capeamento pulpar direto.

 

 

 

 

 

 

21.

 

ESTUDO DA AMILOIDOSE SENIL EM LÍNGUAS HUMANAS.

 

Heloísa Coelho*, Esther G. Birman.

 

                Depósitos de substância amilóide tem sido observados no envelhecimento, em vários órgãos principalmente coração à semelhança dos chamados pigmento de desgaste ou lipofuscina.  Trabalhos anteriores demonstraram que este pigmento se distribui também na língua, à semelhança do coração (Birman e colab. 83).

                Assim procuramos detectar em línguas humanas obtidas de necrópsias, a presença de substância amilóide, enquadrando-a no tipo mais recentemente estudado, a chamada amiloidose senil.

                Procurando observar estes aspectos, agrupamos até o momento cerca de 50 línguas humanas, a fim de detectar a presença de substância amilóide, utilizando predominantemente à coloração pelo Vermelho-Congo sendo os espécimes analisados ao microscópio óptico e a luz polarizada.

                Até o momento, não detectamos no material estudado presença da substância amilóide, fato este comprovado recentemente por Van der Waal e colab. 84, na Holanda enquanto anteriormente Yamaguchi e colab. 82, observaram positividade em 36,4% numa amostra japonesa, principalmente após 90 anos.

                Frente a estes aspectos discordantes, procuramos discutir os nossos dados e pesquisar outras formas de modo a confirmar a presença ou ausência da substância amilóide, suas interelações com problemas sistêmicos além de verificar sua importância quanto ao aspecto funcional do órgão ou tecido afetado.

 

 

*C.D. Estagiária da Disciplina de Patologia da FOUSP.

 

 

 

 

 

 

22.

 

SÍNDROME DE SECKEL

 

LILIAN W. CHILVARQUER; MARIA GORETTI S. SILVA & VITÓRIA I.M. SANTOS

 

Odontopediatria/FOUSP

 

                Apresentamos um caso clínico de um paciente com Síndrome de Seckel.  Esta síndrome apresenta um caráter hereditário e especula-se a possibilidade de estar ligada a um gen autossômico recessivo.  É discutível a recorrência familiar e a consanguinidade.

                Até a presente data foram encontrados cinqüenta e quatro (54) casos descritos na literatura.  Esta síndrome caracteriza-se por apresentar um nanismo estatural extremo; baixo peso ao nascimento; circunferência da cabeça diminuída; dimensões pequenas e proporcionais do crânio e da face; implantação baixa da orelha; nariz proeminente semelhante à bico; um certo grau de retardo mental; presença freqüente de más formações congênitas, em adição à configuração anormal da face, a qual se apresenta semelhante a pássaro; micrognatia mandibular e proeminência aparente da maxila.

                Os aspectos referentes a dentição, são relatados com grande variabilidade no que se refere a agenesia, cronologia e seqüência de erupção, má oclusão, e dimensões dentais.  Entretanto, nota-se uma grande freqüência de hipoplasia do esmalte acometendp a dentição decídua porém, com exceção dos segundos molares.  O quadro clínico de cárie "rampante" é também presente nesta dentição.

                Apesar destes pacientes apresentarem um nanismo, observa-se a proporcionalidade das dimensões.

 

 

 

 

 

 

 

23.

 

ESTUDO ANTROPOMÉTRICO DA LÍNGUA DA MANDÍBULA (língua mandibulae) EM MANDÍBULAS HUMANAS DE INDIVÍDUOS DOS SEXOS MASCULINO E FEMININO*.

 

Silva Junior, W.

 

Departamento de Ciências Fundamentais para a Saúde.  CEBIM.  Universidade Federal de Uberlândia.

 

                O estudo anatômico na Odontologia é de inestimável valor, tanto sob o ponto de vista puramente morfológico, como sob o aspecto de ciência aplicada, contribuindo sempre e de modo decisivo no esclarecimento de questões fundamentais, como também no estabelecimento e aperfeiçoamento das técnicas odontológicas.

                Realizamos no nosso estudo 8 mensurações (largura e altura máxima do ramos, abertura do ângulo da mandíbula e as distâncias: língula-borda anterior; língula-borda posterior; língula-base do ramo; língula incisura e língula-crista temporal), em 140 mandíbulas (80 masculinas e 60 femininas) perfazendo um total de 2.238 medidas que foram submetidas a um tratamento estatístico.

                Como resultado dos nosso estudo, verifica-se que a língula da mandíbula ocupa uma posição póstero-superior na face interna do ramo da mandíbula.  Esta situação significa que ela está mais próxima da incisura da mandíbula do que da base do ramo e mais perto da borda posterior do que da borda anterior do ramo da mandíbula.

                Outro aspecto que assume grande interesse clínico em nossa pesquisa, diz respeito à distância língula da mandíbula-borda anterior e língula da mandíbula-crista temporal.  Quando nos reportamos às anestesias tronculares do nervo alveolar inferior, executado na região ptérigo-mandibular, lembramos que é comum o emprego de agulhas longas, que medem em torno de 4,0 cm, e as técnicas anestésicas recomendam quase que sua total introudução nos tecidos moles.  Considerando-se que, da borda anterior à língula a distância é em torno de 1,82 à 1,85 cm e da crista temporal à língula, é de 1,21 à 1,24 cm, verifica-se que a língula e, conseqüentemente a região do nervo alveolar inferior, que está um pouco mais atrás.  Vê-se também, que não é necessário o uso de agulhas longas na anestesia ptérigo-mandibular, sendo suficiente usarmos uma agulha curta, que mede em torno de 2,5 cm.

 

 

 

 

 

24.

 

EFEITOS DA AMPLIAÇÃO DO FORAME APICAL NA REPARAÇÃO PÓS TRATAMENTO ENDODÔNTICO EM DENTES DESVITALIZADOS E INFECTADOS.

(ESTUDO PRELIMINAR EM DENTES DE CÃES)

 

FRANCISCO JOSÉ DE SOUZA FILHO; ORESTE BENATTI  &  OSLEI PAES DE ALMEIDA

Deptº de Patologia - FOP/UNICAMP

 

                Esta pesquisa objetivou estudar a influência da ampliação do forame apical na reparação pós tratamento endodôntico de dentes de cães desvitalizados e infectados.  Foram usados os 3º e 4º pré-molares inferiores de ambos os lados de quatro cães jovens e adultos, perfazendo um total de 32 canais radiculares.  Após a remoção da polpa, a base cementária, existente na região periapical de dentes de cães, foi perfurada com lima tipo Kerr nº 15, ultrapassando o forame aproximadamente 2mm, e todos os canais foram deixados abertos para provocar contaminação.

                Decorridos 45 dias, os canais foram sobreinstrumentados 2mm além do ápice até o calibre correspondente à lima tipo Kerr nº 60 e obturados 2mm aquém do limite apical.

                Os cães foram sacrificados 90 dias após a obturação dos canais e os resultados microscópios  evidenciaram desde a presença de reação inflamatória aguda na região periapical até o crescimento de tecido conjuntivo do ligamento periodontal para o interior do canal, até o limite da obturação e restabelecimento da normalidade do periápice.  Considerando os limites das condições e metodologia envolvidos no desenvolvimento desta pesquisa, podemos concluir que a ampliação do foram apical pode desempenhar importante papel na reparação pós tratamento endodôntico em necropulpectomias.

 

 

 

 

 

 

 

 

25.

 

CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DE Mycoplasma COMO COMPONENTE DA MICROBIOTA NORMAL DA CAVIDADE ORAL HUMANA.

 

JOSÉ LUIZ DE LORENZO*; ANTONIO JOAQUIM ROSSINI**; BENEDITO JOÃO DE AZEVEDO PIOCHI*  &  BRASÍLIO S. DE OLIVEIRA Jr.***

 

*Deptº de Microbiologia - ICB/USP; **Fac. Medicina Veterinária e Zootecnia da USP; ***Instituto Biológico de São Paulo

 

                Baseados na total ausência de informes a respeito da ocorrência de Mycoplasma na cavidade oral de brasileiros e no reduzido número de pesquisas mesmo em âmbito internacional, os autores analisaram o problema em alguns nichos ecológicos orais de três grupos distintos: 10 dentígeros adultos (saliva, raspado de superfície lingual e placa dental), 5 desdentados adultos que nunca usaram dentadurasa artificiais (saliva raspado de superfície lingual) e 5 crianças edêntulas (em brocação oral); para esses doadores, foram traçados parâmetros para que pudessem ser considerados "normais".  Foram introduzidas, na metodologia convencional, modificações relativas à redução do contingente microbiano contaminante, à colheita dos materiais e processamento bacteriológico subseqüente e aos meios de cultivos utilizados.  A caracterização das amostras foi fundamentada no desenvolvimento em meio seletivo, no aspecto microscópio das colônias desenvolvidas ("ovo frito"), na técnica de coloração de Dienes, na capacidade ou não da formação de "filmes" no ágar, na capacidade ou não de desenvolvimento em meio desprovido de soro, na microscopia eletrônica e nas provas bioquímicas de redução do tetrazólio  e hidrólise da arginina.  A identificação foi feita através de provas sorológicas efetuadas no "Mycoplasma Reference Laboratory" (Public Health Laboratory Service, Norwich, England), que reconheceu, nos materiais enviados, as espécies características da cavidade oral: Mycoplasma salivarium e M.orale.

                Mycoplasma foi isolado da cavidade oral de todos os indivíduos dentados analisados, dos três nichos ecológicos estudados, estando ausente somente na placa dental de um dos doadores: esta é a mais elevada porcentagem de isolamento encontrada na literatura internacional, provavelmente atribuível às modificações metodológicas.  A positividade de isolamento decresceu nos edêntulos adultos e, mais marcantemente, nas crianças desdentadas, reforçando o conceito de que a presença dos dentes, ao lado da aderência à mucosa oral, favorece a sua implantação na cavidade oral.  Esses resultados, obtidos a partir de doadores "normais", fornecem subsídios para o reconhecimento de Mycoplasma como participante da microbiota oral humana.

 

 

 

 

 

 

26.

 

FIBROMATOSE GENGIVAL: PADRÕES DE HEREDITARIEDADE E EXPRESSÃO CLÍNICA

 

LOURENÇO BOZZO; OSLEI PAES DE ALMEIDA; ULISSES F.L. SALGADO  £  APARECIDO DO NASCIMENTO

 

-Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP.

 

                A fibromatose gengival é uma condição mais ou menos freqüente no consultório odontológico, e apesar da relativa semelhança clínica e histopatológica de muitos casos, os mecanismos patogênicos e os fatores etiológicos implicados apresentam muitas variáveis.  A Hereditariedade por um lado e as influências ambientais por outro lado constituem fatores essenciais do desenvolvimento dessas anormalidades.  Cento e oito (108) membros de uma família foram examinados, sendo que 41 apresentavam fibromatose gengival em diferentes graus de intensidade.  Detalhado estudo está sendo feito sobre o grau de participação dos diferentes fatores implicados na expressão clínica da fibromatose gengival hereditária, nesta família.

                Existem na literatura algumas controvérsias sobre o tipo de transmissão desta alteração.  Para alguns autores a transmissão pode ser por um gen autossômico dominante, e para outros, por um gen dominante ligado ao sexo.  No presente trabalho surgiram, durante o exame clínico, situações nas quais era extremamente difícil diferenciar uma discreta hiperplasia gengival associada a fatores circunstanciais, de uma verdadeira fibromatose, de caráter hereditário.  Procurou-se então estabelecer uma graduação das intensidades das manifestações clínicas, a fim de identificar exatamente os indivíduos portadores da FGH diferenciando-os dos portadores de simples hiperplasias gengivais associadas a outros fatores, não genéticos.

                O estudo detalhado da árvore genealógica mostra que a anormalidade é transmitida por um gen autossômico dominante.  Mostra ainda que as alterações estão presentes desde o nascimento e que apresenta variáveis graus de expressão clínica, provavelmente na dependência de conjugações com fatores locais.

 

 

 

 

 

27.

 

FOSFATASE ÁCIDA DE PARÓTIDA BOVINA: - PURIFICAÇÃO E ESTUDO DE ALGUMAS PROPRIEDADES.

 

Taga, E.M. & Tárzia, O.

 

Departamento de Bioquímica.  Faculdade de Odontologia de Bauru.  Universidade de São Paulo.  Bauru, SP.

 

                A parótida bovina contém pelo menos 2 isoenzimas de fosfatase ácida, sendo 1 forma de alto peso molecular provavelmente de natureza lisossomal, inibível por tartarato e fluoreto e a outra forma de baixo peso molecular localizada no citoplasma com padrão de inibição completamente diferente da forma de alto peso molecular.

                Neste trabalho purificou-se uma fosfatase ácida de baixo peso molecular de parótida bovina.   A enzima foi purificada cerca de 1400 vezes por um procedimento envolvendo: extração, fracionamento com sulfato de amônio, precipitação ácida e cromatografia em SP-Sephadex com eluíção por afinidade.

                A enzima purificada possue uma cadeia polipeptídica simples com peso molecular de 14.000 determinado por eletroforese em gel de poliacrilamida contendo SDS e comprovado por filtração em Sephadex G-75.

                Estudos cinéticos utilizando p-nitrofenil fostato como substrato foram realizados: determinação da constante de Michaelis-Menten, estudo do efeito do pH, determinação da Ki para o fosfato e estudo de inativação térmica.

                A enzima é rapidamente inativada por reagentes do grupamentosulfidrila como p-cloromercuribenzoato e íons de metais pesados.  

 

 

 

 

 

 

28.

 

INFECÇÃO PULPAR EXPERIMENTAL EM RATOS*

 

FLÁVIO ZELANTE, ÂNGELA LUCIA BRYN; VERA CAVALVANTI DE ARAUJO

 

Deptº de Microbiologia - ICB/USP

 

                Ratos Wistar, divididos em cinco lotes, sofreram contaminação intrapulpar com cultura de Staphylococcus aureus (grupo I), Streptococcus mutans (grupo II), Streptococcus sanguis (grupo III), Escherichia coli (grupo IV) e Candida albicans (grupo V), seguindo-se a metodologia proposta por Araujo e cols. (1983).

                Após 40 dias da contaminação, os animais foram sacrificados, removidas as maxilas e, antes de qualquer outro procedimento, elas foram radiografadas.  Seguia-se o processamento usual de fixação e descalcificação para a obtenção de cortes histológicos, corados pela H.E.  Para permitir as necessárias comparações, foi considerado como modelo padrão, a resposta observada no grupo I.

                Todos os dentes que foram experimentalmente infectados, apresentaram áreas radiolúcidas de extensão variável, na região periapical.

                Ao exame histológico, de uma forma geral observava-se, em todos os animais examinados, necrose pulpar com comprometimento periapical.  Aparentemente, reações mais intensas foram observadas nos animais inoculados com Staphylococcus aureus e Streptococcus mutans.

 

 

 

 

*Trabalho subvencionado pela FAPESP Proc. 83/1634-6

 

 

 

 

 

 

29.

 

VIAS DE DRENAGEM LINFÁTICA DAS REGIÕES DE PALATO DURO E MOLE EM RECÉM-NASCIDOS E CRIANÇAS

 

LUÍS ROBERTO DE TOLEDO RAMALHO; CARLOS LANDUCCI  &  HÉLIO  FERRAZ PORCIÚNCULA

 

Deptº de Morfologia - Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP

 

                Através de injeções seletivas, realizadas nas regiões medianas nos palatos duro e mole de 32 cabeças de recém-nascidos e crianças, os autores procuraram estabelecer quais as vias de drenagem linfática originadas nestas regiões, seus respectivos trajetos e os grupos de linfonodos de que são tributárias.

                As cabeças foram conservadas a uma temperatura de 1°C a 4°C e após descongelamento, foram injetadas com massa de Gerota, modificada por ROUVIÈRE, fixadas em formol e branqueadas por solução de água oxigenada e formol.  Respeitadas e mantidas sempre que possível as estruturas relacionadas com o trajeto dos vasos, as peças foram dissecadas sob lupa binocular estereoscópica.

                Os resultados mostraram que estas regiões fazem sua drenagem através de três (3) vias, das quais a VIA PALATINA CERVICAL PROFUNDA, tributária dos linfonodos jugulodigástricos, esteve presente, em 92,1% dos casos, seguida da VIA RETROFARINGEANA, presente em 48,4% e da SUBMANDIBULAR em 9,3%, tributárias dos linfonodos Retrofaringeanos laterais e submandibulares, respectivamente. 

 

 

 

 

 

 

30.

 

VIAS DE DRENAGEM LINFÁTICA DAS REGIÕES INCISIVA, CANINA E MOLAR DA GENGIVA PALATINA DE RECÉM-NASCIDOS E CRIANÇAS

 

LUÍS ROBERTO DE TOLEDO RAMALHO; CARLOS LANDUCCI  &   HÉLIO FERRAZ PORCIÚNCULA

 

Deptº de Morfologia - Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP

 

 

                               Utilizando o método de injeções seletivas, os autores injetaram com Massa de Gerota, modificada por ROUVIÈRE, as regiões incisiva, canina e molar da gengiva palatina de 34 cabeças (68 lados), de recém-nascidos e crianças.

                               Com o objetivo de determinar quais as vias de drenagem linfática originadas nessas regiões, respectivos trajetos e os grupos de linfonodos de que são tributárias, as peças foram dissecadas sob lupa binocular estereoscópica, respeitando e mantendo sempre que possível as estruturas relacionadas com os trajetos dos vasos, desde sua origem (local de infiltração) até a 1ª estação de linfonodos.

                               Os resultados permitiram-nos concluir que a drenagem linfática destas regiões faz-se através de 3 vias, sendo que a VIA PALATINA CERVICAL PROFUNDA, tributária dos linfonodos jugulodigástricos, mostrou-se preferencial, estando presente em 72% dos casos, seguida de Via Palatina Submandibular, 36,7% e Retrofaringeana 22%, que drenam para os Linfonodos Submandibulares e Retrofaringeanos laterais, respectivamente.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

31.

 

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE SOLUÇÕES FARMACÊUTICAS UTILIZADAS COMO COLUTÓRIO.  ESTUDO "IN VITRO" E "IN VIVO"

 

JOSÉ RANALI  &  RENATO ROBERTO BIRAL

 

Faculdade de Odontologia de Piracicaba - FOP/UNICAMP

                 

                Avaliou-se o potencial antimicrobiano de 16 soluções  farmacêuticas comerciais utilizadas como colutório, através de 3 métodos: a) o método para o teste de difusão em gel de ágar, com as soluções em contato direto com as culturas de germes; b) o método de MILLER, DOMINIC & CRIMMEL (1973) modificado; c) um teste "in vivo", com metodologia baseada nos trabalhos de DAMASCENO, RODRIGUES & SILVA (1972) e NUNGESTER & KEMPF (1942).  Concluiu-se que:

                1) O Plak-out, nos três estudos, revelou-se o mais eficiente.  O Gurgol, apesar de não ter revelado atividade no teste de ação pelo contato direto, revelou-se um bom antisséptico no teste da capacidade bactericida, a ação do iodo-povidona, devido a resistência oferecida pelo Staph. aureus,  Str. faecalis, var. liquefaciens e germes da placa dental, não pode ser enquadrado como bom antisséptico, muito embora, no teste "in vivo" tenha se revelado eficiente.  Enquadramento semelhante teve a solução II, pois falhou no teste da capacidade bactericida, perante  alguns germes.  2)  Cepacol, Coluziazol, Colutóide, Fonergin, Garsenyl e Listerine não se revelaram eficazes como antissépticos.  Sugere-se porém, a necessidade de novas pesquisas para serem melhor avaliados.  3)  Flogoral, Hexomedine, Locabiotal, Malvatricin, Malvona, não apresentaaram bom desempenho como antissépticos.  4)  Material de placa dental e sulco gengival, Staph.aureus, Staph.epidermidis, Str. mutans, Str. salivarius e Str. faecalis, var, liquefaciens são germes adequados para o estudo.   

 

 

 

 

 

               

 

32.

 

EOSINÓFILOS NA GENGIVA DE RATO

 

SÉRGIO ROBERTO PERES LINE; OSLEI PAES DE ALMEIDA £ LOURENÇO BOZZO

 

Depto. de Patologia - FOP/UNICAMP

 

                Os eosinófilos são usualmente encontrados em grande número na nasofaringe, bronquio, pulmões e trato gastrointestinal.  A função dos eosinófilos nestes tecidos não está bem estabelecida, mas há evidências que possam modular reações de hipersensibilidade e serem importantes nas parasitoses.  Observamos que eosinófilos podem ser encontrados na gengiva da ratos e neste trabalho procuramos verificar se a presença destas células está associada a placa dental.

                Em quinze ratos foi colocado fio de algodão na região cervical dos 1º molares inferiores, para facilitar o acúmulo de placa dental e permitir o desenvolvimento de doença periodontal.  Depois de 35 dias os fios foram retirados e implantados no subcutâneo de animais normais e com doença periodontal.  Observações microscópicas após 2,5,...... e 15 dias do implante no subcutâneo não demonstraram diferenças nas reações inflamatórias entre os dois grupos de animais e eosinófilos não foram observados no infiltrado inflamatório.

 

 

 

 

 

 

 

33.

 

BIOCOMPATIBILIDADE DE CONDICIONADORES DE TECIDOS.  ESTUDO DO HISTOLÓGICO EM RATOS.

 

                LUIS AUGUSTO PASSERI

Prof. Ass., Disc. De Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP.

 

 

A biocompatibilidade de condicionadores de tecidos, foi avaliada histologicamente, utilizando 120 ratos albinos, machos, pesando entre 300 e350 g.  Três condicionadores: FITT, Lynal e Visco-gel, e uma pasta zinco-eugenólica: Pasta Lysanda, foram colocados em contato com ferida cruenta no palato e preenchendo cavidade óssea na mandíbula.

 

                Os animais operados no palato foram sacrificados após 2, 5, 10 e 15 dias, e aqueles operados na mandíbula aos 4, 8, 16 e 30 dias pós-operatórios.  Foram feitos cortes semi-seriados de 6 micrometros e corados pela hematoxilina-eosina.

 

                A pasta zinco-eugenólica foi o material mias irritante aos tecidos, enquanto os condicionadores teciduais apresentaram graus variados de biocompatibilidade, sendo os melhores resultados observados com Lynal e Visco-gel.

 

 

 

 

 

 

34.

 

PRESENÇA DE EOSINÓFILOS NA DOENÇA PERIODONTAL DE RATOS.

 

Bertão, J.M.  &  Almeida, O.P. de

 

Departamento de Patologia.  Faculdade de Odontologia de Presidente Prudente e Departamento de Patologia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba.  Piracicaba, SP.

 

 

                Eosinófilos estavam presentes na inflamação gengival provocada experimentalmente em ratos, colocando-se ligadura com fios de algodão na região cervical dos primeiros molares inferiores.  O número de eosinófilos aumentou progressivamente até 30 dias após a colocação do irritante gengival, não havendo posterior modificações quantitativas.  Inicialmente, os eosinófilos estavam  localizados nas áreas inflamadas subjacentes ao epitélio e, depois de 30 dias, situavam-se no córion mais profundo, entre as fibras de colágeno.  Mastócitos raramente foram observados no tecido periodontal próximo às áreas inflamadas, indicando que estas células não atuaram diretamente na migração dos eosinófilos além da participação dos eosinófilos, em mecanismos imunológicos sugere-se que possam estar envolvidos na síntese e degradação de fibras colágenas.

                Com bases nos resultados deste trabalho, concluímos que: a) Eosinófilos estavam presentes na doença periodontal provocada experimentalmente em ratos; b) O número de eosinófilos aumentou após a colocação do irritante gengival até aos 45 dias; c) Não foi constatada a presença de mastócitos na área da doença periodontal inflamatória experimentalmente provocada.

 

 

 

 

 

 

35.

 

CÁRIE POR ALEITAMENTO MATERNO PROLONGADO

 

ISABELA A. PORDEUS  &  CELIA R.M. DELGADO

 

Odontopediatria - Faculdade de Odontologia/USP

 

                São apresentados quatros casos clínicos, onde o aleitamento materno prolongado é apontado como um dos prováveis agentes etiológicos de "cárie rampante" em crianças jovens.  O conteúdo de carboidrato fermentável, sob a forma de lactose, é maior no leite humano quando comparado com o leite bovino e com o leite em pó, o que lhe confere uma maior capacidade de redução de pH.  O possível efeito tampão do leite humano parece estar diminuído em conseqüência da baixa concentração de proteínas, fósforo, cálcio e outros minerais.

                Como o aleitamento materno é oferecido à criança principalmente durante o período de sono, momento em que há redução intensa do fluxo salivar associada a uma diminuição da deglutição, o leite permanece em contato com os microorganismos acidogênicos por um maior período de tempo.  Ocorre, então, uma diminuição da diluição e da capacidade tampão salivar, com pouca ou nenhuma eliminação de carboidratos fermentáveis, que exercerão um maior efeito cariogênico.

                São discutidos também os aspectos clínicos da cárie dentária de tal entidade.

 

 

 

 

 

 

36.

 

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ENZIMÁTICA DA DESIDROGENASE LÁCTICA E DAS FOSFATASES ÁCIDA E ALCALINA DENTINÁRIAS DE RATOS SUBMETIDOS À DIETA CARIOGÊNICA.

 

Pinheiro, C.E.

 

Departamento de Bioquímica.  Faculdade de Odontologia de Bauru.  Universidade de São Paulo.  Bauru, SP.

 

                A cárie dentária é uma doença multifatorial, decorrente da interação entre microorganismos, dieta e dente suscetível.  Com relação à participação de microorganismos e da dieta, muitas informações já se tem conseguido nestes últimos anos.  Contudo, no que diz respeito à suscetibilidade do dente, estamos ainda bem no início.  Vários fatores podem influenciar a suscetibilidade do dente à cárie, significando neste caso uma queda de resistência aos agentes agressores pelo aumento da permeabilidade do esmalte.  Como este parâmetro está diretamente relacionado à vitalidade dentinária e como a dentina possue um intenso metabolismo glicolítico, torna-se de grande interesse em se estudar uma possível ação da dieta "per se" sobre a atividade enzimática dentinária, no período que antecede ao aparecimento da lesão incipiente da cárie.

                Ratos com 21 dias de idade foram mantidos em ração cariogênica por um período de 1 semana, após o que foram sacrificados, seus dentes molares removidos e separados as coroas dentárias despulpadas.  Estas coroas foram trituradas em um gral de porcelana imerso em gelo, contendo solução de tampão fosfato pH 7,4.  O extrato foi centrifugado e no sobrenadante foram avaliadas as enzimas: desidrogenase láctica, fosfatase alcalina e fosfatase ácida.

                Os resultados demonstram que nos ratos mantidos em dieta cariogênica houve um aumento da desidrogenase láctica e das fosfatases quando comparados aos ratos controles mantidos com ração normal.

 

 

 

 

 

 

 

37.

 

DO EMPREGO DO HIPOCLORITO DE SÓDIO, PARAMONOCLOROFENOL E HIDRÓXIDO DE CÁLCIO EM NECROSE PULPAR DE DENTES HUMANOS.

 

Elen M.O.Oleto - Gilberto R.Melo - Deptº Odont.Rest/FOUFMG.

 

                Foram selecionados 41 dentes unirradiculares portadores de necrose pulpar em pacientes do serviço de ambulatórios da Faculdade de Odontologia da UFMG.  A idade variou entre 10 e 39 anos.  Os pacientes foram divididos ao acaso em 3 grupos: O grupo 1 foi usada para irrigação numa solução de hipoclorito de sódio a 2,6% e como curativo de demora, paramonoclorofenol a 2%, em solução aquosa; no grupo 2, era usada a mesma solução e como curativo de demora uma pasta de Hidróxido de Cálcio p.a. e paramonoclorofenol em solução aquosa a 2%; no grupo 3, hipoclorito de sódio a 2,6% aquecido a 38°C, para irrigação e uma pasta de hidróxido de cálcio p.a. e paramonoclorofenol em solução aquosa a 2%  As pastas eram levadas ao canal com o auxílio de uma troca de lentulo, até preencher o canal completamente.  Nosso trabalho permitiu concluir que :-1. Foram encontrados microrganismos na maioria dos canais radiculares de dentes portadores de Necrose pulpar (90,25% dos caos estudados).  2. Observou-se uma predominância de microrganismos anaeróbios nas amostras colhidas (93,7%).  3. O preparo mecanicoquimico participou efetivamente no controle da microbiota presente nos canais radiculares.  4. O paramonoclorofenol solução aquosa a 2%, quando aplicada como curativo de demora em casos de necrose pulpar, pode não alcançar o efeito desejado.  5. Um tratamento endodontico, em casos de necrose pulpar poderia ter seus passos reduzidos desde que utilizássemos durante o preparo químico-mecânico, como solução irrigadora, o hipoclorito de sódio a 2,6% aquecido, acompanhado da mistura de paramonoclorofenol solução aquosa a 2% e de hidróxido de cálcio, como curativo de demora.     

    

 

 

 

 

 

 

38.

 

CONSUMO DE O2 PELOS TECIDOS HEPÁTICO E RENAL, OBTIDOS DE RATAS PRENHAS, SUBMETIDAS A TRATAMENTO COM ÁGUA FLUORETADA EM DIFERENTES CONCENTRAÇÕES E CONDIÇÕES EXPERIMENTAIS

 

THALES ROCHA DA MATTOS FILHO; ANTONIO CARLOS NEDER; SAMIR TUFIC ARBEX; MARIA DE LOURDES G. DA GAMA; MIAKY ISSAO

 

Faculdade de Odontologia de Piracicaba - FOP/UNICAMP

 

                Estudou-se, no aparelho de Warburg, o consumo de oxigênio (QO2) pelos tecidos hepático e renal, de ratas prenhas, que receberam água fluoretada (NaF) nas concentrações de 10, 25, 50 e 75 ppm.  As experiências foram realizadas em três grupos de animais.  O grupo I constituiu-se de ratas que não receberam fluoreto; o grupo II constituiu-se de ratas que receberam fluoreto por todo o período de vida, desde o desmame até darem cria; e o grupo III constituiu-se de ratas que receberam fluoreto somente durante o período de prenhez.

                Os resultados mostraram que o fluoreto causou uma tendência em aumentar o consumo de oxigênio pelos referidos tecidos, notadamente pelo hepático.  Nas concentrações utilizadas no experimento, o fluoreto não produziu inibição enzimática, pois quando se acrescentou glicose ao meio, houve uma tendência em aumentar ainda mais o consumo de oxigênio.

                Quanto ao período de exposição ao fluoreto, ocorreu maior tendência em aumentar o consumo de O2, com o tecido hepático das ratas que receberam fluoreto por todo o período de vida, o que não ocorreu com o tecido renal.  Em quaisquer das concentrações utilizadas, o fluoreto não alterou a curva de crescimento dos animais.

 

 

 

 

 

 

 

39.

 

ESTUDO DA PRECISÃO DE REPRODUÇÃO EM MOLDES E MODELOS PARA PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL.  EFEITO DE MATERIAIS E DISTÂNCIAS.

 

ANA LUCIA MACHADO CUCCI; JOÃO BOSCO FULLER  £  EUNICE TERESINHA GIAMPAOLO

 

Deptº de Materiais Odontológicos e Prótese - UNESP

 

                Foi estudado a precisão de reprodução de 3 tipos de materiais de moldagem e de 1 material para modelo.  Os materiais de moldagem e respectivas técnicas de espatulação empregadas foram: hidrocolóide irreversível XANTALGIN - espatulação convencional; polisulfetos PERMLASTIC pesado e leve - dupla espatulação; polisulfetos PERMLASTIC regular e silicona XANTOPREN espatulação única; siliconas OPTOSIL/XANTOPREN - dupla espatulação e dupla moldagem. O gesso pedra melhorado VEL-MIX foi o material para modelo empregado.  Utilizou-se um modelo padrão de aço inoxidável, simulando um arco parcialmente desdentado possuindo 6 pontos de referências A,B,C,D,E e F.  As distâncias entre os pontos AB, BC, EF e BE, foram mensuradas nos modelos através de um projetor de perfil marca NIKON, modelo 6 C e comparadas com às do modelo padrão.  Após a análise estatística concluiu-se: a) os moldes obtidos a partir dos polisulfetos pesado e leve, regular e do hidrocolóide irreversível foram os que reproduziram as medidas do modelo padrão com as menores diferenças.  b) os modelos obtidos a partir dos moldes de optosil - xantopren nas técnicas de dupla espatulação e dupla moldagem apresentaram os melhores resultados na reprodução do modelo padrão.  c) das distâncias analisadas nos moldes, as de menor alteração em relação ao modelo padrão.  d) a distância maior foi reproduzida com maior alteração nos moldes e modelos.

 

 

 

 

 

 

 

40.

 

EFEITOS DA VIMBLASTINA SOBRE O CICLO CELULAR E MIGRAÇÃO DOS AMELOBLASTOS DE INCISIVOS DE CAMUNDONGOS.  ESTUDO RADIOAUTOGRÁFICO USANDO ³H-TIMIDINA.*

 

MARIA M. F. SAMPERIZ, GUILHERME BLUMEN & JOSÉ MERZEL

 

Depto. de Morfologia - FOP/UNICAMP

 

                Os efeitos da vimblastina sobre o ciclo celular e a migração dos ameloblastos foram estudados nos incisivos inferiores de camundongo através da marcação das células com ³H-timidina e radioautografia.  Um grupo de camundongos recebeu 2µg/g de peso corporal de vimblastina, injetada intraperitonealmente, e 6 h após, estes animais e os de um grupo controle, foram injetados, pela mesma via, com 1µCi/g de peso corporal de ³H-timidina e sacrificados em intervalos de tempo de 0,75 h a 15 dias.

                O tempo de geração dos ameloblastos no compartimento progenitor foi de 14,8 h nos animais tratados com vimblastina e 17 h nos controles, usando-se o método da curva do fluxo de metáfases marcadas; com o método da diluição dos grãos de prata os tempos foram, respectivamente, 29,25 e 25,96 h.  O índice de marcação com timidina dos ameloblastos de animais tratados foi 50% maior que o dos controles.

                A velocidade de migração dos ameloblastos, determinada tanto pelo método do deslocamento da célula, marcada mais incisal como pelo método da diluição dos grãos de prata, foi menor no grupo experimental (2,48 posições celulares/h ou 9,18 µm/h) quando comparada ao controle (3,21 posições celulares/h ou 18,88 µm/h)

                Os resultados relativos a taxa de produção de ameloblastos são aparentemente contraditórios e são discutidos em relação à geometria e a composição celular no órgão odontogênico dos incisivos de roedores, indicando que o compartimento progenitor de ameloblastos pode não ser o que habitualmente é considerado.  A diminuição da velocidade de migração nos animais experimentais é compatível tanto com um decréscimo na taxa de produção de ameloblastos como com os efeitos citotóxicos da vimblastina, que causa a morte destas células no compartimento secretor do órgão de esmalte.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

*Trabalho subvencionado pela FAPESP

 

 

 

 

41.

 

REMOÇÃO E REUTILIZAÇÃO DE MATERIAL ORGÂNICO DO ESMALTE JOVEM PELOS AMELOBLASTOS SECRETORES*

 

ZENAIDE S. DE CASTRO; G. BLUMEN; J. MERZEL

 

Deptº de Morfologia - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA - UNICAMP

 

                A incorporação de ³H-Prolina na matriz do esmalte mostrou comportamento diferente quando os dentes foram fixados e descalcificados, ou quando congelados e cortados em criostato (Blumen & Merzel,82).  Após um pico às 24h houve um decréscimo de radioatividade durante o trânsito pela região de secreção, porém, no material cortado no criótomo foi observado um 2º pico de reação radioativa 72 e 96h após, respectivamente nos ameloblastos e matriz adjacente.  Para esclarecer melhor esta observação, usando um melhor controle experimental e simultaneamente estudando a depuração sangüínea do composto radioativo, usamos camundongos com 1,5g (12h de vida), divididos em 2 grupos.  No 1º, para o cálculo da taxa de migração dos ameloblastos, foram injetados com ³H-Timidina e sacrificados de 1 a 144h após a injeção.  Hemimandíbulas direitas foram congeladas e cortadas (6µm) seriadamente no criótomo.  As esquerdas foram fixadas em glutaraldeído 2,5%, incluídas em Poly-bed e cortes de lum obtidos em ultramicrótomo.  Os radioautogramas mostraram que a taxa de migração diária dos ameloblastos dos incisivos foi de 513 e 610µm/dia, respectivamente.  No 2º grupo para o estudo da biossíntese e remoção de material protéico do esmalte, injetou-se 5µCi/g de ³H-Prolina e sacrificados de 10' a 144h após.  Os procedimentos histológicos foram semelhantes aos do 1º grupo, porém as hemimandíbulas esquerdas foram fixadas com paraformaldeído 4%.  20µl de plasma do sangue coletado em tubos capilares de cada animal, foi dosado em contador de cintilações.  A correlação da velocidade de migração dos ameloblastos e a biossíntese de proteínas do esmalte confirmou resultados anteriores sobre a remoção de material protéico contendo prolina.  No material cortado no criótomo repetiu-se o 2º pico de radioatividade tanto no esmalte jovem e ameloblastos secretores enquanto no material incluído em Poly bed os referidos picos (2º), não foram evidenciados nem nos ameloblastos secretores, nem na matriz jovem do esmalte.  Como a depuração sangüínea não mostrou nenhuma atividade correspondente, que seria indicativa de um fenômeno sistêmico, sugere-se que os ameloblastos secretores reutilizam o material degradado do esmalte, de baixo peso molecular removível pela fixação, secretando-o novamente para a mesma matriz.

 

 

 

 

 

 

*Trabalho subvencionado pela FAPESP e pelo CNPq.

 

 

 

 

 

 

42.

 

RELAÇÃO CENTRAL EM DESDENTADOS TOTAIS.  ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OS MÉTODOS GUIADO NÃO FORÇADO E PELA RETRUSÃO DA LÍNGUA SEGUIDA DO FECHAMENTO DA BOCA.

 

SERGIO SUALDINI NOGUEIRA; JOSÉ GERALDO LOMBARDO; SERGIO RUSSI £ MARCO ANTONIO COMPAGNONI

 

Deptº de Materiais Odontológicos e Prótese

 

                               Foi realizado um estudo comparativo entre os métodos guiado não forçado e retrusão da língua seguida do fechamento da boca para a determinação da relação central em pacientes desdentados totais.

                               Utilizou-se 20 pacientes, observando-se os seguintes critérios clínicos: a) rebordos poucos reabsorvidos; b) fibromucosa com resiliência média; c) mucosa oral sem problemas patológicos clinicamente detectáveis; d) relação inter-maxilar classe I; e) ausência de distúrbios nas ATMs; f) capacidade retrusiva da língua.

                               Utilizando-se um dispositivo extra-oral para os registros da relação central, obteve-se de cada paciente, em uma placa de registro recoberta com uma pasta registradora, um "ponto" correspondente ao método guiado não forçado e um "ponto" correspondente ao método da retrusão da língua seguida do fechamento da boca.

                               As variações lineares em sentido ântero-posterior e lateral entre os "pontos" de registro obtidos, foram mensurados em um projetor de perfil NIKON - 6 C.

                               Pelos resultados obtidos, observou-se um maior potencial retrusivo do método guiado não forçado, o que não descarta a utilização na clínica odontológica do método da retrusão da língua, visto terem sido pequenas as variações lineares observadas entre os dois métodos.

 

 

 

 

 

 

43.

 

EFEITOS DE ALGUNS AGENTES DE LIMPEZA SOBRE A DENTINA OBSERVADO ATRAVÉS DE MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA.

 

MARIA SALETE MACHADO CÂNDIDO, CARLOS EDUARDO FRANCISCHONE, JOSÉ MONDELLI, FAUSTO GABRIELLI & ALCEU BERBERT.

(Departamento de Odontologia Restauradora)

 

                               O propósito deste trabalho foi investigar o efeito de limpeza mecânica de vários agentes, sobre a superfície dentinária de 36 dentes humanos, recém-extraídos, através de microscopia eletrônica de varredura.  Os agentes utilizados foram: ácido bórico a 2%, ácido fosfórico a 37%, ácido cítrico a 50%, EDTA a 15%, solução aquosa de Ca(OH)2, Tergidrox, Tubulicid, água destilada, Cavidry, peróxido de hidrogênio a 3%, soro fisiológico e tergentol.  Estes agentes foram aplicados na superfície dentinária por ação de esfregaço, durante um minuto.  Os resultados foram baseados em 144 microfotografias com magnitude de 2430 x.  As fotomicrografias foram codificadas e o efeito de limpeza avaliado por quatro duplas de examinadores calibrados.  Através de análise estatística de variância pôde-se concluir:

1 - O efeito de limpeza dos agentes estudados foi significantes;

2 - Os agentes estudados exerceram ação efetiva, catalogados em grupos na seguinte ordem decrescente:

      2.1 - ácido cítrico a 50%, ácido fosfórico a 37%, EDTA a 15%;

      2.2 - Tubulicid, ácido bórico a 2%;

      2.3 - Cavidry, Tergentol, água destilada, peróxido de hidrogênio a 3%, soro fisiológico,           Tergidrox, solução aquosa de Ca(OH)2.    

 

 

 

 

 

 

 

 

44.

 

ESTUDO DA SUPERFÍCIE DENTINÁRIA SUBMETIDA A SOLUÇÕES DE FOSFATO DE CÁLCIO E SÓDIO COMO AGENTES DE LIMPEZA, MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA.

 

MARIA SALETE MACHADO CÂNDIDO, FAUSTO GABRIELLI, MAURO SÉRGIO DOS SANTOS, ROBERTO NUNES KONISHI  &  NILSO BARELLI.

(Departamento de Odontologia Restauradora)

 

                               Os AA investigam o efeito de limpeza mecânica das soluções de fosfatos de cálcio e sódio em concentrações diferentes (2%, 6% e 12%), sobre a superfície dentinária de dentes humanos extraídos através de microscopia eletrônica de varredura.  De acordo com análises fotomicrográficas e estatística de variância concluem que:

1 - O efeito de limpeza das soluções estudadas não foi estatisticamente significante.

2 - Diante de análise fotomicrográfica definiu-se três graus definidos de limpeza, a saber:

2.1 - Má limpeza - fosfato de cálcio 2% e fosfato de sódio a 6%.

2.2 - Média limpeza - fosfato de cálcio 6%, fosfato de cálcio 12% e fosfato de sódio 2%.

2.3 - Boa limpeza - fosfato de sódio a 12%.

 

UNITERMOS: agentes de limpeza - dentina.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

45.

 

ESTUDO HISTOLÓGICO E HISTOFOTOMÉTRICO DO TECIDO DE GRANULAÇÃO DE RATOS EM CONDIÇÕES NORMAIS E SOB AÇÃO DE DROGAS ANTI-INFLAMATÓRIAS

 

EDUARDO DIAS DE ANDRADE; MÁRIO ROBERTO VIZIOLI; ANTONIO CARLOS NEDER

 

Faculdade de Odontologia de Piracicaba - FOP/UNICAMP

 

                O presente trabalho teve como uma de suas finalidades, acompanhar a síntese de colágeno e glicosaminoglicanas no tecido de granulação, induzido artificialmente em ratos, desde uma fase precoce até sua maturação.  Por outro lado, objetivou-se estudar os efeitos de drogas anti-inflamatórias, com princípios ativos diferentes, na evolução deste mesmo tecido, comparando-a com aquela observada em animais sob condições normais.  Os resultados obtidos, de acordo com as doses empregadas, demonstraram que a dexametasona 21-fosfato é uma potente inibidora da síntese de mucopolissacarídeos ácidos e de colágeno, o mesmo acontecendo com a fenilbutazona, esta porém, inibindo tal síntese em menor grau.  Paralelamente, a tripsina pareceu interferir na proliferação do tecido de granulação de uma maneira positiva, tanto quantitativa como qualitativamente.  A partir desses resultados, pode-se concluir que o corticosteróide sintético (dexametasona 21-fosfato), assim como a fenilbutazona, nas doses administradas, constituem-se em grandes recursos terapêuticos quando houver necessidade de uma inibição da proliferação do tecido granulação.  Ao contrário, o anti-inflamatório de origem enzimática (tripsina) estaria indicado em processos inflamatórios nos quais uma síntese mais rápida e organizada do tecido de granulação for de primordial importância.

 

 

 

 

 

 

 

46.

 

EFEITO DE ALGUNS CIMENTOS CIRÚRGICOS (GENGIPAC COM EUGENOL, GENGIPAC SEM EUGENOL) E DE UM CONDICIONADOR DE TECIDOS (FITT) NA EXSUDAÇÃO PLASMÁTICA E NA COMPOSIÇÃO CELULAR DE GRANULOMAS DE ALTA RENOVAÇÃO. 

PARTE I

 

*MARY ELENI SIMÕES FLÓRIA MEDEIROS MOTTA, **SÉRGIO AUGUSTO CATANZARO GUIMARÃES  &  **ROBERTO BRANDÃO GARCIA.

 

*Deptº de Diagnóstico e Cirurgia da Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP

**Deptº de Patologia da Faculdade de Odontologia de Bauru - USP

 

 

                Neste trabalho estudou-se, em ratas, o efeito de dois cimentos cirúrgicos, um contendo eugenol (Gengipac com eugenol) e outro sem eugenol (Gengipac sem eugenol) e de um condicionador de tecidos (FITT) nas fases agudas imediata e tardia da inflamação.

                O método utilizado foi o do Azul de Evans, no qual o corante é injetado por via intravenosa e determinado no exsudato inflamatório formado no tecido conjuntivo 1 e 3 horas após o implante do material.  A leitura das amostras foi realizada em um espectrofotômetro BECKMAN, Modelo DU-2 1098.

                Como a intensidade do exsudato inflamatório espelha o poder flogógeno do agente irritante, pudemos concluir com base nos resultados obtidos que: 1- O Gengipac sem eugenol (G II) foi o material que apresentou maior compatibilidade biológica na fase aguda da inflamação, por ter provocado a formação de menor exsudação plasmática; 2- A adição do eugenol ao Gengipac aumenta seu poder irritativo produzindo exsudação plasmática mais acentuada que o material destituído de eugenol.  A exsudação tanto na fase imediata como na tardia permaneceu, contudo, em níveis mais inferiores do que os do FITT (G III); 3- De todos os materiais testados, o FITT (G III) foi o que se mostrou menos compatível na fase aguda, por ter induzido maior exsudação plasmática tanto na fase imediata (1 hora) como na tardia (3 horas), sendo acentuadamente maior nesta última.

 

 

 

 

 

 

47.

 

EFEITO DE ALGUNS CIMENTOS CIRÚRGICOS (GENGIPAC COM EUGENOL, GENGIPAC SEM EUGENOL) E DE UM CONDICIONADOR DE TECIDOS (FITT) NA EXSUDAÇÃO PLASMÁTICA E NA COMPOSIÇÃO CELULAR DE GRANULOMAS DE ALTA RENOVAÇÃO.

PARTE II

 

*MARY ELENI SIMÕES FLÓRIA MEDEIROS MOTTA, **SÉRGIO AUGUSTO CATANZARO GUIMARÃES  &  **ROBERTO BRANDÃO GARCIA.

 

*Deptº de Diagnóstico e Cirurgia da Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP

**Deptº de Patologia da Faculdade de Odontologia de Bauru - USP

 

 

                No presente trabalho, os autores estudaram, em ratos, o efeito de dois cimentos cirúrgicos, um contendo eugenol (Gengipac com Eugenol) e outro sem eugenol (Gengipac sem Eugenol) e de um condicionador de  tecidos (FITT), na fase crônica da inflamação (4, 6, 8 e 12 dias).

                Os materiais foram testados em granulomas de alta renovação celular, provocados pelo implante de lamínulas de vidro contendo ou não os materiais.  A avaliação deste método é feita pela determinação quantitativa do tipo celular aderido à superfície da lamínula de vidro.  Assim, os materiais pouco irritantes induzem pequeno fluxo de macrófagos e alta população de células gigantes; materiais muito tóxicos provocam populações ricas em macrófagos e pobres em células gigantes e materiais com poder de irritação subletal, induzem populações ricas em macrófagos e em células gigantes.

                De acordo com os dados obtidos pudemos concluir que os materiais estudados apresentaram a seguinte ordem decrescente de compatibilidade biológica: FITT (G III); Gengipac sem eugenol (G II) e Gengipac com eugenol (G I).

                Mas, ao se analisar comparativamente os resultados apresentados nas duas fases do processo inflamatório (aguda e crônica) concluiu-se que o Gengipac sem eugenol (G II) foi o cimento cirúrgico de melhor compatibilidade biológica, seguido do FITT (G III) e do Gengipac com eugenol (G I).

 

 

 

 

 

 

48.

 

DESEMPENHO DE RESTAURAÇÕES DE AMÁLGAMA COM BAIXO TEOR DE PRATA - RESULTADOS PRELIMINARES.

 

Santos, J.F.F.; Carbone, H.R.; Cardoso P.E.C.

 

Centro de Pesquisas Clínicas, Departamento de Materiais Dentários.

Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.  São Paulo, SP.

 

                Ligas para amálgama com baixo teor de Ag (cerca de 50%), apresentadas sob a forma de limalhas, foram introduzidas no armamentário do dentista em passado bastante recente.  Essas novas composições têm resultado em amálgamas com características mecânicas bastante favoráveis e com expectativa de comportamento clínico bastante otimista, visto que nessas restaurações a fase Gama 2, composta de Sn/Hg, fica eliminada em tempo bastante curto.  Cerca de 120 restaurações foram colocadas em pacientes selecionados, por um grupo de profissionais que colaboram na execução dos trabalhos em nosso Centro de Pesquisas Clínicas.  Foram empregados três produtos comerciais (Veraloy, Novaloy e Aristaloy 22) para a confecção das restaurações e os procedimentos clínicos foram executados segundo metodologia rigorosa e padronizada nas suas variáveis de manipulação.  Até o presente essas restaurações foram avaliadas nas condições iniciais e após 6 meses, por meio de dois métodos: visual e fotográfico.  As características analisadas na avaliação das restaurações foram as seguintes: Cárie secundária; Integridade marginal; forma anatômica; Brilho da superfície e Textura superficial.  Embora os resultados observados até o momento devam ser considerados como preliminares, pois se exige um período mínimo de 2 anos para que alguma conclusão mais definitiva possa ser alcançada, foi possível verificar que, para as três composições avaliadas nesse intervalo de 6 meses, as restaurações apresentaram perda do brilho superficial, quando comparadas com a situação inicial.  As demais características analisadas, até esta data, conservaram a condição de clinicamente ideal, nesse período de avaliação.

 

 

 

 

 

 

49.

 

AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO ELETROQUÍMICO DAS LIGAS DE COBRE-ALUMÍNIO.  EFEITO DO RELACIONAMENTO COM OUTRAS LIGAS METÁLICAS E TEMPOS.

 

ROBERTO NUNES KONISHI*, WELLINGTON DINELLI  &  CELSO LUIZ DE A. PORTO*

 

*Deptº de Odontologia Restauradora - FOA/UNESP.

 

                O comportamento eletroquímico de três ligas metálicas restauradoras do sistema cobre-alumínio e cobre-zinco (Duracast, Idealley e Auralloy) foi avaliado através de medidas de corrente elétrica gerada pela imersão dos mesmos em saliva artificial, formando-se nove combinações de pares galvânicos com liga de ouro (N.Gatto), amálgama convencional (Velvalloy) e amálgama de maior conteúdo de cobre (Sybraloy).

                Paralelamente realizou-se a observação fotomicrográfica das superfícies metálicas, utilizando-se também um critério numérico para avaliação do manchamento das ligas metálicas.

                Através da análise estatística das medidas de corrente elétrica em função do tempo e da avaliação fotomicrográfica, foi possível concluir que:

1. Há o aparecimento de corrente elétrica espontânea quando as ligas de Cu-Al e Cu-Zn relacionaram-se com o ouro e amálgamas, formando assim os pares galvânicos imersos em saliva artificial.

2. Os pares de ligas metálicas testados condicionaram em média, diferentes intensidades de corrente elétrica.  Os maiores valores catalogados para a combinação envolvendo o amálgama convencional e as ligas de Cu-Al e Cu-Zn.  Os maiores valores foram encontrados para a combinação envolvendo as ligas de Cu-Al e Cu-Zn com amálgama rico em cobre com valores intermediários.

3. Independentemente de outros fatores estudados a intensidade de corrente elétrica foi decrescente em função do tempo.

4. As observações microscópicas comprovam os achados eletroquímicos, confirmando o melhor comportamento superficial para as ligas de cobre-alumínio e cobre-zinco relacionadas com liga de ouro e amálgama com maior conteúdo de cobre.

 

 

 

 

 

50.

 

PLACA DENTAL E MIGRAÇÃO CELULAR

 

OSLEI PAES DE ALMEIDA; LOURENÇO BOZZO  &  SÉRGIO ROBERTO PERES LINE

 

Depto. de Patologia - FOP/UNICAMP

 

                A placa dental é capaz de atrair neutrófilos "in vivo" e "in vitro", entretanto não está estabelecido quais as substâncias ativas e os mecanismos que controlam a migração de células inflamatórias através do tecido gengival.  Das substâncias da placa dental o lipopolissacarídio parece ser a mais ativa em termos de migração celular e sua ação pode ser medida por anticorpos.  Camundongos previamente injetados endovenosamente com lipopolisacarídio apresentaram altos níveis de anticorpos séricos e a migração celular na cavidade peritonial duplicou em relação aos animais não imunizados.  O pré-tratamento quando feito na cavidade peritonial causou resposta inflamatória menor que nos animais controles, provavelmente porque a administração no peritônio manteve um número aumentado de células neste local mesmo após 20 dias.  A transferência passiva de anticorpos também fez com que houvesse aumento na resposta inflamatória.

 

 

 

 

 

51.

 

ESTUDO ANATÔMICO E HISTOLÓGICO DOS DENTES FUNCIONAIS MAXILO -MANDIBULAR DA TRAIRA ADULTA (Hoplias m. malabaricus, Bloch, 1794).

 

Torezan, M.A. &  Munhoz, C.O.G.

 

Departamento de Morfologia.  Faculdade de Odontologia de Piracicaba.  Piracicaba, SP.

 

                Os dados macroscópicos revelaram que a dentição da traira é do tipo homodonte com dentes cônicos de tamanho variável contendo duas regiões, coroa e raiz, bem definidas.  Esses dentes histologicamente são constituídos por um núcleo dentinário contendo uma camada peripulpar identificada como ortodentina vascularizada e outra camada externa avascular.  Pareceu-nos que os canais vasculares da ortodentina não estão relacionados com a nutrição dos processos odontoblásticos e sua relação com ela seria, assim, apenas topográfica.  A camada externa a não ser pela ausência de canais vasculares apresentou morfologia semelhante à da camada peripulpar.  A possibilidade de que essa camada possa se diferenciar da peripulpar pela orientação das fibras colágenas de sua matriz foi considerada com base em dados obtidos com microscopia de polarização apresentados na literatura.  Além dessas camadas encontrou-se sobre a raiz uma outra muito delgada e com características semelhantes à da chamada dentina terminal.  Sobre a dentina da coroa dentária encontrou-se um tecido duro, ácido solúvel, contendo uma camada profunda e outra superficial.  A camada profunda pelas suas características histológicas e de solubilidade mostrou-se bem semelhante a um tipo especial de dentina descrita no capuz dos dentes de muitos teleósteos e denominada de durodentina ou enamelóide.  A camada superficial apresentou-se diferente da profunda tanto em seus aspectos morfológicos como em seu comportamento após exame em microscopia de contraste de fase onde ela apareceu brilhante dentro de um fundo escuro.  Esses fatos levaram-nos a considerar a possibilidade de que essa camada poderia ter uma composição química ou organização submicroscópica diferente da camada profunda.  Além disso, baseados em evidências obtidas no exame de um germe dentário em desenvolvimento, presumiu-se que a camada superficial poderia ser resultante da mineralização de uma matriz orgânica membranosa encontrada abaixo do epitélio interno do esmalte.  Matriz semelhante tem sido encontrada no capuz de vários teleósteos e considerada como uma matriz primitiva do esmalte.  A polpa dos dentes funcionais mostrou-se com nítidos sinais de degeneração que podem estar relacionados com o processo de reabsorção dentária, já que em dentes jovens não foram observados.

 

 

 

 

 

52.

 

ESTUDO DO CONDICIONAMENTO ÁCIDO DE ESMALTE DENTAL. I. POROSIMETRIA.  II. MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA.  III. RESISTÊNCIA À RUPTURA POR TRAÇÃO DA UNIÃO ESMALTE/RESINA COMPOSTA.

 

Razaboni, A.M.*  &  Gabrielli, F.**

 

*Universidade de São Paulo.  **UNESP.

 

                O propósito deste trabalho foi uma contribuição ao "Estudo do condicionamento ácido do esmalte" levando-se em consideração vários fatores dos quais dependem a já comprovada retentividade dos materiais resinosos na superfície do esmalte dental.

                Por meio de um porosímetro de mercúrio registrou-se os diâmetros dos poros no esmalte dental de 12 amostras compostas por hemicorpos de pré-molares, obtidos pelo condicionamento de suas superfícies, com ácidos de marca comercial Adaptic, Esticid e Simulate, que tiveram sua ação pelo tempo de 60 segundos.  A análise estatística dos resultados mostrou diferentes níveis de efetividade, em relação aos poros de diâmetro médio e aqueles de maior freqüência.

                As porosidades foram comprovadas pelo microscópio eletrônico de varredura e analisando-se as 72 fotomicrografias obtidas, foi possível estabelecer porcentagens de aparecimento dos padrões de descalcificação.  Do total considerado correspondem respectivamente 53% para o padrão tipo I, contra 18% para o tipo II e 29% para o tipo III.

                Os testes de resistência à ruptura por tração da união esmalte/resina composta, foram feitos em superfície vestibular de dentes caninos com a conjugação dos três ácidos já citados e quatro marcas comerciais de resinas compostas: Concise, Silar, Isopast e Simulate.

                Da análise estatística a que foram submetidos os 60 corpos de prova, pôde-se estabelecer, levando-se em consideração a interação material/ácido, a seguinte combinação: 1- Material Concise/Ácido Simulate; 2 - Material Silar/ Ácido Esticid; 3- Material Isopast/Ácido Esticid; 4- Material Simulate/Ácidos Adaptic, Esticid e Simulate.

 

 

 

 

 

 

53.

 

 

VIAS DE DRENAGEM LINFÁTICA DAS REGIÕES INCISIVA, CANINA E MOLAR DA GENGIVA  MAXILAR VESTIBULAR DE CRIANÇAS

 

HÉLIO FERRAZ PORCIÚNCULA, CARLOS LANDUCCI E LUÍS ROBERTO DE TOLEDO RAMALHO

 

Deptº de Morfologia - Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP

 

                Utilizando o método de injeções seletivas, foram injetadas com Massa de Gerota, modificada por ROUVIÈRE, as regiões incisiva, canina e molar da gengiva vestibular das maxilas de 37 cabeças de crianças cuja idade variou de 22 dias a 2 anos.  As cabeças foram conservadas a temperatura de 1°C a 4°C, por tempo nunca superior a 48 horas e após descongelamento foram injetadas usando-se seringa tipo carpule e agulhas do tipo Mizzi.

                Fixadas em formol e branqueadas por solução de água oxigenada e formol, as peças foram dissecadas sob lupa binocular estereoscópica, respeitando e mantendo sempre que possível as estruturas relacionadas com os trajetos dos vasos, desde sua origem (local da infiltração) até a primeira estação de linfonodos.

                Assim os autores procuraram determinar quais as vias de drenagem linfática originadas nessas regiões, respectivos trajetos e os grupos de linfonodos de que são tributárias.

                Os resultados mostraram que a rede linfática da densa submucosa da gengiva vestibular das maxilas é contínua em toda a sua extensão com tendência a drenar sempre para o vestíbulo e nunca em direção ao palato.  A drenagem dá-se através de um pedículo de vasos linfáticos, originados nas proximidades do forame infraorbital, com trajeto de cima para baixo e da frente para trás, até atingir os linfonodos do grupo submandibular, com preferência para os linfonodos pré-vasculares e também deste e do retro-vascular.

 

 

 

 

 

 

54.

 

PADRÃO SINÁPTICO DAS CONEXÕES CENTRAIS ESTABELECIDAS PELAS FIBRAS GUSTATÓRIAS PRIMÁRIAS NO NÚCLEO DO TRATO SOLITÁRIO DO RATO.

 

Tramonte, R.  &  Bauer, J.A.

 

Departamento de Histologia e Embriologia.  Instituto de Ciências Biomédicas.  Universidade de São Paulo.  São Paulo, SP.

 

 

Foram utilizados ratos machos adultos submetidos à secção do nervo glossofaríngeo ou do nervo corda do tímpano e sacrificados por perfusão transcardíaca de uma solução fixadora de Karnowsky, em intervalos de tempo variáveis entre 5 e 17 dias.  Fatias de 1,5 mm de espessura do tronco cerebral de cada animal foram submetidas ao processamento rotineiro em microscopia eletrônica até a etapas de inclusão em resina araldite.  Para cada bloco foram obtidos cortes ultrafinos ao longo do pólo rostral do núcleo do trato solitário (NTS) tanto do lado ipsi como do contralateral em relação aos nervos seccionados.  A análise desse material ao M/E mostrou a existência de bulbos sinápticos em degeneração somente ao NTS do lado ipsilateral à secção dos nervos.  Independentemente do nervo seccionado, os bulbos sinápticos em degeneração apresentaram um diâmetro variável entre 0,8 e 1,2 µ e vesículas sinápticas esferoidais ou ovaladas, de conteúdo eletronluscente e diâmetro variável em torno de 50 nm.  Esses  bulbos sinápticos em degeneração foram encontrados em maior número na região lateral do pólo rostral do NTS e estabelecendo contatos sinápticos do tipo assimétrico e preferencialmente com hastes dendríticas.

 

 

 

 

 

 

 

55.

 

CORRELAÇÃO ENTRE CRITÉRIOS CLÍNICOS MENSURADOS ATRAVÉS DO ÍNDICE DA OMS (1978 MODIFICADO) E A CONDIÇÃO MORFOLÓGICA DOS TECIDOS GENGIVAIS

 

*MARY ELENI SIMÕES FLÓRIA MEDEIROS MOTTA, **LUIZ ROBERTO TAGLIAVINI, *RICARDO SAMIH GEORGES ABI RACHED  &  *JOSÉ ANTONIO DE CAMPOS MACHADO.

 

*Deptº de Diagn. e  Cirurgia da Fac. Odontologia de Araraquara - UNESP

**Responsável pela Clínica Integrada da Fac. Odontologia de Araçatuba - UNESP

 

 

                Para a Odontologia Preventiva é de grande importância, a aplicação de índices Periodontais para o reconhecimento da incidência, da prevalência e da severidade da doença periodontal.  Mas, estes índices para terem sua aplicabilidade estendida aos estudos clínicos, não se restringindo aos trabalhos de campo, devem se basear em dados objetivos.

                Neste trabalho, os autores com a finalidade de definirem sinais mais objetivos, para aumentar o suporte científico deste método de diagnóstico, estudaram pela aplicação dos diferentes graus do índice da OMS, 1978 modificado, qual a correlação entre os sinais clínicos e o estado histopatológico dos tecidos periodontais.

                Este estudo foi realizado através da análise de 131 biópsias colhidas em 44 pacientes, da Clínica de Periodontia da Faculdade de Odontologia de Araraquara.

                Os resultados permitiram concluir que: 1-os níveis de concordância encontrados entre a avaliação clínica dos graus do índice da OMS, 1978 modificado, e os achados histopatológicos não foram representativos; 2-as maiores discrepâncias foram observadas para os graus 0 (zero) e 4, pois os riscos de discordância foram de 66,7%; 3- o nível mais elevado de concordância, 72,2%, ocorreu para o grau 2; 3- para os graus 1 e 3 houve discordância significativa entre a avaliação clínica e sua correspondente histopatológica, sendo respectivamente de 35,0% e 41,2%. 5- houve erro entre os examinadores na avaliação clínica, apesar da calibração prévia, principalmente para os graus 0 (zero) e 1.

 

 

 

 

 

56.

 

DUREZA SUPERFICIAL DO GLAZE USADO PARA RECOBRIR RESINAS COMPOSTAS.

 

LAURA A. ZUCCO; SIMONIDES CONSANI  &  LUIZ ANTONIO RUHNKE

 

Área de Materiais Dentários - FOP/UNICAMP

 

                O propósito deste trabalho foi verificar a dureza superficial do glaze usado para recobrir a restauração de resina composta.  As resinas empregadas foram as conhecidas comercialmente como: Simulate (Kerr), Concise (3M), Adaptic (J&J), Miradapt (J&J) e Finesse (Caulk), todas ativadas quimicamente.  Os corpos de prova foram obtidos a partir de cavidades cilíndricas de 5 mm de diâmetro por 10 mm de altura, confeccionadas em matriz de teflon.  As resinas foram preparadas em meio ambiente de acordo com as instruções dos fabricantes, inseridas nas cavidades da matriz e polimerizadas entre duas placas de vidro, sob carga axial de 1kg.  O grupo experimental recebeu aplicação do glaze comercializado para a resina Adaptic e a técnica de aplicação foi a recomendada pelo fabricante.  O grupo controle não recebeu aplicação do glaze.  Após 48 horas de armazenagem, os espécimes dos dois grupos foram submetidos ao teste de dureza superficial, por meio de impressões losângicas deixadas pelo penetrômetro Knopp.  A fim de facilitar a visibilidade das impressões, as superfícies dos espécimes foram recobertas com uma fina camada de grafite e cobre em pó, antes dos testes.  Em cada corpo de prova foram feitas 10 impressões, com o penetrômetro calibrado para 50 gramas de carga axial.  As impressões foram efetuadas de acordo com a distribuição por quadrante, de forma que cada quadrante recebeu duas penetrações e o centro delimitado pelas linhas imaginárias divisórias dos quadrantes também recebeu duas penetrações, totalizando 10 impressões Knoop por corpo de prova.  A média final de cada espécime correspondeu à média aritmética das leituras, considerada como o resultado da dureza, medida em micrômetros.  Posteriormente, essas medidas foram transformadas em valores de dureza Knoop, por meio de tabela de conversão.  Os resultados indicam que o glaze do Adaptic aplicado sobre as resinas compostas diminuiu a dureza superficial dos corpos de prova.  Sem a aplicação do glaze, a resina que mostrou maior índice de resistência ao penetrômetro Knoop foi a Concise (145,2) e o menor índice foi apresentado pela resina Finesse (61,0).  O mesmo comportamento foi registrado quando o glaze foi aplicado sobre a superfície dos corpos de prova, isto é, Concise (139,1) e Finesse (41,4).  Portanto, a efetividade do glaze está relacionada somente com a sua capacidade de penetrar irregularidades superficiais e não aumentar a dureza superficial da resina composta.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

57.

 

ESTUDO DA SOLUBILIDADE E DESINTEGRAÇÃO DO CIMENTO DE SILICATO EM SOLUÇÕES ANTISSÉPTICAS.

 

TEREZA J.S. SAMPAIO; LUIZ ANTONIO RUHNKE  &  SIMONIDES CONSANI

 

Área de Materiais Dentários - FOP/UNICAMP

 

                A finalização desta pesquisa foi desenvolver um estudo comparativo entre os fatores meios de imersão, constituídos de soluções antissépticas bucais, com a água destilada na verificação da solubilidade e desintegração do cimento de silicato.  O cimento de silicato utilizado foi a Porcelana Melhorada da S.S. White.  Além da água destilada (M1), foram usados cinco meios de imersão identificados por siglas M2 (Malvona), M3 (Flogoral), M4 (Malvatricin), M5 (Anapyon) e M6 (Cepacol).  As diluições das soluções antissépticas em água destilada foram estabelecidas de acordo com as recomendações dos fabricantes e os respectivos potenciais hidrogeniônicos (pH) foram determinados com o auxílio de um potenciômetro marca Orion Research, modelo 701.  A proporção pó/líquido foi determinada após realizado o teste de consistência recomendado pela especificação nº 9 da Associação Dentária Americana e correspondeu a 1,465 g/ 0,4 ml.  Os corpos de prova em forma de disco (20 mm x 1,5 mm) foram confeccionados em matriz de PVC, em temperatura ambiente.  Em seguida, foram colocados em frascos contendo 50 ml de água destilada ou solução diluída dos antissépticos preparados antes do início do ensaio.  A determinação do conteúdo de fósforo foi efetuada num espectrofotômetro Spectronic 20, da Bausch & Lomb, através do método de Fiske & Subbarow.  Os resultados obtidos permitiram concluir que todos os antissépticos bucais estudados promoveram a desintegração do cimento de silicato.  A desintegração foi maior no grupo constituído pelos meios M3 e M4, seguidos, em ordem decrescente, por M1 e M2 e finalmente pelo grupo constituído pelos meios M5 e M6.  Também, foi possível verificar que a percentagem de desintegração em água destilada, apresentada pelo cimento utilizado, está de acordo com o índice estabelecido pela especificação nº 9 da Associação Dentária Americana.

 

 

 

 

 

58.

 

DEGRADATION OF ALBUMIN, HAEMOPEXIN, HAPTOGLOBIN AND TRANSFERRIN, BY BLACK-PIGMENTED BACTEROIDES SPECIES.

 

 

                Carlsson, J.; Höfling, J. Francisco and G. K. Sundquist

 

 

 

Department of Oral Microbiology and Endodonties, University of Umea, S-90187 Umea, Sweden.

 

 

 

                               Much of the body iron is unavaiable, being bound in ferritin, haemosiderin, myoglobin and haemoglobin,  Four plasma proteins - transferrin, haptoglobin, haemopexin and albumin - are involved in the transport of body iron and preventing undue loss of iron through urinary excretion.  Because the avaiability of ionic iron or iron-containing compound, such as haemoglobin and haem, may limit the growth of bacteria in tissues, albumin, haemopexin, haptoglobin and transferrin may play important roles in the host defence against bacterial infections by depriving tissue - invading bacteria of nutricional iron.  Thus it is of interest that after acute infections and tissue lesions, the plasma levels of haemopexin and haptoglobins increase significantly.  Pathogenic bacteria  may overcame the iron-withholding capacity of the host by means of high-affinity systems for iron or by degradation of iron-binding proteins.  Thus, the black-pigmented B. asaccharokyticus strain NCTC 9337 has been reported to degrade albumin, haptoglobin and transferrin.  This report describes the avaiability of strains of Bacteroides to degrade the plasma proteins involved in the transport and conservation of body iron.

 

 

 

 

 

59.

 

FIXAÇÃO DE FLÚOR EM MOLARES DE RATOS (RATTUS  NORVEGICUS, ALBINUS, HOLTZMAN)  QUANDO ADMINISTRADO EM PRESENÇA OU NÃO DE VITAMINAS E/OU SAIS MINERAIS.  *

 

AUTOR:  LOURDES AP. M.DOS SANTOS-PINTO, ROSA ANITA ROCCA  &  ARY JOSÉ DIAS MENDES

 

                               Foi avaliada a concentração de flúor nos molares de ratos com 30 ou 60 dias de idade que receberam por via bucal, desde 24 horas após o nascimento, doses diárias de 0,25 mg F, através de diferentes produtos comerciais contendo NaF (Grupo I), NaF e vitaminas (Grupo II), NaF e sais minerais (Grupo III), ou NaF, vitaminas e sais minerais (Grupo IV), ou 1 ml de água destilada (Grupo V).  A análise estatística dos dados obtidos mostrou que, independente do período de tratamento, a magnitude dos valores registrados nos diferentes grupos experimentais decresceu obedecendo a seguinte ordem: Grupo I, II, IV, III e V, sendo a variabilidade significante.  Considerando a idade dos animais, foi verificado que naqueles com 30 dias apenas os valores encontrados nos Grupo III e V foram estatisticamente  iguais.  Aos 60 dias, a variabilidade foi significante para todos os grupos experimentais.

 

*Trabalho subvencionado pela CAPES. 

    

 

 

       

 

CARTAZES

  

        

   

 

C1.

 

NÍVEIS DE ALGUNS CÁTIONS DIVALENTES EM POLPAS DE MOLARES DECÍDUOS E PERMANENTES DE SUÍNOS DURANTE A RIZOGÊNESE.

 

MYRIAM s. PAIVA-NOVAES; FÁTIMA D. FERREIRA  &  JOSÉ NICOLAU

 

Departamento de Bioquímica - Instituto de Química - USP.

 

                Poucos estudos existem na literatura sobre o nível do íon cálcio em polpas dentárias.  Pincus, 1950 (Brit. dent.J., 89 : 143) relatou que o tecido pulpar seco continha 5,7% de cálcio.  Posteriormente, Yoon e cols., 1965 (J.dent.Res., 44 : 696) mostraram que a concentração de cálcio em polpas de dentes permanentes de humanos, aumentava com a  idade do indivíduo.  Este aumento foi atribuído à presença de cálculos pulpares e à mineralização difusa.  Contudo, estes autores usaram em seus estudos amostras obtidas de diferentes dentes.

 

                No presente trabalho levamos a efeito um estudo comparativo entre polpa de molar decíduo e de permanente durante a rizogênese.  Cálcio e  magnésio foram determinados por espectrometria de absorção atômica.

 

                À medida que a rizogênese se completa, os níveis de cálcio e magnésio aumentam nas polpas do terceiro molar decíduo e diminuem nas do primeiro molar permanente.

 

 

AUXÍLIO FINANCEIRO: FINEP.

 

 

 

 

 

 

 

 

C2.

 

ALTERAÇÕES NOS CONTEÚDOS DE CÁLCIO E MAGNÉSIO DURANTE O DESENVOLVIMENTO DA SIALADENOSE EXPERIMENTAL.

 

FÁTIMA D. FERREIRA  &  JOSÉ NICOLAU

 

Departamento de Bioquímica - Instituto de Química - USP.

 

                O cálcio e o magnésio desempenham um papel de destaque no contexto celular.

 

                A necessidade de cálcio no processo de secreção da proteínas já foi demonstrada (Selinger & Naim, 1970; Biochem.Biophys.Acta., 203 : 335; Wallach & Schramm, 1971; Eur.J.Biochem., 21 : 433).  O papel do cálcio como mediador da resposta secretora nas células acinares da parótida é corroborado pelo fato de que a incorporação de  45Ca na mitocôndria foi reduzida pelo isoproterenol dibutiril Camp, aumentada pela adrenalina e não afetada pela fenil-efrina.  Na glândula hipertrofiada pela amputação (Fava-de-Moraes & Tortamano, 1976; J.biol.buccale., 4 : 21) a concentração de Mg2+ está elevada.

 

                Um sistema de acúmulo de cálcio que necessita de uma pequena concentração de magnésio e ATP em microssomas de glândulas submandibulares foi descrito e caracterizado (Furuyama e cols., 1975; J.dent.Res., 54 : 32; Furuyama e cols., 1976; J.dent.Res., 55 : 864; Watson & Sreyel, 1978; Arch.Oral.Biol., 23 : 323).  No presente trabalho determinamos os conteúdos de cálcio e magnésio, através da espectrometria de absorção atômica, durante o desenvolvimento da sialadenose provocada por isoproterenol e amputação dos incisivos inferiores.  Os conteúdos tanto de cálcio como de magnésio apresentaram valores maiores já a partir de 1 estímulo de isoproterenol, enquanto que não sofreu variação no procedimento de amputação dos incisivos inferiores.

 

AUXÍLIO FINANCEIRO: FINEP.    

 

 

 

 

C3.

 

SIALADENOSE EXPERIMENTAL: Estudo do Metabolismo do Glicogênio Após Cessado os Estímulos Sialadenotróficos.

 

JOSÉ VARGA  &  JOSÉ NICOLAU

 

Departamento de Bioquímica do Instituto de Química da USP.

 

                A obtenção experimental de hiperplasia e/ou hipertrofia de glândulas salivares pode ser obtida com injeções de análogos da epinefrina ou amputações dos dentes incisivos inferiores.

 

Trabalhos recentes de nosso laboratório tem demonstrado alterações na atividade de algumas enzimas do metabolismo de carboidratos na glândulas submandibulares de ratos submetidos aos estímulos pelo isoproterenol (IPR) e amputações dos incisivos inferiores (Nicolau, J. e cols., Archs.Oral.Biol., 23 : 741-4, 1978; Gen.Pharmac., 13 : 153-5, 1982).

 

A presente investigação objetiva um estudo do metabolismo do glicogênio em glândulas submandibulares de ratas tratadas com IPR e amputações após ter sido interrompido os referidos estímulos.  Para alcançarmos tais objetivos, foram determinados os conteúdos de glicogênio (Johann, C. & Lentini, E.A., Ana.Biochem., 43 (1) : 183-7, 1971),  e as atividades das fosforilases (Total e "a"), (Hue, L. e cols., Biochem.J., 152 (1) : 105-14, 1975) que foram determinados ao se atingir as estimulações máximas, tempo zero, e acompanhando 3, 6, 9 12 e 15 dias após interrompido os estímulos.

 

Durante todo o tempo de tratamento com IPR, a glicogênio fosforilase "a" exibiu aumento de sua atividade e o conteúdo de glicogênio diminuído, contrastando com os animais tratados por amputações, onde sua atividade mostrou-se sempre diminuída e o conteúdo de glicogênio aumentado.  Após ter sido interrompido os estímulos, nos amimais tratados com IPR, os conteúdos de glicogênio começaram a aumentar gardativamente, atingindo os níveis do controle no 15º dia.  A forma ativa da enzima glicogenolítica manteve sua atividade em níveis pouco acima do controle até o 15º dia de cessação dos estímulos, sendo que no grupo de 15 dias sua elevação foi menos evidente.  Os grupos de amputações, continuaram exibindo os mesmos padrões encontrados durante as estimulações, ou seja, entre aumento e normalização dos conteúdos de glicogênio até o 15º dia, neste, mostrando valores semelhantes aos dos controles.

 

 

AUXÍLIO FINANCEIRO: FINEP.

 

 

 

 

 

 

 

C4.

 

ESTUDO HISTOPATOLÓGICO COMPARATIVO DE ALGUNS MÉTODOS UTILIZADOS NA AVALIAÇÃO DA BIO COMPATIBILIDADE DE CIMENTOS ENDODÔNTICOS.

 

Ferraz, S.L.*  &  Birman, E.G.**

 

*Curso de Especialização em Endodontia da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas.  **Departamento de  Patologia da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP.

 

                Observando aspectos contraditórios que a literatura apresenta frente a um mesmo material odontológico, procuramos estudar comparativamente diversas metodologias utilizadas para o estudo de cimentos obturadores de canais.

                Implantamos no tecido conjuntivo subcutâneo de camundongos, os clássicos tubos de polietileno preenchidos com o cimento estudado, corpos de prova com presa de 24 horas, corpos de prova com cimento recém-espatulado e lamímulas circulares de vidro revestidos pelo cimento.

                O cimento endodôntico empregado foi o N-Rickert, dada a sua preconização e aceitação em certos meios odontológicos regionais.

                Após o sacrifício dos animais aos 3, 7, 15, 30 e 60 dias, o tecido que envolvia os implantes acima mencionados, foram removidos, fixados e processados rotineiramente  para estudo histológico.

                Os resultados obtidos foram estudados quanto ao processo inflamatório reacional inicial que envolvia os implantes bem como sua evolução até 60 dias, sendo estes resultados comparados entre si, comprovando que as metodologias diversas, utilizando um mesmo material, induziram variações reacionais qualitativas e quantitativas.

 

 

 

 

 

 

C5.

 

CARIOMETRIA DAS CÉLULAS EPITELIAIS DO PALATO DE RATOS SUBMETIDOS À HIPERVITAMINOSE À.

 

M.G.C. MATTOS; R.A. LOPES; A. NUTI SOBRINHO; M. A. SALA & S.º PETENUSCI.

 

Deptos. de Estomatologia, Ciências Fisiológicas e Materiais Dentários e Prótese - FORP/USP.

 

                Foram utilizados 20 ratos albinos, variedade Wistar, machos com peso corporal ao redor de 100 gramas sendo divididos em 2 grupos: Grupo I - 10 animais que receberam injeções intraperitoneais diárias de 150 UI de Arovit (Palmitato de vitamina A, em solução coloidal hidromiscível - Produtos Roche) por grama de peso corporal, durante 10 dias.  Grupo II - 10 animais que receberam injeções intraperitoneais diárias de solução salina, no mesmo volume equivalente ao da vitamina A administrado ao Grupo I, durante 10 dias, e serviram de controles.  Após fixação em alfac, o palato foi descalcificado, incluído em parafina e os cortes foram corados pela hematoxilina e  eosina.  Os volumes nucleares foram avaliado com o emprego da cariometria.

 

                As médias dos volumes nucleares das células da camada basal do palato duro foram: 166,74 um3  +  4,73 nos animais controles  e 192,07 um3  + 9,21 nos tratados.  Os volumes nucleares das células da camada espinhosa foram: 136,44 um3   +  5,30 para os controles e 187,51 um3  + 13,30 para os hipervitaminóticos A.

 

                O volume nuclear das células da camada basal do epitélio do palato mole dos animais tratados com vitamina A foi maior (153,25 um3   +  4,05) que o dos animais controles (140,24 um3  + 4,30).  O volume nuclear das células da camada espinhosa de epitélio dos animais tratados com a vitamina A foi maior (207,28 um3  + 8,78) que o dos animais controles (153,79 um3  + 12,84).

 

 

 

 

C6.

 

INTERAÇÃO DE LECTINAS (JACALINA) COM GLICOPROTEÍNAS SALIVARES

 

CELSO PAULINO DA COSTA & JAIME A. CURY

 

Faculdade de Odontologia de Piracicaba - FOP/UNICAMP

 

                Jacalina é uma lectina de semente de jaca que precipita proteínas do soro.  Sua especificidade é para resíduos - de D-Galactose.  Considerando a importância das glicoproteínas salivares na formação de película adquirida, estudou-se a interação das proteínas de jaca com saliva.

                Proteínas de semente de jaca foram extraídas em PBS - pH 7,2 contendo NaN3 a 0,01%. O extrato foi centrifugado durante 20 min., 4ºC, e 3.600 rpm.  O sobrenadante foi dialisado contra 10 volumes de PBS pH 7,2, obtendo-se um extrato bruto (EB) proteico.  Uma fração de EB foi dialisado contra água destilada para se obter as frações albumínica (A) e Globulínica (G).  Inicialmente determinou-se o ponto de equivalência da precipitação de EB com saliva e soro humano normal.  Difusão em ágar e eletroforose em agarose e gel de poliacrilamida foram feitas.

                Através difusão em gel demonstrou-se a interação entre EB e saliva.  O ponto de equivalência da precipitação em meio líquido foi obtido na concentração proteica da 0,25 mg/ml de EB para 0,35 mg/ml de saliva, enquanto que para soro foi de 15,0 mg/ml para 1,0 mg/ml de EB.  No ponto de equivalência houve uma precipitação de 25% de proteínas com saliva e 5% com soro.

                Estes resultados justificam pesquisa de identificação das glicoproteínas salivares precipitadas pela jacalina.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

C7.

 

POTENCIAL CARIOGÊNICO DE GOMAS DE MASCAR VENDIDAS NO BRASIL

 

*PEDRO SÉRGIO SIMONI GIL  &  JAIME A. CURY

 

Faculdade de Odontologia de Piracicaba - FOP/UNICAMP

 

                O conhecimento da cariogenicidade dos alimentos deve ser uma preocupação não só dos cirurgiões-dentistas, mas de todo profissional de Saúde.  No presente trabalho foi avaliado o potencial cariogênico de seis diferentes gomas de mascar, adquiridas no Comércio de Piracicaba.  Os parâmetros analisados comparativamente foram: 1) Concentração e tipo de açúcar nas gomas; 2) Concentração de açúcar na saliva durante a mastigação das gomas e 3) Metabolização dos açúcares das gomas pelas bactérias bucais.  Em quatro gomas encontrou-se uma elevada concentração de açúcar cariogênico, variando de 65 à 72%, sendo identificada sacarose como açúcar principal e glicose como secundário.  Duas gomas apresentaram na sua composição, derivados de açúcar, uma delas tendo xilitol como contribuinte principal e a outra sorbitol.  Durante a mastigação das gomas, uma concentração cariogênica de açúcar é mantida na saliva quando se consumiu as gomas contendo sacarose.  As bactérias da saliva metabolizaram os açúcares das gomas contendo sacarose, provocando uma diminuição de pH variando de 1,5 a 2,0 unidades.  A metabolização da saliva produzida durante a mastigação da goma contendo sorbitol promoveu uma diminuição de pH de 0,4 unidades, enquanto que da goma contendo xilitol o pH aumentou de 0,35 unidades.

 

*Bolsista em 1984 do Programa Bolsa Pesquisa UNICAMP

 

 

 

 

 

 

 

 

C8.

 

FLUORETAÇÃO DO SAL DE COZINHA PARA PREVENÇÃO DA CÁRIE DENTÁRIA: II - AVALIAÇÃO DO PREPARO DO SAL FLUORETADO

 

*ROSEMARY NEGREZIOLO TEIXEIRA  &  JAIME A. CURY

 

Faculdade de Odontologia de Piracicaba - FOP/UNICAMP

 

                Em regiões de água não fluoretada, a prevenção da cárie dentária pode ser feita pela administração de comprimidos ou soluções contendo flúor.  Recentemente estabelecemos um método (CURY e colab. 1983), para a fluoretação do sal de cozinha, visando a prevenção da cárie ao nível familiar, o que apresenta inúmeras vantagens aos  comprimidos e soluções tradicionalmente utilizados.  A mistura preparada em laboratório, mostrou-se homogênea e estável, porém para a sua preconização testou-se no presente trabalho se o mesmo ocorreria quando preparado por famílias de diferentes níveis de escolaridade.

                Famílias de diferentes níveis sócio-econômico-culturais, receberam ampola contendo 552,6 mg de NaF, um pacote de 1 Kg de sal de cozinha, e um folheto ilustrativo ensinando como preparar a mistura.  Após o preparo e colocação da mistura em um saleiro, seis amostras diferentes foram coletadas e levadas ao laboratório para análise potenciométrica de íon flúor.

                Os resultados abaixo mostraram que a mistura pode ser considerada de homogeneidade satisfatória em termos de prevenção da cárie.

 

     NÍVEL                                                                    CONCENTRAÇÃO DE ÍON

       DE                                                                                     FLUOR NO SAL

ESCOLARIDADE                                                                   mg/Kg

    I Grau                                                                               242,8  +  11,2

   II Grau                                                                               242,4  +   6,0

Universitário                                                                         248,8  +   4,0

 

                 

*Bolsista de Iniciação Científica do CNPq  -  (Proc. 114672/83)

 

C9.

 

TRANSFERÊNCIA PLACENTÁRIA DE FLÚOR EM RATOS

 

 

*GERSON E. ROCHA CAMPOS  &  JAIME A. CURY

 

 Faculdade de Odontologia de Piracicaba - FOP/UNICAMP

*Pós-Graduando em Biologia e Patologia Buco-Dental da FOP/UNICAMP

 

               

                Ficou estabelecido que 10 ppm, deveria ser a concentração mínima de flúor na água de ratas prenhes, param que qualquer diferença fosse detectada nos filhotes.  Em trabalho anterior (CURY, 1984), evidências contrárias a isto foram apresentadas.  Para testar esta hipótese, durante a prenhez foi fornecida a um grupo de ratas, água destilada e a outro grupo, água com 2,5 ppm de íon flúor.  Após o nascimento e um jejum de 6 a 12 horas, as ratas e os filhotes foram sacrificados.  Determinou-se potenciometricamente a concentração de fluoreto nos filhotes desviscerados, e no plasma, femur e porção apical dos incisivos das ratas.  Uma concentração significativa de flúor (microgramas por grama de peso seco) nos filhotes provenientes das ratas ingerindo água com 2,5 ppm de flúor (4,72  +  0,90) foi observada em relação aos filhotes provenientes das ratas ingerindo água destilada (3,42  +  0,67).

 

 

 

 

 

C10.

 

INCORPORAÇÃO "IN VIVO" DE FLUORETO NO ESMALTE HUMANO APÓS A APLICAÇÃO DO SISTEMA PROFI II DE PREVENÇÃO

 

JAIME A. CURY*; SÉRGIO N. MARQUES DE LIMA**; ALFREDO NUTI SOBRINHO**

 

*Faculdade de Odontologia de Piracicaba - FOP/UNICAMP

**Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto - USP

 

 

                Os fatores determinantes da eficiência da aplicação tópica de flúor não estão ainda seguramente estabelecidos.  No presente trabalho foi avaliada a incorporação de flúor no esmalte após profilaxia dental com jato de bicarbonato seguida da aplicação tópica de flúor em gel.  Foram utilizados 12 pacientes, sendo analisados 12 dentes controles  (só profilaxia) e 7 experimentais (profilaxia + flúor).  Os dentes foram extraídos e o flúor fracamente ligado foi removido for lavagem com KOH M por 24 horas.  A seguir determinou-se o flúor incorporado no esmalte através de 3 biópsias com HClO4 01,M.  Os resultados mostraram que o esmalte adquiriu uma concentração apreciável de flúor, que se estendeu até uma distância de aproximadamente 20 um de superfície dental.

 

 

 

 

 

 

C11.

 

AVALIAÇÃO DO PESO E DAS PROTEÍNAS TOTAIS DAS GLÂNDULAS SUBMANDIBULAR, SUBLINGUAL E LACRIMAL DE RATO DURANTE O ENVELHECIMENTO.

 

Petenusci, S.O.; Silva-Netto, C.R.; Paula-Lopes, O.V.; Lopes, R.A.

 

Departamento de Fisiologia e de Estomatologia da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto.  Universidade de São Paulo.  Ribeirão Preto, SP.

 

                O objetivo do presente trabalho foi analisar o peso das glândulas submandibular, sublingual e lacrimal por 100g de peso corporal do rato albino, variedade Wistar, com idades de 3, 6, 12 e 24 meses, além do conteúdo de proteína dessas glândulas.  Foram observados os seguintes resultados: 1) as glândulas submandibular e lacrimal apresentaram pesos (g/100g de peso corporal), durante os períodos estudados, iguais a: 0,07  +   0,003; 0,06  +  0,003; 0,06  +  0,002 e 0,05  +  0,002 para a glândula submandibular e 0,020  + 0,001; 0,019  +  0,001; 0,016  +  0,001 e 0,012  +  0,007 para a glândula lacrimal; a glândula sublingual não mostrou alterações significantes; 2) nas glândulas submandibular, sublingual e lacrimal observou-se que a maior concentração de proteína ocorreu aos 12 meses de vida (21.25  +  0,72: 16,75  +  1,73 e 18,35  +  1,11 mg/100g, respectivamente).  Os menores valores em todas as glândulas analisadas foram observados aos 24 meses de vida dos animais (15,77  +  0,67; 13,88  +  0,56 e 12,64  +  0,58 mg/100g, respectivamente).

 

 

 

 

 

 

C12.

 

HISTOMETRIA DOS ÁCINOS DA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR DE RATOS DE DIVERSAS IDADES.

 

Komesu, M.C.; Lopes, R.A.; Silva-Netto, C.R.; Petenusci, S.O.; Paula-Lopes, O.V.

 

Departamento de Estomatologia e Departamento de Ciências Fisiológicas da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto.  Universidade de São Paulo, SP.

 

                Foram utilizados ratos albinos, variedade Wistar, com  3, 6, 12 e 24 meses de idade.  Após o sacrifício, as glândulas submandibulares foram retiradas e imersas em alfac.  Os cortes obtidos foram corados pela hematoxilina e eosina.

                Com a finalidade de estabelecer comparações entre as áreas dos ácinos da glândula submandibular dos animais de diversas idades, os cortes histológicos foram focalizados ao microscópio óptico, com objetiva de imersão (100 X), ao qual era adaptada uma câmara clara Reichert.  Os ácinos foram projetados sobre papel, com aumento final de 1.140X.  As imagens, em número de 50 para cada glândula de cada animal nas diversas idades, foram contornadas com lápis nº 2 e, posteriormente, recortadas cuidadosamente e pesadas em balança de precisão Mettler.  As áreas acinares foram determinadas a partir de pesos pré-estabelecidos no mesmo tipo de papel.  Os volumes nucleares foram avaliados com o emprego da cariometria de acordo com VALERI et al. (1967).  

                Os valores das áreas foram, respectivamente para os ratos com 3, 6, 12 e 24 meses iguais a: 923, 55  +  47,60 um2; 1152,66  +  59,82 um2; 1108,14  +  29,38 um2 e 1163,43  +  54,69 um2.  Os valores dos volumes nucleares foram: 118,97  +  2,76 um3; 129,97  +  9,70 um3; 129,09  +  10,62 um3 e 102,05  +  8,43 um3.

 

 

 

 

 

 

 

 

C.13

 

"EFEITOS DA SIALOTOXINA I. NA SOBREVIVÊNCIA DE CAMUNDONGOS MACHOS E FÊMEAS E SUA INTERAÇÃO COM A TESTOSTERONA".

 

SONIA M.S. AGOSTINHO; CARLOS E. PINHEIRO ; DÉCIO TEIXEIRA e ALCIDES GUIMARÃES.

 

Depto. de Ciências Fisiológicas - F.O.P.-UNICAMP.

 

Recentemente, através da cromotografia em Dea-Celulose (Pinheiro, 1984), caracterizou três frações de peptídeos ativos, as quais foram denominadas Sialotoxinas I, II e III.  No presente trabalho propusemo-nos  a determinar a DL50 da Sialotoxina I em camundongos machos e fêmeas e analisar as eventuais alterações da Sialotoxina I, protegida pelo efeito da testosterona.  Foram utilizados 130 camundongos (musmusculus albinus),  sendo 80 machos e 50 fêmeas, com 30 a 45 dias de idade e distribuídos em: grupo I: - 80 machos e 40 fêmeas, nos quais foram administrados, I.P., Sialotoxina I nas fêmeas nas concentrações de 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0 mg/kg de peso e nos machos 0,5; 1,0; 1,5; 2,0; 2,5; 3,0; 3,5 e 4,0 mg/kg de peso.  Grupo II: - 10 fêmeas, nas quais foram administradas pela mesma via, Sialotoxina I na concentração de 1,5 mg/kg de peso.  Os animais desse grupo receberam tratamento com testosterona na dose de 2,0 mg/kg de peso/dia, durante 10 dias.

 

Nas fêmeas a Sialotoxina I na concentração de 0,5 mg/kg de peso apresentou apenas um quadro de hiper excitabilidade com 100% de sobrevivência; 1,0 mg/kg apresentou uma taxa de 50% de mortalidade num período máximo de 6,0 horas, enquanto que 1,5 mg/kg mostrou uma taxa de 100% de mortalidade num período de 4 horas e 2,0 mg/kg confirmou 100% de mortalidade num prazo de 2,0 horas.  Quanto aos machos, as concentrações de 0,5; 1,0; 1,5; 2,0; 2,5 e 3,0 mg/kg apresentou 100% de sobrevivência, mostrando 30% de mortalidade nas concentrações de 3,5 e 4,0 mg/kg de peso num prazo de 6,0 horas.  Os animais do grupo II, que receberam testosterona durante 10 dias, apresentaram 100% de sobrevivência na dose letal (1,5 mg/kg de peso) verificado nas fêmeas sem testosterona.

 

 

 

C.14

 

"ATIVIDADE DAS SIALOTOXINAS I, II E III, SOBRE A MUSCULATURA LISA DE COELHOS".

 

DÉCIO TEIXEIRA; ALCIDES GUIMARÃES; CARLOS E. PINHEIRO e MARIA CECÍLIA F. A. VEIGA.

 

Depto. de Ciências Fisiológicas - F.O.P.-UNICAMP.

 

As Sialotoxinas I, II e III, extraídas das glândulas submandibulares de camundongos machos e caracterizadas por cromotografia em Deae-Celulose por Pinheiro (1984) demonstrando ser peptídeos ativos, foram testadas sobre a musculatura lisa (íleo) de coelhos.

 

O músculo liso apresenta contrações rítmicas e espontâneas quando colocado em banho-maria apropriado (37ºC de temperatura) e estando imerso em solução de tyrode, constantemente oxigenada.

 

Para a realização deste trabalho utilizou-se o sistema de preparação isotônica e as diferentes concentrações das sialotoxinas foram adicionadas ao banho-maria sendo que após cada adição e seu subsequente resultado, a peça (íleo) era lavada com solução de tyrode para se evitar somação de concentração.

 

As concentrações das sialotoxinas usadas, foram as seguintes:

  SI= 1,4; 1,0; 0,7; 0,5; 0,4; 0,2 e 0,1 ug/ml

 SII= 2,8; 2,1; 1,4; 1,1; 0,8; 0,5 e 2,0 ug/ml

SIII= 2,2; 1,6; 1,1; 0,8; 0,6; 0,4 e 0,2 ug/ml

 

Quanto aos resultados obtidos pode-se observar que, a SI mostro-se ser efetiva, provocando relaxamento muscular com diminuição da freqüência e intensidade das contrações somente quando foi adicionada 1,0 ug/ml no banho; a SII por sua vez a partir da concentração de 0,8 ug/ml provocou relaxamento do íleo e à medida que as concentrações aumentavam tal relaxamento era progressivo em intensidade, freqüência e duração.  A SIII, já a partir da concentração de 0,4 ug/ml mostrou sua atividade, provocando uma ligeira contração muscular (2'') seguida de relaxamento e, da mesma forma que com o ocorrido com a SII, a partir da concentração de 1,1 ug/ml provocou total inibição da atividade muscular.

 

 

 

 

 

 

C.15

 

"EFEITO DAS DIFERENTES FRAÇÕES DO PAROTIN SOBRE A INCORPORAÇÃO DA GLICOSE PELO TECIDO ADIPOSO DE RATOS".

 

MARIA C.F.A. VEIGA; CARLOS E. PINHEIRO; DÉCIO TEIXEIRA; JAIME A. CURY  e ALCIDES GUIMARÃES.

 

Depto. de Ciências Fisiológicas - F.O.P.-UNICAMP.

 

O presente estudo procurou elucidar o efeito das diferentes frações do Parotin (I, II, III e IV) caracterizadas por cromotografia em Deae-Celulose por Pinheiro (1984) sobre a incorporação de glicose pelo tecido adiposo do epedídimo de ratos normais.

 

Foram utilizados 15 ratos machos (Wistar norvegicus Albinus) com 3 meses de idade pesando em média 220 gramas.  Os animais foram sacrificados por decapitação e o tecido adiposo retirado e colocado em frasco de warburg conform técnica convencional.  O ensaio biológico era constituído de tampão Krebs-Ringer-fosfato (pH= 7,4) adicionado de glicose (1 mg/ml) e das diferentes frações do parotin (0,16 mg/ml cada).  Após 90 minutos de agitação, o tecido foi retirado e a glicose do meio, dosada, segundo a técnica da glicose-oxidase.

 

Da análise dos resultados, pode ser observado que o meio que continha a fração I do parotin não apresentou diferença na incorporação da glicose, quando comparado com o ensaio que continha apenas glicose.  Por sua vez as frações II, III e IV apresentaram aumento significativo de incorporação de: 23%; 73% e 23%, respectivamente.  Dessa forma concluiu-se que a fração III foi mais efetiva na incorporação de glicose.       

 

 

 

 

 

 

 

C.16

 

HISTOMETRIA DOS DUCTOS GRANULOSO, ESTRIADO E EXCRETOR DA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR DE RATOS DE DIVERSAS IDADES.

 

Komesu, M.C.; Lopes, R.A.; Silva-Netto, C.R.; Petenusci, S.O.; Paula-Lopes, O.V.

 

Departamento de Estomatologia e Departamento de Ciências Fisiológicas da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto.  Universidade de São Paulo.  Ribeirão Preto, SP.

 

                Foram utilizados ratos albinos, variedade Wistar, com 3, 6, 12 e 24 meses de idade.  Após o sacrifício, as glândulas submandibulares foram retiradas e imersas em alfac.  Os cortes obtidos foram corados pela hematoxilina e eosina.

                Com o objetivo de estabelecer comparações entre as alturas celulares dos ductos granuloso, estriado e excretor da glândula submandibular dos ratos nas diversas idades, os cortes foram focalizados ao microscópio óptico ao qual era adaptada uma câmara clara Reichert, e os ductos foram projetados sobre papel, com um aumento final de 1.140 X.  As imagens, em número de 25, foram contornadas com lápis nº 2.  A altura celular dos ácinos foi estimada utilizando-se uma escala milimetrada.  Os volumes nucleares foram avaliados  com o emprego da cariometria de acordo com VALERI et al. (1967).

                Os valores das alturas celulares foram, respectivamente para os animais com 3, 6, 12 e 24 meses, iguais a: 21,33 µm, 24,33 µm, 23,80 µm e 21,36 µm para o ducto granuloso; 20,04 µm, 20,75 µm, 20,79 µm e 20,18 µm para o ducto estriado; 21,58 µm, 22,75 µm, 20,36 µm e 20,85 µm para o ducto excretor.  Os valores dos volumes nucleares foram: 126,78 µm3, 137,54 µm3, 120,04 µm3 e 89,42 µm3 para o ducto granuloso; 123,43 µm3, 138,23 µm3, 118,99 µm3 e 96,03 µm3 para o ducto estriado; 153,56 µm3, 148,96 µm3, 141,44 µm3 e 113,30 µm3.

 

 

 

 

 

 

 

C.17

 

HISTOPATOLOGIA DO EPITÉLIO PALATINO DE RATOS SUBMETIDOS À HIPERVITAMINOSE A.

 

Mattos, M.G.C.; Lopes, R.A.; Nuti Sobrinho, A.; Sala, M.A.; Petenusci, S.O.

 

Departamento de Estomatologia, Departamento de Ciências Fisiológicas e Departamento de Materiais Dentários e Prótese da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto.  Universidade de São Paulo.  São Paulo, SP.

 

Foram utilizados 20 ratos albinos, variedades Wistar, machos, com peso corporal ao redor de 100 gramas, os quais foram divididos em 2 grupos: um grupo de 10 animais recebeu injeções intraperitoneais diárias de 150 UI de Arovit (Produto Roche) por grama de peso corporal, durante 10 dias; o outro grupo, também de 10 animais, recebeu salina e serviu de controle.  Após fixação em alfac, durante 24 horas, o palato foi descalcificado, incluído em parafina e os cortes foram corados pela hematoxilina e eosina.

                Em nosso material, observou-se, histologicamente, no epitélio dos palatos mole e duro, espessura epitelial aumentada, caracterizando um quadro de hiperplasia e hipertrofia.  Na camada basal, as células apresentaram-se mais numerosas, com núcleos mais volumosos e basofilia aumentada, além disso era evidente o maior número de figuras de mitose.  Em algumas áreas foram observadas células basais degeneradas e com núcleo picnótico.  Na camada espinhosa, as células apresentaram núcleo mais volumoso e grande quantidade de grânulo de cerato-hialina grosseiros e de maior volume, caracterizando amadurecimento precoce das células.  Esses grânulos eram mais volumosos e maiores na camada granulosa.  Na superfície do epitélio observou-se ceratina menos espessa e desgarrada.

 

 

 

 

 

 

 

 

C.18

 

LIGAS DO SISTEMA COBRE-ALUMÍNIO.  ESTUDO DA CONTRAÇÃO DE FUNDIÇÃO E DUREZA VICKERS

 

FRANCISCO PEDRO MONTEIRO DA SILVA FILHO;  GELSON LUIS ADABO; WILLIAN CELSO RETTONDINI  &  DEIWES NOGUEIRA DE SÁ    

 

Deptº de Materiais Odontológicos e Prótese - UNESP.

 

                O agravamento da crise econômica elevou o custo das ligas de ouro, tornando sua utilização proibitiva para grande parte da população.  A classe odontológica passou então a pesquisar legas não áureas que substituíssem as ligas de ouro.  Surgiram as ligas de cobalto-cromo, prata-paládio, prata-estanho, níquel-cromo, e mais recentemente, as ligas do sistema cobre-alumínio, que correspondem atualmente a cerca de 70% dos trabalhos protéticos.

                Considerando o largo emprego das ligas de cobre-alumínio e a carência de informações, na literatura consultada, a respeito de suas propriedades, decidimos estudar a contração de fundição e a dureza Vickers de quatro ligas de cobre-alumínio disponíveis no comércio.

                As ligas estudadas apresentaram diferentes contrações de fundição, sendo maior na liga Maxicast (2,09%), iguais nas ligas Duracast (1,920%) e Idealloy (1,876%) e menor na liga Aurofill AF(1,762%).  Estes valores são significantemente maiores que a contração de fundição das ligas de ouro (1,4% em média), o que indica para essas ligas técnicas de fundição específica onde se consiga maior expansão.

                A dureza Vickers for variável entre as ligas estudadas.  Quando comparadas às ligas de ouro tipo IV amaciada (150 VHN), a liga Maxicast (340,78 VHN) e a liga Idealloy (272,72 VHN) apresentaram valores de dureza muito superiores, a liga Duracast (167,81 VHN) apresentou valores dureza um pouco superior, e a liga Aurofill AF (143,58 VHN) foi ligeiramente inferior.

 

 

 

 

 

C.19

 

HISTOMETRIA DAS ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS INDUZIDAS PELO ENVELHECIMENTO, NA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR DO RATO.

 

M.C. KOMESU; R.A. LOPES; C.R. SILVA-NETTO; S.O. PETENUSCI & O.V. PAULA-LOPES.

 

Deptos. de Estomatologia e Ciências Fisiológicas - FORP/USP.

 

                Foram utilizados ratos albinos, variedade Wistar, com 3, 6, 12 e 24 meses de idade.  Após o sacrifício, as glândulas submandibulares foram retiradas e imersas em alfac.  Os cortes obtidos foram corados pela hematoxilina e eosina.

 

                Com a finalidade de se avaliarem percentualmente as estruturas glandulares, empregou-se neste estudo a técnica de CHALKLEY (1943).  Utilizou-se, para tal, uma ocular preparada com 5 pontos-padrão correspondia à extremidade livre da seta e a estrutura histológica indicada (citoplasma e núcleo dos ácinos, tecido conjuntivo e ductos) foi registrada individualmente.  Foram determinadas quantas vezes as estruturas, eram atingidas pelos pontos-padrão e contados 500 pontos para cada glândula.  Os valores numéricos obtidos para cada estrutura das glândulas dos animais com 3, 6, 12 e 24 meses de idade, foram transformados em valores percentuais.

 

                Os valores percentuais para os animais de 3, 6, 12 e 24 horas, foram respectivamente: 48,50 ± 1,35,  47,80 ± 1,51,  46,23 ± 1,33 e 37,77 ± 2,22 para o citoplasma; 14,80 ± 0,92,  15,23 ± 0,54,  11,83 ± 0,95 e 10,47 ± 1,06 para o núcleo; 20,67 ± 1,52,  17,83 ± 1,09,  19,80 ± 1,68 e 28,20 ± 1,77 para o conjuntivo; 16,03 ± 0,71,  19,13 ± 1,27; 22,13 ± 1,86 e 23,57 ± 1,91.  Dos resultados conclui-se que a vitamina provoca diminuição dos valores percentuais para citoplasma e núcleo com o decorrer dos meses e aumento dos valores para conjuntivo de ductos.       

 

 

 

 

C.20

 

MECANISMO DE DESTRUIÇÃO TECIDUAL INDUZIDA PELA PLACA DENTAL NA REAÇÃO INFLAMATÓRIA CRÔNICA.  I. ESTUDO  IN VIVO.

 

Guimarães, S.A.C.; Gomes, A.M.M.; Garcia, R.B.; Taveira, L.A.A.; Tárzia, O.; Taga, E.M.

 

Departamento de Patologia e Bioquímica da Faculdade de Odontologia de Bauru.  Universidade de São Paulo.  Bauru, SP.

 

                É nosso propósito, neste trabalho, estudar o poder flogógeno da placa dental na indução da reação inflamatória aguda e crônica após diferentes tratamentos da mesma nos quais se pretende a remoção parcial ou total de seus constituintes da matriz com a finalidade de se evidenciar possíveis diferenças do poder agressor das diferentes frações constituintes.

                Diferentes frações da matriz da placa foram seletivamente ou totalmente eliminadas por tratamentos da mesma com soluções de extração.  Em seguida os "pellets" foram suspensos em volume constante de solução de Hanks e amostras de 0,2 ml da suspensão homogênea injetadas no tecido subcutâneo de rato para teste edemogênico (teste do azul de Evans) e 0,2 ml no peritôneo para o teste de quimiotaxia das células inflamatórias.  Os exsudatos da cavidade peritoneal foram removidos em períodos de 24, 48 e 72 horas utilizando-se 5 ml de meio 199.

                Para comparação dos tratamentos também se produziu granulomas subcutâneos induzidos pela implantação de bolinhas de algodão esterilizadas e embebidas com suspensão de placa tratada com as diferentes soluções acima mencionadas, e os resultados (em termos de volume de exsudato, contagem total e diferencial de leucócitos, determinação do peso seco, peso úmido e determinação histométrica de fibras colágenas do granuloma) foram analisados após 6, 12, 24 e 36 horas.

                Os resultados serão apresentados e discutidos em função do poder flogógeno da placa após a remoção de diferentes frações da matriz.

 

FAPESP - CNPq.

 

 

C.21

 

MECANISMO DE DESTRUIÇÃO TECIDUAL INDUZIDA PELA PLACA DENTAL NA REAÇÃO INFLAMATÓRIA CRÔNICA.  II. ESTUDO IN VITRO

 

Guimarães, S.A.C.; Gomes, A.M.M.; Garcia, R.B.; Taveira, L.A.A.; Tárzia, O.; Taga, E.M.

 

Departamento de Patologia e Bioquímica da Faculdade de Odontologia de Bauru.  Universidade de São Paulo.  Bauru, SP.

 

                Do que se sabe, existe correlação entre a capacidade do agente flogógeno produzir inflamação crônica e sua habilidade em estimular a secreção de enzimas lisossomais de macrófagos.  A exposição de culturas de macrófagos à quantidades crescentes de placa induz a secreção de enzimas lisossomais para o meio de cultura, mas os constituintes da placa responsáveis por este efeito ainda são desconhecidos.

                Por esta razão, por meio de processos extrativos procuramos fracionar a placa em porções de composição diferente conforme a remoção parcial ou total da matriz, e estimular, in vitro, culturas de macrófagos a secretarem enzimas hidrolíticas que foram quantificadas tanto no meio de cultura quanto no lisado de macrófagos.

                Após um período de pré-incubação de 24 horas as culturas de macrófagos foram lavadas com salina morna, o meio substituído e amostras de placa submetidas a vários tratamentos extrativos diferentes foram ensaiadas (10 µl, 25 µl, 50 µl e 100 µl), tendo como controle cultura em presença de placa íntegra esterilizada.

                Após 24 horas de incubação as enzimas lisossomais: fosfatase ácida, N-acetil glicosaminidase, beta-galactosidase, beta-glicuronidase e aril-sulfatase foram analisadas no meio de cultura e no lisado de células.

                Os resultados obtidos serão descritos e analisados em função do poder da placa de ativação dos macrófagos e liberação de enzimas hidrolíticas lisossomais para o meio.

 

FAPESP - CNPq.

 

 

 

 

C.22

 

PAREDE CELULAR DE BACTÉRIAS DA PLACA DENTAL.

 

Guimarães, S.A.C.; Taga, E.M.; Gomes, A.M.M.

 

Departamento de Patologia.  Faculdade de Odontologia de Bauru.  Universidade de São Paulo.  Bauru, SP.

 

                Existem trabalhos utilizando a placa dental íntegra atenuada, extratos de placa ou ainda placa tratada por fracionamento, a fim de obter fatores que possam ser usados em modelos de inflamação experimental in vivo e in vitro, com o intuito de melhor conhecer seus mecanismos de agressão.

                Neste trabalho descreveremos a preparação da parede celular purificada de bactérias da placa e apresentaremos histopatológico de lesões induzidas com a injeção desta parede celular purificada no subcutâneo de ratos.

                A placa foi coletada de crianças com idade variando entre 11 15 anos.  Em seguida foi liofilizada, rompida, separada por centrifugação diferencial e tratada enzimaticamente com tripsina e ribonuclease.

                A evolução das lesões dérmicas induzidas pela parede celular purificada variou em tamanho de um local para outro e de um animal para outro, mas todos desenvolveram as lesões.  Estas eram endurecidas e às vezes multinodulares.  O histopatológico destas lesões evidenciou um granuloma clássico com presença de poucos leucócitos e linfócitos espalhados, com predominância de monócitos e macrófagos.

 

 

 

 

C.23

 

COMPORTAMENTO ELETROQUÍMICO DAS LIGAS DE COBRE-ALUMÍNIO: INFLUÊNCIA DE LIGA PARA SOLDA, MEIOS DE IMERSÃO OU CONDIÇÕES E TEMPOS*

 

WILLIAN CELSO RETTONDINI (£); WELINGTOM DINELLI (ß); FAUSTO GABRIELLI (ß)

 

(£) Deptº de Materiais Odontológicos e Prótese

(ß) Deptº de Odontologia Restauradora

      Fac. de Odontologia de Araraquara - UNESP.

 

                Estudou-se o comportamento eletroquímico de três ligas de cobre-alumínio (Cu-Al), comerciais, para uso odontológico, associadas à uma liga de solda para ouro (usada em Prótese Fixa), imersas em duas soluções eletrolíticas: sol. De saliva artificial e sol. De sulfeto de sódio a 1:.  Paralelamente aos testes eletroquímicos, as quatro ligas metálicas foram analisadas com relação às alterações superficiais através de microscópio metalográfico.

                De acordo com os resultados obtidos, dentro da metodologia proposta, concluiu-se, entre outros aspectos:

1. Os pares de ligas metálicas estudados (ligas de Cu-Al x liga de solda para ouro) mostraram alterações na intensidade de corrente elétrica espontânea em função dos meios de imersão (a sol. de sulfeto de sódio à 1: condicionou maior reatividade eletroquímica) e em função do tempo (a intensidade de corrente elétrica é decrescente em função do tempo).

                2. A avaliação microscópica das ligas de Cu-Al mostrou que: a sol. de sulfeto de sódio á 1: atuou de modo mais intenso do que a sol. de saliva artificial; a liga de solda para ouro mostrou maior resistência à corrosão do que as ligas de Cu-Al, em ambas as soluções corrosivas; e que as alterações ao nível das interfaces (ligas de Cu-Al x solda para ouro), de modo geral, ocorreram sempre voltadas para as ligas do sistema Cu-Al, independentemente das soluções testadas.

 

* Trabalho subvencionado pela FAPESP.    

 

 

 

 

 

C.24

 

ALTERAÇÕES DA INERVAÇÃO PULPAR APÓS TRANSECÇÃO DO NERVO ALVEOLAR INFERIOR DE CÃO

 

LOURENÇO BOZZO; OSLEI PAES DE ALMEIDA &  MÁRIO ROBERTO VIZIOLI

 

Depto. de Patologia - FOP/UNICAMP

 

                As alterações que as fibras nervosas da polpa dental de cão sofrem após transecção do Nervo Alveolar Inferior foram estudadas através de métodos histoquímicos, histofísicos e ultraestruturais.  A partir do 3º dia as fibras nervosas já estão bastante alteradas, com varicosidades e fragmentação.  A degeneração vai se acentuando, sendo que após 10 dias apenas restos de fibras podem ser observados e aos 20 dias a polpa está completamente denervada.  Através das reações da Hemateína ácida, tetróxido de ósmio e sudanofilia, conjugados com extrações seletivas foi possível observar que os fosfolipídios predominantes na mielina normal sofrem degradação, diminuindo paralelamente com o aumento de ésteres de colesterol, colesterol e ácidos graxos, até que aos 20 dias nenhum deles é detectado na área.  As características gerais da polpa não se alteram, sendo que até aos 60 dias nenhuma evidência de regeneração destas fibras nervosas foi notada.

 

 

 

 

 

C.25

 

RECUPERAÇÃO DAS CÉLULAS ACINOSAS DA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR DO RATO APÓS TRATAMENTO CRÔNICO COM ISOPROTERENOL.  ESTUDO ULTRAESTRUTURAL.*

 

AURORA I. DOINE (Departamento de Histologia e Embriologia, Instituto de Ciências Biomédicas, USP).

 

                Desde as observações originais de Selye e col. (1961), os efeitos do isoproterenol sobre as glândulas salivares tem sido largamente estudados.  Esses efeitos estão relacionados principalmente com uma rápida e acentuada hiperplasia e hipertrofia das glândulas parótida e submandibular de ratos e camundongos (Brown-Grant, 1961; Schneyer, 1962; Barka, 1967, 1970; Simson e col. 1978), e confirmados por estudos morfológicos e bioquímicos.

 

                Em relação às glândulas submandibulares (GSM) são descritas nas suas células acinosas o aparecimento de inclusões lamelares nos grânulos de secreção (GS), inicialmente pouco compactas, mas que se tornam mais densas com o decorrer do tempo de administração da droga (10 dias consecutivos).  Estas inclusões, que se localizam adjacentes ou aderidas às membranas dos GS, geralmente formam uma faixa no seu interior, possuindo alternância de estruturas eletrodensa e eletrolúcida.

 

                Além das observações morfológicas, estudos bioquímicos também demonstraram o efeito estimulador do isoproterenol sobre a síntese proteica, DNA, RNA, além de promover o aparecimento de uma proteína incomum, detectada pela técnica da eletroforese (Sheetz & Menaker, 1979).  Contudo, poucos estudos foram feitos sobre o destino das inclusões lamelares durante a recuperação das glândulas após a remoção do estímulo.  Dessa forma, o presente estudo foi realizado em glândulas SM de ratos machos adultos imjetados com isoproterenol durante 10 dias consecutivos (1mg/kg/dia) e sacrificados após 2, 4, 6, 9 e 14 dias após cessada a administração da droga.  O material foi processado para ME e os cortes ultrafinos foram observados em ME Zeiss 9S2.  Aos 2 dias de recuperação as células acinosas mostravam ainda grande quantidade de grânulos com inclusões lamelares compactos, os quais diminuem progressivamente nos tempos mais avançados, porém não chegando a desaparecer completamente mesmo aos 14 dias de recuperação.

 

*Trabalho subvencionado pela FAPESP.

 

 

 

 

 

C.26

 

DETECÇÃO DE CEPAS DE STREPTOCOCCUS MUTANS PRODUTORAS DE SUBSTÂNCIAS SEMELHANTES À BACTERIOCINA (MUTACINA).

 

AZEVEDO, R.V.P.  &  ZELANTE, F.

Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto-USP-ICB/USP.

 

                Utilizando-se da técnica do "antagonismo posposto", em meio BHI sólido e semi-sólido, e do esquema da inoculação por "spot test", 13 cepas de S.mutans, isoladas de placa dental de crianças cárie-ativas, foram analisadas quanto à propriedade de serem mutacinogênicas ou não, pela ação sobre um conjunto de microrganismos usualmente integrantes da microbiota bucal humana.

                Os resultados das reações cruzadas, mostrando o comportamento das cepas isoladas, quando testadas entre si, indicaram que seis delas foram bacteriocinogênicas, oito se prestaram, ao menos uma vez, como indicadoras da produção de mutacina e nenhuma das cepas demonstrou auto-sensibilidade.  Frente às indicadoras Streptococcus mutans, Streptococcus sanguis e Actinomyces viscossus, as cepas testadas mostraram comportamento semelhante ao da reação cruzada, permitindo considerar que o espectro de inibição diferiu de uma cepa à outra.  Quando isolados dois biotipos da placa dental de uma mesma criança os seus espectros de atividade ou de sensibilidade à bacteriocina, permitiram comprovar a diferenciação entre elas.  O modelo experimental adotado para a detectação de cepas de S.mutans produtoras de substâncias semelhantes à bacteriocina se prestou, adequadamente, para a identificação e individualização das cepas (mutacinotipagem), estimulando a investigação a respeito do fenômeno inibitório entre bactérias que co-habitam a placa dental e o sulco gengival, pois, as microbiotas destes nichos representam papel fundamental para a instalação da cárie dental e doença periodontal.

 

 

 

 

 

 

C.27

 

CORRELAÇÃO MORFOLÓGICA E BIOQUÍMICA DE CEPAS DE STREPTOCOCCUS MUTANS ISOLADAS NO AGAR SACAROSE - 5%, MEIO DE STOPPELAAR.

 

AZEVEDO, R.V.P.  &  ZELANTE, F.

 

Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto-USP - ICB/USP.

 

                A análise bacteriológica de 17 amostras de placa dental de crianças cárie-ativas, permitiu o isolamento de 13 cepas de Streptococcus mutans, baseando-se na morfologia colonial no meio de Stoppelaar-agar sacarose-5% (DE STOPPELAAR et alii, 1967 e 1969 e DE STOPPELAAR, 1971); diferenciando quatro delas como do tipo A/ al/ MI e nove 9 B/ al/ MI.    

                Quanto aos biotipos, propostos por SHKLAIR & KEENE (1976), observamos adequada correlação entre eles e os resultados das provas bioquímicas realizadas, sendo que os morfotipos isolados, quando identificados bioquímicamente, caracterizaram duas cepas como biotipo IV e as demais como biotipo I.

                Embora, para algumas das cepas isoladas (13,6%) não fosse conveniente somente a identificação morfológica, para a maioria houve uma total correlação com os respectivos biotipos, constatando-se que a morfologia neste meio de cultura se constituiu em importante recurso para a identificação perfunctória deste microrganismo.

 

 

 

 

 

C.28

 

COMPATIBILIDADE BIOLÓGICA DO TECIDO CONJUNTIVO SUBCUTÂNEO DO RATO AO IMPLANTE DE MATERIAIS ODONTOLÓGICOS VEICULADOS EM TUBOS DE DENTINA HUMANA.  ESTUDO HISTOMORFOLÓGICO.

 

MARIA FLÁVIA DE CARVALHO COSTA KONISHI*, RAPHAEL CARLOS COMELLI LIA** & CARLOS BENATTI NETO**

 

*Ex-aluna do Curso de Pós-Graduação, nível de Mestrado, em Odontopediatria - FOA/UNESP.

**Deptº de Fisiologia e Patologia - FOA/UNESP.

 

                A grande aceitação do hidróxido de cálcio deve-se a propriedade deste material de induzir a formação de dentina de reação e também na formação de cemento para se conseguir o tão almejado selamento biológico por tecido mineralizado.

                Este trabalho teve por objetivo:

1. Analisar comparativamente em microscopia ótica comum, a reação do tecido conjuntivo do rato por ocasião do implante em tubos de dentina contendo materiais odontológicos: hidróxido de cálcio + Macrogol 400, Catalisador do Dycal e Radiocal.

2. Observar a provável indução de estruturas mineralizadas na cápsula junto a abertura tubular.

Foram utilizados 45 ratos, distribuídos em 3 grupos de 15 animais cada; de acordo com os materiais testados.

Após preparo da loja cirúrgica, tubos de dentina humana preenchidos com material, foram implantados.  Os períodos de análise foram de 1, 2, 3 horas, 7, 21 e 60 dias.

Concluiu-se que:

1.Todos os materiais testados pelos períodos apresentaram-se por evolução reacional como irritantes em grau decrescente, possibilitando colagenização progressiva da cápsula.

2. Comparativamente, os materiais catalisador do Dycal e Radiocal mostraram pela ordem, maior agressividade tecidual que o controle (hidróxido de cálcio + polietileno glicol 400), onde apenas este apresentou cápsula fina e densa nos períodos finais.

3. Houve tendência de formação de barreira como mineralizada junto à abertura tubular, irregular e incompleta no grupo catalisador do Dycal, e completa e ampla para o hidróxido de cálcio + polietileno glicol 400.

4. A atividade macrofágica exercida por mononucleados e gigantócitos sobre partículas que sugeriram material foi constante no grupo catalisador do Dycal.

 

 

 

 

 

C.29

 

ESTUDO RADIOAUTOGRÁFICO DA SÍNTESE DAS MATRIZES PROTEICAS DO ESMALTE E DA DENTINA DE INCISIVOS DE CAMUNDONGOS SIALOADENECTOMIZADOS E INJETADOS COM 3-H-PROLINA*

 

MARIA APARECIDA C. KERBAUY; TEREZA DA L.S. BARRICHELLO, GUILHERME BLUMEN

Deptº de Morfologia - FOP/UNICAMP

 

                Alterações degenerativas em ameloblastos e odontoblastos, assim como hipoplasia generalizada do esmalte, da dentina e do osso alveolar foram descritas como ocasionadas pela remoção das glândulas salivares em ratos (OGATA, 1935, MORANO, 1976).  Por outro lado, a literatura nada relata sobre a influência da sialoadenectomia na biossíntes proteica de suas matrizes orgânicas.  Com esse intuito utilizou-se, neste trabalho, incisivos inferiores de camundongos machos, adultos jovens, controles e sialoadenectomizados injetados intraperitonealmente com 2,5 uCi/g de 3-H-prolina.  Após processamento radioautográfico determinou-se a concentração dos grãos de prata nos ameloblastos secretores e odontoblastos adjacentes, assim como em suas respectivas matrizes, nos seguintes intervalos de tempo: 30 minutos, 2 horas, 12 e 24 hs.  Os resultados mostraram, de acordo com LIMA (1983), que não houve qualquer alteração morfológica das células estudadas, nos animais sialoadenectomizados quando comparados aos controles, ao nível de microscopia óptica.  A atividade de síntese proteica foi sempre maior naquele grupo, embora a partição da radioatividade entre os compartimentos celular e matriz, tenha sido, em todos os tempos, semelhante nos dois grupos.  Esse comportamento sugere que não houve alteração no mecanismo de secreção celular, mas que a maior atividade biossintética seja devida, talvez a ação da insulina que tem o seu teor aumentado na ausência do fator SII (submandibulary insulin inhibitor), além de um "pool" maior de 3-H-prolina nos animais cujas glândulas salivares, órgãos de intensa síntese proteica, foram removidas.

 

*Trabalho subvencionado pela FAPESP  

 

 

 

 

C.30

 

ESTUDO HISTOQUÍMICO E BIOQUÍMICO DA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR DO CAMUNDONGO CASTRADO. §

 

JORGE M. C. FERREIRA JÚNIOR*  £  ANA MARIA VILELA SOARES

Departamento de Histologia - ICB/USP

 

                Glândulas submandibulares de camundongos machos castrados ao 60º dia de vida pós-natal e sacrificados em tempos que variaram entre 12 horas e 40 dias após a castração, bem como, de animais controle sacrificados nos mesmos tempos, foram estudadas histoquímica e bioquimicamente.  O trabalho visou a obtenção de informações sobre as variações na atividade de enzimas (hexoquinase, fosfofrutoquinase, lactato desidrogenase, succino desidrogenase e glicose-6-fosfato desidrogenase) das vias metabólicas implicadas na produção de energia e de matéria prima para as várias vias biossentéticas, durante o período de atrofia determinada pela castração.

                Os resultados demonstraram que, de  modo geral, as atividades específicas (expressas em Unidades Internacionais/g proteína) corresponderam aos resultados obtidos histoquimicamente.  Foi possível detectar nas glândulas de animais castrados as seguintes características em relação aos controles: tendência ao consumo de maior quantidade de glicose, fluxo glicolítico inalterado, ligeiro aumento de anaerobiose, acentuada aerobiose e desvio das hexosesmonofosfato bem mais operativo.  Os resultados sugerem que as glândulas de animais castrados adaptam seu metabolismo no sentido da biossíntese de proteínas e lipídeos com finalidades plásticas, sendo o fenômeno subsidiado pelo aumento da fosforilação oxidativa e maior produção de energia de redução.

 

*Pós-Graduando do Departamento de Histologia e Bolsista da FAPESP.

 

§Trabalho subvencionado pela FINEP e FAPESP.

 

               

 

 

 

C.31

 

COMPATIBILIDADE BIOLÓGICA EM TECIDO CONJUNTIVO SUBCUTÂNEO DE RATO DE PASTAS À BASE DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO (RENEW, CALVITAL, HIDRÓXIDO DE CÁLCIO + MACROGOL 400).  ESTUDO HISTOMORFOLÓGICO.*

 

AUTORA MARIA ANGÉLICA BOMBARDI ZANIN; RAPHAEL CARLOS COMELLI LIA; ROSALIN ABBUD, CARLOS BENATTI NETO  & ROSA MARIA GONZALEZ VONO LEITE

 

O hidróxido de cálcio, graças às suas propriedades biológicas estimulantes da barreira mineralizada, protegendo e conservando a vitalidade pulpar dos dentes tem sido largamente utilizado.

No presente estudo, foram avaliadas comparativamente, o potencial de irritação de drogas (Renew, Calvital e Hidróxido de Ca + Macrogol 400) lançadas no comércio, através do comportamento tecidual do conjuntivo subcutâneo do rato, pelo implante destes materiais em tubos de dentina (nível I de pesquisa).  Foram utilizados 45 ratos machos albinos, adultos jovens, pesando em média 200 a 220 gramas, mantidos antes e durante o período experimental com ração sólida comercial balanceada e água "ad libitum".  Os animais foram distribuídos em 3 grupos de 15 animais cada, mantidos em gaiola para 3 indivíduos.

Após os períodos de 02, 03, 07, 21 e 60 dias os animais foram sacrificados, o material obtido e as peças preparadas para a análise histomorfológica.

Nos três grupos experimentais observou-se irritação tecidual decrescente, no decorret dos períodos, permitindo encapsulamento fibroso denso.  O grupo Renew apresentou na cápsula esboço de estruturas como mineralizadas, nos períodos de 21 e 60 dias, enquanto os grupos Hidróxido de Cálcio + Macrogol 400 (controle) e Calvital exibiram-nas mais constantes, tendendo a formação de barreira, sendo geralmente completa para o controle.

 

*Trabalho subvencionado pelo CNPq

 

 

 

 

C.32

 

PRECISÃO DE REPRODUÇÃO DIMENSIONAL LINEAR DE MOLDES E MODELOS. INFLUÊNCIA DE MATERIAIS DUPLICADORES E REVESTIMENTOS .

 

 

EUNICE TERESINHA GIAMPAOLO; JOSÉ CARLOS TADDEI ABRITTA  &  ANA LUCIA MACHADO CUCCI

 

 

Deptº de Materiais Odontológicos e Prótese - UNESP

 

 

                               Os autores estudaram a precisão de reprodução dimensional linear de 3 materiais duplicadores (D.C.L., DUPLICABOM e MULTI-GEL) e 2 revestimentos, sendo um à base de fosfato (MULTI-VEST) e outro à base de sílica (ORALISA).  Utilizaram um modelo padrão de aço inoxidável, simulando um arco parcialmente desdentado para prótese parcial removível, possuindo pontos de referências.  As mensurações nos moldes e nos modelos foram realizadas através de um projetor de perfis marca NIKON, modelo 6 C.  Após a análise estatística concluíram: a) o material duplicador que melhor reproduziu o modelo padrão foi o MULTI-GEL,  b) o revestimento que apresentou menores alterações em relação ao modelo padrão foi o OBRALISA.

 

 

 

 

 

C.33

 

ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR EM RATOS COM LESÃO HIPOTALÂMICA VENTROMEDIAL.

 

RENZI, A.*; UTRILLA, L.S.**; CAMARGO, L.A. de A.*; Saad, W.A.; Menani*, J.V.; Luca Junior, L.A. de *

 

Departamento de Fisiologia e Patologia*  e  Departamento de Morfologia da Faculdade de Odontologia de Araraquara. UNESP.

 

                Vários estudos demonstraram a interrelação entre as porções simpáticas e parassimpáticas do sistema nervoso autônomo ao nível das glândulas salivares.  O núcleo ventromedial é uma das áreas mais importantes do hipotálamo por estar relacionado com as funções autonômicase suas ações periféricas.  O objetivos deste trabalho foi verificar possíveis alterações estruturais do parênquima da glândula submandibular de ratos com lesão hipotalâmica ventromedial.  Foram usados ratos machos adultos da variedade Holtzman com peso corporal variando de 250-300g.  Um grupo (GL) foi lesado estereotaxicamente através de corrente anódica contínua de 1,0 mA por 10a.; e outro grupo de operação simulada (GOS) foi submetido a lesão fictícia com a introdução do eletrodo sem a passagem de corrente.  A análise histológica comprovou a lesão do núcleo ventromedial (LNVM).  A expressão morfológica da glândula submandibular dos ratos (GOS) foi a de um arranjo complexo e ordenado dos componentes estruturais.  O parênquima apresentou-se constituído por células epiteliais especializadas, composto por ácinos, ductos intercalares, ductos estriados, ductos granulosos e ductos excretores.  Nos animais do GL após 5 dias da LNVM observamos hipotrofia dos ácinos que se acentua nos períodos experimentais de 10, 20 e 40 dias.  Os ácinos apresentaram-se atróficos e palidamente corados 60 e 90 dias após a LNVM, onde foi nítido o predomínio dos ductos granulosos sobre os ácinos.  Muito embora as características estruturais do estroma permaneçam semelhantes aos do GOS, houve vasodilatação, que é melhor evidenciada em torno dos ductos excretores e estriados onde os vasos freqüentemente são mais numerosos.  Os resultados do presente trabalho permitem-nos concluir que a lesão eletrolítica do núcleo ventromediano do hipotálamo, promove várias alterações na glândula submandibular de ratos, presente já aos 5 dias após a lesão e que se acentuam gradativamente atingindo grau máximo aos 90 dias.  Esta afirmativa está baseada nos seguintes resultados: alterações morfológicas das glândulas submandibulares, representadas por: hipotrofia dos ácinos; aumento aparente da quantidade de ductos granulosos, e vasodilatação.     

 

 

 

 

 

C.34

 

AÇÃO DOS RAIOS  X  SOBRE O GERME DENTÁRIO DE RATO.  ESTUDO MORFOLÓGICO

 

LIZETI TOLEDO DE OLIVEIRA RAMALHO; NELSON VILLA; LÍDIA SABBAG UTRILLA & CADEIRA ROSLINDO

 

Deptº de Morfologia - Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP

 

 

                Em 96 germes dentários de ratos irradiados aos r dias de idade com uma dose única de 900 R, estudou-se o efeito deletério que os raios X provocam nas várias etapas do seu desenvolvimento.

                Após sacrifício dos animais aos 8, 13, 18 e 23 dias e segundo metodologia aplicada, observamos que os tecidos dentais frente à ação dos raios ionizantes apresentaram:

- Esmalte - Não se notou diferença na morfologia da célula responsável pela produção deste tecido, o mesmo acontecendo com a estrutura do esmalte durante todo o período experimental.

- Dentina - Houve um incremento da espessura dentinária, presença de células na sua matriz, canalículos interrrompidos dando um aspecto a esses locais de dentina do tipo osteóide.

- Odontoblastos - Tornaram-se desarranjados e despolarizados.

- Polpa -  À exceção do desarranjo odontoblástico e alguns espaços opticamente vazios entre as fibras, histometricamente houve uma diminuição na percentagem de fibroblastos ao lado de um incremento de fibras colágenas no início do experimento (3º e 8º dia de sacrifício) para em seguida sofrer uma diminuição (8º ao 13º dia de sacrifício) voltando a ter um incremento no 18º dia.

Dessa maneira concluímos que os odontoblastos são mais sensíveis às radiações X, já que as estruturas amelogênicas nada sofreram e a dentina apresentou-se com características de tecido osteóide com aumento de espessura no final do experimento.

 

 

 

 

 

C.35

 

ESTUDO ESTEREOLÓGICO DO EPITÉLIO DO PALATO MOLE DE RATOS SUBMETIDOS À HIPERVITAMINOSE A.

 

Mattos, M.G.C.; Lopes, R.A.; Nuti Sobrinho, A.; Sala, M.A.; Petenusci, S.O.

 

Departamento de Estomatologia, Departamento de Ciências Fisiológicas e Departamento de Materiais Dentários e Prótese da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto.  Universidade de São Paulo.

 

Foram efetuadas contagens de pontos (720 por animal) sobre as imagens hitológicas do epitélio do palato mole de ratos controles e submetidos à hipervitaminose A, utilizando-se uma grade idealizada por MERZ (1968), introduzida no plano óptico de uma ocular de microscópio (12,5 X).  Essa grade está constituída de um quadrado (8.100 m2  a 1.250 X) para definir a área-teste, além de um sistema de 36 pontos para contagem dos mesmos e de um sistema curvilinear para contagem de intersecções.  Após aplicação de fórmulas estereológicas apropriadas, os resultados foram os seguintes, para os ratos controles e tratados respectivamente: a) relação núcleo-citoplasma (n/c): 0,2490 ± 0,0195 e 0,2982 ± 0,0207; b) densidade volumétrica nuclear (Nvn): 2.000.028,9 ± 90.187,7 e 2.015.623,7 ± 48.764,3; c) relação volume epitelial - interface ceratina (V/S (K)): 0,01551 ± 0,00070 e 0,01836 ± 0,00056; d) relação volume epitelial - interface conjuntivo (V/S (C)): 0,01677 ± 0,00085 e 0,02060 ± 0,00085; e) relação interface ceratina - interface conjuntivo (R): 0,9282 ± 0,0183 e 0,8980 ± 0,0286; f) volume citoplasmático (m3): 637,56 ± 55,07 e 708,34 ± 26,22 ; g) volume da célula epitelial média (m3): 791,94 + 63,02 e 902,98 ± 30,56; h) número de células médias por unidade de volume do epitélio: 1.332.701,34 ± 99.089,84 e 1.118.450,34 ± 36.353,57.

 

 

 

 

 

C.36

 

ESTUDO ESTEREOLÓGICO DE EPITÉLIO DO PALATO DURO DE RATOS SUBMETIDOS À HIPERVITAMINOSE A.

 

Mattos, M.G.C.; Lopes, R.A.; Nuti Sobrinho, A.; Sala, M.A.; Petenusci, S.O.

 

Departamento de Estomatologia, Departamento de Ciências Fisiológicas e Departamento de Materiais Dentários e Prótese da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto.  Universidade de São Paulo.  São Paulo, SP.

 

                Foram efetuadas contagens de pontos (720 por animal) sobre as imagens histológicas do epitélio do palato duro de ratos controles e submetidos à hipervitaminose A, utilizando-se uma grade idealizada por MERZ (1968), introduzida no plano óptico de uma ocular de microscópio (12,5 X).  Essa grade está constituída de um quadrado (8.100 µm²  a 1.250 X) para definir a área-teste, além de um sistema de 36 pontos para contagem dos mesmos e de um sistema cuvilinear para contagens de intersecções.  Após aplicação de fórmulas estereológicas apropriadas, os resultados foram os seguintes, para os ratos controles e tratados respectivamente: a) relação núcleo-citoplasma (n/c): 0,3258 ± 0,0139 e 0,5135 ± 0,0425; b) densidade volumétrica nuclear (Nvn): 2.772.744,9 ± 93.411,5 e 2.443.216,2 ± 153.878,6; c) relação volume epitelial-interface ceratina (V/S(K)); 0,01698 ± 0,00081 e  0,02569 ± 0,00140; d) relação volume epitelial-interface conjuntivo (V/S(C)): 0,01897 ± 0,00096 e 0,02580 ± 0,00147; e) relação interface ceratina- interface conjuntivo (R): 0,8996 ± 0,0184 e 0,9977 ± 0,0170; f) volume citoplasmático (µm³): 422,66 ± 16,90 e 370,86 ± 12,90; g) volume da célula epitelial média (m³): 559,12 ± 19,44 e 549,48 ± 13,13; h) número de células médicas por unidade de volume do epitélio: 1.808.574,30 ± 64.280,77 e 1.805.586,68 ± 55.881,05.

 

 

 

 

 

 

 

C.37

 

ZINCO E HORMÔNIO-DEPENDÊNCIA DA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR DO CAMUNDONGO

 

Knöbl, S.; Minetti, C.A.S.A.; Valle, L.B.S.; Oliveira-Filho, R.M.

 

Depto. Farmacologia, Instituto de Ciências Biomédicas/USP

 

                Vários parâmetros morfofuncionais da andrógeno-dependência foram reiteradamente estudados na glândula submandibular (GSM) do camundongo, mostrando ser esta um bom modelo de órgão-alvo da ação androgênica.  Em trabalhos anteriores nós demonstramos que a GSM sofre atrofia pós-castração, traduzida por queda no peso, teor de proteínas estruturais e de exportação, sem alteração significativa no conteúdo de DNA.  Estas alterações, acompanham a drástica queda na freqüência dos ductos granulosos (DG).  Todos esses efeitos podem ser recuperados por testosterona (T) e esteróides oriundos do seu metabolismo, cuja ordem de potência demonstramos ser a seguinte: a-diol > DHT = T.  Neste trabalho estudamos a influência da castração (Cx) e reposição com esses esteróides sobre a concentração glandular de Zn, visto que este íon tem relação com a expressão hormonal em órgãos-alvo clássicos.  Camundongos machos Swiss Cx fora, 60 dias após a cirurgia, injetados s.c. com 5mg (dose única) de um dos esteróides citados; parte dos animais ficou intacta como controle (C), e um grupo de animais Cx recebeu apenas veículo (óleo de amendoim neutro).  Todos foram sacrificados 5 dias após.  Para determinação de Zn, amostras apropriadas de tecido foram levadas à secura em estufa a 120°C durante 24 h (determinando-se então o conteúdo hídrico) e, a seguir, calcinadas a 800°C por 30 min.  As cinzas resultantes foram dissolvidas em HCl 2 N.  Diluições apropriadas desta solução em água desionizada foram analisadas em espectrofotômetro de absorção atômica Varian Techtron AA-120.  O limite de detecção do método é de 0,002 ppm de Zn.  Os resultados foram os seguintes:

Grupo

% DG

% DE

Zn (mg/g tecido)

C

Cx

Cx+T

Cx+DHT

Cx+a-diol

59,3 ± 5,4

8,5 ± 1,2**

41,8 ± 1,6*

45,7 ± 1,8

50,8 ± 1,6

0,9 ± 0,4

11,4 ± 0,8**

2,9 ± 0,4*

4,0 ± 0,8*

1,0 ± 0,4

136,5 ± 10,0

74,0 ± 7,0**

99,0 ± 9,2*

83,7 ± 7,0**

128,5 ± 9,0

*P < 0,05; **P,0,01 em relação ao controle

 

A análise de regressão dos dados mostrou correlação significativa (P<0,05) entre os dados histométricos e as variações do conteúdo glandular de zinco (para Zn X %DG, r = 0,80; para Zn X %DE, r = -0,83).  O presente trabalho demonstra que a função de concentrar zinco pela GSM de camundongo sofre modulação androgênica.  Esta característica é compartilhada com órgãos-alvo clássicos, onde se demonstrou que este íon regula negativamente a atividade da ?4-3-oxoesteróide-5a-redutase, envolvida na conversão de testosterona em 5a-dihidrotestosterona.  Em vista do presumivelmente discreto papel da via redutiva nesta glândula, o significado fisiológico de tão grandes variações do conteúdo de Zn e sua repercussão na expressão androgênica glandular são ainda obscuros.

Apoio Financeiro: FINEP 54.83.0503; FAPESP 82/0495-0

C.38

 

ESTUDO COMPARATIVO DE ALGUMAS PROPRIEDADES FÍSICAS DE RESINAS COMPOSTAS.

 

ROBERTO ALVES SANTOS - Prof. do Deptº de Odontologia Restauradora da FOP-FESP, Pernambuco;

LUCIANA LINDOLPHO - Acadêmica do Curso de Graduação da Faculdade de Odontologia de Bauru, USP.

AQUIRA ISHIKIRIAMA - Docente da FOB-USP

JOÃO LUCIO CORADAZZI - Docente da FOB-USP.

               

Este trabalho visa avaliar algumas propriedades físicas de quatro resinas compostas com diferentes partículas de reforço e diferentes métodos de polimerização.

                Quarenta corpos de prova com 4 mm de diâmetro e 8 mm de comprimento foram obtidos a partir de moldes cilíndricos de Teflon para os testes de resistência à compressão e tração diametral.

                Para os testes de dureza superficial foram obtidos 16 corpos de prova com 4 mm de diâmetro e 2 mm de espessura a partir de moldes cilíndricos de plástico transparente.

                Os corpos de prova foram identificados e armazenados em recipientes com água destilada em estufa a 37°C por 24 h.  Após este tempo foram submetidos aos testes.

                De acordo com as condições dessa pesquisa, concluímos que:

1 - a resina ALPHA PLAST apresentou os maiores valores de resistência à compressão, tração diametral e dureza superficial;

2 - a resina SILAR foi o material que apresentou os menores valores para os três testes realizados;

3 - as resinas AURAFILL e NUVA FIL P.A. apresentaram valores intermediários de resistência e dureza superficial.      

    

 

 

 

FÓRUM CIENTÍFICO

 

 

FC1

 

INFLUÊNCIA DA GRANULOMETRIA DAS LIGAS DE AMÁLGAMAS CONVENCIONAIS EM RELAÇÃO ÀS SUAS PROPRIEDADES FÍSICAS.

 

Andrada, M.A.C.

 

Curso de Pós-Graduação em Dentística.  Faculdade de Odontologia de Bauru.  Universidade de São Paulo.  Bauru, SP.

 

                Testes de resistência à compressão (1hora e 168 horas), e testes de escoamento foram realizados com amálgamas concenvionais de fabricação nacional, procurando associá-los com o tamanho e distribuição das partículas das ligas para amálgamas dental.

                Os dados obtidos, quando associados com a granulometria das ligas, sugerem que: os amálgamas que continham uma maior concentração de partículas de corte fino, apresentaram valores de resistência à compressão e escoamento melhores do que os que continham partículas de corte mais grosseiros; no balanceamento ou distribuição das partículas dentro das ligas, mostrou ser um fator importante.

 

 

 

 

 

FC2

 

LESÕES PERIAPICAIS CRÔNICAS.  ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ASPECTOS HISTOLÓGICOS E FENÔMENOS IMUNOLÓGICOS.

 

Ribeiro-Silva, H.C.C.

 

Departamento de Biologia e Patologia Buco-Dental.  Faculdade de Odontologia de Piracicaba.  Universidade de São Paulo.  Piracicaba, SP.

 

                Foram examinadas histologicamente 130 lesões peri-apicais crônicas humanas.  Em 20 lesões, a técnica de imunofluorescência direta foi usada para investigar a presença de componentes que indicassem reações de hipersensibilidade mediada por fatores humorais ou celulares.  Foi usada a técnica do etanol resfriado como fixador, normalmente utilizado nas reações imunohistoquímicas, com cortes do tecido, embebidas em parafina.  Nas lesões peri-apicais crônicas, células contendo IgG, IgA e IgM, representaram 44,20,  30,44  e  20,33 por cento respectivamente do total de células observadas.  Uma cicatriz peri-apical foi examinada não revelando células ou tecido conjuntivo corado.  Os resultados mostraram que as lesões peri-apicais, podem conter componentes necessários para uma resposta imunopatológica, e tais respostas certamente participam de maneira dinâmica em toda evolução clínica da lesão.

 

 

 

 

 

FC3

 

MODULAÇÃO ANDRÓGENO-TIROIDIANA DA EVOLUÇÃO E MANUTENÇÃO FISIOLÓGICAS DA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR DO CAMUNDONGO.

 

Minetti, C.A.S.A. - Depto. de Farmacologia do Instituto de Ciências Biomédicas da USP - 05508 S.Paulo (SP)

 

                Parâmetros fisiológicos da glândula submandibular (GSM) do camundongo e capacidade ligante androgênica foram relacionados aos níveis séricos de testosterona (T), triiodotironina (T3 ) e tiroxina (T4), desde o nascimento até à idade adulta.  O pico de T3 observado em idade pré-púbere (ao redor de 20 dias de idade) correlacionou-se com o estabelecimento do padrão adulto dos receptores androgênicos na fração citosólica deste tecido, coincidindo com o período em que a atividade proliferativa foi máxima.  O advento da puberdade caracterizou-se por conspícuo aumento do conteúdo protéico e atividade proteolítica glandular, concomitante com o pico de T que ocorre neste período.  A castração, realizada imediatamente ao advento da puberdade, impediu o desenvolvimento glandular, sem afetar o teor de DNA ou a capacidade ligante androgênica.  A tiroidectomia, entretanto, afetou drasticamente todas as variáveis estudadas, especialmente a quantidade de sítios receptores, sendo os efeitos mais drásticos quanto mais cedo a intervenção é realizada e quanto maior o período mantido em estado hipotiróideo.  Os quadros disfuncionais foram passíveis de recuperação por terapia substitutiva.  Os efeitos da tiroidectomia independem do processo de obtenção do quadro (cirúrgico ou radioisotópico).  As GSM atrofiadas pela castração são recuperadas por T, ou por T4, ou pela terapia combinada (T + T4), com ausência de sinergismo, e a administração hormonal não eleva os níveis de receptores acima dos limites normais.  Estes fatos eliminam a dúvida que existe na literatura sobre se os hormônios da tiróide regulariam ou não os receptores androgênicos da GSM, pois neste trabalho se demonstra pioneiramente que, quando se instala hipotiroidismo, o número de sítios receptores cai e após terapia de reposição há recuperação plena.  Nossos resultados demonstram a importância dos hormônios tiroidianos na biossíntese e manutenção dos receptores androgênicos da GSM do camundongo, sendo portanto fundamentais para a plena expressão da atividade glandular andrógeno-dependente no animal adulto.  Por outro lado, os hormônios da tiróide apresentam ações diretas, independentes de andrógenos, confirmando trabalhos anteriores.

 

 

 

 

Apoio financeiro: FAPESP Proc. nº 82/0495-0; FINEP 54.83.0503

 

 

 

 

 

 

 

 

FC4

 

 

PRÓTESE TOTAL EM CRIANÇA DE 3 ANOS DE IDADE

 

 

NÁDIA MARIA PATUSSI

 

Departamento de Estomatologia - UFSC

Curso de Pós-Graduação em Odontologia, opção Odontopediatria

 

 

                Atendendo o encaminhamento de uma criança de 03 anos de idade, pelo pediatra, procedemos aos exames clínicos convencionais.  Após a realização dos mesmos chegou-se à conclusão que: os pais eram totalmente desinformados quanto à necessidade de se ter saúde bucal, não conheciam a importância desse segmento para o bom funcionamento de todo o corpo.  A criança estava em péssimas condições bucais, apresentando seus dentes destruídos com vários focos de infecção drenando via fístula gengival para a cavidade bucal.

 

                Diante deste quadro diagnóstico, elaboramos um programa para atendimento sistemático emergencial, tendo como alvo a criança e os pais.  Para os pais aplicamos um programa educativo.  Usamos recursos didáticos específicos.  Para a criança usamos as técnicas convencionais de condicionamento psicológico.

 

                As exodontias de todos os seus dentes remanescentes foram realizadas sob anestesia geral em um hospital da cidade.

 

                As etapas seguintes de curativo, acompanhamento de processo cicatricial, foram realizadas na clínica odontopediátrica e fizeram parte do condicionamento psicológico.

 

                A fase clínica e laboratorial da confecção da prótese total superior e inferior realizaram-se de forma normal com a colaboração e muito entusiasmo da criança.

 

                Entendemos que com este tratamento reabilitador devolvemos à criança a restauração das funções mastigatória e estética, agindo como harmonizadora de suas relações sociais.

                Deve-se prestar muita atenção aos procedimentos precedentes à confecção da prótese total em Odontopediatria, isto é, o preparo educativo da família e o condicionamento psicológico do paciente constituem etapas decisórias no êxito da prótese total.