ÁREA CLÍNICA

C1.
CONTRIBUIÇÃO PARA O ESTUDO DE ÁREAS DO PROCESSO DE CÁRIE, ATRAVÉS DE CORTES AXIO-MESIO-DISTAIS E DE RADIOGRAFIAS INTERPROXIMAIS E PERIAPICAIS NAS TÉCNICAS DO PARALELISMO E DA BISSETRIZ
Prof. Evângelo Tadeu Terra Ferreira
Prof. Dr. Edmir Matson
Prof. Dr. Aguinaldo de Freitas
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA USP

Os autores, considerando a importância do exame complementar radiográfico em Dentística Restauradora, realizaram uma análise das três principais técnicas radiológicas (interproximal e periapical da bissetriz e do paralelismo), visando comparar o percentual do grau de ampliação da imagem radiográfica da lesão de cárie medida diretamente sobre os dentes e sobre as radiografias obtidas, com vistas a contribuir com um mais preciso diagnóstico realizado pelo Cirurgião-Dentista.
A partir das condições experimentais por nós analisadas, parece-nos lícito concluir que:
1.Sempre ocorre um grau de aumento na imagem radiográfica quando se utilizam as técnicas periapicais da bissetriz e do paralelismo e a técnica interproximal; 2. existe diferença significante na média da proporção do grau de aumento das técnicas periapicais da bissetriz e paralelismo e da técnica interproximal; e, 3. a técnica interproximal, apresentou uma proporção média de grau de aumento de imagem radiográfica menor que as outras duas técnicas.



C2.
ESTUDO RADIOGRÁFICO E HISTOLÓGICO DO ÁPICE RADICULAR DE DENTES INCLUSOS (IMPACTADOS OU NÃO) E SUA CORRELAÇÃO COM A ESTRUTURA DO CEMENTO
Profa. Zilma Diniz Caldas
Prof. Dr. Flávio Fava de Moraes
Prof. Dr. Aguinaldo de Freitas
FACULDADE DE ODONTOLOGIA e INST. DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS DA USP


Os autores apresentam um estudo sobre dentes inclusos (impactados ou não) com complementação do ápice radicular, para a análise do tipo de cemento presente e para verificar se a impactação ou não dos dentes inclusos, determina condições que possam interferir no tipo de cemento apical.
A interpretação das radiografias pantomográficas mostrou o desenvolvimento radicular completo dos dentes inclusos, impactados ou não, e o posicionamento dos mesmos.
O exame histológico dos cortes longitudinais e semi-seriados dos casos estudados permitiu estabelecer que: 1) A complementação do ápice radicular de dentes inclusos pode ocorrer independemente da impactação; 2) na maioria dos dentes inclusos impactados, o cemento apical é do tipo celular e 3) praticamente, na totalidade dos casos de dentes inclusos não impactados, o cemento apical é do acelular.
Os resultados referidos, independem do elemento dentário, de sua localização, presença ou não de condensação óssea periapical, da idade ou do sexo do paciente.


C3.
O VALOR DO EXAME RADIOGRÁFICO NO PLANEJAMENTO DE UM TRATAMENTO PROTÉTICO
C.D. Marlene Fenyo Soeiro de Matos Pereira
C.D. Emiko Saito Arita
Prof. Dr. Aguinaldo de Freitas
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA USP

Os autores apresentam vários casos onde o exame radiográfico é de primordial importância no planejamento da reabilitação protética.
As técnicas radiográficas intrabucais, tais como, periapicais, interproximais e oclusais, e, as extrabucais (pantomográficas) serão objeto de um estudo específico, no que diz respeito aos exames radiográficos dos espaços protéticos, quando do estudo preliminar, na reabilitação bucal.
A validade destes tipos de exames preliminares será motivo de um enfoque específico, a fim de que, quando dos tratamentos protéticos sejam utilizados os recursos radiológicos, para um melhor êxito, durante e após as restaurações protéticas.
Serão apresentados e discutidos alguns casos, onde o exame radiográfico foi de vital importância no planejamento e execução do tratamento protético.
Outro aspecto importante, que também será objeto de considerações, é o emprego do exame radiográfico na proservação dos tratamentos protéticos executados.


C.4
O VALOR DA TOMOGRAFIA MULTIDIRECIONAL NOS EXAMES DAS ESTRUTURAS MAXILO-DENTO-ALVEOLARES
Profa. Julia Burihan Cahali
Prof. Dr. Aguinaldo de Freitas
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA USP

No presente trabalho os autores estudam o valor e as vantagens do emprego das politomografias com movimentos circulares e hipocicloidais nos exames das estruturas da região maxilo-dento-alveolar.
Foram utilizados como amostra, na presente pesquisa crânios secos, de ambos os sexos e pacientes adultos, também de ambos os sexos, selcionando-se para estudo a região dos molares superiores, levando-se em consideração o maior número de raízes dentárias, e a quantidade de estruturas anatômicas presentes que condicionam uma maior superposição de imagens radiográficas.
As técnicas utilizadas foram: a) intrabucal periapical, princípio do paralelismo e b) extrabucais obtidas com aparelho Politomo, da marca Philips.
Serão discutidos os aspectos positivos e negativos, assim como as indicações e limitações da politomografia no estudo das estruturas maxilo-dento-alveolares.
Para ilustração do trabalho serão apresentados diapositivos e indicações técnicas.


C.5
EXAME PANTOMOGRÁFICO DA REGIÃO TÊMPORO-MANDIBULAR
Prof. Dr. Aguinaldo de Freitas
Prof. Jurandyr Panella
Prof. Israel Chilvarquer
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA USP

Do estudo pantomográfico em pacientes constantes da amostra deste experimento e nas condições que foi realizado, podemos estabelecer as seguintes conclusões:
1. As distâncias inter-condilares (DIC), à altura da pele, influem nos desvios da cabeça dos pacientes, quando posicionados no aparelho pantomográfico, ao radiografarmos a região têmporo-mandibular;

2. As radiografarmos a região têmporo-mandibular, empregndo a técnica Ortopantomográfica, selecionamos os seguintes desvios da cabeça do paciente, quando posicionado no aparelho de raios X:
a) Pacientes com DIC, à altura da pele, de 10 e 11 cm, empregamos desvio de 20°.
b) Pacientes com DIC, à altura da pele, de 12 cm, empregamos o desvio de 20 ou 25°.
c) Pacientes com DIC, à altura da pele, de 13 cm, empregamos desvio de 25°.
d) Pacientes com DIC, à altura da pele, de 14cm, empregamos desvio de 30°.

3. Empregando-se a Elipsopantomografia, obtivemos os seguintes resultados:
a) Pacientes com DIC, à altura da pele, de 10 e 11 cm, empregamos desvio de 10°.
b) Pacientes com DIC, à altura da pele, de 12 cm, empregamos o desvio de 10 ou 20°.
c) Pacientes com DIC, à altura da pele, de 13 e 14 cm, empregamos desvio de 20°.


C.6
REAÇÃO DA POLPA DE PRÉ-MOLARES SOB MATERIAIS À BASE DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO
ROSA MARIA GONZALEZ VONO*
RAPHAEL CARLOS COMELLI LIA*
ROSALIN ABBUD*
*Faculdade de Odontologia - Campus Araraquara - UNESP

Foram utilizados nessa pesquisa 45 pré-molares hígidos, indicados para extração ortodôntica, de pacientes com idade compreendida entre 9 e 13 anos. As polpas foram expostas pela face oclusal e capeadas com um dos seguintes materiais: hidróxido de cálcio puro, MPC e Hypo-Cal. Sobre o material capeador foi colocado cimento de fosfato de zinco, e as cavidades seladas com amálgama de prata. Os dentes foram extraídos em intervalos de 10, 20, 40, 60 e 90 dias de pós-operatório. Após a extração os dentes foram fixados, descalcificados, incluídos em parafina, cortados e corados pela H/E e Tricrômico de Gomori. Os resultados variaram para os materiais testados.

Sob o hidróxido de cálcio puro foram observadas barreiras mineralizadas, com diversas características. Sob o MPC não ocorreu formação de barreira mineralizada, e sob o Hypo-Cal, quando a barreira mineralizada não se completou, formou-se outra, adjacente à inicial.


C.7
CAPEAMENTO PULPAR COM MATERIAIS À BASE DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO. ESTUDO HISTOLÓGICO.
*RITA DE CASSIA LOIOLA CORDEIRO
*ROSA MARIA GONZALEZ VONO
*RAPHAEL CARLOS COMELLI LIA
*- Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP

A preservação da vitalidade de uma polpa dentária por processo carioso ou acidentalmente, constitui uma das grandes preocupações daqueles que se dedicam a odontopediatria, não só pela freqüência com que se defrontam cm este problema como também por representar importante aspecto preventivo no campo da Endodontia.
No nosso trabalho expomos as polpas dos primeiros molares superiores do rato e capeamos com substâncias à base de hidróxido de cálcio:
Grupo I - pasta de hidróxido de cálcio puro e água destilada
Grupo II - Calvital
Grupo III - Life
Decorridos os períodos de 48 e 72 horas, 7, 15 e 30 dias de pós-operatório, os animais foram sacrificados, os maxilares removidos, recortados, fixados em formalina a 10% e lavados.
Após a tramitação laboratorial de rotina, os cortes foram corados pela H/E.
Estudamos, assim, histologicamente os efeitos dessas substâncias sobre a polpa exposta experimentalmente.
Os resultados variaram para os materiais testados.


C.8
EMPREGO DE MATERIAIS À BASE DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO EM CAPEAMENTO PULPAR
ROSA MARIA GONZALES VONO*
ROSALIN ABBUD
RAPHAEL CARLOS COMELLI LIA*
*Faculdade de Odontologia - Campus de Araraquara - UNESP

Os meios de preservação de vitalidade pulpar através dos procedimentos do capeamento pulpar ou da pulpotomia constituem uma das grandes preocupações desenvolvidas no sentido de se encontrar a melhor forma de resolver os problemas das injúrias pulpares, bem como de se eleger o medicamento que melhor estimule a formação de uma barreira dentinária.

Foram utilizados nessa pesquisa 63 pré-molares higidos indicados para extração ortodôntica, de pacientes com idade compreendida entre 9 e 13 anos. As polpas foram expostas pela face oclusal e capeadas com um dos seguintes materiais à base de hidróxido de cálcio: Life, Calvital e Renew. Sobre o material capeador foi colocado cimento de fosfato de zinco e as cavidades restauradas com amálgama de prata. Os dentes foram extraídos em intervalos de 10,20,40,60,90,120 e 150 dias de pós-operatório. Após a extração os dentes foram fixados, descalcificados em parafina, cortados e corados pela H/E e Tricrômico de Gomori. Os resultados variaram para os materiais testados. Todos os materiais testados estimularam a formação de barreira mineralizada.

Os melhores resultados foram obtidos com o Renew que mostrou tendência de formação de barreira mineralizada aos 40 dias, seguidos pelo Calvital e o Life, sendo que este mostrou maior agressividade ao tecido pulpar.


C.9
REABSORÇÃO EXTERNA RADICULAR. EFEITO DE TRATAMENTO ENDODÔNTICO
ROSALIN ABBUD*
ROSA MARIA GONZALEZ VONO*
RAPHAEL CARLOS COMELLI LIA*
*Faculdade de Odontologia-Campus de Araraquara - UNESP

O traumatismo é freqüente em crianças e geralmente envolve os dentes anteriores superiores. Os vários tipos de traumatismos devem ser cuidadosamente avaliados.
A anamnese, um criterioso exame clínico e radiográfico sobre as possíveis lesões de tecidos pulpar e periodontal, orientam o tipo de tratamento dispensado.
Lesões como a reabsorção externa, que se inicia no periodonto e se estende à superfície externa radicular do dente, com destruição de osso alveolar, cemento e dentina e a necrose pulpar, são muitas vezes observadas em dentes que sofreram traumas.
As lesões periodontais, em certos casos, podem estar associados à um comprometimento pulpar. Assim, o tratamento endodôntico é indicado. Para a presente pesquisa, pacientes das Clínicas da Faculdade de Odontologia de Araraquara, na faixa etária de 8 a10 anos, foram selecionados recebendo o tratamento endodôntico nas seguintes condições: 1. Isolamento absoluto; 2. Abertura coronária; 3. Odontometria; 4. Preparo biomecânico; 5. Desinfecção; 6. Curativo expectante com pasta contendo hidróxido de cálcio; 7. Obturação definitiva convencional (após comprovação clínica-radiográfica do fechamento apical).
Concluímos por resultados satisfatórios ao exame clínico-radiográfico, havendo parada de reabsorção, tentativa de regularização de superfície radicular e manutenção do espaço periodontal, dentro dos parâmetros de normalidade funcional.


C.10
REIMPLANTE E LUXAÇÃO DE DENTES DE SAGÜI
ELCIO MARCANTONIO; RAPHAEL CARLOS COMELLI LIA; FAUZE LAUAND; JOEL CLÁUDIO DA ROSA MARTINS; RUY DOS SANTOS PINTO, TETUO OKAMOTO
Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP
Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP

Com o propósito de verificar num mesmo animal e no mesmo tempo operatório as alterações dos tecidos dentais e peridentais após traumas de intensidades diferentes, os autores realizaram reimplantes e luxações de incisivos superiores de sagüi (Callitrhix jacchus), os quais, tiveram os canais radiculares tratados previamente, com o objetivo de afastar possíveis interferências pulpares e diminuir o tempo de permanência do dente fora do alvéolo, fatos que poderiam influenciar os resultados comparativos entre o reimplante e a luxação dental.
Utilizaram-se de 30 animais que após a experimentação foram sacrificados em grupos de 5, respectivamente aos 5, 15, 30, 60, 90 e 120 dias pós-operatório. Os cortes histológicos foram corados pela Hematoxilina e Eosina, Tricrômico de Gomori e impregnações metálicas.
Os autores, dentro das condições do trabalho, chegaram às seguintes conclusões:
1. Os tecidos dentais e peridentais dos dentes luxados exibiram alterações semelhantes às verificadas nos tecidos dos dentes reimplantados, porém menos acentuadas;
2. Ocorreu cementogênese com reinserção de fibras do ligamento periodontal nas áreas neoformadas;
3. As alterações mais evidentes que comprometeram a integridade dos dentes luxados e reimplantados foram as profundas bolsas periodontais e as extensas reabsorções cemento dentinárias.


C.11
AMELOBLASTOMA: HEMIMANDIBULECTOMIA COM ENXERTO ALOPLÁSTICO
WALDYR ANTONIO JORGE*
*Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo

O ameloblastoma é um tumor epitelial odontogênico, benigno histologicamente, mas de um acentuado poder destrutivo local.
As intervenções cirúrgicas com margem de segurança ou mesmo as radicais são melhor indicadas. A ressecção em bloco do osso normal e do tecido mole tem sido recomendada para previnir riscos de múltiplas recidivas.
Segundo Bhaskar, Mckean & Albrigth afirma que o ameloblastoma é o mais agressivo dos tumores odontogênicos conhecidos. Anderson afirma que o ameloblastoma representa 1% de todos os tumores e cistos dos maxilares. Cerca de 80% dos ameloblastomas ocorrem na mandíbula.
Guralnick refere que há evidência que os ameloblastomas podem se originar dos cistos dentígeros.
Hopson & Littelewood explicam que o ameloblastoma é geralmente descrito como um tumor benigno. Entretanto desde 1928 vem aumentando a evidência de que este tumor não é tão somente localmente invasivo e persistentemente recidivante como também dá origem a metástases a distância.
O autor apresenta um caso clínico de paciente jovem com 23 anos, portador de lesão na região de mandíbula lado direito. Após exame clínico, radiográfico e biópsia incisional, foi diagnosticado a lesão como AMELOBLASTOMA.
Planejada a cirurgia, foi programada a ressecção hemimandibular com enxerto aloplástico no mesmo ato operatório. O autor apresenta a evolução do caso até a presente data.


C.12
ESTUDO DA DIMENSÃO VERTICAL DA FACE DOS INDIVÍDUOS COM DISFUNÇÕES OCLUSIVAS E SÍNDROME DÔR-DISFUNÇÃO TÊMPORO MANDIBULAR.
KRUNISLAVE ANTONIO NÓBILO*
*Deptº de Prótese e Periodontia - FOP-UNICAMP - PIRACICABA-SP

Fatores complexos estão presentes em todos os indivíduos que apresentam funções oclusivas das arcadas dentárias alteradas. Esses fatores têm suas causas primárias, já durante as fases de crescimento e desenvolvimento do sistema estomatognático, ou então são introduzidas iatrogenias das mais variadas possíveis na fase adulta do indivíduo. Sejam quais forem as causas das maloclusões dentais e das alterações faciais, sempre ocorrem mudanças psturais mandibulares no âmbito da dimensão vertical e relacionamento espacial maxilo-mandibular. Daí surgirem as clássicas "perda da dimensão vertical da face" e desvios mandibulares, que com outros fatores ligados coadjuvantes, contribuem para a instalação da síndrome dôr-disfunção têmporo mandibular. Como abordar esses problemas no paciente? É difícil. As experiências feitas em animais, nos dão resultados de grande valia, para avaliações das alterações das estruturas anatômicas e teciduais, mas, não nos dão informes sobre as reações do sistema neuro-muscular e do tônus muscular do homem. E essa é a questão, pois deve-se restabelecer o tônus muscular, que está alterado. Entretanto esse restabelecimento, não deve ser feito diretamente com as próteses ou reabilitações protéticas. Essa é a proposta deste projeto de pesquisa clínica. Estamos propondo a utilização de próteses subsidiárias com pilares laterais ou pistas deslizantes, que são utilizadas antes da reabilitação protética, cujo objetivo é estabelecer novamente a dimensão vertical da face e relações centralizadas da mandíbula em relação craneal. Essas pesquisas visam tanto os indivíduos parciais ou totalmente desdentados. As avaliações são acompanhadas com análises eletromiográficas e da oclusão em articuladores semi-ajustáveis, assim com dos informes comportamentais dos pacientes.


C.13
ESTUDO CLÍNICO DO COMPORTAMENTO DE TÉCNICAS DE ESCOVAÇÃO (ESFREGAÇÃO E FONES) E USO DO FIO DENTAL NO CONTROLE DA PLACA DENTAL EM JOVENS DE 9 a 11 ANOS.
*Edeny A. Spacini Trevisan
**Benedicto Egbert Corrêa de Toledo
**Dirceu Barnabé Raveli
**Rita de Cássia Loyola Cordeiro
**Ary José Dias Mendes

*- Aluna do Curso de Pós Graduação a nível de Doutorado, área de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP.
**- Docentes da Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP

Foi realizada uma avaliação clínica do comportamento das técnicas de Esfregação e Fones para a escovação dos dentes, associadas ou não ao uso do fio dental, no controle da placa bacteriana dental, em jovens de 9 a 11 anos de idade. Os jovens receberam motivação, instruções detalhadas e demonstrações do uso das técnicas utilizadas e do fio dental.
A presença e a quantificação da placa dental foi medida pelo Índice de Placa, reaplicados aos 7, 14, 28, 42 e 63 dias do início da investigação.
Os resultados revelaram que: 1- houve influência de todos os grupos experimentais sobre os níveis de placa; 2- a técnica de Esfregação foi mais eficiente que a de Fones; 3- a associação da técnica de Esfregação com o fio dental proporcionou a maior diferença relativa entre os níveis de placa inicial e final; 4- o uso do fio dental associado à forma habitual de escovação reduziu em 40,4% os níveis de placa; 5- o esquema de motivação foi suficiente para reduzir os níveis de placa do grupo controle.


C.14
RESISTÊNCIA À FRATURA DE "RESTAURAÇÕES" A AMÁLGAMA DE PRATA EM PREPARS CAVITÁRIOS CLASSE III-DISTAL DE CANINO
STEAGALL,L.* & JOÃO,S.M.M.**

*Prof. Titular do Deptº de Dentística da FOUSP
**Profa. Assistente do Deptº de Dentística da Faculdade de Odontologia da PUC - Campinas.
O objetivo do presente trabalho foi de verificar qual a exata necessidade da retenção adicional proporcionada pela cauda de andorinha e/ou canaletas retentivas proximais na resistência ao deslocamento de "restaurações" a amálgama em cavidades classe III, em superfície distal de caninos. Seguiu-se o método de trabalho, empregando-se troquéia de cobalto-cromo obtidos a partir de dentes de plástico pré-fabricados.
Foram estudadas as seguintes variações: três tipos de preparos cavitários (MARKLEY, 1953; STRICKLAND, 1968 e BELL & GRAINGER, 1971) com e sem cauda de andorinha e canaletas retentivas proximais utilizando ICR nº 699 e 1/4. Dois métodos de aplicação de carga para deslocar as "restaurações" de fora para dentro (ensaios de compressão) e de dentro para fora (ensaios de arrancamento) e dois tipos de ligas: True Dentalloy e Dispersalloy.
Após os ensaios de resistência, os resultados foram analisados estatisticamente por meio de análise de variância e teste de Tukey, a nível de 5% e pode-se concluir que: as cavidades de MARKLEY e de STRICKLAND apresentaram maior resistência à fratura que as BELL & GRAINGER; no entanto, em todas as três as "restaurações" apresentaram maior resistência aos ensaios de compressão que aos ensaios de arrancamento. As cavidades com cauda apresentaram maior resistência aos ensaios de compressão e as cavidades sem cauda aos ensaios de arrancamento.
As retenções proximais preparadas com ICR nº699 foram mais eficientes do que aquelas executadas com ICR nº 1/4. Pode-se admitir que ovalor da resistência apresentado pelas retenções proximais executadas com ICR nº 699 foi numericamente semelhante àquele apresentado pela cauda de andorinha. Os dois tipos de ligas, convencional (True Dentalloy) e com alto teor de cobre (Dispersalloy), apresentaram resistência à fratura numericamente comparáveis.


C.15
MODIFICAÇÕES NA TÉCNICA DE FUNDIÇÃO DE PRECISÃO RESULTADOS PRELIMINARES
RAFAEL YAGUE BALLESTER* & JOSÉ FORTUNATO F. SANTOS*
*Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo
Depto. de Materiais Dentários.

Estudos desenvolvidos anteriormente pelos mesmos autores, mostraram que revestimentos para fundição tendo gesso como aglutinante, podem apresentar expansão higioscópica, mesmo após a presa nominal ter ocorrido.
Baseados nessa propriedade, uma variante da técnica de fundição foi desenvolvida (e está sendo proposta), empregando-se para isso um revestimento com aditivo de NaCl e fazendo-se dupla inclusão do padrão de cera; inicialmente uma pequena camada de revestimento é aplicada sobre o modelo e 30 minutos depois o preenchimento do anel é completado.
A idéia básica desse procedimento é a de que o excesso de água usado na espatulação da segunda porção de revestimento vai promover a expansão higioscópica da primeira camada aplicada anteriormente.
A seqüência da técnica seguida foi a da expansão térmica convencional e mais duas variáveis estão sendo estudadas: cilindros de revestimento com e sem a contenção do anel de fundição. Quando esse anel é usado nunca o forro de amianto é aplicado na sua face interna.
O método de avaliação do ajuste dos blocos tem sido duplo: visual e fotográfico. Pelo menos três avaliadores são usados para o julgamento da precisão da adaptação.
Os resultados até agora obtidos são promissores e há expectativa de que conclusões satisfatórias deverão ser alcançadas num futuro próximo.


C.16
CORROSÃO DE RESTAURAÇÕES DE AMÁLGAMA ESTUDO "IN VITRO"
HELOISA ROSARIA CARBONE*
KARL F. LEINFELDER*
JOSÉ FORTUNATO F. SANTOS*
*Faculdade de Odontologia USP/School of Dentistry - Universitty of North Carolina at Chapel Hill.

Foi sugerido por um dos autores (Santos, 1983) que o valamento das margens de restaurações de amálgama seria resultado da combinação de dois fatores causais: a corrosão da liga promovendo a extrusão da restauração e a ação das cargas mastigatórias fraturando o material restaurador não suportado.

Restaurações (288) foram executadas em dentes humanos extraídos segundo as variáveis ligas (Vebralloy; Dispersalloy; Tytin e Sybraloy); acabamento da superfície (esculpidas, brunidas e polidas) e contaminação (ou não) com saliva durante a condensação. A corrosão foi provocada por soluções de NaCl a 5% e Na2S a 2%. Um grupo controle (96 restaurações) foi mantido em frasco hermético com umidade relativa de 100% à temperatura ambiente. As soluções corrosivas estiveram em permanente agitação e as restaurações foram avaliadas em períodos de 3, 6 e 12 meses. Em todas as avaliações as restaurações foram duplicadas com Reprosil e as réplicas examinadas no M.E.V. O comportamento das restaurações ao longo do período de um ano permitiu as seguintes conclusões: o desempenho das quatro ligas foi semelhante; os tratamentos da superfície não influenciaram a aparência das restaurações submetidas às soluções corrosivas; em nenhuma situação foi possível se perceber diferenças entre as restaurações contaminadas e aquelas não contaminadas durante a condensação; as imagens observadas no M.E.V. confirmam a hipótese de que a corrosão provoca a extrusão da restauração como um todo. A comparação entre as restaurações que sofreram ação dos banhos de corrosão com aquelas do grupo controle, sugere que os fatores acabamento da superfície contaminação e ligas são menso importantes do que a influência do meio, sobre o desempenho das mesmas.


C.17
TRATAMENTO PROVISÓRIO DE DENTES DECÍDUOS E PREVALÊNCIA DE CÁRIE EM MOLARES PERMANENTES
VITÓRIA IANER MACÊDO DOS SANTOS*,
MYAKI ISSÁO** &
NEY MORAES***
*Mestre em Odontopediatria, Prof. Assistente da Faculdade de Odontologia da Fundação de Ensino Superior de Pernambuco e da Universidade Federal de Pernambuco.
**Professor Titular de Odontopediatria da FOUSP
***Professor Adjunto do Deptº de Odontologia Social da Faculdade de Odontologia de Bauru - USP

A Odontologia tem como função básica a preservação, proteção e recuperação da saúde bucal dos indivíduos. Apesar disso a cárie dentária continua sendo o maior problema de saúde bucal da comunidade. Sua prevenção e tratamento constituem o grande desafio da profissão odontológica.
VOLKER & CALDWELL, demonstraram que em indivíduos aos 7 anos de idade cerca de 25% dos 1ºs molares permanentes inferiores já estão cariados; aos 9 anos cerca de 50% e aos 12 anos é de aproximadamente 70%.
Preocupados com este alto índice de cárie nos dentes permanentes, e a dificuldade de recursos financeiros para a recuperação desses elementos dentários, foi realizado um tipo de tratamento tendo como base um material restaurador provisório, na dentição decídua, com a finalidade de criar um ambiente favorável e maturação pós-eruptiva dos molares permanentes, determinado conseqüentemente a prevenção da cárie nesses dentes, a nível de 78,4% de redução.
Foram selecionadas 80 crianças e divididas em dois grupos, experimental e controle para verificar o efeito do tratamento dos dentes decíduos com um material intermediário sobre o ataque de cárie nos 1ºs molares permanentes. Após 6 meses da erupção dos 1ºs molares permanentes, os resultados mostraram um efeito positivo, quanto a redução de cárie nesses elementos dentários.
A metodologia proposta representa uma opção econômica e eficaz quando da escolha de estratégias para a abordagem do problema da cárie dentária na dentição permanente.


C.18
PREVALÊNCIA DE ALGUMAS ANOMALIAS DE OCLUSÃO NA DENTADURA DECÍDUA
RICARDO SIMÃO MATHIAS* &
MYAKI ISSÁO*
*Professores do Departamento de Ortodontia e Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.

A literatura e a clínica evidenciam que a prevalência de más-oclusões é freqüente no período da dentadura decídua. No entanto, trabalhos de levantamentos epidemiológicos destes problemas em nosso meio praticamente inexistem e como tal propusemo-nos a efetuá-lo. Assim utilizando uma amostra de 300 crianças, na faixa etária de 3 a 6 anos e utilizando os conceitos descritos por BAUME, GRABER e ARAUJO, determinou-se a prevalência na dentadura decídua, das seguintes anomalias de oclusão: A-Relação terminal dos segundos molares decíduos em degrau distal para a mandíbula; B-Mordida aberta anterior; C-Mordida cruzada posterior e D-Apinhamento anterior. Em relação à freqüência de todas estas anomalias constatou-se que 77,3% das crianças do sexo masculino e 81,3% das do sexo feminino apresentavam um ou mais problemas de oclusão estudado. No que diz respeito à relação terminal dos segundos molares decíduos em degrau distal para a mandíbula a freqüência foi de 16,5% e 19,3% respectivamente para o sexo masculino e feminino.
A freqüência média da mordida aberta anterior foi de 21,3% e 19,3% e apinhamento de incisivos de 10,0% no arco superior e 18,6% no inferior e 14,0% no superior e 26,6% no inferior, respectivamente para as crianças do sexo masculino e feminino. Quanto à prevalência de mordidas cruzadas posteriores verificou-se uma freqüência média maior nas crianças do sexo masculino (14,0% contra 18,7%) e de dentro das mordidas cruzadas, os com desvio de linha média atingiram a cifra de 61,9% nas crianças do sexo masculino contra 85,7% do feminino.


C.19
ULTRAESTRUTURA DO EPITÉLIO JUNCIONAL NA GENGIVA HUMANA CLINICAMENTE NORMAL E NA DOENÇA PERIODONTAL.
W.R.SENDYK*, A.GROMATZKY, S.KON, F.PUSTIGLIONI e P.ABRAHAMSOHN
(FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA USP e INST. CIÊNCIAS BIOMÉDICAS - USP)

A importância do epitélio juncional, tanto do ponto de vista clínico quanto acadêmico, está bem estabelecida. Surpreendentemente, porém, a literatura nos revela poucos estudos sobre alterações ultraestruturais no epitélio frente à doença periodontal crônica.
O objetivo desta pesquisa é estudar, no mesmo paciente, a ultraestrutura do epitélio juncional, tanto na normalidade clínica quanto frente a doença periodontal.
Cinco pacientes adultos foram estudados. Estes pacientes apresentavam áreas de normalidade clínica gengival e áreas afetadas pela doença periodontal. Esta áreas foram analisadas através do emprego do Índice Gengival. Três biópsias de cada área foram obtidas utilizando-se a incisão de bisel invertido. Os tecidos assim obtidos foram submetidos a processamento histológico para microscopia óptica e eletrônica.

As células do epitélio juncional mostraram algumas alterações, quando na presença de doença periodontal crônica, mas apresentam características morfológicas compatíveis com vitalidade. As cisternas perinucleares apresentaram-se, ocasionalmente, alargadas. Em alguns espécimes a cromatina estava condensada sob a forma de grumos. O espaço intercelular estava aumentado e freqüentemente preenchido pou um material granular eletrodenso. Desmosomas tópicos, embora em menor quantidade, foram observados. A lâmina estava interrompida no epitélio juncional severamente alterado pela doença periodontal. Neutrófilos e células claras foram freqüentemente observados entre as células epiteliais.


C.20
ESTUDO HISTOLÓGICO COMPARATIVO DA REPARAÇÃO GENGIVAL PÓS-GENGIVECTOMIA CONVENCIONAL E ELETROCIRURGICA
*Wilson Trevisan Júnior
**Benedicto Egbert Corrêa de Toledo
**Raphael Carlos Comelli Lia

*- Aluno do Curso de Pós Graduação a nível de Doutorado, área de Dentística Restauradora da Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP.
**- Docentes da Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP

Foi realizado, em humanos, estudo comparativo da reparação tecidual pós-gengivectomias feitas com gengivótomos convencionais e bisturi eletrônico de fabricação nacional. Foram utilizados 16 pacientes com indicação precisa para a realização de gengivectomia na região vestibular anterior, superior ou inferior, com regiões semelhantes em quantidade e qualidade de gengiva inserida nos segmentos direito e esquerdo.
Em um segmento, foi executada a gengivectomia convencional, e no outro com o bisturi eletrônico, com intensidade de corrente a 2,5A e utilizando-se o eletrodo em forma de lanceta: decorridos 7, 14, 28 e 42 dias, foram retiradas biópsias das 2 áreas para análise histológica. Os resultados revelaram que: 1. a reparação mostrou condições evolutivas diferentes, especialmente até aos 14 dias, retardada e com quadros racionais mais alterados para o eletrocirurgia; 2. as diferenças raparacionais foram mais evidentes no tecido conjuntivo que no epitelial, persistindo, ainda que de pequena intensidade, até os 42 dias; 3. aos 42 dias, mesmo permanecendo as diferenças de forma sutil, o aspecto estrutural do processo de reparo era semelhante para as duas técnicas.


C.21
ESTUDO COMPARATIVO DO EPITÉLIO DA GENGIVA INSERIDA NA NORMALIDADE E NA DOENÇA PERIODONTAL: ASPECTOS ULTRAESTRUTURAIS EM HUMANOS
A.GROMATZKY*, W.R.SENDYK, S.KON, F.E.PUSTIGLIONI e P.ABRAHAMSOHN
(FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA USP e INST. CIÊNCIAS BIOMÉDICAS-USP)

O epitélio da gengiva inserida, pela sua estratificação e proteção (queratina e paraqueratina), pode também sofrer modificações estruturais. É evidente que isto se passa somente após a alteração do epitélio do sulco, que é a via de entrada da doença periodontal.
Tem este trabalho por objetivo estudar as reações epiteliais que ocorrem na camada basal e espinhosa da gengiva inserida.
Biópsias de 5 pacientes, portadores de áreas normais e alteradas, foram obtidas e processadas para histologia ótica e eletrônica.
Os resultados podem ser resumidos no quadro abaixo:
Gengiva Inserida Normal Gengiva Inserida Alterada
1.Células epiteliais e mitocôndrias normais. 1.Células íntegras, e em estado de degeneração, com citoplasma e mitocôndrias lesadas.
2.Desmosomas numerosos e organizados 2. Desmosomas se apresentam
com disposição escalonada. relativamente menos numerosos e mais desorganizados quanto ao escalonamento.
3.Espaços intercelulares com amplitude 3.Espaços intercelulares mais dilatados
relativamente constante e pouca e mais acúmulo de substância amorfa-
quantidade de material amorfo- granulosa-intercelular.
granuloso-intercelular.
4.Lâmina basal íntegra e presença de 4.Lâmina basal com solução de
polimorfonucleares neutrófilos e continuidade, com maior infiltração de
monócitos. polimorfonucleares neutrófilos e monócitos.
5.Tecido conjuntivo com fibras colágenas 5.Tecido conjuntivo com
bem organizadas. desorganização de fibras colágenas e presença de microfibrilas esparsas ou isoladas.


C.22
ÁCIDO CÍTRICO E FIBRONECTINA NA TERAPIA PERIODONTAL. ESTUDO CLÍNICO, BIOMÉDICO E HISTOMÉTRICO EM CÃES COM DOENÇAS PERIODONTAL NATURAL.
S.KON*, R.G.CAFESSE, M.J.HOLDEN, C.E.NASJLETI
(Univ. of Michigan, V.A.Medical Center, USA e Faculdade de Odontologia USP)

INTRODUÇÃO E PROPÓSITO: Fibronectina é uma glicoproteína de alto
peso molecular presente na superfície celular da matriz do conjuntivo e no plasma. Tem a
função de promover a aderência de célula, segundo estudo realizado por Yamada et al, e a
aderência de célula à matriz que o circunda. Terranova & Martin utilizando segmentos de
dentes extraídos observou um aumento de união dos fibroblastos a estes dentes, quando em
presença da fibronectina. Este estudo tem o propósito de determinar se a desmineralização
provocada pelo ácido cítrico e a aplicação de fibronectina é benéfica no tratamento da
doença periodontal avançada, presente no cão de raça beagle.
MATERIAL E MÉTODOS: Após anestesia geral os cães foram radiografados,
sofreram raspagem e polimento coronário e cavidades foram preparadas na face bucal dos
prémolares e molares para estudo biométrico (estas medições foram tomadas em relação a
gengiva marginal, profundidade de bolsa e ao limite mucogengival). Um mês após esta
fase, um retalho total reposicionado coronariamente ao nível do limite esmalte-dentina foi
realizado. O nível da crista óssea foi determinado fazendo-se uma ranhura na raiz durante
a cirurgia. Os 4 diferentes métodos, executados em 8 áreas, num total de 28 dentes, foram
os seguintes: 1-somente cirurgia; 2-cirurgia mais aplicação de fibronectina; 3-cirurgia mais
aplicação de ácido cítrico; e 4-cirurgia mais aplicação de ácido cítrico e fibornectina. Após
os procedimentos acima descritos, os cães foram submetidos a regime diário de higiene
bucal. Os animais foram sacrificados 6 semanas após a cirurgia, quando então se obteve as
medições clínicas finais, radiografias e fotografias das áreas operadas.
RESULTADOS E CONCLUSÕES: Significativo aumento (p.05 ANOVA) de
reinserção do tecido conjuntivo foi observado nas áreas tratadas com a combinação do
ácido cítrico mais fibronectina. O aspecto histológico demonstrou a reinserção de fibras,
no sentido perpendicular à raiz embebidas em cemento existente, cemento neoformado e
dentina. As áreas tratadas somente com a aplicação do ácido cítrico demonstraram também
reinserção semelhante, mas menos extensa se comparada à combinação de ácido e
fibronectina. Uma menor quantidade de fibras reinseridas e um epitélio juncional mais
longo foi observado nas áreas que sofreram apenas cirurgia ou cirurgia mais aplicação de
fibronectina.


C.23
CAPACIDADE DESMINERALIZANTE DE REFRIGERANTES DISPONÍVEIS NO MERCADO BRASILEIRO
ROSA, A.G.F. £ NICOLAU, J.
Departamento de Bioquímica, Instituto de Química, USP.

O esmalte dentário pode ser dissolvido de duas maneiras: através de processo carioso e de erosão. Estes dois tipos de lesão diferem macroscópica e microscopicamente, a erosão sendo principalmente o resultado de desmineralização da superfície e a lesão de cárie o produto de dissolução da área subjacente à superfície.

A erosão dental é mais freqüentemente causada pela ingestão crônica de uma fonte de ácido. Vários estudos (Brit.Dent.J., 103 : 280, 1957; Brit.Dent.J., 122 : 300, 1967; Tex.Dent.J., 94 : 10, 1976), demonstraram severa erosão dentária resultante da ingestão de sucos de frutas naturais e bebidas acidificadas artificialmente.

O presente trabalho trata do estudo do poder desmineralizante de refrigerantes encontrados no comércio, sobre o esmalte dentário "in vitro". Para este estudo o esmalte de coroas de dentes obtidos numa clínica dentária foi triturado e passado por um tamis, usando-se partículas padronizadas entre 0.125mm a 0.249mm. O pó de esmalte assim obtido foi incubado com refrigerantes (0,2g : 2ml), após o que o cálcio liberado foi medido. Observou-se que (1) A quantidade de cálcio liberado aumenta com o tempo de incubação. (2) O pré-tratamento do pó de esmalte com saliva, aumentou a resistência do esmalte contra a desmineralização. (3) Todos os refrigerantes analisados apresentaram pH que variou de 2,50 a 3.20. (4) Todos os refrigerantes analisados apresentaram poder desmineralizantes.


ÁREA BÁSICA

B.1
DEGRADAÇÃO IN VIVO DA PROTEÍNA C3 DO COMPLEMENTO PELA CEPA PATOGÊNICA DE BACTEROIDES GINGIVALIS
GÖRAN K.SUNDQVIST, ANNA VÄÄTAINEN, JOSÉ FRANCISCO HÖFLING* e JAN CARLSSON.
*Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP

A patogenicidade de cinco cepas de Bacteroides foi testada subcutaneamente em cobaias usando-se cápsulas perfuradas Teflon. A reação dos tecidos ao redor das cápsulas e o conteúdo do fluído das mesmas foi analisado. Duas cepas de B.Melaninogenicus subsp.intermedius produziram abscessos locais ao redor das cápsulas, enquanto uma cepa 381 de B.gingivalis e outra BNla-f assacarolítica diferente de B.gingivalis foi capaz de causar extensivos danos aos tecidos, através de abscessos purulentos. Quando o inóculo da cepa W83 continha mais de 109 células, os animais foram mortos. A cepa W83 foi a única a aumentar de número na cápsula. O fluído das mesmas, quando inoculado com cepas de W 83 mostrou-se diferente quando comparado com outras bactérias inoculadas. Tal fluído mostrou uma alta atividade proteolítica. Nenhum componente C³ do complemento e somente traços de imunoglobulinas puderam ser detectadas no fluído. Cepas W83 e 381 mostraram uma alta atividade proteolítica contra o soro de cobaio e quando células dessas duas cepas foram incubadas com soro de cobaio por 24 horas, quase todas as proteínas foram degradadas. Essas duas cepas demonstraram serem capazes de degradar proteínas plasmáticas e alterar as condições de defesa do hospedeiro quando inoculadas experimentalmente. A verdadeira diferença em patogenicidade entre as cepas pode ser explicada através do fato de que W83 é somente fagocitado na presença de complemento, enquanto o mesmo não é requerido no processo de fagocitose e morte da cepa 381. A degradação da C³ pela cepa patogênica W83 de B.gingivalis mostrou-se altamente implicada nos mecanismos de defesa do hospedeiro. Por outro lado, o mesmo não se verificou com relação à cepa 381, já que a mesma é fagocitada na ausência de complemento.


B.2
RITMO CIRCADIANO NA MIGRAÇÃO DE LEUCÓCITOS NA CAVIDADE ORAL.
CID FERRAZ*; OSLEI PAES DE ALMEIDA* & LOURENÇO BOZZO*
*Disciplina de Patologia Oral - FOP/UNICAMP

Leucócitos migram constantemente através do epitélio juncional para a cavidade oral. Verificamos que a migração de leucócitos em humanos diminui durante o sono e nas primeiras horas da manhã, atingindo o máximo duas a três horas após o indivíduo ter acordado. Paradoxalmente há com a diminuição da migração celular durante o sono, um aumento no número de leucócitos presentes na cavidade oral. Os leucócitos do sulco gengival podem atuar na proteção e/ou destruição das estruturas periodontais e é possível que estes mecanismos dependam do ritmo de migração de leucócitos para a boca.


B.3
INFLAMAÇÃO GENGIVAL DURANTE A ERUPÇÃO DE DENTES MOLARES DE RATO.
MÁRIO FERNANDO DE GOES*; OSLEI PAES DE ALMEIDA* & MÁRIO ROBERTO VIZIOLI*
*Disciplina de Patologia Oral e Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP

Durante a erupção dental o tecido que recobre os molares inferiores de rato está infiltrado por leucócitos e os vasos apresentam aumento de permeabilidade. O tecido conjuntivo subjacente ao futuro epitélio juncional é rico em fibroblastos e fibras, não apresentando células inflamatórias. À medida que o epitélio juncional se desenvolve, polimorfonucleares podem ser observados nos tecidos epitelial e conjuntivo, assim como vasos alterados. Na papila interdental as alterações inflamatórias são observadas inicialmente na distal do primeiro molar e posteriormente na mesial do segundo molar. Os resultados sugerem que o processo inflamatório na gengiva de rato inicia-se durante a erupção do dente e que alterações quantitativas e morfológicas ocorrem durante a organização dos epitélios sulcular e juncional.


B.4
PRESENÇA DE EOSINÓFILOS NA DOENÇA PERIODONTAL DE RATOS
OSLEI PAES DE ALMEIDA*; JOSÉ MARIA BERTÃO* & APARECIDO DO NASCIMENTO*
*Disciplina de Patologia Oral-Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP

Eosinófilos estavam presentes na inflamação gengival provocada experimentalmente em ratos, colocando-se ligadura com fio de algodão na região cervical dos 1ºs. molares inferiores. O número de eosinófilos aumentou progressivamente até 30 dias após a colocação do irritante gengival, não havendo posteriormente modificações quantitativas. Inicialmente os eosinófilos estavam localizados nas áreas inflamadas subjacente ao epitélio e depois de 30 dias situavam-se no córion mais profundo, entre as fibras de colágeno. Mastócitos raramente foram observados no tecido periodontal próximo às áreas inflamadas indicando que estas células não atuaram diretamente na migração dos eosinófilos. Além da participação dos eosinófilos em mecanismos imunológicos sugere-se que possam estar envolvidos na síntese e degradação de fibras colágenas.


B.5
FIBROMA DE CÉLULAS GIGANTES
ESTHER G.BIRMAN*; VERA C.DE ARAÚJO*; ADRIANA F.QUINTAS*; SANDRA R.CIPELLI*
*Depto.de Estomatologia da FOUSP


Os autores apresentam um estudo histopatológico sobre uma lesão denominada de Fibroma de Células (FCG), descrita por Weathers & Callihan, em 1974.
Reavaliando-se e reestudando-se aproximadamente 1000 casos diagnosticados no Serviço de Patologia Cirúrgica da FOUSP, como hiperplasias fibrosas inflamatórias, hiperplasias gengivais ou fibromas, no período de 1975 a 1983, identificamos 80 lesões que podem ser enquadradas como FCG.
A finalidade desta pesquisa é questionar se poderemos encontrar no nosso material algum substrato morfológico para individualizar a lesão ou considerá-la apenas como fase reativa de um processo proliferativo de origem fibroblástica como alguns autores preconizam.
O auxílio da microscopia eletrônica e de outras técnicas poderão trazer novas contribuições ao esclarecimento desta entidade que possui similares na pele e em outras mucosas, que também, não bem compreendidas.


B.6
CONTRIBUIÇÃO PARA O ESTUDO DE UM MÉTODO MORFOMÉTRICO TRIDIMENSIONAL UTILIZADO EM PESQUISAS ANTROPOMÉTRICAS.
ALFREDO FLÓRIDI SOBRINHO* & EDMIR MATSON**
*Deptº de Anatomia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo.
**Deptº de Dentística da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.

Os autores apresentam um método morfométrico tridimensional para utilização em pesquisas antropométricas, através do qual pode-se determinar a posição espacial de pontos selecionados sobre o crânio seco, bem como sobre a superfície oclusal dos dentes. Consegue-se, assim, medir diretamente sobre um determinado ponto do crânio os valores das coordenadas ortogonais x, y e z. Pode-se então, por meio da geometria analítica, estudar sob vários aspectos a morfologia de diversos acidentes ósseos baseados em três dimensões do espaço. Os resultados da avaliação deste método mostrou ser possível sua utilização com razoável precisão.


B.7
EXPANSÃO HIGROSCÓPICA TARDIA DE REVESTIMENTOS AGLUTINADOS POR FOSFATO.
JOSÉ FORTUNATO F.SANTOS* & RAFAEL YAGUE BALLESTER
*Faculdade de Odontogia da Universidade de São Paulo - Departamento de Materiais Dentários.

Os autores verificaram anteriormente que produtos de gesso apresentavam o fenômeno da expansão higroscópica tardia, mesmo após o tempo de presa nominal.
Decidiram agora investigar se tal fenômeno também ocorreria com revestimentos fosfatados.
Para isso, dois produtos comerciais foram selecionados: Hi-Temp e Ceramgold. As amostras foram preparadas com três concentrações diferentes do líquido especial para espatulação. Um dispositivo foi especialmente construído para a mensuração das alterações dimensionais ocorridas ao longo do período de 24 horas e o tempo de imersão dos espécimes foi variado de 30 Seg. e 2 minutos. Um terço das amostras não sofreu imersão e serviu como grupo controle para fins comparativos.
As expansões medidas e transformadas em valores de porcentagem, foram usadas para a construção de gráficos que relacionaram os resultados obtidos em função do tempo.
Essas curvas determinaram as seguintes conclusões: Os revestimentos fosfatados apresentaram expansão higroscópica tardia, com valores bastante elevados; As concentrações do líquido especial não interferiram sobre as alterações dimensionais; o tempo de imersão foi um fator significativo para um dos produtos e não para o outro.


B.8
ESTATÍSTICA NA PESQUISA
SONIA VIEIRA*
*Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP

Os pesquisadores têm atitudes muito diferentes em relação à estatística. Num extremo estão aqueles que acreditam que tudo o que foi "demonstrado estatisticamente" é verdadeiro, não importa quão absurdo pareça. No outro extremo estão aqueles que acreditam que estatística é apenas uma maneira de mentir - então tudo pode ser "provado estatisticamente". Evidentemente, é preciso achar o ponto de equilíbrio. É claro que a literatura das áreas biomédicas exibe grande quantidade de estatística de nível duvidoso, o que traz dificuldades diversas, em lugar da clareza procurada. Pretendemos então, neste trabalho, mostrar nossa preocupação com a inferência estatística e discutir alguns pontos que talvez alertem o pesquisador sobre a forma de interpretar as palavras "estatisticamente significantes", tão correntes em textos técnicos.


B.9
REPARAÇÃO TECIDUAL APÓS INCISÃO ELETROCIRÚRGICA NA MUCOSA BUCAL DO RATO. ESTUDO HISTOMORFOLÓGICO.
MARIA REGINA SPOSTO; BENEDICTO EGBERT CORREA DE TOLEDO e RAPHAEL CARLOS COMELLI LIA.
Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP

O uso do bisturi elétrico no tratamento de doenças periodontais tem sido tema de grande interesse por constituir-se em uma técnica de fácil utilização quando comparada à técnica cirúrgica convencional. Apesar de vários estudos realizados, os autores são contraditórios quanto a sua indicação. O comportamento tecidual da mucosa bucal de ratos, submetida à incisões com bisturi eletrônico Olidef foi verificada. Foram testadas 2 pontas ativas, o eletrodo em forma de asa de arame oval ( 7,0 x 1,4 mm, acotovelado em 45°) e, o em forma de lanceta e, diferentes intensidades de corrente (1,5; 2,5 e 3,0 mA). Após períodos de 2, 3, 8, 16 e 32 dias, procedemos a avaliação histopatológica. Concluiu-se que: a)as incisões não impossibilitaram o processo de reparo e mostraram pouca interferência no desenvolvimento do mesmo; b) as melhores condições cirúrgicas, corresponderam a menor irritação tecidual, encontradas no grupo cuja intensidade de corrente foi de 2,5 mA e ponta ativa em forma de lanceta; c) maiores intensidades de corrente e o uso de ponta ativa em forma de alça, levaram a formações de maiores quantidades de massa necrótica e componente cicatricial; d)a presença de resíduos diversos em meio à ferida não só interferiram com a evolução mas também com o tipo de reparo tecidual.


B.10
INFLUÊNCIA DE DOSE ODONTOLÓGICA DE RADIAÇÃO X NA ATIVIDADE DE ENZIMAS DO OLHO DE CÃES.
FRAB N.BÓSCOLO*; JAIME A.CURY** & NIVALDO GONÇALVES*
*Deptº de Diagnóstico Oral, FOP-UNICAMP
**Deptº de Ciências Fisiológicas, FOP-UNICAMP

Preocupados com os efeitos das radiações X, os autores procuraram desenvolver um trabalho onde estudaram os efeitos de baixas doses de radiação X, na atividade das enzimas glucose-6-fosfato desidrogenase (G6PD), glutation redutase (GR), fosfatase ácida (FA) e a ß-N-acetil hexosaminidase (H). Foi utilizado um aparelho odontológico, e irradiado os olhos de cães, com uma dose de 7,14 R. Os cães foram sacrificados nos tempos de 06, 12, 24, 48, 72 e 96 horas após a irradiação; os olhos foram removidos e a análise bioquímica mostrou: a)uma redução da atividade da enzima GR do cristalino, da ordem de 16,24% no tempo de 24 horas e 31,58% no tempo de 48 horas após a irradiação. b) um aumento da atividade da enzima G6PD do epitélio da ordem de 18,77% no tempo de 24 horas, caindo este aumento para 7,44% no tempo de 48 horas após a irradiação. c) um aumento da atividade da enzima G6PD do cristalino, da ordem de 19,27% no tempo de 24 horas, caindo para valores negativos de -40,48% no tempo de 48 horas após a irradiação. d) uma redução da atividade da enzima H do epitélio interno, tanto na porção anterior como na posterior, da ordem de 5,34% e 8,25%, respectivamente, nas primeiras 12 horas; 3,69% e 5,66%, respectivamente, após 24 horas, e 7,61% e 9,43%, respectivamente, no tempo de 48 horas após a irradiação. e)um aumento inicial da atividade da enzima FA do epitélio interno, tanto na porção anterior como na posterior, da ordem de 5,21% e 16,31%, respectivamente, nas primeiras 12 horas após a irradiação; seguida de uma queda para valores negativos de -3,73% na porção anterior, e valor positivo de 1,67% na porção posterior, após 24 horas, e finalmente um valor negativo de -12,67% na porção anterior, e um valor positivo de 0,66% na porção posterior, no tempo de 48 horas após a irradiação.


B.11
ESTUDO HISTOLÓGICO DA RESPOSTA TECIDUAL ÓSSEA EM RATOS, APÓS INCISÃO ELETROCIRÚRGICA EM MUCOSA BUCAL.
MARIA REGINA SPOSTO; RAPHAEL CARLOS COMELLI LIA e BENEDICTO EGBERT CORREA DE TOLEDO.
Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP

Considerando-se que, uma das contra-indicações da eletrocirurgia está baseada no aparecimento de seqüelas ósseas, procedemos a este estudo baseado na análise da resposta do tecido ósseo da maxila do rato, após incisão com profundidade padronizada através de eletrodos em forma de alça e lanceta. Foram testadas as seguintes variações de intensidade de corrente: 1,5; 2,5; 3,0 e 4,0 mA. Respeitando períodos pós-operatórios de 2,3,8,16 e 32 dias os animais foram sacrificados. Após análise dos cortes obtidos a partir das biópsias, chegamos às seguintes conclusões: 1) em todos os grupos, independentes da intensidade de corrente utilizada observou-se evolução por reparação; 2) fragmentos ósseos foram encontrados em todos os grupos como evolução de reabsorção, especialmente naqueles onde utilizou-se corrente mais altas (3,0; 4,0); 3) as reabsorções ocorreram tanto do lado interno ósseo quando do lado externo; 4) linhas de reversão foram constantemente surpreendidas nos períodos mais longos caracterizando uma inversão do processo de reabsorção; 5) resíduos diversos presentes nas áreas agredidas interferiram com o processo de reparação, principalmente nas intensidades mais altas (3,0; 4,0).



B.12
REAÇÃO DO TECIDO CONJUNTIVO SUBCUTÂNEO A IMPLANTES DE LAMÍNULAS DE VIDRO POR CIMENTO OBTURADORES DE CANAL.
ESTHER G.BIRMAN* & JOÃO MAGALHÃES*
*Depto. de Estomatologia da FOUSP


Os autores estudam a reação do tecido conjuntivo do camundongo ao implante de 5 cimentos endodônticos. Utilizam uma nova metodologia representada pela inserção de lamínulas de vidro recobertas pelos cimentos e observam a biocompatibilidade destes materiais, estudando a resposta inflamatória do tecido envolvente, aos 3, 7, 15, 30 e 60 dias.

Considerem que as variadas metodologias utilizadas na avaliação destes materiais, constituem questão aberta, induzindo a resultados muito contraditórios.

A atividade da resposta tecidual, o destino do material e as possibilidades reparativas frente aos cinco cimentos estudados (AH-26, Trim-Canal, Tubli-Seal, Fill Canal, Alpha-Canal), são apresentados e discutidos.


B.13
ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE CIMENTOS OBTURADORES DE CANAIS RADICULARES.
Dilson Alves de Almeida, Tânia Medeiros da Rosa e Lili Luschke Bammann.
Universidade Federal de Pelotas, Pelotas RS e Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, ES.

A atividade antimicrobiana de cinco cimentos obturadores de canais radiculares - ALFACANAL, VEDACANAL, FILLCANAL, TRINCANAL e N-RICKERT - foi determinada frente a microrganismos que podem ser detectados em canais radiculares infectados. Os testes de atividade foram realizados na superfície do "Brain Heart Infusion Agar", através do método da difusão, em diferentes períodos experimentais, logo após a espatulação pó/líquido e depois da tomada de presa dos cimentos, aos 7, 15, 30 ,60 e 90 dias da manipulação do material. Apesar do efeito inibidor dos materiais obturadores frente à P. aeruginosa ter decrescido em função do tempo de experimentação, a correlação atividade/tempo de armazenamento dos cimentos apresentou resultados muito inconsistentes, impedindo qualquer conclusão a respeito; isso sugere que a atividade residual dos cimentos é muito variável ou requer técnicas mais sensíveis à sua avaliação. Nas condições experimentais do presente trabalho, todos os cimentos obturadores evidenciaram, em algum tempo, atividade inibidora frente aos indicadores microbianos selecionados. O cimento ALFACANAL manifestou o espectro de ação mais amplo e acentuado, enquanto o N-RICKERT evidenciou a ação inibidora mais moderada, exceto no caso da P. aeruginosa, em que os efeitos dos cimentos VEDACANAL e FILLCANAL foram ainda mais discretos; nesse caso, a ação antimicrobiana do VEDACANAL e FILLCANAL somente foi detectada no momento subsequente à espatulação. Outrossim, os cimentos ALFACANAL, TRINCANAL e N-RICKERT foram os que expressaram maior efeito residual frente à P. aeruginosa.


B.14
AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE LIMPEZA DE ALGUMAS SOLUÇÕES IRRIGADORAS SOBRE A DENTINA RADICULAR, ATRAVÉS DE MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA.
MARIA RITA BRANCINI DE OLIVEIRA; CLÓVIS MONTEIRO BRAMANTE; FAUZE LAUAND e RAPHAEL CARLOS COMELLI LIA.
Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP e
Faculdade de Odontologia de Bauru - USP

O preparo biomecânico é fator fundamental no sucesso da terapia endodôntica e deve ser enfocado através dos meios químicos (substâncias e soluções irrigadoras), físicos (irrigação e aspiração das soluções irrigadoras) e mecânicos (instrumentação). A finalidade deste trabalho foi avaliar a eficiência de limpeza de algumas soluções irrigadoras sobre a parede dentinária do canal. Utilizamos 25 dentes humanos, caninos recém extraídos, os quais após a abertura coronária foram instrumentados e irrigados com as soluções selecionadas. A avaliação dos resultados através de microscopia eletrônica de varredura sobre a superfície dentinária dos fragmentos ordenados correspondentes aos três terços radiculares, permitiu-nos concluir: 1) a eficiência de limpeza das soluções irrigadoras obedece a seguinte ordem decrescente: EDTA, ácido cítrico, Dehyquart-A, Tergentol e líquido de Dakin; 2) não se constatou diferenças estatísticas (P < 0,05) no poder de limpeza das soluções irrigadoras em relação aos terços cervical, médio e apical.


B.15
AÇÃO DE PASTAS À BASE DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO, PAN-EMECORT E SOLUÇÃO DE IODO IODETADO A 2%, UTILIZADOS COMO CURATIVO DE DEMORA. BIOPULPECTOMIA.
CARLOS BENATTI NETO; ROBERTO MIRANDA ESBERARD; CLÓVIS MONTEIRO BRAMANTE e RAPHAEL CARLOS COMELLI LIA
Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP e
Faculdade de Odontologia de Bauru - USP

Duas pastas de hidróxido de cálcio, um creme à base de corticosteróide e solução de iodo iodetado a 2% foram aplicados como curativo de demora em biopulpectomias, com o intuito de observarmos seus efeitos sobre os côtos pulpares e regiões periapicais de dentes de cães. As pastas à base de hidróxido de cálcio se comportaram de forma semelhante, levando aquela proposta por Leonardo, ligeira vantagem sobre a outra, provavelmente em função do veículo utilizado. O creme à base de corticosteróide e antibiótico (Pan-Emecort) apresentou resultados semelhantes às pastas de hidróxido de cálcio, porém, num grau de inflamação um pouco superior àquele observado com as referidas pastas, mas ainda dentro dos mesmos parâmetros de inflamação atribuídos aos materiais anteriormente citados. A solução de iodo iodetado a 2% apresentou bons resultados apenas nas primeiras 48 horas. Contudo, a partir deste período, sua evolução foi bastante indesejável, produzindo inclusive, manifestações periapicais.


B.16

TRATAMENTO DE PERFURAÇÕES RADICULARES COM PASTAS DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO E IODOFÓRMIO - EMPREGO DE DIFERENTES VEÍCULOS - ESTUDO HISTOLÓGICO EM DENTES DE CÃES.

Carlos Benatti Neto; Clóvis Monteiro Bramante, Raphael Carlos Comelli Lia e Roberto Miranda Esberard.
Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP e Faculdade de Odontologia de Bauru - USP.

Para se estudar os efeitos de diferentes veículos para a pasta de hidróxido de cálcio e iodofórmio no tratamento de perfurações radiculares, foram utilizados 40 pré-molares superiores e inferiores de cães adultos jovens. Após a obturação dos canais radiculares, realizou-se perfurações na raiz mesial ao nível e em direção à furca com broca D.74 e preenchimentos com as diferentes pastas. Decorrido período experimental de 90 dias, os animais foram sacrificados por perfusão. As peças removidas cirurgicamente seguiram tramitação laboratorial de rotina e após cortes micrométricos com 6 micrômetros de espessura foram corados pela Hematoxilina e Eosina e técnica de coloração de Masson. Os resultados obtidos pela análise histopatológica permitiu-nos concluir que: 1) as perfurações seladas com a pasta de hidróxido de cálcio + iodofórmio (2:1) em polietileno glicol 400 apresentaram os melhores resultados com menor magnitude do processo inflamatório e melhor evolução reparativa; 2) as perfurações seladas com a pasta de hidróxido de cálcio + iodofórmio (2:1) tendo como veículo o soro fisiológico ou o Lipiodol exibiram resultados semelhantes porém, com ligeira vantagem para o Lipiodol; 3) nos dentes em que as perfurações permaneceram vazias durante todo o período experimental foi achado comum a formação de abscessos, com grande destruição do osso da crista alveolar.


B.17
IMPLANTES DE TUBOS DE DENTINA EM TECIDO SUBCUTÂNEO DE RATO CONTENDO MATERIAIS À BASE DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO. ESTUDO HISTOLÓGICO.
ELCIO MARCANTONIO JUNIOR*; RAPHAEL CARLOS COMELLI LIA* & ELCIO MARCANTONIO*
*Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP


Foi avaliada a reação do tecido conjuntivo subcutâneo do rato a implantes de materiais sob a forma de cimentos à base de hidróxido de cálcio (Procal e Life) comparando-os aos grupos controle hidróxido de cálcio + polietileno glicol. Foram utilizados 45 ratos (Rattus norvegicus, albinus, Holtzmann) os quais receberam os implantes em tubos de dentina e foram sacrificados em grupo às 48 e 72 horas e aos 7, 21 e 60 dias de pós-operatório. Os resultados permitiram concluir que:

1. todos os materiais testados comportaram-se como irritantes do tecido conjuntivo, permitindo no entanto evolução por colagenização de cápsula, nos períodos finais de observação e decréscimo do infiltrado inflamatório. Em ordem decrescente de irritabilidade tivemos: 1) Polietileno glicol + hidróxido de cálcio; 2) Procal, 3) Life.

2. estruturas como mineralização tendendo a formação de barreira junto a abertura tubular foram verificadas no grupo controle estando incompleta e irregular aos 21 dias, principalmente no grupo Procal.



B.18
ESTUDOS DOS CONTEÚDOS DE ATP, ADP E AMP E DA ATIVIDADE DE ATPases (Ca2+ E Mg2+) EM POLPAS DE DENTES DECÍDUOS E 1º MOLAR PERMANENTE DE SUÍNOS DURANTE O CICLO VITAL
PAIVA-NOVAES, M.S.; FERREIRA, F.D.; NICOLAU. J.
Departamento de Bioquímica, Instituto de Química - USP - SP.


Os processos vitais do organismo dependem da energia proveniente da hidrólise do ATP. Em polpas de dentes permanentes humanos, foram observados maior concentração de ATP, durante o desenvolvimento da raiz (LeBELL & LARMAS, Arch.Oral.Biol., 24 : 313, 1979) quando comparados com os tecidos provenientes de dentes com raiz completa. A adenosina trifosfatase (ATPase) enzima envolvida na degradação do ATP, apresenta atividade relativamente alta em polpas de dentes na fase de formação de raiz (LeBELL, J.dent.Res., 60 : 128 : 1981).

O presente trabalho mostra que a variação do conteúdo de ATP para o 2º molar (m2) e terceiro molar (m3) decíduos segue o mesmo padrão, isto é, aumenta até a fase de raiz recém-formada. Desta fase até se instalar o processo de reabsorção radicular (180 dias) existe um decréscimo gradativo no conteúdo desse metabolismo energético. Já para o 1º molar (m1) decíduo, no grupo de animais de 20 dias, quando se observa o dente ainda intra-ósseo, o conteúdo de ATP é bem mais elevado do que as fases subsequentes.

Com relação ao conteúdo de ADP, o modelo de variação foi semelhante entre os grupos. Já o AMP apresentou certa diferença.

A variação observada na atividade da ATPase, segue o mesmo padrão para as polpas dos dentes estudados com maior ou menor intensidade.


B.19
INFLUÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO SISTÊMICA DE FLUORETO DE SÓDIO DESDE O NASCIMENTO NO DESENVOLVIMENTO DA MANDÍBULA DE RATOS (RATTUS NORVEGICUS, ALBINUS, WISTAR). ESTUDO DIMENSIONAL.
DIRCEU BARNABÉ RAVELI*; ROSA ANITA ROCCA* & ARY JOSÉ DIAS MENDES*
*Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP

Foram utilizados 60 ratos recém-nascidos (Rattus norvegicus, Albinus, Wistar), de ambos os sexos. Decorridos 24 horas após o nascimento, os animais foram pesados e separados em 6 grupos, sendo a seguir iniciado a administração de doses diárias de 0,5 mg de NaF através de injeções subcutâneas aos animais dos grupos I, II e III. Após 20, 40 e 60 dias consecutivos de tratamento foram sacrificados por inalação de éter etílico e sempre 24 horas após a última injeção, bem como os componentes dos grupos IV, V e VI que, mantidos sem tratamento, serviram para controle, respectivamente.
Após o sacrifício e pesagem dos animais, removeu-se as cabeças para obtenção das mandíbulas, as quais foram submetidas à secagem,, pesadas individualmente, separadas as hemimandíbulas do lado direito e radiografadas. Sobre as radiografias procedem-se a demarcação de uma linha tangente à base da mandíbula e vários pontos pré determinados, para que ao ser levada ao projetor de perfis, se realizasse as seguintes mensurações:1) comprimento total da mandíbula (a-b); 2) comprimento do corpo da mandíbula (c-d); 3) comprimento do diastema mandibular (b-g); 4) comprimento do espaço pós-molar (h-i); 5) comprimento do arco dental posterior (i-g); 6) comprimento da corda do arco do incisivo (b-j); 7) altura do processo angular (k-linha tangente à base do corpo mandibular); 8) altura do processo condilar (e-linha tangente à base do corpo mandibular); 9) altura do processo coronóide (f-linha tangente à base do corpo mandibular).
Após análise dos resultados nas condições propostas por este trabalho, pudemos concluir que houve: 1) redução dos pesos corporal e mandibular, nos períodos estudados; 2) redução nas dimensões lineares longitudinais da mandíbula, com exceção do comprimento do diastema mandibular e 3) redução, nas dimensões lineares verticais da mandíbula, somente na altura do processo condilar.



B.20
CONCENTRAÇÃO DE FLÚOR EM MOLARES DE RATOS CUJAS MÃES INGERIRAM ÁGUA FLUORETADA DURANTE TODA VIDA OU APENAS NA PRENHEZ E LACTAÇÃO.
RENÉ GUERRINI*; JAIME A.CURY* & MYAKI ISSÃO
*Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP
**Faculdade de Odontologia da USP

Dúvidas quanto ao metabolismo de Fluoreto e seu mecanismo de ação existem. Os fatores que controlam a sua incorporação nos dentes durante a passagem transplacentária e lactação é assunto polêmico e a razão da presente comunicação. O experimento iniciou-se com ratos brancos divididos em dois grupos: Grupo I, subdivididos em subgrupos A,B,C e D, bebiam desde o nascimento, água fluoretada com respectivamente 10,0; 25,0; 50,0 e 75,0 ppm de F. O grupo II consumia água com baixo teor de fluoreto (0,17 ppm). Atingindo a fase adulta os animais foram acasalados, e enquanto os animais do grupo II foram subdivididos (subgrupos E,F,G e H) de acordo com as condições do grupo I. Assim que os filhotes nasceram 50% dos animais de cada subgrupo passaram a ingerir água com baixo teor de F., enquanto que os restantes continuaram sob o mesmo tratamento anterior. Os filhotes foram desmamados com 30 dias de idade. Após 140 dias do nascimento eles foram sacrificados, seus dentes extraídos, e determinou-se a concentração de fluoretos nas coroas dos dentes molares (6 animais). Para tal determinação utilizou-se um potenciômetro digital 701 da ORION. Os resultados obtidos demonstraram que: a)O dente que fixou mais fluoreto foi 3ºM seguido do 2º e 1º; b) a incorporação do fluoreto nos dentes foi proporcional à concentração na água de ingestão; c) comparando-se o grupo I com o grupo II e seus respectivos subgrupos, a concentração de fluoreto foi sempre maior nos respectivos dentes dos animais do grupo I que continuaram sob a mesma dieta das ratas mães. Conclui-se que a saturação prévia do esqueleto da mãe é fundamental na transferência de fluoreto aos descendentes. Este fato deveria ser considerado na posologia sistêmica de fluoreto se pretendesse algum efeito, principalmente na dentição decídua.


B.21
ESTUDO DO METABOLISMO DO FLÚOR EM FUNÇÃO DA SUA ADMINISTRAÇÃO A RATAS POR PERÍODOS PRÉ-NATAIS SUCESSIVOS.
JAIME A.CURY*
*Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP

Estudou-se o metabolismo do flúor em ratas às quais administrou-se, durante três gestações sucessivas, água com 12,5 , 25,0 , 50,0 ou 100,0 ppmF. No intervalo entre as gestações - 21 dias de lactação e 30 de repouso suspendeu-se o fornecimento de flúor, oferecendo-se água destilada às ratas. Determinou-se nas ratas a relação entre a concentração de fluoreto do plasma vs. a ingerida, plasma vs. osso, plasma vs. dente e o do plasma da rata vs. a no filhote recém-nascido, havendo uma linearidade entre as mesmas. A concentração de fluoreto no plasma e ossos das ratas aumentou após cada gestação, o que não aconteceu com a do dente (parte do incisivo formado durante a gestação) e a nos filhotes. Quando foi suspensa a administração da água fluoretada, observou-se que no intervalo entre a 2ª e 3ª gestação, houve no plasma e femur das ratas um decréscimo da concentração de F., de respectivamente 24-78% e de 10-15%. A concentração de fluoreto nos filhotes foi diretamente proporcional a da água administrada às ratas. Os resultados deste trabalho sugerem que não existem mecanismos reguladores capazes de manter uma homeostasia do flúor, e que o feto comporta-se em relação à mãe como os demais compartimentos do organismo materno, onde relações simples entre as concentrações de flúor foram observadas.


B.22
LOCALIZAÇÃO DO NÚCLEO SALIVATÓRIO SUPERIOR DO GATO ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DO TRANSPORTE AXONAL RETRÓGADO DA PEROXIDASE DO RÁBANO SILVESTRE.
JARBAS ARRUDA BAUER* & RICARDO TRAMONTE**
*ICB/USP
**Depto. de Morfologia-Universidade Fed. Santa Catarina

Foram utilizados 5 animais machos adultos, com peso variável entre 1,650 e 2,150 kg. Uma solução de HRP (peroxidase do rábano silvestre) a 20% (0,2 ml) foi injetada sob pressão controlada nas glândulas submandibulares esquerdas, através de cânula de polietileno inserida no ducto excretor principal.
Decorridas 48 hs após a injeção, os animais foram anestesiados e perfundidos com uma solução de 2% glutaraldeído, 2% paraformaldeído em tampão fosfato 0,1M, pH 7,2.
Os troncos cerebrais desses animais foram cortados em série em criostato, e os cortes de 30 u submetidos a técnica histoquímica de localização de sítios de atividade de peroxidade.
Pericários de neurônios multipolares com reação positiva para peroxidase foram encontrados na formação reticular ipsilateral, a partir de um plano rostral, que contém o joelho interno do nervo facial e o polo caudal do núcleo olivar lateral superior, até um plano caudal que contém o polo rostral do núcleo motor dorsal do nervo vago e o polo rostral do núcleo ambíguo.


B.23
ESTUDO MORFOLÓGICO E CITOQUÍMICO DO APARELHO DE GOLGI E GERL NAS CÉLULAS ACINOSAS DA PARÓTIDA DE RATO DURANTE SUA DIFERENCIAÇÃO. ESTUDO ULTRAESTRUTURAL*
AURORA I.DOINE; CONSTANTE OLIVER & ARTHUR R.HAND
Deptº de Histologia - ICB/USP

Células acinosas de parótidas de ratos de 5 dias de vida pós-natal a adulto jovem foram estudadas, ao microscópio eletrônico, por métodos morfológicos e citoquímicos, para se observar possíveis modificações no aparelho de Golgi e Gerl durante o desenvolvimento da glândula. No 5º dia, o aparelho de Golgi constitui-se de 3 a 6 sáculos estreitos, com curtos segmentos de GERL junto aos sáculos trans. Com a maturação da glândula o Golgi aumenta em tamanho, os sáculos se alargam, tornam-se fenestrados, atingindo o máximo nos dias 15-20. Subseqüentemente os sáculos es estreitam e aos 25 dias tem características das células dos adultos jovens. Numerosas cisternas de GERL podem ser vistas nas faces trans durante este período. Enquanto a glândula matura, modificações acentuadas ocorrem na distribuição da atividade da tiaminopirofosfatase (TPPase) nos sáculos trans do Golgi. Nas glândulas imaturas a atividade da TPPase está restrita a 1 ou 2 sáculos trans, porém aos 10 dias, ela também pode ser localizada nos glândulos de secreção imaturos e em cisternas GERL-like; segmentos de GERL não reativos também são observados. Esse padrão de distribuição persiste até os 20 dias, após o qual, a atividade da TPPase nas cisternas GERL-like diminui gradualmente, até novamente ficar restrita aos 1-2 sáculos trans do Golgi nos animais de 40 dias de idade; ocasionalmente alguns grânulos de secreção imaturos mostram-se TPPase positivos.

A atividade da fosfatase ácida (AcPase) é primeiramente encontrada nos lisossomos e GERL de animais jovens até a idade de 15 dias. De 15 a 20 dias diminui a atividade no GERL, mas dos 20 dias em diante esta aumenta progressivamente com a idade. Estes resultados mostram que a presença da atividade da TPPase em cisternas GERL-like e grânulos de secreção imaturos pode estar relacionada com o desenvolvimento ou mesmo estado fisiológico das células acinosas. Dando suporte à interpretação de que o GERL deriva dos sáculos trans do Golgi.


*Trabalho subvencionado pela FAPESP



B.24
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE BIOLÓGICA DE FRAÇÕES DO "PAROTIN"
Carlos Eduardo Pinheiro, Décio Teixeira e Alcides Guimarães
Departamento de Bioquímica, Faculdade de Odontologia de Bauru-USP e Departamento de Fisiologia, Faculdade de Odontologia de Piracicaba-UNICAMP.

O "Parotin" é um princípio ativo isolado das glândulas salivares do boi.
O "Parotin" foi considerado como um hormônio, em virtude da variedade de atividade biológica que ele possue. Contudo, nunca se conseguiu identificar nitidamente as características moleculares desta proteína e nem a sua origem glandular.
Por outro lado, o "parotin" encontrado no comércio apresenta também vários efeitos biológicos, com o de provocar a hipoglicemia; inibir a lipólise; acelerar a osteogênese; etc. Este produto comercial é impuro, e apresenta várias bandas proteicas pela eletroforese em poliacrilamida.
Este trabalho teve como objetivo isolar os vários componentes do "parotin" e avaliar as suas correspondentes atividades biológicas.
Uma amostra de parotin foi dissolvido em tampão tris-Hcl pH 7,6 e cromatografado em Deae-Celulose, equilibrado com o mesmo tampão. As frações do parotin foram diluídas com gradientes de NaCl de 0,1 a 0,6 M. A atividade biológica das frações foi avaliada pelo teste hipoglicêmico em ratos diabéticos aloxânicos. Das cinco frações obtidas somente três apresentaram atividade biológica.
A caracterização química das frações ativas está em andamento em nosso laboratório.



B.25
SIALOTOXINAS: UMA FAMÍLIA DE PEPTÍDEOS TÓXICOS ISOLADOS DE GLÂNDULAS SUBMANDIBULARES DE CAMUNDONGOS MACHO
Carlos Eduardo Pinheiro
Professor Titular de Bioquímica da Faculdade de Odontologia de Bauru-USP

Vários peptídeos com atividade biológica foram isolados de glândulas salivares de roedores. Alguns deles são fatores de crescimento para tecidos específicos, como os fatores de crescimento nervoso; de crescimento epidermal e de crescimento epitelial. Outros peptídeos possuem atividade metabólica e reguladora como é o caso do glucágon e da angiotensina glandulares.
Por outro lado, vários fatores de natureza tóxica foram encontrados em glândulas submandibulares de camundongos. Um fator letal e um fator hemorrágico foram evidenciados em extratos glandulares de camundongos machos adultos.
Neste trabalho procuramos isolar e caracterizar quimicamene alguns desses fatores tóxicos descritos na literatura.
Duzentas glândulas submandibulares de camundongos machos foram homogeneizadas em álcool etílico a temperatura de 2°C e o homogenado centrifugado. O precipitado glandular foi extraído com TRIS- HCl pH 7,6 e o extrato cromatografado em Deae-celulose. Os peptídeos foram eluidos gradativamente com soluções de concentrações crescentes de cloreto de sódio. As frações com atividade tóxica, isto é, com efeito letal quando injetado intraperitonealmente em camundongos, foram liofilizadas e filtradas em Sephadex G-10. Através desses procedimentos foram isolados três peptídeos ácidos de baixo peso molecular. Estes peptídeos apresentaram uma única mancha em cromatografia de partição em papel.


B.26
CORRELAÇÃO ENTRE ATIVIDADE HIPERTRÓFICA E HIPERPLÁSICA DE ANDRÓGENOS COM A CAPACIDADE LIGANTE ANDROGÊNICA NA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR (GMS) DO CAMUNDONGO.
Minetti,C.A.S.A.; Oliveira-Filho,R.M.; Valle,L.B.S.
Depto de Farmacologia do Instituto de Ciências Biomédicas da USP.

Trabalhos prévios deste laboratório mostram que a GSM do camundongo representa bom modelo para o estudo da atividade androgênica. Estudos da relação dose-resposta empregando testosterona e esteróides oriundos do metabolismo em órgãos-alvo mostram a seguinte ordem de potência: 3 a-diol > 5 a-DHT =T>3ß-diol, avaliada segundo os parãmetros andrógeno-dependentes: aumento do peso glandular., teor protéico, dados histométricos e atividade proteolítica glandular.
Neste trabalho o interesse pelo 3 a-diol (5 a-androstano- 3a,17ß-diol) decorre não somente da notável ação recuperadora da GSM atrofiada devido à castração, como também pelo seu peculiar mecanismo de ação, que não envolve a clássica união a receptores de citosol em órgãos-alvo. Avaliou-se neste trabalho (a) in vivo a regulação da população de sítios ligantes androgênicos, (b) in vitro, a sua especificidade e (c) a potência relativa na resposta hiperplásica (síntese de DNA) dos esteróides supra-citados. Para tanto, camundongos castrados foram, 60 dias após a cirurgia, injetados sc.com 5 mg dos esteróides, em dose única, e sacrificados 7 dias após. As GSM foram homogeneizadas em tampão TEMS 10 mM, pH 7,4 e alíquotas empregadas para determinação de DNA. Para os ensaios de união o citosol foi obtido por centrifugação do homogeneizado a 105.000 xg e as alíquotas dos sobrenadantes incubadas com concentrações crescentes de [³H] R1881 em presença e ausência de R1881, T, DHT e 3 a-diol (excesso de 1000 vezes) radioinertes, para determinação da afinidade, densidade e especificidade dos sítios ligantes.
Nossos resultados revelaram que: (1º) A castração não interfere no conteúdo glandular de DNA (C= 0,456 ± 0,080 e Cx= 0,458 ± 0,033) e que os esteróides (exceção feita ao 3a-diol) praticamente não apresentam atividade hiperplásica (T= 0,548 ± 0,023; DHT= 0,548 ± 0,085; 3a-diol= 0,605 ± 0,050* ; 3ß-diol = 0,393 ± 0,015 mg/órgão; * p< 0,05). (2º) [³HR1881 é deslocado igualmente por R1881, DHT e em menor extensão por T, não sendo deslocado por 3 a-diol, confirmando trabalhos anteriores. (3º) (a) a capacidade ligante (por órgão) não sofreu alteração após a castração ou injeção dos esteróides, mas a concentração (por mg de proteína) reduziu-se na vigência dos andrógenso devido à grande indução de síntese protéica nas GSM recuperadas; (b) A constante de afinidade não se alterou após tratamento com os esteróides à exceção do 3a diol que promoveu sensível redução nesta variável.
Experimentos estão sendo realizados para esclarecer o mecanismo de ação do 3a- diol na GSM, isto é, sua conversão a 5a DHT e/ou ação direta a nível nuclear, e outras possíveis formas de atuação para explicar a sua ação a nível da afinidade das macromoléculas ligantes androgências em citosol.

Apoio Financeiro: FAPESP proc. 82/0495-0, FINEP 54.83.0503.


B.27
ATIVIDADES DE ENZIMAS REGULADORAS DA VIA GLICOLÍTICA EM PROCESSOS DE HIPERTROFIA E HIPERPLASIA DE GLÂNDULA SUBMANDIBULAR DE RATOS
FÁTIMA D. FERREIRA & JOSÉ NICOLAU
Departamento de Bioquímica, Instituto de Química - USP - SP.

Trabalhos recentes de nosso laboratório mostraram que dose única de isoproterenol, causou alteração no contéudo de metabolitos (Gen.Pharmacol., 13 : 153, 1982) de enzimas glicolíticas (Gen.Pharamacol., 13 : 353, 1982) e do metabolismo, "in vitro", de carboidratos (Gen.Pharmacol., 14 : 705, 1983) em glândula submandibular.
Na presente investigação foi observado que após administração de 1 a 6 injeções de isoproterenol (2mg/kg peso corporal) as atividades da hexoquinase e piruvatoquinase diminuem já a partir da primeira dose, enquanto que a da fosfofrutoquinase e glicose-6-fosfato desidrogenase já a partir da segunda dose. Quando se utiliza a amputação dos dentes incisivos inferiores para se estudar a sialadenose, verifica-se que a glicose-6-fosfato desidrogenase tem sua atividade diminuída a partir da primeira amputação enquanto que as atividades da hexoquinase e fosfofrutoquinase, estão diminuídas no grupo de 5 amputações. A piruvatoquinase não sofre alteração.

AUXÍLIO FINANCEIRO: FINEP



B.28
ESTUDO DO METABOLISMO DE GLICOGÊNIO EM GLÂNDULAS SUBMANDIBULARES DE RATOS SUBMETIDOS A AMPUTAÇÕES PERIÓDICAS DOS INCISIVOS INFERIORES
JOSÉ VARGA & JOSÉ NICOLAU
Departamento de Bioquímica, Instituto de Química - USP - SP.

A amputação periódica dos dentes incisivos inferiores de ratos provoca um aumento em peso e volume das glândulas submandibulares e parótica. Esse procedimento se constitui num modelo biológico para o estudo da sialadenose, uma moléstia não inflamatório do parenquima, associada a distúrbios pluriglandulares, deficiência de algumas vitaminas, cirrose hepática e alcoolismo crônico. Em trabalho anterior saído de nosso laboratório (NICOLAU e cols. Arch.Oral.Biol., 23 : 741, 1978), foi demonstrado aumento da atividade de glicose-6-fosfato desidrogenase em glândula submandibular, após uma amputação.

A presente investigação trata do estudo do metabolismo de glicogênio em glândula submandibular de ratos submetidos de 1 a 8 amputações dos incisivos inferiores. Para alcançar tal objetivo foram determinados o conteúdo de glicogênio, pelo método de JOHANN, C. & LENTINI, E.A., Anal.Biochem., 43 (1) : 183-7, 1971 e a atividade das fosforilases (total e a) HUE, L. e cols. Biochem.J., 152 (1) : 105-14, 1975.

Verificamos redução do conteúdo de glicogênio após as primeiras amputações, aumento a partir da 5ª voltando ao nível do controle na 8ª amputação. A atividade da fosforilase a, aumentou em aproximadamente 30% nas primeiras amputações, para depois voltar ao nível do controle.

Auxílio Financeiro: FINEP



B.29
ESTUDO HISTOQUÍMICO E BIOQUÍMICO DA ATIVIDADE DA G-6-PDH NA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR DO RATO HIPERTENSO.
ANDRADE GUIMARÃES,S.; * FAVA DE MORAES,F. * & NICOLAU,J.**
*Deptº de Histologia e Embriologia do ICB/USP
**Deptº de Bioquímica, Inst. de Química USP

Neste experimento foi analisado a atividade da glicose-6-fosfato desidrogenase (G-6-PDH) sobre um aspecto histológico, histoquímico e bioquímico na glândula submandibualar. Dois grupos foram estudados; controle (WKY) e o experimental (SHR). Foi ainda utilizado um parâmetro renal, pois sabe-se que em ratos com hipertensão de origem renal, com uma artéria clampeada a atividade da G-6-PDH é aumentada no rim clampeado nas primeiras quarenta e oito horas, voltando depois aos valores normais.

Foi possível estabelecer que : a) histologicamente ocorreu uma diminuição marcante nos grânulos de secreção dos ductos granulosos do grupo experimental; b) histoquimicamente que a atividade da G-6-PDH é mais discreta nos ductos granulosos do grupo experimental; c) bioquimicamente embora menos no grupo experimental não houve diferença estatisticamente significante entre os dois grupos, tanto no proteína total como na atividade específica da G-6-PDH na glândula submandibular.

No parâmetro renal houve aumento da proteína no grupo experimental, mas o mesmo não ocorreu com a atividade específica da G-6-PDH.

Apoiado pelo projeto Histologia/FINEP.


B.30
OBSERVAÇÕES SOBRE A GENGIVA INSERIDA HUMANA NOS VÁRIOS GRAUS DE INFLAMAÇÃO - ASPECTOS MORFOLÓGICOS (HISTOMÉTRICOS E ULTRAESTRUTURAIS) E HISTOQUÍMICOS.
José Hildebrando Todescan*, Nelson Villa**, Aurora I. Doine **
*Departamento de Estomatologia FOUSP, **Departamento de Histologia ICB USP

A inflamação dos tecidos gengivais tem merecido os mais variados estudos, mesmo depois do advento do conceito de placa bacteriana, constituindo-se num enigma para aqueles que tentam entendê-la, curá-la ou preveni-la. Evidências de que microorganismos ou toxinas deles oriundos presentes na placa microbiana do sulco gengival ou bolsa periodontal, tem sido mostradas como sendo os fatores primários, ou mesmo únicos agentes etiológicos extrínsico da doença periodontal, com diferentes respostas individuais. Entretanto, autores consideram a morfologia do periodonto (PRICHARD, 1977), ou características da gengiva inserida, classificada como "suficiente" ou "insuficiente" (LASCALA e MOUSSALI, 1980), como fatores predisponentes. A inflamação da gengiva pode ser caracterizada pela presença de exsudato e edema na lâmina própria da gengiva, alguma destruição de fibras, ulcerações e proliferação do epitélio do sulco; sua progressão pode levar a estudos mais avançados da lesão resultando em formas de infiltrado inflamatório denso ou mesmo destruição de tecidos periodontais, quer seja na gengiva marginal. Inserida ou mucosa alveolar, que são o temário da doença periodontal. A evolução da doença depende de fatores variados, podendo-se avaliar graus inflamatórios de intensidades diferentes em pacientes distintos, num mesmo período de tempo. Dessa forma foi feito um estudo das alterações morfológicas, histoquímicas e ultraestruturais que ocorrem na gengiva inserida humana em diferentes intensidades de inflamação, num mesmo paciente. Segundo critérios de GOLDMAN E COHEN (1973) foram feitas biópsias de gengiva inserida de pacientes portadores de áreas classificadas clinicamente como sendo de inflamações fraca, moderada ou forte. Após o processamento do material para microscopia óptica, histoquímica e microscopia eletrônica, o estudo do tecido epitelial e conjuntivo dessas áreas mostraram que as alterações progridem em todos os casos, da inflamação fraca para forte, com modificação mais evidente no tecido conjuntivo onde há diminuições de fibras colágenas e aumento de plasmócitos. Ao nível ultraestrutural foram observadas desorganização das células epiteliais, com aumento de glicogênio da camada basal para as superficiais e diminuição de tonofilamentos, e em casos de inflamação forte, descontinuidade de lâmina basal. Em relação ao tecido conjuntivo, desorganização de fibrilas cogenas, aparecimento de espaços amplos e presença de células inflamatórias (polimorfonucleares, plasmócitos). O estudo histoquímico do PAS confirmou as observações ultraestruturais em relação ao glicogênio.


B.31
A PESQUISA NO CURSO DE MESTRADO EM PATOLOGIA ORAL-UFRN
LEÃO PEREIRA PINTO & LÉLIA BATISTA DE SOUZA
Faculdade de Odontologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

A implantação da Pós-Graduação na Disciplina de Patologia Oral do Depto. de Odontologia do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, inicialmente sob a forma de aperfeiçoamento com posterior transformação em Curso de Especialização e, finalmente, adaptado para Curso de Mestrado em Patologia Oral, fez com que surgisse, como decorrência de um plano de ação, a filosofia de incremento às atividades de pesquisa até então pouco desenvolvidas.
A implantação do Curso em sentido estrito ocorreu no ano de 1978, oportunidade em que foram melhor delineadas as linhas de pesquisas, quais sejam: 1.Estudo dos mastócitos; 2.Epidemiologia do câncer oral; 3.Citologia esfoliativa; 4.Estudo das lesões orais e para-orais; 5.Fatores de interferência nas biópsias.
Do ano supracitado até a presente data, foram desenvolvidos 26 trabalhos de pesquisa, todos eles aplicados à Odontologia, dos quais, 14 estão representados por teses realizadas pelos mestrandos sob nossa orientação. Além dos trabalhos mencionados, encontram-se em andamento 03 teses e 4 outros trabalhos que estão sendo realizados pela equipe de professores da Disciplina de Patologia Oral.
Os trabalhos desenvolvidos e em andamento, na sua maioria, são experimentais de interesse clínico, haja vista que os seus resultados levam à aplicação prática.
De natureza epidemiológica, foram realizados 03 trabalhos também de interesse clínico.
De conformidade com as linhas de pesquisa desenvolvidas no Curso, os trabalhos enfocados estão assim distribuídos:
1- Estudo dos mastócitos - 03 trabalhos
2- Epidemiologia do câncer oral - 03 trabalhos
3- Citologia Esfoliativa - 03 trabalhos
4- Estudo das lesões orais e para-orais - 18 trabalhos
5- Fatores de interferência nas biópsias - 04 trabalhos
É válido ressaltar que foram elaboradas duas pesquisas que, embora não enquadrando nas linhas anteriormente citadas, constituíram trabalhos de interesse clínico.
Sabemos que, para a fundamentação lógica dessas atividades, fazem-se necessários conhecimento, competência, reflexão e vontade de realizá-las. Portanto, é nossa pretensão, através de um diálogo aberto, discutirmos os seus resultados, considerando os trabalhos de pesquisa como um todo.