APRESENTAÇÃO
ORAL
1.
EFEITO DE
ANTI-INFLAMATÓRIOS ENZIMÁTICOS (BROMELINA, ESCINA E PAPAÍNA) NO DESENVOLVIMENTO
DE COLUNA VERTEBRAL DE RATAS
LURDES
CATARINA DA SILVA; SAMIR TUFIC ARBEX; ANTONIO CARLOS NEDER; JOÃO LEONEL JOSÉ
Departamento
de Ciências Fisiológicas - FOP/UNICAMP
O presente trabalho foi
desenvolvido com uma utilização de anti-inflamatórios de origem vegetal:
Bromelina, Escina e Papaína, em doses terapêuticas e que são largamente
utilizados em Odontologia.
Os anti-inflamatórios foram
injetados intraperiotonialmente em ratas prenhas, com a finalidade de
verficarmos os possíveis efeitos sobre o desenvolvimento ósseo das colunas
vertebrais.
Os resultados obtidos segundo as
condições de nossa pesquisa, foram:
1. As três
drogas anti-inflamatórias de origem vegetal - Bromelina, Escina e Papaína -
causaram redução do crescimento das colunas vertebrais de ratas.
2. O grupo
onde só as mães tomaram Papaína durante a prenhez, foi o mais atingido no
crescimento da coluna vertebral, e o grupo onde as mães e os filhotes tomaram
Papaína, foi o menos atingido.
3. Quanto
ao crescimento, o grupo composto por animais que tomaram Escina durante a
prenhez, apresentou um aumento de peso significativo em relação ao grupo
controle.
4. Quanto a
má formação da coluna vertebral, todos os grupos apresentaram leves deformações
em relação ao grupo controle, sendo que o grupo onde as mães e os filhotes
tomaram Escina, foi o que apresentou maior deformação na estrutura da coluna
vertebral.
2.
EFEITO DE
ANTI-INFLAMATÓRIOS ENZIMÁTICOS (BROMELINA, ESCINA E PAPAÍNA) NO DESENVOLVIMENTO
CRÂNIO-FACIAL DE RATAS
SAMIR TUFIC
ARBEX; MARA S.S. BUSATO; LURDES CATARINA DA SILVA; ANTONIO CARLOS NEDER
No presente trabalho verificamos
o efeito de anti-inflamatórios enzimáticos de origem vegetal (Bromelina, Escina
e Papaína), no desenvolvimento ósseo crânio-facial de ratos. Foram utilizadas 20 ratas divididas em
quatro grupos que receberam as respectivas drogas durante a prenhez. Os filhotes ao nascerem foram divididos em
sub-grupos (B) que continuaram recebendo a droga até a idade adulta e
sub-grupos (A) que não receberam droga.
Após o sacrifício dos animais para obtenção dos crânios e utilizando a
estatística sobre as várias medidas efetivadas no esqueleto crânio-facial,
pudemos constatar a significância na redução das medidas quando comparamos cada
droga entre si e com o grupo controle.
Concluímos que: houve significante redução quanto ao comprimento total
do crânio nos sub-grupos da Bromelina, Escina e Papaína. Também houve redução para altura de crânio,
os sub-grupos da Bromelina IIA e IIB.
Para comprimento da face somente o sub-grupo da Escina IIB e para
largura do crânio, o sub-grupo IIB da Bromelina. Para as medidas de comprimento da base do crânio não foram
encontradas reduções significantes em todos os animais em experiência.
3.
INFLUÊNCIA
DA NOR-ADRENALINA CONTIDA NOS ANESTÉSICOS ODONTOLÓGICOS SOBRE A PRESSÃO
ARTERIAL EM PACIENTES NORMO TENSOS.
ESTUDO CLÍNICO.
CRESO JOSÉ
TUCCI; MARIA REGINA SPOSTO & ARY
JOSÉ DIAS MENDES
Faculdade
de Odontologia de Araraquara - UNESP.
Na Odontologia Moderna é de
fundamental importância o papel do Cirurgião-Dentista na interpretação e
definição de fenômenos sistêmicos que, porventura, ocorram durante os
procedimentos odontológicos.
Freqüentemente as manipulações odontológicas podem produzir tensão
emocional e a conseqüente elevação da pressão arterial, fato este que poderá
ser atribuído, erroneamente, aos vaso-constritores contidos nas soluções
anestésicas de amplo uso em Odontologia.
Proposição: verificar as
possíveis variações da "pressão arterial" em pacientes normo tensos
segundo os fatores de variância:
1.
Verificar se ocorrerá alteração significante na pressão arterial, máxima e
mínima, em pacientes normo tensos, quando transferidos do ambiente não
cirúrgico para o cirúrgico.
2.
Verificar se ocorrerá alteração significante na pressão arterial, máxima e
mínima, quando da aplicação dos volumes de 1,8 ml e 7,8 ml de anestésico.
3.
Estabelecer a equação de regressão da pressão arterial em função do tempo de
cirurgia.
MATERIAIS E
MÉTODOS: Foram feitas medidas da P.A. de pacientes normotensos da Clínica de
Cirurgia da F.O.A. em diferentes situações, e submetidos a injeções
infiltrativas de 1,8 ou 7,2 ml de anestésico com nor-adrenalina.
CONCLUSÕES:
Não houve alteração da P.A. quando os pacientes foram transferidos de um
ambiente para outro. A aplicação de 1,8
ou 7,2 ml de anestésicos alterou as pressões arteriais dos pacientes
analisados. A aplicação de 7,2 ml de
anestésico ocasionou aumento da P.A.
O ato de aplicação de 4 injeções
infiltrativas (7,2 ml), pelo próprio ato operatório, acreditamos seja o
causador do aumento da adrenalina endógena e conseqüentemente da P.A.
4.
"AVALIAÇÃO
RADIOGRÁFICA DE DENTES COM TRATAMENTO ENDODÔNTICO".
PEDRO
ANTONIO ACETOZE*; MARIA REGINA SPOSTO*; DALTON G. GUAGLIANONI**; MARIA TEREZA
M. GARDIN***, SILVANA LAFFI***
*Docentes
da Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP.
**Docente I.C.L.S.E. - UNESP
***Estagiárias
Disciplina Semiologia Fac. Odontologia Araquarara - UNESP
Ainda é controvertida a
determinação do sucesso ou insucesso do tratamento endodôntico. É importante definir sobre uma ou outra
situação, assim como, buscar as falhas, para que, aliados ao progresso das
pesquisas endodônticas, consigamos oferecer para nossos pacientes cada vez
mais, sucessos.
Comumente utiliza-se avaliação
radiográfica e clínica para determinação do sucesso ou insucesso ou, associamos
ainda achados histopatológicos.
Entre outras aplicações, no
Campo da Endodontia, a radiografia colabora na constatação final do selamento
adequado dos condutos, bem como é de grande importância na avaliação periódica
pós-tratamento realizado e na verificação da integridade da periápice.
Neste estudo procuramos
verificar a correlação entre o insucesso no tratamento endodôntico devido a
obturação parcial do canal e aparecimento de reatividade periapical, através
exclusivamente de análise radiográfica.
RESULTADOS:
De um total de 14.000
radiografias periapicais, técnica da bissetriz, examinadas encontramos 2.529
mostrando dentes com canais obturados.
Destas temos 1.525 radiografias com canais parcialmente obturados e
1.004 com canais totalmente obturados.
Das 2.529 radiografias mostrando
canais obturados encontramos 847 canais radiculares sem reação periapical e
1.682 com reação periapical sendo que, não constatamos variação significante
entre os dentes que apresentavam reatividade com o número de raízes.
Analisando a reatividade
periapical comparada à variável classe etária, pudemos constatar que esta
freqüência é maior nas idades inferiores a 29 anos, passando por valores
estatisticamente equivalentes nas faixas de idades mais avançadas.
5.
ANÁLISE
HISTOPATOLÓGICA COMPARATIVA DE MATERIAIS À BASE DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO EM
POLPAS DE DENTES DE CÃES, EXPOSTAS EXPERIMENTALMENTE
Autores:
Helda Ilka Iost Bausells, Rita de Cássia Loiola Cordeiro; Raphael Carlos
Comelli Lia; Roberto Miranda Esberardi
Foi
avaliado histopatologicamente o comportamento da polpa de dentes de cães
exposta experimentalmente e capeada com produtos comerciais à base de hidróxido
de cálcio (Life, Calvital e Renew), sendo comparados ao hidróxido de cálcio
p.a. em períodos de observação de 30, 60 e 120 dias.
Utilizou-se em 6 cães jovens (1
a 3 anos de idade), 12 dentes em cada um, abrangendo os caninos, segundos e
terceiros pré-molares e primeiros molares superiores, quartos pré-molares e
primeiros molares inferiores, de ambos os lados, num total de 24 dentes para
cada período.
Concluiu-se que: nas condições
esperimentais desse estudo:
1- Todos os
materiais estudados caracterizaram-se como irritantes, quando em contacto
direto com polpas coronárias de dentes de cães, principalmente nos períodos
iniciais.
2- No
período inicial (30 dias) a resposta inflamatória foi maior, tendendo a
diminuir com o decorrer do tempo (60 e 120 dias), sendo evidente que o
Hidróxido de Cálcio p.a. mostrou comparativamente melhores resultados, seguido
do Calvital - Life e Renew.
3- Todos os
produtos estudados induzirem a formação de barreira mineralizada, com variações
na quantidade e qualidade, na seguinte ordem decrescente: Hidróxido de Cálcio
p.a., Renew-Calvital e Life.
4- As
diferenças quanto à inflamação não foram significantes entre os produtos
Calvital, Life e Renew para o período final de 120 dias. Da mesma forma o Calvital e o Renew
apresentaram resultados similares em todos os períodos de observação quanto à
formação de barreira mineralizada. Para
o Life, as barreiras apresentaram-se em alguns casos ainda como incompletas,
mesmo aos 120 dias.
6.
AVALIAÇÃO
DA COMPATIBILIDADE BIOLÓGICA DE CIMENTOS À BASE
DE ÓXIDO DE
ZINCO E EUGENOL SOBRE A POLPA DENTÁRIA DE CÃES, EXPOSTA EXPERIMENTALMENTE.
Autores:
Helda Ilka Bausells; Rita de Cássia Loiola Cordeiro; Carlos Benatti Neto;
Roberto
Miranda Esberardi.
Faculdade de Odontologia de Araraquara -
UNESP
Foi avaliado
histopatologicamente o comportamento da polpa de dentes de cães esposta
experimentalmente e capeada com produtos comerciais à base de óxido de zinco e
eugenol (cimento de óxido de zinco e eugenol; pulpo-san e IRM), sendo
comparados ao hidróxido de cálcio p.a.
Utilizou-se em 6 cães jovens (1
a 3 anos de idade), 12 dentes em cada um, abrangendo os caninos, segundos e
terceiros pré-molares e primeiros molares superiores, quartos pré-molares e
primeiros molares inferiores, de ambos os lados, num total de 24 dentes para
cada período.
Após anestesia geral, foram
preparados, sob isolamento absoluto, cavidade classe V de tamanho pré
determinado,e, em seguida à exposição da polpa foi inserido o material capeador
e os dentes selados com IRM.
Decorridos os períodos pré
determinados de 30, 60 e 120 dias, os animais foram sacrificados, as peças
removidas com serra para osso, fixadas em formalina a 10% por 48 horas lavadas
em água corrente por 24 horas, reduzidas com separações dos dentes. Após a tramitação laboratorial de rotina, os
cortes foram corados pela H.E., permitindo análise pela microscopia ótica
comum. Estudamos, assim,
histologicamente os efeitos dessas substâncias sobre a polpa exposta
experimentalmente.
Os resultados variaram para os
materiais testados.
7.
ESTUDO DA
SUPERFÍCIE DA RESINA COMPOSTA ATRAVÉS DE RUGOSIMETRIA E MICROSCOPIA
ELETRÔNICA. EFEITO DE MATERIAL E
TÉCNICA DE ACABAMENTO.
REGINA
HELENA B.T.S.FONTANA; UEIDE FERNANDO FONTANA; FAUSTO GABRIELLI; RUY BARBOSA
ROSELINO £ MARCELO OLIVEIRA MAZZETTO
Deptº de
Materiais Odontológicos e Prótese - UNESP
Avaliamos
comparativamente a superfície de três tipos de resina composta, uma de macro
partículas (Adaptic), outra de micropartículas (Esticmicrofill) e a última
fotopolimerizável (Durafill), realizando acabamento com pontas de diamante
especiais, (D 15 e D 46), borrachas abrasivas e discos de lixa (Sof-Lex).
O
grau de rugosidade resultante de cada corpo de prova foi medido por um
rugosimetro, o Talysurf 10, que fornece
o perfil efetivo (registro gráfico), em papel milimetrado especial, da
superfície varrida pela ponta palpadora.
Paralelamente estes corpos de prova foram analisados e fotografados em
microscópia eletrônica.
Os
dados obtidos serão analisados, discutidos e possíveis conclusões serão
estabelecidas.
8.
ESTUDO
FOTOMICROGRÁFICO COMPARATIVO, DAS CARACTERÍSTICAS DE SUPERFÍCIE DE INSTRUMENTOS
ROTATÓRIOS DE CARBETO DE TUNGSTÊNIO E DIAMANTE. EFEITO DE TEMPO E PROCEDÊNCIA DO INSTRUMENTO.
REGINA
HELENA B.T.S.FONTANA; UEIDE F.FONTANA; WELLINGTON DINELLI; FAUSTO GABRIELLI
& M.D.FERRI ANGELIERI
Deptº de
Materiais Odontológicos e Prótese - UNESP
Os
resultados avaliam comparativamente por método fotomicrográfico, as
características de instrumentos rotatórios de diamante e carbeto de tungstênio,
para alta velocidade, de fabricação nacional e estrangeira, em função do
tempo. Os resultados mostraram defeitos
de fabricação, os quais se acentuaram com a utilização.
As
menores alterações foram observadas para os instrumentos I1 (KG. SORENSEN) entre os de diamante e o
I3 (Maillefer), entre os de carbeto de
tungstênio.
9.
ULTRA-ESTRUTURA
DAS TERMINAÇÕES NERVOSAS LAMELARES DA MUCOSA GENGIVAL.
Watanabe,
Ii-Sei
Departamento
de Anatomia. Instituto de Ciências
Biomédicas. Universidade de São
Paulo. São Paulo, SP.
As características
ultra-estruturais dos corpúsculos lamelares sensitivos da mucosa gengival foram
estudadas através da microscopia eletrônica.
Os corpúsculos lamelares são localizados na porção subepitelial da
mucosa gengival e possuem formas ovaladas ou circulares. As células lamelares que envolvem a
terminação nervosa demonstram modificações na sua configuração com a disposição
de várias camadas de lâminas citoplasmáticas.
Estas lâminas são caracterizadas pela presença de numerosas
"caveolae", pequenas mitocôndrias, retículo endoplasmático granular,
microfilamentos e microtúbulos. Entre a
membrana da terminação nervosa e a lâmina citoplasmática da célula adjacente e
entre as lamelas, notam-se as junções do tipo desmosomos. O axônio terminal contém grande quantidade
de mitocôndrias, neurotúbulos e pequenas vesículas claras. As protusões citoplasmáticas de diferentes
extensões penetram nos espaços adjacentes à lamela. O espaço interlamelar é ocupado por uma substância amorfa e
alguns feixes de fibrilas colágenas.
10.
IDENTIFICAÇÃO
DE CÉLULAS MONONUCLEARES EM LESÕES BUCAIS DE PRÉ-CÂNCER E CÂNCER UTILIZANDO
ANTICORPOS MONOCLONAIS.
CESAR, A.
MIGLIORATI, SOL SILVERMAN e JOHN S. GREENSPAN
FOUSP /
UCSF
Com a finalidade de analisar a
importância de células mononucleares de diferentes fenótipos em pré-câncer e
câncer da cavidade bucal, biópsias com o "punch" de 5 mm foram
obtidas de 21 lesões brancas e/ou vermelhas posteriormente diagnosticadas como
06 casos hiperqueratose, 03 casos de displasia mínima, 04 casos de displasia
severa e 08 casos de carcinoma epidermóide.
Sangue periférico de 04 indivíduos sadios e 05 linfonodos foram
utilizados como controle. Todas as
biópsias e linfonodos foram congelados imediatamente em nitrogênio líquido e
cortes seriados de 5 micromêtros foram obtidos e armazenados para imunocíto
química. Células mononucleares do
sangue periférico foram separadas em Ficol-Hypaque e esfregaços foram
feitos. Os cortes seriados e esfregaços
foram submetidos à reação com cortes seriados e esfregaços foram submetidos à
reação com diversos tipos de anticorpos monoclonais disponíveis comercialmente
e corados pela reação com o complexo de avidina-biotina-peroxidase. Várias populações celulares foram
identificadas sendo as de fenótipo T 11 + as predominantes (74-78%). Diferenças estatísticas entre populações
celulares com o fenótipo T4 + T8 + e entre índices T4 / T8 foram
encontrados. Estes resultados suportam
a hipótese sugerindo a atuação de respostas imunológicas em pré-câncer e câncer
bucal. Variações fenotípicas em
populações de células mononucleares podem ter valor diagnóstico.
11.
ESTUDO DAS
LESÕES BUCAIS NA PARACOCCIDIOIDOMICOSE.
MARIA RITA
BRANCINI DE OLIVEIRA*, FAUZE LAUAND* & RAPHAEL CARLOS COMELLI LIA*
*Deptº de
Fisiologia e Patologia - FOA/UNESP.
O presente relato, é um estudo
minucioso e criterioso onde se procura ressaltar os aspectos das lesões bucais
mais encontradiços na Paracoccidioidomicose com a finalidade de alertar os
profissionais de possíveis confusões diagnósticas e procedimentos inadequados,
trazendo como conseqüência o agravamento do caso.
Necessário se faz salientar que
a ignorância desse assunto traz conseqüências altamente desastrosas para o
enfermo e a literatura registra os mais variados diagnósticos, que conduzem a
graves erros terapêuticos. Os autores
concluem que:
1) A
Paracoccidioidomicose afeta preferentemente a cavidade bucal e o periodonto foi
a via de penetração mais freqüente em nossas observações;
2) Hábitos
rudimentares de nossa população rural e atividades constantes com a fonte dos
parasitas, solo e vegetais, tornam o habitante da zona rural presa fácil dessa
endemia;
3)
Geralmente o trabalhador rural, apresenta condições de higiene precárias, bem
como cáries de diferentes graus, raízes residuais, tártaro, matéria alba e
periodontopatias freqüentes, constituindo terreno excelente para a instalação
da doença;
4) Os
Cirurgiões-Dentistas devem estar atentos para as confusões do quadro clínico da
enfermidade em questão, com outras entidades patológicas, desde as lesões
inflamatórias, como as degenerativas e neoplásticas, sendo a biopsia ponto
fundamental para a definição do processo, e
5) Em
nossas observações, a estomatite moriforme constituiu o aspecto lesional mais
encontradiço, com menor freqüência observamos também, aspecto ulcerativo,
úlcero crostoso e vegetante.
12.
TÉCNICAS
AURO-ARGÊNTICAS DE RIO HORTEGA E SEU EMPREGO PARA A EVIDENCIAÇÃO DO
Paracoccidioides brasiliensis NOS
TECIDOS BUCAIS.
MARIA RITA
BRANCINI DE OLIVEIRA*, FAUZE LAUAND*, CARLOS BENATTI NETO*, RAPHAEL CARLOS
COMELLI LIA* & JOÃO ROBERTO GONÇALVES**
*Deptº de
Fisiologia e Patologia - FOA/UNESP.
**Estagiário
de Deptº de Fisiologia e Patologia - FOA/UNESP.
Os autores estudam o agente
etiológico da Paracoccidioidomicose nos tecidos bucais, dando ênfase às
diferentes variantes auro-argênticas de Rio Hortega, ao carbonato de prata
amoniacal, para evidenciar todos os aspectos, tanto morfológicos como
reprodutivos, do fungo da referida micose.
Concluem que:
1. As
impregnações argênticas, particularmente as variantes Rio Hortega, constituem
excelentes técnicas para a evidenciação do Paracoccidioides brasiliensis nos
tecidos.
2. Elegemos
a variante de Rio Hortega para colágeno-retículo, como sendo a técnica de
escolha para o estudo do parasita, principalmente no que diz respeito aos
aspectos morfológicos e reprodutivos.
3. Os
parasitas mostram, nos tecidos bucais, todos os tipos morfológicos, esféricos,
piriformes, ovóides, tijela, alongados, etc.
4. As
formas reprodutivas foram freqüentíssimas, predominando o brotamento múltiplo
com formação de cadeias laterais, de numerosos elementos.
5. A
técnica em apreço, realçou formas anômalas e bizarras do parasita.
13.
LOCALIZAÇÃO
DE COMPONENTES DA MEMBRANA BASAL EM PENFIGÓIDE DE MEMBRANA MUCOSA.
CESAR, A. MICLIORATI, JOHN R. MEYER, TROY E. DANIELS e
JOHN S. GREENSPAN
FOUSP /
UCSF
Foi examinada a distribuição de
lâminina, colágeno do tipo IV e fibronectina em vesículas sub-epiteliais de
penfigóide de membrana mucosa na cavidade bucal. Dez biópsias congeladas de penfigóide de membrana mucosa da
cavidade bucal foram submetidas à reações de imunofluorescência indireta. Foi encontrado o colágeno do tipo IV no
assoalho das vesículas, unido ao tecido conjuntivo enquanto que a laminina foi
localizada no teto dessas lesões. O
resultado desta pesquisa sugere que a agressão inflamatória que ocorre nas
lesões de penfigóide de membrana mucosa da cavidade bucal teria a capacidade de
provocar a separação da interação existente entre a laminina e colágeno do tipo
IV na zona da membrana basal.
14.
ESTUDO DA
ALTERAÇÃO DIMENSIONAL DE RESINAS PARA FACETAS ESTÉTICAS DE PRÓTESES FIXAS EM
FUNÇÃO DE MATERIAL, PROPORÇÃO, CONDIÇÃO E TEMPO DE ARMAZENAMENTO.
CINARA
MARIA CAMPARIS BUSSADORI & PAULO LEONARDI
Deptº de
Materiais Odontológicos e Prótese
Foi
avaliada a influência de três diferentes proporções monômero/polímero na
alteração dimensional de duas resinas com microcarga de sílica pirolítica para
facetas estéticas de próteses fixas, quando submetidas a condições de
armazenamento a seco e imersas em água destilada. As mensurações foram feitas imediatamente após a polimerização e
a intervalos de 24 horas, durante duas semanas. Os resultados mostraram que a resina PALAPONT MICROFILL, quando
utilizada na proporção P2 e armazenada imersa em água, apresentou menor
alteração dimensional.
15.
OCORRÊNCIA
DE LEVEDURAS EM PACIENTES COM CARCINOMA EPIDERMÓIDE DE BOCA, ANTES E DURANTE O
TRATAMENTO RADIOTERÁPICO.
MARIA
CARMÊLI CORREIA SAMPAIO*, ESTHER G. BIRMAN
A radioterapia é
responsabilizada por inúmeras modificações teciduais da mucosa bucal que
clinicamente podem se traduzir por "esbranquecimento" ou pela
presença de áreas avermelhadas. Tais
quadros clínicos denominados de mucosite devem ser diferenciados de outras
lesões, principalmente as causadas por leveduras, que apresentam aspectos
clínicos semelhantes, embora de difícil diagnóstico diferencial.
Assim, em estudo em andamento,
30 pacientes com neoplasias malígnas de boca foram antes de qualquer tratamento
submetidos a um exame clínico detalhado das condições bucais principalmente
para evidenciar lesões que clinicamente se assemelhassem a candidose. Após exame loco regional, o material de área
pré-determinada, na ausência de lesão, era colhido para realização de
esfregaços para citologia exfoliativa (corados pelo Papanicolaou, PAS e
Gram). Removia-se também material que
era semeado em placas no meio AGAR-SABOURAUD (+ Cloroanfenicol) para sua
identificação. Os mesmos procedimentos
clínicos e laboratoriais foram repetidos na fase final do tratamento
radioterápico.
Os resultados observados até o
momento mostram uma maior freqüência de pacientes que não apresentavam lesão
suspeita de candidose antes da radioterapia ao passo que durante o tratamento o
número de lesões e de culturas positivas aumentaram. A maior freqüência das leveduras após tratamento foi de Candida
albicans embora maior número de outras espécies foram também isoladas.
Alterações clínicas observadas
na quantidade e viscosidade da saliva, bem como quanto ao gosto e sintomatologia
dolorosa também são discutidos.
*Aluna do
Curso de Pós-Graduação em Clínicas Odontológicas a nível de Doutorado, FOUSP.
16.
AVALIAÇÃO
DO COMPORTAMENTO TECIDUAL DAS REAÇÕES APICAL E PERIAPICAL EM DENTES DE CÃES A
MATERIAIS OBTURADORES DE CANAL RADICULAR.
CARLOS
BENATTI NETO*, ROBERTO M. ESBERARD**, RAPHAEL C. C. LIA* &
CLÓVIS M. BRAMANTE***
*Deptº de
Fisiologia e Patologia - FOA/UNESP.
**Deptº de
Odontologia Restauradora - FOA/UNESP.
***Deptº de
Odontologia Restauradora - FOB/USP.
Para avaliação comparativa do
comportamento tecidual das regiões apical e periapical, entre o Endomethasome,
AH26, Fill Canal e Óxido de Zinco e Eugenol, utilizamos os 3º e 4º pré-molares
inferiores e 2º e 3º pré-molares superiores
de ambos os lados de 4 cães adultos, jovens.
Os resultados obtidos pela análise histopatológica após período
experimental de 90 dias permitiu-nos concluir que:
- Todos os
materiais estudados determinaram necrose superficial, variando de grau não
significante a discreto.
- O Fill
Canal apresentou-se mais agressivo à região periapical quando comparado com o
Endomethasone.
- O Óxido
de Zinco e Eugenol e o AH26 apresentaram os melhores resultados, com resposta
inflamatória de grau não significante para os dois materiais.
17.
POTENCIAL IRRITATIVO
DE DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE HIPOCLORITO DE SÓDIO EMPREGADOS NA IRRIGAÇÃO DE
CANAIS RADICULARES. ESTUDO
HISTOMORFOLÓGICO. COMPARATIVO DE DENTES
DE CÃES.
RAPHAEL
CARLOS COMELLI LIA*, IRACI DE MELO SALMITO NÔLETO** & CARLOS BENATTI NETO*
*Deptº de
Fisiologia e Patologia - FOA/UNESP.
**Ex-aluna
do Curso de Pós-Graduação - nível de Mestrado em Odontopediatria - FOA/UNESP.
Analisou-se
histomorfologicamente o comportamento dos tecidos apicais e periapicais de
dentes de cães, pela ação do hipoclorito de sódio a 1,0%, 2,5% e 4,8% como
solução irrigadora e o efeito dessa substância em associação a posterior
"curativo de demora" em aplicação tópica de hidróxido de cálcio mais
Macrogol 400.
Transcorridos os períodos
experimentais de 72 horas e 7 dias e após a preparação histológica e análise
dos resultados pode-se concluir que:
1. As
soluções de hipoclorito de sódio avaliadas apresentaram-se como irritantes em
intensidade variável, na dependência direta da concentração utilizada.
2. A
tendência reparativa, atestou o efeito agressivo imediato das soluções de
hipoclorito de sódio e, protetor do "curativo de demora" empregado.
3. A
necrose superficial do conjuntivo das ramificações do delta apical presenciadas
no grupo A (controle), deveu-se ao trauma cirúrgico e sobretudo à ação de
contato da mistura hidróxido de cálcio + Macrogol 400.
4. A
mistura de hidróxido de cálcio + Macrogol 400, utilizada como "curativo de
demora", apresentou comportamento compatível com o tecido conjuntivo das
ramificações do delta apical.
18.
AVALIAÇÃO
COMPARATIVA DO POTENCIAL IRRITATIVO DE MISTURAS DE PARAMONOCLOROFENOL CANFORADO
UTILIZADAS COMO "CURATIVO DE DEMORA" NO TRATAMENTO DE CANAIS
RADICULARES. ESTUDO HISTOPATOLÓGICO EM
DENTES DE CÃES.
REJANE
ANDRADE DE CARVALHO*, RAPHAEL CARLOS COMELLI LIA** & CARLOS BENATTI
NETO**
*Ex-Aluna
do Curso de Especialização - Nível de Mestrado em Dentística Restauradora -
FOA/UNESP.
**Deptº de
Fisiologia e Patologia - FOA/UNESP.
Na presente pesquisa analisou-se
histomorfologicamente o comportamento dos tecidos apicais e periapicais de
dentes de cães, após biopulpectomia, quando do emprego como curativo de demora
do paramonoclorofenol canforado, nas proporções 3,5:6,5 e 2,5:7,5 , tendo como
controle o Macrogol 400.
Após período experimental de 3 e
7 dias, a avaliação dos resultados permitiu-nos concluir que:
1. A
utilização de substâncias líquidas missíveis nos fluídos intersticiais, ainda
que consideradas inócuas, deve ser contra-indicada como "curativo de
demora" por permitir efeito de "espaço vazio".
2. A
proporção comercial do paramonoclorofenol canforado (3,5:6,5) determinou
extensas necroses e intenso quadro reacional inflamatório, chegando a formação
de micro-abcessos apicais e periapicais em alguns casos.
3. A
persistente necrose e a reação inflamatória mesmo que com intensidade reduzida
aos 7 dias demonstraram efeito sequente das misturas de paramonoclorofenol
canforado.
19.
REPARAÇÃO
APICAL E PERIAPICAL PÓS-
TRATAMENTO
ENDODÔNTICO, DECORRENTE
DA
AMPLIAÇÃO DO FORAME APICAL.
BENATTI, O.; VALDRIGHI, L.; BIRAL,
R.R.
(Faculdade de Odontologia de
Piracicaba
- UNICAMP).
Esta pesquisa objetivou estudar
a ampliação do diâmetro do canal na porção apical pós-tratamento de canais
radiculares, em biopulpectomias em dentes de cães. Após sobreinstrumentar 134 canais, 2 milímetros além do forame,
ampliou-se os canais a calibres variáveis, correspondentes às limas de número
40, 60 e 80. Depois de assim preparados
os canais foram obturados até o limite de 1 a 3 milímetros aquém do forame e
controlados readiograficamente. Os cães
foram sacrificados 3 - 7 - 30 e 120 dias, e os resultados evidenciaram,
invariavelmente, a invaginação do tecido conjuntivo da região do ligamento
periodontal para o interior do canal.
Este tecido sofreu uma série de modificações com o passar do tempo até
formar uma espessa camada de cemento junto às paredes do canal na altura do
ápice, chegando-se à conclusão que a ampliação do diâmetro da porção apical
cria condições para o espaço apical não obturado do canal durante o processo de
reparação pós-tratamento endodôntico.
20.
ATIVIDADE
ANTIMICROBIANA DE CIMENTOS, SOLUÇÃO E
SUSPENSÃO SATURADA DE HIDRÓXIDO
DE CÁLCIO.
SPERANÇA, P.A.; BIRAL, R.R.;
PUPO, J. & VALDRIGHI, L.
(Faculdade
de Odontologia de Piracicaba UNICAMP)
Com o
objetivo de avaliar o potencial antimicrobiano de preparações odontológicas à
base de hidróxido de cálcio, foram utilizados no presente estudo três cimentos,
a suspensão e a solução saturada. Estes
materiais foram testados numa primeira fase através de provas de difusão em gel
de Ágar frente aos microrganismos: B. subtilis, P. aeruginosa, Staph.
epidermides, Str. faecalis var. liquefaciens, Str. salivarius, Str. mutans, C.
albicans e contra um coquetes de microorganismos provenientes de raspas de
dentina colhidas de cavidades de cárie profunda. Numa Segunda fase procurou-se caracterizar a ação dos diversos
materiais, ou seja, se os mesmos mostravam características bactericidas sobre o
microorganismo mais resistente, revelado pelo estudo anterior, (Str. faecalis var. liquefaciens). Numa terceira fase verificou-se a condição
microbiológica das folhas dos blocos de manipulação dos cimentos.
A análise
dos resultados permitiu concluir que: 1º) Os materiais testados possuem diferentes
potenciais antimicrobianos; 2º) a suspensão e a solução possuem um efeito de
característica bacteriostática; 3º) os cimentos não são capazes de se
autoesterilizar após quinze minutos de contato com Str. faecalis var.
liquefaciens; 4º) os blocos de manipulação que acompanham os produtos
mostraram-se contaminados, permitindo inferir uma possível quebra da cadeia
asséptica, quando se faz capeamento pulpar direto.
21.
ESTUDO DA
AMILOIDOSE SENIL EM LÍNGUAS HUMANAS.
Heloísa
Coelho*, Esther G. Birman.
Depósitos de substância amilóide
tem sido observados no envelhecimento, em vários órgãos principalmente coração
à semelhança dos chamados pigmento de desgaste ou lipofuscina. Trabalhos anteriores demonstraram que este
pigmento se distribui também na língua, à semelhança do coração (Birman e
colab. 83).
Assim procuramos detectar em
línguas humanas obtidas de necrópsias, a presença de substância amilóide,
enquadrando-a no tipo mais recentemente estudado, a chamada amiloidose senil.
Procurando observar estes
aspectos, agrupamos até o momento cerca de 50 línguas humanas, a fim de
detectar a presença de substância amilóide, utilizando predominantemente à
coloração pelo Vermelho-Congo sendo os espécimes analisados ao microscópio
óptico e a luz polarizada.
Até o momento, não detectamos no
material estudado presença da substância amilóide, fato este comprovado
recentemente por Van der Waal e colab. 84, na Holanda enquanto anteriormente
Yamaguchi e colab. 82, observaram positividade em 36,4% numa amostra japonesa,
principalmente após 90 anos.
Frente a estes aspectos
discordantes, procuramos discutir os nossos dados e pesquisar outras formas de
modo a confirmar a presença ou ausência da substância amilóide, suas
interelações com problemas sistêmicos além de verificar sua importância quanto
ao aspecto funcional do órgão ou tecido afetado.
*C.D.
Estagiária da Disciplina de Patologia da FOUSP.
22.
SÍNDROME DE
SECKEL
LILIAN W.
CHILVARQUER; MARIA GORETTI S. SILVA & VITÓRIA I.M. SANTOS
Odontopediatria/FOUSP
Apresentamos um caso clínico de
um paciente com Síndrome de Seckel.
Esta síndrome apresenta um caráter hereditário e especula-se a
possibilidade de estar ligada a um gen autossômico recessivo. É discutível a recorrência familiar e a
consanguinidade.
Até a presente data foram
encontrados cinqüenta e quatro (54) casos descritos na literatura. Esta síndrome caracteriza-se por apresentar
um nanismo estatural extremo; baixo peso ao nascimento; circunferência da cabeça
diminuída; dimensões pequenas e proporcionais do crânio e da face; implantação
baixa da orelha; nariz proeminente semelhante à bico; um certo grau de retardo
mental; presença freqüente de más formações congênitas, em adição à
configuração anormal da face, a qual se apresenta semelhante a pássaro;
micrognatia mandibular e proeminência aparente da maxila.
Os aspectos referentes a
dentição, são relatados com grande variabilidade no que se refere a agenesia,
cronologia e seqüência de erupção, má oclusão, e dimensões dentais. Entretanto, nota-se uma grande freqüência de
hipoplasia do esmalte acometendp a dentição decídua porém, com exceção dos
segundos molares. O quadro clínico de
cárie "rampante" é também presente nesta dentição.
Apesar destes pacientes
apresentarem um nanismo, observa-se a proporcionalidade das dimensões.
23.
ESTUDO
ANTROPOMÉTRICO DA LÍNGUA DA MANDÍBULA (língua mandibulae) EM MANDÍBULAS HUMANAS
DE INDIVÍDUOS DOS SEXOS MASCULINO E FEMININO*.
Silva
Junior, W.
Departamento
de Ciências Fundamentais para a Saúde.
CEBIM. Universidade Federal de
Uberlândia.
O estudo anatômico na
Odontologia é de inestimável valor, tanto sob o ponto de vista puramente
morfológico, como sob o aspecto de ciência aplicada, contribuindo sempre e de
modo decisivo no esclarecimento de questões fundamentais, como também no
estabelecimento e aperfeiçoamento das técnicas odontológicas.
Realizamos no nosso estudo 8
mensurações (largura e altura máxima do ramos, abertura do ângulo da mandíbula
e as distâncias: língula-borda anterior; língula-borda posterior; língula-base
do ramo; língula incisura e língula-crista temporal), em 140 mandíbulas (80
masculinas e 60 femininas) perfazendo um total de 2.238 medidas que foram
submetidas a um tratamento estatístico.
Como resultado dos nosso estudo,
verifica-se que a língula da mandíbula ocupa uma posição póstero-superior na
face interna do ramo da mandíbula. Esta
situação significa que ela está mais próxima da incisura da mandíbula do que da
base do ramo e mais perto da borda posterior do que da borda anterior do ramo
da mandíbula.
Outro aspecto que assume grande
interesse clínico em nossa pesquisa, diz respeito à distância língula da
mandíbula-borda anterior e língula da mandíbula-crista temporal. Quando nos reportamos às anestesias tronculares
do nervo alveolar inferior, executado na região ptérigo-mandibular, lembramos
que é comum o emprego de agulhas longas, que medem em torno de 4,0 cm, e as
técnicas anestésicas recomendam quase que sua total introudução nos tecidos
moles. Considerando-se que, da borda
anterior à língula a distância é em torno de 1,82 à 1,85 cm e da crista
temporal à língula, é de 1,21 à 1,24 cm, verifica-se que a língula e,
conseqüentemente a região do nervo alveolar inferior, que está um pouco mais
atrás. Vê-se também, que não é necessário
o uso de agulhas longas na anestesia ptérigo-mandibular, sendo suficiente
usarmos uma agulha curta, que mede em torno de 2,5 cm.
24.
EFEITOS DA
AMPLIAÇÃO DO FORAME APICAL NA REPARAÇÃO PÓS TRATAMENTO ENDODÔNTICO EM DENTES
DESVITALIZADOS E INFECTADOS.
(ESTUDO
PRELIMINAR EM DENTES DE CÃES)
FRANCISCO
JOSÉ DE SOUZA FILHO; ORESTE BENATTI
& OSLEI PAES DE ALMEIDA
Deptº de
Patologia - FOP/UNICAMP
Esta pesquisa objetivou estudar
a influência da ampliação do forame apical na reparação pós tratamento
endodôntico de dentes de cães desvitalizados e infectados. Foram usados os 3º e 4º pré-molares
inferiores de ambos os lados de quatro cães jovens e adultos, perfazendo um
total de 32 canais radiculares. Após a
remoção da polpa, a base cementária, existente na região periapical de dentes
de cães, foi perfurada com lima tipo Kerr nº 15, ultrapassando o forame
aproximadamente 2mm, e todos os canais foram deixados abertos para provocar
contaminação.
Decorridos 45 dias, os canais
foram sobreinstrumentados 2mm além do ápice até o calibre correspondente à lima
tipo Kerr nº 60 e obturados 2mm aquém do limite apical.
Os cães foram sacrificados 90
dias após a obturação dos canais e os resultados microscópios evidenciaram desde a presença de reação
inflamatória aguda na região periapical até o crescimento de tecido conjuntivo
do ligamento periodontal para o interior do canal, até o limite da obturação e
restabelecimento da normalidade do periápice.
Considerando os limites das condições e metodologia envolvidos no
desenvolvimento desta pesquisa, podemos concluir que a ampliação do foram
apical pode desempenhar importante papel na reparação pós tratamento
endodôntico em necropulpectomias.
25.
CONTRIBUIÇÃO
AO ESTUDO DE Mycoplasma COMO COMPONENTE DA MICROBIOTA NORMAL DA CAVIDADE ORAL
HUMANA.
JOSÉ LUIZ
DE LORENZO*; ANTONIO JOAQUIM ROSSINI**; BENEDITO JOÃO DE AZEVEDO PIOCHI* &
BRASÍLIO S. DE OLIVEIRA Jr.***
*Deptº de
Microbiologia - ICB/USP; **Fac. Medicina Veterinária e Zootecnia da USP;
***Instituto Biológico de São Paulo
Baseados na total ausência de
informes a respeito da ocorrência de Mycoplasma na cavidade oral de brasileiros
e no reduzido número de pesquisas mesmo em âmbito internacional, os autores
analisaram o problema em alguns nichos ecológicos orais de três grupos
distintos: 10 dentígeros adultos (saliva, raspado de superfície lingual e placa
dental), 5 desdentados adultos que nunca usaram dentadurasa artificiais (saliva
raspado de superfície lingual) e 5 crianças edêntulas (em brocação oral); para
esses doadores, foram traçados parâmetros para que pudessem ser considerados
"normais". Foram
introduzidas, na metodologia convencional, modificações relativas à redução do
contingente microbiano contaminante, à colheita dos materiais e processamento bacteriológico
subseqüente e aos meios de cultivos utilizados. A caracterização das amostras foi fundamentada no desenvolvimento
em meio seletivo, no aspecto microscópio das colônias desenvolvidas ("ovo
frito"), na técnica de coloração de Dienes, na capacidade ou não da
formação de "filmes" no ágar, na capacidade ou não de desenvolvimento
em meio desprovido de soro, na microscopia eletrônica e nas provas bioquímicas
de redução do tetrazólio e hidrólise da
arginina. A identificação foi feita
através de provas sorológicas efetuadas no "Mycoplasma Reference
Laboratory" (Public Health Laboratory Service, Norwich, England), que
reconheceu, nos materiais enviados, as espécies características da cavidade
oral: Mycoplasma salivarium e M.orale.
Mycoplasma foi isolado da
cavidade oral de todos os indivíduos dentados analisados, dos três nichos
ecológicos estudados, estando ausente somente na placa dental de um dos
doadores: esta é a mais elevada porcentagem de isolamento encontrada na
literatura internacional, provavelmente atribuível às modificações
metodológicas. A positividade de
isolamento decresceu nos edêntulos adultos e, mais marcantemente, nas crianças
desdentadas, reforçando o conceito de que a presença dos dentes, ao lado da
aderência à mucosa oral, favorece a sua implantação na cavidade oral. Esses resultados, obtidos a partir de
doadores "normais", fornecem subsídios para o reconhecimento de
Mycoplasma como participante da microbiota oral humana.
26.
FIBROMATOSE
GENGIVAL: PADRÕES DE HEREDITARIEDADE E EXPRESSÃO CLÍNICA
LOURENÇO
BOZZO; OSLEI PAES DE ALMEIDA; ULISSES F.L. SALGADO £ APARECIDO DO NASCIMENTO
-Faculdade
de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP.
A fibromatose gengival é uma
condição mais ou menos freqüente no consultório odontológico, e apesar da
relativa semelhança clínica e histopatológica de muitos casos, os mecanismos
patogênicos e os fatores etiológicos implicados apresentam muitas
variáveis. A Hereditariedade por um
lado e as influências ambientais por outro lado constituem fatores essenciais
do desenvolvimento dessas anormalidades.
Cento e oito (108) membros de uma família foram examinados, sendo que 41
apresentavam fibromatose gengival em diferentes graus de intensidade. Detalhado estudo está sendo feito sobre o
grau de participação dos diferentes fatores implicados na expressão clínica da
fibromatose gengival hereditária, nesta família.
Existem na literatura algumas
controvérsias sobre o tipo de transmissão desta alteração. Para alguns autores a transmissão pode ser
por um gen autossômico dominante, e para outros, por um gen dominante ligado ao
sexo. No presente trabalho surgiram,
durante o exame clínico, situações nas quais era extremamente difícil
diferenciar uma discreta hiperplasia gengival associada a fatores circunstanciais,
de uma verdadeira fibromatose, de caráter hereditário. Procurou-se então estabelecer uma graduação
das intensidades das manifestações clínicas, a fim de identificar exatamente os
indivíduos portadores da FGH diferenciando-os dos portadores de simples
hiperplasias gengivais associadas a outros fatores, não genéticos.
O estudo detalhado da árvore
genealógica mostra que a anormalidade é transmitida por um gen autossômico
dominante. Mostra ainda que as
alterações estão presentes desde o nascimento e que apresenta variáveis graus
de expressão clínica, provavelmente na dependência de conjugações com fatores
locais.
27.
FOSFATASE
ÁCIDA DE PARÓTIDA BOVINA: - PURIFICAÇÃO E ESTUDO DE ALGUMAS PROPRIEDADES.
Taga, E.M.
& Tárzia, O.
Departamento
de Bioquímica. Faculdade de Odontologia
de Bauru. Universidade de São
Paulo. Bauru, SP.
A parótida bovina contém pelo
menos 2 isoenzimas de fosfatase ácida, sendo 1 forma de alto peso molecular
provavelmente de natureza lisossomal, inibível por tartarato e fluoreto e a
outra forma de baixo peso molecular localizada no citoplasma com padrão de
inibição completamente diferente da forma de alto peso molecular.
Neste trabalho purificou-se uma
fosfatase ácida de baixo peso molecular de parótida bovina. A enzima foi purificada cerca de 1400 vezes
por um procedimento envolvendo: extração, fracionamento com sulfato de amônio,
precipitação ácida e cromatografia em SP-Sephadex com eluíção por afinidade.
A enzima purificada possue uma
cadeia polipeptídica simples com peso molecular de 14.000 determinado por
eletroforese em gel de poliacrilamida contendo SDS e comprovado por filtração
em Sephadex G-75.
Estudos cinéticos utilizando
p-nitrofenil fostato como substrato foram realizados: determinação da constante
de Michaelis-Menten, estudo do efeito do pH, determinação da Ki para o fosfato
e estudo de inativação térmica.
A enzima é rapidamente inativada
por reagentes do grupamentosulfidrila como p-cloromercuribenzoato e íons de
metais pesados.
28.
INFECÇÃO PULPAR
EXPERIMENTAL EM RATOS*
FLÁVIO
ZELANTE, ÂNGELA LUCIA BRYN; VERA CAVALVANTI DE ARAUJO
Deptº de
Microbiologia - ICB/USP
Ratos Wistar, divididos em cinco
lotes, sofreram contaminação intrapulpar com cultura de Staphylococcus aureus
(grupo I), Streptococcus mutans (grupo II), Streptococcus sanguis (grupo III),
Escherichia coli (grupo IV) e Candida albicans (grupo V), seguindo-se a
metodologia proposta por Araujo e cols. (1983).
Após 40 dias da contaminação, os
animais foram sacrificados, removidas as maxilas e, antes de qualquer outro
procedimento, elas foram radiografadas.
Seguia-se o processamento usual de fixação e descalcificação para a
obtenção de cortes histológicos, corados pela H.E. Para permitir as necessárias comparações, foi considerado como
modelo padrão, a resposta observada no grupo I.
Todos os dentes que foram
experimentalmente infectados, apresentaram áreas radiolúcidas de extensão
variável, na região periapical.
Ao exame histológico, de uma
forma geral observava-se, em todos os animais examinados, necrose pulpar com
comprometimento periapical.
Aparentemente, reações mais intensas foram observadas nos animais
inoculados com Staphylococcus aureus e Streptococcus mutans.
*Trabalho
subvencionado pela FAPESP Proc. 83/1634-6
29.
VIAS DE
DRENAGEM LINFÁTICA DAS REGIÕES DE PALATO DURO E MOLE EM RECÉM-NASCIDOS E
CRIANÇAS
LUÍS
ROBERTO DE TOLEDO RAMALHO; CARLOS LANDUCCI
& HÉLIO FERRAZ PORCIÚNCULA
Deptº de
Morfologia - Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP
Através de injeções seletivas,
realizadas nas regiões medianas nos palatos duro e mole de 32 cabeças de
recém-nascidos e crianças, os autores procuraram estabelecer quais as vias de
drenagem linfática originadas nestas regiões, seus respectivos trajetos e os
grupos de linfonodos de que são tributárias.
As cabeças foram conservadas a
uma temperatura de 1°C a 4°C e após descongelamento, foram injetadas com massa
de Gerota, modificada por ROUVIÈRE, fixadas em formol e branqueadas por solução
de água oxigenada e formol. Respeitadas
e mantidas sempre que possível as estruturas relacionadas com o trajeto dos
vasos, as peças foram dissecadas sob lupa binocular estereoscópica.
Os resultados mostraram que
estas regiões fazem sua drenagem através de três (3) vias, das quais a VIA
PALATINA CERVICAL PROFUNDA, tributária dos linfonodos jugulodigástricos, esteve
presente, em 92,1% dos casos, seguida da VIA RETROFARINGEANA, presente em 48,4%
e da SUBMANDIBULAR em 9,3%, tributárias dos linfonodos Retrofaringeanos
laterais e submandibulares, respectivamente.
30.
VIAS DE
DRENAGEM LINFÁTICA DAS REGIÕES INCISIVA, CANINA E MOLAR DA GENGIVA PALATINA DE
RECÉM-NASCIDOS E CRIANÇAS
LUÍS
ROBERTO DE TOLEDO RAMALHO; CARLOS LANDUCCI
& HÉLIO FERRAZ PORCIÚNCULA
Deptº de
Morfologia - Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP
Utilizando o
método de injeções seletivas, os autores injetaram com Massa de Gerota,
modificada por ROUVIÈRE, as regiões incisiva, canina e molar da gengiva
palatina de 34 cabeças (68 lados), de recém-nascidos e crianças.
Com o objetivo de
determinar quais as vias de drenagem linfática originadas nessas regiões,
respectivos trajetos e os grupos de linfonodos de que são tributárias, as peças
foram dissecadas sob lupa binocular estereoscópica, respeitando e mantendo
sempre que possível as estruturas relacionadas com os trajetos dos vasos, desde
sua origem (local de infiltração) até a 1ª estação de linfonodos.
Os resultados
permitiram-nos concluir que a drenagem linfática destas regiões faz-se através
de 3 vias, sendo que a VIA PALATINA CERVICAL PROFUNDA, tributária dos
linfonodos jugulodigástricos, mostrou-se preferencial, estando presente em 72%
dos casos, seguida de Via Palatina Submandibular, 36,7% e Retrofaringeana 22%,
que drenam para os Linfonodos Submandibulares e Retrofaringeanos laterais,
respectivamente.
31.
AVALIAÇÃO
DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE SOLUÇÕES FARMACÊUTICAS UTILIZADAS COMO
COLUTÓRIO. ESTUDO "IN VITRO"
E "IN VIVO"
JOSÉ
RANALI & RENATO ROBERTO BIRAL
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba - FOP/UNICAMP
Avaliou-se o potencial
antimicrobiano de 16 soluções
farmacêuticas comerciais utilizadas como colutório, através de 3
métodos: a) o método para o teste de difusão em gel de ágar, com as soluções em
contato direto com as culturas de germes; b) o método de MILLER, DOMINIC &
CRIMMEL (1973) modificado; c) um teste "in vivo", com metodologia
baseada nos trabalhos de DAMASCENO, RODRIGUES & SILVA (1972) e NUNGESTER
& KEMPF (1942). Concluiu-se que:
1) O Plak-out, nos três estudos,
revelou-se o mais eficiente. O Gurgol,
apesar de não ter revelado atividade no teste de ação pelo contato direto,
revelou-se um bom antisséptico no teste da capacidade bactericida, a ação do
iodo-povidona, devido a resistência oferecida pelo Staph. aureus, Str. faecalis, var. liquefaciens e germes da
placa dental, não pode ser enquadrado como bom antisséptico, muito embora, no
teste "in vivo" tenha se revelado eficiente. Enquadramento semelhante teve a solução II,
pois falhou no teste da capacidade bactericida, perante alguns germes. 2) Cepacol, Coluziazol,
Colutóide, Fonergin, Garsenyl e Listerine não se revelaram eficazes como antissépticos. Sugere-se porém, a necessidade de novas
pesquisas para serem melhor avaliados.
3) Flogoral, Hexomedine, Locabiotal,
Malvatricin, Malvona, não apresentaaram bom desempenho como antissépticos. 4)
Material de placa dental e sulco gengival, Staph.aureus,
Staph.epidermidis, Str. mutans, Str. salivarius e Str. faecalis, var,
liquefaciens são germes adequados para o estudo.
32.
EOSINÓFILOS
NA GENGIVA DE RATO
SÉRGIO
ROBERTO PERES LINE; OSLEI PAES DE ALMEIDA £ LOURENÇO BOZZO
Depto. de
Patologia - FOP/UNICAMP
Os eosinófilos são usualmente
encontrados em grande número na nasofaringe, bronquio, pulmões e trato
gastrointestinal. A função dos
eosinófilos nestes tecidos não está bem estabelecida, mas há evidências que
possam modular reações de hipersensibilidade e serem importantes nas
parasitoses. Observamos que eosinófilos
podem ser encontrados na gengiva da ratos e neste trabalho procuramos verificar
se a presença destas células está associada a placa dental.
Em quinze ratos foi colocado fio
de algodão na região cervical dos 1º molares inferiores, para facilitar o
acúmulo de placa dental e permitir o desenvolvimento de doença
periodontal. Depois de 35 dias os fios
foram retirados e implantados no subcutâneo de animais normais e com doença
periodontal. Observações microscópicas
após 2,5,...... e 15 dias do implante no subcutâneo não demonstraram diferenças
nas reações inflamatórias entre os dois grupos de animais e eosinófilos não
foram observados no infiltrado inflamatório.
33.
BIOCOMPATIBILIDADE
DE CONDICIONADORES DE TECIDOS. ESTUDO
DO HISTOLÓGICO EM RATOS.
LUIS AUGUSTO PASSERI
Prof. Ass.,
Disc. De Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, Faculdade de Odontologia
de Piracicaba - UNICAMP.
A
biocompatibilidade de condicionadores de tecidos, foi avaliada
histologicamente, utilizando 120 ratos albinos, machos, pesando entre 300 e350
g. Três condicionadores: FITT, Lynal e
Visco-gel, e uma pasta zinco-eugenólica: Pasta Lysanda, foram colocados em
contato com ferida cruenta no palato e preenchendo cavidade óssea na mandíbula.
Os animais operados no palato
foram sacrificados após 2, 5, 10 e 15 dias, e aqueles operados na mandíbula aos
4, 8, 16 e 30 dias pós-operatórios.
Foram feitos cortes semi-seriados de 6 micrometros e corados pela
hematoxilina-eosina.
A pasta zinco-eugenólica foi o
material mias irritante aos tecidos, enquanto os condicionadores teciduais
apresentaram graus variados de biocompatibilidade, sendo os melhores resultados
observados com Lynal e Visco-gel.
34.
PRESENÇA DE
EOSINÓFILOS NA DOENÇA PERIODONTAL DE RATOS.
Bertão,
J.M. & Almeida, O.P. de
Departamento
de Patologia. Faculdade de Odontologia
de Presidente Prudente e Departamento de Patologia da Faculdade de Odontologia
de Piracicaba. Piracicaba, SP.
Eosinófilos estavam presentes na
inflamação gengival provocada experimentalmente em ratos, colocando-se ligadura
com fios de algodão na região cervical dos primeiros molares inferiores. O número de eosinófilos aumentou
progressivamente até 30 dias após a colocação do irritante gengival, não
havendo posterior modificações quantitativas.
Inicialmente, os eosinófilos estavam
localizados nas áreas inflamadas subjacentes ao epitélio e, depois de 30
dias, situavam-se no córion mais profundo, entre as fibras de colágeno. Mastócitos raramente foram observados no
tecido periodontal próximo às áreas inflamadas, indicando que estas células não
atuaram diretamente na migração dos eosinófilos além da participação dos
eosinófilos, em mecanismos imunológicos sugere-se que possam estar envolvidos
na síntese e degradação de fibras colágenas.
Com bases nos resultados deste
trabalho, concluímos que: a) Eosinófilos estavam presentes na doença
periodontal provocada experimentalmente em ratos; b) O número de eosinófilos
aumentou após a colocação do irritante gengival até aos 45 dias; c) Não foi
constatada a presença de mastócitos na área da doença periodontal inflamatória
experimentalmente provocada.
35.
CÁRIE POR
ALEITAMENTO MATERNO PROLONGADO
ISABELA A.
PORDEUS & CELIA R.M. DELGADO
Odontopediatria
- Faculdade de Odontologia/USP
São apresentados quatros casos
clínicos, onde o aleitamento materno prolongado é apontado como um dos
prováveis agentes etiológicos de "cárie rampante" em crianças
jovens. O conteúdo de carboidrato
fermentável, sob a forma de lactose, é maior no leite humano quando comparado
com o leite bovino e com o leite em pó, o que lhe confere uma maior capacidade
de redução de pH. O possível efeito
tampão do leite humano parece estar diminuído em conseqüência da baixa
concentração de proteínas, fósforo, cálcio e outros minerais.
Como o aleitamento materno é
oferecido à criança principalmente durante o período de sono, momento em que há
redução intensa do fluxo salivar associada a uma diminuição da deglutição, o
leite permanece em contato com os microorganismos acidogênicos por um maior
período de tempo. Ocorre, então, uma
diminuição da diluição e da capacidade tampão salivar, com pouca ou nenhuma
eliminação de carboidratos fermentáveis, que exercerão um maior efeito
cariogênico.
São discutidos também os
aspectos clínicos da cárie dentária de tal entidade.
36.
AVALIAÇÃO
DA ATIVIDADE ENZIMÁTICA DA DESIDROGENASE LÁCTICA E DAS FOSFATASES ÁCIDA E
ALCALINA DENTINÁRIAS DE RATOS SUBMETIDOS À DIETA CARIOGÊNICA.
Pinheiro,
C.E.
Departamento
de Bioquímica. Faculdade de Odontologia
de Bauru. Universidade de São
Paulo. Bauru, SP.
A cárie dentária é uma doença
multifatorial, decorrente da interação entre microorganismos, dieta e dente
suscetível. Com relação à participação
de microorganismos e da dieta, muitas informações já se tem conseguido nestes
últimos anos. Contudo, no que diz
respeito à suscetibilidade do dente, estamos ainda bem no início. Vários fatores podem influenciar a
suscetibilidade do dente à cárie, significando neste caso uma queda de
resistência aos agentes agressores pelo aumento da permeabilidade do
esmalte. Como este parâmetro está
diretamente relacionado à vitalidade dentinária e como a dentina possue um
intenso metabolismo glicolítico, torna-se de grande interesse em se estudar uma
possível ação da dieta "per se" sobre a atividade enzimática
dentinária, no período que antecede ao aparecimento da lesão incipiente da
cárie.
Ratos com 21 dias de idade foram
mantidos em ração cariogênica por um período de 1 semana, após o que foram
sacrificados, seus dentes molares removidos e separados as coroas dentárias
despulpadas. Estas coroas foram
trituradas em um gral de porcelana imerso em gelo, contendo solução de tampão
fosfato pH 7,4. O extrato foi
centrifugado e no sobrenadante foram avaliadas as enzimas: desidrogenase
láctica, fosfatase alcalina e fosfatase ácida.
Os resultados demonstram que nos
ratos mantidos em dieta cariogênica houve um aumento da desidrogenase láctica e
das fosfatases quando comparados aos ratos controles mantidos com ração normal.
37.
DO EMPREGO
DO HIPOCLORITO DE SÓDIO, PARAMONOCLOROFENOL E HIDRÓXIDO DE CÁLCIO EM NECROSE
PULPAR DE DENTES HUMANOS.
Elen
M.O.Oleto - Gilberto R.Melo - Deptº Odont.Rest/FOUFMG.
Foram selecionados 41 dentes
unirradiculares portadores de necrose pulpar em pacientes do serviço de ambulatórios
da Faculdade de Odontologia da UFMG. A
idade variou entre 10 e 39 anos. Os
pacientes foram divididos ao acaso em 3 grupos: O grupo 1 foi usada para
irrigação numa solução de hipoclorito de sódio a 2,6% e como curativo de
demora, paramonoclorofenol a 2%, em solução aquosa; no grupo 2, era usada a
mesma solução e como curativo de demora uma pasta de Hidróxido de Cálcio p.a. e
paramonoclorofenol em solução aquosa a 2%; no grupo 3, hipoclorito de sódio a
2,6% aquecido a 38°C, para irrigação e uma pasta de hidróxido de cálcio p.a. e
paramonoclorofenol em solução aquosa a 2%
As pastas eram levadas ao canal com o auxílio de uma troca de lentulo,
até preencher o canal completamente.
Nosso trabalho permitiu concluir que :-1. Foram encontrados microrganismos
na maioria dos canais radiculares de dentes portadores de Necrose pulpar
(90,25% dos caos estudados). 2.
Observou-se uma predominância de microrganismos anaeróbios nas amostras
colhidas (93,7%). 3. O preparo
mecanicoquimico participou efetivamente no controle da microbiota presente nos
canais radiculares. 4. O
paramonoclorofenol solução aquosa a 2%, quando aplicada como curativo de demora
em casos de necrose pulpar, pode não alcançar o efeito desejado. 5. Um tratamento endodontico, em casos de necrose
pulpar poderia ter seus passos reduzidos desde que utilizássemos durante o
preparo químico-mecânico, como solução irrigadora, o hipoclorito de sódio a
2,6% aquecido, acompanhado da mistura de paramonoclorofenol solução aquosa a 2%
e de hidróxido de cálcio, como curativo de demora.
38.
CONSUMO DE
O2 PELOS TECIDOS HEPÁTICO E RENAL, OBTIDOS DE RATAS PRENHAS, SUBMETIDAS A
TRATAMENTO COM ÁGUA FLUORETADA EM DIFERENTES CONCENTRAÇÕES E CONDIÇÕES
EXPERIMENTAIS
THALES
ROCHA DA MATTOS FILHO; ANTONIO CARLOS NEDER; SAMIR TUFIC ARBEX; MARIA DE
LOURDES G. DA GAMA; MIAKY ISSAO
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba - FOP/UNICAMP
Estudou-se, no aparelho de
Warburg, o consumo de oxigênio (QO2) pelos tecidos hepático e renal, de ratas
prenhas, que receberam água fluoretada (NaF) nas concentrações de 10, 25, 50 e
75 ppm. As experiências foram
realizadas em três grupos de animais. O
grupo I constituiu-se de ratas que não receberam fluoreto; o grupo II
constituiu-se de ratas que receberam fluoreto por todo o período de vida, desde
o desmame até darem cria; e o grupo III constituiu-se de ratas que receberam
fluoreto somente durante o período de prenhez.
Os resultados mostraram que o
fluoreto causou uma tendência em aumentar o consumo de oxigênio pelos referidos
tecidos, notadamente pelo hepático. Nas
concentrações utilizadas no experimento, o fluoreto não produziu inibição
enzimática, pois quando se acrescentou glicose ao meio, houve uma tendência em
aumentar ainda mais o consumo de oxigênio.
Quanto ao período de exposição
ao fluoreto, ocorreu maior tendência em aumentar o consumo de O2, com o tecido
hepático das ratas que receberam fluoreto por todo o período de vida, o que não
ocorreu com o tecido renal. Em
quaisquer das concentrações utilizadas, o fluoreto não alterou a curva de
crescimento dos animais.
39.
ESTUDO DA
PRECISÃO DE REPRODUÇÃO EM MOLDES E MODELOS PARA PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL. EFEITO DE MATERIAIS E DISTÂNCIAS.
ANA LUCIA
MACHADO CUCCI; JOÃO BOSCO FULLER £ EUNICE TERESINHA GIAMPAOLO
Deptº de
Materiais Odontológicos e Prótese - UNESP
Foi estudado a precisão de
reprodução de 3 tipos de materiais de moldagem e de 1 material para
modelo. Os materiais de moldagem e
respectivas técnicas de espatulação empregadas foram: hidrocolóide irreversível
XANTALGIN - espatulação convencional; polisulfetos PERMLASTIC pesado e leve -
dupla espatulação; polisulfetos PERMLASTIC regular e silicona XANTOPREN
espatulação única; siliconas OPTOSIL/XANTOPREN - dupla espatulação e dupla
moldagem. O gesso pedra melhorado VEL-MIX foi o material para modelo
empregado. Utilizou-se um modelo padrão
de aço inoxidável, simulando um arco parcialmente desdentado possuindo 6 pontos
de referências A,B,C,D,E e F. As
distâncias entre os pontos AB, BC, EF e BE, foram mensuradas nos modelos
através de um projetor de perfil marca NIKON, modelo 6 C e comparadas com às do
modelo padrão. Após a análise
estatística concluiu-se: a) os moldes obtidos a partir dos polisulfetos pesado
e leve, regular e do hidrocolóide irreversível foram os que reproduziram as
medidas do modelo padrão com as menores diferenças. b) os modelos obtidos a partir dos moldes de optosil - xantopren
nas técnicas de dupla espatulação e dupla moldagem apresentaram os melhores
resultados na reprodução do modelo padrão.
c) das distâncias analisadas nos moldes, as de menor alteração em
relação ao modelo padrão. d) a
distância maior foi reproduzida com maior alteração nos moldes e modelos.
40.
EFEITOS DA
VIMBLASTINA SOBRE O CICLO CELULAR E MIGRAÇÃO DOS AMELOBLASTOS DE INCISIVOS DE
CAMUNDONGOS. ESTUDO RADIOAUTOGRÁFICO
USANDO ³H-TIMIDINA.*
MARIA M. F.
SAMPERIZ, GUILHERME BLUMEN & JOSÉ MERZEL
Depto. de
Morfologia - FOP/UNICAMP
Os efeitos da vimblastina sobre
o ciclo celular e a migração dos ameloblastos foram estudados nos incisivos
inferiores de camundongo através da marcação das células com ³H-timidina e
radioautografia. Um grupo de
camundongos recebeu 2µg/g de peso corporal de vimblastina, injetada intraperitonealmente,
e 6 h após, estes animais e os de um grupo controle, foram injetados, pela
mesma via, com 1µCi/g de peso corporal de ³H-timidina e sacrificados em
intervalos de tempo de 0,75 h a 15 dias.
O tempo de geração dos
ameloblastos no compartimento progenitor foi de 14,8 h nos animais tratados com
vimblastina e 17 h nos controles, usando-se o método da curva do fluxo de
metáfases marcadas; com o método da diluição dos grãos de prata os tempos
foram, respectivamente, 29,25 e 25,96 h.
O índice de marcação com timidina dos ameloblastos de animais tratados
foi 50% maior que o dos controles.
A velocidade de migração dos
ameloblastos, determinada tanto pelo método do deslocamento da célula, marcada
mais incisal como pelo método da diluição dos grãos de prata, foi menor no
grupo experimental (2,48 posições celulares/h ou 9,18 µm/h) quando comparada ao
controle (3,21 posições celulares/h ou 18,88 µm/h)
Os resultados relativos a taxa
de produção de ameloblastos são aparentemente contraditórios e são discutidos
em relação à geometria e a composição celular no órgão odontogênico dos
incisivos de roedores, indicando que o compartimento progenitor de ameloblastos
pode não ser o que habitualmente é considerado. A diminuição da velocidade de migração nos animais experimentais
é compatível tanto com um decréscimo na taxa de produção de ameloblastos como
com os efeitos citotóxicos da vimblastina, que causa a morte destas células no
compartimento secretor do órgão de esmalte.
*Trabalho
subvencionado pela FAPESP
41.
REMOÇÃO E
REUTILIZAÇÃO DE MATERIAL ORGÂNICO DO ESMALTE JOVEM PELOS AMELOBLASTOS
SECRETORES*
ZENAIDE S.
DE CASTRO; G. BLUMEN; J. MERZEL
Deptº de
Morfologia - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA - UNICAMP
A incorporação de ³H-Prolina na
matriz do esmalte mostrou comportamento diferente quando os dentes foram
fixados e descalcificados, ou quando congelados e cortados em criostato (Blumen
& Merzel,82). Após um pico às 24h
houve um decréscimo de radioatividade durante o trânsito pela região de
secreção, porém, no material cortado no criótomo foi observado um 2º pico de
reação radioativa 72 e 96h após, respectivamente nos ameloblastos e matriz
adjacente. Para esclarecer melhor esta
observação, usando um melhor controle experimental e simultaneamente estudando
a depuração sangüínea do composto radioativo, usamos camundongos com 1,5g (12h
de vida), divididos em 2 grupos. No 1º,
para o cálculo da taxa de migração dos ameloblastos, foram injetados com
³H-Timidina e sacrificados de 1 a 144h após a injeção. Hemimandíbulas direitas foram congeladas e
cortadas (6µm) seriadamente no criótomo.
As esquerdas foram fixadas em glutaraldeído 2,5%, incluídas em Poly-bed
e cortes de lum obtidos em ultramicrótomo.
Os radioautogramas mostraram que a taxa de migração diária dos
ameloblastos dos incisivos foi de 513 e 610µm/dia, respectivamente. No 2º grupo para o estudo da biossíntese e
remoção de material protéico do esmalte, injetou-se 5µCi/g de ³H-Prolina e
sacrificados de 10' a 144h após. Os
procedimentos histológicos foram semelhantes aos do 1º grupo, porém as
hemimandíbulas esquerdas foram fixadas com paraformaldeído 4%. 20µl de plasma do sangue coletado em tubos
capilares de cada animal, foi dosado em contador de cintilações. A correlação da velocidade de migração dos
ameloblastos e a biossíntese de proteínas do esmalte confirmou resultados
anteriores sobre a remoção de material protéico contendo prolina. No material cortado no criótomo repetiu-se o
2º pico de radioatividade tanto no esmalte jovem e ameloblastos secretores
enquanto no material incluído em Poly bed os referidos picos (2º), não foram
evidenciados nem nos ameloblastos secretores, nem na matriz jovem do
esmalte. Como a depuração sangüínea não
mostrou nenhuma atividade correspondente, que seria indicativa de um fenômeno sistêmico,
sugere-se que os ameloblastos secretores reutilizam o material degradado do
esmalte, de baixo peso molecular removível pela fixação, secretando-o novamente
para a mesma matriz.
*Trabalho
subvencionado pela FAPESP e pelo CNPq.
42.
RELAÇÃO
CENTRAL EM DESDENTADOS TOTAIS. ESTUDO
COMPARATIVO ENTRE OS MÉTODOS GUIADO NÃO FORÇADO E PELA RETRUSÃO DA LÍNGUA
SEGUIDA DO FECHAMENTO DA BOCA.
SERGIO
SUALDINI NOGUEIRA; JOSÉ GERALDO LOMBARDO; SERGIO RUSSI £ MARCO ANTONIO
COMPAGNONI
Deptº de
Materiais Odontológicos e Prótese
Foi realizado um
estudo comparativo entre os métodos guiado não forçado e retrusão da língua
seguida do fechamento da boca para a determinação da relação central em
pacientes desdentados totais.
Utilizou-se 20
pacientes, observando-se os seguintes critérios clínicos: a) rebordos poucos
reabsorvidos; b) fibromucosa com resiliência média; c) mucosa oral sem
problemas patológicos clinicamente detectáveis; d) relação inter-maxilar classe
I; e) ausência de distúrbios nas ATMs; f) capacidade retrusiva da língua.
Utilizando-se um
dispositivo extra-oral para os registros da relação central, obteve-se de cada
paciente, em uma placa de registro recoberta com uma pasta registradora, um
"ponto" correspondente ao método guiado não forçado e um
"ponto" correspondente ao método da retrusão da língua seguida do
fechamento da boca.
As variações
lineares em sentido ântero-posterior e lateral entre os "pontos" de
registro obtidos, foram mensurados em um projetor de perfil NIKON - 6 C.
Pelos resultados
obtidos, observou-se um maior potencial retrusivo do método guiado não forçado,
o que não descarta a utilização na clínica odontológica do método da retrusão
da língua, visto terem sido pequenas as variações lineares observadas entre os
dois métodos.
43.
EFEITOS DE
ALGUNS AGENTES DE LIMPEZA SOBRE A DENTINA OBSERVADO ATRAVÉS DE MICROSCOPIA
ELETRÔNICA DE VARREDURA.
MARIA
SALETE MACHADO CÂNDIDO, CARLOS EDUARDO FRANCISCHONE, JOSÉ MONDELLI, FAUSTO
GABRIELLI & ALCEU BERBERT.
(Departamento
de Odontologia Restauradora)
O propósito deste
trabalho foi investigar o efeito de limpeza mecânica de vários agentes, sobre a
superfície dentinária de 36 dentes humanos, recém-extraídos, através de
microscopia eletrônica de varredura. Os
agentes utilizados foram: ácido bórico a 2%, ácido fosfórico a 37%, ácido
cítrico a 50%, EDTA a 15%, solução aquosa de Ca(OH)2, Tergidrox, Tubulicid,
água destilada, Cavidry, peróxido de hidrogênio a 3%, soro fisiológico e
tergentol. Estes agentes foram
aplicados na superfície dentinária por ação de esfregaço, durante um
minuto. Os resultados foram baseados em
144 microfotografias com magnitude de 2430 x.
As fotomicrografias foram codificadas e o efeito de limpeza avaliado por
quatro duplas de examinadores calibrados.
Através de análise estatística de variância pôde-se concluir:
1 - O
efeito de limpeza dos agentes estudados foi significantes;
2 - Os
agentes estudados exerceram ação efetiva, catalogados em grupos na seguinte
ordem decrescente:
2.1 - ácido cítrico a 50%, ácido
fosfórico a 37%, EDTA a 15%;
2.2 - Tubulicid, ácido bórico a 2%;
2.3 - Cavidry, Tergentol, água
destilada, peróxido de hidrogênio a 3%, soro fisiológico, Tergidrox, solução aquosa de
Ca(OH)2.
44.
ESTUDO DA
SUPERFÍCIE DENTINÁRIA SUBMETIDA A SOLUÇÕES DE FOSFATO DE CÁLCIO E SÓDIO COMO
AGENTES DE LIMPEZA, MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA.
MARIA
SALETE MACHADO CÂNDIDO, FAUSTO GABRIELLI, MAURO SÉRGIO DOS SANTOS, ROBERTO
NUNES KONISHI & NILSO BARELLI.
(Departamento
de Odontologia Restauradora)
Os AA investigam
o efeito de limpeza mecânica das soluções de fosfatos de cálcio e sódio em
concentrações diferentes (2%, 6% e 12%), sobre a superfície dentinária de
dentes humanos extraídos através de microscopia eletrônica de varredura. De acordo com análises fotomicrográficas e
estatística de variância concluem que:
1 - O
efeito de limpeza das soluções estudadas não foi estatisticamente significante.
2 - Diante
de análise fotomicrográfica definiu-se três graus definidos de limpeza, a
saber:
2.1 - Má
limpeza - fosfato de cálcio 2% e fosfato de sódio a 6%.
2.2 - Média
limpeza - fosfato de cálcio 6%, fosfato de cálcio 12% e fosfato de sódio 2%.
2.3 - Boa
limpeza - fosfato de sódio a 12%.
UNITERMOS:
agentes de limpeza - dentina.
45.
ESTUDO
HISTOLÓGICO E HISTOFOTOMÉTRICO DO TECIDO DE GRANULAÇÃO DE RATOS EM CONDIÇÕES
NORMAIS E SOB AÇÃO DE DROGAS ANTI-INFLAMATÓRIAS
EDUARDO
DIAS DE ANDRADE; MÁRIO ROBERTO VIZIOLI; ANTONIO CARLOS NEDER
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba - FOP/UNICAMP
O presente trabalho teve como
uma de suas finalidades, acompanhar a síntese de colágeno e glicosaminoglicanas
no tecido de granulação, induzido artificialmente em ratos, desde uma fase
precoce até sua maturação. Por outro
lado, objetivou-se estudar os efeitos de drogas anti-inflamatórias, com
princípios ativos diferentes, na evolução deste mesmo tecido, comparando-a com
aquela observada em animais sob condições normais. Os resultados obtidos, de acordo com as doses empregadas, demonstraram
que a dexametasona 21-fosfato é uma potente inibidora da síntese de
mucopolissacarídeos ácidos e de colágeno, o mesmo acontecendo com a
fenilbutazona, esta porém, inibindo tal síntese em menor grau. Paralelamente, a tripsina pareceu interferir
na proliferação do tecido de granulação de uma maneira positiva, tanto
quantitativa como qualitativamente. A
partir desses resultados, pode-se concluir que o corticosteróide sintético
(dexametasona 21-fosfato), assim como a fenilbutazona, nas doses administradas,
constituem-se em grandes recursos terapêuticos quando houver necessidade de uma
inibição da proliferação do tecido granulação.
Ao contrário, o anti-inflamatório de origem enzimática (tripsina)
estaria indicado em processos inflamatórios nos quais uma síntese mais rápida e
organizada do tecido de granulação for de primordial importância.
46.
EFEITO DE
ALGUNS CIMENTOS CIRÚRGICOS (GENGIPAC COM EUGENOL, GENGIPAC SEM EUGENOL) E DE UM
CONDICIONADOR DE TECIDOS (FITT) NA EXSUDAÇÃO PLASMÁTICA E NA COMPOSIÇÃO CELULAR
DE GRANULOMAS DE ALTA RENOVAÇÃO.
PARTE I
*MARY ELENI
SIMÕES FLÓRIA MEDEIROS MOTTA, **SÉRGIO AUGUSTO CATANZARO GUIMARÃES &
**ROBERTO BRANDÃO GARCIA.
*Deptº de
Diagnóstico e Cirurgia da Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP
**Deptº de
Patologia da Faculdade de Odontologia de Bauru - USP
Neste trabalho estudou-se, em
ratas, o efeito de dois cimentos cirúrgicos, um contendo eugenol (Gengipac com
eugenol) e outro sem eugenol (Gengipac sem eugenol) e de um condicionador de
tecidos (FITT) nas fases agudas imediata e tardia da inflamação.
O método utilizado foi o do Azul
de Evans, no qual o corante é injetado por via intravenosa e determinado no
exsudato inflamatório formado no tecido conjuntivo 1 e 3 horas após o implante
do material. A leitura das amostras foi
realizada em um espectrofotômetro BECKMAN, Modelo DU-2 1098.
Como a intensidade do exsudato
inflamatório espelha o poder flogógeno do agente irritante, pudemos concluir
com base nos resultados obtidos que: 1- O Gengipac sem eugenol (G II) foi o
material que apresentou maior compatibilidade biológica na fase aguda da
inflamação, por ter provocado a formação de menor exsudação plasmática; 2- A
adição do eugenol ao Gengipac aumenta seu poder irritativo produzindo exsudação
plasmática mais acentuada que o material destituído de eugenol. A exsudação tanto na fase imediata como na
tardia permaneceu, contudo, em níveis mais inferiores do que os do FITT (G
III); 3- De todos os materiais testados, o FITT (G III) foi o que se mostrou
menos compatível na fase aguda, por ter induzido maior exsudação plasmática
tanto na fase imediata (1 hora) como na tardia (3 horas), sendo acentuadamente
maior nesta última.
47.
EFEITO DE
ALGUNS CIMENTOS CIRÚRGICOS (GENGIPAC COM EUGENOL, GENGIPAC SEM EUGENOL) E DE UM
CONDICIONADOR DE TECIDOS (FITT) NA EXSUDAÇÃO PLASMÁTICA E NA COMPOSIÇÃO CELULAR
DE GRANULOMAS DE ALTA RENOVAÇÃO.
PARTE II
*MARY ELENI
SIMÕES FLÓRIA MEDEIROS MOTTA, **SÉRGIO AUGUSTO CATANZARO GUIMARÃES &
**ROBERTO BRANDÃO GARCIA.
*Deptº de
Diagnóstico e Cirurgia da Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP
**Deptº de
Patologia da Faculdade de Odontologia de Bauru - USP
No presente trabalho, os autores
estudaram, em ratos, o efeito de dois cimentos cirúrgicos, um contendo eugenol
(Gengipac com Eugenol) e outro sem eugenol (Gengipac sem Eugenol) e de um
condicionador de tecidos (FITT), na
fase crônica da inflamação (4, 6, 8 e 12 dias).
Os materiais foram testados em
granulomas de alta renovação celular, provocados pelo implante de lamínulas de
vidro contendo ou não os materiais. A
avaliação deste método é feita pela determinação quantitativa do tipo celular
aderido à superfície da lamínula de vidro.
Assim, os materiais pouco irritantes induzem pequeno fluxo de macrófagos
e alta população de células gigantes; materiais muito tóxicos provocam
populações ricas em macrófagos e pobres em células gigantes e materiais com
poder de irritação subletal, induzem populações ricas em macrófagos e em
células gigantes.
De acordo com os dados obtidos
pudemos concluir que os materiais estudados apresentaram a seguinte ordem
decrescente de compatibilidade biológica: FITT (G III); Gengipac sem eugenol (G
II) e Gengipac com eugenol (G I).
Mas, ao se analisar
comparativamente os resultados apresentados nas duas fases do processo
inflamatório (aguda e crônica) concluiu-se que o Gengipac sem eugenol (G II)
foi o cimento cirúrgico de melhor compatibilidade biológica, seguido do FITT (G
III) e do Gengipac com eugenol (G I).
48.
DESEMPENHO
DE RESTAURAÇÕES DE AMÁLGAMA COM BAIXO TEOR DE PRATA - RESULTADOS PRELIMINARES.
Santos,
J.F.F.; Carbone, H.R.; Cardoso P.E.C.
Centro de
Pesquisas Clínicas, Departamento de Materiais Dentários.
Faculdade
de Odontologia da Universidade de São Paulo.
São Paulo, SP.
Ligas para amálgama com baixo
teor de Ag (cerca de 50%), apresentadas sob a forma de limalhas, foram
introduzidas no armamentário do dentista em passado bastante recente. Essas novas composições têm resultado em amálgamas
com características mecânicas bastante favoráveis e com expectativa de
comportamento clínico bastante otimista, visto que nessas restaurações a fase
Gama 2, composta de Sn/Hg, fica eliminada em tempo bastante curto. Cerca de 120 restaurações foram colocadas em
pacientes selecionados, por um grupo de profissionais que colaboram na execução
dos trabalhos em nosso Centro de Pesquisas Clínicas. Foram empregados três produtos comerciais (Veraloy, Novaloy e
Aristaloy 22) para a confecção das restaurações e os procedimentos clínicos foram
executados segundo metodologia rigorosa e padronizada nas suas variáveis de
manipulação. Até o presente essas
restaurações foram avaliadas nas condições iniciais e após 6 meses, por meio de
dois métodos: visual e fotográfico. As
características analisadas na avaliação das restaurações foram as seguintes:
Cárie secundária; Integridade marginal; forma anatômica; Brilho da superfície e
Textura superficial. Embora os
resultados observados até o momento devam ser considerados como preliminares,
pois se exige um período mínimo de 2 anos para que alguma conclusão mais
definitiva possa ser alcançada, foi possível verificar que, para as três
composições avaliadas nesse intervalo de 6 meses, as restaurações apresentaram
perda do brilho superficial, quando comparadas com a situação inicial. As demais características analisadas, até
esta data, conservaram a condição de clinicamente ideal, nesse período de
avaliação.
49.
AVALIAÇÃO
DO COMPORTAMENTO ELETROQUÍMICO DAS LIGAS DE COBRE-ALUMÍNIO. EFEITO DO RELACIONAMENTO COM OUTRAS LIGAS
METÁLICAS E TEMPOS.
ROBERTO
NUNES KONISHI*, WELLINGTON DINELLI
& CELSO LUIZ DE A. PORTO*
*Deptº de
Odontologia Restauradora - FOA/UNESP.
O comportamento eletroquímico de
três ligas metálicas restauradoras do sistema cobre-alumínio e cobre-zinco
(Duracast, Idealley e Auralloy) foi avaliado através de medidas de corrente
elétrica gerada pela imersão dos mesmos em saliva artificial, formando-se nove
combinações de pares galvânicos com liga de ouro (N.Gatto), amálgama convencional
(Velvalloy) e amálgama de maior conteúdo de cobre (Sybraloy).
Paralelamente realizou-se a
observação fotomicrográfica das superfícies metálicas, utilizando-se também um
critério numérico para avaliação do manchamento das ligas metálicas.
Através da análise estatística
das medidas de corrente elétrica em função do tempo e da avaliação
fotomicrográfica, foi possível concluir que:
1. Há o
aparecimento de corrente elétrica espontânea quando as ligas de Cu-Al e Cu-Zn
relacionaram-se com o ouro e amálgamas, formando assim os pares galvânicos
imersos em saliva artificial.
2. Os pares
de ligas metálicas testados condicionaram em média, diferentes intensidades de
corrente elétrica. Os maiores valores
catalogados para a combinação envolvendo o amálgama convencional e as ligas de
Cu-Al e Cu-Zn. Os maiores valores foram
encontrados para a combinação envolvendo as ligas de Cu-Al e Cu-Zn com amálgama
rico em cobre com valores intermediários.
3.
Independentemente de outros fatores estudados a intensidade de corrente elétrica
foi decrescente em função do tempo.
4. As
observações microscópicas comprovam os achados eletroquímicos, confirmando o
melhor comportamento superficial para as ligas de cobre-alumínio e cobre-zinco
relacionadas com liga de ouro e amálgama com maior conteúdo de cobre.
50.
PLACA
DENTAL E MIGRAÇÃO CELULAR
OSLEI PAES
DE ALMEIDA; LOURENÇO BOZZO & SÉRGIO ROBERTO PERES LINE
Depto. de
Patologia - FOP/UNICAMP
A placa dental é capaz de atrair
neutrófilos "in vivo" e "in vitro", entretanto não está estabelecido
quais as substâncias ativas e os mecanismos que controlam a migração de células
inflamatórias através do tecido gengival.
Das substâncias da placa dental o lipopolissacarídio parece ser a mais
ativa em termos de migração celular e sua ação pode ser medida por
anticorpos. Camundongos previamente
injetados endovenosamente com lipopolisacarídio apresentaram altos níveis de
anticorpos séricos e a migração celular na cavidade peritonial duplicou em
relação aos animais não imunizados. O
pré-tratamento quando feito na cavidade peritonial causou resposta inflamatória
menor que nos animais controles, provavelmente porque a administração no
peritônio manteve um número aumentado de células neste local mesmo após 20
dias. A transferência passiva de anticorpos
também fez com que houvesse aumento na resposta inflamatória.
51.
ESTUDO
ANATÔMICO E HISTOLÓGICO DOS DENTES FUNCIONAIS MAXILO -MANDIBULAR DA TRAIRA
ADULTA (Hoplias m. malabaricus, Bloch, 1794).
Torezan,
M.A. & Munhoz, C.O.G.
Departamento
de Morfologia. Faculdade de Odontologia
de Piracicaba. Piracicaba, SP.
Os dados macroscópicos revelaram
que a dentição da traira é do tipo homodonte com dentes cônicos de tamanho
variável contendo duas regiões, coroa e raiz, bem definidas. Esses dentes histologicamente são
constituídos por um núcleo dentinário contendo uma camada peripulpar
identificada como ortodentina vascularizada e outra camada externa
avascular. Pareceu-nos que os canais
vasculares da ortodentina não estão relacionados com a nutrição dos processos
odontoblásticos e sua relação com ela seria, assim, apenas topográfica. A camada externa a não ser pela ausência de
canais vasculares apresentou morfologia semelhante à da camada peripulpar. A possibilidade de que essa camada possa se
diferenciar da peripulpar pela orientação das fibras colágenas de sua matriz
foi considerada com base em dados obtidos com microscopia de polarização
apresentados na literatura. Além dessas
camadas encontrou-se sobre a raiz uma outra muito delgada e com características
semelhantes à da chamada dentina terminal.
Sobre a dentina da coroa dentária encontrou-se um tecido duro, ácido
solúvel, contendo uma camada profunda e outra superficial. A camada profunda pelas suas características
histológicas e de solubilidade mostrou-se bem semelhante a um tipo especial de
dentina descrita no capuz dos dentes de muitos teleósteos e denominada de
durodentina ou enamelóide. A camada
superficial apresentou-se diferente da profunda tanto em seus aspectos
morfológicos como em seu comportamento após exame em microscopia de contraste
de fase onde ela apareceu brilhante dentro de um fundo escuro. Esses fatos levaram-nos a considerar a
possibilidade de que essa camada poderia ter uma composição química ou
organização submicroscópica diferente da camada profunda. Além disso, baseados em evidências obtidas
no exame de um germe dentário em desenvolvimento, presumiu-se que a camada
superficial poderia ser resultante da mineralização de uma matriz orgânica
membranosa encontrada abaixo do epitélio interno do esmalte. Matriz semelhante tem sido encontrada no
capuz de vários teleósteos e considerada como uma matriz primitiva do
esmalte. A polpa dos dentes funcionais
mostrou-se com nítidos sinais de degeneração que podem estar relacionados com o
processo de reabsorção dentária, já que em dentes jovens não foram observados.
52.
ESTUDO DO
CONDICIONAMENTO ÁCIDO DE ESMALTE DENTAL. I. POROSIMETRIA. II. MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE
VARREDURA. III. RESISTÊNCIA À RUPTURA
POR TRAÇÃO DA UNIÃO ESMALTE/RESINA COMPOSTA.
Razaboni, A.M.*
& Gabrielli, F.**
*Universidade
de São Paulo. **UNESP.
O propósito deste trabalho foi
uma contribuição ao "Estudo do condicionamento ácido do esmalte"
levando-se em consideração vários fatores dos quais dependem a já comprovada
retentividade dos materiais resinosos na superfície do esmalte dental.
Por meio de um porosímetro de
mercúrio registrou-se os diâmetros dos poros no esmalte dental de 12 amostras
compostas por hemicorpos de pré-molares, obtidos pelo condicionamento de suas
superfícies, com ácidos de marca comercial Adaptic, Esticid e Simulate, que
tiveram sua ação pelo tempo de 60 segundos.
A análise estatística dos resultados mostrou diferentes níveis de efetividade,
em relação aos poros de diâmetro médio e aqueles de maior freqüência.
As porosidades foram comprovadas
pelo microscópio eletrônico de varredura e analisando-se as 72 fotomicrografias
obtidas, foi possível estabelecer porcentagens de aparecimento dos padrões de
descalcificação. Do total considerado
correspondem respectivamente 53% para o padrão tipo I, contra 18% para o tipo
II e 29% para o tipo III.
Os testes de resistência à
ruptura por tração da união esmalte/resina composta, foram feitos em superfície
vestibular de dentes caninos com a conjugação dos três ácidos já citados e
quatro marcas comerciais de resinas compostas: Concise, Silar, Isopast e
Simulate.
Da análise estatística a que
foram submetidos os 60 corpos de prova, pôde-se estabelecer, levando-se em
consideração a interação material/ácido, a seguinte combinação: 1- Material
Concise/Ácido Simulate; 2 - Material Silar/ Ácido Esticid; 3- Material
Isopast/Ácido Esticid; 4- Material Simulate/Ácidos Adaptic, Esticid e Simulate.
53.
VIAS DE
DRENAGEM LINFÁTICA DAS REGIÕES INCISIVA, CANINA E MOLAR DA GENGIVA MAXILAR VESTIBULAR DE CRIANÇAS
HÉLIO
FERRAZ PORCIÚNCULA, CARLOS LANDUCCI E LUÍS ROBERTO DE TOLEDO RAMALHO
Deptº de
Morfologia - Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP
Utilizando o método de injeções
seletivas, foram injetadas com Massa de Gerota, modificada por ROUVIÈRE, as
regiões incisiva, canina e molar da gengiva vestibular das maxilas de 37
cabeças de crianças cuja idade variou de 22 dias a 2 anos. As cabeças foram conservadas a temperatura
de 1°C a 4°C, por tempo nunca superior a 48 horas e após descongelamento foram
injetadas usando-se seringa tipo carpule e agulhas do tipo Mizzi.
Fixadas em formol e branqueadas
por solução de água oxigenada e formol, as peças foram dissecadas sob lupa
binocular estereoscópica, respeitando e mantendo sempre que possível as
estruturas relacionadas com os trajetos dos vasos, desde sua origem (local da
infiltração) até a primeira estação de linfonodos.
Assim os autores procuraram
determinar quais as vias de drenagem linfática originadas nessas regiões,
respectivos trajetos e os grupos de linfonodos de que são tributárias.
Os resultados mostraram que a
rede linfática da densa submucosa da gengiva vestibular das maxilas é contínua
em toda a sua extensão com tendência a drenar sempre para o vestíbulo e nunca
em direção ao palato. A drenagem dá-se
através de um pedículo de vasos linfáticos, originados nas proximidades do
forame infraorbital, com trajeto de cima para baixo e da frente para trás, até
atingir os linfonodos do grupo submandibular, com preferência para os
linfonodos pré-vasculares e também deste e do retro-vascular.
54.
PADRÃO
SINÁPTICO DAS CONEXÕES CENTRAIS ESTABELECIDAS PELAS FIBRAS GUSTATÓRIAS
PRIMÁRIAS NO NÚCLEO DO TRATO SOLITÁRIO DO RATO.
Tramonte,
R. & Bauer, J.A.
Departamento
de Histologia e Embriologia. Instituto
de Ciências Biomédicas. Universidade de
São Paulo. São Paulo, SP.
Foram
utilizados ratos machos adultos submetidos à secção do nervo glossofaríngeo ou
do nervo corda do tímpano e sacrificados por perfusão transcardíaca de uma
solução fixadora de Karnowsky, em intervalos de tempo variáveis entre 5 e 17
dias. Fatias de 1,5 mm de espessura do
tronco cerebral de cada animal foram submetidas ao processamento rotineiro em
microscopia eletrônica até a etapas de inclusão em resina araldite. Para cada bloco foram obtidos cortes
ultrafinos ao longo do pólo rostral do núcleo do trato solitário (NTS) tanto do
lado ipsi como do contralateral em relação aos nervos seccionados. A análise desse material ao M/E mostrou a
existência de bulbos sinápticos em degeneração somente ao NTS do lado
ipsilateral à secção dos nervos.
Independentemente do nervo seccionado, os bulbos sinápticos em
degeneração apresentaram um diâmetro variável entre 0,8 e 1,2 µ e vesículas
sinápticas esferoidais ou ovaladas, de conteúdo eletronluscente e diâmetro
variável em torno de 50 nm. Esses bulbos sinápticos em degeneração foram
encontrados em maior número na região lateral do pólo rostral do NTS e
estabelecendo contatos sinápticos do tipo assimétrico e preferencialmente com
hastes dendríticas.
55.
CORRELAÇÃO
ENTRE CRITÉRIOS CLÍNICOS MENSURADOS ATRAVÉS DO ÍNDICE DA OMS (1978 MODIFICADO)
E A CONDIÇÃO MORFOLÓGICA DOS TECIDOS GENGIVAIS
*MARY ELENI
SIMÕES FLÓRIA MEDEIROS MOTTA, **LUIZ ROBERTO TAGLIAVINI, *RICARDO SAMIH GEORGES
ABI RACHED & *JOSÉ ANTONIO DE CAMPOS MACHADO.
*Deptº de
Diagn. e Cirurgia da Fac. Odontologia
de Araraquara - UNESP
**Responsável
pela Clínica Integrada da Fac. Odontologia de Araçatuba - UNESP
Para a Odontologia Preventiva é
de grande importância, a aplicação de índices Periodontais para o
reconhecimento da incidência, da prevalência e da severidade da doença
periodontal. Mas, estes índices para
terem sua aplicabilidade estendida aos estudos clínicos, não se restringindo
aos trabalhos de campo, devem se basear em dados objetivos.
Neste trabalho, os autores com a
finalidade de definirem sinais mais objetivos, para aumentar o suporte
científico deste método de diagnóstico, estudaram pela aplicação dos diferentes
graus do índice da OMS, 1978 modificado, qual a correlação entre os sinais
clínicos e o estado histopatológico dos tecidos periodontais.
Este estudo foi realizado
através da análise de 131 biópsias colhidas em 44 pacientes, da Clínica de
Periodontia da Faculdade de Odontologia de Araraquara.
Os resultados permitiram
concluir que: 1-os níveis de concordância encontrados entre a avaliação clínica
dos graus do índice da OMS, 1978 modificado, e os achados histopatológicos não
foram representativos; 2-as maiores discrepâncias foram observadas para os
graus 0 (zero) e 4, pois os riscos de discordância foram de 66,7%; 3- o nível
mais elevado de concordância, 72,2%, ocorreu para o grau 2; 3- para os graus 1
e 3 houve discordância significativa entre a avaliação clínica e sua
correspondente histopatológica, sendo respectivamente de 35,0% e 41,2%. 5-
houve erro entre os examinadores na avaliação clínica, apesar da calibração
prévia, principalmente para os graus 0 (zero) e 1.
56.
DUREZA
SUPERFICIAL DO GLAZE USADO PARA RECOBRIR RESINAS COMPOSTAS.
LAURA A. ZUCCO; SIMONIDES CONSANI &
LUIZ ANTONIO RUHNKE
Área de
Materiais Dentários - FOP/UNICAMP
O propósito deste trabalho foi
verificar a dureza superficial do glaze usado para recobrir a restauração de
resina composta. As resinas empregadas
foram as conhecidas comercialmente como: Simulate (Kerr), Concise (3M), Adaptic
(J&J), Miradapt (J&J) e Finesse (Caulk), todas ativadas quimicamente. Os corpos de prova foram obtidos a partir de
cavidades cilíndricas de 5 mm de diâmetro por 10 mm de altura, confeccionadas
em matriz de teflon. As resinas foram
preparadas em meio ambiente de acordo com as instruções dos fabricantes,
inseridas nas cavidades da matriz e polimerizadas entre duas placas de vidro,
sob carga axial de 1kg. O grupo
experimental recebeu aplicação do glaze comercializado para a resina Adaptic e
a técnica de aplicação foi a recomendada pelo fabricante. O grupo controle não recebeu aplicação do
glaze. Após 48 horas de armazenagem, os
espécimes dos dois grupos foram submetidos ao teste de dureza superficial, por
meio de impressões losângicas deixadas pelo penetrômetro Knopp. A fim de facilitar a visibilidade das
impressões, as superfícies dos espécimes foram recobertas com uma fina camada
de grafite e cobre em pó, antes dos testes.
Em cada corpo de prova foram feitas 10 impressões, com o penetrômetro
calibrado para 50 gramas de carga axial.
As impressões foram efetuadas de acordo com a distribuição por
quadrante, de forma que cada quadrante recebeu duas penetrações e o centro
delimitado pelas linhas imaginárias divisórias dos quadrantes também recebeu
duas penetrações, totalizando 10 impressões Knoop por corpo de prova. A média final de cada espécime correspondeu
à média aritmética das leituras, considerada como o resultado da dureza, medida
em micrômetros. Posteriormente, essas
medidas foram transformadas em valores de dureza Knoop, por meio de tabela de
conversão. Os resultados indicam que o
glaze do Adaptic aplicado sobre as resinas compostas diminuiu a dureza
superficial dos corpos de prova. Sem a
aplicação do glaze, a resina que mostrou maior índice de resistência ao
penetrômetro Knoop foi a Concise (145,2) e o menor índice foi apresentado pela
resina Finesse (61,0). O mesmo comportamento
foi registrado quando o glaze foi aplicado sobre a superfície dos corpos de
prova, isto é, Concise (139,1) e Finesse (41,4). Portanto, a efetividade do glaze está relacionada somente com a
sua capacidade de penetrar irregularidades superficiais e não aumentar a dureza
superficial da resina composta.
57.
ESTUDO DA
SOLUBILIDADE E DESINTEGRAÇÃO DO CIMENTO DE SILICATO EM SOLUÇÕES ANTISSÉPTICAS.
TEREZA J.S.
SAMPAIO; LUIZ ANTONIO RUHNKE & SIMONIDES CONSANI
Área de
Materiais Dentários - FOP/UNICAMP
A finalização desta pesquisa foi
desenvolver um estudo comparativo entre os fatores meios de imersão,
constituídos de soluções antissépticas bucais, com a água destilada na
verificação da solubilidade e desintegração do cimento de silicato. O cimento de silicato utilizado foi a
Porcelana Melhorada da S.S. White. Além
da água destilada (M1), foram usados cinco meios de imersão identificados por
siglas M2 (Malvona), M3 (Flogoral), M4 (Malvatricin), M5 (Anapyon) e M6
(Cepacol). As diluições das soluções
antissépticas em água destilada foram estabelecidas de acordo com as
recomendações dos fabricantes e os respectivos potenciais hidrogeniônicos (pH)
foram determinados com o auxílio de um potenciômetro marca Orion Research,
modelo 701. A proporção pó/líquido foi
determinada após realizado o teste de consistência recomendado pela
especificação nº 9 da Associação Dentária Americana e correspondeu a 1,465 g/
0,4 ml. Os corpos de prova em forma de
disco (20 mm x 1,5 mm) foram confeccionados em matriz de PVC, em temperatura
ambiente. Em seguida, foram colocados
em frascos contendo 50 ml de água destilada ou solução diluída dos
antissépticos preparados antes do início do ensaio. A determinação do conteúdo de fósforo foi efetuada num
espectrofotômetro Spectronic 20, da Bausch & Lomb, através do método de
Fiske & Subbarow. Os resultados
obtidos permitiram concluir que todos os antissépticos bucais estudados
promoveram a desintegração do cimento de silicato. A desintegração foi maior no grupo constituído pelos meios M3 e
M4, seguidos, em ordem decrescente, por M1 e M2 e finalmente pelo grupo
constituído pelos meios M5 e M6.
Também, foi possível verificar que a percentagem de desintegração em
água destilada, apresentada pelo cimento utilizado, está de acordo com o índice
estabelecido pela especificação nº 9 da Associação Dentária Americana.
58.
DEGRADATION OF ALBUMIN, HAEMOPEXIN, HAPTOGLOBIN AND
TRANSFERRIN, BY BLACK-PIGMENTED BACTEROIDES SPECIES.
Carlsson,
J.; Höfling, J. Francisco and G. K. Sundquist
Department of Oral Microbiology and Endodonties,
University of Umea, S-90187 Umea, Sweden.
Much
of the body iron is unavaiable, being bound in ferritin, haemosiderin,
myoglobin and haemoglobin, Four plasma
proteins - transferrin, haptoglobin, haemopexin and albumin - are involved in
the transport of body iron and preventing undue loss of iron through urinary
excretion. Because the avaiability of
ionic iron or iron-containing compound, such as haemoglobin and haem, may limit
the growth of bacteria in tissues, albumin, haemopexin, haptoglobin and
transferrin may play important roles in the host defence against bacterial
infections by depriving tissue - invading bacteria of nutricional iron. Thus it is of interest that after acute
infections and tissue lesions, the plasma levels of haemopexin and haptoglobins
increase significantly. Pathogenic
bacteria may overcame the
iron-withholding capacity of the host by means of high-affinity systems for
iron or by degradation of iron-binding proteins. Thus, the black-pigmented B. asaccharokyticus strain NCTC 9337 has
been reported to degrade albumin, haptoglobin and transferrin. This report describes the avaiability of strains
of Bacteroides to degrade the plasma proteins involved in the transport and
conservation of body iron.
59.
FIXAÇÃO DE
FLÚOR EM MOLARES DE RATOS (RATTUS
NORVEGICUS, ALBINUS, HOLTZMAN)
QUANDO ADMINISTRADO EM PRESENÇA OU NÃO DE VITAMINAS E/OU SAIS MINERAIS. *
AUTOR: LOURDES AP. M.DOS SANTOS-PINTO, ROSA ANITA
ROCCA & ARY JOSÉ DIAS MENDES
Foi avaliada a
concentração de flúor nos molares de ratos com 30 ou 60 dias de idade que
receberam por via bucal, desde 24 horas após o nascimento, doses diárias de
0,25 mg F, através de diferentes produtos comerciais contendo NaF (Grupo I),
NaF e vitaminas (Grupo II), NaF e sais minerais (Grupo III), ou NaF, vitaminas
e sais minerais (Grupo IV), ou 1 ml de água destilada (Grupo V). A análise estatística dos dados obtidos
mostrou que, independente do período de tratamento, a magnitude dos valores
registrados nos diferentes grupos experimentais decresceu obedecendo a seguinte
ordem: Grupo I, II, IV, III e V, sendo a variabilidade significante. Considerando a idade dos animais, foi
verificado que naqueles com 30 dias apenas os valores encontrados nos Grupo III
e V foram estatisticamente iguais. Aos 60 dias, a variabilidade foi
significante para todos os grupos experimentais.
*Trabalho
subvencionado pela CAPES.
CARTAZES
C1.
NÍVEIS DE
ALGUNS CÁTIONS DIVALENTES EM POLPAS DE MOLARES DECÍDUOS E PERMANENTES DE SUÍNOS
DURANTE A RIZOGÊNESE.
MYRIAM s.
PAIVA-NOVAES; FÁTIMA D. FERREIRA
& JOSÉ NICOLAU
Departamento
de Bioquímica - Instituto de Química - USP.
Poucos estudos existem na
literatura sobre o nível do íon cálcio em polpas dentárias. Pincus, 1950 (Brit. dent.J., 89 : 143)
relatou que o tecido pulpar seco continha 5,7% de cálcio. Posteriormente, Yoon e cols., 1965 (J.dent.Res.,
44 : 696) mostraram que a concentração de cálcio em polpas de dentes
permanentes de humanos, aumentava com a
idade do indivíduo. Este aumento
foi atribuído à presença de cálculos pulpares e à mineralização difusa. Contudo, estes autores usaram em seus
estudos amostras obtidas de diferentes dentes.
No presente trabalho levamos a
efeito um estudo comparativo entre polpa de molar decíduo e de permanente
durante a rizogênese. Cálcio e magnésio foram determinados por
espectrometria de absorção atômica.
À medida que a rizogênese se
completa, os níveis de cálcio e magnésio aumentam nas polpas do terceiro molar
decíduo e diminuem nas do primeiro molar permanente.
AUXÍLIO
FINANCEIRO: FINEP.
C2.
ALTERAÇÕES
NOS CONTEÚDOS DE CÁLCIO E MAGNÉSIO DURANTE O DESENVOLVIMENTO DA SIALADENOSE
EXPERIMENTAL.
FÁTIMA D.
FERREIRA & JOSÉ NICOLAU
Departamento
de Bioquímica - Instituto de Química - USP.
O cálcio e o magnésio
desempenham um papel de destaque no contexto celular.
A necessidade de cálcio no
processo de secreção da proteínas já foi demonstrada (Selinger & Naim, 1970;
Biochem.Biophys.Acta., 203 : 335; Wallach & Schramm, 1971; Eur.J.Biochem.,
21 : 433). O papel do cálcio como
mediador da resposta secretora nas células acinares da parótida é corroborado
pelo fato de que a incorporação de 45Ca
na mitocôndria foi reduzida pelo isoproterenol dibutiril Camp, aumentada pela
adrenalina e não afetada pela fenil-efrina.
Na glândula hipertrofiada pela amputação (Fava-de-Moraes &
Tortamano, 1976; J.biol.buccale., 4 : 21) a concentração de Mg2+ está elevada.
Um sistema de acúmulo de cálcio
que necessita de uma pequena concentração de magnésio e ATP em microssomas de
glândulas submandibulares foi descrito e caracterizado (Furuyama e cols., 1975;
J.dent.Res., 54 : 32; Furuyama e cols., 1976; J.dent.Res., 55 : 864; Watson &
Sreyel, 1978; Arch.Oral.Biol., 23 : 323).
No presente trabalho determinamos os conteúdos de cálcio e magnésio,
através da espectrometria de absorção atômica, durante o desenvolvimento da
sialadenose provocada por isoproterenol e amputação dos incisivos inferiores. Os conteúdos tanto de cálcio como de
magnésio apresentaram valores maiores já a partir de 1 estímulo de
isoproterenol, enquanto que não sofreu variação no procedimento de amputação
dos incisivos inferiores.
AUXÍLIO
FINANCEIRO: FINEP.
C3.
SIALADENOSE
EXPERIMENTAL: Estudo do Metabolismo do Glicogênio Após Cessado os Estímulos
Sialadenotróficos.
JOSÉ
VARGA & JOSÉ NICOLAU
Departamento
de Bioquímica do Instituto de Química da USP.
A obtenção experimental de
hiperplasia e/ou hipertrofia de glândulas salivares pode ser obtida com
injeções de análogos da epinefrina ou amputações dos dentes incisivos
inferiores.
Trabalhos
recentes de nosso laboratório tem demonstrado alterações na atividade de
algumas enzimas do metabolismo de carboidratos na glândulas submandibulares de
ratos submetidos aos estímulos pelo isoproterenol (IPR) e amputações dos
incisivos inferiores (Nicolau, J. e cols., Archs.Oral.Biol., 23 : 741-4, 1978;
Gen.Pharmac., 13 : 153-5, 1982).
A presente
investigação objetiva um estudo do metabolismo do glicogênio em glândulas
submandibulares de ratas tratadas com IPR e amputações após ter sido
interrompido os referidos estímulos.
Para alcançarmos tais objetivos, foram determinados os conteúdos de
glicogênio (Johann, C. & Lentini, E.A., Ana.Biochem., 43 (1) : 183-7,
1971), e as atividades das fosforilases
(Total e "a"), (Hue, L. e cols., Biochem.J., 152 (1) : 105-14, 1975)
que foram determinados ao se atingir as estimulações máximas, tempo zero, e
acompanhando 3, 6, 9 12 e 15 dias após interrompido os estímulos.
Durante
todo o tempo de tratamento com IPR, a glicogênio fosforilase "a"
exibiu aumento de sua atividade e o conteúdo de glicogênio diminuído,
contrastando com os animais tratados por amputações, onde sua atividade
mostrou-se sempre diminuída e o conteúdo de glicogênio aumentado. Após ter sido interrompido os estímulos, nos
amimais tratados com IPR, os conteúdos de glicogênio começaram a aumentar
gardativamente, atingindo os níveis do controle no 15º dia. A forma ativa da enzima glicogenolítica
manteve sua atividade em níveis pouco acima do controle até o 15º dia de
cessação dos estímulos, sendo que no grupo de 15 dias sua elevação foi menos
evidente. Os grupos de amputações,
continuaram exibindo os mesmos padrões encontrados durante as estimulações, ou
seja, entre aumento e normalização dos conteúdos de glicogênio até o 15º dia,
neste, mostrando valores semelhantes aos dos controles.
AUXÍLIO
FINANCEIRO: FINEP.
C4.
ESTUDO
HISTOPATOLÓGICO COMPARATIVO DE ALGUNS MÉTODOS UTILIZADOS NA AVALIAÇÃO DA BIO
COMPATIBILIDADE DE CIMENTOS ENDODÔNTICOS.
Ferraz,
S.L.* & Birman, E.G.**
*Curso de
Especialização em Endodontia da Associação Paulista de Cirurgiões
Dentistas. **Departamento de Patologia da Faculdade de Odontologia da
Universidade de São Paulo, São Paulo, SP.
Observando aspectos
contraditórios que a literatura apresenta frente a um mesmo material
odontológico, procuramos estudar comparativamente diversas metodologias
utilizadas para o estudo de cimentos obturadores de canais.
Implantamos no tecido conjuntivo
subcutâneo de camundongos, os clássicos tubos de polietileno preenchidos com o
cimento estudado, corpos de prova com presa de 24 horas, corpos de prova com
cimento recém-espatulado e lamímulas circulares de vidro revestidos pelo
cimento.
O cimento endodôntico empregado
foi o N-Rickert, dada a sua preconização e aceitação em certos meios
odontológicos regionais.
Após o sacrifício dos animais
aos 3, 7, 15, 30 e 60 dias, o tecido que envolvia os implantes acima mencionados,
foram removidos, fixados e processados rotineiramente para estudo histológico.
Os resultados obtidos foram
estudados quanto ao processo inflamatório reacional inicial que envolvia os
implantes bem como sua evolução até 60 dias, sendo estes resultados comparados
entre si, comprovando que as metodologias diversas, utilizando um mesmo
material, induziram variações reacionais qualitativas e quantitativas.
C5.
CARIOMETRIA
DAS CÉLULAS EPITELIAIS DO PALATO DE RATOS SUBMETIDOS À HIPERVITAMINOSE À.
M.G.C.
MATTOS; R.A. LOPES; A. NUTI SOBRINHO; M. A. SALA & S.º PETENUSCI.
Deptos. de
Estomatologia, Ciências Fisiológicas e Materiais Dentários e Prótese -
FORP/USP.
Foram utilizados 20 ratos
albinos, variedade Wistar, machos com peso corporal ao redor de 100 gramas
sendo divididos em 2 grupos: Grupo I - 10 animais que receberam injeções
intraperitoneais diárias de 150 UI de Arovit (Palmitato de vitamina A, em
solução coloidal hidromiscível - Produtos Roche) por grama de peso corporal,
durante 10 dias. Grupo II - 10 animais
que receberam injeções intraperitoneais diárias de solução salina, no mesmo
volume equivalente ao da vitamina A administrado ao Grupo I, durante 10 dias, e
serviram de controles. Após fixação em
alfac, o palato foi descalcificado, incluído em parafina e os cortes foram
corados pela hematoxilina e
eosina. Os volumes nucleares
foram avaliado com o emprego da cariometria.
As médias dos volumes nucleares
das células da camada basal do palato duro foram: 166,74 um3 +
4,73 nos animais controles e
192,07 um3 + 9,21 nos tratados. Os volumes nucleares das células da camada
espinhosa foram: 136,44 um3 + 5,30 para os controles e 187,51 um3 + 13,30 para os hipervitaminóticos A.
O volume nuclear das células da
camada basal do epitélio do palato mole dos animais tratados com vitamina A foi
maior (153,25 um3 + 4,05) que o dos animais controles (140,24
um3 + 4,30). O volume nuclear das células da camada espinhosa de epitélio dos
animais tratados com a vitamina A foi maior (207,28 um3 + 8,78) que o dos animais controles (153,79
um3 + 12,84).
C6.
INTERAÇÃO
DE LECTINAS (JACALINA) COM GLICOPROTEÍNAS SALIVARES
CELSO
PAULINO DA COSTA & JAIME A. CURY
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba - FOP/UNICAMP
Jacalina é uma lectina de
semente de jaca que precipita proteínas do soro. Sua especificidade é para resíduos - de D-Galactose. Considerando a importância das
glicoproteínas salivares na formação de película adquirida, estudou-se a
interação das proteínas de jaca com saliva.
Proteínas de semente de jaca
foram extraídas em PBS - pH 7,2 contendo NaN3 a 0,01%. O extrato foi
centrifugado durante 20 min., 4ºC, e 3.600 rpm. O sobrenadante foi dialisado contra 10 volumes de PBS pH 7,2,
obtendo-se um extrato bruto (EB) proteico.
Uma fração de EB foi dialisado contra água destilada para se obter as
frações albumínica (A) e Globulínica (G).
Inicialmente determinou-se o ponto de equivalência da precipitação de EB
com saliva e soro humano normal.
Difusão em ágar e eletroforose em agarose e gel de poliacrilamida foram
feitas.
Através difusão em gel
demonstrou-se a interação entre EB e saliva.
O ponto de equivalência da precipitação em meio líquido foi obtido na
concentração proteica da 0,25 mg/ml de EB para 0,35 mg/ml de saliva, enquanto
que para soro foi de 15,0 mg/ml para 1,0 mg/ml de EB. No ponto de equivalência houve uma precipitação de 25% de
proteínas com saliva e 5% com soro.
Estes resultados justificam
pesquisa de identificação das glicoproteínas salivares precipitadas pela jacalina.
C7.
POTENCIAL
CARIOGÊNICO DE GOMAS DE MASCAR VENDIDAS NO BRASIL
*PEDRO
SÉRGIO SIMONI GIL & JAIME A. CURY
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba - FOP/UNICAMP
O conhecimento da
cariogenicidade dos alimentos deve ser uma preocupação não só dos
cirurgiões-dentistas, mas de todo profissional de Saúde. No presente trabalho foi avaliado o
potencial cariogênico de seis diferentes gomas de mascar, adquiridas no
Comércio de Piracicaba. Os parâmetros
analisados comparativamente foram: 1) Concentração e tipo de açúcar nas gomas;
2) Concentração de açúcar na saliva durante a mastigação das gomas e 3)
Metabolização dos açúcares das gomas pelas bactérias bucais. Em quatro gomas encontrou-se uma elevada concentração
de açúcar cariogênico, variando de 65 à 72%, sendo identificada sacarose como
açúcar principal e glicose como secundário.
Duas gomas apresentaram na sua composição, derivados de açúcar, uma
delas tendo xilitol como contribuinte principal e a outra sorbitol. Durante a mastigação das gomas, uma
concentração cariogênica de açúcar é mantida na saliva quando se consumiu as
gomas contendo sacarose. As bactérias
da saliva metabolizaram os açúcares das gomas contendo sacarose, provocando uma
diminuição de pH variando de 1,5 a 2,0 unidades. A metabolização da saliva produzida durante a mastigação da goma
contendo sorbitol promoveu uma diminuição de pH de 0,4 unidades, enquanto que
da goma contendo xilitol o pH aumentou de 0,35 unidades.
*Bolsista
em 1984 do Programa Bolsa Pesquisa UNICAMP
C8.
FLUORETAÇÃO
DO SAL DE COZINHA PARA PREVENÇÃO DA CÁRIE DENTÁRIA: II - AVALIAÇÃO DO PREPARO
DO SAL FLUORETADO
*ROSEMARY
NEGREZIOLO TEIXEIRA & JAIME A. CURY
Faculdade
de Odontologia de Piracicaba - FOP/UNICAMP
Em regiões de água não fluoretada,
a prevenção da cárie dentária pode ser feita pela administração de comprimidos
ou soluções contendo flúor.
Recentemente estabelecemos um método (CURY e colab. 1983), para a
fluoretação do sal de cozinha, visando a prevenção da cárie ao nível familiar,
o que apresenta inúmeras vantagens aos
comprimidos e soluções tradicionalmente utilizados. A mistura preparada em laboratório,
mostrou-se homogênea e estável, porém para a sua preconização testou-se no
presente trabalho se o mesmo ocorreria quando preparado por famílias de
diferentes níveis de escolaridade.
Famílias de diferentes níveis
sócio-econômico-culturais, receberam ampola contendo 552,6 mg de NaF, um pacote
de 1 Kg de sal de cozinha, e um folheto ilustrativo ensinando como preparar a
mistura. Após o preparo e colocação da
mistura em um saleiro, seis amostras diferentes foram coletadas e levadas ao
laboratório para análise potenciométrica de íon flúor.
Os resultados abaixo mostraram
que a mistura pode ser considerada de homogeneidade satisfatória em termos de
prevenção da cárie.
NÍVEL
CONCENTRAÇÃO DE ÍON
DE
FLUOR NO SAL
ESCOLARIDADE mg/Kg
I Grau
242,8 + 11,2
II Grau
242,4 +
6,0
Universitário
248,8 + 4,0
*Bolsista
de Iniciação Científica do CNPq - (Proc. 114672/83)
C9.
TRANSFERÊNCIA
PLACENTÁRIA DE FLÚOR EM RATOS
*GERSON E.
ROCHA CAMPOS & JAIME A. CURY
Faculdade de Odontologia de Piracicaba -
FOP/UNICAMP
*Pós-Graduando
em Biologia e Patologia Buco-Dental da FOP/UNICAMP
Ficou estabelecido que 10 ppm,
deveria ser a concentração mínima de flúor na água de ratas prenhes, param que
qualquer diferença fosse detectada nos filhotes. Em trabalho anterior (CURY, 1984), evidências contrárias a isto
foram apresentadas. Para testar esta
hipótese, durante a prenhez foi fornecida a um grupo de ratas, água destilada e
a outro grupo, água com 2,5 ppm de íon flúor.
Após o nascimento e um jejum de 6 a 12 horas, as ratas e os filhotes
foram sacrificados. Determinou-se
potenciometricamente a concentração de fluoreto nos filhotes desviscerados, e
no plasma, femur e porção apical dos incisivos das ratas. Uma concentração significativa de flúor
(microgramas por grama de peso seco) nos filhotes provenientes das ratas
ingerindo água com 2,5 ppm de flúor (4,72
+ 0,90) foi observada em relação
aos filhotes provenientes das ratas ingerindo água destilada (3,42 +
0,67).
C10.
INCORPORAÇÃO
"IN VIVO" DE FLUORETO NO ESMALTE HUMANO APÓS A APLICAÇÃO DO SISTEMA
PROFI II DE PREVENÇÃO
JAIME A.
CURY*; SÉRGIO N. MARQUES DE LIMA**; ALFREDO NUTI SOBRINHO**
*Faculdade
de Odontologia de Piracicaba - FOP/UNICAMP
**Faculdade
de Odontologia de Ribeirão Preto - USP
Os fatores determinantes da
eficiência da aplicação tópica de flúor não estão ainda seguramente
estabelecidos. No presente trabalho foi
avaliada a incorporação de flúor no esmalte após profilaxia dental com jato de
bicarbonato seguida da aplicação tópica de flúor em gel. Foram utilizados 12 pacientes, sendo
analisados 12 dentes controles (só
profilaxia) e 7 experimentais (profilaxia + flúor). Os dentes foram extraídos e o flúor fracamente ligado foi
removido for lavagem com KOH M por 24 horas.
A seguir determinou-se o flúor incorporado no esmalte através de 3
biópsias com HClO4 01,M. Os resultados
mostraram que o esmalte adquiriu uma concentração apreciável de flúor, que se
estendeu até uma distância de aproximadamente 20 um de superfície dental.
C11.
AVALIAÇÃO
DO PESO E DAS PROTEÍNAS TOTAIS DAS GLÂNDULAS SUBMANDIBULAR, SUBLINGUAL E
LACRIMAL DE RATO DURANTE O ENVELHECIMENTO.
Petenusci,
S.O.; Silva-Netto, C.R.; Paula-Lopes, O.V.; Lopes, R.A.
Departamento
de Fisiologia e de Estomatologia da Faculdade de Odontologia de Ribeirão
Preto. Universidade de São Paulo. Ribeirão Preto, SP.
O objetivo do presente trabalho
foi analisar o peso das glândulas submandibular, sublingual e lacrimal por 100g
de peso corporal do rato albino, variedade Wistar, com idades de 3, 6, 12 e 24
meses, além do conteúdo de proteína dessas glândulas. Foram observados os seguintes resultados: 1) as glândulas
submandibular e lacrimal apresentaram pesos (g/100g de peso corporal), durante
os períodos estudados, iguais a: 0,07
+ 0,003; 0,06 +
0,003; 0,06 + 0,002 e 0,05 + 0,002 para a glândula
submandibular e 0,020 + 0,001;
0,019 + 0,001; 0,016 + 0,001 e 0,012 + 0,007 para a glândula
lacrimal; a glândula sublingual não mostrou alterações significantes; 2) nas
glândulas submandibular, sublingual e lacrimal observou-se que a maior
concentração de proteína ocorreu aos 12 meses de vida (21.25 +
0,72: 16,75 + 1,73 e 18,35 + 1,11 mg/100g,
respectivamente). Os menores valores em
todas as glândulas analisadas foram observados aos 24 meses de vida dos animais
(15,77 + 0,67; 13,88 + 0,56 e 12,64 + 0,58 mg/100g,
respectivamente).
C12.
HISTOMETRIA
DOS ÁCINOS DA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR DE RATOS DE DIVERSAS IDADES.
Komesu,
M.C.; Lopes, R.A.; Silva-Netto, C.R.; Petenusci, S.O.; Paula-Lopes, O.V.
Departamento
de Estomatologia e Departamento de Ciências Fisiológicas da Faculdade de
Odontologia de Ribeirão Preto.
Universidade de São Paulo, SP.
Foram utilizados ratos albinos,
variedade Wistar, com 3, 6, 12 e 24
meses de idade. Após o sacrifício, as
glândulas submandibulares foram retiradas e imersas em alfac. Os cortes obtidos foram corados pela
hematoxilina e eosina.
Com a finalidade de estabelecer
comparações entre as áreas dos ácinos da glândula submandibular dos animais de
diversas idades, os cortes histológicos foram focalizados ao microscópio
óptico, com objetiva de imersão (100 X), ao qual era adaptada uma câmara clara
Reichert. Os ácinos foram projetados
sobre papel, com aumento final de 1.140X.
As imagens, em número de 50 para cada glândula de cada animal nas
diversas idades, foram contornadas com lápis nº 2 e, posteriormente, recortadas
cuidadosamente e pesadas em balança de precisão Mettler. As áreas acinares foram determinadas a
partir de pesos pré-estabelecidos no mesmo tipo de papel. Os volumes nucleares foram avaliados com o
emprego da cariometria de acordo com VALERI et al. (1967).
Os valores das áreas foram,
respectivamente para os ratos com 3, 6, 12 e 24 meses iguais a: 923, 55 +
47,60 um2; 1152,66 + 59,82 um2; 1108,14 + 29,38 um2 e
1163,43 + 54,69 um2. Os valores dos
volumes nucleares foram: 118,97 + 2,76 um3; 129,97 + 9,70 um3; 129,09 +
10,62 um3 e 102,05 + 8,43 um3.
C.13
"EFEITOS
DA SIALOTOXINA I. NA SOBREVIVÊNCIA DE CAMUNDONGOS MACHOS E FÊMEAS E SUA
INTERAÇÃO COM A TESTOSTERONA".
SONIA M.S.
AGOSTINHO; CARLOS E. PINHEIRO ; DÉCIO TEIXEIRA e ALCIDES GUIMARÃES.
Depto. de
Ciências Fisiológicas - F.O.P.-UNICAMP.
Recentemente,
através da cromotografia em Dea-Celulose (Pinheiro, 1984), caracterizou três
frações de peptídeos ativos, as quais foram denominadas Sialotoxinas I, II e
III. No presente trabalho propusemo-nos a determinar a DL50 da Sialotoxina I em
camundongos machos e fêmeas e analisar as eventuais alterações da Sialotoxina
I, protegida pelo efeito da testosterona.
Foram utilizados 130 camundongos (musmusculus albinus), sendo 80 machos e 50 fêmeas, com 30 a 45
dias de idade e distribuídos em: grupo I: - 80 machos e 40 fêmeas, nos quais
foram administrados, I.P., Sialotoxina I nas fêmeas nas concentrações de 0,5;
1,0; 1,5 e 2,0 mg/kg de peso e nos machos 0,5; 1,0; 1,5; 2,0; 2,5; 3,0; 3,5 e
4,0 mg/kg de peso. Grupo II: - 10
fêmeas, nas quais foram administradas pela mesma via, Sialotoxina I na
concentração de 1,5 mg/kg de peso. Os
animais desse grupo receberam tratamento com testosterona na dose de 2,0 mg/kg
de peso/dia, durante 10 dias.
Nas fêmeas
a Sialotoxina I na concentração de 0,5 mg/kg de peso apresentou apenas um
quadro de hiper excitabilidade com 100% de sobrevivência; 1,0 mg/kg apresentou
uma taxa de 50% de mortalidade num período máximo de 6,0 horas, enquanto que
1,5 mg/kg mostrou uma taxa de 100% de mortalidade num período de 4 horas e 2,0
mg/kg confirmou 100% de mortalidade num prazo de 2,0 horas. Quanto aos machos, as concentrações de 0,5;
1,0; 1,5; 2,0; 2,5 e 3,0 mg/kg apresentou 100% de sobrevivência, mostrando 30%
de mortalidade nas concentrações de 3,5 e 4,0 mg/kg de peso num prazo de 6,0
horas. Os animais do grupo II, que
receberam testosterona durante 10 dias, apresentaram 100% de sobrevivência na
dose letal (1,5 mg/kg de peso) verificado nas fêmeas sem testosterona.
C.14
"ATIVIDADE
DAS SIALOTOXINAS I, II E III, SOBRE A MUSCULATURA LISA DE COELHOS".
DÉCIO
TEIXEIRA; ALCIDES GUIMARÃES; CARLOS E. PINHEIRO e MARIA CECÍLIA F. A. VEIGA.
Depto. de
Ciências Fisiológicas - F.O.P.-UNICAMP.
As
Sialotoxinas I, II e III, extraídas das glândulas submandibulares de
camundongos machos e caracterizadas por cromotografia em Deae-Celulose por
Pinheiro (1984) demonstrando ser peptídeos ativos, foram testadas sobre a
musculatura lisa (íleo) de coelhos.
O músculo
liso apresenta contrações rítmicas e espontâneas quando colocado em banho-maria
apropriado (37ºC de temperatura) e estando imerso em solução de tyrode,
constantemente oxigenada.
Para a
realização deste trabalho utilizou-se o sistema de preparação isotônica e as
diferentes concentrações das sialotoxinas foram adicionadas ao banho-maria
sendo que após cada adição e seu subsequente resultado, a peça (íleo) era
lavada com solução de tyrode para se evitar somação de concentração.
As
concentrações das sialotoxinas usadas, foram as seguintes:
SI= 1,4; 1,0; 0,7; 0,5; 0,4; 0,2 e 0,1 ug/ml
SII= 2,8; 2,1; 1,4; 1,1; 0,8; 0,5 e 2,0 ug/ml
SIII= 2,2;
1,6; 1,1; 0,8; 0,6; 0,4 e 0,2 ug/ml
Quanto aos
resultados obtidos pode-se observar que, a SI mostro-se ser efetiva, provocando
relaxamento muscular com diminuição da freqüência e intensidade das contrações
somente quando foi adicionada 1,0 ug/ml no banho; a SII por sua vez a partir da
concentração de 0,8 ug/ml provocou relaxamento do íleo e à medida que as
concentrações aumentavam tal relaxamento era progressivo em intensidade,
freqüência e duração. A SIII, já a
partir da concentração de 0,4 ug/ml mostrou sua atividade, provocando uma
ligeira contração muscular (2'') seguida de relaxamento e, da mesma forma que
com o ocorrido com a SII, a partir da concentração de 1,1 ug/ml provocou total
inibição da atividade muscular.
C.15
"EFEITO
DAS DIFERENTES FRAÇÕES DO PAROTIN SOBRE A INCORPORAÇÃO DA GLICOSE PELO TECIDO
ADIPOSO DE RATOS".
MARIA
C.F.A. VEIGA; CARLOS E. PINHEIRO; DÉCIO TEIXEIRA; JAIME A. CURY e ALCIDES GUIMARÃES.
Depto. de
Ciências Fisiológicas - F.O.P.-UNICAMP.
O presente
estudo procurou elucidar o efeito das diferentes frações do Parotin (I, II, III
e IV) caracterizadas por cromotografia em Deae-Celulose por Pinheiro (1984)
sobre a incorporação de glicose pelo tecido adiposo do epedídimo de ratos
normais.
Foram
utilizados 15 ratos machos (Wistar norvegicus Albinus) com 3 meses de idade
pesando em média 220 gramas. Os animais
foram sacrificados por decapitação e o tecido adiposo retirado e colocado em
frasco de warburg conform técnica convencional. O ensaio biológico era constituído de tampão Krebs-Ringer-fosfato
(pH= 7,4) adicionado de glicose (1 mg/ml) e das diferentes frações do parotin
(0,16 mg/ml cada). Após 90 minutos de
agitação, o tecido foi retirado e a glicose do meio, dosada, segundo a técnica
da glicose-oxidase.
Da análise
dos resultados, pode ser observado que o meio que continha a fração I do
parotin não apresentou diferença na incorporação da glicose, quando comparado
com o ensaio que continha apenas glicose.
Por sua vez as frações II, III e IV apresentaram aumento significativo
de incorporação de: 23%; 73% e 23%, respectivamente. Dessa forma concluiu-se que a fração III foi mais efetiva na
incorporação de glicose.
C.16
HISTOMETRIA
DOS DUCTOS GRANULOSO, ESTRIADO E EXCRETOR DA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR DE RATOS DE
DIVERSAS IDADES.
Komesu,
M.C.; Lopes, R.A.; Silva-Netto, C.R.; Petenusci, S.O.; Paula-Lopes, O.V.
Departamento
de Estomatologia e Departamento de Ciências Fisiológicas da Faculdade de Odontologia
de Ribeirão Preto. Universidade de São
Paulo. Ribeirão Preto, SP.
Foram utilizados ratos albinos,
variedade Wistar, com 3, 6, 12 e 24 meses de idade. Após o sacrifício, as glândulas submandibulares foram retiradas e
imersas em alfac. Os cortes obtidos
foram corados pela hematoxilina e eosina.
Com o objetivo de estabelecer
comparações entre as alturas celulares dos ductos granuloso, estriado e
excretor da glândula submandibular dos ratos nas diversas idades, os cortes
foram focalizados ao microscópio óptico ao qual era adaptada uma câmara clara
Reichert, e os ductos foram projetados sobre papel, com um aumento final de
1.140 X. As imagens, em número de 25,
foram contornadas com lápis nº 2. A
altura celular dos ácinos foi estimada utilizando-se uma escala
milimetrada. Os volumes nucleares foram
avaliados com o emprego da cariometria
de acordo com VALERI et al. (1967).
Os valores das alturas celulares
foram, respectivamente para os animais com 3, 6, 12 e 24 meses, iguais a: 21,33
µm, 24,33 µm, 23,80 µm e 21,36 µm para o ducto granuloso; 20,04 µm, 20,75 µm,
20,79 µm e 20,18 µm para o ducto estriado; 21,58 µm, 22,75 µm, 20,36 µm e 20,85
µm para o ducto excretor. Os valores
dos volumes nucleares foram: 126,78 µm3, 137,54 µm3, 120,04 µm3 e 89,42 µm3
para o ducto granuloso; 123,43 µm3, 138,23 µm3, 118,99 µm3 e 96,03 µm3 para o
ducto estriado; 153,56 µm3, 148,96 µm3, 141,44 µm3 e 113,30 µm3.
C.17
HISTOPATOLOGIA
DO EPITÉLIO PALATINO DE RATOS SUBMETIDOS À HIPERVITAMINOSE A.
Mattos,
M.G.C.; Lopes, R.A.; Nuti Sobrinho, A.; Sala, M.A.; Petenusci, S.O.
Departamento
de Estomatologia, Departamento de Ciências Fisiológicas e Departamento de
Materiais Dentários e Prótese da Faculdade de Odontologia de Ribeirão
Preto. Universidade de São Paulo. São Paulo, SP.
Foram
utilizados 20 ratos albinos, variedades Wistar, machos, com peso corporal ao
redor de 100 gramas, os quais foram divididos em 2 grupos: um grupo de 10
animais recebeu injeções intraperitoneais diárias de 150 UI de Arovit (Produto
Roche) por grama de peso corporal, durante 10 dias; o outro grupo, também de 10
animais, recebeu salina e serviu de controle.
Após fixação em alfac, durante 24 horas, o palato foi descalcificado,
incluído em parafina e os cortes foram corados pela hematoxilina e eosina.
Em nosso material, observou-se,
histologicamente, no epitélio dos palatos mole e duro, espessura epitelial
aumentada, caracterizando um quadro de hiperplasia e hipertrofia. Na camada basal, as células apresentaram-se
mais numerosas, com núcleos mais volumosos e basofilia aumentada, além disso
era evidente o maior número de figuras de mitose. Em algumas áreas foram observadas células basais degeneradas e
com núcleo picnótico. Na camada
espinhosa, as células apresentaram núcleo mais volumoso e grande quantidade de
grânulo de cerato-hialina grosseiros e de maior volume, caracterizando
amadurecimento precoce das células.
Esses grânulos eram mais volumosos e maiores na camada granulosa. Na superfície do epitélio observou-se
ceratina menos espessa e desgarrada.
C.18
LIGAS DO
SISTEMA COBRE-ALUMÍNIO. ESTUDO DA
CONTRAÇÃO DE FUNDIÇÃO E DUREZA VICKERS
FRANCISCO
PEDRO MONTEIRO DA SILVA FILHO; GELSON
LUIS ADABO; WILLIAN CELSO RETTONDINI
& DEIWES NOGUEIRA DE SÁ
Deptº de
Materiais Odontológicos e Prótese - UNESP.
O agravamento da crise econômica
elevou o custo das ligas de ouro, tornando sua utilização proibitiva para
grande parte da população. A classe
odontológica passou então a pesquisar legas não áureas que substituíssem as
ligas de ouro. Surgiram as ligas de
cobalto-cromo, prata-paládio, prata-estanho, níquel-cromo, e mais recentemente,
as ligas do sistema cobre-alumínio, que correspondem atualmente a cerca de 70%
dos trabalhos protéticos.
Considerando o largo emprego das
ligas de cobre-alumínio e a carência de informações, na literatura consultada,
a respeito de suas propriedades, decidimos estudar a contração de fundição e a
dureza Vickers de quatro ligas de cobre-alumínio disponíveis no comércio.
As ligas estudadas apresentaram diferentes
contrações de fundição, sendo maior na liga Maxicast (2,09%), iguais nas ligas
Duracast (1,920%) e Idealloy (1,876%) e menor na liga Aurofill AF(1,762%). Estes valores são significantemente maiores
que a contração de fundição das ligas de ouro (1,4% em média), o que indica
para essas ligas técnicas de fundição específica onde se consiga maior
expansão.
A dureza Vickers for variável
entre as ligas estudadas. Quando
comparadas às ligas de ouro tipo IV amaciada (150 VHN), a liga Maxicast (340,78
VHN) e a liga Idealloy (272,72 VHN) apresentaram valores de dureza muito
superiores, a liga Duracast (167,81 VHN) apresentou valores dureza um pouco
superior, e a liga Aurofill AF (143,58 VHN) foi ligeiramente inferior.
C.19
HISTOMETRIA
DAS ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS INDUZIDAS PELO ENVELHECIMENTO, NA GLÂNDULA
SUBMANDIBULAR DO RATO.
M.C.
KOMESU; R.A. LOPES; C.R. SILVA-NETTO; S.O. PETENUSCI & O.V. PAULA-LOPES.
Deptos. de
Estomatologia e Ciências Fisiológicas - FORP/USP.
Foram utilizados ratos albinos,
variedade Wistar, com 3, 6, 12 e 24 meses de idade. Após o sacrifício, as glândulas submandibulares foram retiradas e
imersas em alfac. Os cortes obtidos
foram corados pela hematoxilina e eosina.
Com a finalidade de se avaliarem
percentualmente as estruturas glandulares, empregou-se neste estudo a técnica
de CHALKLEY (1943). Utilizou-se, para
tal, uma ocular preparada com 5 pontos-padrão correspondia à extremidade livre
da seta e a estrutura histológica indicada (citoplasma e núcleo dos ácinos,
tecido conjuntivo e ductos) foi registrada individualmente. Foram determinadas quantas vezes as
estruturas, eram atingidas pelos pontos-padrão e contados 500 pontos para cada
glândula. Os valores numéricos obtidos
para cada estrutura das glândulas dos animais com 3, 6, 12 e 24 meses de idade,
foram transformados em valores percentuais.
Os valores percentuais para os
animais de 3, 6, 12 e 24 horas, foram respectivamente: 48,50 ± 1,35, 47,80 ± 1,51, 46,23 ± 1,33 e 37,77 ± 2,22 para o citoplasma; 14,80 ± 0,92, 15,23 ± 0,54, 11,83 ± 0,95 e 10,47 ± 1,06 para o núcleo; 20,67 ± 1,52, 17,83 ± 1,09, 19,80 ± 1,68 e 28,20 ± 1,77 para o conjuntivo; 16,03 ± 0,71, 19,13 ± 1,27; 22,13 ± 1,86 e 23,57 ±
1,91. Dos resultados conclui-se que a
vitamina provoca diminuição dos valores percentuais para citoplasma e núcleo
com o decorrer dos meses e aumento dos valores para conjuntivo de ductos.
C.20
MECANISMO
DE DESTRUIÇÃO TECIDUAL INDUZIDA PELA PLACA DENTAL NA REAÇÃO INFLAMATÓRIA
CRÔNICA. I. ESTUDO IN VIVO.
Guimarães,
S.A.C.; Gomes, A.M.M.; Garcia, R.B.; Taveira, L.A.A.; Tárzia, O.; Taga, E.M.
Departamento
de Patologia e Bioquímica da Faculdade de Odontologia de Bauru. Universidade de São Paulo. Bauru, SP.
É nosso propósito, neste
trabalho, estudar o poder flogógeno da placa dental na indução da reação
inflamatória aguda e crônica após diferentes tratamentos da mesma nos quais se
pretende a remoção parcial ou total de seus constituintes da matriz com a
finalidade de se evidenciar possíveis diferenças do poder agressor das
diferentes frações constituintes.
Diferentes frações da matriz da
placa foram seletivamente ou totalmente eliminadas por tratamentos da mesma com
soluções de extração. Em seguida os
"pellets" foram suspensos em volume constante de solução de Hanks e
amostras de 0,2 ml da suspensão homogênea injetadas no tecido subcutâneo de
rato para teste edemogênico (teste do azul de Evans) e 0,2 ml no peritôneo para
o teste de quimiotaxia das células inflamatórias. Os exsudatos da cavidade peritoneal foram removidos em períodos
de 24, 48 e 72 horas utilizando-se 5 ml de meio 199.
Para comparação dos tratamentos
também se produziu granulomas subcutâneos induzidos pela implantação de
bolinhas de algodão esterilizadas e embebidas com suspensão de placa tratada
com as diferentes soluções acima mencionadas, e os resultados (em termos de
volume de exsudato, contagem total e diferencial de leucócitos, determinação do
peso seco, peso úmido e determinação histométrica de fibras colágenas do
granuloma) foram analisados após 6, 12, 24 e 36 horas.
Os resultados serão apresentados
e discutidos em função do poder flogógeno da placa após a remoção de diferentes
frações da matriz.
FAPESP -
CNPq.
C.21
MECANISMO
DE DESTRUIÇÃO TECIDUAL INDUZIDA PELA PLACA DENTAL NA REAÇÃO INFLAMATÓRIA
CRÔNICA. II. ESTUDO IN VITRO
Guimarães,
S.A.C.; Gomes, A.M.M.; Garcia, R.B.; Taveira, L.A.A.; Tárzia, O.; Taga, E.M.
Departamento
de Patologia e Bioquímica da Faculdade de Odontologia de Bauru. Universidade de São Paulo. Bauru, SP.
Do que se sabe, existe
correlação entre a capacidade do agente flogógeno produzir inflamação crônica e
sua habilidade em estimular a secreção de enzimas lisossomais de
macrófagos. A exposição de culturas de
macrófagos à quantidades crescentes de placa induz a secreção de enzimas
lisossomais para o meio de cultura, mas os constituintes da placa responsáveis
por este efeito ainda são desconhecidos.
Por esta razão, por meio de
processos extrativos procuramos fracionar a placa em porções de composição
diferente conforme a remoção parcial ou total da matriz, e estimular, in vitro,
culturas de macrófagos a secretarem enzimas hidrolíticas que foram
quantificadas tanto no meio de cultura quanto no lisado de macrófagos.
Após um período de pré-incubação
de 24 horas as culturas de macrófagos foram lavadas com salina morna, o meio
substituído e amostras de placa submetidas a vários tratamentos extrativos
diferentes foram ensaiadas (10 µl, 25 µl, 50 µl e 100 µl), tendo como controle
cultura em presença de placa íntegra esterilizada.
Após 24 horas de incubação as
enzimas lisossomais: fosfatase ácida, N-acetil glicosaminidase,
beta-galactosidase, beta-glicuronidase e aril-sulfatase foram analisadas no
meio de cultura e no lisado de células.
Os resultados obtidos serão descritos
e analisados em função do poder da placa de ativação dos macrófagos e liberação
de enzimas hidrolíticas lisossomais para o meio.
FAPESP -
CNPq.
C.22
PAREDE
CELULAR DE BACTÉRIAS DA PLACA DENTAL.
Guimarães,
S.A.C.; Taga, E.M.; Gomes, A.M.M.
Departamento
de Patologia. Faculdade de Odontologia
de Bauru. Universidade de São
Paulo. Bauru, SP.
Existem trabalhos utilizando a
placa dental íntegra atenuada, extratos de placa ou ainda placa tratada por
fracionamento, a fim de obter fatores que possam ser usados em modelos de
inflamação experimental in vivo e in vitro, com o intuito de melhor conhecer
seus mecanismos de agressão.
Neste trabalho descreveremos a
preparação da parede celular purificada de bactérias da placa e apresentaremos
histopatológico de lesões induzidas com a injeção desta parede celular
purificada no subcutâneo de ratos.
A placa foi coletada de crianças
com idade variando entre 11 15 anos. Em
seguida foi liofilizada, rompida, separada por centrifugação diferencial e
tratada enzimaticamente com tripsina e ribonuclease.
A evolução das lesões dérmicas
induzidas pela parede celular purificada variou em tamanho de um local para
outro e de um animal para outro, mas todos desenvolveram as lesões. Estas eram endurecidas e às vezes multinodulares. O histopatológico destas lesões evidenciou
um granuloma clássico com presença de poucos leucócitos e linfócitos
espalhados, com predominância de monócitos e macrófagos.
C.23
COMPORTAMENTO
ELETROQUÍMICO DAS LIGAS DE COBRE-ALUMÍNIO: INFLUÊNCIA DE LIGA PARA SOLDA, MEIOS
DE IMERSÃO OU CONDIÇÕES E TEMPOS*
WILLIAN CELSO RETTONDINI (£); WELINGTOM DINELLI (ß);
FAUSTO GABRIELLI (ß)
(£) Deptº
de Materiais Odontológicos e Prótese
(ß) Deptº
de Odontologia Restauradora
Fac. de Odontologia de Araraquara -
UNESP.
Estudou-se o comportamento
eletroquímico de três ligas de cobre-alumínio (Cu-Al), comerciais, para uso
odontológico, associadas à uma liga de solda para ouro (usada em Prótese Fixa),
imersas em duas soluções eletrolíticas: sol. De saliva artificial e sol. De
sulfeto de sódio a 1:. Paralelamente
aos testes eletroquímicos, as quatro ligas metálicas foram analisadas com
relação às alterações superficiais através de microscópio metalográfico.
De acordo com os resultados
obtidos, dentro da metodologia proposta, concluiu-se, entre outros aspectos:
1. Os pares
de ligas metálicas estudados (ligas de Cu-Al x liga de solda para ouro)
mostraram alterações na intensidade de corrente elétrica espontânea em função
dos meios de imersão (a sol. de sulfeto de sódio à 1: condicionou maior
reatividade eletroquímica) e em função do tempo (a intensidade de corrente
elétrica é decrescente em função do tempo).
2.
A avaliação microscópica das ligas de Cu-Al mostrou que: a sol. de sulfeto de
sódio á 1: atuou de modo mais intenso do que a sol. de saliva artificial; a
liga de solda para ouro mostrou maior resistência à corrosão do que as ligas de
Cu-Al, em ambas as soluções corrosivas; e que as alterações ao nível das
interfaces (ligas de Cu-Al x solda para ouro), de modo geral, ocorreram sempre
voltadas para as ligas do sistema Cu-Al, independentemente das soluções
testadas.
* Trabalho
subvencionado pela FAPESP.
C.24
ALTERAÇÕES
DA INERVAÇÃO PULPAR APÓS TRANSECÇÃO DO NERVO ALVEOLAR INFERIOR DE CÃO
LOURENÇO
BOZZO; OSLEI PAES DE ALMEIDA &
MÁRIO ROBERTO VIZIOLI
Depto. de
Patologia - FOP/UNICAMP
As alterações que as fibras
nervosas da polpa dental de cão sofrem após transecção do Nervo Alveolar
Inferior foram estudadas através de métodos histoquímicos, histofísicos e
ultraestruturais. A partir do 3º dia as
fibras nervosas já estão bastante alteradas, com varicosidades e
fragmentação. A degeneração vai se
acentuando, sendo que após 10 dias apenas restos de fibras podem ser observados
e aos 20 dias a polpa está completamente denervada. Através das reações da Hemateína ácida, tetróxido de ósmio e
sudanofilia, conjugados com extrações seletivas foi possível observar que os
fosfolipídios predominantes na mielina normal sofrem degradação, diminuindo paralelamente
com o aumento de ésteres de colesterol, colesterol e ácidos graxos, até que aos
20 dias nenhum deles é detectado na área.
As características gerais da polpa não se alteram, sendo que até aos 60
dias nenhuma evidência de regeneração destas fibras nervosas foi notada.
C.25
RECUPERAÇÃO
DAS CÉLULAS ACINOSAS DA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR DO RATO APÓS TRATAMENTO CRÔNICO
COM ISOPROTERENOL. ESTUDO
ULTRAESTRUTURAL.*
AURORA I.
DOINE (Departamento de Histologia e Embriologia, Instituto de Ciências Biomédicas,
USP).
Desde as observações originais
de Selye e col. (1961), os efeitos do isoproterenol sobre as glândulas
salivares tem sido largamente estudados.
Esses efeitos estão relacionados principalmente com uma rápida e acentuada
hiperplasia e hipertrofia das glândulas parótida e submandibular de ratos e
camundongos (Brown-Grant, 1961; Schneyer, 1962; Barka, 1967, 1970; Simson e
col. 1978), e confirmados por estudos morfológicos e bioquímicos.
Em relação às glândulas
submandibulares (GSM) são descritas nas suas células acinosas o aparecimento de
inclusões lamelares nos grânulos de secreção (GS), inicialmente pouco
compactas, mas que se tornam mais densas com o decorrer do tempo de
administração da droga (10 dias consecutivos).
Estas inclusões, que se localizam adjacentes ou aderidas às membranas
dos GS, geralmente formam uma faixa no seu interior, possuindo alternância de
estruturas eletrodensa e eletrolúcida.
Além das observações
morfológicas, estudos bioquímicos também demonstraram o efeito estimulador do
isoproterenol sobre a síntese proteica, DNA, RNA, além de promover o
aparecimento de uma proteína incomum, detectada pela técnica da eletroforese
(Sheetz & Menaker, 1979). Contudo,
poucos estudos foram feitos sobre o destino das inclusões lamelares durante a
recuperação das glândulas após a remoção do estímulo. Dessa forma, o presente estudo foi realizado em glândulas SM de
ratos machos adultos imjetados com isoproterenol durante 10 dias consecutivos
(1mg/kg/dia) e sacrificados após 2, 4, 6, 9 e 14 dias após cessada a
administração da droga. O material foi
processado para ME e os cortes ultrafinos foram observados em ME Zeiss
9S2. Aos 2 dias de recuperação as
células acinosas mostravam ainda grande quantidade de grânulos com inclusões
lamelares compactos, os quais diminuem progressivamente nos tempos mais
avançados, porém não chegando a desaparecer completamente mesmo aos 14 dias de
recuperação.
*Trabalho
subvencionado pela FAPESP.
C.26
DETECÇÃO DE
CEPAS DE STREPTOCOCCUS MUTANS PRODUTORAS DE SUBSTÂNCIAS SEMELHANTES À
BACTERIOCINA (MUTACINA).
AZEVEDO,
R.V.P. & ZELANTE, F.
Faculdade
de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto-USP-ICB/USP.
Utilizando-se da técnica do
"antagonismo posposto", em meio BHI sólido e semi-sólido, e do
esquema da inoculação por "spot test", 13 cepas de S.mutans, isoladas
de placa dental de crianças cárie-ativas, foram analisadas quanto à propriedade
de serem mutacinogênicas ou não, pela ação sobre um conjunto de microrganismos
usualmente integrantes da microbiota bucal humana.
Os resultados das reações
cruzadas, mostrando o comportamento das cepas isoladas, quando testadas entre
si, indicaram que seis delas foram bacteriocinogênicas, oito se prestaram, ao
menos uma vez, como indicadoras da produção de mutacina e nenhuma das cepas
demonstrou auto-sensibilidade. Frente
às indicadoras Streptococcus mutans, Streptococcus sanguis e Actinomyces
viscossus, as cepas testadas mostraram comportamento semelhante ao da reação
cruzada, permitindo considerar que o espectro de inibição diferiu de uma cepa à
outra. Quando isolados dois biotipos da
placa dental de uma mesma criança os seus espectros de atividade ou de
sensibilidade à bacteriocina, permitiram comprovar a diferenciação entre
elas. O modelo experimental adotado para
a detectação de cepas de S.mutans produtoras de substâncias semelhantes à
bacteriocina se prestou, adequadamente, para a identificação e individualização
das cepas (mutacinotipagem), estimulando a investigação a respeito do fenômeno
inibitório entre bactérias que co-habitam a placa dental e o sulco gengival,
pois, as microbiotas destes nichos representam papel fundamental para a
instalação da cárie dental e doença periodontal.
C.27
CORRELAÇÃO
MORFOLÓGICA E BIOQUÍMICA DE CEPAS DE STREPTOCOCCUS MUTANS ISOLADAS NO AGAR
SACAROSE - 5%, MEIO DE STOPPELAAR.
AZEVEDO,
R.V.P. & ZELANTE, F.
Faculdade
de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto-USP - ICB/USP.
A análise bacteriológica de 17
amostras de placa dental de crianças cárie-ativas, permitiu o isolamento de 13
cepas de Streptococcus mutans, baseando-se na morfologia colonial no meio de
Stoppelaar-agar sacarose-5% (DE STOPPELAAR et alii, 1967 e 1969 e DE
STOPPELAAR, 1971); diferenciando quatro delas como do tipo A/ al/ MI e nove 9
B/ al/ MI.
Quanto aos biotipos, propostos
por SHKLAIR & KEENE (1976), observamos adequada correlação entre eles e os
resultados das provas bioquímicas realizadas, sendo que os morfotipos isolados,
quando identificados bioquímicamente, caracterizaram duas cepas como biotipo IV
e as demais como biotipo I.
Embora, para algumas das cepas
isoladas (13,6%) não fosse conveniente somente a identificação morfológica,
para a maioria houve uma total correlação com os respectivos biotipos,
constatando-se que a morfologia neste meio de cultura se constituiu em
importante recurso para a identificação perfunctória deste microrganismo.
C.28
COMPATIBILIDADE
BIOLÓGICA DO TECIDO CONJUNTIVO SUBCUTÂNEO DO RATO AO IMPLANTE DE MATERIAIS
ODONTOLÓGICOS VEICULADOS EM TUBOS DE DENTINA HUMANA. ESTUDO HISTOMORFOLÓGICO.
MARIA
FLÁVIA DE CARVALHO COSTA KONISHI*, RAPHAEL CARLOS COMELLI LIA** & CARLOS
BENATTI NETO**
*Ex-aluna
do Curso de Pós-Graduação, nível de Mestrado, em Odontopediatria - FOA/UNESP.
**Deptº de
Fisiologia e Patologia - FOA/UNESP.
A grande aceitação do hidróxido
de cálcio deve-se a propriedade deste material de induzir a formação de dentina
de reação e também na formação de cemento para se conseguir o tão almejado
selamento biológico por tecido mineralizado.
Este trabalho teve por objetivo:
1. Analisar
comparativamente em microscopia ótica comum, a reação do tecido conjuntivo do
rato por ocasião do implante em tubos de dentina contendo materiais
odontológicos: hidróxido de cálcio + Macrogol 400, Catalisador do Dycal e
Radiocal.
2. Observar
a provável indução de estruturas mineralizadas na cápsula junto a abertura
tubular.
Foram
utilizados 45 ratos, distribuídos em 3 grupos de 15 animais cada; de acordo com
os materiais testados.
Após
preparo da loja cirúrgica, tubos de dentina humana preenchidos com material,
foram implantados. Os períodos de
análise foram de 1, 2, 3 horas, 7, 21 e 60 dias.
Concluiu-se
que:
1.Todos os
materiais testados pelos períodos apresentaram-se por evolução reacional como
irritantes em grau decrescente, possibilitando colagenização progressiva da
cápsula.
2.
Comparativamente, os materiais catalisador do Dycal e Radiocal mostraram pela
ordem, maior agressividade tecidual que o controle (hidróxido de cálcio +
polietileno glicol 400), onde apenas este apresentou cápsula fina e densa nos
períodos finais.
3. Houve
tendência de formação de barreira como mineralizada junto à abertura tubular,
irregular e incompleta no grupo catalisador do Dycal, e completa e ampla para o
hidróxido de cálcio + polietileno glicol 400.
4. A
atividade macrofágica exercida por mononucleados e gigantócitos sobre
partículas que sugeriram material foi constante no grupo catalisador do Dycal.
C.29
ESTUDO
RADIOAUTOGRÁFICO DA SÍNTESE DAS MATRIZES PROTEICAS DO ESMALTE E DA DENTINA DE
INCISIVOS DE CAMUNDONGOS SIALOADENECTOMIZADOS E INJETADOS COM 3-H-PROLINA*
MARIA
APARECIDA C. KERBAUY; TEREZA DA L.S. BARRICHELLO, GUILHERME BLUMEN
Deptº de
Morfologia - FOP/UNICAMP
Alterações degenerativas em
ameloblastos e odontoblastos, assim como hipoplasia generalizada do esmalte, da
dentina e do osso alveolar foram descritas como ocasionadas pela remoção das
glândulas salivares em ratos (OGATA, 1935, MORANO, 1976). Por outro lado, a literatura nada relata
sobre a influência da sialoadenectomia na biossíntes proteica de suas matrizes
orgânicas. Com esse intuito
utilizou-se, neste trabalho, incisivos inferiores de camundongos machos,
adultos jovens, controles e sialoadenectomizados injetados intraperitonealmente
com 2,5 uCi/g de 3-H-prolina. Após processamento
radioautográfico determinou-se a concentração dos grãos de prata nos
ameloblastos secretores e odontoblastos adjacentes, assim como em suas
respectivas matrizes, nos seguintes intervalos de tempo: 30 minutos, 2 horas,
12 e 24 hs. Os resultados mostraram, de
acordo com LIMA (1983), que não houve qualquer alteração morfológica das
células estudadas, nos animais sialoadenectomizados quando comparados aos
controles, ao nível de microscopia óptica.
A atividade de síntese proteica foi sempre maior naquele grupo, embora a
partição da radioatividade entre os compartimentos celular e matriz, tenha
sido, em todos os tempos, semelhante nos dois grupos. Esse comportamento sugere que não houve alteração no mecanismo de
secreção celular, mas que a maior atividade biossintética seja devida, talvez a
ação da insulina que tem o seu teor aumentado na ausência do fator SII
(submandibulary insulin inhibitor), além de um "pool" maior de
3-H-prolina nos animais cujas glândulas salivares, órgãos de intensa síntese
proteica, foram removidas.
*Trabalho
subvencionado pela FAPESP
C.30
ESTUDO
HISTOQUÍMICO E BIOQUÍMICO DA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR DO CAMUNDONGO CASTRADO. §
JORGE M. C.
FERREIRA JÚNIOR* £ ANA MARIA VILELA SOARES
Departamento
de Histologia - ICB/USP
Glândulas submandibulares de
camundongos machos castrados ao 60º dia de vida pós-natal e sacrificados em
tempos que variaram entre 12 horas e 40 dias após a castração, bem como, de
animais controle sacrificados nos mesmos tempos, foram estudadas histoquímica e
bioquimicamente. O trabalho visou a
obtenção de informações sobre as variações na atividade de enzimas
(hexoquinase, fosfofrutoquinase, lactato desidrogenase, succino desidrogenase e
glicose-6-fosfato desidrogenase) das vias metabólicas implicadas na produção de
energia e de matéria prima para as várias vias biossentéticas, durante o
período de atrofia determinada pela castração.
Os resultados demonstraram que,
de modo geral, as atividades
específicas (expressas em Unidades Internacionais/g proteína) corresponderam
aos resultados obtidos histoquimicamente.
Foi possível detectar nas glândulas de animais castrados as seguintes
características em relação aos controles: tendência ao consumo de maior
quantidade de glicose, fluxo glicolítico inalterado, ligeiro aumento de
anaerobiose, acentuada aerobiose e desvio das hexosesmonofosfato bem mais
operativo. Os resultados sugerem que as
glândulas de animais castrados adaptam seu metabolismo no sentido da
biossíntese de proteínas e lipídeos com finalidades plásticas, sendo o fenômeno
subsidiado pelo aumento da fosforilação oxidativa e maior produção de energia
de redução.
*Pós-Graduando
do Departamento de Histologia e Bolsista da FAPESP.
§Trabalho
subvencionado pela FINEP e FAPESP.
C.31
COMPATIBILIDADE
BIOLÓGICA EM TECIDO CONJUNTIVO SUBCUTÂNEO DE RATO DE PASTAS À BASE DE HIDRÓXIDO
DE CÁLCIO (RENEW, CALVITAL, HIDRÓXIDO DE CÁLCIO + MACROGOL 400). ESTUDO HISTOMORFOLÓGICO.*
AUTORA MARIA ANGÉLICA BOMBARDI ZANIN; RAPHAEL CARLOS
COMELLI LIA; ROSALIN ABBUD, CARLOS BENATTI NETO & ROSA MARIA GONZALEZ VONO LEITE
O hidróxido
de cálcio, graças às suas propriedades biológicas estimulantes da barreira
mineralizada, protegendo e conservando a vitalidade pulpar dos dentes tem sido
largamente utilizado.
No presente
estudo, foram avaliadas comparativamente, o potencial de irritação de drogas
(Renew, Calvital e Hidróxido de Ca + Macrogol 400) lançadas no comércio,
através do comportamento tecidual do conjuntivo subcutâneo do rato, pelo
implante destes materiais em tubos de dentina (nível I de pesquisa). Foram utilizados 45 ratos machos albinos,
adultos jovens, pesando em média 200 a 220 gramas, mantidos antes e durante o
período experimental com ração sólida comercial balanceada e água "ad
libitum". Os animais foram distribuídos
em 3 grupos de 15 animais cada, mantidos em gaiola para 3 indivíduos.
Após os
períodos de 02, 03, 07, 21 e 60 dias os animais foram sacrificados, o material
obtido e as peças preparadas para a análise histomorfológica.
Nos três
grupos experimentais observou-se irritação tecidual decrescente, no decorret
dos períodos, permitindo encapsulamento fibroso denso. O grupo Renew apresentou na cápsula esboço
de estruturas como mineralizadas, nos períodos de 21 e 60 dias, enquanto os
grupos Hidróxido de Cálcio + Macrogol 400 (controle) e Calvital exibiram-nas
mais constantes, tendendo a formação de barreira, sendo geralmente completa
para o controle.
*Trabalho
subvencionado pelo CNPq
C.32
PRECISÃO DE
REPRODUÇÃO DIMENSIONAL LINEAR DE MOLDES E MODELOS. INFLUÊNCIA DE MATERIAIS
DUPLICADORES E REVESTIMENTOS .
EUNICE
TERESINHA GIAMPAOLO; JOSÉ CARLOS TADDEI ABRITTA & ANA LUCIA MACHADO
CUCCI
Deptº de
Materiais Odontológicos e Prótese - UNESP
Os autores
estudaram a precisão de reprodução dimensional linear de 3 materiais
duplicadores (D.C.L., DUPLICABOM e MULTI-GEL) e 2 revestimentos, sendo um à
base de fosfato (MULTI-VEST) e outro à base de sílica (ORALISA). Utilizaram um modelo padrão de aço
inoxidável, simulando um arco parcialmente desdentado para prótese parcial
removível, possuindo pontos de referências.
As mensurações nos moldes e nos modelos foram realizadas através de um
projetor de perfis marca NIKON, modelo 6 C.
Após a análise estatística concluíram: a) o material duplicador que
melhor reproduziu o modelo padrão foi o MULTI-GEL, b) o revestimento que apresentou menores alterações em relação ao
modelo padrão foi o OBRALISA.
C.33
ALTERAÇÕES
MORFOLÓGICAS DA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR EM RATOS COM LESÃO HIPOTALÂMICA
VENTROMEDIAL.
RENZI, A.*; UTRILLA, L.S.**; CAMARGO, L.A. de A.*;
Saad, W.A.; Menani*, J.V.; Luca Junior, L.A. de *
Departamento
de Fisiologia e Patologia* e Departamento de Morfologia da Faculdade de
Odontologia de Araraquara. UNESP.
Vários estudos demonstraram a
interrelação entre as porções simpáticas e parassimpáticas do sistema nervoso
autônomo ao nível das glândulas salivares.
O núcleo ventromedial é uma das áreas mais importantes do hipotálamo por
estar relacionado com as funções autonômicase suas ações periféricas. O objetivos deste trabalho foi verificar
possíveis alterações estruturais do parênquima da glândula submandibular de
ratos com lesão hipotalâmica ventromedial.
Foram usados ratos machos adultos da variedade Holtzman com peso
corporal variando de 250-300g. Um grupo
(GL) foi lesado estereotaxicamente através de corrente anódica contínua de 1,0
mA por 10a.; e outro grupo de operação simulada (GOS) foi submetido a lesão
fictícia com a introdução do eletrodo sem a passagem de corrente. A análise histológica comprovou a lesão do
núcleo ventromedial (LNVM). A expressão
morfológica da glândula submandibular dos ratos (GOS) foi a de um arranjo
complexo e ordenado dos componentes estruturais. O parênquima apresentou-se constituído por células epiteliais
especializadas, composto por ácinos, ductos intercalares, ductos estriados,
ductos granulosos e ductos excretores.
Nos animais do GL após 5 dias da LNVM observamos hipotrofia dos ácinos
que se acentua nos períodos experimentais de 10, 20 e 40 dias. Os ácinos apresentaram-se atróficos e
palidamente corados 60 e 90 dias após a LNVM, onde foi nítido o predomínio dos
ductos granulosos sobre os ácinos.
Muito embora as características estruturais do estroma permaneçam
semelhantes aos do GOS, houve vasodilatação, que é melhor evidenciada em torno
dos ductos excretores e estriados onde os vasos freqüentemente são mais
numerosos. Os resultados do presente
trabalho permitem-nos concluir que a lesão eletrolítica do núcleo ventromediano
do hipotálamo, promove várias alterações na glândula submandibular de ratos,
presente já aos 5 dias após a lesão e que se acentuam gradativamente atingindo
grau máximo aos 90 dias. Esta
afirmativa está baseada nos seguintes resultados: alterações morfológicas das
glândulas submandibulares, representadas por: hipotrofia dos ácinos; aumento
aparente da quantidade de ductos granulosos, e vasodilatação.
C.34
AÇÃO DOS
RAIOS X SOBRE O GERME DENTÁRIO DE RATO.
ESTUDO MORFOLÓGICO
LIZETI
TOLEDO DE OLIVEIRA RAMALHO; NELSON VILLA; LÍDIA SABBAG UTRILLA & CADEIRA
ROSLINDO
Deptº de
Morfologia - Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP
Em 96 germes dentários de ratos
irradiados aos r dias de idade com uma dose única de 900 R, estudou-se o efeito
deletério que os raios X provocam nas várias etapas do seu desenvolvimento.
Após sacrifício dos animais aos
8, 13, 18 e 23 dias e segundo metodologia aplicada, observamos que os tecidos
dentais frente à ação dos raios ionizantes apresentaram:
- Esmalte -
Não se notou diferença na morfologia da célula responsável pela produção deste
tecido, o mesmo acontecendo com a estrutura do esmalte durante todo o período
experimental.
- Dentina -
Houve um incremento da espessura dentinária, presença de células na sua matriz,
canalículos interrrompidos dando um aspecto a esses locais de dentina do tipo
osteóide.
-
Odontoblastos - Tornaram-se desarranjados e despolarizados.
- Polpa
- À exceção do desarranjo
odontoblástico e alguns espaços opticamente vazios entre as fibras,
histometricamente houve uma diminuição na percentagem de fibroblastos ao lado
de um incremento de fibras colágenas no início do experimento (3º e 8º dia de
sacrifício) para em seguida sofrer uma diminuição (8º ao 13º dia de sacrifício)
voltando a ter um incremento no 18º dia.
Dessa
maneira concluímos que os odontoblastos são mais sensíveis às radiações X, já
que as estruturas amelogênicas nada sofreram e a dentina apresentou-se com
características de tecido osteóide com aumento de espessura no final do
experimento.
C.35
ESTUDO
ESTEREOLÓGICO DO EPITÉLIO DO PALATO MOLE DE RATOS SUBMETIDOS À HIPERVITAMINOSE
A.
Mattos,
M.G.C.; Lopes, R.A.; Nuti Sobrinho, A.; Sala, M.A.; Petenusci, S.O.
Departamento
de Estomatologia, Departamento de Ciências Fisiológicas e Departamento de
Materiais Dentários e Prótese da Faculdade de Odontologia de Ribeirão
Preto. Universidade de São Paulo.
Foram
efetuadas contagens de pontos (720 por animal) sobre as imagens hitológicas do
epitélio do palato mole de ratos controles e submetidos à hipervitaminose A,
utilizando-se uma grade idealizada por MERZ (1968), introduzida no plano óptico
de uma ocular de microscópio (12,5 X).
Essa grade está constituída de um quadrado (8.100 m2 a 1.250 X) para definir a área-teste, além
de um sistema de 36 pontos para contagem dos mesmos e de um sistema curvilinear
para contagem de intersecções. Após
aplicação de fórmulas estereológicas apropriadas, os resultados foram os
seguintes, para os ratos controles e tratados respectivamente: a) relação
núcleo-citoplasma (n/c): 0,2490 ± 0,0195 e 0,2982 ± 0,0207; b) densidade
volumétrica nuclear (Nvn): 2.000.028,9 ± 90.187,7 e 2.015.623,7 ± 48.764,3; c)
relação volume epitelial - interface ceratina (V/S (K)): 0,01551 ± 0,00070 e
0,01836 ± 0,00056; d) relação volume epitelial - interface conjuntivo (V/S
(C)): 0,01677 ± 0,00085 e 0,02060 ± 0,00085; e) relação interface ceratina -
interface conjuntivo (R): 0,9282 ± 0,0183 e 0,8980 ± 0,0286; f) volume
citoplasmático (m3): 637,56 ± 55,07 e 708,34 ± 26,22 ; g) volume da célula
epitelial média (m3): 791,94 + 63,02 e 902,98 ± 30,56; h) número de células
médias por unidade de volume do epitélio: 1.332.701,34 ± 99.089,84 e
1.118.450,34 ± 36.353,57.
C.36
ESTUDO
ESTEREOLÓGICO DE EPITÉLIO DO PALATO DURO DE RATOS SUBMETIDOS À HIPERVITAMINOSE
A.
Mattos,
M.G.C.; Lopes, R.A.; Nuti Sobrinho, A.; Sala, M.A.; Petenusci, S.O.
Departamento
de Estomatologia, Departamento de Ciências Fisiológicas e Departamento de
Materiais Dentários e Prótese da Faculdade de Odontologia de Ribeirão
Preto. Universidade de São Paulo. São Paulo, SP.
Foram efetuadas contagens de
pontos (720 por animal) sobre as imagens histológicas do epitélio do palato
duro de ratos controles e submetidos à hipervitaminose A, utilizando-se uma
grade idealizada por MERZ (1968), introduzida no plano óptico de uma ocular de
microscópio (12,5 X). Essa grade está
constituída de um quadrado (8.100 µm² a
1.250 X) para definir a área-teste, além de um sistema de 36 pontos para
contagem dos mesmos e de um sistema cuvilinear para contagens de intersecções. Após aplicação de fórmulas estereológicas
apropriadas, os resultados foram os seguintes, para os ratos controles e
tratados respectivamente: a) relação núcleo-citoplasma (n/c): 0,3258 ± 0,0139 e
0,5135 ± 0,0425; b) densidade volumétrica nuclear (Nvn): 2.772.744,9 ± 93.411,5
e 2.443.216,2 ± 153.878,6; c) relação volume epitelial-interface ceratina
(V/S(K)); 0,01698 ± 0,00081 e 0,02569 ±
0,00140; d) relação volume epitelial-interface conjuntivo (V/S(C)): 0,01897 ±
0,00096 e 0,02580 ± 0,00147; e) relação interface ceratina- interface
conjuntivo (R): 0,8996 ± 0,0184 e 0,9977 ± 0,0170; f) volume citoplasmático
(µm³): 422,66 ± 16,90 e 370,86 ± 12,90; g) volume da célula epitelial média
(m³): 559,12 ± 19,44 e 549,48 ± 13,13; h) número de células médicas por unidade
de volume do epitélio: 1.808.574,30 ± 64.280,77 e 1.805.586,68 ± 55.881,05.
C.37
ZINCO E
HORMÔNIO-DEPENDÊNCIA DA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR DO CAMUNDONGO
Knöbl, S.;
Minetti, C.A.S.A.; Valle, L.B.S.; Oliveira-Filho, R.M.
Depto.
Farmacologia, Instituto de Ciências Biomédicas/USP
Vários parâmetros
morfofuncionais da andrógeno-dependência foram reiteradamente estudados na
glândula submandibular (GSM) do camundongo, mostrando ser esta um bom modelo de
órgão-alvo da ação androgênica. Em
trabalhos anteriores nós demonstramos que a GSM sofre atrofia pós-castração,
traduzida por queda no peso, teor de proteínas estruturais e de exportação, sem
alteração significativa no conteúdo de DNA.
Estas alterações, acompanham a drástica queda na freqüência dos ductos
granulosos (DG). Todos esses efeitos
podem ser recuperados por testosterona (T) e esteróides oriundos do seu
metabolismo, cuja ordem de potência demonstramos ser a seguinte: a-diol >
DHT = T. Neste trabalho estudamos a
influência da castração (Cx) e reposição com esses esteróides sobre a
concentração glandular de Zn, visto que este íon tem relação com a expressão
hormonal em órgãos-alvo clássicos.
Camundongos machos Swiss Cx fora, 60 dias após a cirurgia, injetados
s.c. com 5mg (dose única) de um dos esteróides citados; parte dos animais ficou
intacta como controle (C), e um grupo de animais Cx recebeu apenas veículo
(óleo de amendoim neutro). Todos foram
sacrificados 5 dias após. Para
determinação de Zn, amostras apropriadas de tecido foram levadas à secura em
estufa a 120°C durante 24 h (determinando-se então o conteúdo hídrico) e, a
seguir, calcinadas a 800°C por 30 min.
As cinzas resultantes foram dissolvidas em HCl 2 N. Diluições apropriadas desta solução em água
desionizada foram analisadas em espectrofotômetro de absorção atômica Varian
Techtron AA-120. O limite de detecção
do método é de 0,002 ppm de Zn. Os
resultados foram os seguintes:
Grupo
% DG
% DE
Zn (mg/g
tecido)
C
Cx
Cx+T
Cx+DHT
Cx+a-diol
59,3 ± 5,4
8,5 ± 1,2**
41,8 ± 1,6*
45,7 ± 1,8
50,8 ± 1,6
0,9 ± 0,4
11,4 ±
0,8**
2,9 ± 0,4*
4,0 ± 0,8*
1,0 ± 0,4
136,5 ±
10,0
74,0 ±
7,0**
99,0 ± 9,2*
83,7 ±
7,0**
128,5 ± 9,0
*P <
0,05; **P,0,01 em relação ao controle
A análise
de regressão dos dados mostrou correlação significativa (P<0,05) entre os
dados histométricos e as variações do conteúdo glandular de zinco (para Zn X
%DG, r = 0,80; para Zn X %DE, r = -0,83).
O presente trabalho demonstra que a função de concentrar zinco pela GSM
de camundongo sofre modulação androgênica.
Esta característica é compartilhada com órgãos-alvo clássicos, onde se
demonstrou que este íon regula negativamente a atividade da
?4-3-oxoesteróide-5a-redutase, envolvida na conversão de testosterona em
5a-dihidrotestosterona. Em vista do
presumivelmente discreto papel da via redutiva nesta glândula, o significado
fisiológico de tão grandes variações do conteúdo de Zn e sua repercussão na
expressão androgênica glandular são ainda obscuros.
Apoio
Financeiro: FINEP 54.83.0503; FAPESP 82/0495-0
C.38
ESTUDO
COMPARATIVO DE ALGUMAS PROPRIEDADES FÍSICAS DE RESINAS COMPOSTAS.
ROBERTO
ALVES SANTOS - Prof. do Deptº de Odontologia Restauradora da FOP-FESP,
Pernambuco;
LUCIANA
LINDOLPHO - Acadêmica do Curso de Graduação da Faculdade de Odontologia de
Bauru, USP.
AQUIRA ISHIKIRIAMA
- Docente da FOB-USP
JOÃO LUCIO
CORADAZZI - Docente da FOB-USP.
Este
trabalho visa avaliar algumas propriedades físicas de quatro resinas compostas
com diferentes partículas de reforço e diferentes métodos de polimerização.
Quarenta corpos de prova com 4
mm de diâmetro e 8 mm de comprimento foram obtidos a partir de moldes
cilíndricos de Teflon para os testes de resistência à compressão e tração
diametral.
Para os testes de dureza
superficial foram obtidos 16 corpos de prova com 4 mm de diâmetro e 2 mm de
espessura a partir de moldes cilíndricos de plástico transparente.
Os corpos de prova foram
identificados e armazenados em recipientes com água destilada em estufa a 37°C
por 24 h. Após este tempo foram
submetidos aos testes.
De acordo com as condições dessa
pesquisa, concluímos que:
1 - a
resina ALPHA PLAST apresentou os maiores valores de resistência à compressão,
tração diametral e dureza superficial;
2 - a
resina SILAR foi o material que apresentou os menores valores para os três
testes realizados;
3 - as
resinas AURAFILL e NUVA FIL P.A. apresentaram valores intermediários de
resistência e dureza superficial.
FÓRUM
CIENTÍFICO
FC1
INFLUÊNCIA
DA GRANULOMETRIA DAS LIGAS DE AMÁLGAMAS CONVENCIONAIS EM RELAÇÃO ÀS SUAS
PROPRIEDADES FÍSICAS.
Andrada,
M.A.C.
Curso de
Pós-Graduação em Dentística. Faculdade
de Odontologia de Bauru. Universidade
de São Paulo. Bauru, SP.
Testes de resistência à
compressão (1hora e 168 horas), e testes de escoamento foram realizados com
amálgamas concenvionais de fabricação nacional, procurando associá-los com o
tamanho e distribuição das partículas das ligas para amálgamas dental.
Os dados obtidos, quando
associados com a granulometria das ligas, sugerem que: os amálgamas que
continham uma maior concentração de partículas de corte fino, apresentaram
valores de resistência à compressão e escoamento melhores do que os que
continham partículas de corte mais grosseiros; no balanceamento ou distribuição
das partículas dentro das ligas, mostrou ser um fator importante.
FC2
LESÕES
PERIAPICAIS CRÔNICAS. ESTUDO
COMPARATIVO ENTRE ASPECTOS HISTOLÓGICOS E FENÔMENOS IMUNOLÓGICOS.
Ribeiro-Silva,
H.C.C.
Departamento
de Biologia e Patologia Buco-Dental.
Faculdade de Odontologia de Piracicaba.
Universidade de São Paulo.
Piracicaba, SP.
Foram examinadas
histologicamente 130 lesões peri-apicais crônicas humanas. Em 20 lesões, a técnica de
imunofluorescência direta foi usada para investigar a presença de componentes
que indicassem reações de hipersensibilidade mediada por fatores humorais ou
celulares. Foi usada a técnica do
etanol resfriado como fixador, normalmente utilizado nas reações
imunohistoquímicas, com cortes do tecido, embebidas em parafina. Nas lesões peri-apicais crônicas, células
contendo IgG, IgA e IgM, representaram 44,20,
30,44 e 20,33 por cento respectivamente do total de
células observadas. Uma cicatriz
peri-apical foi examinada não revelando células ou tecido conjuntivo
corado. Os resultados mostraram que as
lesões peri-apicais, podem conter componentes necessários para uma resposta
imunopatológica, e tais respostas certamente participam de maneira dinâmica em
toda evolução clínica da lesão.
FC3
MODULAÇÃO
ANDRÓGENO-TIROIDIANA DA EVOLUÇÃO E MANUTENÇÃO FISIOLÓGICAS DA GLÂNDULA
SUBMANDIBULAR DO CAMUNDONGO.
Minetti,
C.A.S.A. - Depto. de Farmacologia do Instituto de Ciências Biomédicas da USP -
05508 S.Paulo (SP)
Parâmetros fisiológicos da
glândula submandibular (GSM) do camundongo e capacidade ligante androgênica
foram relacionados aos níveis séricos de testosterona (T), triiodotironina (T3
) e tiroxina (T4), desde o nascimento até à idade adulta. O pico de T3 observado em idade pré-púbere
(ao redor de 20 dias de idade) correlacionou-se com o estabelecimento do padrão
adulto dos receptores androgênicos na fração citosólica deste tecido,
coincidindo com o período em que a atividade proliferativa foi máxima. O advento da puberdade caracterizou-se por
conspícuo aumento do conteúdo protéico e atividade proteolítica glandular, concomitante
com o pico de T que ocorre neste período.
A castração, realizada imediatamente ao advento da puberdade, impediu o
desenvolvimento glandular, sem afetar o teor de DNA ou a capacidade ligante
androgênica. A tiroidectomia,
entretanto, afetou drasticamente todas as variáveis estudadas, especialmente a
quantidade de sítios receptores, sendo os efeitos mais drásticos quanto mais
cedo a intervenção é realizada e quanto maior o período mantido em estado
hipotiróideo. Os quadros disfuncionais
foram passíveis de recuperação por terapia substitutiva. Os efeitos da tiroidectomia independem do
processo de obtenção do quadro (cirúrgico ou radioisotópico). As GSM atrofiadas pela castração são
recuperadas por T, ou por T4, ou pela terapia combinada (T + T4), com ausência
de sinergismo, e a administração hormonal não eleva os níveis de receptores
acima dos limites normais. Estes fatos
eliminam a dúvida que existe na literatura sobre se os hormônios da tiróide
regulariam ou não os receptores androgênicos da GSM, pois neste trabalho se
demonstra pioneiramente que, quando se instala hipotiroidismo, o número de
sítios receptores cai e após terapia de reposição há recuperação plena. Nossos resultados demonstram a importância
dos hormônios tiroidianos na biossíntese e manutenção dos receptores
androgênicos da GSM do camundongo, sendo portanto fundamentais para a plena
expressão da atividade glandular andrógeno-dependente no animal adulto. Por outro lado, os hormônios da tiróide
apresentam ações diretas, independentes de andrógenos, confirmando trabalhos
anteriores.
Apoio
financeiro: FAPESP Proc. nº 82/0495-0; FINEP 54.83.0503
FC4
PRÓTESE
TOTAL EM CRIANÇA DE 3 ANOS DE IDADE
NÁDIA MARIA
PATUSSI
Departamento
de Estomatologia - UFSC
Curso de
Pós-Graduação em Odontologia, opção Odontopediatria
Atendendo o encaminhamento de
uma criança de 03 anos de idade, pelo pediatra, procedemos aos exames clínicos
convencionais. Após a realização dos
mesmos chegou-se à conclusão que: os pais eram totalmente desinformados quanto
à necessidade de se ter saúde bucal, não conheciam a importância desse segmento
para o bom funcionamento de todo o corpo.
A criança estava em péssimas condições bucais, apresentando seus dentes
destruídos com vários focos de infecção drenando via fístula gengival para a
cavidade bucal.
Diante deste quadro diagnóstico,
elaboramos um programa para atendimento sistemático emergencial, tendo como
alvo a criança e os pais. Para os pais
aplicamos um programa educativo. Usamos
recursos didáticos específicos. Para a
criança usamos as técnicas convencionais de condicionamento psicológico.
As exodontias de todos os seus
dentes remanescentes foram realizadas sob anestesia geral em um hospital da
cidade.
As etapas seguintes de curativo,
acompanhamento de processo cicatricial, foram realizadas na clínica
odontopediátrica e fizeram parte do condicionamento psicológico.
A fase clínica e laboratorial da
confecção da prótese total superior e inferior realizaram-se de forma normal
com a colaboração e muito entusiasmo da criança.
Entendemos que com este
tratamento reabilitador devolvemos à criança a restauração das funções
mastigatória e estética, agindo como harmonizadora de suas relações sociais.
Deve-se prestar muita atenção
aos procedimentos precedentes à confecção da prótese total em Odontopediatria,
isto é, o preparo educativo da família e o condicionamento psicológico do
paciente constituem etapas decisórias no êxito da prótese total.